Revista Business Portugal | Junho '16

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ÍNDICE 14

Gesba Daqui vem a ‘segunda melhor exportação da Madeira’!

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Royal Canin Em prol dos seus animais de estimação.

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Olicargo Refrência no setor dos transportes e logística.

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Município de Sever do Vouga Está quase a começar a Feira do Mirtilo!

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J.F. Rolo Alumínio Empresa certificada e PME Líder, em Viseu.

MUNICÍPIO DE ELVAS

EDITORIAL

F

inalmente, a primavera quis dar um

maracujá, também ele da ilha e aclamado como o

Desde a indústria do calçado à transformação do

Continuamos a nossa abordagem na área da

ar da sua graça. Finalmente, o sol

seu melhor sabor!

metal, passando pela gestão do frio, sem descurar

ação social, dando a conhecer os trabalho das

começa a acompanhar os nossos dias

Mas porque nem só de sabores vive a Revista

o ensino e a advocacia, Portugal continua a ter,

Misericórdias nacionais, que mantêm intacta a

e o calor traz a vontade dos primeiros

Business Portugal, nesta nossa última viagemà

indubitavelmente, os melhores exemplos para o

sua verdadeira missão desde o primeiro dia.

banhos de sol. E de mar, também! Aliás,

Madeira, fomos conhecer o trabalho dos presi-

mundo.

Finalmente, nesta edição contamos com um im-

parece que tudo ganha um novo ânimo e um novo

dentes das Juntas de Freguesia e o seu papel de

Rumámos também ao mundo das engenharias,

portante artigo de opinião a propósito do trabalho

alento quando a primavera nos brinda com a sua

proximidade para com as populações, com uma

mais especificamente à gestão e manutenção de

infantil, uma realidade ainda presente em diversos

presença.

ação focada nos seus habitantes e na melhoria

projetos. Encontramos um universo de especifici-

países.

Meteorologias à parte, também esta edição da

constante do seu dia a dia.

dades imensas, mas demasiadamente necessári-

Revista Busniness Portugal vem com mais cor

Já em ‘terra firme’, fomos, uma vez mais, à

as nas mais diversas temáticas, sejam elas o

(talvez a culpa seja mesmo da primavera!) e com

procura da excelência empresarial nacional. Sei

ambiente, a indústria e a área de projetos.

mais sabor.

que já o afirmei algumas vezes, mas a cada nova

Continuando a folhear a edição de junho, conheça

Na sua revista de Junho trazemos a banana

edição encontramos novos exemplos de sucesso

também algumas empresas de referência em

da Madeira, o mirtilo de Sever do Vouga e o

e inovação em Portugal.

‘Terras de Viriato’.

A direção editorial da Revista Business Portugal

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município de elvas

Património Mundial em terras portuguesas

Às portas de Espanha, distando apenas oito quilómetros da cidade de Badajoz, Elvas foi a mais importante praça-forte da fronteira portuguesa, a cidade mais fortificada da Europa, tendo sido por isso cognominada ‘Rainha da Fronteira’ ou até mesmo ‘A Chave do Reino’. A Revista Business Portugal conversou com o presidente do Município, Nuno Mocinha, sobre este ex libris nacional.

Começo esta entrevista pedindo-lhe que apresente Elvas aos nossos leitores. Elvas é sede de um concelho alentejano, do distrito de Portalegre, com cerca de 23 mil habitantes e uma área de 630 quilómetros quadrados. Localiza-se no estremo sul do distrito, por isso faz fronteira com o distrito de Évora (concelhos de Alandroal, Vila Viçosa e Borba), além de estar encostado a Espanha (Badajoz e Olivença). O concelho tem uma agricultura forte (cereais, olival, tomate, árvores de fruto), beneficiada pelo regadio da Barragem do Caia; a cidade é dominada pelo comércio e serviços, com um turismo em expansão, em especial nos últimos quatro anos, desde a classificação de Património Mundial. De que forma a história do concelho ainda se reflete na identidade local? Elvas, durante séculos, foi considerada “A Chave do Reino”. Na penetração dos invasores em direção a Lisboa, sempre se considerou que Elvas estava localizada num ponto fundamental: era necessário impedir que o inimigo ultrapassasse Elvas, considerada a mais importante defesa no acesso à capital do reino. Por essa razão, a localização geográfica de Elvas sempre determinou a sua história. Elvas é a maior fortificação abaluartada terrestre do mundo, fruto de séculos em que os Elvenses se prepararam e intervieram em lutas, batalhas e guerras. Elvas é, por esta razão, a mais militar das cidades portuguesas, aquela onde a presença dos militares deixou mais testemunhos, que chegaram aos nossos dias em bom estado de conservação e autenticidade, na maior parte dos casos. Em termos turísticos, quais os pontos de paragem obrigatória para quem visita o concelho? Visitar Elvas é conhecer o seu Aqueduto da Amoreira, percorrer as suas linhas de muralhas, subir ao castelo, visitar o centro histórico, ir aos Fortes da Graça e de Santa Luzia, conhecer os três fortins. Isto para falar nos bens que a UNESCO, em 2012, classificou de Património Mundial, com a designação de Cidade-Quartel Fronteiriça de Elvas e suas Fortificações. Mas o turista que visita Elvas tem de conhecer as inúmeras igrejas da cidade, os seus quatro museus (de Arte Contemporânea, dois Militares e um de Fotografia), a forte presença judaica e a sua gastronomia. Quais os projetos que estão a ser desenvolvidos ou delineados no sentido de desenvolver o centro histórico da cidade e o turismo da região? Nos últimos quatro anos, desde a obtenção da distinção de Património Mundial, o fluxo turístico em Elvas tem tido um grande aumento: hoje em dia é quatro a cinco vezes o que se verificava há cinco anos. A principal transformação que a Câmara Municipal de Elvas pretende introduzir no centro histórico da cidade é o de possibilitar o acesso de autocarros de turismo à parada do castelo, para aí deixar os passageiros. Desta forma, num trajeto mais fácil, porque é a descer, os visitantes podem escolher vários percursos, conforme os seus interesses, podendo regressar aos autocarros em

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município de elvas zonas mais baixas da cidade. Neste momento, a Câmara Municipal já tem autorização para concretizar este acesso ao Castelo. E no que concerne a gastronomia? O que merece destaque em Elvas? O concelho de Elvas tem uma gastronomia muito rica e variada. Basta referir que a cidade tem restaurantes especializados em servir marisco e peixe, muito procurados por espanhóis. Para lá desta originalidade em pleno Alentejo, Elvas apresenta as sopas e os pratos de carne tradicionais (borrego, porco, vitela, caça, aves), ao que se junta o bacalhau dourado (nascido em Elvas) e sobremesas onde as Ameixas d’Elvas e o sericaia são muito apreciados. O projeto Eurocidade é uma iniciativa que pretende divulgar Elvas além-fronteiras. Fale-nos sobre o mesmo. A Eurocidade junta Elvas, Badajoz e Campo Maior e pretende potenciar estas três localidades que constituem o maior centro urbano (200 mil habitantes no total), nos 630 quilómetros entre Lisboa e Madrid. Mais que divulgar Elvas além-fronteiras, a Eurocidade pretende juntar a dimensão de Badajoz, à monumentalidade de Elvas (onde o título de Património Mundial se destaca) e à presença empresarial de Campo Maior. Gerir os territórios destes três municípios como de um só se tratasse é o objetivo final desta Eurocidade. Relativamente ao papel do Município para com os seus munícipes, no que concerne à ação social, que projetos e apoios merecem destaque nesta nossa edição dedicada a Elvas? A Câmara Municipal de Elvas tem cerca de duas dezenas e meia de programas sociais. Infelizmente, é uma necessidade que temos, enquanto Município: estarmos atentos a quem mais precisa. Os apoios sociais são para todas as faixas etárias: o bebé, ainda na barriga da mãe, já pode ser apoiado, no enxoval; depois de nascer, tem apoio na alimentação; na escola, tem apoio nos livros e material escolar, no primeiro ciclo; ainda enquanto estudante, beneficia de bolsas nos ensinos secundário e universitário. Os jovens têm programas de ocupação de tempos livres nas férias grandes e de introdução no mundo do trabalho, para os que procuram primeiro emprego; a juventude ainda tem um cartão sem custos (Cartão Smart Jovem) que lhe dá descontos em centenas de estabelecimentos do concelho. Em idade ativa, quem estiver desempregado também tem possibilidade de ser integrado em programas municipais, articulados com o Instituto do Emprego e Formação Profissional. A terceira idade, que em Elvas designamos por “Idade de Ouro”, tem apoio nos medicamentos (a Câmara paga 80 por cento do valor que cabe ao utente), ajuda em pequenas reparações domésticas, descontos em recintos e eventos municipais, ginásio e hidroginástica seniores, Universidade Sénior, viagens anuais gratuitas e Festival da Idade de Ouro (anual), entre outros apoios. Há três anos a caminhar ao lado dos elvenses, qual o balanço que faz desde que é líder deste executivo? Faço um balanço positivo, uma vez que a maior parte dos meus objetivos está atingida, confiando que, nos 16 meses de trabalho que ainda tenho pela frente, vou ser capaz de concretizar outras metas. Desde o início do seu mandato já foram criadas 111 empresas, que consequentemente geraram cerca de 500 postos de trabalho. Considera que atualmente é atrativo investir em Elvas? Elvas não é Interior; estamos às portas da Europa. Situamo-nos na autoestrada entre Lisboa e Madrid, a 200 quilómetros de Sevilha, confiando que, em breve, vamos ter ligações ferroviárias aos portos de Sines, Setúbal e Lisboa. Por isso, a nossa localização é estratégica. Outra coisa é ter de reconhecer que as dificuldades da economia portuguesa, europeia e mundial, nos últimos anos, criam barreiras e desconfianças para que os investidores avancem. Mas este não é um problema só de Elvas; é de todo o país! O que não que dizer que não continuemos a lutar para a fixação de investimento, a criação de empresa e o aparecimento de mais postos de trabalho no nosso concelho. Lutamos para isso e acredito que vamos ter mais frutos em breve.

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tema | empresa

De que forma o Município apoia as empresas/empresários que pretendam sediar-se no concelho, desenvolvendo, posteriormente a economia local? Dentro de tudo que é legalmente possível a uma Câmara Municipal, a de Elvas faz o que sabe e pode para apoiar empresas e empresários. Em especial no plano da burocracia, a que envolve o Município, mas também outras entidades regionais ou nacionais, ajudamos nos que podemos. E, felizmente, os empresários reconhecem o nosso esforço. Como reconhecimento do trabalho desenvolvido por este executivo foram as distinções atribuídas ao concelho, como o Prémio Turismo do Alentejo 2015 para “Melhor Projeto Público 2015”, respeitante ao Forte da Graça,

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tendo este ano novamente nomeado para essa mesma distinção e o Prémio Gente Viagera da Rádio Onda Cero Extremadura... Para nós é importante o que fazemos. Temos enorme orgulho na obra de 6,1 milhões de euros para recuperação do Forte da Graça e nos mais de 50 mil visitantes que o monumento já teve nos primeiros seis meses pós-remodelação. O Forte da Graça é “A Joia da Coroa”: o mais importante bem entre todos que foram classificados de Património Mundial, mas é também a âncora à qual se fixa a maior parte da movimentação turística do concelho. Por isso, a obra foi muito importante. Mas não posso deixar de ser sensível aos prémios que são atribuídos a Elvas, por via do Forte da Graça. Eu, a Câmara Municipal e os Elvenses estamos muito felizes por todo este reconhecimento

de portugueses e estrangeiros. Quais os projetos que pretende finalizar até ao final do mandato? Desejo construir dois centros sociais em escolas do primeiro ciclo dos bairros de Santa Luzia e da Boa-Fé, em Elvas. Espero edificar um lar num bairro da cidade. Acredito que vamos remodelar uma escola básica 2.3 que tem mais de 40 anos. Vamos tratar esgotos em localidades rurais do concelho. Substituir a sinalização e repavimentar alguns troços na rede viária do concelho. Concretizar, como já disse, o acesso de autocarros ao Castelo de Elvas. Tudo isto e muito mais, com a certeza que vou manter a estabilidade financeira do Município.


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artigo de opinião |cplp contra o trabalho infantil

CPLP contra o Trabalho Infantil A 12 de junho assinala-se todos os anos o “Dia Internacional Contra o Trabalho Infantil”. A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tem vindo a associar-se à Organização Internacional do Trabalho (OIT) neste Dia, como não podia deixar de ser após ter ativado outras atividades de cooperação e partilha de boas-práticas no combate ao Trabalho Infantil. Em 2015, reunidos em Timor-Leste, em Tibar, os ministros da tutela nos Estados membros tomaram importantes decisões e declararam 2016 como “Ano da CPLP contra o Trabalho Infantil”. Sempre ambicionando iniciativas na partilha de informação, na troca de experiências e trabalho em rede, na realização de campanhas conjuntas de sensibilização, na cooperação técnica e na formação, constatamos com satisfação que a cooperação Sul-Sul e Triangular ajudou a reforçar o combate contra o Trabalho Infantil, estando o compromisso entre a CPLP e a OIT reforçado, onze anos depois da assinatura do Memorando de Entendimento entre as duas organizações internacionais. Este ano, para 2016, temos um plano de ação comum. Este foi um resultado da V Reunião de Pontos Focais do Trabalho Infantil, realizada em janeiro, na Sede da CPLP. Este mês de junho, em Genebra, os ministros do Trabalho e Assuntos Sociais dos Estados membros da CPLP reuniram-se informalmente, à margem da 105ª Conferência Internacional do Trabalho. Estas tutelas vêm reforçar o interesse em consolidar o Plano de Ação de Tibar e a Convenção Multilateral de Segurança Social da CPLP e, naturalmente, alavancar o “Ano da CPLP contra o Trabalho Infantil”. Nesta matéria, tem vindo ainda ser concertada a posição comum a adotar na IV Conferência Global sobre Trabalho Infantil, prevista para 2017, na Argentina. Com estas iniciativas, pretende-se reforçar o apoio político e a prioridade atribuída pela Organização à luta contra o Trabalho Infantil, o qual se consubstancia ainda com a aprovação e ratificação das Convenções Fundamentais da OIT sobre o Trabalho Infantil pelos Estados membros da CPLP. Apesar dos avanços verificados na última década na forma como o tema é enquadrado nas políticas dos nossos Estados membros, o trabalho infantil ainda persiste, sob diversas formas e manifestações. Por isso, reconhecemos a importância a dar à criança, ao direito à infância e à Educação. A criança é um elemento central na formulação de qualquer plano de desenvolvimento económico-social, pelo que o combate ao Trabalho Infantil constitui um dos grandes desafios da CPLP e dos nossos Estados membros. Corrijo: é um desafio de todos nós para garantir um futuro com Desenvolvimento. Murade Murargy, Embaixador Secretário Executivo da CPLP

Murade Murargy Secretário Executivo da CPLP

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MADEIRA, MELHOR DESTINO INSULAR Falemos agora da nossa Pérola do Atlântico… Um arquipélago constituído pela ilha de Porto Santo, Madeira, Ilhas Desertas e Ilhas Selvagens. Tem o Funchal como capital e uma população que ronda os 275 000 habitantes (valores conjuntos das ilhas da Madeira e Porto Santo) enquanto as restantes ilhas constituem umas belíssimas reservas naturais. Atualmente, devido ao clima ameno, à sua tranquilidade e coloridas tradições, o turismo constitui o principal impulsionador e a maior fonte de receitas da economia madeirense. Destacam-se eventos turísticos emblemáticos como: o Carnaval, a Festa da Flor, o Festival do Atlântico e o Rali do Vinho da Madeira. No setor agrícola, a produção de banana, dirigida fundamentalmente ao consumo regional e nacional, as flores e o afamado vinho da Madeira constituem também um importante contributo para a economia regional. No que concerne à atividade industrial, esta é dominada por pequenas e médias empresas. Na Indústria Transformadora, que representa 4,2% do emprego, coexistem atividades de caráter artesanal e viradas para a exportação, como os bordados, as tapeçarias e artigos de vime, com outras sobretudo orientadas para o mercado regional, como as moagens e os produtos de panificação e pastelaria, os lacticínios, a cerveja, o tabaco e o vinho. Em visita à Madeira, para além de usufruir das paradisíacas praias é necessário visitar: a Casa Museu Frederico de Freitas, a Casa Colombo Museu de Porto Santo, o Mudas – Museu de Arte Contemporânea, a Assembleia Regional da Madeira, o Edifício do Tribunal de Santa Cruz, a Estátua do Cristo Rei do Carajau, entre todas as outras Igrejas, Capelas, Parques e Jardins, Marinas, Portos e Centros Culturais. Não esqueçamos a gastronomia: a Espetada, a Carne de Vinha de Alhos, o Picado e o Bolo do Caco. São inúmeros os locais a visitar na Região Autónoma da Madeira e incontáveis as atividades lá promovidas, por isso, se tenciona visitar a Madeira comece por conhecer algumas das entidades que a seguir lhe apresentamos….

Tranquilidade e conforto a dois passos do mar

Um dos locais ideiais para passar as férias na Madeira é sem dúvida o hotel Meliã Madeira Mare. Para quem necessita de relaxar e recarregar baterias pode passar a tarde na piscina, com vista para o mar, onde o azul do céu e do mar se confundem no horizonte. No bar de apoio à piscina encontra imensas sugestões que o vão deliciar. No interior pode usufruir do jacuzzi, da piscina interior aquecida e do ginásio, para manter a forma, caso não abdique do exercício mesmo durante as férias. A equipa do Meliã tem reunido sem dúvida os melhores profissionais que incorporam o espírito acolhedor onde reina a simpatia, tudo reunido culmina num serviço de excelência, liderado pelo diretor João Sanches. Ao pequeno almoço, almoço e jantar os produtos típicos da região não são esquecidos e fazem parte das ementas. O delicioso bolo de mel, o bolo do caco ou o peixe espada não são esquecidos. Nos quartos reina o conforto e sossego, onde nenhuma comodidade é deixada ao acaso. A sugestão fica feita e quando visitar a Madeira tenha em conta as dicas da Revista Business Portugal.


madeira, melhor destino insular| restaurante cidade velha

Paraíso à beira-mar Situado na zona velha da cidade do Funchal perto do Museu de Arte Contemporânea e do Forte de São Tiago, o Cidade Velha é um restaurante que tem feito as maravilhas de quem por lá passa há quase dez anos. Após termos saboreado as gambas grelhadas e o excelente misto de peixes estivémos à conversa com Luís Pereira, proprietário.

Numa altura em que a zona velha do Funchal não era tão conhecida, surgiu, no ano de 2006, o projeto do restaurante pelas mãos de Luís Pereira. O proprietário admite ter sido uma “mais-valia” para esta área da cidade, trazendo mais luz e movimento, sendo que o principal público reside nos turistas que passam, diariamente, pela Ilha da Madeira. O que começou num espaço pequeno foi ganhando dimensão ao longo dos anos e tem, hoje, uma maior capacidade. Feito e decorado ao gosto do empresário, o Cidade Velha oferece um menu variado que pode ser servido em três áreas distintas: na sala interior, no terraço exterior coberto e na esplanada com vista para o mar. Com um conceito voltado para a combinação entre a cozinha tradicional madeirense e a cozinha internacional, Luís Pereira destaca, para além do peixe-espada, do marisco e do bife, a nova aposta: o sushi. Embora recente, “é um conceito que combina com a cozinha internacional” e tem recebido excelentes críticas por parte dos clientes. As sobremesas são caseiras e é possível apreciar bebidas regionais como a Poncha. Mas o segredo do sucesso passa, essencialmente, pela equipa composta por “excelentes profissionais que se preocupam com a satisfação dos clientes e estão atentos a todas as situações” como comprovou a nossa equipa de reportagem. Desde muito jovem fascinado pelo mundo da restauração e do turismo, o proprietário admite que esta “é uma aposta ganha” e um motivo de orgulho, uma vez que o nome do restaurante já ultrapassa fronteiras. “Convido todos os portugueses a experimentar o Cidade Velha e o nosso menu que tem excelentes combinações e escolhas”, termina.

Sugestão de ementa: Entrada: Gambas grelhadas com bolo do caco ou mexilhões Prato: Misto de Peixes Sobremesa: Bavaroise de frutos vermelhos Bebida a acompanhar: Sugestão do Chefe

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Luís Pereira



madeira, melhor destino insular| Empresa de Cervejas da Madeira - ECM

centenária de referência Fundada em 1872, a ECM é hoje reconhecida pelos produtos que tem no mercado: a Brisa de Maracujá, a Laranjada, a cerveja Coral e a água Atlântida, que têm conquistado clientes a nível nacional e internacional. Em entrevista ao administrador Miguel Sousa, desvendamos o que está na base do sucesso da principal empresa de produção e distribuição de bebidas da Região Autónoma da Madeira.

Miguel Sousa Administrador

Qualidade

A produção de cerveja na Madeira foi o mote para a criação de uma estrutura que é hoje líder de mercado em toda a ilha, antes da sua fundação, “existiam 12 produtores de cerveja na Madeira, depois o único que resistiu foi o grupo fundador que cria a ECM. Mais tarde, lançam um produto que ainda hoje existe, a Laranjada, que é líder de mercado. Este refrigerante é mais antigo que a Coca-Cola, tem mais 14 anos e foi descoberta e criada na Madeira, se tivesse sido criado nos EUA seria certamente líder de mercado mundial”, afirma o interlocutor. Questionado sobre o que poderá estar na base da longevidade da empresa, o administrador entende que “os madeirenses têm uma característica bastante vincada que é o seu regionalismo, que prima pela qualidade, o orgulho das nossas gentes. Obviamente que temos feito um esforço, ao longo destas décadas para a manter. Depois não é conhecida qualquer reclamação por parte dos turistas e de todos aqueles que nos visitam, quando confrontados com a experiência de beber uma Coral”, graceja o entrevistado, evidenciando a aceitação que produto tem junto dos turistas, das várias nacionalidades, que todos os anos rumam à Madeira. Segundo Miguel Sousa “a cerveja é produzida com as mesmas características de uma cerveja europeia e a leveza da água da Madeira também é benéfica”. Para além do mercado nacional, atualmente, a expansão da cerveja Coral está a entrar numa nova fase, com a exportação iniciada para o maior mercado do mundo, “desde janeiro, deste ano, já mandámos para a China mais de 100 contentores de cerveja o que faz crer que temos potencial para continuar a crescer ainda mais, numa relação de parceria, que começou em outubro do ano passado. Até agora, o balanço é positivo e demonstra a capacidade de produção da ECM, bem como, a capacidade organizacional e de logística que se traduz nas encomendas e serviços que satisfazemos para o outro lado do mundo. Isto representa também uma satisfação para os nossos trabalhadores, neste momento, a empresa trabalha em pleno, 24 horas por dia, todos os dias da semana, o que é muito positivo, numa altura, em que a economia e as capacidades produtivas estão subaproveitadas tanto, no país como na região, à exceção do turismo”, evidencia o administrador da ECM. Questionado sobre a dimensão do impacto que a exportação para a China está a ter na atividade da empresa, o interlocutor revela que “este aumento de produção significou mais postos de trabalho indiretos, a empresa está suficientemente automatizada para aumentar a capacidade de produção. Indiretamente à volta da empresa foram criados bastantes postos de trabalhos inerentes à operação da ECM, nomeadamente no transporte. No que diz respeito a este assunto, penso e espero que as boas notícias ainda estejam para vir. Acredito que este trabalho para a China poderá contribuir para um reforço da economia da Madeira”. Para além da cerveja Coral, um outro produto que tem levado o nome da Madeira além fronteiras é a Brisa Maracujá, elogiada pelo primeiro-ministro ao afirmar que

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Empresa de Cervejas da Madeira - ECM| madeira, melhor destino insular devido ao facto de estarmos numa ilha, temos custos acrescidos, não temos a ambição de termos o preço mais baixo, mas queremos ter um preço competitivo, que permita que os nossos parceiros possam ganhar a sua margem. No entanto, estamos convencidos que a prestação de um serviço de proximidade e a qualidade do produto compensa qualquer custo acrescido que podemos ter”, refere, acrescentando que a mais-valia está no “serviço de escelência que prestamos aos nossos clientes. A qualidade dos nossos produtos também fideliza qualquer um”.

“a Madeira tem o melhor refrigerante de Portugal”, enfatiza Miguel Sousa. Segundo ele, “a Brisa de Maracujá é a nossa rainha, o maracujá é um fruto tropical e tradicional da Madeira, desenvolvemos esse refrigerante, em 1969, e hoje sem dúvida nenhuma, é a marca rainha no portefólio da ECM e também a bandeira madeirense no exterior. Atualmente, distribuímos a Brisa Maracujá, em praticamente, todo o continente, apesar de só termos começado esta operação, no final do verão passado. Neste momento exportamos também para o Dubai, com uma garrafa e um rótulo totalmente árabe, o que representa um sinal de grande capacidade da ECM, já que o Dubai é um mercado competitivo e exigente”, esclarece o administrador. Na central de produção instalada em Câmara de Lobos, para além da cerveja e dos refrigerantes a empresa dedica-se há dez anos ao engarrafamento de água, com a marca Atlântida, líder de mercado entre os madeirenses. O entrevistado esclarece que a empresa “tem uma capacidade de produção para o dobro daquilo que faz atualmente. Temos 200 trabalhadores, um quadro de pessoal jovem, muito empenhado e qualificado em que cada um sabe bem a sua missão, reconheço em todos uma paixão por esta empresa”, afirma orgulhosamente. Questionado sobre as principais dificuldades que possam eventualmente existir, Miguel Sousa refere que há “um conjunto de operações que desgastam a competitividade

Os desafios e o futuro Sobre os momentos mais marcantes e os desafios que a ECM foi vivendo ao longo destes anos, Miguel Sousa destaca a “construção e abertura da nova fábrica em Câmara de Lobos, o início do engarrafamento de água, a Atlântida nasceu há 10 anos e é líder de mercado na Madeira, por fim, o terceiro grande marco é a aceitação da Coral na China, um momento incrível, algo muito importante para a empresa e para a economia da Madeira”. Quanto aos projetos de futuro, o entrevistado revela que o espírito inovador que está na base da empresa trará novidades ao mercado, “temos inovado e introduzido muitas alterações na empresa o que não parece ser próprio de uma entidade periférica e insular. Estamos em paralelo com o ritmo da inovação e qualidade das outras empresas europeias”, destaca o interlocutor, referindo que exemplo disso, “foi a introdução da abertura fácil. Introduzimos também, pela primeira vez, em Portugal, uma garrafa de menor dimensão, das que são conhecidas no mercado nacional. Fomos a primeira empresa portuguesa a ser certificada oficialmente pela sua qualidade e serviços prestados”. Neste momento, o administrador revela que “estamos a criar uma mini cervejeira para a produção de outras cervejas artesanais, para que o mercado perceba que, para além da Coral tradicional, temos capacidade para criar outras cervejas, pretendemos proporcionar novas experiências de consumo, há uma partilha permanente das nossas novidades. Os nossos clientes estão sempre na expectativa que a qualquer momento possa surgir uma novidade criadora de momentos únicos”, finaliza o entrevistado.

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madeira, melhor destino insular| gesba

“A banana preferida dos portugueses”

Jorge Dias e Artur Lima Administrador

A história da banana da Madeira tem mais de cem anos, após algumas décadas de declínio, o setor conheceu a partir de 2008 uma nova realidade, com a criação de uma entidade que trouxe uma nova dinâmica ao setor. Hoje, a produção da banana da Madeira está em expansão. Fomos conhecer os segredos da renovação e valorização deste setor, em entrevista aos responsáveis da Gesba, Jorge Dias e Artur Lima.

A história da Gesba é recente, mas foi a solução encontrada em 2008, pelo Governo Regional da Madeira para renovar e expandir um setor com mais de cem anos de existência. O gerente da Gesba, Jorge Dias explica que “a produção estava a descer imenso e chegou a temer-se pelo setor. O Governo Regional decidiu adquirir as duas cooperativas existentes juntando-as numa nova empresa que agora faz toda a comercialização da banana da Madeira. A Gesba conseguiu inverter a situação de declínio da empresa, através do crescimento, a qualidade das bananas melhorou e a situação deficitária inverteu-se”. A banana da Madeira voltou a ser um “setor competitivo através da valorização do produto, é um setor estável. Atualmente, existem 2800 pequenos

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produtores, distribuídos por cerca de 615 hectares, estamos a falar de uma produção em pequena escala, extremamente valorizada pelas pessoas que nela trabalham. Possuímos uma enorme vantagem em relação à concorrência, conseguimos colocar as nossas bananas no mercado em pouco tempo, um contentor sai da Madeira e no espaço de sete dias as bananas já estão disponíveis para consumo, esta rapidez garante o sabor característico da nossa banana”, destaca o responsável, Artur Lima. A valorização do produto passou também pela aposta “no marketing, percebendo que o nosso produto pode ser publicitado. Levámos a cabo vários estudos de mercado onde se concluiu que a banana da Madeira é a preferida dos portugueses, já as nossas avós compravam

bananas da Madeira”, enaltece Jorge Dias. Questionados sobre os principais mercados, os interlocutores explicam que devido à proximidade que mantém a qualidade do fruto, “o nosso mercado é preferencialmente o continente português e esporadicamente o espanhol. Temos um grande respeito e admiração pelos nossos clientes, que são conhecedores e apreciadores da banana da Madeira. Estudos recentes indicam até que a nossa banana é a mais bem vendida da Europa”, destacam Jorge Dias e Artur Lima. A produção anual de banana ronda as 18 mil toneladas ano e os responsáveis da Gesba apontam que para este ano as previsões são de crescimento já que “desde janeiro deste ano crescemos cerca de 20 por cento”, revela Jorge Dias. A Gesba está a apostar numa estratégia que prima pelo crescimento


gesba| madeira, melhor destino insular

sustentável da empresa, os responsáveis afirmam que apesar de estar limitados em termos de espaço, “ainda há possibilidades de crescimento para o setor, há manchas de terreno por preencher. O Governo Regional tem a ideia de implementar um banco de terrenos, possibilitando a exploração de bananas complementando este investimento com as linhas do PRODERAM - Programa de Desenvolvimento Rural da Região Autónoma da Madeira. Atualmente existem jovens agricultores a apostar neste setor que dá algum rendimento”, afirma Artur Lima. Questionados sobre uma possível produção em estufa que poderia contribuir para o aumento da produção, Jorge Dias afirma que, “as bananeiras já fazem parte da paisagem da Madeira, têm importância para o turismo se, eventualmente, pensarmos numa produção deste género, isso poderá ter um impacto negativo no turismo. Na nossa estratégia equilibrada de crescimento temos de perceber muito bem a importância de cada setor e a sua inter-relação”. No que diz respeito ao ciclo de produção do fruto, “cada

cacho demora nove meses a ser formado, as bananeiras devem ser cultivadas até aos 200 metros de altitude, o que confere uma paisagem espetacular, sobretudo na zona sul da ilha onde as bananeiras encontram as condições favoráveis ao seu desenvolvimento já que necessitam de sol, água e pouco vento”, relatam os entrevistados. Após serem colhidas as bananas são alvo de uma “seleção de qualidade nos nossos armazéns, temos a banana extra de primeira e segunda categoria, depois são encaixotadas e colocadas nos contentores a uma temperatura de 13 graus. As bananas são todas enviadas em verde, o processo de maturação é concluído nos armazéns dos distribuidores”, explica Jorge Dias. Futuro: Desenvolvimento e inovação No que toca aos projetos de futuro os interlocutores revelam que vão integrar na Gesba o “Centro de Bananicultura onde pretendemos desenvolver a experimentação e investigação na área da banana, servindo como serviço de apoio aos agricultores”,

revela Jorge Dias. A somar a isto, Artur Lima evidencia que “estamos a desenvolver uma infraestrutura de grande dimensão na Ponta do Sol, no setor produtivo, um projeto de raiz que vai permitir duplicar a produção em termos quantitativos. Estamos a terminar o projeto e pensamos que devemos inaugurar o centro de processamento de banana da Ponta do Sol muito em breve. Com este projeto vamos duplicar a capacidade instalada de 40 para 80 toneladas um investimento que ascendeu aos 4,3 milhões de euros, apoiado pelo PRODERAM”. Em jeito de mensagem final os entrevistados asseguram que a banana da Madeira vai manter a qualidade que a caracteriza, uma vez que os portugueses sabem que a banana da Madeira é rica em nutrientes e vitaminas, concentrando toda a doçura e intensidade do sabor original no porte tradicionalmente mais pequeno que já conquistou os portugueses, por isso, e conforme afirma Dolores Aveiro, ‘a banana é a segunda melhor exportação da Madeira”, concluem os entrevistados.

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madeira, melhor destino insular| Junta de Freguesia de santo antónio

Trabalho de

proximidade à população Santo António é uma das maiores freguesias da Ilha da Madeira, localizada no concelho do Funchal, tem inúmeros pontos de interesse que atraem milhares de turistas à região. Em entrevista ao presidente Rui Santos, divulgamos o que de melhor existe na freguesia, que viu nascer o craque Cristiano Ronaldo.

Rui Santos Presidente

Com 22 quilómetros quadrados e cerca de 28 mil habitantes, a Junta de Freguesia de Santo António tem a seu cargo um trabalho muito exigente assente na proximidade e no apoio à população. Rui Santos revela que segundo “os censos de 2011, há duas freguesias na Ilha da Madeira que estão em contraciclo com a tendência de envelhecimento da população, uma delas é a de Santo António. A freguesia entre 2001 e 2011 recebeu 7 mil habitantes, proveninentes de outras zonas da Ilha”, esclarece. Com uma política de proximidade, o executivo liderado por Rui Santos desenvolve diversas atividades nas instalações sede da junta como “workshops, formações, isto é um espaço aberto a toda a população. Numa outra vertente, vamos aos locais fazer o registo dos pedidos e das necessidades da população, ouvimos a freguesia. Ao sábado de manhã vamos a determinada zona, divulgamos a nossa presença e, em conversa, com as pessoas abordamos os problemas que têm de ser resolvidos e o que é necessário. A população está sempre em primeiro lugar”, remata o presidente. A cumprir o segundo mandato, Rui Santos revela que o trabalho levado a cabo pela junta está muito focado na vertente da ação social, “um trabalho que preferia não fazer, já que era sinal que estava tudo bem. A ação social representa 33 por cento do orçamento,

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ajudamos cerca de 290 famílias por ano, gastamos cerca de 135 mil euros em ajudas, desde o pagamento de contas de eletricidade, água, gás, medicamentos. São medidas que não gostaríamos de fazer, era sinal que os nossos habitantes estavam bem, o desemprego veio mudar a vida de muita gente”, refere o interlocutor. Numa freguesia dedicada ao bem-estar da população, os jovens e os mais idosos também não são esquecidos, o presidente esclarece que a “freguesia tem uma tradição no futebol, tem o Clube de Futebol Andorinha, onde nasceu o Cristiano Ronaldo, na altura, eu era presidente do clube, tratei da transferência dele para o Nacional. Ele tinha dotes diferentes dos outros, mas nunca ninguém imaginou o que ia acontecer. O Andorinha é uma escola de formação que movimenta entre 500 a 600 crianças. Os jovens da nossa freguesia tem muito por onde escolher, desde futebol, natação, ciclismo, andebol, basquetebol, há todo um manancial de ofertas. Temos umas excelentes piscinas olímpicas onde, recentemente, decorreu o Campeonato Europeu de Natação Adaptada para portadores de deficiência, foi o primeiro evento do género realizado em Portugal. A Universidade da Madeira também está situada na Freguesia de Santo António”, afirma Rui Santos. Todos os anos a 1 de junho, Dia Mundial da Criança, “levamos 1500 crianças da freguesia a um campo desportivo, do Andorinha ou do Marítimo, passam uma manhã em atividades com insufláveis, pinturas faciais, animação, palhaços, um grande momento de alegria que é para manter. Para os adultos, temos um ginásio nas instalações da junta que movimenta cerca de 550 pessoas, com mais de 55 anos, organizamos picnics, passeios pelas levadas, inúmeras atividades”, relata o presidente. Turismo, Eventos e Património A freguesia de Santo António tem uma das riquezas paisagísticas mais ricas da região como destaca o presidente Rui Santos, “temos um dos pontos mais visitados da Ilha da Madeira, que é o Pico dos Barcelos, com uma vista fantástica sobre a baía do Funchal e todas as nove freguesias que compõem o município. Recentemente, com a abertura de uma estrada florestal entre a zona da Barreira e a estrada que dá aceso ao Pico do Areeiro fez-se também o miradouro do Paredão, que tem uma vista fantástica sobre o Curral das Freiras”. Ao nível


Junta de Freguesia de santo antónio | madeira, melhor destino insular gastronómico a freguesia tem uma vasta oferta de qualidade, “temos restaurantes de muito bom nível e uma das casas mais famosas de poncha do concelho do Funchal, Os Castrinhos, situada no Caminho do Poço Barral”, destaca o entrevistado. Muitas são as festividades realizadas na região, com especial destaque para as religiosas distribuídas pelas cinco paróquias da freguesia “em janeiro temos o Santo Amaro, depois também se festeja a Nossa Senhora da Graça, a Nossa Senhora da Visitação, o São João, mas a festa principal é o Santo António, onde realizamos um evento que vai já na 19ª edição, que é o desfile do concurso de marchas populares, que acontece a 12 de junho, onde temos cerca de 800 a 900 figurantes, divididos por 12 a 14 grupos”, explica o interlocutor. Questionado sobre o momento mais marcante ao longo destes dois mandatos, Rui Santos responde “o 20 de fevereiro de 2010, sem dúvida. Tomámos posse em novembro de 2009 e meses depois somos confrontados com o que aconteceu, com as 17 mortes na freguesia e com um enorme trabalho de reconstrução. Foi este o acontecimento mais marcante até à data”. Futuro Quanto aos projetos de futuro o presidente revela que “estamos a preparar um jardim público, juntamente com o Governo Regional, uma obra que deve começar dentro de um mês, entre a Avenida das Madalenas e a Universidade da Madeira. Vai ser um equipamento muito útil, vamos instalar

um ginásio ao ar livre, 50 por cento dos equipamentos vão ser destinados a pessoas portadoras de deficiência”. Para finalizar o entrevistado deixa uma mensagem de esperança e confiança a toda a população e convida todos os leitores a visitarem “a Região Autónoma da Madeira, em toda a ilha há pontos turísticos de beleza única, não fiquem só nos hotéis do Funchal, venham a Santo António e participem nas nossas festas”.

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madeira, melhor destino insular| Junta de Freguesia de s. Pedro

o património, manter a identidade” São Pedro é uma das freguesias do Funchal com mais património histórico. António Gomes lidera um executivo que se tem preocupado com a dinamização da região ao nível turístico, económico, mas que acima de tudo, procura manter a qualidade de vida da população. Em entrevista ao presidente da Junta de Freguesia, António Gomes fomos à descoberta de São Pedro. A freguesia, em termos de território, é considerada de pequena dimensão, ao contrário da maioria das regiões da ilha, São Pedro não tem mar nem serra, mas tem um vasto património histórico e cultural que o atual executivo está a tentar preservar. “A Fortaleza do Pico é um dos pólos de atração da freguesia de São Pedro, com café e miradouro, além de todos os museus, que representam todas as casas senhoriais do século XVI e XVII e que ilustram a história da Madeira. Espero que, em breve, a Fortaleza esteja aberta ao público, temos os jardins da Fortaleza, o Paiol que está a ser reabilitado pela Liga dos Combatentes. Existe o Convento de Santa Clara, o Museu das Cruzes, o Museu Frederico Freitas, o Museu do Aquário. Numa outra vertente, para além da Igreja de São Pedro, temos a capela mais pequena da ilha, conhecida como a Capela das Almas”, destaca o presidente da Junta de Freguesia de São Pedro, António Gomes. A Rua da Mouraria e a Rua das Pretas representam também parte do espólio e identidade da região, “reabilitámos algumas ruas, na Rua da Carreira, um dos exemplos,

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António Gomes Presidente

“Reabilitar

realizamos, no segundo fim de semana de dezembro, a Festa do Bolo de Mel da Madeira, optámos por pedir apoios a todos os comerciantes, pastelarias e padarias. No primeiro ano, conseguimos fazer um bolo com 8,5 metros, no segundo com 36. Este ano pretendemos ir até aos 40 metros, o que corresponde a 300 quilos de massa, servido com vinho madeira. Uma festa que começou com este executivo e que é para manter, já que foi em São Pedro que nasceu o bolo de mel, no Convento de Santa Clara, um dos melhores doces conventuais da Madeira”, revela o presidente. A junta de freguesia tem proporcionado a criação de eventos que juntem os comerciantes e dinamizem a região como as festas populares, as feiras no jardim da Fortaleza e a comemoração do dia da freguesia. Este ano a Festa de São da Ribeira realiza-se a 23 e 24 de junho, com um vasto programa com animação e música, há ainda a destacar as marchas populares na noite de 23. A 25 e 26 de junho, no Bairro do Hospital, realizam-se as festas dos Santos Populares, com marchas, no domingo 26, ao final da tarde. “A junta de freguesia tem-se preocupado em manter estas festas porque são importantes para São Pedro e para o Funchal, pretendemos manter a tradição. Este ano, em parceria com a Câmara do Funchal também participamos nas Festas do Funchal com eventos na Rua da Carreira”, revela António Gomes. Pela primeira vez, este ano, o dia da freguesia vai ser comemorado a 23 de julho, como explica o interlocutor, “a 20 de julho de 2015 foi comemorado o dia da freguesia, onde decorreu uma palestra com o professor Rui


Junta de Freguesia de s. pedro| madeira, melhor destino insular Carita, que nos elucidou do alvará da criação da paróquia a 23 de julho de 1566. Nesse mesmo dia, foi inaugurada uma lápide em homenagem ao poeta nascido em São Pedro, mais precisamente, nascido numa casa contígua à capela de São Pedro e São Paulo onde foi criada a paróquia. Na placa foi inscrita uma frase de Herberto Helder sobre a Madeira: ‘É uma ilha em forma de cão sentado com a cabeça inclinada para perscrutar o enigma da água. O cão tem as orelhas fitas porque recebe notícias do vento ao mesmo tempo que cheira e olha o mar. O cão está sentado no atlântico’, de Herberto Helder, Photomaton & vox (Uma ilha em sketches), 2006”. A somar a estes eventos importa ainda destacar que a 28 e 29 de maio a junta organizou um passeio a Porto Santo destinado a 150 pessoas. Em julho, entre os dias 21 e 27 vai decorrer um passeio aos Açores para 45 pessoas.

compra o que necessita, com exceção de alcool e tabaco. Damos 17 bolsas de estudo, com um apoio mensal de 85 euros, atribuídos consoante as necessidades de cada família. Temos apostado nas atividades junto dos idosos e inválidos que não saem de casa e necessitam de ocupação. Promovemos ginástica, passeios a pé, yoga, pilates, inglês, norueguês, informática, cidadania, apostamos no envelhecimento ativo”. Na freguesia, existem ainda valências dedicadas aos idosos como o Centro de Dia, nos Viveiros, para 20 pessoas e o Centro de Dia Luís de Camões, no Bairro do Hospital.

Apoio à população O executivo liderado por António Gomes também garante o apoio aos mais necessitados através de várias medidas,

Projetos de futuro Apesar dos constrangimentos inerentes à situação financeira do país, o interlocutor revela que para o futuro espera “manter tudo o que conseguimos construir até agora. Para além disso, tenciono reabilitar o centro histórico de São Pedro, temos de valorizar o nosso património, manter a nossa identidade. Existe ainda a questão do orçamento participativo que vai ser feito em São Pedro a nível municipal e de freguesia. Se pelo

“concedemos mensalmente a 65 famílias um cabaz através de um cartão, cada um

menos dois ou três projetos forem realizados neste âmbito será muito positivo”. Em jeito

de mensagem final, António Gomes revela que está “motivado para mais um mandato. Aos cidadãos de São Pedro transmito que estou com todas as pessoas, próximo delas, a sentir os problemas que estão a passar e que vamos apoiá-las, ajudando a superar os momentos mais difíceis”, enfatiza António Gomes.

28 a 29 de maio: Passeio a Porto Santo 7 de junho: Orçamento Participativo Municipal e de Freguesia 23 e 24 de junho: Festa de São João da Ribeira 25 e 26 de junho: Santos Populares, Bairro do Hospital 23 de julho: Novo dia da Freguesia depois de ouvido o professor Rui Carita 21 a 27 de julho: Passeio aos Açores

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madeira, melhor destino insular| Junta de Freguesia de ponta do sol

O melhor pôr-do-sol da Madeira Situada na costa sul da ilha, Ponta do Sol é hoje uma freguesia dinâmica em que a maior preocupação por parte do seu executivo, são os cerca de 5000 habitantes que compõem a região. Juvenal Silva, presidente da Junta de Freguesia, em entrevista à Revista Business Portugal, apresenta-nos esta terra, que se destaca por uma forte componente histórica e cultural.

Juvenal Silva Presidente

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Freguesia única e diferenciadora Caracterizada por uma forte identidade local, Ponta do Sol define-se igualmente pelas várias atividades económicas enraizadas na região, como nos começa por explicar o autarca. “A produção de banana constitui um importante rendimento para as famílias do nosso concelho. Normalmente não é a única fonte de rendimentos, mas sim um complemento a um outro trabalho, seja na restauração ou na construção civil, por exemplo. Temos muitas famílias que se dedicam a outros tipos de culturas, mas a produção da banana é sem dúvida aquele onde as famílias conseguem obter mais rentabilidade. Temos também neste setor de atividade a produção de cana de açúcar, que dá origem à famosa bebida da região, a poncha”. A par destes setores, Juvenal Silva, destaca o turismo como uma importante fonte de rendimentos para as famílias da freguesia, setor que segundo este, tem-se desenvolvido de forma exponencial nos últimos anos. “Em termos económicos, penso que a agricultura é a principal catividade do nosso concelho. Também o crescimento do turismo tem possibilitado que se desenvolvam áreas como a restauração e a hotelaria. Por exemplo, o turismo rural está a ganhar uma outra dimensão. Hoje em dia e cada vez mais, noto que as pessoas que frequentam o centro da nossa vila, que passeiam durante o dia ou durante a noite, são pessoas que nos visitam e que se encontram alojadas nas unidades hoteleiras existentes e nas casas de turismo rural”, frisa. Potenciar a freguesia para gente da terra e não só Neste sentido, são várias as iniciativas desenvolvidas no município com o objetivo de potenciar a interação entre a população local e os turistas, que chegam à ilha em grande escala. “Temos um festival, que já conta com a sua segunda edição, com um cartaz interessantíssimo, o Festival Aqui Acolá, que é promovido e realizado pela Câmara Municipal. Este festival é direcionado para a cultura, desde o teatro, cinema, exposições de artes plásticas, dança, entre outras. O festival decorre durante cinco dias no mês de maio, em que algumas atividades apresentadas ocorrem durante todo o dia, terminando sempre com um espetáculo musical à noite. Este evento é bastante interessante e importante em termos turísticos, porque os turistas, tal como os residentes, também podem desfrutar do festival. Temos também um outro evento, também muito importante, que é o Festival Internacional de Folclore onde participam muitos grupos regionais, nacionais e, claro, de outros países. É realizado na vila da Ponta do Sol e a sua primeira edição foi há de 25 anos e acontece ininterruptamente todos os anos. Realiza-se como abertura das festas do concelho, ou seja, no final do mês de agosto. O festival é promovido pelo grupo folclórico da Ponta do Sol com a ajuda importante do município. É uma das atividades em que todos os órgãos autárquicos do concelho, nomeadamente a Câmara Municipal e as três Juntas de Freguesia, colaboram, cada um dentro das suas possibilidades, para a realização do mesmo. Esta, e as muitas outras atividades realizadas ao longo do ano, só são possíveis graças à ligação muito estreita entre as associações concelhias e os órgãos autárquicos, Câmara Municipal e Juntas de Freguesia”, conta Juvenal Silva. São muitos os pontos turísticos de paragem obrigatória para quem visita Ponta do Sol, bem como as atividades desenvolvidas para os amantes da natureza no seu estado mais puro. Assim, também são muitos os empreendimentos que vão surgindo no sentido de dar resposta às necessidades dos turistas.


Junta de Freguesia de ponta do sol| madeira, melhor destino insular “Existem percursos de levadas muito agradáveis onde as pessoas podem fazer caminhadas e descobrirem ao mesmo tempo lindas paisagens. Existem muitas, mas a Levada dos Moinhos e a Levada Nova são dois dos percursos quase que obrigatórios por serem emblemáticos para a Ponta do Sol, pois têm um peso histórico para o concelho porque representam a luta do nosso povo pelo direito à água. Além das levadas, e para quem ainda não conhece a Vila, recomendo virem, pois é ainda muito pitoresca com uma traça arquitetónica muito tradicional. À noite ganha um novo dinamismo, consequência da iniciativa de novos empresários que quiseram construir alguns bares e restaurantes com alguma qualidade. Depois temos as praias, naturalmente, temos um clima ótimo, bem como as paisagens únicas. Temos um pôr-do-sol lindíssimo, em que muitos dos turistas que nos visitam tentam encontrar pontos estratégicos para apreciarem e tirarem as melhores fotografias”, explica, orgulhoso, Juvenal Silva.

pessoais. Às vezes temos uma ideia muito superficial da realidade que nos rodeia e das dificuldades que muitas pessoas ainda passam. E é aqui que começamos a ter a perceção clara das muitas situações existentes. Daí sentir-me realizado e seguro de todo o trabalho desenvolvido por mim e pela minha equipa, junto das pessoas da minha freguesia”.

Por fim, o autarca deixa uma mensagem, para as suas gentes. “A mensagem que quero transmitir é de esperança e confiança. Todo o esforço que tem sido feito por nós, na ajuda às famílias e na resolução dos seus problemas, irá continuar”.

Balanço positivo No seu terceiro mandato, o balanço não poderia ser mais positivo. Foram vários os projetos desenvolvidos e vários os objetivos cumpridos, sempre ressalvando a boa ligação e todo o apoio obtido por parte da Câmara Municipal de Ponta do Sol. “Entrei por convite, gostei do projeto, da experiência e decidi avançar com o segundo e terceiro mandato. Tem sido uma experiência que me tem enriquecido muito em termos

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madeira, melhor destino insular| Junta de Freguesia da Madalena do mar

Entre o verde

e o azul da beleza natural A encosta repleta de bananeiras verdejantes prolonga-se quase até à beira-mar, é esta fantástica paisagem que surge aos olhos de quem visita a Madalena do Mar. A este jogo de cores, acrescentamos o cinza das pedras que compõem a praia de um dos pontos mais quentes da ilha. Em entrevista a Sandra Gouveia, presidente da Junta de Freguesia conhecemos os pontos de visita obrigatória da localidade.

Sandra Gouveia Presidente

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Um dos locais mais concorridos da ilha para a praia, devido ao fantástico clima que apresenta, a Madalena do Mar também é rica em gastronomia e é um dos pontos da ilha onde se pode saborear o bom peixe da região como as lapas, a espada entre muitos outros. “A paisagem dá um ar de lazer, uma freguesia onde nos sentimos bem. As pessoas são acolhedoras. O clima é bom, é a freguesia mais quente da ilha, no verão temos sempre uma enchente na praia, uma localidade digna de ser visitada. Para além da praia, temos as levadas, veredas, miradouros, o armazém da banana que também é uma atração e pode ser visitado. A nossa igreja também é importante sendo considerada um ponto culturalmente marcante na região”, destaca Sandra Gouveia, presidente da Junta de Freguesia da Madalena do Mar. Pertencente ao concelho da Ponta do Sol, a freguesia tem cerca de 643 habitantes, distribuídos por dois quilómetros quadrados, uma região onde o cultivo da banana representa o principal motor económico da região, é este fruto o protagonista da festa que todos os anos leva milhares de visitantes à Madalena do Mar. Este ano, a XVI Mostra Regional da Banana realiza-se a 15, 16 e 17 de julho “organizada pela Casa do Povo, pelo Município da Ponta do Sol, Junta de Freguesia da Madalena do Mar e várias entidades e empresas da região. O evento é composto por diversas atividades como a visita ao armazém da banana, passeios nas veredas, animação musical na promenade, regata de canoas e demonstração de drones. Durante os três dias, também é possível provar as iguarias típicas da região, bem com os produtos feitos à base de banana, nas barracas de comes e bebes instalados ao longo da promenade. Todos os anos milhares de pessoas participam na festa e durante o dia podem aproveitar para fazer praia”, sugere a nossa entrevistada. Para além deste evento, importa ainda destacar “a festa de Santa Maria Madalena que se realiza a 24 de junho e a festa do Santissímo Sacramento, a 19 de agosto, onde é construído um enorme tapete de flores, um dos principais atrativos da festa”, evidencia Sandra Gouveia. A região está dotada de quartos para os turistas


Junta de Freguesia da Madalena do mar| madeira, melhor destino insular

sobretudo em regime de alojamento local. No que diz respeito às valências de apoio à população, a entrevistada esclarece que existe na freguesia, “um centro de dia, préescola, centro de saúde e posto de correios. A junta de freguesia tem um protocolo com a Cáritas e ajudamos os mais necessitados com bens essenciais”. A completar o terceiro mandato, a entrevistada revela que resolveu candidatar-se devido à forte relação que

já tinha com as gentes da freguesia, na sequência do trabalho que desempenhava enquanto voluntária da Cáritas. Quanto aos desafios confidencia que todos os mandatos tiveram vários, atualmente “o maior é finalizar o livro sobre a freguesia que estamos a concluir”, afirma a interlocutora. Futuro Sobre os projetos de futuro, está a ser

analisado juntamente com o Governo Regional “a possibilidade de recuperação da Casa Paroquial, construída pelo polaco que descobriu esta zona, temos muitos polacos a visitarem a nossa freguesia devido á permanência do rei nesta freguesia. Pretendo que a freguesia continue com esta beleza natural, julgo serem necessárias mais infraestruturas que possibilitem o turismo, temos bons restaurantes à base de peixe e

isso é uma mais-valia. Numa outra vertente, deveríamos ter uma rede de transportes públicos mais abrangente”, entende Sandra Gouveia. Para finalizar, em jeito de convite, a presidente da Junta de Freguesia da Madalena do Mar afirma que “temos sempre as portas abertas, visitem a Madalena do Mar”.

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madeira, melhor destino insular| Junta de Freguesia dos canhas

A cana-de-açúcar é rainha É uma freguesia semi-urbana com predominância agrícola, sendo uma das principais produtoras de cana-de-açúcar da ilha, a partir de onde é feita a aguardente de cana, um dos ingredientes utilizados na famosa poncha da Madeira. Para além da agricultura, é nesta freguesia que estão sediadas grande parte das empresas do concelho. Canhas também possui vários pontos de interesse turístico, como revelou em entrevista, o presidente da Junta de Freguesia, Lino Pita.

Lino Pita Presidente

A freguesia é composta por cerca de 3800 habitantes (censos 2011), distribuídos por 13 km2, representando cerca de 30% da área do concelho da Ponta do Sol. Tem como principal motor económico o setor empresarial e a exploração de cana-de-açúcar, “além de outras culturas que se praticam, como legumes, frutos e hortaliças. Nesta freguesia encontram-se sediadas a maioria das empresas do concelho, das mais diversas áreas de atividade, com destaque para a construção civil”, revela Lino Pita. Em relação ao turismo, a localidade “apresenta vários pontos de interesse turístico, como o monumento Santa Teresinha, Relógio de Água, Monumento das Bem-aventuranças, os famosos miradouros e percursos pedonais e o tão conhecido planalto do Paúl da Serra. Temos uma variedade de pontos de interesse, que apesar de ficarem um pouco distante do pólo principal que é o Funchal, vale a pena serem visitados. A somar a isto, o município da Ponta do Sol tem desenvolvido várias iniciativas culturais que têm atraído bastante público ao concelho e em particular à freguesia”, destaca o entrevistado. Para além destes pontos turísticos, Canhas também é um dos destinos eleitos para a praia “temos a Praia dos Anjos, que nos últimos anos tem-se tornado numa referência na época balnear, devido ao investimento privado de jovens empreendedores do concelho da Ponta do sol e devido à qualidade da água e da referida praia”, revela o presidente. Canhas, à semelhança da restante ilha da Madeira, também realiza festividades e eventos de importância acrescida para a freguesia. Importa destacar a “Feira Regional da Cana-deAçúcar, que se realiza geralmente nos finais de março ou início de abril. É uma feira que, de ano para ano, tem evoluído bastante e que tem trazido uma nova dinâmica à localidade, contribuindo para o escoamento dos produtos e seus derivados, além de representar uma merecida homenagem a todos os agricultores”, explica Lino Pita. Para além deste certame, a freguesia assinala a 10 de julho o seu dia, depois existem “as festividades religiosas. Ao longo do ano, as associações locais organizam diversas iniciativas, como os jogos tradicionais, por altura da Páscoa, Mercado de Natal e elaboração do presépio público. No que toca à Junta de Freguesia, esta organiza algumas Feiras Agrícolas e Artesanais, além de outros eventos de cariz social e cultural”, revela o interlocutor.

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Junta de Freguesia dos canhas | madeira, melhor destino insular

Tempo de balanço e futuro Questionado sobre o que o motivou a ser presidente de junta, Lino Pita que está no exercício do primeiro mandato, explica que, “há algum tempo que estou na política, desde as estruturas jovens do partido, fiz parte do orgão camarário da Assembleia Municipal, depois, a somar a esta envolvência, também me fascinou fazer algo em prol da população e contribuir para o bem-estar das pessoas. Estou no primeiro mandato, considero-me um presidente próximo da população, sendo esta uma das características que me distingue enquanto pessoa. Esta é uma freguesia com uma crescente dinâmica e que exige trabalho a todos os níveis”. Em jeito de balanço, o entrevistado revela que “tem sido um mandato bastante positivo, contribuindo para uma evolução constante, tanto a nível pessoal como a nível profissional. Relativamente ao futuro, e se existir vontade partidária e da população, disponibilizar-meei para continuar à frente dos destinos da

freguesia”, esclarece. Quanto aos projetos que ainda gostaria de ver executados neste mandato, o presidente da Junta de Freguesia dos Canhas destaca a “requalificação de algumas veredas e, no que respeita ao turismo, tendo em conta os pontos de interesse, entre o mar e a serra, gostaria que a sinalética ficasse concluída, uma vez que existem muitos pontos que não se encontram assinalados nem identificados pelo que, considero que a conclusão desse trabalho será fundamental para potenciar o turismo local”. Numa mensagem final, agradece “a todos os que confiaram na minha equipa e a todos os que têm apoiado e colaborado no cumprimento do nosso programa eleitoral. Aproveito ainda, para deixar uma palavra de esperança em relação ao futuro, que continuaremos a trabalhar em prol dos anseios da população e do crescimento da freguesia”, finaliza Lino Pita.

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madeira, melhor destino insular| santa casa da misericórdia da calheta

Solidariedade

e prevenção há

480 anos

A Santa Casa da Misericórdia da Calheta foi fundada em 1535, com bens próprios do fundador, com sede própria, capela e hospital, tendo como intuito de valer a muitos casos de inválidos e pobres que não tinham nenhuma protecção, no concelho e fora do concelho. Em entrevista a Cecília Cachucho, Provedora da Santa Casa da Misericórdia da Calheta damos a conhecer esta nobre instituição que tem um conjunto de respostas sociais diferenciadoras. e relacionamento interpessoal. O Centro Social do Pinheiro, uma parceria com a Câmara Municipal da Calheta, é destinado à população idosa do sítio do Pinheiro, e conta com atividades de convívio, intercâmbio e contacto com a comunidade alargada. Os lares residenciais (ERPI) destinam-se a

Cecília Cachucho Provedora

Com enfoque, sobretudo, na terceira idade, a Santa Casa da Misericórdia da Calheta tem várias valências ao dispor dos seus utentes, nomeadamente dois lares residenciais, centro de convívio, serviço de apoio domiciliário, unidade de apoio no domicílio de cuidados continuados e Centro Social do Pinheiro. Estas valências servem uma faixa etária entre os 65 e os 90 e mais anos. O Centro de Convívio destina-se a utentes com autonomia de vida, que residem nas suas casas, e têm como principal necessidade a sociabilidade

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utentes que dependam de terceiros para a satisfação das suas necessidades básicas de vida diária. Aqui englobam-se os cuidados de higiene, alimentação, tratamento de roupas, cuidados médicos e de enfermagem, mas também as questões relacionadas com as condições habitacionais, acessibilidades, prevenção de problemas de saúde, degradação e estimulação de capacidades. O Serviço de Apoio Domiciliário é prestado por funcionárias da instituição a cerca de trezentos utentes que necessitam de ajuda de terceiros para cuidados básicos de vida diária. Merece ser aqui realçado que de há dois anos a esta parte, este serviço foi melhorado com o início da distribuição diária de refeições a cinquenta utentes. Este serviço em particular conta com o apoio da nutricionista da Santa Casa no acompanhamento dos utentes e na definição da respetiva dieta, de acordo com as suas necessidades, tendo a mesma os visitado no seu domicílio. O serviço de Cuidados Continuados ao domicílio destina-se a utentes que, durante a recuperação de algum problema de saúde, necessitem de apoio para os cuidados básicos de vida, sem o qual, teriam de permanecer hospitalizados. Todas estas valências funcionam com protocolo de cooperação com o Instituto

de Segurança Social da Madeira (ISSM), parceiro fundamental e indispensável. Atualmente, o apoio prestado pela Santa Casa da Misericórdia abrange cerca de 500 utentes. Por outro lado, a Santa Casa colabora com o ISSM no Programa de Emergência Alimentar e é a organização parceira na aplicação, no Concelho da Calheta, do novo Fundo Europeu de Auxílio aos Carenciados (FEAC). Nos diferentes serviços, é transversal a importância dada à prevenção dos problemas que possam contribuir para o acelerar do processo de envelhecimento, com a degradação das capacidades. A instituição tem feito o esforço por se dotar de recursos humanos adequados e necessários à execução desse trabalho. E daí o esforço em garantir formação contínua interna em áreas e aspetos relacionados com os contextos e

práticas de trabalho diário dos funcionários (relações interpessoais; competências pessoais; primeiros socorros; saúde, entre outras), o que pode marcar a diferença na qualidade da prestação dos cuidados. O bem-estar geral será a condição para a dignidade merecida no fim de vida. Para um futuro próximo, está agendada a abertura de uma loja social pensada para apoiar aqueles que têm maiores dificuldades na obtenção de roupas, calçado, eletrodomésticos, etc. Esta iniciativa continua a seguir o propósito de ajuda ao próximo que a Santa Casa da Misericórdia da Calheta segue desde a sua fundação. Para prosseguir a missão que está a cumprir e continuar a ser fiel aos seus princípios de solidariedade social, a o SCMC necessita de mais e maiores apoios de beneméritos e benfeitores.


EXCELÊNCIA EMPRESARIAL Todos os empresários portugueses idealizam a ‘empresa perfeita’ Esse tem sido o desafio quotidiano dos gestores de empresas nos últimos dois séculos, pelo menos. Mas, será que existe a empresa perfeita? O que seria o conceito mais correto uma empresa ideal? Muitas são as tentativas para promover melhorias nas organizações, no propósito de alcançar resultados, ampliar mercados, novos produtos, entre outros. Muitas empresas são, efetivamente, lucrativas e têm produtos de qualidade. E depois disso? Será que alcançaram o tão sonhado sucesso empresarial? Atualmente, a busca da dita empresa ideal ou empresa de sucesso reconhecido, é denominada a Gestão da Excelência. Representa a incessante melhoria da organização na tentativa de alcançar resultados cada vez melhores. Porém, qual o “modelo” procurado? O que deve uma empresa fazer para ser excelente? E mais, como atingir a excelência? As PME Excelência são, porventura, alguns dos melhores exemplos desta temáticas. Mas, há também muitas que apesar de não ‘carregaram’ o galardão são, igualmente, parte integrante da excelência nacional. Nas próximas páginas aresentamos-lhe alguns exemplos de empresas nacionais de excelência pelos mais diversos motivos. Seja pela inovação, pelos seus níveis de faturação ou até mesmo pelo seu papel ativo em prol da sociedade , estas empresas destacam-se no panorama nacional empresarial.


excelência empresarial | royal canin

“Para nós os

animais estão em primeiro lugar” A Royal Canin está totalmente comprometida com a inovação e com os especialistas veterinários e, neste sentido, pretende ir mais longe e fornecer soluções nutricionais personalizadas para cada animal de estimação de acordo com o diagnóstico na consulta com o médico veterinário, como nos diz Marta Bigio, direcora de comunicação da Royal Canin Iberia, em entrevista à Revista Business Portugal.

Marta Bigio

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Nesta edição falamos de saúde, bemestar e alimentação animal. Neste sentido, pergunto-lhe que cuidados essenciais devem ter os portugueses em prol dos seus animais de estimação? Existem quatro conceitos-chave a ter em consideração na hora de cuidarmos de animais de companhia: a nutrição, a saúde, o exercício físico e o carinho. A alimentação é fundamental para assegurar uma boa qualidade de vida. Esta tem que ser completa e adaptada às necessidades específicas de cada animal (de acordo com a idade, o tamanho, a raça, o estilo de vida) para contribuir para a sua saúde e ter uma maior esperança de vida. Consideramos a nutrição o primeiro passo para a Saúde, sendo que complementarmente não podem ser esquecidas as visitas regulares ao médico veterinário para prevenir possíveis doenças, realizar a vacinação necessária e desparasitações periódicas. No que respeita ao exercício físico, as necessidades variam entre gatos e cães e mesmo de animal para animal, mas é importante contribuirmos para que os nossos animais realizem exercício diariamente. O fator que cimentará estes três conceitos fundamentais para termos um animal de estimação saudável e feliz é proporcionar-lhe o bem-estar e todo o carinho que merece. Sentem que os mesmos são tidos em conta e são prática comum dos donos portugueses? Há mais sensibilidade para esta causa? Verificamos que as famílias portuguesas preocupam-se cada vez com os cuidados dos seus animais que são considerados como membros da família. Existe, hoje, uma maior consciencialização do papel do animal e um fortalecimento do elo emocional, que resulta também numa crescente preocupação com a saúde dos seus animais. A tendência para a “humanização” dos animais leva a que os seus donos procurem alimentos que permitam melhorar o bemestar e a longevidade dos seus animais. No entanto, continuamos a assistir ao abandono animal impulsionado por diversos motivos. Esta é uma questão que preocupa a Royal Canin, pois para nós os animais estão em primeiro lugar e assumimos com grande compromisso esta filosofia em toda a nossa atuação. Por isso, trabalhamos em campanhas de consciencialização que


royal canin | excelência empresarial promovam a posse responsável de animais. Falemos agora da Royal Canin. Porque deve o dono de um gato ou cão optar pelos produtos desta marca? Quais os seus elementos diferenciadores que o fazem o produto ideal? A Royal Canin caracteriza-se por desenvolver alimentos de elevada qualidade e que estão adaptados às necessidades nutricionais específicas do animal. Não é o mesmo alimentar um cachorro, um cão adulto esterilizado, um animal de grande porte ou de uma raça específica. A inovação nutricional da nossa marca permite-nos disponibilizar uma ampla gama, a mais completa do mercado, com uma oferta de mais de 300 referências que têm em conta a idade, a raça, o tamanho, o estilo de vida de cada animal e inclusivamente gamas específicas para animais com determinadas patologias, como a obesidade. Desenvolvemos alimentação feita à medida para gatos e cães, formulada por especialistas nutricionais e veterinários que se baseiam no conhecimento que têm dos animais para oferecer-lhes a nutrição mais adaptada às suas necessidades e utilizando matérias-primas de alta qualidade. do animal. Ao contrário do que se possa pensar, não existem apenas alimentos para cães e gatos na sua generalidade, mas sim produtos específicos consoante o cão e o gato que estejamos a falar. A variedade é imensa, correto? Sim. Para a Royal Canin, conhecer os gatos e os cães significa respeitar verdadeiramente as suas necessidades e este é o valor diferencial da nossa marca, que foi pioneira no desenvolvimento de produtos específicos para raças (por exemplo as necessidades de um Bulldog Francês são muito diferentes das necessidades de um Pastor Alemão), ou formulando gamas completas para cães e gatos esterilizados ou de grande porte. Sem esquecermos a importância do controlo e da prevenção da obesidade, que representa uma prioridade para a Royal Canin, pois acreditamos que um peso ideal é sinónimo de saúde. Para facilitar aos donos dos animais a seleção do alimento adequado, contamos com a colaboração de veterinários e de profissionais de lojas da especialidade que vão aconselhar os donos sobre o produto que mais se adapta às necessidades nutricionais

Existem, assim, produtos específicos para a doença e para o bem-estar do animal? Um dos pilares que a Royal Canin trabalha ativamente é, precisamente, a formulação de alimentos de dieta, ou seja, produtos que ajudam o médico veterinário na gestão de determinadas doenças influenciadas pela alimentação, como problemas de mobilidade, de fígado, de coração ou problemas urinários. Na marca existe também um produto para o stress nos animais, indicado para situações, por exemplo, de mudanças de casa ou com o nascimento de um bebé na família, que ajudará o animal a estar mais calmo e enfrentar da melhor forma estas situações. Estes produtos são prescritos pelo médico veterinário, que fará o correto diagnóstico e pelo conhecimento que tem dos alimentos recomendará aquele que será mais indicado. Que projetos tem a Royal Canin neste sentido? Na Royal Canin estamos totalmente comprometidos com a inovação e com os especialistas veterinários e neste sentido

queremos ir mais longe e fornecer soluções nutricionais personalizadas para cada animal de estimação de acordo com o diagnóstico na consulta com o médico veterinário. Acreditamos que os animais de estimação fazem deste mundo um mundo melhor, sendo que está intrínseca na atuação da Royal Canin a vontade e a crença de que podemos contribuir para melhorar a vida dos cães e dos gatos através do alimentos que permitem aos animais viver mais saudáveis e felizes.

construir relações de cooperação mútua que beneficiem tanto os animais de companhia, como os seus donos e todos os intervenientes nesta cadeia. Não só queremos crescer, queremos continuar com um crescimento do qual nos possamos sentir orgulhosos por saber que estamos a trazer benefícios para a saúde dos animais de companhia, donos e sociedade em geral.

Por onde passa o futuro da marca? Há mais de 45 anos que a inovação está no ADN da Royal Canin. Para nós os animais estão em primeiro lugar e investimos no desenvolvimento de produtos que ajudam e aumentar a qualidade de vida e a longevidade dos cães e gatos. Estamos permanentemente a inovar e a apresentar soluções novas para corresponder às exigências nutricionais dos animais. Vamos continuar a fazer o que fazemos melhor, sem descurarmos as exigências e as expectativas contínuas e crescentes dos especialistas e dos donos dos animais. Vamos continuar a trabalhar com os nossos parceiros para

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excelência empresarial |tapadas

uma marca portuguesa Afirmando-se como uma marca de calçado moderna, desinibida e adaptada ao dia-a-dia, a Tapadas tem assistido a um crescimento dentro e fora de portas que faz de si – e dos colaboradores que a defendem – um símbolo de excelência.

Reconhecida hoje como um nome incontornável no panorama nacional do calçado, a Tapadas é uma marca, registada desde 2004, cuja origem nos remonta à história de um “negócio que vem de família” e que começou em 1974. Francisco Teixeira resolve em 1999 iniciar um novo projeto, também neste setor. “Não foi fácil começar de novo”, admite o porta-voz. Este impulso empreendedor acabou, no entanto, por trazer os seus frutos: “com base na seriedade, o nosso trabalho acabou por vir ao de cima”, prossegue Francisco Teixeira. Muito importante para o seu bom desempenho enquanto empresário foi a aposta no setor da revenda, que se iniciou em 1998 e ainda hoje perdura no ADN da Tapadas. A empresa conta, de facto, com uma carteira de “aproximadamente 1200 clientes” que se dedica à revenda dos seus produtos de norte a sul do país. A estes agentes, a marca acrescenta, todavia, três estabelecimentos para venda direta ao público, situados no concelho de Sintra (onde fica a sede), Almada e Caldas da Rainha. Assim, e perante um cenário em que a Tapadas tem vindo “a crescer de ano para ano”, Francisco Teixeira admite que o calçado é um setor de características muito próprias, que tem vindo a exigir uma constante adaptação a toda uma multiplicidade de fatores, desde o modo como os grandes grupos se vão afirmando, ao próprio comportamento do cliente final. “Cada vez há menos poder de compra”, observa o empresário, salientando que a aquisição de calçado “por impulso” já não é tão recorrente como “há alguns anos”. De facto, “as pessoas começam a prestar mais atenção ao que compram”, aspeto que se traduz na venda de menos unidades, embora o nível de faturação se mantenha pelo facto de a qualidade ser um fator cada vez mais privilegiado entre o público-alvo. Uma marca com personalidade própria No setor do calçado há mais de 30 anos, Francisco Teixeira teve a clarividência de saber ler o mercado. “A partir de 2007, começámos a importar da Ásia e assim fizemos durante alguns anos”, recorda o empresário. Mas o peso da concorrência e o critério de qualidade que se pretendiam

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de um nome como a Tapadas, fez com que a perspetiva da marca se centrasse no mercado português, um aspeto que perdura ainda hoje. A comprová-lo estão o elenco de cerca de 250 fábricas nacionais, com quem a empresa tem estabelecidas parcerias. “Trabalhamos apenas com calçado fabricado em pele e produzido em Portugal”, assegura Francisco Teixeira. O fator qualidade assume-se, por seu lado, como o mais importante, até porque só desse modo a Tapadas pode fazer jus às exigências de um público feminino “entre os 20 e os 50 anos” que se define como “atual, desinibido, que procura um artigo prático e de moda”, esclarece. A estes aspetos, acrescenta-se “o cunho especial” que caracteriza os modelos da marca, a qual goza já de “uma forte identificação que o nosso cliente já reconhece. Posicionamo-nos sempre com o cuidado de conciliar as tendências, elegância e conforto a preços competitivos.” Presença internacional O êxito e a personalidade muito vincada do calçado e acessórios (malas, cintos e carteiras) que define a marca Tapadas tem vindo a conquistar, a pouco e pouco, também clientes além-fronteiras, num esforço que – ainda que em reduzida intensidade – promete vir a crescer nos próximos anos. Atualmente, no entanto, esta é uma chancela que está já presente “em pequenas lojas” de países como Suíça, Reino Unido, Luxemburgo, França, Moçambique ou Andorra. “Queremos investir mais no mercado externo, mas tem que ser de uma forma sustentada”, admite o porta-voz, que dá por si a constatar que a Tapadas “é muito procurada, não só pelo preço, mas também pela qualidade”. Uma equipa de excelência O bom desempenho que a empresa de Francisco Teixeira tem vindo a reunir ao longo dos anos constata-


tapadas | excelência empresarial

se também pela conquista do prémio PME Excelência ‘15, atribuído a firmas que consigam aliar uma excecional qualidade na gestão a um crescimento notoriamente forte e positivo. Muito deste sucesso advém, na ótica do empresário, da postura que caracteriza os 27 colaboradores que o acompanham, proporcionando a cada cliente um atendimento diferenciado e único, “Isso é muito importante, porque temos clientes que vêm ter connosco para elogiar a competência e gentileza dos nossos colaboradores”, reconhece Francisco Teixeira. Um futuro radiante Pese embora o facto de “fazer previsões ser complicado”, tudo indica que a marca Tapadas tem razões para aguardar, com otimismo, os próximos anos. Contando sempre com a inestimável parceria dos clientes que contribuíram para assegurar o crescimento e consolidação da empresa, Francisco Teixeira é perentório nas palavras: “Temos que estar na tendência da moda, mas com um cunho próprio. Tudo o que tiver qualidade e seja bonito vende”, explica, antes de acrescentar que “é possível ser-se diferente e ter produtos atrativos”.

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excelência empresarial | frutórbel

O incomparável paladar da qualidade

Orlando Silva Administrador

A Frutórbel alia a qualidade, a exigência e a inovação na distribuição e comércio de frutas à atitude empreendedora que sempre definiu o seu fundador, Orlando Silva.

Fundada em 1994, a Frutórbel – Frutas, Lda. é reconhecida hoje como sinónimo de excelência e inovação no ramo da importação e comércio de frutas e produtos hortícolas. Mas, por detrás do sucesso que tanto marcou o percurso desta firma, está a visão de um homem cujo passado empresarial remonta a um período mais distante. Afinal, a ousadia e o talento de Orlando Silva para a arte dos negócios foi algo que se começou a manifestar quando o nosso interlocutor – natural de Vale de Cambra – ainda habitava em Angola, país onde laborou numa empresa de forte vocação exportadora, no setor do café. Foi em 1977 que, ao regressar a Portugal, Orlando Silva – “uma pessoa ativa” e munida de forte “dinamismo” – acabou por se iniciar naquela que seria a atividade com que atingiu grande sucesso no nosso país. Em parceria com outros dois sócios (o primo Joaquim Pinho e o produtor Elmiro Franco Rodrigues, que deu nome à empresa), o porta-voz assume que “não percebia nada de fruta, mas rapidamente comecei a entrar e a trabalhar duramente”, tal como sempre foi seu apanágio. A sociedade que dava pelo nome de Elmiro Franco Rodrigues, Lda., e que se dedicava à produção e comercialização de frutas, acabaria por se manter firme no mercado nacional até ao abandono de um dos sócios fundadores. Uma aposta ganha Foi a partir desse momento, em 1994, que Orlando Silva – aproveitando a experiência entretanto acumulada – fundou, em parceria com o anterior sócio Elmiro Franco Rodrigues e seu filho, Belmiro Rodrigues, a Frutórbel. A operar no mercado há 22 anos, esta é uma empresa que desde cedo se atreveu a inovar, denunciando a atitude empreendedora que sempre definiu o nosso entrevistado. “Desisti de vender fruta à comissão e comecei a

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comprar, a pensar acima de tudo na qualidade”, recorda. “Comecei a fazer importação de mangas e papaias do Brasil e a vender ananás dos Açores”, numa atitude que, à época, foi bastante arrojada mas que se traduziu numa aposta ganha. Hoje, a Frutórbel está presente no Mercado Abastecedor da Região de Lisboa, onde comercializa todo o tipo de frutas e produtos hortícolas nacionais e importados de países tão diversos como Argentina, Brasil, Colômbia ou Tunísia, entre muitos outros. É desta forma que se evidencia o destaque que a empresa atribui à venda de produtos exóticos que fazem a delícia dos estabelecimentos hoteleiros e de restauração mais focados na qualidade. Presença em todo o mundo Fazendo jus ao empreendedorismo de Orlando Silva, a Frutórbel está constantemente atenta ao mercado estrangeiro, procurando as mais importantes novidades de forma a satisfazer uma carteira de clientes exigente. Não admira, posto isto, que a presença em Feiras Internacionais e o contacto direto com os produtores sejam filosofias-base. Mas, para além da distribuição assumida no distrito de Lisboa, a Frutórbel tem vindo a afirmar-se nos mais diversos mercados internacionais, nomeadamente em países como Alemanha e Estados Unidos. Assumindo ter “uma grande capacidade de comercialização”, o porta-voz denuncia, todavia, a falta de compromisso e a má experiência que sentiu em alguns mercados. “Se toda a gente nos pagasse devidamente, o nosso país estaria mais rico e haveria menos desemprego”, lamenta, sublinhando um problema com que a empresa se tem debatido. Qualidade e excelência Questionado sobre o que melhor distingue a Frutórbel, Emanuel Silva, filho mais novo do sócio-gerente, destaca seis atributos: “qualidade, frescura, originalidade, sabor, inovação e diversidade”. A comprovar esta mesma atitude está o facto de esta ser uma firma


devidamente credenciada no que à qualidade dos seus produtos e processos diz respeito (ISO 9001:2008). “Temos oito carros na rua a servir fruta devidamente certificados. São carros frigoríficos, com as temperaturas devidamente calibradas e ótimas condições para uma atividade destas”, sublinha Orlando Silva. Também no seguimento desta política de rigor e profissionalismo está o facto de a Frutórbel ter sido agraciada com o Prémio PME Excelência ’15. Esta é uma distinção patenteada pelo IAPMEI que aplaude as empresas que apresentem os melhores resultados económico-financeiros e constituam verdadeiros exemplos de boa gestão. Composta por 15 colaboradores, a Frutórbel é uma empresa que não se fecha em si mesma. “Gostamos de ajudar e auxiliamos o Banco Alimentar Contra a Fome”, explica Orlando Silva, antes de acrescentar que a dedicação a causas sociais está presente “quase todos os dias”. Um futuro ambicioso Nas palavras de Jorge Silva, filho mais velho do sócio-gerente, o futuro da empresa passará “por acompanhar o crescimento dos

Jorge Silva e Emanuel Silva

frutórbel| excelência empresarial

nossos clientes”, até porque “em Lisboa têm aberto entre 15 a 20 unidades hoteleiras por ano”. É precisamente num panorama em que Portugal se assume cada vez mais como um destino turístico de excelência que os filhos de Orlando Silva perspetivam a possibilidade de servirem unidades hoteleiras situadas no sul do país e ilhas, expandindo assim o seu leque de atuação num mercado que, felizmente, “está a crescer”. Porque enquanto houver espaço para a qualidade, haverá lugar para a Frutórbel.

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excelência empresarial | gesticool

Exigência e

sustentabilidade na manutenção de frio Apostando em valores como a inovação ou a preocupação ambiental, a Gesticool é uma empresa centrada no desenvolvimento e montagem de instalações frigoríficas que marca presença em mais de 200 estabelecimentos do Grupo Jerónimo Martins.

Presente no mercado da refrigeração desde 2002 – embora englobando, nos seus quadros, profissionais que somam mais de 20 anos de experiência num setor bastante específico – a Gesticool - Instalação e Manutenção de Frio, Lda. é uma empresa altamente especializada, que faz de palavras como a exigência, a seriedade, o compromisso e a constante atualização tecnológica, o seu ADN. Sediada em São Julião do Tojal, Loures, mas contando com instalações e escritórios também em Vila Nova de Gaia e Albufeira, a Gesticool abrange a totalidade do território nacional continental, propondo ao seu principal cliente – as lojas Pingo Doce do Grupo Jerónimo Martins – uma vasta gama de serviços especializados. Entre eles, incluem-se o estudo, a projeção e montagem de instalações frigoríficas, bem como a prestação de manutenção e assistência técnica, que se caracteriza por um serviço disponível 24 horas, sete dias por semana. Mas à enorme flexibilidade de horários e célere capacidade de resposta – reflexos da constante preocupação e acompanhamento do cliente – acrescenta-se ainda “um sistema de controle”, assente num serviço de monitorização e televigilância. Esta tecnologia, designada por Adapcool, permite à equipa de colaboradores da Gesticool “aperceber-se de anomalias no funcionamento dos sistemas de refrigeração que, muitas vezes, as próprias lojas não conseguem detetar”, explica o sócio-gerente António Cruz. Significa tal que, por intermédio de tecnologias como esta, se torna possível a elaboração de diagnósticos antecipados que, por seu turno, se traduzem numa intervenção rápida que poupa inconvenientes e despesas acrescidas. Exigência e liderança A consolidar a sua presença por todo o país há 14 anos, a Gesticool tem vindo a garantir a solidez do seu carácter num setor que, nas palavas de António Cruz, se pode descrever como “irregular”, em que a relação estreita entre o prestador de serviços e o cliente se revelam fulcrais, até porque “as exigências são cada vez maiores”. É por esse motivo que, mesmo depois de 2015 se ter traduzido no melhor ano no que ao desempenho da empresa concerne, persiste a preocupação de se construir, a cada dia, um futuro sustentável. É precisamente com a intenção de premiar uma atitude exemplar no panorama empresarial português que a Gesticool foi agraciada com a distinção PME Excelência ’15. O mérito, que chegou a ser obtido em anos anteriores, reflete não apenas a exemplar gestão dos sóciosgerentes António Cruz e Carlos Alves, como também o esforço e sentido de equipa dos 36 colaboradores altamente especializados que fazem deste um nome de referência no setor.

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gesticool | excelência empresarial Consciência ambiental Se o rigor e a exigência são, efetivamente, palavras indissociáveis do modus operandi da Gesticool, outro elemento jamais negligenciado é a consciência ambiental. Devidamente credenciada, esta é uma firma particularmente sensível a questões como o aquecimento global e a procura de uma alternativa à emissão de gases fluorados, “que prejudicam o efeito de estufa”. Não admira, neste âmbito, que aquando da conceção e instalação dos equipamentos de refrigeração, sejam garantias da Gesticool aspetos como a utilização racional de energia, a seleção de equipamentos que acarretam o mais diminuído impacto ambiental possível ou a constante melhoria das condições de funcionamento das suas instalações. Concomitantemente, acrescenta António Cruz, “todos os nossos técnicos estão devidamente certificados para poderem fazer o manuseamento” dos equipamentos. Inovação como palavra de ordem Fazendo jus a esta especial consciência para com o meio ambiente, a Gesticool – numa parceria com a Carrier Portugal e o Pingo Doce – desenvolveu e instalou o primeiro Sistema de Refrigeração a CO2 transcrítico para supermercados. Esta corresponde a uma importante inovação no setor, atendendo ao facto de corresponder a uma “instalação verde e mais económica”, que recorre a um tipo de gás “que tem zero GWP”. Prometendo continuar a acompanhar as mais importantes inovações tecnológicas do setor, a Gesticool define a manutenção do seu modus operandi como a principal aposta para o futuro, continuando assim na liderança de um setor que a viu nascer, crescer e, acima de tudo, vencer.

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excelência empresarial | Metalconforme

Inovação e

excelência, de Portugal para o Mundo Especializando-se no desenvolvimento de dispositivos para formar e testar as cablagens para o setor automóvel, a Metalconforme soube aventurar-se nos mercados internacionais, não se deixando intimidar pelas mutações de um setor particularmente exigente.

e estanquicidade. Apesar da especificidade do seu core business, a Metalconforme comercializa também máquinas e ferramentas manuais e elétricas, estando apta, de acordo com João Jaques, “a fazer qualquer outro trabalhado ligado à metalomecânica”, fazendo jus à grande experiência acumulada pelo sócio-gerente.

Ana Rita Jaques João Jaques Administradores

Sediada em São João das Lampas (Sintra), a Metalconforme – Comércio e Indústria de Máquinas e Ferramentas, Lda. foi uma firma que nasceu do impulso empreendedor e visionário de João Jaques que, perante “os problemas, dificuldades e crises” que se faziam sentir no setor onde até então laborara (a metalomecânica), soube desviar-se a tempo “para um determinado tipo de produto mais voltado para a indústria automóvel”, introduz. “Tive que deixar a metalomecânica de lado, foi uma maneira de sobreviver”, recorda o nosso interlocutor. Hoje, volvidos 23 anos, a adaptação ao novo mercado revelou-se naquela que é, sem sombra para dúvidas, “uma aposta ganha”. Até porque, aproveitando “a experiência que vinha de trás”, a Metalconforme – atualmente com cerca de 30 funcionários em Portugal e outros tantos nos demais países onde tem sede – conseguiu “desenvolver-se e crescer a cada ano” numa trajetória que persiste até ao presente. Exemplo deste crescimento é igualmente a sua certificação ISO 9001. Trabalhando praticamente em exclusivo para um setor caracterizado pela grande força a nível internacional, esta é uma empresa centrada na produção de contra-peças e forquilhas, utensílios utilizados no desenvolvimento de cablagens automóveis, bem como para a realização de testes de continuidade

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Uma empresa internacional A operar há duas décadas num mercado particularmente exigente, a Metalconforme desde sempre se assumiu como uma firma atenta e adaptável às necessidades do setor automóvel. “Ao início, trabalhávamos para o território nacional, pois ainda havia indústrias de cablagens automóveis”, recorda a filha do fundador, Ana Rita Jaques. Entretanto, “os nossos clientes deslocaram-se para a Europa de Leste e o norte de África, algo que também tivemos que fazer para podermos continuar o nosso negócio”, acrescenta a também sócia-gerente da empresa. Foi precisamente pela necessidade de acompanhar o imperativo da internacionalização que a Metalconforme instalou ramificações em Marrocos e na Roménia, em 2004 e 2005 respetivamente. “Essa foi uma iniciativa feita apenas à base dos nossos próprios custos”, acrescenta João Jaques. O balanço, por seu turno, tem sido particularmente positivo, tendo a empresa encontrado clientes em países como Polónia, Sérvia, Ucrânia, Tunísia ou Botswana, além dos já anteriormente referidos Marrocos e Roménia. Um setor exigente Pese embora “os seus altos e baixos”, João Jaques considera que este se mantém “um setor com muita força”, sendo que “há dois ou três anos, mesmo quando se reduziu a venda de automóveis, nós continuámos a subir”. Este é um aspeto que se explica pelo facto de o redesign de automóveis já


Metalconforme | excelência empresarial existentes e o lançamento de novos modelos pressuporem o desenvolvimento de novos dispositivos para cablagens, estando a Metalconforme particularmente capacitada para o atendimento destas necessidades. “Em todas as nossas empresas assumimos as fases de projeto, investigação, produção e montagem”, esclarece Ana Rita Jaques. Posteriormente, “fazemos a montagem dos painéis junto do próprio cliente”. Já no caso de este se encontrar num país fora do âmbito de atuação da Metalconforme, procede-se à exportação do produto, sendo que, na eventualidade de ser necessário algum tipo de manutenção ou assistência “deslocamos técnicos para esses países”, garante a porta-voz. São atitudes como esta que contribuem para fazer desta uma empresa que se destaca das demais pela qualidade, a inovação, o profissionalismo e a proximidade para com o cliente. Acrescentem-se a estes elementos uma impecável política de gestão ou o sucesso económico-financeiro e eis a receita por detrás de um nome que, uma vez mais, foi agraciado com o mérito PME Excelência, que comprova o exemplo que a Metalconforme constitui para todo o país. Um futuro a crescer Ao leme de uma empresa particularmente bem sustentada, os nossos interlocutores assumem a vontade de continuar a expandir o seu leque de atuação, bem como a aposta na inovação. “Temos a ideia de desenvolver novos produtos, com tecnologia mais avançada, para os mesmos sistemas”,

explica Ana Rita Jaques. O pai, por seu turno, assume a “previsão de aumentar as empresas que temos”, acreditando que “poderemos dar um passo de forte crescimento, com novos clientes”, nomeadamente na Tunísia. Tudo indica, posto isto, que a Metalconforme preserva hoje precisamente os mesmos elementos que a viram nascer há 23 anos: a capacidade de saber ler o mercado, a coragem da adaptação e, sobretudo, o espírito empreendedor e visionário de quem a tornou possível.

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excelência empresarial | cosmanlux

excelência ao serviço da inovação Assumindo-se como uma PME Excelência, a Cosmanlux começou por prestar serviços de reparação de transformadores ao abrigo de uma multinacional, antes de consolidar um caminho marcado pela inovação e internacionalização.

A Cosmanlux, Unipessoal Lda. é um projeto nascido em 2002, “fruto do sonho” de Vítor Pereira, empresário que esteve “cerca de doze anos numa multinacional” com presença no setor da produção de transformadores. A certa altura, “houve a oportunidade de sair e tentar fazer o seu próprio negócio no mercado da época, que era promissor”, recorda o porta-voz, quando questionado sobre o nascimento desta empresa, com sede em Sintra. Ao início, e num esforço para capitalizar o know-how “bastante específico” até então consolidado, a Cosmanlux começou por fazer prestação de serviços de ‘outsourcing’ na referida multinacional onde Vítor Pereira anteriormente laborara –, precisamente na área da produção e reparação de transformadores de distribuição, abrangendo “todo o mercado dessa multinacional”. Pouco tempo depois, “começámos a trabalhar em transformadores de potência (gamas de equipamento mais elevadas, tensão e potências que a sua experiencia vai até 450MVA / 400kV), fazendo montagens, reparações, peritagens e assistência em todo mundo”, fortificando-se, desse modo, a parceria entre ambas as empresas.

Vítor Pereira Administrador

Um vasto leque de serviços Entretanto, com a mudança de politica dessa multinacional em Portugal, coube à Cosmanlux “fazer algum investimento de recurso, de forma promover a sustentabilidade e a inovação da empresa”, à medida que foram perspetivadas “novas oportunidades de negócio”. De facto, a pouco e pouco, “conseguimos estabelecer parcerias com mais empresas também multinacionais dentro do ramo da média e alta tensão”, em áreas tão amplas como a montagem de disjuntores de alta tensão em SF6, montagem, afinação e comissionamento de seccionadores, teste elétricos e em equipamento contendo SF6 ou a venda de s de transformadores e seus acessórios Ainda neste âmbito, importa salientar “alguma área de negócio” na comercialização e manutenção de produtos em UPS e comercialização de baterias elétricas. Já no culminar de dez anos de atividade, a Cosmanlux conseguiu a certificação Norma ISO 9001 e a certificação ambiental para a regeneração, tratamento de óleos dielétricos e secagem de transformadores de potência, consolidando ainda mais a excelência, o âmbito e o carácter diferenciador dos seus serviços. Ainda neste contexto, a empresa celebrou recentemente uma parceria com um laboratório de renome e reconhecimento mundialmente, na área de ensaios de óleo isolante e elétricos, estando neste momento “a fazer uma divulgação das máquinas por outras áreas e indústrias, onde estamos a obter um feedback bastante positivo”, que se poderá traduzir em novos planos para o futuro. Um futuro em expansão Assumindo-se como “uma empresa internacionalizada desde o início”, é ambição de toda a atual estrutura da empresa, de forma marcante e transversal em toda a sua organização, “capacitar ainda mais a Cosmanlux”, para que esta permaneça um nome “competitivo naquilo que faz”. Alguns dos planos para o futuro já estão efetivamente delineados: “Para além deste trabalho de regeneração e tratamento de óleo e manutenção de todos os equipamentos, pretendemos entrar ainda mais na indústria petrolífera nacional e internacional, apresentando os nossos serviços”, esclarece o responsável. Acima de tudo, persiste a vontade de “acompanhar os nossos parceiros neste tipo de trabalho, não entrando em concorrência com eles”, sustenta Vítor Pereira, antes de salientar “o enorme respeito” que a Cosmanlux – uma empresa de 28 colaboradores – nutre por quem nela acreditou. Marcada para breve está, de resto, uma alteração de instalações que será aproveitada “para entrar num campo de negócio ainda mais abrangente”, tirando usufruto de um conjunto de infraestruturas que assegurará um “serviço de maior qualidade” por parte de uma empresa que sempre fez da internacionalização, da inovação e da excelência o seu lema.

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empresa | tema

80 anos de cultura de Escola

assente nos laços históricos de amizade luso-britânica

A Queen Elizabeth’s School é uma referência no ensino do inglês, distinguindo-se também pela qualidade da oferta formativa. Recentemente, assinalaram-se oito décadas da constituição da escola e o cinquentenário da Fundação Denise Lester. Em entrevista a Conceição de Oliveira Martins, Presidente do Conselho de Administração da Fundação, traçámos a história, a importância das comemorações para a manutenção da identidade desta instituição, o presente e as perspetivas futuras de um estabelecimento de ensino que tem desde a sua origem ideais bem definidos. A Queen Elizabeths’s School nasceu a 3 de novembro de 1935, pelas mãos de uma jovem lutadora, Miss Denise Lester que contou com o auxílio dos excelentíssimos senhores Sofia e Fortunato Abecassis para a abertura desta Escola na Rua Saraiva de Carvalho, em Lisboa, com o encorajamento

do então Ministro dos Negócios Estrangeiros (1935-1936), o qual um ano depois foi nomeado Embaixador de Portugal no Reino Unido (1937-1943), o Exmo. Sr. Prof. Armindo Monteiro. Na altura, os primeiros alunos tiveram a oportunidade de usufruir na sua educação da influência do sistema

de ensino inglês a par do currículo oficial português do ensino primário, assim como da aprendizagem da cultura e história destes dois países. Oitenta anos depois, verificámos que este objetivo se mantem, assentando o projeto educativo desta Escola no estreitamento dos laços históricos e culturais

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excelência empresarial | fundação denise lester entre Portugal e o Reino Unido, sustentado pela aliança mais antiga do mundo. A Fundação Denise Lester tem como principal finalidade dar continuidade à obra da sua instituidora Miss Margaret Denise Eileen Lester, OBE (Order of the British Empire), de nacionalidade inglesa e manter a Queen Elizabeth’s School (Q.E.S.) de acordo com os ideais com que foi criada em 1935, como uma escola inglesa que segue o currículo oficial português para quem os pais ou encarregados de educação desejem uma educação inglesa coextensiva com a educação portuguesa. Esta Escola procura acompanhar os programas de ensino vigentes nas escolas britânicas, cultivando a amizade entre o Reino Unido e Portugal e honrar as suas bandeiras, que deverão ser hasteadas a par em todos os dias e atos solenes da história dos dois países, fazendo sempre parte do seu quadro de professores e corpos sociais, súbditos de nacionalidade inglesa. A Queen Elizabeth’s School atualmente tem as valências de Berçário, Creche, Educação Pré-escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico, sendo dado um papel de primordial importância à aprendizagem precoce do Inglês, como segunda língua e à cultura britânica, introduzidos aos alunos de uma forma intuitiva e natural em contexto bilingue. A aprendizagem de línguas estrangeiras, principalmente do inglês, uma das línguas francas mais faladas em todo o mundo, é considerada essencial num percurso formativo de qualidade. Numa sociedade global, caracterizada pelo plurilingualismo, interculturalismo, crescente internacionalização das políticas educativas da União Europeia e do mercado de trabalho, é requisito a nível das qualificações académicas e profissionais, o domínio de pelo menos duas línguas estrangeiras, além da própria língua materna, o que se traduz num aumento do número de escolas que estão a adotar modelos de educação bilingues que preparem os alunos para estudar em duas ou mais línguas diferentes. A Queen Elizabeth’s School tem adotado um sistema de imersão parcial a nível das valências da creche e da educação préescolar em que o ensino da língua inglesa é feito tal como o da língua mãe, através de uma aprendizagem individual centrada no desenvolvimento da compreensão e expressão oral, privilegiando a expressão dramática e musical, tendo em conta a

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aprendizagem futura da leitura e da escrita. No 1º ciclo do ensino básico é dada uma especial relevância à comunicação oral e escrita e à componente gramatical e linguística, nomeadamente à construção semântica, sintática e ortográfica. Este estabelecimento de ensino tem vindo a apostar na internacionalização do seu currículo, vindo a utilizar, desde 2008, uma metodologia inovadora aplicada em alguns países da União Europeia no domínio da Aprendizagem Integrada de Línguas e Conteúdos - AILC/CLIL (Content and Language Integrated Learning) que associa a aprendizagem de uma segunda língua ao ensino de certos conteúdos disciplinares e temáticas transversais a todas as áreas curriculares. Esta Escola implementou no seu currículo, no ano letivo 2014/2015, o Programa Internacional de Educação da Universidade de Cambridge “Cambridge Primary” (www. cie.org.uk), uma vez que em outubro de 2013 lhe foi atribuído o estatuto de Cambridge Primary School. Assim, os alunos da Queen Elizabeth’s School passaram a ter além do Inglês, lecionado em contexto bilingue, que sempre fez parte integrante do seu projeto educativo, as disciplinas de matemática e ciências lecionadas em Inglês, em complementaridade com o programa do currículo nacional português do 1º ciclo do ensino básico. A introdução deste programa constitui uma mais-valia para a nossa Escola e um fator de diferenciação para os alunos. A Queen Elizabeth’s School School tem vindo a participar em parcerias no âmbito de programas de intercâmbio educativo e cultural a nível nacional e internacional, é membro do Instituto Britânico no Programa de Parceria de Exames denominado “Addvantage”, Centro de Exames do Trinity College London e oficialmente designada, desde outubro de 2013, como Cambridge International School e Cambridge Primary School do Programa Internacional de Educação da Universidade de Cambridge (www.cie.org.uk) e Exam Preparation Centre do Cambridge English. Na área das expressões dramática e musical, tem vindo a propor os seus alunos aos exames de artes performativas “Trinity Stars: Young Performers in English Award” do Trinity College London (níveis 1, 2 e 3) e aos exames de música, nível preparatório, níveis 1 e 2 da Associated Board of the Royal Schools of Music (ABRSM), em piano e


fundação denise lester |excelência empresarial

guitarra clássica. O ensino de Inglês da Queen Elizabeth’s School é validado internacionalmente pelos “Young Learners English Tests” (Starters, Movers e Flyers) da Universidade de Cambridge, pelos “Integrated Skills in English” (ISE 0) do Trinity College London, correspondentes aos níveis A1 e A2 do Quadro Europeu Comum de Referência para Línguas do Conselho da Europa (QECR).

horário não letivo, a possibilidade de serem acompanhados no estudo, de terem aulas de diferentes modalidades desportivas, nomeadamente: ténis, futebol, karaté, patinagem, ballet e natação, bem como aulas de iniciação a um instrumento musical (piano, flauta, guitarra) e canto coral. Em todos os natais e finais de ano letivo, esta Escola produz uma peça de teatro em Inglês, na qual participam todos os seus

No 1º ciclo do ensino básico os alunos têm realizado com sucesso os Progression Tests das disciplinas Primary Maths e Primary Science do Programa Primário Internacional de Educação da Universidade de Cambridge para serem avaliados pelos Cambridge Primary Checkpoint, nas áreas de matemática e ciências para a obtenção de um Statment of Achievement and Diagnostic Report. O número total de horas semanais de Inglês, incluindo as duas horas contempladas no currículo nacional português para o 1º ciclo do ensino básico é de nove horas e meia. A Queen Elizabeth’s School ainda tem a funcionar, duas a três vezes por semana, os Clubes de Inglês para alunos e antigos alunos que proporcionam a possibilidade de desenvolvimento de projetos na área do ensino do Inglês; assim como, a preparação para os exames Integrated Skills in English do Trinity College London (ISE I, ISE II), Graded Examinations in Spoken English (GESE VII), First Certificate da Universidade de Cambridge (FCE), Certificate in Advanced English (CAE) e Certificate of Proficiency in English (CPE), correspondentes aos níveis A2, B1, B2, C1 e C2 do QECR. Além dos clubes de inglês foi criado um clube para a aprendizagem do Mandarim, sendo também facultado aos alunos em

alunos do 4º ano, sendo convidadas a assistir as respetivas famílias, bem como costuma organizar uma visita de estudo a Londres com os alunos finalistas, com a duração de uma semana, organizada por uma “English Summer School” acreditada pelo British Council. A nível cultural e recreativo, a Queen Elizabeth’s School proporciona, regularmente, visitas de estudo dos alunos a monumentos de interesse histórico ou artístico relevantes, a museus, exposições, concertos, bailados, óperas, teatros, quintas pedagógicas, passeios pedestres e percursos de interpretação da natureza e do meio ambiente; e promove o Dia do Desporto (Sports Day), um evento desportivo em que participa toda a comunidade educativa. Nas férias escolares de verão, o Clube de Férias da QES tem a funcionar nas suas instalações ateliês bilingues de música, expressão dramática, informática, conto e leitura, culinária, atividades experimentais nas áreas das ciências, artes plásticas, taichi, matemática lúdica e dança, bem como atividades de exterior, em que os alunos vão para a praia, podendo ter aulas de surf, de canoagem no Clube Náutico de Lisboa e aulas de iniciação ao Golf no Clube de Campo da Aroeira. A Queen Elizabeth’s School promove a

educação para os valores e a cidadania, sensibilizando os seus alunos para o papel preponderante da sociedade civil como forma que dá a expressão às necessidades de interesse geral dos cidadãos num Estado de direito democrático. A Fundação Denise Lester e a Queen Elizabeths School têm vindo a desenvolver junto dos seus alunos várias iniciativas de voluntariado no âmbito da integração social de idosos residentes em lares de terceira idade, de apoio a crianças desfavorecidas e a jovens portadores das mais variadas deficiências, tendo sempre em mente os ideais definidos pela sua fundadora Denise Lester, defensora de uma cultura humanista que visa o pleno desenvolvimento da criança. No seguimento da cerimónia que assinalou os 80 anos da Queen Elizabeth’s School e os 50 da Fundação Denise Lester que reuniu todos aqueles que fazem parte da história da instituição, contou com a presença do “primeiro aluno desta Escola, tendo sido na casa da avó deste, a Excelentíssima Senhora Dona Sofia Abcassis que este estabelecimento d ensino iniciou a sua atividade educativa. A fundadora Miss Denise Lester gostaria de saber que se continua a homenagear a família de todos os benfeitores que tornaram o seu sonho uma realidade. A cerimónia de comemoração das duas datas decorreu em conjunto na Aula Magna, da Reitoria da Universidade de Lisboa. Para além da comunidade educativa que faz atualmente parte da instituição, o evento contou com a presença de antigos alunos, pais, professores e colaboradores que fizeram questão de marcar presença, “temos a tradição de fazer festas de cinco em cinco anos, com o intuito de manter o contacto com os antigos alunos. Oitenta anos de anos já têm muito significado na vida desta instituição. Felizmente tivémos a casa cheia, o que foi muito gratificante”, afirma, com contentamento, a Presidente do Conselho de Administração da Fundação Denise Lester que superintende na gestão deste estabelecimento de ensino. Em representação de Sua Excelência a Embaixadora do Reino Unido em Portugal, Kirsty Hayes, esta instituição foi honrada com a presença da Excelentíssima Senhora Cônsul Britânica, Simona de Muro, a qual elogiou o nível de Inglês dos alunos na interpretação do musical “Alice”, baseado no clássico infantil britânico de Lewis Carroll, “Alice’s Adventures in Wonderland”.

Nas últimas oito décadas, a Queen Elizabeths’s School foi responsável pela formação de milhares de alunos, entre eles, destacam-se várias personalidades ligadas ao mundo do espetáculo e das artes, ao setor da economia social e filantropismo, à política e à história recente do nosso país como é o caso de Sua Excelência, o antigo Presidente da República Jorge Sampaio. Durante a festa, foram apresentados vários filmes de outras comemorações escolares memoráveis “das quais destacamos o 35º aniversário da Escola, em 1970, com um vídeo do arquivo da RTP1, onde para além de Miss Lester, estiveram presentes representantes de entidades oficiais portuguesas e britânicas. Foi também apresentado um segundo filme referente ao período posterior ao desaparecimento da Fundadora, altura em que assumiu funções como Presidente do Conselho de Administração, o Excelentissimo Senhor Doutor Joaquim Pedro de Oliveira Martins, sendo de assinalar neste período da sua presidência certos momentos de importância significativa na história desta instituição, designadamente, a comemoração do 50º aniversário da escola, em 1985 e a publicação da autobiografia de Miss Denise Lester, a visita oficial do Princípe Carlos e da Princesa Diana à Queen Elizabeths’s School, em fevereiro de 1987, a comemoração do 70º e 75º aniversários desta instituição, o lançamento do livro “Queen Elizabeth’s School – Espírito e Cultura de Escola”, em 2006, a carta enviada pela Rainha Isabel II felicitando a Q.E.S. pelo seu septuagésimo aniversário e que consta deste livro, várias mobilidades ocorridas no âmbito da coordenação pela Q.E.S. de duas parcerias entre escolas europeias Ação Comenius e uma carta recebida pela Escola enviada pela Secretaria de Estado do Vaticano, assinada pelo assessor do Papa Bento XVI, transmitindo os votos de um santo natal, em 2011, dirigida ao Presidente do Conselho de Administração, Doutor Joaquim Pedro de Oliveira Martins, como reconhecimento pelos diversos presentes com que homenagearam o Santo Padre, aquando da Sua visita a Portugal, em 2010”.

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excelência empresarial | aamm

Um advogado, um parceiro O Direito, uma ciência que se apresenta hoje sem fronteiras territoriais, caracteriza-se cada vez mais pelo seu trabalho em rede. Paulo Moura Marques, ao mesmo tempo que fica atento aos desafios que a Advocacia enfrenta, retrata-nos a abrangência que AAMM integra, e as oportunidades que a completam.

Embora seja apresentado como “um escritório relativamente recente”, à fala com o nosso interlocutor facilmente percebemos que toda a estrutura é dotada de um conhecimento de longa duração. “Eu e os meus sócios trabalhámos outrora num outro escritório bem conhecido no país e temos aproximadamente 20 anos de carreira”, começa por indicar. Juntamente com Paulo Moura Marques, encontramos assim Filipe Abecasis e Filipe Azoia. A Sociedade de Advogados, agora, reconhecida pelas áreas do Direito Público, Direito do Trabalho, Direito da Saúde e Direito Fiscal, afirma a sua personalidade numa forte e consistente relação com o cliente, nunca negligenciando em momento algum o seu lema: “Fazer bem à primeira”. São estes vínculos que os leva a assumir o cargo com confiança, não silenciando que existe uma evolução necessária a desenvolver nas diversas áreas que o Direito engloba. “Hoje estamos mais semelhantes aos escritórios de advogados europeus. Cada vez nos debruçamos menos nas áreas tradicionais como outrora procedíamos, focandonos na indústria”, explica. Ligando-se a setores como Águas e Saneamento, Indústria Farmaceutica, Setor Público, Aviação e Aeronáutica, Imobiliário, Turismo, Construção e Obras Públicas, a AAMM segue uma orientação mais vincada e abrangente, nunca abandonando os valores de proximidade que a coadunam. Trabalhar em Rede A inovação que se vem aliar ao rigor, eficiência e rapidez dos resultados leva a que outras virtudes associadas ao trabalho em equipa sejam aqui valorizadas e preservadas. Todos juntos estão conscientes de que a possibilidade de trabalhar individualmente é cada vez mais reduzida, e por isso procuram conjugar esforços numa perspetiva de unir áreas que de outro modo se ergueriam isoladamente. “Eu trabalhei durante muitos anos no Direito Público e ao longo do tempo verifiquei que o mercado se alterou. Hoje o cliente já está disponível para observar outros valores, desde que encare o seu advogado como o seu parceiro”, sublinha. Eliminar ou conseguir pelo menos minimizar os riscos existentes em determinadas relações jurídicas, faz com que o advogado não tenha necessariamente de ser observado como mais um encargo, mas sim como um conselheiro. A abertura que hoje a sociedade revela ter sobre esse assunto faz-nos perceber que a realidade proativa que se molda a novas perspetivas consegue, paulatinamente, questionar velhos modelos e estabelecer-se perante novos paradigmas. “Os serviços jurídicos estão hoje a ser vistos menos numa lógica curativa com o objetivo de resolver um problema, mas sim mais numa ótica de preparar um caminho que se vai percorrer com o cliente”, traduz. Reconhecendo que até há bem pouco tempo esta ciência estava meramente circunscrita ao nosso território nacional, hoje sabemos que lhe foi dada a possibilidade de voar e crescer sob novos horizontes. As mudanças são, irremediavelmente, visíveis e a adaptação vem potenciar a possibilidade de sucesso: “Hoje temos investimento externo, mas hoje também temos investimento português que é projetado para o exterior”, expõe. Este espaço em que a ciência veio coabitar surgiu não somente pela influência dos mercados externos, mas também pela necessidade e exigência que os clientes conduziram. A relação de confiança que se consubstancia permite aos advogados prestar um apoio que outrora não seria possível. Aquando questionado sobre os diversos prémios que a AAMM fora granjeando ao longo do seu percurso, Paulo Moura Marques afirma: “O nosso trabalho tem que ser o reflexo de algo, mas não estamos cá para os prémios. Ficamos contentes que os clientes nos reconheçam, ficamos contentes que os colegas nos reconheçam, mas os prémios são apenas uma referência”, sintetiza.

Paulo Moura Marques

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Concorrência desleal Não existindo uma concorrência genérica sobre o Direito, o responsável não deixa de sentir concorrência desleal em determinadas áreas que se cruzam com o exercício da Advocacia. Embora ainda pareça existir a possibilidade de um sujeito ou entidade prestar o mesmo serviço que um advogado, invadindo áreas específicas e sensíveis que só a este profissional competem, a Ordem dos Advogados não deixará naturalmente de estar atenta. No entanto, sobre esta matéria, Paulo Moura Marques mantém outra postura, apontando que “a concorrência desleal existe, mas sente-se mais entre setores profissionais que trabalham, em áreas adjacentes designadamente a área fiscal ou financeira, entre si por debaixo de um


AAMM| excelência empresarial quadro jurídico diferente”. Tornar essa concorrência numa associação de esforços poderá, sob o olhar do profissional, ser uma oportunidade para evitar o conflito eminentemente presente na área. Direito em Portugal Observando as diversas perspetivas que a área do Direito pode implicar no passado, presente e futuro, não poderíamos deixar de abordá-lo no contexto nacional. Aqui, como em qualquer uma das matérias do saber, ainda há dogmas por derrubar e mudanças por estabelecer. Sob a visão do nosso entrevistado, “estamos numa era anacrónica porque numas áreas já avançamos muito e noutras continuamos completamente atrás”. E, a seu ver, não sendo um problema de pessoas, nem de falta de qualidade, é um problema de eficácia na administração da justiça. Algo que nada terá a ver com a brevidade ou a lentidão com que os processos decorrem porque “a justiça não pode ser apressada, o que não significa que tenha de ser lenta”. E se para a administração da “boa decisão” é preciso tempo, para a Justiça não ficar comprometida também será necessário sermos auto-suficientes nos nossos meios físicos e humanos. “É algo que ainda temos por alcançar, e não sei se algum país

europeu já o conseguiu atingir”, compreende. Sobre esta morosidade na Justiça os advogados têm aqui uma sensibilidade que lhes faz avaliar toda a situação numa dimensão mais prática. Claro que não se pretende aqui colocar para segundo plano toda a componente teórica, que é igualmente importante. Porém muitas das vezes são perdidas oportunidades por não serem auscultados os diferentes intervenientes de forma ativa. Futuro Doravante, existem já várias opções que estão a ser estudadas e avaliadas para uma posterior implementação. Paulo Moura Marques e os seus dois sócios optam agora por observar os tempos em que as necessidades vão sendo sentidas, e a partir daí avançar para diferentes patamares. “Claramente que as nossas áreas tradicionais cresceram, mas o crescimento (em Portugal ou noutro lugar qualquer) tem um limite”, pondera. Não se afirmando através de utopias, a AAMM sabe que para além de toda a polivalência que já inclui, o futuro passará agora pela procura de outras áreas adjacentes ao mesmo tempo que envolvem outras pessoas num “crescimento orgânico”, não pondo de parte que esta evolução leve a uma expansão geográfica assim que o mercado o sugira.

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excelência empresarial | anjersil

Cativar vínculos junto

das marcas e das pessoas Com uma forte abrangência no mercado fomos conhecer melhor a história da Anjersil - uma empresa que se estabelecera com raízes muito vincadas na inovação e tradição. Pedro Tiago Jerónimo da Silva, atual rosto da firma, ajuda-nos a perceber a missão e os compromissos que toda a equipa tem vindo a assumir ao longo de 40 anos de trajetória.

Pedro Tiago Jerónimo da Silva Gerente

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Para compreendermos melhor este percurso teremos de recuar um pouco no tempo. “A empresa começou com o meu avó, que veio de São Vicente da Beira (Castelo BrancO) para a zona de Lisboa, e desde logo sentira interesse pelo ramo da papelaria. Ele era um comerciante inato”, começa por explicar. Em 1976, impelido pela vocação, deu assim um novo rumo à sua vida com toda a dedicação que transportava pela paixão deste ofício. Posteriormente, em 1978, o filho, licenciado em Engenharia Civil, viera ajudá-lo a cimentar essa posição, alargando novos horizontes. Atualmente, o negócio deixando-se inscrever e transpor para uma terceira geração prossegue em direção ao sucesso dada a abrangência que o move. “Eu formei-me em Gestão de Empresas. Costumo até dizer na brincadeira que nasci numa caneta. Durante toda a minha vida convivi de perto com tudo o que estava relacionado com a papelaria e o escritório”, afiança. O interesse que se desenvolvera naturalmente é agora traduzido em 20 anos de esforço e constante adaptação aos mercados. No entanto, o balanço positivo que se verificara não se concretizou sem primeiramente ultrapassar todas vicissitudes inerentes a um meio que se estabelece cada vez com maiores desafios. “Não é fácil. O mercado da papelaria tem sofrido muito nos últimos anos. Recentemente, tivemos de começar a olhar para outras marcas e procurar um portfólio de marcas que fosse interessante, que nos oferecesse e ajudasse a desenvolver garantias porque às vezes existem marcas que são muito fortes noutros países e cá acabam por não ter expressão. Dependerá sempre muito do trabalho que efetuamos localmente”, confidencia. É a pensar nesta sustentabilidade que, em torno de uma empresa de cariz familiar como a Anjersil, crescem novas objetivos para delinear. Atualmente, assumindo na sua visão a abrangência de uma grande diversidade de marcas importantes, capazes de produzir valor acrescentado pela notoriedade e prestígio que abraçam, Pedro Tiago Jerónimo da Silva convida-nos a entrar no seu mundo. A dedicação à importação e comercialização grossista de uma vasta gama de artigos para escritório, material escolar e de papelaria, desenho técnico, instrumentos de escrita de luxo e brindes, e uma enorme variedade de outros produtos, leva a que a empresa se alicerce na qualidade dos seus serviços, e na inovação dos artigos que coloca à disposição do público. Do vasto leque de marcas que a empresa representa (todas em exclusivo para Portugal) destacam-se as prestigiadas Maped (material escolar e escritório), El Casco (material de escritório), Paperblanks (notebooks), Caran d’Ache (instrumentos de escrita de luxo e artigos de belas artes), Zippo (isqueiros e acessórios), Lamy (Instrumentos de escrita) Filofax (Organização e agenda) Pepin (Papeis e Design), e mais recentemente a Tru Virtu (acessórios). Um universo que vai sendo conduzido por exigências cada vez maiores não deixará, porém, de trazer aqui outros investimentos vinculados a uma componente humana. Embora este espaço não produza efetivamente os produtos que comercializa isso não implica que não haja uma constante preparação e valorização de todo o trabalho que a equipa produz.


anjersil | excelência empresarial fatores como a disponibilidade do stock e a aliança de um bom serviço logístico ficam permanentemente conjugados. “Tudo isto também faz com que os clientes olhem para nós de outra forma, algo que também é importante. Quando alguém reconhece que vendemos uma grande variedade produtos com muita capacidade de gerar valor sabemos que temos, efetivamente, uma vantagem”, afirma. Durante toda esta fiabilidade existe ainda o conforto de poder comunicar marcas de grande renome, em exclusividade. Este ânimo de apenas trabalhar as marcas com que se identificam leva-os a acreditar que “ao longo de 40 anos conseguimos cativar as melhores”.

“Na área comercial somos quatro gestores de marca e três comerciais. Os nossos comerciais são formados para que conheçam bem o produto e as marcas que trabalham. Quando surgem dúvidas é o gestor de marca que tem de esclarecer”, explica. Sob este ponto de vista, o nosso entrevistado percebe que o perfil que procuram para ocupar o lugar de técnico comercial já não se adequa à realidade de outrora. “Hoje é cada vez mais importante provar ao cliente que o produto é capaz e funciona”, acrescenta. Criar valor A possibilidade de ter um portfólio abrangente que consiga permanecer em diversos canais de distribuição ao mesmo tempo que se estabeleçam sinergias para as marcas, passou a ser encarada como a ligação mais viável para se ajustarem à realidade que empreendem. E é esta mesma polivalência que fá-los olhar para o mercado com uma visão diferente que as empresas mais especializadas não conseguem compreender. “Nós somos uma empresa local, 100 por cento nacional, 100 por cento familiar”, sublinha. Este vínculo que vem sempre trazer mais valias soma ainda mais vantagens quando abordamos questões relacionadas como a proximidade do stock e a proximidade com o cliente. Presentemente, contanto com uma área coberta de cerca de 2000 m2 perto de Sintra, repartida entre escritórios, armazém e um show-room exclusivo para os clientes, constatamos que a marca de um negócio local está sempre favorecida quando

Segurança, dinamismo e flexibilidade As grandes mudanças que foram acontecendo no mundo empresarial exigem agora uma nova forma de pensar e antever o futuro. Pedro Tiago Jerónimo da Silva, atento aos sinais e oportunidades que o mercado vai dando, não poderia deixar de verificar que esta complexidade e exigência são benéficas

para o seu robustecimento. “As mudanças repentinas obrigam-nos muitas vezes a pensar mais a curto prazo. Temos de gerar um trabalho seguro, dinâmico e flexível”, reconhece. A exposição ao mercado ibérico já fora uma possibilidade, mas neste momento a Anjersil foca-se nas vendas, através de parcerias locais, para Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, e Moçambique. “Fazemos algumas exportações, muito esporádicas, para outros países, nomeadamente países do médio oriente”, inclui. Daqui para a frente, as apostas recairão na consolidação das marcas, e na adaptação da nova realidade do comércio. Esta integração, que passa inclusivamente pelo aumento de visibilidade do negócio online, basearse-á permanentemente nas marcas e nas pessoas.

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excelência empresarial | OLICARGO

Visão

estratégica alavanca crescimento Com quatro anos de existência, a ‘nova’ Olicargo é hoje uma sonante referência no sector dos transportes e logística, com presença local em vários países, nomeadamente Angola. O grupo afirma a ambição de continuar a crescer e ganhar quota de mercado, disponibilizando um leque alargado de serviços de qualidade e excelência.

Seguindo uma nova visão, uma das principais apostas desta organização centrou-se na dinamização da atividade internacional. Foi neste sentido que, em meados de 2012, a Olicargo decidiu avançar para Angola, criando então uma empresa com capital 100 por cento português, detido pela SGPS denominada SGM Logistics Group, começando a operar naquele país em julho de 2013. “Em Angola, pelo boom que aconteceu em termos de crescimento e pelo grande potencial do setor petrolífero, muito forte neste país, a empresa conseguiu conquistar rapidamente uma boa economia de escala. Em pouco mais de um ano, passámos a ter 50 pessoas a trabalhar na Olicargo Angola”. A par da internacionalização, onde Angola representou o primeiro grande passo, também em Portugal a Olicargo foi crescendo e diversificando a sua atuação. “Fomo-nos dotando de Paulo Salgado CEO

A Olicargo, na sua configuração atual, nasceu em janeiro de 2012, quando os dois sócios – Paulo Salgado e Miguel Silva – adquiriram a empresa com o mesmo nome. “Na altura era uma PME com 13 colaboradores e dois escritórios, em Lisboa e no Porto, com 30 anos de experiência, mas com menor projeção no mercado e essencialmente vocacionada para o transporte aéreo, tendo também alguma experiência no transporte marítimo”, esclarece Paulo Salgado, um dos atuais administradores, que ganhou experiência no setor num grande grupo de logística e transportes. O sócio Miguel Silva esteve ligado por sua vez a uma empresa de transportes especiais. A nova administração partiu do capital existente e reformulou a organização no seu essencial, nomeadamente ao nível de recursos humanos, informático, infraestruturas e, sobretudo, de estratégia. “Obviamente com o know-how decorrente da nossa experiência profissional reuniamos já nessa altura condições privilegiadas para potenciar e desenvolver negócio, o que resultou num crescimento mais acelerado da empresa”, salienta o nosso entrevistado.

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OLICARGO| excelência empresarial

recursos humanos qualificados em diversos setores desta atividade, reforçámos o setor aéreo e marítimo, ganhámos vários projetos e contratos e apostámos num novo serviço, o Project Cargo, onde temos uma equipa exclusivamente dedicada ao transporte especial de cargas fora das dimensões convencionais, através de soluções chave na mão desenhadas à medida”, avança o nosso interlocutor. Aposta em novos mercados O crescimento da Olicargo resulta, em grande parte, da sua presença e expansão internacional. Hoje, a empresa tem presença direta em Angola, Moçambique, África do Sul, França e China. “Esta presença internacional abre-nos outras oportunidades de negócio”, acredita Paulo Salgado. O objetivo nos países onde estamos presentes é “replicar o conceito da Olicargo Portugal, aplicando o know-how que temos, adaptando-o às especificidades e cultura de cada país”, afirma o administrador. É em Angola que este modelo de crescimento está mais avançado. A presença de três anos neste país traduz-se já numa equipa de cerca de 130 pessoas, escritórios em Luanda, Lobito e Cabinda e na oferta de serviços de transporte marítimo, aéreo, despachos aduaneiros,

project cargo, logística e distribuição. Paulo Salgado salienta que, apesar do contexto que se vive em Angola, a Olicargo continua a ter e conquistar novos grandes projetos e a crescer no seu universo de atuação, adaptando-se à nova realidade do país. “Recentemente entrámos na área do retalho”, revela, salientando que, neste momento, a Olicargo é, a título de exemplo, o operador logístico do novo hipermercado Candando que inaugurou em maio em Luanda. “Estamos em Angola numa perspetiva de investir e criar valor para o próprio país, porque para além da importância que este assume no nosso volume de negócios acreditamos no seu potencial de desenvolvimento”, partilha Paulo Salgado, lembrando que a empresa, está ainda presente em Moçambique e África do Sul, mercados onde também está a crescer gradualmente. Recentemente, a Olicargo alargou ainda a sua presença à China, onde tem escritório próprio e conta com projetos de grande dimensão, incluindo “clientes que movimentam em média 400 a 500 contentores por mês”, avança o administrador, sublinhando que também este é um mercado com boas perspetivas de crescimento.

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excelência empresarial | OLICARGO De acordo com Paulo Salgado, a Olicargo tenta estar presente nos mercados onde opera com maior significância, porque “transmite uma grande confiança aos clientes saber que estamos nos dois lados (na partida e na chegada), e mesmo onde não estamos, temos excelentes relações com representantes que nos apoiam em todo o processo, garantindo a eficácia e eficiência do serviço prestado”, esclarece, sustentando que, neste momento, não existe nenhum mercado adicional em que a Olicargo queira estar com presença própria, “estamos onde queremos e devemos estar”. Em Portugal, a Olicargo está sediada em Perafita, mas está em fase de conclusão o seu novo head office, na Trofa, com 70.000 m2 de área global, dos quais cerca de 20.000 m2 de área de armazém e escritórios. Em janeiro de 2014, foi inaugurada a sua plataforma na Covilhã, com grande expressão no setor têxtil e em junho do mesmo ano, foi adquirido um novo centro logístico localizado na Póvoa de Santa Iria, Lisboa, com cerca de 45.000 m2 de área global, dos quais 18.000 m2 são área de armazenagem.

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Marcar a diferença Em resposta às necessidades e exigências dos seus clientes, a Olicargo apresenta inovadoras soluções de transporte e logística globais/integradas, desenhadas à medida e sob a forma de serviço chave na mão, executadas com eficiência, qualidade e profissionalismo. Paulo Salgado garante que a Olicargo se distingue no mercado essencialmente pelo fator excelência de serviço. “Queremos prestar o melhor serviço e temos de estar preparados para tal, diferenciando-nos nomeadamente no acompanhamento e informação prestada ao cliente, no tratamento da documentação e em todo o conjunto de serviços agregados. Distinguimo-nos ainda pelo leque de serviços que apresentamos, de que é exemplo o Project Cargo” refere, salientando que se trata de um serviço com muitas especificidades, para o qual a empresa conta com uma equipa de técnicos especializados, experientes e altamente competentes. “Temos uma vantagem competitiva face a outras organizações e esperamos crescer muito nesta vertente, pois há poucas

empresas portuguesas a fornecer um serviço deste género e diferenciado como o nosso”, sustenta. Novos projetos Paulo Salgado revela ainda que recentemente foi criada uma nova unidade de negócio do grupo, a OL Xpress, complementando assim a sua oferta com a prestação do serviço Expresso de e para o Mundo. O balanço dos primeiros meses de actividade é francamente positivo e antevê-se um futuro promissor. Com os olhos postos no futuro, Paulo Salgado confessa-se optimista e revela que o grupo vai continuar a investir essencialmente nas pessoas e na sua formação contínua enquanto fatores determinantes para o sucesso e crescimento dos negócios. “Apostamos na evolução da carreira dos nossos colaboradores”, afirma, acrescentando que, a par disso, o grande objetivo passa pela consolidação dos mercados onde a Olicargo está presente, criando valor para posteriormente “nos lançarmos a novas aventuras”, conclui o administrador.


ENGENHARIA DE GESTÃO E MANUTENÇÃO Dentro do universo da engenharia, a engenharia de manutenção é uma especialidade multidisciplinar que - para além dos conhecimentos específicos de manutenção, como os de estatística, logística, confiabilidade e previsibilidade - requer conhecimentos mais específicos relacionados com a área de aplicação, como por exemplo os de mecânica, eletricidade e química. A engenharia de manutenção também requer conhecimentos gerais de higiene e segurança no trabalho, informática, gestão de recursos humanos, legislação, meio ambiente e contabilidade. A engenharia de manutenção aplica-se à quase totalidade das atividades económicas e sociais, mas torna-se mais relevante para a operação de organizações complexas. Assim, tem grande importância em áreas como os hospitais, a indústria siderúrgica, a indústria alimentar, a indústria automóvel, a indústria têxtil, a extração de petróleo, as frotas automóveis, a produção de energia, as grandes superfícies comerciais, a indústria química, a marinha a aeronáutica, a telecomunicações e a data center. Conheça alguns exemplos nas próximas páginas da Revista Business Portugal.

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engenharia de gestão e manutenção | ARTUR PEIXOTO

“Vamos cada vez mais dar-nos a conhecer aos organismos públicos e institucionais e aos investidores privados”

A Artur Peixoto Lda. é uma empresa dedicada à prestação de serviços na área da engenharia geotécnica, prospecção geológica e geotécnica, na concepção e no projecto geotécnico. Com uma equipa qualificada e com um elevado know-how, esta empresa tecnologicamente evoluída, tem vindo a afirmar-se no mercado pela excelente qualidade dos seus serviços nas áreas em que actua. Em entrevista à Revista Business Portugal, Artur Peixoto, licenciado em Engenharia Civil e com uma vasta experiência na área da geotecnia, faz um balanço da actividade que tem vindo a desenvolver nesta Consultora desde 2014.

Aposta no mercado nacional A Artur Peixoto Lda surge numa altura em que os sinais de crise na construção civil já estão instalados. Dotado de um espírito empreendedor, Artur Peixoto, acredita que os conhecimentos tecnológicos e know-how adquiridos ao longo de mais de 25 anos na área, têm contribuído para que, a geotecnia portuguesa se afirme de forma sustentada no mercado nacional e internacional. “Acreditamos que os nossos conhecimentos na área da geotecnia e fundações especiais, possam contribuir para que empresas, organismos e investidores não percam a possibilidade de continuar a contactar com quadros que são especialistas na área da geotecnia. O que pretendemos foi criar uma consultora de pequena dimensão, adaptada ao mercado, mas que pudesse continuar a satisfazer os nossos clientes com o mesmo nível técnico e de qualidade. Juntamos um grupo de técnicos e demos continuidade aos nossos conhecimentos de engenharia na área da geotecnia. Com algum esforço, optamos por nos mantermos em Portugal, numa escolha criteriosa de clientes, com esperança que a economia e o investimento melhorem”. Visão estratégica Artur Peixoto Lda. tem trabalhado na área da reabilitação, de forma a responder aos novos desafios, no contexto das prioridades actuais do país. “Temos feito trabalhos para entidades públicas e investidores particulares e vamos cada vez mais dar-nos a conhecer aos organismos públicos e institucionais, para que essas entidades constatem que no país continuam a existir empresas com um grau elevado de tecnologia. Neste momento, estamos disponíveis para colaborar em qualquer tipo de projeto, desde grandes intervenções a pequenos projectos na área da reabilitação. Por muito pequena que seja a intervenção, estamos disponíveis a prestar todo o tipo de apoio ao cliente dentro dessa área. Na Artur Peixoto Lda. combinam-se as soluções mais eficientes na área das fundações especiais, tendo em conta os novos sistemas de renovação sustentáveis e as boas práticas da indústria. Segundo o Consultor, existe tecnologia capaz de intervir nas condições mais delicadas e sensíveis de modo a minimizar o impacto nos edifícios vizinhos”. A experiência e a capacidade técnica das empresas que intervêm na reabilitação são muito importantes. É necessário sensibilizar as entidades licenciadoras para a necessidades de exigir “projetos de execução” na fase de licenciamento, fomentando a boa prática da emissão de alvarás provisórios para a fase inicial de um projeto, como seja por exemplo a demolição e a contenção de uma fachada, ou a escavação e contenção periférica, ou mesmo o conjunto de todas estas atividades. O reconhecimento geológico-geotécnico, os projetos de demolição, contenção de fachada, escavação, contenção periférica, fundações especiais, sempre que obriguem, devem fazer parte do dossier de licenciamento”. Estamos disponíveis a colaborar com o mercado internacional, com trabalhos já desenvolvidos no Brasil, Colômbia, França e Angola e a nossa internacionalização passa pelo desenvolvimento de um trabalho intelectual”.

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ARTUR PEIXOTO |engenharia de gestão e manutenção

A Area3a, Arquitectura e Reabilitação e as perspectivas futuras De forma a oferecer um serviço mais completo e eficiente ao cliente final, a Artur Peixoto Lda. associou-se a um projeto direcionado a investidores imobiliários e/ou clientes institucionais que necessitam readaptar o parque imobiliário ao mercado atual, denominado por Area3a – Arquitectura e Reabilitação, com o intuito de complementar a área até então desenvolvida pela empresa, a geotecnia. “O mercado da geotecnia é muito ingrato, uma vez que normalmente as obras são de curta duração, tornando-se difícil por vezes manter uma continuidade das equipas e do trabalho. Nesse sentido, decidimos criar parcerias, de forma a oferecer aos clientes, não só serviços na área da geotecnia mas também em todo o projeto de reabilitação. As competências da Area3a conforme referido, são direcionadas para investidores imobiliários e/ou clientes institucionais que necessitam readaptar o parque imobiliário ao mercado atual e desta forma escoa-lo nas melhores condições

económico financeiras. Sejam edificações de raiz ou construções interrompidas por deficiência dos intervenientes, a abordagem da construção deve ser reanalisada às novas premissas do mercado. Nesta estratégia o que nos propomos: uma análise ao caderno de encargos inicial e seu ajustamento às novas realidades e necessidades, de forma a tornar o produto mais atual e comercial; estudo das melhores soluções para a edificação em função de possíveis clientes alvo; análise das soluções de negociação, materiais, subempreiteiros, prazos e condições financeiras; decisões com o Dono de Obra, preservando a sua posição institucional e defendendo sempre os interesses do mesmo; gestão da construção, direção da obra e seu acompanhamento económico; receção provisória da obra, compilação de dossier com os documentos de homologação dos materiais, ficha dos vários subempreiteiros intervenientes na obra e apresentação de telas finais. O Know-how do Staff Técnico da Area3a permitiu consolidar as parcerias entre profissionais da Arquitectura e da Engenharia bem como reunir uma seleção cuidada de fornecedores e subempreiteiros de capacidade técnica e de execução que oferecem as melhores garantias para um produto final de elevada qualidade, conclui o Consultor.

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engenharia de gestão e manutenção | factor p

Soluções e Tecnologias Ambientais de qualidade

A empresa presta serviços técnicos de engenharia, desde 2005, trabalhando em projetos de tratamento de águas, efluentes líquidos, gasosos e resíduos sólidos, bem como, na área de engenharia e gestão de obras de proteção ambiental. Com uma equipa técnica especializada, fomos conhecer a empresa que nasceu a partir da internacionalização.

Equipa da Factor P

Tendo como ponto de partida a experiência adquirida numa empresa do ramo, que após alguns anos entrou em dificuldades, Alexandrina Pires, diretora da Factor P decidiu criar o próprio negócio. Em entrevista, recorda com algum entusiasmo, os primeiros tempos de atividade, “a primeira empreitada que fizémos foi a preparação e assessoria técnica da obra do Alto Rabagão. Daí, o engenheiro responsável da obra lançou-me um desafio, que era fazer as montagens técnicas”. No seguimento da boa relação laboral que construiu com a Somague, a Factor P conseguiu chegar ao mercado espanhol, tendo sido responsável pelo “projeto de uma unidade de dimensão orgânica, entretanto, solicitaramnos o apoio de engenharia e a partir daí começámos a ter muito trabalho. Fomos responsáveis por toda a engenharia de seis unidades de recuperação de água em Madrid”, destaca a interlocutora, explicando que “Espanha estava com muito trabalho e aproveitámos. Entretanto, com a presidência da Finlândia na União Europeia, altura em que Portugal iniciou a valorização orgânica dos resíduos, passámos a colaborar com uma empesa finlandesa, fruto de um contacto, nesta área. De seguida, iniciámos a mesma parceria com Suécia, Argélia e Polónia. A partir daí aumentou-se o pessoal e o espaço”, frisa a interlocutora. Atualmente, para além da diretora, a empresa conta na estrutura principal com Beatriz Pires, diretora da área financeira; Aida Rebelo, que tem como função prestar apoio à gestão; Carlos Gonçalves, responsável pela empresa em Portugal; Pedro Raimundo, responsável pela área de projetos; Diogo Sousa, eng.º hidráulico; Tiago Miranda, eng.º responsável pela área de eletricidade/automação. Através deste grupo de trabalho multidisciplinar, a Factor P foi crescendo de forma sustentada e além de Portugal, existe também a Factor P Angola. Na sequência de alguns constrangimentos no mercado português, inerentes à crise, “decidimos ir para Angola, onde adquirimos uma experiência ímpar. Se aqui projetamos ETAR’s para 60 mil habitantes, em Angola, o último projeto que fizémos era destinado a um milhão. A empresa tem um vasto portefólio, trabalhamos em parceria com muitas empresas estrangeiras”, destaca

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Alexandrina Pires. Questionada sobre o atual panorama do setor e as dificuldades que daí possam surgir, a entrevistada revela que “nós somos a empresa da crise e vamos encontrar uma oportunidade para ganhar algo com isso. O segredo é manter a estrutura e os custos reduzidos, somos um grupo de outsourcing técnico. O mercado português está saturado de ‘paraquedistas’, aparecem imensas empresas nos consursos públicos que depois desaparecem. Na Factor P trabalhamos com parcerias, temos sustentabilidade e estamos a ponderar novas formas de sermos competitivos”, remata a responsável. Quanto ao futuro, a empresa pretende continuar com a solidez e ser uma entidade de referência, capaz de competir com as principais do mercado. Em Portugal existem perspetivas de novos projetos, quanto a Angola, há a expectativa “da entrada de dois trabalhos que nos vão absorver nos próximos dois anos. Para além disto, há que ter alguma visão, ir sempre procurando novos contactos e projetos em outros países. A génese desta empresa está na internacionalização e assim é para continuar”, conclui a entrevistada.


spindle | engenharia de gestão e manutenção

A qualidade e a

variedade como fatores diferenciadores A criação de valor sustentável está na essência da actividade da Spindle. Nesta perspetiva, os últimos 16 anos foram de um exercício assinalável, pela coerência na prossecução dos objetivos, pela consistência da gestão e pela validade da estratégia definida para a empresa, como conta José Barata, em entrevista à Revista Business Portugal.

Fundada em 2000, a Spindle nasceu assente nos pressupostos da experiência e know-how do seu administrador, José Barata, bem como dos seus técnicos nas áreas de piping e equipamentos para condução de fluídos. A aposta neste projeto empresarial revelou-se uma aposta ganha, de acordo com o líder da empresa, que se assume como um empresário carismático que tem pautado a sua atividade profissional por uma grande visão estratégica. O crescimento e desenvolvimento da Spindle aconteceram paulatinamente, essencialmente, pela filosofia adotada em termos de gestão e estratégia. “Inicialmente, a Spindle atuava como uma trading, hoje atua no fornecimento de equipamentos para projetos de engenharia destinados aos vários tipos de indústrias, em particular, papeleiras, refinarias, petroquímicas, centrais térmicas, entre outras”, adianta José Barata, acrescentando que, a dada altura, em função do mercado, dediciu introduzir na esfera de atuação da empresa a stockagem de inox. “Quem não tivesse stock, não conseguia fazer grandes negócios”, revela, sustentando que, atualmente a Spindle tem contratos com empresas como a Portucel, a quem fornece tudo em aço inoxidável, sejam chapas, tubos ou acessórios de tubagem. Para além do que tem em stock, a empresa também preconiza propostas de produtos e soluções que não tem em stock e, que por vezes, são difíceis de encontrar no mercado nacional, bem como “de equipamentos como sistemas de bombagem de incêndio, sistemas de bombagem com diferentes características e aplicações e muitos outros equipamentos”, avança o nosso entrevistado, sustentando que a diversidade de soluções disponibilizadas pela Spindle é um fator diferenciador num mercado cada vez mais exigente, bem como a permanente atualização e o acompanhamento da evolução tecnológica. A formação é outro elemento

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José Barata Administrador

diferenciador e uma preocupação desta organização que conta com o profissionalismo e dedicação de dez colaboradores. Pese embora, a atuação da Spindle esteja direcionada para as papeleiras, trabalha igualmente com petrolíferas e com outro tipo de indústrias como a energia ou a metalomecânica, “ou seja procuramos ser polivalentes, no sentido de dar uma resposta global às exigências do mercado”, advoga, sublinhando que a esfera de atuação geográfica abrange o mercado nacional e pontualmente o mercado internacional. “Fornecemos equipamentos para São Tomé e Príncipe, Moçambique e para alguns países da Europa. Tenho consultas do Egipto e da Arábia Saudita, mas estamos a estudar a situação”. Com os olhos postos no futuro, o empresário sublinha que os objetivos da Spindle passam pela adaptação aos mercados e pela reestruturação de processos e procedimentos, que permitam fazer face às dificuldades e obter rentabilidade. “As perspetivas não estão nas nossas mãos, mas estamos atentos a novos mercados, como por exemplo a Colômbia”, sublinha. Paralelamente, José Barata entende a qualidade como um fator de sucesso. Esse atributo é uma opção estratégica que tem funcionando e vai continuar a funcionar como catalisador para que a Spindle prossiga o seu caminho de evolução.

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engenharia de gestão e manutenção |POLIVALOR

Sustentabilidade e

coesão para crescer A inovação e a internacionalização têm vindo a somar cada vez mais valias nas empresas portuguesas. Jorge Zózimo Fonseca e Ana Xavier, em entrevista com a Business Portugal, falaram-nos sobre os valores em que a Polivalor se foi afirmando à medida que os diversos setores evoluíram. Recriar é o verbo que impera e traçá-lo em território ibérico só acentua ainda mais o trabalho polivalente que aqui se destaca. “Nós somos uma empresa que temos um conjunto de valências nas áreas da Formação, Consultoria, Marketing e Tecnologias de Informação. Nascemos como uma empresa de formação na área de serviços automóvel. Com o tempo começamos a desenvolver projetos de Consultoria no sentido de desenvolver um negócio ainda ligado aos automóveis de redes de concessionários. A partir de 1994 outras marcas solicitaram os nossos serviços, e a partir daí fomos sempre crescendo”, começam por apresentar. Aquando questionados sobre a transversalidade das suas formações no ramo automóvel, Jorge Zózimo elucidou-nos que as aulas podem ter um foco técnico e tecnológico, de forma a organizar e melhorar o negócio que concretizam, ou um foco integrado nas Vendas e no Marketing, aplicando-se ao universo das multimarcas. Não possuindo um padrão estandardizando, reconhecemos assim que a sua envolvência é ampla e personalizada. Paralelamente a esta evolução, a Polivalor viu-se com a necessidade de criar uma empresa de informática - a Moonlight. Todo o suporte técnico que integram permite que os empresários possam melhorar o seu negócio ao mesmo tempo que conferem valor acrescentado ao mercado. Atualmente com uma força humana que pode englobar 70 a 90 pessoas, os nossos interlocutores assumem que a fatia de faturação recai maioritariamente no setor automóvel, e é precisamente aí que pretendem concentrar os seus esforços, uma vez afirmarem-se como “líderes de mercado, com 26 anos de experiência”. O facto de serem conhecedores profundos do seu valor, um atributo que vai desde a área técnica, a área comportamental, à área comercial, leva a que consolidem a sua posição igualmente na vertente do Marketing. Ana Xavier, conectada a esta área, compreende como o universo é volátil e a possibilidade da recriação é igualmente infinita. A Polivalor e a Moonlight aproveitam assim a revolução do Marketing Digital para desenvolver plataformas mais sofisticadas que lhes permite chegar mais perto dos seus clientes. “O contact center que aqui temos é dos mais especializados que existem na área”, sublinha. Com a capacidade, o know how e os meios humanos conseguem a pouco e pouco robustecer toda uma estrutura que tem tudo para agora responder a um novo desafio - a iberização. Pensar numa ambição assim envolve claramente a possibilidade de criação de sinergias. Nessa perspetiva, a Polivalor já está a mover a maior riqueza que as empresas podem ter: as pessoas. “Estamos certos de que temos os parceiros certos que nos ajudarão a crescer e não será muito difícil replicar o nosso modelo de negócio lá fora”, avançam. Ainda assim, o desafio imediato passará primeiro pela mudança de instalações de modo a concentrar todos os recursos físicos e humanos num só espaço: “Esse é um ponto importante para nós, uma vez que nos permite uma flexibilidade de oferta de produtos e dos recursos”. Quando consolidarem essa estratégia, os empresários centrar-se-ão no crescimento sustentável, procurando novos clientes para outras áreas de negócio, e a criação de equipas multifacetadas. O conhecimento e as pessoas serão, portanto, a base do seu crescimento.

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Jorge Zózimo Fonseca Diretor Geral



MUNICÍPIO EM DESTAQUE Sever do Vouga, a capital do Mirtilo em Portugal, é uma vila portuguesa, situada na região Centro do país e tem cerca de 2700 habitantes. Está dividido em sete freguesias, nomeadamente: União de Freguesias de Cedrim e Paradela, Couto de Esteves, Pessegueiro do Vouga, Rocas do Vouga, Sever do Vouga, União de Freguesias de Silva Escura e Dornelas e Talhadas. Para ver nesta vila natural temos os Miradouros existentes e que permitem a visualização de paisagens magníficas, a Praia Fluvial da Quinta do Barco e a Cascata da Cabreia. A juntar a isto temos os inúmeros percursos pedestres organizados pelo município assim como todo o património arquitetónico e arqueológico, nomeadamente monumentos e estações que permitem confirmar a passagem de povos pré-históricos por este local. Moinhos e Arte Sacra são outras mais-valias da região. De salientar o Parque da Cidade, localizado no centro da vila. Este parque dispõe de excelentes condições naturais e de enquadramento, projetando-se como área de estar e de lazer por excelência, não só para a população local como também para os visitantes. E, relativamente à gastronomia, não esqueçamos o famoso Arroz de Lampreia, a Lampreia à Bordalesa e a Vitela Assada com Arroz no Forno. Penacova, capital da Lampreia, é uma vila pertencente ao distrito de Coimbra, situada na região Centro e tem cerca de 3200 habitantes. Pertence ao bispado e distrito administrativo de Coimbra e tem como padroeira a Nossa Senhora da Assunção. A visitar por terras de Penacova temos o Pelourinho de Carvalho que está classificado pelo IGESPAR como Imóvel de Interesse Público, o Mosteiro de Lorvão que serviu no século XII como centro de produção de manuscritos iluminados, depois como mosteiro feminino e ainda, posteriormente, como hospital psiquiátrico. A juntar a estes dois monumentos temos o Pelourinho de Penacova que a par do Pelourinho de Carvalho, também é considerado Imóvel de Interesse Público pelo IGESPAR. Para provar, além da Lampreia, é essencial degustar o conhecido Arroz de Míscaros e o Serrabulho. Duas vilas da região centro que pelas suas características culturais, geográficas, paisagísticas e também pelas suas gentes, merecem ser visitadas e conhecidas por todos os portugueses, desta forma, deixamos nas páginas seguintes algumas das instituições pertencentes a estes locais.

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WE PLANT IN PORTUGAL - FEIRA DO MIRTILO| MUNICÍPIOS EM DESTAQUE

Rua dos Namorados - Corredoura | 2490-339 Ourém | 913 153 063 | 917 693 793

Como surge a We Plant In Portugal? O projeto We Plant in Portugal nasce da curiosidade e do espírito empreendedor de um casal de jovens. Inserido numa localização privilegiada do centro do país, o nosso objetivo era converter um espaço inerte em termos de agricultura e transformá-lo em algo diferente e produtivo, foi assim que surgiu o nosso pomar de mirtilos em vaso. A We Plant in Portugal nasce em fevereiro de 2014, após uma viagem a Sever do Vouga. O nosso objetivo era procurar a segurança e a realização dos nossos modelos de vida. Depois disto foi conciliar o melhor de vários mundos, o meu, a internet e as tecnologias de informação e o da Joana, o marketing e o design. Embora sejam mundos diferentes

e com abordagens completamente distintas das nossas vidas profissionais, sabemos hoje que o que fazemos e o que produzimos é de qualidade. Alguns meses depois, transformámos o primeiro campo inerte de qualquer agricultura no primeiro campo de mirtilos em vaso. Começámos com 14 e hoje temos cerca de 8.000 plantas de diversos cultivares de mirtilo. Durante este percurso conhecemos pessoas que nos abriram as portas e nos mostraram o que tinham feito de errado, o que estavam a fazer certo e onde deveriam melhorar. Tudo isto garantiu o aumento do nosso know-how sobre o mirtilo. Que produtos disponibilizam? Deste pomar, tentamos retirar o máximo

de rentabilidade possível, aproveitando tudo o que este nos oferece, assim, o fruto em fresco é a parcela mais significativa das vendas. Devido à escolha das variedades que efetuamos conseguimos ter uma janela de venda de decorre de meados de maio a meados de setembro. O fruto de pequeno calibre e aquele a que chamamos “feio” é transformado em doces e licores. Aproveitamos ainda as folhas, que secamos de forma artesanal para infusões. Que outros estão pensados para aumentar o leque de produtos? Pretendemos para já o aumento dos padrões de produtividade e de qualidade dos produtos existentes. No entanto, não deixamos de ter já algumas ideias para futuros produtos. Por onde passa o futuro da We Plant In Portugal? O futuro mais próximo passa por alcançar a certificação Global G.A.P., certificação esta que nos permite escoar o fruto para o mercado externo. No médio prazo projetámos a construção do novo pomar de mirtilo em

Hugo Lains e Joana Prino Administradores

vaso para aumentar a capacidade produtiva, de forma a conseguir chegar a novos mercados e aproveitando novas janelas de oportunidade. Desde o primeiro momento em que escolhemos esta cultura, sabíamos que o mais importante seria educar as pessoas a comer e a gostar do mirtilo, é isso que temos feito e continuaremos a fazer.

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MUNICÍPIOS EM DESTAQUE| MUNICÍPIO DE SEVER DO VOUGA - FEIRA DO MIRTILO

“A natureza é a grande atração de Sever do Vouga”

A Capital do Mirtilo está a preparar a 9ª edição da Feira Nacional dedicada ao fruto. O certame realiza-se de 23 a 26 de junho no Parque Urbano da Vila de Sever do Vouga. Após o enorme sucesso da última edição, em que o espaço e os expositores praticamente duplicaram, este ano, o evento “será tão grande ou maior, já que o espaço junto ao parque urbano também foi melhorado, portanto, este ano, estão reunidas as condições para que a feira seja ainda melhor”, destaca o presidente do município de Sever do Vouga, António Coutinho.

As expectativas para a 9ª edição são elevadas, uma vez que, a organização tem providenciado melhorias “também na animação e na vertente cultural do evento. O aumento da dimensão da feira está relacionado com a existência de um maior número de produtores, os últimos anos, foram de crescimento, com novas explorações e produtores. Recentemente, foram aprovadas novas candidaturas que ainda não estão instaladas”, revela o edil. O município está estreitamente ligado ao sucesso do mirtilo de Sever do Vouga, através do apoio que presta por intermédio da associação AGIM, responsável pela “criação de bolsa de terras, apoio na angariação de novos produtores, preparação de candidaturas, apoio técnico e impulso da promoção”, realça o interlocutor. Tendo em conta que mais de 90 por cento dos mirtilos produzidos na região são exportados, questionámos António Coutinho sobre o que ainda falta fazer no setor, neste sentido, o interlocutor entende que falta “dinamizar a comercialização do produto a nível interno. A criação da associação Bagas de Portugal e também a Mirtilusa que já existe há vários anos estão a garantir escoamento para o produto, a estabilizar preços, mas há um trabalho a fazer ao nível da comercialização e também na implementação do mirtilo na alimentação dos portugueses que passa pela sensibilização junto dos consumidores para os benefícios deste fruto”. António Coutinho Presidente

Natureza e gastronomia “A natureza é a grande atração de Sever do Vouga”, é desta forma que António Coutinho inicia a apresentação das mais-valias turísticas do concelho. Conhecida como a Capital do Mirtilo, a região tem muito mais para oferecer, “aquilo que a natureza nos deu é de facto o nosso grande atrativo, quer seja através dos desportos de natureza e radicais quer através da visita aos espaços naturais, nomeadamente as cascatas e os rios. Temos uma rede de percursos pedonais, a ecopista do Vouga, um grande atrativo onde se fazem caminhadas, passeios de bicicleta e patins. Numa outra vertente, importa destacar a nossa gastronomia, quer seja pela lampreia sazonal, quer seja pela vitela à Sever do Vouga com o arroz no forno, o cabrito, rojões e o peixe do rio. Temos uma rede de alojamento local onde as pessoas podem estar no silêncio e usufruir da natureza, dos nossos rios, ribeiros, cascatas, uma grande oferta e um vasto pacote turístico. Aos visitantes garanto que, Sever do Vouga vale a pena todo o ano”,

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MUNICÍPIO DE SEVER DO VOUGA - FEIRA DO MIRTILO|MUNICÍPIOS EM DESTAQUE evidencia o presidente. A aposta na cultura conheceu uma nova etapa no concelho, após a inauguração no passado mês de maio do Museu Municipal, um projeto onde reunimos “um grande espólio e procurámos a valorização do nosso património”, evidencia o entrevistado. Quanto aos projetos realizados durante este primeiro mandato, António Coutinho revela que “fomos fazendo aquilo que tínhamos programado. A um ano e meio do fim do mandato, grande parte do nosso plano está realizado ou em fase de realização, temos muitas obras em andamento. Faltam alguns projetos, que não são diretamente da competência da câmara e necessitam do apoio do Estado, nomeadamente, a grande acessibilidade de Sever do Vouga à auto-estrada A25”. No que diz respeito aos projetos de futuro, o presidente afirma que “estão pedentes da aprovação das candidaturas aos fundos comunitários do Portugal 2020, no entanto, acredita que em breve algumas obras poderão arrancar como a construção do Centro Educativo de Sever do Vouga e a valorização das margens do rio Vouga. Apesar do atraso na execução dos fundos estamos certos que agora vai ser para avançar, alguns hãode ser concluídos ou pelo menos iniciados até ao fim do mandato”, revela o interlocutor. Numa mensagem final aos seus munícipes, António Coutinho revela que “continuamos com a mesma vontade com que iniciámos o mandato, queremos fazer sempre mais, não só o que temos no nosso

plano de execução como novas oportunidades que surjam e, portanto, temos vontade de realizar sempre mais, melhorando a qualidade de vida dos nossos munícipes”, finaliza o presidente do município de Sever do Vouga.

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MUNICÍPIOS EM DESTAQUE |FREGUESIA DE ALCOBERTAS

“Temos uma

Executivo da Junta de Freguesia

freguesia lindíssima e temos obrigação de protegê-la”

Situada a norte da cidade de Rio Maior, a freguesia de Alcobertas estende-se por uma área de 32km², e é a segunda maior freguesia do concelho. Em entrevista à Revista Business Portugal, o Presidente da Junta de

Freguesia de Alcobertas, João Deus, faz o balanço das actividades da autarquia e aborda os mais diversos temas que se vivem actualmente na região.

Começo por lhe pedir para fazer uma breve apresentação da Freguesia de Alcobertas aos nossos leitores. A freguesia de Alcobertas tem cerca de 2000 habitantes. É uma freguesia rural, onde as pessoas vivem essencialmente da agricultura. Em Alcobertas as pessoas vivem com qualidade de vida. A nível turístico, oferecemos paisagens naturais e características serranas únicas. Acho que isso é muito importante, se a nossa freguesia tiver beleza natural conseguimos atrair pessoas até cá. O quê que o fez assumir este cargo? Nunca pensei ser presidente de junta. Vivo nesta freguesia há 30 anos, sempre fui ligado ao povo e à região. Há dois anos surgiu este convite e abracei este cargo com uma força e dinamismo fora do comum. Neste momento quais é que são os principais problemas que precisam de maior intervenção na freguesia? Não temos problemas muito graves na freguesia. O desemprego baixou bastante. Quando cheguei tinhamos cerca de 170 desempregados e actualmente temos apenas 40. Demos às pessoas a oportunidade de trabalhar na própria região, o que as incentivou bastante. O nosso principal problema é a desertificação, a população está a diminuir. Cada vez mais as pessoas querem ter menos filhos e isso é sem dúvida um problema que nos afecta. Penso que futuramente corremos o risco de ter uma freguesia idosa. Temos um centro de dia, do qual faço parte da direcção, e pretendo ingressar num projecto que consiste em alargar o centro de dia para a construção de um lar. Sendo a nossa freguesia cada vez mais idosa, temos que ter condições para receber a terceira idade. Como é que é a vossa relação com a Câmara Municipal de Rio Maior? Funcionamos como uma família. Mantemos uma relação excelente com a Presidente Isaura Morais e com os restantes elementos. Caminhamos todos para alcançar um propósito comum e por isso é preciso manter uma boa relação. Se fomos eleitos pelo povo compete-nos fazer o nosso melhor. A Câmara Municipal tem ajudado muito a freguesia e felizmente hoje podemos dizer que funcionamos como uma espécie de “mini-câmara”.

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FREGUESIA DE ALCOBERTAS | MUNICÍPIOS EM DESTAQUE Seja qual for a cor partidária temos que ser unidos. A cor tem a sua influência mas acima de tudo somos humanos. Qual é o balanço que faz deste primeiro mandato como Presidente da Junta de Alcobertas? O balanço é muito positivo. As pessoas estão satisfeitas e por isso eu também estou. Tento cativar as pessoas e não afastá-las da freguesia. Recentemente inauguramos um espaço constituído por um parque infantil, algo que não tinhamos, um parque de merendas e um parque dedicado ao exercício físico. É um espaço direccionado para todas as idades e as pessoas gostaram muito. Para além disso temos uma equipa de sapadores florestais que tem desenvolvido um excelente trabalho. Tem sido feito um trabalho excelente no que diz respeito à prevenção de incêndios. Temos uma freguesia lindíssima e temos obrigação de protegê-la. Que perspectivas é que tem para o futuro da freguesia? O futuro passa por criar cada vez mais beleza e atracções para que as pessoas nos continuem a visitar. Queremos avançar com um projecto que consiste em ligar a nossa freguesia à freguesia da Benedita, com quem sempre mantivemos uma boa relação. Para além disso, queremos continuar a orgulhar-nos do nosso centro escolar. Os nossos alunos quando saem da nossa escola para Rio Maior são os que obtêm melhores resultados e isso dá-me uma enorme satisfação. Temos cerca de 125 alunos no centro escolar e não os queria perder. Alcobertas é também muito forte na religião. Temos um padre dinâmico, capaz de dinamizar e incentivar os 120 escuteiros que começam desde cedo a cooperar com a freguesia, o que faz com que Alcobertas seja uma grande família.

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MUNICÍPIOS EM DESTAQUE |FREGUESIA DE LORVÃO - PENACOVA

A história como a essência de tudo

Num lugar onde se respira história são várias as linguagens que exigem a nossa atenção e compreensão. Junto de Rui Batista fomos conhecer melhor todas as vivências em que a freguesia de Lorvão está envolta, ao mesmo tempo que somos confrontados com um Portugal valente pelas suas lendas e tradições.

Mário Escada e Rui Batista Tesoureiro e Presidente

Logo no início da conversa o nosso interlocutor transporta-nos para um tempo onde a misticidade se confunde com o real, e apresenta-nos um lugar onde as personagens ganham contornos vivos: “A lenda diz-nos que o Mosteiro de Lorvão estava a ser construído num vale mais próximo de Coimbra. À medida que a edificação ia sendo construída durante o dia, à noite tudo aparecia destruído. Um dia os construtores decidiram pernoitar por lá e ouviram uma voz afirmar que:« o único sítio onde eles poderiam construir o mosteiro seria num vale profundo, onde a única paisagem é o céu, o rio corre ao contrário dos outros, à beira do qual existe um Loureiro Bão (Bom ou Oco!?)», narra. Hoje perante esta paisagem experimentamos a vertigem de um mosteiro que se encontra classificado como Monumento Nacional desde 1910, em que a sua fundação é datada do século VI. No entanto aqui foi encontrada uma pedra com ornatos visigodos, sendo que os primeiros documentos escritos só terão surgido depois da primeira Reconquista de Coimbra, em 878. Após múltiplas reabilitações feitas ao Mosteiro ao longo dos séculos a atual morfologia teve o seu maior relevo no início dos últimos anos do século XVI. Facilmente percebemos como a valorização do património é determinante para ativar outras dinâmicas ligadas à área do turismo. Quando fora restaurado pela Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, o monumento ficara preenchido por três dormitórios, noviciaria, hospício, coro, igreja, dois claustros, refeitório, botica, cartório, oficinas, celeiro e outras dependências. Nestes cerca de 1500 anos de história, também os últimos 50 anos derivaram na forma de utilização de parte do edifício (dormitório). Assim, até 2012 estas instalações encontraram-se ocupadas pelo Hospital Psiquiátrico de Lorvão, que teve um assinalável trabalho nesta área da saúde, com grande impato positivo em toda a região centro. Hoje, o Mosteiro já faz parte da paisagem da A1, estrada onde foi colocado um painel a assinalar a importância histórica do monumento. Diferenciam-se em todo este monumento três grandes espaços: Igreja, Dormitório e Cerca do Mosteiro. A igreja, com um guia dedicado, tem a possibilidade de ser visitada com tempo, pois surpreende o curioso viajante pelo seu barroco altivo, com uma só nave imponente coroada por um zimbório singular. No início, observamos as paredes de pedra calcária trabalhada (Pedra de Ançã) e diversas imagens nos altares. À medida que vamos prolongando o nosso percurso percebemos que ao fundo, separando a zona de acesso do público existe uma grade de bronze dourado, de detalhes trabalhados, deixando admirar um magnificente cadeiral do coro, referenciado como o maior de Portugal, feito com madeira de jacarandá negro e pau santo do Brasil. Actualmente, este edifício de extrema riqueza conserva ainda os túmulos das designadas Santas Rainhas D. Teresa e D. Sancha, netas de Dom Afonso Henriques, fazendonos mover para outras tradições que se cruzam com a História de Portugal e da Arte. O Dormitório com três pisos com centenas de metros de extensão assume a frontaria de todo o monumento. A Cerca do Mosteiro, constituída por uma muralha de cerca de nove metros de altura defende o edificado e encerra um bosque nativo com loureiros, castanheiros e carvalhos. Ainda contém um espaço de lazer com piscina, campo de jogos e parque de tileiras. Desafiando as Leis da Acústica A monumentalidade que se cruza com a vida de pessoas comuns faz-nos perceber que o som ocupa aqui um valor especial. Falar sobre esta natureza musical implica claramente sublinhar a importância do órgão que o mosteiro abriga: “Continua a ser o maior órgão de tubos feito em Portugal no século XVIII. Não existe nenhum assim, com a particularidade de ser produzido de acordo com a Escola de Organaria portuguesa”, releva. O desempenho de um só instrumento resguarda assim uma sonoridade orquestral, e embora o segredo esteja muito bem guardado, os lorvanenses querem dá-lo a conhecer cada vez a mais portugueses. Nesse âmbito, a Escola de Artes, fomenta a aprendizagem musical através deste órgão histórico. “Existem muitas pessoas interessadas em trabalhar neste órgão pela sua monumentalidade. Essa ligação entre o órgão, a comunidade, e o ensino é muito importante”, expõe. Proporcionar experiências De tudo o que se produziu neste mosteiro entre as ordens beneditinas(masculina) e cisterciense(feminina), destacam-se os códices medievais, um dos quais, “O Apocalipse de

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FREGUESIA DE LORVÃO - PENACOVA | MUNICÍPIOS EM DESTAQUE

Lorvão” classificado em 2015 como Património da UNESCO ”Memória do Mundo”. Sabemos que uma das grandes prioridades do povo lorvanense se mapeia igualmente pela divulgação das suas preciosidades culturais e naturais, e nada melhor do que deixarmo-nos passear por essa paisagem que é determinada pelo rio Mondego, para perceber como o artesanato carateriza a essência de um antepassado ainda muito presente. Deparamo-nos assim com a manufatura dos palitos, uma arte e um ofício que nasceu dentro do Mosteiro, que sempre se encontrou envolta num cariz

por aquilo que haveria de ser o seu sustento nesse dia”, acrescenta.Ao longo do tempo o contato com esta indústria fora enfraquecendo, mas com ele surgiram renovadas possibilidades que permitiram a constante valorização do território: “Temos aqui dois vales, o Vale da Ribeira de Lorvão e o Vale da Ribeira de Arcos, que definem a utilização das azenhas. Aliada a essa preservação, possuímos também um moleiro ativo e vários núcleos de moinhos. Juntamente com o Município de Penacova procuramos agora aproveitar esses trechos de paisagem, é o caso dos percursos de “Trail Running” e os percursos de vias cicláveis.

familiar. “As pessoas levantavam-se às quatro da manhã para fazer os seus palitos à mão para depois trocá-los

Visitar esta freguesia uma vez, será sem dúvida motivo para regressar mais vezes, pelo tanto que há de experienciar. A

visita ao mosteiro com a subida ao zimbório, o contato com o Rio Mondego, moinhos e azenhas, a broa regional que ainda se faz no vetusto forno comunitário, a chanfana na época, a lampreia, peixinhos do rio, a doçaria conventual, a água das fontes de nascentes e a forma amistosa como as gentes de Lorvão recebem os visitantes, são marca distinta e única. Esta manifestação vem demonstrar como é possível ligar a cultura, o património material e imaterial, bem como as mais valias do turismo para a economia local, necessárias a que Lorvão continue na boa rota do desenvolvimento que tem vindo a ser posta em prática.

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MUNICÍPIOS EM DESTAQUE |FREGUESIA DE S. PEDRO DE ALVA E S. PAIO DE MONDEGO - PENACOVA

“…Do Alva ao Mondego, a Natureza e o Progresso em Harmonia…”

Pensar a realidade local e adequar estratégias aos contextos socio-económicos são cada vez mais, dois dos maiores desafios que as juntas de freguesia enfrentam. Vítor Cordeiro, consciente do que o processo de unificação, na renovação autárquica implica, vem-nos agora desvelar um universo onde o olhar sobre a paisagem se expande à medida que nos aprofundamos sobre as raízes das suas tradições. São Pedro de Alva e São Paio de Mondego, detentoras de um património demarcado pelos rios, cruzam assim, as suas valências para dar a conhecer melhor as suas identidades.

Vítor Cordeiro Presidente

Se por um lado podemos encontrar pontos em comum, sabemos que os lugares são pensados e definidos sob a vontade de quem os coabita, por isso torna-se cada vez mais importante, valorizar as suas diferenças, sem que isso implique um distanciamento. “Todo este processo de reorganização autárquica é um desafio de continuidade. Procuramos, desse modo, elucidar as pessoas de que a sua identidade nunca se irá perder, e para muitas pessoas essa questão já faz parte de uma nova realidade. Fomos adaptando as nossas estratégias sempre com o propósito de satisfazer as carências mais eminentes”, revela Vítor Cordeiro. União das Freguesias de São Pedro de Alva e São Paio de Mondego Localizada entre os rios Alva e Mondego, São Pedro de Alva, fora em tempos considerada a capital da Casconha, sendo Sede do Concelho de Farinha Podre que correspondia em grande parte à unidade geográfica da região; São Paio de Mondego, por sua vez, era a mais pequena freguesia do Concelho de Penacova, caracterizada pela tenacidade, união, boa-vontade, costumes e tradições das suas gentes, tendo-se perpetuado até ao processo de unificação. Mas, com a reorganização ambas se extinguiram dando origem à União de Freguesias. Personagens a destacar Destaca Vitor Cordeiro “todo o nosso capital humano de grande relevância, tem sido determinante para o desenvolvimento da nossa região, nas várias vertentes, contudo, não poderemos deixar de destacar algumas

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personalidades ilustres que tivemos a felicidade de fazerem parte das nossas gentes. Destacam-se António José de Almeida, o sexto Presidente da Republica e o primeiro a levar o mandato até ao fim; Mário da Cunha Brito, figura determinante no desenvolvimento socio-cultural; António Carlos Proença de Figueiredo e Oliveira de Matos entre outros, que no anonimato e pacatez das suas intervenções desempenharam papéis de grande relevância na promoção e enriquecimento cultural”. Paisagens que se unem Os rios, contribuindo para toda uma constante expressão e afirmação dos seus povos, vem respeitar uma paisagem múltipla, e única. Contudo, a geologia não conecta apenas pontos positivos: “Infelizmente vemos aqui a nossa freguesia desprovida de pinheiro, apostando mais no eucalipto. Neste momento pensa-se numa nova reestruturação das zonas florestais, de modo a que seja possível criar maior diversidade e vida no ecossistema”, explica. Porém isso não nos poderá fazer fechar os olhos perante a beleza a que a natureza nos convida. Se por um lado o nosso olhar se pode desviar para as praias fluviais do Vimeiro e do Cornicovo, enquanto aprecia os planaltos, olivais e manchas de floresta que recortam a paisagem de São Pedro de Alva, por outro existem áreas de rara beleza que só São Paio de Mondego poderá oferecer, como é exemplo disso, os seus eucaliptos classificados como árvores centenárias. “Somos uma freguesia do interior onde ainda é possível respirar ar puro”, abrevia. No que toca às atividades económicas, sabemos que outrora se definia como um território dominantemente agrícola, encontra-se hoje dividido em três setores: a agricultura de subsistência, a silvicultura e o pequeno comércio. Valências e suas estruturas Integrante de todo o processo, encontramos também estratégias no âmbito da saúde e educação. Logo num primeiro momento, podemos constatar que a localidade, vincada por valores onde a proximidade coordena todas as estruturas, inclui um conjunto de mais valias. O nosso interlocutor salientou a dotação da freguesia com a presença de instituições bancárias, de empresas de serviços e outras infra-estruturas, que aliados às boas acessibilidades, diferenciam a nossa área geográfica. No âmbito da saúde, podemos encontrar duas entidades: a Extensão de Saúde de São Pedro de Alva e o Centro de Saúde de Penacova; direcionada para a vertente da ação social, o autarca afirma, que “estamos muito bem. Temos uma IPSS, a Fundação Mário da Cunha Brito com as valências de Lar de idosos, Centro de dia e Creche, que para além do regime de permanência que integra, consegue valorizarse pelo apoio domiciliário. Acrescenta ainda a mais valia da prontidão dos Bombeiros Voluntários de Penacova”. Conjugado a isso, existem depois outros serviços que se revelam sempre vantajosos num lugar, onde por vezes os recursos escasseiam. Nessa perspetiva, uma das principais apostas passará sempre pela educação. É do conhecimento geral que o Ministério da Educação foi fechando algumas escolas primárias ao longo do tempo e com isso tiveram de ser consideradas outras questões para as regiões de baixa


endógenos, o comércio e os serviços, de forma a dignificar as nossas gentes e instituições”. Mais do que uma simples festa da União de Freguesias, a ExpoAlva, procurará deste modo apoiar o tecido empresarial e encorajar os empreendedores, comerciantes e industriais da Freguesia, do concelho, e dos concelhos limítrofes a divulgarem e apresentarem ao público mais curioso, ávido de novidade, o que de melhor se produz na região. “Só assim, podemos desenvolver a nossa terra e levar mais longe o nome desta freguesia”. Embora as primeiras três edições tenham vindo a coincidir com o feriado municipal (17 de julho), a última edição e daqui para a frente concretizar-se-á com a semana em que se celebra o feriado do 10 de junho. A quinta edição já começa a ser estudada nesse sentido e a possibilidade da mudança de espaço, inclusive, ponderada a médio prazo.

densidade populacional, dando origem à Escola Básica Integrada. E se a necessidade aguça o engenho, hoje Vítor Cordeiro sabe que os poucos recursos que a freguesia tem, poderão ser uma mais valia se forem bem agregados e projetados em união. Atualmente, a freguesia conta com várias associações, que aproveitam essa capacidade para se fazerem valer das suas verdadeiras potencialidades. Difundir o nome da terra Sob o pensamento de dinamizar serviços e comércio, nascem outros eventos que assumem um especial enfoque na vida de todas as gentes. O nosso entrevistado, pretende divulgar o certame ExpoAlva com maior afinco a nível nacional e, por isso, quis avançar-nos alguns pormenores. “Este certame, realizado de dois em dois anos, tem vindo a crescer paulatinamente, e consiste essencialmente em promover a gastronomia local, os produtos

Crescer com visão Uma das principais apostas recairá agora sobre a área do turismo, com maior enfoque para a dinamização das praias fluviais do Vimeiro e do Cornicovo “O Vimeiro e o Cornicovo tem um potencial que a natureza lhes proporcionou, do qual podemos aproveitar muito”, acrescenta. A pensar nesse desenvolvimento estão já a ser estudadas algumas oportunidades, de modo a enquadrá-las num projeto comunitário, que torne possível a sua realização. Conjugado a esse crescimento, São Pedro de Alva e São Paio de Mondego pretendem continuar a perpetuar as tradições que cultivaram desde sempre, de modo a nunca esquecer os pequenos e grandes ofícios que as moveram. A recolha desses usos e costumes, está a ser desenvolvido por algumas das coletividades existentes, nomeadamente pelo Rancho Folclórico da Casa do Povo de S. Pedro de Alva, na exigente recolha destas matérias para desenvolver o seu processo federativo. Esta retrospectiva sobre o passado e as suas histórias fá-los agora viver com outra sabedoria e profundidade.

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Crescer em simbiose

José Carlos Alves esteve à conversa com a Revista Business Portugal para nos dar a conhecer melhor a realidade socioeconómica de Sazes de Lorvão. Uma terra que está em constante articulação com a Câmara Municipal levanos a perceber que o mais importante encontra-se junto das pessoas.

Embora Sazes de Lorvão se encontre em “Terra Galega”, nome denominado às terras que outrora se encontravam incultas ou por desbravar, a sua população sempre se dedicou a atividades ligadas à agricultura e à pecuária. Hoje através da paisagem verdejante podemos antever os desafios que as pessoas aí enfrentam, e o que ainda faltará por explorar. Para José Carlos Alves, a proximidade é o ponto chave e, por isso, assinala o desempenho que as coletividades assumem na povoação: “O associativismo é muito importante, e queria que ainda fosse mais do que é. Esta freguesia tem muita população envelhecida, e observa-se aqui a falta da força e do dinamismo que caracteriza os jovens”, explica. Por exemplo, nestas mesmas instalações existe um grupo de teatro que vem cá ensaiar de quando em vez, e reconhece-se que as alianças criadas entre estas pequenas agregações ocuparão cada vez um lugar de maior destaque no seio da comunidade. “Estamos agora a preparar uma escola para acolher melhor essa iniciativa. É até uma questão de dar vida ao edifício. Sabemos que temos uma lacuna aí, e estamos neste momento a dar passos pequenos. As coletividades precisam de ser mais dinâmicas e estabelecer sinergias de forma a incentivar a participação de um maior número de pessoas”, esclarece. Para que todos estes laços se robusteçam ainda mais, o nosso entrevistado sabe que o apoio da Câmara Municipal poderá preencher outras possibilidades que serão sempre uma mais valia. Turismo Nesta freguesia de rara beleza sabemos que existem especificidades que só o viajante mais aventureiro se atreverá a descobrir. Compreender um património assim exige a recordação das suas raízes ao mesmo tempo que a sua identidade se consubstancia. Sazes de Lorvão torna-se, por isso, um exemplo da preservação de zonas verdejantes e de construções que cativam com a sua história e cultura. “Um dos cartões de visita que nós temos é a feira mensal - a Feira da Espinheira. Atualmente a feira faz-se no primeiro domingo de cada mês e é um dos pontos de referência”, sintetiza. Conjugada a essa dinâmica podemos encontrar também a Portela da Oliveira, o ponto mais alto da freguesia, onde observamos um conjunto de antigos moinhos de vento. Mas para que toda esta experiência possa ser ainda mais enriquecedora não poderemos deixar de contemplar os artefactos ligados a este património a toda a vivência dos moleiros. Após importantes obras de reabilitação e musealização, o Museu do Moinho de Vitorino Nemésio, preserva deste modo os pequenos recantos desta grande história. “No museu encontram-se todos as peças ligadas aos moinhos, e o historial de cada uma delas”, afirma. Prioridades Daqui para a frente haverá estímulos que a freguesia procurará continuar a valorizar. Numa das primeiras fases, a estratégia integrar-se-á na educação e requalificação dos seus edifícios porque “as crianças são o futuro, e sem elas não é possível avançarmos”. Associada a esta vertente humana encontramos também um importante foco na ação social. “No que diz respeito às obras, pensamos fazer a requalificação de parte do cemitério, bem como a pavimentação de algumas ruas que consideramos necessário”, divulga. Estes são focos que só poderão concretizar-se juntos e em união.

José Carlos Alves Presidente


CIDADE DE VISEU

Viseu é, para muitos, a ‘Senhora da Beira’. Para outros, será sempre reconhecida como a ‘Terra de Viriato’. A verdade é que esta cidade do centro do país, a segunda maior, tem ganho consecutivamente o galardão de cidade portuguesa com melhor qualidade de vida. Não será, por isso, de estranhar, que dediquemos algumas páginas desta nossa edição à mesma. A Praça da República apresenta-se como o principal núcleo da cidade desde 1886. Conhecida como Rossio, esta praça distingue-se pelas suas valências administrativas e económicas presentes nos edifícios da Câmara Municipal, datado dos finais do século XIX, do Banco de Portugal, de 1930, e da Caixa Geral de Depósitos. No Rossio encontramos ainda uma alegoria ao mundo rural, representada num painel de azulejos datado de 1930 e da autoria de Joaquim Lopes, onde não podemos deixar de observar a emblemática figura da Capucha. No Largo Major Teles, paredes meias com o Museu de Almeida Moreira, encontramos um jardim com tonalidades deslumbrantes oferecidas por uma vegetação única. Ao centro do jardim encontra-se uma escultura de 1940, da autoria de Oliveira Ferreira, dedicada à sua mãe e intitulada “O melhor sono da nossa vida”. Num dos pontos mais altos da cidade e a coroar uma das mais belas praças do nosso país, encontramos a Catedral de Santa Maria de Viseu. Junto à Sé de Viseu, no antigo seminário seiscentista, foi fundado, em 1916, o Museu Nacional de Grão Vasco, numa alegoria ao mestre da pintura portuguesa do século XVI que viveu e morreu na cidade de Viseu. Aqui podem ser observadas algumas das obras-primas da pintura renascentista portuguesa, como o retábulo da Catedral de Santa Maria de Viseu ou a pintura de São Pedro, da autoria de Vasco Fernandes ou Grão Vasco. A coleção do museu conta, igualmente, com um significativo conjunto de peças representativas da arte e da pintura portuguesa, algumas delas classificadas como “Tesouro Nacional”.


cidade de viseu| sindicato dos bancários do centro

Pelos direitos dos Bancários de Viseu

O Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) possui uma Secção Sindical na cidade de Viseu. Com o intuito de perceber os valores, ideais e objetivos que estão por detrás da ação desta instituição, estivemos à conversa com o seu responsável, Manuel António Rodrigues, que também partilhou connosco a sua opinião sobre a atual realidade dos bancários em Portugal.

palavras do agora dirigente do SBC, Manuel António Rodrigues, “uma complementaridade ao serviço prestado pelo Sindicato”, é agora um importante apoio à subsistência quer dos sócios-bancários quer do seu agregado familiar, uma vez que, o SAMS assegura aos seus beneficiários a proteção e assistência na doença, na maternidade, no internamento em lares de idosos e no apoio domiciliário. Situação atual e perspetivas futuras São conhecidos, do público em geral, os conflitos laborais por que passam grande parte dos bancários portugueses, mas o nosso interlocutor e responsável pela delegação do SBC no distrito de Viseu, afirmou com convicção que, atualmente, a principal dificuldade com que os bancários portugueses se deparam é com “a

Manuel António Rodrigues Presidente

O SBC surgiu com o objetivo de responder às necessidades dos bancários, zelando pelos seus direitos e representando-os nas mais diversas frentes necessárias. E, foi também devido a esse fator, que depressa se verificou a necessidade da formação de diversas secções sindicais, situadas nas principais capitais de distrito da zona centro. Encontram-se, assim, em pleno exercício das suas funções, as delegações de Coimbra, Guarda, Leiria e Viseu. A Secção Regional de Viseu, assim é denominada, é a responsável pela representação dos sócios bancários pertencentes ao distrito de Viseu e, nas palavras do nosso entrevistado, com uma grande taxa de sindicalização: “Somos o distrito com maior taxa de sindicalização uma vez que esta ronda os 95 por cento”, revelou.

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Direitos dos sócios do SBC Todo e qualquer sócio pertencente ao Sindicato dos Bancários do Centro tem acesso a um conjunto de direitos e regalias que vão desde a representação sindical, ao apoio médico-hospitalar, passando pelo convívio através de atividades desportivas e viagens promovidas pelo próprio sindicato. Destacam-se, nas muitas razões para ser sócio do SBC, as seguintes medidas: contratação coletiva, apoio judiciário gratuito em questões do foro laboral, aconselhamento jurídico gratuito e o acesso ao apoio médicohospitalar, prestado pelos Postos Clínicos do Sindicato ao abrigo do Serviço de Assistência Médico-Social do Sindicato dos Bancários do Centro (SAMS). O SAMS assume-me como um dos principais subsistemas de saúde existentes em Portugal e o que começou por ser, nas

manutenção do seu posto de trabalho, uma vez que, a pressão a que são sujeitos e as constantes rescisões por mútuo acordo existentes têm criado muita instabilidade no setor bancário em Portugal”. Perspetivando um futuro negro e complicado para a banca e para os sindicatos, Manuel António Rodrigues, deixou ainda no ar a possibilidade da união dos três sindicatos representativos dos bancários portugueses (norte, centro e sul), garantindo que “apesar de todas as delegações possuírem autonomia e de haver coesão entre todas elas, é preciso ter em conta que temos cada vez menos sócios e, portanto, a única forma para os sindicatos terem e manterem alguma força nos próximos anos é precisamente ao constituírem um sindicato único”, finalizou.


palópina | cidade de viseu

Um trajeto

sobre rodas António Pina e Vítor Pina são os mentores da Palópina, uma empresa viseense que vê o seu esforço e trabalho reconhecidos em 2014 com o prémio PME e, agora, pelo segundo ano consecutivo com o prémio Gazela. Esta empresa de transportes e logística conta já com 22 camiões e 28 colaboradores. Sobre o futuro, António Pina revela que antevê-se promissor.

António Pina e Vítor Pina Administradores

A Palópina – Transportes e Logística surge em 2006, pela iniciativa dos dois irmãos. Tudo começou com apenas um camião, mas a frota foi crescendo gradualmente devido às solicitações dos seus clientes. Hoje, são 22 camiões destinados principalmente à logística e transporte rodoviário de mercadorias, reservados a clientes como transitários e transportadores, tanto em Portugal como em Espanha. 2014, ano de mudança 2014 foi um ano-chave para António Pina e a sua equipa. Este ano consagra a Palópina como PME e dá-se a mudança da empresa para as suas novas instalações, no que concerne à área administrativa e de armazém. Além disso, surgem as condições necessárias para o reforço da componente logística e grupagem de cargas, permitindo, igualmente, o alargamento e diversificação do leque de clientes e setores de atividade. Questionado sobre a forma de ação da Palópina, o nosso interlocutor, António Pina, refere que “temos por objetivo atender com maior rapidez os serviços prestados para com os nossos clientes, com a maior eficiência e relação qualidade/preço”. Além disso, “promovemos a formação dos nossos colaboradores para uma melhoria contínua e inovação nos serviços prestados. Respeitamos toda a legislação ambiental, com vista ao combate à poluição”. Questionado sobre o que diferencia a Palópina das restantes empresas do setor, o administrador frisa “um serviço de transporte e logística de excelência para que possamos superar as expectativas e necessidades dos nossos clientes. Procuramos qualificar os colaboradores para oferecer a maior qualidade e confiança nos transportes rodoviários de cargas”. A empresa viseense pretende ser uma empresa de referência no transporte rodoviário de mercadorias, aumentando a quota de mercado no transporte de matérias perigosas, mantendo o compromisso de qualidade e confiança nos serviços prestados, sempre focada nos seus clientes. Atualmente, a empresa encontra-se também ao abrigo do programa 2020, com um processo de certificação da qualidade.

Empresa Gazela O conceito de empresa Gazela assumido internacionalmente corresponde a empresas jovens e com elevados ritmos de crescimento, sustentados ao longo do tempo. Correspondem a organizações inovadoras, capazes de se posicionarem de forma diferenciadora nos mercados, onde afirmam a sua competitividade e constroem sucesso a um ritmo acelerado. Elas correspondem a uma pequena percentagem do universo empresarial, mas cada uma delas “vale ouro”, pois apresentam ritmos elevados de crescimento (acima de 20 por cento ao ano) e de geração de postos de trabalho, mesmo em tempos de estagnação das economias. A Palópina é uma das felizardas com este galardão. Apenas quatro empresas do distrito de Viseu foram contempladas com o prémio, o que evidencia ainda mais o trabalho levado a cabo por esta equipa liderada por António Pina. Serviços Transporte: transporte de mercadorias provenientes do setor automóvel e cargas de grande volume, transporte rodoviário de componentes e acessórios para veículos automóveis. Logísitca: recolha pontual de pequenas cargas e volumes (completas ou por grupagem) diretamente ao cliente e transporte para o armazém (receção de mercadorias, armazenamento, preparação de encomendas e sua expedição). Aluguer: gestão de serviços e tráfego, por subcontratação de sete a oito veículos pesados, permitindo o aumento da capacidade e eficiência de resposta.

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cidade de viseu | freguesia de viseu

Viseu em

crescimento Diamantino Amaral dos Santos é o atual presidente da Junta de Freguesia de Viseu e esteve à conversa connosco para nos dar conta da atualidade evolutiva da freguesia bem como do restante concelho em que está inserido.

para serem posteriormente redistribuídos por quem mais precisa. Relativamente aos bens que já não estão em condições de ser reutilizados, nós reciclamo-los. A verdade é que, neste momento, nós prestamos auxílio regular a cerca de 200 famílias”, frisou.

Diamantino Amaral dos Santos Presidente

Viseu, que tem contrariado os números nacionais, viu a sua população aumentar em 20 000 pessoas durante os últimos anos. Conta, portanto, com cerca de 100 000 habitantes, dos quais 27 000 são pertencentes à freguesia de Viseu. As principais atividades económicas desenvolvidas nesta freguesia prendem-se com os setores secundário e terciário. Sinais de vitalidade deste Concelho são o incremento do setor primário, com o aparecimento de novos povoadores e de novas unidades agrícolas, num regresso à terra que se saúda e também no alargamento e modernização dos parques industriais, situados nas freguesias periféricas. Viseu, cidade-região, demonstra de forma inequívoca, ser um território de atividade para o tecido empresarial e para a captação e consolidação de novos investimentos, sem descurar os já existentes. Em início de conversa, o antigo professor de Educação Física e atual presidente da Junta de Freguesia de Viseu salientou a capacidade de resistência que os seus fregueses demonstraram face à crise que se instalou em Portugal nos últimos anos: “Viseu, como qualquer parte do território nacional, sofreu com a crise que se instalou em Portugal mas o que eu posso dizer é que a nossa população é muito ativa, dinâmica e resiliente e que temos sabido resistir a esta crise socioeconómica. “O nosso concelho é um oásis do ponto de vista demográfico, do investimento e da vitalidade económica”, afirmou. Ação Social A ação social e a proximidade com as pessoas talvez sejam os pontos mais cultivados por este presidente, que fez questão de salientar a importância que estes fatores têm na população, bem como as medidas que já implementou no seguimento deste âmbito: “Nós temos uma ação de proximidade que tem um papel preponderante na ajuda às famílias mais desfavorecidas da freguesia. Desde logo nós criamos o Fundo de Apoio Social em que aplicamos uma parte do nosso orçamento, por forma a apoiar as famílias mais carenciadas. Criámos também uma loja solidária, em que recebemos roupas, calçado e atoalhados

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Reabilitação do Centro Histórico Um dos enfoques da conversa foi a reabilitação do Centro Histórico da cidade de Viseu bem como os benefícios e vantagens que esta ação trará: “É necessário perceber que era necessário dar vida ao nosso centro histórico e dar-lhe vida é reabilitá-lo e reabilitar é requalificar os edifícios e levar gente para lá outra vez. A própria Junta de Freguesia de Viseu irá mudar de instalações, em breve, e ficará muito perto do centro histórico. Nós acreditamos que nos próximos 8/10 anos, se não conseguirmos o nosso desígnio maior que é fazer do nosso Centro Histórico Património da Humanidade, pelo menos temos a certeza de que o teremos completamente recuperado” reiterou o Presidente. Qualidade de vida e aposta no turismo É considerada uma das melhores cidades para se viver e o nosso interlocutor, Diamantino Santos, justificou este galardão com o crescimento e desenvolvimento exponencial e inteligente que Viseu tem tido nos últimos anos: “Viseu é uma cidade com qualidade de vida muito devido ao trabalho realizado pelas últimas administrações municipais que infraestruturaram muito bem a cidade. É uma cidade sem engarrafamentos, com muitas zonas verdes e pedonais e que se preocupa com a inclusão de invisuais e de pessoas com pouca mobilidade. É uma terra segura, com muito pouca criminalidade e delinquência e a própria qualidade do ar é uma referência da região. Atualmente há cada vez mais pessoas que escolhem Viseu para viver porque nós oferecemos tudo aquilo que as grandes cidades oferecem”, garantiu. Numa perspetiva de desenvolvimento turístico, o conceito de “cidade-região” desenvolvido pelo atual Presidente da


freguesia de viseu| cidade de viseu

Câmara de Viseu, vai ao encontro do que pensa o nosso entrevistado: “É um conceito que faz com que tenhamos uma proximidade muito grande com cidades como o Porto e também Salamanca, potenciando o aumento de turistas na nossa região. Estudos recentes dizem que na zona centro o segundo maior destino turístico foi Viseu e isso revela que o caminho que estamos a percorrer é o mais acertado”, concluiu. Constrangimentos regionais Ser-se do interior traz constrangimentos e dificuldades à gestão das autarquias e respetivas Juntas de Freguesia e, nas palavras do nosso interlocutor, esta é uma situação lamentável: “Existem muitas diferenças entre as freguesias das grandes cidades e as freguesias do interior. Questionamos mesmo, o que seria do nosso interior, se não fosse este poder de proximidade que é o poder local? O centralismo que se vive é algo que lamentamos, assim como os recursos que nos são alocados, de pouca monta para o muito que fazem as Juntas de Freguesia. Precisamos de uma clara definição das

nossas competências acompanhadas do respetivo e suficiente envelope financeiro. Urge dar às Freguesias mais e melhor autonomia, melhores recursos humanos, permitindo a contratualização de novos quadros, numa lógica de responsabilidade e de novas competências para os autarcas de Freguesia”. Principais eventos e futuro da freguesia Como eventos promovidos pela Junta de Freguesia de Viseu destacam-se: a Semana Solidária realizada no passado mês de Maio, os Ateliers de Convívio, o Mercado Indo Eu que se realiza, normalmente, no primeiro sábado de cada mês e as Tertúlias onde personalidades ilustres contam a história do concelho. Em final de conversa, Diamantino Santos, confidenciou: “Não é fácil ser-se presidente da Junta de Freguesia de Viseu mas é muito motivante. No imediato o que queremos é continuar a ter um trabalho consistente, na área social porque de facto as pessoas são o que mais valorizamos”.

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www.freguesiadeviseu.pt

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cidade de viseu | Freguesia do campo

“É bom viver no Campo, com a cidade aqui ao lado”

A freguesia de Campo pertence ao concelho de Viseu, tem 16 km2 de área e cerca de 7.000 habitantes. É composta pelas povoações de Campo de Madalena, Moure de Madalena, Bassar, Vila Nova do Campo e Moselos. Apesar do seu cenário rústico, esta é uma das freguesias mais dinâmicas e versáteis do concelho de Viseu.

Carlos Lima Presidente

Carlos Lima é o presidente da Junta de Freguesia de Campo e encontra-se no seu primeiro mandato. O corpo executivo é também constituído por um tesoureiro, um secretário e dois vogais e a administração está encarregue de uma técnica administrativa. Para além disso, o corpo de trabalho desta junta conta com um funcionário que trata das limpezas das ruas desta freguesia. Campo é uma freguesia periurbana, visto que se situa no perímetro urbano do concelho de Viseu. A nível económico, distingue-se na área do alumínio; sector logístico, indústria automóvel; construção civil e restauração. Já a nível cultural e social, esta freguesia carateriza-se pelo associativismo, tal como refere Carlos Lima: “A nível associativo, somos das freguesias mais dinâmicas do concelho. Este gosto e instinto territoriais que caraterizam

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as pessoas fez com que fossem fundadas coletividades em cada aldeia da freguesia para assumirem um papel preponderante no panorama cultural local e distrital, visto que muitas vezes é o próprio município a requisitar os nosso serviços culturais e associativos para os eventos e festividades que realizam. Culturalmente, estamos muito bem servidos.” Um bom exemplo é o Centro Social do Campo, que para além do seu principal papel social na freguesia, emprega um número significativo de pessoas, especialmente locais, e é um dos grandes motores culturais desta região. Campo tem um património religioso muito vasto, preservado e digno de ser visitado. Nas palavras do presidente, todas as construções religiosas foram intervencionadas e isso deveuse a um grande trabalho de equipa e em parceria com a paróquia e a comunidade local. Para além disso, é possível visitar o Museu do Quartzo, fontanários seculares, ruelas típicas e caraterísticas com casas antigas e saborear da própria beleza natural que rodeia esta freguesia, nomeadamente o Monte de Santa Luzia, propício para piqueniques, e o pulmão da cidade de Viseu, a vasta Serra do Crasto. Quanto a eventos em destaque, é possível mencionar a prova de atletismo nas festividades de Santo António, a “CulturCampo”, onde cada coletividade mostra o melhor que tem para oferecer a nível cultural, a Feira Medieval, uma parceria com a escola EBIS Jean Piaget e muitos outros eventos ao longo do ano. Em relação à ação social a atuação da junta na freguesia do Campo, Carlos Lima refere que: “Não podemos confinar as nossas atividades e organizações ao nosso território, temos de alargar horizontes e olhar o concelho como um todo. A atividade de um presidente de junta não passa só por trabalhar em prol da freguesia que governa, mas sim trabalhar em parceria para um bem comum de toda uma região”, o que prova a sua boa ligação com os habitantes destas localidades. “Hoje em dia é impossível governar de forma isolada. Há que privilegiar as pessoas e ouvir o que nos têm para dizer. É essencial prestar bom serviço. Nós procuramos fazer isso”, atalha o presidente, afirmando também que “se todos trabalharmos para a nossa comunidade e remarmos na mesma direção, tudo corre muito melhor, de forma mais célere e poupam-se recursos”. Quanto a planos futuros, gostávamos de ver implementado um projeto sério para o Centro Prisional de Vila Nova do Campo, que permitiria a criação de um número significativo de postos de trabalho. Ver concretizado o projeto da ecopista do Dão e a futura zona industrial do Campo, nas franjas da A24. Continuar a solucionar problemas de infraestruturas a nível de saneamento básico e água, pavimentações de qualidade em zonas onde não existem e apostar na qualidade de vida criando espaços para as famílias, enraizando as pessoas, nomeadamente as crianças à terra e tentar fixá-las no meio em que nasceram, para não correr riscos de desertificação.



cidade de viseu | j.f.rolo

“Qualidade certificada, conforto garantido”

Fundada em 1993, na cidade de Viseu, por José Ferreira Rolo, a J. F. ROLO ALUMÍNIOS, LDA. é uma empresa de referência nas terras de Viriato, graças ao certificado de qualidade dos seus serviços prestados e dos seus produtos fabricados com os melhores materiais do mercado.

Rui Rolo e Paula Rolo Administradores

A J. F. ROLO ALUMÍNIOS, LDA está localizada na Estrada do Aeródromo, na freguesia de Campo e distrito de Viseu e conta com 23 anos de serviços prestados. José Ferreira Rolo inaugurou esta empresa juntamente com o filho, Rui Rolo, a quem depositou a sua confiança para gerir o negócio de família. Atualmente, Rui Rolo é o gerente, trabalhando em parceria com a sua esposa, Paula Rolo, que exerce o cargo de administrativa. Ao longo de 23 anos, a evolução da J.F. ROLO ALUMÍNIOS, LDA foi gradual e satisfatória, tal como afirma Rui Rolo: “Tudo tem corrido bem. Gostamos muito de evoluir passo a passo.” Esta empresa iniciou a sua atividade trabalhando apenas com o alumínio em infraestruturas mais reduzidas e sem tantas condições laborais. Hoje em dia, os edifícios da empresa são maiores e encontram-se muito bem constituídos, para além de que já não se trabalha apenas com alumínio, como também com outros materiais: o ferro, o inox e o PVC da marca alemã Kommerling, do qual são representantes na zona de Viseu. “Somos uma grande equipa e trabalhamos juntos para o mesmo fim. Trabalhar com a Kommerling é apostar na qualidade e nós somos regidos também por esta norma, sendo uma mais-valia ter este certificado de qualidade e ser representantes desta marca alemã. Temos muito trabalho e isso é sinal de que o cliente gosta e confia em nós. Nós fazemos por tudo para que o cliente se sinta satisfeito e passe a palavra, sendo essa a melhor forma de reconhecimento e de um bom retorno depois de uma oferta tão atrativa como a nossa”, atalha o gerente da empresa. Esta é uma empresa certificada e líder PME há cerca de 10 anos. A atuação na região é muito forte e conceituada, porém a internacionalização sempre fez parte da história desta empresa desde que surgiu, conseguindo exportar para vários países os seus serviços e produtos. “O crescimento tem sigo gradual, mas muito positivo”, refere Rui Rolo. A empresa é atualmente composta por 19 pessoas, sendo esta considerada uma empresa familiar, e todos os funcionários têm formação especificada, o que prova que fazem trabalho competente, cada um na sua vertente. O trabalho rigoroso, a excelente organização e a boa gestão são palavras-chaves que definem o sucesso da J. F. ROLO ALUMÍNIOS. Esta empresa dirige-se ao cliente particular, bem como a empresas de construção civil, de norte a sul do país, facultando os seus serviços a outros países da Europa, principalmente França e Suíça. No caso dos clientes estrangeiros, é sempre fornecido um apoio logístico. Quanto a serviços, dedicam-se ao fabrico de caixilharia em alumínio, alumínio madeira, PVC, ferro e inox e são especializados no fabrico de caixilharias, portas, janelas, fachadas, portadas, gradeamentos, marquises com e sem cobertura, divisórias, resguardos de banheira, polibans, rede mosquiteiro, expositores luminosos, painéis publicitários, quiosques, abrigos e mobiliário urbano com patente e perfil próprios. Em relação aos tratamentos usados, estes são termolacados, anodizados e é realizada a lacagem de imitação de madeira também.

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j.f.rolo | cidade de viseu O alumínio continua a ser um produto com muita procura por parte do cliente, contudo já não tem tanta saída como outrora. Ultimamente, é o PVC o mais procurado, não só pela qualidade, como também pelas qualidades de ser mais térmico e acústico. Para além disso, o alumínio está a um preço mais elevado, ao contrário do PVC. Aliando o custo à qualidade, o PVC tem mais adesão por parte do cliente nos últimos tempos, em relação ao alumínio. A evolução do PVC foi bastante positiva, tendo sido uma grande aposta para a empresa. “Sempre quisermos apostar na qualidade e a Kommerling deunos autorização para os representarmos cá em Portugal, e isso deixa-nos muito gratos e com uma grande responsabilidade”, refere o jovem casal empreendedor. Quanto às exportações, a grande maioria são para a França, Bélgica e Suíça. Já em Portugal, executam serviços de norte a sul do país. Em relação ao cliente português, há sempre uma ligação mais próxima e direta, havendo sempre uma forte base de confiança. Questionado sobre os custos da mão-de-obra nacional, Rui Rolo afirma que é mais barata em Portugal, sendo essa uma forte razão para a exportação dos produtos e serviços. Todavia, há sempre a concorrência de outros países, nomeadamente os de leste. Contudo, o que diferencia a mão-de-obra portuguesa é a forte e garantida qualidade no trabalho e na execução dos serviços. “Gosto muito de me deitar e dormir descansado”, acrescenta o gerente da empresa, o que prova que é um empresário bastante preocupado com os seus trabalhadores. “Eu preocupo-me muito mais em pagar a tempo e horas, do que receber. Aqui há o sentido da responsabilidade”, afirma confiadamente. “Qualidade certificada é conforto garantido” é o lema desta empresa. Na JFR ALUMÍNIOS nunca foi necessária de contratação de vendedores, porque o cliente sai sempre satisfeito e, deste modo, passa a palavra a outros potenciais clientes, sendo ele o veículo que gera o lucro e as potencialidades desta empresa de Viseu. Comprovando este facto é a afirmação de Paula Rolo, administrativa da empresa: “Aqui, a boa gestão é primordial e podemos dizer com orgulho que nunca tivemos necessidade de pedir empréstimos para pagar aos trabalhadores. Trabalhamos com pouco, mas trabalhamos bem e eficazmente”. Quanto a objetivos e planos futuros, pretende-se manter a estrutura com o mesmos funcionários, tentar melhorar na qualidade dos produtos, investir na compra de máquinas, estudar o mercado, procurar outros para se inserirem, investir numa linha de PVC diferente e exportar para outros países, como o Canadá. Por conseguinte, o foco continua em manter o ritmo de trabalho e subir o caminho do sucesso, degrau a degrau.

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cidade de viseu | contiviseu

Transparência e confiança

Contiviseu – Serviços e Contabilidade, Lda., é o nome da empresa fundada e gerida por Adalberto Coelho. Estivemos à conversa com o empresário, de forma a perceber os serviços prestados por esta empresa, bem como, a realidade empresarial em Portugal, na atualidade.

Pedro Coelho, Adalberto Coelho e Andreia Coelho Administradores

Foi em 2003 que Adalberto Coelho tomou as rédeas da gestão da Contiviseu, depois de em 1987 ter iniciado o projeto, juntamente com três amigos. Atualmente as instalações da empresa encontram-se situadas na Rua Cândido dos Reis, em Viseu, e ocupam um espaço com cerca de 300m2. O nosso entrevistado e gerente da empresa falou-nos sobre o investimento nestas ainda recentes instalações: “A arquitetura deste espaço garante a completa privacidade e comodidade dos clientes. Procurámos construir de um modo definitivo estas instalações, as quais foram pensadas para responder às necessidades que os clientes procuram num gabinete de contabilidade. Temos notado que os clientes se sentem bem aqui dentro”, explicou. Equipa e serviços prestados A Contiviseu é um espaço multiserviços que congrega funções de Contabilidade, Fiscalidade e Seguros, de forma a garantir um serviço completo a todos os seus clientes e as principais vantagens desta congregação de serviços, num único espaço, prendem-se, segundo Pedro Coelho - filho de Adalberto Coelho, membro da administração que também esteve presente durante a entrevista – com: “A facilidade e a poupança de tempo que nós proporcionamos aos nossos clientes. Aqui fornecemos um atendimento personalizado, em que os pequenos, médios e grandes empresários confiam nas responsabilidades que em nós depositam”, concluiu. São 12 os funcionários que laboram atualmente nesta empresa e o gestor da mesma confidenciou-nos: “A equipa da Contiviseu tem-se vindo a consolidar e é muito responsável, quer no aspeto técnico, quer no aspeto de atendimento ao público. Para garantir isso, muito contribui a formação por nós prestada regularmente e nas mais diversas áreas a todos os funcionários”.

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Equipa Contiviseu

Realidade empresarial e contabilística No que diz respeito ao papel que os contabilistas têm no âmbito da gestão das empresas e, a larga escala, no âmbito do equilíbrio nacional, os nossos entrevistados foram perentórios: “O contabilista tem de deixar de fazer só a contabilidade, propriamente dita, e tem de ser uma ajuda à gestão e à tomada de decisões por parte dos empresários. Infelizmente, existe ainda muita falta de cultura empresarial em Portugal e nós, contabilistas, temos por obrigação ajudar o cliente a tomar decisões, alertando-o para a realidade da sua empresa e do mercado que a envolve”. Pedro Coelho lamentou ainda alguns constrangimentos impostos na área contabilística: “A quantidade de informação e legislação que sai continuamente e que nos obriga a uma atualização diária, de forma a podermos dar o devido apoio aos nossos clientes, esta é, de fato, a principal dificuldade com que nos deparamos. A juntar a isso, muita dessa informação é dúbia, o que implica um estudo exaustivo e por vezes até bastante complexo”, concluiu. Sendo a transparência e a confidencialidade os principais valores que regem a ação da Contiviseu, Adalberto Coelho perspetiva para o futuro: “O assumir de ainda mais responsabilidades, o alargamento dos nossos serviços a mais clientes e a continuação do meu legado, nas pessoas dos meus filhos, Pedro e Andreia Coelho”, finalizou.


AÇÃO SOCIAL As Misericórdias são instituições centenárias que têm vindo a ver o seu trabalho reconhecido ao longo dos tempos, quer na erradicação da pobreza, quer no combate à crise. Estes agentes da Economia Social preconizam inúmeras iniciativas que, são indubitavelmente cruciais e determinantes na superação dessas dificuldades e, incontornavelmente, incontestáveis para o progresso das comunidades, oferecendo um importante contributo no referente à criação de emprego assim como no âmbito do desenvolvimento local. As Misericórdias têm uma tradição de intervenção social incontornável, tendo feito bastante em prol do nosso país. Pela sua longevidade, pela sua importância na sociedade portuguesa, assim como pela sua capacidade de se adaptarem às sucessivas mudanças, continuam a ser instituições pujantes, assumindo um vasto leque de serviços e respostas sociais. Nesta edição da Revista Business Portugal, laçamos um olhar sobre a Santa Casa de Misericórdia de Viseu, uma instituição que assume, há precisamente 500 anos, a missão de empreender respostas socias no âmbito da Ação Social, promover e apoiar as pessoas na sua dignidade humana, através da prática das catorze Obras de Misericórdia, e contribuir para o seu desenvolvimento e inserção na comunidade, com a prestação de serviços de qualidade. Expressos através de um vasto leque de respostas sociais, são valores como a solidariedade, justiça social, confiança, humanismo, integridade, compromisso ou a responsabilidade que, desde a sua génese, definem a instituição. Em evidência está também a Santa Casa da Misericórdia de Vale de Cambra, que assume a missão de desenvolver uma plataforma institucional que permita a prestação de um serviço de excelência a todos os utentes e demais interessados nas atividades da Santa Casa, promovendo a respetiva inclusão social e a visão de assegurar, em todas as suas valências, um serviço de excelência aos utentes, de forma a afirmar a instituição como uma entidade de referência social na região. Os valores fundamentais pelos quais a Misericórdia de Vale de Cambra tem regido a sua intervenção social são a ética, solidariedade, boa vontade, humildade, respeito pela dignidade humana, iniciativa, responsabilidade e o respeito pelo meio ambiente.

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aÇÃO SOCIAL | SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VISEU

500 anos ao

serviço da comunidade A ajudar quem mais necessita desde, pelo menos, o ano de 1516, a Santa Casa da Misericórdia encontra hoje novas formas de assumir a missão que a viu nascer. Confundindo-se, pelo impacto da sua obra, com a história da própria cidade que serve, a Santa Casa da Misericórdia de Viseu é uma instituição que assume, há precisamente 500 anos, “como matriz as 14 Obras da Misericórdia, sete corporais e sete espirituais” pugnando para que, “no desenvolvimento do dia-a-dia, elas sejam sempre postas em prática”, introduz o atual provedor, Adelino Costa. Expressos através de um diversificado conjunto de respostas sociais, são valores como a solidariedade, a justiça social, a confiança, o humanismo, a integridade, o compromisso ou a responsabilidade que, desde a sua génese, definem a instituição. Com os vestígios históricos a comprovar a existência da Santa Casa da Misericórdia de Viseu desde, pelo menos, o ano de 1516, “sabemos que, ao longo de 500 anos, se andou a fazer o bem no dia-a-dia, com as vicissitudes e dificuldades naturais”, prossegue o porta-voz. Claro está que, para a prossecução dessa mesma missão, foi essencial o contributo de uma série de beneméritos, cujo património “veio alterar substancialmente” as condições da instituição. Entre esses nomes destaca-se o de Eugénia Viseu, viscondessa de São Caetano, descrita como “uma pessoa bastante avançada para a época”, atendendo ao seu invulgar espírito solidário. Um leque vasto de serviços Fazendo jus aos diferentes valores que pautam a sua obra e missão, a Santa Casa proporciona à população do seu concelho – com aproximadamente 100 mil habitantes – uma miríade de respostas sociais a pensar não apenas nos mais jovens (através de um berçário, três creches, três jardins de infância, um centro de atividades de tempos livres e um centro de acolhimento temporário), mas também na população mais idosa do município (por intermédio de dois centros de dia, duas residências e serviços de apoio domiciliário). Mas a estas, somam-se outras valências de apoio social mais amplo, como é o caso do serviço de Refeitório Social “Uma Mão Por Um Sorriso”. Em funcionamento há oito anos, esta é uma iniciativa que se caracteriza pelo apoio a diversas famílias e indivíduos carenciados, multiplicando-se em apoios que vão das refeições diárias à prestação de cuidados de higiene, fornecimento de vestuário ou, até, de apoio psicossocial. Embora já de si preciosos, gestos e ajudas desta natureza tornam-se ainda mais importantes para a população de um concelho tão vasto como Viseu “neste contexto de crise” que, na ótica de Adelino Costa, “teria sido certamente mais difícil se não houvesse a presença de instituições” de solidariedade social, como é o caso das IPSS e desta Santa Casa, que emprega mais de 360 pessoas, contando também com o esforço e dedicação de cerca de 30 enfermeiros. Igualmente à disposição de todos encontra-se a Farmácia da Misericórdia, um estabelecimento social que se foca no aconselhamento terapêutico e na prestação de um Adelino Costa Provedor

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE VISEU | AÇÃO SOCIAL

serviço atento e personalizado, com a totalidade das receitas a reverter para investimentos de intervenção social dentro deste organismo. A vontade de mais fazer Adelino Costa assumiu o cargo de provedor há dois anos e meio, mas os laços que o unem ao organismo nasceram “há vinte anos”, ao longo dos quais foi assumindo funções de tesouraria. Hoje, todavia, opta por partilhar a liderança e responsabilidades desta instituição com oito mesários, numa filosofia de gestão diferente daquela que havia sido desempenhada pelos seus antecessores, na medida em que “permite atingir melhor os objetivos a que nos propomos”, esclarece o nosso interlocutor.

De facto, Adelino Costa assume que, cada vez mais, a Santa Casa “quer ir ao encontro dos problemas e das pessoas”. No fundo, “temos de ir à procura de problemas na sociedade, que toda a gente conhece mas que, na prática, ninguém resolve”, prossegue o provedor, numa alusão ao facto de instituições como esta terem de assumir uma postura ainda mais proativa e atenta à realidade do concelho. Acima de tudo, existe uma vontade de “querer ir mais longe”. E é precisamente com esse intuito que “temos vindo a melhorar a instituição em termos técnicos”. Um museu com história Inteiramente aberto ao público, e situado “naquela que é a zona mais emblemática da cidade” – o Largo da Sé –,

o Núcleo Museológico da Santa Casa da Misericórdia de Viseu assume-se como um inegável ponto de visita, onde exposições temporárias convivem em conjunto com a riqueza do património que ajudou a definir estes 500 anos de história. Guardada para breve está uma exibição em que estarão representados todos os provedores que fizeram parte da instituição, através da qual se “contará aquilo que conseguimos recuperar da história da Santa Casa”. Nessa mesma exposição serão também homenageados “mesários, trabalhadores e voluntários que estiveram ao serviço” deste organismo e que, ao longo de cinco décadas, “permitiram que a vida de algumas pessoas fosse menos difícil”. Não só ontem nem hoje, mas também amanhã.

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ação social | Santa casa da misericórdia de vale de cambra

“Trabalhamos todos os dias a

alma e o espírito da instituição” A Santa Casa da Misericórdia de Vale de Cambra começou a sua atividade social com creche, jardim de infância, ATL para crianças, apoio domiciliário a idosos e centro de acolhimento de crianças em risco até aos seis anos. O apoio domiciliário não dava resposta completa aos problemas da terceira idade e por isso avançaram com um projeto para Lar de Idosos, Centro de Dia e Centro de Convívio. De forma a melhorar e aumentar substancialmente a concretização da sua missão no que concerne aos mais jovens, a Instituição construiu em 2006 um novo edifício para a Creche, autonomizando assim esta resposta social. Em entrevista à Revista Business Portugal, o Provedor António de Pina Marques, faz um balanço da atividade desde que há nove anos assumiu o cargo na instituição.

Quais são os desafios mais difíceis que lhe são colocados pelo tempo presente na gestão da Misericórdia? A construção do Lar em 1999, levou a que a Misericórdia tivesse que reunir recursos financeiros e vender parte do seu património tendo ficado com uma divida muito considerável. Em 2003 começou a construção da nova creche no âmbito de uma candidatura ao Programa “Creche 2000” do POEFDS com financiamento a 90 por cento. Quando esta Mesa assumiu funções, há nove anos, a Misericórdia estava numa situação muito difícil pela realização dos grandes investimentos em equipamentos sociais fruto do trabalho árduo de quem nos precedeu. Na creche e tendo em vista a sua sustentabilidade estamos a reformular as áreas e teremos a possibilidade de vir a receber 84 crianças. Uma ameaça é a baixa natalidade. Vale de Cambra está negativamente acima da média nacional em termos de envelhecimento e baixa natalidade, e, apesar disso, nós temos tido uma procura que não nos tem permitido corresponder e por isso temos encaminhado para outras instituições vizinhas as crianças que não podemos receber. Precisamos de melhorar o salário dos colaboradores mas não podemos aumentar as mensalidades às famílias porque não suportam mais esforço financeiro. Há carreiras que têm progressões difíceis de manter porque põem em causa a sustentabilidade das respostas sociais. Os custos com a energia são muito elevados. O serviço de apoio domiciliário está sob ameaça pelo muito que exige das instituições e a perspetiva de revisões em baixa, quando estamos a fornecer serviços sem qualquer apoio da Segurança Social, dada a limitação do número de pessoas comparticipadas pelo acordo de cooperação.

António de Pina Marques Provedor

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Sente que essa conjuntura menos favorável de certa forma fez com que esses pedidos aumentassem? Apesar das dificuldades, resolvemos investir na qualificação das instalações, na sua melhoria e na sua oferta, de modo a que os pais percebessem que estavam a fazer um


Santa casa da misericórdia de vale de cambra | ação social domiciliário para apoiarmos mais pessoas no domicílio correspondendo à procura que registamos

bom investimento ao colocar cá os seus filhos. Procuramos também melhorar a oferta com a implementação de várias práticas como aprender mandarim e inglês, música, natação, karaté, dança, entre outras atividades, que levassem as pessoas a escolher-nos. Para além disso, estamos a procurar ter uma maior capacidade para o lar. Temos recorrido aos fundos comunitários e conseguimos um apoio para o centro de dia. O centro de dia, que ficou concluído em 2013 partiu de uma reconstrução profunda de um edifício que estava abandonado e neste momento está completamente recuperado. Também fizemos obras no lar, em 2014, bem como no setor de acolhimento, de modo a que os técnicos possam estar mais próximos das crianças. Trabalhamos todos os dias a alma e o espírito da instituição. Há uma dedicação muito grande por parte dos membros dos órgãos sociais da instituição e dos nossos profissionais. Estamos com um processo de pedido à tutela para aumento da capacidade para a resposta de serviço de apoio

Que projetos estratégicos ou grandes iniciativas gostaria de ver concretizados ou concluídos? Ainda há muito para fazer. Queremos concentrar a área da infância num só espaço. Precisamos de adquirir terrenos para desenvolver tudo aquilo que está relacionado com a infância e vamos trabalhar um espaço de lazer para os residentes no nosso lar. No lar, hoje designado de ERPI, temos recebido pessoas de várias localidades, entre as quais, o Porto, Gaia e Lisboa. Algumas destas pessoas registámos como beneméritas da Misericórdia, sinal de que se sentem muito bem entre nós. Estamos a projetar no edifício do lar um espaço para o arquivo central e um auditório para atividades culturais e de lazer. Alguns projetos que temos em mente ainda não é oportuno falar deles mas, acima de tudo, é preciso recuperar o nosso património não social, que infelizmente tem vindo a ser um problema e precisamos que faça parte das soluções para a sustentabilidade.

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