Aqui é Fresco #10

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Diretor: JoĂŁo Vieira Lopes Peridocidade: Semestral



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editorial João Vieira Lopes diretor-geral UniMark

Trabalho de equipa

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rede Aqui é Fresco é um exemplo e uma demonstração de que, em Portugal, a dinâmica de um conjunto de empresas de cash&carry, organizadas na UniMark, a que agregaram mais de oito centenas de comerciantes independentes, é capaz de construir casos de sucesso muito claros. Contra as expectativas de alguns, foram capazes de construir uma intervenção no mercado capaz de concorrer com operadores económicos de grande dimensão. No entanto, nada está ganho em definitivo. É necessária uma afirmação constante da validade desta proposta, não só junto dos consumidores, mas também dos fornecedores. Estes têm de compreender - e infelizmente nem todos o conseguem - que este projeto é uma demonstração de que o comércio independente de proximidade é capaz de ser uma alternativa credível e eficaz no mercado. É também uma alternativa que lhes pode permitir aumentar a sua margem de manobra junto dos grandes operadores. Representamos cerca de 10% do mercado e estamos ao nível, ou temos mesmo uma participação superior, quando comparado com a maioria das principais cadeias presentes no terreno, com natural exceção de dois grandes grupos económicos. Temos armas para manter e desenvolver a nossa posição, a primeira das quais é ganhar cada vez mais coesão e disciplina, para garantir, e melhorar, a credibilidade de que já dispomos junto dos consumidores e dos fornecedores:

- Conhecemos e estamos próximos dos consumidores e, por isso, sabemos fazer um atendimento personalizado; - Temos flexibilidade na gama de produtos que comercializamos em cada ponto de venda e, por isso, possuímos uma maior capacidade de adaptação ao cliente local, sem a rigidez das grandes cadeias; - Os nossos preços de prateleira são competitivos e já desenvolvemos um conjunto de atividades promocionais, desde os folhetos às ações de loja, que nos colocam ao nível do melhor que se faz no mercado. Não podemos parar e, por isso, necessitamos de pôr em prática duas linhas de ação fundamentais: - Aumentar o ritmo da identificação das lojas, para podermos investir em comunicação, o que é fundamental num mercado altamente competitivo; - Desenvolver o cartão de fidelização para atrair e estarmos cada vez mais próximos dos consumidores. O projeto piloto, que anunciámos na nossa 9.ª Convenção vai iniciar-se ainda este ano em 15 pontos de venda. São estes os grandes objetivos para 2020, que teremos de pôr em prática num esforço conjunto dos cash&carries da UniMark, que suportam o projeto, e em todos os pontos de venda que a ele aderiram. Em conjunto, temos todas as condições para que o Aqui é Fresco continue a ser um projeto ganhador.


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índice

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03 Editorial 06 Portugueses apoiam sustentabilidade 08 Análise Kantar Worldpanel 12 Entrevista João Partidário

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18 Reportagem - Zona Norte Supermercados 24 Reportagem - Minimercado Dias & Nunes 30 Reportagem - Miminhos da Natureza 34 Reportagem - Supermercado Amoreiras 40 Entrevista Sociedade Ponto Verde 48 Aqui é Fresco reforça imagem e notoriedade

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54 Soluções práticas para o seu negócio

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56 Análise Nielsen - Ana Paula Barbosa 62 Opinião Deloitte - Pedro Miguel Silva 66 9.º Aniversário Aqui é Fresco

62 REVISTA AQUI É FRESCO DEPÓSITO LEGALN.º: 396902/15

ficha técnica

N.º DE INSCRIÇÃO NA ERC : 126837 PERIODICIDADE: Semestral PROPRIEDADE: Aqui é Fresco - Sociedade de Desenvolvimento Retalhista, S.A.

NIPC: 514 282 770

DIRETOR João Vieira Lopes

DIRETOR ADJUNTO Carla Esteves EDITOR Bruno Farias Av. D. João II, N.º 35 – 9.º C Edifício Infante – Parque das Nações 1990-083 Lisboa

Estatuto Editorial disponível em: http://aquiefresco.com/novidades/revista/estatuto-editorial

SEDE DE REDAÇÃO Av. D. João II, N.º 35 – 9.º C Edifício Infante – Parque das Nações 1990-083 Lisboa

Telefone: 219 533 860

Website: www.aquiefresco.com E-mail: geral@unimark.pt TIRAGEM: 4 mil exemplares IMPRESSÃO: Sogapal Comércio e Indústria de Artes Gráficas, S. A Morada: Estrada de São Marcos, N.º27 - São Marcos 2735-521 Cacém

ADMINISTRAÇÃO

Presidente: Malaquias - Distribuição Alimentar, Lda Vogal: M.Cunha & Ca, S.A. Vogal: Pereira & Santos, S.A. Vogal: Marabuto - Prod. Alimentares, S.A. Vogal: Amaral & Filhos – Distribuição, S.A.

ACIONISTAS COM 5% OU MAIS % DO CAPITAL DO AQUI É FRESCO, SA: Amaral & Filhos - Distribuição S.A. - 12,1% M Cunha & Ca. S.A. - 12,1% Malaquias - Distribuição Alimentar, Lda - 12,1% Marabuto - Prod. Alimentares, S.A. - 12,1% Pereira & Santos, S.A. - 12,1% Soprei CRL - 12,1%



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TEXTO CARINA RODRIGUES FOTOS SHUTTERSTOCK

81% dos europeus querem que as marcas implementem programas de sustentabilidade A Nielsen apresentou o relatório “Evolving Sustainability” e delineia o impacto das preocupações em torno da sustentabilidade para o consumo na Europa Ocidental. O cenário traçado é de enormes consequências, particularmente associadas à utilização de plástico: produz-se anualmente mais plástico do que o peso conjunto da população global e, até 2050, é esperada uma maior quantidade de plástico do que de peixe nos oceanos.


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om efeito, 81% dos consumidores europeus abordados no estudo da Nielsen afirmam que é muito importante que as marcas implementem programas que melhorem o meio ambiente. Existem, contudo, distintos graus de preocupação com este tipo de questões entre os consumidores europeus. A idade é um dos fatores determinantes: 85% dos Millennials (21 a 34 anos) afirmam firmemente que as empresas devem empenhar-se em melhorar o ambiente, contra 72% dos Baby Boomers (50 a 64 anos) e 65% da Silent Generation (mais de 65 anos). A sustentabilidade chegou ao consumo e as exigências são cada vez mais alargadas. Na Europa, segundo este relatório da Nielsen, os consumidores assumem que variáveis como a responsabilidade social da marca, o carácter reutilizável/ reciclável das embalagens e a transparência da informação impactam a sua decisão de compra ou experimentação, incentivando a inovação. Para além disso, a sustentabilidade poderá estar muitas vezes relacionada com valores premium, com 30% a 40% dos consumidores europeus a afirmar que estão dispostos a pagar um preço elevado por produtos que cumpram determinadas normas sustentáveis. “Em Portugal, o cenário é semelhante e acompanha as tendências globais mais emergentes: 85% dos portugueses assumem AFm_DAntonia_natal19_210x149.ai 1 10/10/2019 16:51 que o suporte das empresas a causas ambientais impacta a sua

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decisão de compra. São, por isso, várias as oportunidades que se abrem às marcas face a este desafio. A capacidade para implementar iniciativas sustentáveis vai impulsionar o crescimento de vários mercados, à medida que cresce a procura por uma oferta que responda a este tipo de preocupações e que as marcas locais fazem uso desta tendência para potenciar as suas vendas. Esta é também uma oportunidade única para a inovação, visto que constitui um enorme fator de experimentação de novas marcas ou produtos”, explica Ana Paula Barbosa, Retailer Vertical Director da Nielsen Portugal. “Neste contexto, a influência das marcas sustentáveis vai aumentar, à medida que as marcas continuam a implementar esforços na sustentabilidade, o sector público reconhece empresas que contribuem para esta mudança e os consumidores recompensam as marcas que os deixam a si, às suas famílias e ao mundo mais seguros”, conclui.

30% a 40% dos consumidores europeus estão dispostos a pagar um preço elevado por produtos que cumpram determinadas normas sustentáveis PUB


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Portugueses estão a ir às compras mais vezes e a gastar mais dinheiro De acordo com o estudo realizado pela Kantar para a Centromarca, a frequência com que os portugueses vão às compras aumentou, em 2019, assim como o valor gasto em cada uma dessas visitas às lojas. É a primeira vez, em quatro anos, que o aumento das duas variáveis ocorre em simultâneo. Na equação do crescimento do grande consumo verificou-se um recorde da frequência de compra, em 2019, de 46,9 dias. A esta variável soma-se o aumento do preço médio dos portugueses em compras de mais 3,2%.

TEXTO CARINA RODRIGUES FOTOS SHUTTERSTOCK


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inda assim, a sensação de poupança associada a esses atos de compra é positiva, uma vez que, no último ano, os portugueses conseguiram poupar 141 euros face aos 126 euros de poupança média registada no ano anterior. A banalização das promoções permitiu que os portugueses conseguissem comprar produtos com desconto, em 68,7% das idas às compras, sem que o desconto médio tenha aumentado. Pelo contrário, em 2019, o desconto médio das promoções recuou 1,4 pontos percentuais. O aumento das ocasiões de compra em promoção verificou-se na maioria das categorias de produtos, seguindo a tendência de crescimento nos Fast Moving Consumer Goods (FMCG). As marcas de distribuição são as que mais beneficiam deste movimento, continuando a conquistar a confiança dos portugueses e a crescer nos territórios naturais das marcas de fabricante. A perda de impacto das ações promocionais e uma menor performance de momentos-chave do ano, como o Natal e o verão, estão a impedir as marcas de fabricante de crescer ao nível das marcas de distribuição. Simultaneamente, estas passam a apostar mais em atividade de verão, na maioria das vezes com produtos que fogem ao fator sazonalidade, como sejam os óleos e o azeite, a alimentação de bebé e os ovos. Um dos elementos-chave desta tendência passa pela aposta cada vez maior em comunicação. Ao mesmo tempo que se regista um aumento do consumo “in home” – em valor, cresceu 5,4% em relação a 2018 -, diminui o consumo home”. Em 2019, registou-se a menor anuncio sicasal.pdf“out 1 of 29/4/16 17:39 quota dos últimos três verões. Esta descida deveu-se a dois

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fatores: um verão mais fresco e um incentivo crescente ao consumo dentro de casa. Ainda assim, apesar de menos frequente, o consumo fora de casa envolve um maior gasto por ocasião de consumo. Este aumento justifica-se por uma subida das ocasiões de consumo partilhadas, que implicam, em média, um gasto 56% superior ao consumo individual. A análise da Kantar para a Centromarca indica ainda que 77% do consumo fora de casa acontece em espaços de consumo Horeca organizado e 11% em espaços da distribuição moderna. Os novos formatos da grande distribuição estão cada vez mais próximos dos consumidores portugueses e o surgimento de novos intervenientes reforça o peso das marcas da distribuição no consumo “out of home”. São cinco as vias de crescimento para as marcas de fabricante apontadas no estudo da Kantar: inovação, promoção, novos “targets”, pontos de venda e “out of home”. Se, por um lado, 56% das marcas do top 50 de grande consumo cresceram em valor, em 2018, por outro lado, 88% das marcas que combinam uma maior penetração e uma maior frequência crescem em valor. O sucesso depende dos Consumer Reach Points (Frequência x Consumo), que favorecem um crescimento cinco vezes mais rápido do que o do sector. Em cada dez marcas, sete têm como principal “driver” a penetração no mercado. O estudo da Kantar revela ainda que 6% das marcas do top 50 que crescem entram em novas categorias e que 71% das marcas que mais crescem não aumentam a profundidade dos descontos. PUB


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“O Aqui é Fresco tem sido um agente muito relevante na transformação do comércio de proximidade” TEXTO BRUNO FARIAS FOTOS SARA MATOS

Carla Esteves, diretora executiva da rede Aqui é Fresco, conduz uma breve entrevista a João Partidário, diretor de vendas da Nestlé Portugal. A parceria entre ambas as partes, a importância deste canal para a marca líder mundial, a renovação do comércio de proximidade, momento presente e possível futuro, entre outros temas, foram motivo de uma troca direta de ideias entre estes dois representantes de retalho e indústria.


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Aqui é Fresco - Está há 20 anos na Nestlé. O que representa para si assumir a direção de vendas da Nestlé Portugal? João Partidário - Têm sido 20 anos muitos intensos e muito ricos. O meu percurso na Nestlé tem sido feito, até agora, sempre na área comercial. Comecei o meu percurso como gestor de clientes tendo, desde então, aumentado, progressivamente, a minha responsabilidade, passando por vários negócios e liderando várias equipas. Um percurso enriquecido também com um período de quatro anos em Espanha como diretor de vendas para a categoria de Petcare, na Nestlé Purina Espanha. Foi um desafio muito interessante e enriquecedor, tanto a nível profissional como a nível pessoal. Assumir a direção de vendas da Nestlé Portugal é mais um grande desafio na minha carreira. Creio que tem sido uma evolução positiva, sempre acompanhada por resultados bastante satisfatórios. AEF - Que balanço pode fazer, até à data, da experiência desta nova etapa na sua carreira? Quais os principais desafios inerentes ao cargo? JP - O balanço que faço é bastante positivo. Prestes a fechar o segundo ano deste ciclo, olho para trás e vejo tudo o que foi feito. Juntei-me a uma estrutura e equipa fantásticas. Sobre esta base implementámos algumas melhorias estruturais para trabalhar melhor com os nossos clientes a vários níveis da nossa relação comercial, desde as centrais aos pontos de venda. Otimizámos algumas áreas e investimos fortemente em outras. Posso dizer, com satisfação, que transformámos e investimos na equipa comercial. E os

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frutos começam a ser colhidos após um período de mudança. Os resultados positivos têm acompanhado este período de mudança, o que me deixa ainda mais satisfeito. AEF - Com que sentimento e expectativas regressou a Portugal após quatro anos de experiência internacional? JP - Não poderia recusar o convite de regressar e abraçar este desafio. Apesar do bom momento de negócio em Espanha e dos projetos em marcha, é sempre bom voltar ao mercado e ao nosso país. AEF - O mercado retalhista nacional é assim tão distinto face ao espanhol? Quais as principais diferenças? JP - É muito distinto, começando pela escala. Do lado da procura, apesar de sermos mercados vizinhos existem, muitas diferenças: a cultura, os hábitos de consumo, o shopper. E dentro do próprio mercado, estas características também podem variar, consoante as categorias, de região para região. Apesar de ter fortíssimos “players” locais e internacionais, o mercado retalhista é bem mais polarizado, bastante mais regional de acordo com as regiões autónomas do país, com fortíssima penetração e liderança do canal supermercado. A dinâmica promocional é diferente, com vendas em promoção muito inferiores comparativamente com Portugal. Ou seja, os fabricantes têm desafios distintos para ganhar distribuição das suas marcas, ajustando o “route-to-market” e as equipas comerciais à realidade do país. Neste sentido, é um mercado bastante interessante de se trabalhar. PUB

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Dito isto, a rede de retalho Aqui é Fresco tem sido um agente muito relevante na transformação do comércio de proximidade, tendo já um impressionante parque de mais de 800 lojas associadas. A base de parceria, e confiança em que assenta, tem resultado numa expansão sustentável dos associados que confiam a expansão do seu negócio à marca Aqui é Fresco. A rede Aqui é Fresco tem ajudado a estruturar o comércio de proximidade dotando-o, de novas competências, uma experiência de compra melhorada, permitindo também aos associados um acesso mais eficiente e competitivo aos produtos, marcas e inovação chave que é lançada no mercado. Desta forma, tem sido um parceiro chave da Nestlé.

AEF - Como avalia a evolução do comércio de proximidade em Portugal? Qual o papel do Aqui é Fresco na dinamização desse canal? JP - O comércio de proximidade é um canal que tem vindo a ganhar muita relevância na transformação do retalho em Portugal. Estava numa tendência de declínio, mas tem sido uma forte alavanca e área de investimento de vários grupos retalhistas. Ao atrair (também) shoppers jovens e modernos, é, sem dúvida, um canal de futuro. Diria que estamos numa fase de grande transformação e renovação acelerada de todo o comércio de proximidade, fase esta que está a resultar num “novo” canal, moderno, mais próximo do consumidor, mais próximo da “vizinhança”, que responde a novos padrões de consumo e de compra. Os consumidores passaram a privilegiar um maior número de atos de compra, gastando menos dinheiro em cada um deles, porque compram mais frescos e mais para o dia-a-dia.

“A Nestlé olha para o comércio de proximidade como um canal estratégico para chegar ao seus consumidores, como tal, existe potencial para alavancar ainda mais a parceria com a rede Aqui é Fresco”

AEF - Como é que a parceria Aqui é Fresco e Nestlé pode dinamizar, ainda mais, este canal? JP - A Nestlé olha para o comércio de proximidade como um canal estratégico para chegar aos seus consumidores, como tal, existe potencial para alavancar ainda mais a parceria com a rede Aqui é Fresco. Temos trabalhado de forma muito próxima com a rede Aqui é Fresco. A partilha de conhecimento e informação relativa ao consumidor e tendências das várias categorias de produtos tem sido uma base muito importante da nossa parceria e de captura de oportunidades. As nossas marcas atraem consumidores fiéis, o que é relevante para o sucesso do comércio de proximidade. A este nível, temos feito um bom trabalho de presença e promoção do sortido Nestlé nas lojas Aqui é Fresco. A permanente inovação da Nestlé, oferecendo produtos que respondem às atuais necessidades e preocupações do consumidor, hoje muito mais focado na nutrição, saúde e bem-estar, é claramente uma alavanca chave de dinamismo e atualização do comércio de proximidade. A rede Aqui é Fresco é um excelente veículo para que a inovação Nestlé chegue ao consumidor. AEF - A Nestlé Portugal é um fornecedor-parceiro da Convenção AeF desde o ano 2013. Sendo um evento com tanta expressão, como é que a Nestlé, que sempre se apresentou nesta convenção como um parceiro inovador e pioneiro a nível das inovações apresentadas, poderá potenciar a sua presença nas próximas convenções da rede? JP - Na linha do que temos vindo a fazer, a Nestlé continuará a marcar presença nas convenções Aqui é Fresco com as inovações e as campanhas de ponto de venda mais relevantes do ano. No evento passado, estivemos presentes com a campanha “Alimente-se na Dose Certa, Viva Melhor”, em que o objetivo foi ajudar os consumidores a comprar, a preparar, a servir e a consumir os seus alimentos em porções ajustadas, contribuindo, assim, para uma alimentação mais saudável. Paralelamente, apresentámos também as inovações mais significativas que vieram responder à procura de produtos mais saudáveis, como foram os casos do Cerelac


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-40% açúcares, o Nesquick Alphabet também com menos 40% de açúcares que a média do mercado, ou ainda os produtos Chocapic Bio e Cheerios Bio, na categoria de cereais de pequeno-almoço, as novas variedades Naturnes Bio, em nutrição infantil. Todos estes produtos vieram ampliar a resposta Bio dentro do portfólio da Nestlé Portugal. A inovação voltará, seguramente, a marcar uma forte presença no próximo evento com as mais recentes novidades mundiais produzidas nas fábricas portuguesas da Nestlé, os snacks bio para bebés Nutripuffs e a gama de cafés Starbucks para consumir em casa. Entre outras que continuaremos a lançar!

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sito Nestlé de melhorar a qualidade de vida e contribuir para um futuro mais saudável. Neste sentido, e sendo um canal em crescimento, o comércio de proximidade continuará a ser um veículo chave de distribuição dos nossos produtos, das nossas marcas e da nossa inovação. O Aqui é Fresco continuará a ser um parceiro no desenvolvimento da nossa estratégia para o comércio de proximidade em 2020.

AEF - Ao constituir um canal alternativo de comercialização que permite contrariar a concentração dos grandes operadores a nível nacional, o Aqui é Fresco é um parceiro importante para a Nestlé? JP - Sabendo que o consumidor de hoje compra em vários canais e lojas simultaneamente, e que a Nestlé pretende ter os seus produtos permanentemente disponíveis e acessíveis a todos os consumidores nos vários momentos e locais de compra, o Aqui é Fresco, através da sua rede de aproximadamente 800 lojas, é, claramente, um parceiro relevante. AEF - Que estratégia é que a Nestlé tem para o ano 2020 neste canal de comercialização? JP - Em 2020, queremos continuar a levar mais longe o propóPUB

Leite de Pastagem Planícies Alentejanas

Leite de vacas que pastam ao ar livre 365

Feito com toooda a calma!

dias por ano.


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A história da Ach. Brito remonta ao final do século XIX, mas foi em 1918 que Achilles de Brito e seu irmão Affonso de Brito estabeleceram a empresa. Desde então, vem resistindo e até triunfando ao teste do tempo, combinando a tradição e o requinte dos produtos do passado com a tecnologia e a exigência dos tempos atuais.

Há mais de um século a produzir os melhores sabonetes e outros artigos de perfumaria A Ach. Brito é das mais antigas e acarinhadas empresas de Portugal e a qualidade dos produtos é garantidamente um dos pilares destes mais de 100 anos de existência. E se a Ach. Brito produz e comercializa distintos produtos dedicados à higiene pessoal e perfumaria, foram os sabonetes que a tornaram mundialmente (re)conhecida. Esse sucesso deve-se à excelência dos sabonetes que, hoje como no passado, continuam a ser produzidos segundo processos de fabrico tradicionais. Operando no mercado de forma transversal, com diversas marcas em todos os segmentos, a Ach. Brito

está hoje presente nas principais insígnias nacionais e exporta para mais de 50 países. Com produtos que fazem parte da memória coletiva do povo português há várias gerações, a empresa deve o sucesso à qualidade dos seus produtos e à beleza e autenticidade das suas embalagens.


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Preservar o Passado. Estimular o Presente. Desafiar o Futuro.

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Zona Norte Supermercados: orgulho transmontano É no centro do nordeste transmontano que se pode encontrar Macedo de Cavaleiros, concelho onde se situam algumas formações geológicas importantes, como, por exemplo, o Maciço de Morais. Para descobrir esta atração natural, ou as Serras de Bornes e da Nogueira, nada como ter um supermercado de confiança onde pode encontrar tudo o que precisa para explorar a maravilhosa natureza que se apresenta em seu redor. Ou simplesmente para suprir as necessidades básicas do dia-a-dia.


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vida torna-se mais fácil quando se tem qualidade, conveniência e serviço ao dispor. E a população de Macedo de Cavaleiros sabe que tem ao seu serviço os supermercados Zona Norte, que têm levado o que de melhor a rede Aqui é Fresco tem para oferecer a esta localidade do nordeste transmontano. Portugal mais remoto, mas não esquecido, com o Zona Norte Supermercados, as melhores marcas do mercado chegam a muitos lares de Macedo de Cavaleiros, todos os dias. Com a remodelação da loja 4 e adesão ao Nível II da rede, esta marca de referência do comércio de proximidade nesta localidade transmontana abraçou um novo conceito de venda, mais moderno e apelativo, com o feedback à data a ser muito positivo. “Fiquei muito admirada com a reação das pessoas. Até pensam que estão a entrar num hipermercado, sobretudo, porque são clientes que sempre cá vieram”, detalha Adelaide Rocha, gerente de loja. “As cores são muito chamativas. A loja ficou muito diferente: mais ampla, com mais luz e mais bonita. Apesar de não ter crescido em área, tem mais ou menos os mesmos produtos, mas está muito diferente do que estava antes, fruto da reorganização feita”, acrescenta. Uma mudança importante para este estabelecimento localizado por detrás do recinto da conhecida feira de São Pedro, no número 14 da rua com o mesmo nome. Esta loja, propriedade do associado Armazéns da Santa, abriu portas em 2013 e disponibiliza uma área de venda de 200 metros quadrados, praticando um horário alargado de segunda-feira a domingo. “As pessoas têm mais vontade de vir cá comprar. Há dias que é oito, há dias que é 80. Temos bastantes clientes, felizmente, e são clientes da terra e das aldeias em redor. Temos até clientes que vêm de Vila Flor e, ao fim de semana, de Mirandela”, reforça Adelaide Rocha. Ao pão quente, várias vezes ao dia, às frutas e legumes frescos, à charcutaria de qualidade, aos congelados, aos lacticínios e à diversidade da oferta em DPH junta-se agora o serviço de carne, algo muito solicitado pelos fregueses, apresentando-se como uma mais-valia para a atividade da loja e com retorno igualmente positivo. “A

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UMA EXPLOSÃO

DE PERFUME para a roupa

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alteração mais notória foi a parte do talho. Durante estes seis anos em funcionamento, não tínhamos tido condições para tal. Surgiu, agora, esta oportunidade e ainda bem que se apostou. Isto apesar de nem todos os clientes terem, ainda, noção que agora temos carne para venda. Nós próprios informamos o cliente e mostramos o produto. Faz parte do nosso trabalho”, comenta sorridente. Diversos motivos de atração e de possibilidade de compra existentes neste estabelecimento onde é possível encontrar, além dos produtos de qualidade, todos os foPUB

lhetos Aqui é Fresco, o que permite angariar e fidelizar ainda mais os clientes. Assim como um sortido diversificado de produtos de marca própria UP, de elevada rotação e forte aceitação junto da comunidade local. “Os folhetos mexem com os clientes, chamam muito. Claro que há uns mais chamativos que outros, mas resultam muito bem, de um modo geral. Mas os nossos clientes também apreciam a marca UP. Temos aqui vários produtos dessa marca e é raro o produto que não sai. Como noutros casos, levam uma vez para experimentar e acabam por repetir muitas vezes a compra. Tenho conhecimento que são bastante bons, como outro produto de outra marca. O preço é apelativo e a qualidade corresponde, pelo que voltam a comprar”. Se a todos estes atributos se adicionar o atendimento personalizado, com toda a dedicação e simpatia, além dos preços competitivos habituais da rede Aqui é ONDE FICA? Fresco, é fácil de perceber Zona Norte porque é que o Zona Norte Supermercados - Loja 4 Rua de São Pedro, N.º 14 Supermercados – Loja 4 é 5430-259 uma referência de Macedo Macedo de Cavaleiros de Cavaleiros e não só.


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Minimercado Dias & Nunes: negócio de família em Mação

TEXTO BRUNO FARIAS FOTOS SARA MATOS

O negócio é de família, o pai José e a mãe Luísa são uma ajuda preciosa, mas é a filha Lídia que é o rosto conhecido por todos quando se fala do Minimercado Dias & Nunes. Há quase 30 anos nesta área de negócio, e desde 2012 integrada na rede Aqui é Fresco, a empresária Lídia Dias é o rosto conhecido deste estabelecimento localizado no número 17 da Rua dos Bombeiros Voluntários, em Mação.

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ma opção de vida que passou por deixar os estudos para trás e fazer-se ao amanhã com muita vontade e dois braços prontos a trabalhar. Vicissitudes diversas levaram a que de funcionária do minimercado passasse a proprietária, já que os antigos donos do espaço foram para o Brasil e não regressaram mais a Mação.

A família Dias tinha primazia no negócio e, apesar de haver mais interessados, conseguiu concretizar a compra. Com o esforço e apoio dos pais, esse empreendimento foi possível. E já lá vão mais de 30 anos, mas a paixão pelo que se faz continua bem vincada. Em cada cliente atendido, em cada sorriso dirigido a quem entra, para muitos deles, apesar dos anos


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passarem, continua a ser a Lídia, a menina Lídia que sempre os habituou a estar ali para os servir com o que de melhor tem para dar. Na memória desta família estão ainda os tempos iniciais, a desconfiança em relação à certeza do negócio feito, o caminho feito a pulso, a vontade e o crer que levaram a alargar o espaço de venda, tal como hoje o conhecemos, a melhoria das condições de atendimento, um esforço compensado com a preferência de todos os que os preferem. Todos os dias. Próximo da sede do município local, e com horário alargado de segunda a sábado, este negócio de família já sentiu os efeitos de ter aderido ao kit Aqui é Fresco. A imagem mais jovem e apelativa ajuda a uma melhor identificação da loja, com os folhetos a serem outra ferramenta importante para atrair novos clientes. O estacionamento fácil e as entregas locais são outros aspetos valorizados por uma clientela diversificada e fiel. Desde os fregueses habituais e da localidade aos visitantes de passagem, muitos são aqueles que passam pelo Minimercado Dias & Nunes seduzidos pela qualidade reconhecida das frutas e dos legumes. “Já fazíamos da parte da cooperativa Soprei. A cooperativa entrou para a rede Aqui é Fresco e nós entrámos também. Temos os folhetos, as promoções, qualquer coisa que vemos que evolui, eles têm e com eles evoluímos também”, confidencia Lídia Dias. E é com trabalho e dedicação que o Minimercado Dias & Nunes dá hoje emprego a três colaboradores, a que se juntam

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ainda Lídia e a mãe Luísa, sem esquecer o apoio do pai José Dias, que não tem dúvidas na altura de explicar o que leva tanta gente a preferir fazer as compras no seu estabelecimento. “Temos uma boa imagem e servimos bem. O cliente não PUB


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vem aqui pelos nossos lindos olhos, vem porque temos cá qualidade”, comenta, por sua vez. Ao longo de 30 anos em funcionamento, foram já várias as provações passadas, como o reforço da presença de algumas insígnias da distribuição moderna na proximidade de Mação. Forças desiguais e que levaram esta família de empresários a repensar o seu negócio, tendo como plano de base um pensamento muito simples: “nunca se briga com as grandes superfícies. O que temos que fazer é apostar na qualidade, com, por exemplo, fruta do melhor que houver no mercado. Tudo o que de melhor houver no mercado”, recorda José Dias. Uma aposta que teve lugar há mais de duas décadas e que tem permitido a este negócio tradicional continuar a ser uma referência da vila de Mação, mesmo com uma concorrência significativa em termos de grandes formatos. Até porque, além dos folhetos e do apoio do associado Soprei, o Minimercado Dias & Nunes disponibiliza um portfólio de produtos de marca própria UP, a par de tudo o que faz falta num lar, com a fruta e os legumes frescos e de alta qualidade a serem sempre um importante chamariz, num estabelecimento onde também é possível encontrar o que de melhor as marcas de indústria têm para oferecer. “A marca própria tem boa saída, pois as pessoas gostam do que é bom e, nessa marca, encontram duas coisas importantes: qualidade e preço. Claro está que há também clientes que não se importam de pagar mais pelas marcas de fornecedores, porque sabem que PUB

é de qualidade garantida. Há de tudo, como em qualquer loja. Razão pela qual temos que ter de uma coisa e de outra”, detalha Lídia Dias. Convidados a fazer um balanço, pai e filha não hesitam ao afirmar que esse só pode ser positivo. Ao atingir os objetivos a que se propuseram, ao ter consciência da exigência da atividade, ao acumular a experiência de mais de três décadas ao serviço dos habitantes de Mação e, com eles, do comércio de proximidade. “Não temos razões de queixa, de modo algum. Temos atingido sempre grandes objetivos, porque desde que a Soprei colocou esses prémios de compras aos seus associados, já há cerca de 15 anos, temos atingido sempre as metas. Trabalhamos com qualidade. É isso que gostamos e queremos fazer”, reforça, por sua vez, José Dias. E com tamanha proximidade de todos os seus clientes, as entregas ao domicílio são um serviço necessário e que funciona como um excelente completo aos seus escassos 80 metros quadrados de área de venda. Mas onde é possível encontrar tudo aquilo que faz falta num lar. Razão pela qual é há quase 30 anos uma referência do comércio de proONDE FICA? ximidade da vila de Mação. Minimercado Apreciado e preferido por Dias & Nunes Rua dos Bombeiros muitos que não abdicam do Voluntários, N.º 17 seu serviço. Um negócio de 6120-732 Mação família de sucesso.


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Apura os

Depois do ano de 2018 ter sido marcado pela celebração dos 60 anos da Margão, líder de mercado do universo das ervas e especiarias, a marca renova em 2019 a sua imagem, a comunicação e os seus frascos. A nova assinatura “Apura os teus sentidos” reforça a superioridade da qualidade dos seus ingredientes. O lançamento dos novos frascos, mais amigos do ambiente por conterem menos vidro, mais funcionais e com uma imagem mais moderna e atual, sublinha o caráter inovador da marca. esenteia os seus consumidores com três surpresas: Uma edição limitada de frascos de canela moída, com rótulos inspirados em expressões ou títulos conhecidos; e uma “Gift Box” composta por dois moinhos, ideal para oferecer; e uma gama de temperos “Street Food” inspirada nos mercados de comida mais populares do mundo.


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Perfeita como oferta para celebrar uma data, para presente de Natal ou para completar qualquer cabaz, a Gift Box Margão, é uma edição limitada composta por duas das referências preferidas dos consumidores: moinho de sal dos Himalaias e mistura de pimentas 4 bagas.

Criando verdadeiras experiências de sabor e cor nos pratos, com inspiração nas cozinhas e mercados mais populares do mundo, a Margão acompanha esta tendência crescente a nível mundial, direcionada para os novos consumidores millennials.

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Miminhos da Natureza e de todos os dias

TEXTO BRUNO FARIAS FOTOS SARA MATOS

No centro do Fundão, na Praça Velha, como é conhecida por todos, há um estabelecimento que prima pela atenção ao cliente, oferta de qualidade, serviço takeaway, entre outros verdadeiros “miminhos”. É, precisamente, como Miminhos da Natureza II que se dá a conhecer a loja da família Albino que, com os seus dois colaboradores, tem fidelizado uma clientela que vai desde o turista de passagem aos fregueses de sempre, das mais distintas idades.

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á oito anos inserido na rede Aqui é Fresco, de segunda a sábado, tem ao seu dispor no número 7 da Rua Jornal do Fundão, na localidade com o mesmo nome e com o apoio do associado António Ezequiel, frutas e legumes de alta qualidade, sem esquecer o pão quente que sai hora a hora, assim como um sempre útil serviço de take-away, com venda de frangos assados, carne grelhada e a sempre apetecível batata a murro. Uma decisão verdadeiramente estratégica na gestão do negócio da família Albino, com o


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serviço de churrasco e take-away a constituir uma verdadeira mais-valia para todos os clientes do Miminhos da Natureza, assim como, claro está, para a própria loja. Uma das duas exploradas por esta família de empresários (possuem uma loja na Covilhã e outra no Fundão) que recentemente implementou o kit Aqui é Fresco na loja do Fundão, o que “a tornou mais bonita e apelativa”, comenta o proprietário,

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Hugo Albino. Uma possibilidade ao dispor de todos os aderentes da rede Aqui é Fresco que queiram conferir uma nova vida ao seu estabelecimento, o que, no caso do Miminhos da Natureza, não deixou ninguém indiferente. Uma mudança de rumo na vida desta família, pois não só puderam passar de uma loja com menor dimensão para um espaço de venda maior, como aproveitaram essa situação para aderir, desde logo, ao kit Aqui é Fresco e, assim, abrir portas com uma loja maior, mas também mais moderna e atrativa. Afinal, são já sete os anos que levam de trabalho na Rua do Jornal do Fundão, pelo que todo a gente conhece Lucília e Hugo Albino. Um caminho que, no caso de Lucília Albino, já começou há muitos anos atrás. Sempre ligada ao comércio, confessa a sua paixão por aquilo que faz e já fez. “Comecei a vender batatas e cebolas, de porta a porta, há mais 30 anos. Começámos a fazer a parte de revenda, da restauração e do comércio. Na altura, não havia hipermercados, íamos buscar diretamente ao agricultor e, depois, fazíamos a venda, em vários locais, inclusive aqui no mercado do Fundão”, parPUB


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tilha. A decisão do filho Hugo de deixar de estudar levou a que fosse necessário encontrar uma saída profissional, pelo que se avançou para a aquisição da loja da Covilhã, terra natal desta família, há 12 anos. Negócio puxa negócio e surgiu, entretanto, a possibilidade da loja do Fundão, com a mudança para o espaço onde atualmente se encontram de portas abertas a ter lugar há somente dois meses. Duas lojas Aqui é Fresco onde, a juntar à simpatia e profissionalismo desta equipa, é possível encontrar o cardex habitual PUB

nesta área de negócio, os folhetos com preços imbatíveis e o estacionamento muito acessível. Atrativos da loja aderente a uma rede que permite uma gestão própria de cada negócio, com a confiança no trabalho desenvolvido pela central a ser decisiva na escolha final. “Também pesou a confiança nas pessoas que estão a gerir a rede. São pessoas que se conhece, existe, de certo modo, aquela ideia de família. Sabemos que podemos contar com estas pessoas e temos confiança nelas. Já outras marcas vieram ter connosco, mas não quisemos negociar”, reforça Hugo Albino. O Miminhos da Natureza é um projeto de sucesso no Fundão e o balanço feito é muito positivo. “O balanço é muito positivo pois, todos os anos, a rede tem vindo a melhorar, a nível da imagem, a nível dos folhetos, em termos dos produtos novos que têm saído, sempre com um preço competitivo, o que é muito bom para o negócio. A nível da marca própria, na parte dos enlatados, toda a gente adora o feijão da marca UP. Tentamos ter sempre produtos de fabricante, pois temos que acompanhar o mercado, mas procuramos sempre uma alternativa em termos da marca UP e explicamos que esta marca é boa, é a nossa marca e que, por isso, pode confiar. E as pessoas experimentam e continuam a levar”. Há nove anos a trabalhar no Fundão, esta família natural da Covilhã mostra-se muito orgulhosa do trabalho feito, tendo sido muito bem recebida pelos locais, a quem dedicou o seu esforço e atenção. Servindo uma população muito abrangente e beneficiando de uma localização privilegiada, a nova loja Miminhos da Natureza veio dar continuidade à fidelização que a família Albino já havia conseguido na localidade. “A nossa loja antiga, à frente, não tinha a parte da churrasqueira e a pastelaria não era como está agora. O churrasco tem tido boa aceitação”, detalha. E se o take-away foi uma nova aposta, já a simpatia do atendimento, a qualidade da oferta e as entregas ao domicílio gratuitas são alguns dos predicados adicionais deste estabelecimento. O perfil etário da clientela local assim o exige e o seu pedido ONDE FICA? é satisfeito. Não poderia ser mais Miminhos da fácil comprar bem, e barato, ao pé Natureza de casa, com toda a conveniência Rua Jornal do Fundão, N.º 7 do comércio tradicional indepen6230-406 Fundão dente.


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Supermercado Amoreiras: a loja preferida de Nisa

TEXTO BRUNO FARIAS FOTOS SARA MATOS

Miguel Póvoa é o rosto por detrás do Supermercado Amoreiras, em Nisa. Filho da terra, é desde sempre que está ligado ao negócio e ao comércio. Razões familiares levaramno a seguir esta via, em 1990, seguindo o legado do seu progenitor, Miguel Maria Póvoa, e é com orgulho que ostenta na porta do seu estabelecimento um papel, escrito pelo próprio, onde é reforçada a ligação à rede Aqui é Fresco. Uma ligação comercial que remonta para, sensivelmente, há já quase uma década, num estabelecimento que já caminha para as cinco décadas em atividade ao serviço de toda a população de Nisa.


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o tempo que leva de “Aqui é Fresco ao peito” permite-lhe fazer um balanço, possibilidade que não enjeita e onde analisa passado e presente. “Há 10 anos, as coisas não eram tão boas como são agora. Agora, o folheto tem uma força bastante grande. Existe a etiqueta que colocamos debaixo de um produto, onde o cliente percebe que aquele produto está a um preço melhor e leva-o por essa circunstância. Se tenho folhetos, a divulgação dos mesmos faz com que entrem pessoas na minha casa à procura de um produto específico. Tem sempre um efeito positivo. Assim como a própria rede, que se encontra num patamar superior em relação à altura em que começou e foi pioneira”, introduz Miguel Póvoa, proprietário do Supermercado Amoreiras, na vila alentejana de Nisa. E é com bons olhos que vê a diversificação de folhetos, assim como o alargamento do número de SKU’s que figuram nos mesmos, alertando, simultaneamente, para a necessidade de haver mais produtos regionais em cada folheto. “Sou alentejano, sou natural desta terra que é bordada de encantos e é com natural satisfação que, no meu estabelecimento, promovo a venda diversificada de queijos e enchidos da região, com muita aceitação e rotatividade”, acrescenta. Um trabalho da rede mas também dos aderentes que conhecem, como ninguém, os seus clientes, respetivos perfis, necessidades de consumo, gostos e anseios, para lhes prestar o melhor serviço possível. Assim é desde outros tempos, nomeadamente, desde 1990, altura em que era

o pai de Miguel Póvoa, Miguel Maria Póvoa, que conduzia os destinos desta casa que é, há décadas, um local de consumo de confiança de Nisa. “As instalações, antes, eram de 80 metros quadrados e passaram para 360 metros quadrados. Temos umas instalações razoáveis. Mesmo no produto, não nos falta aqui nada, como nos vinhos, por exemplo, onde a região se encontra muito bem defendida no meu entender. Assim fazemos para que seja uma constante”, prossegue. PUB


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Os anos passaram mas pouco, ou nada, mudou na linha condutora do Supermercado Amoreiras, que mantém um rumo que considera ser o correto, onde à qualidade irrepreensível do produto se junta uma política comercial coerente e consistente que ajuda a fidelizar, ainda mais, a clientela a este estabelecimento de portas abertas para toda a vila de Nisa. “Não subimos o preço de um produto e depois descemo-lo. É a política da empresa manter estabilidade dos preços. Sinto que o comércio de proximidade tem preços competitivos. Sinto também que há muita gente, e principalmente os mais novos, que não conPUB

segue perceber que nós, comércio de proximidade, na parte de detergentes, perfumaria, higiene, bebidas, café, arroz, massas, óleos, leite, conseguimos ter preços tão bons, ou mesmo melhores, que as grandes superfícies comerciais dos grandes operadores de retalho do nosso país”, reforça Miguel Póvoa. O que faz com que, mesmo numa localidade com forte oferta de retalho de base alimentar, o Supermercado Amoreiras continue a fazer o seu percurso na defesa e promoção do comércio de proximidade. Negócio onde nasceu, onde se sente bem e cuja linha condutora, perfeitamente definida e acertada, leva a que, ”na loja, já apareçam pessoas novas, com crianças, e que vão satisfeitos pelo que encontram e aos preços que o encontram”. Preceitos de quem conhece o negócio e lhe proporciona o carinho suficiente para que cresça e evolua, juntando-lhe alguns condimentos que fazem parte da atenção de quem sabe estar próximo dos seus clientes. “Nunca poderíamos deixar de ter as entregas ao domicílio. Temos uma colaboradora dedicada a essa questão e, felizmente, temos sempre clientela. Não podíamos deixar de ter esse serviço. Chegamos a ir 10 vezes levar compras! Mas isso também gera fidelização. É simpático e é algo que se espera de quem prefere o Supermercado Amoreiras. Inclusive, as pessoas de uma certa idade telefonam para a funcionária da caixa registadora e pedem o que necessitam. Há uma total confiança em nós”, comenta, sorridente, Miguel Póvoa. Empresário reconhecido pelo que aportou, e aporta, a Nisa. E onde a imagem moderna e apelativa da rede Aqui é Fresco é, também ela, uma garantia de confiança e um importante acréscimo para a dinâmica do negócio. Empreendimento local que dá emprego a seis pessoas e disponibiliza um cardex diversificado e completo a todos os locais. Desde os clientes de sempre, ao clientes de outra dimensão, como, por exemplo, a Câmara Municipal de Nisa, este aderente do associado Soprei é um digno embaixador do Aqui é Fresco. Pelo que a sua loja aporta à comunidade envolvente, pelo cuidado com que apresenta o que de melhor a região pode oferecer a nível de alguns dos melhores produtos autóctones, pela diversidade da oferta e pela proximidade com que, ainda hoje, trata aqueles com que sempre o preferiram. No ONDE FICA? dia da nossa visita, a cliente Supermercado número um do SupermercaAmoreiras Estrada das Amoreiras do Amoreiras estava presenN.º 7 te na loja. É caso para dizer: 6050-385 Nisa há hábitos que não mudam!


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“Acreditamos que estamos a caminhar para um futuro mais sustentável” TEXTO BRUNO FARIAS FOTOS D.R.

Encaminhar, de modo adequado, todo o lixo reciclável para os ecopontos respetivos é uma tarefa de todos e aplicável a todos os locais onde nos encontremos. Este é o repto da Sociedade Ponto Verde, entidade responsável pela promoção da recolha seletiva, a retoma e a reciclagem de embalagens em Portugal, cujos destinos são liderados pela CEO, Ana Isabel Trigo de Morais, que alertou, entre outros pontos, para a emergência de um profundo trabalho coletivo entre consumidores, indústria e retalho para a promoção de uma efetiva economia circular.


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Aqui é Fresco - A Sociedade Ponto Verde (SPV) está no mercado desde 1996 e a Ana Isabel Trigo Morais há um ano na gestão dos seus destinos. Que balanço pode fazer deste primeiro ano enquanto CEO da SPV? Ana Isabel Trigo Morais - O balanço é bastante positivo, mas o mais importante são os desafios que este sector no futuro nos trará. Desafios esses que são prementes, dada a mudança acelerada que vivemos, muito focada nas alterações climáticas que marcam hoje a atenção generalizada dos cidadãos e governantes. AEF - Circularidade e sustentabilidade são a chave para garantir o futuro das próximas gerações dizem os entendidos. Falar de economia circular é um dos propósitos da SPV? AITM - A circularidade faz parte da SPV desde sempre. De facto, por sermos uma entidade responsável pela reciclagem das embalagens, estamos também bastante focados na promoção de boas práticas em matéria de sustentabilidade e aplicação efetiva de processos de economia circular. E, porque a promoção e aplicação destes conceitos não é apenas uma obrigação/tarefa individual, temos vindo a desenvolver um trabalho nestas áreas junto dos vários intervenientes na cadeia de valor, desde os cidadãos, às empresas, bem como Governo e poder político. No que diz respeito ao cidadão, temos apostado na comunicação e, recentemente, lançámos a campanha de sensibilização para a reciclagem que tem como claim “É só desta vez…”. Relativamente às empresas, temos desenvolvido, em conjunto, projetos como o Ponto Verde Lab, para atuar numa melhor reciclabilidade das embalagens, ou o programa de marketing partilhado, um instrumento de comunicação em parceria com os nossos clientes para ampliação da mensagem de sensibilização para a separação das embalagens. Com o canal Horeca, a Missão Reciclar HORECA está no terreno, junto dos estabelecimentos, com ações de informação e entrega de ecobags para o sector dos hotéis, restaurantes e cafés. Já no que diz respeito ao Estado e poder político, a SPV tem vindo a contribuir com conhecimento nestas áreas e está sempre disponível para desenvolver iniciativas que tornem a aplicação da sustentabilidade e circularidade efetivas e mais eficazes.

“A circularidade faz parte da Sociedade Ponto Verde desde sempre. De facto, por sermos uma entidade responsável pela reciclagem das embalagens, estamos também bastante focados na promoção de boas práticas em matéria de sustentabilidade e aplicação de processos de economia circular”

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AEF - É preciso reforçar a sensibilização da cadeia de abastecimento para a economia circular? Como é que a indústria e o retalho têm acolhido essa mensagem? AITM - Embora o conceito de “economia circular” seja cada vez mais comum e a sociedade e o tecido empresarial estejam bastante despertos para este tema, sabemos que estamos ainda em pleno processo de evolução e a sua implementação está em curso. Para que ganhe terreno são exigidos esforços adicionais, não só por parte da indústria e do retalho, mas de todos os intervenientes da cadeia de valor. Ou seja, são necessárias alterações de procedimentos e processos internos e individuais, mas também de uma maior capacidade de colaboração entre todos os agentes, sendo essa a essência exata da circularidade. Existem já muitos e bons resultados desta colaboração. Um caso paradigmático, que conta com o contributo da reciclagem, e que já está bem presente no dia-a-dia dos cidadãos, é a produção de garrafas de água com incorporação de matéria-prima reciclada proveniente de anteriores garrafas.

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AEF - Por que aspetos pode passar o futuro circular? Ou os seus princípios são os mesmos do presente? AITM - O futuro circular deverá passar por esta capacidade de colaboração e entendimento entre todos os agentes (políticos, empresários, académicos, científicos, sociais), sem esquecermos que o sucesso da circularidade estará, inevitavelmente, associado à melhoria dos modelos de monitorização. Isto é, será essencial que haja uma real avaliação do impacto de procedimentos e processos de economia circular, para que se perceba se são realmente eficazes, se necessitam de ajustes e para que se contribua para o cumprimento de metas nacionais e internacionais. AEF - A redução da pegada carbónica é uma das formas de pensar nesse futuro? A sustentabilidade pode estar “de mãos dadas” com a rentabilidade do negócio? AITM - Quando falamos da incorporação da sustentabilidade e circularidade nos modelos de negócio, estamos, precisamente, a falar em otimização de recursos, de processos e procedimentos, que tendem a ser economicamente mais sustentáveis e vantajosos para todos os intervenientes da cadeia de valor. Acreditamos que estamos a caminhar para um futuro mais sustentável, mas que requer, no presente, investimentos sólidos em investigação, inovação e conhecimento nestas áreas. Esta aposta trará ganhos a médio/longo prazo em diversas vertentes: quer do ponto de vista económico/financeiro, quer do ponto de vista ambiental e passando, até, pelo impacto positivo ao nível da reputação de uma marca/produto/empresa. AEF - Recentemente, a SPV lançou uma nova plataforma digital, o Ponto Verde Lab. De que se trata? AITM - O Ponto Verde LAB é um projeto direcionado aos operadores que têm a responsabilidade, direta ou indireta, pela colocação de embalagens no mercado, sejam fabricantes de matérias-primas ou de embalagens, profissionais de design e embaladores. Está integrado na estratégia de prevenção da SPV e surgiu com o mote “juntos desenhamos o futuro”. Trata-se de uma ferramenta digital de partilha de conhecimento e informação na área do Pack4Recycling, que permite apoiar estes agentes no desenvolvimento de embalagens mais susten-


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táveis através de aplicação de princípios de ecodesign, tendo em vista a promoção da reciclabilidade de qualquer tipo de material (papel/cartão, vidro, plástico, aço, alumínio, ECAL, madeira). A SPV lançou esta plataforma porque, muito embora se fale em ecodesign, considerámos importante passar a mensagem de que ecodesign não se resume simplesmente à conceção e desenho de embalagens. Requer processos mais complexos e tecnológicos que passam pela avaliação detalhada quanto à escolha de materiais e processos produtivos, a conjugação de componentes, a forma e o volume da embalagem e o tipo de produto que é embalado. AEF - Por quantos pontos de recolha é, presentemente, composta a rede da SPV? Qual o seu objetivo? AITM - O país conta com uma rede de recolha pública de mais de 45 mil ecopontos, que têm permitido conseguirmos bons resultados na recolha seletiva de embalagens. Mas é preciso que seja contínua a aposta na melhoria das condições para que os portugueses possam facilmente participar no processo de recolha seletiva, com o envolvimento necessário de um conjunto de parceiros deste sector ao nível dos ecopontos. Para reforçar o cumprimento de recolhas mais eficientes, Portugal tem ainda de apostar no reforço da proximidade dos pontos de recolha e na recolha porta-a-porta.

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“O Ponto Verde Lab é um projeto direcionado aos operadores que têm a responsabilidada, direta ou indireta, pela colocação de embalagens no mercado, sejam fabricantes de máterias-primas ou de embalagens, profissionais de design e embaladores. Está integrado na estratégia de prevenção da SPV e surgiu com o mote “juntos desenhamos o futuro”

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AEF - Acredita que os valores presentemente reciclados pela SPV possam aumentar num futuro próximo? Vivemos tempos de emergência climática? AITM - Portugal tem dado sinais positivos. Os dados do primeiro semestre de 2019 revelaram que a reciclagem de embalagens da recolha seletiva (rede de ecopontos) cresceu 11% face ao período homólogo, atingindo cerca de 175 mil toneladas de resíduos encaminhados para reciclagem. Cresceu a reciclagem de vidro (10%), de papel/cartão (16%), de alumínio (13%) e de plástico (5%). O desafio é continuarmos a encaminhar para reciclagem e valorização uma percentagem cada vez maior de embalagens. Para que tal aconteça, devemos apostar não só na sensibilização dos cidadãos/empresas para a importância da separação de resíduos, mas também apostar cada vez mais em processos que tornam a deposição mais simples, rápida e próxima. AEF - Os portugueses sabem reciclar? Como é que a SPV pode ajudá-los a reciclar? AITM - A SPV tem como missão promover não só a reciclagem, mas também uma melhor reciclagem, para que em conjunto possamos contribuir para que os processos de reciclagem e valorização de materiais sejam mais eficazes. Em Portugal, cerca de 70% dos lares já são recicladores, de acordo com dados recolhidos pela SPV. Um nú-

“Apesar de sete em cada 10 lares fazerem já a separação das embalagens, é necessário que os portugueses transportem estes hábitos de casa para outros ambientes, como o local de trabalho, as escolas e locais de convívio”

mero que revela que a separação de resíduos de embalagem já é um hábito enraizado nas famílias portuguesas. No entanto, deparamo-nos com duas questões, sobre as quais temos vindo a trabalhar. Por um lado, sabemos que subsistem ainda algumas dúvidas e mitos em relação a quais devem ser os procedimentos mais corretos. Neste sentido, em diversas das nossas ações e comunicações, vamos esclarecendo essas dúvidas e transmitindo exemplos simples, como as embalagens com gordura podem efetivamente ser colocadas no ecoponto sem que seja necessária uma lavagem prévia, as embalagens de cartão para alimentos líquidos como sumos ou leite (as designadas ECAL) devem ser colocadas no ecoponto amarelo e não no azul, ou, no caso do ecoponto verde (o vidrão), são muitas vezes colocados erradamente artigos em cerâmicas, como pratos e chávenas, pirex, espelho ou lâmpadas. Por outro lado, sabemos também que, apesar de sete em cada 10 lares, fazerem já separação das embalagens, é necessário que os portugueses transportem estes hábitos de casa para outros ambientes, como o local de trabalho, as escolas e locais de convívio. Daí estarmos a desenvolver ações tão diversas, como a Academia Ponto Verde, destinada a alunos do 1.º, 2º. e 3.º ciclos, a presença em festivais e provas desportivas e a mais recente parceria com a Liga Portugal, no sentido de promovermos a reciclagem no mundo do futebol. AEF - O consumidor gosta de marcas amigas do ambiente? Este paradigma veio para ficar? Vamos assistir ao aumento do número de produtos “éticos” disponíveis no futuro? AITM - Acreditamos que não estamos a assistir apenas a uma tendência, que poderá durar alguns anos, mas a uma efetiva alteração de paradigma no consumo. Um recente relatório da Nielsen indicava, por exemplo, que 85% dos portugueses assumem que o apoio das empresas a causas ambientais impacta a sua decisão de compra. Estas mudanças poderão ser, portanto, uma oportunidade de desenvolvimento de negócio para as empresas/marcas. Contudo, a incorporação da sustentabilidade no produto/serviço que é disponibilizado ao consumidor tem de ser fundamentada em critérios sólidos, estudados e comprovados. Um dos exemplos é a substituição dos materiais de embalagens (o mais paradigmático é o caso do plástico). Na verdade, temos de ter em consideração que os materiais existentes cumprem diversas


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funções e na substituição de um material por outro é importante que seja feito um grande investimento em investigação, inovação e desenvolvimento, para que se encontrem soluções adequadas em termos de segurança, durabilidade e reciclabilidade. AEF - As próprias embalagens podem ser um bom meio de divulgação de mensagens de sensibilização para boas práticas ambientais? AITM - As marcas/empresas têm um papel fundamental na promoção da sustentabilidade pela sua capacidade de comunicação direta com o mercado. Podem-no fazer não só através das embalagens, mas também através de todos os suportes e ações de comunicação direcionados ao consumidor. Precisamente nesta área, em conjunto com as marcas/empresas com quem colabora, a SPV desenvolveu um programa de marketing partilhado com a mensagem “Recicle Sempre”, cujo objetivo é promover mensagens de incentivo à reciclagem diretamente junto dos consumidores, através dos meios “on pack” e “off pack” das marcas. Este programa materializa-se por três vias: primeiro, na colocação da iconografia de ecoponto ou da mensagem “Recicle Sempre” nas embalagens; segundo, na sua colocação em campanhas de comunicação online e offline que também deem visibilidade a estes materiais; terceiro, em projetos como eventos e festivais de verão, em que se desenvolvem ativações especiais no terreno apelando à reciclagem. Exemplo deste nível é a nossa

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presença em iniciativas como a Festa da Comida do Continente, Sumol Summer Fest, NOS Alive e Super Bock Super Rock, durante os quais pretendemos incentivar o público a transportar os seus hábitos de separação de resíduos em casa para outros ambientes, como os eventos.

“A incorporação da sustentabilidade no produto/ serviço que é disponibilizado ao consumidor tem de ser fundamentada em critérios sólidos, estudados e comprovados. Um dos exemplos é a substituição dos materiais de embalagens” PUB

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Aqui é Fresco aposta no reforço da imagem e notoriedade TEXTO CARINA RODRIGUES FOTOS SARA MATOS


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A Sociedade Aqui é Fresco continua a apostar no desenvolvimento e promoção do kit que visa renovar a imagem interior e exterior de loja, assim como a respetiva sinalética. Com um baixo custo associado, a intenção da direção do Aqui é Fresco é contribuir, de forma ativa, para a rápida identificação das lojas associadas à insígnia, num claro reforço do seu prestígio e notoriedade à escala nacional. Uma identidade alegre, moderna e apelativa que tão bem a caracteriza e distingue.

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or esta altura, já deve ter sabido que a Sociedade Aqui é Fresco, em colaboração com os seus associados, criou uma nova solução para potenciar, ainda mais, o seu negócio. Criado com o principal objetivo de alargar, cada vez mais, a imagem corporativa da rede Aqui é Fresco, este kit de imagem tem como função ajudar a reforçar, de forma inequívoca, a mancha visual do vasto parque de lojas a nível nacional. “O Aqui é Fresco é já a maior rede de comércio de proximidade existente em Portugal. Como tal, queremos que seja igualmente reconhecida através da sua imagem moderna, alegre e apelativa que tão bem a caracteriza”, introduz Carla Esteves, diretora executiva da rede Aqui é Fresco. Recorde-se que a rede de lojas Aqui é Fresco é um conjunto de lojas independentes que, como reconhecido por muitas delas, tem como grande vantagem o facto das decisões de gestão passarem pelos proprietários e não pela insígnia a que pertencem. Ao não haver uma tipologia de loja pré-definida para poder aderir ao Aqui é Fresco, permite que a rede se apresente como democrática e inclusiva, o que, por vezes, levanta desafios aquando da pretensão de implementar determinados projetos. Mas

O Kit Aqui é Fresco é uma solução prática de negócio que visa potenciar a atividade comercial dos associados e da respetiva rede de aderentes a nível nacional. Recurso gráfico com várias aplicações possíveis, confere nova vida às lojas

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locação de reclame luminoso no exterior da loja, decoração de montras, identificação exterior com bandeira, decoração interior e placas de teto, entre outras possibilidades. De igual modo, as vantagens são múltiplas e prendem-se com a imagem colorida, jovem e alegre da insígnia, o que, por sua vez, resulta em espaços apelativos e inovadores, com um forte impacto interno (melhor identificação das secções) e externo (fator de atração junto do consumidor final). Em suma, uma importante alavanca de negócio no contexto do retalho moderno, numa altura em que o canal de proximidade se apresenta como um dos mais dinâmicos em termos de consumo à escala nacional. “O apoio por parte da central passa pela colocação da nossa imagem, no exterior e interior do estabelecimento, imagem essa que é, por sua vez, sempre decidida pelo proprietário, de acordo com o manual de normas existente para o efeito. A produção e colocação são efetuadas por um parceiro de negócio do Aqui é Fresco, que garante a melhor relação qualidade/ preço possível para o efeito. Os suportes podem ser vários e vão desde a colocação de reclame, à decoração de montras, identificação exterior com bandeira ou, até mesmo, decoração interior com placas sinaléticas de teto, que facilitam a circulação em loja, fomentando, assim, a compra, razão última desta intervenção que tem trazido uma renovada vida a muitos espaços da nossa rede em crescimento. Conscientes da sua importância para o negócio dos nossos aderentes, existe, ainda, o importante apoio financeiro tripartido entre aderente, associado e Sociedade Aqui é Fresco”. todos eles com solução por parte da sociedade. “Algumas destas lojas são espaços pequenos e sem grandes recursos financeiros. Atento a este fator, o Aqui é Fresco, no sentido de ajudar a promover o seu negócio, considerou que podia fazer a diferença, ao auxiliar na implementação da sua imagem. A cor, vivacidade e alegria que a imagem da rede projeta são seguramente uma mais-valia para qualquer loja, chamam mais clientes e potenciam o negócio. Exatamente como o velho ditado, ‘os olhos também comem’. Como o nosso objetivo passa, também, por estar atentos às necessidades dos nossos lojistas, esta foi mais uma forma de ajudar na identificação do seu negócio”, acrescenta a responsável. Uma solução prática de negócio que visa potenciar a atividade comercial dos seus associados e da respetiva rede de aderentes a nível nacional. Um recurso com vários elementos passíveis de aplicação, nomeadamente, co-

As vantagens de aderir a este kit de imagem são muitas. De acordo com testemunho de algumas lojas que já aderiram, a imagem colorida, jovem e alegre, apanágio da rede, traz luz e inovação aos espaços comerciais


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Vantagens As vantagens de aderir a este kit de imagem são muitas. De acordo com o testemunho de algumas lojas que já aderiram, a imagem colorida, jovem e alegre, apanágio da rede, traz luz e inovação aos espaços. “Como alguns referem, a primavera chegou às suas lojas e, com esta alegre estação, mais clientes, alavancando, assim, o seu negócio. Claro está que o facto de não terem qualquer identificação exterior não impossibilita os lojistas de trabalhar connosco e continuar a prestar um serviço pertinente a tantas localidades que, não raras vezes, dele muito precisam. No entanto, a aposta no kit permite essa identificação com uma rede de méritos reconhecidos e com uma pluralidade de presença muito assinalável a nível nacional, em localidades com distintas densidades populacionais”, acrescenta Carla Esteves. Todos os associados estão igualmente empenhados na cada vez maior divulgação da rede de lojas Aqui é Fresco, conscientes de que é por intermédio do trabalho em grupo que o sucesso coletivo pode ser alcançado, ao mesmo tempo que reforçam o elo entre as entidades envolvidas, com a imagem de modernidade e profissionalismo das lojas a gerar, por sua vez, o consequente aumento da fidelização dos clientes, com claros benefícios para todas as partes. Um desafio a ser superado e que se junta à necessidade de adaptar as lojas em termos de sortido, fazendo

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de cada espaço Aqui é Fresco uma referência comercial nas diversas localidades onde se faz representar, onde a correta comunicação dentro e fora de loja é fundamental para o sucesso do negócio. Cartão de fidelização A chegada do primeiro ano de uma nova década traz consigo inúmeras possibilidades, com a rede Aqui é Fresco a arrancar com uma forte ação de aniversário. Tal como anunciado na última edição da convenção da rede, ainda durante o primeiro trimestre de 2020, estará disponível, para todos os aderentes da rede Aqui é Fresco que tenham aderido à plataforma de encomendas online, um cartão de fidelização exclusivo que permitirá disponibilizar descontos diretos em produtos; adicionar pontos, descontos ou valor em conta corrente em função da compra de produtos determinados; ações promocionais exclusivas para lojas aderentes (aniversário); ações promocionais exclusivas em função de parâmetros pré-definidos (aniversário do cliente, número de visitas do cliente à loja, escalões de compras, etc.), descontos em combustíveis e, por último, descontos em serviços e produtos de empresas parceiras. Um serviço de vanguarda no contexto do comércio de proximidade e que visa colocar a rede Aqui é Fresco ainda mais próxima dos seus aderentes e consumidores. PUB


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Soluções práticas para o seu negócio Com a aplicação do kit Aqui é Fresco, é possível conferir uma nova vida à sua loja. São diversos os casos de sucesso que resultaram da aplicação do mesmo. Apresentamos-lhe algumas possibilidades para que vislumbre as mais-valias para a visibilidade do seu negócio.


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TEXTO ANA PAULA BARBOSA FOTOS SARA MATOS

Contexto positivo para o consumo O índice de confiança dos consumidores portugueses, que a Nielsen calcula e analisa há mais de 10 anos, atingiu níveis máximos em 2019. Portugal está agora acima da média da Europa. Este indicador é muito importante, pois existe uma relação muito direta entre a confiança dos consumidores e a sua propensão para o consumo.


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, de facto, quando olhamos para o crescimento das vendas de grande consumo, confirmamos esta correlação: cerca de 5% de crescimento no final do terceiro trimestre de 2019, face a um crescimento que já era de 4% no período homólogo. Este crescimento divide-se entre crescimento em quantidade e efeito-preço positivo. Significa que se vende mais quantidade e a um preço médio mais elevado. Nos últimos anos, temos assistido a um crescimento de categorias/segmentos de valor acrescentado, em detrimento das categorias mais básicas. Neste contexto, faz sentido apostar em inovação. Para isso, há que entender os fatores que cativam o shopper. Um shopper bipolar Saúde vs Indulgência 74% dos portugueses dizem procurar ter uma alimentação mais saudável. E isto reflete-se efetivamente nos crescimentos das categorias que verificamos nos dados Nielsen. Conseguimos identificar três tipos de comportamentos que se vão intensificar nos próximos anos: o crescimento das categorias dirigidas a necessidades específicas de alimentação (sem glúten, sem lactose, biológicos, vegan, etc.); a redução dos ingredientes indesejáveis nas gamas existentes (redução de sal, açúcar, gorduras, aditivos) e o regresso ao natural (produtos não processados). Mas, apesar da preocupação crescente com a saúde, os consumidores continuam a gostar de alguns “mimos”, procurando pequenas recompensas, de vez em quando, chamadas Small Indulgences. Por isso, vemos categorias como batatas fritas, snacks aperitivos e chocolates com grandes crescimentos. Para entender esta aparente contradição, há que analisar os momentos de consumo. Existe, por exemplo, uma diferença visível entre o consumo durante a semana – onde há uma disciplina maior em termos de alimentação saudável, de tempo e dinheiro dedicado às refeições - e o consumo ao fim-de-semana. O shopper também tem impulsos, ou seja, tem um lado emocional que o leva a fazer compras que não estavam planeadas, o que acontece muito com as categorias referidas. C

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Proximidade vs Variedade Através dos dados do nosso painel de lares, sabemos que 78% das cestas de compra têm menos de 11 artigos! Este valor era de 75%, em 2016. Sabemos que o shopper vai tender a dedicar cada vez menos tempo no processo de compra: por um lado, tende a diminuir o tempo de deslocação e o tempo de espera em caixa; por outro lado, compra mais para necessidades imediatas (para a refeição por exemplo). No entanto, também sabemos através dos nossos estudos que o shopper quer sempre mais oferta nas prateleiras, nomeadamente, nas categorias alimentares para responder às suas necessidades tendencialmente mais específicas. Este dilema só se resolve com um conhecimento aprofundado do shopper: o seu perfil, as suas missões de compra em cada local de compra, as suas preferências. Isto exige também que o retalho tenha uma capacidade cada vez maior para renovar o sortido e adaptá-lo constantemente. O online pode também ser uma solução relativamente à questão da variedade da oferta, uma vez que não tem as

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barreiras de espaço que as lojas físcias têm. Loja física vs Online A predisposição para comprar online existe em Portugal. Quando observamos a compra online em áreas como as viagens, moda, bilhetes para espectáculos, entre outras, estamos muito alinhados com as tendências globais. Nas categorias de grande consumo, estamos muito mais afastados: apenas 10% dos portugueses compraram num supermercado online no último ano. Num estudo internacional publicado em 2017, a Nielsen foi tentar perceber o que faz com que alguns países estejam muito mais avançados do que outros na compra de bens de grande consumo online. Em Portugal, o

De acordo com um estudo da Nielsen (Global Survey Premiumizitation), 88% dos portugueses estão dispostos a pagar um preço mais elevado por produtos que tenham funções ou desempenhos superiores

peso do online é de pouco mais de 1% das vendas de Fast Moving Consumer Goods (FMCG), quando no Reino Unido ou em França é de 6%. A diferença está essencialmente do lado da oferta. Por um lado, nem todos os principais players estão presentes no online. Por outro lado, a oferta de e-commerce tem de trazer benefícios visíveis para o consumidor. Destacaria dois: o sortido alargado e a conveniência (tempo/opções de entrega). Em Portugal, temos espaço para melhorar nestes dois aspetos. Por um lado, oferecer um sortido muito mais alargado do que as lojas físicas; por outro lado, investir em opções alternativas de entrega, mais convenientes para os clientes. Preços baixos vs Produtos premium A forte atividade promocional que presenciamos em portugal criou uma expectativa junto dos consumidores que levou a que os preços baixos fossem vistos como uma regra. Algumas categorias hoje têm uma dependência total das promoções e não conseguem vender se não tiverem reduções de preço. Muitas das promoções, ao serem banalizadas, deixaram de ter retorno. No entanto, e de acordo com um estudo divulgado pela Nielsen (Global Survey Premiumization), 88% dos portugueses estão dispostos a pagar um preço mais elevado por produtos que tenham funções ou desempenhos superiores. Esta deve ser a aposta das marcas e insígnias para sair da lógica da guerra de preços, desviando a atenção dos clientes para ofertas de valor acrescentado. Neste contexto, a oferta de marcas próprias premium acaba por ser também uma oportunidade interessante de crescimento para o retalho.


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O fatores diferenciadores de amanhã Conseguimos identificar três fatores que vão tender a ganhar importância nos próximos anos: Tempo: o tempo vai ser a nova moeda de troca. O equilíbrio entre a vida pessoal e o trabalho é a principal preocupação dos portugueses, que estão dispostos a pagar mais por produtos ou serviços que lhes façam poupar tempo. Há que apostar tudo na conveniência: nas lojas físicas, no online e na oferta de produtos. Valores: conhecer as características do produto hoje não é suficiente, o shopper quer conhecer, entender e identificar-se com os valores associados às marcas. Ao longo das várias pesquisas que a Nielsen tem desenvolvido, destacam-se alguns atributos que podemos considerar como diferenciadores e que sensibilizam o consumidor: saúde, conveniência, solidariedade, produção local e sustentabilidade são alguns exemplos. Experiência: a experiência não pode ser dissociada da marca. Uma ex-

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periência única/agradável/surpreendente é o elemento que levará o consumidor a voltar à marca e também a partilhar essa mesma experiência com outros consumidores. Num contexto em que os consumidores vão ser cada vez menos fiéis às marcas e insígnias, torna-se crítico entender as suas necessidades e antecipar as suas escolhas.

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Dietas Saudáveis e Sistemas Alimentares Sustentáveis TEXTO PEDRO MIGUEL SILVA, ASSOCIATE PARTNER RETAIL & CONSUMER PRODUCTS DELOITTE FOTOS SARA MATOS

“Que seu remédio seja seu alimento e que seu alimento seja seu remédio” - Hipócrates

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evolução dos sistemas de produção e distribuição alimentar, durante o último século, é uma das maiores realizações da história da humanidade. A especialização dos métodos e ferramentas utilizados na agricultura, o uso generalizado de pesticidas e fertilizantes, a modernização de infraestruturas de transporte ou a disseminação do transporte intermodal de carga contentorizada, entre outros avanços tecnológicos, trouxeram aumentos exponenciais de produtividade ao sector e uma melhoria nunca antes vista na qualidade de vida das populações. Nos últimos 70 anos apenas, assistimos: • A uma redução da proporção subnutrida da população mundial de 50% para 11%, ao mesmo tempo que triplicou o número de pessoas na Terra; • A um aumento do yield agrícola, ou seja, a produção gerada a partir da mesma área cultivada, para o dobro nos cereais e vegetais e para o triplo nas frutas. Como em todo o progresso humano, também este produziu externalidades negativas. Por um lado, o seu impacto não foi uniformemente distribuído, permanecendo, ainda hoje, mais de 800 milhões de pessoas em situação de privação alimentar crónica. Por outro, aumentou significativamente a nossa pegada ambiental, tornando o sector agroalimentar num dos principais responsáveis por deflorestação e pelas emissões de gases de efeito de estufa. Segundo um relatório recente da EAT–Lancet Commission, estamos próximos de exceder os li-


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mites planetários no consumo de solo, água e nitrogénio e na emissão de óxido nitroso e metano para a atmosfera. Os sistemas alimentares atuais têm, por isso, um desafio importante: providenciar a uma população crescente, que se espera venha a atingir os 10.000 milhões de habitantes em 2050, uma dieta nutritiva e saudável, salvaguardando o uso de recursos naturais e atendendo à crescente procura dos consumidores por transparência e práticas sustentáveis ao longo da cadeia de abastecimento. O cumprimento deste desafio implica a implementação coordenada, à escala planetária, de três linhas de ação chave: 1. A alteração de hábitos alimentares via, entre outros, o aumento no consumo de frutas, vegetais, nozes e legumes e a redução do consumo de carne vermelha e açúcar; 2. A redução para metade do desperdício alimentar, estimado hoje em cerca de 30% a 40% de toda a produção agrícola; 3. A introdução de avanços tecnológicos ao longo de toda a cadeia de abastecimento, do prado ao prato. Numa apresentação recente, realizada durante o 7.º Congresso da Indústria Portuguesa Agro-Alimentar, identificámos sete áreas onde a tecnologia está a trazer maior impacto na cadeia de valor agroalimentar: • AgTech: tecnologias de suporte à exploração agropecuária focadas no aumento da sua eficiência e sustentabilidade; • Nova geração de alimentos: desenvolvimento de novos tipos de alimentos com ingredientes-base alternativos e com propriedades nutricionais personalizadas; • Processamento de alimentos: novas técnicas usadas na transformação alimentar que oferecem maior eficiência e menor desperdício na utilização de recursos; • Segurança alimentar e rastreabilidade: soluções mais rápidas e precisas para garantir a segurança e higiene dos alimentos, seja para avaliar a frescura, prolongar a vida do produto ou detetar a presença de alérgenos; • Smart kitchen: ferramentas e modelos de negócio que permitem uma gestão mais eficaz dos recursos e técnicas de cozinha, em casa e na restauração; • Novos modelos de distribuição e entrega: criação de novos métodos e serviços de distribuição assentes no equilíbrio do mercado, redução de desperdício, garantia de qualidade, conveniência e personalização; • Gestão de desperdício: prolongamento do ciclo de vida dos recursos alimentares e desenvolvimento de técnicas de reaproveitamento e valorização do desperdício. A alimentação será uma das questões definidoras da vida humana no século XXI. Estamos, hoje, perante uma oportunidade sem precedentes para desenvolver os sistemas alimentares através de um fio condutor comum entre governos, empresas e sociedade, com vista a melhorar a saúde humana e a sustentabilidade ambiental.

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Best Cool: muitas soluções para o seu negócio A Best Cool é uma empresa criada no dia 14 de fevereiro de 2017, que conta com uma vasta experiência do seu constituinte e colaboradores, na projetação e instalação de diversas soluções para a hotelaria e distribuição alimentar. Ocupando uma superfície coberta de mais de 700 metros quadrados, dispõe de uma estrutura que garante uma adequada proximidade ao cliente e de um correto conhecimento das suas reais necessidades.

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Best Cool dedica-se à comercialização, instalação e serviço pós-venda de equipamentos para a exposição e venda dos mais diversos produtos, nomeadamente no sector da refrigeração industrial/comercial, climatização, distribuição alimentar e hotelaria. A Best Cool procede à instalação de estanteria metálica, mesas de saída, mobiliário em inox e de um vasto conjunto de expositores refrigerados para os mais diversos fins. Com uma oferta bastante diversificada, apresenta soluções dirigidas não só à distribuição alimentar, mas tam-

bém ao retalho especializado, a áreas tão diversas. A solução Chave na Mão surge agregada à necessidade de cada espaço, de cada negócio ser diferente. Assim, temos ao dispor dos nossos clientes um serviço integrado e completo, que reúne os melhores serviços em prol da satisfação de todos os nossos clientes. Estudamos o projeto de implementação dos equipamentos, a montagem e posterior manutenção e assistência técnica. Numa primeira fase, identificamos as necessidades dos clientes, estudamos as características do local de implementação e oferecemos-lhe as melhores soluções de oti-


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mização do seu espaço de negócio. Os nossos colaboradores dispõem de experiência e knowhow, granjeados ao longo dos anos, procurando em cada projeto um novo desafio com conceitos inovadores, construindo, assim, uma relação de confiança, essencial para o sucesso. A Best Cool é uma empresa que está associada a prestigiados grupos de fornecedores, selecionados criteriosamente, de forma a proporcionar um equilíbrio entre as nossas soluções e as exigências dos nossos clientes. Nesse sentido, representamos diversas marcas e fabricantes de elevada qualidade, tanto a nível nacional como internacional, com os quais oferecemos uma vasta gama de produtos e soluções para qualquer tipo de projeto. A Best Cool está preparada para responder às mais diversas exigências do mercado, oferecendo soluções integradas que associam o design atual à robustez, adaptabilidade e facilidade de instalação. Dispomos de técnicos especializados para podermos fornecer um serviço à altura da qualidade dos equipamentos. Só assim é que podemos garantir o maior sucesso do negócio dos nossos clientes.

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O selo verde da Certif comprova a qualificação da nossa equipa técnica para o trabalho com gases fluorados, requisito essencial para o trabalho com equipamentos de frio. A Best Cool é uma empresa certificada, desde 2017, podendo executar todo e qualquer serviço de instalação, reparação, manutenção ou assistência técnica e desmantelamento de equipamentos fixos de refrigeração, ar condicionado e bombas de calor contendo gases fluorados com efeito de estufa, em conformidade com o estipulado no Regulamento (UE) n.º 517/2014, Regulamento de Execução (UE) 2015/ 2067 e com o Decreto-Lei n.º 145/2017. Com o nosso crescimento e ampliação das nossas atividades, o nosso conceito internacionalizou-se, tendo já efetuado trabalhos noutros mercados, nomeadamente países africanos e da Europa Central. A credibilidade de que hoje desfrutamos junto dos nossos clientes é o resultado dos bons serviços prestados, do profissionalismo com que são encarados todos os desafios e da superior qualidade dos produtos comercializados. A chave do nosso sucesso é baseada na relação de confiança que criámos com os nossos clientes e fornecedores.


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Vá de carrinho de compras no 9.º Aniversário do Aqui é Fresco Para comemorar o seu 9.º aniversário, a rede Aqui é Fresco vai realizar uma campanha promocional, dirigida aos clientes de todas as lojas aderentes. Este ano, serão oferecidos 12 mil carrinhos de compras em apenas seis semanas.

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campanha tem início a 16 de janeiro de 2020 e será sustentada através de três folhetos especiais, um por cada quinzena, e publicidade em meios de comunicação de cobertura nacional. Ao longo de todo o aniversário, o Aqui é Fresco vai estar presente nas manhãs da SIC, nomeadamente, com presença publicitária no Programa da Cristina. Cada folheto promoverá um total de 40 produtos de grande rotação e a preços fortemente competitivos. Por cada 60 euros de compras, dos produtos constantes em folheto, o cliente terá direito a receber um carrinho de compras. Os três folhetos promocionais onde esta grande promoção será ativada terão lugar nas semanas de 16 a 26 de janeiro, de 30 de janeiro a 9 de fevereiro e de 13 a 23 de fevereiro de 2020. O objetivo desta campanha é promover a dinamização das vendas junto das lojas aderentes da rede Aqui é Fresco, ao mesmo tempo que incrementa a fidelização dos seus clientes. Para participar, as lojas aderentes terão apenas de adquirir no grossista a que estão contratualmente ligadas os produtos que constam em cada folheto. Por cada pack de compras, receberão, igualmente, um conjunto de carrinhos, material promocional para divulgação da campanha (folhetos, cartazes a divulgar a ação, cartaz da capa do folheto e destacadores de prateleira com os produtos em destaque em cada quinzena). O regulamento da campanha está disponível no site da rede, em www.aquiefresco.com, e nos grossistas associados da rede Aqui é Fresco.



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