soluções para o mundo empresarial Roberto Shinyashiki
Mario Sergio Cortella
Transforme ideias em soluções
Humildade faz crescer?
Ano V • Nº 23 • agosto/setembro 2012 • R$ 8,90
O poder da comunicação Como ela pode determinar o sucesso da sua empresa e da sua carreira
Pedro Mandelli Cuidado com teus “aminimigos”
Christian Barbosa
Gestão do tempo: Estabelecendo prioridades agosto \ setembro 2012
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A Arte de Liderar: Competências Essenciais do Líder
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Carta ao Leitor N Palavras
Independência financeira ou morte! Caro leitor, Certa ocasião, conversando com um bem-sucedido amigo empresário, ele me fez a seguinte pergunta: “José Paulo, eu darei um milhão de dólares a sua família se você saltar de um avião sem paraquedas, você topa?” OK, também achei estranho ele querer me matar, pensei que fosse meu amigo, enfim, respondi rapidamente: “Lógico que não, o que adianta ganhar esse dinheiro se não estiver vivo?” Ele concluiu: “Veja, você acaba de perder um milhão de dólares por causa da falta de informação. O avião a que me referia é um monomotor, está estacionado no hangar, desceria apenas um degrau e estaria milionário.” Confesso que naquela hora queria que ele tivesse falado que era um Airbus a 10 mil pés altura, em pleno voo. Realmente eu queria me matar. Brincadeiras à parte, aprendi que muitas vezes não buscamos as informações importantes para tomadas de decisão e, pior, muitas vezes somos autossuficientes, achamos que sabemos de tudo e não precisamos de ajuda para nada. Eu era assim, mas conheci duas pessoas que me ajudaram em várias ocasiões, mostrando-me soluções financeiras que nem imaginava existir. Leia com atenção: quero revelar que no início da minha empresa, em 2004, trabalhei com extrema dificuldade, principalmente para achar alguém que me orientasse a otimizar os meus escassos recursos. Comecei a empresa do zero, comecei a dever, faturamento baixo, despesa alta. Fui parar na frente do meu “consultor financeiro”, na época, o gerente do banco. Sabe o que ele fez? Deu-me mais crédito. Agradeci, vibrei: agora vou me estabilizar, vou crescer! E realmente houve crescimento: cresceu a minha dívida. Ela já estava bem maior com os juros cobrados. Era como se eu cavasse um buraco tentando sair e cada vez mais me afundasse, até que um dia ele me deu outra notícia: “Seu crédito acabou”. Fiquei triste, quis brigar, acabei chegando no fundo do poço. Fui parar na mão de outro “consul-
tor financeiro” chamado agiota. Ele me emprestava dinheiro, gente boa, juros módicos de 5,5% ao mês. Só de lembrar tenho arrepio. Graças a Deus e a muito esforço, virei a mesa e saí desse pesadelo. Mas essa é uma longa conversa. Qualquer dia desses, conto os detalhes. Você conhece quem ganha 800 reais por mês e gasta mil? Quem fatura 3 mil e gasta? Experimente dar 10 mil reais por mês a ele. Aposto com você que vai gastar 15 mil e continuará no buraco, literalmente quebrado. Conhece esta expressão? “Deram corda, ele se enforcou.” Quer que eu prove que é verdade? Basta ir ao RH da sua empresa. Veja quantos estão usando a margem consignada, o CDC do banco, o cheque especial; quantos pagam o mínimo da fatura do cartão; quantos não param de reclamar do que ganham. Infelizmente vão continuar desmotivados e reclamando e precisam dar o grito de independência financeira ou morte. Com o intuito de ajudar pessoas e empresas, associei-me a 2 profissionais que possuem resultados e expertise. Juntos, fundamos a N Investimentos. Creio que podemos, através de assessoria financeira e cursos, implantar uma cultura financeira tão carente em nosso país. Queremos ajudar pessoas e empresas a sair do vermelho, ajudar os superavitários a aplicarem melhor seus recursos. Com esse intuito, convido você a conhecer melhor o gestor financeiro da N Investimentos, Demétrius Borel Lucindo. Leia sua entrevista em nossas páginas azuis e lembre-se: estamos à disposição para contribuir com sua educação financeira e colaborar para a conquista dos seus sonhos, afinal, é para isso que o dinheiro serve! Um abraço,
José Paulo Furtado Diretor da Revista N Respostas twitter.com/jpnproducoes agosto \ setembro 2012 josepaulo@nrespostas.com.br
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Leitor leitor@nrespostas.com.br
Envie seus comentários, sugestões, informações, críticas e perguntas: SHCGN 704/705, Bl. E, nº 17 Ed. Mª Auxiliadora, sala 401 CEP 70730-650 Brasília-DF Tel./Fax: 61 3272.1027 e-mail: leitor@nrespostas.com.br
N Respostas é uma publicação da N Produções www.nproducoes.com.br Diretor-Executivo: José Paulo Furtado Direção de Arte/Editoração: Letícia Marchini arte@nrespostas.com.br Editora-Chefe: Renata Araújo redacao@nrespostas.com.br
Apesar de não atuar na área, tornei-me um admirador e fiel leitor da revista N Respostas, que me foi indicada por um amigo, empresário de sucesso, no ramo de representações comerciais. No início, tive certa dificuldade para entender o conteúdo da revista, por se tratar de assuntos com linguagem muito técnica, fora de minha realidade. Porém, hoje, de certa forma, leio e aproveito diversas matérias para adaptar e melhorar o meu dia a dia como gestor público, no serviço público federal, onde trabalho. Sem quaisquer dúvidas, a revista N Respostas tornou-se uma referência indispensável para os profissionais do universo corporativo e marketing or-
ganizacional. Entendo como uma das suas grandes qualidades apresentar matérias de uma forma sucinta, porém rica em conteúdo prático, disponibilizando sempre assuntos e opiniões de profissionais experientes em suas áreas de atuação, inclusive entrevistando grandes estrelas do mundo corporativo e de outras áreas também, mesclados a personalidades jovens emergentes, que já vêm se destacando, até sendo observadas e bastante requisitadas para a mostra e divulgação de sua ideias.
Luiz G. Mota
Engenheiro de Segurança do Trabalho lugmop@yahoo.com.br
Jornalista responsável: Cid Furtado Filho DRT DF 1297 Revisão: Pablo Vilela Fotografia: Telmo Ximenes • Anderson Marques • Aliram Campos e Murilo Nunes • Ilustrações, fotos e imagem de Capa: Stock Photos Reportagem: Renata Araújo Colaboradores desta edição: Christian Barbosa • Carlos Hilsdorf • Eduardo Ferraz • Homero Reis • Mario Sergio Cortella • Pedro Mandelli • Roberto Shinyashiki • Rodrigoh Henriques • Nailor Marques Jr. • Fernando Faria Salgado Diretora Financeira: Karla Rabelo financeiro@nproducoes.com.br Diretor Comercial: José Paulo Furtado josepaulo@nrespostas.com.br
Como anunciar: 61 3272.1027, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h josepaulo@nrespostas.com.br A N Respostas não se responsabiliza pelas ideias e opiniões emitidas nos artigos assinados. Tiragem: 20.000 exemplares.
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Índice Ano V • Nº 23 • agosto/setembro 2012
capa 12. O PODER DA COMUNICAÇÃO
por Rodrigoh Henriques
colunistas 22. pedro mandelli
Além da hierarquia
28. Roberto shinyashiki
Dicas de campeão
34. Homero Reis Pergunte ao coach 38. mario sergio cortella Filosofando
Seções
3. N Palavras
Independência financeira ou morte!
9. entrevista Demétrius Borel Lucindo 20. N Flashes
Quem passa pelos eventos da N Produções
26. eTc
Entretenimento, trabalho, casa
30. eco notícias 36. clube n O futuro já começou
RESPOSTas 16. Recursos humanos – Carlos Hilsdorf
O RH e o admirável mundo desconhecido
18. o que é? – Nailor Marques Jr.
O que é Mojo?
25. gestão do tempo – Christian Barbosa
Estabelecendo prioridades
31. MBA Fgv – Fernando Faria Salgado
Upgrade de conhecimento
32. comportamento – Eduardo Ferraz
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Como está sua construção mental?
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Entrevista
Demétrius Borel Lucindo
Economista, pós-graduado em Administração Financeira pela FGV, gestor financeiro certificado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), profissional com mais de 25 anos de mercado, começou sua carreira profissional na Adolpho Oliveira CTVM, Marlin S/A CVC, Égide CVC, Ágora CTVM, Grupo Fator e hoje está na Prosper S/A CVC. Nesse período criou e ministrou diversos cursos para capacitar participantes do mercado financeiro, sendo o pioneiro em cursos voltados para o mercado de renda variável. Possui um histórico diferenciado de orientações financeiras, destacando-se em nosso mercado financeiro. A satisfação de seus clientes é o melhor reflexo das rentabilidades alcançadas. Demétrius Borel Lucindo inicia agora um novo projeto em parceria com o Grupo N, a N Investimentos. Nesta entrevista exclusiva à N Respostas ele fala sobre sua trajetória, seus resultados e também sobre este novo projeto. por Renata Araújo
do mercado são subsídios necessários e essenciais para tomadas de decisões corretas. Todo investidor deve entenEssa é, sem dúvida, a pergunta que der que lucro e risco estão associamais escuto. É claro que não existe dos a todo e qualquer movimento de fórmula pronta nem modelo matemá- mercado. tico para se obter êxito. Pessoalmen- Até onde o risco vale a pena para te trabalho muito, leio muito, acom- quem não é um especialista? panho a situação da maioria das S/A A pergunta básica que todo investie seus indicadores mais relevantes: dor, seja leigo ou profissional, deveria lucro, endividamento, investimen- fazer é: to, receita, estrutura societária, etc. “Qual risco vale a pena correr e qual Esses fatores e uma visão abrangente não vale?”
Pergunto em todos os cursos e palestras que ministro: – Quem compra posto de gasolina pegando fogo ou navio afundando? E escuto: – Eu não! Eu não! A resposta é simples: – Depende do preço!
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Vamos direto ao ponto: qual é o segredo para se ganhar dinheiro no mercado financeiro?
O preço é sem dúvida o X da questão. Correr riscos vale a pena quando a possibilidade de perder é pequena e a de ganhar é enorme. Já pensou se o 9
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fogo no posto e a rachadura do navio forem controláveis? É assim que um investidor deveria pensar, mas as pessoas fazem exatamente o contrário. Tirando o exagero dos exemplos, é assim que temos de analisar os riscos. Esse raciocínio vale para todos os mercados, até o de imóveis. Vejo pessoas correndo riscos enormes atrás de rentabilidades pífias, que vão render quase nada a mais quando comparadas às aplicações tradicionais. Por exemplo, aplicação em CDBs de bancos pequenos, os chamados “segunda e terceira linha”, que pagam zero vírgula qualquer coisa a mais que os tradicionais. Isso é uma grande besteira. O risco é enorme e o retorno é muito pequeno quando comparado ao risco assumido. Você poderia dar um exemplo real de uma operação cujo risco vale a pena?
Vou relatar a maior valorização que já vi. Quando FHC foi eleito Presidente da República e Mario Covas governador do estado de São de Paulo, os bancos estaduais estavam atravessando grandes dificuldades financeiras. Vários foram liquidados; mas, ao analisar a situação específica do Banespa, acreditei que o preço das suas ações em bolsa não correspondia a sua realidade, ou seja, o mercado penalizou e julgou que todos eram iguais. Não eram! Comecei a comprar as ações no intervalo de preço entre R$ 2,00 e R$ 3,00. Essa faixa de preços durou quase 12 meses. Algumas pessoas que haviam adquirido as ações já demonstravam grande impaciência e reclamavam: 10
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– A bolsa subiu 3% hoje e as ações do Banespa caíram 0,25%! – A bolsa subiu 6% este mês e o Banespa caiu 3,27%. Como é possível? Observem que algumas pessoas acham que têm estômago para correr riscos, mas na verdade não têm. Sofrem porque compraram a R$ 2,20 e poderiam ter comprado a R$ 2,12. Sofrem porque compraram a ação X e a Y foi que mais subiu. Sofrem porque venderam a R$ 19,50 e poderiam ter vendido a R$ 19,63, etc. Esse investidor vive sofrendo e está propenso a fazer péssimos negócios, fica influenciado facilmente e começa a escutar as dicas infalíveis dos traders. Voltando ao Banespa: quando a ação começou a subir, foi uma festa, era todo dia a maior alta da Bovespa. Os mais apressados começaram a vender na faixa de R$ 6,00, R$ 7,00, R$ 8,00, R$ 9,00 e R$10,00. Já tinham ganhado 100%, 200%, 300%. Todos deixaram de ganhar muito dinheiro. Com 60 dias a ação estava na faixa dos R$ 39,00, mais alguns meses estava a R$ 98,00. Hoje essas mesmas ações valem R$ 15.500,00. Isso mesmo, R$ 15.500,00! Se você pegou R$ 2.500,00 e comprou 1.000 ações do Banespa, hoje você teria 100.000 UNITS do Banco Santander, que valem R$ 1.500.000,00. A conta inicial é de 60.000% de ganho no valor da ação. Ainda seria necessário somar todos os proventos que a empresa distribuiu, como dividendos e juros, sobre o capital. Isto eleva significativamente esse valor. Vale ou não vale a pena correr al-
guns riscos? Isso é fato, ocorreu e é real. Foi a maior alta que presenciei. Você ainda possui ações do Banespa, hoje Santander?
“Correr riscos vale a pena quando a possibilidade de perder é pequena e a de ganhar é enorme.”
Não, infelizmente não. As pessoas têm necessidades diferenciadas, dependendo da idade, meio social, etc. Também tenho as minhas e em determinado momento resolvi vender. Mas, se acreditava tanto, por que vendeu?
Olhe, até para ganharmos dinheiro, precisamos estar preparados, senão corremos sério risco de virarmos bobocas arrogantes. Particularmente, venho de uma estrutura familiar muito humilde e precisei realizar todo o meu projeto de vida. Sem contar a pouca idade e a falta de experiência que a acompanha. Existem outras oportunidades idênticas ao Banespa?
O trabalho de um bom gestor é garimpar essas oportunidades. Encontrar valor escondido em boas empresas e de preferência subavaliadas e isso é um desafio constante. Sinceramente, igual ao Banespa vai ser difícil, mas existem ótimas oportunidades no mercado de hoje. Dê-nos um exemplo mais recente, então.
A operação mais recente da qual participei foi a reestruturação do Grupo Oi, que tinha várias empresas listadas na Bovespa. Acreditei que, quando www.nrespostas.com.br
a reestruturação ocorresse, haveria ágio em uma das empresas, que era a empresa operacional do grupo e não as holdings. Foi o que aconteceu. Este ano obtivemos a valorização de 51,71% graças a esta movimentação.
Vislumbrava uma possibilidade profissional que me fascinava. Comecei como digitador, mas até os boys mandavam em mim. No segundo mês, fui escolhido como destaque e ganhei um prêmio em função de uma redução de custo significativa no departamento em que trabalhava. Aprendi rápido com todos ao meu redor e em três anos tinha o maior salário da corretora. Ganhava mais que meu próprio chefe, o que gerava certo constrangimento. E como nasceu essa parceria com o Grupo N?
A N Investimentos nasce com o propósito de levar às pessoas a possibilidade de encontrarem o seu equilíbrio financeiro. Isso traz melhor qualidade de vida, afinal pessoas equilibradas financeiramente vivem muito melhor, geram mais riquezas para eles e para as “O trabalho de empresas e aproum bom gestor é garimpar essas veitam esse grande oportunidades.” presente de Deus, Conte para que é a vida. a gente um Nosso objetivo até pouco sobre que é simples: ajudaremos pessoas seu começo e seu ingresso no deficitárias a se tornarem superavitámercado financeiro. rias e as que já são a continuarem na Meu caminho foi bem longo até chebusca de negócios que tragam ótimas gar onde estou. Fui office boy, garrentabilidades. çom, barman, churrasqueiro (dos bons), segurança, professor particu- De que volume de rentabilidade lar de matemática e auxiliar de escri- estamos falando? tório na Skol, onde deixei um salário Vou falar do nosso clube de investina época interessante para ganhar um mento em ações, que virou Fundo de Investimento IMCA (Investimento terço na Adolpho Oliveira CTVM. agosto \ setembro 2012
no Mercado de Capitais). Desde sua data de criação em 13/10/2004 até o dia de hoje, 27/7/2012, rendeu aos seus cotistas 492,61%. Nesse mesmo período a Bovespa rendeu 142,83% e o CDI rendeu 152,24% (fonte Bovespa). Na prática, para cada R$ 10.000,00 investidos neste período o investidor teria seu capital aumentado em R$ 14.282,00 pelo Ibovespa, R$ 15.228,00 pelo CDI e R$ 49.260,00 com o que hoje é a N Investimentos Sendo assim, qual é a proposta da N Investimentos?
Queremos prestar assessoria a todos os segmentos do mercado financeiro, incluindo o de renda fixa, imóveis, debêntures, fundos imobiliários, etc. Estamos trabalhando para implantar o modelo já utilizado nas economias de primeiro mundo, onde os investidores perceberam que os gerentes dos bancos não eram os mais apropriados a opinar sobre suas aplicações, pois estão comprometidos e preocupados com seus empregos e geralmente indicam o que é melhor para o banco e consequentemente inadequado para o cliente. A proposta da N Investimentos é achar a melhor rentabilidade possível, independentemente do banco ou do segmento de mercado financeiro, e balanceá-la com o apetite ao risco do nosso cliente.
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O poder da
comunicação Por que o sucesso da sua empresa e da sua carreira depende dela
por Rodrigoh Henriques
Existem 7 tipos diferentes de choro de bebês. Sete, dizem os especialistas. Nascemos com a capacidade, se não de falar, ao menos de chorar de formas diferentes para comunicar sono, dor, fome, tédio, cansaço, raiva e nada (aparentemente existe o choro pelo choro). Para os que ainda não tiveram filhos, aqui vai uma informação importantíssima. Saber o que quer dizer o choro daquela linda criança pode ser a diferença entre um casamento feliz ou a separação, um dia razoavelmente tranquilo ou uma longa noite insone, a capacidade de acalmá-lo ou chorar mais do que ele na esperança de que o bebê seja mais esperto que você e entenda que o som agudo intercalado com soluços que sai da sua boca significa total desespero por não falar a língua. Comunicar é nossa primeira e maior função na vida. Isto vale para as pessoas e para as empresas. Para uma empresa, comunicar é a única possibilidade de sobreviver e sobressair-se em relação às inúmeras ofertas de produtos e serviços aparentemente iguais em um mercado agressivamente competitivo e “copiativo”. Para uma pessoa a boa comunicação é o fator-chave na sua capacidade de liderar outros e transformar sonhos e metas em ação e resultado. Nada pode ser mais importante. 12
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Rodrigoh Henriques é consultor nas áreas de gestão estratégica e comunicação eficaz. Apaixonado pela educação no mundo dos negócios, desenvolveu e coordenou programas de excelência, diferenciação, posicionamento estratégico e comunicação em empresas brasileiras e multinacionais. É diretor-executivo da Dif3rente Educação Corporativa e palestrante nos temas relacionados a mudança, inovação, persuasão e efetividade da comunicação para líderes e liderados. Envie sua pergunta ou comentário para rodrigoh@dif3rente.com.br
O dom da palavra
fística, revela-nos o poder da oratória ao defender Helena de Troia de sua fuga e indiscrição conjugal: “Um discurso é um grande senhor que, por meio do menor e mais inaparente corpo, leva a cabo as obras mais divinas. Pois é capaz de fazer cessar o medo, retirar a dor, produzir alegria e fazer crescer a compaixão.”
Mario Sergio Cortella, autor consagrado e um dos mais requisitados facilitadores na área de liderança no país, diz-se ofendido quando ouve, mesmo que elogiosamente, que possui “o dom da palavra”. Para Cortella, a frase é ofensiva não só pelos longos anos dedicados ao estudo da palavra e da linguagem durante sua formação como filósofo, mas também impede que as pessoas entenPara aqueles que querem ou precisam dominar a arte da dam quanto devem investir na sua capacidade oratória separamos 5 dicas de grandes oradores: de comunicar o que pensam, de tornar comum a todos sua ideias e visões de mundo. 1. Fale! O único jeito de perder o medo de falar em Falar para vender, convencer, persuadir ou público é falando. Enfrentar o medo de frente, mas sob liderar não é simplesmente falar bem. É preos seus termos, pode ser o melhor remédio para aqueles ciso a capacidade adquirida de se comunicar que precisam falar em público. Escolha ocasiões menos em público e para um público de forma esimportantes para você, como uma reunião de condomínio, truturada com a intenção de mudar o que as levante-se e fale. pessoas pensam, sentem e como elas se com2. Acredite! O que você pensa define quem você é. Não portam. Como técnica, a oratória, o falar passe o dia imaginando que na hora H sua voz vai falhar, os de forma estruturada, existe há pelo menos slides vão travar ou você vai esquecer tudo o que planejou. 2.500 anos e foi criada pelos sofistas. Pense positivo e imagine-se ao final da apresentação,
Oratória e oradores
Antes do aparecimento dos advogados, marqueteiros ou assessores de imprensa, todos falavam na primeira pessoa, em seus nomes e na medida de suas habilidades. Tínhamos de acusar ou nos defender, promover ou desqualificar uma ideia sem a ajuda profissional de quem quer que fosse. Claramente um nicho de mercado não explorado e altamente rentável, devem ter imaginado, na época, os sofistas. A promessa feita ao mercado? Tornar forte o argumento mais fraco e ensinar a virtude e a excelência da comunicação para que seus clientes pudessem ascender na vida pública e social. Tudo isso em troca de algo de valor muito menor: dinheiro. Górgia, considerado por muitos o pai da soagosto \ setembro 2012
quando tudo saiu do jeito que você queria.
3. Prepare-se! Falar em público é uma habilidade e não um dom e como tal necessita muita preparação. Pesquise o tema a fundo, teste vários discursos diferentes, de preferência com uma plateia que você selecionou e em que confia. 4. Conecte! Descubra quem é sua plateia, o que ela pensa sobre o assunto, quais são seus medos e suas esperanças. Os melhores oradores são aqueles que sabem bem do que estão falando, mas sabem ainda mais sobre as pessoas que estão ouvindo. 5. Comemore! Lembre-se de que o sucesso não foi por acaso. Que você se esforçou para conquistar e aperfeiçoar suas habilidades como orador. Comemorar cada vitória, por menor que nos pareça no momento, é o jeito mais eficaz de continuarmos no caminho da busca da excelência.
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Comunicar para liderar
Liderança e capacidade de comunicação confundem-se por suas naturezas. Existem várias definições possíveis de liderança, mas todas, de uma forma ou de outra, incluem direcionar, motivar e inspirar outras pessoas. Por este motivo é quase impossível imaginar líderes que tenham medo ou sejam incapazes de falar em público. Uma famosa pesquisa, conhecida como Relatório Buskin, revela um dos mais curiosos fatos sobre o comportamento humano. Ao perguntar pelo maior medo que as pessoas têm, falar em público desponta em primeiro lugar com 41% do total dos 3.000 entrevistados.
“Reconhecemos um líder através das histórias que ele conta.” Refeita em 2001 pelo instituto Gallup, o medo de falar em público continua em primeiro lugar entre os homens e terceiro entre as mulheres, perdendo apenas para cobras e ratos no caso delas. Na primeira pesquisa o medo da morte aparece apenas em sétimo lugar, dando margem à conclusão jocosa de que as pessoas preferem morrer a falar em público. Para Annette Simmons, autora de Story Factor (eleito recentemente como um dos 100 melhores livros de negócios e liderança de todos os tempos), reconhecemos um líder através das histórias que ele conta. Enquanto trabalhava desvendando a dinâmica do comportamento de grupos, Annette descobriu 6 tipos de histórias contadas por líderes efetivos que “mostram como unir a equipe, manter os valores acesos, promover respeito mútuo e aumentar sua produtividade”. Eis os seis tipos de histórias descobertos por ela: Quem sou eu O que faz com que eu possa estar aqui hoje, o que me faz especial, que habilidades eu tenho? Essas pergun14
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tas ajudam a criar a história do tipo “quem sou eu”. As pessoas sempre gostam de saber com quem estão lidando antes de decidir se irão segui-las ou não. Por que estou aqui Se você quer influenciar as pessoas, você está pedindo para que ela ceda tempo, dinheiro ou recursos a você. Por isso, além de saber o que elas ganham com isso, as pessoas precisam saber o que você ganha com isso. Deixar claro por que você está ali, o que quer e o que ganha é a melhor maneira de ganhar a confiança do grupo. Visão Uma história animadora sobre o futuro faz com que as dores do presente valham a pena. Grandes projetos e mudanças estruturais podem ser frustrantes paras as pessoas que não têm poder de decisão, a não ser que elas tenham clareza do futuro e do que ele traz. Sem uma história de visão, essa frustração rouba a energia do grupo e novos projetos param no primeiro obstáculo. Valores em ação Valores são subjetivos, ou seja, dependem do sujeito. São as pessoas que atribuem ou não, reconhecem ou não os valores que achamos ter e exercer. Integridade, honestidade, perseverança podem e devem ser comunicados através das atitudes (melhor opção) e por histórias (segunda melhor). Quanto mais vezes alguém se declarar honesto, mais desconfiaremos de sua honestidade; mas, quanto mais atos e histórias ela tiver que demonstrem honestidade, mais confiaremos nela. Ensinamento Algumas lições são aprendidas de forma melhor quando as vivenciamos. Outras são caras e muito dolorosas para vivê-las e as histórias podem estimular seus ouvintes a sentir e aprender visceralmente com o que outros já passaram. Se alguém está impaciente, pedir mais paciência não vai ajudar em nada. Conte uma história em que a paciência, no momento e na hora certa, gerou os melhores resultados. Eu sei o que você está pensando As pessoas gostam de estar na zona de conforto. Antes mesmo de você abrir a boca, elas provavelmente já têm uma opinião formada, mesmo que baseada em fatos distorcidos. Contar uma história em que seus medos, dores e desconfianças sejam validados, sem soar defensivo, pode ser uma grata surpresa na conswww.nrespostas.com.br
“Histórias constroem marcas e marcas são a única solução para se diferenciar em um mundo com cada vez mais pessoas, cada vez mais empresas, produtos e anúncios exatamente iguais aos que acabaram de passar.” trução da confiança. Como tudo na vida, as histórias do tipo “eu sei o que você está pensando” precisam de prática e aperfeiçoamento para funcionar. Primeiro valide o sentimento deles e depois enquadre as objeções de uma forma que elas possam ser superadas por aquele grupo.
Empresas que contam histórias
Nós amamos histórias. Quando éramos crianças, existiam poucas coisas melhores do que ouvir nossos pais ou avós contando as mesmas histórias de novo e de novo. Quando lemos um livro, quando vamos ao cinema, ao teatro ou mesmo quando nos encontramos com os amigos, o que realmente queremos é ouvir e contar histórias uns para os outros. É a história de como chegamos até aqui, e não onde estamos, que nos diferencia dos outros. Vale para as pessoas. Vale para as empresas. Vale para os líderes, os produtos e os serviços que ofertamos. Sem uma boa história, você nada mais é do que o seu preço. Martin Lindstrom, um dos maiores especialistas em branding e autor de 6 bestsellers sobre o assunto, sempre começa suas consultorias perguntando “Qual é a história da sua empresa, dos seus fundadores, dos seus produtos?” Se a primeira resposta for sem graça, sem paixão ou sem surpresa, ele candidamente avisa: “Sem uma boa história, sua empresa, e tudo o que ela faz, é exatamente igual à de todos os outros. Precisamos achar uma boa história e, se ela não existir, precisamos criá-la.” A Coca-Cola tem sua fórmula secreta e seu começo como remédio que garantia a cura da dor de cabeça, neurastenia e impotência. Ainda hoje é possível ouvir alguém prescrevendo um copo bem gelado da bebida depois de comermos ou bebermos além do limite. Os carros da BMW ficaram famosos por serem produzidos por uma fábrica de turbinas de avião e sua logomarca por representar hélices brancas cortando um céu azul. BMW é hoje sinônimo de velocidade agosto \ setembro 2012
e status tanto quanto os aviões produzidos com suas turbinas há quase 100 anos. Histórias constroem marcas e marcas são a única solução para se diferenciar em um mundo com cada vez mais pessoas, cada vez mais empresas, produtos e anúncios exatamente iguais aos que acabaram de passar. Não compramos mais computadores ou softwares. Compramos as histórias da Apple, do Google, da Microsoft ou das empresas e pessoas de sucesso que compraram deles. Não compramos mais televisões, produtos de beleza, carros ou vinhos. Compramos onde, como e por quem eles foram fabricados, se eles ajudam ou não as comunidades locais. Hoje compramos as histórias e a capacidade que as empresas têm de contá-las.
Comunicação 2.0
Um último alerta para aqueles que se aventuram e tomam para si a função de comunicar: tudo mudou no mundo da comunicação! Vivemos em uma época em que os consumidores são os maiores produtores de conteúdo, onde as redes sociais são mais importantes na tomada de decisão de compra do que qualquer propaganda que pudermos criar e onde uma reclamação no Procon não é nada, quando comparada a outra feita em sites como o ReclameAqui. Seth Godin, um dos expoentes mais ilustres do novo marketing, já havia decretado a falência do sistema produzir-anunciar-distribuir-vender. Anunciar foi substituído por comunicar. Crie histórias emocionantes. Crie histórias que as pessoas queiram passar adiante, cujos líderes elas queiram seguir e em que queiram participar da construção do final feliz. Crie histórias e faça história. Afinal, nosso bom e velho Chacrinha dedicou sua vida inteira apenas para que aprendêssemos e passássemos adiante: “Quem não se comunica...” NRespostas
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Recursos Humanos
? Responde:
Carlos Hilsdorf
twitter: @carloshilsdorf
Pergunta: Paola Queiroz Psicóloga Organizacional
!
Cada época tem o seu desafio de RH. Qual é o atual e por quê?
O RH e o admirável
mundo desconhecido em um atrito positivo, mas nem sempre tranquilo, que traz à tona uma síntese, ou seja, uma nova sociedade que contém, em diferentes proporções, elementos oriundos de ambas. Por estarem dentro da sociedade e sofrerem simultaneamente a ação desta tríade, a educação, a economia, o marketing, a comunicação, a empresa pública e privada, bem como todos os demais segmentos da sociedade, transformam-se ao longo do processo. Assim foi ao longo de toda a história da humanidade. Acontece que, pós-globalização (e suas múltiplas consequências), o mundo encontra-se em um hiato que gera incerteza, insegurança e ansiedade extremas: não conseguimos encontrar a síntese. “O mundo Estamos perdidos no anacronismo, encontra-se onde elementos da velha sociedade em um hiato industrial convivem com elementos que gera da nova economia, onde comportaincerteza, mentos utilizados pré-globalização insegurança continuam convivendo com os novos e ansiedade comportamentos derivados da antí-
A verdade é que vivemos tempos confusos e há uma explicação lógica e objetiva para isso. Evoluímos, enquanto sociedade, seguindo uma tríade: tese, antítese e síntese. A tese representa os valores, crenças e práticas que traduzem nosso modelo mental e comportamental. Das incoerências desta “tese atual” surgem movimentos diversos que se traduzem em uma antítese, contrariando os principais pilares de sustentação da tese vigente. Tese e antítese passam a conviver
extremas.”
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“Não há e não haverá algoritmo para o universo das pessoas, seus talentos e realizações.”
tese da sociedade industrial. Tudo o que conhecemos está obsoleto, invadido pelo novo, mas longe de formar um novo modelo (síntese) coerente que nos oriente sobre como será o mundo da próxima década. Pela primeira vez na história, vivenciamos um hiato desta natureza, onde não se encontra a síntese, deixando a sociedade e seus agentes profundamente confusos. O modelo de sociedade e economia norte-americana encontra-se em crise, o modelo europeu encontra-se em crise, o modelo islâmico continua refém das questões religiosas e os modelos emergentes não existem. Existe apenas a euforia (que no Brasil já começa a esfriar) e países sustentados ou por suas commodities ou pela produção (ainda industrial) a baixo custo de mão de obra, ambas insustentáveis a médio e longo prazos. Isso deixa a sociedade e as empresas de cabelo em pé. E o RH vive um tremendo paradoxo: Por um lado, vivendo a melhor fase de toda a sua história, afinal, hoje toda grande corporação realmente moderna e competitiva tem vice-presidência atuante de RH e até mesmo as pequenas empresas começam a adotar atitudes de RH, na compreensão da sua vital importância para a sustentabilidade de uma era movida pelo capital intelectual, emocional e inovador. Por outro lado, uma sociedade sem síntese altamente informatizada impõe a ilusão de que se possa encontrar um algoritmo (fórmula matemática) que conduza os talentos humanos a produzirem resultados extraordinários sem a clara orientação da administração e do marketing, que, muitas vezes, perplexos com a ausência de síntese e tendências confiáveis, atiram para todo lado. Este fenômeno gera um retrocesso nas ações efetivas de RH, que passam a ser, indevidamente, menos valorizadas, especialmente nas empresas que começam a enfrentar a crise de direcionamento e sustentabilidade do seu modelo de negócios. Não há e não haverá algoritmo para o universo das pessoas, seus talentos e realizações. Os instrumentos de mensuração de performance que possuímos agosto \ setembro 2012
são apenas indicadores, tentativas de demonstrar o qualitativo em termos quantitativos. Há muita pressão, novamente, sobre os profissionais de RH. Afinal, a síntese, o novo modelo, não virá da cabeça de teóricos e acadêmicos; mas, especialmente na era em que vivemos, virá da sinergia de ações individuais que ganham repercussão e passam a configurar um novo posicionamento do mercado e, portanto, de todos os agentes que o compõem. Nestes períodos, muito melhor que cobrar ou distanciar-se do RH, a melhor opção é investir mais em RH e ficar muito próximo dele, pois, sensível à dimensão do capital humano, ele perceberá, antes que qualquer outra área, oportunidades de síntese e a possibilidade de novos modelos sustentáveis, partindo das pessoas e não em direção às pessoas. Vivenciamos a era do marketing e da administração reversa. As pessoas estão, de fato, no centro do processo e todas as instituições, empresas e governos terão de aprender a trabalhar para este novo cidadão “glocal” (global + local) e novo consumidor com diferentes padrões de demanda e exigências sobre ética, dignidade e sustentabilidade. Embora muitos acreditem que estamos nos aproximando de O Admirável Mundo Novo, proposto por Aldous Huxley, estamos, na verdade, rumando ao “Admirável Mundo Desconhecido”, o qual, ainda que passe pelas trilhas de Huxley em seu período de confusão, tem a possibilidade de encontrar a síntese para um mundo verdadeiramente admirável. Vivemos um momento histórico único. Felizes as empresas que se mantiverem firmes e coerentes no empoderamento do RH. Delas virão as grandes inovações que as tornarão sustentáveis quando a síntese vier.
Carlos Hilsdorf é considerado um dos melhores palestrantes do Brasil na atualidade. Economista, pós-graduado em Marketing pela FGV, consultor e pesquisador do comportamento humano. Palestrante dos Congressos Mundiais de Administração na Alemanha e Itália. Autor do best seller Atitudes Vencedoras, apontado como uma das 5 melhores obras do gênero; e do sucesso 51 Atitudes Essenciais para Vencer na Vida e na Carreira. Referência nacional em desenvolvimento humano. www.carloshilsdorf.com.br • Twitter: @carloshilsdorf
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O que é?
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Nailor Marques Jr. www.nailor.com.br
Pergunta: Adriano Leite Advogado e Empresário
!
Professor, tenho ouvido um termo que me parece novo no meio corporativo: Mojo. Pode me esclarecer o que isso significa?
O que é
Literalmente, a palavra “mojo” significa feitiço ou encanto e vem do vodu africano, que é um feitiço contido num saco de flanela que a pessoa beneficiada por ele levaria a qualquer parte para que aumentasse, originalmente, seu sex appeal. A palavra, com o tempo, foi ampliada para todo tipo de sedução, não só a sexual, mas a atração que uma pessoa pode exercer sobre a outra no sentido positivo. Ampliou-se mais ainda e aproximou-se do que nós conhecemos como carisma, porém com uma força maior; e, do uso restritamente pessoal, vem ganhando o mundo corporativo e se ampliando para as empresas. Uma pessoa com mojo é aquela de quem queremos estar perto, queremos falar com ela, comprar dela, negociar com ela, ver “O mundo é o nosso nome associado ao dela, ser uma via de amigo dela, enfim, é pessoa que nos mão dupla: quanto mais nos atrai de um jeito que não podemos dedicamos às explicar direito, no entanto é com pessoas, mais ela que queremos nos relacionar. É compreendemos comum ver alguém na escola, na como pensam e empresa, na igreja, nas rodas sociais, sentem.” cercada de outras pessoas e que uma palavra dela é como um oráculo. Steve Jobs, Bill Gates, Gandhi, João Paulo II são/foram pessoas que não precisaram pedir seguidores, 18
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Mojo?
eles se ofereceram para segui-los espontaneamente. Uma empresa com mojo, com feitiço, com sedução, com poder atrativo é aquela de quem esperamos atenção, de quem compramos, ou usamos os serviços, não ligamos de ficar na fila de espera, usamos a sua marca como um credenciamento pessoal, colamos seus adesivos nos nossos carros, fazemos propaganda gratuita, temos prazer em estabelecer relações profissionais e indicá-las para nossos amigos. É comum ver pessoas de cidades menores viajarem 80 ou até 100km para comer no McDonald’s, ainda que seja voz corrente entre os comedores de sanduíche que nem de longe o melhor lanche está ali, ainda que as crianças nem tenham mais a chance de saber qual será a surpresa de seu Mclanche feliz. Não causa estranheza a ninguém, no século XXI, alguém pedir crédito para comprar um Apple, um iPhone ou um BlackBerry, sonhar em ter uma Ferrari ou usar uma bolsa ou mala Louis Vuitton, ainda que falsa, mesmo em condições nas quais qualquer pessoa perceberia a falsificação. Não dá para usar uma bolsa que custa R$ 10.000,00 no ônibus circular, é incompatível, mas o mojo que a marca tem impede a pessoa de usar o bom senso. Assim como compramos a Lacoste falsa, a Channel ou Nike sem nos beneficiarmos da qualidade intrínseca do prowww.nrespostas.com.br
duto, apenas para desfrutarmos da sedução que a grife traz em si mesma. A pergunta é: como conseguir esse mojo para nós ou nosso negócio? Seria o caso de contratar um pai de santo ou um feiticeiro vodu? É óbvio que não. O mundo é uma via de mão dupla: quanto mais nos dedicamos às pessoas, mais compreendemos como pensam e sentem; e, com base nisso, podemos redirecionar nossas relações pessoais ou profissionais. Mojo requer alguns comportamentos: ter a clara noção de quem se é, do que se quer e para quê (isso nos posiciona perante nós e com os outros); relação profunda com as pessoas com as quais nos relacionamos, principalmente no quesito profissional (entenda-se “mercado no qual atuamos”); relacionamento correto e próximo com nossos parceiros (teia de relacionamento é forma de condução, ao mesmo tempo em que nos protege); preocupação com o mundo à nossa volta exatamente como a que temos conosco e com o nosso negócio (a isso chamamos lei do pertencimento, isto é, num contexto todos têm direitos e deveres e devemos lutar para fazer isso valer). Por fim, é visível o brilho nos
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“Quem já traz essa luz natural de berço alcança mais rapidamente o reconhecimento, no entanto todos podem trabalhar para construí-la.”
olhos de quem faz o que gosta (boa parte do sucesso de pessoas e empresas está ligada à paixão com que se constroem e são geridas). O brilho que muitos querem e merecem não é algo tão distante. Os cinco passos que estudamos anteriormente podem dar a todos uma clara noção de que caminho seguir. É óbvio que não existem fórmulas mágicas, é preciso inclusive duvidar delas, mas também é evidente que não é um caminho assim tão pedregoso. Quem já traz essa luz natural de berço alcança mais rapidamente o reconhecimento, no entanto todos podem trabalhar para construí-la, observando o que já falamos. Mojo não se compra, nem se copia, conquista-se com respeito a si e ao próximo, com tratamento justo com clientes e parceiros, principalmente quando fazemos mais do que esperam de nós. Nailor Marques Jr. é professor, palestrante, coaching, autor, entre outros, de Sucesso com inteligência e Liderar e vender. www.nailor.com.br
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N Flashes
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1. Christian Barbosa falando sobre o tema de seu novo livro: Equilíbrio e Resultados. 2. O filósofo Mario Sergio Cortella ensinando o quão rápido as mudanças acontecem. 2
3. Paulo Storani mostra como ter foco e disciplina. 4. Centro de Convenções lotado para participar da dinâmica de equipe com Paulo Storani. 5. Representante da Casa Transitória de Brasília recebendo das mãos de José Paulo a doação para o orfanato. 6. Café e Contatos com Christian Barbosa no Restaurante Oliver. Na foto: Rodrigo Silveira, Bruno Fontana, Lucas Gonçalves, Rodrigoh Henriques e José Torquato. 7. Patrícia, Vinícius e Seli, do MPT, com Christian Barbosa. 8. Branca de Neve e os Sistemas Gerenciais foi o tema apresentado pelo coach Homero Reis. 9. Juliana Holanda Noronha Cunha, da Oi; e Christian Barbosa 10. Rayanne, da Plasticouro; e Lisiane, da Atual Forte, também estiveram presentes no Café e Contatos com Christian Barbosa.
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Fotos: Aliram Campos e Murilo Nunes
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O que eles dizem da N Produções:
Eduardo Ferraz
Cynthia Abreu
Maria de Fátima Silva
Consultor e palestrante
Coordenadora de RH - Rede Oba Hortifruti
Banco do Brasil
“Entre 2009 e 2012, ministrei 12 palestras e treinamentos para a N Produções e todos os eventos foram organizados de forma impecável. Seriedade, pontualidade, organização, público qualificado e cuidado com os detalhes são as marcas da N Produções!” agosto \ setembro 2012
“A N Produções é uma empresa que incentiva o networking, o desenvolvimento humano e organizacional, além de contribuir com o crescimento e valorizar profissionais da alta gestão e lideranças. Os temas abordados no Top 10 Empresarial contribuem muito com as necessidades das organizações atuais e os Café e Contatos são de suma importância para o surgimento de novas ideias, novos contatos e novos negócios. Parabéns, N Produções! Vocês são uma empresa de sucesso!”
“Gostaria de manifestar minha satisfação por ter participado do curso de Memorização e Concentração. O profissionalismo e a qualidade se transmitem nos pequenos detalhes, como numa mensagem de boas-vindas, num simples bombom em agradecimento, no cuidado com o bem-estar dos participantes. O evento foi de alto nível, tanto em organização quanto em conteúdo. Parabéns a toda a equipe da N Produções!” NRespostas 21
Pedro Mandelli
Além da hierarquia
Cuidado com teus “aminimigos”! Aminimigos, sim... Eles podem parecer teus amigos enquanto trabalham e estar funcionando como âncoras, ou seja, te mantendo não intencionalmente – espero – sempre no mesmo lugar. É óbvio que não estou falando de todos que te cercam, mas há alguns que merecem destaque especial. Após observá-los durante vários anos de minha vida, resolvi registrar as principais características do que denomino “ator organizacional”. Eles estão enfronhados em todo lugar, muito embora vá dar foco apenas ao ambiente de trabalho: 1. São aqueles que estão uniformizados, mas não entram no jogo, caminham pela organização falando que “sim”, mas fazendo “Estão unifor- “não”. Não têm a coragem de se insurgir mizados, mas abertamente contra os movimentos denão entram senvolvimentistas, mas espalham o negano jogo, ca- tivo e o “não vale a pena” pelos corredominham pela res. Normalmente são meio parados no organização tempo e saudosistas, sempre têm interesfalando que se pessoal acima dos interesses coletivos ‘sim’, mas fa- e não percebem, mas todo mundo já sabe zendo ‘não’.” quem são eles. 22
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2. Normalmente eles têm total aversão a conflitos e não discutem para não serem expostos. Preferem andar nos túneis submersos dos engolidores de sapos a colocar suas opiniões para serem julgadas pelos outros. São cobras venenosas nos labirintos emocionais de qualquer organização. Quando colocam suas opiniões, não são contributivos e querem fazer com que elas sejam obedecidas. Caso sejam contestadas, emudecem e voltam aos labirintos. 3. Apresentam total falta de comprometimento, muito embora não se deixem aparecer desta forma. Sempre estão à sombra de um procedimento que precisa ser ajustado, de um processo que precisa ser revisto, de uma contratação que ainda não aconteceu, ou seja: não é nunca problema dele ou com ele e sempre a organização é que deveria estar vendo isso. Ele não é parte ativa da organização e sim parte passiva. 4. É um covarde organizacional, fazedor de média, não diz o que pensa, mas pensa e fala onde não deve, desconsidera as pessoas e trata-as como “coisas” a serem suportadas enquanto passa o dia. O dia é sempre longo para ele e, quando sai da www.nrespostas.com.br
“A empresa é assim, eu sou assim e isso sempre vai ser assim: ele é doente, sofre de síndrome de Gabriela.”
portaria da empresa, respira fundo e bem lentamente fala para seu “eu interior”: aqui fora tem ar! 5. Finalmente, é sempre conformista, a situação em que vive é sempre melhor do que ir para outro espaço emocional, arriscar, ousar, comprometer-se com as novidades ou caminhos de construir algo melhor. Afinal, a empresa é assim, eu sou assim e isso sempre vai ser assim: ele é doente, sofre de síndrome de Gabriela. Minha opinião é: “livra-te deles”, caso contrário ficarás com o mesmo jeitão e principalmente com a mesma marca na organização. As únicas pessoas que não percebem que são assim são elas próprias, pois todos percebem e fingem que não os veem. Não te iludas, alguns deles podem ser até promovidos. Aceite o mundo imperfeito, mas não faça parte
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dele: este é o teu segredo, junta-te aos bons, empreendedores, corajosos, persistentes; e serás um deles. Pedro Mandelli é consultor na área de mudança organizacional, sócio-diretor da Mandelli Consultores Associados, é professor da Fundação Dom Cabral e autor do livro Muito além da hierarquia.
Leia mais sobre o assunto em: Muito além da hierarquia Pedro Mandelli Editora Gente – 2001 Em um cenário cada vez mais diversificado, o gestor precisa ter em sua equipe pessoas que sejam autônomas. E façam acontecer. Para isso, é preciso que cada gestor faça um autodiagnóstico gerencial e transforme-se em um profissional além da hierarquia. Esse conceito, criado pelo renomado professor e consultor Pedro Mandelli, vai ajudá-lo a assumir o perfil de um gestor que valoriza as pessoas e os processos de desenvolvimento próprio e de seus subordinados, tendo como objetivo capacitar a equipe para que todos cresçam profissionalmente e entreguem os resultados. Nesta edição, revista e ampliada, além de pontos-chave da gestão de pessoas, como o entendimento da relação líder-liderado e o respeito ao alinhamento de comportamento em um time, o autor aborda, em um novo capítulo, todos os aspectos da criação de um ambiente de alta performance para toda a organização. Com a aplicação desses conceitos, sem dúvida você tem tudo para se tornar um líder muito além da hierarquia.
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Dr. Alaor Barra Sobrinho Diretor Técnico Médico CRM-DF 3029
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Gestão do Tempo
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Christian Barbosa
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Pergunta: Jacy Costa Empresária
! Tenho tido dias bem corridos e estou sempre com a sensação de que meu tempo não vai ser suficiente. O que posso fazer para evitar esse tipo de estresse?
Estabelecendo
prioridades
Seja com seu chefe, colega de trabalho ou cliente, é importante ter clareza do que é prioritário de ser feito, caso contrário tudo vira urgente e você acaba se perdendo. Selecionei 5 formas de você negociar e estabelecer prioridades. Claro que o assunto não termina aqui, mas é bom começo. 1. Tenha controle do seu dia – Não adianta querer priorizar, se você não tiver um planejamento. Primeiro eu preciso puxar da cabeça tudo que tenho para fazer, depois eu planejo isso nos próximos 3-5 dias e aí eu priorizo diariamente o que deve ser feito primeiro e depois. Se você não sabe o que deve fazer e ficar apenas recebendo e-mails ou lembranças lhe dando ordens do que fazer, você não vai conseguir priorizar de forma eficaz. 2. Antecipe ao máximo – Sempre que possível, não espere a prioridade virar urgência. Quanto mais antecedência você tiver, mais flexibilidade terá na hora de definir o momento certo de execução. Adiar uma prioridade que tem prazo para um momento de melhor performance pessoal é supersaudável, o problema surge quando você tem de fazer a prioridade porque é o limite da entrega. Negocie prioridades antes de serem ur“Sempre 3. gências – Se você sabe que algumas priorique possível não espere dades dependem de terceiros, não espere a prioridade que eles se lembrem da prioridade na última virar hora. Você não pode mudar o modo de as
urgência.”
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pessoas se planejarem, mas o seu planejamento pode interferir na boa produtividade de toda a equipe. Pequenos e-mails de lembrete ou de oferecimento de auxílio ajudam a relembrar a tarefa. 4. Negocie com seu chefe – Eu não aceito quando delego uma tarefa e a pessoa simplesmente retorna: “não dá para fazer”. Não dá por quê? Quais as prioridades? É bem diferente quando eles chegam e falam: “eu estou com estas prioridades na semana, o que você acha que deve ser priorizado?” O líder tem de saber o que é prioritário. Juntos vocês podem negociar as prioridades e os prazos. Haverá dias em que vai precisar de “tempo extra”, mas na maior parte dos casos deverá ser possível ajustar. 5. Negocie com base no resultado – Se tiver dúvidas do que deve ser priorizado, eu sugiro “elevar” o questionamento para as metas, momento, visão ou missão da empresa. Precisa aumentar o faturamento? Priorize as atividades de faturamento. Precisa aumentar a qualidade de serviço? Priorize o atendimento ao cliente. Priorizar significa dar uma ordem de execução, não esquecer a atividade, por isso, saber o momento certo de fazer torna-se imprescindível nessa decisão. Até a próxima! Use seu tempo com sabedoria. Christian Barbosa é conferencista, empreendedor e sócio da Triad Consulting – empresa global de treinamento, consultoria e produtos especializada em produtividade – e master practitioner em Programação Neurolinguística. www.christianbarbosa.com.br
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Etc
[Entretenimento, trabalho, casa]
por Renata Araújo
DINHEIRO – em prosa, versos e controvérsias “Dinheiro é um negócio curioso. Quem não tem está louco para ter; quem tem está cheio de problemas por causa dele.” Ayrton Senna
“O cofre do banco contém apenas dinheiro. Frustrar-se-á quem pensar que nele encontrará riqueza.” Carlos Drummond de Andrade
“Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde.” Dalai Lama
“Se o dinheiro for a sua esperança de independência, você jamais a terá. A única segurança verdadeira consiste numa reserva de sabedoria, de experiência e de competência.” Henry Ford
“É muito fácil viver com pouco, desde que a pessoa não gaste muito para ocultar que tem pouco.” Millôr Fernandes “Se você perdeu dinheiro, perdeu pouco. Se perdeu a honra, perdeu muito. Se perdeu a coragem, perdeu tudo.” Vincent van Gogh
“Quem não tem dinheiro é primo primeiro de um cachorro...” Israel Novaes “Grito ao mundo inteiro Não quero dinheiro Eu só quero amar!” Tim Maia
“No mundo dos negócios, todos são pagos em duas moedas: dinheiro e experiência. Agarre a experiência primeiro, o dinheiro virá depois.” Harold Geneen “Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se come.” Greenpeace “Simpatia para ganhar dinheiro: 1. Acorde 6:30 da manhã 2. Tome um banho gelado ou quente, você escolhe 3. Vá trabalhar.” Autor Desconhecido
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Roberto Shinyashiki
Dicas de campeão
Transforme ideias em soluções
“Não importa quantas vezes você cai, só vai importar de verdade se em uma dessas quedas você desistir de se levantar.”
E
xistem dois tipos básicos de recursos que usamos no dia a dia: ideias e soluções. Uma ideia é a representação mental de algo concreto ou abstrato, é o delineamento, a concepção, ou ainda o plano do que pode vir a ser feito. É a concepção inicial com relação a uma situação que alguém nos apresenta. Solução é a sequência de operações que devem ser feitas para efetivamente resolver o problema, mais o método a ser empregado para obter esse resultado. Mais ainda: é aplicar as ações até se chegar aos resultados desejados. Por isso, digo que esse é o tipo de subsídio que os campeões criam para resolver problemas. Uma ideia é só uma ideia, até que você a coloque em prática. “É preciso Os campeões na vida são aqueles indideixar a víduos que transformam ideias em soacomodação luções. Por isso é que eles se tornaram e o receio campeões. de lado e Então, da próxima vez que tiver uma encarar o mau boa ideia, coloque em prática. Da prótempo com xima vez que enfrentar um problema, determinação. pense que a melhor opção para o seu suNão importa cesso será chegar com a solução. se existe crise, Da próxima vez que alguém lhe disser é preciso continuar em que tem um problema, pense: “Problefrente.” mas? Oba!” Porque quanto mais proble28
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mas você resolver, mais sucesso terá. Infelizmente, muitas pessoas se escondem atrás da desculpa de terem problemas demais e acabam não fazendo coisa alguma. Mas na verdade o que acontece é que elas ficam paralisadas com medo de enfrentar as dificuldades. Você poderia me perguntar: “Roberto, mas e a crise mundial? Como é que eu lido com isso?” Ora, nos meus mais de 35 anos de trabalho não me lembro de ter começado um ano sequer sem a perspectiva de uma crise no horizonte. É preciso deixar a acomodação e o receio de lado e encarar o mau tempo com determinação. Não importa se existe crise, é preciso continuar em frente. Melhor ainda: se existem crises, então essa é a hora de você provar o seu valor. Diante da tempestade, muitos ficam sentados, arquivam projetos, reduzem investimentos, perdendo tempo e oportunidades preciosas. Mas os campeões enfrentam as intempéries sem dramas e saem na chuva porque sabem que precisam cumprir sua jornada, independentemente das variações do tempo. Apesar de todas as dificuldades, e sei que muitas vezes elas não são pequenas, precisamos levantar todas as manhãs dispostos a lutar por nossos sonhos com a consciência de que as oportunidades têm de nos encontrar preparados para aproveitá-las. www.nrespostas.com.br
A vida está muito difícil para você? Então, preste atenção: não importa quantas vezes você cai, só vai importar mesmo se numa dessas quedas você desistir de se levantar. Lembre-se de que o desânimo leva muita gente a acabar com a dúvida do chefe sobre quem deve ser demitido! E a falta de iniciativa leva o cliente a escolher outro fornecedor. Nosso pior inimigo e o nosso melhor amigo estão ambos dentro de nós. São eles que nos levam ao sucesso ou ao fracasso, dependendo apenas para qual deles damos ouvidos. Portanto, acorde e saia para a luta todos os dias, com a disposição e a determinação necessárias para vencer! O mundo não parou e não vai parar só porque você, ou mesmo o mundo, talvez esteja em meio a mais uma crise! Pense, acredite e aja como os campeões! A capacidade de lutar apesar de todos os obstáculos vai definir quem são aqueles que fazem de sua vida uma verdadeira opção de sucesso. Então, quando tudo parecer impossível, mantenha a serenidade e lute para encontrar soluções para os problemas. Surgiram mais problemas na sua vida? Saiba que o número de oportunidades é sempre igual ao número de pro-
Coaching e Orientação de Estudos para Concurseiros Como otimizar a capacidade de estudar e aprender em um contexto que nos exige cada vez mais eficiência e rapidez? Com a união do Coaching Ontológico e da Orientação de Estudos, a Homero Reis e Consultores desenvolveu um programa diferenciado para você. Em sessões individuais periódicas, você entrará em contato com suas reais motivações e limitações e aprenderá estratégias de estudo que permitirão alcançar seu sonho.
Venha descobrir do que você é capaz!
blemas. Por isso, lembre-se desta expressão: “Problemas? Oba!” É a sua chance de mostrar ao mundo do que você é capaz. Um grande abraço, Roberto Shinyashiki Roberto Shinyashiki é doutor em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP). www.shinyashiki.com.br Leia mais sobre o assunto em: Problemas? Oba! Roberto Shinyashiki Editora Gente
Para ter sucesso atualmente, a lição mais importante é entender que os problemas que as pessoas nos trazem podem ser os melhores presentes que acontecem em nossas vidas. Eu sei que isso pode parecer estranho, pois as pessoas em geral pensam que quando alguém nos traz uma dificuldade está trazendo mais trabalho, preocupação e estresse. Mas o que eu quero que você entenda é que um problema é uma grande oportunidade de crescer, tanto pessoal quanto profissionalmente. Resolver um problema que aparece é aproveitar a chance de mostrar sua competência no trabalho, seu valor como profissional e também de ganhar mais dinheiro. Por isso, quando trazem problemas para a gente resolver, temos que comemorar... Problemas? Oba!
Coaching Ontológico Pessoal
O limite do ser humano se manifesta em aquilo que é capaz de fazer e aprender. O Coaching Ontológico desenvolve competências de aprendizagem onde você será acompanhado na reinvenção da sua prática, de maneira a ser mais efetivo e pleno na sua vida. Durante dez sessões, você conhecerá mais sobre si mesmo e aprenderá a agir para atingir os resultados que almeja.
Eco
[notícias]
por Renata Araújo
Cordel de plantas medicinais do cerrado Autores: Evandra Rocha e Antonio Alencar.
Ipê-roxo, a entrecasca, na água, em decocção, é remédio até pro câncer, segundo a população. É comprovado pra úlcera, e pra pele, uma bênção.
O chá de ipecacuanha, antisséptico purgativo, pra menstruação difícil, é também depurativo e, nas doenças de pele, tem efeito curativo.
Ipê-do-campo, uma espécie de campo sujo e cerrado, a raiz, curtida em álcool, presta-se a ser empregado, como forma de tintura, contra gripe e resfriado.
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Temos ipê-amarelo, sua flor muito bela pode ser utilizada para inchaço e erisipela, essa árvore do cerrado é linda, alegre e singela.
Já o ipê-mandioca, a casca, um depurativo: usado em forma de chá, para esse objetivo pra reumatismo e pros rins, tem efeito positivo. Mandiocão, árvore alta, conhecida no cerrado, chá das fohas e raízes, pode ser utilizado, pra tratar prisão de ventre, contra gripe e resfriado.
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Fernando Faria Salgado www.fgv.br
Pergunta: Marcos de Araújo Engenheiro Mecatrônico
!
Como posso me atualizar para melhorar meu desempenho de forma rápida e eficaz?
Upgrade
de conhecimento
O mundo atual vive um boom de tecnologia e conhecimento. A velocidade da informação é extremamente alta e não podemos deixar de nos atualizar tecnologicamente a cada momento. Essa atualização deve ser feita de uma maneira que possamos aprender e colocar em prática imediatamente no nosso dia a dia, porque a nossa resposta às demandas das empresas, clientes, família, mundo, etc., tem de ser na rapidez com que é demandada. Atualmente existem vários cursos que utilizam essa modelagem de curta duração, com carga horária que varia em média de 16 a 40 horas-aula, que oferecem ao participante acesso ao mesmo tempo à teoria e à prática de que necessita para almejar uma melhoria em seu “Essa atualização trabalho, investir em uma nova área deve ser feita de trabalho, fazer uma reciclagem ou de uma maneira conhecer novas técnicas e tecnologias. que possamos O grande diferencial desses cursos é aprender e que normalmente não têm nenhum colocar em prática imediatamente no requisito de formação superior, não nosso dia a dia.” têm prova ou outro qualquer tipo de agosto \ setembro 2012
avaliação e são ministrados presencialmente, em horários compatíveis com a disponibilidade daqueles que trabalham o dia inteiro. Se considerarmos a relação custo-benefício, o investimento nesses cursos é pequeno em relação ao benefício que pode vir a obter. Além das vantagens citadas, salientamos o network que os alunos fazem com o professor e entre si, que é um grande legado para a sua vida profissional. Existe, no mercado, cursos em diversas áreas, tais como: Contabilidade e Finanças, Logística, Processos, Marketing e Vendas, Recursos Humanos, Direito, Gestão Pública e Educação, entre outras. Uma das empresas que têm esse tipo de curso e que podemos citar como exemplo é a Fundação Getúlio Vargas, que é referência em ensino e oferece os cursos de curta duração do Cademp.
Fernando Faria Salgado é Mestre pela Coppe – UFRJ, pós-graduado no MBA de Logística Empresarial – Ebap/FGV-RJ, graduado em Engenharia Mecânica e Industrial – PUC–RJ. Atua como consultor na área de custos e gestão em hospitais, indústrias e comércio. Participou do Módulo Internacional de MBA na Universidade de Ohio – USA, em 2011; e é professor na FGV, nos cursos de pós-graduação (MBA).
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Comportamento
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Eduardo Ferraz
www.eduardoferraz.com.br
Pergunta: Yuri Daher Advogado
!
O que mais interfere em nossa trajetória profissional, nossa inteligência ou nosso equilíbrio emocional?
Como está
sua construção mental?
Um estudo desenvolvido pela pesquisadora Carole Peterson, da Memorial University of Newfoundland, Canadá, revelou que todos nós, ainda crianças, perdemos parte das memórias de nossa infância. Divulgada recentemente, a pesquisa, que ouviu as histórias de mais de 140 crianças – entre quatro e 13 anos, mostrou que não ficamos “esquecidos” com o passar dos anos, ao contrário, as memórias que não são revividas na infância são perdidas ainda nesse período. A neurociência comportamental mostra que ocorre algo parecido com alguns tipos de inteligências ou talentos: o que é reforçado se torna parte da estrutura mental da criança e, mais tarde, do adulto. Já o que não é estimulado acaba sendo perdido ou subaproveitado. Essa pesquisa abre uma “O QI, apesar oportunidade para debatermos um asde ter forte sunto importante: como estimular os dicomponente ferentes tipos de inteligência em crianças genético, e mesmo em adultos? pode ser Imagine que você construiu um prédio aperfeiçoado (sua personalidade) e que está estrutucom estudo ralmente pronto para ser habitado. Mas formal, ainda falta o acabamento: a pintura, os estímulo e móveis e a decoração. O quociente de
esforço.”
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inteligência (QI) tem mais a ver com a estrutura e a inteligência emocional (QE) com as habilidades que poderão ser utilizadas para o “acabamento” da personalidade. Essas diferentes inteligências são representadas pelas habilidades cognitivas – a inteligência lógico/matemática (QI) – e pelas não cognitivas – a chamada inteligência emocional (QE). O QI, apesar de ter forte componente genético, pode ser aperfeiçoado com estudo formal, estímulo e esforço, aproximadamente até os doze anos de idade; e, depois disso, mudará pouco. Ou seja, os pais precisam estimular cognitivamente os filhos ainda crianças. Não adianta cobrar deles um alto desempenho em matemática, por exemplo, na adolescência, pois a partir daí dificilmente um indivíduo aumenta significativamente seu QI. A estrutura do prédio, neste sentido, torna-se fixa. Já a inteligência emocional molda-se com hábitos, ensinamentos e exemplos aprendidos durante a infância e reforçados na adolescência. Só que, ao contrário do QI, o QE pode continuar a se desenvolver durante toda a vida. Seria como o acabamento do prédio: você melhora a decoração, mas as paredes continuam no mesmo lugar. Uma pessoa com baixo QE tem um autoconheciwww.nrespostas.com.br
mento limitado e não avalia o impacto que seus comportamentos causam nos demais. Costuma ser intolerante e egoísta, tendo enorme dificuldade de manter relacionamentos estáveis e de se ajustar ao mercado de trabalho. Por outro lado, pessoas com alta inteligência emocional têm um bom autoconhecimento, costumam ser flexíveis, lidam bem com as diferenças e tendem a escolher carreiras em que aproveitem melhor seus talentos. As pessoas com alto QE, mas com QI mediano, compensam isso com esforço e dedicação em outras áreas em que tenham mais aptidão. Além de serem produtivas e assertivas, costumam ter um excelente network, o que facilita o bem-estar pessoal e profissional. Aumentar o QE não só é desejável, como possível. Você pode aprimorá-lo com três passos básicos: 1. Autoconhecimento – Analise com sinceridade seus principais talentos e fraquezas. 2. Autoaceitação – A pessoa que se aceita tem discernimento para continuar evoluindo. O ideal seria investir 80% do tempo livre para aprimorar seus pon-
“Pessoas com
tos fortes e gastar os outros 20% nos alta inteligência pontos fracos que limitam seu cresci- emocional têm um bom mento profissional/pessoal. 3. Não se acomode – Aceitar-se não autoconhecimento, significa ser passivo e omisso. É im- costumam ser flexíveis, lidam portante traçar metas e procurar os bem com as ambientes onde sua personalidade diferenças e (estrutura + acabamento) seja mais tendem a escolher bem-utilizada. carreiras em que Todo mundo, sem exceção, deixa um aproveitem melhor rastro durante a vida e esse passado seus talentos.” aponta uma clara tendência futura. A personalidade, ao contrário do que muitos pensam, é relativamente previsível. As empresas de alta performance buscam pessoas com um bom rastro e uma construção mental saudável. Aprimore o desenvolvimento de seu QE. O futuro de sua carreira agradece. Eduardo Ferraz é consultor em Gestão de Pessoas e especialista em treinamentos e consultoria In Company, com aplicações práticas de Neurociência. www.eduardoferraz.com.br
Marketing CBV
Em dezembro de 2011, visitado e avaliado pelos auditores da Organização Nacional de Acreditação - ONA, o Hospital Oftalmológico CBV - Centro Brasileiro da Visão, recebeu a Certificação de Qualidade de nível 2 Pleno. No último mês de junho, o Hospital CBV oficializou esta conquista através do Presidente da ONA, Dr. Luiz Plínio Moraes de Toledo. Constituída em abril de 1999, a ONA iniciou a implantação das normas técnicas do Sistema Brasileiro de Acreditação. Essas normas auxiliam e garantem uma qualidade de serviço e atendimento de instituições de saúde que lidam com o público. O trabalho da instituição caracteriza-se por um processo permanente de avaliação e de certificação da qualidade dos serviços de saúde, permitindo o aprimoramento contínuo da atenção, de forma a melhorar a qualidade da assistência, em todas as organizações prestadoras de serviços de saúde do País. Entre as principais vantagens do certificado de acreditação da ONA estão a segurança para os pacientes e profissionais, qualidade da assistência, construção de equipe e melhoria contínua. O CBV acredita nessas vantagens e tem orgulho de fazer parte do seleto grupo das principais instituições de saúde do Brasil que contam com um certificado ONA. Em entrevista o Diretor Presidente do Hospital CBV, Prof. Dr. Marcos Ávila fala com exclusividade sobre a certificação. A ONA tem como objetivo proporcionar uma avaliação e certificação constante da qualidade dos serviços de saúde. Qual o objetivo do CBV ao ingressar nesse sistema? agosto \ setembro 2012
Certificação de Qualidade em Oftalmologia O objetivo de buscar essa certificação está no fato de priorizar a qualidade no seu termo máximo. Todas as etapas, do atendimento aos exames e outros procedimentos, são avaliadas. Sempre buscamos a melhoria no que oferecemos ao paciente e procuramos proporcionar o máximo de conforto possível. Participar da ONA traz muitas vantagens quanto ao aprimoramento do serviço. Como isso reflete nos pacientes? Quais as expectativas do CBV quanto à aceitação de todos? Para os pacientes isso representa mais uma segurança, mais uma garantia de que o serviço que nós prestamos é um dos melhores disponíveis. Tenho certeza de que com isso o CBV será reconhecido como um dos hospitais mais respeitados do país. Dentro de alguns anos toda rede de saúde suplementar, provavelmente, terá que ter certificação. Então, já fazer parte desse grupo de excelência comprovada, é um grande passo. Além desse, quais os próximos desafios esperados para 2012? Com certeza continuar com as nossas melhorias e conquistar o nível 3, equivalente à excelência total, da certificação da ONA. Reportagem: Camila Bocchino
RT.: Dra. Maria Regina Chalita . CRM/DF - 14147
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Homero Reis
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Sabedoria A competência perdida
Parte II – Sabedoria relacional
Quero continuar falando sobre sabedoria e usando, como pano de fundo, a história do rei Salomão. Dotado de uma sabedoria excepcional, que despertava admiração e curiosidade em todos, Salomão destacava-se por sua capacidade de discernir as coisas e julgá-las com justiça. Dentre os relatos de seus feitos, há, em especial, um que me chama a atenção. Logo no início de sua gestão, Salomão vê-se diante de um “A conduta caso, no mínimo, bizarro. Foi assim: duas gerencial mulheres deram à luz seus filhos e uma derevela-se no las, enquanto dormia, deitou-se sobre ele, modo como que, sufocado, veio a falecer. cuido das ela pega o filho morto e pessoas que Desesperada, pelo filho da outra. Ao acordar, fazem parte troca-o a segunda mulher percebe a criança mordo meu contexto” ta, mas reconhece que não é seu filho. Pois bem, esse é o caso que chega a Salomão. Como descobrir quem é a verdadeira mãe da criança viva? Salomão propõe uma solução inusitada: dividir a criança viva ao meio e cada uma fica com uma metade. Uma das mulheres aceita a proposta. A outra, diante da terrível sentença, prefere abdicar da criança a vê-la morrer. Salomão entende que o amor maior preserva a vida e reconhece, naquela atitude, a verdadeira mãe e devolve-lhe a criança. 34
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O que desperta curiosidade nessa história é que não é uma questão de Estado, uma disputa territorial, ou uma dificuldade geopolítica que marca a sabedoria de Salomão como estadista, mas uma questão relacional entre duas mulheres. Tentando entender esse episódio, percebo coisas bem estruturais sobre a sabedoria. A conduta gerencial revela-se no modo como cuido das pessoas que fazem parte do meu contexto (família, colegas, amigos). Salomão investia tempo na gestão dos relacionamentos. Entender como as pessoas estão se relacionando sob meu comando é uma forma de exercício da sabedoria. Salomão não pede que as mulheres deem provas das circunstâncias, não manda investigadores ao local, nem coleta testemunhas. Ele “Discernir a vai direto ao ponto: emoção básica que desejos e mopor trás de tivações estão por uma demanda baixo das demandas permite-me daquelas pessoas? O manter a essencial é invisível inocência sem
ser ingênuo.”
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aos olhos, mas se estampa nas emoções. Uma das mulheres estava cheia de ressentimento: se não posso ter meu filho, que ele também não seja seu. A outra está cheia de generosidade: quero meu filho vivo, mesmo que seja com outra mãe. Essa capacidade de discernir a emoção que sustenta o drama é uma declaração de sabedoria. Discernir a emoção básica por trás de uma demanda permite-me manter a inocência sem ser ingênuo. Um gestor sábio é alguém cuja conduta é inspiradora. Pouco tenho visto admiração recíproca entre as pessoas – colaboradores e gestores, pais e filhos, marido e mulher, “amigos”. Com o tempo as relações vão se deteriorando e aprendemos a entender essa mecânica como “normal”. Sabedoria tem a ver com inspiração. Aquelas mulheres, cada uma com sua intenção, levaram o caso a Salomão porque havia nelas a admiração pelo rei. Pergunte-se sobre o que você sente pelos seus colaboradores, pelo seu chefe, etc.; e reflita sobre o que tem feito para garantir relacionamentos íntegros. Você é capaz de elogiar, ou coloca-se naquela posição de que elogios estragam as pessoas? Você é capaz de
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“Você é capaz pedir desculpas, ou acha que de elogiar, se desculpar é enfraquecer-se? ou coloca-se Você envolve-se com seus colanaquela posição boradores, ou acredita que é a de que elogios distância que promove a autoestragam as ridade? Estas crenças, se em alpessoas? Você é gum momento foram cridas, em capaz de pedir desculpas, ou nenhum deles foram efetivas. acha que se Aqui está uma boa chave para o desculpar é exercício de todas as nossas haenfraquecer-se?” bilidades e competências: reavaliar antigas crenças e construir novos níveis de relacionamento. Sabemos o que sabemos para melhorar quem somos e inspirar aqueles que nos cercam. Reflitam em paz! Homero Reis Homero Reis é bacharel em Administração de Empresas, mestre em Educação, psicanalista clínico, coach master e coach ontológico empresarial e membro da International Coaching Federation. www.homeroreis.com
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O futuro
já começou
O sonho de prover um ambiente para que as melhores práticas de gestão fossem compartilhadas entre os grandes líderes e gestores de nossa cidade virou realidade em meados de abril deste ano. A ideia surgiu já nos primeiros anos de vida da N Produções. José Paulo Furtado, diretor executivo do grupo, sempre funcionou como um catalisador do relacionamento das empresas e empresários de Brasília e desde agosto de 2006 promove o já famoso Café e Contatos – embrião do que hoje se tornou o Clube N. De lá para cá foram 14 encontros com a presença de gestores, consultores e personalidades do mundo dos negócios, com José Wilson Granjeiro (Gran Cursos), Avaldir da Silva Oliveira (CTIS), Janete Vaz (Sabin), Ângela Hirata (Havaianas),
Dudu Camargo (Chef e Restauranteur) Carlos Júlio (Tecnisa), Eduardo Tevah (DE Consultores), Christian Barbosa (Triad Consulting), José Ricardo Amaro (Grupo ABC) e Eduardo Ferraz (Pactive), entre outros. Dos muitos “cafés” de empresários e especialistas em gestão nasce o Clube N – um clube feito especialmente para líderes e empresários de visão que queiram compartilhar seus conhecimentos e se beneficiar de relações comerciais com empresas dos mais diversos segmentos de mercado e com as mais fortes instituições públicas da Capital federal. Conheça nossos novos associados. Fale com eles. Descubra por que para eles o futuro já começou. Clube N – Um clube de resultados para líderes de visão.
Fotos 1, 2 e 3. Café e Contatos com Christian Barbosa. Fotos 4 e 5. Café e Contatos com Eduardo Ferraz.
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Novos associados do Clube N:
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A Fórmula da Sisters A Agência Sisters – Marketing e Comunicação está sempre em busca de criatividade e inovação na hora de planejar e executar Ações Promocionais, Planejar e Produzir Eventos, Desenvolver estratégias de Marketing e Social Media, tudo com comprometimento e qualidade.
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Mario Sergio Cortella
Filosofando
Humildade
faz crescer?
De onde vem a palavra “humildade”? De “humus”, que é terra fértil e na origem significa o “solo sob nós”. Em outras palavras, húmus é o nível em que nós estamos. A palavra “humildade” é a mesma da origem “humus”, de onde deriva a palavra “humano”. Cada homem e cada mulher têm o mesmo nível de dignidade, de possibilidade de ação. No Livro do Gênesis, os hebreus registraram: “No suor do teu rosto comerás o pão, até voltares ao solo, pois “Nós somos dele foste tirado. Sim, és pó e ao pó voltarás” um animal (Gn 3,19). Isso significa que estamos todos no arrogante. mesmo nível. Humildade, humano, húmus: Há pessoas estamos no mesmo nível em relação à nossa que se dignidade. Existem pessoas que não têm essa recusam à percepção, elas não conseguem aproveitar as mudança oportunidades porque não têm humildade. porque Qual o contrário de humildade? Arrogância. acham que Gente arrogante é gente que acha que já sabe, já estão que acha que não precisa aprender, que cosprontas.” tuma dizer: “Há dois modos de fazer as coisas, o meu ou o errado. Você escolha”. Gente arrogante não ouve discordância e não consegue crescer. Nós somos um animal arrogante. Há pessoas que se recusam à mudança porque acham que já estão prontas. “Pode deixar, eu sei o que eu faço”, dizem com relativa frequência. Uma das fases mais perigosas da vida de nossos filhos é quando eles têm 15 anos, 16 anos, porque se acham invulneráveis, que nada vai acontecer a eles. Ficam arrogantes em excesso. “Cuidado, filho.” Ele responde: “Pai, pode deixar, eu sei o que eu faço.” Ou: “Filha, olhe lá.” A resposta: “Pode deixar, isso nunca aconteceu.” E 38
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aquele que se considera invulnerável pode se arriscar e se machucar, pois essa arrogância é típica da idade. É perigosíssima! Arrogância é um perigo, porque ela altera inclusive a nossa capacidade de aprender com o outro, de entrar em sintonia. Bons músicos não fazem uma boa orquestra a menos que eles tenham sintonia. E essa sintonia vem quando as pessoas respeitam a atividade que o outro faz e querem atuar de forma integrada. Se há uma coisa que liquida uma orquestra é arrogância. Por que com empresa seria diferente? Mario Sergio Cortella é filósofo e escritor, com mestrado e doutorado em Educação, professor-titular da PUC-SP (na qual atuou por 35 anos, 1977–2012), com docência e pesquisa na pós-graduação em Educação: Currículo (1997– 2012) e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião (1977–2007); é professor-convidado da Fundação Dom Cabral (desde 1997) e ensinou no GVpec da FGV-SP (1998–2010). Foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991-1992). É autor, entre outras obras, de “A escola e o conhecimento” (Cortez), “Nos labirintos da moral”, com Yves de La Taille (Papirus), “Não espere pelo epitáfio: provocações filosóficas” (Vozes), “Não nascemos prontos!” (Vozes), “Sobre a esperança: diálogo, com Frei Betto” (Papirus), “Liderança em foco”, com Eugênio Mussak (Papirus), “Viver em paz para morrer em paz: paixão, sentido e felicidade” (Versar/Saraiva), “Política: para não ser idiota”, com Renato Janine Ribeiro (Papirus), “Vida e carreira: um equilíbrio possível?”, com Pedro Mandelli (Papirus), “Educação e esperança: sete reflexões breves para recusar o biocídio” (PoliSaber). Leia mais sobre o assunto em: Qual é a tua obra? Inquietações propositivas sobre ética, liderança e gestão Mario Sergio Cortella São Paulo: Vozes, 2007. “A ideia de trabalho como castigo precisa ser substituída pelo conceito de realizar uma obra. Enxergar um significado maior na vida aproxima o tema da espiritualidade do mundo do trabalho. Depois do sucesso de “Não nascemos prontos” e “Não espere pelo epitáfio”, Mario Sergio Cortella publica, também pela editora Vozes, um texto envolvente sobre as inquietações do mundo corporativo. Neste livro o autor desmistifica conceitos e preconceitos e define o líder espiritualizado como aquele que reconhece a própria obra e é capaz de edificá-la, buscando incessantemente o significado das coisas.”
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