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Foto capa: Guilherme Andrade
Caro leitor,
Editorial
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m julho, Ilhabela se transforma na Capital Nacional da Vela, ao sediar a maior competição de vela oceânica da América Latina. Já são 45 edições e o evento tornou o arquipélago reconhecido por sua excelente estrutura e pelo investimento na expansão e no aprimoramento do segmento náutico na região, que gera oportunidades e atrai turismo de qualidade para o nosso município. Neste ano, além das regatas oceânicas promovidas pelo Yacht Club de Ilhabela, que por conta da Copa do Mundo acontecem um pouco mais tarde, de 20 a 28 de julho, a Prefeitura de Ilhabela preparou uma programação especial, que se estende pelo mês inteiro, começando já na primeira semana, com a realização da 45ª Semana de Vela de Monotipos. Fora da água, o Race Village instalado no centro histórico terá shows musicais, apresentações culturais, feira literária e muitas outras atrações. Nossas páginas contam também como foi a estreia da Cia Ilhôa de Teatro, que escolheu a comédia A PRUDÊNCIA, do dramaturgo argentino Claudio Gotbeter, para lançar seu trabalho na Ilha, em duas apresentações que lotaram a plateia do Espaço Cultural Pés no Chão. Na coluna sobre Animais Silvestres, o biólogo Patrick Inácio Pina explica um fato curioso, que certamente já chamou a atenção de muita gente que viaja entre a capital paulista e o litoral norte, no artigo intitulado “Afinal, do que morreram os Guapuruvus na Serra do Mar e suas Ilhas?”. Confira ainda as últimas notícias da região na seção Litoral em Revista, os melhores restaurantes da cidade em Gastronomia e nossas dicas de presentes e consumo em Boas Compras. Até a próxima edição!
Boa leitura! Andréia Lima Editora
3 - REVISTA ILHABELA
Foto: Guilherme Andrade
12 04 - REVISTA ILHABELA
Capa 45ª Semana de Vela de Ilhabela
Nesta Edição: 8 Foto: Maristela Colucci
junho / julho - 2018
Litoral em Revista
Cia Ilhôa de Teatro estreia no palco do Pés no Chão com A Prudência
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Foto: Guilherme Andrade
Os melhores restaurantes de Ilhabela
Foto: Guilherme Andrade
Gastronomia
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Guapuruvu Afinal, do que morreram estas árvores?
Revista Ilhabela é uma publicação da Ilha Editorial, Planejamento, Marketing e Distribuição LTDA. Rua Antenor Custódio da Silva, 197 - Ilhabela - SP Fundador: Horácio Victor Nascimento de Andrade (1945-2003) - Diretor Comercial e Diagramação: Guilherme Andrade - Editora: Andréia Lima - Jornalista Responsável: Marisol Garcia - MTB 38294 - Colaboradores: José Augusto Menegatti - Publicidade e assinaturas: (12) 3896-6337 / (11) 2858-4802 / publicidade@ revistailhabela.com.br. A Revista Ilhabela é uma publicação dirigida a moradores, veranistas, empresários, turistas e freqüentadores de Ilhabela e região. Os anúncios e ofertas aqui publicados são de inteira responsabilidade dos anunciantes. A reprodução de anúncios e reportagens só poderá ser feita mediante expressa autorização da Ilha Editorial. Contatos Tel: (12) 3896-6337 www.revistailhabela.com.br - e-mail: contato@revistailhabela.com.br
Odontologia
A beleza do sorriso
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sorriso representa a forma mais primitiva e essencial da comunicação humana, porque expressa as emoções e os sentimentos, podendo despertar admiração ou sensações agradáveis. Quando olhamos para um belo e nos encantamos, na verdade percebemos, inconscientemente, harmonia existente no conjunto gengivas, lábios e face:
sorriso o que é uma dentes,
Os dentes são o centro da atenção. O tamanho, a forma, a posição e a cor estão em harmonia, proporção e simetria relativa aos elementos que os emolduram, que são as gengivas e os lábios. A gengiva tem seus arcos recobrindo essencialmente as coroas dentárias. E os lábios têm tamanho e formato proporcionais as demais estruturas da face!
Um sorriso atraente colabora para a melhora da aparência estética e da autoestima, produzindo uma aura que amplia a beleza da face! E atualmente, o que a odontologia pode fazer pela beleza do sorriso? A odontologia estética visa a busca da beleza física, por meio de tratamentos especiais para correção de problemas específicos. Existem alguns princípios que foram estabelecidos através de pesquisas, medidas científicas e conceitos artísticos de beleza, que se considerados e aplicados corretamente, determinam como resultado final um bonito sorriso: com harmonia de proporções e perfeição de formas. O formato e o tamanho dos dentes podem ser alterados através das restaurações de resina composta ou laminados cerâmicos. Alterações na cor são obtidas com os clareadores dentários. Quando não, com restaurações. Pequenas correções no alinhamento dos dentes também podem ser realizadas através das restaurações. Grandes correções de alinhamento
*Dra Elcilene Roefero necessitam de tratamentos com aparelhos ortodônticos ou até mesmo com cirurgias. Os formatos dos arcos gengivais, responsáveis pela “estética vermelha”, podem ser corrigidos com cirurgias “plásticas”, ou que recortam o excesso gengival, ou que acrescentam tecido para o recobrimento das raízes expostas. A fina espessura gengival e as manchas gengivais também podem ser tratadas. E finalmente, para melhorar alinhamento e formato dos lábios, harmonizando o sorriso com a face, as técnicas da harmonização orofacial podem ser aplicadas. A toxina botulínica, que bloqueia a ação de alguns músculos faciais, e o ácido hialurônico, que preenche e hidrata a pele, estão entre os materiais mais utilizados. Enfim, a odontologia tem se empenhado no sentido de aprimorar materiais e técnicas que permitam aliar estética, função e saúde bucal. Um sorriso bonito deve estar acompanhado de uma correta função, respeitando-se os padrões próprios de cada um!
*Dra Elcilene Roefero é especialista em Prótese pela Unesp SJC; atua também em Implantodontia e Periodontia, com curso de cirurgia estética na New York University; integra a equipe do Grupo Imppera – curso de Cirurgia estética periodontal e periimplantar em SP; é membro do International Team for Implantology; coordena a El MaR Odontologia Integrada, há 22 anos em Ilhabela.
LitoralemRevista
Happy Hour no Mundo
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A proposta é ter uma atração diferente a cada dia da semana, sempre das 18h às 22h. As segundas-feiras serão reservadas a noites mais intimistas, com Jazz, piano ou lounge music. As terças, o palco fica aberto ao público em uma Jam Session, onde quem estiver na plateia pode se juntar à banda convidada pra soltar a voz ou tocar seu instrumento favorito. Quarta-feira rola o Dia do Sofá, com cine clube e pipoca, sendo que duas vezes por mês haverá um cine cultural seguido por bate papo. Quinta-feira é dia de Rock com double chopp até as 20h, em uma parceria com o The Old Jack Pub. Pra fechar a semana, sexta-feira tem atrações especiais como karaokê, pistinha de dança com DJ, noites temáticas com forró e outras surpresas, para aquecer o público antes da balada ou simplesmente relaxar depois de uma semana intensa de trabalho. O Mundo Terra Village também segue aberto a novas parcerias, funciona como espaço de eventos e pode ser reservado para festas e encontros sociais e corporativos. Durante o dia, oferece pacotes versáteis de Cowork, com estrutura completa e Internet de alta velocidade, em ambientes cercados por um charmoso Antiquário & Vintage Store, onde todos os objetos estão à venda. Av. Princesa Isabel, 1357 – Perequê
Fotos: Guilherme Andrade
ncontrar os amigos após o trabalho pra bater papo e tomar um drink é um hábito comum nos centros urbanos e para estimular esta prática por aqui, o Mundo Terra Village agora abre até mais tarde, com um descontraído happy hour durante a semana inteira. “A ideia é ser um ponto de encontro para os moradores da Ilha, com opções de lazer e entretenimento para quem sai do trabalho e quer curtir, encontrar pessoas e fazer um programa diferente”, conta Vivi Souza, responsável pela casa.
Terra Village
Cia Ilhôa de Teatro estreia no palco do Pés no Chão com A PRUDÊNCIA Sucesso absoluto de público, a comédia de Claudio Gotbeter, dirigida por Fabio Ronzano, marca o início de um trabalho que promete enriquecer o cenário artístico e cultural de Ilhabela.
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os dias 16 e 17 de junho, o palco do Espaço Cultural Pés no Chão recebeu a apresentação de A PRUDÊNCIA, comédia de Claudio Gotbeter, escolhida para a estreia da Cia Ilhôa de Teatro. Com direção de Fabio Ronzano, tradução e adaptação de Maristela Colucci e elenco formado por Egberto Cunha, Fabio Ronzano e Malu Brunton, o espetáculo integra o projeto Artes Cruzadas, com apoio do Edital Território das Artes - ProAC.
Para celebrar o Ano Novo, as amigas Margarita e Trinidad estão na sala da casa de Trinidad, à espera de outra amiga, Nina, como todos os anos. A conversa entre as duas denota uma acirrada e cômica disputa de egos. Trancadas a sete chaves, apavoradas com a violência da metrópole – que acompanham avidamente pelo rádio e pela TV –, elas reagem surpreendentemente à chegada de Nina. Em tempo real, no transcorrer de uma noite de réveillon, as três amigas levam à consequências extremas o temor, a insegurança e a fragilidade humana nos tempos atuais. Cia Ilhôa de Teatro - Fundada em 2015 por Fabio Ronzano, ator, diretor e dramaturgo argentino e por Maristela Colucci, fotógrafa e produtora cultural, a Cia Ilhôa de Teatro pretende estimular a produção artística e cultural em nossa região. “Consideramos importantíssimo Ilhabela ter uma companhia de teatro, que agrega talentos, não só os visíveis, mas todos aqueles profissionais que fazem uma obra acontecer. A presença massiva e o calor do público deste fim de semana nos mostrou que estamos no caminho certo! O acolhimento da equipe do Pés no Chão também foi e é fundamental neste processo” contam Fabio e Maristela. Sobre a escolha de A PRUDÊNCIA para a estreia da Cia, o diretor Fabio Ronzano ressalta: "'Vivemos tempos duríssimos' – diz, a certa altura, Trinidad. Em outra passagem, Margarita exclama: 'Tudo o que é legal, é permitido.' Encaramos este projeto porque entendemos que o humor e a inteligência com que a obra está escrita infelizmente retrata com perfeição que 8 - REVISTA ILHABELA
Fotos: Maristela Colucci
Prudência é uma comédia que se passa em qualquer cidade de médio a grande porte, em qualquer lugar do mundo. O medo e a insegurança são realidades urbanas e estão refletidas na paranóia de duas amigas de toda uma vida.
LitoralemRevista a violência, a paranoia e a desconfiança do próximo são somente uma questão de perspectiva. A Cia Ilhôa ressalta a maneira como os meios de comunicação lidam com o tema e a influência nociva que têm sobre as pessoas. Somos parte silenciosa da paranoia geral." Fabio, que por oito anos manteve a companhia La Colectora, na Argentina, já havia trabalhado com Claudio Gotbeter, importante dramaturgo argentino contemporâneo, que tem obras traduzidas para sete idiomas e encenadas em vários países do mundo. Ele já havia encenado LA PRUDENCIA na Argentina, e em 2016 a apresentou ao lado do próprio Gotbeter, que atuou como ator (no papel de Trinidad) e diretor, num festival de teatro em Roma, na Itália. O que vem por aí – A PRUDÊNCIA terá elenco renovado e viajará pelo estado de São Paulo e onde houver convites: permanecem Egberto Cunha e Fabio Ronzano, enquanto Malu Brunton será substituída por Camila Prado. “Há ainda pedidos de muitas pessoas que perderam estas apresentações de que a peça volte a ser encenada aqui na Ilha, e estamos estudando esta possibilidade”, afirma Maristela. Estes dois anos de trabalho também já renderam elenco para outra obra: O REI ESTÁ MORRENDO, de Eugene Ionesco – expoente do teatro do absurdo – que deverá ser apresentada no Pés no Chão no final do ano.
LitoralemRevista Linktel é a única operadora brasileira presente na Copa da Rússia em quase 15 mil hotspots Os brasileiros que estiverem no país poderão navegar na rede da empresa localizada em todas as cidades da competição
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operadora de telecomunicações Linktel Corporate, com roaming em mais de 120 países, marca presença também na Copa do Mundo da Rússia. A empresa oferece seus serviços aos brasileiros que estão assistindo o evento em quase 15 mil estabelecimentos de alto nível. A companhia possui roaming em diversas cidades do país, como Moscou, São Petesburgo, Rostov do Don, Ecaterimburgo, Volgogrado, Saransk, Samara, Níjni Novgorod, Sochi e Kazan. A navegação será feita via as empresas Trustive e Beeline, que garantem a presença internacional da Linktel. A companhia também mantém acordo com outras gigantes internacionais, como a Boingo, AT&T, Ipass, British Telecom, Wigo (Peru) e, com isso, se faz presente em outros diversos países.
A Linktel oferece aos seus clientes mais de um milhão de hotspots espalhados em mais de 100 países, garantindo assim flexibilidade aos seus clientes que visitam os cinco continentes. “Somos uma operadora brasileira com presença mundial. Sempre estivemos presentes em grandes eventos esportivos, incluindo a Copa do Mundo 2014 e dois anos depois nas Olimpíadas do Rio de Janeiro”, conta Jonas Trunk, presidente da Linktel. Sobre a Linktel - A Linktel Corporate é uma operadora fundada em 1999 para oferecer soluções globais em telecomunicações com presença internacional, a partir da oferta de soluções rápidas e seguras. A empresa é filiada a entidades internacionais do segmento como Wi-Fi Alliance, WiMax Forum e WBA - Wireless Broadband Alliance.
A Linktel é autorizada pela ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações a prestar serviços de telecomunicações em todo o território nacional, na modalidade Comunicação Multimídia, oferecendo aos seus clientes todas as vantagens da Internet de alta velocidade e suas diversas aplicações na transmissão de dados. A empresa oferece conexões de alta velocidade, trafegando informações de dados, voz e vídeo em uma avançada plataforma de transporte baseada em rede híbrida de rádio e fibra óptica, utilizando equipamentos com tecnologia Gigabit Ethernet. Por meio dessa rede, é possível disponibilizar aos clientes serviços altamente especializados e customizados de acordo com as necessidades, tornando possível a perfeita integração entre transmissão de dados, segurança e rapidez. Para mais informações, acesse: www.linktelcorp.com. Em Ilhabela, ligue para: (12) 3896-6007.
Depois de uma temporada na Suécia, onde foi trabalhar a convite de um Studio badalado e teve a oportunidade de aprimorar sua arte, o tatuador escolheu Ilhabela para abrir seu novo espaço.
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om um trabalho autoral autêntico e cheio de personalidade, Renato Sette iniciou sua trajetória como artista por meio do grafite. O desenho sempre foi uma aptidão nata, mas foi grafitando nas ruas da capital paulista que ele desenvolveu seu estilo próprio e despertou para diferentes áreas das artes visuais, como pintura em tela, aerografia e, por fim, a tatuagem, que se tornou sua grande paixão. Começou a tatuar em 2000 e desde então vem aprimorando sua técnica e aperfeiçoando seu trabalho artístico, reconhecido no Brasil e no exterior. Durante esta trajetória, suas tatuagens já estamparam páginas de revistas nacionais e estrangeiras, participou de eventos, feiras, seminários e mostras de arte internacionais e em 2009 foi convidado a trabalhar na Europa, em um Studio na Suécia, onde ficou por dois anos. As saudades da família e de sua terra natal o trouxeram de volta ao Brasil e ele escolheu o Litoral Norte para viver e trabalhar. Em 2012, montou o Studio 70XSette, em Caraguatatuba, e recentemente decidiu se mudar para Ilhabela, trazendo para a cidade um novo conceito de Tattoo Studio. “Nossa ideia é ter um espaço aberto ao público, para receber os clientes, conversar sobre referências, apresentar nosso trabalho e, é claro, fazer tatuagens!”, afirma Renato Sette. No novo Studio em Ilhabela, Renato conta com a parceria de outros tatuadores experientes, como Diego Figueredo, especialista em traços finos e desenhos mais minimalistas e também da body piercer Andressa Marinho. Juntos, desenvolvem trabalhos personalizados, criam tatuagens exclusivas inspiradas em ideias e referências pessoais e também desenvolvem arte autoral. Passa lá pra conhecer! De segunda a sábado, das 11 às 19h.
Fotos: Divulgação
Renato Sette inaugura Studio em Ihabela
Foto: Guilherme Andrade
Ilhabela: Capital da Vela!
Em 2018, a maior competição de vela oceânica da América Latina acontecerá após a Copa da Rússia
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om alguns dias de atraso por causa da Copa do Mundo Fifa 2018, a Semana de Vela de Ilhabela será disputada de 20 a 28 de julho no Yacht Club Ilhabela (YCI). A data foi escolhida pela organização para não coincidir com os jogos da seleção. A final na Rússia será no domingo 15 de julho. O evento de vela brasileiro é apontado como um dos mais fortes da modalidade na América do Sul e reúne mais de 900 atletas, entre amadores, profissionais e olímpicos.
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Em 2017, a Semana de Vela de Ilhabela reuniu 123 barcos do Brasil, Chile e Argentina e de cinco estados brasileiros. Barcos de classes de rating, como IRC, RGS e ORC, e de monotipos, como HPE25, C30 e HPE30 estarão no calendário. Os veleiros Clássicos também fazem parte da competição internacional. A Prefeitura de Ilhabela, parceira do evento, deve repetir o Race Village com várias atrações, como shows, palestras e atividades durante todos os dias.
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As primeiras provas
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s regatas começam a ser disputadas em 21 de julho, com as provas de percurso longo tradicionais de abertura do evento como Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil, Ilha de Toque-Toque por Boreste e Renato Frankenthal.
Realizada tradicionalmente no primeiro fim de semana da Semana de Vela de Ilhabela, a regata Alcatrazes por Boreste Marinha do Brasil levará para a água no sábado os barcos das classes ORC, IRC, BRA-RGS A e B e RGS SILVER. Os veleiros contornam a ilha de Alcatrazes, considerada um refúgio de vida silvestre. A regata de percurso longo tem mais de 50 milhas de distância. No mesmo horário da regata de Alcatrazes, os barcos das classes C-30, HPE 30, Bico de Proa, Clássicos e BRA-RGS C disputarão a Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste. É uma prova mais curta e rápida por estar mais perto de terra e dentro do canal. Já os HPE25 encerrarão o dia de competições com a Regata Renato Frankenthal. Com nível internacional, o campeonato receberá atletas olímpicos e pan-americanos e amadores. A organização e comissão de regatas também contam com profissionais chancelados pela autoridade máxima da vela mundial. ''As provas são muito técnicas em todas as categorias. Mesmo sendo um grande encontro da vela nacional, nossa equipe está preparada para que o resultado dentro d'água seja justo. Os árbitros têm experiência em competições nacionais e internacionais'', disse Cuca Sodré, presidente da comissão de regatas. O desfile dos barcos da Semana de Vela de Ilhabela está programado para ocorrer no sábado, 28 de julho, último dia de regatas da competição. O evento será aberto ao público, que poderá assistir a passagem de todos os veleiros participantes do campeonato. Com mais de 10 anos na produção oficial da Semana de Vela de Ilhabela, a Full Time Eventos está em campo trabalhando para definir as melhores pousadas, restaurantes e toda logística no Yacht Club de Ilhabela para atender os participantes.
Foto: Guilherme Andrade
''Temos uma equipe trabalhando em Ilhabela e preparando toda a estrutura para as regatas no Yacht Club Ilhabela. É uma competição de nível internacional, que exige muita dedicação e responsabilidade de todos do Comitê Organizador. Além de velejadores, nós recebemos suas famílias e amigos. É também um período de férias de inverno e muitos turistas frequentam a ilha'', disse Vanessa Lombardi, produtora da Semana de Vela de Ilhabela. As inscrições seguem abertas e os velejadores devem fazer o processo exclusivamente por meio do site: www.svilhabela.com.br. ''Correr a Semana de Vela de Ilhabela está no calendário anual dos principais velejadores do Brasil. É um evento com alto nível técnico, mas não deixa de lado a interação entre os competidores de vários estados do Brasil e até de outros países'', contou Carlos Eduardo Souza e Silva, velejador e um dos organizadores da Semana de Vela de Ilhabela.
A Semana de Vela de Ilhabela já tem duas tripulações estrangeiras confirmadas. Os argentinos Mad Max e Gualicho del sur estarão na raia em julho. O primeiro com seu veleiro de origem vindo de Buenos Aires e o segundo alugará um HPE25 Em 2017, por exemplo, o Mad Max de Julián Somodi foi campeão da HPE30 na Semana de Vela de Ilhabela usando o Phoenix de Eduardo Souza Ramos. Em edições passadas, os argentinos trouxeram a embarcação do país vizinho.
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Gringos confirmados
''Retornamos com um barco melhorado e muita paixão pelas regatas. A Semana de Vela de Ilhabela é um grande evento, com forte nível técnico. Mas além das profissionais, há equipes que se divertem! Vamos fazer o melhor possível nas provas'', contou Julián Somodi. O velejador Julián Somodi acredita que alugar barcos no Brasil pode ser uma solução para quem tem dificuldades de logística de trazer o veleiro de outros países sulamericanos. ''Ano passado o Eduardo Souza Ramos nos cedeu o barco. Agora vamos levar o veleiro até Ilhabela. Vamos sair da Argentina com 4 graus de temperatura - à noite com 0, é muito frio. A opção de alugar o barco é interessante para desfrutar a semana, pois tem tudo à disposição. Termina a regata, você entrega o barco e vai curtir o terceiro tempo, com a canoa de cerveja''. O nome Mad Max é relacionado ao filme estrelado por Mel Gibson. Modificações na quilha, leme e no mastro foram feitas no modelo Mumm 36 para correr na classe ORC. A equipe foi quatro vezes campeã da categoria na Argentina.
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Barco que virou livro A edição 2018 da Semana de Vela de Ilhabela será uma das mais especiais na vida do velejador Juca Andrade, que fará sua estreia como comandante de equipe após vários anos correndo como tripulante. A bordo do Grandpa, ele e seu time batizado de Cusco Baldoso estão inscritos na Classe RGS para a disputa das regatas. A competição em Ilhabela (SP) também será a primeira do 'novo capitão' após uma aventura pelo Atlântico com seu Fast 23 de Ubatuba (SP) até a Cidade do Cabo (África do Sul) ocorrida no início deste ano. ''Foi uma travessia atípica. Foram 38 dias só de barla, não teve sota! Fizemos em altas latitudes e com ventos desfavoráveis'', disse o velejador Juca Andrade, que vai lançar um livro sobre a aventura chamado Travessia Azul. Na Semana de Vela de Ilhabela, o Grandpa ou também Cusco Baldoso competirá na classe RGS, uma das mais numerosas da flotilha de oceano nacional. ''A RGS é a classe dos amigos, mesmo tendo um elemento competitivo envolvido. Correr a Semana de Vela de Ilhabela é uma festa, é o maior evento da América do Sul. Momento de confraternização, dar risada e tirar o sarro do sutiã do balão do amigo'', brincou Juca Andrade. ''O barco é um Fast 23, pequeno mais valente. Está bem montado e bastante competitivo''. Cusco Baldoso significa cachorro vira lata, uma expressão do Rio Grande do Sul. Um apelido que Juca Andrade ganhou anos atrás. 16 - REVISTA ILHABELA
BDP - Bacanas IV BDP A - Bacanas IV BDP B - Cambada 1 Clássicos APS - Itacibá II Clássicos RGS - Áries III HPE25 - Ginga HPE30 - Phoenix/Mad Max C30 - Caiçara IRC - Rudá IRC A - Rudá IRC B - Asbar IV ORC - Pajero ORC A - Pajero ORC B - Bravíssimo 4 RGS - Nativo RGS A - Brekelé RGS B - Bravo RGS C – Nativo
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Saiba quais foram os campeões de 2017
45ª Semana de Vela de Monotipos Enquanto o Yacht Club de Ilhabela concentra a organização das regatas de vela oceânica, a Escola Municipal de Vela Lars Grael promove, de 7 a 9 de julho, as competições de monotipos. Organizado pela Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação, o evento deve reunir velejadores de várias partes do Brasil e é aberto às classes 29er, 420, A-Class, Byte, Dingue, Fórmula One Design, Fórmula Windsurf, Hobie Cat 14, Hobie Cat 16, Holder, Kitesurf, Laser 4.7, Laser Radial Feminino, Laser Radial Masculino, Laser Standard, Nacra 20, Open Bic, Optimist, Snipe, Techno 293, Tornado, Windsurf Raceboard e Windsurf Slalom. No mesmo período, acontecem ainda duas importantes competições do calendário nacional, com o Campeonato Brasileiro da Classe Star, de 6 a 9 de julho, e o Campeonato Brasileiro das Classes Hobie Cat, Laser e Snipe, que começa no dia 7 e vai até o dia 9.
Programação se estende até o final de julho No mês em que Ilhabela vira a Capital Nacional da Vela, as atrações se estendem pelo mar e pela terra. Além da 45ª Semana de Vela Oceânica, que acontece de 20 a 28 de julho no Yacht Club Ilhabela, o arquipélago também recebe o Campeonato Brasileiro da Classe C30, entre os dias 21 e 27, e a Copa Ilhabela de Vela, nos dias 23 e 24. De 12 a 15 de julho, a Escola de Vela Lars Grael sedia mais uma edição do Ilhabela Boutique Boat Show, com exposição de barcos, inovações em soluções náuticas, entretenimento, lazer e atrações para toda a família. No dia 28, encerrando a programação, um desfile pelo canal apresentará ao público os barcos que participaram da Semana de Vela, aproximando as pessoas do esporte e promovendo um espetáculo de velas coloridas nas águas de Ilhabela.
Em terra, Race Village garante lazer e diversão Com atrações para todos os públicos, o Race Village promovido pela Secretaria de Desenvolvimento e do Turismo no centro histórico da Ilha terá shows musicais e atrações artísticas e culturais. “O Race Village é um espaço que criamos para interação entre população, velejadores e turistas, que traz atrações para o entretenimento de todos, tanto para os amantes do setor náutico, quanto para os visitantes e locais que estarão prestigiando, acompanhando e aproveitando o evento”, enfatizou o secretário da pasta, Ricardo Fazzini, que comentou com orgulho a extensa programação preparada pela secretaria. As atrações começam em 6 de julho, com a presença da Marinha do Brasil e sua banda, que participarão da cerimônia de abertura. Ao longo dos dias, tanto em terra quanto em mar, as opções de atividades se estenderão pelas mais diversas áreas de entretenimento. O Race Village contará com espaço de palestras de temas do setor náutico, como meteorologia, tela com transmissão das regatas e indicação da colocação dos barcos via GPS, além de locução ao vivo durante o campeonato, garantindo às famílias dos participantes, à população e aos turistas informações do que está acontecendo em alto mar. Ainda, abrigará o ranking de classificação das embarcações e o estande de inscrição e ponto de saída do Hospitality Boat, escuna que levará o público para acompanhar as regatas. Outra grande atração é o desfile de barcos, ocasião onde a população poderá conhecer as máquinas de regata, as tripulações, quem são os velejadores e mais detalhes e curiosidades a respeito do mundo náutico. Entre os shows musicais, já estão confirmadas as apresentações de Gabriel, O Pensador no dia 7 de julho, Luana Camará no dia 8, Orquestra Rock no dia 14, Serial Funkers no dia 22, Paralamas do Sucesso no dia 23 e Diogo Nogueira no dia 27. Durante todo o mês, bandas locais também subirão ao palco para animar as noites de inverno. O espaço receberá ainda a Mostra de Dança da Fundaci, nos dias 12 e 13, a Flai - Feira Literária de Aventura de Ilhabela, de 18 a 28 e o Ilhabela Comedy, no dia 19, além da transmissão dos jogos da final e semifinal da Copa do Mundo.
O mercado de seguros náuticos no Brasil tem passado por grandes transformações nos últimos anos, principalmente em decorrência do expressivo aumento do número de sinistros
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e acordo com o corretor Fábio Corigliano, especialista em Seguros Náuticos e titular da Blindage Corretora de Seguros, o produto Náutico sofreu grandes modificações nos últimos anos, decorrentes do elevado número de sinistros e também por consequência das fraudes. Algumas seguradoras encerraram sua atuação nesse produto e aquelas que permaneceram com a operação tiveram que atualizar suas tarifas. A seguir, ele explica melhor estas alterações: Durante bons anos o mercado se acostumou com taxas entre 0,4% a 2% do valor do barco, mas na realidade atual, isso definitivamente mudou. A precificação de uma apólice, seja ela de embarcação, automóvel, vida, empresa, residência ou mesmo do seu Smartphone, depende basicamente de dois fatores: Valor do Prêmio x Sinistralidade Valor do Prêmio = Valor líquido pago pelo seguro. Sinistralidade = Valor das indenizações realizadas pela seguradora em sinistros. Esse resultado pode ser negativo ou positivo. Exemplo: Se a Seguradora arrecadou para determinada fatia do mercado 1 milhão em prêmio de seguro e teve que indenizar em sinistros 2 milhões, ela teve prejuízo na operação. Aumento no preço do Seguro: O aumento no valor do seguro ocorre quando a sinistralidade da carteira aumenta ou quando o custo operacional é mais alto. Você deve pensar: “Ora, se eu não tive sinistro, minha embarcação perdeu valor e tive aumento na classe de bônus, meu seguro vai diminuir”. Você está quase certo. Existe sim uma tendência de diminuição, porém não há certeza nessa afirmação. Se ocorrer aumento na sinistralidade de toda a carteira náutica da Seguradora, mesmo sem sinistro na sua apólice, você sofrerá agravo na renovação. E foi isso que aconteceu nos últimos anos no setor náutico geral – aumento de sinistralidade = aumento de tarifação. Assim, como se já não bastasse o aumento do risco, a saída de duas grandes seguradoras do mercado fez diminuir a competitividade, dando margem ao aumento cada vez maior do custo dos seguros. Além disso, com a intenção de reduzir seus riscos, também foram implementadas novas regras pelas seguradoras, como limitação do seguro a um determinado percentual do valor da embarcação, monitoramento da depreciação das embarcações e redução da idade dos cascos passíveis de serem segurados. Ainda assim, as taxas Náutica no Brasil são muito menores que nos EUA e Europa. O prejuízo nesse segmento, em minha opinião, se deu por não praticarem as taxas corretas por muitos anos e quando abriram os olhos já era tarde demais. No entanto, uma análise mais detalhada aponta que, mesmo com os novos cálculos realizados pelos Atuários das Seguradoras, as taxas ainda são muito boas e não compensa ficar sem seguro. Contratar o seguro certo para sua embarcação, além de proteger seu patrimônio, garante que as horas de lazer e diversão no mar não sejam interrompidas por problemas inesperados. O processo de contratação do seguro também é simples e rápido: depois de orientar o proprietário sobre a solução mais adequada às suas necessidades, o corretor apresenta a proposta e solicita a vistoria da embarcação, feita por um perito náutico. Aprovadas a proposta e a vistoria, o contrato entra em vigor e o patrimônio está protegido. Fabio Corigliano trabalha com Seguros desde 1994, é especialista em Seguro Náutico e participa ativamente de todos os eventos e feiras do segmento, em busca das melhores soluções para seus clientes. Sua empresa, a Blindage Seguros, oferece produtos personalizados e serviços customizados, contratados mediante uma análise minuciosa das necessidades de cada cliente. Mantém escritório em São Paulo e atende embarcações ancoradas em Ilhabela e em todo o Brasil. 20 - REVISTA ILHABELA
Gastronomia
Espaço Tangará aposta em jovens talentos da Ilha Equipe de colaboradores do restaurante é formada por moradores da comunidade do Jabaquara e de bairros do entorno, gerando oportunidades e incentivando o desenvolvimento profissional
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ara as pessoas que moram em bairros mais afastados do centro ou em regiões mais isoladas da Ilha, encontrar trabalho nem sempre é uma tarefa fácil. A escassez de transporte, a distância das regiões mais centrais, que concentram as empresas e comércios, e a falta de oportunidades de emprego perto de casa estão entre as principais dificuldades enfrentadas por esta fatia da população.
Fotos: Guilherme Andrade
Foi a partir desta percepção que os responsáveis pelo Espaço Tangará, na Praia do Jabaquara, decidiram apostar na contratação de pessoas da comunidade local, dando oportunidade aos jovens com dificuldades de ingressar no mercado de trabalho e driblando os problemas de acesso da equipe ao restaurante, que fica na última praia acessível por terra ao norte da Ilha, a 15 quilômetros da Vila. Dos 11 colaboradores fixos da casa, apenas um veio de São Paulo. Todos os outros são moradores da Ilha, muitos deles nativos das praias do norte, que cresceram brincando nas areias da Praia do Jabaquara. A maioria não tinha experiência nas funções que exerce e alguns deles tiveram seu talento descoberto e revelado pelo Chef Tonhão, responsável pelo treinamento da equipe. É o caso do Léo, caiçara da Praia da Pacuíba, que nunca tinha trabalhado em uma cozinha e nem pensava em fazê-lo. Entrou para cuidar da louça e em pouco tempo se interessou pelo universo da gastronomia. Incentivado pelo Chef Tonhão, passou a ajudar na manipulação de alimentos. Recebeu treinamento, se aperfeiçoou e hoje comanda esta área do restaurante, sendo responsável pelo controle de qualidade, seleção e armazenagem de tudo o que entra na cozinha. A mesma história se repete com outros companheiros de trabalho, como o Ezequiel, caiçara da Ilha Vitória, que entrou como assistente e hoje é responsável pela praça de porções, com receitas super elogiadas pelos clientes. Completam o time da cozinha o Welyngton e a Fernanda, que comandam o time sob as orientações do chef Tonhão, e a Danielle, que dá assistência aos colegas. No bar e no salão, três jovens atuam como líderes da equipe: as irmãs Soliane (que comanda o bar) e Simone (responsável pelo caixa), ambas da praia do Jabaquara, e o Maurício, que cuida das compras e coordena a operação da casa, único integrante da equipe que veio de outra cidade. O atendimento aos clientes, tanto no salão quanto na praia, estão sob os cuidados dos também irmão Felipe e Nicolas, enquanto o João, marido da Simone, executa os serviços de manutenção e a Josy cuida da limpeza. “Ao apostar na contratação de pessoas da comunidade, conseguimos formar uma equipe afinada e comprometida, que hoje se tornou uma família, dentro e fora do restaurante”, conta Fabrício, gerente e sócio da casa. “Todos estão sempre juntos, são amigos e têm um ótimo relacionamento. E nós com eles também. É uma relação mais próxima do que a de patrões e empregados. Participamos da vida deles, ajudamos no que for possível, saímos juntos e eles são super comprometidos. Estão sempre lá para o que precisamos. Todos eles. Queremos que eles fiquem com a gente por muito tempo e cresçam como profissionais e como pessoas! Faremos o possível para isso acontecer!”, completa Rodrigo, outro sócio do empreendimento. 24 - REVISTA ILHABELA
Gastronomia Receita centenária e produção totalmente artesanal estão entre os segredos do melhor sorvete da região
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onhecido pelo sabor e cremosidade incomparáveis, o gelato italiano se destaca dos demais tipos de sorvete por vários fatores: o primeiro é o processo de fabricação, totalmente artesanal, onde as receitas são preparadas diariamente, em um laboratório instalado na própria gelateria, como manda a tradição e até a lei italiana. O segundo é a escolha dos ingredientes, sempre frescos e naturais, sem a adição de qualquer tipo de conservante, aromatizante, emulsificante, gordura hidrogenada, corantes artificiais ou aditivos químicos. Por último, o equilíbrio perfeito entre o teor de água ou leite e açúcar, obtido por meio de receitas e técnicas centenárias, guardadas pelos gelatieri e passadas de uma geração a outra. Em Ilhabela, a Gelateria Tradizionale, fundada por um italiano que há alguns anos vive no Brasil, segue rigorosamente a tradição italiana, trazendo todo o sabor e qualidade do autêntico gelato artesanal. Para isso, além de contar com um laboratório integrado ao salão, onde é possível acompanhar o processo de fabricação, também trouxe da Itália um gelataio renomado, de uma família que está há quatro gerações no ramo, para criar o cardápio, desenvolver as receitas e treinar a equipe.
Fotos: Guilherme Andrade
Gelateria Tradizionale traz para Ilhabela todo o sabor do autêntico gelato italiano
Preparados diariamente, com ingredientes frescos e selecionados, os gelatos são servidos em receitas que vão do tradicionalíssimo Pistache, com base cremosa e pistaches sicilianos, passando por diferentes versões de chocolate, como ao Leite, Amargo, com Avelãs, com Raspas de Laranja e Rum, entre outros, todos feitos com chocolate belga, até os saborosos e refrescantes gelatos de fruta, produzidos com frutas frescas e base de água, sem ingredientes de origem animal e, portanto, veganos. A casa também serve sobremesas especiais, como as tortas de gelato, com base de pão
de ló ou casquinha de sorvete (que também é artesanal) coberta pelo gelato escolhido pelo cliente, receitas tradicionais italianas como o famoso Tiramissu, também preparado artesanalmente, com todos os ingredientes produzidos no local, Café Espresso e diversas receitas de drinks à base de café, entre outras especialidades. Às sextas-feiras, sábados e domingos, a partir das 18h, tem ainda um descontraído happy hour, com antipasti, bruschetta e outros petiscos saborosos, que podem ser acompanhados por uma taça de vinho italiano.
Gastronomia
Arumã Restaurante conta com a parceria de fornecedores locais para oferecer alimentos fresquinhos e saudáveis
Pão artesanal, frutas, verduras e vegetais orgânicos, peixes e frutos do mar fornecidos por pescadores locais e até vieiras produzidas em Ilhabela são algumas das escolhas da chef Jackie Watanabe para o seu saboroso menu
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a cozinha do Arumã Restaurante a atenção e o cuidado com o preparo dos pratos começa na compra dos ingredientes, tarefa que a chef Jackie Watanabe faz questão de executar pessoalmente. “A gastronomia há um bom tempo trabalha para que as pessoas entendam que existe uma sazonalidade sobre o que a natureza pode nos oferecer. Respeitando isso, conseguimos obter alimentos frescos, mais saudáveis e sustentáveis, livres de agrotóxicos, antibióticos e fertilizantes químicos”, explica. Com base neste conceito, assim que chegou a Ilhabela, a chef tratou de pesquisar e conhecer produtos e fornecedores locais e se surpreendeu com a variedade
Fotos: Guilherme Andrade
e qualidade do que é possível encontrar por aqui. “Trabalhar com os fornecedores locais, além de fortalecer a economia local, é uma garantia de sempre ter um alimento fresquinho e com uma qualidade superior aos industrializados”, ressalta Jackie. Atualmente, vários parceiros fornecem regularmente seus produtos ao restaurante. Alguns, inclusive, desenvolveram versões exclusivas, a pedido da chef, como a Gelateria Tradizionale, que produz um gelato de salmão para servir nas saladas e um gelato vegano para sobremesa, e o ateliê de pães artesanais O Grão, que trabalha apenas com fermentação natural, criou uma receita especial de pão de mandioca e hoje fornece todos os pães do restaurante. As frutas, verduras e vegetais orgânicos são produzidos pela MUDA Alimentos Agroecológicos, os pescados frescos vêm todos de pescadores locais, as vieiras orgânicas são da Itapema Maricultura e tem até a cerveja artesanal feita pela BlackWood. Tudo produzido em Ilhabela!
“Eu acredito muito em experiências, principalmente na gastronomia, quando você deixa de apenas se alimentar e passa a experimentar novas sensações. A história por trás de cada prato que eu sirvo é muito importante para proporcionar esta experiência, além do ambiente e, é claro, do sabor. Espero que eu consiga ter ainda mais fornecedores locais para proporcionar estas experiências”, conclui a chef.
Casa de Canoa
um refúgio caiçara no canto da Praia do Curral
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Praia do Curral é uma das preferidas pelos turistas que visitam Ilhabela e se tornou sinônimo de agito e badalação. Durante o verão, nos feriados e em finais de semana ensolarados, suas areias são tomadas pelas mesas, cadeiras e guarda-sóis dos bares e restaurantes que recebem os visitantes. Além da comodidade dos serviços pé na areia, com opções para todos os gostos, o que se encontra ali é uma das paisagens mais bonitas do Litoral Norte, com uma extensa faixa de areais finas, mar cristalino e o contraste com o verde da Mata Atlântica. No entanto, mesmo com a intensa atividade turística, um cantinho da praia foi preservado e mantém as mesmas características de antigamente, quando o local abrigava uma rudimentar casa de canoa, utilizada pelos caiçaras que pescavam na região. Inspirado nestes atributos históricos e culturais, somados à beleza natural do canto da praia, nasceu o Casa de Canoa, um espaço de eventos dedicado aos casamentos à beira mar que trouxe vida nova, boas energias e mais oportunidades ao sul da Ilha. Idealizado por Bia Coutinho, uma das sócias do espaço, que tem 15 anos de experiência na área de eventos, o local passou por um minucioso processo de restauração, executado durante um ano com o objetivo de manter as características originais e integrar os ambientes à paisagem, preservando a natureza e a história do lugar. Ícones como a centenária árvore conhecida pelos caiçaras como Chapéu de Sol e a construção original da casa de canoas viraram pontos altos do projeto, assinado pelo arquiteto Nando Ferri. Bia explica que, além de conservar a beleza e o sossego do canto do Curral, o Casa de Canoa trouxe para o entorno os benefícios do próspero mercado de casamentos na praia, aumentando significativamente a taxa de ocupação das pousadas nos períodos de baixa temporada, gerando movimento aos bares, restaurantes e comércios locais e oferecendo oportunidade de trabalho à comunidade, uma vez que a realização de uma única cerimônia envolve o trabalho de dezenas de pessoas. De acordo com ela, um exemplo bastante emblemático foi a recente greve dos caminhoneiros. “Mesmo com o enorme transtorno causado pela paralisação em todo o País, realizamos dois casamentos, sem nenhuma desistência. Todas as reservas foram mantidas, as pousadas da região tiveram alta taxa de ocupação e os bares e restaurantes tiveram movimento recebendo os convidados”, relata.
Fotos: Luiza Marques
Foto: Duo Borgatto
“Durante a baixa temporada, temos casamentos todos os finais de semana, trazendo em média 200 convidados por cerimônia. É um mercado que movimenta a Ilha o ano inteiro. Não importa se faz frio ou se chove, nada impede um casamento de acontecer”, completa.
Oftalmologia
Medicamentos podem acelerar o aparecimento de catarata
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*Dr. Rodrigo V. Cavalcante
catarata – doença caracterizada pela opacificação do cristalino, que torna a percepção das cores menos vivas e a visão embaçada – é a principal causa de cegueira reversível no mundo. Curável e tratada com intervenção cirúrgica, a catarata causa desde pequenas distorções visuais até cegueira e pode ser: congênita (de nascença), secundária (resultante de fatores variados) ou senil (consequência de alterações bioquímicas relacionadas à idade). Geralmente, a doença tende a se manifestar em ambos os sexos, por volta dos 65 anos de idade, na forma senil. Porém pouca gente sabe, mas alguns medicamentos podem antecipar o seu aparecimento, isso porque algumas substâncias presentes nesses remédios podem causar reações tóxicas ou metabólicas no organismo, desencadeando, desta forma, a doença precocemente.
Remédios que podem antecipar o surgimento da catarata • Corticoides: usados no tratamento de várias doenças, como artrite, asma, alergias etc., os corticoides são medicamentos antiinflamatórios potentes que podem ser utilizados na forma oral, nasal ou em colírios. Segundo um estudo realizado pela Universidade de British Columbia (Canadá), o uso desses medicamentos podem aumentar em 15% o risco de desenvolver catarata. • Remédios para Acne: de acordo com o estudo da FDA, Agência Reguladora de Medicamentos dos EUA, a isotretinoina, princípio ativo do medicamento mais utilizado no tratamento da acne severa, pode antecipar a catarata. Isso ocorre porque essa substância aumenta a absorção da radiação ultravioleta (UV) pelo cristalino. • Colírios: diferente do que muita gente pensa, os colírios não são inofensivos. Se utilizados de forma irregular, podem acarretar problemas oculares graves, como a catarata. Colírios anti-inflamatórios hormonais (com corticoide), se usados por tempo prolongado, podem causar catarata. • Antidepressivos: segundo estudos das Universidades da British Columbia, Vancouver Coastal Health Research Institute e Universidade McGill, o uso de antidepressivos tem relação com o aumento do risco de desenvolver catarata. Os pacientes que utilizaram inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS) – usados no tratamento de depressão, transtornos de ansiedade e personalidade – apresentam 15% mais tendência de manifestar a doença. Isso ocorre porque os antidepressivos aumentam a quantidade de serotonina no cérebro, e a lente dos olhos tem receptores de serotonina – o que poderia deixar os olhos mais opacos e levar à catarata. • Betabloqueadores: a utilização de betabloqueadores para controlar a hipertensão arterial aumenta a predisposição à depressão, por isso, é muito comum o uso simultâneo de remédios para combater cada uma das doenças. Porém, essa combinação aumenta em 45% o risco de catarata, uma vez que os betabloqueadores representam predisposição de 30% de opacificação do cristalino.
Importante:
Caso você apresente alguma doença crônica, como depressão e hipertensão arterial, que exige o uso contínuo de determinados remédios, não tenha receio de tomá-los, caso sejam prescritos pelo seu médico, e simultaneamente ao tratamento busque também realizar um acompanhamento oftalmológico para monitorar os efeitos deles na sua visão. E lembre-se: a escolha do medicamento exige sempre a orientação médica, não realize a automedicação. Referência – American Academy of Ophthalmology
*Dr. Rodrigo V. Cavalcante – CRM 116.442 é Médico Oftalmologista. Atende na Clinica Aquarela – (12) 3895.8516 | rodrigovcavalcante@hotmail.com. 32 - REVISTA ILHABELA
AnimaisSilvestres
Fotos: Divulgação
Afinal, do que morreram os Guapuruvus na Serra do Mar e suas Ilhas?
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uem vive ou visita a região costeira do Sudeste e Sul do Brasil costumava observar altas árvores com flores amarelas. Como enormes buquês, destacavamse em contraste ao tapete verde e denso que recobre Serra do Mar e suas ilhas. Os guapuruvus, que floresciam nos finais de inverno, sempre foram muito apreciados pelos indígenas. Para os primeiros habitantes desta região o próprio significado da palavra em tupi-guarani era “canoa que brota da terra”. A cultura caiçara incorporou a tradição de fazer canoas de guapuruvu às técnicas da pesca artesanal e à produção de peças com as “flechas” (talos das folhas) que caiam dessas árvores. Os antigos caiçaras chegaram a cultivar guapuruvus para seus usos tradicionais. Com o declínio do pescado e da prática da pesca artesanal na região, associada à criação de áreas protegidas, os guapuruvus aumentaram em número. Entretanto, em 2001, no litoral do Rio de Janeiro, uma mortalidade em massa afetou estas árvores. Por volta de 2012 e 2013 já eram vistos grandes troncos secos também no litoral de São Paulo e o mesmo ocorreu ao longo de toda sua distribuição ao Sul do país. Alguns atingiam entre 20 e 30 metros de altura, com troncos de cerca de 1 metro de diâmetro à altura do peito. Olhando para cima, quem observava os galhos secos jamais poderia imaginar que eles eram tão grandes e pesados. Entretanto, nos anos de 2014 e 2015 estes galhos e troncos mortos começaram a descer. E surpreenderam! Prefeituras, Defesa Civil e Bombeiros nas cidades do Litoral Norte de São Paulo tiveram bastante trabalho com a poda e remoções para segurança não só de moradores, mas também de motoristas nas rodovias que serpenteiam a região. Mas afinal, o que causou a mortalidade em massa destas belas árvores? Foi tudo isso parte de um ciclo, já que as árvores eram velhas? Alguma uma praga? Doença? Alguns anciões disseram já ter visto isso no passado. Os relatos variaram quanto ao período exato... 50, 70, 100 anos atrás (?). Muito se especulou, alguns especialistas foram consultados, materiais foram coletados para estudo... mas, e daí? 34 - REVISTA ILHABELA
*Patrick Inácio Pina
Primeiramente, é importante celebrar que o que quer que tenha afetado as árvores-mães não matou as sementes dormentes no solo! E como é uma planta de rápido crescimento, alguns “guapuruvus adolescentes” já estão despontando por aí nos arredores de seus finados ancestrais. Quando o primeiro episódio de mortalidade recente atingiu a Ilha Grande/RJ, em 2001, pesquisadores levantaram a hipótese de que uma baixa variedade genética, comum em ilhas, devido ao isolamento, poderia ter deixado toda uma população vulnerável a algum tipo de praga. Mas as amostras de DNA analisadas mostraram o contrário. Geneticamente havia grande variabilidade, o que deveria trazer alta resistência contra pragas. Logo em seguida a mesma mortalidade em massa foi registrada no continente, que possuía um código genético diferente da população em Ilha Grande. Descartou-se assim a hipótese de que uma possível “fraqueza” genética pudesse ter deixado os guapuruvus vulneráveis. A avaliação dos primeiros guapuruvus mortos no Rio de Janeiro, também mostrou que tanto árvores jovens quanto adultas morreram da mesma forma, e ao mesmo tempo. Descartando-se também a possibilidade de ser um evento cíclico, natural, onde as árvores estariam morrendo de velhas e deixando descendentes. Foi o estudo das linhas nos troncos dos guapuruvus mortos que começou a revelar este mistério! Em algumas árvores, quando cortadas à base do tronco, podem ser observadas linhas circulares, chamadas de anéis de crescimento. Estes anéis se formam com o crescimento em largura do tronco, deixando uma ou duas marcas por ano. Os guapuruvus estão entre as árvores que formam um anel por cada ano de vida, formado sempre ao final do verão. Em todos os indivíduos que morreram na Ilha Grande/ RJ foram encontrados anéis de crescimento muito estreitos, correspondentes aos anos de 1998-1999. Dois anos antes da constatação da morte de todos os guapuruvus desta ilha. Estes anéis formaram-se no período de influência do fenômeno El Niño dos anos de 1997-1998, considerado o mais intenso do século. Este também foi o de maior influência no Sudeste do Brasil, causando alterações do regime de chuvas, e neste caso, trazendo longa estiagem. Os anéis dos anos seguintes formaramse durante o fenômeno La Niña, menos intenso, mas que prolongou o período chuvoso, aumentando a umidade. Estas mudanças climáticas são conhecidas por afetar o funcionamento das plantas, que ora enfrentam a secura extrema
do solo, mesmo em suas raízes mais profundas, e ora estão encharcadas. Mas a mortalidade dos guapuruvus foi atribuída à soma de múltiplos fatores, que não apenas as mudanças do clima. Amostras coletadas em Ilhabela e São Sebastião revelaram a presença de um besouro que escavava os troncos e lá deposita seus ovos. Este inseto, genericamente chamado de “broca”, é portador de um fungo que ao crescer, serve de alimento para suas larvas. Em alta concentração este fungo causa uma doença que pode levar à morte da árvore.
Foto: Guilherme Andrade
Nem o besouro Platypus ou o fungo Fusarium, encontrados nos guapuruvus mortos são espécies novas ou recém-chegadas. São espécies nativas da Mata Atlântica e bastante comuns. Mas o enfraquecimento dos guapuruvus após as mudanças climáticas pode ter causado um desequilíbrio nos sistemas de defesa, que os deixou mais vulneráveis aos ataques das brocas e proliferação dos fungos. Indivíduos mais jovens e que não sofreram grandes mudanças no suprimento de água resistiram por mais tempo (como aqueles situados próximos à ponte da Avenida Princesa Isabel, sobre o Ribeirão da Água Branca, em Ilhabela) ou ainda permanecem vivos (como aquele situado na ponte sobre o Rio Maresias, na costa sul de São Sebastião). A nova geração, que germinou após este evento de mortalidade, continua emergindo. E os “guapuruvus adolescentes” estão se desenvolvendo bem rápido. Afinal está é a arvore nativa de mais rápido crescimento das regiões Sul e Sudeste do Brasil. Se tudo correr bem, a floração e produção de sementes começará entre os 6 e 8 anos de idade, e a Serra do Mar e suas ilhas estarão novamente enfeitadas com os saudosos buquês amarelos. Com aproximadamente 50 anos atingirão seu porte adulto. “Mas será que os novos indivíduos que estão surgindo serão imunes ou também vão morrer?” - perguntam-se ambientalistas e pesquisadores. “Quem conhecerá a técnica de se fazer canoas daqui há 50 anos? ” – perguntam-se os poucos caiçaras que ainda mantém a tradição. O tempo dirá! O guapuruvu (Schyzolobium parahyba) não era considerado uma espécie ameaçada. Pelo contrário! Mas experimentou sua quase extinção num pequeno intervalo de tempo. Isso nos ensina que mesmo espécies muito comuns e abundantes podem rapidamente desaparecer, quando seu ambiente sofre modificações bruscas ou quando lhes faltam recursos essenciais (neste caso a falta de chuvas nos anos do fenômeno El Niño). Nossas ações como espécie (Homo sapiens) têm contribuições para o aumento da velocidade das alterações climáticas. O tempo está mudando. Quem diria que isso poderia causar a extinção de árvores tão esplendorosas? O desaparecimento de espécies pode causar um impacto direto na população humana. Se esta mortalidade já ocorreu antes, quando os habitantes desta região eram apenas os indígenas, o principal meio de obtenção e transporte de alimentos (as canoas) foi seriamente prejudicado. Recentemente, uma greve de caminhoneiros também afetou a nossa principal forma de distribuição de recursos essenciais (combustível, gás de cozinha, alimentos) e de transporte. O futuro dos guapuruvus, antes tão comuns, continua incerto. E o nosso? ... *Patrick Inácio Pina é Biólogo e Ornitólogo, Responsável Técnico da ASM Cambaquara.
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SuaSaúde POR QUE ATIVIDADES DE LONGA DURAÇÃO. As atividades de longa duração desencadeiam vários benefícios biológicos e nos mantém resistentes a diversos agentes patológicos. O ideal é que sejamos capazes de manter certo ritmo durante a prática da atividade escolhida por um tempo relativamente longo. Manter uma intensidade em torno de 50 a 60% da capacidade máxima durante uma hora é um bom referencial, que pode ir aumentando em relação ao tempo da atividade á medida que a pessoa continua se percebendo confortável durante a prática. VOCÊ SABE O QUE É HOMEOSTASE? É um estado biológico de excelência caracterizado por valores fisiológicos mantidos dentro de uma faixa de eficiência no ambiente interno. A pressão sanguínea, a ventilação pulmonar, o consumo de oxigênio, a secreção hormonal, o pH e a fluência ótima de fluidos são alguns exemplos. Este estado mantido durante períodos prolongados e frequentes de tempo desencadeiam ajustes biológicos positivos que nos mantém saudáveis, eficientes e resistentes a agentes patológicos provenientes do meio ambiente externo. TIPOS DE ATIVIDADES QUE CONSIDERAMOS MAIS ADEQUADAS Damos preferência a atividades em que a pessoa esteja se deslocando, como é o caso da caminhada e da corrida. Quando estas atividades são realizadas em ambiente natural e com variações constantes no tipo de solo, como areia, grama, terra e nos ambientes como trilhas ou pedras, que são comuns em Ilhabela, os resultados são espetaculares. É importante salientar que como estas atividades são cíclicas, com exceção dos trajetos onde há pedras e trilhas, sugerimos acrescentar durante a atividade movimentações com variações em amplitude articular, por exemplo, ultrapassar um obstáculo como um banco para agregar benefícios em estabilidade e mobilidade articular, mantendo assim a eficiência morfofuncional. É BOM LEMBRAR! Se você é uma pessoa sedentária é fundamental planejar a progressão da atividade. Sugerimos que distribua o tempo destas atividades em pequenos períodos de tempo e com mais frequência. Por exemplo, comece com períodos curtos de 10 minutos, duas ou três vezes por dia escolhendo pisos regulares e gradativamente vá incrementando seu treino com pisos mais irregulares e aumentando o tempo de acordo com a sua percepção de conforto. Ficar cansado após a prática é normal, no entanto evite entrar em estado de fadiga e não entre nunca em estado de exaustão. Bons treinos e saúde!
*José Augusto Menegatti é Professor de educação física formado pela Universidade de São Paulo. Foi preparador físico de equipes de voleibol masculinas e femininas com passagens por seleções paulistas e Brasileiras. Durante 30 anos de trabalho com o esporte desenvolveu técnicas que trazem resultados rápidos e eficientes. Atualmente desenvolve um trabalho pessoal direcionado para a Reabilitação e Treinamento Morfofuncional. Atende a pessoas que buscam saúde e bem estar e atletas de alto rendimento. Em 1989 fez o treinamento para a aplicação do Método Rolfing® de Integração Estrutural no Rolf Institute (Boulder- Colorado). Foi instrutor desta instituição de 2002 até 2009. É co proprietário de um Centro de Estudos em Fluência Motora em Ilhabela/ SP onde oferece grupos de estudos para Educadores e Fisioterapeutas. Para saber mais: contato@menegatti.com.br / (12) 3896-1135 42 - REVISTA ILHABELA