N Respostas 28

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soluções para o mundo empresarial Roberto Shinyashiki Curta a loucura de viver

Mario Sergio Cortella Bem viver? Viver bem?

Ano VI • Nº 28 • junho / julho 2013 • R$ 8,90

Washington Olivetto em entrevista exclusiva à N Respostas, fala sobre criatividade, influência das novas mídias e muito mais

Augusto Cury

Quem está preparado? junho / julho 2013

Pedro Mandelli

Não reclame, decida!

Conflitos

intergeracionais

Reflexões de Homero Reis sobre como entender, conviver e superar as diferenças NRespostas 1


Não dá pra perder os próximos eventos da N Produções. Agende-se!

31 de julho Daniel Godri

Carlos Hilsdorf

Busca da excelência

Atitudes Vencedoras

20 de agosto

apresenta:

Dado Schneider

Washington Olivetto

Gestão de conflitos e novas gerações

A arte de comunicar

Local: Centro de Convenções Ulysses Guimarães Patrocínio

Informações e vendas:

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Apoio

Marketing & Comunicação

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Carta ao Leitor N Palavras

Educação para o trabalho! Caro leitor,

res sem nenhum respeito pelo seu ambiente de trabalho, cheios de direitos, sem nenhuma obrigação, sem cumprir prazos, horários e, com isso, gerando os verdadeiros conflitos de gerações em nossas organizações. E, pasmem, essa é a realidade comunicada pelos RHs tanto de empresas públicas como privadas. Em função disso, passamos a promover o seminário Educação para o trabalho, com o consagrado Professor Mario Sergio Cortella, de quem sou fã de carteirinha. Tenho explicado a todos que me perguntam qual a proposta de alinhamento do perfil de nossos colaboradores, entender que é necessário ter equilíbrio, integridade pessoal, generosidade mental, honestidade moral, humildade intelectual e muita persistência focal. O fato é que precisamos da energia de uma nova geração, mais capaz de nos orientar em soluções do mundo amplamente tecnológico. Se fizermos que eles passem a entender um pouco da maturidade e experiência dos profissionais que encontraram nas organizações, creio que essa fusão bem administrada é a solução para boa parte das empresas que começam a ver seus quadros envelhecerem. Espero que pessoas e empresas encontrem seus espaços vazios para que possam criar mais engrenagens e menos atrito, e para isso contem sempre conosco. Estamos aqui para ajudar com muito conhecimento.

ao conversar com empresários e gestores de empresas públicas e privadas, a cada dia que passa vemos o interesse maior com o tema educação, principalmente pela educação de executivos. Parece comum e já de conhecimento geral que estamos diante de uma nova geração, chamada de Y, que passa a ser economicamente ativa, com grande ansiedade, sedenta por conquistas, de preferência com muita velocidade. Quem sabe, na mesma velocidade das tecnologias amplamente dominadas por eles. Creio que outras gerações também foram assim, também se achavam diferentes, mas existe neste momento uma realidade que gostaria de analisar com vocês, caros leitores. Primeira realidade: casamentos desfeitos, igrejas enfraquecidas, escolas com baixíssimo nível. Vocês devem estar se perguntando o que tem a ver isso com os novos profissionais? A resposta é: tudo! Tudo a ver com os reflexos e perfil dos novos colaboradores que recebemos dia após dia em nossas empresas. A família é a primeira entidade a educar. Ela coloca limites, ensina valores como respeito, disciplina e responsabilidade, três componentes que estão em falta nos dias de hoje. Escola e igreja certamente são entidades que endossariam o que os pais ensinam. Infelizmente, os pais ausentes parecem sempre estar em dívida com seus filhos, incapazes de dizer não, e de impor limites Um abraço, que só com clareza, coerência e muita repetição serão incorporados ao bom desenvolvimento de seus filhos. Resultado disso é que diariamente chegam colaborado-

twitter.com/jpnproducoes junho / julho 2013 josepaulo@nproducoes.com.br

José Paulo Furtado Diretor da Revista N Respostas

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Leitor leitor@nrespostas.com.br

“A revista N Respostas é útil não só para os gestores mais experientes, como também para os novos empreendedores. Os temas são muito interessantes, escritos por articulistas conceituados. É uma leitura fácil, direta e muito enriquecedora. Só temos a agradecer e parabenizar a linha editorial.”

Envie seus comentários, sugestões, informações, críticas e perguntas: SHCGN 704/705, Bl. E, nº 17 Ed. Mª Auxiliadora, sala 401 CEP 70730-650 Brasília-DF Tel./Fax: 61 3272.1027

Dr. Renato Barra

e-mail: leitor@nrespostas.com.br

N Respostas é uma publicação da N Produções www.nproducoes.com.br

HOB renatobarra@gmail.com

“Queria expressar minha gratidão à revista N Respostas e toda a sua equipe. Todo o conteúdo que nela é publicado tem grande valor para quem quer uma carreira de sucesso. A primeira edição que recebi abriu diversas portas de conhecimento na minha vida. Eu

Diretor-Executivo: José Paulo Furtado Direção de Arte/Editoração: Letícia Marchini arte@nrespostas.com.br Editora-Chefe: Renata Araújo redacao@nrespostas.com.br

estava calourando na faculdade quando tive acesso à revista. A primeira a que tive acesso foi a de nº 16, que tratava exatamente da área que eu estava estudando - Marketing. A partir daí, foi amor à primeira vista. Fui atrás das outras edições da revista para aprimorar e atualizar cada vez mais meus conhecimentos dentro do mundo empresarial. Hoje estou no 8º semestre e, graças a ela, estou trabalhando em uma das empresas privadas mais conceituadas no mercado em Brasília e tenho buscado cada vez mais capacitação profissional.” Muito obrigado, N Respostas!

Diego Coutinho Propaganda e Marketing - UNIP diegocout@gmail.com

Jornalista responsável: Cid Furtado Filho DRT DF 1297 Revisão: Denise Goulart Fotografia: Telmo Ximenes • Adda Raquel • Anderson Marques • Aliram Campos • Murilo Nunes • Ilustrações e fotos: Stock Photos Reportagem: Renata Araújo Colaboradores desta edição: Augusto Cury • Christian Barbosa • Cláudio Tomanini • Dado Schneider • Eduardo Ferraz • Homero Reis • Lucas Gonçalves de Araújo • Mario Sergio Cortella • Pedro Mandelli • Roberto Shinyashiki • Rivadávia Drummond de Alvarenga Neto Diretora Financeira: Ana Paula Abílio financeiro@nproducoes.com.br Diretor Comercial: José Paulo Furtado josepaulo@nproducoes.com.br

Como anunciar: 61 3272.1027, de 2ª a 6ª, das 9h às 18h josepaulo@nproducoes.com.br A N Respostas não se responsabiliza pelas ideias e opiniões emitidas nos artigos assinados. Tiragem: 20.000 exemplares.

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junho / julho 2013

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Índice Ano VI • Nº 28 • junho / julho 2013

capa 12. Conflitos intergeracionais - Como entender, conviver e superar as diferenças

por Homero Reis

colunistas 19. augusto cury

Inteligência emocional e profissional

22. pedro mandelli

Além da hierarquia

26. Roberto shinyashiki

Dicas de campeão

34. Rivadávia drummond neto

Gestão do Conhecimento e Inovação

38. mario sergio cortella Filosofando

Seções

3. N Palavras

A mulher liderando em todas as áreas!

9. entrevista Washington Olivetto 20. N Flashes

Quem passa pelos eventos da N Produções

24. eTc

Entretenimento, trabalho, casa

25. n investimentos

Sobre leões e dragões. Vaca também?

32. clube n

RESPOSTas 16. relacionamento – Dado Schneider

Empresas, pessoas e robôs

28. Gestão do tempo – Christian Barbosa

Você está doente, desanimado, estressado, ou tudo ao mesmo tempo?

30. comportamento – Cláudio Tomanini

As 8 leis fundamentais do sucesso

36. gestão de pessoas – Eduardo Ferraz

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Boas contratações só funcionam se houver uma excelente gestão de talentos NRespostas

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Entrevista

Washington Olivetto

Estrela de primeira grandeza no mundo da publicidade, Washington Olivetto emprestará seu brilho ao palco da N Produções, apresentando-se no Projeto TOP 10 Empresarial ainda este ano. Olivetto é Chairman da W/McCann, uma das cinco maiores agências de publicidade do Brasil. Mais de 50 vezes premiado no Festival de Cannes, foi responsável por campanhas publicitárias que marcaram época, chegando a ter registro no Guinness Book pela criação do garoto-propaganda de maior tempo de permanência no ar – Garoto da Bom Bril (interpretado pelo ator Carlos Moreno), com mais de 340 filmes. É ainda autor de “Corinthians, é preto no branco”, com seu amigo e jornalista Nirlando Beirão, “Os piores textos de Washington Olivetto”, “Corinthians x Os Outros”, “O primeiro a gente nunca esquece” e “O que a vida me ensinou”. Em entrevista exclusiva à N Respostas, fala sobre criatividade, a influência da internet, das novas mídias e das tecnologias na comunicação moderna, posicionamento de marca e conflito de gerações. Olivetto alerta para o lado negativo da tecnologia, aposta na mistura entre trabalho e diversão e afirma: “Não discuto o politicamente correto, defendo o politicamente saudável!” por Renata Araújo junho / julho 2013

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[Entrevista]

quantidade infinita de conhecimentos, o que é ótimo.

A internet e suas novas mídias impuseram mudanças muito significativas na comunicação e na publicidade?

As novas mídias são fascinantes e vieram para ficar, mas não vão fazer desaparecer as existentes. Vão se tornar, em alguns casos, protagonistas; em outros casos, coadjuvantes. A relação comunicação-consumidor é cada vez mais diálogo e menos monólogo. Seja qual for a tecnologia, seja qual for a alternativa de mídia, a coisa que vai continuar fazendo a diferença no negócio da comunicação é a grande ideia.

E as novas tecnologias, oferecendo a cada dia mais recursos audiovisuais, até que ponto interferem no processo criativo?

“Vivemos um momento de transição criativa não só na publicidade, mas na maioria das atividades com características criativas.”

O que mudou foi, principalmente, as possibilidades de produção. Quando comecei, podíamos pensar qualquer coisa, mas não podíamos produzir qualquer coisa. Tínhamos limites. Hoje, com a tecnologia, as possibilidades de produção são ilimitadas. Isso é muito bom quando a tecnologia é usada para materializar grandes ideias. É péssimo quando a tecnologia é usada para esconder a falta de grandes ideias. Lamentavelmente, isso tem acontecido muito.

De que maneira você considera que essas mudanças interferem na qualidade criativa dos profissionais da área?

O anonimato favorecido pela internet, enquanto plataforma de divulgação de conteúdo, prejudica significativamente a qualidade do que é veiculado?

Há tempos não surge nada tão marcante quanto as campanhas do primeiro sutiã, o cãozinho da Cofap ou o garoto Bom Bril. A que você atribui esse fato?

Vivemos um momento de transição criativa não só na publicidade, mas na maioria das atividades com características criativas e associadas direta ou indiretamente à arte. Esse momento já está se exaurindo, e acredito que, em breve, voltaremos a viver momentos de exuberância criativa.

Vamos pensar que a internet já democratizou o gesto de escrever, mas ainda não democratizou o gesto de escrever bem. Por outro lado, promoveu a covardia da opinião anônima, o que é péssimo, pois qualquer um escreve sobre o que bem entende. Mas ela também disseminou uma

Comecei no início dos anos 70. A geração anterior à minha já havia profissionalizado a publicidade brasileira, e o momento era muito favorável para o início profissional de um jovem como eu e também para a criação de grandes campanhas como as que você citou.

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lo da nossa biografia. Cada um dos nossos gestos somados constrói a nossa imagem. Quanto melhores formos como pessoas, melhores seremos como profissionais. E mais bem vistos e desejados.

Mudanças nos paradigmas morais e na relevância do “politicamente correto” dificultam o surgimento de campanhas de marketing mais impactantes?

Não discuto o politicamente correto e o politicamente incorreto. Defendo o politicamente saudável, que é uma mistura dos dois balizada pela inteligência. Com o que os empresários devem se preocupar ao pensarem o posicionamento da marca de suas empresas?

Todo gesto de comunicação, além de vender o produto, deve colaborar com a construção das marcas. O posicionamento deve refletir verdades da empresa e do produto. A verdade bem contada é uma poderosa construtora de imagens. E em relação a personal branding... Manterse bem posicionado profissionalmente exige preocupações semelhantes?

Todos os dias quando acordamos começamos a escrever mais um capítu-

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O que pode ser feito para neutralizar os efeitos do estresse, inerente à vida atual, na capacidade de encontrar soluções criativas para os problemas cotidianos?

Eu realimento a minha criatividade com a própria vida. Basicamente, é preciso buscar informações que estão cada vez mais ligadas a todos os aspectos da vida, inclusive os problemas cotidianos, e menos à profissão. Se eu me informar basicamente sobre a minha profissão, certamente irei reproduzir o que já foi feito. Se eu me interessar por música, arte, esporte, economia, cultura em geral, eu vou colocar isso no meu trabalho, que será eficiente e criativo. A boa postura dos profissionais da minha área é uma capacidade muito forte de nunca estar trabalhando e nunca estar se divertindo, mas conseguir misturar as duas coisas. Como você tem percebido o convívio entre pessoas com idade, ideias e visão mais maduras e essa geração de jovens, mais imediatista, ágil e, muitas vezes, taxada como superficial? Que avaliação você faz desse “conflito de gerações”?

“A verdade bem contada é uma poderosa construtora de imagens.”

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Sou encantado por misturas, de faixas etárias e de ideias. Na verdade, não existem pessoas jovens ou velhas. Existem pensamentos jovens e pensamentos velhos.

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Conflitos intergeracionais como entender, conviver e superar as diferenças por Homero Reis*

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*Homero Reis é bacharel em Administração de Empresas, mestre em Educação, psicanalista clínico, coach master e coach ontológico empresarial e membro da International Coaching Federation. www.homeroreis.com

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A curiosidade sobre o funcionamento e o porquê das coisas não deve diminuir com o tempo. Às vezes as pessoas ficam com vergonha de fazer perguntas ou não se contentam com as respostas convencionais e a literatura nem sempre é clara. Muitos se comportam assim em diversas circunstâncias e perdem boas oportunidades de entender a dinâmica da vida. Esse, entretanto, não deve ser o comportamento de quem quer aprender as coisas que ocorrem em seu contexto. É com essa disposição que esse texto vai explorar, sob uma perspectiva nova, o tema “conflitos” intergeracionais.

O

bservar a geração desses primeiros quinze anos do século XXI, revela coisas bem interessantes sobre as gerações. Parece senso comum a “Parece senso noção de que tais jovens são apáticos, alienados e comum a noção de que tais jovens são só gostam de jogos eletrônicos e coisas da internet. apáticos, alienados Evoca-se um saudosismo melancólico da juventue só gostam de de engajada dos anos 60 a 80 do século XX, das jogos eletrônicos e “profundas” e intermináveis discussões filosóficas coisas da internet.” sobre capitalismo versus socialismo, dos movimentos estudantis e coisas do tipo. Esse não é o rumo mais adequado para esse assunto. Senão, vejamos: “O texto escrito e a oralidade ler, aos quinze anos, a Ilíada e a Odisnão são mais as séia, de Homero, é uma coisa espeúnicas formas de tacular. Fica-se encantado com as transmissão do aventuras de Ulisses. Na mente de um conhecimento.” leitor nascido em meados da década de cinquenta, os personagens ganham forma, cor e dinâmica; os cenários se constituem com cheiros, perspectivas e dimensões; as histórias ficam grandiosas e o contexto parecia ser movido por uma música de fundo absolutamente adequada a todo o enredo. Recentemente, assisti nos cinemas a um filme sobre as aventuras de Ulisses. Estava na maior expectativa. Mas, qual não foi minha decepção ao ver na tela um Ulisses bem menos heroico do que aquele que minha imaginação havia concebido e bem mais feio. A história foi contada de um jeito bem menos junho / julho 2013

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Capa

emocionante do que aquela que contei a mim mesmo a partir do texto lido. Essa experiência nos faz perceber o descompasso entre aquilo que se constrói a partir da leitura e o que se constrói a partir da imagem. São coisas diferentes, arquiteturas mentais distintas, elaboradas por estruturas de conhecimento também diferentes. A geração dos anos cinquenta talvez tenha sido a última geração cuja arquitetura mental tenha sido influenciada diretamente por sua capacidade de leitura textual. Chamo essa geração, cujo modelo mental é construído pela leitura, de geração textual. Tal geração aprendeu a elaborar seus modelos dessa forma porque a única referência que ela tinha da realidade lhes era transmitida pela leitura (ou pela oralidade). Ora, assim era fundamental que a mente complementasse os “vazios” das histórias por imagens construídas pelo leitor, tendo a imaginação como a maior

“A geração dos anos cinquenta talvez tenha sido a última geração cuja arquitetura mental tenha sido influenciada diretamente por sua capacidade de leitura textual.” “A questão então se estabelece da seguinte forma: pessoas da geração textual transmitindo informações a pessoas da geração imagética. Isso é tão complexo quanto assistir a uma aula em outro idioma no qual não se seja fluente.” 14

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aliada desse processo. Com o advento da televisão, surge uma nova geração. Denomino-a de geração imagética. Isso porque seus modelos mentais são elaborados a partir das imagens disponíveis. O texto escrito e a oralidade não são mais as únicas formas de transmissão do conhecimento. Agora se tem um novo instrumento que já lhes dá uma nova estética, pronta para o consumo. Essa geração começa com o advento da televisão e prossegue com a popularização do computador e das opções interativas fornecidas pela tecnologia multimídia, levando à construção de um novo paradigma estrutural para o conhecimento. Isso nos coloca em uma situação bem interessante. Como as gerações estão separadas por uma temporalidade relativamente grande, considerando as métricas atuais de mudança, percebe-se que diferentes observadores interagem cada vez mais, a partir de arquiteturas epistêmicas distintas. Ou seja, conhecimentos gerados por textos e conhecimentos gerados por imagem. Uma ilustração sobre isso. É fácil ver os jovens da atual geração, horas a fio diante de um computador, fazendo as mais diversas atividades: lendo, estudando, divertindo-se, interagindo. Por outro lado, pessoas da geração textual diante do mesmo “equipamento” logo se enfadam, mas passam horas envolvidos em leituras. Já os jovens sentem-se entediados diante das inúmeras páginas fornecidas pelos livros, no entanto, sentem-se estimulados diante das “imagens”. Não se trata de julgamento de valor do tipo: os jovens não gostam de ler. A coisa é mais profunda que isso. Trata-se de um conflito de arquitetura mental. A geração imagética tem outro paradigma epistêmico. A questão então se estabelece da seguinte forma: pessoas da geração textual transmitindo informações a pessoas da geração imagética. Isso é tão complexo quanto assistir a uma aula em outro idioma no qual não se seja fluente. Talvez resida aqui uma possível explicação para www.nrespostas.com.br


“A geração imagética é construída por outra arquitetura cujo acesso à tecnologia é bem mais intensa do que foi para aqueles da geração textual.” “A aprendizagem está diretamente ligada aos processos mentais desenvolvidos a partir da tecnologia disponível em cada geração.” o baixo rendimento das novas gerações. É uma questão de métrica, de estrutura, e não de interesse, motivação ou coisas do gênero. Para testar essa hipótese, um grupo de amigos realizou atividades com crianças imagéticas. A pesquisa foi chamada de “projeto criança”. Tais atividades consistiam em passar a elas informações sobre as mais diferentes áreas, de modo interativo. Por exemplo, as crianças foram levadas ao campo para lhes mostrar como se retira pigmento de plantas para se fazer tinta, como se endurece a argila para se fazer um utensílio doméstico, e assim por diante. Depois lhes pedimos para conversar sobre isso e escrever os procedimentos. O resultado foi surpreendente. Elas não só construíram o conhecimento como desenvolveram capacidade conversacional reflexiva, além de manterem-se motivadas durante todo o processo. Os mais variados temas foram apresentados usando ferramentas que não privilegiavam a leitura textual, mas que a ela os remetiam, na medida em que o conhecimento era construído. Numa universidade em Brasília, foi feito o mesmo experimento e obteve-se o mesmo resultado. Ou seja, quando se apresenta aos alunos um determinado tema a partir de um texto ou quando isso é feito no laboratório, os resultados de aprendizagem são bem mais significativos do que a apresentação meramente textual. Os alunos também apresentaram melhora substantiva na capacidade de absorção de textos, quando os mesmos lhes foram apresentados com interatividade, usando as junho / julho 2013

ferramentas computacionais. Conclui-se disso que a aprendizagem está diretamente ligada aos processos mentais desenvolvidos a partir da tecnologia disponível em cada geração. Isso, no passado, era menos evidente do que agora, porque, naquela época, as mudanças tecnológicas eram relativamente lentas. Em menos de meio século, transformações rápidas e profundas ocorreram em todos os domínios da tecnologia, além de sua popularização. Saiu-se de uma televisão incipiente, até sistemas interativos de alta resolução; de um mundo regional para uma universalização de tudo em tempo real. Isso requer dos educadores, formadores de opinião, gestores de sistemas de aprendizagem etc. uma nova atitude diante de uma geração cuja linguagem é estruturalmente diferente da geração passada. A geração imagética é construída por outra arquitetura, cujo acesso à tecnologia é bem mais intenso do que foi para aqueles da geração textual, mesmo que essa diferença seja de apenas algumas poucas décadas. As crianças que estão agora com menos de sete anos e em processo de alfabetização já são capazes de acessar a internet, escolher joguinhos eletrônicos no telefone celular, fazer associações entre ícones e demais coisas do gênero, deslizar o dedo sobre uma tela para mudá-lo etc. No entanto, fazê-los entreter-se primariamente com frases e textos, só se for com sopa de letrinhas. Paz e vida longa! Homero Reis; M.Sc. NRespostas

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Relacionamento

Responde:

Dado Schneider @dado4314

Relações entre empresas são muito diferentes das existentes entre pessoas?

Empresas, pessoas e robôs Há décadas, participei de um curso de B2B (Business-to-Business), no qual o professor ressaltava que “transações entre empresas são diferentes de transações entre pessoas”. Eu não resisti e perguntei se o relacionamento “entre empresas” seria feito “entre “Por trás dos robôs”... Minha argumentação cargos de a de que, por trás dos cargos uma empresa, era sempre existem de uma empresa, sempre existem pessoas. E pessoas. E pessoas reagem emopessoas reagem cionalmente às transações. emocionalmente Durante muitos anos, ainda tenho às transações.” lido inúmeros artigos técnicos sustentando a mesma ideia daquele 16

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meu professor dos anos 80. Como sou especialista com Doutorado em Comunicação, eu até consigo entender por que esses articulistas argumentam que “o relacionamento entre empresas é mais técnico” ou que “o dinheiro empregado na compra não é o da Pessoa Física, mas sim o da Pessoa Jurídica”: é que desconsideram que a base de um relacionamento é a comunicação. www.nrespostas.com.br


“Comunicare” vem do latim “tornar comum” e todo relacionamento envolve comunicação interpessoal – ou seja, é algo sujeito à emoção, estado de espírito, tom de voz, linguagem corporal etc. E mesmo o relacionamento digital já tem seus códigos, que se aproximam de expressar sentimentos. Portanto, no relacionamento entre empresas, hoje, cada vez mais, surge em importância os aspectos intrínsecos das relações entre pessoas e lamento muito que têm sido divulgadas muitas “técnicas infalíveis de networking” que parecem, aos olhos do incauto, ser eficazes no dia a dia profissional para aproximar empresas. Para que essas relações profissionais transcorram de uma forma efetivamente natural, é necessário uma série de habilidades pessoais que precisam ser cada vez mais relembradas e cultivadas dentro das organizações, tais como competência técnica, cortesia, polidez, parcimônia, paciência, solicitude, afabilidade... Prestando atenção a essas últimas palavras, que parecem “démodé”, na prática, no dia a dia profissional, parece que elas também andam um pouco fora de moda. Está faltando educação básica para muitos profissionais, que não chegam no horário marcado, que não respondem polidamente pelo telefone, que não

saúdam e agradecem a seu interlocutor nas mensagens digitais – e assim por diante. Não quero parecer um daqueles velhos rabugentos re“No relacionamento clamando da falta de educação entre empresas, hoje, dos mais jovens porque este cada vez mais, surge mal acomete a todas as geraem importância os ções, hoje. Está faltando eduaspectos intrínsecos cação em todos os escalões das das relações entre organizações e a maioria silenpessoas.” ciosa, educada, sente-se afrontada pela minoria descortês. Relacionamento entre empresas, portanto, depende, também, de educação. Costumo falar em minhas palestras que “o importante é criar uma história junto com o cliente” e esse é o objetivo final do relacionamento entre empresas: um ciclo duradouro de transações vantajosas para ambos os lados onde fluem naturalmente as relações entre seus profissionais.

Dado Schneider é graduado em Comunicação e pós-graduado em Marketing pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É também mestre e doutor em Comunicação pela PUCRS. Possui 31 anos de experiência em Marketing, Comunicação e Criatividade.

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Síndrome Metabólica É uma doença da civilização moderna, associada à obesidade, como resultado da alimentação inadequada e do sedentarismo.

Prevenção A melhor forma de prevenir é manter alimentação adequada, rica em frutas, verduras e leguminosas, com pouca fritura e refeições de fast-food. Passe por avaliação médica regularmente, para identicar possíveis fatores de risco; com diagnóstico precoce, é possível ter melhores resultados no tratamento da síndrome. Coma menos e mexa-se mais. Deixe o carro em casa e caminhe até a padaria ou a banca de revistas. Sempre que possível, use as escadas em vez do elevador. Atividade física não é só a que se pratica nas academias. Escolha criteriosamente os alimentos que farão parte de sua dieta diária. Evite cigarro e bebidas alcoólicas que, associados aos fatores de risco, agravam muito o quadro da síndrome metabólica.

Diagnóstico

Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes:

Dieta inadequada

Obesidade

Uma grande circunferência da cintura conhecida como "obesidade abdominal". Pessoas com um "corpo em forma de maçã" têm obesidade abdominal. Circunferência da cintura superior a 80 cm na mulher e 94 cm no homem;

Sedentarismo

Um elevado nível de triglicerideos, que é uma gordura existente no sangue; Níveis baixos de "colesterol bom" colesterol HDL que ajuda a controlar o colesterol "mau" (LDL);

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A pressão arterial elevada; Elevados níveis de açúcar no sangue.

Dr.Alaor Barra Sobrinho Diretor Técnico Médico 18CRM-DF 3029

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Inteligência emocional e profissional

Sinto-me a cada dia um ser inacabado, ainda em construção como profissional, homem, parceiro e, especialmente, como educador. Nunca quis ser grande aos olhos das minhas filhas. Como pai, sempre sonhei em me fazer pequeno para torná-las grandes. Procurei me humanizar, penetrar em camadas mais profundas do ser delas. Não escondi minhas lágrimas, pois sempre quis ensiná-las a chorar as delas e fazê-las entender que não há céus sem tempestades. Não escondi algumas derrotas que sofri, pois queria ensiná-las que ninguém é digno do êxito se não usar seus fracassos para conquistá-lo. Queridas mulheres, abram os capítulos mais importantes da sua vida para quem amam. Humanizem-se. Se eu pudesse analisar cada uma de vocês, encontraria uma personagem fascinante, com sucessos e fracassos, lágrimas e risos, coragem e fragilidade. Nem de longe suas dificuldades depõem contra seu valor. Seu parceiro, filhos, amigos, precisam conhecê-la na essência. Leve-os a não ter medo da vida, mas sim medo de não vivê-la com intensidade e lucidez. Mas quantas têm coragem de abrir o livro da sua vida para quem amam? As mulheres vivem os velhos paradigmas. Muitas nem sequer reconhecem seus erros visíveis e muito menos pedem desculpas por eles. São ótimas para apontar o “Ninguém é dedo para seus íntimos, mas não digno do êxito têm coragem de apontá-lo para se não usar seus si. Têm a necessidade neurótica fracassos para de estarem sempre certas. Não conquistá-lo.” junho / julho 2013

Augusto Cury

Quem está preparado?

“Nada é mais sabem que nada é mais rerelaxante do laxante do que ser apenas que ser apenas um ser humano consciente um ser humano de suas imperfeições e liconsciente mites. de suas Nada é tão estressante imperfeições e como querer ser o que não limites.” somos. Quem não tem contato consigo mesmo não consegue reescrever a sua história. Não represente, seja você mesma. Sua saúde psíquica agradece. Augusto Cury é médico, psiquiatra e escritor. É pesquisador na área de qualidade de vida e desenvolvimento da inteligência, abordando a natureza, a construção e a dinâmica da emoção e dos pensamentos. Sua teoria é usada como referência em teses de mestrado e doutorado. Atualmente é publicado em mais de 50 países.

Conheça o novo best seller de Augusto Cury: Mulheres inteligentes – Relações saudáveis Augusto Cury Editora Academia

Augusto Cury

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Em Mulheres inteligentes, Relações saudáveis, Relações Saudáveis O livro que toda mulher deveria Augusto Cury apresenta uma fantástica análer antes de se relacionar lise sobre a mulher, suas emoções, reações, seus medos, anseios e desejos. O autor aborda temas muito presentes no universo feminino, como o ciúme, o medo da perda, o excesso de trabalho e os padrões tirânicos de beleza. As mulheres vão conhecer as leis fundamentais das relações saudáveis e os erros capitais de uma relação doente, além de aprender a transformar suas atitudes através do autocontrole dos pensamentos e das emoções. Ao final de cada capítulo, Cury presenteia os homens com frases-conselhos que os farão refletir sobre as mulheres de sua vida para – juntos – construírem uma história de amor singela e inteligente.

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N Flashes

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6 2 1. Silvia Costa e Corina Castro, da Câmara dos Deputados, com os consultores Waldez Ludvig e Eugênio Mussak 2. Liana Alagemovitz entrevista o palestrante Lupércio Arthur Hilsdorf para o programa Tendências & Negócios 3. Eduardo Tevah autografa livros após sua palestra 4. A alegria de dona Glorinha, do Lar Padre Cícero, ao receber o cheque simbólico da doação ao Projeto N Social 5. Mais de 1.300 pessoas compareceram ao Top 10 Empresarial, em abril 3

6. Público atento em mais uma noite de muito aprendizado, no Top 10 de março 7. Alunos do curso “Educação para o Trabalho” e Professor Mario Sergio Cortella: 100% de avaliações positivas 8. Stephen Kanitz, experiente articulista da Revista Veja 9. Prof. Cortella à frente de mais uma turma “A Arte de Liderar”, do PDG - Programa de Desenvolvimento Gerencial, da N Escola de Gestão 10. Dado Schneider estreia na N Escola de Gestão , com o curso “Comunicação Eficaz”

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Fotos: Top 10 – Telmo Ximenes / Cursos – Fidélis Oliveira

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O que eles dizem da N Produções:

Dado Schneider

Denia Freitas de Oliveira

Gabriel Sasse

“A N Produções é a melhor empresa que organiza e promove palestras em todo o Brasil. Viajo por todo o país e sei que posso até magoar os outros excelentes promotores de eventos pelos quais também sou muito bem recebido, mas faço esse elogio sincero à N Produções para que ela sirva de benchmark nacional.”

“Aproveito para parabenizar a N Produções pelo excelente trabalho que vocês realizam. Todos os cursos/palestras de que participo, produzidos por vocês, saio maravilhada com tamanho profissionalismo, pois, em termos de seleção de tema/ assunto/palestrante é tudo de bom e a organização, sem palavras! Sem falar que contamos com a atenção, simpatia e presteza de todos vocês.”

“Ter a N Produções como parceira é algo que agregou muito à marca Sasse. Além de nos manter bem posicionados, a N proporciona através do Clube N um excelente ambiente de relacionamento, o qual já nos rendeu bons negócios. Além disso, todas as palestras proporcionadas pela N geram conhecimento para o meu cliente interno, bem como é uma excelente ferramenta para aumentar o nosso relacionamento com os nossos clientes. Só temos a agradecer esta excelente parceria de sucesso. Muito obrigado.”

Palestrante

junho / julho 2013

ESAF

SASSE

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Pedro Mandelli

Além da hierarquia

Não reclame,

decida!

Há alguns anos, eu morava em um condomínio de casas de campo e obviamente vivia meio solitário com minha família, já que o condomínio era utilizado por seus proprietários nos finais de semana. Lá eu tinha um casal de vizinhos já bem velhos de idade e velhos um do outro. Costumávamos, eu e seu Antônio, caminhar aos sábados de manhã, sol gostoso. E lá iam conversas e conversas sobre a semana, o trabalho e a vida cotidiana – muito gostoso! Até que um dia, seu Antônio, em nossa caminhada, pede licença e me confessa: “Eu não aguento mais a minha mulher – a Elvira. Ela está cada “o que VOCÊ vez pior com carinhos, higiene, acha que EU assuntos e manias e eu estou devo fazer?” chegando ao meu limite: o que VOCÊ acha que EU devo fazer?” 22

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Situação difícil! Quantos de nós se desanima com as situações que vão ficando adversas, fora do nosso roteiro de vida, fora de nossa caminhada, levando-nos a procrastinar as próprias decisões ou tentando transferi-las para outros? Essa situação se aplica ao nosso trabalho e à nossa vida profissional, sendo este o real foco destas linhas. Que resposta você daria ao seu Antônio? Mas, olhe bem: à medida que você responder a esta pergunta, estará também dando uma resposta a si próprio. Cuidado! Qual foi a minha resposta? - Meu caro amigo, vá ao mercado! Procure alternativas e não deixe o tempo passar, pois você é o único perdedor do seu tempo! Seu Antônio, assustado, começou a justificar a vida: “Mas eu já nesta idade... Fora de forma e despreparado, não teria chanwww.nrespostas.com.br


“Vá ao mercado! Procure alternativas e não deixe o tempo passar, pois você é o único perdedor do seu tempo!” ces nesse mercado competitivo!” Minha resposta: “Prepare-se, retome sua vida e seu tempo!” Seu Antônio: “Acho que não vale a pena o esforço de me preparar, acho que minha vida é esta mesmo”. Eu: “Se esta é sua decisão, então assuma! Goste de dona Elvira com unhas e dentes e deixe de amolar ou desmotivar os outros com suas não decisões!” Coincidentemente, naquele mesmo final de semana, no domingo à tarde, recebo em minha casa o casal Antônio e Elvira. Ele, bem arrumado, barba feita, tênis e meia branquinha que dava gosto. Ela, de vestido de alcinha, cabelo arrumado, perfumada e com um sorriso que dava até para perceber o que havia acontecido. Eles me trouxeram um pão feito em casa e confessaram que há tempos os dois não faziam juntos “certas práticas”. Podemos imaginar que não foi somente o pão feito a dois que mudou a situação naquele domingo. Na caminhada do sábado seguinte, seu Antônio me agradeceu o pontapé no traseiro que eu junho / julho 2013

lhe dei e assumiu que o que faltava era ele mudar e decidir o que fazer. Me disse que percebeu que ele vinha debitando a sua não decisão aos defeitos de dona Elvira. - É, seu Antônio! Se não gosta de dona Elvira, mude e se não quer ou não pode mudar, ame-a com paixão e alegria que as coisas mudam!! Pedro Mandelli é consultor na área de mudança organizacional, sócio-diretor da Mandelli Consultores Associados, é professor da Fundação Dom Cabral e autor do livro Muito além da hierarquia.

Leia mais sobre o assunto em: Vida e Carreira – Um equilíbrio possível? Pedro Mandelli e Mario Sergio Cortella Editora Gente – 2001

Nesta obra, os autores buscam desvendar como conciliar de maneira satisfatória a vida pessoal e familiar com uma carreira bem-sucedida. Cortella e Mandelli defendem que não se trata de utopia, ao mesmo tempo que buscam ressaltar que vida pessoal e profissional são elementos que compõem o cotidiano. O livro oferece respostas para diversas questões como: ‘como lidar com os problemas no trabalho sem ser atropelado pelo estresse?’ e ‘como responder ao alto nível de demanda familiar se há sempre trabalho acumulado à nossa espera?’. Além disso, diversos temas passam em revista – a trajetória profissional e a construção da carreira; as conexões entre estabilidade e segurança; valores e felicidade; a contribuição da tecnologia, entre outros.

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Etc

[Entretenimento, trabalho, casa]

por Renata Araújo

Atualize-se!

Séries de TV de ontem e de hoje Quem cresceu assistindo às séries: O vigilante rodoviário, Perdidos no espaço, Viagem ao fundo do mar, Chips e MacGyver não pode deixar de se atualizar!

Mesmo que você não tenha tempo de acompanhar as séries norte-americanas que dominam a programação da TV, precisa conhecer os zumbis, nerds, serial killers, vampiros e pobres mortais que povoam o imaginário e os corações dos jovens telespectadores do século 21.

Game of thrones • The walking dead • Vampire diaries • True blood • Hannibal • The big bang theory • How I met your mother • The office • Dexter

Dicas do Prof. Renato Alves 24

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“Quando não nos alimentamos adequadamente, e, principalmente, nos horários certos, o sistema nervoso inicia um processo de economia de energia. As primeiras funções do cérebro prejudicadas quando não nos alimentamos adequadamente são as capacidades de atenção e retenção de informações, o que, claro, influencia o bom funcionamento da memória.”

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N Investimentos

e dragões.

Lucas Gonçalves

Sobre leões Vaca também?

Há pouco os brasileiros concluíram suas de- A coisa nunca foi simples, essa preocuclarações de imposto de renda e nessa cor- pação em manter o poder aquisitivo reria de praxe a turma mandou as contas ao e aperfeiçoar os investimentos é Leão, nem que tenha sido no apagar das luzes. mais que saudável, pois os preços É, no final de abril não tem jeito, o destaque parecem não querer dar sossego. vai para o Rei das Selvas, o fiel arrecadador da Falo então de alguns outros “I” que insaciável e ineficiente máquina pública. tiram a atenção do IR. O IPCA e IGPM têm Agora, o susto pode nem ser pelo tamanho incomodado muito. Aí a preocupação sai do da mordida, já se conhece seu apetite; o susto Leão e encontra-se com o dragão, o adormepode vir quando se notar que cido, mas nunca morto, dragão o total de rendimentos desse da inflação ameaça despertar. ano, incluindo as economias, “A preocupação Só que esse, além da enorme não parece acompanhar os boca e dos dentes afiados, voa em manter o gastos que se tem. poder aquisitivo e solta fogo. Imaginem o estraNesse sentido a ginástica do e aperfeiçoar os go! É de assustar até o leão. cidadão para preservar suas É necessário que todos colaboinvestimentos reservas tem de ser intensié mais que remos nesse combate à inflasaudável.” ficada. Nada é fácil, deve-se ção. Fugir das altas de preços analisar as opções, buscar dique mais queimam nosso caixa versificação e reservar uma já é um bom começo. O fato é parcela para o longo prazo. Nesse último, que temos de fazer a nossa parte, senão a vaca pelo prazo maior, se traz a chance de um vai pro brejo. Ih, apareceu mais um bicho! É maior retorno, pois permite assumir maio- melhor eu parar por aqui. res riscos. Cuidado com tantas dicas e gurus. Tem muita Mãe Diná por aí vendendo o segredo de ser milionário a troco de se conseguir pagar a conta de luz. Não podemos nos Lucas Gonçalves Araujo é formado em Estatística e pós-graduado em (UnB) e Negócios Internacionais (FEA/USP). Agente Audar ao luxo de ouvir as barbadas de quem Agronegócios tônomo de Investimentos credenciado pela CVM, foi Analista Sênior na Diretoria Financeira e de Risco de Mercado no Banco do Brasil. não entende do páreo. junho / julho 2013

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Roberto Shinyashiki

Dicas de campeão

Curta a loucura de viver “Existem ciclos que precisam acabar e, quando a hora chega, a vida dá um jeito de pôr um ponto final neles.”

A

maior aventura desta vida é viver apaixonadamente! Só que você pode dizer: “Não dá... A minha vida está cheia de problemas!” Mas os problemas não podem ser maiores do que a sua paixão por viver. Por isso é preciso aprender a ver as dificuldades apenas como convites para novas aventuras. Talvez neste instante você esteja chorando a dor de um amor que terminou. Mas não gaste seu tempo alimentando raiva da pessoa que partiu. Talvez você tenha sido demitido do trabalho, se sinta perdido e questione “As grandes seu valor como profissional. Mas não revoluções fique mastigando essa incerteza. Nem da vida só fique se remoendo com essa situação. acontecem Existem ciclos que precisam acabar depois de você e, quando a hora chega, a vida dá um sofrer uma jeito de pôr um ponto final neles. E perda e ver que isso não pode ser motivo para que as suas ideias viva sem paixão. Parta para ficaram velhas você uma nova jornada, mesmo que isso e obsoletas.” lhe dê algum medo. 26

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Não importa qual seja o nosso sonho, todos temos aspectos que nos fazem gelar de medo. E esse congelamento é sinal de que não devemos desistir desse ideal, pois ele reflete nossa mais louca paixão. Persegui-lo com toda energia é o que vai aumentar nossa percepção de que estamos vivos, e trazer a felicidade que merecemos! O medo presta um ótimo serviço ao nos despertar: ele nos avisa quando estamos prestes a fazer algo determinante em nossa vida. Ter perdas e frustrações é uma coisa extremamente democrática: não poupa ninguém mesmo, não há um único ser humano que possa se dizer livre da dor de algo importante que terminou. Em uma época em que é tão comum se sentir perdido, vemos que a infelicidade e o desânimo se tornaram parte do dia a dia de muita gente. Tanto entre os jovens quanto entre os que já têm mais experiência é comum sentir que a empolgação e a alegria muitas vezes se perde nos cantos do cotidiano e das rotinas. Porém, as grandes revoluções da vida só acontecem depois de você sofrer uma perda e ver que www.nrespostas.com.br


“A vida foi feita para ser reinventada a cada momento. E tudo com o que você sonha está só esperando pelo seu primeiro passo.”

as suas ideias ficaram velhas e obsoletas. E que a sua vida, como você a conhece, está desmoronando e você tem que sair para desbravar novos caminhos. Só que tem gente que passa a vida tentando evitar a dor, e aí não vive intensamente. Quando você tem uma perda, é preciso aceitar e chorar a sua tristeza. Mas depois é importante levantar os olhos e ver que ainda existem muitas aventuras para viver, ser feliz e comemorar essas oportunidades. Tem gente que não acredita mais em amor, desejo, prazer de viver. Em algum momento sua santa loucura e sua paixão por viver se perdeu. Mas uma vida prazerosa e cheia de energia continua sendo o desejo de sua alma, que não pode ser ignorado por muito tempo. Por isso quero convidar você a realizar o que lhe parece impossível: pôr em prática aquele projeto que sempre viveu guardado no seu coração, conquistar o emprego dos seus sonhos, conseguir um relacionamento que o faça andar nas nuvens. A vida foi feita para ser reinventada a cada momento. E tudo com o que você sonha está só esperando pelo seu primeiro passo. Só é preciso que você descubra tudo o que o torna louco por viver e colocar o pé na estrada. Chega um momento da vida em que descobrimos que o prazer de viver não é algo que se compra, nem se encontra em um armário cheio de roupas e sapatos caros, ou mesmo naquele pedaço de bolo de chocolate que devoramos como se fosse a única forma de junho / julho 2013

satisfazer nossa carência de afeto. Para ser feliz, é preciso apenas ter paixão pela vida, sempre... No meu próximo livro, “Louco por viver”, escrevi muita coisa sobre esse tema, pensando exatamente em você e em sua vontade de ser feliz. Passe a vida com muita emoção e felicidade. Apesar de todas as dificuldades, viva, ame, jogue-se, arrisque, entregue-se a tudo com paixão. É preciso se manter louco por viver! Um grande abraço, Roberto Shinyashiki O seu sucesso é o meu sucesso! Roberto Shinyashiki Psiquiatra e escritor, é empresário, palestrante, Doutor em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) e autor de vários livros. www.shinyashiki.com.br Conheça o novo best seller de Roberto Shinyashiki: Os segredos das apresentações poderosas Roberto Shinyashiki Editora Gente

Infelizmente, muitos profissionais competentes fracassam por não saberem se comunicar de modo convincente. Talvez, neste momento, você esteja preocupado com as apresentações que tem de fazer em seu trabalho, ou esteja chateado porque teve um desempenho sofrível em uma oportunidade importantíssima para sua carreira. Neste livro, Roberto Shinyashiki, com sua experiência de mais de 30 anos como palestrante profissional, vai ensinar todos os segredos para organizar e fazer apresentações de impacto. Para ser bem-sucedido, não basta falar bonito, é preciso arrebatar as pessoas que o ouvem para a ação que você quer que elas façam.

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Gestão do tempo

Responde:

Christian Barbosa

www.christianbarbosa.com.br

Como posso obter um excelente resultado profissional e manter em equilíbrio minha saúde física e mental?

Você está doente, desanimado, estressado, ou tudo ao mesmo tempo?

“Todos os nossos problemas de saúde têm uma lição a nos ensinar.”

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Conversando com um leitor no aeroporto, que falava sobre o porquê de ele não fazer o que deveria ser feito para ter mais equilíbrio e resultado, ele levantou uma questão interessante. Faz três anos que ele vive entre altos e baixos com a sua saúde. Nos melhores momentos, ele dá um gás em direção ao que ele busca, mas logo depois vem algum problema de “saúde” que gera desânimo, cansaço e paralisação. Ele foi ao médico, mas apenas

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para soluções pontuais; começou o coaching, que o ajudou, mas parou na metade. Agora ele está na terapia e começou a descobrir a possível origem dos seus problemas de “saúde”. Está animado e prometeu me escrever contando o resultado. Com certeza você conhece alguém que rasteja pelo dia, cansado, desanimado ou sempre reclamando de alguma doença que surgiu de forma inesperada. Sempre há algo que não permite que a pessoa tenha sua plena performance em ação e, com isso, os anos vão passando nesse padrão. Eu acredito profundamente que todos os nossos problemas de saúde têm uma lição a nos ensinar. No auge do meu estresse, eu não fiquei mal à toa, eu precisava aprender a diminuir o ritmo. Se eu não tivesse ficado doente, nunca teria mudado. Se você está doente, precisa procurar um médico, não pode adiar. Além disso, se pararmos para entender a lição por trás www.nrespostas.com.br


Se não temos as respostas, precisamos começar a fazer mais perguntas: do problema, talvez possamos descobrir que temos um ciclo: a rotina gera estresse, que por consequência mina nosso sistema imunológico, acabamos perdendo o ritmo e isso pode gerar um inexplicável desânimo. O problema pode ser o emprego, o chefe, os colegas, os sistemas, os clientes etc. Pode ser também algo interno que você precisa descobrir com a ajuda de alguém. Qual é a solução? Eu não sei, acho que não existe uma resposta fácil para isso. Porém, ela começa com você querendo buscar um padrão, o que nem sempre é fácil. Acredito que, com a vida, não podemos ser mornos. Temos que tomar um partido. Deixar-se levar é uma opção para os fracos, os que mais cedo ou mais tarde desistem.

• O que afasta você de ir em direção ao que lhe traz felicidade? • O que lhe deixa doente de verdade? • Quais são as coisas com as quais você não suporta mais gastar tempo? • Quais são as coisas que merecem mais tempo na semana? • Qual o próximo passo prático que você vai dar para se sentir melhor nos próximos sete dias? • Que tipo de especialista você deveria contratar para lhe ajudar? • O que você precisa mudar na sua rotina? • Quem você precisa tirar da sua vida? E quem precisa estar mais na sua vida? • Como aproveitar os finais de semana para evoluir? • Qual a próxima pergunta que você deveria se fazer?

Se você não tiver tempo para mais nada, pelo menos salve tempo para arrumar sua vida. Ninguém poderá fazer isso por você. Boas perguntas! Christian Barbosa é conferencista, empreendedor e sócio da Triad Consulting – empresa global de treinamento, consultoria e produtos especializada em produtividade – e master practitioner em Programação Neurolinguística. www.christianbarbosa.com.br

Uma equipe de sucesso não depende só de seus líderes. A Agência Sisters é responsável pelo planejamento e organização de eventos, porque sabemos que quando todos se unem o sucesso é certo. Treinamento e qualificação dos promotores, e capacitação da sua equipe. Não é à toa que a Sisters vem dominando o mercado, afinal, com muito trabalho, logo vem o resultado.

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SistersMarketingeComunicacao

@agenciasisters

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wwww.agenciasisters.com.br

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61 3327-2208


Comportamento

Responde:

Cláudio Tomanini

www.tomanini.com.br

É possível definir princípios básicos que nos ajudem a caminhar rumo ao sucesso?

As 8 leis

fundamentais

do sucesso

Na aviação, o piloto acredita que acionando a manete a turbina vai tirar 200 toneladas do chão e vai voar. Tudo é possível! Com objetivo e determinação criamos a tecnologia necessária para chegar ao destino. As 8 leis fundamentais do sucesso formam uma tecnologia que as pessoas de sucesso usam. A decolagem é a parte mais difícil “Sonho e fé de um voo, então, prepare a cada dia seu apenas não plano de voo. Sonho e fé apenas não reresolvem, solvem, é preciso preparação, disciplina e é preciso foco para alcançar o objetivo.

preparação, disciplina e foco para alcançar o objetivo.”

1. SONHO Cientificamente, o sonho ativa as áreas do cérebro relativas à emoção. Quando você “gosta”, você gera paixão no emocional. Quando você gosta muito, você ama. É o sonho que lhe move, que lhe empurra para frente, que lhe dá a força necessária para alcançar seus objetivos. Você pode trabalhar numa agência de modelo ou num banco de investimento, a energia é diferente e você vai gostar mais de acordo com seu “caráter”. Gostar leva ao autoconhecimento: “você é o que você gosta”... A pessoa se sente melhor, aumenta a capacidade de percepção e aprendizado.

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2. OBJETIVO O objetivo direciona e dá o foco e a mente apreende as informações relevantes para realizar seu sonho. O objetivo deve ser concreto: “quero ser isso”, e não abstrato como o sonho. A partir daí, a pessoa deve ter um caderno para desenvolver a estratégia de “como alcançar o objetivo”. Em Harvard, 2% dos alunos tinham um plano de vida por escrito e ganhavam mais que os 98% somados, além de serem mais felizes no casamento e ter mais saúde. 3. PLANEJAMENTO Fazer o planejamento aumenta muito a produtividade, a mente humana é dispersa e um plano escrito elimina grande parte das ações irrelevantes, que nos faz perder tempo e dinheiro, incluindo a preguiça e a dispersão. Sabendo onde queremos chegar precisamos de várias ações para nos preparar. Planeje a meta final, o objetivo do ano, do mês e a agenda do dia. 4. META E DISCIPLINA – AVALIAÇÃO Manter o foco é muito difícil, a conquista de seus sonhos é sempre um processo complexo e por isso exige objetividade para dar resultado. O planejamento e a meta organizam a mente para a ação e a www.nrespostas.com.br


disciplina é a virtude mais importante para qualquer vencedor. É fundamental uma sequência das atividades e um check list à mão. É importante no planejamento qualificar a importância e urgência das tarefas. O mundo está em evolução e precisamos constantemente atualizar e inovar, todos querem mais tecnologia, beleza e capacidade produtiva. 5. PREPARAÇÃO E EVOLUÇÃO Em toda atividade é fundamental ter conhecimento acima da média para atingir a meta. Todos dão preferência ao mais competente, quem tem mais conhecimento, sabe fazer com maestria e tem uma atitude interessada e responsável. Precisamos organizar nosso aprendizado, o formal das escolas, a leitura diária e as notícias relevantes. No dia a dia, a preparação para uma reunião, uma apresentação de negócio, um fechamento de contrato tem muito melhor resultado com preparação. A FÉ do piloto de avião é forte porque ele estudou o avião, faz o check list e exige tudo em ordem.

a imaginação. A física quântica já provou que se temos raiva as moléculas de água do corpo ficam pontiagudas como cristais, se sentimos amor e bem-estar elas fluem como um ballet.

“O planejamento e a meta organizam a mente para a ação e a disciplina é a virtude mais importante para qualquer vencedor.”

8. RELACIONAMENTO Profissionalmente, cada pessoa é um elo na organização social, as pessoas ao redor precisam conhecê-lo (saber que existe) e conhecer a sua competência. Isso gera uma cadeia produtiva com confiança. Respeitar as pessoas, saber que todos queremos crescer e que 6. CUIDADO PESSOAL sozinhos não fazemos nada, precisamos sempre ter ou Se sentir bem o torna mais agradável. O gosto de fazer parte de um time para termos um faturamento viver é maior quando você se veste bem, coloca um regular e crescente. Profissionalmente, não preciperfume e está em um lugar que você gosta. A boa samos ser amigos íntimos, mas precisamos ser uma saúde depende de bons pensamentos, boa alimen- fonte humana agradável de casos, novidades e infortação, exercícios físicos que oxigenam a mente, mação. E saber que todos querem se sentir amados. vida familiar, atividades saudáveis, viagem, reunião Assim como você deve planejar seus fins de semana, com amigos. Vícios nunca deram certo para a sua até nos relacionamentos podemos ter uma caderneta realização pessoal. com fatos e casos interessantes. Profissionalmente, não vá à prova para passar, saiba a matéria, só o conhecimento é capaz de trans- Coloque em prática na sua vida essas leis tão imformar o mundo. portantes para o nosso crescimento profissional e pessoal. Desta forma, o seu caminho rumo ao 7. ATITUDE sucesso será bem mais prazeroso e os resultados Quem você gostaria de encontrar? Uma pessoa edu- virão com certeza. cada, que deixa você falar e ouve com interesse e atenção, tem muito conhecimento do assunto e ama Sucesso sempre! o que faz. A mente, pensando nas coisas corretas, Cláudio Tomanini aumenta sua eficácia. A reflexão no cotidiano sobre a vida e seus objetivos reposiciona as ações e aprimoCláudio Tomanini é palestrante e professor de marketing e vendas do MBA da ra o seu comportamento. FGV, além de ter uma enorme experiência e know-how adquiridos no desenvolviQuando penso num oásis, me traz alto astral e abre mento de estratégias de vendas e marketing como executivo e consultor. junho / julho 2013

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Completando seu primeiro ano de existência, o Clube N já promoveu doze encontros de relacionamento, entre cafés da manhã e almoços, proporcionou doze noites de conhecimento, através do projeto Top 10 Empresarial, e presenteou seus associados com livros autografados, entregues pelas mãos dos próprios autores. A cada dia, o Clube N se mostra mais interessante, atraente e proveitoso para todos os que o frequentam. Seus eventos contam com a presença de executivos e consultores nacionalmente reconhecidos, da alta direção do setor público nacional, de empresários já associados e alguns convidados especiais que, em geral, assinam o contrato de associação logo em seguida. Foi assim nos meses de março, abril e maio deste ano, tem sido assim desde a sua criação, em maio de 2012. No último mês de março, o Clube N promoveu um almoço com o professor de marketing Cláudio

Tomanini; em abril, um café da manhã com o consultor internacional Christian Barbosa, ambos no restaurante Oliver. Em maio, mais um almoço que contou com a presença de Stephen Kanitz, palestrante e articulista de revista Veja, e do consultor e empresário Eduardo Tevah, dono da maior rede de lojas de moda masculinas da região Sul do Brasil, dessa vez, no badaladíssimo Coco Bambu – Lago Sul. Ampliar a rede de relacionamento, aumentar e estreitar parcerias comerciais, adquirir mais e novos conhecimentos trocando ideias com outros empresários e com os maiores professores e consultores de negócios do Brasil, em ambientes de sofisticação e bom gosto. É isso que o Clube N tem a oferecer. O saldo positivo na balança custo/benefício se reflete nas renovações de contrato que já estão sendo assinadas. O Clube N espera por você! Associe-se!

Esta e outras obras em exposição permanente. BACALHAU AO ZÉ DO PIPO Especialidade da casa. Servida aos sábados e domingos no prato ou buffet.

CLUBE DE GOLFE DE BRASÍLIA 61.3323.5961

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www.restauranteoliver.com.br www.nrespostas.com.br


Descontração, troca de conhecimento e informação entre consultores e associados

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Fotos: Studio Fotografias

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Rivadávia Drummond Neto

Gestão do conhecimento e inovação

O contexto capacitante e o sucesso

das organizações

G

ostaria de convidar o leitor a questões antinaturais podem ser superadas! refletir acerca dos mitos tra- Nas pesquisas que desenvolvi nos últimos dicionalmente associados à oito anos sobre a GC no ambiente brasileiro gestão do conhecimento (GC). de negócios, obtive como principal resultaEmbora boa parte da literatura associe tra- do a constatação de que a eficácia da criação dicionalmente GC às ideias de compartilha- do conhecimento organizacional depende mento, aprendizagem, autonomia e abertu- de um “contexto capacitante”, ou, em oura às ideias e inovações, dentre outras, todas tras palavras, a ideia japonesa do “Ba” (luessas questões são absolutamente antinatu- gar) ou “espaço” organizacional do conhecirais. Ora, se informação e conhecimento mento, que pode ser físico, virtual, mental significam poder nas organizações, por que ou, mais provavelmente, os três juntos. compartilhá-los? E o que dizer da aprendi- Em minha opinião, a GC é uma impossibizagem em organizações, trata-se de proces- lidade, visto que o conhecimento - a parso natural, linear, indolor e tir de um recorte epistemoconfortável? A quantas anda lógico - é algo que só existe o grau de abertura e receptina mente humana. O que é “A eficácia vidade da sua organização às passível de gerenciamento da criação do novas ideias e sugestões, por não é o conhecimento em si, conhecimento mais “esquisitas” e curiosas organizacional mas unicamente o contexto que elas possam parecer? e a prontidão no qual ele é depende de Faço as provocações para tracriado e se manifesta na orum ‘contexto zer as boas novas: todas essas ganização. Os líderes das orcapacitante’.”

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ganizações do conhecimento neste complexo e turbulento contexto de negócios do século XXI são eficazes gestores de contextos capacitantes e estão sempre se questionando: “Como posso continuamente criar as condições favoráveis que encorajem, estimulem e recompensem os comportamentos antinaturais como o compartilhamento, a aprendizagem, a abertura às novas ideias e inovações, a tolerância aos erros honestos e a solução colaborativa de problemas? Como conectar cérebros, conhecimentos e experiências para a inovação contínua em um processo de gestão para o conhecimento?” Não acredito em literatura “pop-management”, essas que habitam as prateleiras das livrarias envoltas em mantras e cânticos de “best-sellers hollywoodianos”. Incomoda-me essa venda indiscriminada de cápsulas anódinas de autoajuda gerencial e esoterismo miquelino. Enfim, não acredite em ferramentas milagrosas porque simplesmente não há receitas de bolo! É exatamente por isso que afirmo que a criação de conhecimento na empresa não é um processo que pode ser controlado, mas apenas nutrido e estimulado. É importante então começar a pensar em quais são os conhecimentos críticos da sua organização face a uma análise e interpretação junho / julho 2013

“O que é passível de gerenciamento não é o conhecimento em si, mas unicamente o contexto e a prontidão no qual ele é criado e se manifesta na organização.”

razoavelmente estável do caótico ambiente de negócios. Se existem “gaps” de conhecimentos críticos, é papel da liderança – e não somente do RH – o desenho de um processo de aprendizagem organizacional para a geração de conhecimento estruturado ao redor da estratégia, da cadeia produtiva e dos fatores críticos de sucesso do negócio. É preciso estimular a ampliação de nossos modelos mentais. Sinto que é chegada a hora de avançarmos pelas chamadas “humanidades” e começarmos a introduzir temas como filosofia, sociologia e arte na educação de nossos executivos. Precisamos criar espaços para discutir as novas organizações dialéticas e paradoxais do século XXI.

Rivadávia Drummond de Alvarenga Neto é reitor do Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH) e professor associado da Fundação Dom Cabral. Concluiu pós-doutorado na Faculty of Information Studies da Universidade de Toronto, onde é pesquisador convidado do Knowledge Management Research Centre (KMRC). Participou de programas executivos na Harvard Business School (Boston e Shanghai) e na Darden School of Business (Universidade da Virgínia). É considerado um dos melhores professores na área de negócios do mundo, segundo o jornal The Economist, concorrendo ao prêmio Best Business Professor of the Year, em 2012.

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Gestão de pessoas

Responde:

Eduardo Ferraz

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Tenho investido tempo e dinheiro nos processos de contratação da minha empresa, mesmo assim não estou muito satisfeito com o que diz respeito à produtividade dos selecionados. Onde posso estar errando?

Boas contratações

só funcionam se houver uma excelente gestão de talentos

O

Brasil é o país que mais deve ampliar suas contratações em 2013, entre os 42 países pesquisados pela Manpower Group, empresa especializada em recrutamento. Cerca de 35% das empresas brasileiras planejam contratar. No entanto, para uma empresa sua produtividade e lu“O principal aumentar desafio de cratividade de fato, mais do que um gestor contratar bem, os líderes deveé descobrir riam gastar no mínimo 30% de quais são os seu tempo conhecendo, treinantalentos de seus do, avaliando e motivando seus funcionários, subordinados. Tomo emprestaaperfeiçoá-los da a metáfora do consultor Jim e posicioná-los Colins, que diz mais ou menos corretamente.” o seguinte: 36

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Se a empresa fosse um navio, o comandante deveria ter 4 prioridades: 1. Embarcar as pessoas certas e desembarcar as erradas; 2. Colocar as pessoas certas nos lugares certos; 3. Definir a rota junto com essas pessoas; 4. Não descansar enquanto no mínimo 90% das pessoas não estiverem bem orientadas e posicionadas.

Pode parecer muito tempo dedicado a essa atividade, mas além de facilitar a decisão na hora de promover, transferir ou demitir alguém, esse tempo aumentará enormemente www.nrespostas.com.br


sua capacidade de aproveitar as pessoas no que elas têm de melhor, posicionando-as nos lugares em que seus talentos possam ser aproveitados, aumentando consideravelmente sua produtividade e motivação para o trabalho. O principal desafio de um gestor é descobrir quais são os talentos de seus funcionários, aperfeiçoá-los e posicioná-los corretamente. Se a pessoa está no lugar errado e não houver outro adequado a ela, demita-a e comece a procurar outra! Ao invés de olhar apenas o currículo dos candidatos, de dentro ou de fora da empresa, coloque uma lupa no histórico, pois, todo mundo, sem exceção, deixa um rastro durante a vida, o qual mostra uma clara tendência para o futuro. A personalidade, ao contrário do que muitos pensam, é relativamente estável e, portanto, previsível. Coloque pessoas com rastro impecável e aptidão para a vaga, e as chances de acertar uma contratação aumentam muito.

Há quem duvide que os presidentes de empresas gastem tanto tempo com recrutamento, sendo eles tão ocupados. São raros, mas existem. Não digo que os dirigentes têm que substituir ou fazer o papel do RH, mas trabalhar em total sintonia, participando da seleção em todos os cargos estratégicos, desde as dinâmicas de grupo, e até da análise do que deu certo ou errado em cada contratação. Se você, como líder, investir seu tempo nesta análise, com certeza colocará com muito mais frequência as pessoas nos lugares certos. Eduardo Ferraz é consultor em Gestão de Pessoas e especialista em treinamentos e consultoria In Company, com aplicações práticas de Neurociência. www.eduardoferraz.com.br

“Coloque pessoas com rastro impecável e aptidão para a vaga, e as chances de acertar uma contratação aumentam muito.”

Se você não conhece a gente, Sorte Sua. talvez SeuS concorrenteS também não. Quem já montou uma empresa sabe muito bem que no começo é assim mesmo, pouca gente conhece o seu trabalho. mas essa é a oportunidade de sair na frente da concorrência e, com criatividade, conquistar seu público.

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junho / julho 2013 Sabahpublicidade

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Mario Sergio Cortella

Filosofando

Bem viver?

Viver bem?

T

antas são as vezes em que citamos Chico Buarque que isso só reafirma o caráter genial da sua obra e a perenidade das inquietações e emoções que nos legou; no entanto, mesmo em meio a tamanha profusão estética, frases de algumas de suas músicas servem para variadas situações e são, de forma recorrente, lembradas. Aquela que mais me assusta, quando penso nas escolhas que temos de fazer, na construção da necessária proporcionalidade entre o conjunto da nossa vida e a carreira que dela faz parte, aparece em 1980, quando lançou exatamente a canção Vida. Lembra do primeiro verso? “Vida, minha vida, olha o que é que eu fiz”. Frase de arrependimento, autopiedade, consciência crítica, desespero? Tanto faz; sempre dela flui a percepção de nossa fragilidade quando nos distraímos e deixamos de atentar para o fluir inexorável do tempo que precisa ser pensado para bem viver, em vez de desperdiçado por desleixo ou descuido. Bem viver! O que seria isso? Não é, claro, uma vida ostentatória e fútil; não é, também, o acúmulo obsessivo e tolo que esquece ser banal a posse sem partilha ou o poder sem generosidade. Bem viver é poder viver as inúmeras di“O fluir mensões da nossa existência – família, inexorável trabalho, amizade, cidadania, entre oudo tempo tras – sem admitir, passiva ou ativamente, precisa ser a dissonância e a desproporção na harmopensado para nia que afasta o sofrimento (pelo limite vibem viver, vido) e a culpa (pela suposta impotência). em vez de Bem viver é acolher instantes deliberados desperdiçado de paz interior. Esta é uma prazerosa senpor desleixo sação mental – ainda que provisória – na

ou descuido.” 38

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qual há uma aparente suspensão do fluir do tempo, permitindo um distanciamento das aflições cotidianas e uma recusa momentânea às perturbações que o existir nos oferta. O que fazer para ter paz interior? Provocar situações, individuais ou em parceria, nas quais aquela sensação mental possa vir à tona: ouvir música que emociona, cozinhar com a família, ver lua junto, meditar silente, jogar truco, dar uma ótima aula, admirar obra feita por mim ou por aqueles que comigo partilham a vida, fruir a integridade de ter tomado uma decisão eticamente necessária e, claro, repousar o corpo após o cansaço produzido com graça e vitalidade... Mario Sergio Cortella é filósofo e escritor, com mestrado e doutorado em Educação, professor-titular da PUC-SP (na qual atuou por 35 anos, 1977–2012), com docência e pesquisa na pós-graduação em Educação: Currículo (1997– 2012) e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião (1977–2007); é professor-convidado da Fundação Dom Cabral (desde 1997) e ensinou no GVpec da FGV-SP (1998–2010). Foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991-1992). É autor, entre outras obras, de “A escola e o conhecimento” (Cortez), “Nos labirintos da moral”, com Yves de La Taille (Papirus), “Não espere pelo epitáfio: provocações filosóficas” (Vozes), “Não nascemos prontos!” (Vozes), “Sobre a esperança: diálogo”, com Frei Betto (Papirus), “Liderança em foco”, com Eugênio Mussak (Papirus), “Viver em paz para morrer em paz: paixão, sentido e felicidade” (Versar/Saraiva), “Política: para não ser idiota”, com Renato Janine Ribeiro (Papirus), “Vida e carreira: um equilíbrio possível?”, com Pedro Mandelli (Papirus), “Educação e esperança: sete reflexões breves para recusar o biocídio” (PoliSaber).

Leia mais sobre o assunto em: Não se desespere! (Provocações filosóficas) Mario Sergio Cortella Petrópolis: Vozes, 2013, 140 páginas

Já disponível nas livrarias, a nova obra do Prof. Dr. Mario Sergio Cortella, Não se desespere! é a terceira dele com provocações filosóficas sobre educação, religião, ética, política e, claro, a própria filosofia; completa trilogia publicada pela Editora Vozes, com a primeira Não espere pelo epitáfio..., lançada em 2005 (hoje na 12ª edição), e Não nascemos prontos! (de 2006, com a 15ª edição no prelo).

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