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Periodicidade: Semestral
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Periodicidade: Semestral
No último dia útil de novembro, foi aprovado o Orçamento de Estado para 2025. Orçamento que, infelizmente, está ainda muito longe de representar o choque fiscal anunciado pelo Governo. As medidas que constavam do acordo assinado pelo Governo com as Confederações Empresariais, nomeadamente a Confederação do Comércio e Serviços (CCP) e a UGT, foram, em geral, contempladas. Com efeito, entre outras alterações, foram aprovadas a descida da taxa do IRC de 21% para 20% - e de 17% para 16% no caso das PME - a majoração, em 20% em sede de IRC, para os seguros de saúde pagos por várias empresas aos trabalhadores, a isenção de IRS dos prémios de produtividade e uma alteração nas tributações autónomas, que melhora os custos fiscais com viaturas nas empresas, ainda a um nível limitado. São opções positivas, mas muito longe de baixarem significativamente a enorme carga fiscal que as empresas suportam, nomeadamente com os custos do trabalho. Espera-se que o próximo ano seja de relativa estabilidade política, que tem de ser aproveitada pelo Governo para o lançamento de medidas de política económica que ajudem as empresas a crescer. Precisamos, nomeadamente, de um sistema fiscal que incentive o investimento e o reforço da sua capitalização, precisamos de uma legislação laboral mais flexível, uma justiça que funcione e uma administração pública amiga dos cidadãos e das empresas.
Neste Natal, temos a possibilidade de encontrar os consumidores com alguma disponibilidade financeira, quer pelos aumentos salariais recebidos por alguns sectores profissionais, quer com as baixas nas prestações da habitação motivadas pelas descidas das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu, quer, ainda, pela re -
dução conjuntural das retenções na fonte do IRS nos salários, nos meses recentes. No entanto, os prováveis confrontos comerciais entre os grandes blocos económicos - China, Estados Unidos e Europa - não deixarão de ter efeitos em Portugal durante o ano de 2025, difíceis de prever neste momento, mas que vão significar dificuldades.
Assim, independentemente dos contextos internacionais e macroeconómicos, compete-nos encontrar os meios de enfrentar os desafios do mercado alimentar. A concorrência às lojas da rede Aqui é Fresco atinge níveis muito elevados por parte dos grandes operadores. Para compensar a quebra dos hipermercados e o aumento da concorrência nos supermercados de maior dimensão, desenvolveram duas linhas de atividade que nos afetam diretamente. Por um lado, investem cada vez mais em redes de franchising concorrentes, por outro, abrem pontos de venda de menor dimensão em todo o tipo de localidades e, nas grandes cidades, chegam a ter dois de uma insígnia na mesma rua.
Como noutras fases da evolução do mercado, estou certo de que conseguiremos adaptar-nos e responder à situação e aos seus desafios. Hoje, gostaria de chamar a tenção de todos os comerciantes para uma área fundamental: a digitalização e as tecnologias de informação e comunicação (TIC).
Temos verificado que um número ainda significativo de empresários não valoriza, de forma suficiente, as potencialidades da digitalização no desenvolvimento dos seus negócios, desde a gestão da empresa à relação como o consumidor. Este é um problema que urge resolver e para o qual a central Unimark, e a rede Aqui é Fresco, têm de dar um contributo, porque para muitas das empresas
do comércio é essencial garantir uma maior e melhor integração entre canais físicos e digitais, assim como necessário implementar estratégias mais agressivas de promoção e comunicação. Além disso, é cada vez mais importante estruturar e processar informação, de forma a orientar tomadas de decisão sobre o negócio, e as TIC são fundamentais para dar este salto qualitativo.
Contem connosco, contactem-nos quer nas áreas em que já temos experiência, quer em novas situações, pois encontraremos soluções e parcerias para responder a todas as necessidades.
Com os votos de um Bom Ano de 2025.
João Vieira Lopes diretor geral da Unimark; presidente da ADIPA (Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares)
REVISTA AQUI É FRESCO
DEPÓSITO LEGAL N.º : 396902/15
N.º DE INSCRIÇÃO NA ERC: 126837
PERIODICIDADE: Semestral
PROPRIEDADE: Aqui é Fresco - Sociedade de Desenvolvimento Retalhista, S.A.
NIPC: 514 282 770
DIRETOR João Vieira Lopes
DIRETOR ADJUNTO Carla Esteves
EDITOR Bruno Farias
Rua Dom Nuno Álvares Pereira, N.º 4 – 4A, Bloco 4, 5.º Piso 2695-445 Bobadela
ESTATUTO EDITORIAL DISPONÍVEL EM: https://aquiefresco.pt/ estatuto-editorial/
SEDE DE REDAÇÃO
Rua Dom Nuno Álvares Pereira, N.º 4 – 4A, Bloco 4, 5.º Piso 2695-445 Bobadela
TELEFONE: 219 533 860
WEBSITE: www.aquiefresco.pt E-MAIL: geral@unimark.pt
TIRAGEM: 2 mil exemplares
IMPRESSÃO: Yellowmaster, S.A.
MORADA: Av. Alm. João Azevedo Coutinho, 643, 2775-101 Parede
ADMINISTRAÇÃO
Presidente: Malaquias - Distribuição Alimentar, Lda. Vogal: M.Cunha & Ca, S.A. Vogal: Armazéns da Santa, S.A. Vogal: Marabuto - Prod. Alimentares, S.A. Vogal: Amaral & Filhos – Distribuição, S.A.
30. 38. 44. 50. 56.
CARAMULO: 40 ANOS DE CRESCIMENTO E INOVAÇÃO
SPV E OS DESAFIOS DA RECICLAGEM EM PORTUGAL
SUSTENTABILIDADE NAS PME
TO GOOD TO GO: 5 ANOS A COMBATER O DESPERDÍCIO ALIMENTAR
MENDES GONÇALVES E O COMPROMISSO COM A COMUNIDADE
Arede Aqui é Fresco, um verdadeiro exemplo de comércio de proximidade, está a participar na prestigiada iniciativa A Melhor Loja de Portugal, que celebra as insígnias que se destacam pela sua excelência, inovação e impacto positivo junto das comunidades. Este é o momento de reconhecer os pequenos operadores independentes que, todos os dias, trabalham incansavelmente para oferecer qualidade, conveniência e confiança aos seus clientes. Com centenas de pontos de venda espalhados por todo o país, o Aqui é Fresco é uma referência no comércio local, sendo muito mais do que uma simples rede de lojas.
É a ligação entre o comércio tradicional e as exigências do consumidor moderno, preservando os valores de proximidade, atenção ao cliente e um atendimento personalizado que fazem toda a diferença.
Ao votar no Aqui é Fresco, está a valorizar:
• O comércio local, que é uma força vital para a economia portuguesa e para as comunidades. Cada loja Aqui é Fresco é um motor de desenvolvimento, gerando emprego e criando uma relação próxima e de confiança com os consumidores;
• A conveniência e diversidade, com uma oferta completa de produtos de qualidade a preços acessíveis, desenhada para responder às necessidades diárias das famílias portuguesas;
• A proximidade e humanização do serviço, um traço que distingue esta rede e a torna parte integrante das vidas de tantos clientes. No Aqui é Fresco, o cliente não é apenas um número, mas uma pessoa conhecida e respeitada.
Participar n' A Melhor Loja de Portugal é uma oportunidade para destacar a relevância do comércio de proximidade e o seu voto pode fazer a diferença para elevar o Aqui é Fresco ao reconhecimento nacional que merece.
Esta insígnia representa o esforço de milhares de comerciantes que, com dedicação, paixão e empenho, tornam cada compra numa experiência única.
Como pode ajudar?
Basta aceder ao site amelhorlojadeportugal.pt e votar na rede Aqui é Fresco. É rápido, simples e um gesto importante para apoiar quem trabalha para oferecer sempre o melhor.
Mostre o seu apoio! Vote no Aqui é Fresco e ajude-nos a conquistar o título de A Melhor Loja de Portugal
O seu voto é mais do que uma escolha. É um reconhecimento da importância do comércio local e da dedicação de quem o mantém vivo e dinâmico. Vamos juntos colocar o Aqui é Fresco no lugar de destaque que merece. Contamos consigo!
Nas ruas movimentadas dos bairros portugueses, um fenómeno começa a ganhar destaque: as cores vibrantes e o logo inconfundível das lojas Aqui é Fresco. Para os comerciantes que aderiram ao Kit de imagem AeF, essa transformação não se trata apenas de uma mudança estética. É uma declaração de confiança, proximidade e competitividade, características essenciais para fidelizar os consumidores no atual mercado.
“Sem identificação, uma loja é como uma casa sem número”, comenta uma fonte da rede Aqui é Fresco. Esta metáfora ilustra um ponto cru cial: sem uma identidade visual clara, muitos estabelecimentos correm o risco de passar despercebidos aos potenciais clientes que circulam diariamente. “Quantos consumidores poderiam entrar na sua loja, mas não o fazem porque simplesmente não sabem que ali há uma loja Aqui é Fresco” ?
Além de visibilidade, a adesão ao Kit representa um posi cionamento estratégico. É como vestir o uniforme de uma equipa vencedora. A marca, que tem consolidado a sua presença nos lares portugueses, associa-se a atributos que os clientes valorizam: atendimento personalizado, preços competitivos e a segurança de encontrar, em qualquer loja Aqui é Fresco, os mesmos padrões de qualidade. “Este re conhecimento é um dos maiores ativos que um estabeleci mento pode ter, especialmente num mercado dominado por grandes superfícies”, reforça.
Um dos exemplos mais marcantes dessa transformação está na marca própria UP, cujos produtos têm conquista do adeptos por todo o país. No entanto, a experiência de compra depende de um fator essencial: a fácil identifica ção das lojas. Imagine um cliente que, ao visitar uma loja Aqui é Fresco, descobre um produto que aprecia. Quando decide repetir a compra noutra localidade, é fundamental que consiga encontrar a mesma identidade visual. Sem ela, a ligação com o cliente pode ser perdida e a venda nunca acontecer.
Os benefícios da adesão ao Kit vão muito além do aumento imediato das vendas. Envolve consolidar o estabelecimen to como referência na mente dos consumidores. “Quando o público reconhece a marca, o logo e as cores, recomenda de forma natural. É uma presença que se fixa na memória e que transmite confiança”, explica a mesma fonte.
Para os comerciantes que já aderiram, os resultados são visíveis. A combinação de preços baixos, atendimento pró ximo e identidade visual consistente tem estimulado a fide lidade dos clientes. Além disso, fortalece a ideia de que as lojas Aqui é Fresco são uma alternativa sólida e competiti va frente às grandes cadeias.
Com uma visão de crescimento contínuo, a marca acredita que expandir a sua presença nacional é a chave para o su cesso. O compromisso com a qualidade e a acessibilidade reflete-se não só nos produtos, mas na experiência com pleta que as lojas oferecem. “As empresas que investem na sua identidade visual são mais lucrativas. Não se trata ape nas de uma questão de aparência, mas de posicionamento estratégico”, conclui.
Para os pequenos comerciantes, aderir ao Kit Aqui é Fres co pode ser o primeiro passo para se tornarem parte de algo maior: uma rede de proximidade que valoriza tanto os clientes como os parceiros de negócio. Afinal, como diz o slogan da marca, é “A confiança que aproxima”.
Casal Garcia é uma das marcas de vinhos portugueses mais icónicas no mundo. Com 85 anos de história e presença em mais de 70 mercados, Casal Garcia é reconhecida por ser a marca da Alegria e pelo famoso jingle: “Haja Alegria. Haja Casal Garcia.” Atualmente, é o Vinho Verde mais vendido a nível global, a marca nº1 de vinhos e sangrias em Portugal e a marca de vinho português mais vendida no Brasil, Estados Unidos, Alemanha e França. Acompanha todos os momentos de Alegria de várias gerações e continua a adaptar-se constantemente às tendências de mercado.
A inovação é parte fundamental do DNA da marca, que conta com um portfólio diversi cado de vinhos, sangrias e bebidas aromatizadas à base de vinho. A mais recente conquista da marca é o lançamento de Casal Garcia Fruitzy, uma bebida aromatizada que responde à crescente procura por opções leves, refrescantes e com baixo teor alcoólico. Em apenas dois anos, a linha já conta com seis sabores, destacando-se o maracujá, lançado neste verão, que superou todas as expectativas de vendas.
Este ano, Casal Garcia celebra 85 anos. A comemoração teve início com uma festa especial para todos os colaboradores da Aveleda, com bolo e animação.
Seguiu-se um evento com parceiros de negócio, onde foram relembrados marcos históricos da marca, culminando numa grande festa repleta de música e Alegria nos jardins da Quinta da Aveleda. Como parte das celebrações, foi lançada uma edição limitada do rótulo de Casal Garcia Branco, com o mote “Haja Alegria”, que esteve disponível durante o verão. A marca também estreou uma nova campanha de comunicação 360º, com destaque para elementos icónicos, como o slogan “Haja Alegria” e a música emblemática de Casal Garcia.
Desde a sua essência, Casal Garcia posicionou-se no território da música, marcando presença em diversos festivais e levando a Alegria a todos os lugares. Há 11 anos que a marca é patrocinadora o cial do maior festival de música em Portugal, o NOS Alive, e participa também em grandes festivais internacionais, nomeadamente no Brasil e em França.
A inovação em Casal Garcia vai além do produto. Inspirada nas cores da marca e no lema “Haja Alegria”, foi criada uma linha de merchandising que materializa a Alegria de Casal Garcia. Colorida e versátil, esta coleção inclui camisas, t-shirts, chapéus e tote bags, ideais para os dias quentes, festivais e sunsets.
Outro marco histórico foi a presença de Casal Garcia nos ecrãs embláticos de Times Square, como uma das primeiras marcas portuguesas a iluminar uma das avenidas mais famosas de Nova
A marca naliza as celebrações dos 85 anos com uma experiência imersiva de Casal Garcia, que oferece uma oportunidade única de explorar os belíssimos jardins da Quinta da Aveleda de bicicleta, conhecer a história da marca, o processo produtivo e o segredo da Alegria.
Em outubro, a Ramirez & C ª (Filhos), S.A. acolheu, em parceria com a rede Aqui é Fresco, duas visitas de profissionais que, no dia-a-dia, apresentam as suas conservas de peixe, das marcas Ramirez, General e Pescador, aos consumidores portugueses. Estreitar laços e potenciar conhecimentos sobre os produtos e processos de produção foram os objetivos da iniciativa, a primeira do género no segmento “on-trade”, que mereceu o aplauso de todos.
No dia 10, a Ramirez recebeu a delegação do “cash & carry” Marabuto. Para além dos representantes da rede Aqui é Fresco, Pedro Silva e Manuel Azevedo, marcaram presença Paulo Coelho, Rosa Amador, Vasco Pina, Bruno Pereirinha e David Gomes, em representação do grossista, bem como os proprietários de 10 estabelecimentos Aqui é Fresco que integram o comércio integrado deste associado.
No dia 16, acolheu os associados do
grossista Malaquias. Carla Esteves e Rita Grácio representaram o Aqui é Fresco. Rui Ribeiro, Elisabete Sousa, Miguel Caetano, Andreia Dias, Carla Ferreira, em nome do Malaquias, dinamizaram a presença dos proprietários de mais 12 lojas Aqui é Fresco.
As duas comitivas visitaram a loja-museu e a fábrica, incluindo zonas de produção, visionaram um filme sobre os 171 anos de atividade da Ramirez e conheceram a aposta da empresa na produção com energia verde, na pesca sustentável, na valorização de co-produtos e no controlo de qualidade e segurança
alimentar. Tiveram também contacto com as diversas dinâmicas de responsabilidade social, como a creche para filhos e netos de colaboradores. Foi ainda servido um almoço onde não faltaram as conservas de peixe.
“Agradeço a calorosa receção e dedicado acompanhamento que nos prestaram nas vossas magníficas instalações. Foi com agradável surpresa e muito apreço que me apercebi da grandeza operacio -
nal e humana que tem a vossa instituição”, afirmou Pedro Silva, gestor comercial Aqui é Fresco.
Já Rita Grácio, assistente de marketing Aqui é Fresco, por sua vez, destacou que “foi um prazer conhecer de perto todo o trabalho. Todos ficaram muito impressionados com a organização, o profissionalismo e a inovação presentes em cada detalhe”
Para os representantes das marcas General e Ramirez, este é o tipo de iniciativas a repetir, já que aproxima equipas
e beneficia o diálogo. “As duas visitas revelaram-se muito positivas. Permitiu uma maior compreensão em relação à oferta da General e, estou certa, reforça a confiança mútua e estreita a colaboração”, assegura Joana Queiroz, diretora comercial da marca General. Miguel Plácido, chefe de vendas da marca Ramirez, considera, por sua vez, que “a Ramirez vai dar continuidade a este tipo de visitas, que permitem uma maior identificação dos lojistas com as marcas e os seus produtos, contribuindo para um melhor desempenho de todos”
A Iberopasta, Lda., empresa portuguesa especializada no fabrico de massas alimentícias, abriu recentemente as portas da sua unidade industrial em Alcanena para receber representantes de empresas associadas da Unimark, como António Ezequiel, Hiperideal, Malaquias, Marabuto, Pereira & Santos, Soprei e Única. Esta visita exclusiva permitiu aos associados conhecerem de perto o processo produtivo, as tecnologias avançadas utilizadas e o compromisso da Iberopasta com a qualidade e inovação.
AIberopasta, Lda., empresa portuguesa localizada em Alcanena, no coração do distrito de Santarém, destaca-se no sector alimentar pelo fabrico de massas alimentícias de alta qualidade. Fundada com o sonho de criar produtos que conquistem
consumidores e satisfaçam as exigências de um mercado cada vez mais competitivo, a empresa combina tradição e inovação em cada processo produtivo. Com uma fábrica de seis mil metros quadrados equipada com as mais modernas linhas de produção e rigorosos padrões
de segurança e higiene alimentar, a Iberopasta aproveitou a recente visita dos associados da Unimark para demonstrar como transforma matéria-prima cuidadosamente selecionada em produtos que conquistam consumidores e mercados. A missão da empresa é clara: desenvolver
produtos que não apenas sejam saborosos, mas também promovam a nutrição, a saúde e o bem-estar, garantindo prazer e confiança em cada refeição.
Para a empresa, receber os associados da Unimark, mais do que uma oportunidade de apresentar a sua estrutura, representou um momento de partilha e criação de confiança. “Conhecer o coração da Iberopasta e a arte de fabricar
massas permite que os nossos parceiros entendam a essência do que fazemos”, destaca.
Os associados tiveram a possibilidade de observar cada etapa da produção, desde a seleção rigorosa das matérias-primas até ao produto final. A degustação das massas, acompanhada pelo aroma característico do fabrico, proporcionou uma experiência sensorial que reforçou a ligação dos participantes à empresa e às suas práticas.
Iniciativas como esta demonstram a importância da proximidade entre parceiros, criando momentos únicos que promovem o alinhamento de valores e objetivos, e mostram que a transparência e a partilha de conhecimento são ferramentas poderosas para gerar valor. Cada visita é mais do que um evento – é uma estratégia para fortalecer laços e preparar um futuro de sucesso conjunto. Combinando tradição, modernidade e inovação, a Iberopasta continua a construir uma história de confiança e sabor, onde cada massa produzida carrega o compromisso de excelência que os seus parceiros e consumidores esperam.
A rede Aqui é Fresco continua a transformar o sector com o modelo colaborativo de múltiplas parcerias, no qual teve lugar a iniciativa Dia de Fornecedor, que aproximou os nossos retalhistas de grandes marcas. A digitalização, os preços competitivos e o fortalecimento das relações com fornecedores-parceiro reforçam o papel da rede como referência no mercado, beneficiando consumidores e parceiros em todo o país.
Após os bem-sucedidos Dias de Fornecedor da Nestlé e da L’Oréal, esta iniciativa de grande impacto teve continuidade com a Sogrape, Sumol Compal, Delta Cafés e Super Bock. Estes múltiplos encontros permitiram que os aderentes da rede Aqui é Fresco encomendassem diretamente aos fornecedores, utilizando uma aplicação digital exclusiva desenvolvida para a rede. Através desta plataforma, os retalhistas conseguiram, assim, visualizar e usufruir de condições comerciais vantajosas, otimizando a aquisição de produtos de referência das muitas marcas líderes do mercado e fornecedores-parceiros da rede de proximidade. Este modelo de multiparcerias, que já demonstrou resultados expressivos, está alinhado com o objetivo estratégico da rede Aqui é Fresco em ampliar a presença de marcas de renome nas suas lojas. Além de assegurar preços altamente competitivos para os consumidores finais, especialmente na época natalícia, mas também ao longo de todo o ano, esta abordagem visa reforçar
a proposta de valor do comércio de proximidade, consolidando a posição da rede como uma referência incontornável no sector.
A rede registou um crescimento robusto de 10,3% em 2023, ano em que 24 novas lojas aderiram ao Aqui é Fresco, aumentando, assim, para 110 mil metros quadrados a área total de venda a retalho nos 17 distritos de Portugal onde se faz representar. A marca própria da rede, a UP, também apresentou resultados notáveis, com um crescimento de 25% e a introdução de novas referências nos seus segmentos, demonstrando a capacidade de inovação e adaptação às necessidades do mercado. Carla Esteves, diretora executiva do Aqui é Fresco, sublinha o impacto transformador do Dia do Fornecedor. “Esta iniciativa é um exemplo claro dos benefícios que conseguimos proporcionar a todas as partes envolvidas: fornecedores, associados, retalhistas e, claro, os consumidores finais
que frequentam as nossas lojas. O comércio de proximidade só poderá competir de forma eficaz se continuarmos a fomentar esta sinergia entre os pequenos comerciantes e as grandes marcas, algo que os clientes tanto valorizam. Por isso, investimos fortemente em ferramentas digitais inovadoras que simplificam e potenciam a colaboração entre parceiros e associados, garantindo os melhores produtos a preços imbatíveis”. Com este modelo de gestão colaborativa, o Aqui é Fresco está a redefinir os padrões do comércio de proximidade em Portugal, apostando na digitalização, na ampliação da oferta de produtos e no fortalecimento das relações com os principais “players” do sector. A iniciativa Dia do Fornecedor não só cria valor para todos os envolvidos, como também reforça a promessa da rede de oferecer aos consumidores portugueses uma experiência de compra de qualidade, diversificada e economicamente atrativa.
Em Trás-os-Montes, terra de contrastes e histórias intemporais, o desafio da desertificação não silencia a força das suas gentes. É neste cenário de montanhas que tocam o céu e aldeias que guardam memórias de outros tempos que os pequenos comerciantes da rede Aqui é Fresco resistem às adversidades, mantendo vivas as comunidades. De Miranda do Douro a Murça, passando por Torre de Dona Chama, cada porta aberta é um ato de perseverança e uma celebração da vida, provando que, mesmo nas terras mais remotas, a determinação pode construir futuros.
Em Trás-os-Montes, onde as serras tocam o céu e as aldeias parecem ser fragmentos de um tempo antigo, o dia começa cedo. O frio que toma conta da madrugada que desperta com preguiça envolve as aldeias e as cidades que espreitam entre montes e vales e que parecem contar histórias de séculos passados, deixando, a quem por ali passa, uma sensação dos dias terem outro sabor, ou de, pelo menos, como o tempo parece passar com maior vagar.
A paisagem envolvente, ao mesmo tempo dura e bela, tem tanto de rude como de cativante e reflete a essência das gentes que a habitam, cuja força e resiliência são moldadas por séculos de luta contra o isolamento, sem deixar de nutrir um calor humano difícil de explicar. Apesar das modernas autoestradas terem encurtado as distâncias, Trás-os-Montes ainda carrega consigo um certo misticismo. Aqui, o isolamento é mais do que geográfico – é uma condição que permeia a vida e as histórias dos que resistem em aldeias, vilas ou cidades onde o tempo parece avançar com
mais calma.
É nesse cenário, entre a solidão das serras e o silêncio das aldeias, apenas quebrado pelo som distante de rios que serpenteiam por vales profundos e das gentes que circulam serra acima e abaixo, que se encontram exemplos extraordinários de resiliência silenciosa: os supermercados de proximidade da rede Aqui é Fresco, que continuam de portas abertas a servir as suas gentes, num concreto exemplo de perseverança e insistente apoio à comunidade. Muito mais do que simples pontos de venda, apresentam-se como verdadeiras âncoras da vida comunitária, locais onde se compram bens essenciais, mas também onde se trocam sorrisos, contam histórias e têm-se gestos de solidariedade.
Em Miranda do Douro, Murça e Torre de Dona Chama, e tantas outras localidades, o comércio de proximidade não apenas sobrevive, mas resiste com determinação, servindo como farol de esperança numa terra que enfrenta o desafio constante da desertificação. E que, teimosamente, luta contra ela. Ou não fossem gente de uma fibra e generosidade únicas
Trás-os-Montes é uma região marcada pela emigração e pela diminuição gradual da população. Durante décadas, muitos partiram em busca de melhores condições de vida, deixando aldeias e vilas com populações cada vez mais envelhecidas. O impacto é visível: ruas antes movimentadas hoje estão mais desertas e muitas das escolas onde outrora ecoava o som das crianças, agora, encontram-se encerradas, constituindo estes edifícios abandonados testemunhos do passar do tempo.
Mas, mesmo diante desse cenário, há quem insista em permanecer. Para estas pessoas, Trás-os-Montes não é apenas um lugar: é um lar, uma ligação inquebrável à terra e à comunidade. Os supermercados da rede Aqui é Fresco são um exemplo dessa persistência e das boas gentes que os lideram e frequentam. Em regiões onde as grandes superfícies comerciais chegam com atraso, ou nem sequer chegam, nalguns casos, estes estabelecimentos tornam-se vitais para a população, oferecendo mais do que produtos – oferecem conforto e um sentido de pertença. Murça, Miranda do Douro, Torre de Dona Chama são alguns nomes de localidades
dos imensos Trás-os-Montes, região que viu nascer Miguel Torga, Camilo Castelo Branco e muitos outros nomes que narravam o silêncio do alto, e que, para quem passa a correr, podem parecer pontos esquecidos no mapa. Mas que são mundos inteiros para os que lá vivem. Em cada uma destas localidades, existem negócios que se mantêm de pé contra todas as probabilidades. São rostos familiares, portas que se abrem todos os dias, mesmo quando tudo à volta parece estar a fechar, nem que seja só uma vaga sensação de quem vem de visita. Não são, portanto, apenas negócios. Cada porta que se mantém aberta é uma vitória contra o abandono, uma prova de que a vontade humana pode superar as adversidades. Por mais imensas que se apresentem.
MIRANDA DO DOURO: O RETORNO ÀS RAÍZES
Miranda do Douro, uma cidade rica em cultura e tradição, é o local que viu nascer Ângelo Delgado e para onde escolheu retornar para dar continuidade ao legado da família. Ângelo, de 32 anos, é formado em Economia e passou grande parte da sua vida profissional no estrangeiro, trabalhando como gestor de produto na área de IT, em países tão distantes como diversificados, como são exemplo China, Dinamarca ou Alemanha. A decisão de regressar a Portugal foi motivada pela doença da mãe, altura em que assumiu o minimercado que a sua avó Elvira fundou há décadas e que se tornou uma referência do bem receber desta localidade remota de Portugal. Elvira, apesar de analfabeta, teve a coragem de abrir o negócio que, pos-
teriormente, foi expandido pelos pais de Ângelo. E que agora tem continuidade no neto.
O regresso deste jovem a Miranda do Douro trouxe desafios, especialmente no processo de adaptação ao ritmo de vida mais tranquilo. No entanto, essa mesma tranquilidade da região e o forte sentido de comunidade ofereceram-lhe um novo propósito, que considera ser “mais gratificante do que o trabalho anterior”. Acompanhado pela esposa Chloe, de origem filipina, que se adaptou melhor a Miranda do Douro do que à Alemanha, Ângelo Delgado está já há três anos à frente do negócio, onde implementa a sua visão e o seu talento natural com números.
O minimercado é um ponto de encontro para portugueses e espanhóis, “especialmente aos fins de semana, quando se diz que há mais espanhóis do que portugueses em Miranda. Estes atravessam a fronteira em busca da qualidade dos produtos e da proximidade no atendimento”, reforça o gerente desta loja integrada nos supermercados Zona Norte, que faz questão de incluir na oferta produtos que respondam aos gostos dos clientes espanhóis. Mantendo, sempre, um atendimento familiar e próximo, atrai clientes novos e os regulares, muitos deles desde sempre e que o viram crescer nesta loja. “Aliás, eu dormia debaixo deste balcão, numa alcofa”, recorda, sorridente.
Com o passar dos anos, Miranda do Douro, à semelhança da região de Trás-os-Montes como um todo, sofreu alterações, nomeadamente o êxodo dos mais jovens. Contudo, começa a verificar-se uma inversão de tendência, um retorno às origens, como o de Ângelo Delgado, que, de forma simplista, atribui “à qualidade de vida e ao menor custo de vida na região”. Decisão da qual não se arrepende, confessando que se sente realizado por contribuir para o futuro da sua terra natal, dando, assim, continuidade às mais de três décadas de porta aberta do negócio da família
Já a relação do minimercado com a Unimark, que remonta aos tempos dos pais de Ângelo, continua a ser um pilar importante para o negócio. Assim como a ligação ao associado Armazéns da Santa. Na base desta relação de anos, o empresário encontra “a liberdade de gestão que a rede oferece, assim como a ausência de burocracia na resolução de problemas e a agilidade no apoio, muitas vezes resolvido com uma simples chamada. Além disso, os produtos da marca UP, que combinam qualidade e preço,
têm sido uma mais-valia para o sucesso da loja”, comenta, sem hesitar. Em suma, a história de Ângelo Delgado é um exemplo de como é possível honrar o legado familiar, contribuir para a revitalização da comunidade local e, ao mesmo tempo, adaptar-se aos desafios de um mercado em constante mudança. O seu regresso a Miranda do Douro representa não apenas um retorno às raízes, mas também um compromisso com o futuro da sua terra e do seu negócio.
MURÇA: A HISTÓRIA DO MERCADO BORGES
Murça, uma das muitas joias de Trás-os-Montes, é conhecida pela sua paisagem pitoresca e pelo espírito acolhedor da sua gente. É ali que Paulo Borges, com o auxílio da esposa Ana Paula, mantém o Mercado Borges, um supermercado que já faz parte da história da localidade. Afinal, Paulo assumiu o negócio muito jovem, aos 17 anos, após o falecimento da mãe. Sem ter grande apoio do pai, dedicado a outra área profissional, optou por deixar os estudos e meter as mãos à obra. Desde então, o supermercado tornou-se não apenas uma fonte de sustento, mas também uma paixão, ou a história da sua vida.
Hoje, aos 55 anos, Paulo reflete sobre a sua jornada com um misto de orgulho e saudade, com a nostalgia a tomar-lhe conta do rosto e do olhar, já que falar do seu estabelecimento é falar da sua própria história de vida, de tal forma que as duas estão intricadas. Por amor à mãe, mas também por sentir uma especial ligação ao negócio e à terra. Para trás, distante no tempo, mas não necessariamente na memória, ficaram as muitas idas ao mercado abastecedor, para trazer a melhor fruta e legumes. Uma tarefa
PITORESCA E PELO ESPÍRITO
dura, pois as estradas eram longas, maiores do que a distância, mas a vontade imensa, maior do que todas elas juntas. Com o carro carregado à porta da loja, pronta a ser abastecida, voltava ao conforto dos lençóis para recuperar um pouco do sono perdido nestas rotinas. Com isso aprendeu a negociar bem, tinha mesmo de ser. "O segredo é comprar bem e tratar bem os clientes", comenta Paulo Borges. Esta filosofia simples, mas eficaz, é o que mantém o Mercado Borges relevante numa era de mudanças cons-
tantes e onde também Murça parece acusar a erosão dos tempos e das vontades. Apesar dos desafios logísticos e da desertificação progressiva da região, Paulo e a sua esposa, Ana Paula, continuam a oferecer produtos de qualidade e um atendimento personalizado que conquista clientes não apenas de Murça, mas também de localidades próximas, como Mirandela e Vila Real, que, servidos pelas modernas vias rodoviárias, sabem encontrar ali bom produto e bom preço. “Estamos no interior transmontano, onde a logística nem sempre é fácil. Talvez por isso tenha sido das zonas onde as grandes superfícies tenham chegado mais tarde. Mas também a terra mudou. Hoje, as famílias são menores e sente-se o peso da desertificação. Quem emigra já não volta. O concelho de Murça perdeu, no mínimo, 10 mil pessoas”, conta.
Mas um dos aspetos mais marcantes da relação com a clientela é, e continuará a ser, a confiança mútua. Muitos clientes de idade avançada confiam-lhe as chaves
de casa para que entregue e, até, arrume as compras na despensa. Este nível de proximidade e cuidado é raro nos dias que correm e destaca a importância do Mercado Borges na comunidade e na região envolvente. Presta mais do que um serviço, é uma espécie de segunda família, de tantos anos a servir uma clientela fidelizada e que, muita dela, viu Paulo Borges crescer, passando de menino a moço e, por sua vez, a homem. Assim como viu Murça mudar, em suma, testemunhou o passar inclemente do tempo. Mais do que nunca, estes clientes precisam do apoio que Paulo Borges e a sua equipa lhes proporcionam, com este acompanhamento único. Afinal, já ali está desde os 17 anos, ele, pois a loja já lá estava antes.
Integrado na rede Aqui é Fresco há cerca de oito anos, o gerente do Mercado Borges valoriza o apoio dos Armazéns da Santa e a qualidade dos produtos de marca própria UP. Para este empresário, a fidelidade dos clientes é prova de que o esforço vale a pena, mesmo numa terra onde as dificuldades são uma constante. “Estamos a uma hora do Porto. Mas ainda hoje se pensa que Trás-os-Montes é muito longe”, conclui, sorridente.
O SUPERMERCADO 2 MANOS TEM VINDO A ATRAIR UMA CLIENTELA CADA VEZ MAIOR, COMPOSTA NÃO SÓ POR HABITANTES
LOCAIS COMO DE OUTRAS
FREGUESIAS
TORRE DE DONA CHAMA: FÔLEGO
PARA O COMÉRCIO LOCAL
Em Torre de Dona Chama, uma vila onde a população enfrenta desafios decorrentes da falta de indústria e do êxodo progressivo de habitantes, apenas mais colmatado nas estações de calor, ou aos fins de semana, Nelson Costa, sócio-gerente do supermercado 2 Manos, encontrou uma oportunidade de negócio onde muitos viam apenas limitações. A necessidade de uma oferta mais completa de produtos no mercado local foi o que motivou este jovem empresário
a abrir uma loja, com o apoio da esposa, cunhada e irmão, onde se destaca uma gama diversificada de opções, respondendo às necessidades de uma comunidade que ansiava por mais escolha e conveniência. Desafio ao qual o 2 Manos veio dar uma resposta cabal.
Desde que integrou a rede Aqui é Fresco, há dois anos, o balanço não poderia ser mais positivo. Afinal, o supermercado 2 Manos tem vindo a atrair uma clientela cada vez maior, composta não só por habitantes locais como de outras freguesias, mais ou menos distantes, e também por clientes sazonais, caso dos muitos emigrantes que regressam a casa durante o período de descanso e que dão outro colorido a esta localidade conhecida pela forte cultura da oliveira. Para Nelson Costa, cada novo
cliente representa uma vitória pessoal e o reconhecimento do trabalho árduo desenvolvido pela sua equipa. “Há sempre quem venha pela primeira vez e isso é um sinal de que estamos no caminho certo”, destaca.
A logística é, sem dúvida, um dos maiores desafios para manter o negócio a funcionar. As distâncias a percorrer para abastecer a loja exigem planeamento cuidadoso, mas o sócio-gerente do 2 Manos encara as dificuldades com um natural otimismo, focando-se nos resultados obtidos pelo esforço desenvolvido. Nesse mesmo contexto, um apoio fundamental vem dos Armazéns da Santa, reconhecidos pela sua “competitividade em preços e prontidão para ajudar em qualquer necessidade”, acrescenta. Este suporte tem sido, no seu entender, essencial para garantir a continuidade e o sucesso do negócio, onde se destaca a qualidade dos frescos, os produtos da terra, casos da azeitona e do azeite, assim como a boa charcutaria local e uma relação qualidade/preço muito equilibrada e que fideliza uma clientela crescente. Além do impacto no comércio, o supermercado 2 Manos desempenha um papel vital na comunidade ao gerar emprego e estimular a economia local. Entre a loja e a Casa Agrícola Mosteiró, detida e explorada pela família do proprietário deste espaço, são, ao todo, 16 postos de trabalho criados, proporcionando um contributo significativo para a vitalidade da vila. Para Nelson Costa, cada emprego gerado é um imenso motivo de orgulho e uma maneira concreta de
devolver algo à comunidade que tanto os tem apoiado. Com determinação e visão, o 2 Manos é, assim, mais do que um simples supermercado, é um símbolo de resiliência e de esperança para Torre de Dona Chama, ou a prova de que mesmo nas localidades mais isoladas deste pequeno, mas imenso, Portugal, é possível prosperar nesta atividade económica.
A rede Aqui é Fresco desempenha, assim, um papel crucial no suporte a estes empreendedores, mediante o apoio da central e, sem dúvida, por intermédio dos seus muitos associados, que trazem vitalidade ao tecido económico nacional. Combinando competitividade nos preços com um entendimento profundo das necessidades locais, a rede permite que estes operadores mantenham a sua relevância e prosperem, mesmo em contextos desafiadores, seja pela sua localização, como pela presença de outros fortes competidores nas re-
dondezas.
Produtos de marca própria, como os da linha UP, oferecem uma combinação de qualidade e preço que atrai clientes e diferencia os estabelecimentos. Além disso, a simplicidade na resolução de problemas e a proximidade com os fornecedores são vantagens que estes empresários independentes destacam frequentemente ao analisar a sua ligação e a relação com a rede.
E se em Trás-os-Montes os desafios são muitos, as histórias de superação são ainda maiores. Cada estabelecimento comercial que mantém as portas abertas é um testemunho da força de uma comunidade que se recusa a desistir. Estas pequenas lojas são muito mais do que negócios – são o coração vibrante das suas comunidades. Representam resistência, coragem e um profundo amor pela terra. Enquanto o mundo parece girar cada vez mais rápido, é aqui, no silêncio das serras e na simplicidade das aldeias, que se encontra o verdadeiro signifi-
cado de comunidade e humanidade. Trás-os-Montes continuará a ser a Terra dos Gigantes, não pelas suas montanhas, mas pela grandeza das suas gentes. Assim o diz o poeta, assim o diz quem por lá habita.
Com quase 20 anos de história, a marca própria UP prepara-se para um futuro pautado pela inovação e crescimento sustentável. Com um portfólio de mais de 600 SKUs, a marca pretende ampliar a sua presença em novas categorias, com foco na alimentação saudável e nos produtos ecológicos. Esta estratégia reforça o compromisso da UP com a qualidade e os preços justos, ao mesmo tempo que aposta na sustentabilidade em todas as etapas da cadeia de abastecimento. A estratégia para os próximos anos inclui a renovação das embalagens, o lançamento de produtos de nicho e um foco contínuo no feedback do consumidor para se adaptar às suas necessidades.
Amissão da marca própria UP, desenvolvida no seio da Unimark, é consolidar-se como uma aliada estratégica de excelência para os associados, atendendo de forma diferenciada as necessidades de grossistas e retalhistas. Posicionando-se como uma opção de confiança na prateleira, após as marcas líderes de cada categoria, a UP destaca-se pela sua proposta de valor. “A marca própria UP procura ser um exemplo de qualidade e de preço. Não pretende ser uma oferta de primeiro preço, até porque, segundo os dados da NielsenIQ, os produtos de primeiro preço são inexpressivos”, sublinha Filipe Estevens, gestor comercial de marca própria da UniMark. Com este posicionamento, a UP apresenta-se como uma escolha estratégica que combina qualidade com preço competitivo, adaptando-se de forma harmoniosa às necessidades do canal tradicional. A marca não tem a intenção de substituir as marcas dos fornecedores, mas complementá-las, valorizando um sector em que estas continuam a ser fundamentais. “Não
queremos, de modo algum, substituir as marcas de fornecedor, até porque este é um canal tradicionalmente ‘marquista’, em que as marcas têm um grande peso e importância, quer para os retalhistas, quer para o consumidor, que sabe que neste canal as encontra a preços mais competitivos do que na grande distribuição. O caso mais óbvio são os produtos DPH. Mesmo quando a grande distribuição tem os típicos detergentes de roupa promocionados, ainda assim, é possível encontrá-los no pequeno retalho 20% ou 30% abaixo”, reforça Filipe Estevens.
O portfólio da UP conta atualmente com mais de 600 referências e está em franca expansão, prestes a atingir as 700. Esta diversidade reflete-se em categorias-chave, como mercearia, higiene e não alimentar. Um exemplo concreto do compromisso com a evolução está na renovação de imagem de produtos essenciais, como a gama de massas, que agora se apresenta em embalagens modernas e
POSICIONANDO-SE COMO UMA OPÇÃO DE CONFIANÇA NA PRATELEIRA, APÓS AS MARCAS LÍDERES DE CADA CATEGORIA, A UP DESTACA-SE PELA SUA PROPOSTA DE VALOR, FAZENDO PREVALECER UM SORTIDO AMPLO E PRESENÇA EM CATEGORIASCHAVE
atrativas, alinhadas com as melhores práticas de mercado. Este esforço não apenas revitaliza a perceção da marca, como também demonstra a sua capacidade de acompanhar as exigências dos consumidores e do sector.
A inovação não se limita ao design. A UP tem apostado em categorias de nicho e na sustentabilidade, com lançamentos estratégicos como a linha de detergentes ecológicos. Esta gama, que inclui produtos para roupa, loiça e limpeza geral, traduz o compromisso da marca em oferecer soluções responsáveis e amigas do ambiente, respondendo à crescente procura por alternativas sustentáveis no mercado.
A proximidade com os consumidores e os associados é um pilar estratégico para a UP, permitindo-lhe ajustar a sua oferta com base em “insights” concretos e dados de mercado. O feedback recolhido diretamente pelos retalhistas, aliado a estudos de mercado detalhados, tem sido determinante para identificar oportunidades, preencher lacunas e desenvolver produtos que se destacam. Esta
abordagem fortalece a relação da marca com os seus parceiros e assegura a sua relevância num mercado dinâmico.
Uma das grandes ambições da UP é consolidar-se emocionalmente como a marca de eleição no universo Unimark. “A meta da UP é ser a marca ‘top of mind’ deste canal, tanto para retalhistas quanto para grossistas, de modo que, ao pensarem em marcas próprias, a primeira opção seja a UP”, explica Filipe Estevens. Este objetivo reflete uma visão clara de liderança e um compromisso com a excelência.
Embora muitas das iniciativas de sustentabilidade da UP não sejam imediatamente visíveis para o consumidor final, o impacto é significativo. A marca tem investido no uso de plásticos reciclados em embalagens e na substituição de materiais nas caixas de transporte, reduzindo assim o desperdício e a pegada ecológica.
Além disso, todos os fornecedores-parceiros cumprem rigorosos padrões de qualidade e segurança, como os certificados IFS e BRCGS, garantindo a conformidade em toda a cadeia de abastecimento.
Com uma trajetória marcada pela inovação, compromisso com a sustentabilidade e uma forte ligação aos consumidores, a UP está bem posicionada para continuar a crescer e a reforçar o seu papel no mercado. Alavancando a combinação única de tradição e modernidade, a marca afirma-se como uma parceira estratégica essencial para grossistas, retalhistas e consumidores que procuram uma oferta de qualidade e valor nas suas escolhas diárias. Este equilíbrio entre preço justo, inovação e confiança solidifica a missão da UP de ser mais do que uma marca própria – uma referência no canal tradicional.
Ao longo dos últimos 40 anos, a Caramulo tornou-se uma marca de referência no mercado português de águas engarrafadas, conhecida pela sua água de nascente de montanha de alta qualidade. Com um foco em sustentabilidade e inovação, a marca superou desafios, incluindo o impacto da pandemia de Covid-19, para se reintroduzir com embalagens modernizadas e um renovado compromisso com a responsabilidade ambiental. Segundo Sérgio Vaz, CEO da Mountain Water, o futuro da marca passa por continuar a expandir a sua presença, aproveitando parcerias estratégicas e mantendose fiel aos seus valores fundamentais de qualidade e satisfação do cliente, ocupando o seu espaço num mercado cada vez mais competitivo.
Amarca Caramulo, ao longo dos seus 40 anos, construiu uma sólida reputação no mercado, destacando-se pela qualidade da sua água de montanha, reconhecida pelo equilíbrio do seu pH e pelos componentes que a tornam uma opção completa.
“A marca Caramulo teve uma fase muito boa, há 20 anos, com bons resultados, incluindo na exportação. Neste momento, o nosso objetivo é acompanhar esses bons tempos de há duas décadas”, afirma Sérgio Vaz, CEO da Mountain Water.
Assim, a Caramulo quer reviver esse período de crescimento e reposicionar-se no mercado, acompanhando as tendências e as boas práticas que marcaram o seu auge.
A aquisição da marca e a decisão de lhe dar uma nova vida surgiram quando um dos sócios, com fortes raízes locais, soube que a empresa que detinha a fábrica estava à venda. Já atuando no sector de distribuição, os novos proprietários viram neste negócio uma oportunidade de diversificar as suas operações, tendo a fábrica e uma marca com grande potencial de crescimento.
A aposta na revitalização tem-se mostrado positiva, com a Caramulo a demonstrar um grande potencial de expansão. “Investimos mais de 10 milhões de euros em novas máquinas e equipamentos, com o objetivo de melhorar a embalagem. Em Portugal, temos as melhores águas do mundo, mas a nível de embalagem temos das menos modernas. Por isso, quisemos apostar em ter uma embalagem inovadora, mais alinhada com as exigências do consumidor atual”, explica o responsável.
No entanto, o desafio de lançar a marca Caramulo e reestabelecer a presença no mercado foi dificultado pela pandemia de Covid-19. “Foi uma altura difícil, queríamos mostrar aos clientes que estávamos de volta, mas não havia forma de o fazer. Após a reabertura, os clientes começaram a ver a embalagem e a reconhecer a marca de água Caramulo. Depois, foi fazer o nosso trabalho de estrutura de distribuidor. Começar a crescer com boas parcerias, para as pessoas verem o produto”
Quando decidiram investir na revitalização da marca Caramulo e na modernização da fábrica, os empresários não esperavam que a pandemia de Covid-19 viesse a transformar este processo num desafio ainda maior.
Os primeiros meses após o investimento foram particularmente difíceis, afiança o CEO. Como estavam a investir na parte comercial, o contexto de isolamento social e de confinamento impediu qualquer interação direta com clientes potenciais. Para um negócio baseado em distribuições, “onde a relação pessoal é crucial, foi muito complicado comunicar com os clientes”, continua, explicando que, quando a equipa tentava ligar para um possível cliente, “as respostas eram negativas, com as empresas fechadas e a recomendação de enviar apenas e-mails”. Isso dificultou muito a entrada no mercado e a apresentação do produto, algo essencial para a Caramulo, que estava a iniciar esta nova fase.
“Passados seis meses, com a reabertura das atividades comerciais, a Caramulo pôde finalmente mostrar o seu novo produto e os clientes começaram a acreditar na qualidade da água e no projeto da marca. Com o tempo, o retorno que esperávamos começou a chegar, trazendo resultados positivos nos últimos anos”
água como a sua bebida preferida. O CEO acredita que a água engarrafada, especialmente a 100% natural com qualidades diferenciadas, está a ganhar cada vez mais valor, principalmente entre os consumidores jovens. “A água é um bem essencial, portanto, temos de cada vez mais apostar neste tipo de produto. Era uma pena uma unidade deste tipo de produto estar parada”, explica.
Segundo o CEO, a fábrica que encontraram para o projeto estava desatualizada, tinha mais de 20 anos, e as suas máquinas estavam ultrapassadas, sem qualquer intervenção recente. Para modernizar a produção, investiu-se numa linha de máquinas completamente novas, do mais moderno que existe, o que permitiu a criação de uma embalagem inovadora, diferente daquelas que predominavam no mercado. Desde o processo de sopro até ao enchimento das garrafas, todo o sistema foi renovado para garantir a qualidade e diferenciação do produto.
A escolha pela indústria de águas, e não por outro sector, foi algo pessoal para Sérgio Vaz, que sempre teve a
A nova embalagem trouxe várias vantagens, especialmente no que se refere à sua resistência e ao design. Foi projetada para ser mais robusta, com uma base capaz de resistir a impactos superiores às embalagens tradicionais, oferecendo uma experiência mais confiável para o consumidor. Além disso, a embalagem tem um design mais cuidado e é esteticamente agradável, contribuindo para uma melhor perceção do produto.
Com esta inovação, a Caramulo também conseguiu exportar a sua água de forma mais eficiente, com os contentores a chegarem aos destinos internacionais em perfeitas condições.
“Conseguimos enviar para fora de Portugal num contentor que chega tal como saiu daqui, o que gera grande satisfação entre os clientes estrangeiros. Temos um cliente 100% satisfeito com a integridade do produto no transporte”
Assim, com a melhoria da embalagem, a Caramulo conseguiu reduzir as perdas, tornando o negócio mais eficiente. Parte dessa estratégia envolveu também a aposta em entregas próprias, com o objetivo de oferecer um serviço de proximidade ao cliente. Este nível de personalização tem sido
uma das chaves para manter a qualidade do serviço e a relação estreita com os consumidores, permitindo à marca oferecer uma experiência de consumo mais satisfatória.
Apostada no acompanhamento do cliente, a Caramulo tem uma equipa comercial dedicada de quatro pessoas, “algo raro no sector das águas,
onde frequentemente apenas uma pessoa lida com várias funções” afirma o CEO. A marca acredita que, ao ter uma equipa próxima do cliente e dos distribuidores, pode oferecer um serviço mais personalizado e eficiente, “mesmo que isso exija mais trabalho” Além disso, e apesar de focada em reforçar a sua presença no mercado doméstico, a Caramulo não descura os mercados internacionais, ao exportar,
presentemente, para um total de 18 países e com o objetivo de alargar essa presença no futuro. Em termos de capacidade produtiva, a fábrica da Caramulo trabalha 24 horas por dia, sete dias por semana, em três turnos. No entanto, após as otimizações recentes na linha de produção, já não está a operar com a capacidade de três turnos, mas ainda possui espaço para crescer até 40%
com os mesmos recursos humanos.
A linha foi atualizada com uma nova configuração e a otimização do espaço tem sido uma prioridade.
A Caramulo também está a expandir a sua capacidade de armazenamento, com investimentos num novo armazém interno, o que permitirá armazenar mais de 15 mil paletes.
O aumento da capacidade de “stockagem” é essencial, especialmente para lidar com a sazonalidade das vendas, adianta Sérgio Vaz. “Quem tem stock, tem produto para o verão. Durante o inverno, fazemos ‘stockagem’, porque no verão as vendas chegam a triplicar e temos de estar preparados para vender. O importante é a satisfação do nosso cliente e do nosso distribuidor, é para isso que trabalhamos. Portanto, se o cliente estiver satisfeito, a marca cresce”
Atualmente, a Caramulo oferece uma variedade de formatos para atender às diferentes preferências dos consumidores, incluindo garrafas de 33 e 50 centilitros, assim como de 1,5 e seis litros, e duas garrafas premium para a restauração (50 centilitros e de um litro). Também desenvolveu uma linha para crianças, com uma abertura fácil, e uma garrafa desportiva de 50 centilitros.
A empresa está igualmente focada na sustentabilidade, com uma aposta crescente no uso de rPET (plástico reciclado). No próximo ano, a Caramulo será obrigada a ter mais de 25%
de rPET nas suas embalagens, como parte da diretiva europeia, e já está preparada para essa mudança, com alguns produtos feitos já com 100% reciclado. Embora outras marcas comecem a explorar produtos semelhantes, a Caramulo acredita que a sua oferta de garrafas premium recicladas é única e diferenciada no mercado.
Para minimizar o impacto ambiental,
NO PRÓXIMO
a Caramulo tem implementado várias iniciativas sustentáveis. “Conseguimos, através da utilização de painéis solares para gerar energia renovável, garantir, em dias de sol, que a produção seja realizada com energia solar. Além disso, a frota de veículos comerciais da empresa inclui veículos elétricos. A ideia é continuar a crescer nessa preocupação de sermos mais sustentáveis”, garante o CEO da Caramulo. Paralelamente, a empresa reconhece os desafios ambientais das garrafas de vidro e os limites do seu espaço de produção. A fábrica da Caramulo é 100% limpa e operada sem retorno de águas contaminadas ou sujas, o que representa um desafio em relação aos produtos reutilizáveis, mas a marca permanece firme na sua abordagem sustentável.
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As principais metas da Caramulo para os próximos 10 anos incluem o crescimento contínuo e a consolidação da sua notoriedade no mercado nacional. A marca pretende manter-se no topo e continuar a amadurecer, solidificando a sua posição como uma referência no sector das águas engarrafadas.
“Em termos de diferenciação, a Caramulo é água de montanha”, sublinha o responsável, uma origem que é um fator único e que continua a ser um forte argumento comercial, diferenciando a marca das demais no mercado. A qualidade da água, que é a mesma há 40 anos, permanece um dos principais pilares da marca. A Caramulo tem o objetivo de manter essa consistência e continuar a ser reconhecida pela sua qualidade, assegurando que o diferencial da sua água de montanha se mantenha como um ponto forte na sua oferta.
Em relação à rede Aqui é Fresco e à Unimark, a Caramulo valoriza muito a parceria com ambas. “A Unimark tem uma excelente rede de distribuição, onde trabalha marca UP, que é uma parceria muito importante”, refere. Para o futuro, a empresa mantém-se focada em ampliar a sua presença em tantos pontos de venda quanto possível, pois acredita que, quanto mais consumidores tiverem acesso à água Caramulo, mais poderão provar e afiançar a qualidade do produto.
Com o mesmo sabor e a mesma atitude atrevida e desafiante, Pepsi procura ligar as gerações futuras à herança da marca, posicionando-a, simultaneamente, num mundo cada vez mais digital.
A entrada nesta nova era é feita com um novo design preparado para contar novas histórias e parcerias que se conectam com tudo o que mais apaixona os fãs de Pepsi: música, futebol e entretenimento.
Ana Isabel Trigo Morais, CEO da Sociedade Ponto Verde, lidera uma organização que, há mais de duas décadas, transforma a forma como Portugal gere os resíduos de embalagens e navega os complexos desafios da reciclagem. Com uma visão que alia pragmatismo e inovação, destaca a importância de um sector mais transparente e eficiente, capaz de envolver consumidores, indústrias e políticas públicas num compromisso comum. Nesta entrevista, revela os principais desafios e oportunidades para o futuro da reciclagem em Portugal, numa perspetiva que reflete a sua paixão pelo progresso sustentável e pela criação de valor real para o país.
Portugal nunca cumpriu as metas da União Europeia para reciclagem. Considerando esta lacuna, quais são as falhas estruturais mais graves que identifica? É uma questão de falta de educação ambiental, de políticas públicas inadequadas ou de falta de cooperação entre os diferentes intervenientes do sector?
Esta questão tem uma explicação simples ou nem por isso?
A explicação é tudo menos simples, até porque o tema também é complexo, e reside na combinação de todos os fatores enumerados. De facto, Portugal nunca cumpriu as metas de reciclagem dos resíduos urbanos, pese embora tenha cumprido as metas de reciclagem das embalagens. Resíduos urbanos são todo o tipo de resíduos que descartamos no dia-a-dia. Existem muitos fluxos para além das embalagens.
O país fez uma transição importante na gestão dos resíduos urbanos quando se encerraram as lixeiras, nos anos 1990, o que representou uma grande transformação. Criou-se o sistema de reciclagem das embalagens e cobriu-se o país de ecopontos, pelo que hou-
ve uma aceleração. Mas, passados 27 anos da Sociedade Ponto Verde gerir o fluxo de reciclagem das embalagens, vemos diferentes velocidades de evolução nos vários agentes desta cadeia de valor. Isso representa um problema adicional, embora, do meu ponto de vista, já pudesse estar muito mais resolvido. Estamos na cadeia de valor do grande consumo, situando-nos no pós-consumo. Mas essa divisão entre consumo e pós-consumo já não faz sentido. Temos uma cadeia de valor do consumo em que a reciclagem das embalagens e de tudo aquilo que dá origem a resíduos volta a entrar no consumo.
Se houve anos em que houve acelerações e se introduziu muito nível de serviço às populações, claramente, há 10 anos que se vive o inverso e o país não cumpre as metas de reciclagem, à exceção das embalagens.
A que se deve esta desaceleração?
Tal se deve ao facto de este ser um sector que exige investimentos em vários pontos da cadeia, desde logo no consumidor. É preciso causar mais impacto para o consumidor mudar o
seu comportamento. Ora, temos como ferramentas de impacto, sobretudo, a conveniência em serviço e a educação, literacia e sensibilização ambiental. Para ter eficiência na questão dos resíduos urbanos e melhorar a reciclagem de embalagens, tem de se investir mais no serviço e na conveniência. Não é só expandir as redes de ecopontos, até porque o país não tem muita necessidade de mais ecopontos. Em contrapartida, precisa de os relocalizar e desenhar sistemas mais adaptados às características do território. Numas áreas passa pelos ecopontos, noutras pelas recolhas porta a porta e noutras por outras soluções. E convém ter também em mente que recolher resíduos que têm origem em casa dos consumidores finais é diferente de recolher resíduos de embalagem provenientes do canal Horeca, que no fundo estão a ser servidos pelo mesmo tipo de processo e de infraestrutura. Portanto, é preciso maior nível de serviço e de conveniência, para que o consumidor não se afaste da prática do gesto da reciclagem. Os sistemas de deposição de embalagens devem acompanhar as rotas das vidas das pessoas, ao invés de um
serviço praticamente indiferenciado e estandardizado.
Com todo o respeito pelas autoridades do território, como as juntas de freguesia e as câmaras municipais, para cumprir as metas de reciclagem, atualmente situadas nos 55% - e que se vão elevar para 65% -, precisamos de trazer outros modelos, outros atores e outros concorrentes para a cadeia de valor. Isto devia causar um alerta. Senão, vamos continuar a ter resultados que não correspondem à nossa ambição. No fundo, estamos também a falar de um bocadinho de falta de ambição, nos últimos 10 anos, enquanto país e de políticas públicas, na área dos resíduos e economia circular. Fomo-nos atrasando e nunca mais recuperámos.
“HOJE,
Com o agravamento das sanções por incumprimento de metas ambientais, como é que a Sociedade Ponto Verde antecipa que estas pressões possam impactar o mercado português? O que falta para uma verdadeira transformação? Prefiro discutir qual é a melhor tecnologia e a melhor inovação para cumprir as metas de reciclagem e tornar o país um exemplo de economia circular, sobretudo nas embalagens, que é responsabilidade da Sociedade Ponto Verde, do que andar a discutir reservas territoriais de serviço público. É mais útil para o país fazermos a discussão de uma forma diferente.
Percebo o papel que historicamente os municípios têm desempenhado. São fundamentais para a qualidade de vida dos portugueses, mas tem de haver uma outra “camada” adicional, abrindo o sector à concorrência. Quando estudamos os países que têm melhor desempenho ambiental no que diz respeito à reciclagem das embalagens e dos resíduos urbanos, vemos uma dinâmica de abertura a operadores privados ou até semiprivados que vêm acrescentar eficiência e desempenho.
A transformação deste sector é cara. É preciso fazer grandes investimentos. A concorrência vai acelerá-los, para não estarmos sempre dependentes das mesmas ferramentas e programas. Precisamos de desenhar conjuntamente um quadro em que todos possamos fazer mais e melhor.
Como é que estão a envolver indústrias e retalho para desenvolver soluções de packaging mais sustentáveis e reduzir o volume de resíduos desde a origem? Existem parcerias específicas com marcas ou cadeias de retalho?
Vivemos num ambiente muito regulado, a nível europeu. Temos uma legislação “chapéu” para todos os Estados-membros, sendo que, às vezes, o “chapéu” é-nos mais ou menos apertado. Essa regulação tem vindo a robustecer-se visando também as empresas embaladoras e que utilizam embalagem para levar os seus produtos ao consumidor. Até me parece bastante bem que a Europa tenha tomado este conjunto de medidas para orientar toda esta cadeia de valor no
mesmo sentido, para se conseguir ter uma atividade com indicadores importantes de sustentabilidade. Mas se calhar vale a pena relembrar o que é este conceito. Trata-se de uma forma de transformação do negócio que permite que as empresas continuem a servir os consumidores equilibrando as necessidades destes com a proteção dos recursos ambientais. Estamos sempre a falar de equilíbrios e estes podem chamar-se escassez, falta de matérias-primas ou impactos ambientais que vão, a prazo, transformar a qualidade de vida. As empresas embaladoras estão muito empenhadas. São obrigações de “compliance”, que vêm da regulação. São empresas auditadas, têm os seus indicadores e, portanto, desse ponto de vista, todas querem cumprir o melhor possível com a regulação, evitando o “greenwashing”. Estando a viver o pós-diretiva dos plásticos de uso único, o quadro sancionatório para as empresas tem vindo a crescer, assim como as penalizações para os Estados que não cumprem. E são também os consumidores que estão a pagar os incumprimentos todos. Quando digo que a estratégia da Sociedade Ponto Verde é uma estratégia de zero embalagens no aterro, é para chamar a atenção que não só estamos a perder valor ambiental, como também estamos a perder valor económico e não estamos a impactar o comportamento do consumidor.
Temos cerca de 8.200 clientes de diferentes dimensões. Mais de cinco mil são muito pequenas e microempresas, um universo muito grande, que reflete a realidade do país. É preciso tomar um conjunto de medidas para transformar o modelo de consumo e isso começa nas empresas que usam a embalagem. Temos vindo a desenvolver, ao longo dos últimos seis anos, um conjunto de ferramentas para medir a circularidade das embalagens, temos os nossos guias práticos para a sustentabilidade, criámos o Ponto Verde Lab, que é, no fundo, uma área de serviços de inovação aplicada à realidade das embalagens e dos nossos clientes.
Temos de resolver dois problemas complicados nesta cadeia de valor: reduzir a quantidade de materiais extraídos à natureza, o que significa
incorporar mais material reciclado, e reduzir a quantidade de materiais utilizados - e gosto sempre de dar o exemplo das garrafas de água, que têm vindo a diminuir drasticamente a quantidade de plástico –, por um lado, e abraçar novos modelos e formatos de consumo, como, por exemplo, a venda a granel, onde a intensidade de utilização da embalagem é menor, por outro. A partir de 2026, vai entrar em vigor o regime de eco modulação, em que as embalagens vão pagar um custo maior ou menor, quanto menos ou mais amigas da reciclagem forem. Acredita-se que, como a cadeia de valor é orientada para a eficiência, vai procurar a embalagem que tiver menos pegada ambiental. Hoje, a indústria de grande consumo tem uma grande responsabilidade, não só na utilização da melhor tecnologia, daquilo que a ciência tem trazido ultimamente, mas também de transformar os hábitos de consumo, dada a sua proximidade ao consumidor. Estamos no tempo da verdade, que é dada por auditorias e esquemas de certificação. A garantia que se dá ao consumidor é cada vez mais importante.
Tem havido debates sobre o uso de tecnologias como o Blockchain para rastrear os materiais recicláveis, oferecendo maior transparência ao consumidor. Qual a posição
da Sociedade Ponto Verde em relação a estas tecnologias? Já estão a ser integradas?
Da mesma forma que o código de barras veio transformar e impactar a cadeia do grande consumo há 50 anos, terá de ser adotado um mecanismo de rastreabilidade no sector das embalagens, até 2030. O passaporte digital dos produtos vai ser outra revolução no consumo, mas com uma extensão maior, porque se trata da relação com o elo final da cadeia, o consumidor. Isso trará ao consumidor não só a possibilidade de conhecer profundamente a embalagem, o que pode fazer com ela, de onde veio, e levá-la para o momento pós-consumo. A embalagem não sofreu um “downgrade” a partir do momento em que virou resíduo, pelo contrário. O “upgrade” será a sua valorização.
Aí temos o digital a funcionar. Vamos ter sensores óticos que vão reconhecer todo o tipo de embalagens e que as encaminham para o local certo. A tecnologia vai evoluir imenso, o que potenciará uma revolução no grande consumo.
Tudo isto trará muita transparência à
“ATUALMENTE, A NOSSA VISÃO ESTRATÉGICA DE LONGO PRAZO, DISCUTIDA E
relação com um consumidor que, também ele, se está a transformar muito nas suas exigências. A relação com as marcas, no que diz respeito à sustentabilidade, é cada vez mais exigente e intensa, o que tem obrigado até a uma adaptação da comunicação daquelas, que apostam em termos como “reciclado” ou “reciclável”. Hoje, não há nenhuma embalagem que não tenha incorporada a mensagem “Recicle-me”.
Uma das ferramentas que lançámos este ano chama-se Pack4Sustain, para criar embalagens circulares por natureza. O objetivo é, precisamente, dar às empresas uma ferramenta para avaliarem a sua embalagem e verem até que ponto é circular, analisarem o perigo de risco marinho e classificarem-na, sendo esta classificação visível para o consumidor. Isto é a Sociedade Ponto Verde a acompanhar os seus clientes nesta jornada de verdade e transparência com o consumidor.
A Ana tem liderado a Sociedade Ponto Verde numa altura de grandes desafios ambientais. Que visão pessoal tem do caminho até aqui? Podemos falar de legado? Quais são, afinal, as maiores ambições pessoais e profissionais enquanto líder no sector da sustentabilidade?
A Sociedade Ponto Verde é uma casa com uma enorme história. Está muito agradecida aos portugueses por levarem o país a cumprir as metas de reciclagem das embalagens, com exceção do vidro. Pertenço a uma pequena parte da história desta casa, pelo que tenho muita dificuldade em falar de legado. Vejo-o mais como uma entrega de resultados aos portugueses, aos acionistas e à equipa. Do que realmente gosto é de juntar saberes e pessoas para chegar a objetivos. Uso muito a minha curiosidade intelectual e a criatividade nos instrumentos de gestão e normativos para os alcançar.
Dos últimos seis anos, destaco a licença que obtivemos e que se vai prolongar até 2034. Conseguimos desenhar um quadro de atuação mais estável, que nos permite cumprir melhor os nossos objetivos.
Há uma sensação de dever cumprido, ao ver que o caminho em que nos colocámos está a fazer as suas etapas.
Para as pequenas e médias empresas (PME’s), a sustentabilidade surge como um tema incontornável. Mais do que uma simples obrigação para estar em conformidade com as regulamentações legais, representa uma oportunidade estratégica que pode gerar impactos positivos tanto para o negócio como para a sociedade. No entanto, integrar práticas sustentáveis exige esforço, adaptação e uma visão clara sobre os desafios e oportunidades que estas mudanças trazem.
Cumprir as obrigações legais relacionadas à sustentabilidade é essencial, mas ir além do exigido pela lei pode diferenciar as PME no mercado. Adotar práticas sustentáveis de forma voluntária não só demonstra compromisso com as questões ambientais, sociais e de governança (ESG – Environmental, Social, and Governance), como também contribui para criar valor para todas as partes envolvidas, desde colaboradores e fornecedores até consumidores finais.
A chave para o sucesso neste contexto é a capacidade das PME se manterem atentas às mudanças legislativas e às novas exigências do mercado. Além disso, integrar a sustentabilidade de forma eficiente no modelo de negócio não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para competir num mercado cada vez mais consciente e regulado.
DESAFIOS
PARA AS PME
Apesar das vantagens de adotar práticas sustentáveis, as PME enfrentam desafios importantes. Tais como:
Custos de implementação
A introdução de práticas de sustentabilidade pode exigir investimentos iniciais significativos, como a aquisição de novas tecnologias, a certificação de processos e mudanças nos métodos de produção e operação. Muitas PME podem ver esses custos como um obstáculo à adesão, especialmente em contextos de maior restrição financeira.
Complexidade regulatória
Cumprir com as exigências legais associadas à sustentabilidade pode ser um grande desafio, especialmente para empresas que não possuem departamentos específicos para lidar com a crescente complexidade regulatória. Muitas PME ainda estão a dar os primeiros passos em temas como relatórios de sustentabilidade ou gestão de resíduos.
Embora os desafios sejam reais, as oportunidades de investir na sustentabilidade são amplas e potencialmente transformadoras:
Vantagem competitiva
As PME que integram práticas sustentáveis destacam-se em mercados cada vez mais sensíveis às questões ambientais e sociais. Consumidores e investidores estão a dar preferência a empresas responsáveis, enquanto parceiros comerciais procuram cada vez mais associar-se a empresas que partilhem os mesmos valores.
Apoios e incentivos governamentais
Em muitos países, os governos estão a incentivar práticas de sustentabilidade através de benefícios fiscais, subsídios e programas de apoio. Estes incentivos podem ajudar a mitigar os custos de implementação, tornando mais viável a adoção de medidas ambientais e sociais.
As PME enfrentam um conjunto crescente de obrigações legais relacionadas com a sustentabilidade. Estas exigências refletem a necessidade de alinhar práticas empresariais com os compromissos globais de combate às
Esta diretiva requer a publicação de informações detalhadas, incluindo consumo de energia, emissões de carbono, gestão de resíduos e práticas de diversidade. Nalguns casos, será necessário um aumento significativo da capacidade administrativa e tecnológica das empresas para atender a estas exigências.
Cumprimento de normas ambientais
As PME devem cumprir legislações ambientais específicas para o seu sector. Estas regulamentações podem abranger gestão de resíduos, controlo de emissões, tratamento de efluentes e uso eficiente de recursos naturais. Normas como a ISO 14001 (gestão ambiental) são amplamente utilizadas para garantir conformidade e demonstrar compromisso com o meio ambiente.
Regulamentação de economia circular
alterações climáticas e promoção de uma economia mais sustentável.
Entre as principais obrigações legais destacam-se:
Relatórios de sustentabilidade
A introdução da Diretiva de Reporte de Sustentabilidade Corporativo (CSRD – Corporate Sustainability Reporting Directive) na União Europeia exige que empresas de maior dimensão e algumas PME maiores divulguem informações detalhadas sobre o seu desempenho em questões ambientais, sociais e de governança.
As empresas abrangidas pela CSRD deverão satisfazer pelo menos dois de três critérios:
• Volume de negócios superior a 50 milhões de euros por ano;
• Balanço total superior a 25 milhões de euros;
• Mais de 250 trabalhadores em média anual.
A legislação relacionada com a economia circular está a ganhar força, incentivando as empresas a reduzir, reutilizar e reciclar recursos. Este modelo de produção e consumo sustentável é essencial para enfrentar a escassez de recursos e reduzir o impacto ambiental.
Responsabilidade social e direitos humanos
As empresas também devem estar em conformidade com normas que protejam os direitos humanos e assegurem condições de trabalho dignas, igualdade de género e diversidade no local de trabalho. Estas práticas não só garantem o cumprimento legal, como reforçam a reputação das PME.
BOAS PRÁTICAS VOLUNTÁRIAS EM SUSTENTABILIDADE
Além das obrigações legais, muitas PME optam por adotar práticas voluntárias que contribuem para a sua competitividade e reputação no mercado. Entre as principais boas práticas estão:
Certificações e selos Ambientais
Certificações como a ISO 14001, Carbon Footprint,ou B Corp ajudam as empresas a demonstrar o seu com-
promisso com a sustentabilidade. Estas credenciais podem atrair consumidores conscientes e aumentar a confiança do mercado.
Eficiência energética
Investir em soluções de eficiência energética, como o uso de energias renováveis e a adoção de tecnologias para reduzir o consumo de energia, contribui para reduzir custos e minimizar o impacto ambiental.
Produção sustentável
A adoção de processos de design e produção que utilizem materiais recicláveis e considerem o ciclo de vida do produto é uma tendência crescente. Por exemplo, a rede Aqui é Fresco optou por substituir sacos de ráfia produzidos na China por sacos TNT fabricados em Espanha, reduzindo a pegada ecológica em 49%.
Compromisso social
Práticas de responsabilidade social corporativa, como apoiar comunidades locais, promover inclusão social e participar em iniciativas ambientais, ajudam a construir uma relação mais forte com a sociedade e a reforçar a imagem da empresa.
A sustentabilidade não é apenas uma tendência passageira, mas uma necessidade estrutural para as PME que desejam prosperar num mercado cada vez mais competitivo e regulado. À medida que as exigências legais aumentam e os consumidores se tornam mais conscientes, as PME têm uma oportunidade única de liderar pelo exemplo, adotando práticas que beneficiam o meio ambiente, a sociedade e os seus próprios negócios. Embora o caminho para a sustentabilidade possa parecer desafiador, as vantagens de adotar práticas responsáveis são claras: maior resiliência, reputação fortalecida, atração de novos clientes e investidores, além de um impacto positivo na sociedade e no planeta. PME que abraçam esta transformação estarão mais bem preparadas para enfrentar os desafios do futuro e aproveitar as oportunidades que este oferece.
A Mimosa continua a expandir a sua linha de produtos no segmento de proteína, apresentando duas novidades: o Leite Mimosa Proteína Baunilha (1L) e o Iogurte Sólido Mimosa Proteína Manga Maracujá.
Estes produtos são especialmente formulados para consumidores que procuram opções nutritivas e saborosas, oferecendo uma combinação de sabor e benefícios proteicos, ideais para quem se preocupa com a alimentação saudável e o desempenho físico.
Aprática de exercício físico é essencial para manter um estilo de vida saudável e ativo, e a alimentação adequada desempenha um papel fundamental na recuperação muscular após o treino. Para responder a esta necessidade, a Mimosa oferece uma variedade de leites e iogurtes ricos em proteína, pensados para aqueles que se preocupam com a sua alimentação e procuram opções nutritivas e saborosas.
A gama de produtos Mimosa Proteína inclui iogurtes sólidos com diversos sabores: Morango, Stracciatella, Natural e agora o novo Manga Maracujá. Há também iogurtes líquidos disponíveis: Frutos Tropicais, Banana e Caramelo, e Morango. A linha de leites proteicos inclui formatos “on-the-go” com sabores como Cacau, Morango e Café, e também embalagens de 1 litro, disponível na versão simples e no novo sabor a Baunilha.
Estes lançamentos reforçam o compromisso da Mimosa em oferecer soluções variadas para os desportistas.
Estes lançamentos reforçam o compromisso da Mimosa em oferecer soluções variadas para os desportistas. O novo Leite Mimosa Proteína Baunilha (1L), por exemplo, é isento de gordura, lactose, açúcares adicionados e edulcorantes, e contém 100g de proteína por embalagem, sendo ideal para consumir em casa, simples ou em batidos proteicos.
Além disso, o novo Iogurte Sólido Mimosa Proteína Manga Maracujá (140 g) traz um sabor fresco e cremoso, perfeito para um pós-treino. Com 15g de proteína por embalagem, oferece 1,3g mais proteína por 100g em comparação com o principal concorrente. Sem açúcares adicionados e sem gordura, é uma excelente escolha para os atletas que desejam recuperar sem comprometer a qualidade nutricional.
Nos últimos cinco anos, a Too Good To Go tem sido uma referência no combate ao desperdício alimentar em Portugal, mobilizando uma comunidade de mais de dois milhões de utilizadores e quatro mil parceiros, onde se inclui a rede Aqui é Fresco. Maria Tolentino, Country Director da Too Good To Go, reflete sobre os desafios superados, o impacto gerado e as estratégias para continuar a inspirar a sociedade a adotar hábitos mais sustentáveis, com o objetivo ambicioso de criar um futuro sem desperdício.
A Too Good To Go chegou a Portugal em 2019. Quais foram os maiores desafios e aprendizagens ao longo destes cinco anos?
O nosso percurso tem sido construído com base em desafios contínuos e aprendizagens desde o primeiro dia. Lançámos uma marca nova e trouxemos para o debate público um tema pouco ou nada explorado no mercado nacional: o desperdício alimentar. Quando começávamos a conquistar a confiança de parceiros, entidades públicas e consumidores, surgiu a pandemia. Um grande obstáculo que, longe de nos desencorajar, nos impeliu a adaptar rapidamente a estratégia, a ambição e o papel que assumimos no mercado.
E se, durante a pandemia, a adaptação foi essencial, o maior desafio atualmente é dar prioridade ao desperdício alimentar na agenda pública. Embora o tema seja hoje mais conhecido do que era em 2019, ainda há um longo caminho a percorrer. Precisamos de unir esforços com empresas, organizações sociais e entidades públicas para influenciar positivamente os hábitos de consumo e, assim, ter um impacto real e positivo no planeta.
Mantemos o otimismo: vemos uma maior discussão em torno do tema e um compromisso crescente, que se estende a todos os sectores. Acreditamos que a Too Good To Go pode dar um contributo realmente relevante nesse sentido.
Como avalia o impacto da Too Good To Go no combate ao desperdício alimentar em Portugal desde a sua chegada?
Estamos muito orgulhosos do impacto que temos conseguido alcançar, abordando ativa e diretamente o desafio do desperdício alimentar em Portugal. A Too Good To Go é uma empresa de impacto social com selo B Corp, que liga os consumidores aos estabelecimentos alimentares para salvar alimentos não vendidos e impedir que estes sejam desperdiçados. Neste momento, contamos já com mais de dois milhões de utilizadores e mais de quatro mil parceiros em Portugal que juntos, ao longo destes cinco anos, já salvaram mais de cinco milhões de Surprise Bags. Isto equivale a 10 mil toneladas de CO2e evitado, o que podemos igualar a cerca de 1.877 viagens de avião à volta do mundo.
“ESTAMOS MUITO ORGULHOSOS DO IMPACTO QUE TEMOS ALCANÇADO, ABORDANDO ATIVA E DIRETAMENTE O DESAFIO DO
Acredito que estes números revelam, por si só, aquele que foi o nosso impacto ao longo destes anos, em Portugal.
Em Portugal, já foram salvas quase cinco milhões de Surprise Bags. Que estratégias foram fundamentais para alcançar este marco?
As cinco milhões de Surprise Bags salvas em Portugal são resultado de várias ações alavancadas por ferramentas tecnológicas inovadoras, desenvolvidas com o propósito específico de redução do desperdício alimentar, sem nunca perder o foco na comunidade local.
Assim, para além da nossa aplicação, que diariamente apresenta Surprise Bags compostas por comida que acaba por não ser vendida ao final do dia dos nossos parceiros, lançámos, no início do ano passado, a Too Good To Go Platform, um software modular pensado para rentabilizar os excedentes alimentares dos retalhistas, que permite rastrear e redistribuir de modo eficiente. E, sem dúvida, que continuaremos a inovar, com foco em tecnologia.
Paralelamente, e em parceria com marcas alimentares, desenvolvemos um projeto de sensibilização chamado “Observar, Cheirar, Provar”. Este consiste num pequeno selo que adicionamos ao packaging de vários produtos alimentares, com o objetivo de lembrar as pessoas que devem usar os seus sentidos antes de deitar fora um produto que está fora de validadesempre e quando falamos de produtos com data de durabilidade mínima. Por fim, e de uma forma contínua, promovemos várias campanhas de sensibilização sobre o desperdício alimentar para mobilizar a sociedade, conduzimos inquéritos para conhecer melhor os hábitos de consumo dos portugueses e mantemos uma presença assídua nas nossas redes sociais onde partilhamos receitas e dicas muito concretas para a nossa comunidade.
A Too Good To Go foi reconhecida com vários prémios internacionais, como o Cultural Impact Award e o Fast Company’s World Changing Ideas Awards. Como é que esses reconhecimentos ajudam a reforçar a missão da empresa?
Sermos reconhecidos internacionalmente pelo trabalho que desenvolvemos, e enquanto especialistas nas matérias do desperdício alimentar, é um motivo de orgulho e motivação, além de contribuir para fortalecer a confiança e a credibilidade da nossa marca. Isto permite-nos sensibilizar mais pessoas e amplificar a nossa mensagem junto de negócios, entidades públicas e responsáveis políticos, contribuindo positivamente para a priorização da resolução do problema do desperdício alimentar.
Atualmente, a Too Good To Go conta com quatro mil parceiros em Portugal. Quais são os principais critérios para a adesão de novos parceiros?
O único critério para a adesão de novos parceiros consiste em ter vontade de fazer a diferença nesta luta contra o desperdício de alimentos. O processo é muito simples: o estabelecimento deve apenas inscrever-se na aplicação da Too Good To Go e pode começar a vender o seu excedente aos nossos utilizadores.
Com mais de dois milhões de utilizadores no país, como é que a empresa tem trabalhado para continuar a crescer e alcançar ainda mais pessoas?
A consciencialização sobre o desperdício alimentar tem vindo a crescer de forma orgânica nos últimos anos, impulsionada por diversos fatores, como a inflação e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2030. Este contexto não só reforça a relevância da nossa marca, como também aumenta a nossa responsabilidade em responder rapidamente às necessidades do mercado.
Diariamente, trabalhamos para melhorar a nossa aplicação, simplificando a experiência para o consumidor.
Paralelamente, integramos o feedback dos nossos parceiros em soluções tecnológicas que lhes permitam medir com maior precisão o desperdício em loja e tomar decisões mais informadas sobre o escoamento de alimentos. Ao desenvolver novas ferramentas, tanto para consumidores, como para parceiros, estamos a tornar a nossa missão mais acessível e, acima de tudo, mais escalável.
Os dados mostram que cada português desperdiça 180 quilogramas de alimentos por ano. Que papel a Too Good To Go tem desempenhado na sensibilização da sociedade para este problema?
Desde o primeiro dia, consideramos a sensibilização um elemento-chave na nossa estratégia. Falar sobre “desperdício alimentar” pode soar subjetivo e difícil de captar a atenção do consumidor, se não explicarmos melhor o que é que este problema realmente significa. Nesse sentido, usamos ativamente os nossos canais de comunicação para explicar com mais detalhe o que representa o desperdício alimentar - damos números reais e fidedignos do seu impacto negativo e tentamos criar equivalências que sejam mais fáceis de digerir aos olhos de um consumidor. Por exemplo, sabemos que uma Surprise Bag, em média, equivale a um quilograma de comida e também sabemos que a energia colocada para produzir este um quilograma de comida corresponde a carregar o telemóvel 598 vezes. O ato de carregar o telemóvel é algo com o qual qualquer
pessoa se pode relacionar e é mais fácil de compreender. Este é um exemplo de como tentamos desmistificar, através de uma estratégia de conteúdos, o impacto que uma pessoa pode ter ao salvar Surprise Bags.
Que iniciativas educativas ou campanhas de comunicação estão previstas para reforçar esta mensagem?
O reforço desta mensagem de sensibilização para o desperdício alimentar deve ser contínuo e consistente.
Assim, ao longo do próximo ano, continuaremos a apostar em iniciativas de sensibilização, tanto através do nosso selo “Observar, Cheirar, Provar”, como de outras campanhas mais pontuais, nomeadamente em conjunto com os nossos parceiros. Queremos também continuar a desenvolver inquéritos que nos permitam conhecer melhor os hábitos de consumo dos portugueses, para adequarmos ainda mais a nossa estratégia de comunicação.
Pretendemos ainda continuar a trabalhar com entidades políticas, de forma que sejam adotadas medidas sobre o
“SABEMOS QUE
UMA SURPRISE BAG, EM MÉDIA, EQUIVALE A UM QUILOGRAMA DE COMIDA E TAMBÉM SABEMOS
QUE A ENERGIA
COLOCADA PARA PRODUZIR ESTE UM QUILOGRAMA DE COMIDA CORRESPONDE
desperdício alimentar e desenvolvidas estratégias para o reduzir, sem que nos esqueçamos também da necessidade de educar continuamente sobre este problema.
Apesar do crescimento notável, quais são os objetivos para os próximos anos em Portugal? Há novos serviços ou funcionalidades que possam ser introduzidos?
Em 2025, queremos continuar a crescer e a trabalhar lado a lado com mais parceiros e consumidores. Só assim conseguiremos alcançar esta visão tão ambiciosa que temos: “Um planeta sem desperdício de alimentos”. Vamos continuar a usar momentos-chave para sensibilizar a comunidade e introduzir novas soluções à nossa oferta, que comunicaremos em breve. Com isto, o objetivo é continuar a fazer a diferença no nosso meio ambiente.
Com a presença em 19 países, como é que a experiência internacional da Too Good To Go pode ser adaptada e aplicada ao contexto português?
A nossa presença internacional permite-nos aprender com países e culturas simultaneamente semelhantes e distintas. Um exemplo de como usámos a “expertise” de outros países localmente foi o webinar “Políticas públicas contra o desperdício alimentar”, que organizámos em parceria com a WWF (World Wide Fund for Nature) e para o qual convidámos algumas entidades políticas, para conhecerem as medidas e os projetos contra o desperdício alimentar que estão já a ser postos em prática no estrangeiro e quais destas soluções podem ser trazidas para o contexto português. Adicionalmente, também queremos lançar uma iniciativa ligada à educação, que já acontece em França e na Dinamarca, onde trabalhamos com escolas e universidades no sentido de consciencializar gerações futuras sobre o meio ambiente, e que pode ser um ponto de viragem quando aplicado a Portugal.
Globalmente, o desperdício alimentar é responsável por 10% das emissões de gases com efeito de estufa. Qual é a importância de uma solução como a Too Good To Go para reduzir esta pegada ambiental?
Desde 2019, já salvámos mais de cinco milhões de Surprise Bags. Isto significa que já foi evitada a emissão de mais de 10 mil toneladas de CO2e, cerca de três mil milhões de litros de água não foram desperdiçados e não houve a utilização desnecessária de 11 milhões de metros quadrados de terra. Estes números traduzem aquilo que a nossa solução gera de positivo no espectro ambiental e de como, através da nossa comunidade e ferramentas, podemos cuidar do nosso planeta.
Partindo de pequenos gestos diários individuais dos nossos utilizadores, associados a decisões de negócio dos nossos parceiros, alavancados pela tecnologia e escala global da Too Good To Go, conseguimos dar passos importantes na direção de reduzir as consequências do desperdício alimentar.
Em Portugal, os dados mostram que o desperdício alimentar custa 3,3 mil milhões de euros por ano. Como é que a Too Good To Go pode contribuir para reduzir este impacto económico?
Apresentamo-nos como uma solução “Win-Win-Win”, ou seja, todos ficam a ganhar, desde o consumidor, passando pelo parceiro, terminando no nosso planeta. De facto, oferecemos um conceito que, para além de contribuir para a redução do desperdício alimentar, permite também que as pessoas tenham acesso a alimentos com uma boa relação qualidade/preço e que os parceiros ganhem algum dinheiro extra rentabilizando os seus excedentes alimentares. Estas duas vias per-
“A MENSAGEM QUE GOSTARIA DE DEIXAR É,
VERDADE,
mitem-nos contribuir de modo muito direto para a redução do impacto económico, tanto para os negócios, como para as famílias portuguesas.
Que mensagem gostaria de deixar para parceiros, como o Aqui é Fresco, utilizadores e para a sociedade em geral sobre a importância de combater o desperdício alimentar?
A Too Good To Go alerta que, segundo dados do Eurostat, 40% de todos os alimentos produzidos no mundo é desperdiçado, isto é, cerca de 2,5 mil milhões de toneladas por ano. Através de um único clique, é possível contribuir para alterar esta realidade e fazer com que este combate ao desperdício alimentar se torne algo simples e que faça parte da nossa rotina diária.
Assim, a mensagem que gostaria de deixar é, na verdade, um apelo - um apelo a todas as pessoas para se juntarem à nossa missão e fazerem do nosso amanhã um dia mais próximo de um planeta sem desperdício alimentar.
Qual é o balanço que faz destes cinco anos de operação em Portugal e quais são as suas maiores expectativas para o futuro?
O balanço é muito positivo, por tudo aquilo que fui descrevendo ao longo das questões anteriores. Sabíamos que o desafio inicial era grande, mas tínhamos muita confiança na nossa missão, nas nossas ferramentas, na nossa equipa e na capacidade de construir relações de parceria realmente impactantes no mercado português.
Assim, é com muito orgulho que agradecemos à nossa comunidade de mais de dois milhões de utilizadores e quatro mil parceiros de negócios. Eles, sim, são os responsáveis diretos por cada uma destas cinco milhões de Surprise Bags salvas.
Para o futuro, a minha maior expectativa é que a Too Good To Go continue a crescer enquanto comunidade e a inspirar e capacitar todos para a redução do desperdício alimentar. Mantenho toda a confiança na nossa equipa, nas nossas soluções inovadoras, na nossa comunidade e acredito que a Too Good To Go vai continuar neste caminho, por muito mais anos.
Para a Mendes Gonçalves, o sucesso de uma empresa familiar vai além dos resultados financeiros. Carlos Gonçalves, CEO da empresa, defende que o desenvolvimento sustentável da comunidade é essencial para o crescimento corporativo. A partir da Golegã, a empresa portuguesa aposta numa estratégia de impacto social e económico que valoriza fornecedores locais e promove iniciativas para a proteção das comunidades onde está inserida, reforçando um compromisso inegociável com a sustentabilidade e a economia nacional.
A Mendes Gonçalves é conhecida por valorizar o impacto nas comunidades onde está inserida. Enquanto líder desta casa, como define a importância estratégica de proteger essas comunidades para o sucesso a longo prazo da empresa?
É fundamental que isso aconteça, pois, como costumo dizer, não é possível o desenvolvimento da nossa Casa Mendes Gonçalves sem o desenvolvimento da nossa terra e da nossa região. Se a comunidade à nossa volta não se desenvolver, não teremos nunca uma empresa de sucesso, sustentável no tempo. Significa que falhámos a nossa missão em toda a linha, pois acredito que a missão principal de uma empresa familiar é desenvolver as suas pessoas e, por consequência, a sua comunidade. Só assim conseguimos resultados económicos. Não será possível, nunca, uma empresa de sucesso, numa sociedade envolvente sem sucesso. Pelo contrário, o sucesso da comunidade envolvente significa que a empresa cresce e progride por inércia.
Quais são as medidas concretas que a Mendes Gonçalves imple-
menta para assegurar que o desenvolvimento económico da empresa também beneficia diretamente as comunidades locais? Pode partilhar exemplos de iniciativas que combinam sustentabilidade com impacto social?
Ajudamos as associações desportivas e culturais locais em apoios sustentados no tempo e que signifiquem a atração e manutenção de mais elementos. Compramos localmente tudo o que conseguimos, estimulando assim o comércio local e os pequenos negócios
familiares, de micro e pequenas empresas. Alojamos sempre quem nos visita nos alojamentos e hotéis locais, assim como fazemos muitas refeições nos restaurantes da região. Procuramos trazer atividades desportivas e culturais para a nossa terra e negociamos também benefícios para os nossos colegas no comércio local.
A Mendes Gonçalves tem tido uma trajetória de crescimento notável. Como conseguem garantir que a expansão não compromete o foco na responsabilidade social e na criação de valor para as comunidades locais?
É o contrário, a nossa responsabilidade social e criação de valor nas nossas pessoas e na comunidade é o garante do nosso sucesso empresarial. Só assim crescemos e temos sucesso. O crescimento e o sucesso é uma consequência natural do empoderamento das nossas pessoas e da nossa comunidade.
Num contexto de globalização e competitividade, quais são os principais desafios que enfrentam ao tentar manter o equilíbrio entre o crescimento acelerado da empresa e o compromisso com as comunidades locais? Como transformam esses desafios em oportunidades? Fazendo da Golegã para o mundo. Trazendo para a Golegã a melhor tecnologia e principalmente as melhores pessoas, para a partir daqui podermos ser competitivos em qualquer parte do mundo. Assim tem sido e vai sendo cada vez mais, pois vamos tendo maior
“ACREDITO QUE A MISSÃO PRINCIPAL DE UMA EMPRESA
PESSOAS E, POR CONSEQUÊNCIA, A SUA
capacidade de atrair talento. Jovens muito preparados tecnicamente e que decidem que o propósito desta casa faz sentido para eles e que aqui podem ampliar o seu próprio propósito, pois somam-se e complementam-se.
A inovação faz parte do ADN da Mendes Gonçalves. Como integram as necessidades e o bem-estar das comunidades locais nos processos de inovação, seja na criação de novos produtos ou na otimização de processos produtivos?
Começámos a inovar há 42 anos, fazendo vinagre de figo com figo de Torres Novas e isso é o que queremos fazer cada vez mais e melhor. Ou seja, inovar, criando produtos diferenciados ou simplesmente novas formas de os consumir - com as nossas matérias-primas, e/ou produzindo cada vez mais perto de nós ou na nossa terra, sempre que possível. Inovar pode e deve ser parte de adaptar os novos hábitos de consumo com os ingredientes que temos na nossa gastronomia e no nosso país, desde sempre. Inovar é criar produtos mais saudáveis, sustentáveis e que se adaptem aos nossos hábitos de consumo e necessidades atuais.
Como é que a empresa assegura que a proteção das comunidades locais se reflete em toda a cadeia de valor, desde os fornecedores até à distribuição dos produtos? Existe algum critério de seleção de parceiros que esteja alinhado com essa política?
Sim, procuramos fornecedores locais, regionais, nacionais antes de ir mais longe. Sempre que não existe e seja possível, procuramos incentivar, formar e dar segurança a produtores locais para que o façam. Assim, conseguimos criar valor localmente, ajudar no crescimento e diversificação de negócios de outras empresas locais, e conseguimos o que é o nosso principal objetivo, produzir e ser uma empresa que segue os princípios do ESG, como foco principal da sua atividade e que quer ser positiva nos três pilares.
Mas, para além disso, temos todo um plano de apoio a refugiados e suas famílias, para integração de forma definitiva na nossa comunidade e dos seus filhos nas escolas locais.
Acredita que o compromisso com as comunidades locais confere à Mendes Gonçalves uma vantagem competitiva no mercado? Como é que esse posicionamento é visto pelos consumidores e parceiros de negócios?
Acreditamos que é a única maneira de sermos uma empresa de futuro. Fazemos isso por nós, pelo que acreditamos ser o nosso papel na sociedade e na nossa comunidade. Temos a certeza de que só assim conseguimos ter aqui as melhores pessoas, as que se reveem no nosso propósito e nos vão ajudar a ser cada vez melhores no futuro. Fazemos por nós, pelas nossas pessoas, pelo que acreditamos ser a única forma de ter sucesso e sobreviver. Temos a certeza de que o consumidor irá reconhecer isso. Todos somos consumidores e temos um papel fundamental no nosso futuro, refletindo o que acreditamos ser um mundo melhor nos nossos atos de consumo.
À medida que a Mendes Gonçalves expande a sua presença internacional, como conseguem manter um impacto positivo nas comunidades
locais em Portugal? Existe um plano para replicar essas práticas nas regiões internacionais onde operam?
Quanto mais presença internacional tivermos, e felizmente temos, mais conseguiremos ter impacto nas comunidades locais, pois empregaremos mais pessoas, criaremos mais riqueza e compraremos mais localmente. Dou como exemplo o ketchup que, graças ao tomate português, foi reconhecido, com a nossa marca Rubies in the Rubble, como o melhor do Reino Unido. A ironia é que, infelizmente, ainda é mais valorizado fora de Portugal – a parte boa é que temos a excelência das nossas matérias-primas e a capacidade das nossas pessoas.
Olhando para o futuro, quais são os próximos passos para fortalecer ainda mais a aposta da Mendes Gonçalves na proteção das comunidades locais, enquanto continuam a expandir-se?
Temos um plano pronto para iniciar a construção de uma escola, berçário, jardim de infância e primeiro ciclo, para servir toda a comunidade. Cada
“SOMOS CONSISTENTES E QUEREMOS PARCEIROS CONSISTENTES,
QUE DIGAM E FAÇAM SEMPRE O MESMO, QUE TENHAM EFETIVAMENTE UM COMPROMISSO INEGOCIÁVEL COM O NOSSO PAÍS E A NOSSA ECONOMIA”
vez mais, iremos comprar localmente e com muito foco em produtos de agricultura regenerativa, dando formação e capacitando quem o queira fazer para ser nosso fornecedor, oferecendo segurança e um preço justo.
A parceria entre a Mendes Gonçalves e a cadeia Aqui é Fresco tem-se destacado no apoio ao comércio de proximidade. Como avalia o impacto dessa colaboração para o fortalecimento da marca no mercado nacional e a sua contribuição para a sustentabilidade das economias locais?
É exatamente o mesmo que pretendemos fazer aqui e que, com todo o mérito, é feito pelo Aqui é fresco em todo o país, ou seja, oferecer condições competitivas e diferenciadas para que a oferta em qualidade e preço possa ser muito atrativa para o consumidor, fazendo com que compre localmente e assim desenvolva a sua terra e a sua região. Esta parceria é fundamental, pois é um trabalho conjunto entre produção e distribuição para realmente criar valor nas comunidades locais, fazendo com que as pessoas se fixem ou voltem para as suas terras de origem e possam ter melhores condições de vida e acesso aos melhores produtos.
A cadeia Aqui é Fresco valoriza produtos de origem nacional e com uma forte ligação às comunidades. De que forma a Mendes Gonçalves adapta a sua estratégia de distribuição para atender às necessidades específicas dessa rede de supermercados e promover a valorização dos produtos locais?
Dando consequência e verdade sempre ao que fazemos. Nem nós nem o Aqui é Fresco mudamos de estratégia e abandonamos a produção local por razões meramente circunstanciais ou de mercado. O exemplo que damos do ketchup é muito bom, muito mesmo. Não vamos comprar a Espanha, França ou Polónia, porque agora é mais barato, porque a origem assim o torna mais barato. O nosso compromisso é sempre o mesmo e o que fazemos reflete o nosso compromisso, sem desvios por razões de mercado ou perca de competitividade. Somos consistentes e queremos parceiros consistentes, que digam e façam sempre o mesmo, que tenham efetivamente um compromisso inegociável com o nosso país e a nossa economia. Assim foi toda a nossa vida e assim será sempre, não temos dúvidas disso. E, por isso, continuaremos nesta parceria profunda, e cada vez mais alargada, de levar o melhor que se faz em Portugal a todos os cantos de Portugal. Sempre.
A Nutella comemora 60 anos como marca global icónica, presente em mais de 170 países. Desde a sua criação, em 1964, a Nutella é responsável por difundir valores positivos e acompanhar o pequenoalmoço de milhares de pessoas com o seu sabor inconfundível.
Oespírito de inovação da marca e da Ferrero permanece intacto 60 anos após a sua criação e levou a Nutella a ampliar a sua gama de produtos para oferecer o seu sabor único em diferentes ocasiões. Um exemplo disso é o lançamento do Nutella &GO! em 2005, a crocante Nutella B-ready em 2015, ou as Nutella Biscuits, deli-
ciosas bolachas com coração cremoso de Nutella, lançadas em 2019. Mais recentemente, a marca ampliou a sua gama com o lançamento internacional de produtos de panificação frescos, como o Nutella Muffin em 2020, ou o Croissant de Nutella em 2023. No futuro, a Ferrero continuará a procurar novas formas de surpreender os amantes de Nutella através de propostas inovadoras. Como parte da comemoração, e após 60 anos de sorrisos, a Nutella procura promover a positividade e o otimismo para fazer o bem, tendo como inspiração aquelas pessoas que tornam as nossas vidas mais felizes e especiais, dando-nos sorrisos infinitos.
É por isso que a Nutella espalha o poder da positividade com o lançamento de uma nova edição limitada de
frascos inspirados nas pessoas que nos fazem sorrir. No total, estão disponíveis 18 designs exclusivos: super-herói, fã número 1, ícone da moda, romântico, sonhador, fotógrafo, professor, campeão, chefe, explorador, rockstar, cozinheiro, artista, melhor amigo, génio, aniversariante e amante dos animais.
Além da edição limitada dos frascos de Nutella, a marca lançou também uma divertida ativação digital que permite personalizar os frascos de Nutella, através dos personagens da edição limitada e das diferentes opções disponíveis. Além disso, os consumidores podem descarregar o frasco personalizado e enviá-lo para as
pessoas especiais ao seu redor, para fazê-las sorrir e partilhar momentos especiais.
Por fim, a Nutella está a sortear duas viagens à sua fábrica em Itália e 500 prémios adicionais, incluindo diversos tabuleiros com imagens da Nutella, kits de canecas e casacos da marca.
A Ferrero começou a sua história na pequena cidade de Alba, em Piemonte, Itália, em 1946. Hoje, com um volume de negócios consolidado de mais de 12,3 milhões de euros, a Ferrero está entre os líderes de mercado em alimentos doces embalados em todo o mundo.
O Grupo Ferrero está presente em todo o mundo com mais de 37 mil pessoas e 31 fábricas. A Ferrero é produtora de muitas marcas icónicas que são amadas geração após geração, incluindo Nutella, Ferrero Rocher, Tic Tac, Kinder e Raffaello, que são vendidas em mais de 170 países. Para mais informações visite http:// www.ferrero.com e www.ferrerosustainability.com.
Com uma aposta crescente na incorporação de matéria-prima reciclada e nas vantagens únicas das embalagens plásticas flexíveis, a PLASGAL quer novamente reafirmar-se como um importante player no sector.
Dedicada há mais de 50 anos à produção de embalagens flexíveis, a PLASGAL encontra-se em pleno processo de transformação e rejuvenescimento, iniciado em 2022 após a aquisição da empresa pelo empresário Paulo Valinha. Desde então, têm sido realizados investimentos focados na modernização e aumento da capacidade produtiva, com uma forte aposta na economia circular, na eficiência e na diversificação da oferta de produtos.
PLASGAL: Uma Trajetória de Inovação e Crescimento no Setor das Embalagens Plásticas Flexíveis
Desde o aparecimento da indústria do plástico, que as embalagens flexíveis se destacaram pelo seu baixo custo, resistência e maleabilidade, tornando-se uma das formas mais comuns para o acondicionamento de produtos em diversos setores. A PLASGAL especializou-se no fabrico e comercialização de embalagens plásticas flexíveis (mangas, filmes, sacos) em polietileno de alta e baixa densidade, com ou sem impressão.
Graças à sua grande flexibilidade de produção, a empresa é capaz de dar resposta a uma ampla gama de sectores, incluindo a indústria alimentar, farmacêutica e automóvel, oferecendo desde produtos standard, como sacos de alça e de lixo, até soluções técnicas avançadas, como filmes e mangas para embalagens automáticas.
Fundada em 1973 pelos sócios António da Silva Nogueira e José Pedro Frazão, a história da PLASGAL é marcada por visão empreendedora e inovação. António Nogueira (1927-2015), mecânico de automóveis, utilizou a sua experiência técnica para a produção, enquanto José Pedro Frazão, antigo caixeiro-viajante, liderou a área comercial e de vendas. Esta combinação de competências foi fundamental para o arranque das operações, que incluíam tanto a produção de filmes plásticos como a produção de artigos injectados para uso doméstico.
Expansão e Consolidação: Décadas de Transformação
Nos anos 80, a empresa decidiu concentrar-se exclusivamente no sector dos filmes plásticos. Em 1981, foram concluídas as novas instalações fabris e adquiridas máquinas modernas de extrusão e impressão, permitindo que a PLASGAL iniciasse a produção de embalagens personalizadas. Mais tarde, em 1989, foram ampliadas as instalações administrativas e os armazéns destinados a produtos acabados e matérias-primas, para dar resposta à crescente procura.
A década de 90 marcou uma nova era na gestão da empresa, com António Nogueira a adquirir a participação de José Pedro Frazão e a integrar os seus filhos António Augusto e José Carlos na administração. Durante este período, a empresa realizou importantes investimentos, como a expansão das instalações (1993), a modernização de equipamentos (1996-97) e a certificação da qualidade pela norma ISO 9001 (1999). Estes avanços permitiram à PLASGAL consolidar-se como um fornecedor de referência de sacos plásticos personalizados para as principais cadeias de hipermercados e supermercados a nível nacional.
Adaptação e Redefinição Estratégica
Em 2005, a PLASGAL muda de instalações para superar as limitações de espaço que já se faziam sentir. Assim, a empresa transferiu a sua unidade para a Zona Industrial da Barosa, onde passou a dispor de 10.000 m² de área coberta.
Em 2009, a PLASGAL voltou a realizar investimentos significativos, desta vez com foco na sustentabilidade, através da aquisição de equipamentos de eficiência energética destinados a reduzir o consumo de energia elétrica. Já em 2014, a empresa iniciou uma nova redefinição estratégica do negócio, que incluiu a modernização das operações, a redefinição da imagem, a criação de um novo logotipo e a formulação de uma missão empresarial alinhada com os desafios do futuro.
No entanto, o ano de 2015 trouxe desafios significativos com a introdução da "fiscalidade verde", que criou uma taxa adicional sobre os denominados “sacos leves”. Esta alteração legislativa tornou inviável cerca de 60% da atividade da empresa, que estava focada na comercialização de sacos de alça para o sector da distribuição. Como resposta, a PLASGAL adotou uma nova estratégia, redirecionando o seu foco para a produção de produtos técnicos, como filmes e mangas com e sem impressão, destinados ao embalamento automático para o sector industrial. Esta abordagem permitiu à empresa oferecer soluções mais personalizadas e reforçar a sua posição junto de clientes que procuram inovação e qualidade.
Uma Nova Era de Crescimento e Sustentabilidade
Em 2022, após 48 anos de gestão pela família Nogueira, a PLASGAL foi adquirida pelo empresário Paulo Valinha, que conta com vasta experiência na indústria de fios/corda e fundador da Tecfil, empresa que exporta 90% da sua produção e que é especialista e um player mundial na produção de fio de enfardar. Esta aquisição trouxe importantes sinergias, permitindo o aproveitamento de competências e recursos entre as duas empresas.
Desde a aquisição, a PLASGAL tem realizado investimentos significativos em equipamentos para aumento da sua capacidade produtiva e diversificação da gama de produtos. Atualmente, a empresa reafirma o seu compromisso com a inovação, sustentabilidade e excelência, posicionando-se como um parceiro de confiança no mercado das embalagens plásticas flexíveis.
Como parte da sua estratégia de sustentabilidade, o grupo adquiriu uma unidade de reciclagem de polietileno de baixa densidade (Gesplast), que se tornou o principal fornecedor de matéria-prima reciclada pós-consumo da PLASGAL, garantindo maior controlo da qualidade e alinhamento com as exigências ambientais e de mercado.
Em 2025, o Aqui é Fresco celebra o seu 14.º aniversário, reforçando o compromisso de proximidade com todos os seus clientes. Este marco especial será assinalado com uma campanha de aniversário recheada de oportunidades imperdíveis e prémios para os consumidores de todo o país. Afinal, no Aqui é Fresco, qualquer aniversário é sinónimo de celebração, inovação e carrinhos bem cheios!
Para comemorar, criámos uma campanha de aniversário imperdível, que junta prémios incríveis e vantagens exclusivas para os nossos clientes. Porque no Aqui é Fresco não celebramos apenas mais um aniversário. Celebramos a nossa evolução, o nosso foco na inovação e a nossa paixão em oferecer muito mais do que um simples local de compras.
Ao longo da campanha, que decorre de 15 de janeiro a 23 de fevereiro de 2025, os clientes podem participar e habilitar-se a ganhar carrinhos recheados de produtos das suas marcas preferidas e da nossa marca própria UP. Participar é simples: por cada 20 euros em compras de produtos incluídos no folheto quinzenal, os clientes recebem um cupão. O cupão habilita-os automaticamente a participar nos sorteios realizados em cada loja aderente. Quanto mais participar, maiores serão as possibilidades de ganhar! Ao todo, serão distribuídos cerca de quatro mil carrinhos premiados em toda a rede, permitindo que os nossos clientes celebrem connosco este momento especial.
VANTAGENS
A campanha será dividida em três períodos, cada um marcado por um folheto temático que destaca as melhores ofertas:
Primeiro folheto: de 15 a 26 de janeiro – com ofertas imperdíveis para começar o ano com o pé direito;
Segundo folheto: de 29 de janeiro a 9 de fevereiro – recheado de sugestões para os dias frios de inverno;
Terceiro folheto: de 12 a 23 de fevereiro – com produtos que antecipam a chegada da primavera.
Cada loja irá sortear dois carrinhos por folheto, totalizando seis carrinhos por loja durante a campanha.
Os sorteios acontecerão no dia seguinte ao término de cada período de campanha, diretamente em cada loja aderente, assegurando um processo claro e próximo. O regulamento completo, com todos os detalhes sobre a campanha, estará disponível no site oficial www. aquiefresco.pt e junto dos grossistas associados à nossa rede, assim como nas lojas aderentes.
14 ANOS DE PROXIMIDADE
Desde o primeiro dia, o Aqui é Fresco tem sido mais do que uma rede de lojas: é uma rede de proximidade, pensada para estar sempre ao lado das famílias portuguesas. Este 14.º aniversário é uma celebração dessa ligação única, construída com base na confiança, na oferta de produtos de qualidade e na capacidade de inovar para atender às necessidades dos nossos clientes.
Queremos que este marco seja vivido por todos e, por isso, criámos esta campanha especial que combina prémios, ofertas e a oportunidade de celebrar connosco em grande estilo. Afinal, comprar no Aqui é Fresco é celebrar o que de melhor Portugal tem para oferecer! Todos os dias!
Neste aniversário, queremos estar ainda mais próximos de todos. Porque no Aqui é Fresco, celebramos com inovação, qualidade e um sorriso em cada loja.
Parabéns a todos os nossos clientes que fazem parte da nossa história!