Revista P&C Junho 2013

Page 1

C P &C Nº 5 JUNHO 2013 - Mensal - 5 €

-

CONSTRUCTION EXPO 2013

MONTRA DE MODERNAS TECNOLOGIAS PARA OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA E EDIFICAÇÃO D e s i g n : TO L D O S - S O M B R E A M EN TO M O D E R N O E n g e n h ar i a : R e ab i l i taç ão A P Ó S IN T E R V ENÇÃO N A S F U N D AÇÕ ES O p i n i ão : ES T E PA Í S NÃO É PA R A V E L H O S



PORTUGAL…QUE FUTURO?

Q

uando há dois anos Portugal, mergulhado numa crise que assolava toda a Europa, se viu confrontado com uma realidade muito pouco desejável…o recurso à ajuda externa… o aceitar as condições impostas pela Troika num programa de assistência financeira que nada tinha de humano e que atacou de forma indiscriminada o povo português, indefeso, e sem quem o defendesse…porque Governo, Presidência da República, Primeiro-Ministro e afins apenas se preocuparam em se renderem ao poder excessivamente violento da Troica e da nova “dona” da Europa…a prepotente e inflexível super-Angela Merkel…houve quem quisesse acreditar que um futuro melhor para Portugual e portugueses passaria por esse caminho… Hoje, quase dois anos volvidos, o falhanço é absoluto…o fracasso de todas as medidas tomadas ao longo destes dois anos é algo indesmentível que ninguém pode ignorar. O descalabro económico do País é uma realidade sobejamente conhecida já de todos os portugueses, mesmo dos que terão acreditado que esse ajustamento económico promovido pela Troica poderia vir a funcionar como uma espécie de “el dourado”. Todas as medidas tomadas tiveram um alvo fixo: o povo português…o seu empobrecimento generalizado, o seu lançamento no desemprego de forma desumana, o encerramento de milhares de empresas, a falência de outros milhares…e depois o Ministro das Finanças teve o descaramento de se mostrar surpreendido pela tremenda quebra das receitas fiscais… Realmente só Vitor Gaspar e Passos Coelho se poderiam surpreender com tais resultados. Recorrendo a uma simples operação de aritmética de instrução primária, facilmente se constata que forçando empresas a despedir pessoal, e a fechar as suas portas, os trabalhadores dessas empresas deixam de efetuar descontos e passam a receber subsídio de desemprego, as empresas acabam por fechar e deixam de pagar impostos. Ora, se os trabalhadores deixam de trabalhar e de pagar impostos passando a auferir subsídio de desemprego, o Estado perde de três formas: o Estado passa a pagar subsídios de desemprego, despesa que não tinha anteriormente, e deixa de receber os descontos dos trabalhadoras e das empresas. De cabeça perdida e desorientado com estes resultados brilhantes, milhões de trabalhadores no desemprego e a receber subsídios, avança-se para outra habilidade…por artes mágicas de tesouraria, retira-se dinheiro às pensões dos funcionários e dos reformados, que trabalharam arduamente e descontaram para terem uma reforma minimamente digna, numa operação denominada “contribuição de solidariedade nacional”, contribuição solidária essa tirada aos reformados sem que eles soubessem nada…apenas tomando dela conhecimento quando a reforma surgia minguada todos os meses. Isto no mínimo é revoltante…pensamos mesmo que Ali Babá sentiria inveja de não ter seguido estes métodos. O descontentamento cresce a cada dia…a rotura social está cada vez mais perto…a coligação abana por todos os lados… E a verdade é que mesmo o setor da construção, que noutras crises foi sempre fundamental para a saída das mesmas, encontra-se cada vez mais depauperado e mais próximo da aniquilação pura e simples. Como vai ser o amanhã? Portugal…que Futuro? l

P &C

E D I TO R I A L

P &C

Rui Anjos Editor da Revista P&C

P & C JUNHO 2013 3


S U M Á RIO

P &C DESIGN 6 Toldos - Sombreamento moderno INTERNACIONAL Construction Expo 2013 10 Montra de modernas tecnologias para obras de infra-estrutura e edificação PRODUTOS 13 MAQUINARIA 17 Barloworld STET promoveu Encontro Regional no Porto FERRAMENTAS 18 Inovações profissionais IMOBILIÁRIO 19 Estratégia de internacionalização ENGENHARIA 20 Reabilitação dos andares após a intervenção nas extruturas OPINIÃO 22

6

10

ficha técnica f icha téc ni c a

P &C

d i r e to r Paulo Martins paulo.martins.pec@outlook.com e d i to r Rui Anjos rui.anjos.pec@outlook.com RED AÇ ÃO Marta Vaz e Paula Mesquita CO L A B OR A DORE S P ER M A N E N TE S António Bravo, Gisela Campos, José Matos e Silva F OTO G R A F I A Augusto Cardoso P u bl i c i d a d e rapm_press@outlook.com pag i nação Fátima Batista propriedade

RAPM Press Editora

N i P C 510527108

r e d ação Rua do Laparo Nº 263 Fração S 2890-551 Alcochete - Portugal p r o d u ção e i mp r e ssão Brand Evolution Rua Frei Luís de Granada, Nº 14 A-B 1500-680 Lisboa p u bl i cação m e nsal t i r ag e m 5000 exemplares r e g i s to ER C Isenta de Registo na ERC ao abrigo do art. 12º, nº1 a) do Decreto-Regulamentar 8/99 de 9 de Junho v e n d a p o r ass i nat u r as Portugal Continental, Açores e Madeira: 5€ (IVA incluído, 6%)

4 JUNHO 2013 P & C

17


& P C Assine connosco para Projectar e Construir o Futuro Uma Edição: RAPM Press Editora

A Revista P&C tem como destinatários os profissionais ligados ao setor da construção e tem na sua essência um conteúdo com base em entrevistas, notícias, reportagens, análises, tendências e opiniões versando sobre as diversas temáticas ligadas à Construção, bem como às tecnologias, materiais e equipamentos utilizados nesta atividade. Identificação Nome _________________________________________________________________________________________________________________________________ Morada _______________________________________________________________

Localidade ________________________ Código Postal ________________

Telf: ____________________________ Email: ____________________________________________ Assinatura Profissional 1 Ano - 50€ Assinatura Profissional 2 Anos - 85€

Nº Contribuinte: ____________________________________

Forma de pagamento Junto envio comprovativo de tranf. bancária para o NIB: 0035 0383 00000534 930 82 Junto envio Cheque nº _____________________________________________________

Preencha, recorte e envie para a nossa morada. Mais informações telefone ou envie email.

paulo.martins.pec@outlook.com rui.anjos.pec@outlook.com Tel.: +351 962 981 286 Rua do Laparo Nº 263 Fração S - 2890-551 Alcochete - Portugal Visite-nos https://www.facebook.com/RevistaPeC


DESIGN

Toldos

Sombreamento moderno Os Toldos constituem mais que um elemento decorativo num espaço exterior. São uma clara resposta à necessidade de criar sombra com eficiência técnica.

P

orque o verão chegou, e aumentou a necessidade de conforto ao ar livre, nada mais adequado do que um toldo para minimizar o impacto da luz solar, quer a nível do excesso de luminosidade, bem como, a subida das temperaturas, proporcionando zonas mais frescas e sombreadas. Visualizando a imagem simulada de um edifício (quer seja habitação, comércio, restauração ou escritórios), identificamos as exigências específicas da necessidade de sombra a vários níveis. Estas carências são as áreas de intervenção da marca Suiça “Stobag” na U-Deck, lda , que tem um conjunto de soluções, que elegi para este artigo, atendendo à sua qualidade, design e grande funcionalidade.

Estrutura leve e acabamento depurado Os toldos da marca “Stobag” são de construção leve e apenas utilizam materiais de primeira. A estrutura dos toldos é concebida em alumínio com tratamento anticorrosão, posteriormente

termolacado em processo ecológico, com a possibilidade de escolha de ral, permitindo igualar a cor do tecido do toldo, ou se assim entendermos, estar de acordo com a caixilharia do edifício. A gama de cores é vasta, desde os tradicionais padrões listados, a cores lisas ou tecidos mais técnicos que aumentam a eficiência energética do edifício, como exemplo: os blackout e fibras microperfuradas. A marca colabora com arquitetos e designers, na conceção de modelos que se adaptem a todos os desafios que enfrentamos nos nossos projetos.

Conforto, funcionalidade e tecnologia Uma mais valia é a capacidade desta marca fabricar toldos de grandes dimensões, quer seja para fachadas envidraçadas de edifícios ou para suprir a necessidade de sombrear grandes páteos ou esplanadas até 90 m2 num só toldo. Nestas situações, ou para quando este se encontra em zonas menos acessíveis como janelas de sotão, ou quando se pretende uma fácil e rápida utilização do mesmo,

Gisela Campos

Decoração e Arquitetura de Interiores Agradecimentos: - MODULYSS, na LQS em Lisboa

6 JUNHO 2013 P & C


DESIGN

recomenda-se a opção pela automatização do toldo. Isto permitirá um maior conforto, segurança e rentabilidade, programando-se para abertura ou feicho consuante as condições climatéricas (existência de sol, chuva ou vento) ou até podemoas acioná-lo para horários préviamente definidos.

Multiplicidade de opções O modelo mais convencional, é o toldo de abertura tipo “cofre”, com duas versões de articulação: por braço tradicional com mola reforçada,

em que se pode produzir um toldo de dimensão máxima 18X4metros ; ou por braço telescópico motori-zado, uma técnica desenvolvida e patenteada pela “Stobag”, o que permite artingir uma largura máxima de 18metros com projeção até 5 metros. Nesta última solução aplica-se no modelo “Stobag-Jumbo” e saliento o facto da lona ser reforçada de forma a manter-se em tensão e a não deformar nem ficar mais suscetível de rasgar com o vento. Os modelos “Alfresco”, “ Miranda” e “Pergolino” permitem fazer pérgolas para esplanadas ou

P & C JUNHO 2013 7


DESIGN

terraços, com estrutura própria em alumínio anticorrosão que podem fazer proteção de sol-chuva, e prolongar-se a estrutura verticalmente, o que permitr resguardar do vento ou delimitar uma área. Se a necessidade for apenas de sombrear um jardim de inverno ou estufa já existente, a “Stobag” juntamente com os técnicos da U-Deck, lda, poderão aconselhar qual dos três modelos existentes: “Airomatic”, “Targa” e “Arcada”, que constitui a melhor solução. Também existem toldos verticais, para instalação em fachadas, ideal para obras de renovação pois trabalham de forma independente, ou integrar-se na própria arquitetura, pois as guias depuradas onde se desenrola o toldo, podem ser concebidas em harmonia com os elementos da fachada. Uma das grandes vantagens, é seguramente o controlo e eficiência energética, sobretudo com o recurso

Gisela Campos

Decoração e Arquitetura de Interiores Agradecimentos:

• U-Deck, lda – Lisboa e Caldas da Rainha • Toldos Stobag 8 JUNHO 2013 P & C

a tecidos mais técnicos como: micro-perfurados e Blackout. Mais uma vez os mesmos são reforçados, permitindo resistir a ventos até 100km/hora sem se deformar. Por fim, destaco os toldos de livre instalação, como solução alternativa ao guarda-sol de grandes dimensões, propondo o modelo “Boxmobil” que pode sombrear até 45 m2, cuja estrutura é fixa ao pavimento, sendo bastante estável. Como vantagens adicionais, podemos abrir um só lado das abas e incluir iluminação na calha central permitindo manter o ambiente de festa no exterior, pela noite dentro. l



I N T E R N AC I O N A L

Construction Expo 2013

Montra de modernas tecnologias para obras de infra-estrutura e edificação

O evento reuniu no Brasil toda a fileira da construção e consolidou um novo conceito de feira, que congrega conhecimento, relacionamento, tecnologia e novos sistemas construtivos numa realização feliz da Sobratema.

E

ntre os passados dias 5 e 8 de junho, a Construction Expo 2013 – Feira Internacional de Edificações e Obras de Infra-estrutura realizada pela Sobratema em São Paulo, viveu a sua segunda edição e excedeu amplamente as expectativas dos promotores, entidades, parcerias e expositores. No total, foram 21.807 visitantes, sendo a maioria altamente qualificada, incluindo empresários, gestores, decisores de compra e engenheiros responsáveis por edificações e obras de infraestrutura. Em termos de empresas participantes, o certame teve uma presença extraordinária de 332 expositores, sendo 259 nacionais e 73 internacionais, provenientes de 15 países – Argentina, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Inglaterra, Itália, Peru, Polónia e Portugal - que concretizaram muitos negócios durante os quatro dias de evento. A construção brasileira esteve em particular destaque na Construction Expo 2013, que foi um vivo retrato do avanço tecnológico dos sistemas construtivos à excelência em métodos construtivos aplicados nas obras no País e a evolução de toda a cadeia do segmento. Na feira, foi possível conhecer uma variedade de produtos inovadores para os diversos segmentos da construção, desde geradores solares fotovoltaicos e eólicos de última geração, passando por sistemas de reciclagem de esgoto e efluentes com capacidade para purificar até 6.000 litros de água contaminada por hora, tubos de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) de grande diâmetro para drenagem pluvial, sistema construtivo para obras de contenção de taludes, encostas, proteção de margem, proteção costeira e canalização de córregos, resinas hidroativas utilizadas para contenção emergencial de vazamentos de água, novas soluções para estaleiros de obras, módulos habitacionais, sanitários hidráulicos, tecnologia de última geração para reutilizar, reciclar e flocular a lama bentonítica nas

10 JUNHO 2013 P & C

estacas escavadas, paredes diafragma, geossintéticos, plataformas móveis, formas, escoramentos, entre muitos outros. “Esses exemplos ratificam o papel da Construction Expo 2013 como uma montra de exposição de inovações e de avançadas tecnologias em materiais, produtos e serviços para o setor da construção, fomentando, dessa maneira, o desenvolvimento tecnológico do segmento”, afirmou Afonso Mamede, presidente da Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, criadora, organizadora e promotora da feira. Para atingir esse resultado, Mamede enfatiza o leque de alianças do evento, que contou com o apoio de 135 das mais relevantes entidades dos diversos setores da construção, e o apoio das principais construtoras brasileiras. “A representatividade das entidades e das construtoras foi importante para que a Construction Expo 2013 alcançasse não apenas um alto nível de excelência, mas também obtivesse o reconhecimento das cadeias de negócios do Construbusiness”, explica. “No caso das construtoras, cada uma escolheu duas obras emblemáticas para serem expostas no Salão Construindo Desafios, o que ressaltou a evolução tecnológica da engenharia brasileira”, acrescenta.

Realidade da construção brasileira Além de ser uma mostra tecnológica, a Construction Expo 2013 reproduziu a realidade da construção brasileira ao apresentar dois tipos de Salões Temáticos: os Salões das Grandes Construções, que mostraram, em detalhes, os desafios, as soluções e diversas fases de importantes e grandiosas obras que estão sendo construídas pelo País, e os Salões dos Sistemas Construtivos, que apresentaram o desenvolvimento tecnológico e os benefícios de novos métodos construtivos utilizados nas construções em todo o Brasil.


Os Salões das Grandes Construções foram compostos por notáveis obras como a Arena Corinthians, Linha 4 do Metro do Rio de Janeiro, Porto Maravilha e Prosub – Programa de Desenvolvimento de Submarinos, além das obras expostas no Salão Construindo Desafios. “Trouxemos importantes empreendimentos que estão sendo executados pelo País para que o público tivesse uma visão ampla da complexidade e dos desafios que envolvem grandes obras”, afirma com orgulho Afonso Mamede. “Outra questão importante era mostrar ao visitante como os produtos, os serviços, os materiais, as novas tecnologias e os sistemas construtivos se encaixam na execução de cada projeto”, completa. A opinião dos consórcios, concessionárias e construtoras envolvidas em cada projeto e que foram expostas nos Salões das Grandes Construções foi unânime ao afirmar que a iniciativa de reunir, em um único local, obras tão significativas foi pioneira e relevante para enfatizar o nível de evolução da construção nacional e das soluções criativas e inovadoras encontradas pelas empresas, atraindo o interesse do visitante e da sociedade em geral. Para Mário Humberto Marques, vice-presidente da Sobratema, cada obra tem sua peculiaridade e as empresas de engenharia do Brasil possuem recursos e capacidade para se adaptar e encontrar a solução adequada para diferentes tipos de necessidade. “Por isso, a Construction Expo 2013 trouxe obras tão diferentes e, ao mesmo tempo, tão importantes”, realça. Além disso, segundo Marques, a feira foi promovida num momento bastante diferenciado na sequência dos investimentos bilionários anunciados na área de infraestrutura, que têm o objetivo de reduzir os estrangulamentos do “custo Brasil”

e, com isso, melhorar a competitividade nacional. “Nossa pesquisa de investimentos mostra que até 2017, devem ser iniciados, estar em andamento ou ser concluídos cerca de 8.500 obras e projetos com valor estimado de R$ 1,26 trilhão, nos 26 Estados e no Distrito Federal”, avalia.

Sistemas Construtivos e Rental Os Salões dos Sistemas Construtivos foram formados pelo Salão da Construção Seca, que apresentou as vantagens competitivas do drywall e do light steel framing, o Salão ABCIC da Construção Industrializada do Concreto, que ressaltou a contribuição e a importância da indústria de pré-fabricado para a modernização e a evolução da construção civil brasileira, e o Salão do Rental, que mostrou a importância cada vez mais crescente desse setor. Os expositores do Salão da Construção Seca avaliaram a sua participação de forma positiva, uma vez que o mercado cresceu e se desenvolveu muito nos últimos dez anos e o conceito e a proposta de ter um espaço exclusivo desse sistema construtivo numa feira como a Construction Expo são muito bons. Para Íria Doniak, presidente executiva da ABCIC – Associação Brasileira de Construção Industrializada de Concreto - o Salão da Construção Industrializada do Concreto, juntamente com o curso, o seminário e a visita técnica promovidos pela entidade, cumpriu seu papel de levar informação qualificada ao visitante da Construction Expo 2013. “Todas as ações estiveram alinhadas com a proposta da Sobratema, de criar um novo conceito de feira, baseado em tecnologia, em sistemas construtivos e voltado para um público mais técnico”, diz.

P & C JUNHO 2013 11


I N T E R N AC I O N A L No caso do setor do Rental, além do Salão, houve também o I Congresso de Valorização do Rental, no Construction Congresso. “Foi uma iniciativa pioneira em reunir toda a cadeia do rental, incluindo empresas e entidades, em um único local, em uma exposição que apresenta tecnologias para a construção”, afirma Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema.

“O segmento do aluguer sofreu um desgaste ao longo dos anos na sequência de seu crescimento desorganizado, provocado, principalmente, pela entrada de muitas empresas no mercado. Por isso, era importante que as empresas alugadoras se reunissem, discutissem e encontrassem soluções que beneficiem toda a nossa cadeia de negócios”, complementa Eurimilson Daniel. l

Construction Congresso Em paralelo com a realização da Construction Expo 2013, aconteceu o Construction Congresso, entre os dias 5 e 7 de junho. Com uma programação completa, incluindo 31 seminários e um curso, promovidos por 29 instituições, o evento teve como objetivo debater os principais assuntos que norteiam a fileira da construção. De acordo com Afonso Mamede, presidente da Sobratema, o Construction Congresso foi uma oportunidade única para engenheiros, empresários, técnicos e profissionais ampliarem seu conhecimento e atualizarem informações em assuntos técnicos e mercadológicos, contribuindo, assim, para o enriquecimento de sua experiência profissional. O Congresso contou com a participação de 1.397 profissionais. A Sobratema promoveu dois seminários: o primeiro sobre Sustentabilidade e Gestão Público-Privada e o segundo sobre o Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção. As entidades participantes foram: ABAG – Associação Brasileira do Agronegócio, ABAL – Associação Brasileira do Alumínio, ABECE – Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural, ABCEM – Associação Brasileira da Construção Metálica,

12 JUNHO 2013 P & C

ABCIC – Associação Brasileira da Construção Industrializada de Concreto, ABENDI – Associação Brasileira de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção, ABIFER – Associação Brasileira da Indústria Ferroviária, ABRASFE – Associação Brasileira das Empresas de Formas e Escoramentos, ADIMACO – Associação Nacional dos Distribuidores e Instaladores de Material de Construção a Seco, ANICER – Associação Nacional da Indústria Cerâmica, ANPTrilhos – Associação Nacional de Transportadores de Passageiros sobre Trilhos, APROMIN – Associação Brasileira para o Progresso da Mineração, CBCA -Centro Brasileiro da Construção em Aço, CBT – Comitê Brasileiro de Túneis, Fundação Carlos Alberto Vanzolini, IABr -Instituto Aço Brasil, IBEC – Instituto Brasileiro de Engenharia de Custos, IBRACON – Instituto Brasileiro do Concreto, ICZ – Instituto de Metais Não- Ferrosos, IE – Instituto de Engenharia, SINDIPEDRAS – Sindicato da Indústria de Mineração de Pedra Britada do Estado de São Paulo e SINDIPESA – Sindicato Nacional das Empresas de Transporte e Movimentação de Cargas Pesadas e Excecionais.


P R O D U TO S

JCB

Pás carregadoras telescópicas Com o lançamento dos modelos TM320 e TM320S, a JCB elevou o conceito de pás carregadoras telescópicas, oferecendo uma versatilidade incomparável, maior capacidade de elevação e uma operação muito mais fácil

A

reconhecida gama de pás carregadoras de rodas com lança telescópica da JCB foi amplamente desenvolvida com o lançamento do modelo TM320 Wastemaster. Esta máquina está equipada com o motor a diesel JCB Ecomax que respeita as normas Fase IIIB/Tier 4 Interim, e apresenta níveis de ruído inferiores e uma nova transmissão para maior produtividade e eficiência. Ao substituir o modelo TM310WM, a TM320WM beneficia de uma cabina renovada, com uma nova imagem e novo painel de instrumentos. A TM320WM apresenta ainda uma capacidade de elevação 100kg superior graças ao eixo frontal reposicionado. As principais características são: - Motores JCB Ecomax sem necessidade de DPF ou aditivos - Mais 100kg de capacidade geral de elevação - Modos simplificados da transmissão, com mudança de velocidade agora integrada na alavanca do lado direito - Mudanças de velocidade mais suaves para maior conforto - O ventilador de refrigeração de velocidade variável reduz o nível de ruído e o consumo do combustível - Sistema de deslocação suave (SRS) para uma operação mais fácil “Os clientes do setor do tratamento de resíduos sólidos e dos mercados agrícolas apreciam a potência e alcance da TM310,” afirmou Tim Burnhope, Diretor de Inovação e Desenvolvimento. “Com os modelos TM320 e TM320S, equipados com motores exclusivos JCB Ecomax, a JCB movimentou uma vez mais as peças do jogo em várias áreas, aumentando o nível de conforto e produtividade.” A TM320 WM está equipada com o mais recente motor a diesel JCB Ecomax, em conformidade com as normas Europeias de emissão do escape Fase IIIB/US Tier 4 Interim. A JCB desenvolveu um processo de combustão inovador (a aguardar o registo de patente), usando o turbo-compressor de geometria variável, o sistema ‘common rail’ de injeção do combustível de pressão alta e a recirculação do gás do escape (EGR) refrigerado para reduzir as emissões do motor,

1

2

3

Foto 1 - O Sistema de Deslocação Suave (SRS) JCB pode agora ser ativado em andamento através de um simples toque num botão na consola de comandos Foto 2 - O modelo TM320WM usa o motor Ecomax de 4,4 litros, com uma potência de 125 Cv e um binário mais elevado Foto 3 - A TM320WM apresenta ainda uma capacidade de elevação 100kg superior graças ao eixo frontal reposicionado

dispensando o uso de filtros de partículas do diesel (DPF’s) ou de aditivos de tratamento posterior dos gases do escape nos motores JCB Ecomax. O modelo TM320WM usa o motor Ecomax de 4,4 litros, com uma potência de 125 Cv e um binário mais elevado. A transmissão JCB apresenta modos de comandos simplificados, oferecendo ao operador a seleção manual ou automática das velocidades. Tanto os eixos dianteiros como os eixos traseiros têm cubos de redução epicíclica com a opção de diferenciais de torque proporcional Max-Trac ou diferenciais de patinagem limitada para qualquer tipo de aplicação. O eixo dianteiro avançou para a frente cerca de 50mm, aumentando a eficácia do contrapeso traseiro, e permitindo um aumento da carga útil para os 3200kg, 100kg superior à capacidade do TM310. P & C JUNHO 2013 13


PRODU SS D TO U TO SCHWING-Stetter

Produtividade e economia na Vila dos Atletas no Rio de Janeiro

A

s Olimpíadas de 2016 já mexem no Brasil e em especial na cidade do Rio de Janeiro a sede dos Jogos Olímpicos de 2016. A Schwing-Stetter já se posicionou e assume a liderança nas obras já em curso no âmbito da sua área de atividade específica. Centrais misturadoras, Auto Betoneiras, Bombas e Auto Bombas com Mastro de Distribuição e Reciclador para Concreto Residual da marca alemã fazem a diferença no bairro Ilha Pura, no Rio de Janeiro. O bairro Ilha Pura, fruto da parceria entre a Carvalho Hosken e a Odebrecht Realizações Imobiliárias, promete tornar-se uma referência para o país começando com a construção da Vila dos Atletas que abrigará os atletas Olímpicos e paralímpicos do Rio 2016. Composto por 31 torres residenciais divididas em sete condomínios, somando 3.604 unidades, os apartamentos serão entregues aos futuros moradores pós-JogosOlímpicos, em 2017 com altíssimo padrão de construção e acabamento. Atualmente são 1.800 funcionários trabalhando na obra que tem previsão de término para os finais de 2015. No próximo ano, no auge da construção do bairro, sete mil funcionários estarão trabalhando no estaleiro. Para cumprir os prazos rigorosos na entrega da obra e atender a alta procura de produção de concreto de qualidade em curto prazo, o consórcio deu preferência pelos equipamentos SCHWING-Stetter: Central Misturadora para Concreto M2, Auto Betoneiras e das Bombas para Concreto que já fazem parte de 80% dos estsleeiros de obra espalhados pelo Brasil. Além desses, o consórcio prepara a instalação de um sistema de reciclagem de concreto, também da marca alemã, que vai reciclar todo o concreto que sobra nas Auto Betoneiras. Os responsáveis pela obra são unânimes em afirmar o quanto os equipamentos SCHWING-Stetter transformaram o estaleiro de obras. Só no mês de abril, o volume de concreto chegou aos 18,5 mil m³, o que significa até 80 m³/hora, número considerado excelente para os padrões de bombeamento. A previsão é de que 430 mil m³ de concreto serão produzidos e consumidos, obedecendo a uma rigorosa política de segurança e qualidade. Até o final do mês de maio foram consumidos mais de 100 mil m³ de concreto. As centrais misturadoras para concreto da SCHWING-Stetter são soluções testadas e aprovadas

14 JUNHO 2013 P & C

com mais de mil unidades trabalhando em todo mundo. Cada unidade é instalada se adaptando à realidade dos estaleiros com a missão de produzir o concreto no local da obra. As duas centrais instaladas no empreendimento Ilha Pura serão responsáveis por aproximadamente 90% do concreto utilizado na obra. A central modelo M2 tem a vantagem de ser transportada de forma rápida e instalada facilmente em qualquer local. Com misturador de duplo eixo horizontal e capacidade para a produção de até 94 m³/hora, a M2 foi uma das grandes referências no estaleiro da Ilha Pura. “Nossas centrais instaladas no canteiro da Ilha Pura produzem em 30 segundos o que uma unidade doseadora produziria em sete minutos, permitindo um rompimento de 95% e representando uma economia de 8 a 10% no sistema”, calcula Alan Campezzi, engenheiro da SCHWING. As centrais misturadoras da SCHWING foram desenvolvidas para obter a maior eficiência e controle de pesagens das balanças, com ciclos contínuos, sem interrupção nas trocas de betoneiras. Além disso, o software que controla a central foi desenvolvido no Brasil, de acordo com as necessidades do nosso mercado.


P R O D U TO S Clean Vita

Painéis solares eficientes e económicos

O

s painéis solares Solco Genius, comercializados pela Clean Vita em Portugal, são construídos com materiais não corrosivos e não necessitam de manutenção, pois não têm juntas nem vedantes onde possa existir a possibilidade de fugas de água. O desempenho do sistema não é afetado mesmo usando águas mineralizadas, alcalinas ou salgadas. A água armazenada no depósito não ferve, mesmo em longos períodos de retenção de água quente. Como o sistema está em constante pressão, a água quente no depósito não se mistura com a água fria que entra. Conforme é consumida a água quente, a válvula/ boia de nível permite a entrada de água fria, que é direcionada diretamente para o coletor onde será aquecida antes de se misturar com a água quente que já se encontra no depósito. A instalação é muito fácil, apenas sendo necessária a ligação de 2 tubos e respetiva fixação de toda a unidade. O material de que é feito o coletor – polietileno – tem a capacidade de dilatar e contrair, o que faz com que a unidade não seja afetada pela congelação ou pelo gelo.

Pub.

Este sistema pode ser associado a outros tipos de geradores de água quente, sejam a sua fonte de energia o gás, o gasóleo ou mesmo a lenha.

Resistência é sistema secundário A resistência integrada no depósito funciona como sistema secundário de aquecimento, pois está calculada para ter o maior aproveitamento possível dos raios solares, pelo que o sistema só recorre à resistência elétrica em espaços de tempo muito curtos. O principal componente do painel solar para aquecimento de água é feito numa peça única que integra o coletor e o depósito de água. O coletor Solco está disponível nas versões de 200 e 300 litros, suficientes para a maioria das famílias. As unidades estão desenhadas de forma a eliminar os problemas típicos existentes noutros sistemas onde a água fria se mistura com a quente armazenada, fazendo descer rapidamente a temperatura da água. Com este sistema é possível consumir cerca de 260 litros de água quente sem que esta desça a temperatura.


PRODU SS D TO U TO Blau

Betão polido

A

pós um mês de trabalho noturno, o pavimento da Decathlon Coimbra apresentase com um novo “look”. A superfície de 2500 metros quadrados destaca-se agora pelo brilho permanente do betão polido, uma solução inovadora que a Blau importou dos Estados Unidos. A Blau, empresa portuguesa especializada em soluções de betão, removeu a alcatifa verde que a Decathlon tinha e poliu o betão com tecnologia diamantada. «Atualmente, o betão polido é a solução mais económica, mais duradoura e mais ecológica para a grande maioria dos pavimentos, principalmente com uso intenso», garante Arno Kienbacher, gerente da Blau.

Economia e durabilidade Segundo o engenheiro austríaco, «os pavimentos industriais em resina de epóxi ou poliuretano, com uma espessura de quatro milímetros, custam pelo menos 20 euros por metro quadrado, enquanto o betão polido custa em média 15.» A manutenção do betão polido é a segunda grande vantagem, já que este tipo de superfície exige apenas detergentes neutros que eliminam facilmente ceras, decapantes e outros químicos agressivos. «A nossa solução é amiga do ambiente, tanto na instalação

16 JUNHO 2013 P & C

inicial como na renovação e reparação, exigindo um simples repolimento. Ou seja, não é necessário reciclar o pavimento antigo nem reaplicar resinas, o que normalmente limita o uso do espaço durante algum tempo», conclui o responsável. Quanto à segurança e ao ambiente do espaço, o betão polido ganha também na comparação, já que não se torna escorregadio, é antiestático e cria um clima agradável.

Disponível em Portugal A Blau, sediada em Loures, começou a introduzir a nova tendência em Portugal no ano passado quando realizou em junho o primeiro grande projeto: poliu 6000 metros quadrados da Ikea Alfragide. Durante 30 dias, uma equipa de seis especialistas removeu o chão de linóleo e poliu o betão com máquinas, ferramentas e produtos especiais. Outras referências do betão polido em Portugal são o Club House do Vidago Palace Golf, da autoria do arquiteto Álvaro Siza Vieira, o novo Museu dos Coches em Lisboa, da autoria do escritório de arquitetos Broadway, a fábrica da empresa Silvex em Benavente, as novas lojas do Aki em Mafra e Santa Maria da Feira, assim como vários espaços logísticos do Continente Online de norte a sul do país. l


A

Barloworld STET promoveu no passado dia 1 de junho um encontro regional com clientes do Norte do país. Numa ação que decorreu nas suas instalações da Maia (Porto), a STET teve oportunidade de apresentar as diferentes soluções que coloca à disposição dos seus clientes no sentido de os ajudar a alcançar sucesso nos seus negócios. Durante a manhã, os convidados foram brindados com uma apresentação e demonstração de máquinas Cat que se iniciou com o modelo mais pequeno de mini-escavadora, a 300.9D, que gradualmente foi dando lugar no centro das atenções a equipamentos de maior porte (mini carregadoras 303.5 e 305, mini carregadora 226BHF, retroescavadora 428F, multicarregadora telescópica TH337 com um compressor Sullair acoplado, escavadora de rastos 320D com acessório para floresta, escavadoras de rastos 323 CCU e 320E, compactador de solos CS68, escavadora de rodas M322) culminando com a Pá Carregadora de Rodas 980K, a superstar desta apresentação que voltou a marcar a imagem demarca da STET neste tipo de eventos, pelo qualidade da organização, pela qualidade profissional dos homens e mulheres de “sangue amarelo” como eles se consideram orgulhosamente. Após o almoço, as duas gincanas de máquinas montadas para apurar a perícia dos operadores, previamente inscritos, fizeram as delícias da assistência juntamente com apresentações específicas sobre Sistemas de Energia e Pós Venda. No recinto existiram pontos de contacto com as diferentes áreas de negócio da STET: máquinas novas, máquinas usadas & aluguer, acessórios, sistemas de energia, após venda, formação, Cat Financial e, não sendo uma unidade de negócio mas uma área de preocupação da empresa, uma banca

M AQ U I N A R I A

Barloworld STET Promoveu Encontro Regional no Porto

de responsabilidade social na qual se pretendeu ajudar com os bens vendidos algumas associações de caráter social. No ponto dedicado à área de Pós Venda pôde-se observar mais um dos fortes da STET, uma motoniveladora fruto do programa CCR (Cat Certified Rebuilt) e uma explicação de todos os passos desse processo. Este programa permite uma reconstrução total de qualquer equipamento usado que é totalmente desmontado, substituindo-se as peças e cablagens e repintado. O resultado final é um equipamento novo onde até o número de série é alterado. Para animar um pouco mais um dia já por si bastante animado, houve ainda oportunidade para ver uma pequena exibição dos Pauliteiros e Pauliteiras do Orfeão Universitário do Porto! Nota 20 para mais uma realização STET/CAT/ Barloworld na continuidade de toda uma qualidade reconhecida desde sempre…que nem o passar dos anos, nem a saída de elementos que sempre foram referências fundamentais daquela casa, diminui a qualidade destes eventos…que acabam por representar uma aposta na continuidade e a conquista e descoberta de novas referências de “sangue amarelo”. l

P & C JUNHO 2013 17


F E R R A M E N TA S

Ferramentas Elétricas

Inovações Profissionais

A

Bosch apresentou as suas mais recentes inovações profissionais lançadas no mercado com a missão de responder às novas necessidades dos profissionais mais exigentes, seguindo em simultâneo as novas tendências do setor da construção em Portugal. Seguindo a crescente tendência da reconstrução e requalificação de edifícios, como forma de reação à contração do setor da nova construção, a Bosch vem assim ao encontro do que os profissionais necessitam. A Gama Profissional de Ferramentas Elétricas da Bosch apresenta ao mercado a nova serra de meia-esquadria telescópica GCM 8 SJL Professional - uma ferramenta que facilita o corte de grandes peças de laminado, parquet, deck e placas de pavimento, bem como componentes de mobiliário. Tudo isto é possível devido à sua elevada capacidade de corte

18 JUNHO 2013 P & C

horizontal de 312 milímetros, que até agora é única entre as serras de meia-esquadria na sua classe. O seu peso reduzido de cerca de 17 Kg é uma das grandes vantagens desta ferramenta, bem como o seu design compacto e o seu punho que permite transportar a ferramenta de uma forma confortável e facilita a sua utilização no local de trabalho. A Gama Profissional de Medição da Bosch acaba de apresentar o novo medidor de distâncias laser GLM 100 C Professional, que vem oferecer aos profissionais um medidor laser com uma fácil e rápida transferência de dados. O “C” na designação do Medidor representa “Conetividade”, falando por si mesmo: transferência de dados. Os valores medidos são transferidos de forma rápida para um smartphone e tablets com o Bluetooth clássico (Android versão 2.3) e Bluetooth Low Energy (iPhones a partir da versão 4S, iPads a partir da versão 3).A transferência de dados pode ser ainda efetuada através da ligação do cabo USB a um PC. Com o novo GLM 100 C Professional da Bosch vai ser mais fácil e versátil a utilização de dados de medição em smartphone, tablets e PC, recorrendo à aplicação App da Bosch. Com o novo Medidor GLM 100 C da Bosch sincronizado com a App. é possível por exemplo, que um valor de medição seja transferido diretamente para a dimensão desejada da fotografia. Isto poupa tempo e elimina potenciais erros da introdução de dados manualmente. As medições também podem ser controladas remotamente a partir do smartphone ou tablet. l


A AIP – Feiras, Congressos e Eventos apresentou o Plano de Internacionalização do SIL - Salão Imobiliário de Portugal 2013 e da Intercasa Concept e que decorrem em simultâneo na FIL, de 9 a 13 de outubro. Luís Lima, presidente da APEMIP e da CIMLOP, foi ainda apresentado como o novo presidente da Comissão Organizadora do SIL 2013.

E

m 2013, o SIL - Salão Imobiliário de Portugal assume-se como uma plataforma privilegiada no apoio à internacionalização das empresas do setor da construção e do imobiliário. Ao longo do ano, a AIP – Feiras Congressos e Eventos tem agendada a participação num conjunto de eventos e missões empresariais que tem como objetivo atrair mais investimento para Portugal e potenciar mais negócio para as empresas. No primeiro semestre de 2013 o SIL 2013 potenciou a presença das empresas nacionais na Feira da Construção, Imobiliário e Segurança de Maputo, no Salon de L’Immobilier Portugais em Paris e no Portugal Property Show em Londres.

Aposta Internacional Para o segundo semestre do ano a AIP – Feiras Congressos e Eventos está já a preparar a ida das empresas portuguesas do setor da Construção e Imobiliário aos seguintes eventos/mercados: - Brasil | Participação no CIMI 2013 – Congresso Internacional do Mercado Imobiliário e no V ENBRACI – Encontro Brasileiro de Corretores de Imóveis, em Brasília, promovendo a Semana do Imobiliário Português no Brasil, entre 14 e 19 de setembro. O programa inclui ainda encontros empresariais e visitas a grandes empresas na área da Construção e do Imobiliário sedeadas no em São Paulo. - Macau/China | Macau International Trade & Investement Fair, em outubro, com visitas empresariais a Hong Kong e Cantão, entre 17 e 20 de outubro. - Luxemburgo | A AIP – Feiras Congresso e Eventos realiza a 1ª Edição do Salão Imobiliário de Portugal no Luxemburgo na primeira semana de dezembro, em parceria com Câmara de Comércio e Indústria

IMOBILIÁRIO

Estratégia de internacionalização

Luso-Luxemburguesa. Para além dos luso-descendentes que vivem no Luxemburgo, a organização do SIL 2013 pretende ainda com esta ação potenciar a captação dos luso-descendentes que residem em Bruxelas.

Em Outubro na FIL Na sua edição em Portugal, a decorrer de 9 a 13 de outubro, na FIL, o SIL 2013 apostará num programa muito vocacionado para a internacionalização, desenvolvendo uma série de atividades que viam a captação de investidores estrangeiros, nomeadamente, do Continente Africano, da Ásia e da Europa. Para o efeito o SIL 2013 apresentará um espaço dedicado à CPLP no qual estarão representados o Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Angola, Guiné Bissau, Macau/China, e onde serão promovidos encontros entre promotores e investidores destes mercados. Serão ainda realizadas ações de “Speed Networking” CIMLOP onde os empresários portugueses poderão entrar em contacto com representantes de vários países, com o objetivo de ampliar a sua rede de contactos, partilhar informações e estimular a criação de parcerias, abrindo assim portas a novas ideias e oportunidades de mercados, bem como, uma conferência específica do setor imobiliário no âmbito dos países da CPLP. No espaço Clube de Investidores Estrangeiros a organização visa fomentar o investimento estrangeiro em Portugal, no setor imobiliário, nomeadamente dos mercados de França, Reino Unido, Luxemburgo, Brasil e China. O salão contará ainda com a sessão oficial de Tomada de Posse dos Novos Órgãos Sociais da CIMLOP, assumindo Luís Lima a recondução no cargo de presidente da instituição. l P & C JUNHO 2013 19


ENGENHARIA

Reabilitação dos andares após a intervenção nas fundações Um exemplo de engenharia onde uma vez terminada a intervenção nas fundações foi possível iniciar a reabilitação dos andares que se encontravam mais afetados.

N

o artigo anterior apresentámos uma inter-venção nas fundações do edifício localizado na Av. 24 de julho nº 52, em Lisboa, o qual foi erigido no início do Século XX e tem r/c e quatro pisos elevados (Foto n.º 1). Referimos que a sua estrutura é constituída por paredes de alvenaria que suportam pavimentos de madeira. Estes consistem em barrotes dispostos perpendicularmente às paredes da fachada (de alvenaria de pedra) e apoiados, interiormente, em paredes divisórias de alvenaria de tijolo maciço, paralelas às fachadas. Sobre os barrotes estão aplicadas as tábuas de soalho ligadas, àqueles, por pregagem.

Principais patologias As principais patologias ocorreram nas paredes divisórias interiores dos pisos elevados, surgindo fissuras na sua ligação às paredes de empena. Ao nível dos tetos havia também fissuração ao longo da sua ligação às parede de empena, resultante do assentamento vertical das paredes divisórias interiores em relação às empenas (Foto n.º 2). Uma vez terminada a intervenção nas fundações, a qual impediu o progresso dos referidos assentamentos verticais das paredes, foi possível iniciar a reabilitação dos andares que se encontravam mais afetados. Um deles foi o 1.º andar direito o qual, para além dos problemas comuns a outros andares, apresentava, também, uma deformação na parede que confrontava com a caixa de escada do imóvel, com a consequente fendilhação (Foto n.º 3). A solução adotada foi a de encostar uma nova parede de betão armado pelo interior da parede existente (após prévia picagem desta, para boa aderência ao betão), sendo que esta nova parede (Foto n.º 4) se apoiava numa parede inferior, mais espessa (tinha espessura

1

20 JUNHO 2013 P & C

2

suficiente para que nela se apoiassem a parede existente do 1.º andar direito, mais a nova parede de betão armado).

Reabilitação profunda Ao nível do 1.º andar esquerdo constatou-se o colapso de parte do seu pavimento, numa das suas zonas húmidas: a cozinha (Foto n.º 5). Assim, foi necessário proceder a uma profunda reabilitação desse andar que, atualmente, se encontra totalmente recuperado, com um pavimento integralmente novo (Foto n.º 6), novas casas de banho (Fotos n.º 7 e n.º 8) e uma cozinha totalmente equipada (Foto n.º 9). Os estuques dos tetos foram intervencionados para recuperarem o seu magnífico trabalho de decoração (Foto n.º 10). Alguns compartimentos interiores, que se encontravam separados das fachadas por paredes opacas e, consequentemente tinham pouca luz natural, foram objeto de remodelação passando essas paredes opacas (não estruturais) a serem muito mais transparentes (Foto n.º 11), sem que a privacidade desses compartimentos ficasse afetada. As portas, quer as inseridas em paredes quer em armários, foram completamente renovadas de modo a ficarem com uma aparência mais atual (Foto n.º 12). O 2.º andar esquerdo tinha sinais de infiltrações, através das cantarias, pelo que sobre estas foi aplicado um produto tapa-poros, devidamente estudado na sua composição após análise química efetuada ao calcário constituinte dessas cantarias. Houve, consequentemente, que proceder a uma repintura geral do andar.

Tratamento da cobertura A intervenção que decorreu no 4.º andar direito resultou, não só da necessidade de

3

4


ENGENHARIA correção das patologias decorrentes dos problemas nas fundações do imóvel como, também, das infiltrações da cobertura. Houve que colocar à vista toda a estrutura de suporte do telhado (Foto n.º 13), proceder ao tratamento geral dos barrotes com um produto protetor do ataque de xilófagos e, ainda, reforçar o madeiramento deteriorado. Finalmente foi necessário atuar sobre todas as infraestruturas técnicas gerais do edifício (água, gás, eletricidade) dado que havia sinais de diversas roturas. Houve que colocar à vista as tubagens que se encontravam embebidas nas paredes da caixa de escada (Foto n.º 14) e optar pela adoção de novas tubagens, à vista, de aço inox (Foto n.º 15). l

12

13

Engº José Matos e Silva Especialista em Geotecnia, Estruturas e Direção e Gestão da Construção, pela O.E.

5

6

10

14

11

15

7

8

9

P & C JUNHO 2013 21


O P I N I ÃO

António Bravo

Este país não é para velhos Evidentemente que quem considera a terceira idade um “peso morto” tem menos de cinquenta anos e deve considerar-se imortal. Porém, as leis da vida são inexoráveis e também eles atingirão a condição de velhos e certamente quando tal patamar for atingido não gostarão de ser considerados objectos inúteis e produtos descartáveis e exigirão respeito e condições dignas de vida. “Deixem-os pousar”…

R

esgatei o título desta crónica do nome de um filme que passou há poucos anos entre nós, pois penso que é a síntese perfeita do assunto que hoje pretendo tratar. Nas sociedades antigas e algumas modernas, tais como alguns povos africanos, os indianos e os chineses, continua a ser dado um enorme valor aos velhos, considerando-os como uma mais-valia em termos de saber feito e dos quais é de toda a utilidade conhecer e aproveitar a sua experiência de vida como ensinamento para o futuro. Os chineses dizem que “cada vez que morre um velho é uma biblioteca que arde”. Outro tanto não sucede nas sociedades ocidentais, ditas modernas, onde os idosos são considerados um estorvo que consome e não produz, uma bola de ferro presa ao tornozelo da sociedade que dificulta o seu avanço. Houve já quem em Portugal chamasse aos reformados “a peste grisalha”, esquecendo-se ou ignorando que foi essa mesma “peste” que devolveu a democracia a Portugal e criou as condições para que os mais novos desfrutassem de uma sociedade moderna e com direitos, muito mais justa e menos penosa do que aquela que os velhos actuais tiveram na sua juventude, pese embora a situação económica com que o país hoje se debate. O próprio Governo tem, de forma despudorada, tentado atirar novos contra velhos e tem feito desses mesmos velhos o “saco de pancada” das suas medidas mais punitivas ao cancelar um conjunto de regalias de que beneficiava a terceira idade e também cortando de forma brutal as pensões de reforma com contribuições especiais de solidariedade (?!), temendo-se que tais malfeitorias não fiquem por aqui. Talvez o propósito seja de que com a diminuição dos seus rendimentos os ditos velhos

22 JUNHO 2013 P & C

fiquem com menos hipóteses de tratar de si e assim morram mais depressa. E já que falamos em pensões de reforma, é bom que seja dito que tais retribuições não resultam, na sua esmagadora maioria, de benesses especiais contratualizadas no acto da assinatura de um qualquer contrato de trabalho. Resultam sim de uma carreira contributiva de quarenta ou mais anos, pelo que as ditas reformas não constituem uma “esmola” dada pela sociedade aos mais velhos, mas antes uma devolução daquilo que por direito é seu e que eles foram descontando ao longo do tempo. Evidentemente que quem considera a terceira idade um “peso morto” tem menos de cinquenta anos e deve considerar-se imortal. Porém, as leis da vida são inexoráveis e também eles atingirão a condição de velhos e certamente quando tal patamar for atingido não gostarão de ser considerados objectos inúteis e produtos descartáveis e exigirão respeito e condições dignas de vida. “Deixem-os pousar”… l António Bravo escreve de acordo com a antiga ortografia




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.