soluções para o mundo empresarial Roberto Shinyashiki
Mario Sergio Cortella
Cinco segredos para resolver problemas
Espiritualidade no trabalho?
Ano V • Nº 20 • fevereiro/março 2012 • R$ 8,90
Comunicação: das cavernas às redes sociais
Pedro Mandelli
Pense na sua vida do final para o começo Entrevista exclusiva com
Paulo Storani O ex-capitão do BOPE que inspirou o filme “Tropa de elite” fevereiro\ março 2012
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Sonhe, prepare-se, motive-se, tenha metas, voe alto!
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o diferencial das pessoas decomsucesso
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Daniel Godri e Eduardo Tevah Juntos eles vão mostrar para toda a sua equipe o caminho da excelência
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Carta ao Leitor N Palavras
Uh-hu, hoje é segunda-feira! Caro leitor, estamos começando mais um ano, espero que em 2012 você possa prosseguir no seu caminho rumo ao sucesso e realizações de seus sonhos. Venho reparando nas redes sociais Twitter e principalmente no Facebook uma repetitiva comemoração pela chegada da sexta-feira. Comecei a me questionar por que as pessoas ficam tão felizes pelo fato de ser sexta. Fui a campo, e descobri algo não muito saudável junto a esses torcedores fanáticos da sexta-feira. Descobri que, em primeiro lugar, eles não gostam dos chefes. Em segundo lugar, não gostam do que fazem. Por último, o óbvio, que é ficar feliz por estar livre 2 dias, descansar, e próximos das pessoas que amam, para mim, aí sim, o verdadeiro e válido motivo para tanta felicidade das sextas-feiras. As sextas-feiras, para alguns profissionais, são um alívio, parecem ser os únicos dias genuinamente possíveis de felicidade. Pergunto-me como devem ser os outros dias da semana para um profissional assim. Estou iniciando uma campanha: Uh-hu! Hoje é segunda-feira! Creio que nosso país espera por um exército de profissionais com desejo de conquistar mercado, anseio de crescer, de se desenvolver, gerar empregos, riqueza, e fazer a diferença no Brasil e no mundo. No Brasil dos feriados e dos enforcamentos de dias úteis de trabalho, sei que vou parecer um chato de plantão, mas está na hora de acordarmos para fazermos das empresas brasileiras referência no mundo.
Certo dia, ouvindo a palestra do Alexandre Garcia, ele comentou: “Hipótese - Vamos equivaler a população do Brasil à do Japão, cerca 190 milhões de habitantes. Geograficamente, mantemos Brasil como é, e o Japão como é, uma ilha com terremotos, maremotos e menor que o estado de Minas Gerais. Agora vamos colocar toda a população do Japão no Brasil e transferir toda a população brasileira para o Japão. O que você acha que vai virar o Brasil em 10 anos? Não tenho dúvida nenhuma que em 10 anos o Brasil será a maior potência do mundo”. Belo exercício de visão, não acha? Será que chegaremos um dia onde queremos comemorando os dias que não trabalhamos? Caro leitor, chegou a nossa hora, somos 190 milhões de brasileiros, temos que fazer do nosso país o melhor lugar do mundo, temos muitos desafios a superar, muito a prosperar, não é hora de feriado nem de sexta-feira, é a hora de comemorar a chegada da segunda-feira. Mãos à obra, o sucesso é conquistado mantendo um grande trabalho todos os dias da semana e não apenas comemorando sexta-feira. Boa segunda e muito sucesso!
José Paulo Furtado Diretor da Revista N Respostas twitter.com/jpnproducoes fevereiro\ março 2012 josepaulo@nrespostas.com.br
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Leitor leitor@nrespostas.com.br
Envie seus comentários, sugestões, informações, críticas e perguntas: SHCGN 704/705 Bl. E nº 17 Ed. M.ª Auxiliadora sala 401 CEP 70730-650 Brasília-DF Tel/Fax: 61 3272.1027 e-mail: leitor@nrespostas.com.br
N Respostas é uma publicação da N Produções www.nproducoes.com.br
“Tenho acompanhado as sucessivas edições da N Respostas. Cheguei a encaminhar uma pergunta que, inclusive, já foi respondida.
capa da edição de final de ano. Li muita coisa sobre ele por ocasião de sua morte e a publicada por vocês foi a mais completa, clara e objetiva.
Gosto muito dos temas e assuntos discutidos, mas sinto falta de conteúdo que atenda mais aos interesses do funcionalismo público.”
Sou fã dessa grande personalidade e ler um texto tão bem escrito a seu respeito me trouxe grande satisfação.
Leticia Azzolin Servidora pública lazzbeck@gmail.com
Parabéns, Carlos Hilsdorf. Parabéns, N Respostas.”
Diretor-Executivo: José Paulo Furtado
“Quero parabenizar a revista pela matéria sobre Steve Jobs,
Direção de Arte: Letícia Marchini arte@nrespostas.com.br
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Editoração / Capa: Letícia Marchini Editora-Chefe Renata Araújo redacao@nrespostas.com.br Jornalista responsável: Cid Furtado Filho DRT DF 1297 Revisão: Denise Goulart Fotografia: Telmo Ximenes / Stock Photos Reportagem: Renata Araújo Colaboradores desta edição: Pedro Mandelli • Stephen Kanitz • Homero Reis • Mario Sergio Cortella • Roberto Shinyashiki • Demetrius Borel Lucindo • Eduardo Ferraz • Rodrigo Cardoso • Roberto Guimarães • Christian Barbosa • Dr. Francisco de Assis L. Campos Diretora Financeira: Ana Paula Abílio financeiro@nproducoes.com.br Diretor Comercial: José Paulo Furtado josepaulo@nrespostas.com.br
Como anunciar: 61 3272.1027 de 2.ª a 6.ª, das 9 às 18h josepaulo@nrespostas.com.br A N Respostas não se responsabiliza pelas ideias e opiniões emitidas nos artigos assinados. Tiragem: 20.000 exemplares.
Impressão: Gráfica Piloto - Goiânia
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Índice Ano IV • Nº 18 • outubro / novembro 2011
capa 10. COMUNICAÇÃO: das cavernas às redes sociais
por Renata Araújo
colunistas 18. pedro mandelli
Além da hierarquia
25. Demetrius Borel lucindo
N Investimentos
26. Roberto shinyashiki
Dicas de campeão
34. Homero Reis Pergunte ao coach 38. mario sergio cortella Filosofando
Seções 3. N Palavras 7. entrevista Paulo Storani 20. N Flashes
Quem passa pelos eventos da N Produções
22. Opinião - Stephen Kanitz
Iniciativa e acabativa
24. eTc.
Entretenimento, trabalho, casa
28. eco notícias
RESPOSTas 14. Recursos humanos - Eduardo Ferraz
Treinamentos dão resultado?
16. Vendas - Rodrigo Cardoso
A melhor maneira de combater objeções
30. Gestão de tempo - Christian Barbosa
A vida acontece lá fora
32. comportamento - Roberto Guimarães Socorro! Tem um criativo no meu time 36. jurídico - Dr. Francisco de Assis L. Campos
fevereiro\ março 2012
O advogado e seu ofício
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Entrevista
Paulo Storani
Paulo Roberto Storani Botelho, ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro e um dos inspiradores do personagem Capitão Nascimento dos filmes Tropa de elite, propõe uma análise comparativa entre a realidade do BOPE e das empresas da iniciativa privada. Mestre em Antropologia, pós-graduado em Administração Pública e em Gestão de Recursos Humanos, Storani fala ao leitor da N Respostas: vá e vença!! por Renata Araújo
A que você atribui a enorme aceitação do seu discurso no mundo corporativo? À semelhança dos processos. O que faz uma tropa de elite, também chamada de equipe de alta performance ou de alto rendimento; aquela que está sempre se superando, batendo metas mais desafiadoras; aquele grupo de pessoas que se reúne por um propósito e por esse propósito vai além, são processos básicos de seleção, capacitação, avaliação e controle. A seleção rígida das pessoas que vão compor esse grupo; a capacitação delas e, principalmente, a avaliação de desempenho. O controle do desempenho dessas pessoas. Eu entendo controle como uma forma de avaliação. Porque as pessoas, quando têm metas estabelecidas, têm uma capacidade maior de se cobrar. Quem não tem metas simplesmenfevereiro\ março 2012
te trabalha em cima de uma rotina. Quando você tem indicadores de resultados, você se comporta de uma maneira diferente. Psicologicamente se vê tentado a buscar se superar. Ou você está sendo cobrado ou você se cobra... Isso vem ao encontro do que as pessoas querem. Só que elas não tinham ideia de que o exemplo poderia vir de uma atividade tão diferente da delas, como a atividade policial de alto risco. Por conta do filme, elas tiveram esse conhecimento. Esse talvez seja o segredo do sucesso. E como se avalia desempenhos? No BOPE, por exemplo, o desempenho é avaliado em três dimensões: a primeira é a conduta, o comportamento prescrito, aquilo que você espera que a pessoa faça. Normalmente, é baseado nos nossos prin-
cípios, em nossa estrutura de valor. A segunda é a qualidade. Não tem como fazer mais ou menos. A nossa atividade não permite não fazermos o melhor, não permite fazer nada diferente do melhor. Não fazer o melhor significa fazer mal feito e significa aumentar o risco que já é natural da nossa atividade. O terceiro é o resultado. Missão dada é missão cumprida. Porque essa é a nossa natureza. Fomos constituídos para isso. Se você não tiver resultado, você descaracteriza a tropa de elite. Existem diferenças e semelhanças na condução dos treinamentos de uma tropa como o BOPE e de uma equipe corporativa de alto desempenho. O que você nos diz a esse respeito? No mundo corporativo existe a pressão pelo resultado, mas há um NRespostas
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[Entrevista] antagonismo entre essa questão e o respeito ao timing individual. Quando a gente fala em competição, em agressividade de mercado, fala em concorrência, o timing não é o timing das pessoas, é o timing que se estabelece para o sucesso. Aí, vejo um posicionamento, que muito respeito, dentro de uma linha mais humanista; uma linha de respeito aos limites das pessoas. Causar traumas, transtornos e preocupação faz mal à saúde? Faz! Mas tem pessoas que estão preparadas para isso, têm perfil para isso. O problema é quando as pessoas não estão preparadas e querem entrar nesse mundo. Então, o camarada muito bem formado, mas que não tem condição de suportar a pressão naquela busca de resultado, acaba perdendo o emprego. Ele tem conhecimento, mas não tem a atitude necessária. Aí, como é que se faz? Ele se adapta? Se submete? Ele se revê. Eu acho que isso é possível fazer. Agora, tem gente que entra para o mundo competitivo e não quer ser pressionado pelo resultado. Vê-se aviltado em seus valores, na sua condição, nas suas limitações. Há um desrespeito a isso e surgem os problemas trabalhistas de todas as ordens. Então, no meu discurso, mostro às pessoas que na situação de busca por grandes resultados você tem que ter perfil para isso. Onde você percebe a maior dificuldade para obtenção do alto desempenho? Uma coisa que eu tenho observado é que no Brasil o sistema educacional não prepara as pessoas para liderar. Nós não formamos líderes. Nós acabamos deixando que o dia a dia das pessoas, sua vivência familiar, sua vivência na juventude vá moldando o tipo de perfil que no momento certo aflora. As pesso8
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as competitivas inspiram as demais e sabem usar o tom certo. Essas são habilidades que a vida proporcionou. Eu vejo isso. Então, a dificuldade está em fazer com que as pessoas busquem se superar. Tem pessoas que partem do princípio que não vão alcançar o resultado. Pensam que somente aqueles que são os campeões de venda, são os melhores produtores de resultado, ganham os prêmios. Então já ficam certos de que não vão conseguir. Aí, formam-se dois grupos: os que são sempre os melhores e os que desistem antes de começar a luta. E o que deve ser feito em relação a isso? É preciso mobilizar essas pessoas. Aí vem a minha estratégia. Que motivos são capazes de nos mobilizar para buscar o resultado? Essa é a grande questão. Parece-me que a falta de motivação pode ocorrer simplesmente por ela não ter refletido sobre sua importância dentro do sistema. Ver o que você representa enquanto trabalhador. As pessoas acham que primeiro elas têm que ser valoriza-
“As pessoas acham que primeiro elas têm que ser valorizadas para depois mostrarem resultado. Isso não vai acontecer!”
das para depois mostrarem resultado. Isso não vai acontecer! O máximo que vai acontecer é alguém lhe dar oportunidade, através de uma meta a ser batida, de você mostrar suas qualidades e a partir daí, sim, você passa a ser valorizado. Aqui no Brasil isso é muito comum. Nós temos uma tendência natural, cultural do povo brasileiro de alguém ter que nos dar atenção para que possamos produzir. Enquanto ninguém dá atenção para a gente, achamos que somos excluídos, despossuídos, que não somos valorizados. Quem é valorizado? Quem dá resultado, não tem outro jeito. Os demais vão simplesmente compor o time. Então, existem aqueles que vão dar resultado e vão puxar a curva para cima, e aqueles que ficam fazendo número. O problema para mim está naqueles que estão fazendo número. O que está acontecendo com eles? E o que fazer com essas pessoas? Temos que fazer com que essas pessoas achem seus motivos. Essa é a grande questão. Despertar internamente seus motivos. Eu vejo grandes campanhas feitas em busca de resultados: premiação de viagem, e principalmente, o grande diferencial hoje no meio corporativo, a remuneração variável em cima dos seus resultados. Participação nos lucros, essa é uma grande ferramenta, não tenha dúvida disso. Esse é o grande elemento motivador das pessoas. A meritocracia está em você receber a sua base, mas todo o seu mérito vai render para você como benefício. Rende para você, rende para sua família que vai ser beneficiada com isso. Eu tenho visto que nós estamos muito passivos dentro da questão de metas a serem batidas. www.nrespostas.com.br
O maior obstáculo para que as equipes se tornem uma tropa de elite diz respeito a como motivar essas pessoas? Essa é uma delas, a outra é a falta de disciplina na execução dos planos. No Brasil hoje nós já conseguimos definir nossos objetivos, já conseguimos fazer um planejamento de médio, curto e longo prazo, mas há grande dificuldade em fazer as pessoas executarem o plano. Define-se uma estratégia diferente, uma abordagem diferente, uma forma diferente de apresentar o seu produto, e você acaba não cumprindo. Muitas vezes consultorias contratadas acabam sem resultados porque os planos são mal executados devido à falta de disciplina. Deve-se cumprir um plano e fazer o que está determinado, mas fazer com qualidade. Fazer o melhor. Em suas palestras, para quem você fala? A quem você se dirige: líderes ou liderados? Eu falo para os líderes. Esse é o ponto. No mundo corporativo, eles chamam de liderança as pessoas que têm cargo de chefia. Tudo bem, mas muitas vezes as pessoas estão em cargo de chefia por produto meritocrático. Essa é a liderança como as pessoas estão acostumadas no mundo corporativo. Para mim, liderança é a capacidade de qualquer um, independente da sua posição dentro da estrutura hierárquica, de influenciar os demais. Basta fazer o melhor. O BOPE é chamado de tropa de elite porque ali só tem chefe? Não! É de elite porque cada um, naquilo que faz, faz o melhor. O modelo é esse: nós somos o epicentro de um vortex de energia que se expande a partir do seu fazer, que mobiliza as outras pessoas, nas suas funções para fazerem a mesma coisa. É assim que a gente vê fevereiro\ março 2012
a liderança. Porque quando se tem isso, se tem a famosa sinergia. Todo mundo une a sua energia rumo ao objetivo comum. Então, quando eu digo que falo para líderes, digo que falo para qualquer um que, fazendo o seu melhor, influencia o outro. Aí você tem todo mundo motivado, com aquela pegada que faz a diferença em qualquer trabalho. Missão dada é missão cumprida! Quem você considera mais exigente, o cidadão ou o cliente? O cliente é muito mais exigente que o cidadão. As pessoas deveriam transferir a sua exigência pela qualidade de produtos e serviços que contrata para a administração pública. A administração pública tem que se profissionalizar, no sentido de copiar esses modelos que nós estamos encontrando no mundo corporativo. Nós teríamos um Brasil diferente se nossos presidentes da República, governadores e prefeitos tivessem indicadores de meta. Se tivéssemos indicadores de resultados que não estivessem sendo cumpridos, nós deveríamos ter o poder de tirá-los dessa posição, assim como qualquer CEO é retirado de uma empresa quando ele não vai bem. Quando nós fizermos isso, vamos ter uma administração pública totalmente diferente do que nós temos no Brasil hoje. Aonde eu fui e apliquei isso eu tive resultados. Meu sucesso no mundo da administração pública foi por conta desse modelo. Em relação à sua experiência de trabalhar num filme, orientar e ser mote de um personagem que se tornou um ícone. Você imaginava que esse personagem fosse mobilizar tanto assim o público? Nós não tínhamos ideia do que ia acontecer. A repercussão do
“Qualquer CEO é retirado de uma empresa quando ele não vai bem.” Capitão Nascimento no primeiro filme foi forte, acho que por conta do antagonismo entre o trabalho dele e o efeito que seu trabalho vinha produzindo na sua casa. Isso humanizou o personagem, serviu para a humanização da figura do policial, que tem os seus valores, mas que acaba cometendo até desvios de conduta. Mas, na verdade, nós não tínhamos a dimensão do que ia acontecer, principalmente com o mundo corporativo. Não tínhamos ideia de que as pessoas se veriam identificadas com aquele cara que se dedicava tanto ao trabalho e queria ir além; tinha uma equipe que treinava forte e buscava formar aquele que o iria substituir querendo que ele fosse melhor do que ele próprio, porque o processo de sucessão deve ser entendido como natural. Você não está formando alguém para ser seu competidor, você está formando alguém para ser seu substituto, porque você não vai permanecer na sua função eternamente. Em algum momento você vai sair dali para entrar num outro nível. Eu acho que esse foi o motivo da grande mobilização do público. Mas a transformação do personagem nesse herói é que foi uma coisa inesperada para todo mundo. NRespostas
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Capa
por Renata AraĂşjo
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A invenção da escrita, da roda, a capacidade de confeccionar ferramentas e o surgimento da prensa mecânica para a impressão de textos são adventos que comprovam que a história da humanidade se confunde com a história do conhecimento (Cortella, 2010). Contudo, a instantaneidade com que a comunicação e a divulgação das mais diversas formas de livre expressão de pensamento se dá no mundo atual imprime às sociedades contemporâneas ritmo de desenvolvimento bastante diferente dos apresentados na humanidade desde seu início. A necessidade de saber o que ocorre além de suas experiências diretas é considerada, pelos antropólogos, uma característica intrínseca ao ser humano e sua existência é observada desde os povos mais primitivos. Atendendo a este instinto, o instinto de conscientização (o Awareness Instinct, de Kovach e Rosenstiel, 2001) existe desde os primórdios da humanidade: a comunicação. O premiado filme “A Guerra do Fogo” (La Guerre du de massa, as atenções estavam voltadas para o cinema. Feu), produção franco-canadense de 1981, nos ilus- Uma tela enorme reunia pessoas em locais públicos tra a clara supremacia dos grupos de hominídeos que para compartilhar experiências e emoções. Com o haviam desenvolvido maior complexidade na forma e tempo, a televisão ganhou lugar de destaque e sua tela, melhor domínio dos meios de se comunicar. As dife- instalada no ambiente privado das residências, conecrenças entre a comunicação pré-histórica e contem- tava todos da casa com os acontecimentos do mundo. porânea são bem menores do que podem parecer à Com passar do tempo, a tela do computador transforprimeira vista, uma vez que o princípio básico da co- mou a rotina de todos. Trabalhar, aprender, se divertir municação continua o mesmo: intercâmbio de infor- e interagir passou a ser uma experiência individual na mações em que se busca a mínima distorção dos dados qual o real e o virtual se misturam. De repente, surtransmitidos. Francis Bacon, pensador do século XVI, ge a tela que mudaria em definitivo todo o processo da comunicação, a “tela de bolso” dizia que “saber é poder” e essa verdade impera desdisponível em smartphones e tade o surgimento dos homo sapiens sapiens. Sucessivas blets. É a evolução dos aparelhos transformações na forma de se comunicar, como as de telefone celular e dos cominvenções do telégrafo, do rádio e da televisão acaputadores portáteis. A partir de baram reduzindo o mundo a então, a comunicação tornou-se uma imensa “aldeia global”. sem fronteiras. A conexão com o Mas o que consolidou defini“As diferenças mundo é constante. A qualquer hora, em qualtivamente a ideia de globalientre a quer lugar e sem nenhuma espécie de filtro ou zação foi o progresso tecnocomunicação freio, informações vão e vêm, interligando lógico advindo do fácil acesso pré-histórica e contemporânea instantaneamente povos, culturas e nações à internet, dos computadores são bem (The fourth screen - http://www.youtube. pessoais e dos gadgets. menores do que com/watch?v=5V-2qQS3NY0). Não existe Ainda no início da evolução podem parecer mais privacidade, sendo ou não conhecida do dos meios de comunicação
à primeira vista.”
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Capa
grande público, qualquer um pode ser fotografado e filmado a qualquer hora do dia ou da noite, em qualquer lugar, e ter sua intimidade espalhada pelos quatro cantos do mundo. O processo de digitalização facilita o contato entre os membros de grupos
“A tecnologia, no campo da comunicação, liberta os indivíduos das limitações de espaço e tempo.”
sociais e tem sido de tal forma importante que chega a provocar confusão semântica. Redes sociais são estruturas que unem indivíduos no compartilhamento de valores e objetivos e existem desde o início da humanidade. Facebook, Linkedin, Orkut, Twitter nada mais são do que plataformas e veículos que facilitam o contato e a aproximação interativa desses grupos. Com o advento da internet banda larga e com o barateamento do seu acesso, os mundos on e off-line se misturam e brigam por relevância diante do usuário, é o cibridismo. A pesquisadora Giselle Beiguelman considera que a experiência de estar entre redes já caracteriza o século XXI como cíbrido e que aparelhos de telefone celular estão nos transformando em ciborgues, uma vez que se tornaram quase que uma extensão do nosso corpo e, graças à alta tecnologia mobile, expandem nossa experiência cotidiana ao possibilitar o acesso à realidade mista, fusão dos ambientes real e virtual. A sociedade da terceira onda, ou da Revolução Tecnológica, é caracterizada pela mudança no enfoque do massificado para o individualizado. A busca pelo pontual, pelo individualizado e customizado, substituiu as grandes escalas e a produção em série da Revolução Industrial. A ilimitada capacidade de armazenamento de dados da web permite que o fenômeno conhecido como “cauda longa” seja explorado e pequenos nichos 12
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de mercado sejam atendidos. Somando-se a isso, o avanço das tecnologias digitais retirou o consumidor da posição passiva de público-alvo, o colocou como figura determinante no processo de produção de riquezas e concedeu ao cidadão comum poderes até então inimagináveis. Desde então, vivemos tempos em que o conhecimento não é mais apenas um meio adicional de produção de riqueza, ele é seu meio dominante, conforme Alvin Toffler preconizou, em 1970. Nessa Era, a Era da Comunicação Digital, a importância e o valor de uma empresa estão dentro da cabeça das pessoas que lá trabalham. O patrimônio das organizações não é mais medido pelo seu inventário tangível e mensurável. Até mesmo os arquivos que armazenam as informações e o conhecimento da empresa já não ocupam espaço físico. Tais dados são armazenados de forma abstrata, sem ocupar espaço nem mesmo em discos rígidos, desde o surgimento da nuvem de computação, a cloud computing. Comunicar-se de forma interativa e veloz é fator determinante no usufruto pleno da vida na sociedade contemporânea. Tem mais poder aquele que melhor domina as ferramentas tecnológicas e quem transita com maior desenvoltura no ciberespaço. O desenvolvimento e o aumento na quantidade de plataformas digitais com interfaces cada vez mais acessíveis transformaram sobremaneira o comportamento das redes sociais e constituíram uma forma sociocultural que advém de uma relação íntima de troca entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias (Wikipédia). É a Cibercultura, assim denominada por Pierre Lévy, filósofo que se dedica a analise das interações entre a sociedade e a internet. Para ele, a tecnologia, no campo da comunicação, liberta os indivíduos das limitações de espaço e tempo, permitindo conhecer lugares, assuntos que não poderiam ser conhecidos por inúmeras pessoas se não estivessem disponíveis nas infovias. A facilidade de acesso à informação, a liberdade de escolha dos conteúdos e o www.nrespostas.com.br
consequente aumento do poder das pessoas enquanto consumidoras de produtos e de mídias foram alavancados a partir da internet comercial, em meados da década de 1990; contudo, não foram iniciados por ela. Esse processo teve início com a invenção do controle remoto para TVs (nos anos 1970), possibilitando ao usuário/consumidor a edição da mídia à sua maneira. É o que diz Martha Gabriel, em seu livro Marketing na Era Digital: Conceitos, Plataformas e Estratégias (Novatec, 2010). À medida que as tecnologias digitais têm presença mais constante nas atividades humanas, o marketing passa a influenciar ainda mais o ambiente digital. Para a especialista, com o acesso à informação começando na palma das mãos das pessoas, elas passam a ter presença ativa em meio às marcas e frente aos demais consumidores. Poder buscar informações sobre empresas, marcas e produtos, quando e onde desejar, significa também poder trocar dicas, elogios e queixas com seus pares a qualquer instante e em velocidade suficiente para provocar sucesso imediato ou enorme prejuízo a qualquer marca ou negócio. Essa realidade induz ações de marketing direcionadas a segmentos específicos da sociedade, em oposição às ações tradicionais do marketing de massa, e muda completamente a relação marca/consumidor. O comportamento do usuário é o que alavanca a evolução das plataformas. A web 1.0, inicialmente utilizada apenas para consultas e captação de informações, passou a possibilitar também a inserção e troca de conteúdos pelos usuários (web 2.0). O desenvolvimento da web semântica, a 3.0, na qual haverá interpretação e contextualização dos dados, vem atender à demanda natural dos que incorporaram essa plataforma como principal fonte de informação e meio de interação. O uso refinado das ferramentas de tecnologia digital confere a quem o faz o poder de selecionar pontualmente seus interesses e merece ser respeitado nesse direito. Para Seth Godin, Vice-presidente de Marketing de Permissão do Yahoo!, a maneira mais eficaz de atingir esse público é conquistando sua permissão para se apresentar. Assim, ele recrimina o uso de banners, pop-ups e demais práticas do marketing interruptivo, característicos da TV e do rádio. Também no ambiente organizacional a comunicação fevereiro\ março 2012
digital transformou comportamentos. Não importa o campo de atuação nem o tamanho da empresa, é inevitável a utilização de computadores e/ou algum dispositivo digital. Sistemas integrados de gestão, portais corporativos e intranet, plataformas de mídias digitais e de redes sociais ou mesmo a simples troca de emails imprimem novo ritmo e intermediam novas formas de relação da empresa, quer seja com seu público externo, quer com o interno. Neste contexto, o apresentador, blogueiro, twitteiro e multimídia Marcelo Tas alerta: “quem acha que vai resolver a vida da empresa com equipamentos e novidades tecnológicas está embarcando numa canoa furada. Primeiro tem que resolver a rede de seres
“Vivemos a era da informação instantânea e altamente acelerada na disponibilidade de dados.”
humanos. Depois é que podemos virtualizá-la sem prejuízo da perda de qualidade”. Além disso, é preciso cautela para não se colocar a temática da digitalização como sendo a única alternativa de sucesso. Esse conselho, do filósofo e educador Mario Sérgio Cortella, baseia-se na ideia de que a sociedade do imediato nos atinge. “Vivemos a era da informação instantânea e altamente acelerada na disponibilidade de dados. É a geração miojo. Relação miojo, namoro miojo, sexo miojo... Começamos a procurar o que é prático, ao invés de procurarmos o que é certo. Seria tolo não usar a tecnologia à nossa disposição para fazermos melhor o que fazemos. Então, não é que ela deva ser descartada, ela apenas não pode nos submeter.”
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Recursos Humanos
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Eduardo Ferraz
www.eduardoferraz.com.br
Pergunta: Jane Santos Gerente Comercial
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Como posso saber se os treinamentos que contrato realmente estão dando resultado?
Treinamentos dão resultados? Sem treinamentos adequados as pessoas atuam no padrão “tentativa e erro”. Cada um faz do seu jeito e os desempenhos acabam sendo pouco consistentes. Atletas de sucesso, além de possuírem um talento, treinam muito. “Profissionais enorme Mesmo um pianista excelente de alto nível nos esportes precisa de muitas horas de prátie artes ca e exercícios intensivos para ingeralmente terpretar uma partitura de forma gastam 98% impecável. Profissionais de alto de seu tempo nível nos esportes e artes geraltreinando ou mente gastam 98% de seu tempo estudando, e, treinando ou estudando, e, no no máximo, máximo, 2% do tempo se apre2% do sentando em público. tempo se Mas, nas empresas, acontece o apresentando contrário: investe-se 2% do temem público.” po em treinamento e 98% na execução de tarefas. É claro que, com 14
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essa proporção, haverá dificuldades para se alcançar resultados excelentes. Não há milagres. Já pensou o que aconteceria se um cantor de ópera resolvesse diminuir pela metade seu tempo de preparação e ensaios? E se um atleta interrompesse seus treinos um mês antes de uma competição importante? Você consegue imaginar as consequências? Quando os resultados começam a piorar ou a concorrência ocupa mais espaços, as empresas tendem a se proteger tomando as medidas imediatistas, como demitir funcionários ou concluir que “falta motivação”. Então, usam discursos repetitivos e medidas meramente paliativas. O efeito dura pouco, já que não se treinou ninguém para valer. É como enxugar gelo! Neste cenário, são poucos os que têm a coragem de admitir que muitos funcionários www.nrespostas.com.br
(inclusive alguns chefes) não dominam suficientemente as operações ou não sabem executar tecnicamente as tarefas mais importantes. É mais fácil culpar a falta de motivação. Convenções, discursos e palestras (eu também dou palestras) são práticas louváveis, desde que acompanhadas de treinamentos técnicos intensivos. E se eu treinar bastante minha equipe, ganho o jogo?
“São poucos os que têm a coragem de admitir que muitos funcionários (inclusive alguns chefes) não dominam suficientemente as operações ou não sabem executar tecnicamente as tarefas mais importantes.”
Ainda não. É preciso avaliar a qualidade e os resultados dos treinamentos. Se a empresa quiser bancar um curso sobre liderança para um funcionário, é fundamental mensurar os resultados. Avalie o desempenho prático. Questione o que está sendo usado e se está dando resultados.
Analise também os instrutores ou consultores. Compare o que foi prometido com o que está sendo entregue. Invista tempo e dinheiro no que realmente gere resultados mensuráveis. Quando fizer um curso de vendas para sua equipe comercial, por exemplo, avalie os resultados numéricos antes e depois do treinamento. Funcionou? Então continue investindo. Só assim você saberá se contratou o treinamento certo.
Eduardo Ferraz é consultor em Gestão de Pessoas e especialista em treinamentos e consultorias “in company”, com aplicações práticas da Neurociência comportamental, possuindo mais de 30.000 horas de experiência prática. É pós-graduado em Direção de Empresas, especializado em Coordenação e Dinâmica de Grupos e autor do livro “Por que a gente é do jeito que a gente é?”, da Editora Gente. Para mais informações, acesse www.eduardoferraz.com.br.
A Vida é uma jornada de aprendizagem e autoconhecimento. Ser capaz de se colocar como aprendiz é essencial para viver com qualidade, profundidade e ética. Pensando nisso, a Homero Reis e Consultores preparou o curso “Maestria Pessoal” para resgatar o prazer e a conexão com sua própria aprendizagem e autodescoberta constante, para que você possa ser tudo de melhor que pode ser. Venha conhecer a melhor parte do seu caminho!
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Vendas
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Rodrigo Cardoso
www.rodrigocardoso.com.br
Pergunta: Roberto dos Santos Vendedor
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Estou iniciando a carreira de vendedor e quero muito ser bem-sucedido nessa área. Existe um “passo a passo” que eu possa seguir?
A melhor maneira
de combater
objeções
Alguma vez você já ouviu um “NÃO” no processo de vender um produto ou serviço, ou mesmo em uma negociação? Imagino que sua resposta seja um sonoro: - É claro que sim! Geralmente, é nesse momento que um profissional de vendas ou um negociador entra em desespero, sonhando com o fabuloso dia em que fará uma negociação e tudo sairá do jeitinho que ele quer, com o seu cliente dizendo “SIM” o tempo todo, para tudo o que ele expuser. A questão é que esse fabuloso dia simplesmente nunca chegará! Precisamos urgentemente aprender a conviver com “Precisamos as objeções e, principalmente, pasurgentemente sarmos a gostar delas, porque são aprender a preciosas oportunidades de aprenconviver com dizado. E você certamente dirá: as objeções e, - Mas, Rodrigo, gostar das objeprincipalmente, ções?! Que ideia maluca é essa? passar a gostar Isso mesmo! Acredite, não podedelas.” ria haver nada pior do que ouvir 16
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“SIM” durante toda sua explanação e, ao final, quando fizesse a pergunta mais importante – “Então, o senhor está interessado em adquirir nosso produto (ou serviço)? – ele simplesmente lhe dissesse um sonoro e lacônico “NÃO, OBRIGADO!”. Porque aí sim, iludido pela recorrente aceitação e concordância de seu cliente, você ficaria completamente sem argumentos. As objeções conspiram a nosso favor, indicam o caminho para a conclusão da venda. São elas que nos revelam o que falta para fechar um bom negócio. Portanto, aprenda a tirar proveito delas e torne-se um vendedor e negociador exemplar. O grande problema é que os profissionais de vendas, sem treinamento adequado, querem combater as objeções no momento em que elas aparecem. É como chutar para o gol em cima dos zagueiros. O que sugiro, neste artigo, é que você primeiro drible os zagueiros e até o goleiro, para somente depois chutar e fazer o gol! Aqui vão as dicas de como fazer: www.nrespostas.com.br
• Primeiro passo
“Você deve descobrir quais são as objeções do seu cliente para a conclusão positiva do negócio que deseja realizar.”
muito perigoso. Pois bem, usando a mesma objeção do cliente, você deve cercá-la perguntando: - Essa é a única coisa que lhe impede? Quero dizer, além de o senhor achar “caro”, existe mais alguma coisa que lhe impede de adquirir o produto hoje?” Se ele responder que sim, basta voltar ao primeiro passo e repetir o processo, ANTES de começar a combater a objeção. Vá obtendo sintonia com ele. Pergunte: - Além de caro, além de o senhor não tomar decisão sem sua esposa, de não ter tempo, ainda tem mais alguma coisa que o impede? Verifique as expressões faciais e corporais, isso é muito importante. O que você está fazendo aqui é cercando e driblando os zagueiros. Apenas depois de esgotar todas as objeções é que você deve seguir em frente.
Você deve descobrir quais são as objeções do seu cliente para a conclusão positiva do negócio que deseja realizar. Na analogia que estou fazendo, é o mesmo que descobrir quais são os zagueiros e onde estão posicionados, antes de chutar para o gol, ou seja, significa argumentar as objeções e concretizar a venda. Para descobrir onde estão os zagueiros, ou melhor, as objeções, use perguntas como “O que lhe impede de adquirir nosso produto ou serviço agora?”. Provavelmente, as respostas dele serão as costumeiras, do tipo “Não tenho dinheiro, acabei de reformar a casa, estou sem tempo, não posso tomar decisões sem minha esposa etc.” Esses são os zagueiros! Geralmente, um vendedor sem treinamento começa a combater as objeções nesse exato momento. Errado! Embora ele já tenha identificado as razões que podem impedir o cliente de comprar, ainda não é hora de argumentar, ou seja, não é hora de chutar a bola para o gol. O mais prudente e inteligente, neste mo- • Terceiro passo mento, seria driblá-los para chutar Use o acordo condicional. Antes de somente quando o gol estiver livre. começar a usar todos os seus habitu• Segundo passo ais argumentos, tais como diferentes Faça as objeções serem as últimas, formas de pagamento, modelos mais ou seja, cerque-as antes de combatê- acessíveis e todos os outros que você -las! já usa tão bem, ouça um “SIM” do É simples: com tranquilidade, ten- cliente para seguir em frente. Para tando ajudar o cliente a tomar a isso, ofereço a você agora um predecisão, faça perguntas repetindo sente, ou seja, a pergunta que vai faexatamente a mesma palavra que ele zer você ganhar o seu cliente porque usou. Atenção! Eu digo exatamente só permite uma resposta verdadeira. porque na mente dele “caro” é dife- E esta resposta é “SIM!”. rente de “alto custo”, que é diferente “Caro cliente, se nós dois juntos ende “preço acima das minhas possibi- contrarmos uma solução para essas lidades”. Para você, pode ser a mes- objeções, que O SENHOR CONma coisa, mas não corra o risco de CORDE, é claro, estaria disposto criar sinônimos. Em vendas, isso é a falar a respeito da aquisição deste
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produto (ou serviço)?” Atenção, leitor, essa é a sua hora de chutar para o gol! Coloque ênfase no tom de voz ao falar “... QUE O SENHOR CONCORDE...”, pois são exatamente essas palavras que garantem o “SIM” como resposta. Você está partindo do pressuposto que venderá apenas se ele concordar com as soluções. Apenas após responder SIM é que você deve começar a argumentação de cada objeção. Infelizmente, não dá para sugerir argumentações para cada objeção do seu cliente neste artigo porque isso varia de produto para produto e de serviço para serviço, além do mais, você já deve saber argumentar muito bem. O que ensinei agora foi como chutar para o gol no momento certo! Com esses três passos, que também ensino nos meus treinamentos para vendedores, tenho obtido depoimentos de pessoas que aumentaram em até dez vezes o seu faturamento mensal, empresas que superaram suas metas de vendas por seis meses consecutivos com crescimento constante e muitos outros que você pode conferir no meu site, na seção de depoimentos. Meu desejo é que você pratique muito. Utilize o acordo condicional, memorize-o, torne-o natural, faça-o com suas palavras. Aproveite as técnicas e bons negócios!
Rodrigo Cardoso é palestrante corporativo, autor do livro “A resposta do sucesso está em suas mãos” e coautor do best seller internacional “Ganhando mais”, com Ian Brooks. www.rodrigocardoso.com.br
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Pedro Mandelli
Além da hierarquia
Pense na sua vida do final para o começo Parte I
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m geral, as pessoas que reclamam de baixa qualidade de vida estão falando, na verdade, da pouca quantidade de ócio. A pessoa não gosta do que faz, não sabe aonde vai, não tem perspectiva e debita à empresa sua falta de horizonte. Às 7 horas da noite, não aguenta mais. Quando chega em casa, a esposa diz: “Coitado!”. Deve ser mesmo “Em vez de pen- um coitado: passou o dia insar quantidade de teiro aborrecido com a falta de ócio, reflita sobre sentido do trabalho. Não gossua qualidade de ta muito do que faz, não gosta vida futura!” muito da profissão, não sabe o que está fazendo com ela e, no início da noite, não aguenta mais: isso acontece com quem trabalha somente com as estruturas de dever e acha que terá prazer no ócio.
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AVALIE SUA SITUAÇÃO Em vez de pensar quantidade de ócio, reflita sobre sua qualidade de vida futura! Prepare uma lista das coisas que você faz diariamente e atribua a cada item o percentual de tempo dedicado. Normalmente, as pessoas atribuem 80% para trabalho e 20% para diversão e pronto. Dessa lista, entretanto, podem constar muitas outras coisas: trabalhar, estudar, planejar, sobreviver, crescer, cuidar da network, investir, divertir-se, entre tantas outras. Note como essas áreas acabam correspondendo às funções de qualquer empresa: produção, marketing, finanças, engenharia, manutenção, planejamento e por aí vai... Tendo em mente quanto você vale e quanto quer valer dentro de três anos, pegue item por item da lista e defina: vou destinar tantos por cento do meu tempo para trabalhar, tantos para estudar e assim por diante. Ao fazer isso – e tendo em mente o que quer ser e valer –, você se projeta no futuro. Quando voltar para o presente, pode ser que sinta necessidade de fazer alguns ajustes. Quem sabe cortar um pouco do divertimento e aumentar o estudo. Se não fizer isso, estará comprometendo o que quer ser lá na frente. www.nrespostas.com.br
Prepare-se, portanto, para ter respostas claras e rápidas para estas perguntas: • Quanto pegou de seu caixa para ampliar suas principais competências neste ano?
pessoas que investem em si mesmas. O autoempresariamento e o autoempreendimento são fundamentais. Quantas pessoas você conhece que realmente fizeram a diferença se autoempreendendo neste último ano? Poucas!
• Quantos convites recebeu para realizar outros trabalhos além de sua atividade principal? • Fez alguma palestra, deu aulas? • Participou de algum grupo interempresarial discutindo temas de interesse? • Participou de congressos em sua área? • Esteve fora do país em alguma visita de negócios? • Com quantas empresas de outro estado ou país teve contato neste último ano? • Em sua rede de relacionamentos, quantas pessoas estão envolvidas em operações internacionais?
Pense no seguinte: antigamente, as empresas pegavam pessoas passivas e investiam na formação delas. Hoje, ou buscam profissionais que já passaram por essa fase de investimento em outras organizações ou contratam
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Pedro Mandelli é consultor na área de mudança organizacional, sócio-diretor da Mandelli Consultores Associados, é professor da Fundação Dom Cabral e autor do livro “Muito além da hierarquia”. Leia mais sobre o assunto em: Muito além da hierarquia Pedro Mandelli Editora Gente - 2001
Em um cenário cada vez mais diversificado, o gestor precisa ter em sua equipe pessoas que sejam autônomas. E façam acontecer. Para isso, é preciso que cada gestor faça um autodiagnóstico gerencial e transforme-se em um profissional além da hierarquia. Esse conceito, criado pelo renomado professor e consultor Pedro Mandelli, vai ajudá-lo a assumir o perfil de um gestor que valoriza as pessoas e os processos de desenvolvimento próprio e de seus subordinados, tendo como objetivo capacitar a equipe para que todos cresçam profissionalmente e entreguem os resultados. Nesta edição, revista e ampliada, além de pontos-chave da gestão de pessoas, como o entendimento da relação líder-liderado e o respeito ao alinhamento de comportamento em um time, o autor aborda, em um novo capítulo, todos os aspectos da criação de um ambiente de alta performance para toda a organização. Com a aplicação desses conceitos, sem dúvida você tem tudo para se tornar um líder muito além da hierarquia.
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N Flashes
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1. Mais de 900 pessoas compareceram à abertura do Top 10 Empresarial em 2012.
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2. Equipe da Wizard. 3. Adroaldo Lamaison deu um show de como fazer um bom atendimento utilizando o violão. 4. 2000 presenciaram o fechamento do Top 10 2011 com João Dória e a entrega do Prêmio MPE Brasil. 5. Ganhadores do MPE Brasil 2011. 6. Da direita para esquerda: Antonio Valdir Oliveira Filho - Diretor-Superintendente do Sebrae no DF, Luiz Barretto – Diretor-Presidente do Sebrae Nacional, João Dória Júnior – palestrante e apresentador, e o Senador Rodrigo Rollemberg. 7. Equipe da Petrobras. 8. Carlos Hilsdorf faz dinâmica com cartas para os finalistas. 9. Equipe da Cacau Show. 10. João Dória Jr. mostra como a atuação dos líderes fazem diferença na gestão.
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Fotos: Telmo Ximenes
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O que eles dizem da N Produções:
Cláudio Diogo
Wendell Castro
Vanessa Aires de Sousa Rosa
Consultor - Tekoare
Gerente Comercial - Gráfica Gravo Papers
Franqueada da Wizard
“Há quase seis anos fui procurado por um empreendedor brasiliense que me convenceu a participar de um sonho: ajudar empresas e pessoas na busca de resultados positivos através de eventos surpreendentes. Hoje, como conferencista, consultor ou empresário, fico muito feliz em saber que faço parte da história da mais bem-sucedida fevereiro\ março 2012 empresa do ramo.”
“Os ‘conhecimentos’ são acumula- “As palestras da N Produções inspidos, alguns esquecidos e outros ultra- raram-me em inúmeros momentos passados... As ‘mudanças’ nos fazem da minha vida e me ajudaram a descobrir o que somos e o que vamos tomar decisões em vários setores ser... O ‘crescimento’ é o reflexo do dela. Hoje sinto-me muito realizada conhecimento e da mudança. Essas e feliz, mas tenho ainda grandes sotrês palavras fazem parte da N Pronhos e desafios futuros a alcançar. duções e participando desses eventos Nas palestras encontro inspiração, podemos nos capacitar para nossa recebo novas ideias e respostas aos vida pessoal e profissional.”NRespostas meus projetos futuros.” 21
Opinião
Iniciativa e acabativa
Stephen Kanitz
Isto é um teste de personalidade que poderá al- a campo implantá-la. terar a sua vida. Portanto, preste muita atenção. • Iniciativos são criativos, têm mil ideias, mas Iniciativa é a capacidade que todos nós temos de abominam a rotina necessária para colocá-las em criar, iniciar projetos e conceber novas ideias. prática. São filósofos, cientistas, professores, inAlgumas pessoas têm muita iniciativa e outras telectuais e a maioria dos economistas. São fatêm pouca. mosas as histórias de economistas que nunca Acabativa é um neologismo que significa a ca- assinaram uma promissória. Acabativa é o ponto pacidade que algumas pessoas possuem de ter- fraco desse grupo. minar aquilo que iniciaram ou concluir o que • Acabativos são aqueles que gostam de imoutros começaram. É a plantar projetos. Sua atencapacidade de colocar ção vai mais para o detalhe em prática uma ideia e do que para a teoria. Não se levá-la até o fim. preocupam com o imenso Os seres humanos potédio da repetição do dia a dem ser divididos em dia e não desanimam com as três grupos, dependeninúmeras frustrações da imdo do grau de iniciativa plantação. Nesse grupo está a e acabativa de cada um: maioria dos executivos, emos empreendedores, os iniciatipresários, administradores e vos e os acabativos - sem contar engenheiros. os burocratas. Essa singela classificação expli“Uma ideia • Empreendedores são aquesomente no papel ca muitas das contradições do les que têm iniciativa e acabatimundo moderno. é letra morta, va. Um seleto grupo que não se Empresários descobrem rapiinútil para a contenta em ficar na ideia e vai damente que ficar implantando sociedade como
um todo.”
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suas próprias ideias é coisa de empreendedor egoísta. Limita o crescimento. Existem mais pessoas com excelentes ideias do que pessoas capazes de implantá-las. É por isso que empresários ficam ricos e intelectuais, professores – entre os quais me incluo – morrem pobres. Se Bill Gates tivesse se restringido a implantar suas próprias ideias teria parado no Basic. Ele fez fortuna porque foi hábil em implantar as ideias dos outros – dizem as más línguas que até copiou algumas. Essa classificação explica por que intelectual normalmente “Um dos odeia empresário, e vice-versa. neoliberal conviverão às problemas Há uma enorme injustiça na turras, quando deveriam do Brasil é medida em que os lucros fluem justamente unir-se. a eterna para quem implantou uma Se você tem iniciativa mas predominância, ideia, e não para quem a teve. não tem acabativa, faça em cargos de Uma ideia somente no papel é correndo um curso de ministérios, de letra morta, inútil para a socieadministração ou tenha professores dade como um todo. como sócio um acabatibrilhantes e Um dos problemas do Brasil é vo. Há um ditado chinês – com iniciativa, justamente a eterna predomi“Quem sabe e não faz, no mas com pouca nância, em cargos de ministéfundo, não sabe” – muito ou nenhuma rios, de professores brilhantes apropriado para os dias de acabativa.” e com iniciativa, mas com pouhoje. ca ou nenhuma acabativa. Para Se você tem acabativa mas o Brasil começar a dar certo, não tem iniciativa, faça um precisamos procurar valorizar mais os brasi- curso de criatividade, estude um pouco de leiros com a capacidade de implantar nossas teoria. Empresário que se vangloria de nunca ideias. Tendemos a encarar o acabativo, o ad- ter estudado não serve de modelo. No fundo, ministrador, o executivo, o empresário como a esquerda precisa da acabativa da direita, e sendo parte do problema, quando na realida- a direita precisa das iniciativas da esquerda. de eles são parte da solução. Finalmente, se você não tem iniciativa nem Iniciativo almeja ser famoso, acabativo quer tampouco acabativa, só podemos lhe dizer ser útil. uma coisa: meus pêsames. Mas a verdade é que a maioria dos intelectuais e iniciativos não têm estômago para devotar uma vida inteira para fazer dia após dia, digamos, bicicletas. O iniciativo vive mudando, Stephen Kanitz é conhecido pelas inúmeras previsões corretas que tem feito sobre a economia brasileira, algo raro neste país. testando, procurando coisas novas, e acaba Articulista de sucesso, seus artigos podem ser acessados pelo e no twitter @stephenkanitz. tendo uma vida muito mais rica, mesmo que www.kanitz.com.br, Consultor de empresas e autor “O Brasil que dá certo”. Formado pela Harvard Business School. seja menos rentável. Criador da edição de Melhores e Maiores da Revista Exame e do Por isso, a esquerda intelectual e a direita Prêmio Bem Eficiente para entidades sem fins lucrativos. fevereiro\ março 2012
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Etc [Entretenimento, trabalho, casa]
por Renata Araújo
Estantes originais. Para quem adora ler, estas podem ser ótimas peças para mobiliar sua sala.
Carro do futuro. A Chevrolet está desenvolvendo tecnologia para criar um carro que estaciona sozinho, comandado via smartphone. A tecnologia poderá chegar às ruas a bordo do EN-V.
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Ipad com assinatura. Chanel, Louis Vuitton, Gucci, Dolce & Gabbana e outras grandes grifes emprestam sua elegância para vestir os ipads das suas Mark lovers.
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N Investimentos Demetrius Borel Lucindo
Poupança Para ter uma vida financeira equilibrada é neces- estará frustrado, revoltado, estressado e infeliz, sário gastar menos do que se ganha (superávit). achando que o mundo não foi justo com você. Definir qual é o nível ideal é uma questão pesso- Tão pouco faça uma poupança eterna e torne-se al. O que deve ser primordial é poupar a maior um “MÃO DE VACA”; a vida é breve. O prinparcela possível sem abrir mão de desfrutar o cipal objetivo de se poupar quando é mais novo presente com qualidade de vida. Evidente que é exatamente usufruir das vantagens que isso irá evitar os excessos do hoje significa proporcionar à sua vida. Cheques recompensas maiores no amanhã. especiais, talões de financeiras e Diversão, viagens e férias podem ser prestações com juros abusivos se“Diversão, programadas e terem os custos bem rão do seu total desconhecimento. viagens reduzidos, lembre-se que uma cerA N INVESTIMENTOS Gestão e férias vejinha com farofa de frango pode de Recursos Financeiros nasce podem ser ser mais divertido que caviar com programadas com o propósito de ajudar você uísque, afinal, o que faz o ambiente a encontrar esse equilíbrio. Em e terem os agradável e divertido são as pessoas. breve teremos à disposição do custos bem reduzidos.” Agora, se você acha que carro é nosso estimado público o prograinvestimento – CUIDADO –, seu ma de educação financeira com a caso é grave. Carro e afins são bens qualidade e padrão do Grupo N. de consumo, e se forem financiados em diversas Mande suas dúvidas para o nosso consultório parcelas é LOUCURA FINANCEIRA. Vale a financeiro. pena usar um mais velhinho no presente e no futuro comprar os mais modernos e bonitos à vista. Não cometa o erro da grande maioria de NÃO POUPAR NADA; envelhecemos e o futuro é Demetrius Borel Lucindo é Economista e Administrador Financeiro, profissional de mercado desde 1986, quando começou sua carreira profissioincerto, e antes disso, na idade mediana, você nal, destacando-se em várias instituições financeiras. fevereiro\ março 2012
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Roberto Shinyashiki
Dicas de campeão
Cinco
segredos para resolver problemas “O sucesso vai surgir para muitos e um deles pode ser você. É preciso se acostumar a resolver os problemas dos seus clientes”
“Você precisa fazer questão de conversar com as pessoas para conhecer suas dificuldades, insatisfações e angústias.” 26
Resolver problemas exige um método. Aliás, ter um método é fundamental para tudo o que se quer fazer bem na vida. Em especial, quando a questão é resolver problemas, os procedimentos devem ser cuidadosamente elaborados. Quando alguém lhe trouxer um problema, sugiro que você use estes cinco importantes passos para resolvê-lo. Você vai notar a diferença nos resultados:
acontecem, ir à “cena do crime”, como dizem os investigadores. Você precisa fazer questão de conversar com as pessoas para conhecer suas dificuldades, insatisfações e angústias. Se você ficar em seu escritório trabalhando com base apenas em relatórios, corre o risco de se alienar do que está acontecendo e, de repente, tomar um susto com qualquer catástrofe que surgir.
Passo 1: Esteja presente
Grande parte do sucesso de uma pessoa acontece simplesmente pelo fato de ela estar presente no local em que as coisas acontecem. É preciso estar no lugar em que as coisas
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Passo 2: Escute com atenção
“É preciso identificar o problema, encontrar uma solução e depois comprometerse com ela, até que seja implementada completamente.”
As pessoas precisam ter espaço para contar sua história, principalmente no caso de já terem feito algum esforço que não foi suficiente para resolver suas dificuldades. Ouvir a pessoa com atenção vai fazer com que ela se sinta valorizada e diminuirá o estresse causado pelo problema. Com uma atitude positiva, deixe a pessoa que traz o problema desabafar e resista à tentação de justificar a ocorrência do problema. Tentar negar que ela tem uma dificuldade é pior ainda. E culpar o outro pelo problema é o começo de uma catástrofe. Passo 3: Defina e deixe claro qual é a solução que você pode oferecer
Defina o que você, sua empresa ou seu negócio podem dar como solução para algum problema do cliente. Fale como você vai resolver o problema da pessoa... Mas mostre a ela também que você tem limites, ou seja, que há coisas que você pode fazer e há outras que não pode para resolver o caso. Seja atencioso, mas realista. Não gere falsas expectativas. Passo 4: Desculpe-se de maneira adequada
Um pedido de desculpas verdadeiro e bem feito já resolve metade do problema, além de abrir os caminhos para que você resolva a outra metade. A melhor maneira de começar a resolver um problema de seu cliente que tenha sido ocasionado por uma falha sua ou de sua empresa é assumindo o erro e pedindo desculpas. Lembre-se: saber se desculpar quando erra apenas engrandece a pessoa, além de servir de excelente exemplo para que outros aprendam a seguir pelo mesmo caminho. É uma ótima maneira de começar a resolver um problema. Mas cuide para que seu pedido de desculpas seja legítimo e tenha a intenção verdadeira de resolver a situação e desfazer a má impressão causada. Passo 5: Comprometa-se com a solução
Então, se você quer ter sucesso a partir da resolução
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de problemas, é preciso identificar o problema, encontrar uma solução e depois comprometer-se com ela, até que seja implementada completamente. Profissionais de sucesso não deixam nada pela metade. Eles consideram que a situação está encerrada somente quanto tudo o que havia para fazer já tiver sido feito. Durante todo o processo, eles estão presentes e acompanham o andamento das coisas. Implementar a solução pode ser algo executado por outra pessoa ou por você mesmo. Se você for o executor, deverá ir até o final do processo, até que tenha efetivamente resolvido o problema. Porém, se você apenas definiu a solução, mas não vai implementá-la pessoalmente, como profissional sensacional, você deverá monitorar todo o processo para garantir que o que foi combinado aconteça de fato. Seguindo esses cinco passos, você estará preparado não apenas para definir o problema de forma mais efetiva, mas também estará assumindo o seu compromisso com a solução. Um abraço, Roberto Shinyashiki
Roberto Shinyashiki é doutor em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP). www.shinyashiki.com.br Leia mais sobre o assunto em: Problemas? Oba! Roberto Shinyashiki Editora Gente
Para ter sucesso atualmente, a lição mais importante é entender que os problemas que as pessoas nos trazem podem ser os melhores presentes que acontecem em nossas vidas. Eu sei que isso pode parecer estranho, pois as pessoas em geral pensam que quando alguém nos traz uma dificuldade está trazendo mais trabalho, preocupação e estresse. Mas o que eu quero que você entenda é que um problema é uma grande oportunidade de crescer, tanto pessoal quanto profissionalmente. Resolver um problema que aparece é aproveitar a chance de mostrar sua competência no trabalho, seu valor como profissional e também de ganhar mais dinheiro. Por isso, quando trazem problemas para a gente resolver, temos que comemorar... Problemas? Oba!
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Eco [notícias]
por Renata Araújo
Frases de quem sabe o que diz “Cada dia a natureza produz o suficiente para nossa carência. Se cada um tomasse o que lhe fosse necessário, não havia pobreza no mundo e ninguém morreria de fome.” Mahatma Gandhi
“A natureza criou o tapete sem fim que recobre a superfície da terra. Dentro da pelagem desse tapete vivem todos os animais, respeitosamente. Nenhum o estraga, nenhum o rói, exceto o homem.” Monteiro Lobato
“Se soubesse que o mundo se acaba amanhã, eu ainda hoje plantaria uma árvore.” Martin Luther King
“Ambiente limpo não é o que mais se limpa e sim o que menos se suja.” Chico Xavier
“É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve.” Victor Hugo
“Se você tem metas para um ano, plante arroz. Se você tem metas para 10 anos, plante uma árvore. Se você tem metas para 100 anos, então eduque uma criança. Se você tem metas para 1000 anos, então preserve o meio ambiente.” Confúcio “A natureza pode suprir todas as necessidades do homem, menos a sua ganância.” Gandhi
“No começo pensei que estivesse lutando para salvar seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora, percebo que estou lutando pela humanidade.” Chico Mendes
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Gestão de Tempo
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Christian Barbosa
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Pergunta: Rafael Lima Desenvolver Web
!
Trabalho muito. Corro o dia inteiro mas sempre tenho a sensação de que não fiz tudo o que deveria. Sempre falta algo... O que estou fazendo de errado?
A vida acontece lá fora
Qual foi a última vez que você saiu do trabalho com Esse “algo que não foi feito” é, literalmente, energia total, disposição e vontade de estudar, fa- você, que está sempre sobrevivendo nesse amzer um exercício, ler um livro, brincar com seus biente, mas nunca sai da “matrix” para viver de filhos ou algo diferente para você? Muitas pessoas verdade. É para isso que serve a administração de não lembram da última vez que conseguiram sair tempo, a produtividade e tudo isso sobre o que do trabalho com disposição para literalmente faze- vivo falando. Para tirar você da “matrix”! rem algo por suas vidas. Nosso trabalho é ilimitado, vamos sempre achar As empresas viciadas nas urgências, a má gestão do coisas para fazer, nunca acaba. Agora, o seu temseu tempo e da equipe, a falta de prioridades claras, po é limitado. Isso significa que se você não coo excesso de reuniões e o volume desnecessário de locar um limite para sua vida profissional, a vida e-mails criaram uma “matrix corporativa”, exata- pessoal não vai existir. Tudo pode ser negociado mente como no filme “Matrix”. ou priorizado para outro momento, e quando Vivemos dentro desse mundo vinão tiver jeito, deve ser a exceção e ciante, que nos envolve por comnunca a regra. “Se você não pleto, suga nossa energia, nos dá a A chave para tornar isso uma realicolocar um impressão de que o tempo está cordade é trabalhar melhor, de forma limite para rendo mais rápido, e no final, fica mais inteligente, utilizando melhor sua vida aquela sensação de que algo não foi profissional, a seu tempo no dia a dia. Você deve feito. Já se sentiu assim alguma vez? descobrir aquilo que mais consovida pessoal 30
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não vai existir.”
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“Você deve
me seu tempo e trabalhar na reduquerem viver seu tempo com mais descobrir ção desse item, aprender a priorizar sabedoria, dá resultado, claro que aquilo que mais consome não da noite para o dia, demora, mas com base em critérios de resultado seu tempo e para conseguir planejar e ter maior acontece. Se achar que não vai dar trabalhar na flexibilidade. Existem várias formas certo, faça uma experiência: imagiredução desse ne-se no futuro, com uns 90 anos de de fazer isso. Uma delas é criar uma item.” meta pessoal de redução do seu horáidade, e conversando com seu EU de rio de trabalho. Por exemplo, vamos 90 anos, perguntando o que ele faria supor que você trabalhe 12 horas/dia, você poderia hoje! Pergunte se ele gostaria de ter passado mais colocar uma meta de reduzir para 11 horas/dia nos tempo no escritório ou vivendo fora da “matrix”! primeiros 60 dias. Isso é realista, vá aos poucos. Faça o seu EU 90 ter orgulho do seu EU NOW, ele Crie um compromisso repetido na sua agenda que com certeza será seu melhor conselheiro. tenha horário de início para a hora que deseja sair, com o seguinte título: “A vida acontece lá fora”. Quem quer faz, quem não quer sempre vai enconAche algo de que você goste muito para fazer e trar uma desculpa. coloque para depois do seu expediente, e sempre que possível, varie essas atividades. A vida acontece lá fora! Quem tem um motivo forte, uma boa razão para “viver fora da matrix”, vai conseguir. Isso é limitar seu tempo, aprender a usar bem as horas dentro do Christian Barbosa é conferencista, empreendedor e sócio da Triad Consulexpediente e evitar uma sobrecarga de horas extras. ting – empresa global de treinamento, consultoria e produtos especializada em produtividade e Master Practitioner em Programação Neurolinguística. Eu já fiz isso diversas vezes com executivos que www.christianbarbosa.com.br
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Comportamento
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Roberto Guimarães
contato@brasilidea.com.br
Pergunta: Carlos de Araújo Designer Gráfico
!
Socorro!
Como gerenciar pessoas criativas para que inovem nas empresas?
Tem um criativo no meu time
Gerenciar mentes privilegiadas pode se tornar um suplício para qualquer gestor. Principalmente quando essa empresa tem arraigada cultura organizacional voltada para qualidade, 5S, hierarquia rígida, baixo nível de participação nas decisões, pouco investimento em treinamento, valorização extrema da disciplina. Pessoas criativas são normalmente avessas a esse tipo de valores. Os criativos são desorganizados, enrolados, impacientes, cheios de energia, estão sempre em busca de algo novo e estimulante, e estão sempre envolvidos em muitos projetos ao mesmo tempo, mas os abandonam no meio do caminho. Apresentam al“O talento tos e baixos repentinos, são pessoas essencial impulsivas, esquecem compromisdo ser sos importantes, perdem objetos humano constantemente, falam o que lhes é o seu à cabeça, não costumam parar potencial vier muito tempo no mesmo emprego, e criativo.” 32
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trocam muito de relacionamento afetivo ou amoroso. Mas são exatamente dessas pessoas que precisamos quando queremos realmente “dar o pulo do gato” e conseguir desenvolver algo novo, estimulante, que faça a diferença no futuro da nossa empresa. O talento essencial do ser humano é o seu potencial criativo. A vontade de realizar algo novo é o maior dos desafios, e um bom gerente deve saber lidar com esse tipo de pessoa. Haverá conflito entre pessoas assim e aquelas outras, mais organizadas, metódicas, objetivas, racionais. Então, se você está gerenciando um grupo multifocal, multifacetado, prepare-se: é uma grande aventura, mas, no final, podem vir à tona verdadeiros tesouros escondidos. www.nrespostas.com.br
Para gerenciar pessoas com perfil criativo, você precisa: 1. Criar um ambiente livre, com espaço físico e psicológico descontraído, com elementos diferentes, propícios para livre manifestação. 2. Determinar os perfis de cada participante através dos perfis característicos do processo criativo: artista, pesquisador, avaliador/julgador, estrategista e fazedor. 3. Jamais monte um grupo de pessoas com o mesmo perfil. Elas irão brigar e haverá perda de energia criativa. 4. Não abandone as pessoas, oriente, mostre o foco, não force. 5. Criativos perdem o foco, ok. Você não, você
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é o gerente. Não o perca, nem quei- convenc iona l, ra que alguém o assuma por você. dos formatos 6. Não se preocupe com produtivi- técnicos, acadêdade, horário, disciplina, anotações, micos ou cientícontrole. Essas pessoas não gostam ficos. Faça assim com a sua equi“Não de limites, respeite isso. pe. Seja simples abandone 7. Essa equipe não é movida por di- e desafie, isso é as pessoas, nheiro, portanto, dê o que eles pre- fundamental. oriente, cisarem e pedirem: música, comida, Esses “patinhosmostre o foco, não force.” cores, objetos, visuais, beleza, tem- -feios” vão se po. Vai sair barato. tornar belos cis8. Oriente-se com um nes. especialista em inova- E a sua empresa também. ção, ele vai ajudar a organizar as fases do proGuimarães é palestrante, especializado cesso criativo, vai dar Roberto em criatividade e inovação. Este arquiteto urbanisé consultor empresarial especializado dicas, vai ajudar a fazer taemtambém gestão, manutenção e redesenho de processos, tendo fundado a BRASILIDEA, uma Consultoria que acontecer. é Centro de Excelência em INOVAÇÃO e um centro Esta abordagem foge do de eventos e palestras em vários temas.
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Envie sua pergunta para o coach Homero Reis. Participe pelo e-mail: leitor@nrespostas.com.br
Homero Reis
Pergunte ao coach
Quando quero atingir uma meta e me deparo com um desafio muito grande, acabo me desinteressando e reformulando meus objetivos e alterando minhas rotas. Será que isso só acontece comigo?
A raposa, as uvas e o coach Cá estou eu, novamente, com minhas recordações de fábulas ouvidas na infância. Foi assim: recentemente, uma aluna me presenteou com um livro das fábulas de Esopo, que continha, dentre outras, a da Raposa e as Uvas. Relê-la foi uma experiência prazerosa. Existem, na verdade, muitas edições deste conto, com pequenas variações, mas o “A mente enredo é sempre o mesmo. Basihumana é camente, narra o episódio no qual capaz de uma raposa tenta, sem sucesso, coproduzir, para mer um cacho de convidativas uvas se proteger, penduradas em uma alta vinha. falsas Não conseguindo, afasta-se, dizenmemórias, do que as uvas estariam verdes. distorcer Em sua moral conclusiva, a fábula percepções, refere-se à negação de um desejo ignorar a partir da dificuldade que temos evidências em enfrentar algum aparente eme contrariar pecilho. Na língua portuguesa esse o básico da conto levou à criação do provérbio lógica. Aí, temos que ter “quem desdenha quer comprar”. A cuidado.” psicologia chama este mecanismo de “dissonância cognitiva”. 34
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Do lado bom da coisa, a teoria da dissonância cognitiva explica que as contradições têm a função de estimular a mente para que obtenha, produza ou modifique crenças, de forma a reduzir o nível de conflito. Do lado negativo, revela que uma das formas de se reduzir o conflito é transferir a responsabilidade pelo fracasso. Isso chega a ser intenso, porque a mente humana é capaz de produzir, para se proteger, falsas memórias, distorcer percepções, ignorar evidências e contrariar o básico da lógica. Aí, temos que ter cuidado. Quando não atingimos uma meta, é fácil tender a depreciá-la, para diminuir o peso do insucesso; é fácil desprezar ou desqualificar o que não se pode alcançar. Muitas vezes, por comodismo ou por falta de foco e determinação, criamos desculpas e justificativas para nosso fracasso. Por outro lado, a construção de uma carreira de sucesso e uma vida relacional significativa parte do princípio de que se admite essa tendência e de que se lute contra ela. Por exemplo: é fácil dizer que não passamos no concurso porque a concorrência estava muito www.nrespostas.com.br
“Não é a raposa que não tem as habilidades necessárias para alcançar as uvas, são as uvas que estão verdes.” acirrada; nosso casamento está ruim, mas todo casamento é assim mesmo; o trabalho é um mal necessário; não conheço um chefe que seja legal etc. Chamo isso de “respostas apaziguadoras”; ou seja, são juízos que construo sobre as coisas, que, de certa forma, amenizam o fato de não ter sido aprovado, viver mal com minha companheira, não gostar do trabalho, minha relação com o meu chefe não ser das melhores etc. É o que a raposa fez ao declarar que as uvas estavam verdes. Do ponto de vista do coach, essa é uma limitação que se sustenta na imaturidade emocional de se assumir como sujeito construtor da realidade. Parte-se do pressuposto que as coisas nos devam ser dadas e que as merecemos por algum predicado especial que julgamos ter. É uma emocionalidade fundada no ressentimento. Julgamos ter merecimentos que os outros ignoram e, por isso, os culpamos por nossos insucessos. Não é a raposa que não tem as habilidades necessárias para alcançar as uvas, são as uvas que estão verdes. O desafio não está, apenas, em reconhecer esse mecanismo, mas em superar esse modelo mental por uma honesta capacidade de nos observar. Se não passei no concurso, com que determinação estudei para tal? Se meu relacionamento afetivo está ruim, qual minha parcela de culpa nisso? Se julgo o trabalho fevereiro\ março 2012
como um mal necessário, o que posso fazer para aprender a trabalhar com o que gosto? Esta é uma nova atitude que ensina a enfrentar dificuldades na perspectiva da aprendizagem superativa e entende que assumir responsabilidades pelas escolhas feitas é sinal de amadurecimento. Se desejo as uvas e elas estão altas demais, este é um desafio que exige o desenvolvimento de novas habilidades e competências para superar o obstáculo da altura. A raposa que assim entender sua relação com as dificuldades será diferenciada das demais, cujo modelo mental se satisfaz em enganar-se dizendo que estão verdes. Esta regra vale para todos os domínios da vida humana e restaura, de modo veemente, o conceito de integridade (atitudes, valores e crenças coerentemente relacionadas). Vale, inclusive para discernir que podemos muito, mas não podemos tudo. Escolher com consciência e responsabilidade, ter foco e determinação e aprender sempre, em todas as circunstâncias, parecem ser base das atitudes vencedoras. “Escolher com A moral afirmada no consciência e final da fábula é algo responsabilidade, como: é fácil desprezar ter foco e o que não se consegue determinação e obter. No entanto, na aprender sempre, moral do coach, a ideia é em todas as outra: não transfira rescircunstâncias, ponsabilidades, aprenda parecem ser com as dificuldades e subase das atitudes pere suas limitações. vencedoras.” Reflitam em paz! Homero Reis
Homero Reis é bacharel em Administração de Empresas, mestre em Educação, psicanalista clínico, coach master e coach ontológico empresarial e membro da International Coaching Federation. www.homeroreis.com
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Jurídico
? Responde:
Dr. Francisco de Assis L. Campos Sócio da Nélio Machado Advogados
Pergunta: Júlio César de Oliveira Advogado
!
Que exemplos devo seguir para que um dia me torne um brilhante advogado?
O advogado
e seu ofício
Certamente, o maior expoente em nosso país foi o baiano Rui Barbosa, que enalteceu e honrou, como poucos, nossa árdua, porém sublime, profissão. Dono de grande inteligência, além de destemido, sagaz e eloquente, dominava a língua portuguesa e se manifestava, com profundidade, em outros idiomas. Outro grande e inesquecível advogado – ofício que fazia questão de reafirmar –, também de bravura sem igual, foi Heráclito Fontoura Sobral Pinto. Intransigente na defesa da liberdade e dos ideais democráticos, chegou certa vez a invocar a aplicação da Lei de Proteção aos Animais em defesa de um constituinte, ninguém menos do que Luis Carlos Prestes, marxista e ateu, com posições político-ideológicas inteiramente opostas às suas. Incondicional defensor dos direitos humanos, Sobral Pinto iniciou sua “Fundamental carreira como advogado na área do é a vocação, Direito Privado e acabou se notabiuma vez que lizando um brilhante criminalista não basta ser quando, apesar de católico fervorobrilhante na so, aceitou defender o líder comunis-
faculdade.”
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ta, preso após o que se convencionou chamar de “intentona”, em 1935. Em reconhecimento à sua irrepreensível atuação profissional, foi convidado pelo então Presidente Juscelino Kubitschek, de quem foi advogado, a ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal. Recusou a honraria em respeito à ética, conduta que foi característica em sua longa vida. A correção do velho Sobral ainda se mostraria num outro episódio, revelado pelo notável Técio Lins e Silva, exemplo vivo de advogado e de homem público, que acumulou, entre os anos de 1987 e 1990, os cargos de Secretário de Estado de Justiça e de Procurador-Geral da Defensoria Pública. À época, Sobral passava necessidades, pois não sabia nem queria cobrar pelo trabalho que desenvolvia. Já estava idoso e com a capacidade de trabalho e clientela muito reduzidas. Técio, com sua inigualável sensibilidade e em justa gratidão a tudo quanto aquele velho advogado havia feito ao longo de sua vida, imaginou então conceder-lhe, por Lei Estadual, o honroso título de Defensor Público Honorário, com os proventos da carreira que estawww.nrespostas.com.br
va sendo implantada, após a emenda constitucional que transformou a Defensoria Pública em Secretaria de Estado, com vida e chefia próprias. Quando Sobral foi informado do projeto ficou indignado. Afirmou que não aceitaria a honraria nem receberia dinheiro dos cofres públicos por... não merecer o benefício. Morreu pobre. No tempo da ditadura militar, oficiou junto aos Juízos e Tribunais um verdadeiro “escrete” de causídicos, como costumava dizer o Professor Heleno Cláudio Fragoso, com quem tivemos o prazer e a honra de trabalhar. Os tempos mudaram, contudo. Nos dias atuais, além de enfrentarem a incompreensão de alguns, que não alcançam a grandeza da dimensão da atividade, os advogados são vistos como espécie de “estorvo” por alguns juízes e representantes do Mi-
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nistério Público. Tais profissionais, em especial os mais inexperientes, não enxergam nos advogados o respeito que merecem. No dia a dia, audiências são marcadas de cambulhada, o que leva ao inevitável atraso, desrespeitando-se, consequentemente, os compromissos profissionais dos advogados e de seus constituintes, os quais, muitas vezes, aguardam por horas nos corredores do fórum o início das assentadas. Infelizmente, hoje em dia, parece existir uma separação entre os profissionais do direito, esquecendo-se alguns que são todos auxiliares na administração da Justiça, por expressa dicção constitucional. No específico caso dos advogados, a formação dos profissionais se abastardou, com a descontrolada multiplicação das faculdades, que produzem bacharéis sem a mínima
“Além de
condição de inpreparo técnico, gressar no mercanos parece do de trabalho. fundamental Mas, apesar dos que o exames de oradvogado dem, fundamenseja um tal é a vocação, humanista.” uma vez que não basta ser brilhante na faculdade, com boas notas, mas sem o coração e a alma voltados à causa da Justiça, principalmente aos que pretendem se dedicar à advocacia criminal, que lida com a liberdade, bem maior de qualquer pessoa. Além de preparo técnico, nos parece fundamental que o advogado seja um humanista.
Dr. Francisco de Assis Leite Campos é advogado, formado pela Faculdade de Direito Cândido Mendes Centro e sócio de Nélio Machado Advogados
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Mario Sergio Cortella
Filosofando
Espiritualidade
no trabalho?
U
ltimamente tem se falado em empresa espiritualizada, líder espiritualizado. A crescente frequência com que esses termos têm adentrado no universo corporativo pode ser interpretada como um indício de que uma busca por um novo modo de vida e convivência está em curso? É um sinal, que às vezes é positivo, outras vezes não, porque se pode cair numa dimensão esotérica, que é perigosa. Mas a espiritualidade no mundo do trabalho é necessária. O que é a espiritualidade? É a sua capacidade de olhar que as coisas não são um fim em si mesmas, é a sua capacidade de olhar que existem razões mais importantes do que o imediato, que aquilo que você faz, por exemplo, tem um sentido, um significado, que a ideia de humanidade é uma coisa mais coletiva, na qual se tem a ideia de pertencimento e que, portanto, o líder espiritualizado – não é apenas aquele que fica fazendo meditações e orações – é aquele que é capaz de olhar o outro como o outro, que é capaz de inspirar, que é capaz de elevar a obra, em vez de simplesmente rebaixar as pessoas. Então, essa espiritualidade é a capacida“Essa espiritualidade de de respeitar o outro como o é a capacidade de outro e não como um estranho e respeitar o outro edificar, em conjunto, um senticomo o outro e não do (como significado e direção) como um estranho que honre nossa vida. e edificar, em O líder espiritualizado, com conjunto, um sentido alguma frequência e especial(como significado e mente em alguns livros, aparedireção) que honre ce como alguém próximo a um
nossa vida.”
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místico. Isso é muito negativo, porque a mística, vez ou outra, deriva para o campo do fanatismo e deixa de ser radical (isto é, de ir até as raízes, saindo da superfície) e passa a ser sectária, desagregadora, o que é uma coisa deletéria. O desejo por espiritualidade é um sinal de descontentamento muito grande com o rumo que muitas situações estão tomando e, por isso, é uma grande queixa; ela vem à tona quando você precisa refletir sobre si mesmo. Aliás, a espiritualidade é precedida pela angústia e esta é a resposta a um desejo forte de a vida ter sentido, de ela não se esgotar nem naquele momento, nem naquele trabalho. Mario Sergio Cortella é filósofo e escritor, com Mestrado e Doutorado em Educação, professor-titular da PUC-SP (na qual atuou por 35 anos, 1977/2012), com docência e pesquisa na Pós-Graduação em Educação: Currículo (1997/2012) e no Departamento de Teologia e Ciências da Religião (1977/2007); é professor-convidado da Fundação Dom Cabral (desde 1997) e ensinou no GVpec da FGV-SP (1998/2010). Foi Secretário Municipal de Educação de São Paulo (1991-1992). É autor, entre outras obras, de “A escola e o conhecimento” (Cortez), “Nos labirintos da moral”, com Yves de La Taille (Papirus), “Não espere pelo epitáfio: provocações filosóficas” (Vozes), “Não nascemos prontos!” (Vozes), “Sobre a esperança: diálogo, com Frei Betto” (Papirus), “Liderança em foco”, com Eugênio Mussak (Papirus), “Viver em paz para morrer em paz: paixão, sentido e felicidade” (Versar/Saraiva), “Política: para não ser idiota”, com Renato Janine Ribeiro (Papirus), “Vida e carreira: um equilíbrio possível?”, com Pedro Mandelli (Papirus), “Educação e esperança: sete reflexões breves para recusar o biocídio” (PoliSaber). Leia mais sobre o assunto em: Qual é a tua obra? Inquietações Propositivas Sobre Ética, Liderança e Gestão Mario Sergio Cortella São Paulo: Vozes, 2007. “A ideia de trabalho como castigo precisa ser substituída pelo conceito de realizar uma obra... Enxergar um significado maior na vida aproxima o tema da espiritualidade do mundo do trabalho”. Depois do sucesso de “Não nascemos prontos” e “Não espere pelo epitáfio”, Mário Sergio Cortella publica, também pela Editora Vozes, um texto envolvente sobre as inquietações do mundo corporativo. Neste livro o autor desmistifica conceitos e pré-conceitos, e define o líder espiritualizado como aquele que reconhece a própria obra e é capaz de edificá-la, buscando incessantemente o significado das coisas.”
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