Pará+ 252

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OS IMPACTOS DAS ONDAS DE CALOR

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EDIÇÃO 252 BELÉM-PARÁ WWW.PARAMAIS.COM.BR R$ 19,99 ISSN 16776968 7 71677 69 6 124 92 5 2 0 0
CARAVANA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA BIOFILME FEITO DE AÇAÍ E MANDIOCA

A avaliação da primeira metade da atual gestão municipal de Paragominas apresentou resultados excepcionais. Em dois anos de trabalho, foi realizado um volume de serviços e obras, como nunca houve na cidade. Beneficiando as áreas da saúde, infraestrutura, meio ambiente, cultura e educação em todos os bairros e localidades da zona rural. Nesse período, 230 obras marcaram a administração, contabilizando a construção de quatro modernas pontes de concreto, mais de uma centena de casas populares, construções de UBS, reforma e modernização de dezenas de escolas e do Mercado Municipal, pavimentação e asfaltamento de vias em quase todos os bairros da cidade. Ainda foram realizadas obras de saneamento, que incluíram perfuração de poços profundos, construção de reservatórios e de adutoras para atender a milhares de famílias. Tudo isto, só na primeira metade da gestão. Vem muito mais por aí, muito mais.

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PUBLICAÇÃO

Editora Círios SS Ltda

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Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799

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ÍNDICE

EDITORA CÍRIOS

DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; COLABORADORES*: Aditi Gurkar, Ph.D , Aline Seabra, Annegret Stuhr/GEOMAR (CC-BY 4.0, Ascom UFPA, CF2023/ CNBB, Evaldo Júnior, Katherine Harmon Courage, Nucom Seac, Rebeca Amaral, Roberta Meireles, Ronaldo G. Hühn, Segup; FOTOGRAFIAS: Alexandre de Moraes, Alzheimer’s Research UK, Ann Richardson, Bruno Cecim / Ag.Pará, Bruno Laviola, Cognition and Aging Study, Danielle Claar/Victoria University/ AFP/Getty Images, Divulgação, EPA, Evandro Carlos Barros, Feisal Omar/Reuters, Goreti Braga, Internet, Ira T. Nicolai/ The Image Bank via Getty Images, Jonkers et al. (2019), NOAA Marcelo Seabra/Ag. Pará, Marco Santos/Ag. Pará, Mike Blake/Reuters, Murilo Fazolin, Klaus Vedfelt/DigitalVision via Getty Images, Ricardo Cavolo/The Guardian, Sarah Prestes, Tonaquatic/Getty Images Unsplash/ Hitesh Choudhary, Victor Nylander/ Nucom Seac, Vivian Chies, WEF; DESKTOP: Rodolph Pyle; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios

* Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.

CAPA

Caroços de Açaí usados para pesquisas. Foto: Arquivo Pará+

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RECICLE ESTAREVISTA

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NESTA EDIÇÃO 252 - MARÇO - 2023 Aumento de ondas de calor marinhas deve impactar organismos da base da cadeia alimentar 24 Ouro Verde: Biomassa torrificada para substituir Carvão e Petróleo 33 A maior migração da Terra acontece na escuridão todos os dias 27 20 18 ESTUDANTE DESENVOLVE BIOFILME DE AÇAÍ E MANDIOCA “CARAVANA DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA” LEVA CONHECIMENTO CIENTÍFICO A TODAS AS REGIÕES DO PARÁ Campanha da Fraternidade 2023 06 El Niño vai tornar as ondas de calor assustadoras neste 2023 22 16 13 08 SECRETARIA DE ESTADO DA MULHER MULHERES NEGRAS E QUILOMBOLAS SÃO DESTAQUE EM PROGRAMAÇÃO NA USIPAZ TERRA FIRME A IDADE BIOLÓGICA É UM INDICADOR DE SAÚDE MELHOR DO QUE O NÚMERO DE ANOS QUE VOCÊ VIVEU, MAS É DIFÍCIL DE MEDIR
POR FAVOR

Campanha da Fraternidade 2023

A

Mensagem do Papa Francisco para a Campanha da Fraternidade 2023

Queridos irmãos e irmãs do Brasil!

Com o início da Quaresma, somos convidados a preparar-nos, através das práticas penitenciais do jejum, da esmola e da oração, para a celebração da vitória do Senhor Jesus sobre o pecado e a morte.

Para inspirar, iluminar e integrar tais práticas como componentes de um caminho pessoal e comunitário em direção à Páscoa de Cristo, a Campanha da Fraternidade propõe aos cristãos brasileiros o horizonte das “políticas públicas”. Muito embora aquilo que se entende por política pública seja primordialmente uma responsabilidade do Estado cuja finalidade é garantir o bem comum dos cidadãos, todas as pessoas e instituições devem se sentir protagonistas das iniciativas e ações que promovam “o conjunto das condições de vida social que permitem aos indivíduos, famílias e associações alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição” (Gaudium et spes, 74).

Cientes disso, os cristãos - inspirados pelo lema desta Campanha da Fraternidade “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,28) e seguindo o exemplo do divino Mestre que “não veio para ser servido, mas para servir” (Mt 20,28) - devem buscar uma participação mais ativa na sociedade como forma concreta de amor ao próximo, que permita a construção de uma cultura fraterna baseada no direito e na justiça. De fato, como lembra o Documento de Aparecida, “são os leigos de nosso continente, conscientes de sua chamada à santidade em virtude de sua vocação batismal, os que têm de atuar à maneira de um fermento na massa para construir uma cidade temporal que esteja de acordo com o projeto de Deus” (n. 505).

De modo especial, àqueles que se dedicam formalmente à política - à que os Pontífices, a partir de Pio XII, se referiram como uma “nobre forma de caridade” (cf. Papa Francisco, Mensagem ao Congresso organizado pela CAL-CELAM, 1/ XII/2017) – requer-se que vivam “com paixão o seu serviço aos povos, vibrando com as fibras íntimas do seu etos e da sua cultura, solidários com os seus sofrimentos e esperanças; políticos que anteponham o bem comum aos seus interesses privados, que não se deixem intimidar pelos grandes poderes financeiros e mediáticos, sendo competentes e pacientes face a problemas complexos, sendo abertos a ouvir e a aprender no diálogo democrático, conjugando a busca da justiça com a misericórdia e a reconciliação” (ibid.).

Refletindo e rezando as políticas públicas com a graça do Espírito Santo, faço votos, queridos irmãos e irmãs, que o caminho quaresmal deste ano, à luz das propostas da Campanha da Fraternidade, ajude todos os cristãos a terem os olhos e o coração abertos para que possam ver nos irmãos mais necessitados a “carne de Cristo” que espera “ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós” (Bula Misericórdia vultus, 15). Assim a força renovadora e transformadora da Ressurreição poderá alcançar a todos fazendo do Brasil uma nação mais fraterna e justa. E para lhes confirmar nesses propósitos, confiados na intercessão de Nossa Senhora Aparecida, de coração envio a todos e cada um a Bênção Apostólica, pedindo que nunca deixem de rezar por mim.

Franciscus PP.

Aos nossos amigos e clientes uma Feliz e abençoada Páscoa

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Texto *Lilian Guedes Fotos Marco Santos / Ag. Pará
CF 2023 tem como objetivo geral “sensibilizar a sociedade e a Igreja para enfrentarem o flagelo da fome, sofrido por uma multidão de irmãos e irmãs, por meio de compromissos que transformem esta realidade a partir do Evangelho de Jesus Cristo”
casacontente @casa_contente Av. Senador Lemos, 1560 Telégrafo Padre Eutíquio, 1198. Próximo ao Shopping. Pedro Miranda, 1433. Esq. com a Barão do Triunfo. (91) 3222-4751 Uma Homenagem:

Páscoa da Ressurreição

A Páscoa é uma das principais comemorações da tradição cristã – senão a principal – porque evidencia a importância na crença da ressurreição de Cristo. A importância que a ressurreição de Cristo tem dentro do cristianismo é reforçada por uma fala do apóstolo Paulo em I Coríntios 15:14: “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé”.

O trecho reforça que, sem a Páscoa, ou seja, sem a crença na ressurreição, não haveria sentido na prática da fé cristã. A morte e ressurreição de Cristo são particularmente importantes, pois, para os cristãos, o ato de Cristo oferecer-se em sacrifício salvou a humanidade de seus próprios pecados e deu-lhes a perspectiva de uma nova vida.

A Ressurreição de Cristo quebrou as garras da morte, garantiu a promessa da salvação. O sepulcro vazio nos abriu a perspectiva e a realidade da imortalidade, tornou-se comprovação de que a Palavra, que se tornou Carne e esteve entre nós, concede a cada um, a cada uma de nós uma parcela de Sua própria vitória. Nós, que nos “revestimos em Cristo”, acreditamos que as Suas palavras – “Lá onde eu estiver, quero que vós também estejais” – são verdadeiras.

A Páscoa é o triunfo da vida! Da esperança, da fé e do amor!

Festa da vida - somos convidados a libertar-nos de todo tipo de escravidão para vivermos a vida em sua plenitude.

Festa da esperança - a ressurreição de Cristo enche nosso coração de esperança e instaura um novo tempo diante dos sofrimentos. Esperança e fé andam juntas e são elas que nos dão forças para não desistirmos, para irmos em frente, acreditando que as coisas podem mudar.

Festa da fé – a fé e uma força interior poderosa que nos possibilita quebrar barreiras aparentemente difíceis de serem superadas, ela é a “força motriz da vida” que nos motiva quando estamos desanimados, nos dá forças para continuarmos a lutar quando fracassamos, nos mantêm firmes quando passamos por momentos difíceis e nos faz sorrir quando somos feridos pela dor da desilusão.

Festa do amor - a aliança de amor e comunhão realizada entre Deus e o homem em Jesus, dá sentido à nossa vida e nos entusiasma a continuar lutando pela construção de uma sociedade fundamentada no amor e na solidariedade.

A Igreja celebra a Páscoa na sua liturgia do Tríduo Santo que culmina com a celebração da Páscoa de Cristo Ressuscitado, que se estende pelos 50 dias que ocorrem entre a Páscoa e a solenidade de Pentecostes, quando Jesus concede aos apóstolos e à algumas mulheres, entre elas Maria, a mãe de Jesus, o dom do Espírito Santo.

Cristo Ressuscitou! A Sua paz esteja conosco e com os que sonham e lutam por um mundo mais justo, fraterno e cheio de vida.

Jesus ressuscitou, Feliz Páscoa!

A idade biológica é um indicador de saúde melhor do que o número de anos que você viveu, mas é difícil de medir

A ciência por trás do futuro do envelhecimento

Você já acordou alguns dias e pensou: “Quando eu era mais jovem, conseguia sobreviver com apenas quatro horas de sono, mas agora parece que preciso de 10”? Ou você já saiu da academia e “sentiu” seus joelhos?

Quase todo mundo experimenta esses tipos de sinais de envelhecimento. Mas há algumas pessoas que parecem desafiar sua idade. A falecida juíza da Suprema Corte dos EUA Ruth Bader Ginsberg permaneceu no banco até sua morte aos 87 anos. A juíza do “Great British Bake Off” Mary Berry , agora na casa dos 80 anos, continua a inspirar pessoas em todo o mundo a assar e aproveitar a vida. E o ator Paul Rudd foi nomeado o “homem mais sexy do mundo” da revista People em 2021 aos 52 anos, enquanto ainda parecia ter 30 anos. A idade é apenas um número então?

Os pesquisadores concentraram muita atenção na compreensão das causas e fatores de risco de doenças relacionadas à idade, como Alzheimer, demência, osteoporose e câncer. Mas muitos ignoram o principal fator de risco para todas essas doenças: o próprio envelhecimento. Mais do que qualquer fator de risco individual, como fumar ou falta de exercício, o número de anos que você viveu prediz o aparecimento da doença.

Texto *Universidade de Liège (Bélgica) Fotos Ann Richardson, Ira T. Nicolai/The Image Bank via Getty Images, Klaus Vedfelt/DigitalVision via Getty Images, Susan Jodas As medidas do Healthspan incorporam a qualidade de vida de uma forma que o tempo de vida não incorpora

De maior expectativa de vida a maior expectativa de saúde (e expectativa de vida)

De A a B : A medicina padrão aumenta a expectativa de vida ao prevenir a morte por doenças relacionadas à idade. Ao mesmo tempo, aumenta o número de idosos que sofrem de doenças relacionadas à idade.

A relação entre o tempo de vida e o tempo de vida é diminuída. De B a C : A intervenção antienvelhecimento retardará o envelhecimento e retardará o aparecimento de doenças relacionadas à idade. Isso, em teoria, restaurará uma proporção entre o tempo de vida e o tempo de vida.

De fato, o envelhecimento aumenta o risco de múltiplas doenças crônicas em até mil vezes. No entanto, não há duas pessoas com a mesma idade . Embora a idade seja o principal fator de risco para várias doenças crônicas, ela não é um indicador confiável da rapidez com que seu corpo vai declinar ou da suscetibilidade a doenças relacionadas à idade. Isso porque existe uma diferença entre sua idade cronológica, ou seja, o número de anos de vida, e sua idade biológica – sua capacidade física e funcional.

Sou um cientista interessado em redefinir “idade”. Em vez de comparar a idade cronológica, meu laboratório investe na medição da idade biológica.

A idade biológica é uma medida mais precisa do tempo de vida , ou anos vividos com boa saúde, do que a idade cronológica, e não se correlaciona diretamente com rugas e cabelos grisalhos.

Os idosos experimentam uma taxa mais rápida de deterioração funcional em relação à sua idade cronológica.

Minha avó, que viveu até os 83 anos, mas estava acamada e não conseguia se lembrar de quem eu era nos últimos anos de sua vida, envelheceu rapidamente.

O meu avô, por outro lado, também viveu até aos 83 anos, mas era ativo, funcional e até fazia os trabalhos de casa comigo até falecer – era um idoso saudável.

Uma homenagem: Páscoa, mento de união, de reflexão, de v a vida difente. Jesus morreu e ressuscou pa mos ao mundo o vdadeo sendo da vida. Feliz Páscoa pa nosso amigos e clientes Ed. ASPE B Office Av. Almirante Barroso, 700 5° andar Marco - Belém - Pará Fone: (91) 4009 7600 www.aspeb.com.br

Com o crescimento sem precedentes do envelhecimento da população mundial , acredito que descobrir maneiras de medir a idade biológica e como manter ou retardar seu avanço é fundamental não apenas para a saúde individual, mas também para a saúde social, política e econômica de nossa sociedade.

A detecção precoce de envelhecimento rápido apresenta uma oportunidade de atrasar, mudar ou até mesmo reverter a trajetória do envelhecimento biológico.

Genética e idade biológica

O envelhecimento biológico é multifacetado. Surge de uma mistura complexa de características genéticas e é influenciada por fatores como composição do microbioma, ambiente, estilo de vida, estresse, dieta e exercícios.

Antigamente, pensava-se que a genética não tinha influência no envelhecimento ou na longevidade. No entanto, no início dos anos 1990, os pesquisadores relataram os primeiros estudos identificando genes capazes de prolongar a vida útil de uma pequena lombriga. Desde então, várias observações suportam a influência da genética no envelhecimento.Por exemplo, filhos de pais longevos e mesmo aqueles com irmãos longevos tendem a viver mais . Os pesquisadores também identificaram vários genes que influenciam a longevidade e desempenham um papel na resiliência e proteção contra o estresse.

Isso inclui genes que reparam o DNA, protegem as células dos radicais livres e regulam os níveis de gordura.No entanto, está claro a partir de estudos em gêmeos idênticos – que compartilham os mesmos genes, mas não exatamente o mesmo tempo de vida – que os genes não são o único fator que influencia o envelhecimento.

Na verdade, os genes provavelmente respondem por apenas 20% a 30% da idade biológica . Isso sugere que outros parâmetros podem influenciar fortemente o envelhecimento biológico.

Efeitos ambientais e de estilo de vida

Pesquisadores descobriram que fatores ambientais e de estilo de vida influenciam fortemente a idade biológica, incluindo conexões sociais, hábitos de sono , consumo de água , exercícios e dieta. A conexão social é essencial para o bem-estar ao longo da vida. Mas as conexões sociais podem ser difíceis de manter ao longo do tempo devido à perda de familiares e amigos, depressão, doença crônica ou outros fatores.

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Pesquisadores descobriram que fatores ambientais e de estilo de vida influenciam fortemente a idade biológica Mais do que a idade em si, o que tem a ver com uma imagem com a qual eles não podem – ou não irão – se identificar A relação social e a atividade física estão ligadas ao bem-estar ao longo da vida

Atualmente, não existe um teste eficaz para prever a trajetória de saúde de um indivíduo com antecedência suficiente para intervir e melhorar a qualidade de vida com a idade.

Os cientistas estão interessados em identificar uma molécula que seja sensível e específica o suficiente para servir como uma impressão digital única para a idade biológica . Considerar a saúde e a resiliência do indivíduo em vez de focar apenas no estado de doença é importante nas discussões sobre a idade biológica.

A resiliência é o estado de adaptação e recuperação de um desafio de saúde e geralmente é mais preditiva da saúde funcional. Uma impressão digital do envelhecimento molecular pode fornecer uma ferramenta para ajudar a identificar pessoas que são menos resilientes e requerem monitoramento mais agressivo e intervenção precoce para preservar sua saúde e ajudar a reduzir as disparidades de saúde de gênero, raça e etnia.

Existem vários marcadores moleculares promissores que podem servir como impressões digitais da idade biológica

Um desses marcadores são os relógios epigenéticos. Epigenética são modificações químicas do DNA que controlam a função do gene.

Vários cientistas descobriram que o DNA pode ser “marcado” por grupos metil em um padrão que muda com a idade e pode potencialmente atuar como uma leitura do envelhecimento.

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Alme jamos aos nossos Ami gos e C lientes FE LIZ PÁ SCOA! EXAMES+ARMAÇÃO E LENTES ANTI-REFLEXO R$74,99 POR 2XDE e Populares em Geral quarta tem! *valor sujeito a correção Uma leitura do envelhecimento Vários estudos relataram uma forte ligação entre isolamento social e aumento do estresse, morbidade e mortalidade. Da mesma forma, dieta e exercícios são fortes influenciadores da idade biológica. As zonas azuis, que são áreas ao redor do mundo onde as pessoas vivem vidas longas, atribuem seu envelhecimento bem-sucedido à dieta, exercícios e conexões sociais. Principalmente refeições à base de plantas e surtos de atividade ao longo do dia são “segredos” bem conhecidos de saúde e longevidade. Embora estudos mais recentes sobre os efeitos de intervenções dietéticas, como jejum intermitente e alimentação com restrição de tempo na longevidade, não tenham sido rigorosamente testados, eles mostram vários benefícios à saúde, incluindo melhor regulação da glicose e da insulina. Embora a genética seja difícil de controlar, a dieta e o exercício podem ser modificados para retardar o envelhecimento biológico.
Como medir a idade biológica
A idade avançada é muito mais do que o número de aniversários que você tem

É importante notar, no entanto, que embora os relógios epigenéticos tenham sido valiosos na previsão da idade cronológica, eles não equivalem à idade biológica. Além disso, não está claro como essas marcas epigenéticas funcionam ou como contribuem para o envelhecimento. Outro marcador bem considerado da idade biológica é o acúmulo de células disfuncionais chamadas células senescentes ou zumbis. As células se tornam senescentes quando experimentam vários tipos de estresse e ficam tão danificadas que não podem mais se dividir, liberando moléculas que causam inflamação e doença crônica de baixo grau. Estudos em animais mostraram que se livrar dessas células pode melhorar o tempo de vida.

No entanto, o que define claramente as células senescentes em humanos ainda é desconhecido, tornando-as difíceis de rastrear como uma medida da idade biológica. Por fim, o corpo libera metabólitos únicos, ou impressões digitais químicas, como subprodutos do metabolismo normal.

Esses metabólitos desempenham um papel dinâmico e direto na regulação fisiológica e podem informar a saúde funcional. Meu laboratório e outros estão descobrindo a composição exata desses produtos químicos para descobrir qual pode medir melhor a idade biológica.

Ainda resta muito trabalho não apenas para identificar esses metabólitos, mas também para entender como eles afetam a idade biológica.

As pessoas há muito buscam uma fonte da juventude. Se tal elixir existe ainda é desconhecido. Mas a pesquisa está começando a mostrar que atrasar a idade biológica pode ser uma maneira de viver uma vida mais saudável e plena.

Novidade

Você já ficou sentado por horas em uma sala de espera movimentada no pronto-socorro? É estressante, você está com dor física e todos estão correndo ao seu redor, focados no grande número de outros pacientes esperando também.

Felizmente, os hospitais estão começando a usar soluções de aprendizado de máquina para otimizar o processo da sala de espera. Isso não é tudo. O setor de saúde está introduzindo IA para combater muitos problemas no campo.

A IA em hospitais pode não apenas facilitar o fluxo de pacientes hospitalares, mas também ajudar a desenvolver medicamentos farmacêuticos, manter e analisar dados e registros de pacientes e até mesmo ajudar a diagnosticar doenças como o câncer.

Quando as pessoas passam menos tempo na sala de espera do pronto-socorro, mais pessoas podem ser tratadas em tempo hábil. Quando medicamentos que salvam vidas são desenvolvidos e passam por testes clínicos com eficiência, mais pessoas podem acessar essas curas mais rapidamente. Quando a IA pode diminuir o erro humano nos diagnósticos de câncer, os pacientes com câncer têm uma chance muito maior de sobrevivência.

Esses são alguns dos usos mais influentes da tecnologia de aprendizado de máquina em hospitais e em todo o campo da saúde. A tecnologia de IA preditiva é uma promessa significativa para transformar o atendimento e melhorar a segurança do paciente em casos de pronto-socorro e UTI.

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A idade é muito mais do que um número Salas de emergência e UTIs estão recorrendo à IA O setor de saúde está introduzindo IA para combater muitos problemas

Mulheres negras e quilombolas são destaque em programação na UsiPaz Terra Firme

AUsiPaz Terra Firme, em Belém, realizou no último domingo (12/03) mais uma atividade da “Usina das Manas”, programação organizada pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (SEAC) para celebrar o mês da mulher. Dessa vez, as mulheres negras e quilombolas foram o destaque.

O evento contou com serviços de saúde, em parceria com a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa), com consultas ginecológicas, realização de exame preventivo do câncer de colo uterino, conhecido também como Papanicolau, encaminhamento para regulação estadual, palestras sobre saúde reprodutiva e bucal, com distribuição de kits de higiene, exames de testagem rápida, avaliação nutricional e vacinação contra o HPV e o Covid-19.

Além disso, houve colaboração de outras secretarias como a de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e a Polícia Civil, que realizaram emissões de documentos como RG, Certidão de Nascimento, além de emissão de Passe Livre de transporte, entre outros serviços.

Também houve aliança com coletivos e movimentos de mulheres negras e quilombolas da região, que promoveram feira, oficinas, roda de conversa e muita dança.

O Movimento Afrodescendente do Pará (Mocambo) garantiu participação com a Feira Econômica Solidária que qualifica, produz, comercializa e ensina mulheres negras, em vulnerabilidade física e econômica, que sofreram violência doméstica e desempregadas, a empreender. “Ensinamos muito mais do que só gerar renda: passamos a visão do feminismo, do combate ao racismo, do empoderamento e ‘apoderamento’ das mulheres

e incentivamos práticas saudáveis alimentares e a reciclagem”, explicou Igina Mota Sales, que é assessora e uma das organizadoras do Mocambo. Além disso, Igina também está à frente do projeto “Negritando a Economia Solidária no Pará”, em parceria com a Usinas da Paz, em que incentiva a economia.

“Elas vendem riqueza para o nosso estado, já que focamos muito mais no valor dessas mulheres, e não no preço.

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Texto *Aline Seabra Fotos Victor Nylander/ Nucom Seac
A “Usina das Manas” integra as ações pelo Mês da Mulher e trouxe temáticas para reflexão sobre o protagonismo das mulheres negras de quilombos e periferias
O protagonismo das mulheres negras de quilombos e periferias da “Usina das Manas” na UsiPaz Terra Firme
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São bonecas Abaiomy, sapatos, trançados africanos e alimentos produzidos pelas próprias mãos”, ressaltou Sales, que também é responsável pelo projeto.

Durante a oficina de turbantes, a estudante Miriam Reis, de 12 anos, aprendeu um pouco mais sobre as técnicas de desenvolver as amarrações. “É a primeira vez que faço isso, mas estou achando muito legal e ficou ótimo no meu rosto. Eu já tinha referências sobre turbantes, pois acompanho nas redes sociais algumas meninas que também fazem, por isso, sempre tive vontade de fazer”, contou Miriam, animada com seu turbante.

A adolescente também foi incentivada pela mãe, Miraci Reis, que já frequentava a UsiPaz e ficou animada com a programação especial do mês da mulher. “Essas ações ajudam muito a gente que não tem condição.

Eu estava precisando de consulta médica e aproveitei para participar logo de tudo que a ‘Usina das Manas’ está proporcionando hoje”, contou Miraci.

Um dos serviços mais procurados foi o de estética, em que as participantes tiveram acesso a penteados, cortes de cabelo e design de sobrancelhas. Quem estava animada era a designer de sobrancelhas Nacristh Sanches, conhecida também com Nath sobrancelhas. “Quando recebi o convite para participar da Usina das Manas fiquei muito feliz, pois sempre quis fazer parte de uma ação solidária, principalmente essa que é voltada para mulheres de baixa renda e que não têm oportunidade de se cuidar. Me sinto satisfeita, pois houve bastante pessoas”, disse.

“Estou achando muito legal porque está ajudando a valorizar nós, mulheres. Muitas vezes não temos condições de fazer, pois estamos desempregadas. Isso é uma oportunidade muito valiosa, pois podemos nos produzir e destacar não só nossa beleza interna como também a externa”, afirmou Adriana Pantoja, enquanto aguardava pelo atendimento.

Uma das representantes do Movimento Negro, Nazaré Cruz, que é historiadora, trançadeira, mãe e ativista, participou da roda de conversa “A gente não nasce negro, torna-se negro – Os desafios de ser mulher negra nas periferias de Belém”, convidou a comunidade a refletir sobre ações que podem empoderar e mudar o quadro de desigualdade em que elas se encontram.

“É essencial fazer essa troca, falar das nossas vivências, principalmente que mulheres são muito diversas. Elas precisam se ver como sujeitas das suas próprias histórias e deixar claro que elas fazem parte da construção desse país”, explicou Nazaré.

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É essencial fazer essa troca, falar das nossas vivências, principalmente que mulheres são muito diversas A designer de sobrancelhas Nacristh Sanches, conhecida também com Nath sobrancelhas A estudante Miriam Reis, de 12 anos, animada com seu turbante

A coordenadora da UsiPaz Terra Firme, Janine Brandão, explicou a importância da programação especial do dia das mulheres no bairro. “O universo feminino é muito grande e queremos atender todas as mulheres, mas sempre referenciando as mulheres negras e quilombolas, que moram na periferia e com todos os obstáculos enfrentados no dia a dia saibam que são vencedoras”, ressaltou a gestora. O público também participou de um aulão de Hidro Ritmo e de apresentações de danças dos grupos de carimbó e Panã Panã Avoá.

Serviço

A programação da Usina das Manas segue até o próximo 25 de março, percorrendo as Usinas de Belém e Região Metropolitana. Na quarta-feira (15), a UsiPaz Pe. Bruno Sechi, localizada no bairro do Benguí, em Belém, irá realizar a programação de 09h às 15h, com foco no Warao, que são povos indígenas originários da República Bolivariana da Venezuela. A entrada é livre, e poderá ser acompanhada pelas redes sociais das Usinas da Paz (@usinasdapaz) e Seac (@seac.pa).

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O público também participou de um aulão de Hidro Ritmo Durante presentações de danças dos grupos de carimbó e Panã Panã Avoá Janine Brandão, explicou a importância da programação especial do dia das mulheres da UsiPaz Terra Firme
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Secretaria de Estado da Mulher

Dia Internacional da Mulher foi marcado por iniciativa inédita do Governo do Estado, com a criação da Secretaria de Estado da Mulher (Semu), ocorrida na manhã da quarta-feira (8), em cerimônia alusiva a data comemorativa presidida pelo Governador do Estado no Palácio do Governo, em Belém.

Para o Governador do Estado, Helder Barbalho, o Pará vivencia um momento profundamente significativo para a construção de politicas públicas que fortaleçam as causas para proteger, cuidar e assegurar um serviço eficiente para as mulheres paraenses.

“No Dia internacional da Mulher, o Pará recebeu a criação da Secretaria de Estado da Mulher, que estará responsável por construir e fortalecer ações diretas e transversais que venham atender as mulheres do nosso estado.

Trabalhamos para viver um estado inclusivo que trata todos de modo igual, priorizando as mulheres a partir de ações de saúde, educação, segurança e também oportunidades de trabalho.

Desta feita, a Secretaria estará liderando a partir da convocação da sociedade e municípios a construção de uma sociedade que garante com que as mulheres estejam à frente da construção de um estado forte”, afirmou Helder Barbalho.

A data celebrada na quarta-feira (8) nos convidou a uma reflexão sobre todos os avanços conquistados e muito o que temos a avançar ainda.

Pois, a presença da mulher no espaço público tem quebrado preconceitos e promovido profundas mudanças nas relações domésticas e sociais, portanto os investimentos feitos para as mulheres e através delas tem fortalecido nossas ações em prol da mulher destacou a Vice-Governadora Hana Ghassan. “A participação política das mulheres é a prova do nosso avanço. Para isso, temos importantes arranjos nas políticas públicas de ações voltadas a Mulher e em combate a crimes contra elas. A criação de uma secretaria e a implantação de programas tão importantes, como o Pró-Mulher Pará, é o diferencial para que possamos avançar ainda mais na garantia de direitos”,

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Texto *Roberta Meireles Fotos Bruno Cecim / Ag.Pará afirmou Hana. Governador do Estado, Helder Barbalho, disse que o Pará vivencia um momento profundamente significativo para a construção de politicas públicas que fortaleçam as causas para proteger, cuidar e assegurar um serviço eficiente para as mulheres paraenses Governador do Estado, Helder Barbalho, disse que o Pará vivencia um momento profundamente significativo para a construção de politicas públicas que fortaleçam as causas para proteger, cuidar e assegurar um serviço eficiente para as mulheres paraenses Criação da Secretaria de Estado da Mulher

Legislação

A Semu foi criada com a principal missão de planejar, coordenar e articular a execução de políticas públicas para as mulheres paraenses, que representamsegundo dados da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), referentes a 2020 - cerca de 49,8% da população do Estado. E ainda, de acordo com o Projeto de Lei enviado pelo Governo do Estado à Assembleia Legislativa do Estado (Alepa), a Semu vai garantir a transversalidade das políticas públicas de proteção, defesa e promoção dos direitos humanos das mulheres Paraenses, levando em consideração aspectos de gênero, raça, etnia, geração, classe, orientação sexual, opção religiosa, entre outros. A Secretaria também trabalhará na elaboração de campanhas educativas e anti-discriminatórias, além do apoio a projetos de capacitação profissional e de inclusão social de mulheres de baixa renda.

Para a nova titular da Secretaria de Estado das Mulheres (Semu), Paula Gomes, a data de 8 de março é simbólica, pois traz uma simbologia de luta em busca de direitos iguais, na luta de combate a discriminação, que as mulheres buscam.

“Podemos dizer que a criação da Secretaria de Estado das Mulheres é um marco para o Estado do Pará, e todos nós estamos muito felizes, pois com a criação desta secretaria, poderemos formular políticas públicas para atender às mulheres, como na inserção de todas nós no mercado de trabalho, no combate a violência, então podemos dizer que o Estado do Pará tem muito o que comemorar”, enfatizou a secretaria.

Um dos eixos da atuação da Semu também deverá ser a implantação e o acompanhamento de ações, programas e projetos voltados ao enfrentamento e eliminação de todas as formas de violência contra as mulheres

Um dos eixos da atuação da Semu também deverá ser a implantação e o acompanhamento de ações, programas e projetos voltados ao enfrentamento e eliminação de todas as formas de violência

contra as mulheres. Em sua estrutura, a nova Secretaria irá abrigar, também, o Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres (CEDM), instituído pela Lei Estadual 9.594, de 16 de maio de 2022, que a partir de agora será vinculado à Semu.

Governo do Pará cria três novas delegacias de atendimento à mulher

Durante cerimônia comemorativa ao Dia Internacional da Mulher, realizada nesta quarta-feira (8), o Governador do Pará, Helder Barbalho anunciou a criação de três novas delegacias de Polícia Civil destinadas ao atendimento de mulheres e de vítimas de crimes praticados em função do gênero. O anúncio das novas delegacias foi feito juntamente com uma série de outras medidas divulgadas pelo Governo visando à proteção, a garantia de direitos e o empoderamento das mulheres no Estado

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(*) Segup << O anúncio das novas delegacias foi feito juntamente com uma série de outras medidas divulgadas pelo Governo visando à proteção, a garantia de direitos e o empoderamento das mulheres no Estado Paula Gomes, titular da Secretaria de Estado das Mulheres (Semu)

“Caravana da Ciência e Tecnologia” leva conhecimento científico a todas as regiões do Pará

Como forma de impulsionar o conhecimento, a tecnologia e a inovação, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), órgão ligado ao Governo do Pará, segue com a “Caravana da Ciência e Tecnologia do Pará” edição 2023. A iniciativa leva mais de 30 experimentos a comunidades escolares por todas as regiões do Pará e oferece oficinas de ciências, empreendedorismo, robótica e impressão 3D.

“As caravanas da Ciência e Tecnologia são uma oportunidade importante para que os nossos adolescentes e jovens possam se sentir atraídos por atividades das mais diversas e que levam conhecimento aliado à educação. Essa é uma iniciativa do Governo do Estado e que pretendemos impulsionar cada vez mais”, enfatizou Hélio Leite, titular da Sectet.

Desde o início da programação, em 2022, mais de dez mil alunos foram beneficiados, em 23 escolas. Mais de 160 turmas já foram formadas. Em Xinguara, região sudeste, Thales Daniel, aluno do 9º ano da Escola Municipal Cora Coralina, foi um dos beneficiados durante as oficinas da Caravana.

“Depois que comecei a cursar o Espaço do Empreendedor aqui na EETEPA (Escola Estadual de Educação Profissional e Tecnológica), aprendi muita coisa. Existem vários estilos de empreender, é uma escolha que se faz. É importante trazer valor para as coisas como forma de ganhar dinheiro. Aprendi muitas lições como essa”, pontuou o futuro empreendedor.

Os eventos em cada cidade têm duração de cinco dias e procuram explorar, por meio de aulas, cursos, oficinas e exposições, conceitos e conteúdos práticos nas áreas de Física, Química, Biologia, Matemática, Astronomia, Meio Ambiente, Robótica, Tecnologia da Comunicação, Informática e Educação, conforme explica a coordenadora

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Texto *Evaldo Júnior Fotos Marcelo Seabra/Ag. Pará da Caravana, Thays Gouvea.
Iniciativa percorre instituições de ensino em cidades, distritos e comunidades em todo o estado com ações nas áreas técnica e científica
Por todas as regiões do Pará e oferece oficinas de ciências, empreendedorismo, robótica e impressão 3D A iniciativa leva mais de 30 experimentos a comunidades escolares por todas as regiões do Pará e oferece oficinas de ciências, empreendedorismo, robótica e impressão 3D

“Estamos levando essas experiências para nossas escolas técnicas. São situações que, muitas vezes, o aluno não vê dentro da sala de aula. Toda comunidade escolar é beneficiada com o intuito de abrir a mente. Uma ponte entre os ensinos básico e superior”, finalizou.

Confira o cronograma de ações:

Belém Centur - 10 de março – Centur; Bom Jesus do Tocantins - 19 de abril de 2023; Escola Estadual de Ensino Médio Professora Maria Sylvia dos Santos ; Santana do Araguaia - 15 a 21 de março de 2023; EETEPA Santana do Araguaia ; Santarém - 13 a 19 de abril; EETEPA Santarém Avenida Fernando Guilhon; Monte Alegre - 25 a 28 de abril de 2023; EETEPA Monte Alegre.

(*) SECOM <<

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Os eventos em cada cidade têm duração de cinco dias e procuram explorar, por meio de aulas, cursos, oficinas e exposições, conceitos e conteúdos práticos Caravana de Ciência e Tecnologia do Pará leva conhecimento a crianças e adultos Caravana de Ciência e Tecnologia do Pará leva conhecimento a crianças e adultos

Estudante desenvolve biofilme de açaí e mandioca

Obiofilme é uma película protetora que facilita o desenvolvimento de comunidades microbianas em superfícies. Para exemplificar, pense no limo. A película verde e viscosa tende a se desenvolver durante o período chuvoso ou em presença de umidade. Mas nem todo biofilme é algo ruim.

A pesquisadora Raphaela Castro, orientada pelo professor Davi do Socorro, desenvolveu um biofilme com base no açaí e na mandioca como alternativa para substituir os plásticos (polímeros) usados na indústria.

Paixão paraense, o açaí tem feito cada vez mais sucesso também na indústria farmacêutica e cosmética. São inúmeros os subprodutos conhecidos derivados do fruto, como sabonetes, vitaminas, óleos, perfumes etc. Em xampus e maquiagens, por exemplo, a utilização de componentes da mandioca também tem crescido.

A autora da pesquisa explica que escolheu o fruto e a raiz pelo destaque regional de ambos. “Tanto a mandioca quanto o açaí são matérias-primas da região amazônica e o projeto desenvolvido no laboratório está justamente relacionado a apresentar o potencial dessas matérias para a formulação de outros produtos naturais”, diz a estudante.

A substituição do plástico, do vidro e do metal por materiais biodegradáveis ou de menor tempo de decomposição está sendo feita gradativamente na sociedade, por isso alternativas como o biofilme feito pela Raphaela são essenciais para a diminuição dos impactos na natureza.

“É preciso pensar que o biofilme é um plástico biodegradável que se decompõe em um período de tempo muito menor, ou seja, diminui, de uma forma absurda, os impactos causados pelo uso de outros polímeros.

Além disso, ao incorporar óleos ou extratos, nós acrescentamos uma característica nesse bioplástico que não tem em plásticos comuns”, explica a pesquisadora.

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Texto *Rebeca Amaral Fotos Alexandre de Moraes Raphaela com o biofilme a ser utilizado para a diminuição dos impactos na natureza Na mão de Raphaela pequeno pedaço do Biofilme de açaí e mandioca

A estudante também destaca que os biofilmes encontrados na natureza são bacterianos, fixam-se em alguma superfície e mantêm essa conexão por meio de uma substância polimérica extracelular para se desenvolver, processo semelhante ao que o fungo faz com os alimentos.

Em relação às principais diferenças entre o biofilme desenvolvido pela pesquisadora e o biofilme natural, estão a composição, a temperatura e o tempo adequados para a formação e a utilização de poliol para adquirir a estrutura de bioplástico.

“Primeiramente, fizemos a aquisição da polpa na própria Região Metropolitana de Belém. Em seguida, essa polpa passou por um processo de secagem em estufa para, posteriormente, ser extraída por meio de prensa hidráulica, resultando no óleo de açaí com a coloração verde-escura, que, por apresentar resquícios da ‘borra’, foi preciso fazer uma filtração a vácuo para retirar as impurezas oriundas da extração”, explica a autora sobre o processo da extração do óleo do açaí para o uso no biofilme.

Em um futuro próximo, poderemos levar nossos alimentos para casa em sacolas que não passarão séculos vagando no mundo”, projeta a jovem. O tempo de degradação do produto criado por Raphaela é de aproximadamente 180 dias.

Tem 22 anos, cursa Engenharia Química e tem interesse no estudo e desenvolvimento de produtos naturais que causem menos impacto ao meio ambiente.

Após finalizar o curso, pretende se especializar nessa área. “Gosto muito de ler e descobrir coisas novas, além disso, vou bastante ao cinema e, sempre que possível, saio para lanchar e conhecer novos lugares.

Um conselho para quem quiser começar a desenvolver pesquisa: É preciso muita dedicação, pois é algo que demanda tempo e esforço, mas é muito satisfatório ver os resultados que foram pensados anos antes e saber que você fez parte disso”, afirma.

Este estudo foi apresentado no XXXIII Seminário de Iniciação Científica da UFPA, promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp), tendo sido contemplado pelo Edital Pibic de Verão.

“O nosso próximo passo é o estudo do óleo de açaí e do biofilme na Universidade de Campinas. Com o prêmio, conseguimos ampliar nossa parceria e chegamos até lá”. O projeto também faz parte da dissertação da coorientadora Sara de Oliveira.

Orientação: Davi do Socorro Barros Brasil, do Instituto de Tecnologia (ITEC). Coorientação: Sara Caroline Pacheco de Oliveira, mestranda em Engenharia Química. Financiamento: CNPq/UFPA.

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Caroço da Açai (*) Assessoria de Comunicação UFPA << Óleo do caroço de açaí A pesquisadora Raphaela Castro desenvolveu um biofilme com base no açaí e na mandioca como alternativa para substituir os plásticos (polímeros) usados na indústria

El Niño vai tornar as ondas de calor assustadoras neste 2023

Cientistas dizem que fenômeno associado à crescente crise climática provavelmente empurrará as temperaturas globais para fora do gráfico

Oretorno do fenômeno climático El Niño no final deste ano fará com que as temperaturas globais subam “fora do gráfico” e causem ondas de calor sem precedentes, alertaram os cientistas. As primeiras previsões sugerem que o El Niño retornará no final de 2023, exacerbando o clima extremo em todo o mundo e tornando “muito provável” que o aquecimento global exceda 1,5°C. O ano mais quente registrado na história, 2016, foi impulsionado por um grande El Niño. Faz parte de uma oscilação natural impulsionada pelas temperaturas do oceano e ventos no Pacífico, que alternam entre El Niño, sua contraparte mais fria,

Este ano já está previsto para ser mais quente do que 2022, que os conjuntos de dados globais classificam como o quinto ou sexto ano mais quente já registrado. Mas o El Niño ocorre durante o inverno do hemisfério norte e seu efeito de aquecimento leva meses para ser sentido, o que significa que é muito mais provável que 2024 estabeleça um novo recorde global de temperatura.

Os gases de efeito estufa emitidos pelas atividades humanas elevaram a temperatura média global em cerca de 1,2°C até o momento. Isso já levou a impactos catastróficos em todo o mundo , desde ondas de calor nos EUA e na Europa até inundações devastadoras no Paquistão e na Nigéria, prejudicando milhões de pessoas.

“É muito provável que o próximo grande El Niño possa nos levar a mais de 1,5°C”, disse o professor Adam Scaife, chefe de previsão de longo alcance do Met Office do Reino Unido.

“A probabilidade de ter o primeiro ano em 1,5°C no próximo período de cinco anos é agora de cerca de 50:50”.

“Sabemos que com a mudança climática os impactos do El Niño vão se intensificar, e é preciso somar isso aos efeitos da própria mudança climática, que cresce cada vez mais”, afirmou.

“Juntando essas duas coisas, provavelmente veremos ondas de calor sem precedentes durante o próximo El Niño.”

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El Nino será assustador neste ano preveem pesquisadores Previsão de que a mudança climática vai exacerbar os efeitos do El Niño neste 2023 Incêndios florestais, furacões e inundações poderão conquistar manchetes e ter sido a causa da maioria das mortes e desastres em todo o mundo, pela onda de calor sem precedentes no verão – O fenômeno “El Nino” está voltando La Niña, e condições neutras. Nos últimos três anos, houve uma sequência incomum de eventos La Niña consecutivos. Fotos Danielle Claar/Victoria University/AFP/Getty Images, EPA, Feisal Omar/Reuters

Os impactos flutuantes do ciclo El Niño-La Niña podem ser vistos em muitas regiões do mundo, disse Scaife. “A ciência agora pode nos dizer quando essas coisas acontecerão meses à frente. Portanto, realmente precisamos usá-lo e estar mais preparados, desde a prontidão dos serviços de emergência até as culturas a serem plantadas.” O professor James Hansen, da Universidade de Columbia, em Nova York, e seus colegas disseram recentemente : “Sugerimos que 2024 provavelmente estará fora do gráfico como o ano mais quente já registrado. É improvável que o atual La Niña continue pelo quarto ano. Mesmo um pouco de El Niño deve ser suficiente para uma temperatura global recorde”. O declínio da poluição do ar na China, que bloqueia o sol, também está aumentando o aquecimento, disse ele. Embora o El Niño sobrecarregasse o clima extremo, o grau de exacerbação estava em debate entre os cientistas. O professor Bill McGuire, da University College London, Reino Unido, disse : “Quando [o El Niño chegar], o clima extremo que assolou nosso planeta em 2021 e 2022 será insignificante.” Enquanto o professor Tim Palmer, da Universidade de Oxford, disse: “A correlação entre clima extremo e temperatura média global não é tão forte [mas] os efeitos termodinâmicos da mudança climática farão com que as anomalias que obtemos de um ano de El Niño apenas tão mais extremo.”

Os resultados da modelagem climática divulgados no início de janeiro pelo Bureau of Meteorology da Austrália indicaram que o país pode passar de três anos de chuvas acima da média para um dos períodos de El Niño mais quentes e secos já registrados, aumentando o risco de ondas de calor severas, secas e incêndios. Em dezembro, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA classificou as chances de um El Niño se formando em agosto-outubro como 66%. A escala do provável El Niño ainda não está clara. O professor Andy Turner, da Universidade de Reading, disse: “Muitos modelos de previsão sazonal estão sugerindo a chegada de condições moderadas de El Niño a partir do verão de 2023”. A imagem seria muito mais clara em junho, disseram os cientistas.

O fenômeno El Niño-La Niña é a maior causa de diferenças ano a ano no clima em muitas regiões. Nos anos de La Niña, os ventos alísios de leste a oeste do Pacífico são mais fortes, empurrando as águas quentes da superfície para o oeste e puxando águas mais profundas e frias para o leste.

Os eventos do El Niño acontecem quando os ventos alísios diminuem, permitindo que as águas quentes se espalhem para o leste, sufocando as águas mais frias e levando a um aumento nas temperaturas globais.

As nações que fazem fronteira com o Pacífico ocidental, incluindo a Indonésia e a Austrália, experimentam condições mais quentes e secas. “Você tende a ter muitas secas, muitos incêndios florestais”, disse Scaife, embora a China possa sofrer inundações na bacia do Yangtze após grandes El Niños.

As monções da Índia e as chuvas no sul da África também podem ser suprimidas. Outras regiões, como o leste da África e o sul dos Estados Unidos, que sofreram secas recentes, podem receber mais chuvas e inundações. Na América do Sul, as regiões do sul são mais úmidas, mas a Amazônia, já se aproximando de um perigoso ponto de inflexão , é mais seca.

“Os efeitos do El Niño também podem ser sentidos nas latitudes médias do hemisfério norte, com probabilidade de condições mais úmidas na Espanha a partir do verão e condições mais secas na costa leste dos Estados Unidos no inverno e na primavera seguintes”, afirmou. Torneiro.

Palmer disse que a maior questão não respondida é se a mudança climática favoreceu mais eventos El Niño ou La Niña: “Isso é crucialmente importante para os países que buscam uma adaptação de longo prazo e precisarão de modelos climáticos de resolução muito maior. Isso só pode acontecer com computadores maiores.” Palmer e seus colegas pediram o estabelecimento de um centro internacional de $ 1 bilhão para modelagem climática , semelhante ao Grande Colisor de Hádrons, que permite que físicos de partículas internacionais façam juntos o que nenhuma nação pode fazer sozinha.

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Ventiladores nebulosos oferecem algum alívio quando uma intensa onda de calor atingiu Bagdá, no Iraque Os efeitos do El Niño também podem ser sentidos nas latitudes médias do hemisfério norte... Seca nos rios da Amazônia. Leito do rio no Lago de Aleixo tem apenas pequenas poças de água de onde corria o Rio Negro

Aumento de ondas de calor marinhas deve impactar organismos da base da cadeia alimentar

O aumento das ondas de calor marinhas nas próximas décadas, ocasionado pelas mudanças climáticas globais, deve afetar consideravelmente as formas de vida desse ambiente, inclusive aquelas na base da cadeia alimentar. É o que aponta um estudo publicado na revista Estuarine, Coastal and Shelf Science por pesquisadores brasileiros que atuam no Brasil, na Noruega e nos Estados Unidos

As cientistas descobriram que a atmosfera continha muito menos CO 2 do que se pensava quando as florestas surgiram em nosso planeta.

As ondas de calor marinhas são caracterizadas por períodos de mais de cinco dias com a temperatura da água ultrapassando 90% da média histórica para a região. Estimativas para a área de Santos e São Vicente, onde o estudo foi realizado, apontam para um aumento de 35% na frequência desses eventos até 2100.

É importante diferenciar esses eventos no mar das ondas de calor atmosféricas, que tendem a ser ainda mais intensas, mas afetam sobretudo o ambiente terrestre, inclusive as cidades.

“Ainda que as larvas [de caranguejo da espécie Leptuca thayeri] tenham sobrevivido a um aumento na acidez da água, a elevação de 2 oC na temperatura nos primeiros três a quatro dias de vida levou a uma redução de 15% na taxa de sobrevivência, em comparação com as que estavam na temperatura média da região.

As alterações climáticas impõem desafios ambientais constantes e mais severos às espécies costeiras e marinhas. O clima regional e a capacidade de aclimatação das espécies determinam a resposta ecológica das comunidades aos estressores. Os eventos de ondas de calor marinhas são uma séria ameaça para a sobrevivência e sobrevivência das espécies, ainda mais para os estágios iniciais da história dos ectotérmicos. Combinando dados históricos regionais modelados e previsões de mudanças climáticas com experimentos manipulativos, avaliamos o impacto potencial de ondas de calor marinhas em uma ampla e abundante larva planctônica do caranguejo violinista Leptuca thayeri. A sobrevivência das larvas foi afetada pelo aumento da temperatura com menor probabilidade de sobrevivência sob tratamentos de temperatura mais alta, independentemente das condições de pH. A fisiologia larval foi afetada tanto pelo aumento da temperatura quanto pelas condições de pH. Com as ondas de calor se tornando mais frequentes, quentes e duradouras na região, podemos esperar reduções potenciais no recrutamento larval e nos estoques com efeitos negativos ecológicos em cascata nos habitats estuarinos.

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As primeiras florestas não alteraram significativamente o CO2 atmosférico. Eram baixos os níveis atmosféricos de CO2 antes do surgimento de ecossistemas florestais
Larvas do chama-maré (Leptuca thayeri), à esquerda, tiveram redução na taxa de sobrevivência com aumento de temperatura, além de alterações fisiológicas resultantes da elevação da acidez. À direita, indivíduo adulto Fotos Juan Pardo/Unesp, Murilo Marochi/Unesp

Um aumento de 4 oC levou a uma mortalidade 34% maior”, relata Murilo Zanetti Marochi, primeiro autor do estudo realizado durante estágio de pós-doutorado no Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (IB-CLP-Unesp), em São Vicente.

O estudo integra um projeto que busca compreender os impactos das mudanças climáticas na fauna estuarina do Estado de São Paulo, no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG). É conduzido em parceria com Alvaro Montenegro, professor da Ohio State University, nos Estados Unidos. “Essa espécie é extremamente abundante no estuário, a região entre o mar e o rio. Depois que os ovos eclodem, as larvas passam alguns dias nessa área e migram para o oceano. Menos de 1% retorna para completar o ciclo de vida, pois a maioria vira alimento para outras espécies.

Por isso, ela é fundamental para o ecossistema”, conta Tânia Marcia Costa, professora do IB-CLP-Unesp que coordenou o projeto.

Embriões de crustáceo conhecido como chama-maré sobreviveram menos em ambiente mais quente e ácido, que mimetiza condições climáticas previstas para o fim do século. Por conta do importante papel ecológico desse invertebrado nos manguezais, pesquisadores alertam para potencial efeito em cascata (ovos em desenvolvimento e fêmea ovígera

Futuro mais quente

Em um estudo anterior, Costa e o então mestrando Juan Carlos Farias Pardo mostraram o efeito da elevação de temperatura nos embriões da espécie Leptuca thayeri, conhecida como caranguejo chama-maré. Atualmente, Pardo é doutorando na Universidade de Agder, na Noruega. Na ocasião, os pesquisadores observaram que naquela fase da vida não só a água mais quente como também a maior acidez diminuem a sobrevivência (leia mais em: agencia.fapesp.br/36084/).

No estudo atual, em que Pardo também é coautor, não foi observada uma diferença significativa na sobrevivência das larvas por conta do aumento da acidez da água, mas foram notadas mudanças fisiológicas.

Caranguejo violinista Leptuca thayeri Murilo Zanetti Marochi

Resumo gráfico dos experimentos realizados (imagem acervo dos pesquisadores)

As previsões para as próximas décadas dão conta de uma diminuição do pH marinho, o que deve afetar muitas espécies. “Por estar nos estuários, um ambiente que naturalmente passa por grandes variações na acidez, provavelmente a espécie suporta algum aumento desse parâmetro”, acredita Marochi, atualmente professor colaborador na Universidade Estadual do Paraná (Unespar), em Paranaguá. No entanto, assim como o aumento de temperatura, a acidez elevada acelera os batimentos cardíacos, um sinal de estresse fisiológico, e diminui a

mobilidade desses organismos. “Eles nadam menos e podem não conseguir permanecer na camada de água mais próxima da superfície, onde vivem as microalgas de que se alimentam”, explica. Os efeitos das ondas de calor marinhas, portanto, devem ser prejudiciais à espécie e para aquelas que se alimentam dela, o que poderia acarretar perdas econômicas na pesca, por exemplo. No entanto, não há estudos que confirmem uma queda nos estoques do chama-maré nos últimos 20 anos. Para os autores do estudo, isso pode ser resultado de

outros fatores que compensem essas alterações. Por exemplo, o fato de que o aumento da temperatura da água pode diminuir o tempo de desenvolvimento larval dos crustáceos, expondo-os menos tempo a predadores e a condições ambientais severas. Além disso, o aumento da temperatura pode acarretar maior produção de microalgas e microrganismos que servem de alimento para as larvas de chama-maré e de outras espécies. Porém, novos estudos vão avaliar o quanto esse efeito pode ou não compensar o aumento da mortalidade das larvas.

A maior migração da Terra acontece na escuridão todos os dias

todos os organismos do planeta

Todas as noites, em todo o mundo, trilhões de zooplâncton, muitos menores que um grão de arroz, pairam centenas de metros abaixo da superfície do mar, esperando por seu sinal.

Os cientistas por muito tempo consideraram esses pequenos animais vagabundos, manchas passivas suspensas no oceano, movidas pelos caprichos das marés e correntes. E, no entanto, pouco antes de o sol desaparecer, os enxames começam a subir em uma jornada clandestina para a superfície.

À medida que sobem, aglomerados de outros zooplanctons juntam-se: copépodes, salpas, krill e larvas de peixes. As multidões permanecem perto da superfície à noite, mas assim que os primeiros raios de luz da manhã começam a cair em cascata pelo mar, eles já estão voltando para as profundezas.

À medida que o pôr do sol e o nascer do sol deslizam de leste a oeste a cada 24 horas – através do Oceano Pacífico, depois o Índico, o Sul e o Atlântico –enxames após enxames fazem a mesma jornada ascendente, recuando quando a luz do dia retorna.

Cardápio Variados

Peixes, Churrascos, Frangos e etc

Sucos e Refrigerantes variado

Os humanos desconhecem esse movimento aquático diário, conhecido como migração vertical diária, mas é a maior migração de rotina da vida na Terra.

As estimativas atuais indicam que cerca de 10 bilhões de toneladas de animais fazem essas excursões todos os dias. Alguns deles sobem de mais de 3.000 pés abaixo.

É um feito surpreendente. Para uma larva de peixe de um quarto de polegada, fazer uma viagem vertical de 1.000 pés é o equivalente a um humano nadando mais de 50 milhas – em apenas uma hora ou mais. Durante a viagem estes animais passam por zonas do oceano onde as condições são muito diferentes.

Trilhões de pequenos animais podem estar coordenando seus movimentos de maneiras que afetam
Cada espécie tem seu próprio ritmo, que pode variar de acordo com a idade, estação e sexo
Trav. Coronel Luíz Bentes, 42 - Telégrafo Delivery 91 99103-0301 /3233-9336 Das 11 às 15hrs todos os dias Desde 2008
Texto *Katherine Harmon Courage Fotos Annegret Stuhr/GEOMAR (CC-BY 4.0, Solvin Zankl/Minden Pictures; Sergio Hanquet/Minden Pictures; Sergio Hanquet/Minden Pictures; Virar Nicklin/Minden Pictures; Sinclair Stammers/Minden Pictures, Jonkers et al. (2019), NOAA, Tonaquatic/Getty Images

A 1.000 pés, a água é de aproximadamente 39 graus Fahrenheit - talvez 20 graus mais fria do que a superfície - e a pressão é de cerca de 460 libras por polegada quadrada, mais de 30 vezes o que é no topo.

Por que um grande número de pequenos animais faria uma viagem tão árdua todos os dias? A resposta curta é comer — e evitar ser comido. Durante o dia, o zooplâncton vulnerável se esconde de predadores como lulas e peixes nas profundezas escuras.

Quando a noite começa a cair, eles correm para a superfície para se alimentar de fitoplâncton – as plantas aquáticas microscópicas que vivem nas primeiras centenas de metros de água – sob o manto da noite. Mas este é apenas o vento predominante da migração vertical.

Existem todos os tipos de contracorrentes e redemoinhos.

Agora, com sonares cada vez mais sofisticados, veículos autônomos subaquáticos e avanços no sequenciamento de DNA, os pesquisadores estão começando a entender esses detalhes.

À medida que a noite cai, trilhões de krill, copépodes, peixes-lanterna e lulas se juntam a outras criaturas que sobem das profundezas negras abaixo de 300 metros para se alimentar na zona epipelágica rica em nutrientes, a única zona oceânica que a luz solar penetra. Eles então descem para a escuridão quando a luz retorna. Grandes predadores como atum, tubarões, elefantes marinhos, salmões e golfinhos acompanham a festa, uma migração em grande parte escondida dos olhos humanos

Os detalhes ajudarão a responder a perguntas que têm implicações para a cadeia alimentar oceânica, o orçamento global de carbono e a própria natureza da vida na Terra.

Danças das Profundezas

As primeiras gravações de migração de diel datam da Segunda Guerra Mundial, quando navios e submarinos usando sonar para varrer os oceanos em busca de submarinos inimigos detectaram algo estranho – partes do fundo do mar pareciam estar se movendo para cima e para baixo, criando uma profunda “camada de dispersão” que refletia a sinais de sonar.

A camada flutuava duas vezes por dia em até 3.000 pés – mudanças que pareciam desafiar a lógica.

Em 1945, o oceanógrafo Martin Johnson embarcou em um navio de pesquisa para coletar amostras de plâncton em vários momentos e profundidades ao longo de 24 horas. “A partir dessas observações preliminares, parece haver alguma correlação direta dos animais planctônicos com a camada de dispersão”, escreveu Johnson. A proposta de que a camada era composta de criaturas vivas levantou mais perguntas do que respostas, no entanto. Responder a essas perguntas provou ser difícil.

Os animais envolvidos são minúsculos, sua passagem acontece no escuro e o oceano profundo é de difícil acesso. Rastrear enxames de organismos do tamanho de pulgas através das profundezas sem luz é mais complicado do que seguir baleias migratórias pelos hemisférios. Na década de 1990, os pesquisadores aprenderam o suficiente para descrever a migração do diel como uma nuvem de organismos subindo e descendo em uníssono.

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À deriva na luz da superfície da ilha de Gökçeada, na Turquia, as águas-vivas da lua pastam no zooplâncton. As criaturas da migração vertical recuam durante o dia para a relativa segurança das profundezas negras A maioria dos animais na migração vertical noturna são pequenos copépodes. Mas trilhões de krill, camarão, lula e água-viva, como esses, também participam.

O sonar de alta resolução captou grupos individuais de animais e movimentos mais sutis para cima e para baixo. Ainda hoje, porém, pesquisas baseadas em sonar não conseguem distinguir quais pequenos animais estão em movimento. A amostragem do zooplâncton, como Johnson fez, pode transportar os organismos para identificação, mas obscurece as nuances de tempo e local que poderiam indicar onde cada animal estava em sua jornada. Apesar desses desafios, novas pesquisas estão revelando as complexidades ocultas da migração em massa. Por um lado, o processo está intimamente ligado ao que está acontecendo nos céus. Quando o sol está ausente por semanas durante os invernos polares, alguns desses animais realinham suas migrações com os ciclos da lua. Os eclipses solares podem induzi-los a começar a nadar em direção à superfície. O zooplâncton que vive abaixo de 1.000 pés, onde a intensidade da luz é apenas 0,012 por cento do que é na superfície, pode mudar sua posição vertical em até 200 pés, pois as nuvens que passam alteram os traços de luz que os atingem, explica Deborah Steinberg, presidente do ciências biológicas no Instituto de Ciências Marinhas da Virgínia. Ela percebeu isso durante um cruzeiro de pesquisa, embora as mudanças de luz na superfície não fossem aparentes para ela ou seus colegas. “Do nosso ponto de vista sobre o navio, todos os dias do cruzeiro foram nublados, cinzentos e chuvosos”, observaram ela e seus colegas em um artigo de 2021. Mas o zooplâncton de alguma forma registrou as mudanças sutis na luz muito debaixo d’água. Veículos autônomos equipados com câmeras e dispositivos de coleta que permitem emparelhar imagens com assinaturas químicas da coluna d’água começaram a oferecer novas visões da migração. Por exemplo, Kelly J. Benoit-Bird, do Monterey Bay Aquarium Research Institute (MBARI), na Califórnia, e Mark Moline, da Universidade de Delaware, enviaram um veículo

(A) borboleta do mar (crédito: R. Hopcroft, NOAA); (B) copépode (crédito: U. Kils); (C) sifonóforo (crédito: K. Raskoff, NOAA); (D) anfípode (crédito: EA Lazo-Wasem); (E) Matilha alimentando-se de um crustáceo (crédito: F. Costa); (F) lula de vidro (crédito: E. Widder, NOAA); (G) geleia de pente (crédito: A. Semenov); (H) decápode (crédito: S. Fielding); e (I) peixe-dragão (crédito: E. Widder/HBOI, NOAA).

submarino autônomo a 300 metros de profundidade na Bacia Catalina, no sul da Califórnia, para fazer medições de sonar de migração de zooplâncton.

Os ecos que ele retornou foram impressionantes: eles revelaram que o zooplâncton estava organizado em grupos bem definidos, bem agrupados por espécie e migrando juntos em subidas cuidadosamente cronometradas. “Precisamos começar a pensar nisso não apenas como um

processo em massa, mas como algo individual e espécie por espécie”, diz Benoit-Bird sobre migração vertical. E o zooplâncton aventureiro não está sozinho no trajeto noturno. “Muitos animais usam isso como estratégia”, diz Benoit-Bird. Polvos, peixes-lanterna, sifonóforos e outras criaturas heterogêneas do fundo do mar também fazem a jornada noturna para evitar seus próprios predadores e encontrar comida –no caso deles, os outros migradores.

Exemplos de zooplâncton e grupos de peixes que vivem na zona mesopelágica e podem realizar DVM:

Plantas em Movimento

Os animais podem não ser os únicos a fazer a migração vertical de rotina. Kai Wirtz é professor e modelador de ecossistemas no Instituto de Sistemas Costeiros da Helmholtz-Zentrum Hereon na Alemanha. Em 2016, Wirtz e seus colegas procuravam descrever como a distribuição de diferentes fitoplânctons combinava com diferentes ambientes oceânicos. Mas ele notou que a circulação da água do oceano por si só não traria nitrogênio e fósforo suficientes das profundezas para alimentar o vasto e essencial manto de fitoplâncton do oceano na superfície.

Os cientistas sabiam há décadas que muitas espécies de fitoplâncton podem se mover – algumas alterando sua flutuabilidade, derramando gorduras ou alterando suas dimensões, e outras chicoteando seus flagelos em forma de cauda. Wirtz refletiu sobre isso enquanto olhava mais amplamente para o perfil dos oceanos: o topo está cheio de sol, mas com poucos nutrientes.

O fundo não recebe luz solar suficiente para os fotossintetizadores viverem, mas abriga uma abundância de nutrientes. Então, ele pensou, por que essas plantas não usariam suas habilidades de locomotivas evoluídas para comutar entre os dois espaços? Na verdade, ele diz, “não há outra explicação fácil”.Pelas estimativas de Wirtz, é possível que metade das espécies de fitoplâncton marinho realize uma migração vertical regular de dezenas a 30 metros, transportando nutrientes de baixo e energia solar de cima. Esses organismos microscópicos podem levar horas, dias ou até semanas para completar a jornada, alguns se reproduzindo ao longo do caminho, permitindo assim que seus descendentes continuem a missão.

Essa ideia apresenta uma mudança radical na forma como os cientistas podem pensar no fitoplâncton, que muitas vezes consideram mais um composto químico do que organismos vivos individuais com comportamentos variados.

O trabalho de laboratório confirma não apenas que as plantas marinhas se movem verticalmente, mas também que seu comportamento é mais sofisticado do que

pensávamos. Uma equipe da Universidade Estadual de Washington montou tanques de água salgada de 6,5 pés de altura com fitoplâncton dinoflagelado e, em seguida, introduziu copépodes predadores em um dos tanques. Quando os cientistas replicaram os típicos ciclos de luz dia-noite, eles viram os copépodes famintos fazendo a tradicional subida noturna e descida diurna. O fitoplâncton em ambos os tanques fez o oposto – nadando durante o dia “iluminado pelo sol” e descendo à noite, provavelmente para maximizar sua exposição à luz solar e minimizar o risco de ser comido pelo zooplâncton noturno. Para espanto dos pesquisadores, porém, eles viram que as plantas unicelulares na torre com os copépodes rotineiramente recuavam ainda mais fundo do que o normal à noite, colocando mais distância entre elas e os inimigos acima.

Ninguém sabe como o fitoplâncton percebe o comportamento de seus predadores. Mas, como os pesquisadores observaram em seu artigo na Marine Ecology Progress Series , “essa resposta comportamental recém-relatada … pode ter importantes consequências ecológicas”.

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O bristlemouth, um pequeno e feio gênero de peixe encontrado na zona crepuscular do oceano, é provavelmente o vertebrado mais comum do planeta – as estimativas chegam a quatrilhões O zoológico de zooplâncton compreende uma variedade selvagem de pequenos animais. No sentido horário a partir do canto superior esquerdo: Uma larva de caranguejo conhecida como megalopa do Oceano Atlântico; um plâncton azul e laranja das Ilhas Canárias; uma borboleta do mar também das Ilhas Canárias; um verme-flecha, encontrado em todos os oceanos, da superfície às profundezas; um plâncton azul bioluminescente do Oceano Ártico; e um copépode semelhante a um inseto do mar profundo do Atlântico, comum em regiões tropicais. Comunidade de plâncton

Alterando o orçamento de carbono

Uma consequência da migração do fitoplâncton é a extensão das mudanças climáticas. Em 1995, Steinberg e outros cientistas estavam tentando reunir o orçamento global de carbono – a quantidade de dióxido de carbono emitida para a atmosfera e a quantidade extraída dele, em parte pelos ecossistemas marinhos.

Os números não estavam somando; mais carbono estava desaparecendo da superfície do oceano do que eles poderiam explicar. Então Steinberg deu uma olhada na escuridão. Como parte de sua pesquisa, feita no Instituto de Ciências Oceânicas das Bermudas, Steinberg costumava mergulhar durante o dia e tornou-se bem versada na fauna local. Mas então ela teve que dar um mergulho noturno. Ela mergulhou do lado de um pequeno barco acima de 13.000 pés de água escura e logo descobriu que “era uma comunidade totalmente diferente. Eu estava na água com animais de todos os tipos”, ela lembra, sua voz ainda ressoando com entusiasmo mais de um quarto de século depois. Aquela noite foi sua deixa para mudar de direção e começar a estudar a migração diária. E ela teve um pressentimento de que poderia conter parte da resposta de carbono.

Na superfície do oceano, o fitoplâncton suga uma enorme quantidade de dióxido de carbono da atmosfera, mas libera muito dele de volta ao ar, geralmente em poucos dias. À medida que o zooplâncton migratório nada à noite e come essas plantas marinhas, eles se tornam uma espécie de transportador biológico, transportando carbono para o fundo do mar, onde pode ser sequestrado por centenas ou milhares de anos.Para estudar esse movimento crucial do carbono, Michael Stukel, pesquisador de plâncton e biogeoquímica marinha da Universidade Estadual da Flórida, passa muito tempo examinando através de um microscópio as pelotas fecais do zooplâncton. As excreções individuais são pequenas, mas quando ocorrem em uma escala tão grande, assumem um significado biogeoquímico global.Pelotas fecais de migradores verticais, ricas em carbono, descem pela coluna d’água. Eles são unidos por outras partículas biológicas que afundam, criando “neve marinha” que cai lentamente no fundo do mar. Juntamente com o zooplâncton nadador carregando seus jantares carregados de carbono de volta com eles, esse sequestro global de carbono significa que o planeta “não é tão quente quanto seria de outra forma”, diz Stukel.

a – d , f a mudança entre o período da linha de base (média de 2005 a 2024) e o final do século (média de 2081 a 2100) é mostrada. a Mudança percentual na biomassa total de fitoplâncton; b mudança percentual na riqueza; c mudança percentual na uniformidade; d rotatividade da comunidade; e mudança na taxa de rotatividade da comunidade (turnover entre a média de 2061−2080 e 2081−2100 menos a média de 2011−2030 e 2031−2040); f mudança na inclinação da estrutura de tamanho da comunidade fitoplanctônica, onde valores negativos indicam uma maior abundância de tipos pequenos de fitoplâncton

As estimativas da quantidade de carbono sequestrado por organismos migratórios variam muito porque muito sobre a migração do diel permanece um mistério. Dados melhores melhorarão os modelos climáticos, o que, por sua vez, melhorará a compreensão de como as mudanças climáticas alterarão os comportamentos desses organismos – e, posteriormente, o clima novamente. “Você se depara com essas grandes questões para a humanidade, para o clima, que não podemos responder, e um bom número delas se relaciona com esses migrantes”, diz Ken Buesseler, cientista sênior da Woods Hole Oceanographic Institution.

Ato de equilíbrio

As respostas para as grandes questões restantes sobre esses migrantes provavelmente virão de trabalhos como o que está acontecendo no laboratório de Kakani Katija no MBARI. Lá ela está adicionando câmeras estereoscópicas e algoritmos de visão a veículos autônomos para que eles possam rastrear cuidadosamente os movimentos de migrantes específicos.

Ela agora pode treinar um veículo e soltá-lo para localizar um animal e segui-lo por horas.

A equipe de Katija está treinando a tecnologia em criaturas gelatinosas como os sifonóforos, que parecem vermes fantasmagóricos. Como esses animais têm tecido semitransparente e se movem de forma rápida e imprevisível, os sifonóforos são difíceis de serem vistos por um veículo autônomo, mas é isso que Katija quer: “Estamos tentando entender como tornar esses sistemas mais robustos”, diz ela. Para capturar imagens e vídeos utilizáveis, a equipe precisa de um robô que possa nadar e produzir luz – ambos podem facilmente interferir no comportamento de seus sujeitos. “Essa é uma grande preocupação”, reconhece Katija.

Uma estratégia furtiva é usar a luz vermelha, que a maioria dessas criaturas não pode ver, e um modo de cruzeiro que minimiza a turbulência. Equipados com tecnologia de sensoriamento remoto baseado em LIDAR, eles podem perscrutar a água a até 20 metros de profundidade .

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Diversidade futura do fitoplâncton em um clima em mudança

Para identificar quais espécies estão se movendo, quando e para onde, os cientistas também estão vasculhando a coluna de água em busca de traços genéticos de organismos transitórios. Uma equipe deixou cair grandes garrafas de amostragem de água do mar em várias profundidades de seu navio de pesquisa enquanto flutuava no Golfo do México. Ao mesmo tempo, os pesquisadores estavam fazendo leituras de sonar da vida abaixo. A partir das amostras, eles sequenciaram fitas de DNA para deduzir quais organismos estiveram onde e quando. Os resultados, publicados em 2020, revelaram pontos mal resolvidos nas leituras simultâneas do sonar. Embora os dados do sonar sugerissem que peixes e outros alvos relativamente grandes representavam grande parte da biomassa em movimento, o DNA indicou que os copépodes e o zooplâncton gelatinoso tinham uma presença muito maior. O que os pesquisadores mais precisam, eles concordam, é uma rede global de monitores oceânicos que possam observar esses processos dia após dia para entender melhor os sistemas oceânicos antes que os humanos os interrompam ainda mais. Por exemplo, a pesca em grande escala tem sido feita quase exclusivamente na camada superficial do oceano, aumentada mais recentemente pela pesca de arrasto pelo fundo. Mas agora alguns países, incluindo a Noruega e o Paquistão, estão emitindo licenças de pesca comercial para a faixa do meio do oceano, em parte para sugar os migradores de dieta e transformá-los em alimentos para peixes cultivados e óleo de peixe.

A expansão das zonas mortas e o aumento das zonas de mínimo de oxigênio na água do oceano também estão tirando esses animais de habitats diurnos habitáveis. E as mudanças climáticas estão diminuindo a mistura de camadas de água no oceano aberto, trazendo menos nutrientes para o fitoplâncton. Menos fitoplâncton significa menos alimento para o zooplâncton migratório.

O número de tipos de fitoplâncton que aparecem (a – d ) e desaparecem (e – h) entre o período da linha de base (média de 2005 a 2024) e o período do final do século (média de 2081 a 2100) em cada um dos seis grupos: cocolitóforos ( a , e ), dos quais existem cinco tipos; diazotróficos ( b , f ), dos quais existem cinco tipos; diatomáceas (c , g), das quais existem 11 tipos; dinoflagelados mixotróficos (d , h), dos quais existem 10 tipos. Procariotos e picoeucariotos (dos quais existem dois tipos de cada) não apresentam alterações significativas. Aparência (desaparecimento) é definida como um tipo que contribui >0,1% (<0,1%) para a biomassa total.

Tudo isso significa que os cientistas que estudam esses animais estão sob crescente pressão. “Não é sempre que temos a chance na história de entender um sistema antes de ser explorado”, diz Benoit-Bird. “Sinto que estamos correndo contra o relógio.”

Para entender melhor os movimentos de trilhões de copépodes, krill e outros migrantes indescritíveis, neste verão Benoit-Bird e seus colegas retornarão ao mar. Ela espera que sua expedição com robôs submarinos, sonar, imagens e DNA ambiental possa ajudá-los a aprender como esses pequenos animais se auto-organizam durante o dia – subindo e descendo, apertando e soltando enxames para se manterem conectados com redes de outras espécies.

Enquanto isso, o sol continuará nascendo e se pondo. Ao fazê-lo, um número incontável de animais seguirá as marés submarinas de escuridão e luz, comendo, excretando e modulando o próprio equilíbrio dos elementos em nosso planeta.

Distribuição dos dados de zooplâncton modernos (pontos brancos) e antigos (pontos cinzas) usados no estudo. A mudança de temperatura da superfície do mar de 1870 a 2015 também é mostrada

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Ouro Verde: Biomassa torrificada para substituir Carvão e Petróleo

Em fevereiro passado, a startup New Standard Oil, com sede na Estônia, comissionou com sucesso seu primeiro protótipo em escala industrial para secagem e torrefação de matéria-prima biogênica operando com vapor superaquecido à pressão atmosférica. O processo energeticamente eficiente foi desenvolvido no Fraunhofer Institute for Interfacial Engineering and Biotechnology IGB em Stuttgart, Alemanha, e produz valiosas matérias-primas para as indústrias química e energética: produtos químicos básicos, biocarvão e água.

A torrefação fornece produtos químicos verdes e carvão verde

“Trabalhamos com a New Standard Oil nos últimos anos e estamos ansiosos para fazer parceria com a startup estoniana como licenciado global para nosso know-how em torrefação de valor agregado de biomassa com vapor superaquecido à pressão atmosférica e valorização de os produtos químicos”, diz o Dr.-Ing. Antoine Dalibard de Fraunhofer IGB.

Abiomassa vegetal é considerada uma alternativa ecológica às matérias-primas fósseis. Para uso de materiais e produtos químicos, matérias-primas renováveis e fluxos de materiais residuais da agricultura e silvicultura ou indústrias a jusante são, em muitos casos, convertidos por meio de processos biotecnológicos ou de conversão química em produtos químicos especiais, como açúcares ou blocos de construção de polímeros

Uma abordagem diferente, que permite o aproveitamento total da biomassa em um único processo, está sendo buscada pela startup New Standard Oil da Estônia: ela se baseia no refinamento térmico e no fracionamento de resíduos biogênicos, como madeira e feno, para convertê-los em produtos químicos “verdes” e carvão “verde” sem deixar resíduos. Isso é possível graças a um processo desenvolvido no Fraunhofer

Institute for Interfacial Engineering and Biotechnology IGB em Stuttgart, Alemanha, em escala piloto, no qual a biomassa é aquecida em uma atmosfera fechada de vapor superaquecido sem oxigênio e, assim, torrificada, ou seja, degradada termoquimicamente.

O processo de torrefação funciona de forma semelhante à pirólise suave e segue uma etapa de secagem na qual a água contida na biomassa evapora. “Na mesma planta, em temperaturas entre 200 e 300 graus Celsius, expelimos as substâncias voláteis da biomassa, que se originam principalmente da hemicelulose, um dos três principais componentes da biomassa”, explica o especialista em tecnologia de separação térmica.

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Cavacos de madeira de faia torrificados com vapor superaquecido (à direita) têm um poder calorífico maior em comparação com cavacos não tratados (à esquerda) e, além disso, são hidrofóbicos Primeiro protótipo ‘Uniformer ® ‘ em escala industrial para torrefação de biomassa usando vapor superaquecido Texto Daniel Scheschkewitz Fotos © Fraunhofer IGB

Uma das principais vantagens do processo decorre do design especial do sistema de secagem a vapor superaquecido. “Além da água evaporada, a fase gasosa também contém compostos voláteis valiosos. Ao resfriar a fase gasosa, obtemos um condensado que podemos separar em vários produtos químicos de plataforma usando processos de separação subsequentes, como destilação, extração ou eletrodiálise”, explica Dalibard. O engenheiro desenvolveu e ampliou o processo no Fraunhofer IGB e também investigou possíveis processos a jusante para agregar valor aos produtos químicos condensados. O que resta como sólido é a biomassa torrificada, que pode ser vista como biocarvão. Em comparação com a biomassa não tratada, seu teor de carbono e, portanto, seu valor calorífico específico é significativamente aumentado. Moído em pó ou comprimido em pellets, o carvão “verde” pode ser usado, por exemplo, para a queima de usinas de energia com impacto neutro no clima e substituir o carvão fóssil ou o gás.

Protótipo em grande escala para uma economia de energia e carbono com emissão zero

“Diante da alta dos preços da energia e da segurança energética em baixa histórica, investimos nesse processo com o objetivo de tornar realidade o

fornecimento local de energia limpa e neutra em carbono com nossa tecnologia ‘Uniformer ® ‘, como a chamamos” diz da New Standard Oil Sven Papp, um dos quatro cofundadores.

Em fevereiro de 2023, a startup lançou seu primeiro protótipo em escala industrial em Paldiski, Estônia, para converter biomassa de rápido crescimento e várias misturas de biomassa de baixa qualidade em água, produtos químicos verdes e biocarvão no processo de secagem e torrefação em cascata. A jovem empresa ainda planeja usar o calor residual gerado no processo para alimentar a rede de aquecimento.

“Nosso protótipo Uniformer ® pode processar até 150 quilos de biomassa por hora e já está produzindo produtos 100% comercializáveis a partir de lascas de madeira e feno não alimentar: biocarvão como um biocombustível sólido de carvão marrom, produtos químicos renováveis como metanol, furfurais e outros produtos químicos, além disso, água dessalinizada, bem como o calor do processo”, Sven Papp confirma os resultados do Fraunhofer IGB.

O biocarvão pode substituir pellets de madeira ou gás para geração combinada de calor e energia (CHP). Uma vantagem para a segurança energética e estabilidade da rede: a eletricidade dos sistemas CHP é despachável e pode ser gerada sob demanda à noite ou durante períodos calmos, quando o sol e o vento não são suficientes. “Com a ajuda dessa nova abordagem inovadora, calculamos que os preços da eletricidade renovável despachável do biocarvão podem ser ainda mais baixos do que os da energia eólica terrestre”, continua Papp. Os fundadores estão otimistas e, entretanto, preparam-se para comer cializar suas primeiras plantas Unifor mer ® para o mercado europeu.

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Dra. Diana F. da Veiga Borges Leal Cirurgiã - Dentista / CRO-PA 3554

Dr. Fabio Borges Leal Responsável Técnico CRO-Pa 3237

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O processo de torrefação com sucesso (não tratada, torrificada à direita). Secagem com vapor superaquecido
Tv. 14 de Março 1155, Ed. Urbe 14, sala 1203/1205 Tel: (91) 98116-8045 @clear_odontologiapa www.clearodontologia.net

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