Revista BRF Edição 95

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SETEMBRO/OUTUBRO 2012 - Nº- 95

NOVOS TALENTOS TRAINEES: a brf prepara seu futuro Pág. 14 GASTRONOMIA_ Nosso chef de Food Services é finalista em concurso na França – Pág. 4 ESPORTES_ Atletas patrocinados pela BRF voltam de Londres com medalhas – Pág. 7


EDITORIAL

Presente e futuro

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Divulgação

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03 INTERNACIONALIZAÇÃO A Plusfood aumenta a capacidade de produção

04 GASTRONOMIA Chef da BRF participa de concurso na França

07 ESPORTES Atletas BRF voltam de Londres com medalhas

10 GOVERNANÇA Gestão de Risco assume papel estratégico na BRF

12 VITRINE Opções de sabores para o hambúrguer

14 RECURSOS HUMANOS A BRF atrai trainees de todo o país

18 TECNOLOGIA Novo prédio vai concentrar área de pesquisa

20 MERCADO A Perdigão se reinventa com novos produtos

Uma das chaves para o êxito sustentado dos negócios é a conciliação entre o atendimento às demandas do dia a dia e o cuidado em preparar o que será necessário futuramente. Nesta edição da REVISTA BRF, mostramos algumas das iniciativas da companhia que equilibram o presente e o futuro. Em seu terceiro ano, o programa de trainees da BRF, retratado na reportagem de capa, é uma delas. A atração de jovens egressos de universidades vai muito além do preenchimento de algumas vagas. Os novos talentos representam oxigênio para o organismo empresarial e são sementes plantadas no terreno da formação dos gestores qualificados, imprescindíveis em nosso processo de expansão. A integração do centro de pesquisa e desenvolvimento da BRF é outro investimento que atende às necessidades de hoje e prepara avanços futuros. Como mostra a reportagem, R$ 58 milhões estão sendo aplicados na transferência para novas instalações em Jundiaí, no interior paulista, das unidades de pesquisa de Videira, em Santa Catarina, e da Vila Anastácio, em São Paulo. O novo prédio também abrigará mais equipamentos para o trabalho de inovação, com uma equipe de 250 profissionais. São semeaduras de hoje, que vão nos dar muitos frutos à frente.

22 ACONTECE

José Antonio Fay Presidente da BRF

Os produtos Claybom têm assinatura Perdigão

A revista BRF é uma publicação periódica, de circulação externa e distribuição gratuita.

Coordenação: Rosa Baptistella, Miguel Jimenez e Roberta Pavon Colaboração: Jones Broleze

Conselho Editorial: Wilson Mello, Kristhian Kaminski, Luciana Ueda, Mauricio Cherobin, Pérsio Pinheiro e Roberta Morelli

JBX Conteúdo e Comunicação Tel.: (11) 2613-5044 | 2533-5044 E-mail: antonia@jbxcomunicacao.com.br Coordenação Editorial: Antonia Costa

Projeto Gráfico: Graphic Designers Direção de Arte: Ronaldo da Silva Rego Impressão: Pancrom Tiragem: 10 mil exemplares SAC – BRF: 0800-7017782


INTERNACIONALIZAÇÃO

ampliação na europa

A BRF expande a produção da subsidiária Plusfood, na Holanda, e aumenta sua competitividade nos mercados europeus

10 MILHÕES DE EUROS foram investidos na ampliação da fábrica da Plusfood

20 MIL TONELADAS é a nova capacidade de produção por ano – era de 12 000

Arquivo BRF

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o último sábado de junho, a fábrica da Plusfood em Oosterwolde, na Holanda, recebeu bem mais gente do que seus habituais 240 funcionários. Foi um dia de portas abertas para as famílias dos trabalhadores e outros convidados. Cerca de 1 200 pessoas, incluindo muitas crianças, circularam pelas instalações. A atração de tantos visitantes surpreendeu Lambert Kroeze, diretor de Produção da Plusfood, braço europeu da BRF adquirido em 2007. “Foi muito bom ver que a empresa é reconhecida pela comunidade e que os funcionários sentem orgulho de trabalhar aqui”, diz Lambert, que tem 60 anos de idade e 40 de Plusfood. A festa se justifica: foi exibida a nova ala da fábrica, que recebeu investimento de 10 milhões de euros para expandir a capacidade de produção em 75%. Com a ampliação, a unidade poderá produzir 20 000 toneladas por ano de empanados, cozidos e grelhados de frango, além de hambúrgueres e outros itens. De lá estão saindo os snacks de frango CHIXXS, lançados recentemente nos mercados britânico e alemão e que até o final do ano chegarão aos consumidores italianos e holandeses. O investimento também aprimorou a

tecnologia da Plusfood. A manutenção dos equipamentos agora pode ser feita sem afetar a produção, que trabalha 22 horas por dia sem parar. A expansão da Plusfood faz parte do plano BRF 2015, reforçando as condições logísticas do grupo para atender clientes europeus. “Com mais escala na Plusfood, reduzimos custos e ficamos mais competitivos na região”, diz Achim Lubbe, diretor geral da BRF na Europa. O continente soma 500 milhões de consumidores e gera um quinto da riqueza mundial. “É um mercado maduro, que cresce pouco, mas com muito potencial para a BRF avançar com produtos de maior valor agregado, tanto em food services quanto no varejo”, afirma Lubbe. Com a Plusfood ampliada, cresce a ofensiva europeia da BRF.

Lambert Kroeze, diretor de Produção da Plusfood (à esquerda) e Achim Lubbe, diretor da BRF na Europa

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SEÇAO GASTRONOMIA

o nossO

ALEX

Chef da equipe de Food Services da BRF é finalista no concurso International Catering Cup, em Lyon, na França

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hef de cozinha formado pelo Senac-SP, todos os dias Alex Mei enfrenta uma dupla jornada. Depois de trabalhar na área de Food Services da BRF, ele segue para uma cozinha profissional onde cria, testa e executa receitas até que fiquem impecáveis. Esse “segundo turno” é um treino. É assim desde que se descobriu finalista da International Catering Cup, uma das três categorias do prestigiado concurso de gastronomia Bocuse d’Or, que terá lugar em Lyon, na França, em janeiro de 2013. “O objetivo é vencer, mas ir para a final em uma das cidades mais emblemáticas do mundo em termos de gastronomia já é uma grande conquista”, diz o xará do mais renomado chef brasileiro, Alex Atala. Os finalistas apresentam-se em duplas – um chef e um assistente. O apoio de Mei é o colega Guilherme Guerard. Seu treinador é o francês Alain Uzan, que está há mais de dez anos no Brasil, atua como chef consultor em restaurantes, é professor no curso de gastronomia do Senac e um dos diretores da Associação de Profissionais de Cozinha (APC). Os competidores terão seis horas para preparar e finalizar ao vivo, diante do júri e da plateia, uma refeição completa. Do amuse bouche – aquele bocadinho oferecido para distrair a fome antes mesmo da entrada – até a sobremesa, todos os pratos serão servidos para cada

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Nossos chefs consultores:

um dos 12 jurados e, também, em um bufê para oito pessoas. O tema é a Itália. Cada minuto faz diferença na pontuação e tudo é avaliado: criatividade, habilidade, técnica, limpeza, organização, o modo como o chef manipula o alimento. “Mesmo quem executa um prato à perfeição pode colocar tudo a perder se deixar sobre a bancada um papel que deveria ter sido jogado no lixo”, diz Mei. Além da Catering Cup, com Alex Mei e Guilherme Guerard, o Brasil tem finalistas nas outras duas categorias. Parte do dinheiro para passagens e estadia dos cozinheiros brasileiros em Lyon foi levantada em agosto em um jantar organizado pela APC no Espaço Manioca, em São Paulo. O menu foi assinado pelos chefs Laurent Suadeau, francês radicado no Brasil com fundamental contribuição para a evolução da gastronomia no país, Alex Atala, chef do D.O.M., o quarto melhor restaurante do mundo pela revista britânica Restaurant, e os jovens e talentosos Helena Rizzo, do Maní, e Alberto Landgraf, do Epice. Todos em São Paulo.

o melhor de cada um ALEX MEI

carnes

Responsável pelo treinamento da força de vendas em produtos e mercado

Carolina Azevedo

boas práticas de manipulação de alimentos Consultora técnica de contas globais

Christiano Queiroz

transformar a cozinha industrial em uma cozinha de autor Consultor de contas referência na região Sul

Isabel Pisa

transformar delícias em pratos saudáveis Consultora de contas estratégicas

Leonardo Maciel

tapas, dim sums, petiscos e canapés

Responsável pelo treinamento da força de vendas em produtos e mercado

Luciana Sultanum

utilizar técnicas francesas em pratos tradicionais do sertão

Consultora de contas referência na região Nordeste

Luiza de Queiroz

carnes

Consultora técnica de contas globais

Mariana Cozza

transformar tendências mundiais em produtos para o mercado brasileiro

Consultora de contas globais

Mariana Villani

fusion food

Consultora de contas referência em Minas Gerais

Marina Macedo

trazer e adaptar conceitos mundiais ao mercado brasileiro

Coordenadora da área de chefs consultores

Rosany Sambra

confeitaria, cozinha italiana e brasileira

Trabalha com o desenvolvimento do mercado de queijos no Brasil

Tatiana Lanna

trazer tendências mundiais para o mercado brasileiro

Gerente de marketing de relacionamento

Thais Gimenez

adequar técnicas inventivas a produtos acessíveis

Consultora de contas referência em São Paulo

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A competição_ Idealizada pelo famoso chef francês Paul Bocuse, a Bocuse d’Or é uma disputa culinária bastante tradicional, em que a plateia acompanha tudo ao vivo. Ocorre há mais de vinte anos durante a Sirha, uma grandiosa exibição voltada para o mercado de restaurantes e hotéis, em Lyon. Etapas regionais classificam finalistas do mundo todo em três categorias: na Bocuse d’Or original, as equipes fazem e servem para a bancada de jurados dois pratos salgados, um à base de peixe e outro de carne; na International Catering Cup, que está em sua terceira edição, é servida a refeição completa para o júri e, também, em serviço de bufê; já na Copa do Mundo de Pâtisserie o show é dos confeiteiros. Para o nosso Alex, boa sorte.

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GASTRONOMIA

como funciona a área de food serviceS da brf

AS Principais SOLUÇÕES ATENDIMENTO AO MERCADO

Chefs e consultores levam aos clientes consultoria de cardápio, gestão e treinamento de equipe de garçons e cozinheiros Venda estratégica

Um mundo de possibilidades para quem trabalha com gastronomia Dos 423 cursos universitários cadastrados pelo Ministério da Educação, gastronomia é o oitavo mais procurado. Mas só um terço dos estudantes chega ao mercado de trabalho. Os demais desistem, talvez, ao perceber que o diploma não é garantia de toque blanche, o chapéu branco e alto que diferencia o chef dos demais profissionais na cozinha do restaurante. Nem todos estão dispostos a começar descascando batatas, e muitos acham o trabalho pesado. Falta, ainda, uma visão mais ampla da carreira. A área de Food Services da BRF é um bom exemplo de oportunidades menos óbvias nessa profissão. Na empresa há dois times. Em um deles, os chefs treinam a força de vendas em produtos e mercado. “Quando sai a campo, o vendedor precisa levar não só profundo conhecimento sobre os alimentos, mas também um repertório técnico que permita ter uma conversa consistente com o comprador, que é, normalmente, chef de cozinha”, diz Tatiana Lanna,

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gerente de Marketing e Relacionamento de Food Services. A capacitação da equipe de nutricionistas que atende clientes por telefone e a avaliação de novos produtos antes que cheguem ao mercado também fazem parte da rotina desses profissionais. Já na equipe que lida com clientes, os chefs levam pessoalmente para grandes contas consultoria de cardápio, gestão e tendências e treinamento de cozinha e salão. Cada um trabalha com 20 (contas estratégicas) ou 70 (contas globais) estabelecimentos. Pode ser uma prestigiada pizzaria, um bufê, um bar superbadalado. “É preciso muita criatividade para entender as tendências mundiais e pensar em como elas podem ser aplicadas em situações tão diferentes”, diz Tatiana. O objetivo é propor soluções para o cliente crescer e lucrar de um jeito sustentável. Um desafio estimulante em um mercado em que, a cada 100 restaurantes abertos, 35 fecham no primeiro ano e 95 não sobrevivem à primeira década.

Chefs e consultores treinam os vendedores para que conheçam bem os produtos e o mercado Tendências e inovação

Entender o que acontece no mundo e propor uma forma de aplicar os conceitos na realidade do cliente Consultoria por telefone

Nutricionistas treinadas pelos chefs oferecem apoio para a base de clientes Apoio on-line

No site da Sadia (www.sadiafoodservices.com.br), há um amplo material de apoio, com dicas e receitas, além do catálogo completo de produtos. O site de food services da Perdigão está em construção


ESPORTES

Nossos atletaS em Londres Esportistas patrocinados pela Sadia brilharam nos jogos – e ganharam prêmio da empresa

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m pouco antes dos jogos de Londres, uma reportagem da revista americana Sports Illustrated dizia que, ao menos no judô, Sarah Menezes era sua aposta de medalha de ouro. Competindo na categoria até 48 quilos, ela não contrariou as projeções. Ao vencer a romena Alina Dumitru, Sarah, de

22 anos, se tornou a primeira mulher campeã olímpica no judô brasileiro. O segundo ouro do Brasil em Londres viria com Arthur Zanetti, que também tem 22 anos. Ao bater o favorito Yibing Chen, ginasta chinês tetracampeão mundial, Zanetti conquistou o primeiro lugar nas argolas da ginástica artística. Assim

como Sarah, sublinhou seu nome na história: sua medalha olímpica é também a primeira de ouro da ginástica do Brasil.

Arquivo BRF

Sarah, Zanetti e Mayra: de volta ao Brasil com suas medalhas, os atletas foram premiados novamente. Dessa vez, pela Sadia.

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ESPORTES

Quando chegou a Londres, a judoca Mayra Aguiar era a favorita ao título. Mas a gaúcha de 21 anos, número 1 do mundo na categoria até 78 quilos, foi derrotada na semifinal pela americana Kayla Harrison. Pior: machucou o braço. Mesmo com dor, Mayra voltou ao tatame para brigar pelo bronze. Conseguiu.

Balanço_ Das 17 medalhas conquistadas pelo Brasil em Londres, três foram trazidas por atletas patrocinados diretamente pela Sadia (é o caso de Sarah, Zanetti e Mayra) e quatro por esportistas pertencentes a confederações que recebem patrocínio da marca, como judô e natação.

Medalhistas brasileiros

Sadia

Atleta

Modalidade

Sarah Menezes

Judô

Arthur Zanetti

Ginástica

Mayra Aguiar

Judô

Felipe Kitadai *

Judô

Rafael Silva *

Judô

Thiago Pereira *

Natação

Cesar Cielo *

Natação

Medalha

* Atletas patrocinados indiretamente pela Sadia por meio das confederações de judô, ginástica e desportos aquáticos

Atletas de Ouro Divulgação CBG

Paulista, o ginasta campeão olímpico na categoria Argolas tem 22 anos o começo_ Aos 7 anos, um professor viu que eu era mais baixo e rápido do que os outros alunos e me indicou para a Sociedade Esportiva Recreativa Cultural Santa Maria, onde treino até hoje. a rotina_ Treino todos os dias, de manhã e de tarde. No trajeto, escuto música. Fora isso, gosto de ficar com minha namorada, ver televisão e ir ao cinema.

Ar thur Zanetti 8 BRF

a alimentação_ Como de tudo um pouco, mas, na época de treino mais puxado, preciso de mais carboidratos e proteínas. Não abro mão de carne bem passada e lamento ter de maneirar no doce, para manter o peso e ter um bom rendimento. o patrocínio da sadia_ É muito importante. Para o atleta, é um incentivo a mais. Para a empresa, é positivo apoiar o esporte.


O judô subiu ao pódio quatro vezes em Londres. Foi seu melhor desempenho em jogos olímpicos até agora. Além de Sarah e Mayra, Felipe Kitadai foi bronze na categoria até 60 quilos e garantiu a primeira medalha do Brasil na competição. Rafael Silva conseguiu outro bronze (acima de 100 quilos). Pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, a natação trouxe duas medalhas. Destaque para a prata de Thiago Pereira. Nos 400 metros medley, o nadador superou até mesmo o americano Michael Phelps. Já Cesar Cielo, embora tenha caído na água como favorito nos 50 metros livres, ficou com o bronze.

Prêmios da Sadia_ De volta ao Brasil, Sarah, Zanetti e Mayra foram surpreendidos com outro prêmio. Em cerimônia ocorrida em agosto na sede da BRF, em São Paulo, a Sadia ofereceu R$ 50 mil para cada campeão olímpico. Mayra recebeu R$ 20 mil. Assim como todo o plano de patrocínio esportivo da Sadia, o objetivo é homenagear, incentivar e apoiar os esportistas para que continuem servindo de exemplo. “Mais do que trazer medalhas, os atletas influenciam comportamentos e disseminam a prática de esportes. Queremos que as pessoas se inspirem nesses hábitos de vida saudáveis”, diz Eduardo Bernstein, diretor de Marketing da BRF.

Marcio Rodrigues / FOTOCOM.NET

Piauiense, a judoca campeã olímpica na categoria até 48 quilos tem 22 anos o começo_ Quando eu tinha 9 anos de idade, vi uma apresentação de judô no pátio da escola. Experimentei uma aula e não parei mais. a rotina_ É cansativa. Treino a parte física todos os dias e faço preparação psicológica duas vezes por semana. À tarde vou para a faculdade e à noite para o tatame. Mas sempre dou um jeito de ajudar em casa e passear com as amigas. a alimentação_ É balanceada, como um pouco de cada coisa. E não abro mão de uma lasanha. o patrocínio da sadia_ Dá tranquilidade no treinamento, porque a Sadia é uma empresa séria.

Sarah Menezes www.revistabrf.com.br 9


GOVERNANÇA

A gestão dE risco, iniciada na área financeira, agora abrange os negócios e apoia a estratégia da BRF

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Marcelo Uchoa

ma quebra de safra como a que ocorre nos Estados Unidos, afetando as cotações do milho e da soja. O perigo de um novo conflito no Oriente Médio. Uma mudança da política econômica. Um apagão de energia. Todas essas situações podem surgir diante de uma empresa como a BRF e por em risco suas

metas de vendas e rentabilidade. Estar preparado para lidar com elas faz diferença nos resultados. Para enfrentar de forma mais eficaz contingências desse tipo, a BRF mantém, desde seu início, uma gerência de riscos. A equipe conta hoje com 14 profissionais, entre gerentes, coordenadores e analistas. “Levamos para toda a

companhia um painel dos riscos aos quais está exposta”, diz Leopoldo Saboya, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, a quem a gestão de risco está subordinada. Trata-se de uma atuação preventiva. Compreende um monitoramento abrangente e contínuo de fatores que podem atrapalhar o andamento dos negócios ou causar perdas. Com informação à mão, é possível aos executivos agir antecipadamente. O estudo dos riscos leva, por exemplo, à decisão de expandir o confinamento de gado, para evitar que a empresa fique à mercê da flutuação

Christiane Assis (à esquerda, na fila de trás), gerente executiva de Risco da BRF, e parte da equipe da área

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Após fortalecer os pilares financeiro e operacional, a gestão de risco na BRF está evoluindo para uma abordagem mais associada aos negócios e à estratégia. Até 2015, deve alcançar o estágio de Gestão Ampla do Risco Empresarial. A empresa toda terá então uma cultura de risco com máxima transparência para a alta administração tomar decisões.

dos preços do boi gordo comprado à vista. Ou pode indicar que é preciso distribuir a produção em vários estados para evitar a exposição total a um problema sanitário. “Fazemos a identificação, o mapeamento e a análise dos riscos mais relevantes para a companhia e informamos os gestores de negócios e a alta administração”, diz Christiane Assis, gerente executiva de Riscos da BRF. “Só não atuamos na neutralização, que fica a cargo de cada unidade.” A montagem da estrutura de gestão de risco na BRF começou em março de 2010, partindo de uma política de risco financeiro criada pela Perdigão em 2006. Além do financeiro, outras áreas, como as de suprimentos e externa, mantinham sistemas de detecção e gerenciamento

Contribuição de Valor

EVOLUÇÃO DA GESTÃO DE RISCO

Enfoque ampliado do escopo de risco Cultura de risco e oportunidade

Foco no Risco das Unidades de Negócio

Elaboração de Programa de Gestão Elaboração de Risco de l na o Política de i ac Risco er p O Financeiro

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2006

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Gestão Ampla do Risco Empresarial

Gestão do Risco do Negócio

Gestão de Risco

2010

2011

2012-15

Perspectiva de Gestão de Risco

A gestão de risco traz resultados concretos, como a diminuição dos prêmios de seguros pagos pela companhia de risco. A criação de uma gerência específica permitiu reunir, comparar e ampliar as iniciativas antes isoladas. A gestão sistemática de riscos foi estendida do setor financeiro para os de bovinos, grãos, energia, açúcar e su-

primentos. Desde 2011, já passaram por inspeção 144 locais da empresa. “Uma vantagem que temos é a independência para apontar de forma isenta os riscos”, afirma Christiane. “Para os gestores, indicamos oportunidades de aprimorar processos e fazer melhorias em geral.” Com o desenvolvimento de seu projeto de gestão de risco, a BRF já obteve reduções dos custos de seguros. A equipe da área recebeu da Swiss Re, uma das maiores resseguradoras do mundo, classificação AA, nota que apenas 15% das empresas avaliadas conseguem. “A gestão de risco é um fio condutor de sucesso e sustentabilidade que, ao final do dia, reduz a incerteza do fluxo de caixa e gera valor para o acionista”, diz Saboya.

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VITRINE

O velho e bom HAMBÚRGUER Para comer no prato ou no pão, Perdigão e Sadia oferecem muitos sabores

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m dos itens mais populares da alimentação rápida oferecidos pelas marcas Perdigão e Sadia, o hambúrguer tem uma história que vem de longe. Quando não existia geladeira, guardar a carne picadinha e salgada era uma forma de fazê-la durar mais. Talvez essa seja a origem mais remota do que conhecemos hoje como hambúrguer. A etimologia não é conclusiva: seria um termo derivado de Hamburgo, cidade alemã de onde também viria esse tipo de comida? Ou seria uma combinação de ham (presunto) e burgher (burguês), em inglês? Não se sabe. No século XVIII, o “bife de hambúrguer” chegou a ser iguaria para comer no prato, com garfo e faca de prata. As primeiras lanchonetes do gênero surgiram no século XX, nos Estados Unidos, com a rede White Castle. O McDonald’s nasceu em 1937. O hambúrguer ficou tão popular que a revista britânica The Economist criou o Índice Big Mac, que compara os preços do sanduíche mais famoso do planeta em diversos países para analisar as diferenças de custo de vida. Na roupagem mais clássica, o disco de carne macia é servido entre duas fatias de pão quentinho na companhia generosa de saladas, queijos, molhos, bacon. O variado portfólio da Perdigão e da Sadia só aumenta as possíveis combinações de sabores. Veja alguns destaques.

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HAMBÚRGUER TRADICIONAL HAMBÚRGUER SABOR PICANHA

HAMBÚRGUER SABOR DEFUMADO HAMBÚRGUER tennessee

HAMBÚRGUER DE CARNE BOVINA

HAMBÚRGUER DE PERU

HAMBÚRGUER DE FRANGO

HAMBÚRGUER DE SOJA

MAX BURGER

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RECURSOS HUMANOS

PORTA ABERTA

Marcelo Uchoa

PARA MUITOS DESAFIOS E OPORTUNIDADES

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Em sua terceira edição, o Programa de Trainees da BRF é um sucesso: atrai jovens promissores de todo o país

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BRF receberá, em janeiro próximo, os 30 jovens escolhidos para participar de sua terceira turma de trainees. Após o período de inscrição, encerrado em 5 de setembro, os candidatos selecionados a fazer parte do grupo estão atravessando uma seleção que inclui testes on-line (inglês, lógica e análise de problemas), dinâmica de grupo e entrevista em inglês, e que será finalizada com entrevistas com executivos de negócios e de recursos humanos. Ainda não está decidido onde cada um deles vai trabalhar – a maioria deve ficar nos escritórios centrais da BRF em São Paulo –, mas eles deverão chegar preparados para serem alocados em qualquer uma das 51 unidades distribuídas em 11 estados do Brasil ou em uma das sete operações ou escritórios no exterior (Argentina, Reino Unido e Holanda, entre outros). “Nosso objetivo é receber jovens profissionais que possam ser parte do corpo de líderes que a empresa precisa construir para sustentar seu crescimento, no país e no exterior”, diz Pérsio Pinheiro, diretor de Desenvolvimento Organizacional e RH Internacional da BRF.

19.066 jovens disputaram as vagas de trainees da BRF para a turma de 2012 de onde eles vêm

Equipe de trainees 2012: expansão global da BRF é um dos atrativos

o que eles estudaram

Considerando as turmas admitidas em 2011 e 2012, de 30 trainees cada (1) De Alimentos, de Produção, Química, Mecânica e do Agronegócio; (2) Medicina Veterinária e Direito

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RECURSOS HUMANOS

Brasil. Mais da metade é de fora de São Paulo, proveniente de outros estados do Sudeste (RJ e MG), do Nordeste (BA, PB e PE), do Sul (PR, SC e RS) e do Centro-Oeste (GO e MS). Também mostram uma diversidade de formações e procedência das melhores universidades brasileiras e alguns até de escolas do exterior. Outro aspecto relevante é que, depois de atrair, a empresa tem tido sucesso em manter os profissionais.

Selecionado na turma do ano passado, o paulista Luís Carlos Vieira de Oliveira já encontrou seu lugar na empresa, na área de Relações Institucionais. “Trabalho na interface com órgãos oficiais nos âmbitos tributário e regulatório”, diz ele. Graduado em economia pela USP de Ribeirão Preto, atualmente cursa o último ano de direito, na universidade Anhembi Morumbi. Oliveira já havia sido trainee em outra companhia. “Mas quis vir para a BRF pela expectativa de lidar com os desafios da fusão e com a perspectiva de consolidação da empresa como uma das maiores do setor no mundo nos próximos anos.”

“A BRF é uma empresa que, além de olhar para dentro e se preocupar com os processos, está voltada para o Brasil e o mundo.” Essa é a percepção da fluminense Scheilla de Souza Campos, de 25 anos, diplomada em tecnologia de saneamento ambiental pela Unicamp e engenharia ambiental pela Univali. Como trainee, ela passou por Assuntos Corporativos, Supply Chain, Operações, Mercado Externo e Mercado Interno. “Estou gostando muito de conhecer diferentes áreas”, diz. “Todas as pessoas que conheci até agora, tanto em São Paulo quanto em Marau, onde fiquei um mês, agregaram algo ao meu desenvolvimento.”

“Sei que estou no lugar certo”, afirma o catarinense de Chapecó Guilherme Afonso Sasso De Marchi, de 24 anos. Desde janeiro, ele percorre diversas áreas da BRF como trainee. Formado em administração na Universidade do Estado de Santa Catarina, ainda pretende completar uma graduação em direito que foi interrompida e fazer MBA em finanças. Recém-chegado, Guilherme diz já se sentir ligado à BRF. “De certa forma, é uma empresa cujo crescimento acompanho desde a infância, pelo fato de a Sadia ter unidades na minha cidade de origem. Agora, quero passar um bom tempo trabalhando aqui.”

Luís Oliveira Turma de 2011

Scheilla Campos Turma de 2012

Guilherme De Marchi Turma de 2012

Marcelo Uchoa

Objetivo é receber jovens que possam ser parte do corpo de líderes para sustentar o crescimento da empresa

As duas primeiras turmas, com 30 ingressantes cada, já mostraram que o programa de trainees é um sucesso em vários aspectos. Em primeiro lugar, por comprovar o poder de atração que a BRF exerce sobre jovens das mais diversas partes do país. A turma de 2012 teve cada vaga disputada por mais de 600 concorrentes. Os aprovados nas duas primeiras seleções representam quase todas as regiões do

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“Nossos resultados têm sido maiores do que colocamos como alvo e também quando comparamos com outros programas no mercado”, afirma Pinheiro. Os trainees são contratados em regime CLT e, numa fase inicial de oito meses, rodam por várias funções, conhecendo boa parte da companhia. Depois, devem ficar dois anos em um setor em função

de seu interesse, do perfil e da necessidade da empresa. Nesse período, realizam projetos com apoio de executivos e são avaliados periodicamente pela equipe de RH. A ideia é que, num prazo de 30 meses, alcancem o nível de analista sênior e até posições de coordenação – uma trajetória que pode levá-los a ser futuros executivos.

CURTIU, COMPARTILHOU, TUITOU Para falar com os jovens talentos, a BRF usa a linguagem da geração Y A inscrição de milhares de candidatos para o processo de seleção de trainees da BRF evidencia que a imagem da empresa, e de seu leque de marcas, está na mira de muitos jovens que buscam um ambiente estimulante para desenvolver uma carreira profissional. Mas também indica que a empresa encontrou uma maneira de se comunicar com o público de universitários e recém-formados que têm pouco mais de 20 anos de idade. Essa faixa, chamada de geração Y, já cresceu num mundo povoado por computadores e com crescente comunicação pela internet. Por isso, a divulgação do programa de trainees, chamado de Geração BRF, se deu em boa medida por meio das redes sociais, como Facebook e Twitter, além da exposição em sites como Google, anúncios em revistas como Exame e Você S.A. e em jornais. Foram feitos webcasts com executivos, como o presidente da BRF, José Antonio Fay, o diretor de Desenvolvimento Organizacional e RH Internacional, Pérsio Pinheiro,

e ainda com alguns dos atuais trainees. “Assim os candidatos puderam ter uma visão que não é apenas a do RH da empresa, e sim opiniões de jovens como eles que já estão aqui dentro”, diz Pinheiro. O boca a boca por meio das redes sociais – a informação repassada a amigos por meio do “curti e compartilhei” ou do “tuitei” – teve um papel que não é possível medir exatamente, mas sem dúvida deve ter sido uma influência positiva para que muitos se inscrevessem. A abordagem sintonizada com os jovens combinou bem com o apelo de uma empresa em plena fase de internacionalização. O domínio do inglês é um dos pré-requisitos exigidos dos candidatos. “Um grande atrativo do nosso programa, além do porte da BRF, certamente é o desafio de entrar para os quadros de uma empresa que se globaliza, criando muitas oportunidades”, diz Pinheiro. “Para os jovens de hoje, essa abertura para o mundo faz diferença.” Para a BRF, contar com eles também faz.

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TECNOLOGIA

Um centro para reforçar a inovação A BRF reunirá seu time de 250 profissionais dedicados a pesquisa e desenvolvimento em um novo prédio em Jundiaí, no interior paulista

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Arquivo BRF

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om investimento de 58 milhões de reais, a BRF vai inaugurar até o final do ano, em Jundiaí, no interior paulista, seu novo centro de pesquisa e desenvolvimento. Lá serão reunidas as atividades até agora realizadas em dois centros: o montado pela Perdigão na cidade catarinense de Videira e o que era da Sadia, situado na Vila Anastácio, em São Paulo. O orçamento inclui 10 milhões de reais para aquisição de novos equipamentos. A unidade ocupará parte de um terreno em que já há um centro de distribuição e onde funciona um dos laboratórios da BRF. As novas instalações atenderão às mais exigentes regras de respeito ao meio ambiente. A concentração da pesquisa e desenvolvimento num único local trará ganhos de sinergia, aproximando os pesquisadores e também facilitando o intercâmbio com os times de marketing, que em sua maior parte trabalham na sede da BRF, na capital paulista. “O centro de desenvolvimento é o coração da inovação”, diz Joaquim Goulart, diretor de Tecnologia e P&D da BRF. “Com a nova estrutura, vamos valorizar ainda mais a criação e pode-

Pesquisa de produtos lácteos na BRF: junção das áreas de desenvolvimento num só local vai ampliar sinergia entre pesquisadores e com o marketing

remos chegar mais rapidamente com novos produtos ao mercado.” Goulart, há 32 anos na empresa, é veterinário com pós-graduação em agronegócio. Começou na Perdigão trabalhando na produção primária, depois organi-

zou a área de qualidade e desde 2008 é diretor de tecnologia. Sua equipe é constituída de 250 profissionais, dos quais 95% são graduados em áreas como química, veterinária, bioquímica e engenharia. Cerca de dez são


doutores ou doutorandos. E 25 fizeram cursos de mestrado. O aparato para o trabalho desse núcleo de cérebros será reforçado em Jundiaí. Plantas piloto permitirão o desenvolvimento em condições similares às de produção de várias famílias de alimentos da BRF, de mortadelas até pratos prontos e lácteos. Serão mini-indústrias com capacidade para produzir amostras em pequena escala. Para atender clientes, principalmente de s, serão montadas oito cozinhas experimentais. Nelas, será possível simular as condições em que os alimentos são manipulados, por exemplo, na rede McDonald’s. “Teremos as mesmas fritadeiras usadas nas lanchonetes e poderemos fazer acertos junto com técnicos dos clientes”, diz Goulart. O novo centro de P&D contará com um complexo de laboratórios: físico-químico, microbiológico, de análise sensorial, de materiais e de embalagens. E, ainda, biblioteca, salas de reunião, sala espelhada para pesquisas, cabines para experimentação de produtos, acomodações para visitantes e um anfiteatro com capacidade para 250 pessoas.

INVESTIMENTOS EM P&D 17% Investimento Total

Em Novos Equipamentos

R$ 58 MILHÕES

R$ 10 MILHÕES

Serão montadas

8 COZINHAS EXPERIMENTAIS

95% Número de Funcionários

Escolaridade

250

SUPERIOR COMPLETO

Inovador e Verde A construção do centro de P&D usa métodos e materiais ecologicamente corretos. Na operação, haverá economia de energia, aproveitamento de luz natural e reuso de água. “Queremos que o centro seja não só vitrina da inovação como também do respeito ao ambiente”, diz Joaquim Goulart, diretor de Tecnologia e P&D da BRF. O projeto segue a orientação LEED, sigla em inglês para Liderança em Projeto Energético e Ambiental. Criado pelo Green Building Council, dos Estados Unidos, o selo LEED é o mais usado no mundo para atestar que prédios têm perfil “verde”.

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MERCADO

P

20 BRF

Sem desobedecer ao acordo aprovado pelo regulador, a marca continua a crescer nas categorias não afetadas por restrições e a abrir caminho em novas frentes. Salsicha, linguiça frescal, hambúrguer, empa-

Marcelo Uchoa

ara aprovar a fusão que criou a BRF, em julho de 2011, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão oficial que zela pela preservação da concorrência nos mercados do país, determinou uma série de medidas que a empresa terminou de cumprir nos últimos dois meses. A operação da Perdigão foi a parte da companhia mais severamente atingida pelas medidas do Cade, com a suspensão da marca em algumas categorias, venda de fábricas, granjas, incubadoras e centros de distribuição. Isso, porém, não tirou o ímpeto da Perdigão. Sua equipe de vendas montou um plano de negócios para promover os produtos que ficaram e concebeu novidades. “A crença da equipe na marca e o foco no plano produziram ótimos resultados”, diz José Eduardo Cabral, vice-presidente de Mercado Interno da BRF. “A Perdigão está se reinventando.”

José Eduardo Cabral, vice-presidente de Mercado Interno

nados, pratos prontos congelados (exceto lasanha) e bacon são alguns dos itens da extensa linha que não tiveram interrupção de vendas. Ao contrário, estão em alta. Para ficar num exemplo, as vendas de salsichas já cresceram 60% em volume desde a fusão. Além disso, com a saída de cena das marcas de margarinas Doriana e Delicata, a marca Claybom foi relançada e passou a ter a chancela da Perdigão nas embalagens. Também a marca Deline, transferida da Sadia, chegou para compor a família de produtos trabalhada pela equipe de vendas da Perdigão. A Deline será impulsionada principalmente no Nordeste. No campo das novidades, já houve lançamento de quase uma dezena de produtos desde a fusão. Entre eles, empanados da Turma da Mônica Jovem, Mini Chicken, Sanduba, mortadelas tubulares, Claybom Cre-


O QUE VEM POR AÍ A Perdigão já colocou no mercado quase uma dezena de novos produtos depois da fusão que criou a BRF. Eis cinco lançamentos:

SANDUBA

MEU MENU

CLAYBOM

TURMA DA MÔNICA JOVEM

MINI CHICKEN

mosa, cortes de peru in natura e linguiça de porco suína. De acordo com Cabral, ao longo dos próximos três anos a Perdigão deve entrar em mais duas ou três novas categorias. “Isso significa que reforçamos o investimento tanto em publicidade quanto em inovação nas marcas Perdigão e Claybom”, afirma ele. Junto com os lançamentos, no período pós-fusão entraram no ar diversas campanhas publicitárias de produtos, como as da Mortadela Ouro, da

Salsicha, do Meu Menu, do Sanduba, do Chester Assa Fácil e da Claybom. A nova fase da Perdigão tem objetivos ambiciosos. “Para nós, é muito importante manter a marca bem viva na cabeça dos consumidores e continuar crescendo”, diz Cabral. “Os investimentos em marketing e inovação vão nos dar força para a volta de produtos suspensos, dentro de três a cinco anos. Estamos certos de que a Perdigão será no futuro a maior de nossas marcas.”

QUESTÃO DE RESPEITO Uma campanha especial informou os consumidores da Perdigão sobre a saída temporária de alguns produtos O que dizer – e como dizer – a um fã do presunto Perdigão que ele terá de esperar três anos para levar para casa de novo seu produto predileto? Ao mesmo tempo que desenvolveu um plano de negócios para continuar a crescer, a equipe da Perdigão teve o cuidado de preparar uma campanha especial em atenção aos consumidores de seus produtos. Na televisão, um anúncio estrelado pelo casal Malu Mader e Tony Bellotto levou a informação amplamente. A campanha da TV foi complementada com material distribuído principalmente no pequeno varejo. E um site, o perdigaoevoce.com.br, mantém no ar os esclarecimentos. Esse investimento ajudou a informar e tranquilizar o público, mas teve um efeito que foi além disso. “Os consumidores se sentiram respeitados”, diz José Eduardo Cabral, vice-presidente de Mercado Interno da BRF. Trata-se de uma atitude imprescindível para manter uma grande marca.

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ACONTECE

A nova Claybom

Dez vezes premiada a BRF em EVIDÊNCia

N

os últimos meses, a BRF aparece com destaque nos resultados de anuários e levantamentos das mais prestigiadas publicações de negócios do país. Abaixo, exemplos do reconhecimento do mercado em relação ao trabalho da companhia e seus executivos.

Melhores & Maiores 2012

A margarina mais cremosa, versátil e moderna (com assinatura Perdigão)

E

la pode ter uso culinário, para os que querem dar um toque pessoal aos preparos, mas também faz ótimo papel em seu emprego mais trivial: encher de sabor uma singela fatia de pão. Com o slogan “Nova Claybom. Pra tudo é bom”, a marca de margarinas está agora com chancela da Perdigão. “O objetivo do reposicionamento é atender novas necessidades da consumidora brasileira”, diz a gerente de marketing da BRF Paula Kekeny. O público-alvo é a mulher que está à vontade em incorporar à sua rotina o preparo de refeições simples e criativas para agradar a

(Revista Exame)

• família, além de garantir muito sabor no café da manhã. Uma mulher que faz bem tudo o que faz. Além da marca, o produto original também foi reformulado. A versão tradicional agora está mais cremosa, saborosa, com leve sabor de manteiga, e traz melhor desempenho para refogados, assados e frituras. Pode ser encontrada nas versões com sal (250 g) e com e sem sal (500 g). Para reforçar o uso culinário do produto, foram desenvolvidas outras duas opções, nos sabores alho e cebola e baunilha. O pacote de novidades é completado com embalagens mais modernas. Segundo dados da consultoria Nielsen, o mercado de margarinas faturou R$ 2 bilhões em 2011.

A Melhor Empresa do Agronegócio

Executivo de Valor (Jornal Valor Econômico)

José Antonio Fay

Melhores da Dinheiro (Isto É Dinheiro)

• •

A Melhor Empresa do Setor de Alimentos em 2011 A melhor nas gestões de Responsabilidade Social e Governança Corporativa em 2011

Prêmio Top of Mind 2012 (Jornal A Notícia, do Grupo RBS, e Instituto MAPA)

• •

José Antonio Fay (Top Executivo) Grande Empresa do Agronegócio e Empresa Destaque em Exportação

Ficamos ainda entre as melhores da IR Magazine Awards nas seguintes categorias:

• • • •

Melhor Encontro com a Comunidade de Analistas de Investimentos Melhor Conference Call Melhor Empresa em Sustentabilidade Socioambiental Melhor Programa de RI de empresa da América Latina

22 BRF


Programa Na Mão Certa Iniciativa da BRF é destaque em evento em São Paulo

D

urante o 6º- Encontro Empresarial Na Mão Certa, realizado em São Paulo no mês de agosto, a BRF pôde compartilhar os resultados positivos das atividades promovidas no Dia do Motorista, em 21 unidades da companhia, com a participação de 2 000 motoristas e ajudantes terceirizados. O caso, assim como os de outras quatro empresas selecionadas, foi considerado pela organização do encontro uma história de sucesso. As atividades ocorreram em 25 de julho, quando os profissionais e seus familiares foram recepcionados com um café da manhã e passaram o dia recebendo informações para re-

fletir sobre trânsito e cidadania, doenças sexualmente transmissíveis, direção defensiva e técnicas de primeiros socorros. Além de palestras e oficinas, foram realizados alguns exames médicos para verificar como anda a pressão arterial, o nível de açúcar no sangue e a saúde dos olhos e da boca de motoristas e ajudantes. Houve, ainda, a distribuição de exemplares do CD e de cartilhas do programa Na Mão Certa, uma iniciativa da organização não governamental Childhood Brasil, que tem como objetivo enfrentar o problema da exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias, com a ajuda de governos, empresas e ONGs.

Mini Chicken em três sabores Novo empanado é ideal para atender consumidores que buscam praticidade

O

s novos Mini Chicken Perdigão são empanados de frango acomodados em embalagens de 300 gramas – tamanho ideal para toda a família – e três opções de sabor: tradicional, queijo e pizza. Os produtos são ideais para quem não tem tempo de preparar refeições mais elaboradas, e também para as donas de casa que desejam incluir no cardápio um alimento saboroso e descomplicado, que pode ser consumido sozinho, como acompanhamento ou, ainda, como aperitivo.

Estudos mostram que, nos últimos anos, as mulheres casadas e com filhos de até 14 anos passaram a comprar mais empanados – esse dado reforça o conceito do produto em atender toda a família. Os novos Mini Chicken integram a linha de empanados da Perdigão, além de Tirinhas e Pop Corn, que conta ainda com Turma da Mônica. A categoria de empanados representa 27% do mercado total de congelados.

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