Revista Box - Julho 2012

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rock`n`roll

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EDIÇÃO 05 :: ANO 1 :: JULHO ‘12


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@aalyssonbr

@anaguadalupe

Alô vocês que estão de mimimi o país não investe na educação, mas tem dinheiro pra Copa: não quero ver ninguém comemorando gol da Seleção!

PARECE BEM LEGAL SER EMPOLGADO, Né

@aalyssonbr

todas as pessoas que eu conheço falam de relacionamentos em algum momento, não importa se o tema é arroz a conversa muda pra traição.

@CARPINEJAR

Pra viver de verdade, a gente tem que quebrar a cara. @caiofabreu

EU QUE NÃO QUERO CHEGAR NESSA IDADE QUE BAIXA WALLPAPER DE ORQUÍDEAS. @leticiadg

@tobefonseca

O segredo da relação é contar sempre seu dia para esposa como quem chega de longa viagem.

RELACIONAMENTO SéRIO COM O ÁLCOOL PARA ENFRENTAR A SOCIEDADE

@nervososupremo

@TatiBer

Ele lembrará de falar com você, quando você esquecer de falar com ele

@CARPINEJAR

Aquilo que é bom esqueço para ter de novo.

Não quero tchu e nem tcha, quero soneca pós-almoço.

Texto// Vários

vcs gostam tanto de futebol nem teta tem nesse negócio

@nervososupremo

campanha contra a digitalização de fotos de book.

@cherguevara

“pai eu tenho teta” - dorme que passa

@henricoimbra

@lipfe

se deus não existe então quem faz os escudos dos times no gramado que aparece na televisão explica essa ateus.

FILOSOFIAS DE

@zbaldochi

BAR

que merda nao to achando meu iphone nas minhas baguncas deve ser porque nao tenho um

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DIREÇÃO: Alessandro Filipiak João R. Malossi Natália Madalosso Rafael F. Fontana REDAÇÃO: João R. Malossi joao@revistabox.com Natália Madalosso natalia@revistabox.com REVISÃO: João R. Malossi joao@revistabox.com Natália Madalosso natalia@revistabox.com

3 - Brunna Becker // Publicitária e Fotografa (brunna_becker@hotmail.com)

DIREÇÃO DE ARTE: Rafael F. Fontana rafael@revistabox.com

ENTRE EM CONTATO: atendimento@revistabox.com (54) 3712.3363

DESIGN: Rafael F. Fontana rafael@revistabox.com

MAIS INFORMAÇÕES: www.revistabox.com

DIAGRAMAÇÃO: Rafael F. Fontana rafael@revistabox.com COMERCIAL: Alessandro Filipiak alessandro@revistabox.com

SIGA-NOS NO TWITTER: @redacaobox TIRAGEM: 1.000 exemplares

A luta continua, e nós seguimos em frente seja lá qual for o horário ou o dia da semana, cá estamos nós montando a Box. Essa que não seria nada sem a ajuda das pessoas que escrevem, anunciam e porque não a sua que nesse momento está lendo. Pois bem, nessa edição teremos muito conteúdo, muitas coisas, muita qualidade. Esperamos que vocês gostem e continuem demonstrando isso seja lá de que forma for, pois é isso que nos motiva a seguir em frente e preparar a edição seguinte com muito tesão. Julho, mês de férias, esperamos que todos os que estejam ociosos nesse período saiam da comodidade e procurem algo legal para se fazer, seja uma campanha de doação de roupas ou um curso de culinária, mas não fiquem trancados em casa na frente de um computador tentando socializar em redes que não tem nada de social (a não ser como são chamadas). Aproveitem esse inverno, até então “quente”, de uma forma interessante e criativa, curtam mais a vida e não se prendam a coisas tão superficiais que não te fazem feliz, mas lembre-se: seja consciente e use filtro solar! He6w5h16e5w1h6ew (isso é nossa risada pra quem não sabe tá!) Dois beijos.

Título da Capa: Apenas Rock`n`Roll

5 - Carolina Padilha // estudante de Jornalismo (carolinap_alves@hotmail.com) 6 - Daniele Holdorf // tecnologa em Cosmotologia e estética (dani_maquiagem@hotmail.com) 7 - Diones de Lima Lemes // ... (dionesllemes@yahoo.com.br) 8 - Emily Arcego // Licenciada em Letras (emily_arcego@yahoo.com.br) 9 - Gustavo Serrano // estudante Publicidade (duffbeer@masqueloucura.com.br) 10 - Gustavo Smaniotto // Personal trainer (gugareves@hotmail.com)

//EDITORIAL. ALGUéM LÊ?!

CAPA DA EDIÇÃO // elmuringon

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CURTA NO FACEBOOk: fb.com/revistaboxerechim

4 - Carla Curzel // designer de Moda (carla.curzel@gmail.com)

//COLABORADORES 1 - Aline Simon // estudante de Publicidade e Propaganda (alin.e.e_simon@hotmail.com) 2 - Ana C. F. Escobar // estudante de Jornalismo (gdx_ana@hotmail.com)

11 - Jonathan Holdorf // social Media (jonathan@correioerechinense.com) 12 - Leonardo F. Fontana// Pseudo Filósofo (krustyc@hotmail.com) 13 - Maria Gilda de Marco // Farmacêutica (demarco.mg@gmail.com) 14 - Michele Bolis // Fisioterapeuta (mibolis@hotmail.com) 15 - Paloma Mocellin // estudante de Jornalismo (palominha_m@hotmail.com) 16 - Tiago Sutili // estudante engenharia elétrica (tiagosutili@gmail.com)

Textos e anúncios assinados são de responsabilidades de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da Revista. Revista Box alguns direitos reservados

REVISTA BOX // 05 :: ANO 1 :: JULHO ‘12

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Preserve o Meio Ambiente, recicle essa revista ou passe adiante.

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//ÍNDICE SAÚDE_ GASTRONOMIA_ 16

ENTRETENIMENTO_ FALAÍ!_ HUMOR _ C. INTELIGENTE_ MODA_

Créditos: Stephen Poff rock`n`roll

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AUMENTE O SOM PQ

EU ESCUTO!

DESENHO & SOM: TUDO DE BOM! Normalmente, ele desenha cenários que a primeira vista podem até parecer para um público infantil, entretanto, logo se percebe a parte grotesca... Nessa edição não vou escrever sobre uma banda, e sim, de um artista: Matthieu Bessudo, ou melhor, McBess. O cara é um ilustrador francês massa pra caramba, certamente um dos meus preferidos. Desenha cenários e personagens todos em preto e branco, num traço visivelmente inspirado na Fleischer Studios (a empresa que criou os desenhos do Popeye, Superman. Concorrente direta da Walt Disney).

Texto// Gustavo Serrano

Fazendo uma cronologia rápida dele: ganhou fama em 2006 com o trabalho de graduação que criou com mais dois colegas na Supinfocom, considerada uma das melhores universidades de 3D do mundo. É um curta bem humorado, colorido e meio psicodélico. Intitulado “Sigg Jones”, narra a história de um lutador prestes a entrar no ringue: o cara, que é gigante, tá andando nos corredores da arena e ganha um isotônico (ou algo assim) do agente dele. Mas, quando ele bebe o dito cujo, fica malucão e vomita uma gosma estranha que o outro rapaz acaba pisando, ganhando superpoderes nos calçados. Aí começa uma briga doida entre os dois e o final não vou contar, haha. É, não faz muito nexo vendo, e muito menos escrevendo! Estou falando dessa animação porque esse curta ficou muito popular na época no universo das animações em 3D, alavancando a carreira

//6 Créditos: McBess


dos três. É uma boa diversão, valendo seus quase 7 minutos (você pode assistí-lo acessando: vimeo. com/790881). Entretanto, McBess é conhecido mesmo por suas ilustrações. Se bem me lembro, conheci ele numa edição especial sobre personagens de uma revista brasileira de artes, e aí fui procurar mais e virei fã do cara. A ilustração intitulada “My Desk” foi a que iniciou esse estilo de desenho, que é característico por ter sempre o artista inserido dentro da obra. Normalmente, ele desenha cenários que a primeira vista podem até parecer para um público infantil, entretanto, logo se percebe a parte grotesca, os detalhes com bebidas, comidas nada saudáveis, galera seminua, referências à música, tatuagens, monstros, tudo criado lindamente no

“DEAD PIRATES! O nome da banda já empolga, piratas e morte, hoho! A banda londrina ainda é um bebê no mundo musical, formada em 2010, o quinteto toca um rock meio stoner, meio old fashioned rock, nas palavras deles.” preto e branco. E as personagens criadas sempre com aquele estilo de desenho animado antigo, onde todo mundo ficava dançando e caminhando no ritmo da trilha e parecia não ter ossos, com braços e pernas fazendo curvas tipo S. É justamente esse contraste do infantil e o adulto se mesclando que acho lindo no trabalho dele. Para os mais curiosos: as peças são iniciadas a mão e finalizadas todas inteiramente no Photoshop. Agora: DEAD PIRATES! O nome da banda já

empolga, piratas e morte, hoho! A banda londrina ainda é um bebê no mundo musical, formada em 2010, o quinteto toca um rock meio stoner, meio old fashioned rock, nas palavras deles. Possuem um CD de 2005 (antes da banda ser realmente uma banda), chamado Acoustic as FUCK. São uns sons legais, mas é só uma prévia mais calma do que viria. O Malevolent Melody EP, de 2010. Esse tem quatro músicas, das quais duas são instrumentais. Ele foi lançado juntamente com uma história em quadrinhos no encarte, criada pelo artista. Acredito que a música WOOD é a junção de toda obra do artista. O clipe foi produzido pelo McBess e um colega de banda, todo em animação, e recria

exatamente o traçado dos desenhos que eu falava até então. A música tem pouco mais de quatro minutos, e eles levaram quatro meses na produção do clipe. Ano passado largaram mais três sons no site, espero que venham mais por aí! Bom, os trabalhos dele, tanto na ilustração quanto na música, podem ser encontrados em mcbess.com. Lá, tem também a parte de merchandising, que vale a pena conferir mas, quem não quiser pagar importação pode fazer como eu e pegar uma camiseta linda da banda no eucompraria.com.br. E para quem quiser curtir o som, lá no Eu Escuto pode assistir o clipe da WOOD e ouvir algumas das músicas!

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SUA OPINIÃO? Texto// Diones de Lima Lemes

E ENTÃO, QUAL

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QUEM VAI PÔR O GUIZO NO PESCOÇO DO GATO?

A pergunta nos transborda de curiosidade quando o assunto é queda d’água ou Cachoeira, com “C” maiúsculo.

tos” outro replica “ele (Carlinhos para os íntimos) precisa saber quais são as acusações!”. E assim seguem os ratos julgando o gato. Fico me perguntando o que o Tiririca esta pensando desta palhaçada toda? Talvez em algum novo animal para o “jogo do bicho”.

Em assembléia, assim como é feito corriqueiramente por nossos ilustres e excelentíssimos representantes eleitos pelo voto, os ratos da fábula de Jean de La Fontaine decidem pôr um guizo no pescoço do gato, o eterno inimigo. Pois, assim eles perceberiam a aproximação do hostil peludo e fugiriam a cada ofensiva. Um rato velho, calado por todo o tempo, de careca garbosa e bigode tão antigo quanto às terras do Maranhão, endossou o plano, mas fez a pergunta. “Quem vai pôr o guizo no pescoço do gato?” Situando assim todos, que entre as ações e as palavras há certa distância.

Rato = de.pu.ta.do sm. 1. Indivíduo encarregado de tratar de negócios de outrem 2. Membro eleito de assembléia legislativa.

O que acontece hoje na CPMI é uma espécie de “prudência forçada” em entrevista para os urubus um excelentíssimo diz, “é preciso apurar os fa-

Gato = bi.chei.ro sm brás. 1. Aquele que anota apostas nos talões do jogo do bicho, ou o que recebe o dinheiro dessas apostas 2. O que banca

nesse jogo. Pato = e.lei.tor (ô) sm. 1. Aquele que elege ou tem direito de eleger.

PARA JOGAR NO BICHO é PRECISO:

Urubu = jor.na.lis.ta s2g. 1. Pessoa que dirige ou redige um jornal² (1), ou que dele é colaboradora; periodista.

1. Sonhar com algum “número da sorte”. 2. Correr até alguma lotérica ou botequim no centro da cidade. 3. Apostar convicto no seu “número da sorte”. 4. Saber que um real na cabeça paga quatro por um. 5. Aguardar o sorteio pela loteria federal.


Descubra mais

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É PROIBIDO

FUMAR Texto// Maria Gilda De Marco

Créditos: ccarlstead

FUMAÇA AUTO-DESTRUTIVA. O cigarro é um dos produtos de consumo mais vendidos no mundo. Comanda legiões de compradores leais e tem um mercado em rápida expansão. Satisfeitíssimos, os fabricantes orgulham-se de ter lucros impressionantes, influência política e prestígio. O único problema é que seus melhores clientes morrem um a um.

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No mundo todo, três milhões de pessoas por ano (seis por minuto) morrem por causa do fumo.

No mundo todo, três milhões de pessoas por ano -seis por minuto- morrem por causa do fumo, segundo o livro Mortality From Smoking in Developed Countries 1950-2000, publicado em conjunto pelo Fundo Imperial de Pesquisas do Câncer, da Grã-Bretanha, pela OMS (Organização Mundial da Saúde) e pela Sociedade Americana

do Câncer. A África, a Europa Oriental e a América Latina são o alvo dos fabricantes ocidentais de cigarro, que veem nos países em desenvolvimento uma gigantesca oportunidade comercial. Mas a populosa Ásia é de longe a maior mina de ouro de todos


os continentes. Só a China atualmente tem mais fumantes do que toda a população dos Estados Unidos – 300millhões. Eles fumam o total assombroso de 1,6 trilhão de cigarro por ano, um terço do total consumido no mundo!

bem-estar causadas pela nicotina. Porém, esses tratamentos são recomendados para pacientes que fumam mais de quinze cigarros por dia, ou seja, um alto grau de dependência.

Sabe-se também que além da nicotina, o outro vilão é o alcatrão. Ele causa alterações nas células que podem levar ao desenvolvimento de vários tipos de câncer como o de pulmão e o de boca. Entre os benefícios de parar de fumar, abaixo estão listados alguns:

Você mora, trabalha ou viaja com fumantes inveterados? Então talvez corra o risco ainda maior de contrair câncer de pulmão ou doenças cardíacas. Um estudo realizado em 1993 pela Agência para Proteção do Meio Ambiente (EPA, em inglês) concluiu que a fumaça de cigarro no ambiente é um carcinógeno do Grupo A, o mais perigoso.

• Vinte minutos depois de deixar o cigarro, a pressão arterial e os batimentos cardíacos retornam ao normal • Um dia depois de largar o vício, as chances de infarto começam a se reduzir • Após três dias, há um aumento da capacidade respiratória

“Sabe-se também que além da nicotina, o outro vilão é o alcatrão. Ele causa alterações nas células que podem levar ao desenvolvimento de vários tipos de câncer como o de pulmão e o de boca.”

• De duas a 12 semanas a circulação sanguínea melhora • No intervalo de 1 a 9 meses a tosse e as infecções das vias aéreas vão cessando. A capacidade física melhora

Mas, para quem quer se livrar da dependência, a medicina está trazendo tratamentos desde terapias e antidepressivos até chicletes e adesivos de nicotina. Já existem várias alternativas contra o cigarro, algumas dessas alternativas se baseiam na reposição de nicotina. O fumante é poupado dos efeitos da interrupção repentina do hábito, como a irritabilidade. Então, se oferece ao corpo a nicotina, mas em doses menores até que ele dispense a substância, como é o caso do chiclete e do adesivo de nicotina. Há outros tratamentos que usam antidepressivos, com bupropriona. Mas ainda não se sabe como ele funciona contra a dependência. Acredita-se que a droga aumente o efeito de substâncias como a serotonina e a dopamina. Assim, o fumante teria as mesmas sensações de

• Em um ano diminui o risco de doença coronariana em 50% Em dez anos caem às chances do aparecimento de câncer • No período de dez a 15 anos o perigo de desenvolver problemas cardíacos se iguala ao de uma pessoa que nunca fumou.

Créditos: cszar

O fumo e seus derivados fazem parte do grupo de drogas consideradas de alta periculosidade a saúde humana. Vidas são tragadas pelos malefícios do fumo a cada minuto. Entretanto o lucro gerado pelo fumo movimenta bilhões de dólares todos os anos. Se o fumo é um mal para uns, faz muito bem a outros tantos que usufruem do lucro gerado por ele e seus derivados. A grande maioria, entretanto, morre e adoece todos os dias.

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APRENDA COMO

LIDAR Texto// Carolina Padilha

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DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM O termo “dificuldade de aprendizagem”, originalmente retirado da língua inglesa, “learning disability”, faz referência à dificuldade de compreensão que algumas pessoas têm, no momento de absorver algum tipo de conhecimento exposto, o qual não consegue ser processado pelo cérebro. O termo “dificuldade de aprendizagem”, originalmente retirado da língua inglesa, “learning disability”, faz referência à dificuldade de compreensão que algumas pessoas têm, no momento de absorver algum tipo de conhecimento exposto, o qual não consegue ser processado pelo cérebro. Esse problema engloba alguns transtornos sócio-biológicos, como por exemplo, disfunção cerebral mínima, incapacidade de percepção, dano cerebral, entre outros. Algumas doenças também são consequência disso, como o autismo, a dislexia, a afasia desenvolvimental. O indivíduo que sofre de alguma dessas doenças, não necessariamente possui baixo ou alto QI (Quociente de Inteligência), mas, sim, quando apresenta dificuldade em um dos sentidos, por exemplo, o processamento visual e auditivo, fazendo com que o mesmo trabalhe abaixo da sua real capacidade de realizar tarefas. Pessoas com QI abaixo de 70 são caracterizados por terem problemas como retardamento mental, deficiência mental ou dificuldades cognitivas. Essas doenças, por sua vez, estão ligadas di-

Cré


retamente ao baixo QI, não sendo caracterizadas como dificuldades de aprendizagem. São usados vários termos para descrever as dificuldades de aprendizagem existentes, sendo que cada pessoa pode apresentar um ou mais deles, dependendo do grau em que o problema se encontra e do momento em que foi detectado e começado o tratamento adequado. A desordem expressiva, o transtorno receptivo e o distúrbio de articulação, fazem parte da área da fala e da linguagem do paciente. Já o mapeamento fonético, a ordenação sequencial e a orientação espacial, entram na deficiência da área de leitura. Ainda contamos com a área da matemática e da habilidade motora, conhecidas como Discalculia e Disgrafia, respectivamente.

possuem esse distúrbio. Em alguns casos, as crianças desenvolvem esse distúrbio pelo fato de enfrentarem problemas em casa, com uma família desestruturada e cheia de confrontos emocionais, fazendo com que a ansiedade a impeça de prestar atenção no que está acontecendo ao seu redor, naquele momento, acabando por não completar as tarefas sugeridas. A depressão é uma das maiores responsáveis por diminuir o rendimento do aluno, já que a energia e a disposição ficam comprometidas diante das péssimas sensações que essa doença trás consigo. Outras possíveis causas ficam por conta do abuso de drogas, herança genética dos pais, má nutrição, má estruturação do cérebro, assim como, a falta de comunicação das partes dessa área do corpo.

“A depressão é uma das maiores responsáveis por diminuir o rendimento do aluno, já que a energia e a disposição ficam comprometidas diante das péssimas sensações que essa doença trás consigo.” Esses problemas podem ser identificados em qualquer momento da vida do ser humano, mas, em geral, é detectado ainda na infância, no período escolar da criança. Por isso é de suma importância que todos os envolvidos no processo educativo estejam dispostos a analisar o comportamento de cada aluno, observando se essas dificuldades são momentâneas ou se existem já há algum tempo. Fica a cargo da instituição de ensino em que esse aluno está inserido e dos familiares, proporcionar maneiras adequadas de repassar a informação, ajudando na compreensão mais rápida do aluno. Hoje se encontram disponíveis no mercado os fonadores eletrônicos e dicionários, bem como calculadoras falantes, livros em fita e processadores de texto, que torna mais fácil a vida dos que

Para começar a tratar os transtornos de aprendizagem é necessário que se leve a criança ou o adulto, que apresentem dificuldades de compreensão, até um profissional da área da saúde, seja ele um psicólogo ou um psiquiatra, a fim de detectar a razão pela qual aquilo está acontecendo. Em alguns casos, a solução vem quando o problema é superado pelo indivíduo, dando a certeza que, qualquer que seja o próximo obstáculo, poderá haver superação novamente, mexendo, até mesmo, com a auto-estima do afetado. Porém, em qualquer tipo de paciente, após o problema em questão já ter sido solucionado, o acompanhamento médico, familiar e escolar devem ter continuidade, assegurando sempre o bem estar e a tranquilidade do indivíduo.

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éditos: eflon rock`n`roll

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GELADEIRAS Texto// Fernanda Breda

REFÉM DE

GORDINHA TENSA!

na verdade não estava. Fechei a boca e emagreci. Mas jamais deixei de ser Gordinha Tensa.

Caras leitoras do manequim 34. Favor virar a página e começar a ler a próxima matéria. Essa não foi feita para vocês.

Ser Gordinha é algo que... sei lá, tá na gente. Você pode estar no seu peso normal, segundo o índice do IMC. Mas você se sente Gordinha Tensa. Você pensa como Gordinha Tensa. Age como Gordinha Tensa.

Começou assim: Eu nasci. No meu álbum de alguns meses de vida, tenho uma foto agarrada num osso de costela de gado. Herança de família boa de garfo. O tempo foi passando e eu mantive o aspecto de bebê fofo – pra criança fofa, menina fofa, adolescente fofa... Hoje sou uma quase-adulta fofa. Até hoje procuro usar sempre um pretinho básico pra disfarçar, uma calça mais folgadinha no tornozelo, de tons escuros e corte simples... E sabe aquela sarouel tão-na-moda que todas as magrinhas usam e fica linda? Nem pensar! Parece que eu tenho duas bundas quando visto aquilo.

Sou Gordinha e vou continuar sendo. Algumas vezes Tensa, outras nem tanto. Simplesmente porque não vivo na premissa do proibido e do impossível. Sou racional, sempre que posso (ou consigo). A minha consciência também pesa quando cometo exageros.

Meu histórico de início de gordinha tensa é baseado em dois episódios marcantes: Eu tinha uns 13 anos quando fiz minha primeira visita à ginecologista. A médica (que deveria ser uma profissional educada e, principalmente, delicada) olhou pra mim apavorada e me disse: “Menina! Precisamos urgente fazer um exame de tireoide. Tu só pode ter ela alterada, olha o teu tamanho!” Depois daquele dia jurei pra mim que nunca mais iria numa médica. Fiz o dito do exame que ela queria, e pra minha tristeza: Eu não tinha a tireoide desregulada. Eu tava REDONDA mesmo e qualquer estranho percebia! No ensino médio tiveram a brilhante ideia de

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A Gordinha Tensa é aquela que parece como zumbi quando vê um doce – O resto do mundo fica preto e branco, desfocado, ofuscado e a concentração gira só no doce. É aquela que se revolta quando as pessoas acham que “tô-com-fome” significa “quero-fruta”, que tem mania de exageros. Que não tem celulite, mas porta-latinhas nas pernas e na bunda...

me apelidar de “Saúva”, aquela formiga. Esse foi o segundo episódio traumático da minha história. Só porque eu era baixinha e bunduda. E naquela época o bullying não tinha tanta notoriedade e repercussão como tem hoje. Quando paro pra pensar no escândalo que eu poderia ter feito e sido matéria pro Fantástico (...) Mas tudo bem, já superei. Já tive o braço do tamanho de uma coxa e a coxa do tamanho de uma árvore. Já rasguei alguma saia e calça acreditando que estava magra e

Já tive raiva e fiquei triste por isso, mas nunca deixei de gostar de mim... Afinal, quem define você não é seu corpo. Seu namorado não vai deixar de amar você (se realmente ama) em função de algumas fofurinhas que você possa ter. Suas amigas (se realmente são) jamais vão deixar de andar contigo por você usar um manequim maior e não poder dividir as saias com elas. Ser bonita nunca foi sinônimo de ser magra. Cuide de você, da sua saúde, do seu espírito. Tenha uma válvula de escape para os seus medos e suas revoltas. Quer falar, gritar, cantar, correr, COMER? Não emagreça para os outros, emagreça para você.


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ERECHINENSE

CORREIO

Texto// Jonathan Holdorf

créditos: jeroen_bennink

TODOS TEMOS UM POUCO DA COLÔNIA DENTRO DE NÓS Mas para comentar sobre estas magníficas pessoas, os trabalhadores na área rural, eu me sinto obrigado a contar algumas peripécias que vivi quando mais novo, quando ainda tinha o espírito do campo vivendo em mim. Aparentemente comemoramos o Dia do Colono neste mês de julho e, para ser sincero, eu não sabia que existia. Assim como também quase nunca fico sabendo destes dias especiais que estão sendo impostos ultimamente. A internet está contribuindo muito com isso. Um exemplo é o Dia do Amigo, que só em 2012 foi comemorado umas quatro vezes. O que configura ser “colono” para a maioria das pessoas? Muitos acham que é uma ofensa imperdoável, outros dizem que eles são os principais provedores da comida que encontramos no mercado, o que é mentira, já que o leite vem do saquinho e não de uma vaca.

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Mas para comentar sobre estas magníficas pessoas, os trabalhadores na área rural, eu me sinto obrigado a contar algumas peripécias que vivi quando mais novo, quando ainda tinha o espírito do campo vivendo em mim. Aliás, fico muito triste em perceber que quase não passo mais tardes inteiras brincando no potreiro ou indo em chiqueiros para ficar com o perfume da natureza. Tudo o que eu vou contar aqui é real. Leia como se você estivesse assistindo um documentário do Canal do Boi.

hora de ordenhar as vacas. Calcei a minha galocha de último modelo; vesti a minha roupa de trabalho, no que consistia em uma calça de moletom e uma camisa rasgada que costumava usar para ir nas Festas Juninas; e também um boné vermelho com a foto de um político. Corri até a cozinha e peguei o último torresmo que a Nona tinha guardado para mim e ouvi o Nono gritando lá do outro lado da casa “Toca gado! Toca gado!”. E foi isso que fiz durante os dez primeiros anos da minha vida. Você acredita?

Era 6h da manhã quando acordei ao som do galo cantando na minha fazenda perto do Vale Dourado. Tudo estava tão quieto que nem parecia

Mas nem tudo na linda fazenda era sobre trabalho e dedicação, às vezes era necessário tirar o estresse daquelas botas cheias de titica e fazer


algo divertido, para variar um pouco aquela vida que tínhamos. Ao contrário da garotada da cidade, nós não costumávamos zoar com os colegas de aula, ou estourar bombinhas no asfalto. Isso é bobagem perto do que nós fazíamos. Geralmente, perto do final da tarde, eu e meus amigos da fazenda vizinha, corríamos até o potreiro para encontrar grandiosos pedaços de caca recém feita pelo gado, assim era possível colocar em prática o plano. Quando o nêne ia até o centro de Aratiba entregar o leite, nós pedíamos para que trouxesse rojões para poder estourar algumas fezes de vaca pelos ares. Ele ficava meio preocupado e nunca queria comprar, mas aí nós prometíamos que ele poderia participar. No fim, ficava tão cansado que ia dormir e nem chegava a olhar os foguetes de cocô. Então, chegado o momento, quando vimos aquela montanha marrom com moscas ao redor prontinha para ser estourada. Pegamos o fósforo, colocamos a bomba bem enterrada, acendemos e apenas corremos o máximo possível. Tudo foi para os ares, chegava a ser lindo de ver. Pena que uma vez tudo respingou na minha calça.

do que qualquer lanche matinal de qualquer hotel 5 estrelas. Pergunte ao Johnny Depp onde ele preferiria ficar. São tantas histórias, que eu poderia lançar uma versão completa desta revista somente contando “causos”, mas creio que o espaço que

“Quando o nêne ia até o centro de Aratiba entregar o leite, nós pedíamos para que trouxesse rojões para poder estourar algumas fezes de vaca pelos ares.” eu tenho é esse mesmo. Falando em contar, um dia uma galinha escapou da moradia, e este animal é uma boa fonte de renda para as famílias. Então, como sempre, os jovens deveriam correr atrás do bicho até conseguir colocá-lo de volta. Foi uma aventura, quase impossível de concluir a tarefa. Galinhas são muito rápidas e gritam muito quando alguém pega elas pelos pés e colocam de cabeça para baixo. Podem ser agressivas também, como

Vou falar sério agora, eu nunca vivi na fazenda. Estraguei tudo revelando? De forma alguma. A ideia de dizer que morava em uma era só para criar um contexto para as histórias, que são muito reais. Não coloquei nenhum exagero nelas. Realmente a galinha fez aquilo com o olho do meu primo e, sim, fizemos guerra e explodimos fezes secas. O que eu quero dizer é que não existe ter vergonha do que você é ou de onde você vem. Eu vivi estas coisas e por isso tenho conteúdo para que você leia hoje. Além disso, muita galera da capital chama quem mora em Erechim e região de colonos. Isso é ofensivo? Nem um pouco. A realidade é que é um fato, a maioria de nós tem relações com pessoas do interior: avós, parentes e até mesmo os nossos pais. Se não fosse a colônia, o Brasil nunca teria sido colonizado. Com o interior eu também ajudei a alimentar melhor o laboratório da minha escola. Certa vez fui até a floresta e, caminhando, encontrei um crânio enorme de um bicho que poderia ser muito bem um dinossauro, porém era apenas outro boi. Como moro ao lado do colégio, levei nas mãos mesmo. O pessoal ficou encarando por um momento, mas garanto que aprenderam muita anatomia.

Uma vez fomos com a escola para uma fazenda (grande mudança de rotina, hein?) e lá os instrutores disseram para prepararmos duas equipes. Estas disputariam um jogo de vida ou morte, travando uma batalha com excrementos de vaca, porém secos. Foi legal e descobrimos algo muito mais intrigante: eles não fedem depois que ficaram no sol. O cheiro é de grama e mato. E eu não tenho nada para reclamar da colônia, pois é um lugar realmente legal para ficar. Os fins de tarde são diferentes, o amanhecer é mais bonito, além do café da manhã ter muito mais graça

no dia que um primo meu foi no galinheiro e foi olhar bem debaixo do ninho de uma. A criatura despejou um presentinho bem no olho dele.

E essa foi a última pequena história. Eu só gostaria de parabenizar todos que tiveram momentos inesquecíveis iguais aos meus e têm orgulho de contá-los para todos que encontrarem. Comemore este dia, pois ele é de todos nós. Créditos: david_a_lea

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“YOGA”

Vou te dizer que em 50 minutos de respiração constante e confiante, aliada a movimentos de pernas, braços e abdômen é possível suar, cansar, bufar e querer desistir, mas vale o esforço, eu juro.

Texto// Paloma Mocellin

O MESTRE

DEIXA EU DIZER…

Créditos: kim-by-the-sea

É como se completasse, ou melhor, completa. As definições são inúmeras, a começar pela velha teoria de que yoga é zen, é relaxamento, é tédio. Mentira. E que atire a primeira pedra quem pensa assim, porque tudo que vai volta, ou seja, a pedra vai voltar. Mas agora se tratando do que faz sentido, começo pela frase de uma música “E quem irá dizer

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que existe razão nas coisas feitas pelo coração?”. Vem de dentro, faz suar, faz cansar, faz desistir, faz tremer, mas faz bem. Faz bem pra fora e pra dentro, pros grandes e pros pequenos, todas as cores, espécies, nacionalidades ou classes sociais, seja bem vindo. Vou te dizer que em 50 minutos de respiração constante e confiante, aliada a movimentos de pernas, braços e abdômen é possível suar, cansar, bufar e querer desistir, mas vale o esforço, eu juro. Somos cachorros, que olham pra cima e para baixo, diamantes, sereias, pontes, camelos e dependendo o dia até corvos mas quando chegamos ao guerreiro, pronto, todos fazem jus ao reconhecimento. Reconhecimento este que recebemos quando deitamos com braços e pernas esparramados ao chão, olhos fechados e uma mente livre para que os pensamentos passem e só fiquem as boas energias, não precisamos de mais nada, a não ser de nós mesmos. Recompensas de ter alcançado nosso objetivo, de ter encontrado nossa confiança, de poder respirar e sentir o coração mais aberto, mais puro. A prática de yoga vai muito além da flexibilidade, do mexer e esticar, ela atua na essência de cada um, vai até o ponto mais fundo, retira tudo o que tem de bom e espalha, depois joga fora o que tiver de ruim. Mas pensamos nós também no nosso universo, dedicando a ele todas as boas energias que conquistamos, afinal, se estamos bem, queremos que outros também fiquem. Toda essa prática é consolidada no nosso momento de meditação, pernas cruzadas, olhos fechados, braços tranquilos e uma mente livre. Aliás liberdade é a principal pauta, a liberdade de movimento, de pensamento, de respiração, cada um

ao seu tempo e com as suas escolhas. É por isso que o pensamento coletivo tem uma forte ligação durante a prática, todos têm objetivos diferentes, mas no final estamos todos juntos e com o mesmo propósito de estar ali. Pronto, bom dia, volte ao normal, saia da sala, e saiba usufruir do mundo, que é cruel, que é feio, que é chato. Mas deixe-o bonito, não é fácil, mas nem difícil. Te liga bico de luz, força, fé e confiança. Porque é isso, yoga é objetivo, é intuito, é por que é. Portanto o autoconhecimento, saneando o que somos e o que não somos, o que queremos e não queremos para as nossas vidas, se torna um fator primordial para a reconstrução do ser. Voltando ao nosso mundo um tanto cruel, não fica difícil de perceber o número de benefícios que praticar a nossa mente pode nos trazer, pesquisas e médicos apontam que uma das principais causas das doenças graves hoje em dia se trata do estresse, da mente conturbada e de um pensamento preocupado e doente. Por isso e por mais um milhão de motivos, que termino com alguns pedidos, que só alguns se realizem para que me sobrem pautas. Que o dia tenha sol, que os sorrisos sejam abundantes, que se tenha trabalho, que se tenha importância, que se dê motivos para alguém sorrir, que a simpatia faça parte. Que os estudos rendam, que os amigos te liguem, que o coração bata forte, que a fome não passe da conta. Mas tanta perfeição cansa, chega de auto ajuda. Então que se tenha empenho, que se tenha correria, que se tenha funções, que existe estresse mas só para apimentar. E que o yoga tenha um importante papel nessas good vibes.


19 anos em Erechim //19

Avenida Sete de Setembro, 901, Sala 25 - Telefone: (54) 3321 2266 - E-mail: artusivideo@gmail.com rock`n`roll

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//20 Créditos: Gustavo Camargo

Texto// Equipe Box

MODERAÇÃO

OUÇA SEM


ENTREVISTA COM a banda skrotes Um dia nós chegamos no bar e estava na plaquinha “Hoje os The Skrotes”. Aí a gente perguntou: “Tá, mas que banda é essa? Quem vai tocar?” e o dono do bar falou “Hoje quem toca é vocês!” e aí ficou este o nome. Em Junho, a banda Skrotes esteve em Erechim mostrando toda a energia do jazz, ou melhor, da improvisação. Eles começaram fazendo releituras de clássicos, como Tchaikovsky, passando até por Lady Gaga e frevo, e hoje trazem um som muito experimental. A banda, que já tem 3 anos de estrada, conta com Chico Abreu no baixo, Igor de Patta nos teclados e Guilherme Ledoux na batera, trazendo um som que transcende o pop e o rock com pitadas de loucura e metal. Quem esperava um show tranquilo e calmo se surpreendeu. O trio proporcionou algumas horas intensas e divertidas, fazendo a galera toda dançar e pedir bis. Confira a entrevista que a Revista Box fez com a banda antes do show enquanto saboreava a deliciosa massa com bacon que a galera do Ruído Coletivo fez para o pessoal.

ENTREVISTA Revista Box: Para começar, falem um pouco sobre de onde é a banda e como é a cena da música instrumental de lá. Igor de Patta: A banda vem do Sul da Ilha, Praia do Campeche em Floripa, todos são de lá. A cena da música instrumental lá está bastante efervescente, principalmente o que é tradicional, o jazz, por exemplo. Já o estilo da banda é algo novo, diferente, e flerta com vários outros como o

pop, jazz, rock... Guilherme Ledoux: Sempre teve boa música instrumental em Floripa, desde os anos 60 e 70. Muitos artistas passaram por lá, mas era tudo mais voltado para esta cena do instrumental acadêmico. Hoje em dia as pessoas estão começando a abrir o ouvido para coisas diferentes, que não sejam tanto uma música de massas. Os próprios músicos estão abrindo espaços e cavando um público alternativo que está se tornando cada vez maior. Revista Box: E sobre esta turnê que vocês estão fazendo pelo Sul? Chico Abreu: É a primeira vez que fazemos uma sequência de show tão grande. São 7 shows em 6 dias, em todos eles no Rio Grande do Sul e na volta para Floripa, passando por Criciúma. Revista Box: Como é, para vocês, a questão das gravações? Chico Abreu: Começamos a criar as músicas, e pra decorar elas a gente finalizava o arranjo e colocava uma camerazinha pra gravar, assim a galera não esquecia. Quando tudo já estava ok e quisemos gravar pra valer, fomos até um estúdio e registramos as músicas. Revista Box: O Jazz é considerado um estilo musical complexo até mesmo de ouvir. Quando o cara começa a escu-

Guilherme Ledoux Baterista Skrotes

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Créditos: Gustavo Camargo revistabox.com


tar Jazz, e começa logo de cara com um John Coltrane, tem dificuldade de assimilar o som. Como isto é para a banda? Igor de Patta: Aqui na banda ninguém toca na influência clássica. O Ledoux é um batera extremamente “jazzístico”, o meu teclado tem um pouco de influência clássica, pois toco desde os 6 anos e tive aulas de piano com minha tia, que deu aula na UFRGS. Já o Chico tem uma veia mais pegada no baixo. Por mais que sejam estilos diferentes, todos nós tivemos um caminho parecido. Começamos a tocar e abrir a cabeça pra músicas diferentes, seja MPB ou até mesmo jazz, e tentamos colocar tudo isso na nossa música e do jeito que sair, sem nenhum apego de fazer algo e ir amaciando até sair de um heavy metal e cair em

Revista Box: O improviso é uma característica marcante do jazz. A questão de um cara fugir do comum com uma nota e toda a banda seguir na mesma idéia. Como fica a questão do improviso? Guilherme Ledoux: É muito legal, porque tudo sai natural, improvisado. Você nunca vai ver um show igual ao outro pois a gente erra sempre e trabalha na arte de consertar ou camuflar o erro. Eu acho o nosso som pop, no sentido de ser popular, de as pessoas não precisarem um puta vocabulário pra entender. Elas até podem achar um saco, mas é diferente de pegar um som todo rebuscado, contemporâneo e tal... Ele causa uma estranheza.

“A banda nasceu em um bar bem underground, de metal, pesão e tal... O principal elo entre a banda é Ramones, todos são ramoneiros natos, embora a gente ouça outras coisas também.”

Igor de Patta Tecladista Skrotes

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um jazz, por exemplo. A ideia é justamente tocar pelo simples fato de gostar de fazer aquilo naquele momento, independente se as pessoas vão gostar ou não. E não é egoísmo, acontece que percorremos vários ambientes musicais, todos com muitas regras, e simplesmente quisemos romper com tudo isso. Além disso, tem também aquele esquema que quando você gosta de vários estilos você não precisa fazer uma banda para tocar pop, uma de rock e uma de jazz. Pode fazer uma só que toca todos os estilos. Assim você economiza músicas, divórcios, brigas, bandas... A banda nasceu em um bar bem underground, de metal, pesão e tal... O principal elo entre a banda é Ramones, todos são ramoneiros natos, embora a gente ouça outras coisas também.

Revista Box: E sobre esse nome? Igor de Patta: Acho esse nome ridículo, o dono do bar que a gente tocava que colocou. Quando a gente tocava era tudo no improviso. Um dia nós chegamos no bar e estava na plaquinha “Hoje os The Skrotes”. Aí a gente perguntou: “Tá, mas que banda é essa? Quem vai tocar?” e o dono do bar falou “Hoje quem toca é vocês!” e aí ficou este o nome. A gente tinha que ter um nome, e aí foi. No começo muita galera não curtiu, mas essa parada de o Skrotes ser uma subversão de trocar e misturar as letras fechou bem com a proposta da banda. Tem gente que gosta, tem gente que odeia, e é isso. Revista Box: O Ledoux trabalha tam-


bém com materiais audiovisuais. Como é a relação da banda com a questão deste material? Guilherme Ledoux: Isso é interessante, pois participo de um coletivo audiovisual há mais de 15 anos, e há uns 5 anos venho produzindo vídeos comercialmente para ajudar na questão financeira, pois viver de música é muito difícil. Quando a gente começou a tocar sempre tinha aquela questão de como passar toda aquela ideia maluca para as pessoas. Foi aí que começamos a produzir muitas coisas nessa linguagem mais moderna, que extrapola a música.

“Quando a gente começou a tocar sempre tinha aquela questão de como passar toda aquela idéia maluca para as pessoas. Foi aí que começamos a produzir muitas coisas nessa linguagem mais moderna, que extrapola a música.” Começamos a abastecer o mercado com vídeos, o que acaba dando um giro maior, porque às vezes o cara tem que entrar em estúdio e gravar as músicas, e assim é mais fácil: gravar vídeos e lançar. E com a internet, hoje em dia é muito mais fácil compartilhar isso. Revista Box: Qual é a relação da banda com a internet? Chico Abreu: Muitas coisas da divulgação da banda são através de redes sociais, mas muitas outras coisas são no improviso. Tem coisas guardadas, aí a gente vai vendo e testando para ver o que funciona melhor. O último vídeo que lançamos

foi pra divulgar um show que a gente ia fazer, era o vídeo de um show em que tocamos em um teatro. Revista Box: E quais são as dicas que vocês dão para o pessoal que está lendo a Box? Guilherme Ledoux: Primeiro: não ter preconceito nenhum, porque todo mundo tem algo pra te passar, mesmo que seja algo negativo, tipo: preciso estudar mais. A segunda é: nunca perder a juventude, porque o rock é isso. Quanto à música, de manhã eu gosto de ouvir um Villa lobos, perto da hora do almoço um contemporâneo brasileiro, como o Hermeto Pascoal, durante a tarde uma funkeira, no meio da tarde um pancadão Rock N’Roll, pesadão mesmo, e de noite Enya porque... Dá vontade de dormir! (Risos) Igor de Patta: Ouçam música clássica e Ramones. Sepultura, Tom Jobim e um pouco de jazz. Só não escute o tipo de música que você faz. Mr. Bungle, projeto do Mike Patton, tem bastante a ver conosco. Tem as quebras de tempo, e é legal que ele também canta, tem muito a ver com a nossa viagem. Revista Box: Querem deixar mais um recado? Igor de Patta: Quero agradecer muito a esse pessoal do Rio Grande do Sul, que nos recebeu em todo lugar. Ninguém foi deselegante e olha que a gente é chato! É um povo muito educado, que tem cultura, maravilhoso, muito bonito... Tá, deu, né. Chega de ficar elogiando demais vocês, hahaha valeu!

Chico Abreu Baixista Skrotes

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Créditos: Gustavo Camargo revistabox.com


CONFERIR

Neste ano o single de trabalho deles vem do CD “Beneath the Surface”, e traz uma nova roupagem. “Mine” foi trabalhada com um arranjo acústico, diferente da versão original do álbum. No mês de Julho a banda vai estar em Erechim para um show dia 17, então ainda dá tempo de conferir o som dos caras e ir curtir o show. Texto// Equipe Box

ACESSE AÍ! SITE: www.myspace.com/officialholiness

FACEBOOk:

Uma banda que saiu aqui de Erechim e está tendo uma grande expressão fora do estado (e até do Brasil) é a Holiness. A banda foi formada em 2008 pela vocalista Stefanie Schirmbeck e o baterista Cristiano Reis, e hoje conta ainda com Fabrício Reis na guitarra e Hércules Moreira no baixo. O principal diferencial dos caras é o peso das guitarras, alternado com a leveza das melodias vocais. A banda tem influências que vão desde o Hard Rock e o Heavy Metal, passando pelo

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Metal Progressivo e com alguns toques de Gothic Metal, o que fica fácil de notar ouvindo as faixas do CD “Beneath the Surface” (2010). Produzido por Adair Daufembach, que já trabalhou com bandas da cena como Ponto Nulo no Céu, Fortress e Hangar, o álbum foi mixado e masterizado na Alemanha pelo produtor americano Tommy Newton. Para quem não sabe, Tommy Newton já foi responsável pelas mixagens de bandas como Elegy, Gamma Ray e até mesmo Helloween. Ou seja, quem curte Metal com certeza não vai se decepcionar com o som dos caras: é de responsa! Em 2010, ao lançar seu primeiro álbum, a

www.facebook.com/HolinessBrasil

TWITTER: www.twitter.com/BandaHoliness

CURTA O CLIPE DA BANDA Into The Light

Mine

(Vídeo Clipe)

(Vídeo Clipe) migre.me/9Evrr

O SOM DA BANDA HOLINESS

migre.me/9EuYn

VALE A PENA

banda mudou-se para São Paulo em busca de maior exposição de trabalho e ao mesmo tempo lançou o primeiro videoclipe, o single “Into The Light”. Foi com este clipe que eles acabaram parando no ranking do Top 10 MTV. Ano passado a banda emplacou mais um single, “The Truth”, ficando novamente entre os 10 videoclipes mais votados do país.


todas as compras em 10x no cheque ou 6x no cartĂŁo

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//26 Texto// Aline Simon

QUE MAL TEM

FAZER O BEM,


os jovens pontes As férias estão aí, se você está pensando em ficar esparramado no sofá criticando a tudo e a todos, pense nas atitudes que podem ser feitas, reclamar é sempre mais fácil. Há algum tempo venho observando amigos, colegas, jovens da mesma idade que a minha, percebo a força que muitos têm, seja como formadores de opinião ou líderes mesmo. Uma pesquisa bem legal feita pela Box 1824 retrata esta visão, se você ainda não ouviu falar sobre jovens pontes, vale a pena conferir, certamente você é ou conhece algum. Somos o país do presente e junto com esse novo país existe uma nova geração que esta fazendo acontecer, 25 milhões de jovens atualmente, que nasceram livres, sem ditadura, com liberdade para se expressar. Conectados com um mundo cada vez mais digital, onde seus relacionamentos são bem diferentes daqueles dos avôs: é sem fronteiras.

O jovem brasileiro começa a sonhar diferente, não pensam em trabalhar, acumular dinheiro e status na sociedade. Eles sonham sim, mas com um emprego que permita a realização pessoal, felicidade para si, a grana é uma consequência, o trabalho é cada vez menos visto como necessidade, e cada vez mais como elemento de expressão, não se importam em largar tudo e ir atrás do que realmente acreditam, enxergam que é possível estar bem e colaborar para o bem da sociedade ao mesmo tempo. Esses são os “jovens-pontes”, jovens que são catalisadores de ideias, gerando um novo tipo de influência e transitando em diferentes grupos, uma ponte que liga um lado ao outro, recolhendo referências para evoluir seu próprio pensamento e ações, são livres de preconceitos - porque preconceito está bem fora de moda - cheios de atitudes e vontade de mudar, são transformadores. No Brasil, cerca de 8% dos jovens possuem essas características, o que gera um número aproximado de 2 milhões de “jovens-pontes”. Coletivo, palavra chave, um sentimento generalizado, cansados de dependerem de hierarquias, acreditam em micro revoluções, alguns já

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observam problemas reais, procuram soluções e dão a cara a tapa trabalhando voluntariamente, heróis reais fazem isso. Assim está identificada uma geração que pensa e começa a agir diante de suas dificuldades para poder viver em um mundo melhor e mais justo. Seus ideais são colocados nas redes, compartilhados, eventos e manifestações são criadas e logo temos uma “revolução”. - “eu não sonho com nenhuma revolução de parar a cidade”. Esses jovens partilham a crença de que cada um, na medida de suas possibilidades, por meio de pequenas ações, no seu dia-a-dia, pode fazer a diferença: “cada vez eu vejo mais pequenas ações positivas. E quando isso for maior

“cada vez eu vejo mais pequenas ações positivas. E quando isso for maior e maior, vai contagiar mais gente. E a partir daí, conseqüentemente, as outras coisas vão ser melhores, sabe? É nisso que eu acredito.” e maior, vai contagiar mais gente. E a partir daí, consequentemente, as outras coisas vão ser melhores, sabe? É nisso que eu acredito.” As férias estão aí, se você está pensando em ficar esparramado no sofá criticando a tudo e a todos, pense nas atitudes que podem ser feitas, reclamar é sempre mais fácil. Projetos bacanas e sérios estão em todos os lugares, seja na causa do meio ambiente, trabalhos sociais, enfim basta pesquisar e se não tem aquele que você se identifica ou que falta na sua comunidade, que tal mobilizar a galera e começar? Atitudes ficam eternizadas. Vamos construir mais pontes.

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MENINO!

nindo também principalmente barriga e bumbum. E sim! Ao contrário do que muita gente pensa, o Pilates define, sim a musculatura do corpo, não é exercício de preguiçoso. Pode perguntar a quem pratica: cansa e é puxado, muitas vezes mais que academia!

UM POUQUINHO DE HISTÓRIA

Texto// Michele Bolis

OLHA A POSTURA

PROBLEMAS POSTURAIS E PILATES: VOCÊ ESTÁ FAZENDO ISSO CERTO!

Como você anda se portando durante o dia? Senta na frente do computador, livros e revistas, e vai curvando o corpo para a frente, não é? Quando vê, já está quase debruçado lendo essa matéria! Agora experimente endireitar a coluna... hmm, dói?! Pois então... a cada dia mais e mais pessoas têm sofrido com esses males, e mesmo quando não há dor, com certeza alguma deformidade acaba aparecendo.

ombros, joelhos, tornozelos e quadris e cefaléias tensionais. Uma alternativa para corrigir estes problemas é o Pilates, que é um método de condicionamento muito procurado hoje em dia, tanto por pessoas que precisam tratar dessas alterações, quanto por pessoas que buscam uma atividade física e não são fãs de academia. O Pilates trabalha a postura, flexibilidade, coordenação, equilíbrio, resistência

“Se um indivíduo tem 20 anos e está encurtado, é um velho. Porém se tem 60 anos e tem flexibilidade e força, é um jovem.” (J. H. Pilates) Os principais desvios posturais são escoliose (desvio do eixo lateral), hipercifose (o conhecido “calombo” que surge na parte mais alta da coluna), hiperlordose (aumento da curvatura lombar, logo acima do bumbum) e retificação (diminuição das curvaturas). Essas alterações causam, além das dores nas costas, o mau uso de outras articulações, tais como

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muscular, relaxamento, alívio de tensões e dores, melhora da mobilidade articular, incluindo benefícios mentais, por associar a respiração durante os movimentos. Por utilizar principalmente a ativação dos músculos abdominais e paravertebrais (da coluna) para a realização dos movimentos, o método proporciona o retorno do alinhamento vertebral, defi-

Joseph Hubertus Pilates nasceu na Alemanha em 1880. Era uma criança doente que sofria de asma, raquitismo e febre reumática. Sua determinação em se tornar fisicamente mais forte o levou a estudar várias formas de movimento, criando diversos exercícios utilizando entre outros aparatos, molas de camas, cadeiras de rodas e macas. Durante a Primeira Guerra Mundial, em 1912, Joseph Pilates estava na Inglaterra e foi preso, por ter sido considerado um inimigo estrangeiro. Lá tornou-se cuidador, e treinou os outros estrangeiros com os exercícios que havia criado. Sua técnica só foi reconhecida quando nenhum dos internos daquele campo sucumbiram a uma epidemia de gripe que matou milhares de pessoas na Europa em 1918. Após, voltou para a Alemanha e foi convidado a treinar o exército alemão, pelo sucesso evidente do treinamento. Em 1926 Pilates emigrou para os Estados Unidos e fundou um studio na cidade de Nova Iorque, denominando seu método como ‘’ Contrologia “. Daí se difundiu o método que hoje leva o nome de seu criador, que morreu aos 87 anos em ótima forma física e saúde, vítima de asfixia, quando tentava salvar seu estúdio que acidentalmente pegou fogo.


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//32 Texto// Emily Arcego

CARÁTER

EDUCAÇÃO AO


O passaporte para o sucesso! Para possuirmos uma relação saudável e garantir um bom convívio social, a educação é peça fundamental. É impossível manter uma boa estrutura familiar com a ausência da mesma. Após refletir e escolher uma temática para o texto desse mês, conclui que seria melhor falar sobre o passaporte para o mundo. Não se trata do documento, mas de um valor capaz de te dar caminho livre e um leque de oportunidades. Esse valor tão rico e bastante extinto nos dias atuais chama-se EDUCAÇÃO. Não se trata daquela educação formal, adquirida em casa, mas daquela EDUCAÇÃO inerente ao caráter de algumas pessoas.

“Cada vez que tratamos bem alguém, é mais uma estrela que brilha ao nosso lado.” Levando em conta que esse valor é sempre bem visto nos diferentes contextos, considero a educação uma ferramenta importante, talvez uma chave para o sucesso para quem sabe utilizá-la com maestria. Desta forma torna-se um passaporte para as relações humanas, profissionais e até mesmo com o si-mesmo. Ser educado compreende ser imparcial nos tratamentos, ou seja, tratar bem todos, principalmente às pessoas desconhecidas. Poderia citar aqui uma infinidade de tratamentos que são bem vistos, mas como o ser humano já os conhece por natureza, aprofundo a minha crítica, relembrando a importância dos mesmos. Para possuirmos uma relação saudável e ga-

rantir um bom convívio social, a educação é peça fundamental. É impossível manter uma boa estrutura familiar com a ausência da mesma. Sem contar que, a educação deve fazer parte dos diferentes contextos, nas danceterias, de um mero passeio, das viagens, da escola, do trabalho. Assim como a aparência física é notada, a educação também é característica, positiva ou negativa de cada um. Lembre-se de pessoas e experimente reparar em suas atitudes, aposto que esse valor não ficará de fora. Uma vez, um amigo meu me disse uma coisa que me fez repensar, que as pessoas educadas até mesmo fora de si se comportam de tal maneira. Então meu caro leitor e leitora, utilize esse passaporte da melhor forma possível, uma vez que suas atitudes são capazes de mudar suas vidas para sempre. Ser cordial enriquece seu caráter com o mundo. Enquanto brasileira, afirmo que somos um povo educado, e que cada vez mais conquistamos nosso lugar lá fora por aprimorarmos nossas formas de tratamento. Cada vez que tratamos bem alguém, é mais uma estrela que brilha ao nosso lado. Na minha estadia em Londres, tive a oportunidade de sentir o quanto ser educado é fascinante. Assim como, mostrar que somos educados foi marcante para os meus colegas e para meu Professor de inglês, o qual me emocionou ao dizer que eu fui a aluna brasileira mais educada que ele já conheceu.

//33 Créditos: Bethan

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EXERCÍCIOS

CORRETOS Texto// Gustavo Smaniotto

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AVALIAÇÃO FÍSICA É importante destacar que a avaliação física é o pontapé inicial para que qualquer programa de exercícios feitos pelo seu instrutor ou personal trainer seja eficiente. Isso porque na avaliação o professor pode identificar aspectos diretamente influenciáveis na montagem e individualização do seu treino. Por que fazer? Quais são os benefícios por trás de uma boa avaliação física? E qual é o motivo para tantas pessoas que já vivem em um ambiente de exercícios físicos como academias e clubes, serem tão resistentes a fazer uma avaliação? Primeiramente, é importante destacar que a avaliação física é o pontapé inicial para que qualquer programa de exercícios feitos pelo seu instrutor ou personal trainer seja eficiente. Isso porque na avaliação o professor pode identificar aspectos diretamente influenciáveis na montagem e individualização do seu treino. É por meio de instrumentos contidos na avaliação física que podemos identificar, por exemplo, problemas posturais imperceptíveis no dia a dia ou na academia - como uma escoliose na coluna lombar - que com exercícios aplicados para esse problema podemos corrigir e evitar consequências mais graves para as costas no futuro. Outro fator importante da avaliação é o fato de que pelas informações passadas ao professor serão analisadas e um treino muito mais individualizado, seguro e eficaz será montado.

OS BENEFÍCIOS AINDA SÃO INÚMEROS - Individualização máxima do treino; - Detecção de problemas envolvendo postura e aptidão física; - Segurança; - Eficácia; - Conhecimento técnico por parte do aluno, não só do professor; - Multiplicação de informações sobre as vantagens de se praticar atividade física; - Valorização do Profissional de Educação Física e da área em geral;

Acompanho na academia TOP TRAINING as avaliações e sei que muitas pessoas se sentem inseguras e receosas para realizar uma avaliação física, devido a um misto de vergonha e medo a respeito do que o professor vai julgar ou analisar a respeito do seu peso, altura, postura, condicionamento físicas e etc. A esses alunos, vai uma dica simples, curta e rasteira: esqueçam isso! O professor não está na avaliação para fazer julgamentos sobre a sua quantidade de gordura corporal, peso ou quantidade de massa muscular, muito pelo contrário, está lá para auxiliá-lo na busca pelo seu objetivo e numa melhor forma de estruturar o seu treinamento. Qualquer pensamento fora desse contexto da relação professor-aluno na avaliação física deve ser tirado da cabeça. Então, se você ainda não está ou já pratica exercício converse com um professor e agende já a sua avaliação!


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//36 Créditos: aspros

Texto// Leonardo Fontana

COZINHAR?

E AÍ, VAMOS


Acaba em Pizza O caso foi tão grave que a reunião entre os cartolas nervosos se estendeu por mais de quatorze horas e a fome acabou falando mais alto, adivinhem qual foi o cardápio? Exatamente, Pizza, e alguns acompanhamentos alcoólicos (Chopp e Vinho). Previously in the BOX Magazine... De olho na Poupança… “essa mudança não acabou em Pizza”... Quantas vezes você já ouviu/leu a expressão Acabou em Pizza? É normal nos depararmos com esta frase, principalmente quando se trata de resolução (ou NÃO resolução) de assuntos políticos (Mente maliciosa MODE = ON. Tentei decompor a palavra: Poli = Muitos... Não, não, não, eles nunca nos F... Ferram) que terminam em meros acordos.

dirigentes da Sociedade Esportiva Palmeiras. O caso foi tão grave que a reunião entre os cartolas nervosos se estendeu por mais de quatorze horas e a fome acabou falando mais alto, adivinhem qual foi o cardápio? Exatamente, Pizza, e alguns acompanhamentos alcoólicos (Chopp e Vinho). Em meio à comilança chegaram a um acordo e dado o desfecho Milton Peruzzi publicou uma noticia com o seguinte título “Crise do Palmeiras termina em Pizza.”

Só pra não deixar a curiosidade no ar, o termo Política tem origem no grego antigo (politeía) que designava os procedimentos eletivos à pólis ou Cidade-Estado.

Porém o assunto não é tão simples assim, há aqueles teóricos direcionados a linguística que creditam que a frase nada mais seria do que uma formação a partir da figura de palavras metonímia, onde a pizza estaria substituindo a palavra esta, confraternização, pelo fato da pizza ser uma unanimidade gastronômica, aquela capaz de reunir pessoas de gostos e opiniões diferentes e terminar tudo em festa.

“Fato é que babilônios, hebreus e egípcios já misturavam a farinha de trigo e água e assavam em fornos rústicos há mais de 5.000 anos. A massa era chamada de “pão de Abraão”, muito semelhante ao pão árabe atual, e recebia o nome de piscea.” Mas o assunto principal desta matéria não é a política e sim a Pizza. Reza a lenda que a expressão “Acabar em Pizza” foi criado pelo jornalista esportivo Milton Peruzzi na década de 60 ao noticiar uma série de conturbações que geraram uma grave crise entre

de trigo, arroz ou grão de bico e assavam em tijolos quentes. Fato é que babilônios, hebreus e egípcios já misturavam a farinha de trigo e água e assavam em fornos rústicos há mais de 5.000 anos. A massa era chamada de “pão de Abraão”, muito semelhante ao pão árabe atual, e recebia o nome de piscea. Fenícios, três séculos antes de Cristo, acrescentavam ao pão cobertura de carne e cebola; os turcos mulçumanos adotaram esse costume durante a Idade Média e por causa das Cruzadas essa prática chegou à Itália pelo porto de Nápoles, sendo em seguida incrementada e dando origem à pizza que conhecemos hoje. No Brasil foi introduzida pelos imigrantes italianos e hoje pode ser encontrada facilmente na maioria das cidades brasileiras. Pois bem, chega de papo e mão na massa.

MASSA DE PIZZA “CAPRICCIOSA” Ingredientes:

Elucidada as prováveis origens da expressão, vamos à história da personagem principal desta matéria, a Pizza, cujo dia internacional é comemorado em 10 de Julho.

- 15 g de fermento biológico fresco

Diversas teorias são aceitas para a origem da pizza. Uns dizem que os inventores foram os egípcios, acredita-se que eles foram os primeiros a misturar farinha com água. No entanto outros afirmam que os pioneiros são os gregos (os mesmo da politéia) que faziam massas a base de farinha

- 250 ml de água mineral

- 50 ml de água morna - 500g de farinha de trigo

- 25 ml de azeite de oliva - 25 g de sal

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Modo de Preparo: 1. Desmanche o fermento em água morna até que fique um creme. 2. Em uma tigela, junte a farinha, a água mineral, o fermento dissolvido e trabalhe a massa com as mãos até que fique homogênea. 3. Acrescente o azeite aos poucos, e por último adicione o sal. 4. Unte um recipiente com um pouco de azeite e deixe a massa descansar coberta por um pano úmido por 30 minutos ou até que dobre de volume.

Portuguesa: queijo mozzarella, tomate, calabresa, presunto, cebola, pimentão, ovos cozidos e azeitonas pretas e/ou verdes;

rella, gorgonzola, parmesão e catupiry, e azeitonas pretas (há variações em três, cinco e seis queijos);

Calabresa: tomate, linguiça (chouriço) calabresa, cebola e azeitonas pretas;

Pomodoro: tomate, queijos mozzarella e parmesão ralado, alho e azeitonas pretas;

Toscana: tomate, queijo mozzarella misturada com linguiça (chouriço) toscana moída e azeitonas pretas;

Alice (“anchova” em italiano) ou Aliche: tomate e anchovas.

Pepperoni: tomate, queijo mozzarella, rodelas de salame pepperoni e azeitonas pretas; Quatro queijos: tomate, queijos mozza-

E por aí vai, cubra a massa com o que a tua criatividade mandar e o teu paladar aprovar. Buon appetito!

5. Divida a massa em três ou quatro partes e coloque num tabuleiro polvilhado com farinha de trigo. 6. Cubra com um pano úmido e deixe descansar por mais 30 minutos para terminar a fermentação. 7. Terminado o processo de fermentação, espalhe farinha de trigo sobre uma superfície plana e abra as massas formando discos do tamanho e espessura desejados. 8. Unte uma forma, coloque a massa, a cobertura e leve ao forno a uma temperatura de 180ºC por cerca de 30 a 40 minutos.

SUGESTÕES DE COBERTURAS Marguerite: tomate, queijo mozzarella, azeite de oliva e folhas de manjericão (nomeada em homenagem à princesa- consorte Margherita di Savoia). Mozzarella: tomate, queijo mozzarella, orégano e azeitonas pretas;

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Créditos: jeffreyw


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& ECHARPE

CACHECOL, LENÇO

QUAL é A MODA PARA VESTIR O SEU PESCOÇO “Esses acessórios são versáteis e essenciais, porém, devemos lembrar também da estrutura do nosso corpo na hora da escolha.”

Texto// Carla Curzel

Como vocês viram na edição passada, a bola da vez são os lenços, cachecóis e echarpes, estes que deixaram a muito tempo já de ter a função exclusiva de aquecer o pescoço e ganham cada vez mais espaço no guarda-roupa não só feminino como masculino também. Mas vocês devem ter ficado se perguntando, qual a diferença deles? Vamos às características principais de cada uma dessas peças para você entender um pouco mais e ficar de olho em qual acessório tem mais a sua cara.

Lenço: Os lenços costumam ser peças de formato quadrado, de diversos tamanhos, feitas sempre em tecidos leves como seda, algodão ou cetim. É um acessório multifuncional para compor um visual básico, seja no pescoço, na cabeça ou ainda amarrado na lateral da bolsa para dar um charminho extra a produção. É indicado para dias de temperaturas mais amenas. Cachecol: costumam ser feitos geralmente de tecidos mais pesados como a lã, tricô ou crochê. É mais comprido e retangular e dão um efeito mais volumoso (já que a intenção é realmente proteger a garganta).

//42 Créditos: Honey Pie!

Echarpe: é uma faixa retangular, larga e comprida. Feito de tecidos leves e finos, como seda, crepe, cetim, algodão ou chifon e a grande maioria (assim como o cachecol) ainda possui acabamento de franjinhas. É uma peça estilosa e dependendo do modelo, combina até com eventos mais formais. Pode ser usada ao redor do pescoço e também sobre os ombros. Assim como o lenço é indicado para dias de temperaturas mais amenas. Esses acessórios são versáteis e essenciais, porém, devemos lembrar também da estrutura do nosso corpo na hora da escolha. Lenços compridos e grandes ficam melhores em mulheres de seios pequenos ou médios já que criam volume nessa região. Os mais curtos amarrados no pescoço caem bem em mulheres de seios grandes. Como as echarpes feitas de tecidos leves não criam muito volume podem ser amarradas de lado no pescoço ficando ainda mais charmosas. Para os cachecóis a dica é deixar as pontas em diferentes comprimentos para um efeito moderno. Para o povo masculino a diferença principal é pelo aspecto, geralmente mais sóbrios, em modelos mais discretos, sem grandes detalhes. Além disso, os modelos de cachecóis ideais para homens são mais finos, sem volume extra e, em sua maioria, em cores discretas e mais escuras. Independente de qual seja o seu preferido, ou qual seja seu estilo qualquer um desses acessórios faz toda diferença e ajuda a deixar o look ainda mais elegante e charmoso.


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PRECONCEITOS Texto// Ana Carolina Fante Escobar

SEM

AINDA QUERES FICAR EM NÁRNIA? Não é uma fase, não vai passar e o amor é verdadeiro. E, continuo. Não é contagioso, perversidade do ser humano ou uma peculiaridade do século XXI. Apesar de ter sido omitido pela arte, a homossexualidade é tão encanecida e incompreendida quanto o sorriso da Monalisa. Defender os direitos dos homossexuais é defender os direitos humanos. Não é uma fase, não vai passar e o amor é verdadeiro. E, continuo. Não é contagioso, perversidade do ser humano ou uma peculiaridade do século XXI. Apesar de ter sido omitido pela arte, a homossexualidade é tão encanecida e incompreendida quanto o sorriso da Monalisa. Legítima e inevitável como a heterossexualidade devem ser punidas, de forma exemplar, quando reprimidas. A sociedade deve perceber que a identidade sexual não pode ser vista como um elemento a ser controlado por alguém ou por alguma instituição. É natural do individuo de sentir atração pelo mesmo sexo. Não há acordo científico sobre os fatores particulares que induzem um indivíduo a tornar-se homossexual, assim como não existe, esse mesmo acordo no esclarecimento da heterossexualidade. O conhecimento atual, defendido pelo Professor Luís Cavalcante, secretário de estado de educação de São Paulo e descontruído e construído por

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muitos outros, apenas implica que a orientação sexual, normalmente, é estabelecida durante a infância. Se fosse uma escolha, por que tantas pessoas ‘escolheriam’ sofrerem discriminação, serem marginalizadas ou inferiorizadas pela sociedade? Discorrendo sobre os que excluem e não os excluídos, surge a intolerância, a violência e a desumanização do grupo em questão. A homofobia é reconhecida como uma serie de sentimentos negativos de uma determinada pessoa, direcionados a orientação sexual e identidade de gênero de outra. Por preconceito, medos irracionais e apatia, a vida pessoal do alvo é visto como ponto principal para justificar uma péssima relação superficial, que seria construída, de uma forma natural, com qualquer pessoa heterossexual. Arianne Pacheco Rodrigues expôs sua realidade e mostrou que, por ignorância, alguns ainda conseguem deixar marcas profundas usando da descriminação e do preconceito. A menina, agora com 19 anos, foi expulsa do Instituto Adventista que frequentava assim que a direção deparou-se com sua opção sexual. A escola nega. Afirma que o motivo não foi a respeito da homossexualidade, mas sim, a intimidade que a menina matinha com a namorada da época. Casos como este tiveram o reconhecimento necessário, dispostos pela mídia, resultando em uma mudança posterior. Agora, quantos outros passam despercebidos pelas lentes daqueles que tem o poder de propagar os acontecimentos? “Fui a uma festa de formatura usando terno e gravata, pois, apesar de eu ser menina, não me sinto confortável usando vestidos ou saias. Não combina comigo, com meu jeito de

//45 Créditos: philippe leroyer

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ser. No meio da festa, precisei ir ao banheiro, mas a segurança do local não me deixou entrar, pois achou que eu fosse um menino tentando invadir o banheiro feminino. Tive que baixar as calças e provar para ela que, apesar da minha aparência masculina, eu era uma menina” diz Caroline Dornelles, moradora de Vacaria, pequena cidade do Rio Grande do Sul. A menina garante que, em seus 20 anos de vida, esse foi o momento mais constrangedor e doloroso da sua historia que, está apenas em construção.

“Já tratava a constituição federal de 1988 “bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” como um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. Portanto, por que ignorar o desrespeito, resultado em crime, perante os tribunais?” Como se pode perceber, além da violência como ação, a homofobia pode ser realizada silenciosamente e, até mesmo, de uma forma tola. Segundo a estudante de psicologia da Universidade de Passo Fundo, Amanda Valério Espindola, 21 anos, a palavra homossexualismo já dispõe de uma carga valorativa contraproducente desconhecida por muitos. “O sufixo ismo significa patologia, ou seja, o estudo das doenças em geral sob aspectos determinados e suas diversidades. Portanto, só se usa homossexualidade ou, em termos ainda mais modernos, homo afetividade”. Indubitavelmente, é com a falta de conhecimento de causa que nos faz agredir a quem não é diferente de nós. Defender os direitos dos homossexuais é

//46 Créditos: philippe leroyer

defender os direitos humanos. Já tratava a constituição federal de 1988 “bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação” como um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. Portanto, por que ignorar o desrespeito, resultado em crime, perante os tribunais? A importância da lei que criminaliza a homofobia não deve ser vista como punição, mas sim como medida paliativa, pelo menos, até que o constrangimento que a lei causa às pessoas que vão contra ela, seja incorporado na cultura, de uma forma quase generalizada. Enquanto isso não acontece, episódios como o de Arianne, Caroline e tantos outros registrados ou não registrados vão continuar tomando forma. Deixando marcas. Confortando aqueles que não devem ser confortados e definindo um futuro sombrio para aqueles que lutavam por uma aceitação. Se tu me dizes que é contra o casamento entre o mesmo sexo, explique-me baseado em que. Se tu disseres que, conforme a bíblia, o casamento tradicional é entre uma mulher e um homem, te direi que o rei Salomão teve 700 mulheres. E ainda, que casamento tradicional, de acordo com o deuteronômio, significa que se um homem estuprar uma mulher, ele terá que casar com ela. Portanto, tente novamente. Tenho certeza que vais acabar admitindo o que está dentro de ti, mas tens vergonha de verbalizar, pois sabe que é errado. Acreditas que casamento homossexual é repugnante.


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FOTOGRAFIA Texto// Bruna Becker

DICAS DE

Créditos: Pink Sherbet Photography

TUDO é UMA QUESTÃO DE COMO VOCÊ OLHA Foi-se o tempo em que fotografia era feita com um ângulo único, onde uma pessoa sentava-se em um banquinho na frente da câmera. Hoje, quanto mais inusitado, melhor! Que tal falarmos sobre mudanças de ângulos?! Assim como a

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vida, a fotografia também precisa de variações, acompanhadas de evolução (do ser humano) para sempre se fazer renovada e não acabarmos como nos retratos antigos, aqueles de quadro redondo penduradas na parede da casa de nossas avós,

bisavós... É comum pensarmos que o personagem da fotografia que deve mover-se e fazer as poses aqui ou ali, botar a mão lá ou acolá, porém é um pen-


samento errôneo, o fotógrafo deve ser a pessoa que mais se movimentará. Fotografando de um lado a outro, agachando-se ou subindo em um banquinho, você irá explorar os mais diferentes ângulos e descobrirá novos backgrounds (basicamente é o fundo da sua imagem, o que está atrás do fotografado) para sua foto.

Não se perca! Falamos anteriormente sobre mudança de ângulos, porém não perca o foco. Por mais inusitado que seja o ângulo que você está explorando, não esqueça que fotografia é uma composição. Crie harmonia entre o personagem e o cenário (ambiente), una-os em uma história narrada através dos seus olhos.

Créditos: Bruna Becker

Falando em olhos, treine-os para enxergar. Isso mesmo, “adestre” seus olhos. Você faz isso sendo um observador. Olhe, explore, conheça, reconheça o cenário em que você está, assim quando você for fazer suas composições saberá integrar seu personagem a diferentes backgrounds, que na verdade estão em um mesmo lugar. Como exemplo, imagine que está em um campo com cercas de arame no lado direito e árvores ao esquerdo, quantos fundos você acha que tem? Analisando rapidamente temos 7. Primeiro a cerca ao fundo, segundo as arvores, terceiro o céu (fotografando de baixo para cima), quarto o chão (de cima para baixo), quinto uma composição com detalhe de cerca e céu, sexto pode-se ter árvores e céu, sétimo todos na mesma imagem, é brincando de sair do lugar (como a brincadeira infantil “coelhinho sai da toca”) que você descobre um universo de opções em um mesmo espaço.

Capte o viver! Fotografando pessoas e animais, valorize a espontaneidade também, não tente fotografar só com poses engessadas. Descubra no agir de cada um o ângulo que irá estimar personagem e imagem. Quando o foco for natureza, objetos, enfim, coisas que estão vivendo paradas, observe a riqueza dos detalhes, muitas vezes se você movimentar-se ao redor descobrirá qual ângulo trará à fotografia a melhor luz, e automaticamente, a mais perfeita composição que irá tornar o detalhe todo o motivo de uma imagem.

Dica, dica, dica! Cuide muito com as variações de ângulo, são ótimas, mas merecem muita atenção. Fique atento para não criar sombra sobre o fotografado, se a intenção não for criar fotos de silhueta, a sombra sobre o personagem irá sumir com as expressões do mesmo, sem falar em pedaços do corpo. Cuidado com os backgrounds poluídos (muito recheados de detalhe e informação) e principalmente: nem todas as pessoas ficam bonitas se fotografadas de baixo. Para refletirmos trago uma frase do poeta Peter Urmenyi - “A fotografia é a poesia da imobilidade: é através da fotografia que os instantes deixam-se ver tal como são.” - Se a fotografia já é a paralisação do momento, porque ela deve ser composta com imobilidade também?

Até mais! //49 rock`n`roll

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E COISAS A FAZER Texto// Tiago Sutili

DO INTELECTUAL AO GEEK

OS FILHOS DE HÚRIN

J.R.R. Tolkien dispensa apresentações. Nasceu na África do Sul, porém muito jovem se mudou com sua família para a Inglaterra, local onde viu florescer sua paixão pela linguística, que logo se desenvolveu em um crescente criativo, levando-o à elaboração de um mundo paralelo de dimensões inimagináveis até então. Sua obra envolveu a criação de um universo extremamente complexo, com uma história desenvolvida durante milhares de anos em um universo geográfico intensamente detalhado, porém ela transcendeu a própria história, passando ao desenvolvimento de línguas, lendas,

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costumes e aspectos culturais próprios para cada uma das raças presentes neste mundo fantástico. A complexidade de sua obra fez com que no início o autor encontrasse uma grande resistência para a sua publicação, entretanto, desde então ela formou uma legião de fãs incondicionais dispostos a dedicar uma grande parcela suas vidas no mundo real para viver ao lado de elfos, anões e orcs no universo criado por Tolkien. A popularização veio somente no início deste século com a adaptação da trilogia “O Senhor dos Anéis” para os cinemas, porém a complexidade da obra ainda restringe o grupo de seguidores capazes de se adentrar nos mais profundos aspectos da história do continente de Arda. Um dos maiores motivos para esta restrição no universo de leitores é o estilo narrativo do autor, extremamente detalhista e dedicado ao desenvolvimento de linhas genealógicas intermináveis e aspectos linguísticos complexos, de modo que em muitos casos a história em si se torna secundária frente à paixão acadêmica de Tolkien por estes aspectos. “Os Filhos de Húrin” pode ser encarado como uma interessante mistura entre a complexidade descritiva de “O Silmarillion” e a narrativa empolgante de “O Senhor dos Anéis”, com o acréscimo de elementos cruéis e sombrios, até então raros nas outras publicações do autor. A história retratada é basicamente uma expansão de um dos contos abordados dentro de “O Silmarillion” e de “Contos Inacabados”, ocorrendo, portanto, anteriormente aos fatos retratados dentro de “O Senhor dos Anéis”, de modo que praticamente não há nenhuma relação direta entre os dois livros. A narrativa retrata a saga sangrenta de Húrin, que envolto na incessante batalha contra Morgoth re-

solve desafiá-lo e devido a sua ousadia é torturado sem piedade até a morte, e de Túrin, o guerreiro lendário que, apesar das boas intenções, vê seus feitos heróicos arrastarem a tudo e a todos que ama para a escuridão e sofrimento. Obviamente o desenvolvimento da história engloba fatores épicos e míticos envolvendo reinos élficos, montanhas repletas de anões, bandos de orcs, exércitos de balrogs, dentre tantos outros elementos descritos de acordo com as características literárias que tornam a obra de Tolkien única e extraordinária. A qualidade literária do livro torna possível que tanto os fãs mais ávidos da obra de Tolkien como o leitor casual sejam capazes de apreciar este livro, uma vez que a profundidade descritiva dentro do universo de Arda é alcançada através de uma narrativa empolgante e envolvente. Adicionalmente o livro possui ilustrações extraordinárias criadas por Alan Lee, um dos mais conceituados ilustradores de fantasia, permitindo que o leitor tenha uma visão mais clara do mundo criado pelo autor, complementando e enriquecendo o universo fantástico construído durante o processo de leitura. Todos estes fatos, aliados a uma história densa, sombria e repleta de reflexões morais tornam este livro uma ótima opção para qualquer apreciador de uma boa obra literária e uma leitura obrigatória para os fãs de Tolkien e de “O Senhor dos Anéis”.

//INFORMAÇÕES DO LIVRO Autor: J.R.R. Tolkien Editora: Martins Fontes Ano: 2009 Número de páginas: 335 Preço mínimo sugerido: R$ 50,00


A PROPÓSITO...

FINAL FANTASY XIII-2

Final Fantasy é provavelmente a franquia de RPGs para plataformas mais bem sucedida da história dos videogames. A primeira versão do jogo foi lançada em 1987 em versões para as mais diversas plataformas, desde os videogames clássicos, passando pelos portáteis e chegando na última geração de consoles através de sua décima terceira edição. Entretanto, apesar das diversas tentativas de inovação a Square Enix, produtora da franquia, não consegue retirar dos fãs o sentimento de que esta série de games já viveu dias melhores, e que a tendência é um esgotamento gradual de uma fórmula tão bem sucedida no passado. Final Fantasy XIII-2 foi lançado no início de 2012 para as plataformas PlayStation 3 e Xbox

360, sendo uma sequência direta do seu predecessor, Final Fantasy XIII, lançado para as mesmas plataformas dois anos antes (considerando como referência a versão japonesa do jogo). E desde o início fica claro que o jogo se resume a exatamente isto, uma sequência com poucas inovações baseada em uma história mal construída. É claro que o jogo, como é de costume na franquia, possui momentos épicos e animações incríveis, entretanto em diversas ocasiões a narrativa encontra problemas ao tentar retratar uma história ambiciosa repleta de não linearidades, com constantes viagens no tempo e alterações da realidade, e, para complementar, pontuada por momentos melodramáticos constrangedores. A jogabilidade é provavelmente a questão mais polêmica envolvendo o jogo, e remete a uma discussão iniciada pelo seu predecessor, já que estes dois últimos títulos apresentaram uma mudança completa na tradicional batalha por turnos clássica para os jogos do gênero. Segundo a produtora o novo sistema de batalhas é uma tentativa de criar uma experiência mais empolgante e dinâmica para os jogadores, entretanto há uma perda no que diz respeito à criação de estratégias e ao planejamento de jogo. De maneira geral, o novo sistema alcançou o seu objetivo, e uma vez que o jogador esteja disposto à abrir mão de alguns costumes criados nos jogos anteriores da série, é possível estabelecer uma experiência de jogo bastante satisfatória e dinâmica, e ainda desenvolver estratégias interessantes através do sistema de paradigmas, que permite uma manipulação das técnicas e táticas utilizadas por cada personagem dentro de uma batalha. Graficamente o jogo continua impressionando

através da criação de cenários extraordinários, capazes de transportar o jogador diretamente para Gran Pulse e Cocoon, sensação que é reforçada pela trilha sonora apropriada e tecnicamente impecável. Todavia, mais uma vez a impressão constante de que o jogo não passa de uma sequência sem grandes inovações é inevitável, uma vez que a grande maioria dos adversários e desafios encontrados não passam de cópias ou novas versões dos presentes no jogo anterior. Em linhas gerais Final Fantasy XIII-2 não consegue apagar a constante sensação de que não passa de uma sequência criada com o objetivo de explorar o enorme sucesso de seu predecessor, sem que a produtora tenha tido grandes preocupações com inovações ou com a criação de uma história bem estruturada que desse continuidade de maneira adequada à anterior. Apesar disso o jogo ainda é capaz de ocasionar momentos empolgantes e boas horas de diversão, especialmente para os admiradores da série, entretanto é preciso abdicar da esperança de que os momentos épicos e inesquecíveis dos tempos áureos da série serão reeditados, pois ao que tudo indica as mudanças ocorridas na estrutura do jogo nos últimos anos são definitivas, algumas inclusive representando melhorias interessantes, cabe, portanto, ao jogador se adaptar ao novo formato e aproveitá-lo da melhor maneira possível.

//INFORMAÇÕES DO JOGO Classificação Indicativa (Brasil): 12 Modos: Single-player Plataformas: PS3 e Xbox 360 Preço mínimo sugerido: R$ 150,00

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PARA BEBER! Texto// Daniele Holdorf

ESSE NÃO É

VINHOTERAPIA De uns tempos para cá, a utilização do vinho e da uva deixou de ser apenas para fins gastronômicos, e ganhou seu espaço em produtos cosméticos e terapias, tornando-se um aliado da beleza e do bem-estar. Já na história, a utilização do vinho em si, vem de longa data. No livro “Uma breve história do vinho”, de Rod Phillips, ele relata que o vinho, além de ser consumido apenas pelas elites da época, também era utilizado para fim medicinal e terapêutico. Sendo aplicado externamente em forma de bandagens para aliviar inchaços e tratar ferimentos. Atualmente, o consumo da uva se dá também na estética devido à descoberta de propriedades importantes que auxiliam na luminosidade, hidratação e revitalização cutânea, bem como em tratamentos que amenizam os sinais do envelhecimento cutâneo e nas terapias em SPA’s. A vinhoterapia consiste na utilização de ativos derivados da uva, como os extratos de vinho e óleo de semente de uvas, sendo estes ricos em flavonóides e resveratrol (antioxidantes). Estes potentes antioxidantes que a uva contém, são as principais e mais importantes propriedades dela, pois os mesmos atuam eliminando moléculas que causam danos às células (radicais livres), auxiliando assim, no rejuvenescimento facial. Já, quando se trata de terapias, os banhos de imersão são os ideais, pois o contato com uva é direto. Na banheira, são colocados mais ou menos 3 litros de vinho tinto seco, que são diluídos em água. O banhista deve ficar em contato com essa especiaria em torno de 45 minutos. E para complementar esse tratamento são servidos vinhos

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e cachos de uva. Vale ressaltar, que além dos benefícios resultantes do vinho em si, o contato com a água quente e os jatos que a banheira proporciona, leva ao relaxamento muscular e alívio do estresse. No próprio Rio Grande do Sul, há um SPA voltado para serviços que utilizam o vinho como foco em seus tratamentos. Dentre os serviços estão: tratamentos faciais e corporais, hidromassagem, massagens, banhos de vinhoterapia e saunas vinhoterápicas, esfoliações, entre outros tratamentos. O banhista pode optar por um Day SPA (um dia) ou por um programa vinhoterápico (realizado entre 2 a 6 dias), e os valores se diferenciam de acordo com a quantidade de dias e tratamentos escolhidos. Os tratamentos em estética facial à base de vinho são empregados de forma a prevenir ou reverter de forma superficial os sinais do envelhecimento cutâneo. O tratamento em si, é todo realizado com produtos que contenham o vinho como principal ativo em sua formulação. Primeiramente começa-se com uma boa limpeza e esfoliação do local, para que os ativos do vinho tenham sua permeação facilitada. Após essa etapa, soluções com o ativo concentrado podem ser aplicadas em sinergia com equipamentos estéticos, proporcionando maior eficácia no tratamento. E por fim, cremes de massagens faciais e máscaras a base de vinho são aplicados para completar o tratamento. Considerando os grandes benefícios que a vinhoterapia proporciona à pele e ao bem-estar, basta apenas desfrutar desses recursos a fim de obter uma pele rejuvenescida e saudável.


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ENTÃO FALA AÍ! Texto// AIESEC

QUER FALAR?

O MUNDO SOB UM NOVO OLHAR O intercâmbio que transformou uma estudante em agente de mudanças. Um destino inusitado e seu poder de aprendizado. Foi com essa perspectiva que Pahola Cassol decidiu fazer um intercâmbio. “Sempre vi essa oportunidade como uma forma de amadurecimento pessoal e uma tentativa de mudar uma realidade até então desconhecida pra mim. O voluntariado tornou-se um grande desafio! Ele permitiu que eu fosse além da minha própria experiência, porque acabei ajudando em primeira pessoa o desenvolvimento de uma inteira comunidade”, lembra a estudante.

“Gente é gente em qualquer lugar do mundo! Os sonhos e o entusiasmo são os mesmos, só precisamos compreender o seu contexto.” Pahola embarcou para a Indonésia! Localizado ao sudeste da Ásia, é o mais extenso arquipélago do planeta, que se estende do Oceano Índico ao Pacífico. O país abrange cerca de 13.700 ilhas – das quais seis mil são inabitadas, é composto por 33 províncias e tem uma população de mais de 237 milhões de pessoas. A Indonésia também é o lar da maioria dos muçulmanos do mundo. Foi nessa característica impactante da realidade da Indonésia que Pahola viu uma possibilidade real para o seu amadurecimento profissional. A vaga que escolheu, e para a qual foi selecionada, era voltada justamente ao empreendedorismo social, dando-lhe base suficiente para realizar um projeto de desenvolvimento econômico local.

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A primeira semana de Indonésia, segundo a estudante, foi um pouco difícil em relação à adaptação à língua inglesa. Entretanto, foi no improviso de usar diferentes termos e gestos, e contando com a solidariedade dos indonésios, que Pahola superou essa dificuldade. Ela ficou hospedada na casa de uma família muçulmana através do Programa Host Family da AIESEC. Pahola conta que os novos pais ofereceram abrigo e alimentação pois conheciam os objetivos dela no local, já que seria útil ao projeto e à comunidade deles. “Conhecer e trabalhar com outras culturas também me tornou mais sensível às diferenças e me fez aprender a trabalhar melhor com elas, usando-as sempre positivamente no desenvolvimento de um grupo. Conhecer uma cultura oposta à minha e, mesmo assim, ver nela muitos pontos em comum, me fez acreditar mais no ser humano e no seu poder de transformação”, finaliza Pahola.

“Aprendi a olhar as dificuldades como desafios impulsionadores de desenvolvimento, colocando-os à prova de resultados positivos.” Pahola Baptista Cassol, 19 anos, viajou para a Indonésia através da AIESEC. Para entrar em contato com a unidade da AIESEC em Erechim, envie um e-mail para chapeco@aiesec.org.br


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