puxe aqui!
sonho?
puxe aqui!
Qual é o seu Parte integrante da revista por exemplo. Não pode ser vendida separadamente. 01 set / out 2011 realização:
VOCÊ PODE ALCANÇAR O QUE PARECE IMPOSSÍVEL. DESCUBRA HISTÓRIAS DE CRIANÇAS QUE CONSEGUIRAM E APRENDA COMO CHEGAR LÁ TAMBÉM
2
diretora editorial Roberta Faria diretor executivo Rodrigo Pipponzi Diretora de criação Claudia Inoue
editora-chefe Roberta Faria Editor Dilson Branco Repórteres Karina Sérgio Gomes, Jaqueline Li, Jéssica Martineli Estagiários de texto Juliana Dias e Rafaela Carvalho Diretora de arte Claudia Inoue Editores de arte Fabio Otubo e Eduardo Bessa Estagiário de arte Anderson Borges Coordenação de Produção e imagem Mica Toméo Produção e imagem Claudine Luz Estagiária de fotografia Carina Barros apoio na redação Amanda Miyuki, Ana Karla Rodrigues, Jaqueline Moribe, Juliane Albuquerque, Luana Almeida, Mariana Bolzani, Olivia Ferraz, Rita Loiola, Romy Aikawa e Tissiane Vicentin colaboradores Ana Luísa Vieira e Flávio Carneiro (texto), Juliana Mota (design), Felipe Gressler e Carolina Lopes (tratamento de imagem), Priscila Pacheco (produção), Júlio Yamamoto, Marina de Souza (revisão) projetos Especiais Nina Weingrill (coordenação), Beatriz Torres, Jonatas Bazolli e Valéria Hevia atendimento editorial Thiago Yamabuchi e Sheila Machado atendimento ao leitor Elaine Duarte recursos humanos Carolina Franco captação de patrocínio Amanda Rahra (amanda@editoramol.com.br) Fale com a gente: contato@revistaporexemplo.com.br | (11) 3024-2444 Rua Andrade Fernandes, 303, loft 3 São Paulo/SP - CEP 05449-050 www.revistaporexemplo.com.br Distribuição: Rede Extra
tiragem À venda: 275 870 exemplares
A revista POR EXEMPLO para crianças, edição 01, ano 1, é parte integrante da revista POR EXEMPLO - TODO MUNDO PODE APRENDER. TODO MUNDO PODE ENSINAR, edição 01, ano 1, publicada a cada 45 dias pela Editora MOL Ltda. e vendida nas lojas da Rede Extra nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal. O valor pago pelo preço de capa é, descontados os devidos impostos, 100% doado a organizações não governamentais que realizam projetos em prol da educação de qualidade no Brasil. apoio:
Tudo que a gente aprende começa com um exemplo. Foi vendo os adultos que você aprendeu a andar, a falar e a se comportar à mesa. É seguindo seus amigos mais experientes que você descobre como andar de bicicleta e fazer bola de chiclete. Dos seus ídolos, você imita o jeito de dançar ou comemorar um gol. Até os maus exemplos ensinam: você vê alguém fazendo uma besteira e logo entende que aquilo não é legal. Esta é uma revista sobre um tipo especial de exemplo: os bons exemplos. Aqueles que são tão legais que fazem a gente pensar: “Ei, eu também quero fazer isso!”. Ela conta histórias de crianças e jovens como você, que fazem coisas incríveis. E elas vão nos dizer como conseguiram isso, para ajudar você a também realizar seus sonhos. E outra coisa legal é que esta revista é de graça. Ela vem de brinde com outra revista, feita para os adultos. Essa outra POR EXEMPLO, a dos grandes, custa pouco, e todo o dinheiro que se paga por ela é doado para ajudar a melhorar as escolas públicas do Brasil. Legal, né? Você aprende coisas bacanas e ainda ajuda outras crianças a aprender. Se você curtir a revista, conte pra nós (veja nossos contatos ao lado, em “Fale com a gente”). Se achar ruim, diga também. Queremos saber o que você acha, para fazer do jeito que você gosta. Valeu! Roberta e toda a turma da POR EXEMPLO
impressão: Gráfica Plural
POR EXEMPLO - TODO MUNDO PODE APRENDER. TODO MUNDO PODE ENSINAR é impressa em papel LWC 70g
realização:
Olha o que eu sei fazer!
patrocínio:
ILUSTRAÇão de capa e editorial: Lucas Leite agradecimentos: Como se vive em... Organização Educacional Nippaku, (11) 5081-6875 Eu Consegui Colégio Antoine de Saint Exupéry, (11) 3936-2980. Escola de Futebol do Santos F.C., unidade Ribeirão Preto (SP), (16) 3234-3257.
Como se faz uma revista: O lugar onde a gente trabalha se chama Redação. Saiba quem faz o que para criar a POR EXEMPLO: 1. Editor: É quem escolhe os assuntos que vão entrar na revista. Ele é meio que a mãe de todos e corrige o que é feito. 2. Repórter: É quem procura as histórias mais legais. Depois, faz as entrevistas e escreve os textos. 3. Fotógrafo e ilustrador: O fotógrafo tira os retratos das pessoas, e o ilustrador faz os desenhos que saem nas páginas.
3
4
2
4. Designer: É quem faz a “cara” da revista. Escolhe as letras, as cores, como vão ser os desenhos e as fotos de todas as páginas. É o nosso artista!
5
1
5. Produção: É o pessoal que consegue achar as coisas de que precisa para fazer a revista. Desde um fotógrafo em um lugar bem longe até um chapéu estranho.
por Exemplo
3
Guilherme GOmes Fotografou
Amigos de verdade
Amigos que
Juntos na aventura O que eu mais gosto de fazer com os meus amigos é brincar de pegapega, esconde-esconde e andar de bicicleta. O dia em que mais nos divertimos foi quando inventamos de jogar queimada com os pés, como se fosse futebol. E o dia mais triste foi quando me despedi do meu melhor amigo, porque eu mudei de cidade. Nos abraçamos e ele disse que ia sentir muita saudade de mim. Chorei bastante, porque sabia que também ia sentir falta das nossas aventuras. João Brasil, 9 anos, de Cuiabá
ensinam Pra todas as horas
1, 2, 3 indiozinhos Com meus amigos, eu aprendi a brincar de bola, de boneca e a jogar ioiô. Também foram eles que me ensinaram algumas tradições da minha tribo, que se chama Tupé e fica nas margens do Rio Negro, na Amazônia. Meus amigos me mostraram os passos e gestos de nossas danças, que todos aprendemos e são herança das gerações anteriores. Milena Vaz, 8 anos, de Manaus. É ela na foto ao lado
Rafaela Carvalho Fotografou
Para brincar, trocar segredos, fazer bagunça: amigos são pra toda hora. Com eles, a gente se sente mais feliz, tem mais coragem e sabe que, se a coisa apertar, vai ter ajuda. Perguntamos a várias crianças: “O que você já aprendeu sobre amizade?”. E elas nos contaram que, com amigos, a gente aprende muito e faz os dias ficarem bem melhores. Afinal, a vida é mais divertida quando é feita junto. Você não acha?
Amigo de verdade é aquele que nos ajuda quando precisamos. Uma vez, estava brincando na casa de um amigo e quebrei a lâmpada. Não achei justo e dei uma nova para ele. Também já aconteceu de ele brincar com a minha bola e ela furar. Aí ele me deu uma outra. É uma troca. Espero que os meus amigos não se mudem. Sem eles, a vida fica sem graça, não tem nada pra fazer. Edson Kazuo Moribe, 11 anos, de São Paulo
Eu estava brincando no pátio, no recreio, e caí no chão. Todos os meus colegas ficaram me olhando, assustados, mas as minhas melhores amigas foram correndo me apoiar, até a professora chegar. Eu aprendi que colegas são pessoas que conhecemos e gostamos, e amigos são pessoas que amamos. Isabela Mello, 11 anos, de São Paulo. É ela na foto ao lado, de vermelho, com suas amigas Ana Luiza (na ponta) e Jade (no meio)
4
Profissão: perigo flávio carneiro escreveu
Você Já pensou em ser aquela pessoa que todo mundo chama quando está morrendo de medo, precisando ser salvo? Se esse é o seu sonho, então a profissão certa para você seguir é a de bombeiro. “O bombeiro é o profissional que entra onde todos estão saindo. Que corre na direção do perigo, e não foge dele. É preciso estar preparado!”, explica o cabo Claudio Alves, do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro (veja mais sobre ele no quadro da página ao lado!). Muita gente pensa que o trabalho dos bombeiros é só apagar fogo. Mas eles também salvam vítimas de acidentes de trânsito, afogamentos, enchentes e deslizamentos. O horário de trabalho é intenso: são 24 horas, direto, sem dormir (depois, para compensar, eles descansam por dois dias). Enquanto não estão salvando vidas, eles treinam resgates e fazem exercícios para manter a forma. Para se tornar um desses heróis, você pode fazer uma faculdade, que dura quatro anos, na Academia de Bombeiro Militar. Veja ao lado mais sobre essa profissão, que não é para qualquer um!
Uniforme de herói
Pedro Melo desenhou
A roupa dos bombeiros aguenta até 300 graus. E todos os acessórios são feitos especialmente para suportar as piores condições. Confira!
A máscara dourada reflete a luz, protegendo os olhos e o rosto do fogo. O capacete é resistente a choques
Assim que ouve a sirene, se está no andar de cima do quartel, o bombeiro não perde tempo: em vez de usar as escadas, desce deslizando pelo mastro
As luvas são feitas de fibras de paraaramida, material que, apesar de flexível, é cinco vezes mais forte do que o aço!
Faixas que refletem a luz costuradas à roupa permitem que o bombeiro seja visto mesmo na fumaça
As botas têm palmilha e biqueira de aço. E o solado é antiderrapante
Quando a sala de controle recebe uma chamada, é acionada uma sirene para avisar todo o batalhão. Os bombeiros têm 60 segundos para deixar o quartel
Eles já começaram a treinar
Para ch a os bom mar beiros, ligue p ara
193!
Veja o que dizem um menino e uma menina que entraram num curso de bombeiro mirim “Toda vez que vejo os bombeiros na TV, fico imaginando que, daqui a alguns anos, será a minha vez. Esse é o meu maior sonho! No ano passado, fiz um curso de bombeiro mirim. As aulas eram nos fins de semana. Aprendi que não podemos soltar pipas perto da rede elétrica nem mexer no fogão sem um adulto por perto, entre outras coisas.” Erick
“Quem disse que isso é coisa só de garotos? Eu estou estudando para ser bombeira! E ainda fui eleita a monitora da sala. O que aprendo nas aulas já estou colocando em prática. Além de salvar vidas, os bombeiros também têm de cuidar do meio ambiente, por exemplo. Lá em casa, todo mundo já aprendeu a reciclar o lixo!” Camila Paula Siqueira,
Amorim, 11 anos, de São Paulo.
14 anos, de Rio do Janeiro. Você também quer fazer um curso assim? Pergunte ao Corpo de Bombeiros da sua cidade!
Para salvamentos em alto-mar, existem os mergulhadores, que usam tanque de oxigênio e pés de pato
Uma das especialidades dos bombeiros é a função de salva-vidas, que evita afogamentos nas praias
por Exemplo
5
“Meu salvamento inesquecível” Um carro bateu em outro e depois em um poste, que caiu por cima dele. Lá dentro estavam pai e filho, desmaiados. E a mãe chorando do lado de fora. O bombeiro Claudio Antonio Alves, do Rio de Janeiro, foi chamado e resgatou os dois com vida. “Em 14 anos de trabalho, esse salvamento, realizado em 1998, foi o mais inesquecível”, ele diz. Veja as qualidades que um bombeiro precisa ter, segundo Claudio: • Coragem para arriscar a própria vida • Controle sobre o nervosismo • Paixão por salvar os outros A escada, batizada de “auto plataforma”, chega a até 54 metros de altura – o mesmo que um prédio de 18 andares
Se a vítima está no alto de um prédio, é preciso usar cordas e outros acessórios de escalada
Para encontrar pessoas entre escombros, como nos terremotos, os bombeiros contam com a ajuda de cães farejadores Chamado de “autobomba”, o caminhão utilizado para apagar incêndios armazena até 5 mil litros de água – é uma piscina ambulante!
O que você quer ser quando crescer?
Conte pra gente! Veja nossos contatos na página 2.
6
Um dia em
japonês Tudo começou há 103 anos, quando os primeiros japoneses chegaram ao Brasil. Foi uma longa viagem, que começou no outro lado do mundo, onde fica esse pequeno país. Na época, não havia comida nem trabalho para todos no Japão. Então, algumas famílias resolveram mudar para cá. Depois, muitos outros viriam. Hoje, vive aqui mais de 1 milhão e meio de japoneses. É o que se chama de colônia. Apesar de terem se dado bem com o Brasil, muitas famílias mantêm os costumes da sua antiga terra. É o caso de Júlia Aiko Massuda, de 8 anos, que é bisneta de japoneses e vive na cidade de São Paulo. Ela assiste a programas de TV como o show de calouros Nodojiman, escuta músicas que são sucesso lá longe, como as do grupo Ikimono Gakari, e brinca de shogi, um tipo de xadrez. Além disso, estuda numa escola japonesa. Passamos um dia lá para ver como é. Olha só quanta coisa curiosa!
Jaqueline LI escreveu Guilherme GOmes Fotografou
Júlia sabe fazer cerca de 15 tipos de origami, as dobraduras de papel que imitam bichos e objetos. Esse que ela tem na mão é o tsuru, uma garça. Os japoneses acreditam que quem dobrar mil tsurus terá um pedido realizado. O site http:// en.origami-club.com ensina a fazer vários modelos.
Antes e depois das refeições, os japoneses agradecem pela comida. Eles juntam as mãos como em uma oração para fazer a energia fluir, enquanto dizem Itadakimasu!, que significa “Vou me servir e agradeço por essa refeição”. Quando acabam, eles falam: Gotisousama deshita!, que significa algo como “Estava muito gostoso, estou satisfeito!”.
De manhã, as crianças cantam os hinos do Brasil e do Japão. Depois, fazem a Radio Taiso, uma ginástica guiada por uma gravação. Assista nesse vídeo como funciona: http://bit.ly/ pwHe2B
Todas as manhãs, Júlia tem aula de japonês. Ela faz exercícios de conversação e caligrafia. Uma das atividades que servem para aprender palavras novas e treinar a escrita são as cruzadinhas... em japonês!
Para aprender matemática, Júlia tem aula de soroban, o ábaco japonês. É uma espécie de calculadora, inventada há mais de mil anos. Ele tem várias colunas com pedrinhas, que representam unidades e dezenas.
Os japoneses têm três alfabetos. Um deles, chamado kanji, é formado por ideogramas, que são símbolos que representam palavras inteiras. Para aprender a escrever esses símbolos, Júlia tem aula de shodô, a caligrafia feita com pincéis e sumi (tinta nanquim). Aprenda um pouco a seguir!
Os professores são chamados de sensei. Quando chegam ou saem da sala, os alunos fazem o kiritsu (ou seja, ficam de pé) e os cumprimentam fazendo o rei, que é como se chama a reverência (quando juntam os braços na frente do corpo e abaixam a cabeça e o tronco para a frente).
No começo da aula, as crianças dizem Ohayougozaimasu, yoroshiku onegaishimasu! Isso significa algo como: “Bom dia, por favor me ajude, estamos ansiosos para aprender!”. No fim da aula, fala- se: Sensei arigatou gozaimashita! Sayonara! É o mesmo que: “Professora, obrigada pela lição aprendida. Tchau!”.
Mãe (haha)
PAI (chichi)
pessoa (hito)
casa (ie)
cachorro (inu)
dragão (tatsu)
8
Letrinhas
poderosas Quando você vê algo errado, o que você faz? Se só resmunga e continua incomodado, então está na hora de conhecer o abaixoassinado. Sabe que bicho é este? É um documento usado para dar a sua opinião e cobrar uma atitude. Você aponta o problema (por exemplo: “a rua está suja”), a sua proposta (como: “queremos mais lixeiras”) e escreve: “As pessoas abaixo assinadas concordam com isso”. E então sai por aí pedindo às pessoas que o assinem, colocando o nome e um número de documento (como o RG). Quanto mais assinaturas conseguir, melhor. Depois, você leva o abaixo-assinado para o responsável pelo assunto (no caso do lixo, é a prefeitura). E isso pode consertar as coisas que estão erradas! É o que provam as histórias a seguir, de crianças que mostram que juntos somos mais fortes.
Ana Luísa Vieira e juliana dias escreveram Estúdio Puhl Desenhou
Pelo direito de brincar! Júlia da Veiga, de 10 anos, mora em um prédio de Praia Grande, no Espírito Santo, sem área de lazer infantil. A mãe dela sugeriu: “Por que vocês não fazem um abaixo-assinado?”. A turma de 17 crianças do prédio topou. Primeiro, decidiram o que pedir: um salão de jogos. “Com totó, bonecas e mesinhas para os pequenos”, explica Júlia. Depois, bateram de porta em porta para colher as assinaturas. Daí, levaram o documento para a reunião do condomínio. Deu certo: o salão vai ser feito! “Agora, vamos pedir um parquinho!”, diz Júlia.
União animal! Sofia Sales, de 13 anos, decidiu que precisava fazer alguma coisa assim que soube que um condomínio seria construído ao redor do lago Orion, na cidade de Barueri, em São Paulo. “Aprendi sobre o manancial Orion na escola e vi que os primeiros prejudicados seriam os animais da região. E o meu cachorro, que adora passear por lá!”, explica. Daí surgiu a ideia de fazer o AbaixoAssinado das Patinhas: “assinado” por cachorros, gatos, papagaios e qualquer animal de estimação. Ela conseguiu 400 carimbadas de patinhas. O barulho foi tanto que a prefeitura proibiu a obra. “Quando crescer, vou ser ativista ambiental!”, já planeja Sofia.
Atividades fresquinhas Tudo começou numa aula de português, em que a professora ensinou a fazer um abaixo-assinado. Como lição, Thiago de Almeida, de 14 anos, pensou em pedir para cobrir e reformar a quadra da Escola Estadual Dom Bosco, onde estuda, em Cuiabá, a capital de Mato Grosso. “Bate muito sol e fica abafado por causa das queimadas na região”, explica ele. A turma topou, e eles saíram pelo colégio colhendo assinaturas. A diretoria também apoiou a ideia e conseguiu marcar um encontro na Secretaria de Educação. Thiago foi à reunião e saiu de lá com um compromisso do governo de reformar a quadra até 2014, realizando o sonho de centenas de alunos! Fonte: José Salvador Faro, professor de história da Umesp e da PUC -SP
Você já resolveu um problemão junto com seus amigos?
Conte pra gente! Veja nossos contatos na página 2.
10
ana luísa vieira e jéssica martineli escreveram Claudia Chissini Fotografou
Você Já ouviu falar que de grão em grão a galinha enche o papo? É verdade: juntando um pouquinho com outro pouquinho, a gente pode chegar a um muitão. E assim ajudar várias pessoas. Foi de moedinha em moedinha, por exemplo, que o garoto Felipe Ventura, de São Paulo, doou mais de 90 mil reais à Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Como ele, outros meninos e meninas também estão usando o superpoder da multiplicação para ajudar quem precisa. Conheça essas histórias e inspire-se a ser um herói você também!
O apresentador Silvio Santos falou na TV: “Faltam 3 milhões de reais para atingirmos a meta de doações para as crianças com deficiência”. Felipe Ventura, então com 7 anos, ouviu e correu para contar quanto tinha no seu cofrinho: 75 reais. Chamou seu pai e pediu para levá-lo à emissora de TV. Acabou aparecendo no palco, ao lado do Silvio. Nos anos seguintes, em vez de só poupar sozinho, o menino espalhou cofrinhos por outros lugares, como a loja dos pais e a casa dos avós. Desde então, já arrecadou 93 mil reais! “Quando criança, eu não tinha noção que chegaria a tanto”, conta Felipe, hoje com 20 anos. você também pode!
De moeda em moeda, você também pode ir longe como o Felipe. Em um cofrinho, coloque parte da sua mesada, o troco daquele doce que você comprou e peça a seus pais que ajudem também. Escolha bem qual causa você quer ajudar e, quando o porquinho estiver cheio, é só doar!
por Exemplo
Juntos, Isadorah e seus primos multiplicaram seus poderes!
11
Os primos Isadorah Ramos, de 12 anos, Otávio Moreira e Bhruno Borges, de 11 anos, da cidade de Vacaria, no Rio Grande do Sul, estavam brincando de jogo da verdade. Um deles recebeu o desafio de bater na casa do vizinho e pedir comida. Aí, os três decidiram ir juntos e recolher várias doações. Para divulgar o projeto, foram a uma rádio da cidade. Uma ouvinte, de um bairro pobre, ligou pedindo os alimentos. Dias antes do Natal, o trio apareceu lá com três caixas de comida. Neste ano, a ideia da turminha é fazer algo parecido no Dia das Crianças. você também pode!
Com amigos da escola ou vizinhos, forme um grupo para coletar doações de alimentos. Faça uma cartinha de apresentação e ensaie bem o discurso para convencer a todos de quanto é importante ajudar. E não se esqueça de pensar em qual instituição será beneficiada.
Quando completou 13 anos, Samara Linhares, de Natal, no Rio Grande do Norte, decidiu parar de brincar de boneca. Em vez de jogá-las fora, guardou-as. Economizou o dinheiro do lanche, comprou mais brinquedos e doou tudo a 40 crianças carentes. Hoje, ela tem 17 anos, mas não perdeu o costume de ajudar. Na última Páscoa, juntou 400 reais e comprou ovos de chocolate para uma instituição que ajuda crianças com câncer. Agora, ela está querendo bolar um novo projeto para ajudar os idosos do seu bairro. “O que me realiza é melhorar a vida das pessoas”, diz. você também pode! Você já fez algo heroico?
Conte pra gente! Veja nossos contatos na página 2.
Se você não recebe mesada como a Samara, mas também quer ajudar, recolha roupas e brinquedos usados que ainda estejam em bom estado e doe-os a quem precisa. Você também pode vendê-los a amigos e doar o dinheiro a alguma instituição.
12
É normal ser diferente Tem gente de todos os tipos. Com sardas, com furo no queixo, que mexe as orelhas. Algumas pessoas gostam de frio, outras de calor. Umas moram em ocas, outras em prédios. Mas duas coisas todo mundo tem igualzinho: a vontade de ser feliz e o direito de tentar realizar seus sonhos. Às vezes, é preciso vencer grandes dificuldades, tais como a falta de dinheiro, a falta de apoio, uma limitação do corpo... Mas nada é impossível para quem acredita e se esforça. Duvida? Então conheça a história dessas crianças.
É goool! De Érica Santos!
Aos 5 anos, Érica Santos pediu uma bola de presente. E, desde então, a redonda não saiu mais de seus pés. Hoje, aos 11 anos, a meia-atacante da escolinha do Santos Futebol Clube, em Ribeirão Preto (SP), é capaz de jogadas que deixam muito adulto de boca aberta. “Os meninos tiravam sarro, mas minha família nunca me deixou desistir”, diz Érica. “Não tem mais essa história de menina brincar só de boneca. Quem é bom de bola tem espaço, sim!”, ela garante. Dos 25 atletas do seu time, três são garotas, e todo mundo joga junto, sem moleza. Tanta dedicação é para realizar o sonho de vestir a camisa da seleção e ouvir um estádio lotado gritando seu nome. “Treino para chegar lá!”, ela promete.
Vença você também!
Se você gosta do que faz, não dê ouvidos a quem quer te pôr para baixo. “O mais importante na vida é não desistir do sonho”, diz Marta da Silva, a camisa 10 da Seleção Brasileira de Futebol feminino. “Quando eu era criança, muita gente dizia que não era certo uma menina jogar bola com os meninos. Mas nunca me importei com isso.” Foi assim que ela se tornou a melhor jogadora do mundo.
ana luísa vieira e juliana dias escreveram Fábio melho, Heudes Regis e Guilherme gomes Fotografaram
por Exemplo
Nasce uma estrela
Quem chega à pequena casa de Crystal do Espírito Santo, de 12 anos, em um bairro pobre do Recife, nem imagina que vai dar de cara com um piano que ocupa quase a sala inteira. O instrumento foi presente dos fãs da menina, que tem um talento mágico para música clássica. Crystal começou tocando o piano da igreja do bairro. Como a família não tinha dinheiro para comprar um, nem para aulas, ela foi aprendendo sozinha, e treinava em casa em teclas imaginárias. Ficou tão boa que conseguiu uma bolsa de estudos em uma escola de música. E, no ano passado, recebeu os prêmios de melhor pianista e artista revelação do Conservatório Pernambucano de Música.
Vença você também!
Persistência, esforço e muito estudo. É assim que se faz um bom músico. “O caminho para desenvolver um talento é ter a disciplina de um atleta e a alma de poeta. É preciso estudar muito. O objetivo de um músico é chegar ao coração das pessoas, e, para isso, é preciso paciência”, ensina o pianista e maestro João Carlos Martins.
Com vocês: o DJ Marques
Bruno Marques, de 12 anos, vai à escola, navega na internet, brinca com os amigos e se esquece da vida na frente do videogame. Com um detalhe: ele é cego desde que nasceu. Para acompanhar as aulas do colégio, usa um computador especial, que funciona por comando de voz. É ele quem anota as lições. De tanto conviver com a tecnologia, Bruno acabou ficando fera e já resolveu que quando crescer vai ser programador de sites e DJ. “Quero criar blogs para que pessoas como eu saibam mais sobre internet e música”, explica. Ele já está treinando: com o computador, monta listas de música e arrisca até efeitos especiais, como o scratch, aquele barulho do disco indo e voltando que os DJs fazem!
Vença você também!
Além da escola, Bruno frequenta a Fundação Dorina Nowill, que ajuda pessoas com deficiência visual. Lá, ele aprendeu que ser diferente é normal. Com a deputada federal Mara Gabrilli, que é tetraplégica e usa uma cadeira de rodas, também foi assim. “Foi por meio da educação que pude exigir o que eu precisava”, ela diz. E você, conhece os seus direitos de criança? Descubra: www.todospeloeca.org.br
13
14
medo e delícia Você já enfrentou um monstro? Não tenha medo: estes aqui não têm a menor chance de sobreviver à sua fome fatal! Faça um exército de cookies horrorosos e devore-os sem dó
cabelos nojentos
OLHOS malignos Use confeitos de chocolate, pintados com umas gotas de calda de chocolate.
Granulados coloridos e coco ralado fazem uma cabeleira bem tenebrosa!
presas pavorosas Para fazer os dentes, use lascas de castanha ou pedaços de amendoim.
recheio gosmento Vale tudo: doce de leite, brigadeiro, pasta de avelã, geleia, sorvete, chantilly...
Só cozin com a a he juda de um adulto !
o corpo do monstro Você vai precisar de: • 1 copo de farinha de trigo • 75 g de manteiga sem sal • 3/4 de copo de açúcar mascavo • 1 pitada de bicarbonato • 1 pitada de sal
• 1 ovo
• 1/4 de copo de açúcar • 1 colher de sobremesa de essência de baunilha • 1 copo de chocolate picado
meleca colorida Como fazer: Em uma vasilha, coloque os açúcares e a manteiga. Misture com uma colher ou com a batedeira por uns 5 minutos, até ficar fofo e cremoso. Junte o ovo (sem a casca!) e a baunilha. Bata mais. Misture a farinha, o bicarbonato e o chocolate. Deixe a massa descansar na geladeira por meia hora. Enquanto isso, peça a um adulto para acender o forno a 180 graus e forre uma fôrma com papel-manteiga. Tire a massa da geladeira, faça bolinhas (do tamanho das de pingue-pongue) e coloque-as na fôrma, deixando um espaço de quatro dedos entre cada cookie. Asse por 20 minutos. Tire os cookies da fôrma com uma espátula e deixe esfriar. Quando estiverem frios, estão prontos para enfeitar – isto é, para virar monstros!
Você vai precisar de: • 1 xícara de açúcar de confeiteiro • suco de 1 limão • corante comestível Como fazer: Peneire o açúcar em uma tigela. Acrescente o suco de limão aos poucos e vá mexendo até formar uma pasta grossa. Misture algumas gotas do corante e pronto!
Foto: Sheila Oliveira / Empório Fotográfico Produção culinária: Claudia Yendo Yoshida
por Exemplo
Seja um ninja! Não é só na escola que a gente aprende. Todos os dias, em todos os lugares, a gente pode ficar sabendo de uma coisa nova. E não são lições de português e matemática. As coisas que o mundo ensina e a gente aprende sozinho, só pela curiosidade, também são muito importantes. Elas fazem a gente ficar mais esperto, ter ideias diferentes e se sentir poderoso. Quer saber mais também? Então siga esses exercícios que não estão nos livros!
15
Roberta Faria escreveu Aluísio C. Santos ilustrou
Descubra a língua Abra o dicionário ou uma enciclopédia e leia a palavra mais esquisita que encontrar. Depois, tente usá-la em alguma conversa. Quando alguém estranhar você perguntando: “Na sua casa tem micurê?”, conte o que você aprendeu. Você vai ver quantas coisas incríveis ainda não sabia!
Seja do contra
Faça mágicas
Ande de costas. Escreva com o pé. Coma com a outra mão. Fale de trás para a frente. Difícil, né? Mas você vai ver como uma hora a gente aprende e se vira – é só ter um pouco de paciência e se esforçar. Lembre-se disso quando achar alguma coisa impossível: com treino, você se acostuma e consegue fazer!
Transforme algo velho em novo. A caixa de ovos que ia para o lixo pode virar um ônibus para seus bonecos. Roupas que sua mãe não usa mais? Faça fantasias muito loucas. Uma caixa de papelão pode ser um castelo! Aprenda como tudo pode virar alguma coisa mais legal. É só ter boas ideias.
Vire ninja
Banque o detetive
Peça a alguém para colocar uma venda nos seus olhos. Está sem enxergar? Agora, a pessoa deve entregar objetos a você, para que adivinhe o que são. Vale tocar, cheirar, ouvir. Você vai ver com outros olhos: os da imaginação. E aprender a observar as coisas ao redor com seus outros sentidos.
Faça uma lista de perguntas absurdas em um caderno. Algumas ideias: qual é o seu cheiro preferido? Que superpoder você queria ter? Como você mais gosta de comer ovos? Agora, saia por aí perguntando a todo mundo. Você vai aprender mais sobre as pessoas e por que elas são assim!
16
Um bicho
na aula Karina Sérgio Gomes escreveu
1
Bernardo França Ilustrou
Que tal ter um animal de estimação na escola, para que você e seus colegas brinquem e cuidem dele juntos? Você iria pular da cama mais rápido para ir à aula, né? Além de se divertir, também aprenderia coisas bacanas, como ter responsabilidades e trabalhar em equipe (está aí um bom argumento para convencer seu professor!). Veja abaixo como levar esse projeto adiante.
3
Diz que sim!
Primeiro, é preciso a autorização da escola. Você pode fazer um abaixo-assinado (veja na página 8). Também será preciso dinheiro para pagar comida e veterinário. Sua turma pode fazer um cofrinho coletivo e pedir ajuda à escola e aos pais.
2
Tudo sobre ele
Pesquisem sobre a espécie escolhida, para saber quais são seus hábitos. Então providenciem o necessário: um lugar para o bichinho morar (como uma gaiola), pratinhos de comida e água, ração, remédios...
Qual bicho?
Os veterinários indicam os menorzinhos, como hamster ou porquinho-da-índia, que exigem uma estrutura mais simples e não fazem barulho. Mas cuidado: eles são delicados e gostam de silêncio!
4
Juntos para sempre
Todos os dias, um aluno deve ficar responsável pelos cuidados com o bichinho. E não se esqueçam de definir quem tomará conta dele nos fins de semana e nas férias! Afinal, não dá para abandonar o amigo nos dias mais divertidos do ano!