Revista P&C Março 2014

C & P C Nº 12 MARÇO 2014 - Mensal - 5 €

TEATRO E CENTRO DE ARTES DE NIEUWEGEIN

CÉLULA DE ARTE T E K TÓ N I C A : N O V O S C A M I N H O S PA R A A S E M P R E S A S P O R T U G U E S A S E ngenharia : AÇÕ E S S Í S M I C A S D U M A PA R E D E M O L D A D A A N CO R A D A O pini ão : FA Z E R M A I S CO M M E N O S N A S V E N D A S E M A R K E T I N G

Primeiro semestre de 2014… como vai ser?

Q

uando um ano termina e outro começa, regra geral procuramos colocar uma pedra no ano que se vai e receber de braços abertos o novo ano, que esperamos seja diferente do outro para melhor e que tudo nos sorria.

A passagem do 2013 (de tão má memória) para 2014 não foi exceção… e uma vez mais o novo ano foi recebido com esperanças redobradas, e como nós precisamos de esperanças para enfrentarmos o futuro e as adversidades provocadas pelos governos e desgovernos desta “elite governamental” que apenas olha para si…e é cega e insensível à realidade de todo um povo que deferia defender, mas que arrasta para a pobreza com uma indiferença revoltante e com um rol de mentiras absolutamente absurdas. É assim a vida…

Diz-se que cada povo tem o governo que merece…mas neste caso não sucede isso… este povo português não merecia de maneira nenhuma um governo deste quilate, um governo de garotos irresponsáveis que brincam com a saúde e com a vida do povo que supostamente deveriam governar e não desgovernar nem empobrecer.

Se esta forma de governar pudesse ser regra…ninguém governaria melhor a minha casa do que eu…quando tivesse necessidade de dinheiro fazia o mesmo que faz este governo…iria aos bolsos dos amigos…dos vizinhos e…governava-me…

Mas como sou uma pessoa de bem, como a grande maioria do povo português… tenho que me virar…encolher-me nas despesas…passar por mau pagador aqui e além porque como milhares de outros portugueses tinha a minha vida programada para um determinado rendimento mensal, que os nossos governantes se entretiveram a reduzir para metade, sem me perguntarem sequer se podiam…e não contentes com isso, ainda me obrigaram a dar-lhes uma “Contribuição Especial Solidária”…que estranha solidariedade esta que nos é imposta sem nos consultarem…e apesar de especial é definitiva…

Mas, adiante, esperemos para ver onde isto vai dar…como isto vai terminar…

Os meses de março, abril e maio serão meses de grandes movimentações em termos de Feiras Internacionais e nacionais do setor da construção, que começa a mexer e a dar sinais de querer começar a recuperar, ao contrário do que sucede no nosso país.

Assim, em março, a primeira grande feira internacional, a CONEXPO, realiza-se em Las Vegas, nos Estados Unidos e é um dos maiores certames mundiais do setor. Ali se concentram as atenções de todos os atores deste setor no mundo inteiro. Ali estaremos nós presentes para darmos depois a conhecer aos nossos leitores as novidades ali apresentadas numa cobertura jornalística o mais completa possível.

Em abril, entre os dias 1 e 5, é a Europa a dar o exemplo e a acreditar na retoma do setor. Saragoça, em Espanha, é o palco do terceiro maior certame europeu da construção, o SMOPYC, uma feira que interessa particularmente aos profissionais portugueses da construção e das máquinas pois ali se concentra uma variada mostra mundial de maquinaria e equipamento para a construção, obras públicas e mineração.

Também ali nós estaremos presentes para uma importante cobertura jornalística que pretendemos seja igualmente o mais completa possível.

Finalmente Portugal…em maio, na FIL, no Parque das Nações a grande feira portuguesa da construção, a Tektónica, que vive mais uma edição que se espera maior e mais importante do que a edição do ano anterior, para o que os responsáveis pela organização não se têm poupado a esforços. Segundo o seu diretor, Jorge Oliveira, esta edição da Tektónica mostrará que a aposta na retoma do setor parece começar a mostrar sinais positivos, no que queremos acreditar vivamente.

Esperemos para ver, como S. Tomé… l

P &C

E D I TO R I A L

P &C

Rui Anjos Editor da Revista P&C

P & C MARÇO 2014 3

SUMÁRIO

P &C INTERNACIONAL Célula de Arte

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TEKTÓNICA 2014 10 Novos caminhos para as empresas portuguesas PRODUTOS Valadora Utilitária RTX1250 de rastos QUAD

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QUALIDADE Marcação CE

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MÁQUINAS&EQUIPAMENTOS 16 ENGENHARIA 20 Dimensionamento para as ações sísmicas duma parede moldada ancorada OPINIÃO

10

22

ficha técnica f icha téc ni c a

P &C

d ir e tor Paulo Martins paulo.martins.pec@outlook.com e d i tor Rui Anjos rui.anjos.pec@outlook.com R ED AÇ ÃO Marta Vaz e Paula Mesquita CO L A B O R A D O R E S P E R M A N E N TE S António Bravo, Gisela Campos, José Matos e Silva F OTO G R A F I A Augusto Cardoso P ublici d a d e João Martins joao.martins.pec@outlook.com Tem: +351 963 745 202 paginação Fátima Batista propri e d a d e

RAPM Press Editora

N i P C 510527108 r e d ação Rua do Laparo Nº 263 Fração S 2890-551 Alcochete - Portugal pro d ução e impr e ssão Brand Evolution Rua Frei Luís de Granada, Nº 14 A-B 1500-680 Lisboa publicação m e nsal t irag e m 5000 exemplares r e gis to E R C Isenta de Registo na ERC ao abrigo do art. 12º, nº1 a) do Decreto-Regulamentar 8/99 de 9 de Junho v e n d a por assinat uras Portugal Continental, Açores e Madeira: 5€ (IVA incluído, 6%)

4 MARÇO 2014

P &C

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I N T E R N AC I O N A L

Teatro e centro artes de Nieuwegein

Célula de Arte Os Arquitectos Frits van Dongen e Patrick Koschuch, que são ambos ex- arquitetos ‘de Architekten Cie’, têm como mais recente projeto o Kunstcluster (Célula de Arte), situado na cidade holandesa de Nieuwegein. O edifício está destinado a se tornar um marco no centro da cidade, que está em processo de ser reabilitado ao longo dos próximos anos. A nova Câmara Municipal está igualmente a ser construída, com lojas, casas e escritórios acima do nível da rua e um parque de estacionamento subterrâneo.

A

Kunstcluster é composta de dois blocos; centro do teatro e das artes e um parque de estacionamento de vários andares, que inclui um ponto de venda no piso térreo. O novo teatro inclui um auditório e uma sala de estúdio.

O auditório principal tem capacidade para até 700 pessoas, com um pódio e um amplo espaço de palco para todos os tipos de produção. O teatro estúdio é consideravelmente menor, com capacidade para acomodar 200 pessoas, mas tem um palco dobrável para que possa ser usado para vários eventos, incluindo concertos de música pop e rock. O centro de artes futuras está localizados acima do teatro, num espaço multifuncional para a música, dança e aulas de teatro .

O teto e varanda , no auditório principal são totalmente revestidos em painéis acústicos de MDF com

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verniz natural revestidos em nogueira americana.

Frits van Dongen comentou: “Nós escolhemos a noz para aumentar o sentimento geral tipo casulo no interior do edifício - um ambiente acolhedor e sentimento de comunidade , que as curvas da madeira também reforçam.”

3.000 painéis MDF nogueira

Mais de 3.000 painéis MDF nogueira foram fabricados pelo contratante em marcenaria, Keijsers Lundiform. Os painéis foram folheadas à mão na fábrica polaca do contratante e, antes de ser enviado para a Holanda, foram cuidadosamente selecionados e reunidos de forma a obter o tom consistente e padrão de grãos . Twan Derks , o coordenador do projeto , explica: “ Usando um sistema de modelagem 3D e máquina CNC , cada painel foi cortado ao tamanho

I N T E R N AC I O N A L e numerado . Algumas das seções mais complexas tiveram que ser montadas no nosso armazém antes de serem instaladas no local. Os painéis de tecto, por exemplo são curvas e teve que ser dobrado primeiro para caber exatamente na forma correta . Para obter uma alta qualidade da acústica , os painéis não estão ao mesmo nível , mas ligeiramente escalonados em diferentes níveis de absorção de som. As secções

curvas de aro de certas varandas são feitas em nogueira maciça americana”.

Completando o complexo são três foyers espetaculares e um café teatro que olha para a praça central da cidade, o Stadsplein. Frits van Dongen e Patrick Koschuch especificaram o revestimento tulipwood Americana para as paredes curvas no foyer, porque eles foram atraídos para tons naturais variadas de

P & C MARÇO 2014 7

I N T E R N AC I O N A L tulipwood com creme branco e pálido verde oliva no alburno contrastando com listas roxas, marrons e oliveiras escuras no cerne. “Esta espécie de madeira foi a escolha perfeita para simbolizar a diversidade de espaços no interior do edifício e da interação entre o hall de entrada , o hall e o público “, comentou Koschuch. Para atender às especificações do arquiteto Derako Internacional , o sistema de revestimento fornecedores , engenharia as ripas tulipwood sólidos em três dimensões diferentes ( 45x70 mm , 30x98 mm e 15x126 mm), que foram, então, fixadas de forma aleatória em seu sistema de suporte de metal.

A variedade de tons é reforçada pela montagem aleatória deliberada das ripas para aumentar a absorção de som. Sita Veer de Derako Internacional explica : “ O revestimento tulipwood envolve várias paredes curvas e, portanto, a nossa planta de produção teve de moldar os portadores de metal para sete tipos diferentes de raios usando ferramentas de precisão . Nós também tivemos que levar em consideração as luzes de parede que são incorporados no revestimento de paredes de madeira. Baseamos os planos de desenho CAD do edifício para projetar nosso sistema de transporte “ . O revestimento de parede acabada destaca êxito as variações de cor naturais em tulipwood e isso é reforçado pela colocação aleatória das ripas de revestimento .

Fachada Envidraçada

O vidro externo da área do foyer é revestido com um acabamento de impressão no interior, criando

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uma ilusão de cortinas de palco . Isso também é funcional e reduz o nível de penetração da luz do sul e leste de frente para fachadas , evitando o superaquecimento da grande escadaria e hall de entrada em dias quentes . O nível de pigmentação da impressão é suficientemente transparente para ser visto através da ‘ vitrine ‘, com cerca de 20 metros de altura, e permite que os transeuntes atravessando a praça central para obter um vislumbre do foyer e platéia para dentro. Theatregoers , por sua vez , vista para o centro da cidade a partir dos três foyers , respectivamente 5 , 10 e 15 metros acima do nível do solo. A fachada fica iluminada à noite com a economia de energia de iluminação LED .

No centro da cidade reconstruída quase todos os carros serão estacionados no subsolo , com exceção do parque de estacionamento de vários andares ao lado do Kunstcluster . Este bloco é, literalmente, um pulmão verde no ambiente urbano construído em pedra . A intenção do projeto era fazer com que a estrutura de estacionamento carbono- neutro tanto para construir quanto para operar bem. A fachada garagem no lado Stadsplein é de quatro metros de espessura e contém uma escada cascata que segue seu caminho para cima e para baixo através de uma plantação de bambu de seis metros de altura.

Impressões de grande formato nas balaustradas e outras superfícies vidradas refletem graficamente a imagem de bambu. O piso térreo acomoda um ponto de venda para criar uma vibrante paisagem urbana da cidade. l

TEtK e TÓNICA tó n i c a 2014

“A Tektónica 2014 mostrará novos caminhos para as empresas portuguesas” Mais um ano, nova aposta forte, mais uma edição da Tektónica…esta a edição de 2014. Como vai ser?

A Tektónica tem como ponto de vista fundamental responder aos novos desafios do mercado da construção, que como todos sabemos está a sofrer uma enorme metamorfose. A Internacionalização, a reabilitação urbana e o crescimento verde serão alguns dos assuntos em maior destaque na edição 2014 da Tektónica , quer em conferencias quer em atividades na exposição. A importância das pessoas, é algo que também vai ganhar uma nova vida na Tektónica e que serve de inspiração ao lançamento de um novo salão: o “BrickoGarden” destinado ao grande publico, apresentando informação e formação em workshops e áreas de experimentação sobre técnicas de aplicação de materiais de construção, técnicas de jardinagem e outras áreas exteriores às habitações bem como o segmento de decoração.

A crise continua instalada e a minar o mercado português, tornando as coisas muito mais difíceis. A comercialização deste ano foi mais complicada? Foi um desafio maior do que nos anos anteriores?

Embora já haja alguns sinais de retoma na economia portuguesa, mais visíveis por exemplo no setor imobiliário, ainda não podemos falar com absoluta certeza que já estamos numa trajetória de crescimento contínuo, que é o que todos pretendemos. Os tempos não têm sido fáceis para o setor e a Tektónica tem plena consciência disso, mas por isso mesmo, o evento com a responsabilidade de ser o principal acontecimento nacional do setor, tem sabido através da inovação e da diversificação mostrar a qualidade dos produtos e serviços portugueses demonstrada em projetos realizados em Portugal ou no exterior. Sendo efetivamente um desafio cada vez maior, a Tektónica tem sabido encontrar novos caminhos que tragam novos negócios para as nossas empresas, tornando-as mais saudáveis e competitivas.

Tektónica mantém aposta na internacionalização Uma internacionalização crescente e mais sólida continua a ser um dos objetivos estratégicos prioritários da Tektónica?

A Tektónica seguiu a partir de 2005 uma estratégia diferenciadora, em que um dos principais valores foi o de se transformar uma plataforma de negócios internacional. Esta internacionalização deu-se em primeiro lugar nos Palop’s e só depois progressivamente atingiu outros mercados como a China e o Magreb. Em 2014 estivemos em Moçambique de 26 de fevereiro a 1 de março no Centro Internacional de conferências Joaquim Chissano em Maputo, em maio estaremos na Feira Internacional de Benguela, em agosto na Colômbia, em

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Jorge Oliveira, Diretor de Feiras da FIL

outubro em Angola na Projekta By Constrói Angola e no México, e em dezembro, estaremos por fim em Marrocos no SIB. No médio oriente estamos a fazer uma aposta mais direcionada para a Energia, Águas e Ambiente e na China com várias iniciativas nomeadamente no setor imobiliário em articulação com o projeto Golden Visa.

Que novidades poderemos nós encontrar este ano na Tektónica 2014?

A maior novidade será certamente a sua realização em simultâneo com o BrickoGarden – Salão de Bricolage e Espaços Verdes, que aproximará as pessoas do mundo da construção. A Tektónica 2014 será um espaço onde se falará muito da sustentabilidade na construção e na plataforma ou coligação para o crescimento verde. Na componente da internacionalização teremos uma forte preponderância dos encontros sobre os países da CPLP, o Mundo Árabe, Europa do Norte e China entre outros.

A presença de empresas portuguesas em grandes feiras internacionais com o vosso apoio continua a ser uma aposta assumida?

Sem dúvida que é um dos pontos fortes da Fundação AIP ao nível das feiras. Só no âmbito da Tektónica estaremos este anos em 7 eventos internacionais abrindo as portas do mercado externo a mais de 160 empresas portuguesas com potencial de exportação, ou com potencial de participar em investimentos internacionais.

Quais as atividades paralelas ao certame que se realizarão este ano?

Temos como sempre inúmeras atividades durante o certame, sendo que destacaria os “Prémios Tektónica”, o Fórum da Lusofonia para a Construção Imobiliário e Segurança, a “Academia Tektónica “ com formação avançada fornecida por empresas e entidades, os encontros de mercado externo com forte incidência este ano no mundo árabe. Este ano voltamos a desenvolver em parceria com o Cenfic uma atividade prática no domínio

TE K TÓNICA 2014 das profissões da construção e criar sinergias com as atividades do BrickoGarden.

Um novo espaço para apresentação de soluções inovadoras vai ser também apresentado em moldes bastante diferentes, entrosado numa missão de fazer emergir um conjunto de valores validados cientificamente e sejam a imagem distintiva de uma marca Portugal , positiva e moderna , capaz de competir no mercado externo.

Setor da cerâmica continua a ser o mais representativo Qual o setor que surgirá com maior peso, com maior representatividade no certame deste ano?

A Cerâmica continua a ser um dos setores mais representativos da Tektónica e com forte influência na visita de clientes externos. Outros setores, como esta nova vaga de produtos representativos da chamada “coligação para o crescimento verde”, irão aumentar a sua expressão na Tektónica a partir deste ano. Esta nova geração de produtos vai ser essencial nos projetos de reabilitação urbana, que será um dos setores que mais dinamizará o setor da construção num futuro próximo.

Como vê o futuro das Feiras do setor da construção em Portugal, agora aparentemente reduzidas à Tektónica?

O contacto direto com as pessoas é absolutamente fundamental para a credibilidade nos negócios, e para uma interação profícua entre os vários agentes do setor. Neste particular os eventos de referencia como é o caso da Tektónica são absolutamente incontornáveis e se Portugal quer ter um papel ativo nos materiais de construção, nos serviços de arquitetura e engenharia, na gestão de projetos de construção, tem obrigatoriamente de trabalhar para manter uma Tektónica forte e moderna, que possa projetar as qualidades portuguesas nas obras em Portugal e em todo o mundo.

A Fundação AIP está empenhada em que Portugal mantenha esse valor que é ter uma Tektónica que sirva

de alavanca para os negócios das nossas empresas. Por isso mesmo a Tektónica durante o ano 2014 desenvolve ações em Portugal, Moçambique, Angola, Marrocos, Argélia, Colômbia, México e China.

E o futuro do setor na sua globalidade?

Estamos numa grande fase de mudança e finalmente começam a surgir alguns sinais positivos no mercado interno, pois na exportação como sabemos Portugal tem tido um comportamento muito meritório, fruto do trabalho de entidades como a Fundação AIP e a Aicep.

O comportamento positivo do mercado imobiliário em Portugal a partir de 2013, faz-nos acreditar que de uma forma gradual a atividade da construção vai ser chamada a novos projetos, muito impulsionados pelo investimento estrageiro como por exemplo o programa Golden visa, que está a fazer mexer positivamente o nosso mercado.

Qual a mensagem que gostaria de deixar aos nossos leitores e ao mercado da construção?

Gostaria de reforçar a ideia de que mais do que nunca devemos intensificar o nosso trabalho para saber promover os nossos produtos e serviços, devemos ter um grande espirito de inclusão aproximando as empresas da comunidade cientifica, para desenvolver soluções para a construção com a marca Portugal, que sejam distintivas e uma mais-valia para o mercado. Agora que começamos a ver a luz ao fundo do túnel, é tempo de não facilitar e continuar em conjunto este trajeto incessante de procurar mais negócios para as nossas empresas. Só com mais negócios chegaremos a bom porto, e é esse o grande desafio da Tektónica 2014 e de todos os eventos da Fundação AIP. Por fim uma palavra de agradecimento a todas as empresas e parceiros que mesmo nestes momentos difíceis nunca viraram a cara à luta, e todos, em conjunto, temos sabido encontrar forma de prestigiar o setor aquém e além-fronteiras. É pois uma mensagem de esperança assente no trabalho e na coesão entre todas as empresas e entidades do setor da construção. l

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P R O D U TO S

Vermeer dá mais um passo em frente na abertura de valas

A nova Valadora Utilitária RTX1250 de rastos QUAD.

A

Vermeer Manufacturing Company, fabricante líder de equipamento industrial, apresenta a nova Valadora Utilitária Vermeer RTX1250 equipada com o novo sistema de rastos QUAD. Ao aumentar exponencialmente a estabilidade em declives frontais e laterais,e a flutuação sobre solos macios ou arenosos, o novo sistema de rastos desta unidade aumenta a produtividade ao permitir trabalhar numa variedade de condições meteorológicas e de solo muito variadas. A RTX1250 pode ser usada para abertura de vala, ou colocação direta por arado vibratório para a instalação de condutas de água ou instalações ao longo de traçados ferroviários.

As vantagens dos rastos QUAD

O sistema de rastos QUAD (4 rastos independentes) têm vários benefícios face aos pneus: força de tração acrescida, níveis únicos de estabilidade em declive, flutuação maximizada e reduzidos danos no terreno.

Contudo, e para além das suas características próprias, os rastos QUAD partilham muitas das vantagens dos chassis de pneus incluindo a oscilação dos eixos, direção às quatro rodas e tipo “caranguejo”.

Em acréscimo, e comparando com o sistema tradicional de rastos duplos paralelos, os rastos QUAD maximizam o esforço de tração e estabilidade ao manter constantemente o contacto ao solo em quatro pontos distintos e fornecer toda a potência a todos os rastos.

Quem pediu versatilidade?

Diferentes projetos e condições de trabalho exigem equipamentos diferentes. A Vermeer RTX1250 é essencialmente duas máquinas numa, uma vez que é possível mudar entre rastos ou pneus. A valadora foi desenhada com um sistema de chassis especial com suspensão que torna esta mudança possível e facilitada.

Os acessórios disponíveis para a RTX1250 incluem uma valadora, arado vibratório hidrostático, disco

12 MARÇO 2014 P & C

de corte e retro-escavadora. A lâmina de dozer de seis direções, controlada por joystick, garante um enchimento da vala e acabamento final perfeitos.

O controlo remoto da retro-escavadora permite ao operador reposicionar a máquina com precisão sem ter que sair do assento de operação da retro.

Potência e controlo

Para além do dos rastos QUAD, esta unidade apresenta um motor Cummins de 120 hp (89 kW), incluindo turbo e intercooler, com um curva de torque mais agressiva. Isto resulta num aumento de potência momentâneo de 5 hp (4 kW), que permite à RTX1250 funcionar à potência máxima em modo de trabalho.

A RTX1250 tem capacidade de abrir valas até 183 cm de profundidade com larguras até 46 cm, e também aplicar um arado vibratório com uma profundidade de instalação até 91 cm.

Todos os controlos de acessórios localizados na consola de operação estão concentrados no lado direito do trator. Para maior conforto, a consola do operador roda até 90 graus, permitindo selecionar posições intermédias ilimitadas. Os controlos rodam com o operador, mantendo-os sempre a curto e fácil alcance. A RTX1250 também apresenta uma direção servo-assistida controlada por volante e vem equipada com eixos planetários de série.

Em adição, o pedal de controlo da velocidade de traslação de avanço e de marcha-atrás com um sistema de desbloqueamento patenteado liberta as mãos do operador para controlar os diversos acessórios. Se o operador se levantar do assento em andamento ou com um dos acessórios ligados, o sistema de segurança de presença de operador desliga a máquina automaticamente.

A nova RTX1250, assim como todos os restantes equipamentos Vermeer, são comercializados em Portugal Continental pela Vermeer Portugal.

Poderá obter mais informações em www.vermeer.pt. l

Q UA L I D A D E

Marcação CE

N

a sequência ao artigo publicado na edição de Fevereiro e como acontecia no âmbito da vigência da DPC, também a partir de 1 de Julho, se um produto de construção estiver abrangido por uma norma harmonizada, ou para o mesmo tiver sido emitida uma avaliação técnica europeia (ETA), o fabricante deve elaborar uma declaração de desempenho, não podendo esta existir sem marcação CE como esta não pode existir sem aquela.

A declaração de desempenho deverá seguir o conteúdo do anexo III e que é o seguinte: 1 - Código de identificação único do produto-tipo: Nome do produto; Código interno do produto.

Ex: Brita 1 (6/14) 2 – Tipo, Lote ou nº de Série, ou quaisquer outros elementos que permitam uma identificação do produto de construção, nos termos do nº 4, do artigo 11 Alguns campos poderão não ser aplicáveis Ex: Tipo: Agregado Grosso de Calcário; Lote e nº de série: Não aplicável; Data e hora marcada na guia de remessa 3 – Utilização, ou utilizações previstas do produto de construção, de acordo com a especificação técnica harmonizada aplicável, tal como previsto pelo fabricante: Pode ser mais do que 1 Ex: Betão para edifícios, estradas e outros trabalhos de engenharia civil 4 - Nome, designação comercial ou marca comercial registada e endereço de contacto do fabricante, nos termos do n.º5 do artigo 11.º: Empresa X, sita em XXX, contacto telefónico, fax, mail, site internet 5 - Nome e endereço de contacto do mandatário cujo mandato abrange os atos especificados no n.º 2 do artigo 12.º: O Mandatário é o representante legal do fabricante no Espaço Europeu com contrato formalizado.

Ex: Não aplicável 6 - Sistema ou sistemas de avaliação e verificação da regularidade do desempenho do produto de construção tal como previsto no anexo V: Possíveis 1+, 1, 2+,3 e 4 (saiu o 2) – a ser abordado de seguida Ex: 2+ 7 - No caso de uma declaração de desempenho relativa a um produto de construção abrangido por uma norma harmonizada: Colocar a norma ENXXX Ex: EN 12620:2002 + A1:2008 (Nome do ON), organismo notificado Nº XXXX, realizou a inspeção inicial da unidade fabril e no controlo da produção em fábrica e o acompanhamento, apreciação e aprovação contínuos do controlo da produção em fábrica, no âmbito do sistema 2+ e emitiu o certificado XXXX-CPR-20XX/CE.XXXX 8 – No caso de uma declaração de desempenho relativa a um produto de construção para o qual tenha sido emitida uma Avaliação Técnica Europeia: Para os casos em que a Marcação CE é efectuada através de Avaliação técnica Europeia e não com aplicação de uma Norma Europeia Harmonizada do Produto.

Normalmente são Normas harmonizadas e não são ETA .

Ex: Não aplicável em virtude de ser aplicável a norma harmonizada.

9 - Desempenho declarado: Colocar as características técnicas do produto. Obrigatórias as características sujeitas a níveis – limite e as requeridas no local de utilização.

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Ex: Nos agregados, colocar granulometria, Teor de Finos, Qualidade de Finos, Los Angeles, Teor de Cloretos, Teor de Sulfatos…

Muitas questões se têm colocado relativamente à declaração de desempenho. Irei colocar algumas dúvidas que têm surgido nas empresas com quem tenho privado profissionalmente: Se uma empresa tiver 2 produtos a declaração de desempenho pode ter o mesmo código? Ex: Brita 1 ter 01CPR2013 e Areia ter 01CPR2013?

Não. O código deve ser único.

O código deve evidenciar o estado de edição/revisão?

Não necessariamente. No entanto, se a empresa for certificada na NP EN ISO 9001 é aconselhável que tal aconteça Posso colocar DND (Desempenho Não Determinado)?

Não. Colocar sempre NPD (Non Performance Determinated).

Como posso fornecer a DdD? Cópia em suporte de papel ou por meios electrónicos (mail, internet).

A DdD tem de ser fornecida em cada fornecimento?

Sim. Existe apenas a exceção para os casos em que é fornecido um lote do mesmo produto a um único fornecedor.

Em que língua deve ser fornecida a DdD? Nas línguas dos estados membros em que o produto é disponibilizado.

Qual o tempo de arquivo da DdD? 10 anos após colocação do produto no mercado.

Se uma empresa X comprar um produto, não o transformar e vender a terceiros, de quem deve ser a DdD? A DdD deve ser do fabricante.

Existem exceções relativamente à obrigatoriedade de elaboração da DdD? Sim. Para os produtos: • Produzidos individualmente ou por medida (sem ser em série) em resposta a uma encomenda específica e instalado numa única obra claramente identificada; • Fabricados no estaleiro para incorporação na respectiva obra; • Fabricado de forma tradicional ou de forma adequada à conservação do património e de acordo com o processo não industrial para renovar obras oficialmente protegidas.

A Marcação CE considera vários sistemas de conformidade, que expressam o nível de controlo dos fabricantes e das entidades notificadas. Com a nova abordagem o sistema 2 foi eliminado, os sistemas contemplados no regulamento UE 305/2011 estão referidos na Caixa1.

Caixa 1 - Sistemas contemplados no regulamento UE 305/2011 Sistema Tarefas do fabricante 1+

. SCPF . Ensaios de amostras em fábrica

1

. SCPF . Ensaios de amostras em fábrica

2+

. Ensaios tipo iniciais . SCPF . Ensaios de amostras em fábrica

3

. SCPF

4

. Ensaios tipo iniciais . SCPF

Tarefas do ON . Ensaios tipo iniciais . Inspeção inicial . Fiscalização, avaliação e aprovação continua do CPF

_

A publicação do DL 130/2013 de 10 de Setembro, assegurou a execução do Regulamento do Produtos de Construção na ordem jurídica em Portugal. Deste modo, foram definidas as competências de diversas instituições entre as quais se destacam:

Q UA L I D A D E Caixa 2 - Contra-ordenações para as empresas que não cumpram com a nova abordagem Contra - ordenações

Coimas

Recusa na apresentação da documentação.

Recusa de acesso às suas instalações pelas autoridades de fiscalização Aposição da marca CE em produtos não conformes

Pessoa singular: 1000€ a 3740€ pessoa coletiva: 2500€ a 44890€

Falta de aposição Aposição de outras marcações, sinais e inscrições suscetiveis de induzir em erro Aposição de qualquer outra marca que prejudique a visibilidade da marca CE Aposição da marca CE em produtos não abrangidos

Pessoa singular: 1500€ a 3740€ pessoa coletiva: 5000€ a 44890€

Contra - ordenações

Coimas

Não existência da DdD Não conformidade no conteúdo da DdD Fornecimento desaquado da DdD DdD não redigida em Português Inexistência, incorreção ou incompletude Da documentação técnica que suporta a DdD Incumprimento do prazo de arquivo de 10 anos para a DdD

Pessoa singular: 500€ a 3740€ pessoa coletiva: 2000€ a 44890€

Falta de aposição de elementos que permitam a identificação do produto tipo Falta de aposição da identificação do fabricante e do importador Instruções e informações de segurança não redigidas em Português

Competências da Direção Geral das Atividades Económicas, DGAE • Acompanhar a execução do regulamento; • Publicitar as referências das normas harmonizadas publicadas no JOUE; • Prestar informações ao ponto de contacto; • Notificar a entidade que assume as funções de ponto de contacto; • Dinamizar a articulação entre organismos.

Competências do Instituto Português da Qualidade • Avaliar, controlar e designar os organismos de avaliação técnica; • Garantir a ligação entre a comissão europeia e outros estados membros no que respeita aos organismos de avaliação técnica; • Publicitar as referências dos documentos de avaliação europeus publicados no JOUE; • Notificar os organismos notificados à comissão europeia e outros estados membros; • Assegurar a função de ponto de contacto para os produtos do sector da construção.

O decreto-lei acima mencionado define ainda as contra-ordenações para as empresas que não cumpram com a nova abordagem e que podem ser encontradas na Caixa 2 Como se poderá constatar a comercialização de produtos que não tenham a marcação CE pode não só acarretar coimas elevadas, como em último caso levar ao encerramento das empresas incumpridoras.

Após resumir o quadro legislativo, será então importante perceber quais as exigências para a implementação da marcação CE de um determinado produto. Dado que as normas harmonizadas definem esses mesmos requisitos e variam de produto para produto, irei apresentar uma estrutura possível, mas que terá de ser sempre confrontada com os requisitos da norma harmonizada.

Em primeiro lugar a empresa deverá definir e formalizar as responsabilidades no sistema de controlo de produção através de: • Organograma – evidencia a autoridade e relações entre todos as funções da empresa com impacto na organização, execução e verificação das tarefas que afectam a qualidade dos produtos abrangidos pelo Sistema de Controlo de Produção em Fábrica; • Descrições/perfil de funções – No mínimo deve conter informações relativas à implementação das medidas para prevenir a ocorrência de produto não conforme e para identificar, registar e tratar qualquer desvio na qualidade dos agregados (PNC).

Para além deste facto a empresa deverá nomear o Responsável do Sistema de Controlo de Produção em Fábrica por local. Pode ser o mesmo, mas tem de ser 1 por cada local. A melhor forma para nomear é através de uma comunicação interna.

Após a definição de responsabilidades, a empresa deverá planear e realizar uma reunião da revisão pela gestão, onde abordará de forma critica todos os requisitos da norma harmonizada de referência. Tal como nos sistemas de gestão a mesma deve ser realizada anualmente.

Deverá ser igualmente planeada e realizada uma auditoria interna com um auditor que preferencialmente demonstre ter conhecimentos do sector de atividade e de Marcação CE. Os resultados da auditoria devem ser dados a conhecer aos auditados, através da formalização das não conformidades no sistema de controlo de produção em fábrica.

A estrutura documental deve incluir um Manual do Sistema de Controlo de Produção / Manual da Qualidade e Procedimentos do Sistema de Controlo de Produção, como por exemplo compras e avaliação de fornecedores, fabrico/produção, controlo de produção, controlo de conformidade, controlo dos documentos e dados e gestão dos recursos humanos/formação A empresa deverá ainda ter especial atenção à avaliação dos subcontratados relevantes para o controlo de produção e controlo de conformidade. Por exemplo prestadores de serviços laboratoriais, fornecedores de transporte, de manutenção e informática devem ser avaliados. No sentido de garantir uma relação de parceria estável devem ser dadas a conhecer a as ações de melhoria a cada fornecedor, podendo-se também contemplar ações de formação e de informação relativamente ao manuseamento e preservação do produto.

Relativamente à produção deve ser dada especial atenção ao Controlo das matérias-primas garantindo que as mesmas estão em conformidade com o especificado. A metodologia para o controlo das fases críticas das atividades dos processos deve ser definida (Diagrama / Fluxograma de produção). Os produtos devem ser identificados.

A empresa deve definir um plano de calibração e garantir que todos os equipamentos se encontram devidamente calibrados.

Relativamente ao controlo de conformidade deve ser definido um plano de inspeção e ensaio e devem ser realizados os ensaios exigidos na norma harmonizada. Caso os resultados sejam negativos a empresa deve seguir o definido para o tratamento do produto não conforme.

Na próxima edição daremos sequência à análise da marcação CE, com o foco na formação. l Eng. Pedro Sousa Auditor da Qualidade

M ÁQ U I N A S & E Q U I PA M E N TO S

Liebherr

Escavadora de rastos R944 C a fiabilidade comprovada

U

ma nova escavadora hidráulica R 944 C Litronic da Liebherr foi lançada com um peso operativo a variar entre as 37 e as 42 toneladas, dependendo do equipamento utilizado e da estrutura inferior, tem vindo a conquistar uma quota de mercado cada vez mais interessante nos mercados europeus e não só.

A R944 C surge equipada com um motor de série D 936 L da Liebherr com 6 cilindros a debitar uma potência da ordem das 258 cv às 1.800 r.p.m., portanto com mais 6 % de potência em relação ao modelo anterior.

Uma das novidades que esta máquina que o construtor germânico apresentou é o inovador controlo eletrónico – LIDEC-Electronic (Liebherr Diesel Engine Control) – que supervisiona e controla permanentemente todos os parâmetros de potência com base numa comparação contínua de valores teóricos e reais, garantindo um funcionamento otimizado da máquina.

Design continuamente melhorado

Todas as escavadoras de rastos da série C da Liebherr surgem com uma estética diferente, um visual mais moderno, consequência natural de um novo design.

Por forma a proporcionar uma visibilidade significativamente melhorada, os engenheiros da Liebherr equiparam a cabina da nova máquina com uma zona envidraçada muito mias ampla.

Também a cobertura do capot do motor, inclinada para trás, contribui para que o operador possa usufruir de uma visibilidade melhorada sobre toda a zona envolvente da máquina.

Na nova cabina da R 944 C os comandos manuais podem ser manejados com um esforço mínimo, o que assegura, desde logo, um trabalho mais preciso e confortável.

Ciclos de trabalho mais rápidos são possíveis devido aos tempos de reação mais reduzidos entre o comando manual e a válvula hidráulica.

O novo equipamento de trabalho desta máquina proporciona forças de rotura consideravelmente maiores do que as do modelo anterior

16 MARÇO 2014 P & C

Forças de rotura maiores

A R944 C Litronic pode ser equipada, opcionalmente, com o “Liebherr Tool Control” que permite que, com o recurso a uma simples tecla, se possa adaptar a escavadora aos parâmetros de funcionamento de até dez implementos hidráulicos diferentes.

Um ajustamento manual da hidráulica depois da mudança de implemento deixou de ser necessário, o que representa um ganho significativo de tempo.

O novo equipamento de trabalho desta máquina proporciona forças de rotura consideravelmente maiores do que as do modelo anterior.

Um sistema central de lubrificação semiautomática, incorporado de série, reduz de forma considerável os custos de manutenção.

Estruturas inferiores variadas

Dependendo da tarefa e das condições do terreno, a Liebherr oferece quatro variantes da estrutura inferior para a R 944 C Litronic.

A estrutura inferior HD-S foi desenhada para o trabalho específico de movimentação de terras.

Esta estrutura tem uma vida útil alargada e uma proporciona uma estabilidade elevada.

A versão HD-SL oferece uma largura maior entre os eixos, proporcionando assim a máxima estabilidade possível. A estrutura inferior ajustável facilita cargas otimizadas graças a uma superfície de apoio alargada.

A variante da estrutura inferior EW (Extra-Wide) destaca-se por ser ainda mais larga, oferecendo uma área de apoio especialmente grande, pelo que a máquina está especialmente direcionada para trabalhos na indústria.

M ÁQ U I N A S & E Q U I PA M E N TO S Thyssen Krup

Elevadores de Cabina Dupla alcançam velocidade recorde

A

ThyssenKrupp Elevator terá estabelecido o recorde mundial de velocidade em sistemas elevadores de cabina dupla ao percorrer os 492 metros do Shanghai World Financial Center na China.

Após três anos de projeto, produção e instalação, a ThyssenKrupp Elevator criou um sistema particularmente rápido de transporte de passageiros no Shanghai World Financial Center, o mais alto edifício na China e atualmente um dos mais altos do mundo.

Cada um dos quatro elevadores de cabina dupla está equipado com dois cabos sobrepostos o que lhes confere uma capacidade de elevar 2.000 quilos.

Os visitantes podem agora subir ou descer neste edifício a uma velocidade recorde de 10 m/s (36 km/h), a velocidade mais rápida registada no mundo para elevadores de cabina dupla.

Para alcançar estas altas velocidades, entre outras coisas, os engenheiros da ThyssenKrupp Elevator desenvolveram um revestimento aerodinâmico para os cabos e as portas.

As guias foram instaladas no poço utilizando uma avançada tecnologia laser para assegurar elevada

precisão e assim garantir o máximo conforto mesmo a velocidades elevadas. Para além dos quatro elevadores de dupla cabina a ThyssenKrupp Elevator fabricou e instalou mais 40 equipamentos para o Shanghai World Financial Center que tem 101 pisos no total. Numerosos elevadores de serviço e de passageiros entre os pisos 79 a 93 garantem o rápido, seguro e confortável transporte no mais alto hotel do mundo.

Existem ainda outros equipamentos da ThyssenKrupp Elevator nas garagens, nas zonas comerciais, de restauração e no Auditório/Forum os quais facultam soluções de mobilidade a diversas salas de conferência e de VIP´s assim como ao hall principal com cerca de 800 metros quadrados.

Com o mais rápido elevador de cabina dupla no mundo, a ThyssenKrupp Elevator adicionou um novo e inovador sistema ao seu leque de produtos de transporte de passageiros.

Conjuntamente com os elevadores TWIN, fornecidos em exclusivo pela ThyssenKrupp Elevator, o grupo está a dar provas das suas capacidades e experiência no segmento mais alto do mercado.

Da Genie

Novos modelos de plataformas elevatórias

A

Genie Industries - conceituado fabricante de equipamentos de elevação - conta com uma extensa gama de plataformas elevatórias todo-o-terreno de lança telescópica, que abrange a grande parte das aplicações relacionadas com as áreas da manutenção industrial e de estruturas, construção civil, reparação e construção naval.

Renovados recentemente, os modelos desta série possuem agora uma velocidade operativa superior, motores (diesel e a gasolina) mais potentes para além de um desenho moderno e funcional.

Novos modelos mais evoluídos

Os mais recentes lançamentos da Genie neste segmento de mercado foram os modelos S-40 e S-45, que alcançam 14 e 15,5 m de altura de trabalho, respetivamente.

Estas máquinas Genie vêm equipadas de origem com controlos proporcionais, que possibilitam uma operação tranquila e um posicionamento fácil.

A rotação hidráulica da plataforma de trabalho (de 180º lateralmente) assegura que a máquina possa ser orientada de forma precisa e suprime muitas vezes a necessidade de reposicionamento.

As duas máquinas estão equipadas com tração direta permanente, tanto na variante 4x2 como na 4x4.

Em ambas o sistema de segurança alerta o operador quando a máquina se move no sentido oposto ao dos movimentos que ele execute com os comandos. A

18 MAÇO 2014 P & C

velocidade de elevação foi otimizada graças à capacidade de realizar múltiplas funções em simultâneo. A S-40 atinge a sua altura máxima em apenas 40 segundos. A nova conceção da lança telescópica (secção retangular reforçada) permitiu um aumento de 7% na sua rigidez ao ser estendida na totalidade e que faz com que exista uma menor vibração da plataforma, melhorando significativamente a estabilidade e o conforto do operador.

O novo desenho do chassis confere maior visibilidade quando a plataforma está na posição recolhida, o que facilita as manobras.

Tanto a S-40 como a S-45 foram projetadas para serem transportáveis sem dificuldades sobre veículos.

Eixo oscilante ativo

Este inovador sistema de eixo oscilante ativo funciona por meio da deteção das condições do terreno, adaptando automaticamente a posição do eixo de modo a que o chassis da máquina se mantenha nivelado.

Além das motorizações diesel da marca Deutz, de 36 e 57 cv, é também disponibilizado um novo propulsor a gasolina de injeção eletrónica que debita 83 cv de potência.

Opcionalmente, a S-45 pode ser equipada com um “Jib” articulado que lhe confere um alcance horizontal superior em 1,5 m (11,2 metros no total) e um campo de trabalho vertical de 75º acima e 60º abaixo do plano horizontal.

M ÁQ U I N A S & E Q U I PA M E N TO S HINOWA

Ampliada gama de mini-dúmpers

A

inovação é uma constante da Hinowa que apresentou recentemente novos equipamentos para o setor da construção civil e obras públicas.

A principal aposta incidiu, contudo, nos mini-dúmpers, segmento em que o fabricante italiano de Verona é mesmo uma referência a nível mundial.

Para a Hinowa a nova linha de mini-dúmpers reforça a sua posição no mercado e surge com novos desenvolvimentos tecnológicos

Série “HS Wanted”

A nova série de mini-dúmpers de rastos “HS Wanted” é efetivamente nova e repleta de inovações.

As principais características são uma mais-valia que se junta aos pontos fortes já tradicionais nos mini-dúmpers da marca.

Aqui ficam as dez características fundamentais nesta nova série: - Capot de proteção e cobertura; - Sistema de insonorização; - Rastos em triângulo com velocidade dupla; - Roda tensora hidráulica; - 24 acessórios intermutáveis com engate rápido; - Comandos ergonómicos; - Assento do operador com amortecedores; - Motorização dupla: diesel ou gasolina; - Conta-horas; - Maior qualidade e redução dos custos de manutenção e operação.

Estes pontos fundamentais reforçarão a posição destacada da Hinowa no segmento específico dos mini-dúmpers de rastos.

A nova linha de mini-dúmpers é o resultado de um intenso trabalho de investigação realizado pelos responsáveis da marca italiana e da aposta que a Hinowa mantém no desenvolvimento de novos equipamentos por forma a permanecer na vanguarda de um mercado tão específico como este dos mini-dúmpers, procurando responder sempre da forma mais eficaz às solicitações desse mesmo mercado

Plataformas elevatórias: nova aposta

Uma das grandes novidades deste ano foi, sem dúvida alguma, o lançamento de quatro modelos de

As plataformas Hinowa distinguem-se pelas soluções adotadas que melhoram e facilitam a utilização operacional da máquina plataformas aéreas de rastos, que se diferenciam entre si pela altura máxima de trabalho proporcionada por cada um deles.

Assim, o modelo Goldlift 8.35 oferece uma altura máxima de trabalho de 8 metros, o modelo Goldlift 14-70 uma altura de 12 metros, o Goldlift 14.72 uma altura de trabalho de 14 metros e o modelo Goldlift 19.65 com uma altura de trabalho que varia entre os 17 e os 19 metros.

Estas plataformas Hinowa distinguem-se pelas soluções adotadas que melhoram e facilitam a utilização operacional da máquina bem como de todos os trabalhos de manutenção.

As novas plataformas surgem com soluções inovadoras que as distinguem da concorrência, tais como: - A cesta de transporte do operador está equipada com uma célula de carga com controlo de peso eletrónico e colocada sobre guias verticais; - Um motor Honda com controlo eletrónico retroativo e proporcionam um baixo consumo de combustíveis, baixas emissões acústicas e um perfeito controle de todos os movimentos.

Os modelos topo de gama são as plataformas de rastos Lightlift 14.72 e Lightlift 19.65.

Estes novos equipamentos Hinowa têm vindo a conquistar importantes quotas de mercado em vários nichos de mercado, tanto junto de utilizadores como de alugadores e distribuidores. l

Pub.

P & C MARÇO 2014 19

ENGENHARIA

Dimensionamento, para as ações sísmicas, duma parede moldada ancorada No n.º 8 (outubro de 2013) da Revista P&C, apresentámos a teorização relativa às ações sísmicas atuando em cortinas de contenção ancoradas, pelos critérios do EC7 e EC8. No presente artigo vamos apresentar um resumo do cálculo de dimensionamento da cortina de parede moldada então citada a qual, só para as ações estáticas, foi objeto da publicação [Matos e Silva, 2004].

N

o exemplo referido tem-se, de acordo com a nomenclatura então apresentada: Ψ = 90º ß = 0º = 0º.

A equação (1) permite obter o coeficiente de impulso ativo estático + dinâmico:

No exemplo em causa, para as várias camadas de solo situadas no tardoz da cortina, temos diferentes valores de Ø donde, aplicando a equação (1): - para Ø = 25º : Ka (e+d) = 0,64 - para Ø = 30º : Ka (e+d) = 0,54 - para Ø = 35º : Ka (e+d) = 0,45 Na zona de juzante da “ficha” da cortina, onde se desenvolve impulso passivo, deverá aplicar-se a equação (2):

pelo que, no caso vertente, para Ø = 35º, virá Kp (e+d) = 3,14.

Seguindo a metodologia de cálculo indicada em [Matos e Silva, 2000], com base nestes valores pode obter-se o diagrama de impulsos estáticos + dinâmicos do solo (passivos - ativos), que é o indicado na Figura 1.

Figura 1

Figura 1: Diagrama de Impulsos Ativos Estáticos + Dinâmicos

20 MARÇO 2014 P & C

Para além destes impulsos do solo há que considerar a ação dinâmica sobre a massa da cortina quantificada pela equação (3): (3) q´= kh x P Como, no exemplo em causa, a cortina tem uma espessura de 0,40m virá: (4) q’ = 0,27 x 25,0 x 0,40 = 2,70 kN/m2 A Figura 2 apresenta o diagrama-soma dos diagramas de impulsos ativos do solo com os obtidos a partir da equação (3).

Figura 2

Figura 2 : Diagrama-Soma de Impulsos

No Quadro I, em que se determinam os valores dos momentos fletores ao longo da altura da cortina, admitindo que esta ainda não está ancorada e que está ficticiamente encastrada na sua base, os valores de Hi correspondem às resultantes da ação estática + dinâmica do solo, ao longo de cada faixa em que se divide verticalmente a cortina, enquanto que os de H’i correspondem às resultantes das ações quantificadas pela equação (4), para as mesmas faixas.

Figura 2 : Diagrama-Soma de Impulsos

No Quadro I, em que se determinam os valores dos momentos fletores ao longo da altura da cortina, admitindo que esta ainda não está ancorada e que está ficticiamente encastrada na sua base, os valores de Hi correspondem às resultantes da ação estática + dinâmica do solo, ao longo de cada faixa em que se divide verticalmente a cortina, enquanto que os de H’i correspondem às resultantes das ações quantificadas pela equação (4), para as mesmas faixas.

ENGENHARIA Ver Quadro I - Determinação dos Momentos Fletores

Na Figura 3 apresenta-se esse diagrama de momentos fletores a partir do qual é possível determinar as reações nos diversos níveis de ancoragem.

Figura 3

Dado que, no exemplo em causa, o projetista adotou, no cálculo estático, um valor de Rh = 288,0 kN/m em todos os níveis, valor que era da ordem de grandeza do valor da reação horizontal obtida pelo método simplificado para o 4º nível no cálculo estático, se mantivermos a mesma lógica, o valor da reação horizontal a adotar para a situação estática + dinâmica deverá ser Rh = 400,0 kN/m, ou seja, ter-se-à um acréscimo percentual de 400,0 _ 1 = 0,9 = 39,0%

288,0 Assim o diagrama elástico terá valores 1,39 superiores aos do cálculo estático apresentado em [Matos e Silva, 2004], o que permite traçar, posteriormente, o diagrama envolvente do diagrama elástico e do de impulsos do solo (Figura 4).

Figura 4

Figura 4 : Diagrama Envolvente Figura 3 : Diagrama de Momentos Fletores

As reações nas ancoragens são: Rh1 = kN/m 600,0 = 133,3 kN/m

4,5 Rh2 = kN/m 1000,0 = 250,0 kN/m

4,0 Rh3 = kN/m 1300,0 = 371,4 kN/m

3,5 Rh4 = kN/m 900,0 = 400,0 kN/m

2,25 Comparando com as reações nas ancoragens obtidas no cálculo estático, temos as seguintes relações:

1º nível = 133,3 = 3,00

44,44

2º nível = 250,0 = 2,00

125,0

3º nível = 371,4 = 1,73

214,3

4º nível = 400,0 = 1,50

266,7

Da análise da Figura 4 constata-se que a área tracejada situada do lado direito da cortina é inferior à do lado esquerdo, o que demonstra que a “ficha” da cortina, que tinha uma altura suficiente para resistir às ações estáticas, é insuficiente para as ações estáticas + dinâmicas, pelo que, para atender a estas ações, teria de ser prolongada.

Com base no diagrama envolvente da Figura 4 pode calcular-se, por exemplo com o recurso ao cálculo automático, o momento fletor máximo da cortina ancorada com os quatro níveis de ancoragem, bem como o esforço transverso máximo e o deslocamento horizontal máximo.

Os valores obtidos foram, respetivamente, Mmáx = 324,5 kN.m/m, Tmáx = 425,0 kN/m e Δ = 4,0mm, o que corresponde, para alguns destes valores, a um incremento superior a 60% em relação aos valores obtidos no cálculo estático.

Do exemplo apresentado pode concluir-se que, em estruturas de contenção flexíveis, quanto maior fôr a sua altura, mais a ação sísmica se torna condicionante no seu dimensionamento. l Engº José Matos e Silva

P & C MARÇO 2014 21

O P I N I ÃO

António Bravo

O CERNE DA QUESTÃO

N

a última década do século passado e na primeira do actual, a indústria europeia “emigrou”, ou, como se diz agora, deslocalizou-se para a o Extremo Oriente, nomeadamente para a China, atraída pelo trabalho semi-escravo que por lá se praticava, sem grandes reivindicações sociais e a custo da “uva mijona”. Um par de sapatos de ténis de uma marca famosa saía da linha de produção a um euro e era vendido ao consumidor final na Europa e na América do Norte a cem euros. Era o paraíso na Terra para os grandes grupos económicos.

Portugal também se viu confrontado com essa deserção maciça, não só de empresas nacionais como também de muitas multinacionais que por cá se tinham instalado na década de oitenta, seduzidas pela então mão de obra barata e pelos incentivos que candidamente os governos da altura lhes deram de mão beijada sem acautelarem devidamente as respectivas contrapartidas. Enfim, era a atracção de capital estrangeiro “à portuguesa”.

Mas como diz a canção, “atrás de tempos, tempos vêm” e como nada no mundo é imutável também o custo do trabalho por aquelas longínquas paragens foi crescendo a ponto de, em muitos casos, já não ser tão apelativo, o que somado aos custos de transporte e outros de contexto, fizeram os empresários equacionar a hipótese de regressarem ao velho continente.

Começou assim a falar-se na necessidade da reindustrialização da Europa e iniciaram-se os primeiros passos para um regresso barato e bem sucedido. E para tal, nada como reduzir o custo do trabalho, começando pelos países do sul, bastante endividados, de economia mais débil e pior organização. Já em 2010 Vítor Bento, Presidente da SIBS e Conselheiro de Estado, afirmava em entrevista ao jornal Expresso: “A bem ou a mal os salários terão que ser reduzidos”.

Em 2011 quando o actual Governo tomou posse e “declarou guerra” à situação financeira do país, todos nós pensámos que se começaria por uma reforma do Estado que cortasse as celebérrimas “gorduras” que o actual Primeiro-ministro tanto mencionou durante a sua campanha eleitoral. Mas não; as tais gorduras mantêm-se intactas.

As primeiras medidas do Executivo foram precisamente no sentido de desvalorizar o preço do trabalho. Quem tiver boa memória lembrar-se-á que de pronto se cortaram quatro feriados, se reduziram não só as indemnizações por despedimento como também o valor e a duração dos subsídios de desemprego, se aumentaram desenfreadamente

22 MARÇO 2014 P & C

os impostos e se promoveram outras tantas malfeitorias que atiraram com centenas de milhar de pessoas para a inactividade, tudo isto feito em nome da recuperação económica.

Ninguém de bom senso hesitará em compreender a premência que havia na mudança do paradigma económico e financeiro e a necessidade de todos fazermos sacrifícios para sairmos do atoleiro em que estávamos e continuamos a estar mergulhados.

Só que o TODOS resumiu-se à classe média, espinha dorsal da vida do país e aos mais débeis e indefesos.

Ainda não se vislumbrou uma só medida que efectivamente levasse as classes possidentes a participarem activamente na recuperação para além de um modesto aumento nos escalões do IRS. E quando alguém alvitrou na Assembleia da República uma taxa especial sobre os grandes patrimónios a resposta do Primeiro-ministro foi que tal não seria possível pois seria um esbulho. E não será um esbulho taxar fiscalmente subsídios de desemprego e pequeníssimas pensões? Claro que é mas não para o Governo.

Obviamente que a missão principal a que esta maioria se dedica é a preparar o terreno ao regresso dos grandes grupos económicos, espezinhando a dignidade das pessoas e sujeitando-as a que, em desespero de causa e por uma questão de sobrevivência, aceitem salários de há vinte anos atrás e se resignem ao retrocesso social que tal significa.

E quando tal desiderato for atingido teremos então um Governo, com estes actores ou outros da mesma laia, a proclamar ufanamente aos quatro ventos que trouxeram grandes investimentos estrangeiros para Portugal, esquecendo-se evidentemente de dizer a que preço e com que sacrifícios para os portugueses. l António Bravo escreve de acordo com a antiga ortografia