Novembro 2013

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edição 149 | NOVEMBRO | R$ 12,00

Pantanal Extremo Drinks e o verão Carmel by the sea e o agito de outono em Londres

nosso recordista mundial de voo livre

dudu JACINTHO




“Ontem eu caí do roller e me ralei inteira. Por isso, acho que não vou poder fazer as fotos”, dizia a voz do outro lado da linha. Era a modelo Linda Helena na véspera do shooting do editorial de moda. Pensamos: mas se a pegada do editorial é esporte, que atleta não se rala, não se quebra, não se machuca? E o resultado ficou incrível e (claro) super real. Para entender o que estamos falando é só dar uma olhada na página 54. E assim, a vida real vai dando mais vigor à revista. Uma semana antes de ir para a gráfica, também do outro lado da linha, ouvimos: “Tenho uma notícia fresquinha pra vocês, o Dudu Jacintho, sabe? Acaba de quebrar o recorde mundial de voo livre lá no Nordeste”. E corre daqui, entrevista dali, Dudu chega em CG, tem vento pras fotos, monta a asa e clic. A incrível história dos 530 km voados sem motor está em suas mãos. E naturalmente os assuntos vão se amarrando: Pantanal Extremo, evento que quer colocar Corumbá e o Pantanal na rota dos esportistas mundo afora; o lutador de jiu-jitsu Cyborg conquista o título mais importante de sua carreira na China. E claro, já estamos querendo começar o verão: cabelos com a cara da estação, sucos que hidratam e nutrem, taças e drinks. Em cultura, uma linda entrevista com um dos nomes mais importantes da pintura da região, Ilton Silva; e Thamires Tannous, uma jovem e talentosa cantora que está para lançar seu álbum de estreia aqui em CG, e no Brasil, em dezembro. Pra você, uma boa leitura! Equipe revista A Gente

DIRETORA EXECUTIVA Rosane Maia

Julia de Miranda Gabriela Ostronoff

DIRETORA COMERCIAL Elaine Atala

REVISÃO Fernanda Giglio

EDITORA DE ARTE E PROJETO GRÁFICO Marisa de Sena Nachif

FOTOGRAFIA E TRATAMENTO DE IMAGEM Lucas Possiede

EDITORA DE TEXTO E CONTEÚDO Thais Pompêo - DRT 0001030/MS

estagiáriOS Josiane Paganini e Tatyane Cance (texto) e Flávio Gutierrez (imagem)

EDITOR DE MODA E BELEZA Luiz Gugliatto

ASSINATURA E DISTRIBUIÇÃO Janaina Correa

REDAÇÃO Thais Pompêo Natália Charbel

FINANCEIRO Sonia Croda

4 | NOVEMBRO 2013


ATITUDE ∆ LIFESTYLE 20 | CASA 80 | PERFIL 112

LANÇAMENTOS ∆ SHOPPING 44

TENDÊNCIA ∆ BELEZA 72 | NÉCESSAIRE 74

COMPORTAMENTO ∆ ARTIGOS 90, 116, 118, 120 | MEMÓRIA 122

GENTE ∆ ESPECIAL 16 | ACONTECEU 128

BEM-ESTAR ∆ FITNESS 64 | SAÚDE 68 | NUTRIÇÃO 76 | ZEN 114

ELE | Dudu Jacintho ∆ CAPA | 30

EDITORIAL ∆ MODA 54 | ENDEREÇOS 126

FALE COM A GENTE R. Doutor Zerbine, 37 CEP 79040-040 Chácara Cachoeira 67 3322 7400 redacao@revistaagente.com.br www.revistaagente.com.br ASSINATURA assinatura@revistaagente.com.br 67 3322 7400 ANUNCIE comercial@revistaagente.com.br BANCAS Aeroporto Itanhangá Park Letras du Café - Jd. dos Estados Letras du Café - Tamandaré Letras du Café - Ypê Letras du Café - Zahran MultiPão - cidade Jardim Pão e Tal Shopping Campo Grande Santa Fé (Av. Mato Grosso - Loja Anita e Av. Afonso Pena - Posto Tereré)

CULTURA ∆ AGENDA 102 | DICAS 24, 26, 28

DELÍCIAS ∆ GASTRONOMIA 78 | KIDS 86 | TEEN 88

PRAZER ∆ PELO MUNDO 40 | VIAGEM 104

Foto | Alexis Prappas

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LEITOR Tomei conhecimento que saiu uma matéria na Revista A Gente sobre o Jazz Trio do Sandro Moreno, Gabriel Basso e Junior Matos, feita pela jornalista Thais Pompêo. Eu queria agradecer aqui, publicamente, pelo carinho com que o Voodoo Bar e as noites de Jazz de Quinta foram lembrados na matéria e dizer que eu e a Luciana Spindola temos muito orgulho de termos feito parte dessa história. Sentimos muita saudade de tudo e de todos. Letz Spindola, via facebook

Parabéns Thais Pompêo pelo excelente texto “ Mais Jazz por favor “. É sempre muito prazeroso recordar a louca “beat generation” e as lendas do jazz, tão presentes nos textos de Ginsberg e Kerouac.

Achei muito interessantes as dicas de como prevenir a hipertensão controlando a alimentação e ingerindo determinados alimentos. Melhor do que controlar essa doença, é não tê-la! Ricardo Alvin, professor.

O editorial do mês das crianças ficou simplesmente lindo! Parabéns aos pequenos que participaram, ao fotógrafo e a toda a produção. Amanda Camargo.

Olá! Pratico Birdwatching há vários anos e adorei ver uma reportagem na Revista A Gente sobre o tema. Parabéns e obrigada! Suzane Passos.

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GENTE ON

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Fernando D’Andrea.

COLABORADORES Laura Zúñiga A carioca começou a escrever para A Gente quando morava em Londres ano passado. E desde então, vira e mexe, encorpa o time da revista. Lá no Rio, escreve para a Bazaar, faz traduções de portugues para inglês e cada vez mais se interessa por novos talentos londrinos – achados que ela divide em Pelo Mundo nesta edição. FOTO - Derek Mangabeira

Anita Reiko Mori A psicóloga Anita Reiko Mori encarou como um desafio pessoal escrever sobre a geração Y pois, como parte desta ‘turma’, vê de muito perto todos os conflitos e dificuldades que sua geração enfrenta. Anita trabalha no Consultório de Psicologia Clínica e Hipnoterapia Anita Reiko e é psicóloga da Academia da Polícia Militar do MS.

Linda Helena A modelo Linda Helena é uma das grandes apostas d’A Gente. Nascida e criada em CG, Linda já passou uma temporada em Paris e em Buenos Aires. Enquanto aguarda completar 18 anos para voltar para o circuito internacional, clicou o editorial de moda de outubro. “Já estão me chamando em Paris, mas provavelmente minha próxima parada seja NY. A tão esperada viagem”.

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8 | NOVEMBRO 2013

Usando a hashtag #revistaagente no seu pr贸ximo post, sua foto pode vir parar aqui.

A Gente est谩 de olho no Instagram!



MAKING OF 10 | NOVEMBRO 2013



Bonito Jazz e Blues Festival Depois da pegada pop do Festival de Bonito, a cidade vai receber o lamento universal do blues e os improvisos libertários do jazz com a primeira edição do Bonito Jazz e Blues Festival. O evento rola entre os dias 14 e 16 de novembro com direito a atração internacional: Peter Screw, que vem de Londres tocar no festival. E ainda, Zé Pretim (CG), Simão Ghandy Trio (Dourados), Mr. Willie (CG) e Robson Fernandes (SP). Promete ser um encontro de grandes músicos e de plateias entusiasmadas, porque não é todo dia que se tem a oportunidade de curtir blues e jazz em meio à exuberância da natureza de Bonito.

O blues de Mud Morganfield O MS Blues Festival está de volta, e mais uma vez traz nomes de peso para CG. Dia 15 de novembro Mud Morganfield, filho do lendário Muddy Wanters e um dos nomes mais importantes do blues da atualidade, toca por aqui. As bandas “Whisky de Segunda” e “Beto Caetano” também ajudam a esquentar a noite. A 8ª edição do festival migra do Bar Fly para o Grand’ Mere Buffet, e vai contar com mesas e serviço de buffet. Vai ser fino.

Campeonato Nacional de Wakeboard Novembro parece ser mesmo o mês do esporte radical na região. No dia 2, Campo Grande sedia a 3ª etapa do Campeonato Brasileiro de Wakeboard. Competidores de todo o Brasil estarão por aqui, entre eles o campeão pan-americano – e o único sul-americano entres os 10 melhores wakeboarders mundiais – Marcelo Giardi, o Marreco. Quem quiser conferir de perto é só aparecer no Nasa Park a partir das 10h da manhã. Além de wakeboard, mini ramp, rampa de bike e slackline. A entrada é gratuita.

EXTRAS Fotos | Divulgação

NY, LND, SP e CG É pra valer: a gigante canadense M.A.C. Cosmetics desembarca na cidade no início do mês. A loja, no Shopping Campo Grande, já abre com as novas coleções Riri Fall e Retromatte, além de toda a linha regular. Batons, sombras, lápis, bases, pincéis... Ai, ai, vai ser duro ir ao shopping e não dar uma passadinha por lá...

12 | NOVEMBRO 2013


REGIONAL ∆ Ney Matogrosso no Festival de Ivinhema É pouco sabido entre os campo-grandenses, mas o Festival de Cinema do Vale do Ivinhema é o mais tradicional da região. A sua décima edição, que vai acontecer entre os dias 10 e 17 de novembro, receberá a primeira apresentação no MS do filme Olho Nu, um documentário que conta a trajetória de Ney Matogrosso, com direção de Joel Pizzini – e terá a ilustre presença dos dois sul-mato-grossenses na mostra. A linha temática abordará filmes e música, com o documentário da violeira Helena Meirelles; Violeta foi para o Céu (Chile), sobre a chilena Violeta Parra; Guantanameira (Cuba), entre outros. 10festcineivinhema.blogspot.com.br Festival Cine-Vídeo América do Sul Acaba um começa o outro. Entre os dias 21 e 29 tem Festival Cine-Vídeo América do Sul, Falas da Imaginação, em CG. “Escolhemos esse tema porque nós, da América do Sul, temos pouca troca de informação fílmica. Não nos conhecemos e com certeza o público vai se surpreender”, provoca Orivaldo Mendes Junior, presidente da ACV MS, instituição que organiza o evento. O festival rola no Cinépolis e premiará três categorias via juri popular: longa metragem sul-americano; curta metragem; e produção regional. E ainda: oficina de roteiro com consultora da Rede Globo, Camila Agustin (RJ); oficina de animação; e maquiagem e efeitos especiais para cinema. Será a retomada dos festivais na cidade? www.festcinevideo.com.br Cultura e criança em foco Mitã, que significa criança na língua guarani, é o título do filme de Alexandre Basso e Lia Mattos. O documentário trata o universo da infância de forma poética e profunda com referências universais sobre temas como educação, espiritualidade, tradição e cultura dos povos e mostra formas reveladoras de ver a cultura brasileira inserida no cotidiano das crianças. A pré-estreia de Mitã acontece dia 17 de novembro, no Teatro Prosa do SESC Horto, com entrada franca. Depois, o filme segue para Curitiba (PR), São Paulo (SP) e Salvador (BA).

Prêmio Guavira de Literatura De nome simpático e atitude poética, o II Prêmio Guavira de Literatura de MS teve um aumento significativo de 32% em relação à primeira edição. Foram inscritas 120 obras de 17 estados brasileiros. Os premiados foram: na categoria romance, João Gilberto Noll com “Solidão Continental”; em crônica, Lucilene Machado Garcia Arf com “Biografia de Amores”; na poesia, Raquel Maria Carvalho Naveira com a obra “Sangue Português: raízes, formação e lusofonia”; já em contos o vencedor foi Cássio Eduardo Duarte Pantaleoni com “A Sede das Pedras”. Cada um deles recebeu R$ 10 mil.

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NACIONAL ∆ Contista leva o Prêmio Nobel A escritora canadense Alice Munro, 82 anos, ganhou um dos prêmios mais disputados: o Nobel de Literatura. Munro é a 13ª mulher a ganhar o prêmio, que começou a ser entregue em 1901. “Suas histórias muitas vezes se passam em cidades pequenas, onde a luta por uma existência socialmente aceitável costuma resultar em relacionamentos estremecidos e conflitos morais – problemas que passam por diferenças de gerações e conflito de ambições”, escreveu a Real Academia, em nota. Manoel de Barros foi um dos nomes sugeridos pelo Brasil para o prêmio este ano. Cazuza Mostra a sua Cara A exposição Cazuza Mostra sua Cara é uma homenagem ao compositor e poeta Cazuza, um dos principais ídolos do rock brasileiro na década de 80. Com curadoria de Gringo Cardia, a mostra ocupa todo o Museu da Língua Portuguesa – inclusive os banheiros – e leva o público a uma viagem interativa pela história do país por meio de suas músicas. E ainda traz objetos pessoais do cantor e um (genial) karaokê coletivo – Ideologia e Exagerado em karaokê, quem nunca? Cazuza Mostra a sua Cara foi inaugurada no fim de outubro e fica em cartaz até 23 de fevereiro.

Devendra Banhart O hipster Devendra Banhart prometeu que voltaria ao Brasil (ele tocou no Tim Festival em 2006) e cumpriu. Este mês ele fará turnê do seu oitavo álbum, Mala, em três capitais brasileiras: São Paulo (Cine Joia, dia 13 de novembro), Fortaleza (Órbita, dia 16) e Porto Alegre (Opinião, dia 18). O músico já participou de um tributo a Caetano Veloso e fez parceria com Rodrigo Amarante em seu disco “Smokey Rolls Down Thunder Canyon”, e em “Cavalo”, primeiro álbum solo de Amarante. Sensacional!

Planeta Terra Blur, Beck, Travis e Lana Del Rey são os principais nomes escalados para o Planeta Terra este ano. O festival acontece dia 9 de novembro no Campo de Marte, em São Paulo. Em sua sétima edição, o Planeta Terra já trouxe ao Brasil: Phoenix, Kings of Leon, Smashing Pumpkins e Hot Chip. Segundo a revista Rolling Stones, a performance da edição deste ano será fundamental para a continuidade do evento.

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ESPECIAL ∆

16 | NOVEMBRO 2013


Texto | Theresa Hilcar Fotos | Lucas Possiede

Ele faz parte do núcleo histórico da arte sulmato-grossense, junto com Humberto Espíndola e Jorapimo. Sua imensa e significativa produção artística é conhecida dentro e fora do Estado. Seu nome é reverenciado por críticos, colecionadores e celebridades, como o cineasta espanhol Pedro Almodóvar que, ao lhe comprar um quadro, durante exposição em Portugal, disse-lhe: “Você faz na sua pintura o que faço nos meus filmes”. A história é contada por amigos, pois o artista Ilton Silva é sinônimo de humildade e desapego.

“Uma pintura nunca termina” Aos 70 anos de idade, tendo em seu portfólio várias participações em salões de artes e diversas exposições em Portugal, Argentina, Alemanha e Nova York, ele continua sem dar importância ao status nem ao mercado de arte. Seus quadros são o custo da necessidade e não o custo da arte, explica o cineasta Cândido Alberto da Fonseca, amigo e admirador que o levou para Portugal. Considerado um gênio criativo pelos seus inúmeros admiradores, Ilton acredita que a arte é uma filosofia de evolução, citando o alemão Ludwig Feuerbach: “Só um ser que se desenvolve e se desdobra no tempo é um Ser absoluto.” E o tempo para Ilton Silva não tem nada a ver com o futuro. “Nosso passado é muito mais importante que o futuro, porque nós somos o que nós já construímos”, afirma. E é graças ao passado, que o artista está planejando retornar ao seu antigo ateliê em Nova York para outra temporada de trabalho e criação. “Está tudo lá, meus amigos (também artistas plásticos) estão me esperando!”. O mercado americano, pelo visto, continua bem receptivo à obra de Ilton Silva. Durante a entrevista ele recebeu a notícia de que uma pintura acabara de ser vendida a um importante colecionador de São Francisco (CA). “Então tá bom, né?”, respondeu o artista. Simples assim.

Você está há 14 anos morando fora de Mato Grosso do Sul. O que levou você à decisão de sair do Estado? Não sei se existe destino ou se não existe destino. Mas eu fui lá para Itapoá (SC) porque o ambiente é bom para minha produção: tem o oceano, o ar é bom para se respirar, e tem boas escolas para meus filhos. Não consigo morar em cidade grande mais. É muito cansativo. Prefiro cidades pequenas como Itapoá, que só tem 18 mil habitantes. Se não estivesse morando lá, talvez minha opção fosse Aquidauana. Campo Grande já virou uma metrópole. Quando questionam sobre a minha mudança de Mato Grosso do Sul, eu digo: ‘eu estou na Terra, sou terráqueo, onde estiver estou na Terra’.

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Sua pintura também mudou? Não é uma mudança, é o processo normal de evolução da pintura. Se a gente não pesquisa, não faz estudos, ela não evolui. Eu não me fixo num estilo. Claro que eu tenho mais sossego agora. Por exemplo, da série “Cores e Mitos” (considerada sua principal marca, a série fez enorme sucesso numa exposição na Lawrence Gallery em Nova York, em 1993, onde foram vendidos todos os quadros), foram nascendo outras séries. As mulheres de “Cores e Mitos” foram inspiradas nas mulheres da minha infância. Eram benzedeiras. Elas costumavam ficar no barbaquá (lugar onde se seca erva mate), onde eu trabalhava, em Ponta Porã. E por lá não havia médicos, só aquelas mulheres que cuidavam das pessoas, faziam partos. Eu nasci da mão de uma daquelas mulheres. Como é seu processo de criação? Eu uso a imaginação. Mas antes de eu imaginá-la eu busco a minha fonte de criação que está dentro de mim. Que está dentro de todos nós. A inspiração é você mesmo. Basta dar uma mergulhada dentro de você mesmo para encontrar. No meu caso eu tenho uma floresta inteira cheia de bugres dentro de mim. Eu vou usando os objetos que já identifiquei para criar e recriar. Uma pintura nunca termina. Ela só acaba porque não tem mais espaço na tela. Se fosse uma tela só ela já estaria dando voltas em Campo Grande. Existem artistas que varam dias e noites trabalhando numa tela. Você é assim? Olha, eu já tentei tudo. Já fiz de todos os jeitos. Pablo Picasso não saía do ateliê enquanto não terminava o trabalho. Salvador Dalí fumava maconha enquanto pintava. Cada pessoa tem seu método, a gente tem que descobrir qual é o que funciona pra gente. Quando eu era criança, em Ponta Porã, meu pai me colocou na aula de artes marciais. Então eu aprendi algumas técnicas que me ajudam no meu trabalho. Quando estou pintando, às vezes dou um tempo, caminho um pouco, bebo alguma coisa, e se tenho sono eu durmo. O trabalho da sua mãe (a escultora Conceição dos Bugres) teve alguma influência na sua arte? Quando minha mãe começou a esculpir, ela tinha 50 anos e eu já era pintor. Comecei a pintar com onze anos. Ela já tinha dentro dela essa vocação, sonhava com aquilo. (Ilton desconversa e diz que outra hora a gente fala mais sobre o assunto. A seguir acrescenta:) Ela era católica, benzedeira, mas sonhava com aqueles espíritos. Foram as pessoas que deram o nome de bugres. Como era sua primeira pintura? Era uma paisagem. Pintei erva mate, genciana, pé de coqueiro. Depois fui me interessando pelo Sol, estrelas. Sempre me interessei pela natureza que me rodeava.

18 | NOVEMBRO 2013

Você tem fases muito distintas em seu trabalho, algumas se voltam para configurações do trabalhador rural outras para os mitos populares. Como se dá essa escolha? Tudo é estudo. A arte é uma linguagem que não é estabelecida. Não é um dicionário. Ela não está pronta. A gente fica buscando. Se estivesse pronta estava resolvido, né? Sua militância política no passado influenciou sua obra? A militância política não determina a arte nem o artista. O homem é um ser político. A arte é uma evolução de crescimento do homem, a relação dela é muito pequena na política, ela não é ideológica. Ela sobrevive a qualquer ideologia. Nós temos uma questão importante que é o passado. Essa é a nossa história. Toda sabedoria, conhecimento, está em mim, é só buscar. Às vezes tenho que voltar 50 anos para buscar conhecimento para usar no presente. A vida não é construir um futuro. Toda a sabedoria que existe no meu presente vem do meu passado. O conselho que sempre dou aos meus filhos é: construa um bom passado. Você se considera mais filosófico ou espiritualista? Eu creio na natureza. E prefiro sonhar acordado. Acredito que o que você come e o que você bebe influenciam no que você pensa. Se eu tomar cachaça, por exemplo, eu penso de um jeito, uísque, de outro, vinho também. A alimentação é muito importante. O feijão, por exemplo, é um ótimo alimento. Eu descobri que ele gosta de andar “abraçado” com o arroz e com o milho (risos). Agora estou na fase dos grãos. Estou começando a evolução de uma nova série chamada “Grãos”. É importante ser regional? Pra que eu chegue a universal é preciso ter estes valores regionais. Uma criança chorando é universal. Mas obra para ser obra de arte tem que ser única. Quer queira ou não, a arte tem que ser regionalista. A gente carrega as coisas de onde a gente vem. E daí vai aprimorando. Como foi seu encontro com Pedro Almodóvar? O Cândido Alberto da Fonseca (cineasta) me levou para Portugal para uma série de exposições. Numa ocasião eu estava expondo numa cidade do Alentejo, chamada Troia, onde acontecia um Festival de Cinema. O Cândido levou o Almodóvar para conhecer meu trabalho e ele comprou um quadro meu. Você se lembra qual foi a pintura e quanto ele pagou por ela? Não me lembro (risos). Mas ele levou também uma das peças da cerâmica que a Rosário Fonseca (artesã portuguesa de Grandola Vila Morena) produziu com a minha pintura, e que estava na exposição. (Este encontro foi registrado pelo fotógrafo Marcelo Buainain, que também estava presente na ocasião, durante o Festival de Cinema de Troia). ∆



Michelly Andrino Texto | Josiane Paganini Fotos | Lucas Possiede

20 | NOVEMBRO 2013


LIFESTYLE ∆ Quem costuma acompanhar os blogs da cidade já deve conhecer a produtora de moda Michelly Andrino que, ao lado da prima Roberta Mello, comanda o Backstage há 3 anos. Mas, o que não se vê pela tela do computador, é o lado mãe-coruja dessa blogueira, que concilia o trabalho, as postagens , a casa e os dois filhos, Matheus, de 15 anos, e a pequena Júlia de apenas 7 meses. “Estou 100% entregue a essa minha fase mãezona. Gosto de levar e buscar na escola, de estar presente e aproveitar cada momento ao lado da minha família”, garante.

Profissão: Publicitária e Produtora de Moda. Férias inesquecíveis: Na Disney no ano passado com minha família. Em alta: A maternidade. O que está lendo: Os segredos de uma encantadora de bebês. Música que não sai do seu playlist: Stop this Train - John Mayer. Um filme: Uma lição de amor. Sempre à mão: Meu celular. Não vivo sem: Minha família. Projeto do momento: Meu novo blog. Um sabor: Brigadeiro. Esporte: Academia. Refúgio: Fazenda. Melhor de Campo Grande: O pôr do sol.

Até o blog, conhecido pelas dicas de moda e comportamento, vai sentir essa nova fase. “Eu e a Roberta tivemos bebês muito perto uma da outra, então estamos nessa fase de cuidar da casa, dos bebês, e o blog, que tem essa linguagem bem pessoal, vai sentir essa mudança”, conta ela. “Vamos mudar de foco, de casa e de nome”, revela. O novo site deve entrar no ar em novembro, e será chamado “Super Prendadas”. NOVEMBRO 2013 | 21


Rodolfo

Souza Bertin Texto | Josiane Paganini Fotos | Lucas Possiede

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LIFESTYLE ∆ Nossa equipe voltou da sessão de fotos dizendo “que gente boa esse Rodolfo”. E é. Rodolfo Souza Bertin é um cara espirituoso, de tirada rápida e riso fácil – daquele tipo que é querido por todos. Nasceu em Londrina, mas cresceu em Campo Grande. Herdou do pai o gosto pela advocacia – é pós-graduado em planejamento tributário e sucessório pela FGV e hoje toca o escritório da família – e também pelo seu esporte favorito, o tiro modalidade fossa olímpica.

Profissão: Advogado. Férias inesquecíveis: França e Espanha. Em alta: Trabalho. O que está lendo: A arte de produzir efeito sem causa – Lourenço Mutarelli. Música que não sai do seu playlist: Foster the People. Um filme: À Prova de Morte – Tarantino. Sempre à mão: Iphone. Não vivo sem: Minha família. Projeto do momento: Construir a nova sede do escritório. Um sabor: Comida italiana. Esporte: Tiro ao prato (fossa olímpica) e wakesurf. Refúgio: Bonito. Melhor de Campo Grande: Pôr do sol.

Os finais de semana são dedicados ao esporte: “Gosto de wakeboard, wakesurf e bike, mas o que pratico com frequência mesmo é o tiro, que aprendi com o meu pai aos doze anos”. Habilidades como precisão e disciplina, aprendidas dentro do clube de tiro, são levadas para o escritório e para o dia a dia, garante Rodolfo. NOVEMBRO 2013 | 23


Misa Criolla – 1964 Conhecida mundialmente, a Misa Criolla é considerada uma das obras mais ricas da América Latina. Criada pelo compositor argentino Ariel Ramírez, é uma missa cantada baseada em motivos puramente folclóricos, que celebra não apenas Deus, como também toda a cultura sul-americana em seus ritmos e tradições. Para dar vida ao projeto, Ramírez escalou o célebre grupo folclórico Los Fronterizos, solistas e uma orquestra completa. O detalhe principal da orquestra é que ela era formada por instrumentos regionais, alguns indígenas, o que deu mais beleza e autenticidade à ambiciosa criação. Simultâneo com a Misa Criolla, a segunda parte do álbum chamada de “Navidad Nuestra” narra o nascimento de Cristo. Ritmos como o chamamé, vidala, baguala e chacarena trunca aparecem no disco, que foi editado nos cinco continentes e faturou o Grammy Latino.

para ouvir

Júlia de Miranda

Violeta Parra – Antología 1999 Quando se fala de música chilena não tem como não associar logo de cara o nome de Violeta Parra. Fundadora da música popular do país e principal impulsionadora do folclore chileno, a artista (cantora, compositora e artista plástica) teve uma vida intensa marcada por glórias e sofrimento. Autodidata, começou ainda criança com nove anos cantando com os irmãos. Considerada a voz dos oprimidos e explorados, ela, que sempre foi muito engajada politicamente, escreveu letras importantes num cenário de revoluções na América Latina. “Antología” é uma introdução muito boa para quem quer conhecer o trabalho da cantora. O disco duplo lançado pela Warner faz um apanhado das melhores (e mais conhecidas) canções de Parra, como: Casamiento de Negros, La Carta, Volver a los 17, Run Run se fue pa’l Norte e Gracias a la Vida. Imperdível. Vitor Ramil – Délibáb 2010 O décimo álbum da carreira do músico e escritor Vitor Ramil lançado em 2010 só comprova mais uma vez a rica maestria com que o artista desenvolve seus trabalhos. As 12 canções (gravadas em português e espanhol) são milongas (estilo musical tradicional da América Latina e Espanha) que Ramil fez para os poemas do argentino Jorge Luis Borges e do poeta gaúcho João da Cunha Vargas, e foram gravadas em Buenos Aires em parceria com o violonista da terra Carlos Moscardini. “Délibáb”, que tem origem do húngaro e significa miragem ou “ilusão do sul”, é um fenômeno que ocorre na planície húngara (semelhante às planícies do sul do Brasil), que num tipo de “espelhismo” transporta paisagens muito distantes a horizontes desérticos. Destaque para as canções Milongas de los Morenos, Un Cuchillo en el Norte e Pé de Espora. Esse ano saiu o último trabalho de Ramil, “Foi no Mês que Vem”, disco duplo com 32 faixas que passeiam por toda a carreira musical do artista com suas melhores composições de 1981 até 2010. Para colecionador. ∆

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Márcio Ribas

para ler

Nasci para cozinha, pano e pranto. Ensinaram-me tanta vergonha em sentir prazeres, que acabei sentindo prazer em ter vergonha. Personagem do conto “A saia almarrotada” – Mia Couto Mia Couto já disse que “a missanga, todos a veem. Ninguém nota o fio que, em colar vistoso, vai compondo as missangas. Também assim é a voz do poeta: um fio de silêncio costurando o tempo”. Não há dúvidas que a voz do silêncio costura o tempo, mas já não se pode afirmar que a voz deste escritor é um fio de silêncio. Mia Couto já conseguiu colocar um de seus livros entre os doze melhores da África no século XX e recebeu o Prêmio Camões em 2013 (outros vencedores foram, por exemplo, Saramago, Jorge Amado e Raquel de Queiroz). Mia Couto é uma voz que ressoa, mas com elegância. Em O Fio das Missangas (Cia. das Letras, R$ 36,00), este autor moçambicano traz 29 textos, os quais sugiro que sejam lidos com certo intervalo. Uma dose de um conto antes de dormir seria o ideal. Assim você vai perceber as sutilezas da escrita deste autor que tem um eu lírico mulher e a capacidade de em pouco espaço ser tão profundo. O destaque do livro vai para O Homem Cadente, uma história de um homem com alma limpa que cai flutuando. São esses elementos absurdo-oníricos que fazem de Mia Couto o Guimarães Rosa africano. A próxima indicação ainda está relacionada com um mundo que parece sonho. A Noiva do Tigre (Leya, R$ 34,90), de Téa Obreht, recebeu o prêmio Orange de Ficção. É uma narrativa envolta por elementos que balançam entre o real e o irreal. No livro, Natália conta a história da busca pelos objetos pessoais

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de seu avô que morreu longe de casa, porém as partes mais interessantes não são as de Natália, mas sim as histórias de seu avô, que são recontadas pela protagonista, principalmente as histórias sobre a noiva do tigre e o homem sem morte. Saber tudo sobre elas torna-se algo crucial para o leitor. Téa transforma sua história em uma quase-fábula, com muitos animais, como o cachorro e como Darisa, o homem meio urso, meio humano. É um livro que navega entre dois mundos: um mundo que é o que conhecemos e outro de mitos. Se O Fio das Missangas e A Noiva do Tigre são oníricos, A Infância de Jesus (Cia. das Letras, R$ 44,00), de J. M. Coetzee (Nobel de Literatura em 2003), não o é, mas também não é realidade. É a história de um homem com uns 40 anos de idade que chega a um país sem nome em busca de uma nova vida, mas também tem como objetivo encontrar a mãe do menino que, no navio, é afastado dela. Parece simples, não? Mas não é. O que faz o livro ser sensacional é o fato de, nesse novo país, todos terem boa vontade e serem satisfeitos com suas vidas. E para se chegar a esse estado, todos se esquecem do passado. Logo, o protagonista, cheio de desejos e visões, precisa criar um embate com os habitantes desse lugar sobre qual é a razão de se viver. Coetzee é um autor que você precisa conhecer logo. Já reserve um lugar na sua lista de favoritos. Boa leitura. ∆



Marcelo Veloso

para ver

Outubro foi o mês do Festival Internacional do Rio. Trezentos e cinquenta filmes fizeram parte da mostra. Dos vinte e seis assistidos, três é um número pequeno para ilustrar um panorama do cinema mundial, mas estes aqui foram escolhidos a dedo. Alabama Monroe (The Broken Circle Breakdown), de Felix Van Groeningen Este drama do belga Groeningen sobre um relacionamento apaixonado devastado pela dor abrange uma amplitude incomparável. Elise e Didier se apaixonam à primeira vista. Ela tem sua própria loja de tatuagem e ele toca banjo em uma banda de bluegrass. Um casal que se apega um ao outro pelo interesse mútuo e entusiasmo pela música/cultura country americana, que mergulha de cabeça em um romance arrebatador, desenrolado no palco e fora dele. Mas quando a tragédia é inevitável, tudo o que conhecem e amam é posto em teste. Um retrato intenso e movimentado de um relacionamento por inteiro, do início ao fim, contado como a memória lembra da nossa própria história, aos poucos e quando necessária. Este filme ganhou prêmio de melhor roteiro em Tribeca e melhor filme (escolha do público) em Berlim. De cortar o coração. Nebraska (Nebraska), de Alexander Payne Os filmes de Payne, como “Sideways” e “Os Descendentes”, possuem uma linha tênue entre a sátira cruel e a verdade emocional, mas neste novo trabalho é particularmente difícil discernir qual é qual. Este drama/comédia em preto-e-branco pode ser seu trabalho mais essencial e é notavelmente diferente do resto. Nebraska é sobre David e seu pai Woody que saem em uma missão, sem propósito, de reivindicar o prêmio de um milhão de dólares de um sorteio que não existe. Talvez

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seja uma triste e engraçada representação de personagens neuróticos com medo da sua própria mortalidade que vivem no meio-oeste americano, que lamentam o passado e crescem entediados pelo presente. Nascido em Nebraska, Payne fez um filme sobre um tempo e lugar de onde ninguém sai, mas onde a maioria das pessoas fazem as pazes com suas próprias limitações. Vencedor em Cannes do prêmio de melhor ator para Bruce Dern (Woddy) e indicado para melhor filme, podemos dizer que este filme possui um humor cinza-chumbo da melhor qualidade. Muito engraçado. O Gigante Egoísta, (The Selfish Giant), de Clio Barnard A diretora britânica Clio Barnard fez uma estreia sensacional com “The Arbor” em 2010, sobre a conturbada dramaturga Andrea Dunbar. Agora, Barnard chegou a Cannes com este filme espetacular mostrado na Quinzena dos Realizadores. É uma nova versão do secular conto infantil de Oscar Wilde “O Gigante Egoísta”, que desafia o público a repensar a forma como a redenção é alcançada no mundo sem um Cristo e a qual personagem o título realmente se refere. Barnard criou uma lacuna em forma de religião que torna o final da estória mais brutal, forçando o público a entender que é preciso aprender com o amor e a perda. O filme mais forte visto no Festival do Rio, acho eu. O que consolida a crescente reputação de Barnard como uma das melhores cineastas da Grã-Bretanha. Imperdível! ∆



“Para o voo livre, o interior do nordeste é como o Havaí para o surf ”, compara Dudu Jacintho, o sul-mato-grossense que acaba de quebrar o recorde mundial de distância em asa delta.

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CAPA ∆

Quando o sertão vira mar Foto | Dudu Jacintho

Texto | Thais Pompêo Foto | Alexis Prappas

Araruna, sertão da Paraíba, 15 de outubro de 2013. Depois de 3 dias de tentativas mal sucedidas, às 7h45 da matina Dudu Jacintho está na rampa de decolagem pronto para levantar voo, ao lado dos companheiros de equipe Dudu de Brasília e Glauco Pinto. A partir dali, seriam 9 horas planando, sob o céu de três estados (Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará), percorrendo 530 km – feito que rendeu ao piloto o recorde mundial de voo livre decolado a pé, de montanha. “Faz sete anos que venho ao Nordeste atrás de voos de longa distância. As condições são muito fortes e a população hospitaleira. No início, queria aperfeiçoar o próprio voo, e superar algumas metas. Ano a ano fui conquistando 200km, 300km, 400km. Apenas oito pilotos já realizaram a marca de 400km no Brasil. Mas não estava satisfeito, o recorde brasileiro era de 495 km e o mundial 518 km. Achava que era possível superá-los”, contou o piloto, três dias depois da conquista, já em Campo Grande. Dudu é daqueles caras tranquilões, que não falam muito de si, que têm sempre um sorriso no rosto e que sabem viver bem a vida. Voa de asa delta há 11 anos. Começou por influên-

cia do pai, que praticou o esporte por algum tempo, “depois porque virou vício mesmo”. Para entender um pouco do que acontece lá em cima, pense em um veleiro: se não tem vento, não anda. Com a asa delta, se não tem térmica, não tem voo, ou melhor, não tem sustentação e nem velocidade. Térmica? Prontos para a aula de fisica? O dia nasce e começa a esquentar a terra. Conforme vai esquentando, energia vai acumulando no chão, que em determinado momento satura e começa a despreender essa energia, levando junto a umidade do solo e formando tubos que lá em cima vão formar as nuvens. Esses tubos são o que os pilotos chamam de térmicas, que é o que os fazem voar. Quanto mais a terra esquenta, mais o bicho pega lá em cima. E é velocidade e adrenalina que pilotos como o Dudu buscam: “O que eu quero é rodeio, o pipoco, é acelerar. Isso tudo altamente calculado, porque o voo livre é um xadrez no céu, ficamos o tempo todo lendo o ar, de olho nos pássaros, para encontrar as térmicas”. No trajeto do recorde, Dudu fez uma média de 60 km/h durante o voo, e média de 100 km/h nas tiradas (quando acelera de uma térmica para a outra).

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Diário de bordo “Bom, galera, meta dos 500 alcançada, que venham os 600 agora...! Depois do recorde do André Wolf de 454km em Quixadá, achei que seria melhor decolar de algum lugar mais a leste, para ter o voo do sertão pelos 500 km a serem percorridos, que estavam latentes em meus pensamentos. Thales (Pacheco) vivia me convidando para ir voar em Tacima (Araruna) e na primeira temporada que lá voei, tive convicção que o sítio e a rota seriam perfeitos para os 500 km. Despertador tocou 4.45am; 6.05am saindo da pousada; 7.46am no ar. O teto não tava alto (1800m), as térmicas não estavam fortes (3m/s), e nem o vento tão forte, 25km/h (algumas vezes vi 35km/h). Mas é muito constante, tem muita térmica e os entreciclos foram pequenos.

O pico O que faz do sertão nordestino, e mais precisamente das rotas de Quixadá e Araruna, na Paraíba, um dos melhores picos do mundo, ou como eles dizem, “o Havaí do voo livre”, é o fato de lá já amanhecer com as tais térmicas (normalmente elas começam às 11h) e o vento vai reto por quilômetros de distância. Isso sem contar que ele sopra forte e que não há pista de pouso (se tiver aterrissagem de emergência há grandes chances de pousar em cima da jurema, vegetação típica, cheia de espinhos). Características que fazem com que só os melhores e os mais experientes pilotos encarem a empreitada. Entre números e tabelas, o atleta explica: “Aqui (aponta no gráfico) eu estava subindo a 12 metros por segundo, isso é muito rápido. Essa térmica era forte – foi o pico máximo. Nessa hora tem que segurar a asa firme, porque se você não tiver bem centrado nela, a asa capota. Dessa vez, não aconteceu de eu capotar, mas já rolou algumas vezes...” E aí? “Aí você entra de novo na térmica, acelera, embica pra baixo, entra em voo, dá uma respirada... e pensa: ai meu Deus... (risos). Agora já teve térmica que eu não voltei mais não, fiquei com medo... Às vezes tem que respeitar porque está muito violento”. Atualmente, Dudu faz parte da nova geração do voo livre nacional e está entre os melhores atletas do Brasil, patrocinado (e louco) pelo Corinthians. Em 2012, foi vice-campeão brasileiro – o primeiro lugar ficou com André Wolf. O gaúcho que já foi sete vezes compeão e era o antigo dono do recorde nacional; compete direto nos Estados Unidos, sempre ficando entre os dez melhores, e este ano também foi vice no torneio da Bélgica, ficando atrás de Gordon Rigg, supercampeão inglês. “Temos uma turma de seis pilotos – eu, o Moicano, o Glauco, o Dudu de Brasília, o Davizinho e o Michel – com 10 a 14 anos de voo, na faixa de 35 a 40 anos, que estamos chegando e conquistando nosso lugar. Da velha guarda, só Andre (Wolf) não larga o osso. Estamos treinando para ganhar dele (ri). O recorde brasileiro, que era do André, a gente já bateu”, deixa o recado Dudu, em tom de brincadeira com fundinho de verdade.

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A média vinha caindo, mas o céu sempre bonito, e o parceiro Glauco sempre voando por perto, o Dudu de Brasília apenas no rádio. Na cabeça os 500, é possivel! Passamos aberto à direita do açude do Castanhão, depois à esquerda de Quixadá, bem em cima da pousada do Almeida na Joatama. 3.10pm - Dali pra frente as nuvens já não estavam tão agrupadas, desisti de Tamboril que era o gol, e comecei a seguir o melhor caminho, navegando pelo conhecimento adquirido nestes sete anos de nordeste. Atravessamos alguns azuis, me perdi do Glauco, o vento foi virando quase pra sul, se jogasse caudal total poderia ir parar nas robadas da serra do Machado, que acabamos tangenciando, 498, 499... demorou uma eternidade para girar: 500 km. Um vale estreito a ser seguido, mais um piriri; será que cruzo esta última roubada? Achei um pouso, no leito da estrada de terra, vento quase alinhado, pouso perfeito, 530km!

Foto | Dudu Jacintho

Foto | Edvaldo Costa

Dali pra frente aquela hospitalidade cearense, toda a comunidade em volta, meu corpo moído, as meninas tirando foto e perguntando se eu tenho feicibuqui... Banho de caneca, arroz com frango e suco de manga na casa do seu Edilson, deito na rede por uma hora e o resgate do Ricardo de BSB já estava lá. Resgatado às 8pm, perfeito. As 10pm já estávamos no hotel em Santa Quitéria. É isso, obrigado a todos que de alguma maneira nos ajudaram, pois sozinhos não somos nada. Ah, agora estamos na estrada voltando, logo mais o Edvaldo da pousada de Araruna vai assar um bode, tava prometido fazia três anos!” ∆



ESPECIAL ∆ Entre os dias 22 e 24 de novembro o famoso cartão postal vai ser invadido por pranchas, remos, asas, canoas e suor de atletas de todo o país. Até balonismo já foi escalado. Se você curte, se prepare, porque a chapa vai esquentar (mais).

Foto | Marcelo Oliveira

Pantanal Extremo Texto | Thais Pompêo

Sabe aquela imagem do Pantanal que a gente tanto conhece e exporta? Ela está prestes a ganhar ação e uma nova perspectiva, pelo menos para quem curte esporte de aventura. A grande largada será dada com o Pantanal Extremo, evento que vai reunir entre os dias 22 e 24 de novembro seis modalidades esportivas competindo ao mesmo tempo na água, na terra e no céu do Pantanal da região de Corumbá.

te de aventura”, explica Rodrigo Terra, idealizador e coordenador do Pantanal Extremo. Ao lado do prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, eles tiraram o projeto do papel – a intenção é que o evento aconteça anualmente e que seja um momento culminante de uma série de ações esportivas que acontecerão ao longo do ano. Playground

Os organizadores têm objetivos claros: trabalhar melhor o potencial da região, para reunir adrenalina e natureza e fincar a região no mapa dos esportistas, do Brasil e do mundo. “O Pantanal tem um nome no país e no mundo em duas frentes: na pesca, que alguns são favoráveis, outros são contra, mas que já está consolidada; e na contemplação, muito apreciada principalmente por europeus, na grande maioria para observação de pássaros. Mas só... No entanto, começamos a perceber que também pode ser um destino turístico de espor-

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Há mais ou menos seis meses todos os representantes das federações estiveram em Corumbá para conhecer a região e os possíveis locais para a realização das provas. “Todo mundo saiu de lá encantado com as possibilidades que o Pantanal oferece para a prática de esportes de aventura”, conta Rodrigo. O entusiasmo dos representantes de federação fez com que muitos meses antes da divulgação, o evento já se tornasse assunto em boca miúda entre esportistas e simpatizantes.


Foto | Roberto Stuckert / Planet Photo

O esporte náutico que mais cresce no mundo (uma febre entre esportistas e não esportistas), o stand up paddle (ou SUP), terá a sua primeira maratona nacional em Corumbá. Entre os inscritos, já estão confirmados os melhores atletas de elite do país. “Quando o presidente da Confederação Nacional, Ivan Floater, veio a Corumbá, ele se animou tanto que resolveu realizar o primeiro campeonato brasileiro de maratona do SUP, aqui, durante o Pantanal Extremo”, comemora Rodrigo. No sábado (23), às 4h da matina, os atletas embarcarão em um navio da marinha e seguirão rio acima, mais precisamente 30 km em direção à Bolívia, até chegarem a uma região chamada Baía do Tuiuiu. Nesse ponto, os atletas saltarão com suas prachas e remos rio Paraguai abaixo, passando por camalotes e prainhas até o Porto Geral. Bonito, né? Além do SUP, duas outras provas serão realizadas na água: canoagem, que sai do Porto Geral, e a maratona aquática, que terá, além da prova oficial, uma competição mais curta para os que se animarem a cair na água. “A natação sairá do parque Marina Gattas, um lugar lindo, na beira da Baía do Tamengo, que estava completamente abandonado. Estamos revitalizando o parque para a prova, que ficará de presente para a cidade”, diz o idealizador.

Foto | Roberto Stuckert / Planet Photo

A competição de ciclismo terá outro cartão postal da região: a Estrada Parque, que corta a planície entre Corumbá e Miranda, localizada na região da Nhecolândia. Ainda em duas rodas, os atletas de down hill vão encarar os 700 degraus abaixo das escadarias do Morro do Cristo. E ainda, corrida de orientação, na qual os participantes recebem um mapa para descobrir sua rota. Voo livre entre Corumbá e Bonito

Foto | Marcelo Oliveira

Foto | Edson Zardo

A concetração do voo livre é o morro da Tromba dos Macacos, há 70 km de Corumbá, na frente da Morraria do Urucum. O recordista mundial de asa delta à distância, Dudu Jacintho, estará por lá e, se o vento permitir, fará um voo de Corumbá a Bonito. E mais: um balão estará ancorado na praça e depois no porto e fará voo cativo (que sobe e desce, amarrado) com os passantes interessados. Olha que super bacana: durante o Pantanal Extremo, uma equipe técnica vai avaliar se a região comporta voos de contemplação no Pantanal, como acontece na Capadócia. A escalada não acontece este ano, mas tem tudo para entrar na programação ano que vem. “O desafio é transformar o Pantanal Extremo no maior campeonato de aventura do Brasil. Que em um futuro próximo todas as modalidades sejam etapas de campeonatos nacionais, e quem sabe a médio prazo, até algumas etapas mundiais possam acontecer durante o Pantanal Extremo”. Já pensou? Esportistas do Brasil e, por que não, do mundo, colocando a sigla MS, Corumbá, na rota! ∆

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Campeão absoluto 36 | NOVEMBRO 2013

ATUALIDADE ∆

Texto | Tatyane Cance Fotos | Divulgação

Com 17 títulos no currículo, o lutador de jiu-jitsu Roberto de Abreu Filho, o Cyborg, acaba de conquistar o campeonato mais importante de sua carreira: o Abu Dhai Combat Clube (ADCC), torneio que aconteceu em outubro, em Pequim, na China. Direto de Miami, depois de muito liga e desliga, ‘alôs’ e ‘não estou te ouvindo’, conseguimos falar via Skype com o grande campeão mundial de jiu-jitsu, Roberto de Abreu Filho, o Cyborg. O sul-mato-grossense acaba de conquistar o maior título de sua carreira: campeão absoluto do Abu Dhai Combat Clube (ADCC) 2013. Lutador com 15 anos de carreira e 17 títulos, Cyborg conquistou a “copa do mundo do jiu-jitsu” em outubro, em Pequim, na China, em uma modalidade um pouco diferente: lutando sem quimono, o que representa um jiu-jitsu mais pesado. Esse foi o título mais importante de todos até agora. Além do título mundial, ele também levou o terceiro lugar na categoria acima de 99 quilos. A grande vitória garante a Cyborg uma vaga no próximo ADCC, em 2015, onde o campeão enfrenta outro brasileiro, André Galvão. Um duelo que recebe o nome de superluta e que vale o título de supercampeão. Nascido e criado em Campo Grande, Cyborg começou o jiu-jitsu com 17 anos. “Abri minha primeira academia em CG com 21 anos”. Em 2007 mudou-se para os Estados Unidos para estrear sua primeira academia no exterior. “Foi um convite durante uma viagem de campeonato. Quando surgiu a oportunidade eu não hesitei, é muito difícil viver como atleta no Brasil”. Há sete anos em Miami, Cyborg já possui 16 academias de luta pelo mundo: Brasil, EUA, Canadá, Irlanda, França, Marrocos e Romênia. Quatro vezes campeão pelo Brazilian Jiu Jitsu (BJJ), Cyborg deixou Campo Grande para ganhar o mundo fazendo aquilo que ama e divulgando o país de origem. “Agradeço a Deus por poder viver do que eu amo fazer. Aos meus pais, familiares e amigos, que sempre me apoiaram.” ∆




Shopping Norte Sul Plaza - 67 3313 1801 Shopping Bosque dos Ipês - 2º Piso - 67 3354 2680


Por Laura Zúñiga

EFG London Jazz Festival

Hello, my name is Paul Smith

Isabella Blow: Fashion Galore!

Salad Kitchen

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Jewellery Room

Fashion Lab

Centro Cultural Usina do Gasômetro - Foto Alfonso Abraham

PELO MUNDO


Columbia Road Christmas Shopping Evenings

Nada como um verão inesquecível para deixar os londrinos felizes com a chegada do outono. Depois de meses com os termômetros beirando os 30oC, agora as árvores ganham nuances de vermelho e amarelo, indicando que a temporada natalina está prestes a começar, e com ela, o agito de fim de ano. Um dos maiores eventos da agenda londrina é o EFG London Jazz Festival. Há 21 anos o festival reúne os mais consagrados nomes do jazz com jovens talentos que vão dar o que falar. Em 2013, o LJF comemora os 80 anos do saxofonista Wayne Shorter – ele alcançou fama ao tocar com Miles Davis e fundar o grupo de fusion jazz Weather Report. Outros destaques são a francesa Madeleine Peyroux e a baixista e violoncelista americana Esperanza Spalding, que toca ao lado de Geri Allen e Terri Lyne Carrington no trio ACS. Ao todo, serão 280 eventos, entre workshops, concertos e palestras. Entre os dias 15 e 24 de novembro. Para os amantes de moda, o presente de final de ano vem na forma de duas grandes exposições: Isabella Blow: Fashion Galore! celebra a glamourosa e trágica vida e carreira da musa, editora e consultora de moda, na Somerset House. A exposição abre ao público pela primeira vez seu acervo de roupas, que inclui peças únicas de estilistas descobertos por ela como Alexander McQueen, Hussein Chalayan e o chapeleiro Philip Treacy. Já a mostra Hello, my name is Paul Smith faz uma viagem pelo mundo do estilista inglês. Através de coleções selecionadas pelo próprio, a exposição aborda seu processo criativo, detalhando as etapas de criação e produção. Seu escritório será reproduzido no Design Museum, com direito a livros e objetos pessoais, assim como uma montagem de sua primeira loja, em Nottingham. Mas nem só de cultura vive a cidade. Já se preparando para o Natal, a Harrods deu uma repaginada em seus departamentos. A ala jovem, antenada com as criações de Sandro, Maje e Zadig & Voltaire, entre outros, vai adorar o Fashion Lab. Este

é um novo espaço da Harrods, voltado para marcas contemporâneas, que incluirá ainda o Denim Room – uma meca dos jeans, entre 7 for All Mankind e J Brand – e a abertura do restaurante Salad Kitchen. Porque as fashionistas também sentem fome! Mas a menina dos olhos da temporada é o novo Jewellery Room, que promete consolidar a Harrods como paraíso das joias. O novo espaço terá novas lojas e peças exclusivas, além de serviço de customização. Entre as novas, a Hermès abre sua primeira loja exclusiva de joias e relógios. A britânica Garrard chega com pompa e circunstância, abrindo uma sala vip e um espaço dedicado a noivas. Já a Dior Joaillerie aporta em um luxuoso salão pintado nos icônicos tons cinza e branco. Mas se a ideia for curtir um programa de bairro, longe do burburinho de Central London, a pedida é ir para o East, onde acontece entre os dias 27 de novembro e 18 de dezembro a Columbia Road Christmas Shopping Evenings. A Columbia Road é uma rua supercharmosa do bairro de Hackney que aos domingos atrai figuras descoladas e alternativas da cidade, ávidas pela incrível seleção de flores e plantas à venda. Com o passar dos anos, a vizinhança se tornou point também daqueles que buscam música ao ar livre, roupas e bijuteria vintage, arte off-beat e comidinhas gourmet. Durante esta temporada natalina, este clima convidativo e boêmio se estende também às noites de quarta-feira. Imperdível.

London Jazz Festival: www.londonjazzfestival.org.uk Somerset House: www.somersethouse.org.uk Design Museum: www.designmuseum.org Harrods: www.harrods.com Columbia Road Flower Market: Columbia Road E2 7RG Isabella Blow: de 20 de novembro a 2 de março. Paul Smith: de 15 de novembro a 9 de março.

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ESCOLHA DO MÊS ∆

NATURALMENTE CHIC Por | Luiz Gugliatto

A fibra natural nunca esteve tão em alta. Esse material, além de trazer um ar mais fresh ao visual de verão, também confere uma elegância nobre às produções do dia a dia. Versáteis, as peças com pegada natural vão muito além de looks praianos – o neutro natural fica incrível se combinado com as cores intensas do verão. Viseira Amo Muito - Preço sob consulta • Casaqueto M.Officer R$ 462 • Echarpe Le Lis Blanc R$ 239,50 • Bracelete Thais Fread R$ 45 • Óculos Andreia Marques p/ Notiluca R$ 490 • Short Mob R$ 259 • Sandália Louis Vuitton - Preço sob consulta • Vestido H&M - Preço sob consulta • Bata Le Lis Blanc R$ 259,90 • Bolsa Animale R$ 1.098 • Brincos Maria Dolores - Preço sob consulta • Poltrona Vidigal 2 Lattoog - Preço sob consulta.

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Fotos | Lucas Possiede e divulgação


Campanha Spezzato

TRENDY ∆

ATITUDE FASHION

A geometria é o destaque do closet verão 2014. As garotas antenadas já aderiram à tendência e estão usando a estampa dos pés à cabeça. Essas não têm medo do exagero, que está mais que permitido. Para as mais tímidas e discretas, o ideal é combinar as estampas geométricas com tons neutros como nude, branco e preto – ficam perfeitos. Para equilibrar o visual, acrescente acessórios dourados e étnicos.

Blusa Cantão • Brincos Monique Péan • Bracelete Monique Péan • Clutch Serpui Marie p/ O QVestir R$ 2.312 • Vestido MOB R$ 1.329 • Pulseiras Shoulder R$ 59,90 cada jogo • Saia Bo.Bô Preço sob consulta • EDT Luxor Oud 75ml €132 • Bolsa Smatbag Preço sob consulta • Sandália Schutz Preço sob consulta

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Fotos | Lucas Possiede e divulgação

Por | Luiz Gugliatto



POÁS & POÁS Por | Luiz Gugliatto

A clássica estampa polka dots, marca registrada de Yayoi Kusama, sempre esteve presente no universo da moda. Para a estação mais divertida do ano, os estilistas brasileiros apostam em uma overdose de poás para adornar a silhueta da mulher. Entre os nomes que mais ousaram com a estampa nessa temporada estão Oskar Metsavaht e Isabela Capeto, com sua bike peça desejo das it-girls. Brincos Dior • Carteira Kayu p/ Moda Operandi • Tênis All Star p/ Sapato Shoul • Urso Criança & Cia Magazine Luiza • Saia Gregory • Sandália Havaiana • Cropped Top Top Shop • Lenço Lets • Bolsa Miu Miu • Saia Moschino • Top Renner • Vestido Osklen • Scarpin Christian Louboutin • Bicicleta Isabela Capeto - Preços sob consulta.

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Fotos | Lucas Possiede e divulgação

ACHADOS DE MODA ∆

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Desfile Trussardi

HOMEM ∆

ELEGÂNCIA TROPICAL

Para o verão 2014 as tonalidades neutras continuam em alta e o clima tropical pede looks mais leves. O linho está entre os tecidos que mais se destacaram nas passarelas; por ser extremamente confortável e fresquinho, conquistou o armário masculino. A pegada natural imprime a cara da estação: seja nas camisas lisas ou estampadas, calças, bermudas, óculos ou tênis. Óculos Evoke R$ 649,90 • T-Shirt Forum R$ 104 • Echarpe Gucci R$ 955 • Camisa Noir, Le Lis R$ 378 • Calça Richard’s R$ 320 • Cinto Forum R$ 159 • Bolsa Hermès R$ 19.800 • Relógio H. Stern - Preço sob consulta • Tênis Osklen R$ 497

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Fotos | Lucas Possiede e divulgação

Por | Luiz Gugliatto



PUBLIEDITORIAL ∆

A Ottica Capri traz para a cidade uma nova proposta para os apaixonados por óculos. Um novo conceito que destaca marcas exclusivas com os mais recentes lançamentos mundiais das coleções. Ou seja, traz o melhor e mais ousado das grifes como Celine, Jimmy Choo, Saint Laurent Paris, Christian Dior, Bottega Veneta, Kate Spade, Gucci, Hugo Boss, TAG Heuer, Chloe, Nike, entre tantas outras.

A ideia de Janaina Dean surgiu da necessidade de encontrar em um único lugar grifes exclusivas e um atendimento de excelência, atualizado e antenado com as principais tendências mundiais. “A cidade estava carente deste tipo de varejo, só podiamos comprar estes produtos nos grandes centros ou em outros países”, diz Janaina, que frequenta anualmente as maiores feiras mundiais do setor. No mês de outubro, em reunião com executivo da Safilo Group, líder mundial na produção de óculos de luxo, Sr. Julio Alberto Fernandez Gomez – DIOR Brand Ambassador, foi firmada mais uma parceria de exclusividade com o grupo, dessa vez com a grife Dior, sendo a única loja autorizada da marca no estado de MS. Este acordo faz com que Campo

Grande confirme sua presença no roteiro das principais grifes de luxo do mercado óptico mundial. A Ottica Capri possui uma equipe técnica preparada para realizar consultoria aos seus clientes utilizando os melhores equipamentos e lentes oftálmicas de alta performance, reconhecidos nos mercados nacional e internacional. “O mundo óptico é mágico e desejamos que o nosso cliente descubra esse mundo encantado e veja o quanto um par de óculos pode fazer a diferença em seu dia a dia, tanto no seu estilo quanto no seu conforto. Usar uma peça diferenciada, seja solar ou de receituário, faz com que mostremos um pouco da nossa personalidade e do nosso estilo de vida”.

Shopping Bosques dos Ipês - 2º piso - 67 3354 2664 - Campo Grande - MS

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Blusa tela Live! Sportswear p/ Movimento; Top Loira&Morena p/ Movimento; Hot pants acervo; Porta celular Body For Sure p/ Atlética Página ao lado: Vestido Animale; Legging Alto Giro, tênis Puma e luvas Adidas p/ Anita Tênis


Fotos | Alexis Prappas; Stylist | Luiz Gugliatto; Beleza | Livia Tosta; Modelo | Linda Helena; Coordenação | Thais Pompêo; Agradecimento | Concessionária Audi.



Jaqueta Rola Moça p/ Atlética; Top Track & Field; Calça Osklen; Munhequeira Nike p/ Anita Tênis; Tênis Newton p/ Track & Field Página ao lado: Jaqueta Track & Field; Top e polaina Alto Giro e sapatilha Capezio p/ Movimento; Hot pants Cia Maritima p/ Atlética.


Body Rola Moça p/ Atlética; Luvas e Chuteira Nike p/ Anita Shoes; Legging Track & Field; Bola Nike p/ Anita Tênis


Blusa Colcci; Hot pants Cia Maritima p/ Atlética; Tênis All Star Converse p/ Anita Tênis


Macacão Obbia p/ Atlética; Tênis Mizuno p/ Anita Shoes; Luvas Track & Field; Óculos CKJ p/ Ottica Capri Página ao lado: Vestido Blessed p/ Maria Moça; Short Levi´s; Joelheira Nike p/ Anita Shoes; Skate long board Stand up p/ Tube Surf; Luvas Alto Giro p/ Atlética; Tênis Oakley p/ Tube Surf



Jaqueta Active p/ Anita Tênis; Luvas Everlast e tênis Puma p/ Anita Shoes; Short Track & Field; Boné Morena Rosa e legging Rola Moça p/ Atlética Página ao lado: Blusa Colcci; Saia e viseira Track & Field; Munhequeira Nike p/ Anita Shoes; Óculos Celine p/ Ottica Capri.



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Pilates coreografado


FITNESS ∆

“Com abordagem orgânica, o Fletcher Pilates não é como o Pilates que conhecemos. Aqui os movimentos são unificados – da ponta dos dedos dos pés aos dedos das mãos. A respiração também ganha destaque, uma respiração com som e ritmo.” Ron Fletcher Texto | Josiane Paganini Fotos | Divulgação

O Pilates ganhou popularidade e se espalhou pelo mundo, mas, infelizmente, ao longo desse caminho, perdeu muito da sua essência. Para trazer o melhor desse método ao Brasil, o fisioterapeuta e representante do Fletcher Pilates no Centro-Oeste Adriano Bittar foi aprender com um dos mestres. A técnica que ele trouxe para Campo Grande foi apresentada em um workshop ministrado no Estúdio Corpo em Movimento, de Úrsula Duarte. Esqueça a música na aula de Fletcher Pilates – por lá a respiração (feita de uma forma que possa ser ouvida) é quem dita o movimento. Este é o primeiro princípio da técnica criada por Joseph Pilates em meados de 1920. Na nova vertente, além das tradicionais camas e molas, utiliza-se a toalha e a barra de balé, abusando do trabalho vertical. “Valoriza-se os centros dos pés para garantir o correto posicionamento do corpo”, orienta Bittar.

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Bittar foi para os Estados Unidos ter aulas com Ron Fletcher, bailarino norte-americano discípulo direto do criador do método. “É sempre melhor aprender com o mestre, quanto mais próximo da fonte, mais puras e valiosas são as lições”, explica Bittar. Fletcher era dançarino e começou a praticar Pilates, com Joseph Pilates, devido a uma torção no joelho. Gostou tanto, que resolveu trabalhar com as duas práticas, acrescentando o acabamento e a sofisticação da dança aos movimentos originais do Pilates. “Ele foi um inovador dentro da compreensão que tinha, não só da dinâmica do método, mas também dentro da percepção de dança, de movimento e de estilo. O trabalho dele não é só o braço subir e alcançar certa função, ele vai além, você estica o braço e procura por fluidez, por um alinhamento do corpo e da respiração. Os movimentos são encadeados como na dança”, explica Bittar. Embora preserve todos os seis princípios criados por Joseph (respiração, centro, controle, concentração, precisão e fluidez), o discípulo acrescenta outros seis conceitos: equilíbrio, energia, ritmo, consciência, energia oposicional, resistência e espírito. “Ron foi uma pessoa muito especial. Ele trouxe todo um conhecimento, uma vontade de ver o corpo integralmente funcionando, ele tinha a percepção de um corpo integral e que, acima de tudo, se move”, completa. ∆

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É campeã! Campo Grande é a capital com maior número de pessoas com sobrepeso. 68 | NOVEMBRO 2013


SAÚDE ∆ Más notícias. Segundo uma pesquisa recente promovida pela Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), 51% dos brasileiros (maiores de 18 anos) estão acima do peso ideal. Texto | Natália Charbel

Jarbas Brabosa, Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, anunciou que este é um fato inédito. É a primeira vez que mais da metade da população apresenta excesso de peso. E mais, o estudo indicou que 17,4% dos brasileiros são obesos*, em 2012 esse número era de 15,8% e de 11,4% em 2006. “A tendência de crescimento da obesidade mostra que precisamos agir ou chegaremos a patamares como do Chile e EUA”, alertou Alexandre Padilha, Ministro da Saúde. Campo-grandenses atenção! Como se este dado não fosse grave o suficiente, nós, da arborizada capital do Mato Grosso do Sul, somos os campeões em excesso de peso. Triste, né? Por aqui, 56% das pessoas estão nessa condição, mas por quê? Segundo a nutricionista Ana Glaucia Ramos, “o problema se deve a padrões alimentares inadequados com alto consumo de alimentos calóricos, que incluem comidas típicas da região, tais como o tradicional churrasco com carne gorda, arroz carreteiro, farofas incrementadas com bacon e calabresa, excesso de carboidratos refinados, gorduras de baixa qualidade e refrigerantes. A alimentação feita fora de casa, substituída por fast-food, juntamente com a facilidade em ter esses tipos de alimentos em mãos, o baixo consumo de frutas, verduras e legumes e sem dúvida a falta de atividade física são fatores que influenciaram no fato de Campo Grande ficar em primeiro lugar como a capital mais gorda do Brasil”.

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Dados do Ministério da Saúde confirmam o que disse a nutricionista, e quantificam a má qualidade da nossa alimentação. Segundo esses indicadores o consumo de frutas e hortaliças, essenciais para a manutenção do peso, estão em segundo plano para a grande maioria dos sul-mato-grossenses . Apenas 23,1% consomem a quantidade diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde, de ao menos cinco porções/ dia. Mais de 45% da população consome carne gordurosa excessivamente, quase metade ingere leite integral com regularidade, e pior, um terço bebe refrigerante pelo menos cinco, isso mesmo, CINCO vezes por semana.** “Os caminhos para mudar essa estatística seriam uma reeducação alimentar e a busca do equilíbrio na alimentação, e para que isso aconteça é necessário mudança de estilo de vida e hábitos alimentares de toda a família, acrescentando na alimentação frutas, verduras e legumes, trocando os carboidratos refinados por carboidratos integrais, deixando de lado o sedentarismo e incluindo a atividade física diariamente”, alerta a nutricionista. E aí, entramos em outro ponto importante: além da reeducação alimentar, é preciso combater energicamente o sedentarismo. E, claro, isso não é nem de longe uma tarefa simples. Romper com maus hábitos, mudar a rotina, é difícil para todo mundo. Por isso, papais, o melhor é colocar as crianças para praticar atividades físicas desde a infância. Crianças são mais adaptáveis e é mais simples imprimir costumes. Vale tudo: ballet, judô, natação, futebol, o importante é colocar a meninada para se mexer para aprender a gostar de ser ativo desde pequeno. Aí vira rotina e passa a fazer parte da vida daquela pessoa, assim como escovar os dentes, se alimentar, estudar. Mas se você já passou da infância, vai precisar de um pouco mais de força de vontade. Afinal, incluir uma nova tarefa no dia a dia corrido é complicadinho, né? E para quem não gosta, tudo vira desculpa. Mas não tem saída, é preciso arrumar tempo e disposição. E não estamos falando que você precisa se transformar em um superatleta. Apenas sair do sedentarismo. Caminhar por 45 minutos de 3 a 4 vezes por semana. Pedalar por meia hora, jogar bola (com frequência, tá? O futebol do sábado não vale). Abuse do fato de Campo Grande ser uma cidade lotada de parques onde você pode se exercitar de graça (aqui, cai por terra a desculpa do dinheiro para a academia). Atividade física não é só estética, é saúde viu gente? “A população deve se conscientizar sobre os prejuízos dessa doença grave que é a obesidade. A prevenção é mais simples, mais eficiente e mais barata, pois muitas pessoas ainda desconhecem, resistem ou acham que é complicado e até mais caro comer de um jeito saudável”, finaliza Ana. ∆

*Sobrepeso: índice de massa corporal (IMC) acima de 25. Obesidade: IMC maior que 30. **fonte: portal do Ministério da Saúde

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“Se você não tem tempo para cuidar da sua saúde, vai ter que arrumar tempo para cuidar da sua doença”. (autor desconhecido, mas muito sábio)



beleza ∆

Beauty artist: essa é a melhor definição para Tiago New. Suas referências, experiência e amor pela arte fazem dele aquele hair stylist a quem você entrega suas madeixas sem medo. Tiago chegou e (com o perdão do clichê) está fazendo a cabeça das campo-grandenses mais bacanas. Sem contar que ele é uma simpatia! Em um bate papo com A Gente, ele conta um pouco dos seus caminhos para chegar até aqui. “Sempre amei a arte, desde criança gostava de desenhar e colocava no papel o que observava, estudei pintura em tela, teatro, um pouco de música, admirava arquitetura e pensei em fazer gastronomia – todo esse mix foi importante na minha formação. Um pouco depois as mulheres das revistas começaram a me chamar a atenção, entrei para a academia Teruya em São Paulo e me apaixonei, comecei então a pesquisar a fundo tudo o que envolvia cabelos e percebi a arte que existia ali. Especializei-me em colorimetria e corte nas academias Llongueras em Buenos Aires, no Wella, Loréal Paris e Paul Mitchell, em São Paulo. Depois de passar por salões menores, fiquei dois anos no Estúdio W e cinco no salão Marcos Proença na equipe da colorista Marilia Tambasco. E claro, nunca paro de estudar e me atualizar, estou sempre em busca de novidades”.

O cabelo do verão Texto | Natália Charbel Fotos | Lucas Possiede Maquiagem | Joelma Lima

O cabelo do verão... é 3 em 1 Comprimento médio, castanho iluminado com pontos de luz mais claros e movimento. O corte médio é tendência e vai continuar. Para ficar bacana, a parte da frente tem que ter mais textura e movimento. No verão os ombros ficam à mostra, por isso o corte é sucesso garantido. Esse comprimento dá volume – se você não quiser ficar escrava do secador, vale apostar em bons tratamentos químicos que relaxam os fios e pomadas que ajudam a disciplinar. Mas atenção, cada pele um tom O Brasil tem uma grande diversidade de raças, então, o primeiro passo é a pessoa analisar o tom de pele com ajuda de um profissional. Mulheres com a pele mais rosada, ficam bem com tons que vão do dourado ao manteiga, acobreados, platinados e loiríssimos. Para as mais morenas, tons quentes como dourado e caramelo, perfeitos para a estação. No verão ainda vamos ver muitos ombré hair, mas a tendência vem com mais mechas na raiz, não pode sair gritando como uma faixa de pedestre, tem que ser sutil, levemente apagada ou esfumada. Importante: faça um raio-x da fibra capilar antes da mudança. Dica quentíssima Após lavar, seque quase totalmente o cabelo (cerca de 90%), depois divida ao meio da parte da frente até a nuca. Termine de secar cada parte separadamente torcendo para trás. Faça dois coques laterais e espere o cabelo esfriar. Quando soltar as madeixas você terá garantido um efeito curly bem natural, tipo Gisele. A segunda dica é proteger os fios dos efeitos nocivos do sol. Não adianta cuidar do corpo e esquecer o cabelo. Nada de bronzeado incrível e madeixas trash. (No Hits, Tiago indica superprodutos para cuidar dos fios). ∆

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“As Mulheres de Campo Grande são extremamente vaidosas, estão sempre viajando, são atualizadas, chegam ao salão sabendo o que querem e ao mesmo tempo dispostas a aderir a mudanças.” - Tiago New.

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HITS DE BELEZA ∆

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Existem produtos específicos para proteger, tratar e garantir efeitos bem bacanas às nossas madeixas no verão. O top cabeleireiro Tiago New nos indicou alguns super legais e A Gente também fez escolhas. Agora sem mais desculpas para cabelos maltratados na estação do Sol. Texto | Natália Charbel

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1- Kérastase Aqua Seal. Protetor solar de altíssima qualidade. Um creme que em contato com o calor das mãos transforma-se em óleo. Forma um filme ao redor dos fios que impede a desidratação. Possui efeito impermeabilizante e é ideal para cabelos sensíveis. R$150 2- Elixir Ultime da Kérastase. Além de ser um finalizador multifuncional, trata os fios e deixa os cabelos nutridos e suaves. É um produto coringa, para todos os tipos de clima e cabelos, é super eficaz e não deixa os fios pesados. R$ 220 3- Linha Cristalliste da Kérastase. Aqui a dica não é um produto, e sim uma linha toda que é queridinha dos cabeleireiros. A Cristalliste foi desenvolvida para o público jovem, mas todo mundo ama. O tratamento deixa os fios leves, com muito brilho e movimento. Os produtos usam uma tecnologia que trata, preserva e protege, deixando o cabelo leve da raiz até as pontas. Isso sem falar que o cheirinho é maravilhoso! Escolhemos um, mas vale a pena experimentar todos! O Lumière Liquide dá uma textura sedosa por todo o comprimento e restaura a uniformidade dos fios. Ainda dá um up na luminosidade. R$146

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4- Sun Sublime Oil, Keune. Este óleo protetor solar é resistente à água. Evita o ressecamento e ajuda a preservar a coloração dos cabelos. E olha que bacana, pode ser usado nos cabelos e no corpo. R$ 115 5- Serum Anti-Queda Sérum Stymulactine 21. Para quem sofre com a queda dos cabelos, principalmente no verão. Melhora a atividade celular da raiz, aumentando a resistência dos fios, e reduz a seborreia. Indicado para perda severa de cabelo ou para preveni-la. R$ 298 6- Bed Head Hair Stick. Cera superbacana indicada para cabelos curtos a médios. Define, hidrata, garante um acabamento semi-mate e fixação prolongada. Use nos cabelos secos. R$151

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NUTRIÇÃO ∆

Sucos funcionais Quem são vocês? Texto | Natália Charbel

Suco verde, detox, funcional. Eles pipocaram na internet, nas revistas, e de repente parece que todo mundo toma. Mas e aí, são todos iguais? Couve no suco, como assim? Por isso convidamos a nutricionista Dayana Megale, para nos explicar o que são, para que servem, como e quando tomar. “Os sucos funcionais são elaborados a partir de um mix de frutas e verduras e incrementados com fibras como linhaça, chia, quinoa. Eles têm como função principal a desintoxicação, estimulando o corpo, sobretudo o fígado, a eliminar as toxinas. Além disso, aumentam a sensação de saciedade e equilibram o pH do corpo”, esclarece a nutricionista. E a couve, gente? Segundo Dayana, “as folhas verdes que encorpam a bebida, como couve e salsinha, são os principais responsáveis pelos múltiplos benefícios”. Entre eles, “a redução da retenção de líquidos, pois o suco melhora a circulação sanguínea e linfática. Para praticantes de atividades físicas, a bebida fornece energia e supre as necessidades nutricionais, já que combina fontes de carboidrato e nutrientes antioxidantes, além de aumentar a disposição física. No verão, a perda hídrica é maior, e com os sucos conseguimos repor a perda de água e de sais minerais”, finaliza. E atenção: nada de bater um monte e deixar na geladeira. “O ideal é consumi-los logo após o preparo, assim não haverá perda de vitaminas. De preferência sem coar, para obter o máximo de fibras, que auxiliam na eliminação de toxinas”. Outro erro é consumi-los sem restrição: “Nada de exagero. Por conterem grandes porções de carboidratos, podem comprometer a manutenção do peso. O ideal é não utilizar açúcar; caso haja necessidade de adoçar, prefira a utilização de um adoçante natural ou um pouco de mel”, alerta a nutricionista. O melhor horário para consumir é no desjejum, pois o organismo passou várias horas sem se alimentar e necessita de uma refeição realmente nutritiva e balanceada.

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Vamos às receitas O modo de preparo de todos é igual e simples: só bater os ingredientes no liquidificador. Suco Termogênico (também conhecidos como queimadores de gordura, eles aceleram o metabolismo e aumentam a temperatura do corpo, fazendo com que haja maior gasto de energia) 2 laranjas • 2 folhas de couve • 1 anel de gengibre • 1 colher de sopa de linhaça • 1/2 pepino com casca • 3 cubos de gelo Suco Diurético 1 folha de couve manteiga • 1 fatia grossa de melão • 1 copo médio de água de coco • 1 colher de sopa de hortelã • ¼ colher de sopa de suco de limão Suco Digestivo 1 pedaço de abacaxi • 3 folhas de manjericão • 4 folhas de rúcula • 3 folhas de salsa • 1 copo de água de coco natural • 1 colher de sopa de linhaça dourada. ∆ Dayana Megale - Nutricionista - Especialista em Obesidade e Emagrecimento. Pós graduanda em Nutrição Clínica Funcional www.revitalizadietas.com.br



maçã e VINHO “Elas sempre gostam de um drink mais charmoso, mais delicado”.

Texto | Tatyane Cance Fotos | Lucas Possiede

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GASTRONOMIA ∆ Anderson Menácio dos Santos é um dos barmen mais experientes da cidade. Tudo começou no saudoso bar Madalena, onde aprendeu a profissão com um craque: Alan Cardec, que marcou época em CG. “Minha escola foi a força de vontade e ter tido a sorte de conhecer o Alan”, explica. Depois do Madalena, passou pelo Fim de Tarde, Casablanca, Garage, Nicoletta e Jojo, e agora assumiu o boteco Maracutaia. Dedicado, Anderson fala da importância na escolha dos copos na hora de servir e a diferença básica na preparação dos drinks: “Existem três modalidades – o batido (aqueles que são batidos na coqueteleira ou no liquidificador); montado (preparado no próprio copo); ou mexido (usa-se a bailarina, colher fina e comprida para mexer a mistura dentro da coqueteleira)”.

Marguerita ou frozen de maçã com um toque especial de vinho branco Ingredientes 1 maçã média 50ml de tequila 20ml de vinho branco 20ml de cointreau 2 colheres de açúcar 10 pedras de gelo

MODO DE PREPARO Parta a maçã ao meio, retirando o miolo. Deixe a casca. Junte os outros ingredientes e bata tudo no liquidificador, até chegar à consistência de frozen.

Seu maior público? “As mulheres. Elas sempre gostam de um drink mais charmoso, mais delicado”. Para refrescar o verão, Anderson escolheu uma receita fácil de fazer e super refrescante: Marguerita de Maçã, um drink batido servido na taça alta e triangular.

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A GENTE EM CASA ∆

Fluida e aconchegante Texto | Tatyane Cance Fotos | Lucas Possiede

Acolhedora e familiar, a casa do casal de médicos foi construída buscando acomodar os três filhos, duas meninas, uma de 9 meses e outra de 4 anos, e um menino de 8. A família optou por uma casa em um condomínio, o que permite unir segurança

e lazer. Com uma arquitetura moderna, a casa, que foi projetada pelo arquiteto Paulo Ribeiro, possui pé direito duplo, deixando assim todos os ambientes super amplos. “A casa fica sempre fresca e gostosa”.

Toda a parte de alvenaria foi pintada de branco para possibilitar o uso de cores em detalhes e móveis. A escolha dos móveis atemporais teve a ajuda das arquitetas Alessandra Gibran e Deborah Rezende. Um pedacinho da história do casal vem junto com o baú onde ficam algumas fotos.

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A casa foi pensanda para que não houvesse nenhum espaço subutilizado. As paredes foram substituídas pelo vidro, o que garantiu a visibilidade e a integração total entre a sala de estar, de jantar e de jogos, living, espaço gourmet e o exterior. “Praticamente não há paredes em casa. Gosto de abrir a porta da sala e estar em contato com o jardim”.

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Assim como todos os cantos da casa, a área de lazer foi super caprichada. Para os adultos: uma raia de 17 metros na piscina; para as três crianças: uma brinquedoteca e uma casinha de bonecas. “Construímos essa casa pensando nos filhos, para que as crianças aproveitassem cada detalhe. É uma casa ótima para receber, sem frescuras.” ∆

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achados de casa ∆

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TIM TIM! Por | Luiz Gugliatto Foto | Lucas Possiede

Saber servir é uma arte, inclusive na hora dos drinks. Quem não se lembra do Cosmopolitan, favorito das celebrities Sarah Jessica Parker e Madonna? Cada tipo de taça tem sua função. Por exemplo, quanto maior a haste e/ou a espessura da base, maior será o controle da temperatura. Isso sem falar no visual - elas são lindas e dão um super charme à sua festinha.

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ids Texto | Gabriela Ostronoff

Conheci a mãe Bárbara em um curso de Yoga. Conversando e trocando figurinhas sobre maternidade e “otras cositas”, Bárbara me contou que consegue fazer seus filhos comerem produtos integrais, receitas exóticas e comidas extremamente saudáveis. Mãe de dois filhos, um de 6 e um de 10 anos, ela desconfia, assim como eu, que a partir de uma certa idade as crianças não achem “cool” gostar de certos alimentos, como a bendita abobrinha – ou seja, eles entram no rótulo careta e chato – e que, por isso, por mais que sejam feitos com muito amor e carinho, só de escutar o nome, a maioria das crianças diz: “Eca!” BOLINHO DE ABOBRINHA + QUINUA + PARMESÃO 1 copo e meio de quinua orgânica já cozida como cozinhar sua quinua: 1 copo e meio de quinua para 3 de água. Cozinha em fogo baixo, com uma colher de chá de sal, até secar a água 1 copo e meio de queijo parmesão orgânico ralado 1 abobrinha orgânica ralada 1 ovo orgânico sal + pimenta + coentro a gosto Misture tudo e ponha nas forminhas de cupcake, untadas com manteiga. Leve ao forno pré-aquecido por cerca de 15 minutos ou até dourar em cima.

A ideia da Bárbara foi: A Semana da Abobrinha. Ela fez várias receitas, cada dia uma, todas com o legume. A dica: “Temos que enganá-los um pouquinho e sem culpa, porque estamos fazendo um bem danado pros pequenos.” Outra constatação importante da Bárbara foi a apresentação do prato – ela diz sempre fazer carinhas, pratos ‘gourmets’ coloridos, inventar com o que tem, sem frescura, e dá certo! O olhar e o paladar apurados e críticos das crianças não aceitam abobrinha, chuchu ou qualquer legume feito unicamente (e simplesmente) no sal e azeite. A Bárbara, que ataca de artista plástica, chefe de cozinha, jornalista, yoguini e muito mais, tem uma coluna chamada Receitas da mãe Bárbara no site www.jardinsdainfancia.com.br, que oferece dicas e achados do bairro dos Jardins em São Paulo. Esposa do cantor (que eu adoro!) Max de Castro, suas receitas no site são acompanhadas de playlists que Max seleciona com rigor e, enquanto você cozinha olhando a receita no site, pode ir escutando um sonzinho da melhor qualidade. Ela me passou uma receita de um bolinho de abobrinha que o filho (que diz não gostar de abobrinha) ama de paixão e nem desconfia que abobrinha seja um dos ingredientes. Outro ingrediente é a quinua, que é supernutritiva.

Você pode acompanhar as receitas incríveis como queijo de castanhas, inhoque de moranga japonesa e outras pelo site ou também segui-la no Instagram: @receitasdamaebarbara

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Tenho visto em muitos lugares uma moda incrível: decoração feita principalmente com almofadas. Coloridas e aconchegantes, elas mudam bastante o visual dos ambientes. Na Vogue Teen, onde sempre encontro novidades de decoração para quartos de adolescentes (eles possuem uma coluna na internet sobre o tema), encontrei várias referências de almofadas legais. Existe um site especializado em almofadas para adolescentes com muito bom gosto e valores razoáveis com entrega para o Brasil: HYPERLINK “http://www.pbteen.com/” www.pbteen.com

Quem é fã do NxZero? Mas fã mesmo, que conhece a primeira formação da banda? O primeiro vocalista, Yuri Nishida, que também assumiu o microfone das bandas Glória, Granada e atualmente está na Vowe (indicada ao Grammy Latino na categoria melhor disco de rock), curiosamente “largou” as bandas justamente nos momentos em que elas estavam ganhando espaço na mídia. Agora, com mais idade, mais maduro inclusive musicalmente, Yuri acaba de lançar seu projeto solo com o single “Seja”, em paralelo à banda Vowe. No HYPERLINK “https://www. facebook.com/YuriNishidaOficial” www.facebook.com/ YuriNishidaOficial você pode descobrir novidades e baixar o som.

Texto | Gabriela Ostronoff

Muitas Dicas, Cores e Sabores!

Falando em música, você já deve ter baixado seu aplicativo da Rádio Ibiza, não é? Se ainda não baixou, está perdendo... Ele tem várias playlists para vários momentos do dia, como a hora da academia, um jazz ao acordar, músicas para picnic, uma seleção de músicas para ouvir na praia e muitas outras! Só música bacana para curtir sozinho ou plugar na caixa de som e curtir com os amigos. Baixa lá: HYPERLINK “http://www.radioibiza.com.br/” www.radioibiza.com.br . Você também pode segui-los no Instagram e ficar por dentro das novidades.

Seguindo a onda da geração saúde, o astro de ICarly Reed Alexander estreou um blog bem legal com receitas saudáveis, no HYPERLINK “http://www.kewlbites.com/”www.kewlbites.com. Além do blog, ele também lançou um livro com 100 receitas nutritivas e deliciosas de pratos caseiros. Elas são fáceis e divertidas de fazer em casa para a família ou com os amigos.

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COMPORTAMENTO ∆

A infelicidade da Geração Y Gente boa, narcisistas e ansiosos, quem são eles? Texto | Natália Charbel

Há algumas semanas o assunto está em voga, isso depois de um supercomentado texto escrito no Huffington Post que explica os porquês da geração Y (pessoas nascidas mais ou menos entre 1980 e 2000) ser infeliz. Não é a primeira vez que a geração é a mira de grandes artigos. No primeiro semestre, ela foi o assunto de uma matéria na Time que, sem passar a mão na cabeça (coisa com a qual essa geração está acostumada), a descreveu como “Geração Me, Me, Me”, chamou-os de ansiosos, preguiçosos, alienados, narcisistas, e, ah, “gente boa” (fica a dúvida se isso é bom). Para entendermos melhor, a psicóloga Anita Reiko explica: “Formada em um período de avanços tecnológicos, financeiros e de estabilidade econômica, suas famílias são melhor estruturadas, e em geral tiveram seus filhos planejados, mas os pais são superdedicados ao mercado de trabalho. As crises começam aí, pois esses pais, com pouco tempo disponível para a família, querem suprir essa falta com superproteção, excesso de zelo e pouca disciplina, sempre os superestimando, fazendo-os acreditar que de alguma maneira são especiais e melhores que os outros. Com pais permissivos e com dificuldade de dizer não, essa geração desenvolveu uma baixa tolerância à frustração, aversão a regras e limites, entre outros problemas comportamentais”. Aqui surgem pessoas muito propensas à infelicidade, com expectativas irreais e resistência absurda a retornos negativos; querem muito se esforçando quase nada e só aceitam elogios. “É a geração do mínimo esforço, pois estão acostumados a receber e receber”, define Anita.

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Outro ponto importante: estamos falando de narcisos em potencial, que necessitam de autoexposição. Os nascidos nesse período foram mais do que nunca expostos a uma cultura de supervalorização da autoestima. De personalidade essencialmente egocêntrica, reafirmada pela criação, acham-se merecedores das coisas mais incríveis, sem que precisem se esforçar. Vivem esperando que o mundo os reconheça como figuras excepcionais, daí vêm a alienação e a falta de interesse (e respeito) por opiniões que o contrariem. A geração Y é digital e tem sua vida baseada na ótica formatada e perfeita das redes sociais. A conta é simples, some a valorização do eu a tecnologias que estimulam a autoexposição, e o resultado são pessoas que acreditam que suas vidas são reality shows, se expõem e querem reconhecimento (e aceitação) de todos, afinal, sem vários likes tudo perde o sentido. “As crises aumentam quando esse indivíduo tem que enfrentar o mundo, principalmente no momento de ingressar no mercado de trabalho e se deparar com as dificuldades. Primeiro porque ele espera que o emprego venha até ele (acredita que não deve se preocupar, pois sendo ‘tão especial’ o mercado de trabalho vai disputá-lo), e quando isso não acontece, percebe que precisa se mexer, descobre que nem sempre conseguirá o emprego que considera adequado às suas grandes expectativas, e, por fim, quando se insere, depara-se com um emaranhado de regras e hierarquias nunca antes conhecidas. Com isso sua imagem de mundo ideal cai por terra, todas as frustrações não antes vivenciadas são experimentadas em um curto período de tempo, e isso, além de causar um sentimento arrebatador de menos valia, causa decepção em alto nível, ocasionando profunda insatisfação com o mundo, com seus familiares e consigo mesmo, pois sente-se injustiçado e enganado”, alerta Anita. E o pior, o mesmo indivíduo que se frustrou no mundo real ainda espia a vida “perfeita” do vizinho nas redes sociais; isso não poderia dar em outra soma senão frustração, recalque e infelicidade. É preciso aprender a lidar com perdas, com o não, e saber que o mundo não os deseja tão ardentemente. Isso pode começar em casa com os mais novos, e será uma lição e tanto para aqueles que já foram jogados aos ‘leões’. “Superar uma frustração nos dá uma satisfação tão grande que a partir daí é possível ganhar impulso para novas e boas ideias. Somando-se isso a toda a tecnologia existente, certamente essa geração pode realizar grandes feitos, sempre de maneira inovadora, pois tem acesso rápido e fácil a informações”. Para finalizar, a psicóloga diz: “Sonhar alto é permitindo, contanto que tenha consciência de que para chegar onde deseja é preciso subir um degrau de cada vez, com esforço e determinação”. ∆

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EDITORA CONVIDADA ∆

Marina Buainain

Prazer em ler

Texto | Júlia de Miranda Fotos | Lucas Possiede

Marina Buainain vive um caso de amor com os livros desde pequena. Quando criança, sentava com sua madrinha que a ensinava a ler nas escritas dos livros da Agatha Cristhie e já ficava fascinada com o mundo das letrinhas. Depois, aos 13 anos, ganhou do pai em um ‘amigo secreto’ seu primeiro livro da Nora Roberts, e de lá pra cá já leu mais de 60 livros da escritora. 94 | NOVEMBRO 2013

Afirma que quando lê se desliga do mundo, e não se importa de ouvir frequentemente dos amigos que “troca qualquer balada por um livro novo”. De uma família que também ama a leitura, a campo-grandense hoje formada em Relações Internacionais e morando em São Paulo há 6 anos tem carinho especial pelos gêneros épicos, fantasia e um pouco de sobrenatural (adora ir a videntes). Marina é daquelas que gosta de reler livros, gosta do objeto físico, folhear as páginas. “Gosto tanto que acabo sendo muito ciumenta com eles, por isso não empresto nenhum”. Como uma boa leitora, acaba lendo quase tudo, porém diz não morrer de amores por biografias e não ter a menor paciência para autoajuda. Aos 11 anos leu seu primeiro Harry Potter e viciou. Quando foi lançado o último da série, anos mais tarde, ela leu as 600 páginas quase em um dia. Depois de tudo isso, dispensamos demais comentários e deixamos o posto de Editora Convidada deste mês para ela, que dá dicas bem legais para quem quer ficar por dentro do universo literário. Boa leitura.


Projeto Gutenberg O Project Gutenberg é um site que disponibiliza mais de 40.000 livros para download gratuito. São tantos livros que fica difícil escolher! Para ajudar eles fazem rankings com os livros mais populares. A classificação é feita pela quantidade de downloads que cada livro teve no último dia, na última semana ou no último mês. Alguns clássicos nunca saem da lista dos 100 mais populares, como é o caso de “Orgulho e Preconceito”, “Alice no País das Maravilhas”, “O Príncipe”, “O Morro dos Ventos Uivantes”, e alguns outros. O site do Project Gutenberg é o http://www.gutenberg.org/

Continuação de O Iluminado O Iluminado é um clássico do mestre do terror Stephen King. Sua versão para o cinema com Jack Nicholson no papel principal e Stanley Kubrick como diretor popularizou uma das histórias mais assustadoras que já li. O que muita gente ainda não sabe é que, em setembro, Stephen King lançou a continuação de O Iluminado. Doctor Sleep segue contando a história da família Torrence, só que dessa vez, Dan é o personagem principal. O livro ainda não foi traduzido para o português, mas já está à venda na versão original. Que vai ser ótimo ninguém duvida, o que andam se perguntando é se haverá uma continuação também nos cinemas, já que o autor detestou a versão de Kubrick para o seu O Iluminado.

Blogs e sites Para tentar ficar por dentro do que está acontecendo no universo dos livros, os blogs são uma boa ferramenta. São tantos que não dá tempo de acompanhar todos, mas alguns que eu gosto são o The Book Wheel, que tem reviews e dicas legais, o Estante Virtual, que além do conteúdo, tem uma loja virtual supercompleta, o Overweight Bookshelf, com um layout lindo e reviews interessantes de livros mais femininos e românticos, e o A Leitora, em que uma viciada em livros dá sua opinião mais informal. E para quem ama os clássicos, o blog Vintage Novels é imperdível, as resenhas da autora são completas e bem escritas e ajudam na hora de escolher o próximo livro.

Livraria Cultura – São Paulo A Livraria Cultura do Conjunto Nacional é um dos meus lugares preferidos em São Paulo! Para quem ama livros, cinema e música lá é o lugar para ficar horas e horas passeando. Além de um acervo enorme, a Cultura oferece cursos, leituras, noites de autógrafo, apresentações e espaços voltados para a discussão de obras. Vale a pena acompanhar o site, pois os eventos acontecem praticamente todos os dias.

NOVEMBRO 2013 | 95


Um canto doce pede passagem Texto | Júlia de Miranda Fotos | Mariana Caldas de Oliveira

A campo-grandense Thamires Tannous lança seu primeiro disco em Campo Grande, um trabalho inédito composto em parceria com letristas como Luiz Tatit, Kleber Albuquerque e Estrela Leminski, misturando elementos da cultura árabe e os mais diversos ritmos brasileiros.

Ela é bonita e jovem. Uma cantora dedicada que diz que a música esteve presente em sua vida desde cedo. Admira e se inspira em artistas do calibre de Ceumar, Jeff Buckley, Badi Assad, Ná Ozzetti e Cheb Mami. O novo nome que vem com tudo para se destacar no cenário musical brasileiro é o da campo-grandense Thamires Tannous, que lança seu primeiro disco aqui, na cidade, no próximo mês. Com apenas dois anos de idade, já roubava a cena em casa cantando com uma vassoura na mão. Pouco tempo depois, começou a estudar violino e musicalização. Fez parte da Orquestra Jovem do Mato Grosso do Sul e também da Orquestra Clássica; em paralelo a isso começou a cantar e daí não parou mais. Em 2005 mudou-se para São Paulo para terminar os estudos no colégio, e engatou a faculdade de publicidade e propaganda. Somente em 2011, aconselhada por pessoas do meio musical (e depois de um mochilão pela Europa que a fez refletir bastante sobre seu futuro profissional) decidiu se dedicar somente à música, ingressando na tradicional faculdade Souza Lima & Berklee para se aperfeiçoar. Cita com muito carinho o produtor musical Ruriá Duprat (vencedor do Grammy Americano), que a incentivou a ir atrás dos seus reais sonhos.

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CULTURA ∆

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Mais madura e inspirada, decidiu que já estava na hora de ter um trabalho mais concreto. Foi então que surgiu a ideia de lançar um disco. A produção começou em agosto de 2012 com Dante Ozzetti. “Foi ele quem criou a concepção musical e de arranjos. Comecei a compor as músicas do zero, em cima de um conceito que decidimos seguir: a mistura da música árabe com a música brasileira”, conta a cantora, que tem ascendência dos dois lados da família e achou muito importante trazer essa influência para o seu trabalho.

O disco de estreia “Canto para Aldebarã” possui onze faixas, nove delas compostas por Thamires (que prefere compor melodias) em parceria com letristas (Luiz Tatit, Kleber Albuquerque, Estrela Leminski e Tiago Torres da Silva). “Eu comecei a compor em cima de ritmos árabes que fomos descobrindo, e a cada melodia pronta, convidávamos um letrista para compor a parceria. No final, foram 16 músicas prontas, mas apenas nove entraram para o disco. Existe outra faixa que é de autoria do Dante com o Kléber Albuquerque, inédita. E fiz uma releitura da música Terra de Sonhos, do Almir Sater e do Renato Teixeira”. Este mês ainda estará disponível na página da artista no Facebook o disco para baixar gratuitamente, e vai sair também o primeiro videoclipe. Em meio às canções que abordam temas como o amor, natureza e cotidiano, a voz delicada e marcante de Thamires mostra um talento raro, cheio de sensibilidade e identidade própria. O lançamento do seu trabalho acontece em primeira mão aqui na cidade no dia 18 de dezembro, às 20h30, no Palácio Popular da Cultura, e contará com uma turma de músicos de primeira, os mesmos que participaram da gravação vão estar no show. O evento será beneficente e terá sua verba revertida para a Associação Pestalozzi de Campo Grande. Munida de uma bagagem sonora rica e disposta a construir o seu caminho, é bem difícil que tanto empenho não dê bons frutos. Uma nova e boa aposta para o cenário da nova geração de cantoras nacionais. ∆

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Para ouvir: “Canto para Aldebarã”, disco de estreia da cantora Thamires Tannous. Fique de olho: Para saber das novidades fique de olho na página da cantora nas redes sociais: facebook.com/thamirestannous. Vai lá: Lançamento do álbum “Canto para Aldebarã” – 18 de dezembro, às 20h30, no Palácio Popular da Cultura (localizado no Parque dos Poderes).



CULTURA ∆

A arte de várias partes do Brasil invade o MARCO

Texto | Thais Pompêo Foto | Divulgação

Priscilla Pessoa: a intervenção, feita com giz, propõe às pessoas que estiverem na sala uma projeção ao ano de 2113.

Humberto Espíndola, Lucia Barbosa, Ilton Silva e Miska são alguns nomes que já tiveram suas obras expostas no Salão de Arte de MS. Na primeira edição da mostra, em 1982, os então novatos Jonir Figueiredo e Luiz Xavier dividiram a premiação. Desde o início, revelar jovens e promissores artistas sempre foi uma das funções mais notáveis do Salão. Se lá atrás selecionou nomes que até hoje permeiam o imaginário sul-mato-grossense, hoje tem papel importante ao dar destaque para novos olhares e poéticas, como: Thiago Fontoura, Evandro Batista Prado e Priscilla Pessoa – esta premiada em dois anos consecutivos e a única sul-mato-grossense entre os sete finalistas da edição 2013. Há cinco anos, o Salão de Arte deixou de ser regional para receber obras de todo o país. Com uma das melhores premiações em dinheiro da cena (R$ 6 mil para os sete premiados e R$ 1 mil para 13 selecionados), a mostra tem atraído cada vez mais artistas. Este ano teve 135 inscrições vindas de 15 regiões. Galvão Pretto, artista plástico e um dos organizadores, explica: “Com a abertura buscamos puxar para cima a qualidade, mostrar que o artista deve estar dialogando com outras propostas, e não ficar fechado no seu mundinho. Isso porque

os artistas daqui têm qualidade técnica e artística – tanto que todo ano temos premiado artistas sul-mato-grossenses – para brigar de igual para igual com os de qualquer outra região”. É isso o que prova Priscilla Pessoa. Produzindo desde 1999, ela diz que nos últimos dois anos seu trabalho ganhou maturidade, tanto que nesse período, também foi selecionada para os Salões de Arte de Fortaleza, Anápoles e Belo Horizonte. “Meu assunto sempre foi intimidade, trabalhava de forma bem objetiva o corpo, a nudez... Agora, eu penso em outras maneiras de falar sobre isso, maneiras menos óbvias, algo muito mais amplo. Consegui outros vieses com a produção contemporânea, por isso consegui me inserir”, diz Priscilla, analisando sua caminhada. Priscilla divide a premiação com outros seis artistas: Diego de Sousa Santos (CE), Francisco José Franco dos Santos (PR), Giovanni Ferreira de Souza (RS), José Carlos Suci Junior (SP), Marcos Muniz da Silva (SP) e Sidnei Carlos do Amaral (SP). Entre os 13 selecionados que também entraram no Salão, Jonir Figueiredo e Oswaldo Guimarães Barbosa representando o MS.

Salão de Arte de MS: de 5 de novembro a 21 de fevereiro de 2014, no MARCO. 100 | NOVEMBRO 2013



AGENDA ∆

CAMPO GRANDE CINEMA 11 a 14 de novembro Cine MIS – Mostra Mato Grosso do Sul da Imagem e do Som O MIS traz para o mês de novembro 16 curtas-metragens sobre Mato Grosso do Sul, que foram produzidos por cineastas do MS, como “Caramujo Flor” do Joel Pizzini, “Paralelo” do Alexandre Basso e “Ela Veio Me Ver”, de Essi Rafael. A mostra tem como objetivo comemorar a divisão do Estado. No Memorial da Cultura e Cidadania. Às 19h. 12, 19 e 26 de novembro CineSesc – Comédia Romântica Deixando um pouco de lado a comédia romântica americana, o CineSesc desse mês se aproxima do humor francês e exibe os filmes Esses Amores, Românticos Anônimos e Como Arrasar um Coração. Na sala de vídeo do Sesc Horto. Às 19h30. 20 de novembro Cultura em Situação – Clube do Cineclube Cineclube cinema e utopia apresenta e discute o filme Nossa Música, do francês Jean-Luc Godard. O longa é dividido em três partes: Inferno, Purgatório e Paraíso, conduzindo o telespectador ao três lugares com uma perspectiva diferente. No Museu da Imagem e do Som. Às 20h. ARTES PLÁSTICAS 05 de novembro a 21 de fevereiro Abertura do Salão de Arte de MS 2013 Considerado a mostra mais importante das artes plásticas do Estado, com obras de artistas de diversas

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partes do país. Saiba mais na reportagem nas páginas de cultura. No MARCO. De domingo a domingo. MÚSICA 01 de novembro Halloween Rockers Na festa de Halloween do Rockers tocam as bandas de reggae Rockers Inna Woman Style (RIWS) e Xaras Gabriel e Magno Abreu ft. Rockers Sound System. A festa, que será à fantasia, tem como proposta representar as crenças nacionais. No Rockers Bar. A partir das 23h. 14 de novembro MMF Kaskade Considerado o número um dos Estados Unidos, Kaskade toca em Campo Grande e é a principal atração do Move Music Festival. O DJ, que já trabalhou com estrelas como Lady Gaga, Lana Del Rey e Beyoncé, é conhecido por ter um som progressivo com pegadas electrohouse. No Parque do Peão. A partir das 22h. 16 de novembro Brothers Of Brazil A banda dos irmãos João e Supla Suplicy trazem para Campo Grande sua pegada gringa abrasileirada em um único show. No Hargar Live Music. A partir das 22h. 23 de novembro Diogo Nogueira Cantando canções do seu novo disco “Mais Amor”, Diogo Nogueira chega à cidade com sua ginga típica do carioca gente boa. A abertura fica por conta da banda Dombraz. No Ondara Palace Buffet. Às 23h.

26 de novembro Show de lançamento do CD da banda Gobstopper A banda de MS conhecida por se autodenominar “chocorrock”, pelas melodias doces e sarcásticas, lança esse mês um CD que promete levar a banda às alturas. Com músicas compostas pelos três integrantes, o álbum terá 12 canções inspiradas em experiências pessoais. No Teatro Prosa. Às 20h. TEATRO 2 e 3 de novembro Escravas do Amor A peça de comédia de Nelson Rodrigues é ambientada nos anos 40 e narra a misteriosa morte de um rapaz no momento em que pede a mão da mulher amada em casamento. O espetáculo faz parte da companhia Fodidos Privilegiados do Rio e tem como parte do elenco o ator global Sérgio Marone. No Teatro Prosa do Sesc Horto, às 20h 12 de novembro Sesc Palco Giratório – Amor Confesso A peça do Rio de Janeiro traz Claudia Ventura e Alexandre Dantas em um dilema. Os dois decidem se casar e para declararem seu amor resolvem criar uma peça com os contos de Arthur Azevedo. Mas durante os ensaios descobrem que a maioria das histórias não tem um final feliz. Agora eles estão no palco, horas antes da cerimônia, dividindo com o público a dúvida de casar ou não. No Teatro Prosa, Sesc Horto às 20h.



CADERNO DE VIAGEM ∆

Carmel-by-the-sea

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Esta simpática cidadezinha do norte da Califórnia, no condado de Monterey, continua linda e encantando a todos os que chegam até ela. Mesmo que seja apenas de passagem, para os que viajam pela costa da Califórnia pela Highway 1. Texto | Regina Almeidinha Fotos | Regina e Lara Almeidinha

Mas Carmel merece ser incluída em seu roteiro para poder ser explorada tranquilamente, do nascer ao pôr do sol, por pelo menos dois dias inteiros, para que se possa usufruir de todo o charme e tranquilidade de suas ruas, pátios e becos, repletos de joalherias, cafés, antiquários e mais de 100 galerias de arte.

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A maior parte das boas lojas se concentra na San Carlos Street e na Ocean Avenue, onde está o centro comercial Carmel Plaza. Em toda essa região você vai encontrar irresistíveis lojinhas gourmets, como a Bountiful Basket, que possui mais de 100 variedades de azeites e vinagres do mundo e a The Cheese Shop, com itens deliciosos para piquenique e mais de 300 tipos de queijos.

Para não perder um dos grandes espetáculos da cidade, programe-se para caminhar até a praia ao fim do dia, para ver o sol se por, seguindo pela Scenic Drive que contorna a belíssima praia de Carmel, com lindas casas e areias brancas emolduradas pelos fantasmagóricos ciprestes com seus troncos retorcidos, característicos por aqui.

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Os restaurantes são outro ponto forte. Muitos adeptos da culinária com produtos essencialmente orgânicos e cardápios bem elaborados, para todos os gostos. Vale a pena conhecer La Bicyclette, Aubergine (do hotel L’Auberge Carmel), a Cantinetta Luca, o Hog’s Breath Inn (que ficou famoso inicialmente por seu ex proprietário, o ator Clint Eastwood, mas continua muito procurado pela qualidade da cozinha – foi uns dos melhores fetuccine ao pesto com legumes orgânicos que experimentei!), o Citronelle (afastado da cidade, no hotel Carmel Valley Ranch) e o grego Dametra Café (não achei a comida muito criteriosa, mas o show que os garçons apresentam a cada 30 minutos é divertido). É importante fazer reserva nos restaurantes e lembrar que a noite termina bem cedo – programe-se para jantar até no máximo as 20h, ou correrá o risco de não encontrar nada disponível.

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As opções para hosdedar-se são inúmeras. Vale citar o charmoso Mission Ranch Carmel, de propriedade de Clint Eastwood, um pouco afastado do centrinho, mas com uma linda vista, casas confortáveis e bem cuidadas para alugar. Outro que fica bem mais distante, mas muito bom, é o Carmel Valley Ranch. Se preferir ficar próximo ao centrinho, os melhores são o clássico L’Auberge Carmel (Relais & Chateaux), o Pine Inn (com bons preços), Cypress Inn (este é o famoso hotel da Doris Day, mas se você não gosta de animais, esqueça, até no restaurante os pets estão à mesa), e o econômico e charmosinho Normandy Inn (tem uma das melhores localizações).

Mesmo no verão, as noites e as manhãs em Carmel são bem frias, com nevoeiro até. Não se esqueça de trazer um casaco leve e sapatos confortáveis para as longas caminhadas, para que você possa aproveitar e descobrir o que encanta a todos e faz com que sempre se queira voltar para curtir um pouco mais o seu clima sofisticado e descontraído ao mesmo tempo, as lindas casas, as flores que conseguem deixar as ruas e suas construções mais aconchegantes. Saindo de carro de São Francisco, são apenas 150 km, após o Aquário de Monterey, você deverá seguir pela 17- Mile Drive, entrando pelo condomínio de Pebble Beach. Prepare-se para paisagens deslumbrantes desta estrada que te levará diretamente à Carmel-By-The-Sea, que a cada ano parece estar ainda melhor. ∆

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CONECTIVIDADE ∆ Não é a primeira vez que Carli Davidson fotografa animais. A americana, de Portland, trabalhou no parque zoológico de Oregon, e foi durante esse período que desenvolveu interesse específico na fotografia animal. O livro “Shake” contém retratos de 61 cães sacudindo baba e água do banho. As fotografias foram tiradas com uma câmera de alta velocidade e transformam simples animais de estimação em criaturas distorcidas que parecem saídas de um desenho animado. A ideia do projeto surgiu graças a Norbert, o cão de Carli. Segundo a fotógrafa, não raras vezes ela se vê na necessidade de limpar baba das paredes e tetos de sua casa. O livro “Shake” foi lançado mês passado.

Jorge Rodríguez-Gerada, artista cubano habituado a fazer retratos em grande escala no espaço público, acaba de inaugurar em Belfast, na Irlanda do Norte, um novo trabalho. “Wish” ocupa um terreno plano de 11 hectares à beira de um canal e, para ter noção do rosto que os padrões geométricos ajudam a desenhar, é preciso subir aos pontos mais altos da cidade ou sobrevoar com um helicóptero. De perto, tudo o que se vê são largas linhas paralelas em terra, interrompidas por dois espaços verdes (os olhos).

Morgan Herrin transforma restos de materiais de construção em incríveis obras de arte.

SE LIGA Por Wilame Morais

Olha só que legal essa criação de Robert Wechsler para o site The New Yorker! Ela foi encomendada para ilustrar uma reportagem sobre dinheiro. Ele conseguiu fazer coisas com moedas que toda a criança que gosta de desenho animado já sonhou: dobrou, juntou, grudou etc. O duríssimo vil metal parece de papelão nesta incrível série fotografada por Robert Wedemeyer.

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PERFIL ∆

Seus restaurantes são incríveis e levaram as palavras luxo e gastronomia a um novo patamar em Campo Grande. Mas Irajá Kogawa garante que não pretende parar por aqui. O dono de alguns dos restaurantes mais badalados da cidade está prestes a abrir mais um e isso é só outro começo.

Irajá Kogawa Texto | Ana Laura Azevedo Foto | Lucas Possiede

O publicitário Irajá Kogawa é proprietário do Jojô, da recém-aberta Piazza Forneria e de mais uma casa que abre em dezembro. Ele virou empresário da gastronomia após assumir um restaurante para o qual prestava assessoria. A casa estava falindo, mas ele comprou, deu a volta por cima e se apaixonou pelo negócio. Quem conhece Irajá, 30 anos, descobre um rapaz chique, simples e focado. Muito focado. Não é à toa que os seus restaurantes viraram pontos de referência – ele faz questão que tudo esteja sempre conforme o planejado.

o menu vai muito além da pizza. Os frios disponíveis para as entradas são superselecionados, incluindo queijos raros, e nada melhor para companhar isso do que uma vasta carta de champagnes. E se você pensa que isso é tudo, está enganado. Cada detalhe arquitetônico também foi idealizado, e a casa é a primeira edificação de Campo Grande com elementos vazados neste formato (inclusive foi mencionado em uma pesquisa sobre a arquitetura local!). Um espaço que prioriza o conforto para ser saboreado com a família, ou amigos.

A ousadia de abrir restaurantes incomuns está relacionada ao gosto pela inovação, reflexo do seu maior hobby: ser DJ. “Quem gosta de música eletrônica busca coisas externas, essa busca traz muita coisa além da própria música.” O primeiro passo foi abrir o Jojô Cozinha Contemporânea, em parceria com o estrelado chef Marcilio Galeano. Logo após se conhecerem, brotou a ideia de um restaurante para os paladares mais exigentes com uma qualidade extraordinária. Mesmo atendendo apenas jantares agendados, o restaurante é um sucesso. “A receptividade é alta porque o consumidor campograndense quer mais”, afirma Irajá.

O tema sempre muda, mas a alma de todas as suas casas é a mesma: para sentir. Um dos segredos ele divide conosco: “É importante atualizar o cardápio com frequência, o que exige pesquisa e ingredientes de ponta”, diz o empresário, que em dezembro abre as portas de mais um restaurante. A casa será especializada em carnes do mundo todo, serão cortes e raças diferentes, até mesmo carne vinda do Japão.

A recém inaugurada Piazza Forneria já era um sonho pessoal mais antigo: uma pizzaria com pegada gastronômica. O cardápio foi criado em parceria com o chef piauiense radicado em São Paulo, Edmundo Vieira, pizzaiolo dos artistas. Mas

O espírito empreendedor do jovem empresário garante que tem muito mais por vir. Mais restaurantes que tragam ao público novas experiências. Que delícia! ∆

“Faço negócios para as pessoas. Quanto mais pessoas a gente ajudar a se entreter, maior nosso retorno e satisfação no que fazemos”, conta Irajá.

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ZEN ∆

Sobrevivendo ao caos Texto | Natalia Charbel

Um pequeno guia (bem humorado) para ser usado em situações extremas! Quem nunca disse aos prantos a frase: “Não deveria ter levantado da cama hoje”? Nesses dias, é fácil maldizer a vida, com a certeza de que o universo está conspirando contra nós. Acredite, é bem difícil que o cosmo tenha decidido te perseguir – todo o “caos” pode ser resultado de combinações bem mais terrenas. Mas se você tem certeza da ligação astral, pense bem, quanto mais palavras cruéis disser, mais energia ruim vai atrair. Agora você deve estar pensando: “Muito fácil pedir para manter a calma, não é você que está passando por tudo isso...” Para tentar manter a serenidade nesses dias caóticos, fomos buscar ajuda – dicas científicas, espirituais, e outras apenas divertidas, afinal, nessas horas, rir pode ser um santo remédio.

mentar o mau humor”, assegura a monja budista Coen Sensei. Com fome, os níveis de serotonina flutuam e afetam lugares do cérebro que controlam a raiva. Outra dica: vá ao banheiro antes de sair de casa – a vontade de fazer xixi vai te irritar mais.

Como diz um provérbio tibetano: “Usar a raiva para resolver um problema é como pegar um carvão em brasa para jogar em outra pessoa”. Você atrai má vontade e corre o risco de escutar o que não quer. “Eu não tenho sangue da barata” não é desculpa, é falta de educação mesmo, be polite.

Esqueça-se das redes sociais. Ler pessoas citando frases de otimismo e atribuindo-as erroneamente à Clarice Lispector, não vai ajudar. E mais, tudo é programado para ser incrível e, segundo pesquisa da Universidade de Edimburgo, em dias assim, esse excesso de felicidade alheia atiça nossa face competitiva, o que eleva os níveis de estresse e a sensação de inferioridade. Melhor optar por um livro e ficar com Clarice no papel.

Analise as situações. Talvez você só tenha acordado tarde, e ficado preso no trânsito, dormiu tarde, bebeu além da conta... Avaliar é preciso, mesmo quando óbvio. Toda situação pode trazer algum aprendizado, aí vai de você, aprender ou apenas passar raiva. Enfrente o trânsito bem alimentado. Saiu de casa em um horário com trânsito, vá preparado. “Estômago vazio pode au-

A monja também aconselha a cantar, e alto. Para soltar a voz, nosso aparelho respiratório é exigido, e como consequência relaxamos mente e músculos. Funciona quase como um mantra.

Se nada deu certo, ore. Estudos comprovam que o ato diminui a raiva. Pesquisadores da Universidade Estadual de Ohio revelaram que pessoas que pararam para orar conseguiram mudar o olhar do cenário. E assim que puder, volte para casa, deite e durma, afinal, amanhã será outro dia. ∆

Dica de leitura: Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres - Clarice Lispector “...uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente....” Para cantar no carro: Apesar de você - Chico Buarque  Three little birds - Bob Marley  Girls just wanna have fun Cindy Lauper  Save A Prayer - Duran Duran  Have You Ever Seen The Rain? - Creedence Clearwater Revival

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ECONOMIA ∆

Texto | Marcelo Karmouche Administrador e Consultor de Investimentos

Financiamento o que devemos saber? Fazer um financiamento significa tomar crédito. Afinal, você compra algo hoje e assume o compromisso de pagar aos poucos, em parcelas, geralmente corrigidas por juros.

de R$ 1.560,00 no orçamento pessoal. Imagine que este mesmo trabalhador tenha gastos fixos mensais de R$ 4.000,00. A conta não fecharia neste caso!

Quando utilizado com responsabilidade, o crédito pode ser muito útil na realização de sonhos, principalmente na compra de bens de maior valor, pois usa-se o crédito ao financiar uma casa, um apartamento, um carro e até mesmo ao financiar a faculdade ou um curso de pós-graduação.

Veja só: • R$ 5.200 – R$ 4.000 = R$ 1.200,00

O importante, para que suas contas não saiam do controle, é ter consciência de quanto a parcela do financiamento irá representar no seu orçamento. O recomendado é evitar comprometer mais de 30% da sua renda líquida com dívidas. Sim! Quando você financia algo, está assumindo uma dívida, um compromisso que tem prazo para ser cumprido.

Além da conta não fechar, ele viveria uma situação financeira de muito aperto, pois não foram considerados aqui gastos extras como reformas, medicamentos e lazer, por exemplo.

Exemplo prático Suponha um trabalhador que tenha, mensalmente, a renda líquida de R$ 5.200,00. Caso ele queira financiar uma casa e um carro, pode chegar ao valor máximo de R$ 1.560,00 neste parcelamento. Este cálculo é apenas uma referência, pois muda muito de uma pessoa para outra. É preciso ver o impacto deste gasto

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Neste caso, ele teria disponível para pagar de financiamento o valor de R$ 1.200,00.

Faça o seu cálculo! Faça uma simulação antes de realizar um financiamento. Tenha uma planilha de orçamento que lhe possibilita saber exatamente quanto você ganha e para onde vai o seu dinheiro. Dessa forma, fica muito mais fácil tomar qualquer decisão financeira. Calcule tudo na ponta do lápis. Você pode, sim, realizar muitos sonhos, desde que se planeje para isso. Experimente! ∆



ARTIGO ∆ Texto | Elenara Baís, Personal e Professional Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching, Psicóloga, Consultora de Recursos Humanos do Instituto Vitória Humana

O que vejo?

O mês de novembro chega anunciando que o ano de 2013 se aproxima do seu final. Para muitos de nós o olhar transita intenso entre o que conseguimos fazer, o que não conseguimos, o que nos frustrou e o que desejamos alcançar após a pausa de final de ano que já se apresenta necessária. E o que vemos? Vemos o que queremos ver. Numa realidade que une múltiplos aspectos simultaneamente, nosso olhar busca exatamente o que se afiniza com nossas crenças. Ou seja, enxergamos o que acreditamos que é. E recebemos crenças e mais crenças prontas de nossa família desde o início de nossa formação e da sociedade que interage com nossa história. Construímos algumas crenças também com base em fatos que nos ocorreram de determinada forma, às vezes mais de uma vez. Pronto, passamos a tender a ver que as coisas acontecem desta ou daquela forma e que “são” assim ou assado. Haverá os que enxergam mais facilmente os tons sombrios, as frustrações e tudo o que não aconteceu ou que aconteceu diferente de sua expectativa. São os que enxergam o “copo meio vazio” ao invés de “meio cheio”, e frequentemente sentem-se impotentes diante da realidade; os ansiosos ou que deprimem mais facilmente acreditando que a realidade deveria ser de uma determinada forma, que não é. Haverá os otimistas de plantão que recolherão da realidade apenas os tons róseos e os repassarão descrevendo uma realidade diferente dos demais. Nesta turma haverá os desligados e os que se satisfazem com pouco, sem buscar novos desafios. Treinar o olhar para ver amplamente o maior número possível de tons e nuances da realidade ao nosso redor, incluindo

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as facetas menos desejáveis sem negligenciar a riqueza de tudo de bom que se recebe, é indício de maturidade e de capacidade de realização. Contudo, escolher guardar o que é de fato útil e construtivo é uma arte. Descartar sentimentos e memórias que não somarão para construir uma vida melhor requer um sábio e, por incrível que pareça, incomum desapego. Às vezes as pessoas permitem-se guardar dentro de si imagens de coisas que lhes aconteceram que, se fossem materiais certamente não cheirariam bem, feitas de elementos nocivos, tóxicas e decompostas. Cuidadosamente ou negligentemente guardadas, apenas porque aconteceram. Do que se vê da realidade fica em nós o que se escolhe guardar. E o que se escolhe guardar influencia nosso olhar no presente e no futuro compondo um ciclo que requer atenção para se perceber. Há pessoas que passam a vida comparando-se a quem lhes parece maior ou que tem coisas que gostaria de ter enxergando seu copo “meio vazio. Instala-se o nefasto sentimento de menor valia. Há os que olham para quem está em condições menos favoráveis e assim sentem-se mais importantes ou melhores. Instala-se a prepotência e a arrogância. Situar-se realisticamente, reconhecendo que há quem é ou está muito melhor do que eu em diversos aspectos, e ao mesmo tempo olhar para quem ainda não conquistou algo que já recebi, abre portas para sentimentos como humildade, reconhecimento e gratidão pelo que já se recebeu. Sentimentos absolutamente construtivos e que nos fortalecem para buscar mais e para compartilhar. Olhando para minha vida em 2013, o que vejo? ∆



ARTIGO ∆ Texto | Ariadne de Fátima Cantu da Silva, Procuradora de Justiça e Supervisora Geral da Assessoria de Comunicação do Ministério Público.

O PASSADO E O RESSENTIMENTO O passado é um lugar estranho. Tem gente que vive voltando porque deixou para trás coisas essenciais. Outros, porque não conseguem encontrar o essencial nas coisas do presente. O passado nos molda, forjando nossos defeitos, e é nossa a arte de fazer deles um aprimoramento. É neste dilema dilacerante que nos acorrentamos às vezes pelas dores vividas no passado. Crescer é um processo lento e de perdas, muitas vezes de coisas essenciais. O tempo, vilão amigo, nos apazigua o espírito das dores que não conseguimos curar, e torna-se voraz inimigo quando não conseguimos transpor uma mágoa, por isso nos ressentimos. Ressentir-se por algo, é sentir novamente. Um coração ressentido, não é em verdade um coração magoado, mas um coração que vai sentir de novo, e de novo, a mesma dor, e assim continuar enfermo. Fascinados pelo tempo, esquecemos dos processos de cura por que temos de passar para nos libertarmos do passado e viver sem ressentimentos. Assim, não importa o que a vida fez conosco, mas sim, o que fizemos com o que a vida fez conosco. Pois é no agora que vivemos. É no hoje que estamos. Não se ressinta... Não re-sinta... Não sinta de novo o que ficou preso no passado. O passado simplesmente PA-S-S-O-U. E nesse passo de passar, já somos outros, e o outro já é o nosso abraço. Afinal, como diz o velhinho gaúcho Mario Quintana, “eles passarão, eu passarinho”. ∆

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MEMÓRIA ∆

Texto | Edson C. Contar Jornalista/escritor

AVIAÇÃO CIVIL EM CAMPO GRANDE A criação do Ministério da Aeronáutica ensejou o aparecimento do Aero Clube de Campo Grande, que teve no comandante da Base Aérea seu principal incentivador. No início dos anos 40, corria o País um forte movimento visando a formação de pilotos civis, por meio da Campanha Nacional de Aviação. Em 1941, formavam-se os primeiros pilotos em Campo Grande, instruídos por pilotos da Aeronáutica em avião cedido pela Base Aérea. Foram eles: Dr. Ari Coelho de Oliveira (mais tarde prefeito de Campo Grande), capitão Luiz da Rocha Guasque, tenente médico Geraldo Cesário Alvin, Antônio Roque Barcelos Ribeiro, Edgar Barbosa e Teluro Jobin Malet, que foram paraninfados por Assis Chateaubriand, contando a formatura com a presença do interventor federal no Estado, Dr. Julio Müller, e do ajudante de ordens do Ministro da Aeronáutica Dr. Salgado Filho. Até então, os jovens de Campo Grande tinham que se deslocar para o Rio de Janeiro para formar-se na Escola Técnica de Aeronáutica Civil. O primeiro desses jovens foi José Tibana, de tradicional família da cidade, ainda em 1939. Em 1942, o Aero Clube de Campo Grande recebeu a doação de um avião Fairchild, de treinamento avançado, ofertado pelo Fluminense Futebol Clube do Rio de Janeiro, como parte da Campanha Nacional de Aviação, que incentivava o desenvolvimento e melhoramento da aviação civil no País. Em poucos anos, muitos de nossos pilotos ingressavam nas companhias aéreas que aqui operavam, como a Condor, a Nacional, e a Real Aerovias. Em 1951, era criada a nossa primeira grande empresa regional de transportes aéreos, a Delta, que tinha como diretores João Zacarias de Carvalho Corrêa, Pedro Frederico Pache* (que viria, depois, a criar sua própria empresa), Antônio Roque Barcelos Ribeiro, Plínio Castro e Amaury Ramos Furquin Leite. Por muitos anos, seus elegantes Bonanzas cruzaram os céus do Estado e do País, levando a aviação civil de Campo Grande a tornar-se conhecida e respeitada em todos os rincões em aeronaves comandadas por Norman E. Hanson, Jamil Rodrigues Sales, Benedito Rodrigues Sales, Elenir Amaral, Arani de Moraes , Fábio Proença Pires, Paulo Dódero, Saul Barbosa, Ubirajara Roher, Erondi Fava Lenzi (Cachimbo), Novaes e outros. Depois, além da P. A. Pacheco, tivemos a empresa Hora, criada pelos comandantes Roberto Saad, Vicente Nasser e Arlin-

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do Dias Barbosa... Mais recentemente, a Branomat (oficina e táxi) criada por Braulio Thomé e Norman Edward Hanson, e a conhecida Quartin do comte. Henrique Leyria Quartin, ainda em operação. Outra empresa de táxi aéreo em Campo Grande pertenceu a João Cunha e Renê Neder. Dos mais antigos pilotos, um destaque deve ser dado para o comandante Carlinhos Pereira Batista que, apesar de graves acidentes em sua carreira, venceu as adversidades e até os dias de hoje permanece como um dos mais respeitados pilotos campo-grandenses... Voa há 54 anos e continua firme no comando de sua aeronave. Também, Waldir Pavão, João Marques, Hoover Pereira, Coronel Ulisses, Djalma Taveira, Gulherme, Salazar Ferreira, entre outros, escreveram nos céus do País o nome de nossa cidade, alguns deles ainda em atividade, como é o caso do comandante Lino Rondon, outro az de nossa aviação civil, voando há mais de quarenta anos, conhecedor de todas as rotas pantaneiras, fazenda por fazenda, corixo por corixo. Dentre os inúmeros pilotos campo-grandenses que se destacaram na aviação comercial, em companhias nacionais, lembramos os irmãos Ciro e Soter Araujo França (Cruzeiro do Sul), Helio de Castro Pinto (Vasp), Nelson Gonçalves “Chupeta” (Cruzeiro) e os fronteiriços irmãos Cardoso, cuja história é orgulho para nosso Estado: eram seis irmãos pilotos, sendo um militar – coronel Heitor – e os demais na aviação civil – Arlindo (Nacional Aerovias), Elpídio (Aerovias Brasil), Arsênio (Itaú, Condor, Cruzeiro, Aerovias), Ezaul (Real) e Aral (piloto civil autônomo) – fato que levou a aeronáutica brasileira a condecorar a senhora Aurora Cardoso, dando-lhe o honroso título de “mãe do aviador brasileiro”, mesmo sendo ela de nacionalidade paraguaia. Hoje, é comum em nossas viagens nacionais e internacionais encontrarmos comandantes sul-mato-grossenses nas mais diversas e famosas companhias aéreas do mundo, muitos deles descendentes de nossos “aviadores” dos bons – embora arriscados – tempos dos paulistinhas, bonanzas, wacos, fairchild e outras máquinas que embalaram os sonhos de nossos jovens voadores. Hoje, além da Quartin e Gensa, destaca-se também a Amapil, entre várias empresas de táxi aéreo que operam na cidade. O sonho que decolou nos anos quarenta, ainda sobrevoa nossa história. ∆



ZOOM

Na análise realizada na cidade percebi a forte presença de mídia visual nas ruas. Vendo o bom cuidado dos Outdoors, Busdoors e Front Light, fiquei muito interessado em realizar um planejamento que tivesse como ponto forte este tipo de mídia. Mas, ainda teria que decidir com qual empresa trabalhar. A decisão de trabalhar com a Zoom baseou-se no bom atendimento, profissionalismo e boa disposição de toda a equipe que desde o primeiro momento apreciaram e valorizaram tanto a agência como o cliente, outorgando ferramentas de fácil acesso para otimizar a seleção de pontos e satisfação do cliente.

OUTDOOR

BUSDOOR

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Nicolas Toriano Direção / Planejamento de Mídia da Demand Marketing

FRONTLIGHT


no mercado

OUTDOOR

OUTDOOR

Para divulgação da coleção de verão da MadreSanta, optei por outdoors colocados em pontos estratégicos da cidade, com imagem de campanha da Vix – marca de beachwear que faz o maior sucesso entre as mulheres antenadas, de bom gosto e que gostam de um biquíni de modelagem impecável e com estampas de tirar o fôlego. Caroline Comin Proprietária MadreSanta

“Outdoor sempre foi um meio essencial na mídia técnica da Sertão, e no aniversário de 34 anos da Rede não poderia deixar de compor a campanha, dando impacto, alta visibilidade e fazendo parte da rotina deste público na sua vida out of home. É mais que uma campanha, é uma mensagem de agradecimento à população que há mais de três décadas ajuda a construir essa história de sucesso. “ Jakson Hass Sócio Diretor da Criatrix - CEO da Redetrix Brasil

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GUIA DE ENDEREÇOS ∆

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Moda

Tube Surf 3313-1807

www.sapatoshoul.com

Track & Field 3326-2433

www.smartbag.com.br

Animale 3027-4386

Richard’s 3326-5982

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Anita Tênis 3041-7920

Renner 2106-9100

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Atlética Fitness e Praia 3042-1787

Schutz 3028-7726

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Colcci 3327-2599

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Armazém Fornari 3323-9600

Forum 3326-8488

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Luxo D’Casa 3042-0079

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Le Lis Blanc 3326-9220

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Movimento 3314-1049

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Maria Moça 3043-6619

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Ottica Capri 3354-2664

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Casa

Beleza



ACONTECEU ∆ Em um clima bem familiar, o casamento de Francisca Flávia Loureiro Costa e Renato Merli Oliveira Lima foi celebrado pelo Padre José Marinoni no Instituto Missionário São José. Após a cerimônia, os pais e os noivos receberam os convidados para um jantar no restaurante Lá no Jardim. A decoração, que deixou o espaço ainda mais charmoso e íntimo, ficou por conta de Cláudio Diniz. 1- A noiva e seu pai; 2- Mãe e avó da noiva (Carmen); 3- Pais do noivo; 4- O pai da noiva e sua esposa (Val); 5- Avós da noiva (Maria Giselda e José Maia); 6- Valeria Costa e Valeria Lopes ; 7- César e Rosana; 8- Felipe e Ana Paula; 9- Alexandre e Pricila; 10- Victor e Ana Carla; 11- José Fernando e Natália; 12- Daniel e Odete; 13- Francisco Fernando e Cristina ; 14- Paulo e Patricia; 15- Rodrigo e Andreia; 16- Chico Maia, Rosane, José Maia e Maria Giselda; 17- Nildes e Rutemberg; 18- Hiram e Daniella; 19- Miguel e Fernanda; 20- Alvadi e Edilene; 21- Pajens e daminhas.

Fotos | Eurides Aoki

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ACONTECEU ∆ Os pais Alfredo Zamlutti Neto e Luciana Banderia comemoraram o aniversário de quatro anos de sua filha Beatriz Zamlutti com festão no Yodety. A celebração, que aconteceu dia 5 de outubro, teve direito a muita magia com os personagens encantados da Disney, e nesse universo não poderiam faltar o Mickey e a Minnie, de seis metros de altura. Houve ainda a presença animada da dupla Patati e Patatá. A decoração foi da Pirô Produções by Ana Maria Wenzel, papelaria Papel de Madame by Lidia e personalização de Ana Virgínia Knauer. 1- Entrada com Mickey e Minnie de 6m de altura e portal da Disney; 2- Luciana Bandeira (mãe), a aniversariante Beatriz Zamlutti e Alfredo Zamlutti Neto (pai); 3- Beatriz Zanlutti com Mickey e Minnie recepcionando os convidados no castelo da Cinderela; 4- Avós paternos: Alfredo Zamlutti Jubior e Sônia Zamlutti ao lado da aniversariante; 5- Avó materna, Vanessa Bandeira; tia, Juliana Bandeira e a mãe, Luciana Bandeira; 6- Mesa principal com telão de led passando desfile da Disney; 7- Ponto alto da noite com show de 2 h cantando os maiores sucessos do Patati Patata.

Fotos | Eurides Aoki

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ACONTECEU ∆ No mês de outubro, a Acrissul comemorou sua parceria com a UCDB no projeto de Equoterapia que atende crianças especiais, sem nenhum custo. O projeto visa ajudar na memorização, concentração, disciplina, autoestima e desenvolvimento de crianças com patologias variadas. O centro de equoterapia Proequo/UCDB e Acrissul é coordenado pelas psicólogas professora mestra Camila Spengler Escobar e professora doutora Heloisa Bruna Grubites, e conta com o trabalho de estagiários de vários cursos da Universidade. O projeto já ajuda 40 crianças. O evento reuniu crianças e diretores. 1. Alunos da escola Juliano Varela; 2. Alunos; 3. Presidente da Acrissul, Sr. Francisco Maia, Prof Dra Heloisa e Prof Msc Camila; 4. Reitor da UCDB, Pe. Marinoni; 5. Prof Dra Heloisa; 6. Alunos; 7. Pe. Marinoni, Prof Dra Heloisa, Sr. Francisco Maia e esposa e Pró Reitora de Extensão Prof Dra Luciane Pinho de Almeida.

Fotos | Zé Roberto

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ACONTECEU ∆

Em outubro, a Temperlândia, empresa do grupo P R Jacinto, inaugurou sua mais nova unidade de distribuição de vidros para construção civil, decoração e movelaria. Com a nova loja, a empresa se fixa na cidade - local onde atua há mais de dez anos distribuindo vidros de qualidade e segurança. No coquetel de inauguração, clientes, fornecedores e amigos conheceram de perto a nova unidade e a equipe de trabalho. 1- Premium Cerimonial; 2- Equipe Vendas Temperlândia (Felipe, Claudio, Leandro, Ronildo, Romildo, Gregori, Martins; 3- Tania, Sileide, Nilce (Equipe Temperlândia); 4- Diretor e Diretora do Grupo P R Jacinto (Pedro Jacinto e Elizabete Jacinto, Gestores Jamil Jacinto e esposa Anilza, Eduardo Jacinto e esposa Fernanda Jacinto); 5- Diretores do Grupo P R Jacinto (Elizabete Jacinto, Pedro Jacinto, Jamil Jacinto, Eduardo Jacinto, Camille Jacinto; 6- Eduardo Jacinto e Odair Representante da Indústria Cebrace; 7- Edinaldo e Martins (Equipe Temperlândia); 8- Doralina, Damião e Bruna (Equipe Temperlândia); 9- Joicilene e Nadrielly (Equipe Temperlândia); 10- Eduardo Jacinto, Cleber e Marcio Representantes da Indústria Saint-Gobain; 11- Noradir, Eduardo Jacinto e Thiago (Equipe Temperlândia); 12- Thais, Nilce, Wellington e Bruna (Equipe Temperlândia); 13- Pedro Jacinto, Elizabete Jacinto, Camille Jacinto, Jamil Jacinto e Eduardo Jacinto; 14- Coquetel Inauguração Temperlândia; 15- Diretoria Grupo P R Jacinto.

Fotos | Lucas Possiede

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ACONTECEU ∆ A festa que comemorou a conclusão do empreendimento Grand Palais, no dia 24 de outubro, teve como marcas o glamour, a descontração e a alegria dos clientes e seus convidados. Construído pela Plaenge, o empreendimento é uma homenagem a um dos mais lindos museus da França – o Museu Grand Palais, edificado sob a influência da Escola de Belas Artes do século XIX. Com um conceito semelhante de beleza e imponência, o edifício se destaca pela exclusividade e valorização de detalhes. Seus moradores terão amplos espaços de festas, de jogos, gourmet, esporte, recreação, lazer e hall social – ambientes equipados e decorados com sofisticação e com o que há de mais moderno em decoração de interiores. A noite contou com a animação da banda Cluster Sisters, cerimonial de Patrícia Faracco, cobertura fotográfica de Marcos Vollkof, som e iluminação da ArtLuz e Valet Jefferson de Almeida. 1- Édison Holzmann, Ada Lima e Luiz Octávio Pinho; 2- Lais e Otávio Augusto de Lacerda; 3Lucimar e Geraldo Lima; 4- Madalena e Walter Duch e Carla Alves; 5- Carlos, Daiana, Ada e Marcos Lima; 6- Casal Paulo Fernandes e Angela e Vitor; 7-Cristiane e Lívio Leite Bernardes.

Fotos | Marcos Vollkof

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ACONTECEU ∆ Campo Grande está em um bom momento gastronômico, principalmente para quem aprecia comida italiana. O novo Ristorante Giro na Itália, aberto no início de outubro, tem no comando o chef Valmir Vieira, que estudou gastronomia e viveu 10 anos na Europa. Na iniciativa estão também Elder Assis e Valmir Cruz, que apostam em pratos elaborados com sabores inigualáveis para somar à cena da boa mesa de Campo Grande. Vai lá: Giro na Itália, Antônio Maria Coelho, 3210 de segunda a sábado, 19h - facebook.com/GironaItalia.

Fotos | Eliézer Bueno

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ACONTECEU ∆ No início de outubro aconteceu a reinauguração da loja Colcci no Shopping Campo Grande, sob comando da nova proprietária da marca em Campo Grande, Adriana Oliveira. Passaram pela festa blogueiras, amigas e clientes super especiais. Dia 15 de novembro, Adriana inaugura a segunda loja na cidade, dessa vez no Shopping Bosque dos Ipês. 1- fachada da loja; 2- Adriana Oliveira e Doga Victor; 3- Sebastião, Adriana e Durleide Oliveira; 4- Thais Silva e Viviane Feitosa; 5- Herte Britto, Maria Aparecida Gonçalves e Adriana Oliveira; 6- Viviane e Nilson Tobias;7- Sebastião Oliveira, Afrânio Gonçalves e Regina Barbosa.

Fotos | Lucas Possiede

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Pedro Maia em colaboração com Renata Alcoba pedromaiauybaa.tumblr.com

Sem título.

Sua foto ou ilustração pode estar aqui! Envie para redacao@revistaagente.com.br

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