Fevereiro 2013

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edição 140 | FEVEREIRO | R$ 12,00

Moda

O glamour da Hollywood dos anos 50

Cinema sul-mato-grossense

uma nova safra revelada

FILIPI SILVEIRA ESSI RAFAEL




Nas últimas edições, A Gente tem olhado para perto da gente para revelar pessoas criativas, engajadas e talentosas, que têm deixado sua marca por onde passam. No mês do Oscar, não foi diferente. Em uma rápida pensada sobre a cena audiovisual da cidade, os primeiros nomes que vêm à cabeça são: Essi Rafael e Felipi Silveira – dois rapazes que têm levado a sigla “MS” para a lista de filmes de importantes festivais de cinema do Brasil. No trajeto descobrimos todo um universo em plena ebulição e que, em fevereiro, vai se reunir na I Semana de Cineclubismo de Campo Grande. Fato é que, entramos com tudo no universo do cinema e até a moda entrou no clima: um glamuroso editorial inspirado nas divas de Hollywood dos anos 50. E em viagem, exploramos uma Roma cinematográfica, de Fellini à Woody Allen. E, se é como dizem, ‘depois do Carnaval que o ano começa’, damos uma mãozinha, com ótimas inspirações para dar mais cor e charme para sua volta ao trabalho. Para você, uma boa leitura! Equipe revista A Gente

DIRETORA EXECUTIVA Rosane Maia EDITOR DE MODA E BELEZA Luiz Gugliatto EDITORA DE ARTE E PROJETO GRÁFICO Marisa de Sena Nachif EDITORA DE TEXTO E CONTEÚDO Thais Pompêo DIRETORA COMERCIAL Thaís Beretta REDAÇÃO Thais Pompêo

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Gabriela Ostronoff Natália Charbel Daiane Libero Thiago Andrade REVISÃO Fernanda Giglio FOTOGRAFIA E TRATAMENTO DE IMAGEM Lucas Possiede ASSINATURA E DISTRIBUIÇÃO Luana Prates FINANCEIRO Sonia Croda


ATITUDE ∆ LIFESTYLE 14 | PERFIL 18 | CASA 72

LANÇAMENTOS ∆ SHOPPING 34

TENDÊNCIA ∆ NÉCESSAIRE 56

COMPORTAMENTO ∆ ARTIGOS 76, 88 | CRÔNICA 89

GENTE ∆ ESPECIAL 10 | ACONTECEU 92

BEM-ESTAR ∆ SAÚDE 50 | FITNESS 54 | NUTRIÇÃO 58 | ZEN 66

ELES | FILIPI SILVEIRA & ESSI RAFAEL ∆ CAPA | 26

EDITORIAL

FALE COM A GENTE R. Doutor Zerbine, 37 CEP 79040-040 Chácara Cachoeira 67 3322 7400 redacao@revistaagente.com.br www.revistaagente.com.br TWITTER @agenterevista ANUNCIE comercial@revistaagente.com.br BANCAS Aeroporto Itanhangá Park Letras du Café - Brilhante Letras du Café - Jd. dos Estados Letras du Café - Tamandaré Letras du Café - Ypê Letras du Café - Zahran Pão Bento Pão e Tal Shopping Campo Grande

∆ MODA 44 | ENDEREÇOS 90

CULTURA ∆ AGENDA 32 | DICAS 20, 22, 24

DELÍCIAS ∆ GASTRONOMIA 64 | KIDS 66 | TEEN 68

PRAZER ∆ VIAGEM 82 Foto | Alexis Prappas - Look | ADJI e acervo Agradecimento | Centro Cultural José Octávio Guizzo

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LEITOR Há algum tempo venho acompanhando as edições mensais da revista A Gente e é sempre prazeroso ver a preocupação de vocês em dedicar sempre um espaço às questões culturais.

Fernandes Ferreira de Souza Coordenador e Professor do Curso de Artes Cênicas e Dança - UEMS e diretor/produtor de Teatro Musica

Tenho acompanhado a revista e quero parabenizálos pela mudança nítida, principalmente na qualidade textual e de conteúdo da nova A Gente. É a melhor revista da cidade hoje em dia. Júlia de Miranda

@

GENTE ON

NOSSO twitter Acesse nosso twitter @agenterevista e fique por dentro de todas as novidades da revista. As matérias mais comentadas e todo conteúdo publicado.

+ DE VOCÊ

Bom dia editores da revista A Gente. Gostaria de parabenizá-los pelas matérias sobre a cultura do nosso Mato Grosso do Sul. É necessário que valorizemos o que é nosso! Continuem com o ótimo trabalho! Atenciosamente,

Participe da nossa revista e dê sua opinião. Comente as reportagens e mande suas sugestões de pauta. redacao@revistaagente.com.br

Rodolfo Aimores, advogado.

COLABORADORES Melissa Tamaciro Produtora executiva de editoriais e eventos de moda, Melissa Tamaciro mantém o foco ligado na resposta que seu trabalho pode produzir, sem nunca perder a conexão com a criatividade, irreverência e contemporaneidade. Neste mês, Mell contribuiu no clássico e sofisticado editorial de moda.

Fabio Moura Apaixonado por música e cinema, Fabio Moura coleciona discos e filmes. Assina a coluna de música desta edição, indicando três discos.

Márcia Chiad É jornalista por formação, mas seu amor pela vida natural desde a infância fez com que ela deixasse a carreira em stand-by e transformasse ervas aromáticas em negócio cheio de frescor. Nesta edição, ela participa da seção de gastronomia e dá uma receita simples e deliciosa.

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MAKING OF 8 | FEVEREIRO 2013



ESPECIAL ∆

JOSÉ CARLOS GRUBISICH Texto | Thiago Andrade Foto | Antonio Carreiro

Ao assumir a presidência da Eldorado Celulose, o empreendedor de 55 anos passou a dirigir as decisões sobre o maior complexo mundial para produção de celulose. Instalado em Três Lagoas, o projeto é considerado ambicioso e inovador. Fala rápida e pontual que não deixa dúvidas ao interlocutor. Dessa maneira, o engenheiro químico e pecuarista José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado Celulose, responde às perguntas. De maneira lógica, elenca datas e fatos, construindo uma narrativa precisa, em que descreve os passos que o trouxeram ao momento presente e aponta para o futuro da fábrica construída em Três Lagoas, ao custo de R$ 6,2 bilhões. Sua trajetória denota experiência: ele esteve na liderança de importantes grupos empresariais, como a Odebrecht, na qual

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passou dez anos – sete na presidência da Braskem e três no comando ETH Bioenergia. O desafio de criar uma empresa do zero e torná-la liderança mundial em sua área foi o que o motivou a assumir a presidência da Eldorado Celulose, da J&F Investimentos. Inaugurada em dezembro, com apresentações de Almir Sater e do tenor italiano Andrea Boccelli, o complexo industrial produzirá 1,5 milhão de toneladas de celulose até maio deste ano. Em menos de uma década, a produção será triplicada. Do total, 95% são destinados à exportação. As obras foram executadas em tempo recorde e com economia de R$ 2 bilhões em cima dos custos previstos. Agora, em funcionamento, o empreendimento tem potencial para transformar a região, projetando Mato Grosso do Sul no cenário internacional. Em entrevista exclusiva à revista A Gente, via telefone, Grubisich destaca a importância do complexo industrial criado pela J&F Investimentos, descreve suas motivações e explica o que faz deste um projeto tão ambicioso.


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Em 12 de dezembro do ano passado, um evento marcou não apenas o Mato Grosso do Sul, mas também a J&F Holding, do grupo JBS, e o país. O que significa para o Estado e para o Brasil abrigar a maior linha de produção mundial de celulose? Houve dois momentos importantes, respectivamente, em novembro e dezembro de 2012. Iniciamos a produção em novembro. Posteriormente, na data citada, realizamos a inauguração, marcando a entrada oficial da Eldorado no mercado mundial de celulose. O primeiro momento coroou um projeto ambicioso que levou dois anos em construção, o maior parque de produção de celulose do mundo, e que foi feito em tempo recorde. Imagine, em dois anos, colocar uma fábrica desse tamanho em funcionamento. Provamos que o projeto foi bem concebido e que nossas equipes o executaram com maestria. A produção se iniciou de maneira tranquila e o aumento de capacidade é diário. Chegaremos ao limite nominal, de 1,5 milhão de toneladas, até maio de 2013. O dia 12 foi o momento de agradecer aos parceiros e aos governos do Estado e de Três Lagoas. O senhor tem uma trajetória de destaque à frente de alguns dos principais grupos empresariais do País. Já atuou na Odebrecht e na Braskem. O que o levou à presidência da Eldorado Celulose? Justamente o desafio de criar uma nova empresa com uma visão extremamente ambiciosa de crescimento e de desenvolvimento. Criar uma empresa líder no setor de celulose saindo do zero para consolidá-la em uma década é algo extremamente arrojado, que mostra o apetite do empresariado

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brasileiro e o nível de comprometimento da J&F Investimentos em relação ao futuro do Brasil e ao potencial da indústria de celulose. É uma aposta nesse grande país, que pode vir a ser a quinta economia mundial e que tem ganhado espaço no mercado internacional. Isso me levou a deixar o posto de liderança em uma empresa extremamente profissional como a Odebrecht e assumir a responsabilidade na Eldorado. Algo que chamou a atenção é que, em entrevista, o senhor apontou que o foco da Eldorado é o Mato Grosso do Sul. O que motivou a escolha de Três Lagoas para a criação do complexo industrial? O negócio de celulose é agroindustrial e Mato Grosso do Sul tem competência na atividade florestal. O projeto da Fibria e o desenvolvimento das áreas florestais, sobretudo na região de Três Lagoas e Bataguassu, mostram que existe essa cultura de plantação de florestas de eucalipto com preocupação em sustentabilidade e competitividade. Evidentemente, torna-se mais fácil implantar um projeto como esse quando a cultura e o interesse dos produtores locais já estão presentes. A questão logística foi decisiva. A existência de uma estrada de ferro em boa qualidade ligando Aparecida do Taboado e Santos facilita o escoamento. Isso é importante, pois o destino de boa parte da produção é a exportação. Também poderemos usar a hidrovia do Paraná e do Tietê. Três Lagoas está crescendo e se estruturando, tem uma boa infraestrutura. A combinação de competência na área ambiental e logística competitiva fez com que optássemos pela cidade, assim como termos percebido no governo de Mato Grosso do Sul uma liderança empreendedora.


Cerca de 95% da produção da Eldorado será destinada ao mercado externo, e atenderá clientes do porte da ProcterGamble e a Kimberly Clark, embora os reais clientes da empresa sejam mantidos sob sigilo. O que é preciso levar em consideração na hora de se atender tais demandas?

Até o final da década, objetivamos atingir a produção de cinco milhões de toneladas de celulose por ano. Serão três fases de investimento e, ao final, a Eldorado terá atingido posição de liderança no mercado mundial.

Exportação é o foco principal. Hoje, o Brasil é a plataforma mais competitiva de produção de celulose no mundo, porque nosso eucalipto cresce muito rápido e atinge maturidade de corte precocemente. Atualmente, grandes mercados consumidores estão na Ásia e na Europa. Desse modo, 45% serão exportados para a Ásia, onde os países de maior expressão são China e Coreia. Outros 40% terão como destino a Europa. Os 15% restantes ficam nas Américas, atendendo inclusive o mercado brasileiro. Durante 2012, trabalhamos no desenvolvimento comercial junto aos principais clientes mundiais, buscando líderes no mercado que oferecessem potencial de crescimento. As entregas se iniciaram em dezembro. Essa abordagem de atender aos clientes líderes em seus mercados e com forte potencial de crescimento permitirá que a Eldorado consolide presença mundial. O senhor citou os planos de expansão até 2017, com a abertura de mais uma linha de produção. Qual será a produção final da Eldorado? Até o final da década, objetivamos atingir a produção de cinco milhões de toneladas de celulose por ano. Serão três fases de investimento e, ao final, a Eldorado terá atingido posição de liderança no mercado mundial. Entre as atividades paralelas, o senhor tem atuado junto à Aliança Francesa, Fundação ABRINQ pelos Direitos da Criança e do Adolescente, e Instituto UNIEMP. A Eldorado Celulose pretende oferecer alguma contrapartida nos âmbitos da cultura, social ou educacional? Sobre as atividades, são participações pessoais, sem vínculo com a Eldorado. Trata-se de uma contribuição pessoal minha a causas que eu julgo importantes para o Brasil. Do ponto de vista da Eldorado, vamos desenvolver uma série de programas de cunho social e ambiental. Junto à ambição de crescimento internacional, queremos uma marca competitiva e sustentável. Portanto, é fundamental manter um relacionamento maduro e sustentável onde a Eldorado atua. Anunciamos investimentos de R$ 25 milhões em programas de interesse da comunidade. Uma empresa não pode resolver todos os problemas, mas estamos dando nossa contribuição para aqueles que julgamos mais importantes. ∆

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Rodrigo CORREA

Texto | Daiane Libero Fotos | Lucas Possiede Stylist | Luiz Gugliatto

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LIFESTYLE ∆ Quando você conversa pela primeira vez com o publicitário Rodrigo Correa, rapidamente conhece os pequenos detalhes do seu estilo de vida. Animado e extrovertido, tem 30 anos, é casado e tem uma filha. Seus hobbies são muito variados, resquícios das inúmeras carreiras que ele já seguiu durante a vida – já foi, inclusive, cinegrafista e paisagista. Formado em Publicidade, encontrou na comunicação social sua verdadeira aptidão, e então resolveu abrir a própria agência, a RCorrea Comunicação. Por isso, sua leitura favorita não poderia falar de outro assunto: “Leio muitos livros relacionados a marketing, atendimento ao cliente, projeção de campanhas”.

Profissão: Publicitário. Férias inesquecíveis: Disney e Rio de Janeiro. Em alta: Viajar sempre. O que está lendo: Planejamento de Propaganda. Música ou Artista que não sai do seu playlist: Michael Jackson, Jamiroquai e Audioslave. Um filme: Hatfields & McCoys. Sempre à mão: Meu terço, notebook e smartphone. Não vivo sem: Deus, minha esposa e minha filha. Projeto do momento: Expansão da agência de propaganda. Um sabor: Lombo grelhado com ervas e mel. Um desafio: Uma nova empresa que está prestes a sair do projeto. Esporte: Jiu-jitsu. Refúgio: Meu quintal. Melhor de Campo Grande: Parque das Nações Indígenas.

“Eu já fui cinegrafista do SBT em Campo Grande, trabalhei com audiovisual”, explica. Tempos depois, conheceu e aprofundou-se na arte de mexer com as plantas, o que hoje é um hobby. “Começou quando tive uma empresa de paisagismo, e hoje é um passatempo e uma paixão”, conta. Por isso, é ele mesmo quem cuida do jardim, além de ter feito o projeto de toda a área verde da casa. “Aqui tenho plantas ornamentais, frutíferas, e sou eu que cuido de tudo, que faço com que o jardim esteja sempre impecável”. FEVEREIRO 2013 | 15




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PERFIL ∆

A web 2.0 ainda engatinhava quando Ricardo Nantes uniu ferramentas multimídia e criou o Portal Educação, referência brasileira de educação on-line

Um empreendedor entre bits e pixels Texto | Daiane Libero Foto | Lucas Possiede

Se a formação superior foi em Farmácia e Bioquímica, o empreendedorismo sempre foi a vocação. Isso logo se percebe nas histórias contadas por Ricardo Nantes, presidente do Portal Educação – ele diz que ainda na infância, por volta dos cinco ou seis anos, fazia “garrafadas” para vender aos senhores e senhoras da rua em que morava. “Vim de uma família de classe média, talvez baixa, na qual o dinheiro não sobrava. Quando eu precisava de algo, tinha que recorrer aos meus esforços”, aponta o empresário de 34 anos, que desponta como um dos principais empreendedores do mundo digital no Estado. Entre a época em que vendia a mistura de abacate com álcool, que segundo o avô fazia bem para as pernas, e o desenvolvimento do portal que reúne cerca de 150 colaboradores, muito aconteceu. Ricardo elenca clubes de ciência e jornais que fundou na época de escola. Por trás de tudo, um propósito em comum: “Eu queria oferecer às pessoas coisas interessantes, que chamassem a atenção não apenas pela forma, mas pela qualidade”. Um momento essencial na trajetória do empresário se deu durante o curso de graduação, na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Ainda acadêmico, Ricardo percebeu a inexistência de sites com conteúdo científico sobre sua área. O problema se tornou oportunidade e o estudante de química decidiu aprender a programar. “Comprei um livro, desses básicos, e montei o site. Os acessos aumentaram e eu percebi uma oportunidade de gerar lucro”, aponta. Os primeiros passos no universo do e-learning começavam a ser dados.

“Farmácia On-line”, foi assim que Ricardo batizou sua primeira criação digital. À medida que se expandia para outras áreas – como Biologia, Administração e Enfermagem – o Portal Educação se esboçava. Foram quatro anos até a decisão de unir todas as marcas sob um único endereço e, em 2001, surgia na internet um dos mais premiados centros de educação à distância. Atualmente, o portal segue com 180 cursos e uma equipe de colaboradores vindos de diversas áreas. O propósito, tão caro a Ricardo, de oferecer algo interessante ao público, tornou-se o norteador de toda a equipe. “A empresa cresceu, mas nós não paramos. Acredito que seja fundamental continuar investindo em inovação, assim como trabalhar com indicadores que demonstrem onde estamos acertando e onde estamos errando”, considera Ricardo, que decidiu usar a história de sucesso pessoal para incentivar quem tem espírito empreendedor. O reconhecimento também o acompanha. Em novembro do ano passado, ele esteve entre os 14 líderes empresariais jovens selecionados na 35ª edição do Prêmio Fórum de Líderes Empresariais. Além de palestrar em grandes centros, como São Paulo, o empresário também é o representante do grupo Anjos do Brasil, em Mato Grosso do Sul. A associação visa oferecer apoio a start-ups promissoras. Com jeito simples e sem deixar de lado o bom humor que, segundo ele, é fundamental ao lidarse com pessoas, Ricardo deixa um conselho: “Excelência não se atinge, é uma busca constante. Cada vez mais, é preciso que os empresários do Estado se deem conta disso”. ∆

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Marcelo Veloso

para ver

Sim, falemos do Oscar, mas para filmes estrangeiros. Três dos indicados e ainda a nossa aposta brasileira para a estatueta do ano que vem. “A Royal Affair”, (O Amante da Rainha) de Nicolaj Arcel Este roteiro sem novidades ganhou o prêmio da categoria no último Festival de Berlim. Até é um filme bem coerente com a sua narrativa clássica: o rei insano, a esposa subjugada, o amante dedicado. Mas talvez o diretor Nicolaj tenha deixado de lado o que poderia ser o melhor do filme, a introdução ao Iluminismo na Dinamarca. Não é que ele não toque no assunto, mas o usa apenas como pano de fundo para a novela. Mas também, se ele não traz nada de novo, executa esse estilo com um vigor pouco visto no cinema de gênero e que acaba se transformando numa bela ida ao cinema. Tem seus méritos. “No”, de Pablo Larraín Completando sua trilogia sobre a ditadura de Pinochet, que começou com “Tony Manero” e “Post Mortem”, o diretor chileno fala das maracutaias internas do marketing político durante o plebiscito de 1988 no Chile. Gael Garcia Bernal interpreta este experiente publicitário encarregado de liderar a tarefa complicada de vencer o plebiscito usando a confiança, o cinismo, o medo e a insegurança instalada no país. É o capítulo decisivo de transição na história chilena que conduziu o país da opressão à democracia. Talvez seja mais importante ressaltar que o filme é, sem dúvida, diversão garantida!

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“Amour”, (Amor) de Michael Haneke Uma obra-prima sobre nascer, morrer e o que mais habitar os dois acontecimentos. Este senhor, Michael Haneke (“A Fita Branca”, “A Pianista”, “Violência Gratuita”), tem um olhar longo, duro e tenro sobre um casal de idosos em seus dias finais numa Paris contemporânea. O filme começa com a porta do apartamento sendo arrombada por bombeiros que se movem através dos quartos, procurando abrir rapidamente grandes janelas. Eles podem estar tentando dissipar o cheiro que provavelmente os levou até lá em primeiro lugar e que transformou este iluminado, gracioso e invejável apartamento em uma enorme cripta. Incrível! “O Som ao Redor”, de Kleber Mendonça Filho A experiência de ser do Recife. Não só com a ideia dos espaços construídos, ou dos ociosos, mas com temas políticos como a milícia e o coronelismo, este certamente o mais forte do filme. O clima de Brasil dos últimos anos e, por reflexo, pernambucano. A arquitetura do suspense no som do filme é uma tensão do início ao fim, como um sintoma de que a sociedade não é saudável, como algo que deu e está dando errado. A percepção do “pobre” e do “rico”, que talvez esteja mudando no país, mas ainda com o desprezo e o medo recíproco e histórico das camadas de cima e de baixo. Um dos melhores filmes do ano. Imperdível! ∆



Márcio Ribas

para ler

Quantos sonhos em sonhos acordo aterrado / A terrores noturnos minha alma se leva / É um insight soturno é o futuro passando / Na velocidade terrível da queda - Lobão Até o momento no qual eu li 50 anos a mil (Nova Fronteira, R$ 47,90), a biografia do Lobão (escrita por Claudio Tognolli), eu sempre havia achado o Lobão um dos seres mais loucos do Brasil, e parava por aí. Talvez fosse mais um revoltado com a indústria fonográfica, alguém que tivesse deixado a música embaixo da sua ideologia um tanto quanto anárquica. Mas o livro conseguiu remover a carapaça rebelde-sem-causa que eu criei dele e mostrou o Lobão culto que escreveu boa parte da história do rock nacional no século passado. E percebi que a sua rebeldia tinha causa. O livro é repleto de histórias envolvendo os casos amorosos (desde sua pré-adolescência), origem de músicas (A queda, por exemplo, vem da junção do sentido vetorial de toda a vida na natureza, da lei da gravidade, do castigo dos anjos expulsos do paraíso... cabeça de artista!), prisões (que não foram poucas) e amigos e inimigos como Cazuza, Lulu Santos e Herbert Vianna (o ladrão de ideias). Como roteiro, vá marcando todas as influências que ele cita e faça uma gigantesca lista no YouTube – tem material para muitas horas de boa música. Dos anos 60 aos 2000. Outro revoltado que ou você ama ou odeia é o Diogo Mainardi. O importante é que todo esse sentimento de quase raiva tem razão de existir. A queda: As memórias de um pai em 424 passos (Record, R$ 29,90) traz as memórias do pai Diogo sobre seu filho Tito, que nasceu com paralisia cerebral. São memórias emocionantes e escritas com as comparações menos

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esperadas e mais inteligentes possíveis. Os dois primeiros passos são os seguintes: 1. Tito tem uma paralisia cerebral. 2. Eu imputo a paralisia cerebral de Tito a Pietro Lombardo. Em 1489, Pietro Lombardo arquitetou a Scuola Grande di San Marco. E foi a Scuola Grande di San Marco, arquitetada por Pietro Lombardo, que acarretou a paralisia cerebral de Tito. Assim o livro todo relaciona a vida de Tito a Tintoretto, Alfred Hitchcock, Shakespeare, Lou Costello, Hitler, Rembrandt, Proust, Da Vinci e muitos outros. A outra queda é fictícia, mas não menos comovente que a anterior: Diário da queda (Companhia das Letras, R$ 38,50), de Michel Laub. Primeiro: Laub é um escritor em ascensão. Segundo: está entre os grandes jovens escritores brasileiros (Revista Granta). Terceiro: já recebeu grandes prêmios, já foi finalista do Jabuti e está sendo traduzido para várias línguas. Depois das apresentações, acredite: é um ótimo escritor com um ótimo livro. O personagem principal – sem nome – retoma insistentemente o passado olhando as razões que fizeram de sua vida aquilo que ela é. O personagem mastiga os seus sentimentos tentando confirmar se tudo aquilo que fez de errado e se seus sentimentos em relação a sua família são os responsáveis (ou podem servir pelo menos de desculpas) para seu fracasso como ser humano. Tudo girando em torno de um acontecimento: a queda. Boa leitura! ∆



Quando Stevie Wonder direcionou seu talento na composição para o pântano de instabilidade social do início dos anos 70, ele produziu Innervisions. É um álbum de grande maturidade musical, e completa a transição de Little Stevie Wonder para o artista adulto, com uma imaginação ativa, espiritual e consciente. Com os olhos da mente, retrata nas delicadas canções a vida urbana, as drogas, os políticos corruptos, o cinismo de algumas religiões organizadas, a reencarnação, a meditação transcendental e o amor. As letras, as composições e a produção foram totalmente realizadas por ele. Utilizando um sintetizador, tocou todos os instrumentos em seis das nove canções do disco. Cada som sintético carrega uma alma orgânico-analógica. Innervisions ganhou o Grammy de melhor álbum do ano de 1973. Uma obra de arte.

para ouvir

Fábio Moura

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O argentino Astor Piazzoolla ganhou um bandoneón de presente aos nove anos de idade e não parou mais de tocar. Com influências de jazz e música clássica, revolucionou o tango, levando-o dos cabarés de Buenos Aires para as melhores salas de concerto do mundo. Em 1974, juntou seu bandoneón ao sax barítono de Gerry Mulligan, num disco de rara beleza, chamado Summit. Gerry Mulligan foi um dos principais expoentes do cool jazz e participou das gravações do disco “Birth of the Cool”, do trompetista Miles Davis. Summit contém oito faixas, todas compostas por Piazzolla, com exceção de “Aire de Buenos Aires” que foi uma parceria entre os dois. Filho de um saxofonista panamenho, Jose James cresceu nos Estados Unidos ouvindo hip hop, como a maioria dos garotos de sua geração. Aos quatorze anos se apaixonou pelo jazz através da música “Equinox”, de John Coltrane. Seu três primeiros álbuns flutuavam basicamente entre o hip hop, o jazz e a música eletrônica. “No Begining No End”, seu quarto álbum, lançado em janeiro de 2013, é uma libertação de James, que não quer ser confinado a nenhum estilo específico. Há uma renúncia ao excesso eletrônico e uma sensação de calma nas melodias. A música Sword + Gun tem a participação da cantora franco-marroquina Hindi Zahra. ∆


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“Inventar-te-ia antes que os outros te transformem num mal-entendido”, disse certa vez Glauber Rocha. O novo cinema do Oeste acerta o passo nesse sentido – e, mesmo aos solavancos, tem se saído bem. Essi Rafael e Filipi Silveira são a ponta de um iceberg em plena ebulição.

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CAPA ∆

Sangue Novo Texto | Thais Pompêo Fotos | Divulgação

A primeira vez que ouvi falar de um “cinema sul-mato-grossense”, confesso que recebi a notícia com certa desconfiança. Sabia que existia um cineasta aqui e outro ali, mas uma cena? Eu desconhecia... Isso foi em 2009, durante o extinto Festival de Cinema de Campo Grande, realizado pelo – também extinto CineCultura. Fui convidada a participar do debate dos diretores do MS que aconteceria depois da exibição dos curtas produzidos por eles. Foi uma sensação estranha-nova-e-boa, um certo alívio ao me identificar com aquelas imagens que passavam na tela. Em rápidos 30 minutos, meu conceito insólito foi detonado quando vi que o audiovisual do Estado está em movimento, de forma tão natural quanto irreversível. FEVEREIRO 2013 | 27


Faço um cinema que nasceu em casa. Que omeçou no quintal, pulou o muro e percorreu o Brasil em mais de 50 festivais”. Um dos diretores que participaram daquele festival foi Essi Rafael, um jovem de Aquidauana com então 20 anos. Em seu curta metragem, “Um Conto de Solidão”, 2008, Essi nos apresentou a monotonia de uma mulher simples que vivia na zona rural de uma forma leve e bem humorada. Mas os artifícios não evitam a angústia: deprimida e isolada, a camponesa tem um desfecho desolador. “Me irrita uma certa inocência. Porque na vida a gente começa inocente e se transforma. Tem que ter uma coisa afetiva, mas mostrada como a vida é. Sem artificialismos. Essa é toda a essência do que eu quero dizer”, explica o rapaz. Entusiasmado após a repercussão do seu “Um Conto de Solidão”, Essi produziu “Ela Veio me Ver”, em 2010, com profissionais de CG que conheceu durante o Festival. O curta teve boa receptividade e levou o nome do Estado para importantes festivais de cinema do Brasil, como o Festival do Rio e a Mostra Internacional de Curtas de SP, além de outros pelo mundo. Com uma determinação invejável, Essi escreve, produz, dirige, edita e inscreve seus filmes em festivais e editais. No roteiro, esquadrinha as relações humanas. Sempre de forma singela e emotiva, sem esconder o que na vida queremos evitar. De lá para cá a cena encorpou. Outro promissor diretor sulmato-grossense, que também abandona roteiros açucarados, é Filipi Silveira. “O Florista”, seu curta de estreia, encorpa a safra de bons filmes produzidos no MS e acaba de ser indicado pela Associação de Cinema e Vídeo (ACV) do MS, e votado com unanimidade pela ACV do Centro-Oeste, para concorrer no primeiro turno do Grande Prêmio do Cinema Braisleiro 2013. Dessas indicações saem os cinco finalistas até julho. “Isso já é uma grande vitória, porque entrar nessa lista é muito seletivo”, comemora Filipi, que prepara a pré-estreia em Campo Grande para depois do carnaval. O curta-metragem é uma história de suspense: um serial killer em CG – estilo pouco comum, inclusive, na produção nacional. Filipi explica: “O Florista nasceu de uma iniciativa despretenciosa que, quando eu percebi, já era maior do que eu havia imaginado. É que, por mais que seja uma produção totalmente independente, eu sou meio chato e sistemático e acabei encontrando pessoas para trabalhar parecidas comigo, chatas e sistemáticas. O resultado é que, apesar de ser suspense, é um filme bonito de se ver”. Essi Rafael e Filipi Silveira representam apenas a ponta do novelo de um universo audiovisual (local) em plena ebulição – com muitas semelhanças na linguagem, na atitude e na vontade.

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Nova safra Vivemos um rebuliço cultural parecido com o que o MS viveu entre as décadas de 60 e 80, nas ruas, na música e na poesia. Foi nesse período que surgiram os pioneiros do cinema sulmato-grossensse Joel Pizzini e Cândido Alberto da Fonseca. Quase trinta anos depois, uma nova onda ganha força – nos últimos cinco anos a cena cultural tem atraído jovens diretores, fotógrafos e atores. Na nova safra, há certa saída de cena de antigos signos regionais para dar lugar a histórias urbanas, conflitos e soluções criados no asfalto. Em cada trabalho, vemos na tela um Estado documentado, revisitado, recortado, reinterpretado. Para dar conta dessa nova identidade que circula pelas ruas da cidade, diretores experimentam novas formas de abordagem. Pode ser no formato de vídeo clipe, como Ela, da banda Jennifer Magnética, dirigido, produzido e editado por Adrian Okumoto, que mostra uma dona de casa entediada que abandona tudo e cai na estrada; como também pode se aventurar no universo gay, como no filme Lados Dados, da Xispa Filmes, de Breno Benetti – ambos, clipe e curta, foram escolhidos para integrar a programação do Canal Brasil em 2012. Tem também animação e stop motion, como aposta Josué Junior e Gabi Dias, respectivamente; documentário é a escolha de Givago Oliveira em uma produção rodada na antiga rodoviária. E, claro, as belezas naturais também têm espaço, mas mostradas de uma forma moderna e surpreendente. Maurício Copetti, além de diretor, é fotógrafo de cinema e produtor associado da BBC de Lodres para projetos no Pantanal. Contratado da rede britânica, acaba de rodar a série “Wild Brasil”, uma superprodução que será lançada em todo o mundo em 2014, ano da Copa no Brasil. No mais, Copetti também produz seus projetos independentes. O principal motor é a vontade criativa, que se aproxima da máxima do Cinema Novo: “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”. Como fizeram Essi e Filipi, as equipes se juntam de forma colaborativa e, a partir daí, vão se desenhando os coletivos e, destes, pequenas produtoras – que já somam dezenas, como: Vaca Azul de Helton Perez; Xispa filmes de Breno Benetti; Zion Filmes de Roberto Leite; Sagarana Estúdio de Heitor Menezes; Óia Produção Visual, de Giulliano Gondim; e outros filmmakers e diretores associados, como Alexandre Basso, Mariana Sena e Alexandre Couto. A maior parte do material produzido por essa turma encontra-se disponível na internet.

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Na raça Ao mesmo tempo que coletivos renovam o audiovisual da cidade, com uma filmografia cada vez maior, o mercado ainda esbarra em certa dificuldade de mão-de-obra qualificada em alguns elos da cadeira audiovisual, como por exemplo a de produtor executivo – o que dificulta a produção em geral. Não há curso de cinema ou audiovisual nas universidades da cidade. Artistas aprendem na raça e na prática, ou migram para outros estados atrás de conhecimento – como fizeram Filipi Silveira, Essi Rafael e tantos outros. Helio Godoy, mestre em cinema pela USP e professor de fotografia no curso de Artes Visuais da UFMS, descreve o cenário: “A falta de interesse das universidades reflete o nosso mercado audiovisual pouco regulamentado. Por exemplo, ninguém sabe exatamente a dimensão do parque cinematográfico de CG – quantas câmeras, equipamento de iluminação... Esse mercado ainda é muito líquido, fluido, amorfo... Isso embora eu acredite que a criação de um curso de audiovisual possa ser a redenção desse mercado, porque o curso começa a organizar as coisas. Eu me lembro que quando surgiu a graduação de jornalismo na Federal houve uma mudança no modo de se fazer jornalismo. Sistematizou, ficou diferente em termos de qualidade”, relembra Helio.

O cinema cria nossa memória atual e do futuro. Precisamos investir nessa área. Temos muitos músicos e poetas, mas é importante também que enhamos mais romancistas e cineastas, áreas onde a maioria dos mitos e arquétipos são imortalizados, difundindo a cultura regional para o Brasil e para mundo” Mesmo que aos solavancos, os pares vão se articulando e as conquistas vão aparecendo mesmo que tímidas. Rodolfo Ikeda, cineasta e atual coordenador do Museu da Imagem e do Som (MIS), unidade da Fundação de Cultura de MS, tem sintonizado os anseios da classe audiovisual com a vontade do Governo Estadual de estimular a cena. Em 2011, o MIS criou um edital para apoio a curtas-metragens e tem conseguido bons avanços na criação de uma Film Comission no Estado, um órgão governamental com objetivo de apoiar a produção audiovisual. “No Plano Estadual de Cultura, que está aberto a colaborações e consulta pública, já estabelecemos vários pontos e metas para apoiar o audiovisual, entre eles a criação de linhas de incentivo fiscal que ajudem o produtor independente a captar recursos com a iniciativa privada”, detalha Rodolfo.

Outra boa notícia vem do Governo Federal, que aprovou a Lei Federal 12485, que tem como um dos principais objetivos aumentar a produção e a circulação de conteúdo audiovisual brasileiro, diversificado e de qualidade – e, por consequência, do audiovisual e da cultura de MS. Sobre os recursos liberados pela Lei, Cândido Alberto, ex-presidente da ACV MS, explica que há dois anos estão liberados cerca de R$ 200

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milhões para o cinema independente e regional, que podem ser acessados via incentivo fiscal, e explica: “Até hoje o MS não conseguiu acessar essa verba por falta de organização. Estamos nessa empreitada, fazendo o mapeamento da nossa indústria, e até agora 81 pessoas responderam ao questionário que irá compor o plano para entrarmos no processo”.

O momento nunca foi tão proprício. Riqueza em locações e diversidade cultural não faltam. “O cinema cria e recria nossa memória, do passado, do presente e do futuro. Precisamos investir nessa área. Se por um lado temos muitos músicos, artistas visuais e poetas, é importantíssimo que, por outro lado, também tenhamos mais romancistas e cineastas, áreas onde a maioria dos mitos e arquétipos são imortalizados, difundindo a cultura regional para o Brasil e para o mundo”, finaliza Rodolfo. ∆


I Semana de Cineclubismo

Mesas, palestras, oficinas de vídeo e feiras de trocas

Se você acabou de ler a matéria ao lado, deve estar se perguntando: “Onde posso assistir a todos esses filmes, além da internet?” Nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro, durante a I Semana de Cineclubismo, no MIS-MS e no Centro Cultural José Octávio Guizzo. No evento, boa parte da safra de audiovisual sul-mato-grossense será exibida, além de reunir a cena em debates e mesas redondas que discutirão a importância do cinema e do cineclube na sociedade, experiências cineclubistas e produção e difusão audiovisual no Centro-Oeste. Especialistas de peso de todo o Brasil estarão presentes, como João Baptista Pimentel Neto, Presidente do Congresso Brasileiro de Cinema e Diretor de Comunicação do Conselho Nacional de Cineclubes; e Ge Carvalho, presidente da Federação Pernambucana de Cineclubes, o estado onde o cineclubismo é mais forte no Brasil. A Semana de Cineclubismo foi organizada pela criadora do Cinema (d)e Horror, Carol Sartomen. Com cinco anos de funcionamento, o Cinema (d)e Horror se tornou o cineclube mais longevo do MS – além dele restam apenas dois ativos: o da UFGD, em Dourados, e outro em Ivinhema. “O diferencial do cineclube para o cinema é que ele levanta questões e promove o debate para a reflexão. O nosso trata sobre questões relativas ao horror no ser humano. Cada um escolhe suas diretrizes e campo de abordagem”, explica Carol, que continua: “Durante o evento vamos ter, além de debates, oficinas de como criar e manter um cineclube, pois acreditamos que nosso Estado tenha espaço e necessidade de encontros como esses. E embora seja uma coisa nova para MS, é um assunto que está bem forte em todo o Brasil, e que precisa e merece ser desenvolvido no Estado”.

Destaques da programação: Dia 21, quinta-feira: 19h Mesa Redonda: Cineclubismo, Cinema, Educação e Sociedade; com João Baptista Pimentel Neto (Presidente do CBC – Congresso Brasileiro de Cinema – e Diretor de Comunicação do CNC – Conselho Nacional de Cineclubes), Ge Carvalho (Presidente da FEPEC – Pernambuco), Sáskia Sá (Vice-Presidente do CNC – Conselho Nacional de Cineclubes), Rodrigo Bouillet (Coordenador de Rede do Cine + Cultura – Ministério da Cultura) , Jaime Lerner (Presidente da Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas/ ABD)

Dia 22, sexta-feira: 9h Mesa Redonda: Experiências Cineclubistas no Centro-Oeste; com coordenadores de cineclubes de GO, MT, DF e com o Secretário do Conselho Nacional de Cineclubes, Gilvan Dockhorn.

Dia 22, sexta-feira: 19h Mesa Redonda: Produção e Difusão Audiovisual no Centro-Oeste; com Orivaldo Mendes Júnior (Presidente da Associação de Cinema e Vídeo de Mato Grosso do Sul), Vicente Albuquerque Maranhão (Produtor Audiovisual – MT) e Carolina Paraguassú Dayer (Produtora Audiovisual e Cineclubista – GO).

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CAMPO GRANDE AGENDA ∆ Por Luana Prates

(exposição) Até 15 de fevereiro EXPOSIÇÃO ‘CONEXÃO CRIAÇÃO’ Reunindo artistas regionais, a mostra busca um diálogo aberto com público em geral. Esta ação faz parte do projeto “Território Ocupado”. Na Galeria do Memorial da Cultura, Av Fernando Corrêa da Costa, 559. Segunda a sexta-feira, das 07h30 às 17h30.

(teatro) 15 de fevereiro ESPETÁCULO “POBRE DIABO LOUCO E SEU DISCURSO PARA MOSCAS” Monólogo interpretado pelo ator e diretor Espedito Di Montebranco que narra os problemas enfrentados em Mato Grosso do Sul e no Brasil. Do Grupo Teatral Palco/Sociedade Dramática, de Campo Grande/MS. No Centro Cultural José Octávio Guizzo, Teatro Aracy Balabanian. Às 19h e 21h.

(exposição) Até 23 de fevereiro SALÃO DE ARTES MS De terça a sexta das 12h às 18h. Sábados, domingos e feriados das 14h às 18h. Entrada gratuita. No MARCO, Rua Antônio Maria Coelho, 6000 – Parque das Nações Indígenas.

(evento) 15 de fevereiro LANÇAMENTO DO LIVRO “GUGA BORBA E GUILHERME CRUZ: FILHOS DOS LIVRES PENSAMENTOS” No MARCO, Rua Antônio Maria Coelho, 6000 – Parque das Nações Indígenas. Às 19h.

(cinema) 01 a 28 de fevereiro CINEMIS ESPECIAL DE FÉRIAS Com filmes doados pela ANCINE (Agência Nacional do Cinema), o Programa CineMIS Especial de Férias promove exibição gratuita de filmes nacionais de longa metragem. Informações: 3316 9178 No Museu da Imagem e do Som de MS. Segunda a sexta-feira, sempre às 14h.

(teatro) 14 de fevereiro ESPETÁCULO “SOCORRO, MINHA CASA É UMA COMÉDIA” Uma produção do Grupo Teatral Palco Sociedade Dramática e da Associação Artística Cultural Palco de Artes Cênicas, Esporte, Lazer e Promoção Social. No Centro Cultural José Octávio Guizzo, Teatro Aracy Balabanian. Às 19h e 21h.

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(teatro) 16 de fevereiro ESPETÁCULO “O ESCURIAL” Do Grupo Teatral Palco/Sociedade Dramática, O Escurial é adaptação livre da obra do belga Michel de Gheuderode. No Centro Cultural José Octávio Guizzo, Teatro Aracy Balabanian. Às 19h e 21h. (oficina) 16 de fevereiro OFICINA DE TEATRO PARA CRIANÇAS COM AMÉLIA ROCHA. No Centro Cultural José Octávio Guizzo, Teatro Aracy Balabanian. Às 09h. (show) 16 de fevereiro 1ª EDIÇÃO DO FESTIVAL BLUES MS COM DONNY NICHILO Em apresentação única em Campo Grande, Donny Nichilo e Décio Caetano abrem o festival de blues de 2013. No Bar Fly, R Pajuçara, 201, Chácara Cachoeira. Às 22h30.

(teatro) 17 de fevereiro ESPETÁCULO “ARTE DE QUINTA” No Centro Cultural José Octávio Guizzo, Teatro Aracy Balabanian. Às 19h. (show) 17 de fevereiro PROJETO SOM DA CONCHA “MISTURA DE RAÇA E BIBI DO CAVACO” Na Concha Acústica Helena Meirelles, Rua Antônio Maria Coelho, 6000. Às 18h30. (evento) 17 de fevereiro MARACANGALHANDO NO ENCONTRO DA REDE BRASILEIRA DE TEATRO DE RUA Almoço com muita música boa. Entrada R$ 10. Informações: 3356 7682 Na conveniência Vai ou Racha, R 14 de julho esquina Av Euler de Azevedo. Às 11h. (evento) 21 a 23 de fevereiro I SEMANA DE CINECLUBISMO Com intuito de incentivar e promover a cultura audiovisual, o evento promoverá o encontro de cineclubistas, cineastas, jornalistas e educadores. Diante de debates, oficinas e mostra de filmes, produtores culturais irão expor suas experiências, pesquisas e produções, mostrando a relevância da produção audiovisual na cultura, na educação e na sociedade. No Museu da Imagem e do Som e no Centro Cultural José Otavio Guizo. Para mais detalhes veja a matéria do evento nesta edição. (teatro) 23 e 24 de fevereiro À PRIMEIRA VISTA Com direção de Enrique Diaz e estrelado por Drica Moraes e Mariana Lima, a peça conta a história do encontro de duas mulheres e seus pontos de vista. No Teatro Glauce Rocha. Sábado às 21h e Domingo às 20h.



LOOK CERTO ∆

RELAX

O clima descontraído do verão toma conta dos dias mais ensolarados. Hora de passear, e por que não aproveitar o momento para ir ao shopping com as amigas fazer aquelas comprinhas básicas de liquidações, ver um belo filme e namorar muito? Para dias de muito calor, que tal a combinação short-T-shirt-tênis? Esse estilo confortável e relax nunca esteve tão em alta.

T-shirt Miss Melon p/ Maria e Maria • Pulseira John John • Cinto Andarella • Mochila Kipling • Tênis Bo.Bô - Preços sob consulta

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Fotos | Lucas Possiede e divulgação

Por | Luiz Gugliatto



ESCOLHA DO MÊS ∆

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Campanha Stella Mc Cartney p/ Adidas

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PEGADA SPORTWEAR 7

Foi-se o tempo em que tênis era coadjuvante em um look para esportes. Hoje em dia fica até difícil escolher entre tantas opções de modelos e cores super vibrantes, repaginados a cada estação. Os mais procurados são os mega coloridos, que já são unanimidade entre personalidades como os fenômenos da natação Phelps e Missy Franklin. Neste verão, o neon está presente em todas as grifes e é forte tendência nos acessórios e roupas esportivas. Escolha os mais chamativos e arrase! 1- Olympikus Flex Led • 2- Nike Flyknit Racer • 3- Nike Air 3 Max • 4- Asics Gel Noosa Tri 8 • 5- Adidas by Jeremy Scott • 6- Reebok Real Flex • 7- Fila Run Wind • 8- New Balance Wr890 - Preços sob consulta

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Fotos | divulgação

Por | Luiz Gugliatto



TRENDY ∆

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Campanha Blue Man

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MOCHILEIRA! Por | Luiz Gugliatto

As mochilas estão absolutamente lindas. Esse acessório é perfeito para quem adora liberdade e conforto. O fato de poder carregar tudo o que precisamos de uma forma simples, agrada muito as adolecentes que estão ingressando o ensino médio e querem uma mochila descolada com design super moderno. Não esqueça de que devemos ficar atentos na hora de comprar uma, já que o mercado apresenta uma gama muito grande de modelos e cores. Cuidado com a qualidade e o acabamento das peças! Vale lembrar que mochilas são itens de moda para garotas femininas que gostam de estar sempre antenadas. 6 1- Monster High • 2- Paul Frank • 3- Fitá • 4- Imaginarium • 5- Cantão • 6- Imaginarium - Preços sob consulta

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Fotos | divulgação

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ACHADOS DE MODA ∆

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Campanha AFGHAN

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CLEAN OU GLAM?

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Por | Luiz Gugliatto

Usar o cinto a seu favor é sempre uma boa pedida. Não esqueça que o ideal é sempre usar um que, além de design moderno e informações de moda, combine com a sua silhueta. Cintos fininhos vão bem para qualqer corpo, já os de tamanhos médios a largos ficam melhores para mulheres mais altas e magras. Os cintos médios, por serem mais clássicos, nunca saem de moda – eles funcionam bem na cintura e também um pouco abaixo dela, quase no quadril. Nesse caso ficam ótimos para dar alusão a uma falsa cintura. Esse acessório é o mais indicado e usado por garotas antenadas com as últimas tendências, que têm inovado cada vez mais na hora de afivelar os cintos, amarrando -os com bastante ousadia. Usar cintos por cima de vestidos, blusas e camisas é um excelente truque para deixar seu visual com mais personalidade. 1- M. Officer • 2- M. Officer • 3- Tempo 4 p/ Mara Lima • 4- Equus • 5- Cori p/ Mara Lima • 6- Forum • 7- Maria Bonita Extra • 8- Arezzo - Preços sob consulta

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Fotos | Lucas Possiede e divulgação

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Foto | Lucas Possiede

DESÇA DO SALTO E CONTINUE LINDA.

Shopping Norte Sul Plaza | LOJA 165 | TEL.: 67 3028 9886


10 COISAS ∆

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Campanha Dudalina

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Por | Luiz Gugliatto

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As liquidações de verão estão a todo vapor! O momento é interessante para comprar peças que tenham um certo apelo atemporal, como a saia lápis que, de tão versátil, pode ser incluída em qualquer ocasião. A camisa de alfaiataria é outro item essencial para um visual elegante - dependendo do que você usar junto com essa peça, pode mudar totalmente o look. A escolha inteligente é aquela em que você compra lindas peças e faz uma bela adaptação para que elas sirvam tanto no verão quanto no inverno. 1- Óculos Fendi • 2- Camisa Le Lis Blanc • 3- Calça Forum • 4- Lenço Hermès • 5- Relógio Michael Kors • 6- Casaqueto Folic • 7- Sapatilhas Maria Pumar • 8- Saia M. Officer • 9- Bolsa Carolina Martori • 10- Scarpin Daslu - Preços sob consulta

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Fotos | Lucas Possiede e divulgação

CLÁSSICOS


PUBLIEDITORIAL ∆

O Convite, onde tudo começa. Há décadas, recebemos e enviamos convites para os mais variados tipos de festas, como casamentos, 15 anos, eventos empresariais e outros tantos momentos especiais. E podemos garantir: o nome do convidado por extenso no convite continua tendo a mesma importância de antigamente, independentemente da ocasião. Contudo, devido à falta de tempo, maior praticidade e economia, têm se tornado populares outras formas de inserir o nome do convidado, além da caligrafia. Uma opção em alta, oferecida pela Papel Convite, é o Convite Personalizado.

Karina Carvalho Alves - Proprietária

Criada em Presidente Prudente em 1998, a Papel Convite chegou a Campo Grande em 2009 com a opção de Convites Personalizados. Todos são confeccionados individualmente, com nome impresso junto ao texto. Para deixá-los ainda mais exclusivos, pode-se personalizar o convite com frases como: “À minha querida avó Laura”; “Ao padrinho Pedro e madrinha Milena”; “Aos queridos pais João e Maria Célia”. Para que tipo de convite pode ser utilizada a personalização da Papel Convite? Para todas as ocasiões em que você deseje que o seu convidado se sinta único.

Esteja preparado para surpreender o seu convidado, e prove que ele é Especial! O que é o Convite Personalizado? Praticidade, eficiência e exclusividade fazem a diferença. Todos os convites são entregues da seguinte maneira: • Personalizado Individualmente (cada um dos convites solicitados); • Com todos os respectivos convites individuais e listas de presentes quando necessário; • Plastificados; • Lacrados; • Identificados na parte externa dos convites; • Entregues em ordem alfabética.

Para maiores informações: Loja 1: Praça Cel. Goulart, 251 - (em frente à Igreja) Vl. Maristela - P. Prudente - SP - (18) 3221 7822 / 8155-6052 NOVO ENDEREÇO Loja 2: Rua Euclides da Cunha, 1621 - Santa Fé Campo Grande/MS - (67) 3324-7822 / 8128-3905

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Fotos | Alexis Prappas Stylist | Luiz Gugliatto


Vestido Tempo 4 p/ Maria Pitanga, pulseiras, anel e brincos JC semi-joias


Blusa AndrĂŠ Lima p/ Gaveta, brincos, anel e pulseira JC semi-joias


Vestido Terani p/ Sidney Volpe, brincos, anel e pulseira JC semi-joias, sandรกlias Pisato


Blusa JVN p/ Sidney Volpe, brincos e anel JC semi-joias, colar acervo


Cropped top e saia Kak么 Couture, brincos, colar, pulseiras e an茅is Badulaque


Blusa Santee p/ Gaveta, brincos e anel JC semi-joias


Vestido acervo, brincos e anel JC semi-joias, sapatilha Pisato


Blusa Bob Store, saia Gaveta, brincos, anel e pulseira JC semi-joias, scarpin Pisato


Ficha técnica Fotógrafo | Alexis Prappas Produção | Luiz Gugliatto Produção executiva | Melissa Tamaciro Make/Hair | Helder Marucci Modelo | Thaysse Ricci Agradecimento FUNDAC


Top 4: Tratamentos para o cabelo! 54 | FEVEREIRO 2013


beleza ∆

Tecnologia e luxo que funcionam Texto | Natália Charbel Fotos | Lucas Possiede

A beleza dos cabelos está no topo da lista de preocupações de beauté de qualquer mulher. O corte exato, a cor que valoriza, a luta por brilho, maciez e vida. E para garantir madeixas dignas de propaganda de xampu, não medimos esforços. Por isso, reunimos aqui quatro dos melhores tratamentos oferecidos nos salões mais badalados do Brasil. Escolha o seu, e arrase no cabelón!

Fiberceutic ou “Botox capilar” L’oreal Professionnel: O tratamento empresta o nome da toxina botulínica que atenua sinais indesejados e garante o mesmo às madeixas mega danificadas. Como? A molécula Intra-Cylane é aplicada com a ajuda de uma seringa e consegue chegar ao interior da fibra, promovendo a reconstrução de dentro para fora, o que também previne a quebra. Depois de aplicada, a proteína de composição um tanto mais líquida age por cerca de 5 minutos. Em seguida é a vez de uma máscara que atende à necessidade real de cada cabelo. Os resultados são bem visíveis já na primeira vez. Para garantir o sucesso a recomendação é usar em casa os xampus e condicionadores da linha, além da máscara uma vez por semana.

Kérastase Chronologiste (à base de caviar): Um luxo! Dois ingredientes super especiais e raros: as pérolas de mimétique de caviar, com os nutrientes ativos e uma máscara ultraenriquecida. As pérolas semelhantes ao caviar são amassadas de maneira suave e o conteúdo vai se misturando à máscara. Os componentes ativos são ‘protegidos’ até o momento da aplicação, e esse é um dos grandes segredos do tratamento. É recomendado para todos os tipos de cabelo. A nutrição é profunda, pode ser feita quinzenalmente ou conforme a necessidade de cada cabelo. O tratamento confere proteção à cor, hidrata, reconstrói os fios, além de devolver o brilho aos cabelos danificados. Incrível para quem passou por vários processos químicos. Sua ação chega ao couro cabeludo, garantindo hidratação e força desde a raiz. Cauterização a Frio Redken: A única cauterização que não precisa do calor para que a queratina penetre no cabelo. As cauterizações conhecidas têm como base a ação de reconstrução da queratina potencializada por alguma fonte de calor (secador sozinho ou com chapinha). Essa possui uma tecnologia de transporte de componentes ativos que agem na estrutura dos fios, através da combinação de lecitina de soja, proteínas e aminoácidos. O tratamento começa com o xampu Real Control que limpa e já começa a hidratar. Depois é a vez do shake, que nutre profundamente. Cinco minutos depois é a vez de equilibrar o pH das madeixas. Aí entra em ação a máscara, que age por mais 20 minutos. O resultado você vê na primeira sessão: maciez, brilho e redução de volume. Fusio-Dose Kérastase: Uma palavra para definir esse tratamento: tecnologia. Ele transforma o salão em um grande laboratório hightech e inaugura uma nova era de tratamentos personalizados. Com uma grande concentração de componentes ativos, Fusio-Dose possibilita que o profissional elabore uma fórmula exclusiva para cada cliente. Com essa ciência é possível criar um tratamento sob medida e super funcional. Após a avaliação do fio, que segue quatro importantes aspectos (grau de ressecamento, sensibilidade da cor, resistência e densidade), é determinado o procedimento que atenderá às necessidades de cada cabelo. O resultado é obtido por meio da fusão de um concentrado e um booster. A resposta é surpreendente e imediata. Apesar de toda a tecnologia, a aplicação é mega simples e você não vai gastar muito tempo no salão.

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nécessaire 56 | FEVEREIRO 2013

Depois de passar pelo salão e testar os tratamentos mais bacanas, você vai precisar continuar a hidratação em casa. Nossas escolhas são fáceis de aplicar e os resultados são incríveis. Enjoy!


HITS DE BELEZA ∆

Máscara Smooth Down Butter Treat, Redken: Perfeita para os cabelos mais rebeldes e volumosos. Hidrata profundamente. O exclusivo “Sistema Condicionador Interbond” oferece um complexo à base de macadâmia, cera de candelina e purificadores cateônicos, que controlam o frizz e disciplinam os fios. Preço: cerca de R$130 Absolut Repair da L’Oréal: Quase unanimidade. Todo mundo gosta. Super hidratante e ideal para cabelos muito danificados. Proporciona brilho, repara e nutre profundamente. Um coringa que vale a pena. Preço: R$120

Fotos | divulgação

Elixir Ultime, Kérastase : Incrível! Mistura quatro óleos super nutritivos: de argan + de pracaxi + de germen de milho + de camélia. Deixa o cabelo ultra brilhoso e suave. O cheiro é uma delícia e ele funciona para todos os tipos de cabelos. Do tipo: tem que ter . Preço: Encontramos valores que variam de R$170 a R$220 (dica do blog Dia de Beauté da Victoria Ceridono).

Aussie 3 minutes: Funciona em apenas 3 minutinhos, e dá para usar no banho mesmo. Na verdade ele fica entre uma máscara e um condicionador super potente. Para uma hidratação express e com resultado. Perfeito para quando a gente está sem tempo nenhum! Preço: cerca de RS 25

Moroccanoil Intense Hydrating Mask (Tampa Marrom) : Uma versão mais light da Moroccanoil Laranja, com aquela nutrição inconfundível das máscaras da marca. Dicas do blog Marcos Proença: “Gosto de deixar uns 7 minutos para que haja um resultado significativo. Sempre que uso essa máscara pego a quantidade que usarei para todo o cabelo e misturo com algum óleo de nutrição (meus favoritos são o da própria Morrocanoil). Essa mistura vai intensificar em até 10X a ação do produto.” Preço: cerca de R$ 170

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Os rins e a energia da vida

A longevidade nas mãos desse órgão Texto | Natália Charbel

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SAÚDE ∆ “O envelhecimento faz parte do ciclo normal da vida e não deve ser sinônimo de doença. Ele decorre do enfraquecimento da nossa energia pré-natal, base material da vida relacionada ao rim, conforme a teoria dos cinco elementos. Ele pode ser adiado se a pessoa tomar cuidados para reforçar os três níveis de existência: Shen (espírito), Qi (energia vital) e Jing (matéria).” Vamos começar com uma explicação, digamos, didática: Os rins são um par de órgãos de formato semelhante a dois feijões, situados na parte de trás do abdômen, e são a força motora do sistema urinário. Para que nós, leigos, possamos entender, eles funcionam como filtros seletivos, que têm como missão limpar o sangue dos mais diversos tipos de impurezas. Imaginem se esses filtros não funcionassem direito. As sujeiras se acumulariam e, por consequência, nos intoxicaríamos com ureia e dezenas de outras toxinas produzidas por nós mesmos ou internalizadas (por remédios, drogas ou agrotóxicos, por exemplo). Os rins também são afetados pelo consumo excessivo de sal, já que o órgão tem uma capacidade restrita para filtrar e eliminar o sódio. O consumo exagerado faz o rim trabalhar sob uma grande pressão, o que compromete seu funcionamento (vide matéria ‘tipos de sal’ nesta edição). Pelo sistema renal passam todos os líquidos do organismo, logo, o funcionamento dele afetará o corpo de todas as formas. Sem dúvida essa é uma explicação simplista, mas consegue nos dar a noção da complexidade e importância desse órgão. Apesar de perceber a função dos rins de forma similar à medicina ocidental, a Medicina Tradicional Chinesa (MTC) enxerga um alcance mais abrangente do órgão. Segundo a MTC, os rins são a raiz da vida, armazenam nossa essência vital encarregada do crescimento, desenvolvimento, reprodução e fertilidade. Eles são a fonte do qi pré-natal, que herdamos dos nossos pais, condição inata do indivíduo. Para quem nunca ouviu falar em qi, existe uma maneira simples (ou quase) de explicá-lo: no momento da fecundação, somos ‘presenteados’ geneticamente com uma espécie de saldo de vitalidade para usar durante toda a vida, e cabe a nós manter esse saldo positivo. A essência pré-natal vem do material genético. Já a essência pós-natal pode ser controlada pelo indivíduo, deriva da alimentação e do ar. Alguém que herdou uma energia prénatal fraca tem plenas condições de ter uma vida saudável, adquirida pela gerência da essência pós-natal forte e consistente. Alimentação equilibrada, prática de atividade física

e exercícios de respiração são capazes de garantir uma essência pós-natal constante. Aí entra uma regra simples, que nós conhecemos muito bem: quem usa pouco desse saldo de energia, poupa, evita desperdícios, e mais, consegue depositar mais energia vital, ganhará saúde e longevidade. O oposto também acontece: quem abusa dessa energia, se alimenta mal e tem uma vida de excessos, irá esgotá-la rapidamente. Nesse caso, segundo a MTC, a consequência são doenças sérias e a morte precoce. O qi é a energia vital que nos mantém vivos. As escrituras taoístas dizem que a água é a representação da sabedoria, pois segue seu caminho mesmo passando por muitos obstáculos. A água é yin, tem natureza feminina e cíclica. Segundo a MTC, a água representa o rim, e a bexiga e os rins controlam o metabolismo líquido. Existe uma relação simbólica que liga fortemente as águas e as emoções. Pelos rins passam todas as nossas sensações e sentimentos. Neles, as vibrações têm a oportunidade de serem retidas ou eliminadas. Podemos pensar no processo de filtragem como uma capacidade de discernimento, um sistema que seleciona a capacidade de eliminar sentimentos e lembranças desagradáveis. Segundo a MTC, a saúde desse órgão é o elemento definitivo mais importante na questão vitalidade e longevidade de um indivíduo – os rins carregam a energia da vida. Sem dúvida para nós, ocidentais, essa filosofia pode parecer estranha e até meio maluca. Mas é milenar, e se pensarmos que são os orientais os campeões de longevidade ao redor do nosso planeta, tudo pode fazer mais sentido. E no final, a regra é vida saudável, evitar excessos, desperdício de energia e se alimentar de maneira equilibrada. E nesse ponto, orientais e ocidentais chegam a um consenso: esse é o grande segredo da vida. ∆

Fontes: Textos de: Bill Schoenbart – Mestre em Medicina Chinesa; Membro da faculdade da Escola Americana de Herbalismo e da Escola Hawaii de Medicina Tradicional Chinesa; Editor da The Way of Chinese Herbs e Biomagnetic and Herbal Therapy. Ellen Shefi – Membro da Associação Americana de Acupuntura e Medicina Oriental; da Associação Herbária Americana e da Associação de Acupuntura do Oregon.

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O sal da vida Conheรงa os perigos e os sabores do tempero mais usado no mundo!

Texto | Natรกlia Charbel

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NUTRIÇÃO ∆

Brasileiro adora sal e costumar abusar do tempero. Se no passado, o alimento foi considerado artigo de luxo e chegou a ser usado como moeda, hoje ele está presente em todas as refeições, e muitas vezes em quantidade bem maior do que deveria. “Só para vocês terem uma ideia, a Organização Mundial da Saúde recomenda que o consumo de sal não ultrapasse uma colher de sopa rasa (5g) por dia, o que equivale a dois gramas de sódio diários, quantidade muito inferior à média do consumo brasileiro, estimada em 4,5g/dia. A associação entre o consumo exagerado de cloreto de sódio e a elevação da pressão arterial não é surpresa para a maior parte da população. O sódio é capaz de provocar retenção de água no corpo, aumentando o volume sanguíneo e, por consequência, a pressão arterial. O abuso do sal também tem sido relacionado com o aparecimento de doenças como câncer de estômago, cálculos renais, osteoporose e obesidade. E existem evidências de que alimentos salgados agem no cérebro como drogas, causando dependência, pois quando ingeridos provocam sensações prazerosas, o que induz a uma ingestão ainda maior desses alimentos”, relata a nutricionista Dayana Megale. Muito além do sal refinado: Existem variados tipos de sal, alguns muito mais saudáveis que o refinado comum. Aí o raciocínio é fácil: trocar o sal comum por uma versão mais saudável e eliminar todos esses

riscos. Mas, segundo a nutricionista, não é tão simples assim: “Acho interessante sempre rodiziar os tipos de sal, dando prioridade ao sal marinho e o sal light. Pacientes hipertensos devem restringir a quantidade para no máximo 1 grama ao dia, independente do tipo de sal. Para os pacientes com hipertireoidismo, o mais indicado é o uso do sal não iodado, e com hipotireoidismo o uso do sal iodado. O sal do tipo light está em alta, principalmente por quem costuma reter líquido e vive de dieta. Teoricamente os tipos de sal chamados de light têm diminuição no conteúdo de sódio e acréscimo de potássio, o que é benéfico, principalmente para pessoas com pressão alta. Mas não é tão simples. O potássio não salga tanto e muitas pessoas acabam utilizando uma quantidade muito maior, reduzindo os benefícios.” Dayana destaca outro detalhe importante: “Sempre leia o rótulo do produto. Muitos fabricantes acrescentam um composto chamado de glutamato monossódico, justamente para dar um sabor mais salgadinho. Esse aditivo é neurotóxico, por isso fuja de todos os produtos que contenham essa substância na composição. Existem boas marcas no mercado, somente leia o rótulo para ter certeza de que está levando um produto de qualidade”. Independentemente do sal que for utilizado, deve haver moderação.

Tipos de sal Sal refinado: O mais comum e o mais utilizado. Pela lei brasileira, adiciona-se iodo (na forma de iodeto) para evitar a ocorrência do bócio, mas, por ser artificial, pode gerar outros problemas na tireoide. Sal marinho: Obtido por evaporação da água do mar, contém iodo orgânico de fácil assimilação, além de preservar outros minerais. Ele pode ser encontrado nos formatos grosso, moído ou em flocos – esses dois últimos mais facilmente encontrados em estabelecimentos de produtos naturais – nas cores rosa, cinza ou preto. Sal do Himalaia: Os depósitos ficam ao pé da montanha, formada há milhões de anos, quando a região era banhada pelo mar. Possui tom rosado devido ao ferro e ao manganês presentes, além de magnésio, potássio, selênio e zinco, que contribuem para o seu sabor diferenciado. Sal light: Com teor de sódio reduzido, é a mistura de partes iguais de cloreto de sódio e cloreto de potássio. Sal grosso: Não refinado, apresenta-se na forma como sai da salina. Sal de Guérande: É totalmente não refinado, recolhido na península de Guérande, na Bretanha, noroeste da França. Preserva muitos minerais e o iodo, fundamental para a tireoide.

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Vida Saudável Para algumas linhas da Medicina Oriental, os rins são tão ou mais importantes que o coração. Portanto cuidar deles é essencial para uma vida longa e saudável. O excesso de sal é um dos grandes inimigos desses órgãos, e nós sabemos que reduzir a quantidade do tempero nem sempre é simples. Convidamos a nutricionista Dayana Megale, que nos passou três receitinhas incríveis para te ajudar a diminuir o sal e melhorar a sua saúde e a de todos que sentarem à sua mesa.

Sal de ervas 1 1 xícara de chá de sal grosso 1 xícara de chá de orégano 1 xícara de chá de alecrim 1 xícara de chá de estragão Preparo: Lavar bem as ervas e secá-las com um pano limpo. Depois, colocá-las junto com o sal no liquidificador ou no processador de alimentos e triturar tudo. Guardar a mistura em um recipiente fechado, em local fresco e seco. Sal de ervas 2 10g de alecrim* 25g de manjericão* 15g de orégano* 10g de salsinha* 100g de sal marinho *Quantidades relativas ao peso das embalagens da erva seca disponíveis no mercado.

Dicas para diminuir o consumo do sal • Compre produtos frescos, sem sal adicionado; evite produtos industrializados, principalmente temperos prontos. • Cuidado com produtos em conserva ou embutidos, como peito de peru, presunto etc. Esses alimentos contém sódio em excesso. • Evite usar saleiro à mesa, assim você evita de colocar no alimento mais sal do que precisa. • Quando for às compras, leia os rótulos cuidadosamente e procure por alimentos com baixo teor de sódio. • Não use muito sal nas preparações feitas para crianças, assim elas acostumarão com menos sal. • Procure dar sabor aos pratos com ervas frescas, como tomilho, manjericão, coentro, orégano, sálvia, alecrim e açafrão, por exemplo. • Evite preparações instantâneas, enlatadas ou congeladas.

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Preparo: Bater os ingredientes no liquidificador. Guardar em pote de vidro bem fechado. Usar no lugar do sal comum.

Receita de Tempero Caseiro 1 maço de sálvia 1 alho poró 4 cabeças de alho 1 cebola 1 pimentão vermelho Manjericão / Alfavaca Hortelã Pimenta Alecrim Manjerona Óleo, azeite de oliva ou água para misturar 1 xícara de sal. Preparo: Bater o alho com um pouco de óleo, azeite ou água no liquidificador. Em seguida, acrescente os demais ingredientes, um a um até que a mistura fique homogênea. Feito isso, acrescente uma xícara (chá) de sal para que o tempero seja melhor conservado. Guarde em um pote tampado. Utilize em pequena quantidade.



Caesar Salad Mรกrcia e seu recanto das ervas

Texto | Daiane Libero Fotos | Lucas Possiede

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GASTRONOMIA ∆

Caesar Salad especial ao pesto Salada Quando se vê o jeito tranquilo com que Márcia Chiad fala sobre ervas aromáticas, nem imagina-se que ela já viveu a rotina agitada do mundo do jornalismo. Antes de se especializar em alimentação saudável, Márcia deu aulas no curso de Comunicação Social da UFMS, foi assessora de imprensa e repórter. Nascida em Campo Grande, tomou gosto pelos alimentos orgânicos. “Sempre tive um prazer enorme em estar em contato com a natureza”, conta. Assim, aos poucos sua ideia de trabalhar com algo natural tomou forma: o Recanto das Ervas. Em 2000, Márcia começou a cultivar seus próprios temperos. Aqui e ali, reunia experiências para o que seria um espaço para transmitir a crianças e adultos sua paixão pelo que brota da terra. O Recanto era, inicialmente, um espaço apenas para ensinar. “Durante os cursos, sempre fazíamos receitinhas naturais. Foi assim que surgiu a ideia de ampliar o negócio”. Hoje, o espaço é um mix de restaurante orgânico e local de aprendizado. O menu é composto de pratos leves à base de ervas, legumes e até mesmo brotos e flores comestíveis. “Quero sempre dar mais sabor e aroma às refeições de todos os dias – que podem ser sempre especiais”.

100 g de alface verde. 100 g de alface roxa. Brotos de alfalfa. 100 g de rúcula. 100 g de tomate cereja. 50 g de tomate seco. 140 g de muçarela de búfala. 140 g de frango para grelhar. Parmesão ralado a gosto.

Farinha integral de ervas finas 2 fatias de pão integral torrado. 100 g de manjericão. 100 g de alecrim. 100 g de salsinha.

Molho pesto Um maço de manjericão fresco italiano ou roxo. Azeite de oliva. Sal e pimenta. 10g de castanha do pará.

Modo de preparo Bata os ingredientes da farinha integral de ervas finas no liquidificador, tudo junto. Reserve. Coloque as folhas verdes em uma saladeira intercalando as cores, o broto de alfalfa, o tomate seco e o tomate cereja. Adicione a muçarela de búfala. Grelhe o frango com um fio de azeite, em pedaços, mas antes passe cada pedaço na farinha integral de ervas finas. À parte, bata o manjericão, o azeite, o sal e a pimenta para o molho pesto, adicionando em seguida a castanha do pará. Espalhe os pedaços de frango na salada, regando com o molho pesto e finalizando com parmesão ralado por cima.

Para A Gente, Márcia dá uma receita de Caesar Salad especial ao molho pesto. Para dar energia e saúde. FEVEREIRO 2013 | 65


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Texto | Gabriela Ostronoff

A banda psicodélica mais descolada do planeta para crianças lança seu segundo álbum. “Pequeno Cidadão 2” está nas lojas e disponível para download na internet. A grande novidade é que a banda acaba de lançar dois livros: um leva o nome da banda e o outro o nome da música de sucesso do primeiro álbum: “Tchau Chupeta”. Infelizmente, Arnaldo Antunes não faz mais parte da banda, mas Edgard Scandurra, Taciana Barros e Antonio Pinto, acompanhado de seus filhos, seguram bem o ritmo. No site www.pequenocidadao.com você pode baixar músicas e assistir aos vídeos.

Começando o ano com novidades! A Loja Dádá, de Portugal, é uma fofura e tem peças incríveis para crianças de até 6 anos. As peças são confeccionadas com algodão orgânico e são feitas com responsabilidade social. Apesar da entrega para o Brasil provavelmente ficar cara, vale a pena entrar no site e consultar o valor, além de dar uma espiada no que essa mãe austríaca que vive em Portugal conseguiu fazer de mais legal para as crianças. www.lojadada.com

Outra loja fofíssima e cheia de promoções de troca de estação (as estações são opostas às nossas) é a Kids Case, de Amsterdã. As peças têm um ar bucólico descolado, que só uma loja de Amsterdã poderia criar para a moda infantil. Divino! www.kidscase.com

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Volte às aulas descomplicando

Para curtir o ano todo. Angel Olsen, a cantora estadunidense que parece sósia da nossa querida Malu Magalhães, mostra com seu disco de estreia, Half Way Home, uma carreira promissora. Um tanto melancólica, mas cheia de amor e com um vocal refinado, essa menina ainda vai dar o que falar!

Texto | Gabriela Ostronoff

Escolha difícil é uma dessas mochilas coloridas da Billabong para a volta às aulas! São tão necessárias que fica difícil viver sem ter uma delas! Olha só: Apaixonante! Ainda não sabe que carreira quer seguir? Muita pressão na escola, em casa...? O tempo parece passar cada vez mais rápido quando estamos sob pressão, e é difícil descobrir e escolher aquilo que queremos para o futuro quando todo mundo parece ter encontrado um caminho, menos você. Esse pequeno livro de Maurício Sampaio pode te ajudar muito a fazer a “Escolha Certa.”

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achados de casa ∆

HOME OFFICE Por | Luiz Gugliatto

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Os dias atuais estão cada vez mais acelerados. Quando se trata de trabalho, estamos sempre atrasados. Portanto nada mais prático que ter um escritório base em casa onde podemos concluir com facilidade e conforto nossas tarefas diárias. Para ter um home office agradável, alguns itens são indispensáveis. Por isso, vale o investimento em prateleiras, gaveteiros, caixas organizadoras, porta-canetas e luminárias com design diferenciado. Faça você mesmo uma decoração simples e criativa.

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01-Luminária Black Wire Sofie ref. 01 p/ Scandinavia Designs Preço sob consulta; 02-Revisteiro Crafts p/ Obravip R$ 216,60; 03-Despertador e luminária retrô Imaginarium R$ 159; 04-Conj Caixas Organizadoras Etna 29,99; 05-Relógio Watch Me Scandinavia Designs R$ 199; 06-Jarra Eva Capa Neoprene Scandinavia designs R$ 249;

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07-Maletas Organizadoras Casa 8 - Preço sob consulta; 08-Bloquinho Pera Achados R$ 9; 09- Luminária Zé Iluminista/Chico Abrão p/Amor. Arte R$450; 10-Gaveteiro Organizador Decorage cod.9000779w R$ 602,60.

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A GENTE EM CASA ∆

Office deluxe Projetado pelas arquitetas Annelise Giordano e Gelise Almeida, o Home Office do advogado Oton Nasser possui elementos de design que revelam a personalidade de quem ali trabalha. Isso sem perder o conforto essencial desse tipo de ambiente, que é uma extensão aconchegante do trabalho, dentro de casa. Texto | Daiane Libero Fotos | Lucas Possiede

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O cômodo foi preparado para que o advogado pudesse trabalhar em casa com tranquilidade. “Queríamos um ambiente que refletisse o jeito marcante do dono”, conta Annelise. Os detalhes pessoais ficam por conta das medalhas esportivas e comendas do advogado, que atualmente utiliza o escritório para escrever um livro sobre direito do trabalho.


Embora o espaço seja reduzido, a projeção estratégica do mobiliário faz com que ele atenda na medida às necessidades do advogado. Para isso, a arquiteta Annelise fez uso das prateleiras e nichos de cor preta, em laca e madeira, que ao mesmo tempo organizam o ambiente e também decoram. “Iluminamos as prateleiras indiretamente para dar sensação de amplitude”, explica Annelise. Item especialíssimo em escritórios, a cadeira de couro remete à história do advogado, tendo feito parte da composição de outros escritórios que o ele teve ao longo da vida.

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Os tons de cinza, chumbo, amadeirado, preto e marrom são realçados com o papel de parede metalizado, que dá um toque de modernidade ao Office. Essencial era garantir uma iluminação privilegiada, que colaborasse com os momentos de trabalho e estudo, por meio de uma persiana que deixa o ambiente iluminado na medida certa durante o dia. Outros objetos que chamam a atenção são o espelho central e os porta-retratos com a base de madre-pérola. ∆

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Comunicação interna nas empresas e o impacto nos resultados. O que você quer?

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COMPORTAMENTO ∆

Texto | Elenara Baís, Personal e Professional Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching, Psicóloga, Consultora de Recursos Humanos do Instituto Vitória Humana

Descobrir significados, dicas e links dentro das palavras pode ser um exercício bastante interessante, até surpreendente. A palavra comunicação tem um som que sugere “com-umaúnica-ação”, e assim tem-se uma ideia da dimensão superior desta faculdade humana, capaz de orquestrar com harmonia grandes ações, que jamais podem ser feitas por uma única pessoa. Grandes conquistas são resultado da ação de muitas pessoas e a comunicação é o fator que une movimentos em um único sentido numa soma sinérgica e criadora. Pessoas diferentes, com formas distintas de ver e de pensar, convivendo sob pressão com propósitos empresariais nem sempre claros para todos. Assim é o dia a dia das empresas de uma forma geral. Paradoxalmente, a diversidade humana em formação e as maneiras de perceber o mundo produzem riquezas e também produzem os chamados ruídos na comunicação, quando fatores não percebidos interferem nos resultados. Daí a grande importância de compreender como isto acontece e buscar caminhos que venham a facilitar o fluxo da comunicação entre as pessoas no ambiente de trabalho. Resistir em reconhecer e tratar as dificuldades de comunicação na empresa pode significar entraves diversos como lentidão nos processos, desperdícios, retrabalhos e deterioração no clima organizacional, o que se traduz em elevação dos custos e diminuição da qualidade do produto final e do atendimento. Um lento e fatal impacto nos resultados, que não é identificado por um olhar menos habilitado. Fácil de observar é o nível de estresse que abala a saúde dos gestores em função da pressão e dos conflitos e o caríssimo turnover – a rotatividade dos colaboradores que hoje, cada dia mais, buscam ambientes saudáveis para passar as horas do seu dia e ganhar o seu pão.

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Como fazer para melhorar o nível de comunicação? Todas e quaisquer iniciativas para a melhoria da comunicação interna da empresa são válidas. Como em tudo na vida, a tomada de consciência e a atitude de querer modificar são os primeiros e imprescindíveis passos. Buscar informações, hoje abundantes e acessíveis, de como funcionam os processos de comunicação é um bom começo. Entender que existem elementos da comunicação, identificá-los e reconhecer que há uma dinâmica, compreendendo como ela funciona, habilita quem assim o faz a melhores resultados. Há quem diga que nada é mais prático do que uma boa teoria. Concordo sempre que observo o nível de segurança, consistência e assertividade de qualquer ação quando embasada por quem já estudou o assunto. Buscar conhecer um pouco que seja de teoria da comunicação deveria ser um dever de todos que dependem de outras pessoas na execução de seus objetivos. Isto facilita muito. A maior parte das pessoas que ocupam cargos de gestão não tem formação neste sentido, ou seja, não aprendeu isto na escola e, na vida, nem sempre há condições acessíveis para um aprendizado que sustente as necessidades. Quem estuda o assunto afirma que existem regras e leis na comunicação, e conhecê-las faz toda a diferença. Eu diria que a principal é: “O resultado da comunicação é responsabilidade absoluta de quem emite a mensagem.” Nada confortável, porém um fato. Dizer que o outro não compreendeu e responsabilizá-lo pela ineficácia do resultado, na prática empresarial, não produz nada de bom, basta observar resultados. Se o outro não compreendeu é porque, de fato, não comuniquei de forma que ele compreendesse! Há especialistas que sinalizam algo como se cada pessoa tivesse um “idioma”

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próprio e, um expert em comunicação seria aquele capaz de compreender e emitir mensagens no idioma de cada pessoa. Certo, existem pessoas com “idiomas dificílimos” que por motivos especiais tendem a distorcer grande parte das mensagens, e talvez não precisemos chegar a tanto, mas entender isto faz grande diferença. Regras e leis nem sempre são percebidas como agradáveis. Esta é outra: “A forma é preponderante sobre o conteúdo”, ou seja a maneira como a mensagem é transmitida responde quase totalmente pelo resultado. Imagine alguém dizer “eu te amo” com expressão ameaçadora de ódio e uma arma na mão... qual seria sua reação? Possivelmente sairia correndo, independente do conteúdo dito. Saber disto implica em algo nada fácil como responsabilizar-se por sua própria imagem e musculatura corporal, tom e altura de voz e principalmente, da expressão facial. Isto é ter algum domínio de si, adequando-se à mensagem que busca transmitir. Requer atenção e muito treino. Porém nenhuma teoria ou técnica terá real valor se quem emite a mensagem não tiver clareza suficiente do que e por que quer realmente transmitir. Autoconhecimento é o caminho. Isto vale para a comunicação institucional. É a consistência do planejamento estratégico empresarial que oferece o suporte necessário e dá o tom da comunicação interna. Empresários, gestores e pessoas que buscam resultados em suas carreiras precisam saber que empenho em melhorar a comunicação pode trazer resultados positivos, e que vale a pena. Um bom lema é: “Antes tarde do que mais tarde”, e fevereiro é um bom momento para começar a pensar nisto. ∆



ZOOM

O desafio era divulgar o novo endereço do Seja Leve & Light, que é formado por um grupo de serviços englobando nutrição, empório orgânico e cozinha experimental, onde são realizados cursos diversos e fornecimento de kits light de alimentação. Como estratégia para divulgar o novo local, definiu-se utilizar outdoor impresso em lona, destacando uma imagem por placa e, como apoio, para reforçar o novo endereço, utilizamos as placas de esquina, que permanecerão após o término de veiculação das placas de outdoor. Thaynara Borralho Mídia da Think Service Design

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no mercado Um bom planejamento é a base para se desenvolver uma boa campanha publicitária. Sabíamos que tínhamos nas nossas mãos o melhor e maior carnaval do Centro-Oeste. E mais do que isso: tínhamos a convicção de que carnaval, de uma forma ou de outra, todo município realiza, mas carnaval cultural é uma festa genuína de Corumbá, e isso nunca havia sido explorado com profundidade nas campanhas publicitárias. Em 2013, a Prefeitura inovou, aprimorou e investiu muito no resgate dessa tradição, para oferecer o melhor carnaval ao povo corumbaense e aos turistas. Pesquisamos personagens, traços artísticos e elementos culturais e tradicionais do carnaval local. Criamos a marca do Carnaval Cultural, que agregou valor às festividades e possibilitou a viabilização dos primeiros patrocínios e apoios institucionais. Associamos isso à riqueza do patrimônio histórico, imaterial e natural da cidade. O resultado foi uma campanha publicitária marcada por elementos artísticos, cores, beleza, valorização da cultura pantaneira e eficiência tanto na composição das mensagens, como na estratégia de mídia. Mesmo otimizando os recursos, ampliamos o alcance do target da campanha. A Zoom foi uma grande parceira, nos atendendo com agilidade, competência e profissionalismo. Nanci Silva - Diretora de Criação José Henrique Gonçalves Oliveira - Diretor de Arte Iris Comunicação

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CADERNO DE VIAGEM ∆

Para Roma, Com Amor

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Texto e fotos | Priscilla Razuk

Roma é intensa. Nas pessoas, na comida e na arquitetura. A capital italiana deslumbra até o viajante mais rodado com um banquete de sabores e aromas, guarnecidos por paisagens cinematográficas. Resta aos cineastas apimentar histórias onde a História nasceu. Set de inúmeros filmes hollywoodianos, Roma é, sobretudo, inspiradora. Inspirou o cineasta Woody Allen a produzir “To Rome, with love” (Para Roma, com amor), uma livre adaptação da obra Decamerão, escrita por Giovanni Boccaccio entre 1348 e 1353, para os tempos modernos. No filme, as belezas da cidade nos estarrecem a cada take, a cada pôrdo-sol incidindo bucolicamente sobre as ruínas, dando de bandeja a poetas como Olavo Bilac poesias completas e, como Roma, dramáticas. Solo sagrado de romances inusitados e das estátuas de corpos esculpidos, é ainda o lugar onde turistas, sonhando em regressar, jogam moedas na linda Fontana di Trevi, eternizada no filme “La Dolce Vita” de Frederico Fellini. Roma também foi o refúgio da personagem de Julia Roberts em “Eat, Pray, Love” (Comer, Rezar, Amar, baseado no best-seller de Elizabeth Gilbert) em sua busca espiritual, alimentando corpo e alma com um bom spaghetti. Sem falar que a cidade possui um dos melhores sorvetes de que se tem notícia, o gelato da Giolitti, perto do Vaticano, na Via Uffici del Vicario. Eles fazem sorvete desde 1900. Menos turísticos, porém igualmente deliciosos, são os sorvetes da Ciampini Gelateria, na Piazza S. Lorenzo di Lucina, perto da Via del Corso.

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Três dias em Roma significa conhecer o básico – você ainda economiza tempo e dinheiro se comprar o Roma Pass (www. romapass.it). O cartão oferece transporte e descontos em museus e eventos. Custa 20 euros para três dias consecutivos, à venda nos museus e postos de turismo. Para ter uma ideia de como vale a pena, quando fui ao Coliseu já estavam trancando os portões, até que o guarda viu o Roma Pass em minhas mãos e nos chamou para entrar. Bravo Roma Pass! Então pude conhecer uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno. Moderno, embora construído em 72 d.C. Fica à leste do Fórum Romano. Aliás, o Fórum Romano, hoje em ruínas, já foi o coração da cidade. Era o centro da vida política, judicial, religiosa e comercial de Roma. É lá que acontece a tradicional Maratona della Cittá di Roma, dia 17 de março, com largada na Via dei Fori Imperiali, no Coliseu. E, tome nota, o melhor lugar para tirar uma foto do Fórum é atrás do Monte Capitolino, uma das sete colinas de Roma. O Pantheon, na Piazza della Rotonda, também é digno de visita: é onde estão enterrados ilustres como os pintores Raffaello e Annibale Caracci, os reis Vittorio Emanuele II e Umberto I e a rainha Margherita. Com todo respeito a Margherita, mas isso me lembra que quem quer provar comida típica romana precisa ir até o Ghetto Judaico, comer as alcachofras especiais da

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Sora Margherita. É uma portinha vermelha que quase passa desapercebida na Piazza delle Cinque Scuole, perto de Campo de’ Fiori, outro lugar que precisa ser visto, onde tem uma bela feira de alimentos todas as manhãs. Aliás, experimente entrar em um supermercado de bairro ou numa mercearia e peça pão, presunto cru e mozzarella de buffala. Então suba a escadaria da Piazza di Spagna e ande pelos Jardins da Villa Borghese, onde os romanos adoram relaxar nos dias de sol. Desse jardim terá uma ótima vista da cidade e é um bom lugar para comer seu sanduíche. É um modo simples, barato e não menos poético de “experimentar” Roma, longe do zum-zum-zum das rotas turísticas. E bem aos pés da Piazza di Spagna, tem o Caffé Greco, que todo romano recomenda na via Condotti. Ou, se estiver na hora do almoço, pare no Pastificio. Lá servem-se massas artesanais acompanhadas de um copo de vinho, tudo por 4 euros. Fica na Via della Croce, quase chegando na Piazza di Spagna. Depois, que tal passar o resto da manhã a caminhar pela Terme di Caracalla, onde funcionava um clube com termas e piscinas públicas de 217 d.C.? No meio das ruínas irá encontrar os mosaicos que um dia cobriram paredes de 38,5 metros de altura. O primeiro shopping center da história também foi erguido em Roma, com a variedade de produtos do Mercado de Trajano.


“E os templos, os museus, o Capitólio erguido Em mármor frígio, o Foro, as erectas arcadas Dos aquedutos, tudo as garras inflamadas Do incêndio cingem, tudo esbroa-se partido.” (Trecho de “Incêndio de Roma”, Olavo Bilac)

Perto do Vaticano, faça uma parada estratégica no Castelo Sant’Angelo, o “Mausoléu de Adriano” (Imperador), que já foi usado como edifício militar na época do Império Romano, como fortaleza dos papas no período medieval – por isso a ponte que liga o Vaticano ao Castelo – e ainda, como prisão na época dos movimentos para unificação da Itália. Já no Museu do Vaticano, o tour termina na Capela Sistina, onde então poderá admirar sem pressa o teto coberto pelos afrescos de Michelangelo, como o “Último Julgamento”. E se a fome bater enquanto está no Museu, bem pertinho dali, na Via delle Grazie, a Pizzaria Alice serve a melhor pizza al taglio de Roma. Ao cair da tarde, faça uma prece na maior igreja do mundo, a Basílica de São Pedro. Foram mais de cem anos para concluíla, de 1506 a 1626, e sua riqueza de detalhes e ornamentos merece um olhar mais atento. Diz-se que foi erguida no mesmo lugar onde São Pedro, um dos apóstolos de Jesus Cristo, o 1º Papa, foi morto. O túmulo de São Pedro fica embaixo do altar principal, ao lado de todos os outros papas. Uma dica, vale a pena fazer a visita guiada no museu e na Basílica, pois eles têm informações e curiosidades extras, além de saberem os melhores lugares e caminhos nos dias de multidão na Basílica. Por conta desse guia oficial, tive a sorte de assistir a uma missa na Basílica regida pelo próprio Papa Bento XVI, e ainda sentei na lateral do altar, bem pertinho do Papa. Só isso já faz qualquer viagem ser histórica. Ao final, como de costume, o Papa acenou para as milhões de pessoas que assistiam a missa lá fora, na Piazza de San Pedro. Antes de retornar ao hotel, que tal jantar num dos bem frequentados restaurantes da Piazza Navona, praça em que foi filmado “Anjos e Demônios”, da obra de Dann Brown? Enquanto se delicia com uma pasta italiana nas mesas ao ar livre, aproveite a vista da Fontana dei Quattro Fiumi (Fonte dos Quatro Rios), e do prédio da Embaixada Brasileira no Palácio Pamphili. Finalmente, eternize os dias felizes em Roma com o retrato traçado pelos caricaturistas da Piazza Navona. Também vale uma visitinha a Castroni, loja legal para comprar vinhos, azeites de oliva, geleias e outras especiarias, e ainda tomar um bom café. Enfim, se for para Roma, vá com o apetite e o coração abertos, vá para Roma, com amor. E manja que te fa benne!

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Bairros bons para se hospedar Além dos monumentos turísticos, bata perna por bairros gostosos como o boêmio Trastevere, bem pertinho do centro histórico. Tem vários bares e restaurantes e uma vida noturna agitada. Não tem metrô, mas dá para ir de ônibus e trem (metrô de superfície). Já o bairro San Giovanni é residencial, tranquilo, tem bons restaurantes, comércio na Via Appia Nuo-

va e fica a 1,5 km do Coliseu. Tem duas estações de metrô nas redondezas: San Giovanni e Manzoni. O Prati é onde os romanos costumam fazer compras, e também tem restaurantes com preços bem acessíveis e fica a menos de 1km do Vaticano. Chega-se lá rapidinho através de duas estações de metrô: Ottaviano e Lepanto. Todos esses bairros são pertinho do centro, seguros e ótimos para conseguir um hotel bacana e em conta para se hospedar.

Circulando Bus-Sightseeing - Você pode parar e descer nos pontos turísticos e pegar outro ônibus em seguida, com o passe, durante 48 horas. O ônibus verde de dois andares sai da Stazione Termini a cada 15-20 minutos, o que lhe dá a oportunidade de explorar cada parada detalhadamente. A volta inteira do ônibus leva de 1h30 a 2h. Segway - Grupos de no mínimo 2 e no máximo 8 pessoas, os passeios duram 3 horas, com guias especializados em História e Arte, passando pelo Coliseu, Forum Romano, custa em média € 90 por pessoa. Bike - O tour de bicicleta passa pelo Pantheon, Piazza di Spagna, Piazza Navona, Fontana di Trevi, Trastevere, Forum Romano, entre outros. Há percursos de 4 horas. Vespa - O passeio dura 4 horas e passa pelas Termes de Caracalla, Monte Palatino, Coliseu, toda Roma antiga. Taxi - Para se ter uma ideia, do aeroporto Leonardo da Vinci (Fiumicino) até o centro da cidade sai por volta de € 40,00. E do Aeroporto Ciampino até o centro sai por volta de € 30,00. Cuidado com falsos táxis, procure pegar os autorizados brancos nos pontos dos aeroportos. Metrobus - Ticket para andar de metrô ou ônibus. Metrô - O metrô de Roma é fácil e seguro. Tem apenas 2 linhas: A e B, que atravessam a Termini. Há trens das 5h30 às 23h30 todos os dias. Aos sábados até a meia-noite e meia.

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ARTIGO ∆ Texto | Ariadne de Fátima Cantu da Silva, Procuradora de Justiça e Supervisora Geral da Assessoria de Comunicação do Ministério Público.

A ÚLTIMA COCA-COLA DO DESERTO

Que me perdoem São Nicolau, Santa Claus e até o Pai Noel como é chamado o bom velhinho em Portugal, mas descartando outras teorias, estou convencida de que o Papai Noel foi eternizado mesmo, como o “bom velhinho” de roupa vermelha, em 1931, numa memorável campanha publicitária realizada pela Coca-Cola. Depois do Natal, e no calor do verão no carnaval, nos deparamos com mais uma de suas campanhas publicitárias incrivelmente criativas e arrojadas: AS LATINHAS personalizadas.

Coisas de gente maluca? Pode ser... Mas o que me deixa mais intrigada não é a grande sacada publicitária, mas sim os impressionantes efeitos provocados nas pessoas. Mesmo que neguem os mais autênticos, todos os indivíduos anseiam por aceitação. Em verdade, ainda que intimamente, todos queremos ser aceitos, seja na família, na sociedade, no trabalho, e a Coca-Cola consegue isso com maestria ao colocar “todos” os consumidores em pé de igualdade.

Essas incríveis latinhas, sim, são incríveis mesmo, despertam desejos secretos, ciúmes, afetos, brigas e até disputas.

Com o nome na lata, todos se sentem “notados” e “aceitos”.

Soube de brigas de casal em um jantar a dois, depois que o nome de um “ex” surgiu inesperadamente sobre a mesa na indefectível latinha...

Ao beber a Coca, sem perceber, viramos parte integrante de um grande circo de variedades que constituem o cotidiano e que alimentam a dinâmica da vida.

Tive notícia de uma apaixonada secreta, que bebeu toda lata com o nome do amado num gole só, para ingerir “mais” do seu secreto amor...

Incrível, como uma simples lata de Coca-Cola consegue mesmo provocar nas pessoas um instinto igualitário... Todos tomamos Coca-Cola, (ou quase todos) independente da cor, credo, condição social, ou escolar.

Já vi gente com raiva do namorado, do marido, do ficante, e trair em puro pensamento, ao comprar a latinha com o nome de alguém desejado, e assim se sentir “vingada”... Nessa vida sempre surge algo de novo para nos intrigar, e a latinha da Coca veio pra abafar. Aqueles com nomes exóticos, podem se contentar em publicar suas fotos no facebook com os nomes elaborados nos sites de propaganda, que sabiamente coletam dados com o consentimento das pessoas que “desejam” uma latinha virtual personalizada.

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Todos podem beber Coca-Cola e sentir-se, finalmente, a última Coca-Cola do deserto! É a materialização da autoajuda enlatada!! Eu adoro Coca-Cola, e já bebi Carolinas, Cláudias, Fábios, Carlos, Cláudios e sabe lá quantos outros, mas não me quedo nunca a essa moda de enlatar pensamentos...∆


MEMÓRIA ∆

Texto | Edson Contar Jornalista/escritor/carnavalesco Foto | Divulgação

ALBERT JOSEPH BRAUD UM FLASH EM NOSSO PASSADO

A história de Albert Joseph Braud, neste documento, só aconteceu porque minha curiosidade foi despertada por uma pequena matéria que li no livro “A Rua Alegre”, do saudoso e querido Dr. Paulo Coelho Machado, que entre outras coisas cita: “O morador mais famoso da Rua 7 de Setembro foi o grande fotógrafo Albert Braud, de nacionalidade francesa. Teve ali o seu atelier.” Como tudo o que eu tinha registrado era voltado apenas à existência dos Katayama, nos primórdios de Campo Grande, decidi investigar quem seria esse estranho no meu paraiso, já que senti no ar uma história interessante para ser contada... E o destino acabou por me apresentar uma de suas poucas descendentes que localizei na distante Camboriú em Santa Catarina, da qual tive a honra de receber o que restou do acervo fotográfico e documental de seu avô. Muito interessante também foi descobrir que Braud foi o nosso primeiro fotógrafo em Campo Grande (1909-1921), pouco antes da chegada dos conhecidos Katayama. Albert Joseph Braud nasceu em Grenoble (França) em 1877. Em março de 1900, partiu do porto de Marseille em compa-

nhia de sua esposa Sylvie Eglaée Chuzel e duas filhas menores (Suzanne e Kiká), chegando a Montevidéu (URU). Em setembro do mesmo ano, seguiu de lá para Corumbá, cidade onde nasceu seu primeiro filho brasileiro (Alberto Sylvino Braud), permanecendo por lá até o ano de 1905; depois Nioaque, Campo Grande e finalmente Ponta Porã, onde passou a maior parte de sua vida em território brasileiro até seu falecimento em meados de 1944. As andanças de Braud a partir de Corumbá seguiam as mudanças de seu amigo Eduardo Santos Pereira, sua única referência em terras guaicurús. A esposa de Eduardo, Blanche Henriette, francesa, era amiga de sua esposa Sylvie Eglaèe. As fotos de Braud, feitas em Corumbá, Campo Grande, Nioaque e Ponta Porã, acabaram por levar-me a criar uma página no facebook com seu nome, onde pessoas daquelas cidades acabam sempre identificando lugares, conhecidos e parentes doutros tempos. Também sua biografia completa está disponível na página, se bem que, sua melhor história está mesmo é nas fotos que deixou para a posteridade. C’est la vie, M Braud ! ∆

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ACONTECEU ∆ Slow Food pela boa comida! O último dia 24 de janeiro foi um marco para o grupo de chefs, gourmets, jornalistas e apreciadores da boa mesa em geral. O Slow Food Campo Grande nasce da vontade dos chefs Paulo Machado e Magda Moraes em trazer para a capital uma rede de reflexão e ação pelos alimentos bons, limpos e justos. “São aqueles alimentos produzidos localmente, geralmente aquele queijo ou galinha caipira de um pequeno produtor, que sabe o que está fazendo. A comida de nossos avós”, diz Machado. Fotos | Raul Delvízio 1- Um brinde ao evento; 2- Mel em favas, produzido no Pantanal por Roberto Oliveira da empresa Mel Zen; 3- Os Chefs Magda Moraes e Paulo Machado; 4- Chef Rodrigo Baston; 5- Brotos de tomate cereja no Atelier Cozinha de Raiz de Magda Moraes; 6- A jornalista de Gastronomia Cris Couto de São Paulo, conhecendo a bocaiúva no primeiro encontro do Slow Food Campo Grande.

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ACONTECEU ∆ A Amcham A Câmara Americana de Comércio inaugurou no dia 05/02 sua 13ª unidade regional em Campo Grande. A mais nova sede surge com a missão de fomentar a competitividade dos negócios locais e abrir espaço para networking entre executivos. “A meta é tornar a regional um importante centro de conteúdo e oferecer um pilar para o desenvolvimento de executivos e empresas”, afirmou Fernando Schmitt, diretor de Unidades Regionais da Amcham-Brasil. Fotos | Julio Manzano

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1- Rafael Dantas, Fernando Schmitt e equipe Amcham Campo Grande, Paula Reis e Eduardo Fernandes; 2- Felipe Carrela, Gerente Comercial Nielsen; 3- Rogerio Bretãs, Gerente Tributos, Ernst Young & Terco; 4- Édison Holzmann, Diretor Grupo Plaenge; 5- Edmundo Curvo, Gerente Comercial Rede Matogrossense de Televisão; 6- Ondara Buffet – Local do evento.

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Cadu Modesto www.facebook.com/cadufluhyr

“Ana, uma pitada deste mundo Xispa. Preparação de elenco do curta-metragem Ana, que estreou em 2012”.

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Sua foto pode estar aqui! Envie para redacao@revistaagente.com.br




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