Os idosos e suas lições de vida e educação Pg. 06
CANDIDATOS Candidatos ao governo do estado falam à revista Pg. 20
RIO GRANDE DO SUL . ANO 01 AGOSTO/SETEMBRO/2014
CORTESIA
PILAR CULTURAL DA SUSTENTABILIDADE
Todos os dias, centenas de ideias e novos projetos nascem para promover a sustentabilidade. Porém, a maioria da população não toma conhecimento de
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tais ações devido à falta de divulgação. A meta da revista Meio Sustentável é divulgar e debater qualquer ação que contribua com o meio ambiente, seja ela uma iniciativa governamental, de entidades de classe, indústria, comércio, meio urbano ou rural. A preservação do meio ambiente é responsabilidade de todos nós e, através da revista Meio Sustentável, estamos cumprindo com a nossa obrigação. Porém, precisamos que você também regue esta ideia, participando e contribuindo para um mundo mais digno. Assine a Revista Meio Sustentável e colabore você também com essa ideia. A semente já está plantada, ajude-nos a regar!
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EDITORIAL
Publicamos, na edição anterior, matéria sobre a crise moral. Nesta edição, apresentaremos um desdobramento desse assunto ao enfocar o tratamento dado ao idoso em nossa sociedade ocidental, em especial em países pobres e/ou em desenvolvimento. A integração do idoso na sociedade, de forma que ele possa ser ativo, está diretamente ligada ao conceito da sustentabilidade, que visa oferecer a todos um convívio harmônico entre as atividades humanas, com a preservação da cultura, dos princípios éticos e da natureza. Quando observamos, no dia a dia, um só gesto simples de um neto ou filho tratando com carinho e expressando com naturalidade seu amor por um idoso, consideramos tal manifestação de afeto um exemplo de consideração e respeito. Alguns de nós, ao presenciarmos uma ação desse tipo, muitas vezes ficamos sensibilizados, porque esse comportamento ainda não é comum no seio de nossa sociedade. Na verdade, é isso que temos que praticar diariamente, com a colaboração dos governos nacionais, estaduais e municipais, os quais devem se integrar de tal modo que esse sentimento e essas ações sejam multiplicadas. O tema de casa para os governos é dar estrutura legal para isso por meio da promoção de uma educação voltada para valores como os que incentivem o respeito aos idosos. Já os adultos podem contribuir exercendo na prática esses hábitos para, assim, dar bons exemplos a seus filhos. Todos dizem que precisamos evoluir em questões ligada á educação, das crianças e dos jovens, mas nós homens e mulheres, adultos, temos que ampliar nosso campo de visão para percebermos a forma como vêm sendo tratados os idosos. Temos que evitar tratá-los de forma desrespeitosa: não podemos deixar de dizer que a crise moral é uma doença da sociedade e que é praticada por homens e mulheres. Escolas e Universidades, governos e principalmente, pais, tios e tias precisam entender - e agir - corrigindo o comportamento exageradamente individualista, presente em muitos, para termos uma sociedade com visão e práticas mais coletivas. O desafio é encontrar em cada um de nós a consciência para praticarmos ações de sustentabilidade, que estão atreladas ao nosso comportamento em relação a idosos, jovens e crianças. Ainda são poucos os exemplos que envolvem a prática de ações sustentáveis. As últimas gerações foram contaminadas pelo conceito do progresso, do desenvolvimento, da produção fabril, das obras públicas sem terem sido preparadas para desenvolver práticas de sustentabilidade No afã de produzir, de fazer, essas gerações, na maioria das vezes, ignoraram os efeitos deletérios de suas ações, sem se preocuparem em promover uma compensação sustentável para seus projetos de desenvolvimento e geração de riquezas. Considerando que hoje se buscam ações que resultem num desenvolvimento sustentável, é necessário que pais, professores e instituições modifiquem suas relações pessoais e profissionais, caso contrário a escola não mudará uma nação: quem muda a nação são as pessoas convictas da ética e da boa fé, prerrogativas para um desenvolvimento sustentável. A direção
A Revista Meio Sustentável é uma publicação da Editora Meio Sustentável Ltda. Av. Padre Cacique, 320 – Térreo Bloco A, Bairro Menino Deus, Porto Alegre, CEP 90.810.240 Site: www.meiosustentavel.com
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CAPA
Pilar cultural da sustentabilidade
OS IDOSOS E SUAS LIÇÕES DE VIDA E EDUCAÇÃO
10 16 MUDANÇAS CLIMÁTICAS
LOGÍSTICA REVERSA - VICKERS
20 meio sustentável
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Rio Grande do Sul
Candidados ao governo do estado
FALAM À REVISTA MEIO SUSTENTÁVEL
ED. 06
26 08
ÍNDICE
ED. 06
24 16 AGRICULTURA FAMILIAR
UNIVERSIDADES
Iniciativas sustentáveis Inauguração Tecnovates
28 30 PROJETO ÁGUA BOA
Case Itaipu
RELEASE
RENEX
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FEIRA LATINO AMERICANA DE ARTESANATO E FORUM DE ECONOMIA SOCIAL
32.PROGRAMAÇÃO 33. EVENTOS
PILAR CULTURAL DA SUSTENTABILIDADE
OS IDOSOS E SUAS LIÇÕES DE VIDA E EDUCAÇÃO Em algumas culturas orientais, como as do Japão e da China, velhice é sinônimo de sabedoria e conhecimento. Naqueles países, o idoso é tratado com atenção e respeito devido em consideração a sua extensa trajetória de vida e à experiência adquirida ao longo de sua caminhada. Na cultura japonesa, por exemplo, os anciãos são consultados antes de qualquer grande tomada de decisão, por considerarem seus conselhos sábios. Além disso, desde 1947, eles comemoram o Dia de Respeito ao Idoso, feriado nacional dedicado à oração pela longevidade dos mais velhos. Do lado ocidental da Terra, na tribo indígena da Amazônia chamada Baniwa, por exemplo, os idosos também são vistos como indispensáveis, principalmente pelos conhecimentos espirituais que desenvolveram durante toda a vida. Eles são os responsáveis pela transmissão dos costumes da tribo, fundamentais para a sobrevivência do grupo. Apesar das grandes diferenças físicas, territoriais e culturais dessas comunidades, todas elas possuem um ponto em comum: valorizam seu idoso. Outro ponto que chama a atenção é a justificativa para essa valorização: todas os enaltecem
pela experiência de vida que eles têm. Conforme a mais recente pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2013, o número de idosos dobrou no Brasil nos últimos dez anos. As projeções do órgão apontam que, até 2060, a quantidade de pessoas com mais de 65 anos vai praticamente quadruplicar no país. De acordo com o IBGE, em 2060, a expectativa de vida das mulheres será de 84,4 anos, contra 78,03 dos homens. Hoje, elas vivem, em média, até os 78,5 anos, enquanto eles, até os 71,5 anos. A exposição dessas questões traz à tona uma reflexão profunda e importante:
Será que estamos tratando nossos idosos como eles deveriam ser tratados e dando a eles o seu devido valor? As ponderações sobre essas questões, se amplamente difundidas, podem ajudar a modificar o futuro do Brasil. Aliás, falando em futuro, você já parou para pensar quantos anos terá em 2060? Então, vamos refletir juntos?
Na tribo indígena Baniwa (Amazônia) responsáveis pela transmissão dos costumes.
No Estatuto, estão garantidos ao idoso direitos básicos à liberdade, à dignidade, à integridade, à educação, à saúde, a um meio ambiente de qualidade, entre outros direitos fundamentais (individuais, sociais, difusos e coletivos), cabendo ao Estado, à Sociedade e à família a responsabilidade pela proteção e garantia desses direitos. Hoje, mais de dez anos depois, o que se verifica na prática é que o estatuto do Idoso foi um avanço na Legislação, mas que muitas das regras contidas nele ainda não são cumpridas. A realidade financeira dos aposentados, por exemplo, é incompatível com os valores cobrados pelos planos de saúde para novos segurados, e o sistema público de saúde não consegue dar conta de garantir o atendimento prioritário ao qual os idosos têm direito. Além disso, ainda existe na sociedade um preconceito ao idoso, que é visto muitas vezes como inútil. Mas, com o passar dos anos, o idoso vem conquistando seu espaço, em grande parte graças ao seu Estatuto. É muito mais comum hoje encontrarmos municípios que possuem políticas públicas para o idoso do que há dez anos.
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Crédito: IBGE
O crescimento da população idosa brasileira tem provocado alterações profundas na sociedade. Esse impacto já é sentido na economia, no mercado de trabalho, nas relações familiares e no sistema de saúde. Pensando nisso, uma comissão especial foi formada no ano 2000 para discutir questões que resultaram no Estatuto Nacional do Idoso, em 2003.
Misao Okawa - completou 115 anos na China Crédito: Tomohito Okada/ Mursing Home Kurenai/AFP Photo
Crédito: Portal da Holanda
POLÍTICAS PÚBLICAS DE VALORIZAÇÃO DOS IDOSOS
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VERANÓPOLIS, A CAPITAL BRASILEIRA DA LONGEVIDADE
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Localizado na serra gaúcha, o município de Veranópolis, que tem uma população de quase 23 mil habitantes (Censo IBGE 2010), ganhou fama por ser a cidade com a população mais longeva do país e a terceira com maior longevidade média no mundo. A expectativa de vida de sua população ao nascer, no ano 2000, era de 75,51 anos, quase seis anos mais que a média nacional, que era de 70,26 anos. As causas para essa sobrevida já foram tema de estudos e pesquisas, mas os resultados são inconclusivos. Alguns apontam que a justificativa seria a religiosidade da população: outros, a atribuem a características genéticas e até o consumo do vinho produzido na região, hábito muito comum no município. Podemos, porém, tentar presumir os motivos dessa longevidade: ela geralmente ocorre por um conjunto de fatores como genética, boa alimentação, prática de exercícios e pela presença de sentimentos como amor, carinho, respeito... E aí nos deparamos com alguns preceitos de uma sociedade sustentável: uma sociedade que é solidária, carinhosa e respeitosa, procurando sempre preservar os valores de sua cultura.
CONSELHO E FUNDO MUNICIPAL DO IDOSO SÃO CRIADOS NO MUNICÍPIO A terra da longevidade não poderia deixar de pensar em políticas públicas de proteção ao idoso. Assim, foi criado em 2013, em Veranópolis, o Conselho Municipal do Idoso, que tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para sua autonomia. Além dessa medida, o município possui também um Fundo do Idoso. Ele destina os recursos de origem orçamentária e extraorçamentária, doações, saldos de exercícios anteriores, valores arrecadados com multas previstas no Estatuto do Idoso, entre outras arrecadações do município, para o financiamento dos benefícios, serviços, programas e projetos e ações assistenciais aos idosos de Veranópolis.
CRISE MORAL X RESPEITO AO IDOSO
meio sustentável
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Em nossa última edição (Revista Meio Sustentável n° 5) abordamos o tema da crise moral pela qual nossa sociedade passa atualmente. Leopoldo Justino Girardi, advogado, escritor e professor entrevistado naquela edição, afirmava que há um descumprimento generalizado das normas de várias ordens, sem que o cidadão se preocupe com suas consequências. “Um Rio Grande do Sul Cidade da serra gaúcha, Veranópolis Crédito: Marco Antônio Nedeff
dos deveres de ordem moral é o dever de respeitar e cumprir as leis que disciplinam a vida social. Quando o descumprimento e a desobediência às leis tornase algo comum, corriqueiro, pode-se afirmar que a sociedade está vivendo uma crise moral”, explanou ele. Obviamente, não se trata apenas de criar leis, pois as leis são facilmente descumpridas sem maiores consequências. Precisamos ir além, realizando uma mudança profunda nos costumes de nossa sociedade. Os Baniwa da Amazônia, citados no começo da matéria, não precisaram elaborar leis para valorizarem seus anciãos: sua cultura lhes ensinou isso. É necessário educar os jovens do Brasil para a tolerância, a relativização, e a valorização do próximo. Assim, o respeito, não só ao idoso, mas a todos os cidadãos, virá como consequência dessa educação. Na edição anterior, a psicóloga Silvana Henzel também falou sobre crise moral. “Há uma tendência A qualidade de vida dos idosos está diretamente relacionada aos avanços quanto à mobilidade que cada cidade vai disponibilizar. As cidades terão que desenvolver um sistema viário adequado para que seus habitantes possam sair de casa e executar diferentes atividades. O sistema a ser desenvolvido terá que estar adequado às necessidades do idoso, das crianças e, além disso, deverá ser seguro para toda a população. Hoje, os idosos são estimulados por médicos, familiares e amigos a exercitarem-se. Os passeios de bicicleta em grupos representam uma prática que tem se desenvolvido entre diferentes grupos de jovens, amigos, idosos, entre outros. Alguns grupos formam-se pelo Facebook e, em cidades grandes como São Paulo, são organizados passeios pela Avenida Paulista, aos sábados e/ou domingos, quando o trânsito é menos intenso do que nos dias normais. Esse
Vitor Mörschbächer
na cultura ocidental de que cada um olhe mais para si mesmo, em prejuízo ao coletivo o que, por consequência, limita o desenvolvimento de uma sociedade sustentável”, explica. Esse individualismo dificulta um avanço em relação ao idoso, pois, para isso, é necessário um envolvimento mais coletivo, mais abrangente do que o que se estabelece ao se pensar apenas em si. Respeitar o idoso é respeitar nossa cultura, nossos valores. Praticar o respeito aos idosos significa formar uma nação, e não apenas um conjunto de pessoas que vivem no mesmo espaço onde não há observância das regras, leis e do próximo. Se conseguirmos enraizar esse comportamento na população, começaremos, finalmente, a formar crianças e jovens com mais consciência e senso de coletividade, em que a ética e o respeito ao próximo deva sempre prevalecer. Assim estaremos, enfim, praticando a sustentabilidade. evento é denominado “Nunca é tarde para pedalar” Vitor Mörschbächer, diretor da Cia. das Bicicletas de Porto Alegre, comenta que sua empresa já participou da organização de passeio de bicicletas em Porto Alegre e percebe que tem havido uma tendência de crescimento do uso da bicicleta em todas as faixas etárias. Conforme informações por Vitor Mörschbächer e pesquisas no setor, concluímos que os idosos, ao buscar os benefícios do exercício físico, desejam ser mais ativos e conviver com outras pessoas. O exercício físico parece ser para eles o recurso mais eficiente contra o envelhecimento. Ainda que o número de usuários tenha aumentado nas cidades do interior em relação a Porto Alegre, onde ainda o trânsito é mais perigoso, há muito a ser feito no Brasil, para que os idosos e outros moradores das cidades possam fazer uso da bicicleta. As prefeituras precisam fazer a sua parte elaborando e publicando as leis que regulamentam o uso de bicicletas elétricas. Cabe também às prefeituras a construção de ciclovias com trajetos inteligentes para que um idoso/morador possa ir com segurança e facilidade ao mercado mais próximo, à farmácia, à mercearia, etc. Assim, os roteiros devem ser estudados por bairro, por região a fim de atenderem às reivindicações de cada segmento. É importante também que o idoso receba cursos de formação para voltar a andar de bicicleta e para adequar-se às regras atuais. Existem várias opções de bicicletas: de pedal, ou elétricas e triciclos. Já existem também adaptações de bicicletas elétricas ou triciclos para cadeirantes. Finalizando, Mörschbächer comenta que a maior dificuldade para o usuário que precisa de bicicleta elétrica, com no mínimo até 25 km/h, são os problemas com o preço alto, pois estas ainda são importadas, o que também pode, muitas vezes, acarretar demora na reposição de peças.
FONTE: unAti- Universidade Aberta da Terceira Idade
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MUDANÇAS CLIMÁTICAS
SEMINÁRIO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL RUMO À COP20 Encontro discute mudanças climáticas e traça metas para compromisso socioambiental que serão apresentadas em evento no Peru A cada ano que passa, percebemos com mais nitidez as mudanças climáticas que estão ocorrendo em nosso planeta. Fortes nevascas atingiram a América do Norte no último inverno do Hemisfério Norte, e, no Brasil, especialmente no Rio Grande do Sul, presenciamos o verão mais quente da história. No Ártico, o degelo das calotas polares causado pelo aumento da temperatura global já ameaça a vida dos animais nativos e provoca um aumento no nível dos oceanos em todas as partes do mundo. Há teorias contraditórias quanto à participação ou não do homem nessas mudanças, mas o fato é que todos esses sinais comprovam que a Terra passa por profundas transformações em seu clima e que isso trará reflexos diretos na vida de todos os seus habitantes. meio meio sustentável sustentável
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Rio Rio Grande Grande do do Sul Sul
Encontro em Foz do Iguaçú foi uma prévia da Conferência da ONU sobre mudanças climáticas Crédito: Imprensa Itaipu
Cientes dessas alterações climáticas e com o objetivo de pensar estratégias para minimizar seus efeitos no dia a dia da população, representantes da sociedade civil de todo o país e do exterior estiveram reunidos entre os dias 31 de julho e 02 de agosto em Foz do Iguaçu, no Paraná, para o Seminário de Mobilização Social Rumo à COP20, que acontece no mês de dezembro em Lima (Peru). Lideranças de movimentos sociais, catadores, indígenas, quilombolas, entre outros, participaram do seminário promovido pela Itaipu Binacional, juntamente com o Ministério das Relações Exteriores para apresentar demandas e sugestões em relação à posição brasileira nas negociações internacionais em torno das mudanças climáticas. O encontro alinhavou avanços significativos dentro da proposta de forte participação na atividade de dezembro, no Peru. Além disso, serviu como oportunidade para discutir questões como a troca de tecnologia, financiamento e treinamento entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. O objetivo dessas ações seria não impedir o crescimento econômico dos menos desenvolvidos, uma vez que as novas tecnologias, além de permitirem o crescimento desses países, possibilitam a redução das emissões de carbono.
“Os países desenvolvidos conseguiram atingir esse patamar porque fizeram a revolução industrial, queimaram e continuam queimando carvão. Nós, por outro lado, temos a obrigação de nos desenvolvermos também. Então, a questão resume-se a como limitar as emissões e as partículas que se acumulam na atmosfera, sem que os países em desenvolvimento cometam os mesmos erros dos países desenvolvidos”
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O embaixador José Antônio Marcondes de Carvalho, sub-secretário geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, participa, pelo Brasil, das negociações em torno das mudanças climáticas e liderou o encontro em Foz do Iguaçu. Ele traçou um panorama das negociações sobre mudanças climáticas no âmbito da ONU. Segundo ele, são negociações bastante complexas, principalmente porque tudo passa pela energia.
COP-20 O encontro em Foz do Iguaçu foi uma prévia da COP -20, a Conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada em dezembro, em Lima (Peru). A expectativa em torno da COP-20 deve-se ao fato de o seminário resultar em um esboço do próximo acordo global sobre o clima, que substituirá o protocolo de Kyoto e será definido na COP21, em 2015, em Paris (França) e que traçará novas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para todos os países e além de discutir formas de adaptação destes diante do aumento estimado de cerca de 2 graus Celsius na temperatura da Terra.
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Lideranças dos Movimentos Sociais Crédito: Pedro Flores
Embaixador José Antônio Marcondes de Carvalho Ministério de Relações Exteriores
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Ainda segundo Carvalho, o teor do próximo documento global sobre mudanças climáticas deverá ter um enfoque diferente do apresentado pelo Protocolo de Kyoto. Enquanto este falava em evitar o aquecimento global, o próximo deverá prever o estabelecimento de formas de adaptação às mudanças, procurando trabalhar em um cenário de aumento de 1,5 a 2 graus Celsius na temperatura do planeta. “Embora o agricultor do Oeste do Paraná contribua muito pouco com o aquecimento global, a mudança impacta sobre ele também, por conta da disponibilidade de água, do regime de chuvas, das temperaturas ao longo das safras. Daí a importância de obter as contribuições de todos os segmentos da sociedade, para que possamos chegar a uma posição unificada do Brasil na próxima COP”, acrescentou Carvalho. O embaixador comenta que, em 2015, na Franca, irá se buscar um entendimento para um acordo entre todos os países, que envolve troca de tecnologia, financiamento e treinamento para que todos possam mitigar as emissões de carbono. O acordo ocorrerá por meio de um trabalho multilateral de 200 países quanto às necessidades de desenvolvimento, biomas e características ambientais, o que torna a negociação complexa.
Nelton Friedrich Crédito: Imprensa Itaipu
“Um evento como esse significa um protagonismo da América Latina, hoje estamos vivendo a maior crise ambiental da nossa humanidade. E precisamos de um novo jeito de ser, de viver, sentir e consumir. O senso de urgência diante da grave crise ainda não chegou” - Nelton Friedrich, diretor de coordenação da Itaipu Binacional. Para Friedrich, que destaca os males desse cenário para o ser humano, é preciso lançar um novo olhar não somente para questões sociais e ambientais, mas também para aspectos culturais e espirituais. “Consumo excessivo e doentio, crise econômica e crescimento incontrolável são causadores de uma crise no corpo”, enfatiza ele.
“O acordo terá um impacto na matriz energética dos países, e os temas que tomarão mais tempo nas negociações serão o financiamento para o desenvolvimento sustentável, troca de tecnologia que reduz a emissão de gás carbônico em qualquer atividade produtiva, capacitação técnica. Além da emissão dos gases, deve haver um entendimento para a adaptação de todas as pessoas que devem ser protegidas pelas questões climáticas”, explica.
Entre as tecnologias existentes e que podem ser transferidas aos países em desenvolvimento, destacam-se as que dizem respeito ao sequestro do carbono do carvão, do petróleo com filtros dos gases (que posteriormente serão aproveitados) a redução desmatamento das florestas nos países em desenvolvimento, - como o Brasil , por meio do monitoramento, fiscalização e policiamento, a educação ambiental e a oferta de desenvolvimento econômico aos habitantes das regiões impactadas pelo efeito da mudança do clima. Na abertura da mesa de discussão, Nelton Friedrich, diretor de coordenação da Itaipu Binacional, destacou a importância da participação de cada um como ator de uma mudança profunda e de como Itaipu, sediadora do evento pré-Cop20, atenta pela responsabilidade compartilhada. meio sustentável
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Jair Kotz
Jair Kotz, superintendente da Itaipu Binacional, lembrou que, ao usar recursos como água, minério, energia, se pense na população. Ele explica que, ao se fazer um empreendimento, não seja beneficiada apenas uma nação, mas, principalmente, as pessoas que vivem no local onde ele esteja sendo implementado. Milagros Paz, da CATP (Central Autônoma de Trabalhadores do Peru), reforçou a necessidade do compromisso individual para poder formar um todo. “Precisamos estar convencidos do que estamos fazendo, do compromisso que queremos para o documento que será levado em Lima, na COP20”. Ela destacou ainda que a conscientização também
é dever do sindicalista, que não só deverá pensar em eventos conscientes, em que copos descartáveis sejam substituídos por canecas de uso pessoal, mas também pensar a saúde como bem-estar coletivo, com boas práticas que possam transformar a realidade, além de qualificar e possibilitar projetos na perspectiva de um mundo melhor e mais justo. Outro participante do Seminário, Marcos Del Prette, representante do Ministério do Meio Ambiente, informou que a pasta está aberta para receber sugestões e reivindicações para colaborar com o processo da COP20. Ele destacou a importância do Fundo Clima, projeto de incentivo à eficiência energética, desenvolvimento e aplicação de fontes de energia que produzam menos gases de efeito estufa na atmosfera.
Marcos Del Prette Ministério do Meio Ambiente
GOVERNO FEDERAL FINANCIA PROJETOS PARA REDUÇÃO DOS IMPACTOS DO CLIMA O Fundo Nacional sobre Mudança no Clima (Projeto Fundo Clima), do Governo Federal, tem por finalidade financiar projetos, estudos e empreendimentos que visem à redução dos impactos da mudança do clima e à adaptação a seus efeitos. O Fundo Clima, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), disponibiliza recursos em duas modalidades: reembolsável e não-reembolsável. Os recursos reembolsáveis são administrados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os recursos não-reembolsáveis são operados pelo MMA. Um percentual de 2% da verba anual fica reservado para o pagamento do agente financeiro e para a quitação de despesas relativas à administração e gestão.
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As fontes de recursos do Fundo Clima são:
Neilton Fidelis Crédito: Pedro Flores
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O Fundo é administrado por um Comitê Gestor presidido pelo secretário-executivo do MMA. O Comitê deve aprovar a proposta orçamentária e o Plano Anual de Aplicação de Recursos do Fundo, o PAAR, e, ao final de cada ano, precisa elaborar relatórios sobre a aplicação das verbas. O órgão colegiado tem também a atribuição de estabelecer diretrizes e prioridades de investimento com frequência bienal. Por fim, o Comitê Gestor tem a função de autorizar o financiamento de projetos e recomendar a contratação de estudos. Fonte: www.mma.gov.br O organizador de um dos eventos préCOP20, Lélio Falcão, presidente do Instituto Amigo do Fórum Social Mundial de Porto Alegre (IAFSMPOA), espera que o Brasil complemente de forma importante o encontro em Lima (Peru). “Mostraremos na COP20 como estamos trabalhando as questões da mudança climática. Precisamos ter consciência também da importância do debate de pontos como a exploração do pau-brasil e de minérios presentes em nosso continente”, enfatiza. Neilton Fidelis, integrante do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas que também palestrou no Seminário de Mobilização Social Rumo à COP20, chamou a atenção sobre o papel importante que a organização tem por ecoar os problemas do clima. “O Fórum é coordenado pela presidência da república, mas, ao mesmo tempo, não está ligado, preso a uma estrutura de governo. A nossa comunicação é direta”, reforça. Para Fidelis, o plano geral de adaptação da mudança do clima é o grande desafio, mas é preciso mais. “Tem que ir além do clima. Há ainda muita vulnerabilidade, tem que ter a ciência da adaptação, como reagir a esses efeitos. E ver quais alternativas terão impacto”, finaliza. A vice-diretora da RIO+ Centre (Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável) e representante da ONU/Rio+20 no Peru, Layla Saad, que também participou do evento em Foz meio sustentável
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do Iguaçu, acredita que o clima tem impacto na vida econômica das pessoas e que falta uma integração entre desenvolvimento socioambiental e socioeconômico: “É preciso encontrar formas de resolver a desigualdade, acabar com a injustiça, com as questões de raça e religião, que são iguais às desigualdades econômicas e políticas”. Ela diz que é preciso pensar e questionar o direcionamento do desenvolvimento para acabar com a pobreza e diminuir a desigualdade. “O modelo atual se mostra até agora incapaz de satisfazer essas questões. Vamos crescer para quem?”, questiona. “Ter uma análise de como a mudança climática se vincula com o desenvolvimento humano, pobreza e desigualdade é importante porque temos uma série de crises, mas temos que ter propostas concretas para pensar no que queremos e se queremos. Pensar se estão dentro das novas propostas que estão surgindo”, reforça.
Layla Saad - Rio + Centre
O Seminário de Mobilização Social Rumo à COP20 contou ainda com a participação de representantes da organização da COP-20, que vieram explicar como se dará a programação da sociedade civil durante o evento em Lima. Claudia Galvez Durand e Lúcia Sato Westphalen Isato, do Ministério do Meio Ambiente do Peru, traçaram um panorama da organização da COP20 e dos desafios que o país terá em receber um evento como esse. A importância de facilitar a participação de todos os espaços para a atuação da sociedade civil e oficial foi um dos destaques. Além disso, os responsáveis
mudanças climáticas e rumar para um mundo mais justo e sustentável. Logo após, foi feita a formulação da Carta de Foz do Iguaçu, que traz o compromisso socioambiental e de justiça para todos e também o de responsabilidade compartilhada. “O documento será remetido aos países latino-americanos para que eles se abram e incentivem a população a participar na COP 20”, informou Lélio Falcão, Presidente do IAFSMPOA, Secretário de Meio Ambiente da Força Sindical RS e organizador do Seminário realizado em Foz do Iguaçu. Claudia Galvez Durand e Lúcia Sato Westphalen
pelo evento preveem a promoção de uma agenda internacional de mudanças climáticas e a criação de uma agenda interna que possibilite o registro de ações sustentáveis, passíveis de se constituírem em um legado para as futuras gerações. “Viemos para ouvir as propostas do Brasil e conhecer as expectativas para a COP. E, como país-anfitrião, dar todas as informações necessárias”, afirmou Lúcia. O encontro foi encerrado com um discurso emocionado de Nelton Miguel Friedrich, diretor e coordenador de meio ambiente da Itaipu Binacional, que indicou o caminho para que possamos driblar as
Lélio Falcão - Presidente do Instituto Amigo do Fórum Social Mundial de Porto Alegre Crédito: Pedro Flores
OS RESULTADOS O Seminário de Mobilização Social Rumo à COP20 realizado em Foz do Iguaçu resultou na elaboração de uma carta-compromisso que será remetida a outros países latino-americanos. O objetivo é que eles complementem o documento que traz diversas questões pertinentes ao clima do Planeta, para que estas sejam discutidas e consideradas durante a COP20, em dezembro, em Lima (Peru).
CARTA DE FOZ DO IGUAÇU 2014
Deliberações do Seminário de Mobilização Social Rumo à COP20:
1. Apoiar todas as iniciativas que articulem ações dos movimentos sociais e governos no rumo de uma sociedade menos dependente de combustíveis fósseis, o que está a exigir a formatação de um outro marco civilizatório; e desafiar as pessoas a mudar os hábitos de consumo, alimentação e cuidados com a água; investir em novas tecnologias de convivência com o planeta. 2. Solicitar ao Governo do Brasil que não só promova espaços de discussões com os movimentos sociais e considere suas demandas, como também continue ampliando o diálogo com a sociedade e busque os meios de tornar possível , de forma democrática, a participação de todos os segmentos nas reuniões no Brasil e no exterior; 3. Oferecer ao Governo do Peru e aos movimentos sociais desse irmão latino-americano todo o apoio possível na realização da próxima Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, marcando para sempre este evento com os diferentes aportes; meio sustentável
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4. Condenar todas as formas de violência nos diversos conflitos armados, no trânsito, no trabalho e em todas as suas formas de ocorrência, em especial, contra crianças, idosos, e as que envolvem questões de gênero, as quais acarretam a perda de muitas vidas e o sofrimento não só dos inúmeros mutilados, que passarão anos de privações e dificuldades, como também dos familiares dessas vítimas. 5. Apoiar a realização dos Fóruns LatinoAmericanos de Economia Social, em Porto Alegre, no mês de outubro, inserido na 23ª Feira Latino Americana de Artesanato e o Fórum Social Temático da Biodiversidade, em Manaus, no mês de janeiro do próximo ano; 6. Difundir e motivar para reaplicação o Programa Cultivando Água Boa, como programa de responsabilidade socioambiental e como referência na adoção de boas práticas de desenvolvimento sustentável na Bacia do Paraná 3, enaltecendo o belíssimo trabalho da equipe ambiental da Itaipu Binacional e de todos os apoiadores e participantes do Programa Cultivando Água Boa, assim como o de programas similares.
LEGISLAÇÃO OBRIGA EMPRESAS A FAZER O CORRETO GERENCIAMENTO DE SEUS RESÍDUOS A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº 12.305/10, contém instrumentos importantes para permitir o avanço necessário do Brasil no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. O texto da Lei, cujas diretrizes devem ser atendidas até o final de 2014, prevê a redução na geração de resíduos e institui a responsabilidade compartilhada de seus geradores. A PNRS tem como proposta a prática de hábitos de consumo sustentável e um conjunto de instrumentos para propiciar o aumento da reciclagem e da reutilização dos resíduos sólidos (aquilo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado) e a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos (aquilo que não pode ser reciclado ou reutilizado). Conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos, fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos têm responsabilidade compartilhada pelos seus produtos. Com a completa implementação da Lei nº 12.305/10, o Brasil se coloca em patamar de igualdade com os principais países desenvolvidos no que diz respeito ao marco legal e inova com a inclusão de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis, tanto na Logística Reversa quando na Coleta Seletiva.
LOGÍSTICA REVERSA A fim de viabilizar a responsabilidade compartilhada que a Lei 12.305/10 prevê, entra o instrumento de logística reversa, ali definido como o “instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou em outra destinação final ambientalmente adequada”.
Na prática, o processo reverso consiste na utilização de determinadas sobras de material das empresas para transformá-los em outro itens que tenha utilidade para aquele fornecedor.
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“Hoje, com a crescente do tema ‘meio ambiente’, o processo reverso se apresenta, sem comparação, como a melhor solução para o gerenciamento de resíduos. Além da confiabilidade na destinação, o resíduo, depois de transformado, retorna para a empresa. Não existe melhor exemplo de sustentabilidade”, destaca Vinícius Ribeiro de Souza, sócio-gerente da Vickers – Soluções Ambientais.
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VICKERS – SOLUÇÕES AMBIENTAIS A Vickers - Soluções Ambientais atua no mercado de reciclagem há mais de dez anos. Visando a participar de projetos de sustentabilidade, ela trabalha com o processo de logística reversa, por meio do qual torna-se possível o retorno dos resíduos a seus locais de origem e certificação de seu uso para a geração de novos produtos para embalagem, armazenamento e transporte de materiais. Esses novos produtos têm gravada a logomarca do cliente e recebem o selo verde de sustentabilidade. Sediada em São Leopoldo, a Vickers – Soluções Ambientais trabalha com uma gama diversificada de produtos, que vão desde contentores industriais até pallets de plástico, embalagens e bobinas para palletização. A empresa também oferece lixeiras e vassouras. Focados no aumento da preocupação com a questão ambiental por parte das empresas dos mais variados segmentos e também de seus consumidores, a Vickers oferece certificação do uso de sua matériaprima para todos os produtos desenvolvidos. Em um futuro próximo, este será mais um diferencial que poderá determinar a escolha do público pelos produtos de uma empresa. meio sustentável
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Objetivos das ações da Vickers: - Implantação de sistemas para reaproveitamento interno de resíduos - Desenvolvimento de soluções para eficiência energética - Certificação quanto ao destino dos resíduos para geração de novos produtos - Assessoria para divulgação do projeto em forma de marketing de vendas Alguns produtos da Vickers: Contentores, Bandejas, Caixas, Lixeiras, Embalagens, EPI’s, Pallets e Estrados. Diferenciais dos Produtos Ecológico (100% reciclado), Resistente (a óleo, graxa, não permite a proliferação de fungos e bactérias), Peças únicas, sem emendas. Vantagens -Divulgação do uso de processo reverso como forma de marketing; -Durabilidade e fácil manutenção -Relação custo/benefício; -Resistência a condições climáticas.
A cada nova edição, a Revista Meio Sustentável apresentará, em conjunto com a Vickers, empresas que já incluíram a logística reversa no seu processo manufaturado e que hoje recebem em troca novos produtos resultantes da reciclagem dos seus resíduos. A Vickers - Soluções Ambientais tem capacidade técnica para certificar esses cases que serão publicados
PSA INDUSTRIAL DE PAPEL S/A (HIGIE GROUP) Desde 1930, a empresa PSA Industrial de Papel S/A produz papéis e está em constante aprimoramento e modernização. Hoje, através da Flamingo, produz sistemas de higiene para os mais variados mercados, no Brasil e na América Latina. Dentre suas linhas de produtos, é possível encontrar papéis superabsorventes, destinados ao alto tráfego, papéis finos, com grande maciez, além de dispensadores para sabonete, papel higiênico e papel toalha. A PSA Industrial de Papel S/A firmou parceria com a Vickers – Soluções Ambientais e agora recebe de volta 100% do valor gerado pelo descarte de seus resíduos. As sobras de materiais são transformadas em novos produtos, como pallets plásticos, embalagens e contentores. Assim, a empresa certifica-se quanto ao real destino dos seus resíduos.
PALLETS DA EMPRESA AGORA SÃO DE PLÁSTICO RECICLADO A PSA Industrial optou pela troca de todos os seus pallets da unidade São Leopoldo/RS - que antes eram de madeira - por outros de plástico reciclado. A substituição foi viabilizada apenas com o descarte mensal de plásticos e papéis naquela unidade (aproximadamente 5Ton.) e de papéis, tubetes, rolos e caixas que retornaram para a fábrica com avarias (3Ton.).
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“O processo é completo e hoje conseguimos sentir a diferença de um gerenciamento correto de resíduos. Os funcionários adquiriram consciência ambiental, pois veem que o retalho plástico que sai da produção retorna na forma de um pallet plástico”, ressalta Nicole Porciúncula, responsável pelo departamento financeiro da PSA Industrial de Papel S/A. Ela destaca ainda que a substituição dos pallets da empresa foi altamente benéfica: “As vantagens da substituição dos pallets são incontáveis, desde a higiene, durabilidade, organização, limpeza, segurança dos colaboradores, além do passivo de madeiras velhas, que hoje é um problema para muitas empresas e que nós conseguimos resolver”.
SUBSTITUIÇÃO É ALTAMENTE VANTAJOSA
De acordo com estudos sobre perdas com a utilização de pallets de madeira, estima-se que, entre quebra, destacamento de ripas, contaminação por líquidos e depreciação, o percentual de inutilização fica entre 10% a 15% do total de pallets utilizados mensalmente. Aplicando a troca de somente o percentual perdido, estima-se que, no período de um ano, seja viabilizada a substituição de todo o estoque de pallets. Veja abaixo a simulação do processo de troca para uma empresa que opera com um giro mensal de 500 pallets.
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Nicole Porciúncula, PSA Industrial de Papel S/A
meio sustentável
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CANDIDATOS AO GOVERNO DO ESTADO FALAM À REVISTA MEIO SUSTENTÁVEL A discussão da sustentabilidade está cada vez mais presente no cotidiano da população. Fala-se muito em cidades sustentáveis e no desenvolvimento aliado às políticas de preservação ambiental. Eleger um representante cujas ideias estejam afinadas com esse tema é um importante passo na busca pela ampliação de ações focadas no crescimento ambientalmente correto da nossa região. Com foco nas próximas eleições estaduais, em 5 de outubro, entrevistamos os candidatos ao Palácio Piratini para saber o que eles pensam sobre sustentabilidade e como pretendem colocá-la em prática caso sejam eleitos. Ana Amélia Lemos (PP), José Ivo Sartori (PMDB), Roberto Robaina (PSOL), Tarso Genro (PT) e Vieira da Cunha (PDT) expuseram algumas de suas propostas para o desenvolvimento sustentável do Rio Grande do Sul. As respostas serão publicadas na íntegra nas próximas páginas.
ANA AMÉLIA LEMOS - PP DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL NO RS Ao tratamos de desenvolvimento está implícita a sustentabilidade. É uma das premissas fundamentais de nosso projeto de governo. Entre as prioridades estão todas as ações voltadas à melhoria da infraestrutura e da mobilidade urbana, nas quais essa condicionante precisa estar presente, assim como o incentivo a novos empreendimentos de geração de energia que utilizem a totalidade de alternativas de fontes que o RS possui, diversificando a matriz energética: ampliação dos parques eólicos e utilização de recursos energéticos complementares, o gás natural e a biomassa. Podemos resolver passivos ambientais usando a casca do arroz na produção de energia. AÇÕES PARA O MEIO URBANO E MEIO RURAL É possível buscar boas alternativas que atendam as duas áreas. Exemplos que podem favorecer o meio rural: incentivar, através da redução de ICMS na conta da luz, os pequenos produtores rurais a trocarem suas redes monofásicas para trifásicas, com o Estado investindo para garantir essa oferta; dar condições às cooperativas de energia para competirem em igualdade de tributação com as empresas privadas; implantar novos empreendimentos geradores de energia de acordo com as demandas regionais. O importante para todo o RS é planejar ações de caráter institucional compatibilizando os planos e políticas federais buscando com fontes sustentáveis a autossuficiência energética do Estado. Igualmente, buscar eficiente relacionamento com agentes do setor para canalizar ao Estado novos investimentos voltados à expansão da oferta de energia, visando obter condições favoráveis ao desencadeamento e ao
Foram elaboradas quatro perguntas idênticas para cada candidato: 1) Quais serão as ações do seu Governo para o desenvolvimento econômico sustentável do RS? (ordenar por prioridade) 2) Existem ações específicas para o meio urbano e para meio rural? Quais? 3) Qual a situação do Estado em relação à geração de energia limpa (eólica, solar e biocombustíveis) e quais seus planos e metas para os próximos quatro anos nessa área? 4) Qual a sua opinião sobre o atual sistema de distribuição de energia elétrica no estado e a qualidade da prestação de serviço do setor? As respostas foram enviadas pelas assessorias dos candidatos e serão apresentadas a seguir por ordem alfabética. *até o fechamento desta edição os candidatos Estivalete (PRTB), Humberto Carvalho (PCB) e João Carlos Rodrigues (PMN) não haviam retornado nossos contatos. aperfeiçoamento das ações empresariais para o segmento; e estabelecer um Plano de Modernização de Redes de Distribuição de Energia entre Governo do Estado e concessionárias. É importante, também, investir nas Pequenas Centrais Hidrelétricas, em apoio às cooperativas e à agroindústria. Não se pode ampliar o programa de irrigação sem aumentar a oferta de energia. O ESTADO EM RELAÇÃO À GERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA O Estado tem potencial para a criação de fontes alternativas, especialmente de energia eólica (temos o maior parque eólico na América Latina) e térmica, assim como na área de biomassa, aproveitando resíduos de casca de arroz e florestais. Incentivaremos a pesquisa e o desenvolvimento de inovações nas áreas de energia solar, pouco usada no RS, que tem média anual de insolação superior à média da região Norte do País. Ante esse quadro, construiremos um conjunto de iniciativas, que exigem tempo para se consolidarem, como a maioria dos projetos que tratam de energia, com políticas de utilização de recursos renováveis de forma planejada e ambientalmente corretos. Vamos diversificar a matriz energética; promover e incentivar, através de linhas de crédito, o financiamento de projetos e construção de parques eólicos, de energia fotovoltaica e de hidroelétricas; utilizar outros recursos energéticos complementares, como o gás natural e a biomassa; buscar parcerias e criar um regime de tributação especial para os programas que produzem energia limpa e ambientalmente correta, tais como biogás, eólica, solar e biomassa. DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO ESTADO A distribuição de energia elétrica no Estado envolve oito concessionárias de serviços públicos e 15 cooperativas de eletrificação rural. Pelo menos 93,5% da energia é fornecida por apenas três concessionárias - CEEE-D, AES Sul e RGE. Os índices de qualidade de serviço no RS são hoje preocupantes, pois em todas as concessionárias o índice que indica o tempo de interrupção de fornecimento está acima do limite estabelecido pela Aneel. A concessionária CEEE-D apresenta um índice apurado de 59,33% acima do limite estabelecido. Já no índice que indica o número de interrupções de fornecimento, verifica-se que a CEEE-D apresenta acima do limite em 13,64%.O Ranking da Continuidade do Serviço de Distribuição (Fonte Aneel, dados de 2013) mostra a CEEE-D na 30ª posição entre as grandes empresas de distribuição de energia do País, a AES Sul situa-se na 12ª posição e a RGE em 22º lugar. Isso significa a necessidade de pesados investimentos no setor para recuperar a qualidade dos serviços prestados aos gaúchos. Os esforços devem visar agora ações para evitar o agravamento dos microapagões enfrentados quando ocorrem picos de consumo, especialmente no verão, os quais são resultantes dos problemas da situação atual das redes de distribuição.
Crédito: Luis Chaves
JOSÉ IVO SARTORI (PMDB) DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL NO RS A sustentabilidade ambiental significa a adoção das boas práticas de produção agropecuária e agroindustrial, de modo a preservar os recursos naturais (solos, água, biodiversidade, florestas naturais) para as próximas gerações. Conforme o novo Código Florestal, no mínimo 20% da área das propriedades rurais deverão ser de reserva legal que, juntamente com as áreas de preservação permanentes (APPs), fazem parte do nosso patrimônio ambiental. Há tecnologias disponíveis para se produzir com segurança ambiental. Os novos rearranjos produtivos e as novas técnicas, como plantio direto e integração agrosilvopastoril, contribuem para que áreas produtivas também sejam consideradas de conservação e preservação da fauna e da flora natural. Com a aplicação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), deverá ficar mais claro e fortalecido o alcance da recuperação e da manutenção dos recursos naturais renováveis. E a pesquisa oficial e a assistência técnica e extensão rural deverão motivar e ajudar os empreendedores na busca de soluções ambientalmente corretas. AÇÕES PARA O MEIO URBANO E MEIO RURAL Vamos ajudar os municípios a incrementar a política de
ROBERTO ROBAINA (PSOL) DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL NO RS Nosso projeto prioriza a agricultura familiar e a agroecologia, reorientando os recursos públicos para enfrentar as dificuldades desses setores. Não permitiremos que as culturas de eucalipto e acácia consumam a água destinada ao abastecimento das futuras gerações em benefício da exportação de papel para os países mais ricos. É preciso quebrar essa lógica com reforma agrária e outro modelo produtivo voltado para a defesa da vida. Vimos nos últimos governos um desmanche da FEPAM e da SEMA, um abandono com casos graves de corrupção – a ponto de o secretário de Meio Ambiente ser preso pela Polícia Federal. Vamos ampliar os recursos da SEMA e da FEPAM e fazer cumprir com rigor os regramentos ambientais. AÇÕES PARA O MEIO URBANO E MEIO RURAL Queremos criar uma empresa estadual de transporte público responsável por articular uma rede multimodal com trens de superfície, aeromóvel, barcas de transporte de passageiros e ciclovias, com um fórum de usuários para realizar o planejamento
resíduos sólidos, com reciclagem do lixo e o fim dos lixões. Também incentivar a ampliação do tratamento de esgotos, através da empresa estatal responsável ou das parcerias público-privadas. Junto com as secretarias de Educação, Saúde, Ação Social, Meio Ambiente, Agricultura, promover uma campanha de educação ambiental. No meio rural, com a implementação do Cadastro Ambiental Rural, promover a recuperação de áreas degradadas, para preservação da flora e da fauna natural. Implementar uma educação ambiental com práticas de agricultura sustentável, com plantio direto, rotação de cultura, manejo racional de agrotóxicos. E, além disso, fortalecer as pesquisas de ponta. O ESTADO EM RELAÇÃO À GERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA A geração de energia limpa passa pela definição da matriz energética brasileira. O Rio Grande do Sul já está inserido na política de sustentabilidade com seus parques eólicos e a produção de agroenergia, principalmente de biodiesel. Está claro que os benefícios sociais superam os benefícios privados na produção de biocombustíveis. Ficaremos menos dependentes do petróleo, criaremos uma nova alternativa de produção, especialmente para a agricultura familiar, com o plantio de oleaginosas não tradicionais, como canola, mamona, pinhão manso e tantas outras, e uma nova opção para a comercialização da principal cultura de grão do nosso Estado, que é a soja, diminuindo a dependência de mercados externos. DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO ESTADO É crítica a necessidade de que a ANEEL volte a fazer leilões de compra de energia, que são, no atual sistema de gerenciamento do setor elétrico brasileiro, a base para qualquer decisão de investimento. Só assim serão executadas as obras em Garabi, a Termelétrica do Seival e a expansão dos parques eólicos. Quanto à distribuição, a ação principal é elevar a capacidade de transmissão, com a construção do anel de 525 kV interligando os principais pontos das regiões Sul e Norte do Estado. O RS deve exercer papel político de pressão juntos aos órgãos do governo federal para pautar esse importante tema. dos investimentos. Outra prioridade é o apoio ao tratamento dos resíduos orgânicos, com uso de tecnologias limpas. No meio rural, nossa política priorizará a preservação dos mananciais de água e dos biomas naturais, com manejo de bacias hidrográficas. A prioridade é a produção agroecológica e a agricultura familiar, além dA qualificação do processo de fiscalização e controle sobre áreas de preservação e parques e sobre os licenciamentos ambientais. O ESTADO EM RELAÇÃO À GERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA É preciso desativar as termelétricas, que são caras, poluentes e ineficientes, e ir substituindo a energia ali produzida por outras formas alternativas. É importante desmitificar a ideia de que as hidrelétricas são produtoras de energia limpa. As barragens inundam áreas de preservação, afetam espécies da fauna e da flora e desalojam populações inteiras. Cada região do estado deve explorar de forma sustentável seus potenciais energéticos: no litoral, a energia eólica; no Pampa, os biocombustíveis, sem prejuízo de outras fontes. DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO ESTADO O próprio governo reconhece que o esquartejamento da CEEE, no processo de privatização sob a égide neoliberal, no governo Brito, foi “selvagem”, distribuiu os lucros para o setor privado e deixou as dívidas para o Estado. Resta saber por que o atual governador só declarou isso quando tivemos apagão elétrico, no final do ano passado, e não promoveu a CPI da CEEE. Os serviços pioraram, quando tem temporal não há estrutura para recompor a rede. O sistema de atendimento aos clientes é insuficiente, a rede de distribuição não vem recebendo a conservação necessária e a geração não conta com os investimentos necessários ao aumento da demanda.
TARSO GENRO (PT) DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL NO RS As políticas de déficit zero e de redução do papel do Estado – estratégia adotada pelo governo anterior e defendida por candidaturas adversárias – significaram o desaparelhamento da Secretaria do Meio Ambiente, da Fepam e da Fundação Zoobotânica, que estavam sem condições técnicas e estruturais para executar políticas públicas, licenciamento e fiscalização. Promovemos a reestruturação desses órgãos, investindo em tecnologia e controle social e criando um plano de carreira para os servidores. Demos início a uma política de meio-ambiente com a criação do Sistema Integrado de Regularização Ambiental (Siram), do Plano Estadual de Resíduos Sólidos e da elaboração do Plano Estadual de Recursos Hídricos (PERH) e do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE). AÇÕES PARA O MEIO URBANO E MEIO RURAL Para o futuro, vamos avançar na qualificação da gestão ambiental, que afeta tanto o campo quanto a cidade. Nossa proposta
VIEIRA DA CUNHA (PDT) DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL NO RS Atuo nessa área desde o início da minha vida pública. Nos anos 80, como diretor do Departamento de Limpeza Urbana da Capital, implantei o aterro sanitário, iniciei o programa de reciclagem e a coleta regular de lixo nas vilas. Como deputado estadual, recebi o Prêmio Fiergs-Ari Por um Rio Grande Maior como destaque em ações sociais e de meio ambiente, em função de leis aprovadas, como a que obriga o exame periódico das condições de balneabilidade das praias gaúchas. Como deputado federal, sou membro atuante da Frente Parlamentar Ambientalista. Na nossa coligação, há outros dois partidos que têm no seu programa, a exemplo do PDT, compromisso com o desenvolvimento sustentável: PV e PEN. Portanto, a questão ambiental estará presente em todas as áreas do nosso governo. Vamos dotar a Secretaria do Meio Ambiente e a Fepam da estrutura necessária para que exerçam bem suas funções, cuidar da preservação e manejo dos parques e reservas do Estado, entre outras ações.
é concluir o ZEE e adotá-lo como ferramenta de planejamento para o Estado, conferindo segurança ambiental e celeridade à implantação de novos empreendimentos. Fortalecer os mecanismos de resposta aos impactos das mudanças climáticas para mitigar prejuízos de eventos naturais extremos é outro compromisso. A Nova Política Industrial do Rio Grande do Sul, que aprofunda a política em curso atualmente, terá como diretriz tornar o Estado referência no desenvolvimento sustentável, na redução das desigualdades regionais e na inovação com base no aumento da competitividade. ESTADO EM RELAÇÃO À GERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA Atualmente o Rio Grande do Sul é o segundo estado brasileiro em geração de energia eólica e, em breve, será o primeiro. Na Metade Sul, teremos em breve o maior complexo eólico da América Latina e, com ações desta gestão, garantimos que, até maio de 2018, serão 91 parques eólicos, um investimento de R$ 8,6 bilhões. Ainda possuímos áreas de bons ventos que podem ser exploradas e, para isso, continuaremos participando dos leilões e recebendo as empresas interessadas em gerar essa energia limpa dentro do Rio Grande. DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO ESTADO O sistema vem recebendo investimentos constantes. Construímos novas subestações e reorganizamos a distribuição de energia, reforçando onde era necessário. Na Metade Sul, criamos um programa de reforço da energia no campo para que pequenos agricultores possam aumentar a atividade produtiva a partir da modernização da pequena propriedade. Recentemente, anunciamos a construção de duas novas subestações na região: uma em Pelotas, e outra, em São José do Norte. AÇÕES PARA O MEIO URBANO E MEIO RURAL No meio urbano, vamos realizar as obras de saneamento necessárias para respeitar a legislação nacional sobre resíduos sólidos, garantir e agilizar as obras da Corsan para que aumentemos o nível, ainda baixo, de tratamento de esgoto. Outra medida é fazer o que compete ao Estado para implementar o transporte hidroviário e ferroviário, já que o modelo baseado nas rodovias é mais poluente. No meio rural, vamos estimular a produção de alimentos orgânicos e levar às famílias serviços qualificados de energia elétrica e telefonia, para fixar a população no campo. O ESTADO EM RELAÇÃO À GERAÇÃO DE ENERGIA LIMPA Precisamos diversificar a matriz energética do Rio Grande do Sul, com prioridade à geração de energia limpa. Recebemos investimentos em energia eólica, o que é positivo, mas também precisamos aproveitar a energia solar, os biocombustíveis e outras fontes renováveis. No meu governo, vamos incentivar e estimular os investimentos na área. Recentemente, a CEEE venceu um leilão para construir um complexo eólico em Rio Grande. Vamos dar prosseguimento a essa política. DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NO ESTADO Infelizmente, o atual sistema de distribuição no Rio Grande do Sul deixa a desejar. A própria Agência Nacional de Energia Elétrica confirma essa deficiência. A causa é a falta de investimentos. Presidi a CEEE no início da década de 90 e ingressei com uma ação para que a companhia fosse ressarcida pela União devido à defasagem tarifária a que foi submetida durante anos. Em 2013 essa ação foi julgada e resultou num aporte de mais de R$ 3 bilhões à companhia, os quais serão investidos na melhoria do sistema.
Crédito: Portal da Cidadania – Governo Federal
A AGRICULTURA FAMILIAR E SUA IMPORTÂNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO ESTADO E DO PAÍS O mais recente Censo Agropecuário Brasileiro, realizado no ano de 2006 pelo IBGE, indicou a força e a importância da agricultura familiar para a produção de alimentos no país. Aproximadamente 84,4% dos estabelecimentos agropecuários do país, naquele ano, eram oriundos da agricultura familiar, que era responsável por grande parte da produção de alimentos no país, apresentando percentuais de 87% da produção de mandioca e 70% da produção de feijão, por exemplo. Confira.
PARTICIPAÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR PARA ALGUMAS CULTURAS MANDIOCA
MILHO
FEIJÃO
CAFÉ
SUÍNOS
ARROZ
LEITE
BOVINOS
AVES
TRIGO
87%
70% 59% 58% 50%
Fonte: Censo Agropecuário 2006, IBGE.
46% 38% 34% 30% 21%
No Brasil, a agricultura familiar representou 77% dos empregos no setor agrícola em 2013, segundo dados da ONU, que elegeu 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar, dada a sua relevância mundial. Diferentemente da agricultura patronal, que utiliza trabalhadores contratados, a agricultura familiar consiste no cultivo da terra por pequenos proprietários rurais, tendo como mão de obra essencialmente o núcleo familiar. Ciente da importância econômica e social da agricultura familiar – hoje são 500 mil agricultores familiares no Rio Grande do Sul - , o governo do Estado vem implantando uma série de políticas públicas para o setor (vide infográfico). Na esfera Federal, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) são exemplos de políticas públicas que priorizam a agricultura familiar. Além de reconhecer as dinâmicas de desenvolvimento local, essas ações demonstram respeito aos valores de uma agricultura voltada à diversificação dos sistemas produtivos e do meio ambiente, com seu foco na agroecologia (vide infográfico). O 1° Encontro Estadual de Agricultura Familiar, realizado no mês de agosto, no município de Sananduva, consolida um excelente momento do setor e mostra a força dos trabalhadores do campo. O secretário estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR) Elton Scapini participou do evento, realizado no Ano Internacional da Agricultura Familiar pela Fetraf-Sul. “Temos muito a comemorar. A agricultura familiar tem uma história de luta e as organizações como a Fetraf-Sul
sempre foram essenciais para grandes conquistas sociais e econômicas. Temos desafios, entre eles trabalhar por um novo perfil de agricultor familiar. Um produtor que plante, colha, agregue valor e possa comercializar ele mesmo aquilo que produz. Outro desafio é o da sucessão familiar e, para
vencê-lo, sabemos que é necessário transformar o meio rural um local bom para se viver – e não apenas como espaço de negócio. Estamos caminhando para isso e, sem dúvida, com essas lutas já estabelecidas e que não param, alcançaremos esses novos patamares de vida e produção”, explicou.
INCENTIVOS À AGRICULTURA FAMILIAR
1996
2003
2006
É criado o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura familiar (Pronaf), com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável da agricultura familiar.
O Programa Nacional de Aquisição de Alimentos (PAA) é criado pela Lei n° 10.696. Ele possui duas finalidades básicas: promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar.
2009
2010
2011
Sancionada a Lei nº 11.947 que trouxe avanços ao PNAE (originado na década de 1940), como a extensão do programa para toda a rede pública de educação básica e de jovens e adultos, e a garantia de que 30% dos repasses do FNDE sejam investidos na aquisição de produtos da agricultura familiar.
É criado o do subprograma de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) pela Lei Federal n° 12.188, vinculado ao Pronaf. Busca fomentar a geração de renda pela agroindústria, turismo rural, biocombustíveis, plantas medicinais, cadeia produtiva, seguro agrícola, seguro de preço e seguro contra calamidade por seca na Região Nordeste.
É lançado o Plano Safra Estadual (RS), quando são destinados R$ 1,1 bilhão de recursos próprios para as 380 mil propriedades rurais de agricultura familiar situadas no Estado.
2012
2012
2012
É instalada a Política Estadual de Agricultura Familiar. Tratase de um programa de fomento para viabilizar políticas públicas voltadas para a geração de trabalho e de renda para as agroindústrias de pequeno porte.
É instituído pela Lei Estadual nº 14.124 e Decreto nº 50.124 o Programa Pró-Cooperação, que promove incentivo fiscal do ICMS para cooperativas agropecuárias.
É criada a Lei da Compra Coletiva/RS(nº 13.922), que estabelece que, pelo menos 30% das compras governamentais sejam feitas junto à Agricultura Familiar e à Economia Popular e Solidária.
2012
2013
2014
É criado o SUSAF-RS. O Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial, Artesanal e de Pequeno Porte (Susaf) permite que produtos de agroindústrias familiares que possuem venda autorizada apenas dentro do município de origem possam ser comercializados em todo o Estado.
É recuperada a Emater RS/ Ascar, instituição que presta assistência técnica e extensão rural a agricultores familiares gaúchos.
Hoje o principal programa de incentivo à agricultura familiar nacional é o Pronaf, que financia projetos ao pequeno produtor rural, com baixas taxas de juros. Atualmente, o programa, além de possuir as mais baixas taxas de juros dos financiamentos rurais, e também apresenta as menores taxas de inadimplência entre os sistemas de crédito do país.
É criada a Lei Federal nº 11.326, que estabelece as diretrizes para a formulação da Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais no país. A partir de então, diversas ações no âmbito nacional e estadual passaram a ser pensadas para fortalecer essa atividade econômica.
Tecnovates
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PARQUE CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO DA UNIVATES É INAUGURADO NO VALE DO TAQUARI Meio ambiente, alimentos e energia renovável ganham força com as novas instalações No mês de junho, a Univates inaugurou mais uma obra de referência para a região: as novas instalações do Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari – Tecnovates. A solenidade de inauguração contou com a presença do atual governador do Rio Grande do Sul, do reitor da Univates, Ney José Lazzari, do secretário da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico, Cleber Prodanov, e do prefeito de Lajeado, Luis Fernando Schmidt. Na solenidade de inauguração, o reitor da Univates, Ney José Lazzari, afirmou: “Esta é uma obra comunitária que leva em conta a soma do que o setor público pode fazer, do que as empresas podem fazer e do que a universidade pode fazer”. Na oportunidade, ele destacou também que os investimentos aplicados na obra são realizados por meio da utilização de recursos da comunidade de Lajeado, da Prefeitura, do governo do Estado, do governo federal e da Univates. Conforme o reitor, hoje, o Tecnovates já gera 300 empregos nas 12 empresas em funcionamento no local. Com cerca de 5.200 m² de área construída, meio sustentável sustentável meio
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Rio Rio Grande Grande do do Sul Sul
Tecnovates tem edital permanentemente aberto para empresas interessadas em parcerias Créditos: Nathália Braga
o espaço é destinado ao desenvolvimento do conhecimento, da ciência e da tecnologia, com foco na produção de alimentos e na proteção do meio ambiente. O Parque conta com edital permanentemente aberto para contemplar as empresas interessadas em realizar projetos de pesquisa e desenvolvimento no Tecnovates. O Tecnovates somou um investimento de R$ 23 milhões, dos quais R$ 7 milhões são provenientes de verba pública e o restante, da Univates. Os recursos financeiros para a consolidação do projeto provêm do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Governo Federal, da Prefeitura Municipal de Lajeado, da Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCIT-RS), por meio do BNDES e da Fuvates – mantenedora da Univates.
Estrutura
A estrutura disponibilizada pelo Tecnovates oferece espaços para instalação de empresas, como salas e terrenos, Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), auditório com 136 lugares, salas de capacitação, salas de reunião, espaços de convivência, lanchonete, estacionamentos, serviços de vigilância, conexão de internet e datacenter e conexão de telefonia.
Laboratórios de Pesquisa
Os cinco Laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento envolvem as áreas de Microbiologia de Alimentos, Química de Alimentos, Biotecnologia de Alimentos, Gerenciamento de Resíduos na Área de Alimentos e uma Microusina de Leite e Derivados.
Laboratórios de Análises
Já na área dos laboratórios de análises vinculados ao Unianálises, são realizadas análises físico-químicas, microbiológicas, de nutrição animal e análises por meio da tecnologia NIR (Espectrometria de Infravermelho Próximo). Além disso, o local ainda conta com o Laboratório do Leite, onde são realizadas análises laboratoriais em amostras de leite cru oriundo de propriedades rurais e de laticínios. De acordo com o diretor administrativo do Tecnovates, professor Eloni José Salvi, os pesquisadores doutores que atuam no local podem auxiliar as empresas a desenvolverem novos produtos e serviços em diversas áreas, como as bebidas, biorremediação, compostagem, doces e confeitos, farináceos, genética, lácteos, nutracêuticos, nutrigenômicos e proteômica.
alimentos e energia renovável. No entanto, o edital está aberto a todos os demais interessados. O contato deve ser feito diretamente com a administração do local, pelos e-mails: inovates@univates.br, no caso de novas empresas, e tecnovates@univates.br, para empresas já existentes.
Estrutura do Tecnovates será abastecida com energia renovável
Até o fim deste ano, a estrutura do Tecnovates deverá ser totalmente abastecida com energia solar, proveniente de cerca de mil painéis solares fotovoltaicos instalados no local, e com uma usina de energia da biomassa. A energia restante será enviada para a rede elétrica, com o objetivo de auxiliar o abastecimento de energia dos demais prédios da Univates. Por meio da integração do Tecnovates com a Incubadora Tecnológica da Univates (Inovates), outras 22 passam a ser vinculadas até o momento, 10 das quais incubadas e 12 graduadas.
Empresas instaladas no Tecnovates - Bidatek: tratamento de águas residuais - a9 Projetos – Nealtec: projetos industriais - iN2: tecnologia da informação e de telemetria - Cageri: avicultura - Launer: indústria química - Solis: tecnologia da informação
Parque conta com edital permanentemente aberto
Para receber empresas interessadas em realizar projetos de pesquisa e desenvolvimento, o Tecnovates conta com edital permanentemente aberto. As áreas prioritárias são relacionadas a meio ambiente,
Tecnovates conta com cinco Laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento Créditos: Tuane Eggers
23ª
Onde todas as culturas se encontram
1º Fórum Latino Americano de Economia Social
10 a 19 de Outubro de 2014 De Segunda à Sexta das 13h às 21h Sábados e Domingos das 10h às 21h
USINA DO GASÔMETRO Porto Alegre, RS - Brasil
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CASE
Programa de planejamento sustentável garante atuação coletiva e conscientização ambiental nas comunidades ribeirinhas do Paraná
A preocupação da Itaipu Binacional com as questões socioambientais vem desde os primeiros anos de sua história, que começou em 1984. Por meio de ações e projetos isolados, a empresa sempre se mostrou engajada em projetos relacionados ao tema, especialmente no que se refere à correção de passivos ambientais e preservação da natureza da região de influência da usina. A partir de 2003, a hidrelétrica passou por uma ampliação de sua missão, institucionalizando uma atuação sempre preocupada com o meio ambiente, mas que, a partir do novo planejamento estratégico, expandiu-se para a busca do desenvolvimento sustentável. Essa visão integral surgiu da compreensão de que as atitudes locais repercutem em ações em cadeia, que vão configurar uma problemática global e de que, para estabelecer uma cultura de sustentabilidade, seria preciso mobilizar meio sustentável
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Rio Grande do Sul
a todos. Nesse contexto, surgiu o Cultivando Água Boa, um programa de consciência e atuação coletivas, envolvendo todas as comunidades da Bacia do Paraná III. Ao desenvolver um programa de cuidado com a água, a Itaipu Binacional concebeu um verdadeiro movimento pela sustentabilidade. Para a Itaipu, a mesma água que é fonte de toda a sua energia é também a água que traz vida ao lago, garantindo renda aos pescadores que vivem em seu entorno; que fecunda os campos, fonte de sustento para muitas famílias; que abastece cidades; que gera saúde e traz equilíbrio para o meio ambiente. Foi a partir dessa visão integral e sistêmica, de interdependência dos seres humanos com o meio, que o Cultivando Água Boa foi formatado. Ao longo dos seus onze anos de vida, o projeto vem sendo reconhecido, por meio das premiações recebidas, como uma das melhores práticas socioambientais no cenário nacional e internacional. Atualmente, o Cultivando Água Boa contar com 18 programas, 70 projetos e 108 ações de responsabilidade socioambiental, ainda garante a qualidade da água que forma o Lago de Itaipu e gera energia elétrica para o Brasil e o Paraguai. Relatos dos moradores locais comprovam o sucesso do projeto da Itaipu Binacional. “Deveríamos ter iniciado há 20 anos!”, afirma a proprietária de uma pequena fazenda, às margens do rio Paraná. As encostas de suas terras foram reflorestadas e condicionadas pelo programa Cultivando Água Boa. Apesar da relutância em aceitar o projeto no início, devido à perda de terreno que o reflorestamento lhe causaria, agora ela só tem a agradecer: “Antes havia duas ou três espécies de pássaros por aqui e hoje são mais de 26”, comemora. Investigando mais a fundo o Cultivando Água Boa, encontramos muitos exemplos de sucesso para a população e para o meio ambiente: um pequeno produtor que, graças à melhora da produtividade de suas terras, foi capaz de enviar duas filhas para a faculdade; o pescador que hoje consegue viver da pesca junto com seus filhos, que voltaram da cidade para trabalhar com o pai; uma comunidade indígena pobre que se organizou em uma cooperativa e, em 2013, produziu 200 toneladas de mandioca orgânica.
Mais resultados do Programa: atividades de conservação do solo em cerca de 20.500 hectares;
incentivo à produção de produtos orgânicos, natural, livre de fertilizantes químicos, inseticidas ou herbicidas que poluem rios, alimentos e o solo; Tecnologia para o desenvolvimento de veículo elétrico que utiliza da biomassa como fonte de energia.
Projeto de Conservação do solo
reciclagem de 446 toneladas de embalagens de agrotóxicos e coleta diária de milhares de materiais;
Veículo elétrico
Coleta Seletiva
criação de três cooperativas e 25 associações em torno de reciclagem; melhora da infraestrutura das aldeias de comunidades indígenas com a produção de alimentos de subsistência, de promoção da saúde, reabilitação, cultivo de plantas medicinais, apicultura, artesanato, alimentos orgânicos; apresentação de propostas que envolvem a criação de roteiros turísticos ecológicos, a capacitação dos agricultores e das partes interessadas, incluindo as comunidades locais e atividades de passeios pela natureza; promoção da pesca sustentável e instrução aos pescadores locais na arte da aquicultura;
As ações do Programa Cultivando Água Boa envolvem diversas parcerias institucionais e não governamentais, dentre as quais as que dizem respeito a setores dos movimentos sociais, agricultores, pescadores, catadores, ovinocultores, assentados, indígenas e instituições de ensino e pesquisa. O embaixador José Antônio Marcondes de Carvalho, sub-secretário geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, que representa o Brasil nas negociações em torno das mudanças climáticas, liderou o Seminário de Mobilização Social Rumo à COP20, em Foz, no começo de agosto, e aproveitou a oportunidade para conhecer de perto as ações do Programa Cultivando Água Boa. O Programa da Itaipu Binacional e de mais de dois mil parceiros constitui um conjunto de estratégias locais para o enfrentamento das mudanças climáticas e foi apontado na Carta de Foz – documento resultante do Seminário - como uma das soluções no caminho da sustentabilidade econômica e da justiça social. “Hoje existem iniciativas muito boas em diversos países, a exemplo do que temos aqui com o Cultivando Água Boa, e que precisam ser mais conhecidas. É importante que haja um intercâmbio dessas iniciativas, que têm foco em vários aspectos ligados ao tema das mudanças climáticas”, afirmou Carvalho. Fonte: www.itaipu.gov.br ano 01 . 6ª edição
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1ª Edição da RENEX em Porto Alegre (2013) Crédito: Marcel Streicher 30
RENEX SOUTH AMÉRICA 2014
Porto Alegre recebe novamente a Feira Internacional de Energias Renováveis Porto Alegre receberá a 2ª edição da RENEX SOUTH AMERICA, único evento que reúne todos os segmentos de energias renováveis em um só local com o objetivo de apresentar as novidades da indústria, tendências, inovação, ideias e atração de investimentos para o Brasil e América Latina. Este é o objetivo da RENEX SOUTH AMERICA (Renewable Energy Exhibition), feira internacional que terá sua segunda edição em Porto Alegre (RS), de 26 a 28 de novembro, reunindo empresas, entidades e governos que atuam e investem nos segmentos de Energia Eólica, Energia Solar Térmica, Fotovoltaica, Biogás, Biocombustíveis, Biomassa, PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), Geração Descentralizada e Smart Grids (redes inteligentes de energia elétrica). A feira conta com área para exposição, conferência internacional, rodadas de negócios e visitas técnicas. meio sustentável
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Rio Grande do Sul
O evento é promovido pela Hannover Fairs Sulamérica, com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do Rio Grande do Sul. A RENEX tem origem no setor de energias renováveis da Feira Industrial de Hannover, na Alemanha. Devido ao grande potencial de uso de energia renovável na América do Sul, especialmente no Brasil, a Deutsche Messe AG, maior promotora de feiras do mundo, continua apostando na RENEX SOUTH AMERICA em seu portfólio de negócios na América do Sul. “Contribuem para a continuidade da feira o Plano Decenal de Expansão de Energia - PDE 2022, do Ministério de Minas e Energia, que prevê investimentos de R$ 260 bilhões em novos projetos de geração e transmissão de energia até 2022”, destaca Constantino Bäumle, diretor da Hannover Fairs Sulamérica.
OUTUBRO/14
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Usina do Gasômetro será palco para atividades da Economia Social Durante o mês de outubro, a Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, receberá atividades relacionadas à Economia Social. A primeira delas é a 23º FEIRA LATINO AMERICANA DE ARTESANATO, que acontece do dia 10 ao dia 19 de outubro, e irá trazer expositores de Cuba, Uruguai, Argentina, Bolívia, Colômbia, Peru e Chile, além de brasileiros do Maranhão, Amazônia, Pará, Pernambuco e Minas Gerais. Todos esses convidados somam-se aos expositores do Rio Grande do Sul organizados em torno das redes de economia solidária. Paralelamente ao evento, também nas dependências da Usina do Gasômetro, será realizado o 1º FÓRUM LATINO AMERICANO DE ECONOMIA SOCIAL, de 13 a 15 de outubro. O Fórum terá como tema a discussão sobre uma economia sem lucro. O evento promove o desenvolvimento humano, a cidadania, a inclusão
social, geração de renda e sustentabilidade. “Apoiar os profissionais artesãos que detêm o conhecimento técnico da transformação de matéria-prima na construção de novos produtos de utilidade, caracteriza-se por desenvolver atividades sustentáveis do ponto de vista social, econômico e ambiental com preocupações voltadas às mudanças climáticas”, explicam os organizadores dos eventos. Desde sua criação, em 1991, a Feira LatinoAmericana de Artesanato já trouxe para Porto Alegre mais de 1200 expositores de 23 países da América Latina e Caribe, tendo recebido cerca de um milhão de visitantes e comercializado cerca de R$ 15 milhões, tornando-se uma das principais realizações do Sindicato dos Artesãos do Estado do Rio Grande do Sul. Desde 1993, a realização anual da Feira é garantida por meio de decreto municipal. ano 01 . 6ª edição
PROGRAMAÇÃO SETEMBRO/2014
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meio sustentável
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Rio Grande do Sul
OUTUBRO/2014
EVENTOS FIEMA BRASIL 2014
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ano 01 . 6ª edição
SEMINÁRIO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL RUMO A COP20
Fatima Cristina Palmieri - UGT
Sergio Silva Presidente do Sindicato dos Artesãos do RGS
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Grupo de imprensa voluntário no Seminário
Maria Liege Rocha - UBM
Patricia Raquel La Nasa - Revista 2016 meio sustentável
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Rio Grande do Sul
Nós plantamos a semente. Ajude-nos a regar. Todos os dias, centenas de ideias e novos projetos nascem para promover a sustentabilidade. Porém, a maioria da população não toma conhecimento de tais ações devido à falta de divulgação. A meta da revista Meio Sustentável é divulgar e debater qualquer ação que contribua com o meio ambiente, seja ela uma iniciativa governamental, de entidades de classe, indústria, comércio, meio urbano ou rural. A preservação do meio ambiente é responsabilidade de todos nós e, através da revista Meio Sustentável, estamos cumprindo com a nossa obrigação. Porém, precisamos que você também regue esta ideia, participando e contribuindo para um mundo mais digno. Anuncie na Revista Meio Sustentável e colabore você também com essa ideia A semente já está plantada, ajude-nos a regar!
Anuncie na Meio Sustentável e colabore com essa ideia.
Fale com a Silvana Bergamo: (51) 8413.4138 ou comercial@meiosustentavel.com Editora Meio Sustentável Av. Padre Cacique, 320 – Térreo – Bloco A Bairro Menino Deus 90810-240 – Porto Alegre – RS
renex-southamerica.com.br
FEIRA INTERNACIONAL DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
RENEX SOUTH AMERICA 2014 O mercado sul-americano de energia renovável em um só lugar
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O grande potencial energético sustentável da América do Sul traz ao continente, mais uma vez, a RENEX SOUTH AMERICA. Com origem na Feira Industrial de Hannover – Alemanha, a 2a edição irá apresentar, além da feira, diversas atividades paralelas para profissionais e visitantes.
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Área de exposição com visitação gratuita; Congresso Internacional de Energias Renováveis; Business Matchmaking - Rodada de Negócios Nacional e Internacional; Visitas Técnicas.
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Prepare-se para a RENEX 2014, acompanhe e entre em contato para mais informações.
2 6 a 28 Novembro 2014 Porto Alegre
Patrocínio Gigawatt
Patrocínio Quilowatt
Patrocínio Watt
no Centro de Eventos FIERGS Apoio
Apoio Institucional
Hannover Fairs Sulamérica Av. Sete de Setembro, 5890 Cep 80240-001 Curitiba - Paraná
Tel. +55 41 3027 6707 renex@hanover.com.br www.hanover.com.br
FEIRA INTERNACIONAL DE ENERGIAS RENOVÁVEIS