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REVISTA DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS - ANO 24 - JAN/FEV/MAR/ABR 2017 - Nº 109
REVISTA DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS - ANO 24 - JAN/FEV/MAR/ABR 2017 - Nº 109
Que alívio!
Farmácia magistral oferece opções para quem sofre de diferentes dores Individualização melhora qualidade de vida mesmo quando não há cura
Conheça o Movimento que está agitando o setor magistral
O Movimento Farmacêutico Empresário oferece conteúdo executivo de ponta para inspirar, motivar e capacitar proprietários e gestores de farmácias magistrais. É a sua oportunidade de aprimorar definitivamente as habilidades de gestão de negócios e impulsionar sua farmácia para o crescimento.
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EDITORIAL
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO GESTÃO 2016-2017
Ademir Valério da Silva (presidente) Célio Fernandes (vice-presidente) José Patrocínio de Andrade Filho (vice-presidente) Carlos Alberto Pinto de Oliveira (secretário) Alessandro Marcius Silva Aline Coppola Napp Andrea Kamizaki Lima Claudia Cristina Silva Aguiar Cleunice Fidalski Denise de Almeida Martins Oliveira Elpídio Nereu Zanchet Evandro Tokarski Fabianna Maria Marangoni Iglecias Flávio Henrique de Araújo Marco Antônio Perino Rogerio Tokarski Sílvia Muxfeldt Chagas
Ademir Valério Silva Presidente do Conselho de Administração da Anfarmag
DIRETOR EXECUTIVO Marco Fiaschetti
REVISTA ANFARMAG
Rua Vergueiro, 1855 - 12o andar CEP 04101-000 - São Paulo - SP anfarmag@anfarmag.org.br www.anfarmag.org.br Tel.: 11 2199-3499 / Fax: 11 5572-0132 CONSELHO EDITORIAL TÉCNICO Ana Lúcia Povreslo Ivan da Gama Teixeira Paula Renata Carazzato CONTATO COMERCIAL Simone Tavares relacionamento@anfarmag.org.br GERENTE TÉCNICO E DE ASSUNTOS REGULATÓRIOS Vagner Miguel EQUIPE DE FARMACÊUTICOS Adriana Alves, Jaqueline Watanabe, Lúcia Gonzaga, Luciane Bresciani, Maria Aparecida Soares e Valéria Faggion COORDENAÇÃO EDITORIAL E EDIÇÃO Presoti Comunicação - Grupo Interface REPORTAGEM E REDAÇÃO Natália Chagas e Taís Ahouagi
ARTE E DIAGRAMAÇÃO Fontpress Assessoria de Comunicação PROJETO GRÁFICO Márcio Abicair de Souza FOTOS Divulgação IMAGEM DA CAPA: Shutterstock IMPRESSÃO: Vox Editora Revista da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) destinada aos farmacêuticos magistrais, dirigentes e funcionários de farmácias de manipulação e de laboratórios; prestadores de serviços e fornecedores do segmento; médicos e outros profissionais de saúde; entidades de classe de todo o território nacional; parlamentares e autoridades da área de saúde dos governos federal, estadual e municipal.
Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Anfarmag. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. É PERMITIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL DO CONTEÚDO DA REVISTA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
Periocidade: Trimestral Circulação: Nacional Tiragem: 6.000 exemplares Distribuição dirigida
Vamos aliviar De acordo com a Sociedade Brasileira para Estudo da Dor, cerca de 30% das pessoas convivem com esse problema. Mais que um sintoma, a dor gera muito sofrimento, incapacita para o trabalho e traz uma série de consequências psicossociais e econômicas. É esse tema tão complexo que escolhemos abordar na Revista Anfarmag 109. Nesta edição, mostramos como a individualização que só a farmácia magistral oferece pode contribuir para melhorar significativamente a qualidade de vida de quem sente dor. Outro assunto importante que trazemos nesta edição é a saúde das empresas do nosso setor. A economia do Brasil não aponta um cenário fácil, mas sabemos que é possível enfrentar a conjuntura se nos dispusermos a voltar o foco para a gestão. Um bom começo é o Movimento Farmacêutico Empresário – iniciativa que garante que você, empresário associado à Anfarmag, tenha acesso gratuito ao conteúdo da HSM, uma das melhores escolas de gestão da América Latina. Leia, procure enxergar as oportunidades que lhe aguardam e fique à vontade para entrar em contato com nossa equipe para saber mais. Que 2017 seja um grande ano para todos nós!
Boa leitura! Ademir Valério N109 - JAN/FEV/MAR/ABR 2017 3
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22 03 Editorial 06 Quem disse Palavra do associado 07 Fique sabendo 08 Fibromialgia
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Marcas que chegam com o tempo
38 Negócios
Entre o jaleco e a gravata
40 Entrevista
Foco para crescer
Uma síndrome, mil sintomas
42 Artigo
Junta tudo e faz o quê?
44 Linha de frente
14 Reumatologia
18 Anestésicos tópicos Oportunidade que se sente na pele
22 Suplementação Nutrição que alivia
26 Dores neuropáticas Quando dá nos nervos
30 Enxaqueca
Só uma dor de cabeça?
O mito da qualidade
Serviços que geram benefícios financeiros
45 Encarte Técnico
Cloridrato de duloxetina Calibração de válvulas Notificação de receitas A Terapia contra dor Entorpecentes e psicotrópicos Assistência para idosos Uso racional de anti-inflamatórios Documentos visíveis ao público
55 Fluxograma
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Para acompanhar o crescimento do setor magistral como um todo, o farmacêutico, além de ser técnico, precisa ter conhecimentos empresariais. O que contribui para esse desenvolvimento é o que a Anfarmag tem feito hoje, proporcionando caminhos que instrumentalizem os profissionais nas áreas de Gestão, Marketing, Planejamento, Precificação, Contabilidade e Finanças. É fundamental que os micro e pequenos empresários continuem se aperfeiçoando para aprimorar os negócios.”
Foto: Divulgação
QUEM DISSE
Carlos Andrade Vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e presidente da Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia
PALAVRA DO ASSOCIADO Gostaria, inicialmente, de parabenizar o excelente trabalho de nossa entidade. São tantas as inovações em um espaço de tempo tão curto, que parece inacreditável! Nós não temos tido tempo de assimilar e desfrutar ainda de tantas coisas interessantes. Doralysa Nezello Joaçaba (SC)
Tomei a liberdade de entrar em contato para cumprimentá-los pelo Movimento Farmacêutico Empresário. O material é muito enriquecedor, fiquei encantada. Denise Marçon Denoni São Paulo (SP) Gostou das reportagens desta revista? Ficou com dúvidas? Tem algum tema que gostaria de ver na próxima edição? Sua opinião faz toda a diferença! Fale com a gente pelo e-mail: revista@anfarmag.org.br
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FIQUE SABENDO
Nocaute – Como contar sua história no disputado ringue das redes sociais As redes sociais são um espaço importante para as empresas que pretendem se tornar conhecidas e estreitar o relacionamento com seus públicos de forma sustentável. Mas acertar na forma de estabelecer essa comunicação nem sempre é simples. O livro “Nocaute: como contar sua história no disputado ringue das redes sociais” aponta caminhos que podem ser o ponto de partida para qualquer empresa. O autor, especialista em marketing digital, mostra que as redes sociais pedem interação acima de tudo – o que é bem diferente de simplesmente fazer propaganda. Segundo ele, ações que fazem o consumidor rir, pensar, brincar, sentir-se valorizado ou simplesmente escapar por um tempo das chateações da vida são mais valiosas nas redes sociais que os costumeiros calls to action da publicidade regular (“compre”, “conheça”, “visite”, etc.). O livro traz erros comuns, dá exemplos de acertos e coloca o empreendedor para refletir sobre como e por que engajar o seu público. Autor: Gary Vaynerchuk Editora: HSM Preço sugerido: R$ 49,90
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FIBROMIALGIA
Uma sĂndrome, mil sintomas Mudanças no estilo de vida e tratamento adequado podem melhorar o dia a dia do paciente 8
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FIBROMIALGIA Descrita comumente como “dor generalizada”, a fibromialgia é uma condição crônica que causa bastante sofrimento. Porém, pelo seu desconhecimento, por muitos anos os pacientes foram tachados de dramáticos ou exagerados nos seus frequentes e inexplicáveis relatos e queixas de dor. A compreensão da complexidade e do espectro de comprometimento da qualidade de vida dos indivíduos começou na década de 1980, quando a literatura internacional demonstrou séries de casos que uniformizaram as descrições e delinearam os principais mecanismos fisiopatológicos. Foi com a publicação dos Critérios de Classificação da Fibromialgia do Colégio Americano de Reumatologia que essa condição – conceituada como síndrome – passou a ter reconhecimento científico. As informações são do reumatologista José Eduardo Martinez, coordenador da Comissão de Dor, Fibromialgia e outras Síndromes Dolorosas de Partes Moles da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), que também ressalta o grande número de pessoas que desenvolvem a síndrome. “De acordo com estudos internacionais, a Fibromialgia acomete uma importante parcela da população mundial: de 2% a 4%. Outras pesquisas epidemiológicas brasileiras, ainda que sejam poucas, confirmam esse índice e afirmam que o predomínio da incidência é no sexo feminino e sem preferência por raça”. Estudos e pesquisas, como a Cartilha sobre fibromialgia produzida pela SBR, esclarecem que a fibromialgia costuma surgir entre 30 e 55 anos de idade, ainda que existam casos registrados em pessoas mais velhas e até em crianças
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e adolescentes. Outro ponto citado no documento é que a síndrome pode aparecer depois de eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. Contudo, as causas da fibromialgia ainda não são totalmente conhecidas, o que torna o diagnóstico difícil e demorado. Sobre o seu reconhecimento, o mesmo documento da Sociedade Brasileira de Reumatologia diz que não existem exames específicos para a detecção, sendo o diagnóstico essencialmente clínico e feito por meio dos sintomas e sinais, o que torna necessário que sejam feitos exames para excluir doenças que se apresentam de forma semelhante à síndrome, ou, ainda, para detectar outros problemas que podem ocorrer conjuntamente e influenciar na sua evolução. Não obstante, estudos também apontam que existem vários fatores que estão frequentemente associados a essa síndrome, como a genética (a fibromialgia é muito recorrente em pessoas da mesma família, o que pode ser um indicador de que existem mutações genéticas capazes de causar a síndrome), infecções por vírus e doenças autoimunes, distúrbios do sono, sedentarismo, ansiedade e depressão. “A síndrome da fibromialgia é multifatorial, e toda a sua etiopatogenia ainda não é conhecida. Estão envolvidos mecanismos de transmissão dolorosa alterados e caracterizados por sensibilização central, resposta a estressores alterada e um agravamento por fatores emocionais”, explica José Eduardo Martinez.
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FIBROMIALGIA
Sintomas
Ainda que seja comumente definida como dor muscular generalizada, a fibromialgia vai além, causando outros sintomas. “A síndrome causa dor musculoesquelética associada com hiperalgesia (percepção de dor aumentada após estímulos dolorosos) e alodinia (percepção de dor após estímulos não dolorosos). Outros sintomas centrais são sono não restaurador e fadiga. Também podemos observar associação com cefaleia, depressão, ansiedade, síndrome do intestino irritável, síndrome da dor miofascial, entre outros”, complementa Martinez. Na literatura sobre a síndrome ainda são descritos como sintomas a rigidez matinal, dores menstruais, sensibilidade à temperatura, queimação e formigamento nos pés e mãos, dor abdominal, além de problemas para urinar, falta de memória e dificuldade de concentração.
Tratamento
O QUE FORMULAR? Fluoxetina......................................40 mg Excipiente qsp.........................1 cápsula Indicação: fibromialgia. Posologia: tomar 1 cápsula pela manhã. Ciclobenzaprina .....................10 – 20mg Excipiente qsp .........................1 cápsula Indicação: fibromialgia. Posologia: tomar 1 cápsula à noite. Ciclobenzaprina .....................10 – 20mg Excipiente qsp .........................1 cápsula Indicação: fibromialgia. Posologia: tomar 1 cápsula à noite. Na terapia combinada com o uso de inibidores de receptação de serotonina (ISRS) e miorrelaxantes, observa-se a redução da dor e consequente melhora da capacidade funcional do paciente fibromiálgico. Fonte : Batistuzzo, J.A. et al Formulário Médico-farmacêutico, Pharmabooks, 4ª ed, São Paulo, 2011. Cantini, F.; Bellandi, F.; Niccoli, L.; Di Munno, O. - Fluoxetina combined with cyclobenzaprine in the treatment of fibromyalgia. Minerva Med., 58:97-100, 1994. Heymann et al. - Consenso brasileiro do tratamento da fibromialgia- Rev. Bras. Reumatol. 2010;50(1):56-66. 12
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O tratamento da fibromialgia sempre exige um olhar ampliado para a adoção de recursos terapêuticos com foco no melhor resultado. Nesse sentido, o trabalho do farmacêutico magistral em colaboração com os médicos é fundamental, por exemplo, para sugerir a associação de ativos ou mesmo o ajuste de doses mais adequado. Além disso, segundo especialistas, o tratamento sempre deve envolver medidas não farmacológicas em conjunto com os medicamentos. São indicados, por exemplo, exercícios físicos, terapia cognitivo comportamental e acupuntura. O reumatologista José Eduardo Martinez explica que essas opções terapêuticas têm sido estudadas e mostrado eficácia em diversos grupos de pacientes. “O uso de medicamentos não pode ser feito isoladamente. Desse ponto de vista, são aprovados com indicação no Brasil a duloxetina e a pregabalina. Outros medicamentos mostraram eficácia em estudos randomizados e têm sido utilizados mundialmente. Entre eles, posso citar a amitriptilina, a ciclobenzaprina, a associação da fluoxetina e a amitriptilina ou ciclobenzaprina, a venlafaxina e o tramadol, isoladamente ou associado com paracetamol”, explica. A personalização do tratamento é um ponto essencial para o sucesso das terapias, segundo o reumatologista. “A individualização das doses deve ser sempre preconizada para potencializar a eficácia e minimizar os efeitos adversos, sempre baseada no conhecimento observado nos estudos clínicos, portanto, balizado pela ciência”, reitera Martinez. O profissional ressalta que os estudos clínicos e os relatos de vida real apontam melhora importante da qualidade de vida dos pacientes, embora nem sempre se consiga a eliminação dos sintomas. “Observe que há subgrupos de pacientes com quadros mais refratários, especialmente quando associados à depressão e à ansiedade graves”, conclui. Saiba mais on-line: • Encontre sugestões de formulações e dicas técnicas em: anfarmag.org.br
REUMATOLOGIA
Junta tudo e faz o quê? Dores nas articulações podem ser tratadas de modo individualizado a partir de abordagem personalizada Em todo o mundo, a prevalência de dor nas articulações é extensa e os efeitos, debilitantes. Os sintomas comprometem a mobilidade, com grande desconforto nos joelhos, mãos, quadril, tornozelos, mandíbula e coluna. Não por acaso, 2016 foi chamado de Ano Global Contra Dor nas Articulações. A dor articular pode ter diversas causas como osteoartrose, artrite reumatoide, lúpus, diabetes, doença de Chron, entre outras. Segundo Mariana Schamas, cinesiologista e membro da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor, o primeiro sintoma é percebido com o movimento. “Sente-se instabilidade, rigidez, fisgadas, tensão, dor ou aumento da temperatura”, afirma. Ela explica que a dor articular pode surgir pela idade ou ser resultado de inflamação local e desgaste da articulação por excesso de uso, trauma, hereditariedade, obesidade ou doenças autoimunes. “A cartilagem é hídrica e amortece e acomoda a junção óssea. Junto à cartilagem está a bursa, que contém o líquido sinovial, que, com o movimento, lubrifica a articulação”, diz. O sedentarismo é apontado como um dos maiores inimigos, já que, sem movimento, não há lubrificação.
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REUMATOLOGIA
Reação inadequada
Para a profissional, muitos pacientes erram aos primeiros sinais da patologia. “A maioria das pessoas tem como princípio evitar o movimento quando sente dor. Claro que, dependendo da situação, o repouso é indicado, porém ele deve ser breve e o estímulo de movimentação em outras partes do corpo é fundamental para evitar o efeito dominó”, diz. “A dor articular deve ser avaliada cuidadosamente para um tratamento responsivo”. Mariana ressalta que ações associadas resultam em um gerenciamento eficaz da dor. “É preciso evitar repouso excessivo, fazer atividade física bem orientada, usar suplementos protetores articulares e analgésicos. A fisioterapia melhora as condições articulares. Perda de peso e dieta equilibrada também são importantes”, esclarece. Um ponto é evitar a automedicação, segundo outra especialista, a médica anestesiologista responsável pelo Centro Paulista de Dor, Mariana Palladini. “É comum o abuso de medicamentos usados de forma equivocada”. A profissional explica que há o medicamento certo para cada caso. “Os corticoides são muito usados para algumas patologias articulares e, nas osteoartroses, os novos consensos internacionais sugerem que se trate como dor crônica. Por isso, utilizo moduladores da dor como alguns anticonvulsivantes, antidepressivos e analgésicos simples com opioides. Nesses casos, os anti-inflamatórios não hormonais (também chamados de não esteroidais) podem ser bem-vindos por curtos períodos ou em doses baixas por prazos mais longos. Além disso, estudos recentes avaliam o uso de medicamentos como a cloroquina”, conclui.
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O QUE FORMULAR? Terapia combinada Difosfato de cloroquina.......................125mg Prednisolona........................................2,5mg Tenoxicam.............................................10mg Excipiente qsp...............................1 cápsula Indicação: artrite reumatoide (diminuição de inflamação e rigidez articular), lúpus eritematoso sistêmico. Posologia: tomar 1 cápsula 2 vezes ao dia nas refeições ou conforme orientação médica. Ciclobenzaprina...................................10mg Cetoprofeno.......................................100mg Gel percutâneo qsp ...........1ml(pump)/60ml Indicação: adjuvante tópico em processos inflamatórios dolorosos músculo-esqueléticos e processos reumatológicos (osteoartrose, atrite reumatoide). Posologia: aplicar 1 pump (1ml) na região afetada de 3 a 4 vezes ao dia ou conforme orientação médica. Fonte: Batistuzzo, J.A. et al Formulário Médico-farmacêutico, Pharmabooks, 4ª ed, São Paulo, 2011.
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ANESTÉSICOS TÓPICOS
Oportunidade
que se sente na pele
Autora: Karina Soeiro*
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Com o aumento exponencial da procura por tratamentos estéticos nos consultórios médicos, cresce a importância de anestésicos tópicos, aumentando o conforto em procedimentos dolorosos. São exemplos os lasers ablativos, a indução percutânea de colágeno e as injeções de ácido hialurônico e ácido polilático. O uso isolado ou combinado de agentes anestésicos nem sempre é suficiente, o que abre um nicho importante para o farmacêutico magistral. É fundamental conhecer profundamente a permeação cutânea e a farmacologia
dos anestésicos tópicos para o desenvolvimento de uma formulação que faça o controle efetivo da dor e, ao mesmo tempo, seja segura. O estrato córneo, porção mais externa da epiderme, é a principal barreira para a permeação de ativos, incluindo os anestésicos tópicos. Sua composição, com células extremamente queratinizadas e coesas, dificulta a permeação de moléculas ionizadas, sendo as bases neutras mais facilmente difundidas em direção à derme. A capacidade do anestésico em penetrar o estrato córneo depende
do pKa: quanto mais próximo o pKa do agente anestésico do pH da pele, maior a quantidade de base formada e, portanto, melhor a penetração. Nesse sentido, uma boa estratégia é a adição de bicarbonato de sódio para aumentar o pH do meio e maior proporção da droga na forma não-ionizada, o que aumenta a velocidade de ação da anestesia (redução da latência). A efetividade e a permeação de um anestésico tópico estão relacionadas a outros fatores: integridade da barreira cutânea, uso ou não de agente vasoconstritor (sendo benéfico por prolongar o N 1 0 9 - J A N / F E V / M A R / A B R 2 0 1 7 19
ANESTÉSICOS TÓPICOS efeito analgésico e diminuir a absorção sérica), lipossolubilidade, capacidade de ligação proteica, área de aplicação, concentração, tempo de permanência do produto sobre a pele, oclusão e forma farmacêutica. A quantidade de fármaco que penetra na pele depende quase sempre da escolha correta do veículo. Destaca-se o uso de skin enhancers – compostos químicos farmacologicamente inativos, mas que podem permear ou interagir com constituintes do estrato córneo, facilitando a permeação. Os promotores de absorção cutânea podem alterar a composição, as propriedades físico-químicas, a organização lipídica e proteica inter e intracelular do estrato córneo. Com isso, diminui reversivelmente a função de barreira ou aumenta o coeficiente de partilha do fármaco, proporcionando uma difusão adequada através da pele. Dentre os skin enhancers que podem ser incorporados às formulações magistrais, destacam-se os ácidos graxos, sendo os insaturados mais efetivos para a absorção percutânea que os homólogos saturados. O ácido oleico e o palmitoleico são os principais representantes dessa classe. Os glicóis e álcoois – sendo o etanol o mais usado dentre os promotores de absorção – removem grandes quantidades de lipídios do estrato córneo e aumentam o número de grupos sulfidrila livres da queratina. Sistemas de solventes como água, etanol e propilenoglicol incrementam o fluxo de fármaco, sendo o máximo obtido com a mistura de 33% de propilenoglicol em etanol. No caso dos sulfóxidos, o DMSO promove a extração dos lipídios e a desnaturação de proteínas, alternando a conformação da queratina e outras proteínas. Também os fosfolípideos são excelentes skin enhancers, com destaque para os que contêm ácidos graxos insaturados no grupo hidro-
fóbico, como a fosfatidilcolina. São vários mecanismos que explicam essa propriedade, mas acredita-se que a permeação é facilitada pelo aumento da afinidade do insumo com a membrana celular. Quanto ao mecanismo de ação, os anestésicos tópicos agem por bloqueio de canais iônicos na membrana celular neuronal, impedindo a neurotransmissão do potencial de ação. A forma ionizada do anestésico local liga-se de modo específico aos canais de sódio, inibindo a propagação da despolarização celular. Existe um segundo mecanismo de ação, gerado pela forma não ionizada dos anestésicos locais, que envolve a inativação dos canais de sódio pela incorporação na membrana plasmática. O bloqueio das fibras nervosas ocorre gradualmente, iniciando com a perda de sensibilidade à dor, à temperatura, ao toque e, finalmente, do tônus musculoesquelético. Quimicamente, os anestésicos tópicos se dividem em dois grupos: ésteres e amidas. Eles possuem, em sua maioria, um grupo aromático (apolar) associado a um grupo amina (polar). Esses dois grupos são ligados por uma cadeia intermediária, que determina a classificação do anestésico local como amida ou éster. São exemplos de amidas para formulações magistrais a lidocaína e a prilocaína. Já os agentes do tipo ésteres incluem a tetracaína e a benzocaína. A diferença principal entre as duas classes é a estabilidade química. Ésteres são relativamente instáveis em solução e facilmente metabolizados no plasma pela pseudocolinesterase. As amidas, por sua vez, são mais estáveis e têm metabolização hepática. A associação de um ou mais agentes anestésicos em diferentes veículos é um nicho extremamente promissor para o setor magistral. A tetracaína não tem apresentação comercial no Brasil e só está disponível para manipulação, sendo o único
anestésico controlado pela Portaria 344, pertencente à Lista C1. Ela é mais lipofílica do que a lidocaína e a prilocaína, portanto permeia com maior facilidade e faz depósitos locais. Dessa forma, o anestésico é liberado gradativamente, o que diminui a absorção sistêmica e prolonga a sua duração. Foi aprovado pelo FDA e é comercializada, fora do país, por dois grandes laboratórios a mistura eutética de lidocaína e tetracaína em veículo que, após 60 minutos, forma máscara plástica, tendo importante papel de oclusão e aumentando a eficácia analgésica. De maneira responsável e atenta às necessidades do mercado, o farmacêutico magistral pode contribuir no manejo da dor em procedimentos estéticos e cosmiátricos, sempre respeitando a limitação de concentração dos agentes anestésicos, formulando associações realmente eficazes e seguras.
*Karina Soeiro é farmacêutica magistral, mestre em Ciências Farmacêuticas pela USP e professora de Farmácia e Estética & Cosmética
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SUPLEMENTAÇÃO
Nutrição que alivia Escolha correta de alimentos e suplementação são armas importantes na busca por uma vida com mais sensação de bem-estar
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Quando a dor aparece, é bom lembrar que a solução pode estar no balanço de nutrientes. Especialistas afirmam que algumas mudanças na alimentação e, em alguns casos, o uso de suplementos, dão resultados significativos. Esse entendimento foi corroborado recentemente por uma pesquisa realizada em Ribeirão Preto (SP) pela equipe da qual faz parte o neurocirurgião Adriano Scaff. O objetivo era investigar se as opções alternativas às cirurgias da coluna mostravam-se eficientes. O primeiro achado foi que alimentos com substâncias excitatórias, como o café e o chocolate, podem intensificar os sinais nervosos da dor. Por outro lado, a boa notícia é que alguns alimentos jogam a
favor do alívio: salmão e outras opções ricas em ômega-3 provaram trazer alívio em alguns casos. De acordo com a nutricionista pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional Juliana Uyeno, de São Paulo, os nutrientes são mesmo poderosos e, nos quadros de artrose, podem ser responsáveis por reduzir em até 70% a intensidade da dor. “Bebidas alcoólicas e alimentos ricos em açúcar refinado e gordura trans aumentam a produção de substâncias que agravam o processo inflamatório, como derivados do ácido araquidônico prostaglandina, tromboxano A2, prostaciclina e leucotrieno”, diz. Já a ingestão de suplementos antioxidantes e anti-inflamatórios, N 1 0 9 - J A N / F E V / M A R / A B R 2 0 1 7 23
SUPLEMENTAÇÃO como as vitaminas A, C, D, E, zinco, selênio, ômega-3 e betacaroteno é a aposta da especialista para o retardo da progressão da dor, porque inibem o processo inflamatório. No caso da artrite reumatoide, os especialistas costumam prescrever o sulfato de glucosamina, MSM (metilsulfonilmetano) e ácido hialurônico. Já o sulfato de condroitina, por ser uma molécula grande, pode causar efeitos colaterais, principalmente gastrointestinais. Juliana ainda cita os fitoterápicos Boswellia serrata, Curcuma longa e Uncaria tomentosa como recursos que podem ser prescritos com individualização, de acordo com o quadro de cada paciente, mas lembra que, muitas vezes, a solução começa pelo emagrecimento: “A pressão sobre as articulações nos pacientes com sobrepeso dobra o risco de dores nos joelhos”.
Dor e sistema imunológico
A nutricionista Denise Carreiro, de São Paulo, autora dos livros “Suplementação nutricional na prática clínica – volumes 1 e 2” e “Ecossistema intestinal na saúde e na doença”, ressalta que os micronutrientes são especialmente importantes nos processos inflamatórios crônicos. Para ela, é importante combater a deficiência ou insuficiência das substâncias responsáveis pela ação natural anti-inflamatória, antialérgica, anticancerígena, antioxidante e destoxificante do organismo. “Associadas à ação natural da microbiota probiótica intestinal, elas determinam nossa tolerância a agressores alimentares, ambientais, antígenos microbianos, assim como evitam o aumento de autoanticorpos e controlam a magnitude da resposta contra os agressores do organismo”, diz. Na visão da nutricionista, portanto, há forte ligação entre as dores e o sistema imunológico. Ela aponta que nossos organismos estão cada vez mais expostos a uma grande diversidade de antígenos alimentares, mas que o padrão de comportamento alimentar atual, bem como o uso repetido de drogas como anti-inflamatórios não esteroidais, corticosteroides, anticoncepcionais, antibióticos, laxantes e quimioterápicos, vem diminuindo a capacidade de modular as respostas de defesa. O resultado é a carência de vitaminas e minerais neces-
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sários à formação, renovação e manutenção das células de defesa, hormônios reguladores, antioxidantes, enzimas e sucos digestivos, neurotransmissores e formação das mucosas, além de executarem naturalmente as ações anti-inflamatórias, antialérgicas, destoxificantes e anticancerígenas. “Esses micronutrientes também são necessários para o equilíbrio do sistema nervoso central, predispondo o organismo à dificuldade de lidar com o estresse, desencadeando, entre outros fatores, respostas inflamatórias”. Segundo Denise, a quebra de tolerância imunológica pode gerar sintomas como: otite, amidalite, bronquite, rinite, sinusite, esofagite de refluxo, gastrite, colite, cistite, celulite, enxaqueca, olheiras, dores musculares e articulares, ansiedade, irritabilidade, alterações de humor, agitação, distúrbios de concentração, distúrbios de aprendizagem, depressão, compulsividade e resistência à insulina, além de manifestações dermatológicas. “Substâncias pró-inflamatórias liberadas na corrente sanguínea também podem agir no sistema nervoso central, aumentando a excitação das células nervosas via ativação do glutamato”, diz. A nutricionista alerta para a carência de ômega3, nutriente com ações anti-inflamatória, antialérgica, imunomoduladora e fundamental para a formação e ação de sistema nervoso central e periférico. Há também a carência de vitamina D, que é considerada um dos principais fatores que podem desencadear doenças autoimunes, processos alérgicos, desequilíbrios da insulina e da tireoide.
Suplementação
Denise Carreiro sugere opções para diferentes deficiências encontradas a partir de anamnese, exames clínicos e laboratoriais. Probióticos A microbiota gastrointestinal atua em praticamente todos os fatores relacionados à dor, pois melhora a mucosa, seu pH e permeabilidade para absorção de nutrientes e eliminação de substâncias estranhas. Modula o sistema imunológico, combate bactérias patogênicas, dificulta infecções e contribui para a ação dos antioxidantes. Ácidos graxos essenciais Óleo de linhaça ou de peixe são opções para modular o sistema imunológico, dar suporte para o estado emocional e desencadear um efeito anti-inflamatório natural, além de ser anti-histamínico. L-glutamina, zinco, selênio, ácido fólico, vitamina B5, carotenoides, bioflavonoites e vitaminas E e A Ajudam a recuperar a integridade da parede intestinal, têm ação antioxidante e anti-inflamatória, modulam o sistema imunológico, auxiliam a detoxificação hepática e contribuem com o estado nutricional como um todo. Vitamina C, magnésio e quercitina Inibem a degranulação dos mastócitos, diminuindo a liberação de histamina, dando suporte anti-histamínico. Ferro É essencial para o funcionamento normal do sistema imunológico, e tanto a carência como a sobrecarga de ferro modificam a resposta imunológica. A enzima catalase, que contém o ferro heme, é responsável por converter peróxido de hidrogênio em oxigênio e água, com função antioxidante.
O QUE FORMULAR? N-acetil hidroxiprolina.....................200mg Excipiente qsp................................1 cápsula Indicação: suplementação coadjuvante na terapêutica de osteoartrites, formação de tecido conjuntivo eutrófico, aumento da mobilidade. Posologia: 1 cápsula 2 a 3 vezes ao dia ou conforme orientação. Sulfato de glucosamina.................250mg Metilsulfonilmetano (MSM)............300mg Excipiente qsp ...............................1 dose Indicação: suplementação adjuvante em processos inflamatórios, artroses, osteoartrites. Posologia: 1 dose 2 vezes ao dia nas refeições ou conforme orientação. Fonte: Batistuzzo, J.A. et al Formulário Médico-farmacêutico, Pharmabooks, 4ª ed., São Paulo, 2011.
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DORES NEUROPÁTICAS
o d n a Qu s o n dá s o v r ne Diretamente ligadas às doenças do sistema nervoso, as dores neuropáticas atingem sete em cada cem pessoas. Sua particularidade é que não são causadas por um dano tecidual. O médico Charles Amaral de Oliveira, presidente da Sociedade Brasileira de Médicos Intervencionistas em Dor, afirma que a dor neuropática surge como consequência de uma lesão direta sobre um nervo, como acontece em uma amputação e hérnias de disco; ou situações que afetem o sistema somatossensorial, como acontece no diabetes e em uma parcela dos pacientes que utilizam quimioterápicos para tratamento de câncer. “Os sintomas mais frequentes são queixas como choque, queimação, fisgada, formigamento no trajeto do nervo acometido. Na neuralgia do trigêmeo, a queixa é restrita à face, podendo acometer um ou mais dos três ramos do nervo trigêmeo e ser desencadeada por ações como escovar os dentes, lavar o rosto ou mesmo conversar”, conta o especialista. 26
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Tratamento adequado é fundamental para amenizar o quadro de patologias que nem sempre têm cura
Já o herpes zoster, outro exemplo de dor neuropática, atinge pessoas que tiveram catapora no passado e que, por alguma razão, estão com a imunidade baixa. O problema é que 20% dessas pessoas evoluem para um quadro cronificado, que significa estar com a dor mesmo com a resolução da doença. “Tradicionalmente, os nervos entre as costelas são mais afetados e, em segundo lugar, o nervo trigêmeo que inerva a face”.
Relação com diabetes
As dores neuropáticas também são comuns nos pacientes com diabetes, cuja incidência varia de 10% a 20%. “Isso acontece quando a glicemia não está controlada por um período longo, levando a uma lesão da bainha de mielina que reveste os nervos. A dor neuropática do diabetes é sentida nas regiões das mãos e pés, dando sensação de formigamento. Isso difere da síndrome do túnel do carpo, outro modelo de neuropatia
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do nervo mediano, em que o formigamento se restringe ao polegar, segundo e terceiro dedos e ocorre principalmente durante a noite, quando os tendões flexores superficiais e profundos da mão estão mais hidratados e comprimem o nervo mediano na região do punho”, explica. O especialista afirma que ninguém está imune às dores neuropáticas. “A hérnia de disco, que gera dores neuropáticas e somáticas ao mesmo tempo, acomete pessoas de média idade. O herpes zoster acontece principalmente em idosos, mas cada vez mais há pessoas em idade produtiva que também são afetadas devido à baixa de imunidade por estresse relacionado ao trabalho. Um diabetes mal controlado causará essas dores com o decorrer dos anos.”
Tratamentos
De acordo com Charles, as medicações de primeira linha são os antidepressivos da classe dos tricíclicos e duais e anticonvulsivantes como os gabapentinoides. Como segunda linha, os opioides estão indicados, assim como os bloqueadores de canais de sódio. Porém, o especialista afirma que tratar dores neuro-
páticas é um desafio. “Obter 50% de melhora com o uso de medicamentos é bastante satisfatório. Procedimentos intervencionistas de dor trazem uma sinergia com o tratamento medicamentoso”, diz. O profissional lembra que cada medicamento tem um modo de atuação e preconiza que o ajuste seja gradual. “Os gabapentinoides são bloqueadores de canais de cálcio. Anestésicos locais injetados em quantidade específica por via endovenosa são bloqueadores de canais de sódio. Ketamina são bloqueadores NMDA. Antidepressivos duais e tricíclicos aumentam os níveis de serotonina e noradrenalina. O objetivo final no uso associado desses medicamentos é bloquear o input de informações de dor no sistema nervoso central e aumentar a resposta de combate à dor quando essa informação chega”, explica. Não existe uma fórmula para prevenir as dores neuropáticas. Porém, hábitos saudáveis, como atividade física regular, sono restaurador e controle de peso, contribuem para reduzir a ansiedade e o estresse, favorecendo a imunidade e evitando o surgimento de doenças oportunistas que desencadeiem uma dor neuropática.
O QUE FORMULAR? Terapia combinada: Pregabalina .......................................150 - 300 mg Excipiente qsp ........................................1 cápsula Indicação: neuropatia diabética; neuralgia pós-herpética; neuropatia mista. Posologia: 1 cápsula ao dia ou dividida em 2 tomadas, a critério médico. Duloxetina............................................30 - 120 mg Excipiente qsp ...........1 cápsula (gastrorresistente) Indicação: Neuropatia diabética, neuropatia mista. Posologia: Tomar 1 cápsula à noite ou conforme orientação médica. Fonte: Kraychete, D.C., Sakata, R.K. – Neuropatias periféricas dolorosas – Rev. Bras. Anestes. – Vol. 61 Nº 5- Set/Out 2011.
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Só uma dor de cabeça? Sintomas são incapacitantes e impactam o bem-estar; tratamento e prevenção fazem toda a diferença Engana-se quem pensa que a enxaqueca é apenas uma dor de cabeça. Os incômodos incluem náusea, vômito, hipersensibilidade à luz e ruídos, traços que fazem do mal uma condição extremamente debilitante, prejudicando a vida pessoal, profissional, familiar e social dos pacientes. “É uma doença neurológica crônica, de origem genética, caracterizada por episódios de dor de cabeça com um padrão típico e sintomas associados como náusea e intolerância a estímulos sensoriais”, explica Fernando Kowacs, coordenador do Departamento Científico de Cefaleia, da Academia Brasileira de Neurologia. De acordo com a Sociedade Bra-
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sileira para Estudo da Dor (SBED), aproximadamente 2% da população global sofre de enxaqueca crônica, o que equivale a 4 milhões de pessoas no Brasil, sendo a terceira doença mais prevalente e a sétima mais incapacitante no mundo. Os principais agentes disparadores das crises são os estímulos internos ou externos a que todos são submetidos no dia a dia. Entre eles, fatores ambientais, como alergias, poluição e mudança de temperatura; alimentares, como a cafeína, embutidos, bebida alcoólica e o próprio jejum; hormonais, como as flutuações relacionadas ao ciclo menstrual; emocionais, como estresse, a ansiedade e a irritação, além dos distúrbios do sono,
como insônia ou ter menos de seis ou mais de nove horas de sono. Felizmente, há medidas fáceis para gerenciar e prevenir a patologia. A SBED preconiza algumas ações que devem ser colocadas como regras básicas para a manutenção de uma boa qualidade de vida do indivíduo enxaquecoso. Evitar o acúmulo de trabalho; estabelecer rotina para o sono (7 a 8 horas); eliminar alimentos desencadeadores de dor; alimentar-se em horários regulares; realizar atividades aeróbicas leves rotineiramente; inserir atividades de relaxamento e alívio do estresse; e evitar a exposição à luz, ruídos e odores fortes são algumas das indicações.
ENXAQUECA
Tratamento individualizado
Segundo Fernando Kowacs, podem ser indicados alguns tratamentos preventivos adjuvantes, que envolvem doses altas de suplementos específicos, como riboflavina e coenzima Q10, que são encontradas apenas em farmácias magistrais. Além disso, a individualização do tratamento é colocada pelo profissional como essencial para o gerenciamento da patologia. “Tanto o tratamento preventivo como o sintomático devem ser escolhidos de acordo com os possíveis efeitos adversos, outras doenças presentes e as características das crises, que variam muito. O tratamento envolve desde analgésicos comuns e antagonistas dopaminérgicos a agonistas de receptores serotonérgicos específicos, os triptanos. Na prevenção, podem ser listados fármacos como anticonvulsivantes, alguns betabloqueadores, alguns anti-hipertensivos e alguns antidepressivos tricíclicos”, esclarece o profissional, que também reitera os benefícios das medidas não farmacológicas. Para o especialista, apesar de não levar à cura da enxaqueca, as diferentes modalidades de tratamento possibilitam, na maior parte dos casos, uma redução na frequência e na intensidade das crises. “O tratamento leva ao reestabelecimento da rotina pessoal, social e profissional dos indivíduos afetados”.
O QUE FORMULAR? Durante a crise Succinato de sumatriptana ................100mg Naproxeno..........................................250mg Excipiente qsp .............................1 cápsula Indicação: Migrânea. Posologia: 1 cápsula no início da crise ou a critério médico. Profilaxia da crise Gabapentina......................................400mg Excipente qsp .............................1 cápsula Indicação: prevenção de crise enxaquecosa. Promove estabilização neuronal através da modulação dos canais gabaérgicos. Posologia: 1 cápsula ao dia nos primeiros 3 dias, 1 cápsula 2 vezes ao dia nos três dias seguintes e1 cápsula 3 vezes ao dia após uma semana. Riboflavina ........................................400mg Excipiente qsp .............................1 cápsula Indicação: adjuvante na diminuição da frequência das crises e redução da quantidade necessária de medicamentos para abortar as crises. Posologia: 1 cápsula ao dia. Fonte: Batistuzzo, J.A. et al Formulário Médico-farmacêutico, Pharmabooks, 4ª ed, São Paulo, 2011.
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IDOSOS
Marcas que chegam com o tempo
Na terceira idade, organismo sofre alterações que afetam a percepção e a duração da dor, exigindo cuidado especial Com o envelhecimento, o mecanismo cerebral que inibe a dor provoca dois efeitos específicos da idade: ao se chocar, queimar-se ou cair, a percepção da dor leva mais tempo para chegar ao cérebro do idoso, que corre o risco de se expor ao perigo por mais tempo. Outro ponto é que, nessa faixa etária, o cérebro não consegue inibir o impulso de dor de forma eficiente, e ela é sentida de modo mais intenso. As origens das dores próprias da idade são basicamente musculoesqueléticas e neurológicas, como explica o neurocirurgião do Centro Especializado em Coluna e Dor, Adriano Scaff. “Não podemos descartar também os fatores psicológicos que agem sobre as dores. Uma pesquisa feita na Escócia mostrou a correlação entre depressão e dor crônica. A dor deprime e a depressão intensifica a dor”, afirma.
Farmácia magistral e suas vantagens
Nesses casos, a atuação da farmácia de manipulação é essencial, como aponta o farmacêutico de São Paulo, Natan Levy. “Esse indivíduo é polipatológico e toma várias medicações. A associação numa única formulação contendo tudo que é necessário para esse paciente evita que ele se esqueça de tomar um ou outro medicamento e o médico tem a garantia de que o paciente está seguindo a prescrição. Outra vantagem é a adequação de dose, considerando peso, gênero e necessidades específicas”, explica. Entre as substâncias indicadas, estão analgésicos, anti-inflamatórios, antigotosos, antinevrálgicos, vitaminas, sulfato de glucosamina, colágeno, entre outros com potencial de melhorar a imunidade e a recuperação do sistema musculoesquelético. Levy lembra que há, ainda, as patologias raras que causam dor. “A manipulação dispõe de medicamentos exclusivos para o tratamento de doenças e síndromes raras, como o sulfato de quinino e a pilocarpina para doenças reumáticas, a síndrome de Sjogren e as úlceras neuropáticas, que são tratadas com cremes com nifedipina”.
Vitaminas do complexo B
A vitamina B12 é uma importante aliada na manutenção do sistema nervoso, de acordo com o Departamento de Fisiologia, Anatomia e Genética da Universidade de Oxford. A instituição realizou recentemente um estudo cujos resultados apontaram que os idosos que fizeram uso de 34
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Enzimas Digestivas Exclusivas
As enzimas são essenciais para a saúde gastrointestinal. Juntamente com a ação mecânica da mastigação, as enzimas são responsáveis pela digestão dos alimentos em partes bem pequenas, que podem ser absorvidas pelas células, que serão utilizadas em suas atividades metabólicas.
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Reduza o desconforto digestivo causado pela sensibilidade ao glúten não celíaca Glutalytic® vai além da tradicional enzima DPPIV (dipeptidilpeptidase IV), obtendo uma hidrólise maior das proteínas do glúten que causam desconforto digestivo. Esta mistura única de enzimas proteolíticas tem como alvo a quebra das ligações peptídicas internas e externas que compõem a gliadina, principal proteína do glúten.
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Ação comprovada sobre a sensibilidade às proteínas do glúten, leite, suplementos e na intolerância à lactose.
IDOSOS suplementação de vitaminas B6 (piridoxina), B12 (cianocobalamina) e ácido fólico apresentaram um encolhimento cerebral menor ao longo do período do estudo, que durou dois anos. Segundo a pesquisa, a suplementação contribui para a regeneração muscular e mantém as reservas de energia, já que interfere no processo de síntese de creatina, proteína fundamental para que o nível de massa muscular se mantenha adequado. “A vitamina B12 auxilia na proteção dos nervos e na
produção de neurotransmissores. Na terceira idade, quando a absorção das paredes do estômago pode estar reduzida, muitas vezes, é indicada a complementação”, afirma o neurocirurgião Adriano Scaff. O farmacêutico magistral Natan Levy corrobora: “As vitaminas do complexo B atuam nos músculos, facilitando todo o movimento do idoso. As doses de suplementos devem ser diárias, sempre com acompanhamento médico”.
O que não formular
Medicamentos potencialmente inapropriados para idosos, independentemente do diagnóstico ou condição clínica, em função do alto risco de efeitos colaterais:
CRITÉRIOS DE BEERS-FICK: Classe Farmacológica Anti-inflamatórios não hormonais (AINE´s) Miorrelaxantes e antiespasmódicos Inibidores de receptação de serotonina Antidepressivos tricíclicos
Princípio Ativo indometacina; naproxeno; piroxican; trometamol cetorolaco carisoprodol; ciclobenzaprina; citrato de orfenadrina; oxibutinina; brometo de propantelina fluoxetina amitriptilina
LISTA PRISCUS: Classe Farmacológica Anti-inflamatórios não hormonais (AINE´s) Miorrelaxantes e antiespasmódicos Derivados do Ergot Antidepressivos tricíclicos Inibidores de receptação de serotonina
Princípio Ativo cetoprofeno; indometacina; meloxican; piroxican baclofeno; oxibutinina tartarato de ergotamina amitriptilina; clomipramina; imipramina fluoxetina
Fonte: Gorzoni, M.L., Fabbri, R.M.A., Pires, S.L. - Medicamentos potencialmente inapropriados para idosos - Rev. Assoc. Med. Bras. 2012; 58(4): 442-446.
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NEGÓCIOS
Entre o jaleco e a gravata Movimento Farmacêutico Empresário está transformando o mercado magistral e incentivando perfil empreendedor do setor De todo o empresariado do setor magistral, 84% são graduados em Farmácia e, mesmo sem formação em áreas gerenciais, 88% são responsáveis pela gestão das empresas, segundo o Panorama Setorial Anfarmag: Farmácias de Manipulação Brasileiras. Essa é apenas uma das funções que os proprietários de farmácia acumulam, já que, em 75% dos casos, também são os responsáveis técnicos. A sobrecarga de trabalho, juntamente com a falta de formação como empreendedores, gera um impacto no crescimento do mercado magistral. Fatores como formação de preço e gestão administrativa e financeira são alguns dos principais desafios apontados pelos empresários. Para reverter esse cenário, a Anfarmag assumiu a liderança para desenvolver o setor magistral como um todo. A associação se uniu a inúmeros players para lançar o Movimento Farmacêutico Empresário. Um parceiro fundamental nesse processo é a HSM, uma das maiores escolas de educação executiva da América Latina, que, agora, disponibiliza sua expertise para os participantes 38
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do Movimento. Todos os associados Anfarmag têm acesso gratuito e exclusivo a uma plataforma on-line que oferece milhares de palestras, vídeos, entrevistas e artigos especializados. O movimento conta com o programa de recompensas Minhas Conquistas, que premia os participantes mais ativos na plataforma. A primeira vencedora ganhou um passaporte para participar da HSM Expo – maior evento de gestão da América Latina. Também foram premiados participantes com uma entrada gratuita para o II Simpósio de Empreendedorismo Magistral e com a assinatura de um ano da Revista HSM e dos livros da HSM. Também estão sendo realizados encontros de executivos magistrais em diferentes estados, levando conteúdo aplicado. Em 2016, foram três edições – em Goiânia (GO), Recife (PE) e Curitiba (PR) – e já há várias datas programadas para 2017. O Movimento Farmacêutico Empresário foi criado para a defesa, desenvolvimento e crescimento do setor e tem o potencial de impulsionar toda a cadeia do medicamento e do produto manipulado.
/farmaceuticoempresario
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Encontro de Proprietários e Gestores
Evento presencial do Movimento Farmacêutico Empresário, gratuito, com palestras e conhecimento executivo para líderes e proprietários de farmácias magistrais.
São Paulo - 23 de Março
Rio de Janeiro - 27 de Abril
Vitória - 24 de Agosto
Goiânia - 21 de Setembro
Curitiba - 26 de Outubro
Porto Alegre - 23 de Novembro
Confira os locais e programação em breve no site: www.farmaceuticoempresario.com.br/Agenda
Produção e Execução
Conteúdo e Apoio
Idealização e Realização
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ENTREVISTA
Foco para crescer Farmácia Dalissa foi a primeira vencedora do programa de recompensas Minhas Conquistas A Farmácia Dalissa, de Atibaia (SP), venceu o primeiro desafio do programa de recompensas Minhas Conquistas, que premia os participantes mais engajados no Movimento Farmacêutico Empresário. A proprietária, Lissandra Bigliatto, devorou os conteúdos on-line da plataforma HSM Experience. O resultado: 23.960 pontos acumulados. Como conheceu o Movimento Farmacêutico Empresário? Visitei o estande da Anfarmag no Congresso Consulfarma e fiquei encantada com a novidade, pois já conhecia a HSM. Só você acessou o conteúdo ou compartilhou com a equipe? Meu marido e sócio, Ricardo, também assistiu. Nós dois nos revezamos, pois os vídeos e os textos são ótimos e passamos várias horas na plataforma. Além disso, agora incorporei o programa à rotina dos funcionários. O que mais chamou a atenção? Principalmente o conteúdo sobre Liderança, que mostra que é possível crescer com estratégia. É uma forma de nos inspirar e perceber que não estamos sozinhos enfrentando os desafios de empreender (que são tantos!). Eu sou a cabeça da 40
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empresa e mal entro no laboratório: cuido da liderança, da estratégia, dos investimentos. É uma área em que arriscamos sempre, então é um desafio. Qual área da gestão é mais desafiadora? O financeiro, especialmente nesta fase de crise. Tem hora que a gente parece malabarista gerindo a farmácia. O que espera poder mudar na gestão da farmácia? Tenho planos de crescer muito na área de manipulação veterinária, que é um segmento promissor. Afinal, as pessoas estão deixando de ter filhos e, cada vez mais, têm animais de estimação. Além disso, um sonho em que estou investindo é atender prescrições de todo o Brasil – sem necessariamente criar filiais. Tem muito a ser feito! Você já havia cursado algo relacionado à gestão do negócio? Não, eu me formei farmacêutica e sempre me atualizo pela internet: assisto vídeos, leio a respeito, acompanho programas de TV sobre negócios.
ARTIGO
O mito da qualidade Como a ilusão do “melhor produto” pode afundar o seu negócio Autor: HSM - Estratégia e Execução No Brasil, 1,2 milhão de novos empreendimentos formais são criados a cada ano. Desses, 99% são micro e pequenas empresas e empreendedores individuais, de acordo com o Sebrae. Dados da mesma entidade também revelam que, a cada 100 empreendimentos criados, 73 sobrevivem aos primeiros anos de vida. A longevidade do negócio deve-se, parcialmente, à evolução da legislação, mas também ao aumento da escolarização e capacitação do empreendedor. Já para aqueles que fecham as portas, a má gestão do negócio costuma ser a principal causa do fracasso. Esses dados representam bem o setor de farmácias de manipulação: segundo o Panorama Setorial da Anfarmag (Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais), 94% dos estabelecimentos são pequenas ou microempresas enquadradas no Simples, regime tributário específico para esse porte de negócio. Mas o que chama a atenção é a capacitação de seus sócios-proprietários: 84% deles são formados em Farmácia e apenas 4% fizeram pós-graduação em Administração. De acordo com Marco Fiaschetti, diretor executivo da Anfarmag, a especialidade técnica faz com que esses empresários, muitas vezes, dediquem-se quase que exclusivamente 42
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à manipulação do produto e à gestão da qualidade, em detrimento da gestão do negócio. “Esse profissional conta com o pressuposto de que ter um produto eficaz, de qualidade, basta. E ter produto de qualidade não é diferencial, é pré-requisito. Essa mentalidade não tem mais espaço, nem para o consumidor, nem para o prescritor”, ele alerta. Além de não ser mais efetivo, o argumento da qualidade, segundo o especialista, pode prejudicar o mercado como um todo. “Quando você diz que o produto do concorrente não tem a mesma qualidade que o seu, além de muitas vezes falso, está comprometendo a credibilidade do setor inteiro”. Para não entrar na estatística das empresas que fecham as portas, é preciso conciliar a atenção à produção e qualidade - atividade já assimilada pelo empresário - com responsabilidades e tarefas gerenciais, sejam elas delegadas a um gerente administrativo ou, quando não há outra alternativa, absorvidas pelo próprio dono. “Esses empresários estão atolados de trabalho. Mas um negócio precisa ser rentável e dar resultado, e apenas ter um bom produto não é mais suficiente”, reforça Fiaschetti, que conclui: “Pequeno não pode mais ser sinônimo de amador”.
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LINHA DE FRENTE
Serviços que geram benefícios financeiros Em 2016, Anfarmag reforçou a oferta de serviços que geram vantagens econômicas e competitivas para os associados Em tempos de crise, é primordial manter-se atento aos números dos negócios. Pensando nisso, em 2016 a Anfarmag intensificou o foco em criar novidades para facilitar o dia a dia das farmácias de manipulação e gerar economia e tranquilidade aos profissionais do setor magistral. Para facilitar a rotina de trabalho do empreendedor que precisa administrar os valores recebidos pela farmácia, a Anfarmag firmou um convênio com duas empresas que realizam a conciliação de cartões: Concil e Conciliadora. Por meio de um sistema automático, essas empresas conferem as vendas da farmácia junto às operadoras de cartões, monitoram o recebimento dos valores pagos e facilitam a consulta dos depósitos efetuados na conta bancária, diminuindo o tempo na conferência dos dados. Além disso, a associação tem convênio firmado com cinco instituições financeiras que oferecem taxas para recebíveis de cartão de crédito e débito muito abaixo da 44
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média do mercado: Elavon, Bin, Stone, Santander e Getnet. Como resultado, o empresário economiza até 70% todos os meses – o suficiente para custear a contribuição mensal à Anfarmag ou investir na farmácia. Neste ano, a Anfarmag também lançou o Painel de Indicadores de Desempenho – serviço que realiza pesquisas periódicas com as empresas do setor e gera dados que podem ser usados como parâmetro de comparação para os empresários e gestores das farmácias de manipulação. Outra grande parceria foi firmada com a Grená, corretora que oferece condições especiais na contratação de um seguro criado especialmente para a farmácia magistral, assegurando a empresa e o farmacêutico contra eventuais perdas e danos resultantes de questionamentos judiciais. Além de cobrir custas judiciais e indenizações em casos de reclamações de consumidores que recorrem à Justiça contra danos morais, corporais ou materiais.
ENCARTE TÉCNICO 46 FEq: cloridrato de duloxetina 47 Calibração de válvulas dosadoras 48 Notificação de receitas do tipo A 49 Terapia contra dor 50 Entorpecentes e psicotrópicos 51 Assistência para pacientes idosos com dor 52 Uso racional de anti-inflamatórios não esteroides 54 Documentos visíveis ao público 55 Fluxograma: avaliação farmacêutica de prescrição
NOTAS TÉCNICAS
FATOR DE EQUIVALÊNCIA
Cloridrato de duloxetina O cloridrato de duloxetina (lista “C1” da Portaria SVS/MS nº 344/1998) é um inibidor da receptação da serotonina e da noradrenalina (SNRI), geralmente usado no tratamento da depressão e da ansiedade. O uso do cloridrato de duloxetina também é reconhecido para o tratamento da fibromialgia e no tratamento da dor musculoesquelética crônica (dor lombar e dor devido à osteoartrite), em uma dose diária que varia de 30mg a 60mg. A duloxetina é administrada por via oral na forma de cloridrato, mas as suas doses são expressas em termos da base. É por esse motivo que se aplica o fator de equivalência de 1,12 quando se usa o cloridrato de duloxetina. O fator de equivalência (Feq) é um fator utilizado para o cálculo da conversão da massa do sal ou éster para a massa do fármaco ativo (base). A aplicação desse fator (1,12) converte a massa do cloridrato de duloxetina na massa da duloxetina base.
Referências: 1. Martindale: The Complete Drug Reference. London: Pharmaceutical Press, 2014. 38º edição. Página 415. 2. Resolução CFF nº 625, de 14 de julho de 2016. Resolução CFF Nº 625 DE 14/07/2016 – DOU 18/julho/2016. Determina a aplicação dos cálculos de correções em insumosutilizados nas preparações farmacêuticas dentro da competência e âmbito do farmacêutico e dá outras providências. 3. Resolução RDC nº 117/2016. Dispõe sobre a atualização do Anexo I (Listas de Substâncias Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle Especial) da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998, e dá outras providências. 4. Conselho Regional de Farmácia de São Paulo e Anfarmag - MANUAL DE ORIENTAÇÃO AO FARMACÊUTICO: MANUAL DE EQUIVALÊNCIA SAL/BASE http://portal.crfsp.org.br/documentos/crf/ManualdeEquivalenciaCRFSP_11.pdf
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FICA A DICA
Calibração de válvulas dosadoras Na utilização de embalagens com válvulas dosadoras, a dispensação da dose posológica correta é estabelecida em função do volume/peso dispensado por cada jato. Variáveis como tempo de pressão aplicado e posição correta do frasco em função do modo de aplicação devem ser constantes e considerados por todo o procedimento: • Determinar a densidade do veículo • Preencher a embalagem e pesar o frasco cheio • Desprezar 10 jatos • Pesar novamente e calcular a diferença • Repetir o passo mais duas vezes, obtendo três medições • Repetir o procedimento com mais duas embalagens, obtendo três medições na segunda vez e quatro medições na terceira • Calcular o peso médio de cada jato através da média das 10 medições anteriores, dividindo por 10 (10 jatos por pesagem) • Determinar o volume médio de cada jato, aplicando a densidade do veículo Esse procedimento deve ser realizado para cada veículo diferente. Neste tipo de procedimento, é recomendável a aquisição de lotes relativamente grandes, pois a calibração é a mesma para cada veículo até o final do lote. A calibração de cada embalagem sugerida no laudo do fornecedor equivale ao volume de água, por isso a necessidade de calibrar as embalagens com válvula dosadora para cada tipo de formulação a ser dispensada.
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NOTAS TÉCNICAS
É LEGAL SABER
Notificação de receita do tipo A A notificação de receita do tipo A, de cor amarela, é usada para a prescrição dos insumos e medicamentos presentes nas listas A1, A2 e A3, entorpecentes e psicotrópicos, da Portaria SVS/MS nº 344/1998 e atualizações. Ela deve sempre estar acompanhada da receita comum ou de controle especial em duas vias, sendo a notificação e uma via das receitas retidas na farmácia. A autoridade sanitária estadual ou do Distrito Federal fornece de forma gratuita o bloco de notificação aos profissionais e instituições cadastradas.
Notificação de Receita “A” (Anexo IX Portaria SVS/MS nº 344/1998). A notificação de receita não é exigida para pacientes internados nos estabelecimentos hospitalares, médico ou veterinário, oficiais ou particulares, porém a dispensação se faz mediante receita ou outro documento equivalente (prescrição diária de medicamento), subscrita em papel privativo do estabelecimento. Notificação de Receita “A” (amarela)
Aplica-se aos insumos das listas: A1 , A2 e A3
Válida em todo o território nacional
Quantidade: 5 ampolas e, para as demais apresentações, a quantidade é para tratamento de 30 dias
O atendimento das Notificações de Receita "A" procedentes de outras unidades federativas devem ser apresentadas dentro do prazo de 72 horas à autoridade sanitária local para averiguação e visto O responsável ainda deve se atentar aos adendos de cada lista de substâncias controladas, uma vez que – dependendo da dosagem – a notificação de receita “A” não precisa ser apresentada. Ex.: tramadol – nos casos em que a quantidade não excede 100 miligramas de tramadol por unidade posológica, ele fica sujeito à prescrição em receita de controle especial, em duas vias, informação no rótulo: "VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA - SÓ PODE SER VENDIDO COM RETENÇÃO DA RECEITA”. Acima das quantidades previstas neste regulamento técnico, o prescritor deve preencher uma justificativa contendo o CID (Classificação Internacional de Doença) ou diagnóstico e posologia, datar e assinar, entregando juntamente com a Notificação de Receita “A” ao paciente para adquirir o medicamento em farmácia e drogaria.
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É LEGAL SABER
Terapia contra dor Na terapia da dor, muitos são os fármacos utilizados, exigindo dos profissionais de saúde atenção às prescrições, doses, concentrações e associações. O farmacêutico deve realizar a manipulação das preparações magistrais após a avaliação do receituário e/ou notificações especiais (quando houver obrigatoriedade), verificando também sob o ponto de vista legal o cumprimento das normas vigentes. Quando a preparação contiver insumos sujeitos ao controle especial, o responsável técnico deve: • Observar os tipos de receitas e notificações. • Registrar devidamente o atendimento nos livros (receituário e específicos). • Enviar os balanços, mapas e inventários aos órgãos de fiscalização federal, estadual e ou municipal conforme as normas em referências. No caso do paciente que fizer uso de preparações ou medicamentos entorpecentes ou psicotrópicos e por algum motivo descontinuar o tratamento, é necessário que o prescritor ou o farmacêutico oriente para que o medicamento restante seja entregue à Visa local para destinação adequada.
Referências: 1. Portaria SV/MS nº 344, de 1998*. Dispõe sobre o controle especial de entorpecentes, psicotrópicos e outros de controle especial. 2. P ortaria SAS/MS nº 1.083, de 02 de outubro de 2012. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas - Dor crônica. http://u.saude.gov.br/images/pdf/2016/fevereiro/04/Dor-Cr--nica---PCDT-Formatado--1.pdf http://conitec.gov.br/images/Protocolos/DorCronica.pdf 3. Resolução nº 585, de 29 de agosto de 2013. Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/585.pdf 4. Resolução CFF nº 357, de 20 de abril de 2001, que aprova o regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia; 5. R esolução CFF nº 386, de 12 de novembro de 2002, que dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito da assistência domiciliar em equipes multidisciplinares; 6. Resolução CFF nº 486, de 23 de setembro de 2008, que dispõe sobre as atribuições do farmacêutico na área de radiofarmácia e dá outras providências; 7. Resolução CFF nº 492, de 26 de novembro de 2008, que regulamenta o exercício profissional nos serviços de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e em outros serviços de saúde, de natureza pública ou privada, alterada pela Resolução/CFF nº 568, de 6 de dezembro de 2012; 8. Resolução CFF nº 555, de 30 de novembro de 2011, que regulamenta o registro, a guarda e o manuseio de informações resultantes da prática da assistência farmacêutica nos serviços de saúde; 9. Resolução RDC n° 220, de 21 de setembro de 2004, que regulamenta o funcionamento dos serviços de terapia antineoplásica e institui que a equipe multidisciplinar em terapia antineoplásica (EMTA) deve ter obrigatoriamente em sua composição um farmacêutico.
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NOTAS TÉCNICAS
É LEGAL SABER FIQUE ATENTO
Entorpecentes e psicotrópicos As preparações magistrais contendo entorpecentes ou psicotrópicos podem ser aviadas na farmácia? Sim, desde que a farmácia tenha a publicação da Autorização Especial (AE) e que as substâncias estejam prescritas em notificação de receita (quando for o caso) acompanhada de receita ou somente na receita de controle especial. Lembrar que, em alguns casos, dependendo da dosagem por unidade posológica, não há a necessidade de apresentação da notificação (ex.: codeína e tramadol - adendos da lista “A2” da Resolução RDC nº 117/2016).
Quem pode prescrever? Somente médicos, dentistas ou médicos veterinários, respeitando o âmbito da profissão e a indicação terapêutica.
Quais os prazos das notificações e receitas para entorpecentes ou psicotrópicos usados na terapia da dor?
Prescrição
Validade da receita
Prazo do tratamento
Notificação de Receita “A” (válida em todo território nacional) Obs: atenção aos adendos de cada lista de controlados, em que será possível a prescrição em receita de controle especial em duas vias, sem estar acompanhada da notificação.
30 dias
30 dias
Notificação de Receita “B” (válida dentro da unidade federativa
30 dias
30 dias
Receita de Controle Especial (válida em todo território nacional)
30 dias
60 dias ou 6 meses para antiparkinsonianos ou anticonvulsivantes
Referências: 1. Portaria SV/MS nº 344, de 1998* - dispõe sobre o controle especial de entorpecentes, psicotrópicos e outros de controle especial.
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ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA
Importância para pacientes idosos com dor Com o avanço da idade, os pacientes consomem mais medicamentos e a assistência farmacêutica contribui no gerenciamento do uso correto e racional. Dentre os medicamentos mais consumidos pelos pacientes geriátricos, há os anti-hipertensivos, hipocolesterinêmicos, ansiolíticos, antidiabéticos, antirreumáticos, anti-inflamatórios e analgésicos. Os anti-inflamatórios e os analgésicos são comumente utilizados na atenção primária à saúde e estão entre os medicamentos mais consumidos no Brasil. Alguns são isentos de prescrição médica e estão ao alcance da população com maior facilidade. É responsabilidade do farmacêutico e do prescritor habilitado orientar sobre o uso adequado. No caso dos anti-inflamatórios e analgésicos, especialmente, a boa orientação previne o aumento da intoxicação no país. Além disso, promove uma melhor adesão ao tratamento, melhorando a qualidade de vida do paciente geriátrico e tornando o tratamento mais eficaz e seguro. Na assistência farmacêutica, o farmacêutico emprega seus conhecimentos e experiências para identificar, prevenir e resolver problemas relacionados à farmacoterapia. Durante a dispensação do medicamento, deve-se orientar sobre o uso correto, seguro e racional, dando ênfase à dosagem, possíveis interações (medicamentos, alimentos ou outras), reações adversas potenciais e condições de conservação.
Referências: 1. Resolução RDC nº 67, de 08 de outubro de 2007. Dispõe sobre as Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinas em Farmácias. 2. Resolução CFF nº 585, de 2 de maio de 1997. Dispõe sobre a Assistência Farmacêutica em farmácias e drogarias (http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/308.pdf) 3. Resolução nº 585, de 29 de agosto de 2013. Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. 4. http://portal.crfsp.org.br/phocadownload/fasciculo9_web%205.pdf 5. http://portal.crfsp.org.br/prescricaofarmaceutica/documentos/orientacoestecnicas/Fasciculo%20VIII%20-%20Dispensacao.pdf
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NOTAS TÉCNICAS
FALE COM O PRESCRITOR
Uso racional de anti-inflamatórios não esteroides Os anti-inflamatórios não-esteroidais (AINEs) são frequentemente usados para o alívio da dor de intensidade leve a moderada e agem por meio da inibição da ciclooxigenases (COX). As ciclooxigenases são enzimas que condicionam a síntese das prostaglandinas e são classificadas em COX 1 e COX 2. As prostaglandinas são importantes mediadoras da inflamação e estão envolvidas no processo inflamatório e na sensibilização do sistema nervoso central. A maioria dos AINEs disponíveis inibe tanto a COX-1 quanto a COX-2. A inibição da COX-2 é considerada responsável pelos efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e antipiréticos, enquanto a inibição da COX-1 é responsável por alguns dos efeitos tóxicos, principalmente do trato gastrointestinal. Os AINES são quimicamente classificados em: • Salicilatos (ex: ácido acetil salicílico) • Derivados indol-acéticos (ex: indometacina; sulindac) • Derivados arilo-acéticos (ex: aceclofenaco; diclofenaco) • Ácidos enólicos: oxicans (piroxican, meloxican e tenoxican) e pirazolonas (fenilbutazona e dipirona) • Derivados arilpropiónicos (ex: iIbuprofeno, cetoprofeno e naproxeno) • Fenematos (ex: ácido mefenâmico) • Paraminofenol (ex: paracetamol ou acetaminofen) Os principais efeitos adversos dos anti-inflamatórios são: • Problemas no trato digestivo (gastrite, úlcera, sangramento digestivo, náuseas, vômitos, hepatopatias tóxicas); • Lesões renais (insuficiência renal); • Reações de hipersensibilidade e reações anafiláticas (tríade do ácido acetilsalicílico); • Alterações da coagulação sanguínea e da hematopoiese; • Retenção hídrica (agravamento ou geração da insuficiência cardíaca congestiva); • Anormalidades neurológicas (cefaleia, tonturas e disforia); • Alteração do metabolismo dos carboidratos e das ligações proteicas; • Efeitos adversos cutâneos graves (dermatite esfoliativa, síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica). Por isso, é importante considerar a faixa etária do paciente e suas condições clínicas e patológicas. Deve ser levado em consideração: • Deve haver cautela em pacientes com problemas cardíacos, pois os AINEs estão associados ao aumento do risco de eventos adversos cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio, acidente vascular, desencadeamento ou piora da hipertensão arterial sistêmica preexistente, entre outros). • Pacientes com nefropatias preexistentes, com insuficiência cardíaca, ou que estejam sob tratamento com diuréticos ou inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) correm risco de lesões renais ao usar AINEs. • AINEs não devem ser usados em portadores da “tríade do ácido acetilsalicílico”, sob risco de reações anafiláticas. • Se o tratamento por AINEs for imprescindível em pacientes com histórico de ulceração péptica ou risco de desenvolvimento de efeitos adversos gastrintestinais, medidas de proteção gástrica devem ser adotadas. • Pacientes com disfunção hepática ou renal devem ter acompanhamento médico devido aos possíveis efeitos adversos dos AINEs.
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• A administração de AINEs em gestantes não é muito recomendada, mas podem ser úteis no tratamento de dores articulares e musculares, bem como ter o uso indicado na prevenção do trabalho de parto prematuro. Contudo, particularmente o ácido acetilsalicílico nas fases finais da gestação pode aumentar o risco de hemorragia pós-parto, assim como prolongar o trabalho de parto. Há também riscos no terceiro trimestre da gestação incluindo complicações maternas e desenvolvimento de hipertensão pulmonar persistente e morte fetal. Os eventos adversos neonatais ainda incluem: síndrome do desconforto respiratório, hemorragia intraventricular, displasia broncopulmonar e enterocolite necotrizante. • A administração de AINEs em crianças deve ser consideravelmente restrita. O uso de ácido acetil salicílico deve ser minimizado pela associação com a síndrome de Reye, que é rara, mas grave. • Mudanças fisiológicas relativas ao envelhecimento, incluindo a redução nas funções hepáticas e renais, tendem a alterar a farmacocinética e a farmacodinâmica de diversos medicamentos – o que pode aumentar a suscetibilidade de idosos a efeitos adversos ou terapêuticos mais intensos no uso de AINEs.
Referências: 1. http://portal.crfsp.org.br/phocadownload/fasciculo9_web%205.pdf 2. http://www.cff.org.br/cebrim/arquivo/7360/201203161748130.pdf 3. Bisson, Marcelo Polacow. Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica, 2º edição. São Paulo: Editora Manole, 2009. 4. Martindale: The Complete Drug Reference. London: Pharmaceutical Press, 2014. 38º edição. 5. Goodman e Gilman: manual de farmacologia e terapêutica/Laurence L. Brunton et al. Porto Alegre: AMGH, 2010.
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NOTAS TÉCNICAS
É LEGAL DE OLHOSABER
Documentos visíveis ao público Há uma série de documentos e placas que devem ser afixados na farmácia em local visível ao público, conforme descrito nas normas que regem o setor magistral. Resolução RDC Nº 67/2007: Anexo I 15.5.1. A licença de funcionamento expedida pela autoridade sanitária local, a Autorização de Funcionamento e, quando for o caso, a Autorização Especial expedida pela Anvisa, devem estar afixadas em local visível, e a inspeção para concessão da licença deve levar em conta o(s) grupo(s) de atividades para os quais a farmácia pode ser habilitada. 15.7.2. A farmácia deve afixar, de modo visível, no principal local de atendimento ao público, placa informativa contendo endereço e telefones da autoridade sanitária local, orientando os consumidores que desejarem, encaminhar reclamações sobre produtos manipulados. Resolução RDC Nº 44/2009: Art. 2º (....) §1º O estabelecimento deve manter a Licença ou Alvará Sanitário e a Certidão de Regularidade Técnica afixados em local visível ao público. §2º Adicionalmente, quando as informações a seguir indicadas não constarem dos documentos mencionados no parágrafo anterior, o estabelecimento deverá manter afixado, em local visível ao público, cartaz informativo contendo: I - razão social; II - número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica; III - número da Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa; IV - número da Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando aplicável; V - nome do Farmacêutico Responsável Técnico, e de seu(s) substituto(s), seguido do número de inscrição no Conselho Regional de Farmácia; VI - horário de trabalho de cada farmacêutico; e VII - números atualizados de telefone do Conselho Regional de Farmácia e do órgão Estadual e Municipal de Vigilância Sanitária. Resolução Nº 357/2001 (alterada pela Resolução nº 416/04): Art. 9º - Será afixado em lugar visível ao público, dentro da farmácia ou drogaria, o Certificado de Regularidade Técnica emitido pelo Conselho Regional da respectiva jurisdição, indicando o nome, função e o horário de assistência de cada farmacêutico e o horário de funcionamento do estabelecimento. Art. 91 (...) Parágrafo único: No exercício das disposições do caput deste artigo, quando em acompanhamento de pacientes hipertensos, serão observadas os seguintes procedimentos: (...) g) Deverá haver próximo ao local onde é verificada a pressão, cartaz com os seguintes dizeres: “ISTO NÃO É UMA CONSULTA MÉDICA, NÃO SE AUTOMEDIQUE E NÃO ACEITE INDICAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA REGULAÇÃO DE PRESSÃO ARTERIAL. CONSULTE O SEU MÉDICO!”. Acesse os modelos dessas e de outras placas que devem ser afixadas na farmácia em: www.anfarmag.org.br
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Avaliação farmacêutica de prescrição Receita e/ou notificação de receita
Controle especial
Antimicrobianos
Dados legais: legibilidade e sem rasuras; identificação e endereço da instituição ou do prescritor com Inscrição no Conselho de Classe; identificação e endereço do paciente; nome do insumo (DCB/DCI ou classificação botânica), dosagem, forma farmacêutica, quantidade; posologia; duração do tratamento; local e data da emissão; assinatura.
Farmacêutico: conferência de dados
Sim
Cosméticos ou suplementos nutricionais
Medicamentos em geral
Fitoterápicos
Correta? Não
Identificação e classificação de erros
Ausência de um ou mais itens imprescindíveis
Ilegível
Em código
Contato com o prescritor
Prescritor permite a correção e autoriza anotação no verso da mesma ou troca da receita via farmácia
Doses e posologia
Incompatibilidades farmacológicas ou farmacotécnicas
Pesquisa em literatura científica ou compêndios reconhecidos pela Anvisa
Prescritor solicita a troca da receita via paciente
Não Confirmação da possibilidade do atendimento?
Paciente
Sim
Aprovação e abertura da ordem/ficha de manipulação
Processo de manipulação
Dispensação
Arquivamento
Referências: Resolução RDC nº 67/2007 – Anexo: 5.18.1.1; 5.18.2; 5.18.3; 5.18.4 e Anexo I - Itens 3.1.1, alínea “c”. N 1 0 9 - J A N / F E V / M A R / A B R 2 0 1 7 55
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FRANCAL FEIRAS E EMPREENDIMENTOS (11) 2226-3115 www.francal.com.br
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PURIFARMA 0800 771 5008 www.purifarma.com.br
SANTOSFLORA COMÉRCIO DE ERVAS (11) 2091-8787 www.santosflora.com.br
VALDEQUÍMICA (11) 3721-6407 www.valdequimica.com.br
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ENDEREÇOS DAS REGIONAIS DA ANFARMAG REGIONAIS REGIONAL BAHIA/SERGIPE Presidente: Claudia Cristina Silva Aguiar R. Edith Mendes da Gama e Abreu, 253, Itaigara Salvador - BA - 41815-010 (71) 3270-3881 regional.base@anfarmag.org.br
REGIONAL DISTRITO FEDERAL Presidente: Carlos Alberto Pinto de Oliveira SIG, Quadra 04, Lote 25 Brasília - DF - 70.610-440 (61) 3051-2137. regional.df@anfarmag.org.br
REGIONAL ESPÍRITO SANTO
REGIONAL PARANÁ Presidente: Cleunice Fidalski R. Silveira Peixoto, 1040, 9° andar, sala 901 Curitiba - PR - 80240-120 (41) 3343-0893/Fax (41) 3343-7659 regional.pr@anfarmag.org.br
REGIONAL PERNAMBUCO Presidente: José Andrade Praça do Entrocamento, 132, Graças Recife - PE - 52011-300 (81) 3301-7680 regional.pe@anfarmag.org.br
REGIONAL RIO DE JANEIRO
Presidente: Denise de Almeida Martins Oliveira Av. Nossa Senhora da Penha, 1495, sala 608 Torre BT, Ed. Corporate Center Vitória – ES - 29056-245 (27) 3235-7401 regional.es@anfarmag.org.br
Presidente: Aline Coppola Napp R. Conde do Bonfim, 211, sala 401, Tijuca. Rio de Janeiro - RJ - 20520-050 (21) 2569-3897/ (21) 3592-1765 regional.rj@anfarmag.org.br
REGIONAL GOIÁS/TOCANTINS
Presidente: Sílvia Muxfeldt Chagas Av: Mauá, 2011, sala 607, Centro Porto Alegre - RS - 90030-080 (51) 3225-9709 / (51) 3224-5602 regional.rs@anfarmag.org.br
Presidente: Alessandro Marcius Silva R.7 A, 189, sala 201 – Ed. Marilena, Setor Aeroporto Goiânia – GO - 74075-230 (62) 3225-5582 regional.goto@anfarmag.org.br
REGIONAL MATO GROSSO Presidente: Célio Fernandes R. Antonio Maria Coelho, 130, sala 21, Ed. Ana Paula Cuiabá - MT - 78005-420 (65) 3027-6321 regional.mt@anfarmag.org.br
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REGIONAL MINAS GERAIS Presidente: Andrea Kamizaki Lima Av. do Contorno, 2646, sala 1104, Floresta Belo Horizonte - MG - 30110-014 (31) 2555-6875 / (31) 2555-2955 regional.mg@anfarmag.org.br 58
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REGIONAL SANTA CATARINA Presidente: Flávio Henrique de Araújo R. Lédio João Martins, 435, sala 409, Kobrasol São José - SC - 88102-000 (48) 3247-3631 regional.sc@anfarmag.org.br
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