Aqui é Fresco #15

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Diretor: João Vieira Lopes Periodicidade: Semestral

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Editorial

UM REENCONTRO QUE TODOS DESEJÁVAMOS

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o final do passado mês de maio, realizou-se a XI Convenção Aqui é Fresco, tendo como tema base a sustentabilidade, desta vez, em termos presenciais, como todos ansiávamos. Nos últimos dois anos, face às restrições impostas pela pandemia, as convenções foram realizadas, exclusivamente, em formato digital. Foi um enorme esforço, quer em termos de conceção, quer em investimento em software, com resultados comerciais extremamente positivos que, em 2021, ultrapassaram mesmo os de 2019. Demonstrámos, assim, que o comércio independente de proximidade, apesar de ser um sector tradicional, foi capaz de responder, de uma forma rápida e eficaz, aos desafios de uma nova situação inesperada, adaptando-se, ao mesmo tempo, ao desafio das modernas tecnologias. Fomos pioneiros neste tipo de eventos no sector do comércio alimentar, um facto de que nos devemos orgulhar. Neste nosso reencontro, no negócio, no trabalho e no convívio, aproveitámos bem a experiência dos anos anteriores, em particular do sistema de encomendas pelo canal digital, e conseguimos ficar acima nos objetivos comerciais, ultrapassando as nossas previsões mais otimistas. Isto só foi possível pelo esforço dos comerciantes, colaboração e dinâmica dos fornecedores, apoio determinado das empresas de cash&carry da UniMark que suportam a rede, sem esquecer

o empenho e mesmo o espírito de sacrifício da estrutura da central. Mas o mundo não para. Depois da pandemia, surgiram as recentes consequências económicas de uma guerra na Europa, mais uma nova dificuldade que não se previa. O aumento dos preços dos combustíveis e da energia, aliado ao das matérias-primas, em especial das alimentares, fez com que fôssemos obrigados a procurar novas fontes de abastecimento, noutros continentes, com os consequentes custos de transporte, que aceleraram um processo inflacionário a um nível que há umas dezenas de anos não enfrentávamos. Num mercado cada vez mais concorrencial, em que as grandes organizações estão a abrir cada vez mais pontos de venda no interior das localidades, o Aqui é Fresco, como maior rede de comércio independente de proximidade, vai ter de responder, e responderá, com o empenho de todos nalgumas linhas de ação fundamentais: •

Manter a confiança dos consumidores, com a nossa dinâmica comercial, preços concorrenciais e flexibilidade de gama ajustada aos nossos clientes; Alargar, significativamente, o número de lojas identificadas, para aumentar a nossa notoriedade e aproveitar melhor a comunicação junto dos consumidores;

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Aumentar o número de pontos de venda a utilizar o cartão de fidelização, o que permite consolidar e fidelizar um cada vez maior número de consumidores.

Estes são os nossos objetivos até à próxima Convenção, que, estou certo, conseguiremos desenvolver com a colaboração dos comerciantes, fornecedores e empresas grossistas empenhadas no projeto. João Vieira Lopes diretor geral da UniMark; presidente da ADIPA (Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares)


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Índice

ENTREGA SOLIDÁRIA

10 XI CONVENÇÃO AQUI É FRESCO

16 TROFÉU CARREIRA AQUI É FRESCO

18 MOMENTOS DA NOSSA CONVENÇÃO

20 FORNECEDORES PREMIUM REVISTA AQUI É FRESCO

ficha técnica

DEPÓSITO LEGAL N.º : 396902/15 N.º DE INSCRIÇÃO NA ERC: 126837 PERIODICIDADE: Semestral PROPRIEDADE: Aqui é Fresco - Sociedade de Desenvolvimento Retalhista, S.A.

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IMPRESSÃO: Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S. A

ADMINISTRAÇÃO

Presidente: Malaquias - Distribuição Alimentar, Lda Vogal: M.Cunha & Ca, S.A. Vogal: Pereira & Santos, S.A. Vogal: Marabuto - Prod. Alimentares, S.A. Vogal: Amaral & Filhos – Distribuição, S.A.

ACIONISTAS COM 5% OU MAIS % DO CAPITAL DO AQUI É FRESCO, SA: Amaral & Filhos - Distribuição S.A. - 12,1% M Cunha & Ca. S.A. - 12,1% Malaquias - Distribuição Alimentar, Lda - 12,1% Marabuto - Prod. Alimentares, S.A. - 12,1% Pereira & Santos, S.A. - 12,1% Soprei CRL - 12,1%


46 LARGO DO CHICO

50 MINIMERCADO O FERRADOR

54 MINIMERCADO DIAS & NUNES

60 WORKSHOP NIELSENIQ

66 UP: 17 ANOS A GERAR VALOR ACRESCENTADO

70 ENTREVISTA FINIECO

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TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS D.R.

Responsabilidade Social

FAZER BEM, SEM OLHAR A QUEM Dando continuidade ao seu desígnio de empresa com propósito e comprometida com as diversas comunidades onde está inserida, a Sociedade Aqui é Fresco voltou, uma vez mais, a dizer “presente” quando a sociedade e a comunidade assim mais precisaram. Desta feita, em mais uma edição da sua convenção anual e inserida no âmbito da sua política de responsabilidade social. Teve, assim, lugar mais uma iniciativa de apoio, nomeadamente, o auxílio prestado a 50 famílias carenciadas, através da Associação EntreMundos.

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É sempre o tempo certo para fazer o que está certo”. As palavras são do ativista norte-americano Martin Luther King e a EntreMundos tem vindo a colocar as mesmas em prática. Esta associação humanitária sem fins lucrativos, criada em novembro de 2008, visa apoiar as comunidades mais vulneráveis e o acolhimento e integração de refugiados e migrantes. Acolhimento, inclusão, desenvolvimento psicossocial e mentoria são algumas das atividades contempladas por esta associação que, no passado dia 14 de junho, recebeu da parte da Sociedade Aqui é Fresco, e no âmbito da XI Convenção Anual da rede, um conjunto de cabazes que visaram trazer um pouco de conforto a quem mais precisa. Uma situação já habitual a cada edição da Convenção Aqui é Fresco e apenas possível graças ao empenho e disponibilidade dos diversos fornecedores/parceiro. Face à conjuntura atual e necessidade crescente de tantas famílias e instituições, e com o empenho de todos, foi possível levar um pouco de bem-estar e conforto a um total de 50 famílias carenciadas. “Vivemos em tempos de exceção, depois de uma pandemia que afetou o mundo inteiro. Mais do que nunca, o nosso trabalho é fundamental. Infelizmente, como sempre, em todas as crises humanitárias, os mais atingidos são sempre os grupos mais vulneráveis, mais desprotegidos, a nível social, cultural e económico. Paralelamente a esta pandemia, continuamos a assistir a guerras, violações dos direitos humanos e a contextos de extrema pobreza. Dos 80 milhões de refugiados que existem pelo mundo fora, 40% são crianças, o que nos faz pensar que é urgente agir com toda a nossa força e determinação. É preciso existir mais empatia pelo outro, mais generosidade e, acima de tudo, mais amor. No que depender da EntreMundos e de toda a nossa equipa, iremos sempre contribuir para a construção de um mundo mais justo para todos. É esta a nossa grande missão”, considera Dulce Machado, presidente da direção da EntreMundos.

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TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS SARA MATOS

XI Convenção Aqui é Fresco

MAIS REDE, MAIS PROXIMIDADE, MAIS SUSTENTABILIDADE Na altura de voltar aos eventos presenciais, o regresso não poderia ter sido mais feliz. A XI Convenção Aqui é Fresco renovou os motivos de atratividade e de desempenho da rede que, em apenas 11 anos, reclamou um lugar de liderança no panorama do comércio independente, em Portugal. Uma convenção de reencontros, de números e de participação recorde. Uma edição de mais rede, mais proximidade e mais sustentabilidade, o tema central da reunião magna deste ano da família Aqui é Fresco. 10


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Altice Forum Braga voltou a engalanar-se para receber uma nova edição da Convenção Aqui é Fresco (AEF), nomeadamente, a sua XI edição, a primeira após uma pausa forçada no formato presencial pelo advento da Covid-19, que travou a economia, a sociedade e o mundo. Ao longo dos dias 29 e 30 de maio, e subordinada ao tema “Aqui queremos um Futuro + Sustentável”, a reunião magna da família Aqui é Fresco pautou-se por uma adesão massiva de fornecedores/parceiro, de participantes e, felizmente, também de faturação. Uma edição de reencontros, sorrisos, bons negócios e de aquisição de bons produtos que, ao longo dos próximos meses, irão preencher os lineares da maior rede de proximidade de Portugal. Com a faturação de 2022 a ultrapassar os 4,7 milhões de euros, superando os valores das últimas edições, os

números acabam por ser uma consequência natural da organização do evento, onde à qualidade dos stands, dos produtos inovadores e da oferta disponibilizada, a preços especiais, a todos os aderentes presentes no evento se adiciona o apoio dos cash&carry que compõem a rede, sem esquecer a digitalização do negócio trazida pela plataforma exclusiva de encomendas. A XI Convenção

Aqui é Fresco tinha, assim, tudo a seu favor para ser mais uma edição de sucesso. Uma iniciativa consensualmente reconhecida pelos parceiros como única no panorama nacional, tanto no formato digital, em que se realizou, por motivos de força maior, ao longo dos últimos dois anos, como na sua edição presencial, onde o comércio de proximidade independente volta PUB

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A XI CONVENÇÃO AEF CONTOU COM A PARTICIPAÇÃO DE MAIS DE 700 RETALHISTAS, 17 GROSSISTAS, 84 FORNECEDORES, COM 10 STANDS PREMIUM E 74 STANDARD, ALÉM DA PRESENÇA DE MAIS DE 1.500 PESSOAS LIGADAS AO RETALHO a demonstrar a sua força e pertinência. Ao todo, a convenção AEF contou com a participação de mais de 700 retalhistas, 17 grossistas, 84 fornecedores e mais de 50 convidados com interesse em aderirem à rede. Este evento teve, ainda, a participação de mais de 1.500 pessoas e a presença de 10 stands premium e 74 standard, onde estiveram representadas as

Rita Baptista Marques, secretária de Estado do Comércio, Turismo e Serviços

principais marcas da indústria do grande consumo, provenientes de sectores tão distintos e relevantes como a alimentação, as bebidas, a higiene pessoal e do lar. “Este projeto mostra duas coisas claras. Primeiro, apesar dos certificados de morte que, durante muitos anos, foram passados ao comércio de proximidade independente, ele existe e mostrou, na pandemia, que é uma alternativa real e que os consumidores conseguem, neste momento, reavaliar a importância de todo este sector. Globalmente, não temos, neste momento, dificuldade muito grande em conseguir, de uma forma continuada, oferecer condições ao consumidor final que o levem a manter a atração por estas lojas”, considerou João Vieira Lopes, diretor geral da UniMark.

Lojas que apostam em servir as necessidades do consumidor do presente, mas também do futuro, com o tema central da sustentabilidade a refletir-se não só na oferta disponibilizada para aquisição pelos aderentes da rede, como também a nível da presença de parceiros de negócio que têm como foco e prioridade a sua promoção, nas suas distintas formas, como são exemplo a GS1 e a Too Good To Go, e com o catering remanescente a ser doado a duas instituições de solidariedade social locais: o Centro Cultural e Social de Santo Adrião e a Delegação de Braga da Cruz Vermelha. Afinal, a sustentabilidade, além de ambiental, é também social e económica. “No evento, marcaram também presença outras marcas que tiveram a oportunidade de partilhar com os participantes algumas medidas e práticas que podem ser adotadas de forma a preservar o ambiente”, acrescentou, por sua vez, a este propósito, Carla Esteves, diretora executiva da rede Aqui é Fresco.

FUTURO

No rescaldo da Covid-19, o prestígio do canal de proximidade saiu reforçado, com as muitas lojas e empresários que continuaram de portas abertas, num cenário de maior emergência, a serem prova inequívoca da resiliência e da fibra que compõem este universo, que reforçou motivos de atração e aponta, agora, ao futuro, sendo preferido por gente de diversas idades e diferentes estratos

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sociais. Facto é que também as gerações mais jovens demonstraram a sua preferência por comprar os bens de que necessitam no seu dia-a-dia na loja do seu bairro, onde o consumidor é conhecido pelo nome e sabem o que prefere. Contudo, é grande a responsabilidade dos comerciantes de dar continuidade a esta dinâmica que voltou a caracterizar este canal de comercialização, apontou o diretor geral da UniMark. “Esse prestígio e essa credibilidade que ganhou, durante o período da pandemia, têm que ser sustentados e até, inclusivamente, dinamizados, já que muitos consumidores, que durante alguns anos, abandonaram este mercado, voltaram e continuam a estar connosco. E fazem-no porque temos uma oferta clara e adequada às suas necessidades. A população, em Portugal, está a envelhecer, o que significa que há problemas de mobilidade. Estamos perto de casa do consumidor, muitos de nós prestamos-lhe serviços diretamente, fazendo entregas ao domicílio, num circuito mais próximo, e temos uma oferta de produtos, para além daquilo que existe

na nossa atividade promocional corrente, adequada, em cada localidade, em cada rua e em cada bairro, a essa clientela. E essa é uma das nossas grandes vantagens. Somos capazes de ser competitivos e contamos com o apoio dos cash&carry da rede UniMark”. Numa altura em que os produtos frescos e os perecíveis estão a desenvolver-se a um ritmo muito significativo, o comércio de proximidade apresenta-se como um natural interlocutor, quer do sector da agricultura, quer de outros sectores de produção, verificando-se, a seu favor, a possibilidade de ter “uma oferta claramente especializada de um grupo de produtos transversais em todo o país. Isso é uma mais-valia de que todos temos que ter consciência e ser capazes de a continuar a desenvolver”, acrescentou João Vieira Lopes. Um caminho conjunto para as pequenas e médias empresas, que “têm um futuro neste país”, mas que, para isso, terão que trabalhar coletivamente. “Caminho no qual faremos erros. Temos todos protestos a fazer, temos todos questões críticas a apresentar, e é bom que

COM O DESENVOLVIMENTO DOS PRODUTOS FRESCOS E DOS PERECÍVEIS, O COMÉRCIO DE PROXIMIDADE APRESENTA-SE COMO UM NATURAL INTERLOCUTOR DE DIVERSOS SECTORES PRODUTIVOS as façamos, mas, neste momento, a nossa grande capacidade é a de podermos atuar de uma forma em que, no fundo, acabamos por trabalhar PUB

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A COVID-19 TRANSFORMOU HÁBITOS DE CONSUMO, COM GRANDE PARTE DOS PORTUGUESES A PREFERIR O COMÉRCIO LOCAL, EM DETRIMENTO DAS GRANDES SUPERFÍCIES em conjunto para a rentabilidade de todos. Esta é uma das grandes realidades que a UniMark e a rede Aqui é Fresco têm conseguido alcançar, ao longo dos anos. Temos prova de que o chamado individualismo dos portugueses e dos comerciantes existe, mas, em conjunto, estamos a conseguir ultrapassá-lo. Estou convencido de que se os números aqui apresentados hoje já são positivos, para o ano, estaremos muito melhores”, concluiu.

RESILIÊNCIA

E se a pandemia veio trazer uma

nova complexidade aos negócios e adicionar uma grande dose de incerteza, o conflito armado na Ucrânia trouxe consigo, entre outras circunstâncias, um aumento significativo da inflação. Tema transversal a todos os sectores da atividade económica, assim como a todos os países, e que não passa, naturalmente, despercebido à atuação da rede, que durante a convenção promoveu um pertinente workshop, em parceria com a NielsenIQ, onde este foi um dos temas abordados (ver peça à parte). Carla Esteves recordou que o retalho alimentar de proximidade deu mostras de resiliência, nos últimos dois anos de pandemia, da qual o facto das lojas da rede terem estado de portas abertas e da contínua realização da convenção em formato digital são dois bons exemplos. Por esses mesmos motivos, acredita que, perante a subida dos preços ao consumidor, o comércio de proximidade vai continuar a ser uma forte opção para os portugueses. “O aumento da inflação é uma questão transversal a todas as áreas de negócio, não apenas ao retalho alimentar. No nosso caso, tratando-se de bens alimentares e de primeira necessidade, admitimos que possa verificar-se uma retração do consumo. Porém, acreditamos que o impacto direto no comércio de proximidade será menor do que nas grandes superfícies”, afirmou. A Covid-19 transformou hábitos de consumo, com grande parte dos portugueses a preferir o comércio local, em detrimento das grandes super-

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fícies. “Hoje, essa preferência, ainda que por razões diferentes, mantém-se. O poder de compra está a diminuir, o que gera compras mais seletivas e orientadas, levando muitos portugueses a optarem por se deslocar mais vezes às lojas e a locais próximos de casa, evitando, assim, gastos adicionais em combustível, ou não fosse a questão energética um tema no topo das agendas dos governos e com impacto na bolsa de todos os consumidores. Este tipo de comportamento de consumo, característico de momentos atípicos, leva-nos a estar confiantes de que os portugueses vão continuar a escolher o comércio de proximidade. Estamos preparados para dar resposta a todas essas necessidades”, acrescentou, confiante, Carla Esteves.

RECONHECIMENTO

Um desempenho que foi devidamente reconhecido pela secretária de Estado do Comércio, Turismo e Serviços, Rita Baptista Marques, que, na sua intervenção no jantar que encerra, habitualmente, o primeiro dia da convenção, destacou o seu agradecimento a este canal. “Sim, agradecimento, pois foram dois anos bem sofridos e, a bem da verdade, podíamos ter desistido. Não foi assim, neste sector específico. Portanto, estou grata”, introduziu. Gratidão não só pelo reencontro feliz, após dois anos de circunstâncias difíceis, mas, sobretudo, “muito ambicioso”. Ambição que se estende aos desafios futuros, pois “há muito para fazer, pelo que tenho de vos deixar alento. Já falámos aqui da importância de trabalhar em rede, nesta estratégia de eficiência coletiva, em sermos uma equipa vencedora, mas há, naturalmente, muitos desafios pela frente”. Onde os mais predominantes, também nesta área de negócio, são a digitalização e a sustentabilidade, dois desafios “que vamos ter que agarrar, dominar e ultrapassar”, sublinhou Rita Baptista Marques. Parte integrante da construção coletiva de uma agenda para o futuro, agenda essa que, no seu entender, não pode ser qualquer uma, porque “o nosso futuro tem que ser melhor do que o presente. Portanto, é um momento de agradecimento, uma nota de


A DIGITALIZAÇÃO E A SUSTENTABILIDADE SÃO DOIS DESAFIOS "QUE VAMOS TER QUE AGARRAR, DOMINAR E ULTRAPASSAR"

alento e de força, para continuarem a trabalhar, em conjunto, nesta equipa vencedora e para que, nos próximos anos, possamos ser bem mais aqui a celebrar este momento”, concluiu. Os desafios existem, estão identificados, a vontade de os superar também. Afinal, já muito se construiu, ao longo destes 11 anos de rede Aqui é Fresco, mas muito há ainda para

edificar no percurso futuro. De consolidação do comércio independente, que passa pela modernização do parque de lojas, pelo reforço da proposta de valor apresentada e da atratividade deste canal de comercialização para gerações mais novas e empreendedores, sabendo-se que o futuro será, cada vez mais, digital, mas onde ninguém abdicará de

comprar onde é conhecido pelo seu nome, na sua rua, no seu bairro, na sua comunidade.

Utilize o seu smartphone para ver o vídeo da XI Convenção Aqui é Fresco PUB

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TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS SARA MATOS

Troféu Carreira

MANUEL SOUSA PINTO: UM PROFUNDO EXEMPLO DE DEDICAÇÃO Manuel Sousa Pinto, ex-diretor geral da Sogrape Distribuição, foi homenageado com o Troféu Carreira, na XI Convenção Aqui é Fresco. Uma homenagem que já estava prevista e que apenas a pandemia adiou. Nas palavras de João Vieira Lopes, diretor geral da UniMark, o homenageado “tudo fez para não receber este prémio. Até se reformou”, declarou entre sorrisos. Não houve reforma que "salvasse" o gestor que esteve 52 anos ao serviço da Sogrape de receber mais uma distinção de carreira.

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atural de Cinfães, onde nasceu a 5 de fevereiro de 1954, Manuel Sousa Pinto de Almeida esteve mais de 50 anos ao serviço da Sogrape, uma das maiores empresas agroalimentares nacionais e uma referência incontornável no mundo dos vinhos. Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto, entrou na Sogrape, em 1969, onde construiu um percurso diversificado e, ao longo do qual, assumiu diferentes responsabilidades, desde a produção às operações, sem esquecer o departamento comercial, até à sua nomeação como administrador da Sogrape Distribuição, em 2015. Manuel Sousa Pinto participou, ativamente, em diversos projetos na Sogrape, e de índole distinta, como são exemplo a compra da Quinta dos Carvalhais (Dão), o projeto da nova adega da Herdade do Peso (Alentejo), além do processo de racionalização dos polos produtivos, assim como da renovação das linhas e instalações de Avintes. Pai de três filhos, avô de quatro ne-

tos, benfiquista “de sete costados” e apreciador de bons vinhos de mesa, de vinho do Porto e de Jack Daniel’s, representou a empresa de Avintes em diversos organismos, como são exemplo a direção da GS1 e da Centromarca ou o Conselho de Administração da Embopar, entre um conjunto muito alargado de entidades sectoriais, como a ANCEV, a ViniPortugal, o IVV e o IVDP, entre outras. No momento em que o seu hobby predileto, a jardinagem, irá ter mais presença nos seus dias, Manuel Sousa Pinto agradeceu a atenção tida para consigo, manifestando-se sensibilizado e grato pelo reconhecimento da sua carreira, antes de endereçar os parabéns à UniMark e ao Aqui é Fresco pelos 11 anos na realização da sua convenção anual. “Como viram, tive o privilégio de servir a Sogrape durante 52 anos e, nessa missão de vida, fui responsável pela representação da empresa numa associação, durante 20 anos. Sei bem o que é a vida associativa em Portugal. Portanto, meus caros, uma organização destas é de uma exigência enorme”, introduziu. Para

relembrar que a “competitividade implica escala e sinergias, ao nível da gestão”, assim como “qualidade, inovação, negociação e segurança. A Sogrape teve o privilégio, desde a primeira hora, de colaborar com a UniMark e com o Aqui é Fresco, reconhecendo a sua importância no desenvolvimento e na modernização do comércio alimentar em Portugal”. Para o futuro, Manuel Sousa Pinto deseja que a UniMark e o Aqui é Fresco continuem o seu caminho de sucesso, “contribuindo para o fortalecimento dos seus associados, de forma a serem capazes de enfrentar os difíceis desafios do sector e responder, positivamente, às necessidades dos seus clientes”. Para tal, o gestor garante poderem continuar a contar com a colaboração da Sogrape. “Meus caros, o que é que seria um mar só com tubarões?”, questionou, reconhecendo, assim, a importância que o comércio de proximidade ocupa enquanto canal de comercialização. Uma alternativa de negócio viável e de futuro. PUB

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XI Convenção Aqui é Fresco

MOMENTOS DA NOSSA CONVENÇÃO

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Veja a galeria de imagens da XI Convenção Aqui é Fresco no seu telemóvel

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A Poveira

A CAMINHO DA ECONOMIA CIRCULAR A sustentabilidade é um tema que preocupa, é consensual a todos e só através da união de esforços se conseguirá ter um impacto verdadeiramente positivo no planeta. Para a Fábrica de Conservas A Poveira, é importante que os fabricantes mantenham o foco na sustentabilidade. Afinal, essa é a sua responsabilidade. Mas, também, porque é uma exigência de cada vez mais consumidores, que valorizam as empresas que comprovam ser efetivamente sustentáveis.

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conserveira portuguesa A Poveira há muitos anos que marca presença na Convenção Aqui é Fresco, que, na sua mais recente edição de 2022, regressou ao formato presencial, juntando centenas de retalhistas, grossistas e fornecedores. “Para nós, é obrigatório estar presentes no evento que reúne a maior rede de comércio de proximidade do nosso país. Esta nossa convicção é tão verdadeira que, este ano, de volta à convenção presencial, reforçámos

o nosso investimento, quer em espaço, como em dinâmica comercial”, afirma fonte da empresa. Com o mote “Aqui queremos um Futuro + Sustentável”, o tema central desta convenção foi a sustentabilidade, um compromisso que a A Poveira assume na totalidade, nas suas mais diversas dimensões. Para a empresa de conservas, o canal de proximidade é aquele que melhor consegue refletir a vontade dos seus consumidores, customizando a sua oferta aos de-

TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS SARA MATOS

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sejos dos seus clientes. Assim, é um canal que se mostra sensível a esta mudança no paradigma da alimentação e do consumo e que está alerta para a urgência na alteração de comportamentos que ainda persistem. “A questão sobre a disponibilidade para pagar mais por produtos sustentáveis é bastante mais sensível, depende de vários fatores, designadamente da conjuntura e do contexto socioeconómico de cada mercado ou país”. Toda a oferta da Fábrica de Conservas A Poveira é sustentável, com o pescado a ser proveniente de pescarias responsáveis, os seus produtos a garantirem uma total rastreabilidade e as suas embalagens a serem 100% recicláveis. “O caminho em direção a uma economia circular faz parte dos nossos objetivos. Trabalhamos com objetivos muito concretos e mensuráveis e caminhamos para emissões zero, melhoria da pegada de água, embalagens livres de plástico, total reciclagem das nossas embalagens, zero desperdício alimentar e, claro, como empresa conserveira que somos, o ecossistema marítimo tem uma importância especial. Estamos focados na sua proteção e no uso racional dos recursos”, conclui.


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Coca-Cola

SUSTENTABILIDADE NO CENTRO DA ESTRATÉGIA A sustentabilidade é um pilar da atuação da Coca-Cola, em todas as suas vertentes. Seja no âmbito da responsabilidade ambiental, social ou, mesmo, económica, a multinacional tem consciência que a sustentabilidade é necessária em tudo o que as empresas fazem, hoje em dia, e atua nesse sentido, através de inúmeras iniciativas e, sobretudo, de uma cultura e estratégia empresarial bem vincadas.

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Coca-Cola, parceira de longa data e marca com grande responsabilidade no mercado, considera a sua presença em iniciativas como a conferência anual Aqui é Fresco fundamental para se aproximar dos seus clientes e, consequentemente, dos seus consumidores. “O formato presencial é, para nós, absolutamente fundamental. Representamos marcas que, para além do seu conteúdo, transmitem emoções. A proximidade e o contacto direto com as pessoas fazem com que o negócio faça mais sentido”, refere fonte da multinacional. Para a Coca-Cola, cada vez mais, o consumidor privilegia e valoriza as empresas e as marcas que façam da sustentabilidade a sua base de atuação. “Seja pela pressão dos 'shoppers' ou da concorrência, seja por imperativos de legislação, este tema torna-se uma inevitabilidade”, refere o porta-voz, que, contudo, alerta que “não podemos separar a disponibilidade para pagar mais por este tipo de produto das condições económicas e sociais dos 'shoppers'. Embora os indicadores qualitativos apontem para essa disponibilidade, a realidade ainda não é totalmente assim, muito por culpa das condições financeiras que

TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS SARA MATOS

afetam as pessoas e as suas carteiras”. Atualmente, os produtos da Coca-Cola são 100% recicláveis, têm uma eficiência de produção com mínimos de consumo de água e de geração de carbono. Grande parte do portfólio tem fórmulas sem açúcar, contribuindo, decisivamente, para a alteração para hábitos de consumo mais saudáveis e, também por isso, mais sustentáveis. A Coca-Cola acredita, firmemente, que a sustentabilidade é um valor comum

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que liga consumidores, retalhistas e fornecedores, mas que, por si só, não é suficiente para manter toda a atividade sustentável. “Terá que haver vontade de todas estas partes para ajustarem comportamentos, para se adaptarem a novas exigências que, certamente, afetarão o modelo de consumo. No entanto, ter um valor ou objetivo que é comum a consumidores, retalhistas e fornecedores é uma excelente plataforma para o futuro”.


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Delta Cafés

SUSTENTABILIDADE PARA UM MUNDO MELHOR Sustentabilidade não é um artigo, nem uma ação específica, mas, sim, um modo de estar na vida e no mundo. Assim afirma a Delta Cafés que, enquanto companhia produtora, adota medidas de sustentabilidade em todos os momentos do ciclo de vida dos seus produtos. A empresa portuguesa assume esta posição de responsabilidade social como uma componente integrante do seu negócio, acreditando que o consumidor valoriza as empresas e as marcas que evidenciem a sustentabilidade da sua oferta.

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Delta Cafés voltou a estar presente na convenção anual da rede Aqui é Fresco, o que demonstra a relevância que a empresa de Campo Maior atribui a este momento e ao canal de proximidade. “Não estar presente na convenção não era sequer uma hipótese, ainda para mais quando esta edição representa o regresso ao formato presencial, algo que nos foi privado durante a pandemia. O contacto direto com os retalhistas, a ligação que é criada durante estes momentos, para nós, como empresa e representante de várias marcas, é fundamental. Colocar o nosso rosto nas nossas marcas e contactar diretamente com os nossos clientes é o que faz com que esta convenção tenha sucesso, ano após ano”, afirma fonte da Delta Cafés. A sustentabilidade ambiental é uma das principais preocupações do sector do retalho e o mote da edição de 2022 da Convenção Aqui é Fresco. Para a Delta Cafés, a sustentabilidade já não se trata apenas de uma tendência da atualidade ou de um chavão para captar a atenção do público. Assim, o negócio da empresa tem a componente de sustentabilidade sempre presente,

TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS SARA MATOS

em qualquer ação ou decisão, desde a escolha do tipo de material até à forma como determinada ação é levada a cabo. A sustentabilidade é a forma como a Delta Cafés vê não só o presente, mas também o futuro. “Cada vez mais, o consumidor valoriza o que é sustentável e quem o faz da mesma forma. Tal como o próprio consumidor, que vai tendo, no seu dia-a-dia, ações e atitudes tendo a sustentabilidade como um dos pilares na sua tomada de

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decisão, obviamente que também decide por se fazer acompanhar de quem partilha os mesmos valores”, explica a mesma fonte. Na Delta Cafés, acredita-se que é também responsabilidade da empresa cultivar a informação e servir o consumidor com as melhores e mais sustentáveis ofertas. “Por um mundo melhor, todos temos de nos unir em torno da sustentabilidade, em tudo o que fazemos”.


Grao Agora em

Origem Colombia Elevada em todos os sentidos

Nas altas encostas dos Andes, nasce um grão de café à altura dos mais exigentes apreciadores. Um café 100% arábica, que eleva o sabor e o aroma a cada chávena. Cultivado e apanhado grão a grão no topo dos terroirs vulcânicos e húmidos da Colômbia, este arábica revela-se uma bebida aveludada, com elevada suavidade e ligeiras notas cítricas. Eleve já a sua experiência de café.

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Nestlé

REGENERAR A CADEIA DE VALOR Para a Nestlé, a sustentabilidade é um tema vital. De facto, o tema da sua campanha nos pontos de venda parceiros é dedicado à temática da regeneração, apelando aos consumidores que, no seu dia-a-dia, adotem práticas mais amigas do meio ambiente. Isto significa estar um passo à frente na sustentabilidade, ou seja, proteger, renovar e restaurar o meio ambiente, procurando deixar melhores as fontes de recursos que todos utilizamos. TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS D.R.

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ara a Nestlé, a comparência na mais recente edição da Convenção Aqui é Fresco foi de uma enorme importância estratégica, o que fica, aliás, demonstrado pela sua presença regular, todos os anos. “Estar nesta convenção é uma oportunidade de dar a conhecer as nossas inovações, em termos de portfólio, aos retalhistas desta insígnia, aos que já nos conhecem e, sobretudo, àqueles que, através da convenção, nos ficam a conhecer. Aqui, temos dado a conhecer não só os nossos produtos, mas também a nossa forma de estar no mercado, os princípios e valores que

guiam tudo o que fazemos, em linha com o propósito da Nestlé de desenvolver o poder da alimentação para melhorar a qualidade de vida de todos, hoje e para as gerações futuras”, refere fonte da empresa. Uma forma de estar que envolve a grande preocupação com a pegada ambiental e com a sustentabilidade, os temas centrais da Convenção Aqui é Fresco, em 2022. Toda a performance da Nestlé é orientada pela sua estratégia de nutrição, saúde e bem-estar, alicerçada em fortes compromissos com a sustentabilidade ambiental de todas as suas operações. A Nestlé é signatária da

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Business Ambition for 1,5º C da Organização das Nações Unidas e foi uma das primeiras empresas a partilhar detalhadamente, no início de 2021, o seu plano climático, com um prazo definido: reduzir as emissões de gases com efeito de estufa para metade, até 2030, e atingir a neutralidade carbónica, até 2050. Para cumprir este “roadmap”, a Nestlé está focada em fazer avançar sistemas alimentares regenerativos em grande escala, envolvendo toda a sua cadeia de valor. Por isso, trabalha, a nível global, com parceiros do sistema alimentar, do qual faz parte uma rede de mais de 500 mil agricultores e 150 mil fornecedores. “Este não é um caminho que se faz sozinho, a Nestlé pretende sensibilizar os seus consumidores para o facto de que, também no final da cadeia de valor, onde eles se encontram, há muitas ações que cada um pode tomar para proteger, renovar e restaurar o ambiente que o rodeia, ou seja, para regenerar”.


dos nossos cereais de pequeno-almoço têm Nutri-Score A, B e C

O Nutri-Score é um novo esquema de rotulagem que classifica os alimentos de acordo com o seu perfil nutricional, com o objetivo de ajudar a fazer as escolhas mais equilibradas.

Perfil Nutricional

2003

2020

2003

2020

2009

2021

-39%

Baixo Lípidos Saturados

-41%

-54%

-34%

-80%

-40%

+80%

-56%

+129%

-41%

+262%

Açúcar

Sódio

Fibra

Lípidos Saturados

Açúcar

Sódio

Fibra

Na Nestlé, trabalhamos para tornar o seu pequeno-almoço melhor todos os dias!

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Açúcar

Sódio

Lípidos Saturados Fibra


P&G

SUSTENTABILIDADE: MUITO MAIS DO QUE UMA QUESTÃO DE ESCOLHA Para a P&G, a sustentabilidade dos produtos vai muito além do que é mais evidente e resulta de todo um processo. A multinacional acredita que este é um tema de todos. Se, nas últimas décadas, as questões ambientais não eram vistas por todos como prioritárias, passando, depois, a ser, muitas vezes, consideradas como uma tendência, hoje, a P&G assegura que são temas fulcrais, urgentes e que, cada vez mais, impactam as escolhas dos consumidores. TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS SARA MATOS

A

s marcas da P&G servem quase cinco mil milhões de consumidores em todo o mundo, razão pela qual a empresa está convicta da sua responsabilidade e capacidade de fazer a diferença. “A sustentabilidade está em tudo o que fazemos e é parte integrante da nossa estratégia, através das nossas parcerias globais e locais, que nos permitem conhecer e atuar onde realmente importa. E isso verifica-se nas iniciativas inter-

nas e externas de promoção de hábitos mais sustentáveis e de um constante trabalho de investigação e inovação nos nossos produtos. Na P&G, sabemos que ser ambientalmente responsável só é possível como resultado de todo um ciclo, que começa na escolha dos fornecedores e das matérias-primas mais sustentáveis, passando pelo fabrico, distribuição, uso e eliminação por parte do consumidor”, refere porta-voz da empresa.

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A adoção de práticas mais sustentáveis já não é apenas uma questão de escolha. Por um lado, existe legislação que protege o ambiente e, por outro, um consumidor mais atento e sensível ao propósito das empresas. Assim, não basta ter produtos com qualidade, diz a P&G. Hoje, é esperado que as empresas e as marcas tenham também um impacto social e ambiental positivo. Da mesma forma, a proximidade é fundamental para a multinacional, levando-a a marcar presença, mais uma vez, na convenção anual da rede Aqui é Fresco. “Queremos estar próximos de parceiros, retalhistas e consumidores finais e vemos esta convenção como um importante momento de encontro e partilha. Além disso, somos parceiros do projeto Aqui é Fresco desde o seu início, pelo que, para nós, faz todo o sentido fazer parte desta convenção, seja em formato digital ou presencial. No ano de 2020, encontrámos no formato digital uma boa alternativa para garantir a convenção e, apesar dos desafios, conseguimos bons resultados. Assim, valorizamos muito o contacto pessoal, mas sabemos que, seja em que formato for, conseguiremos encontrar soluções para viabilizar a convenção”, conclui.


Pele Suave em 5

minutos!

Bárbara Bandeira.

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Sogrape

FOCO NA SUSTENTABILIDADE E NO FUTURO Para a Sogrape, é cada vez mais relevante as empresas estabelecerem estratégias de longo prazo, tendo em conta a sustentabilidade e a importância que esta matéria tem nos novos consumidores, designadamente, na hora da tomada de decisão. Afinal, o consumidor de hoje não está apenas focado no preço do produto e pretende estabelecer laços com a marca. TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS SARA MATOS

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esde a sua fundação, em 1942, que a Sogrape se empenha em conduzir a sua atividade de forma responsável, pensando no futuro e na sua sustentabilidade, a longo prazo. “Ao longo dos 80 anos da nossa história, crescemos e tornámo-nos um parceiro e amigo de confiança dos nossos clientes, fornecedores, colaboradores e acionistas, preservando, respeitando e protegendo os locais e as comunidades onde operamos, tornando-os melhores. Em 2021, a Sogrape lançou

o seu primeiro Programa Global de Sustentabilidade, que assinala o início de um novo ciclo no caminho que tem vindo a percorrer na construção de um futuro melhor e mais inclusivo e que enquadra os esforços de sustentabilidade nas diversas unidades de negócio do grupo, em todo o mundo”, afirma fonte da Sogrape. Com parcerias de longo prazo com viticultores regionais e locais, tendo em vista o desenvolvimento sustentável do seu negócio, a Sogrape Distribuição conta com marcas como

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Mateus, Gazela, Herdade do Peso e Porto Ferreira, onde o foco na sustentabilidade está cada vez mais presente. Para a empresa, foi importante participar na convenção anual da rede Aqui é Fresco, que teve como mote “Aqui queremos um Futuro + Sustentável” e que regressou ao formato presencial, uma vez que acredita no modelo relacional, como forma eficaz de divulgar as suas marcas e de contactar com centenas de retalhistas. “O modelo digital foi excelente para responder aos desafios da pandemia. No entanto, os negócios são feitos de relações e nada como o formato presencial para estarmos mais próximos do mercado, sentirmos melhor as suas necessidades e dar a conhecer os nossos vinhos”. No entender da Sogrape, este canal começa agora a tomar consciência da mudança de paradigma, ao nível da alimentação e do consumo, e, nesse sentido, está a adaptar a sua oferta nas lojas, diversificando o seu cardex de produtos para responder a esta alteração. “Criando valor com produtos sem embalagens ou embalados de forma minimalista, com a utilização de matérias-primas alternativas”, conclui.


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80 ANOS A REINVENTAR O MUNDO DO ROSÉ Depois de alcançar resultados extraordinários em 2021, Mateus Rosé celebra 80 anos de história num momento em que a marca e a categoria rosé crescem a nível mundial. Três edições limitadas da sua garrafa icónica e uma campanha para inspirar as pessoas a unirem-se na “melhor forma de viver o mundo” fazem parte das comemorações da mais internacional marca de vinho portuguesa.

Para celebrar o 80º aniversário de Mateus com todos os seus consumidores em todo o mundo, será lançada, pela primeira vez, uma série de três garrafas de edição limitada ligadas à música, uma área a que a marca sempre esteve associada. A garrafa Fado: The soul of Portugal (Saudade), inspirada em Amália Rodrigues, a fadista mais famosa da história do país e apreciadora de Mateus, pretende difundir a cultura portuguesa e partilhar o estilo musical mais tradicional e reconhecido de Portugal com as gerações mais jovens de todo o mundo;

Mateus mostra o excelente momentum e dinâmica que a marca tem vivido ao longo dos últimos 10 anos, com performances excecionais a superar as expectativas nos principais mercados da marca. Em 2021, Mateus bateu recordes mundiais de vendas, com 23 milhões de garrafas vendidas, e apresentou os melhores resultados das últimas três décadas. Com um caráter inovador e pioneiro e um design de garrafa único, Mateus sempre soube reinventar-se e definir tendências.

A garrafa Rock: The spirit of being young representa a ligação histórica da marca ao rock, lembrando a associação de Mateus a artistas como Jimi Hendrix, Ace Frehley e Elton John, e o espírito irreverente que esteve na base da criação de Mateus e da sua garrafa;

Marca icónica, Mateus esteve sempre associada a celebridades como Steve Jobs, o Papa Paulo VI, a Rainha de Inglaterra, Nubar Gulbenkian, tendo mesmo aparecido nos livros de Tintim, e sido apreciado por músicos de renome como Jimi Hendrix, Elton John, Amália Rodrigues e Sting. Hoje com um posicionamento contemporâneo e lifestyle, a marca pretende atrair e conquistar públicos mais jovens e desafiar uma nova geração de consumidores de vinho a celebrar os bons momentos da vida.

E por último, Dance music: The feeling of being free retrata a natureza descontraída e amigável da marca e dos vinhos rosés, em linha com a nova geração de consumidores mais jovens de Mateus.

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ARROJADO E INOVADOR, DE PORTUGAL PARA O MUNDO A história do vinho rosé português mais celebrado remonta a 1942, quando Fernando Van Zeller Guedes, fundador da Sogrape, teve uma visão. Queria que o mundo conhecesse a qualidade superior dos vinhos portugueses. Num ato de enorme criatividade, criou e lançou um conceito ousado e arrojado: um novo estilo de vinho, rosé, leve e refrescante, com um sabor único e uma identidade forte, numa garrafa inovadora e original. Nascia Mateus Rosé, a única marca de vinho global portuguesa. Devido à tenacidade de Fernando Van Zeller Guedes e às ações inovadoras que o mesmo propôs, o volume de vendas foi crescendo ano após ano, alcançando várias zonas do globo. Foram estas mesmas iniciativas que fizeram com que Mateus conquistasse os EUA, Japão, Hong-Kong e Austrália. Para promover este novo vinho, o fundador da Sogrape decidiu enviar a todos os embaixadores e cônsules portugueses no mundo uma caixa com duas garrafas de Mateus: uma para fazerem a prova, a outra para, caso gostassem, oferecer a alguém que nesse país pudesse contribuir para a sua promoção. Após a popularidade alcançada no Reino Unido e o enorme sucesso nos EUA, nos anos 50, Mateus cedo se tornou uma marca poderosa e verdadeiramente global. No final dos anos 70, a Sogrape vendia em cerca 120 países e Mateus foi inclusivamente a bebida mais solicitada durante a Cimeira da Organização de Unidade Africana, realizada em Lagos, na Nigéria. De Portugal para o mundo e 80 anos depois, Mateus continua presente em mais de 120 países de todo o mundo e com mais de mil milhões de garrafas vendidas. Esta é a história que nasceu de um sonho, de uma vontade de fazer diferente e se tornou muito maior do que o imaginado. Uma marca que representa um estilo de vida cheio de personalidade, transversal a todo o planeta, e que ano após ano continua a dar cartas em todo o mundo.

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Sumol+Compal

SUSTENTABILIDADE COMO PILAR ESTRATÉGICO DE AÇÃO Tendo a sustentabilidade como pilar estratégico, a Sumol+Compal voltou a marcar presença em mais uma Convenção Aqui é Fresco. Na qual pôde voltar a estar com os aderentes da rede e para a qual levou um portfólio de reconhecido valor acrescentado.

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resente em todas as edições da Convenção Aqui é Fresco, a Sumol+Compal esteve no regresso aos eventos físicos. Algo que a empresa “ansiava”, afinal, estava em causa poder voltar a estar “frente a frente com as centenas de retalhistas que marcaram presença naquele que, para nós, é o maior evento do retalho independente e de proximidade em Portugal”, introduz fonte da Sumol+Compal. O formato presencial tem um impacto, naturalmente, muito superior a outras alternativas, com a sua relevância a decorrer do sempre importante contacto direto com os retalhistas, com a possibilidade de poder apresentar as

respetivas propostas, inovação, estratégia, assim como “poder ouvir os seus problemas e as suas ambições. Só assim poderemos ajustar o nosso caminho para que o mesmo seja em paralelo com o dos nossos clientes”, acrescenta. Tendo como um dos pilares estratégicos a sustentabilidade, a Sumol+Compal trouxe um conjunto alargado de produtos que visam materializar essa visão. Seja através da incorporação de maiores quantidades de plástico reciclado (a exemplo do garrafão de Água Serra da Estrela de seis litros, comercializado numa embalagem de plástico 100% rPET - pet reciclado -, entre

TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS SARA MATOS

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outros), ou da redução da incorporação de cartão no formato Tetra Brik face à embalagem antiga, “com uma redução em 20% da pegada de carbono, devido ao menor uso de polímeros, com uma tampa de origem vegetal (bioplástico), entre outros aspetos”. Estes são alguns exemplos na vertente dos materiais de embalagem, a que se estende a incorporação de frutas de origem portuguesa, na maior parte dos lançamentos efetuados este ano, além da Academia de Frutologia, projeto que visa construir uma parceria com agricultores portugueses, dando-lhes formação no desenvolvimento das suas explorações agrícolas, “garantindo a aquisição de parte ou de toda a sua produção, de forma antecipada". O difícil nesta equação é construir propostas que toquem nos três eixos: qualidade do produto, sustentabilidade e um preço equilibrado que o cliente esteja disponível para pagar. O canal de proximidade é, ainda mais, sensível à chamada economia circular, pois existe uma maior disponibilidade para apoiar fornecedores locais, criando valor na sua região e reduzindo a pegada ecológica, com uma menor ligação produção/distribuição.


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Porque o amanhã importa, desde 1952. Importa o nosso amanhã e o amanhã dos nossos filhos e netos. Importa o amanhã dos nossos produtores e dos nossos consumidores. Importa o amanhã da nossa terra e o amanhã do planeta Terra. E por isso, tudo o que fazemos hoje, é a pensar no amanhã. Sempre com o olhar virado para o futuro. E o que nos dá confiança e nos faz acreditar que estamos no caminho certo,é a nossa história, o nosso passado e a nossa identidade. Ao longo dos anos, fomos sempre colhendo os frutos que semeámos. Tal como em qualquer colheita, há anos melhores e anos menos bons. Mas acreditamos que estamos hojea plantar a semente de um futuro melhor para todos. Tal como fizemos, desde o primeiro dia. E isso, merece ser celebrado. Compal. É mesmo Natural.

HÁ 70 ANOS QUE TRABALHAMOS A PENSAR NO AMANHÃ ... e ainda agora começámos

As nossas frutas e vegetais

A nossa produção

Os nossos produtos

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O amor à terra trouxe-nos até aqui. E vai levar-nos ainda mais longe. 36

Descobre mais aqui:

A nossa retribuição


Há 70 anos a escolher fruta portuguesa.

Compal. É mesmo natural. 37


Super Bock

PROMOÇÃO ATIVA DA SUSTENTABILIDADE Presente na Convenção Aqui é Fresco, desde a primeira hora, “pela convicção de que se trata de uma excelente oportunidade para estarmos próximos de vários ‘players’ do sector do retalho”, a realização desta iniciativa é uma abordagem que privilegia a colaboração, um aspeto bastante valorizado pelo Super Bock Group e que a empresa procura “fomentar sempre que possível”.

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o ter como tema agregador a área da sustentabilidade, o Super Bock Group considera que se tornou, ainda mais, premente “fazer parte desta discussão, pois procuramos estabelecer as parcerias necessárias que nos permitam adotar as melhores práticas e encontrar as soluções mais sustentáveis, ao longo de toda a cadeia de valor”. Em causa está atuar tendo em vista a promoção de uma economia cada vez mais circular e sustentável e, nesse âmbito, a empresa portuguesa trabalha em várias frentes, nomeadamente, a ambiental. Através da promoção de “mais packaging circular”, tem focado a sua ação na melhoria da sustentabilidade das suas embalagens, com alguns exemplos desse mesmo trabalho a serem a nova garrafa de água Vitalis de 1,5 litros, produzida com plástico 100% reciclado (feita com material de mais de três garrafas de plástico de 33 centilitros) e 100% reciclável, que permite evitar o uso de mais de 6,3 toneladas de novo plástico por ano; “o ‘snap pack’ Carlsberg, que reforça as preocupações ambientais da marca e inclui uma tecnologia pionei-

TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS SARA MATOS

ra, a nível mundial, que une as latas de cerveja, eliminando o plástico que, por norma, acondiciona estas embalagens; e, em Super Bock, onde desde 2016 disponibilizamos copos 100% recicláveis e reutilizáveis”. A que se junta a promoção do maior uso de vidro no canal Horeca (por exemplo, na disponibilização de embalagens de vidro TR e TP), sendo prioritário para a empresa “promover um maior incentivo à reutilização de embalagens de vidro e barril”. Uma decisão tomada pela consciência de que esta é uma preocupação

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que se estende ao consumidor, que se apresenta mais ciente da importância do “desenvolvimento sustentável aplicado ao consumo e que opta, cada vez mais, por produtos naturais e ‘eco-friendly’”, avança a mesma fonte. “Exemplo disso mesmo é a proximidade do consumidor ‘eco-active’ (preocupados e ativos na mudança) com a nossa marca Pedras, pela sua naturalidade, a qual aumentou o número deste tipo de compradores, em 2021, de 18% para 26%, de acordo com um estudo da Kantar”, conclui.


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Publireportagem

SUPER BOCK CELEBRA 95 ANOS COM UMA CAIXA ESPECIAL 40


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Super Bock está a comemorar 95 anos do registo da marca pela Companhia União Fabril Portuense. Em outubro de 1927, a Companhia União Fabril Portuense (CUFP) dá a conhecer, durante a Exposição Industrial Portuguesa, no Palácio de Cristal, no Porto, uma nova cerveja criada pelo mestre cervejeiro Alberto Marques Fonseca. A invenção é designada de Super Bock, uma vez que resulta do aperfeiçoamento das cervejas do tipo “bock”, criadas na Alemanha, as quais a companhia portuense produzia desde a sua fundação, em 1890, e que, na altura, estavam “em voga”. A inovação gera sucesso na exposição e vale até um “Grand Prix” à CUFP, que decide registar oficialmente e marca, a 9 de novembro do mesmo ano. Os 95 anos da marca Super Bock são o mote para um lançamento especial e muito exclusivo. Uma caixa de aniversário composta por 95 cervejas

para serem partilhadas com os amigos, que inclui ainda um passe duplo para o Super Bock Super Rock. Trata-se de uma edição limitada que celebra o melhor da herança cervejeira da marca, juntando a Amizade, o Sabor Autêntico das suas cervejas e a Música Autêntica. Cada caixa inclui 95 garrafas de cerveja de dez variedades, das quais se destacam Original, Stout, Abadia, Oktoberfest Coruja (IPA e American Amber Lager) e Selecção 1927 (Munich Dunkel, Bavaria Weiss, Japanese Rice Lager e Bengal IPA), permitindo aos consumidores desfrutarem de diferentes estilos de cerveja, com distintos sabores e aromas. Esta iniciativa é um brinde à Amizade e reforça o compromisso da marca em proporcionar momentos de partilha entre amigos.

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Ao longo destas mais de nove décadas, a Super Bock construiu um legado ancorado nas fortes tradições cervejeiras e na preservação de um riquíssimo património de qualidade, que sempre foi trabalhado, de forma consistente e transversal, para promover a melhor experiência cervejeira dentro e fora de casa, adequada ao perfil dos apreciadores de cerveja. É a principal cerveja no mercado nacional e a cerveja portuguesa mais vendida no Mundo. O Super Bock Group mantém a sua estratégia e o negócio assente nos três pilares da Sustentabilidade: crescimento económico, proteção do ambiente e bem-estar social. A história da marca e o seu processo de fabrico podem ser conhecidos numa visita à Casa da Cerveja, na sede do Super Bock Group, em Leça do Balio.


Unilever

SUSTENTABILIDADE E IMPACTO SOCIAL POSITIVO Com os consumidores cada vez mais alerta para a conduta das empresas e marcas, no que à sustentabilidade diz respeito, penalizando as que não deem provas claras de um comportamento responsável, a Unilever assegura que vai manter-se no percurso de ter uma pegada ambiental cada vez menor e, em contrapartida, um impacto positivo na sociedade cada vez maior. Para a empresa, ainda há um longo caminho a ser percorrido por consumidores, retalhistas e fornecedores para uma real alteração do atual paradigma de consumo.

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esde o primeiro dia que a Unilever Fima tem uma presença preponderante na Convenção Aqui é Fresco. Nomeadamente, como parceiro de referência na realização deste evento, que, em 2022, regressou ao formato presencial, alinhado com as características intrínsecas a esta rede de comércio de proximidade. Com o mote “Aqui queremos um Futuro + Sustentável”, o tema da convenção assentou na sustentabilidade, um dos pilares da forma de estar

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no negócio da Unilever. “A nossa visão consiste em dissociar o crescimento da pegada ambiental e correlacioná-lo com um impacto social positivo. Estamos profundamente envolvidos em compromissos de sustentabilidade em todas as áreas de negócio em que operamos. Dando apenas um só exemplo por área, dentro dos vários que poderíamos citar, temos no ramo alimentar o combate ao desperdício, na área de limpeza da casa e roupa a substituição do carbono derivado de combustíveis fósseis por carbono

TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS SARA MATOS

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renovável ou reciclado, em cuidado pessoal as embalagens 100% PCR e fórmulas biodegradáveis e, transversalmente a todas as áreas de negócio, um compromisso para ‘zerar’ as emissões de carbono, até 2039, bem como garantir que, até 2025, todas as nossas embalagens de plástico serão reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis”, explica fonte da empresa. O tema da sustentabilidade está a unir, cada vez mais, consumidores, retalhistas e fornecedores, acredita a Unilever, mas, na prática, a empresa considera que ainda há um longo caminho a percorrer por todos, para uma real alteração do paradigma e consciencialização para este assunto tão premente para o presente e. ainda mais. para as futuras gerações. “A maior parte do canal de proximidade ainda não está tão sensível a estes temas, como gostaríamos que estivesse. Contudo, este é um trabalho que todos nós, produtores, fornecedores, distribuidores e restante cadeia, temos que abraçar, de forma a haver uma real mudança na forma de olhar o negócio e as opções ou ofertas do mesmo”.

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XD Software

PRÓXIMA DOS SEUS CLIENTES O consumidor, cada vez mais, valoriza as empresas e as marcas que promovem a sustentabilidade na sua oferta, sendo que o canal de proximidade está, cada vez mais, sensível a esta mudança no paradigma da alimentação e do consumo. Para a XD Software, a sustentabilidade une consumidores, retalhistas e fornecedores e é de extrema importância ser este o tema de um evento onde se juntam centenas de agentes económicos ligados ao sector alimentar. TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS D.R.

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ara a XD Software, foi muito importante marcar presença na convenção da rede Aqui é Fresco, evento anual que reuniu mais de 700 retalhistas. “Sendo a XD produtora de software para o ponto de venda, onde, nos seus mais de 35 mil clientes, a nível mundial, encontramos mais de 2.300 do retalho alimentar, é importante estarmos presentes neste evento, não apenas para reforçar a imagem e respetiva divulgação das nossas soluções, como também, e muito importante, para estarmos

próximos do utilizador final, alguns já clientes e outros que, potencialmente, poderão vir a sê-lo, permitindo-nos, assim, perceber as suas necessidades”, explica fonte da XD Software. Na edição de 2022, o tema principal foi a sustentabilidade, um dos grandes desafios que o mundo tem pela frente e também uma das preocupações da XD Software, não obstante a atividade da empresa não se prender na comercialização de produtos de grande consumo, mas soluções de software. “É importante, para

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nós, a sustentabilidade nas matérias-primas que consumimos, quer a nível de empresa, quer mesmo a nível pessoal. E é, para nós, importante estar num evento cujo principal tema é a sustentabilidade, algo vital para o universo de todos os presentes, nas várias cadeias de atividade em que se encontram”, refere. “Acreditamos que, cada vez mais, o consumidor valoriza as marcas que promovem a sustentabilidade na sua oferta e estamos em crer que estará disponível para que, quando não exista opção ao mesmo valor, pagar algo de valor mais elevado para garantir produtos sustentáveis”. Hoje, a sustentabilidade é o tema que une toda esta cadeia económica, desde produtores, distribuidores até ao consumidor final, e o canal de proximidade está sensível a esta mudança. “Naturalmente que isto terá que ser acompanhado por uma campanha de sensibilização, quer do canal de proximidade, quer junto do consumidor final, para agilizar e antecipar uma maior adesão”.

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SOFTWARE DE GESTÃO E POS SUPERMERCADOS A XD é uma empresa multinacional, com sede em Portugal, operando no mercado nacional, Brasil, Espanha e Angola. A XD dispõe de uma rede de distribuidores qualificados, presentes em todo o país, que garantem uma assistência pós-venda de qualidade com a vantagem da proximidade com o cliente, utilizador das soluções XD. Contamos com cerca de 35.000 clientes em vários sectores, desde o comércio a retalho, restauração, distribuição, produção, indústria e serviços. Uma das áreas onde a XD se especializou foi no Retalho alimentar, disponibilizando ferramentas de Gestão e Pos para supermercados, mercearias, talhos, peixarias, etc, onde investimos em ferramentas avançadas que auxiliam os responsáveis destas áreas na dinamização do seu negócio tais como o Business Intelligence (BI), relatórios personalizados pelo próprio cliente e/ou parceiro; integrações com plataformas de fidelização dos seus clientes, campanhas, central de compras, gestão de lotes/validades, não descurando o essencial da operacionalidade do dia a dia, como a usabilidade e simplicidade do Pos, a integração com

balanças e dispositivos para inventários, a facilidade para atualização de preços e impressão de etiquetas, gestão de compras/fornecedores e a gestão de stock e tesouraria. Investimos também na aplicação XD Cloud, uma plataforma que permite ao responsável da empresa aceder online à informação vital da sua organização (vários estabelecimentos/empresas), a partir de qualquer dispositivo remoto (smartphone ou browser), dispondo assim da sua Gestão online. Sendo este um mercado maduro a nível de soluções tecnológicas, temos apostado na inovação e qualidade, auscultado o mercado e utilizadores, o que tem permitido captar clientes utilizadores de outras soluções. Para auxiliar nesta mudança de software dispomos de ferramentas que conseguem importar dados de outras soluções, minimizando assim o tempo de implementação/troca, sendo que desta forma o cliente não perde os dados mais importantes.

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Largo do Chico

"A LOJA DE PROXIMIDADE VAI SER CADA VEZ MAIS FORTE" TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS SARA MATOS

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Na altura de regressar a mais uma convenção presencial da rede Aqui é Fresco, Frederico Neves, proprietário do Largo do Chico, faz o balanço do período de pandemia e aponta ao futuro. Sobretudo, ao considerar que se aprendeu bastante com toda a situação vivida e que permitiu ao comércio de proximidade sair reforçado. Com o seu natural otimismo e positivismo, considera, ainda, que a loja de proximidade vai ser cada vez mais forte. Palavra de quem tem vestido a camisola do Aqui é Fresco desde o primeiro momento.


Os desafios mantêm-se, continua a ser um dia de cada vez. Aprendemos qualquer coisa com esta situação”, introduz, igual a si mesmo, Frederico Neves, proprietário do Largo do Chico, com duas lojas, em Ourém. Com a juventude e entusiasmo do seu proprietário a serem atributos que diferenciam o Largo do Chico, a loja soube ultrapassar os desafios da pandemia e manteve as suas portas abertas quando mais os clientes precisaram deste estabelecimento. O que possibilitou, por outro lado, conquistar e reforçar, a confiança depositada pelos fregueses, pois, quando mais foi necessário, o Largo do Chico continuou a assegurar o abastecimento de toda a comunidade local. Na altura de mais uma convenção do Aqui é Fresco, e assinalando o regresso salutar ao formato físico, Frederico Neves não hesita ao considerar que o comércio de proximidade saiu reforçado. “Sem dúvida que aprendemos e saímos mais fortes com esta situação, porque percebemos a fragilidade do negócio e a necessidade que o cliente

tem de procurar os nossos espaços, que são mais pequeninos e convidativos neste contexto delicado. Toda a situação vivida veio trazer-nos um bocadinho de reforço, em termos de logística, sobretudo, no modo de encarar os desafios de outra maneira”. Dinâmicas do negócio que fizeram, e fazem, com que os clientes venham e voltem. O período de pandemia trouxe, naturalmente, “clientes que vieram somente por impulso”, mas, do mesmo modo, houve também aqueles que ficaram e fidelizaram-se ao Largo do Chico. “Sou uma pessoa positiva e creio que as coisas são mesmo assim. Cabe-nos pensar um pouco mais além e tirar proveito do que a pandemia nos trouxe. Houve clientes que ficaram e passaram a consumir mais e perceberam que o nosso comércio é organizado, preparado, capaz de proporcionar uma oferta interessante para o dia-a-dia”, assume convicto. Até porque, hoje em dia, no entender deste empresário, que assume a gestão de duas lojas, a atratividade do comércio de proximidade não é uma questão de cardex e muito menos de

A ATRATIVIDADE DO COMÉRCIO DE PROXIMIDADE NÃO É UMA QUESTÃO DE CARDEX E MUITO MENOS DE PREÇO, CONSIDERA O PROPRIETÁRIO DO LARGO DO CHICO preços. “Muitos dos clientes que nos descobriram ficaram surpreendidos, porque não estavam à espera de que PUB

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ONDE HÁ PALADIN, HÁ FESTA!


tivéssemos preços tão competitivos. As pessoas estavam tão formatadas aos hipers e a terem um preço tão alto que, quando começaram a conhecer as nossas lojas, por causa da pandemia, acabaram por perceber que somos uma solução para as suas necessidades e com alguns preços interessantes”. O que leva o jovem empresário a considerar que “a loja de proximidade vai ser cada vez mais forte”. Uma posição que tem vindo a defender, há já alguns anos, pelo facto do comércio de proximidade ser um canal onde a personalização das relações é um dos principais atributos e um dos mais signiONDE FICA ficativos fatores de Largo do Chico Loja 1 diferenciação. “AfiRua Principal, N.º 27, nal, conhecemos Urqueira as pessoas, trata2435-700 Ourém mo-las pelo nome. Temos a confiança de ONDE FICA aconselhar o meLargo do Chico Loja 2 Rua Santa Teresa, lhor produto para N.º 23 cada cliente. Isto é 2490-242 Ourém uma realidade cada vez mais presente na sociedade. O mundo cada vez está indiferenciado e essa necessidade de diferenciação vai ser uma grande vantagem para as lojas de proximidade”, considera Frederico Neves.

"O MUNDO CADA VEZ ESTÁ INDIFERENCIADO E ESSA NECESSIDADE DE DIFERENCIAÇÃO VAI SER UMA GRANDE VANTAGEM PARA AS LOJAS DE PROXIMIDADE" BALANÇO POSITIVO

Integrado no Aqui é Fresco desde fevereiro de 2019, quando desafiado a fazer um balanço dos anos de ligação à rede, Frederico Neves não hesita e faz um balanço “claramente positivo”. Não só a imagem moderna e apelativa convence quem visita a loja, como a ligação comercial ao cash do associado Pereira & Santos é outro dos

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aspetos decisivos, sendo que o proprietário do Largo do Chico orgulha-se de nunca ter tido falta de produto nas prateleiras, o que demonstra a consistência do trabalho de todos os envolvidos na rede. “Temos de ser persistentes e de perceber quais são os nossos erros, para poder melhorar, razão pela qual o Aqui é Fresco é, para nós, uma mais-valia. Faz todo o sentido termos um projeto que nos ajuda, apoia e dá orientação. Tenho acompanhado os projetos-piloto, fui dos primeiros a ter o cartão e o portal e tenho tentado ajudar a perceber a evolução da situação. A modernização tecnológica nem sempre é um processo fácil com lojas mais pequenas, que já têm alguns anos, mas temos que fazer o nosso caminho”. Futuro que se apresentará, necessariamente, mais digital, com a Convenção Aqui é Fresco a estabelecer, uma vez mais, um novo parâmetro, ao permitir as encomendas através de uma plataforma exclusivamente criada para esse fim. Uma decisão bem acolhida pelos participantes, com Frederico Neves a não ser exceção. “No que se refere à convenção, a plataforma faz sentido. Estamos na era digital. O negócio tem de ser cada vez mais digital e mais prático e a plataforma conjuga todas essas valências”, conclui.


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TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS SARA MATOS

Minimercado O Ferrador

A SEU LADO, TODOS OS DIAS O Minimercado O Ferrador esteve ao lado de todos os habitantes da freguesia de Maçãs de Dona Maria, em Alvaiázere, durante os períodos mais delicados da pandemia. Um hábito de passado, presente, mas também de futuro, uma vez que reafirma o seu compromisso e crença “a 100%” no projeto Aqui é Fresco, com a reformulação da sua loja. De modo a acompanhar a evolução do negócio e a juntar ao melhor atendimento e produtos a melhor experiência de compra, num espaço de todos e para todos. 50


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rmindo José e Zélia Fernandes são uma dupla ligada pela vida e pelo negócio. Este casal de empresários explora o Minimercado O Ferrador, na freguesia de Maçãs de Dona Maria, em Alvaiázere. Composto por café e minimercado, a pandemia veio trazer uma nova variável a este negócio familiar que, se por um lado, viu a atividade de cafetaria abrandar, por outro, registou o do minimercado disparar. Sentimentos contraditórios que obrigaram o casal Fernandes a reagir e a dotar o seu minimercado de todas as condições de higiene e segurança para, uma vez mais, servir a comunidade local quando a mesma mais precisou dos seus serviços. “Senti mesmo que houve maior proximidade de todos os clientes. Adotámos todas as medidas de segurança, inclusive, fomos mais além do que nos era requerido e isso implicou, necessariamente, horas extraordinárias minhas e da Zélia. Mas não nos importámos. Fizemos o que tínhamos que fazer, por nós e pelos outros”, introduz Armindo Fernandes. Se o negócio de cafetaria caiu e muito,10:51 AF_NES_1-2 Pagina AEF.pdf 1 29/04/2022

e, muitas vezes, nem um café se vendeu, já no minimercado as vendas de cápsulas, por exemplo, dispararam. Afinal, as pessoas sentiam-se seguras em ir a esta loja, por todas as medidas de segurança adotadas e pela confiança que Zélia e Armindo sempre transmitiram a todos os que os visitam. “As pessoas não se deslocavam, ficavam. A minha mãe, à distância, via e comentava que se assemelhava aos tempos em que era ela que tomava conta do negócio e as pessoas vinham a pé fazer as compras. Vamos ver se, agora, com a subida dos preços dos combustíveis, não vai também haver um novo paradigma de mobilidade”, acrescenta o proprietário do Minimercado O Ferrador. Um percurso de dois anos em que nem todos os clientes ficaram, necessariamente, mas no qual este casal de empresários deu o seu melhor para que nunca faltasse nada a ninguém, nos moldes e circunstâncias por si desejados, demonstrando, uma vez mais, que o comércio de proximidade também é capaz de proporcionar serviço. “Levámos as compras a casa.

O telefone não parava de tocar. Recebíamos encomendas e preparávamos os cabazes para que os clientes chegassem e pegassem, de modo a estarem o menor tempo possível na loja. Também foi a grande prova de que o comércio de proximidade tem capacidade de res-

"A PANDEMIA FOI A GRANDE PROVA DE QUE O COMÉRCIO DE PROXIMIDADE TEM CAPACIDADE DE RESPOSTA E, MUITAS VEZES, MELHOR QUE A DOS GRANDES FORMATOS" PUB

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posta e, muitas vezes, melhor que a dos grandes formatos”, considera, por sua vez, Zélia Fernandes. O que apenas foi possível com o esforço coletivo de todos, onde o desempenho do associado Soprei, e de todos os seus colaboradores, não passou despercebido, pois sempre asseguraram o abastecimento das lojas dos seus aderentes. “Nunca nos deixaram ficar mal. Não fosse num dia, era no outro”, acrescenta o casal, antes de detalhar. “Normalmente, recebemos a mercadoria uma vez por semana, certinho, à terça-feira, mas se algum dos produtos não houvesse, na sexta ou no sábado lá estava. E, aí, de repente, a escala é outra, não é? Só assim foi possível ter capacidade de resposta”.

FUTURO

Mais uma etapa superada e que levou a este casal de empreendedores a continuar a apostar no futuro do seu

negócio. Com o que aprenderam com a pandemia, com as necessárias mudanças que a mesma trouxe ao negócio, entre clientes que se fidelizaram e outros ONDE FICA que não, de olhos Minimercado O Ferrador Via Lusitânia, N.º 580 postos no futuro, 3250-252 Maçãs de Dona Zélia e Armindo vão Maria, Alvaiázere apostar na melhoria

"O CARTÃO DE FIDELIZAÇÃO AQUI É FRESCO É MUITO BOA IDEIA. OS CLIENTES DE MAIS IDADE OPTARAM PELO CARTÃO FÍSICO, OS MAIS NOVOS PELA UTILIZAÇÃO VIA TELEMÓVEL"

da sua loja, de modo a acompanhar a evolução dos tempos e, assim, juntar aos melhores produtos e serviços a melhor experiência de compra, no seu local de confiança de sempre. “Com esta questão da pandemia, sentimos uma maior captação de clientes, o que nos levou a pensar seriamente em remodelar a loja, de modo a caminhar

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um passo à frente. Ficará com uma área de venda ao público de mais de 200 metros quadrados. Afinal, sempre acreditámos a 100% neste projeto do Aqui é Fresco, que ainda tem muito caminho para andar, mas no qual todos vamos ajudar”, assume Armindo Fernandes.

CARTÃO DE FIDELIZAÇÃO

Caminho onde o cartão de fidelização tem vindo a ser introduzido de forma progressiva, gerando boas oportunidades de negócio, mas trazendo, aqui e ali, algumas dúvidas sobre a sua utilização, as quais são rapidamente esclarecidas por Zélia e Armindo Fernandes, que consideram que o cartão faz parte da necessária modernização do negócio. “O cartão de fidelização é muito boa ideia. Os clientes de mais de idade optaram pelo cartão físico, os mais jovens preferem a sua utilização via telemóvel. Gostam muito da ideia de acumular descontos em cartão, apesar de considerarmos que o prazo para se poder fazer usufruto desses mesmos descontos devesse ser mais prolongado. Permitia acumular mais dinheiro e motivar os clientes”, aponta Zélia Fernandes. Em mais uma edição física da Convenção Aqui é Fresco, a do regresso à normalidade, assistiu-se ao lançamento de novidades a preços especiais, desfrutou-se do convívio e do contacto humano, mas também se apreciou o facto de se ter mantido a plataforma digital para se poderem efetuar as compras. “Juntar as duas experiências é muito interessante”. O facto de se poder realizar as encomendas online foi uma decisão que acolheu um feedback muito positivo por parte dos responsáveis do Minimercado O Ferrador. Ou não fosse também este mais um passo rumo à digitalização do negócio.


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TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS SARA MATOS

Minimercado Dias & Nunes

DE PORTAS ABERTAS, EM MAÇÃO O Minimercado Dias & Nunes viu a sua relevância ser reforçada como uma referência do comércio de proximidade na vila de Mação. De portas abertas durante o período de pandemia, a loja da empresária Lídia Dias esteve sempre ao lado de todos os seus fiéis clientes. Os mesmos que não rejeitaram a possibilidade de ter o cartão Aqui é Fresco, uma ferramenta de fidelização às lojas da rede e que, no caso do Minimercado Dias & Nunes, não é exceção, ao registar uma boa adesão.

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uem a quer encontrar e ver feliz sabe onde procurar. Uma tarefa que não se apresenta de particular dificuldade, pois é ali mesmo, na Rua dos Bombeiros Voluntários, em Mação, que Lídia Dias materializa o seu gosto pela área de negócio em que escolheu trabalhar, há quase 30 anos, encontrando-se integrada na rede Aqui é Fresco, desde 2012. Um caminho que tem sido feito com ajuda do pai, José, e da mãe, Luísa, que, com o seu trabalho conjunto, fazem do Minimercado Dias & Nunes uma referência do comércio, em Mação. Uma realidade incontornável, mesmo no decorrer do período da pandemia de Covid-19, com este estabelecimento a manter as suas portas abertas, para suporte de toda a população local e não só. “Durante o período de pandemia, estivemos sempre a trabalhar. Apesar de todas as alterações aos nossos dias trazidas pela Covid-19, conseguimos estar sempre de portas abertas, a trabalhar como tem sido ao longo de todo o tempo que estamos em funcionamento. Não registámos alterações nesse aspeto”, introduz Lídia Dias, proprietária do Minimercado Dias & Nunes. Por outras palavras, mais uma provação superada, com o apoio do associado Soprei, a juntar a tantas outras, ao longo dos 30 anos que este negócio de família leva em funcionamento, e onde nem o reforço da concorrência na proximidade de Mação desvirtuou aquilo que de melhor o Minimercado Dias & Nunes tem para proporcionar. Fruta da melhor qualidade, um atendimento assertivo, preço justo e uma relação de proximidade estabelecida com os seus clientes, conciliada num espaço com boa imagem e que optou, há muito tempo, por servir qualidade acima de tudo. O que levou a que os clientes se tenham mantido. “Talvez não estejam a comprar tanto, de cada vez

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"O CARTÃO DE FIDELIZAÇÃO ESTÁ A CORRER MUITO BEM. AS PESSOAS GOSTAM, VALORIZAM E PEDEM ATÉ MAIS PRODUTOS EM PROMOÇÃO E QUE ESTES ESTEJAM NO FOLHETO" 55


CARTÃO DE FIDELIZAÇÃO

que vão à loja, como no início da pandemia, mas vão mais vezes. Não senti grande oscilação no negócio pelo facto de se ter feito o desconfinamento e as pessoas se deslocarem agora para mais longe”, prossegue a empresária. Não que não tenham perto de si um estabelecimento com horário alargado, de segunda a sábado, com uma imagem moderna e apelativa, de estacionamento fácil e que disponibiliza, com preços competitivos, os ONDE FICA melhores produMinimercado Dias & Nunes Rua dos Bombeiros tos do mercado, Voluntários, N.º 17 mas como conse6120-732 Mação quência natural do progressivo regresso à “normalidade”, após repetidos e longos períodos de confinamento, que, com eles, trouxeram a urgência de se ir a outros destinos e ter outros hábitos, até de consumo.

"FOI MUITO BOM VOLTARMOS A ESTAR JUNTOS. É MUITO BOM VER OS PRODUTOS NOVOS, ESTAR COM AS PESSOAS, FALAR E NEGOCIAR. É ESSA A ALMA DO NOSSO NEGÓCIO" 56

Mas há coisas que não mudam e que vão continuar a existir no Minimercado Dias & Nunes, nomeadamente, o sorriso dirigido a quem entra, porque que, para muitos desses mesmos fregueses, apesar do passar dos anos, continua a ser a Lídia. A mesma “menina Lídia” que sempre os habituou a estar ali para os servir com o que de melhor tem para dar, a que, mais recentemente, se juntou o cartão de fidelização Aqui é Fresco, um argumento de venda que, também neste estabelecimento, se encontra a evoluir com bastante interesse por parte dos clientes. “O cartão de fidelização está a correr muito bem. As pessoas gostam, valorizam e pedem até mais produtos em promoção e que estes estejam no folheto. Os clientes adoram o cartão, de uma forma geral. Ainda que aquilo que verificamos, na nossa loja, é que a esmagadora maioria dos nossos clientes opta por ter os cartões físicos. E esta decisão acaba por ser também mais fácil para nós, ao passar apenas o cartão a cada ocasião de compra e não estar a perder muito mais tempo a introduzir dados. O facto de se poder acumular descontos é, sem dúvida, um aspeto muito valorizado pelos nossos clientes”, prossegue Lídia Dias. Digitalização do negócio que arrancou nas lojas e que se estendeu à XI Convenção Aqui é Fresco, onde foi possível fazer as encomendas em formato digital, agilizando todo o processo de compra das mais recentes novidades do mercado e diminuindo, assim, a possibilidade de erro no seu processamento. Afinal, foram muitas e boas as novidades disponibilizadas pelos muitos fornecedores/parceiro presentes nesta edição recorde da convenção. Uma decisão que foi, igualmente, bem acolhida pela empresária Lídia Dias, que viu com bons olhos a sua implementação e que considerou que a reunião magna da família Aqui é Fresco, em formato presencial, já fazia falta. “Três anos depois, foi muito bom voltarmos a estar juntos. Talvez devesse durar um pouco mais tempo. Mas, sobretudo, é muito bom ver os produtos novos, estar com as pessoas, falar e negociar. É essa a alma do nosso negócio”, conclui.


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Workshop

O CONSUMIDOR PORTUGUÊS E A INFLAÇÃO A NielsenIQ esteve presente em mais uma Convenção Aqui é Fresco para apresentar algumas das mais recentes tendências do mercado. O que o consumidor anda a fazer, como está a lidar com a inflação, quais as categorias que crescem e as que perdem foram alguns dos temas abordados no workshop dinamizado por Ana Paula Barbosa.

TEXTO CARINA RODRIGUES | FOTOS SARA MATOS/D.R.

TEXTO CARINA RODRIGUES | FOTOS SARA MATOS

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verdade é que, mal se estava a recuperar, do ponto de vista económico, de uma pandemia, que tem durado muitos meses e deixado os países numa situação um pouco complicada, tem-se agora uma nova situação que vem trazer ainda mais complexidade ao contexto. O aumento do custo das

matérias-primas e a guerra na Ucrânia estão a potenciar uma subida generalizada dos preços. “Estamos com uma inflação muito elevada, de 5,5%. Ainda não estamos nos patamares da média europeia, mas é óbvio que isto traz consequências para o comportamento dos nossos clientes”, alertou Ana Paula Barbosa.

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Todas as semanas, a consultora recebe dados de vendas de hipermercados, supermercados e de algumas lojas de proximidade, entre as quais constam alguns espaços Aqui é Fresco, e é com base nesta informação que consegue, depois, ajudar os seus parceiros com dados relevantes sobre o modo como o mercado dos


significa que tudo continue igual”.

bens de grande consumo se encontra a evoluir. Razão pela qual Ana Paula Barbosa manifestou o desejo da NielsenIQ poder vir a trabalhar com cada vez mais lojas Aqui é Fresco, de modo que os dados apresentados sejam ainda mais completos. Foi com base na compilação desta informação que Ana Paula Barbosa deu algumas pistas de como o consumidor está a acomodar a situação de escalada da inflação que estamos a

viver. “Não só os preços aumentam na área da alimentação e bebidas, mas também noutras áreas de negócio e, sobretudo, nos combustíveis. Portanto, isto vai alterar muito o comportamento do consumidor, que vai sempre procurar poupar. Não quer dizer que vá sempre procurar poupar na área da alimentação, porque da experiência de outras crises, sabemos que a alimentação é a última coisa em que os consumidores poupam. Mas não

A CONFIANÇA Diz-nos a NielsenIQ que o consumidor está, atualmente, menos confiante. Houve várias alturas no passado em que, a nível da Europa, os níveis de confiança desceram, nomeadamente, durante a última crise, no início da Covid-19 e, agora, em março de 2022, com a guerra na Ucrânia. E, especificamente, o consumidor português é, por natureza, pessimista. Em termos de crescimento de vendas na área dos bens de grande consumo, a que a NielsenIQ designa de FMCG e que engloba a alimentação, as bebidas, a higiene pessoal e a limpeza caseira, os dados mostram que, no início da pandemia, houve um crescimento muito grande. “Todos correram aos supermercados para abastecer a despensa e enfrentar o primeiro confinamento. No ano passado, no primeiro trimestre, houve um novo confinamento, logo, mais consumo dentro de casa. Mas, no primeiro trimestre de 2022, a história é diferente: já não estamos confinados. Portanto, já não é tão bom para a distribuição alimentar. E, depois, com uma inflação como PUB

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prar produtos de mercearia, como conservas, óleos e massas, para doar. Nesse sentido, quando se compara o desempenho das categorias com o ano passado, nada é comparável. Em termos da frequência de compra, durante a fase mais aguda da pandemia, os consumidores foram menos vezes às compras e tentaram comprar mais, de cada vez que iam, para evitar ter que sair muito. Agora, recuperaram a presença em loja. “O que não está a acontecer, e que esperávamos que acontecesse, é que gastassem menos de cada vez que vão à loja. Até estão a gastar mais do que em 2020, por causa da inflação. Vão mais vezes, gastam mais e, em termos de quantidade, é muito semelhante ao cenário que existia há dois anos”.

a atual, que, de repente, disparou, pior ainda. Ainda assim, temos um crescimento de quase 1%, pelo que poderia ser pior, tendo em conta que estamos a comparar com um período em que estávamos a consumir muito mais dentro de casa”. AS CATEGORIAS Em termos de categorias, há realidades muito diferentes. As bebidas alcoólicas cresciam muito, no ano passado (31%), mas agora perdem 9%. “No primeiro confinamento, só se compraram bens essenciais, mas no segundo compraram-se muitas bebidas alcoólicas, nomeadamente, vinho. Por isso, este ano, quando comparamos com o passado, estamos a perder vendas”, detalhou. Em sentido oposto, uma categoria que perdia muito, no ano passado

(-7%), e que agora está a recuperar (6%) é a higiene pessoal. “Durante o confinamento, as pessoas gastaram menos gel de banho, menos desodorizante, menos produtos de higiene. Como estavam em casa, não se importaram muito com a questão. Agora, estas categorias voltam a crescer”. Outras categorias, como, por exemplo, as bebidas não alcoólicas (águas, sumos e ice teas), continuam a crescer bastante (7%). Estas são categorias que dependem muito da meteorologia e, comparativamente com o ano passado, este foi um período mais quente. Há outro fenómeno que aconteceu com os produtos de mercearia, que se relaciona com a onda de solidariedade dos portugueses face ao conflito na Ucrânia, uma vez que, assim que rebentou a guerra, foram com-

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OS CANAIS Em sentido ascendente estão as marcas próprias, que estão a crescer em valor (7,5%), em número de unidades vendidas (3,5%), assim como em preço por unidade (3,8%), devido à inflação. Em contrapartida, nas marcas de fabricante, os preços estão a subir (2,9%) e as unidades (-5,6%) e a faturação (-2,9%) a descer. De acordo com a NielsenIQ, há uma transferência das marcas de fabricante para as marcas próprias, que não se deve só à questão da inflação. “Há também retalhistas que apostam muito na marca própria e há um, que chegou há três anos a Portugal, e está a crescer imenso. Mais de 70% do que a Mercadona vende é marca própria. Tem atualmente 30 lojas e, este ano, vai fazer a sua expansão para o sul. O peso da marca própria aumenta muito porque a Mercadona também está a crescer, assim como o Lidl. Depois, também há outros retalhistas que estão a apostar na marca própria, como o Continente e o Intermarché. Portanto, já era uma tendência antes da inflação e vai intensificar-se”. Em termos de formatos de loja, os dados da NielsenIQ confirmam que os livre serviços, ou seja, lojas com menos de 400 metros quadrados, portanto, onde se enquadra a maior parte dos espaços Aqui é Fresco, cresceram muito durante a Covid-19. “A verdade é que muitas lojas pequenas prestaram serviços muito importantes para os consumidores, mas, agora, voltam para patamares que tinham antes da pandemia”.


Em contrapartida, o formato que se está a destacar, em termos de crescimento, é o supermercado grande, com 48% das vendas. “É aqui que está a Mercadona”, notou Ana Paula Barbosa. Por sua vez, o hipermercado, que perdeu muito no ano passado, com o confinamento e o encerramento dos centros comerciais, está agora a recuperar a quota. O Continente continua a ganhar quota de mercado, impulsionado também pela abertura de muitas lojas Continente Bom Dia e pelo online, que cresceu muito durante a Covid-19. Por seu turno, o Pingo Doce sofreu muito com a pandemia. “Teve grandes restrições que afetaram muito o tráfego dentro das lojas e tem sido muito difícil a sua recuperação. Ultimamente, tem feito muita promoção e está a começar a voltar aos níveis de antes da pandemia”. O Lidl continua a crescer. Intermarché, Auchan e Minipreço perdem quota. Já a Mercadona, no primeiro trimestre de 2022, tinha 29 lojas, com as quais conseguia 2,9% do mercado. “Isto significa que, a cada 10 lojas, consegue 1% do mercado, o que é muito relevante”. AF_SP Aqui_e_fresco_TR 210x149_Junho 2022_FINAL

AS LOJAS COM MENOS DE 400 METROS QUADRADOS CRESCERAM MUITO DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19 Em termos de penetração, há uma tendência generalizada de perda, em todas as insígnias, face há dois anos, porque os consumidores já não vão a tantas lojas diferentes, como faziam antes da pandemia. Mas há algumas exceções, nomeadamente, o Lidl, que está a ganhar clientes. Já o online cresceu muito durante o confinamento. 22% das famílias portuguesas já compraram, 2.pdf 1 08/04/2022 12:48 pelo menos,

uma vez online, no último ano, e, em termos de peso nas vendas, este canal representa 2,2%. Os compradores online são divididos entre os experimentadores, que fizeram só uma compra no período analisado pela NielsenIQ, os repetidores, que fizeram, pelo menos, duas compras, e os fiéis, que compram regularmente. “No início da pandemia, houve muitos experimentadores e era muito por aí que as vendas online cresciam. Agora, estamos a ver os fiéis a crescer e estamos a falar de 46%. Há cada vez mais compradores fiéis do online. E com o aumento do preço dos combustíveis, é muito provável que as pessoas se virem mais para online para poupar no combustível”. O HORECA Só agora, em março de 2022, é que o canal Horeca registou um nível de vendas quase comparável ao de antes da Covid-19. Durante a pandemia, perdeu muita faturação, na ordem dos 20% e dos 30% comparativamente a 2019 e, em termos de tipos de estabelecimentos, foram os cafés os que mais se ressentiram. “Aquele hábito de tomar café fora de casa PUB

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parece estar a alterar-se um pouco, até porque, nos supermercados e hipermercados, observa-se um grande aumento das vendas de cápsulas de café”, detalhou. No reverso da medalha está o chamado Horeca organizado que, com a questão das entregas em casa, cresceu muito durante o confinamento. Em termos de categorias, a evolução é muito variável. Por exemplo, se compararmos com 2019, as cervejas estão a crescer, mas as outras categorias estão todas a perder. OS CASH&CARRY O canal cash&carry trabalha muito para o retalho alimentar de proximidade e também evolui muito em função da restauração. Como tal, teve agora uma grande recuperação, de 27,9% face ao ano passado e 6,4% face a 2020. Relativamente a 2021, a região sul representa 60% do crescimento dos cash&carry, muito devido à recuperação do turismo. Na evolução deste canal destacam-se os frescos, a crescerem 42% face ao ano passado. O FUTURO “É importante também percebermos o que vem aí e como podemos agir perante este contexto”, aconselhou Ana Paula Barbosa. “A NielsenIQ antevê melhores perspetivas para o verão e para o turismo, porque, apesar de ainda estarmos a falar da sexta vaga da pandemia, como Portugal é o país, a nível da Europa, que está mais longe da Ucrânia, passa a ser um destino privilegiado para os turistas. Em vez de irem para a Grécia ou para a Turquia, preferem vir para Portugal por-

A REGIÃO SUL REPRESENTA 60% DO CRESCIMENTO DOS CASH&CARRY, MUITO DEVIDO À RECUPERAÇÃO DO TURISMO

que está mais longe do conflito. Mais turismo significa que há mais gente a comprar e é uma boa notícia para a restauração, mas também para o retalho alimentar”. A consultora fez um estudo para tentar perceber como é que o consumidor foi impactado financeiramente, no início deste ano, concluindo que 17% dos portugueses são considerados vulneráveis. Este grupo continua a sofrer o impacto financeiro, pelo que não pode gastar muito e procura os básicos. Já 11% são recuperados, ou seja, aqueles consumidores que, por algum motivo, durante a pandemia, perderam rendimento. Existe também o grupo dos cautelosos, que reúne 57% dos consumidores, que, apesar de não terem mais restrições do que no passado, estão com medo do que poderá acontecer, pelo que não querem incrementar os gastos. Por sua vez, o grupo dos estáveis, com 11%, é composto por aqueles que não vão mudar muito o comportamento. Mas existem ainda os prósperos, 4%, composto por aqueles que até melhoraram a sua situação, porque não fizeram grandes gastos e pouparam. Quando questionados sobre as três despesas em que fariam redução de gastos, os vulneráveis indicaram que vão cortar em tudo o que puderem, inclusive na alimentação. Já os recu-

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perados vão cortar muito nas saídas de casa, nas viagens e nos restaurantes. “Não quer dizer que não vão procurar também poupar no resto, mas vão ter mais margem para fazer mais escolhas”. Cautelosos, estáveis e prósperos, de uma maneira geral, também vão fazer escolhas e, no final do dia, querem poupar dinheiro, principalmente neste contexto de inflação. Para poupar, os vulneráveis vão tentar todas as estratégias. Vão sempre ao mais barato e procuram saber os preços de tudo. Para estes consumidores, não há muita margem de manobra. Os recuperados, por sua vez, vão procurar as promoções e a marca própria, quando virem que é equivalente, e vão reduzir na indulgência. Já o grupo dos cautelosos, dos estáveis e dos prósperos vai fazer alguns ajustes e procurar poupar nos combustíveis ou em determinadas categorias, que não são muito importantes, para poderem gastar noutras que lhes dão mais prazer. Como nota final, Ana Paula Barbosa aconselhou a conhecer muito bem a clientela para poder adequar a oferta com base nos perfis de consumo identificados em Portugal e nas estratégias que estes consumidores vão usar em loja para poderem economizar nas compras e acomodar a escalada da inflação.


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TEXTO D.R. | FOTOS D.R./SARA MATOS

UP

HÁ 17 ANOS A GERAR VALOR ACRESCENTADO PARA SI E PARA O SEU NEGÓCIO A marca própria UP, lançada em 2005, com apenas 28 referências, foi um conceito criado para fazer face ao cada vez maior número de promoções lançadas por parte das marcas de fornecedor, bem como para acompanhar a oferta existente noutras insígnias, colocando, assim, no mercado produtos mais baratos e de apresentação mediana. Em 2010, contava já com mais de 800 referências.

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o entanto, e perante um consumidor cada vez mais atento e exigente, a marca UP decidiu alterar o seu posicionamento, reformulando não só a imagem, como o princípio: não apenas “o melhor preço”, mas, sim, “o melhor preço, para a melhor qualidade”. Iniciou-se, assim, em 2011, uma nova era, com a completa reformulação de imagem, alteração de logótipo, passando os rótulos a utilizar códigos de cores e ilustração mais alinhada com os líderes. Esta mudança estendeu-se, igualmente, ao sortido existente, tendo sofrido alterações significativas. Identificadas as necessidades fundamentais dos nossos retalhistas, foram introduzidas novas referências e retiradas outras que apresentavam níveis de rotação mais baixos. Em 2017, foram criados conceitos de família por gamas, ocorrendo, assim, um salto qualitativo na oferta da marca. Em 2021, a renovação da imagem continuou a ser uma das grandes preocupações da marca própria UP. Prova disso foi o “refresh” ocorrido nalguns artigos. Ao longo destes 17 anos de atividade,

a marca própria UP tem vindo a crescer de uma forma consolidada e a traçar o seu percurso, de acordo com as exigências do mercado. Se, no início, a UP tinha como posicionamento estratégico ser o melhor compromisso de preço do mercado, também na atualidade, com um consumidor cada vez mais exigente, a poupança continua a ser decisiva na escolha de quem procura a nossa marca própria. Critério preponderante para o sucesso da UP, que concilia, na sua proposta de valor, muitos outros argumentos, como a qualidade, a inovação, o apoio à produção local e parcerias com produtores nacionais, bem como a preocupação com o ambiente. Aspetos que passaram a ser determinantes na escolha dos fornecedores que colaboram com a marca. Paralelamente, temos vindo a constatar que o comportamento dos consumidores, nas atuais crises, está a ser diferente face ao registado há cerca de 10 anos. A necessidade de fazer um consumo consciente, uma eventual maior sensibilidade ao preço e a procura por opções mais baratas serão fatores a ter em consideração

AO LONGO DE 17 ANOS DE ATIVIDADE, A UP TEM VINDO A CRESCER DE UMA FORMA CONSOLIDADA E A EVOLUIR DE ACORDO COM AS EXIGÊNCIAS DO MERCADO e que vão fazer parte das preocupações e estratégia de futuro da UP, onde a inovação e o compromisso qualidade/preço se encontram na linha da frente. PUB

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A UP TEM SIDO O PARCEIRO DE CONFIANÇA DAS MAIS DE 700 LOJAS AQUI É FRESCO, FIDELIZANDO CLIENTES, AO PROPORCIONARLHES UMA OFERTA AMPLA E QUE JÁ CONTA COM MAIS DE 600 REFERÊNCIAS DISPONÍVEIS Por todas estas razões, a UP tem sido o parceiro de confiança das mais de 700 lojas Aqui é Fresco, fidelizando clientes, ao proporcionar-lhes uma oferta ampla de artigos alimentares, cuidados do lar e pessoais, contando, atualmente, já com mais de 600 referências.

crise, vai procurar, igualmente, mais produtos de marca própria, pelo que os retalhistas que oferecerem uma gama mais alargada irão, seguramente, ganhar uma maior quota de mercado. De acordo com dados Nielsen, ao longo dos últimos anos, tem-se vindo a registar um ligeiro aumento no crescimento de vendas de marca própria, tendo-se acentuado essa preferência nos dois últimos anos. De acordo com a mesma entidade, a tendência das marcas próprias é de crescimento. Em 2020, comparativamente com o ano anterior, a UP registou um aumento de vendas, nas áreas alimentar e não alimentar, tendo, no caso concreto dos congelados, atingido um incremento de 25%, a mercearia doce 17% e a mercearia salgada e refrigerados 8% e 6%, respetivamente. Na área não alimentar, os produtos de higiene registaram um aumento de procura na ordem dos 8%. Em 2021, a UP terminou o ano a crescer 5% face ao período homólogo. CONVENÇÃO AQUI É FRESCO Também a presença da marca própria UP na XI Convenção Aqui é Fresco, evento que contou com a participação de entidades muito relevantes no sector alimentar, nomeadamente, mais de 700 retalhistas, 17 grossistas,

EXPERIÊNCIA DE COMPRA A marca quer, assim, que a experiência de compra dos clientes e consumidores seja algo que lhes acrescente valor, e não apenas represente o simples facto de “despachar” uma tarefa, pelo que se apresenta ao mercado com um posicionamento complementar às marcas de fabricante, pautando-se o seu eixo condutor pela constante inovação. Crentes de que o futuro das marcas próprias vai depender do retalho, o compromisso da UniMark e da UP é de continuar a trabalhar e a inovar, de forma que, quando comparada com outras marcas, a nossa marca UP tenha sempre mais e melhor para oferecer. À medida que o consumidor português for sentido algum impacto da

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cerca de 80 fornecedores e mais de 100 convidados com interesse comprovado na adesão ao projeto, com um stand inteiramente dedicado, atingiu, igualmente, resultados inéditos, registando uma faturação quase 200% superior à da edição do ano anterior. Por fim, mas não menos importante, não se poderia deixar de referir a gestão direta da marca própria UP, assumida pela UniMark, em fevereiro de 2022. Enquadrado no plano de atividade para este ano, e no contexto socioeconómico vivido, tomou esta decisão por considerar ser a solução mais adequada, quer em termos da estratégia de desenvolvimento das empresas associadas, quer da UniMark. A gestão e desenvolvimento será, assim, mais ágil e célere, com o único propósito de prestar um melhor serviço aos nossos aderentes e associados, bem como aos nossos fornecedores e parceiros de negócio. Mais do que nunca, o comércio de proximidade irá alavancar a promoção da marca própria UP, uma vez que são os mesmos valores que o mobilizam. Nomeadamente, qualidade, preço, confiança, segurança, conveniência, empatia e proximidade. A nossa marca própria nasceu para estar junto dos consumidores. A UP foi criada para estar junto a si.


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Entrevista

"SEMPRE ESTIVEMOS ATENTOS EM CRIAR UMA OFERTA COMPLEMENTAR AO NOSSO PRINCIPAL PRODUTO" A Finieco foi o fornecedor/parceiro eleito pela rede Aqui é Fresco para produzir os sacos de papel e reutilizáveis que deram ainda mais cor às nossas lojas. Práticos e funcionais, e com cariz sustentável, estes sacos têm certificação Blue Angel e ajudam, além da sua função primária, a reforçar os laços emocionais com os consumidores. Paulo Rodrigues, fundador e Chief Commercial Officer da Finieco, fala do papel do packaging no presente e no futuro do retalho. TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS D.R.

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Aqui é Fresco - É conhecida a grande capacidade da Finieco em produzir sacos de papel. O que vos levou também a produzir sacos reutilizáveis, como os que foram utilizados pela rede Aqui é Fresco? Paulo Rodrigues - Sempre estivemos atentos em criar uma oferta complementar ao nosso principal produto. Passando a integrar um grupo europeu de packaging, pudemos ampliar a nossa oferta de produção e, neste caso, reduzir os tempos de serviço que os sacos reutilizáveis tinham, dado que são sempre provenientes da Ásia. AEF - Os sacos reutilizáveis e os de papel são complementares entre si? A escolha, em última instância, é do cliente e do consumidor? PR - Absolutamente. O perfil de compra e a decisão por cada um deles é diferente, assim como o custo. O saco de papel é a opção, por natureza, para uma compra de menor volume e, geralmente, preferida por um cliente mais urbano. Já o saco reutilizável é eleito para compras de maior volume.

AEF - Qual é a importância da produção de sacos recicláveis na vossa oferta? PR - Desde o primeiro momento, a Finieco sempre teve a preocupação em tomar uma consciência de sustentabilidade em todo o seu processo produtivo. O nosso compromisso ambiental passou sempre pela utilização de recursos renováveis e que permitam ser revalorizados no ciclo de vida dos produtos. AEF - Esta é a única solução sustentável que comercializam? Que mais soluções possuem no vosso portfólio? PR - Em função das tendências do comércio atual, apostámos, recentemente, na produção de envelopes para o e-commerce, os quais permitem também a devolução. AEF - Em termos práticos, o que representa a certificação Blue Angel? O que é que a mesma aporta aos suportes que a ostentam? PR - O selo Blue Angel consiste na mais antiga certificação ambiental, nascida

"O SACO DE PAPEL É A OPÇÃO, POR NATUREZA, PARA UMA COMPRA DE MENOR VOLUME E, GERALMENTE, PREFERIDA POR UM CLIENTE MAIS URBANO. JÁ O SACO REUTILIZÁVEL É ELEITO PARA COMPRAS DE MAIOR VOLUME" PUB

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na Alemanha e que avaliza as características ambientalmente corretas e amigáveis do produto. Acreditamos que, para além do produto, devemos preocupar-nos com as condições sociais e humanas de produção dos produtos. Este selo é o único que envolve organismos desde a defesa do consumidor, sindicatos e meios de comunicação. AEF - O facto de um determinado saco/embalagem ser reciclado ou reciclável significa, necessariamente, ser mais caro? Ou isso é um mito, presentemente? PR - Nos últimos anos, tem havido um importante desenvolvimento tecnológico na reciclagem de plástico e papel, tornando-a, cada vez mais, na melhor opção. Hoje em dia, temos assistido a problemas nas cadeias de abastecimento dos diferentes materiais, com aumento exponencial destes custos, mas também a “moda” da reciclagem trouxe mais pressão para o mercado das matérias-primas.

"O PACKAGING ASSUMIU, NOS ÚLTIMOS ANOS, UMA ENORME IMPORTÂNCIA E ATENÇÃO POR PARTE DAS EMPRESAS E DOS DIVERSOS DEPARTAMENTOS DE MARKETING. AS EMBALAGENS SÃO VEÍCULOS PRIVILEGIADOS DE COMUNICAÇÃO DA MARCA" 72

AEF - Os sacos são um bom instrumento de marketing e de divulgação de marca? Na sua perspetiva, este recurso está a ser bem aproveitado no mercado doméstico para estes fins? PR - Sem dúvida. Portugal é exemplar em associar as marcas a práticas sustentáveis. Hoje, estima-se que 80% dos consumidores consideram que as marcas impressas em suportes, como o papel, são mais agradáveis e responsáveis. A marca nestes materiais cria vínculos emocionais com os clientes, que os reutilizam inúmeras vezes e em diferentes contextos. AEF - As marcas e as empresas estão, hoje, mais cientes da importância do packaging? Sejam eles sacos, embalagens e afins? PR - O packaging assumiu, nos últimos anos, uma enorme importância e atenção por parte das empresas e dos diversos departamentos de marketing. As embalagens, para além da sua função primária, são veículos privilegiados de comunicação da marca. Por outro lado, o retalho moderno tem


cada vez maiores desafios com a logística, estandardização das unidades de venda e parcelamento das mesmas em loja. Por todas estas razões, a embalagem é decisiva. AEF - Como vê a correlação entre o tema da sustentabilidade e a indústria de packaging? São duas dimensões que já não se podem separar? O mercado assim o exige? A sustentabilidade é “o” tema presente e futuro? PR - Pelo que já referimos, as empresas de retalho e a indústria do packaging serão pilares fundamentais no desafio da sustentabilidade, nos próximos anos. A perceção dos consumidores ainda é muito “curta”. A sustentabilidade não é substituirmos materiais. É um conceito mais alargado ao nível social, ambiental e económico. Passa pela harmonia entre a utilização racional dos recursos naturais com práticas adequadas, para que não se comprometam as gerações futuras. É, hoje, primordial reduzir os níveis de consumo dos recursos naturais.

"AS EMPRESAS DE RETALHO E A INDÚSTRIA DO PACKAGING SERÃO PILARES FUNDAMENTAIS NO DESAFIO DA SUSTENTABILIDADE, NOS PRÓXIMOS ANOS. É UM

Julgo que a pandemia acabou por ser um despertar de consciências e veio dar, ainda mais, enfoque a este importante tema. Os sinais no planeta e na sociedade estão já muito presentes. Cumpre-nos, enquanto empresas, contribuir para um ponto de equilíbrio entre os padrões de consumo e os sistemas de produção e logística. Devemos orientar estas opções do cliente e sensibilizar cada vez mais para melhores práticas.

CONCEITO MAIS ALARGADO AO NÍVEL SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÓMICO"

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TEXTO CARINA RODRIGUES | FOTOS SHUTTERSTOCK

Análise

VOLUME DAS CESTAS DE COMPRAS DOS PORTUGUESES É O MENOR DOS ÚLTIMOS QUATRO ANOS 74


Os portugueses, desde março de 2020 até à atualidade, já tiveram de enfrentar dois confinamentos. Mesmo nos períodos em que o confinamento obrigatório não vigorou, as deslocações deviam restringir-se ao estritamente necessário. Nesse contexto, a pandemia representou uma oportunidade para o e-commerce, que já é uma realidade para mais de metade dos portugueses.

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onsiderando o mesmo período evolutivo nos vários segmentos, observa-se que quase todos os segmentos são impactados por cestas ligeiramente mais pequenas, mas com um gasto maior. O único segmento que contraria esta tendência é o da higiene e beleza, que mantém a desvalorização que era já sentida nos períodos anteriores, com uma preferência por categorias de cuidado e um maior mix entre marcas de distribuição e marcas de fabricante. “Quando se analisa o início deste ano e se compara com o do ano anterior, assiste-se a uma perda inevitável, tanto em valor como em volume, uma vez que, no primeiro trimestre de 2021, estávamos confinados. No entanto, quando se compara o primeiro trimestre de 2022 com o homólogo de 2019, verifica-se que as cestas são mais pequenas, mas de maior valor. A frequência de compra mantém-se estável, com os jovens a serem o grupo que mais aumenta a regularidade de compra, como já vinha a acontecer”, explica Marta Santos, Sector Director da Kantar.

CRESCIMENTO DAS MARCAS PRÓPRIAS Os números apresentados referem que das 58% das categorias que aumentaram o preço, apenas 31% perdeu compradores, incluindo categorias básicas, como o arroz, o azeite e as margarinas. O estudo destaca ainda o crescimento contínuo e acelerado das marcas de distribuição. Neste momento, a quota em valor situa-se nos 41,1%, tendo aumentado 2,3 pontos percentuais (pp) face a 2021 e 5,2 pp relativamente a 2019. “Em crises anteriores, como na de 2011, o corte de custos em resposta à crise levou a uma maior procura das marcas da distribuição, as quais chegaram a atingir os 37% de quota em valor, no primeiro trimestre desse ano, valor que, posteriormente, decresceu por força da forte ação promocional dos fabricantes. Hoje, esta ameaça às marcas de fabricante é ainda maior, uma vez que existe um contexto diferente, com lojas com formatos de sortido curto muito focadas nas suas marcas próprias, ágeis e que conquistaram a confiança de muitos PUB

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"AS CESTAS SÃO MAIS PEQUENAS, MAS DE MAIOR VALOR. A FREQUÊNCIA DE COMPRA MANTÉMSE ESTÁVEL, COM OS JOVENS A SEREM O GRUPO QUE AUMENTA A REGULARIDADE DE COMPRA, COMO JÁ VINHA A ACONTECER"

portugueses”, nota Pedro Pimentel, diretor geral da Centromarca. Comparativamente com o primeiro trimestre de 2019, a preferência por marcas próprias é ainda mais visível em categorias que aumentam o preço e perderam compradores (26 em 29 conquistaram quota de mercado), como o leite UHT, os refrigerantes de fruta ou o azeite. CANAIS DE COMPRA Ao analisar a dinâmica dos canais de compra, o estudo indica que os discounts continuam a crescer e os hiper e supermercados a recuperar alguma quota face à perda sentida no pico da pandemia. “Quando a inflação se começa a fazer sentir e a aposta recai mais sobre as marcas de distribuição, também se pensa no local de compra e em como a necessidade de controlar os gastos pode influenciar a escolha da loja”, afirma Pedro Pimentel. No caso do consumo fora de casa, os números estão ainda longe do período pré-pandemia, sendo que a inflação, aliada ao facto de muitos portugueses recorrerem ainda ao te-

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letrabalho total ou em modelos híbridos, poderá dificultar a recuperação no segmento. “Num momento em que o custo dos produtos está a aumentar, os portugueses terão de fazer escolhas para gerir o seu orçamento familiar mensal e o consumo fora de casa acaba por ser preterido”, aponta Marta Santos. No que diz respeito ao consumo online, e apesar do canal ter perdido parte dos consumidores ganhos na pandemia, o grau de penetração permanece um pouco acima do verificado em 2020 (15% versus 16,8%), essencialmente por causa dos reformados, que continuaram a realizar as suas compras à distância. “Não obstante o índex de preço ser mais elevado no online, os consumidores que mantiveram os seus atos de compra no canal são agora mais fiéis. Quase 40% repete a compra, as cestas são maiores, ao contrário do que vemos acontecer a nível nacional, e o consumidor do canal online realiza mais atos de compra do que antes”, conclui Pedro Pimentel.


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TEXTO CARINA RODRIGUES | FOTOS SHUTTERSTOCK

Análise

COMÉRCIO GROSSISTA E A RETALHO PRECISA DE GRANDE INVESTIMENTO EM SUSTENTABILIDADE E NO DIGITAL É necessário um investimento significativo nos sectores de retalho e grossista para ajudar as empresas a adotarem a transição digital e de sustentabilidade, afirmou a diretora geral do EuroCommerce, Christel Delberghe, no evento EU Industry Days, realizado em Bruxelas, na Bélgica. 78


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hristel Delberghe disse que retalhistas e grossistas ainda estão a lutar com uma série de desafios relacionados com a pandemia de Covid-19, como restrições e ausências de funcionários, inflação, escassez de mão-de-obra e interrupção da cadeia de abastecimento. Tudo isto ocorre “num momento em que o ecossistema se está a transformar significativa e rapidamente, com recursos limitados”, acrescentou. “É por isso que o nosso sector exige um marco regulatório e outras medidas que possam apoiar essa transformação. Apesar de ser reconhecido como um ecossistema essencial, vemos os planos nacionais de recuperação a oferecerem pouco ou nenhum apoio”. Christel Delberghe acrescentou que o EuroCommerce está ansioso por trabalhar com a Comissão Europeia na criação de um caminho de transição, cocriando uma estrutura para a apoiar. “A pandemia atingiu o nosso ecossistema de diferentes maneiras: alguns tiveram que se adaptar rapidamente a aumentos na procura, outros perderam vendas maciçamente, devido a restrições governamentais, muitos ainda estão numa situação crítica”, referiu. “Operando, normalmente, com margens muito baixas – os retalhistas de base alimentar ganham não mais que 1% a 3% líquidos –, o sector precisa de investir para enfrentar os desafios da digitalização e sustentabilidade e equipar o seu pessoal para trabalhar neste novo ambiente de negócios”. COMÉRCIO GROSSISTA E A RETALHO Durante a sessão do EU Industry Days sobre comércio grossista e a retalho, Kristin Schreiber, diretora da DG GROW, Riikka Joukio, da Kesko, Stephan Tromp, da Federação Alemã de Retalho (HDE), Bertrand Tison, da Decathlon, e Else Groen, da Independent Retail Europe, discutiram também questões como a digitalização das PME, a alteração dos modelos empresariais, a sustentabilidade das operações empresariais e o papel dos jovens no sector. “O nosso sector fornece uma gama de bens sociais e económicos”, acrescentou Christel Delberghe, destacando que sobressai, também, “como um grande empregador e trampolim para os jovens para uma carreira gratificante, como força motriz em sustentabilidade e inovação e pedra angular das comunidades locais e serve vários outros ecossistemas, a economia europeia e, não menos importante, os consumidores. Precisamos de apoio político para poder continuar este importante papel”.

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TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS SHUTTERSTOCK

Análise

CONSCIÊNCIA DO CONSUMIDOR EM RELAÇÃO AO DESPERDÍCIO ALIMENTAR MAIS DO QUE DUPLICOU Mais de 90% dos consumidores prefere marcas que estão a tomar medidas para reduzir o desperdício alimentar, enquanto três quintos (60%) se sentem culpados por desperdiçar alimentos, apurou o novo estudo da Capgemini “Reflect. Rethink. Reconsider. Why food waste is everybody’s problem”. A consciência dos consumidores em relação ao desperdício alimentar mais do que duplicou, nos últimos dois anos, uma vez que o aumento dos preços dos alimentos, os desafios da cadeia de abastecimento, a pandemia e as preocupações com a sustentabilidade estão a ter impacto no seu comportamento.

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estudo conclui que, atualmente, 72% dos consumidores está consciente da sua pegada de resíduos alimentares, em comparação com os apenas 33% registados antes de 2020. Além disso, cerca de 61% dos consumidores quer que os retalhistas e as marcas façam mais para resolver este problema. O estudo constatou também que os consumidores já estão a estudar formas de reduzir o seu desperdício alimentar. Tem havido um crescimento de 80%, de ano para ano, na procura de métodos para aumentar a vida dos produtos alimentares. A poupança de custos (56%), as preocupações com a fome no mundo (52%) e as alterações climáticas (51%) são as principais razões que contribuem para esta mudança. “A crescente consciencialização dos consumidores e as iniciativas que estão a ser tomadas pelas empresas para combater os resíduos alimentares são um passo positivo”, afirma Tim Bridges, líder mundial do sector Produtos de Consumo, Retalho

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e Distribuição na Capgemini. “Com a ajuda da tecnologia, as organizações podem acompanhar e avaliar os resíduos alimentares, em cada fase da cadeia de valor alimentar, para permitir uma ação no momento certo, ao mesmo tempo que se envolvem com os seus consumidores, incutindo novos comportamentos e tornando-os um participante ativo na redução de resíduos. Uma cadeia de abastecimento ágil e inteligente pode também permitir uma colaboração eficaz, ao longo da cadeia de valor, para criar um ecossistema sustentável e pronto para o futuro”. INICIATIVA Enquanto muitas empresas estão a tomar medidas para combater o desperdício alimentar nas lojas, bem como nas casas dos consumidores, muitos acreditam que estas não vão suficientemente longe. Por exemplo, 60% das organizações diz ajudar os consumidores a compreender termos como “melhor antes”, “consumir até” e “data de validade”, mas apenas

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39% dos consumidores está satisfeito com o facto de esta informação ser suficientemente clara. Os consumidores querem que as organizações invistam mais em áreas como a inovação do produto, embalagem, clareza dos rótulos de datas e educação. Por exemplo, gostariam de ver rótulos digitais (códigos QR, entre outros) que lhes forneçam mais informações sobre o percurso e a qualidade do produto. De facto, os consumidores sentem que são demasiadas vezes deixados à sua própria sorte, no que diz respeito à redução do desperdício alimentar. Quando se trata de aumentar a longevidade dos alimentos em casa, dois terços (67%) vão para fontes de informação de terceiros (amigos, família, influenciadores e meios de comunicação social), com apenas um terço (33%) a obter informação das embalagens, anúncios ou campanhas geridas por fabricantes e retalhistas de alimentos.

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A Fechar

8 EM CADA 10 CONSUMIDORES DISPOSTOS A PAGAR MAIS POR PRODUTOS SUSTENTÁVEIS 80% dos consumidores europeus diz estar disposto a pagar mais pelos produtos fabricados de forma ambiental e socialmente responsável, de acordo com um inquérito da Bain & Company.

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o entanto, esta preocupação não se reflete nas despesas das famílias, uma vez que outros fatores influenciam mais fortemente as suas decisões de compra, como a qualidade, a saúde ou o preço. Em particular, o fator preço é particularmente importante, especialmente numa altura em que os preços dos produtos alimentares mundiais estão a subir. A pesquisa mostra que, embora os clientes estejam dispostos a pagar algum adicional por opções mais

saudáveis e sustentáveis, há um limite para quanto mais gastarão. “Muitas alternativas sustentáveis parecem ter um preço muito acima desse limite, por isso, não é surpresa que não sejam selecionadas em escala”, indica a Bain & Company. FALTA DE INFORMAÇÃO Outro obstáculo na escolha de produtos sustentáveis é a dificuldade em encontrar informação necessária para avaliar o nível de sustentabilidade do produto. De acordo com o relatório,

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os consumidores necessitam de mais informação e procuram marcas que a forneçam de um modo claro e simples. Por seu lado, as empresas de produtos de consumo queixam-se de que não há um apelo claro, por parte dos consumidores, para produtos sustentáveis. Não obstante, de acordo com a consultora, existe uma oportunidade para as marcas comunicarem benefícios, proporcionarem transparência e ajustarem os preços que irão alimentar a procura.


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