revista REVISTA DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS - ANO 24 - SET/OUT/NOV/DEZ - Nº 111
REVISTA DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE FARMACÊUTICOS MAGISTRAIS - ANO 24 - SET/OUT/NOV/DEZ - Nº 111
FITOTERAPIA
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revista
EDITORIAL
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO GESTÃO 2016-2017 Ademir Valério da Silva (presidente) Célio Fernandes (vice-presidente) José Patrocínio de Andrade Filho (vice-presidente) Carlos Alberto Pinto de Oliveira (secretário) Alessandro Marcius Silva Aline Coppola Napp Andrea Kamizaki Lima Claudia Cristina Silva Aguiar Cleunice Fidalski Denise de Almeida Martins Oliveira Elpídio Nereu Zanchet Evandro Tokarski Fabianna Maria Marangoni Iglecias Flávio Henrique de Araújo Marco Antônio Perino Marcelo Brasil do Couto Rogerio Tokarski Sílvia Muxfeldt Chagas DIRETOR EXECUTIVO Marco Fiaschetti
REVISTA ANFARMAG
Rua Vergueiro, 1855 - 12o andar 04101-000 - São Paulo - SP contato@anfarmag.org.br www.anfarmag.org.br 11 2199-3499 CONSELHO EDITORIAL TÉCNICO Ana Lúcia Povreslo Ivan da Gama Teixeira Paula Renata Carazzato CONTATO COMERCIAL Simone Tavares relacionamento@anfarmag.org.br GERENTE TÉCNICO E DE ASSUNTOS REGULATÓRIOS Vagner Miguel EQUIPE DE FARMACÊUTICOS Jaqueline Watanabe, Lúcia Gonzaga, Luciane Bresciani, Maria Aparecida Soares e Valéria Faggion COORDENAÇÃO DE COMUNICAÇÃO Taís Ahouagi
REPORTAGEM E REDAÇÃO Aretha Yarak, Clara Guimarães, Gabriel Assunção, Mariana Pontual, Núdia Fusco eTalles Cabral REVISÃO Melissa Gonçalves
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Fontpress Assessoria de Comunicação
Ademir Valério Silva Presidente do Conselho de Administração da Anfarmag
Saúde sem tabu A saúde está cada vez mais em pauta. Os inúmeros livros, revistas, programas de TV, blogs e canais no Youtube focados nesse assunto mostram que a população está ávida por um estilo de vida saudável. Ainda assim, quando o foco é o aparelho urogenital, o tema ainda é tabu para muita gente. Homens e mulheres podem viver mais e melhor se tiverem informação de qualidade e cuidados acessíveis. A farmácia magistral é uma peça importante para garantir esse alcance. Com produtos feitos sob medida e a partir de prescrição de profissional habilitado, a farmácia tem inúmeras possibilidades de formulações à disposição da população. Esse é o tema desta edição da Revista Anfarmag, que também traz informações sobre especificações de insumos e sobre uma nova etapa do associativismo: a criação do “Desenvolve Magistral: fórum permanente de desenvolvimento do mercado magistral”.
FOTOS Divulgação IMAGEM DA CAPA: Shutterstock IMPRESSÃO: Melting Color Revista da Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) destinada aos farmacêuticos magistrais, dirigentes e funcionários de farmácias de manipulação e de laboratórios; prestadores de serviços e fornecedores do segmento; médicos e outros profissionais de saúde; entidades de classe de todo o território nacional; parlamentares e autoridades da área de saúde dos governos federal, estadual e municipal.
Boa leitura! Ademir Valério
Artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Anfarmag. A revista não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos assinados. É PERMITIDA A REPRODUÇÃO PARCIAL DO CONTEÚDO DA REVISTA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
Periocidade: Quadrimestral Circulação: Nacional Tiragem: 6.000 exemplares Distribuição dirigida
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32 20 03 Editorial 06 Quem disse Na estante Palavra do associado 08 Próstata
Entenda a diferença entre câncer e HPB
12 Fimose
Mais de 90% da população masculina nasce com fimose
16 DST
O novo mal do século
20 Cistite
Uma questão de gênero
24 Candidíase
Companhia desagradável
28 Rins
Adeus definitivo aos cálculos renais
32 Andropausa
A virada hormonal dos homens
36 Menopausa
O início de uma nova fase
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40 Trato urinário
Os prejuízos causados pela incontinência
44 Gestação
A preparação do corpo para uma reprodução saudável
50 Homem
Resgate do prazer
56 Associados
Especificação de insumos facilitada
58 Linha de frente
Lançamento do Fórum Desenvolve Magistral
61 Encarte Técnico
Formas farmacêuticas de uso vaginal Diluição geométrica Calculando miliequivalentes (mEq) Fator de correção: Isoflavonas Atendimento à prescrição de antimicrobianos Periodicidade de análises do monitoramento
71 Fluxograma
O setor de farmácias de manipulação desempenha papel primordial na promoção da saúde da população. Esses estabelecimentos são os únicos habilitados a preparar fórmulas personalizadas para cada paciente, respeitando sua individualidade. Portanto, é dever da sociedade criar as condições para o fortalecimento desse setor, tornando o medicamento e o produto manipulados acessíveis para um número cada vez maior de pessoas."
Foto: Divulgação
QUEM DISSE
Fernando Capez Deputado estadual em São Paulo
PALAVRA DO ASSOCIADO Confio no crescimento do segmento magistral, por isso, minha empresa se associou à Anfarmag. Adriana Maria Oliveira Silva Verbena Manipulações São Cristóvão – SE
É muito importante e gratificante o interesse da Anfarmag de orientar melhor a gestão aos empresários. Eliana Costa Bravo Bioflora Juiz de Fora – MG
Grandes pessoas fazem a Anfarmag. São anos acompanhando as atividades e só crescem e apoiam o setor. Parabéns! Ricardo Murça São Paulo – SP Gostou das reportagens desta revista? Ficou com dúvidas? Tem algum tema que gostaria de ver na próxima edição? Sua opinião faz toda a diferença! Fale com a gente pelo e-mail: revista@anfarmag.org.br
NA ESTANTE Base legal para a atuação clínica do farmacêutico O livro digital “Base Legal para a Atuação Clínica do Farmacêutico” apresenta a Resolução CFF nº 585/2013, que regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico, e a Resolução CFF nº 586/2013, que regula a prescrição farmacêutica no Brasil. O guia traz ainda a descrição da Lei nº 13.021, de 8 de agosto de 2014 que muda o conceito de farmácia no Brasil para unidade de prestação de assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva. O livro faz parte de uma série encabeçada pelo Programa de Suporte ao Cuidado Farmacêutico na Atenção à Saúde. A publicação está disponível gratuitamente no menu de publicações do Conselho Federal de Farmácia (www.cff.org.br). Autor: Conselho Federal de Farmácia Preço sugerido: Gratuito
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PRÓSTATA
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Conheça a diferença entre hiperplasia prostática benigna e câncer de próstata Embora exista muita confusão entre as duas condições, a hiperplasia não tem relação e nem dá origem ao câncer nessa glândula Cada vez mais, a população masculina se sensibiliza para o perigo do câncer de próstata. Em estágio inicial, a doença é silenciosa e não causa desconforto – daí a importância da prevenção. Os sintomas só aparecem com a doença avançada, mas são muito similares aos sinais de outro problema, muito mais comum e sem gravidade: a hiperplasia benigna da próstata. A próstata é uma glândula reprodutiva masculina, localizada abaixo da bexiga e à frente do ânus, responsável pela produção do líquido que nutre e transporta os espermatozoides. Conforme o homem envelhece, é natural que ela aumente de tamanho. Essa condição é conhecida como hiperplasia benigna da próstata. Raramente causa sintomas antes dos 40 anos de idade e não tem relação alguma com o câncer de próstata. Ainda não estão completamente esclarecidos os motivos que levam a esse aumento. De acordo com Cássio Andreoni, urologista do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo, uma explicação é que, em dado momento, as células da próstata se tornam mais suscetíveis ao hormônio masculino. “Aumenta o número de receptores da di-hidrotestosterona, e a glândula começa a crescer”, explica. Por isso, homens que recebem reposição de testosterona tendem a ter mais chances de hiperplasia. É importante lembrar que o crescimento da próstata é natural e ocorre durante toda a vida. A glândula se expande na puberdade e depois a partir dos 25 anos de idade. Esse crescimento tende a ser assintomático até os 40 anos de idade. Após os 50, metade dos homens já começa a apresentar algum sinal da hiperplasia. Depois dos 80 anos, a prevalência sobe para 90%.
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SAÚDE MENTAL PRÓSTATA
Os principais sintomas são jato urinário fraco e intermitente, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, dificuldade para urinar e vontade constante de ir ao banheiro – especialmente à noite. Essas disfunções acontecem porque, conforme cresce, a glândula comprime o canal da uretra, dificultando a passagem da urina. “A bexiga acaba prejudicada, porque faz mais força para expelir a urina, levando à hipertrofia da 10
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musculatura”, explica Andreoni. Com a dificuldade de esvaziar a bexiga, parte da urina fica represada, favorecendo a proliferação de bactérias e o surgimento de infecção urinária. Em casos muito graves, esse acúmulo pode prejudicar os rins. Diferentemente da hiperplasia, o câncer de próstata costuma ser assintomático. “Para ter algum tipo de sintoma é preciso
que esteja em estágio muito avançado”, comenta o urologista. Essa diferença é um reflexo do local onde há a proliferação das células. Se na hiperplasia isso acontece na região central da glândula (que está “abraçando” a uretra), no câncer o aumento nesse número ocorre na parte externa. Portanto, não há, no primeiro momento, compressão da uretra. Esse tipo de câncer é o segundo mais comum entre homens no Brasil, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, três quartos dos casos mundiais acontecem a partir dos 65 anos de idade.
Tratamento
O diagnóstico diferencial é feito com avaliação clínica, ultrassonografia, dosagem de PSA e toque retal. Caso haja suspeita de câncer, são feitas também ressonância e biópsia. “O exame de toque é importantíssimo, porque uma inflamação na glândula, por exemplo, que também pode elevar os índices de PSA, causa dor. Se o paciente sente dor ao toque, dificilmente tem câncer”, comenta Andreoni. Quando se tem certeza de que o problema é hiperplasia, há duas frentes de terapia: para relaxar a musculatura da próstata ou com ação direta no crescimento da glândula. De acordo com Andreoni, os alfa-bloqueadores, prescritos
para relaxar a musculatura, são os mais eficazes na desobstrução da uretra, agindo na melhora do fluxo urinário. Esse grupo inclui as substâncias cloridrato de tansulosina e mesilato de doxazosina. O efeito colateral mais importante é a possibilidade de redução da ejaculação. O segundo grupo, os inibidores da 5-alfa redutase, não é muito eficaz para melhorar o fluxo. Sua ação está em fazer com que a próstata pare de crescer ou até mesmo em diminuir de tamanho. Entre eles estão a dutasterida e a finasterida. A ação dessas drogas pode demorar a ser percebida, e os efeitos colaterais podem incluir perda de desejo sexual ou disfunção erétil. Casos muito severos podem demandar cirurgia minimamente invasiva para a retirada da região central da próstata, com risco quase desprezível de sequelas na função erétil. No câncer de próstata, o tratamento é estipulado com base em uma série de fatores, como idade e estado geral de saúde do homem. Para alguns pacientes, a indicação é apenas monitorar o crescimento. Isso porque o tumor tende a crescer tão lentamente que pode não representar risco à vida. Para aqueles com o câncer de crescimento rápido, a indicação é iniciar o tratamento imediatamente, incluindo radioterapia, cirurgia, terapia hormonal ou quimioterapia.
O que formular Tratamentos disponíveis para os sintomas da hiperplasia prostática benigna Bloqueadores alfa-adrenérgico. Relaxam a musculatura lisa prostática e do colo vesical, diminuindo a resistência ao fluxo urinário, ocorrendo alívio dos sintomas.
• Doxazosina (como mesilato)* de longa ação: 2mg, 4mg ou 8mg/dia. • Cloridrato de tansulosina: 0,4mg a 0,8mg/dia.
Inibidores da 5 alfa-redutase. A sua ação inibidora reduz o volume prostático e os níveis de antígeno prostático específico (PSA).
Finasterida: 5mg/dia. Dutasterida: 0,5mg/dia.
Terapia combinada
O uso de finasterida e doxazosina (como mesilato)* de forma combinada reduz os riscos de retenção urinária aguda e da necessidade de procedimentos invasivos em pacientes com HPB.
Fonte: Sociedade Brasileira de Urologia e Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade. Hiperplasia Prostática Benigna (2006): Disponível em: https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/hiperplasia-prostatica-benigna.pdf. Acesso em 01 ago.17 JÚNIOR, A.N.; Filho, M.Z e REIS, R.B. Urologia Fundamental. Sociedade Brasileira de Urologia. São Paulo: Planmark, 2010. Disponível em: http://www.sbu-sp.org.br/admin/upload/os1688-completo-urologiafundamental-09-09-10.pdf. Acesso em 01 ago.17 *Doxazosina: administrada na forma de mesilato, em doses equivalentes à base (FEq=1,21).
Saiba mais on-line: Encontre sugestões de formulações e dicas farmacotécnicas em www.anfarmag.org.br/revistas-anfarmag > Conteúdo on-line
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FIMOSE
Mais de 90% da população masculina nasce com fimose Tratamentos realizados à base de pomadas, mais indicados para crianças, ou cirurgias têm eficácia em quase 100% dos casos
A fimose nada mais é que a incapacidade – ou dificuldade, em diferentes graus – de retrair o prepúcio, impedindo a exposição da glande do pênis. Estima-se que 97% dos meninos nasçam com o problema. Esse percentual cai para 10% aos 3 anos e varia entre 1% e 3% na adolescência. Já no caso dos homens adultos, normalmente a condição envolve dificuldade e ardor ao urinar, dor durante a ereção, além de secreções e sangramentos. Nessa fase, o problema ocorre em aproximadamente 5% dos homens, e o aumento da incidência é explicada pelo urologista Felipe Dini, de São Paulo: “Os casos após a adolescência aumentam porque o adulto pode apresentar fimose adquirida por infecções de repetição”. Apesar de comum, a fimose é frequentemente confundida com o simples excesso de pele. Também pode ocorrer a 12
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FIMOSE
parafimose, complicação em que o indivíduo consegue expor a glande, mas não é capaz de recobri-la, causando edema e dor; e as balanopostites, infecções da glande e do prepúcio que geram dificuldade temporária para retrair a pele e expor a glande. Uma das soluções para a fimose é a cirurgia, chamada de postectomia. Antes, entretanto, costuma-se propor o tratamento clínico, principalmente para crianças, com o uso de pomadas à base de corticoides e hialuronidase, muito manipuladas pelas farmácias. As principais substâncias usadas nesses medicamentos são valerato de betametasona, propionato de clobetasol e acetonido de triancinolona. Elas atuam sobre o tecido do prepúcio, facilitando a movimentação e a higiene. "Opto por pomadas em casos de grau leve, pois os resultados publicados pelo grupo de estudos do qual faço parte demonstram taxa de sucesso médio de 50%, excluindo os casos de fimose verdadeira (anel fibrótico) que não respondem ao tratamento", explica o médico Antônio
Macedo Júnior, professor livre-docente da Universidade Federal de São Paulo e responsável pelo Centro de Apoio da Criança com Anomalia Urológica. Para chegar a esse percentual, o grupo avaliou 427 crianças em tratamento clínico de fimose com valerato de betametasona e hialuronidase por 4 e 8 semanas. Macedo Júnior lembra que, em caso da fimose adquirida, o problema pode ser reincidente. A fimose adquirida é aquela que "aparece" em um pênis que não apresentava o problema. "Ela pode ser de origem traumática ou infecciosa, ou seja, decorre de episódios de infecção, que geram um processo inflamatório e um tecido fibroso, deixando o prepúcio menos elástico, impedindo a exposição da glande", explica Felipe Dini. O médico reforça, em todos os casos, a importância de buscar tratamento: "A má higienização local e o acúmulo do esmegma (secreção), um fator irritativo e inflamatório, podem levar a um quadro infeccioso (balanopostite) e até ao câncer de pênis. Além dessas questões, no caso dos adultos, causa desconforto durante a relação sexual".
O QUE FORMULAR? Valerato de betametasona.............................................................................0,2% Hialuronidase........................................................................................150 UTR/g Pomada hidrofílica ou vaselina sólida qsp .....................................................30g Posologia: aplicar uma fina camada no anel fibrótico, após pequena retração do prepúcio, 1 a 2 vezes ao dia, até resolução do processo, a critério médico. O período de tratamento não deverá ultrapassar 12 semanas. Indicação: alternativa conservadora no tratamento da fimose. Fonte: BATITUZZO, J.A.O; ITAYA, M.; e ETO, Y. Formulário Médico Farmacêutico, 5 ed. São Paulo: Atheneu, 2015.
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DST
O novo mal do
SÉCULO
Falta de uso de preservativos favorece o ressurgimento de doenças; HPV e herpes genital lideram o ranking de contágio em todo o mundo
Na década de 1980 não havia, no Brasil e no mundo, quem não se preocupasse com o avanço do HIV, vírus da imunodeficiência causadora da Aids. A doença vitimou milhares de pessoas e só registrou um decréscimo no número de mortos a partir de meados da década de 1990, com o aparecimento de medicações antiretrovirais melhores. Várias foram as ações educativas de incentivo à proteção, sendo o uso de preservativos a principal maneira de evitar o contágio. A medicina evoluiu, o número de infectados diminuiu, a doença se tornou mais controlada e já era possível ter uma expectativa de vida maior entre aqueles que conviviam com o vírus. Não há como questionar a importância dessas conquistas. Por outro lado, a mudança de cenário fez com que toda uma geração que não conviveu com os assombros da enfermidade deixasse de se preocupar com a mais temida das doenças sexualmente transmissíveis (DST), relegando a segundo plano o uso de preservativos. Como resultado, assistimos hoje ao reaparecimento de doenças já consideradas controladas. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção dos Estados Unidos, os casos de sífilis, gonorreia e clamídia tiveram um aumento de 15,1%, 5,1% e 2,8% respectivamente, em um ano. No Brasil, a situação é crítica. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Estado de São Paulo, de 2007 a 2013 houve um aumento de 603% nos casos de sífilis em adultos. Em maio de 2017, o estado já havia evidenciado um crescimento de 1.047% das notificações dessa infecção em grávidas e 135% nos recém-nascidos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, para o Brasil, a cada ano, temos 937 mil casos de sífilis, 1,5 milhão de gonorreia e 1,9 milhão de infecção por clamídia. Outra doença bastante comum é o herpes. Segundo a OMS, mais de 3,7 bilhões de pessoas com menos de 50 anos estão infectadas com o herpes simples (HSV-1), vírus do tipo 1. Isso corresponde a 67% da população. Já em relação ao vírus do tipo 2 (HSV-2), que causa herpes genital, calcula-se que 417 milhões de pessoas entre 15 e 49 anos estejam infectadas. A avaliação da OMS é de que o Brasil 16
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assista a 640 mil novos casos de herpes genital a cada ano.
Informação é a chave
"O ponto chave para a prevenção das DST é a informação e o acesso aos meios de prevenção e tratamento de forma precoce", afirma o médico Edison Natal Fedrizzi, coordenador de Pesquisa do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Santa Catarina. Fedrizzi é também chefe do Centro de Pesquisa Clínica Projeto HPV, que investiga o Papilomavírus Humano, vírus que chega a atingir de 20% a 50% das mulheres sexualmente ativas. Estudos epidemiológicos estimam que possa ocorrer a infecção de mais de 85% da população nos próximos dez anos se nada for feito. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV, dos quais cerca de 40 infectam a área anogenital, gerando lesões benignas (condilomas acuminados, verrugas genitais ou cavalo de crista) em homens e mulheres, além de lesões pré-cancerosas e câncer propriamente dito, principalmente no colo uterino, em mulheres. De acordo com o urologista Pedro Romanelli, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia/ Minas Gerais, o vírus também é responsável por 30% a 50% dos casos de câncer de pênis, um assunto ainda pouco difundido.
Tratamentos
Os sintomas do HPV costumam aparecer quando o sistema imunológico não está respondendo de forma adequada. Por isso, os tratamentos buscam aumentar a resposta de defesa do organismo, com medicação oral, injetável ou de aplicação local, na forma de creme ou gel, dependendo da extensão das lesões. "As maiores devem ser tratadas com ressecções cirúrgicas, enquanto as menores podem ser destruídas com cauterização ou medicação, como o ácido tricloroacético 80%-90%, podofilotoxina e imiquimode", diz Fedrizzi. Já o urologista Pedro Romanelli ressalta que, nos homens, as lesões podem ser tratadas com podofilina ou 5-fluorouracil.
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DST Também são vários os medicamentos antivirais disponíveis para o tratamento do herpes genital. No entanto, eles não curam a infecção; devem ser usados a cada crise para aliviar os sintomas. Muitos são preparados pelas farmácias de manipulação. Um exemplo é o aciclovir ou seus derivados. Os especialistas lembram que a melhora do sistema imunológico passa por medidas simples e possíveis para todas as pessoas. Isso inclui uma alimentação adequada, com frutas e verduras diariamente, dormir de 6 a 8 horas por dia, evitar o estresse, realizar atividades físicas e não fumar ou usar drogas. Além disso, sempre que necessário, Fedrizzi prescreve suplementos antioxidantes e que favoreçam esse objetivo. São exemplos formulações à base das vitaminas A, C e E, além de cobre, selênio e zinco. O médico também considera, em alguns casos, o uso de Echinacea purpurea, timomodulina, lisina e betaglucana para melhorar a imunidade. Ele ainda cita cimetidina, ranitidina e levamisol, que, explica, podem ter efeito positivo sobre a imunidade por estimular a produção de substâncias como interferon e citocinas, além atuar sobre os macrófagos, células citotóxicas e natural killer, que irão destruir as células infectadas e os microorganismos.
O QUE FORMULAR? Podofilina*...........................................................................................10% a 25% Tintura de benjoim** qsp...............................................................................20ml Posologia: uso em consultório ou a critério médico. Deve ser feito isolamento cuidadoso com vaselina sólida em volta da lesão, para evitar ação cáustica da solução nos tecidos sadios. Indicação: tratamento de condiloma acuminado (verrugas venéreas) do trato genital inferior. Fonte: CRESPO, M.S; e CRESPO, J.M.R e S. Formularium: compêndio de fórmulas magistrais, Vol.1. São Paulo: LCM Livraria, 2002. *É importante especificar na hora da compra que deseja a resina de podofilina com teor mínimo de 50%. A Farmacopeia Britânica 2010 determina teor de não menos que 50% de podofilotoxina, e a Farmacopeia Americana 40, não inferior a 40%. **Pode-se utilizar também óleo de amendoim ou óleo de girassol como veículo.
Saiba mais on-line: Encontre sugestões de formulações e dicas farmacotécnicas em www.anfarmag.org.br/revistas-anfarmag > Conteúdo on-line Na Área do Associado, você encontra as fichas de referência e de especificação de compras da podofilina: www.anfarmag.org.br > Área do Associado > Produtos e Serviços > Publicações 18
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CISTITE
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Uma questão
de gênero
Entre 50% e 60% das mulheres adultas sofrem deste mal, que pode ser combatido com a ajuda de suplementos e da alimentação Vontade constante de ir ao banheiro e ardência ao urinar, dificuldade de segurar a urina, dores abdominais e até sangramento. Esses são alguns dos sintomas da infecção urinária, também conhecida como cistite, que acomete especialmente as mulheres. Mais de 80% dos casos são causados por uma bactéria presente naturalmente no intestino humano, a Escherichia coli, não sendo uma doença contagiosa. “A infecção ocorre quando essas bactérias, que deveriam permanecer no trato intestinal, conseguem colonizar a região ao redor da vagina”, explica o médico-chefe do Serviço de Urologia do Hospital São Vicente, Thadeu Brenny Filho, de Curitiba (PR).
Ocorrência em mulheres
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, entre 50% e 60% das mulheres adultas têm pelo menos um episódio de cistite em algum momento da vida. Dessas pacientes, de 20% a 50% podem apresentar recorrência, que é quando há três episódios da doença em um ano ou dois episódios em seis meses. Brenny Filho explica que, além de ter a uretra muito mais curta que a do homem e mais próxima ao ânus, a mulher, muitas vezes, evita ir ao banheiro fora de casa. Com isso, acaba ingerindo menos líquido. Essas duas práticas funcionam como gatilhos para o desenvolvimento de infecções urinárias.
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CISTITE
Outras causas
A nutricionista funcional Edith Zulato Chaves Figueiredo, de Belo Horizonte (MG), aponta entre os fatores que influenciam na cistite recorrente relações sexuais, anticoncepcionais, menopausa, fumo, bebidas alcoólicas, drogas e hábitos alimentares. “Uma dieta rica em açúcar, frituras, leite e seus derivados, embutidos, ou seja, alimentos alergênicos e pobres em compostos bioativos, somada à baixa ingestão de água, pode contribuir para o desequilíbrio da população de bactérias nas mucosas oral, intestinal e vaginal. Isso cria um ambiente favorável para o crescimento de bactérias patogênicas e o surgimento das infecções”, explica.
Tratamento e prevenção
No geral, a cistite tem tratamento simples, com uso de antibióticos por via oral. Mas a preocupação é que, se não tratada, a bactéria pode atingir os rins e causar pielonefrite, infecção que pode até levar à morte se evoluir para um quadro de sepse. Um dos problemas dos casos recorrentes é que, ao longo do tempo, pode ocorrer a resistência bacteriana aos antibió-
ticos. Para que isso não ocorra, prevenção é fundamental. Além de mudar a alimentação, Edith Zulato indica o uso de do cranberry (Vaccinum macrocarpon) como aliado para o tratamento complementar da cistite. Alguns estudos in vitro mostraram que o cranberry é capaz de inibir cerca de 80% da aderência bacteriana no urotélio. Apesar de não haver estudos comprovando a eficácia para esse uso, seu emprego em longo prazo pode ser feito a critério do prescritor como complemento e suplemento à farmacoterapia no manejo de infecções recorrentes do trato urinário, uma vez que é considerado um produto natural, eficaz, barato e não está relacionado ao risco de resistência antimicrobiana. Outras armas para evitar a recorrência são os probióticos e os prebióticos. “Esses suplementos vão potencializar a flora bacteriana, melhorar a imunidade, aumentar a absorção de nutrientes e diminuir as bactérias patógenas, sejam elas orais, vaginais ou intestinais”, explica. A nutricionista ressalta que, muitas vezes, o uso de glutamina é necessário para auxiliar na permeabilidade intestinal, e de ômega 3, como anti-inflamatório e antioxidante, no auxílio ao tratamento.
O QUE FORMULAR? Cranberry (Vaccinum macrocarpon) extrato seco......................................500mg Excipiente qsp...........................................................................................1 cápsula Posologia: 1 cápsula 1 vez ao dia, a critério médico. Fonte: Sociedade Brasileira de Infectologia, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Sociedade Brasileira de Nefrologia e Sociedade Brasileira de Urologia. Cistite recorrente: tratamento e prevenções (2011): Disponível em: http://diretrizes.amb.org.br/ans/cistite_recorrente-tratamento_e_prevencao.pdf. Acesso em 01 ago.17 BATITUZZO, J.A.O; ITAYA, M.; e ETO, Y. Formulário Médico Farmacêutico, 5 ed. São Paulo: Atheneu, 2015.
Saiba mais on-line: Encontre sugestões de formulações e dicas farmacotécnicas em www.anfarmag.org.br/revistas-anfarmag > Conteúdo on-line 22
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CANDIDÍASE
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Companhia
desagradável Doença interfere na qualidade de vida das mulheres e, por isso, precisa de tratamento especializado
Infecções oportunistas nas mucosas genitais são velhas conhecidas das mulheres. Uma das mais recorrentes é a candidíase. O problema é causado por fungos – normalmente o Cândida albicans – e acomete diversas regiões, como a inguinal e a perineal. Apesar de não estar relacionada no rol de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), a condição pode ser propagada no ato sexual. Em alguns casos, está associada à queda da imunidade, ao uso de antibióticos, anticoncepcionais, imunossupressores, corticoides e também à gravidez, diabetes, alergias e ao vírus do papiloma humano (HPV). O conjunto de sintomas da candidíase inclui irritação local, coceira, corrimento espesso, ardor e dor durante o ato sexual. A identificação do problema é feita por meio de exame clínico. O médico também pode coletar a secreção vaginal e enviá-la para análise laboratorial para investigar a presença do fungo causador do problema. O tratamento inicia-se com a identificação das causas. Em seguida, o médico pode prescrever antimicóticos e pomadas antifúngicas de uso local para combater o problema e evitar recidivas. Esses produtos de uso tópico contêm princípios ativos como miconazol, clotrimazol e cetoconazol. Em alguns casos, medicamentos orais à base de fluconazol podem ser inseridos no tratamento. Conforme explica o ginecologista e especialista em reprodução humana do Hospital Vita, de Curitiba, Francisco Furtado Filho, o ácido bórico é uma substância utilizada no tratamento da candidíase. “Suplementos à base de vitamina E, cálcio e ácido fólico, administrados por via oral, também apresentam bons resultados. Essas substâncias melhoram o sistema imunológico da paciente e, com isso, ajudam a combater a infecção e diminuir as recidivas”, diz.
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CANDIDÍASE
Higiene íntima
O especialista também chama a atenção para o uso inadequado e exagerado de produtos de higiene corporal na genitália feminina. “Essa prática pode causar uma alteração profunda da flora vulvovaginal, em que quadros irritativos locais simulam sintomas semelhantes à candidíase”, afirma. Não é aconselhável fazer duchas vaginais de qualquer espécie com qualquer produto de higiene corporal. A limpeza deve ser feita externamente, na região vulvar e introito vaginal No caso das infecções fúngicas, que são oportunistas, “sabe-se que o uso de alguns antibióticos, desnutrição, tabagismo e o uso de corticoides sistêmicos podem desencadear esses quadros. Portanto, bons hábitos de vida, boa alimentação, noites de sono tranquilo e não fazer automedicação pode ajudar bastante”, complementa o médico.
O que formular
A cândida é um fungo gram-positivo, que sob determinadas condições, multiplica-se, tornando-se patogênico. Essa infecção pode ser tratada com o uso de antimicóticos:
FÁRMACO
FORMAS FARMACÊUTICAS
CONCENTRAÇÕES USUAIS
Anfotericina B
Creme vaginal
1,25% a 2,5%
Clotrimazol
Creme vaginal ou óvulos
1-2% ou 100mg/óvulo vaginal
Nistatina (candidíase infecção vaginal)
Creme vaginal ou óvulos
100.000 UI a 200.000 UI/dia por 14 dias
Nitrato de isoconazol
Creme vaginal ou óvulos
1% ou 600mg/óvulo vaginal
Nitrato de miconazol
Creme vaginal ou óvulos
2% ou 100mg/óvulo vaginal
Tioconazol
Creme vaginal ou óvulos
6% ou 300mg/óvulo vaginal
Fonte: BATITUZZO, J.A.O; ITAYA, M.; e ETO, Y. Formulário Médico Farmacêutico, 5 ed. São Paulo: Atheneu, 2015.
Geralmente as aplicações de nistatina geram dúvidas, isso porque costuma-se solicitar a dose em % por grama, ou por dose de aplicação. O ideal durante a avaliação é se basear no contexto do receituário e entrar em contato com o prescritor. Candidíase intestinal ou esofágica
500.000 UI 1.000.000 UI em cápsulas, 3 a 4 vezes ao dia. Para crianças, 100.000 UI ou mais, 4 vezes ao dia em suspensão oral.
Lesões na boca
Suspensão oral 100.000UI/dose 4 vezes ao dia.
Candidíase em imunodeprimidos
400.000 UI a 600.000 UI/dose 4 x/dia ou 200.000UI a 400.000 UI/dose 4 a 5 vezes ao dia.
Profilaxia de candidíase intestinal em pacientes que estão usando antibiótico de amplo espectro
1.000.000 UI/ dia, suspensão oral.
Infecção vaginal
100.000 a 200.000 UI/dia, por 14 dias, em óvulos ou creme vaginal.
Lesões cutâneas
100.000 UI/g em creme, gel, pomada, pó, aplicados 2 a 4 vezes ao dia.
Saiba mais on-line: Encontre informações sobre posologia e modo de uso, além de sugestões de formulações e dicas farmacotécnicas em www.anfarmag. org.br/revistas-anfarmag > Conteúdo on-line 26
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RINS
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Adeus definitivo aos cálculos renais Cada vez mais presente na população brasileira, doença pode ser prevenida com alimentação balanceada e ingestão de medicamentos Não há hora certa para aparecer: pode ser durante o trabalho, na prática de exercícios físicos ou até mesmo enquanto se descansa. As cólicas causadas pelos cálculos renais provocam uma dor que, de acordo com os médicos, é a mais próxima do parto que pode ser experimentada por um homem. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), as ‘pedras nos rins’, como são conhecidas, afetavam os homens com o dobro da incidência em que ocorrem nas mulheres, mas hoje atingem ambos os sexos na mesma proporção – o estilo de vida mais parecido, a partir da ascensão da mulher no mercado de trabalho, é apontado como um fator que pode ter eliminado a diferença. A maior concentração de casos ocorre entre adultos de 20 a 50 anos. Os cálculos resultam da aglomeração de cristais presentes na urina. Essa formação é resultado de alterações metabólicas ou pelo excesso de substâncias como ácido úrico e oxalato de cálcio no organismo. “Os rins são responsáveis por filtrar as impurezas do sangue e retirar o excesso de água do corpo. O acúmulo dessas substâncias pode formar pequenos grãos que, juntos, originam os cálculos”, detalha Fábio Vicentini, urologista e coordenador do Centro de Cálculo Renal do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. Uma predisposição genética colabora para a incidência da doença, mas ninguém está livre de desenvolvê-la. Quem ingere grandes quantidades de sal tem mais chances de sofrer com os cálculos. O risco também aumenta para pessoas acamadas, com mobilidade reduzida, que tendem a excretar maior volume de cálcio pela urina, levando ao depósito dessa substância nos rins.
Um risco que pode ser atenuado
A ingestão regular de água – média de 1,8 litro por dia – é a primeira recomendação para prevenir o problema, associada a uma alimentação balanceada, pobre em sódio
(até 5g diários) e com baixo consumo de proteína de origem animal, especialmente as carnes vermelhas. Um estudo metabólico pode apontar se há cálcio, oxalato de cálcio, fosfato, citrato e ácido úrico nos padrões ideais no organismo do paciente, bem como pode-se verificar se o pH da urina é instável, seja ela muito ácida ou básica (alcalina), fator que desencadeia a formação de cálculos, como explica a nefrologista da Sociedade Brasileira de Nefrologia, Ana Misael. Segundo a médica, a manipulação é uma opção excelente para buscar o equilíbrio do pH: “Para um paciente que está eliminando cálcio em excesso (hipercalciúria), o citrato de potássio é ideal para elevar o pH, reduzindo a propensão à doença”. O uso, no entanto, deve ser feito conforme a indicação de um especialista, uma vez que o excesso pode desencadear uma insuficiência renal. Já nos casos de ácido úrico elevado, podem ser prescritos uricosúricos como o alopurinol para aumentar a excreção da substância. O bicarbonato de sódio também pode ser adotado para melhorar a função renal. A prescrição sempre deve considerar a avaliação individual do paciente para eliminar riscos de doenças gastrointestinais. A especialista afirma que a farmácia magistral é indicada especialmente para crianças – que tendem a preferir a medicação líquida em detrimento dos comprimidos – e para pacientes que passaram por cirurgia bariátrica, que estão propensos a desenvolver cálculos associados a outras patologias (em razão da mudança na alimentação e redução da ingestão de líquidos) e encontram na formulação magistral um método eficaz para combinar diferentes medicamentos. Fábio Vicentini ressalta que a ingestão dos medicamentos só deve ocorrer após a eliminação dos cálculos, no caso dos pacientes já diagnosticados com a doença. “É indispensável a orientação médica, que levará em conta os exames e riscos de cada paciente”, finaliza.
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RINS
Principais distúrbios metabólicos causadores de litíase renal Hipercalciúria
Elevada excreção urinária de cálcio, na ausência de hipercalcemia.
Hiperuricosúria
Elevada excreção urinária de ácido úrico.
Hiperoxalúria
Elevada excreção urinária de oxalato de cálcio.
Cistinúria
Elevada excreção urinária de cistina.
Acidose tubular renal (hipocitratúria)
Precipitação de potássio, favorecido pelo pH urinário elevado e redução significativa na excreção urinária de citrato.
O QUE FORMULAR? Citrato de potássio......................................................................10mEq a 20mEq Excipiente qsp........................................................................................1 cápsula Posologia: na hipocitratúria leve a moderada, tomar 10 mEq, 3 vezes ao dia, às refeições, a critério médico. Na hipocitratúria severa, tomar 20 mEq, às refeições (ou até 30 minutos depois), a critério médico. Indicação: hipocitratúria; cálculos de ácido úrico, cistina e cálcio; acidose tubular renal. Fonte: CRESPO, M.S; e CRESPO, J.M.R e S. Formularium: compêndio de fórmulas magistrais, Vol. 1. São Paulo: LCM Livraria, 2002.
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ANDROPAUSA
A virada hormonal dos
homens Queda nos níveis de testosterona é um fenômeno frequentemente proporcionado pelo envelhecimento e pode causar prejuízos ao paciente À medida que os homens envelhecem, geralmente após os 40 anos, ocorre uma lenta diminuição dos níveis de produção da testosterona. O conjunto de sintomas decorrente desse fenômeno é conhecido como andropausa. A classe médica tem utilizado o termo Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM). Ainda não há consenso em relação aos níveis de hormônio que definiriam o DAEM. Porém, grande parte dos laboratórios preconiza o limite inferior de testosterona total em 346 ng/dl, quando o material é colhido pela manhã.
Estratégias de tratamento
O chefe do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia, Eduardo Bertero, conta que a Terapia de Reposição de Testosterona (TRT) é uma opção de tratamento. “Esse hormônio pode ser administrado por meio de gel transdérmico ou injeção intramuscular”. Os efeitos esperados são a volta da disposição, aumento da libido, melhora do humor e recuperação de massa muscular e óssea.
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ANDROPAUSA A TRT, no entanto, pode interferir na fertilidade. Urologista da Rede de Hospitais São Camilo, em São Paulo, Davi Abe recomenda a estimulação da produção endógena da substância para os pacientes que querem preservar a capacidade reprodutiva. O tratamento é realizado com citrato de clomifeno, que age sobre a glândula hipófise estimulando o testículo a produzir testosterona.
• Baixa densidade mineral óssea • Pensamentos depressivos • Fadiga • Perda de pelos corporais • Redução da sensação de vitalidade • Anemia • Síndrome metabólica.
O que é testosterona
A testosterona é o principal hormônio androgênico, secretado pela célula de Leydig, localizada no testículo. A substância também é produzida em quantidade mínima pelas glândulas adrenais. O hormônio controla o desenvolvimento e a manutenção dos órgãos sexuais masculinos. Também produz anabolizantes sistêmicos. É consenso que ocorre uma queda de produção desse hormônio em alguns homens idosos, mesmo que tenham bom estado de saúde. Além disso, o acúmulo de fatores estressantes durante a vida pode levar a uma perda gradual das funções fisiológicas do organismo. Homens com sequelas de doença crônica (cardiovascular, pulmonar ou hepática) também apresentam efeito negativo nos níveis de testosterona. Nesses casos, o declínio androgênico é mais acelerado.
Entenda os sintomas
O diagnóstico do DAEM requer a presença de sintomas característicos em combinação com níveis baixos de testosterona. Entre esses sinais, vale destacar: • Perda de libido • Disfunção erétil • Ereções matinais menos frequentes e de menor qualidade • Obesidade abdominal • Sarcopenia (perda de massa e força na musculatura esquelética)
O QUE FORMULAR? Testosterona micronizada............................................................................10mg Propilenoglicol*.................................................................................................3% Gel transdérmico qsp......................................................................................1ml Posologia: aplicar 0,5ml a 1ml por dia, a critério médico. As aplicações devem ser feitas no antebraço ou abdômen, alternando sítios de aplicação a cada dia. Evitar a aplicação em áreas que tenha contato físico direto com a parceira. Indicações: terapia da reposição hormonal masculina, disfunção erétil, hipogonadismo. Fonte: BATITUZZO, J.A.O; ITAYA, M.; e ETO, Y. Formulário Médico Farmacêutico, 5 ed. São Paulo: Atheneu, 2015. *Também pode ser usado óleo vegetal. Mande em seringas calibradas com 10ml, em sachês monodoses ou em frasco dosador calibrado (1ml).
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Vitamina B3
Altas doses de Vitamina B3 podem causar flushing/rubor Gasto de energia celular
Niagen®
Nicotinamida
NAD+
NAD+
NAD+
NA
+
NAD+ NAD NAD+ NAD+ NAD+ NAD+ +
NAD NAD+ NAD+ NAD+
MEDICAMENTO MANIPULADO FUNCIONA
NAD+NAD+
D
Excesso de nicotinamida pode desativar genes de longevidade.
+
Inibição de genes de longevidade
D
NA
+
D
NA
NAD+ NAD+ NAD+
NAD+ +
MENOPAUSA
O início de uma nova fase
Da terapia hormonal ao uso de plantas medicinais, tratamentos para o climatério visam melhorias para sintomas como as ondas de calor e o ressecamento vaginal Por volta dos 50 anos, as mulheres iniciam um ciclo marcante, o climatério, que estabelece a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo, estendendo-se geralmente até os 65 anos de idade. A menopausa é definida pelo último período menstrual – um marco dessa fase –, e só é reconhecida após 12 meses de sua ocorrência. Durante o climatério há um declínio no nível hormonal (principalmente estrogênio e progesterona). 36
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“É um momento de transformações, não apenas físicas, mas de resgate da força individual, em que a mulher tende a iniciar novos projetos e usar a sabedoria acumulada ao longo da vida”, analisa Luiz Henrique Basile, ginecologista e nutrólogo de São Paulo. Do ponto de vista orgânico, alguns sintomas podem trazer desconforto. No Manual de Atenção à Mulher no Climatério/ Menopausa, do Ministério da Saúde, o climatério é descrito
como uma fase natural, não devendo ser considerado doença. No entanto, o documento indica que “é fundamental que haja, nessa fase da vida, um acompanhamento sistemático visando à promoção da saúde, o diagnóstico precoce, o tratamento imediato dos agravos e a prevenção de danos”. A queixa mais frequente está relacionada aos fogachos, as famosas ondas de calor que vão do tórax ao rosto e provocam sensação de calor e sudorese. Além do desconforto térmico, que pode atrapalhar a rotina diária e o sono, já existem estudos que apontam que os fogachos interferem no raciocínio e no humor. O segundo sintoma mais frequente é a atrofia do trato genital inferior, principalmente da vagina e da vulva, que pode vir acompanhada de incontinência urinária. “Como a lubrificação diminui, há dificuldade para manter relações sexuais, o que pode afetar o relacionamento com o parceiro”, explica o médico. Além disso, podem ocorrer alterações de humor, irritabilidade, ressecamento da pele e do cabelo e unhas quebradiças. Algumas pacientes irão apresentar os sintomas de forma mais intensa, outras não. Há ainda os sintomas em longo prazo, como osteoporose e alterações cardiovasculares.
E os hormônios?
Os ovários, acostumados a responder à demanda do sistema nervoso central (hipófise e hipotálamo) para produzir os hormônios estrogênio e progesterona, cessam essa produção, que é suprida, por um período e em pequena porcentagem, pela glândula suprarrenal. Apesar de ser uma mudança natural, em muitos casos a terapia de reposição hormonal é a conduta sugerida para esse período.
A progesterona é o primeiro hormônio que declina, por volta dos 40 anos. O declínio do estradiol acontece entre os 45 e os 55 anos e vem associado a sintomas vasomotores. São comuns ondas de calor, suor, parestesias, taquicardia, ganho de peso, perda da elasticidade cutânea, aumento da incidência e da profundidade das rugas e aumento da incidência de osteoporose devido à incapacidade dos estrogênios de inibir a atividade dos osteoclastos, que acentuam a destruição óssea. De acordo com Basile, a reposição hormonal pode trazer benefícios para a paciente. “Mas essa é uma decisão que deve ser tomada inteiramente pela mulher, muitas não querem, têm medo ou acabam desistindo, por ser uma terapia de longo prazo. Há também algumas condições que não permitem o tratamento, como pacientes que já tiveram câncer de mama”, explica. Cada vez mais, a reposição hormonal tem sido realizada de maneira personalizada, sendo iniciada com dosagens baixas. “É preciso lembrar que, para cada caso, haverá uma resposta diferente”, alerta o médico, que prescreve especialmente formas de uso tópico, como géis e cremes. A aplicação pode ser transdérmica ou intravaginal, para uma absorção mais rápida pela corrente sanguínea, o que permite que as doses sejam menores e os efeitos colaterais mais brandos. O médico também recomenda que o estrogênio e a progesterona não sejam associados na formulação, já que têm ações específicas, que variam de acordo com a hora do dia. “O primeiro deve ser usado pela manhã, o outro, à noite, pois possuem características antagônicas, de energização e calma, respectivamente”, afirma Basile. Em alguns casos, a terapia prevê também o uso de pequenas doses de testosterona de forma complementar.
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MENOPAUSA
Terapias complementares
As pacientes que optam por não realizar a reposição hormonal podem escolher outras formas de se cuidar, que incluem a fitoterapia, a homeopatia, a antroposofia e a acupuntura. No caso dos fitoterápicos, Basile explica que existem diversas plantas cujos compostos ocupam os receptores onde antes atuava o estrogênio, trazendo alívio para os sintomas. Entre as mais usadas estão as folhas de amora (Morus nigra), a Cimicifuga racenosa, o Borago officinalis, o Trifolium pratense e a isoflavona, encontrada na soja e derivados. Os fitoterápicos também são utilizados para a manipulação de géis vaginais específicos para cada caso. Uma das fórmulas mais usuais indicadas pelo médico associa Melissa officinalis e Majorana hortensis, principalmente para as mulheres que têm contraindicação absoluta para o uso de hormônios. Quando a escolha é pela homeopatia ou antroposofia, a medicação segue os critérios gerais de cada um dos métodos, que vão de acordo com o estado geral e a história de vida da paciente. Segundo Basile, outro complemento importante para lidar bem com as mudanças é a prática regular de atividades físicas, além de dieta saudável, acupuntura, ioga, terapia artística e outras práticas correlatas. O importante, afirma, é encontrar maneiras de entrar bem em uma nova etapa da vida. “Esse é o momento de redescobrir metas antigas ou criar novos objetivos, de encontrar um caminho que traga harmonia”, diz.
O QUE FORMULAR? Cimicifuga racemosa extrato seco padronizado 2,5%............................................40mg (correspondente a 2mg de 27-deoxiacteína ao dia) Excipiente qsp......................................................................................................1 cápsula Posologia: 1 cápsula 2 vezes ao dia, a critério médico. Indicação: com ação estrogênica fraca, é uma alternativa natural na reposição hormonal para menopausa e no tratamento da tensão pré-menstrual. Fonte: BATITUZZO, J.A.O; ITAYA, M.; e ETO, Y. Formulário Médico Farmacêutico, 5 ed. São Paulo: Atheneu, 2015.
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TRATO URINÁRIO
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Os prejuízos causados pela incontinência Condição pode estar relacionada a uma diversidade de fatores e impõe grande transtorno social e psicológico aos pacientes Poucas situações são mais constrangedoras que deixar escapar a urina sem querer. No Brasil, a incontinência urinária atinge 15% dos homens e 45% das mulheres acima dos 40 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia. Com algumas pessoas ocorre ao tossir ou espirrar. Em outros casos, o desejo é tão forte e repentino que não dá tempo de chegar até o banheiro. Em comum, essas pessoas experimentam prejuízos sociais e psicológicos. Nas mulheres, essa condição pode ser de diversos tipos: por esforço, pela deficiência do esfíncter (músculo localizado entre vagina e ânus) ou pela hipermobilidade da uretra. Pode também ser a incontinência de urgência, que se relaciona com a hiperatividade muscular da bexiga. Há também a mista e a de transbordamento – mais comum em pessoas idosas, que não percebem o desejo miccional. Já na incontinência causada por fístula urinária, existe uma comunicação anômala entre um órgão do trato urinário, geralmente a bexiga, e a vagina. Nos homens, as causas variam, conforme explica o urologista Fernando Marsicano, do Hospital Lifecenter, em Belo Horizonte: “Quando não há problemas neurológicos, está na maioria das vezes associada a cirurgias de próstata, nas quais pode haver lesão do esfíncter ou do nervo responsável pelo seu funcionamento. As perdas também podem decorrer de um excesso de contrações da bexiga”.
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TRATO URINÁRIO
Relação com outras doenças
Cuidado com o que se ingere
Estratégias de tratamento
• Álcool • Cafeína • Chá com cafeína e café • Refrigerantes • Adoçantes industrializados • Xarope de milho • Alimentos ricos em especiarias e açúcar • Alimentos excessivamente ácidos e cítricos • Remédios para doenças cardíacas e pressão arterial, sedativos e relaxantes musculares • Grandes doses de vitaminas B ou C
Entre as mulheres, fatores como idade, obesidade, tipos de parto pelos quais a paciente já passou, tabagismo, peso do filho recém-nascido, menopausa e cirurgias ginecológicas podem contribuir para o aparecimento do problema. Nos homens, a influência pode vir de qualquer condição de saúde ou lesão que afetem o sistema nervoso, como diabetes, doença de Parkinson e esclerose múltipla. “Lesões na medula espinhal também podem interromper os sinais nervosos durante o controle urinário, impedindo que a bexiga seja esvaziada completamente”, complementa Fernando Marsicano, que tem 17 anos de experiência em urologia clínica, andrologia e procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos. O tratamento da incontinência urinária feminina pode ser cirúrgico ou com uso de fármacos. A fisioterapia pode ser aplicada em fase inicial, dependendo da severidade do problema. Entre os fármacos que podem ser empregados estão os alfabloqueadores, como mesilato de doxazosina e cloridrato de tansulosina, geralmente prescritos para homens. “Vale lembrar que antidepressivos, como o cloridrato de imipramina, permitem uma redução da resposta nervosa, fazendo com que a bexiga fique mais estável”, comenta Marsicano. Já medicamentos com tartarato de tolterodina ajudam a reduzir os espasmos dos músculos da bexiga, evitando assim perdas involuntárias de urina.
Alguns alimentos, bebidas ou medicamentos podem ter efeito diurético, estimulando a atividade da bexiga e aumentando o volume de urina. São eles:
O QUE FORMULAR? Imipramina (como cloridrato)*....................................................................25mg Excipiente qsp.......................................................................................1 cápsula Posologia: 1 cápsula 3 vezes ao dia, a critério médico (pode-se prescrever 75mg em uma única dose diária, ao deitar, para adultos e crianças acima de 12 anos). Indicação: incontinência urinária, enurese noturna. Não deve ser prescrita para pacientes com distúrbios psiquiátricos do tipo mania e aqueles que estiverem fazendo uso de inibidores da MAO. A aplicação clínica pode ser limitada em pacientes com risco aumentado de arritmias cardíacas. Fonte: CRESPO, M.S e CRESPO, J.M.R e S. Formularium: compêndio de fórmulas magistrais, Vol. 1. São Paulo: LCM Livraria, 2002. Sociedade Brasileira de Urologia e Associação Médica Brasileira. Diretrizes Urologia - AMB, 1 ed. (2014). Disponível em: http://sbu-sp.org.br/wp-content/uploads/2016/02/Livro_Diretrizes_Urologia.pdf Acesso em 01 ago.17 *Imipramina: administrada na forma de cloridrato de imipramina, em doses equivalentes ao sal cloridrato (FEq=1). *Substância sujeita à receita de controle especial (branca), conforme Portaria SVS/MS 344/98
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GESTAÇÃO
A preparação do corpo para uma reprodução saudável
Suplementação nutricional e cuidados com o corpo estão entre as medidas necessárias para o bem-estar da mãe e do bebê A gravidez é um momento muito especial, que impacta a vida de toda a família. Muitas mulheres têm a oportunidade de planejar a entrada nessa nova fase e, para isso, o preparo físico e emocional é fundamental. Os primeiros fatores que interferem na gravidez são idade dos óvulos, dos espermatozoides e traços genéticos da família. Além disso, é preciso verificar a presença de doenças antes mesmo de engravidar. Por isso é importante medir os níveis de glicemia e outras taxas, e testar sífilis, rubéola, hepatite B, hepatite C e HIV. Para a ginecologista e obstetra Carla Andrade Rebello Iaconelli, de São Paulo, que também é especialista em reprodução humana assistida, outro cuidado importante é a ingestão de ácido fólico, que estimula o processo de multiplicação celular. “Quando tomada diariamente um mês antes da gravidez e mantida até o terceiro mês de gestação, essa vitamina do complexo B previne em até 80% a má formação fetal por defeito do tubo neural. A substância também previne má formação cardíaca, problemas no trato urinário e fissura lábiopalatina”, afirma. Outra condição que a carência de ácido fólico pode provocar é a espinha bífida, quando a medula espinhal fica exposta, causando sequelas ao longo da vida da criança.
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GESTAÇÃO
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Cuidados com a pele
A preparação para uma gravidez saudável envolve também os cuidados com a pele, já que podem ocorrer alterações e o uso de substâncias para tratar ou prevenir deve ser feito com cuidado, para não afetar o bebê. É comum o aparecimento de alterações cutâneas como estrias e melasmas durante a gestação. Para a dermatologista de Belo Horizonte, Soraya Vilela Konovaloff Jannotti, é possível driblar esses problemas e permanecer com a pele saudável durante os nove meses. “Recomendo que as mulheres bebam bastante água e evitem alimentos industrializados de baixo valor nutritivo. Outro cuidado básico é o uso de protetor solar com fator UVA e UVB, que deve se adaptar ao tipo de pele da gestante”, comenta a médica. Para a prevenção da estria, é importante que a gestante controle a alimentação, para não ganhar muito peso. Já o melasma, que é caracterizado pelo escurecimento da pele, aparece geralmente no final da gestação e está ligado a alterações hormonais e predisposição genética, conforme explica a dermatologista. “Além do protetor solar, loções e hidratantes à base de vitaminas C e E, ácido glicólico e ácido kójico ajudam a prevenir o problema, porque melhoram a nutrição da pele. No entanto, é importante que haja supervisão médica durante esse tratamento, que deve ser individualizado”, recomenda.
GESTAÇÃO
Driblando a infertilidade
Há mulheres que enfrentam imensas dificuldades para engravidar. Uma das causas mais frequentes é a endometriose, doença que acomete cerca de 6 milhões de mulheres no Brasil. A condição ocorre quando o endométrio, que é o tecido de revestimento da cavidade uterina, se implanta fora do órgão. Entre os fatores que contribuem para o surgimento da doença, está o sistema imunológico. De acordo com João Sabino Filho, especialista em reprodução humana e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, uma das classes de fármacos empregados no tratamento são os agonistas do GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina), que bloqueiam o desenvolvimento do óvulo, assim como a produção de estrogênio, pausando o ciclo menstrual. “Essa opção é cara e não pode ser usada por um período superior a seis meses. O que mais usamos no dia a dia é a administração do hormônio progesterona, seja por meio de implante, dispositivo intrauterino ou por via oral. Pílulas anticoncepcionais também são empregadas, já que bloqueiam a atividade hormonal da mulher”, comenta. Também relacionada à infertilidade feminina, a Síndrome do Ovário Policístico é um distúrbio endócrino que pode alterar os níveis hormonais da paciente. Mulheres com esse problema podem apresentar menstruação irregular e alta produção do hormônio masculino testosterona. “Para tratar o problema, podemos usar fármacos que induzam a ovulação. Entre eles, vale destacar o citrato de clomifeno, que é eficiente e atinge o efeito esperado em cerca de 60% das vezes”, complementa João Sabino Filho. Em relação ao citrato de clomifeno, a médica Carla Iaconelli lembra que o uso deve ser acompanhado durante todo o ciclo por ultrassonografias pélvicas seriadas, para controle do número de folículos em crescimento e confirmação da ovulação. “O medicamento é indicado com mais frequência para coito programado ou inseminação intrauterina. É fundamental que o especialista em reprodução humana assistida avalie o casal para determinar se existem os critérios mínimos para iniciar o tratamento. Para isso, alguns exames como espermograma, histerossalpingografia, ultrassom pélvico transvaginal, além de sorologias e testes hormonais, são obrigatórios”, complementa.
O QUE FORMULAR? Clomifeno (como citrato)*.............................................................................50mg Excipiente qsp........................................................................................1 cápsula Posologia: inicialmente, tomar 25mg a 50mg por 5 dias consecutivos, iniciando-se no 5º dia do ciclo ou a critério médico. Indicação: indução da ovulação em casos de infertilidade sem causa aparente. Nos casos de infertilidade sem causa aparente, a ovulação deve ser induzida por 3 a 4 ciclos menstruais, associadas ou não às gonadotrofinas coriônicas IM. As chances de gravidez por esse tratamento estão entre 10% e 15%. Caso não ocorra concepção, é indicada inseminação intrauterina. Fonte: CRESPO, M.S e CRESPO, J.M.R e S. Formularium: compêndio de fórmulas magistrais, Vol. 1. São Paulo: LCM Livraria, 2002. *Clomifeno: administrada na forma de citrato de clomifeno, em doses equivalentes ao sal citrato (FEq=1).
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HOMEM
Resgate do prazer Disfunções sexuais masculinas ainda são temas velados na sociedade, mas tratamentos podem atenuar ou até mesmo reverter sintomas A disfunção erétil (ou impotência sexual) ainda é um tabu, mesmo tendo alta prevalência entre homens acima dos 40 anos – 50% apresentam o quadro com intensidade que varia de leve a severa, de acordo com o Manual de Urologia da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Segundo o médico de Teresina (PI) Giuliano Amorim Aita, mestre em Uro-Oncologia e membro do Departamento de Andrologia da SBU, as causas podem ser orgânicas ou psicológicas. O quadro é definido pela persistência do sintoma durante um período superior a três meses. Falhas eventuais não são consideradas disfunção.
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HOMEM
A lista de fatores que prejudicam o funcionamento fisiológico é variada, mas destacam-se os casos em que há transtorno na circulação vascular peniana, que pode ser causado por hipertensão arterial, tabagismo e diabetes, que também interfere no quadro neurológico. Outro exemplo é o comprometimento neural resultante de cirurgias oncológicas, como a de remoção do câncer de próstata, que pode afetar a enervação peniana. Do ponto de vista psicogênico, a depressão é um fator que pode levar à disfunção erétil, assim como o estresse e outros estados de instabilidade emocional. “Na maioria das vezes, as causas orgânicas e psicológicas estão associadas, já que a falha leva à ansiedade”, acrescenta o médico.
Ejaculação precoce
Outra disfunção muito comum é a ejaculação precoce. Como o próprio nome indica, as características principais do distúrbio são a ocorrência habitual da ejaculação de forma rápida, até mesmo antes da penetração ou do momento desejado, ou ainda a incapacidade permanente de retardá-la, o que leva a sentimentos como frustração e angústia, afetando diretamente a intimidade sexual. Assim como a disfunção erétil, a ejaculação precoce (ou ejaculação rápida) é um quadro pouco tratado por medo de exposição. E, no entanto, cerca de 30% dos homens apresentam essa queixa. De acordo com Aita, os casos podem ser primários – quando acompanham o paciente desde o início da atividade sexual –, ou secundários – desenvolvidos ao longo da vida, em geral após algum transtorno psicológico. “É um tratamento longo, que tem o objetivo de conseguir a satisfação do casal e aumentar a latência do tempo ejaculatório. Os casos primários poderão ser atenuados, mas os secundários tendem a ser plenamente revertidos”, pontua Aita. 52
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A ejaculação retardada e a ejaculação retrógrada também são disfunções que podem acometer os homens e devem ser diagnosticadas e tratadas.
Como tratar?
Os medicamentos mais usados contra a impotência são os vasodilatadores penianos, conhecidos como inibidores da fosfodiasterase 5. Entre eles está o citrato de sildenafil. A reposição de testosterona também é uma opção, principalmente em homens acima de 50 anos, quando o hormônio pode apresentar queda. Por outro lado, quando o paciente é diagnosticado com depressão, a prescrição de psicotrópicos deve ser cuidadosa, uma vez que um dos efeitos colaterais dessa classe de medicamento é justamente a queda da libido. Para os casos de ejaculação precoce, de acordo com Aita, o tratamento medicamentoso indicado deve, sempre que possível, ser associado à psicoterapia. As medicações mais usadas são os antidepressivos Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS), dentre eles dapoxetina, paroxetina, fluoxetina, sertralina e citalopram, pois atuam no retardamento do mecanismo da ejaculação. Além disso, existem técnicas que o paciente pode utilizar para melhorar a percepção e o reconhecimento do orgasmo e da ejaculação, para promover o retardamento da ação, como a reabilitação do assoalho pélvico. É importante ressaltar que o tratamento das disfunções sexuais, em especial a impotência e a ejaculação precoce, deve considerar todas as causas que levam o paciente àquela condição. Por isso, o trabalho multidisciplinar com médicos de diferentes especialidades e psicólogo é o mais indicado. “Pacientes diabéticos devem ter os níveis de glicose ajustados; os hipertensos, acompanhamento cardiológico; e assim por diante”, exemplifica Aita.
O que formular Principais antidepressivos contra ejaculação precoce FÁRMACO
DOSE POSOLÓGICA
Paroxetina (como cloridrato)*
20mg a 40mg
Fluoxetina (como cloridrato)**
20mg a 40mg
Sertralina (como cloridrato)***
50mg a 100mg
Citalopram (como bromidrato ou cloridrato)****
30mg a 60mg
Clomipramina (como cloridrato)******
10mg a 50mg
Dapoxetina (como cloridrato)*****
30mg a 60mg
Fonte: JÚNIOR, A.N.; Filho, M.Z e REIS, R.B. Urologia Fundamental. Sociedade Brasileira de Urologia. São Paulo: Planmark, 2010. Disponível em: http://www.sbu-sp.org.br/admin/upload/os1688-completo-urologiafundamental-09-09-10.pdf. Acesso em 1 ago.17 *Paroxetina: administrada na forma de cloridrato, em doses equivalentes à base (FEq=1,11). **Fluoxetina: administrada na forma de cloridrato, em doses equivalentes à base (FEq=1,12). ***Sertralina: administrada na forma de cloridrato, em doses equivalentes à base (FEq=1,12). ****Citalopram: administrada na forma de bromidrato ou cloridrato, em doses equivalentes à base (FEq=1,25 [bromidrato] e FEq=1,11 [cloridrato]). *****Dapoxetina: administrada na forma de cloridrato, em doses equivalentes à base (FEq=1,12). ******Clomipramina: administrada na forma de cloridrato de clomipramina, em doses equivalentes ao sal cloridrato (FEq=1).
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LINHA DE FRENTE
Olhar expandido Anfarmag lança fórum permanente de desenvolvimento do mercado magistral Já tem alguns anos que o trabalho da Anfarmag vem evoluindo para, além de atuar junto às farmácias e aos farmacêuticos magistrais do Brasil, abranger toda a cadeia do produto e do medicamento manipulado. Isso porque a missão da Anfarmag está ligada a garantir a disponibilidade do produto e da terapia individualizada para a população – passando por todas as etapas: desde a prescrição até a dispensação. Essa é uma atitude inovadora e necessária. Ao longo dos últimos anos, foram dados inúmeros passos nesse sentido, gerando aprendizado. Agora, a associação inaugura uma nova etapa. O Conselho de Administração da Anfarmag se reuniu, em agosto, inicialmente com empresas associadas à entidade, todas elas fornecedoras de insumos farmacêuticos, nutricionais e dermocosméticos. Nesse encontro, foi lançado o “Desenvolve Magistral: fórum permanente de desenvolvimento do mercado magistral”. A criação do fórum mostra que os diversos atores do setor 58
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magistral também entendem a importância de trabalharem juntos, sob o guarda-chuva do associativismo, em prol de objetivos em comum. Atuar em um cenário regulatório estável, com segurança jurídica, garantir a qualidade do produto magistral, promover a terapia personalizada junto aos prescritores, à população e às autoridades, e inserir o produto magistral nas políticas de saúde do país, por exemplo, são pontos que estão na pauta das farmácias magistrais, mas também na dos fornecedores do setor. Muitas edições do Desenvolve Magistral virão e o que não falta é tema para o trabalho cooperado. As ações da Anfarmag estão estruturadas em quatro grandes frentes: profissionalização do setor, regulação para crescimento; melhoria contínua da qualidade do produto magistral; e perpetuação do setor. Essa iniciativa é importante justamente porque busca ampliar de forma sustentável o mercado magistral, contemplando todos esses pilares.
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ENCARTE TÉCNICO 62 Formas farmacêuticas de uso vaginal 64 Diluição geométrica 65 Calculando miliequivalentes (mEq) 66 Isoflavonas 67 Atendimento à prescrição de antimicrobianos 69 Periodicidade de análises do monitoramento
NOTAS TÉCNICAS
FARMACOTÉCNICA
Formas farmacêuticas de uso vaginal
Na prática ginecológica, o tratamento e a prevenção de várias doenças são habituais: doenças associadas a fungos, bactérias e protozoários; doenças sexualmente transmissíveis; câncer relacionado ao aparelho reprodutor feminino (mama, útero, ovário); doenças relacionadas às alterações hormonais (climatério, menopausa); e doenças relacionadas à menstruação (dismenorreia, síndrome pré-menstrual). Muitos são os fármacos usados no tratamento dessas doenças. Entre as vias de administração mais usuais, a via oral, para uso sistêmico de fármacos, e a via vaginal, que normalmente visa à atuação local. As formulações tópicas vaginais são usadas frequentemente no tratamento de infecções vulvovaginais e nas vaginites. As formas farmacêuticas mais empregadas são os cremes e géis vaginais, além dos óvulos. Outra forma farmacêutica comum na ginecologia é o gel transdérmico, excelente veículo para tratamentos de reposição hormonal. Cremes e géis vaginais O creme ou o gel de escolha deve ser compatível com: • os fármacos da prescrição; • o local de aplicação. Dentre os cremes, o mais usado é o não iônico, e dentre os géis, o natrosol. Em relação ao pH final, o ideal é levar em consideração as indicações terapêuticas, o pH de estabilidade dos ativos e o pH vaginal – sendo que o pH vaginal normal varia de 4 a 4,5 na mulher adulta, mas sofre influências de processos fisiológicos (parto, menstruação, menopausa) e patológicos. A acidez vaginal desfavorece o crescimento de organismos patogênicos e fornece ambiente favorável à recolonização por bacilos produtores de ácidos encontrados na vagina. Se o uso for intravaginal, a farmácia deve dispensar a formulação junto a aplicadores vaginais dosadores. Óvulos (supositórios vaginais) Caracterizada pela forma ovoide ou globular e obtida por solidificação ou compressão, em moldes, essa forma farmacêutica normalmente pesa entre 3g e 5g, não devendo ter peso superior a 15g. A composição geralmente engloba fármacos, agentes suspensores, base exci-
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piente (massa) e antioxidantes. Para administração vaginal, as bases de gelatina glicerinada e as bases de polietilenoglicóis (PEG) são preferíveis em relação às bases oleaginosas. Os óvulos de PEG são miscíveis em água e suficientemente duros para o manuseio. O ideal é dispensar junto com aplicadores vaginais, que facilitam a colocação. Géis transdérmicos Hormônios como estriol, estradiol, progesterona e testosterona, usados na terapia da reposição hormonal, geralmente são administrados pela via transdérmica, com a vantagem, em relação à via oral, de não produzir irritação gástrica, evitar a influência da acidez do estômago, dos alimentos e da flora intestinal, e evitar a primeira passagem hepática. Contudo, nem todas as substâncias são adequadas à liberação transdérmica. Por isso é necessário ter embasamento teórico e referências bibliográficas que justifiquem a opção. Entre os fatores que afetam a absorção percutânea estão as propriedades físicas e químicas do fármaco, incluindo massa molecular, solubilidade, coeficiente de partição e constante de dissociação, bem como a natureza do veículo e as condições da pele. Orientações à paciente em uso de cremes ou óvulos vaginais: 1. Lavar bem as mãos antes da aplicação. 2. Remover o invólucro ou plástico que envolve o aplicador. 3. Inserir o óvulo ou preencher o aplicador com a quantidade de creme ou gel prescrita. Se houver gravidez, inserir o óvulo com os dedos (não usar o aplicador). 4. Deitada, dobrar os joelhos, abrindo as pernas para, suavemente, introduzir o aplicador tão profundamente quanto possível. 5. Apertar o êmbolo do aplicador, de modo a depositar todo o conteúdo na vagina. Então, retirar cuidadosamente o aplicador. 6. Lavar as mãos novamente. 7. Usar absorvente higiênico durante todo o tratamento, pois o medicamento pode sujar a roupa. 8. Manter os óvulos vaginais sob refrigeração quando necessário, e os cremes e géis vaginais em locais secos, frescos e ao abrigo da luz, mantendo a embalagem bem fechada após o uso. 9. Continuar o tratamento prescrito até o fim, mesmo se desaparecerem os sintomas.
Referências: 1. CRESPO, M.S e CRESPO, J.M.R e S. Formularium: compêndio de fórmulas magistrais, Vol. 1. São Paulo: LCM Livraria, 2002. 2. BATITUZZO, J.A.O; ITAYA, M.; e ETO, Y. Formulário Médico Farmacêutico, 5 ed. São Paulo: Atheneu, 2015. 3. FERREIRA, A. O. Guia Prático da Farmácia Magistral, 4 ed., Vol. I. São Paulo: Pharmabooks, 2010. 4. ALLEN, L.V; POPOVICH, N.G.; e ANSEL, H.C. Formas farmacêuticas e Sistemas de Liberação de fármacos, 9 ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
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NOTAS TÉCNICAS
FARMACOTÉCNICA
Diluição geométrica Para garantir a qualidade e a segurança do produto manipulado é fundamental um controle rigoroso de todas as etapas do processo de manipulação. A manipulação de cápsulas contendo fármacos de baixas dosagens merece atenção especial, sendo as etapas da pesagem e da mistura críticas para obtenção de doses uniformes. Um exemplo clássico de fármaco de baixa dosagem usado na prática médica urológica é o cloridrato de tansulosina – bloqueador de adrenoceptores alfa1, aplicado para aliviar sintomas da obstrução da urina na hiperplasia benigna da próstata. É administrado geralmente em dose de 0,4mg e, por isso, é recomendável a diluição geométrica. Conforme a faixa de dosagem do fármaco, define-se a proporção da diluição geométrica:
Dose
Diluição
Fator de correção
Até 0,1mg
1:1000
1000
De 0,1mg a 1mg
1:100
100
De 1mg a 5mg
1:10
10
Etapas da diluição geométrica Proporção: 1:100. Quantidade desejada da diluição: 30g. Quantidade de ativo a ser pesado: 0,3g. Quantidade total de excipiente inerte a ser utilizado: 29,7g. 1. Pese todos os componentes da diluição. 2. Coloque o componente presente em menor quantidade no gral, no caso o ativo. 3. Selecione o componente presente em maior quantidade (excipiente inerte) e coloque no gral uma quantidade aproximadamente igual ao volume de pó do primeiro componente. 4. Triture bem os pós até obter uma mistura uniforme. 5. Adicione um volume de pó do segundo componente (excipiente inerte) igual ao volume de pó da mistura presente no gral e triture bem. 6. Continue adicionando pó no gral dessa forma, até que todo o excipiente inerte seja adicionado.
Referências: 1. THOMPSON, J. E.; DAVIDOW, L. W. A Prática Farmacêutica na Manipulação de Medicamentos, 3 ed. Porto Alegre: Artemed, 2013. 2. FERREIRA, A. O. Guia Prático da Farmácia Magistral, 4 ed., Vol. I. São Paulo: Pharmabooks, 2010. 3. Martindale: The Complete Drug Reference. London: Pharmaceutical Press, 2014. 38 ed.
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NA PONTA DO LÁPIS
Calculando miliequivalentes (mEq) As moléculas de compostos químicos em soluções podem permanecer inalteradas ou podem dissociar-se em partículas conhecidas como íons, dotadas de carga elétricas (cátions ou ânions). As substâncias que não se dissociam em soluções são chamadas não-eletrólitos, e aquelas que se dissociam são os eletrólitos. Há vários eletrólitos presentes no plasma sanguíneo que são importantes para a manutenção do equilíbrio ácido-base no corpo e para o controle do volume de água no organismo. É comum a farmácia receber prescrições de substâncias eletrólitas. Um exemplo clássico é o citrato de potássio, que é um alcalinizante urinário utilizado na acidose tubular renal e na prevenção da formação de alguns cálculos renais. O sal citrato de potássio normalmente é expresso em termos de miliequivalentes (mEq). Um mEq corresponde à milésima parte de um equivalente grama, ou simplesmente equivalente. O equivalente de uma substância é a menor porção da substância capaz de reagir quimicamente e corresponde ao peso atômico ou ao peso molecular, dividido pela valência. Equivalente-grama (Eqg) em fórmulas moleculares = massa molar / variação total do Noxpor molécula. Miliequivalente (mEq)= Equivalente-grama/1000 Exemplo de prescrição Citrato de potássio...............................................10mEq Manipular 30 cápsulas. Tomar 1 cápsula 3 vezes ao dia, logo após as refeições. Cálculos Fórmula molecular do citrato de potássiomonoidratado = C6H5K3O7.H2O Massa molar do citrato de potássiomonoidratado = 324,4g/ml, sendo citrato = (C6H5O7)-3e íon potássio= K+(potássio tem valência 1+, mas no citrato de potássio (C6H5K3O7), cada K cede 1 elétron; como são K3, temos 3 elétrons). Variação total do Nox por molécula (número de elétrons ganhos ou perdidos por molécula) = 3 Equivalente-grama (Eqg)= massa molar / variação total do Nox por molécula = 324,4/3 Eqg=108g 1 mEq=108g/1000=0,108g 1 mEq= 108mg Assim, 1mEq de citrato de potássio equivale a 108mg do sal. Para a manipulação de cápsulas contendo 10mEq, basta multiplicar 108mg x 10mEq para encontrar o valor em mg por cápsula do sal.
Referências: 1. Ansel, H. C.;Stoklosa, M. J. Cálculos Farmacêuticos, 12º edição. Porto Alegre: Artemed, 2008. 2. Ferreira, A. O. Guia Prático da Farmácia Magistral, 4º edição, Volume I. São Paulo: Pharmabooks, 2010. 3. Batistuzzo, J.A.O.;Itaya, M. e Eto, Y. Formulário Médico Farmacêutico, 5º edição. São Paulo: Atheneu, 2015.
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NOTAS TÉCNICAS
FATOR DE CORREÇÃO
Isoflavonas
As isoflavonas são substâncias presentes principalmente na soja (Glycine max (L.) Merr) e derivados, na forma de glicosídeos. Elas são hidrolisadas por ação de bactérias intestinais em agliconas (genisteína e daidzeína) e açúcares. Conhecidos também como fitoesteróis, fitoestrogênios ou fitohormônios, esses compostos têm semelhança química com o núcleo do estradiol – o que promove uma atividade pró-estrogênica, sendo indicados no alívio dos sintomas do climatério. A Glycine max (L.) Merr é um fitoterápico e está disponível no mercado na forma de extrato seco padronizado. Geralmente temos disponível no mercado o Glycine max (L.) Merr, padronizado a 40% de isoflavonas, mas isso pode variar lote a lote. A aplicação do fator de correção em relação à quantidade de isoflavonas (marcador) contidas na Glycine max (L.) Merr depende da avaliação da prescrição. Se a farmácia receber uma prescrição em que a dose estiver prescrita em termos das isoflavonas e for usado
um extrato seco de Glycine max (L.) Merr, padronizado a determinada percentagem de marcador, deve-se, sim, aplicar fator de correção de ajuste para 100% em relação ao teor de isoflavonas. Os cálculos dessa correção devem considerar o teor do lote adquirido. As doses usuais são expressas em termos de isoflavonas e variam de 50mg a 120mg ao dia, dependendo das condições clínicas do paciente e da terapêutica indicada. É importante avaliar se a dose prescrita está de acordo com a faixa diária usual em relação ao marcador, pois o médico pode ter adotado dose de especialidade farmacêutica (que vem diluída), não correspondendo à dose do marcador puro. Em caso de dúvida, é necessário contato com o prescritor. Portanto, normalmente aplica-se o fator de correção de ajuste de teor, em termos do marcador, para as isoflavonas. Contudo, para aplicação do fator de correção é imprescindível a avaliação da prescrição e do certificado de análise do lote do extrato seco padronizado a ser utilizado.
Referências: 1. FERREIRA, A. O. Guia Prático da Farmácia Magistral, 4 ed., Vol. I. São Paulo: Pharmabooks, 2010. 2. BATITUZZO, J.A.O; ITAYA, M.; e ETO, Y. Formulário Médico Farmacêutico, 5 ed. São Paulo: Atheneu, 2015. 3. BRASIL. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Instrução Normativa n° 02, de 13 de maio de 2014.
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0 3
É LEGAL SABER
Atendimento à prescrição de antimicrobianos O uso de antimicrobianos é especialmente comum na urologia e na ginecologia. Esses fármacos, principalmente os antibióticos, têm a capacidade de inibir o crescimento ou matar microorganismos causadores de infecções. Para a manutenção da atividade dessa valiosa classe terapêutica, é indispensável o uso racional, evitando o risco de resistência microbiana. É dever do farmacêutico fazer a avaliação da prescrição observando os aspectos técnicos e legais do receituário, visando garantir a eficácia e segurança da terapêutica prescrita. O profissional deve levar em consideração a dose e o tempo de tratamento, possíveis interações com medicamentos e alimentos e reações adversas. Somente após essa análise deve iniciar o processo de manipulação. No momento da dispensação, também é dever do farmacêutico informar a maneira correta de administração, bem como as condições ideais de armazenamento. A Resolução RDC nº 20/2011 estabelece os critérios para prescrição, dispensação e controle de medicamentos à base de substâncias antimicrobianas. Essa norma visa garantir que o paciente receba apenas a quantidade adequada do tratamento, evitando sobras e futura automedicação. Já a Resolução RDC nº 174/2017 traz a lista atualizada dos insumos classificados como antimicrobianos, mantendo a aplicação dos termos da RDC nº 20/11.
Prescrição A prescrição dos antimicrobianos deve ser realizada em receituário comum do médico ou estabelecimento de saúde, ser escrita de forma legível, sem rasuras, em duas vias, sendo que a primeira deve ser devolvida ao paciente e a segunda, retida na farmácia. A dispensação de antimicrobianos só pode ser realizada mediante apresentação do receituário original que contenha as seguintes informações: • Identificação do paciente: nome completo, idade e sexo. • Nome do medicamento ou da substância prescrita sob a forma de Denominação Comum Brasileira (DCB), dose ou concentração, forma farmacêutica, posologia e quantidade (em algarismos arábicos). • Identificação do emitente: nome do profissional com sua inscrição no Conselho Regional ou nome da instituição, endereço completo, telefone, assinatura e marcação gráfica (carimbo). • Data da emissão. A inclusão dos dados de idade e sexo na receita visa ao aperfeiçoamento do monitoramento do perfil farmacoepidemiológico. Todos esses dados devem ser preenchidos pelo prescritor. Entretanto, no caso em que a receita não contenha idade e sexo do paciente, esses dados podem ser preenchidos pelo farmacêutico responsável. A receita de antimicrobianos é valida em todo o território nacional por 10 dias, a contar da data da emissão. Em situa-
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NOTAS TÉCNICAS ções de tratamento prolongado, a receita pode ser prescrita para um período de 90 dias ou ter a indicação de uso contínuo, a contar da data de emissão. Porém, o paciente ou o responsável pode optar por adquirir a quantidade a ser utilizada para 30 dias e repetir até completar o tratamento de 90 dias. Além de antimicrobianos, a receita pode conter a prescrição de outras categorias de medicamentos, desde que não sejam de controle especial. Dispensação Ao realizar a dispensação de formulações antimicrobianas, o farmacêutico deve anotar no verso das duas vias da receita: • Data da dispensação. • Quantidade aviada. • Número do lote do medicamento dispensado (quando especialidade farmacêutica) ou número do registro do livro de receituário (quando preparação magistral). • Rubrica, atestando o atendimento. Escrituração eletrônica A RDC nº 20/2011 preconiza que a farmácia registre as formulações antimicrobianas em livro específico. Também determina que toda movimentação de medicamentos e preparações antimicrobianas seja monitorada pelo Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC). Manipulação Para manipular antimicrobianos é necessário que a farmácia possua essa atividade permitida na licença sanitária e Autorização de Funcionamento Especial (AFE), publicada em Diário Oficial da União. A RDC nº 67/07 (Anexo III e Anexo VII) e a RDC nº 21/09 determinam que, para manipulação de antibióticos, hormônios e citostáticos, as farmácias tenham sala exclusiva para cada classe, contemplando antecâmaras ou cabines de segurança com sistemas de ar independentes. Essas salas devem possuir pressão negativa em relação às áreas adjacentes e ter procedimento para evitar contaminação cruzada e proteger o manipulador e o meio ambiente.
Referências: 1. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 67, de 8 de outubro de 2007. Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em Farmácias. 2. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 87, de 21 de novembro de 2008. Altera o regulamento técnico sobre Boas Práticas de Manipulação em Farmácias. 3. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 21, de 20 de maio de 2009. Altera o item 2.7 do anexo III da resolução RDC nº 67, de 8 de outubro de 2007. 4. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 20, de 5 de maio de 2011. Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isolada ou em associação. 5. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 174, de 15 de setembro de 2017. Dispõe sobre a atualização do Anexo I, Lista de Antimicrobianos Registrados na Anvisa, da Resolução – RDC nº 20, de 5 de maio de 2011 e dá outras providências. 6. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nota técnica sobre a Resolução nº 20/2011, Brasília, 24 de setembro de 2013.- Orientações de procedimentos relativos ao controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição isoladas ou em associação. 7. CRF-SP, CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA DO ESTADO DE SÃO PAULO. Projeto: Farmácia Estabelecimento de Saúde – Antibióticos. Fascículo VI. São Paulo, 2011.
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CONTROLE DE QUALIDADE
Periodicidade de análises do monitoramento A RDC nº 67/2007 e sua alteração, a RDC nº 87/2008, determinam que a farmácia monitore o processo magistral por meio de análises de produtos acabados e semiacabados, além de análises químicas e microbiológicas que atestem a qualidade da água utilizada. Na maioria das farmácias, esses testes não são executáveis internamente, mas por laboratórios terceirizados licenciados e capacitados. Água
Análise
Periodicidade
Item da resolução
Água potável (microbiológico e físico-químico)
Mínimo a cada 6 meses (semestral)
7.5.1.3 e 7.5.1.4, do Anexo I, 8.1.7.2 do Anexo VII, da RDC nº 67/07
Água purificada (microbiológico e físico-químico)
Mínimo mensalmente (mensal)
7.5.2.2 do Anexo I; 8.2.4 do Anexo VII da RDC nº 67/07
Processo magistral (produto acabado)
Análise
Periodicidade
Item da resolução
Teor e uniformidade de conteúdo 1 fórmula, no mínimo, a cada 2 (cápsulas com 25mg meses (bimestral), contemplando ou menos, dando diferentes manipuladores, fármacos/ prioridade para aquelas dosagens e concentrações com 5mg ou menos)
Item 9.2.3.1 do Anexo I da RDC nº 67/07, com a alteração dada pela RDC nº 87/08
Estoque mínimo de fórmulas oficinais do Formulário Nacional
Análise
Periodicidade
Item da resolução
Teor do princípio ativo, dissolução e pureza microbiológica
Lote a lote
11.2 e 11.2.3 da RDC nº 67/07 e o item 11.2.4, com a alteração dada pela RDC nº 87/08
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NOTAS TÉCNICAS Estoque mínimo de bases galênicas
Análise
Periodicidade
Item da resolução
Pureza microbiológica
Mínimo mensal de uma base galênica ou produto acabado que foi feito a partir desta, com rodizio (mensal)
11.2.4 do Anexo I e 11.6.6 do Anexo VII da RDC nº 67/07 com a alteração dada pelo item 11.2.4 RDC nº 87/08
Produtos com substâncias de baixo índice terapêutico (Anexo II)
Análise
Periodicidade
Item da resolução
Perfil de dissolução
Para comprovação da formulação para os produtos sólidos manipulados
Item 2.10 do Anexo II da RDC nº 67/07
Teor de diluições
Realizar análise inicial para cada diluição recém preparada e, posteriormente, fazer o monitoramento trimestral para avaliação do armazenamento
Item 2.12.3 e 2.12.3.1. do Anexo II e 16.16 do Anexo VII da RDC nº 67/07
Monitoramento do produto acabado (SBIT)
Mínimo uma amostra por estabelecimento, para análise completa a cada 3 meses (trimestralmente) com rodízio
Itens 2.13, 2.13.1 do Anexo II e 16.22.1 do Anexo VII da RDC nº 67/07
Produtos com hormônios, citostáticos e antibióticos (Anexo III)
Análise
Periodicidade
Item da resolução
Análise completa
Mínimo uma amostra por estabelecimento, a cada 3 meses (trimestral) de uma das classes, adotando sistema de rodízio
Itens 2.16 e 2.16.1 (alterado pela RDC 87/08) do Anexo III e item 17.32.1 do Anexo VII (alterado pela RDC 87/07)
É necessário que o farmacêutico confira na licença sanitária da farmácia quais grupos de atividades estão autorizadas: Anexo I, Anexo II (SBIT), Anexo III (hormônios, citostáticos, antibióticos), Anexo V (manipulação de medicamentos homeopáticos), Anexo IV (manipulação de produtos estéreis). De acordo com as atividades licenciadas, deve descrever em procedimento operacional toda a metodologia para execução do monitoramento magistral.
Referências: 1. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 67, de 8 de outubro de 2007. Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em Farmácias. Diário Oficial da União, Brasília, 09 de outubro de 2007. 2. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução nº 87, de 21 de novembro de 2008. Altera o regulamento técnico sobre Boas Práticas de Manipulação em Farmácias. Diário Oficial da União, Brasília, 24 de novembro de 2008.
Saiba mais on-line: Acesse os Anexos IV e V da RDC nº 67/2007, sobre análises de monitoramento das preparações estéreis e homeopáticas, disponíveis em www.anfarmag.org.br/revistas-anfarmag > Conteúdo on-line (http://portal.anvisa.gov.br/documents/33880/2568070/RDC_67_2007.pdf/b2405915-a2b5-40fe-bf03-b106acbdcf32)
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Controle de qualidade: monitoramento do processo magistral Procedimento operacional da metodologia da execução do monitoramento do processo magistral
Cápsulas: com doses menores ou iguais a 25mg, contendo substâncias de baixo índice terapêutico, antibióticos, hormônios e citostáticos. Bases galênicas.
Anexo I da RDC nº 67/2007
Rotulagem e coleta de amostra
Contrato com laboratório analítico terceirizado preferencialmente reblado
Verificação da eficácia de treinamento e das ações implementadas através de uma nova análise
Envio da amostra para o laboratório analítico terceirizado ou para o laboratório analítico próprio
Treinamento
Realização das análises de teor e uniformidade de conteúdo e outros
Emissão do certificado/ laudo de análise
Ação corretiva e ou preventiva
Avaliação do certificado/ laudo de análise pelo farmacêutico responsável de acordo com as especificações
Rastreabilidade e identificação de erro em outros pontos críticos, por exemplo insumo ativo* e laboratório terceirizado**
Revisão do procedimento operacional
Não Sim
Análise satisfatória?
Sim
Erro no processo de manipulação?
Não
Rastreabilidade no processo de manipulação
Registro de não conformidade
Registro e arquivamento no estabelecimento por 2 anos
*Insumo ativo: rastreabilidade do controle de qualidade realizado pela farmácia no insumo e contato com o fornecedor para esclarecimentos se necessário. **Laboratório terceirizado: fazer contato com o laboratório para identificar possíveis erros durante o processo de análise da amostra. Referências: Resolução RDC nº 67, de 8 de outubro de 2007 (inclusive item 9.2.7, Anexo I). Resolução RDC nº 87, de 21 de novembro de 2008. N 1 1 1 - S E T / O U T / N O V / D E Z 2 0 1 7 71
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ENDEREÇOS DAS REGIONAIS DA ANFARMAG REGIONAIS REGIONAL BAHIA/SERGIPE Presidente: Claudia Cristina Silva Aguiar Av. Tancredo Neves, 2227, sala 1006 – Edif. Salvador Prime Caminho das Árvores Salvador - BA – 41820-021 (71) 3270-3881 regional.base@anfarmag.org.br
REGIONAL DISTRITO FEDERAL Presidente: Carlos Alberto Pinto de Oliveira SIG - Quadra 04 - Lote 25 Brasilia – DF - 70.610-440 (61) 3051-2137 regional.df@anfarmag.org.br
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REGIONAL MATO GROSSO/ACRE/RONDÔNIA Presidente: Célio Fernandes R. Antônio Maria Coelho, 130 sala 21 – Ed. Ana Paula Cuiabá - MT - 78005-420 (65) 3027-6321 regional.mt@anfarmag.org.br
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REGIONAL PARÁ/ AMAZONAS/ AMAPÁ/ RORAIMA/ MARANHÃO Presidente: Marcelo Brasil Couto Av. Senador Lemos, 2965, Centro Belém - PA - 66120-000 (91) 3244-2625 regional.norte@anfarmg.org.br
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