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INHOTIM. O maior museu a céu aberto do mundo espera por você

INHOTIM É NOSSO

A SEDE DE UM DOS MAIS IMPORTANTES ACERVOS DE ARTE CONTEMPORÂNEA DO BRASIL E O MAIOR MUSEU A CÉU ABERTO DO MUNDO ESTÃO ESPERANDO POR VOCÊ. EMBARQUE NESTA EXPERIÊNCIA PROFUNDA, SUSTENTÁVEL E REVIGORANTE

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Você pode ir até Inhotim para respirar ar puro. Ou para caminhar e se sentar à beira de alguma árvore centenária. Interagir com alguma escultura disposta nos gramados, como os corpos metálicos criados por Edgard de Souza. Ouvir o som da terra. Brincar com os volumes coloridos de Hélio Oiticica. Ver a exuberância da natureza feita de folhas, cores, cantos de pássaros, pores do sol. Seja do jeito que for, sua experiência em Inhotim será profunda, memorável e revigorante. A sede de um dos mais importantes acervos de arte contemporânea do Brasil e o maior museu a céu aberto do mundo estão esperando por você, em Brumadinho, ao lado de Belo Horizonte (MG). Para nos guiar nesta visita virtual e à distância, pelo menos por enquanto, temos a companhia de Pedro Nehring, paisagista do Instituto Inhotim.

Caminhar pelos jardins de lá, segundo ele, é mais do que contemplar sua exuberância. Inserido em porção florestal remanescente de Mata Atlântica e Cerrado – dois dos biomas mais ricos em biodiversidade e, ao mesmo tempo, ameaçados do planeta – o Instituto é um campo pulsante para pesquisa científica e uma ferramenta de conservação e educação ambiental. Sem contar o bem que faz aos olhos e à alma.

Pedro Nehring é o paisagista de Inhotim

Em 2010, Inhotim foi reconhecido como Jardim Botânico, título atribuído pela Comissão Nacional de Jardins Botânicos (CNJB). Hoje, o Instituto é referência nacional e internacional em paisagismo tropical contemporâneo. O Jardim Botânico do Inhotim faz a gestão do acervo e das coleções botânicas, compostas por mais de 4,3 mil espécies nativas brasileiras e exóticas de várias partes do mundo, além de pesquisa e monitoramento do patrimônio natural do Instituto.

As plantas que moram por lá são de famílias das palmeiras (Arecaceae) e das aráceas (Araceae), da qual fazem parte os filodendros, antúrios, entre outras espécies. As orquídeas também são bastante representativas e, por isso, Inhotim dedica dois espaços especiais a elas: o Vandário, com flores do grupo das Vandáceas, e o Largo das Orquídeas, com cerca de 18 mil Cattleya Walkeriana, espécie conhecida como “Rainha do Cerrado”. Eles também buscam completar o ciclo e usar plantas que costumam atrair polinizadores, como abelhas e borboletas. Por isso, a presença de espécies frutíferas.

Para o paisagista, “arquitetar” a paisagem de Inhotim é uma experiência incrível e sempre desafiadora, pois os jardins se transformam diariamente. “Buscamos incorporar novas espécies ao acervo, estruturando as paisagens, especialmente, com palmeiras e árvores. Sempre empenhamos em compor os jardins mais belos do mundo. Nossa proposta paisagística é sempre continuar reformulando os jardins do Inhotim com novas plantas, dando maior profundidade, trazendo mais espontaneidade, mais leveza e mais harmonia entre as espécies cultivadas”, comenta.

Atualmente, Inhotim compreende uma área de 140 hectares. No passado, essas terras foram usadas como pequenas propriedades rurais e tiveram múltiplos usos, como pomares, pastagens, cavas de minério de pequena escala e também remanescentes vegetais. Muitas dessas áreas se tornaram jardins com espécies do mundo inteiro, outras se regeneraram naturalmente, sendo hoje uma grande área verde. Uma demonstração de que transformar

a paisagem é possível. Esse é um processo dinâmico que ocorre desde os anos 1980 até os dias de hoje.

Sustentabilidade e Inhotim têm tudo a ver. O uso de espécies nativas (aquelas que ocorrem naturalmente na região) no paisagismo de Inhotim é um exemplo de prática que colabora para sustentabilidade. “Ao utilizar essas espécies, que são adaptadas ao clima da região, há uma diminuição em gastos com irrigação, por exemplo. Outra forma é fazer uso da compostagem. A manutenção diária dos jardins do Instituto Inhotim gera uma enorme quantidade de material de podas. Esse material é compostado, e o resultado é um rico composto orgânico, utilizado na adubação dos jardins do Instituto. Perceba que a compostagem, além de ser uma ótima solução para esses resíduos, também poupa gastos do Inhotim com compra de composto e contribui com a sustentabilidade. O paisagismo e a preservação podem coexistir, gerando resultados belíssimos e sustentáveis em longo prazo”, explica Nehring.

Pelo mundo, existem outros jardins/museus ao estilo Inhotim. Mas não como ele. “Tem o Gibbs Farm (Nova Zelândia); Collezione Gori (Itália); Storm King Art Center (EUA); Château La Coste (França); Ekebergparken (Noruega); e claro, Inhotim.”

CON STRUIND O PARA

cgl.com.br

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