Revista Alt

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downhill | quadrinhos italianos | lookalike

UMA REVISTA PLURAL LARULP ATSIVER AMU

Um dia de groupie

Distribuição gratuita - Venda Proibida

UMA REVISTA PLURAL LARULP ATSIVER AMU

Uma publicação de

SETEMBRO DE 2011 - nº 001

Verônica Stocchi se despe da timidez em seu primeiro ensaio sensual

Ao sabor do vento

Vimos Porto Alegre como ela deve ser vista: do alto de um ônibus conversível

O homem do Furo Alt coloca o ator e apresentador da MTV Bento Ribeiro contra a parede em entrevista nada politicamente correta




índice

30 16 22 8 18 Contra a parede – Bento Ribeiro - Página 8 Coluna – Duo LookaLike – Página 15 Radicalt – Down Hill – Página 16 Estilo s/A – Página 18 Coluna - juliana scchneider – Página 20

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Ensaio + Alt - Verônica Stocchi – Página 22 Especial – Do alto e avante – Página 30 Alt + Tab – Página 35 Coluna - fabio godoh – Página 36 Alt + Arte – Página 38



editorial

Veja as coisas de forma alternada O que significa ser plural? Definições à parte, dentro de uma empresa jornalística isso significa um desafio gigantesco. É um tanto difícil colocarmos em um punhado de papel diferentes pontos de vista, opiniões e ideias sem cair no tão temido lugar-comum. Mas desafios são sempre bem- vindos.

piegas e clichê? E quando menos esperávamos o nome surgiu. Alt de alternar; de mudar o modo de ver as coisas; de ampliar a mente; do alt + tab que se faz no teclado do computador quando se quer mudar de páginas, mas sem perder o que cada uma delas mostra.

A Alt se auto-define como uma revista plural. E ela realmente o é. E não pelo simples fato de ser interessante e abordar diversos temas de forma diferenciada, mas sim pelo fato de que ela já nasceu a partir desta concepção. Dentro das entranhas do jornal O Nacional (seu útero criativo) e fora dos muros da empresa, a revista Alt ganhou corpo e, agora, as suas mãos.

Entrevistas, ensaios fotográficos, matérias comportamentais, opinião e arte compõem as páginas que se seguem. Bento Ribeiro parou seu Furo MTV para nos atender; Verônica Stocchi abriu mão de sua timidez e mostrou um pouco de seus gostos para as lentes das câmeras. E por aí vai.

Jornalistas, publicitários, fotógrafos, designers, arquitetos, colunistas, DJs, roqueiros e toda uma sorte de seres pensantes colaboraram para esta primeira edição. Certo. Só, afinal, o que é a Alt?

A partir deste setembro, todos os seus meses serão cada vez mais plurais, pois todos somos diferentes uns dos outros, mas iguais em coisas extremamente pontuais. Essa é uma revista plural. E fez-se a Alt.

O conceito do nome surgiu em uma das inúmeras reuniões de pauta. Como apresentar o seu conceito plural, sem ser

Daniel Bittencourt – editor.

Múcio de Castro 1915

Diretor Presidente: Múcio de Castro Filho Diretor Executivo: Múcio de Castro Neto Editora-Chefe: Zulmara Colussi Conselho Editorial Múcio de Castro Filho Clarice Martins da Fonseca de Castro Milton Valdomiro Roos Antero Camisa Junior Dárcio Vieira Marques Paulo Sérgio Osório Valentina de Los Angeles Baigorria Múcio de Castro Neto MC- Rede Passo Fundo de Jornalismo Ltda Rua Silva Jardim, 325 A - Bairro Annes CEP 99010-240 – Caixa postal 651 Fone: (54) 3045-8300 - Passo Fundo RS www.onacional.com.br Fones Geral: (54) 3045.8300 Redação: (54) 3045.8328 Assinaturas: (54) 3045.8335 Classificados: (54) 3045.8333 Circulação: (54) 3045.8336

1981

Contatos Circulação: circulacao@onacional.com.br Comercial: comercial@onacional.com.br Redação: onacional@onacional.com.br Administrativo: adm@onacional.com.br Sucursal em Porto Alegre: GRUPO DE DIÁRIOS Rua Garibaldi, 659, conj. 102 – Porto Alegre-RS. Representante para Brasília: CENTRAL COMUNICAÇÃO. Representante para São Paulo e Rio de Janeiro: TRÁFEGO PUBLICIDADE E MARKETING LTDA Avenida Treze de Maio, sala 428 Rio de Janeiro – RJ. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, copiada, transcrita ou mesmo transmitida por meios eletrônicos ou gravações sem a referida citação de autoria.

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colabora!

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Editor: Daniel Bittencourt Diagramação: Pablo Tavares Projeto Gráfico: Diego Rigo – Two Think More Conteúdo: Marina de Campos, Juliana Scchneider, Pablo Lauxen, Pablo Tavares, Daniel Bittencourt. Comercial: Caroline Bittencourt – caroline@onacional.com.br Foto de capa: Divulgação/MTV Impressão: Passografic

Você tem o que dizer, mostrar, berrar ou soltar no ar? Mande um email para contato@revistaalt.com.br e numa dessas você aparece em nossa mais que seleta lista de colaboradores. A Revista Alt é uma publicação mensal com distribuição gratuita e tiragem de 2.5 mil exemplares.

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Colaboradores UMA REVISTA PLURAL LARULP ATSIVER AMU

Allan Sieber Fábio Vieira

Brasileiro, 30 e poucos anos. Formado em design e pós-graduado em publicidade. É designer gráfico, professor e fotógrafo. Tem por passatempo desmanchar as coisas.

Nasceu em Porto Alegre no ano de 1972. Já teve seus quadrinhos e cartuns impressos nas revistas Trip, Sexy e Piauí. Atualmente reside no Rio de Janeiro, onde mantém seu estúdio de animação, a Toscographics Desenhos Animados, e publica no jornal Folha de S. Paulo e na revista Playboy.

Manno Escobar

Hairstylist reconhecido internacionalmente. Diretor artísitco da Intercoiffure Brasil, realiza apresentações em cursos e workshops no Brasil e no mundo. Detentor do título de Chevalier de La Orde e de Personalidade do ano 2010 pela Intercoiffure Mondial.

Guilherme e Diego Carrão

Mais conhecidos como Duo LookaLike, os dois irmãos gêmeos são DJs residentes da Beehive, apaixonados pelo que fazem e aceitaram dar uma palhinha aqui na revista.

fabio godoh

Gustavo Leal

Mais conhecido como “o dadaísta do Bom Fim”, Fabio Godoh sobrevive em meio a ostensiva vagabundagem da Avenida Osvaldo Aranha, em Porto Alegre, escrevendo poemas marginais e perambulando pela Lancheria do Parque. Transa gonzojornalismo neoísta e poesia de retaguarda. Profeta em migalhas, cronista do absurdo, contista fragmentário, Fabio Godoh tem se dedicado ultimamente à pós-literatura, atuando principalmente na rádio Ipanema FM e em seu projeto estético-cultural denominado Chimia Geral: http://www.navevazia.com/chimia/

sonido

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foi fechada ao som de...

Lapalco - Brendan Benson (2002) Segundo álbum solo de Benson, mais famoso por fazer dupla com Jack White nos Raconteurs. Recomendadíssimo. Nota: 9,5

Tem 25 anos, é publicitário com sérias aspirações musicais. Guitarrista da banda Roudini e Os Impostores, o cara é fã de churrasco aos sábados e The Band.

Kicking Television: Live in Chicago Wilco (2005) O registro ao vivo oficial dos caras. No box limitado em vinil, vem com faixas bônus INDISPENSÁVEIS. Nota: 10

Moseley Shoals Ocean Colour Scene (1996) A obra-prima de um dos grandes representantes do britpop. Nota: 10 (se desse pra ser maior, seria)

De última (hora): “Por el Amor de una Mujer”, na interpretação do cantor/galã/canastrão Julio Iglesias. Nota: 9


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Ser filho do João Ubaldo Ribeiro te abriu muitas portas? Na verdade eu nunca pensei nisso. Eu não saía anunciando. As pessoas, às vezes, descobriam. Sempre fiz testes normais. Nunca... Nunca soube se isso influenciou alguém ou não. Senão eu teria começado mais cedo. Você saiu da Rede Globo para trabalhar na MTV. Como foi que rolou isso? Eu já estava fazendo teste com eles (MTV) antes da Globo. Aí, no meio dos pilotos, eu fiz teste para a novela (das 20h, onde contracenou com Claudia Ohana) e passei. Quando terminou a novela liguei para a MTV perguntando se eles ainda estavam interessados. Eles estavam e a gente começou. E não teve conflito. Eu saí de lá (Rede Globo) e retomei a parada com a MTV, tá entendendo? Sim. Em uma das edições do Furo MTV você falou uma frase do Russo, animador das antigas da Globo, que disse que se mataria se tivesse que sair da emissora. E você fez uma piada com isso. Então, vem cá: Tem vida após a Globo? Cara, na verdade eu não penso muito nessas coisas de emissora. Sei lá. É tudo a mesma coisa para mim. Eu acho tudo a mesma porcaria, a mesma droga. Comercial é tudo um saco. Seriado, essas paradas também. Eu só vejo filme, jogo videogame e assisto uns seriados que eu acabo comprando ou baixando mesmo. Eu sou mais filme, sabia? Acho maneiro tevê tipo Simpsons, Seinfeld... Uma coisa ou outra, mas eu não vejo tevê.

E depois eu vou ter que pagar de novo para assistir um filme que eu já paguei? Tem que pagar duas vezes para ver um filme que eu não queria que fosse feito, em primeiro lugar?

Então fazer tevê é um trabalho como outro qualquer? Não. Eu amo fazer o que eu faço, mas não tenho nenhuma fascinação pela televisão, ou... Caralho. Um sonho... E televisão no Brasil, pô? (hesita). Tudo bem, maneiro. Mas uma coisa legal é cinema, Hollywood, fazer uns filmes irados. Isso sim eu gosto. Você curte muito cinema e até umas paradas de terror, umas coisas meio Tarantinescas (Quentin Tarantino). Você tem algum projeto paralelo que siga na linha do cinema? Então, eu estou terminando uns roteiros aí. Também tem um cur-

ta que está sendo finalizado por um amigo meu. E estou finalizando uns roteiros para ver se eu consigo levantar algum ($) no final desse ano. Mas assim: não tem nada ainda de concreto para falar. Mas está rolando? É, ta rolando, né? Eu queria filmar, ou começar o processo de um filme até o final desse ano, entendeu? Mas depende de estar tudo mais ou menos pronto; precisa entrar em parceira com alguma produtora e tentar fazer alguma coisa maneira. E isso tudo nos bastidores, trabalhar por trás das câmeras ou você pretende atuar nesses filmes? Posso atuar futuramente, mas eu tenho mais tesão em bolar as coisas, de poder contar uma história. Porque, porra, o cinema nacional não me dá muito tesão. Como assim? Ah, eu já acho tudo errado no cinema nacional. Você paga para ver um filme que você já pagou. E para fazer essas porcarias desses filmes! Não existe um compromisso em fazer uma bilheteria, pois já está pago o filme, entendeu? Então, para que ter mais salas de cinemas se ninguém vai assistir a esses filmes, pô? E outra: porque não fazem filmes mais maneiros? Só querem fazer filmes para ganhar prêmios em Festival de Cannes, Gramado e não sei o quê. E não fazem filmes mais irados, para a molecada ver. Não criam ícones cinematográficos, franquias, cultura... E o cinema nacional não é universal. Ele é uma parada totalmente virada para cá. Tipo, não é uma história que qualquer nacionalidade vá entender - que é como a maioria dos filmes que você pega, onde tem uma história que qualquer um que assiste entende. A não ser os chineses. Sei lá... Mas até esses caras fazem filmes que a gente relaciona melhor com o público em geral do que nossos filmes. E quem é que decide qual roteiro será aprovado? E depois eu vou ter que pagar de novo para assistir um filme que eu já paguei? Tem que pagar duas vezes para ver um filme que eu não queria que fosse feito, em primeiro lugar? Te entendo. Até porque temos as leis de incentivo, que financiam o cinema daqui. Pois é. Parece que está tudo errado. A indústria está totalmente equivocada, entendeu? Desde as preparações corporais, que as pessoas apanham e são humilhadas... Você acha que a Angelina Jolie vai tomar um soco de alguém? Numa preparação de um filme? Isso não existe, cara. Só aqui. Palhaçada.


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Ontem e hoje:

Bento com Dani Calabresa na bancada do Furo MTV (1). Na infância, quando ainda era gordinho (2 e 3).

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3 E por que rola tudo isso? Tem uma saída para mudar? Olha, me parece que quem faz um filme real mesmo, tipo comercialmente viável como um Tropa de Elite, um Cidade de Deus, o cara faz um filme aqui e se manda. Nunca mais volta. Um vai filmar Robocop, outro vai filmar o que diabos seja, mas lá fora do país. Isso aqui é tipo um trampolim: você faz um filme foda para poder ir embora, sacou? Fazer esses filmes aqui, em Lei Rouanet ad infinitum, para que as mesmas pessoas que fazem os mesmos filmes continuem ganhando dinheiro? Fazendo mais porcaria que ninguém quer ver? Isso é irritante, sabe? Mas tomara que tenha uma saída. Precisava ter dinheiro de quem quisesse patrocinar, tipo Coca-Cola, marca de pizza. Todo mundo faz isso lá fora. Só que não tinha que ter dinheiro público para fazer filme. Pois é, e o dinheiro vai para o bolso do produtor. É. Como em todas as áreas do Brasil. De todas as coisas, esta é só mais uma que está errada. E como espectador eu gostaria de ver produções bacanas, mas não vejo. E eu não vou dar força para o cinema nacional. Não me interessa que nacionalidade é o filme. O que me interessa é o tema, que seja maneiro e que me chame a atenção. Não interessa se é grego, russo, inglês, polonês.

Bom, vamos voltar um pouco. Desculpa aí. Que é isso! Você apresenta o Furo MTV com a Dani Calabresa. O programa começou com quinze minutos semanais e agora virou um dos carros chefes da emissora. Como foi essa guinada? O Furo foi uma aposta da emissora. A gente não sabia se iria dar certo. Mas felizmente ele saltou de quinze minutos para meia hora diária. E um programa diário como o Furo é uma cultura tipo um Sitcom. Como se fosse um David Letterman. Não querendo comparar, mas tem essa ideia. E é importante o carisma em um programa diário, pois se as pessoas gostam e se acostumam com a presença daqueles dois ali, sempre dão uma olhadinha. E o pessoal gosta. Até porque se não gostasse o programa já teria acabado ou reduzido. Bento, quando foi que você percebeu que tinha uma veia humorística bem ácida? E como foi transpor isso para a televisão? Na verdade foi uma parada meio de consciência coletiva. Todo mundo da minha geração que começou a assistir por causa da tevê a cabo - aqueles sitcoms americanos,


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o pessoal foi se alimentando com isso. E a gente foi se perguntando: Porra, por que não existe isso aqui? E porque a gente não faz isso aqui? E todo mundo que gosta de humor começou a pensar porque que aqui isso é tão ruim, e lá parece tão mais legal e tão mais bem feito? Tanto que o boom do humor aconteceu mais ou menos na mesma hora para todos. E como é a produção do Furo MTV? Ele é tri escrachado. E por ser assim, rola algum veto da emissora quanto ao teor do programa? A gente sofria mais. Agora nós temos um pouco mais de autonomia. Mas a gente sofria veto toda hora. É que a equipe de produção do Furo, salvo dois ou três, teve uma rotação de galera incrível. Ele já teve uns quatro diretores, uns cinco ou seis produtores diferentes. Uns sete roteiristas já passaram por ali. E tem assuntos que a gente tem que segurar. Tipo: a emissora não quer certa coisa, mas daí a gente pergunta, por quê? E eles: “Ah, por isso, por isso e por isso”. E eu tentando e tentando. Ai eu cedia de um lado e eles de outro, mas a gente tem bastante liberdade. Só que alguns temas ou outros não podem, porque o programa é reprisado de manhã, aí aquilo que pode entrar de noite não pode na manhã. Mas o que não pode? Ah, a gente não pode, obviamente, falar nada de morte, de tragédia, ou falar coisas desagradáveis (sendo sarcástico). A gente tem uma polícia interna nossa. Não dá pra falar coisas que possam denegrir a imagem da emissora, de outra emissora (mais sarcástico ainda). Agora isso é bem menos. Antes era mais.

Eu amo fazer o que eu faço, mas não tenho nenhuma fascinação pela televisão, ou... (...) Mas uma coisa legal é cinema, Hollywood, fazer uns filmes irados.

Cara, você nunca pensou em fazer um stand up comedy? É. Eu estou querendo fazer. É uma das coisas que eu estou vendo se vou estrear aí. Eu estava pensando em começar lá com a Dani Calabresa, no grupo que eles fazem, só para sentir um pouco mais. E daí, de repente, no final desse ano, montar alguma coisa. É que eu tenho medo de fazer muito sucesso e por isso vou adiando (risos). Velho, você está com 30 anos. E na infância você foi uma criança bem gorda. O que você ainda carrega daquela fase? Colesterol, colesterol... Eu

carrego um nível de colesterol bem alto. Não, mentira. Eu tento me controlar um pouco. Me controlar não porque eu não como demais como antes. Eu acho que troquei o vício da comida pelo vício do cigarro. Mas às vezes eu dou uma engordada se começo a comer pra caralho. É que naquela época eu era mais ocioso e tinha tempo pra ficar comendo. Antes eu vivia para comer, agora eu não tenho mais essa neurose. Com meus 21, 22 anos meu peso estacionou. E agora, com 30, eu estou mais ou menos normal. Vem cá. Qual é o lado mais chato de ser famoso? Deixa eu pensar aqui (longa pausa). Não sei. Acho que ser abordado chatamente. Tem uma galera que me confunde com alguém do CQC. Aí o cara vem e pede para tirar uma foto comigo. E eu não sei com quem me confundem. Sei lá se o cara pensou que eu era o Danilo Gentili. E gente agarrando muito eu não gosto. As pessoas acham que eu sou meio chato e elas só querem falar algo para serem desagradáveis, entendeu? Elas não têm nada para falar. Nada! É tipo, me viu na rua e diz: “Você é bem mais alto do que na televisão, né?”, ou tipo: “Você não tem nada a ver. Você é bem diferente do que na tevê”. É um recalque em forma de elogio chato que ela acha que está fazendo, não sei. Só para ser mala... É para ser chato mesmo, Ao invés de vir e falar “olha, seu programa é uma merda”. Qualquer coisa é menos chata do que você querer dar uma mini alfinetada idiota a troco de nada. É que as pessoas te vêem fazendo essas bobagens na tevê e acham que você é brother dele, entende? E qual é o lado mais bacana de ser famoso? Eu vou te dizer que eu não me ligo muito nessas paradas. Eu acho que o lado bom é ganhar umas coisas de graça. Só que agora eu posso pagar por essas paradas, mas não mudou muita coisa na minha vida não. Eu vivo bem tranquilo. Eu nunca tive essas viagens tipo “Caralho! A fama, porra!”. Não. Eu sempre quis fazer coisas iradas, estar participando de produtos irados, de coisas maneiras. Isso sim. E se a fama vem em decorrência disso, e se as pessoas gostam disso, porra, que foda! Entendeu? Eu tenho que pegar fila como todo mundo. Seja no cinema, no restaurante. Eu ganho melhor, tenho emprego. E se eu fosse um porra nenhuma, provavelmente eu trabalharia em uma mina de carvão. Ser famoso? Eu não entro muito nessa viagem não. Isso eu deixo para a Narcisa Tamborindeguy. Bento, você não pode dormir sem saber que? Sem saber que... (pausa abusivamente longa) eu tenho um maço de cigarros para o dia seguinte. UMA REVISTA PLURAL LARULP ATSIVER AMU


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Duo LookaLike

Hoje vivemos um momento inedito na história da cena da música eletrônica. Você já reparou que a maioria esmagadora das pessoas frequentadoras de casas noturnas, se não conhecem música eletrônica, têm o seu primeiro contato com ela na própria noite? Isso sem contar com os festivais, que reúnem milhares pessoas hoje em dia, aqui no Brasil, e no mundo inteiro. Música eletrônica existe há mais de um século. E muito antes de animar casas noturnas, já era fruto da criatividade de músicos há décadas. Pra você entender melhor: Na década de 50, música eletrônica era um resultado de uma forçada evolução tecnológica devido a Segunda Guerra Mundial. Artistas dedicados a essa ideia utilizavam a capacidade de gravação em vinil para deformar os sons gravados através da variação da velocidade da leitura.

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Como você dança?

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ca utilizava-se os bons e velhos bolachões para discotecar. Hoje já existem inúmeras formas diferentes, que partem das CDJ’s (aparelhos de CD que simulam a função do Toca-Discos) até novos softwares de computador de discotecagem. Assim como a tecnologia evoluiu muito no meio da música eletrônica e nos recursos de quem trabalha com ela, também evoluiu o público que a consome. A música eletrônica representa atitude e comportamento voltado ao bem e a positividade. A felicidade e a simplicidade são os protagonistas principais nesse estilo de vida e em tudo que isso proporciona a quem o vive. Hoje em dia existem Festivais que aglomeram verdadeiras multidões para assistir e prestigiar shows de música eletrônica. O importante nesses eventos é fazer quem está ali pular, cantar, dançar, se divertir!

Avançando mais um pouco no tempo, na década de 70, a banda alemã Kraftwerk revolucionou o cenário eletrônico com as primeiras músicas dançantes e, utilizando sintetizadores, incorporavam sons eletrônicos ao rock. Já nos anos 80 a evolução continua na música Disco, marcada pelas bandas Depeche Mode e New Order, que foram incorporando uma linha parecida com o que ouvimos atualmente em clubs e eventos diversos.

Um bom exemplo desse comportamento é o Love Parade, que tem como um de seus objetivos uma manifestação saudável contra o preconceito racial, corrupção política e assuntos ligados. Nele cultiva-se toda a essência da simplicidade e da felicidade entre todos. Seu aliado? A música eletrônica. Acontece em várias cidades da Alemanha e reúne mais de 1 milhão de pessoas, literalmente, nas ruas. Os melhores DJ’s e Live’s do mundo, transitam em trios elétricos, todos se apresentando ao vivo.

Junto com esse novo movimento musical, surgem também novas tendências que vão desde o modo de se vestir, até a lugares a serem frequentados, assim como atitude e comportamento diferenciado. Um fator determinante para a propagação de mercado da música eletrônica veio das novas tecnologias que surgiram em um curtíssimo espaço de tempo. Nesses últimos 10 anos (considerados o ‘‘boom’’ da cena eletrônica no Brasil), o sujeito que decidisse seguir a carreira profissional de DJ teria que se comprometer com uma rotina de trabalho nada simples, já que naquela épo-

Moral da história: Sendo em clubs, festivais ou até mesmo na festinha particular com os seus amigos, o mais importante é levarmos sempre em conta que curtir música eletrônica, antes de tudo, é atitude. É se identificar com uma forma de pensar, defender o que acha certo respeitando sempre o próximo e suas opiniões. Esse é o real trabalho do DJ e de todos que trabalham com a música eletrônica e que vivem dela. Queremos que ela cresça saudavelmente, cada vez mais, para que possamos vivê-la sempre e intensamente.


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uem se jogaria cinco quilômetros morro abaixo (passando por curvas, raízes de árvores, pedras e rampas a 90km/h) por livre e espontânea vontade? A grande maioria das pessoas não faria isso, mas para um grupo de atletas de Passo Fundo a função é mais do que corriqueira. A “loucura” em questão é o Downhill, esporte que literalmente significa descida de morro só que com uma bicicleta. E os “loucos” que praticam esse esporte já possuem uma equipe montada há cinco anos e participam regularmente de campeonatos estaduais, nacionais e até de um mundial. Por: Fotos:

Pablo Lauxen Daniel Bittencourt

Ladeira

abaixo


O “paizinho”... ... É Leandro Bonfante. Ele é um dos caras que há mais tempo anda na cidade e também é um dos fundadores da equipe. Segundo suas explicações, para descer morro é necessário equipamento de proteção e uma bike especifica para a prática. Tornozeleira, joelheira, luvas, colete cervical e torácico, são os itens básicos de segurança. Já a bike deve estar equipada com um quadro que aguente grandes impactos, suspensões nas rodas traseira e dianteira, freio a disco hidráulico e pneus largos que confiram

maior aderência ao terreno. Quanto cu$ta Praticar Downhill no Brasil não é barato. Segundo Jorge Grigolo, as bicicletas no Brasil podem custar de R$3mil a R$20mil. Enquanto nos EUA o preço gira em torno de US$4mil. Para bancar as despesas com viagens e inscrições em torneios, o time se mantém por conta própria, sem patrocinadores e incentivo municipal. “O Downhill é uma forma de divulgarmos Passo Fundo para fora e mostrarmos que existem esportes diferentes por aqui”, explica Bonfante.

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A equipe passo-fundense é a “DH Lope”, trocadilho com a abreviação de Downhill. Formado por Leandro Bonfante, Jorge Grigolo, Fernando Giordani, Bruno e Julio Giordani, o grupo já participou de quatro campeonatos brasileiros e de um Mundial Master.

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Para descer A equipe treina todos os sábados no antigo teleférico do Parque da Roselândia. A procura pelo Downhill só tem aumentado e quem quiser participar basta possuir uma bike preparada e equipamentos de segurança. Depois é só ter coragem para enfrentar a ladeira. UMA REVISTA PLURAL LARULP ATSIVER AMU

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Confira no site inúmeras fotos e vídeo com os caras.

www.revistaalt.com.br

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Que bicho é esse?

Downhill é uma modalidade esportiva que descende do Mountain bike e consiste em descer um determinado percurso natural, misturado com elementos artificiais, no menor tempo possível. Para se ter uma noção, algumas bikes passam dos 95km/h.

E como ele surgiu?

Ele é uma modalidade do Mountain Bike (MB) nascida na Califórnia na segunda metade da década de 70. Na gringa, o DH foi a primeira modalidade do MTB a ser praticada. Com o passar do tempo se difundiu pelo mundo, chegando ao Brasil nos anos 90. O grande centro do Donwhill brasileiro é em Santa Catarina, por causa da geografia do estado. E que curvas...

A galope

O nome da equipe é uma homenagem aos tropeiros que fundaram a cidade, também pela sonoridade e pela sacada da abreviatura do termo Downhill (DH) aliado ao sufixo “lope”, criando a expressão “de a galope”.


estilo Camiseta Calvin Klein 139,00

O guarda-roupas masculino deixou de ser chato ou sem graça. As possibilidades e novidades são inúmeras. E, as tendências apresentadas nas passarelas são vistas nas ruas, ainda que timidamente. Desde cores a padronagens, em todas as coleções podemos ver novidades, algumas mais evidentes outras mais sutis. Setembro, quase primavera, e no que apostar na hora de vestir? Para os homens o trio clássico: camiseta, camisa e jeans não tem erro. Nesta época de meia estação, vale também um tricô para as manhãs, que costumam ter temperaturas mais amenas. Para o look ficar mais atual, tente materiais mais ousados, como uma calça resinada, grande novidade do inverno 2011, que continuará para a próxima estação. O xadrez continua soberano para todos os estilos de homens. Vale abusar sempre das sobreposições. E, para finalizar o look, um tênis super moderno e confortável para o dia a dia. Não tem como errar!

Por: Fotos:

Camisa Calvin Klein 259,00

Cinto Iódice 128,00

Tricô Timberland 259,00 Jeans resinado skinny Calvin Klein 499,00

Juliana Scchneider Equipe Alt Tênis Timberland 329,00


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das passarelas para a vida real

Para variar

O jeans resinado na passarela da Calvin Klein em Nova Iorque em seu último desfile

Jeans skinny Calvin Klein 299,00

Camiseta Lacoste 139,00

O xadrez aparece forte para a próxima estação

Camisa Tommy Hilfinger 338,00

Tricô Timberland 259,00

Agradecimento:

Tênis Lacoste 339,00

Bella Città Shopping Fone: (54) 3584-1225

As sobreposições já se tornaram clássicas no guarda-roupas masculino


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Desafio para viver

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A vida é feita de desafios. A cada dia, nos deparamos com os mais diversos deles. O simples atravessar de uma rua movimentada nos desafia. É preciso coragem para dar o primeiro passo, que demanda atenção, concentração e outras atribuições fisiológicas e psicológicas de um ser humano para aquela ação. Para mim, escrever sobre um assunto qualquer que não seja moda é super desafiador. É como dar a caneta para alguém que nunca escreveu ou uma tela para alguém que não sabe pintar. Mas desafios são sempre bem-vindos. Impulsionam para frente. O frio na barriga, o medo de não ser capaz, explodem e inundam o corpo com uma sensação de devo fazer, quero cumprir, sou capaz. Não nego que muitas vezes me entreguei ao medo e insegurança. Dei espaço para “aquilo” que sempre tenta derrubar, puxar para baixo, enterrar, sufocar ou coisa do gênero. Aliás, acredito que isso é normal e inerente de todos nós, mas naquele momento, onde queremos uma mão para nos erguer, ninguém mais parece padecer de tal sentimento. Desafios devem ser aceitos, encarados de frente e desafiados. Pobres daqueles que desistem de sonhos e não correm atrás. Quantas histórias de superações, de lutas e de vitórias vemos por aí. Pessoas desenganadas, que diante das maiores adversidades dão lições de vida, com uma força de vontade que vem não sabemos de onde, superam adversidades, e são dignas de aplausos. Confesso que me incomoda a frase: “A vida não é fácil”. Não gosto de ver o viver como algo pesado ou ruim. A vida é incrível. Viver é um prêmio. Vivenciar é o que somos. Acordar, trabalhar, voltar para casa, dormir e os entremeios dessa rotina nos constroem. E os desafios estão ali, sempre diante de nós, nos cutucando para crescermos. Estão ali para nunca desistirmos e sempre querermos mais.



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Um gravador de rolo, meia 23 garrafa de bourbon, uma guitarra e um microfone compõem o cenário do quarto mais alto do hotel no centro da cidade. Um lugar onde a festa parecia que nunca iria acabar. Mas acabou. A banda foi embora. E ela ficou sozinha, apenas com as lembranças impressas nas paredes e na câmera fotográfica que também ficou para trás.

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Com sua timidez encantadora e sua beleza exótica, de “pretty eyes and pirate smiles” (parafraseando Elton John), Verônica Stocchi, que nunca havia feito um ensaio sensual, topou posar para Alt, encarnando o universo fascinante e misterioso de uma groupie dos anos 1960-1970, uma época onde o rock’n’roll era o que realmente importava. Por: Pablo Tavares Fotos: Fábio Vieira Edição de moda: Juliana Scchneider


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ick Jagger canta na singela Ruby Tuesday “don’t question why she needs to be so free (não questione por que ela precisa ser tão livre)”, parecendo prever a personalidade da moça. A garota já rodou milhas e milhas por aí. Nasceu em Passo Fundo, passou um tempo curto em Tocantins, e rumou a São Paulo, onde passou boa parte de sua adolescência.

Mas num Natal, sem mais nem menos, ela resolveu voltar para cá e daqui não saiu mais. E a liberdade, a tão falada/ discutida/teorizada liberdade jamais morreu em Verônica. “V” divide seu tempo entre sua loja de roupas, os amigos e o namorado – que mora em Porto Alegre.


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A ideia do ensaio foi essencialmente o rock dos anos 1960-1970. Tentar traduzir em retratos aquela aura nostálgica, o universo fascinante que o diretor Cameron Crowe imortalizou em Quase Famosos. E, usando novamente Ruby Tuesday para traduzir a atmosfera do ensaio e da personalidade da moça, posso dizer: There’s no time to lose, I heard her say Catch your dreams before they slip away Dying all the time Lose your dreams And you will lose your mind. Ain’t life unkind? (Não há nenhum tempo para perder, eu a ouvi dizer Pegue seus sonhos antes de eles escaparem Morrendo todo o tempo Perca seus sonhos E você perderá sua cabeça. A vida não é indelicada?) A vida pode até ser indelicada, mas é simples. Simples como Verônica. UMA REVISTA PLURAL LARULP ATSIVER AMU


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Goodbye, Ruby Tuesday Who cou ld hang a name on y o u ? When yo u change with eve ry new day Still I’m g onna miss you ... Fotos: Fábio Vieira (Zero 3) Edição de moda: Juliana Scchneider Cabelo e Maquiagem: Manno Escobar Cabeleireiros Agradecimentos: Valentine Datelli Creativa Produtora Turis Hotel

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Confira no site fotos exclusivas do ensaio com a Verônica.

www.revistaalt.com.br

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Do alto e avante P

orto Alegre, como disse o poeta Mario Quintana, é hoje uma pequena cidade grande. Proposições a parte, a capital dos gaúchos guarda mais do que ruas arborizadas, nomes e prédios históricos. E para quem vem de fora, a correria, o trânsito intenso e o cotidiano de metrópole atrapalham a visão da cidade tranquila, arquitetônica, bonita e cheia de poesia em detalhes que passam despercebidos até para os olhos mais ávidos. E como ver a Porto Alegre como ela deve ser vista? É neste ponto que as coisas simples ganham cores diferentes. Com oito anos de existência, a Linha Turismo foi criada pela Prefeitura do município com a intenção de explorar rotas turísticas dentro do organismo da cidade. E toda essa volta é feita dentro um ônibus de dois andares e, o melhor: com teto conversível. Por: Fotos:

Daniel Bittencourt Gustavo Leal e Daniel Bittencourt


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Então, a revista Alt fez esse city tour para dar uma pequena amostra dos cantos e encantos de Poa. E quem convidar para ser nossa cobaia? Ninguém melhor do que Gustavo Leal. Publicitário, músico e agora nosso colaborador emigrante, ele aceitou no osso o desfio e embarcou com a reportagem em uma tarde linda de sexta-feira. Ticket to ride As passagens estavam na mão desde o final da manhã daquela sextafeira. Nosso horário para embarcar era às 15h30min. Voltas depois, só para variar, acabamos nos enrolando e chegamos em cima da hora no largo Zumbi dos Palmares (local onde fica a Secretaria de Turismo de Porto Alegre e ponto de partida do tour). Para nossa alegria, os bancos são marcados, o que gerou um drama meio mexicano entre a gente e um casal de cariocas que estava sentado em nossos bancos rindo dos bananas que haviam perdido o horário (sic). Devidamente posicionados e com nossas câmeras em punho zarpamos cidade a dentro. Enquanto o Leal procurava seu cocar e a carteirinha da FUNAI (para ele essa pauta era mais um programa de índio do que qualquer outra coisa), a empolgação do restante dos passageiros era contagiante. Todas as vezes que cruzávamos por baixo de uma elevada, ou passávamos bem perto de alguma árvore, dava para escutar a vibração e as risadas generalizadas.

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Eu tive que partir lá do alto, para ver... Para se ter uma ideia, nem mesmo os nativos sabem muito bem como funciona o trajeto e toda a logística do city tour. O percurso dura pouco mais de 80 minutos e é interessante porque o ônibus vai passando por locais conhecidos do grande público, mas que ganham uma nova roupagem quando conseguimos vê-los de uma perspectiva diferente da que se tem da calçada.

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Pois bem, o senhor Gustavo não encontrou seus itens de guerra e resolveu relaxar. E não é que ele gostou? Também, é uma sensação muito boa poder ver a Redenção, a Casa de Cultura Mario Quintana, o Brique, o Moinhos de Vento, o Parcão e o centro da capital de forma panorâmica e sem obstáculos. Não é preciso desprender muita grana para fazer essa trip. Com R$15 você tem direito a ir sentado na parte superior do ônibus e curtir tudo do alto. Os dois roteiros da linha funcionam de terça a domingo com saídas às 9h, 10h30min, 13h30min e 15h30min. Curtiu e quer dar uma volta? Acessa www2.portoalegre.rs.gov.br/turismo/ e seja feliz. UMA REVISTA PLURAL LARULP ATSIVER AMU


Centro-Sul

O que é o Centro Histórico?

É o nome da região mais tradicional de Porto Alegre, onde a cidade nasceu há mais de 200 anos. É ali, à beira do Guaíba, entre estreitas ruas de paralelepípedos, onde se concentram 80% dos prédios tombados da capital gaúcha. Há exemplares da arquitetura barroca colonial, até edificações mais recentes em estilo eclético e modernistas. No Centro Histórico é que se concentram a maioria dos museus e centros de cultura.

No que prestar atenção quando você fizer o roteiro:

Centro Histórico: * Complexo Arquitetônico da UFRGS * Parque Farroupilha (Redenção) / Brique * Planetário * Parque Moinhos de Vento (Parcão) * Hidráulica Moinhos de Vento * Shopping Total * Santa Casa de Misericórdia * Praça Mal. Deodoro da Fonseca (Praça da Matriz) * Paço Municipal / Mercado Público Central * Casa de Cultura Mario Quintana * Centro Cultural Usina do Gasômetro * Anfiteatro Pôr-do-Sol * Estádio Gigante da Beira-Rio * Estádio Olímpico Monumental / Rótula do Papa * Centro Municipal de Cultura, Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues * Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo

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Confira no site fotos exclusivas da Porto Alegre vista de cima de um bus.

www.revistaalt.com.br

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Criada em 2003, a Linha Turismo já carregou quase 400 mil pessoas pelas entranhas de Porto Alegre. Hoje, dois roteiros são oferecidos. Um deles faz um giro pelo Centro Histórico e o outro mostra toda a beleza natural da Zona Sul, com suas praias cheias de árvores e paisagens que mais lembram uma área rural.

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por Marin

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O que é que os quadrinhos italianos têm?

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Eles têm Milo Manara e Hugo Pratt, e só a obra desses dois já poderia carregar nas costas os “Fumetti” - nome como são chamados os quadrinhos na Itália -, mas o país ainda conta com monstros como Crepax, criador da sexy Valentina, Liberatore e Tamburini, do controverso Ranxerox, e Gian Luigi e Sergio Bonelli, do lendário Tex. Dentro desse contexto, chegam às bancas brasileiras neste mês dois clássicos de Manara e Pratt, em edições de luxo e preços até que acessíveis, ambos por volta dos R$ 39.

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O perfume do invisível, de Milo Manara

Se você ainda pensa que HQs são coisa pra criança, espere só até ler Manara. Incrivelmente fiel às curvas femininas, e dono de um traço realista capaz de provocar com desenhos reações que não se consegue nem com fotografias, o mestre dos quadrinhos eróticos retorna às prateleiras pela Editora Conrad com a história de um cientista que descobre a fórmula da invisibilidade e a utiliza para invadir a privacidade das belas mulheres que encontra. Uma delas é a libidinosa Mel, que descobre a farsa pelo cheiro de caramelo que a receita exala, mas ainda assim se deixa levar pelo prazer de um consentido assédio invisível. Dica: Prefira ler em locais reservados, jamais no ônibus ou no meio do trabalho (!)

Corto Maltese – A Juventude, de Hugo Pratt

Consagrado pela criação de um dos personagens mais consistentes do gênero, Pratt é a acertada escolha do recém-criado selo Nemo para setembro. Irônico e misterioso, Corto Maltese carrega em seus traços geniais a personalidade humanista de um marinheiro ao mesmo tempo elegante e marginal, que percorre o mundo revelando semelhanças entre diferentes povos, e por vezes se depara com personagens reais como o escritor Jack London e o sociopata russo Rasputin. O álbum inédito no Brasil vem caprichado, fiel à edição europeia, em cores e capa dura.

Da coleção

Manara + Pratt: El Gaucho

Apesar de lançado em 200 6, o título é válido para qualquer coleção que se preze pelo simples fato de unir esses dois nomes. Enquanto Pratt cuid a do lado histórico da chamada Rec onquista, capítulo fundamental da hist ória da América do Sul, Manara se esbalda retratando prostitutas, serviçais e sold ados vivendo entre a luxúria e a incertez a do amanhã. Ambientado aqui perto, às margens do Rio da Prata, ainda na vira da do século XIX, o título se encontra no catálogo da Conrad em edição colorida por R$ 30.


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coluna

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fabio godoh

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38 bento + arte ribeiro - allan sieber

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