Revista O Semanal Portugues #7

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A melhor informação da actualidade nacional, mundial e desportiva

Revista em-linha das comunidades portuguesas

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10 de Dezembro de 2011 - Nº 7

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Palavras de boas-vindas

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Editorial

Ler é interpretar OSemanal

Português

Marie Moreira

A Bíblia não é um livro de moral, mas sim o testemunho da caminhada religiosa de um povo, que descobriu e experimentou que a sua história era tecida por Deus a partir de fios humanos, que eram os fios da sua vida. Nesta meada de fios de vida, há de tudo, e de tudo isso a Bíblia fala, como bem nota a autora da Crónica, repetindo José Saramago. Aliás não foi Saramago quem descobriu a imagem de Deus “terrivelmente” humana que se reflecte em algumas páginas da Bíblia, sobretudo nos seus livros históricos. Os cristãos sempre tiveram consciência dessas imagens de Deus presentes no Antigo Testamento. E até já os profetas de Israel não se cansam de corrigir as imagens “primitivas” de Deus da religião de Israel, exigindo uma evolução no sentido de um maior universalismo (contra os todos os particularismos: o Deus de Israel é o Deus de todos os povos e de todas as pessoas) e de uma maior transcendência (contra todas as imagens antropomórficas de Deus: Deus é Deus e não um homem ! ). A Bíblia também não é um livro no sentido modernos da palavra, escrito de somente um autor, mas É um conjunto de livros, uma pequena biblioteca que se foi formando ao longo de

cerca de 800 anos. E esses livros reflectem perspectivas tão diversas quantas as épocas, os autores, os estilos e géneros literários, as preocupações e os destinatários dos mesmos livros. Não se podem os primeiros capítulos da Bíblia (Genesis 1-11) como textos de história. Nem livros de história como livros proféticos, assim como não se pode ler poesia como quem lê literatura científica...

Estas duas observações já chegariam para mostrar a complexidade da leitura correcta – isto é, uma leitura que faça justiça ao texto e ao contexto – e que nos leve mesmo a entender o que lá está escrito. Por isso não entendo onde é que Cristina Krippahl quer chegar, com a sua crítica à necessidade da exegese, da interpretação, numa correcta leitura da Bíblia. Ler é sempre interpretar – a Bíblia ou outro livro qualquer, seja ele um livro antigo e de maior dificuldade exegética, como o é Os Lusíadas, seja um livro contemporâneo, como o “Caim” de Saramago. Ler é procurar entender o texto na suas camadas e estilos próprios, é tentar descobrir eventuais mensagens escondidas atrás da imediata, é pôr questões ao texto. Ler é sempre interpretar.

Lamento muito, mas está a autora da referida crónica muito mal informada, se pensa que e exegese bíblica é uma ciência reservada aos homens da Igreja e que estes “vivem bem” da incapacidade dos outros em a lerem. Ninguém faz tanto pela Bíblia como a Igreja, e a Igreja fica contente com cada estudante que se inscreve no curso de teologia, mas alegra-se ainda mais com cada mulher e cada homem que, sem preconceitos anticlericais nem snobismo intelectual, decide abrir a Bíblia e se pergunta com honestidade: O que é que está aqui escrito? Como entender este texto?

Em que é que ele mexe com a minha vida e com a sociedade em que vivemos? É isso que fizeram e fazem os pobres na América Latina, nas suas comunidades de base que tanto têm contribuído nas lutas pela justiça e pela paz naquele continente; é isso que fazem muitos milhões de cristãos em todo o mundo. E isso é fazer exegese, é ler a Bíblia sem fundamentalismos nem literalismos tipo creacionistas americanos ou tipo José Saramago. Uma atitude como a outra (fundamentalismo e literalismo) ignoram a distância que nos separa do texto e não têm respeito pelo texto : nem pela sua alteridade nem pela sua especificidade.

Le journal hebdomadaire Portugais

ÉDITEUR Marie Moreira Directrice Natércia Rodrigues ADMINISTRATEUR Marie Moreira Rédacteur-en-chef Anthony Nunes Infographiste Mario Ribeiro Collaborateurs Jessica de Sá (E-U) Sofia Perpétua (E-U) Avelino Teixeira (Toronto) correspondants António Lobo Antunes Hélio Bernardo Lopes Joel Neto José Carlos de Vasconcelos Fotographe José Rodrigues

Hebdomadaire Publié tout les Samedis Fondé le 29-10-2011 Tél.: (514) 299-1593 E-mail: osemanal@videotron.ca Tous droits réservés. Toute reproduction totale ou partielle est strictement interdite sans notre autorisation écrite. Les auteurs d’articles, photos et illustrations prennent la responsabilité de leurs écrits.

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Nova avaria num Falcon deixa ministro da Defesa retido na Mauritânia No regresso para Lisboa, já com a comitiva a bordo, os pilotos da Força Aérea constataram que um dos geradores de apoio ao terceiro motor da aeronave não estava a funcionar, contou à TSF o tenentecoronel Rui Roque, responsável pelas Relações Públicas da Força Aérea. A Força Aérea foi informada pelas 17:25 horas e, «desde logo, foi activado um segundo avião» que deverá sair da Mauritânia com o ministro e a sua comitiva entre as 23:00 e as 00:00 horas. «Nesse avião irá uma equipa de manutenção com material de substituição para resolver aquilo que se pensar ser o problema» e que ficará na Mauritânia para resolver a situação, acrescentou

Rui Roque. «É natural que este tipo de avarias ocorram em aviões que são utilizados

quase todos os dias», justificou. Os problemas com os aviões de transportes das altas individualidades do Estado português são recorrentes, sendo conhecidos casos de avarias em viagens de Cavaco Silva e de José Sócrates.

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Secretário de Estado disponível para receber trabalhadores da Tobis A decisão do secretário de Estado surge na véspera de uma concentração de trabalhadores da Tobis à porta do Palácio da Ajuda, onde funciona o gabinete tutelado por Francisco José Viegas. A mesma fonte da Secretaria de Estado afirmou que agora é necessário acordar com os trabalhadores a hora a que podem ser recebidos pelo governante. A TSF contactou, entretanto, o vicepresidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e do Audiovisual (SITTAV), António Caetano, que referiu desconhecer, até ao momento, a decisão do secretário de Estado da Cultura, pelo que a concentração dos trabalhadores vai manter-se. «Até agora não tivemos confirmação do agendamento da reunião,

por isso vamos manter o protesto», afirmou, acrescentando que o sindicato espera uma posição oficial do secretário de Estado e quer ouvir propostas concretas sobre o futuro da Tobis. A reunião foi solicitada a Francisco José Viegas no dia 30 de Novembro,

por fax, e depois por carta, e prendese com a situação da Tobis: salários em atraso, negociações para a anunciada venda do capital do Estado e a assembleia-geral de accionistas, marcada para 6 de Janeiro, cuja convocatória tem em agenda, para discussão, a dissolução da empresa.

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Arianny celeste Nacionalidade: Norte-americana Data de nascimento: 12 de Novembro de 1985 ProfissĂŁo: Modelo

As 100 mulheres mais bonitas de 2011

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Opinião

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crónica | Muito Bons Somos Nós

A cultura pop e os seus alaridos Joel Neto

Por esta altura, já estou mais do que conformado com a infantilização da espécie. Virem-me com

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Balzac ou com Lightning McQueen, o carro falante de Radiator Springs, já é igual ao litro – e se de repente se reúne à minha volta uma horda aos berros, que quer ir ver os vampiros, ou os lobisomens, ou os dinossauros, ou os zombies, ou os super-heróis, ou os extra-terrestres, ou os dragões, ou os elfos, ou os duendes, ou os hobbits, ou os ogres, ou as sereias, ou os feiticeiros, ou os videntes, ou os mentalistas, ou

os guerreiros azuis, ou os carros falantes, ou os brinquedos falantes, ou os cães falantes ou outra trampa qualquer falante que os da minha idade andem loucos

por ir ver, desculpando-se com “os miúdos” de forma a disfarçar a sua própria incapacidade para processar outra coisa que não filmes para crianças e livros para crianças e jogos de computador para crianças, eu ergo o copo e não me ocorre dizer senão: “Epá, comprem bilhete para mim, que eu também quero ir ouvir falar o sacaninha do automóvel!” Ser capaz de, em momen-

tos seleccionados, enfiar um barrete de sorriso na cara é coisa que, ao final de uma certa experiência neste mundo, se inscreve no próprio manual de ins-

truções da conservação de amigos. Há gente na minha vida que só gosta filmes de brincar, pronto. É chato, mas é assim. De resto, sempre me orgulhei de ter, entre as pessoas da minha mais restrita estimação, um pouco de tudo. Tenho ricos e pobres, intelectuais e brutamontes. Tenho portugueses e brasileiros, goeses e açorianos. Tenho académicos e arquitectos, contabilistas e padeiros. Tenho sportinguistas e

benfiquistas, portistas e gajos do Belenenses. Tenho gente de direita e gente de esquerda, gente que não liga à política e até um socialista, que por acaso só no outro dia descobri que era socialista, mas nem por isso disse nada. Em havendo folia, contem comigo. Se é para comer e beber, contem comigo. Se é para ir à bola, jogar 18 buraquinhos, ver uma peça dos Artistas Unidos, chamar nomes aos tipos da Emel – enfim, se é para fazer uma coisa divertida, contem sempre comigo. Naturalmente, contem comigo também para o cinema. E, em sendo o filme imbecil, pois paciência. Assim como assim, adoro pipocas, como já aqui assumi, de resto num acto não totalmente desprovido de coragem (sobretudo tendo em conta que ainda gostava de vos vender uns livrinhos).

Agora, a filmes em 3D não vou mais. Não vou. Porque o cinema em 3D, seja em que sala for, fale a intriga do que falar, tenhamos nós à volta a equipa de luta greco-romana do Benfica ou um autocarro de turistas finlandesas em trânsito para Albufeira, é sempre um barrete – e um barrete tão grande que nem para conservar um amigo vale a pena enfiar. Ainda no outro dia li um artigo de Walter Murch, editor oscarizado e responsável pela montagem de “Apocalypse Now” ou “O Paciente Inglês”, em que ele dizia que o 3D não funciona porque cria problemas de perspectiva e de panorâmica. Talvez tenha

razão. A mim, faz-me reflexo. E inquieta-me sair de casa para ver um filme, pagar um bilhete ao dobro do preço, comprar uns óculos especiais, passar os primeiros quinze minutos num tira-óculos, põe-óculos, tira-óculos, põe-óculos, tira-óculos, põe-óculos, ao sabor da publicidade e das apresentações – e depois ainda ver o filme todo cheio de reflexos, só por causa de um bocadinho mais de profundidade de campo, que ainda por cima tem alguma expressão com a tecnologia Real 3D, mas não tem quase nenhuma com a tecnologia Digital 3D, que é o que por aí mais há. Querem a minha opinião? É golpe. É marketing do mau. É banha da cobra. Pelo amor de Deus: onze euros? Por onze euros, e numa economia assim, o mínimo que eu peço é que a Scarlett Johansson saia da tela e se venha sentar ao meu lado, no escurinho. De resto, é só fazer as contas. Uma família de quatro pessoas vai ao cinema. Cada um paga onze euros de bilhete e mais meio euro pelos óculos. Se comerem pipocas, então a conta sobe: mais uns três euros por pessoa, em média, entre as pipocas e as bebidas. Factura (e isto sem gasolina nem hambúrgueres no McDonalds): 58 euros para um cineminha em família. Onze contos e seiscentos, como se dizia no tempo em que o cinema não era quase todo uma bodega. Eu quero é que o senhor Ridley Scott vá gozar com a cara de outro.


Opinião

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crónica | Opinião

A Chamada António Lobo Antunes

“Não vais lá com juras, promessas, arrependimentos, não vais lá com diminutivos, não me peças colo, não armes ao pingarelho a pedir colo, fala-lhe ao coração que a gaja amolece e no caso não amolece nem meia, nem é questão de amolecer, aliás, amolecer o quê, acreditei enquanto resolvi acreditar e acabou-se”. Liga-me daqui a vinte minutos que agora não posso falar. Não é o meu marido que ainda não chegou a casa, não são as crianças que estão lá dentro com o computador e a porta do quarto fechada, não é ninguém, estou sozinha mas não consigo falar. Não, não tem a ver contigo, porque carga de água teria a ver contigo, tem a ver comigo apenas, coisas que se passam entre eu e mim e não me apetece explicar, aliás se explicasse não entendias, o que sabem vocês das mulheres, do que se passa numa mulher, do que uma mulher pensa, do que uma mulher sente, acham que somos malucas, acham que somos diferentes, acham que somos parvas, liga-me daqui a vinte minutos, se quiseres, se te der na bolha, se te apetecer e talvez eu consiga ou talvez não consiga, sei lá, sei que agora não posso falar,

a única certeza que tenho é que agora não posso falar. A ti nunca te aconteceu não poderes falar, claro, podes sempre, vocês podem sempre, vivem da boca para fora, impingem sentimentos como quem impinge electrodomésticos, exigem que a gente os compre pelo vosso preço e, francamente, o vosso preço, neste caso o teu preço, não me interessa um fósforo, experimenta dentro de vinte minutos e talvez eu torne a ser parva e te oiça e acredite em ti e compre como tenho comprado até hoje, põe a mão na consciência e repara como tenho comprado até hoje mas neste momento nem sonhes, não posso, não me apetece, não quero, deixa-me sossegada um bocadinho, não me venhas com histórias que não engulo nenhuma, preciso de pensar, de tentar entender, de tentar entender-me, não insistas que me incomoda insistires, não te tornes aborrecido, não te tornes peganhento, vou cortar a chamada, não posso falar e, se pudesse falar, não respondia o que querias, não dizia o que te apetece que eu diga, o que ordenas, sem ordenar, que eu diga, a tua maneira de dares a voltinha às coisas, de me levar à certa, de me fazeres prometer o que jurei a mim mesma não prometer, não posso falar e é tudo, sinto-me

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tão vulnerável, tão frágil, não me obrigues a abrir a boca, a chamar-te querido, a chamar-te amor e a ser sincera ao chamar-te querido, ao chamar-te amor, não tenho ganas de ser sincera nem de acreditar em ti nem de esquecer tudo o resto, eu querido, eu amor e tu a rires-te por dentro visto que vocês se riem sempre por dentro, vocês para os amigos - Claro que a gaja engoliu vocês para os amigos - A gaja engole sempre e acontece que a gaja não engole agora, a gaja recusa engolir agora, acontece que a estúpida da gaja percebe tudo agora, vai à fava, larga-me da mão e vai à fava, acaba com a vozinha quente, acaba com os argumentos idiotas que a gaja não está no papo, está muito longe de estar no papo, os teus amigos - O que sucedeu à tua palheta? e sucedeu que a tua palheta já não vale um chavo, não vais lá com palheta, não vais lá com juras, promessas, arrependimentos, não vais lá com diminutivos, não me peças colo, não armes ao pingarelho a pedir colo, fala-lhe ao coração que a gaja amolece e no caso não amolece

nem meia, nem é questão de amolecer, aliás, amolecer o quê, acreditei enquanto resolvi acreditar e acabou-se, não acredito mais, não faças partes gagas, não mintas, olha, para usar os vossos termos vai à merda, não ligues daqui a vinte minutos sequer, não ligues mais, se ligares não atendo, se te pendurares da campainha da porta não abro, se falares com o meu irmão - Eh pá põe-na mansa mando-o às malvas num rufo, aguenta como um homenzinho e cala-te, que é feito da tua autoridade, que é feito do teu orgulho, não rastejes que me fazes dó, aguenta-te nas canetas, cresce, se aos quarenta anos não cresceste quando é que vais crescer, não cresces, continuas uma criança, vocês todos hãode ser sempre crianças, não aprendem, estou farta, filhos já eu tenho que cheguem, maridos, fora este, dois iguais a ti que não me interessa onde param, raios vos partam a todos, não dou mais dinheiro a ganhar a psiquiatras, não vou andar por aí a tropeçar nas coisas derivado aos calmantes, apetece-me paz, entendes, sossego, entendes, nem sonhes em pendurares-te em mim, tentares enganar-me, meteres-me no bolso, não

metes, já meteste, não metes, não necessito de botija de água quente à noite, não necessito de companhia para jantar fora, não necessito de entrar de braço dado seja onde for, não necessito da tua escova de dentes no copo do lavatório nem que me consertes seja o que for em casa, a gaja não engole sempre, a gaja não engoliu, a gaja nunca mais vai engolir, pelo menos de ti a gaja nunca mais vai engolir, vou desligar isto e deixá-lo no silêncio e, por favor, não me inundes de mensagens, não me inundes de recados, não me faças esperas, não argumentes, não teimes, some-te, que alívio ver-te pelas costas, ouvir falar de ti como de um estranho, nem fazer ideia onde moras, espero que longe e daí tanto me faz, quero lá saber se longe ou perto, não te desejo que sejas feliz, como poderias ser feliz, és parvo, ouviste bem, és parvo, enfia isto na tua cabeça, és parvo de nascença e adeuzinho que agora não posso falar, ainda por cima com o meu marido a meter a chave à porta, aprende a respeitar as senhoras casadas, não lhes cries situações que as embaraçam, some-te, se desejares, mas só se desejares muito, muito mesmo, do coração, encontras-me amanhã no escritório a partir das dez horas.

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Saúde

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Amigdalite 26


Saúde

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Prevenção: Amigdalite Uma alimentação rica em vitamina C pode ajudar a prevenir esta inflamação das amígdalas

engolir. A dor pode atingir os ouvidos, pois partilham os mesmos nervos com a garganta. A febre também

Como prevenir

- Evite as mudanças repentinas de temperatura, especialmente apanhar frio, uma vez que os vírus e as bactérias aproveitam o arrefecimento das mucosas para entrarem no organismo e começarem a actuar. - Se vive com alguém que está com amigdalite, afaste-se dela quando tossir para não ser contagiada por via aérea, ou seja, por inalação directa. - Fortaleça o seu sistema

imunitário através da vitamina C, que pode encontrar em citrinos, quivi, romã ou em sumos naturais. O mel

acalma a dor. A responsabilidade editorial desta informação é da revista

Amigdalite: é bactéria ou vírus? Trata-se de uma inflamação das amígdalas, situadas na garganta, que adoptam uma cor vermelha intensa e aumentam consideravelmente de tamanho. Geralmente, deve-se a uma infecção bacteriana, causada por um estreptococo, ou a uma infecção vírica e são vários os sintomas que podem alertar para que se encontra com esta inflamação. Sintomas Dores de garganta e desconforto que aumenta ao

é frequente, bem como a sensação de mal-estar geral, dor de cabeça e vómitos. Tratamento A análise de uma amostra onde esteja presente o agente agressor determina quais os antibióticos mais eficazes. No caso da amigdalite estreptocócica, toma-se penicilina oral durante 10 dias. Raras vezes é necessário extrair as amígdalas.

Diga “aaa”. O pedido é um dos mais ouvidos no consultório do pediatra. Ele precede o exame em que o médico empurra para baixo a língua do paciente com a ajuda de um palito para enxergar, sob um feixe de luz, as amígdalas.

Em geral essa breve olhada já entrega se estão inflamadas ou não. Muito mais sutis, porém, são as pistas capazes de indicar se a infecção é causada por bactérias ou por vírus, o que proporciona o tratamento mais adequado. Até mesmo o especialista mais experiente pode se enganar no diagnóstico e

receitar o remédio errado. “Então, ou a criança toma antibióticos sem a menor necessidade ou deixa de usá-los quando de fato precisa”, resume o pneumopediatra João Paulo Becker Lotufo, da Universidade de São Paulo.

Febre nas alturas, gânglios sob a mandíbula e pus na garganta — esses sinais costumam indicar um ataque bacteriano às amígdalas. Já quando a temperatura não sobe tanto e os sintomas lembram os de uma gripe, o responsável pode ser um vírus. Essas informações ajudam, mas

não bastam. Um estudo do Hospital Universitário da USP dividiu 53 garotos entre 2 e 15 anos, todos com amigdalite, em três grupos. No primeiro ficaram os que pareciam ter dor de garganta por causa de uma bactéria. No segundo a suspeita recaía sobre vírus. O terceiro reuniu os que deixaram os médicos em dúvida. Para checar se essa divisão estava correta foi feito um teste que em 30 minutos detecta o Streptococcus pyogenes, bactéria causadora de muitas amigdalites. E depois, ainda, a cultura de garganta. Em dois dias o exame entrega o micróbio que provocou a inflamação. “Os resultados surpreenderam”, conta João Paulo Becker Lotufo, coordenador do trabalho. Na terceira turma, em que não se arriscou palpite, apenas 15% das crianças estavam infectadas pelo estreptococo. Na segunda comprovou-se que a dor era de origem viral. Mas só 45% dos meninos que apresentaram todos os sinais de ter uma bactéria estavam de fato infectados por ela. “Basear-se apenas no exame visual pode levar a erro”, conclui Lotufo.

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Gastronomia

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receitas

Tagliatelle all Uovo à Colmeia Ingredientes:

Massa de ovo fresca Bacon aos cubos Fiambre aos cubos Natas light para culinária Milho Azeite q.b. Queijo parmesão ralado Azeitonas pretas

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Preparação:

Cozer a massa conforme indicação na embalagem. Reservar. Numa frigideira anti-aderente, aquecer o azeite e colocar o fiambre e o bacon aos cubos. Deixar fritar até alourar. Com o lume no mínimo, adicione as natas e envolva bem. Retire do lume. Numa tigela, coloque a massa, envolva bem no preparado, adicione as azeitonas e polvilhe com o queijo.


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Gastronomia

receitas

Feijoada de Frango Ingredientes:

3/4 peitos de frango aos cubos 2 cenouras grandes às rodelas 1 cebola picadinha 2 dentes de alhos picadinhos 1 raminho de salsa 1/2 lata de tomate aos cubinhos ou polpa de tomate 3 latas de feijão branco cozido 1/2 chouriço de carne às rodelas 2/3 dl de azeite 1 folha de louro Piripiri ou pimenta moída na hora a gosto 1 copo de vinho branco

Preparação: Comece por fazer um refogado com o azeite, a cebola e os alhos. Deixe em lume médio por cerca de 2 minutos. De seguida, junte o frango, o chouriço de carne, as cenouras às rodelas e o tomate. Tempere com um pouco de sal a gosto e regue com o vinho branco. Acrescente o tomate e a folha de louro e deixe cozinhar por 10/15 minutos em lume brando. Decorrido o tempo, junte o feijão cozido, a salsa e restantes temperos. Se necessário acrescente 1/2 copo de água. Deixe levantar fervura por alguns minutos, apague o lume e deixe apurar um pouco antes de servir. Acompanhe com arroz branco solto. Bom apetite!

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Cultura

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lENDAS DE

pORTUGAL

Lenda do Milagre de Ourique

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A Batalha de Ourique é um episódio simbólico para a monarquia portuguesa, pois conta-se que foi nela que D. Afonso Henriques foi pela primeira vez acla-

tão e os cinco reis mouros de Sevilha, Badajoz, Elvas, Évora e Beja e os seus guerreiros, que ocupavam o sul da península. A lenda conta que um pouco antes da ba-

fez uma revelação profética de vitória. Contou-lhe ainda que “sem dúvida Ele pôs sobre vós e sobre a vossa geração os olhos da Sua Misericórdia, até à décima

mado rei de Portugal, em 25 de Julho de 1139. Foi no campo de Ourique que se defrontaram o exército cris-

talha, D. Afonso Henriques foi visitado por um velho homem que o rei já tinha visto em sonhos e que lhe

sexta descendência, na qual se diminuirá a sucessão. Mas nela, assim diminuída, Ele tornará a pôr os olhos

e verá.” O rei deveria ainda, na noite seguinte, sair do acampamento sozinho logo que ouvisse a sineta da ermida onde o velho vivia, o que aconteceu. O rei foi surpreendido por um raio de luz que progressivamente iluminou tudo em seu redor, deixando-o distinguir aos poucos o Sinal da Cruz e Jesus Cristo crucificado. O rei emocionado ajoelhouse e ouviu a voz do Senhor que lhe prometeu a vitória naquela e em outras batalhas: por intermédio do rei e dos seus descendentes, Deus fundaria o Seu império através do qual o Seu Nome seria levado às nações mais estranhas e que teria para o povo português grandes desígnios e tarefas. D. Afonso Henriques voltou confiante para o acampamento e, no dia seguinte, perante a coragem dos portugueses os mouros fugiram, sendo perseguidos e completamente dizimados. Conforme reza a lenda, D. Afonso Henriques decidiu que a bandeira portuguesa passaria a ter cinco escudos ou quinas em cruz representando os cinco reis vencidos e as cinco chagas de cristo, carregadas com os trinta dinheiros de Judas. A Morte do Lidador Num dia longínquo de 1170, Gonçalo Mendes da Maia, nomeado Lidador pelas muitas batalhas travadas e ganhas contra os Mouros, decidiu celebrar os seus 95 anos com um ataque ao famoso mouro Almoleimar. Da cidade de Beja saiu o Lidador naquela manhã com trinta cavaleiros fidalgos e trezentos homens de armas,

sabendo de antemão que o exército de Almoleimar era muitas vezes superior. Perto do meio-dia, pararam os cavaleiros para descansar perto de um bosque onde emboscados aguardavam os mouros. A primeira seta feriu de morte um guerreiro português, o que fez com que o exército cristão se pusesse em guarda. Frente a frente se mediam a destreza e perícia árabes, invocando Allah, e a rudeza e força cristãs, clamando por Santiago. A batalha começou e ambos os exércitos se debateram com coragem, até que num dado momento Gonçalo Mendes e Almoleimar cruzaram espadas em cima dos seus cavalos. Um dos vários golpes desferidos atingiu Gonçalo Mendes que, mesmo ferido, atacou com raiva Almoleimar, que ripostou. O resultado foram dois golpes fatais, um dos quais matou o mouro e outro que deixou Gonçalo Mendes Maia ferido de morte. O Lidador, moribundo, perseguiu com os seus homens os mouros que debandavam em fuga até que o esforço de um último golpe sobre um cavaleiro árabe lhe agravou os ferimentos. O Lidador caiu morto na terra juncada de mais de mil corpos inimigos. Os cerca de sessenta cristãos sobreviventes celebraram com lágrimas esta última vitória do Lidador. Um sacerdote templário disse em voz baixa as palavras do Livro da Sabedoria: “As almas dos justos estão na mão de Deus e não os afligirá o tormento da morte”.


Cultura

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história DE

pORTUGAL

As primeiras comunidades recolectoras Considera-se que os mais remotos antepassados do homem - os Australopithecus - surgiram há cerca de cinco milhões de anos

pouco a pouco, foram-se distribuindo por toda a Península, vivendo como caçadores-recolectores. Por esta altura, a pe-

constante, surgiu o homem de Neandertal, que sabia já fabricar grande variedade de ferramentas e acessórios para a caça, realizava

Paleolítico. A vida de caçadores exigia-lhes que se deslocassem continuamente, levando assim uma vida nómada.

na África austral. A Península Ibérica tardou em ser habitada. Os primeiros grupos que a ocuparam, há um milhão e meio de anos, eram já do grupo do chamado Homo erectus, que já conhecia o fogo. Vindos de África, atravessaram o estreito de Gibraltar e,

nínsula, tal como o resto da Europa, foi acossada por terríveis vagas de frio e as terras cobriram-se de gelos (glaciares) durante centenas de milhares de anos. Mais tarde, entre 100.000 e 35.000 a.C., e como consequência de uma evolução lenta, mas

ritos funerários e enterrava os mortos. Os utensílios e obras de arte que deixou mostram uma cultura complexa e uma grande capacidade intelectual. Todos estes homens, caçadores e recolectores, viveram na época mais longa da história da humanidade - o

O Homo sapiens, também ele fixado na península, demonstra capacidades superiores a nível artesanal, na transformação da economia (baseada a partir de agora fundamentalmente na caça de animais de grande porte) e, sobretudo, na criação artística. As estatuetas de

osso ou de marfim, os desenhos e as gravuras em placas de osso e de pedra e as pinturas nos tectos e paredes das cavernas revelam bem as grandes transformações operadas. Durante este período de transição, designado Mesolítico (8.000 a.C. - 5.000 a.C.), distribuíram-se, por toda a península, pequenas culturas regionais que, no fundo, foram respostas de adequação às novas condições ecológicas, surgidas com o fim das glaciações quaternárias. O clima, a fauna e a flora europeias tornaramse muito semelhantes aos actuais. Os instrumentos de pedra utilizados variam de região para região, de acordo com os recursos de que viviam as populações. Foram descobertas nos vales inferiores do Tejo e do Sado mais de vinte estações arqueológicas com vestígios deste período. São muitas vezes designadas concheiros, porque os vestígios deixados mostram que a alimentação destas populações era essencialmente feita a partir de moluscos, crustáceos e peixes. As próprias sepulturas revelam esta característica, pois eram pavimentadas com conchas e albergavam objectos de adorno feitos de conchas e dentes perfurados, testemunhando a existência de ritos funerários.

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Viagem

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As 25 melhores pr

Destino:

Boracay

Paraíso tropical de areias brancas, recifes de corais e águas cristalinas de um mar azul-turquesa. Boracay é uma ilha tropical localizada a norte da província de Aclan e é um dos destinos turísticos mais populares das Filipinas. Lindas praias de areia branca, o por do sol e lugares românticos são as atrações desta bela ilha, suas longas praias não deixa nada a desejar das melhores praias no Caribe, Pacífico Sul, Tailândia, Malásia e Indonésia. A ilha está situada cerca de 315 quilômetros de Manila na região de Visayas nas Filipinas. Praia de Boracay A ilha de Boracay é perfeita para umas férias relaxantes, rodeado por uma

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bela paisagem tropical, pelo pequeno tamanho da ilha pode se dar um passeio, sobre o qual há muitas outras pequenas ilhas que podem ser visitadas em pequenos barcos. Boracay é o local ideal para relaxar, curtir os recifes de corais e águas claras. Os habitantes da ilha são pessoas amigáveis e sempre dispostos a proporcionar um tratamento útil e os turistas que vêm visitar são surpreendidos com tanta beleza, suas praias são consideradas as melhores do mundo, e Tambisaan e Cagban são praias tranqüilas ao contrário de White Beach que é mais popular e concorrida já que esta conta com uma série de serviços como restauran-

tes, bares e hotéis. Idílica praia de Boracay Boracay é ideal para esportes náuticos como windsurf e kitesurf, A praia de Buladog praia é o local escolhido para a competição anual Asian Windsurfing Tour, que acontece em janeiro. Boracay Visayas A praia de Cagban está localizada na frente do estreito do píer de Caticlan na ilha de Panay, ao lado dela se encontra o pier de Cagban que é o principal ponto de entrada e saída de Boracay durante grande parte do ano e às vezes quando ventos e mar estão muito agitados a Praia de Tambisaan é um acesso alternativo. White Beach é a mais tu-

rística das praias é concorrida pelos vendedores de lembranças da ilha e massagistas de rua, esta praia tem uma extensão de quatro quilômetros, onde estão localizadas grandes resorts, restaurantes, bares e cafés. Bulabog é o segundo centro turístico e é a área mais procurada também para a prática de esportes de windsurf e kitesurf. Porto de Boracay Outra grande atração de Boracay é o campo de golfe de classe mundial de 18 buracos do Fairways & Bluewater. Sugerimos que você visite Boracay na estação seca de setembro a maio ou junho, quando o tempo oferece temperaturas amenas, pouca chuva e ventos. As

temperaturas variam entre 25 e 32 graus Celsius. Nesta época as águas do mar na praia White Beach se mantêm calmas já que se encontram protegidas do vento, enquanto do outro lado da serra na praia Bulabog os ventos canalizados sobre a costa torna um ponto favorito dos esportistas aquáticos. Se você está indo de viagem a Boracay pode usar o serviço das companhias aéreas de Manila ou pelo aeroporto de Cebu através de Caliva ou Catitlán, de Caliva pode usar os serviços de um ônibus ou uma caminhonete que vai leválo ao pier de Catitlán em seguida, embarcar para a ilha.


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Montreal

Festa dos Músicos

Sylvio Martins

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Todos os anos tem a tradicional Festa dos Musicos da Filarmónica Portuguesa de Montreal. Desta vez foi no sábado, 3 de Dezembro. Já, lá vão 5 anos que vou a esta festa e é sempre agradável ver estes jovens e menos jovens numa linda sala bastante decorada. Desde o início, tive uma grande amizade a este organismo, de um lado porque é a única organização

em Montreal que tem tantos jovens portugueses a tocar e quando há festa, festejam em grande. Do Outro lado o ambiente é bastante familiar, pais, sobrinhos e sobrinhas, irmãos, etc. Nesta noite tivemos a oportunidade de o presidente Leonardo Ribeiro dar as boas-vindas, e ao meio da festa o maestro deu algumas palavrinhas sobre o futuro desta organização com a vinda de 5 novos músicos que integraram-se na


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s na FPM

Filarmónica e ao mesmo tempo elogiou o professor da escola de musicos João bulhões que já lá vão anos que ele faz isso, e, mereceu uma salva de palmas através da sala. A comida foi fantástica, o ambiente maravilhoso os DJ’s foram realmente”WOW”. Parabéns a esta organização pela festa memorável e para todos os presentes, Viva a filarmónica.

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MONTREAL | 25º aniversário da con

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ntrução da igreja santa cruz

Celebrações Religiosas A expressão máxima da religião cristã, é concerteza a celebração da Eucaristia, é onde os cristãos mais aprofundam a sua fé. A grande maioria do povo português, tem a religião católica nas suas origens e daí veio a grande preocupação do Padre Leblanc, de poder proporcinar aos portugueses viverem a sua religião . O Sacerdote como é re-

ponsá vel e figura principal da Eucaristia, tem vários colaboradores que o ajudam a fazer que as Missas, sejam mais interessantes e atrativas. Entre essas pessoas queremos destacar os seguintes grupos: As equipas de acólitos que são 22, os 14 leitores, os 23 ministros da comunhão e o Grupos corais, Santo Cristo dirigido pela Sra. Filomena Amorim, que em 2005 celebrou 35 anos e o Grupo

Coral Santa Cruz, dirigido pela Sra. Inês Gomes, que em 2009 celebrou 27 anos, o Grupo da Nova Fé, dos irmãos brasileiros, o grupo infantil, os Srs. Armando Loureiro e Tony Cunha e ainda as Sras. Teolinda e Maria Matias. Algo bastante importante no futuro no fututo da Missão são as celebrações das 10 horas, quase sempre dedicada às crianças e jovens, onde há sempre muita ani-

mação. Muitas outras atividades estão ligadas à Igreja, o grupo da Liturgia liderado pelo Sr. Antero Branco, a visita aos doentes, pelo Diacono Ramos, as zeladores da Igreja, as dedicadas senhoras Almerinda e Clotilde, que ao longo dos anos têm feito um trabalho notável, a preparação dos batismos, com a ajuda do Professor Barros, a equipa de apoio aos funerais com

a Sra. Rosa, e os colaboradores do Pe. José Maria, no embelezamento e na decoração da Igreja, enfim toda uma plêiada de benévolos, que pese embora o acentuado declínio da frequência nas Igrejas, a Missão Santa Cruz é sempre muito frequentada. Outra atividade que tem contado com a participação da Igreja Santa Cruz, é o grupo dos Romeiros.

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Professora sem classe

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Seu preguiçoso título original (Bad teacher) já dá uma ideia do que se deve esperar de Professora sem classe: um punhado de saídas fáceis. Resgatada da total mediocridade graças a um elenco de apoio melhor do que merecia, a comédia neopastelão estrelada

de chegada numa ervinha) que decidiu virar professora por todas as “razões certas”: expedientes curtos e férias de verão. Prestes a concretizar seu grande sonho de vida – casar com um cara rico -, Elizabeth larga seu emprego na escola John Adams (JAMS) e, num gol-

não chega a ser propriamente ruim – até porque o papel não exige exatamente habilidades de Meryl Streep – mas, ao mesmo tempo, não leva a personagem a lugar algum. Não que a unidimensional Elizabeth tivesse muito para onde ir, mesmo. Boba e desinteres-

momentos, como em uma “cena de sexo” deliciosamente embaraçosa. Os bons minutos, contudo, são eventualmente interrompidas por alguma pastelonice sem propósito. Pouco inspirada, a dupla parece simplesmente pegar carona no vácuo do elenco de apoio. Lucy

tor obcecado por golfinhos. O final é coerente com o resto: puro desleixo. Se por um lado há certo mérito em não se tentar “limpar” a personalidade obviamente irrecuperável de Elizabeth, ao mesmo tempo a tentativa de “final feliz” parece um remendo de última hora

por Cameron Diaz e Justin Timberlake deixa a apelação e a preguiça abafarem o potencial de uma historinha até interessante. Desleixado, desatento e constantemente no "quase", o filme é a versão cinematográfica daquele aluno até inteligen-

pe do destino, toma um pé na bunda logo em seguida. Muito a contragosto, volta a “lecionar” (entende-se passar filmes enquanto tira sonecas) e conhece Scott Delacorte (Timberlake), um professor bem apessoado, puro e, convenientemente, milionário. Para conquistar seu alvo, contudo, Elizabeth precisa mudar algo a respeito de si mesma. E não, não é sua personalidade terrível, seus hábitos aditivos ou seu vocabulário de estivador. São seus peitos. A beleza, contudo, custa caro (uns US$ 10 mil, mais especificamente), e ela irá levantar os fundos para seu upgrade nem que isso envolva roubar de criancinhas, seduzir pais, enrolar mães e drogar homens inocentes. Antes, contudo, terá que se esquivar da uber neurótica Amy Squirrel (Lucy Punch), também em busca do coração idôneo de Delacorte. Novamente, Cameron atua com seu maior trunfo: o corpo. Sua performance

sante, parece ter sido escrita às coxas, com palavrões como primeiro e último recurso cômico. Com a ajuda da eventual jogada de cabe-

Punch é perfeita no retrato de Squirrel ("esquilo" em inglês, mais uma sutil analogia), a típica controladora neurótica sempre à beira de um AVC. Jason Segal en-

numa trama mal costurada. Não há nada de errado com personagens detestáveis ou politicamente incorretos - desde que eles sejam minimamente interessantes.

lo. Se a ideia era criar um antiherói afável, no estilo do Papai Noel de Billy Bob Thorton em Papai Noel às avessas ou do professor de Jack Black em Escola do rock, o tiro saiu pela culatra. Elizabeth começa e termina o filme como começou: tão interessante quanto uma Kardashian. Timberlake, apesar de substituível, tem lá seus

trega a única performance verdadeiramente natural do filme, na pele de um professor de educação física tão elegante quanto a protagonista (embora muito mais encantador). Phyllis Smith poderia ter tido mais tempo em cena na pele da professora baranga eternamente com batom nos dentes e John Michael Higgins é engraçadinho como um dire-

Elizabeth, no caso, não é. Talvez o filme ganhasse mais dando uma maltratada na protagonista do que tentando nos vender uma moral distorcida na pele de “solução sem julgamento”. Trocadilho cretino, mas as circunstâncias pedem: Professora sem classe passa raspando.

te que poderia passar de ano se abrisse um livro e fizesse um esforcinho. O filme conta a história de Elizabeth Halsey (Cameron Diaz), uma mulher imoral e desbocada (além


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Assalto ao Banco Central Em agosto de 2005, o Banco Central sofreu o maior assalto da história da instituição. Dos cofres da unidade de Fortaleza, no Ceará, foram roubadas três toneladas de notas, totalizando a quantia de

R$ 164,7 milhões. No fim de semana em que tudo ocorreu, as câmeras de segurança não mostraram qualquer atitude suspeita, os sensores de presença

não apitaram e nenhum tiro foi disparado. Os bandidos entraram no cofre por um túnel de 84 metros, cavado entre o cofre e uma casa nas proximidades do banco. A ação sofisticada exigiu mais de três meses de

planejamento e milhares de reais. Foi um assalto digno de cinema. Estreia de Marcos Paulo na direção cinematográfica, Assalto ao Banco

Central imagina como foi realizado o roubo e ficcionaliza respostas para questões sobre o crime que ainda não foram totalmente esclarecidas: quem eram as pessoas envolvidas no esquema, como conseguiram

desenvolver uma operação desse porte e o que aconteceu com elas depois. O roteiro de Renê Belmonte, que também escreveu Se eu fosse você 1 e

2, é construído com dois tempos paralelos. Em um, o espectador acompanha o planejamento da ação e, no outro, o desenrolar das investigações que levaram alguns dos criminosos à prisão. A divisão dá uma maior dinâmica ao filme, mas tira a possibilidade de qualquer suspense em relação ao final, já que se sabe de antemão o destino dos personagens. Quebrar a temporalidade também é um recurso para dar maior ritmo, antecipando respostas para questões que não são cruciais para o desfecho. O truque, muito utilizado nos

sibilidade de abrir histórias paralelas para mais de uma dezena de protagonistas. Mas bons atores conseguem atuar nos mínimos espaços, sobretudo quando preparados pelas técnicas pouco ortodoxas, mas muito eficientes, de Fátima Toledo. Milhem Cortaz, Hermila Guedes, Giulia Gam e Lima Duarte dão a sustentação do filme, enquanto Gero Camilo, Tonico Pereira e Vinícius Oliveira ficam responsáveis pelas intervenções cômicas. Eriberto Leão, peça-chave para dar liga à quadrilha, não têm a mesma consistência de seus

filmes de ação americanos, não funciona tão bem em Assalto ao Banco Central como funcionou em Tropa de elite ou Cidade de Deus. As sequências são constantemente intercaladas com cenas dramáticas ou alívios cômicos, quebrando a velocidade necessária para garantir a adrenalina da ação. Se não acerta no ritmo, resquício de um vício televisivo do diretor, Marcos Paulo conta com um bom elenco, que só não brilha mais por causa do tempo reduzido. O roteiro se esforça para aprofundar alguns conflitos dramáticos, mas recua diante da impos-

pares, mas não compromete. Os demais integrantes do elenco cumprem suas funções, mas pouco podem fazer além do básico. A história intrigante do maior roubo a banco do país ganharia maior relevo nas mãos de um diretor mais acostumado à linguagem e ao ritmo cinematográficos. Ainda que não possa ser comparado aos bons filmes americanos sobre grandes crimes, gênero no qual Hollywood é especialista, ou aos dois Tropa de Elite, Assalto ao Banco Central cumpre de forma satisfatória a função de entreter.

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e

Apresenta O duo romântico brasileiro que atrai multidões

LUCAS E MATEUS Num grandioso baile-espectáculo Domingo, 12 de Fevereiro 2012 à 15 horas na sala Ucraniana - 3270 Beaubien Este

(esquina St-Michel)

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