Revista O Semanal Portugues #9

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A melhor informação da actualidade nacional, mundial e desportiva

Revista em-linha das comunidades portuguesas

Semanal Português

7 de Janeiro de 2012 - Nº 9

DOMINGO

SEGUNDA FEIRA

TERÇA FEIRA

QUARTA FEIRA

QUINTA FEIRA

SEXTA FEIRA

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Palavras de boas-vindas

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Editorial Jamais haverá Ano Novo, se continuarmos a copiar os erros dos anos velhos… Natércia Rodrigues Ainda cheira a Natal, mas agora a festa é outra. No dia 31 de Dezembro de 2011, quando os ponteiros

do relógio se juntarem, já será um Novo Ano! 2012! É geralmente no princípio de cada novo ano que fazemos uma lista de boas intenções. Se não temos no entanto a intenção de a executar, não é preciso fazê-la para depois apenas arquivá-la na gaveta, como também não precisa chorar de arrependido pelas maluquices concluídas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de Janeiro as coisas mudem e seja tudo esplendor, reconhecimento e justiça entre os homens e as nações. Junte a família e os amigos, faça

desta passagem de ano um momento único de alegria por estar com a sua Gente, de partilhar emoções e afectos, e de esperança renovada de ondas positivas. Cada um de

nós tem seu jeito de lidar com as reminiscências, com suas vivências do passado. Lembrar como foi aquela experiência alegre e pensar como foram tristes alguns momentos pode ajudar-nos na elaboração de nossa esperança e de nossas atitudes neste tempo novo. A caminhada ao passado, a visita aos bons e maus momentos é um exercício que cada pessoa pode experimentar se está disposta a aprender e a reconhecer valores e falhas. O olhar para trás não deve ser visto como um olhar de quem despreza o que viveu, mas um olhar cheio de gratidão por tudo o que viveu e o

que lhe foi permitido viver e fazer pela graça divina. Que as realizações alcançadas este ano, sejam apenas sementes plantadas, que serão colhidas com maior sucesso no ano vindouro. Que as realizações alcançadas noano de 2011, sejam apenas sementes plantadas, que serão colhidas com maior sucesso no ano vindouro de 2012. Que a lua e as estrelas emprestem um pouco de seu brilho, para iluminar esse Ano Novo, e que todos tenhamos “asas de águia” para voar bem alto na construção de um futuro melhor. Em cada dia de nossa vida, aprendemos com nossos erros ou nossas vitórias, o importante é saber que todos os dias vivemos algo novo. Que no Novo Ano que se inicia, possamos viver intensamente cada momento com muita paz e esperança, pois a vida é uma dádiva e cada instante é uma bênção de Deus. Que este Ano Novo seja de confraternização e momentos especiais. Que todos tenham um 2012 abençoado e que os 365 dias, sejam vividos na sua totalidade em busca da Paz, da Felicidade, da Compreensão, das Conquistas e muita prosperidade. Feliz Natal e Feliz Ano Novo! Se chovesse felicidade, eu lhe desejaria uma tempestade. Feliz Ano Novo! São estes os votos de Natércia e José Rodrigues.

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Le journal hebdomadaire Portugais

ÉDITEUR Marie Moreira Directrice Natércia Rodrigues ADMINISTRATEUR Marie Moreira Rédacteur-en-chef Anthony Nunes Infographiste Mario Ribeiro Collaborateurs Jessica de Sá (E-U) Sofia Perpétua (E-U) Avelino Teixeira (Toronto) correspondants António Lobo Antunes Joel Neto José Carlos de Vasconcelos Fotographe José Rodrigues

Hebdomadaire tout les dimanches Fondé le 29-10-2011 Tél.: (514) 299-1593 E-mail: osemanal@live.fr Tous droits réservés. Toute reproduction totale ou partielle est strictement interdite sans notre autorisation écrite. Les auteurs d’articles, photos et illustrations prennent la responsabilité de leurs écrits.

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Combate à corrupção

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Fado interpretado por pré-nomeado para os Ó

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Camané Óscares O fado “Já não estar”, interpretado por Camané no documentário “José & Pilar “, de Miguel Gonçalves Mendes, foi préselecionado para o Óscar de “melhor canção original”, anunciou hoje a Academia que atribui os prémios.

Grande parte da banda sonora do filme português foi composta por David Santos (noiserv), mas inclui ainda temas interpretados por Camané, Paco Ibañez, Pedro Granato ou Adriana Calcanhoto, e já foi editada em CD. A pré-selecção desta canção acontece semanas depois do Fado ter sido considerado Património

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos anunciou a lista de 39 temas candidatos a uma nomeação para o Óscar de “melhor canção original” e o fado “Já não estar”, com letra de Manuela de Freitas e música de José Mário Branco, interpretado por Camané, foi seleccionado. O fado integra o documentário “José & Pilar”, que Miguel Gonçalves Mendes fez sobre o escritor português, Nobel da Literatura em 1998, sobre o processo criativo, sobre a relação com a mulher, Pilar del Río, com os leitores e com o mundo. Documentário candidato a “Melhor Filme Estrangeiro”

Imaterial da Humanidade pela UNESCO. A academia divulgou ainda a lista das 265 longasmetragens aceites para uma possível nomeação para o Óscar de “Melhor Filme”, e dela faz parte o documentário de “José & Pilar”, por cumprir os requisitos, como ter tido estreia comercial nos Estados Unidos e ter estado pelo menos sete dias consecutivos em cartaz. O documentário é ainda o candidato de Portugal a uma nomeação para o Óscar de “Melhor Filme Estrangeiro”. A 84.ª edição dos Óscares decorrerá a 26 de Fevereiro em Los Angeles, Califórnia, mas os nomeados serão divulgados a 24 de Janeiro. Expresso

Coordenado por Natércia Rodrigues

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Notícias

política

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NotĂ­cias

sociedade

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Saúde

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Dossiê Saúde:

Anorexia 22


Saúde

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Dossiê Saude:

Anorexia

● Reduzido ou inexistente apetite sexual. Diagnóstico da Anorexia Um diagnóstico de anorexia só pode ser feito por um médico qualificado, habitualmente um psiquiatra. Para diagnosticar anorexia têm de surgir quatro critérios de diagnóstico. Os critérios padrão para o diagnóstico de anorexia incluem a recusa do indivíduo em manter um peso corpo-

A anorexia nervosa, também simplesmente conhecida como anorexia, é um transtorno alimentar que provoca no indivíduo tanto medo de ganhar peso e/ou gordura corporal que ele(a) limitará severamente a quantidade de comida que ingere. Por vezes, os anoréxicos também fazem exercício em excesso, numa tentativa de queimar as calorias que ingeriram, para não ganharem peso extra. Mesmo quando se desgastam fisicamente, e os outros os acham doentiamente magros, os anoréxicos ainda acham que os seus corpos são muito pesados e continuam a comer tão pouco quanto possível. Infelizmente, sem nutrientes suficientes para os alimentar, os órgãos internos de um anoréxico podem falhar, podendo daí resultar a morte. Sinais de Anorexia Raramente um anoréxico reconhece o seu transtorno alimentar e procura ajuda, portanto cabe muitas ve-

zes a familiares e amigos que suspeitam de anorexia nervosa procurar ajuda de profissionais. Muitos dos sinais que indicam anorexia incluem: ● Contagem obsessiva de calorias; ● Saltar refeições; ● Brincar com a comida no prato em vez de comer; ● Esconder comida (num guardanapo, debaixo de uma travessa, etc.) para evitar comê-la; ● Mentir quanto a já ter comido, numa tentativa de evitar uma refeição; ● Ingerir apenas um determinado tipo de comida; ● Fazer exercício em excesso, particularmente depois de uma refeição, ou “para abrir o apetite”; ● Perda dramática de peso; ● Excessivo interesse em questões relacionadas com peso, imagem corporal e jejum; ● Vestir (para esconder o corpo) roupa larga ou disforme; ● Baixos níveis de energia; ● Doenças frequentes; ● Sono excessivo;

ral apropriado para a sua altura e idade (normalmente 15% abaixo da média), um medo intenso de ficar “gordo” ou com excesso de peso, mesmo quando magríssimo, uma falta de auto-confiança relacionada com uma auto-imagem distorcida e a perda de períodos menstruais durante pelo menos três meses (obviamente não incluído no diagnóstico masculino). Se a anorexia é diagnosticada de acordo com critérios de doença mental, um anoréxico também precisará de um exame físico completo para determinar a extensão da doença ou da injúria que

foi causada por esta transtorno alimentar. Obter Ajuda e Tratamento Anoréxicos gravemente afectados ao nível do físico podem precisar de ser tratados num hospital residencial ou clínica e voltar a ganhar força antes de efectivamente iniciarem o tratamento do seu transtorno alimentar. Não há sistema ou cura reconhecida para a anorexia, mas os trata-

mentos podem incluir uma mistura de aconselhamento/terapia, aconselhamento familiar/terapia, terapia cognitivo-comportamental (para mudar o tipo de comida ingerida, bem como comportamentos alimentares e/ou tipo de exercício físico desenvolvido), o recurso a grupos de apoio ou terapia de grupo, e aconselhamento e planeamento nutricional. Raramente se utiliza medicação no tratamento da anorexia, a não ser que seja receitada para tratar condições associadas à depressão. A anorexia é um transtorno alimentar comum mas altamente perigosa que pode ter efeitos duradouros na saúde física e mental do indivíduo. Muitos anoréxicos não reconhecem a sua transtorno alimentar como prejudicial, e menos ainda procuram diagnóstico e tratamento por sua iniciativa. Em vez disso, são muitas vezes a família e amigos que intervêm para procurar ajuda para a anorexia antes que algum dano irreversível ocorra.

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Dossiê Saude EN FRANCÊS

Jouets toxiques : une o

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Phtalates, plomb ou nitrosamines… autant de substances chimiques potentiellement cancérigènes se cachent dans les jouets de

? A quelques jours de noël, une nouvelle polémique a réveillé les craintes : une trentaine de jouets testés par l’association UFC Que

nos enfants présentent-ils un réel danger de toxicité ? Qu’acheter pour poser au pied du sapin ? Des études des plus inqui-

les jouets, là où pourtant, on les attendrait le moins ! Chaque année, au moment de noël et de sa période d’achat soutenue, les asso-

en effet que plus de 20% des jouets présentent des substituts de phtalates (plastifiants destinés à la fabrication des PVC) et la moitié d’entre

nos enfants ! Du maquillage aux retardateurs de flamme des jeux électroniques, des jeux en bois à ceux en plastique…Si le bisphénol A est interdit dans la fabrication des biberons quid des jouets destinés aux plus jeunes

Choisir révélait que substituts de phtalates et nitrosamines étaient présents dans certains d’entre eux. La législation est-elle suffisante en matière de sécurité pour la santé de nos enfants ? Les jouets que nous achetons à

étantes ! Métaux lourds dans le maquillage des enfants, plomb dans la peinture des poupées Barbies, ou encore tapis puzzle contenant du formanide… les produits toxiques sont partout dans

ciations de consommateurs tirent la sonnette d’alarme. Cette année, l’association UFC Que choisir a mené une enquête toxicologique sur 30 jouets destinés aux moins de 3 ans. Ses résultats sont édifiants ! Il ressort

eux contient des dérivés pétroliers, les hydrocarbures aromatiques polycycliques (HAP), classés comme substances cancérigènes probables ou possibles par l’Agence américaine de l’environnement et l’Union


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NCÊS

ombre plane sur Noël! européenne. D’autres substances susceptibles d’être transformées en nitrosamines ont également été décelées. Ce composé chi-

mique est également classé comme cancérigènes par l’Organisation mondiale de la santé (OMS) et le Centre international de recherche sur le cancer (CIRC). L’association de consommateurs reproche également

à ces joujoux de n’avoir « fait l’objet d’aucune évaluation toxicologique officielle et ne figurant pas dans la liste des additifs pouvant être utilisés dans les matériaux plastiques en contact avec les aliments ». La dangerosité de ces jouets proviendrait en fait de la libération dans la salive de précurseurs de la nitrosamine. Les phtalates et le bisphénol A, utilisés dans les jouets en plastique, sont quant à eux des perturbateurs endocriniens qui peuvent être responsables de prématurité précoce ou de troubles dans le développement des organes reproducteurs. Normes, paradoxes et contradictions Dans son viseur, la célèbre girafe Sophie, le doudou Oui Oui de la marque Lansay, les duplos de Lego, ou encore le Babyouce grenadine de chez Corolle. Pourquoi ne tout simplement pas interdire certains de ces composés chimiques, comme la nitrosamine dans les jouets, alors que c’est déjà le cas pour les tétines et autres sucettes pour bébés ? Le gouvernement allemand a lui, déjà pris une longueur d’avance en la matière et fait exécuter un règlement « dans l’intérêt de la santé des enfants » qui interdit ces substances dans les jouets en caoutchouc destinés à être mis en bouche. La France juge bon de limiter l’utilisation de ces substances jugées cancérigènes, sans pour autant les interdire. Si les jeux et jouets flirtent avec la norme autorisée, aucun n’en reste pour autant en dehors des clous règlementaires. La directive européenne 2009/48/CE du parlement européen et du Conseil du

18 juin 2009 relative à la sécurité des jouets, qui doit être pleinement applicable d’ici 2013, renforce encore les obligations des fabricants et des distributeurs en matière de sécurité des jouets. Elle définit aussi des valeurs spécifiques pour les nitrosamines et liste les substances Cancérigènes, mutagènes ou reprotoxiques (CMR), ainsi que leur utilisation autorisée, mais les tolère… Ces composés qui nous entourent au quotidien n’en restent pas moins étudiés depuis des années. Les scientifiques attestent que l’exposition à ces substances chimiques est bien en dessous du seuil qui exposerait à des probabilités accrues de cancer. Mais que penser de jeunes enfants, vulnérables à l’exposition de ces produits, et dont le système pulmonaire n’est pas encore entièrement développé et la peau plus perméable que leurs aînés ? Les normes en vigueur sont-elles suffisamment protectrices ? Les effets à long terme de ce cocktail de métaux lourds et produits chimiques ne sont pas encore connus. L’Agence de sécurité sanitaire allemande alerte : « Un enfant qui tiendrait dans ses mains pendant une heure un jouet intégrant des molécules ou CMR au seuil autorisé, en absorberait autant par la peau que s’il fumait 40 cigarettes ». Outre Rhin, on définit les limites et fait valoir le principe ALARA ou Aussi faible que raisonnablement possible. On peut également déplorer que les normes ne fassent pas de distinction entre jeux et jouets pour les nourrissons et enfants de moins de 3 ans et enfants

âgés de plus de 36 mois ! Si les phtalates sont désormais interdits des jouets destinés aux moins de 3 ans, l’étude menée ce mois-ci par l’UFC Que Choisir a toutefois prouvé qu’un crayon flexible utilisé par les moins de 8 ans en contenait 40 fois plus que la norme supérieure autorisée ! Des recommandations pour des jouets plus sûrs dans la hotte de noël Même les jouets en bois, réputés plus sûrs, ne sont pas pour autant exempts de produits chimiques ! Ils peuvent notamment contenir des formaldéhydes, produits utilisés dans l’industrie et irritant les voies respiratoires, ou encore des métaux lourds contenus dans les peintures et vernis. Pour ne prendre aucun risque, privilégiez les grandes marques dont les contrôles effectués sont plus rigoureux. Évitez les jouets sans marque vendus sur les marchés ou dans les solderies dont vous ne connaissez ni la provenance, ni le distributeur. Ils peuvent être des contrefaçons. Vérifiez toujours la présence de certains marquages qui doivent figurer sur l’emballage. L’étiquette CE atteste par exemple que le fabricant a élaboré le jouet dans le respect des normes de sécurité européennes en vigueur. Elle n’est malheureusement pas une garantie certaine ! Attention aux jouets importés. Près de 97% proviennent d’Asie et seuls 2 à 3% des contrôles aléatoires effectués par les douanes concernent les jouets. Veillez à bien respecter l’âge de l’enfant à qui vous offrez ou confiez le jouet. Certains produits portent en effet le sigle du cercle

rouge barré avec une tête de bébé et ne sont pas destinés aux moins de 3 ans. Commencez toujours par débarrasser un jouet neuf de son emballage. La Commission de sécurité des consommateurs (CSC) conseille également d’aérer si possible un jouet en plastique neuf pendant 24 heures environ. Vous pouvez aussi laver peluches et poupées neuves. Ainsi, les odeurs seront moins présentes. A défaut d’offrir un jouet « made in China », il vous reste les valeurs sûres : jouets garantis non toxiques, doudous ou peluches aux symboles bios ou produits en cartons et matières recyclables. Préférez aussi les jouets en bois brut sans vernis ni peinture. Décryptez les étiquettes. Des mentions indicatives : « Sans phtalates » et « Sans PVC » existent. Si on ne trouve pas encore aujourd’hui de label français certifiant que les jouets sont bios ou respectueux du développement durable, certains guides, comme celui du Collectif international Women in europe for a common future (WECF) fait le point sur la dangerosité des jouets selon leur catégorie. Un quart des alertes dans l’Union européenne sur des produits rappelés concernent les jouets, selon la Direction générale de la concurrence, de la consommation et de la répression des fraudes (DGCCRF). Des consommateurs mieux informés feront peut-être évoluer la réglementation vers plus de sécurité pour la santé de l’enfant. En attendant, veille et vigilance sont de mise, sans toutefois céder à la panique, pour profiter des fêtes de fin d’année en toute sérénité !

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Gastronomia

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receitas

Bolo de Banana Ingredientes: 4 bananas 150g de açúcar 150g de farinha 125g de manteiga 3 ovos 3 colheres de leite 1 colher (sobremesa) de fermento Caramelo q.b.

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Preparação: Bata muito bem o açúcar com a manteiga previamente derretida. Junte as gemas e continue a bater. Junte a farinha, o fermento e o leite. Envolva as claras, previamente batidas em castelo. Unte o fundo de uma forma com uma camada generosa de caramelo. Unte a restante forma com manteiga e polvilhe com farinha apenas na manteiga. Corte a banana e disponha por cima do caramelo. Verta a massa e leve a forno médio por 30 minutos. Desenforme quente!


Gastronomia

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receitas

Arroz estilo Valenciana Ingredientes: 1/2 kg de arroz agulha; 2dl de azeite 500g de carne de porco (sem muita gordura) 1/2 chouriço de carne 2/3 fatias de toucinho fumado aos cubos 3 fatias de um bom paio aos cubos 1/2 cebola picadinha; 1 folha de louro Salsa picada para a decoração 1 caldo de carne diluído em 2dl de vinho branco 1 colher a gosto de açafrão 125g de ervilhas congeladas Piripiri q.b.; Sal q.b.; 2 dentes de alhos picados Camarão ou gambas a gosto

Preparação:

Num tacho médio, leve a cebola picadinha e os alhos a alourar num pouco de azeite. Deixe cozinhar até a cebola ficar tenra. De seguida, junte as carnes todas, acrescentando depois o caldo de carne com o vinho. Deixe cozinhar em lume brando por 5 minutos. À parte, leve o arroz a fritar num pouco de óleo (apenas o necessário). Junte então as carnes, as ervilhas, a folha de louro, o sal e o piripiri. Envolva tudo muito bem, acrescentando depois a devida água, já a ferver, para a cozedura. Por fim, deite a colher de açafrão, deixando ao lume por cerca de 10 a 15 minutos, ou até o arroz ficar “al dente” ou a seu gosto. Num pote de barro ou travessa, deite o arroz já cozido e enfeite com umas gambas ou camarão, como se pode ver na imagem. Leve ao forno por mais dez minutos, a 180ºC. Sirva de imediato, polvilhado com salsa picada.

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Cultura

O Semanal Português

lENDAS DE

pORTUGAL

A Princesa Zara

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Era uma vez ... nos tempos já muito distantes do Rei Afonso, que do norte vinha para o Sul, conquistando terras e mais terras

um Portugal maior. Os mouros sabendo do castelo pouco guardado, voltaram e, após uma luta porfiada, venceram os

condia no horizonte sob nuvens acobreadas, a linda moura, estava à janela do castelo voltada ao Arrabalde, a pentear os cabelos

também em direcção do castelo. Foi então que a linda princesa castelã perguntou ao seu velho pai:

ajuntaram para avançarem para o castelo sem serem vistos. E avançaram, avançaram cautelosamente, até que já

que estavam na posse da moirama, chegou ele às proximidades de Leiria cuja terra conquistou também. Aqui construiu um castelo rouqueiro, que entregou à guarda dos seus guerreiros, abalando à conquista de mais terras, a construir

guardas do castelo e tomaram-no. Passou a ser por essa altura, seu guardião, um velho mouro que vivia com sua filha, uma linda moura de olhos esmeraldinos e louros cabelos entrançados, chamada Zara. Um dia, já o sol se es-

encanecidos de seu velho pai, quando viu ao longe uma coisa que lhe pareceu estranha, mesmo muito estranha. Que viu a linda princesa castelã, de olhos verdes de esmeralda? Viu o mato a deslocar-se de um lado para o outro e

“Oh! Pai, o mato anda?” Ao que o pai da linda princesa, respondeu: “Anda, sim, minha filha, se o levam.” E o mato era levado, sim, mas pelos guerreiros cristãos do Rei Afonso, que se escondiam atrás de paveias de mato que cortaram e

próximo da porta chamada da traição, correram, passaram-na lestamente e conquistaram o castelo. Nunca mais se soube da linda princesa de olhos verdes, nem de seu velho pai, que era o Governador, mas, a partir desse dia, Portugal ficou maior.


Cultura

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história DE

pORTUGAL

O reino visigótico Durante quase dois séculos, os visigodos dominaram quase toda a Península Ibérica, excepto os territórios bascos. Estabeleceram a sua ca-

pital, primeiro, em Barcelona e, posteriormente, em Toledo. No entanto, as sucessivas lutas internas fragilizaram a sua estabilidade. Os visigodos e os hispano-romanos viviam separados pelas leis, língua e religião, pois, enquanto os hispano-romanos eram cristãos, os visigodos eram

arianos. Isto impedia a colaboração com a Igreja Católica, a única instituição que mantinha a tradição romana na administração e na vida política e cultural.

A plenitude do reino visigótico teve lugar com o rei Leovigildo, que iniciou uma política de centralização do poder que chocava com os privilégios das elites católicas e com o poder dos suevos. Conseguiu a unidade territorial do reino com a anexação do reino suevo, mudando a capital

para Toledo de forma a assegurar a centralização. No ano 589, o rei Recaredo converteu-se ao Catolicismo, adoptando-o como religião oficial do reino

Península. Na prática, tal não deve ter acontecido, pois existia uma separação social baseada na riqueza e no sangue, que se pode considerar já como um

quando em 711 os inimigos do rei Rodrigo pediram auxílio aos muçulmanos de Tânger, estes, comandados por Tarique, derrotaram o rei visigodo na batalha de

visigótico, superando-se assim mais um obstáculo para conseguir a formação de um só povo entre visigodos e hispano-romanos.

processo de feudalização.

Guadalete. Dirigiram-se depois a Toledo, ocuparam a capital do reino sem resistência e dominaram, rápida e progressivamente, o reino visigótico. A rapidez com que os muçulmanos conquistaram o reino visigótico mostra como este se tinha fragilizado.

A definitiva paridade veio a estabelecer-se no ano 654 com a elaboração de uma lei geral - o Código Visigótico - que se destinava a ser aplicada igualmente a todos os habitantes da

Os últimos vinte anos do século VII e os primeiros do século VIII foram desastrosos para o reino visigodo. O poder fragmentava-se cada vez mais, fragilizado pelas lutas internas entre facções da nobreza pela sucessão ao trono. As consequentes crises políticas irão, mais tarde, debilitar o reino e,

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Viagem

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As 25 melhores pr

Destino:

Negril/Jamaica

A Jamaica é uma nação insular localizada no mar das Caraíbas (mar do Caribe), extensa 234 quilômetros de leste a oeste e 80 quilômetros de norte a sul. Situa-

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se a cerca 145 quilómetros ao sul de Cuba e a 190 quilômetros a oeste da ilha de Hispaniola (onde se localizam o Haiti e a República Dominicana. É o terceiro

país anglófono mais populoso das Américas, superada apenas pelos Estados Unidos e Canadá. Sua capital e maior cidade é Kingston. Negril é um dos

lugares mais belos da Jamaica! Uma beleza natural e realmente praias lindas...de areia branca e cercada de árvores tropicais... uma variedade de hotéis e resorts.

Não por acaso, Negril é mundialmente considerada, por renomadas revistas de viagem, como uma das dez praias mais lindas do mundo!


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Viagem

raias de o mundo

a

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Comunidades

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Desemprego em luxemburgo

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Comunidades

Ironbound

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Ironbound

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imigração

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O Semanal Português

Montreal

Joe Puga lançou um n

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ovo CD “VIVA” Natércia Rodrigues fotos de José Rodrigues

Foi no dia 10 de Dezembro que este artista lançou, no Centro Leonardo da Vinci em Montreal, o seu último trabalho discográfico. Musica é vida por isso a musica é da vida o seu reflexo. O Joe reuniu os familiares, amigos e fãs para apresentar este seu último trabalho intitulado “VIVA”. Para além de ser um excelente cantor é também compositor e um óptimo apresentador. Quem melhor do que ele próprio para apresentar o seu programa, os seus convidados cantores e músicos? Falando lindamente bem o português, francês, inglês, italiano e espanhol conquistou de imediato a simpatia do povo. O seu primeiro contacto com a música surgiu logo de rapazinho pequeno. Foi cantando, cantando e a sua voz

e música conquistaram o mundo indo até ao Japão. Na hora certa, no Centro Leonardo da Vinci, as luzes baixaram de intensidade, fez-se silêncio na plateia e começou uma projecção de fotos, aquelas mais brilhantes da vida deste desmedido artista, o Joe. Muitos aplausos se ouviram e logo a seguir foi a ocasião do artista entrar em cena. Após algumas das suas canções, foi a aparição da primeira convidada da noite, a Kathleen Magalhães. Uma menina ainda muito jovem mas com uma voz deslumbrante e interpretou duas canções. Foi em seguida a vez da “cotovia Açoriana” a colossal Jordelina Benfeito. A sua trajectória é brilhante, podendo mesmo afirmar que quando ela canta, estamos diante de uma mulher que tem amadurecido vocalmente até ao ponto de não deixar mar-

gem de dúvida que é a mais completa intérprete de fado na nossa comunidade e não só. Dona de uma afinação perfeita sem esquecer a emoção e a frescura que desprendem das suas actuações. A ultima convidada da noite, veio de Toronto e chamava-se Sarah Pacheco. Jovem também com reconhecido talento. Já ganhou muitos concursos e prémios e tem cantado com grandes filarmónicas e orquestras sinfónicas, chegando a esgotar salões e teatros. Assim terminou a primeira parte do espectáculo. Após um pequeno intervalo, iniciou-se a segunda parte do serão. Esta última, foi reservada apenas ao novo álbum “VIVA”. Fazendo-se acompanhar por duas bailarinas nalgumas das suas canções e por alguns membros do grupo folclórico Português de

Montreal noutra canção, parece-me que ofereceu ao público uma interpretação mais moderna na apresentação das suas canções. Joe fez-se acompanhar por Hernani Raposo e a sua orquestra. Durante este maravilhoso espectáculo, o artista quis homenagear aquela que tem sido, segundo ele, uma grande mulher que lhe tem escrito vários poemas, que o tem corrigido e assistido no seu português e que tem sido também uma grande amiga, Adelaide Vilela. A canção “Bengala” foi dedicada a sua mãe. O Joe tem uma extensão vocal extraordinária. Quando ele se despedia, o publico exigia o seu regresso ao que ele acedeu. Ao integrar-me naquele ambiente senti algo de muito forte naquela sala, perguntando-me: “Que fenómeno este tão estranho,

que leva todos os presentes a transformarem-se quando se ouve o tocar duma guitarra acompanhando estas vozes maravilhosas que nos fizeram sentir que em tudo aquilo, havia muito de Portugal?”. Nesta noite, Joe Puga representou o desafio de testar a sua capacidade e de levar ao extremo o seu trabalho. O seu trabalho tem sido ascendente e luminoso! Tenho a certeza que na carreira futura, tem a cabeça cheia de ideias, a qual é muitíssimo difícil. No entanto com o esforço, a vontade e o savoir-faire, ele vai ir bastante longe. Por estes 25 anos a cantar, os meus parabéns. Parabéns também pelo teu orgulho de seres português e de transmitires tão bem as tuas raízes. Muito sucesso sempre, são os meus votos.

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Montreal

Eis a Magia do Natal… Natércia Rodrigues fotos de José Rodrigues

Parece que ainda agora

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acabou o Verão e já estamos a falar da época mais brilhante do ano, o Natal. Pois é, já há algum tempo

que começou a azáfama das decorações e da compra de presentes, que podem e devem ser feitas atempada-

mente, para evitar o stress de quem deixa tudo para a última da hora. É verdade. Gosto do Natal e de tudo o

que o rodeia. Gosto da alegria das crianças. Do convívio em família, e até do Pai Natal e suas prendas.


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Temos no entanto que planear o que vamos oferecer. Não devemos gastar muito, pois estas lembranças de-

vem ser só uma lembrança e não uma competição como muitas vezes acontece. No geral são sempre

muitas prendas que temos que oferecer: fazes parte de um grupo de ginástica, tens que comprar algo para

outro membro deste grupo; estás no trabalho, compras ofertas para oferecer; tens amigos, tens que oferecer algo; teus pais, filhos, netos; a vizinha guardou a chave da tua casa enquanto foste de férias, ofereceslhe um mimo; há até quem compre algo para os animais de estimação. Aproxima-se o Natal. As pessoas afadigam-se nas suas compras, para que nada falte na celebração daquela que é considerada por muitos a festa da família. É preciso preparar a ceia e o jantar do Natal, convém ornamentar a casa para lhe dar um ar festivo, com muitos brilhos e muitas luzes. Uma mudança visível, por exemplo, no mês do Natal, é que as pessoas sorriem mais. Tornam-se mais tolerantes, mais pacientes. Algumas ficam mais optimistas. As ruas e os centros de lojas ficam apinhados de gente que anda de um lado para o outro, de forma deliciosamente barulhenta. Os sons, a confusão e as algazarras de Dezembro fazem parte do cenário natalício. Até o trânsito congestionado faz parte da festa. O Natal é a festa da família. Onde nasceu a mais extraordinária família senão na gruta de Belém? Foi lá, com o nascimento do Menino, que ela se originou. Este ano estou extremamente feliz e afortunada, pois na noite de Natal baptiza-se a minha neta mais nova que tem três meses. Seus pais, irmã, tios e avós estão verdadeiramente alegres com este acontecimento, pois o baptismo é a fé e esperança renascida nos olhos de uma criança. Que a luz do baptismo percorra este lar trazendo alegria aos corações de todos.

Lembrem-se que a verdadeira celebração do Natal de Jesus pede antes de tudo a reconciliação em família. Este período é muito propício para isto. Queridos, nunca haverá uma família sem problemas. Se errarmos, sejamos humildes e peçamos perdão. Se errarem contra nós, sejamos justos e perdoemos, pois no final, só o amor ficará. Vou aproveitar este Natal para passá-lo em família, trocando os presentes natalícios e pedindo a Deus que nos traga saúde, paz e muito amor, para que possamos ver os nossos netinhos (Giuliano, Leila, Skyla e Sofia) crescerem rodeados de valores fundamentais. Que este dia possa trazer momentos de fé e de esperança. Que se possa fazer deste dia todos os dias da nossa vida. Que a paz possa reinar eternamente nos nossos corações deixando que a alegria se manifeste em todos os momentos das nossas vidas. O Natal é uma época em que nos lembramos da família ausente e dos amigos. Assim enquadrado nesta época, a nostalgia, o pensamento e a música misturam-se...e sem querer, transporto a minha mente à freguesia de Santa Bárbara, em S. Miguel, Açores, terra que me viu nascer assim como à Póvoa de S. Miguel, no Baixo Alentejo, onde passei a minha infância. Recordo a escola onde aprendi a ler e a escrever, o terreiro onde brincava todos os dias, os vizinhos e os familiares que já faleceram. O Natal é lindo! É tempo de paz, carinho e amor. ....Feliz Natal a todos! Natércia e José

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Montreal

6, 5, 4, 3, 2, 1... Sylvio Martins

Fotos de Lina Perreira

Qual é a melhor passagem de ano? Quem faz mais

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para o menos? Qual será a ementa e qual é o conjunto ou DJ? Isto é uma das noites mais importante do ano. Associações fazem-o,

restaurantes também, salas de recepções, claro que sim, será em português, italiano, francês ou inglês. É difícil escolher, nestes três últimos anos decidi

um dever de ver o que é bom e apreciar o fruto de um grupo associativo tal como a associação de Laval a fazer esta festa, em grande. Durante 6 anos tive

dade e no final, fiquei cansado de ir a tantas festas. Neste últimos três anos tive ajuda de vários amigos que apanharam mais ao menos o que acontecia nas festas.

de ir a Laval, MAIS UMA VEZ. Porquê? Acho que é

a honra de ir ver todas as festas através da comuni-

Este ano, também é a mesmo tradição. Apresentando


O Semanal Português

Bom Ano Novo! um pouco da comunidade através de Montreal. O ano passado, em Laval foi bastante negativo mas este ano fizeram o impossível, possível. Fecharam

bastante longe para não afectar a sala nem a festa. PARABÉNS a pessoa que teve esta óptima ideia. Depois entrando na sala foi realmente espectacular,

a porta principal para não entrar tanto frio para a sala e para acomodar os fumadores, abriram uma porta

foro nas cadeiras, a loiça, a apresentação o estilo e também o serviço a mesa foi espectacular. Nunca

visto numa festa desta altura. A comida para mim foi mesmo uma delicia do inicio ao fim. O conjunto

Tropical fizeram um excellente trabalho para animar e fazer bater o pézinho. Para finalizar deve dar os

parabéns a todos para fazer desta festa um grande sucesso.

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Comunidades

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Montreal

Fim de ano com a familia e os amigos‌ 42


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Natércia Rodrigues fotos de José Rodrigues

Acabamos de abrir um livro. As páginas estão em branco. Vamos escrever nele, preenchê-lo com muitas frases, com muitas ideias, muitos sonhos, muitos, muitos e muitos de

tudo! Vamos chamar esse livro “Oportunidade” e o primeiro capítulo vai ser sobre a Passagem do Ano de 2011 para 2012. No meu

livro, vou começar com a Passagem de Ano que vivi pela primeira vez, na Casa dos Açores do Quebeque. Todos se prepararam para passarem a passagem de ano em grande e realmente foi uma noite que prometia ser TOPPPP e foi! Não tínhamos casa cheia o que

foi pena, mas como dizia o nosso já falecido António Vallacorba, antes poucos e bons. Até tivemos um DJ novo que muito bem se or-

ganizou para tocar as melhores musicas e todos se

enorme e faz ferver a cabeça de qualquer um, mas

divertiram. Os cozinheiros preparam uns pratos muito convidativos e colossais que muitos não conseguiram acabar tudo. Houve balões, chapéus, cornetas e champanhe. Trocas de Boas Festas, de um BOM ANO 2012 com saúde, paz e amor eram as palavras que se ouviam. Alias a tarefa das pessoas organizadoras foi grande. Preparar os pratos da ceia, decorar a sala... a lista de tarefas para o final de ano é sempre

quando o resultado é bom, vale a pena. A Casa dos Açores está de parabéns! É certo que cada ano terá a sua evolução, e nunca igual aos outros. Devemos desejar que, pelo menos, não se apresente com epidemias e outros motivos de perigo que são sempre indesejáveis em muitas áreas, nomeadamente sismos, inundações, fome, etc., também muito vulgares em certas épocas do ano e desde longa data, infelizmen-

te. Acredito que muitos dos nossos desejos tenham boa confirmação, para agradecermos ao novo ano a sua presença. “Ano Novo vida nova diz o Povo!”… temos que conseguir afastar a “fotocópia do que é mau”, quando se analisar com meditação o caminho dos dias, dos meses, etc. porque a DIVINA-PROVIDENCIA não deixará de nos ajudar, para termos, também, alguns sonhos felizes! Que seja esta a boa esperança no Ano 2012 são os meus melhores desejos, a minha melhor profecia. Tenho a certeza que os astrólogos têm passado horas a pensar como será este novo ANO. Certamente não faltarão conjecturas das mais variadas condições e tentativas para nos apresentarem, em marcados e inéditos trabalhos, as mais bizarras ideias, consoante os ensaios realizados para estes fins. As pesquisas deles continuam em marcha… mas como eu nada sei da futurologia, apenas peço que nos traga PAZ!

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Opinião

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crónica | Muito Bons Somos Nós

Alçapões pouco pueris

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Joel Neto Como uma bofetada numa criança faz desmoronar um grupo de amigos. Retrato de um

No momento em que Harry espanca Hugo, já todos nós, leitores, o espancámos várias vezes em pensamento. “Espancar”, na verdade, é um verbo demasiado for-

é o seu pai alcoólico, tão autoritária e ridícula e insuportável a sua mãe new age. E, contudo, no instante em que é perpetrada, aquela bofetada não apenas

subúrbio australiano que se pretende também de um tempo. É o quarto romance do australiano Christos Tsiolkas e ganhou o Commonwealth Writers’ Prize 2009.

te para Harry, que se limita a dar-lhe uma bofetada. Mas não para nós: nós preferíamos tê-lo visto espancado mesmo, tão irritante é o miúdo, tão agressivo

se faz ouvir em cada recanto do jardim onde Hector e Aisha recebem os amigos para um churrasco de sábado à tarde, acabando abruptamente com a festa, mas como que ecoa pelos

subúrbios de Melbourne, pela Austrália, pelo mundo todo. Hugo não é filho de Harry, e o primeiro drama é esse. E, porém, o desmoronamento daquele grupo de amigos, de imediato dividido entre os que também teriam esbofeteado Hugo, que naquele instante ameaçava outra criança (precisamente o filho de Harry) com um taco de críquete, os que jamais esbofeteariam uma criança, indefesa mesmo quando de trato difícil, e os que agora querem é distância, tão óbvia é a folia colectiva em que os contendores mergulharam, não parece tão resultante da bofetada em si como do desconhecido mas irreprimível desejo de provocálo ao primeiro pretexto. E então vem ao de cima tudo o que cada um deles tem de mau, incluindo o classismo, o sexismo, o racismo e todos os demais preconceitos fundamentais, que efectivamente se vem a verificar concentrarem-se todos em Harry, mas na verdade se dispersam pelos amigos em diferentes combinações. Cada um dos oito capítulos tem como centro de consciência um dos convivas presentes no churrasco, o que faz derivar a narrativa para os dilemas pessoais de cada um, que por outro lado passam a funcionar em tensão com as ponderações sobre se Harry é pouco menos do que um assassino ou o mais inesperado dos justiceiros. O pano de fundo é a prosperidade económica do início do século. Ao longe, no entanto, já se fazem ouvir os trovões que anunciam a crise, como Auden dizia que anunciavam a morte em dia de piquenique – e, se o colapso estiver determinado a demorar-se,

aqueles gregos, indianos, árabes, aborígenes, latinos e britânicos que ali se reúnem, no churrasco com que o livro começa e a que todos regressam diariamente, inquietos, estão mais do que dispostos a apressá-lo. O romance é de 2008 e chega-nos já com o carimbo de vencedor do Commonwealth Writers’ Prize, que se sucedeu a uma nomeação para o Man Booker. Nem todas as oito narrativas têm a mesma força, nem seria de esperar tal coisa. Há diálogos menos inspirados, imagens pouco conseguidas, figurantes banais, uma certa perda de fôlego com o avançar das páginas – e depois uma perda quase definitiva dele, a seguir ao capítulo centrado no velho Manolis. De resto, o lirismo está muito mais na interioridade das personagens, nos abismos e comoções que vão escorrendo dos seus mal controlados silêncios, do que propriamente naquilo que é expresso, por elas ou pelo narrador. Mas a sátira a uma certa contemporaneidade, incluindo as suas convenções e as suas armadilhas, a sua cultura pop e o seu mainstream, a sua escassa capacidade de amar e a sua imensa culpa – a sátira a um certo tempo, no fundo –, é implacável. E os tipos sociais, embora às vezes forçados, servem-na com diligência. Escasseiam, é verdade, os momentos de contemplação do belo. Mas Christos Tsiolkas, de que este “A Bofetada” é o quarto romance, esforça-se por não ir além daquilo que as pessoas sobre que escreve conseguiriam decifrar – e talvez isso não seja um completo absurdo.


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crónica | Opinião

O Sentido da Vida António Lobo Antunes

Costumava ir ao cemitério visitar a minha mãe mas, por não ter a certeza de qual era a campa, dado não existirem lápides naquele talhão, apenas números na ponta de hastes de ferro, sentava-se por ali, numa saliência a jeito, e ficava a olhar a terra e as árvores ou um dos cachorros que, de quando em quando, passavam por ele, a murmurarem, seguindo um fio de cheiro lá deles. Ao longe oliveiras e, mais longe, depois de um murozito, uma ou outra ruína antes do mar. A mãe devia estar por perto, muito calada, sob um dos tufos de ervas ou, se calhar, era agora um tufo de ervas que às vezes suspirava com o auxílio do vento. Aos setenta anos tanto lhe fazia, mas sentia-se quase eterno a imaginar que a escutava. Trazia uma garrafa no bolso da gabardine, destinada a acompanhá-lo se por acaso uma névoa de desconforto lhe arrepiasse o estômago. Não chegava a beber porque as ervas não pronunciavam o seu nome. À esquerda oliveiras em lugar de choupos, um ou dois

corvos junto às vacas numa encosta. As vacas não pastavam, quietas desde ele pequeno, desde há séculos, as mesmas da sua infância, de pestanas brancas, com os tendões do pescoço a baloiçarem. A mãe costumava dar-lhe café quando a visitava. Tinha o retrato de um homem de barba em cima de um caixote, amparado a uma boneca a que faltava um dos braços. - O meu avô e a Matilde dizia a mãe ao olhá-los

- O meu avô e a Matilde isto enquanto aquecia o café, com o sol no freixo das traseiras e, nos intervalos da voz da mãe, um imenso silêncio no interior do qual, por vezes, latejava uma rã, nos charcos do outono, a inchar e a desinchar a garganta. Nunca havia de esquecer o cheiro da roupa da mãe e uma mala aberta, com talheres e panelas, a um canto. Ou a orla de espuma castanha no café preto. As ervas do cemitério não mencionavam o avô nem a Matilde, limitavamse a sussurrar murmúrios sem nexo. Contou vinte e sete números em vinte e sete hastes de ferro, vinte e sete defuntos a acompa-

nharem-no. Se não os contasse julgaria que mais de mil, porque a tábua do seu peito lhe parecia oprimida por uma multidão de criaturas. - Quantos somos? perguntava-se ele

- Quantos somos ao certo? e a pergunta flutuava em torno até se dissolver devagarinho e esquecê-la. Em certas ocasiões vinhalhe a recordação do pai, na sua cadeira de pranchas de barrica, com o tubo do cachimbo reforçado a adesivo. Não o pai de dia, o pai à noite, observando, pela porta aberta, as duas ou três luzinhas do escuro, que deviam pertencer aos candeeiros da estrada. Talvez às folhas das piteiras sob a lua. Talvez a almas vagabundas em busca de sossego. Perguntou, a tocar na garrafa - Acha que são almas, mãe? e a sua própria voz tranquilizou-o, ainda que se lhe afigurasse esquisito continuar vivo. Podia ter falecido quando caiu do tractor. Podia ter falecido com a febre de há dois anos. Se tivesse falecido era à beira da sua campa que estaria agora. Quer dizer, à beira

de um número, dele ou de outro. Uma das vacas avançou três passos. A mãe, ao entregar-lhe o café - Bebe enquanto está quente

e em que sítio parariam agora o retrato do avô e a Matilde? Não herdara as feições do avô, não herdara as feições do pai. A mãe espantava-se - A quem sais tu? a verificar-lhe o nariz, a boca, o queixo. Apetecialhe que alguém lhe falasse. Tivera uma mulher em tempos. Recordava-se dos suspiros dela, dos dedos magros a moverem as coisas. Uma tarde não a encontrou. Deixou um vestido no cabide, um vestido antigo, com pintinhas. Um cabelo no esmalte do lavatório. Um gancho na mesa. Um dos cachorros do cemitério parou a fixá-lo. Fixou-o de volta com a certeza de não ter pele, de ser, ele mesmo, o cemitério inteiro, as oliveiras, o mar. Uma guinadazita de vento transportou-o para norte, roçando na terra, nas pedras. Uma guinadazita de vento articulou

- Mãe uma espécie de paz vestiu-o inteiro, uma espécie de paz sem relação com a mãe, sem relação com nada e, no interior da paz, um hálito ténue que cantava. Não compreendia a cantiga mas sabia que vinha de regiões confusas, de uma casa que conhecia e perdera e na qual nunca entrara. Ficava na rua a espreitar uma varanda sem ninguém, um tremor lento de cortinas. Talvez lhe acenassem das cortinas, não estava certo. Devagarinho a cantiga foise tornando mais forte até tomar conta dele, erguendo-o como uma semente sem peso. Ainda deu pelo cachorro, agora minúsculo, lá em baixo, ainda deu pelos números do cemitério, ainda deu pela mãe - O meu avô e a Matilde e o braço que faltava à Matilde entristeceu-o. Isto é, não bem tristeza, uma coisa parda que se desvanecia e, ao desvanecer-se, ainda deu pelo indicador e o polegar da enfermeira do hospital que lhe fechavam as pálpebras. O freixo das traseiras continuava cheio de sol.

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Vender as “Jóias da Coroa” Mário Soares

Sou, como se sabe, a favor de uma economia de mercado. Desde que seja regulamentada com princípios éticos e não dê lugar a uma economia virtual, facilitada pelos “paraísos fiscais” e pelas grandes negociatas, promovidas por políticos e tecnocratas cor-

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ruptos. Numa só frase: sou pela economia de mercado, mas não por sociedades de mercado. Não aceito que os mercados especulativos possam dominar - e até destruir - os Estados, como está a ocorrer na União Europeia. Pelo contrário: penso que os Estados soberanos devem regulamentar os mercados e metê-los na ordem. Sou socialista,

mas não suporto o socialismo de Estado, que deu lugar, como se sabe, à tirania comunista. Sou, acima de tudo, pela Liberdade e pelos Direitos Humanos, numa palavra, por Estados de Direito, regulados pelas Constituições, como leis fundamentais, tendo como

lítico - não há democracia sem partidos - na liberdade e independência da imprensa, no diálogo social entre sindicatos e associações patronais e em Estados sem gorduras, como se diz agora, mas com as responsabilidades que lhes incumbem e o poder demo-

tade política e ideológica, sem qualquer discussão aprofundada e transparente, no Parlamento ou na comunicação social, e num momento de crise aguda para o País. Porquê? Porque a troika manda? Ou porque precisa de dinheiro e o vai gastar? Nesse caso,

principais objetivos: a paz, a justiça social, o bem-estar dos cidadãos e a luta contra as desigualdades, pela realização de conquistas sociais, como: as pensões para os reformados e os idosos, os Serviços Nacionais de Saúde, tendencialmente gratuitos, e a educação facilitada para os que querem estudar e não têm recursos. Acredito no pluralismo po-

crático que a Constituição lhes atribui. Sou socialista ou como outros Estados europeus se autoapelidam (exceto Portugal) socialdemocratas ou trabalhistas, três designações para a mesma realidade. Vem isto a propósito do problema das chamadas privatizações que o atual Governo entende dever fazer, pela sua simples von-

onde? E porquê? Trata-se de um problema sério e que, por isso, me preocupa muito. Note-se que não sou, por definição, hostil às privatizações. Foi num governo a que me honro de ter presidido que os primeiros bancos foram privatizados, depois das nacionalizações que se seguiram ao 11 de Março de 1975. Mas agora, ao que parece, trata-se

de vender as “joias da coroa”, com o dinheiro que daí possa vir a, provavelmente, esfumar-se, e a pobreza do Estado a acentuarse de forma irremediável. Saberão os governantes a tremenda responsabilidade em que incorrem? A verdade é que quando há dificuldades é ao Estado que se recorre. Como sucedeu mais uma vez com os bancos, quando tivemos que pedir dinheiro à União Europeia e ao FMI para evitar a bancarrota. O Governo, ao que se diz, prepara-se para privatizar, vendendo não a grupos portugueses, mas ao estrangeiro e a empresas, curiosamente, nacionalizadas, empresas portuguesas de valor estratégico, como: a EDP, a REN, uma parte da RTP, a GALP, a CP, as Águas de Portugal, a ANA, a TAP, os CTT, etc. Para onde vai o dinheiro recebido? E com o que ficaremos de sólido? Serve isso a Portugal ou é tão só para agradar à troika? Ou aos agentes desses negócios? Atenção, senhores membros do Governo e dos outros órgãos de soberania: vender, sem mais nem menos, o património mais importante e estratégico do nosso país, no plano internacional e tendo em vista o futuro, sem que os portugueses no seu conjunto, mas seguramente na grande maioria, sejam vistos nem achados, é algo de muito grave e, se corre mal, como julgo, de imperdoável. Oiçam, ao menos, a vontade popular que é, em democracia, o que o Povo mais ordena...


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crónica | Opinião

Emigração e os direitos blá-blá Portugal está a retomar o caminho da emigração - movimento de algum modo estancado perto dos anos 80, muito por via da injecção de expectativas altas aliadas às vantagens, até financeiras, decorrentes da adesão à então Comunidade Económica Europeia. Há, porém, diferenças entre o antes e o agora.

ram então famosos os chamados “bidonvilles” dos arredores de Paris, constituídos por uma comunidade de pouca escolaridade mas muitíssimo trabalhadora; capaz de se adaptar e nunca renegar as origens. Os laços familiares e a casinha na aldeia contribuíram para a diáspora conquistar o respeito de todos. Houve, depois, o tal hiato - mesmo a reversão para país de acolhimento. A mo-

produtivo, endividamento do Estado, das empresas e das famílias. O erro sai caro. Impõe políticas restritivas. E o redimensionamento da Economia traz associado o paradoxo: a sociedade do Portugal do século XXI está mais bem preparada, é mais culta, mas esbarra no desemprego galopante. Os últimos números divulgados pelo Eurostat são eloquentes: Portugal passou a

fácil concluir estar o país a atravessar dificuldades enormes. Aqui chegados, qual a saída? No último ano, mais de 100 mil portugueses fizeram as malas e partiram em busca de um melhor futuro - primeira linha para o regresso a África e ao Brasil. Uma parte da guerra das convicções políticas dos anos 60 e 70 foi substituída por outra: a da sobrevivên-

A frieza dos números - os da crise e os da dificuldade de retoma de uma rota de progresso - aconselha a adopção da “real politik”. Isto é: lamentar a “exportação” de portugueses nos quais o país investiu, mas para quem não tem nada de bom a oferecer no tempo próximo. Eram escusadas algumas afirmações de certos governantes, como Passos Coelho ou Miguel Relvas - reincidente, ontem

Nas décadas de 60 e 70 do século passado, primeiro com Salazar e depois com Marcelo Caetano, a recusa de participar na guerra colonial e/ou a pobreza quase generalizada foram responsáveis pela partida de milhares e milhares de portugueses para os quatro cantos do Mundo em busca de uma vida melhor. Fica-

dernização por via da Europa e dos fundos comunitários permitiu alguns saltos qualitativos no chamado Portugal de Abril, a começar pelo Ensino para todos. Simplesmente, o foco do dinheiro fácil associado à especulação financeira e à falta de uma estratégia nacional deu no que deu: desmantelamento do sistema

ter, em Novembro, a quarta maior taxa de desemprego da Europa - 13,2%, correspondente a 731 mil pessoas. Tão ou mais grave: 30,7% dos jovens abaixo dos 25 anos de idade estão sem perspectivas de arranjar trabalho. Se se tiver presente o número de cidadãos já riscados das contas dos centros de emprego, é

cia num patamar de dignidade. Na actual conjuntura, só por mera fantasia é possível ao país acomodar bem todos os seus cidadãos. É um direito legítimo. Mas, infelizmente, um direito blá-blá, igualzinho a tantos outros consagrados na Constituição - habitação, educação, saúde. Pois.

-, mas tiveram a virtude de pôr a nu a hipocrisia dos que, paralisados na hipótese de encontrar saídas conjunturais, bramam contra tudo o que mexe. Hoje por hoje já é bom o país respeitar os novos emigrantes, na expectativa de, no futuro, não renegarem as suas origens.

Fernando Santos

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Informação em destaque

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Larisa Riquelme Nacionalidade: Paraguaia Data de nascimento: 22 de Fevereiro de 1985 Profissão: Atriz e modelo

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As 100 mulheres mais bonitas de 2011


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Vidas Activas

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Mulher crónica sensual

Plano para manter um hom

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O objectivo do marketing? Vender um ‘produto’, fidelizar um ‘cliente’, conquistar ‘mercados’. E garantir uma ‘relação’ duradoura e ‘lucrativa’ para ambos os lados. Há

mas no fundo trata-se de mera lógica promocional: venderá melhor um produto em que acredita. Por isso acredite em si e nas suas capa-cidades, capriche no visual, desenvolva o que tem

linhos e escrever em cada um a actividade ‘ofertada’: ‘Fazer prato preferido para o jantar’. ‘Ida às compras com a sogra (sem refilar)’. ‘Tarde a ver um filme à escolha dele’. ‘Noite de

de estratégia, a antiga funcionou durante tanto tempo. Mas não é preciso fazer um transplante de personalidade nem mudar de vida: vão passar um fim-de-semana sozinhos a qualquer sítio

servi-los. Tradução: vale a pena recuperar a relação ou já é um caso perdido? Está a apostar tudo num cliente indeciso e desatento que já é fã de outros produtos concorrentes ou vale a pena

muito que estas estratégias nos podem ensinar. Preparada para aprender como se monta uma campanha... para promover o amor? Saiba vender-se Em primeiro lugar, tem de ‘acreditar no produto’ (OK, vamos tirar aspas porque senão passamos o artigo todo com aspas, e já toda a gente percebeu a ideia). Se não se ama a si própria, não vai conseguir convencer os outros a amá-la também. Isto é uma ideia que nos andam a passar há séculos,

de melhor, mostre-se no seu mais radiante. Se acha que ajuda, sente-se e anote as suas qualidades... Lance promoções Há uma ideia que costuma aparecer por alturas do Natal como dica para oferecer àquelas pessoas que já têm tudo, e que é a seguinte: cupões de oferta. Não, não são os nossos cupões de desconto! (embora também possa usá-los com grande vantagem na alínea ‘Campanha de Fidelização’). Pode reunir alguns pape-

sexo escaldante’. E depois é usar à vontade do, enfim, freguês. Claro que, como já não estamos na Idade Média, convém que o freguês também faça o seu carnet: (‘Uma noite a levantar-se sempre que o Luisinho chora!’. Uma manhã de domingo em que fique ele em casa a fazer o almoço para eu ir à hidroginástica!’) Claro que, por ele, está à vontade para fazer um Especial Kamasutra... Planeie uma estratégia Tudo bem, é difícil mudar

onde nunca tinham ido. Experimentem uma actividade nova por semana: isto responde a uma regra básica do marketing: mantenha o cliente interessado. Não lhe dê tempo para investigar outros mercados Estude a rentabilidade Dizem os manuais que não basta satisfazer o consumidor se isso não lhe trouxer lucros. A estratégia deve atrair clientes rentáveis. Ou seja, aqueles que geram uma receita que excede o custo de atraí-los e

tentar reconquistar um mercado que está apenas distraído? Inicie uma estratégia de fidelização Importa que as estratégias de fidelização sejam dirigidas aos interesses do seu consumidor-alvo, e não àquilo que acha que devia ser o consumidor-alvo, ou daquilo que era o consumidor-alvo há cinco anos. Imagine que acha que o seu consumidor-alvo devia perder gordura abdominal porque se arrisca a ter um AVC


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mem sempre apaixonado aos 55 e portanto inscreve-o numa aula de body combat onde ele nunca irá porque lhe desperta fantasmas da tropa, que ele odiou, e ver a barriga reflectida em 50 espelhos o enerva. Esta é a estratégia errada porque não é dirigida ao público real. Estratégia certa: pergunte-lhe que exercício gostaria de fazer que não seja wrestling de cama e levantamento de copos. Se não houver nenhum, podem pelo menos passear o cão depois de jantar... Não seja melga Está a ver aquelas campanhas que passam por massacrar o cliente? ‘Olá, Sra. Joana Santos. Sra. Joana, já ouviu falar do nosso serviço que permite por apenas 49,99 por mês reflexionar um packaging de downsizing? Sra. Joana, estaria interessada em aderir à nossa promoção? Sra. Joana, quando é que podemos voltar a telefonar?’ AHHHHHH!!!! Não dê ao cliente vontade de lhe rachar o crânio com um machado viking. Vá nadar enquanto ele vai ao golfe. Vá lanchar com as amigas enquanto ele vai ao futebol. Tenha o seu mundo, e deixe-o ter o dele. Defina o mercado-alvo As pessoas mudam ao longo do tempo: quando se passa muitos anos em casal, podemos crescer na direcção um do outro ou para longe um do outro. Como este afastamento é gradual, geralmente só damos por isso quando o afastamento já é tão grande que quase não avistamos o outro. Por isso importa olhar, não para a pessoa que ele era há uns anos, mas para a pessoa que ele é agora. Como dizem os peritos em marketing, sem definir muito bem quem é o

cliente não se pode elaborar uma estratégia. Desenvolva o atendimento ao cliente Descobriu que ele afinal não gosta de bolo de chocolate como sempre acreditou (era manha para agradar à sua avó), que fuma 20 cigarros por dia (como?!!),

por um menor preço de bens e serviços. Quer dizer: é normal que ele fique no sofá a ler os milagres de Jesus no Benfica enquanto você fique na cozinha a vigiar três tachos; que ele queira ver um Especial História sobre as grandes batalhas do século XX en-

lá, tu andas a fazer-te de parvo ou achas que eu sou estrábica e ainda não percebi que andas de olho na Belita?” Faça da conversa uma prioridade. Crie tempo em que possam falar com calma, que escusa de ser um frente a frente com uma mesa, um microfone e

rimenta produtos novos não porque sejam melhores do que o produto habitual mas apenas por uma questão de novidade, experimentação e variedade. Conheça as suas mais-valias: intimidade e confiança. Isto parece óbvio, mas quantas vezes nos esquecemos de olhar o outro

que já não aguenta o Dr. House (começou a coxear também, por empatia, e isso transtornou-o consideravelmente) e que embirra solenemente com a sua prima favorita (isto foi tirado a ferros, por pânico de represálias da dita prima). Ficou a saber uma data de coisas novas que podem não ter importância nenhuma mas que também podem ser o princípio de uma nova relação. Reinvente-a. Equilibre a oferta e a procura É normal que o consumidor exija maior qualidade

quanto você preferia ver o ‘Perfeito Coração’; que ele passe todos os serões até às quatro da manhã a regar a plantação de beterraba no Farmville enquanto a sua quinta está a cair de abandono virtual. É normal que ele queira isto, mas também é normal que não o tenha: afinal, o poder negocial dos clientes tem de ser equilibrado com as necessidades do fornecedor. Peça o feedback do consumidor Não sabe o que se passa? Pergunte-lhe. Claro que ‘pergunte-lhe’ não é: “Olha

uma garrafa de água. Podese conversar enquanto se anda de carro (embora os homens geralmente sejam incapazes de se concentrar em duas coisas ao mesmo tempo), enquanto se arruma a cozinha, enquanto se vê televisão. Desafio: experimente ouvir apenas, mesmo que lhe apeteça muito muito refilar ou mesmo atirarlhe uma jarra à cabeça. Atenção aos mercados concorrentes Adaptar-se aos novos tempos exige mudança, adrenalina e flexibilidade: às vezes, o consumidor expe-

nos olhos, de lhe dizermos como ele é importante para nós, de estarmos sozinhas com ele? A vantagem desta estratégia é que geralmente tem retroactivos: costumamos devolver aos outros a maneira como somos tratadas. Quando foi a última vez que lhe fez um elogio? E isto também vale para os filhos, para os pais, para os avós... A família deve ser o nosso maior ‘cliente’: leve-a a sério. Não deixe que se transforme apenas nas pessoas que estão consigo todos os dias.

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Machete Antes de o relógio contar cinco minutos de filme, Machete (Danny Trejo) se irrita com uma chamada em vídeo de seu chefe e esmaga um celular com

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as próprias mãos. Isso dá o tom: se algo está no caminho de Machete, está em vias de ser esmagado, destruído, explodido ou decapitado. Com Machete, o diretor Robert Rodriguez mergulhou no trash e na mexploitation para entregar um de seus melhores filmes. A história segue o exfederale (agente federal mexicano) Machete, que é traído por seu governo, perde sua família e é deixado para morrer. Por trás das maquinações, está Torrez (Steven Seagal , em versão gorducha e hilariante), um traficante que colocou aparente-

mente todos em sua folha de pagamento, do faxineiro de boteco em Guadalajara ao senador do Texas, John McLaughlin (Robert DeNiro). Ma-

chete, é claro, não morre e vai para os EUA como imigrante ilegal, onde é contratado por Michael Booth (Jeff Fahey) para matar McLaughlin. Traído e deixado para morrer novamente, Machete agora busca vingança. Paralelamente a isso, McLaughlin quer se reeleger com a plataforma linha dura contra a imigração. O senador montou um esquadrão de extermínio na fronteira chefiado por Von Jackson (Don Johnson, o Sonny Crockett de Miami vice) e ainda defende a criação de uma cerca elétrica para proteger o Texas dos

imigrantes. A trama simples sustenta um argumento político completamente exagerado de Rodriguez em prol da imigração.

O diretor mexeu em um assunto delicado para os yankees com a sensibilidade de um rinoceronte em uma loja de porcelanas, mas a atmosfera do filme o faz funcionar. O ar panfletário simplório complementa os diálogos artificiais e a violência exagerada. Em Machete, as falhas funcionam em prol do filme, como é o caso do discurso motivador que Jessica Alba arremessa em determinado momento com a frase “Não cruzamos a fronteira, a fronteira é que nos cruzou”, uma fala tão ruim que tem chance de se tornar um fenômeno

da internet. A escolha do elenco foi fantástica. Danny Trejo reprisa seu papel como Danny Trejo, como em todos os filmes de Rodriguez, um mexicano durão e de poucas palavras. Fahey, Seagal estão excelentes em seus papéis, nunca levando tudo muito a sério, mas mantendo

com efeitos especiais satisfatórios. Machete tem uma predileção por facas e, por isso, fatia, decepa e decapita qualquer coisa em seu caminho, e a resposta no vídeo é satisfatória, com esguichos de sangue e membros voando para todos os lados. Os tiros também são bem executados, com sensação

a coerência em um mundo no qual um homem usa o intestino de outro para fazer rapel. Um dos destaques do elenco vai para Cheech Marin, que interpreta o irmão de Machete, um padre que é um ex-federale. Quando Marin saca duas escopetas em um tiroteio com Tom Savini em uma igreja ao som de Ave Maria, o espectador sabe que está diante de um momento especial do cinema. A trilha sonora é apropriada: beats chicanos se encontram com lamentos de viola texanos em algo que parece Ennio Morricone comendo um burrito e alguns nachos. A música executada quando Machete subitamente conquista uma garota e a leva para cama é brilhante, uma guitarra massacrada por um pedal de wah-wah que parece ter saído de um obscuro blaxploitation dos anos 70. O filme também conta

de impacto e sempre um jato vermelho pintando a parede. O maior crime contra Machete é levar alguma coisa na tela a sério. Robert Rodriguez, que sempre carregou a bandeira mexicana em suas

produções, pode considerar o filme um manifesto pró imigração, mas é evidente que o que está na tela é farsesco, insano e exagerado. E mais: é possível penalizar um filme que bota Robert DeNiro vestido como um cucaracho ilegal – com direito a poncho e chapéu surrado – atirando para todos os lados? Não, não é.


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«Alvim e os Esquilos 3» surpreende e ameaçou a liderança de «Missão Impossível» Depois dos resultados do fim-de-semana passado já tínhamos avisado que seriam precisos 10 mil espectadores para «Alvim e os Esquilos 3» ultrapassar a marca do anterior capítulo (cerca de 57 mil espectadores, estávamos em 2009). E sim. O terceiro filme desta franquia não só conseguiu a dita marca, como a ultrapassou em larga escala, atingindo uns impressionantes 45.113 espectadores em três dias (segunda, terça e quarta-feira), o que o

coloca como «campeão» de assistência após o fimde-semana, com 92. 991 espectadores no total dos 7 dias de exibição.

monstra que a fita ameaçou mesmo a liderança do mega blockbuster protagonizado por Tom Cruise.

Este valor, apesar de não superar o resultado semanal de «Missão Impossível: Operação Fantasma» (a rondar os 98.700 espectadores), é bastante positivo, pois não só coloca o filme da Big Picture como o 2º filme - destinado aos mais jovens - mais visto este mês (atrás de «O Gato das Botas»), como de-

Claro que o facto de ser natal e de terem começado as férias escolares justificam este resultado da comédia infantil, mas estranhamente fica a sensação que «Missão Impossível: Operação Fantasma» poderia, e deveria, ter feito mais, pois afinal de contas nem aos 100 mil espectadores chegou (superou o re-

sultado de «O Regresso de Johnny English» por apenas 2 mil espectadores) e ficou bem abaixo de «Tintin», «Velocidade Furiosa 5» e a «A Ressaca», por exemplo…

Já o filme «Alvim e os Esquilos 3» foi mesmo o campeão da semana no que toca a essa média, pois alcançou cerca de 1310 espectadores por sala de espectáculos.

Se formos analisar por salas, pode-se dizer que o filme de Brad Bird conseguiu alcançar 1230 espectadores por ecrã, um resultado inferior ao de, por exemplo, «MeiaNoite em Paris» na sua semana em estreia (comparativamente à relação salas/espectadores).

Em jeito de curiosidade, quem sofreu mais com esta entrada de «Alvim» parece ter sido «Arthur Christmas» e «Happy Feet 2», ambos com médias por sala de exibição na ordem dos 148 e 187 espectadores.

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