Junho 2014

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edição 156 | JUNHO | R$ 12,00

Lilian Pacce FALA COM A Gente Califórnia, Highway 1 Moda para Dois

Fernanda e Renato Ratier SOBRE amor e cumplicidade




Love is in the air... É difícil escapar da atmosfera romântica que junho inspira. O dia dos namorados perfuma o mês. E A Gente, que adora um romance, também entrou no clima. Nesta edição o amor começa logo na capa. O casal Fernanda e Renato Ratier conversou com A Gente e, entre cliques fantásticos, contou um pouco da vida dos dois, trabalho, filhos, namoro e viagens. Ainda neste espírito, chamamos você para dar uma olhadinha nas dicas que vão deixar seu quarto super aconchegante. E me diz, como falar em amor, sem falar em sexo? Um artigo especial vai convidá-lo a pensar, e pensar muito sobre o assunto. Ainda vamos falar de toque, carinho e cheiro. E até a moda deste mês vem em dupla. Fotografamos um editorial para casais de todos os estilos. No caderno de viagem uma rota para percorrer com seu amor, na Califórnia! Como este também é o mês do pontapé inicial da Copa do Mundo, entrevistamos mulheres que amam o esporte e sabem muito bem do que estão falando. Quer mais? Uma entrevista bacanérrima com a top apresentadora do GNT Fashion Lilian Pacce. Aconchegue-se e leve a A Gente com você, porque aqui tem muito amor! Equipe revista A Gente

DIRETORA EXECUTIVA Rosane Maia DIRETORA COMERCIAL Elaine Atala EDITORA DE ARTE E PROJETO GRÁFICO Marisa de Sena Nachif EDITORA DE TEXTO E CONTEÚDO Thais Pompêo - DRT 0001030/MS Natália Charbel

Natália Charbel Julia de Miranda Ana Laura Azevedo REVISÃO Fernanda Giglio FOTOGRAFIA E TRATAMENTO DE IMAGEM Lucas Possiede estagiáriOS Tatyane Cance (texto) Flávio Gutierrez (imagem)

EDITOR DE MODA E BELEZA Luiz Gugliatto

ASSINATURA E DISTRIBUIÇÃO Janaina Correa

REDAÇÃO Thais Pompêo

FINANCEIRO Sonia Croda

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ATITUDE ∆ LIFESTYLE 18 | CASA 74 | PERFIL 108

LANÇAMENTOS ∆ SHOPPING 34

TENDÊNCIA ∆ BELEZA 62 | NÉCESSAIRE 64

COMPORTAMENTO ∆ ARTIGOS 54, 110, 111, 112 | MEMÓRIA 113

GENTE ∆ ESPECIAL 14 | ACONTECEU 116

BEM-ESTAR ∆ FITNESS 56 | SAÚDE 60 | NUTRIÇÃO 68

ELES | FERNANDA E RENATO RATIER ∆ CAPA | 28

EDITORIAL

FALE COM A GENTE R. Doutor Zerbine, 37 CEP 79040-040 Chácara Cachoeira 67 3322 7400 redacao@revistaagente.com.br www.revistaagente.com.br ASSINATURA assinatura@revistaagente.com.br 67 3322 7400 ANUNCIE comercial@revistaagente.com.br BANCAS Aeroporto Itanhangá Park Letras du Café - Jd. dos Estados Letras du Café - Tamandaré Letras du Café - Ypê Letras du Café - Zahran MultiPão - Cidade Jardim Pão e Tal Shopping Campo Grande Santa Fé (Av. Mato Grosso - Loja Anita

∆ MODA 44 | ENDEREÇOS 114

CULTURA ∆ DICAS 22, 24, 26 | ARTE 100 | AGENDA 104

DELÍCIAS ∆ GASTRONOMIA 70 | KIDS 80 | TEEN 82

PRAZER ∆ PELO MUNDO 32 | VIAGEM 86 Fotografia | Lucas Possiede Direção de cena | Marisa Nachif

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LEITOR Que matéria mais linda essa da Tetê Espíndola com o Dani Black. O Dani é um excelente músico, talento que vem de sangue mesmo. Amei!

A matéria do leite de amêndoas ficou bem legal. Aqui em casa eu e meu marido já havíamos aderido ao leite e vale super a pena. Recomendo!

Camila Costa, via email.

Gabrielle Melo, via email.

Minha preferida do mês foi definitivamente a matéria fotográfica nos bastidores do circo Tihany. O circo encanta desde o mais jovem ao mais velho e é muito legal poder ver os bastidores.

Amando as dicas da Priscila Marques na revista. Parabéns a toda a equipe! Priscila Freitas, via facebook.

Vivian de Freitas, via email.

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GENTE ON

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+ DE VOCÊ

Só para dizer que aqui em casa nós fizemos a receita do pão recheado que foi a dica gastronômica de maio. Todo mundo amou! Ricardo Dias, via facebook.

ERRATA: Erramos no mês de abril ao creditar as fotos do presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo, em Especial, como divulgação. As fotos são de Paulo Oliver.

Participe da nossa revista e dê sua opinião. Comente as reportagens e mande suas sugestões de pauta. redacao@revistaagente.com.br

COLABORADORES Tetê Irie Douradense radicada em Campo Grande, Tetê Irie viveu por 2 anos em Bonito, após ter se formado em Artes Visuais pela UFMS na Capital. Desenvolve trabalhos em cenografia, figurinos e direção de arte, além de dedicar-se à produção cultural no Estado. Ela conta que foi um prazer escrever sobre a Udu, da empresária Sinéia Milano, com quem trabalhou assim que chegou em Bonito.

Daniel Pina Daniel Pina, 29 anos, paulista que há 1 ano e meio mora em Montreal. Atualmente em processo de finalização de seu mestrado em Geografia na Universidade Concordia. Decidiu há algum tempo trocar as terras brasileiras por uma aventura no gelado, porém divertido, Canadá. Nesta edição, Daniel entrega o ouro e dá dicas super bacanas da cidade.

Isabel Penna Isabel Penna tem 22 anos, é da terrinha, mas mora há quatro anos no Rio. Estudante de design na PUC, é apaixonada por tudo o que envolve arte. A moda sempre foi uma fonte de inspiração e um meio de expressão. Fotografia, aquarela, colagens e mais um pouco fazem parte do seu tempo livre. Este mês, Isabel colabora com sua arte aqui n'A Gente.

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Usando a hashtag #revistaagente no seu pr贸ximo post, sua foto pode vir parar aqui.

A Gente est谩 de olho no Instagram!



MAKING OF 10 | JUNHO 2014



Sarobá E vai rolar Sarobá! O Teatro Imaginário Maracangalha convida para a edição do Sarobá Fronteira Livre. O evento é uma celebração pública onde arte e liberdade se encontram. Contemplado pelo Prêmio Artes na Rua FUNARTE/2012, circula por Campo Grande de forma independente e em autogestão há cinco anos. As cortinas serão abertas no dia 6 de junho e a promessa é de dois dias de muita arte popular. Desta vez, o evento itinerante acontece no bar da Dona Carmem na Rua Rui Barbosa entre as ruas Júlio Barone e João Pessoa, Bairro São Francisco. Maiores informações aqui: www.imaginariomaracangalha.blogspot.com Fernando Cruz 30255751/92509336 Campo Grande Rock City Tem músico novo e bom pela cidade. Álvaro Rock é chileno, formado em ópera pelo Conservatorio Universidad Mayor de Chile e acabou de mudar-se para Campo Grande. O músico possui um repertório diverso, que inclui canções de Rock’n’Roll, Rockabilly, Glam Rock, Anglo, Blues, além de seu trabalho autoral. Foi cover oficial de Elvis Presley por 3 anos no Chile, e tocou em diversos locais pelo Brasil e América do Sul. No dia 19 de junho fará sua primeira apresentação no Lendas Pub aqui na cidade. Imperdível!! Myspace: www.myspace.com/alvarorockacustico

Exposição Mater Plena Paulista radicado em Campo Grande, o artista plástico Dagoberto Pedroso, o Dagô, expõe um trabalho inédito no Sesc Horto. A expô Mater Plena é o resultado de uma pesquisa em que ele mistura pintura, fotografia e computação gráfica. A passagem do tempo, o eterno devir, a finitude de todas as coisas estão lá representadas. O artista desenvolve um trabalho fantástico, com olhos sempre voltados para as questões ecológicas e reflexões que permeiam nossa existência. Vale a pena conferir, até 21 de julho.

EXTRAS Fotos | Divulgação

Polo Charity Game & Sunset Party No dia 31 maio uma competição amistosa de polo, promovida pelo projeto Vaquinha Social promete agitar Campo Grande. Quatro equipes participam do Charity Game, torneio que conta com o apoio da Federação de Polo Equestre do Mato Grosso do Sul e Toca da Onça Polo Clube, que cedeu seu campo de polo ao evento. As partidas começam às 13 horas, e logo depois uma festa comandada pelo DJ Diogo Bacchi anima os convidados. Entre os vips que passam por lá, estão o ator global Nando Rodrigues e a jogadora de polo feminino KristieHanbury.

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REGIONAL & NACIONAL ∆

Quarto 28 Depois de passar por diversos países chega ao Brasil a exposição “As Meninas do Quarto 28”, chancelada pela ONU e adaptada do livro homônimo. Os sonhos de meninas judias que passaram pelo Quarto 28 são revelados por desenhos super coloridos, feitos no dia a dia do campo de concentração Theresienstadt. O quarto, em escala real, mobiliado com semelhança ao lugar onde elas dormiam, impacta e oferece aos visitantes a percepção de como foi a vida daquelas pequenas. É impressionante ver que mesmo dentro de uma realidade tão triste, essas crianças tenham desenvolvido desenhos coloridos e alegres. “A arte, realmente, tem um poder transformador”, afirma Karen Zolko, familiar de uma das meninas que habitou o Quarto 28. Até 29/06 no MuBE em São Paulo.

Mary Poppins O clássico infantil ganha uma edição super especial que celebra os 80 anos da sua publicação. As ilustrações são bem bacanas e feitas por Ronaldo Fraga. Para quem não lembra, esta é a historia de uma babá que, à sua maneira, revela um mundo mágico aos Banks. Editora Cosac Naify.

Caos em SP Pinceladas de tintas metálicas sobre um fundo preto-prata. Assim fez Alex Flemming na série “Caos“, que ganha exposição inédita em São Paulo, na Galeria Paralelo. São dez telas que tratam da fixação de um momento transitório entre vida e morte, e refletem o caos de onde o ser humano veio e para onde vai. De acordo com o artista, a utilização das tintas metálicas faz com que as telas reflitam a luz de maneira diferente de manhã, à tarde e à noite, e mudem conforme as horas passam. Até 12 de julho.

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Lilian Pacce

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ESPECIAL ∆

Texto | Theresa Hilcar Fotos | Lucas Possiede e divulgação

Além de talento, conhecimento e formação sólida na área, a jornalista Lilian Pacce consegue ser tão elegante e simpática quanto na telinha. Há 14 anos no comando do programa “GNT Fashion”, ela conseguiu a proeza de cair nas graças de um dos estilistas mais respeitados do mundo fashion: Karl Kagerfeld, da Chanel. Com agenda lotada, divide seu tempo entre casa, família, desfiles, gravações, um site e colaborações para revistas, além de palestras pelo Brasil afora. Nesta entrevista, concedida durante rápida passagem pela cidade, a jornalista fala sobre a importância da moda como indústria e sobre o preço das roupas nacionais que, segundo ela, é resultado do custo Brasil.

Você estudou desenho e modelagem em Londres. Nunca teve vontade de entrar na moda como estilista? Eu já era editora de moda quando fui morar em Londres. E na época, há vinte anos, não tinha formação alguma nessa área. Como eu poderia criticar um desfile sem entender o que era uma modelagem, produção, criação? Então eu fui fazer o curso para entender o que era moda. Tenho uma vocação para curadoria muito grande, mas não nasci para a parte técnica, eu entendo. Hoje eu olho para a roupa e vejo que não é apenas uma roupa bonita, se vou ou não usar. Meu olhar é um olhar profissional. É verdade que você só usa marcas nacionais no seu programa? É sim. Quando vou aos desfiles e estou gravando o GNT Fashion só uso roupas de estilistas brasileiros, porque acho que este é o meu papel. E fico muito feliz porque quando estou fora do País alguém sempre pergunta o que estou usando. Aí eu respondo "Brazilian designer" e as pessoas se surpreendem.

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Por que a nossa roupa custa tão caro? A roupa brasileira é cara porque o governo não entendeu ainda que é importante criar uma política que favoreça a moda. A mesma que eles usam para favorecer outras indústrias. O governo brasileiro não dá a devida importância a este setor, apesar de ser economicamente importantíssimo para o País. É uma pena, porque os custos são muito altos. Não é o estilista que cobra caro. É o custo Brasil que é caro. Sobre este fenômeno das pessoas que estão viajando para comprar roupas nos EUA, você acha que o povo brasileiro é muito apegado à roupa de grife? Eu acho que sim. Por isto é que temos que criar uma cultura de moda. Só quando tivermos essa cultura é que as pessoas terão coragem de optar entre uma coisa ou outra. O brasileiro em geral busca muito pelo preço. Quando ele vai à Miami ou Nova Iorque não procura uma coisa bacana. O que ele quer é entrar num Outlet, comprar um monte de coisas. Quer falar: ‘eu comprei 10 e só paguei isto.’ Mas a gente não precisa ter 10. A gente só precisa ter um bom. É muito melhor ter apenas um que tenha qualidade, que te dá prazer ao usar, do que ter vários. O estilista Karl Lagerfeld, conhecido como o Kaiser da moda, lhe dá uma atenção muito especial. É uma deferência enorme para uma jornalista brasileira, não é? Isto pra mim é um grande sinal de reconhecimento, porque ele é uma pessoa que admiro muito. É um ícone da moda. É a própria história da moda. Ter acesso a ele da forma que eu tenho é muito bom. Claro que tudo isto foi uma conquista. E comigo ele é um doce. Eu fico emocionada como ele me trata bem. Desta última vez que estive em Paris para os desfiles ele me mandou umas flores lindas e com bilhete escrito

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à mão. Quantos estilistas me mandam flores aqui? Este é um cuidado que não tem preço. Com o avanço da internet, hoje é muito fácil ter um blog e dar dicas de moda, mesmo sem ter conhecimento sobre o tema. O que você acha disso? Em todas as áreas a internet proporcionou que qualquer pessoa pudesse comentar sobre qualquer assunto. É legal porque todos podem se expressar, mas por outro lado tem muita bobagem, e aí cada um precisa fazer seu filtro. Isto é, buscar informações confiáveis. Tem muita gente desconhecida fazendo coisas bacanas. Diga três pecados que não devem ser cometidos na moda. Bom, acho que pecado é você não se respeitar. É usar coisas que não têm nada a ver com você, mas como sua amiga falou que é legal, você usa. Mesmo que fique péssimo. A moda, claro, exige alguns sacrifícios, mas tudo tem limite. Você pode até colocar um sapato mais apertado, porque é aquele que vai ficar mais lindo com a sua roupa. Mas tem saber que não pode tirar o sapato no meio da noite. Tem que ficar com ele até o final. Plataforma é algo que não gosto. Acho horrível. Se você quiser ser elegante usando plataforma, não vai conseguir. Outra coisa é roupa muito justa, aquela bem agarrada mesmo, saltando tudo pra fora. As brasileiras, na verdade, não veem isso como um crime, mas como um atrativo. Mas não é bom ser muito reveladora. Deixe um pouquinho de surpresa. Qual vai ser o hit da próxima estação? Eu gosto muito da linha rústico-chique. Vários estilistas trabalharam com tecidos imitando ráfia ou palha. Os tons terrosos estarão em alta. ∆



Ana Carla Couto Texto | Tatyane Cance Fotos | Lucas Possiede

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LIFESTYLE ∆ Ana Carla Couto sempre soube ir em busca dos seus sonhos. Saiu de Campo Grande aos 15 anos com destino à Tailândia. Foi modelo, é atriz formada pela escola de atores Wolf Maya, graduada em moda pelo Istituto Europeo di Design e agora cursa medicina em Santos, litoral de São Paulo. Apesar de ser filha de médico, Ana Carla nunca tinha pensado na medicina como sua profissão. Hoje, não se imagina em outra área. “Um dia estava no show room onde trabalhava e percebi que não era feliz fazendo aquilo, também não desejava a vida instável de atriz. Nesse momento liguei para o meu pai e disse que queria seguir sua carreira”, conta ela. Quando não está se dedicando aos estudos, gosta mesmo é de esportes: “Ultimamente quero aproveitar o dia. Levantar cedo para ir à academia e correr na praia dia sim, dia não. Esse é meu momento relax”.

Profissão: Estudante de Medicina. Férias inesquecíveis: Tailândia. Em alta: Cuidar da saúde. O que está lendo: O Físico (incrível!) Música que não sai do seu playlist: Todas do John Mayer, em especial Free Fallin, me trazem paz. Um filme: Vicky Cristina Barcelona. Não vivo sem: Correr, amar e rezar. Projeto do momento: Um estágio de um mês em cirurgia em Ryazan, na Rússia, agora em julho. Um sabor: Da vitória! Esporte: Além da corrida, sou apaixonada por SUP. Refúgio: Jurerê (fora do caos da temporada, é claro).

Prova disso é seu interesse em medicina esportiva. “Tenho duas paixões: Cirurgia Plástica, que me despertou para o curso, e estou cada vez mais interessada em Medicina Esportiva, mas ainda tenho uns bons anos para descobrir no que me especializar”, garante ela, que nunca teve medo de desafios. JUNHO 2014 | 19


Jairo

Canzi Texto | Tatyane Cance Fotos | Lucas Possiede e arquivo pessoal

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LIFESTYLE ∆ Jairo Canzi é hoje responsável por uma das maiores madeireiras de MS, a Viamonense. No mercado há exatos 30 anos, a empresa é herança de seus pais e, nas palavras dele, “fruto de muito trabalho e dedicação de nossa família”. Formado em Administração pela Uniderp, o gaúcho de Porto Alegre assumiu o comando do negócio pensando em inovação. “Foquei na oportunidade de realizar, de dar sequência ao que meus pais começaram e colocar em prática minhas ideias. Porém, toda transição é delicada, é necessário respeito, compromisso e muito bom humor”, conta ele. “Sinto-me honrado em vestir minha polo preta bordada Viamonense”.

Profissão: Comerciante/Administrador Férias inesquecíveis: Buenos Aires Em alta: Altruísmo O que está lendo: O Código da Inteligência - Augusto Cury Música que não sai do seu playlist: Jimmy Hendrix - Ramones Um filme: Pulp Fiction / À Espera de um Milagre Não vivo sem: Minha família Projeto do momento: Simplificar e desapegar Um sabor: Da recompensa Refúgio: Meus sonhos

Bom humor é o que não falta na vida de Jairo. Além da ousadia de correr atrás daquilo que deseja, ele garante que na hora de tomar decisões importantes sempre escuta o coração. Espirituoso e alto astral, ele nos mostra, em poucos minutos de conversa, que fé em Deus e coragem são as coisas que o fazem viver a vida com alegria. “É preciso muita fé para enfrentar os dias difíceis”. JUNHO 2014 | 21


Macy Gray - On how life is 1999 Ela é talentosa, tem estilo próprio e um vozeirão rouco que arranca suspiros. A cantora americana de soul e r&b Macy Gray já deu as caras várias vezes aqui no Brasil. Descolada, procura imprimir identidade às suas produções. Voltando ao ano de 1999, vamos falar do seu primeiro disco, On how life is, um clássico cheio de boas canções. O hit do disco “I try” embala até hoje a trilha sonora de muitos romances. Produzido por Andrew Slater, as 9 canções passeiam pela música negra swingada e envolvente. Destaque para “Do Something”, “Still”, “A moment to myself” e “Why didn't you call me”. Uma ótima opção de presente para o dia dos namorados.

para ouvir

Júlia de Miranda

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Portishead - Roseland NYC Live Todo mundo conhece a música “Glory Box” da banda britânica de trip hop Portishead, baita sucesso nos anos 90. Um som gostosinho e sensual que agradou muita gente e fez o grupo estourar mundo afora. O Roseland NYC Life é o registro do álbum ao vivo lançado em 1998 em CD, VHS e DVD. Tem participação especial da New York Philharmonic emprestando seu brilho às 11 faixas que misturam elementos do jazz, punk, blues e música eletrônica. As músicas Glory Box, Only you, Cowboys, Numb e Roads deixam o clima de romance no ar. Fácil de encontrar em lojas ou baixar na internet.

Fa-tal-Gal a Todo o Vapor 1971 Na época do lançamento, Gal Costa recebeu o apelido de musa do desbunde. Não é pra menos, o disco chegou em 1971 carregado de sensualidade na presença “fatal” da cantora. Muita liberdade e ousadia, o que valia era não ser careta. Primeiro LP duplo da história da MPB, traz 19 canções registradas ao vivo em uma série de concertos realizados no teatro Tereza Raquel no Rio de Janeiro. Muitas músicas que receberam influência do folclore baiano, Caetano e Jorge Ben. Eleito pela revista Rolling Stone Brasil como o 20º melhor disco brasileiro de todos os tempos, a obra é um clássico do início ao fim. Destaque para: Vapor Barato, Sua Estupidez, Dê um rolê, Pérola Negra, Luz do Sol e Chuva, Suor e Cerveja. Para colecionador. ∆



Márcio Ribas

para ler

Depois que o livro vai para o mundo, cada leitor escreve seu próprio livro. Eliane Brum Em Meus desacontecimentos (LeYa, R$ 29,90), Eliane Brum faz uma autobiografia na qual não busca apenas falar de sua vida, mas procura entender como as palavras a fizeram viver, e não morrer. O livro foge do convencional porque Eliane usa duas abordagens no texto. A primeira é escrever sobre como as pessoas anônimas influenciaram a existência da autora. Não são necessariamente desconhecidas, mas pessoas com as quais não houve um contato mais próximo, mas deixaram marcas muito fortes na sua história, marcas capazes de transformar uma vida. A segunda parte é resultado de uma viagem da escritora para a Bolívia e lá ela conhece Sonia, uma menina de 11 anos com doença de Chagas à beira da morte. Essa criança a agarra pelos braços e diz “Não me deixe morrer”. A partir desse momento, a autora entra em crise com a escrita e começa a “sangrar”. A única maneira de parar com o sofrimento é escrever suas experiências com as palavras, com isso obtém a redenção e percebe que a palavra pode salvar, mas também pode ser em vão. A outra sugestão é do ator genial Hugh Laurie, o médico da série House. Nem sempre essas incursões literárias de atores hollywoodianos e cantores pop dão certo. Por exemplo: Kristen Stewart, a Bella em Crepúsculo, publicou um poema na revista Marie Clarie na edição americana de março. O texto foi considerado por alguns críticos como a pior poesia de todos os tempos. Ainda bem que não aconteceu o mesmo com Hugh Laurie. Além de ótimo ator, também é cantor

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de blues (recentemente fez um tour pelo Brasil), e escreveu O vendedor de armas (Planeta, R$ 39,90), um livro de suspense muito elogiado. O livro conta a história de Thomas Lang, um ex-militar de elite que recebe uma proposta de 100 mil dólares para matar um empresário. Ao invés de assassiná-lo, decide alertá-lo. Essa ação transforma a vida de Lang que, a partir desse momento, vai ter que se defender das armadilhas preparadas para ele. Apesar de ser um suspense, o livro é repleto de humor inteligente. Se possível, ignore a 1ª edição brasileira que não recebeu os cuidados devidos. A 2ª edição saiu há pouco por aqui e está bem melhor. Recém-lançado no Brasil, Diga aos lobos que estou em casa (Novo Conceito, R$ 34,90), de Carol Rifka Brunt, concorreu em várias listas como um dos melhores de 2013. O livro merece ser lido por dois motivos: a abordagem de temas pesados para a época em que a narrativa acontece e a forte capacidade de emocionar o leitor. A história se passa nos anos 80, período no qual a AIDS faz as suas primeiras vítimas. Junes Elbus só é compreendia por uma pessoa no mundo, seu tio Finn, que morre de repente de uma doença sobre a qual ninguém quer falar. Junes precisa encontrar alguém que a entenda, e essa pessoa pode ser um desconhecido que estava muito abalado no funeral de seu tio. Essa relação será uma oportunidade de amadurecer, reencontrar e entender as muitas formas de amor. Boa leitura! ∆



Marcelo Veloso

para ver

Grand Central, de Rebecca Zlotowski Um conto exagerado sobre as paixões dentro de uma usina de energia nuclear. A doença da radiação, dizem os personagens a si mesmos, é como ser beijado em um bar por uma bela mulher. Um pouco de tontura, um medo do que vem depois. O filme nos carrega quando está em sua forma mais austera e sem adornos. Quando incide sobre as porcas e parafusos sujos perto do núcleo da usina. Ao longo do caminho, também levanta o véu sobre seu sistema de alto risco em que os funcionários têm de manter seus níveis de radiação baixos ou serão demitidos - um golpe devastador que faz com que os funcionários sejam responsáveis pela sua própria segurança. Existe o medo de perder a vida ou o emprego? Um belo filme para se decidir sobre o que é.

O Grande Mestre (The Grandmaster), de Wong KarWai Este longa de KarWai, que abriu o festival de Berlim este ano, é um filme de kung-fu: conta a história de Ip Man, o lendário artista marcial que reivindica sua fama junto à cultura pop, por ter sido um dos professores de Bruce Lee na década de 1950. Mas há algo novo aqui, pois se trata tanto de filosofia quanto

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de cabeças chutadas pela arte marcial. Há certamente muita ação, mas é justo dizer que o filme não faz disso um limite, é muito mais um estudo das ideias e texturas, projetado para violentar os sentidos. As recompensas, no entanto, são consideráveis: a disciplina do gênero parece ter canalizado KarWai para longe dos becos sem saída dos seus últimos filmes. Este filme é algo muito especial.

Os dias com ele, de Maria Clara Escobar Em seu filme de estreia como diretora, Maria Clara Escobar fala do passado praticamente desconhecido de seu pai, o intelectual de esquerda Carlos Henrique Escobar. Um homem que foi preso e torturado durante a ditadura militar, e que não toca no assunto desde aquele tempo. O que foi pensado para ser uma série de entrevistas sobre o passado de seu pai, logo se torna um filme completamente diferente, com a busca pela compreensão de quem realmente é aquele homem por meio do que foi filmado, mas sem que ele soubesse da gravação. É claro que Escobar fica tão no escuro quanto nós sobre quem é este homem. Não é sobre a figura pública de Carlos Henrique, mas sobre um homem que não existia até então, o que leva a diretora a saber mais sobre seu pai. Surpreendente. ∆



A cumplicidade está no olhar. Sabe aquela que só existe em casais que têm uma história juntos? Ela é designer de interiores. Ele, DJ internacional e homem de negócios. No apartamento onde moram em Campo Grande com seus dois filhos, Fernanda e Renato Ratier recebem a equipe da revista A Gente para falar de amor, admiração e companheirismo.

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CAPA ∆

Fernanda & Renato

Texto | Juliana Comparin Fotos | Lucas Possiede Produção de cena | Priscilla Marques

Renato é um dos nomes mais importantes da música eletrônica do país. Começou sua carreira como DJ em Campo Grande e seu sucesso cruzou oceanos.

barca com ele em viagens a trabalho, gosta de esperá-lo voltar do evento para saírem para jantar. Se essa preferência dela o incomoda? Nem um pouco.

Hoje, é disputado por clubs de todo o Brasil e participa de grandes eventos internacionais. Recentemente tocou no Japão, no Chile e em Ibiza e, pelos próximos meses, vai animar as pistas da Europa durante a temporada de verão.

Renato considera os interesses opostos uma qualidade na relação. “Temos gostos em comum que se complementam e outros diferentes que se somam. Isso dá muito certo”, ele explica com um sorriso no rosto.

Também é o nome por trás da badalada casa noturna D-Edge em São Paulo e, em breve, irá lançar novos empreendimentos em grandes centros urbanos. Para dar conta de tantos compromissos, o tempo com a família é abreviado.

No desafio de não poderem conviver dia a dia eles também enxergam o lado bom. Garantem que a falta de rotina colabora para aumentar a qualidade do tempo que passam juntos. “É difícil ficar longe da família, ter essa vida corrida, mas quando volto a saudade e a vontade de ficar perto intensificam o nosso convívio”, diz Renato.

Ao contrário dele, Fernanda não é da noite. Prefere o dia, é mãe dedicada, curte a casa e confessa que raramente acompanha o marido em festas onde ele toca. Nas poucas vezes em que em-

O que o casal gosta mesmo de fazer nos momentos livres juntos é viajar.

“Faço questão de uma vez por ano viajar sozinha com o Renato”, conta a designer. “Ter este momento só nosso é muito importante para mim. Uma das viagens mais marcantes que fizemos foi para a África”. E o próximo destino já está confirmado: Grécia. Será durante a turnê dele pela Europa no meio do ano. Renato entende que aceitar uma vida como a dele não é tarefa fácil, por isso, valoriza a mulher que tem ao lado. “A Fernanda é super companheira, compreensiva e amiga acima de qualquer coisa. É uma pessoa que entende a minha vida e escolhas. Nos respeitamos e apoiamos um ao outro. Eu não poderia encontrar pessoa melhor”. Fernanda fica até um pouco sem graça e declara: “Ele é o meu chão. Além de amá-lo como marido, o amo também como ser humano. Ele é um homem de coração muito bom”.

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No próximo mês os talentos do casal irão aparecer lado a lado pela primeira vez em Campo Grande. Eles farão parte da 3ª edição da Casa Cor MS, mostra de arquitetura, decoração e paisagismo que acontece de 25 de julho a 7 de setembro e que irá revitalizar o futuro prédio do Hospital de Câncer Alfredo Abrão. Um dos cômodos da mostra deste ano irá homenagear Renato Ratier e quem irá decorar o espaço será, claro, a Fernanda. O projeto conta com o apoio da arquiteta convidada pelo casal Gabriela Pereira e está em andamento desde o mês de março.

“Eu tenho dois lados bem distintos: o country e o tecnológico. Se a pessoa não me conhecer de fato, vai fazer algo muito moderno e não vai me agradar. E se fizer algo muito tradicional, também não vou me identificar”, explica o homenageado, seguro de que Fernanda vai traduzir muito bem seus dois universos. “Eu confio muito nela”, diz ele despreocupado.

O espaço decorado por elas será um loft e Fernanda já adianta que Campo Grande verá um ambiente contemporâneo, com madeira e muitos objetos de acervo pessoal em exibição, mostrando o estilo particular do Renato. “Estou super ansiosa em conseguir deixar o ambiente a cara dele”, conta.

São dezoito anos de uma história de amor. Se eles passam pouco tempo juntos, ou têm preferências diferentes, pouco importa. Afinal, como já disse Machado de Assis, “cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar”.∆

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Durante a Casa Cor, a organização do evento realizará ainda uma festa para 300 pessoas na qual Renato irá tocar. Seu cachê será integralmente revertido para o Hospital.



PELO MUNDO Por Daniel Pina Fotos | Divulgação

Jardim Botânico

Bairro Mile End

Parque do Mont-Royal

Canal Lachine

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festival de jazz de Montreal

Montreal Montreal é, sem dúvidas, um lugar especial. Relativamente pequeno, porém charmoso, tranquilo e minimamente cosmopolita. O Mile End, bairro onde moro, é muito aconchegante, não muito longe do centro e com identidade de bairro. Os prédios não têm mais do que 3 andares, as entradas das casas são individuais e dão diretamente para a rua. A cidade é conhecida por esse estilo arquitetônico. As estações do ano são bem demarcadas e cada uma tem suas atrações. Caso visite a cidade no verão, os parques são incríveis. O Parque do Mont-Royal foi feito pelo mesmo arquiteto/paisagista do Central Park em Nova Iorque, lindo! Outra opção é o parque linear ao longo do Canal Lachine. Dá pra fazer piquenique nos gramados e tem ciclofaixas ao longo do canal. Montreal é uma cidade bikefriendly! Existem ciclofaixas pela cidade inteira e um programa de locação que funciona super bem. É fácil alugar e dar uma volta. O Jardim Botânico na primavera é um show à parte. Tem que conhecer! O Spa Bota Bota é bastante curioso. Em um navio que fica ancorado no porto você pode relaxar, fazer uma sauna ou usar a piscina ao ar livre. No inverno é uma delícia alternar entre a sauna e a piscina aquecida do lado de fora. Uma clara inspiração escandinava. Assim como toda a América do Norte, Montreal ama um brunch. Tem muitos lugares bons espalhados pela cidade. Indico o L’Avenue du Plateau, no bairro do Plateau Mont-Royal – o clima é ótimo, o preço é justo e a comida, muito boa. Falando em comida, quem visita Montreal precisa experimentar a poutine, uma espécie de batata frita com molho e queijo derretido, uma delícia que cai bem num dia frio de inverno.

Existe um restaurante famoso (24 horas) que dizem ter a melhor poutine daqui, o La Banquise, e também fica no Plateau Mont-Royal. Quem estiver no clima de compras pode ir à Rua Saint-Catherine onde ficam todas as lojas da cidade. É enorme. Uma vez no centro vale caminhar pela cidade subterrânea, que é praticamente um grande shopping embaixo da terra. Mile End é o bairro hipster da cidade, cheio de restaurantes moderninhos, bares legais com gente de todo o tipo. Um ótimo lugar pra visitar brechós e lojas de disco. As igrejas de Montreal têm uma história engraçada e única. Em sua grande maioria elas foram desapropriadas pelo Estado na década de 70 durante a Revolução Tranquila. Muitas viraram apartamentos, bibliotecas, centros culturais e até casa de shows! A arquitetura é sempre linda. O festival de jazz de Montreal este ano acontece entre 26/06 e 06/07. O mais famoso da cidade, com centenas de atrações. Esse ano o headliner é composto por Arteha Franklin e Diana Ross, que receberá o troféu Ella Fitzgerald, um prêmio ao conjunto da obra de cantores de jazz. Beck, Ben Harper, Tony Bennett e B.B. King são outras atrações. O interessante do festival é a maneira como ele é organizado. A maior parte dos shows é de graça e ao ar livre na Place des Arts, espaço onde acontece a maior parte dos eventos gratuitos por aqui. A cidade fica tomada por turistas, e o centro, completamente fechado pra carros. http://www.montrealjazzfest.com/default-en.aspx Além de tudo isso, vale ressaltar que os canadenses são conhecidos pela sua excessiva cordialidade. Os Quebecas em especial, muito abertos a um primeiro contato. Portanto, pode colocar em sua lista de lugares must go. Montreal vai te receber bem!

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Campanha Versace

TRENDY ∆

Preto & Branco

Peças e padronagens do guarda-roupa masculino vêm conquistando o universo feminino há gerações. Ternos, blazers e as clássicas camisas brancas são escolhas elegantes que encaram um dia de trabalho ou festas badaladas. Nos anos 60 o francês Yves Saint Laurent afrontou a sociedade vestindo pela primeira vez mulheres com smoking e calças. Peças até então exclusivas dos homens. Aposte na dupla P&B eternizada por grandes nomes da moda para compor looks atemporais! Vestido Karl Lagerfeld/Net-a-porter $370; Óculos Absurda/Viso Store R$480; Camisa Cotelle/Renner R$89,90; Sapato Anita Shoes preço sob consulta; Clutch Angel Jackson £275; Saia Emanuel Ungaro/Farfetch R$7.070; Calça Empório Armani/Farfetch R$3.870; Scarpin Fernando Pires R$210

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Fotos | Lucas Possiede e divulgação

Por | Luiz Gugliatto


Foto | Lucas Possiede

APAIXONE-SE

Shopping Norte Sul Plaza Loja 165 | 67 3056 1280


Campanha LONGCHAMP

EM ALTA ∆

SOFISTICAÇÃO

O couro sempre foi uma das apostas certas para o inverno. Nesta temporada outro ítem que vem chamando a atenção das fashionistas é o pelo fake que apareceu em casacos, coletes, estolas e até nos calçados. Pelos ou peles dão um toque de sofisticação às produções do dia e às ocasiões mais especiais. O bege e o caramelo são cores de fácil combinação, e para dar uma dose de charme aos looks mescle com peças estampadas e outras cores. Aproveite o momento para incrementar sua wish list. Jaqueta Bo.Bô R$3.799; Relógio Euro by Glória Coelho R$259; Cachecol Miu Miu/My Tereza € 730; Tricô Isabel Marant € 270; Bolsa Schutz R$790; Cinto Forum R$299; Colete Canal R$429; Bota Carmim/Anita Shoes preço sob consulta

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Fotos | Lucas Possiede e divulgação

Por | Luiz Gugliatto



Desfile Chanel

ESCOLHA DO MÊS ∆

WINTER BOHO

O inverno está amplamente democrático. Nestes dias de temperaturas variáveis não deixe que o frio ou o calor deixem você fora de moda. Para isso misture o boêmio com o hippie chic, faça interferências com o folk, country, étnico e tenha um estilo BOHO. Couro, camurça, franjas, bordados e estampas étnicas são ítens indispensáveis para incorporar um look confortável e atraente para arrasar. O visual hit tem certa predominância folk! Jaqueta Colcci R$530; Pashmina Shoulder R$79; Brincos Prada preço sob consulta; Jaqueta Emílio Pucci/Net-a-Porter $10.750; Colar Vania Nielsen/ Coollect R$292; Relógio Toy Watch £125; Clutch Isla preço sob consulta; Calça Mob R$379; Sandália Giuseppe Zanotti/Farfetch R$8.390

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Fotos | Lucas Possiede e divulgação

Por | Luiz Gugliatto



Campanha passarela.com

ACHADOS DE MODA ∆

I Love BraZil Por | Luiz Gugliatto

ELA: Lápis NARS/Sephora R$102; Lápis Sephora R$64; T-Shirt Adidas/Farm preço sob consulta; Saia short Adidas by Stella McCartney R$149,90; Bolsa Serpui Marie/Farfetch R$1.035; T-Shirt Mixed preço sob consulta; Havaianas Farm R$49; Scarpin Fernando Pires preço sob consulta ELE: Rádio Mondial/Walmart R$99; Polo Kenzo/Farfetch R$670; Boné Nike/Anita Sport preço sob consulta; Tênis Osklen preço sob consulta; Bermuda Osklen R$297; Prancha Surf Farm Rio R$1.509; Brazuca Adidas R$399,90; Fone Chilli Beans R$199; Mala Lansay R$479; Relógio Copacabana Watch € 39.

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Fotos | Divulgação

O patriotismo chega ao topo do glamour, e vitrines e araras já estão a caráter. Verde, amarelo, azul e branco são cores predominantes nos looks para curtir a vida no mês em que comemoramos o amor. Para a felicidade ser completa, esperamos que o Brasil vença a Croácia no dia 12 de junho, dia do primeiro jogo da Copa do Mundo. Se depender das lojas de fast fashion e de grandes grifes como a Osklen, estaremos todos uniformizados. Porém com o máximo de elegância!


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Apaixonadas por futebol Texto | Theresa Hilcar Fotos | Lucas Possiede

A Copa de 1970 foi meu primeiro contato com o futebol. O esporte, considerado domínio estritamente masculino, não tinha muita relevância para mim, ou para qualquer adolescente. Mas naquele mês de junho, em plena ditadura, a professora do rígido colégio interno mineiro resolveu quebrar as regras e nos colocou para assistir os jogos em frente a uma TV em preto e branco. Foi assim que todas as noites, durante duas horas, as trinta internas deixavam os livros de lado 42 | JUNHO 2014

para torcer – ainda que de forma comportada, nos tornávamos um só coração que palpitava e se emocionava. Apesar do episódio marcante e da vitória brasileira, não me apaixonei por futebol. E, confesso, nunca entendi este frisson que o esporte provoca nas pessoas. Nos homens essa paixão é atávica, cultural. São eles, literalmente, que mandam na bola. Mas e as mulheres? O que faz com que elas se apaixonem por um determinado time, torçam, sofram e vibrem por ele?


COPA ∆

A carioca Cláudia Fragelli, 33 anos, vascaína “sangue bom”, diz que futebol é algo que alegra a vida e os brasileiros. Há oito anos morando em Campo Grande, sente falta de frequentar o estádio toda quarta e domingo, como fazia no Rio de Janeiro. O remédio, segundo ela, é acompanhar pela televisão. “Assisto todos os jogos no final de semana, mesmo que o Vasco não esteja jogando”, diz. Mas quando vai ao Rio de Janeiro, não deixa de ir ao Maracanã. “Marco minha viagem de acordo com o dia do jogo”, entrega. Cláudia gosta tanto de futebol, que considera os meses de dezembro e janeiro os mais sem graça do calendário. “Os times estão de folga e não há campeonato”, admite. A escolha do Vasco como time do coração foi pessoal, mas o gosto pelo futebol pode ter começado em casa. A mãe, Tereza Fragelli, atuou como psicóloga do COB (Comitê Brasileiro do Esporte), trabalhou doze anos no Fluminense e três anos no Botafogo. Segundo Cláudia, ela entende tudo de futebol. Mas na hora de torcer, cada uma tem seu time: a mãe é Fluminense. Na vida como no campo de futebol, muitas vezes a casa é território inimigo. A advogada e maratonista Ana Maria Medeiros, 52 anos, por exemplo, é fiel Corintiana desde a adolescência, enquanto o marido é torcedor do discreto Santos. “Ele nunca se incomodou, mas ultimamente vem soltando umas farpas só porque o meu time não está indo

bem”, brinca. Ao contrário da imensa maioria dos seus pares, na hora de torcer pelo seu time Ana prefere a solidão do quarto. Não gosta de ninguém por perto. Só abre exceção, às vezes, para uma amiga, também corintiana. “Nunca fui ao estádio ver o Corinthians jogar, porque meu marido considera os jogos tumultuados”, confessa. Excesso de zelo? Talvez. Ana admite que é mesmo uma torcedora contumaz. Em uma das vitórias do seu time, em 1977, saiu para comemorar na rua e levou um tombo tão forte que lhe deixou uma cicatriz no joelho como recordação. Na juventude já chegou a brigar feio com amigo, flamenguista, e no calor da discussão lhe atirou um cinzeiro de cristal, mas sem maiores consequências. “Corintiano é você contra o mundo. As pessoas não entendem a paixão que a gente sente pelo Corinthians na alegria e na tristeza”, revela. A publicitária recém-formada Mariah Camacho, 23 anos, também defende os corintianos. Para ela há certo exagero na mídia quando se fala da torcida do Corinthians, seu time do coração, claro! Ao contrário de Cláudia e Ana, ela escolheu o time ainda criança, num gesto de carinho e solidariedade ao avô, que na época ganhou a carteira de “Sofredor”, uma alusão aos 21 anos que o Corinthians ficou sem ganhar nenhum campeonato. “Quando o time caiu para a segunda divisão, em 2007, eu resolvi entrar de cabeça e fui tentar entender

melhor o futebol e acabei me viciando”, confessa. Por ocasião do jogo do Corinthians em Campo Grande, Mariah foi ao Morenão e viu a bandeira do Pavilhão 9 – a torcida organizada do time – e passou a frequentar o local. Lá ela assiste aos jogos e às vezes viaja, de ônibus, com o grupo para ver os jogos em São Paulo. Em relação à violência, Mariah diz que nunca teve problemas em frequentar estádios. “Acho que o torcedor tem que ter consciência do seu espaço e não provocar quem torce pelo outro time”, defende. Mas esta paixão pelo futebol brasileiro não se reflete quando o assunto é Copa do Mundo. Cláudia já assistiu ao Mundial na França, mas por incrível que pareça, não conseguiu comprar ingresso para os jogos no Brasil. E, claro, está indignada. Vai se contentar em torcer pela Seleção na casa de amigos no Rio de Janeiro. Ana Maria diz que não teve vontade de ir aos estádios da Copa. Vai continuar no seu estilo “torcedora solitária”. Mas não nega que, se surgir oportunidade, gostaria de ir à próxima Copa do Mundo na Rússia. Mariah tentou de tudo para ver um jogo, mas não conseguiu nada. “Nem em Cuiabá a gente consegue ingresso”, reclama. A paixão pelo futebol, no entanto, não embota a consciência política. As três torcedoras acreditam que a Copa do Mundo trouxe muita corrupção para o País. E não estão gostando nada disto. ∆

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fashion for two

Fotografia | Alexis Prappas Styling | Luiz Gugliatto


Ele: Camisa, cinto e sapatos Estivanelli e Ă“culos Carrera/Ă“tica Lunettes. Ela: Blusa e saia Brecharia, brincos e corrente Zhenga e sapatos Gregory.


Ela: Vestido Vitor Zerbinato/La Dame, casquete Suzanne Cloude Chapelaria/Brecharia e brincos acervo. Ele: Camisa Forum, calça e suéter Estivanelli, gravata Valentin Bowtie e Óculos Marc by Marc Jacobs p/ Ótica Lunettes



Ela: T-Shirt Bob Store, calça Forum, Óculos Marc by Marc Jacobs / Ótica Lunettes e Brincos Zhenga. Ele: T-Shirt Track&Field, cinto e colar Hoover , pulseira acervo e calça Forum.


Ela: Casaco preto e polainas Track&Field, , short Osklen, blusa e jaqueta Adidas/Farm e All Star Anita Sport. Ele: Casaco e T-Shirt Osklen, luvas e chuteira Nike/Anita Sport, short e legging Track&Field e Brazuca Adidas/Anita Sport.


Ela: Vestido Farm, brincos e anel Zhenga, colar e sandálias Cantão e pulseiras acervo. Ele: Cinto e blusa usada como turbante Cantão, colar Hoover, pulseiras acervo e calça Enjoy.


Ele: Jaqueta, calça e boot Ellus, colar Fabrízio Giannone e luvas e regata acervo. Ela: Vestido Tufi Duek, brincos e anéis Zhenga, meia acervo e sandálias Melissa.



Ele: Terno e camisa Estivanelli, gravata Forum e Óculos Ray Ban/Ótica Lunettes. Ela: Blusa, saia e casaco Le Lis Blanc, brincos e anel Zhenga, bolsa acervo e Óculos Marc by Marc Jacobs/Ótica Lunettes Agradecimentos Espaço de dança Selma Azambuja (67) 3253-6000 3R Bike Store (67) 3211-9883 Ficha Técnica Fotos Alexis Prappas Styling Luiz Gugliatto Beleza Marco Koller Produção executiva Thais Pompeo Modelos Carla Pagot e Pedro Stach


“Quem não sente no corpo a alma expandir-se até desabrochar em puro grito de orgasmo, num instante infinito?” Carlos Drummond de Andrade

Sex and the City Texto | Natália Charbel

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COMPORTAMENTO ∆

Prazer. Não, não estou me apresentando, quero falar de desejo, gozo, deleite sexual. Como nós mulheres lidamos com nossos orgasmos? Será que em pleno século XXI, já sabemos o que nos satisfaz? Como ter prazer, não ter, e como buscá-lo? Somos fruto de uma geração que lutou pelo prazer feminino, somos filhas da liberação sexual, das mulheres pós pílulas anticoncepcionais. Nossa vida sexual não é somente para procriação ou agradar nossos companheiros. Sabemos o que queremos, como queremos e queremos mais. Humm, será?

Nós pensamos em sexo? Ou esta é mais uma tarefa na to-do list da semana? Como o sexo permeia seu dia a dia? Afinal, acredito que ninguém tenha um botãozinho que ligue o MODE ON e faça com que você se anime naqueles 10 minutos antes de transar. Para a gente ter prazer e gostar da brincadeira, precisamos que o sexo faça parte da nossa vida. É legal trazer a sexualidade para a vida real. Nos inspirar, nos envolver. Nós somos muito subjetivas nesse assunto. Muitas vezes vinculamos uma vida sexual animada e saudável a um corpo perfeito. Estar linda, depilada, magra. E esquecemos que sexo bom tem muito mais a ver com a cabeça, com se sentir desejada e desejar, do que com um corpo incrível. Nós mulheres precisamos de uma harmonia bacana entre corpo (e aqui falo da questão biológica) e cabeça. Pode acreditar que quando as neuras da perfeição forem embora e você relaxar, tudo ficará melhor! “Se a pessoa está inserida numa sociedade que não permite a expressão sexual, o seu cérebro vai ser mais sensível a mecanismos de inibição do que a mecanismos de excitação”, esclarece o psiquiatra Francisco Allen Gomes. Passar em uma sexshop na hora do almoço, comprar uma lingerie nova, ler um texto inspirador. Não temos que ter vergonha de buscar estímulos. Nós não lemos matérias que dão dicas de como criar nossos filhos e buscamos receitas baca-

nas? Então, sexo segue o mesmo caminho. É fabuloso estimular essa parte deliciosa da vida. Estar preparada, pensar e falar sobre o assunto. A busca do prazer não deve estar só ligada ao orgasmo, àquele momento. Culturalmente os homens são criados com muito mais liberdade. Eles conversam sobre masturbação, veem revistas de nu com muita naturalidade, aliás, muita meeesmo. E a gente? Por mais incrível que pareça mulheres ‘direitas’ não falam sobre masturbação, não conhecem o corpo e pior, colocam a responsabilidade de seu prazer nas mãos do companheiro. Ora bolas, não fomos para as ruas buscar nosso lugar no mundo profissional? Então precisamos com o mesmo afinco ir atrás de nossa realização sexual. Sem máscaras e sem discursos prontos. Algumas de nós são mais atiradas, outras mais recatadas e tímidas. Mas, todo mundo aqui gosta de sexo, não gosta? Então que cuidemos nós mesmas do nosso prazer. Vez em quando vemos movimentos nessa direção. Afinal não foi à toa o sucesso arrebatador e a polêmica em torno de certa trilogia lançada há alguns anos. Mulheres liam sem pudor, livros que tratavam de um tema tabu, o sadomasoquismo. E todo mundo leu, até para criticar. Não cabe aqui uma crítica à literatura, temos defensores radicais e opositores com o mesmo empenho. Mas o que importa é que o sexo estava, sem vergonha, nas mãos de mulheres de todos os tipos. É disso que estou falando. De ter a sexualidade em nossas mãos, seja em um livro, em um filme ou uma fantasia. Quando o assunto se tornar realmente natural o prazer caminha no mesmo sentido. O que te inspira? Qual cenário te entusiasma? Comece devagar, mas busque com vontade seu prazer. É um caminho delicioso a se percorrer. ∆

"A sexualidade feminina trabalha mais como resposta do que impulso", diz a ginecologista Denise Coimbra. JUNHO 2014 | 55


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FITNESS ∆

Bailando ao ritmo da zumba A dança latina conhecida como Zumba é a nova queridinha de quem quer queimar calorias e não é muito fã de academia. A modalidade que chegou ao Brasil há pouco é divertidíssima e eficiente. Texto | Tatyane Cance Foto | Higor Blanco

Seu criador, o colombiano Alberto Beto Perez, misturou ritmos como cumbia, salsa, merengue, reggaetón, hip hop, funk e levou a zumba para os Estados Unidos ainda nos anos 90. Por lá, a dança acabou caindo nas graças de celebridades como Shakira e Jennifer Lopez. O que mais tem agradado ao público é que qualquer um pode dançar, os movimentos são fáceis e, segundo o professor Ivan Sousa, que dá aula de zumba no Studio Gisela Dória, até quem nunca dançou consegue entrar no ritmo sem o menor problema. Nos grandes centros, a dança é febre e até virou jogo de videogame. A aula só desembarcou aqui em Campo Grande ano passado, mas tem ganhado cada vez mais adeptos. Ivan, que se especializou na modalidade em São Paulo com a professora Ludmilla Marzano, conta: “Se você conseguir conciliar a zumba com treino de força na academia, o resultado será excelente. Porém, também é ideal para quem não curte um treino pesado, já que modela o corpo e queima calorias sem a pessoa perceber”.

Outra característica que explica o sucesso da zumba nos mais de 100 países em que ela está inserida, é a regionalidade. Em um determinado momento é preciso dançar ao ritmo de músicas nacionais. Para você que achou interessante, fique ligado porque existem vários tipos de aula além da Fitness. A Zumba Gold, para idosos, onde os movimentos são modificados; Zumba Toning, que combina exercícios localizados com trabalho cardiovascular; Aqua Zumba, conhecida como Festa na Piscina, que é uma mistura de zumba e hidroginástica; e a Zumba Kids, planejada para crianças de 4 a 12 anos. Outra curiosidade para lá de interessante é que as coreografias se modificam de dois em dois meses, por isso, aconteceu no dia 22 de maio o evento de lançamento da ‘nova’ zumba. O aulão com o professor Ivan foi realizado no La Riviera, com direito a coquetel e tudo. Dançar faz bem ao corpo e à alma e, se nos permitem uma pequena licença poética, por aqui, quem dança seus males espanta.∆

A Zumba faz bem para o corpo, dá um up na saúde, no humor e na disposição, conta o professor. O exercício trabalha muito as pernas e a contração abdominal, como uma aula de aeróbica e ginástica localizada, mas temperada com música latina.

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PUBLIEDITORIAL ∆

Disfunção de ATM A Articulação Temporomandibular (ATM) é uma das articulações mais importantes e complexas do corpo humano. Sabe por quê? Ela é responsável pela movimentação da mandíbula e é determinante em situações do nosso cotidiano como a fala e a alimentação. Em razão disso, alguns sintomas como dores de cabeça e de ouvido, zumbidos, dor e pressão atrás dos olhos, sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca, dor ao bocejar ou ao mastigar, flacidez dos músculos da mandíbula e aquela brusca mudança no modo em que os dentes superiores e inferiores se encaixam, são sinais de que pode estar ocorrendo uma Disfunção Temporomandibular (DTM), ou seja, uma disfunção da ATM. Ela acontece quando a articulação que movimenta sua mandíbula não funciona bem, quando a pessoa sofre algum trauma (micro e macro) ou alteração articular. Segundo a doutora Maria Bernadete Bertocini, que atua na área há mais de 30 anos, o tratamento da maioria dos pacientes com DATM (disfunção da ATM) tem prognóstico favorável (tem cura). Para os que têm um prognóstico desfavorável, o objetivo é controlar a dor e com isso diminuir consideravelmente os sintomas. É por isso que, quem tem a disfunção, precisa tratar-se antes de fazer outras intervenções como ortodontia e prótese. Ainda segundo a doutora, a cirurgia para solucionar o problema pode ser recomendada, porém em último caso. A Disfunção da ATM é uma doença multifatorial, ou seja, é difícil de demonstrar uma relação direta entre uma das causas, por isso, essa disfunção requer um tratamento multidisciplinar abrangente (um tratamento que passa por vários especialistas). Na visão da doutora Maria Bernadete, o profissional da área deve procurar usar as evidencias atuais (Odontologia Baseada em Evidências) na hora de tomar decisões sobre o tratamento de cada paciente: “é preciso integrar a experiência clínica individual com a melhor evidência clínica disponível”, finaliza.

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Neusa Lopes - Exame: EMG (eletromiografia dos músculos faciais)

Rua Pernambuco, 934 67 3384 1158 ou 9982 4554 - Campo Grande - MS www.bertocini.com.br



“ontem à noite sonhei de corpo inteiro - acordei com teu cheiro.” Alonso Alvarez

Um cheiro bom no ar... Química corporal x cheiro Como isso funciona? Texto | Vanda Escalante

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SAÚDE ∆

Cada ser humano é único. Por mais semelhante que sejamos, possuímos características que nos distinguem, como a impressão digital, que até em gêmeos univitelinos é diferente. E há também outra singularidade em cada um de nós: o cheiro. A informação olfativa é transmitida por fluidos corporais, que contêm uma infinidade de moléculas químicas chamadas de compostos orgânicos voláteis (COV´s). Muitos deles possuem odor específico, sendo este um dos fatores determinantes do cheiro. Mas não para por aí: genética, raça, idade, gênero e até a alimentação são também elementos que constróem o odor corporal. Sabemos que as crianças, por exemplo, não costumam ter cheiro forte ou ruim, pois na infância as glândulas sudoríparas apócrinas presentes nas axilas, genitais, couro cabeludo, e que causam mau odor, estão em atividade mínima. Já na puberdade estas glândulas intensificam seu trabalho, aumentando a eliminação do suor. Já repararam que geralmente adolescentes têm cheiro bem forte? Quando falamos em diferença racial, nos índios e povos da raça amarela estas glândulas encontram-se em quantidades menores em comparação aos europeus e negros. Porém é importante entender que o suor em si é inodoro. Suamos para nos refrescar, para manter uma temperatura adequada ao corpo. O que causa o cheiro é a mistura desse líquido com fungos e bactérias que podem estar alojados em nossa pele, ou a descarga de alguns resíduos como gordura e toxinas, que não foram eliminados. Durante o tempo de metabolização de alguns alimentos, álcool e medicamentos, podemos perceber alteração no nosso cheiro. O que mais provoca mudanças são as vitaminas do complexo B (encontradas em alimentos como ovos, carnes, principalmente os miúdos, vegetais verdes folhosos, banana, cereais), o zinco, o enxofre (presente em alguns medicamen-

tos e alimentos como cebola e alho) e também o consumo em excesso de proteínas e laticínios. Dizem os vegetarianos que, em geral, a proteína animal é a grande responsável por causar o mau cheiro no nosso corpo, mas não há comprovação científica que atribua toda essa responsabilidade à alimentação carnívora. Homens e mulheres também cheiram de maneira diferente pela questão hormonal, e estudos comprovam a existência dos feromônios: substâncias químicas que quando secretadas por um indivíduo levam uma mensagem que pode comunicar defesa, alarme, ataque e até convidar ao acasalamento... Isso explica por que alterações no humor e estresse também alteram nosso odor. É claro que estes sinais são muito mais reconhecidos pelos animais irracionais, pois nós o tempo todo camuflamos nossos cheiros com desodorantes, perfumes, cremes... Mas dizem por aí que uma mulher no seu período fértil libera um aroma extremamente atraente para os homens... E bons comerciantes, que não perdem tempo, já fizeram perfume de feromônio para animar a vida sexual. O cheiro nos identifica. Quem nunca sentiu um aroma e lembrou de alguém ou algum lugar? E mais que isso, pode agradar ou repelir. Ninguém em sã consciência gosta de sentir cheiro ruim. Então, como os fatores que resultam no odor são variados, para que ele seja agradável é preciso uma boa higiene diária e uma vida equilibrada na medida do possível. Manter uma alimentação balanceada e as emoções em harmonia também vão contribuir para que seu cheiro deixe um rastro de boas lembranças. ∆

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"Não temos em nossas mãos as soluções para todos os problemas do mundo, mas diante de todos os problemas do mundo temos nossas mãos." Friedrich von Schille

A beleza das mãos e o poder do toque...

Texto | Natália Charbel

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beleza ∆

“Tocar pode significar dar vida”, dizia o mestre renascentista Michelangelo. O toque é um sinal, uma linguagem universal, consegue comunicar emoções e, muitas vezes, fala de maneira mais precisa do que as palavras. Existe sensação tão boa quanto tocar quem a gente ama? Sentir a pele... O tato faz arrepiar. E é impossível cogitar toques sem pensar nas mãos, esses instrumentos de carinho tantas vezes esquecidos. E aí, como você tem cuidado das suas? A verdade é que fazemos exercícios, vigiamos a alimentação e o cabelo. Para o rosto então, temos um arsenal de cremes... As mãos? Ah... Elas acabam recebendo aquele restinho de hidratante e filtro solar que sobrou. Uma esfregadinha e voilá, estão cuidadas. Será? As mãos sofrem horrores com lavagens constantes, estão sempre expostas e tocam milhares de coisas todos os dias. Tudo isso remove a proteção natural da pele, o que causa ressecamento, envelhecimento cutâneo e perda de colágeno; a exposição solar, provoca manchas. Os primeiros sinais de envelhecimento variam e aparecem de acordo com a genética, hábitos e cuidados. O contato com substâncias irritantes, o excesso de sol, falta de hidratação e cigarro, aceleram o processo. Os primeiros cuidados são simples: filtro solar constantemente, ter sempre à mão um bom hidratante e reaplicá-lo de hora em hora, usar luvas de borracha na hora da limpeza. Essas atitudes simples vão garantir uma boa ajuda na batalha contra o tempo. Agora, se suas mãos já estão sofridas, talvez seja o momento de procurar um tratamento mais profundo. Aquele papo de que ‘para mão não existe solução’, é passado, existe sim, muito procedimento bacana. Dá uma olhada: Lipoenxertia: Com o passar do tempo, as mãos perdem gordura e ganham um ar meio ‘esquelético’. Esse procedimento realizado por um cirurgião plástico consiste em remover uma

pequena quantidade de gordura do corpo e inseri-la nas mãos. Pode ser realizado com anestesia local ou quando se faz uma lipoaspiração, aproveitando a gordura que já foi aspirada. Reposição de colágeno: para estimular a produção de colágeno indica-se a hidroxiapatita de cálcio, cuja aplicação é simples e indolor. “É feita uma anestesia local e o produto é injetado para preencher os sulcos da região. Este procedimento ajuda a reduzir as rugas e melhorar a tonicidade da pele, além de promover hidratação. O resultado dura cerca de um ano”, diz a dermatologista Irene Dantas. Se seu problema forem as manchas, tente um peeling de cristal + máscara de rubi: primeiro é feita uma exfoliação de cristal, que elimina as células mortas e abre os poros. Depois aplica-se uma série combinada de ácidos rejuvenescedores e clareadores. Em seguida vem a máscara de rubi, que também contém substâncias vegetais clareadoras e, para terminar, um gel clareador com palmitato de retinol e filtro UV com FPS 60, que deve ficar nas mãos por oito horas e ser retirado com água. “O tratamento pode ser feito em pele negra, não dói e promove apenas uma descamação suave”, explica a dermatologista Paula Lopes. Para a hidratação diária escolha produtos com ureia, vitaminas A, B e C, óleos essenciais e glicerina. O uso de protetor solar com no mínimo FPS 30 deve ser constante e a reaplicação precisa ser feita a cada hora para quem está ao ar livre ou de duas em duas sob luz artificial. ∆

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HITS DE BELEZA ∆

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Segundo pesquisa da Universidade DePauw, o toque diminui o estresse e aumenta a oxitocina, hormônio liberado após o toque que produz sensação de confiança. Quem não quer sentir tudo isso? Essa é a hora de montar seu kit de proteção às mãos. Texto | Natália Charbel

1- Capture Anti-taches D-30, Dior: Anti manchas incrível! Com vitamina B, extrato de alcaçuz e malva. Esses ativos regulam a produção da melanina e são ótimos para a prevenção de manchas. R$ 169

2- Hidratante Cover New Hand FPS 15, Dermage: Com ação 3 em 1, revitaliza, hidrata e protege a pele das mãos. Sua fórmula ajuda na prevenção do envelhecimento precoce, previne e suaviza a hiperpigmentação e a aspereza. Além disso, não tira o brilho do esmalte. 3- Super Aqua Hands, Guerlain: Tem efeito anti-idade, regenera e protege contra os sinais do tempo. Hidrata as mãos por um período longo, sem melar. R$ 225

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4- Stop Signs Hand Repair, Clinique: Age no combate ao envelhecimento e na redução de manchas. A fórmula possui vitaminas C e E, que protegem contra os radicais livres. R$74

5- Hidratante para as Mãos Macadâmia, Natura: Ideal para levar na bolsa. Super hidrata até a pele mais seca. Combina óleo de macadâmia com proteína do arroz e pró-vitamina B5. R$ 11

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6- Creme de Mãos Immortelle L’Occitane: Regula a produção de melanina e previne a formação de novas manchas. Tem óleo essencial de immortelle, que melhora a oxigenação das células. R$ 79 7- All in One Manicure, ArtDeco: Peeling e hidratação no mesmo produto. Cristais de sal do Himalaia fazem uma exfoliação suave de efeito clareador. Os óleos de jojoba, amêndoas, laranja e abricó são super hidrantes. R$ 112





Sou azedo, mas sou do bem! Os benefícios do limão

Texto | Natália Charbel

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NUTRIÇÃO ∆ Considerado como a joia das frutas pelos especialistas de nutrição e saúde, o limão é fonte de vitamina C, vitamina B6, vitamina A, potássio, magnésio, cálcio, fósforo, cobre, riboflavina, ácido pantotênico, ácido cítrico, limonemo, limonoides, fotoquímicos... Ficou confuso com tantos nomes? Para a gente entender melhor, todos esses componentes resultam em: fortalecimento do sistema imunológico, proteção contra os radicais livres, redução da pressão arterial, auxílio na digestão, prevenção de alguns tipos de câncer como mama, pele, estômago, boca, cólon e pulmão, redução dos níveis de colesterol, ação antibacteriana e antiviral. Além de tudo isso o limão é um excelente expectorante! E as qualidades dessa pequena, mas tão potente fruta não param por aqui!

É azedinho e tem quem goste assim. Outros preferem com açúcar. O suco é uma delícia! Bolo e biscoito também. Pode ser usado como tempero, para fazer chá e até como remédio. Já sabe de quem estamos falando? Do limão. Presente em qualquer geladeira, além de ser multiuso na cozinha traz benefícios à saúde que nem imaginamos!

Longas e profundas pesquisas constataram que o limão estimula a produção de carbonato de potássio no organismo, que promove a neutralização de acidez no meio humoral. Os humores são os nossos líquidos (sangue, linfa, bile etc). Para estarmos em equilíbrio, esses líquidos precisam de um ph específico, que não pode ser ácido, e a fruta, apesar de cítrica, ao passar pelo processo da digestão, age como um alcalinizante, ou seja, neutraliza a acidez interna mantendo o sangue alcalino. Há também um costume milenar dos orientais de tomar água com limão (sem açúcar) antes do desjejum para purificar o organismo, graças à ação adstringente da fruta. Mas se você é daqueles que não gostam do sabor do limão de jeito nenhum e mesmo depois de saber de todos esses benefícios ainda não se convenceu em acrescentá-lo na sua dieta, saiba que ainda há possibilidades de usufruir da fruta sem precisar ingeri-la. Isso mesmo! Fazer compressas embebidas do suco na fronte e nas têmporas combate cefaleia e sinusites. Pingar algumas gotas de limão no couro cabeludo e massageá-lo durante o banho ajuda a combater a queda de cabelos e, para tratar unhas quebradiças, pingar um pouquinho nelas e friccionar. Depois de conhecer tantos atributos do fruto do limoeiro, deixamos pra você duas dicas importantes: para quem gosta de tomar o suco do limão, indicamos o uso do canudinho ou um bochecho com água após a ingestão, pois se consumido em excesso, o esmalte dos dentes pode ser danificado em função da acidez. Também é importante lavar bem as mãos com água corrente após manusear a fruta para não manchar a pele (o que pode ocorrer principalmente se exposta ao sol). E então? Vamos fazer dos limões uma limonada? ∆

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nhoque e AGRIÃO “O que aprendi da culinária italiana foi com os meus pais e avô”.

Texto | Tatyane Cance Fotos | Lucas Possiede

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GASTRONOMIA ∆

Nhoque de Mandioquinha com Molho de Agrião Ingredientes

Não foi da formação em Londres que Leonardo Zanardo tirou a verdadeira paixão pela culinária. O chef, que comanda o La Buona Cucina, descobriu o universo das massas italianas desde muito pequeno, através do avô e de seus pais. Nascido em São Paulo, Leonardo mudou-se para terras pantaneiras ainda pequeno e vivenciou desde sempre a proximidade da família com a cozinha. Aos 17 anos desembarcou em Londres com o intuito de estudar inglês, mas foi pego pela culinária mais uma vez. Por lá fez cursos e especializou-se em uma área mais contemporânea. Ao retornar, em 2012, assumiu o La Buona Cucina junto com a irmã, abraçando o negócio da família que dura mais de 20 anos. “O que aprendi da culinária italiana foi com os meus pais e avô, por isso nunca mexi no cardápio da rotisseria, modifiquei apenas algumas coisas na nossa área de eventos”, conta Leonardo.

Para entrar no clima da Copa, o chef preparou uma receita italiana com uma pitada de Brasil. O prato da vez é um nhoque feito de batata baroa com molho de agrião. Simples, fácil de fazer e super gostoso.

150g de farinha de trigo 800g de mandioquinha sal e pimenta-do-reino 30g de manteiga 1 gema de ovo

MODO DE PREPARO Cozinhe a mandioquinha com casca, em água e sal. Depois descasque e leve-a ao forno por 3 minutos, para retirar toda a umidade. Amasse a mandioquinha e junte os outros ingredientes. Amasse bem e divida a massa em pequenas bolinhas. Cozinhe-as em água e sal, passe pela água fria para interromper o cozimento e reserve.

Molho de agrião 1kg de agrião picado 100g de cebola picada 20g de alho espremido 30ml de azeite 30ml de creme de leite fresco sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo Doure o alho no azeite, acrescente a cebola e refogue até dourar. Coloque o agrião. Junte o creme de leite fresco e deixe reduzir por alguns minutos. Tempere com sal e pimenta-doreino, bata no liquidificador e reserve. Finalização: sirva o nhoque com o molho de agrião por cima. Rendimento: 4 porções

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CHIPA ∆

A chipa do cerrado é grega Texto | Tatyane Cance Foto | Lucas Possiede

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Na Grécia é conhecida como tiropita. Em Campo Grande, recebeu o nome de chipa grega. O salgado chegou por aqui na década de 40 pelas mãos do grego Doucakis Panayotis Procopiou, que aproveitando a fama da chipa paraguaia, introduziu no mercado a sua tiropita com o nome dos nossos vizinhos e sobrenome grego. E não é que deu tão certo que virou tradição? Hoje o negócio já está em sua terceira geração, sob a tutela da neta Elissavet Esquivel Procopiou, na lanchonete Boa Vista, que há mais de 35 anos está na Rua Antônio Maria Coelho, 1265. Por lá a tradição é provar o incomparável quitute em sua receita original com o bom e velho cafezinho preto. Elissavet nos confidenciou que o próximo passo é a abertura de uma fábrica com distribuição para todo o Brasil. É a chipa grega invadindo o país! ∆



A GENTE EM CASA ∆

ARTE E NATUREZA Texto | Tatyane Cance Fotos | Lucas Possiede

A casa do dentista Estevom Molica Neto é um oásis para quem curte arte. As peças e quadros de nomes como Ilton Silva, Aninha Arruda, Tom Barbosa, Juan Angelo e muitos outros vieram de várias partes do mundo. “Compro porque admiro e curto, não vendo por preço nenhum”, conta ele.

O lugar foi todo reformado e a prioridade foram as quatro salas existentes na casa: “Gostamos muito de receber amigos, por isso temos esses espaços”. Quem assina a arquitetura é Anelise Da Riva, mas os responsáveis pela decoração foram os próprios donos. Segundo Estevom, a vantagem de estar presente e decorar todos os detalhes é que se pode deixar tudo do jeito desejado, com a cara de quem mora aqui. No caso, dois adultos e uma criança.

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Com janelas grandes e bastante luz, é notório que são o conforto e a simplicidade que regem o clima da casa. Natureza e arte misturadas de forma única em um espaço aconchegante. Um lugar onde qualquer um adoraria morar.

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O cômodo preferido e mais usado pela família é o espaço gourmet que fica na área de lazer. Já o quarto de hóspede tem a vista mais privilegiada da casa, com uma sacada de tirar o fôlego. “Fiz questão de pedir para a arquiteta esta sacada, porque temos um pé de ipê amarelo que floresce exatamente em frente a essa suíte”, conta Estevom. ∆

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achados de casa ∆

ATMOSFERA DE DESCANSO Por | Priscilla Marques Foto | Lucas Possiede

O quarto é um espaço onde passamos boa parte do tempo, e por isso precisa ser aconchegante. Uma roupa de cama confortável e travesseiros macios são perfeitos ao relaxamento e trazem bem estar. Vasos com flores, uma coleção de caixinhas com pedras, porta-retratos e um copo para água são peças que complementam o ambiente e refletem a personalidade de cada um.

Pote de vidro lapidado com tampa marfim usado em cima das revistas - MONALISA CASA R$ 84,00; Porta joia borboleta FORNARI R$93,90; Porta joia com cristal FORNARI R$108,90; Porta joia com cristal FORNARI R$119,90; Porta vela usada como vaso para verdinho FORNARI R$172,90; Livro caixa tamanho P FORNARI R$27,90; Porta retrato laço cinza MADRE SANTA HOME R$108; Porta retrato oval pérolas prata MADRE SANTA HOME R$115; Vela Voluspa SANTA GRAÇA (preço sob consulta); Jogo de cama king Cap Ferrat Casa Tua R$ 963; Almofada cru FORNARI R$158,90; Almofada infinito FORNARI R$161,90; Almofadas bordadas em branco Matiz Enxoval (preço sob consulta)

Priscilla Marques é especialista na arte de receber, decorações de festas e autora do blog Anfitriã: www.anfitria.com

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ids Parece que não, mas se você observar vai perceber que por mais atividades que seu filho faça, ele também está super conectado. O que é normal e até necessário, nos dias atuais. Ainda assim, ficar offline tem seus prazeres, e na infância temos que incentivá-los a saborear esse tempo. Que tal aproveitar o mês do meio ambiente para desligar as crianças da tomada um pouquinho? Conheça duas empresas brazucas que são ótimas para curtir com os pimpolhos: Gosta de brincar de fazendinha? Imagine fazer a sua! A marca Alegria sem Bateria propõe às crianças o ato de criar os seus brinquedos, de jogos até personagens. Os kits vêm completos para cada atividade sugerida e podem ser enriquecidos com materiais recicláveis escolhidos pelas crianças. Disponíveis nas redes Zastras e Livraria Cultura. http://www.alegriasembateria.com.br Que tal equilibrar-se? Balanços, gangorras, caminhos, tudo a favor do movimento. Essa é uma das propostas que você encontra na Mentes Brilhantes, marca voltada para brinquedos ligados à tecnologia e conservação. São utilizados geradores eólicos, turbinas hidráulicas e outras ciências para desenvolver brinquedos altamente divertidos e desafiadores. Compras direto no site. http://www.mentes-brilhantes.com

Texto | Ana Laura Azevedo

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Dia dos namorados sempre causa frisson. Mas às vezes a ansiedade em surpreender a pessoa amada nos deixa tão confusos que fica difícil escolher algo bacana sem cair na mesmice. Seguindo a linha de presentes divertidos e funcionais, aí vão algumas dicas descoladas para surpreender o gatinho, ou gatinha: O Segredo do Vitório. http://www.osegredodovitorio.com/ Para os mais moderninhos! O site curitibano tem mimos para variados gostos e faixas de preço, além da entrega nota dez. O atendimento é atencioso, o que torna a chegada dos seus presentes ainda mais especial. Imaginarium http://loja.imaginarium.com.br/ Para os mais românticos. A renomada marca sempre aposta em objetos para casais, ou itens voltados para o romance em linhas fofas cheias de coraçõezinhos. Tem duas lojas na cidade e também loja online. Uzinga http://www.uzinga.com.br/ Para quem gosta de dar seu toque pessoal. Você pode comprar, ou tentar criar a sua estampa. Essa é sua chance de produzir algo para surpreender o seu amor e o dos outros. O mais legal é que a loja além de ser um coletivo (tudo funciona por votação) é campo-grandense.

Texto | Ana Laura Azevedo

De mãos dadas.

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EDITORA CONVIDADA ∆

Sabrina Adorno Texto | Júlia de Miranda Fotos | Lucas Possiede e divulgação

A administradora Sabrina Adorno veio de Brasília para Campo Grande há 3 anos e meio. Ainda na Capital Federal, em 2004, se apaixonou pelo Scrapbooking quando fez seu primeiro curso para montar álbuns de fotografia personalizados. A partir daí frequentou outros tantos, nos quais aprendeu mais sobre a técnica, e o que era hobby começou a virar coisa séria. Criando itens personalizados para festas e eventos, surgiu a Adornos & Afins.

“Montei um ateliê dentro de casa para atender a algumas encomendas de amigos e parentes. Após um período trabalhando durante o dia em empresas (Vivo, Tim e BRmalls) e nas madrugadas com os pedidos, decidi abandonar o mundo corporativo e assumir de vez a paixão pelo meu hobby”, declara. Há quase dois anos existe uma estrutura física para a Adornos & Afins na Rua da Paz. A empresa tem como diferencial a personalização geral de festas e brindes (lembrancinhas para crianças e adultos, embalagens personalizadas e convites). Nesta edição, Sabrina é a nossa editora convidada e revela as melhores dicas de como ter sucesso em seus eventos.

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Planejar-se com antecedência. A demanda por festas está cada vez maior, com isso o planejamento é necessário. A antecedência evita surpresas desagradáveis, tais como um buffet sem data disponível, decoradores sem agenda e, principalmente, antecipar-se faz com que o evento seja feito com mais detalhes, e aí, o sucesso é garantido.

A escolha do tema adequado é fundamental. Parece meio óbvio, mas recebo mães no atelier que querem fazer a festa do tema que elas gostariam, e não o que a criança quer. Para ter sucesso, o pequeno deve estar conectado ao tema, identificar-se com ele. Todos ficam satisfeitos ao ver o aniversariante curtindo tanto quanto os convidados. Às vezes, as mães querem satisfazer seus desejos e não os da criança. Isso acaba sendo uma combinação perigosa.

Analisar a quem se destinará a festa. Conhecer o público também é muito importante. Por exemplo: se o aniversariante é mais velho e gosta de futebol, porque não fazer uma tarde de bola com seus colegas prediletos? A melhor comemoração é aquela em que o público estará satisfeito e curtindo o momento.

Adeque sua festa ou evento ao seu orçamento. Não é preciso gastar muito para que seja um sucesso. Mais importante do que quanto custará é a identidade que a festa terá. Os detalhes fazem a diferença e os convidados certamente se recordarão deles.

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CADERNO DE VIAGEM ∆

Rota romântica pela Califórnia - Highway 1

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Texto e fotos | Regina Almeidinha

Pebble Beach

Para os que curtem viagens de carro, estradas fascinantes, paisagens maravilhosas e cidades muito, muito charmosas, este realmente é o roteiro ideal: de São Francisco a San Diego – aproximadamente 930 km de vistas inesquecíveis. O início de toda a programação deve ser, sem dúvida, a partir de São Francisco, para que durante todo o percurso você esteja do lado certo da pista, apreciando melhor a paisagem e conseguindo ótimas fotos dos melhores ângulos. O tempo gasto para se percorrer toda a Pacific Coast depende muito da sua disponibilidade e interesse em parar e admirar tudo sem pressa nenhuma – e eu diria que é a melhor maneira. O GPS vai sempre insistir em mandar você percorrer as rodovias principais, mas compre um bom mapa da região e persista pela PCH1; saindo de São Francisco em direção a Monterey, pegue a CA-1/ Cabrillo Highway. Em Monterey está um dos aquários mais famosos do mundo, o Monterey Bay Aquarium, diversão para todas as idades, até mesmo para quem não está viajando em família é uma atração interessante.

Bixby Creek Bridge

Seguindo em frente, você irá de encontro à rota cênica que começa em um condomínio particular em Pebble Beach, a famosa 17-Mile Drive, com campo de golfe, praias, e pontos estratégicos para fotos como o Lone Cypress, aquela árvore famosa da Califórnia, que com certeza você já deve ter visto, solitária, à beira de um abismo.

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Esta rota termina exatamente na praia da linda Carmel, onde eu aconselho você a se hospedar por pelo menos 2 dias; nada mais romântico do que assistir ao por-do-sol em suas praias com os lindos ciprestes com seus troncos retorcidos, apreciar todo o bom gosto de suas galerias e antiquários e saborear a sua deliciosa culinária orgânica. Logo após Carmel, inicia-se o trecho mais famoso de toda esta rota romântica da Califórnia – o Big Sur! São 137 km de uma bela e sinuosa estrada à beira de precipícios, com visual espetacular, de onde você fará as

Rock Point

fotos mais fantásticas da viagem, com certeza. No Big Sur, destaque para os locais como Rock Point (lindo visual do mar com pedras enormes e flores exóticas por toda a parte), e Bixby Creek Bridge (a ponte mais famosa da região, finalizada em 1932). Passando a ponte, você encontrará um lugar agradável para um lanche ou café, o Nepenthe (www.nepenthebigsur.com), um restaurante com uma imensa bancada frente ao mar (se tiver sorte, o dia vai estar claro e sem a neblina característica deste local!).

Nepenthe Restaurant

Leões marinhos em San Simeon

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Hotel La Valencia em La Jolla

Para que as boas recordações desta belíssima região não fiquem apenas nas fotos, experimente hospedar-se no Big Sur, no charmoso Post Ranch Inn (www.postranchinn.com) e curta sua piscina de borda infinita, voltada para aquele mar maravilhoso, uma hospedagem muito romântica e exclusiva, que tem ainda um restaurante criteriosamente delicioso... Ao final do Big Sur você chegará a San Simeon, em uma praia repleta de leões marinhos. Seguindo em frente , teremos San Luis Obispo e Paso Robles com mais de 150 vinícolas a serem exploradas... Depois, chega-se à Santa Bárbara, um famoso balneário, bem badaladinho, com muitas lojas (Shopping La Arcada, Paseo Nuevo), vida noturna agitada, bons restaurantes.

O interessante de hospedar-se aqui é a facilidade de ir conhecer várias cidadezinhas e lugares interessantes que estão bem próximos, como Montecito com seu delicioso restaurante italiano Tre Lune (www.trelunesb.com ) e Los Olivos, um bom lugar para degustar o que há de melhor das safras da região, no delicioso Los Olivos Café (www.losolivoscafe.com). Para quem quer saber onde estão as melhores vinícolas da região, estão todas bem perto, no Vale de Santa Inez, como a Fess Parker e a Kalyra (do filme Sideways) e a Firestone Vineyard. Aos amantes do vinho, muita atenção à Foxen Road Trail, uma estrada com várias vinícolas, uma ao lado da outra!

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Bem pertinho de Santa Bárbara (a 40 minutos) está a minúscula Solvang, conhecida como a capital americana da Dinamarca, com arquitetura típica, arte e culinária dinamarquesa. Depois de tanta calma e paisagens bucólicas chega-se à efervescente Los Angeles, com todo seu glamour de luxo e consumo: Beverly Hills, Rodeo Drive, Hollywood... Não esquecendo de todo burburinho à beira-mar de Santa Mônica. E para finalizar este roteiro, uma hospedagem na praia de La Jolla, em San Diego.

Shopping Paseo Nuevo em Santa Bárbara

Eu acho que acertei escolhendo ficar em La Jolla (lê-se La Róia), ficamos no La Valencia Hotel (www.lavalencia.com), mas conhecemos também um outro menor, mais intimista, frente ao mar, Scripps Inn (www.scrippsinn.com ). É uma praia bonita com falésias, muitas opções de restaurantes, galerias de arte, tudo de frente para o mar; adorei o astral do lugar e o agito da Prospect Street, a principal rua de La Jolla. Um roteiro para percorrer a dois ou em família, mas sem pressa de terminar, descobrindo a cada parada novos lugares e paisagens ainda mais belas, que deixam sempre aquela vontade de voltar. ∆

Cabrillo Boulevard em Santa Bárbara.

Praia em La Jolla

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VINHO ∆

Amantes do vinho Texto | Júlia De Miranda

Reunir, beber e divertir – esse é o lema da Confraria Terroir Pantaneiro. Agora, os amantes de vinho e quem quiser conhecer mais sobre a bebida pode fazer parte dessa turma. A primeira edição do evento aconteceu em abril, por iniciativa do médico cardiologista Ewerton Carvalho de Sousa, formado sommelierpela ABS-RJ, onde ministrou aula até 2012, quando mudou-se para Campo Grande. Por aqui, reuniu um grupo para degustação dos vinhos. Apaixonado pela bebida, Ewerton fechou parceria com o Território do Vinho e anunciou para os amigos. Os confrades se reúnem toda terceira terça-feira de cada mês em uma noite para comer e beber bem: três vinhos associados a três pratos, criando uma harmonização. Análise do vinho (visual, olfato, gustativa), diferença entre as uvas e tipos de taças são assuntos recorrentes na roda. Interessou? Só ligar no 8149-0002. ∆

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ATUALIDADE ∆

Kristie Hanbury, porque a vida é para frente!

Texto | Natália Charbel Foto | Divulgação

Kristie Hanbury era uma garota carioca precoce, aos 17 anos já era atleta, mãe, modelo internacional, saudável e feliz. Foi quando sofreu um acidente que a deixou tetraplégica. Se você acha que essa é uma história com final triste, está enganado, a mesma garota se recuperou e, anos depois, tornou-se atleta de polo equestre. É claro que haviam fatores favoráveis, unidos a uma atitude sobre-humana de esforço e determinação. 94 | JUNHO 2014

O polo? No final dos anos 90, Kristie morava em Cingapura e, 10 anos após o acidente, aprendeu a montar. Depois vieram as aulas de polo e a paixão pelo esporte só cresceu. Ao voltar para o Brasil criou o primeiro time feminino de polo equestre no país, o The Amazons Polo Team. Além do esporte, a ex-modelo apoia projetos sociais com os quais se identifica. Kristie está de viagem marcada para Campo Grande, MS, onde participará do projeto Vaquinha Social, grupo que faz “crowd funding” (vaquinhas online) para programas sociais em diversas áreas, do qual Kristie é embaixadora e que promoverá o Charity Game. O evento une suas duas paixões, e para quem vive movida por elas, é imperdível! “Os cavalos se tornaram uma paixão enquanto eu fazia equoterapia e isso me levou ao esporte. Minha recuperação foi resultado de esforços conjuntos, de pessoas que se importaram e me apoiaram. Quero ver o polo levando inclusão e esperança para quem mais precisa”. ∆



Um estrondo que vem dos pĂŠs.

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ATUALIDADE ∆

Texto | Ana Laura Azevedo Foto | Lucas Possiede

Bobby Child é um herdeiro playboy de Nova York desinteressado pelos negócios da família que só quer saber de cantar e dançar. João Sá era um menino que também renegava a verve familiar, neste caso, a dança, já que eram todos bailarinos. O que eles têm em comum? O destino.

Bobby é o personagem principal do musical Crazy for You, espetáculo em turnê pelo Brasil. E por acaso, foi esta a peça que tirou o campograndense de coração João de Sá de um período sabático, para mostrar que sim, o negócio dele também é dançar. “Trabalhava num banco e tive um colapso nervoso. Na mesma época das audições do musical. O momento combinou”, conta ele. Após fazer os testes e ingressar para o corpo de artistas do espetáculo, João acabou com quaisquer dúvidas: sua carreira é o sapateado americano. O carioca João Gabriel Almeida Sá dança desde os cinco anos e leciona desde os 16. Mesmo assim largou tudo e foi para São Paulo em busca de uma nova carreira. “Como eu nasci nos camarins, dormindo em cima de linóleo, sempre acompanhei a luta dos meus pais, da minha tia, sabia das dificuldades de viver de dança”, conta ele, mas renegar a herança genética não adiantou. Formado em relações internacionais pela USP e trabalhando num banco, ele nunca parou de dançar. Para treinar e se exercitar, fazia cursos, participava de eventos etc. Voltou a dar aulas sob a supervisão de Steven Harper, seu guru e dançarino renomado. Em um desses encontros o mestre o mandou para a rua, para se apresentar e sentir as pessoas. E ele foi. “Calcei meus sapatos, peguei uma estante da minha casa e fui à capela mesmo. Queria ver a reação das pessoas”, explica o rapaz. Dançando em plena Avenida Paulista pode contemplar o deleite das pessoas, mas mesmo assim continuou no banco. João analisa: “O mesmo brasileiro que acha caro pagar cem reais para ir a um espetáculo, fica extasiado ao assistir uma demonstração na rua e não deixa de dar um trocado. Para mim foi inesperado, não estava lá para isso. É uma experiência sensacional”. Quem encontra o jovem, viçoso, transpirando musicalidade, não acredita que em algum momento ele duvidou do seu destino – a dança está nele. Sobrinho da consagrada bailarina Beatriz de Almeida, migrado para Campo Grande ainda criança (apesar de ser carioca, a família é de Miranda), foi como uma brincadeira que sua vida de dançarino começou. A mãe, também bailarina, observando João e seu irmão assistindo às aulas, perguntou se queriam tentar o sapateado. Eles toparam na hora. Hoje, como parte do elenco de Crazy for You, João se consagra dançarino profissional e trilha sua nova-antiga carreira. O musical é um clássico da Broadway dos anos noventa, reconhecido por exaltar o sapateado e trazer de volta ao palco dos musicais o dinamismo. As músicas foram traduzidas por Miguel Falabella e o espetáculo é estrelado por Cláudia Raia. Quem for ao Rio de Janeiro em junho não pode deixar de conferir e prestigiar nossa estrela do sapateado João Sá. ∆

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ARTE ∆

Ana Ruas na Copa de Cuiabá Texto | Tatyane Cance Foto | Lucas Possiede

A artista plástica Ana Ruas foi o nome escolhido pela UFMT para pintar a fachada do MACP - Museu de Arte e Cultura Popular de Cuiabá. Esta é uma das ações comemorativas aos 40 anos do museu, em que a artista realizou uma intervenção nos 264m² da fachada da instituição. A obra terá grande visitação e notabilidade durante os jogos da Copa já que o prédio é uma das entradas do Campus Universitário da UFMT, onde está o centro de treinamento (CET) dos jogadores que passarem por Cuiabá. A intervenção nomeada “Percurso” é uma releitura de um trabalho feito nas ruas de Campo Grande que cria um diálogo direto com a arquitetura do museu. “Fiquei muito feliz em realizar esse projeto. A receptividade da equipe organizadora e da população foi incrível. Eu não vejo muita diferença entre o MS e o MT, nós já fomos um estado só. Fazer esse trabalho me fez refletir a proximidade que devemos ter com Cuiabá”, disse a artista. ∆

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DESIGN, ECOLOGIA E CONTEMPORANEIDADE: A ALQUIMIA DA UDU

Texto | Tetê Irie Fotos | Divulgação

“O artesanato é o novo luxo. Hoje as pessoas querem coisas únicas e o artesanato é o caminho para isso”, aponta Beto Lago, um dos precursores da economia criativa no Brasil. Artesanal, a cerâmica é também histórica – quase tão antiga quanto o manuseio do fogo. Ela é produzida há mais de 20 mil anos e, sendo resistente ao tempo, pode ilustrar a passagem do homem na Terra. Já no século XXI, em Bonito/MS, a Udu Cerâmica Artesanal confere modernidade a esta técnica ancestral. Com acabamento primoroso e design autêntico, as peças dão o devido trato aos elementos biológicos da região – em alto-relevo, a fauna e a flora do cerrado são retratadas no trabalho. O próprio nome da marca remete aos encantos de Bonito: nativo do local, o Udu-de-coroa-azul fora eleito como ave símbolo da cidade. A matéria-prima utilizada na confecção dos produtos também leva em si um pouco da essência da região: 50% da argila utilizada é extraída em Guia Lopes da Laguna/MS. Idealizada pela artista e empresária Sinéia Milano, além de nos encher os olhos com seus produtos, a Udu reúne valorização ecológica e sociocultural. As embalagens são todas de reaproveitamento; os produtos difundem a biodiversidade e geram empregos formais, contribuindo com o desenvolvimento local. Na Udu, terra, água, ar e fogo se fundem para moldar um trabalho coletivo e uma realização pessoal: “Para mim, o principal é a manifestação das pessoas da cidade. Elas sentem orgulho dos produtos, se sentem retratadas ali”, suspira a artista.

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CULTURA ∆

Toda a arqueologia de materiais é uma arqueologia humana. O que este barro esconde e mostra é o trânsito do ser no tempo e a sua passagem pelos espaços. José Saramago

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Foram cerca de 2 anos de amadurecimento até o nascimento da Udu, em 2013. Em visita à Cerâmica Serra da Capivara, no Piauí, Milano conheceu o trabalho de Shoishy Yamada, artista plástico e ceramista reconhecido nacionalmente. A convite de Sinéia, Yamada deixou o frenesi de São Paulo, onde mantinha seu ateliê, e mudou-se para a pacata Bonito. “Um dia ele chegou aqui, com todo seu estúdio em um caminhão”, a anfitriã rememora rindo. “Juntos, buscamos a argila ideal, com extração legalizada e com características físicas que permitissem o trabalho em alta temperatura, como queríamos.” Embora a produção seja em série, a queima das peças é imprevisível, dando o toque orgânico e singular ao trabalho. “É preciso estar aberto às imperfeições de forma e de cor para enxergar a originalidade de cada uma das peças”. Tais “imperfeições” são absolutamente naturais quando falamos em cerâmica – certamente, qualquer defeito não passaria imune aos olhos da detalhista empresária. Refinada e simples, de olhar firme e sereno, a personalidade de Milano se funde à estética da Udu. O design dos produtos é quase que todo da artista. É ela quem cria as ilustrações que compõem as peças e define quais artefatos serão produzidos. Yamada molda, na argila, as propostas. “É como se ele materializasse meus sonhos”, poetiza. Uma vez modelados, tais “sonhos” são reproduzidos pelos demais artesãos – cinco no total, todos bonitenses. As esculturas que integram o ca-

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tálogo são assinadas pelo artista J. Nantes, enquanto Ronald Rosa colabora com seus desenhos, grafados em algumas peças. Além de comercializar os produtos – já revendidos em Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo – a sede da Udu é uma alternativa de turismo urbano em Bonito. Lá, os visitantes podem conhecer um pouco mais do processo de confecção da cerâmica - localizada no piso inferior da sede, a oficina é aberta e generosa. Em visita recente ao espaço, Lago surpreende-se com a qualidade das peças, dispostas harmonicamente na aconchegante loja. Ao abrir a porta do ateliê, sussurra em tom de espanto e graça: “Gente! Ela está preparada pra dominar o mundo”.∆



AGENDA ∆

CAMPO GRANDE CINEMA

2 a 6 de junho Mostra de Cinema Francês Contemporâneo Em parceria com a Embaixada da França, o Sesc apresenta a Mostra de Cinema Francês, com o intuito de proporcionar a nós, brasileiros, através de oito premiadas produções, uma nova visão da cultura do país. Os filmes A Esquiva, Assassinas, De Volta à Normalidade e Até Já, estão entre os que serão exibidos. Com duas sessões: uma às 18h30 e outra às 20h30, no Sesc. TEATRO 6 e 7 de junho Sarobá O Sarobá é realizado pelo grupo de teatro Imaginário Maracangalha. O evento é uma junção de arte e liberdade e acontece sempre em lugares públicos. Entre as apresentações estão teatro, dança, música, literatura e mais. Em edições anteriores, o Sarobá já reuniu mais de mil pessoas e nesta edição recebe o boliviano Ingra Padilha, o músico e jornalista Rodrigo Teixeira entre outros. É na Sede do Imaginário Maracangalha, sexta às 20h e sábado, no bar da Dona Carmem, a partir das 16h. 7 de junho Diogo Portugal Diogo Portugal é hoje um dos comediantes mais vistos no Youtube. Conhecido pelo personagem Elvisley, o “office-boy” do Programa Zorra Total, da Rede Globo, Diogo chega em Campo Grande trazendo seu novo stand-up comedy, Partiu Portugal, onde diverte o público com suas piadas e sacadas sobre o dia a dia. É sábado, às 21h30, no Palácio Popular da Cultura.

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8 de junho Inaptos a que se Destinam O grupo Anônimo de teatro do Rio de Janeiro, traz para Campo Grande a peça “Inaptos a que se Destinam” para uma única apresentação. O espetáculo aborda os vícios, manias e perversões da sociedade: da compulsão por plástico-bolha aos loucos por cirurgias plásticas e substâncias químicas, passando pelos viciados em games, televisão e fanáticos por religião. A peça conversa com a realidade sem julgamentos morais. É domingo, no Teatro Prosa, às 20h.

8 de junho As Aventuras de Dora e seus Amigos Baseado no grande sucesso da TV, o espetáculo é uma adaptação feita pela Cartoon Entretenimento, com direção de Dom Belasko, que conta a história de Dora, uma simpática garotinha que vive muitas aventuras para salvar quem está em perigo, ao lado do macaquinho Botas, do Mapa e da Mochila. No espetáculo, a criançada pode ajudar Dora a escolher qual caminho seguir para salvar as pessoas. É no domingo, às 17h30, no Palácio Popular da Cultura. EXPOSIÇÃO 9 de junho  Exposição “Patrimônio Histórico e Cultural de MS – Cultura Imaterial”  O MIS abre no dia 9 de junho o 3º Concurso de Fotografias Patrimônio Histórico e Cultural, juntamente com a exposição “Patrimônio Histórico e Cultural de MS – Cultura Imaterial”. A exposição traz obras da última edição do concurso que foi realizado de junho a novembro de 2013. Foram selecionadas quatorze fotografias que farão parte desta exposição. As imagens em questão exploram temas da cultura imaterial

que tratam principalmente de festas, costumes e tradições de nossa gente. De segunda a sexta, das 7h30 às 17h30, no Museu da Imagem e do Som. SHOWS

14 de junho  Gui Boratto e Diogo Accioly  O DJ e produtor musical Gui Boratto chega em Campo Grande para comandar mais uma noite eletrônica na Move Club. Logo depois, o paulista Diogo Accioly também agita a galera no comando do som. A partir das 23h, na Move Club. 14 de junho  Original Festa Black  Os DJs Spin & Robson de São Paulo e Pedro Dub, artista da terra, agitam a noite com muita Black Music, como Dub, Rap, Funksoul, Breakbeat e Dirt. A festa é organizada pela Touché  Pop e conta com o coletivo de DJs, UNITE. É no Lado B, na Avenida Monte Castelo,  a partir das 23h. 28 de junho  Projeto Hip Hop com Héron Love  O DJ Héron Love desembarca por aqui para agitar a noite campo-grandense com muito hip hop. Então, para quem curte: É na Move Club, a partir das 23h 23 de junho - CORUMBÁ Arraial do Banho de São João O Arraial do Banho de São João, tradicional festa junina de Corumbá, acontece entre 21 e 23 de junho. Durante esses dias milhares de pessoas passam pela cidade para assistir as centenas de atrações. O ponto alto fica por conta da tradicional descida de andores pela Ladeira da Cunha e Cruz em direção ao Porto Geral para o banho do São João.



A Vivo, como líder de mercado no Mato Grosso do Sul e a marca mais lembrada da região segundo o Top of Mind da Folha, não pode deixar de reforçar sua presença no meio OOH – um dos mais importantes meios de divulgação existentes e com grande visibilidade na cidade, devido à reduzida quantidade de pontos. Conseguimos, através de front-lights e abrigos de ônibus, divulgar nossos produtos segmentando o meio e atingindo os principais corredores de circulação da cidade. Agência: Y&R | Cliente: Vivo Ricardo Leão | Gerente de marketing

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ZOOM

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no mercado Quando trouxemos a marca MrCat para Campo Grande, ouvimos muitos clientes dizerem que não sabiam da abertura da loja no Shopping. A partir deste momento procuramos um parceiro com credibilidade e expertise que pudesse nos ajudar com a divulgação da marca na Capital. Acredito que acertamos em cheio, pois nosso painel está lindo e com ótimo visual para a marca. Agradeço a todos pela parceria. Cliente: Mr Cat Anderson Souza Lima | Proprietário da loja

OUTDOOR

FRONTLIGHT

Para o dia das Mães, uma importante data do varejo, a Anita Shoes investiu nas mídias de TV e rádio, inclusive com um VT internacional. E para dar ainda mais força à campanha, foram feitas placas de outdoor destacando produtos e condições de pagamento. O resultado foi a grande procura pelas peças divulgadas nos outdoors. Uma prova do quanto o meio se mostra cada vez mais eficiente, tanto para varejo quanto para valorização de marca. Agência: Re9 Ideias | Cliente: Anita Shoes Rafael Santana | Diretor

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PERFIL ∆

Mãos à obra! Texto | Ana Laura Azevedo Foto | Lucas Possiede

“Não alugamos mão de obra, é diferente, prestamos serviços.” As primeiras palavras de Daniel Felício são contundentes e definem o rumo da sua empresa ao longo dos 16 anos de existência. E ele tem muito mais para dizer. Daniel Amado Felício, 40 anos, é pós-graduado em administração financeira, proprietário da Funcional e presidente do SEAC-MS (Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação do Estado de Mato Grosso do Sul). Para exercer essas funções, alia sua experiência de mais de dez anos gerindo pessoas ao sonho de ver seu setor desenvolvido e regulamentado. Quando abriu as portas da própria empresa, em 1998, viu em Campo Grande um nicho para prestação de serviços, mas também um mercado incipiente. “A terceirização de serviços era uma grande locação de mão de obra, tudo em estado bem bruto, tanto para quem fornecia, quanto para quem comprava. Além da ausência de um marco legal para o setor, carecíamos de uma gestão mais profissionalizada do negócio, e também da normatização e padronização dos serviços. Hoje temos até um manual de procedimentos e técnicas de limpeza”, diz Daniel. Foram anos de desenvolvimento para começar a sedimentar a terceirização como opção de crescimento por meio da otimização dos processos, melhora da produtividade e foco no negócio principal, e não só de economia. Hoje 80% dos clientes da Funcional são do setor privado. A empresa presta serviços de limpeza, asseio, conservação e apoio organizacional. Além do treinamento de todos os futuros funcionários que emprega, a capacitação e o desenvolvimento humano são contínuos e constantes.

empresa, sempre respeitando os ditames da Lei 6.019/74. No caso da prestação de serviços continuados, a responsabilidade pela execução dos serviços é da prestadora de serviços, que vai até a contratante empregar seus conhecimentos. Em ambos os casos, as contratações são 100% formais, seguindo a CLT e Convenção Coletiva própria da categoria. “A gente tem obrigação de profissionalizar as pessoas”, afirma Daniel, pois acredita que a capacitação e integração dos funcionários terceirizados são grande diferenciais. Levando em consideração que a maioria das pessoas que entram na empresa têm escolaridade mínima e procuram emprego, este é um ponto primordial. Ele acredita também que é preciso voltar-se para as preocupações ambientais, pois gera-se lixo, inclusive de resíduos químicos. Por isso está desenvolvendo um trabalho de logística reversa para a destinação adequada dessas sobras. O intuito é ter um modelo que possa ser replicado, servir de exemplo. Sobre o panorama nacional, ele analisa que as empresas estão se preparando e sendo mais criteriosas na contratação de serviços terceirizados, e isso possibilita que o mercado cresça apropriadamente. “O constante monitoramento, avaliação de desempenho, indicadores de qualidade indicam que o mercado está maduro. Nesse contexto, o nível de profissionalismo do setor está melhorando muito”, conclui Daniel. ∆

A diferença entre alugar mão de obra e prestar serviços, para ele, é uma questão importante. No primeiro caso, você contrata um temporário e disponibiliza para determinada função na

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ECONOMIA ∆

Texto | Marcelo Karmouche Administrador e Consultor de Investimentos

De devedor a investidor Após anos de consultoria sobre finanças, percebemos que o problema mais comum é que as pessoas não sabem com o que gastam, e mais, gastos pequenos a que não damos muita importância no dia a dia, quando somados, representam valores significativos. Um exemplo clássico é o almoço de R$20,00 de segunda a sexta que totaliza R$ 5,2 mil por ano. Para evitar essas surpresas, o ideal é adquirir o hábito de usar planilhas de classificação de receitas e despesas, que podem controlar seu orçamento semanalmente ou mensalmente. Comece a organizar todas as suas receitas, salário, pensão alimentícia, aluguel recebido. De outro lado, liste as despesas como aluguel ou prestação da casa própria, mensalidade escolar, supermercado, contas de água, luz, telefone, despesas no cartão de crédito, com lazer etc. Entre as suas despesas separe os valores que deseja poupar e/ou investir e trace uma estratégia para atingir os objetivos. Em caso de dívidas, procure seus credores e tente renegociá-las parcelando, de modo que caibam em seu orçamento mensal. Comece quitando as mais caras, e insista para que não haja cobran-

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ça de juros durante o período em que estiver saldando a dívida. Direcione de 15% a 20% da sua receita mensal para o pagamento das dívidas - por maior que seja a sua vontade de pagá-las, se elas consumirem muito mais do que esta porcentagem, você corre o risco de fracassar. Uma prática comum na Europa e América do Norte é avaliar e vender alguns de seus bens, como carros, joias, eletroeletrônicos, e quitar sua dívida até se organizar melhor. Não se importe com o tempo neste momento de reestruturação financeira. Você poderá demorar a colocar sua vida em ordem. Mas não se preocupe, mesmo que leve anos, o importante é começar. Substitua imediatamente o seu cartão de crédito pelo cartão de débito, assim você só gasta o que tem na conta corrente, e mantém as despesas no seu campo de visão. O antídoto para os apelos de consumo é a informação. Compre, mas faça-o de forma consciente. Não só avalie o preço e capacidade de pagamento, como também o impacto dessas compras no orçamento familiar. Saber consumir é uma arte. Ser consumista causa muitos males. E um deles é chegar à fase

da aposentadoria sem dinheiro para ter qualidade de vida. É preciso guardar dinheiro para o futuro. A longevidade é uma conquista e precisamos nos preparar para isso. Pense já no futuro, e acumule o suficiente para que não caia drasticamente o seu padrão de vida.   Quando as dívidas estiverem pagas e seu orçamento equilibrado, você poderá começar a poupar. Se prefere construir um patrimônio para manter seu estilo, comece a gastar menos do que ganha e, com as sobras, poupe e invista para ver seu bolo crescer. Estabeleça como meta poupar 5% de sua renda, no início, e depois 10%. Dessa forma, aos poucos você estará construindo sua estabilidade financeira e uma vida confortável na aposentadoria. Cuidado! Muita gente com dificuldade em obter crédito no mercado acaba caindo em armadilhas de agiotas disfarçados, que se apresentam para renegociar a dívida prometendo tirá-lo do sufoco mediante o pagamento de taxas altíssimas. ∆ Planilhas de Finanças: http://planilhasnoexcel.webnode.com.br/ produtos/planilha-simples-de-gastos-pessoais-em-excel-/


ARTIGO ∆ Texto | Elenara Baís, Personal e Professional Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching, Psicóloga, Consultora de Recursos Humanos do Instituto Vitória Humana

As teenagers e tão sisudas empresas do MS

Em meu dia a dia, na clínica ou na consultoria empresarial, me deparo com muitos problemas e dificuldades. Uma estratégia que venho aprendendo é vasculhar tudo em busca de poesia, beleza, leveza e diversão. Isto não significa negar ou negligenciar aspectos ruins, pelo contrário, é gerar equilíbrio para lidar com eles de forma mais eficaz. Felizmente, com boa vontade, na maioria das vezes é possível encontrar o positivo, e isto faz a vida fluir melhor e até facilita encontrar alguma criatividade, o que ajuda bastante. Uma das coisas que me encantam é perceber como as empresas são parecidas com pessoas! Empresas nascem muitas vezes sem nenhum planejamento consciente e, assim como pessoas, possuem fases distintas em seu desenvolvimento. Não esperamos de empresas recém-nascidas comportamento semelhante ao das mais crescidas. Empresas têm personalidade. Existem as calmas e nervosas, desonestas e honestas, as psicoemocionalmente mais saudáveis e criativas e as bastante neuróticas e doentes. Empresa estressada, ansiosa, que não sabe ao certo por que existe, por que foi criada e para onde vai é o que mais tem! Uma semelhança interessante diz respeito às fases de desenvolvimento. Para pessoas e empresas muitos são os fatores que impactarão essas mudanças. Porém, diferente é o fato de que empresas podem passar muitos anos num mesmo está-

gio de desenvolvimento e precisarão de um estímulo especial para mudar, diferente das pessoas para as quais o próprio passar do tempo é responsável pelas mudanças. Sob este ângulo, a adolescência é especial. As características instaladas nesta fase só mudarão novamente com os primeiros sinais da velhice, se conservarão por muitos anos estáveis, retocadas pelos recursos pasteurizantes do visual hoje disponíveis. A adolescência tem sido um tempo onde a maioria parece que gostaria de estar. Status e benesses de adulto como sexo e dinheiro, sem as responsabilidades inerentes à maturidade. Por tal conforto vemos pessoas com quase quarenta anos, que de fato ainda são adolescentes Uma das principais características dos “teenagers” é acreditarem que são adultos, fazem pose como tal, quando internamente ainda não possuem respaldo para sustentar esta condição, assim como não acessam os reais benefícios de crescer. Tenho conhecido empresas teenagers quanto às práticas de gestão, no entanto, com pose de gente grande, algumas bem sisudas ou estressadas. Uma coisa que assemelha pessoas e empresas é a possibilidade de buscar autoconhecimento. Isto beneficia ambas. O medo de crescer pode ser superado e coisas incríveis podem acontecer! ∆

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ARTIGO ∆ Texto | Ariadne de Fátima Cantu da Silva, Procuradora de Justiça e Supervisora Geral da Assessoria de Comunicação do Ministério Público.

EM TEMPOS DE SELFIE

O que o Papa Francisco, Barack Obama e alguns atores premiados na cerimônia do Oscar têm em comum? Todos são famosos e participaram de “selfies”.

tada na imprensa mundial, e gerou, além de fofocas matrimoniais, novas regras por parte de sua assessoria sobre uso de celulares na presença do Presidente.

O neologismo, derivado da expressão em inglês self-portrait, tomou o mundo virtual, polvilhando as redes sociais de imagens que as pessoas tiram de si mesmas com smartphones e compartilham entre si.

A foto tirada pela apresentadora Ellen DeGeneres junto a alguns atores premiados na cerimônia do Oscar rendeu um milhão de dólares à Samsung.

A febre mundial fez com que o dicionário OXFORD incluísse o substantivo “selfie” como a palavra do ano em 2013. Seu aumento de uso foi de significativos 17000%. Um reflexo importante da cultura da exposição que vivemos. O Papa Francisco participou de uma “selfie” com adolescentes e causou desconforto aos assessores de imprensa do Vaticano, mas foi visto com simpatia pela população. A famosa foto do Presidente dos Estados Unidos Barack Obama com a Primeira Ministra da Dinamarca Helle Thorning Shmidt no funeral de Nelson Mandela foi amplamente comen-

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Depois de falar destes três casos, nem preciso comentar sobre as bilhões de selfies feitas a cada segundo pelo mundo afora estampadas nas redes sociais. A fixação é tanta, que há estudiosos se dispondo a classificar os sintomas doentios do uso da “selfie”, associando-a com a baixa autoestima do indivíduo. O que duvido muito, já que não creio que nem o Papa, nem Barack Obama padeçam desse mal. Muito menos os atores do Oscar. O fenômeno não deixa de ser interessante, como muitos que aparecem de tempos em tempos, e sugerem que a discrição, apesar de estar em baixa, é um desafio social. Novos tempos. ∆


MEMÓRIA ∆

Texto | Edson C. Contar Jornalista/escritor

Nossa história em preto e branco Nenhuma história é fiel e completa se não identificarmos seus protagonistas. Campo Grande, de tantas memoráveis passagens e dona de uma realidade invejável, tem um vazio em sua existência, que os historiadores precisam resgatar, fazendo justiça a alguns que representaram e representam peças importantes em sua construção e em seu desenvolvimento atual. Trata-se de pessoas da raça negra, que aqui se fizeram presentes, desde o alevantar do primeiro rancho. Nos relatos sobre a viagem de José Antônio Pereira (meu bisavô), está registrada a presença de dois “crioulos” que, com seu filho Antônio Luiz, teriam participado na construção do abrigo, na confluência do Prosa com o Segredo, fincando os primeiros esteios da Campo Grande nascente. Seus nomes eram simplesmente João e Manoel e os registros ficam por aí. Graças ao testemunho de Antônio Luiz, sabe-se, porém, que esses dois personagens, citados como “dois escravos” por alguns escritores, eram homens livres e considerados empregados de José Antônio, um abolicionista convicto. A confusão deve-se ao fato de que Manoel Olivério, parceiro e depois genro de José Antônio, mantinha escravos quando de sua vinda para cá, fato que teria gerado algumas observações do fundador à época, pois temendo problemas entre os livres e os escravos, pediu a Olivério que desse tratamento igual a todos, no que foi atendido. Isto fica comprovado ao observarmos os registros dos primeiros casamentos ocorridos em Campo Grande, celebrados pelo Padre Julião Urquia, quando o próprio Manoel Olívério, em comum acordo com José Antônio, determinou o casamento de seus “escravos” João e Vicência em primeiro lugar, seguindo-se os casamentos dos filhos de José Antônio e do próprio Olivério. Tudo está registrado no livro de casamentos 3º, da Paróquia de Nossa Senhora do Carmo de Miranda/MS, às folhas 20 e 21, com data de 4 de março de 1878. Ainda do tempo da fundação, evidenciamos a figura de João Nepomuceno, um negro que vivia próximo a Camapuã e que foi contratado por José Antônio, quando de sua volta a Monte Alegre/MG, onde foi buscar a família, deixando-o como zelador do rancho e da roça iniciada no arraial que fundara. Como José Antônio demorava a voltar, Nepomuceno teve que abandonar o lugar, passando sua função de administrador a Manoel Olivério, que por aqui passava em direção à região de Vacaria, de quem recebeu o pagamen-

to que lhe fora prometido por José Antônio por seus serviços. Deixou claro que, caso o fundador retornasse, este reembolsaria Olivério, que lhe devolveria a propriedade. Com o retorno de José Antônio, três anos depois, o acordo foi cumprido. A partir de então, no correr dos anos, a presença negra foi sempre marcante no crescimento da cidade. Dos primórdios de nossa história, um dos acontecimentos que ainda se preserva foi a vinda de Eva de Jesus Vida (tia Eva), em 1905. Sua participação na vida religiosa foi marcante e está preservada na capela que construiu em homenagem a São Benedito, sendo a tradição de suas festas mantida por seus descendentes até os dias de hoje. Outro que deixou saudades foi o velho Dionísio, que criou sua comunidade nas furnas de Jaraguari, quando a região fazia parte de Campo Grande. Pela importância que a ferrovia representou em nosso desenvolvimento, são também inúmeras as participações da raça negra, em todos os setores de trabalho da velha Noroeste, como a do exemplar Victor Pinto Barbosa e seu irmão Cid, cujo pai, Mario Barbosa, foi um dedicado ferroviário dos tempos da Maria Fumaça. No campo da Justiça, Dr. Luiz Alexandre de Oliveira merece ser lembrado e respeitado pelo que fez pela educação em Campo Grande e, ainda, por ter cumprido com dignidade mandatos públicos. Ainda no passado, destacamos o célebre Dr. Sabino, figura proeminente do nosso Direito Civil, famoso por suas petições elaboradas em versos. Nos últimos anos, sobressaem-se os Drs. Aleixo Paraguassú (juiz de Direito, secretário de Estado e professor), Círio Falcão (advogado e professor, tendo exercido vários cargos públicos) e Cid Pinto Barbosa (membro e ex-procurador da Defensoria Pública de MS), figura muito admirada e querida na cidade. O Dr. João Pereira da Silva (professor Pereirinha), além de atuante e competente jurista, exerceu mandatos de vereador. Pessoa atuante na área de ensino é, hoje, docente universitário, tendo sido também professor secundário em nossa Capital. Aqui citamos apenas alguns nomes, cujas lembranças estão mais vivas em nossa memória e que encontramos nos registros. Muitos outros, entretanto, contribuíram com dedicação e amor à cidade e integram a nossa história, assim como os brancos e os amarelos de nossa Babel. O branco aqui da história sou eu, que tenho a honra de resgatar a participação de uma raça atuante, mas pouco lembrada nos anais de nossa morena Capital. ∆

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ACONTECEU ∆ Em solenidade realizada no dia 16 de maio, prefeitos de seis municípios sul-mato-grossenses receberam os troféus da 8ª edição do Prêmio Sebrae Prefeito Empreendedor. A premiação é realizada a cada dois anos, com o objetivo de reconhecer os trabalhos de lideranças municipais em prol do desenvolvimento territorial através do apoio às micro e pequenas empresas. Concorreram neste ano 31 projetos de 24 municípios, em seis categorias: Melhor Projeto; Compras Governamentais; Desburocratização; Lei Geral Implementada; Novos Projetos; Pequenos Negócios no Campo. 1- José Robson, pref. de Aparecida do Taboado, com troféu de Desburocratização, entregue por Humberto Amaducci, vice.pres. Assomasul; 2- Prefeito de Ivinhema, Éder Lima, recebe de Paulo Engel, da Seprotur, troféu da categoria Compras Governamentais; 3- Luiz Felipe Magalhães, prefeito de Chapadão do Sul, é premiado com troféu da categoria Lei Geral Implementada; 4- Ricardo Neto, prefeito de Itaquiraí, recebe do senador Waldemir Moka o troféu da categoria Pequenos Negócios no Campo; 5- Paulo Duarte, prefeito de Corumbá, recebe de Afonso Marcondes troféu da categoria Novos Projetos; 6- Maurilio Azambuja, prefeito de Maracaju, vence com Melhor Projeto do Estado; 7- Prefeitos de seis municípios foram premiados.

Fotos | Afranio Pissini - Sebrae/MS

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ACONTECEU ∆ Aconteceu no sábado (10/05) a comemoração do primeiro aniversário da badalada SAGA no Bosque dos Ipês. Com a ilustre presença da apresentadora do GNT Fashion Lilian Pacce, os convidados foram recebidos para um delicioso brunch em um espaço decorado por Renata Velloso. Vivara, Carmen Steffens, Scada Café e Steffens Patisserie foram parceiras no evento. Na mesma data foi apresentada a coleção de inverno da loja, com uma curadoria de marcas que sempre recebe muitos elogios. 1- Gabi Straliotto, Lilian Pacce e Adriano Straliotto; 2- Julia Faria, Tati Engelberg e Vitinho Borges; 3- Espaço criado pela Saga dentro do Bosque dos Ipês assinado por Renata Veloso; 4- Vera e Paulo Delmondes, Joana Moraes e Carlos Santana; 5- Daniela Godoy, Taiane Hiane, Mariana Higa, Gabriela, Lilian e Adriano; 6- Ely Augusto, Vinicius Abrão e Aly Assis; 7- Mariana Almeida, Nay Santiago, Thais Fernandes, Maíra Almeida e Marina Moranini.

Fotos | Lucas Possiede

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Isabel Penna pennaisabel.wix.com/portfolio

"La vie en rose."

Sua foto ou ilustração pode estar aqui! Envie para redacao@revistaagente.com.br

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