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CEMCA: O ESPAÇO MAIS PRÓXIMO DOS MÉDICOS PORTUGUESES

Entrevista de Lúcia Heitor

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Amedicina aeroespacial é a área que se encarrega de estudar as consequências das condições no ambiente espacial no corpo humano, como evitá-las e como preservar a saúde dos astronautas em missão. Devido ao objetivo da NASA de enviar os primeiros seres humanos a Marte em 2030, e com o potencial estabelecimento e crescimento do turismo espacial, esta área tem sido foco de grande desenvolvimento. Os tópicos de investigação vão desde a preservação da fisiologia corporal num ambiente de gravidade zero, proteção contra radiação ionizante, até às formas de prestar cuidados de saúde durante as missões espaciais de longa duração.

Tens interesse nesta área mas não sabes o que fazer a seguir? Gostavas de ter mais informações? Neste artigo apresentamos o Clube de Estudantes de Medicina e Ciências da Vida Aeroespacial (CEMCA), um grupo de estudantes de medicina e das ciências da vida que se dedica à promoção e divulgação da medicina aeroespacial, e que auxilia projetos de investigação nesta área. Fizemos-lhes algumas perguntas para que os possas conhecer melhor!

Como surgiu este clube? Contem-nos a vossa história!

O Clube de Estudantes de Medicina e Ciências da Vida Aeroespacial (CEMCA) foi fundado em 2020, após os nossos fundadores terem realizado uma formação na Agência Espacial Europeia (ESA) e lhes surgiu a ideia da criação de um clube que reunisse os estudantes das diferentes áreas da Ciências da Vida inscritos numa instituição de ensino superior portuguesa que possuíssem o mesmo interesse pelo Espaço.

Têm parcerias ou contacto com associações espaciais? Se não, que tipo de relação com estas pretendem ter no futuro?

De momento, temos uma parceria com a InnovaSpace, com a qual organizamos múltiplos webinars denominados “Sábados no Espaço”. Entretanto, já procedemos ao contacto com outras associações, nomeadamente com a Portugal Space com quem gostaríamos de criar uma parceria, mas a situação pandémica veio dificultar o contacto e a realização de eventos.

Que atividades vossas podemos esperar? O que têm a oferecer para convencer os possíveis interessados mais tímidos?

Ultimamente, temos vindo a organizar diferentes webinars, e temos o intuito de iniciar ainda diferentes tertúlias sobre temas como o Biomimetismo. Organizamos também eventos em conjunto com Associações de Estudantes e auxiliamos estudantes que tenham interesse em iniciar uma investigação nesta área, desde a constituição de um grupo de trabalho até ao contacto com um tutor. Para os demais interessados, poderão sempre participar num dos nossos eventos e inscreverem-se como Membros Ativos (livre de qualquer custo, usufruindo de descontos e prioridade na inscrição em atividades dos nossos Parceiros). Estes terão também a oportunidade de aderirem ao nosso grupo do Slack onde poderão partilhar as suas experiências, questões, conhecer outros Membros e aprender ainda mais sobre o Espaço.

“Sábados no Espaço” com a parceria da InnovaSpace

Tendo em conta a grandeza de toda a área relacionada com o Espaço, qual consideram ser o (futuro) contributo dos jovens médicos portugueses para esta área?

Os jovens médicos portugueses podem contribuir tanto ao nível da investigação como ao nível da avaliação física de futuros astronautas, como a título de exemplo está o Dr. Pedro Caetano a auxiliar na Call dos novos astronautas da ESA. Esta área está a crescer em Portugal e espera-se que ainda este ano venha a ser inaugurado o primeiro Centro de Estudos de Medicina Aeroespacial (CEMA) numa faculdade portuguesa, neste caso na FMUL. O CEMCA tem já constituído um grupo de investigação de estudantes de diferentes faculdades convidados para trabalhar neste centro.

Qual pensam que será o futuro do médico na área espacial? Chegarão a ir ao Espaço ou continuará a ser mais de testes e estudos na Terra?

Atualmente, os médicos nesta área atuam maioritariamente em Terra através da telemedicina, esta que se tornou importante com o despoletar da Pandemia. A presença de um médico será necessária no Espaço num futuro próximo e, quem sabe, se tal não será já nesta Call da ESA.

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