Aqui é Fresco #13

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Diretor: João Vieira Lopes Periodicidade: Semestral

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Editorial

O TRADICIONAL… MODERNO

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comércio alimentar de pequena e média dimensão, que muitos davam como acabado, veio mostrar, na crise provocada pela pandemia, que está vivo. Face às restrições na mobilidade e nos horários, as lojas de proximidade foram capazes de responder às necessidades dos consumidores com produtos, preços e serviço, como, por exemplo, as entregas ao domicílio. Mesmo que a retoma da economia seja mais lenta do que muitos preveem, e diversas restrições permaneçam com maior ou menor intensidade, as organizações comerciais de maior dimensão não estão paradas. Abrem um número cada vez maior de pontos de venda médios nos centros urbanos, para explorar a proximidade, intensificam as ações promocionais e publicitárias e, entre outros meios, investem fortemente no comércio eletrónico. Estaremos, por isso, mais uma vez, condenados a sermos caracterizados por ser um sector sem futuro? A resposta clara é: não! Temos demonstrado vontade e capacidade de responder ao mercado e podemos continuar a fazê-lo. Uma área-chave é tudo o que tenha a ver com a digitalização da economia, seja não só o comércio eletrónico, como também a informatização dos sistemas de gestão, atividades de marketing e promocionais, assim como toda a comunicação com o consumidor. Para isso, temos de investir não só na

formação do pessoal e dos próprios comerciantes, mas, também, cada vez mais, trabalhar associados e em rede. Seremos tradicionais, mas, como canal do comércio, também modernos. Um exemplo da possibilidade real de avançarmos foi a recente convenção do Aqui é Fresco, que decorreu entre o dia 31 de maio e 2 de junho. Uma rede de comerciantes independentes, com mais de 700 pontos de venda, foi capaz de organizar, pela segunda vez, uma convenção comercial virtual, com cerca de 80 stands de fornecedores, com uma ligação direta que acompanhou, em tempo real, as atividades comerciais por parte da indústria, dos cash & carries e dos comerciantes. Ultrapassaram-se os objetivos em 17% e os valores de 2020 em 30%. Um êxito que resultou da interação conjunta de todos os intervenientes, incluindo esforço da estrutura central. Fomos, pois, não só pioneiros, mas, até este momento, únicos neste tipo de eventos no sector. De realçar ainda que, no primeiro dia, tivemos uma intervenção de João Torres, secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, que focou, entre outros temas, a importância deste esforço de modernização por parte do comércio tradicional. Mas há que não ficar por aqui. No mês de julho, mais um passo será dado. O cartão de fidelização para os consumidores iniciará um teste em 40 pontos de venda e será alargado, progressivamente, a todos os

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comerciantes da rede que nele estejam interessados. É mais um passo de extrema complexidade técnica, tendo em conta a diversidade de sistemas informáticos, quer dos comerciantes, quer dos cash & carries. Foi mais um desafio que conseguimos ultrapassar. Não temos dúvidas. Continuaremos, com o esforço e a colaboração de todos, a procurar e a desenvolver as melhores soluções para enfrentarmos os desafios do mercado. João Vieira Lopes diretor geral da UniMark; presidente da ADIPA (Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares)


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Índice

AQUI É FRESCO CELEBRA O DÉCIMO ANIVERSÁRIO

12 UP: A CRESCER DE FORMA CONSOLIDADA

18 MARCA PRÓPRIA É UMA DAS VENCEDORAS DA PANDEMIA

26 SUPERMERCADO A BARRAGEM

30 UNILOJA LANHELAS REVISTA AQUI É FRESCO

ficha técnica

DEPÓSITO LEGAL N.º : 396902/15 N.º DE INSCRIÇÃO NA ERC: 126837 PERIODICIDADE: Semestral PROPRIEDADE: Aqui é Fresco - Sociedade de Desenvolvimento Retalhista, S.A.

NIPC: 514 282 770 SIGA-NOS:

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João Vieira Lopes

Av. D. João II, N.º 35 – 9.º C Edifício Infante – Parque das Nações 1990-083 Lisboa

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EDITOR Bruno Farias

WEBSITE: www.aquiefresco.com E-MAIL: geral@unimark.pt

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TIRAGEM: 4,5 mil exemplares

ESTATUTO EDITORIAL DISPONÍVEL EM: http://aquiefresco.com/ estatuto-editorial/

MORADA: Estrada de S. Marcos 27, São Marcos 2735-521 Agualva-Cacém

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IMPRESSÃO: Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, S. A

ADMINISTRAÇÃO

Presidente: Malaquias - Distribuição Alimentar, Lda Vogal: M.Cunha & Ca, S.A. Vogal: Pereira & Santos, S.A. Vogal: Marabuto - Prod. Alimentares, S.A. Vogal: Amaral & Filhos – Distribuição, S.A.

ACIONISTAS COM 5% OU MAIS % DO CAPITAL DO AQUI É FRESCO, SA: Amaral & Filhos - Distribuição S.A. - 12,1% M Cunha & Ca. S.A. - 12,1% Malaquias - Distribuição Alimentar, Lda - 12,1% Marabuto - Prod. Alimentares, S.A. - 12,1% Pereira & Santos, S.A. - 12,1% Soprei CRL - 12,1%


34 MINIMERCADO DUQUE

38 FRESCOVIDAGO SUPERMERCADO

44 CONVENÇÃO AQUI É FRESCO: PERCURSO DE CRESCIMENTO

66 WEBINAR: CONSUMIDORES ESTÃO MAIS PRÓXIMOS DO PEQUENO COMÉRCIO

72 "NOVAS TENDÊNCIAS, NOVAS RESPOSTAS". A PERSPETIVA DE ANTÓNIO CASANOVA

76 TO GOOD TO GO: MADALENA RUGERONI EM ENTREVISTA 5


TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS D.R.

Aniversário

10 ANOS A CONSTRUIR O FUTURO De modo a dar mais voz ao comércio tradicional português, nascia, em 2011, a rede Aqui é Fresco, uma organização voluntária desenvolvida pela UniMark com o objetivo de abastecer lojas mais pequenas com preços competitivos e produtos de referência, de modo a fazer face aos grandes distribuidores. Em 2021, a rede celebra 10 anos a crescer a seu lado. 6


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om um total de mais de 700 lojas a nível nacional, o Aqui é Fresco oferece, desde há precisamente 10 anos, uma garantia de confiança e de compra acertada junto dos milhares de clientes que, todos os dias, visitam os estabelecimentos de proximidade com a sua insígnia. De forma equilibrada, e com os valores que, desde sempre, pautaram o seu posicionamento, o negócio da rede “desenvolveu-se, organicamente, ao longo dos anos, com o número de novos aderentes a aumentar de forma consolidada, obrigando a apostar, ainda mais, numa dinamização adaptada ao mercado atual”, refere João Vieira Lopes, diretor geral da UniMark. Fruto de uma expansão estratégica e ponderada, aliada à muita dedicação de todos aqueles que fazem parte do negócio, com mais de 700 estabelecimentos em funcionamento de norte a sul do país, a rede criada pela UniMark é considerada a maior cadeia de comércio independente em Portugal. “É com especial orgulho que assinalamos mais um aniversário, após um ano particularmente difícil que comprovou a importância do comércio de proximidade para todos os portugueses. 2021 será o ponto de viragem no comércio independente em Portugal. Este é o canal de comercialização do presente e do futuro”, destaca, por sua vez, Carla Esteves, diretora executiva da rede Aqui é Fresco. EVOLUÇÃO De 113 lojas a mais de 700 em apenas 10 anos. É este o parque de lojas atualmente explorado pela rede, onde o preço competitivo, a imagem apelativa, o serviço personalizado e as soluções integradas de comércio são alguns dos pontos fortes que materializam, todos os dias, o lema corporativo “Perto e de Confiança”, que contribui para uma identidade própria de cada loja, onde cliente e lojista se conhecem pelo nome. Condições especiais, publicidade, descontos e ofertas exclusivos em artigos selecionados, aliados ao atendimento personalizado de quem conhece os seus clientes como ninguém e os recebe com um sorriso sincero, o Aqui é Fresco tem vindo a consolidar a sua presença, a nível nacional, atraindo para o seu seio empresários independentes de diversas franjas etárias. “Somos a solução certa para quem procura desenvolver o seu negócio na área do retalho”, salienta Carla Esteves. Num estudo divulgado pela Nielsen ("Barómetro Covid-19"), o comércio de proximidade apresentou um crescimento de cerca de 20% face ao mesmo período do ano anterior (semana 9 de 2020), na sequência de ter atingido uma grande visibilidade entre os consumidores face à possibilidade de deslocações mais próximas de casa. Cada vez mais preparado para responder aos desafios que se colocam ao comércio de proximidade, o Aqui é Fresco realizou uma nova edição da sua convenção anual em formato digital, assim como dinamizou, ao longo de cinco semanas, diversas ações promocionais e com descontos exclusivos. Uma aposta contínua na construção do futuro. Todos os dias.

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Responsabilidade Social

UMA REDE SOLIDÁRIA No ano em que assinala 10 anos de história, a rede Aqui é Fresco ofereceu 25 cabazes a 25 instituições de cariz social, apoiando, assim, diversas famílias, de norte a sul do país. Uma iniciativa integrada num conjunto de ações levadas a cabo pela insígnia na sequência do seu 10.º aniversário e que teve lugar no arranque do ano. TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS D.R.

CENTRO SOCIAL DE

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O ABRIGO - CENTRO SOCIAL SÃO JOÃO DE VER

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FLORINHAS DO VOUG

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DO FUNDÃO

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ASSOCIAÇÃO BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE ÍLHAVO

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m 2020, a pandemia agravou algumas desigualdades sociais já existentes na população portuguesa e afetou economicamente muitas famílias, sendo o acesso a bens essenciais uma das prioridades da atual emergência social. Atento à realidade que o rodeia, o Aqui é Fresco juntou mais uma iniciativa solidária ao seu 10.º aniversário, através da doação de um carrinho repleto de produtos de primeira necessidade e não só. Ao todo, 80 produtos de marcas de indústria e de marca própria UP foram disponibilizados a 25 instituições de cariz social, que, por sua vez, levaram um pouco de conforto e bem-estar a quem mais necessitava. De norte a sul do país, o Aqui é Fresco levou um pouco de esperança perante o contexto social vivido, no qual o comércio de proximidade voltou a demonstrar toda a sua pertinência e relevância, ao manter as suas portas abertas quando os portugueses mais de si necessitaram.

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CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DE CÔJA

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“A pandemia fez despertar em nós o que de melhor temos e, por essa razão, neste período tão conturbado que todos atravessamos, quando as desigualdades sociais se acentuam, quisemos fazer a diferença, contribuindo para minorar dificuldades, especialmente numa área tão sensível e importante como a da alimentação. Foi prioritário ajudar quem mais precisava e se encontrava em situação desfavorável. É esta capacidade de reação e esta proximidade das pessoas que torna o Aqui é Fresco uma rede próxima de todos os operadores e relevante na comunidade”, introduz Carla Esteves, diretora executiva da rede Aqui é Fresco. Face ao panorama que se vive nos tempos correntes, e atenta às mais variadas realidades da sociedade que a pandemia tornou mais evidentes, a rede de lojas de proximidade Aqui é Fresco pretendeu, com

ASSOCIAÇÃO CORAÇÃO AMARELO DELEGAÇÃO DE OEIRAS

esta iniciativa, “marcar uma posição solidária e empenhar-se em reforçar uma política de responsabilidade social cada vez mais ativa”, reforça Carla Esteves. Como tal, e para que esta não seja uma ação isolada e sem continuidade, a rede está, ainda, a desenvolver um conjunto de ações, que vai decorrer ao longo do ano, no intuito de apoiar instituições de mérito reconhecido na proteção de franjas sociais mais desfavorecidas e que cujas necessidades a pandemia de Covid-19 apenas veio tornar mais evidentes. Os cabazes oferecidos pela rede Aqui é Fresco foram distribuídos por um total de 25 instituições sociais, distribuídas por 18 distritos de Portugal Continental, e foram compostos por cerca de 80 produtos, na sua maioria, bens de primeira necessidade. Uma rede solidária e próxima de quem mais de precisa.

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CASA - CENTRO DE APOIO AO SEM ABRIGO

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ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIED ADE SOCIAL E CULTURA PA RA O DESENV OLVIMENTO DE RANS

AEF: UMA DÉCADA A CONSTRUIR VALOR

30/04/2021

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UP

A CRESCER DE FORMA CONSOLIDADA Ao falarmos da marca UP, é incontornável referirmos a sua evolução, no decorrer do seu já longo percurso. No mercado há mais de 15 anos, temos vindo a crescer de uma forma consolidada e a traçar o nosso caminho, de acordo com as exigências do mercado.

TEXTO D.R. | FOTOS D.R.

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omeçámos em 2004, com apenas 28 referências. Passados dois anos, já contávamos com 393 produtos no nosso portfólio, continuando a crescer e atingindo, em 2010, os 800 artigos. Porque a nossa aposta não se focava apenas no crescimento, em 2011, iniciámos uma nova era. Apostámos na reformulação da imagem, na alteração de logótipo, passando os rótulos a utilizar códigos de cores e ilustração mais alinhados com os líderes. UNIFORMIZAÇÃO Ao longo dos últimos anos, temos vindo a consolidar este posicionamento e, em 2017, demos um salto qualitativo na oferta da marca, criando conceitos de família por gamas, uniformizando, sob uma mesma designação e conceito de imagem, os produtos de cada uma delas, tendo nascido as designações UP Wash, para produtos de lavagem e tratamento de roupa, UP Clean, para produtos de limpeza e higiene do lar, e UP Care, para os produtos de higiene pessoal. No segundo semestre de 2018, continuámos a inovar, com o lançamento de uma nova gama, os artigos de bazar, com o segmento UP Home, e, em meados de 2019, os nossos animais de estimação também mereceram destaque, com o lançamento do segmento UP Pets, recheado de novidades em alimentação. Em 2021, a renovação da imagem continua a ser uma das nossas grandes preocupações. Prova disso foi o “refresh” ocorrido em alguns artigos UP, nomeadamente, a gama Salsichas (Aves, Frankfurt e Bockwurst); a gama Leguminosas cozidas (frasco e lata); o Arroz agulha, carolino e vaporizado; a gama Azeite; o Queijo Flamengo fatiado, light, ralado e barra; o Vinho de mesa tetra UP 1lt e bag-in-box 5lt na marca Terra Lusitana e a gama Detergentes Limpeza Caseira, Loiça e Roupa.

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NOTORIEDADE Decidimos, igualmente, apostar, ainda mais, na divulgação e notoriedade da marca. A presença dos artigos UP nas redes sociais da UniMark (Facebook e Instagram), no site da UniMark (https://unimark.pt/) e no site Aqui é Fresco (https://www.aquiefresco.com/) tem sido uma constante, o que tem contribuído para a promoção da sua divulgação e procura, cada vez maior, por parte dos nossos clientes. O desenvolvimento de um catálogo de artigos da marca UP foi

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petivamente. Na área não alimentar, os produtos de higiene registaram um aumento de procura na ordem dos 8%. Baseados em alguns estudos da Nielsen, acreditamos que, nos próximos anos, a marca própria vai ganhar, ainda mais, importância.

também um dos grandes objetivos, plenamente atingido recentemente com a disponibilização de um catálogo online, com imagem e informação logística do artigo, que pode ser descarregado ou consultado através do site da UniMark, tornando-se numa ferramenta de trabalho indispensá-

EM 2020, FACE AO ANO ANTERIOR, A MARCA UP REGISTOU UM AUMENTO DE VENDAS NAS ÁREAS ALIMENTAR E NÃO ALIMENTAR

vel para todos aqueles que reconhecem a mais-valia da aposta na marca UP e que irá, certamente, ajudar a promover e divulgar as mais de 500 referências disponíveis. Também o desenvolvimento de um novo site da UniMark é uma das prioridades da central, com a marca UP a merecer lugar de destaque. Com uma verba já prevista em orçamento para este investimento, o novo site, com imagem mais atrativa, mais intuitivo, com informações sempre atualizadas e uma maior interação com os nossos milhares de seguidores, irá, seguramente, ajudar a promover a notoriedade da marca. CRESCIMENTO Em 2020, comparativamente com o ano anterior, a marca UP registou um aumento de vendas nas áreas alimentar e não alimentar, tendo, no caso concreto dos congelados, atingido um incremento de 25%, da mercearia doce de 17% e da mercearia salgada e refrigerados de 8% e 6%, res-

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FUTURO Temos vindo a constatar que o comportamento dos consumidores, nesta crise, está a ser diferente do que aconteceu há cerca de 10 anos. A necessidade de termos um consumo consciente, uma sensibilidade, eventualmente, maior ao preço e a procura de opções mais baratas irão ser fatores a ter em consideração e que vão fazer parte das nossas preocupações e estratégia de futuro, onde a inovação está na linha da frente. Sabemos o que os consumidores querem e procuram. Cada vez mais preocupados com a saúde, temos dados que atestam que, sempre que surge um produto novo, mais saudável ou com características interessantes do ponto de vista nutricional, a procura é grande. Razões para que este seja, também, outro foco da marca UP. Conscientes de todas estas mudanças e focados em trabalhar e procurar soluções adequadas às preferências e necessidades do mercado português, podemos concluir, que nos próximos anos, a nossa marca própria UP vai, decididamente, ganhar redobrada importância. À medida que o consumidor português for sentindo algum impacto da crise, vai procurar, também, mais marca própria, pelo que os retalhistas que oferecerem uma gama mais alargada irão, seguramente, ganhar mais quota de mercado.


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Análise

MARCA PRÓPRIA É UMA DAS VENCEDORAS DA PANDEMIA A pandemia de Covid-19 trouxe vários desafios para fabricantes e retalhistas, mas também criou novas oportunidades, em algumas áreas, com a marca própria a posicionar-se como uma potencial vencedora deste período, em que os consumidores optaram por visitar menos lojas e consumir mais em casa. Segundo a IGD, os confinamentos levaram ao teletrabalho e este criou novas oportunidades na área dos snacks. Os novos comportamentos refletiram-se em várias categorias, com os retalhistas a apostarem na inovação para destacarem as suas marcas, preparando-se para o esperado ambiente mais competitivo após se dissipar o impacto inicial da pandemia.

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TEXTO CARINA RODRIGUES | FOTOS SARA MATOS

s dados do estudo ShopperVista mostram que a perceção de produtos de marca própria cresceu, em 2020. A título de exemplo, na Grã-Bretanha, 71% dos shoppers manifestou-se muito satisfeito com a qualidade dos produtos de marca própria, com 66% a indicar confiar tanto nestes como nos de marca de fabricante ATIVAÇÃO A IGD destaca que a evolução dos comportamentos de compra, durante os confinamentos e restrições implementadas durante a pandemia, representou uma oportunidade real para fazer crescer a notoriedade e a experimentação dos produtos de marca de distribuição. Para capitalizar este contexto, o retalho apostou na melhoria dos produtos e no packaging para se destacarem nas prateleiras e ativou as suas marcas de novas formas, quer nas lojas, quer online, de modo a aumentar a sua visibilidade junto dos shoppers.

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INOVAÇÕES Foram cinco os principais vetores de inovação na marca própria. Em todo o continente europeu, houve um interesse acrescido nas dietas vegan e flexitariana e, em consequência, nas alternativas à carne. Para responder a esta procura, os retalhistas introduziram novas gamas de marca própria “plant based”. Outro dos vetores de inovação das marcas da distribuição foi a sustentabilidade, através de uma maior transparência, em primeiro lugar, e da sensibilização e educação dos shoppers sobre o seu impacto ambiental, por outro lado. O terceiro vetor de inovação incidiu no apoio à produção local e às pequenas e médias empresas. As marcas próprias procuraram, também, beneficiar do crescimento do online. Os retalhistas aumentaram a sua capacidade de responder às encomendas, contribuindo para que, em 2020, este canal tivesse crescido a sua quota, pelas contas da IGD, para 3,1% de todas as vendas na Europa (em 2019, era 2,2%). Nesse sentido, os retalhistas

também destacaram as suas marcas nas lojas online, acrescentando características dos produtos, melhorando as imagens e lançando "shop-in-shops’" para determinadas marcas, assim como recorrendo às redes sociais para potenciar o “engagement” com os consumidores. Finalmente, outro dos canais de desenvolvimento foi a proximidade. Desde o início da pandemia, as vendas de congelados e de bebidas alcoólicas nas lojas de proximidade aumentaram significativamente, em muitos mercados. De acordo com a IGD, para responder a esta procura, e numa perspetiva de curto prazo, os retalhistas expandiram o espaço de vendas dedicado a estas categorias. No longo prazo, estão a explorar novas formas de sustentar o crescimento nestas áreas, usando as marcas próprias para se diferenciarem da concorrência e potenciarem a fidelização. PERSPETIVAS Dado o contexto económico de muitos países, os retalhistas podem continuar a atrair novos compradores para as

PARA CAPITALIZAR O CONTEXTO DE PANDEMIA, O RETALHO APOSTOU NA MELHORIA DOS PRODUTOS DE MARCA PRÓPRIA E DO RESPETIVO PACKAGING suas marcas próprias, quer destacando a sua maior acessibilidade, em termos de preço, quer os seus benefícios. Contudo, nota a IGD, terão de continuar a manter os seus investimentos nesta área, de modo a converter uma oportunidade de curto prazo em fidelização a longo termo. PUB

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TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS SHUTTERSTOCK

Estudo

71% DOS PORTUGUESES CONSIDERA QUE, COM A VACINAÇÃO, A SITUAÇÃO ECONÓMICA DO PAÍS VAI MELHORAR Vacinados e otimistas. É assim que se sentem os portugueses, de acordo com um estudo realizado pela Boutique Research, empresa especializada em estudos de mercado e opinião, que revela que quase três em cada quatro portugueses (71%) considera que, quando a maioria da população estiver vacinada, a situação económica do país vai melhorar. 20


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0% dos inquiridos considera que a situação económica do país vai melhorar ligeiramente e 21% que melhorará bastante e apenas 11% está cético em relação ao impacto da vacina no futuro. Numa altura em que o processo de vacinação avança, e mais de 37% da população já levou, pelo menos, uma dose da vacina contra a Covid-19, a maioria dos portugueses, 54%, considera que o dia de ser vacinado é um momento importante (33%) ou, mesmo, muito importante (21%). Apesar do entusiasmo, cerca de 70% dos inquiridos considera que continua com a mesma preocupação e cuidados que tinha antes de ser vacinado. A percentagem de portugueses cautelosos, mesmo depois da vacina, aumenta com a idade: 78% dos maiores de 60 anos irá manter as mesmas precauções, face a 70% na faixa etária dos 40 aos 59 anos e a 64% entre os 25 e os 39 anos. Contudo, só 2% dos inquiridos acredita que tudo ficará como antes, respondendo que, depois de ser

vacinado, será como se a pandemia tivesse terminado. Quando inquiridos sobre a forma como está a decorrer a vacinação, os portugueses mostram-se confiantes. Quando comparado com outros países, 71% considera que o ritmo/velocidade de vacinação é igual ou melhor aos outros países, 72% que a organização é melhor ou igual e, para 84%, a segurança em relação às vacinas dadas é melhor ou igual à dos outros países. Apenas 20% responde que o ritmo/velocidade de vacinação está a ser mais lentos em Portugal. CLIMA DE CONFIANÇA Com ou sem reservas, a vacinação será um fator a ter em conta no aumento do otimismo que se sente na sociedade portuguesa. De acordo com os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística, em maio de 2021, o índice de confiança dos consumidores atingiu o nível mais elevado desde o início da pandemia. As conclusões do estudo da Boutique

A VACINAÇÃO SERÁ UM FATOR A TER EM CONTA NO AUMENTO DO OTIMISMO DOS PORTUGUESES Research confirmam esta tendência: em linha com o índice de confiança, também a preocupação com o futuro é a mais baixa, desde abril de 2020, deixando transparecer um certo otimismo por parte dos portugueses. Assim, numa escala de 1 a 10, em que 1 é “nada preocupado” e 10 é “muito preocupado”, a percentagem de pessoas que mostram maior preocupação desce consideravelmente, situando-se, agora, nos 46% face a 63% de pessimistas, em abril de 2020, altura do primeiro confinamento. PUB

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1971

1976

1988

1994

1998

2001

Primeira Fralda Descartável com tiras Adesivas

Primeira Fralda-Cuequinha Descartável

Primeira Fralda com Material Super Absorvente

Primeira Fralda com Dupla Camada Super Absorvente

Primeira Fralda com Loção Dermoprotetora

Primeira Fralda com Ajuste Elástico

O lançamento da primeira fralda descartável, bem diferente da que conhecemos atualmente, veio revolucionar os cuidados e a higiene do bebé. A fralda descartável Dodot veio pôr fim aos pedaços de pano pouco confortáveis, menos higiénicos e que exigiam esforço acrescido por parte dos pais.

tes etapas do desenvolvimento do bebé, em 2001, surgiu a gama Dodot Etapas, com sistema especial para absorção de fezes líquidas dos recém-nascidos e um novo sistema de ajuste elástico para os bebés mais ativos. Em 2005, a marca criou o núcleo anatómico, na zona de entre pernas mais estreita, tornando a utilização da fralda ainda mais confortável e garantindo também maior superabsorção. Esta inovação permite que a fralda se adapte ao corpo do bebé na perfeição e facilita os seus movimentos.

A primeira fralda Dodot era uma peça absorvente de celulose, com tiras autocolantes, que se inseria dentro das cuequinhas de plástico. Este foi um produto verdadeiramente inovador e pioneiro no que toca à higiene, conforto e qualidade de vida dos pais, mães e bebés. Cinco anos depois, em 1976, é lançada a ‘fralda cueca descartável’, esta já mais parecida, no seu formato, com a que existe atualmente.

Em 2010, chega ao mercado a Dodot Activity, a fralda ideal para os pais e para os bebés, que integra a tecnologia Dry&adapt e que garante a máxima secura numa fralda ultrafina. Esta é a fralda mais seca e fina alguma vez criada pela Dodot.

Investigação tem marcado as várias décadas A Dodot tem estado sempre na vanguarda da investigação para garantir o máximo bem-estar dos bebés e o (merecido) descanso dos seus pais. O departamento de I&D da Dodot trabalha diariamente na criação de novos produtos e no aperfeiçoamento dos atuais, recorrendo à utilização de novas tecnologias e novos métodos de investigação, permitindo o lançamento de diferentes produtos, desde as fraldas às toalhitas.

A nova geração de cueca-fralda, mais fácil de trocar, é lançada em 2016. Com a sua nova cintura ultra elástica, a Dodot Pants adapta-se a qualquer movimento do bebé e, graças à tecnologia de micropérolas, proporciona até 12 horas de secura, tanto de dia como de noite! Mas a inovação não para e, mais recentemente, a Dodot lançou Happyjama, a roupa interior superabsorvente para as crianças que ainda molham a cama. Ao longo dos anos, surgiram ainda as Dodot Sensitive e, mais tarde, Dodot Pro-Sensitive, atendendo às características únicas de cada bebé e ajudando a cuidar dos recém-nascidos.

Uma das matérias que mereceu um estudo exaustivo por parte da marca foi a qualidade de absorção das fraldas, o que permitiu o lançamento, em 1988, da Dodot Seco Total, a primeira fralda com um núcleo superabsorvente, que reduz o tempo de contacto da pele com a humidade. Em 1994, é lançada a fralda com uma dupla camada superabsorvente, garantindo uma rápida absorção da humidade e afastando-a da pele do bebé, mantendo-a seca e a salvo de irritações. Para um maior resultado, em 1998, as fraldas Dodot passaram a conter loção dermoprotetora.

Para complementar os cuidados de higiene do bebé, a marca lançou ao longo dos anos, a par do seu principal produto, várias gamas de toalhitas, para ajudar os pais na limpeza e proteção do seu bebé. Também nestes produtos, a Dodot foi evoluindo, tendo uma gama muito completa para todas as necessidades, sempre com o foco de proteção da pele do bebé: Toalhitas Dodot Básico, Toalhitas Dodot Bebé-Seco, Toalhitas Dodot Activity, Toalhitas Dodot Sensitive, Toalhitas Dodot Aqua Pure, que focam num segmento de consumidores que preferem produtos à base de ingredientes naturais e, ainda, a última novidade – Toalhitas Dodot Mãos

A importância das diferentes etapas de desenvolvimento do bebé Escutar e entender as preocupações dos pais tem ajudado a marca na procura de novas soluções. Assim, para responder às necessidades das diferen-

22 ww w.do do t.p t


DODOT: 50 ANOS DE INOVAÇÃO A ACOMPANHAR VÁRIAS GERAÇÕES A marca Dodot, uma das principais marcas do portfólio da P&G, comemora 50 anos em 2021, com um percurso marcado pela inovação. Desde a criação da primeira fralda, em 1971, “carinho” e “inovação” são palavras-chave que fazem parte da história da marca que acompanha o dia-a-dia de inúmeras famílias por todo o mundo e que tem mantido os bebés felizes e saudáveis.

2005

2010

2016

2019

2021

Primeira Fralda com Núcleo Anatómico

Primeira Fralda com Tecnologia Dry&Adapt (sem celulose)

Dodot Pants! A nova geração de fraldas-cuequinha com Tecnologia de Micropérolas

Toalhitas Dodot Aqua Pure, com 99% água e algodão orgânico

Toalhitas Mãos Limpas & Go; Fraldas Dodot Bebé-Seco com Tripla Camada Absorvente

Limpas & Go - que possuem 2x mais agentes de limpeza, podendo ser utilizadas para lavar as mãos, mesmo fora de casa e em qualquer lugar.

Desde 1971 até aos dias de hoje, a Dodot continua a conceber produtos para fazer os bebés felizes e saudáveis.

Compromisso social e ambiental Os compromissos sociais e ambientais da Dodot fazem parte do ADN da marca. Na vertente ambiental, têm sido implementados diversos procedimentos, tais como a redução em 50% do peso das fraldas, graças à tecnologia que permitiu retirar a celulose, elevando o nível de absorção com um produto mais fino. Esta evolução tecnológica teve um enorme impacto no volume e na capacidade de transporte, permitindo também economizar, nos últimos cinco anos, cerca de 160 toneladas de materiais de embalagem. A marca apostou também num incremento significativo no uso de materiais sustentáveis como o algodão premium e nas fábricas Dodot é utilizada energia 100% renovável. Foi também reduzido em 26% o consumo de água nos produtos e 60% dos resíduos de produção são reciclados. No campo social, a Dodot procura manter-se próxima dos consumidores e da comunidade onde se insere, através de várias iniciativas. Em Portugal, tem colaborado com várias entidades como a Ajuda de Berço, a Ajuda de Mãe, a Cruz Vermelha Portuguesa e, ainda, é de se destacar o projeto com os Bebés Prematuros, para os quais a Dodot produz e doa fraldas, junto da Associação XXS, para os Hospitais e Maternidades Públicas Portuguesas. Em 2020, a Dodot doou ainda um montante de 50.000€, com a ajuda de todos os Portugueses, através de uma ação solidária nos meios digitais que atingiu recordes de partilhas pelos seus usuários.

As fraldas, as fraldas-cuecas e as toalhitas Dodot são fabricadas a partir de ingredientes meticulosamente testados e de segurança comprovada, validada em colaboração com pediatras, dermatologistas pediátricos e toxicologistas. Fraldas seguras começam com ingredientes seguros! Um dos testes realizados é o da compatibilidade e sensibilidade da pele às toalhitas, ajudando a confirmar de que modo a pele reage à loção utilizada nas mesmas e ao produto acabado. Ao longo da última década, foram amplamente publicados estudos e análises para demonstrar a segurança, eficácia e suavidade das toalhitas para bebé Dodot e a investigação da marca, supervisionada por dermatologistas, revela que estas são mais suaves do que a utilização de um simples pano molhado com água. A Dodot produz as fraldas e toalhitas exclusivamente nas suas instalações fabris localizadas na Europa e monitoriza de perto cada passo da produção, de modo a assegurar a qualidade dos produtos. O teste final de segurança da Dodot é sempre realizado pelos pais. A marca monitoriza, regista e acompanha diariamente os comentários relacionados com a segurança por parte dos pais que utilizam os seus produtos. A marca valoriza a opinião das famílias e conta com especialistas em cuidados de consumo habilitados e dedicados que respondem às questões e dúvidas de cada pai ou mãe. Esta avaliação permite conhecer as preocupações dos pais, acompanhar a evolução do conceito de parentalidade e ir ao seu encontro, respondendo com produtos a pensar já nas gerações futuras.

Produtos concebidos de forma segura para bebés felizes e saudáveis Todos os produtos e materiais Dodot são concebidos de forma segura, sendo testados dermatologicamente e submetidos a rigorosas avaliações de segurança e desempenho em cada etapa do desenvolvimento do bebé. A par da inovação, a Dodot é líder na investigação da saúde da pele. Todos os produtos são 100% seguros para serem utilizados pelos bebés.

Há 50 anos que a marca Dodot é pioneira nos avanços que tem feito ao longo dos anos e tem um lugar muito especial no coração dos Portugueses e este marco só continua a ser possível por uma simples razão: os bebés são o foco nº1 da Dodot e assim continuarão a ser!

23 DodotPortugal

Do do t_ p t

Do do tT Vp t


TEXTO CARINA RODRIGUES | FOTOS SARA MATOS

Análise

COMPRAS DE IMPULSO DÃO OS PRIMEIROS SINAIS DE RECUPERAÇÃO A pandemia afetou vários mercados, mas especialmente o dos snacks e das bebidas para consumo fora de casa. Contudo, os dados do primeiro trimestre mostram alguns sinais de recuperação, particularmente na China, mas também na Europa, o que indicia um regresso a padrões de consumo mais tradicionais, descreve a Kantar. 24


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esde o início da pandemia, o sector perdeu 30% do seu valor, globalmente, o equivalente a dois mil milhões de dólares por trimestre. “Apesar de ser possível, e até mesmo provável, que algumas destas perdas tenham sido registadas devido à compra adicional para consumo no lar, o valor total do comércio ‘out of home’ não foi transferido”, nota Nuria Moreno, Global Director OOH & Usage Panels (Food) na Kantar.

RECUPERAÇÃO Em 2021, contudo, os mercados globais dos snacks e das bebidas dão sinais de uma lenta recuperação, à medida que os consumidores retomam comportamentos mais normais, o que desponta a necessidade de consumir estes produtos fora do lar. A Kantar revela, ainda, que os primeiros sinais foram observados na China, onde os cafés, cafetarias, casas de chá, leitarias e retalho tradicional tiveram um bom desempenho, nos últimos meses. No primeiro trimestre, os cainserção_hero.pdf 30/04/21 fés e os bares 1registaram um13:07 índice de

139, sendo que o valor de referência 100 corresponde ao total do negócio no primeiro trimestre de 2019. Os segundos a recuperarem foram os vendedores ambulantes, a "street food" e as casas de chá e leitarias, com um índice de 125. As vendas de gelados (mais 20%), de café (mais 24%) e de refrigerantes (mais 18%) estão agora acima dos níveis pré-pandémicos. Mesmo na Europa registam-se sinais de recuperação. No Reino Unido, a restauração rápida apresenta, agora, um índice de 105, enquanto em França, as padarias, canal muito importante em termos de indulgência fora do lar, estão acima de 115. Estes primeiros indícios de uma recuperação nos negócios representam uma grande mudança face ao cenário observado no pico da pandemia. Durante 2020 e inícios de 2021, os diversos confinamentos obrigatórios registados na Europa traduziram-se em enormes perdas de penetração em Espanha, em França e no Reino Unido, por exemplo, com apenas um terço dos compradores a consumir fora de casa.

APENAS 16% DE TODOS OS GASTOS PARA CONSUMO FORA DO LAR OCORRE NO RETALHO RETALHO A nível global, os bares, cafés e restaurantes perderam cinco pontos percentuais de quota, entre o primeiro trimestre de 2020 e o homólogo de 2021, criando uma oportunidade para o retalho crescer a sua quota em valor em seis pontos, face ao mesmo período de 2019. Globalmente, apenas 16% de todos os gastos para consumo fora do lar ocorre no retalho, mas essa percentagem sobe para 50% em mercados como o México, a Tailândia e a Indonésia e para mais de um terço na China. PUB

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Supermercado A Barragem

BARRAGEM DE DIVERSOS ENCANTOS TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS SARA MATOS

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Até podia parecer mentira, mas não é. O Supermercado A Barragem, em Montargil, abriu portas no dia 1 de abril, Dia das Mentiras. Mas, para a empresária Bruna Martins, não é, de todo, um engano a concretização de um sonho antigo: a abertura do seu próprio negócio. Com uma localização privilegiada, um sortido abrangente e preços competitivos, o Supermercado A Barragem começa a fidelizar a população de Montargil.


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rede Aqui é Fresco continua a desenvolver o seu plano de expansão e abriu mais uma loja, desta feita em Montargil, pela mão da empresária Bruna Martins. Conhecida pela sua calmaria e pela vistosa barragem que atrai visitantes de diferentes nacionalidades e faixas etárias, Montargil começa a manifestar a chegada das estações de veraneio e, com elas, um fluxo bem mais significativo de visitantes nesta vila portuguesa do concelho de Ponte de Sor. Atenta ao movimento que Montargil apresentava, Bruna Martins decidiu, ao cabo de 15 anos a trabalhar na área com os seus sogros, abrir uma loja. “Começávamos a vir para Montargil e vimos que valia a pena abrir uma loja aqui, ao ponto de a minha sogra ter uma hospedaria aqui perto. Havia movimento nesta localidade e, um dia, juntamente com o meu esposo (Jorge Martins), vimos que este estabelecimento estava disponível e decidimos avançar com o negócio”, introduz Bruna Martins. E, em apenas sete dias, eis que os pi-

lares do futuro negócio foram lançados. “O espaço era agradável, estava disponível e, no prazo de uma semana, avançámos com o negócio. Tudo aconteceu muito rápido”, comenta entre sorrisos. Volvidos dois meses após a abertura de portas, e com uma área total de 260 metros quadrados, o Supermercado A Barragem confirmou aquilo que prometia vir trazer a esta região: uma loja ampla e luminosa, onde é

possível encontrar frescura e qualidade nos mais de dois mil produtos ao dispor de todos, com preços competitivos e um folheto promocional que atrai fregueses. Predicados de venda a que se juntam o atendimento personalizado, a cortesia das entregas ao domicílio, assim como tudo aquilo que faz falta num lar, seja em que localidade for, como o pão cozido no local, uma vasta gama de produtos de qualidade ao melhor preço, frutas e PUB

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O SUPERMERCADO A BARRAGEM, EM MONTARGIL, DISPONIBILIZA 260M2 DE ÁREA DE VENDA legumes de muito sabor, talho, charcutaria cortada no momento, DPH, algum bazar ligeiro e com a possibilidade de algumas outras referências adicionais de eletrodomésticos poderem ser encomendadas. Assim foi no arranque da loja, com Bruna Martins a estar atenta ao pedido dos seus clientes, de diferentes nacionalidades e distintas faixas etárias, que, mediante a iminência das estações de calor e o cariz lúdico da região, já começam a solicitar artigos que, numa primeira instância, não tinha equacionado ter em prateleira e que ONDE FICA encontram também Rua Heróis do procura nesta loja Ultramar, N.º 53 que levou a rede Aqui 7425-125 Montargil é Fresco para a tranquilidade de Montargil. Convidados a entrar no espaço pela imagem positiva e apelativa da insígnia, “que atrai muitos clientes”, à

natural curiosidade por um espaço recém-inaugurado e que presta um serviço essencial à comunidade onde está inserido junta-se a qualidade do sortido, do espaço e do atendimento, que fez com que o arranque desta loja se apresentasse verdadeiramente auspicioso. “A reação das pessoas foi boa, disseram-nos que fizemos bem em vir para aqui, que fazia falta na terra um espaço desta natureza e que temos bons preços. E qualidade! Os folhetos também são importantes, pois têm muita procura”, detalha Bruna Martins. “O pão, a charcutaria e os frescos têm muita procura e estamos, já, a considerar algumas outras situações. Talvez peixe fresco, vamos avaliar... Ainda é

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cedo para tomar decisões concretas, pois estamos a adaptar-nos e a conhecer os nossos clientes”, acrescenta. Mas, a julgar pelas primeiras impressões, o Supermercado A Barragem tem tudo para se tornar numa referência do comércio desta bonita vila do interior português. Com uma vista privilegiada sobre a principal atração desta localidade, a barragem, no número 53 da Rua dos Heróis do Ultramar, é possível encontrar a loja de Bruna Martins. Um negócio que abriu portas num contexto difícil e que é elucidativo de toda a resiliência dos portugueses, com a empresária a levar para Montargil a mesma “receita” com que havia trabalhado ao longo dos muitos anos que leva nesta área de negócio, não obstante a sua juventude. “Já trabalhávamos com o Aqui é Fresco na loja dos meus sogros e decidimos continuar com a rede. A imagem é positiva, moderna, apelativa e, como tal, chama os clientes. Não me arrependo de ter vindo para o Aqui é Fresco. Tenho tido apoio e tudo tem corrido bem”, acrescenta. Construída inicialmente com o propósito de rega e produção de eletricidade, a barragem de Montargil é, hoje, bastante conhecida e utilizada para banhos, pesca desportiva e provas náuticas, motivo pelo qual é cada vez mais um destino de férias e de descanso para muito portugueses e estrangeiros. Que agora têm ao seu dispor, nesta localidade, uma loja Aqui é Fresco e uma equipa dedicada para os servir.


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TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS D.R.

Uniloja

EM LANHELAS, O MELHOR PARA SI No ano em que celebra o 10.º aniversário, a rede Aqui é Fresco continua apostada em cumprir o plano de expansão previsto para este ano. Por intermédio do aderente Uniloja e do associado Abel Narciso Jorge, reforçou a sua presença geográfica no Alto Minho ao abrir uma nova loja em Lanhelas, no concelho de Caminha, numa localização privilegiada em termos rodoviários e secundada por um posto de combustível que intensificará a conveniência trazida por esta loja construída de raiz e que reforça a presença geográfica da Uniloja na região. 30


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ue o Alto Minho tem encantos diversos ninguém duvida. Mas se aos fortes, e distintos, encantos naturais, paisagísticos e gastronómicos da região se juntar uma oferta de excelência em termos de abastecimento de produtos alimentares e não alimentares, o que por si só é bom torna-se ainda melhor. A pensar em todos os habitantes de Lanhelas e

não só, a Uniloja abriu mais um espaço no concelho de Caminha, elevando, assim, para 11 o número de pontos de venda da rede de comércio de proximidade que tem levado o Aqui é Fresco à mente de todos os consumidores e habitantes do Alto Minho. Por intermédio do associado Abel Narciso Jorge, a Uniloja continua, assim, a expandir-se e a assumir-se como uma referência do concelho de Caminha,

ao registar a sua segunda abertura no decorrer deste ano e ao reforçar a proximidade da marca com todos os que habitam, ou visitam, a região. Numa localização privilegiada em termos rodoviários, e secundada por um posto de combustível que reforçará a conveniência trazida por este espaço, a loja de Lanhelas vem, uma vez mais, demonstrar os valores pelos quais a Uniloja se rege, nomeadamente, a proximidade e a conveniência, aliadas a bons preços e localizações privilegiadas. “Este 11.º ponto de venda fica localizado em plena Estrada Nacional 13, procurando também beneficiar do fluxo de trânsito que passa por esta via, até porque é servido por um posto de combustível, o que permite capitalizar, ainda mais, o tráfego na loja”, comenta José Augusto Jorge, gerente da rede Uniloja. Com um total de 250 metros quadrados, a loja foi construída de raiz, numa profunda reconversão do espaço que já existia anteriormente, como stand de automóveis, mas foi completamente adaptado à realidade da Uniloja. “Como está localizada PUB

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A UNILOJA JÁ ABRIU DUAS LOJAS EM 2021 REFORÇANDO, ASSIM, A COBERTURA GEOGRÁFICA E A PROXIMIDADE DA SUA REDE DE LOJAS junto ao posto de combustível, acolhe um pequeno bar para dar apoio a este perfil de cliente, que ali pode tomar o café e o pequeno-almoço, a par de valências como a oferta de pão quente e de frango assado. Tudo isto resultou de um investimento muito significativo”, reforça o responsável. José Augusto Jorge considera, ainda, que este é, exatamente, o formato ideal para o seu conceito de negócio e o que tem vindo a fomentar na sua expansão. “Mais do que isso ultrapassa as nossas capacidades e, em contrapartida, as lojas que não tenham mais de 180 metros quadrados estão ‘atrofiadas’ e dão-nos mais trabalho a gerir do que estas, apesar de que, hoje em dia, a reposição, enquanto encomenda de mercadorias e com as quantidades exatas necessárias para a loja, está completamente automatizada”. Ação resultante de um grande investimento em termos de ERP para conectar todas as lojas e permitir, assim, à rede de retalho crescer. Pela natureza do investimento, a loja de Lanhelas apresenta-se como o estabelecimento de referência da Uniloja, ao dispor de espaços amplos e luminosos e ao oferecer uma oferta alargada de referências adaptadas às necessidades da população local e que vão desde a fruta e legumes, aos ONDE FICA congelados (carne Estrada Nacional 13, e peixe), passando 1270 Lanhelas 4910-204 Caminha por uma secção de charcutaria, com cor-

te no momento, não esquecendo, ainda, os produtos de marca própria UP. Nos dias mais longos, o cliente pode, ainda, contar com o serviço de take away e com o sempre apetecível frango assado. O pão quente e a cafetaria recebem, igualmente, um lugar de destaque.

INVESTIMENTOS

Mas se 2021 tem sido um ano de investimento e de reforço de capital de confiança da Uniloja, a rede não deverá, este ano, abrir mais nenhum espaço, isto apesar de José Augusto deixar escapar que se está sempre “atento a potenciais negócios”. Note-se que esta é a segunda abertura concretizada em 2021, depois de Caminha. Neste caso, um espaço de menores dimensões, mas que vem responder a uma ambição antiga de ter um ponto de venda na sede do concelho.

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Investimentos feitos num ano desafiante, mas ao mesmo tempo de elevadas expectativas, ou não se assinalassem também os 10 anos da rede onde a Uniloja está integrada: o Aqui é Fresco. Que, por sua vez, na opinião de José Augusto, está bem e recomenda-se. “A rede vai ter uma mais-valia muito significativa, verdadeiramente imprescindível, que é o cartão de fidelização. Nós já tínhamos o nosso próprio cartão, que vamos ‘sacrificar’ em prol da rede. Mas é importantíssimo que colaboremos e a rede sabe que pode contar connosco nesse sentido. A rede está bem posicionada e esta passagem da convenção para o digital é prova disso mesmo, ao se colocar numa plataforma um número muito significativo de euros em volume de encomendas, em apenas três dias. É o reflexo da inequívoca confiança na rede”, conclui o gerente da Uniloja.


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TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS SARA MATOS

Minimercado Duque

UMA NOVA ALMA NA PRAIA DA TOCHA O Aqui é Fresco chegou à praia da Tocha, na freguesia da Tocha, concelho de Cantanhede, com o Minimercado Duque. Com apenas 60 metros quadrados de área de venda, este estabelecimento de “mini” tem muito pouco, sendo o resultado visível do empenho e crença da aderente Ana Catarina Costa, que decidiu, em contraciclo, abrir portas com um estabelecimento próprio. Ou não tivesse o sonho de, um dia, trabalhar por conta própria e dinamizar o comércio de proximidade na sua terra natal. 34


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na Catarina Costa, proprietária do Minimercado Duque, fala com o entusiasmo e o brilho no olhar próprios de quem se encontra a dar corpo aos seus sonhos. Assim é desde que decidiu abrir portas, na praia da Tocha, na freguesia homónima, localizada no concelho de Cantanhede, com o minimercado que de “mini” apenas tem a sua dimensão física, já que não só o número de referências disponíveis é muito significativo, como a dimensão humana da sua proprietária é, em todos os pormenores, “maxi”. É assim Ana Costa, entusiasta, disponível, atenta, empenhada, próxima dos seus clientes, sempre à procura de tentar elevar o serviço do seu estabeTocha, com um espaço diferente, um lecimento, como, por exemplo, com pouco maior face aos até aqui existenas entregas ao domicílio que, durante tes”, introduz Ana Catarina Costa, promuito tempo, fez sozinha, abdicando prietária do Minimercado Duque. de tempo de repouso para chegar a Aliás, a pedra de toque que a fez apostodas as solicitações. tar nesta área de negócio foi o facto Ao fim de quatro meses de portas de, não só apreciar o contacto com o abertas, o balanço que faz do perpúblico, como por sempre ter gostado curso percorrido é o melhor possível, de mini e supermercados, pelo que continuando apostada em “dinamizar decidiu experimentar esta atividade AF_Encarte_euromadi A5.pdf 1 08/04/2021 o comércio de proximidade na praia da09:47comercial. “Sobretudo, com esta ques-

tão da Covid-19, fazia falta reforçar a tradição e a proximidade destes espaços, de certo modo, a vontade de voltar ao tempo de antigamente, de que certos valores se perderam e que, hoje em dia, fazem muita falta. Aquela ideia da pessoa vir comprar algo que lhe faça falta e conversar um pouco. É essa proximidade e sentido de comunidade que procuro desenvolver aqui”, acrescenta a responsável. PUB

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Sem experiência prévia nesta área de negócio, a vontade de aprender falou mais alto, levando-a a abrir o seu negócio, num contexto adverso, mas onde os tempos mais recentes já trouxeram um maior número de pessoas até esta localidade conhecida, entre outros predicados, pela sua pacata praia. “Como não tinha experiência no ramo, o facto de ter aberto portas há algum tempo permitiu-me ganhar traquejo e isso revelou-se muito importante para perceber o que as pessoas precisam. Isso é, de facto, algo que tenho procurado muito saber. Estou, inclusive, a pensar em colocar aqui uma caixa de sugestões para perceber como podemos melhorar o espaço”. E se este estabelecimento, com cerca de 60 metros quadrados, veio acrescentar valor a esta localidade, Ana Catarina Costa procura, sempre, me-

pode oferecer. Na altura de escolher a rede, o Aqui

lhorar o serviço prestado aos muitos que já não abdicam de fazer compras perto de sua casa, pois, afinal, têm ao seu dispor um sortido alargado de produtos, composto por mais de 1.600 referências e que concilia frescura, qualidaONDE FICA de, o melhor preço e Rua dos Barcos o atendimento perde Meia Lua, N.º 3 3060-685 Tocha sonalizado que só uma loja Aqui é Fresco

é Fresco foi a escolha inequívoca, ao permitir não só a manter a identidade própria de cada negócio, como ao receber apoio centralizado na realização de promoções, folhetos (algo que teve muito impacto localmente) e dinamização do sortido. “Aquando da abertura da loja, fiz um estudo e percebi que a rede com a qual me identificava mais era o Aqui é Fresco. Não me poderia associar a um modelo de

EM APENAS QUATRO MESES DE PORTAS ABERTAS, O MINIMERCADO DUQUE TORNOU-SE UMA REFERÊNCIA DO COMÉRCIO NA PRAIA DA TOCHA

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negócio que não me permitisse gerir o meu estabelecimento de uma forma que não acreditasse nele”, reforça a responsável. A juntar a estes argumentos de venda, uma outra decisão que revela o compromisso do Minimercado Duque com todos aqueles que o apoiam, ao longo do ano: os preços não alteram na altura do verão. “Não fazia sentido, por ser uma loja de praia, desvalorizar todos aqueles que vêm cá durante o ano, com a tentação de subir os preços nesta altura do ano”. Pelo facto de ser um destino de veraneio, com um parque de campismo próximo e que traz até à praia da Tocha pessoas provenientes de todos os estratos sociais e de diversos pontos do país, a proximidade com o Minimercado Duque começa a verificar-se junto de muitos, e regulares, clientes, com o hábito de fazer compras neste estabelecimento a ser uma rotina dos muitos fins-de-semana passados nesta pacata praia. “É a tal proximidade que referi e da qual tanto gosto”, comenta sorridente. “À minha maneira, gosto de ser e agir assim. Todos os clientes são importantes, pois são eles que nos permitem manter a porta aberta”, reforça Ana Catarina Costa. Proximidade que é reforçada pela imagem apelativa, moderna e atrativa da rede, que chamou, desde logo, a atenção na localidade onde o Minimercado Duque se encontra. Não só por ser um meio pequeno, como pelo facto de trazer algo de novo a esta localidade, onde o Minimercado Duque conta com o apoio do associado Pereira & Santos para dar resposta a todas as muitas solicitações que tem tido. Um desafio que não tem sido fácil, mas que o tempo tem permitido validar esta aposta. “Quem nos visita consegue abastecer-se por muito tempo. Faço o que coração me manda e tenho dado tudo de mim. Se não resultar, não foi por falta de empenho, pois tenho muita força de vontade”, conclui Ana Catarina Costa. Mas disso ninguém duvida.


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TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS SARA MATOS

Frescovidago Supermercado

FRESCOS COMO ASSINATURA Há um ano inserido na imensa família Aqui é Fresco, o Frescovidago Supermercado é uma referência do comércio de proximidade da vila de Vidago. Terra de emigrantes por natureza, Vidago tem ao seu dispor esta loja de Nível II, que disponibiliza mais de cinco mil referências nos seus 150 metros quadrados de área de venda e que se apresenta como uma verdadeira "despensa" para todos os que a visitam. Os de sempre, os de passagem, os que regressam para matar saudades dos seus familiares e todos aqueles que ainda não conhecem esta vila transmontana. 38


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É

na acolhedora vila transmontana de Vidago, bem junto à Estrada Nacional 2, a mais comprida de Portugal, que liga Chaves e os agrestes Trás-os-Montes ao solarengo Algarve, que se encontra o estabelecimento Frescovidago Supermercado. Uma loja de 150 metros quadrados gerida pelo empresário Domingos Gonçalves e que, desde julho de 2020, se juntou à imensa família Aqui é Fresco. Acumulados no tempo estão mais de 20 anos nesta área de negócio, onde entrou, em 1999, a convite de um familiar, após diversos anos emigrado na fria Suíça, ou não fosse Vidago uma terra de emigrantes. E, apesar de o negócio correr bem, tendo o cunhado como sócio e partindo do zero, cinco anos após o arranque de mais uma etapa na sua vida, decidiu vender o espaço em Vila Flor e regressar, em definitivo, à região que o viu nascer. Assim se passaram os últimos 16 anos da sua vida profissional, o último do qual ligado à rede Aqui é Fresco, cuja imagem é perfeitamente visível na extensa montra e no reclame luminoso que dá vida exterior ao Frescovidago Supermercado. Conhecido pelos frescos, por comercializar tudo o que faz falta num lar, assim como por disponibilizar alguns serviços adicionais à sua clientela, tais como Payshop ou bilheteria da Rede Expresso, sempre útil para conhecer a beleza única de Trás-os-Montes, ou simplesmente ligar as diversas cidades da região, esta loja de Nível II da rede Aqui é Fresco dá corpo aos predicados que fazem desta rede uma referência nacional quando se fala de proximidade e conveniência. E se não for pelos serviços e pela oferta vasta que o Frescovidago se tornou conhecido, é, seguramente, pela simpatia de quem conhece os seus

saudade no copo. vidigueira na alma.

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tiva a ter bastante impacto junto dos fregueses. Os de sempre, os de passagem em turismo, sobretudo no verão, e os que voltam a casa para usufruir do mês de agosto, e não só, na companhia da sua família. “Faz agora um ano que levamos com a imagem Aqui é Fresco. O cliente apreciou a nova imagem e a mudança”, explica Domingos Gonçalves. Para trás, ficaram alguns convites para ingressar noutras estruturas, com este empresário transmontano a fazer um balanço positivo não só da mudança da identidade gráfica da loja, como, sobretudo, do negócio, com a pandemia a potenciar a compra de proximidade. “Tendo em conta o atual contexto do país, o negócio está a correr bem. Cresceu em 2020, capitalizado pelas tendências trazidas pela pandemia, onde os clientes começaram a privilegiar, ainda mais, o que é próximo”, acrescenta.

clientes pelo nome, antecipando, não raras vezes, as necessidades de quem o visita, assim como pela organização da loja, arrumação e qualidade da oferta, com a limpeza e higienização do espaONDE FICA ço a serem apanágio Estrada Nacional, de sempre e não soN/2, Loja 2 5425-323 Vidago mente de tempos de pandemia. Verdadeira “despensa” de Vidago e das muitas freguesias dos arredores, agora mais animadas, à medida que se tornam mais frequentes os automóveis com matrículas com caracteres mais incomuns, que trazem os filhos da terra de volta a casa para matar saudades, a entrada na rede Aqui é Fresco trouxe uma nova “alma” a este espaço comercial

liderado por quem, há já 21 anos, entrou nesta área de negócio e sabe reconhecer boas oportunidades onde elas existem. Razão pela qual não abdica das promoções e preços imbatíveis da rede, com a sua imagem apela-

O FRESCOVIDAGO SUPERMERCADO DISPONIBILIZA MAIS DE 5 MIL REFERÊNCIAS DE PRODUTOS 40

FOLHETO E MARCA PRÓPRIA Ao longo dos 150 metros quadrados de área de venda, é possível encontrar mais de cinco mil referências de produto que, entre outros aspetos, fazem com que o Frescovidago Supermercado seja uma referência para as gentes de Vidago e arredores, que não são indiferentes aos folhetos e aos produtos em promoção, assim como à diversificada oferta de marca própria ali existente e que já entrou nos hábitos de consumo de todos. “Os folhetos têm sido valorizados pelos clientes, assim como a marca própria. As pessoas gostam de bons preços e os nossos produtos de marca própria são acessíveis”, considera Domingos Gonçalves. E esta loja de Nível II, devidamente apoiada pelo associado Armazéns da Santa, acaba por ter uma clientela muito abrangente, com gente de diversos estratos sociais e nacionalidades a fazer compras no Frescovidago Supermercado. Volvido um ano de pandemia, uma convicção de quem está no negócio há já muitos anos: “o comércio de proximidade vai continuar a manter-se relevante, mesmo terminada a Covid-19”, assume o proprietário do Frescovidago Supermercado. Casa que está preparada para enfrentar os desafios futuros do comércio de proximidade.


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Publireportagem DIA MUNDIAL DA ÁGUA DÁ O MOTE PARA O INÍCIO DAS CELEBRAÇÕES

ÁGUA DAS PEDRAS COMEMORA 150 ANOS

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E

m 1871, foi anunciada, oficialmente, a excelência de Pedras, a água com gás 100% natural que nasce, intocável, nas profundezas da região de Trás-os-Montes. Hoje, 150 anos depois, continua a fazer parte da vida dos portugueses e a ser reconhecida pelas suas credenciais de raridade, integrando um grupo muito restrito de águas no mundo (0,5%) com estas características.

de Pedras. Sob o mote “os tempos mudam, mas a água é a de sempre”, a nova campanha pode ser vista, também no universo online. Pedras é uma marca com características únicas que faz parte da vida

máximo de partilha da nossa história, bem como algumas curiosidades marcantes. Queremos mostrar que a água das Pedras é intemporal e que as suas credenciais se mantêm as mesmas, intocadas como a Natureza, desde há 150 anos. Daí ser mundialmente apre-

Ao longo do ano, Pedras vai desenvolver um conjunto de ações que desafiam os consumidores a festejar a “A Natureza de Sempre” da marca e a relembrar porque é uma das águas preferidas dos portugueses. Entre as novidades de Pedras, destaque para a experiência de realidade aumentada presente nas garrafas de 25 cl, que levam a Natureza até à mesa do consumidor. Esta é uma das ações específicas para que o mesmo se junte e possa participar ativamente nesta celebração. Também os packs de Pedras apresentam, temporariamente, uma identidade visual nova, ao incluírem uma ilustração antiga de Pedras, e todas as garrafas da marca passam a incluir um selo comemorativo, cuja aplicação será extensível aos diferentes materiais de comunicação da marca. Por ser um ano especial para Pedras, também a nova campanha de comunicação espelha os seus 150 anos, focando na intemporalidade da marca e nas propriedades naturais únicas

dos portugueses, há 150 anos. São as suas credenciais verdadeiramente ímpares que tornam a marca líder na sua categoria e tão apreciada pelos consumidores. “Este é um momento histórico na vida de Água das Pedras: a celebração de 150 anos de uma água de qualidade excecional. Um momento que poucas marcas podem testemunhar e que nos enche de orgulho! E o início da celebração desta marca, que é um símbolo de Portugal, não podia ser feito da melhor forma. Estamos a lançar uma edição muito exclusiva para os nossos consumidores, como o expoente

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ciada pelas suas propriedades singulares, geração após geração. Por ser uma dádiva da Natureza, quisemos iniciar as celebrações, precisamente, no Dia Mundial da Água e, a partir de agora, irão surgir mais novidades associadas a esta data tão especial. A marca Pedras é reflexo do nosso compromisso com a Natureza e é nossa responsabilidade preservar este bem tão precioso”, declara Vasco Ribeiro, Manager Outras Categorias e Mercados globais do Super Bock Group.


TEXTO CARINA RODRIGUES | FOTOS D.R/SARA MATOS

Convenção Aqui é Fresco

PERCURSO DE CRESCIMENTO “Sempre próximo de Si". Foi este o tema central de mais uma edição da convenção Aqui é Fresco, que voltou a corporizar na esfera digital toda a dinâmica que caracteriza a rede, de um modo particular, e o comércio de proximidade, no geral. Dinamizada pelo apresentador João Baião, a XI Convenção confirmou o caminho pertinente que tem vindo a ser percorrido pela insígnia, ao ver os ambiciosos objetivos, quer a nível qualitativo, quer a nível quantitativo, amplamente superados. Em ano de 10.º aniversário, o Aqui é Fresco também está de parabéns por mais um desafio ultrapassado e pelos muitos projetos que tem em curso, de modo a continuar a consolidar-se como a referência do retalho de proximidade em Portugal. 44


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mpulsionada pela transformação digital, a rede Aqui é Fresco abraçou, pelo segundo ano consecutivo, as novas tecnologias, levando para a esfera digital a sua XI Convenção. O objetivo deste evento, que teve lugar entre os dias 31 de maio e 2 de junho, subordinado ao tema “Sempre próximo de Si”, foi dar corpo à evolução consolidada do conceito de proximidade, peça-chave na estratégia da rede. Numa dinâmica que pretendeu levar até associados, aderentes e fornecedores-parceiros novos negócios, com a oferta de condições de compra especiais e exclusivas, bem como o lançamento de várias novidades, devidamente apoiadas pelos 18 cash & carries incluídos na rede, a XI Convenção do Aqui é Fresco envolveu cerca de dois mil convidados e contou com a presença de cerca de 80 stands virtuais, representados pelas empresas da indústria de grande consumo dos diversos sectores de alimentação, bebidas, higiene pessoal e do lar e que, assim, deram continuidade a este evento que se já se tornou numa referência do comércio de proximidade em Portugal. Com base na experiência adquirida em 2020, a plataforma foi melhorada, permitindo uma melhor interação, novas funcionalidades e o acompanhamento, em tempo real, dos negócios, ou o objetivo não tivesse sido ambiciosamente estabelecido: superar em 10% os resultados da convenção anterior.

A XI CONVENÇÃO DA REDE AQUI É FRESCO ENVOLVEU CERCA DE DOIS MIL CONVIDADOS E CONTOU COM A PRESENÇA DE CERCA DE 80 STANDS VIRTUAIS TRADICIONAL PODE SER MODERNO Com 10 anos de existência, o Aqui é Fresco realiza eventos anuais desde o início da sua atividade, permitindo a todos os envolvidos estar em comunhão, através da realização de momentos de negócio, partilha de ideias e oportunidades de convívio. No segundo ano mais atípico para o retalho, com o sector a ser obrigado, uma vez mais, a antecipar os comportamentos do consumidor e a agir de forma ágil para antever consequências, a rede procurou continuar a demonstrar que o tradicional também pode ser moderno. Facto que foi, precisamente, salientado na mensagem do secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, afirmando que, ao contrário de

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muitos negócios, o retalho alimentar não parou e que “grande parte das empresas teve que tomar medidas muito disruptivas nos seus modelos de negócio”. O representante da tutela destacou, ainda, a importância da resiliência destes empresários para continuarem a abastecer o país durante a pandemia, reconhecendo que é de inteira justiça valorizar o seu papel na forma como, coletivamente, foram ultrapassando as diferentes barreiras e desafios da crise pandémica no contexto nacional. E se é certo que o comércio abrange um conjunto de modalidades, “não se pode falar de recuperação económica sem se falar do sector do retalho”, considera o secretário


AO CONTRÁRIO DE MUITOS NEGÓCIOS, O RETALHO ALIMENTAR NÃO PAROU E “GRANDE PARTE DAS EMPRESAS TEVE QUE TOMAR MEDIDAS MUITO DISRUPTIVAS NOS SEUS MODELOS DE NEGÓCIO” de Estado, não só pelo emprego que gera, como também pelo valor acrescentado que aporta aos produtos que transaciona. “Temos de ter, cada vez mais, uma noção integrada das cadeias de valor. E o comércio é, de facto, o sector que faz a interface entre a produção e o consumidor final. Hoje, com as tendências crescentes de servitização da economia, é muitas vezes neste elo da cadeia de valor que se acrescenta uma porção mais representativa do valor acrescentado.

Eng. João Torres, secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor

E isso é feito com várias atividades de serviços, não apenas serviços abertos ao consumidor, mas também serviços entre empresas, que se afiguram fundamentais para o desenho e a conceção da nossa economia futura. Quando olhamos para o valor acrescentado que o retalho, e em particular o retalho alimentar, pode aportar a uma cadeia de valor, percebemos que nesta dimensão estão, muitas vezes, serviços altamente competitivos, diversificados e sincronizados com os princípios da transição digital e da transição verde e que, num país com as características de Portugal, são absolutamente decisivos para, tão brevemente quanto possível, recuperarmos uma trajetória de crescimento económico sustentada e duradoura, em convergência com a União Euro-

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peia”. Estamos, assim, no entender de João Torres, num momento de oportunidade para que o Aqui é Fresco, os seus associados e, fundamentalmente, projetos similares possam renovar a sua ambição, “tal como tem feito esta empresa, desde a sua criação até ao momento”, terminou. CRESCIMENTO SUSTENTADO Ora, um forte indicador do sucesso destas iniciativas tem sido o aumento gradual do volume de vendas da rede, ao longo dos vários anos, com 2020 a encerrar com resultados financeiros na ordem dos 437 milhões de euros, números que comprovam a resposta positiva aos desafios da situação atípica imposta pela pandemia. A margem de lucro do Aqui é Fresco aumentou 12 pontos percentuais, face a 2019, e a insígnia obteve um saldo positivo no número de lojas aderentes e um crescimento da faturação média por ponto de venda acima da inflação, fatores considerados fundamentais para justificar os resultados obtidos. “2020 foi um ano desafiante, maioritariamente em contexto de pandemia, com todos os nossos aderentes a enfrentarem, de forma rápida e eficaz, todos os desafios impostos. Mais de 60% desenvolveu sistemas de entregas ao domicílio e está, progressivamente, a criar sites e a aceitar encomendas, promovendo, ainda, as suas atividades pelos canais digitais”, descreve Carla Este-


“LANÇADO AINDA DURANTE O VERÃO, O CARTÃO DE FIDELIZAÇÃO VAI SER UMA PEÇA-CHAVE PARA O SUCESSO DOS NOSSOS COMERCIANTES” ves, diretora executiva da rede Aqui é Fresco. O futuro afigura-se, assim, risonho, com a rede a pretender continuar a crescer, não só em número de aderentes, como também no volume de negócios do canal, não obstante persistir, ainda, um conjunto de interrogações sobre a profundidade dos efeitos da pandemia na evolução do poder de compra e na situação económica do país. Numa altura em que existe uma maior aposta nas lojas de proximidade, o Aqui é Fresco acredita que a sua marca faz a diferença. “Durante a pandemia, os consumidores voltaram-se para as lojas de proximidade e constataram que são competitivas, quer em termos de preço, quer em termos de oferta. Por-

A XI CONVENÇÃO SUPEROU OS OBJETIVOS, NUMA PROVA DE QUE A REDE CONTINUA A TRILHAR UM CAMINHO DE COMPETÊNCIA E RELEVÂNCIA

tanto, é importante que a rede consiga enfrentar o desafio digital, de que a XI Convenção é um elemento importante”, considera João Vieira Lopes, diretor geral da UniMark, organização que assinala, em 2021, 25 anos a contribuir para que Portugal tenha um sector grossista forte. FUTURO O primeiro grande desafio do ano já foi, então, amplamente ultrapassado, com a XI Convenção a ver os objetivos superados, numa prova de que a rede continua a trilhar um caminho de competência e relevância. “Mais uma vez, ficou demonstrado que o comércio tradicional é capaz de encarar a modernidade. Temos sido pioneiros neste tipo de eventos e de ações, em termos do comércio de proximidade, contando com a colaboração da indústria, dos cash & carries da UniMark e dos comerciantes que corresponderam acima das nossas expectativas”, afirma João Vieira Lopes, em jeito de balanço. “Para o ano, o êxito será ainda maior e, como sempre, marcaremos a diferença no sector do comércio independente do país”, antevê. A fasquia é, assim, colocada bem elevada, tendo em conta os resultados alcançados na XI Convenção: um volume de negócios de mais de três milhões de euros e, acima de tudo, a sensação de dever cumprido. “Estamos todos de parabéns: retalhistas, grossistas, que motivaram os seus clientes, fornecedores-parceiros, que nos proporcionaram todos estes bons

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negócios, e, uma palavra especial, à equipa do Aqui é Fresco. Só com uma equipa coesa, motivada e empenhada é que é possível continuarmos, continuamente, a superar os objetivos”, congratula-se Carla Esteves. Mantendo a resiliência do negócio e focada, sobretudo, nas necessidades dos consumidores, a insígnia pretende, este ano, reforçar o investimento na transição digital, nomeadamente com a adoção de cartões de fidelização e a criação de uma loja online. “Lançado ainda durante o verão, o cartão de fidelização vai ser uma peça-chave para o sucesso dos nossos comerciantes”. Além de que a mancha verde e laranja continuará a alastrar por esse país fora. A meta é terminar 2021 com 50 novas lojas e já vai bem encaminhada, com perto de metade desses novos pontos de venda a estarem já de portas abertas e a mostrar aos consumidores todas as mais-valias do comércio de proximidade. “Queremos e vamos continuar a trabalhar para servir o melhor possível os nossos clientes, pensando sempre numa estratégia muito bem definida, de modo a fidelizarmos os consumidores às nossas lojas”, promete Carla Esteves.

Utilize o seu smartphone para ver o vídeo da XI Convenção Aqui é Fresco


XI Convenção Aqui é Fresco

MOMENTOS DA NOSSA CONVENÇÃO

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TEXTO CARINA RODRIGUES | FOTOS SHUTTERSTOCK

Análise

59% DOS PORTUGUESES JÁ COMPRA ONLINE, MAS NO PÓSCONFINAMENTO DARÁ PREFERÊNCIA ÀS LOJAS FÍSICAS 50


Os portugueses, desde março de 2020 até à atualidade, já tiveram de enfrentar dois confinamentos. Mesmo nos períodos em que o confinamento obrigatório não vigorava, as deslocações deviam restringir-se ao estritamente necessário. Nesse contexto, a pandemia representou uma oportunidade para o e-commerce, que já é uma realidade para mais de metade dos portugueses.

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s dados são do Observador Cetelem 2021 e dizem que, durante o segundo confinamento, 59% dos portugueses recorreu ao comércio digital, mais cinco pontos percentuais face ao registado em junho de 2020. Durante este segundo confinamento, 11% dos inquiridos revelou que experimentou, pela primeira vez, comprar online, com 5% a afirmar que continuará a fazê-lo e 6% que ainda não sabe. 29% referiu que já comprava, mas que, com o confinamento, fê-lo ainda mais (era 26% em junho de 2020). Na faixa etária entre os 25 e os 34 anos, metade afirma que, neste segundo confinamento, aumentou as suas compras online. A pandemia foi uma verdadeira impulsionadora do e-commerce, uma vez que, em 2018, apenas 32% afirmava comprar online, em 2019, era 38% e, agora, como já referido, são 59% os portugueses que, pelo menos, já experimentaram esta via para realizar as suas compras. LOJAS FÍSICAS Ainda assim, apesar do e-commerce

ter vindo para ficar e ser uma tendência cada vez maior na forma de compra dos portugueses, mais de metade revela que vai continuar a preferir visitar as lojas físicas: 54% dos inquiridos diz dar preferência às lojas físicas, 40% irá utilizar tanto as lojas online como as físicas e apenas 6% dará preferência às online. Dos 18 aos 44 anos, a resposta predominante aponta para a alternância entre as lojas físicas e digitais e, dos 45 aos 64 anos, verifica-se uma preferência pelas lojas físicas. No entanto, dadas as circunstâncias, para se sentirem seguros nas lojas físicas, os portugueses esperam que estas controlem o número de clientes dentro do espaço (54%), alarguem o horário de funcionamento para garantir melhor gestão dos fluxos (44%) e tenham postos de venda higienizados com sistemas de ventilação adequados (40%). 26% quer continuar a ter entregas ao domicílio e 22% gostaria que as lojas permitissem fazer pedidos online com ponto específico para levantamento, o que evidencia a tendência mista entre o online e o físico. PUB

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A unidade fabril Novadelta é a maior torrefação da Península Ibérica

Publireportagem

DELTA CAFÉS: 60 ANOS DESPERTOS PARA O FUTURO Em fevereiro de 1961, nascia, na vila alentejana de Campo Maior, a Delta Cafés. Seis décadas depois, a marca, que já teve como assinatura “A Verdade do Café” e se assume, hoje, como “O Café da Sua Vida”, celebra este aniversário garantindo que são “60 anos despertos para o futuro”. E são muitas as razões para festejar.

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uando Manuel Rui Azinhais Nabeiro criou a Delta Cafés, nada fazia prever o que estava para vir nos anos e décadas que se seguiram. A microempresa de então, com três trabalhadores e capacidade para torrar, diariamente, 30 quilogramas de café, transmutou-se com o tempo num nome de referência da indústria em Portugal, com quase quatro milhares de colaboradores, um grupo empresarial que se estende por diversos sectores de atividade e a crescente expansão para novos mercados internacionais.

UMA HISTÓRIA DE SUCESSO(S)

Não sendo Portugal um país produtor de café, a Delta conseguiu, desde logo, deixar a sua marca, importando a matéria-prima das melhores origens. Hoje em dia, este dom de produzir os mais variados blends, a partir dos melhores cafés Arábicas e Robustas, leva-nos a importar o café verde de cerca de 40 países, com destaque para o Vietname, Brasil e Colômbia. Assumindo-se, desde os primórdios, como uma Marca de Rosto Humano, e fundamentada na máxima “Um Cliente, Um Amigo”, a Delta foi conhecendo, com o avançar do tempo, um crescimento sustentado do negócio.

tificações se lhe seguiram, nomeadamente, nos sectores ambiental e de responsabilidade social.

A tática de atuação é a personalização da relação entre a marca e o cliente, sendo cada situação identificada como única e individualizada da globalidade do negócio. A partir da segunda metade dos anos 70, a estrutura comercial da Delta Cafés consolidou-se de forma decisiva, encarando, de forma serena, as novas exigências do mercado: desenvolvimento de novos produtos e serviços de qualidade global. É nesse contexto que surgiu, em 1984, a separação da atividade comercial, assegurada pela empresa Manuel Rui Azinhais Nabeiro, Lda., da atividade industrial, desenvolvida pela Novadelta, S.A. A unidade fabril Novadelta foi a primeira empresa nacional certificada no sector, em 1994, pelo sistema de normas de qualidade NP 29002. Ao longo dos anos, diversas outras cer-

Seguindo uma estratégia de monomarca, criaram-se diferentes tipologias de negócio. Este percurso culminou, em 1998, na reengenharia do Grupo Nabeiro-Delta Cafés, dando origem à criação de 22 empresas, organizadas por áreas estratégicas para o reforço da atividade. Desde meados da década de 90 que a Delta lidera o sector dos cafés em Portugal, tanto ao nível do canal Horeca, como no segmento de consumo nos lares. Uma tendência de crescimento reforçada, em 2007, com o surgimento da marca Delta Q de café em cápsulas. Hoje, o Grupo Nabeiro-Delta Cafés conta com 37 departamentos comerciais na Península Ibérica e está, ainda, presente em nome próprio em França, Luxemburgo, Suíça, Angola e Brasil. China e Dubai são as apostas mais recentes no percurso de internacionalização da marca. A Inovação é uma das apostas permanentes e distintivas do grupo, estando incluída no seu organigrama a Diverge – Centro de Inovação do Grupo Nabeiro. O reconhecimento dos portugueses em relação à Delta traduz-se na eleição, em 20 anos consecutivos, como Marca de Confiança, oito anos como Escolha do Consumidor e cinco anos como Prémio Cinco Estrelas. A Delta Cafés é ainda uma das marcas mais reputadas do país, como demonstra o estudo do RepTrak Institute. Uma imagem histórica: os primeiros colaboradores da Delta, na década de 1960

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Delta Cafés

DIGITAL AO ALCANCE DE TODOS A parceria e a relação de vários anos com a rede Aqui é Fresco, juntamente com a dedicação e profissionalismo da equipa, não deixaram à Delta Cafés margem para dúvidas quanto ao sucesso da convenção. TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS D.R.

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ão se fazer a convenção anual nunca esteve em cima da mesa. Sob esta premissa, o Aqui é Fresco voltou a reunir fornecedores e comerciantes no mundo online para aquela que foi a 11.ª edição da sua reunião magna, a segunda realizada na esfera digital. Conscientes da dificuldade de passar para o digital o impacto dos encontros anuais da rede, com toda a dimensão do convívio e da socialização entre os participantes inerente a um evento desta magnitude, a Delta Cafés marcou, uma vez mais, presença enquan-

to fornecedor-parceiro premium. Nesta segunda convenção digital, à capacidade de adaptação juntou-se, agora, a experiência, pelo que, na hora de se fazer um balanço sobre a iniciativa, este não poderia ser melhor. “Não se limitou a cumprir, excedeu e muito. Não apenas no nosso caso particular, como fornecedor, mas a convenção, como um todo, foi um sucesso bem superior ao esperado. Diria que a pandemia veio trazer uma nova forma de realizar um evento importante, que marcará para sempre como os próximos serão”, refere porta-voz da em-

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presa portuguesa especialista em café. Melhorias evidentes na plataforma, que é “mais leve e ágil”, trouxeram uma maior fluidez no processo face à primeira edição, com o feedback ouvido no ano passado a permitir melhorar a experiência da convenção para os utilizadores. “A prova da dedicação e profissionalismo da equipa Aqui é Fresco tem várias faces visíveis, uma delas é a capacidade de ouvir os fornecedores, retalhistas e associados de forma a melhorar a plataforma e ir, cada vez mais, ao encontro das necessidades de todos e tornar a experiência a mais fluída e proveitosa possível. Já o faziam quando a convenção era presencial e mantêm essa maneira de operar”, afirma. A entrada no mundo digital é um caminho que será inevitável e, para muitos dos aderentes, este foi o seu primeiro passo. A pandemia veio acelerar a digitalização a vários níveis e a realidade do retalho, em particular do comércio de proximidade, alterou-se para sempre, acredita a Delta Cafés. “O digital é uma certeza que nos tem acompanhado, há uns anos, e não irá desaparecer. Mesmo estando num canal que privilegia muito o contacto físico, temos de saber usar o melhor dos dois mundos para capitalizar a relação e agilizar os processos”.


E se vivêssemos mais devagar?

Na Delta repensamos tudo. Até o tempo. Por isso, lançámos o conceito Slow Coffee. Café para preparar e apreciar com todo o tempo do mundo. Como antigamente. Saiba mais sobre Delta Slow Coffee em delta60anos.com

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Nestlé

A RESILIÊNCIA DA PROXIMIDADE No âmbito da nova edição da convenção digital Aqui é Fresco, a Nestlé dá os parabéns à organização pela sua resiliência em manter tão importante evento em tempo de pandemia. Um contexto que obrigou, pela segunda vez, fornecedores e comerciantes a reunirem-se, apenas de forma digital, fisicamente longe uns dos outros, num momento em que a relação interpessoal é tão importante TEXTO BÁRBARA SOUSA | FOTOS D.R.

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11.ª Convenção Aqui é Fresco trouxe, novamente, para o contexto digital todo o dinamismo que caracteriza esta iniciativa anual. “Para a Nestlé, a presença na convenção digital da rede Aqui é Fresco é de importância estratégica, o que fica também, aliás, demonstrado pela nossa presença assídua, todos os anos, na convenção, primeiro fisicamente e desde o ano passado de forma digital, tal como nos impôs a realidade da crise sanitária”, explica fonte da Nestlé. Afinal, marcar presença nesta convenção é uma oportunidade para dar a conhecer os mais recentes desenvolvimentos do portfólio da

empresa aos retalhistas desta insígnia, “aos que já nos conhecem e, sobretudo, àqueles que, através da convenção, nos ficam a conhecer”. Neste evento, a Nestlé tem dado a conhecer não só os seus produtos, mas também a sua forma de estar no mercado nacional, os princípios que guiam a empresa em tudo o que faz, em linha com o seu propósito de desenvolver o poder da alimentação para melhorar a qualidade de vida de todos, hoje e para as gerações futuras. Um balanço “claramente positivo”, porque “é essencial estar com os nossos clientes, ouvi-los, perceber as suas necessidades, encontrar pontos

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de convergência e a convenção Aqui é Fresco é um ponto alto do ano, gerador de oportunidades para ambas as partes”. O evento cumpriu os objetivos a que se propôs, “mantendo a dinâmica a que já habituou” os fornecedores e comerciantes, quer das edições presenciais, quer da edição digital que se realizou, pela primeira vez, em 2020. A Nestlé realça as melhorias na plataforma, neste segundo ano, ao nível da partilha online do status das compras feitas pelos retalhistas a cada fornecedor, por valor e por produto, mas não só. “Uma das principais melhorias foi o facto de terem colocado as fotos dos nossos colaboradores, o que facilitou a interação com os seus interlocutores”, refere. Detalhes que reforçam os laços interpessoais e abrem o diálogo entre fornecedores e clientes, de forma a melhor se perceber como estas empresas podem ajudar os associados da rede Aqui é Fresco no serviço que prestam ao consumidor final.


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P&G

UM DESAFIO PARA A PROXIMIDADE Após um ano altamente disruptivo, a rede de comércio de proximidade Aqui é Fresco voltou a reunir-se em mais uma edição da sua convenção anual, com a tecnologia a aproximar fornecedores e comerciantes. “É de louvar a capacidade de adaptação que todos têm mostrado”, refere a P&G sobre a iniciativa desenvolvida neste canal e que a empresa encarou como um desafio e um estímulo.

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elo segundo ano consecutivo, a rede Aqui é Fresco abraça o mundo digital e reforça a sua competitividade, contando com a presença da P&G, enquanto fornecedor-parceiro premium. Que faz um balanço positivo da sua participação na convenção digital, já que, para a P&G, "é importante estar perto dos seus parceiros no sentido de entendermos as suas motivações e oportunidades, para que juntos possamos trabalhar em propostas de valor acrescentado para o mercado", refere porta-voz da empresa. "O nosso grande objetivo é continuar a aprofundar a parceria existente com a cadeia Aqui é Fresco, bem como promover a proximidade aos seus aderentes". Na perspetiva deste fornecedor-parceiro, o evento cumpriu os objetivos a que se propôs, com melhorias claras nesta segunda edição. “Estamos certos de que a solução encontrada continua a ser, provavelmente, a melhor alternativa, havendo limitação de reuniões presenciais. Esperamos retomar a proximidade com todos os aderentes Aqui é Fresco, já que isso significaria que ultrapassámos os desafios que o

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presente nos coloca”, acrescenta. “A plataforma é bastante intuitiva e fácil de explorar, contudo, alguns participantes ainda manifestaram dificuldade na sua utilização. Sendo uma plataforma digital, é natural que exista um processo de aprendizagem e, efetivamente, verificámos essa melhoria. É de louvar a capacidade de adaptação que todos têm mostrado”. A P&G louva o esforço e a resiliência deste canal, que continua a demonstrar a sua pertinência no tecido económico nacional, e da rede Aqui é

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Fresco em particular, com a migração da convenção anual para a esfera digital em tempos de incerteza, onde a única certeza era a impossibilidade de reunir mais de 1.500 pessoas no mesmo espaço físico. A digitalização do retalho português teve um desenvolvimento extraordinário, no último ano, e a P&G acredita que, também no canal de proximidade, esse espaço e desenvolvimento terão um impacto positivo. Não só nos processos de trabalho, mas também na relação com o shopper.


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Sogrape Distribuição

A SOLUÇÃO DIGITAL É, HOJE, UMA REALIDADE A segunda convenção digital da rede Aqui é Fresco “não só cumpriu, como superou os objetivos a que se propôs”, considera a Sogrape, com toda a comunicação e interação com grossistas e retalhistas a ocorrer de “uma forma dinâmica, célere e com muita recetividade”.

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Sogrape Distribuição marcou, mais uma vez, presença na convenção organizada pela rede Aqui é Fresco a nível virtual, pois “acredita no modelo digital, como forma eficaz de divulgar as suas marcas e de contactar com centenas de retalhistas, sobretudo, atendendo ao atual contexto de restrições provocadas pela pandemia ainda em vigor”, explica porta-voz da empresa.

Motivo pelo qual faz um balanço bastante positivo da participação na segunda convenção digital da rede, com “um feedback muito bom por parte dos retalhistas”, tendo a Sogrape atingido os objetivos a que se propôs com a participação nesta convenção. “Além disso, a primeira edição digital foi um sucesso, algo que também nos motivou a repetir a nossa presença”, acrescenta. Até porque em causa está a evolução

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do comércio de proximidade e o fomentar de novas e melhores ideias para potenciar este sector. Com a experiência adquirida no ano anterior, conseguiu-se uma plataforma mais intuitiva, com melhorias em termos de interação entre todos os intervenientes. “Os ‘dashboards’ para acompanhamento da evolução dos resultados, durante os dias do evento, foram também bastante intuitivos e de fácil leitura”, refere porta-voz da Sogrape. “A experiência do ano passado permitiu-nos potenciar a rede Aqui é Fresco e a interação com os clientes”. O formato digital já faz parte do presente e vai continuar a desenvolver-se e a consolidar-se no futuro, contribuindo para alavancar marcas e vendas, bem como para manter ativa a relação com os parceiros num formato de 360 graus. “Sentimos que se encontra em fase de crescimento e que, neste caso em concreto, deve ser potenciado na rede Aqui é Fresco com os fornecedores. No entanto, não devemos descurar o aspeto humano do negócio, muito ligado ao dia-a-dia das nossas equipas no terreno, próximas das lojas, e que é a base do sucesso”.


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Super Bock Group

DIGITALIZAÇÃO DA PROXIMIDADE O Super Bock Group não poderia deixar de estar presente no segundo encontro anual da rede Aqui é Fresco realizado em formato digital. Presente nas convenções, enquanto fornecedor-parceiro premium, desde a criação da rede, o grupo avalia positivamente a mudança para o digital. “Não é uma alternativa, mas sim a solução”.

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eplicando o modelo tradicional na esfera digital, pelo segundo ano consecutivo, a convenção anual do Aqui é Fresco mantém-se um importante momento de desenvolvimento de negócio para os fornecedores-parceiros. “É muito importante para o Super Bock Group estar próximo dos associados grossistas e retalhistas, para que, em conjunto, consigamos desenvolver o negócio. Sentimos que a experiência ganha e o esforço de todos teve uma correspondência em resultados que

consideramos muito positivos”, afirma fonte do Super Bock Group. Sem deixar de realçar a curva de aprendizagem de todos os intervenientes na primeira edição, dada a impossibilidade de se realizar este evento de forma presencial, que já a empresa portuguesa de bebidas considera “ter sido um sucesso” e, por isso, “não podíamos deixar de abraçar o desafio novamente colocado pela rede Aqui é Fresco”. Com o objetivo de impactar o maior número de lojas associadas da rede

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Aqui é Fresco conseguido, uma vez que ultrapassaram os números da primeira edição digital, o Super Bock Group reforça a pretensão de repetir a presença em futuras convenções em contexto digital. “Com os constrangimentos existentes, a solução encontrada não é uma alternativa, mas sim a solução”, refere fonte do grupo, que realça a extrema habilidade da rede Aqui é Fresco em se reinventar, usando os recursos tecnológicos como forma de ultrapassar a situação adversa que todos vivemos. “Com esta convenção digital, o Aqui é Fresco passou, mais uma vez, a imagem de modernidade reconhecida pela indústria e globalmente muito apreciada pelos retalhistas”, remata. Volvido um ano após a primeira convenção digital, as diversas melhorias introduzidas na plataforma facilitaram todo o processo, antes e durante o evento. Nomeadamente, as “questões de velocidade de resposta do site em 2020 não foram sentidas durante esta edição”. O que se traduziu num maior envolvimento e adesão por parte dos retalhistas face ao ano anterior. Agora, mais do que nunca, pode-se afirmar que o digital pode, realmente, ajudar a alavancar o negócio do comércio de proximidade. Para o Super Bock Group, a importância da tecnologia é transversal à maior parte dos sectores da atividade económica. “A mesma deve ser considerada um meio para atingir um determinado objetivo e não o objetivo em si. A digitalização pode ajudar a melhorar a experiência em loja dos clientes bem como à interação entre todos os intervenientes, desde o fabricante, passando pelos ‘cashs’ associados até às lojas e aos consumidores finais”. A fonte do grupo conclui, realçando outro ponto importante a ter em conta nesta equação: o desenvolvimento dos canais de venda online, que estão a ganhar relevância nas escolhas dos consumidores.


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Unilever Fima

"A CONVENÇÃO DIGITAL É UM SUCESSO DE REALIZAÇÃO" Se a primeira convenção digital superou as expectativas da Unilever FIMA, a segunda edição colocou ao dispor de todos o melhor dos dois mundos: uma plataforma mais intuitiva e o atendimento personalizado de todas as marcas presentes. Um importante canal a complementar futuras convenções da rede, que este fornecedor premium deseja que sejam presenciais. "Já todos sentem a falta".

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arceira do Aqui é Fresco desde o primeiro dia, a Unilever FIMA voltou, uma vez mais, a estar presente na convenção digital da rede na qualidade de fornecedor premium, premissa que trazia consigo desde as convenções físicas. “Pelo que foi com naturalidade que aceitámos o desafio, quando, no

ano passado, arriscaram o prestígio já reconhecido na realização da convenção em formato digital. Pela capacidade de realização e pelos resultados obtidos na primeira convenção digital, reforçados pela ligação de sempre, a Unilever FIMA não poderia deixar de estar presente na segunda convenção digital Aqui é Fresco. O balanço foi ge-

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nericamente positivo”, introduz fonte da empresa. Iniciativa para a qual a companhia partiu com expectativas elevadas. "Esta solução foi, claramente, a única alternativa possível e muito bem adaptada face às restrições para a realização do evento presencialmente”, acrescenta. E se a primeira edição digital foi um desafio inovador e pioneiro, que superou, claramente, as expectativas da Unilever Fima com a sua cabal demonstração de capacidade de concretização, a plataforma utilizada na edição deste ano "bebeu” da experiência acumulada no ano anterior e ficou ainda mais acessível, navegável e interativa, sendo de salientar a inclusão do "dashboard" que permitiu um acompanhamento, ao minuto, dos negócios realizados e, assim, consolidar, de forma intuitiva, os volumes conseguidos. “Foi pena o não aproveitamento pleno, pelos retalhistas, das possibilidades de interatividade que a plataforma dispôs, o que realça a necessidade da interatividade presencial e atendimento personalizado, características únicas e valor acrescentado do comércio de proximidade. A convenção digital é um sucesso de realização, mas, por estas especificidades deste canal, não consegue substituir toda a dinâmica da convenção presencial, de que já todos sentem a falta”.


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Webinar Vida Económica

CONSUMIDORES ESTÃO MAIS PRÓXIMOS DO PEQUENO COMÉRCIO “O sector do comércio é o maior empregador da economia e representa 200 mil empresas, sem contar com os serviços abertos ao consumidor ou a restauração”, afirmou João Torres, secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, no decorrer do debate realizado em parceria com a rede Aqui é Fresco e a Vida Económica Business School. Uma área importante na criação de emprego, visto que existem muitas PMEs e microempresas envolvidas nesta atividade, o pequeno comércio manteve-se de porta abertas, apoiando os portugueses durante o pior período da pandemia. Um contexto que realçou o papel importante do comércio da proximidade, dentro e fora das cidades. 66


Com a pandemia, revelou-se a preponderância do comércio nas nossas vidas”, afirmou João Torres, secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, que interveio no debate, realizado online, que teve por tema “O comércio na distribuição moderna”. Este webinar, organizado pela Vida Económica, com o apoio da rede Aqui é Fresco, reuniu Ana Paula Barbosa, Retailer Vertical Director da Nielsen Portugal, António Casanova, CEO da Unilever FIMA e da Gallo Worldwide, Luís Brás, secretário geral da ADIPA, e João Vieira Lopes, diretor geral da UniMark e presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP). Na opinião do representante da tutela, são necessárias estratégias para promover a competitividade, a resiliência e a inovação de um sector preponderante e que mais valor acrescentado traz à economia, como o é o comércio de proximidade. Afinal, a pandemia permitiu realçar, ainda melhor, que o comércio tem impor-

"SÃO NECESSÁRIOS MECANISMOS REFORÇADOS DE COOPERAÇÃO ENTRE AS EMPRESAS. ISSO JÁ ACONTECE NO AQUI É FRESCO E TRAZ VANTAGENS PARA OS OPERADORES"

tantes funções aos níveis económico, social e cultural. “Aliás, é mesmo essencial para uma maior coesão social e territorial”, referiu João Torres. “Antes da pandemia, existiam já três vetores, que aceleraram com o impacto da crise. Os consumidores estão, cada vez mais, atentos ao desígnio da sustentabilidade. A digitalização é uma área que vai provocar alterações profundas no mundo do trabalho e no consumo, sendo que, este ano, as vendas eletrónicas vão atingir cerca de 10 mil milhões de euros. A terceira dimensão da evolução prende-se com aquilo que é português”. A pandemia, continuou o governante, revelou a importância das cadeias curtas de distribuição, sobretudo no retalho alimentar. Estas vão desempenhar um papel fundamental nos próximos anos. Por sua vez, acredita que a pandemia levou à reaproximação dos consumidores aos pequenos estabelecimentos de proximidade. Uma tendência no retalho alimentar que já vinha de antes. A digitalização e a sustentabilidade são os dois principais desafios que PUB

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se colocam ao retalho alimentar. “É preciso que todos os operadores beneficiem destes dois fatores. Também é importante ter a noção de escala. São necessários mecanismos reforçados de cooperação entre as empresas. Isso já acontece no Aqui é Fresco e traz vantagens para os operadores. A es-

irá evoluir ao longo dos tempos. Algumas tipologias relacionadas com o digital terão, eventualmente, um maior crescimento, não acabando, todavia, com a presença física”, explicou. O dirigente associativo referiu que, por vezes, se subestima o valor acrescentado bruto do comércio em

levou a um crescimento anémico da economia”. João Vieira Lopes apontou, ainda, o papel das cidades enquanto importantes centros económicos. "As cidades são uma unidade económica fundamental, onde o comércio é uma das componentes do seu funcionamento. Sob este ponto de vista, há que pensar nesse modelo de desenvolvimento económico, no suporte em várias áreas, desde a inovação à base científica”, concluiu.

NOVOS HÁBITOS DE CONSUMO

cala é um dos temas críticos da nossa economia, é preciso afirmar marcas no mercado, valorizando a experiência de consumo”, afirmou o secretário de Estado. João Torres referiu, ainda, que acredita que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) abre oportunidades para fazer investimentos importantes no que toca ao retalho. No que diz respeito ao Governo, em parceria com a sociedade civil, há a vontade de fortalecer a perspetiva da digitalização em proximidade, ao mesmo tempo que defende a necessidade de estimular o diálogo e o contacto com os pequenos operadores.

Portugal. “Hoje em dia, independentemente das opções estratégicas que se assumam em relação à criação do produto, o modo como este chega ao consumidor é uma componente importante da sua cadeia de valor. Em Portugal, esta componente é bastante subestimada. Trata-se de uma matéria que tem a ver com o modelo económico que temos seguido e que

DIVERSIDADE DE FORMATOS

Já João Vieira Lopes, diretor geral da UniMark e presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), começou por referir que a história demonstra-nos que os diversos formatos de comércio evoluem progressivamente. Novos formatos vão aparecendo, todos estes se têm sobreposto e continuam a existir. “O comércio eletrónico, que vai crescer, não vai acabar com tudo o que já existe. Haverá, sim, um ‘mix’ de canais, que

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Ana Paula Barbosa, diretora de serviços de retalho da Nielsen Portugal, chamou a atenção para o facto de se estar a viver um momento atípico, há 14 meses, no retalho. "O consumidor está a fazer muitas transferências do consumo de fora para dentro de casa, colocando novos desafios. Isto beneficiou o retalho alimentar, mas também colocou desafios, que foram sendo superados. Hoje, temos um crescimento muito dinâmico no retalho alimentar, em relação há três anos. Todos os formatos estão a crescer e a proximidade não é exceção, sendo que está a crescer 10%, nos últimos três anos". À medida que vamos saindo da pandemia, convém avaliar quais são os hábitos dos consumidores, porque muitos destes comportamentos se vão alterar, alertou a responsável. Vai ser importante perceber em que medida os consumidores vão adquirir


novos hábitos. Paralelamente, à medida que o sector da restauração vai recuperando, também é expectável que exista uma nova transferência de dentro para fora. "Mas há coisas que não vão voltar ao que eram. O comércio eletrónico cresceu imenso. Há uma taxa de penetração de 20%, ou seja, duplicámos, em 2020, o número de lares que compraram online. Também na oferta, os retalhistas vão aproveitar esta oportunidade para a desenvolver, mas existem ainda muitos desafios ao nível do online, o desafio da entrega, da experiência de compra". A responsável realçou ainda que há muitos compradores online que fazem apenas uma compra e não voltam a comprar. "A fidelização é um aspeto a ter-se em conta”. O teletrabalho, mesmo no pós-pandemia, vai ser uma realidade que vai alterar, consideravelmente, os hábitos e as necessidades dos consumidores, referiu Ana Paula Barbosa. Nomeadamente, a forma como compra e onde compra. Neste âmbito, o comércio de proximidade assume um papel importante. "O comércio de

"O COMÉRCIO DE PROXIMIDADE TEM UMA CARACTERÍSTICA FUNDAMENTAL, NOS PRÓXIMOS ANOS, QUE TEM A VER COM O CONTACTO HUMANO. O CONTACTO HUMANO VAI SER UM LUXO NO FUTURO"

proximidade tem uma característica fundamental, nos próximos anos, que tem a ver com o contacto humano. O contacto humano vai ser um luxo no futuro. Assim, as lojas de proximidade acabam por ser um local de socialização importante". Estes espaços também vão continuar a ter um papel importante em termos de conveniência, que já era uma realidade no pré-pandemia e continuará a ser reforçada. Neste aspeto, é um formato ideal. Assim como na oferta de uma experiência de compra agradável. Ana Paula Barbosa é da opinião que este tipo de comércio soube adaptar-se à nova realidade e que “os consumidores tendem a valorizar quem os ajudou, durante os tempos difíceis da pandemia”.

E-COMMERCE EM ALTA

António Casanova, CEO da Unilever FIMA e da Gallo Worldwide, referiu dois aspetos que foram marcantes, nos dois últimos meses, e que ficarão entre nós nos próximos tempos. "Há um enorme e sustentado crescimento do comércio eletrónico em todas as PUB

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COMÉRCIO MODERNO

frentes. Atingimos uma penetração do e-commerce, este ano, de que só estávamos à espera no final da década". O outro aspeto, não menos importante, teve a ver com o crescimento do comércio de proximidade e das lojas discount. O responsável declarou estes formatos como as grandes formas de comércio vencedoras, neste último ano e meio, por contraponto a lojas de sortido mais alargado, como grandes hipers e supers. António Casanova adiantou que “estes dois fenómenos têm uma consequência próxima na forma como fazemos negócio. Ambos privilegiam dois tipos de oferta: as grandes marcas e as marcas próprias, em detrimento das marcas dos produtos intermédios. Nesse sentido, vamos ter um vingar das marcas mais importantes e das marcas próprias em cada segmento. Esse fenómeno de ampulheta - do esvaziar dos pontos de preço intermédio - vai estar connosco nos próximos anos, como esteve connosco durante a crise de 2008”.

é ainda para um fenómeno de busca de soluções na base da pirâmide de preços. "Portugal será o país da OCDE que mais cairá a nível económico, entre 2019 e 2022, segundo as últimas projeções. As empresas têm a necessidade de contribuir para aquilo que queremos que seja um país que converge com os níveis de riqueza mais elevados do mundo. As grandes empresas devem continuar a investir

O responsável da multinacional sublinhou que vamos ter dois a três anos de algum sufoco económico, o que vai ter repercussões, a todos os níveis, sendo que, só em 2024, vai ser possível recuperar o nível de negócio que tínhamos em 2019. A tendência

na economia, a sustentar a economia que está mais perto e, por isso, continuamos a investir em publicidade e em inovação e desenvolvimento. Considero que as evoluções mundiais dependem mais das empresas do que do Estado", concluiu António Casanova.

"CONSIDERO QUE AS EVOLUÇÕES MUNDIAIS DEPENDEM MAIS DAS EMPRESAS DO QUE DO ESTADO"

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“Uma das realidades que a pandemia nos trouxe foi colocar a nu o mito da fragilidade da distribuição moderna intimamente ligada com a dimensão do espaço comercial. Vivemos de modas e, há alguns anos, a moda era dos grandes formatos de comércio. Todos os formatos são importantes, todos cumprem uma determinada função no comércio alimentar”, disse Luís Brás, secretário geral da Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares (ADIPA). O responsável chamou à atenção para o facto de que este comércio de proximidade, afinal, também é moderno. Uma característica que não é um exclusivo da dimensão. "Não se pense que, quando surge uma pandemia, o desempenho que este comércio de proximidade teve surgiu de forma imediata. Isto veio dar-nos uma perceção que este comércio se foi modernizando, ao longo dos últimos anos", destaca. Um dos principais desafios que este formato de proximidade pode enfrentar passa por manter viva a imagem da importância e das valências que tem. Quem está na frente destes estabelecimentos deve manter viva essa imagem junto do consumidor, declarou o responsável, garantindo que, além de oferecer vantagens, como menor tempo no ato de consumo e a deslocação, este é um formato que está na vanguarda da inovação. Para Luís Brás, o mercado e o consumidor são cada vez mais informados, mais exigentes e menos fidelizados. “Os operadores têm de insistir para continuarem a ser atrativos. Os caminhos podem ser vários, provavelmente, o percurso será gradual e não acontecerá de forma brusca, com o negócio comercial a acompanhar a nova realidade”. A digitalização é uma realidade que já vem de antes da pandemia. A organização do trabalho com meios à distância teve a sua importância e foi fundamental para manter o país a funcionar. Mas é preciso ter algum cuidado, adverte, porque o comércio necessita da dimensão física. “A transição para a digitalização tem de ser organizada, acautelando, devidamente, essas realidades”, defendeu o secretário geral da ADIPA.


A paixão pelo que é português. Valor que nos motiva, diariamente, a fazer mais e melhor e a continuar a preservar as nossas raízes.

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Opinião

NOVAS TENDÊNCIAS, NOVAS RESPOSTAS TEXTO ANTÓNIO CASANOVA | FOTOS D.R.

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Em tempos de crise, o consumidor procura a marca disponível que lhe entrega mais valor. Para manter a competitividade, devemos aprender com aquilo que já sabemos de crises passadas; desde soluções como o ajuste de formatos, a simplificação do portefólio, mas também a garantia de qualidade.

O

confinamento e as restrições sociais tornaram a casa o epicentro da vida das pessoas e isso levou a alterações no comportamento dos consumidores. Em primeiro lugar, no que diz respeito ao retalho, o comércio online e o de proximidade ganharam uma maior relevância. De facto, o e-commerce cresceu na Europa, no último ano, aquilo que se previa crescer durante os próximos nove. Durante a pandemia, aumentou o consumo de categorias como o entretenimento e passou a fazer sentido levar alguns produtos ao consumidor em contexto doméstico. Para as marcas, o grande desafio foi estar preparado para chegar aos consumidores via este canal.

Na ótica do consumidor, passada a barreira da experimentação, gera-se tração. Por isso, espera-se que os formatos e-commerce e home delivery continuem em crescimento no pós-pandemia. Quanto ao comércio de proximidade, acredito que esta seja uma oportunidade para reter os novos consumidores, através da atualização e modernização do canal. Para

que o crescimento registado perdure, esta é a altura de apostar na digitalização, no home delivery, no e-commerce e no sortido, nomeadamente, através da presença de grandes marcas com elevada rotação. Em segundo lugar, a pandemia teve como efeito a diminuição das ocasiões de compra. Para além disto, os lares concentraram o seu gasto em bens para consumo em casa. A título de exemplo, produtos de limpeza de casa e de confeção culinária ganharam uma maior relevância. Estes são já dados adquiridos, consequentes da pandemia. Porém, devemos estar preparados para novas tendências nos hábitos de consumo, resultado das consequências económicas deste período. Acredito que vamos observar um consumo mais planeado e os consumidores a focarem-se no essencial e mais barato, fazendo escolhas em função do preço e das promoções. Na verdade, esta é uma realidade que já se começa a notar e para a qual o comércio de proximidade deve dar resposta - quer por via da disponibilização das grandes marcas, nas quais os consumidores confiam, como pela

Biografia António Casanova é o CEO das joint-ventures Unilever FIMA e Gallo Worldwide. É presidente do Conselho de Supervisão da Associação dos Antigos Alunos da Nova SBE e “Governor” do Colégio St. Julian's. Pertence ao Conselho Geral de Supervisão do Observador, ao Conselho da Fundação Alfredo de Sousa (Nova SBE) e é presidente da Fundação Make-a-Wish Portugal. Licenciado pela London School of Economics, tem o MBA da Nova SBE e o Programa Avançado de Gestão da Harvard Business School. Foi presidente da Unilever Espanha, cargo que acumulou com as funções em Portugal, entre 2016 e 2019. Foi também presidente da APAN – Associação Portuguesa de Anunciantes, entre 2014 e 2020, e da CAEM – Comissão de Análise de Estudos de Meios, entre 2013 e 2015. Do seu percurso profissional destacam-se, ainda, as funções de CEO na Optimus, entre 2000 e 2005, bem como de administrador da SonaeCom e da SonaeSierra, de consultor na McKinsey e de administrador não executivo do Público e do Eurocash (Polónia).

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“VAMOS OBSERVAR UM CONSUMO MAIS PLANEADO E OS CONSUMIDORES A FOCAREM-SE NO ESSENCIAL E MAIS BARATO, FAZENDO ESCOLHAS EM FUNÇÃO DO PREÇO E DAS PROMOÇÕES” oferta de uma maior agressividade promocional. Em tempos de crise, o consumidor procura a marca disponível que lhe entrega mais valor. Para manter a competitividade, devemos aprender com aquilo que já sabemos de crises passadas, desde soluções como o ajuste de formatos, a simplificação do portefólio, mas também a garantia de qualidade. Contudo, não se devem descartar a inovação em categorias relevantes e os investimentos no propósito e sustentabilidade. Numa altura em que os consumidores terão menor disponibilidade para fazer escolhas sustentáveis, cabe às empresas, e especialmente às grandes empresas, não deixar cair este tema. As empresas têm a enorme capacidade de inovar. Com isso, advém a responsabilidade de ter um impacto positivo no planeta e na sociedade.


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Entrevista

"EM APENAS 5 MESES, AS 52 LOJAS ASSOCIADAS AQUI É FRESCO JÁ CONSEGUIRAM SALVAR CERCA DE 1.600 MAGIC BOXES" A Too Good To Go chegou a Portugal decidida a mudar comportamentos e a conseguir resultados reais na redução do impacto ambiental, consequente do desperdício alimentar. Para tal, conta com o contributo do Aqui é Fresco e dos seus associados, que já ajudaram a evitar quatro toneladas de emissões de CO2, como nos conta Madalena Rugeroni, Country Manager da Too Goo To Go Portugal e Espanha. TEXTO BRUNO FARIAS | FOTOS D.R./SHUTTERSTOCK

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no mercado nacional, em outubro de Aqui é Fresco - Como surgiu a ideia 2019. A adesão tem sido muito positide criar uma aplicação para salvar va e crescente, já contamos com uma bens alimentares e como é que esta comunidade de quase 800 mil utilizachegou a Portugal? Foi difícil explidores e cerca de três mil parceiros, de car o conceito aos portugueses? norte a sul do país e nas ilhas (Madeira Madalena Rugeroni - A Too Good To e Açores). Go é uma empresa de impacto social que foi criada, em 2016, na DinamarAEF - Desde que chegou a Portugal, ca, por um grupo de empreendedores, quantas refeições já a Too Good To quando, numa ida a um restaurante Go permitiu salvar? buffet, se aperceberam da quantidaMR - Em Portugal, a nossa aplicação, de de comida em ótimo estado que que chegou ao mercado no final de era deitada fora. A comida era, simoutubro de 2019, juntamente com a plesmente, demasiado boa para ser ajuda da nossa comunidade de quase desperdiçada, por isso, ficou imedia800 mil utilizadores e perto de três mil tamente claro para todos que tinham que fazer algo. Foi, assim, que uniram parceiros, já permitiu salvar 700 mil reforças para criar uma solução simples feições. O que equivale a cerca de 1.700 que permitisse a todos tomar uma toneladas de CO2 que foram evitadas ação para reduzir o desperdício, adquina atmosfera. rir comida deliciosa e apoiar as empresas locais – desta forma, ambos contriAEF - Porquê a aposta no conceito buem para um ambiente melhor. de Magic Boxes? O elemento surpresa funciona positivamente? Atualmente, em 2021, a Too Good To MR - As Magic Boxes são inevitáveis, Go é uma empresa com selo B Corp, pois é difícil prever com exatidão que presente em 15 países, na Europa e Escomida é que vai sobrar em cada estatados Unidos da América. Em Portugal, belecimento - seria mais fácil prevenir estamos em plena fase de expansão, o desperdício se assim o fosse. Por oua entrada210x149.pdf da Too Good Go AF_SPdesde Aqui_e_fresco_TR 1 To 09/04/2021 10:26

A APP DA TOO GOOD TO GO, QUE CONTA COM 800 MIL UTILIZADORES E 3.000 PARCEIROS, JÁ PERMITIU SALVAR 700 MIL REFEIÇÕES tro lado, se a venda fosse com base na escolha do que está no menu, o estabelecimento seria motivado, eventualmente, a produzir mais comida e, nesse caso, não estaríamos a combater o desperdício alimentar. A Magic Box é, portanto, uma “caixa surpresa”, criada pelo próprio estabePUB

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na luta contra o desperdício alimentar, providenciando uma solução simples e acessível.

lecimento com a comida que não foi vendida no final de cada turno ou horário de expediente. Ainda assim, os utilizadores podem ter uma noção do que podem receber na Magic Box face ao tipo de estabelecimento que escolhem: pastelaria, churrasqueira, vegan, vegetariano, italiano, supermercados, etc. O utilizador escolhe, portanto, com base no tipo de produtos/refeições habitualmente vendidos em determinado estabelecimento e não propriamente numa refeição/produto específico. Mais do que estar a comprar comida de qualidade, que seria desperdiçada, a preços mais acessíveis, a Too Good To Go oferece uma solução e uma experiência ao utilizador: cria um sentimento de antecipação e surpresa associado ao de “dever cumprido”, por ter salvo alimentos do desperdício. O fator surpresa tem-se revelado um dos elementos de diferenciação mais interessantes para os utilizadores da Too Good To Go. O elemento surpresa cria uma motivação extra no utilizador, pois provoca curiosidade e entusiasmo, enquanto este cumpre o seu papel enquanto consumidor consciente das suas opções e do impacto das mesmas. Esta é a prova mais relevante do nosso impacto, do papel e contributo da nossa aplicação como um agente ativo

AEF - Qualquer tipo de estabelecimento pode ser parceiro da Too Good To Go, independentemente da sua dimensão? MR - Qualquer estabelecimento que tenha interesse em contribuir para a missão de um mundo com desperdício alimentar zero pode ser parceiro da Too Good To Go. O pedido de adesão pode ser feito diretamente no nosso site, em https://toogoodtogo.pt/pt/business, sendo que todos os pedidos são, depois, avaliados pela nossa equipa. Como tal, desde que os estabelecimentos estejam regularizados e cumpram as normas de segurança alimentar, podem ser parceiros da Too Good To Go. Tanto pequenas lojas, produtores, distribuidores, hotéis, hipermercados, mercearias, pastelarias, restaurantes, todos podem comprometer-se e envolver-se ativamente no combate ao desperdício alimentar através da nossa app.

"TANTO PEQUENAS LOJAS, PRODUTORES, DISTRIBUIDORES, HOTÉIS, HIPERMERCADOS, MERCEARIAS, PASTELARIAS, RESTAURANTES, TODOS PODEM COMPROMETERSE E ENVOLVERSE ATIVAMENTE NO COMBATE AO DESPERDÍCIO ALIMENTAR"

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AEF - Para além da vantagem óbvia do combate ao desperdício alimentar, que outras mais-valias retiram os estabelecimentos comerciais, as marcas e os consumidores em se associarem à Too Good To Go? MR - A nossa app apresenta-se como uma solução real, simples e acessível. Uma oportunidade de ter um papel ativo e de impacto positivo num problema com consequências ambientais, sociais e económicas profundas. AEF - Como está a situação do desperdício alimentar em Portugal? Como se pode explicar essa situação, tendo em conta a relação próxima dos portugueses com a comida? MR - Ainda aguardamos os últimos dados sobre o desperdício alimentar em Portugal. Mas os últimos dados oficiais dizem-nos que, em Portugal, um milhão de toneladas de alimentos é deitado para o lixo, por ano. Em 2018, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) revelou que o desperdício de alimentos nos Estados Unidos, Europa, China, Japão


e Austrália ocorre, principalmente, durante a distribuição e no frigorífico dos consumidores. Portugal não se distancia muito deste cenário e do panorama típico dos países desenvolvidos. AEF - As mudanças no consumo potenciadas pela pandemia, como o privilégio da produção local e do comércio de proximidade, representam um ponto de inflexão em direção a um modelo comercial mais justo e a compras mais responsáveis? Os negócios com propósito têm cada vez mais relevância, até para os consumidores? MR - O consumidor está, cada vez mais, atento e consciente da importância da origem e da história do produto que está a adquirir. Esta parece-nos uma mudança muito positiva que também se alastra a outras avaliações e escolhas que o consumidor projeta nas marcas e nas empresas com que se relaciona. Aqui, os negócios com propósito já levam um avanço considerável em termos de transparência de negócio e motivações.

"MAIS DO QUE ESTARMOS EM TODAS AS CAPITAIS DE DISTRITO, É IMPORTANTE ESTARMOS DISPONÍVEIS DE FORMA TRANSVERSAL EM TODO O TERRITÓRIO NACIONAL"

AEF - A Too Good To Go estabeleceu como objetivo, em termos de expansão, estar presente em todas as capitais de distrito portuguesas até junho? É uma meta alcançável? MR - Mais do que estarmos em todas as capitais de distrito, é importante estarmos disponíveis de forma transversal em todo o território nacional (continental e ilhas). Esta é uma meta para a qual estamos a trabalhar, é um dos nossos focos estratégicos. AEF - A par da expansão, é também objetivo da Too Good To Go desenvolver campanhas de sensibilização para o combate ao desperdício alimentar. Sentem que o consumidor responde positivamente a este tipo de campanhas e integra as suas mensagens nas suas ações quotidianas? MR - Sim, sem dúvida alguma. Mas também sabemos que educação e sensibilização são processos morosos que requerem persistência e consistência e, por isso, tentamos que as nossas campanhas sejam frequentes, claras e abrangentes. PUB

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53% DOS CONSUMIDORES NÃO SABE O SIGNIFICADO DE "CONSUMIR DE PREFERÊNCIA ANTES DE” E "ANTES DO FIM DE". PARA 49% DOS CONSUMIDORES DA UNIÃO EUROPEIA, INFORMAÇÃO MAIS CLARA SOBRE PRAZOS DE VALIDADE AJUDARIA A EVITAR O DESPERDÍCIO

AEF - Uma das mais recentes iniciativas desenvolvidas pela Too Good To Go é o projeto Observar, Cheirar, Provar. Os portugueses ainda têm dificuldades em interpretar os prazos de validade? MR - Não são os portugueses que têm dificuldade, mas, sim, todos os países desenvolvidos em geral. 53% dos consumidores não sabe o significado do rótulo “consumir de preferência antes de” e "antes do fim de". 49% dos consumidores da União Europeia acredita que uma informação mais clara sobre prazos de validade os ajudaria a evitar o desperdício alimentar. 10% do desperdício alimentar anual na União Europeia - 8,8 milhões de toneladas - está relacionado com prazos de validade. 20% do desperdício alimentar das famílias é causado pela falta de conhecimento sobre prazos de validade. E foi com base nestes factos que nos pareceu crucial criarmos algum tipo de solução e, daí, nasceu o nosso projeto global Observar, Cheirar, Provar. AEF - Que outras iniciativas podemos esperar da parte da Too Good To Go nesta missão de sensibilização? MR - O nosso último projeto foi lançado em celebração do Dia Mundial do Ambiente, 5 de junho. Neste projeto, a Too Good To Go desafiou 14 artistas europeus emergentes a participarem no

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projeto global “Arte Contra o Desperdício Alimentar”. O resultado é uma série de prints, de edição limitada, para inspirar uma vida mais sustentável. O artista português com quem colaborámos foi o multidisciplinar AKACORLEONE que também se juntou à iniciativa e criou o print "No Waste. Just Pleasure". Todos os prints são impressos em papel feito de excedente alimentar e estão à venda num site que criámos para o efeito, sendo que 100% do lucro da venda da coleção reverte para o Programa Mundial de Alimentos da ONU. AEF - Que balanço pode fazer da parceria com o Aqui é Fresco e qual o papel do comércio de proximidade no combate ao desperdício alimentar? MR - O Aqui é Fresco está focado em criar ferramentas e métodos de trabalho que garantam o crescimento e rentabilidade necessários ao comércio de proximidade, de forma sustentável e com foco no crescimento da economia local. Desta forma, lançou uma parceria com a Too Good To Go. A empresa explica o funcionamento da Too Good To Go, explica os benefícios na adesão e convida os seus parceiros a unirem-se à missão. Em apenas cinco meses, as 52 lojas associadas Aqui é Fresco já conseguiram salvar cerca de 1.600 Magic Boxes, o equivalente a evitar quatro toneladas de emissões de CO2.


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A Fechar

FIDELIZADOS SOMOS MAIS FORTES A cereja no topo do bolo, nesta nossa edição de junho de 2021, é o anúncio do lançamento, já este verão, do aguardado Cartão de Fidelização Aqui é Fresco. Não se trata de “mais um cartão”, é muito mais do que isso. Trata-se de um instrumento que irá oferecer elevados benefícios aos consumidores mais assíduos.

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aguardado Cartão de Fidelização Aqui é Fresco tem como objetivo reforçar a relação de proximidade e de confiança com o cliente. Propósito fundamentado através da integração de diversos sistemas, onde tudo foi pensado de forma a facilitar o trabalho de todos os intervenientes, em particular, a ligação entre retalhistas e associados, com a integração automática de todas as encomendas via sistema POS. Colocar em prática esta ligação retalhista/associado, através do Portal de Encomendas UniMark, aporta inúme-

ros benefícios, casos do acesso total ao cardex disponível para encomenda em cada associado; acesso aos respetivos preços de venda, atualizados à data com as condições das lojas associadas; encomenda a qualquer hora do dia e em qualquer lugar; possibilidade de efetuar a encomenda num browser ou através da softwarehouse da loja; possibilidade de importação das encomendas através de ficheiros externos; receção da encomenda integrada automaticamente no sistema POS ou integração automática dos respetivos documentos contabilísticos.

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CAMPANHAS Conscientes das necessidades de quem nos prefere diariamente, foram criados vários tipos de campanhas de fidelização, nomeadamente, a acumulação de valor em cartão, o desconto direto e o cross-selling. Queremos que os nossos clientes se sintam, ainda mais, especiais, razão pela qual os benefícios obtidos são vários. A unificação, acessibilidade e transparência, patente em tudo o que fazemos, e a maior capacidade negocial da rede com todos os nossos fornecedores-parceiros são apenas algumas das razões pelas quais acreditamos na rápida implementação e sucesso desta ferramenta de trabalho para os nossos lojistas. Os pontos e/ou descontos ser utilizados em qualquer loja Aqui é Fresco, desde que aderentes ao Cartão de Fidelização Aqui é Fresco. Iremos, ainda, iniciar a promoção do Cartão de Fidelização através do envio de toda a informação disponível aos associados aderentes, assim como de cartazes e destacadores nos pontos de venda. Também a divulgação no site Aqui é Fresco (www.aquiefresco.pt) e nas nossas redes sociais será uma constante.


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