RevistaBRF edição 101

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Novembro | Dezembro 2013 • nº 101

MARKETING Sadia e Perdigão oferecem um menu de 36 produtos para as festas de fim de ano – Págs. 3 e 10

LÁCTEOS

O brasileiro consome cada vez mais iogurte. E a Batavo inova cada vez mais – Pág. 14

Jovens e criativos: os chefs do futuro Os seis finalistas do concurso promovido pela área de Food Services da BRF entre estudantes de Gastronomia Pág. 6


Editorial

Ofensiva global

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marketing 12 milhões de unidades de carne para o fim do ano

marketing A retomada das tradições natalinas

GASTRONOMIA Concurso desafia a criatividade de futuros chefs

MERCADO EXTERNO Uma nova linha de frios da Sadia para a China

VITRINE Mais sabor à mesa com novidades para as festas

ESPORTES O ginasta Arthur Zanetti fecha um ano de ouro

LÁCTEOS Batavo inova com lançamento do Yogoflan

Comunidades Instituto BRF capacita gestores de 58 ONGs

ACONTECE Fábrica em Abu Dhabi iniciará a operação em 2014

03 04 06 09 10 12 14 16 18

Claudio Galeazzi Presidente da BRF

A revista BRF é uma publicação periódica, de circulação externa e distribuição gratuita.

Coordenação: Rosa Baptistella

Conselho Editorial:

JBX Conteúdo e Comunicação

Marcos Caetano, Luciana Ueda e Mauricio Cherobin

Coordenação Editorial: Antonia Costa

e Miguel Jimenez Colaboração: Jones Broleze E-mail: antonia@jbxcomunicacao.com.br

Projeto Gráfico: Graphic Designers

Direção de Arte: Ronaldo da Silva Rego Impressão: Printcrom

Tiragem: 6.400 exemplares SAC – BRF: 0800-7017782

Divulgação

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Com suas marcas de alta reputação, a BRF tem a liderança em diversas categorias de alimentos industrializados no Brasil. Essa posição foi construída ao longo de décadas de trabalho competente das empresas Perdigão e Sadia, unidas para formar a companhia há quatro anos. A nova gestão da BRF, estabelecida desde agosto, vai trabalhar para consolidar ainda mais essas conquistas e obter outras em âmbito nacional. Mas, ao lado dessa tarefa, identificamos como nossa missão levar a BRF a uma arrancada global. À frente da operação, contratado para ocupar o posto de CEO internacional, está o executivo Pedro de Andrade Faria, com experiência nas gestoras de investimento Tarpon e Pátria e nos bancos Chase Manhattan e Salomon Brothers. Na nossa visão, a BRF tem grande potencial para aumentar sua participação em mercados internacionais estratégicos. O nosso propósito é avançar especialmente em itens de maior valor agregado. Nesse sentido, a construção de uma fábrica de empanados, hambúrgueres e pizzas em Abu Dhabi, no Oriente Médio, com início de operação no primeiro semestre de 2014, é um passo importante, que será seguido de outros. Com o alcance de novos consumidores pelo mundo, os resultados virão na forma de uma companhia mais valorizada, com clientes satisfeitos, funcionários engajados e que proporcione maior retorno aos acionistas.


Marketing

Fim de ano com fartura Com expectativa de ampliar as vendas em 10%, a BRF produz mais de 12 milhões de unidades de carnes para as festas

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BRF se preparou para um fim de ano com mesa farta. Sete unidades industriais da companhia foram mobilizadas para assegurar a produção de 12 milhões de unidades de carnes, que serão destinadas às celebrações de Natal e ano-novo. Os destaques são os tradicionais Peru

Sadia e Chester Perdigão. Mas o portfólio de comemorativos à disposição do consumidor em 2013 é composto de 36 produtos, cinco a mais que no ano passado. “É uma linha diversificada, assim como é o gosto do brasileiro, e que alia qualidade, praticidade e sabor”, diz Rodolfo Torello, diretor de Marketing da BRF. A categoria das aves especiais é a mais consumida no país nas ceias de Natal. A BRF concentrou 80% de sua produção de comemorativos nesses itens e, com essa estratégia, espera um aumento de 10% nas vendas

deste fim de ano, de acordo com Torello. O Peru Sadia, um sucesso entre as famílias brasileiras desde os anos 1960, está disponível neste ano em cinco opções: Temperado Tradicional, Sabor Manteiga e Ervas, Desossado Recheado com Farofa, Peito de Peru Temperado Congelado sem Osso e Peito de Peru Recheado com Escarola e Queijo Sadia. Apenas para São Paulo, a Sadia traz a novidade Filé de Salmão, já temperado e embalado no saco assa fácil. A linha Chester Perdigão, apresentada em meados da década de 1980, está agora no mercado com o lançamento do Chester Assa Fácil Sabor Pesto e mais sete escolhas: Tradicional, Desossado, Azeite e Ervas, Assa Fácil Azeite e Ervas, Assa Fácil Desossado e Recheado, Tender Chester e Peito de Chester Desossado. www.revistabrf.com.br 3


Marketing

A celebração do Natal começa bem antes

A

Campanha da Sadia incentiva a retomada de tradições natalinas e propõe às famílias uma nova comemoração, a Ceia da Árvore

Sadia mantém há décadas uma presença forte nas celebrações de fim de ano de muitas famílias brasileiras, em especial com seu produto que é o carro-chefe das refeições das festas: o Peru Sadia. Neste ano, a marca

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iniciou uma ação que irá reforçar ainda mais o vínculo. A ideia é despertar nas pessoas o desejo de inaugurar as comemorações no dia da montagem da árvore de Natal – e sugerir que essa ocasião é propícia para uma reunião de família coroada por um almoço saboroso. Para isso, a Sadia lançou, em novembro, a campanha Ceia da Árvore. As peças de comunicação respondem a uma dúvida comum: qual é o dia certo para enfeitar a árvore. Essa data é assinalada pelo início do Período do Advento, um tempo de preparação para o nascimento de Cristo, conforme o calendário cristão. O dia varia de ano para ano, mas corresponde ao quarto domingo anterior a 25 de dezembro – em 2013, é o domingo 1º de dezembro. “Percebemos que as pessoas têm deixado de lado a tradição e as comemorações de fim de ano e a Sadia quer inspirar um movimento que incentive o resgate do espírito de união e confraternização tão importantes nessa época”, diz Patrícia Cattaruzzi, gerente executiva de Marketing da BRF.


Uma história de quase 50 anos O Peru Sadia começou a fazer parte do fim de ano das famílias brasileiras em meados da

década de 1970. Mas essa história teve início dez anos antes de seu lançamento

1964 1968 1971 1973 1974 1980 1982 1990 2012

Em viagem ao Rio de Janeiro, Attilio Fontana, fundador da Sadia, conhece o peru branco, então uma iguaria importada. A Sadia já abatia o peru de carne escura Diante da procura pelo peru branco, Fontana decide importar da Califórnia um lote com 1.500 aves e inicia criação experimental em Concórdia (SC)

É criado o mascote da Sadia, o franguinho apressado, de óculos e capacete de

motoqueiro. Daí por diante, ele estaria sempre presente na propaganda da marca O primeiro lote de peru branco é abatido na fábrica de Chapecó. A ave começa a ser vendida em embalagem transparente

A Sadia lança a versão temperada do peru, que facilita a vida da dona de casa. Essa é a versão básica do Peru Sadia mantida até hoje

A empresa inova outra vez ao importar dos Estados Unidos termômetros especiais para alertar sobre o ponto ideal de cozimento do peru

A Perdigão lança o Chester, uma opção de ave que passa a ser a

grande concorrente do Peru Sadia. Hoje, os dois produtos são da BRF É lançada a linha Califórnia, que amplia o consumo fora da época de festas, com a oferta de derivados de carne de peru

Mais uma inovação do Peru Sadia: a versão Fácil, que vai do congelador diretamente ao forno e fica pronta em apenas duas horas

A campanha, com anúncio em TV aberta e merchandising em programas como Domingão do Faustão, Mais Você e Caldeirão do Huck, foi criada pela agência F/Nazca Saatchi & Saatchi. Também conta com publieditoriais em revistas e materiais de

ponto de venda. No meio digital, as ações, desenvolvidas pela AgênciaClick Isobar, incluem ativação em blogs e no Facebook da marca, displays em sites, conteúdo patrocinado no Yahoo Respostas, anúncios no YouTube e o hotsite www.ceiadaarvore.com.br.

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Gastronomia

O futuro dos chefs Concurso promovido pela BRF atrai boas ideias e distribui conhecimento em food services

T

O desafio foi criar soluções práticas para o dia a dia

6 BRF

odos os anos, em média, 13 mil pessoas se formam em faculdades de Gastronomia no Brasil. Ainda que seja o oitavo curso superior mais procurado entre os inscritos no Ministério da Educação, nem todos os estudantes e novos profissionais sabem que ser cozinheiro em restaurante é apenas uma das vertentes possíveis na carreira. Boa parte deles, aliás, desconhece possibilidades de trabalho, que vão além da atuação como chef de cozinha. São atividades relacionadas com desenvolvimento de produto, pesquisa, estratégia, tendência, tecnologia e consultoria. Essa realidade tem feito a área de Food Services da BRF promover

iniciativas bem consistentes para divulgar conhecimento e atrair talentos e boas ideias. A mais recente é o concurso Chef do Futuro, realizado em 2013 e cujos resultados foram divulgados no dia 13 de novembro (leia sobre os finalistas na pág. 8). Proposta pela BRF em parceria com as faculdades Anhembi Morumbi, FMU e Senac São Paulo, a competição desafiou alunos dos cursos de Gastronomia dessas escolas a criar um produto que facilitasse o dia a dia dos cozinheiros. Na primeira fase, foram selecionados dois estudantes de cada instituição. Os seis finalistas receberam treinamentos em um programa chamado Academia BRF.


Soluções criativas_ Com esse perfil, o Chef do Futuro ajudou os participantes a entender melhor a carreira. Eles aprenderam que o objetivo de quem trabalha com food services é olhar para a cozinha como um negócio e propor soluções para o cliente crescer de um jeito saudável. Descobriram que o trabalho de consultoria gastronômica para clientes inclui, entre outras coisas, propor soluções sustentáveis e que eliminem etapas. “Esse profissional apresenta ao cozinheiro alternativas seguras para ganhar tempo e qualidade na cozinha”, diz Tatiana Lanna, gerente de Serviços e Relacionamentos da BRF Food Services. “O frango pode chegar

desfiado, de acordo com rigorosos padrões de segurança alimentar; as fatias do peperone em tamanhos padronizados ajudam a calcular o preço da pizza; e o creme culinário que não talha no estrogonofe minimiza eventuais perdas.” Em outra frente, a dos chefs consultores, é possível atuar com análise e desenvolvimento de cardápio, planos de negócio, apresentação de tendências, treinamento de brigadas e propostas de técnicas de cozinha relacionadas com desempenho e qualidade. São boas escolhas para os futuros chefs.

Divulgação

Foram quatro dias de imersão no mundo do food services, com palestras, visitas a mercados, clientes e unidades da BRF e acompanhamento da rotina de trabalho dos chefs da empresa. Cada concorrente foi apadrinhado por um chef consultor da BRF, que o ajudou a aprimorar seu projeto. As propostas foram avaliadas nos critérios de quebra de etapas, economia de espaço, aproveitamento, pioneirismo e embalagem. Produtos in natura, empanados e de presuntaria, entre outros, poderiam ser desenvolvidos. Ao todo, 200 candidatos submeteram propostas, superando em 42% a expectativa inicial, de 140 inscrições. O sucesso foi tamanho que, em 2014, o concurso terá alcance nacional. O time escolhido entre 200 candidatos

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Gastronomia

Os demais finalistas

Danilo Valente, Senac

22 anos Projeto Madalena Divulgação

Inspiração: “As menores cozinhas que conheci.” Futuro: “Antes de abrir meu próprio negócio, quero viajar pela América Latina, conhecendo alimentação e cultura.”

Débora Melo, Senac 19 anos Projeto Retrô

Davi Laranjeira

Vencedor

Anhembi Morumbi 26 anos Projeto Pacaembu No dia seguinte ao anúncio do projeto vencedor no Chef do Futuro, nem mesmo o aroma de um suculento bife ancho grelhado, do qual é fã confesso, entusiasmaria mais Davi Laranjeira do que falar do prêmio e do futuro. Aluno do primeiro ano de Gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi, Davi concorreu com um trabalho sobre pernil assado e fatiado. “Diante do desafio de eliminar etapas, me coloquei no lugar do profissional que trabalharia com o produto e pensei em um jeito de facilitar sua vida, com qualidade e sem desperdício.” Deu certo. O estudante faturou a vivência de três meses na área de food services da BRF, mais um curso na prestigiada Le Cordon Bleu, em Paris. Segundo ele, abriu-se um mundo de possibilidades. Prestar consultoria, montar um restaurante, escrever livros. Tudo isso está nos planos. “Penso mais do que nunca em me tornar cozinheiro profissional e fazer uma especialização no exterior.” Pelo jeito, o futuro de Davi já começou. 8 BRF

Inspiração: “O desafio de propor algo inédito e de trabalhar em uma área que ainda não é muito conhecida.” Futuro: “Viajar, atuar na área dos alimentos e influenciar os hábitos alimentares das pessoas.”

Henrique Figuerôa, FMU 19 anos Projeto New York Inspiração: “A convivência com profissionais da área e o incentivo familiar.” Futuro: “Especializar-me no exterior e abrir meu próprio restaurante.”

Karolina Rodrigues, Anhembi Morumbi 22 anos Projeto Invertebrado Inspiração: “Tentei me lembrar de alguma receita em que houvesse um grau maior de dificuldade no preparo.” Futuro: “Das áreas diferentes em que posso trabalhar, a de que mais gosto é a indústria de alimentos.”

Michael Yamashita, FMU 21 anos Projeto Tonkatsu Inspiração: “O trabalho com carne suína e tendências da gastronomia oriental.” Futuro: “Viajar pelo Brasil e pelo mundo, trabalhando em diversas regiões e absorvendo as diferentes culturas gastronômicas.”


Mercado Externo

Icillandit, ipsant harchit incienem autassum sendi optae aut de

Mais produtos para os chineses Uma linha de frios é o novo passo da BRF para crescer no maior mercado da Ásia

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BRF está avançando no maior mercado de alimentos do mundo, a China. O país vem ampliando as importações para abastecer uma população de 1,3 bilhão de habitantes que, com poder aquisitivo ascendente, vem elevando o consumo de proteínas. A mais nova investida no mercado chinês é o lançamento de

uma linha de presunto e salsichas com a marca Sadia. As embalagens também foram especialmente criadas considerando a cultura local. Processados no Brasil, os lançamentos atendem à estratégia de agregar valor às exportações. A ofensiva na China vem se intensificando desde 2012, quando a BRF fez uma sociedade com a Dah

Chong Hong, empresa de logística controlada pela Citic Pacific, estatal com múltiplos negócios e que é listada na bolsa de valores de Hong Kong. O primeiro objetivo da parceria foi ampliar a distribuição dos produtos da Sadia. Há estudos conjuntos para a construção de uma fábrica de processados no país. A conquista da China só começou.

A nova linha da Sadia na China Presunto e salsichas da marca agora também farão parte da mesa dos chineses

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Vitrine

Festa prátic Neste fim de ano, a Sadia e a Perdigão ajudam a

Lombo fácil, pernil fácil Os já tradicionais lombo e pernil da Sadia agora são embalados em inovador pacote Assa Fácil. Como já vêm temperadas, ao sair do freezer, as peças vão direto para o forno – não é preciso salgar nem descongelar.

Tender fatiado Tenro e delicado, o tender é obtido do pernil suíno de carne magra, curtido em vinha d’alho, cozido e defumado. No formato aperitivo, já fatiado, esta especialidade da Sadia faz ótima figura na happy hour, no amigo-secreto e nos jantares festivos.

Filé de salmão A caprichada oferta de produtos diferenciados da Sadia inclui filé de salmão com alcaparras, azeite, cebola e ervas. Os filés vão do freezer ao forno, sem escala, e ficam prontos em uma hora.

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ca (e feliz!) pular etapas na cozinha e a levar mais sabor à mesa

Chester® ao pesto O tradicional Chester® Perdigão agora também é vendido na versão ao pesto, em que a ave recebe molho à base de manjericão, azeite, castanha-do-pará e queijo parmesão. Embalado em saco assa fácil, não precisa ser descongelado antes de ir ao forno.

Ave Celebrare Simples, prática e gostosa, a linha de aves já temperadas da Perdigão é uma sugestão natalina que agrada ao paladar e não pesa no bolso. Boa pedida para festas em família.

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Esportes

Nosso campeão sobe mais alto O atleta da ginástica Arthur Zanetti, patrocinado pela Sadia, fecha mais um ano de ouro e segue em busca de mais conquistas

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Contrapé / Divulgação

om o apoio da Sadia desde 2012, o ginasta Arthur Zanetti se tornou o maior atleta que o Brasil já teve nesse esporte. Apenas nos últimos dois anos, ele arrebatou nove títulos em competições internacionais da ginástica artística, entre os quais a medalha de ouro na Olimpíada de Londres 2012, obtida na modalidade das argolas. Aos 23 anos, Zanetti ainda está em ascensão. Paulista de São Caetano do Sul, ele pratica a ginástica desde os 7 anos. Embora tenha se tornado um nome internacional, não deixou de competir por sua cidade nos Jogos Abertos do Interior, tradicional torneio entre municípios de

São Paulo. “Estou na seleção do Brasil, mas foi São Caetano que me criou”, diz. “Assim também aproveito para divulgar a ginástica para muitos jovens que têm pouco acesso ao esporte.” No fim de um ano glorioso, em que se consagrou campeão mundial em Antuérpia, na Bélgica, Zanetti já volta os olhos para 2015, quando irá em busca de uma medalha que ainda não possui: a dos Jogos Panamericanos (o Pan será disputado em Toronto, no Canadá). E, claro, vai batalhar por uma vaga na prova classificatória do Rio 2016. Rumo – quem sabe – ao bicampeonato olímpico. A seguir, uma conversa com o campeão.

Revista BRF – Você está no máximo como atleta? Arthur Zanetti – No máximo, ainda não. Mas trabalho para estar sempre bem nas competições. Tem feito algo especial no treinamento? Intensifiquei o treinamento antes do Mundial, para chegar lá em boas condições físicas e mentais. Depois, reduzi o nível porque o corpo não aguenta dar duro 100% do tempo. Intensificar o treino significa dedicar mais horas por dia? Não é tanto a quantidade de horas que muda, mas o tipo de treinamento. Faço minha série toda de exercícios e, se precisar repetir algo que não ficou bom, repito duas, três vezes, o que for necessário. É um treinamento mais focado. Quantas horas dedica ao treino? Costumo dedicar mais ou menos cinco horas por dia.

Zanetti ao receber a medalha de ouro no Mundial de Antuérpia, na Bélgica

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Oswaldo F. / Contrapé

Para ser um campeão, Zanetti treina cinco horas por dia

E o que preenche o resto de seu tempo? Tenho preenchido com a faculdade. Faço Educação Física em São Caetano. Como é recebido em outros países? Agora, o pessoal já me reconhece. Como um campeão internacional, recebo o cumprimento de outros atletas. E no Brasil, é muito assediado por fãs? Sim. Acho que sirvo de espelho para novos atletas que pretendem também ser campeões mundiais. Isso é muito importante.

Sua coleção de medalhas é algo que nenhum outro atleta brasileiro conseguiu. Já cumpriu sua missão? Estou satisfeito com meus resultados. Mas ainda sonho em conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Panamericanos, que eu ainda não tenho. E vou focar no Rio 2016 para ter mais

uma medalha de ouro olímpica. E os patrocínios, qual a importância? Os patrocinadores me ajudam bastante. Alguns, como a Sadia, já estavam comigo antes de eu ser campeão olímpico, outros entraram depois. Meus contratos vão até 2016.

Colecionador de títulos

Desde 2010, Zanetti já conquistou nove medalhas de ouro nas competições internacionais que disputou ouro

2013

Mundial de Antuérpia

ouro

2013

Universíade de Kazã, Rússia

ouro

2013

Copa do Mundo – Anadia, Portugal

Acha que o Brasil vai ter mais gente do seu nível? Se o trabalho que está sendo feito prosseguir, provavelmente o Brasil terá outros atletas de alto rendimento que vão dar bons resultados internacionalmente.

ouro

2013

Copa do Mundo – Doha, Catar

ouro

2012

Copa Toyota, Japão

ouro

2012

Copa do Mundo – Oseijek, Maribor e Ghent

prata

2012

Copa do Mundo – Cottbus e Ostrava

ouro

2012

Jogos Olímpicos de Londres 2012

O seu grande objetivo agora é o Rio 2016? É, mas antes há a classificatória de 2015. Primeiro, preciso me classificar para depois pensar no Rio 2016.

ouro

2012

Evento Teste para Londres 2012

prata

2011

Mundial do Japão

ouro

2010

Jogos Sul-Americanos

prata

2010

Copa do Mundo – Stuttgart, Alemanha

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Lácteos

O consumidor quer mais O consumo de iogurte no Brasil cresce o triplo da taxa de expansão populacional. A Batavo segue na ponta da tendência, com mais um produto inovador, o Yogoflan, e ampliação da linha Pedaços

14 BRF

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mercado brasileiro está consumindo cada vez mais iogurtes e outros produtos lácteos. Um levantamento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgado recentemente apontou que as vendas de iogurte cresceram em média 2,97% ao ano no país nos últimos cinco anos, bem acima da taxa de expansão demográfica, que já caiu abaixo de 1% em 2012. A Batavo, marca da BRF que atua na área de produtos lácteos com maior valor agregado, tem participado desse crescimento com inovações e com a ampliação de sua variedade de ofertas. Neste fim de ano, a Batavo reforça o leque de opções para o consumidor com mais lançamentos: a novidade Yogoflan, um iogurte com textura de flan, e duas novas escolhas de sabores da linha Batavo Pedaços. O Yogoflan é um produto de características inéditas no mercado do país. É uma sobremesa em forma de iogurte que apresenta uma textura de flan e vem acompanhada por uma calda com pedaços de frutas. Alinhado ao conceito “pensado para sua natureza”, da Batavo, é uma alternativa saudável, cuja composição utiliza corantes naturais e substitui a sacarose por frutose. Sua calda, oferecida nos sabores frutas vermelhas e maçã com canela, pode ser consumida quente ou fria. A tecnologia empregada na embalagem facilita o aquecimento no forno de micro-ondas sem que seja preciso recorrer a outro recipiente. “O Yogoflan é um iogurte único no mercado e atende ao interesse do consumidor brasileiro por inovações”, diz Rodolfo Torello, diretor de Marketing da BRF. Chegou às gôndolas em novembro, em embalagens de 145 gramas. No caso da linha Batavo Pedaços, as novas opções são os sabores lichia e abacaxi, disponíveis desde outubro em copos de 170 gramas. Esses lançamentos foram definidos após pesquisa de preferências do consumidor feita por meio da rede social Facebook em agosto e setembro. A lichia é uma tendência mundial que desperta interesse por ser uma rica fon-


te de vitaminas e minerais e por seu baixo teor de gordura, de acordo com os nutricionistas. O abacaxi, já bem conhecido dos brasileiros, é fonte de vitaminas e minerais. Ambos os sabores combinam com a chegada do verão e com uma preocupação maior em consumir alimentos nutritivos e saudáveis. Os iogurtes da linha Pedaços respondem perfeitamente a esses anseios, por conter pedaços de frutas, utilizar frutose e dispensar corantes artificiais. Os demais sabores da linha são morango, coco e pêssego. A pesquisa realizada pelo Ministério da Agricultura mostrou que o crescimento é forte em várias categorias de alimentos em que a BRF atua. Além do iogurte, vêm registrando expansão de consumo acima da taxa de crescimento populacional itens como leite, queijo, carne bovina e carne de frango. Isso se dá em contraste com a ampliação mais modesta do consumo de alimentos básicos, como arroz e feijão, cujo volume se expande a uma taxa de 1,3% ao ano. A notícia boa se completa com uma estimativa de que o avanço dos alimentos com maior valor agregado deve persistir na próxima década, pois a renda dos brasileiros, que acumulou ganho de 8,6% nos últimos cinco anos, também deve continuar a aumentar.

Mais proteínas

A demanda brasileira vem aumentando tanto na área de lácteos quanto na de carnes Média anual de expansão do mercado de 2008 a 2012

3,57% Iogurte: 2,97% Leite de vaca: 2,29% Carne bovina: 2,29% Carne de frango: 1,87% Queijo:

Fonte: Ministério da Agricultura

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Comunidades

Com ação para aprimorar a gestão de ONGs de 30 cidades, o Instituto BRF cumpre missão de promover o desenvolvimento local

U

m grupo de 112 gestores de 56 organizações não governamentais que realizam trabalhos sociais, educacionais e ambientais em 30 cidades, localizadas em sete estados, forma a primeira turma de participantes do Programa Inspira. O programa, criado pelo Instituto BRF, tem como principal objetivo fortalecer o papel estratégico das organizações no desenvolvimento das comunidades em que estão inseridas. Neste fim de ano, o grupo está concluindo o quinto módulo do programa, que mescla aulas presenciais e atividades pela internet – iniciada em março, esta edição será concluída em julho do ano que vem e contará com dois ciclos de investimento financeiro nas organizações participantes. Com duração total de 16 meses, o programa fez a BRF ser incluída na lista de 50 Empresas do Bem, compilada pela revista Istoé Dinheiro para destacar companhias com projetos notáveis de sustentabilidade. As ONGs atuam em cidades como Lucas do Rio Verde (MT), Buriti Alegre (GO), Lajeado (RS), Carambeí (PR), Capinzal (SC), Uberlândia (MG) e Vitória do Santo Antão (PE). Esses municípios têm em comum – assim como os demais 23 representados – o fato de contarem com unidades operacionais da BRF ou serem vizinhos a 16 BRF

municípios com unidades da companhia. “O foco do nosso trabalho de investimento social é o desenvolvimento local porque entendemos que somos corresponsáveis pelas comunidades que contribuem para que a BRF seja umas das maiores empresas de alimentos do mundo”, diz Luciana Lanzoni, diretora executiva do Instituto BRF. Além do treinamento para os gestores, as ONGs receberão até R$ 40 mil cada para investir em projetos vinculados aos conteúdos tratados pelo programa. O planejamento e a implementação do programa são realizados de forma compartilhada entre o Instituto BRF, os Comitês de Investimento Social e o Ficas. Os Comitês de Investimento Social são grupos de colaboradores da BRF cogestores do investimento social da companhia. O Ficas é uma or-

Cada entidade poderá receber até R$ 40 mil para projetos de aprimoramento de sua gestão

ganização sem fins lucrativos que investe continuamente no fortalecimento de organizações sem fins lucrativos por meio de programas e ações de formação e articulação. Com 15 anos de existência, seu trabalho já beneficiou 300 instituições no Brasil e em Moçambique. Lacuna preenchida_ A opção por oferecer um programa de fortalecimento institucional que mescla capacitação e investimento financeiro é resultado de uma constatação da realidade. “As ONGs ficam muito focadas nas suas atividades-fim e têm pouco tempo e recursos para investir na sua própria profissionalização”, afirma Luciana. “Esse é um ponto em que há uma lacuna e decidimos ajudar as entidades a ter acesso ao que há de mais moderno em matéria de gestão de organizações sociais.” Mais de cem entidades se inscreveram, em outubro de 2012, para participar da primeira edição do Programa Inspira. As selecionadas enviaram seus dois principais dirigentes para participar do curso, com o compromisso de replicar internamente o conhecimento adquirido.


Teoria e prática

O Programa Inspira é composto por encontros formativos presenciais de dois dias cada, acompanhamento virtual por meio de um grupo fechado na rede social Facebook e dois investimentos financeiros. Com duração de 16 meses, beneficiará as entidades selecionadas com 80 horas de formação presencial em gestão e fortalecimento institucional e 20 horas de acompanhamento pela internet das atividades desenvolvidas nos intervalos dos módulos de curso. No primeiro módulo, em março, foi tratada a questão da identidade, isto é, foram trabalhados temas como o perfil e a missão das organizações e orientações para definição das suas diretrizes organizacionais (papel, visão e valores). O segundo módulo foi dedicado ao diagnóstico institucional. Em julho, os participantes assistiram ao terceiro módulo do programa, dedicado ao contexto de atuação das entidades. Seguiu-se uma sessão presencial sobre desenvolvimento de projetos. O quinto módulo, realizado ao longo de novembro e dezembro, abordou as questões de comunicação, mobilização de recursos e articulação em rede. As entidades, então, receberão a verba para um segundo ciclo de investimento num projeto – já receberam até R$ 10 mil após o segundo módulo para a realização de um primeiro investimento institucional. O programa terminará em julho de 2014.

Divulgação

Desde a missão das instituições até o uso dos recursos são abordados

Módulo do Prog rama Inspir a em Vitória de Santo Antão, PE

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Acontece

Fábrica em Abu Dhabi iniciará a operação em 2014 Investimento de US$ 120 milhões ampliará a presença no Oriente Médio, região que fica com 32% das exportações da BRF

A

Divulgação

BRF está ampliando a aposta no Oriente Médio, um de seus principais mercados no exterior. Em países como Arábia Saudita, Egito, Qatar e Bahrein, a marca Sadia é a mais lembrada pelos consumidores e detém a liderança em vendas. Já responsável por quase um terço das exportações da companhia, a região passará a ter produtos processados localmente, com a construção da primeira fábrica montada pela BRF fora do Brasil. O investimento na unidade, que será localizada

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em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, é da ordem de US$ 120 milhões. No dia 12 de novembro, em cerimônia que contou com a presença do vice-presidente da República, Michel Temer, do presidente global da BRF, Claudio Galeazzi, e de outras autoridades e executivos, foi lançada a pedra fundamental da fábrica. Lá serão produzidos empanados, hambúrgueres, pizzas, industrializados e marinados. “Este é um marco no processo de internacionalização da BRF,

que vai iniciar a operação local no primeiro semestre de 2014”, disse Galeazzi na ocasião. “Entender as tendências no consumo de alimentos ao redor do mundo e as peculiaridades de cada mercado nos faz cada vez mais preparados para ser efetivamente globais e oferecer produtos para as mais diversas culturas.” Também em Abu Dhabi, a BRF já havia investido US$ 36 milhões no fim do ano passado, na aquisição de 49% da empresa distribuidora Federal Foods.


Top of Mind consagra as marcas Sadia, Perdigão e Qualy A BRF levou um total de seis prêmios na pesquisa que apura a lembrança do consumidor

S

adia, Perdigão e Qualy foram destaques na edição 2013 do prêmio Top of Mind, concedido em função dos resultados de pesquisa que verifica quais as marcas mais lembradas espontaneamente pelos consumidores. Neste ano, o Datafolha ouviu 5.145 pessoas em 160 municípios de todas as regiões do país. Grande vencedora, a Sadia foi a marca mais lembrada nas categorias Alimentos, Alimentação e

A pedra fundamental da fábrica foi lançada em 12 de novembro

Pratos Congelados. A Perdigão ficou com o segundo lugar em Alimentos e em Pratos Congelados. A Qualy foi a marca de margarinas mais lembrada do Brasil pelo oitavo ano consecutivo. “É com muito orgulho que recebemos a notícia”, diz Rodolfo Torello, diretor de Marketing da BRF. “Ter uma marca como a mais mencionada pelo consumidor, em um grande prêmio como o Top of Mind, já é um grande feito. Ter três premiadas indica que estamos na direção correta.”

Margarina Qualy agora também conta com embalagem de 1 kg O novo tamanho do produto líder de vendas oferece ao consumidor praticidade e economia

P

remiada no Top of Mind como a marca de margarina mais lembrada pelos consumidores brasileiros, a Qualy passa a ser oferecida em embalagem de 1 quilo. O novo tamanho é exclusivo para a versão cremosa e está disponível nos pontos de venda dos estados da região Sul e também em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. A BRF criou o tamanho maior para atender consumidores que costu-

mam comprar dois potes de 500 gramas por mês. O produto, seja para uso na culinária ou para tornar mais saboroso o pãozinho do café da manhã, está presente em 98% dos lares brasileiros, segundo a empresa de pesquisa Kantar. A participação da Qualy nas vendas da categoria é de 48%, de acordo com leitura da Nielsen, em um mercado que movimenta mais de R$ 2 bilhões por ano. www.revistabrf.com.br 19


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