Revista Ilhabela #83

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Leia a edição Online!

Foto capa: Guilherme Andrade

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Editorial

ossa 83ª edição chega em pleno Verão, que apesar de estar com temperaturas mais amenas este ano, segue agitado nas praias e ruas de Ilhabela. Desde o início da alta estação, milhares e milhares de turistas e visitantes desembarcaram por aqui para conhecer ou matar as saudades das belezas do arquipélago, suas praias, trilhas, cachoeiras e paisagens que tanto encantam brasileiros e estrangeiros. É sempre bom lembrar que a maior parte destes atrativos se mantém preservada graças à criação do Parque Estadual de Ilhabela, que em janeiro completou 41 anos. Abrangendo aproximadamente 85% do território do arquipélago, esta importante Unidade de Conservação protege centenas de espécies da fauna silvestre, algumas endêmicas e outras ameaçadas de extinção, além de conservar a flora de uma das mais significativas reservas de Mata Atlântica do Brasil. Nossas páginas contam como foi a comemoração do Aniversário do Parque. Falando em preservação da natureza, outra boa notícia que ilustra esta edição é a abertura do Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes à visitação guiada, com atividades de mergulho e passeio embarcado para contemplação, conduzidos por operadores credenciados, de acordo com as regras estabelecidas pelo Plano de Manejo da Unidade de Conservação. Com isso, nos próximos meses será possível visitar, de maneira controlada e sustentável, uma das reservas naturais mais exuberantes do nosso litoral. Confira ainda as emoções da última etapa da Volvo Ocean Race, que teve a brasileira Martina Grael conquistando seu primeiro pódio, e veja as novidades e o calendário da Classe C30 para a temporada 2018 de competições oceânicas em Ilhabela. Na coluna de Animais Silvestres, saiba um pouco mais sobre o singelo Pardal, presença comum em nossos quintais, praças e ruas. Na seção Litoral em Revista fique por dentro das últimas notícias da região, em Gastronomia encontre os melhores restaurantes da cidade e em Boas Compras veja nossas dicas de presentes e consumo. Voltando a abordar funções tão naturais e espontâneas que muitas vezes nem são percebidas em nosso cotidiano, José Augusto Menegatti fala sobre sucção, mastigação e deglutição, e ensina exercícios simples que ajudam a reorganizar as estruturas e manter tais funcionalidades eficientes ao longo da vida. Boa leitura! Andréia Lima Editora

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Foto: Guilherme Andrade

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Arquipélago de Alcatrazes Será aberto à visitação guiada


Nesta Edição: 24 Fevereiro / Março - 2018

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Gastronomia

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Parque Estadual de Ilhabela Comemora 41 anos!

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Animais Silvestres Quem nunca viu um pardal?

Revista Ilhabela é uma publicação da Ilha Editorial, Planejamento, Marketing e Distribuição LTDA. Rua Antenor Custódio da Silva, 197 - Ilhabela - SP Fundador: Horácio Victor Nascimento de Andrade (1945-2003) - Diretor Comercial e Diagramação: Guilherme Andrade - Editora: Andréia Lima - Jornalista Responsável: Marisol Garcia - MTB 38294 - Colaboradores: José Augusto Menegatti - Publicidade e assinaturas: (12) 3896-6337 / (11) 2858-4802 publicidade@revistailhabela.com.br. A Revista Ilhabela é uma publicação dirigida a moradores, veranistas, empresários, turistas e freqüentadores de Ilhabela e região. Os anúncios e ofertas aqui publicados são de inteira responsabilidade dos anunciantes. A reprodução de anúncios e reportagens só poderá ser feita mediante expressa autorização da Ilha Editorial. Contatos Tel: (12) 3896-6337 www.revistailhabela.com.br - e-mail: contato@revistailhabela.com.br


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El Mar Odontologia Integrada Clínica aposta em excelência e inovação e traz para Ilhabela técnicas e procedimentos de última geração

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clínica comandada pela Dra. Elcilene Maria Roefero, Cirurgiã-dentista, Especialista em Prótese, que há 21 anos atua em Ilhabela, começou 2018 cheia de novidades! A primeira delas é o nome, que integra o novo projeto de identidade visual. “El Mar é ‘o mar’ em espanhol, que é uma das minhas paixões. Aqui simboliza meu amor pela minha cidade natal, onde escolhi fazer carreira e constituir família. E claro, é uma alusão ao meu nome: tenho 21 anos de odontologia, quero que meus pacientes continuem se lembrando de mim. A pérola na concha, que está na onda do mar, representa o elemento dental: uma jóia e preciosidade para os profissionais da El MaR Odontologia Integrada!”, explica Elcilene.

nos Estados Unidos, promovido pelo OdontoNYC: um evento que levou cerca de 100 dentistas latino-americanos para participar do programa de educação continuada da NY University College of Dentistry, em Nova York. O curso tratou das mais modernas técnicas cirúrgicas e biomateriais, visando a saúde e a estética na reabilitação com implantes e no tratamento das retrações gengivais.

Sempre atenta aos avanços do segmento e investindo constantemente em novas técnicas, equipamentos, materiais e procedimentos, Elcilene fez nos últimos dois anos um curso teórico-clínico de Cirurgia Estética Periodontal e Periimplantar no Imppera, uma instituição na capital paulista que ministra cursos de excelência em Cirurgia Estética Odontológica. Técnicas para enxertos de tecido mole, enxertos ósseos, implantes imediatos às extrações dentárias, emprego de biomateriais suíços e alemães, foram alguns dos importantes aprendizados que ela trouxe para a clínica após a formação.

Entre os novos procedimentos, merecem destaque os Implantes Osseointegráveis com ativação em 30 dias, possibilitando a instalação da prótese mais rapidamente, Implantes Osseointegráveis instalados imediatamente após a extração dentária, Cirurgias Estéticas Gengivais com enxerto, para recobrimento de raízes expostas, Laminados Cerâmicos (facetas e lentes de contato) que mudam formato e cor dos dentes e do sorriso, além do Clareamento Dentário com produtos e técnicas que reduzem a sensibilidade pós-operatória e que produzem resultados mais duradouros.

Em novembro do ano passado concluiu ainda um Curso de Imersão em Cirurgia Estética Periodontal e Periimplantar

“Participei, ainda em Nova York, do Greater New York Dental Meeting, um dos maiores congressos de Odontologia do mundo, podendo acessar também as mais modernas tecnologias junto à expositores do mundo todo”, conta Elcilene.

A clínica oferece ainda Restaurações totalmente estéticas com resinas fotopolimerizáveis de marcas mundialmente reconhecidas, Tratamento Estético das

manchas brancas dentárias, com infiltração de resina e sem desgaste de esmalte, Tratamento Ortodôntico mais rápido, com uso de bráquetes autoligáveis: mais eficazes e higiênicos, Tratamento de Canal em sessão única, com uso de instrumentos rotatórios e medidores eletrônicos, e a Reabilitação Estética do Sorriso, de forma individualizada, considerando formato e tamanho dos dentes, dos lábios e demais estruturas da face, através do protocolo DSD: dental smile design. Seguindo seu conceito de excelência em odontologia, a Dra. Elcilene também firmou novas parcerias e atualmente conta com um time de especialistas selecionados criteriosamente, oferecendo aos pacientes as mais modernas técnicas e procedimentos e proporcionando tratamentos integrados, que envolvem múltiplas especialidades e garantem excelentes resultados.


HEINEKEN Brasil apoia projeto “Verão no Clima” no litoral Paulista Ação realizada em mais de 60 praias de 16 municípios visa conscientizar turistas e moradores locais a manterem as praias limpas durante o Verão

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HEINEKEN Brasil, uma das maiores companhias de bebidas do país, está apoiando a Secretaria de Meio Ambiente do Governo do Estado de São Paulo no projeto “Verão no Clima”, que irá promover a limpeza de praias do litoral paulista durante todo o Verão. Com o objetivo de conscientizar os turistas e população local a manterem as praias limpas, a ação conta com atividades em mais de 60 praias de 16 municípios, do litoral Norte, Sul e Baixada Santista. Ilhabela está entre as cidades participantes. Entre as ativações previstas para o período estão mutirões de limpeza das orlas e calçadões, corridas e caminhadas de rua, tendas temáticas, além de ações de educação ambiental. Monitores ambientais também farão abordagens a turistas e moradores locais nas praias para falar sobre a importância do descarte correto de resíduos em áreas de veraneio. Ao todo, mais de 350 monitores e cerca de 1.500 voluntários estarão diretamente envolvidos nas atividades. A iniciativa apoiada pela HEINEKEN visa estimular uma mudança de comportamento por parte da população em relação aos cuidados com o meio ambiente. Os municípios que participam do projeto “Verão no Clima” são: Ubatuba, Caraguatatuba, São Sebastião, Ilhabela, Bertioga, Guarujá, Santos, São Vicente, Praia Grande, Itanhaém, Peruíbe, Iguape, Ilha Comprida e Cananéia.


DDMares consolida projeto de franquias Empresa anuncia expansão de suas atividades com novo modelo de negócios

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m 2018 a DDMares Dedetizadora completa 20 anos e comemora o sucesso de sua trajetória com a consolidação de um audacioso projeto de franquias, que pretende fortalecer a marca e expandir os negócios da empresa, inicialmente pelo Litoral Norte e Vale do Paraíba e no futuro por outras regiões e cidades brasileiras. A proposta teve início há cinco anos, quando Clodoaldo enxergou no mercado de franquias a possibilidade ideal de expansão dos seus negócios. “Depois de muitos anos nos dedicando à profissionalização e aperfeiçoamento da DDMares, chegamos ao modelo que acreditamos ser o ideal e a partir dele queremos ampliar a marca oferecendo nosso know how e padrão de qualidade a franqueados de outras cidades”, explica.

A primeira delas foi inaugurada há três meses, em Caraguatatuba, e já conquistou uma importante carteira de clientes na região. O mesmo acontece com a unidade de São José dos Campos, que se firmou no Vale do Paraíba e hoje atende clientes de peso como os Correios, a UNIP – Universidade Paulista, a Santa Casa e o Grupo Policlin, entre outros. Em Ilhabela, a empresa segue investindo constantemente em inovação e tecnologia, treinamento da equipe e aperfeiçoamento dos processos, oferecendo atendimento personalizado e serviços de alta qualidade. “Hoje contamos com uma carteira de mais de 1500 clientes de diversos setores da economia e propriedades particulares e nos orgulhamos do alto grau de satisfação dos nossos clientes”, completa Clodoaldo, fundador da DDMares.

Fotos: Divulgação

Desde então, ele passou a se dedicar ao estudo desta modalidade e desenvolveu um modelo personalizado, que há três anos vem sendo aplicado em um piloto implantado em São José dos Campos. “O projeto piloto

nos deu a oportunidade de aperfeiçoar o modelo de negócios e fazer todos os ajustes necessários. Agora estamos prontos para implantar novas franquias”.

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APAE inicia ano letivo em parceria com a Prefeitura da Ilhabela

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De acordo com ela, a parceria com a Prefeitura é fundamental para garantir o atendimento adequado às necessidades das crianças, jovens e adultos acolhidos pela entidade, que oferece desde terapias de base como fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, nutrição e psicologia até atividades complementares como equoterapia e hidroterapia. Funcionando há um ano em sua nova sede, a APAE conta com estrutura adaptada para diferentes necessidades, com sala multifuncional, centro de convivência, salas de reabilitação e interação sensorial, estimulação precoce, terapia ocupacional, serviço social, fonoaudiologia, psicologia, nutrição, equoterapia, sala de artes, recepção, sala de reunião, administração e direção, banheiros acessíveis, vestiário, campo de futebol, horta sensorial e piscina coberta e aquecida. “Nossa proposta é atender não apenas às pessoas com deficiência, mas também suas famílias, criando um espaço de acolhimento onde todos possam interagir, trocar experiências e receber apoio e orientação”, conclui Alda.

Fotos: Divulgação

APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Ilhabela iniciou suas atividades do ano letivo de 2018 participando de uma palestra motivacional, na Baía dos Vermelhos, a convite da Secretaria Municipal de Educação. Na ocasião, foi firmada a parceria que inclui a participação da APAE no calendário de eventos da Secretaria de Educação. “Somos muito gratos à Prefeitura de Ilhabela por incluir a Escola de Educação Especial da APAE nos projetos de Inclusão da Pessoa com Deficiência”, afirma Alda Lima, presidente da APAE Ilhabela.


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Volvo Ocean Race: Martine Grael consegue primeiro pódio na competição Team AkzoNobel ficou com a terceira colocação da quarta etapa da Volvo Ocean Race, que percorreu 6 mil milhas náuticas entre Melbourne (Austrália) a Hong Kong.

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barco Team AkzoNobel, que tem como uma das tripulantes a brasileira Martine Grael, ficou com a terceira colocação da quarta etapa da Volvo Ocean Race 2017-18. A equipe da campeã nos Jogos Olímpicos Rio 2016 completou o percurso de quase 6 mil milhas náuticas entre Melbourne (Austrália) e Hong Kong na noite do último dia 19 de janeiro. O time fez o trajeto em 17 dias, 21 horas e 6 minutos. A etapa foi vencida pelo Team Sun Hung Kai / Scallywag, que fechou a quarta perna da Volvo Ocean Race em 17 dias, 4 horas e 30 minutos. Em segundo, ficou a Dongfeng Race Team, que fez em 17 dias, 17 horas e 18 minutos. "Foi uma das pernas mais divertidas. No começo, a gente teve muita disputa, com os barcos sempre no visual até passar da Linha do Equador. O tempo inteiro, de dia, de noite, com binóculo. Foi supercompetitiva e isso divertiu bastante", contou a brasileira Martine Grael. "Depois de uma terceira perna muito dura, com uma quebra no barco, foi muito bom chegar em Hong Kong com o pódio." O Team AkzoNobel se recuperou na competição após resultados ruins nas duas etapas anteriores. Com o pódio inédito nesta edição, o barco da brasileira Martine Grael soma 14 pontos na classificação geral.

Como mencionado pela brasileira, o Vestas 11th Hour Racing deveria ser o terceiro colocado ou até mesmo o segundo, mas uma colisão com um barco na chegada a Hong Kong impediu a continuação na quarta etapa. O barco norte-americano/dinamarquês abandonou a perna ao ligar o motor. 10 - REVISTA ILHABELA

Fotos: Divulgação

"A gente estava esperando conseguir esse pódio, que era importante. Uma pena o que ocorreu com o Vestas antes da linha de chegada", disse Martine Grael.


A equipe MAPFRE, que foi a quarta colocada, lidera a competição da Volvo Ocean Race, mas a vantagem para os chineses do Dongfeng Race Team diminuiu. SCOREBOARD: 1. MAPFRE -- 33 pontos 2. Dongfeng Race Team -- 29 pontos 3. Vestas 11th Hour Racing -- 23 pontos 4. Sun Hung Kai/Scallywag -- 19 pontos 5. Team Brunel -- 17 pontos 6. Team AkzoNobel -- 14 pontos 7. Turn the Tide on Plastic -- 8 pontos


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Com experiente tripulação, Kaikias reforça classe C30 na temporada Barco da competitiva C30 correu apenas algumas regatas em 2017 e vai reforçar a flotilha nas principais competições oceânicas deste ano em Ilhabela

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esponsável pelas disputas mais acirradas entre as classes oceânicas, a C30 estará reforçada nesta temporada pelo Kaikias, barco de Ilhabela, presente em apenas algumas regatas em 2017. O velejador de oceano Flávio Catanhede assumiu o comando da embarcação e está formando experiente tripulação com familiares e amigos para correr Copa Suzuki, Semana de Vela e Campeonato Brasileiro.

Fotos: Marcos Méndez / SailStation

O Kaikias se junta à flotilha paulista ao lado de Caiçara, Caballo Loco, eCycle +Realizado e Barracuda, e aos catarinenses Zeus, Corta Vento e Katana Portobello, que inclusive disputou a terceira etapa da Copa Suzuki – Circuito Ilhabela de Oceano em 2017, logo após a Semana de Vela, aproveitando a proximidade de datas entre as duas competições. “Sempre velejei em outras classes de oceano, como a RGS, com meus barcos anteriores. Estou entusiasmado para competir em uma classe one design, em que não se corrige o tempo após as regatas devido às embarcações serem iguais. A C30 é uma classe que sempre me atraiu porque o barco é veloz e permite várias regulagens, mas ao mesmo tempo exige um ajuste fino, perfeito, para se obter desempenho", afirma Catanhede. Empolgado com mais um barco na raia, o atual tricampeão do Circuito Ilhabela e vencedor da Semana de Vela, deseja boas-vindas aos novos integrantes da C30. “A principal novidade deste ano é a equipe que irá correr com o barco 03, o Kaikias. A tripulação será formada por família paulista muito tradicional na vela. Assim, com eles na raia, esperamos uma temporada ainda mais disputada e emocionante”, enfatiza o comandante do Caiçara, Marcos de Oliveira Cesar. Disputa no mar, solidariedade na terra O comandante do Kaikias já conta, entre os seis tripulantes, com as experiências 12 - REVISTA ILHABELA


de sua filha, da nora e de Marcelo Claro (barco Suduca), acostumados a velejar em Ilhabela e Ubatuba. "Também admiro na C30 o espírito de cooperação entre os velejadores. A rivalidade fica na água e quando necessário, todos se ajudam", destaca Catanhede, animado para competir. A estreia do Kaikias será em 10 de março, abertura da Copa Suzuki. Neste ano, o principal desafio das tripulações da C30 será superar o tricampeão do Circuito Ilhabela, Caiçara, que em 2017 também venceu a Semana de Vela. O Katana ficou com o título brasileiro da classe, enquanto Caballo Loco foi vice-campeão brasileiro e da Copa Suzuki. Para a flotilha catarinense a temporada começou no início de fevereiro, com o Circuito Oceânico de Florianópolis. Mesmo medindo entre os barcos IRC, maiores e teoricamente mais velozes, o C30 Zeus conquistou o terceiro lugar, chegando à frente do Katana Portobello. O barco Mahalo venceu, seguido por Itajaí Sailing Team.

Calendário 2018 da Classe C30

10, 11 e 17,18 de março XVIII CIRCUITO ILHABELA Copa Suzuki – 1ª Etapa 9, 10, 16 e 17 de junho XVIII CIRCUITO ILHABELA Copa Suzuki – 2ª Etapa – Warm up 20 a 28 de julho 45ª. SEMANA DE VELA DE ILHABELA 25 e 26 de agosto | 1 e 2 de setembro XVIII CIRCUITO ILHABELA Copa Suzuki – 3ª Etapa 24 e 25 de novembro | 1º e 2 de dezembro XVIII CIRCUITO ILHABELA Copa Suzuki – 4ª Etapa e XVII Regata Volta à Ilhabela


Foto: Arquivo ICMBio

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Arquipélago de Alcatrazes será aberto à visitação guiada Atividades de mergulho recreativo e passeio embarcado para observação da fauna serão conduzidos por operadores credenciados e seguirão as regras estabelecidas pelo Plano de Manejo da Unidade de Conservação

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m setembro do ano passado, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) promoveu uma cerimônia para celebrar um ano de criação do Refúgio de Vida Silvestre de Alcatrazes, e durante o evento, realizado em São Sebastião, anunciou a abertura oficial da Unidade de Conservação para o turismo de mergulho e visitação embarcada, com a assinatura da portaria de autorização e ordenamento da atividade. Na ocasião, a Instituto também firmou um acordo de cooperação com a Fundação SOS Mata Atlântica, que dará apoio à gestão local. As visitas serão realizadas exclusivamente por meio de operadoras credenciadas pelo ICMBio, que deverão atender a uma série de prérequisitos e exigências, além de passar por treinamentos e processos para emissão de licença, seguindo as regras estabelecidas pelo Plano de Manejo da UC, com o objetivo de garantir a proteção e preservação do local. A visitação autônoma, por embarcações particulares, permanece proibida. O desembarque nas ilhas também. No início de fevereiro, o ICMBio concluiu o processo de seleção para o 1° Curso de Capacitação de Condutores de Visitantes do ICMBio Alcatrazes, que contará com a participação de dez condutores de turismo embarcado e 40 condutores subaquáticos. A formação acontecerá na primeira quinzena de março e a expectativa é que os roteiros comecem a ser operados ainda no primeiro semestre de 2018.

A demanda por visitação ao Arquipélago de Alcatrazes é histórica, remonta à década de 90, quando foram iniciadas ações em prol da criação do Parque Nacional Marinho dos Alcatrazes, que propunha o aumento da área marinha protegida e a implantação do ecoturismo como opção para o desenvolvimento sustentável regional. Apesar da expectativa para o turismo no arquipélago, atividades com esta finalidade nunca ocorreram devido a restrições relativas à Estação Ecológica (Esec) Tupinambás (categoria de unidade de conservação que não permite a visitação pública) em algumas áreas, bem como por determinação da Marinha do Brasil, que em função de seus exercícios militares (que atualmente ocorrem na ilha da Sapata), interditou a navegação na região de 1998 até 2008.

Foto: Guilherme Andrade

“O turismo em Alcatrazes é uma antiga reivindicação de vários setores locais, que possibilita a apropriação e a valorização pela sociedade desse importante patrimônio natural”, argumenta a chefe do Núcleo de Gestão Integrada de ICMBio Alcatrazes, Kelen Luciana Leite.


Foto: Arquivo ICMBio

Roteiro terá dez pontos de mergulho

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ICMBio também está licitando a instalação de 17 poitas para o Refúgio de Vida Silvestre de Alcatrazes, que serão utilizadas para o turismo de mergulho e observação contemplativa. As embarcações autorizadas a operar na região poderão apenas atracar nas referidas poitas. Serão disponibilizados 10 pontos para mergulho autônomo, sendo possível no máximo 20 mergulhadores em cada ponto por operação, havendo a obrigatoriedade de um condutor subaquático autorizado e capacitado pelo ICMBio Alcatrazes, a cada quatro mergulhadores. A exigência visa garantir tanto a segurança do mergulhador quanto a preservação da natureza.

Foto: Arquivo ICMBio

A mesma regra vale para o turismo embarcado para contemplação da

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fauna: é necessário um condutor (guia) para acompanhar o grupo. Ele será responsável pela orientação dos visitantes com informações sobre a unidade de conservação. Nestes passeios, poderá ser avistado um dos maiores ninhais de fragatas da América do Sul, além de golfinhos, baleias, tartarugas marinhas, dentre outras espécies. As embarcações deverão atender a uma série de exigências para operar o turismo em Alcatrazes, como por exemplo, ter Certificado de Segurança da Navegação emitido pela Marinha do Brasil na categoria de transporte de passageiros em mar aberto. Os operadores autorizados deverão passar aos visitantes as informações preliminares sobre as condições de visita, os riscos

de atividades em área natural em mar aberto, e adotar medidas de segurança, conforto e bem-estar dos visitantes. Ainda será necessário o agendamento com antecedência para todas as visitas ao Refúgio, junto à administração da UC. Segundo a chefe da Estação Ecológica Tupinambás e do Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, Kelen Luciana Leite, diante da relevância ambiental do arquipélago dos Alcatrazes, o ICMBio está propondo a abertura da visitação em caráter experimental com duas atividades prioritárias: visita embarcada e mergulho autônomo. Nesse período experimental as atividades só poderão ser desenvolvidas por autorizados pelo ICMBio. Também não haverá cobrança de ingressos pelo instituto.



Foto: Arquivo ICMBio


Algumas das proibições estabelecida pela Portaria de Visitação • Utilizar produtos de higiene e cuidados pessoais tais como sabonetes, xampus, cremes de cabelo, óleos bronzeadores e outros, excetuando-se aqueles destinados à proteção solar • Portar petrechos de pesca, salvo aqueles destinados à salvaguarda da vida humana, assim considerados pela Marinha do Brasil • Descartar qualquer tipo de resíduo sólido ou líquido, inclusive orgânico, bem como descartar diretamente efluentes sanitários ou acionar bombas e sistemas de esgotamento de tanques de retenção de efluentes das embarcações • Acionar buzinas e outros sinais sonoros, bem como utilizar equipamentos sonoros coletivos e instrumentos musicais diversos dentro do perímetro de uma milha náutica (1,8 km) das ilhas, exceto em condições necessárias à segurança de navegação, como visibilidade restrita. • Preparar alimentos que possam atrair as aves das unidades de conservação, a exemplo de churrascos • Alimentar a fauna silvestre • Desembarcar em qualquer ilha ou formação do arquipélago • Tocar nos costões rochosos, perseguir, tocar ou apanhar quaisquer organismos marinhos, retirar ou coletar qualquer material (conchas, pedras, dispositivos de pesquisa experimental etc.) • Mergulhar com cetáceos ou outros animais marinhos que possam oferecer risco ao visitante Para saber mais, visite a página: www.facebook.com/icmbioalcatrazes


Foto: Guilherme Andrade

Foto: Arquivo ICMBio

Refúgio de Vida Silvestre

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Refúgio foi criado em 2 de agosto de 2016 e abrange todo o arquipélago dos Alcatrazes, sendo composto por suas ilhas e expressivo entorno marinho, totalizando uma área de 67.409 hectares. É a maior Unidade de Conservação Marinha de Proteção Integral das regiões Sul e Sudeste do país, e a segunda maior do Brasil. Sua gestão é feita de forma compartilhada com a Estação Ecológica Tupinambás, compondo o Núcleo de Gestão Integrada ICMBio Alcatrazes, e nas duas unidades foram registradas 1,3 mil espécies, das quais 93 sofrem algum grau de ameaça de extinção.

pesqueiro. Regionalmente é reconhecido como patrimônio natural, referência de paisagem para a população, além de abrigar sítios arqueológicos e importante patrimônio histórico.

O arquipélago abriga, ainda, espécies endêmicas (exclusivas do local) e possui a fauna recifal mais conservada e biodiversa do Sudeste e Sul do Brasil, além de ser uma área de reprodução e crescimento de espécies de valor comercial para o setor

Na região há ocorrência de baleias e golfinhos, sendo ao todo 10 espécies registradas para o arquipélago, com destaque para a baleia-deBryde (Balaenoptera edeni), baleia-jubarte (Megaptera novaeangliae) e o golfinhopintado-do-atlântico (Stenella frontalis).

Dentre as espécies marinhas ameaçadas de extinção, protegidas pela unidade, estão a tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), a tartaruga-verde (Chelonia mydas), o tubarão-martelo (Sphyrna lewini), o cação-anjo (Squatina guggenheim), a raia-viola (Rhinobatos horkelii), a raia-manta (Manta birostris), além de alguns invertebrados.


Dentre as espécies insulares terrestres endêmicas, estão a jararaca de Alcatrazes (Bothrops alcatraz), a perereca de Alcatrazes (Scinax alcatraz) e a rã de Alcatrazes (Cycloramphus faustoi), criticamente ameaçada de extinção.

A vegetação do arquipélago é caracterizada por áreas de mata atlântica e campos rupestres. A ilha de Alcatrazes tem como espécies vegetais endêmicas um antúrio (Anthurium alcatrazensis) e uma begônia (Begonia venosa). As características únicas e o status de conservação do arquipélago dos Alcatrazes fazem com que o refúgio seja referência para estudos científicos sobre ecossistemas marinhos, sendo considerado um dos “laboratórios naturais” mais importantes do país. Para saber mais, visite a página: www.icmbio.gov.br

Foto: Arquivo ICMBio

O Refúgio abriga também um dos maiores ninhais do país com nidificação de fragatas (Fregata magnificens), atobás (Sula leucogaster) e gaivotões (Larus dominicanus). Foram registradas 91 espécies de aves, sendo que 37 delas são residentes, entre aves oceânicas, insulares costeiras, migrantes de longo percurso (praieiras), aquáticas costeiras, terrestres e florestais. Dentre elas, 12 espécies estão ameaçadas de extinção, sendo seis são residentes, que dependem exclusivamente de Alcatrazes para procriação.


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Gastronomia

Chef Tonhão assume a cozinha do Espaço Tangará Inspirado na cozinha caiçara, com influência mediterrânea e contemporânea, novo menu tem pratos leves e equilibrados, que combinam com o clima praiano

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restaurante e o bar de praia do Espaço Tangará, na Praia do Jabaquara, começaram o ano com novidades na cozinha e no cardápio. A primeira delas é a chegada do renomado Chef Tonhão, que passa a comandar a equipe, formada em sua maioria por jovens de Ilhabela, alguns deles, moradores da comunidade do Jabaquara.

Fotos: Divulgação

“A contratação de jovens da comunidade local faz parte da filosofia de trabalho do Espaço Tangará. Queremos estimular novos talentos, gerar oportunidades e trabalhar em parceria com os moradores locais”, explica Rodrigo Figliola, um dos sócios do empreendimento. Para isso, o Chef Tonhão desenvolveu um programa de treinamento para toda a equipe, dando ao time a oportunidade de aprender conceitos e técnicas de alta gastronomia com um dos chefs mais reconhecidos e experientes da região. Na bagagem, o chef traz a experiência adquirida na França, principalmente na região da Provença, onde, além de cursos ministrados por ícones da gastronomia mundial, como o chef catalão Ferran Adriá e de estágios em casas como o El Bulli, que já foi considerado o melhor restaurante do mundo. Ele também criou um novo cardápio, que tem desde porções e petiscos pra saborear na praia, até entradas leves e saborosas como as Casquinhas de Siri, Camarão ou Vegetariana, Ceviche de Peixe Branco, Tartar de Salmão Oriental e saladas fresquinhas. No menu de principais, destaque para o Filé de Pescada Cambucú ao Molho de Camarão e para o Risoto de Frutos do Mar, além de receitas a base de carne e opções vegetarianas. Também há pratos executivos de carne, peixe ou frango e menu kids para as crianças. Na lousa instalada na entrada do salão do restaurante são anunciadas novas opções a cada dia, criadas de acordo com a disponibilidade de ingredientes frescos da região, como os peixes e frutos do mar trazidos pelos pescadores locais. Outra novidade é a realização de eventos temáticos, como a Paella preparada ao vivo, que será servida uma vez por mês. Também estão sendo programados jantares e outros eventos, que oferecerão a moradores e visitantes uma nova opção de lazer, com alta gastronomia, em uma das praias mais bonitas e preservadas de Ilhabela. Para ficar por dentro da programação, curta a página do Espaço Tangará no Facebook: www.facebook.com/tangarailhabela

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Ostras frescas, perfeitas para o verão, estão entre as atrações do cardápio do Joãozinho Fotos: Guilherme Andrade


Gastronomia Inspirado nos sabores da tradicional cozinha caiçara, o Joãozinho Restaurante & Petiscaria, na Praia Grande, sul de Ilhabela, tem receitas especiais à base de peixes e frutos do mar frescos, selecionados cuidadosamente e comprados na maioria das vezes de caiçaras da região, valorizando a pesca artesanal e garantindo sabor e qualidade aos pratos. Para este verão, uma boa pedida é experimentar a ostras fresquinhas, com procedência garantida, que podem ser harmonizadas com um espumante especial ou uma deliciosa caipirinha. Aproveitando a farta temporada de lulas em Ilhabela, o restaurante também traz receitas especiais como a famosa Lula à Moda do Chef (baby lulas inteiras marinadas em limão e delicadamente puxadas no molho de alho cebola e vinho branco) ou a saborosa porção de Lula à Dorê, perfeita para acompanhar uma cerveja gelada. O cardápio traz ainda um caprichado menu de Ceviches, com versões como o refrescante Tropical (anéis de lula, camarões e pequenos cubos de peixe, marinados no limão e servidos como molho de pimentas, cebola roxa, pedaços de manga, coentro e um suave toque de suco de laranja e azeite), além de diversas receitas à base de frutos do mar, massas, saladas carnes, aves e pratos kids. Abre todos os dias, a partir das 10h e também oferece serviço de delivery para hotéis, pousadas e residências no sul da Ilha. Avenida Riachuelo, 5991 – Praia Grande | Tel. (12) 3894-1705


Gastronomia

Mozzarello tem pizza atĂŠ para a sobremesa!

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Foto: Divulgação

Foto: Guilherme Andrade

saboroso cardĂĄpio de pizzas da Mozzarello, uma das fornerias mais tradicionais de Ilhabela, faz sucesso entre moradores e visitantes da cidade com suas receitas especiais, preparadas com ingredientes frescos e selecionados e servidas sobre massa fininha e crocante.


Entre as preferidas pelo público estão a versão À Moda, que tem molho de tomate, abobrinha temperada, queijo polenguinho e rodelas de tomate, a 4 di Parma, com mussarela, parmesão, Catupiry, gorgonzola e fatias de presunto tipo Parma, e a Calabresa Especial, com calabresa temperada Frigor Cinque e rodelas de cebola.

Foto: Guilherme Andrade

Mas as surpresas do menu não param nas opções salgadas e para a sobremesa há pizzas doces como a deliciosa Brigadeiro com Morangos, uma das mais pedidas da casa.


BoasCompras

Nova coleção da linha receituário By Utiaque e solar Pierre Cardin, na Consultoria Ótica Tatiane Utiaque.

Divino Espírito Santo de diversos modelos e tamanhos, na Raiz Santa.

Coleção alto verão Hering, DZarm, PUC e Hering Kids, na Estilo Direto

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Foto: Guilherme Andrade

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Parque Estadual: há 41 anos preservando Ilhabela Programação especial de aniversário contou com atividades para aproximar a comunidade da unidade de conservação

Para conscientizar as pessoas sobre os danos causados pelos crimes ambientais, sobretudo a caça de animais silvestres, no dia 18/01 foi aberta uma exposição que mostrou apetrechos de caça apreendidos pela Polícia Ambiental dentro do Parque Estadual. No dia 19, o destaque foi o modo de vida do povo caiçara, com uma divertida contação de histórias que trouxe causos e curiosidades do cotidiano desta gente singular. Em outra exposição, o público teve a oportunidade de conhecer e se encantar com a beleza dos Artesanatos Caiçaras das comunidades da Baía de Castelhanos, produzidos com matérias primas naturais e técnicas seculares, que passam de uma geração a outra. Nos dias 18 e 19, aconteceram exibições de clássicos do cinema com a temática ambiental e no dia 20 a Dra. Sueli Ângelo Furlan, autora da pesquisa “Patrimônio Natural, unidades de conservação e serviços ecossistêmicos”, conduziu um batepapo na Sede Administrativa do Parque, com o tema “A quem pertence o Parque Estadual?”. Em seguida, moradores, visitantes e funcionários do Parque prestigiaram a festa de aniversário da unidade de conservação, com comes e bebes típicos da culinária caiçara, como bolo de peixe seco, tapioca, farofa de banana e, claro, um bolo.

Para aproximar a comunidade das belezas e atrativos do Parque, foram promovidas ainda atividades de Observação de Aves na trilha da Água Branca, Trilha Noturna para contemplação da paisagem no Mirante do Baepi e plantio de 40 espécies pioneiras nativas da Mata Atlântica. 41 anos de preservação - Fundado em 20 de janeiro de 1977, por meio do Decreto nº 9.414, o Parque Estadual de Ilhabela abrange aproximadamente 85% do arquipélago e foi criado com o intuito de proteger uma das mais importantes faixas contínuas de Mata Atlântica remanescentes no Estado de São Paulo. Com uma área de 27.025 hectares, a unidade de conservação engloba um total de 12 ilhas, dois ilhotes e duas lajes. Seus ecossistemas, formados por Mata Atlântica, restinga e manguezais abrigam centenas de espécies de mamíferos, répteis e aves, muitas delas endêmicas, como o rato cururuá e outras em risco de extinção. As florestas compostas pela Mata Atlântica formam uma das áreas mais ricas em biodiversidade e mais ameaçadas do planeta, declarada pela UNESCO como Reserva da Biosfera e reconhecida como patrimônio da humanidade de relevância internacional. Por isso, a criação e conservação dos parques, com o estabelecimento de regras e leis que regulem a atividade antrópica e protejam estes territórios são tão importantes para a sua preservação. Em Ilhabela, é graças à criação do Parque Estadual que praias isoladas, florestas e cursos d’água permanecem protegidos da expansão imobiliária e da ocupação humana desordenada, garantindo que esta imensa área verde continue preservada para esta e para as futuras gerações.

Foto: Guilherme Andrade

N

o último dia 20 de janeiro o Parque Estadual de Ilhabela completou 41 anos, com uma programação comemorativa que teve atividades como exposições, trilhas, plantio de mudas, contação de histórias, sessão de cinema e até um bolo de parabéns.

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AnimaisSilvestres

QUEM NUNCA VIU UM

PARDAL? *Silvana Davino

E

sse passarinho é tão abundante no Brasil, que é difícil de acreditar que ele não seja nativo do nosso país. Segundo o ornitólogo Helmut Sick, em 1906 foram trazidos pelos portugueses 200 indivíduos para o Rio de Janeiro com a intenção de ajudar Oswaldo Cruz na luta contra insetos transmissores de doenças. O pardal tem sua origem no Oriente Médio e se dispersou pela Europa e Ásia, chegando à América por volta de 1850. Está presente em todos os continentes menos na Antártica. É uma ave cosmopolita. Essa espécie tem a maior distribuição geográfica no mundo, devido a sua fácil adaptação aos diferentes ambientes. O nome científico é Passer domesticus. Este pequeno pássaro possui 12 subespécies distribuídas ao redor do mundo. Os pardais quando adultos medem cerca de 15 cm. O macho apresenta duas plumagens: uma mais intensa na primavera e outra no outono mais discreta. A fêmea tem uma cor mais acinzentada e mais pálida. O feminino de pardal é pardaloca, pardaleia ou pardoca. Vivem nas áreas rurais e urbanas, mas a cidade é seu habitat preferido. Nas praças arborizadas, se reúnem em bandos no final da tarde, fazendo algazarras até ao anoitecer. Alimentam-se de migalhas, restos de comida, arroz, sementes de capins, frutas e insetos, sendo que este último somente no período reprodutivo. Entre fevereiro e maio fazem seus ninhos em árvores, edifícios, beirais de telhados, ocos nos muros, postes de iluminação. Também podem utilizar ninhos de outras aves. Os materiais utilizados para construí-los são: vegetação seca, penas, cordas, papel, plásticos, ou qualquer coisa que encontrar... até bitucas de cigarro. Os predadores naturais dos pardais são os falcões, gaviões, tucanos, corujas e cobras. Nas cidades temos os predadores urbanos, como os gatos e cachorros que também se alimentam de seus ovos e filhotes. O pardal, sem dúvida é o pássaro mais conhecido nas casas brasileiras, seja ciscando o chão, empoleirando nas varandas ou nas árvores frutíferas. De um tempo para cá, muitas pessoas têm notado uma diminuição desta espécie nas cidades. Existem vários fatores que têm contribuído para isso. A verticalização, onde os pardais não alcançam o topo do edifício, a redução de oferta de alimento com a diminuição de terrenos baldios, a redução de áreas verdes e impermeabilização do solo são alguns exemplos do declínio dos pardais em áreas urbanas. Apesar de eles construírem seus ninhos e se reproduzirem com facilidade e rapidez, eles são extremamente frágeis, portanto, pode ser que daqui algum tempo, essa ave tão comum, urbana e sem valor, desapareça de nossas casas e das cidades. *Silvana Davino, bióloga, trabalha na Área de Soltura Monitorada Cambaquara, em Ilhabela.

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Oftalmologia

Retinopatia Diabética

A

*Dr. Rodrigo Cavalcante

diabetes é uma doença complexa e progressiva que afeta os vasos sanguíneos do olho. Um material anormal é depositado nas paredes dos vasos sanguíneos da retina que é a região conhecida como “fundo de olho”, causando estreitamento e às vezes bloqueio do vaso sanguíneo, além de enfraquecimento da sua parede – o que ocasiona deformidades conhecidas como micro-aneurismas. Estes microaneurismas frequentemente rompem ou extravasam sangue causando hemorragia e infiltração de gordura na retina. Existem duas formas de retinopatia diabética: exsudativa e proliferativa. Em ambos os casos, a retinopatia pode levar a uma perda parcial ou total da visão. - Retinopatia Diabética Exsudativa: ocorre quando as hemorragias e as gorduras afetam a mácula, que é necessária para a visão central, usada para leitura. - Retinopatia diabética Proliferativa: surge quando a doença dos vasos sanguíneos da retina progride, o que ocasiona a proliferação de novos vasos anormais que são chamados de “neovasos”. Estes novos vasos são extremamente frágeis e também podem sangrar. Além do sangramento, os neovasos podem proliferar para o interior do olho causando graus variados de destruição da retina e dificuldades de visão. A proliferação dos neovasos também pode causar cegueira em consequência de um descolamento de retina. Causas - O Diabetes Melittus é o fator desencadeante desta doença, na qual o corpo humano não pode fazer uso adequado de alimentos, especialmente de açúcares. O problema específico é uma quantidade deficiente do hormônio insulina nos diabéticos. Grupos de risco - As pessoas que têm diabetes apresentam um risco de perder a visão 25 vezes mais do que as que não portam a doença. A Retinopatia Diabética atinge mais de 75% das pessoas que têm diabetes há mais de 20 anos. Quando culmina em perda visual é considerada trágica e constitui fator importante de morbidade de elevado impacto econômico, uma vez que a retinopatia diabética é a causa mais frequente de cegueira adquirida. Tratamentos - O controle cuidadoso da diabetes com uma dieta adequada, uso de pílulas hipoglicemiantes, insulina ou com uma combinação destes tratamentos, que são prescritos pelo médico endocrinologista, são a principal forma de evitar a Retinopatia Diabética. Em alguns casos específicos é empregado a Fotocoagulção à Laser e injeções intraoculares. Os pacientes diabéticos tem uma predisposição maior de apresentar outras doenças oculares como catarata, glaucoma, desvios oculares, doenças da córnea e susceptibilidade a infecções. Portanto, o acompanhamento periódico com o oftalmologista é importante para a prevenção, controle e tratamento geral de quem possui o diagnóstico de diabetes. *Dr. Rodrigo Cavalcante – CRM 116.442 é medico formado pela Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), especializado em Oftalmologia pela Associação de Beneficência do Guarujá – Hospital Santo Amaro. Responsável pelo setor de Oftalmologia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Ilhabela desde 2011. Atende na Clinica Aquarela – (12) 3895.7181.


Arquitetura

Lavanderia

Roupas e Acessórios

Tecnologia Clínica veterinária

Materiais / Construção

A APAE é uma Organização da Sociedade Civil, sem fins lucrativos, que conta com a ajuda de doações para manter e ampliar o seu trabalho. Se você quer colaborar, pode fazer uma contribuição de qualquer valor: Banco Santander Ag. 0530 | C/C: 13000210-1 ou pode tornar-se um associado. Para saber mais, entre em contato: (12) 3896-5820 apaeilhabela@gmail.com


SuaSaúde

Você já parou para pensar nas ações sugar, mastigar e deglutir?

C

onversando com uma pessoa amiga, de repente ela engasgou e começou a tossir. Quando parou de tossir disse: “Nossa, estou parecendo velho, engasgando com a própria saliva!”.

Embora sejam funções tão naturais e espontâneas quanto a respiração e a visão, tratadas nas edições anteriores da Revista, as pessoas costumam não dar a atenção que merecem a sucção, mastigação e deglutição. Muitos exercícios simples ajudam a reorganizar a estrutura e manter a funcionalidade eficiente ao longo da vida.

Somos uma unidade - A esta altura você já deve ter percebido que as ações respirar, sugar, mastigar, deglutir, falar não são independentes, são possíveis devido à organização da forma/estrutura da boca, faringe, laringe, enfim, estas ações estão intimamente relacionadas e devem estar sincronizadas. É importante ressaltar que esta sincronia depende também da posição da cabeça em relação ao tronco, do posicionamento das vértebras do pescoço e até mesmo do contato dos pés com o chão. Lembre-se: SOMOS uma UNIDADE.

Curiosidades Você sabia que a cada 2 a 2,5 minutos ocorre sucção seguida de deglutição da saliva? Você sabia que a posição de descanso da língua não é na parte de baixo da boca e sim com a ponta da língua tocando o céu da boca atrás dos dentes da frente? Vejamos um pouco de cada uma destas ações. Sugar - Uma sucção eficiente será seguida de deglutição, isso ocorre normalmente para que não ocorra acúmulo de saliva dentro da boca, não é apenas quando sugamos um líquido por canudinho que estamos sugando! Esta função depende de tensão gerada nas bochechas e língua em coordenação com o movimento da mandíbula. Pessoas que apresentam problema de sucção costumam acumular saliva nos cantos dos lábios ou cuspir enquanto falam. Mastigar - A maioria das pessoas quando se fala em mastigação pensa logo nos dentes, porém essa ação para ser eficiente depende de outras estruturas: língua, bochechas, maxilar e mandíbula com a articulação temporomandinular (ATM) são fundamentais para mastigar bem o alimento antes da deglutição. Muitas pessoas apresentam problemas na ATM, na oclusão dos dentes (forma como eles se encaixam) e à medida que envelhecem esta função vai se tornando ineficiente e o prazer de comer vários tipos de alimentos vai se restringindo. Deglutir - Esse processo se inicia na boca e vai até o esôfago passando pela faringe. Precisa acontecer em sintonia afinada com a respiração, caso contrário podemos engasgar, Como escrito no início, até mesmo com a saliva! Essa coordenação envolve mais de 20 músculos e tem fases de controle voluntário e involuntário. Através de exercícios também podemos manter a eficiência desse processo.

Sugestões de exercícios para o dia a dia Aproveite o momento de escovar os dentes para fazer bochechos pressionando o líquido para diferentes lados: direito, esquerdo, ao redor dos lábios. Em seguida faça gargarejos controlando a saída do ar. Um exemplo de exercício para a língua é passar a ponta da língua pelo céu da boca da frente para trás até chegar na parte mole; fazer estalos com a língua pressionando contra o céu da boca com diferentes sons. Sugar um líquido por uma cânula fina de cateter mantendo os lábios abertos, os dentes encostados, como num sorriso. Mastigar um pedaço de garrote levando desde os dentes de trás do lado direito, passando pelos dentes da frente até os dentes de trás do lado esquerdo e voltar. Você encontra outras sugestões de exercícios nos artigos do Método Padovan de Reorganização Neurofuncional (http://site.prosinapse.com.br) Bons treinos! José Augusto Menegatti e Carla Lee

*José Augusto Menegatti é Professor de educação física formado pela Universidade de São Paulo. Foi preparador físico de equipes de voleibol masculinas e femininas com passagens por seleções paulistas e Brasileiras. Durante 30 anos de trabalho com o esporte desenvolveu técnicas que trazem resultados rápidos e eficientes. Atualmente desenvolve um trabalho pessoal direcionado para a Reabilitação e Treinamento Morfofuncional. Atende a pessoas que buscam saúde e bem estar e atletas de alto rendimento. Em 1989 fez o treinamento para a aplicação do Método Rolfing® de Integração Estrutural no Rolf Institute (Boulder- Colorado). Foi instrutor desta instituição de 2002 até 2009. É co proprietário de um Centro de Estudos em Fluência Motora em Ilhabela/ SP onde oferece grupos de estudos para Educadores e Fisioterapeutas. Para saber mais: contato@menegatti.com.br / (12) 3896-1135 42 - REVISTA ILHABELA




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