Revista Box - Outubro

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EDIÇÃo 08 :: aNo 1 :: oUTUBro ‘12


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o homem é o unico animal que se faz de amigo no msn pra pegar informação pra te zuar no twitter Nenem Heart @carlosbronco

pior que jingle político, só jingle político no ritmo de funk Dona Natália @Nataliaporra

querer mostrar uma música no youtube e ver que no clipe só tem montagem de favelado. aí você vê que seu gosto tem que mudar Dona Natália @Nataliaporra

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Vou levar meu despertador para viver comigo para ele ver como não é fácil o que ele me faz enfrentar.

tati bernardi @tati_bernardi

Br de Bruno. @aalyssonbr

prefiro homem que trai a homem que tem banda de rock ruim. homem ou tá fazendo merda muito quieto ou tá fazendo merda muito alto

amandinha @cherguevara

1mmmmmmmm tatuagem descascando deixando aquela linda aparência de EBola na minha pele de princeso

Ande Teixeira @imsowhore

brunocruz @brunocruz

Tenho muita pena de gente deslumbrada. Sei lá é a vida, não tem nada de muito interessante por aqui.

Já pensou você tá lá de boa sendo operado do coração, aí tem uma goteira no hospital e começa a chover na sua aorta??

se o amor é cego eu não sei, mas que o cupido é míope, disso eu tenho certeza.

Tiago Góes @um_virgem

Critica é critica, ofensa é ofensa. Critica te dá a chance de mudar, ofensa te dá motivo pra jogar ácido na cara da pessoa.

Bar

Doctor Abobrinha @fepompeo

ÉclairAuNonsense @flinsdo

Texto// Vários

Nunca vão me derrubar porque gatos só caem de pé. Camilarpias @harpias

FILOSOFIAS DE

amo/sou suspirar. poderia dizer que estou apaixonado (o que não é mentira) mas é que meu naliz ta emtopildo mesmo.


Paper

BOX

O Dia das Crianças sempre dá nostalgia, né? Lembranças de um tempo em que a gente ganhava presentes apenas por ser criança. Por isso nesta data a Box está dando um presente pra você recortar, montar, brincar e quem sabe até presentear alguém. Aproveite, porque no fundo sempre há uma criança em nós louca para se divertir e abrir a sua Box! //5 revistabox.com


//cOlABORADORES

DIrEÇÃo: Alessandro Filipiak João R. Malossi Natália Madalosso Rafael F. Fontana

DIrEÇÃo DE arTE, DESIGN & DIAGRAMAÇÃo: Rafael F. Fontana rafael@revistabox.com

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REDAÇãO & REvISãO: João R. Malossi joao@revistabox.com Natália Madalosso natalia@revistabox.com

CoMErCIal: Alessandro Filipiak alessandro@revistabox.com

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ENTrE EM CoNTaTo: atendimento@revistabox.com (54) 3712.3363

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tIRAGEM: 1.000 exemplares

//EDITorIal?!?!?!? Ficamos com preguiça e então vamos deixar as linhas em branco para vocês escreverem! E pra ajudar vamos começar com o seguinte tema: Nesse verão eu vou: (que bela merda! Ninguém lê o editorial mesmo. Se você leu envie um e-mail para nós

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que temos uma surpresa!?)

1 - Brunna Becker // Publicitária e Fotógrafa (brunna_becker@hotmail.com) 2 - Carla Curzel // Designer de Moda (carla.curzel@gmail.com) 3 - Daniele holdorf // Tecnóloga em Cosmotologia e Estética (dani_maquiagem@hotmail.com) 4 - Diones de lima lemes // (dionesllemes@yahoo.com.br) 5 - Emily arcego // Licenciada em Letras (emily_arcego@yahoo.com.br) 6 - Fabiano tadeu Grazioli // Mestre em Estudos Literários e Professor da Faculdade Anglicana de Erechim (tadeugraz@yahoo.com.br) 7 - Fernanda paier // Professora de Dança e Educadora Física (fernandsa_paier@hotmail.com) 8 - Janniny G. Kierniew // Psicóloga Clínica CRP 07-20548 (janninyk@hotmail.com) 9 - Jonathan holdorf // Social Media (jonathan@correioerechinense.com) 10 - luciano harres Braga // Cartunista (lucianosmb@gmail.com) 11 - Maria Gilda de Marco // Farmacêutica (demarco.mg@gmail.com) 12 - renata Müller // Estudante de Publicidade (renatamulleer@hotmail.com)

Capa Da EDIÇÃo // Jéssica Weimar Título da Capa: Dia das Crianças

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13 - Soeli de Oliveira // Empresária (soeli@sinos.net) 14 - tiago Sutili // Engenheiro Eletricista (tiagosutili@gmail.com)

Textos e anúncios assinados são de responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da Revista. Revista Box alguns direitos reservados

REvIStA BOX // 08 :: ANO 1 :: OUTUBRO ‘12

//EQUIpE


Preserve o Meio Ambiente, recicle essa revista ou passe adiante.

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//ÍNDICE SAÚDE_ GASTRONOMIA_ ENTRETENIMENTO_ FALAÍ!_ HUMOR _ C. INTELIGENTE_ MODA_

//7 revistabox.com Créditos: eboy


//8 Texto// Luciano Braga

DO BRAGA

A PÁGINA NEGRA

BRAGA cOMIcS


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E cOISAS A FAzER

DO INTELECTUAL AO GEEK

ShADOW OF thE cOlOSSuS

Texto// Tiago Sutili

Apesar de ser uma área envolta em constantes evoluções e revoluções tecnológicas, a indústria dos games geralmente fica presa a conceitos e fórmulas criadas e desenvolvidas durante décadas, sendo raro encontrar jogos que realmente representem uma novidade e que revolucionem a maneira como jogadores interagem com suas projeções em um ambiente virtual. Apesar de não apresentar nenhuma inovação quanto à jogabilidade, “Shadow of the Colossus” apresentou um novo conceito no desenvolvimento da história e dos personagens, que influenciou profundamente diversos títulos mais recentes. Desenvolvido pela “Team ICO”, o jogo foi lançado e distribuído em 2005 pela Sony para a sua melhor plataforma na época, o PlayStation 2, sendo extremamente bem recebido pela crítica especializada e cultivando até hoje uma legião de fãs que o consideram potencialmente o melhor jogo lançado para aquela plataforma, fatores que tornaram possível o projeto de aperfeiçoamento gráfico de todos os aspectos do jogo e do seu lançamento para PlayStation 3 em 2011. O enredo se desenvolve em torno de Wander, um jovem garoto que, com a ajuda de seu cavalo Agro, busca ressuscitar uma garota chamada Mono e para isto tem que coletar as essências vitais de 16 colossos, gigantes formados pela união de

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Créditos: EpicGDylan

elementos orgânicos com minerais, originando inimigos formidáveis e assustadores. O jogo se torna único essencialmente devido a isto, já que nele o protagonista é um ser aparentemente comum, sem nenhuma qualidade ou capacidade especial que é levado a lutar contra inimigos extremamente poderosos, onde todas as batalhas são épicas e extremamente difíceis, aliando elementos de estratégia com a ação necessária para executá-los. A combinação destes elementos torna o jogo singular devido tanto ao seu conceito quanto ao seu nível de exigência, tornando cada batalha especial e desafiadora, forçando o jogador a analisar cada elemento do cenário e movimento dos colossos, de forma que através da elaboração de uma estratégia seja possível que aquele personagem simples e frágil vença um adversário formidável através de sua inteligência e astúcia. Sob este ponto de vista, “Shadow of the Colossus” pode ser observado como a combinação perfeita entre um puzzle e elementos de ação, tornando a jogabilidade ao mesmo tempo desafiadora e atraente e forçando um alto nível de concentração e comprometimento do jogador para alcançar seus objetivos. A concepção visual do jogo é espetacular, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento dos colossos, que além de terem sido magistralmente concebidos, apresentam um nível de detalhes espetacular para os jogos da sua geração. Entretanto, apesar de ter sido submetido a um processo de aprimoramento gráfico para ser lançado para PlayStation 3, o jogo apresenta gráficos inferiores em comparação com os últimos lançamentos.


Cabe ao jogador entender que o jogo foi concebido e desenvolvido para uma plataforma de desempenho incomparável com esta geração de consoles, sendo possível apreciá-lo, inclusive no que diz respeito ao seu visual, independentemente destas limitações.

“A história toda se desenvolve cercada de mistérios e cabe ao jogador juntar fragmentos, muitas vezes extremamente obscuros, para tentar compreender de maneira mais clara o funcionamento dos elementos presentes no jogo.” O enredo é outra característica que torna “Shadow of the Colossus” especial. A história toda se desenvolve cercada de mistérios e cabe ao jogador juntar fragmentos, muitas vezes extremamente obscuros, para tentar compreender de maneira mais clara o funcionamento dos elementos presentes no jogo. A quantidade limitada de informações estimulou a curiosidade de milhões de jogadores, levando à criação de fóruns para discussões e de diversas teorias, tais como um misterioso 17º colosso ou uma forma de ultrapassar os limites geográficos do cenário alcançando um novo mundo a ser explorado. Além disso, existe a misteriosa relação entre “ICO” e “Shadow of the Colossus”, jogos que apesar de apresentarem características semelhantes e terem sido desenvolvidos pela mesma empresa não possuem uma relação completamente evidente. O mistério voltou Créditos: WEAPON-A

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O fato é que “Shadow of the Colossus” teve a capacidade única de se tornar um jogo singular, fugindo do lugar comum onde a indústria de games costuma se proteger

à tona nos últimos anos graças ao anúncio de “The Last Guardian” pela “Team ICO”, jogo que provavelmente será lançado em 2013 e promete estar diretamente relacionado aos dois jogos anteriores da produtora. O fato é que “Shadow of the Colossus” teve a capacidade única de se tornar um jogo singular, fugindo do lugar comum onde a indústria de games costuma se proteger, não inovando com medo de desagradar ao público e não atingir as suas metas de lucro. Justamente por isso, e por ter sido desenvolvido de maneira magistral, oferecendo uma experiência de jogo única, ele deve ser encarado como um dos grandes clássicos da história dos videogames, e o seu lançamento para PlaySation 3 oferece a possibilidade para novos jogadores conhecerem esta obra prima, enquanto os jogadores mais antigos podem relembrar um jogo que certamente marcou sua história nos videogames. //INFORMAÇÕES DO JOGO Classificação Indicativa (Brasil): 14+ Modos: Singleplayer Plataformas: PS2 e PS3 Preço mínimo sugerido: R$ 150,00

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No Dia das Criancas a gente da´ uma forca ´ para despertar a´ crianca em voce.^

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Texto// Tiago Sutili

A PROPÓSITO...

aDMIrÁVEl MUNDo NoVo

A literatura tem a capacidade singular de ultrapassar as barreiras do tempo e do espaço, quebrando limites culturais para transmitir mensagens de profundidade ímpar para quem está disposto a se aventurar na exploração das páginas de um bom livro. “Admirável Mundo Novo” leva este conceito a um nível mais elevado, já que, apesar de ter sido escrito no início da década de 40, possui a capacidade de se tornar cada vez mais condizente com os paradoxos e inconsistências da sociedade moderna. Juntamente com “1984” e “Laranja Mecânica”, esta obra faz parte da tríade fundamental de um gênero conhecido como ficção social, que ganhou grande destaque ao descrever e prever a evolução social frente às profundas mudanças so-

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cioeconômicas observadas na primeira metade do século XX, graças aos avanços tecnológicos e científicos, e as grandes guerras que reestruturaram o panorama político e econômico no mundo inteiro. Todos os aspectos que tornam esta obra única são construídos em torno de uma sociedade ambientada em algum momento incerto de um futuro relativamente distante, onde toda a dinâmica social e econômica é controlada através do condicionamento genético de todos os indivíduos, criando castas sociais bem definidas e que de maneira geral são delimitadas de modo que todos os seres humanos tenham as características necessárias para desempenhar de maneira satisfatória suas obrigações, mantendo a sociedade estável, mas mais importante do que isso, mantendo todos os indivíduos essencialmente felizes. O primeiro contato do leitor com este cenário se dá através da apresentação de uma sociedade paradoxal em relação à realidade de maneira chocante e perturbadora, entretanto, alguns momentos de reflexão demonstram que os elementos de ficção presentes no livro se limitam à superfície da obra, e que a sua essência está repleta de conceitos filosóficos muito próximos aos que compõe a sociedade atual, e que, em consequência disso, a obra não perturba devido aos seus paradoxos, mas sim devido a suas semelhanças com a realidade. É provável que o principal elemento filosófico presente na obra esteja relacionado ao controle intelectual ao qual todos os seres são submetidos, de forma que a felicidade e o bem social se tornam os elementos de maior valor, subjugando a verdade, a arte, a ciência e a própria essência que os torna humanos. Este condicionamento psicológico em conjunto com o projeto genético de todos os indivíduos faz com que todos se enquadrem perfeitamente em um panorama social, e sejam alvos constantes de prazeres e felicidades momentâneas, abdicando de sua própria individualidade para a formação de um mundo padronizado, próspe-

ro e estável. Este paradoxo de valores é representado através do conflito de um ser humano criado fora dessa sociedade, que através de sua formação intelectual independente deste controle, é capaz de confrontar estes elementos superficiais de felicidade e prazer com os sentimentos profundos de paixão, beleza, sofrimento e dor presentes em diversas obras de Shakespeare, demonstrando finalmente que a humanidade é muito mais do que aqueles momentos de felicidade fugaz e que sua essência reside na profundidade de nossos sentimentos de prazer e dor, e na busca incessante pela verdade e pela beleza. Todo o enredo desenvolvido durante o livro se torna secundário quando estes elementos mais profundos são percebidos em sua ambientação, tornando a compreensão desta obra um exercício muito mais de reflexão do que a sua simples leitura. Se analisado de maneira correta este livro tem a capacidade de levar o leitor a um entendimento mais profundo da sua própria vida e realidade, formando uma nova maneira de encarar uma sociedade que apesar de paradoxal à retratada no livro, tenta controlar todos os aspectos de sua vida, apresentando distrações constantes e oferecendo prazeres superficiais em troca da sua própria individualidade e da busca da felicidade que reside na própria essência da humanidade. Estes fatores tornam “Admirável Mundo Novo”, bem como “1984” e “Laranja Mecânica”, leituras obrigatórias para quem quer compreender de maneira mais clara a humanidade, a sociedade e a sua própria individualidade.

//INFORMAÇÕES DO lIvRO Autor: Aldous Huxley Editora: Globo Ano: 1941 Número de páginas: 314 Preço mínimo sugerido: R$ 20,00


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ESCOLHAS E MAIS

EScOlhAS!

Ou IStO oU aQUIlo

Texto// Janniny G. Kierniew

O mês das eleições me inquietou a escrever sobre algo que fazemos diariamente: Escolher. Sejam produtos em um supermercado, frutas na feira, roupas no armário... Sejam palavras, governantes, profissões ou investimentos... É sempre um dilema ter que optar. Ser ou não ser, já dizia o poeta. A eterna dúvida que nos compele a ter que escolher por uma coisa ou por outra; dormir ou sonhar... morrer ou viver... Sartre, diria que a escolha é um ato de responsabilidade: sendo condenado à liberdade o sujeito precisa arcar com as consequências de sua decisão. Mas como tomamos a decisão da decisão?

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“ser ou não ser, já diziA o poetA. A eternA dÚvida Que Nos coMPele a Ter Que escolher por umA coisA ou por outrA; dormir ou sonhAr... morrer ou viver...”

Créditos: Taylor Dawn Fortune


BBAD

Hegeliana na qual o desejo do ser humano é concebido como o desejo do outro, ou, se preferirmos, o desejo humano é desejo de desejo. Dito isso, pergunto: quantas vezes escolhemos com base no desejo desse Outro? Para elucidar essa questão, exemplifico: Se é moda usar “Sneakers”, não importa se ele é confortável ou me agrada; ei de usá-lo porque todos estão usando. Se os pais querem que o filho faça medicina, então o filho fará medicina. Se dizem que é preciso ter um carro, então, é preciso passar a precisar desse carro – e viva a lógica consumista.

“Não ceder em seu desejo” Cecília Meireles em um poema muito bonitinho já nos alerta que não é possível ter tudo: “Ou guardo o dinheiro e não compro o doce, ou compro o doce e gasto o dinheiro”. O que fazer? Decidir/escolher/optar está diretamente relacionado ao seu contrário: Abdicar. Escolher significa ter de abdicar. E ter que abdicar de algo nem sempre é fácil. Um psicanalista midiático uma vez disse: “Escolher entre 10 coisas significa deixar de outras 9”. Tá aí nosso maior problema. Pois bem, geralmente fizemos nossas escolhas com bases em nossas vivências. Vivências que são atravessadas por um Outro. Outro com “O” maiúsculo, pois é um Outro que nos constitui enquanto sujeitos, enquanto olhar de reconhecimento e desejo; enquanto cultura. É esse Outro que influencia nossas decisões. É a partir dele que fazemos as escolhas. Para alguns filósofos, essa relação com o Outro é o que forma a consciência-de-si. Vemos isso, na tese

Essa é uma máxima Lacaniana bastante comum quando lidamos com escolhas. É importante frisar que essa frase não é uma ordem ou proclamação corajosa para enaltecer o desejo no caminho de uma satisfação suprema a qualquer custo. Ao contrário. Ela é um lembrete prudente de que não se abandone o desejo. Quase sempre não sabemos (e por vezes nem queremos saber) quais são os nossos reais desejos. A busca está implicada em uma escuta atenta e em um aprofundamento da nossa singularidade. Então, dizer que as decisões devem ser tomadas por nós mesmos, só se torna simples quando nos conhecemos o suficiente para que o “monstro das escolhas” perca suas cabeças. Sendo assim, o que fica de mais importante é avaliar nossa posição frente ao que supostamente desejamos, tentando reconhecer o que nos move, ficando sempre atento ao legado que nos foi transmitido e nos constituiu para não cair no erro da eterna repetição dos padrões estabelecidos.

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OS ANIMAIS

NÃO ALIMENTE

Texto// Diones Lima Fonte: Diário da Manhã

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O tuRcO, O JOvEM E OutROS pRIMAtAS se um macaco incomoda muita gente, um primata predestinado a observar incomoda muito mais! Tadeu é um jovem de dezoito anos, trabalha há nove meses e doze dias na loja “Tudo que você precisa”, ou vulgarmente conhecida como “A Loja do Turco”, ninguém sabe o nome do proprietário, apenas o chamam pelo codinome de Turco, e de fato é um turco bem caricato com bigode, sotaque e o que é mais admirável desta descendência, a capacidade de agarrar o dinheiro com unhas e dentes e fazer os chamados negócios da China, literalmente.

“A lojA do turco de fAto não negA o nome, é repletA de opções, tem desde Abridor de gArrAfAs à grAnAdAs de mão, sendo que o último é vendido sem a NoTa Fiscal coM coNseNTiMeNTo do Freguês.”


A loja do Turco de fato não nega o nome, é repleta de opções, tem desde abridor de garrafas à granadas de mão, sendo que o último é vendido sem a nota fiscal com consentimento do freguês. Ao vender um destes itens estrondosos o Turco exclama sempre da mesma forma “A freguês tem sempre razom”, acentuando bem a palavra “freguês”. E abre um sorriso que chega lhe trançar o bigode. O atendimento da loja é muito semelhante aos demais comércios daquela região, o cliente entra na loja e ganha alguns segundos para respirar, em seguida começam lhe mostrar objetos de diferentes cores, tamanhos e utilidades. E o que revolta o jovem Tadeu, a ponto de ter algumas convulsões na face, é o fato de ele abordar os clientes com a mesma frase pronta. “Posso ajudá-lo (a)?” E o cliente replica com outra frase pronta, “Estou dando só uma olhadinha” esta além de lhe causar os tiques, lhe causa náuseas, a ponto de uma vez estar atendendo e ter que correr para o banheiro suando frio, evitando assim vomitar na cara do cliente a indignação pelas frases prontas e a última refeição. Já tentou de várias formas mudar o método de abordagem, para forçar assim um réplica diferenciada, porém a resposta é sempre a mesma, “Vou dar uma olhadinha”, ou com um ar mais seco “Tô só olhando!”. Quanto mais tenta livrar-se dos vícios da linguagem, mais preso fica à tal resposta. Sente-se encurralado, entrincheirado de mão atadas e muitas vezes amordaçado. Acredita que esta em depressão, e que a culpa é unicamente pela curiosidade alheia, que insiste em apenas olhar e não comprar nada. Imagina ele, “Saramago teve o poder de cegar ‘quase’ todos os seus personagens em uma obra, já Cristo, curou a cegueira com cuspe e terra (barro), mas que diabo, por que são tão descarados?!”. Ao terminar o seu questionamento, entrou uma cliente... Parecia diferente, com intenção de mudar aquele panorama que o assombrava, seu semblante era tranquilo e interessado. Não

demorou muito e o jovem Tadeu aproximou-se.

- Olá! Disse ele, e ela respondeu:

- Oiiii! Estendendo o “i” exageradamente. Isso fez com que Tadeu recua-se, não sabia certo se deveria continuar a atendê-la. Quando ele ensaiava o que dizer, ela interrompeu o seu teatro mental, dizendo:

“Tadeu virou-lhe as costas e saiu porta a fora. Não sabia o que pensar sobre a suas atitudes recentes, tão pouco sabia o nome da mãe do turco, para poder assim de forma mais honesta retribuir os elogios proferidos à sua.” - Vou dar apenas uma olhadinha! Aquilo o fez ferver o sangue, ficou corado a ponto de explodir e sem pensar replicou asperamente:

- Se veio apenas dar a maldita “olhadinha” (imitou uma voz aguda, como se fosse a da moça), por que perdes o teu tempo aqui, vá dar pipoca aos macacos, o zooló-

gico sim é um lugar para apenas “dar olhadinhas”! A cliente pasme com o que acabara de ouvir deixou cair o que segurava e pediu imediatamente pelo dono do estabelecimento. Sem demora apareceu o Turco para resolver sua indagação. Parou-se em frente aos dois, e questionou a cliente.

- Qual a problema? E ao terminar a pergunta lançou um olhar obscuro sobre o jovem que àquela altura, estava literalmente todo cagado. O turco por sua vez, com a habilidade comercial adquirida ao longo dos tempos (conta-se que uma vez foi capaz de vender aos chineses o produto que eles mesmos haviam produzido, e tudo isso pelo dobro do preço) soube resolver a questão da cliente em poucos minutos. Porém faltava ainda o julgamento do seu “funcionária revoltadinha”, como ele mesmo o denominou depois do acontecido.

- Você pensa que aqui no loja trata-se os pessoas desta jeito?! E complementou esbravejando para si.

- Era o que me faltava, um “funcionária revoltadinha” com as clientes! E em turco o chamou de “filho da puta”, embora Tadeu não entendesse sequer uma sílaba da língua do patrão (em breve seu ex-patrão) sabia perfeitamente que o tom de voz do turco e sua expressão facial no mínimo prestavam elogios à sua mãe. Por fim como tiro de misericórdia pronuncio as seguintes palavras “Está no rua, fora! E não receberá uma só centavo!” Tadeu virou-lhe as costas e saiu porta a fora. Não sabia o que pensar sobre a suas atitudes recentes, tão pouco sabia o nome da mãe do

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Turco, para poder assim de forma mais honesta retribuir os elogios proferidos à sua. Passaram-se alguns dias e Tadeu ainda não havia sido reempregado, pois o comércio em geral comentava de forma acintosa os seus últimos feitos. E foi caminhando por uma rua paralela às lojas, que ele encontrou um cartaz colado no muro com os seguintes dizeres:

“Contrata-se atendente.” “OBS: Boa aparência e boa comunicação”. Esta foi a deixa para sua redenção, imediatamente entendeu que aquilo só podia ser um sinal, algo místico, que tomará como destino a partir de então. Saiu aos tombos com intenção de preencher a tal vaga de atendente. Pois julgava ter boa aparência e com exceção do que chamava de “incidente na loja do Turco” julgava ter boa comunicação. Chegou ao local indicado no cartaz, e somente ele, devido ao seu interesse foi admitido, claro que não era o emprego dos sonhos, mas acreditava ser mais conveniente que o anterior onde tinha que empurrar para as pessoas todos os tipos de quinquilharias. Agora, o Jovem Tadeu era o mais novo contratado atendente de portaria do zoológico local. E definitivamente os “clientes” de fato iriam apenas para dar “uma olhadinha”. Tadeu responderia “Olá!” seguido de um “Bom passeio!”, e no final do dia sorrateiramente iria dar pipoca aos macacos, isso como protesto, ignorando assim a placa com letras garrafais.

“PROIBIDO ALIMENTAR OS ANIMAIS.” Ele sorria e jogava um punhado de pipocas, gargalhava e jogava outro. E pensava consigo mesmo, “Viva os primatas”. Já os macacos para retribuir a sua ignorante gentileza, sorriam fazendo peripécias. O que o fazia pensar consigo mesmo novamente, “Nossa estes até parecem gente”!

//20 Créditos: alguém por aí


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EREchINENSE Texto// Jonathan Holdorf

CORREIO

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SAIBA cOMO vOtAR

cONScIENtE! Outubro é o mês mais importante para todo o Brasil neste ano de 2012, pois é quando todos os Brasileiros irão até a urna (tecnologia atrasada) eletrônica para pressionar os botõezinhos dos seus candidatos. “Cara, esse assunto já deu, ninguém mais aguenta ouvir falar sobre política. Vai achar algo melhor para escrever”. Mas eu refleti aqui com os meus neurônios outro dia enquanto assistia a Propaganda Eleitoral Gratuita e algo deu um “clique” no meu cérebro. Esta coluna da revista é de humor e eu me peguei rindo muitas vezes das piadas do tal programa que passava na minha TV aberta todas as noites durante estas últimas semanas, então percebi o quão importante seria eu relatar a minha opinião sobre tal tópico. Falar que os políticos são palhaços ou que só estão lá para ganhar dinheiro é um pouco demais, na minha opinião. Veja bem, a televisão é um meio de entretenimento e, seja lá o que está sendo feito naquele horário, é para que todos nós possamos ter um pouquinho de diversão na nossa telinha. Vamos ver um exemplo: as músicas de cada candidato nos anima e faz cantarmos todos os dias, isso significa que você está tendo bons momentos com estas composições; aí tem aquele draminha, que é na hora que o candidato para na frente da câmera, dá aquela pausa e começa a ler o texto.

Ele dá uma respirada, sua frio, mas acaba engrenando e falando tudo de uma vez, mais ou menos quando tentamos apresentar um trabalho na escola ou faculdade; por fim vem a alegria, os risos, o total alívio cômico. Quando polegares saltitam por toda a tela e ouvimos os melhores trocadilhos que o universo já viu: ‘Vote Germano Padeiro, porque no meu governo o pão nunca queima’. É lindo. É maravilhoso. E eu acho estes mo-

“cara, esse assunto já deu, ninguém mAis AguentA ouvir Falar soBre PolíticA. vAi AchAr Algo melhor pArA escrever”


mentos da política muito mais incríveis do que qualquer outro evento que temos durante os outros quatro anos. O povo se reúne, assiste, comemora, come pão com linguiça. A mobilização chega a ser maior que uma Copa do Mundo, ou pelo menos muitos acham que estão disputando uma partida de futebol, porque as discussões são infinitas. Mas de nada adianta viver neste mundo fantástico sem que o seu voto seja executado de maneira consciente, transparente, detergente (limpo, sem sujeira. Na verdade só escrevi para rimar). Um cidadão que caminha quilômetros até a sua urna para votar em branco não merece o título de “cidadão”, pois ele apenas está desperdiçando um bem precioso e também o tempo dos mesários. Então, neste texto, quero mostrar algumas dicas para você que não deseja mais jogar sua oportunidade de fazer o bem pela sua cidade na lixeira. Vou ensinar para cada leitor como votar consciente no dia da eleição, sem fazer fiascos e estragar toda a FESTA DA CIDADANIA!

“[...] acho estes momentos da política muito mais incríveis do que qualquer outro evento que temos durante os outros quatro anos. O povo se reúne, assiste, comemora, come pão com linguiça.”

Fonte: frighteningprospect BAIXA AÍ!: frighteningprospect.com/artwork.html

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Confira agora: 5 dicas para votar consciente! Em primeiro lugar, por favor vá dormir bem cedinho. Não fique mosqueando pela internet até às 3h da madrugada, pois não vai encontrar nada de interessante lá. Ou nada de ficar assistindo Zorra Total até o final. Dê um tempo para o lazer e descanse ao máximo para chegar na sua zona eleitoral com os olhos arregalados de tanta alegria e vitalidade. É de extrema importância que você esteja totalmente acordado na hora de votar, ou poderá correr o risco de tirar uma soneca na cabine de votação. Logo em seguida vem a segunda dica: evite qualquer tipo de consumo alcoólico antes de botar o seu dedão na tecla “CONFIRMA”. Não queremos nenhum bêbado trançando as pernas na hora de escolher o Prefeito e Vereador. E, por favor, certifique-se de que você não entre em um coma de tanto botar cachaça para dentro da goela. Na terceira posição: muito cuidado na hora de ir até a mesa da urna eletrônica! Verifique se não tem nada no chão ou se os seus cadarços estão bem amarrados. Pode ser muito perigoso você bater com a cabeça na quina da mesa e ficar inconsciente. De quatro vem a dica mais importante: esteja vivo. É de fundamental importância que você ainda esteja neste mundo quando for executar seu ato de cidadania. Já dizia um ditado da minha cidade natal: “de nada adianta viver quando já não vivo está”. Se você não conseguir lembrar se realmente está ou não em carne e osso, tente se comunicar com algum parente ou amigo, eles irão lhe ajudar. Possua um cérebro, é a quinta dica: e quando falo isso não é do modo biológico. Tenha em

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mente de que você decidirá o futuro da sua cidade pelos próximos quatro anos, mesmo que estes não tenham qualquer diferença no rumo do município. Afinal, as coisas somente acontecem quando faltam alguns meses para a eleição.

“Ou nada de ficar assistindo Zorra Total até o final. Dê um tempo para o lazer e descanse ao máximo para chegar na sua zona eleitoral com os olhos arregalados de tanta alegria e vitalidade.” Bom, meus amigos, acho que desta maneira vocês já estarão aptos para escolher bem quem será o nosso próximo governante. Espero que a lição seja bem aprendida e que o dever seja bem executado. Não esqueçam também de levar um pedaço de pão aos mesários, pois eles também sentem fome durante o dia. Nada mais a constar, somente gostaria de deixar claro que não tenho ligação alguma com qualquer partido político, pois o meu verdadeiro partido é você, amigo eleitore. Vamos juntos nessa caminhada fazer da nossa cidade um lugar melhor.


BBAD

Rua Elias Zambonatto, 35 - Erechim - Rio Grande do Sul - Fone: (54) 9159 0360 - Facebook: Choices

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roTINa Texto// Emily Arcego

MINHA QUERIDA

VIDa, roTINa E tEcNOlOGIA

Desta forma, os habitantes deste universo moderno, após suas metamorfoses, irão cultivar um mundo intolerável, inconstante e frustrado. A efemeridade das coisas desencadeia estes distúrbios psíquicos. E o que me preocupa, realmente é a EFEMERIDADE, não somente dos objetos, mas a efemeridade nas relações humanas. Vivemos hoje em um mundo repleto de invenções, as quais permeiam cada vez mais nossas vidas e as transformam também. Entretanto, os pais ainda não podem ser robôs, professores não podem somente repetir o que já foi dito e mesmo com tantos meios de comunicação na Internet (MSN, Twitter, Orkut...) ainda não inventaram algo que substituísse virtualmente o abraço, o carinho e olhar em quaisquer tipos de relações afetivas. Não importa a falta de tempo, como dizem por aí: tempo é questão de prioridade! Temos que aprender a organizar nossa agenda para exercer nosso papel enquanto ser humano: de ser amigo, esposa/marido, pai/mãe. Por mais que os utensílios tenham prazo de validade, nas relações afetivas não existem esses limites. Quando se fala em limites, ou na falta deles, me remete àquela música “É preciso amar, as pessoas como se não houvesse amanhã.” Porque nossa caminhada por aqui, também é passageira. Se cada um tentar lutar por um mundo melhor, sem exclusão, preconceitos, liberdade e fazer o bem, as doenças psíquicas e fisiológicas se reduziriam também. E com certeza, as pessoas teriam mais sonhos, seriam mais felizes e o mundo seria um tanto quanto harmônico. Quando possuo um problema, lembro-me rapidamente daquela canção: Tocando em frente. Se pensarmos bem, não temos nada além da nossa vida afetiva, nossa condição física e psíquica. Tente planejar um futuro, mas não esqueça que temos esta condição efêmera que nos cerca dia após dia.

Quando penso em cotidiano, percebo que sinto falta de algo. Não se trata de relógio, celular, internet ou até mesmo do jantar. Percebo que sinto falta de algo comum: EQUILÍBRIO. Mas não qualquer tipo de equilíbrio, mas equilíbrio vital, emocional e social. É imprescindível a falta de tempo e a correria da rotina. Porém, tudo gira em torno de algo maior, isso se chama dinheiro. Este motivo tão importante, muitas vezes passa a se tornar grave. Uma vez que vivemos em um mundo capitalista, e que a oferta dos produtos transpassa muitas barreiras, para compensar o amor, carinho e a presença, muitos pais acabam comprando inúmeros eletrônicos, roupas, brinquedos para seus filhos.

“umA vez que vivemos eM uM MuNdo caPiTalistA, e que A ofertA dos produtos trAnspAssA muitAs bArreirAs, pArA coMPeNsar o aMor, carinho e A presençA, muitos pAis AcAbAm comprAndo inúmeros eletrÔnicos, roupAs, brinquedos pArA seus filhos.”

//26 Créditos: @superamit


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E CUlTUra Texto// Fabiano Tadeu Grazioli

INTERNET, LIVROS

o termo cibercultura, conforme salientamos na última edição, abrange os fenômenos relacionados ao ciberespaço. Deduzimos facilmente que o ciberespaço é o lugar (simbólico) onde a cibercultura acontece, se desenvolve, se expande, se projeta... É sobre esse tema que trataremos na coluna desta edição!

cIBERESpAÇO: BREvES NOtAS O ciberespaço representa toda estrutura virtual transnacional de comunicação interativa disponível na atualidade, segundo nos informa Andrea Cecília Ramal (2002), importante pesquisadora da cibercultura. O site Objeto de Aprendizagem de Escrita Coletiva1 refere-se ao ciberespaço, como um espaço virtual composto por ferramentas computacionais que buscam auxiliar na coordenação de ações entre os envolvidos, visando a constituição da coletividade. Ainda de acordo o referido site, o ciberespaço multiplica-se de forma anárquica e extensa, desordenadamente, a partir de

“a iNTerNeT, Por sua veZ, acaBa seNdo uM dos esPaÇos Mais coNhecidos e ‘hAbitAdos’ do ciberespAço.”

----------------------------------------------------------www.nuted.ufrgs.br/instrumentalizacao_em_ead/ escrita_coletiva/

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Créditos: whisperingsmith


conexões múltiplas e diferenciadas, permitindo interações que facilitam a formação de comunidades. Assim, ele constitui-se como um sistema complexo, onde ocorre uma interdependência entre o macrossistema tecnológico (a rede de computadores interligados) e o microssistema social (a dinâmica dos usuários). A expressão “ciberespaço”, bem como seu conceito fundamental foram citados pela primeira vez por Willian Gibson, em seu livro de ficção científica Neuromance, de 1984. Segundo Giovani Pinotti (2010), este termo referia-se aos espaços digitais que compunham o cenário da trama. Atualmente, segundo o autor, este conceito é construído por indivíduos reais que interagem neste novo espaço, com o apoio das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). De acordo com Guimarães Júnior (1998), o termo veio rebatizar e dar novas características ao que se chamava até então de “esfera de dados”, e no desenrolar de sua utilização acabou englobando outros objetos. Assim, o ciberespaço chega ao final do século XX sendo considerado por Lévy (1999) o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo, para o pesquisador, especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Para Lévy (2004), “o código digital da linguagem humana abriu o espaço infinito das questões, das narrativas, dos saberes, dos signos da arte e da religião. A linguagem fez crescer uma nova vida no coração da antiga, aquela dos signos, da cultura e das técnicas. A linguagem vive. Ela eleva-se em direção a formas mais leves, mais rápidas, mais evolutivas que a existência orgânica”. Com a escrita, de acordo com Lévy (2004), a linguagem adquiriu uma memória autônoma. Digitalizada pelo alfabeto, essa memória conquistou uma eficácia universal. A escrita forjou seu próprio sistema de auto-reprodução atra-

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revistabox.com


vés da imprensa. A cada etapa da evolução da linguagem, a cultura humana torna-se mais potente, mais criativa, mais rápida. Sobre a etapa atual desta evolução, o autor afirma: “Acompanhando o progresso das mídias, os espaços culturais multiplicaram-se e enriqueceram-se: novas formas artísticas, divinas, técnicas, revoluções industriais, revoluções políticas. O ciberespaço representa o mais recente desenvolvimento da evolução da linguagem. Os signos da cultura, textos, música, imagens, mundos virtuais, simulações, softwares, moedas, atingem o último estágio da digitalização. Eles tornam-se ubiquitários na rede – no momento em que eles estão em algum lugar, eles estão em toda parte – e interconectam-se em um único tecido multicor, fractal, volátil, inflacionista, que é, de toda forma, o metatexto englobante da cultura humana”. Por essa mudança tão ampla é que podemos afirmar que o ciberespaço vem modificando as relações entre autores, textos e leitores, exigindo que os sujeitos assumam múltiplos papéis na leitura e na criação de textos. A Internet, por sua vez, acaba sendo um dos espaços mais conhecidos e “habitados” do ciberespaço. Para Lévy (2004), “a Internet é um espaço de comunicação propriamente surrealista, do qual ‘nada é excluído’, nem o bem, nem o mal, nem suas múltiplas definições, nem a discussão que tende a separá-los sem jamais conseguir. A Internet encarna a presença da humanidade a ela própria, já que todas as culturas, todas as disciplinas, todas as paixões ----------------------------------------------------

Segundo Lévy (2000), trata-se de uma tipologia de comunicação na qual não há interatividade, porque tem um centro emissor e uma multiplicidade de receptores. 2

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aí se entrelaçam. Já que tudo é possível, ela manifesta a conexão do homem com a sua própria essência, que é a aspiração à liberdade”. Mas em que o ciberespaço se diferencia das mídias convencionais, como o rádio, o jornal impresso e a televisão? O site Objeto de Aprendizagem de Escrita Coletiva explica, a partir dos estudos de Lévy, que, no caso das mídias tradicionais, o sistema de produção e distribuição da informação segue um modelo pouco flexível, baseado no modelo um-todos2, o ciberespaço permite uma relação com o outro que se desdobra no contexto do todos-todos3 , promovendo um discurso democrático em sua origem.

“Por essa mudança tão ampla é que podemos afirmar que o ciberespaço vem modificando as relações entre autores, textos e leitores, exigindo que os sujeitos assumam múltiplos papéis na leitura e na criação de textos.”

----------------------------------------------------------Segundo Lévy (2000), trata-se da emergência de uma inteligência coletiva, na qual há uma multiplicidade de emissores e receptores.

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E em relação à educação, qual é a contribuição da cibercultura, ou seja, da cultura que emerge no ciberespaço? Novamente é o site Objeto de Aprendizagem de Escrita Coletiva que nos responde: “As simulações, interações, inter-relações, mobilidades e simultaneidade possibilitadas pela vivência em comunidades virtuais, resultam em ganhos no sujeito. Portanto, a educação deve apropriar-se destes recursos e possibilidades que o ciberespaço e a cibercultura proporcionam”. E nós acrescentamos: do ponto de vista dos estudos que realizamos e das leituras que fizemos, não é somente a educação “formal” que pode buscar no contexto da cibercultura e do ciberespaço novos recursos e possibilidades, mas a educação estética, através da fruição da arte que se produz e se encontra disponível nesse contexto. Créditos: ptitvinc-d5d18ku


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oNlINE Texto// Renata Müller

BRECHÓ

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DESApEGO SEM culpA? Não tendo mais o que fazer na minha nova cidade – Lages/SC – resolvi dar uma olhada nos brechós online que minhas colegas de aula haviam convidado a participar – não achei nada de que precisasse no momento, mas lembrei de convidar minhas amigas de Passo Fundo. Como boa internauta, uma delas estava on no Facebook, viu e se interessou. Já no twitter, comentou que poderia ter um grupo assim em Passo Fundo, falei com ela inbox, criamos o grupo e começamos a adicionar pessoas que sabíamos que gostam de moda e barganhas em geral. Assim, no dia 26 de Agosto de 2012, Stéfany Koeche e eu, Renata Müller, criamos o grupo Desapego PF, um brechó online no Facebook onde qualquer pessoa poderia vender, comprar ou trocar produtos sem culpa e com consciência ecológica! Fizemos um sistema de álbuns onde cada tipo de produto – calças, bolsas, acessórios, artigos masculinos, etc – tivesse seu lugar correto para assim facilitar a procura. Em poucos dias conseguimos muitos participantes e muitos ‘negócios’ foram realizados. Para orientar melhor os participantes, também inventamos dicas do dia, assim podemos ir dando dicas diárias de como postar as fotos, de como uma avaliação dos preços é necessária, de como fazer para seus produtos aparecerem no mural... Temos contato direto com todos e isso que é o mais legal (!), estamos sempre atualizados do que está acontecendo para que nada saia errado, para que ninguém seja agredido verbalmente ou se sinta mal atendido, adoramos fazer o que estamos fazendo.

“[...] criAmos o grupo desApego pf, um brechó online no fAcebooK onde QualQuer Pessoa Poderia veNder, coMPrar ou Trocar ProduTos seM culpA e com consciênciA ecológicA!”


mos beneficiar pessoas da melhor forma com nossa ação social e obtivemos total aceitação. Assistidas por Lucas Camargo, que entrou automaticamente no Grupo por estar sempre apoiando e ser o Responsável pelo Departamento Masculino, as meninas prepararam uma surpresa explicando como funcionará todo o processo da campanha, a qual será lança nas redes sociais no dia 1 de Outubro de 2012. Com a demanda crescente do Grupo, resolvemos expandir nossas fronteiras e, além do Facebook criamos também uma conta no Hotmail e no Twitter para que pudéssemos chegar ainda mais perto dos nossos negociantes. No Twitter temos interação aberta com as pessoas e é lá que lançamos em primeira mão todas as novidade, já no Hotmail podemos atender assuntos mais pessoais, reclamações ou sugestões, tudo para facilitar a comunicação e para que ninguém saia insatisfeito. Atualmente, o Grupo possui 1.600 membros que aumentam de 50 a 100 integrantes por dia, variavelmente. Nos sentimos muito gratificados quando vemos pessoas felizes por estarem no Grupo e por conseguirem se desapegar sem culpa do que não precisam mais ou por poderem comprar o que precisam por um preço acessível. Apesar da ideia original de brechó online não ter sido nossa, nos sentimos responsáveis por garantir a satisfação de todos os usuários do Grupo.

“Com a demanda crescente do Grupo, resolvemos expandir nossas fronteiras [...] para que pudéssemos chegar ainda mais perto dos nossos negociantes.” No dia 10 de Setembro de 2012, uma novidade, alguém engajado em ações sociais nos procura pedindo se gostaríamos de lançar uma campanha para o Dia das Crianças no Grupo Desapego. Se concordamos? Claro que sim! Lançamos a ideia na rede e muitos membros apoiaram, assim Fábio Carvalho se torna um membro da equipe de organização do Grupo, como Coordenador de Ações Sociais, já que pretendemos fazer muitas ainda. Logo em seguida, no dia 11, Taíse S. Barfknecht e Luciana Kurtz, colegas e amigas, entraram na organização também, foi aí que a corrida começou de verdade!! Taíse, nomeada Diretora de Criação, criou uma logomarca para o Grupo e começamos a pensar em uma campanha digna de divulgação. Enquanto eu assistia nossa “clientela” no Facebook, nossa equipe corria muito atrás de tudo o que era necessário fora do mundo virtual. Luciana, Produção do Grupo, conseguiu contato com algumas lojas para que apoiassem a campanha, Fábio entrou em contato com o pessoal do SEMCAS-PF (Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social de Passo Fundo) pedindo apoio para que pudésse-

Para finalizar, vai um convite a todos: www.fb.com/groups/493215844023419/ twitter.com/GrupoDesapegoPF GrupoDesapegoPF@hotmail.com Entrem, vendam, comprem, troquem, sintam-se em casa!!

Dica do dia: leia a BOX!!! //33 Créditos: Î’ethan

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FOtOGRAFIA Texto// Brunna Becker

DICAS DE

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ISO Também conhecido como ASA pelos mais “antiguinhos” o ISO é um dos três componentes essenciais no desenvolvimento da fotografia. Atrevo-me a dizer que o ISO é o terceiro pilar da fotografia, onde a abertura do diafragma e a velocidade do obturador são os dois primeiros (entende-se aqui pilar como base da construção).

“aTrevo-Me a diZer Que o iso É o Terceiro Pilar da FoToGraFia, oNde a aBerturA do diAfrAgmA e A velocidAde do obturAdor são os dois primeiros (eNTeNde-se aQui Pilar coMo Base da coNstrução).”

Mas o que é o tal do ISO? Este queridinho é o cara que indica a sensibilidade do sensor (ou do filme) à luz, seus valores podem variar de 80 à 6400, ou até mais. Quanto maior o valor, maior será a sensibilidade à luz, ou seja, será menor a necessidade de luz para iluminar a cena. Porém a foto será mais granulada, afetando o resultado final da imagem. Então se você não tiver como objetivo o granulado, use ISO baixo, e flash. Já o ISO baixo apresenta uma qualidade de imagem melhor, porém ele é menos sensível a luz, assim necessita de uma exposição mais ampla (abertura do diafragma maior) ou em tempo mais longo, dificultando fotos rápidas, por exemplo.

RESuMINDO A cONvERSA: Use o ISO baixo para fotos em dias de sol (aqueles super iluminados, brilhantes, claros); O ISO médio você deve usar em dias com tempo bom/regular ou na sombra (ambientes acinzentados claro) e ISO alto use nos dias nublados, chuvosos, noite ou em ambientes mais fechados (com pouca claridade). Então, aproveita que a primavera tá aí, corre lá pra fora fazer umas fotos e se joga na poesia que o clima proporciona. Beijos e até a próxima!

TroCaNDo EM MIÚDOS: Quanto maior o valor do ISO (ou ASA), mais clara e mais granulada será a imagem produzida. Quanto menor o valor, mais qualidade terá a fotografia, e a riqueza de detalhes será muito mais digna.

É pOSSÍvEl cONcERtAR OS RuÍDOS cAuSADOS pElO ISO AltO? O Photoshop, e outros programas de edição de imagem (de qualidade) nos apresentam várias opções para editar, e aperfeiçoar as fotografias, porém acredito que se a manipulação for demasiada, você poderá perder a aparência profissional da fotografia e a originalidade. Isso, sem falar que edição gritante, mal feita, acaba com a poesia da fotografia, pois como já disse inúmeras vezes, fotografar é todo um desenvolvimento e criação passo a passo, ponto a ponto, fase a fase. Créditos: notnyt


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APRENDA COM

quEM SABE! Texto// Daniele Holdorf

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CUIDE BEM DE SuA pElE CoM UMa Boa lIMpEzA Todos querem ter uma pele bonita, saudável, com aquela textura lisa e aparência luminosa. Muitas são as formas para se obter uma pele com essas características. Mas, é com a limpeza de pele que adquirimos uma pele livre de sujidades e oleosidades, resultando assim em uma pele limpa, bem tratada e com uma melhor textura. A nossa pele, ao longo dos dias e anos, vai adquirindo e acumulando impurezas, sejam estas, provindas do meio externo ou do meio interno. O meio externo é tudo aquilo que “ataca” a nossa pele diariamente, sejam estes: poluição, poeiras, resíduos de maquiagem, entre outros. Já o meio interno, é caracterizado por fatores genéticos ou hormonais do indivíduo, que levam ao aumento da produção de sebo (gordura), resultando em acnes e comedões (cravos). Em vista disso, a limpeza de pele profunda tem como principal objetivo a retirada dessa oleosidade excessiva da pele, bem como promover a extração de comedões (popular cravo), drenagem de pústulas (espinhas), e retirada de mílio ou milium (pequena formação de queratina densa), mediante sequência de produtos cosméticos e técnicas. A limpeza de pele, pode ser feita em qual-


quer tipo de cutâneo, seja ela oleosa, seca, mista ou normal. Em todos os biótipos cutâneos, essa higienização da pele tem benefícios muito importantes, como: aumento na nutrição da pele, tonificação, ação anti-inflamatória, antisséptica, cicatrizante e relaxante, promove maciez, aspecto limpo e saudável, além de ajudar na permeação dos cosméticos de uso diário.

“A nossa pele, ao longo dos dias e anos, vai adquirindo e acumulando impurezas, sejam estas, provindas do meio externo ou do meio interno.”

Esse procedimento de limpar a pele, pode ser realizado de diferentes formas. Seja através de equipamentos que auxiliam na extração das sujidades ou com as próprias mãos. Independente da técnica utilizada, é importante que a pele fique limpa, mas que não haja uma agressão muito grande à pele, para que ela não fique muito traumatizada ou sensível após a sessão. O procedimento em si começa com a higienização e esfoliação da pele, para a retirada de impurezas, resíduos e para um afinamento da superfície da pele. Em seguida, passa-se para uma série de fases que dão sequência à limpeza de pele, que são: a fase da emoliência (produtos e vapor de ozônio), fase da extração (manual), fase bactericida e anti-inflamatória (através do equipamento alta-frequência, tônicos, máscaras) e por fim a fase de finalização (protetor solar). Uma sessão de limpeza de pele profunda, dura em torno de uma hora e meia, e pode ser realizada de 30 em 30 dias, ou quando houver necessidade de limpeza. É de muita importância que a cliente, cuide da pele em casa, realizando uma limpeza diária, a fim de retardar o aparecimento dos cravos. É bom ter em mente também, que é de extrema importância que o profissional utilize luvas e que o local e utensílios de trabalho, sejam limpos, desinfetados ou esterelizados, a fim de evitar contaminações. E por fim, os procedimentos de limpeza de pele, devem sempre ser realizados por um profissional qualificado na área, a fim de prevenir complicações. Pode-se concluir que muitos são os benefícios que a limpeza de pele profunda trás à pele. Mas, um conjunto de ações como: tomar bastante água, ter uma alimentação saudável e utilizar protetor solar diariamente, também são fatores importantes que determinam a “saúde” de sua pele. Então, alimente-se bem, proteja-se, hidrate-se e faça sua limpeza de pele regularmente!

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Texto// AIESEC

ENTÃo Fala aÍ!

QUER FALAR?

chOquE cultuRAl

cONhEÇA A EXpERIêNcIA DE quEM vIvEu ISSO NA pRÁtIcA

Santiago Pulgarin Lopez, de Medellín – Colômbia, é formado em Administração de Negócios Internacionais pela Universidad Pontificia Bolivariana. Está em Erechim há dois meses, trabalhando como responsável pelas exportações na empresa Plaxmetal. Esse é o terceiro intercâmbio dele, que já esteve na Índia e Rússia. Em 2008, por conta de alguns amigos, Santiago ingressou na AIESEC em busca das oportunidades de desenvolvimento que a organização oferecia. Com o passar do tempo, começou a trabalhar como coordenador de cooperações internacionais e lembra que embora cada um viva a experiência de forma diferente, o mais marcante é o desenvolvimento das habilidades de liderança. Tanto como membro, ou intercambista da AIESEC, é visível o desenvolvimento de múltiplas competências, tais como gestão de grupo, habilidades de comunicação e também a criação e o fortalecimento de uma mentalidade global.

“coMo iNTercaMBistA nA índiA, sAntiAgo pAssou quAtro meses Na cidade de hYderAbAd trAbAlhAndo como redAtor de conteúdos em umA empresA locAl.”

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Como intercambista na Índia, Santiago passou quatro meses na cidade de Hyderabad trabalhando como redator de conteúdos em uma empresa local. Ao chegar lá, se deparou com costumes totalmente diferentes das tradições ocidentais e com situações como a de não usar papel higiênico. “Na Índia vivi situações extremas. Mesmo tendo condições normais, de acordo com os padrões locais, para qualquer ocidental representaria um choque cultural extremamente forte. Lá enfrentei o caos das cidades asiáticas, as superpopulações e a constante presença de cheiros ruins. O fato de a alimentação ser totalmente vegetariana e com algumas restrições me fez desejar tudo aquilo que alguma vez recusei, simplesmente porque não gostava”. Mesmo assim, Santiago lembra que desenvolveu habilidades como multiculturalidade, liderança, responsabilidade, além de se permitir sair da zona de conforto e expandir a sua experiência internacional. Antes de se embarcar para suas viagens não se preparava para quaisquer choques culturais que pudesse viver. “Não existe nenhuma situação que você possa estar 100% preparado para viver, na realidade a própria experiência vai te ensinar a ser forte, sábio, a estar sempre atento e pronto para reagir, mas sobretudo te ensina a tomar grandes decisões de uma maneira que jamais esperaria”.

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NaTUral Texto// Maria Gilda De Marco

MEDICINA

TraTaMENTo

NaTUrEBa

Fitoterápicos são medicamentos obtidos empregando-se, como princípio-ativo, exclusivamente derivados de drogas vegetais. São caracterizados pelo conhecimento da eficácia e dos riscos de seu uso. Fitoterápicos são regulamentados no Brasil como medicamentos convencionais e têm que apresentar critérios similares de qualidade, segurança e eficácia requeridos pela ANVISA para todos os medicamentos.

“as PlaNTas MedicinAis são AquelAs cApAzes de AliviAr ou curar eNFerMidades e têm trAdição de uso como remédio em umA populAção ou comunidAde.”

As plantas medicinais são aquelas capazes de aliviar ou curar enfermidades e têm tradição de uso como remédio em uma população ou comunidade. Para usá-las, é preciso conhecer a planta e saber onde colhê-la e como

prepará-la. Quando a planta medicinal é industrializada para se obter um medicamento, tem-se como resultado o fitoterápico. O processo de industrialização evita contaminações por microrganismos, agrotóxicos e substâncias estranhas, além de padronizar a quantidade e a forma certa que deve ser usada, permitindo uma maior segurança de uso. O conhecimento histórico do uso de plantas medicinais se dá ao longo da História da Humanidade pela própria necessidade humana, uma vez que as plantas foram os primeiros recursos terapêuticos utilizados. No papiro de Ebers, de 1550 a. C., descoberto em meados do século passado, em Luxor, no Egito, foram mencionadas cerca de 700 drogas diferentes, incluindo extratos de plantas, metais (chumbo e cobre) e veneno de animais. As plantas medicinais possuem princípios ativos, ou seja, compostos químicos produzidos durante o metabolismo da planta, que lhe conferem a ação terapêutica. Há diversas formas de utilização, que dependem da parte do vegetal a ser utilizada, do tipo de efeito desejado e da enfermidade a ser tratada. Como qualquer medicamento, o mau uso de fitoterápicos pode ocasionar problemas à saúde. É claro que dificilmente chega-se a uma overdose de chá de boldo. Mas há ainda muitas plantas cujos efeitos não são bem conhecidos e seu uso indiscriminado pode prejudicar a saúde. Por outro lado, vários estudos científicos comprovam que a fitoterapia pode oferecer soluções eficazes e mais baratas para diversas doenças. Informe-se sempre com um profissional da saúde. Atualmente, a Fitoterapia é parte importante de muitos estudos na área da saúde como uma ótima possibilidade terapêutica. Requer, no entanto, seriedade em seu uso e indicação, pois apesar de ser um método terapêutico natural também apresenta contraindicações, efeitos colaterais, dosagens ideais e formas de uso.

//40 Créditos: Chiot’s Run


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Ou DÁ A BIKE! Texto// Franceline Caye

CASE COMIGO

“NãO SEI SE cASO Ou SE cOMpRO uMA BIcIclEtA...” Nunca levei esta expressão a sério, mas ela me pegou em cheio hoje pela manhã. Não sei se foi o exagero de sono ou a falta de café. Sei que, pelo impacto, deixei com que os pensamentos viessem, livres. Pensei na sensação que temos ao andar de bicicleta, pensei na sensação que temos logo no início de um relacionamento. Comparei-as e percebi que são semelhantes. Um sorriso meio bobo no canto da boca e leveza. Como obrigação? Aproveitar, o momento ou a paisagem.

“metAforizAndo A vidA adulTa, e Todos os caMiNhos Que eleGeMos Percorrer, somos obrigAdos A escolher. indecisão não é AlternAtivA.” Mas aí, alguém diz: “Você deve escolher. Uma bicicleta ou o casamento, o que você prefere?”. Metaforizando a vida adulta, e todos os caminhos que elegemos percorrer, somos obrigados a escolher. Indecisão não é alternativa. A simples e ingênua frase “não sei se caso ou se compro uma bicicleta” resume opções, delimita. A dúvida é capciosa. Sério que só existem estas duas opções? Eu marco um “x” em uma das duas e saio pra viver? Uma opção é excludente a outra? Ou eu pedalo sozinha ou eu caminho segurando a mão de alguém? Não vou marcar um “x”, na esperança de “ser feliz para sempre”, desculpa. É só uma

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prova velha impressa em mimeógrafo. Não quero aprovação neste teste. A questão nem é o “x”, mas a fantasia de não rasurar na hora da resposta, o sonho de marcá-lo para todo o sempre, torna-se maior. A bicicleta representa o individualismo, a independência, a liberdade. Ainda lembro da primeira bicicleta que ganhei aos 5 anos, era lilás... Era aventura, era a projeção da liberdade. Liberdade que parece só ser alcançada depois de conseguirmos nos equilibrar em cima de duas rodinhas (mesmo que no começo sejam necessárias quatro delas). O devaneio maior era poder largar os pedais e simplesmente erguer os braços. Já casar, representa segurança. Cumplicidade e carinho, amor e respeito. O abandono dos sonhos individuais e o início de uma vida a dois, com família, futuro e café da manhã com torradas. É compromisso, construção, doação. A união de duas vidas. Para contradizer a ordem natural das coisas, a sociedade nos faz escolher. Ou você se dedica a seus sonhos e à sua bicicleta, ou você partilha sua vida com alguém e casa. Uma bicicleta exige compromisso também, sabia? Assim como os sonhos individuais não podem ser deixados de lado, só porque surgiu alguém no meio do seu caminho. Saber equilibrar é o segredo. Na bicicleta e nos relacionamentos. Casar é tão antigo que me dá coqueluche e ter uma bicicleta se tornou tão cool, que deixei a minha na garagem, por período indeterminado. Amar é tão analógico quanto o primeiro equilíbrio na bicicleta. Só eu acho isso? Decidi. Vou casar e comprar duas bicicletas. Mas antes, vou tomar o café que faltou hoje pela manhã.


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pARA OS pÉS

VERÃO 2013 E A MODA

AS tENDêNcIAS pARA OS pÉS Como boas e vaidosas garotas, não poderíamos deixar de lado o charme e a elegância dos nossos pés. Para isso, vamos ficar por dentro do que a moda está trazendo para aqueles que nos “aguentam” o dia inteiro. Neste verão vale ponteiras, tiras, transparências, tressê, madeira, metalizado e muitos outros estilos.

Brilho nos saltos, muito glitter, que misturado com o preto ou o dourado, deixam os sapatos muito mais lindos e modernos. Uma novidade para as mulheres que gostam de um bom salto alto são os saltos mais grossos, que além de passarem mais segurança na hora de caminhar são mais confortáveis e é claro não deixam de ser bonitos.

Texto// Carla Curzel

“Para vocÊ Que NÃo GosTa de aBusar e É Mais adePtA Ao básico, não se desespere...Além do blAcK & white os nudes tAmbém vierAm com forçA totAl nAs pAssArelAs, deixAndo AindA mAis leve A estAção.” As cores vão das mais coloridas até o clássico preto e branco que vem para encher os dias quentes de elegância e estilo. O verão vai trazer também combinações como verde com vermelho, azul com laranja, enfim, uma variedade de cores que misturadas acabam dando certo. A cor predominante é o laranja e o amarelo. Para você que não gosta de abusar e é mais adepta ao básico, não se desespere... além do Black & White os nudes também vieram com força total nas passarelas, deixando ainda mais leve a estação. Com brilho, sem brilho, colorido ou básico o importante é que proporcione conforto e feche com chave de ouro o seu visual, afinal, um sapato além “estragar” seu pé pode também estragar sua produção.

//44 Fonte: Campanha Verão 2013 ©Dakota


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SEu cORpO Texto// Fernanda Paier

CONHECENDO

cONScIêNcIA Corporal Você já parou para pensar em algumas curiosidades sobre o seu corpo, como por exemplo: Que tipos de movimentos seu corpo é capaz de executar? Quais as limitações de seu corpo no dia-a-dia? Será que você é capaz de ler mensagens corporais de pessoas próximas? O que acontece no seu corpo quando está tenso, irritado, triste? Porque seu corpo fica limitado em sua atividade quando está diante de uma necessidade fisiológica? Qual é função dos seus pés possuem em sua postura? Como seu corpo e ações corporais dizem muito sobre seu estado de humor, pensamentos e objetivos? Pois então, estas perguntas só nos remetem a uma única conclusão: que o corpo é o nosso maior instrumento de comunicação com o mundo. Através dele, recebemos e emitimos informações de fontes externas e internas, usando os cinco sentidos, músculos, articulações e órgãos, por isso a consciência corporal é uma percepção que nos fornece a real noção do que fazemos, sentimos e precisamos.

//46 Fonte: lululemon athletica


BBAD

Mas afinal o que significa ter consciência corporal? Ter consciência corporal significa entender tudo que está acontecendo dentro do próprio corpo, ou seja, identificar os processos e movimentos internos e externos. É um meio de autoconhecimento que nos faz compreender e respeitar as capacidades e limites do corpo e ainda sua relação com nós mesmos e com o meio que vivemos. Por isso jamais devemos dividir o corpo físico em mental e emocional, já que a nossa parte física também pensa e sente, sendo considerada parte de um todo.

“Possuir um corpo consciente é de extrema importância, pois se tem um maior conhecimento sobre suas capacidades e limites, além de maior controle e integração de ações físicas, mentais e emocionais [...]”

Possuir um corpo consciente é de extrema importância, pois se tem um maior conhecimento sobre suas capacidades e limites, além de maior controle e integração de ações físicas, mentais e emocionais, fazendo vivenciar experiências internas e externas dentro da realidade de cada um. Além de servir como fator preventivo de lesões e nos dar sinal de quando algo não está bem. Nosso corpo é, antes de tudo, nosso primeiro e maior mistério. Para estarmos realmente presentes no mundo, é preciso reconhecer que somos um corpo em uma imensidão de complexos processos que nos fazem transitar em uma consciência e inconsciência desconcertantes e pragmáticas e em suas atitudes, que são sempre corporais. Construímos e destruímos discursos corporais que resultam em um conhecimento de nossa vida. O corpo, então, é o lugar onde há a quebra da simetria, onde tudo pode acontecer e realmente acontece (Barros, 2001). Também construímos e destruímos nossa imagem corporal. É uma sucessão de tentativas para buscar uma imagem e corpos ideais. E esse mundo de imagens corporais que permeia nossas vidas está pleno de emoções. Qualquer atividade física como danças em geral, ioga, massagem biodinâmica, eutonia, educação somática, entre outros, ministrada por profissionais competentes, favorece a consciência corporal. Por isso pratique atividades físicas, se redescubra. Mexa-se, encontre um sentido para suas limitações, ações, razões e sentimentos que transmite para o meio e às pessoas.

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EM vENDAS Texto// Soeli de Oliveira

DICAS EFICIENTES

A cIêNcIA DA INFluêNcIA EM vENDAS Semelhante ao filósofo Diógenes (413323 a.C.), que andava pelas ruas de Atenas com uma lanterna acesa em plena luz do dia à procura de um homem honesto, os empresários atuais andam ansiosos, caminhando de um lado para outro em seus escritórios, à procura de profissionais de vendas éticos e talentosos, capazes de utilizar a ciência da influência para ajudar os clientes a decidirem pelos seus produtos e serviços. Veja a seguir algumas dicas capazes de aumentar o poder persuasivo dos vendedores:

cOMEcE A ApRESENtAÇãO pElO pRODutO MAIS cARO O cérebro toma decisões por comparação. A ordem é crucial para a decisão. Ele compara o que veio antes com o que veio depois. Se você acaba de comprar um vestido por R$ 1.000,00, é fácil ser convencida a levar um cinto por R$ 100,00, pois ele representa só 10% a mais na compra.

a IMporTÂNCIa Da rECIproCIDaDE Todos nós sentimos a necessidade de retribuir favores que nos são prestados. Isso está na nossa estrutura psicológica. Se eu lhe dou um sorriso, você se sente na obrigação de me dar um sorriso de volta. Se eu estendo a minha mão para apertar a sua, você se sente na obrigação de estender-me também a sua para

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um aperto de mão. Enfim, é dando que se recebe. Da mesma forma, grosserias dão a quem as recebe o direito de retribuição. Aí reside o poder dos brindes, amostras grátis e da prática da degustação no varejo alimentar.

“o cérebro tomA decisÕes Por coMpArAção. A ordem é crucial Para a decisão. ele compArA o que veio Antes com o que veio depois.”

concessão recíproca? Comece levando à apreciação dele um projeto muito maior do que aquele que você quer ver aprovado. Aceite o não sem reclamar. Em seguida, apresente-lhe o projeto que você quer que ele realmente aprove.

O EFEItO EScASSEz Tudo se torna mais valioso quando sua disponibilidade é menor. Imagine-se passando por uma loja e vendo o seguinte aviso: Oportunidade exclusiva. Último dia! Você ficaria curioso para saber a que se refere o aviso, não é verdade? Todos somos vulneráveis ao princípio da escassez. Sempre queremos aquilo que não temos e a nossa reação à escassez bloqueia a nossa habilidade de pensar corretamente. Exemplos: O amor de Romeu e Julieta. Os selos e moedas colecionáveis. As últimas vagas. “É só hoje a promoção”. “É só até amanhã”. “Até durarem os estoques”, etc.

O pODER DA lEGItIMIDADE cONcESSãO REcÍpROcA Quando você recebe um não e o aceita sem objeções, você coloca o seu interlocutor em dívida para com você. Exemplo: Um garoto de oito anos chega para sua mãe que está na cozinha, fazendo o almoço, e diz: “– Posso ir brincar na casa do Joãozinho?”. E a mãe, sem pestanejar, responde: “– É claro que não!”. O filho aceita o não de sua mãe sem reclamar. Em seguida ele solicita: “– Mãe, e um biscoito, pode? A mãe, então, responde: “– Claro, meu filho, aqui está!”. Aí reside o poder dos vendedores de livros sobre saúde, que quando o cliente não compra os livros, porque são caros, oferece as revistas e com grande probabilidade as vende. Sabe como obter a aprovação do seu chefe para um projeto muito especial utilizando a técnica da

Coisas escritas, com frequência, são tomadas como verdadeiras e imutáveis. Exemplos: tabelas de preços no comércio, com as diversas condições de pagamento escritas, diminuem a pressão dos clientes por descontos. Os correntistas dos bancos normalmente assinam os contratos de adesão sem solicitar mudança nas cláusulas. O vendedor que busca conhecer e praticar todas as nuances da sua profissão é figura rara hoje em dia e há valor em toda raridade. Valorize-se! “Caminhe a segunda milha” em busca de qualificação profissional e de conhecimento de como os seres humanos funcionam, pois em nenhuma época da história o conhecimento esteve tão disponível. E por favor, não alegue que não tem tempo, para continuar na mesmice, pois ter tempo é uma questão de prioridade.


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INDEpENDENtES Texto// Ruído Coletivo

OS FESTIVAIS

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REDE BRASIl DE FEStIvAIS INDEpENDENtES Os festivais de música sempre tiveram um importante papel simbólico e estrutural na construção da narrativa da Música Brasileira. Seja através de processos de promoção, de rotas de circulação e formação de platéia, até o momento mais recente, no qual os festivais de música independente assumiram um papel de protagonismo na irradiação da nova música brasileira e, fundamentalmente, das novas tecnologias e alternativas para o cenário crítico vivido pelo modelo anterior. De forma comprometida e movidos pelo desejo de abrir espaço para estes novos artistas, pouco mais de uma dezena de produtores procurou, a partir dos anos 90, construir projetos de música independente em suas próprias cidades, como uma forma de criar pontes entre o cenário cultural local e o mundo. A partir dos anos 2000, com o acirramento da crise da grande indústria, e com as conexões promovidas pela cultura digital, este processo ganha mais força, ao mesmo tempo em que o contato entre estes produtores se intensifica. Como fruto disso, em 2005, 16 festivais de música independente se unem numa iniciativa inovadora que gerou conseqüências decisivas para o cenário musical brasileiro. Com base em três princípios fundamentais: compromisso com a cena local, compromisso com a continuidade e troca de tecnologias, estes festivais já não estavam mais isolados em suas cidades e constituíram a Abrafin (Associação Brasileira de Festivais Independentes). A experiência de cada um serviu como base para o alinhamento e a consolidação de uma série de ações coletivas. A promoção de um calendário nacional de festivais somou-se à

composição de uma variedade de bandeiras, que passaram a ser encampadas, forçando a reavaliação de alguns princípios, tanto de políticas públicas para a cultura quanto para o próprio mercado da música. Mais do que tudo isso, aquela iniciativa construída serviu como importante alusão ao reposicionamento do mercado da música independente brasileira, a partir da lógica associativa e colaborativa.

“de ForMa coMProMetidA e movidos pelo desejo de Abrir espAço Para esTes Novos artistAs, pouco mAis de uMa deZeNa de ProduTores procurou, A pArtir dos Anos 90, construir ProJeTos de MÚsica iNdependente em suAs própriAs cidAdes [...]”

da cultura de rede nos setores da sociedade e, especialmente no meio cultural, apontaram caminhos e mapearam diversas dificuldades que devem ser transformadas em oportunidades. A passagem da ação individual, para uma ação coletiva, deverá ser complementada com a intensificação dos espaços de troca e colaboração e dos processos de descentralização, como alternativa capaz de dar conta de uma demanda cada vez maior e da necessidade de ampliar a sistematização e a geração de indicadores ligados a este setor. A partir daí surge a Rede Brasil de Festivais, e a compreensão de que a lógica corporativa e de classe, importante a princípio para a ampliação de um novo ambiente associativo, deverá ser transposta para que o método colaborativo avance e um novo modelo de mercado musical realmente floresça. Rede Brasil de Festivais é formada por 6 circuitos Regionais (Sul, Paulista, Mineiro, Nordeste, Centro-Oeste e Amazônico), reunindo festivais de todo o país. São mais de 100 festivais de música independente que atuam diretamente nos processos de fomento, de rotas de circulação de artistas e de conhecimento e formação de platéia, assumindo um papel de protagonismo na irradiação da nova música brasileira e, fundamentalmente, das novas tecnologias e alternativas de produção. Os eventos da Rede Brasil também são campi temporários da Universidade Livre Fora do Eixo, proporcionando grandes debates, percursos culturais, ambientes cognitivos de aprendizagem e conexões entre artistas, pensadores e fazedores de cultura.

AlGuMAS INFORMAÇÕES A intensificação deste processo ficou clara com o aumento significativo dos festivais por todo o Brasil, e diante disso, era necessário compreender os novos desafios colocados para este campo associativo. A disseminação

107 Festivais 88 Cidades 10 mil artistas 50 turnês 13 mil atividades


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Circuito Sul de Festivais O Circuito Sul de Festivais integra Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, propondo um campo de circulação de bens e serviços culturais, através de trocas entre bandas, materiais independentes e tecnologias sociais. Tem amplas possibilidades de interação internacional, por estar em região fronteiriça com outros países da América do Sul.

Erechim Festival Ruído é uma das plataformas culturais do Ruído Coletivo - coletivo de produção e divulgação cultural ligado ao Circuito Fora do Eixo (rede nacional composta por mais de 70 coletivos culturais) que tem como objetivo trazer para Erechim apresentações musicais e atividades de formação afim de diversificar a oferta cultural dessa cidade e ampliar a visibilidade ao que é produzido na região. As atividades de formação do evento são voltadas ao público em geral e abrangem temas norteadores sobre o cenário político, social, econômico, musical e artístico da atualidade. Na agenda também consta workshops, painéis e palestras sobre as mais variadas áreas da cultura. Surgido em meados de 2009 com o nome de Ruído Rock Festival, o festival vem desde o começo modificando a cara do cenario independente de Erechim e região. Sendo primeiramente um festival em um ambiente fechado que acontecia exclusivamente ao domingos, o evento conseguiu criar um nicho de cultura alternativa em datas onde havia pouca opção de cultura independente.

Com 5 edições já realizadas, reunindo um público de mais de 2 mil pessoas e contemplando mais de 30 bandas de várias partes do país o Ruído Rock Festival se tornou base e inspiração para vários outros eventos do mesmo gênero na cidade e região. O Ruído Festival tem se mantido principalmente pelo trabalho voluntário dos profissionais envolvidos que investiram sua força de trabalho, e também, por escassos apoios externos e recurso de bilheteria. Com um crescimento significativo ano após ano, graças ao uso da moeda complementar, FDE CARDS, possibilitou a valorização do trabalho contabilizado que é retribuído em troca de serviços, além da moeda solidária, o festival vem contando gradualmente com o apoio da Secretaria da Cultura e Prefeitura da Cidade de Erechim. Atualmente é integrado à Plataforma de Festivais do RS, à Rede Brasil de Festivais Independentes que conta com 107 festivais Brasil a fora, sendo 12 destes representantes do Circuito Sul que foi lançado durante o congresso Fora do Eixo Cone Sul em Porto Alegre. Estamos conscientes do que construímos, mas, principalmente, comprometidos com o futuro e os desafios que temos pela frente. É preciso seguir e a força demonstrada pelos movimentos culturais brasileiros nos últimos anos, nos estimula a consolidar o Brasil como a Embaixada Mundial das Redes de Cultura no Mundo. Salve os festivais independentes brasileiros e todas as suas conexões!

fb.com/RedeBrasildeFestivais Mormaii|Beagle|Rosa Tatuada Chek|Long Island|Nicoboco //51 revistabox.com


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Fotos// Jo達o Schimainski (Ereclic.net)

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