Revista P&C Fevereiro 2014

C P &C Nº 11 FEVEREIRO 2014 - Mensal - 5 €

ESCADARIA INFINITA Q UA L I D A D E : M A R C AÇ ÃO C E PAT R I M Ó N I O : A Z U L E J O S A L I G AÇ ÃO E N T R E PA S S A D O E P R E S E N T E O P I N I ÃO : O S P O S S I D Ó N I O S

Mais do mesmo… não, obrigado

S

egundo o último inquérito da FEPICOP à conjuntura da construção, a produção em Portugal, apresentou mais uma queda em 2013. Pelo 12.º ano consecutivo.

O ano de 2013 foi o décimo segundo ano consecutivo de redução de atividade das empresas do setor da Construção, com a procura dirigida ao Setor a atingir novos mínimos históricos no decurso do ano. As estimativas apontam para uma queda global da produção do setor da Construção de 15% em 2013, em resultado de uma queda na produção de 18% nos edifícios residenciais, de 13,8% nos edifícios não residenciais e de 14% nas obras públicas.

No entanto, e apesar da forte crise, no 2.º semestre de 2013 assistiu-se aos primeiros sinais de estabilização do nível de atividade do Setor, com um conjunto de indicadores setoriais a revelarem uma atenuação significativa das quebras, registando-se mesmo variações positivas em alguns domínios.

Contudo, o mesmo estudo indica os empresários portugueses da Construção como menos pessimistas.

O referido inquérito às empresas de construção promovido pela Comissão Europeia junto de 28 países europeus registou, em dezembro, uma melhoria do Indicador de Confiança, quer na média dos países membros, quer em Portugal.

Mas tal não chega. É chegado o tempo de dizer basta.

Não pretendo promover revoltas à ucraniana. Mas, é às instâncias governamentais que cabe a real promoção da confiança e a ação de lançar a primeira pedra dos muitos projetos encerrados na gaveta ou aprovar os orçamentos para a manutenção de muito do edificado existente e em estado de degradação ou mesmo urgente necessidade de reabilitação. É necessário igualmente que os problemas de acesso ao crédito por parte das empresas seja ultrapassado, para que a confiança se retome e finalmente as intenções de crescimento no sector da construção vão para além das palavras. l

E D I TO R I A L

P &C

P &C P & C FEVEREIRO 2014 3

SUMÁRIO

P &C INTERNACIONAL Escadaria infinita

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6

FEIRAS Light+Building 2014 10 Fórum de Tendências apresenta quatro vertentes para a casa FEIRAS Em Zaragoza de 1 a 5 de abril 11 A SMOPYC’2014 tem como objetivo a dinamização do setor MÁQUINAS&EQUIPAMENTOS 12 QUALIDADE Marcação CE

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PATRIMÓNIO 20 Azulejos fazendo a ligação entre o passado e o presente.

OPINIÃO

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ficha técnica f icha téc ni c a

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P &C

d ir e tor Paulo Martins paulo.martins.pec@outlook.com e d i tor Rui Anjos rui.anjos.pec@outlook.com R ED AÇ ÃO Marta Vaz e Paula Mesquita CO L A B O R A D O R E S P E R M A N E N TE S António Bravo, Gisela Campos, José Matos e Silva F OTO G R A F I A Augusto Cardoso P ublici d a d e João Martins joao.martins.pec@outlook.com Tem: +351 963 745 202 paginação Fátima Batista propri e d a d e

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& P C

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I N T E R N AC I O N A L

Escadaria infinita A escadaria infinita, uma estrutura imponente de 15 escadas de bloqueio de tipo Escher, feitos de CLT tulipwood americano, foi aberto ao público no relvado em frente à Galeria Tate Modern, como parte do London Design Festival 2013, em Londres , Reino Unido.

P

rojetado pelo gabinete Rijke Marsh Mor gan Arquitetos (dRMM ) e projetado por Arup, Endless Stair é tanto uma escultura e um projeto de pesquisa sobre o avanço do conhecimento da tecnologia da madeira e da sustentabilidade. Esta escultura elegante tem fornecido aos visitantes a oportunidade de desfrutar de uma vista deslumbrante sobre o Rio Tamisa e do Tate Modern . O projeto foi um dos destaques para o festival e um dos destinos mais fascinantes de Londres desde a sua abertura.

A Interminável escada é composta de uma série de pisos de madeira, alguns a fugir para a direita um pouco para a esquerda, oferecendo muitas maneiras de explorar a instalação, o que acaba por conduzir a primeira divisão que atua como uma plataforma de observação dramática.

Este é o mais recente de uma série de colaborações entre o London Design Festival e do Conselho de Exportação de Madeira Americano, pioneiros da escada sem fim, o uso de madeira para madeira

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contra- laminada (CLT). Este material normalmente é feita a partir de fibras longas, mas este projeto demonstra o verdadeiro potencial de utilização da tulipwood , uma madeira americana abundante, relativamente barata e estruturalmente impressionante.

O Professor Alex de Rijke , Diretor de dRMM afirmou que, a “Endless Stair” é uma escultura temporária concebida para ser infinitamente reconfigurada. “ Um dos principais objetivos para dRMM era fazer os elementos o mais ambientalmente amigáveis quanto possível, com cada lance de escadas construídas a partir de elementos padrão, criando tão pouco quanto possível resíduos na construção civil, e com a capacidade de re uso e mudar o design ou em parte, ou como um todo.

Estas aspirações louváveis são cofirmadas por números objectivos, utilizando a avaliação da AHEC ISO- Avaliação do ciclo de vida (LCA ), elaborado pela PE International, líderes no campo da LCA . Esta é a última parte do trabalho na missão em

I N T E R N AC I O N A L

Escadas são um dom de escultura e arquitetura curso do AHEC para demonstrar as credenciais reais sustentáveis de madeiras americanas.

Gênese do projeto

Confrontado com o desafio do Conselho de Exportação de Madeira americano para produzir uma instalação escultórica usando painéis tulipwood CLT delgados, Alex de Rijke do dRMM resolvida rapidamente em uma ideia envolvendo escadas “; Em escadas as pessoas interagem, eles passam um ao outro, eles são sempre lugares interessantes com potencial espacial e social. Pensámos que uma escada seria um bom veículo para explorar a estrutura, espaço e fazer uma escultura. Escadas são um dom de escultura e arquitetura. “

Uma decisão inicial foi para projetar e fabricar os passos e as balaustradas de um lado a partir de elementos idênticos de CLT , equivalente em tamanho. Estes são empilhados com um elemento de espaçamento entre elas , criando os voos que, como um resultado do processo de empilhamento, em seguida curvadas ou para a direita ou para a esquerda , dependendo da posição da balaustrada.

A importância estrutural da CLT tulipwood é mostrada através da concepção do projeto. A CLT que compõe os painéis do piso e balaustrada é construída a partir de três camadas iguais e tem 60mm de espessura no total. O uso de outras madeiras sem dúvida teria aumentado o tamanho dos elementos individuais e, possivelmente, não levaria a uma

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I N T E R N AC I O N A L solução tão elegante. O especialista em madeira da Arup, Andrew Lawrence, comenta “ A ideia de que agora podemos criar enormes painéis CLT madeira de árvores de pequeno porte é muito emocionante.

Tulipwood CLT oferece o potencial para combinar as vantagens da CLT , com a força e a aparência de tulipwood . É um ótimo complemento para a palete de materiais derivados de madeira.”

A instalação foi projetada para ser interativo e as pessoas serão incentivadas a subir as escadas.

Assim, a escultura é seguro para usar, sem comprometer a estética global do projeto.

Iluminação A Seam Design projectou o sistema de iluminação para a escada infinita, trabalhando com luminárias LED fornecidos pela Lumenpulse , uma mistura de pontos lineares e holofotes . Os ciclos do esquema de dinâmicas entre as temperaturas de cores quentes e frias de luz branca e também responde à presença de pessoas.

O legado técnico Trabalhar a partir de primeiros princípios, por meio de testes, pesquisa e análise para a concepção deste protótipo, a equipa do projeto prevê que a Escadaria Infinita trará muitos benefícios duradouros.

A aspiração final é que este material seja finalmente trazido para construção civil mainstream. l

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FEIRAS

Light+Building 2014

Fórum de Tendências apresenta quatro vertentes para a casa

O

Fórum de tendências na Light+Building, que decorre em Frankfurt de 30 de março a 4 de abril de 2014, será um íman para especialistas e profissionais do retalho, bem como designers e arquitetos. Em exclusivo, a Feira Internacional de arquitetura e tecnologia, apresenta no Fórum as tendências para 2014/2015. Em foco estão quatro cenários diferentes que remetem para quatro estilos de vida, a partir de uma seleção cuidada de artigos. A conceção do Fórum de Tendências esteve a cargo do estúdio de design bora.herke.palmisano.

“constructed space” consistente, preciso, lógico

O tema “constructed space” concentra em si estilos formais que não deixam nada ao acaso. Os padrões gráficos, os contrastes fortes entre branco e preto e os efeitos 3D são utilizados com grande lógica de precisão.

As superfícies monocromáticas e muito polidas enfatizam a estética geométrica.

Reduzido à perfeição. As silhuetas surgem a partir de designs minimalistas. A abordagem moderna ao design de quartos inclui a iluminação como parte da arquitetura. Por exemplo, o planeamento cuidado da disposição de cabos cria linhas delicadas no quarto. O azul metálico e o ocre prevalecem sobre os tons neutros. Numa orquestra perfeita entre luzes e sombras, tanto os materiais muito brilhantes como os materiais mate e baços, como o metal, o vidro, couro liso ou trançado, desdobram-se nos seus efeitos.

“unaffected scene” sensual, poético e contido

No tema “unaffected scene”, o design de interiores torna-se discreto. O charme do natural evidencia-se nos materiais trabalhados e nas delicadas interpretações das estruturas em madeira e em pedra.

A madeira, a pedra, o cimento, o mármore e os têxteis conjugados com cores de pastel e verde tília são frequentes neste tema que vai buscar inspiração à natureza. Materiais como a cortiça e a verga apresentam-se com novos designs e refletem-se em padrões contemporâneos. O mobiliário e a iluminação assumem características a partir de formas orgânicas.

“singular spot” otimista, surreal, original

Num mundo cheio de surpresas e temperamental, as misturas ecléticas são a solução criativa.

As cores, os materiais, e as tradições técnicas de várias culturas encontram aplicações inusitadas em designs de vanguarda. O prazer da descoberta anda de mãos dadas com conceitos sustentáveis.

O vidro, o metal, a lã, o bamboo e os materiais entrançados deixam-se combinar livremente com o vermelho, o cor-de-rosa, o verde, o beige, o azul, o cinzento e o preto. Os candeeiros artísticas criam toques de humor e de ironia. Em paralelo, uma consciência de responsabilidade social e ecológica conduz a soluções surpreendentes com grande sentido de criatividade.

O saber artesanal de culturas estrangeiras ganha destaque com um design muito distinto.

“selected site” artesanal, calmo, harmonioso

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A mestria do artesanal, a calma e a harmonia são as características essenciais deste estilo elegante.

As influências asiáticas são evidentes na maneira como os materiais são trabalhados.

As técnicas tradicionais têm ligações estreitas com o design moderno, e as tecnologias inovadoras são combinadas com linhas mais clássicas. Tudo isto cria produtos com características únicas.

A interação habilidosa entre o design elegante e as superfícies estruturadas, criam ambientes de iluminação delicados. A paleta de cores equilibrada varia entre os tons suaves do branco natural, o verde wasabi e o preto de meia-noite. Os metais escuros, como o bronze, bem como o dourado envelhecido, devolvem um brilho quente com uma estética minimalista. Aqui existem sempre um requisito de perfeição e de qualidade.

Durante a Feira decorrem visitas guiadas ao Fórum de tendências orientadas por designers da agência de estilo bora.herke.palmisano.

Em Saragoça de 1 a 5 de abril

A SMOPYC’2014 tem como objetivo a dinamização do setor

A

s principais associações setoriais apostam em encontros e jornadas como marcos do certame.

Contribuir para dinamizar o setor nos momentos que se vivem, é o objetivo básico dos organizadores do SMOPYC que trabalham intensivamente com a intuito de fazerem da edição do próximo mês de abril um ponto de inflexão e de viragem para todas as empresas que acreditam firmemente que o certame de Saragoça pode funcionar como uma excelente ferramenta de alavancagem para o seu futuro.

O SMOPYC 2014 conta com o apoio das principais associações e empresas do setor, que participam que acreditam plenamente nesse objetivo dinamizador e vão contribuir com uma ativa participação no certame por forma a que este atinja plenamente os seus objetivos.

Atividades diversificadas

Entre as jornadas programadas destacam-se as atividades que serão levadas a cabo pela Federación de Grémios da Construção, que reunirão os mais variados profissionais do setor como, por exemplo os membros da AEDT (Associación Española de Demolición Técnica Corte y Perfuración) os representantes da Associación

FEIRAS

Española de Técnicas del Água a presión en Conctrucción (AETAC) ou o encontro de empresários de demolição reunidos na AEDED. Todos eles terão uma participação ativa no SMOPYC contribuindo para a incrementação da sua capacidade como ponto fulcral de debate de toda a problemática setorial.

Os movimentos que começam a manifestar-se, ainda que timídamente, fazem com que numerosos experts coincidam em dar sinais de que a recuperação já terá tido o seu início.

Por tudo isto é fundamental para as empresas contar com elementos como a SMOPYC que lhes permitam otimizar todas as eventuais oportunidades que o mercado vai começando a oferecer.

A exemplo do que vem sucedendo de há longos anos a esta parte, o certame de Saragoça assume-se uma vez mais como a grande montra do setor da construção e da maquinaria, reconhecidamente como a terceira grande feira europeia do mundo das máquinas, depois da Bauma (Munique) e da Intermat (Paris).

A edição de 2014 poderá ser, na realidade, o ponto de partida para uma recuperação real do setor na Europa e muito particularmente em Espanha e Portugal. l

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M ÁQ U I N A S & E Q U I PA M E N TO S

3M lança nova solução para a área industrial

Speedglas SL da 3M com 360 Gramas Para um soldador, o mais importante na sua atividade é o conforto dos equipamentos.

Foi a pensar em todas as questões de higiene e segurança no trabalho, que a 3M desenvolveu a “Speedglas SL”, uma nova máscara de soldadura, feita a partir de um material forte e leve, para uma elevada proteção.

C

om apenas 360 gramas e auto escurecimento do vidro, mantém o habitual desempenho e proteção dos produtos Speedglas da 3M. Ao utilizar novos designs de cristal líquido e técnicas de manufatura, produziu-se um filtro de auto escurecimento mais leve, mas com qualidade ótica.

Este filtro pode ser usado na maior parte dos processos por arco como MMA, MIG/MAG, TIG e soldadura plasma. É adequado para uma soldadura de amperagem baixa a moderada (de 0,1 a 250 amperes), com quatro ajustes sensitivos e cinco níveis de estado de escurecimento: 8, 9, 10, 11 e 12.

Por outro lado, ao contrário de outros materiais que podem absorver a humidade e tornar-se pesados, a “Speedglas SL”, mantém o desempenho mesmo num ambiente com elevada humidade.

A diminuição do peso não passou pela redução das dimensões.

A cobertura facial é idêntica à série Speedglas 9000.

Outra das inovações é o novo detetor de movimento que liga e desliga automaticamente o filtro, quando o soldador pega ou poisa a máscara. A placa de proteção exterior pode ser rapidamente removida ou substituída à mão.

Com um rápido ajuste, é possível escolher uma das quatro aplicações diferentes, deslocando a máscara mais para a face ou afastando-a.

Estes ajustes adaptam a máscara de acordo com a face de cada um, ou para o caso de utilizar simultaneamente outros materiais de proteção como os óculos ou respiradores de partículas da 3M. O utilizador pode também adaptar a inclinação da máscara para ficar no ângulo de visibilidade preferido.

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Com apenas 360 gramas e auto escurecimento do vidro, a máscara mantém o habitual desempenho e proteção dos produtos Speedglasda 3M

O novo design da precinta utiliza um padrão de aberturas para maior respiração e adaptação à cabeça do soldador.

Ajustar a precinta ou soltá-la para ser retirada é fácil, utilizando apenas o polegar e o indicador.

O soldador pode fazê-lo com uma mão sem retirar as luvas. A precinta acomoda também dimensões mais reduzidas, permitindo ajustes de 50 a 64 cm.

M ÁQ U I N A S & E Q U I PA M E N TO S Atlas Copco

Tesouras Hidráulicas de demolição Um produto de referência entre os martelos da Atlas Copco é sem qualquer dúvida a nova tesoura de demolição CC 6000, que com os seus 6.500 kg de peso de trabalho é a tesoura mais pesada desta linha de produtos e foi concebida para máquinas portadoras de 58 a 85 toneladas. processo de fecho. A combinação de um braço de lâmina única e dupla permite a máxima estabilidade, mesmo sob cargas extremas.

É possível substituir as mandíbulas da tesoura no local da obra

E

stabilidade, fiabilidade e custos de exploração reduzidos foram os principais critérios para o desenvolvimento deste modelo de tesouras.

“Com a CC 6000 vamos ao encontro da tendência para escavadoras de demolição maiores”, afirmam os responsáveis pelo desenvolvimento deste equipamento que acrescentam que “ainda há cinco anos, as máquinas portadoras com mais de 60 toneladas constituíam a exceção. Isso alterou-se. Com a CC 6000 oferecemos também para essas máquinas portadoras o equipamento adicional adequado.”

A CC 6000 apresenta o design característico de toda a série de tesouras hidráulicas de demolição da Atlas Copco.

O sistema dos dois braços móveis e dois cilindros de elevação já deu boas provas: oferece uma força de trituração elevada constante durante todo o

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Para a CC 6000 há braços universais (versão U) e braços para corte de aço (versão S) à disposição.

As mandíbulas da tesoura estão apoiadas de forma estável sobre um veio principal central. A redução do tempo de montagem ao substituir-se as mandíbulas da tesoura chega a ser de 75%, em comparação com o apoio separado. As duas mandíbulas da tesoura podem ser montadas e desmontadas como uma unidade, pois o CAPS, sistema de acoplamento e posicionamento, une ambas, mesmo após a desmontagem. É possível substituir as mandíbulas da tesoura no local da obra. O transporte dispendioso e demorado para a oficina pertence ao passado. E o prático conceito de peça de desgaste também poupa tempo: dentes e lâminas de corte podem ser virados ou substituídos de forma rápida e simples no local da obra. “Verificou-se que cerca de dois terços das despesas de exploração de um equipamento adicional resultam de fatores como: energia, custos do operador, assistência e manutenção, e apenas um terço de custos de investimento” acrescenta a mesma fonte que conclui afirmando: “Com a CC 6000 tivemos em consideração todos esses custos.”

A CC 6000 foi concebida para trabalhos duros na demolição industrial, de pontes e de edifícios.

M ÁQ U I N A S & E Q U I PA M E N TO S CLAUS

Janela para sótãos Fabricadas com materiais cuidadosamente selecionados as janelas CLAUS são certificadas segundo as normas UNI quanto à impenetrabilidade do ar e da água, resistência ao vento e isolamento acústico.

O

caixilho e o batente são fabricados em madeira escolhida – pinheiro alvar da Suécia – seca e tratada com banho antibolor e anticaruncho, por forma a garantir uma longa vida útil.

O revestimento exterior da janela é de alumínio pintado de cor acastanhada, cuja espessuar de 14/10 de proteção exterior na parte superior do batente e 10/10 de proteção em todo o perímetro da madeira assegura a resistência característica do produto Claus.

Os vidros duplos 4-12-4 são instalados em série em todos os modelos da gama CLAUS de modo a assegurar um excelente isolamento térmico.

As vedantes do batente são de borracha EPDM indestrutível no tempo e resistentes às altas e baixas temperaturas.

Os braços de abertura são de chapa decapada plastificada, pintada na parte exterior com verniz de poliester pulverizado.

A ligação universal CLAUS foi estudada para adaptar perfeitamente a janela a qualquer tipo de cobertura, seja ela ondulada ou plana.

Esta ligação é em alumínio pré-pintado, de cor acastanhada, de 5/10 de espessura, já montada, durante a fase de produção, ao corpo da janela e permite uma instalação extremamente fácil.

Na parte inferior é colocada uma bainha de chumbo pliçada de 5/10 de espessura, ecológica, inoxidável, resistente a qualquer agente atmosférico e perfeitamente adaptável a todas as coberturas ou telhados.

De toda a gama produzida pela Claus, destacamos aqui o modelo W com abertura de projeção, o modelo WB com abertura basculante e o modelo WBL com abertura dupla.

Janela W com abertura de projeção

Esta janela representa uma ótima escolha quando a janela tem de ser instalada a um alatura inferior a 1,60 metros e num espaço com reduzidas dimensões.

Com efeito, o batente, comandado pelo cabo instalado na parte inferior, abre graças aos dois braços de apoio que o levam para o exterior do vão.

Desta forma é possível aproveitar ao máximo o espaço interior.

Janela WB com abertura basculante

Esta janela é produzida pela CLAUS em 11 dimensões diferentes para permitir uma escolha que corresponda o mais exatamente possível às exigências de cada cliente.

Os modelos WB são aconselhados nos casos em que a janela é montada a uma altura superior a 1,60 metros.

O ângulo de abertura é de 120 graus. A rotação total do batente permite a limpeza do vidro exterior diretamente do interior.

O mecanismo de abertura especial basculante permite que o batente deslize para o exterior do vão, eliminadno os inconvenientes relaciopnados com a presença de saliências no interior do ambiente, com um aumento notável do espaço da habitação.

Na parte inferior do batente está montado um punho e na parte superior um outro punho para tornar extremamente mais fáceis as operações de abertura e fecho. A inclinação mínima do teto deverá ser de 15 graus e a máxima de 70 graus.

Janela WBL de abertura dupla

Esta janela assume-se como a melhor resposta à necessidade de tirar o máximo partido de todo o espaço disponível no sótão.

Graças ao inovador sistema de bloqueio no varão instalado na parte superior, a janela WBL tem abertura basculante ou em projeção.

Este modelo é, segundo os responsáveis do fabricante, o produto mais completo da gama CLAUS, que pode ser utilizado em qualquwer ambiente e é fabricado em sete dimensões. l O modelo W representa uma ótima escolha quando a janela tem de ser instalada a um alatura inferior a 1,60 metros e num espaço com reduzidas dimensões

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Q UA L I D A D E

Marcação CE

U

ma das razões principais para o surgimento da Marcação CE (Conformidade Europeia) de produtos foi o aumento das importaçõesde Países fora da Europa (Ex: China) que implicou um decréscimo de qualidade, contrapondo com produtos a baixo custo e com prazos de entrega muito competitivos. Assim, o objetivo das diretivas “nova abordagem” foi “regular” a harmonização legislativa e garantir um produto conforme mas, tendo em conta a “segurança de utilização”.

Um produto com marcação CE é um produto que pode ser aplicado de forma segura para o fim a que se destina. Em geral, o produto é fabricado de acordo com as especificações técnicas harmonizadas e implica a implementação de um sistema de controlo de produção e de conformidade de acordo com requisitos de uma determinada norma.

Um produto com Marcação CE significa que foi produzido cumprindo com a legislação aplicável e que, por essa razão, pode circular livremente no mercado único.

A razão porque decidi escrever este artigo, prende-se com o facto de que é imperioso não só apostar em produtos com qualidade e seguros quanto à utilização, mas também em cumprir com a legislação europeia e garantir que as regras são iguais para todas as empresas. Vou por isso abordar alguns conceitos importantes para a implementação de um sistema de controlo de produção que vise a obtenção da marcação CE de um determinado produto.

Antes de abordar o que é a marcação CE, proponho que nos questionemos em o que não é a marcação CE? A marcação CE não é uma Marca Comercial, não é uma Marca de Certificação da Qualidade (embora as regras possam ser semelhantes) e não foi concebida especialmente para os consumidores mas, antes para que as autoridades nacionais tenham conhecimento de que o produto é seguro para uma determinada utilização.

O Regulamento UE 305/2011 Com a publicação do Regulamento UE 305/2011, ratificado em 09 de março de 2011, publicado no jornal Oficial da União Europeia (JOUE) em 04 de abril de 2011 e que revogou a Diretiva de produtos de construção (DPC -diretiva 89/106/CEE), surge a nova abordagem que simplifica os textos legislativos e normativos (antes muito detalhados), responsabiliza os agentes económicos para a definição dos requisitos técnicos, tornando o processo mais simplificado e consequentemente mais rápido.

O Regulamento UE 305/2011 definiu um prazo de implementação que expirou no dia 01 de julho de 2013 e foi transposto para o Direito Português com a publicação do DL 130/2013 de 10 de setembro.

O regulamento UE 305/2011 é composto por 9 capítulos e 5 anexos que contêm a seguinte informação: Capítulo I – Disposições Gerais Apresentação do objeto do regulamento, definições, requisitos básicos das obras de construção e as características essenciais dos produtos de construção.

Capítulo II – Declaração de Desempenho e Marcação CE Disposições relativas ao conteúdo e à obrigação de elaboração da declaração de desempenho para os produtos de construção; apresentação dos princípios gerais e das regras de utilização da marcação CE; apresentação dos pontos de contacto.

Capítulo III – Deveres dos operadores económicos Deveres dos fabricantes, mandatários, importadores e distribuidores.

Capítulo IV – Especificações Técnicas Harmonizadas Introdução às normas harmonizadas e aos Documentos de Avaliação Europeus que, em conjunto, constituem as especificações técnicas harmonizadas; estabelecimento dos

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procedimentos para a elaboração e aprovação dos Documentos de Avaliação Europeus, incluindo os deveres dos Organismos de Avaliação Técnica; apresentação das Avaliações Técnicas Europeias; apresentação dos Sistemas de Avaliação e Verificação da Regularidade do desempenho dos produtos de construção.

Capitulo V – Organismos de Avaliação Técnica Designação, Controlo e Avaliação; Definição dos Requisitos aplicáveis.

Capítulo VI – Procedimentos Simplificados Determinação de situações que possam levar a uma simplificação de procedimentos.

Capitulo VII – Autoridades notificadoras e organismos notificados Disposições acerca da notificação dos organismos notificados a agir enquanto terceiros no processo de avaliação e verificação da regularidade do desempenho dos produtos de construção.

Capítulo VIII – Fiscalização de mercado e procedimentos de salvaguarda Procedimentos relativos a produtos que constituem risco.

Capitulo IX – Disposições Finais Atos delegados na comissão, incluindo o período de vigência da delegação, poderes de revogação e de objeção; Revogação da Diretiva de Produtos de Construção, disposições transitórias e entrada em vigor.

Anexo I – Requisitos básicos das obras de construção.

Anexo II – Procedimento de aprovação do documento de avaliação europeu.

Anexo III – Declaração de Desempenho.

Anexo IV – Gamas de produtos e requisitos aplicáveis aos OAT. Anexo V – Avaliação e verificação da regularidade de desempenho.

Existem várias diferenças entre o Regulamento Produtos de Construção e a Diretiva Produtos de Construção (ver Caixa) Ao fabricante (aquele que fabrica ou manda conceber ou fabricar um produto de construção e o comercializa em seu próprio nome ou com a sua própria marca) equipara o Regulamento Produtos de Construção (RPC) o importador (o que, estabelecido na UE, coloca um produto na UE proveniente de país terceiro) e o distribuidor (aquele que, não sendo fabricante ou importador, faz parte da cadeia de abastecimento e disponibiliza um produto no mercado), obrigados aos mesmos deveres do primeiro quando colocam um produto no mercado em seu próprio nome ou com a sua própria marca comercial, ou quando alteram um produto já colocado no mercado de tal forma que possa afetar a sua conformidade com a declaração de desempenho.

Impõe-se definir então em concreto quais os deveres do fabricante, do importador e do distribuidor: Deveres do fabricante • Fazer a declaração de desempenho • Apor a marcação CE (de modo visível, legível e indelével no produto ou numa etiqueta a ele fixada ou, caso a natureza do produto o não permita ou justifique, na embalagem ou nos documentos de acompanhamento).

• A marcação CE é seguida pelos 2 últimos algarismos do ano em que foi aposta pela 1ª vez, nome e endereço registado do fabricante ou por marca distintiva, código de identificação único do produto-tipo, nº de referência da declaração de desempenho, nível ou classe de desempenho declarado, nº de identificação do organismo notificado, se for o caso, e pela utilização prevista constante da especificação técnica harmonizada aplicada; • Conservar a documentação técnica e a declaração de desempenho durante 10 anos; • Indicar o seu nome, designação ou marca comercial registada e endereço de contacto no produto, embalagem ou documento que o acompanhe;

Q UA L I D A D E Diferenças entre o Regulamento Construção Matéria

Regulamento (a partir de 1/7/2013)

Diretiva / DL 113/93

Sistemas de avaliação

Sistemas de avaliação da conformidade (5): 1+; 1; 2+; 3; 4

Sistemas de avaliação e verificação do desempenho (6): 1+; 1; 2+; 2; 3; 4

Base para marcação CE

Declaração de desempenho (pelo fabricante, conforme modelo do Anexo III)

Declaração de conformidade (pelo fabricante).

Nos sistemas 1+, 1, 2+ e 2, emitida com base em Certificado de conformidade do produto ou do controlo de produção emitida por entidade certificada

Exigências das obras de construção em função das quais os produtos são objeto de marcação CE

Requisitos básicos das obras: 1. Resistência mecânica e estabilidade 2. Segurança contra incêndio 3. Higiene, saúde e ambiente 4. Segurança e acessibilidade na utilização 5. Proteção contra o ruído 6. Economia de energia e isolamento térmico 7. Utilização sustentável dos recursos naturais

Exigências essenciais das obras: 1. Resistência mecânica e estabilidade 2. Segurança contra incêndio 3. Higiene, saúde e ambiente 4. Segurança na utilização 5. Proteção contra o ruído 6. Economia de energia e isolamento térmico

Marcação CE efetuada com base em:

- Norma harmonizada - Documento de Avaliação Europeu (DAE)

- Norma harmonizada - Aprovação Técnica Europeia (ETA)

• Assegurar que o produto ostenta o nº do tipo, lote ou série ou quaisquer outros elementos que permitam a respetiva identificação, podendo esta informação, se as suas dimensões ou natureza o não permitem, constar da embalagem ou de documento que o acompanha; • Assegurar que as instruções e informações de segurança que acompanham o produto estão na língua determinada pelo Estado da UE em causa.

Deveres do importador • Colocar no mercado da UE apenas produtos de construção que cumpram os requisitos do RPC; • Certificar-se, antes de tal colocação, que o fabricante procedeu à avaliação e verificação da regularidade do desempenho (…), fez a declaração de desempenho, que o produto ostenta a marcação CE e que é acompanhado pelos documentos exigidos; • Indicar o seu nome, designação ou marca comercial registada e endereço de contacto no produto, embalagem ou documento que o acompanhe; • Assegurar que as instruções e informações de segurança que acompanham o produto estão na língua determinada pelo Estado da UE em causa.

Pub.

Deveres do distribuidor • Agir com a diligência devida relativamente às exigências do RPC; • Antes de disponibilizar um produto, assegurar que, quando tal é exigido, o mesmo ostenta a marcação CE e é acompanhado pela documentação exigida pelo RPC e instruções ou informações na língua exigida; • Assegurar-se que o fabricante e importador cumpriram os requisitos previstos no RPC; • Certificar-se, enquanto o produto estiver sob sua responsabilidade, que as condições de armazenamento e de transporte não prejudicam a respetiva conformidade com a declaração de desempenho ou com outros requisitos previstos no RPC. Na próxima edição daremos sequência a esta temática, em particular na elaboração por parte do fabricante de uma declaração de desempenho, não podendo esta existir sem marcação CE como esta não pode existir sem aquela. l Eng. Pedro Sousa Auditor da Qualidade

PAT R I M Ó N I O

Azulejos fazendo a ligação entre o passado e o presente O Hotel do Farol, situado na vila de Cascais, recebeu uma valorização com uma homenagem ao património histórico do País, mas também pretende contribuir para a investigação de gerações futuras e na união entre povos, através da figura de Cristovão Colon.

Neste edifício, foi assim descerrado, no exterior do hotel, um painel de azulejos (realizado pela Cerâmica de Carcavelos), fazendo a ligação entre o passado e o presente.

O

Hotel Farol está localizado aproximadamente um quilómetro a Sul do centro de Cascais, implantado num terreno fora do domínio público marítimo, com uma área de 10.160 m², confrontando a Norte com a Avenida Rei Humberto II de Itália, a Sul e Poente pelo Oceano Atlântico, e a Nascente com o Farol de Santa Marta.

O edifício inicialmente existente no local fazia parte de um conjunto de “chalets” construídos nas arribas rochosas ao longo da costa de Cascais, caracterizando fortemente a paisagem costeira. Recentemente, depois de transformado em unidade hoteleira, procedeu-se à ampliação da área de construção utilizando uma linguagem arquitetónica, da autoria do Arq. Carlos Miguel Dias, que procurou não interferir com a imagem enraízada do edifício inicial, desenvolvendo-se através de uma construção depurada e singular, mais baixa que a existente mas encostando-se a ela, pontualmente, como forma de comunicação (Foto n.º 1). A área bruta de construção inicialmente existente era de cerca de 1.060 m² que, acrescida de aproximadamente mais 1.380 m² de ampliação, perfaz um total de 2.440 m².

A referida ampliação foi implantada num carst inserido no vasto campo de lápias que se desenvolve ao longo da orla marítima entre Cascais e o Guincho. O fenómeno da carstificação, que corresponde à dissolução do maciço calcário pelas águas circulantes, origina a formação de diversas locas e grutas na zona, a mais conhecida das quais é a Boca do Inferno, situada próximo do Hotel Farol.

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O projeto de fundações e estrutura da citada ampliação, coordenado pelo Eng.º José Mattos e Silva, foi condicionado pela existência do referido carst. Assim, para permitir a implantação das novas fundações foi necessário realizar furos com supermartelo, sob a área de cada sapata, para aferir da eventual existência de locas e a respetiva dimensão. Quando existiam locas foi necessário injetar calda de cimento ou executar uma camada de betão ciclópico para permitir a implantação das sapatas.

Os furos com supermartelo foram executados com cerca de 3,0m de profundidade, no centro de cada sapata, analisando-se a coloração do pó que saía do furo: no caso de pó de côr branca estar-se-ia na presença de calcário são; no caso de pó de côr acastanhada estar-se-ia a atravessar uma zona carstificada. Depois de todo este trabalho foi possível adotar uma tensão de contacto admissível de 0,35 MPa. A estrutura foi realizada em betão armado e é constituída por lajes, umas maciças e outras fungiformes aligeiradas, apoiadas em pórticos formados por vigas, pilares e núcleos de paredes resistentes. Estes pórticos, por sua vez, têm a resistência necessária para fazer face não só às cargas verticais, mas também às ações horizontais como o vento e o sismo.

Em contraponto com esta moderna ampliação realizou-se, no passado dia 18/12/2013, no Hotel Farol, um evento comemorativo do desembarque de Cristóvão Colon em Cascais, no dia 04/03/1493, quando do regresso da sua primeira viagem.

Foi descerrado, no exterior do hotel, um painel de azulejos

Foto 1

PAT R I M Ó N I O (realizado pela Cerâmica de Carcavelos) assinalando essa efeméride, tendo participado nesse ato o Presidente da Câmara Municipal de Cascais, Dr. Carlos Carreiras acompanhado pelo Dr. Mark Leivkov (o principal acionista do hotel) e pelo Eng.º José Mattos e Silva que, com o seu irmão António, foi um dos organizadores do evento (Fotos n.º 2 e n.º 3). O painel, com versões em português e inglês (Fotos n.º 4 e n.º 5), refere que “CRISTÓVÃO COLOMBO DESEMBARCOU NA BAÍA DE CASCAIS, NA MANHÃ DO DIA 4 DE MARÇO DE 1493, QUANDO ESTAVA REGRESSANDO DA SUA PRIMEIRA VIAGEM À AMÉRICA, COMO ELE REFERE NO SEU DIÁRIO. NO ENTANTO O APELIDO QUE CONSTA DOS DOCUMENTOS OFICIAIS SEMPRE FOI COLON E NÃO COLOMBO, DADO ESTE ÚLTIMO NOME TER RESULTADO DUMA TESE ERRADA QUE DEFENDE QUE ELE TERIA NASCIDO EM GÉNOVA. DE ACORDO COM A TEORIA QUE VEM SENDO DIVULGADA PELOS IRMÃOS JOSÉ E ANTÓNIO MATTOS E SILVA, CRISTÓVÃO COLON SERIA UM NOBRE PORTUGUÊS, DENOMINADO SALVADOR ANES DA SILVA, FILHO DA INFANTA D. LEONOR DE AVIZ (QUE DEPOIS CASARIA COM O IMPERADOR ALEMÃO FREDERICO III) E DE D. JOÃO MENEZES DA SILVA (QUE DEPOIS DA MORTE VIRIA A SER CONHECIDO POR BEATO AMADEU). COLON NASCEU NA VILA ALENTEJANA DE CUBA, CERCA DO ANO 1450, E VIRIA A CASAR, PELO ANO DE 1479, COM FILIPA MONIZ, UMA FILHA DE BARTOLOMEU PERESTRELO, O 1.º CAPITÃO-DONATÁRIO DE PORTO SANTO (ARQUIPÉLAGO DA MADEIRA)”. Depois do descerramento do painel passou-se ao interior do hotel onde, na Sala Farol, se sentaram os convidados a assistir às intervenções orais dos sete membros que integravam a mesa de honra: ao centro, o Dr. Carlos Carreiras tendo, sucessivamente à sua direita, o Dr. Mark Leivkov, o Encarregado de Negócios da Embaixada dos E.U.A. (atualmente exercendo as funções de Embaixador), Mr. John Olson e o Eng.º António Mattos e Silva. À esquerda do Dr. Carlos Carreiras sentaram-se, sucessivamente, o Eng.º José Mattos e Silva, o Embaixador da República Dominicana, Eng.º Jaime Durán Hernando e Olga Schkel (da WWB - World Without Borders Foundation). A sessão foi iniciada pelo Dr. Mark Leivkov que deu as boas vindas aos presentes e referiu o interesse do Hotel Farol em se associar às comemorações dos 520 anos da passagem de Colon por Cascais, dado ser um marco histórico importante para a localidade (Foto n.º 6).

Seguidamente o Eng.º José Mattos e Silva fez uma resenha sobre o tema do painel (Foto n.º 7), apresentando os aspetos

Foto 2

Foto 6

mais salientes da teoria que ele e o seu irmão vêm divulgando sobre a filiação do navegador. Depois falou o Eng.º António Mattos e Silva que elencou uma série de personalidades portuguesas que integravam, na época de Colon, as supostas famílias paterna e materna do navegador e de sua mulher, bem como pessoas que estiveram com Colon durante a sua estadia em Portugal entre 04/03/1493 e 13/03/1493. Fez referência a que, na assistência, se encontravam diversos descendentes desses personagens e citou-os. Usou depois da palavra Mr. John Olson que abordou a temática das comemorações, em alguns Estados da América do Norte, do “Columbus Day”.

Falou seguidamente o Eng.º Jaime Durán Hernando que se referiu à ligação de Colon com a ilha “Hispaniola” (atualmente partilhada pelo Haiti e pela República Dominicana), na qual o navegador fundou a sua capital, Santo Domingo. Depois usou da palavra a representante da WWB Foundation, Olga Schkel, que associou o encontro de povos e culturas que decorreu das viagens de Colon a idênticos propósitos desta Fundação e anunciou que, no final da sessão, partiria um jeep com a missão de efetuar a ligação Lisboa-Xangai, via Moscovo. A sessão foi encerrada pelo Dr. Carlos Carreiras (Foto n.º 8) que agradeceu aos irmãos Mattos e Silva o facto de terem contribuído, com este evento, para o engrandecimento do património histórico imaterial de Cascais, referindo ainda algumas outras personalidades de relevo que, para além de Colon, estão associadas ao historial da vila com cerca de 650 anos desde a data da sua fundação. Um dos convidados presentes foi D. Duarte Pio, Duque de Bragança (Foto n.º 9). l Foto 4 Fotos amavelmente cedidas por Luís Bento e por INParties Foto 9

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O P I N I ÃO

António Bravo

OS POSSIDÓNIOS

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e acordo com os dicionários de Língua Portuguesa “POSSIDÓNIO”, substantivo masculino, é a designação de um político provinciano ou sertanejo que vê a salvação da Pátria na redução profunda da despesa pública. Quando se aplica tal termo como adjectivo, o mesmo tem o significado de pretensioso.

Convenhamos que qualquer das definições assenta que nem uma luva ao governo que nos (des) governa e passo a explicar porquê De há muitos e muitos anos a esta parte que se vem assistindo à desertificação do interior do país, desertificação essa que tem por principal razão a falta de investimento nessas zonas e que conduz cada vez mais a saída dos seus habitantes para o litoral ou para o estrangeiro, por falta de oportunidades de trabalho nas suas terras de origem.

O governo actual em vez de procurar implementar medidas que combatam esse êxodo das populações e consequentemente as assimetrias entre litoral e interior tomou, em nome do sacrossanto saneamento das finanças públicas, a decisão de fechar postos de correio, secções de finanças e mais recentemente tribunais com o argumento que o movimento nesses serviços públicos agora encerrados não justificam a sua manutenção. Desta forma retira às localidades algumas das âncoras que poderiam ajudar a estabelecer lá empresas, que proporcionariam a criação de mais postos de trabalho e consequentemente promoveriam a fixação dos jovens e ajudariam ao aumento da demografia, aumento esse de que este país está tão carenciado, ao ponto de em 2013 o número de óbitos ter sido superior em ± 17.000 ao de nascimentos. Isto para já não falar nos transtornos que causam às populações mais velhas e economicamente carenciadas que se vêem compelidas a grandes e por vezes dispendiosas deslocações para tratarem dos seus assuntos.

O argumento da Ministra da Justiça para o encerramento dos tribunais é que as unidades a fechar tratavam de menos de duzentos e cinquenta processos por ano. Ora com populações idosas e sem actividade económica importante, logicamente que não pode haver um grande número de litígios para dirimir judicialmente. Portanto, creio que há aqui um raciocínio ao contrário, ou seja, em vez de se fecharem tribunais dever-se-iam criar condições para o desenvolvimento económico desses concelhos e assim justificar a manutenção desses serviços públicos para o bem dessas comunidades e em última análise combater a dita desertificação e as assimetrias entre o litoral e o resto do país.

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Esta fúria redutora de que o governo dá provas entronca, nem mais nem menos, na tal supressão da despesa pública que caracteriza os possidónios.

A despesa pública pode ser virtuosa ou perniciosa. É virtuosa quando é feita para o serviço e o bem-estar dos cidadãos e é perniciosa quando promove o desperdício, acoberta a improdutividade e pactua com interesses obscuros.

Ora o que temos assistido nestes três últimos anos são os cortes na despesa virtuosa, com sacrifícios evidentes para as pessoas, nomeadamente as mais débeis e a manutenção da despesa perniciosa duma máquina do estado demasiado pesada e pouco rentável, pois o tal corte das gorduras com que o Primeiro Ministro enchia a boca na sua campanha eleitoral continua por concretizar – a tão falada e nunca executada reforma do estado.

E é precisamente nessa máquina do estado e por estado eu entendo toda a administração pública, que vai do governo central, aos parlamentos e às autarquias, passando por essa miríade de empresas públicas, nacionais, regionais e municipais, fundações, institutos, observatórios e quejandos que se encontram os grandes sorvedouros do dinheiro de todos nós. Era aqui que já se deveria ter cortado na despesa (obviamente perniciosa).

Porém, nestes “santuários” não se toca pois albergam as “vacas sagradas” que é como quem diz os correligionários e amigalhaços a quem convêm proteger e apaparicar já que são os sustentáculos do “sistema”.

Enfim, é com estes possidónios (substantivo) que temos que aguentar e que para além do mais são muitíssimo possidónios (adjectivo). l António Bravo escreve de acordo com a antiga ortografia