Aqui é Fresco #8

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a revista da maior rede de supermercados de proximidade de Portugal Diretor: JoĂŁo Vieira Lopes Periodicidade: Semestral



REVISTA AQUI É FRESCO DEZEMBRO 2018

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editorial João Vieira Lopes diretor geral da UniMark

2019, um ano importante Foi aprovado na Assembleia da República o Orçamento de Estado para 2019. Infelizmente, trata-se de um documento que não tem qualquer foco nas necessidades das empresas, que são o elemento base da economia, que criam riqueza e emprego. Através da atividade das associações empresariais, nomeadamente da Associação dos Distribuidores de Produtos Alimentares (ADIPA) e em especial da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), conseguiram-se evitar algumas medidas negativas, como o aumento dos impostos sobre as viaturas das empresas, mas questões importantes como os custos da energia e dos combustíveis não foram tomadas em conta e, em certos casos, foram mesmo agravados. Um ponto positivo foi que terminará o tristemente famoso Pagamento Especial por Conta, conforme estava previsto no Acordo de Concertação Social de há dois anos. Devemos ficar de braços cruzados? Claro que não. Os comerciantes já estão habituados e sabem que somos nós próprios que temos que “fazer pela vida”. A concorrência no mercado alimentar acentua-se. Cada vez abrem mais lojas de grandes cadeias, também os operadores de maior dimensão estão cada vez mais agressivos e procuram convencer a integrar as suas redes de franchising o maior número de pontos de venda possível. No próximo ano abrirão ainda, no Norte, as primeiras lojas de uma forte cadeia de supermercados proveniente de Espanha, o que terá efeito no mercado dessas zonas. Qual a nossa resposta e o nosso caminho? Surge aqui como

um elemento importante a nossa rede Aqui é Fresco, criada e dinamizada pelos cash&carry da UniMark e que colabora ativamente no universo da Euromadiport. A rede Aqui é Fresco, que vai entrar no oitavo ano de atividade e que realizou com o êxito conhecido, em 2018, a sua IX Convenção, tem em 2019 de dar passos importante para melhorar a competitividade das suas ações comerciais e ser reconhecida em termos nacionais. Para isso, temos de avançar em três direções importantes: Melhorar a imagem e a identificação exterior e interior das lojas; aumentar o número de aderentes do que chamamos Nível II, com a insígnia, e mais integrados; as duas linhas de atuação anteriores são condição essencial para iniciar uma dinâmica de comunicação, não só como até hoje nos folhetos, mas também na Comunicação Social. Temos de ser cada vez mais reconhecidos pelos consumidores, que, em qualquer zona do país, têm de identificar a imagem do Aqui é Fresco como a sua loja alimentar de confiança. Será a chave do nosso desenvolvimento e crescimento, assim como a nossa afirmação no mercado, demonstrando que os comerciantes independentes são não só uma realidade atual mas também com futuro. Um bom ano de 2019.


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índice 06 03

Editorial

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Imagem como factor diferenciador

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Portugueses têm pouco conhecimento sobre preços

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Gestão por categorias: definição e rentabilidade

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Aumenta a rejeição de embalagens de plástico

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Importância da iluminação em loja

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Artigo Margão

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Soluções padaria e pastelaria para o retalho

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Entrevista Centromarca - Nuno Fernandes Thomaz

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Reportagem - Frutaria Paulinha

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Artigo Renova

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Reportagem - UniLoja

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Centennials: a próxima geração de consumidores

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Reportagem - Zona Norte Supermercados

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Artigo Nestlé

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Soluções refrigeração para o retalho

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Artigo Scotch-Brite

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3 tendências globais para 2019

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Artigo Dan Cake

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8.º aniversário Aqui é Fresco

REVISTA AQUI É FRESCO DEPÓSITO LEGAL N.º: 396902/15

ficha técnica

N.º DE INSCRIÇÃO NA ERC : 126837 PERIODICIDADE: Semestral PROPRIEDADE: Aqui é Fresco - Sociedade de Desenvolvimento Retalhista, S.A.

NIPC: 514 282 770 Estatuto Editorial disponível em: http://aquiefresco.com/novidades/ revista/estatuto-editorial

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66 DIRETOR João Vieira Lopes

DIRETOR ADJUNTO António Moreira

SUBDIRETOR

SEDE DE REDAÇÃO Av. D. João II, N.º 35 – 9.º C Edifício Infante – Parque das Nações 1990-083 Lisboa

Telefone: 219 533 860

Carla Esteves

Website: www.aquiefresco.com E-mail: geral@unimark.pt

EDITOR Bruno Farias

TIRAGEM: 5 mil exemplares

Av. D. João II, N.º 35 – 9.º C Edifício Infante – Parque das Nações 1990-083 Lisboa

IMPRESSÃO: Lisgráfica - Impressão e Artes Gráficas, Rua Consiglieri Pedroso, N.º90, Casal de Sta. Leopoldina 2730-053 Barcarena


O NOSSO MAIOR PRÉMIO É BEBER CAFÉ CONSIGO TODOS OS DIAS.

Mais do que um café, Delta é partilha. É acordar com um bom dia e desejá-lo aos outros. É o pretexto para mais uma conversa sem horas contadas. A desculpa para estar com os amigos vezes sem conta. Em 2018 continuamos a ser o café da vida dos portugueses. E os portugueses continuam a ser quem diariamente nos enche de vida. Esta é a partilha diária que queremos continuar a saborear consigo. Sempre.

DELTA, O CAFÉ DA SUA VIDA.

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Imagem como fator diferenciador e de atração às lojas

TEXTO BRUNO FARIAS FOTOS SARA MATOS

A imagem das lojas Aqui é Fresco é um fator diferenciador, quer dos espaços quer da própria rede, que, ao longo de sete anos, tem vindo a colorir Portugal com a sua imagem apelativa e moderna, ajustada aos tempos atuais, onde o comércio de proximidade voltou a ser o canal de comercialização mais dinâmico em Portugal.


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pesar da existência de um Manual de Normas Gráficas, onde existe uma oferta bastante alargada de suportes de visibilidade, que ajuda os aderentes a decorar o seu estabelecimento comercial de forma alegre e convidativa, não existem regras rígidas e demasiado exigentes que “acorrentem” os nossos aderentes. Existe, portanto, alguma liberdade para ajustar a imagem da rede àquilo que é a realidade e as necessidades das lojas dos aderentes, sendo que a imagem é sempre um fator diferenciador da rede Aqui é Fresco. Razão pela qual a rede tem vindo a insistir nesse mesmo ponto, com evidentes ganhos para o lojista e para toda a rede. Com a correta implementação da imagem da rede o ponto de venda sai a ganhar, não só em termos de imagem no espaço exterior, como também interior, já que, em termos de organização do espaço de venda, a correta implementação da imagem definida pela rede constitui um evidente fator de organização de loja e, consequentemente, de atração de clientes. Entre os vários exemplos que se poderiam avançar, destacam-se os corredores devidamente identificados, que ajudam na circulação na área de venda, assim como a localização fácil dos produtos, o que é, sem dúvida, uma mais-valia, ao potenciar a venda em livre serviço, podendo os recursos humanos ser alocados a outras tarefas de valor acrescentado para a loja e para o cliente. A rede Aqui é Fresco e os seus associados, têm ao seu dispor, além de todo o apoio efetivo para a implementação da imagem e respetiva sinalética nas lojas de Nível II, um incentivo financeiro para todos os aderentes que pretendam colocar imagem da rede nos seus estabelecimentos comerciais. Foi, inclusive, criada recentemente a possibilidade de adquirirem o Kit Aqui é Fresco, composto por alguns elementos tão distintos e complementares como são a bandeira, reclame, decoração de montras e placas de teto. No entanto, tenha em mente que as lojas têm de obedecer a determinadas características para que lhes seja permitida a colocação da imagem Aqui é Fresco. Contacte-nos para saber quais são. No Manual de Normas Gráficas, existe uma oferta bastante alargada de materiais de visibilidade, que auxilia os aderentes a decorar o seu espaço, de forma alegre e convidativa. A nível da decoração exterior, a rede Aqui é Fresco disponibiliza luminoso de parede (vários modelos), luminoso de bandeira, placa de identificação, bandeirolas, bandeiras, vinis de portas (várias possibilidades); vinis de montras (vários modelos/fotos), toldos, interior, sancas de identificação das várias áreas, sinaléticas de corredor, topos de linear, assim como várias outras opções (Aqui é BemVindo, Obrigado, etc.). Existe também uma oferta alargada no que diz respeito ao fardamento, que vai desde o avental, polos, coletes, toucas, sacos e todo o material de apoio à loja. Saiba ainda que também foi negociado, e eleito pela rede, um fornecedor parceiro, para colocação de imagem e materiais de suporte aos melhores preços e com a melhor qualidade. Estamos aqui para ajudar e prestar todo o auxílio necessário para a gestão do seu negócio: aguardamos o seu contacto!

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TEXTO BÁRBARA SOUSA FOTOS SHUTTERSTOCK

Consumidor quer poupar tempo e esforço As mudanças sociológicas que temos vindo a assistir nos últimos anos trazem-nos um consumidor que pede mais tempo e menos esforço nas suas compras. A rápida urbanização das populações, o aumento da densidade populacional, a redução dos agregados familiares, a sobrelotação dos transportes, entre outros, são indicadores de que o shopper vive num ambiente hiperativo e hiperconectado. O desafio de manter o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal é uma realidade, sendo esta uma das principais preocupações dos consumidores portugueses.

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egundo o estudo ShopperTrends da Nielsen, 54% dos consumidores portugueses afirmam que “vale a pena pagar mais por qualquer coisa que lhes faça poupar tempo”. Os consumidores procuram conveniência na simplicidade

e nas soluções que lhes permitam poupar tempo ou que melhor se adequem às suas necessidades. No que se refere aos bens de grande consumo, a conveniência deve estar nos formatos das lojas, nos


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produtos, nas embalagens, nos serviços ou no recurso às novas tecnologias. No entanto, Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director da consultora, refere que “temos que ter em conta que existem diferentes segmentos da população e todos com necessidades muito distintas. A conveniência é procurada por todos estes segmentos, mas de formas diferentes. É necessário adaptar os produtos e serviços às necessidades de cada geração, que são muito específicas”. A localização é um fator de influência na escolha da loja para 62% dos consumidores portugueses, verificando-se um maior dinamismo dos pequenos formatos. As entradas e saídas rápidas (47%), a curta dimensão das filas (47%) e uma organização de loja que torne a compra fácil (63%) são realmente valorizadas pelo shopper, que procura maior simplicidade e rapidez nas suas compras. No que diz respeito aos produtos, o consumidor sabe que ao “comprar” conveniência está a “comprar” qualidade de vida. Nos últimos dois anos, verificouse o crescimento em quantidade de categorias que, de uma forma ou de outra, facilitam a vida ao consumidor. É o caso das refeições prontas (+52%), das massas refrigeradas (+41%) e dos legumes refrigerados (+22%), entre outros.

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Num país em que 53% dos consumidores com acesso à Internet querem estar sempre conectados e 65% procura informação sobre os produtos durante a compra, é de salientar a importância das novas tecnologias, que têm claramente um papel fundamental para uma experiência de compra mais conveniente. Apesar de ainda não utilizarem estas opções significativamente, os portugueses com acesso à Internet mostram-se, comparativamente com a média dos europeus, realmente disponíveis para encomendas online com entrega em casa (38%), utilização de supermercados virtuais (39%) e utilização de scanners de mão para evitar filas no pagamento (39%), demonstrando que pretendem, de facto, introduzir mais conveniência nas suas compras através da tecnologia. Para Ana Paula Barbosa, “a conveniência está na ordem do dia e está a ser o motor das transformações que ocorrem no retalho um pouco por toda a parte. O grande objetivo deve ser rentabilizar o tempo do shopper, facilitando a sua vida e as suas compras e dando-lhe tempo para fazer aquilo que lhe dá prazer. Nas lojas físicas, a conveniência vai significar uma intensificação da introdução dos serviços dentro das lojas (como bancos, correios, espaços para crianças). Também a oferta de soluções de refeição é essencial nesta luta pela conveniência, assistindo-se a uma aproximação cada vez maior do conceito de supermercado ao conceito de restaurante. No online, a guerra vai centrar-se muito na simplicidade da entrega, que é um fator-chave para um consumidor que está realmente disponível para começar a comprar online”. PUB


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Portugueses têm pouco conhecimento sobre preços TEXTO CARINA RODRIGUES FOTOS SHUTTERSTOCK

Quase metade (46%) das vendas de bens de grande consumo em Portugal são feitas em promoção, sendo o investimento promocional do país muito superior ao registado no resto do mundo. De acordo com o estudo ShopperTrends da Nielsen, 42% dos consumidores portugueses admitem que, apesar de não mudarem de loja em função das promoções existentes, procuram adquirir produtos em promoção sempre que visitam uma loja. De facto, apenas 3% dos consumidores assumem que as promoções raramente influenciam a sua escolha de marcas.


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stes números não significam que os portugueses são mais viciados em promoções do que os restantes povos europeus. “O shopper português não é nem mais nem menos adepto de promoções do que o dos outros países. Pelo contrário, limita-se apenas a tirar proveito de um contexto de oferta promocional que é cada vez mais intensiva no seu país”, explica Mafalda Silva Ferreira, Client Development Senior da Nielsen. De acordo com o estudo ShopperTrends, os consumidores portugueses são, de todos os países europeus analisados, os que menos têm conhecimento dos preços dos produtos (48% face a 72% em Espanha). “Num contexto de atividade promocional tão forte, os portugueses acabaram por perder a noção do preço regular, reagindo especialmente ao preço riscado. Mesmo não sabendo o preço regular de cada produto, procuram as promoções e reparam nas alterações de preço”, diz Mafalda Silva Ferreira. “Mais do que fazer promoções, o mercado deve focar-se numa boa estratégia de preço. A definição do preço deve estar alinhada não só com a estratégia comercial de cada marca e retalhista, como também com a própria zona geográfica, com o produto ou serviço oferecido, com o valor acrescentado que este lhe pode trazer e com a oferta concorrencial. As promoções devem continuar a existir, mas de uma forma estratégica e que vise o incentivo à experimentação ou à compra de produtos premium, que tragam valor à categoria. É importante desviar o foco das guerras de preço e das promoções indiscriminadas, na medida

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Os consumidores portugueses são, de todos os países europeus analisados, os que menos têm conhecimento dos preços dos produtos (48% face a 72% em Espanha) em que os consumidores estão até dispostos a pagar mais por produtos que lhes tragam benefícios, tais como a qualidade ou o facto de serem considerados saudáveis, inovadores ou convenientes”, acrescenta. Perante um consumidor cada vez mais informado e exigente, é também cada vez mais importante uma política de transparência em relação ao preço. Com o desenvolvimento do canal digital, o shopper dispõe hoje de várias ferramentas que lhe permitem comparar preços em tempo real. Segundo o estudo ShopperTrends da Nielsen, para 54% dos portugueses, a principal razão de visita aos sites de hipers e supermercados é a procura de ofertas especiais e promoções. PUB

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Gestão de Categorias: definição e rentabilidade TEXTO BRUNO FARIAS

FOTOS SHUTTERSTOCK.

O termo gestão de categorias (Category Management) já há muito que ultrapassou as fronteiras do mundo dos bens de grande consumo e do retalho alimentar, apresentandose como uma ferramenta indispensável para suprir as necessidades efetivas dos seus clientes. Com recurso à definição do que, realmente, vende numa loja, dos produtos aos serviços, é através desta abordagem sistemática e disciplinada que se pretende gerir uma categoria de produtos como uma unidade estratégica de negócio. Confuso? Nem por isso. O Aqui é Fresco explica-lhe os princípios base desta abordagem.


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efinir o que, realmente, vende numa loja é uma parte integrante do sucesso de qualquer retalhista. Dos produtos aos serviços, o mix do que uma determinada loja, ou operador, pode oferecer aos seus clientes é o que irá determinar o seu sucesso. Como parte integrante dessa mesma realidade, uma gestão de categoria feita de forma ajustada à realidade de cada loja apresenta-se como o melhor método para determinar como a gama deveria ser, em qualquer momento. A implementação bem-sucedida da gestão de categorias apresenta-se como a chave para cristalizar um determinado conceito de venda aos olhos do consumidor. Se este processo for gerido corretamente, o consumidor entenderá claramente o que o negócio representa e a empresa torna-se a “primeira escolha” quando a necessidade destes produtos ou serviços estão no pensamento do consumidor. Além disso, este processo permite a mudança constante necessária para acompanhar um mercado dinâmico. Por outras palavras, trata-se da mudança do cenário de mercado tradicional, em que o fornecedor conhece melhor o consumidor, para o mercado moderno, onde o retalhista conhece o seu consumidor melhor do que qualquer um. De forma simplificada, a gestão por categorias é um conceito de retalho baseado na procura em que a gama de produtos adquiridos por uma organização empresarial ou vendidos por um retalhista é dividida em grupos distintos de produtos semelhantes ou relacionados; estes grupos são

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A gestão por categorias é uma abordagem sistemática e disciplinada para gerir uma categoria como uma unidade estratégica de negócio conhecidos por categorias. É uma abordagem sistemática e disciplinada para gerir uma categoria de produtos como uma unidade estratégica de negócio. Naturalmente, cada retalhista tem um ponto de partida irrepetível o que faz com que os desafios e os benefícios sejam, necessariamente, distintos. Alguns aspetos em comum passam pela obtenção de margem bruta melhorada, redução de referências e armazenagem de stocks, aumento de vendas, maior resistência a novos concorrentes, incremento do tamanho e da respetiva importância da equipa comercial dentro do seu negócio, assim como melhorar a retenção de pessoal da equipa comercial. Associado a este processo encontra-se ainda a relação de colaboração entre fabricantes e distribuidores para gerir as


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CINCO PONTOS PRÁTICOS A definição de cada secção, categoria e localização das mesmas no seio da loja responde a um elemento fundamental: o planograma. De forma genérica, trata-se de uma representação à escala real dos micro layouts (espaços designados às distintas categorias no interior de uma loja de retalho) que indicam as posições e forma de expor os distintos produtos das respetivas categorias. É, igualmente, missão do planograma facilitar a procura dos produtos por parte dos clientes, assim como proporcionar melhores indicadores de desempenho financeiro mediante o aumento da venda em livre serviço. Entre as diversas vantagens que um planograma proporciona a um retalhista destacam-se os seguintes: satisfação plena do cliente, melhoria das estratégias comerciais e de negócio, otimização da logística, incremento de vendas. Ao desenhar-se este mapa dever-se-á ter em linha de conta cinco pontos chave para a sua implementação. Objetivos Por outras palavras, definir o que se pretende conseguir com o desenho de um planograma e, em função do mesmo, que impacto conseguir junto do consumidor. Deve, ainda, determinar-se o que se pretende vender e como a melhor forma de o fazer. Conhecer o percurso do cliente na loja É fundamental que cada retalhista tenha bem presente o percurso tipo que cada cliente desenvolve no interior da loja, ou seja, como se desloca, que categoria visita primeiro, quais os padrões de compra, entre outros elementos que ajudem a melhorar o desenho do planograma em seu, natural, benefício. Dimensionar o espaço Dever-se-á ter em linha de conta as medidas exatas, tanto do espaço a ocupar como da disposição dos respetivos produtos, para, então, ter lineares adequados aos mesmos que permitam uma acomodação correta e que favoreçam a disposição dos produtos a comercializar. Ao ter as dimensões precisas em linha de conta, faz com que o planograma se converta numa ferramenta de administração de espaços funcional, mas, sobretudo, determina com exatidão o inventário da categoria, permitindo análise de preços e cenários reais. Gestão de stocks As decisões que se prendem com a acomodação de produtos devem atender a diversas variáveis como as decisões de compra em cada categoria, rentabilidade, objetivos de inventário e experiência de compra que permita ao cliente aceder aos produtos de forma simples e cómoda. Comunicação e execução O planograma deve estar concebido num formato de fácil acesso para a sua execução. No mesmo deverá estar a representação gráfica, e clara, da estratégia de disposição, respetiva descrição dos produtos, códigos de barras, entre outros elementos. Será, igualmente, útil contar com um relatório das variáveis de negócio básicas para a categoria, tais como relatório de desempenho de vendas, comparativo do espaço ocupado por marca e as vendas por produto, entre outras informações. Tenha em mente que fazer um planograma necessita de tempo, análise e objetivos claros, por isso, é preciso contemplar os elementos necessários em função dos benefícios que se desejam obter.

categorias de produto como unidades estratégicas de negócio, com o propósito de melhorar resultados e proporcionar valor ao consumidor final, o que, naturalmente, requer uma perspetiva global superior aos interesses de uma marca em concreto para benefício da loja como um todo. Mas este processo também apresenta as suas limitações, nomeadamente, a necessidade de criar uma ligação entre a loja e as categorias, a baixa velocidade de desenvolvimento e alocação de recursos, a falta de foco na experiência de compra evidenciada por muitas lojas, a que se junta a ausência de um processo centrado no shopper. Procedimentos Nesse sentido, e para que a implementação deste processo de análise possa ser uma realidade, são necessários alguns procedimentos que irão viabilizar a sua concretização. Numa primeira instância, a análise de mercado, para, numa segunda etapa, percecionar aquilo que é o posicionamento das marcas dentro da loja, assim como a organização dos segmentos dentro da loja. Uma reflexão que deve, e necessita, de partir de dentro para fora de modo a atingir-se a terceira etapa da mesma e que visa o consumidor, nomeadamente, no que às respetivas tendências e hábitos de consumo diz respeito. Entre os múltiplos desafios que se colocam a este processo, há que ter sempre presente que, em primeiro lugar, há que compreender as características dos universos que queremos potenciar na nossa loja. O Aqui é Fresco tem múltiplos parceiros da indústria que estão ao seu dispor para o ajudar a compreender as dinâmicas das categorias que pretende potenciar no seu negócio. Procedimentos como definir categoria (usando uma árvore de decisão do consumidor ou outro), adquirir dados e análises, definir o papel de cada referência listada na respetiva categoria, de modo a ser possível desenvolver e implementar planos de categoria que visam potenciar vendas e gerar valor acrescentado. Mas, como da gestão de cada loja sabe cada empresário, e além de todos estes procedimentos técnicos e aconselhamento especializado, há que saber compreender o que os clientes querem, verdadeiramente, e colmatar essas necessidades com excelência. De modo que possa rentabilizar a visita dos técnicos, saiba que melhor informação é sinónimo de tomar melhores decisões. Quanto maior for o conhecimento detido sobre a sua loja, sobre os produtos listados e a forma como são comercializados, maior é a partilha de informações e mais rapidamente se encontra a melhor solução para a sua loja. Hoje em dia, já existem muitas plataformas tecnológicas que auxiliam na coleta e armazenamento de dados, que se apresentam relevan-


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tes para esta e outras análises, essenciais para uma boa gestão. A dinâmica do mercado, a intensidade da concorrência e o comportamento exigente do consumidor acentuam a necessidade de cooperação entre retalhistas e fornecedores. A gestão de categorias é, como já explicado, um processo realizado entre ambas as partes, que permite avaliar e gerir produtos similares como unidades individuais de negócio, desenvolvendo estratégias dirigidas para um crescimento rentável da categoria e visando entregar maior valor ao consumidor. O comportamento no consumo sofreu mudanças significativas nos últimos anos. Estas mudanças exigem que marcas, retalhistas e todos os que querem alcançar o sucesso na interação com o shopper tenham de estar cada vez mais atentos e preparados. Em suma, ao pensar em gestão por categorias, tenha presente os seguintes aspetos: definição da categoria - que produtos devem fazer parte da categoria?, papel da categoria - qual deve ser o papel da categoria tendo em conta a sua importância para o retalhista? É uma categoria que atrai consumidores à loja (destino)? Os seus produtos fazem parte da lista de compras do consumidor (rotina)? É uma categoria normalmente vendida noutro tipo de lojas (conveniência)? É uma categoria sazonal?; avaliação da categoria - avaliar o desempenho da categoria e identificar

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oportunidades; cartão de metas da categoria - definir os indicadores de desempenho tendo por base a avaliação da categoria e o papel definido para a mesma; estratégias da categoria - definir as estratégias a adotar - gerar tráfego na loja, aumentar o valor do talão de compra, aumentar a rentabilidade, etc.; táticas da categoria - definir ações específicas para atingir as metas de acordo com as estratégias delineadas: sortido, espaço, preço e promoções; implementação do plano - definir o cronograma de implementação e os responsáveis por cada uma das ações; revisão da categoria - definir o plano de monitorização e os responsáveis pelo processo.

A dinâmica de mercado, a intensidade da concorrência e o comportamento exigente do consumidor acentuam a necessidade de cooperação entre retalhistas e fornecedores PUB


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Aumenta a rejeição de embalagens de plástico TEXTO BÁRBARA SOUSA FOTOS SHUTTERSTOCK

Três quartos dos shoppers europeus dizem preferir comprar produtos com embalagens que respeitem o meio ambiente, o que é revelado pelo Estudo do Comprador Europeu da IRI, realizado entre mais de 3.300 consumidores em sete países.


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e acordo com esta análise, os compradores italianos são aqueles que mostram uma maior inclinação para comprar produtos com uma embalagem sustentáveis (81%), seguidos pelos espanhóis (75%) e, em menor grau, pelos gregos e franceses (74%). Os consumidores alemães foram identificados como os menos propensos a comprar produtos com embalagens recicladas (62%). Por outro lado, os consumidores entre 18 e 24 anos estão menos preocupados do que os mais velhos em comprar produtos que respeitem o meio ambiente. O mesmo aplica-se em termos de sustentabilidade: apenas 30% dos Millenials compram produtos locais por causa dessa questão, em comparação com 33% daqueles com mais de 34 anos. O estudo enfatiza que, cumprir com as preferências do consumidor no que ao respeito pelo meio ambiente concerne, fará que os fabricantes considerem as embalagens, assim

Cumprir com as preferências do consumidor, no que ao respeito pelo meio ambiente concerne, fará com que os fabricantes considerem as embalagens, e outros elementos, como parte da sua arquitetura de marca

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como outros elementos, como a pegada de carbono ou a utilização de pesticidas, como parte da sua arquitetura de marca. “Há uma preocupação crescente com o impacto que o uso do plástico está a ter na venda de produtos alimentares no planeta, devido às tristes imagens que circulam, todos os dias, nos media e que mostram as baleias presas nos resíduos das redes de pesca ou ilhas de plástico a flutuar no meio do oceano. Como resultado, os compradores estão mais conscientes do que nunca do impacto ambiental que as suas compras podem ter e estão a fazer essa reflexão sempre que procuram por uma marca na loja”, explica Olly Abotorabi, Senior Regional Insights Manager da IRI. “Nos planos estratégicos das grandes empresas consumidoras, o problema dos plásticos está a ser levado em conta como uma promessa. Os fabricantes precisam de continuar a implementar ações se quiserem que as suas marcas permaneçam no ‘top of mind’ dos consumidores e distribuidores. A embalagem tornou-se num atributo-chave do produto que os vendedores precisam de introduzir nos modelos preditivos de compra para as suas marcas, juntamente com outros fatores que podem influenciar o comportamento do comprador, como tamanho, sabor, cor e preço. Demonstrar o valor que uma marca gera para a categoria, juntamente com o compromisso da chamada economia circular para as embalagens - evoluindo para embalagens reutilizáveis em vez de descartáveis - será fundamental a partir de agora. No futuro, isto pode ser determinante para manter um produto nos lineares dos distribuidores”, conclui o especialista.

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A importância da iluminação para uma boa experiência de compra TEXTO BÁRBARA SOUSA

FOTOS SARA MATOS/D.R.

O uso efetivo da iluminação é essencial para uma boa experiência de compra. A iluminação é uma ferramenta poderosa, que define o humor da loja e pode ser usada para conduzir a atenção para os produtos que se desejem destacar. Embora o tipo de iluminação escolhido para a loja possa parecer trivial, a realidade é que é uma peça fundamental para que os clientes se sintam bem-vindos e consegue verdadeiramente realizar, ou quebrar por completo, a experiência de compra de um cliente. Simples passos podem garantir que a gestão da iluminação da loja esteja no caminho certo para atender às necessidades dos clientes e dos produtos nas prateleiras.


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mbora possa parecer um tópico secundário, um grande componente do planeamento do layout de um negócio com exposição de produtos é a iluminação. A iluminação no retalho impacta a experiência de compra de qualquer cliente, pode afetar a produtividade dos funcionários, ajuda as marcas, através da forma como enfatiza a mercadoria, e desempenha um grande papel nos custos operacionais de uma loja física. O tipo de iluminação utilizada afeta a “sensação” e o clima de uma loja, por isso, é muito importante que seja feito de forma correta e pensada. Por exemplo, ninguém quer luzes duras e fluorescentes num provador, nem se esperaria ver pouca iluminação numa padaria. Para começar, é importante realçar que existem quatro tipos principais de iluminação usados numa configuração de retalho: ambiente, de tarefa, de destaque e decorativa. A iluminação ambiente refere-se à iluminação principal da loja. É preciso garantir que os clientes tenham luz suficiente para se sentirem confortáveis. Muito escuro e a loja parece esquálida, dificultando a leitura dos rótulos dos produtos e deixando os clientes desconfortáveis. Por outro lado, se a iluminação for muito clara, também é desconfortável para os clientes. E quantas luzes e quão brilhantes são vai depender do tamanho do espaço.

É preciso garantir que os clientes tenham luz suficiente para se sentirem confortáveis na sua visita ao espaço de loja A iluminação de tarefa refere-se às luzes que estão focadas em áreas da loja que exigem mais luz, como as caixas. É necessária luz extra para que os funcionários possam ver melhor as caixas e executar as suas funções com mais eficiência. A iluminação de tarefa também é útil para destacar o sinal da sua loja e a área de entrada, para que os clientes possam ler claramente o nome da loja. A iluminação de destaque pode ser usada para destacar áreas específicas, a fim de chamar a atenção do cliente para determinados produtos e dar-lhe a sensação de que são importantes e dignos de nota. Esta iluminação é uma excelente maneira de destacar produtos sazonais e específicos em prateleiras ou em recantos de exibição. Por fim, a iluminação decorativa tem a ver mais com o apelo visual. As luminárias desempenham um papel importante neste âmbito, pois precisam de ser bonitas e decorativas. A iluminação decorativa também pode ser utilizada para invocar sentimentos nostálgicos e memórias de infância nos clientes. Combinando eficazmente estes quatro tipos diferentes de iluminação, a loja pode tornar-se mais eficiente a atrair os clientes e a convencê-los a comprar os produtos. Por outro lado, existem diferentes tipos de lâmpadas que são importantes de conhecer para se escolher o melhor tipo

HÁ MAIS SOSSEGO NA VIDIGUEIRA


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de iluminação para o negócio. Os quatro tipos diferentes de lâmpadas projetadas para iluminação interna são incandescentes, halógena, fluorescente e LED. As lâmpadas incandescentes são normalmente baratas e emitem uma luz agradável e quente em todas as direções. No entanto, não têm propriedades de economia de energia, portanto, podem aumentar a conta da eletricidade. Também têm um tempo de vida relativamente curto, sendo que podem ter que ser substituídas com frequência. Como as lâmpadas incandescentes, as lâmpadas halógenas produzem um brilho suave em todas as direções. No entanto, usam significativamente menos energia, sendo uma opção mais ecológica que também irá aliviar a conta de energia. A maior desvantagem é que também têm uma vida útil curta e custam mais do que uma lâmpada incandescente. As lâmpadas fluorescentes são económicas e duradouras. PUB

Em média, as lâmpadas fluorescentes duram 10 vezes mais do que as lâmpadas incandescentes. Além de poupar no incómodo de ter que as substituir regularmente, são tipicamente mais eficientes. No entanto, muitas pessoas fogem das lâmpadas fluorescentes porque tendem a lançar uma luz forte e não são apropriadas para muitos ambientes de retalho. Além disso, as luzes fluorescentes têm um brilho definido que não pode ser personalizado. Já as lâmpadas LED são versáteis, pois emitem diferentes cores de luz, omitindo a luz direcionada. Estas lâmpadas também oferecem alto desempenho em todas as situações e iluminam instantaneamente, mesmo em temperaturas extremas, além de que podem durar muitos anos sem precisar ser substituídas. A maior desvantagem é o seu preço acima da média. LED É evidente que cada tipo de lâmpada tem prós e contras, mas as lojas Aqui é Fresco elegem como novo padrão a iluminação LED da marca Velum. Em cinco anos, devido à redução do seu custo e ao aumento da sua eficiência, o LED (Light Emissing Diod) tornou-se no padrão de iluminação. Assim, a questão que hoje se coloca não é escolher entre

O LED é o futuro da iluminação, já que, além de versátil, oferece alto desempenho e durabilidade, assim como ilumina instantaneamente


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iluminação LED e tradicional, ou seja, fluorescente ou iodeto, mas sim planear a inevitável passagem para o LED. Um retalhista pode inicialmente optar por uma solução mista, se assim o desejar. A vida útil de uma lâmpada LED é elevada (cerca de 60.000 horas), sendo cinco vezes maior que uma lâmpada fluorescente tradicional. Além disso, o consumo de eletricidade é tão baixo - contando com uma eficiência luminosa de 140 lúmens/watt - que o retorno sobre o investimento será quase imediato ou levará, no máximo, três anos (no caso de desinstalação e reinstalação do trilho leve). Devido à sua qualidade fotométrica (feixe de luz mais concentrado), o LED traz, em qualquer caso, uma vantagem real em termos de merchandising e conforto visual, mas é importante saber em que corredores se quer fazer o destaque, ou seja, projetar os holofotes de LED mais qualitativos. Com o LED, o chamado motor de iluminação torna-se dedicado. Para refinar ainda mais a abordagem e aumentar a economia de energia, pode considerar-se instalar um sistema de gestão de iluminação DALI (Digital Addressable Lighting Interface). Por um custo adicional inicial de 10%, este permitirá, assim que as luminárias estejam ligadas ao sistema, programar e modular a iluminação, por exemplo, reduzindo a intensidade nos corredores menos frequentados à noite, um recurso valioso no caso de uma loja que AF_OS_VERDADE + PREMIADA_PS_210x194.pdf 1 02/10/2018 18:11 funcione 24 sobre 24 horas.

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Devido à sua qualidade fotométrica (feixe de luz mais concentrado), o LED traz valor acrescentado em termos de merchandising e conforto visual no espaço de loja Em relação à iluminação geral, o LED dará um desempenho completo, escolhendo um layout na direção dos corredores e não perpendicular a eles. Os dispositivos mais recentes possuem ótica direcional simétrica ou dupla assimétrica para iluminar os dois lados do corredor acima do qual o trilho é suspenso. Uma tecnologia como o LED permite que a iluminação seja totalmente incorporada em qualquer elemento arquitetónico ou de interiores, o que abre oportunidades de forma exponencial, mas também cria novos desafios, uma vez que significa que é necessária uma cooperação mais estreita para garantir que a iluminação correta seja perfeitamente integrada nesses elementos. PUB

A marca portuguesa de azeite mais premiada do mundo.

Referente ao ano de 2018.


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Sessenta anos após a sua origem, continua a ser a prioridade da Margão procurar as melhores ervas e especiarias para garantir produtos de qualidade superior que oferecem todo o sabor que os consumidores esperam.

Líder do mercado nacional no universo das ervas e especiarias, a Margão, comemora este ano 60 anos, decidindo assinalar a data com o lançamento do livro de receitas Margão – 60 Anos, 60 Receitas Inspiradoras, em que os condimentos têm o papel de destaque e onde se pode encontrar receitas de entradas e acompanhamentos, massas e arroz, peixe e marisco, carne, doces e sobremesas, cozinha do mundo e bebidas. Um verdadeiro mundo de sabores com o toque especial das ervas e especiarias da Margão, que está sempre atenta ao gosto dos consumidores portugueses e que também os surpreende com as novas tendências globais que surgem nesta área.


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MARGÃO 60 ANOS CONSIGO Criada em 1958, a Margão teve as suas primeiras instalações em Campolide, no centro de Lisboa, onde dois funcionários embalavam e comercializavam quinze referências distintas.

depois trazidas para Portugal, tal como séculos antes. Já em Lisboa, embaladas eram vendidas nas redondezas, a vizinhos e amigos. Face à crescente para Sacavém e o número de O registo da marca é feito no dia 13 de outubro de 1968. Nas décadas seguintes a marca expande a sua presença no mercado nacional, com a colocação de expositores em todas a lojas onde se vendiam especiarias. Em 1989 dá-se o casamento da Margão com a francesa Ducros. Fruto desta união, são lançados os mais diversos artigos sob a marca Margão: pickles, puré de batata, coco, ketchup, mostarda, massa de pimentão, molhos de fondue e piripiri. O carácter inovador da marca revela-se também com o lançamento de uma gama de misturas em pequenas saquetas, em 1998, e com a introdução no mercado da saqueta com abertura fácil, em 2000, pela qual recebe um prémio de inovação, performance e mérito.

do grupo McCormick, líder mundial de

recentrasse na sua essência e regressasse, de certo modo, às suas origens. Nos anos seguintes, surgem inovações como a embalagem própria para levar a canela à mesa, pensando em todos aqueles que descobriram o prazer de beber o seu café em casa, mexendo-o com um pauzinho de canela. A gama é redesenhada e as famílias são classificadas por cores, para facilitar a sua identificação: laranja para as especiarias, cinzento para as pimentas e verde para as ervas. Em 2005, é lançado o produto número um em Portugal, o “pimentãodoce”, numa lata que o protege da luz. Desde então, têm sido lançados novos produtos com embalagens inovadoras, de forma a corresponder ao gosto e sabores preferidos dos portugueses, como a gama (orégãos, manjericão, salsa e ervas italianas), o alho fumado, as pimentas de Lampong e do Brasil e em ano de comemoração, a Margão lança duas novas gamas, a gama Margão Bio e uma gama de moinhos de Sal com destaque nas origens. Sessenta anos após a sua origem, continua melhores ervas e especiarias para garantir produtos de qualidade superior que oferecem todo o sabor que os consumidores esperam. Respeitando os gostos, sabores e tradições culinárias, mas também abraçando as tendências de sabores que emergem num mundo cada vez mais global. Dê mais sabor à sua imaginação!

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Pão quente, a qualquer hora, com as soluções ultracongeladas para o retalho TEXTO BÁRBARA SOUSA FOTOS D.R.

Nas soluções de padaria e pastelaria ultracongelada para o retalho junta-se a produção artesanal às mais recentes tecnologias. Para as empresas especialistas, como a Europastry e a Panidor, cada etapa do processo de produção, cada receita e cada ingrediente são baseados no “savoir faire” das padarias de antigamente. O objetivo é evidente: fazer os melhores produtos de panificação de inspiração artesanal e recuperar o know-how tradicional, melhorando o resultado com um toque de inovação, mantendo-se o stock sempre disponível e reduzindo o desperdício. Vantagens que os aderentes Aqui é Fresco não dispensam.


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A

s vantagens das soluções de padaria e pastelaria ultracongelada para o retalho são claras. Utilizar estas soluções significa um abastecimento constante de stock “fresco”, assim como a capacidade de servir apenas o que é necessário, o que, particularmente em produtos como o pão, é chave para reduzir o desperdício e ajuda a diminuir, igualmente, os custos. Assim, a “fornada do dia” ou o conceito de pão quente acabado de cozer é uma tendência crescente do retalho. Filipe Canário, Marketing & Sales Director da Europastry, mostra-se otimista. Afinal, refere o responsável, “na Europastry, o conceito de pão acabado de fazer é a génese do nosso negócio, pois nascemos numa família de padeiros que, diariamente, produziam os seus pães e os distribuíam pelas suas mais de 90 lojas. Desta forma, este conceito está em permanência na nossa forma de ver o negócio e de nos relacionarmos com o mercado. Hoje, contamos com mais de 200 produtos de padaria nas nossas marcas Frida e Fripan, o que permite ao nosso cliente ter uma oferta diversificada e sempre inovadora”. Filipe Canário comenta ainda que uma das mais-valias para o negócio da padaria e pastelaria ultracongelada é a segurança alimentar que estas soluções oferecem ao mercado, com um rigoroso controlo de matérias-primas, das receitas e da tipologia de gorduras usadas. “Por exemplo, hoje, na Europastry, não usamos gorduras parcialmente hidrogenadas”. No entanto, e do ponto de vista da gestão do cliente, destaca o

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Além do facto de poder proporcionar pão quente a qualquer hora do dia aos seus clientes, a segurança alimentar é um dos fatores a ter em conta controlo de stocks, a diversidade que consegue oferecer, a garantia de regularidade e, acima de tudo, a inovação, “pois na Europastry estudamos conceitos e culturas, o que nos permite levar produtos como o pastel de nata ou o bolo de arroz para outros mercados e, por outro lado, podermos usufruir de produtos com origem noutros continentes, como os nossos Dots, que são um sucesso universal”. Por seu lado, a Panidor realça que, entre as diversas vantagens dos produtos ultracongelados, está o proporcionar ao consumidor final pão quente a qualquer hora do dia. O cheiro característico a pão quente provoca emoções através do olfato, aumentando o desejo de compra e, consequentemente, a venda. Mas não só. Não existir desperdício, pois o pão vai sendo cozido consoante a necessidade, possibilitar a oferta de uma ampla gama de produtos, reduzir custos de PUB


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mão-de-obra, o baixo investimento em equipamento (forno e estufa) e a gestão de stock eficiente são os principais argumentos que justificam a escolha da padaria e pastelaria ultracongelada no retalho. Até porque, em comparação aos produtos tradicionais, estes podem estar sempre à disposição do cliente, com uma vasta gama de produtos frescos de qualidade. A cada loja

é possível controlar o ritmo de produção e os custos em mão-de-obra e estes produtos permitem ainda a possibilidade de conferir a cada produto um toque final pessoal e ao gosto do retalhista ou do cliente final. Aderentes “Sou descendente de uma família de padeiros e conheço o valor do pão nos lares. Aprendi a respeitar esta arte desde muito cedo e, tal como os meus pais, dedico-lhe a minha vida”, diz Pedro Mendes, CEO da Panidor. “Mas faço-o de forma diferente. Ao longo dos anos, as pessoas mudaram, as famílias ganharam novos ritmos de vida e o mercado transformou-se. Por isso, adaptei o negócio a esta nova realidade e olho para o mercado com uma nova perspetiva sem perder o foco naquilo que a minha família me ensinou”. Assim, através de uma equipa especializada para dar resposta a um segmento específico e um investimento em formação de produto para os seus clientes, a Panidor criou soluções à medida do negócio destes, que surge sob a forma do projeto Ponto Quente Panidor. Aumento da fidelização, atrair novos consumidores, crescimento do lucro e valorização do espaço da loja estão entre as principais vantagens que a empresa aponta para os aderentes. Para os consumidores, os benefícios são igualmente evidentes: facilita a compra e economiza tempo, além de lembrar a necessidade de comprar pão quente. “A oferta de produtos ultracongelados vem, neste sentido, assim como o desenvolvimento de produtos e processos novos que permitem oferecer pão quente e estaladiço, a qualquer hora, em qualquer supermercado, hotel, café ou qual-

quer outra tipologia de estabelecimento. Em mais de duas décadas, nunca deixámos de crescer, nunca deixei de investir. As linhas são ampliadas, a oferta é alargada e ainda continuo a acordar todos os dias com ideias novas e a pensar onde quero estar nos próximos 20 anos. Ainda tudo são sonhos, mas sei que nunca vou tirar as mãos da massa, vou querer continuar a construir esta história com trabalho, dedicação e inspiração”, diz o CEO da Panidor, garantindo que o foco vai continuar a ser proporcionar soluções que visem um impacto financeiro positivo nos negócios dos seus parceiros. Além de benefícios como a variedade, adaptabilidade e uma oportunidade de reduzir o desperdício, a cozedura de ofertas congeladas, com os produtos certos, pode fornecer qualidade e quantidade com facilidade e ajudar os aderentes a manter as ofertas consistentes, seja na hora do pequeno-almoço, almoço ou jantar. Em termos de soluções integradas para os aderentes Aqui é Fresco na lógica do forno à vitrine, Filipe Canário esclarece que a oferta de produto hoje já assenta em vários formatos no que respeita à necessidade de confeção. “Apresentamos soluções em que o cliente realiza a sua própria fermentação e cozedura, permitindo dotar o produto de características únicas e próprias que só quem os produz pode oferecer. Existem soluções que apenas necessitam cozer, tornando mais fácil a operação e facilitando a rápida disponibilidade das peças na vitrina. Mais recentemente, o nosso cliente solicita soluções ainda mais fáceis e já contamos com vários produtos que apenas necessitam descongelar e colocar na vitrina, como, por exemplo, um pastel de nata já cozido que não carece de processo de regeneração, garantindo-se uma peça confecionada sem erros e sempre com o autêntico sabor”. Tratando-se de um mercado muito dinâmico e onde os fenómenos de moda também estão presentes, a Europastry mantém-se atenta às tendências de consumo. “A garantia que oferecemos é de que, connosco, o cliente terá sempre acesso em primeira mão ao que o consumidor mais valoriza e isto alinhado com todas as preocupações, seja a nível da saúde seja do seu bem-estar”, afiança Filipe Canário. Dos produtos mais solicitados pelos clientes, o responsável destaca a solicitação de soluções de pastelaria com fruta e os pães de longas fermentações e com massa mãe, como é o caso da linha de padaria Saint Honoré, que são pães que representam uma oferta verdadeiramente diferenciadora, com trigos moídos em moinhos de pedra, massas mãe únicas para cada tipo de pão, forno de laje de pedra e o toque manual que cada pão merece. Mas, continua, “o destaque centra-se no pastel de nata. Hoje, já ultrapassámos as 20 milhões de unidades vendidas por ano e continuamos a ser surpreendidos. Outro conceito


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surpreendente são os Dots, pelos seus sabores, pela sua oferta, já são mais de 60 soluções que temos para oferecer ao cliente”. Inovação A inovação em produtos continua a ser imensamente importante na indústria de panificação. Empresas fabricantes como a Europastry e a Panidor pesquisam novas formas de desenvolver as suas ofertas e o mercado e criam produtos que atraiam novos consumidores, cada vez melhor informados e preocupados com saúde e nutrição, apesar das mudanças nas suas preferências.

Hoje, a indústria já disponibiliza soluções em que é o próprio cliente que realiza a fermentação e cozedura, dotando o produto de características únicas para a atratividade do seu negócio e para todos os seus clientes

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A Europastry, no ano de 2018, ultrapassou as 60 novidades, batendo o recorde em inovação na história do grupo em mais de 30 anos. “Destaco os croissants com recheio de fruta, uma nova linha de croissants já cozidos nas suas três variantes, simples, ovo e chocolate, na linha de salgados uma oferta de novos recheios como o frango Thai, a carne de novilho Angus, uma mega coleção de pão para hambúrguer com formatos e receitas diferenciadoras e não esquecendo um Dots com formato quadrado, rompendo com o paradigma. No entanto, acreditamos que, no próximo ano, iremos ultrapassar este número, porque, acima de tudo, estamos disponíveis para o nosso cliente”, diz Filipe Canário. Por seu turno, a Panidor também abraça o desafio da inovação. A empresa familiar acredita que apenas este compromisso lhe permite dar respostas adequadas aos seus clientes, mantendo o respeito pela tradição da padaria. “Promovemos processos e técnicas inovadores capazes de assegurar a qualidade alimentar de todos os nossos produtos, mantendo as suas raízes culturais. Esta é uma preocupação que nos acompanha em todas as fases do nosso processo produtivo. Só assim, podemos garantir total confiança e elevados níveis de satisfação”. A inovação é, pois, um dos ingredientes principais, ajudando os seus clientes a implementar métodos inovadores junto dos clientes finais de forma a assegurar o seu êxito no mercado. “O nosso sucesso reside no sucesso de cada um dos nossos parceiros”, conclui Pedro Mendes. PUB


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“2019 vai ser um ano de riscos e de desafios”

TEXTO CARINA RODRIGUES FOTOS SARA MATOS

Nuno Fernandes Thomaz, de 49 anos, licenciado em Administração e Gestão de Empresas, assumiu em março último a presidência da Centromarca e confessa que está a ser um desafio muito interessante. Não obstante não ser uma das associações mais reconhecidas pelo grande público, no entender do responsável, a Centromarca goza de uma elevada reputação pela forma como, defendendo os interesses das empresas fornecedoras do sector do grande consumo, teve sempre a capacidade de apresentar propostas sólidas e construtivas junto dos vários interlocutores e de sensibilizar as autoridades e diferentes entidades, dentro e fora do país, para as dificuldades colocadas por um mercado desequilibrado e excessivamente concentrado.


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Aqui é Fresco - Tendo feito grande parte da sua carreira noutras áreas de negócios, o que é que lhe chamou mais a atenção nesta imersão no sector do grande consumo? Nuno Fernandes Thomaz - É verdade que fiz grande parte do meu percurso profissional na área financeira, o que tendo uma aparente menor relação com o sector do grande consumo, acabou por me permitir ter uma compreensão bastante alargada deste mercado. Para além disso, esta primeira fase de trabalho, permitiu-me conhecer melhor os dossiers, interagir com os mais importantes interlocutores, dentro e fora do nosso universo de empresas associadas, e assentar ideias, percebendo os problemas, avaliando as dificuldades e as diferentes vias para as ultrapassar. E uma das primeiras constatações que fiz foi a de que, se, por um lado, a sua relação comercial tem contornos que geram fricções e intensificam alguns problemas, fornecedores e distribuidores estão umbilicalmente ligados e dependem uns dos outros. Tendo a Centromarca como objetivo pugnar pela promoção de uma concorrência leal e equidade nessas relações, há, sem dúvida, princípios e regras de que nunca estaremos disponíveis a abdicar. Temos, ao mesmo tempo, que atuar com firmeza, mas também com inteligência e diplomacia para que o nosso trabalho se faça no sentido de gerar melhorias nessas relações e não dificuldades desnecessárias aos operadores no terreno, de qualquer dos lados. Por outro lado, aceitei o convite para1 presidir à Centromarca, AF_anuncioAquiFresco_meiaPagCC_alta.pdf 15/10/2018 18:25 exatamente, porque acredito que as organizações são antes de

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mais pessoas e porque estou convicto de possuir a capacidade de ajudar nessa melhoria de relações e de ser capaz de conseguir, com diálogo e respeito mútuo, mas também com firmeza e coerência, que se reduza a conflitualidade na relação comercial entre produtores e retalhistas.

‘‘Se a relação comercial comercial tem contornos que geram fricções, fornecedores e distribuidores estão umbilicalmente ligados’’ AeF - Julga que as questões relativas ao relacionamento entre produção e distribuição têm merecido a devida atenção por parte dos poderes públicos? A recente remodelação governamental, alterando diversos titulares no Ministério da Economia - que tutela este sector – poderá ter algum impacto no sector? NFT - Confesso que fiquei bastante animado com os contactos que mantivemos com os diversos titulares nos Ministérios da Economia e da Agricultura, assim como com os responsáveis das entidades mais relevantes na gestão e regulação dos nossos PUB


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temas, havendo, da maior parte, um razoável conhecimento dos dossiers que abordamos e uma clara sensibilidade relativamente aos nossos argumentos e às propostas que lhes fizemos chegar. Diria mesmo que, quando a tónica incidia nas preocupações das empresas fornecedoras, a reação dos nossos interlocutores foi extremamente positiva, seja na perceção dos problemas, seja na necessidade de encontrar soluções eficazes para os minimizar. Contudo, sempre que se verificam mudanças de pessoas nas posições relevantes dos ministérios com que mantemos relações mais próximas, corre-se sempre o risco dos dossiers sofrerem paragens ou alterações. A recente remodelação governamental, em especial com as mudanças ocorridas no Ministério da Economia, até pelo calendário em que ocorrem e a proximidade de atos eleitorais, pode ter algumas consequências. No entanto,

confiamos na atenção e na capacidade de resolução dos novos responsáveis e eles sabem, também, que podem contar com a Centromarca como entidade participativa, focada e construtiva para os ajudar na resolução dos dossiers que nos digam mais diretamente respeito. AeF - Que análise faz da atual situação de mercado? O grande consumo está a atravessar uma fase tão positiva quanto outros sectores da economia nacional? NFT - O mercado vem apresentando nos últimos dois anos crescimentos consistentes em valor, mas não tanto em volume. Os incrementos acompanham razoavelmente a recuperação económica do país, mas não podem deixar de ser vistos também à luz das fortes quebras sentidas nos anos mais dramáticos da crise. E o consumo sente as dificuldades relacionadas com o não crescimento populacional, enquanto, ao invés, capitaliza o fenómeno do turismo. Acresce ainda que o maior desafogo económico de alguns grupos de consumidores, não incrementando os volumes consumidos, permite-lhes optar por produtos de melhor qualidade e maior valor. É difícil dizer se a situação no sector do grande consumo é melhor ou pior do que a que se vive noutros sectores, mas há uma constatação relativamente simples: quando um mercado entra em crise, o grande consumo, por ser em forte medida ocupado por produtos de primeira necessidade, é dos sectores que mais tarde sente os efeitos mais nefastos do contexto económico, mas quando a recuperação se começa a sentir, é também dos últimos a beneficiar dos correspondentes efeitos positivos. AeF - É usual ouvir elogiar a qualidade e sofisticação do retalho nacional. Sente isso? NFT - Confesso que até, ser sondado para presidir à Centromarca, não prestava demasiada atenção ao funcionamento, ao formato e à maior ou menor sofisticação dos espaços comerciais em Portugal e nos vários pontos do globo onde vou passando. Agora, com olhos mais atentos, reconheço que os supermercados no nosso país, mas também outros formatos comerciais, são de excelente qualidade quando comparados com o que vamos vendo mundo fora. Ao maior ou menor sortido disponível, acrescentam sentido estético, layout muito racional e até uma atenção do pessoal nas lojas que permite ao consumidor uma melhor experiência de compra, dando atrativos a um ato tendencialmente maçador. Há obviamente muito que pode ser ainda feito e melhorado, mas é indesmentível a qualidade e sofisticação do nosso retalho. Mas acrescentaria que uma parte importante dessa sofisticação passa também pela colaboração dada pelas marcas: na gestão de categorias, na inovação trazida para as prateleiras, na animação gerada no ponto de venda, no glamour que tantas vezes colocam em espaços tendencialmente amorfos, sempre com a perspetiva de melhorar a experiência de compra do consumidor. E, na verdade, aos fornecedores importa trabalhar com os melhores clientes, aqueles que tenham capacidade de fazer chegar os seus produtos ao consumidor, que lhes permitam ter expectativas de continuidade de negócio, mas também de crescimento da relação comercial. Clientes que cumpram os compromissos assumidos e que, sendo exigentes em relação àquilo que colocam no mercado, entendam os fornecedores como efetivos parceiros de negócio,


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com os quais estabeleçam uma relação duradoura e consistente, vantajosa para as duas partes e com condições para oferecer a melhor proposta de valor ao consumidor final.

‘‘A concentração gera nos respetivos fornecedores dependência económica e a impossibilidade de conquistar alternativas equivalentes” AeF - Nas intervenções que realizou nestes primeiros meses de mandato como presidente da Centromarca, referiu-se por diversas vezes ao que chamou de “concentração excessiva” do retalho em Portugal. Isso afeta o funcionamento do mercado? E o relacionamento entre fornecedores e distribuidores? NFT - Tinha a perceção, antes de assumir funções na Centromarca, que o sector do retalho em Portugal era bastante concentrado, mas só nestes últimos meses me apercebi de quanto essa concentração era elevada, mesmo em comparação com o que se passa no contexto europeu e, especialmente, nos países mais próximos de nós. Mais de 80% do mercado estão nas mãos das cinco maiores cadeias de distribuição e quase 60% nas mãos das duas maiores. Essa concentração, independentemente da forma como é exercida, gera nos respetivos fornecedores uma forte dependência económica e a impossibilidade de conquistar alternativas equivalentes. Mas, em boa verdade, este forte grau de concentração é também um convite a práticas comerciais em que se revela a desigualdade de poder negocial entre as partes, porque haverá sempre uma elevada dificuldade do elo mais fraco recusar ou queixar-se em público ou junto das autoridades das situações que lhe sejam mais fortemente penalizadoras. A diferença de poder negocial é óbvia e pode ser percebida em coisas bastante simples. Por exemplo, é o distribuidor que possibilita o acesso dos produtos ao consumidor e, obviamente, cobra-se por esses direitos territoriais. Um outro: mesmo uma grande empresa significa, em geral, menos de 1% das compras totais de um grande comprador, enquanto esse cliente pode valer 20%, 30% e até mais da totalidade das minhas vendas. E, assim, é muito mais complicado estabelecer uma concorrência leal no mercado e um relacionamento fluido e mutuamente ganhador entre fornecedores e retalhistas, em benefício do mercado e dos consumidores. AeF - Falou-se há relativamente pouco tempo que estaria em curso uma revisão do diploma das Práticas Individuais Restritivas do Comércio (PIRC). Qual o ponto de situação? NFT - Na legislatura anterior foi aprovada a legislação das PIRC, uma legislação moderna e cobrindo as matérias mais relevantes no relacionamento entre as partes, atacando as práticas mais penalizadoras e com uma moldura contraordenacional mais agressiva e dissuasora. Ao fim de quatro anos de aplicação, sentimos hoje que a

www.vieiradecastro.pt


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países da União Europeia.

legislação surtiu, em larga medida, efeito, baixando o nível de conflitualidade, diminuindo o número de casos graves de incumprimento e fomentando, num alargado conjunto de situações, um melhoramento da relação comercial entre as partes. Mas, apesar disso, há a convicção de que ainda ocorrem situações que não deveriam existir e que a legislação contém uma ou outra disposição que não facilita a atuação das autoridades competentes, limitando a amplitude e os resultados da sua ação. Por isso, parece-me muito positiva a intenção do Governo de realizar uma atualização do diploma, no sentido de introduzir afinações pontuais, mas que nos parecem potencialmente eficazes, no sentido atacar uma ou outra prática desleal mais relevante e de facilitar a ação de quem tem, no terreno, de monitorizar e fiscalizar o mercado. E esperamos que essa intenção não sofra inflexões com as últimas mexidas nos gabinetes governativos. Gostaria, apesar disto, de realçar o esforço feito pela ASAE e também, de algum modo, pela Autoridade da Concorrência no sentido de exercerem uma melhor vigilância do mercado e a fiscalização das situações mais graves, quase sempre de forma proativa, dada a escassez de queixas formais. Mas há que reconhecer as dificuldades ao nível dos recursos humanos e técnicos destas autoridades. E de lembrar que, em Bruxelas, está já em fase adiantada de aprovação uma diretiva europeia em matéria de Práticas Comerciais Desleais, que, apesar de menos ambiciosa que a legislação PIRC portuguesa, demonstra bem que este é um problema que afeta a relação entre os operadores nos vários

AeF - E em relação ao Código de Boas Práticas Comerciais assinado por produção, transformação e distribuição? Aquando da sua formalização, no final de 2016, o tema mereceu algum destaque, mas depois disso pouco ou nada se falou sobre a sua implementação e impacto. NFT - Creio firmemente em mecanismos de resolução não regulamentares, embora estes sejam tanto mais efetivos quando haja alguma paridade no poder entre as partes. Quando essa paridade está longe de existir, é difícil introduzir alterações de comportamentos e práticas no mercado sem ser pela via legislativa. E esse foi o entendimento da Centromarca, como foi também, felizmente, o entendimento nos tempos mais recentes do poder político. Portugal foi, ainda nos anos 90, um dos primeiros países a acordar mecanismos de autorregulação entre produtores e distribuidores. O código então assinado foi perdendo vigor e viria a ser denunciado já no início da presente década, abrindo a porta ao diploma das PIRC, o qual contém disposições que estimularam a autorregulação, em regime de complementaridade. No final de 2016 foi, finalmente, formalizado um novo Código de Boas Práticas Comerciais, assinado pelas mais relevantes organizações da produção primária, da indústria e do retalho e que foi beber o seu conteúdo, em larga escala, ao código de conduta europeu, a Supply Chain Initiative. Este código é de natureza voluntária e estabelece princípios e regras, mas não possui natureza sancionatória, assentando a sua eficácia na esfera reputacional. Contudo, a adesão das empresas tem sido ainda escassa, o que motiva a Centromarca a tornar o código tão útil e eficaz quanto possível, pelo que tem em curso uma ação de aprofundada sensibilização dos seus associados, motivando-os à formalização da sua adesão, um passo essencial para que comece a cumprir as expectativas criadas no seu processo de negociação e consensualização. AeF - Outro tema a que a Centromarca tem vindo a dar atenção e a manifestar preocupação prende-se com as sucessivas alianças nacionais e internacionais que os retalhistas têm vindo a estabelecer em toda a Europa. Prevê que elas venham a ter impacto em Portugal? NFT - É verdade. As notícias, a este nível, sucedem-se a um ritmo super rápido. As alianças no sector do retalho alimentar europeu estão a provocar uma profunda transfiguração do mercado, sendo o propósito anunciado sempre o mesmo: reforçar a competitividade face aos competidores mais diretos. Mas com uma consequência prática também sempre igual: ir buscar essa “competitividade” aos destinatários do costume, os respetivos


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fornecedores. A competição atual é muito forte, mas é feita quase exclusivamente com recurso às políticas de preços e de promoções. E a ideia subjacente a todas estas alianças é aumentar a dimensão da entidade compradora e, dessa forma, aumentar exponencialmente as exigências e a capacidade de extrair novas contrapartidas junto dos fornecedores. Mas há um outro objetivo que ajuda a fazer desenvolver estas alianças: a tentativa de se oporem aos “megaplayers” digitais como a Amazon ou Alibaba. E estas alianças tornaram-se num dos focos de maior preocupação de fornecedores e marcas. Primeiro, porque elas não significam geralmente aumentos de vendas, mas, mais do que tudo, porque elas provocam uma degradação substancial das condições contratuais e extracontratuais dos fornecedores. Por outro lado, o número de clientes potenciais diminui, aumentando o poder negocial, já anteriormente, exagerado, dos meus interlocutores. E a esse aumento da pressão negocial associa-se, é fácil de perceber, a tentação de atuar de forma abusiva, de que os exemplos mais simples são a inexistência de quaisquer contrapartidas para as exigências financeiras adicionais efetuadas ou a partilha, entre parceiros dessas alianças, de informação confidencial e exclusiva da relação comercial entre o fornecedor e cada um dos seus clientes. Em Portugal, já tivemos alguns exemplos relativamente recentes desse formato de alianças de compra, com a tentativa de forçar

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há ainda mais rumores do que certezas. De qualquer modo, é fácil perceber que essas entradas são encaradas como uma ameaça sensível pelos principais operadores a atuar em Portugal. Da Mercadona sabe-se que a partir do próximo ano irá abrir os seus primeiros espaços comerciais, mas ainda em número muito reduzido face àquele que é o parque de lojas dos maiores operadores a atuar no nosso país. Da Amazon sabe-se ainda menos, mas tal não impede que os nossos retalhistas mais importantes estejam já a desenvolver ações muito concretas, por exemplo, na redinamização das suas marcas próprias ou no desenvolvimento de ferramentas de comércio eletrónico. Estão, como seria de esperar, a criar os escudos de defesa necessários para poderem enfrentar esses novos competidores, sendo que acredito que, até pelo conhecimento adequado das preferências e racionalidade do consumidor português, não lhes irão estender um tapete vermelho e, bem pelo contrário, irão fazer-lhes uma oposição férrea e eficaz. Infelizmente, esse combate tenderá a agravar a pressão sobre os fornecedores e, para estes, se, por um lado, a concorrência aumentará e as opções de colocação de produtos se multiplicará, este aumento de concorrência e a guerra de preços que tendencialmente gerará irão por certo aumentar ainda mais a pressão negocial e as exigências dos clientes que sempre tentam obter ganhos de competitividade através das degradação das condições de aquisição dos produtos que comercializam. PUB

‘‘A competição atual é muito forte, mas é feita quase exclusivamente com recurso às políticas de preços e de promoções” unilateralmente o reforço das condições de fornecimento, mas nunca se vislumbrando contrapartidas que justifiquem esses pedidos adicionais e exorbitantes. A duração dessas alianças foi relativamente efémera. O resultado prático das mesmas para os operadores que constituíram essas alianças não foi nada positivo. Mas, apesar disso, as condições adicionais impostas quando essas alianças foram constituídas perduraram, na relação com aqueles operadores, bem para lá do desmantelar desses ‘“casamentos”. AeF - Em 2019 abrirão ao público as primeiras lojas da Mercadona em Portugal. Fala-se, por outro lado, que a entrada da Amazon em Portugal está mais próxima do que nunca. O próximo ano adivinha-se agitado e tenso. Julga que será assim? NFT - Não é difícil de prever que 2019 será um ano de múltiplos riscos e desafios. Todos percebemos que tem existido muito ruído em torno da entrada no mercado português, quer da Mercadona, a maior cadeia de distribuição espanhola, quer da Amazon, o maior e mais influente operador, à escala global, do comércio eletrónico. No caso da retalhista espanhola, a estratégia de entrada no nosso mercado, embora venha sendo recomunicada periodicamente, é de há muito conhecida. Já no caso do gigante digital americano,

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AeF - A Centromarca apresentou recentemente um estudo elaborado pela KPMG com números sobre o impacto, em Portugal, da inovação do sector do grande consumo? Que leitura faz dos dados apresentados e que pistas podem ser deixadas para inverter essa situação no futuro? NFT - O estudo da KPMG mostra-nos, efetivamente, que no sector do grande consumo, em Portugal, a inovação não tem ocorrido em grau suficiente ou, pelo menos, não tem tido a capacidade de gerar uma influência decisiva no desempenho das principais categorias de produtos, porque tem sido relativamente escassa, não tem sido suficientemente disruptiva e não tem conseguido mostrar a necessária capacidade de alavancagem do mercado. É verdade que em períodos de maiores dificuldades económicas a inovação tem que percorrer um caminho mais complexo para chegar ao consumidor. E num mercado onde imperam as políticas de baixo preço e onde avulta uma forte pressão promocional, a Inovação tem ainda mais dificuldades em conquistar um espaço nas prateleiras. E é isso que o estudo nos diz... Se a inovação no sector do grande consumo tivesse ocorrido ao nível de Espanha (um país, ainda assim, que se queixa da escassez dessa mesma inovação), a mesma poderia ter gerado aumentos de receitas na ordem dos dois mil milhões de euros, receitas fiscais adicionais de 350 milhões de euros, um potencial gerador de emprego de mais de 26 mil postos de trabalho e um acréscimo do PIB a rondar os mil milhões de euros. Há um alargadíssimo consenso sobre como a inovação é um fator muito positivo para o mercado como um todo. Na verdade, acredito convictamente que um crescimento sustentado do mercado deve assentar numa inovação forte e contínua. Sabemos também, por exemplo, que nas categorias de produtos onde a inovação não chega, os lineares tornam-se amorfos, a compra transforma-se numa maçadora rotina e as únicas dinâmicas obtidas resultam da ação promocional. E sabemos que a inovação exige investimentos vultuosos e qualificados. Investimentos com o produto e a sua embalagem. Investimentos na sua divulgação e colocação no mercado. E a inovação é uma atividade de risco elevado. Os números são conhecidos e mostram como a inovação no nosso sector apresenta uma forte mortalidade, para além de que o retorno obtido é, muitas vezes, pouco atrativo. É por isso que a maximização da inovação tem que ser um objetivo perseguido por toda a cadeia de abastecimento - produtores, transformadores, marcas, retalhistas - sempre tendo em vista proporcionar a mais ampla escolha, a maior qualidade e a melhor

‘‘A maximização da inovação tem que ser um objetivo perseguido por toda a cadeia de abastecimento”

proposta de valor para o consumidor. AeF - A Centromarca vai cumprir o seu 25.º aniversário no ano que vem. Avizinham-se mudanças no seu percurso? Essa data vai ser comemorada de alguma forma especial? NFT - Sim, em 2019, a Centromarca comemorará as suas Bodas de Prata, uma data sempre importante na vida de uma instituição. E, em boa verdade, os motivos que levaram os fundadores da Centromarca a constituir a associação, em 1994, nove anos depois da inauguração do primeiro hipermercado em Portugal, estão longe de estarem esgotados ou resolvidos. Irão certamente surgir ações que chamarão a atenção dos mais interessados pelos nossos temas em relação a essa data redonda, mas a iniciativa mais emblemática será o nosso primeiro grande congresso, que irá decorrer no final da próxima primavera. Um evento que gostaríamos que ficasse na memória de todos mais pelo conteúdo e a imaginação do que pelo fausto ou a presença de uma outra primeira figura, importante mas descontextualizada. Não queria levantar muito o véu, até para que não se perca o efeito surpresa, mas o mote passa por perceber se as marcas são um conceito ultrapassado e do passado ou uma parte da nossa vida, da nossa vida no presente, mas também no futuro. E mais não digo…


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Frutaria Paulinha, um espaço de todos

TEXTO BRUNO FARIAS FOTOS SARA MATOS

Em funcionamento desde há três anos, a Frutaria Paulinha é já uma referência de Bragança no que ao comércio de proximidade diz respeito. Gerida pelos empresários Paula Rodrigues e Carlos Costa, é nesta cidade transmontana que dão continuidade a um projeto de vida em comum que deveria ter arrancado “há mais tempo”. Mas arrancou mesmo e rapidamente se transformou na maior despensa da população que serve e que não troca, por nada, a oferta e o serviço da Frutaria Paulinha.


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na calma de Bragança que Paula Rodrigues e Carlos Costa dão corpo à ligação que se estende além do trabalho. “Sócios” também na vida há já 24 anos, estes empresários transmontanos de gema, nascidos em Macedo de Cavalheiros, são, desde há três anos, a alma por detrás da Frutaria Paulinha. No passado, ficou uma vida ligada ao negócio grossista, com Carlos Costa a trabalhar mais de 20 anos no cash & carry Armazéns da Santa, associado da rede Aqui é Fresco, e no decorrer do qual conheceu o trabalho desenvolvido no seio desta rede que está a mudar o panorama do comércio de proximidade em Portugal. Razão pela qual, quando decidiu dar um novo rumo à sua vida, Carlos Costa não hesitou em abraçar o Nível II da rede Aqui é Fresco, por “conhecer as pessoas, saber os procedimentos e por estar a par do que me poderia trazer”, introduz o sócio-gerente da Frutaria Paulinha. E o Natal de 2015 marcou, mesmo, uma nova etapa na vida deste empresário que deu, assim, continuidade ao que havia aprendido ao longo dos últimos 22 anos da sua vida. Iniciou-se o processo de seleção da localização da loja. Porto, Braga, entre outras hipóteses mais ou menos próximas, a escolha acabou por residir na cidade de Bragança. E foi mais concretamente no

Em apenas três anos, a Frutaria Paulinha já fidelizou um leque alargado de clientes que não passa sem a diversidade da sua oferta ou a qualidade do atendimento prestado. A que se juntam o pão fresco todos os dias ou as entregas ao domicílio número 10, da Rua Amália Rodrigues, que decidiram assentar arraiais. “Escolhemos este espaço e metemo-nos de cabeça. Já devíamos ter começado há mais tempo. Há muitos anos mesmo. Sempre me senti bem no meu antigo emprego, para o qual vivi mais do que para a minha família. A verdade é esta. Não vi a minha filha crescer, estou, somente, a poder fazê-lo agora e ela já tem 20 anos”, assume Carlos Costa. “Pensei logo no Nível II. Já estava interiorizado nas dinâmicas do projeto e, praticamente, foi dar continuidade ao que já conhecia”, reforça o empresário.

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Por tudo isto, o balanço só podia, mesmo, ser positivo, com esta loja de 200 metros quadrados rapidamente a fidelizar uma imensa falange de consumidores de diferentes idades e estatutos sociais. Localizada numa zona habitacional, e com o apoio dos Armazéns da Santa, a Frutaria Paulinha tornou-se na maior despensa de toda a vizinhança e não só. Com a sua boa organização, mas, sobretudo, com a qualidade da sua oferta, com destaque para os perecíveis, mas também para os cerca de três mil artigos sempre disponíveis, o que faz com que muitos dos seus clientes abdiquem de fazer as tão famosas compras do mês pelo facto de ter uma loja com estas características tão perto de si. “Mas também mimamos os nossos clientes”, diz, com orgulho, Paula Rodrigues, sócia-gerente da Frutaria Paulinha. “Além de fazermos, mediante solicitação, a entrega das compras ao domicílio, também deixamos, logo pela manhã, o pão fresco cozido em forno de lenha à porta dos nossos clientes”, acrescenta. Procedimentos de antigamente, que sabem sempre bem, e demonstram a confiança depositada neste estabelecimento que pauta a sua atividade pela oferta de qualidade em frescos, carne e peixe ultracongelado, refrigerados, pré-cozinhados (desde as marcas de fabricante às marcas próprias) e tudo o que faz falta no lar, mas também pelo bom serviço, condimento fundamental para o sucesso. A pensar na comodidade dos seus clientes, e de modo a tornar ainda mais eficaz a comunicação em ONDE FICA? loja, a Frutaria Paulinha Frutaria Paulinha disponibiliza, em ecrãs Rua Amália Rodrigues, localizados à entrada da N.º 10 loja, os mais recentes 5300-430 Bragança folhetos Aqui é Fresco Telefone: 936 585 243 para que todos os que lá

entrem possam não perder as melhores promoções e preços do mercado. Isto a juntar aos cerca de quatro mil exemplares de folhetos físicos que são distribuídos porta a porta por toda a zona envolvente, alargando, assim, a área de influência desta loja. “Os folhetos são, naturalmente, uma ferramenta importante para o negócio. Mesmo numa localidade mais pequena, os consumidores valorizam muito. E são um fator dinamizador de vendas, sem dúvida”, considera Carlos Costa. Trabalho contínuo na fidelização dos clientes e na atração de novos, já que a Frutaria Paulinha se localiza na zona nova da cidade, mais concretamente na proximidade do Hotel Ibis de Bragança, o que faz com que a qualidade da sua oferta desperte também muita curiosidade junto dos turistas que rumam até ao nordeste transmontano. Ritual que pode ser de todos os dias, ou de oportunidade. A verdade é que a cidade de Bragança ficou mais rica com a abertura deste espaço que prima pela qualidade da oferta, pela simpatia do atendimento e primor do serviço, ao disponibilizar tudo o que os locais precisam para o lar num ambiente de loja moderno e apelativo, num espaço que convida a entrar e a repetir esse mesmo gesto, muitas vezes. Encontrar a Frutaria Paulinha é fácil, sair de lá satisfeito é ainda mais. Até pelo horário alargado com que opera: das 8 às 20 horas de segunda a sábado. Ali mesmo, na Rua Amália Rodrigues. Na tranquilidade da capital de distrito com o mesmo nome.


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s origens da Renova remontam à segunda década do século XIX, quando o inglês David Ardisson escolheu as margens do Rio Almonda para fabricar artesanalmente papel. Datam precisamente de 1818 registos de uso de marca de água Renova em folhas de papel fabricadas no local onde ainda hoje a Renova mantém a sua sede. 200 anos depois, em 2018, a empresa 100% portuguesa comercializa esta marca ímpar em mais de 70 países, nos cinco continentes. Conta, em 2018, com cerca de 620 colaboradores diretos, suportando duas unidades industriais e centro logístico em Portugal - Torres Novas, uma terceira unidade produtiva em SaintYorre, França, inaugurada em 2016. Mantém escritórios comerciais em Lisboa, Porto, Madrid e Paris, continuando a sede da Renova localizada em Torres Novas, num perímetro industrial que engloba divisões de Reciclagem, Fabricação e Transformação de papel tissue. Os primeiros anos de atividade da Renova foram dedicados ao fabrico e comercialização de papel de escrita, impressão e embalagem, iniciando no final da década de 50 um percurso pioneiro de desenvolvimento de produtos de papel tissue para uso doméstico e sanitário, fundando em Portugal o mercado de produtos descartáveis em papel, que inclui, para além de papel higiénico, guardanapos, lenços de bolso, rolos de cozinha e lenços faciais, segmentos onde ainda hoje continua a ser marca líder. A forte matriz inovadora, agilidade organizacional e capacidade de antecipação de tendências da Renova têm permitido à marca apresentar continuadamente novas soluções para responder às necessidades e expectativas dos cidadãos. A marca lançou, entre muitos outros, os primeiros lenços coloridos e perfumados com propriedades de aromaterapia, rolos de cozinha em papel antibacteriano, ou papel higiénico com micro-gotículas de creme hidratante. Foi a Renova a primeira marca no seu sector a testar dermatologicamente

os seus produtos, estabelecendo com os consumidores uma forte ligação de confiança. A Renova lançou a primeira gama de produtos de papel certificada com o Rótulo Ecológico da União Europeia. Renovagreen são produtos fabricados com papel 100% reciclado, respeitando apertados critérios ambientais referentes à utilização de energia, produção e tratamento de resíduos ou emissão de poluentes. Um outro marco na história da marca Renova foi o lançamento de Renova Black, o primeiro papel higiénico preto do mundo, atingindo estatuto de produto iconográfico, ao quebrar o dogma dos produtos “impensáveis”. O papel higiénico preto colocou a marca Renova nos cinco continentes, acelerando o processo de expansão global da marca, agora disponível em mais de 70 geografias. A inovação é a base da estratégia de diferenciação da marca, permitindo-lhe continuar a desempenhar uma missão de first mover. Inovação de produto, mas também na comunicação, com o desenvolvimento de campanhas publicitárias irreverentes ou comissões artísticas alicerçadas nos valores da marca Renova. São exemplos relevantes os trabalhos com fotógrafos de prestígio internacional como Jean-François Jonvelle, Peter Lindbergh ou François Rousseu. Em 2017, a Renova consolidou um plano de investimentos de 40 milhões de euros na construção de uma nova unidade de fabricação de papel tissue. A máquina de Papel Nº7 da Renova foi um projeto tecnologicamente inovador e pioneiro em toda a Europa, permitindo aumentar a sua capacidade de fabricação de papel em 50%. O papel higiénico Renova Magic, lançado globalmente nesse ano, foi o primeiro produto a incorporar papel fabricado com tecnologia 4D da Renova, inaugurando uma linha de produtos com um papel estruturado que maximiza os parâmetros de absorção e resistência, incrementado


e campanhas publicitárias irreverentes ou comissões artísticas alicerçadas nos valores da

AQUI É FRESCO DEZEMBROinternacional 2018 41 ENOVA. São exemplos relevantes os trabalhos comREVISTA fotógrafos de prestígio como

rançois Jonvelle, Peter Lindbergh ou François Rousseu.

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Foi igualmente em França, Saint-Yorre, que a Renova

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m em papel substituindo plástico, comoCinco resposta a uma expectativa crescente doscategorias cidadãos em alargar a outras de produto, e que consiste na em 2017 com osoprémios “Marca Estrelas” e “Produit eliminação progressiva do plástico acompanhada de uma de l’Année”, atribuído respetivamente em Portugal e França. undo. Assente em dois vetores, sustentabilidade e simplicidade, esta é a primeira etapa de uma

que a Renova vai alargar a outras categorias de produto, e que consiste na eliminação progressiva certificação ambiental Euro Eco Label e FSC, com garantia reforçou a sua capacidade produtiva com instalação da sua

primeira unidade industrial fora de Portugal, de modo a de matérias-primas resultantes de uma gestão florestal Oo papel higiénico Renova Magic lançado globalmente ano, foi o primeiro produto a incorpor acompanhado deouma simplificação da em rotulagem das Anesse gamauma tem certificação das formas mais efetivas de mitigação das favorecer crescimento da marca mercados noembalagens. centro responsável, e norte da Europa e incrementar a sua presença noutros

alterações climáticas. Toda a atividade produtiva da Renova

Euro Eco Label e FSC, com garantia de matérias primas resultantes de uma gestão florestal apel fabricado tecnologia 4D da Renova, inaugurando linha de produtos um papel é orientada poruma Sistemas de Gestão certificados com – OHSAS continentes,com nomeadamente na América do Norte.

el, uma das mais efetivas de mitigação das aalterações Toda a atividade 18001 (Higiene, Segurança e Saúde), ISO 14001 (Ambiental), Em formas 2018, assinalando dois séculos como marca, Renova climáticas.

ISO 9001 e NP4457 (Inovação). acabaque de lançar uma nova gama produtos com embalagem struturado maximiza osdeparâmetros de absorção e(Qualidade) resistência, incrementado excecionalmen da Renova é orientada por Sistemas de Gestão certificados – OHSAS 18001 (Higiene, Segurança

em papel substituindo o plástico, como resposta a uma dos cidadãos em todo o (Inovação). mundo. A Renova atinge globalmente um volume de faturação superior SO 14001 expectativa (Ambiental crescente ), ISO 9001 (Qualidade) e NP4457 Assente em dois vetores, sustentabilidade e simplicidade, a 150 milhões de euros, dos quais, mais de 50% com a exportação dos seus produtos para mais de 70 países. Em Portugal é marca líder de mercado em todos os segmentos onde opera, sendo em Espanha líder no mercado de guardanapos de papel.

uavidade. Renova Magic foi distinguido em 2017 com os prémios “Marca Cinco Estrelas” e “Pr

e l’Année”, atribuído respetivamente em Portugal e França. Foi igualmente em França, Saint-Yor

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uropa e incrementar a sua presença noutros continentes,responder nomeadamente na eAmérica do Norte. às expectativas necessidades dos cidadãos, ao mesmo tempo que consegue criar oportunidades reais de negócio e valor. A Renova quer continuar a surpreender o mercado alavancando a credibilidade e notoriedade de uma marca cada vez mais global. www.myrenova.com

atinge globalmente um volume de faturação superior a 150 milhões de euros, dos quais, mais


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UniLoja: um parceiro ativo do Aqui é Fresco

TEXTO BRUNO FARIAS FOTOS SARA MATOS

Em fevereiro de 2019, a UniLoja registará um total de nove lojas em funcionamento fidelizadas à rede Aqui é Fresco. Um importante ativo por parte do associado Abel Narciso Jorge, S.A. e que demonstra a inequívoca confiança no trabalho desenvolvido pela rede que tem vindo a fidelizar clientes por todo o Alto Minho. Uma extensa cobertura geográfica pela mão deste associado, que se estende desde Valença a Viana do Castelo, e que tem levado a qualidade da oferta e o bom serviço a todos os lares da região.


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iana do Castelo, a cidade do Alto Minho que surge aos pés do monte de Santa Luzia, é conhecida pelas suas gentes, boa gastronomia, festivais religiosos, praias de eleição, mas não só. É nesta cidade que a UniLoja, marca de comércio de proximidade do associado Abel Narciso Jorge S.A., disponibiliza duas das suas mais representativas lojas de comércio de proximidade. Ao todo, ao dia de hoje, são sete os pontos de venda UniLoja que o grossista liderado pelo empresário José Augusto Jorge tem integrados na rede Aqui é Fresco, com Viana do Castelo a acolher mais duas lojas já em meados de fevereiro do ano que vem, elevando, assim, para nove o número de lojas operadas, quatro das quais em Viana do Castelo. “Todas as lojas UniLoja estão no projeto. A loja de Monserrate é a sétima e, no dia 1 de fevereiro de 2019, estará inserido no projeto um total de nove. As duas próximas serão as maiores, uma das quais com 320 metros quadrados, ainda que a de Monserrate já tenha 215 metros quadrados e outros tantos de armazém”, detalha José Augusto Jorge. Inaugurações a realizar na zona de Viana do Castelo, nomeadamente em Areosa e Santa Marta, que irão reforçar a cobertura geográfica deste operador localizado em Seixas, no concelho de Caminha, e que disponibiliza lojas de comércio de proximidade em localidades tão distintas como Vilar de Mouros, Vila Nova de Cerveira, Caminha e Valença. Cobertura geográfica que permite levar a localidades menos povoadas o que de melhor o comércio de proximidade pode proporcionar, com toda a conveniência. “As lojas estão com um serviço afinado para os locais onde se inserem. São lojas muito dignas, o atendimento é atencioso e de qualidade, o cardex de produtos é muito acima da média normal para os locais onde estamos inseridos e isso faz com que os clientes encontrem a grande parte dos produtos que procuram. Inclusive, na aldeia encon-

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tram coisas que teriam que sair para poder comprar. Os folhetos, promoções e marca própria ajudam à venda, claro. Por um lado, o facto de ser uma loja de rede ajuda à diversificação do cardex, por outro, dignifica os espaços. Os mesmos estavam por identificar e notou-se que as pessoas comentam, gostam, ficam agradadas. Gostam da imagem, da disposição dos produtos, do saco de plástico, do avental, entre outros aspetos. Portanto, o todo é que faz com que as lojas tenham o sucesso que têm”, reforça. Sucesso que tem surgido de forma crescente, com base no

A cidade de Viana do Castelo irá receber, até fevereiro de 2019, duas novas lojas por parte deste aderente que, reforça, assim, o compromisso com a localidade e com a rede. Ambas disponibilizarão serviço de padaria AF_AEF_Vegalia.pdf

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trabalho feito, de forma consistente, assertiva e com um ritmo próprio, com o exercício de 2018 a ser muito profícuo para a UniLoja, que passou de seis para nove lojas, uma vez que a última (a abrir em fevereiro) é considerada, ainda, um projeto de 2018. “2019 será o ano de estabilização. O número de lojas presentemente deixa-me satisfeito, mas nunca se sabe qual será o futuro. É importante ter bons recursos humanos para fazer as lojas trabalhar. Provavelmente, já devíamos ter dado este salto há mais tempo. Foi também uma questão de aprendizagem, mas foi agora, o que também obrigou a várias adaptações em termos da implementação dos sistemas informáticos. ONDE FICA? Queremos que, até final UniLoja Meadela do ano, as lojas passem Rua Abade Barros, a receber mercadoria sem N.º 13 a 15 fazer a encomenda. Esta4900-810 mos a terminar a impleMeadela/Viana do Castelo mentação desse processo, Telefone: 258 728 333 caso contrário, não conse-

guimos controlar os stocks com a realidade que entendemos que o mesmo tem que ter”, valida o administrador da UniLoja. Aposta de futuro que irá permitir abordar, de forma efetiva, o mercado e o seu consumidor tipo, com as duas novas lojas de Viana de Castelo a serem bastantes distintas em termos de conceito e de perfil de cliente. “As duas lojas estão na mesma cidade e as vendas são absolutamente distintas. Numa delas, apenas colocámos uma vez arroz na prateleira, mas a necessidade de pizzas obrigou a alterações da nossa logística. Não queremos chegar lá e perturbar o negócio, queremos, sim, chegar lá e adaptar o nosso negócio. Uma delas está numa zona habitacional e tem os estudantes do Politécnico, com esta população a obrigar à adaptação do nosso sortido (abriu a 3 de novembro) e de alguma disposição de loja. A loja está digna, tem corredores grandes que vão receber ilhas promocionais, etc. Mas a grande novidade da nossa oferta, e que vai estar nas nossas duas lojas, é o serviço de padaria. E, depois, vamos tentar perceber como vai evoluir esta oferta em relação às restantes lojas”, assegura o empresário. Apesar da expansão poder ser considerada algo lenta, José Augusto Jorge prefere caracterizá-la de assertiva, com a conjugação do fator localização, recursos humanos, cardex de produtos e posicionamento de preço a constituir um “mix” que faz com que as lojas UniLoja sejam procuradas. No fundo, predicados que o gestor reconhece à própria rede Aqui é Fresco, cuja evolução tem ido de encontro aos objetivos a que se propõe. “O balanço destes sete anos ligado ao Aqui é Fresco só pode ser positivo, ainda que, hoje, o contexto económico seja mais favorável. A rede tem evoluído francamente de forma sólida e está cumpridora de todos os compromissos que assumiu, quer interna quer externamente”, confirma. Razão pela qual o futuro é, sem dúvida, construído com afinco, dedicação e trabalho, com o Aqui é Fresco, em paridade com a UniLoja, a serem as bandeiras do comércio de proximidade no Alto Minho, onde este associado chama a si a responsabilidade de fazer chegar os melhores produtos, aos melhores preços, a todos os que optam por fazer compras no parque de lojas detido. “O futuro é mesmo para a frente. Espero que um dia o Abel Narciso Jorge tenha alguém que dê continuidade a este projeto, como eu dei com o meu antecessor, mas isso terá que se aguardar”, conclui, confiante, José Augusto Jorge.


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Centennials, a próxima geração de consumidores

TEXTO CARINA RODRIGUES FOTOS SHUTTERSTOCK

São o grupo de consumidores que está agora a atingir os 21 anos e que tem uma influência já considerável, segundo um estudo da Kantar. Chamam-se Centennials e as marcas terão de se conectar aos seus valores, crenças e expectativas, sob pena de enfrentarem desafios ao seu crescimento futuro.

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s Centennials já representam 35% da população mundial e estão a converter-se numa potência económica com uma crescente influência nos gastos e na fidelização às marcas. Digitalmente dependentes, estes consumidores usam os seus smartpho-

nes até 30% mais que os maiores de 21 anos. Além disso, os Centennials mudam rapidamente se uma experiência de marca não proporcionar o que necessitam. 62% não usa uma app ou um site que seja difícil de navegar e 63% confirma ter instalado um bloqueador de anúncios no


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seu smartphone ou PC. O estudo assinala que esta geração é cada vez mais influente nas decisões de compra da família, que os encarrega de recolher informação sobre os produtos, comparar opiniões e assessorar no processo de compra. Deste modo, três quartos dos Centennials influenciam as principais decisões dos gastos familiares, uma tendência mais frequente nos sectores dos alimentos e bebidas (77%), mobiliário (76%) e artigos para o lar (73%). Alterações Com cada mudança de geração, novas exigências são impostas em termos sociais, políticos e de consumo, com os consumidores à procura de coisas diferentes dos membros da geração anterior. Muitas vezes, essas alterações não são muito pronunciadas. Outras vezes, no entanto, representam uma rutura completa e absoluta. Foi o que aconteceu com a geração dos Millennials, com os seus gostos e interesses muito diferentes daqueles que os precederam, forçando marcas e empresas a repensar completamente a sua estratégia. E é o que está a acontecer agora com os membros da Geração Z, ou Centennials, também radicalmente diferentes dos consumidores anteriores. Os Centennials odeiam falar ao telefone, o que tem impacto sobre a forma como se relacionam com negócios. Apenas 38% destes consumidores escolhem o serviço ao cliente

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como o meio preferido para se conectar com as marcas e, na verdade, preferem encontrar uma solução eles mesmos e utilizar recursos online. Uma das ideias normalmente associadas com o crescimento e a maturidade é ser-se detentor e controlar uma conta bancária. No entanto, os membros da Geração Z estão habituados já a controlar as suas finanças e as despesas. Na verdade, de acordo com os dados de uma pesquisa da Forrester, 81% faz as suas próprias compras, 77% controla as suas finanças e 72% até poupa parte do rendimento. Também são muito mais abertos a novas formas de pagamento. Comparativamente a outros grupos demográficos, os Centennials são muito mais exigentes com as marcas que não acompanham a tecnologia. 21% pararia de usar uma marca que não respondesse nas redes sociais (em comparação com 9% dos Millennials) e 23% abandonaria uma marca que não oferecesse serviço móvel. Ser-se lento no chat de atenção ao cliente também é motivo de penalização para 20% dos membros da Geração Z. Estes consumidores são diferentes dos outros e exigem mudar completamente a forma como os serviços são oferecidos. Esta abordagem é o que a Forrester chama de “consumo com poder”, em que não só têm a última palavra, como também obrigam o fabricante a ser empático, a personalizar, a ser seguro e, acima de tudo, a ser absolutamente focado no consumidor. PUB


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Zona Norte Supermercados: mais que uma loja, um projeto de vida

TEXTO BRUNO FARIAS FOTOS SARA MATOS

O Zona Norte Supermercados é o estabelecimento de referência de Vila Pouca de Aguiar. Uma loja de Nível II da rede Aqui é Fresco que disponibiliza um sortido de mais de seis mil referências, mas, acima de tudo, um atendimento dedicado e uma área de venda ímpar. Uma loja pensada ao pormenor para proporcionar, todo o ano, uma experiência de compra superior a todos os que lhe dedicam a sua preferência.


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ala com a calma de quem sabe e de quem se sente bem na sua pele. António Jorge de seu nome responde, bem-disposto, quando lhe é questionado o apelido. “Jorge, chega”, diz, sem hesitar, e com um sorriso genuíno desenhado no rosto. É na calma de Vila Pouca de Aguiar que desenvolve a sua atividade, com o Zona Norte Supermercados a ser mais do que uma loja. Um estabelecimento de referência para muitos, um apoio necessário para outros, com o facto de estar de portas abertas na localidade que viu o seu progenitor nascer a trazer, com isso, responsabilidade acrescida. Não tanto na condução do negócio, que é exigente por si, mas pelo facto de conhecer mais de 90% dos habitantes de mais uma “grande aldeia” do nosso país. O que faz com que ter um supermercado de portas abertas não se limite à mera transação de bens por capital. A dimensão humana que a presença do Zona Norte Supermercados assume nesta localidade transmontana supera a sua realidade física, ao assumir-se como um dos principais mecenas de atividades locais de cariz social, associativo ou desportivo. “Concorrer nestes meios considerados mais pequenos não é linear e não pode ser feito só com preços. Mesmo que os preços, em folheto, sejam 2 ou 3% mais baratos que a concorrência, não quer dizer seja um sucesso ou que traga gente à loja. O preço é um fator importante, mas existem outros aspetos que também são de relevo, sendo que o preço se calhar não é o principal. Temos, isso sim, uma responsabilidade social muito grande que resulta em diversos patrocínios, todos os anos, para iniciativas do ponto vista desportivo e social”, introduz António Jorge. Em suma, uma palavra e um pouco de tempo e atenção para quem a si se dirige, pois, afinal, e como recorda, “somos a cara da loja”. Estabelecimento que disponibiliza um total aproximado de seis mil referências e uma área de venda de 520 metros quadrados, onde se pode desfrutar de uma experiência de compra superior, fazendo de cada compra um ato de prazer num espaço que convida a entrar e a voltar, muitas vezes. “As pessoas valorizaram muito a mudança de loja para um espaço maior, mais amplo e bem iluminado. Passámos para uma casa climatizada, de verão e de inverno, o que nos extremos, para uma loja desta dimensão, tem um custo muito elevado, mas para nós é um investimento. Em termos de iluminação, optou-se por uma iluminação estudada e apropriada que traz conforto, claridade, segurança e comodidade. Foi um investimen-

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to muito grande, mas, no comércio de proximidade, não estamos neste negócio a pensar no curto prazo, mas, sim, no longo prazo. Pensar que até podemos ter 20 anos desta vida, mas vamos ter outros tantos. O foco tem que ser por aí”, partilha. Ou a experiência trazida do passado em outras áreas de negócio, com o atendimento ao público a ser encarado como um desafio, assim como uma responsabilização constante, não só pela qualidade do atendimento, como pela qualidade da oferta comercializada. “Vendemos e somos responsabilizados pelo que vendemos, é esse o ónus do comércio de proximidade. Se formos responsáveis, vamos ressarcir o cliente caso seja defraudado nas suas expectativas, de modo a que continue a voltar”, assume, contundente. E para quem trabalha, quotidianamente, com esta filosofia bem presente na teoria e na prática, ao aderir ao Aqui é Fresco a escolha somente poderia ser o de abrir portas com uma loja de Nível II. Uma escolha feita em consciência e que se deve, entre outros aspetos, ao facto de o comércio estar a evoluir, assim como as opções dos próprios clientes serem bem mais latas face ao cenário vivido há uns anos atrás. Mesmo em meios mais pequenos, apresentam-se mais exigentes e informados. “Falando por mim, e apenas posso falar por mim, verifico que vão mais vezes à loja, fazem compras mais pequenas, ou seja, um ticket mais baixo, mas com mais frequência e variedade. São muito informados, não só ao PUB

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nível do comprar na minha loja e nas outras, e sabem, muito bem, o que me vão comprar, assim como sabem o que vão comprar noutros lados. Se estivermos atentos, conseguimos obter informação necessária para melhorar a nossa atividade. Se o cliente precisa de 20 artigos e eu só lhe vendo dez do que precisa, vai buscar, naturalmente, os restantes dez a outro lado. Se lhe puder vender 12, melhor! É por aí que tenho que aumentar a faturação, o que me levou a aumentar a loja e a disponibilizar mais serviços”, detalha António Jorge. Carne de primeira qualidade, peixe fresco todos os dias (proveniente de Matosinhos), padaria e charcutaria, além de tudo o que faz falta no lar, mas sem esquecer as mais recentes tendências de mercado, onde se incluem os inova-

dores produtos biológicos e que são passíveis de ser adquiridos no Zona Norte Supermercados. Uma das mais dinâmicas tendências de mercado, cuja procura define um perfil de consumidor que busca qualidade, e não tanto preço, com este estabelecimento a conseguir vender essa mesma diversidade e qualidade a um preço mais baixo face a outros competidores das redondezas. “Tento ver o que de bom se faz noutros lados para que possa acompanhar o que se passa no mercado. Felizmente, sei falar e escrever noutros idiomas o que me dá muita liberdade de pesquisa. Se tivermos uma loja em que conseguimos ter essa leitura, proporcionar mais espaço em prateleira a estas tendências e a esses produtos, estamos a ir de encontro às pretensões dos clientes. Já não faz sentido, por exemplo, ter nove marcas de óleo em prateleira. Acredito que as marcas de referência nos fazem a casa e que a marca própria ONDE FICA? é para auxiliar a venda, Zona Norte Supermercados um complemento de quaAv. General Humberto lidade e preço que ajuda a Delgado, N.º 9 fidelizar um cliente à loja. 5450-004 Mas não acredito numa Vila Pouca de Aguiar loja onde a marca própria Telefone: 96 679 55 73 seja rainha”, adianta o

empresário. Folheto dinamiza E uma loja de qualidade como o Zona Norte Supermercados tem que ter um folheto promocional. Uma ferramenta de comunicação que impacta, cada vez mais, consumidores e funciona como um grande ponto de contacto entre aquilo que são as mais recentes inovações do mercado e as necessidades comerciais efetivas dos retalhistas que as comercializam. Um equilíbrio muito bom para a loja, no entender de António Jorge. “E ultimamente os folhetos têm estado muito bem feitos, equilibrados, com 40 a 50 artigos diversificados e que proporcionam liberdade de escolha. Muitas vezes, os clientes estão à saída, estão na caixa, e, ao ver o folheto, pegam, voltam para trás para levar algo que não tinham visto estar em promoção, ou até mais qualquer coisa. Isso é um bom folheto! Faz a diferença. Ter bons artigos com preços competitivos sem sobrecarregar as pessoas. Diversidade é melhor que quantidade! Comparado com o existente à escala nacional, o folheto do Aqui é Fresco é do melhor que pode haver”, considera. Uma realidade apenas possível graças à inclusão numa rede de comércio integrado, o que permite ser competitivo e ter acesso ao que de melhor a indústria pode proporcionar em termos de novidade e inovação. O que é possível vislumbrar, ano após ano, a cada convenção anual do Aqui é Fresco, que se apresenta estruturante para observar, em primeira mão, as novidades que estão prestes a chegar ao mercado, falar, pessoalmente, com os representantes das marcas, entre outros aspetos positivos. “Na última convenção percebi que era assistido, no pós-venda, por mais de 80% das marcas lá presentes. Esse apoio comercial é muito importante para nós, pois cada loja tem as suas especificidades. No caso da nossa, vendemos muitos produtos para o canal Horeca, o que faz com que tenhamos necessidade de comprar produtos específicos para esse canal e esse apoio vem através da presença nas convenções. Outro exemplo resume-se de forma simples: nós fazemos um linear, mas um planograma feito por um gestor da marca faz toda a diferença. A sua visão é muito diferente da nossa. Por tudo isso, a convenção é essencial para a nossa atividade”, reforça. Por todas estas razões, na altura de fazer o balanço, o mesmo só pode ser positivo pois, como António Jorge recorda, têm surgido oportunidades, mas “tive a sorte de poder escolher com quem queria trabalhar e optei por estar com o Aqui é Fresco. Foi a opção que tomei e estou muito satisfeito com a mesma”, conclui. Palavra de empresário.


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Soluções de refrigeração para todos os formatos TEXTO BÁRBARA SOUSA

FOTOS SARA MATOS/SHUTTERSTOCK

É através do supermercado de proximidade que as insígnias estão a voltar para o centro das cidades. Paralelo a esta localização privilegiada estão alguns desafios aparentemente impossíveis de contornar para os proprietários, como a falta de espaço. Assim, frigoríficos e arcas – equipamentos básicos para manter os clientes satisfeitos – do tamanho certo são essenciais para garantir que todos os seus alimentos e bebidas sejam mantidos à temperatura adequada. Isto sem descurar a preocupação com o consumo de energia e a minimização do impacto no meio ambiente, temas que muito preocupam os retalhistas.


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É

indiscutível que os supermercados de proximidade e de conveniência são os novos protagonistas dos centros das cidades. Estes locais apostam nos produtos frescos provenientes, em muitos casos, de hortas urbanas, mas também abastecem os habitantes mais próximos de produtos embalados e congelados. Em particular, disponibilizar produtos congelados traz consigo uma série de questões ambientais e de consumo de energia que os retalhistas devem considerar. De facto, a abertura de supermercados de proximidade aumentou exponencialmente a procura de frigoríficos. Contudo, deve-se destacar que, com este crescimento, também se aumenta o consumo de energia, pelo seu funcionamento sem interrupções, e a utilização de gases refrigerantes. Trata-se de uma situação que pode ser preocupante para a sustentabilidade do planeta. O aumento dos custos de energia e o aumento do reconhecimento das responsabilidades de gestão ambiental estão a incentivar alguns retalhistas – e algumas empresas fornecedoras de equipamentos de refrigeração – para níveis mais elevados de eficiência energética. Do ponto de vista da sociedade, muitas vantagens podem derivar de um esforço estratégico para implementar sistemas de refrigeração aprimorados em instalações de retalho. Através do investimento efetuado pelo Grupo Fricon nos últimos anos, fundamentalmente em pesquisa e desenvol-

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vimento de novas tecnologias, a empresa foi capaz de implementar e lançar várias soluções inovadoras no mercado, mais eficientes em termos energéticos e também amigas meio ambiente. “Alocamos grande parte de nosso orçamento de investimento na pesquisa dos melhores resultados e apoiámos este processo com o desenvolvimento de novos laboratórios de teste com tecnologia de ponta, como uma ferramenta de otimização e monitorização de produtos, sendo com isso capazes de testar as nossas unidades aplicando todas as condições climáticas do mundo, pemitindo aumentar a eficiência de nossos equipamentos. Estamos empenhados em que as nossas soluções cum-

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pram políticas e certificações ambientais em cada região do globo, desafiando-nos ainda a lançar novos produtos competitivos e de alto desempenho”, explica Ricardo Pereira, do departamento de marketing da Fricon. A Fricon sempre se concentrou na inovação como uma estratégia de negócios e na procura de novas soluções que possam agregar valor ao mercado e fundamentalmente ao cliente, através da otimização da experiência de consumidor. Essa visão levou-os a uma posição de liderança global em novas soluções de refrigeração para diversas áreas de negócios, sendo motivo de orgulho a presença em “110 + 1 países em 2018”. “Na Fricon, estamos comprometidos em minimizar o impacto que as nossas unidades têm no meio ambiente e também em como podemos alcançar os melhores resultados em eficiência energética que permitirão que os nossos parceiros cumpram suas metas. Aprimorando constantemente as nossas unidades até o limite, concentrando os nossos esforços em termos de consumo de energia e com a introdução de vários novos componentes nos nossos equipamentos, conseguimos reduzir o consumo de todas as nossas unidades”, refere. Eficiência energética Os rigorosos requisitos da legislação alimentar europeia e a crescente demanda dos clientes por conveniência e produtos frescos exigem uma extensa refrigeração de alimentos. A refrigeração de produtos frescos e congelados responde por até 50% do consumo de energia de uma loja que lida

principalmente com alimentos. Independentemente de as lojas serem equipadas com unidades de refrigeração autónomas ou sistemas de refrigeração, manter a cadeia de refrigeração e, portanto, a qualidade do produto 365 dias por ano, 24 horas por dia, envolve sempre alto consumo de energia. O consumo de energia de um ponto de venda pode variar consideravelmente dependendo do formato e segmento. Mas o retalho de alimentos é responsável pelo maior consumo específico devido ao alto consumo de energia para refrigeração de alimentos e apresentação de mercadorias na área de produtos frescos. Para a Fricon, “a possibilidade de equipar as nossas soluções com uma carga de gás muito baixa reflete-se num baixo consumo. Recorrendo à tecnologia ‘waterloop’, conseguimos reduzir a extração de calor do equipamento, como exemplo das soluções disponíveis. Neste momento, podemos garantir que, na linha de equipamentos do supermercado, as unidades Fricon têm o menor consumo quando comparadas com unidades semelhantes”, afirma o representante da empresa pioneira no mercado português, no segmento de frios doméstico e comercial. Melhorias na eficiência energética estão intimamente associadas à redução das emissões de gases de efeito estufa e constituem um elemento essencial das políticas de mudança climática e energia. Tendo em conta os desafios urgentes das alterações climáticas, as tecnologias devem continuar a ser avaliadas com base na sua eficiência energética, no entanto, no contexto mais amplo, também da sua pegada ambiental global. Espaço Os sistemas tradicionais de gestão de energia não são superiores em termos de eficiência energética, contudo, um sistema descentralizado modular oferece benefícios adicionais. Nomeadamente, uma arquitetura distribuída modular pode ser um investimento mais flexível e económico para as lojas de proximidade. Esse sistema de gestão de instalações também pode ser personalizado para atender às necessidades de um retalhista, pode ser parte de uma ampla solução corporativa, bem como funcional para os operadores que desejam o controlo básico das instalações com acesso remoto. A flexibilidade da tecnologia dos produtos da Fricon permite aos retalhistas adaptar e customizar as suas unidades


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e, potencialmente, personalizar o equipamento diretamente da produção conforme necessidades específicas. “Ao longo dos 42 anos da história da Fricon, lançámos vários modelos, direcionados a diferentes de áreas de negócio, e essa proatividade permitiu um crescimento até os dias de hoje. A proximidade com diversos tipos de parceiros, com necessidades diferentes, deu à Fricon o potencial de desenvolvimento de soluções novas em conjunto com diversos parceiros”, refere o representante. “A Fricon está disponível para entender e desenvolver novas soluções de refrigeração - tecnologia plugin - para um alargado leque de áreas de negócio, com o objetivo de atender as necessidades identificadas junto do mercado”. Outro exemplo são os murais Arneg da BestCool, empresa com mais de 50 anos de história especializada na instalação de equipamentos de refrigeração. Os murais Arneg oferecem uma ampla gama de variantes e módulos para vendas de self-service de produtos congelados, permitindo assim ao cliente escolher o móvel mais adequado aos seus requisitos. “A necessidade de melhorar a exibição do produto exposto e de facilitar a seleção do mesmo, juntamente com o objetivo de oferecer móveis com um desempenho técnico de excelência, permitiu criar algumas das soluções mais avançadas no mercado”, declara Fortunato Nicolau, CEO da BestCool. A este móvel com consumo reduzido de energia vem jun-

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tar-se outra possibilidade para os retalhistas: as Arcas Duplas. Trata-se de expositores profissionais para produtos congelados com área de ocupação reduzida que apresentam um design ergonómico e único, com instalação fácil e sem manutenção. Além de apresentaram elevado desempenho, “o seu baixo consumo por litro garante fiabilidade e elevada eficiência”, indica Fortunato Nicolau, para concluir que são equipamentos com “controladores eletrónicos de temperatura, elevada eficiência energética e custos reduzidos (consumo reduzido por litro)”. PUB

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Um legado de 60 anos de experiência em tecnologia de limpeza A marca Scotch-Brite orgulha-se de aliar a inovação às necessidades dos consumidores portugueses. Foi neste âmbito que desenvolvemos produtos e gamas adaptadas aos diferentes consumidores e às várias tarefas da limpeza do lar. A marca celebra seis décadas tendo sido criada pela 3M nos Estados Unidos, em 1958, e à época revolucionou o mercado das esponjas de limpeza. Nas casas dos portugueses entrámos há mais de cinco décadas com os nossos esfregões de fibra verde com ou sem esponja, como o esfregão verde normal e o salva unhas. Atualmente, a Scotch-Brite tem várias gamas de produtos como a Gama Universal / Não Risca para limpar superfícies delicadas, como placas de vitrocerâmica ou superfícies antiaderentes, de forma eficaz e sem as danificar. Mais recentemente, lançámos os esfregões da Gama Extreme para fazer face à dificuldade

nas limpezas mais complicadas como a limpeza de churrascos, grelhas, bicos e ferramentas. Desenvolvemos, ainda, gamas para a limpeza da Casa de Banho, como os esfregões de fibra branca e diferentes tipos de panos para as mais diversas utilizações. Com a evolução da marca as tradicionais esponjas ganharam novos formatos e atributos, como os salva unhas ergonómicos e ainda esfregões com esponja celulósica com um grande poder de absorção de líquidos. Criámos uma linha de removedores de pelos a pensar nos consumidores com animais de estimação, que removem eficazmente os pelos dos nossos animais, assim como fios de tecido e cabelos, entre outros. Atualmente somos líderes no sector das esponjas de limpeza estando presentes em mais de 60 países e possuímos um portefólio com mais de 80 produtos. A visão da marca mantém-se inalterada até aos dias de hoje e, por isso, o processo de criação dos nossos produtos tem origem nas necessi-


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dades dos consumidores e nos avanços tecnológicos que nos permitem criar produtos cada vez mais eficazes e sustentáveis. A Scotch-Brite promete novidades e novos produtos para o ano que se segue.

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3 tendências globais de alimentos e bebidas para 2019

TEXTO BÁRBARA SOUSA FOTOS SHUTTERSTOCK

A Mintel revelou as três tendências do futuro, que impulsionarão o avanço da inovação global em alimentos e bebidas, a partir de 2019. Olhando para o futuro, Jenny Zegler, diretora associada da Mintel Food and Drink, discute como as questões de sustentabilidade, saúde e bem-estar e conveniência vão inspirar a formulação, embalagem, marketing e muito mais nos próximos anos.


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“Em 2019, o apoio e a procura por mais programas de sustentabilidade crescerão, à medida que os consumidores entenderem melhor o que é necessário para se aproximarem de uma economia verdadeiramente circular. Esses esforços de sustentabilidade passarão não apenas por melhorar o acesso à reciclagem, mas também por criar produtos com ingredientes que sejam cultivados de acordo com práticas agrícolas regenerativas”. A Mintel indica ainda que é expectável ver os fabricantes de alimentos e bebidas a olharem para a indústria de beleza e cuidados pessoais como inspiração para o desenvolvimento

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de produtos saudáveis. “Mais alimentos e bebidas abordarão questões de saúde relacionadas com a longevidade, serão comercializados com uma linguagem positiva que rejeita termos como ‘anti envelhecimento’, pelas suas conotações negativas, e atrairão pessoas de várias idades”. A consultora prevê ainda que o crescente segmento de consumidores que estão sempre em movimento, mas que desejam passar mais tempo em casa, aumentará a procura por soluções sofisticadas de preparação rápida e por produtos de qualidade prontos para consumo. “À medida que os kits de refeição e as bebidas inspiradas no foodservice abrem o caminho, haverá também mais oportunidades para as marcas desenvolverem produtos de conveniência premium saudáveis, saborosos, personalizáveis e rápidos para pequenoalmoço, almoço, jantar, lanches e sobremesas”. Consumo “evergreen” A definição de sustentabilidade está a estender-se para abranger todo o ciclo de vida do produto. Do campo à mesa e, idealmente, até ao renascimento como uma nova planta, ingrediente, produto ou embalagem, essa abordagem de 360 graus garantirá que os recursos sejam mantidos PUB


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pelo maior tempo possível. O movimento em direção à circularidade exigirá a colaboração entre fornecedores, fabricantes, governos, organizações sem fins lucrativos, retalhistas e consumidores. Uma mudança sísmica no modo como os consumidores pensam sobre o plástico está em andamento, com materiais de embalagem de base biológica definidos para serem um componente-chave para a próxima geração de embalagens responsáveis. A partir de 2019, os esforços de sustentabilidade passarão não apenas por melhorar o acesso à reciclagem, mas incentivar os consumidores a reciclar embalagens e oferecer produtos reciclados. Ao mesmo tempo, os esforços para melhorar a poluição do ar, apoiar o bem-estar das plantas, restaurar a saúde dos solos e abraçar a agricultura regenerativa surgirão como elementos cruciais de programas holísticos de sustentabilidade que são importantes para empresas e consumidores. Para todas as idades Preparar-se para uma vida mais longa e saudável é particularmente relevante, pois os consumidores priorizam a saúde e o bem-estar como uma busca holística, proativa e contínua. Vidas mais longas apresentam oportunidades significativas para os fabricantes de alimentos e bebidas PUB

Os avanços na tecnologia também elevarão as expectativas de opções convenientes de alimentos e bebidas para os consumidores, desde o planeamento até às compras e preparação. O interesse pela conveniência premium não se limitará à hora do jantar, criando oportunidades para cada pausa para refeição, lanche e bebida se inspirarem na indústria da beleza, que estabeleceu com sucesso um modelo para o envelhecimento saudável ao projetar produtos proativos que são comercializados com linguagem positiva para pessoas de todas as idades. Específicas para as diversas populações seniores do mundo, as suas necessidades podem ser atendidas através de alimentos e bebidas para fins médicos, bem como produtos projetados para prevenção, com formulações que são nutritivas, saborosas e fáceis de consumir. No entanto, à medida que os seres humanos vivem mais, mais alimentos e bebidas podem ser formulados para responder às preocupações de pessoas de todas as idades sobre a saúde dos ossos, articulações, cérebro e olhos, bem como outras relacionadas com a idade. Conveniência Do pequeno almoço ao jantar, uma nova geração de alimentos e bebidas modernas está a surgir à medida que os fabricantes respondem às crescentes prioridades de alimentação saudável, busca por sabores, interesses na personalização e concorrência dos serviços de entrega rápida. Olhando para o futuro, uma nova onda de atalhos estará disponível: expansão de kits de refeições individuais vendidos no retalho, bebidas embaladas inspiradas no foodservice e uma nova geração de refeições preparadas, acompanhamentos e molhos que emulam os sabores e formatos das refeições em restaurantes. Os avanços na tecnologia também elevarão as expectativas de opções convenientes de alimentos e bebidas para os consumidores, desde o planeamento até às compras e preparação. O interesse pela conveniência premium não se limitará à hora do jantar, criando oportunidades para cada pausa para refeição, lanche e bebida.

ATIRAR

as pérolas no tambor

INTRODUZIR a roupa


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Raspe e ganhe, na celebração do 8.º aniversário do Aqui é Fresco A Sociedade Aqui é Fresco assinala o seu 8.º aniversário, mas é você quem ganha! Saiba como é fácil ganhar com esta ação promocional. Ao todo, são 60 mil raspadinhas grátis para que possa comemorar connosco e ganhar. Saiba como junto das lojas aderentes.

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ara comemorar o seu oitavo aniversário, a rede Aqui é Fresco vai realizar uma campanha promocional, dirigida aos clientes das lojas aderentes. À semelhança dos dois últimos aniversários, serão oferecidas 60 mil raspadinhas em apenas quatro semanas. Esta campanha terá início a 21 de janeiro de 2019 e será sustentada através de folhetos especiais, um por cada quinzena, e publicidade em meios de comunicação de cobertura nacional. Cada folheto promoverá, ao todo, 40 produtos de grande rotação e a preços fortemente competitivos. Por cada 20 euros de compras dos produtos constantes em folheto, o cliente terá direito a receber uma raspadinha e habilitar-se-á aos prémios que este jogo da Santa Casa oferece. Os dois folhetos promocionais serão realizados nas semanas de 21 de janeiro a 3 de fevereiro e de 4 a 17 de fevereiro de 2019. O objetivo desta campanha é promover a dinamização das vendas junto das lojas aderentes da Sociedade Aqui é Fresco, ao mesmo tempo que fideliza os seus clientes. Para participar, as lojas aderentes terão apenas de adquirir no grossista a que estão contratualmente ligadas os produtos que constam em cada folheto. Por cada pack de compras, receberão um conjunto de raspadinhas e material promocional para divulgação da campanha, para além dos folhetos, cartazes e destacadores de prateleira, com os produtos em destaque em cada quinzena. O regulamento da campanha está disponível no nosso site, em www.aquiefresco.com, e nos grossistas associados da rede Aqui é Fresco.


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