Revista Box - Setembro

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EDIÇÃO 07 :: ANO 1 :: SETEMBRO ‘12

//1 Sirvam nossas façanhas De modelo a toda a terra

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//3 Sirvam nossas faรงanhas De modelo a toda a terra

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até gosto das pessoas mas elas conversam muito e encostam na gente.

Tipos de Gordo@tiposdegordo

Sou tão desconfiado que se a vida me der limões eu jogo fora achando que ta envenenado. Dr. Abobrinha @fepompeo

Pro tanto de filtro solar que eu uso, já era pra estar bem resolvida e milionária. o que me diz, bial?

Enquanto cassia eller só pedia a deus um pouco de malandragem eu só peço um pouco de beleza. Camilarpias @harpias

Caíque Toledo @theCdude

tati bernardi @tati_bernardi

amandinha @cherguevara

Ninguém dirige pior do que mãe buscando filho na escola.

amandinha @cherguevara

narcisista que é narcisista é vesgo e lança o olhar 43 pra si mesmo.

Gordo que passa fome na casa dos amigos por vergonha de pedir comida.

Exercício físico: ir a pé até o mercado comprar chocolate. não, pera.

Ande Teixeira @imsowhore

enquete @nervososupremo

Barbudo VS the world @tobefonseca

A política tá tão foda que a gente tem que votar em quem tem mais a perder se fizer cagada. Olha ao ponto que chegamos, lindos.

BAR Texto// Vários

FILOSOFIAS DE

Parece que o cérebro agora tá igual o orkut, muita gente parando de usar.

Tipos de Biscat @tiposdebiscat

Único ponto ruim do emprego novo é que o banheiro fica bem do lado das mesas,a liberdade que eu tinha de cagar a hora que eu quisesse não tem preço? //4

Vanilce @vanifacts

Calma! Se a Britney conseguiu superar 2007, você vai conseguir superar essa segunda-feira!


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//COLABORADORES

DIREÇÃO: Alessandro Filipiak João R. Malossi Natália Madalosso Rafael F. Fontana

DIREÇÃO DE ARTE, DESIGN & DIAGRAMAÇÃO: Rafael F. Fontana rafael@revistabox.com

MAIS INFORMAÇÕES: www.revistabox.com

1 - Aline Simon // Estudante de Publicidade e Propaganda (alin.e.e_simon@hotmail.com)

CURTA NO FACEBOOK: fb.com/revistaboxerechim

2 - Brunna Becker // Publicitária e Fotógrafa (brunna_becker@hotmail.com)

REDAÇÃO & REVISÃO: João R. Malossi joao@revistabox.com Natália Madalosso natalia@revistabox.com

COMERCIAL: Alessandro Filipiak alessandro@revistabox.com

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//EDITORIAL.... DA CAPA Bom, como essa é nossa primeira capa totalmente colaborativa, usaremos esse espaço para deixar a autora da mesma falar um pouco mais sobre sua arte. “O tema que foi proposto foi a Independência e desde o início fiquei pensando que não queria uma ilustração que fosse literal demais. Fui buscar referências e significados da palavra ‘independência’ e um dos significados que achei foi: ‘tomar decisões sem levar em conta interesses de terceiros’ (ou liberdade), ao interpretar este significado escolhi o coração que é uma forma emocional de tomar decisões, haha, o ‘famoso seguir seu coração’. Na verdade, eu li um artigo que falava que nós devíamos seguir nosso coração e isso me deu ideias, até porque nesse tempo eu li um artigo da Rebecca Cherry: ‘Siga seu coração, ele é mais inteligente do que você pensa’. Essas coisas me inspiraram. A fita que envolve o coração e tem vários ‘fios que saem dela’ é basicamente os caminhos relacionados a escolha da personagem. Daí ela aponta para um deles o que implica sua escolha. Busquei utilizar uma cor bem chamativa neste ponto do coração, porque ele é o foco do desenho. As escolhas, ser independente pra seguir o o que ‘seu coração diz’. A cultura indígena tem me inspirado muito também, por isso as pinturas no corpo dela, os cabelos negros e alguns grafismos aplicados no fundo. CAPA DA EDIÇÃO // Gabriela Título da Capa: Independência

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TIRAGEM: 1.000 exemplares

3 - Carla Curzel // Designer de Moda (carla.curzel@gmail.com) 4 - Emily Arcego // Licenciada em Letras (emily_arcego@yahoo.com.br) 5 - Fabiano Tadeu Grazioli // Mestre em Estudos Literários e Professor da Faculdade Anglicana de Erechim (tadeugraz@yahoo.com.br) 6 - Janniny G. Kierniew // Psicóloga Clínica CRP 07-20548 (janninyk@hotmail.com) 7 - Jonathan Holdorf // Social Media (jonathan@correioerechinense.com) 8 - Josiane Moro Schiffl // Estudande Design de Moda (josi_schiffl@hotmail.com) 9 - Leonardo F. Fontana // Pseudo Filósofo (krustyc@hotmail.com) 10 - Lobisomem do Arvoredo // Mito musical & lenda assustadora (lobizomem_do_arvoredo@manolima.com) 11 - Luciano Harres Braga // Cartunista (lucianosmb@gmail.com) 12 - Michele Bolis // Fisioterapeuta (mibolis@hotmail.com) 13 - Tiago Sutili // Engenheiro Eletricista (tiagosutili@gmail.com)

Textos e anúncios assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da Revista. Revista Box alguns direitos reservados

REVISTA BOX // 07 :: ANO 1 :: SETEMBRO ‘12

//EQUIPE


Preserve o Meio Ambiente, recicle essa revista ou passe adiante.

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//ÍNDICE SAÚDE_ GASTRONOMIA_ ENTRETENIMENTO_ FALAÍ!_ HUMOR _ C. INTELIGENTE_ MODA_

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revistabox.com Créditos: Eduardo Amorim


ENTÃO FALA AÍ!

QUER FALAR?

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A BICICLETA E OS BAIRROS SUSTENTáVEIS Quando se fala de bairros sustentáveis, o tema mobilidade é um dos mais importantes a serem abordados, principalmente em grandes metrópoles. Mas, primeiramente, o que entendemos por “bairro sustentável”? É possível desenvolvermos esse conceito em cidades com mais de 20 milhões de habitantes? Entende-se por bairros sustentáveis uma determinada área que tem por meta o compromisso de atender aos objetivos de gerenciar o consumo energético e o de água potável; garantir um desenvolvimento econômico, por meio do uso misto, proporcionando espaço para lazer e coesão social, fornecendo equipamentos públicos destinados à cultura, escola, comércio e, por fim, otimizar o deslocamento urbano, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. O Rio de Janeiro, primeira cidade a implantar o projeto de mobilidade sustentável, conta hoje com 60 estações e 600 bicicletas, distribuídas nos bairros de Copacabana, Ipanema, Leblon, Lagoa, Jardim Botânico, Gávea, Botafogo, Urca, Flamengo e Centro. Em São Paulo, maior cidade brasileira, o programa é mais recente; e não menos ambicioso. O projeto tem quatro principais objetivos: introduzir a bicicleta

como modal de transporte público saudável e não poluente; combater o sedentarismo da população e promover a prática de hábitos saudáveis; reduzir os engarrafamentos e a poluição ambiental nas áreas centrais das cidades; e promover a humanização do ambiente urbano e a responsabilidade social das pessoas. No mapa disponível no site www.mobilicidade.com.br/ bikesampa.asp é possível ver as estações já ativas e em estudo, abrangendo um grande raio de atuação. Mesmo que voltado a pequenos percursos, se implantado dentro de bairros, independentemente da topografia do local, o uso da bicicleta, sem dúvida, possibilitará ao cidadão uma forma alternativa de deslocamento, além de contribuir significativamente para o incremento de sustentabilidade do próprio bairro. Os principais argumentos associados ao uso da bicicleta com o conceito de sustentabilidade, analisando pelos três pilares (ambiental, social e econômico), são o fato de ela agregar atributos que contribuem para a democratização do uso da via pública, com redução do custo nos deslocamentos diários; a melhora da qualidade de vida; a geração de saúde aos usuários; a redução da emissão de poluentes; e, além de tudo, o fato de ser acessível e viável economicamente. Contudo, algumas questões precisam ser trabalhadas em paralelo, pois o conceito de sustentabilidade nunca tem um único ponto de vista, é sempre multidisciplinar. Alguns deles são a falta de espaços específicos destinados à circulação de ciclistas; a falta de vestiários

com chuveiros nos empreendimentos corporativos e demais estabelecimentos, como shopping centers, para que os usuários desse meio de transporte possam tomar banho antes de começar a trabalhar, por exemplo, ou realizar atividades sociais; a falta de segurança no trânsito; a má qualidade do ar e o clima tropical brasileiro.

“[...]são o fato de ela agregar atributos que contribuem para a democratização do uso da via pÚblica, com redUÇÃo do cUsto nos deslocamentos diários; a melhora da qualidade de vida; a geração de saÚde aos usuários; a redução da emissão de poluentes; e, além de tudo, o fato de ser acessÍvel e viÁvel economicamente.” Cidades europeias como Amsterdã e Paris são adeptas dessa mobilidade de transporte. A primeira desde a década de 1970 e a segunda a partir dos anos 2000. Destaca-se também a nossa vizinha Bogotá, na Colômbia, que conseguiu revolucionar seu sistema de transporte.

Créditos: Raymond Larose


Em Amsterdã, 26% dos deslocamentos diários na cidade são feitos de bicicleta, 34% de carro e 40% no transporte público: metrô, bonde VLT e ônibus (dados obtidos do urbanista Alfredo Sirkis, no site sirkis.interjornal.com. br). Em Amsterdã, há uma perfeita integração da malha cicloviária com a viária e urbana, requisito básico para a eficiência desse meio de transporte. Paris, conhecida na Europa pelos seus EcoQuartiers, Bairros Sustentáveis, aderiu ao sistema Vélib em julho de 2007 com 10 mil bicicletas e 750 estações automatizadas. Hoje, conta com cerca de 20 mil em mais de mil estações. O debate ainda é longo, mas, sem dúvida, estamos em um caminho sem volta, como já dizia o filósofo húngaro Ervin László, autor de World Shift Empowering or Evolution: “O mundo – natureza e sociedade ligadas em um sistema dinâmico – se aproxima de um ponto de bifurcação que pode resultar em colapso ou avanço. Para avançar, é preciso esquecer as velhas maneiras de pensar e de fazer as coisas”. Estamos no caminho certo. O evento “Bicicultura Brasil” realizado em Brasília, em junho, reuniu especialistas e representantes de várias cidades brasileiras e de diferentes países, com o intuito de discutir, por meio de experiências positivas, como tornar viável uma malha urbana, onde as bicicletas possam circular com rapidez e segurança, contribuindo para o desenvolvimento urbano sustentável. Fonte: Revista E (Sesc São Paulo) Autora: Ana Rocha Melhado é engenheira, professora pós-doutora do Curso de Engenharia Civil da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e diretora da PROACTIVE, consultoria especializada em gestão de projetos e sustentabilidade empresarial.

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E CULTURA Texto// Fabiano Tadeu Grazioli

INTERNET, LIVROS

CYBERCULTURA Internet, computadores, celulares (e seus derivados) são lugares inócuos, estranhos às produções artísticas e literárias? Os usuários das Novas Tecnologias da Informação podem ser considerados leitores? Afinal, a “fruição” acontece nos espaços virtuais mediados pelos aparelhos eletrônicos digitais? As respostas – científicas – para essas perguntas existem há algumas décadas. Mas são temas que ainda causam certa polêmica, principalmente quando são tratados por indivíduos de gerações diferentes. Nesta coluna os leitores da Revista Box terão a oportunidade de entrar em contato com informações e reflexões que respondem às perguntas levantadas anteriormente. O tema principal da coluna é a Cibercultura, sendo a Arte e a Literatura que emergem nesse contexto nosso interesse imediato. Algumas vezes partiremos de conceitos e ideias chaves dentro da referida temática, discutindo-as, ampliando-as, sintetizando-as (ou mesmo delas discordando!). Outras vezes indicaremos sites e blogs nos quais o leitor possa ter uma experiência interessante. Nas primeiras colunas apresentaremos algumas considerações sobre cibercultura, ciberespaço e ciberarte, a partir dos estudos do francês Pierre Lévy e de autores brasileiros interessados nesses temas. Tais considerações são importantes tendo em vista a articulação desses conceitos no conjunto de textos que pretendemos publicar. Eis, então, o primeiro.

CIBERCULTURA: BREVES NOTAS De modo bastante geral podemos definir cibercultura como sendo a cultura contemporânea fortemente marcada pelas tecnologias digitais. A Wikipédia, que inclusive é reflexo

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desse contexto traz a seguinte informação para o termo: “Ela [a cibercultura] é o que se vive hoje. Home banking, cartões inteligentes, voto eletrônico, pages, palms, imposto de renda via rede, inscrições via Internet, etc., provam que a cibercultura está presente na vida cotidiana de cada indivíduo”. Por mais simples que seja a definição, ela está de acordo com Pierre Lévy (1999), que afirma que a expressão especifica o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento da “rede”. Em um site (muito interessante!), intitulado Objeto de Aprendizagem de Escrita Coletiva, criado e mantido pelo Núcleo de Tecnologia Digital Aplicada à Educação , vinculado à Faculdade de Educação da UFRGS, a cibercultura é definida genericamente como os eventos sociais nas comunidades, no espaço eletrônico virtual. Tal definição é ampliada no mesmo site, que afirma que se trata de uma cultura em rede, construída por conhecimentos, atitudes e pontos de vista dos mais variados, distribuídos em tempos e espaços diferentes. Logo, na cibercultura, não necessitamos mais da presença física para troca de ideias, transformação e construção de saberes, pois fazemos uso de ferramentas tecnológicas que permitem a comunicação/ interação entre as pessoas da rede. Dentre tantas informações importantes sobre o tema, o referido site apresenta o principal objeto de estudo da cibercultura: a dinâmica política, social, econômica e filosófica dos sujeitos em interação na rede, bem como a sua tentativa de englobar os desdobramentos que ---------------------------------------------------------------------------1

Pierre Lévy não é o primeiro nem o único pesquisador a es-

crever sobre esses temas. Contudo nossa escolha pelos estudos do autor deve-se a uma aproximação que já tivemos com ele em diversas situações de nossa formação acadêmica – e por simpatia imediata, é importante que se diga. 2

Mais informações sobre o núcleo em: http://homer.nuted.

edu.ufrgs.br/nuted/


este comportamento requisita, conforme palavras retiradas do próprio site. Conforme podemos deduzir das definições listadas, cabe salientar, de acordo com Lévy (1999), que a cibercultura não está presente somente na web, mas sim, em todas as atividades que envolvem as tecnologias em geral, como, por exemplo, nos celulares, computadores, caixas eletrônicos, entre outros. Quanto ao surgimento do fenômeno caracterizado como cibercultura, André Lemos (2002) afirma que ele nasce nos anos 50, com a informática e a cibernética, tornando-se popular através dos microcomputadores, na década de 70, consolidando-se completamente nos anos 80, através da informática de massa e nos anos 90, com o surgimento das tecnologias digitais e a popularização da Internet. E não é difícil deduzir que na primeira década do século XXI esse fenômeno se reafirma e se potencializa a cada novidade que surge... A cibercultura representa, para Lévy (1999), a possibilidade da democratização digital, pois segundo o pesquisador, ela mantém a universalidade ao mesmo tempo que dissolve a totalidade, e corresponde ao momento em que nossa espécie, pela globalização econômica, pelo adensamento das redes de comunicação e de transporte, tende a formar uma única comunidade mundial, ainda que essa comunidade seja - e quanto! - desigual e conflitante. Assim, a cibercultura, de um modo geral, nos dá um panorama amplo e profundo das consequências socioculturais da universalização da informação. Lévy (1999) defende a tese de que a rede impossibilita o monopólio do saber, e admite a teoria de pluralidade que a Internet possibilita na prática: “Longe de ser uma subcultura dos fanáticos pela rede, a cibercultura expressa uma mutação fundamental da própria essência da cultura. De acordo com a tese que desenvolvi neste estudo, a chave da cultura do futuro é o conceito universal sem totalidade” (74).

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SABE SEU AMIGO?

é UM E.T.! Texto// Tiago Sutili

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ESTAMOS SÓS NO UNIVERSO? A imensidão do espaço sempre fascinou e encantou a humanidade, que desde os primórdios vasculhava os céus em busca de um significado mais profundo para a sua existência e explicações para fenômenos, até então, sobrenaturais tais como o ciclo solar, tempestades, mudanças de estações, eclipses, dentre outros. A evolução natural deste processo foi a criação de um série de mitos relacionados a seres poderosos que habitavam os céus manipulando todos os aspectos da vida dos seres humanos e controlando as forças da natureza segundo suas vontades. Tais mitos foram capazes de explicar de maneira simples estes processos naturais, e simultaneamente atribuíram um sentido mais profundo para a existência humana, e, adicionalmente, promoveram as condições necessárias para que uma estruturação social mais complexa fosse obtida através do controle religioso por parte de uma elite dominante que alegava ter contato direto com tais seres sobrenaturais. Desde então a gradual evolução científica diminui significativamente a importância destes mitos e figuras folclóricas, limitando a

sua influência a áreas mais subjetivas do conhecimento, tais como as milhares de religiões espalhadas pelo mundo, contudo a fascinação com os mistérios do universo aumentou exponencialmente conforme novas facetas eram reveladas por novas teorias científicas ou pela exploração espacial com sondas e telescópios. Uma nova forma de misticismo emergiu deste processo sob a forma da ufologia e da criação de uma mitologia moderna repleta de elementos similares aos mitos primordiais pontuados pela pseudociência ou pela ficção científica. Entretanto, de forma menos glamorosa e fantástica, a ciência moderna também busca por evidências de vida extraterrestre, já que a solução deste enigma milenar representaria uma evolução inimaginável em diversas áreas, além de mudar completamente a forma como o ser humano encara a sua existência e o seu significado dentro do universo. A busca por vida nos confins mais distantes do universo começa através da observação das condições da vida aqui mesmo no planeta Terra, pois somente é possível estabelecer as referências e os princípios básicos para esta procurar através da definição do significado científico do conceito de vida e da compreensão dos princípios básicos que devem coexistir para que ela seja sustentada em um determinado ambiente. Mesmo dentro de nosso planeta já é possível perceber que a vida é capaz de prevalecer mesmo em condições extremas, já que organismos de relativa complexidade podem ser encontrados em ambientes com condições extremas de temperatura, pressão ou pH, o que demonstra que o conceito de vida é extremamente adaptável. Paralelamente a isto, a análise dos elementos químicos constituintes de meteoros que entram na atmosfera terrestre permite afirmar que os blocos fundamentais para a existência da vida não são uma exclusividade do planeta Terra, na verdade eles parecem ser bastante comuns no universo, o que indica que além da possibilidade de que exista vida fora deste pla-


neta, ainda há chances de que ela seja estruturalmente bastante semelhante à vida terrestre. Portanto, os horizontes da busca por vida extraterrestre não devem se limitar aos padrões estabelecidos na Terra, mas sim utilizá-los como referência para ampliar a procura de maneira coerente. A mesma imensidão que fascina e que torna plausível a existência de vida em algum lugar do universo, impõem limitações que tornam a busca muito mais complexa, já que a tecnologia necessária para lançar sondas capazes de analisar diretamente planetas distantes ainda inexiste, e a barreira da velocidade da luz torna essa busca inconcebível para os padrões de expectativa de vida humana. Portanto, a investigação se baseia essencialmente em meios indiretos e em deduções através de dados coletados por telescópios e sondas, e da investigação mais minuciosa de planetas vizinhos, que apesar de aparentemente serem estéreis, são capazes de fornecer uma compreensão mais completa dos processos geológicos e atmosféricos existentes em planetas com características muito diferentes do que a Terra. O início lógico para a superação destes obstáculos é a análise dos planetas mais próximos através do envio de sondas e robôs capazes de explorar remotamente estes ambientes até então considerados incompatíveis com a existência de vida. E surpreendentemente, apesar de nenhuma evidência direta ter sido encontrada até o momento, cientistas supõem que seja plausível o desenvolvimento de vida em diversos ambientes do sistema solar terrestre, tais como micróbios no solo arenoso de Marte, na atmosfera gasosa de Vênus ou nos mares gelados das luas de Saturno. A próxima etapa é a busca por planetas orbitando outras estrelas, e a análise de suas características, de forma que seja possível determinar com certo grau de certeza se tal planeta apresenta as condições necessárias para abrigar a vida. O maior problema neste processo reside na forma de detecção de

“[...] o que indica que além da possibilidade de que exista vida fora deste planeta, ainda há chances de que ela seja estruturalmente bastante semelhante à vida terrestre.”

Mormaii|Beagle|Rosa Tatuada Chek|Long Island|Nicoboco //13

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Créditos: x-ray delta one

tais planetas, já que um planeta não emite nenhuma forma de luz, o que os torna pequenos pontos negros na imensidão de um universo escuro. Estas dificuldades fizeram com que o primeiro planeta fora deste sistema solar fosse detectado somente em 1995, fato somente possível através da análise do espectro de luz emitido pela sua estrela hospedeira, que graças à interação gravitacional mudava levemente de frequência segundo o preceito do Efeito Doppler. Aprimoramentos no método permitiram que até agora cerca de 500 planetas fossem encontrados em nossa galáxia, entretanto os resultados tornam possível estabelecer projeções de que bilhões devem existir somente na Via Lacta. Análises mais cuidadosas e instrumentos mais precisos já permitem que os cientistas determinem a distância dos planetas até sua estrela hospedeira, sua massa e a sua densidade, o que permite deduzir sua temperatura média, seu campo gravitacional e suas características químicas básicas, levando à criação do conceito de “Zona Habitável”, onde uma série de fatores são levados em conta para determinar se um planeta é teoricamente capaz de abrigar vida. Existem abordagens mais radicais nesta busca, que através de métodos mais controver-

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“Enquanto respostas não são obtidas, o fascínio e o mistério do universo continuam povoando a imaginação humana e impulsionado sonhos.”

sos e arriscados visam obter resultados mais impactantes. A mais famosa de todas elas é provavelmente o Projeto SETI, que há 50 anos vem construindo uma estrutura com centenas de radiotelescópios responsáveis por varrer os céus constantemente, esperando que alguma forma de transmissão de ondas eletromagnéticas, proposital ou não, provinda de alguma civilização alienígena chegue até a Terra. Entretanto, apesar do conceito ser simples, a execução é muito mais complexa, já que a imensidão do espaço dificulta que uma cobertura adequada seja obtida, além de ser extremamente complexo filtrar os sinais extremamente atenuados e ruidosos provindos do espaço dos produzidos pelo próprio ser humano. Provavelmente décadas ainda serão necessárias para que o ser humano obtenha uma resposta concreta para está busca, contudo o simples processo já carrega inúmeras implicações científicas, filosóficas, religiosas, morais e éticas que por si só o tornam válido e digno de analises e reflexões profundas. Enquanto respostas não são obtidas, o fascínio e o mistério do universo continuam povoando a imaginação humana e impulsionado sonhos.


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AS OCORRÊNCIAS MAIS FREQUENTES DE FORMAS DE VIDA EXTRATERRESTRE altura 198 cm peso 118 kg

ALIEN A origem é desconhecida. Eles foram descobertos no planetoide LV-426.

a cauda funciona como uma arma mortal.

resquícios evolutivos de asas. salivação permanente.

(1)

Frio ou calor extremo.

Tem preferencia por carne humana. A maioria deles viaja como passageiros ocultos em naves espaciais de outras espécies porque não são capazes de construir suas próprias naves.

(2)

não há caracterização sexual identificada.

as garras são utilizadas para lutar e escalar. pernas flexíveis proporcionam velocidade e saltos gigantescos.

O seu Q.I. é comparado ao de animais inteligentes. Informe o exército e corra o mais rápido possível.

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Uma espécie descoberta na Terra nos EUA, mas não sabemos de onde veio. Tem poderes cinéticos e de cura

Resistente contra quase todas as influências ambientais prejudiciais por causa da repulsão permanente e reconstrução celular. Além disso, o sangue é composto por um ácido desconhecido que destrói até metal e ferro.

Existe uma rainha que produz vários ovos. Estes seres, chamados “Facehuggers” (1), precisam de um host, por exemplo, um humano. Eles infectam sua vítima (2) com um aliem-embrião. Em seguida, o Facehugger morre. Depois de algumas horas o novo alienígena irrompe do peito vítimas.

E.T.

mais garras perigosas.

Pode construir uma grande relação emocional com alguém, porém se esta amizade ficar muito forte, as duas partes podem sentir emoções e doenças um do outro. Necessitam viver no seu próprio planeta, ou adoecerão. Desconhecida O que normalmente comem é desconhecido. Porém, na terra se satisfazem com doces, pizza, frutas, vegetais e cerveja. Eles possuem suas próprias naves (1) e podem viajar usando o que quiserem, devido aos seus poderes cinéticos (2). Capazes de construir máquinas complexas e aprender nossa língua em poucos dias. Comportamento social distinto. Tente se comunicar com eles. São boa-praça e você pode aprender muito com eles. Mas cuidado: se a amizade for muito profunda vocês irão compartilhar emoções!


Todos já foram astros de Hollywood. Vieram de seus planetas tentar a sorte por aqui e alguns deram certos, já outros tiveram que partir ou arrumar algum emprego por aí disfarçados de professores, engenheiros e produtores de REVISTA. Porem existem aqueles que vem para dominar, e são esses que queremos que vocês tomem cuidado.

Garimpando a Internet, achamos um informativo bem interessante e resolvemos ilustra-lo aqui em nossas páginas. Não sabemos de quem é a arte original, se alguém souber por favor nos avise. Traduzimos o material e reproduzimos aqui para você ficar esperto com as vidas de outros planetas. Confira a arte original no perfil fb.com/revistaboxerechim.

ORIGEM / LOCAL DE DESCOBERTA

altura 89 cm peso 31,75 kg

FORÇA FRAQUEZA

MARCIANO

REPRODUÇÃO ALIMENTAÇÃO

A sua origem é do planeta Marte, mas foram descobertos na Terra.

LOCOMOÇÃO INTELIGÊNCIA GERAL E SOCIAL COMPORTAMENTO RECOMENDADO (1)

Muito inteligentes, são capazes de construir máquinas e armamentos mais avançado que os nossos. Supõe-se que possuem habilidades telepáticas e imunidade a armas atômicas.

cérebro enorme.

barbatanas que se movem para demonstrar emoções.

precisam de carbono para respirar (morrem sem isso).

Seu cérebro explode ao ouvir músicas do artista Slim Whitmans.

altura 88,9 - 109,2 cm peso 35 kg

Desconhecida. (2)

a cervical pode se alongar. a ponta dos dedos brilha se ele cura algo ou alguém. seu coração brilha em momentos de emoção. utilizam braços e mãos para se mover rapidamente. não há caracterização sexual identificada. caminha devagar por causa de suas pernas curtas.

pequenos músculos.

Desconhecida. Possuem diferentes tipos de máquinas como objetos voadores (1) ou robôs (2). Todos são equipados com armas mortais. São muito mais inteligentes que nós. Possuem uma estrutura de comando comparada ao nosso sistema militar, mas não apresentam nenhum comportamento social. Falam sua própria língua. Se você encontrar este tipo de aliem, tente escapar e entre em contato com o exército. Não confie neles - algumas vezes dizem serem amigos!

não possuem sexo.

não são muito atléticos. (1)

(2)

//17 Sirvam nossas façanhas De modelo a toda a terra Arte

revistabox.com Original: Desconhecido Reprodução e Tradução: Revista Box


E COISAS A FAZER Texto// Tiago Sutili

DO INTELECTUAL AO GEEK

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THE ELDER SCROLLS V: SKYRIM A criação de um bom RPG sempre envolveu a necessidade de um enredo de maior profundidade e densidade do que o exigido por jogos de outros gêneros, já que a experiência de jogo passa diretamente pelo modo como o jogador irá interagir com a história em desenvolvimento, sendo fundamental que o mesmo possua uma sensação de que suas decisões possuam influência direta neste processo, o que torna necessário o desenvolvimento de um enredo não-linear de grande complexidade. Desde o seu nascimento em 1994, com o lançamento do primeiro jogo pela “Bathesda Softworks”, a série “The Elder Scrolls” ficou caracterizada pelo seu universo complexo e sua extensa mitologia, entretanto o seu grande diferencial foi que todos os jogos e expansões posteriores seguiram esta mesma linha, agregando conteúdo e permitindo que a série toda alcançasse uma escala de coesão e profundidade em sua trama somente comparável com os melhores RPGs de mesa ou com os grandes livros de ficção do gênero. “The Elder Scrolls V: Skyrim” faz uso de maneira magistral deste cenário extremamente rico criado pelos seus predecessores, e é através dele que o jogo conseguiu alcançar uma das tramas mais interessantes já criadas nesta geração de videogames. Este enredo bem estruturado foi complementado pelo desenvolvimento de uma jogabilidade em mundo aberto, onde o jogador possui

total liberdade para interagir tanto com o cenário como com a história a ser desenvolvida. Devido a estes fatores a experiência de jogo pode variar drasticamente, já que além da história principal existem diversas secundárias que podem ser desenvolvidas paralelamente, tornando necessário que o jogador avalie qual ramo seguir e em qual momento, para que o desenvolvimento de seu personagem ocorra de maneira equilibrada e coerente com o seu estilo de jogo. Adicionalmente há a possibilidade de desenvolvimento de particularidades mais sutis que complementam a vivência dentro do universo do jogo, isto passa desde a compra de uma casa e o estabelecimento de uma profissão, até necessidades básicas como a alimentação. Uma característica que difere este título é que devido a estas características em muitas ocasiões a exploração de cenários acaba adquirindo maior importância do que o combate ou a própria evolução do personagem. O jogador deve adaptar suas expectativas de acordo com esta realidade, encarando o jogo com algo mais próximo de um RPG tradicional, ou até mesmo da experiência de imersão em um mundo ficcional em um romance literário. Assim, deve-se dosar de maneira adequada os momentos frenéticos de batalha com momentos mais tranquilos e pacíficos vivenciados através da exploração dos magníficos cenários criados pelos produtores do jogo. Contudo uma tensão subliminar sempre permanece, já que a qualquer instante um dragão ou um bando de inimigos pode emergir de um conjunto de ruínas próximas.


“[...] em muitas ocasiões a exploração de cenários acaba adquirindo maior importância do que o combate ou a própria evolução do personagem.” Apesar de todos os pontos positivos anteriormente citados o jogo possui algumas falhas e pontos que ainda estão sendo melhorados através do lançamento de constantes atualizações. A plataforma sob o qual ele foi criado possui limitações, o que aliado à complexidade do jogo, originou diversas falhas gráficas e bugs na execução dos objetivos propostos pelas campanhas. De maneira geral todos estes problemas podem ser resolvidos pelo simples carregamento do jogo em um ponto anterior, entretanto acabam prejudicando a imersão do jogador no mundo de Skyrim, e em alguns momentos acabam sendo prejudiciais e bastante irritantes. Mesmo com estes problemas o jogo atingiu um nível de complexidade e densidade tal que é impossível deixar de caracterizá-lo como um dos melhores RPGs já desenvolvidos na história dos videogames. Cabe ao jogador imergir completamente na experiência de jogo proporcionada, se envolvendo com a trama desenvolvida sob este cenário mitológico exuberante e usufruindo de todas as qualidades deste jogo fantástico.

//INFORMAÇÕES DO JOGO Classificação Indicativa (Brasil): 18+ Modos: Singleplayer Plataformas: PS3, Xbox 360 e PC Preço que achamos: R$ 150,00

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Texto// Tiago Sutili

A PROPÓSITO...

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DEUSES AMERICANOS A obra de Neil Gaiman é centrada especialmente na novela gráfica Sandman, que teve 75 edições publicadas entre 1989 e 1996 pela Vertigo, o selo da DC Comics responsável pela publicação de histórias em quadrinhos voltadas para o público adulto. Nesta saga o personagem principal é o próprio Sandman, criado pelo autor como a personificação do Sonho, de modo que toda a história se baseia neste cenário mítico e obscuro misturando elementos mitológicos com a realidade. O enredo bem trabalhado e envolvente dos quadrinhos permitiu que o autor inglês ingressasse no mundo dos romances, onde apesar de não contar com o recurso gráfico, tão importante em suas obras anteriores, foi capaz de criar livros com enredos tão interessantes como os anteriores. Deuses Americanos é uma dessas obras, publicado inicialmente em 2001 ele mostra um autor mais maduro e com maior consciência de como trabalhar a história a ser desenvolvida, sendo que a mesma ainda tem como base um cenário onde o limite entre a mitologia e o mundo real se esvanece culminando em um universo literário onde sonhos são mais importantes do que a própria realidade. O grande mérito do autor foi ter trabalho estes dois elementos de forma magistral, transitando entre elementos provindos da realidade, da mitologia e dos sonhos sem que os limites dessa transição fossem claros, de modo que os próprios deuses foram incorporados de forma natural no cenário do livro. Adicionalmente, são eles, os deuses, os grandes destaques do livro. Os personagens mais marcantes nada mais são do que representações humanas de deuses provindos das mais diversas mitologias, e algumas vezes re-

sultantes da fusão dessas mitologias. Essas encarnações divinas convivem com seres humanos, e demonstram características psicológicas extremamente humanas, o que torna a relação entre divindades interessante e até cómica em alguns momentos. O desenvolvimento da história se origina na revolta de uma parcela desses deuses, que gradualmente estão perdendo seus poderes, graças à diminuição de humanos que dirigem orações e sacrifícios em sua honra e homenagem, visando recuperar sua importância os personagens principais buscam recrutar mais deuses para combater a popularidade alcançada pelos deuses monoteístas e por elementos nem tão divinos, como o consumismo e a televisão.

“[...] a mesma ainda tem como base um cenário onde o limiTe enTre a mitologia e o mundo real se esvanece culminando em um Universo liTerÁrio onde sonhos sÃo mais imporTanTes do QUe a prÓpria realidade.”

Ver a união de todos estes elementos, e a adaptação da personalidade e das principais características de deuses das mais diversas culturas, para que os mesmos se enquadrem em um mundo contemporâneo é o que faz deste livro uma obra única e especial. Entretanto, em um universo com possibilidades tão amplas e baseado em um conceito tão interessante, o sentimento de que o autor poderia ter criado uma realidade mais aprofundada na própria mitologia é inevitável, já que em determinados momentos ele se limita a ligar pontos entre a realidade e a mitologia, onde uma trama mais profunda poderia ser desenvolvida, ou até mesmo ser deixada implícita, para ser trabalhada posteriormente como um complemento à obra, ou deixada em aberto para que o próprio leitor se aventurasse neste universo através da sua imaginação. A obra como um todo é extremamente interessante, e o conceito utilizado para o seu desenvolvimento é único, tendo como principal mérito utilizar como fonte as histórias mitológicas tradicionais de inúmeras culturas, porém dando-as uma perspectiva real e contemporânea. A sensação de que alguns elementos poderiam ter sido desenvolvidos de maneira mais profunda pode ser sanada pela própria imaginação do leitor, ou pela leitura de outras obras do autor, em especial as suas novelas gráficas, que se baseiam em um universo semelhante. Entretanto, isto não diminui a obra em sua essência, e sua leitura permanece como uma aventura única para os amantes da mitologia e da ficção.

//INFORMAÇÕES DO LIVRO Autor: Neil Gaiman Editora: Conrad Ano: 2001 Número de páginas: 447 Preço mínimo sugerido: R$ 40,00


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O QUE É ISSO NO SEU

ROSTO? UM PELO? Texto// Lobisomem do Arvoredo

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ESTá NA HORA DE FAZER A BARBA! Na capa da edição de Agosto da Revista Box, estampamos alguns bigodes afim de prestar uma homenagem aos pais, porque né, pai e bigode tem tudo a ver! Não? Tá, mas enfim, eram bigodes charmosos, mustache dos mais variados estilos, espessuras e fios por centímetro quadrado. Para complementar, ou melhor dizendo, combinar ao bigode, resolvemos falar um pouco sobre estilos de barbas. Afinal um bigode cai muito bem com uma barba assim como uma barba vai muito bem para quem quer mudar um pouco o estilo. Simplesmente deixar os pelos faciais crescerem feito capim sem mais, no estilo roots Ohana invertido de ser não dá! Você deve dedicar algumas horas afim de fazer uma “manutenção” na aparência. Afinal de contas se você apara a grama da sua casa para não parecer que mora numa selva, deve no mínimo fazer o mesmo com a barba para não se parecer com o Chewbacca ou alguma espécime de Lobisomem moderno, a não ser que a intenção seja essa. Se for, deixe estar e corre pro morro dar umas uivadas. Bom, existem diversas curiosidades e algumas historias sobre a barba. Histórias do tipo que os homens das cavernas, a alguns bons mil anos atrás, descobriram como aparar os pelos da barba usando objetos afiados que com toda a certeza não eram da Gillette. Ou que no final século XX cavanhaques e bigodes viraram uma espécie de xodó entre os homossexuais lá dos Estados Unidos, sabe quem era o ícone mor dis-

so? “Whe are the champions, my friend!” é, isso mesmo campeão! Já as curiosidades são do tipo que a barba não cresce mais ou mais grossa se você fizer ela todo o dia, ela ira crescer da mesma forma como sempre e dentre outras. Tá, mas agora sem mais enrolação, se você é ou não um homem das cavernas ou Freddie Mercury não importa para nós, o que importa é como você está a tratar sua pelugem facial meu caro!


Atenção crianças, muito cuidado. Se vocês não sabem manusear objetos cortantes ou ‘fazer espuma pronta’ de barbear não tentem isso em casa, procurem um especialista em alguma rodoviária ou bairro mais próximo. BARBA PARA QUEM QUER SE IMPOR Cansado de mostrar o RG e pagar mico na frente dos brotinhos ao entrar na balada? Deixe os pelos da cara crescerem. A barba longa faz de você uma pessoa com alguns anos a mais. Apenas tome alguns cuidados, não vá deixar muito ao ponto de ser confundido com algum guerrilheiro ou membro da Al-Qaeda. Outra coisa, se você tiver o rosto arredondado ou muito pequeno as pelugens podem salientar muito mais, já que irão dar mais volume. Para manter a aparência use algum aparador de pelos, aqueles tipo máquina de cabelo com várias regulagens de altura mas de uso destinado a, por incrível que pareça, pelos. Nas bochechas usa lâmina de barbear e faça o desenho para deixar a aparência mais cool, já se você acha que sua coordenação não irá lhe ajudar peça para alguém, vale até para mãe, só não conte para ninguém ou vai continuar pagando mico na frente dos brotinhos. Para lavar pode usar xampu mesmo ou sabonete, nada de muita frescura.

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MUSTACHE, UM CLáSSICO NUNCA MORRE O famoso “Bigodão” tão popular nos anos 70 está voltando a ativa com muito mais pelos! Com um desses na cara você ira manter um look legal e pode vir a ser um tanto quanto divertido e muito bacana você cultivar o seu. Assim como no anterior, esse estilo ira lhe dar alguns anos a mais e até quem sabe uma aparência estilo Tom Selleck, impondo respeito, meio policial/investigador americano sabe? Não, então, só para você ter noção da responsa, Chuck Norris em alguns momento de sua longa vida já cultivou o seu! Cara, mais foda que isso não existe! Esse estilo também ajuda a disfarçar lábios finos. Manter essa aparência é simples, basta você ter um barbeador elétrico ou lâmina e “tosquiar” os demais pelos deixando apenas o bigodão a amostra. Não esqueça de usar posteriormente algum gel pós barba para não deixar a pele ou você irritado com a pele. Em hipótese alguma deixe os pelos crescerem sobre os lábios, apare-os uma vez por semana cortando-os rente ao lábio utilizando alguma tesoura.

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UM VISUAL MAIS FORMAL Da mesma maneira como a barba para quem quer se impor, esse estilo funciona perfeitamente para evitar ser confundido com o estagiário dentro da empresa onde você trabalha, a não ser que você seja mesmo o estagiário, nesse caso somente crachá de ouro ou uma carteira assinada irão lhe salvar. O cultivo de um bom cavanhaque poderá lhe deixar com uma aparência mais respeitosa. Mas evite o uso do mesmo caso seu rosto seja arredondado ou grande e pode usar sem moderação caso tenha um rosto quadrado, queixo fino e comprido. Essa aparência requer mais trabalho que a barba cheia, afinal de contas cultivar as pelugens não é fácil, ainda mais se as mesmas crescem rápidas e viris. Sem querer ensinar o padre a rezar a missa, você deverá desenhar o contorno do ´cavanha´ com lamina de barbear e aparar os pelos rebeldes com uma máquina ou tesoura, este último somente para quem tem tempo de sobra ou muita prática como Edward (não o vampiro que brilha no escuro, o mãos de tesoura mesmo, Tim Burton, lembra?). Não esqueça de loção pós barba para dar uma aliviada caso precise.

Nossa, você já deve estar com as laminas em mãos querendo correr para o banheiro dar um trato na ‘cabeleira’! Mas calma lá ‘my friend’, ainda não acabou.

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COSTELETAS MEIO WOLVERINE Bom, ter o rosto lisinho, sem nada, nadinha de pelos ao estilo bunda de nenem é algo tão comum para a maioria dos homens. Esse estilo pode lhe dar uma rejuvenescida mas não espere milagres meu caro! Mas e se em vez de apenas deixar a cara lisa colocar um ‘acessório’ nisso tudo? Que tal umas costeletas? É um visual que nunca sai da moda e para quem tem o rosto cheio, arredondado ou quadrado, adota-las pode ser um artificio para alongar e afinar as linhas. Caso seu rosto seja o contrário disso tudo, bom, você... pode usar também, bacana né? Só não deixe tão grande meio Wolverine sabe, não vai ficar muito bom não, somente os adeptos de metais no corpo podem isso, sacou? Não? Ah, deixa pra lá! O cultivo dessa não tem segredos, bem na verdade nenhuma delas exige muita sabedoria ou algum curso superior é só você desenha-las usando um aparador ou lâminas para barbear. Para a pele ficar lisinha faça a barba no sentido contrário ao do nascimento do pelo, vai se sentir jovem feito glúteos de recém nascido. E para os fios mais rebeldes que tendem a permanecer é só você usar uma tesoura ou aparador. Bom, essa foi uma matéria peluda e cheia de cortes além de ter muitas fotos estilo a “revista da gatinha!”. Agora, independentemente se você for ou não adotar algum desses estilos citados, o que vale de verdade é você cultivar o seu próprio estilo, não importa se irá assustar as criancinhas da pracinha ou irritar a pele da sua garota, o que vale é ousar e tentar, afinal de contas cresce rapidinho.

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NA MEDIDA DO SEU SONHO. //29 Sirvam nossas façanhas De modelo a toda a terra

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DE VERDADE! Texto// Aline Simon

NÃO CUSTA NADA!

SEJA GENTIL HOJE SIGNIFICADO DE GENTILEZA: Delicadeza; cortesia; graça; elegância; garbo. Ser gentil é um atributo muito mais sofisticado e profundo que ser educado ou cumprir regras de etiqueta, é um modo de agir, um jeito de ser, uma maneira de enxergar o mundo. Embora possamos (e devemos) ser educados, a gentileza se trata de uma característica diretamente relacionada com o caráter, a ética e aos valores, mas porque será que ser gentil nos dias de hoje está tão raro?

“nÃo serÃo nossos Gritos a fazer a diferença e sim a força contida em nossas mais delicadas e íntegras ações.” O dia só tem 24 horas, queremos dar conta de tudo, a rotina nos cega, nesse mundo de competições temos que ser os melhores, cumprir prazos, atingir metas, custe o que custar e sem perceber nos tornamos mais e mais insensíveis. E nesta insensibilidade, vamos agindo e nos relacionando com as pessoas de forma menos gentil, mais apressada, até mesmo com aquelas

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Muitas vezes, a gente associa a palavra não à raiva ou à falta de gentileza, quando na verdade ela é apenas uma resposta, tão cabível quanto o sim. Desde que seja dito com sinceridade e respeito. É fundamental aprender a dizer não também. Gentileza abre portas: não aposte somente no que você aprende em sala de aula na hora de procurar um emprego que te realize, saiba que muitas empresas estão procurando aquele algo a mais, afinal de contas competência e técnica várias pessoas possuem, agora aqueles que conseguem ter boas relações, capacidade de solução de problemas, ganham um destaque. Percebeu que ultimamente não está sendo muito gentil, então aqui vai algumas dicas: tente se colocar no lugar do outro; aprenda a escutar; pratique a arte da paciência (respire fundo isso ajuda); peça desculpas; pense positivo; respeite mais; seja solidário; analise a situação. Agora a última dica, gentileza gera gentileza e amizades, novos amores, lucro, paixões...

Fique sabendo:

Créditos: Lars Plougmann

que amamos, mas se engana quem pensa que ser gentil depende do outro, não pode ser uma moeda de troca, tem de ser uma escolha pessoal. “Não serão nossos gritos a fazer a diferença e sim a força contida em nossas mais delicadas e íntegras ações.” Não precisa ser aquele bobinho que diz sim para todo mundo, fazer o que os outros mandam, quem tem atitude e personalidade não se esquece de seus valores e daquilo que acredita e pode dizer NÃO e ser gentil ao mesmo tempo.

Só para encerrar esse texto de maneira gentil, uma curiosidade: a frase que citei anteriormente, gentileza gera gentileza é de José Datrino, mais conhecido como profeta Gentileza (1917 -1996) foi uma personalidade urbana carioca, espécie de pregador, que tornou-se conhecido a partir de 1980 por fazer inscrições peculiares sob um viaduto no Rio de Janeiro, onde andava com uma túnica branca e barba bem longa.A partir dos anos 80 ele escolheu 56 pilastras do Viaduto do Caju-RJ, numa extensão de aproximadamente 1,5 Km e encheu com inscrições em verde-amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização. Não precisa virar um profeta barbudo e pintar as ruas por aí, seguindo as dicas que gentilmente passei para vocês sem dúvida será notado por todos como uma pessoa gentil.

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FOTOGRAFIA Texto// Brunna Becker

DICAS DE

COMPOSIÇÃO Já disse aqui, em outro texto, que tenho a fotografia como uma poesia, e assim como esta é composta por palavras, pontuação, frases e parágrafos, a foto também se faz composta através de detalhes. Composição, segundo o dicionário, é basicamente “o que constitui ou forma algo”, e na realidade é isso mesmo, como vou organizar elementos no visor da câmera, formando minha fotografia. Para se ter uma imagem com estética bonita, capaz de passar a mensagem desejada e com sentido, deve-se pensar na composição como um dos elementos fundamentais na fotografia. Uma boa foto carrega uma história, e para isso acontecer ela deve ser construída com atenção a cada elemento, cada detalhe. (É claro que não vamos generalizar, existem fotografias produzidas “no susto” que também são maravilhosas, mas ressalta-se que: a porcentagem é relativamente pequena). Então vamos falar de algumas “regras” básicas de composição?!

“para se ter uma imagem com estética bonita, capaZ de passar a mensagem desejada e com senTido, deve-se pensar na composição como um dos elemenTos FUndamentais na fotografia.”

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REGRA DOS 3/3 Divida o visor em três linhas e três colunas. Imagine pontos no encontro das linhas, estes são os pontos de força. Como utilizar? Coloque o objeto/personagem principal da foto próxi-

mo aos pontos. OBS.: Não coloque no meio dos pontos, coloque sobre os pontos, ou seja, mais pra esquerda ou mais pra direita da foto, não no centro da foto. Porém essa é uma regra que pode ser quebrada, não precisa seguir fielmente se você achar um ângulo legal que fuja dos pontos de força.


Menos é mais Crie composições simples e limpas! Elimine elementos desnecessários, quanto menor o número de informações, melhor. Explore os ângulos até que o assunto principal fique em destaque e com foco, assim os objetos secundários (e desnecessários) ficarão desfocados.

Harmonia De nada adianta seguir as regras mais “teóricas” da composição se no unir dos elementos não houver harmonia. Quando se está construindo a fotografia, deve-se observar se o assunto e o fundo estão em equilíbrio, na boa fotografia estes dois elementos demonstram uma relação de leveza, suavidade, sintonia.

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revistabox.com Créditos: Stuck in Customs


Linhas guia É comum que o ser humano faça a leitura de imagens acompanhando as linhas presentes nelas. Aproveite este elemento para dar profundidade nas fotografias e chamar atenção para objetos/personagens colocados sobre estas linhas, ou ao final destas. Linhas diagonais passam percepções de dinamismo, já as horizontais aproximam-se da estabilidade.

Cores Antes mesmo de identificar formas e texturas dos objetos, o cérebro humano assimila as cores. Estas têm grande influencia sobre nossas sensações por isso devem ser tratadas com cuidado nas imagens. Estão diretamente ligadas com os estímulos produzidos na mente do observador e podem provocar reações psicológicas positivas ou negativas. Cores claras são mais amigáveis e informais, já as cores vivas são mais enérgicas e passam entusiasmo ou sentimentos de diversão. Cores escuras geralmente passam uma sensação de autoritárias, fortes, dramáticas e as cores opacas são percebidas como mais conservadoras, às vezes representam timidez. Cores claras, vivas e quentes avançam ao olhar do observador, já as escuras, opacas e frias recuam o olhar. O site Adobe Kuler (http://kuler.adobe.com) apresenta várias palhetas harmônicas de cores, vale o esforço de usar o dedinho pra dar uns cliques lá.

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“Linhas diagonais passam percepções de dinamismo, já as horizontais aproximam-se da estabilidade.” ‘Repeteco’ Nem sempre a primeira composição que você faz é a melhor, então, tente de novo, e de novo e mais uma vez, não canse de repetir, até encontrar a sua composição perfeita, ou quase perfeita! Sempre há uma segunda opção.

Beijos! E até a próxima!

Créditos: Stuck in Customs


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DISPONÍVEIS Texto// Michele Bolis

TEMOS QUARTOS

HOTEL COM S

ta com um barzinho, um pub, ou seja, sempre tem alguma forma descontraída de conhecer o pessoal e de quebra achar companhia para os passeios! Uma ótima opção para quem viaja sozinho, e também para a galera que curte conhecer gente nova.

Não! Não tem nada a ver com o sangrento filme de Quentin Tarantino e Eli Roth, em que dois americanos fazem um mochilão pela Europa e decidem ir a um albergue indicado por outro mochileiro, para curtir as mulheres da cidade e acabam em um mundo de torturas. Ok, para os que gostam de adrenalina, até poderia ser, mas convenhamos que ninguém quer viajar e cair numa cilada!

DICAS PARA ESCOLHER SEU HOSTEL: Depois de escolher a cidade, determine o número de noites que deseja ficar hospedado para checar a disponibilidade. A melhor maneira de escolher em qual se hospedar é utilizar os sites de busca de hostels e verificar a qualificação e comentários de quem já esteve no lugar. Outro ponto importante é verificar a localização: vale pagar um pouco mais por um hostel perto dos principais pontos turísticos, você pode economizar – e muito – com transporte (metrô e ônibus são maneiras rápidas, seguras e baratas de se deslocar em alguns lugares, outra coisa que vale a pena checar enquanto planeja a viagem). Pense bem na hora de escolher o tipo de quarto em que você ficará hospedado. Muitas vezes existe a opção privativo, que pode ou não ter banheiro incluso e a opção dormitório, com variações de 4 a 16 camas, que podem ser misto, ou masculino e feminino separado, com banheiro coletivo ou privativo. Outra dica: Não deixe alimentos na geladeira!!! Se quiser cozinhar ou inventar algo diferente, compre e faça na hora, do contrário, sua comida pode desaparecer, a educação de alguns esfomeados passa longe de hostels! E era isso, além de custar menos, você aproveita a viagem com uma galera divertida e amplia os horizontes! Se você é descolado e flexível – ou se gosta de pagar pela comodidade e conforto – vale a pena, ao menos uma vez, permitir-se essa experiência fantástica!

“[...] é um mundo de possibilidades para quem quer aproveitar a viaGem de Uma Forma divertida, prática e mais econÔmica!” Hostel (também conhecido como albergue) é um mundo de possibilidades para quem quer aproveitar a viagem de uma forma divertida, prática e mais econômica! Obviamente não existe nenhum luxo, e o aventureiro tem de estar disposto a dividir espaço com pessoas desconhecidas e até mesmo um tanto excêntricas sim, sempre tem algum louco cheio de manias, que pode até mesmo ser você! Sem problemas com isso? Continue lendo então! Praticamente uma rede social, pois o relacionamento entre os hóspedes é inevitável, seja no quarto compartilhado, na cozinha, na fila do banheiro, corredores, áreas comuns ou barzinhos! Sim! A maioria dos hostels con-

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Texto// Janniny G. Kierniew

DIZER COM ISSO?

É! O QUE QUEREM

FREUD(NÃO)EXPLICA o que as pessoas querem dizer quando afirmam: “Freud explica”? Ao contrário do que você pode pensar, Freud não explica. Esse “ditado” tão popular em nosso meio, apenas evidencia uma versão de psicanálise um tanto quando “apaziguadora”, uma psicanálise que tenta encontrar na neurose e nos complexos inconscientes as explicações da infelicidade e do conflito, de modo a nos permitir ficar de acordo com eles. Ou seja, dizer que Freud explica, faz com que encontremos explicações para dar um sentido à vida, faz também, com que expliquemos nossas mais profundas

“[...] dizer que freud explica, FaZ com QUe encontremos explicações para dar um sentido à vida, faz também, com QUe expliQUemos nossas mais proFUndas Falhas de “caráter” [...]” falhas de “caráter”, escondendo nossas mazelas e nos desresponsabilizando de nossos atos. Em poucas linhas, a psicanálise foi fundada a partir do pensamento de Freud, na sociedade vitoriana burguesa do século XX, a qual era marcada principalmente por padrões morais rígidos. Depois da quebra de paradigmas de Copérnico e Darwin, Freud situou a psicanálise

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como sendo a terceira ruptura na “ferida narcísica” da humanidade: “o homem não é senhor em sua própria morada”. Com isso, o pai da psicanálise chamou a atenção do mundo para um “terreno estranho” sobre o qual edificam os grandes ideais morais da humanidade. Nessa mesma época, a psicanálise sofreu fortes críticas da ciência positiva, caracterizando-a como mítica, religiosa e não científica. Essas conotações reverberam até hoje, em que a psicanálise é questionada como um método terapêutico eficaz pelos defensores das neurociências, da farmacologia e das diversas técnicas comportamentais que visam diminuir rapidamente os sintomas do sofrimento psíquico. Popularmente, a psicanálise é conhecida pelo tratamento clínico-individual. Entretanto, é mergulhada no laço social, de modo que, pode ser entendida não como uma teoria do “indivíduo”, mas uma teoria das relações que se estabelecem entre esses sujeitos que se acreditam individuais. “Freud explica”. Essa versão de entendimento, além de ser apaziguadora é a mais solicitada. No limite, o que se pede à psicanálise é uma justificativa para nossa inoperância: “o ser humano é assim, não há o que se possa fazer”. Essa versão supõe um saber absoluto, capaz de revelar a verdade do que o homem é. Ela busca um psicanalista “explicador”, alguém que poderá trazer a cura para o mal estar, enquadrando

Créditos: JuanOsburne.com


E para D MARTIN RAYNER como Sigmund Freud e MARK H. DOLD como C. S. Lewis em FREUD`S LAST SESSION (A última sessão de Freud). Foto de Carol Rosegg

em diagnósticos, ditando padrões de comportamentos e produzindo boas pessoas em paz com suas verdades. Porém existe outra versão. A versão propriamente analítica, que convoca a palavra a trabalhar, tentando escutar e acolher os efeitos que ela produz, inclusive no campo social. Nessa versão, Freud não explica, ele implica. Essa psicanálise, que também ecoa de Lacan, indaga e nos implica como agentes do campo social e produtores de linguagem. A palavra, como enunciação da verdade é substituída pela prática da dúvida, sendo pautada por uma ética que transcende os preceitos morais e da cultura vigente. Para essa psicanálise, as

artes, a política, a linguagem, as relações de dominação e poder são essenciais. O sujeito é então, responsabilizado por seu inconsciente. Responsabilizado e implicado em seus atos. É convocado a não ceder em seu desejo e entender seu sintoma.

Indicações de leitura: Elisabeth Roudinesco- Em defesa da psicanálise: Ensaios e entrevistas. Editora Zahar. Maria Rita Kehl - Ética e psicanálise. Editora: Companhia das Letras

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Texto// Carla Curzel

DOS HOMENS

CHEGOU A VEZ

A MODA PARA OS HOMENS As mulheres que me perdoem, mas a matéria do mês será todinha voltada para eles. Na verdade algumas até ficarão contentes, afinal, quem não gosta que seu namorado/ficante/ marido/amigo colorido esteja sempre “arrumadinho”?!

é, boys, a dica do mês é para vocês. seja você Baixo, alTo, maGro, Gordo, esTilo pUnK oU clÁssico a moda pode sim estar presente no seu visUal, seJa em Um deTalhe, ou no look todo.

Os paletós e as jaquetas mais “finas” estarão com a cintura levemente marcada, blusas com capuz e regatas também estarão em evidencia. As bermudas tanto esportivas quanto as de alfaiataria apareceram em comprimentos mais curto, dando um toque mais jovem aos looks propostos. Estas são algumas das tendências que estarão fazendo parte das roupas do universo masculino na próxima estação. Alie as dicas a seu estilo e agrade não só seu ego, mas também as “gatinhas” da região. C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

As cores que ganham o maior destaque são a verde menta e a ice cream. Porém, para ficar mais entendível aos olhos daqueles que na maioria das vezes dizem que só existe uma cor e esta pode ser definida como: cor clara ou cor escura, as cores da estação são: verde, lilás, azul, rosa e amarelo todos em tons mais clarinhos. Os tecidos são os confortáveis que permitem bastante movimento, tecidos impermeáveis. Referências tropicais tomaram conta das passarelas masculinas desde as peças de alfaiataria até trajes mais despojados.

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GRANDE ESTILO Texto// Josiane Moro Schiffl

COLARES COM

MAXI COLARES Desde a antiguidade, os colares já eram muito usados como amuletos e hoje são nossos grandes aliados na hora de compor o look dando um up na produção. O acessório sempre fez parte do visual das mulheres e de uns tempos para cá o seu tamanho vem aumentando cada vez mais. A tendência agora são os maxi colares.

“caracterizado por ser Um colar volumoso, é rico em pedras, pingentes e elementos étnicos, pode Ter vÁrios estilos e ser usado de mÚltiplas formas.” O maxi colar é um item de moda muito antigo, foi usado pela personagem principal do filme Bonequinha de Luxo, de 1961, para dar ainda mais destaque ao pretinho básico. Agora ele reaparece muito mais elaborado, e com grande riqueza de materiais. Caracterizado por ser um colar volumoso é rico em pedras, pingentes e elementos étnicos, pode ter vários estilos e ser usado de múltiplas formas. Eles podem ser curtinhos ou longos, com pedras grandes, finas ou em várias camadas, o que importa é que os colares chamem a atenção e sejam os protagonistas do seu look.

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É um acessório super poderoso e rapidamente incrementa as produções mais básicas dando um ar moderno e cheio de estilo, fazendo com que uma roupa simples se torne mais sofisticadas, bonitas e visíveis. O acessório cai bem tanto nos looks de festa quanto para o dia a dia, são uma ótima aposta para quem quer valorizar o visual. De todas as formas, tamanhos e conceitos, eles podem ser encontrados em vários modelos dos mais delicados até os muito extravagantes, por isso, agrada a todos os gostos. Os maxi colares chegaram com tudo e fixaram seu lugar no coração das mulheres. Todos sabem que o pescoço é uma das áreas preferidas do público masculino, então por que não chamar ainda mais a atenção para esta região? Mulheres de todos os estilos podem apostar nesta tendência. Não tenha medo de ousar, seja qual for o seu estilo seu look vai ficar Maxi!

Dicas para usar seu maxi colar: - Quando usar um colar muito grande, o ideal é que você esteja sem brinco e sem muitos outros acessórios; - Prefira roupas mais básicas, tornando o acessório o foco da produção; - Aposte em roupas mais clássicas, para não ficar com um visual carregado; - Pode usar estampa, mas atenção: se o colar é colorido, é importante que tenha na roupa alguma cor que se comunique com a peça.

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//44 Texto// Luciano Braga

DO BRAGA

A PÁGINA NEGRA

BRAGA COMICS


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POIS LUTAR É A MARCA

DO CAMPEIRO Texto// Leonardo F. Fontana

EU SOU DO SUL Previously in the BOX Magazine... Churrasco do Pai… “Tente propor um acordo para extinguir o churrasco do cardápio e tu verás que acabará em pizza”... Há uma cantiga para comemorar o Natal que fala mais ou menos assim: Então é Natal, e o que você fez?... Para nós, Gaúchos e Gaúchas de todas as querências, a cantiga é outra: Então é Setembro e o que vais fazer? Senão meter a pilcha e se bandear pra algum acampamento farroupilha. Este é o mês da tão esperada Semana Farroupilha, a hora de devotar todo amor e orgulho pelos pagos sulinos, degustar os pratos típicos e ouvir as boas melodias compostas pelos velhos e novos artistas que aqui se criaram.

MAS QUEM é O GAÚCHO? O Gaúcho é aquele nascido no Rio Grande do Sul; é o tipo característico da campanha; é o homem que vive no campo, na região dos pampas.

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FrUTo da misciGenaÇÃo enTre Índios, espanHÓis e porTUGUeses, o gaÚcho, por habitar o campo e Ter em seU coTidiano a lida campeira, desenvolveU HaBilidades de cavaleiro, manejador do laço e da boleadeira.

Mas nem sempre foi assim. Até a metade do século XIX, o termo Gaúcho era usado de forma pejorativa, sendo designado aos aventureiros, saqueadores de gado e malfeitores que viviam nos campos. Inicialmente, sem patrão e sem lei, foi nômade. Tempos depois com a criação das fazendas de gado, teve alterada sua estrutura de trabalho, sua alimentação e forma de vestir. Integrado a sociedade rural, como trabalhador especializado, passou a ser o peão das estâncias. Importante instrumento de fixação portuguesa no Brasil Meridional, o Gaúcho contribuiu de forma primordial para a defesa das fronteiras com as regiões Platinas, participando ativamente da vida política do país. Foi defendendo as fronteiras e lutando na Revolução Farroupilha (20 de Setembro de 1835 a 01 de Março de 1845) que o Gaúcho teve reconhecidas suas habilidades de campo e também sua bravura na guerra, despindo-se da conotação pejorativa e assumindo título de homem digno, bravo, destemido e patriota. Créditos: Eduardo Amorim


O Gaúcho tem sua definição na literatura como um indivíduo altivo, irreverente e guerreiro. Hoje, nós, Gaúchos e Gaúchas temos orgulho em exaltar a bravura e coragem de nossos antepassados, expressando por meio de nossas tradições o apego a esta Terra e o amor a Liberdade. Provas desse orgulho não faltam, por exemplo, esta música/poema de Leopoldo Rassier:

Não Podemo Se Entregá Pros Home Leopoldo Rassier

O gaúcho desde piá vai aprendendo A ser valente não ter medo, ter coragem. Em manotaços do tempo e em bochinchos Retempera e moldura a sua imagem. Não podemo se entrega pros home, Mas de jeito nenhum amigo e companheiro. Não tá morto quem luta e quem peleia Pois lutar é a marca do campeiro Com lanças, cavalo e no peitaço Foi implantada a fronteira deste chão Toscas cruzes solitárias nas coxilhas A relembrar a valentia de tanto irmão

E que tal reunir os amigos, e festejar o 20 de Setembro com um belo e saboroso churrasco, valendo-se das dicas da Revista Box de Agosto (Não viu a BOX de Agosto?) Acessa aí: migre.me/asUZO, Ou então com um excelente Arroz de Carreteiro!

E apesar dos bons cavalos e dos arreios De façanhas, garruchas, carreiradas. A lo largo o tempo foi passando Plantando novo rumo em suas pousadas Vieram cercas, porteiras, aramados, Veio o trator com seu ronco matraqueiro. E no tranco sem fim da evolução, Transformou a paisagem dos potreiros.

Créditos: Eduardo Amorim

E ao contemplar o agora de seus campos, O lugar onde seu porte ainda fulgura. O velho taura da de rédeas no seu eu E esporeia o futuro com bravura.

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ARROZ DE CARRETEIRO (Rendimento 20 porções)

INGREDIENTES:

Coloque o tempero verde num recipiente para que cada um se sirva a gosto;

1 kg de linguiça pura e maturada (opcional);

Não ferva o charque para tirar o sal, mantendo desta forma o gosto mais autêntico;

5 Cebolas grandes; 10 dentes de alho; 200 gr de toucinho ou bacon;

Regule o sal somente ao final, pois com a fervura do charque o sal pode se acentuar; Sirva o arroz de carreteiro assim que ficar pronto, ainda quente, e bom apetite;

Sal e pimenta.

O arroz deve corresponder a 1/3 do peso do charque;

MODO DE FAZER:

Para cada quilo de charque, coloque uma cebola grande e dois dentes de alho;

Dessalgue o charque já cortado em pequenos cubos, sem fervê-lo, colocando-o numa vasilha com água, que deverá ser trocada a cada duas horas; (+- 12 horas). Coloque o arroz de molho, sem lavá-lo. Corte a linguiça em rodelas, frite-as e reserve sem o excesso de gordura; De preferência numa panela de ferro ou outra de parede grossa, derreta o toucinho (bacon), e doure o alho e a cebola. Após, coloque o charque, a linguiça já frita (opcional) e a pimenta a gosto, acrescentando +- 1 litro de água. Deixe cozinhar no mínimo por 30 minutos, colocando em seguida o arroz. Verifique o sal e a água, completando-os se necessário. Sirva em seguida.

Créditos: Eduardo Amorim

O charque + maturado acentua o paladar e torna o arroz de carreteiro mais original;

5 kg de charque (carne seca) de 1ª com gordura;

1,6 kg de arroz;

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DICAS:

O arroz leva de 10 a 20 minutos para cozinhar, dependendo do fogo; Quanto mais tempo cozinhar o charque, mais macio fica; Verifique a quantidade de fogo, pois dependendo da panela poderá queimar o arroz.

BOM APETITE! E para acompanhar, que tal um vinho Merlot ou um Cabernet Sauvignon? Ao som de César Oliveira & Rogério Melo, ou Luiz Marenco, ou ainda Joca Martins, ou Os Monarcas, ou ainda http://www.rockdegalpao.com.br/... São tantas opções.

É BOM SER GAÚCHO!


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ERECHINENSE Texto// Jonathan Holdorf

CORREIO

ENTÃO ABRE A GAITA, GAITEIRO! Outro dia eu estava com o meu chima na mão, andando à cavalo e preparando um churrasco no meio do campo (sim, fiz tudo ao mesmo tempo, pois sou muito gaúcho) e comecei a pensar em como seria maravilhoso se o nosso Rio Grande do Sul fosse um país. É incrível como ninguém tenha tido essa ideia ainda, pois eu acho que seria uma incrível experiência para este estado que tem tanto para dar como para receber. Uma história que sempre me contavam quando eu era pequeno, era sobre como o Rio Grande do Sul na verdade se tornou estado e não uma república. Segundo pessoas muito bem informadas e historiadores dedicados, existia uma luta antigamente que consistia em duelar até a morte e, quem vencesse, poderia escolher o destino para o seu pedaço de terra. Dizem os livros, que dois irmãos, o Gurizote e o Tchê Gaudério, eram donos de todos os terrenos que hoje formam o nosso estado, isso algum tempo depois do Brasil ter sido descoberto. Eles vieram de um outro país chamado Big River of South (tradução livre: Grandiosíssima Pátria de Pessoas Superiores) e compraram todo o sul do Brasil, principalmente focando naquele pedaço de na ponta inferior. A luta, como eu havia mencionado, ocorria em um vasto campo de terra. Os gladiadores ficavam cercados por um círculo de charque e os espectadores permaneciam ao redor observando e torcendo, sempre com suas cuias em mãos.

A LUTA DO SéCULO Era evidente que a batalha não terminaria até que o sangue jorrasse de algum dos duelistas. A ânsia de vencer e poder dizer que seriam os donos de todo aquele território falava mais

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alto do que qualquer amor familiar. Não havia regras, apenas um tentava espetar o outro. Isso mesmo, espetar. A luta tinha espetos de churrasco como substitutos das clássicas espadas da época.

“[...]os Gladiadores Ficavam cercados por Um cÍrculo de charque e os espectadores permaneciam ao redor oBservando e torcendo, sempre com suas cuias em mãos.” O Gurizote até tentou, porém não conseguiu sair como campeão. Ele tinha a ideia de transformar a terra em um país, para que todos ficassem livres de uma burocracia estúpida que era imposta na época pelos outros estados do Brasil. Já o Tchê Gaudério, o vencedor, tornou seu sonho realidade e fez com que o nosso estado fosse o que é até hoje: apenas um estado.

DE ONDE VEM TODO O BAIRRISMO, ENTÃO? Foi óbvio que muitas pessoas ficaram extremamente feridas com tudo o que aconteceu naquela luta e começaram a sentir que precisavam fazer algo, porém tudo não passou de uma pequena revolta sem efeito algum. Mas a vontade de tornar o Rio Grande do Sul um país continuou para sempre, passando por todas as gerações de Gaúchos já existentes. E é inegável que o RS se tornou o lugar mais importante do mundo desde então, pois não há cultura que consiga bater tudo o que este lugar já fez pelo universo e tudo mais. Se me perguntassem hoje qual é o sentido da vida, com certeza responderia: Ser Gaúcho. Porque nem tudo é samba e caipirinha, mas sim o mate quente e um fandango.

E DE TODAS AS BATALHAS, O GRENAL é A MAIOR É um clássico com mais de 100 anos de história e muitos dizem que essa rivalidade começou por causa dos nossos dois guerreiros que narramos neste texto. Um deles costumava usar roupas azuis e o outro adorava o vermelho, cor da carne mal passada. Os livros não contam muito bem quem torcia para quem ou os motivos de usarem estas específicas cores em todas as batalhas ou eventos importantes do Rio Grande do Sul. Os anos passaram, até que um senhor resolveu buscar nos anais do nosso país... digo, estado, as características do povo que lutava e blablabla tudo isso que você já leu anteriormente. Eis que ele pensou: por que não jogar Créditos: SESC


o esporte mais conhecido de todo o mundo? Então ele criou o primeiro time de Ludopédio (jogo com os pés, nomeado hoje de futebol) da nossa província. O Grêmio foi fundado e participou de algumas peleias com times de localidades vizinhas e, algum tempo depois, entrou em cena o Internacional. E viraram os maiores rivais que o mundo já conheceu.

“E é inegável que o RS se tornou o lugar mais importante do mundo desde então, pois não há cultura que consiga bater tudo o que este lugar já fez pelo universo e tudo mais.”

Todos amam o Rio Grande do Sul E, depois de todo este maravilhoso texto, não tão engraçado, mas que enaltece toda a história jamais contada sobre as nossas origens, devo revelar que não sou nascido no RS. Infelizmente houve um problema na hora que eu fui dado à luz e o meu passaporte não ficou pronto, então não pude viajar em tempo para o nascimento. Tive que ficar no estado vizinho, também conhecido como Santa Catarina. Belas praias naquele lugar, devo dizer. A cidade em que vivi os meus cinco primeiros anos de vida não tinha muita diferença na cultura. Eu estranhava que todos tomavam chimarrão e torciam para Grêmio ou Inter, mas nunca falei nada, porque pensei que estivesse no lugar certo. No final das contas descobri que Seara (não Ceará, beleza?) e toda esta região de Santa Catarina são descendentes ou têm hábitos que os Gaúchos. Apesar de todos os erros que cometi nesta vida, gosto muito de viver nesta terrinha que tanto me acolheu quando precisei de uma erva para o meu mate ou de uma carne para o meu churrasco. E convido você, amigo leitor que não é daqui, por favor dê uma passadinha pela vizinhança, vai ser bom pra mais de metro ter você por perto.

Enfim, vou desligando aqui, porque já ouvi a chaleira chiar.

Créditos: Eduardo Amorim

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Texto// AIESEC

SORRISOS

SOMANDO GRANDES

QUANTO VALE 50 SORRISOS? PRA

GENTE, NÃO TEM PREÇO.

Em 2011, mais de 13 mil pessoas, em todo o mundo fizeram um intercâmbio social pela AIESEC. Para a estudante de Economia e Relações Internacionais Julia Nogara Marcon, 25 anos, de Florianópolis, a experiência foi tão intensa que dá resultados até hoje. Aos 24 anos, Julia embarcou para o Quênia com o objetivo de viver uma experiência nova, trabalhando como voluntária em uma das zonas mais carentes do mundo, ajudando na educação de crianças pobres e desassistidas.

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“a questão da comida era o QUe mais me preocUpava, pois a maioria dos alunos não comia nada durante todo o dia, muitos chegavam a ficar até 3 dias sem comer, só bebendo água”

A estudante chegou a Nairóbi para auxiliar dois professores que se dividiam para tentar repassar um pouco de conhecimento a sete turmas de uma escola informal, que funcionava em um galpão improvisado sem banheiro, iluminação, material escolar ou merenda. A escola é um espelho da realidade local, onde cerca de 70% da população vive em favelas gigantescas, sem acesso a esgoto, eletricidade ou água encanada. Kibera e Mathare são as duas maiores, e o seu cenário pode ser comparado a um verdadeiro lixão a céu aberto. Chocada com a situação do local, viu que deveria fazer algo a mais por aquelas crianças que não tinham nem sequer acesso às escolas públicas. “A questão da comida era o que mais me preocupava, pois a maioria dos alunos não comia nada durante todo o dia, muitos chega-


vam a ficar até 3 dias sem comer, só bebendo água”, enfatiza Julia. Já que o Quênia é um lugar muito pobre e, portanto, difícil de arrecadar dinheiro, a saída foi tentar algum auxílio no Brasil. Julia mobilizou familiares, amigos da AIESEC e conseguiu dinheiro para começar a mudar a vida daquelas crianças.

“Hoje 120 crianças já fazem parte de um programa sustentável de alimentação, que garante o seu desenvolvimento saudável [...]” Nasceu então o projeto 50 Sorrisos, que através de padrinhos do outro lado do oceano, viabilizou a compra de novos quadros negros, uniforme, material escolar e o mais importante: comida para que as crianças pudessem almoçar todos os dias na escola. Cada padrinho deposita uma quantia por mês. Os valores são divididos nas modalidades alimentação ou infraestrutura, que somados às doações espontâneas, impactam aquela pequena comunidade cada vez mais, a cada dia. Hoje 120 crianças já fazem parte de um programa sustentável de alimentação, que garante o seu desenvolvimento saudável, assim como um apoio de infraestrutura, fazendo com que a única preocupação seja a dedicação aos estu-

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dos. Mesmo com tantos resultados positivos, a equipe do projeto, hoje formada por cinco integrantes no Brasil e mais sete espalhados pelo mundo, quer ainda mais: “O nosso plano é de no final deste ano iniciarmos a construção de uma escola completamente nova, que possa abrigar mais crianças e dar mais estrutura. Com o tempo pensamos também em criar algum negócio ligado à escola para ajudar os pais a aumentarem a renda e diminuir a dependência de ajuda externa.” E os planos não param por aí: a partir de setembro deste ano, estudantes voluntários da Universidade de Nairóbi irão iniciar um tra-

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balho de monitoria e aconselhamento com as crianças mais velhas, com o objetivo de encorajá-las a estudar bastante para chegar à universidade. As crianças hoje sabem que o futuro delas pode ser diferente e estão a cada dia mais esforçadas e com mais vontade de continuar os estudos e ter uma vida melhor. Para ajudar a aumentar o número de sorrisos acesse 50sorrisos.com e divulgue para seus amigos. O valor mensal é R$20,00 e o padrinho pode escolher o período do apadrinhamento. Todos os meses são enviados emails aos padrinhos contando sobre seus afilhados, as novidades do projeto fotos e mensagens do Quênia.

Se você quiser ficar por dentro das novidades, acesse o site e curta a página no facebook! www.50sorrisos.com.br www.fb.com/50sorrisos


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