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221 - AGOSTO - 2020

ESTADO ABRE PARQUE URBANO BELÉM PORTO FUTURO

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Revista

N E S TA E D I Ç Ã O

PUBLICAÇÃO

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 EDITORA CÍRIOS CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

ÍNDICE

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA E AMBIENTAL, CRÉDITO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA

08 PARÁ INSTITUI PLANO ESTADUAL AMAZÔNIA AGORA PARA DESENVOLVIMENTO SOCIOAMBIENTAL E DIMINUIÇÃO DE DESMATAMENTO

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DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Anete Costa Ferreira, Emater, Frans van Houten, Gilbert F. Houngbo, Ideflor-bio, Plataforma de Aceleração da Economia Circular, Naoko Ishii, Relatório Mundial da Juventude para 2020, Ronaldo Hühn, Ronan Frias, Semas, Seth Borenstein, University of British Columbia; FOTOGRAFIAS: Aline Andrade - ASCOM Basílica Santuário de Nazaré , BID, Bruno Cecim, CCO Domain Public, Divulgação, Heidi Levine, Joan Woang , Jader Paes, Marcelo Seabra/ Ag. Pará, Nações Unidas/Harandane Dicko, OIT, Pxfuel, UBC; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios * Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

C A PA

PARA CONSTRUIR UM MUNDO RESILIENTE, PRECISAMOS CIRCULAR. VEJA COMO FAZÊ-LO

16 FORMAÇÃO DE DIRIGENTES DE PEREGRINAÇÃO 2020

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Empreendedorismo Social da Juventude e a Agenda 2030

Após a pandemia, devemos construir esperança através da água e do saneamento

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Oportunidades de economia circular na COVID-19

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Oportunidades de economia circular na COVID-19

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Atos não tão aleatórios: a ciência acha que ser gentil compensa

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Turismo na órbita da Terra

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A dança do Corridinho no Algarve

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América Latina e Caribe podem criar milhões de empregos com economia de emissão zero

FAVOR POR

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Territórios Sustentáveis visam garantir a sustentabilidade na utilização dos recursos florestais e fortalecer boas práticas ambientais em São Félix do Xingu – PA. Foto Bruno Cecim / Ag.Pará

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Estado abre Parque Urbano Belém Porto Futuro Durante o ato, governador Helder Barbalho anunciou que o local será arborizado em parceria com empresários

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FOTOS Jader Paes, Marcelo Seabra/ Ag. Pará

ltima parte das obras que compõem a primeira etapa do projeto Porto Futuro, o Parque Urbano foi aberto ao público, após a Companhia Docas do Pará (CDP) repassar a gestão do espaço para o governo do Estado. O Parque funcionará todos os dias, das 6h às 22h. Durante o ato, o governador Helder Barbalho, que estava acompanhado da família, anunciou que o local será arborizado. “Hoje estamos cumprindo a fase final deste ciclo que resultou na construção deste espaço. A partir de hoje, estamos entregando este espaço para que as famílias e turistas possam desfrutar. Esse é um Projeto feito por muitas pessoas e deixo aqui minha gratidão” - governador Helder Barbalho. Helder Barbalho também anunciou que, no próximo sábado (22), às 17h, será realizado um ato simbólico para plantio das árvores. O Parque Urbano Porto Futuro inicia as atividades com estrutura para oferta de lanches rápidos. “Agora que estamos com a gestão do local, vamos iniciar o processo para ativação dos restaurantes”, adiantou o governador.

“Inicialmente, vamos abrir os espaços seguindo as normas de segurança sanitária por causa da pandemia. Posteriormente, vamos avançar. Além do lazer e atividades físicas, vamos proporcionar apresentações culturais” - Ursula Vidal, titular da Secult. De acordo informações do Ministério do Desenvolvimento, foram investidos R$ 34,5 milhões na construção do Parque Urbano Belém Porto Futuro, situado na área portuária da cidade, próximo às margens da Baía do Guajará. O Porto Futuro é um projeto que tem como objetivo criar um polo de desenvolvimento

na região, impulsionando atividades turísticas e o comércio local. A expectativa é que 8 mil pessoas circulem pelo local diariamente. Iniciado em março de 2018, o projeto foi uma proposição do Ministério da Integração Nacional, à época em que Helder Barbalho foi titular da pasta. Na primeira fase, está contemplado a construção de uma ponte sobre o canal da Avenida Visconde de Souza Franco (Doca); a abertura da Rua Belém, ligando a Avenida Pedro Álvares Cabral à Travessa Rui Barbosa, a criação de estacionamentos, uma praça gourmet e a reforma da Praça General Magalhães.

Durante o ato, Helder Barbalho esteve acompanhado da família

Apesar da inauguração ter sido realizada na última quinta-feira (13), a União não havia transferido a gestão do Parque para o Estado, possibilitando a abertura do local para a população. A gestão será feita pela da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

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Sustentabilidade e Acessibilidade

A expectativa é que 8 mil pessoas circulem pelo local diariamente

O projeto contemplou, ainda, a implantação de uma bacia de escoamento de águas pluviais no local para evitar alagamentos em época de chuvas fortes. Toda a infraestrutura foi planejada levando em consideração a sustentabilidade e acessibilidade. Foram instalados, por exemplo, pontos de iluminação com lâmpadas de LED e estruturas de captação da água da chuva para o aproveitamento em irrigação e vasos sanitários, além de coleta seletiva. Há, ainda, sanitários com acesso a pessoas com deficiência, rampas e piso podotátil.

Arborização

Muita gente já começou a visitar o novo espaço público

Infraestrutura Moderna Com arquitetura moderna e inovadora, o Parque Urbano Belém Porto Futuro possui espaço de exposições para artesanato e shows, quiosques com opções de comidas e bebidas típicas, áreas para lazer infantil e centro de convenções. O projeto é composto por parque urbano, zonas de estacionamento, Praça Futuro, Praça General Magalhães (revitalizada) e outras obras periféricas, tais como a implantação de uma ponte para melhorar o tráfego local nas imediações. Além disso, foi implantado o conceito ‘conforto’, com bancos para descanso, paisagismo e pontos para uso de energia gratuita. Também há a preocupação com a segurança, que será garantida com a instalação de posto policial, gradil ao redor do parque e sistema de monitoramento.

Espaço é destinado para a prática esportiva, com diferentes opções como o ciclismo

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O governador Helder Barbalho destacou ainda que o plantio de árvores será realizado em parceria com voluntários da iniciativa privada. Helder Barbalho ressaltou que, além da conscientização ambiental, a medida tem como objetivo aumentar a área de sombreamento do Parque e garantir mais conforto aos usuários e visitantes do local.

Parque Urbano Belém Porto Futuro começa a receber público e é procurado para a prática de atividade física “O espaço está muito bonito, Belém precisava de um local assim. Só espero que as pessoas saibam cuidar, não depredem esse patrimônio que é de todos nós”. As palavras são do aposentado Valdeci Gomes, 64, que visitou na manhã desta quinta-feira (20), o Parque Urbano Belém Porto Futuro. Assim como ele, muitas pessoas foram conhecer o novo espaço voltado para práticas esportivas, culturais e de lazer da capital paraense. Última parte das obras que compõem a primeira etapa do projeto Porto Futuro, o Parque Urbano foi aberto ao público, na quarta-feira (19), após a Companhia Docas do Pará (CDP) repassar a gestão do espaço para o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult). www.paramais.com.br

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Aberto ao público das 6h às 22h, novo espaço também se torna opção de lazer para paraenses e turistas

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Regularização fundiária e ambiental, crédito e assistência técnica Incentivando boas práticas ambientais entre produtores rurais, equipes realizaram visitas às propriedades rurais localizadas em municípios ao longo da PA-279 Fotos Bruno Cecim / Ag.Pará

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quipes da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural) e da Adepará (Agência de Defesa Agropecuária), além de representantes do Ideflor-bio e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), iniciaram recentemente visitas (nessa primeira etapa), ao longo da Rodovia PA-279, na Região de Integração Xingu, no sudeste, especificamente nos municípios de Água Azul do Norte, Tucumã, Ourilândia do Norte e São Félix do Xingu, com a expectativa de visitar pelo menos 40 propriedades por dia, explica o secretário adjunto da Semas e coordenador dos Territórios Sustentáveis (TS), Raul Protázio. “Esse contato com o produtor é muito importante, porque nessa visita nós conseguimos identificar as necessidades e os problemas enfrentados pelo produtor rural, para que possamos colaborar com incentivos, naquilo que ele realmente precisa. Trabalho de campo se faz no campo”. Francisco Cirino tem uma propriedade de 40 hectares e trabalha com gado leiteiro e venda dos animais. Ele diz que tentou plantar cacau, mas as árvores secaram. Um dos primeiros a receber a visita dos técnicos, gostou tanto do programa que fez, de imediato, a inscrição com ajuda da equipe.

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Técnicos da Emater e da Adepará, junto com representantes do Ideflor-bio e da Semas orientando produtores da área de abrangência da PA-279, no sudeste paraense, durante uma das visitas

Com a assistência técnica e a linha de crédito do programa, ele acredita que agora o projeto do cacau pode dar certo: “ Às vezes a gente faz as coisas pensando que é o jeito certo, mas não é. É muito importante para nós, esse conhecimento que o pessoal traz e esse incentivo de crédito que também vai ajudar”, comemora.

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Quando os técnicos chegam à propriedade, conversam com o produtor, identificam os desafios que ele enfrenta e o perfil produtivo. “Precisamos saber com o que o produtor trabalha e o que ele gosta de fazer, para trabalhar feliz. Depois, nós vamos dar todo o apoio técnico necessário”, explica o extensionista da Emater, José Edinaldo. www.paramais.com.br

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Um dos pontos mais importantes dessas visitas é o diagnóstico da regularização ambiental e fundiária dessas propriedades, trabalho que começa pelo Cadastro Ambiental Rural, o CAR. Secretário adjunto de Gestão e Regularização Fundiária da Semas, Rodolpho Zaluth Bastos acompanha o trabalho junto aos técnicos do Iterpa: “Quando nós identificamos essas necessidades de regularização, tanto ambiental quanto fundiária, nós conseguimos iniciar o processo e dar mais celeridade ao trabalho, para garantir o atendimento ao produtor”, informa Rodolpho. O Programa Territórios Sustentáveis tem o objetivo de garantir maior produtividade aos pequenos, médios e grandes produtores rurais, com foco nas boas práticas ambientais. Para isso, o programa trabalha as regularizações fundiária e ambiental, apoio técnico e acesso a linhas de crédito. Nessa primeira etapa, os serviços serão oferecidos aos produtores da PA-279, nos municípios de Água Azul do Norte, Ourilândia, Tucumã e São Felix do Xingu. Para participar, o produtor rural precisa se inscrever no site da Semas (www.semas.pa.gov. br) ou procurar um dos pólos da Adepará e Emater, em São Felix do Xingu.

Equipes fizeram diagnósticos à regularização ambiental e fundiária

“Amazônia Agora” O Programa Territórios Sustentáveis é um dos pilares da macroestratégia do Programa Amazônia Agora, lançado pelo governo do Estado sob a coordenação da Semas, que tem o objetivo de prevenir crimes ambientais e aumentar a produtividade no interior do Pará de maneira sustentável. O “Territórios Sustentáveis” não é voltado apenas para pequenos produtores.

Técnicos da Semas e Emater visitaram produtores rurais e conversaram sobre os desafios da produção na perspectiva da sustentabilidade

Manoel Lemos, por exemplo, é proprietário da Fazenda Maringá, na área rural de São Félix do Xingu, que tem quase 6 mil hectares e mais de 7 mil cabeças de gado. Ele costuma vender os animais para frigoríficos da região, que exportam para a China. Atuar em grandes mercados exige certificação e controle ambiental, exigências cada vez mais comuns no mercado internacional. Por isso, ele acredita que o TS pode ajudar o produtor. “Nesse projeto, o apoio técnico é importante para intensificação de área, aumento da produção e da lotação do gado. Outra coisa é que, às vezes, esse processo de regularização fundiária pode ser muito demorado e, nesse caso, vai ter mais agilidade. Na questão ambiental, às vezes sofremos muita cobrança, mas nem sempre sabemos o que é certo fazer. Com o projeto, a gente vai ter esse apoio”, disse o pecuarista. As visitas aos produtores rurais terminaram recentemente e tiveram o objetivo de sensibilizar os trabalhadores do campo sobre a importância da iniciativa. As inscrições para o programa continuam nos polos da Adepará e Emater, em São Félix do Xingu, e no site da Semas (www.semas.pa.gov.br). (*) Com informações da SEMAS

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Pará institui Plano Estadual Amazônia Agora para desenvolvimento socioambiental e diminuição de desmatamento Texto *Ronan Frias (COHAB)

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umento da eficiência no uso da terra, captação de recursos de investidores para fomento de atividades ecoeficientes, incentivo à regularização fundiária e ambiental, além do enfrentamento do desmatamento e incêndios florestais no Estado do Pará. Esses são os principais objetivos do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), publicado nesta terça-feira (4), por meio do decreto nº 941, assinado pelo governador Helder Barbalho. Para o titular da Semas, Mauro O’de Almeida, o PEAA valoriza e engloba ações que vão desde o fomento às boas práticas ambientais no uso adequado da terra, até a atualização e avanço de normas para conciliar desenvolvimento econômico e conservação ambiental. “Juntamos os principais elementos para sair apenas das ações de fiscalização e elevar o Estado a uma nova forma de produzir, mais eficiente sem precisar expandir sobre novas áreas de floresta”. O decreto esclarece que o PEAA é a plataforma de ação do Estado para estabelecer um modelo de desenvolvimento baseado na conservação e valorização ambiental, no aumento da eficiência das cadeias produtivas

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e na melhoria das condições socioambientais no campo. Para Francisco Fonseca, coordenador de produção de pecuária sustentável da entidade do terceiro setor TNC (The Nature Conservancy), o plano traz uma garantia de desenvolvimento e associa metas a processos transparentes de acompanhamento. “Essas metas previstas são concre-

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tas e têm bases científicas para que, em alguns anos, tenhamos uma nova economia com desenvolvimento sustentável que já inicia hoje. Dessa forma, teremos uma nova Amazônia que de fato começa agora e reflete uma economia forte e atenta à redução das emissões de carbono. O plano traduz essa necessidade de mudança econômica”, complementou. www.paramais.com.br

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Desenvolvimento econômico e social sem desmatamento O decreto cita como finalidades do Plano, o alcance de oito Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), em escala estadual e a implementação de contribuições do Pará aos compromissos globais de desenvolvimento sustentável, especialmente as Contribuições Nacionais Determinadas (NDCs) do Brasil. Outra finalidade apontada no Plano Estadual é o incentivo a atividades que promovam redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), a prevenção, o controle e alternativas ao desmatamento, e as estratégias econômicas, financeiras e fiscais para proteção ambiental no Estado do Pará, nos termos do art. 30 da Lei Estadual n° 9.048, de 29 de abril de 2020 – Política Estadual sobre Mudanças Climáticas.

“A União Europeia, como bloco, está discutindo uma legislação interna para tornar-se carbono-neutro também em 2050. O que estamos fazendo é, com responsabilidade, um trabalho concreto e ciência aplicada, colocar o Pará na vanguarda da descarbonização da economia e nos antecipar à tendência global”, destaca Mauro.

A presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), Karla Bengtson, ressaltou que o trabalho integrado entre os órgãos estaduais representa inúmeros ganhos socioambientais. “A implementação do Plano Estadual garante incentivos à descentralização da gestão ambiental, além de políticas públicas nas regiões de integração do Estado. Assim como, subsidiam ações que visam o combate a crimes ambientais, a regularização fundiária, além de propiciar o reflorestamento de áreas degradadas. Entre os ganhos ambientais há ainda o fomento à criação de unidades de conservação, promovendo a manutenção dos recursos naturais”, pontuou Karla Bengtson.

Composição do Plano

A publicação também destaca compromissos para o alcance do cenário buscado. A meta prevista é até 2030 reduzir em 37% as emissões de GEE ocorridas entre os anos 2014 e 2018 no Pará, no setor de mudança no uso da terra e florestas. Além disso propõe que até 2035 a redução de GEE alcance 43%, no mesmo referencial. Outro ponto em destaque para o alcance do objetivo central do plano é a regeneração da cobertura florestal paraense, projetada em 5,6 milhões de hectares até 2030, com a possibilidade de ampliação da cobertura para 7,4 milhões de hectares até o ano de 2035, caso a implementação do PEAA disponha de apoio externo dentro deste período. “Países como Reino Unido, França e Dinamarca já se propuseram em Lei a neutralizar suas emissões de carbono, no entanto projetam este alcance para 2050, isto é, cerca de 14 anos após o que estamos pretendendo para o setor de uso da terra e florestas, que hoje é mais do que 80% de todas as emissões do Pará”, explica o secretário da Semas, Mauro O’de Almeida.

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De acordo com a publicação, entre as principais atividades do PEAA estão o aumento da produtividade por meio da assistência técnica, extensão rural, gerencial e inovação tecnológica para o campo, livre de desmatamento. Para isso, o ‘Amazônia Agora’ conta com uma estratégia de integração das instituições executoras do Plano, que se unem em ações previstas dentro da Força Estadual de Combate ao Desmatamento, do programa Territórios Sustentáveis, do programa Regulariza Pará, além do Fundo da Amazônia Oriental (FAO), mecanismo financeiro privado reconhecido pelo governo do Estado em 2019, entre outros. Para o presidente do Iterpa, Bruno Kono, a sinergia da administração estadual é um dos principais pontos que permitem o sucesso da plataforma. “Acreditamos muito nessa integração. Precisamos de toda essa união para efetivar as ações concretas do governo do Estado e parceiros. O projeto é inovador, nós temos particularidades no Pará e o desenvolvimento vai fazer o Estado ser um exemplo para toda a Amazônia”.

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A estrutura do Plano conta com a coordenação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e participação das Secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e Pesca (Sedap), Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), Instituto de Terras do Pará (Iterpa), Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater-Pará), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), Polícia Militar do Pará (PMPA), Polícia Civil do Estado do Pará (PCPA) e Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA). Outros órgãos, autarquias e fundações do poder público, bem como entidades e instituições do setor privado ou do terceiro setor, nacionais ou internacionais, que desenvolvam ações relacionadas aos objetivos do PEAA também poderão participar da estrutura na qualidade de instituições parceiras.

(*) Diretor de Programas, Fundação Laudes

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Desenvolvimento sustentavel Em parceria com Representante Autorizado

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Em um ano, o sistema deixa de enviar 1 tonelada de resíduos orgânicos para aterros e impede a liberação de 6 toneladas de gases de efeito estufa (GEE) para atmosfera.

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América Latina e Caribe podem criar milhões de empregos com economia de emissão zero El empleo en un futuro de cero emisiones netas en América Latina y el Caribe

O Emprego em um futuro de zero emissões líquidas na América Latina e no Caribe

Fotos BID, OIT, Pxfuel

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transição para uma economia líquida zero de emissões de carbono até 2030 pode permitir a criação de milhões de empregos na América Latina e no Caribe, de acordo com um novo relatório do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT): “Criando empregos para uma recuperação sustentável e um futuro com zero emissões líquidas”. O documento observou que, embora a pandemia do COVID-19 tenha exposto vulnerabilidades e desigualdades na região, a transição para uma economia verde ‘oferece a promessa de criar 15 milhões de novos empregos líquidos’. ‘Esta é basicamente a principal descoberta’, disse o chefe interino da Divisão de Mudança Climática do BID, Graham Watkins, em uma reunião virtual com jornalistas, enquanto o diretor regional da OIT para a América Latina e o Caribe Vinícius Pinheiro acrescentou que sim, ‘é possível criar empregos e combater as mudanças climáticas ao mesmo tempo. No relatório ‘Criação de empregos para uma recuperação sustentável e um futuro de zero emissões líquidas’, observou-se que transformações em setores como agricultura, silvicultura, energia renovável, construção e manufatura podem criar empregos, combater as mudanças climáticas e apoiar a recuperação após a pandemia COVID-19.

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Especificamente, a agricultura e a silvicultura mostram um grande potencial de emprego em uma região que abriga 40% da biodiversidade mundial e cerca de 50% das florestas tropicais, além de ser o principal exportador mundial de alimentos. Isso pode complementar as posições que já estão sendo criadas em setores como energia renovável, mobilidade elétrica, transporte público, manufatura, gerenciamento de resíduos e construção de alta eficiência energética. O objetivo de atingir zero emissões líquidas de carbono é ‘necessário e trará muitos benefícios’ na região ‘, embora devamos admitir que não é fácil nas circunstâncias atuais, mas muitos países já estão trabalhando nos planos para atingir esse objetivo’. Nesse sentido, países como México e Chile ‘têm energia eólica, a mais barata do mundo’, e a descarbonização deve ser vista ‘como uma oportunidade de criar emprego para todos os países’. Por sua vez, os objetivos de criar empregos e combater as mudanças climáticas ao mesmo tempo podem se reforçar mutuamente, não é um ou outro. Isso é uma notícia muito positiva, muito importante, especialmente neste contexto dos impactos econômicos da epidemia do COVID-19. A atual situação da saúde gerou ‘a pior recessão’ da história da América Latina, com um número de desempregados que pode atingir 40 milhões de pessoas. www.paramais.com.br

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O representante regional da OIT acrescentou que “a chave para essa compatibilidade” é “uma transição justa, que garante uma passagem para uma economia mais sustentável”, uma vez que “é essencial” a aplicação de políticas que atuem “em direção à igualdade”. Também deve ser dado apoio a trabalhadores, empresas e comunidades que serão diretamente afetadas pela redução no tamanho das indústrias que atualmente são as mais poluentes, com aquelas ligadas ao gado e aos combustíveis fósseis. “É verdade que alguns vão perder o emprego”, reconheceu antes de comentar que o turismo é outro setor que está sendo “re-fundado” após o impacto da pandemia, portanto “é essencial e uma grande oportunidade de investimento para trabalhar com eles”. comunidades locais para criar uma maneira mais sustentável de turismo. ‘ Pinheiro acrescentou que a expansão do teletrabalho mostrou que é possível reduzir o deslocamento por motivos de trabalho, algo que também ‘causa impacto nas emissões de carbono’.

Recuperação verde e inclusiva

O relatório do BID e da OIT enfatizou que ‘uma recuperação verde e inclusiva é essencial’ para enfrentar a crise climática e que, se a região não agir de agora em diante, as vulnerabilidades expostas pela epidemia também aparecerão durante as crises climáticas. Nesse cenário, a OIT estimou que até 2030 a região poderia perder 2,5 milhões de empregos ‘apenas devido ao aquecimento global’ e o BID projetou que os danos causados pelas mudanças climáticas poderiam custar 100.000 milhões de dólares. anualmente até 2050. As agências enfatizaram que ‘chegou a hora de criar um futuro mais inclusivo, resiliente e sustentável’, com relação ao atual déficit de trabalho, desigualdades e dependência das exportações de combustíveis fósseis, que tornam a América Latina e o Caribe ‘particularmente suscetíveis’ a os efeitos sociais e econômicos da atual pandemia.

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Prosperidade sem carbono Apesar disso, o relatório reiterou que a região ‘pode alcançar prosperidade sem carbono por meio de ações imediatas e paralelas em torno de cinco pilares’, incluindo a eliminação gradual da geração de eletricidade a partir de combustíveis fósseis e sua substituição por fontes sem carbono, como energia eólica e solar. Também o uso de eletricidade em vez de combustíveis fósseis para transporte, preparação de alimentos e aquecimento; o aumento do transporte público e não motorizado e a parada do desmatamento e do plantio de árvores. O último exigirá uma mudança nas dietas para substituir os alimentos de origem animal por outros de origem vegetal; a que se deve acrescentar a redução de resíduos, a reciclagem de materiais e o uso de materiais de construção sustentáveis, como madeira ou bambu. O documento destacou que os “recursos ricos” e o nível “relativamente baixo” de pressão demográfica tornam a região “bem equipada para fazer uma transição para zero emissões”. No entanto, admite-se que o caminho a seguir ‘esteja cheio de obstáculos’ e tenha entre seus desafios garantir ‘uma transição justa’ para alcançar a mudança ‘o mais equitativa possível e (com base em) uma abordagem participativa’. Embora muitos dos novos empregos tenham como alvo funcionários de baixa e média qualificação, o relatório alertou que 80% estarão em setores dominados por homens, de modo que “a atual segregação de gênero por ocupação deve ser abordada”.

Por fim, o relatório enfatizou a necessidade de incentivar o ‘diálogo social e a construção conjunta’ para que os governos possam coordenar seus objetivos de desenvolvimento social, ambiental e setorial, além de ‘garantir que trabalhadores, empresas e comunidades estejam preparados para prosperar com emissões líquidas nulas. economia.’ A ressonância foi criada para reunir uma comunidade de nômades digitais, empreendedores, inovadores, mantenedores da sabedoria, pensadores alternativos, mentores e líderes de luz de todo o planeta para preencher a lacuna entre trabalho exigente e viver um estilo de vida que oferece a oportunidade de viver e viver. trabalhar em um ambiente que seja nutritivo e solidário. Pará+

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Para construir um mundo resiliente, precisamos circular. Veja como fazê-lo Diretor Presidente e Presidente do Global Environment Facility e Frans van Houten, Diretor Executivo, Royal Philips A melhor maneira de criar resiliência contra futuras pandemias e o impacto das mudanças climáticas é passar para uma economia circular. Isso poderia atender a 45% das emissões globais de gases de efeito estufa e fornecer uma oportunidade econômica de US $ 4,5 trilhões. Aqui,são recomendadas quatro áreas para as empresas e os formuladores de políticas se concentrarem O COVID-19 criou uma tragédia humana em grande escala, com profundas conseqüências para a economia global que levarão a uma recessão prolongada e dificuldades a longo prazo. Isso prenuncia o maior desafio que enfrentamos nos próximos anos, à medida que a crise climática se agrava. As secas, tornados e inundações já estão ameaçando a vida e os meios de subsistência de muitas pessoas ao redor do mundo, mas não estamos fazendo o suficiente para lidar com isso. À medida que nossos pensamentos avançam para a recuperação do COVID-19, precisamos criar um sistema mais resiliente que garanta a saúde e a segurança de todas as pessoas. Devemos garantir que somos mais fortes diante dos desafios futuros. E devemos fazê-lo sem demora. A única maneira de fazer isso é re-imaginando nosso relacionamento com o mundo natural. Precisamos vincular o progresso social, ambiental e econômico, e dissociar o crescimento econômico do consumo insustentável, enquanto conduzimos ações concretas e coletivas que aceleram a adoção da economia circular e realizam mudanças sistemáticas.

Entendendo o problema: o sistema de coleta, fabricação e desperdício

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Girar em círculos é o melhor caminho a seguir

m fungo que ocorre no solo da Floresta Amazônica revelou ser um importante estimulante do desenvolvimento de plantas. Pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (SP) avaliaram mais de mil linhagens do fungo Trichoderma aplicadas em conjunto com duas fontes de fósforo, e constataram que muitas delas promovem o crescimento de plantas de soja. Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports do grupo Nature.

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Se queremos construir um sistema mais resiliente, precisamos primeiro entender o que nos torna tão vulneráveis. Nosso atual modelo econômico linear - no qual o crescimento econômico depende da extração e uso intermináveis, ou do mau uso dos recursos naturais - está levando nosso planeta à beira do abismo. Mais de 100 bilhões de toneladas de recursos fluem para a economia a cada ano, com a maioria perdida como desperdício ou emissões, causando danos permanentes ao meio ambiente e deixando-nos vulneráveis aos efeitos cada vez maiores da crise climática. Qualquer interrupção desse fluxo de recursos na economia também nos deixa expostos a enormes choques econômicos, como ficou muito claro pelo COVID-19. Mudanças globais no mercado de trabalho, transporte e demanda do consumidor levaram a uma flutuação descontrolada dos preços das commodities e a dificuldades econômicas generalizadas. Com a demanda por recursos que deve dobrar até 2050 , nossa exposição a desafios ambientais e econômicos continuará a crescer. www.paramais.com.br

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Uma visão para um mundo mais resiliente: uma economia circular Precisamos de uma visão clara para um futuro alternativo. Um mundo em que podemos respirar ar puro; um mundo sem as ameaças climáticas de secas e inundações. Um mundo onde os recursos são abundantes, com o suficiente para todos nós ganharmos um bom meio de vida. Nossa visão para o futuro é ambiciosa, mas é possível: uma economia circular.Uma economia circular está focada em projetar resíduos e poluição, manter produtos e materiais em uso e regenerar sistemas naturais, para que não esgotemos os recursos de nosso planeta. Mudar a maneira como fabricamos e usamos produtos pode contribuir para lidar com 45% das emissões globais de gases de efeito estufa, contribuindo de forma crítica para mitigar a iminente crise climática. Reduzir nossa dependência de recursos escassos aumenta nossa resiliência econômica e a construção de uma economia circular oferece uma oportunidade econômica de US $ 4,5 trilhões , evitando desperdícios, tornando os negócios mais eficientes e criando novas oportunidades de emprego. Ao criar uma economia circular, podemos criar um sistema mais forte e achatar ou até reverter algumas das tendências que agora ameaçam a existência das gerações futuras. Há uma enorme tarefa pela frente, mas pode ser feita. A Plataforma para Acelerar a Economia Circular recomenda quatro áreas para se concentrar:

1. Concentre o estímulo de recuperação no investimento verde e circular

À medida que são introduzidos pacotes de estímulo econômico para apoiar a recuperação do COVID-19, como os € 750 bilhões (US $ 843 bilhões) propostos pela UE , há uma enorme oportunidade de aprofundar nosso compromisso e promover uma economia circular como parte de uma recuperação verde.

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As prioridades serão investir em energia renovável, proteger a biodiversidade e transformar a agricultura, e os fundos também devem ser usados para incentivar diretamente a circularidade - por exemplo, investindo ou fornecendo garantias de empréstimos para empresas de economia circular que estão gerando soluções.

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introdução de políticas para uma recuperação verde para apoiar suas próprias promessas de incorporar os ODS em sua maneira de trabalhar, por meio de iniciativas como o Pacto Global da ONU e a Coalizão Holandesa de Crescimento Sustentável.

3. Pioneira na adoção de modelos de negócios circulares

2. Criar uma estrutura de políticas para uma economia circular Os governos desempenham um papel importante na criação dessa visão. Precisamos ver uma gama ambiciosa e ampla de políticas introduzidas para mudar nosso relacionamento com os recursos naturais e incentivar a mudança para uma economia circular. Deve haver subsídios para a reutilização de materiais e impostos sobre resíduos. A reciclagem deve ser imposta, com um investimento associado na infraestrutura de reciclagem necessária para tornar isso possível. O preço do carbono é crucial. As compras devem levar em consideração o ‘custo total de propriedade’. O plástico descartável deve ser totalmente proibido. O Acordo Verde da Europa inclui muitos desses elementos, com um Plano de Ação para a Economia Circularsentado no seu coração. A adoção mais ampla dessas políticas ajudaria bastante a alterar a mudança de comportamento que precisamos ver. Um número cada vez maior de empresas globais fez um apelo claro à 18

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Muitas empresas já estão mudando de transações pontuais para relacionamentos contínuos com seus clienates. As plataformas de compartilhamento estão em ascensão. Algumas empresas estão começando a recuperar os produtos no final de sua vida econômica - isso tem os dois benefícios de manter os materiais escassos em uso pelo maior tempo possível, além de reduzir a dependência da disponibilidade de matérias-primas e criar um modelo de negócios mais resistente a choques. A crise imediata causada pelo COVID-19 certamente está pressionando muitas empresas, mas é crucial que os líderes empresariais mantenham seus compromissos com a sustentabilidade e a circularidade durante qualquer impacto a curto prazo. www.paramais.com.br

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O pensamento a longo prazo é fundamental, mas as ações fazem toda a diferença. Quando os governos introduzirem medidas como o preço do carbono e as tarifas de ajuste de fronteira, incluídas no Acordo Verde Europeu , as empresas que inovarem e ajustarem seus modelos de negócios terão uma clara vantagem comercial - além de contribuir para o mundo melhor de que tanto precisamos.

4. Inovar para estimular a circularidade

Existem muitas oportunidades para incentivar a inovação a mudar nosso relacionamento com nosso ecossistema, usando novas tecnologias que permitem modelos de negócios mais circulares. O COVID-19 viu uma mudança repentina e dramática em direção ao trabalho doméstico, assistência médica remota e rastreamento digital de vírus, e podemos levar essas lições adiante para a recuperação. Precisamos incentivar o uso de novas tecnologias competitivas para reduzir o consumo de energia, colher e reutilizar materiais, dimensionar a disponibilidade de fontes de energia verde, expandir o ciclo de vida dos produtos e reduzir o desperdício. As inovações tecnológicas estão ao seu alcance; só precisamos investir e adotá-los. (*) Copresidentes da Plataforma de Aceleração da Economia Circular (*) Em Plataforma para Acelerar a Economia Circular

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À medida que avançamos em direção à recuperação do COVID-19, devemos abraçar o futuro, e não adiar o inevitável, mantendo o passado. Devemos rejeitar o desperdício e adotar a circularidade. Ao alavancar todo o conhecimento, poder e influência que temos para avançar nessas prioridades, podemos construir uma economia circular. Será necessária uma colaboração profunda entre empresas, governo e sociedade civil, mas as recompensas valerão a pena; um ecossistema mais forte que será resiliente nas próximas décadas e um mundo onde pessoas e natureza possam viver juntas em harmonia. Você vai se juntar a nós na circular?

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Formação de Dirigentes de Peregrinação 2020 Preparação espiritual para o Círio de Nossa Senhora de Nazaré Fotos Aline Andrade - ASCOM Basílica Santuário de Nazaré

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o domingo 16/08, transmitida transmitido pela internet e TV Nazaré, por prevenção à pandemia do Covid-19, aconteceu a “Manhã de Formação de Dirigentes de Peregrinação”, na Capela Bom Pastor, ministrada pelo Padre João Paulo Dantas, vigário da Catedral Metropolitana de Belém – orientador e revisor do Livro das Peregrinações. Durante a transmissão, os espectadores receberam informações e instruções acerca do Livro de Peregrinação, instrumento de auxílio na evangelização das residências, que propiciam a leitura da Palavra de Deus, cânticos, orações e momentos de partilha. Na ocasião, foram anunciadas as três mudanças no guia com roteiro dos encontros de evangelização nas casas das famílias, anunciadas pelo religioso. A principal delas é o número de encontros, que reduziu de quinze para nove. “Entre a ascensão de Jesus e Pentecostes, os apóstolos estiveram unidos à Maria, em oração, esperando a promessa divina, e eis que aconteceu na igreja a primeira novena, nove dias de preparação, de oração, esperando Pentecostes. É por isso que nosso livro tem nove encontros”, explicou o padre.

Durante a “Manhã de Formação de Dirigentes de Peregrinação”, as orientações ministrada pelo Pe. João Paulo Dantas, vigário da Catedral Metropolitana de Belém – orientador e revisor do Livro das Peregrinações

Outra mudança é que, cada um dos nove encontros, vai acolher testemunhos de pessoas comuns, que em boa parte dos casos mora na cidade, e que experimentaram o poder de Deus pela intercessão da virgem Maria. “Em testemunho concreto, de fé, que quer nos ajudar, nos auxiliar a viver com coragem a nossa fé e confiança o nosso itinerário rumo ao céu”,

disse João Paulo Dantas. A terceira novidade é que, ao final de cada encontro, haverá um convite aos fiéis, com propostas para o amadurecimento da vida cristã. Durante a Manhã de Formação, foi apresentado uma simulação de um encontro de peregrinação, além da apresentação de vídeos de instruções.

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f al m A terceira novidade é que, ao final de cada encontro, haverá um convite aos fiéis, com propostas para o amadurecimento da vida cristã

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As peregrinações este ano poderão ser presenciais, seguindo as recomendações das instituições de saúde, como uso de máscaras, distanciamento entre as pessoas, ventilação natural, entre outros cuidados. Há também possibilidade de encontros em plataformas digitais. O início das peregrinações começa após a Missa do Mandato. A celebração está marcada para o dia 24 de agosto. Ainda ontem, a Arquidiocese começou a divulgar um vídeo, orientando sobre as procedências para as peregrinações. A orientação é que se forem realizados de forma presencial, medidas devem ser tomadas, principalmente com quem não convive na mesma casa. Uma pessoa deve espirrar álcool em gel nas mãos de todos, e as saudações devem ser feitas a distância. O local deve ser arejado e os assentos, com uma distância de um metro e meio, limitando o número de participantes de acordo com o tamanho do local. Todos devem usar máscaras. E quem não tiver bem de saúde não deve participar, assim como tem de evitar o consumo de alimentos.

A terceira novidade é que, ao final de cada encontro, haverá um convite aos fiéis, com propostas para o amadurecimento da vida cristã

Ao final, o arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa, presidiu a missa de encerramento. Ao todo, foram impressos 60 mil exemplares do Livro de Peregrinação.

Na missa de encerramento, presidida pelo arcebispo de Belém, Dom Alberto Taveira Corrêa

Livro das Peregrinações 2020

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Viva Viva um um CÍRIO CÍRIO diferente diferente aa procissão procissão não não vai vai às às ruas ruas mais mais N. N. Sra. Sra. de de Nazaré Nazaré estará estará em em nossas nossas casas casas trazendo trazendo oo mesmo mesmo amor amor que que preenche preenche os os nossos nossos CORAÇÕES CORAÇÕES Pará+

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Empreendedorismo Social da Juventude e a Agenda 2030 Relatório da ONU conclui que o empreendedorismo social dos jovens pode criar empregos e ajudar as comunidades mais carentes

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errubar barreiras que impedem que mais jovens se tornem empreendedores sociais bem-sucedidos contribuirá para o avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e para enfrentar os impactos socioeconômicos do COVID-19, de acordo com um novo relatório divulgado 02/07/2020, pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU. O relatório apela aos governos e outros tomadores de decisão para remover obstáculos ao empreendedorismo social dos jovens, como o acesso a fundos para startups que atualmente limitam a capacidade dos jovens de se envolverem em atividades lucrativas. Muitos sistemas reguladores geralmente impedem - às vezes involuntariamente - os jovens de acessar produtos e serviços financeiros necessários para iniciar uma empresa. E a falta de acesso a treinamento, suporte técnico, redes e mercados também está desencorajando o crescimento das empresas sociais jovens. O Relatório Mundial da Juventude para 2020, “Empreendedorismo Social da Juventude e a Agenda 2030”, define o empreendedorismo social como empresas que geram lucros enquanto procuram gerar impactos sociais. O desemprego entre os 1,2 bilhão de jovens do mundo é muito maior que o dos adultos, e o COVID-19 piorou sua perspectiva de perspectivas de emprego. 22

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Estimativas anteriores à pandemia sugerem que 600 milhões de empregos teriam que ser criados nos próximos 15 anos para atender às necessidades de emprego dos jovens. O impacto econômico do COVID-19 está definido para tornar o mercado de trabalho mais desafiador para os jovens. A OIT relata que, no primeiro trimestre de 2020, cerca de 5,4% do horário global de trabalho, equivalente a 155 milhões de empregos em período integral, foram perdidos em relação ao quarto trimestre de 2019. O empreendedorismo social pode fornecer um caminho viável para os jovens ganharem a vida e ajudar a atender às necessidades de suas comunidades enquanto avança nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Particularmente, o relatório constatou que o empreendedorismo social pode aumentar a inclusão social de grupos vulneráveis. “Criar caminhos para o empreendedorismo social dos jovens pode gerar resultados positivos para todos”, disse Liu Zhenmin, subsecretário-geral da ONU para assuntos econômicos e sociais. “Quando apoiado por políticas e programas, o empreendedorismo social pode representar uma ótima maneira de ganhar a vida e melhorar o mundo ao seu redor.”

Os benefícios do empreendedorismo social

O empreendedorismo social, afirma o relatório, pode contribuir para a criação de empregos sustentável e inclusiva. As estimativas sugerem que, em 2016, as empresas sociais beneficiaram 871 milhões de pessoas em nove países da Europa e Ásia Central, fornecendo serviços e produtos no valor de 6 bilhões de euros e criando emprego, principalmente entre os grupos sociais mais marginalizados. www.paramais.com.br

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“Onde quer que existam políticas e programas empreendedores de apoio e capacitação, o empreendedorismo social dos jovens pode alavancar a energia e a criatividade dos jovens como agentes de mudança”, disse Elliott Harris, secretário-geral adjunto de Desenvolvimento Econômico da ONU e economista-chefe. “No entanto, apoiar o empreendedorismo social dos jovens não isenta os tomadores de decisão de sua obrigação de atender às necessidades dos jovens, especialmente em termos de emprego”. Jovens empreendedores sociais já fizeram a diferença. Zaid Souqi, um jovem da Jordânia criou The Orenda Tribe: Art for Hope em 2014. Esta empresa orientada a valor usa arte e arteterapia para capacitar crianças sírias e jordanianas em situações vulneráveis. Ellen Chilemba, agora com 30 anos, começou a Tiwale no Malawi aos 18 anos e já treinou mais de 150 mulheres como empreendedoras, entre outras iniciativas comunitárias. Toufic Al Rjula e seus parceiros criaram o Tykn, que visa fornecer identidade auto-soberana a pessoas apátridas e refugiados. E Pezana Rexha, uma jovem arquiteta da Albânia, criou o Pana Design: Storytelling Furniture, que usa madeira recuperada para criar móveis e emprega membros da sociedade que normalmente enfrentam dificuldades para encontrar emprego, como idosos e pessoas com deficiência.

O Relatório procura contribuir para a compreensão de como o empreendedorismo social dos jovens pode apoiar o desenvolvimento dos jovens e ajudar a acelerar a implementação dos ODS. Para isso, o Relatório primeiro sintetiza a discussão atual sobre empreendedorismo social e o ancora no contexto da Agenda 2030. O capítulo 2 do relatório, em seguida, se volta para a situação da juventude e examina o clima em que o empreendedorismo social da juventude pode oferecer não apenas oportunidades de emprego, mas também apoiar outros elementos do desenvolvimento da juventude, como a participação da juventude. No terceiro capítulo, o Relatório avalia o potencial e os desafios do empreendedorismo social dos jovens como uma ferramenta de apoio à Agenda 2030 e ao desenvolvimento dos jovens em seu sentido mais amplo. Finalmente, O capítulo 4 examina primeiro como as novas tecnologias podem ser aproveitadas para enfrentar alguns desafios enfrentados pelos jovens empreendedores sociais, além de apoiar ainda mais o empreendedorismo social dos jovens em seus esforços para promover o desenvolvimento sustentável. Este último capítulo finalmente oferece orientação política para criar ecossistemas nacionais capacitadores, responsivos e sustentáveis para jovens empreendedores sociais.

Recomendações

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O relatório pede aos governos que estabeleçam políticas e estruturas reguladoras que promovam o desenvolvimento de habilidades, garantam a disponibilidade de capital e serviços financeiros adaptados, gerem suporte técnico e infraestrutura relevantes, bem como redes e mercados abertos para jovens empreendedores sociais. Também é necessário promover uma cultura e normas sociais que apoiem o empreendedorismo social dos jovens. O relatório pode ser encontrado em bit.ly/Social_da_Juventude Pará+

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Após a pandemia, devemos construir esperança através da água e do saneamento A demanda global por água está disparando, enquanto muitas fontes de água estão se tornando mais poluídas. Após a pandemia de coronavírus, precisamos construir resiliência para o futuro

Texto *Gilbert F. . Houngbo Fotos Nações Unidas/Harandane Dicko

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coronavírus parou o mundo e, enquanto a pandemia ameaça ricos e pobres, nossa capacidade de nos proteger está longe de ser igual. Enquanto aguardamos o desenvolvimento de uma vacina ou medicamento eficaz, uma boa higiene faz parte de nossa melhor defesa. Mas como você limpa as mãos e mantém sua família segura, sem um suprimento confiável de água ou um banheiro decente, sem mencionar o acesso a sabão ou desinfetante? À medida que o COVID-19 se espalha pelo mundo, as consequências do subinvestimento crônico em serviços de água e saneamento para bilhões de pessoas estão se tornando abundantemente claras. No momento, o foco global está em ajudar as famílias a sobreviver a esse surto de doença. Mas, mesmo quando superamos a pandemia e salvamos o maior número de vidas possível, precisamos construir resiliência para o futuro. Sem ação, permanecemos perigosamente vulneráveis a uma variedade de ameaças crescentes: A demanda global por água está disparando, enquanto muitas fontes de água estão se tornando mais poluídas. A agricultura está ficando mais sedenta, assim como a indústria, a manufatura e a geração de energia. As mudanças climáticas estão tornando a água mais escassa e mais imprevisível, causando estragos e deslocando milhões de pessoas. 24

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O Secretário-Geral das Nações Unidas pediu uma resposta multilateral abrangente, no valor de uma porcentagem de dois dígitos do produto interno bruto (PIB) global. O objetivo é enfrentar o choque financeiro da recessão. Mas como podemos usar esse investimento para construir o futuro mais inclusivo e sustentável que queremos e precisamos? O argumento econômico para investimentos em serviços de água potável, saneamento e higiene é claro. Nas áreas urbanas, todo dólar americano (USD) investido em saneamento básico retorna US $ 2,5 em custos médicos economizados e aumento de produtividade.

Para água potável, o retorno médio é de US $ 3,0. “À medida que o COVID-19 se espalha pelo mundo, as conseqüências do subinvestimento crônico em serviços de água e saneamento para bilhões de pessoas estão se tornando abundantemente claras”. No entanto, esses investimentos devem ir além do acesso à água potável, saneamento e higiene. Os benefícios são maximizados apenas se os investimentos fizerem parte de planos de longo prazo para garantir o gerenciamento sustentável dos recursos hídricos.

Um projeto comunitário leva água para as pequenas aldeias de Kabara e Tarabangou, no norte do Mali. Os moradores enfrentam problemas recorrentes de acesso à água potável www.paramais.com.br

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Mesmo quando superamos a pandemia e salvamos o maior número de vidas possível, precisamos construir resiliência para o futuro. Sem ação, permanecemos perigosamente vulneráveis a uma variedade de ameaças crescentes: • A demanda global por água está disparando, enquanto muitas fontes de água estão se tornando mais poluídas. • A agricultura está ficando mais sedenta, assim como a indústria, a manufatura e a geração de energia. • As mudanças climáticas estão tornando a água mais escassa e mais imprevisível, causando estragos e deslocando milhões de pessoas. Sem sistemas fortes de água e saneamento e a gestão integrada dos recursos hídricos, não podemos progredir em saúde, educação, alimentos, energia, mudanças climáticas e paz. O Secretário-Geral das Nações Unidas pediu uma resposta multilateral abrangente, no valor de uma porcentagem de dois dígitos do produto interno bruto (PIB) global. O objetivo é enfrentar o choque financeiro da recessão. A OCDE calcula que são necessários cerca de US $ 6,7 trilhões em financiamento global para infraestrutura de água. Sem sistemas fortes de água e saneamento e a gestão integrada dos recursos hídricos, não podemos progredir em saúde, educação, alimentos, energia, mudanças climáticas e paz. O COVID-19 nos conscientiza profundamente de nossa vulnerabilidade compartilhada e destino comum. No entanto, a perturbação global extraordinária causada pela pandemia oferece uma oportunidade única e uma nova esperança de “reconstruir melhor”. Com uma mudança de prioridades, podemos colocar o mundo no caminho certo para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) até 2030, incluindo o ODS 6 - água e saneamento para todos. É por isso que o sistema das Nações Unidas está estabelecendo uma estrutura global para acelerar o progresso no ODS 6. Essa iniciativa mobilizará ações entre governos, sociedade civil, setor privado e sistema das Nações Unidas. Juntos, alinharemos melhor os esforços, otimizaremos o financiamento e promoveremos mudanças transformacionais em capacidade e governança. Por meio de cinco aceleradores, a estrutura fornecerá resultados rápidos que contribuirão para o progresso na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Isso inclui metas para redução da pobreza, segurança alimentar, saúde, igualdade de gênero, paz e sustentabilidade e resiliência climática de comunidades, ecossistemas e sistemas de produção. “Sem sistemas fortes de água e saneamento e a gestão integrada dos recursos hídricos, não podemos progredir em saúde, educação, alimentação, energia, mudanças climáticas e paz”. A resposta à emergência do COVID-19 está corretamente empregando atenção e recursos para salvar vidas em todo o mundo. Mas também precisamos redobrar nossos esforços para alcançar a Agenda 2030 e os ODS. www.paramais.com.br

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Acelerar o progresso no ODS 6 nos ajudará a traçar um curso das águas turbulentas de hoje e evitar mais devastação da vida humana de possíveis pandemias futuras. Mas também precisamos redobrar nossos esforços para alcançar a Agenda 2030 e os ODS.

Acelerar o progresso no ODS 6 nos ajudará a traçar um curso das águas turbulentas de hoje e evitar mais devastação da vida humana de possíveis pandemias futuras. (*)Presidente da ONU-Água e Presidente do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA)

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A economia de reparos pode ser mais prática do que longas cadeias de suprimentos que fornecem produtos mais baratos

Oportunidades de economia circular na COVID-19 Texto *Mayuri Wijayasundara

O COVID-19 impõe restrições ao modelo econômico atual e é provável que vejamos um novo modelo operacional emergindo para nossas economias. As novas tendências estão alinhadas com os fundamentos de uma economia circular.

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COVID-19 tem várias semelhanças com a crise climática . Somos limitados pela capacidade de um sistema, seja a capacidade da natureza de rejuvenescer ou a capacidade do sistema de saúde de tratar os doentes. Somos forçados a procurar alternativas para fazer as coisas que não são mais viáveis. O COVID-19 é visto como a primeira crise do Antropoceno, onde a atividade econômica se opõe diretamente à saúde pública. Quando somos forçados a pensar em novas maneiras de fazer as coisas funcionarem, é provável que tenhamos novas tendências na maneira como produzimos, distribuímos, compramos e consumimos. Essas tendências, influenciadas por nossas novas limitações, parecem favorecer uma economia circular - a única filosofia econômica que pode atender de forma sustentável às necessidades das pessoas no longo prazo. Uma economia circular é um modelo econômico alternativo, no qual produtos e serviços são projetados com o objetivo em mente. A produção incentiva a regeneração e o reaproveitamento, permitindo que os materiais sejam desviados de volta aos ciclos de nutrientes industriais ou biológicos. O consumo e os mercados são projetados para otimizar o uso de produtos existentes, e o acesso aos produtos é incentivado à propriedade. 26

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Então, como será o mundo pós-pandemia com uma economia circular? 1. Pague pelo serviço O comportamento do consumidor foi dramático durante a pandemia. Açambarcamento, compra de pânico e até oi-jacking no nível do governo . O que uma pessoa considera essencial e como planeja enfrentar uma crise pode ser muito diferente de outra pessoa. As pessoas podem adotar uma abordagem de “colecionador”, com foco na posse de bens, ou uma abordagem de “compartilhador coletivo”, focada no compartilhamento do serviço de mercadorias. O compartilhamento de modelos desenvolvidos para a troca de produtos pode não ser percebido bem nesta pandemia devido a preocupações com a higiene. No entanto, se os modelos de serviço “pagamento por desempenho” ou “acesso sobre propriedade” estivessem em vigor, eles poderiam ter sido uma ótima solução para fornecer flexibilidade.

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Diante de uma queda na renda, os consumidores ficarão menos sobrecarregados com o pagamento de custos fixos, de possuir e operar uma máquina de lavar, por exemplo. A opção de pagar por um serviço, em vez de possuir um bem, oferece alternativas para gerenciar o consumo, reduzindo as despesas ou optando pela alternativa básica (neste caso, lavar as mãos). Os sistemas de serviço do produto projetados para evitar o contato oferecem uma excelente flexibilidade para os consumidores “aliviarem a carga” no novo mundo da incerteza.

Não será fácil alcançar a segurança no fornecimento de componentes para produção sem antecipar o acúmulo ou escassez de estoque, portanto as cadeias de produção locais podem ser consideradas mais favoráveis do que antes. A economia de reparo e as micro indústrias locais também podem ser valorizadas por fornecer um fornecimento confiável de produtos ao seu alcance, em comparação com uma longa cadeia de suprimentos que fornece um bem mais barato.

Manter a segurança alimentar e a operação contínua das linhas de suprimento é crucial para qualquer economia durante uma crise. Os países que dependem de importações continuaram achando isso um desafio. A interrupção da cadeia de suprimentos reduziu o movimento de mercadorias para seus mercados de destino, causando escassez, e a pandemia deve enviar 265 milhões de pessoas em 2020 à fome . Não há praticamente nenhuma maneira de imagiEsboço de uma economia circular narmos um futuro operando sob restrições de longo prazo sem incentivar o fornecimento alternativo local e abrir mercados locais. É isso que uma economia circular incentiva: cadeias de suprimentos locais para permitir a circulação local de fluxos de nutrientes. Quando os países facilitam o bloqueio, muitos provavelmente tentam operar com atividades restritas através das fronteiras por algum tempo, incentivando ainda mais as atividades econômicas a serem mais ou menos independentes.

Nossas necessidades de sobrevivência, comunidade, engajamento e até entretenimento foram reunidas em um único pacote de estilo de vida. Se temos disponibilidade limitada de recursos, precisamos facilitar a priorização dessas necessidades . Podemos esperar que o consumo seja agrupado e classificado, para permitir que os governos respondam rapidamente às crises em um mundo pós-pandemia. É provável que o COVID-19 prepare os governos para ter uma hierarquia de atividades que julgar cruciais para a sobrevivência, continuidade e qualquer coisa acima. A pandemia interrompeu o consumo de massa em certa medida. É muito cedo para dizer se o novo mundo após a pandemia voltará ao normal e retornará aos níveis anteriores de consumo. Em termos de serviços, alguns serão perdidos , enquanto outros interconectados e dependentes, como viagens e lazer, podem levar mais tempo para se recuperar. A transformação digital involuntária provavelmente permitirá que as organizações continuem incentivando o trabalho remoto mais do que antes, mesmo depois que o distanciamento social é facilitado. O cuidado e o tempo necessário para criar confiança para socializar também podem desempenhar um papel. O equilíbrio entre produtividade e economia de custos que parece apresentar não sugere uma provável reversão da tendência. Ainda estamos para saber qual será o “novo normal”. Passar pela pandemia mudará a maneira como pensamos e nossa atitude em relação ao risco. Os estrategistas da economia circular precisam superar a crise com o próximo nível de pensamento para reformular a formulação da nova economia, para que ela seja mais consciente do ambiente e responsável do que a anterior.

2. Autocontrole e consumo local

Muitos alimentos contam com uma cadeia de suprimentos internacional altamente complexa - geralmente passando por vários países a caminho dos pratos dos consumidores

4. Limitar o consumo, com base em limitações de capacidade e prioridade

(*)Professor na Universidade Deakin

(**)Em Plataforma de Ação COVID do Fórum Econômico Mundial

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3. Cadeias de suprimentos curtas e dependência reduzida além das fronteiras A des globalização é uma tendência clara que vemos após o COVID-19. O comércio mundial deverá contrair entre 13% e 32% em 2020, o que indica não apenas produtos acabados, mas também materiais e componentes utilizados na produção industrial. A dependência de cadeias de suprimentos internacionais pode começar a ser vista como mais arriscada do que a aquisição local de produtos e componentes. À medida que as fronteiras se tornam barreiras para o livre fluxo de material, o pássaro na mão pode valer mais do que dois no mato.

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Como serão nossas cidades depois do COVID-19?

Texto *University of British Columbia Fotos CCO Domain Public, UBC

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s últimos meses foram um período altamente incomum, pois as pessoas se abrigavam no local para impedir a propagação do COVID-19. Escolas, ruas e estádios ficaram em silêncio, os pontos de interesse turístico se tornaram cidades fantasmas e o tráfego nas calçadas consistiu em grande parte de entregas de mantimentos e alimentos. Em um artigo publicado estarecentemente na Cities & Health , os especialistas em planejamento da UBC Jordi Honey-Rosés e Erick Villagomez analisaram as implicações dessas mudanças no planejamento da cidade e no design do espaço. Juntamente com outros estudiosos do Chile, China, México, Índia e Espanha, eles analisaram as medidas adotadas pelas principais cidades para lidar com a pandemia e como esses esforços transformaram e continuam a transformar a vida urbana. Os pesquisadores dizem que a pandemia está transformando a construção da cidade , o design, os fluxos de energia, os padrões de mobilidade, as preferências de moradia, os espaços verdes e os sistemas de transporte. Muitas dessas mudanças podem ser temporárias, enquanto outras podem ser permanentes. “Em alguns casos, as cidades estão acelerando a implementação das mudanças que já estavam realizando, como implantação de infra-estrutura de bicicleta planejada, projetos de acalmação de ruas ou redesenho de calçadas. Em outros casos, planejadores e vizinhos estão inventando as coisas à medida que avançam. junto, experimentando, testando e confiando em intervenções de baixo custo “, disse Honey-Rosés, professora associada da Escola de Planejamento Comunitário e Regional da UBC. 28

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Erick Villagomez, um professor de meio período na escola, observou a queda no tráfego de pedestres associado à atividade comercial durante o COVID-19. De acordo com o Relatório de Mobilidade mais recente do Google, a mobilidade associada ao varejo e recreação no Canadá ainda permanece cerca de 17% abaixo dos níveis médios de janeiro a fevereiro.

“Embora essa taxa continue subindo lentamente, o tráfego reduzido de pedestres até o momento já teve fortes efeitos em muitas empresas locais , muitas das quais tiveram que fechar suas portas indefinidamente. Essa tendência provavelmente continuará até que seja viável uma solução viável para a pandemia. encontrado “, disse Villagomez. A longo prazo, os pesquisadores observam novas mudanças, com as cidades provavelmente buscando implementar projetos de baixo custo e temporários para acalmar ruas e pedestres. “As ruas podem precisar ser redesenhadas. Com as compras on-line e a entrega de comida em casa decolando, há uma enorme demanda por estacionamento na calçada, não apenas para atender às novas necessidades de entrega, mas também para liberar espaço para os pedestres”, disse Honey- Rosés. Eles acrescentam que a aparência das cidades que dependem do turismo mudará, tanto de maneira negativa quanto positiva. As empresas podem continuar lutando, mas há um interesse crescente em construir um ambiente mais favorável aos pedestres. Em Toronto, por exemplo, o City acelerou os planos de instalar uma infraestrutura de ciclismo ao longo da popular Danforth Avenue como parte dos planos de alívio da COVID-19. Além disso, agora há uma apreciação maior da importância de oferecer oportunidades facilmente acessíveis para o desfrute da natureza e uma diversidade de atividades recreativas. As cidades podem revisitar o potencial de espaços não utilizados, como áreas de brownfield e telhados de edifícios, citando a quantidade impressionante de telhados que são subutilizados em muitas cidades e podem ser convertidos em jardins no último piso. Com o tempo, os pesquisadores dizem que nosso senso de lugar e

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espaço pode ser permanentemente transformado. “O espaço público ainda pode ser um local de interação social, mas pode ser mais difícil para o espontâneo e informal.

A pandemia pode limitar nossa capacidade de desenvolver novos relacionamentos, especialmente entre estranhos”, afirmou Honey-Rosés. Do lado positivo, a pandemia nos deu uma oportunidade sem precedentes de examinar as ligações entre planejamento urbano, espaço público e bem-estar, acrescentou. “Nossa cidade futura não é predeterminada, mas será o resultado de decisões específicas sobre o espaço público. Esperamos que os cidadãos conversem com seus líderes e se reúnam com profissionais de planejamento

e políticas para construir cidades mais saudáveis durante esta crise e além”. Villagomez, que escreveu extensivamente sobre as implicações de transformar as cidades para atender aos protocolos de distanciamento social padrão de dois metros, observa que os espaços cotidianos que habitamos foram moldados por milênios com base em dimensões muito menores - sendo de três a quatro pés o mais comum.“No momento, as pessoas estão tentando adaptar sistemas, comporta-

mentos e espaços construídos com base em distâncias de três a quatro pés às dimensões sociais de maior distanciamento. Os resultados foram muito interessantes, mostrando muita criatividade e inovação. Mas é também já é evidente que as cidades não podem e não mudarão completamente em todos os aspectos para permitir um distanciamento de um metro e oitenta. Isso continuará a evoluir à medida que as restrições mudarem “, acrescentou Villagomez.

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Atos não tão aleatórios: a ciência acha que ser gentil compensa Atos de bondade podem não ser tão aleatórios, afinal. A ciência diz que ser gentil compensa. Pesquisas mostram que atos de bondade nos fazem sentir melhor e mais saudável. A bondade também é fundamental para a maneira como evoluímos e sobrevivemos como espécie, dizem os cientistas. Nós somos conectados para ser gentis. Texto *Seth Borenstein

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bondade “é tão criada em nossos ossos quanto nossa raiva, nossa luxúria ou nossa dor, ou nosso desejo de vingança”, disse o psicólogo da Universidade da Califórnia em San Diego Michael McCullough, autor do próximo livro “Kindness of Strangers”. É também, ele disse, “a principal característica que damos como certa”. A pesquisa científica está crescendo na bondade humana e o que os cientistas descobriram até agora fala bem de nós. “A bondade é muito mais antiga que a religião. Parece ser universal ”, disse o antropólogo da Universidade de Oxford Oliver Curry, diretor de pesquisa da Kindlab. “A razão básica pela qual as pessoas são gentis é que somos animais sociais”. Valorizamos a bondade sobre qualquer outro valor. Quando os psicólogos agruparam valores em dez categorias e perguntaram às pessoas o que era mais importante: benevolência ou bondade, elas se destacam, superando o hedonismo, tendo uma vida emocionante, criatividade, ambição, tradição, segurança, obediência, buscando justiça social e buscando poder, disse.

A psicóloga da Universidade de Londres, Anat Bardi, que estuda sistemas de valores. “Somos gentis porque, nas circunstâncias certas, todos nos beneficiamos da gentileza”, disse Curry, de Oxford. Quando se trata da sobrevivência de uma espécie, “a bondade paga, a amizade paga”, disse o antropólogo evolucionário da

Universidade Duke, Brian Hare, autor do novo livro “Survival of the Friendliest”. Bondade e cooperação funcionam para muitas espécies, sejam bactérias, flores ou nossos companheiros primatas bonobos. Quanto mais amigos você tem, mais pessoas ajudam, mais bem-sucedido é, disse Hare. Por exemplo, Hare, que estuda bonobos e outros primatas, compara chimpanzés agressivos, que atacam pessoas de fora, a bonobos onde os animais não matam, mas ajudam estranhos. Os bonobos machos são muito mais bem-sucedidos no acasalamento do que seus homólogos de chimpanzés, disse Hare. McCullough vê os bonobos como mais as exceções. A maioria dos animais não é gentil ou prestativa com estranhos, apenas parentes próximos, de modo que esse é um dos traços que nos separam de outras espécies, disse ele.

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A professora de psicologia da Universidade da Califórnia em Riverside, Sonja Lyubomirsky, colocou esse conceito à prova em inúmeras experiências ao longo de 20 anos e constatou repetidamente que as pessoas se sentem melhor quando são gentis com os outros, mais ainda do que quando são gentis consigo mesmas. “Atos de bondade são muito poderosos”, disse Lyubomirsky. Em um experimento, ela pediu aos sujeitos que fizessem mais três atos de bondade por outras pessoas por semana e pediu a um grupo diferente que fizesse três atos de bondade. Eles podem ser pequenos, como abrir uma porta para alguém, ou grandes. Mas as pessoas que eram gentis com os outros ficaram mais felizes e se sentiram mais conectadas ao mundo. O mesmo ocorreu com o dinheiro, usando-o para ajudar os outros versus ajudar a si mesmo. Lyubomirsky disse que acha que é porque as pessoas passam muito tempo pensando e se preocupando consigo mesmas e quando pensam nos outros enquanto praticam atos de bondade, isso os redireciona para longe de seus próprios problemas. Curry, de Oxford, analisou pesquisas revisadas por pares como a de Lyubomirsky e encontrou pelo menos 27 estudos mostrando a mesma coisa: Ser gentil faz as pessoas se sentirem melhor emocionalmente.

Mas não é apenas emocional. Isso é físico. Lyubomirsky disse que estudou pessoas com esclerose múltipla e descobriu que elas se sentiam melhor fisicamente ao ajudar outras pessoas. Ela também descobriu que, nas pessoas que praticam mais atos de bondade, os genes que desencadeiam a inflamação foram diminuídos mais do que nas pessoas que não o fazem. E ela disse que nos próximos estudos, ela encontrou mais genes antivirais em pessoas que realizaram atos de bondade.

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E isso, ele disse, é por causa da capacidade humana de raciocinar. Os seres humanos percebem que não há muita diferença entre nossos parentes próximos e estranhos e que algum dia os estranhos podem nos ajudar se formos bons com eles, disse McCullough. O raciocínio “é o ingrediente secreto, e é por isso que doamos sangue quando ocorrem desastres” e por que a maioria dos países industrializados gasta pelo menos 20% de seu dinheiro em programas sociais, como moradia e educação, disse McCullough. Duke’s Hare também aponta para mamãe ursos para entender a evolução e a biologia da bondade e seu lado agressivo e desagradável. Ele disse que os estudos apontam para certas áreas do cérebro, o córtex pré-frontal medial, a junção parietal temporal e outros pontos, como ativados ou atenuados pela atividade emocional. Os mesmos lugares nos dão a capacidade de nutrir e amar, mas também de desumanizar e excluir, disse ele. Quando as mães ursos estão alimentando e nutrindo seus filhotes, essas áreas do cérebro são ativadas e isso lhes permite ser generosos e amorosos, disse Hare. Mas se alguém se aproximar da mãe urso naquele momento, ele definirá os mecanismos de ameaça do cérebro nos mesmos lugares. O mesmo urso se torna o mais agressivo e perigoso. Hare disse que vê isso em humanos. Algumas das mesmas pessoas que são generosas com a família e amigos íntimos, quando se sentem ameaçadas por pessoas de fora, ficam mais irritadas. Ele aponta para a atual polarização do mundo. “É mais provável que grupos mais isolados se sintam ameaçados por outros e que eles mais excluem moralmente, desumanizam”, disse Hare. “E isso abre a porta para a crueldade.” Mas, em geral, nossos corpos não são apenas programados para serem agradáveis, eles nos recompensam por sermos gentis, disseram os cientistas. “Fazer bondade o deixa mais feliz e ser feliz faz com que você faça atos gentis”, disse o economista trabalhista Richard Layard, que estuda felicidade na London School of Economics e escreveu o novo livro “Podemos ser mais felizes?”

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Turismo na órbita da Terra

A Virgin Galactic diz que parte do acordo inclui o desenvolvimento de um “programa privado de prontidão para astronautas orbitais”. Isso significa que a Virgin Galactic identificará potenciais turistas espaciais e criará “pacotes de treinamento” para prepará-los para o lançamento, o pouso e a vida no espaço. Segundo a Virgin Galactic, isso já está em andamento. A empresa criou um programa personalizado Future Astronaut Readiness para pessoas que saem do Spaceport America no Novo México. Os passageiros do local se familiarizarão com o meio ambiente no espaço, incluindo forças G e zero G. Cidadãos particulares que desejam viajar para o espaço poderão usar as instalações para treinar antes de viajar para a órbita da Terra.

Fotos Press Association, Virgin Galactic

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O veículo (à direita) é o acompanhamento do primeiro avião da Virgin Galactic, o VSS Unity. Eles poderiam levar turistas ao espaço já neste ano

Virgin Galactic assinou um “contrato espacial” com a Nasa para levar “milhares” de turistas à órbita da Terra. O acordo histórico permitirá que cidadãos particulares recebam treinamento de astronautas, sejam lançados no espaço - e potencialmente levados a bordo da Estação Espacial Internacional. A empresa de foguetes espaciais de Richard Branson promete ajudar a criar uma “economia robusta” no espaço. E se unirá à Nasa para transportar com segurança os ricos terráqueos de e para a ISS. “Estamos empolgados em fazer parceria com a Nasa neste programa de voo espacial orbital privado”, disse George Whitesides, chefe da Virgin Galactic. “Queremos trazer a perspectiva planetária para muitos milhares de pessoas”.

Avião espacial da Virgin Galactic VSS Unity retratado em voo

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A Virgin Galactic planeja cobrar £ 200.000 um bilhete para o lançamento de passageiros de um espaçoporto no Novo México a partir de 2020. A empresa realizou dezenas de vôos de teste - incluindo o primeiro lançamento bem-sucedido de seu foguete de turismo no espaço em dezembro de 2018. Mais de 600 pessoas já pagaram £ 64,2 milhões em depósitos à empresa para garantir seus ingressos nos primeiros voos espaciais. Branson afirmou anteriormente que voaria em um dos aviões espaciais de sua empresa este ano, com os primeiros vôos comerciais subindo alguns meses depois. Um porta-voz disse à Sun no mês passado: “Estamos trabalhando para uma operação comercial em 2020”. www.paramais.com.br

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Porto espacial recém-inaugurado da Virgin Galactic no Novo México

Esse é um objetivo bastante ambicioso e vale a pena levar com uma pitada de sal, pois a empresa de Branson tem repetidamente atingido seus objetivos de lançamento. O bilionário fundou a Virgin Galactic em 2004 e previu inicialmente que o primeiro voo espacial seria lançado em 2009. A data foi repetidamente adiada devido a problemas técnicos. Se tudo der certo, os fãs do espaço serão lançados a mais de 80 quilômetros acima da Terra - um ponto em que a Nasa define os viajantes como astronautas. Os passageiros embarcarão no SpaceShipTwo, um avião espacial projetado para transportar seis passageiros e dois pilotos. É transportado no ar por um grande avião antes de partir e aumentar o zoom para uma altitude de cerca de 100 quilômetros. Com um preço elevado de US$250.000(£ 175.000), cerca de R$ 1.302.225.00, por passagem, o vôo de 90 minutos está sendo destinado a celebridades e caçadores de emoções, assim como a pesquisadores. Branson disse que “em última análise” ele gostaria de ver o preço cair tão baixo quanto $ 40.000 (30.700 libras), cerca de R$ 210.000.00, na próxima década.

É provável que as viagens à ISS custem muito mais.

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Richard Branson, CEO da Virgin Galactic mostra o primeiro traje espacial para viagens espaciais à órbita da Terra, ainda neste 2020

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A dança do Corridinho no Algarve

Texto *Anete Costa Ferreira

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região do Algarve ao sul de Portugal fica a 370 kilômetros de Lisboa, com acesso por via aérea, ferroviária, rodoviária e marítima. É considerado um dos lugares de maior afluência turística de Portugal, em vários aspectos, privilegiado por seu clima, muitas praias cuja água esverdeada encanta a quantos a visitam. Dentre as inúmeras opções que oferece aos visitantes na estação do Verão, destaca-se a dança do Corridinho. A mesma consiste num bailado ao som do fole, da flauta ou do acordeon. A dança divide-se em duas partes: o corridinho propriamente dito e o rodado que é apresentado em sentido contrário. Quando a segunda parte da roda é a mais mexida os parceiros abandonam os passos conhecidos e o par rodopeia sempre no mesmo lugar num passo especial a que dão o nome de escovinha. Para alguns estudiosos o corridinho é um bailado de origem portuguesa e a região de maior afluência é o Algarve, sendo muito utilizada por grupos etnográficos e folclóricos que segundo registros remonta às danças palacianas, recriadas e adaptadas aos bailes populares de finais de semanas. Para outros,porém, é uma dança folclórica proveniente da Europa Central, adotada em Portugal, especialmente nas regiões do Algarve e do Alentejo, onde se tornaram dança típica. O instrumento fundamental de uso nas danças algarvias, é o acordeon, o qual chegou à Região nos finais do século XIX, tendo grande aceitação pela população local. Os tocadores juntaram melodias e ritmos da polca mazurca aos velhos bailes de roda, originando a riqueza ritmica e harmoniosa dos ranchos folclóricos, que na dança incorporaram influência de vários povos com que cruzaram. 34

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As mulheres trajam saia comprida, de cor única, barra de fitas coloridas; saiote branco com rendas; blusa estampadas de flores, mangas compridas, enfeitadas com rendas; avental pequeno branco ou florido com rendas: meias altas, brancas de linho rendadas;

botas de meio cano, cor castanha, tendo na cabeça lenço florido e chapéu de feltro. Para os homens, o traje é: calça preta, meias brancas; botas de meio cano pretas ou sapato preto; camisa branca; colete preto; lenço vermelho no pescoço; cinta preta ou azul escuro e chapéu preto. A gastronomia algarvia é rica podendo atender ao mais exigente paladar. Vejamos: sopa de mariscos, polvo seco assado no forno, arroz de Lingueirão, choqinhos à Algarvia com arroz de tinta de choco, Caracóis com orégano, arroz da horta com atum, Cataplana de ameijoas, etc. Para sobremesa a escolha pode ser: frutos da época, docinhos de maçã. Pastéis de gemas de ovos, folhados do Olhão, bolo de arroz com maçã e canela, dentro outras iguarias. O vinho da região é presença constante. Uma visita à região é válida para conhecer a cultura, desfrutar as belezas da Natureza, conhecer os usos e costumes e participar na dança do Corridinho no Algarve. (*) Correspondente em Portugal

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