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Vai começar o Auê! É com muito prazer que apresentamos esse novo veículo de comunicação, a Revista Auê, que chega para agregar valores à população Formosense, com muito conteúdo sobre diversos temas abordados nessa e nas próximas edições. Agradecemos especialmente a todos os colunistas, colaboradores e parceiros por confiarem e apoiarem nosso projeto, não deixando de lado o nosso glorioso DEUS por nos dar força, apoio, coragem e por estar sempre ao nosso lado, aos meus amigos, familiares e principalmente a minhã mãe que é o meu bem mais precioso.
Kleber José - Diretor Responsável e equipe Auê. auerevista@gmail.com
Mundo e Sociedade
Marketing
Atualidades
Moda
Responsabilidade Social
Cultura
Esporte
Gastronomia
Literatura
Encontre na Auê #01
12 16 20 24 26 28 36 40 44 Revista Auê, um produto Cerrado Comunicação
Expediente: Diretor Responsável: Kleber José - Jornalista: Sandra Echeverria Projeto gráfico e diagramação: Thiago Leite Design gráfico: Felipe Junior, Murillo Henkes Fotografia: André Jr. - Revisão: Vanda da Silva Sousa Atendimento: Maria de Lourdes (61)9989-7740, Ismael Oliveira (61)9939-1718 Impressão: Gráfica Portal Print Tiragem: 3.000 exemplares bimestrais Av. Circular do Cemitério, nº103 - Centro - Formosa-GO - (61) 3432-1108
Literatura
Nívea Braga Mestre em Comunicação Social,Redatora Publicitária, Coaching e Escritora.
Para cada caminho,
uma certeza Todo começo é difícil. Na ausência de uma trilha previamente deixada, cabe aos pés tocarem o chão esboçando um caminho. Pedras e tocos precisam ser retirados, o mato precisa ser domado, os perigos ocultos apenas se avizinham. Onde essa estrada, que sequer existe, vai dar? É assim com cada projeto que abraçamos, com cada relacionamento que iniciamos, com cada coluna que, como essa, tem sede de palavras. Diante daquilo que ainda não se materializou, só nos resta, então, começar. Mas por onde? Um conselho surge com ares de intuição: basta se lembrar de cada pessoa que abriu os caminhos que te trouxeram até o presente. Cada mestre que foi se apresentando na figura dos pais, dos avós, daqueles que vieram antes. Os amigos, os professores, todos os que foram deixando um pequeno valor depositado ao longo da sua história. Você foi nutrido, amado, criado em todos os sentidos. Ensinado a ensinar. Incentivado a continuar o que outros começaram – a princípio, tomando parte naquilo que já existia. Foi membro de uma família, de um grupo de alunos, de
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uma igreja, talvez de um time de futebol. Aprendeu, lenta e inconscientemente, tudo o que sabes e, por isso, sabes muito mais que imagina. Porque você também é o caminho. Por isso que, quando a vida sussurra “Ei, vá lá! Faça você mesmo” não precisa haver espaço para o medo e a insegurança. Não se está sozinho em nenhuma empreitada. Somos uma síntese de pensamentos, de lições, de dons, de dotes, de memórias e de uma incrível capacidade criativa. E se o passado não nos faz só, o futuro então apresenta uma infinidade de colaboradores. Apenas defina o objetivo de seu projeto. Chegarão os que estiverem naquela sintonia, rapidamente se apresentando para o trabalho. Não terão desconfiança, pois estão amparados mutuamente pelos mesmos ideais. Hermógenes já dizia que estamos neste mundo para criar, organizar, servir e amar. Que não tenhamos, portanto, receio de começar algo novo, de oxigenar o mundo e acreditar em nossa potencialidade. Ela é infinita. Assim como a minha satisfação em escrever o primeiro texto dessa coluna. Que venham os próximos! Que venham, também, as suas sugestões.
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Mundo e Sociedade
Justiça com as
próprias mãos Recentemente a nação brasileira ficou perplexa com a notícia de um crime brutal acontecido na capital paulista, onde meliantes após assaltarem um grupo de bolivianos, acabaram por assassinar com um tiro na cabeça uma criança de apenas cinco anos de idade. “Não me mate, não mate minha mãe”, foram as últimas palavras da criança antes de ser baleada, relatou a mãe à imprensa, a costureira boliviana Veronica Capcha Mamani, de 24 anos. Brayan Yanarico Capcha era filho único dela e do marido, Edberto Yanarico Quiuchaca, 28. De tão hediondo e cruel o delito perpetrado contra o garoto boliviano, tem sido de comemoração a reação das pessoas ao saberem
População se mobilizou. Fonte: Uol
que quatro dos seis bandidos que participaram do crime já foram mortos por motivos ainda ignorados. Já tive a oportunidade de ouvir: “- Ainda faltam dois para que a justiça seja completa!”. Pus-me então a refletir: será que as penas aplicadas pelo sistema penal brasileiro geram o sentimento de justiça na população? Vigora no Brasil, o princípio da proporcionalidade das penas, segundo o qual o tipo e extensão da pena variam de acordo com a gravidade do delito, o que é louvável, diga-se. Assim, para cada infração penal é cominado um tipo de pena, que vai desde a aplicação de multa, passando pela restrição de direitos, ambas no caso de delitos de menor potencial ofensivo, e por fim, a
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Dr. Marco Aurélio Azevedo Advogado, presidente da Subseção da OAB de Formosa-GO OAB/GO 16.913 - OAB/MG 93.730
restritiva de liberdade, que são previstas para os crimes graves. Hediondos, como são considerados pela sua imensa gravidade os crimes de tortura, tráfico de entorpecentes, terrorismo e homicídio na sua forma qualificada, como é o caso do pequeno boliviano, recebem o tratamento mais severo pela Justiça, com penas mais altas, regime inicial sempre fechado e sua progressão se dá de forma mais lenta. Todavia, mesmo assim, tenho a percepção que para crimes praticados contra a vida, sobretudo os com requintes de crueldade, a sensação é de impunidade quando se pensa em aplicar ao caso concreto a pena para ele prevista. Efetivamente passar alguns
Família de Bryan protestando. Fonte: Uol
anos na cadeia, tendo a possibilidade de cumpridos dois quintos da pena, progredir para o regime semi-aberto e, mais à frente, conseguir até mesmo a liberdade condicional, seria muito pouco para quem ceifou a vida daquela indefesa criança ou para quem tira a vida do semelhante porque este não dispunha de vultosa quantia no momento do assalto. Cabe então ao legislador, atentando ao princípio da proporcionalidade das penas e a escalada no país de crimes graves, praticados com perversidade, alterar a legislação para apenar com mais rigor barbáries como as acima narradas, sob pena de equivocadamente chegarmos a conclusão de que justiça se faz com as próprias mãos!
Marketing
A importância estratégica do Marketing para MPEs De acordo com a pesquisa “Demografia das Empresas” realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2010, a taxa de sobrevivência das empresas chegou a resultados preocupantes: 48,2% das empresas não sobreviveram após três anos de existência. Outro dado que impressiona, é o do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas): mais de 70% das micro e pequenas empresas brasileiras não sobrevivem aos primeiros 5 anos de vida. Nesse ambiente altamente competitivo e cheio de desafios, as micro e pequenas empresas precisam buscar estratégias e ferramentas eficientes que viabilizem e alavanquem o seu negócio. E nesse cenário, o uso de estratégias de marketing pode ser o diferencial entre sobreviver e ter sucesso ou correr o risco de ser mais uma empresa para compor estatística. Se compararmos as MPEs com empresas de maior porte, as micro e pequenas empresas ainda não utilizam as estratégias de marketing de forma satisfatória (algumas ainda nem as utilizam). Isso decorre muito em função de os micro e pequenos empresários considerarem o marketing como algo menos importante na gestão da empresa e, principalmente, um fator gerador de grandes despesas. Para mudar esta percepção equivocada, vamos falar de alguns pontos positivos do marketing para o micro e pequeno empresário e sua importância estratégica para o sucesso do negócio. No cenário atual, não basta mais que uma empresa tenha todos os recursos e conhecimentos técnicos na sua área de atuação, ela precisa ter
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Fernando Antunes Publicitário formado pela ESPM, especialista em Marketing pela Escola de Pós-Graduação em Economia da FGV e Finanças pelo INSPER-SP. Em sua carreira, atuou no Itaú-Unibanco, Lojas Americanas, Coca-Cola , Vivo, COB, Sportv, entre outros. Profissional multidisciplinar, com mais de 10 anos de experiência. Fernando participou do congresso no DRCLAS da Universidade de Harvard, em Cambridge, MA.
também, a capacidade de satisfazer necessidades e desejos dos clientes. A orientação para o marketing coloca as necessidades e os desejos dos clientes no centro das decisões e ações das empresas, o que faz toda a diferença em mercados com alta concorrência. Isso porque em ambientes competitivos, o consumidor tem diferentes alternativas para escolher, e sua decisão depende do valor percebido que tem do produto ou serviço. A maioria das micro e pequenas empresas não têm um orçamento de marketing, ou quando o tem, ele é limitado. A maneira mais eficaz de minimizar esta limitação é desenvolver estratégias bem definidas, que combinem as atividades da empresa com suas táticas de marketing. Além de reduzir as despesas de marketing, também adiciona valor ao interagir com clientes e potenciais clientes. O marketing para as micro e pequenas empresas deve ser visto também, como uma estratégia persuasiva. A empresa pode, por exemplo, demonstrar ao cliente por meio de estratégias de marketing, que a sua empresa, seus produtos ou serviços são diferenciados, que seu atendimento é exclusivo ou que seu preço é muito mais atrativo. É importante ter sempre em mente que a essência do marketing é entender as necessidades dos clientes e desenvolver estratégias voltadas para atender a essas necessidades. A empresa precisa estar focada no mercado, na preocupação e no compromisso assumido com o seu público, o que estará diretamente ligado à capacidade de coordenação de todas as áreas da empresa voltadas para satisfazer o seu cliente.
#eutonarevistaaue
Gastronomia
A complexidade
do simples Estudo cozinha há algum tempo, tanto para resolver minhas inquietações de cozinheiro, quanto para compor a melhor informação que passo a meus alunos. Durante esses estudos, havia uma pergunta que fazia (e ainda faço quando tenho oportunidade) a alguns dos grandes chefs que tive contato: “Se minha receita for formar um grande cozinheiro, qual ingrediente não pode faltar?”. Ouvia algumas respostas bem interessantes como - trabalho no exterior e pesquisa científica - mas uma das que mais me chamou a atenção, foi a do Alex Atala, chef proprietário do D.O.M., 4º melhor restaurante do mundo, segundo a revista inglesa Restaurant: “Trabalho árduo, a repetição leva ao que chamamos de perfeição”. Adorei a resposta e aderi como um dos requisitos de um bom cozinheiro: Repetição. Da resposta do premiado colega, comecei a entender algumas características da cozinha: o simples é complexo. Quanto mais simples parecer um preparo, cuidado, ele pode lhe dar uma dorzinha de cabeça. Até porque estou falando sobre simplicidade e não sobre ser simplório. E não esqueça quando acertar a receita pela primeira vez: “... a repetição leva à perfeição”. Repita, repita, repita exaustivamente... até conseguir de olhos fechados. E isso torna-se óbvio quando observarmos algumas das nossas receitas regionais. Você já tentou fazer uma tapioca? E um cuscuz tipicamente nordestino, com toda sua aeração? Ok, quem sabe uma
Marcos Lelis Prof. de Gastronomia no IESB nas cadeiras de Cozinha Brasileira e Cozinhas do Mundo, especialista em Gastronomia e Saúde pela UnB.
simples maçã do amor que compramos no parque? E um acarajé? Pois é... Espero que você os faça assim que terminar de ler esse texto. Depois reflita, e não se frustre, é isso mesmo! Quando chegar e pedir um acarajé a uma baiana pense em quantos ela fez antes do seu e fará depois. Ela repete, repete e repete por horas, por dias, por anos. Esses preparos mais simples têm algumas características em comum. Todos que conheço são compostos por pouquíssimos ingredientes. Mas então qual é o mistério? O segredo está na forma de preparar. Analise uma tapioca, ela é composta de polvilho e água, mas se não for bem hidratada... é “só” um detalhe. Da mesma forma que o cuscuz nordestino é feito com farinha de milho e água; a iguaria baiana por excelência é feita com feijão fradinho e cebola, frito em azeite de dendê, um inocente arroz branco feito para acompanhar nossos pratos do dia-a-dia tem o seu segredinho. Estava dando aula no mesmo dia do lançamento da Monja Gyoku En, e como não podia estar presente, pedi que um aluno me comprasse o livro e que a Monja autografasse. No outro dia recebi o livro e quando abri a capa estava lá um dos ensinamentos mais bonitos que li: “Marcos, é da simplicidade que nasce a beleza.” Daí pra cá busco a simplicidade em todos os pratos que escrevo, executo, idealizo. Porque sei o quanto são complexos.
Tapioca com doce de cupuaçu e creme de açaí Ingredientes:
Preparo:
Polvilho – 200gr Água – aprox. 80ml Polpa de cupuaçu – 300gr Açúcar – 200gr Polpa de açaí integral – 100gr
Tapioca: hidrate o polvilho e tempere com sal. Peneire a massa e numa boa frigideira antiaderente levemente aquecida, polvilhe a massa a ponto de cobrir o fundo da panela. Em fogo brando espere a base coagular rapidamente, vire e retire o beiju pronto. Doce de cupuaçu: leve, em fogo brando, a polpa do cupuaçu e o açúcar, mexendo sempre até caramelizar. Resfrie Creme de açaí: processe a polpa congelada com açúcar ao seu gosto.
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Atualidades
Formosa-GO: entre muitos desafios e grandes oportunidades...
Alexandre Campos Administrador de Empresa, MBA em Logística, mestre e especialista em Educação.
Breve Histórico e características gerais Contam os registros históricos que o então denominado “Arraial dos Couros”, fora descoberto no século XVII vindo a emancipar-se como município de Formosa na data de primeiro de agosto do ano de 1943. Situa-se a cerca de 80 km da capital do país, Brasília e a 282 km da capital do Estado de Goiás, Goiânia e tem como principal via rodoviária a duplicada BR 020. A população é estimada de 97.903 habitantes com densidade de 16,86 hab/km² com área de 5.806,891 km² de acordo com o censo do IBGE de 2010, com PIB anual municipal de 655.336 milhões. Conta ainda com três distritos: Bezerra, JK e Santa Rosa, além do povoado do Barreiro. A região do município de Formosa possui uma característica incerta entre a divisão de seus desafios e oportunidades no campo geoeconômico devido à questão estratégica de sua localização e potencial econômico, a ponto de ser considerado, “O Portal do Nordeste Goiano”, “Berço das Águas”, e “Capital do Ecoturismo em Goiás”. Ao mesmo tempo em que recebe direta e indiretamente todas as influências positivas e negativas da microrregião do entorno do Distrito Federal. Há, portanto, uma relação de interação de toda ordem entre a sociedade goiana, a “candanga” e das demais regiões do país, representada por um percentual significativo de habitantes de várias regiões, influindo nos aspectos de ordem econômica, cultural, geográfica, política e social, com fluxos de potencialidades e óbices de toda ordem, variando a intensidade deste fenômeno a depender das peculiaridades históricas, regionais e temporais. Potencialidades naturais, turísticas e econômicas Sob a ótica de suas potencialidades naturais, a região de Formosa é rica em rede hidrográfica como as bacias do Tocantins (rios Paraná e Parim) e do São Francisco (rios Bonito, Bezerra e Preto), além da Lagoa Feia, enquanto a vegetação dominante, o cerrado, é acompanhada de solos bem drenados e com pouca erosão. Somando-se todas estas riquezas, ainda conta com uma exuberância no campo do ecoturismo devido à incidência de rios, cachoeiras, lagoas, grutas, tais como: Salto do Itiquira, com altura de 1,68 metros de queda d’água livre, o maior da América Latina; Lagoa Feia considerada a maior lagoa natural do Estado; Cachoeiras do Indaiá, com Alto teor de pureza das águas e uma vasta riqueza de fauna e flora; Sítio Arqueológico do Bisnau, superfície grafada em pedras com escavações rupestres de baixo relevo dos primitivos habitantes do Planalto Central; Buraco das Araras, com 105 metros de profundidade e 295 de largura, com uma densa floresta úmida típica da primitiva formação geológica e eco histórica. Existem várias cavernas com rios subterrâneos, como a Gruta das Andorinhas, com uma imensa colina calcária com cerca de 80 metros de diâmetro e 100 de profundidade; Cachoeira do Bisnau, sítio arqueológico de 130 metros de altura com seis pequenas cachoeiras e duas piscinas naturais no início da rampa de Vôo Livre de Formosa; Serra do Itiquira com vista para o vale do Paraná, considerada a maior da América Latina; Parque municipal mata da Bica, uma das nascentes da Bacia do rio São Francisco; Toca da Onça, um paredão de rocha calcária e diversas cavernas com
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inscrições que indicam o início da comunicação gráfica dos primitivos habitantes do Planalto Central; Cachoeira do Bandeirinha, uma queda d’água com cerca de 30 metros de altura; Vale do Paranã, uma das formações geo-históricas mais antigas do planeta, estende-se desde as nascentes nas cabeceiras do Rio Paranã nos arredores de Formosa, englobando todo o vale entre a Chapada dos Veadeiros e Serra Geral de Goiás. Educação e cultura Convive entre a manutenção do enraizamento mais que centenário de uma cultura e modismo regional típica do interior do estado de Goiás, com influência em paralelo com outras culturas trazidas por grupos de pessoas vindas de várias regiões do país, e ainda confrontado com as novas práticas e modismos contemporâneos, muitas vezes contraditórios ao tradicionalismo regional resultante do fenômeno da globalização, viabilizado e acelerado por via de novas tecnologias a serviço das redes de comunicações sociais. Possui um campus da universidade Estadual de Goiás (UEG), a Unopar [Ead], as Faculdades IESGO e CAMBURY, e um campus do Instituto Federal de Goiás (IFG). Política de desenvolvimento Em especial no campo de políticas de investimentos para o desenvolvimento e captação do capital, incentivo e fomento para o município de Formosa (cidade pólo), observa-se uma prática de uma interdependência da economia funcional ao Distrito Federal, ao mesmo tempo em que deixa de receber prioridade de projetos por parte do Governo do Estado. O impacto da ocupação desordenada e de pouca infraestrutura do município, se externa a partir do crescimento populacional desordenado, gerando inevitavelmente a sobrecarga de serviços públicos como saúde, educação, água tratada, esgoto, asfalto, comunicações, entre outros; além do agravo de questões como: violência, desemprego, degradação dos recursos naturais ao meio ambiente e exclusão social. Atualmente, o município de Formosa tem como função primordial o “abastecimento” das necessidades imediatas de Brasília e menor intensidade do Nordeste Goiano, abrindo a questão entre ser um “portal” devido a sua importância de liderança para a região e/ou um “pólo”, neste caso visto como uma mera base logística para o trânsito de mercadorias de bens de consumo alimentício predominantemente de origem agropecuário a depender da percepção de sua importância para a região. O conceito de desenvolvimento sustentável e de município emergente, pode se tornar uma realidade aplicável ao município de Formosa, desde que se tenha o devido fomento e investimento em apoio técnico e financeiro, a partir de estudos para projetos e planos de ação de natureza público e privado, focado em infraestrutura e logística de investimentos com aplicação em setores de aptidão regional como o caso do turismo, a agroindústria, a pecuária e o terceiro setor. Ações focadas na educação e na melhor qualificação da mão de obra especializada, aliadas às oportunidades como a proximidade de grandes eventos como a Copa do Mundo de Futebol em 2014, e em seqüência as Olimpíadas de 2016, podem representar uma oportunidade capaz de alavancar toda uma cadeia econômica em prol de benefícios a partir de legados à região, capazes de romper com a inércia de um município que necessita se apresentar pela importância geopolítica e em desfrutar de suas potencialidades emergentes rumo à sua sustentabilidade. O desafio está lançado... Referências:
1. Divisão Territorial do Brasil. Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (1 de julho de 2008). 2. IBGE (10 out. 2002). Área territorial oficial. Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). 3. Dados do Censo 2010 publicados no Diário Oficial da União do dia 04/11/2010 - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (04 de novembro de 2010). 4. Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 5. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Banco de Dados: Cidades
Moda
Mas isso é
vintage ou retrô?
Angelica Morais Professora de Moda e Design. Já foi publicitária, designer gráfica e estilista e, no momento atual, está em um relacionamento sério com o ensino e as ilustrações. Mantém uma fanpage, a Take a Look e adora gatos.
Falar sobre moda é sempre voltar a um passado distante, buscando algo de novo e, mesmo antes de pensarmos em uma tendência propriamente dita, ou ainda, qual será o “must have” da próxima estação,devemos levar em consideração alguns pontos importantes. Desde que Roland Barthes decretou que a moda era “cíclica”, de tempos em tempos nós recorremos há décadas passadas em busca de uma inspiração, uma modelagem, uma estampa ou ainda, uma simples e significativa cor. Afinal de contas, o que é uma tendência? O que vira moda da noite para o dia? Quem faz isso acontecer? O que isto movimenta? São esses questionamentos que se transformam em verdadeiros dilemas da estação, que serão abordados a cada novo artigo desta coluna. Com o lançamento do remake de “O Grande Gatsby”, com figurinos ricamente produzidos pela Prada, jóias exclusivamente desenhadas pela Tiffany, um grande elenco e uma direção de peso, todos os olhares fashionistas se voltaram para os loucos “anos 20” antes mesmo de o filme ser lançado. E o que mais se viu por aí foram coleções inspiradas na película ou com aquele ar de “antiguinho”, vintage. A moda e o design se apropriaram do termo vintage para designar uma peça antiga, de no mínimo 20 anos de existência, original e em perfeito estado de conservação. Ou seja, uma roupa adquirida em um brechó é uma peça vintage, e um móvel original dos anos 50 também. Uma vitrola dos anos 60, uma câmera fotográfica dos anos 40 e por aí vai. O vintage tem o caráter da antiguidade sim, mas sobretudo tem a “memória”, tem o desgaste natural, tem uma história, pois além da beleza ou design possui um valor sentimental inigualável. O retrô é uma referência, um desenho de algo novo, mas com cara e estética de “antiguinhos”. Vem do francês “retrospectif” e significa uma volta, um retrocesso. Quando entramos em um brechó atrás de algo interessante estamos também em busca de valor, de sentimentos e memórias vividas. Quando entramos em uma loja de shopping e encontramos peças com “cara de brechó” estamos na verdade buscando algo retrô. Ser retrô hoje é buscar referências estéticas do passado para criar um objeto, um modelo, uma roupa com um conteúdo imagético antigo, ou seja, a busca de uma identidade, ou ainda a construção de um estilo. Mas o que vem a ser “vintage” ou “retrô”? Não por acaso é comum confundirmos os termos ou ainda acharmos que são sinônimos. Na realidade, o termo “vintage” nada tem a ver com moda. Ele vem do “vint” (colheita de uva) e “age” (idade), e significa “uma boa safra” e, assim como um bom vinho, quanto mais velho, melhor. Em um mundo cada vez mais desgastado pela falta de originalidade no design e na moda, nada mais “it” do que ser “retrô”. E você? O que prefere? Um antigo com cara de novo, ou um novo com cara de antigo?
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Na Capa
Frécia Melo Apaixonada por moda fitness, Frécinha, como é conhecida, vende seus looks há 02 anos, apenas pela internet. Começou com um bazar por diversão e hoje é uma empresária de sucesso, enviando produtos para todo o Brasil. Super reconhecida no mercado, Frécia estreia a 1ª edição da Revista Auê. Ficha Técnica Fotografia: André Jr. Ambiente e aparelhos: Core Pilates Modelo: Frécia Melo, ela é natural de Brasília-DF e tem 25 anos.
Na Capa
Frecia movimenta seus produtos pelas redes sociais: instagram e facebook, você pode conferir os looks e peças exclusivas nos links: Instagram: Frecinha Fitness Facebook: Frecia Melo (61) 9688-7819 Boas compras!
Esporte
O Real Legado dos Mega Eventos Esportivos
Nicolas Caballero Graduado em Publicidade e Propaganda (UFSM), PósGraduado em Marketing (ESPM), Mestre em Marketing Esportivo (UFSM) e Doutorando em Inteligência Organizacional (UFSC). Coordenador do curso de Pós-graduação em Marketing Esportivo do IESB.
O novo Maracanã será palco de grandes eventos, como Copa do Mundo FIFA e os Jogos Olímpicos.
Desde 2011 e até 2016, o Brasil será sede dos maiores eventos esportivos em nível mundial, com os Jogos Mundiais Militares, a Copa das Confederações, a Copa do Mundo FIFA e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos. Tendo em vista a dificuldade histórica do Brasil em trabalhar com planejamento e interação entre os diversos poderes, é de se supor que poucas contribuições podem derivar desta oportunidade, exceção feita à construção de instalações esportivas passíveis de questionamentos a respeito de suas utilizações pós- jogos. No entanto, estes mega eventos podem propiciar legados para determinadas área emergentes no país. Entre elas, o marketing esportivo. Durante os meses que antecederão os jogos, patrocinadores mundiais iniciarão uma ativação de suas marcas, procurando um retorno promocional, institucional e de mídia espontânea. De igual forma, empresas nacionais dos mais variados segmentos desenvolverão campanhas buscando uma simbiose com os valores do esporte e/ou do evento como um todo. Esta situação poderá despertar um
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interesse maior por parte das mais variadas empresas do país com relação ao esporte como estratégia promocional, favorecendo ao mesmo tempo, as organizações esportivas brasileiras como um todo. Outro ponto diz respeito ao atendimento ao espectador/torcedor. Por tratar-se especificamente de eventos da FIFA e do COI, a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos respectivamente, terão uma preocupação significativa em atender às necessidades de seus consumidores. O mercado e, especificamente os dirigentes esportivos brasileiros, poderão vislumbrar sistemas eficientes de compra de ingressos, segurança, licenciamento de produtos, serviços nas arenas, entre outros serviços, perpetuando estes procedimentos em competições nacionais pós mega eventos. Por fim, o Brasil deve fazer valer todo o investimento realizado nos últimos anos para com a organização destas competições. A retenção de know how, em marketing e organização esportiva, deve ser uma meta a ser considerada.
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Responsabilidade Social
Amigo Cão Criado em 2012, o projeto Amigo Cão idealizado pela publicitária, ativista/defensora pró-animais, Amanda Lima e pela médica veterinária Fernanda Scholtz, pioneira no trabalho de resgate a animais abandonados, ampara, cuida e encaminha animais abandonados para adoção responsável através de ações voluntárias sem fins lucrativos, com a colaboração de pessoas que são essenciais neste processo: Katiane Rodrigues, Erika Rosa, Rogério Rezende, Dr. Tales Dilli. O projeto incorpora em seu programa a qualidade de vida dos animais domésticos, em especial dos cães e gatos abandonados pelas ruas de Formosa-Goiás, com a ajuda da Consulvet Clínica Veterinária e Estética, e toda a sua equipe de profissionais capacitados. Em 2012, o Projeto Amigo Cão através de feiras de adoção conseguiu lares para mais de 50 animais, índices relevantes para a saúde pública do município. Este ano, abraçado pelo Instituto Itiquira, o Amigo Cão faz integrar os projetos da Instituição que incorporam a qualidade de vida dos animais e a preocupação com o meio ambiente. Para Amanda, a falta de ajuda financeira e apoio de voluntários/as reprime nossa atividade diária, mas não retira nossa vontade em fazer sempre melhor o que nos propomos a fazer, que é atender os animais que estão necessitando de amparo. Dra. Fernanda completa: Todos/as saem ganhando, animais mais saudáveis e bem tratados, pessoas mais conscientes, a cidade mais limpa e a satisfação de dever cumprido como profissional. Nada fácil, mas vale a pena. Para cuidar de tantos cães abandonados ou maltratados, “a gente mata um leão por dia” e “faz trabalho de formiga” lembrando o seu primeiro projeto, o Formiguinhas, antes do Amigo Cão.
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Amanda Lima 25 anos, publicitária, coordenadora de comunicação e de projetos na empresa Xapuri Socioambiental. Voluntária do Instituto Itiquira, amante da natureza e ativista/defensora pró-animais, Amanda é fundadora e coordenadora do projeto Amigo Cão FSA e integrante do Fórum Permanente de Meio Ambiente de Formosa – Goiás.
Como você pode ajudar? - Trabalho Voluntário. - Ração para cães e gatos. - Medicamentos Veterinários. - Jornal, toalhas, lençóis. - Apadrinhe o nosso projeto com uma doação mensal de R$ 30,00 ( entre em contato e solicite o seu Termo de Doação Individual)
Adoção Responsável Para adotar um dos animais (cães ou gatos) você precisa: - Ter mais de 18 anos. -Todos da casa estarem de acordo com a chegada do novo membro. -Ter consciência que um cão ou gato vive em média 15 anos, estar preparada/o para conviver com ele por todos esses anos. - Em caso de viagens, ter alguém que cuide do animal. - Assinar o termo de adoção responsável. - Apresentar RG e comprovante de residência. - Taxa de 20,00 para manutenção do projeto.
Você é um apaixonado/a por esses bichinhos? Participe e convide seus amigos para curtirem a nossa página: www.facebook.com/AmigoCaoFSA instagram/amigocaofsa www. facebook.com/consulvetfsa www. facebook.com/institutotiquira E-mail: amigocaofsa@gmail.com
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Cultura
Cultura
Leônidas da Silva Pires Ex-Secretário de cultura da Prefeitura Municipal de Formosa-GO, de 2002/2008
Há quem vive de cultura, outros para a cultura e ainda em alguns casos extremos, os que dão a vida pela cultura. Temos o compromisso com a verdade em tudo que é feito, e em prol disso, daremos uma singular contribuição para o povo dessa cidade ordeira e hospitaleira por meio deste novo veículo de comunicação, que muito contribuirá para o crescimento moral, cultura e intelectual de todos os seus leitores. Hoje, ao falar de cultura, rapidamente as pessoas sabem que estamos falando de conhecimento adquirido, seja na música, nas artes plásticas, na literatura, na formação escolar ou em qualquer outro segmento das várias formas de manifestações artísticas e culturais desse nosso rico país. No entanto, quero propor-lhes uma breve volta à década de oitenta, especificamente no ano 1980, quando empunhamos a bandeira da Cultura. Na ocasião, quando falávamos em cultura, muitos pensavam que estávamos falando de terra fértil, como aquela que dá bom milho, muito arroz ou um graúdo feijão. Foi quando criamos na época o extinto Clube Espaço Cultura, embrião da hoje Fundação Museu Couros. O resultado final até então dessa árdua luta, acreditamos ser notório, tendo o Museu Couros, Teatro, Galeria de Artes, Moagem e demais projetos como resultados. Durante este trajeto, muitas vezes tropeçamos sem encontrar algo para nos reerguer, caímos e ninguém se prontificou a nos ajudar a levantar, choramos e ninguém enxugou as nossa lágrimas. Mas como diz o sábio provérbio: “Mais valem as lágrimas de não ter vencido, que a vergonha de não ter lutado”. Nesses Trinta e três anos dedicados à cultura fizemos de tudo ou de tudo um pouco, conseguimos tornar muitos de nossos sonhos realidade. Como exemplo e para uma melhor compreensão, citamos aqui algumas ações, como: Festivais de música, festivais de poesias, exposições de artes, gincanas culturais intercolegiais, campeonatos de futebol, karaokês, saraus, produção de filmes e documentários, edição de livros, entre outros. Assim, acreditamos que nossa experiência cultural, levará aos leitores da Revista Auê, um pouco do que vivenciamos como operários da cultura, compartilhando este capítulo da história cultural da cidade que um dia foi Couros, e apesar dos 170 anos de emancipação política, continua formosa. Formosa da Lagoa Feia, do Itiquira. Formosa das grandes manifestações culturais e berço de grandes artistas, escritores, compositores, poetas, cantores, músicos e muito mais!
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