Revista BRF Edição 88

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JULHO/AGOSTO 2011 - Nº- 88

CONFINADOS Gado preso multiplica a produtividade e faz da pecuária uma aliada do Brasil na questão ambiental Pág. 12

ESPORTE_ Sadia é a nova patrocinadora da Confederação Brasileira de Judô – Pág. 3 INTERNACIONALIZAÇÃO_ BRF desembarca na China com parceiro local – Pág. 4


ESPORTE

Tradição de longa data 4

Sadia É patrocinadora oficial da Confederação Brasileira de Judô

12

03

O

estímulo ao esporte nacional sempre fez parte da estratégia da Sadia, marca do portfólio da BRF. O recente patrocínio firmado com a Confederação Brasileira de Judô (CBJ) está

ESPORTE Sadia incentiva judô brasileiro

04

INTERNACIONALIZAÇÃO

18

BRF amplia presença na China

10

TENDÊNCIAS Consumidor está mais otimista

12

CAPA

20

BRF investe em gado confinado

18

ESPECIAL

Entrevista com o VP Gilberto Orsato

22

O Brasil vermelho, azul e branco

GESTÃO DE PESSOAS

Acontece Batavo estreia na SPFW–Verão 2011

em linha com o posicionamento da empresa, que desde os anos 1960 dedica especial atenção às diversas modalidades esportivas como forma de incentivar pessoas de todas as faixas etárias a adquirir hábitos saudáveis e equilibrados. “Mais do que uma atividade física, o judô é uma modalidade que fortalece o corpo, a mente e o espírito de forma integrada, educando para a vida”, comenta o diretor de Mercado Interno da Sadia, José Eduardo Cabral. O patrocínio abrange equipes femininas e masculinas, em todas as categorias. Além de prover aporte financeiro, a empresa será a fornecedora oficial de alimentos para os judocas da seleção brasileira.

Mariana Barros, da categoria 57 kg BRF BRASIL FOODS é uma publicação periódica, de circulação externa e distribuição gratuita.

Coordenação: Rosa Baptistella e Miguel Jimenez Colaboração: Roberta Pavon, Edélcio Lopes, Jones Broleze, Luciana Ueda

Conselho Editorial: José Antonio Fay, Antonio De Toni, Fábio Medeiros, Gilberto Orsato, Leopoldo Saboya, Luis Lissoni, Nelson Vas Hacklauer, Nilvo Mittanck, Wilson Mello

JBX Conteúdo e Comunicação Tel.: (11) 2613-5044 | 2533-5044 e-mail: antonia@jbxcomunicacao.com.br Coordenação Editorial: Antonia Costa Textos: Rachel Cardoso

Projeto Gráfico: Graphic Designers Direção de Arte: Ronaldo da Silva Rego Ilustrações: Gil de Godoy Imagens: Shutterstock Images

CAMPEÕES Atletas do projeto Lançar-se para o Futuro, patrocinado pela BRF, conquistaram títulos e medalhas em dois campeonatos: II Campeonato Brasileiro Caixa Interclubes de Atletismo, em Porto Alegre (RS), e Campeonato Brasileiro Caixa de Menores, em São Paulo. No Caixa Interclubes, os 20 atletas do projeto somaram o maior número de pontos e alcançaram o bicampeonato. Já no campeonato Caixa de Menores, os jovens ganharam quatro medalhas de ouro (100, 200 e 400 metros rasos masculino e revezamento medley) duas de prata (100 metros com barreira feminino e arremesso de peso masculino) e duas de bronze (100 metros rasos masculino e 110 metros com barreira). O Lançar-se para o Futuro tem como principal objetivo retirar jovens e adolescentes da ociosidade, ampliando seus horizontes e tornando-os cidadãos conscientes por meio do esporte.

Impressão: NeoBand Tiragem: 10 mil exemplares

BRASIL FOODS 3 SAC – Brasil Foods: 0800-7017782


INTERNACIONALIZAÇÃO

E

Pés firmes na cobiçada China

BRF acelera operação de entrada no continente asiático com parceria local e consolida atuação global ao se estruturar num mercado que responde sozinho por mais de um terço do crescimento do PIB mundial

Hsia Hua Sheng, diretor da Luz Engenharia Financeira

star na China é estar no mundo. Mas para chegar lá o caminho a ser percorrido é longo e, tradicionalmente, sinuoso. Que o digam os brasileiros designados a desmitificar o mercado chinês, hoje assunto recorrente nas discussões estratégicas de todas as grandes empresas do mundo. “As oportunidades são múltiplas”, diz o consultor Hsia Hua Sheng, diretor da Luz Engenharia Financeira, que assessora empresários na promoção de investimentos tanto lá quanto cá. À frente também da coordenação do Centro de Internacionalização de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ele conhece de perto as dificuldades enfrentadas para se chegar ao continente asiático. “Os costumes são muito diversos dos nossos”. As diferenças culturais, tanto no dia a dia quanto no ambiente de negócios, são a maior dificuldade. A paciência é requisito número um. Fechar um negócio pode demorar anos. Além disso, os chineses jamais dizem não explicitamente. E aquilo que parece um sim pode, na verdade, representar apenas um talvez. “O fundamental é conhecer a dinâmica do país”, conclui Sheng. Foi justamente para facilitar esse processo que a BRF se uniu à chinesa Dah Chong Hong Limited. “Costuramos uma joint venture que consolidará a internacionalização da empresa”, afirma o diretor da Regional Ásia da BRF, Lio Cesar de Macedo Junior. “Trata-se de uma parceria que se traduz numa extraordinária oportunidade de ingressarmos com nossos produtos no varejo e food service da China”.

Empresa costura joint venture com Dah Chong Hong Limited, do Grupo CITIC Pacific, um dos maiores distribuidores de automóveis, alimentos e produtos de consumo da China BRASIL FOODS 5


INTERNACIONALIZAÇÃO

Subsidiária integral do conglomerado internacional Dah Chong Hong Holdings Limited (DCH), a empresa Dah Chong Hong Limited é uma companhia aberta, listada na Bolsa de Hong Kong desde 2007. O conglomerado DCH, constituído em 1949 e atualmente controlado pelo Grupo CITIC Pacific (57,5% estatal), é um dos maiores distribuidores de automóveis, alimentos e produtos de consumo da China, com estrutura para a distribuição de resfriados e congelados, especialmente nas regiões de Hong Kong, Macau e China continental. O relacionamento da DCH com a BRF vem de longa data. Os laços, porém, começaram a se estreitar há um ano. “Observamos que a visão e o direcionamento estratégico das companhias eram basicamente os mesmos, portanto era muito apropriado seguirmos na discussão de uma sólida parceria”, diz Macedo. “Ambas pretendem avançar na cadeia de valor com marcas fortes direcionadas para o varejo e food service”. Segundo o executivo, como o mercado da China é muito peculiar, um parceiro local acelera os passos

Macau: localização estratégica

e reduz os possíveis deslizes. “Para caminhar sozinho seria preciso pagar pedágio por um tempo muito longo”, avalia. Basicamente, o plano desenhado com a DCH é iniciar rapidamente a distribuição de produtos da marca Sadia. O foco inicial é Hong Kong e Macau. A segunda fase mira a China continental, especificamente a região sul – Guangzhou e Shenzen. “Nessa etapa a meta é iniciar o processamento local”, conta. “Depois disso, pretendemos subir para a região de Shanghai replicando o mesmo modelo”. Assim, em curto prazo a BRF poderá ter o completo ciclo de produção de seus produtos no território chinês, independentemente da sazonalidade da demanda chinesa por determinados tipos de produtos, caso da carne suína. “A recente abertura para importações de suínos do Brasil foi apenas o começo de um plano bem mais ambicioso para um mercado que responde sozinho por mais de um terço do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial”.

“Ambas pretendem avançar na cadeia de valor com marcas fortes direcionadas para o varejo e food service chineses”, diz o diretor da Regional Ásia da BRF, Lio Cesar de Macedo Junior

Centro comercial de Shenzhen

Mas esse mercado padece da escassez de matéria-prima, água e energia limpa – estima-se que 75% da energia do país seja gerada por termoelétricas à base de carvão, o que faz da China o segundo maior poluidor do mundo. Apesar do crescente interesse brasileiro, ainda são poucas as companhias nacionais atuando na China. Estima-se um pouco mais de 30. Algumas já instalaram plantas industriais lá, como a Embraer – no país desde 2003 em associação com a estatal Avic 2 – e a fabricante catarinense de motores elétricos WEG. Outras contam com escritórios comerciais, como é o caso

da Gerdau e do Banco do Brasil. Desde a entrada da China na Organização Mundial do Comércio (OMC), o país também passou a permitir a abertura de empresas com capital 100% estrangeiro em alguns segmentos, como o de autopeças. Atrativos não faltam no mercado chinês: mão de obra barata, carga tributária menor, boas condições de infraestrutura, boas reservas de capital. Outra vantagem é o planejamento governamental de longo prazo para a atividade econômica. Mas o dragão também tem suas fraquezas, como as cópias, por exemplo. É comum os chineses sim-

plesmente clonarem os processos das empresas que lá se instalam. Por isso, é preciso entender muito bem de direito empresarial, especialmente de propriedade intelectual. Se proteger o produto, eles vão copiar o processo. Se proteger o processo e tirar uma patente, eles vão copiar a marca; se proteger a marca, vão copiar o logo, o jingle. “Tem de estar muito bem assessorado e, ainda assim, pode correr algum risco”, declarou certa vez à Agência Brasil o professor Alberto Miranda, gerente da Fundação Dom Cabral, responsável pelo Programa China: Oportunidades e Desafios.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

AS DÉCADAS DE OURO FUTURO VERDE-AMARELO (2010 – 2020) Pela primeira vez na história, o Brasil vive ao mesmo tempo um ambiente de democracia, crescimento econômico e inflação baixa. Se a última década foi marcada pela crise global e pela consolidação do Brasil como um porto seguro para investimentos, o que será da próxima? “O Brasil vai nadar de braçadas daqui por diante rumo ao desenvolvimento”, afirmou o consultor Stephen Kanitz na abertura do 11º- Congresso Internacional do Varejo, realizado em junho, em São Paulo. “Trata-se de um cenário inédito, em que é chegada a hora de grupos brasileiros comprarem ativos no exterior e se

consolidarem lá fora”. Renomado por suas previsões econômicas certeiras, ele apontou durante palestra os fatores macroeconômicos que podem afetar os negócios neste e nos próximos anos. “Embora não seja possível prever o futuro, temos um colchão de segurança com R$ 330 bilhões em reservas financeiras, um volume suficiente para enfrentar qualquer solavanco”. O Brasil que dá certo, destacou Kanitz, autor do livro de mesmo título, é o dos produtos populares, aquele da baixa renda – fatia da população cuja força de consumo é considerada um fenômeno e promete alimentar uma expansão saudável da economia por muito tempo. É claro, desde que esteja empregada e tenha renda, além de crédito e prazo a juros reais, que caibam no bolso.

BRASIL 2020

7,25

7,75

3,6

4,7 3,5 2,15

2,00

1,96

3,9

3,7

3,9

4,8

4,9

4,9

5,2

4,1 1,90

1,79

1,72

5,0

6,7 4,7 4,5

6,7

6,0 4,5

Taxa de câmbio Conta corrente (%)

9,00

9,50

Projeções para a economia do país indicam juros mais baixos e crescimento maior

11,50

11,50

Cenário de longo prazo

Juros reais

2010

2012

2014

2016

2018

- 3,5

- 4,1

- 4,7

- 4,6

Juros (Selic)

- 4,9

Inflação (IPCA)

- 3,2

Crescimento do PIB (%)

2020

PASSADO PRÓSPERO (2000 – 2010) Na primeira década do século 21, os maiores grupos brasileiros cresceram numa velocidade 2,5 vezes acima da expansão da economia brasileira. A conclusão é de um levantamento realizado pelo Portal iG. No período, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 212%, a maior expansão observada desde o chamado “milagre econômico”. Entre os anos de 2000 e 2010, o faturamento dos 20 maiores grupos nacionais de capital privado subiu 534%, alcançando uma receita bruta conjunta de R$ 587,9 bilhões. No primeiro decênio do século, o lucro consolidado desses grupos chegou a R$ 60,3 bilhões, o que significou uma alta de 678% na comparação com o ganho líquido obtido em 2000. A pesquisa mostra outra curiosidade: as receitas de 19 dos 20 maiores grupos privados ultrapassaram os R$ 10 bilhões em 2010. A velocidade de crescimento do faturamento e do lucro supera também outros indicadores econômicos. No mesmo período de dez anos, as ações do Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira, valorizaram 337%. O índice também foi superior aos principais indicadores de inflação, como o IPC-Fipe (77,3%), o IPCA (89,7%) e o IGP-M (129,7%). O desempenho dos 20 conglomerados privados ajuda a explicar parte da transformação da economia brasileira nos últimos dez anos. “A maioria dessas empresas passou

por um período não só de crescimento orgânico forte por causa da expansão do mercado interno, mas também por aquisições tanto no Brasil como no exterior”, afirmou o professor de finanças da Fundação Dom Cabral, Haroldo Mota, em entrevista ao portal de notícias. Dos 20 grupos, nove deles têm atividades principais nas áreas de produção de agronegócios e cadeia mineral, resultado das necessidades crescentes das classes médias dos países emergentes, liderados por China e Índia.

Fonte: Itaú Unibanco

8 BRASIL FOODS

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TENDÊNCIAS

Disposto a abrir a carteira

10 BRASIL FOODS

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2.586

2.983

Valores em R$

2.533

C

1.285

1.099

1.047

809

733

650

580

DE

1.162

1.557

AB

571

545

974

1.338

1.276

1.201

1.162

1.062

1.107

indicadores, ainda hoje pouco utilizados como balizadores de negócios, como o otimismo do consumidor e suas pretensões de compras para este ano, nas diversas classes, e por itens de consumo. Ainda seguindo as tendências observadas em 2009, quando o otimismo passou, pela primeira vez, a ser a principal palavra que descreve o futuro, em 2010 a palavra otimismo apareceu também em primeiro lugar e com ligeiro crescimento – 42%, contra 40% em 2009. Isso pode ser traduzido em maior segurança para realização de compras a prazo. O que muda os rumos

Renda familiar média por classe de consumo

2.217

BGN, do grupo financeiro BNP Paribas, a sexta edição revela mudanças estruturais de uma forma piramidal para uma do tipo losango entre 2005 e 2010, mostrando um expressivo crescimento da classe denominada C, com a redução das classes D/E. Trata-se de uma alteração que não ocorre somente em decorrência de programas assistenciais do governo federal, mas da melhoria da remuneração de uma nova classe média, fundamental em qualquer economia, e impulsionada também pela redução do desemprego. A pesquisa apresenta importantes

EM TRANSFORMAÇÃO

2.484

Q

ue o consumidor nacional não é mais aquele todos nós sabemos. Mas as transformações ainda têm surpreendido empresas, nacionais ou estrangeiras, que desejam ampliar as suas atividades no Brasil. É justamente para ajudá-las a acompanhar essa constante evolução que a pesquisa “O Observador Brasil 2011” traz informações para uma reflexão sobre as tendências que influenciarão os negócios nos próximos anos, em função da substancial melhora da distribuição de renda no país. Realizada pelo Instituto Ipsos Public Affairs, a pedido da Cetelem

para o varejo de alimentos, que continua a ser prioridade para a maioria da população e começa ganhar destaque nos pagamentos à vista. “Isso é consequência do aumento de renda, pois a compra de alimentos é de baixo reembolso, comparada com o restante, como roupas e bens duráveis”, analisa o gerente de marketing da Perdigão, Fábio Miranda. Em 2008, 18% utilizaram crédito para comprar comida. No ano passado, esse percentual caiu para 8%. Em relação a 2009, quando 6% financiaram as compras, houve uma leve alta. Esse hábito ainda é mais frequente no Sudeste, sendo pouco usual nas demais regiões. “No varejo de alimentação, nota-se o aumento da compra a prazo em datas especiais, como Páscoa e Natal, uma vez que o desembolso é um pouco maior”, completa Miranda.

2.325

Pesquisa revela que consumidor brasileiro está mais otimista com a economia e se sente seguro para comprometer rendimento em longo prazo

TOTAL

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CAPA

GADO PRESO, EFICIÊNCIA À SOLTA

N

a pauta dos ministros da Agricultura dos países do G20 – as 19 maiores economias do mundo, mais a União Europeia –, reunidos pela primeira vez na história do grupo, em Paris, a preocupação é uma só: como alimentar uma população mundial de 9,1 bilhões de pessoas em 2050? Isso requer um conjunto de medidas no presente para elevar a produção, a produtividade e a eficiência dos recursos no futuro. E o Brasil é central nessa questão. A tendência de produzir mais com menos começa a fazer sentido por aqui. Não à toa, o país se tornou o maior exportador de carne do mundo, garantindo a sua segurança alimentar e a de outros países, a maior parte deles em desenvolvimento. E a expectativa é de um crescimento sustentável da pecuária nacional de aproximadamente 10% ao ano, sendo a BRF uma contribuinte para esse desempenho.

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Confinamento BRF Tangará da Serra / MT

O confinamento está entre as estratégias da BRF para alinhar a produção à crescente demanda mundial e continuar a oferecer ao mercado uma carne selecionada, sem ampliar áreas de pastagens


CAPA

Confinamento BRF Campo Novo dos Parecis / MT

BRF deixa de ser meramente compradora para atuar como produtora

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Parte dos investimentos da empresa destinados ao setor tem beneficiado o confinamento de bovinos de corte. “A cadeia ainda não é integrada, mas o nosso objetivo é chegar lá”, conta a diretora de Bovinos, Marisilda Nabhan Guerra. Ela explica que, na cadeia bovina, os grandes frigoríficos compram os animais dos produtores, os quais, por sua vez, compram ração de empresas especializadas em nutrição animal. Com o ingresso na pecuária intensiva, a BRF passa a controlar o processo ao fornecer ração e outros insumos para os criadores que locam espaço e se responsabilizam pelo manejo. “Trata-se de uma iniciativa que reduz custos por conta da competitividade de compra da companhia, além de facilitar o controle de qualidade”. A BRF passa a atuar também como produtora, pois mantém uma matriz para abastecer o confinamento, iniciado há dois anos e atualmente com 40 mil cabeças. “A

“É preciso quebrar um paradigma no Brasil, onde o debate sobre a reforma do Código Florestal criou uma dicotomia irresponsável entre a ecologia e a agropecuária quando é evidente que produção e preservação são iniciativas complementares e não antagônicas”, escreveu em artigo publicado pela Revista Nacional da Carne o engenheiro agrônomo Fernando Sampaio, diretor da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). O Brasil tem hoje cerca de 158 milhões de hectares de pastagens, que correspondem a 18% de seu território, onde produz com 193 milhões de cabeças cerca de 9,2 mi-

lhões de toneladas de carne. De 1975 a 2007, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o Brasil aumentou sua produção de carne em 227% para um aumento de área de pastagens de apenas 4%. O resto do mundo aumentou a produção de carne bovina em apenas 37% para um aumento de área de pastagens de 6%. Somente nos últimos 10 anos, a lotação em cabeças por hectare aumentou em 25,5%, sendo que nesse espaço de tempo a pecuária cedeu mais de 4 milhões de hectares para a agricultura. Ainda assim, o potencial de crescimento da produtividade é imenso.

Produção e preservação são iniciativas complementares e não antagônicas

meta é chegar a 2012 com 165 mil animais confinados”, diz Marisilda. O crescimento médio do rebanho da empresa tem sido de 64 mil cabeças ao ano. Entre as principais vantagens do confinamento está a redução do tempo de abate. O ciclo pode encurtar de 48 meses para até 24 meses. “Quem sai ganhando é o país”, avalia Marisilda. A análise faz todo sentido. Com sistemas de produção peculiares e diferentes modelos de manejo, o Brasil tem tudo para se manter num lugar de destaque no fornecimento mundial de carne bovina. A fórmula para isso está no uso de tecnologia, com a grande vantagem que, nesse ramo, ele é um dos países com liderança no conhecimento técnico e científico. Estudos com rodízio de pastejo e integração lavoura-pecuária-floresta são alguns exemplos que possibilitaram o extraordinário avanço da pecuária nacional.

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CAPA

O QUE É PECUÁRIA INTENSIVA? O método conhecido como manejo diferenciado inclui medidas simples como a retirada do boi do pasto no período da seca, a fim de deixar o capim crescer. A prática também favorece a engorda do gado. 1. CRIA

De vilã a heroína Abiec demonstra em números como a pecuária pode ser uma aliada do Brasil na questão ambiental

O aumento da lotação – mais bois confinados numa mesma área – e a introdução de uma dieta balanceada ao rebanho compõem a lista de cuidados que podem ampliar em até 10 vezes a produtividade. Entenda. 3. ENGORDA

4. FRIGORÍFICOS

a. Confinamento: Produção de bovinos gordos para abate com a engorda de garrotes ou boi magro pelo sistema intensivo de confinamento com nutrição de alto grão ou alto concentrado.

A produção de bezerros é feita em fazendas em regime extensivo e requer um alto investimento em tecnologia nutricional, reprodutiva e manejo para alcançar bons índices de produtividade.

5. MERCADOS 2. RECRIA A produção de garrotes ou boi magro por meio da recria de bezerros desmamados geralmente é feita de forma extensiva (a pasto) em fazendas apenas com suplementação mineral.

b. Semiconfinamento: Produção de bovinos gordos para abate com a engorda a pasto com suplementação nutricional em fazenda. *

* É nessa modalidade que a BRF desenvolve a estratégia de produção de carne para atender Cota Hilton, aquela em que é necessária a rastreabilidade do animal até 10 meses de idade, além de recria e engorda apenas em pastagem.

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A indústria da carne e a pecuária contribuem para o desenvolvimento do país com US$ 5 bilhões de divisas em exportações e a geração de 8 milhões de empregos, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Ao mesmo tempo, a pecuária, em vez de novas ocupações, tem liberado áreas para a agricultura, evitando assim desmatamentos, emissões por queimadas e a perda de biodiversidade. Ao se intensificar, a atividade reduz ainda as próprias emissões, pois se torna mais eficiente. Somente entre 1988 e 2007, o Brasil minimizou as emissões de metano por kg de carne produzida em 29%, uma redução maior do que a de qualquer outro país produtor. Também ao se intensificar, a pecuária transforma solos em estoques de carbono por um melhor manejo de pastagens. E quanto às mudanças climáticas, nenhum país pode se adaptar melhor ao calor do que o Brasil, com a melhor genética zebuína do mundo e tecnologia em suplementação animal na seca, com a real possibilidade de integração com agricultura e florestas plantadas em sistemas agrossilvopastoris. Trata-se, portanto, de uma grande aliada que o Brasil tem para liderar o mundo como potência ambiental. Munida dessas informações, a Abiec encaminhou ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um documento com a série de iniciativas que tem tomado para um melhor controle de suas cadeias de fornecimento, em prol de uma economia de baixo carbono. A ideia é unir forças em torno de uma causa que, segundo a entidade, requer educação, financiamento e tecnologia. E afeta todos os elos da cadeia, dos insumos ao consumo.

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ESPECIAL

2011: Ano da Holanda no Brasil

Museu a céu aberto

Foto: Júlio Cesar Souza

Parque Histórico de Carambeí tem réplicas em tamanho real

Laços entre os dois países se fortalecem com as comemorações do centenário da imigração holandesa em território brasileiro

E

la compõe e atualiza o mosaico brasileiro em todas as regiões do país. A comunidade holandesa – formada por imigrantes e descendentes – está envolvida em diferentes atividades econômicas e sociais. E mesmo com as peculiaridades em relação ao desenvolvimento de cada uma delas, as semelhanças culturais revelam a cara da Holanda no Brasil. No caminho inverso, os brasileiros também têm colorido ainda mais aquele país com o seu peculiar toque verde-amarelo. Um sinal desse movimento é dado pela própria BRF, que escolheu a Holanda para

iniciar suas operações internacionais de processamento de carnes e desenvolver novos produtos destinados a clientes finais europeus, especialmente nos segmentos de varejo e food service. No país estão instalados também dois escritórios comerciais da empresa. Não à toa, os elos entre os dois países são bem mais duradouros e muito antigos, o que só reforça as celebrações previstas para 2011, ano da Holanda no Brasil. Toda a programação prevista pode ser conferida no site da embaixada holandesa, pelo endereço eletrônico www.anodaholandanobrasil.com.br.

Lá é possível conferir, passo a passo, toda a trajetória dos pioneiros que aqui chegaram após 1654. No século 19 começaram a surgir as primeiras empresas holandesas em solo brasileiro. Dados do Banco Central do Brasil indicam que, fazendo-se a distribuição por país de origem, a Holanda tem investido no Brasil um valor acumulado de US$ 53 bilhões, o que a coloca em segundo lugar entre os principais investidores, atrás dos Estados Unidos.

Relações amistosas

O Brasil é uma força mundial emergente, política e economicamente, e de crescente importância para a Holanda. A Holanda é uma importante entrada para as exportações brasileiras na Europa. Esses laços são ainda mais estreitos para a BRF. “De-

cidimos investir numa companhia holandesa devido ao seu posicionamento e ao acesso a importantes mercados da Europa”, conta o diretorgeral da Plusfood, Achim Lubbe. Adquirida pela BRF por € 31,2 milhões em 2007, quando já somava 30 anos de atividades no mercado internacional, a Plusfood opera duas plantas de processamento de carnes na

BRF mantém na Holanda linhas de produção exclusivas para o consumidor final da Europa

18 BRASIL FOODS

Há 100 anos, os primeiros imigrantes holandeses chegavam a Carambeí, na região dos Campos Gerais, no Paraná – a 150 quilômetros de Curitiba. Sua história foi marcada por muitas dificuldades, mas também por muitas conquistas, e hoje é relembrada com orgulho por seus descendentes. Para celebrar o centenário, foi criado o Parque Histórico de Carambeí, que em seus 100 mil metros quadrados tem como principal atração réplicas em tamanho real de algumas das principais construções do antigo vilarejo dos pioneiros holandeses. “Quase todos os objetos vieram com os imigrantes e são objetos centenários. É uma coisa tipicamente holandesa, nunca jogam nada fora. Guardaram e agora veio a calhar”, diz Dick de Geus, presidente da Associação Parque Histórico de Carambeí.

Europa – uma na Holanda e outra no Reino Unido. Em seu portfólio estão marcas como Perdix, Fribo, Speedy Pollo, Borella, entre outras. Com essas operações, a BRF ganhou em tempo e racionalidade, melhorando prazos de entrega e exercendo controle sobre serviços de comercialização e de distribuição aos canais diretos. Atualmente a planta holandesa

da Plusfood, situada em Oosterwolde, está em fase de expansão. Recebeu investimentos de € 8 milhões para a construção de uma nova área industrial de dois mil metros quadrados, adjacente ao parque existente. Os investimentos vão duplicar o volume processado nas instalações atuais e permitir o ingresso em novos mercados da Europa ocidental,

como Espanha, Alemanha, Áustria e Polônia, e também em alguns países da Europa oriental, além de ampliar sua presença onde opera. A expansão da planta irá aumentar em 70% a produção da Plusfood em Oosterwolde, que passará de 12 mil para 20 mil toneladas de produtos por ano. A expectativa é incrementar as vendas em 20% em 2011.

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GESTÃO DE PESSOAS

GILBERTO ORSATO Foto: Ronaldo da Silva Rego

“É preciso gostar daquilo que se faz”

A

nualmente a Gestão & RH Editora realiza uma pesquisa de âmbito nacional para identificar os “50 RHs mais Admirados”. O trabalho envolve profissionais de recursos humanos das mil maiores empresas brasileiras. A BRF aparece nesse time, representada pelo vice-presidente da área, Gilberto Orsato, também eleito como destaque da região Sudeste. Aos 49 anos, o executivo que passou quase metade de sua vida na companhia – está prestes a completar 25 anos de atuação – tem uma fórmula simples para alcançar o sucesso profissional. “Tem de estar feliz. E para isso a gente precisa gostar do que faz”. Essa e outras conquistas ele detalha na entrevista a seguir.

O que significa estar entre os 50 profissionais de RH mais admirados do Brasil num momento em que o país discute saídas para superar o gargalo da falta de mão de obra? Todo e qualquer profissional gosta de ser reconhecido, mas o mérito desse reconhecimento é de uma equipe formada por 113 mil funcionários. Temos um grande desafio, que é desenvolver os nossos profissionais, e essa indicação da Gestão & RH reforça que estamos no caminho certo.

20 BRASIL FOODS

E qual é esse caminho? Nossa estratégia de atuação é simples: priorizamos a qualificação de nossos profissionais para que revelem seu potencial. Para isso nos estruturamos nos seguintes pilares: desenvolvimento humano, atração e retenção de talentos e o SSMA, projeto que engloba segurança, saúde e meio ambiente. Há também o sistema de gestão integrado incorporado pela BRF como um valor, que tem instigado mudanças culturais além das fronteiras corporativas.

Como a BRF lida com a diversidade cultural no quadro de funcionários? Temos feito adequações à macro-política de RH. Um exemplo é o cardápio padrão para frigoríficos e empresas. Em regiões como o Norte e o Nordeste foi preciso adaptá-lo aos hábitos locais. No Sul, o uniforme usado na fábrica é equipado com materiais apropriados para baixas temperaturas. No exterior, temos contratado profissionais locais – por exemplo, optamos por um executivo

Como a empresa trabalha para engajar os funcionários na sua dinâmica de valores? Como fazê-los vestir a camisa de fato e reter os talentos? Com governança corporativa, desenvolvimento profissional, ambiente de trabalho favorável, além de remuneração adequada e benefícios. Aqui, 75% dos cargos de gerentes e diretores são ocupados por funcionários da casa. Temos também uma preocupação, que se inicia pela alta liderança, de comunicar os assuntos relevantes a todos os níveis da organização. Acreditamos que uma comunicação interna transparente e ágil contribui com um bom ambiente de trabalho, além de manter os funcionários engajados, com alto comprometimento e felizes. Para nós, o profissional tem de estar feliz e, para isso, precisa gostar do que faz. Qual sua opinião na questão da inovação da mão de obra? E como criar funcionários inovadores? A educação em nosso país tem muito a melhorar e precisará de investimentos, mas no nosso dia a dia sentimos que as dificuldades estão nas disciplinas práticas. No nosso negócio, por exemplo, a ergonomia é superimportante. Por

isso, criamos, em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, um curso específico que forma o profissional para atuar de acordo com a expectativa do mercado. É um exemplo de como as empresas também precisam ser criativas para suprir suas necessidades. Dessa forma, estimulamos o desenvolvimento de iniciativas de inovação, que são muito estratégicas para a companhia. Quais são os principais programas que a BRF mantém no processo de gestão de pessoas? São muitas as iniciativas que envolvem o desenvolvimento das pessoas e a manutenção de um clima organizacional favorável, então destacarei duas: o Programa de Treinamento e Desenvolvimento, que abrange planos técnicos e comportamentais, e o Plano Salarial, que acresce ao salário dos cargos de nível operacional dois prêmios: assiduidade e quinquênio. O primeiro é pago aos funcionários que não registram faltas e o segundo aos que permanecem no quadro da companhia por cinco anos ininterruptos.

Excelência CERTIFICADA A BRF recebeu certificado de Excelência em Público Interno da Editora Expressão e da Aequo Soluções em Sustentabilidade pela participação na 7ª Pesquisa de Gestão Sustentável. O diagnóstico outorga o selo para as empresas líderes que mais pontuaram em cada um dos sete temas que compõem os indicadores Ethos de responsabilidade social empresarial. O questionário da pesquisa é baseado numa importante ferramenta para organização e no alinhamento da gestão de responsabilidade social ao planejamento estratégico das corporações. É crescente o interesse das empresas em diagnosticar melhor o resultado de seus investimentos sociais para avaliar a consistência de suas ações. A obtenção de indicadores consistentes de sustentabilidade diminui a exposição da empresa a riscos. O levantamento abrangeu um universo de 112 corporações de médio e de grande porte operando na região Sul.

Foto: Ronaldo da Silva Rego

da região para atuar em nosso escritório da Arábia Saudita. Temos trabalhado ainda num plano para incentivar a liderança feminina, que hoje corresponde a 15% de nossos gerentes e diretores. Aos poucos, a aculturação promovida a partir dos valores da companhia deve transformar toda essa diversidade na cultura BRF.


ACONTECE

ESTREIA NA SPFW

PONTO DE VENDA

Saúde nas passarelas

BEM-CASADO

A

P

Batavo Naturis Soja, primeira marca do mercado a oferecer bebidas refrigeradas à base do grão, agradou o público na última edição do São Paulo Fashion Week (SPFW). Esteve presente no mais conceituado evento da moda brasileira por meio de uma parceria com o estilista Valdemar Iódice, que apresentou a coleção Verão 2012. Na ocasião, a Batavo Naturis levou a apresentadora Adriane Galisteu como convidada especial. “Essa parceria casou perfeitamente com o conceito do produto, que explora um novo viés da soja como aliada ao bem-estar e à beleza não apenas estética, mas também interior, da mulher”, afirma a gerente executiva de Marcas e Inovação da Unidade de Lácteos da BRF, Roberta Morelli. Entre as ações da marca no desfile destacaram-se o espaço na área VIP e no camarim, gift especial Naturis para todos os convidados, além de quick massage e degustação da linha à disposição no backstage. Ao final do evento foi servida a bebida para comemorar a parceria e o início da nova temporada.

QUAL É A SUA? A PREFERIDA DO BRASILEIRO

22 BRASIL FOODS

erdigão e Camil se uniram para levar ao consumidor opções práticas e saborosas para o preparo da popular feijoada. Em mais de 500 pontos de vendas (PDVs) serão expostos complementos do prato como linguiça, bacon e carne-seca, entre outros, em displays personalizados. A Camil, por sua vez, exibe um dos principais itens da receita típica brasileira, o feijão preto, nas versões in natura e pronto para consumo, sem conservantes ou aditivos. Além dessas novidades, as empresas disponibilizarão totens interativos que vão ensinar receitas diversas de feijoada. Para isso, basta que o consumidor selecione na tela da máquina sua preferência. As marcas também promoverão degustação em mais de 90 lojas espalhadas pelo país, nos meses de julho e agosto.

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ara identificar a preferência do consumidor na hora das refeições preparadas em casa, a Perdigão promove uma pesquisa, inédita no país, em que os internautas poderão votar e eleger seu prato favorito. Para participar basta acessar o site www.votacaoperdigao.com.br e escolher entre as 16 opções sugeridas ou clicar em Outros e incluir a que mais agrada ao seu paladar. No menu estão churrasco, pizza, lasanha, feijoada, bife à parmegiana e cachorro-quente, entre outros. Auferida pela Qualibest, a eleição terá duração de três meses e contará com peças veiculadas nos principais portais, além de divulgação nas redes sociais.

SALSICHA_ Entre as novidades nos PDVs em julho também está o porta-salsichas que pode ser levado ao micro-ondas. Na compra de dois pacotes de 500 g de salsichas o consumidor ganha o utensílio. A promoção faz parte da campanha Festa Junina de Verdade é Perdigão, que oferece produtos de qualidade como opções que não podem faltar na festividade. O portfólio da linha conta com quatro tipos diferentes de produto: hot dog, hot dog sem corantes, viena e de frango. FILME_ Outro casamento bem-sucedido é o firmado

com a NetMovies. Por meio da promoção Meu Menu é de Cinema, a Perdigão vai premiar consumidores com um mês de filmes grátis. Para participar, o interessado deverá comprar duas unidades do produto Meu Menu e cadastrar os códigos, estampados na parte interna da caixa, no site www.netmovies.com. br/perdigao. O consumidor pode optar entre ver os filmes pelos serviços online ou agendar a entrega em casa. São mais de 23 mil títulos em DVD e blue-ray e cobertura em mais de 11 estados brasileiros. A ação, de âmbito nacional, se estende até o dia 31 de agosto.

SUCESSO REGIONAL EDIÇÃO LIMITADA

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ara comemorar importantes datas festivas das regiões Norte e Nordeste, a Dobon e a Elegê – marcas da BRF – lançaram edição especial de latas colecionáveis com ilustrações temáticas. No Nordeste, o mote é a Festa de São João. Ganhou quem comprou 600 g do Elegê Fortificado – disponível nas embalagens sachê de 120 g e 200 g. Foram distribuídas 150 mil latas colecionáveis. Já na região Norte, a Dobon inspirou-se no Festival Folclórico de Parintins e decidiu homenagear as agremiações dos bumbás Garantido e Caprichoso. Lá, foi preciso comprar 800 g do produto – disponível nas embalagens lata de 400 g e sachê de 120 g, 200 g e 400 g. Foram distribuídas 30 mil latas colecionáveis.

ERRATA_ Gilberto Orsato e Nilvo Mittanck são vice-presidente de recursos humanos e vice-presidente de operações e tecnologia, respectivamente, diferentemente do que havia sido publicado na edição 87 da revista BRF.

BRASIL FOODS 23


abr a seu coração e vote na sua comida preferida!

Acesse

www.votacaoperdigao.com.br


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