Revista P&C Outubro 2013

Page 1

c & P c Nº 8 OUTUBRO 2013 - Mensal - 5 €

MUSEU MUCEM MARSELHA

A FORÇA DA LUZ

P L A N E A M E N TO : D E S E N V O LV e r O T E RR I TÓ R I O M A R K E T I N G : s u c esso em f ei r as E ngen h a r ia : co r tinas de conten ç ão an co r adas



Depois das Autárquicas 2013…

D

epois das eleições autárquicas como vai ser? Vamos ter um novo ciclo, com a recessão a desaparecer, com a retoma da economia, com a construção a despertar da letargia em que se deixou cair… com os novos autarcas a surgirem com outras políticas, sem os vícios dos “dinossauros” atirados finalmente para fora do sistema, para fora da cadeira do poder e dos centros das decisões autárquicas. Como consequência dos resultados eleitorais e da estrondosa derrota sofrida, o Primeiro- Ministro e os seus acólitos demitiram-se… As obras começam a nascer um pouco por todo o País…e com este despertar do setor da construção a economia ganha nova vida…o mercado de máquinas industriais retoma uma nova tendência de crescimento e aposta num futuro diferente…para melhor… O povo deixa de andar acabrunhado, cabisbaixo, levanta a cabeça, os seus olhos começam a recuperar o brilho perdido há dois anos e já mostra um semblante alegre de confiança no futuro. Portugal recomeça a viver… De repente toca o despertador, acordo sobressaltado, abano a cabeça, onde está aquele País onde eu estava a viver antes do toque do despertador? Afinal tudo continua na mesma… O Primeiro-Ministro continua agarrado ao poder, e não reconhece que é o carrasco de um País com uma história secular e rica que ele parece empenhado em destruir… Um País com um povo ímpar, capaz de suportar todos os sacrifícios para ajudar o Governo a levar o barco a bom porto, mas constantemente desrespeitado, desprezado, explorado, espoliado por aqueles que com o seu voto colocou no poder, por aqueles em quem confiou e que traíram a confiança neles depositada, desgovernando o País em vez de o governarem. Cada vez que tem tempo de antena, e fala ao País, o discurso é diferente, incoerente, sem consistência, sem um mínimo de credibilidade…já não é possível acreditar nele… mas ele não desarma…e teremos que o aturar ainda mais dois anos…se na realidade este País ainda aguentar e não se afundar…se este País ainda tiver povo… se esse povo conseguir sobreviver à miséria e à fome para onde os seus governantes o atiram porque apenas sobreviverão os que emigrarem a tempo… Afinal quando este PM disse que os portugueses deveriam emigrar e trabalhar noutros países, estava a ser amigo do povo…porque emigrando não estariam por cá quando o país morresse às suas mãos… E o raio do despertador que nunca mais toca…para eu despertar deste pesadelo… E é que não toca mesmo…não foi sonho…esta é a realidade do meu País…como eu gostaria de poder voltar ao sonho tornando-o realidade… l

P &C

E D I TO R I A L

P &C

Rui Anjos Editor da Revista P&C P & C OUTUBRO 2013 3


SUMÁRIO

P &C INTERNACIONAL

6

Museu Mucem Marselha

PLANEAMENTO

6

10

Do planeamento do território ao PDM como instrumentos de desenvilvimento

FEIRAS

12

A união faz a força

MARKETING

14

MÁQUINAS&EQUIPAMENTOS 16 REVESTIMENTOS

18

Cerâmica para os sentidos

ENGENHARIA

20

Cortinas de contenção ancoradas

OPINIÃO

22

ficha técnica f icha téc ni c a

P &C

d ir e tor Paulo Martins paulo.martins.pec@outlook.com e d i tor Rui Anjos rui.anjos.pec@outlook.com R ED AÇ ÃO Marta Vaz e Paula Mesquita CO L A B O R A D O R E S P E R M A N E N TE S António Bravo, Gisela Campos, José Matos e Silva

10

F OTO G R A F I A Augusto Cardoso P ublici d a d e João Martins joao.martins.pec@outlook.com Tem: +351 963 745 202 paginação Fátima Batista propri e d a d e

RAPM Press Editora

N i P C 510527108 r e d ação Rua do Laparo Nº 263 Fração S 2890-551 Alcochete - Portugal pro d ução e impr e ssão Brand Evolution Rua Frei Luís de Granada, Nº 14 A-B 1500-680 Lisboa publicação m e nsal t irag e m 5000 exemplares r e gis to E R C Isenta de Registo na ERC ao abrigo do art. 12º, nº1 a) do Decreto-Regulamentar 8/99 de 9 de Junho v e n d a por assinat uras Portugal Continental, Açores e Madeira: 5€ (IVA incluído, 6%)

4 OUTUBRO 2013 P & C

14


& P C Assine connosco para Projectar e Construir o Futuro Uma Edição: RAPM Press Editora

A Revista P&C tem como destinatários os profissionais ligados ao setor da construção e tem na sua essência um conteúdo com base em entrevistas, notícias, reportagens, análises, tendências e opiniões versando sobre as diversas temáticas ligadas à Construção, bem como às tecnologias, materiais e equipamentos utilizados nesta atividade. Identificação Nome _________________________________________________________________________________________________________________________________ Morada _______________________________________________________________

Localidade ________________________ Código Postal ________________

Telf: ____________________________ Email: ____________________________________________ Assinatura Profissional 1 Ano - 50€ Assinatura Profissional 2 Anos - 85€

Nº Contribuinte: ____________________________________

Forma de pagamento Junto envio comprovativo de tranf. bancária para o NIB: 0035 0383 00000534 930 82 Junto envio Cheque nº _____________________________________________________

Preencha, recorte e envie para a nossa morada. Mais informações telefone ou envie email.

paulo.martins.pec@outlook.com rui.anjos.pec@outlook.com Tel.: +351 962 981 286 Rua do Laparo Nº 263 Fração S - 2890-551 Alcochete - Portugal Visite-nos https://www.facebook.com/RevistaPeC


I N T E R N AC I O N A L

Mucem Marselha

A Força da Luz

M

arselha ganhou um novo museu: O Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo. Projetado pelo nascido argelino e arquiteto francês Rudy Ricciotti, constitui o principal projeto na reabilitação arquitetónica e cultural da cidade francesa de Marselha. O museu está localizado na orla marítima de Marselha ao lado de uma fortaleza do século XVII, Fort St Jean . Construído sobre os vestígios gregos e romanos da antiga cidade-estado , o Forte é um legado histórico e inclui uma capela , que remonta ao século XII. O projecto de arquitetura monolítico clássico de Rudy Riciotti é construído em torno de um quadrado perfeito, onde cada fachada do edifício é de 72 metros. Uma praça interior de 52 metros de cada lado, forma o coração do museu e inclui a exposição e salas de conferências. A estrutura interna, que é composta de aço e vidro, foi coberta com uma película decorativa delicado de betão filigrana. O mesmo material inovador foi usado para criar 308 pilares em forma de árvore em que estão mais de 8 metros de altura e formar a estrutura vertical do edifício. Esta “pele” de betão padronizado abre o edifício à luz natural e vista para o mar permitindo que a atmosfera marinha penetre inteiramente no interior do edifício.

6 OUTUBRO 2013 P & C

Além disso, o véu de renda de betão do lado de fora do edifício cria padrões de sombra entrelaçados que podem ser vistos como “uma projeção do leito do mar acidentado e irregular “, comenta Ricciotti. Na sua visão, o museu é “uma abertura para o mar, para desenhar um horizonte onde as duas margens do Mediterrâneo se unem”.

Orgânica interior O Museu está organizado em três níveis, com uma série de exposições, um auditório e uma livraria. A cobertura é uma característica particular e está prestes a tornar-se num local emblemático para a cidade, com belas


I N T E R N AC I O N A L vistas panorâmicas sobre o mar e para o porto. À noite, um esquema de iluminação projetada por Yann Kersalé cria uma atmosfera mágica, com tons de azul e turquesa.

Um cenário maravilhoso O piso superior é constituído por decks no telhado, que se estendem por uma largura de 24 metros , cobrindo uma área de 1600m ², e são feito de freixo americano tratado termicamente, fornecido pela Bingaman e Filho Companhia Lumber , na Pensilvânia , EUA . O deck superior situa-se ao longo do percurso pedestre que atravessa o Museu e através histórica orla marítima de Marselha, portanto, com um fluxo constante de pedestres uma solução decks pesados era essencial. “Nós pedimos o empreiteiro geral para chegar a uma solução decks que podem suportar uma carga média de 250 kg / m² “, explica Tilman Reichert, o arquiteto do projeto. Eric Durand de Roofmart,

o empreiteiro encarregado de suprir as cinzas comentários decks tratados termicamente, “O arquiteto estava à procura de soluções que evitem o especificando madeiras tropicais; inicialmente ele queria tentar pinho tratado termicamente, mas não estava satisfeito com os resultados dos ensaios iniciais. A qualidade da solução escolhida e que foram entregues era de primeira classe. Quando o arquiteto viu as amostras ficou conquistado, tanto pelo apelo estético como pelo seu grão característico, mas também a sua estabilidade dimensional e comprimentos longos (20 x140 )”.

Pavimentos em madeira O processo de modificação térmica usa uma temperatura elevada num ambiente controlado alterando permanentemente química da madeira e as propriedades físicas. Isto limita a capacidade de a madeira para absorver a humidade, assim que

P & C OUTUBRO 2013 7


IIN NTTEERRN NAC ACIIO ON NA ALL

os produtos são dimensionalmente mais estáveis e menos propensos a traça, urdidura e de torção com alterações na humidade. O processo de modificação térmica também remove os nutrientes em madeira que poderiam fornecer uma fonte de alimento para insetos e fungos destruidores da madeira. Este aumento na estabilidade dimensional e a resistência à cárie estende significativamente a vida útil e reduz a necessidade de manutenção do deck. Dado o seu meio marinho, a plataforma é altamente exposta às intempéries do sol, chuva e mar. Assim, serão monitorados para avaliar o seu desempenho ao longo do tempo. O deck é colocado num sistema tradicional de vigas de embarque para permitir que a membrana de isolamento diretamente sob o deck de madeira possa ser bem ventilada. As placas foram aparafusadas, o que é visualmente mais agradável. Por parte da AHEC Europeia, o seu Diretor, David Venables, afirmou: “O Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo é um excelente exem-

8 OUTUBRO 2013 P & C

plo do uso de novas tecnologias de aprimoramento de durabilidade de madeira. Há um mercado em desenvolvimento para madeiras modificados termicamente na Europa e este projeto mostra publicamente o seu potencial. Pelo processamento de madeira, produzida a partir de florestas de madeira bem geridas nos EUA, a madeira modificada termicamente fornece uma qualidade, alternativa ecológica e sustentável para espécies de madeira tropical importadas”.

Terraço estrutural O peso do terraço amplo a 24 metros contribui para estabilizar a pérgola de betão por cima através de um sistema inteligente de cabos de aço inoxidável. A grande proximidade do terraço véu é feita com o mesmo betão intrincado que cobre os lados do edifício. Ela repousa sobre 15 metros de largura para assentar em cima dos principais pilares verticais do edifício. No lado de fora do edifício, as vigas


I N T E R N AC I O N A L

em consola suportam o peso das rampas externas que conduzem ao terraço através de cintas de aço inoxidável de comprimento que se estendem por toda a altura do edifício. Cabos de aço inoxidável também foram corrigidos a partir do deck de madeira para as vigas na saliência acima do terraço por 4 metros para estabilizar toda a estrutura do dossel acima do terraço.

Um passeio pela história e aromas do Mediterrâneo O terraço oferece aos visitantes uma passarela inclinada composta por 115 metros de pontes que viajam para fora do telhado do prédio e atravessar a bacia do porto. Isto liga o Museu de Fort SaintJean , que hospeda o principal restaurante gerido pela culinária local, através da celebridade Gérald Passedat . Com o tempo, o forte vai abrigar mais um museu de 15.000 m2 de espaço de exposição. Além disso, os espaços públicos abertos em todo o Fort foram

redesenhados para mostrar uma coleção botânica única de plantas mediterrânicas ao longo de um passeio paisagístico. Outra passarela leva o visitante a le Panier, o bairro mais antigo e tradicional em Marselha, com ruas estreitas e cativantes degraus íngremes. l

Ficha Técnica Cliente: Ministério da Cultura francês Arquitetos: Rudy Ricciotti Arquiteto associado: Roland Carta Arquitetos paisagistas: In Situ Engenharia Hidráulica: Garcia INGÉNIERIE Estruturas: SICA, Lamoureux & Riciotti Fiscalização: CEC Acústica: THERMIBEL Superfície: 15.510 m² Prazo: 2009 - 2013 Custo: 68,2 M € HT Empreiteiros: Os principais empreiteiros: SPIE (fundações e terraplanagem) Dumez/Freyssinet (trabalho estrutural e cobertura) Arranjos interiores: Barreau Acabamentos interiores: Jolisol / SCPA Telhado fornecedor convés: Roofmart Elevadores: Otis Climatização: Viriot Hautbout Eletricidade: SPIE Sudeste Fotografia: Gabrielle Voinot P & C OUTUBRO 2013 9


P L A N E A M E N TO

Planeamento e ordenamento do território

Do planeamento do território ao PDM como instrumentos de desenvolvimento Num mundo em acelerada dinâmica pautada de grande imprevisibilidade ao mesmo tempo que se acentuam as pressões sobre os recursos e ambiente, com ausência de sentido e a crença no primado da tecnologia sobre a natureza e o Homem, o planeamento do território constitui uma resposta a esta situação.

O

planeamento do território não constitui certamente uma panaceia para todos os males do território, nem tem como objetivo adivinhar e/ou mesmo desenhar o futuro, como muitas vezes é entendido. Contudo, toca em partes importantes da vida de todos nós, permitindo clarificar caminhos de ação para o território de forma integrada e racional, estabelecer objetivos e prioridades e minimizar a aleatoriedade e discricionariedade da decisão. Nesse sentido, e porque a sua prática em bom rigor implica a participação de um vasto leque de atores locais e stakeholders, materializando os princípios da parceria, corresponsabilização e cocriação, como é entendido, o planeamento está no cerne e é reflexo de uma sociedade democrática. Define-se

10 OUTUBRO 2013 P & C

pois como uma condição do desenvolvimento [sustentável], para o qual, no âmbito nacional, o Plano Diretor Municipal (PDM) enquanto plano municipal de ordenamento do território (PMOT) concorre como instrumento fundamental à escala local. Instrumento de desenvolvimento Assim, enquanto instrumento de planeamento o PDM consubstancia-se em última análise, na sua essência e alcance, como um instrumento de desenvolvimento. É pois importante clarificar, em defesa da boa prática de planeamento, que os PDM não são (nunca foram) planos urbanísticos, como se ousa confundi-los redutora e incorretamente,


P L A N E A M E N TO

mesmo no seio de equipas que os elaboram. A razão desta confusão residirá, porventura, no legado deixado, cumulativamente, pela forma como foram elaborados os PDM de 1.ª geração, focalizados na delimitação de perímetros urbanos (onde se pode construir?), e os fins que foram utilizados (licenciamento), certamente associados ao paradigma de desenvolvimento ultrapassado centrado na construção e imobiliário. Não se exclui com isto a importância desses conteúdos materiais no PDM, mas são apenas uma parte do complexo universo destes planos, inevitavelmente interrelacionados com outros fenómenos que ocorrem no território. Essenciais ao desenvolvimento Com efeito, o conteúdo técnico e científico e alcance de um PDM extravasa o âmbito “urbanístico”, não constituindo por isso um “plano urbanístico”, nem deve ser confundido com esses. Desde logo pela escala e caráter multisetorial, integrador, sistémico e holístico da abordagem que deverá presidir a sua elaboração, procurando apreender a inter-relação dos diversos fenómenos que ocorrem no espaço (o território de um concelho) nas suas múltiplas dimensões – incluindo a urbanística, mas também a física, ambiental, demográfica,

socioeconómica, patrimonial, modo de governo local, etc.. Mais, constitui a sede por excelência de uma reflexão sobre o estado de ordenamento e desenvolvimento de um concelho e integra (deverá integrar) a concretização e clarificação de uma estratégia e modelo de desenvolvimento suportados por uma visão prospetiva, fundamentais para a definição do regime de uso do solo. Além do mais, um PDM, não sendo um “plano urbanístico”, cuja iniciativa é maioritariamente de iniciativa privada, deverá estar comprometido com a sua execução “multisetorial”, pelo que além da vertente estratégica e regulamentadora, compreende (deverá compreender) orientações, projetos e ações concretos que o operacionalizem no sentido da visão, o que em parte deverá ser assegurado acautelado durante a elaboração. O planeamento do território e os PDM, enquanto instrumento daquele, são pois fundamentais para o desenvolvimento do território. l

Ricardo José C.Tomé Licenciado em Geografia e Planeamento Regional, Variante Geografia Física (FL/UL) Mestre em Ordenamento do Território e Planeamento Ambiental (FCT/UNL) Técnico e Consultor em Planeamento, Ordenamento e Desenvolvimento do Território, Cartografia, SIG e Riscos Naturais Sócio Gerente e Diretor Técnico da Empresa RT Geo, Planeamento e Ordenamento do Território, Unipessoal Lda.

P & C OUTUBRO 2013 11


FEIRAS

A união faz a força BATIMAT, INTERCLIMA+ELEC e IDEO BAIN, 3 salões guias da construção, reunidos no parque das exposições de Paris Nord Villepinte entre os dias 4 e 8 de novembro de 2013, para apresentarem um evento único no mundo não só pelo tamanho como pela variedade no universo da construção e da arquitetura.

T

odas as profissões, fileiras, técnicas e soluções estarão reunidas, numa só plataforma para dar forma ao 1º encontro mundial da construção e da arquitetura. Mais de 3 000 expositores e 400 000 visitantes profissionais, 20% dos quais estrangeiros e 1/3 de prescritores ou empresários são esperados. Este encontro responde ao pedido dos industriais, que desejam estar a par da revolução que se está a dar no setor da construção e da arquitetura.

Uma união em sintonia com a mutação do setor O mundo da construção atravessa uma profunda transformação. Há já alguns anos, que a França e a Europa põem em prática políticas de incentivo para reduzir a fatura energética. Um dos grandes eixos de melhoramento é a diminuição do consumo de energia dos edifícios a qual pesa cerca de 40% do consumo total. Esta procura de eficiência energética dos edifícios passa por uma construção nova e eficiente em termos de isolação, de conceção, de materiais e de sistemas de gestão, e sobretudo pela renovação dos edifícios já existentes. Através da sua principal fonte de economia de energia, o setor da construção tornou-se num estaleiro prioritário e estratégico da transição energética. Novas alavancas do crescimento, o baixo consumo a gestão ativa de energia e a renovação térmica vêm transformar a paisagem, levando a uma verdadeira revolução em termos de produtos inovadores e sobretudo em novas formas de trabalhar. A colaboração e a formação de todas as profissões é imprescindível. A realização conjunta destes 3 salões permite, pela 1ª vez uma abordagem global da profissão para os profissionais da construção: sob um mesmo teto, todas as competências, inovações, soluções e materiais reúnem-se em torno dos mesmos desafios. Durante uma semana, Paris, será a capital da construção e da arquitetura, para todos os profissionais. l 12 OUTUBRO 2013 P & C

Expositores portugueses A CIMENTEIRA DO LOURO AIREMARMORES EXTRACÇAO DE MARMORES LDA. ALCIDES DE SA PINTO CASTRO LDA ALUALPHA FABRICO E COMERCIALIZACAO ANICOLOR ALUMINIOS LDA AUGUSTO GONCALVES MOREIRA & IRMAO, S.A BARREIRINHAS ARTEFACTOS EM CIMENTO LDA BRAMOLDE LDA CARMO S.A CMG PORTUGAL - FRAZAO - ROCHAS SA COOL HAVEN - HABITACOES MODULARES CORDEIRO, LDA DARIO HONORIO - CAIXILHARIA PARA EUROFIRST FABRICA E COMERCIO DE TAMPAS EUROFOAM, LDA FABISTONE FLEXIDOOR - PORTOES SECCIONADOS GOSIMAT - COMMERCIO E INDUSTRIA DE HUGO FERNANDES - PORTAS E AUTOMATISMOS , LUSOROCHAS ROCHAS ORNAMENTAIS LDA MANUFACTURAS DE CIMENTO MACEL MARMOFELIZARDO LDA MARMOGUIA-MARMORES E CANTARIAS, LDA MARMORES DO POCO BRAVO LDA. PERCIMENTOS LDA PERFISA FABRICA DE PERFIS METALICOS SA PERVEDANT PERFIS E VEDANTES LDA POLIBOX - INDUSTRIA DE POLIESTIRENOS LDA POLISMAR PLASTICOS INDUSTRIAIS,LDA PORTA XXI SA SILDOOR-INDUSTRIA DE MOVEIS S.A SOFIMA LDA SOSOARES SOTRATEL-ENTREPRISE DE TRAVAIL TECNO-PAN LDA VALCO SA - MADEIRAS E DERIVADOS SA Listagem Junho 2013



MARKETING

Fazer mais com menos nas Vendas e Marketing Uma feira é um ambiente de trabalho, por isso há que trabalhar para ter resultados. E basta pouco para conseguir melhores resultados com menos esforço.

U

ma feira é um ponto de encontro por excelência de vendedores e compradores de um determinado setor. A perspetiva de uma elevada afluência de visitantes qualificados – que vêm porque sabem o que querem e sabem que o podem encontrar - leva muitas empresas a incluir a participação numa feira no seu plano de marketing. Os objetivos são variados: fazer negócios, posicionar a marca, construir notoriedade, melhorar a difusão da marca, afirmar uma posição no mercado, entre outros. Ter um stand numa feira envolve custos elevados: há que pagar o aluguer do espaço, o desenho do 14 OUTUBRO 2013 P & C

stand, a montagem do mesmo, os transportes dos produtos para exposição, catálogos e brindes, catering, os custos de alojamento e alimentação do pessoal, etc.. Uma opção é não estar presente e não os ter, mas muitas vezes uma ausência pode custar mais que uma presença. A outra opção é rentabilizar o melhor possível a presença da empresa na feira. A presença na feira deve ser preparada com antecedência e numa perspetiva temporal tripartida: antes, durante e depois da feira. Algumas questões que deverão estar respondidas são as seguintes: • Qual o volume de vendas que terá de gerar a feira para rentabilizar a presença? Os diversos participantes estão informados desses valores, como sendo o objetivo global? • Os visitantes vão estar informados que estarão e onde estarão na feira? Houve publicidade na imprensa do setor, enviaram-se convites a Clientes, distribuiu-se informação aos vende dores, colocou-se no site da internet e foi dada essa informação a quem contacta com os Clientes no escritório? • Foram criadas campanhas ou promoções espe ciais a vigorar durante o período da feira, para quem procura as oportunidades? • Há alguma ação planeada para atrair visitantes ao seu stand, que seja distintiva e apelativa, enquanto circulam na feira? • A equipa de apoio ao stand (vendedores e pessoal de apoio) está formada e preparada para gerir as visitas ao stand, evitando que fa çam “como sempre fizeram”? • Definiram-se objetivos de contactos a realizar na feira para cada um dos vendedores? Esses objetivos são entre 5 a 10 vezes o objetivo que estes teriam de fazer diariamente? Definiram-se objetivos de aberturas de propostas e de con clusão de negócios durante a feira? • Existe um incentivo para o vendedor que re gistar mais contactos, para o que abrir mais propostas e o que fechar mais negócios?


MARKETING

• Está assegurada uma forma de registar todos os contactos que chegam ao stand, sejam através dos vendedores, sejam pedidos de in formações? • Está assegurada a passagem dos contactos para uma base de dados central na qual possa posteriormente fazer um acompanhamento dos contactos surgidos na feira? Haverá um controlo da realização do acompanhamento dos contactos? Quantas mais perguntas tiverem a resposta Sim, mais eficaz será a presença na feira. Mais visitantes

Pub.

no stand, maior número de contactos com origem na feira, mais propostas e mais negócios realizados significam que o investimento inicial – que como vimos não é pouco – terá maior retorno. Uma feira é um ambiente de trabalho, por isso há que trabalhar para ter resultados. E como vemos, basta pouco para conseguir melhores resultados com menos esforço. Bons negócios! l Tiago Almeida Silva Marketeer


M ÁQ U I N A S & E Q U I PA M E N TO S

Parceira da STET/CAT

A PaulosAuto comemorou os 25 anos de vida No último número, vimos que aumentar a produtividade das Vendas é uma meta com muitos caminhos para lá chegar. Efetivamente, aumentar a venda média depende muito da carteira de Clientes que se tem e aquela que se quer ter.

N

o passado dia 14 de setembro a PaulosAuto celebrou 25 anos e para comemoração juntou num evento cerca de 500 pessoas entre colaboradores, clientes e amigos. O evento procurou ser um encontro com os clientes, colaboradores e parceiros, que ao longo dos anos fizeram crescer e consolidar a nossa empresa, segundo Rui Paulo um dos homens fortes da empresa que acrescentou que “desta forma, pretendeu-se dar um reconhecimento a todos”. De entre os Parceiros a STET (importador nacional da Caterpillar) e a própria CAT abraçaram e apoiaram, também em parceria, a iniciativa. Assim, aproveitou-se também para divulgar equipamentos da Caterpillar, uma marca de referência reconhecida como líder mundial, aos restantes parceiros e clientes. A PaulosAuto é o representante para os distritos de Viseu e Guarda das prestigiadas marcas Caterpillar (equipamentos de movimentação de terras), Mitsubishi (equipamentos de movimentação de cargas de interior e de armazém) e Kaeser (compressores diesel e elétricos), que foram exibidas durante este evento. As instalações da empresa ocupam uma área total de 13.500 m2 dos quais 7.500 são área de exposição e cerca de 2.500 m2 oficinas e armazém de peças. Atualmente a PaulosAuto conta com 36 trabalhadores. É com satisfação que Rui Paulo afirma: -“Apesar do clima politico e económico que atravessamos, apostámos em levar a cabo a realização deste evento, no sentido de darmos um contributo para um certo ânimo a este setor de atividade. Na PaulosAuto, tivemos a noção que partir de 2006 começou a sentir-se a crise no setor, em parte, por causa do abrandamento das grandes obras a nível nacional e da falta de solvência das câmaras municipais. Por outro lado, o crédito dos bancos começou a ser mais restrito, o que dificultou a aquisição de equipamentos pela maior parte das empresas.” Sem temer os tempos que se avizinham, a estratégia futura da empresa passará pela consolidação das suas operações junto dos atuais parceiros, bem como a promoção da empresa em setores específicos/nichos.

16 OUTUBRO 2013 P & C

A memória de Germano Paulo Germano Paulo foi o fundador da PaulosAuto, infelizmente já falecido, teve o papel central no crescimento e consolidação desta empresa. Toda a equipa, familiares e amigos que com ele trabalharam fizeram-lhe uma sentida homenagem durante o evento lembrando a grande visão de futuro que este Homem tinha e conseguiu transmitir às pessoas que com ele colaboraram. l



R E V E S T I M E N TO S

Cerâmica para os sentidos A Recer já revelou a todos os profissionais da decoração, design, arquitetura e construção as mais recentes soluções, criadas dentro do espírito Ceramic for the Senses, e as novas tendências de pavimentos e revestimentos cerâmicos.

A

s novas coleções da Recer vêm desafiar a decoração, motivando-a a ser mais atual, jovem e sem restrições, num constante e intuitivo desafio à imaginação. A fusão de estilos e materiais marcam hoje a decoração, deixando a inovação e originalidade tornar as casas e outros edifícios, cada vez mais personalizados e repletos de estilo. A decoração torna-se num apelo aos sentidos e também a cerâmica os toca, sendo verdadeiramente Ceramic for the Senses. REVIVAL, BOHÈME e TWENTIES, criamos peças inspiradas nas cores e geometrias, que nos levam até ao início do século passado, ao auge dos pavimentos e revestimentos hidráulicos. Exploramos as possibilidades de criar padrões, com a certeza de obter um conjunto de produtos diversificados e visualmente ricos, que combinam diferentes esquemas geométricos, linguagens estéticas, memórias e modernidade. MAISON, a essência e o charme natural de um cotto, numa peça cerâmica criada para potenciar um máximo de luz, revelar espaços e despertar as emoções da casa. VOLTAGE, testemunho de evolução técnica e estética. O sentir contemporâneo da peça cerâmica, pensada para responder de modo decisivo às múltiplas exigências de cada projeto, em pavimento ou revestimento. Com dois tipos de acabamento, polido e soft, permite criar elegantes e luminosos espaços residenciais ou espaços públicos dinâmicos e diferenciadores.

18 OUTUBRO 2013 P & C

EVERLANE, é este o nosso tempo. Tempo de descobrir, reinventar e mostrar o porquê de cada peça e de cada coleção ser única. Nesta coleção, partimos da inspiração minimalista dos anos 60 e criamos superfícies facilmente adaptadas a todos os estilos de arquitetura ou decoração. l



ENGENHARIA

Ações sísmicas em cortinas de contenção ancoradas pelos critérios do ec7 e do ec8

A

s estruturas de contenção, normalmente sub-divididas em estruturas autoportantes (muros de gabiões, muros de betão armado funcionando como consolas verticais ou dotados de contrafortes, etc.) e estruturas ancoradas (paredes moldadas no solo, paredes do tipo “Berlim Definitivo”, cortinas de estacaspranchas, etc.), devem ser dimensionadas para as ações sísmicas. Na presente comunicação é referida a forma de considerar a ação sísmica de acordo com as recomendações dos Eurocódigos estruturais, nomeadamente os EC7 e EC8, bem como as das correspondentes normas portuguesas: respetivamente a NP EN 1997-1 2010 e a NP EN 1998-5 2010. Estas funcionam como Documento Nacional de Aplicação dos Eurocódigos Europeus, dado que as características sísmicas do nosso país são diferentes das de outros países do espaço da União Europeia.

Critérios dos eurocódigos De acordo com o Eurocódigo 8 - Parte 5 e a correspondente Norma Portuguesa NP EN 1998-5 2010, as ações dinâmicas atuando sobre estruturas de contenção de terras devem ser quantificadas de acordo com o método de Mononobe-Okabe, o qual conduz a boas aproximações com a realidade. Do parágrafo 7.3.2.2. do referido Eurocódigo, o coeficiente sísmico horizontal será: kh= agR . γi.

S g.r

(1)

em que, para cortinas ancoradas, dada a sua relativa flexibilidade, se considera r = 1,0.

Quadro

Ação Sísmica Tipo 1

Zona Sísmica 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6

20 OUTUBRO 2013 P & C

ag = agR . γi

agR (m/s2) 2,50 2,00 1,70 1,10 0,80 ----

(2)

Os restantes parâmetros da equação (1) são fornecidos pela referida NP EN 1988-5 2010, a qual considera os seguintes valores da aceleração máxima de referência agR para as várias zonas sísmicas e para os dois tipos de ação sísmica a considerar (Ver Quadro). Sendo que o Tipo 1 significa um sismo de magnitude moderada com uma curta distância focal e, o Tipo 2, um sismo de maior magnitude com uma maior distância focal. Por outro lado tem-se: S = Smax - Smax - 1 . (ag - 1) 3

(3)

São considerados cinco tipos de terreno (A, B, C, D e E) em que o Tipo A corresponde a rocha e os restantes tipos referem-se a solos sucessivamente menos compactos. Por exemplo, para um solo do Tipo C (Depósitos profundos de areia densa ou medianamente densa, de gravilha ou de argila de rigidez média com uma espessura entre várias dezenas e muitas centenas de metros) virá Smax = 1,6. Para a ação sísmica do Tipo 1 na zona sísmica 1.1 tem-se, por exemplo, para uma Estrutura de Classe de Importância II e para terreno do Tipo C: agR = 2,5 γi = 1,0 ag = 2,5. 1,0 = 2,5 S = 1,6 - 1,6 - 1 . (2,5 - 1) = 1,30 g = 10,0m/s2 3 donde, para contenções flexíveis, kh = 0,325. Por sua vez tem-se, considerando um valor nulo para o coeficiente sísmico vertical, ou seja kv = 0 : θ = ang tg kh = ang tg 0,325 = 18º

Ação Sísmica Tipo 2

agR (m/s2) Zona Sísmica 2,50 2.1 2,00 2.2 1,50 2.3 1,00 2.4 0,60 2.5 0,35 ----

Considera-se, ainda:

(4)

Para um terrapleno horizontal no tardoz da cortina vem β = 0 donde se conclui que: β<Ø–θ

(5)

em que Ø é o ângulo de atrito interno do solo no tardoz da cortina. Assim, de acordo com o método de Mononobe-Okabe o coeficiente de impulso ativo estático + dinâmico do solo será:


ENGENHARIA Ka(e+d)=

(6)

Em que : Ψ - ângulo da cortina com a horizontal δ – ângulo atrito solo-cortina (que em geral, para a ação sísmica, se considera δ = 0 ) Por sua vez, o coeficiente de impulso passivo estático + dinâmico do solo será: Kp(e+d) =

(7)

Para solos coesivos é importante saber como pode variar o valor da coesão quando ocorre um sismo. De acordo com resultados experimentais [Makdisi & Seed, 1978], a coesão diminui quando ocorre um sismo, considerando-se, habitualmente, que o valor da coesão sob as ações dinâmicas é da ordem de 80% do valor sob ações estáticas, o que é justificado por se presumir que as ligações de coesão entre as partículas de argilas e siltes possuem uma certa elasticidade possibilitando ligeiros deslocamentos oscilatórios repetidos dessas partículas, umas em relação às outras, sem que haja rotura das ligações [Tschebotarioff, 1978]. Esta prática está refletida na NP EN 1998-5 2010 onde se recomenda, quando se considera a ação sísmica, a adoção dum coeficiente de minoração de 1,25 para a coesão, o que equivale a considerar apenas 80% do seu valor sob as ações estáticas. Para além da ação dinâmica do solo sobre a estrutura de contenção é necessário considerar a ação sísmica sobre a massa dessa estrutura, que é dada por: (8) q´= kh x P em que: kh - coeficiente sísmico horizontal quantificado a partir da equação (1) P - peso próprio da estrutura de contenção /m2 É importante notar, de acordo com o EC8, que no caso de cortinas de contenção flexíveis com possibilidade de rotação na sua base, o que acontece frequentemente nas cortinas de paredes moldadas (a menos que tenham uma ficha de comprimento excessivo), o ponto de aplicação das ações estáticas + dinâmicas do solo deverá ser o mesmo da resultante das ações estáticas. No que se refere à ação sísmica sobre a massa da estrutura de contenção, esta terá uma resultante que se encontra localizada a meia altura da estrutura de contenção.

Conclusões Dum modo geral pode concluir-se que em estruturas de contenção flexíveis, quanto maior fôr a sua altura, mais a ação sísmica se torna condicionante no seu dimensionamento.

É o caso da obra a que se refere a publicação [Matos e Silva, 2004], que correspondeu à execução, em Coimbra, duma parede moldada ancorada, com 25 m de altura máxima e dotada de quatro níveis de ancoragens pré-esforçadas (Ver Foto n.º 1). Essa cortina destinava-se a conter a escavação necessária à implantação dos pisos de estacionamento subterrâneo de um centro comercial adjacente ao Estádio Municipal. Nos cálculos da respetiva fase de anteprojeto foi aplicado o método indicado em [Matos e Silva, 2000] e constatou-se que a “ficha”, inicialmente prevista para a cortina (“ficha” essa que tinha um comprimento adequado para resistir às ações estáticas) era insuficiente para as ações estáticas + dinâmicas pelo que, para atender a estas ações, a “ficha” teve de ser prolongada. Os valores de esforços e deslocamentos, obtidos para o cálculo para as ações estáticas + dinâmicas, revelaram neste exemplo um incremento nalguns casos superior a 40% em relação aos valores obtidos no cálculo estático. Embora a probabilidade de ocorrência dum sismo, durante a fase de escavação geral ao abrigo duma cortina ancorada, seja pequena, dado o curto período de tempo em que essa escavação decorre, é imperativo que fatores exógenos não prolonguem demasiadamente esse período de modo a que a probabilidade de ocorrência dum sismo aumente. É, por exemplo, o caso duma situação de embargo duma escavação decretada por um Tribunal ou por uma Polícia Municipal, que pode fazer com que essa escavação, executada ao abrigo duma parede moldada, fique parada por um período de tempo indeterminado. l Engº José Matos e Silva Especialista em Geotecnia, Estruturas e Direção e Gestão da Construção, pela O.E.

Referências Bibliograficas - Makdisi, F. & Seed, H., Simplified Procedure of Estimating Dam and Embankment Earthquake-Induced Deformations. Journal of the Geotechnical Engineering Division, July 1978. - Tschebotarioff, G.P., Fundações, Estruturas de Arrimo e Obras de Terra. Editora McGraw-Hill do Brasil, Ltda., 1978. - Matos e Silva, J., Um Exemplo Significativo de Utilização de Paredes Moldadas Ancoradas - O Euro Stadium. 9.º Congresso Nacional de Geotecnia, abril de 2004, Aveiro. - Matos e Silva, J., Método Simplificado de Dimensionamento de Paredes Moldadas Ancoradas. Revista Portuguesa de Engenharia de Estruturas, n.º 47, março de 2000, Lisboa. P & C OUTUBRO 2013 21


O P I N I ÃO

António Bravo

Batimat 2013 Estamos em crer que a edição deste ano da Batimat, uma Batimat renovada, alargada e realizada em local muito mais condizente com o seu prestígio crescente, constituirá sem dúvida um pólo de atracção e reunião do “Quem é Quem” da construção

D

e quatro a oito de Novembro decorre em Paris, no Parque de Exposições Paris Nord Villepinte, a edição 2013 da Batimat, uma das maiores senão a maior feira dedicada à fileira da construção em todas as suas vertentes. O espaço estará dividido em diversas secções a saber: estruturas, carpintaria, acabamentos, material e ferramentas, durabilidade dos edifícios, informática, serviços empresariais, arquitectura, decoração do lar, máquinas para construção e materiais de construção. O certame que será realizado simultaneamente com os salões especializados Interclima e Idéo Bain, contará com cerca de 3500 expositores e são esperados mais de 400.000 visitantes oriundos de todo o mundo mas sobretudo de Espanha, Portugal, Bélgica, Itália, Alemanha, Suíça, Marrocos, Argélia, Tunísia e Brasil. Estima-se que só estes dez países contribuam com 45% do total de visitantes. Paralelamente à exposição terão lugar o Congresso “Architecture & Cities” que acolherá mais de 30 comunicações de arquitectos de renome internacional, o espaço “Batimat in Situ” que apresentará a escolha de materiais e soluções construtivas dos grandes arquitectos e ainda a operação “Batimat Off” que proporcionará visitas em Paris e Île de France para a mostra de edifícios considerados exemplares, nomeadamente em termos de construção de longa duração. A organização criou ainda uma exposição dentro da exposição, designada “Zoom” e

22 OUTUBRO 2013 P & C

dedicada aos pisos interiores e exteriores, paredes e tetos onde serão mostrados materiais e equipamentos inovadores. E já que falamos em inovação é também de referir a criação na edição 2013 de um “Prémio Internacional de Inovação” destinado a galardoar a melhor inovação estrangeira apresentada no certame. Por tudo isto estamos em crer que a edição deste ano da Batimat, uma Batimat renovada, alargada e realizada em local muito mais condizente com o seu prestígio crescente, constituirá sem dúvida um pólo de atracção e reunião do “Quem é Quem” da construção. Da sua realização e de tudo o que lá nos for dado ver, daremos conta no próximo número da P&C. l

António Bravo escreve de acordo com a antiga ortografia




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.