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GUIA GASTRONÔMICO
SÃO JOÃO
SOCIEDADE
POLÍTICA
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GUIA BELEZA
AGRONEGÓCIO
SOCIAL
#FAZENDOAUÊ
Projeto gráfico: Bruno S. /Douglas A. Redação: Ana Paula L. Fotografia: Guilherme Bays Revisão: Carlos Duarte
Kleber José Editor chefe
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ESPECIAL SÃO JOÃO
Bora dançar gente, olha a
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festa de São João, vamos todos comemorar e entrar na dança, neste mês de junho. Mês esperado pelos devotos do devido santo. Os brasileirinhos esperam os cinco primeiros meses do ano para que cheguem as festas juninas, e depois esperam ansiosamente que se passem mais onze meses para novamente pular fogueira. Pro cêis vê o tanto que a festa é boa. Tem quentão, tem arroz-doce, bolo de milho verde, baba-de-moça, biscoito de polvilho, pipoca, curau, pamonha, canjica, milho cozido, suco de milho verde, batata doce assada, bolo de fubá, bom-bocado, broa de fubá, cocada, cajuzinho, doce de abóbora, doce de batata-doce, maria-mole, pastel junino, pé de moleque, pinhão, cuscuz, quebra-queixo, quindim, rosquinhas de são-joão, vinho quente, suspiro e outras coisas de suspirar... Vixe, Nossa Senhora D’Abadia, Pai Eterno, acode! Quanta comida pessoar, na festa da roça! Mas é esse mesmo o intuito. Muita fartura. Muita guloseima, muitos pratos típicos na tradicional festa da cultura popular brasileira. Doces, salgados e bebidas que estão relacionados, quase sempre, à cultura do campo e da região interiorana brasileira. Pode-se observar que muitos quitutes têm como base alguns cereais (milho, arroz, amendoim) e sem esquecer o coco, que aparece em grande parte das receitas, principalmente dos doces. E há explicação para o uso de tanto milho nas comidas. É a época da colheita do milho. Simples assim. A Festa Junina é uma festa brasileira, mas não deixa de trazer consigo herança de outros países. A quadrilha, com suas marcações, pega o ritmo das danças nobres francesas, que eram danças bem marcadas. O jogar de fogos de artifícios vem da China, de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. A dança de fitas teria vindo da Península Ibérica, muito comum em Portugal e na Espanha. Nos quatro cantos do Brasil comemoram-se as festas juninas, mas o lugar do país onde as festividades são mais intensas é a Região Nordeste, onde aproveitam para agradecer pelas chuvas raras na região, que salvam a agricultura, já que é um local
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quadrilha a cobra! de extrema seca. Lá as festas ganham grande expressão. As tradições são sempre cumpridas. Pulam fogueira, dançam quadrilha, soltam balões, saem em festejo nas ruas... e as homenagens são feitas para os três santos do mês. No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Esses grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros. Já na região Sudeste é tradicional a realização de quermesses. Essas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos, empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha geralmente ocorre durante a quermesse. Os santos homenageados na festividade religiosa são: São João, São Pedro e Santo Antônio. Muitas pessoas ainda não sabem que são três os santos que regem as festas de junho. Dia 13 de junho é o dia de Santo Antônio, o santo casamenteiro, o santo dos pobres. São comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão. Dia 24 de junho é o dia de São João, São João Batista, que se dá no solstício de verão (inverno na América do Sul), e seus festejos são para afastar os demônios da esterilidade, pestes dos cereais e estiagens, pois é véspera de colheita. E dia 29 de junho é o dia de São Pedro, o primeiro papa, segundo a tradição católica. São Pedro era o pescador, apóstolo de Jesus, o responsável por supostamente fundar uma igreja após a morte de Jesus Cristo. Os três santos harmonizam a famosa e esperada festa anual, com caráter religioso, folclórico e dignamente representante da mobilização popular. Da Redação.
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POLÍTICA IêdaVilas-Bôas Presidente da Academia de Letras e Artes do Nordeste Goiano - ALANEG
Uma reflexão sobre as mulheres e o mundo da política
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empo de eleição chegando e precisamos fazer uma reflexão sobre as mulheres e o mundo da política. Pensar e discutir o papel social destinado e desempenhado pelas mulheres na sociedade brasileira, sob a ótica da política, é sempre um exercício necessário e serve de orientação para definirmos quem somos, onde estamos e para onde iremos. Nossa sociedade foi construída sob a égide do machismo e do patriarcalismo, na qual o homem sempre ocupou o espaço público e a mulher, o privado. Aos homens, os salões e os debates. Às mulheres, a cozinha, o servir e as frivolidades. Evoluímos um pouco, é verdade. Entretanto muito temos para conquistar. Na política, principalmente na municipal, ainda temos um espaço fechado entre e para os homens. A mulher vem abrindo, com muita luta, arestas e janelas e hoje, a participação política das mulheres é prova disso, sejam como eleitoras (desde a década de 1930), sejam como candidatas a cargos públicos. A mudança tem ocorrido, mas a passos lentos. A presença e participação das mulheres em espaços políticos é fator fundamental para o fortalecimento da democracia, afinal, a representatividade feminina é extremamente necessária quando pensamos nas lutas pelos direitos das mulheres em um contexto no qual, como se sabe, ainda há muito preconceito, exclusão e violência. Entre os eleitores, no Brasil, as mulheres são maioria: mais de 51% do total. Esse potencial eleitorado tem atraído olhares e disputas pelos votos femininos. As mulheres estão conquistando seu espaço, também, por conta das chamadas cotas, fruto de políticas afirmativas para ampliar a participação feminina, os partidos são obrigados a reservarem uma participação de, no mínimo, 30% para cada sexo. Nesse sentido, o maior número de candidaturas pode ser associado a uma maior emancipação feminina, o que não deixa de ser fator positivo quando avaliamos as mudanças e transformações pelas quais o papel da mulher brasileira passou, mas as desigualdades de gênero prevalecem e possuem raízes profundas na história do Brasil. Já conseguimos reverter diversas situações desfavoráveis em diferentes áreas, menos nos espaços de poder. Em termos quantitativos, a participação das mulheres na política ainda é muito pequena. Importante destacar que para o exercício de cargo público, as questões morais e éticas não dependem do sexo. A boa ou o bom governante é aquele que tem compromisso com a democracia e com a coletividade, seja homem ou mulher.
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SOCIEDADE
A Cultura do Estupro é a expressão mais radical da Cultura da Superioridade
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epois que eclodiu na mídia a história e drama vivido pela adolescente de 16 anos estuprada no RJ, eclodiu também uma grande e polêmica discussão sobre o estupro. A chamada cultura do estupro. Uma cultura que pune as vítimas. Discutimos sobre a necessidade de educar as meninas para que não “provoquem” um estupro e de educar os meninos para não estuprarem. Ninguém ensina meninos a estuprar, mas os ensinamos a sentirem-se superiores. Os atos cotidianos são tão pequenos e sutis que é difícil perceber como contribuímos para a cultura da superioridade – e, finalmente, do estupro. Tudo começa em casa. No café da manhã, no almoço, no jantar, ou no churrasco, com aquela piadinha machista tão sem maldade do papai, do titio, dos amigos da família. E aquela clássica frase no trânsito: tinha que ser mulher! Quem não ouviu? Não é grosseiro, não é maldoso. É sutil, mas existe. E em muitas famílias (quiçá na maioria) ocorre com frequência. Na televisão, em quase toda a programação dos canais abertos temos referência à mulher como objeto: comercial de cerveja, novelas com os clássicos estereótipos, programas de auditórios (a Banheira do Gugu e as dançarinas do Faustão são exemplos famosos), entre outros. Também se tem a reprodução do ideal da mulher: nos comerciais de produtos de limpeza ou cozinha, cuidando das crianças, sendo bela, recatada e do lar. E sempre existirão aqueles que levam a cultura da superioridade ao extremo. E esse extremo chama-se violência, estupro. Ninguém educa um filho para ser estuprador, mas criamos meninos imbuídos de um sentimento de superioridade. Não atentamos para aquilo que cotidianamente pode transforma-los em pessoas que praticam ou compactuam com a violência contra a mulher. Esses detalhes do dia a dia também reforçam nosso hábito de culpar a vítima: a saia curta, o batom vermelho, o decote. “Mas ela estava sozinha”, “estava bêbada”, “estava drogada”, “estava no lugar errado”, “estava dando em cima do cara”, “estava pedindo”. Não seria desumano usar esses mesmos argumentos para “justificar” o porquê de um homem ter sido estuprado? Porque estava bêbado, drogado, sozinho, ou se estivesse dando em cima de uma mulher, etc.
Imagem: Júpiter, o mais poderoso dos Deuses romanos, toma a forma de um touro branco e convence a princesa Europa, por quem estava apaixonado, a monta-lo. Quando ela o faz, ele foge para a ilha de Creta, onde a estupra. O quadro é de Titian (Tiziano Vecellio), pintor veneziano do século 16. //Da Redação.
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Família Padre Joacir Soares D’Abadia Filósofo escritor e coordenador da Pastoral da Educação, Pároco em Alto Paraíso e Administrador Paroquial de Colinas do Sul Diocese de Formosa-GO
OS DIZERES E ATOS ATUAIS
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Somos agredidos pelos atos dos nossos irmãos. Somos agredidos humanamente, moralmente e, principalmente, pela indiferença. A agressão se mostra de diversos modos. Em cada um deles o homem é extirpado de sua real situação no mundo. Frente a este brutal e inconveniente desrespeito humano ainda se pode ver algum norte?
Esta agressão sofrida pela nossa humanidade remonta a alguma desconectividade entre o homem em relação à realidade? O homem atual está cheio de “dizeres” e de “atos”. Não burla nenhuma forma de viver os “dizeres” atuais? Houve-se, ultimamente: - “Não tenho religião”; - “Não acredito em Deus”; - “Ninguém manda em mim”; - “O estado é laico”. Todas estas palavras agridem a humanidade, já que o homem está se relacionando com tudo que existe. Mas estes “dizeres” não teriam valor algum se o homem soubesse qual seu valor e sua importância para a atualidade. Cada frase dessa passará com o tempo, porém o homem continua sendo ele mesmo neste perfazeres de tempo. Em síntese, os dizeres deixam os homens “mudos e telepáticos” (música Hiroxima), porque sempre terão alguma coisa que lhes justifiquem – “Dike”. Com isso, até mesmo seus “atos” são justificados. Todo “ato” tem uma consequência. Os “atos” são justificados. E todo “ato” justificado tem sua implicação: a) - “na vida atual próxima”(deixa o homem sem crise, tira-lhe a responsabilidade e destrói sua criatividade); b) -“na vida atual futura” (o homem não mais saberá que é homem, e valorizará os animais mais do que a pessoa). Aqui eu encerro indagando: qual a atualização dos “dizeres” e dos “atos” dos homens tidos como modernos?
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Guia beleza
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AGRONEGÓCIO
Mais um posto de recolhimento de embalagens de agrotóxicos
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ois é, o agricultor, principalmente o pequeno, não tem mais desculpa para não devolver à indústria as embalagens vazias de agrotóxicos; ao invés de lançá-las em rios, buracos ou queimá-las a céu aberto. Além do Posto da ADIF – Associação dos Distribuidores de Insumos Agrícolas de Formosa, que faz um trabalho muito bom de recebimento, agora, Formosa e região conta com mais um Posto de recebimento de embalagens de produtos agrotóxicos e afins. Exatamente do outro lado da cidade; na saída para Planaltina Goiás. Inaugurado há quinze dias, a sua criação foi iniciativa conjunta da Prefeitura – por meio de sua Secretaria de Agricultura, e de várias empresas revendedoras de agroquímicos que visualizaram a necessidade de mais um local para receptar tais embalagens vazias. Trata-se da ADIFOR – Associação de Distribuição de Insumos de Empresas Agrícolas, Agropecuárias e Cooperativas de Formosa e Região. Saiba a população urbana que o Brasil é líder mundial e referência quando o assunto é destinação ambientalmente correta de embalagens vazias de agrotóxicos. Hoje, cerca de 94% das embalagens plásticas primárias (as que entram em contato direto com o produto) comercializadas no país seguem para reciclagem ou incineração controlada. Estamos à frente de Canadá: 73%, Inglaterra:77%, Alemanha: 70%, França: 68%, Japão: 50% e E.U.A: 33%. As responsabilidades no sistema de devolução de embalagens de agrotóxicos devem ser compartilhadas. A Lei nº 9.974/2000 exige que cada um dos agentes atuantes na produção agrícola no Brasil cumpra um papel específico no processo de recolhimento e destinação final de embalagens vazias desses produtos. À indústria, os canais de distribuição, os agricultores e os poderes públicos é-lhes outorgada tais responsabilidades. E isso é o principal fator de sucesso para que a “cadeia” funcione muito bem. Entenda o papel de cada elo dessa “cadeia “integrada. À indústria fabricante compete retirar as embalagens vazias nas unidades de recebimento e dar a correta destinação final às embalagens (reciclagem ou incineração); ainda, deve educar e conscientizar agricultores. Aos canais de distribuição cumpra-se indicar o local de devolução na nota fiscal de venda, receber, dispor e gerenciar o local de recebimento (os Postos); ainda, emitir comprovante de devolução para os agricultores, educar e conscientizar agricultores. Ao Poder Público determina-se fiscalizar o cumprimento das responsabilidades compartilhadas, licenciar as Unidades de Recebimento (os Postos), educar e conscientizar agricultores. Por fim, é obrigatório aos agricultores lavar as embalagens vazias e inutilizálas perfurando-as, armazená-las temporariamente na propriedade – ao máximo por um ano, devolvê-las no local indicado na nota fiscal, e guardar o comprovante de devolução por um ano. Com vemos, o sistema funciona bem; porém há aqueles que insistem em descumprir a lei e, poluir o meio ambiente já tão afetado pelo homem. A ADIFOR veio para ajudar mais o pequeno agricultor de Formosa e região. Este alegava não saber o que fazer com suas embalagens vazias de produtos agrotóxicos e afins. Por isso companheiro produtor você não tem mais desculpa para banalizar algo tão importante para a sustentabilidade agrícola, para o meio ambiente, para a população e para você mesmo. Conscientize-se e cumpra a Lei. Jerson de Castro SantAnna Jr.
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