Caros leitores,
Nessa quarta edição temos a honra de apresentar a nossa Capa Rafaela Rocha com os produtos da Morana Acessórios, a mais nova loja feminina de Formosa-Go, com mais de 200 pontos de venda no país, Estados Unidos e Portugal da nossa querida amiga Talita Fiorese Zamin. Não podemos esquecer também do dia 08 de março, dia Internacional da Mulher uma data muito especial que deve ser sempre lembrada devido as conquistas conseguidas ao longo do século e da capacidade de se igualarem e serem superiores aos homens. Parabéns a todas as mulheres que devem ser lembradas e admiradas sempre. Feliz Dia Internacional da Mulher. A nossa revista como sempre continua com o mesmo intuito de levar conteúdo e diversos assuntos a cada um de vocês que nos acompanham. Boa Leitura!
Kleber José - Diretor Responsável e equipe Auê. auerevista@gmail.com
Agite,
faça Auê! As informações e opiniões são de responsabilidade de seus idealizadores!
Literatura
Social
Atualidades
Cultura
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Crônica
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Mundo e Sociedade
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Saúde
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20 44
Moda
Negócios
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Gastronomia
Especial Mulher
Esporte
Responsabilidade Social
Encontre na Auê #04
40 42 Boa Leitura!
Revista Auê, um produto Cerrado Comunicação Av. Circular do Cemitério, nº103 - Centro - Formosa-GO Fale conosco, sugestões, dúvidas e críticas: auerevista@gmail.com - (61) 3432-1108
Expediente: Diretor Responsável: Kleber José Jornalismo e Revisão: Fabi Guimarães Projeto gráfico e diagramação: Thiago Leite Design gráfico: Felipe Junior Fotografia: André Jr. Atendimento: Ismael Oliveira (61)9939-1718 Irenilda Borges (61) 9921-0251 Impressão: Gráfica Portal Print Tiragem: 3.000 exemplares mensais
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Responsabilidade Social
Amanda Lima 25 anos, publicitária, coordenadora de comunicação e de projetos na empresa Xapuri Socioambiental. Voluntária do Instituto Itiquira, amante da natureza e ativista/defensora pró-animais, Amanda é fundadora e coordenadora do projeto Amigo Cão FSA e integrante do Fórum Permanente de Meio Ambiente de Formosa – Goiás.
Pagode do Bem Instituto Itiquira realiza em parceria com Pâmella Miranda Produções e Eventos, Consulvet e Casa de Taipa evento beneficente para os nossos melhores amigos. Fazer o bem, esse é o lema de todos os voluntárias e voluntários engajados no projeto Amigo Cão FSA e é com esse objetivo que no próximo dia 16 de março o Instituto Itiquira realizará, em parceria com a produtora de eventos Pâmella Miranda, Consulvet Clínica Veterinária e Estética e Casa de Taipa, um Pagode do Bem, para arrecadar fundos para continuar cuidando e resgatando os animais domésticos (cães e gatos) abandonados em nossa cidade Formosa. O Pagode do Bem será realizado no estacionamento da Casa de Taipa das 16 às 22h com as atrações, Banda Lance de Primeira, Dj Walmir Kamonk e Dj Gellin. Com o projeto Amigo Cão, na medida do possível e com os recursos que temos disponíveis, tratamos dos animais que encontramos pelas ruas, buscamos lares adotivos para eles, realizamos feiras de adoção e campanhas de conscientização
sobre abandono, posse responsável, adoção e solidariedade para com os animais. Nessa nossa missão tão necessária, com alegria registramos e agradecemos o apoio e a parceria da Consulvet Clínica Veterinária e Estética, que desde 2012 soma esforços conosco na defesa da qualidade de vida dos animais domésticos, em especial dos cães e gatos abandonados pelas ruas de Formosa. Convide seus amigos e amigas, colegas, familiares e vizinhos, venha se divertir num evento alto astral, com atrações de qualidade e com a sua presença fortalecer o projeto Amigo Cão FSA com o resgate, tratamento, castração e campanhas de conscientização em nossa comunidade. Vem com a gente!
ATRAÇÕES: - Dj Walmir Kamonk - Lance de Primeira - Dj Gelin
PULSEIRAS: 1º lote - R$15 (antecipadas) 2º lote - R$20 (bilheteria)
PONTOS DE VENDA: - Instituto Itiquira - BodyFit Formosa - Consulvet Clínica Veterinária e Estética
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Social
Causando Auê!
Dois eventos agitaram o BarbauêH em fevereiro: O Pagode no BarbauêH, que no dia 23/02 completou a 7ª edição. O evento vem reunindo público até mesmo das cidades vizinhas. A cada edição, um sucesso! E o show de Gustavo Trebien, participante da última edição do The Voice Brasil da Tv Globo, fez um lindo espetáculo no dia 26/02. Com seu repertório exclusivamente internacional, empolgou e emocionou o público presente.
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INFORMAÇÕES (61)9968-0318/9832-7151
BIRTHDAY SPECIAL SET
IV EDIÇÃO
26 de Abril
SPECIAL GUEST
HOPPER
Crunchy Music 5uinto
CAMAROTE OPEN FOOD
TORTERIA
DI LORENZA la
doce
vita
Jujueni m Sali cial
pe o Es
çã icipa part
Literatura
Nívea Braga
Escrito
Professora de Publicidade e Propaganda do IESB, Mestre em Comunicação Social, Redatora Publicitária, Coach e Escritora.
nas estrelas Não, não se trata da música da Tetê Espíndola. Muito menos é um ode à astrologia. Apenas parei para pensar que grandes mestres da humanidade, como Sócrates ou Jesus Cristo, entre tantos outros, não deixaram uma linha escrita sobre os seus preciosos ensinamentos. Nada de próprio punho ficou registrado em papiros, pergaminhos ou livros. Sócrates, inclusive, acreditava que as ideias escritas acabavam se degenerando ou caíam no esquecimento. Todos eles preferiam dialogar com os seus contemporâneos. Sábios foram os ouvintes que souberam aproveitar, saborear estas palavras, nos dias em que a presença em si já era um fato tão inspirador. Foi então que pensei nos meus grandes mestres – mais precisamente, em minhas grandes mestras. Nas quatro avós que o mundo me presenteou: Luzia, Nair, Sinhá e Yara. Quatro mulheres sábias que me ensinam boa parte do que sei a partir de diálogos e de experiências. Duas já estão no mundo espiritual. Duas cumprem aqui sua missão de ensinar. Nair foi a minha madrinha. Mulher de poucas palavras, de gestos calmos e serenos, que escondiam uma lucidez desconcertante. Ela sabia muito, sabia tratar as pessoas e as coisas, sabia ser fiel a Deus. Aprendi com ela que, mesmo na fragilidade, podemos ser fortes. Que é preciso ir até o fim de tudo aquilo que começarmos. Dela herdei o físico e as formas – e tenho muito orgulho de carregar seu sobrenome. Já Luzia, como o próprio nome diz, me ensinou a ser luz. Ensinou-
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me estar no tempo presente, no qual uma tarde nunca é longa e a conversa nunca precisa chegar ao fim. Ensinoume a calma, o carinho, a suave atenção. Aprendi com ela a me sentir bem, mesmo quando sozinha, a saudar o sol e a podar as plantas. Suas histórias povoam o meu imaginário e me mostraram que cabelos brancos quase sempre são sinônimos de sabedoria. Da Sinhá aprendi a amar a Deus sobre todas as coisas e a invocálo a todo o momento. A minha avozinha guerreira, forte e determinada, imune ao tempo e aos revezes da vida. Com ela, aprendi a vibrar em uma sintonia mais fina e a filosofar coisas que só fazem sentido pra nós duas “É verdade que quando a gente morre, a gente olha um pro outro e não tem boca pra conversar?” Durante muito tempo, essas foram minhas três avós. Mas, pra finalizar, eu ganhei mais uma, depois de alguns anos morando em Brasília. Ela se chama Yara – e é a mais jovem delas. Yara é uma mocinha independente, em seus oitenta e poucos anos de vida plena. É uma esteta e se apaixona por tudo o que é belo – de correntes filosóficas à patinação no gelo. Escrevo por elas, para elas, na tentativa de eternizar o que aprendi. Sigo como se fossem mantras preciosos que carrego comigo. Que o papel seja capaz de guardar o que já está gravado nas estrelas e iluminado por cada existência.
Esporte
João Teixeira dos Santos (Caburé)
Novidade nas academias
Tae fight: detonando calorias O tae fight é uma modalidade de ginástica praticada em academias que combina técnicas de artes marciais com boxe e música, muito similar ao já conhecido body combat. Idealizada pelo professor Cesar Minakawa – mestre faixa preta de taekwondo radicado em Brasília – a luta oferece aos praticantes o aprendizado de golpes precisos, amortecidos por equipamentos apropriados. Por meio da simulação do combate direto, sem realmente tocar o adversário, é trabalhada a aprendizagem segura de uma arte marcial. O tae fight oferece pouco risco de lesões e é uma excelente opção para iniciantes. O exercício alterna fases aeróbias e anaeróbias – com curta e alta intensidade - e trabalha, simultaneamente, os membros inferiores e superiores do corpo. Geralmente, um professor se alterna com dois ou mais alunos, ensaiando golpes ao som de uma playlist variada. Além das vantagens fisiológicas e anatômicas da prática da modalidade, a melhora na autoestima e o combate ao estresse são fatores que atraem os alunos, cansados da rotina. Além disso, a modalidade tem
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Graduado em Licenciatura e Bacharel em Educação FÍSICA na Universidade Católica de Brasília. CREF: 005950-GO - PERSONAL TRAINER E PROPRIETÁRIO DO STUDIO CORPO ATIVO . Já viajou para África e Europa ministrando aulas de Capoeira e dando palestras sobre qualidade de vida. caburefsa@hotmail.com 3631 0685
o diferencial de não ser repetitiva ou complicada de aprender, permitindo a prática divertida de um exercício físico. Devido ao fato de não ser uma atividade com regras prédeterminadas, como outras lutas marciais coreografadas que têm golpes específicos a serem ensaiados, o tae fight permite a cada professor uma versão personalizada da aula. Sem perder a estrutura que caracteriza o sistema, a modalidade se adapta ao estilo de cada um. Não importa qual técnica utilizada como base para as aulas: taekwondo, caratê, capoeira, boxe, muai tay ou o próprio tae fight. Conforme a evolução do aluno, no último nível o tae fight pode evoluir para o combate corporal. Neste caso, são usados protetores de cabeça, canela, tórax, canela, antebraço e luvas fechadas, tudo para proporcionar uma luta segura. No momento, o tae fight é praticado em vários estados brasileiros, principalmente no Distrito Federal, e seu número de praticantes aumenta a cada dia. Baseado em estudos com equipamentos que medem frequência e ritmo, o gasto de energia da atividade gira em torno de 600 calorias por hora.
Negócios
Como cultivar pensamentos que atraem a prosperidade Caros leitores da Revista Auê, na edição anterior iniciamos nossa caminhada tratando da importância do controle das despesas pessoais e dos riscos do endividamento, descrevendo alguns “sinais de alerta” nas finanças. Por isso, para aqueles que querem alavancar suas finanças pessoais iremos oferecer dicas de como gerir melhor seu dinheiro e controlar suas despesas familiares. Dar o primeiro passo pode não ser uma tarefa fácil, não é tão simples assim, poucos conseguem abrir mão de alguns pequenos prazeres cotidianos em prol de um objetivo maior no futuro, isto pode gerar certo desconforto, às vezes até um desgaste familiar. Tudo isso porque não recebemos educação financeiro. Em princípio, educação financeira diz respeito aos bons conselhos que os pais ensinam aos filhos sobre como lidar com o dinheiro. Desde criança, recebemos uma instrução errada sobre isso. Primeiramente, devemos eliminar os pensamentos que rejeitam a prosperidade, tais como: invejar pessoas ricas, viver com a “mão fechada”, pagar as contas se queixando; e começar a cultivar pensamentos que atraem a prosperidade, como: ser generoso, falar e pensar em prosperidade, agradecer a tudo que receber, gostar do que se faz e trabalhar com amor. Dentre as principais causas dos desequilíbrios financeiros, podemos citar a ausência de objetivos e planejamento, falta de conhecimento básico financeiro, desequilíbrio emocional, desperdícios caseiros e vícios, principalmente consumismo. Antigamente, poupar dinheiro era
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Frank Lúcio Matosé administrador, possui MBA em Logística e Transportes, MBA em Gestão Estratégica e Qualidade Total, Marketing (FGV) é Consultor Empresarial, Perito Judicial e Extrajudicial (cálculos financeiros e trabalhistas). Envie sugestões e dúvidas .Email fk2matos@ibest.com.br
um hábito valorizado e ensinado. Poupava-se para estar preparado para o “amanhã”: ter dívidas era encarado como uma vergonha. Hoje, temos o uso abusivo de cartões de débito e créditos, achamos que haverá sempre um crédito disponível e fácil. Podemos nos tornar compradores compulsivos. Além disso, quem consome pelo simples prazer de comprar, de adquirir alguma coisa independente da sua utilidade, pode estar com “oneomania” que é considerada um distúrbio no controle dos impulsos. Lembre-se que o crédito é a antecipação de um prazer que se paga caro, o cartão de crédito usado corretamente pode ser um parceiro na administração das finanças, mas se começar a extrapolar nos juros será seu pior inimigo. Se emitir cheque pré-datado, anote data acertada para depósito para não esquecer, cuidado com os juros embutidos nas prestações. Seja qual for seu objetivo, um carro, uma casa, uma viagem, um negócio próprio, independência financeira ou apenas quitar dívidas, descreva-o, se é casado fale com seu cônjuge e filhos, faça com que todos compartilhem do mesmo desejo. Faça acontecer, não deixe para depois, cultive a persistência, tenha fé, dedique-se de coração e lembre-se: sonhar e inspirar corresponde a 30%, os outros 70 % vem da determinação, dedicação e transpiração. Em nosso próximo encontro iremos demonstrar um método dividido em três passos que irá auxiliar muito em suas finanças pessoais e familiares. Um grande abraço a todos.
Atualidades
Alexandre Campos
Reality show televisivo no Brasil:
Alexandre Campos é mestre em educação e especialista em docência universitária.
Serviço ou desserviço? Após um longo período de regime de exceção, e com o advento da CF de 1988, a sociedade brasileira vem experimentando, mesmo que de forma lenta e gradativa, uma série de mudanças e conquistas no âmbito da convalidação de sua democracia, e, com esta, a possibilidade de rompimento de paradigmas e preconceitos, seja de maneira espontânea e informal, seja traduzido em mecanismos formais e regulamentadores como no caso de Leis, Diretrizes, Tratados, Portarias, etc, a reboque dos crônicos problemas de ordem cultural peculiares da sociedade brasileira... No campo da educação, esta se apresenta eivada de deficiências de toda ordem, as quais são evidenciadas através de pesquisas estatísticas. Com o passar de décadas, a matéria tem apresentado tímidas melhorias, mas os resultados no ranking de avaliações internacionais são inexpressíveis se comparados dos da comunidade dos demais países do mundo. Nesse sentido, o Brasil carrega uma triste dívida histórica e clama por um progresso no campo educacional tal, que seja capaz de promover o rompimento do gargalho, bem como possibilite gerar um avanço consistente na área, que reflita na qualidade de vida do povo brasileiro. Vale ressaltar o grau de importância e contribuição que de fato se extrai na influência midiática, por via dos meios de comunicação, e
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como a televisão traz impactos positivos ou negativos quando se trata da inclusão da educação na sociedade brasileira que histórica e prioritariamente tem servido à seleta elite de uma classe dominante, formando um ciclo vicioso que acaba por favorecer a manutenção das enormes diferenças entre os níveis sociais. Ações de fomento à educação e cultura de iniciativa da televisão brasileira como os telecursos, programas culturais e informativos, entre outros, possuem espaço muito restrito e ínfimo se comparado ao tempo destinado aos poderosos interesses comerciais expressos por campanhas de merchandising por parte de patrocinadores privados, além das propagandas de cunho político eleitoreiro por parte do governo e da classe política, de modo que a mídia brasileira tem deixado muito a desejar quanto à parcela de
responsabilidade de contribuição social. No que tange ao reality show no sistema televisivo no Brasil, programa originalmente surgido em país Europeu (produtora holandesa – Endemol, BBB), e posteriormente reproduzido pela rede Globo no formato do BBB (BIG Brother Brasil), pela emissora TV Record sob o título de A Fazenda, ou ainda pela TV SBT com a denominação de Casa dos Artistas, apresentam-se sob o “rótulo” de um jogo que dá a oportunidade “democrática” de participação de uma amostragem da sociedade brasileira, minuciosa e estrategicamente selecionada pelos bastidores das emissoras. Nesse aspecto, chama-nos a atenção algumas das repercussões desenhadas pela trama na formação intelectual e moral dos indivíduos participantes, algo que nos incita, portanto, a algumas reflexões no que diz respeito a traçar um paralelo entre a influência deste tipo de entretenimento e a ênfase cultural característica da sociedade brasileira. Podemos citar, igualmente, alguns fenômenos intrínsecos ao cotidiano dos brasileiros, que dão um campo fértil e se aliam para o sucesso destas modalidades televisivas de reality show no Brasil: o consumismo desenfreado, o imediatismo, a busca da fama meteórica, a alienação, a possibilidade de se obter lucros milionários, o culto e vulgarização do sexo e a exposição de corpos sarados, o baixo nível cultural e educacional de
grande parte dos telespectadores. Todos esses fatores parecem abrir um convite para a prática do prazer pelo puro prazer, admitindo que os fins justifiquem os meios. Simples assim...! Não há constatação de qualquer forma de benefício direto ou indireto para a educação e cultura brasileira proporcionado pelo reality show televisivo adotado no Brasil, não obstante o Código Brasileiro de Telecomunicação (CBT) dispõe que a televisão se propõe a atender a função educativa, cultural e informacional, e ainda estimular à prática esportiva, a música, a criatividade, sem deixar de lado a atuação no campo da reflexão sobre o valor, a ética, a moral e os bons costumes. Ademais, prevê o CBT o limite máximo de 25% da grade de programação para veiculação de publicidade, o que é burlado pela estratégia de marketing do reality: Os “heróis” são usados para produzirem propaganda das empresas patrocinadoras por tempo integral via mensagens, sendo que estas muitas das vezes são repassadas de forma subliminar. Assim, lucros expressivos têm sido gerados em benefício das emissoras de televisão e seus aliados patrocinadores. De acordo com a divulgação do site da UOL, somente o BBB atingiu a cifra aproximada de 500 milhões de reais a cada edição. Um bom lucro para tanta futilidade em tão pouco tempo, e em horário nobre da televisão, não acham...!? Tomando partido da sociedade brasileira, veremos que o jogo televisivo de reality show resultante de um longo confinamento humano se consolida, em última instância, num entretenimento cujo legado é de alienação, futilidade, imaturidade, e, sobretudo, de omissão no cumprimento do papel social da TV aberta brasileira, agindo em desserviço da nação frente às enormes desigualdades sociais, representando uma verdadeira afronta à inteligência daqueles que almejam dias melhores para a educação e cultura deste país. Se liga Brasil...
Cultura
Você Conhece
Formosa? Será que você é um dos quase 50.000 ( Cinquenta mil )visitante do Museu Couros ou você está na lista daqueles que viajam milhares e milhares de quilômetros para dizer, orgulhosamente que conhece meio mundo e desconhece o que tem em sua própria cidade!? Ouainda, faz parte daqueles que dizem não ter ido ao Museu por não ter dinheiro para pagar a taxa de visitação!? Sendo que na verdade nunca ouve cobrança de nenhum centavo para que os Turistas , visitantes e formosenses visitem o nosso Museu. A revista Auê vem prestando relevantes serviços a sociedade de Formosa através dos diversos temas abordados pelos colunistas. Desta feita, vamos falar sobre o Museu Couros. Embora de iniciativa particular e criado com recursos pessoal do seu instituidor, desde asua Inauguração, no dia 26 de abril de 1996, o Museu é publico, ou seja, sempre esteve aberto ao público em geral, sem nenhuma restrição para ele conhecer. No entanto, oito (08) anos antes, em 1988 seu instituidor conseguira a primeira peça do hoje Museu Couros. Explico melhor, foram 08 anos peregrinando pelas ruas de Formosa, fazenda e cidades vizinhas procurando qualquer coisa que pudesseajudar a contar um pouco da nossa história. Depois de funcionar provisoriamente por 04 anos na rua Visconde de Porto Seguro, em 2.000 foi transferido para sua sede própria na Av. Maestro Joaquim de Abreu 01 Praça São Vicente – Pau Ferro. A ideia do instituidor era criar tão somente um Museu em nossa cidade,
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Leônidas da Silva Pires Ex-Secretário de cultura da Prefeitura Municipal de Formosa-GO, de 2002/2008
só que, com a criação da Fundação Museu Couros de Formosa para ser a entidade mantenedora do Museu Couros a mesma ganhou do Município a antiga casa da Garagem da Prefeitura. Assim o Instituidor tanto do Museu quanto da Fundação,traçou o projeto do CENTRO DE CULTURA, TRADIÇÃO E TURISMO DE FORMOSA, com um Teatro, uma Galeria de Artes e o Museu Courosé claro. Para felicidade geral o projeto foi concluído em tempo recorde, aja vista que a Fundação foi instituída sem se quer ter uma conta bancária. No mês de março de 2003 foi entregue a sociedade o Teatro, ultimo espaço concluído do Centro de Cultura. Vale lembrar que todos eram espaços únicos em Formosa: o Único Museu, única Galeria de Artes e o único Teatro. Pois bem, no que diz respeito a contribuição do Museu Couros, ele tem prestado um trabalho imensurável a cidade de Formosa: Primeiro, Porque preocupou em resgatar parte de nossa história. Segundo, porque tempreservado da melhor forma possível um acervo de grande importância para gerações futuras. Terceiro, porque tem atendido a todos sem discriminação e gratuitamente. Quarto, porque tem contribuído na formação cultural de milhares de alunos que fazem visitas, pesquisas etrabalhos sobre a história do Município de Formosa. Quinto, porque nada mais e nada menos que 43.307 visitantes assinaram o livro de presença e por certo conhecem um pouco mais de nossa história e são mais ricos culturalmente. E você! Já foi ao Museu ou está andando por aí!?
Especial Mulher
Ademir da Paixão Sampaio Graduado em Letras, Português e Inglês, pós graduado em Administração escolar e planejamento escolhar, vicediretor do Colégio Militar de Formosa-GO.
A história por trás do
Dia Internacional
da Mulher Tudo começou em 8 de março de 1857, quando operárias de uma fábrica de tecidos, situada em Nova Iorque, nos Estados Unidos, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, como redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar a mesma função) e tratamento digno. A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas em um ato totalmente desumano. Somente no ano de 1910, no entanto, essas corajosas mulheres foram reconhecidas. Durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem às vítimas que morreram na fábrica em 1857. Somente em 1975, por meio de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas). O desejo de se instituir esta data não era apenas comemorar o feito. Em muitos países são realizadas conferências e reuniões nas quais são realizados debates com o objetivo de refletir acerca do papel da mulher na atual sociedade. O esperado é que o preconceito e desvalorização da mulher acabem ou pelo menos diminua. Sabemos que já existiram avanços, mas a mulher ainda sofre com a violência masculina, com jornadas exaustivas e por vezes excessivas de trabalhos com salários baixos além das desvantagens na carreira. Portanto, é importante refletir neste Dia Internacional da Mulher sobre o que mais pode ser feito. Ainda há muito a se batalhar por elas. Parabéns as todas as mulheres por este dia, que ele sempre proporcione a oportunidade de mostrar o quanto a mulher é importante na formação de uma sociedade, sendo por vezes o pilar de sustentação.
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Saúde
A cara de quem faz Yoga está mudando Considerada uma filosofia de vida, o Yoga tem como proposta um mergulho interior como forma de desenvolver o autoconhecimento, o autodescobrimento, o autodiscernimento, ou seja, a autopercepção. É uma maneira de tornar o praticante mais consciente de si mesmo (de seus atos, emoções, sentimentos, pensamentos) e para isto propõe uma expansão da consciência, isto é, levar os níveis mentais, emocionais e físicos do ser humano a padrões mais elevados. Dessa, forma suas técnicas – em um primeiro momento - promovem mais saúde e uma maior qualidade de vida à pessoa que pratica. Para um observador externo, o Yoga parece ser apenas para o público jovem, magro e alongado. A maioria das imagens associadas à pratica em revistas e propagandas se enquadram nesta categoria. Isso realmente não me surpreende, uma vez que é uma forma de propaganda para chamar atenção das pessoas. Por incrível que pareça, no entanto, este estereótipo afasta os potenciais praticantes do Yoga do que de fato os aproxima, pois o indivíduo, quando se depara com esse tipo de informação, costuma ter pensamentos como “já estou velho, não consigo fazer essas posições”, ou
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Mário Henrique Cunha Instrutor e praticante de Yoga, Formado pelo professor Pedro Kupfer (Florianópolis-SC)
“isso é muito difícil, não é para mim”. É preciso se convencer de que a cara de quem faz Yoga está mudando. Quem não se encaixa nesse padrão pode encontrar uma variedade extremamente diferente de estilos de Yoga. As pessoas estão modificando o jeito de ver essa linda filosofia de vida, como ela é praticada e percebida. Confira os textos em meu site (www. arvoredavidayoga.com.br), em especial o artigo Yoga é ≠ de alongamento e Angas, para ter uma noção melhor. Os benefícios da prática de Yoga são inúmeros e não se encaixam em apenas uma categoria de pessoa. Qualquer um, desde que tenha disposição e controle, pode usufruir da prática. Ter acesso à essa forma de compreender o mundo não é exclusividade de um grupo particular. Há posturas simples, fáceis de fazer em casa, para os iniciantes. O relaxamento e bem-estar decorrentes são universais. Quem pratica Yoga é mais tranquilo, feliz, tem ganhos em postura e saúde. Vale a pena se despir dos preconceitos e das dificuldades impostas a si mesmo para experimentar os diferentes níveis dessa tradição espiritual e gozar de mais saúde e disposição na rotina diária.
Moda
Angelica Morais
Aprendendo a comprar em liquidações
Professora de Moda e Design. Já foi publicitária, designer gráfica e estilista e, no momento atual, está em um relacionamento sério com o ensino e as ilustrações. Mantém uma fanpage, a Take a Look e adora gatos.
Com a temporada de liquidações pelo Brasil afora, e a troca de coleções cada vez mais antecipada, é quase impossível resistir e não aproveitar as promoções. Como o movimento “low fashion” ainda não adquiriu força suficiente por aqui, antes de sair comprando loucamente como se não houvesse amanhã, vale uma reflexão num investimento mais acertado e menos impulsivo. Com as muitas plaquinhas de “sale”, ou 70%, 80% “Off”, ou ainda a nossa tupiniquim “queima total de estoque”, a verdade é que essas pechinchas podem gerar transtornos bem maiores que uma super fatura do cartão de crédito. Você acaba comprando tudo o que vê de “baratinho”, enchendo as sacolas e nem se dá conta de que talvez não sobreviva a uma próxima estação pois já está “out”, “demodè”, ou “season less” parafraseando alguns dos termos usados na moda para falar que está ultrapassado. Para aproveitar bem com os “restos de verão” e ainda garimpar algumas peças usáveis e clássicas para o ano todo, vão aqui algumas dicas simples pra “se jogar” no provador sem culpa no bolso e principalmente, no estilo:
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1- Camisas: Se tiver que investir em algo, invista em camisas, sejam lisas ou estampadas, com mangas, meia-mangas, ou com detalhes tipo “martingales”, elas sempre serão muito bem vindas em qualquer guarda-roupas classudo ou estiloso. A mais clássica de todas, a branca, é um coringa em toda e qualquer ocasião, e será uma das peças-chave para o próximo inverno. 2- Vestidos-midi: Com o comprimento na altura dos joelhos e uma modelagem mais clássica, evasês sem muitos detalhes ou decotes nas costas, eles transitam tranquilamente no outono, numa proposta “highlow”, com botas e um casaquinho pesado por cima. 3- Preto: eterno clássico e sempre um básico, é investimento certo em qualquer promoção e cor eterna em todas as estações. 4- Tricots e Cardigans: mesmo feitos em fios mais finos para o verão, eles são curinga para o friozinho do outono, com produções fofas e estilosas. 5- Metalizados: eles apareceram com força no verão e persistirão no inverno. 6- Couro: Um dos “tem que ter” do próximo inverno, (sintético ou não) vale investir em peças bem cortadas, sem muito detalhes e que darão um toque a mais numa produção básica. 7- Macacão: peça-chave do próximo inverno, ele foi visto na grande maioria dos desfiles Internacionais e Nacionais. No verão ele apareceu em versões mais curtas, mas nada impede que ele possa figurar com meiacalças estilosas e quentinhas. 8- Alfaiataria: shortinhos ou calças, um bom corte de alfaiataria é um clássico, e sempre compra acertada. 9- Estampas Black & White: elas vieram forte no verão ainda continuarão no inverno, o importante aqui é ter um bom senso na escolha dos desenhos, uma vez que uma estampa da coleção anterior sempre fica datada. Boas pedidas são as listras, os grafismos e geométricos. 10 - Saia longa: linda e fresquinha no verão, chiquérrima no inverno, com botas e cardigans estruturados.
E por fim, experimente todas as peças. Por mais difícil que seja, por mais preguiça que dê ao esperar um provador lotado, na hora de experimentar, é importante salientar que muitas destas peças possuem “pequenos defeitos”, invisíveis a olho nu, mas aparentes no corpo. Manchas, caimentos duvidosos, micro furos e outros detalhes deverão ser observados atentamente. Além disso, só compre se a peça ficar impecável, ou “cair como uma luva”, afinal, se tiver que gastar com ajustes e consertos, não valerá o preço promocional. Como muitas liquidações não permitem trocas, é sempre bom evitar a frustração daquela linda peça não ter saído “tão baratinha assim”. Na próxima edição, teremos uma matéria especial sobre o que será tendência no Outono/ Inverno 2014, recheada de fotos e tudo o mais para encantar a estação mais estilosa do ano.
Na Capa
Luxo e poder para as próximas estações A coleção outono/inverno da Morana chega explorando o místico e o exótico em peças inconfundíveis e ousadas. Viagens ao oriente, o rock dos anos 80, o minimalismo moderno e todo o glamour das realezas estão presentes. Inspirada no Império Bizantino, com seu suntuoso brilho dourado, a Morana criou o Glamour Imperial. Desenhos de vitrais, mosaicos e sobreposições de materiais como o vidro, resina, metais e madeiras caracterizam os acessórios da coleção, além dos detalhes em cabochon e pérolas barrocas. São maxibrincos e anéis ornamentados que conferem uma aura de luxo e poder. A linha Exotismo Oriental, em paralelo, vai buscar inspiração na sofisitcação das culturas do leste europeu. A beleza e elegância das jovens russas, por exemplo, estão estampadas em maxicolares enriquecidos com pedras estilo cabochon em cores fortes e impactantes como o vermelho rubi, verde escuro, azul royal, roxo e tons de ouro e prata envelhecida. Peças esmaltadas e ainda colares que lembram os clássicos sautoirs também estão presentes, com suas franjas e pingentes. A Ásia não poderia ficar de fora deste mergulho no mundo oriental. O minimalismo japonês está fortemente presente na série Minimal Moderno. Aqui, formas geométricas e quase arquitetônicas, sem excessos
Look da Capa: Brincos: R$ 99,00 Anel: R$ 199,00 Colar: R$ 89,00 Pulseira: R$ 139,00 Ficha Técnica: Fotografia: André Jr. Maquiagem: Andréia Maichaki Cabelo: Salão da Zilah Unhas: Dellas Esmalteria
e com cores sóbrias dominam os acessórios. Materiais sintéticos como PVC, acrílico, resina, vinil e cristais compõem as peças. Outro universo revisitado pela Morana, o punk e o rock dos anos 80 foram a base de inspiração para a linha Dark Dreams, que resgata cores neutras, principalmente o preto, adaptada a brincos, colares e anéis. Um tom melancólico e misterioso toma conta das peças, que levam banhos de prata envelhecida, chumbo, grafite e bronze. Além do uso de muitos metais, chamam atenção os pingentes de animais como águias e serpentes. De forma abstrata e elegante, os acessórios são ousados e modernos na medida certa. Para complementar a magia dessas viagens a mundos tão exóticos, não poderia faltar a beleza da mulher brasileira. Por isso, a Morana convocou um time de lindas atrizes: Maria Fernanda Cândido, Carolina Dieckmann, Débora Nascimento e Carol Castro foram clicadas com os mais poderosos acessórios da nova coleção, mostrando que toda peça de poder precisa de uma rainha à altura. Confira a nova coleção da Morana a ser lançada em breve.
Moda
MODA sustentável O hábito de vestir roupas de brechó (de segunda mão) começou com os estudantes franceses, durante a década de 1960, que tentavam compensar a falta de dinheiro com criatividade. Quando a grife Prada reprisou sucessos do passado em suas coleções de roupas e acessórios, a partir de 1996 o “estilo brechó“ chegou ao auge. Comprar em lojas de roupas usadas pode ser bem vantajoso devido ao preço menor. No começo dos anos 90 existia um certo preconceito com roupas de brechó, como se todas aquelas roupas fossem de pessoas mortas e como se elas trouxessem o astral de quem usou. Os donos anteriores das peças de roupa são constantemente relembrados. Frequentar brechós é mais do que comprar coisas usadas só para economizar, no entanto. Não é um “estilo de vida” porque o termo soa exagerado, muito afetado, mas é um jeito peculiar de se relacionar com o consumo. Peculiar porque comprar em brechós exige do cliente uma certa autoconfiança e um pouco de senso crítico. A moda é cíclica: o que sua mãe usava na década de oitenta ficou ridículo nos anos noventa e hoje, com alguns remakes, é o retrô cult que posa por aí. Por isso, ou você tenta acompanhar as tendências e paga por isso (como o caso dos consumistas mais afoitos e sem senso crítico), ou usa o pêndulo da moda a seu favor. Isto
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Débora Mendes Paulista, Publicitária, Empresária responsável pelo Informativo Cultural Boca Aberta e Brechó Maria Galocha.
é: sabendo usar o que é comprado em brechó, muitos podem passar uma boa impressão com algo que custou metade do preço daquela roupa que está na vitrine dos shoppings. Dificilmente alguém consegue ser sempre prudente e sensato quando compra roupas, vira e mexe são cometidos abusos. Em brechós, esses abusos custam menos, aquela peça comprada que só será usada uma, duas vezes (ou mesmo nenhuma) não custou um valor alto. Isto se torna um atenuante, além do fato de que comprar em brechó contribui para o modo sustentável de vida, já que se trata de algo que é resíduo do sistema produção e consumo. Em uma época em que o consumo é descartável, as grifes precisam apresentar centenas de novidades a cada seis meses. Algumas atualizam as coleções a cada três meses fazendo peças de alto-inverno e altoverão. E para onde vão todas essas peças que sobram, que não são vendidas? Vão para os bazares e brechós de roupas modernas. Transformar um vestido em uma saia, um lenço numa blusa é mais do que sustentabilidade, é uma maneira de compreender o ciclo da vida em que nada se perde, tudo se transforma. Há uma certa reverência em portar uma peça com história. Não somos nós que vestimos as roupas, elas é que vestem a gente.
Crônica
Eu, eu mesma e a lagartixa Na natureza, alguns animais têm o poder da autoregeneração. A lagartixa, quando se sente ameaçada, solta a cauda para despistar o predador e pouco tempo depois tudo volta ao normal: lá está a dona lagartixa desfilando com seu rabinho novo em folha. Como o Wolverine da natureza, está sempre se regenerando. Diante desta beleza inacreditável, a pequena lagartixa nos dá uma lição que nem mil livros de autoajuda dariam. Nós, os seres pensantes desta selva de pedra, não aprendemos a nos restaurar de forma simples. Leva anos para que uma ferida se feche e, depois de tudo, continuamos submergidos em um lago de arrependimentos. Sim, começamos uma história nova, conhecemos outras pessoas e nos desvencilhamos dos nós que amarravam o coração a quem não nos fazia feliz. Nos convencemos de que, desta forma, estamos seguindo em frente. Até que ponto, no entanto, seguir em frente basta? Agimos no presente sob os holofotes ofuscantes de um passado errado, fruto de decisões ruins. Nossos arrependimentos nos fazem acreditar que um fruto nunca cai muito longe da árvore, assim sendo não podemos fugir da nossa “predisposição para”. Nos convencemos de que não há escolha, pois já decidiram por nós. Então vem aquela leve impressão de reviver sempre a mesma história na qual só mudam os personagens. Mas quanto de nós mesmos podemos escolher e quanto é só aquilo que somos? Seguir em frente não é suficiente se não nos reinventarmos de maneiras diferentes. Mais do que apenas esquecer uma decepção amorosa, frustração antiga ou parar de se culpar pelos erros cometidos, é não manifestar nossas intenções com base nas escolhas feitas, não pré-determinar o que seremos a partir do que já fomos. É preciso se livrar desse loop eterno, soltar a cauda velha e se regenerar, ainda que digam que não escolhemos ser como somos. Porque, na verdade, é o contrário: sempre há uma escolha. Não podemos escolher ser uma lagartixa, mas podemos aprender a lançar mão do que temos agora para receber o novo, que sempre vem, e às vezes faz bem.
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Raiane Martins Analista de redes sociais, estudante de publicidade.
Saúde
José Marques Cardoso Filho
Brincando com os dentes e com a saúde Após 26 anos de atuação como ortodontista, depois de duas pósgraduações e de frequentar as melhores universidades do País, encontrei várias pessoas que perguntavam se “aqueles aparelhos” realmente funcionam. Só fui entender ao ver uma reportagem no horário mais nobre da TV e conferir, nas redes sociais, imagens de jovens com aparelhos ortodônticos colados sem o conhecimento prévio necessário. Sem nenhuma formação acadêmica, leigos enfeitam, em bancas de camelô, os dentes de jovens que encaram o fato como pura brincadeira. Há 23 anos, quando fui ao meu primeiro congresso internacional na cidade de Seattle, nos Estados Unidos, eu já havia conhecido aparelhos transparentes, que imitavam a cor dos dentes e aparelhos que hoje são conhecidos como autoligados, aqueles que não precisam das borrachinhas para segurar o fio ortodôntico. Conheci fios das mais variadas formas, cores e texturas, que antes de tudo buscavam inovar na técnica, dando mais suavidade ao movimento dentário; sem falar naqueles fios ortodônticos que então tinham sido desenvolvidos pela Nasa, a empresa espacial americana, ligas metálicas com a mais alta tecnologia.
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Cirurgião Dentista pela Universidade Federal de Alfenas, Especialista em Ortodontia e Ortopedia Dentofacial pela Sociedade Paulista de Ortodontia, Especialista em Dor Orofacial pela Universidade federal de São Paulo – UNIFESP, Residência em Odontologia HospitalarTraumatologia - Pela Faculdade de medicina da USP – Hospital das Clínicas de São Paulo, Hipnodontista - Especialista em Hipnose Ericksoniana pelo Instituto Milton Erickson de Brasília- Ligado a Milton Erickson Foundation.
Então, depois de passar tantos anos trazendo toda essa tecnologia para a nossa ortodontia, me vejo diante de uma situação como esta, as pessoas em dúvida se “aqueles aparelhos” funcionam. Com certeza, funcionam para quem quer brincar de colorir os dentes. Sem dúvidas, no entanto, acarretará sequelas das mais variadas formas, desde perdas dentárias, retração de gengiva, comprometimentos estéticos graves, infecções dentárias diversas e, enfim, problemas que só seriam corrigidos com pequenas cirurgias, implantes dentários e até mesmo intervenções de grande porte para reconstrução das arcadas dentárias e da face. Enquanto as autoridades não tomam atitudes quanto a estas brincadeiras, vamos continuar vendo estas aberrações pelas ruas e praças das nossas cidades. Enquanto existir tanta legislação e burocracia para reger os planos de saúde, nossa população se encontra desprotegida destes crimes que acontecem diante dos nossos olhos, colocando em risco a integridade destes jovens que provavelmente não sabem o perigo ao qual estão sendo submetidos.
Gastronomia
Rafael Alcântara
Aprendendo a harmonizar Uma vez que selecionamos o vinho, devemos escolher o que comer e esta não é uma tarefa fácil. O que harmonizar? Qual vinho combina com qual prato? Para que possamos aproveitar o nosso vinho ao máximo, devemos escolher um prato que combine com o mesmo. Não há certo ou errado, apenas opiniões acumuladas. Experimente até encontrar sua preferência. Carnes vermelhas combinam com vinhos tintos. Devemos levar em consideração a gordura da carne e a textura do molho. Cabernet sauvignon, merlot e shiraz são uvas amantes de carnes pesadas e gordurosas, como boi, cordeiro e vitela, além de pato e aves de caça. Já os tintos mais leves como pinot noir, beaujolais e bourgognes, assim como vinhos brancos secos mais encorpados como chardonnays e rieslings maduros, funcionam melhor com carnes mais magras, como porco, frango e peru. Para harmonizar com queijos não se limite apenas aos tintos. Os brancos mais encorpados, incluindo o viognier e o chardonnay podem acompanhar queijos brie e taleggio. Queijos gorgonzola ou roquefort combinam com tintos envelhecidos ou brancos mais pesados de safra tardia. Queijos salgados como o parmesão combinam com brancos mais adocicados ou tintos mais leves como merlot e carmenére. Frutos do mar e peixes certamente combinam com vinhos
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Empresário e chefe de cozinha, pós-graduado pelo Perth Institute of Hospitality and Tourism, Perth - Austrália. Food and Wine pela Leith’s School, Londres Inglaterra. Matching Food and Wine pela Swan Valley - Austrália. Apaixonado por gastronomia e vinhos.
brancos, contudo há brancos mais adequados do que outros. Brancos mais leves e ligeiros como pinot grigio, riesling, muscadet e chablis vão bem com pratos simples como ostras cruas, salada de bacalhau ou siri, linguado ou robalo grelhado ao molho cítrico com ervas e até mesmo com ceviche de polvo ou vieiras. Os brancos mais encorpados como o bourgogne blanc e outros chardonnays servem para frutos do mar ou peixes mais densos como lagosta, halibute, salmão e camarão. Legumes grelhados e saladas são pratos que contém pouca gordura, a não ser que estejam envoltos em um molho, portanto evite vinhos encorpados e tânicos, que encobririam os sabores frescos e leves. Escolha vinhos brancos novos como sauvignon blanc, rosés secos e tintos secos leves e frutados. Na sobremesa o ideal é servir um vinho mais doce que a mesma. Tortas combinam com riesling de safra tardia e pão de ló ficam bons com um espumante doce como Moscatel. Ingredientes super doces como chocolates e coberturas combinam com vinho do porto. Estes são alguns exemplos, mas esta combinação fica a seu critério. Dias quentes ao ar livre e comidas leves vão bem com espumantes, brancos leves e rosés frutados. Já noites frias e comidas bem temperadas, tintos pesados. Como foi dito anteriormente, não há certo ou errado, cada um faz sua escolha. Rafael Alcântara
Mundo e Sociedade
Deivisson Silva
A copa do mundo é nossa
21, natural de Brasília, assistente comercial e estudante de letras na universidade estadual de goias UEG, apaixonado pelas palavras, levo a vida leve, sorridente, simpático e sonhador.
Olhe por outro ângulo, talvez de ponta cabeça, deitado, de lado. Ainda não achou? Onde será que foram parar os meus, os seus, os nossos milhões? Uma dica: encontraremos boa parte no bolso dos estrangeiros. Afinal, o Brasil é um país que gosta de agradar. Copa tem, mas e o país? É de quem? Investimentos multimilionários em um evento em que os brasileiros são apenas operários, sem custo-benefício para a grande massa, esta que por sua vez está inteiramente ludibriada, enganada por interesses pessoais e particulares que não correspondem às necessidades vividas pela maior parte de nossa sociedade. É um retrocesso em meio a um grande processo de evolução, sim, é contraditório. A casa está limpa, as compras estão feitas, só estamos à espera dos ilustres visitantes. Povo mais hospitaleiro e generoso que brasileiro não há, mas e depois? Quando eles forem embora, o que vai acontecer? Sem renda, sem investimento, com a casa deteriorada e pouca comida na mesa, será então que só aí o tal do gigante vai ver a proporção da tremenda corrupção que envolve essa a paixão da nação? Um ícone Mané, como o belo e mais caro estádio construído para a festa. Mané mesmo é o brasileiro, que leva nas costas e em cada gota de suor uma história sofrida, que dá a vida por um pedaço de chão que não é seu e do qual talvez não usufruirá, pois todo seu esforço e trabalho é recompensado com pouco. Uma renda que mal lhe garante o sustento, muito menos a condição de participar do grande evento -- não há espaço para os mais pobres. A sujeira já está debaixo do tapete e os mais poderosos já estão prontos para ser os anfitriões dos visitantes, para recebê-los com os braços abertos e um sorriso de diamante. Na posição de capital federal, Brasília devia representar a todos. O reconhecimento vem na forma de jogos: sete partidas da Copa, o maior número dentre todas as cidades-sede. Receber essas partidas, no entanto, não é nada glorioso, como pode parecer a todos, não há nada de bonito em recepcionar tantos espetáculos para estrangeiro ver. É preciso cuidar da cidade, do transporte público -- um caos -- dos hospitais. Já passou da hora dos cochilos acabarem e o gigante, de fato, acordar.
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Atualidades
Luz que
aquece No mês passado, foi inaugurada no deserto da Califórnia a maior usina de energia solar do mundo. A Ivanpah Solar Electric Generating System é financiada pelo Google e tem capacidade para gerar 392 megawatts, suficiente para abastecer cerca de 140 mil residências do estado. Esta forma de produção de energia tem ganhado espaço nas empresas e nos lares de milhões de pessoas ao redor do mundo -- em Israel, aproximadamente 70% das casas possuem painéis. No Brasil, um país tropical com forte incidência de raios solares, já não é vista como uma alternativa cara e distante. Considerada uma das formas de geração mais limpas, a energia solar é captada por meio de painéis com células fotovoltaicas feitas de silício -- um material abundante em terras brasileiras. Há uma diferença, porém, entre painel fotovoltaico e coletor solar. Enquanto o primeiro converte a luz do sol diretamente em energia elétrica, o outro é usado para aquecimento térmico (para aquecer a água do chuveiro, por exemplo). Na hora de construir uma casa, ou mesmo reformar, é preciso avaliar a possibilidade de incluir um painel ou coletor. Algumas pessoas, por exemplo, preferem utilizar apenas a vertente do aquecimento, que alivia e muito o preço da conta de energia elétrica. A instalação de um sistema da marca Aço Nobre, por exemplo, resulta
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Ana Luisa Figueiredo Jornalista formada pela Universidade de Brasília, colaboradora da Revista Auê
em uma economia de até 70% de energia em um banho de duração média. O sistema de aquecimento funciona assim: os coletores recebem a radiação solar, que transferem para a água em forma de calor. A água aquecida é armazenada em reservatórios especiais chamados de boilers, que são capazes de deixá-la quente até mesmo durante a noite. Para isso, não é necessário fazer grandes alterações na alteração da estrutura ou mesmo desembolsar uma grande quantia em dinheiro. Empresas da construção civil já começaram a perceber os benefícios de um sistema de aquecimento solar e os prédios recentes já contam com sistemas acoplados. Não é apenas a economia que deve ser levada em conta na hora de adquirir um sistema de aquecimento solar. Além do fator financeiro, a energia solar é uma alternativa limpa, sustentável e perfeitamente possível. A energia solar transformada em energia elétrica tem sido cada vez mais incentivada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). A região centro-oeste, em especial, é privilegiada pela localidade e se torna terreno fértil para este tipo de produção.
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