Revista P&C Janeiro/Fevereiro 2013

C C & P p C Nº Nº 1 JANEIRO/FEVEREIRO 2013 - Mensal - 5 -€5 € 1 JANEIRO/FEVEREIRO 2013 - Mensal

pavimentoS

Vinil “todo terreno” U R B A N I S M O - C i d a d e s para o f u t uro e n g e n h aria - para r e so lv e r v e l h os p rob l e mas o p ini ão - “ e s t ran h o p o v o e s t e ...”

onstução

Cidades espertas para um País de espertos

R

ecentemente a IBM e o Jornal Expresso coordenaram uma iniciativa que visa promover a cultura das smart cities.

Um conceito que assenta no pressuposto de criarmos cidades cada vez mais inteligentes.

No contexto de Troika em que procuramos sobreviver, a tecnologia surge como uma ferramenta que vai permitir fazer mais poupanças, melhorar a gestão e servir melhor os cidadãos.

Em suma, ficamos mais perto do ideal de constituirmos cidades espertas para enfrentar os nossos desafios.

Na nossa visão, a urbe do futuro deve preocupar-se mais em atrair talento e conhecimento, ao mesmo tempo que é usufruída pelos seus cidadãos e visitantes.

Contudo, vivemos atualmente num País onde o consumo de cimento cai para níveis anteriores aos do 25 de Abril e onde banqueiros e líderes políticos defendem que não há limites ao sacrifício e ao empobrecimento.

Assim, apesar de louvar a iniciativa da IBM/Expresso, ocorre-nos igualmente a visão de uma tecnologia que permita com que as cidades consigam ficar mais espertas e nos façam despertar para enfrentar os desafios e constrangimentos de um País governado por espertos. l

E D I TO R I A L

P &C

P &C onstução

P & C JANEIRO/FEVEREIRO 2013 3

SUM Á RIO

P &C onstução

PAVIMENTOS Vinil “todo o terreno”

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URBANISMO Cidades para o futuro

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ENTREVISTA Reabilitação é o futuro

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FEIRAS BAU mais forte que nunca

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PRODUTOS

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ENGENHARIA Novas tecnologias para resolver velhos problemas

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OPINIÃO “Estranho povo este...”

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6

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ficha técnica f icha téc ni c a

P &C onstução

d i r e to r Paulo Martins paulo.martins.pec@outlook.com

Estatuto editorial

e d i to r Rui Anjos rui.anjos.pec@outlook.com

A Revista P&C é uma publicação de caráter técnico que aborda as várias temáticas ligadas à Arquitetura e à Engenharia, ao Projeto e à Construção, bem como às tecnologias, materiais e equipamentos utilizados nestas atividades.

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A Revista P& C empenhar-se-á por todos os meios na divulgação do conhecimento que permita dignificar as atividades ligadas à Construção em todas as suas vertentes.

RED AÇ ÃO Marta Vaz e Paula Mesquita F OTO G R A F I A Augusto Cardoso Publicidade rapm_press@outlook.com pag i n ação Fátima Batista propriedade

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& P C Para onde vai o setor da Construção?

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PAV I M E N TO S

Vinil “ todo o terreno ” Quando a madeira não é o pavimento mais indicado, e queremos mais resistência e conforto que num vulgar pavimento laminado, surge uma nova solução na área dos pavimentos Flutuantes : o Vinil.

N

o mercado, os pavimentos vinílicos já são instalados há muito tempo, em marcas como Tarkett, Armstrong, Forbo entre outras. Utilizam-se sobretudo em espaços públicos como clinicas; escolas; residências assistidas; hospitais; escritórios; etc. e são denominados como PVC resiliente Homogénio ou Heterogénio.

Mas do que vos falarei hoje, é desta matéria-prima, num conceito completamente diferente, em que deixamos de ter um pavimento tipo ladrilho ou em rolo com junta termosoldada, com padrões de cor ou imitações de madeira com aspeto muito artificial. Passando a ter um excelente aspeto da madeira, conferidos pela qualidade da fotografia e impressões em alta definição.

Este realismo, é acentuado pelo tratamento de superfície, que nalguns padrões simula o método de “escovado” acompanhando o próprio veio da imagem da madeira.

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Nova geração Isto já sucedia na família dos pavimentos em melamina (vulgarmente chamados “laminados”), no entanto, sendo a camada intermédia destes flutuantes em Mdf ou Hdf, fragiliza o produto não sendo adequado á instalação em zonas húmidas. Assim, a vantagem desta nova geração, é podermos instalar em todas as áreas numa habitação ou escritório, incluindo cozinhas e salas de banho, pois pela sua constituição, não possui nenhum componente suscetível á humidade e/ou presença de água.

Este produto é muito adequado á reabilitação de espaços, pela sua fina espessura de apenas 5mm, e de fácil instalação e manutenção. Não requer ferramenta específica, nem mesmo serra de corte, pois um simples X-ato corta com precisão as réguas.

As imagens ilustram ambientes da conceituada marca Alemã Windmöller, que apresenta uma gama

PAV I M E N TO S

vastíssima de padrões. Esta marca de qualidade, permite fazer uma superfície em continuidade até 200 m2 sem necessidade de interrupção, e em termos de junta de dilatação é de apenas 5 a 10mm.

Apresenta duas coleções distintas: a “Design Line – Bacana” indicada para tráfego Comercial moderado ou intenso com 0,55mm de camada nobre e; “Design Line – Laguna” com 0,3m para uso doméstico ou comercial ligeiro. l

Principais vantagens Vinilico flutuante: - Adaptável a todos os espaços: escritórios; espaços comerciais; habitação pois com prende Classe 23/31 e 33/42 - Numa habitação pode estar presente em cozinhas e Casas de banho, pelo que consti tui uma excelente solução quando se pre tende um só pavimento em continuidade - Fácil manutenção em que apenas se aspira e lava - Compatível com sistema de aquecimento radiante Hidráulico - Fácil instalação com sistema Clique sem cola, por profissionais ou consumidor final - Instalação sobre outros pavimentos já exis tentes, desde que devidamente regulari zados - Utilização imediata á sua instalação e faci lidade de retirar e voltar a instalar.

- Redução significativa do incómodo ruído ao caminhar

Gisela Campos

Decoração e Arquitetura de Interiores Agradecimentos: - Windmöller na LQS em Lisboa

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URBANISMO

Cidades para o futuro A IBM e o Jornal Expresso, organizaram a Conferência Cidades do Futuro.

Em foco estiveram a necessidade de inovar e integrar as tecnologias na gestão das nossas cidades. O evento ficou marcado pela presença de diversas figuras dos setores mais variados da sociedade e que debateram no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, as principais questões do desenvolvimento urbano.

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ornar as cidades portuguesas mais bonitas e mais verdes foi o desejo expresso por Assunção Cristas, ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, na abertura da Conferência Cidades do Futuro, que decorreu esta semana em Lisboa. Um evento que assinalou o encerramento da iniciativa conjunta da IBM e do Expresso.

Assunção Cristas enfatizou a estética das cidades por considerar que se trata de um “aspeto importante na atratividade que exercem sobre os cidadãos, turistas e investidores”.

Apostar na reabilitação A governante admitiu, no entanto, que, no atual contexto financeiro, “estes não são os tempos para desencadear grandes projetos transformadores das cidades” como os que permitiram, por exemplo, criar em Lisboa uma zona como a Expo. Defendeu que faz hoje mais sentido apostar na reabilitação urbana, que também acaba por ter um efeito positivo na reanimação do setor da construção civil. Com as novas leis dos solos e do arrendamento “o Governo está a fazer a sua parte”, defendeu a ministra.

Smart Faro Faro ganhou o Smarter Cities Challenge da IBM e recebe apoio de consultoria no valor de 312 mil euros.

A cidade algarvia foi uma das cinco cidades europeias vencedoras do concurso Smarter Cities Challenge (Desafio cidades inteligentes), um programa da IBM que procura proporcionar o aparecimento de cidades inteligentes em todo o mundo. Esta é a primeira vez que uma cidade portuguesa consegue a distinção alcançada entre uma centena de candidaturas. O galardão prevê que a capital algarvia receba, já em 2013, alguns dos melhores especialistas da IBM que, durante três semanas, irão avaliar, analisar e recomendar melhorias estruturais de forma a torná-la um local ainda melhor para viver e trabalhar. Tudo após reunirem com funcionários, cidadãos, empresas, académicos e líderes municipais.

Emprego, saúde, segurança pública, transportes, serviços sociais, lazer, educação, energia e sustentabilidade são algumas das áreas objeto de estudo em que a equipa da IBM vai analisar as melhores oportunidades e desafios, recomendar as melhores práticas que tornem os serviços de apoio ao cidadão mais eficientes e inovadores.

O valor deste apoio em consultoria ascende aos 400 mil dólares (312 mil euros). Para que uma cidade seja apoiada pelo Smarter Cities Challenge tem de fazer prova de possuir uma liderança forte e capaz de envolver os diversos atores da cidade.

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URBANISMO Apesar dos apertos orçamentais, Assunção Cristas encorajou as cidades portuguesas a tornarem-se mais inteligentes “tirando partido dos instrumentos comunitários de financiamento que vão estar disponíveis nos próximos anos”, tanto dos fundos de coesão, como dos programas-quadro de ciência e tecnologia.

Antecipar soluções Com uma intervenção sobre “As cidades como motor da economia”, António Raposo de Lima, presidente da IBM Portugal, chamou a atenção para a necessidade de haver “abordagens inovadoras” para as cidades, porque “não é sustentável insistir no mesmo caminho”. E avançou com números avassaladores que justificam a ação dos responsáveis das cidades em prol da sustentabilidade: 1% do produto interno bruto (PIB) europeu - 100 mil milhões de euros - é provocado pelos engarrafamentos de trânsito nas cidades em todo o mundo. E 20% da água disponível perdem-se devido a fugas nas canalizações.

Agora que as novas tecnologias oferecem capacidades impensáveis há poucos anos, Raposo de Lima desafiou as cidades portuguesas a serem mais inteligentes, “aproveitando a informação para tomar melhores decisões”. E defendeu a utilização das capacidades de computação para “antecipar os problemas e resolvê-los proativamente”.

Para ilustrar a utilização avançada das novas tecnologias na cidade, a Conferência Cidades do Futuro contou também com um representante de Málaga e com os especialistas da IBM envolvidos no Rio janeiro.

Que demonstraram as valências das tecnologias em prol do desenvolvimento urbano. l

Números avassaladores 75% da energia mundial é consumida pelas cidades 80% dos gases do efeito de estufa são emitidos pelas cidades de todo o mundo 20% da água disponível perdem-se através de fugas nas canalizações 1% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, ou seja, cerca de 100.000 milhões de euros, é o custo anual estimado provocado pelos engarrafamentos de trânsito nas cidade de todo o mundo

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E N T R E V I S TA

Reabilitação é o futuro O ano de 2013 avizinha-se difícil. Mas, o setor tem ainda na sua génese o estímulo da luta e a busca contínua da qualidade.

A ação da Mundibetão é o reflexo deste código genético. Para Jorge Vieira, um dos homens fortes desta empresa, o futuro constrói-se diariamente e a chave do setor poderá estar na renovação do passado, afirmando confiante que “a reabilitação poderá vir a ser o futuro do setor da construção”.

Jorge Vieira - Mundibetão

A

Mundibetão nasceu em 1994 com uma dinâmica assumidamente irreverente, ousada, pensada em termos de futuro e acreditando acima de tudo nas suas potencialidades e na sua capacidade de resposta aos desafios colocados por um mercado em alta...em crescimento.

Conversámos com Jorge Vieira, sócio-gerente da Mundibetão sobre o percurso da empresa ao longo destes 19 anos de vida.

Jorge Vieira – Entrámos nesta aventura de peito aberto, apostando essencialmente na capacidade profissional de uma equipa jovem, irreverente capaz de responder de forma positiva aos desafios mais arrojados que lhe fossem colocados. E assim foi...a nossa capacidade de resposta terá surpreendido o mercado o que permitiu à Mundibetão conquistar uma interessante quota de mercado, que se foi consolidando mais e mais a cada ano que se vencia, ao longo dos seus primeiros dez anos de vida.

P&C – Em que área de negócio se especializou a vossa empresa?

Penso que um dos fatores de sucesso da Munditubo nesses dez anos foi inegavelmente o assumirmos 10 JANEIRO/FEVEREIRO 2013 P & C

uma polivalência e flexibilidade grandes, que nos permitiu atuar nas mais variadas áreas de negócio.

E assim a solicitação da empresa para as mais diversificadas situações de obras tornou-se uma realidade que soubemos aproveitar.J. V. – Nesses primeiros anos de vida conquistámos uma posição interessante na construção de condomínios de luxo na linha de Cascais, alguns deles que são realmente obras emblemáticas da Mundibetão.

Mas não só...também nas Obras Públicas tivemos uma atuação positiva, com obras de grande importância como, por exemplo os trabalhos efetuados por nós na Câmara Municipal de Cascais, a construção de Creches Públicas da Santa Casa da Misericórdia de Cascais, uma reestruturação profunda de instalações do Tribunal de Cascais, como, por exemplo, a reabilitação do antigo Tribunal, o Palácio Palmela, tudo isto numa caminhada de agradável sucesso até 2004.

Parar para pensar e repensar o futuro Chegado o ano de 2004 começou a sentir-se a crise que foi crescendo até ao momento. Como foi que a Mundibetão enfrentou essa nova realidade?

Tivemos que parar para pensar e repensar o futuro, procurando evitar demasiados danos colaterais como por exemplo a dispensa de pessoal e a diminuição da capacidade de resposta que sempre nos caracterizou, assegurando a continuidade da empresa com a mesma qualidade e reestruturando a nossa atividade. E foi assim que nos virámos para um segmento com grande potencialidade para crescer como o da reabilitação, que penso poderá vir a ser o futuro do setor. Foi o que sucedeu com obras que hoje são de referência como a remodelação do edifício-sede da Câmara Municipal de Cascais, a construção do departamento de Comunicação da Câmara de Cascais, as instalações da DNA também em Cascais, mas temos entre mãos a construção de uma moradia no Algarve, uma obra de mais de um milhão de euros.

Temos ainda obras importantes no Concelho de Sintra.

E N T R E V I S TA

Mesmo sem termos parado, a verdade é que vimos a faturação decrescer o que nos levou, em vez de dispensar pessoal do nosso quadro de trabalhadores, a dispensar os subempreiteiros que trabalhavam para nós. Julgo que foi a decisão acertada.

Como vai ser o futuro da Mundibetão?

Para já o futuro da Mundibetão passa por garantir o presente. Neste momento estudamos a possibilidade de explorar o mercado europeu na Noruega numa parceria com empresários noruegueses deste setor.

Queremos afirmar-nos mais e mais em todos os mercados onde estejamos presentes. À medida que o mercado vai perdendo empresas surgem outras possibilidades para as empresas que vão ficando, que vão conseguindo sobreviver.

Trata-se de uma seleção natural dos atores deste setor, o que fará com que vão desaparecendo os empreiteiros “curiosos” construtores que só desacreditavam o setor. l

Recuperação do parque imobiliário Para Jorge Vieira, “o futuro do setor poderia passar por uma legislação que apontasse para a recuperação do parque imobiliário que tão degradado está, com fundos imobiliários que pudessem apoiar a recuperação de todo esse património. Seria um partneriado para a recuperação desse setor específico que bem poderia vir ser o seu “alimento” nos próximos 20 anos.É também urgente que se faça cumprir a legislação sobre a economia energética, outro mercado de trabalho de excelência para as empresas do setor.”

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FEIRAS

Mais internacional, profissional e inovadora A Feira BAU teve lugar uma vez mais em Munique, de 14 a 19 de Janeiro.

Este certame revelou-se uma vez mais um verdadeiro ícone da força da internacionalização, do profissionalismo e da inovação pela qual se deve pautar o sector da construção. Uma demonstração de força e uma referência.

A

BAU, Feira líder mundial de Arquitetura, Materiais e Sistemas de construção, cada vez mais internacional, importante e profissional.

Este é o denominador comum com que a maioria dos expositores resumiram a sua participação nos seis dias de êxito de um certame que voltou a registar lotação esgotada.

235 Mil visitantes Apesar de uma meteorologia adversa, própria desta altura do ano, com estradas cobertas de neve e centenas de voos cancelados, mais de 235000 visitantes voltaram a Munique para

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igualar o record de 2011. Os visitantes internacionais superaram pela primeira vez a marca dos 60000. Um aumento particularmente notável no caso da Rússia (2.920 visitantes), da China (1.091) e Japão (750).

Os expositores voltaram a partilhar da opinião de que a BAU voltou a aumentar a sua qualidade, tanto ao nível do design dos stands e da demonstração dos produtos, como ao nível da qualidade dos visitantes.

50 Mil projetistas Neste capítulo a BAU fez jus à sua reputação como “Feira do Arquiteto”, uma vez que registou o ingresso no seu recinto de cerca de 50000 visitantes ligados à área do projeto.

Reinhard Pfeiffer, diretor da Feira, está convencido de que a BAU percorre a senda do êxito: ”A BAU cumpriu plenamente com o seu objectivo e alcançou todas as metas fixadas”.

O número elevado de projetistas que visitou a Feira, satisfez integralmente a sua função de ser o evento mais importante do mundo nesta área.

Os expositores demonstraram também a sua satisfação com o aumento da internacionalização dos visitantes profissionais, um aumento devido aos países comunitários, Rússia e China.

A BAU afirmou assim o carácter de Feira Líder Mundial.

A reputação da BAU baseia-se, entre outras coisas, na qualidade arquitectónica dos stands de muitos expositores. Algo que particularmente notório na edição de 2013.

As empresas não pouparam esforços para alcançar uma presença impactante durante os seis dias de feira.

Montagens espetaculares, pavilhões repletos, constantes e intensas reuniões de stand e clientes bem informados oriundos de todo o mundo, em busca de soluções à medida dos seus projetos.

Estas serão as memórias que perduraram como recordação e que explicam o êxito a longo prazo da BAU.

FEIRAS

Já em Abril

C

A Bauma está de volta a Munique em Abril de 2013!

Máquinas gigantescas numa área equivalente a quase 80 campos de futebol.

om mais de 3.300 expositores internacionais inscritos – estes são os números impressionantes da Bauma, a maior feira a nível mundial, de máquinas e equipamentos para a construção.

Em Munique encontrarão todos os líderes de mercado e a oferta completa para todos os sectores da construção. A área de exposição aumentou novamente para 570.000m2 e é distribuída por 16 pavilhões e uma vasta área ao ar livre.

Na próxima edição daremos conta de algumas das novidades apresentadas na Pré-Bauma e que poderá ver, testar e adquirir em Munique.

Representante Oficial da Feira de Munique em Portugal: MundiFeiras, Lda. Contacto: Tânia Mutert de Barros Largo Maestro Miguel Ângelo, 8 4150-489 Porto, Tel. 22 616 49 59 email: mundifeiras@mail.telepac.pt, www.bau-muenchen.com Portugal marcou presença Em 180000 metros quadrados de área de exposição, apresentaram-se um total de 2060 expositores, oriundos de 41 países.

Portugal fez-se representar pelas empresas: AMORIM Revestimentos, SA. / Amorim Deutschland GmbH & Co.; A Cimenteira do Louro, SA.; CORKSRIBAS, SA; Euroviga It Indústrias, SA.; Flexidoor SA; Granorte Rev. de Cortiça, Lda; JNF J. Neves & Filhos S.A.; Pavigrés Cerâmicas, SA.; Pedrantiqua, Lda; Polo JCP, Lda. (Pladec); MCM Mármores Centrais do Minho, SA.

Expositores Portugueses na BAUMA 2013 em Munique, 15 a 21 de Abril de 2013 - ARCEN Engenharia, SA I C1.213 - Catari Indústria, SA I A2.106 - CCE Carvalho Coimbra & Esteves, Lda I C2.503 - Galmax-Comércio e Serviços, Lda I F8.N821/1 - Galtrailer - Industria e Comercio, Lda (Co-expositor) -F8.N821/1 Oliveira, SA I B3.516B - Produtiva, Lda I B2.208B Entre os expositores, quase todos (95%) qualificaram a BAU como “Notável”.

Também praticamente todos os expositores (98%) querem regressar para a edição de 2015.

Tal como 2011, 95% dos expositores outorgou as melhores notas para a qualidade dos visitantes.

Quase metade dos expositores da BAU crê que a situação económica para o sector europeu da construção continuará a ser boa. De forma similar opinam os visitantes, sendo que 43% acreditam mesmo numa melhoria (ainda que ligeira).

A próxima edição da BAU está já marcada para o período entre 19 e 24 de Janeiro de 2015, nas instalações da Feira de Munique, na Alemanha. l

P & C JANEIRO/FEVEREIRO 2013 13

P R O D U TO S

Nas Janelas para sótão da Fakro

Juntas impermeáveis são fundamentais

A Fakro fabrica juntas impermeáveis especiais para a instalação das suas janelas nos mais variados tipos de telhados

P

ara a fiabilidade absoluta das janelas para sótãos é fundamental o tipo de juntas, a sua impermeabilidade e a sua durabilidade.

Só assim é possível um excelente isolamento térmico e acústico.

Por esse motivo a Fakro, conceituado fabricante de janelas para sótãos, desenvolveu diferentes tipos de juntas impermeáveis para os diferentes tipos de janelas e de telhados.

As juntas impermeáveis são indispensáveis para uma colocação correta das janelas.

Os seus elementos concebidos de forma precisa permitem a montagem estável e absolutamente impermeável da janela de telhado.

A junta reconduz para o exterior a água da chuva e a neve protegendo ainda a janela do vento.

Hoje em dia, devido aos diferentes tipos de juntas, é possível colocar as janelas Fakro em todo o tipo de telhados.

Em versão standard todos os ajustamentos são em alumínio coberto de verniz de poliéster em cor RAL-7022 que se adapta perfeitamente às cores típicas da grande maioria dos telhados.

Os diversos tipos de ajustamentos correspondem aos diversos tipos de telhados.

Os ajustamentos standard permitem a colocação nos telhados mais correntes.

Juntas para telhados lisos A junta ES permite a montagem impermeável da janela em telhado de cobertura lisa como: cartão 14 JANEIRO/FEVEREIRO 2013 P & C

A junta impermeável ES foi especialmente concebida para as janelas a instalar em telhados de cobertura lisa

asfaltado, ripas de asfalto, ardósia de 10 mm de espessura.

Este tipo de junta existe em dois tipos para dois níveis de embutidos.

Juntas para telhados com cobertura ondulada A junta EZ permite a montagem impermeável de janelas em telhados de cobertura ondulada: telha, chapa metálica ondulada e pequenas ondas. Esta junta universal pode ser colocada não só nas coberturas onduladas mas também em todo o tipo de coberturas até 45 mm de altura de ondas.

Este tipo de junta existe para três níveis de embutidos.

Juntas para coberturas de forte relevo A junta EH permite a montagem da janela no telhado com cobertura de relevo importante como: telha canal, chapa metálica ondulada grandes ondas.

Pode ser colocada nas coberturas até 90 mm de altura da onda.

A versão standard destina-se à montagem da janela no telhado. Existe ainda uma versão modulável que permite combinar várias janelas.

A junta EH existe num único tipo para um nível de embutidos.

Velux

Janelas em poliuretano

P R O D U TO S

As novas janelas são produzidas em pinho nórdico e cobertas com uma camada protetora de poliuretano

O modelo GCU de janela para sótão da Velux é de abertura basculante e o modelo GPU é projetante, com um ângulo de abertura de 45 graus, o que proporciona, de facto, uma vista panorâmica extraordinária

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novação continua a ser palavra de ordem para os responsáveis da Velux, que mantém a aposta na evolução tecnológica das suas janelas e numa inovação constante na sua oferta aos variados mercados onde se encontra instalada.

Assim sucede também em Portugal, onde a marca é uma referência no segmento das janelas para sótãos.

Entre as mais recentes novidades da Velux merecem particular destaque as janelas para sótãos em poliuretano.

Manutenção reduzidíssima Nestas janelas é de salientar, por exemplo, a isenção de manutenção, o que se deve, essencialmente, ao acabamento em poliuretano que defende a

janela da ação da humidade, permitindo uma limpeza fácil com o recurso apenas a um pano húmido.

O modelo GCU de janela para sótão da Velux é de abertura basculante e o modelo GPU é projetante, com um ângulo de abertura de 45 graus, o que proporciona, de facto, uma vista panorâmica extraordinária.

Ambos os modelos são produzidos em pinho nórdico e cobertos com uma camada protetora de poliuretano.

Estas janelas podem ser a escolha perfeita para compartimentos com alto nível de humidade tais como cozinhas e casas de banho.

Adicionalmente, as formas mais arredondadas e o design moderno destas janelas permitem criar um estilo diferente e inovador em qualquer compartimento.

P & C JANEIRO/FEVEREIRO 2013 15

P R O D U TO S Roca - Torneiras

Victoria-N alia funcionalidade ao design Com um design simples e inovador, os modelos Victoria-N para lavatório integram um eficaz sistema de poupança de água

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inâmico é como se define o mundo das torneiras. E a nova coleção de torneiras Victoria-N não é exceção. Trata-se do resultado de novas formas e novos desempenhos da Roca, mantendo a autenticidade e a funcionalidade de sempre. De fácil manejo, estas torneiras mono-comando adaptam-se a todas as necessidades, tanto na casa de banho como na cozinha. Para além de um belo design as torneiras Victoria-N são amigas do meio ambiente. Disponibilizam uma poupança do consumo de água / energia até um total de 65 por cento. O sistema de segurança ajuda a limitar diretamente o caudal de água, enquanto um cartucho exclusivo permite uma suave utilização, bem como uma fácil limpeza e manutenção.

Torneira para lavatório Com um design simples e ao mesmo tempo inovador, os modelos Victoria-N para lavatório incorporam um sistema de poupança de água.

As ligações de alimentação são flexíveis.

Como opção tem uma válvula de descarga automática.

Torneira para bidé As torneiras Victoria-N para bidé são quase idênticas aos modelos da torneira para lavatório. A maior 16 JANEIRO/FEVEREIRO 2013 P & C

diferença é a saída da água numa posição mais horizontal. À semelhança da torneira para lavatório, este modelo também dispõe de um sistema exclusivo de poupança de água e de ligações de alimentação flexíveis. A válvula de descarga automática é opcional.

Torneira para banheira O inverno convida a longos banhos quentes na banheira. A acompanhar nada melhor do que ter por perto a torneira de parede Victoria-N para banheira com chuveiro telefone flexível de 170 centímetros e suporte.

Torneira para duche A torneira Victoria-N para duche parece-se com o modelo para banheira. Trata-se de uma torneira de parede para duche com chuveiro telefone flexível de 150 centímetros e suporte.

Torneira para cozinha A cozinha é outro espaço de eleição para a coleção Victoria-N. Para este destino, a Roca desenvolveu uma torneira monocomando com cano alto giratório e ainda uma torneira de parede com cano giratório para o lava-louças.

P R O D U TO S Hörmann - PORTAS E AUTOMATISMOS

Porta-chaves com telecomando HSP 4

A

Hörmann lançou no mercado português uma nova versão do telecomando HSP 4, um produto vocacionado para portas seccionais de garagem do setor residencial, que se distingue por um design inovador e funcional.

A sua forma ergonómica apresenta quatro teclas facilmente acionáveis com aro cromado de alta qualidade que, para além das vantagens técnicas que apresenta, permite também que seja utilizado como porta-chaves.

“A prioridade para este produto foi associar a multifuncionalidade ao aspeto estético, apostando em novas linhas de design, de modo a aumentar o conforto do utilizador e criar melhores condições para o manuseamento”, segundo os responsáveis do fabricante.

O HSP 4 é um emissor de 868,3 MHz, que funciona por impulso com uma pilha de lítio 3V CR 2025, com 48x13 mm de dimensão.

Este é um produto que tem contribuído para um significativo aumento do volume de vendas das portas seccionais de garagem Hörmann.

Nova porta de enrolar Decotherm em alumínio Procurando inovar sempre, a Hörmann lançou no mercado português a porta de enrolar DecoTherm em alumínio, essencialmente dirigida à indústria nacional.

As principais características deste produto dizem respeito ao material utilizado, à geometria dos perfis de alumínio em detalhe, ao processo de enrolamento e ao seu design. Por outro lado, a nova DecoTherm não tem a espuma de poliuretano visível e resulta de um perfil de estrutura ligeira em alumínio que contribui para que seja extremamente silenciosa, de longa duração e de reduzido desgaste e manutenção.

União perfeita entre perfis e enrolador O novo modelo impede o desperdício térmico (perda de calor) e cria a união perfeita entre perfis e enrolador, evitando os habituais pontos de pressão e fricção, graças à forma em arco das

O novo comando HSP 4 é um emissor de 868,3 MHz, que funciona por impulso com uma pilha de lítio

superfícies interiores e exteriores e à técnica de dobradiças.

Em relação aos visores, a aposta centrou-se num design moderno com uma variedade de modelos e de materiais no que toca às grelhas de ventilação e, relativamente aos elementos dos visores, estes são constituídos por vidro duplo em policarbonato resistente ao choque e um aro de cobertura de elevada qualidade.

Percurso de enrolamento compacto A porta de enrolar DecoTherm em alumínio possui um percurso de enrolamento compacto, necessitando portanto de uma reduzida altura de lintel, e é recomendada para portas até 4x4m.

“Este novo produto é, sem dúvida, uma mais-valia para a nossa oferta para o setor industrial, sobretudo nas portas de enrolar, permitindo responder às necessidades dos clientes e apresentar soluções alternativas e diferentes opções de construção” destaca uma fonte da Hormann.

A DecoTherm em alumínio surge como uma evolução natural do modelo “classic”, que já era comercializado anteriormente pela Hörmann, empresa líder mundial em portas, automatismos e niveladores de cais.

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P R O D U TO S BOBCAT

Entrada no mercado das míni-escavadoras de rodas foi aposta ganha

A profundidade máxima de escavação é de 3495 mm, a altura máxima de carga é de 4265 mm e o alcance máximo ao nível do solo é de 5980 mm

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om o lançamento da nova mini-escavadora E55W, o seu primeiro modelo de mini-escavadora de rodas, a Bobcat aventurou-se ano mercado das escavadoras de rodas.

A novíssima E55W de 5,5 toneladas foi desenhada por forma a proporcionar uma grande produtividade, um consumo de combustível excecionalmente baixo, uma ergonomia melhorada e maior fiabilidade.

A máquina vem equipada com um motor diesel Yanmar refrigerado a água que funciona a uma velocidade regulada máxima de 2.400 r.p.m..

Uma injeção eletrónica e um ralenti automático asseguram um baixo consumo de combustível a todo o momento. Graças a um depósito de combustível de 120 litros a máquina pode trabalhar normalmente durante mais de dois dias sem necessidade de reabastecimento.

Movimentos velozes permitem que a E55W alcance um elevado grau de produtividade. A profundidade máxima de escavação é de 3495 mm, a altura máxima de carga é de 4265 mm e o alcance máximo ao nível do solo é de 5980 mm.

Equipada de série com uma configuração de pneu único, o peso operativo da E55W ascende aos 5550 kg.

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Existe uma configuração de pneus duplos.

A máquina proporciona duas velocidades de deslocação, com uma velocidade máxima da ordem dos 30 km/hora.

O volante pode situar-se no lugar que mais convenha ao operador.

Os comandos de controlo foram colocados de forma a proporcionar grande facilidade de manejo e conforto acrescido ao operador, bem como uma eficiência operativa máxima.

As alavancas do Joystick hidráulicas apresentam cómodos comandos que permitem ao operador levar a cabo operações precisas da maneira mis simples.

O painel de instrumentos centralizado proporciona uma informação completa sobre o estado da máquina num formato de fácil leitura.

Este painel de bordo é impermeável e todas as informações podem ser consultadas apenas com simples olhar, de maneira que o operador não desvie nunca a sua atenção da zona de trabalho.

Para facilitar as tarefas de manutenção, a E55W dispõe de pontos de assistência extremamente acessíveis.

O radiador, de grande capacidade, oferece prestações excelentes mesmo em condições de trabalho extremas.

O acesso ao radiador é extraordinariamente fácil o que facilita imenso os trabalhos de limpeza do mesmo, sempre fundamentais para um bom desempenho da máquina.

As distintas partes do motor, tais como o filtro de óleo do motor e o filtro do combustível, também são de fácil acesso tendo em conta o simplificar ao máximo as tarefas de manutenção diárias. l Equipada de série com uma configuração de pneu único, o peso operativo da E55W ascende aos 5550 kg.

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ENGENHARIA

Novas tecnologias para resolver velhos problemas Recentemente desenvolveram-se novas tecnologias que permitem resolver antigos problemas das construções. Um desses problemas consiste na ascensão, por capilaridade, da humidade do solo a qual vai atingir o revestimento dos pavimentos térreos.

U

m dos antigos problemas das construções consiste na ascensão, por capilaridade, da humidade do solo a qual vai atingir o revestimento dos pavimentos térreos.

Caso estes sejam revestidos com tijoleiras, nestas aparecerft1ão manchas que indiciam o começo dum fenómeno que irá conduzir à “descamação” das tijoleiras, como se pode ver analisando a Foto nº 1, correspondente a uma moradia situada na zona de Colares, região caracterizada por um clima bastante húmido em virtude da proximidade da Serra de Sintra, densamente arborizada.

Soluções técnicas Uma das possíveis soluções que, atualmente, se encontram disponíveis para este problema, consiste em revestir as tijoleiras com um produto impermeabilizante e autonivelante. A sequência de intervenção é a seguinte: • Preparação do Substrato: o substrato deverá ser, previamente, preparado através de mó diamantada e, posteriormente, deverá ser limpo de poeiras, óleos ou quaisquer outros elementos separadores; • Aplicação dum Primário de Aderência: como primário de aderência deverá ser aplicado um produto do tipo “MC-Dur 1365 HBF”, que é uma resina de base epóxi, sem solventes, própria para aplicação em bases de azulejo, mosaico ou tijoleira, devido à sua capacidade de migração mesmo com uma elevada viscosidade. Deverá ser aplicado com uma talocha metálica, tendo um consumo aproximado de 400 g/m²; • Regularização: a regularização consiste na mistura dum produto do tipo “MC-DUR 1365 HBF” com areia de quartzo seca em forno (0,5) com uma relação de mistura de 1:1 em partes por peso e um consumo aproximado de 1200 g/m², mistura essa que deverá ser aplicada com uma talocha metálica;

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• Aplicação dum Autonivelante: como autonivelante deverá ser aplicado um produto do tipo “MC-Dur 1200”, que é uma a resina bi-componente de base epóxi, pigmentada, sem solventes, com boa resistência química e mecânica. Deverá ser aplicada com uma talocha metálica, tendo um consumo aproximado de 1500 g/m². No final deve ser passado um rolo de bicos para retirar possíveis bolhas de ar. A Foto nº 2 mostra uma aplicação desta tecnologia, tendo-se usado um novo revestimento de côr parecida com a da tijoleira inicialmente existente.

Outro problema, também relacionado com a ascensão de humidade por capilaridade, manifesta-se nas paredes dos edifícios, ao nível do r/c. A Foto nº 3, da mesma moradia da zona de Colares, ilustra esta situação. Uma das tecnologias mais adequadas tem a seguinte sequência de aplicação: • Preparação da base: deverá ser efetuada uma furação (14 Ø), o mais abaixo possível nas juntas da alvenaria, ao longo de toda a parede (ou pontualmente, consoante o caso) sem a atravessar completamente (Foto nº 4). Os furos devem ser limpos através de pressão de ar, de dentro para fora. Devem ser colocados obturadores do tipo “MC-Hammerpackers”, que são de plástico e apropriados para injeção a baixas pressões (Foto nº 5); • Injeção: deve ser efetuada uma injeção dum produto do tipo “Oxal HSP” (no caso de humidade até 85%) ou do tipo “Oxal HSL” (no caso de humidade superior a 85%). Estes produtos têm uma elevada capacidade de penetração para permitir uma boa absorção, por capilaridade, pelo substrato criando, assim, uma barreira. A injeção deverá ser realizada de forma contínua, por contacto, de um lado para o outro, com uma bomba de injeção do tipo “MC-I 910” (Foto nº 6);

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ENGENHARIA Ficha Técnica - Conceção das Intervenções: Engº José Matos e Silva - Realização das Intervenções: MC-Bauchemie Portugal, Lda.

• Reparação: no final, devem ser retirados os “MC-Hammerpackers” e deve ser realizada uma reparação com a argamassa do tipo “Oxal PGP” (Foto nº 7).

Outro problema frequente consiste em infiltrações no interior duma construção devido à percolação, através das paredes, de água vinda do exterior.

Na Foto nº 8 pode ver-se uma dessas situações que afetou o revestimento, de papel, duma parede periférica dum edificío. A infiltração originou, também, o levantamento do pavimento flutuante de madeira (Foto nº 9). Este caso correspondeu a um piso enterrado de uma loja, situada perto do Largo do Carmo, em Lisboa. Presume-se que, devido a um sismo que incidiu há cerca de dois anos sobre a zona da Grande Lisboa, terá havido uma mudança de percurso dum aquífero subterrâneo, dado que a cave em causa, ao longo de quase um século, nunca tinha sido afetada por um problema semelhante.

Uma das tecnologias suscetíveis de serem utilizadas, tem a seguinte sequência de aplicação: • Preparação da base: deverá ser efetuada uma furação (18 Ø) em quincôncio (5 obturadores/m2) na zona afetada e na sua envolvente. No caso de alvenarias antigas a furação deverá ser realizada do mesmo modo, mas entre as juntas das alvenarias. Todas as furações devem atravessar a parede, ou a base, de maneira a intercetar o terreno. Os furos devem ser limpos através de pressão de ar, de dentro para fora. Devem ser colocados obturadores do tipo “MC-Schlagpackers”, que são de plástico e apropriados para injeção a baixas pressões; • Injeção: deverá ser aplicada uma injeção dum produto do tipo “MC-Injekt GL 95”, que é uma resina acrílica hidro-estrutural de baixa viscosidade, própria para a impermeabilização de estruturas.

A injeção deverá ser realizada por contacto, com uma bomba de injeção do tipo “MC-I 700”;

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• Reparação: no final, devem ser retirados os “MC-Schlagpackers” e deve ser realizada uma re-paração com argamassa do tipo “Nafufill LM”.

Neste último exemplo verificou-se que as paredes tinham sinais evidentes de “salitre”, tendo sido tratadas por injeção dum produto adequado, o qual provoca a “queda” das eflorescências características deste tipo de situações. Conclui-se, pois, que atualmente se encontram disponíveis tecnologias que, com um baixo custo de intervenção e uma grande eficiência, conseguem resolver problemas que, doutro modo, seriam muito difíceis de solucionar. l Engº José Matos e Silva Especialista em Geotecnia, Estruturas e Direção e Gestão da Construção, pela O.E.

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O P I N I ÃO

António Bravo

“ESTRANHO POVO ESTE…” Temos um fortíssimo sentido de nação e de independência mas, lá sabermos governar-nos não é o nosso forte

N

o Sec. I A.C., durante a ocupação da Península Ibérica pelos romanos, os territórios que hoje constituem Portugal estavam, entre outros, então incluídos numa província criada pelos ocupantes e que se chamava Hispania Ulterior, na qual cabia a zona dos Lusitanos, que embora vencidos deram muitas dores de cabeça aos invasores.

Em relatório enviado ao imperador, ao tempo, governador daquela província, Décio Junio Bruto escrevia referindo-se aos Lusitanos: “Estranho povo, este, que não se sabe governar, nem se deixa governar” Decorridos que são mais de dois mil anos sobre esta afirmação, é notável a verdade que a mesma encerra quando analisamos a história de Portugal desde os primórdios da nacionalidade aos tempos de hoje.

O povo português viveu sempre no fio da navalha, economicamente falando, mesmo no período em que o país era uma potência colonizadora que, todavia, nunca soube fazer reverter para si, enquanto colectivo, as imensas riquezas extraídas das suas colónias.

Estas foram gastas em algumas obras de sumptuário ou forraram o bolso a uns quantos “africanistas” e “brasileiros” e a outras tantas companhias estrangeiras que por lá se estabeleceram e lá se “encheram” enquanto o povo português se mantinha pobrete e alegrete.

Mais recentemente, nos séculos XIX e XX, enquanto ainda detentor de um rico e vasto império colonial, Portugal permaneceu sempre um país de gente pobre e culturalmente atrasada.

Esta tem sido a nossa sina e ainda agora cometemos a brilhante (?!) proeza de irmos à falência e termos de estender a mão ao auxílio

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externo por três vezes num período de 34 anos (1977, 1983 e 2011). Convenhamos que é um desempenho “notável” em tão curto espaço de tempo.

Temos um fortíssimo sentido de nação e de independência mas, lá sabermos governar-nos não é o nosso forte.

Há quem diga que é uma questão de liderança. Porém, o problema é mais fundo e essa falta de liderança não é senão a manifestação das nossas características atávicas que são a desorganização e o laxismo. Somos óptimos a improvisar mas péssimos a organizar, a cumprir regras e a manter a continuidade num determinado rumo. No dia em que conseguirmos organizar, cumprir e improvisar, seremos o melhor povo do mundo.

Até lá, continuaremos a dar razão ao tal Décio Junio Bruto, governador da Hispania Ulterior quando dizia que os Lusitanos era um povo estranho que não se sabia governar nem se deixava governar. l António Bravo escreve de acordo com a antiga ortografia