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Revista em-linha das comunidades portuguesas
Semanal Português
28 de Janeiro de 2012 - Nº 12
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Mil palavras de amor…
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Palavras de boas-vindas
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Editorial Os 4 alimentos para entrar com o pé direito em 2012 Marie Moreira Achei esta informação bastante interessante através da net e quis apresentar-vos um pouco sobre esta maneira de viver. FRUTOS SECOS! Podem ser nozes, amêndoas, avelãs, pinhões, caju, pistacho. Obviamente que terão que ser as versões naturais e sem adição de sal, de preferência com “pele” (entenda-se, a película que se encontra imediatamente à volta do fruto). O grande destaque vai para as Nozes. Sabe-se que a sua “pele” contem 90% dos polifenóis (antioxidante) presentes nestes frutos secos. Os grandes benefícios dos frutos secos são: grande quantidade de Ómega-3, uma gordura essencial com acção anti-inflamatória, grande quantidade de Fibra, que ajuda a manter o trânsito intestinal saudável e aumenta a saciedade grande quantidade de Antioxidantes, dos quais se destaca a noz com uma grande concentração de Vitamina E, com efeito comprovado na prevenção de doenças cardiovasculares, manganês e cobre. Devido as estas propriedades a Noz é referida
como um auxiliar na perda de peso. NOTA: Uma vez que os frutos secos são alimentos muito ricos em gordura, mesmo que esta seja uma gordura de boa qualidade, devem ser consumidos com algum controlo na quantidade pois são alimentos de grande densidade calórica. Assim, a quantidade recomendada para um adulto será entre 4 a 10 metades, dependendo do seu Índice de Massa Corporal e exercício. CASTANHAS! São muito importantes num prato saudável porque são fonte de hidratos de carbono complexos (40%), principalmente amido, que são de absorção lenta e promovem a saciedade. São chamados os hidratos de carbono saudáveis. A acrescentar ao efeito do amido a fibra está presente numa quantidade razoável aumentando assim ainda mais a saciedade. As castanhas têm também uma quantidade significativa de Vitamina C (cerca de 50mg por 100g de alimento, o que representa, aproximadamente, 60% das necessidades diárias desta vitamina, para um adulto saudável). COGUMELOS! São alimentos muito ricos nutricionalmente: ri-
cos em vitaminas (Vitamina B2, B3, B5), minerais (Selénio, Zinco, Manganês) e fitoquímicos, todos com alto poder anti-oxidante. São também uma boa fonte de fibras, sendo muito pouco calóricos. Devido a estas características têm sido associados a uma melhoria do sistema imunitário, a uma diminuição da inflamação e prevenção do cancro. Devem preferir os cogumelos inteiros e frescos para preservar estas características, e já agora experimente tipos e cogumelos diferentes! ABACAXI! Sabia que este fruto é considerado 1 dos alimentos mais saudáveis do mundo? Contem uma enzima (Bromelaina) que facilita a digestão da proteína da carne, o que na prática quer dizer que previne a sensação de enfartamento, e tem efeito anti-inflamatório! É uma grande fonte de fibra, ajudando o trânsito intestinal. É rico em vitamina C, B1 e manganês e por isso tem grande efeito antioxidante. Aqui fica também um truque: quanto mais maduro mais antioxidantes tem! Para além disso é baixo em calorias (1 rodela grande (155g) tem 75 calorias).
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ÉDITEUR Marie Moreira Directrice Natércia Rodrigues ADMINISTRATEUR Marie Moreira Rédacteur-en-chef Anthony Nunes Infographiste Mario Ribeiro Collaborateurs Jessica de Sá (E-U) Sofia Perpétua (E-U) correspondants António Lobo Antunes Joel Neto José Carlos de Vasconcelos Fotographe José Rodrigues
Hebdomadaire Fondé le 29-10-2011 Tél.: (514) 299-1593 E-mail: osemanal@live.fr Tous droits réservés. Toute reproduction totale ou partielle est strictement interdite sans notre autorisation écrite. Les auteurs d’articles, photos et illustrations prennent la responsabilité de leurs écrits.
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Techno-flash
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informática
Projeto de lei da cópia são das mais elevadas
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Questionado pela Exame Informática, Nuno Gonçalves não tem dúvidas: «O projeto de lei 118/XII coloca Portugal no top 10 da UE no que toca às compensações dos titulares de direitos de autor». O diretor de serviços do Direito de Autor acrescenta que esta análise tem em conta os valores propostos para as várias taxas, as famílias de suportes eletrónicos que
passam a ser taxadas e as exceções que permitem a isenção de qualquer taxa. Nuno Gonçalves assume que, do ponto vista técnico e jurídico, é o autor do projeto de lei 118/XII, mas lembra que a iniciativa legislativa apresentada na Assembleia da República sofreu alterações durante os debates realizados na Secção dos Direitos de Autor do Conselho Nacio-
nal da Cultura (onde têm assento várias entidades que representam autores e produtores de conteúdos). Além de rejeitar a autoria política do Projeto de Lei 118/XII, o diretor de Serviços do Direito de Autor do Ministério da Cultura admite que «faria sentido esperar pelas propostas da Comissão Europeia, que devem ser feitas no final do verão».
Ciente das discrepâncias das taxas aplicadas no espaço europeu e da controvérsia gerada em torno da Cópia Privada, a Comissão Europeia lançou uma missão de mediação entre os representantes da indústria das tecnologias e dos direitos de autor. A missão de mediação, que foi delegada no ex-comissário europeu António Vitorino, deverá terminar no verão com a
apresentação de um relatório que pode servir de base a uma nova diretiva europeia. «Esta mediação pode ajudar a harmonizar leis como a da Cópia Privada, e ajudar também a criar um modelo que possa ser aplicado tanto nos países ricos como nos países pobres da UE», atenta Nuno Gonçalves. Nenhum dos dados aqui referidos foi abordado no
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privada tem taxas que e abrangentes da UE debate realizado na Assembleia da República, em que todos os partidos com assento parlamentar consideraram genericamente positivo o projeto de lei proposto pela deputada socialista Gabriela Canavilhas e aceitaram levar o documento para debate na especialidade. Os valores da discórdia A análise de Nuno Gonçalves surge poucos dias depois de a Associação para Gestão da Cópia Privada (AGECOP, entidade que redistribui por autores e produtores os valores angariados pelas taxas) revelar um relatório que pretendia confirmar que, nos leitores de MP3 e nos cartões de memória, as taxas estavam abaixo da média registada em 22 países da UE. A Exame Informática acedeu ao documento que serviu de base a estas duas comparações (realizadas pela empresa Ogimatec) e chegou a conclusões diferentes. Tendo por base o estudo Thuiskopie, que se reporta a 2010, a AGECOP refere que a taxa de 0,06 euros prevista pelo projeto de lei 118/XII para os cartões de memória está longe do valor médio de 0,33 euros por GB e do valor máximo de 4,87 euros por GB das taxas em vigor na UE. Só que esta comparação não refere que há cinco países da UE (entre eles Portugal) que não aplicam taxas aos cartões de memória; e também não refere o simples facto de serem os cartões de memória de 8 GB os mais procurados atualmente pelos consumidores. O
que significa que grande parte dos portugueses passa a pagar pelo menos “oito vezes 0,06 euros” de taxa. Isto é 0,48 euros no total – um valor acima do praticado das taxas aplicadas em 11 dos países da UE que taxam os cartões de memória. No segundo exemplo estimado a partir do relatório Thuiskopie, a AGECOP refere que os 0, 50 euros por GB são menos de metade do valor médio (1,077 euros/GB) e 12 vezes menos que o valor máximo praticado na UE (6 euros/GB). Mais uma vez não refere que há, pelo menos, cinco países da UE que não aplicam a taxa (Portugal está neste lote) e também não há qualquer informação sobre os oito países que têm taxas mais baixas que as praticadas a cada GB… mas se se tiver em conta que, hoje, a grande maioria dos consumidores prefere leitores de MP3 com mais de 2GB, é possível chegar à conclusão que as taxas propostas pelo projeto de lei 118/XII acabam por ter um valor absoluto bem maior. Taxas com todos Foi na Associação Nacional do Software Livre (ANSOL) que se ergueram as primeiras vozes contra as posições defendidas recentemente por João David Nunes, presidente das AGECOP, face ao projeto de lei 118/XII.«É uma falsidade dizer que os consumidores não vão pagar o aumento de preços. Só não pagam se forem retiradas margens de lucro e houver prejuízo para os fabrican-
tes e para os importadores. Como estamos num mercado livre, é claro e evidente que os consumidores vão comportar os custos. Em França praticamente deixaram de se vender NAS com discos rígidos, porque aumentava significativamente o preço e as pessoas não
telemóveis ou nas impressoras é possível descobrir múltiplos exemplos que confirmam que as taxas propostas pelo projeto de lei 118/XII estão longe de ser as mais baixas da UE. Sob anonimato, fontes contactadas pela Exame Informática apuraram ain-
se seguiu as exceções previstas pela diretiva europeia 2001/29/CE e por isso a cópia para uso privado é proibida (apesar de não ter efeitos práticos) e por isso não contempla a compensação de autores ou produtores. Malta e Luxemburgo optaram pela exceção, mas
compravam. O mesmo vai acontecer cá», prevê Rui Miguel Seabra, presidente da ANSOL, num e-mail enviado para a Exame Informática. No caso dos discos rígidos o projeto de lei 118/XII pode ser mesmo considerado dos mais ousados no valor das taxas. E isto porque o projeto de lei 118/XII não prevê qualquer limite máximo para a taxa. Resultado: com uma taxa de dois cêntimos por GB, um vulgar disco rígido de 1TB passa a ter uma taxa de 20,48 euros por 1TB. Nos gravadores de DVD, nas máquinas fotográficas, nos
da que, apesar destes valores colocarem Portugal no topo das compensações de autores, produtores e intérpretes, houve associações e entidades representativas do setor cultural que ficaram descontentes com as taxas que acabaram por constar no Projeto Lei 118/ XII. Os países sem taxas Hoje, há cinco dos 27 países da UE que não aplicam qualquer taxa aos suportes eletrónicos que permitem fazer cópias para uso privado: Irlanda, Reino Unido, Chipre, Luxemburgo, Malta e Chipre. Na Irlanda, Chipre e Reino Unido não
não aplicaram qualquer taxa. Na Holanda, foi adotada a exceção, mas existem mecanismos que permitem suspender a aplicação de taxas (o que acontece atualmente). Na Espanha, depois de um período com um modelo de taxas aos equipamentos eletrónicos optou-se por delegar no estado a compensação dos autores e produtores e «por sinal vai ser bem menor do que os valores que estavam em vigor com as taxas», lembra Nuno Vasconcelos.
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Saúde
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Dossiê Saude: GRIPE
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É uma infecção respiratória causada pelo vírus Influenza. Ela pode afetar milhões de pessoas a cada ano. É altamente contagiosa e ocorre mais no final do outono, inverno e início da primavera – de abril a setembro no hemisfério sul. Também é responsável por várias ausências ao trabalho e à escola, além de poder levar à pneumonia, hospitalização e morte. As epidemias de gripe normalmente tem seu pico em duas semanas e duram 2 a 3 meses. Existem três tipos deste vírus: A, B e C. O vírus Influenza A pode infectar humanos e outros animais, enquanto que o Influenza B e C infecta só humanos. O tipo C causa uma gripe muito leve e não causa epidemias. De uma maneira geral, o
vírus influenza ocorre de maneira epidêmica uma vez por ano. Qualquer pessoa pode se gripar. Contudo, as pessoas com alguma doença respiratória crônica, com fraqueza imunológica, imunidade enfraquecida e idosos têm uma tendência a infecções mais graves com possibilidade de complicações fatais. Os sintomas da gripe são mais graves do que os do resfriado. O vírus Influenza tem uma “capa” (revestimento) que se modifica constantemente. Isto faz com que o organismo das pessoas tenha dificuldade para se defender das agressões deste microorganismo, ficando também difícil desenvolver vacinas para proteção contra a infecção causada por ele. Por isso, a gripe é um dos
maiores problemas de saúde pública. Como se desenvolve? Diferentemente do resfriado que, na maioria das vezes, se dissemina pelo contato direto entre as pessoas, o vírus Influenza se dissemina, principalmente, pelo ar. Quando a pessoa gripada espirra, tosse ou fala, gotículas com o vírus ficam dispersas no ar por um tempo suficiente para ser inaladas por outra pessoa. No revestimento do nariz da pessoa que foi contaminada, ele se reproduz e se dissemina para a garganta e para o restante das vias aéreas, que inclui os pulmões, causando os sintomas da gripe. Menos freqüentemente, a doença se dissemina pelo toque (mão contaminada
com o vírus) do doente na mão de um indivíduo sadio que, ao levar a mão à boca ou ao nariz, se contamina. Um dia antes da pessoa experimentar os sintomas da doença, ela já pode contagiar outras. Poderá contaminar por até 7 dias após início dos sintomas - crianças até mais que isso. O que se sente? Gripe não é resfriado. A gripe é uma doença com início súbito e mais grave que o resfriado comum. Ela compromete de maneira significativa o estado geral da pessoa, diferentemente do resfriado que geralmente só compromete o nariz e a garganta. O período de incubação – tempo entre o contágio e o início dos sintomas da doença – é de 1 a 4 dias.
Sintomas: febre calafrios suor excessivo tosse seca - pode durar mais de duas semanas dores musculares e articulares (dores no corpo) - podem durar de 3 a 5 dias fadiga - pode levar mais de duas semanas para desaparecer mal-estar dor de cabeça nariz obstruído irritação na garganta Alguns ou todos os sintomas supracitados podem estar presentes. A doença costuma ceder completamente dentro de uma ou duas semanas. A febre pode durar 3-8 dias. Nos idosos, a fraqueza causada pela gripe poderá durar várias semanas.
Saúde
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Geralmente, a gripe cursa sem complicações e é autolimitada. No entanto, uma das complicações possíveis é a pneumonia – normalmente, não pelo vírus Influenza, mas por uma bactéria (pneumococo ou estafilococo, geralmente). Além da pneumonia, outras infecções como sinusite, otite e bronquite (infecção dos brônquios – “canos” que espalham o ar nos pulmões) também são complicações possíveis. As pessoas com mais de 65 anos, de qualquer idade com alguma doença crônica e as crianças muito pequenas tem uma probabilidade maior de desenvolver complicações de uma gripe. Por outro lado, a gripe pode também desencadear uma piora em pessoas asmáticas ou com bronquite crônica e piora da condição de uma pessoa com insuficiência do coração, por exemplo. Existem outras complicações infreqüentes e graves que podem ocorrer. Como o médico faz o diagnóstico? O médico faz o diagnóstico através dos sinais e sintomas referidos pelo paciente e com o auxílio do exame físico. Contudo, isto não é fácil já que os sintomas iniciais da doença podem ser similares àqueles causados por outros microorganismos em outras doenças. Por isso, existem exames que podem ser feitos – só são usados em casos de epidemias ou quando o médico julgar importante para o manejo da situação – para confirmar a doença. Estes exames podem ser realizados com a análise da secreção respiratória (um “raspado” da garganta feito com um cotonete ou uma secreção do nariz) nos 4 primeiros dias da enfermidade ou através de exame de sangue. Existem também os chamados
testes rápidos (detecção do antígeno viral) que podem confirmar a doença dentro de 24 horas. Se o médico suspeitar de complicações causadas pelo vírus influenza, também poderá solicitar estes testes complementares. A radiografia do tórax também auxiliará o médi-
coriza (corrimento do nariz) ou congestão nasal. Retorno às atividades normais somente após os sintomas terem ido embora. Para combater e prevenir a gripe pelo vírus influenza do tipo A, a amantadina poderá ser empregada em crianças com mais de 1 ano de idade. A rimantadina é
co quando este suspeitar de uma pneumonia como complicação da gripe ou de outro diagnóstico. Contudo, nem sempre será fácil para o médico diferenciar entre uma pneumonia causada pelo próprio vírus da gripe e uma pneumonia bacteriana pós-gripe, apesar dos exames complementares disponíveis.
outra opção nestes casos. Entretanto, para tratamento ela só poderá ser usada em adultos. Estes dois medicamentos anti-virais podem ajudar no processo de cura desde que utilizados nas primeiras 48 horas da doença. Existem novos anti-virais eficazes chamados de inibidores da neuraminidase, que têm a vantagem de, além de combater o vírus A, tratar a doença causada pelo vírus B. Também devem ser iniciados dentro das primeiras 48h da doença para serem eficazes. Podem ser usados por comprimido ou xarope, ou via inalatória.
Como se trata? Caso os sintomas da doença tenham se apresentado a menos de dois dias, o doente poderá discutir com o seu médico a possibilidade de se usar um tratamento anti-viral. O indivíduo enfermo deverá fazer repouso, evitar o uso de álcool ou fumo, procurar se alimentar bem e tomar bastante líquidos, além de usar medicações para a febre e para a dor e, também, para a melhora dos sintomas do nariz, como a
Como se previne? A melhor maneira de se proteger da gripe é fazer a vacinação anual contra o Influenza antes de iniciar o inverno, época em que ocorrem mais casos. Ela pode ajudar a prevenir os
casos de gripe ou, pelo menos, diminuir a gravidade da doença. Sua efetividade entre adultos jovens é de 70-90%. Cai para 30-40% em idosos muito frágeis – isso porque estes têm pouca capacidade de desenvolver anticorpos protetores após a imunização (vacinação). Contudo, mesmo nesses casos, a vacinação conseguiu proteger contra complicações graves da doença como as hospitalizações e as mortes. A proteção da vacina também dependerá da similaridade da cepa viral que foi utilizada na vacina e da que está circulante no ano. A vacina nos adultos e crianças maiores é aplicada no músculo do ombro e nas crianças menores é aplicada na coxa. Nas crianças menores de 9 anos que estão recebendo a vacina pela primeira vez, deve-se fazer duas doses da vacina com um intervalo de 1 mês. Uma a duas semanas após a vacinação, anticorpos já são produzidos pelo organismo e a proteção inicia. Normalmente, a vacinação é bem tolerada. Os efeitos indesejáveis mais freqüentes são a dor e vermelhidão no local da injeção. Em menos de 5% dos vacinados, febre baixa, dor de cabeça ou dor no corpo podem ocorrer 8-24h após a vacinação. Outros efeitos adversos são muito raros. Devemos salientar que a vacinação não causa a doença, uma vez que é composta por vírus mortos. Atualmente, se estuda o uso de uma vacina para aplicação dentro do nariz. Conforme determinação do Ministério da Saúde: VACINAR todas as pessoas com 60 anos ou mais pessoas adultas (mesmo grávidas ou amamentando) ou com mais de 6 meses de idade portadoras de do-
enças crônicas do coração, pulmões ou rins desabrigados, co-habitantes de pessoas de alto risco (incluindo crianças a partir dos 6 meses), diabéticos e pessoas com doenças da hemoglobina (do sangue) pessoas imunocomprometidas: com câncer, infecção pelo HIV, transplantados de órgãos ou que receberam corticóides, quimioterapia ou radioterapia residentes de clínicas, indivíduos com internações prolongadas, trabalhadores da área da saúde e moradores de asilo familiares e pessoas que lidam com indivíduos com alto risco de ficarem doentes gestantes no segundo ou terceiro trimestre durante época do ano em que a gripe é freqüente ou grávidas que tenham alguma condição médica que represente um maior risco de complicação após uma gripe crianças entre 6 meses e 18 anos que fazem uso de ácido acetilsalicílico a longo prazo (têm uma chance de apresentar uma complicação grave chamada Síndrome de Reye após uma gripe) NÃO VACINAR pessoas que tiveram uma reação prévia a esta vacina contra a gripe pessoas que já tiveram uma reação alérgica a ovos de galinha, neomicina ou timerosal indivíduos que tiveram uma desordem caracterizada por paralisia chamada de Síndrome de Guillain-Barré, em que se suspeitou que tivesse sido após uma vacina anti-Influenza pessoas com alguma doença febril atual primeiro trimestre da gravidez Além da vacinação, os anti-virais podem ser usados como preventivos quando indicados pelo seu medico.
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Gastronomia
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receitas
Biscoitos de Chocolate e Café Ingredientes:
3/4 chávenas de margarina sem sal, mais um pouco para untar 1 chávena de açúcar amarelo 1 ovo 1/2 chávena de farinha 1 colher (chá) de bicarbonato de sódio Pitada de sal 1/2 chávenas de farinha de trigo 1 colher (sopa) de farelo (usei flocos de aveia moídos) 1 1/3 pepitas de chocolate 2 chávenas de flocos de aveia 1 colher (sopa) de café forte 2/3 chávenas de avelãs torradas e trituradas
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Preparação: Aqueça previamente o forno a 190ºC.
Unte dois tabuleiros com margarina (usámos tabuleiros de silicone untados, para dar mais sabor). Bata a margarina com o açúcar, junte o ovo e bata tudo, usando uma batedeira eléctrica, se preferir. Peneire a farinha, o bicarbonato e o sal para outra tigela. Adicione a farinha de trigo e o farelo. Incorpore o preparado anterior. Junte as pepitas de chocolate, os flocos de aveia, o café e as avelãs e misture tudo com uma batedeira eléctrica ou uma vara de arames. Disponha 24 colheradas do preparado sobre os tabuleiros, espaçando-as para que possam crescer durante a cozedura ou, então, molde bolinhas de massa, coloque-as sobre o tabuleiro e achate-as ligeiramente. Leve a cozer no forno pré-aquecido, durante 16/18 minutos, até que os biscoitos fiquem tostados.
Gastronomia
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receitas
Omeleta de Frango e Farinheira Ingredientes:
8 ovos 1 cebola pequena Frango (usei sobras de frango de churrasco) 1 farinheira Molho inglês 2 colheres (sopa) de leite Sementes de sésamo q.b. Sal fino q.b. Azeite q.b.
Preparação:
Toste as sementes de sésamo numa frigideira em lume baixo e reserve. Parta os ovos para um recipiente e mexa. Junte o frango desfiado, a farinheira às rodelas e tempere com um pouquinho de sal fino, umas gotas de molho inglês e um pouco de leite (= 2 colheres de sopa). Junte as sementes de sésamo e mexa bem. Numa frigideira anti-aderente, coloque azeite e a cebola cortada em meias luas finas. Deixe fritar até corar um pouco (não deixe queimar). Junte a cebola frita ao preparado e misture. Na mesma frigideira, sem retirar a gordura, coloque a omeleta e deixe cozinhar em lume baixo. Depois de uns minutos, vire-a e deixe cozinhar mais um pouco até ficar pronta.
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Cultura Portuguesa
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lENDAS DE
pORTUGAL
A Senhora da Lapa
Diz a lenda que a imagem de Nossa Senhora da Lapa apareceu num penedo de difícil acesso, na Beira Alta. Os devotos construíram-lhe um templo num local mais acessível, mas a imagem da Senhora fugia para o seu penedo sempre que a punham na nova capela. Este facto insólito ocorreu tantas vezes que os devotos fizeram a vontade à Virgem e construíram-lhe uma capela no penedo. E a Senhora da Lapa lá está hoje, num sítio em que para a ver o crente tem de entrar de lado, por mais magro que seja. Curiosamente, o crente mais gordo de lado entra sempre. Um dos milagres atribuídos a esta Senhora é o que ocorreu com um caminhante que, adormecendo junto à capela, entrou-lhe na boca entreaberta uma cobra. Aflito, o homem acordou e imediatamente invocou no seu pensamento a Senhora da Lapa. Conta a lenda que a cobra imediatamente virou a cabeça para fora da boca, sendo depois apanhada e morta.
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Cultura Portuguesa
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história DE
pORTUGAL
A crise económica no século XIV Os séculos XII e XIII foram um período em que o alargamento do território e seu repovoamento e colonização, a par das inovações técnicas, tanto na agricultura, como nos transportes, provocaram anos de estabilidade e desenvolvimento
500 000 habitantes) tornava difícil assegurar alimentação para todos, pois, apesar do desenvolvimento dos séculos anteriores, as técnicas agrícolas não acompanharam o aumento das necessidades de consumo. Esta situação agravou-se
económico. Deste desenvolvimento resultou o aumento da população, da produção agrícola e artesanal, o incremento do comércio e o crescimento das cidades. Pelo contrário, na segunda metade do século XIV, este desenvolvimento foi interrompido por uma série de calamidades que vieram piorar as condições internas que se vinham agravando. Houve, portanto, factores aceleradores da crise: a deterioração climática, as fomes, as pestes, a evasão dos campos, a proletarização das cidades, o aumento dos mendigos e da marginalidade. A par de todas estas condições, outras se fizeram sentir, levando à insegurança e desordem social, e que foram como que a estufa das guerras civis que se aproximavam. O crescimento desordenado da população (em 1348 havia 1
pela sucessão de maus anos agrícolas, provocados pelas mudanças climáticas. A falta de alimentos e de condições de higiene levou à fome e à doença, fazendo com que muitos camponeses morressem, iniciando-se uma baixa demográfica. Este facto contribuiu também para piorar a crise na agricultura, com uma baixa significativa na produção de cereais e dificuldades de mão-de-obra devido à fuga de gente para as cidades do litoral, na procura de melhores condições de vida. A crise demográfica que resultou do elevado número de mortes com a peste negra e outras epidemias trouxe muitas alterações na posse e no trabalho das terras. Muitas terras mudaram de dono, em virtude de inesperadas heranças. Muitos dos novos proprietários não as
aproveitaram devidamente, ou por inexperiência, ou por falta de mão-de-obra, ou pelos altos salários exigidos pelos escassos camponeses. Assim, muitas propriedades ficaram abandonadas e a produção, em especial a de cereais, baixou drasticamente. Existem apenas ideias aproximadas a respeito da estrutura dos assalariados, das condições de prestação de serviços e do tipo e condições de trabalho. Pensa-se que a maior parte dos assalariados trabalhava nas actividades agrícola e pecuária; seguir-se-iam, por ordem de grandeza, os transportes marítimos, as actividades
artesanais e o pessoal doméstico. Quanto aos montantes dos salários, existiam algumas leis regulamentadoras, mas eram escassamente seguidas. A lei da oferta e da procura espontâneas funcionava amplamente. Por isso podemos concluir que, em finais do século XIV, com a falta de mão-de-obra e a deslocação de populações do interior para o litoral, os salários sofreram grandes aumentos, em especial na agricultura e pecuária. Foram publicadas várias leis para tentar minorar esta situação, mas ela perdurou e foi uma das motivações para o movimento
da expansão nos séculos XV e XVI. A fome como fenómeno colectivo de escassez de alimentos básicos, como o pão, ocorreu nesta época, e está associada à grande peste negra que grassou na Europa em 1348, bem como a outras epidemias e «pestilências» que se seguiram e também ao período de guerras contra os castelhanos (1383-1385). Durante o cerco de Lisboa de 1384, os castelhanos pensavam vencer os sitiados pela fome. O cronista Fernão Lopes conta que os habitantes de Lisboa foram obrigados a comer «pão de bagaço de azeitona, queijos de malvas e raízes».
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montreal
Mil palavras de amor… Natercia Rodrigues Há vinte anos, acompa-
nhados de homens e mulheres de boa vontade, Lorraine Palardy abriu a porta
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de um ateliê de arte terapêutica num centro comercial do far-est de Montreal. Um amigo pintor, Pierre Henry, e primeiro presidente do Conselho de Administração, encontrou o nome Les Impatients, tal como uma flor que vai crescendo à sombra. Rodeados de gentes competentes, eles desenham, tocam instrumentos, cantam em coro, exprimem através da arte grandes dores guardadas secretas
de há anos para cá. Exposições dos seus trabalhos podem ser apreciadas sobre o
ce de longa data, sem condescendência mas com um olhar experiente e amoroso
tema “parle-moi d’amour” todos os anos pela altura do São Valentim e desde há sete anos, um magnífico livro de cartas de amor escritas pelos amigos dos Impatients e pelos próprios Impatients é publicado e
da arte. Muitos agradecimentos foram feitos aos vários patrocinadores deste serão que teve lugar no edifício da Loto-Quebec e cujo evento foi um sucesso com mais ou menos seiscentas
vendido em toda a parte. A exposição “La collection vue par les amis des Impatients” está celebrando o vigésimo aniversário da sua fundação. O taipal da montra dos Impatients acumula obras produzidas nos ateliês ao longo dos anos. Foram escolhidas por Louis Pelletier, um cúmpli-
pessoas presentes. Les Impatients é um organismo que ajuda as pessoas atingidas de doença mental e isto através da expressão artística. Os cursos são oferecidos gratuitamente e uma grande ajuda tem sido a ajuda dos cofres com as cartas de amor.
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Paixão pelo folclore Precisamos de novos elementos para o grupo folclórico “Ilhas de Encanto da Casa dos Açores do Quebeque”. Não se pode, nem se deve, brincar com uma das coisas mais belas, mais sublimes, mais dignas: as tradições populares, a que os nossos idosos deram corpo e alma ou seja o nosso folclore açoriano. Seria excelente se os adultos procurassem transmitir às crianças como era a vivencia dos seus antepassados, incitando-os ao folclore. Mas precisamos de crianças, de jovens e de adultos também. Venham todos e vamos praticar em conjunto. Vão ver como é interessante o folclore. Para qualquer informação, por favor telefonem para A Casa dos Açores 514-388-4129. Os ensaios vão começar no dia 8 de Fevereiro e terão lugar todas as quartas-feiras. Natércia Rodrigues Secretária da Casa dos Açores do Quebec 31
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montreal
Belíssima festa do Chicharro Sylvio Martins
A festa do chicharro é uma tradição micaelense e é sempre bom comer este saboroso peixinho.
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No sábado, dia 21 de Janeiro, desloquei-me à sede da Filarmónica Portuguesa de Montreal para com eles celebrar a tradicional festa do Chicharro.
A sala estava muito bem decorada (parabéns às pessoas que trabalharam muito forte para a linda deco-
dade associativa onde há sempre bastantes jovens e menos jovens a festejar umas das mais antigas
de acompanhamentos.Para finalizar um riquíssimo bufete de sobremesas a fazer lamber os lábios! A anima-
ração) e cheia de amigos e familiares. Graças ao trabalho de todos,a festa foi um sucesso. É sempre bom estar presente nesta colectivi-
tradições açorianas em Montreal. Foi-nos servida, uma excelentíssima sopa , um saboroso bufete de chicharros fritos e grelhados e uma boa variedade
ção da noite,teve ao cargo do D.J.Mike que nos ofereceu um bom espetáculo. Parabéns à direcção onde o chicharro foi rei.
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Organizado pela Associação Portuguesa Nossa Senhora de Fátima de Laval
A noite será animada pelo Dj Jeff Gouveia x x x x x x
EMENTA;
Pasta com marisco Sopa Salada Frango e entrecosto Sobremesa Chá e café
ENTRADA; x ADULTOS; 30 namorados x CRIANÇAS; 15 namorados (6-12 anos)
COMUNICAR COM : Crisantina Moniz (450) 688-8260 Lina Pereira (514) 296-4597
Associação portuguesa de Nossa Senhora de Fatima de Laval Junte-se a nós no facebook
*Gostaríamos de lembrar a todos que é ilegal trazer suas próprias bebidas.*
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Ano Novo em cheio … Natercia Rodrigues
Acabamos de estrear mais um ano, um ano novo, novinho em folha e ao dizer isto não o digo somente referindo-me ao inicio do ano 2012 mas também à nova Direcção da Casa dos Açores do Quebeque. A Caçorbec iniciou as suas actividades com os seus
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tradicionais jantares das sextas-feiras e sábado, dia 28 de Janeiro apresentou a nova Direcção aos sócios e amigos. Esta Direcção tomou posse no dia um de Janeiro com os seguintes membros: Benjamim Moniz, Presidente; Etelvina Pereira, Vice-Presidente; Natércia Rodrigues, Secretária; Emanuel Martins,
Tesoureiro; Directores: Cândida Martins, José
grupo de pessoas com as melhores das intenções
noite de festa, com os seus eventos frequentados por
Domingos Silva, Manuel dos Reis, Dinarte Melo e Maria Alice Macedo. Um
em tudo fazer em prol da Casa dos Açores do Quebeque. Nesta primeira
Continentais mas sendo a colossal maioria açorianos oriundos não só de S.
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Miguel mas também de outras ilhas, resultou numa benéfica camaradagem. Todos puderam usufruir de uma refeição convívio
apresentou óptima música ao som da qual todos puderam dançar. Foi anunciado os eventos para o mês de Fevereiro: A festa de São
gar no dia 17 e dia 25 será a Matança de Porco. Aqui fica um convite para que venham todos para mais umas boas horas de conví-
que foi servida pelos aptos directores. Para estimular o serão, o novo DJ “Moniz”
Valentim terá lugar no Sábado dia 11 de Fevereiro, o Dia Das Amigas terá lu-
vio e boa disposição.
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Parabéns e Enlace de Sylvio Martins
Bom dia, boa tarde ou boa noite… depende da hora
em que lerem este artigo. O ano de 2011 foi um ano bastante memorável através da comunidade. Teve vários eventos mundiais sobre Portugal, a gastronomia portuguesa está ainda em foco, a restauração está cada vez melhor, com novos restaurantes, tal como a “Boca Ibérica” e o “Paradis du Poulet”, o jornal A Voz de Portugal festejou as suas bodas de ouro com um espectáculo inigualável com vários artistas vindos de Portugal e da nossa comunidade, A igreja Santa Cruz festejou as suas bodas de prata pela construção da igreja com uma luxuosa festa, tivemos grandes artistas que vieram cantar
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e, boas festas anuais para agradar a todos.
Agora é a pergunta que vem aos nossos lábios. O que vai ser 2012? Já posso dizer uma. Os anos de
natural da Ribeira Seca na linda ilha de São Miguel. Ele chegou a Montreal no 23 de Maio de 1974 e toda a sua vida foi trabalhar para juntar dinheiro e realizar o seu sonho que foi o de abrir um restaurante. Em 2007, ele realizou o seu sonho. Achando um excelente lugar para abrir o restaurante A Quinta situado no 65 Jarry Este. Eu fui por acaso a este restaurante e tive uma certa amizade com ele, falando de tudo e de nada, bebendo um café, cerveja ou de vez em quando petiscando aqui e
Quinta-feira passado Rosa Vieira, namorada de José Rebelo, comunicou-
tiva passou, agora chegou a festa. Em primeiro, uma bailarina brasileira fez
-me para vir ao restaurante celebrar os anos do José Rebelo no restaurante A Quinta situado na rua Ontario. Ela estava a organizar uma surpresa para festejar os anos dele.
um excelente espectáculo apresentando um pouco as danças: samba e carnavalesca. Seguidamente
um grande restaurador, José Rebelo. Não é para engraxar a pessoa nem correr atrás dele para ter uma publicidade que eu estou a fazer um artigo sobre o seu aniversário mas, 50 anos é muita fruta.
José Rebelo nasceu no 16 de Janeiro de 1962 e é
tivemos a oportunidade de ver e apreciar uma dança-
ali a sua delicias do mar e da terra. Em 2009 fez uma expansão na parte sul de Montreal no 1851 Ontario E. Teve alguns problemas em manter os dois restaurantes mas, hoje em dia, as dificuldades passaram e agora estes estabelecimentos estão bastante confortáveis e com uma boa clientela.
No sábado, 21 de Janeiro, Cheguei ao destino onde muitos estavam presentes. Alguns minutos depois “Joe” chegou e ficou bastante surpreendido de ver tantas pessoas à sua espera para festejar. Ele ficou bastante emocionado, até se viu uma lágrima a correr dos seus olhos. A “primeira parte” emo-
rina do ventre (danseuse de baladi) e, no final, ensinou como bailar esta dança.
Comunidades
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José Rebelo Após esta dança folclórica de origem orientalista bastante lasciva (onde o “Joe”
estava cheio de calores e força de vontade na dança). Chegámos a uma parte mais suave onde ouvimos a “Cotovia Açoriana”, Jordelina Benfeito a cantar e a encantar todos os presentes a “segunda parte” emotiva desta noite foi quando o José Rebelo fez um discurso a agradecer a todos e, ao mesmo tempo, ajoelhou-se e pediu a namorada em casamento. (Vamos ir todos ao México ou Las Vegas num futuro próximo para celebrar este enlace matrimonial). Para finalizar esta noite, festejou-se até às 5h da manhã os anos do José Rebelo. Parabéns.
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luta pela vida
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comunidades
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LUCAS E MATEUS
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Num grandioso ebaile-espectáculo Domingo, 12 de Fevereiro 2012 à 15 horas Apresentam na sala Ucraniana - 3270 Beaubien Este
Arraial Minhoto (esquina St-Michel)
com
Quim Barreiros e o seu conjunto privativo
Sábado 17 de Março pelas 19h e
Apresenta Na igreja St-Enfant Jésus 5039 Saint-Dominique O duo romântico brasileiro que atrai multidões
LUCAS e MATEUS
Música para dançar com Eddy Sousa e DJ Xmen
Num grandioso baile-espectáculo Domingo, 12 de Fevereiro 2012 à 15 horas
na sala Ucraniana - 3270 Beaubien Este (esquina St-Michel)
No preço do va bilhete estão rincluidos: odr ness a ig A c ues-C ost ant a o nov a ge ra da raç ão
Um Caldo Verde Uma Bifana Uma Sobremesa
vámos Festa |- Compre bilhete Vamos à à Festa Comprejá já oo seu seu bilhete v rod aness rig a A c ues-Co ant st juve ora da a ntu de
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Opinião
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crónica | Muito Bons Somos Nós
Lugar de regresso O Esperança não é bom em tudo, mas tem a melhor piza Quatro Queijos a Norte do Pólo Sul. Pois aproveite agora, antes que o Verão volte a lançar o caos no Bairro Alto. Há coisas para que já não temos idade Não vale a pena mistificar: provavelmente, é da idade. Ao fim de vinte anos, incluindo sete de trabalho e quase outro tanto de residência, o Bairro Alto
e os junkies que me conhecem pelo nome, já não é a arquitectura que me salta à vista, nem sequer a dimensão humana da malha citadina, nem tampouco o fado e os fadistas, os jornais e os jornalistas, ícones do Bairro de que de resto há cada vez menos exemplos. O que me salta à vista é a sujidade, o mau cheiro, os gritos histéricos das adolescentes, ainda sem idade para ir à mercearia quanto mais para sair à noite – e, naturalmente, as multas, as muitas multas, as
de regresso. Primeiro, é o espaço, a delicada recuperação que dele foi feita, incluindo a preservação cuidada de alguns dos mais belos elementos da taberna/ mercearia que antes o ocupava. Depois, é a iluminação, aquele cuidado jogo de pontos de luz que ao mesmo tempo blinda cada mesa numa intimidade hermética e favorece uma atmosfera geral de quase clandestinidade. E, depois ainda, são as empregadas, giras e simpáticas, a proximidade do
jovens portugueses, três rapazes e uma rapariga, todos bonitos – e é tal o afã de se evidenciarem que não se limitam a dizer palavras em línguas estrangeiras, como tantos de nós, mas frases inteiras. Sinal dos tempos ou epifenómeno tonto? Enfim, começa a chegar a refeição – e, embora me chateie beber o vinho em copos rasos, tipo Ikea, tudo o resto é quase perfeito. A certa altura tiro do prato em frente um ravioli fresco e confirmo que, efectiva-
Depois, piza Quatro Queijos, uma finíssima cama de massa quase crocante, com uma generosa combinação de cinco queijos por cima (na verdade são cinco: mozzarela, provola, asiago, gorgonzola e parmesão), cujos cambiantes se vão deixando descobrir ao longo da noite e a que há muito tempo gosto de chamar a melhor quatro-queijos de Lisboa. E, finalmente, um gelado da Santini, que, com ou sem fenómenos de moda, continua sem rival
perdeu o encanto que tinha para mim. No momento em que regresso ao Esperança, acabo de assinar o contrato que me levará dali para fora, não sei se de vez, se apenas por muitos anos – e, à medida que vou percorrendo as ruas e as ruelas que amei e cumprimentando os velhos
muito mais multas do que aquelas com que era suposto uma cidade soalheira castigar os seus amados habitantes pelo simples facto de a habitarem. E, no entanto, entro no Esperança e não tardo a perceber por que se transformou ele num dos meus lugares
forno, que nos afaga com os seus calores e o seu vago bulício, e a frequência um tanto babilónica, às vezes assertiva e outras vez apenas arrivista, mas sempre propiciadora de matériaprima cronística. No dia em que regresso, fico ao lado de uma mesa com quatro
mente, o forte do Esperança não são as pastas, mas aquilo que se cozinha no forno de lenha. De resto, as minhas escolhas são outras. Primeiro, sfizio di asiago, uma encantadora entrada de queijos grelhados, presunto e doce de mirtilho, simplesmente irrepreensível.
nos sabores de fruta. Conta final: € 24,20. Mais barato, com a oferta em causa, é difícil. E o melhor é aproveitar agora, porque assim que o calor regressar o Bairro Alto volta a transformar-se num grande WC ao ar livre.
Joel Neto
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Opinião
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crónica | Opinião
Aqueles que andam por aí António Lobo Antunes As pessoas não morrem: andam por aí. Quantas vezes as sinto à minha volta, não apenas a presença, o cheiro, a cumplicidade silenciosa, palavras que saem da minha boca e me não pertencem, penso - Não fui eu quem disse isto e realmente não fui eu quem disse isto, foram as pessoas mortas, exprimem opiniões diferentes das minhas, aproximam-se, afastam-se, vão-se embora, regressam, não me abandonam nunca. Em que parte da casa moram, qual o lugar onde dormem, devíamos deixar pratos a mais na mesa, talheres, copos, almoço que chegasse, os guardanapos nas argolas, um lugar no sofá, metade do jornal, dado que não se sumiram: andam por aí, invisíveis (invisíveis?) densas de humanidade, tão próximas. Umas alturas muitas, outras uma ou duas apenas por terem que fazer noutro lado, no caso de saírem não vale a pena preocuparmo-nos: têm a chave e a prova que têm a chave está em que entram, silenciosas, amigas, penduram os casacos no bengaleiro, sorriem. Onde
se encontra o pai? Na cadeira do costume. Onde se encontra a avó? Lá fora, no quintal, a alinhar a roupa no frio, ou a fazer festas à cadela com a mão leve de sempre. Os cemitérios são lugares vazios, só árvores, sem defuntos, só a gente, que arranjamos as campas, sem entendermos que não existe ninguém lá em baixo. Para quê visitar ausências? Uns pardais nos choupos, nada. Que sítios tranquilos, os cemitérios, que inútil a palavra defunto. Segredam-nos - Não faleci, sabes? e não faleceram, é verdade, continuam, não na nossa lembrança, continuam de facto, pertinho. Quase sem ruído mas, tomando atenção, percebem-se, quase não ocupando espaço mas, reparando melhor, ali, iguais a nós, tão vivos. Andam por aí, pertencemnos, pertencemos-lhes, não deixámos de estar juntos. Nunca deixámos de estar juntos: Quando é necessário poisam-nos a palma no ombro. Na época em que andei muito doente houve sempre palmas no meu ombro, a ajudarem. E agora, na mesa a escrever isto, espreitam o papel, sabem, melhor do que eu, as palavras que se seguem. O meu avô
- Não te aborrece escrever? ele, a quem nunca vi ler um livro, instalava-se diante dos canteiros, em silêncio, a olhar as árvores, suponho que a olhar o Brasil da sua infância. Avôzinho. Tão diferente de mim: muito moreno, de cabelo encaracolado, lindo. Continua por aí, não deixe de continuar por aí. Um amigo meu, que disse a missa de corpo presente da mãe, contou-me que, ao voltar a casa semanas depois, a primeira pergunta que fez foi - A mãe? seguro de a achar num compartimento qualquer. E, de certeza (isto já não me contou) que deu com ela. Que dá com ela a cada passo. Nem é preciso interrogar seja quem for, a mãe encarregase de resolver o problema, haverá algum problema que uma mãe não resolva? Não é infantilidade da minha parte afirmar isto: é assim. Frase da minha, ontem - A gente tem que se divertir ao divertir as crianças, porque se a gente não se divertir elas não se divertem e eu de boca aberta. É que não há coisa mais séria que o divertimento. Os nossos brinquedos foram uma coisa importantíssima para o
meu pai. Confiscava-nos alguns para seu gozo pessoal, secreto. A gravidade apaixonada com que ele jogava. Tenho os postais que o meu avô lhe mandava da guerra em França, derramados de ternura para um garotinho de dois anos. O paizinho gostava que o Janjão, etc. Andam os dois por aí agora, o Janjão e o paizinho. E, se calhar, o Janjão continua a receber postais. E de certeza que o Janjão continua a receber postais. É verdade não é, senhor, que continua a receber postais? Mesmo de bata, no hospital, mesmo professor, mesmo importante? Postais. Há quanto tempo não recebo postais. Uma carta de vez em quando, papelada da agência, das editoras, dos tradutores mas postais, postais-postais, népia. E aqueles que andam por aí, sei lá porquê, não me mandam nenhum. Ou mandamse a si mesmas e acham que chega. E, em certo sentido, chega. Mas umas palavrinhas, num cartão, caíam bem, há alturas em que umas palavrinhas num cartão caem bem. Não sei porquê mas caem bem. Não faço nenhum livro agora, ando vazio, e o vazio começa a inquietarme. E se isto acabou? Terei secado? Apareceu-me
uma coisa mas não dava, de maneira que fiquei sem nada. As falsas partidas, os equívocos, pensar que se consegue e não se consegue. O que julgarão desta impotência aqueles que andam por aí? Não lhes falo nisso, claro, é o género de assuntos que guardo para mim, guardo quase tudo para mim. A casa frente ao mar que nunca tive, por exemplo, tenho prédios feios. Algumas árvores e prédios feios. Que silêncio. A minha filha, no computador, entretem-se com o que chama um jogo de estratégia, em lugar de se sentar no meu colo. Olho para o écran e não percebo raspas, deve ser uma estratégia complicadíssima. Afirma que está a construir coisas. Ao menos que haja alguém ao pé de mim a construir seja o que for, compenetrada, solene. Se olhar bem o seu ombro vejo a palma que poisou nela. Há palmas tão bonitas quanto os pássaros. Daqui a nada, sem que ela dê por isso, começa a cantar. Basta um bocadinho de atenção para a ouvir cantar. E, ao cantar, começo a escutar as ondas. Uma após outra. Para mim. Atrás destas janelas e destas árvores há-de haver uma praia. Reparem.
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Opinião
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crónica
A crise e os estados ibéricos Mário Soares
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A União Europeia está a ter cada vez mais pessoas, entre os europeus, que se distanciam dos líderes e das instituições europeias. Porquê? Porque não suportam a degradação moral, social e mesmo democrática, e as crescentes desigualdades, a que assistem na União.
plano político-ideológico mais contribuíram para a construção europeia: os democratas-cristãos e os socialistas ou social-democratas. Foram ambos “colonizados” pela ideologia neoliberal, vinda dos Estados Unidos da América, e um pouco pela “terceira via” de Blair, assim se esbatendo as suas raízes ideológi-
Estão a perceber que cada vez há menos solidariedade entre os Estados-membros, que estes dependem dos mercados em vez de os meterem na ordem e que as conquistas sociais, que são responsáveis por cinco décadas de bem-estar para as populações europeias, estão a ser deliberadamente destruídas, para que os magnatas que controlam os mercados cada vez façam maiores fortunas, em virtude do capitalismo virtual, dos paraísos fiscais, etc. Os partidos europeus têm vindo a perder força, principalmente os que no
cas. Seja a doutrina social da Igreja dos democratascristãos, seja o socialismo democrático, fascinados ambos pela importância do dinheiro - para eles o supremo valor - esquecendo as pessoas, principalmente, as mais carenciadas. Espanha e Portugal que tiveram ambos, nos últimos anos, governos socialistas, perderam-nos desde o início de 2012, com as vitórias eleitorais do Partido Popular (Espanha) e do PSD, do centro direita, em Portugal. Ambos Estados europeístas convictos, cujos povos compreendem
bem a importância de pertencerem à União Europeia e o valor do euro, como moeda única. Espero que a circunstância política de os dois Estados ibéricos terem hoje governos de Direita não altere o europeísmo, que tem sido regra, desde que foi posto fim às duas obsoletas ditaduras peninsulares. Ao contrário do que alguns líderes europeus julgam, os dois Estados ibéricos têm uma grande importância em termos europeus, que nem sempre tem sido assumida. Porque, melhor do que os Estados do Centro e Norte da Euro-
pa, têm um convívio especial com a Ibero-América - até por serem duas línguas ali faladas, o espanhol e o português - e também pelo relacionamento com os países do Sul do Mediterrâneo e, relativamente a Portugal, com os Estados africanos. Numa fase extremamente difícil para a União Europeia, em que quase tudo está em jogo, confio nos dois Estados ibéricos, na autoridade que têm em termos europeus e lhes é reconhecida. Espero que tenham a coragem de erguerem as suas vozes e se saibam bater pelo futuro da
Europa, neste momento tão imprevisível. Desde logo, na próxima Cimeira, anunciada para 30 de Janeiro, em Bruxelas. A entrevista que o atual ministro dos Assuntos Exteriores de Espanha, José Manuel García-Margallo, deu ao El Pais de 22 do corrente, vai nesse sentido. Disse ele: “A única saída para a crise do euro é dar um salto para a Europa federal”. E ainda: “A austeridade e a estabilidade são necessárias, mas também há que criar emprego”.Eis o ponto-chave. Emprego, para fazer crescer a economia, objetivo essencial.
Opinião
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crónica | Opinião
De novo o Ocidente Adriano Moreira As identidades, entre várias causas originárias, encontram nos desafios externos fortes motivos para se descobrirem, se reencontrarem, se fortalecerem. Com a exigência de que seja a tempo de reparar os descuidos, as querelas internas, a defesa intrigante de passadas grandezas apoiadas numa imaginação que tece um tecido brumoso sobre a realidade. Até à queda do Muro de Berlim em 1989, a ameaça soviética pareceu um facto com capacidade suficiente para não deixar esquecer o desembarque na Normandia, a solidariedade atlântica, uma perceção comum do tecido imaterial unificador de objetivos estratégicos, de história comum, de valores que articularam as recordações do passado e as definições dos futuros possíveis. Depois do afundamento do regime soviético, pareceu que tudo, nos centros de decisão, se orientou para a geoeconomia, ao mesmo tempo que se multiplicaram os elementos fraturantes da unidade ocidental cimentada numa guerra que produzia cinquenta milhões de mortos, e a posse de armas que deram à humanidade a oportunidade de decidir ou continuar ou desaparecer. Entretanto, embora num percurso semeado de riscos, contrariedades, ameaças, e medos, a segunda opção não foi entretanto tomada, mas a solidariedade ocidental foi atingida e as unidades estaduais e nacionais europeias frequentemente desafiadas. De novo a temática do inimigo
voltou a circular, com relevo para a questão islâmica, designadamente na Suíça com a votação sobre as mesquitas, a campanha dinamarquesa contra o Islão, a perigosa agitação causada pelas caricaturas do
a sua unidade desafiada, a União Europeia, um plano de unidade superior ao sonho de 1918, enfrenta agora a linha fronteiriça de separação entre ricos e pobres, embora simultaneamente o Ocidente pareça
iniciativas que deliberadamente ignoram o texto em vigor. Talvez muito inesperadamente, depois dos autores do Tratado terem recusado mencionar as raízes cristãs do espaço que não tem fronteiras naturais,
também possuem agora reconhecida parte específica. Algumas intervenções de estadistas, que invocaram este renascimento do ocidentalismo lembrando um pas- sado próximo, pareceram, a analistas atentos,
profeta, e sobretudo a destruição das Torres Gémeas, a maior demonstração do poder do fraco contra o forte, e a definição mais gravosa de inimigo. Dentro da própria Europa, o Estado nacional, que esperou pelo século XX para ser proclamado como princípio, viu retomar atualidade o comentário de Clémenceau ao considerar que eram demasiados os catorze pontos do Presidente americano, quando ao cristianismo tinham sido suficientes dez. Países como a Espanha, a Inglaterra, a Bélgica, viram
recuperar atenção em vista da desordem mundial que faz despontar atitudes de retaliação pelo passado imperial dos seus Estados. É muito evidente, no que respeita à Europa, aquilo que foi chamado a “cacofonia das suas nações”, tornada aguda na entrada do milénio, e grave pela crise financeira e económica que fragiliza o projeto de unidade, mal servida pelo Tratado de Lisboa de tão complexa estrutura no que respeita à divisão legal de competências, e tão inquietantes quanto às
a área ocidental volta à investigação do seu património imaterial, não apenas para recolher os países que se libertaram do sovietismo pela queda interior do império, também para ver o atlantismo não como expressão de um acidente grave do passado recente, mas como um passado que inclui outros graves desastres, e também triunfos, e isso é comum, a oferecer ao globo uma parcela importante do património comum da humanidade. Património onde outras áreas, antes menorizadas,
tomados de messianismo. O facto de americanismo e europeísmo ainda por vezes se disputarem na busca separada de iden- tidades, o que corresponde ao peso da desordem, dá agora mostras de voltarem a ser desafiados pela tremenda crise mundial, por enquanto sem dimensão militar. Mas crise suficiente para assumir que a área está a ser progressivamente envolvida, e que ou tem resposta solidária, ou qualquer outra resposta será insuficiente para deter a decadência.
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Informação em destaque
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kRISTEN STEWART Nacionalidade: Norte-americana Data de nascimento: 9 de Abril de 1990 Profissão: Atriz
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As 100 mulheres mais bonitas de 2011
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Mulher crónica sensual
Aprenda a ser poderos Até mesmo as mulheres mais bonitas e com “tudo no sítio” ficam um pouco tensas quando chega a hora de tirar a roupa e entregar-se ao homem que amam. Esse é um momento que pode incomodar até mesmo a mais tranquila das mulheres. Para pôr fim a esse sofrimento desnecessário, a tvmais criou um pequeno guia para ajudar a libertá-la, a abrir as suas asas e soltar as suas garras, na cama... com ele.
derna fala para se excitar e levar o amado às nuvens. Eles adoram uma conversa excitante ao ouvido, ainda mais se for sussurrada… Se você é uma mulher mais calada, ele ficará encantado por ver um lado seu diferente. Comece devagar, dizendo-lhe o que a está
a mulher a iniciar o sexo. Apesar dos homens serem naturalmente mais ligados
conder as suas curvas. Os homens adoram ter uma “carninha” para agarrar
à parte sexual, isso não significa que eles não apreciem o facto de serem elas a chamá-los. Na verdade, eles ficam frustrados se a mulher nunca toma a iniciativa, sentindo-se pouco desejados. Mostre-lhe o quanto o quer.
na altura de fazer amor. Compre uma lingerie nova e faça uma pose bem sexy para o seu amor. Ele vai ficar animadíssimo. Os homens adoram mulheres que confiam no seu próprio poder de atração.
a agradar e quão excitada está.
1 - Planear também é bom Um ato de paixão, para ser bom, tem sempre de ser espontâneo. Mas um pouco de planeamento pode ajudar a aumentar o desejo. Os homens acham sexy quando as mulheres lhes dizem o que devem fazer para excitá-las. Outra dica quente é ter à mão brinquedos sexuais, que proporcionarão muito prazer.
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2 - Conversa picante Não caia no velho cliché
de que as mulheres decentes não dizem coisas picantes na cama. A mulher mo-
3 - Tome a iniciativa É um facto: eles ficam superexcitados quando é
4 - Ame as suas curvas e a sua lingerie Basta de lamentos e de perder tempo a tentar es-
5 - Separe a realidade da ficção As mulheres levam as fotografias das revistas muito a sério. O que excita um
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sa na cama homem é um conjunto de fatores, como a química
suas sugestões. Não fique a pensar que se for você a
quais são as três maiores reclamações dos homens
está a gostar do sexo: não há nada pior do que achar que não estão a agradar. A segunda é o toque: os ho-
ceira queixa é a recusa de muitas mulheres em fazer sexo oral. Para muitos homens, o orgasmo durante o
mens dizem que um toque muito leve não funciona com eles. As mulheres pre-
sexo oral é o mais intenso de todos.
cisam de usar mais força na hora dos carinhos. A ter-
tentar fazê-la acreditar que a desejam de verdade.
que existe entre vocês, a personalidade, o seu cheiro, o seu toque. A imagem pode funcionar muito bem no papel ou na televisão, mas na vida real… não há igual! 6 - Tente coisas novas Divida com ele a sua vontade de tentar fazer algo que nunca experimentaram e esteja também aberta às
sugerir algo muito ousado a opinião dele sobre si vai ficar alterada. Os homens são muito abertos a experimentar coisas novas, principalmente se souberem são sinónimo de prazer. Se não lhe quiser contar que a ideia saiu da sua cabeça, diga-lhe que leu numa revista e que ficou curiosa. Pode ter certeza de que ele se vai prontificar a esclarecer todas as suas dúvidas… 7 - Não deite “ água fria” Uma pesquisa mostrou
na cama. A principal é perceber que a mulher não
8 - Aceite-se como é De uma vez por todas, pare de se comparar com as atrizes e aceite que pode não ter o rabo perfeito, mas sabe como fazer o seu homem feliz. Os especialistas garantem que muitas vezes os pequenos defeitos, que todas as mulheres têm e que passam despercebidos aos homens, são aumentados e trazidos à atenção por elas próprias. Os homens percebem quando uma mulher não se sente bem consigo mesma e acabam por perder a estimulação ao
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revista: Autosport
BMW X6 renovado chega na primavera Além dos novos Diesel com cunho M Performance, a BMW revelou igualmente o renovado X6, modelo que continua a combinar grande vertente desportiva com versatilidade e apelo. O novo X6 deverá chegar aos concessionários durante a primavera, sendo que a sua estreia está agendada para o próximo Salão de Genebra.
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Em termos estéticos, as alterações abrangem o posicionamento e contornos dos faróis de nevoeiro à frente, além de novo desenho dos para-choques fazendo sobressair a tradicional grelha da BMW na parte superior da secção
dianteira. Como alternativa aos faróis bi-xénon de série, o X6 torna-se no primeiro da sua classe a contar com o opcional de faróis LED adaptativos. Na traseira, destaque para os farolins com novo desenho e tecnologia LED, além de contar ainda com outros pormenores distintos nessa secção. Entre o leque de equipamento, o BMW X6 dispõe de jantes de 19 polegadas, sendo que na versão xDrive 50i têm duas cores, havendo ainda uma série de outras jantes como opcionais, mesmo em 20 po-
legadas. O mesmo se passa no interior, que tem novos acabamentos em pele e novas cores disponíveis. Sendo um veículo de quatro lugares, um banco traseiro para três ocupantes é proposto como opção. Na bagageira, o espaço disponível é de 570 litros, podendo chegar aos 1450 com o rebatimento do banco traseiro.
Os blocos Diesel compreendem as opções de seis cilindros com 245 cv para o X6 xDrive 30d e com 306 cv para o X6 xDrive 40d. Para reduzir as emissões, a variante X6 xDrive 30d pode contar com a tecnologia BluePerformance que recorre ao sistema AdBlue que ajuda a emitir ainda menos gases poluentes para a atmosfera.
Quanto às mecânicas, os blocos com a tecnologia TwinPower Turbo dividem-se entre as variantes a gasolina V8 do X6 xDrive 50i com 407 cv de potência e a vertente de seis cilindros do X6 xDrive 35i com 306 cv.
A vertente mais potente Diesel é aquela desenvolvida pela M Performance Automobile. O X6 m50d conta com bloco de seis cilindros e três turbos para uma potência total de 381 cv e binário de 740 N.m. Esta configuração permite-
-lhe chegar aos 100 km/h em apenas 5,3 segundos, embora apresente consumo médio de 7,7 l/100 km. A versão M a gasolina trata-se do X6 M com motor V8 de 555 cv, contando com acertos e acabamentos específicos, como por exemplo na transmissão automática de seis velocidades M Sport. Nos outros modelos, a potência do motor é transmitida por intermédio de uma caixa automática desportiva com oito relações, contando ainda com o Dynamic Performance Control como elemento de série, integrado no sistema de tração integral xDrive.
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Corvette festeja 60º aniversário com série especial O Chevroolet Corvette vai fazer 60 anos em 2013, e a marca americana vai comemorar esta data criando o Chevy descapotável mais rápido de sempre, o 427 Convertible. O Corvette 427 Converti-
ble é baseado no descapotável normal, mas recebe o motor de 7 litros do Z06 (daí a designação 427, o equivalente em polegadas cúbicas), disponível apenas como coupé, bem como várias alterações à carroçaria, com vista a melhorar o comportamento
desportivo do carro.
Para além do motor de 7008 cm3, com 512 cv de potência, o 427 Convertible recebe ainda capô, guarda-lamas, difusores de ar e peças interiores em fibra de carbono, o que permite reduzir o peso para
1522 kg. De acordo com a Chevrolet, a relação peso/ potência é melhor que a do Porsche 911 Turbo Cabrio e Audi R8 Spyder. Este Corvette atinge os 100 km/h em 4 segundos. O primeiro Corvette a ter um motor de 7 litros surgiu
em 1966, na altura com 396 cv, que até 1970 foi subindo até atingir os 443 cv (sempre potência bruta, valor real cerca de 20 a 25 por cento inferior), para depois dar lugar a um bloco de 7,4 litros (designação 454).
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Legend of Zelda: S
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A longa espera finalmente chegou ao fim. Foram precisos cinco anos para
alidade que mais novos e veteranos podem experimentar, testemunhando
primir dinheiro, isso é desiderato de Super Mario, Pokémon ou Wii Play.
a Nintendo voltar ao eixo central da sua mais importante linha de aventuras. Skyward Sword já não se resume a vídeos e a comentários de quem experimentou; é uma re-
um dos mais belos processos criativos da Nintendo depois da revolução com Super Mario Galaxy. The Legend of Zelda não será um campeão de vendas, ou uma máquina de im-
Contudo, os jogos centrais desta série criada por Miyamoto e desenvolvida por Eiji Aonuma desde Ocarina of Time, ocupam um espaço central na montra da empresa e as-
sumiram um importante e decisivo contributo no género das aventuras para a indústria dos videojogos. Sinónimo de qualidade e aproveitamento ao máximo das consolas para as quais eram editados, a inconfundível demanda de Link acrescentou sempre algo de novo por cada episódio a uma experiência que desde cedo adquiriu uma identidade e uma marca inconfundíveis. Jogar Zelda é diferente de outras aventuras, mesmo se a narrativa se assume com grande simplicidade. Conta a uma história de um herói. Um rapaz munido de uma espada e de um escudo que um dia é incumbido de salvar a princesa e um vasto mundo das mãos de um vilão. Simples, o “twist” está no “background” que Miyamoto e Aonuma
deram a este conto, dando corpo a um conjunto de ideias extremamente bem acolhidas. De tal modo que muitos elementos do jogo subjacentes ao arco narrativo adquiriram uma dimensão tradicional fortíssima, uma eficácia perfeita, como os trechos sonoros que passam após se completar um puzzle ou a abertura das arcas do tesouro com toda a dimensão luminosa envolvente de quem abre uma vetusta arca de madeira e quase cai para o seu interior ao tentar recolher o objeto precioso. Sem elementos como estes não seria possível compreender Zelda. Porém, para a Nintendo, tradição não é sinonimo de convívio permanente no passado. Se queremos extrair uma lição do modo de pensar da
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Skyward Sword gigante de Quioto, é que mesmo as séries clássicas, dotadas uma estrutura tradicional, conseguem aproximar-se da inovação e chegar a novas fronteiras todas as vezes que se opera uma mudança geracional. É esse o maior trunfo e uma certeza que
É uma conclusão natural a que chego quando olho para a minha estante e os meus olhos seguem as caixas dos jogos Zelda. Do primeiro magnífico cartucho dourado a Twilight Princess (versão GameCube), vejo em todos autênticos processos cria-
um percurso meticuloso, mas não impossível de cumprir. De tal modo que resultado se espelha nesta comemoração dos vinte e cinco anos da série Zelda. Um impressionante caso de longevidade, sempre bem aceite pela crítica e pelos fãs, sem passos em
do com o MotionPlus proporciona uma profundidade ímpar no manejo da espada e escudo, o argumento ocupa um espaço privilegiado e único e, de um modo geral, há um desenvolvimento muito forte em termos da componente interação e exploração.
falso como muitos apontam. Continuará a preencher as melhores expectativas, Skyward Sword. Apresenta-se efetivamen-
Em suma, ingredientes que colocam Skyward Sword no topo. Twilight Princess foi estrutural no desenvolvi-
os fãs da marca e adeptos de videojogos têm vindo a contar. Zelda detém uma herança e um passado respeitável. Um trilho de sucessos, um projeto imaculado. Alguns títulos serão mais firmes, criativos e seguros, mas em todos há uma marca e especificidade que os torna únicos.
tivos e neles está bem à vista o selo da criatividade e da necessidade de pensar fundo sobre o que se pode fazer com coisas novas. Miyamoto sublima a exigência e põe à prova quem trabalha nas suas séries. Morde o pensamento dos seus engenheiros próximos. Foi isso que o levou a inquirir a Yoshiaki Koizume; “o que podemos fazer com mundos esféricos?”. A resposta foi Super Mario Galaxy. Cada jogo novo é o produto de vários elementos; a herança da série onde se encontram as expectativas dos fãs, o grau de desenvolvimento tecnológico da plataforma que irá suportar o jogo e os novos elementos que renovam o processo interativo. De resto, a Nintendo já demonstrou que este é
te como um rival de peso para os outros jogos da série. A seu favor tem vários domínios; o comando por movimentos integra-
mento da série. Recuperando a herança de Ocarina of Time pelo estilo realista do grafismo, numa demarcação de Wind
Waker que seduziu os fãs pelo aspecto animado do universo Zelda, ficouse pelo regresso a Link em tons realistas, sem ter aproveitado da melhor forma os comandos da recém-chegada Nintendo Wii. Ao invés, Skyward Sword proporciona um avanço de tudo o que de mais importante a série conheceu. Este é muito provavelmente o Zelda mais épico e empolgante que já vi. Os fãs irão dar conta da real dimensão do jogo assim que acabarem a fase “trial” da demanda de Link e assistirem à mudança vigorosa que se segue, num “overhaul” descomunal. Detentor de uma arte gráfica que combina de forma muito feliz animação com realismo, passando aos combates vigorosos e densos proporcionados pelo Motion Plus, Skyward Sword é irresistível. Cada puzzle representa um teste à capacidade de observação e ponderação. Não há soluções rápidas nem teleguias. A Nintendo convida em Skyward Sword o jogador a descobrir por si, a palmilhar o terreno, a testar inúmeras opções
com os objetos que tem em mãos. Mas há uma dualidade de mundos que importa descobrir.
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Os Marretas “The Mup
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Pensando bem, o “timing” não poderia ter sido melhor para este regresso. 2011 foi afinal um ano fortemente marcado por nostalgia e por filmes que de certo modo falavam a uma certa noção de família/ identidade. Características que a marca “Os Marretas” traz orgulhosamente gra-
vada ao peito, sobretudo nesta nova encarnação cinematográfica (doze anos após a última). Bem, as notícias são muito positivas: esta versão praticamente orientada pelo ator e argumentista Jason Seigel (muitíssimo bem acompanhado por Amy Adams no ecrã) é um
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ppets”
autêntico deleite para fãs, iniciados, curiosos, e muito espectador que tropece
“entretenimento familiar” numa era marcada pelos “sucessos” de filmes como
a cruzar vários géneros de humor, e umas mãos cheias de “cameos”, pare-
angariação de fundos, de modo a impedir que o seu antigo estúdio seja de-
acidentalmente nisto... Se as expetativas estavam baixas? Sim... afinal de contas, é difícil não temer um produto vindo da secção
“Os Smurfs” ou “Alvin e os Esquilos”... Entre números musicais surpreendentes, piadas hilariantes e constantes
ce haver aqui um pouco de tudo para todos, enquanto acompanhamos Sapo Cocas e companhia a tentar um último espetáculo de
molido por um magnata para ser posteriormente alvo de escavações para achar petróleo. Sim, é rídiculo, mas de uma forma muito assumida e repleta de piscadelas aqui e ali e momentos autofágicos, ou não estivessemos numa era pós-pós-moderna. Resumindo e concluíndo, seria muito difícil arranjar um objeto capaz de agradar a gregos e troianos (que é como dizer, miúdos e graudos... ou “fãs” e espectador casual) melhor que este. Jim Hensen estará algures, numa outra dimensão, a sorrir. O Melhor: Ser um filme (Disney!) capaz de respeitar o público mais velho, nunca subestimando os mais novos ao mesmo tempo, algo que tem acontecido muito raramente fora dos estúdios Pixar.
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