JANSSEN PORTUGAL
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 1
JANSSEN PORTUGAL
2 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
JANSSEN PORTUGAL
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 3
JANSSEN PORTUGAL
Rua Ascensão Guimarães, 25 8004-038 Faro
4 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
tel: 289 880 050 tlm: 926 530 440
prove@nata.pt www.nata.pt
Siga-nos:
ÍNDICE
EDITORIAL
JANEIRO 2018
PÁGINAS CENTRAIS ESPECIAL
ARBITRAGENS DE MEDICAMENTOS
18
RE-INOVAR, A NOSSA CASA É ONDE ESTÁ O NOSSO CORAÇÃO 25 RUBIS ENERGIA A aquecer o coração dos portugueses 33 PERFISA A qualidade tem um nome 40 FAUSTO DECOR O parceiro ideal para a sua decoração
61
AÇORES, NATUREZA PURA 66 PALADARES DA QUINTA A cirar momentos perfeitos 70 A.C.-CYMBRON Referência em combustíveis
96
AVEIRO, TERRA DE GENTE QUE FAZ 106 DENTÁRIAS V-PROMED A entrevista com Vítor Henriques
Ano Novo, Vida Nova! Ou, no nosso caso, formato novo, layout renovado e uma nova imagem, focada naquilo que é essencial numa publicação dedicada ao mundo empresarial. Depois do sucesso que teve o Anuário da Revista Business Portugal, decidimos manter o formato que aí adoptamos e iniciar um novo ciclo e marcar de forma distinta aquele que marcará o oitavo ano de existência da sua revista. Nesta primeira edição de 2018 trazemos às nossas ‘novas’ páginas um leque de temáticas bastante variadas que vão, de certeza, cativar o leitor! Comecemos pelo nosso primeiro especial do ano, nas nossas páginas centrais, sobre as arbitragens de medicamentos. Estivemos à conversa com os principais intervenientes e conhecedores desta matéria, para que o leitor possa tomar conhecimento do que acontece na área farmacêutica no que concerne a esta questão. O Direito Internacional e a Reabilitação Urbana merecem destaque de capa em janeiro de 2018. Os principais intervenientes e conhecedores destas vertentes fizeram questão de figurar nesta nossa edição e dar a conhecer a sua visão única e assertiva dos mesmos. Numa altura em que a igualdade de sexos está tão na ordem do dia, contamos com o testemunho de mulheres que são, simultaneamente, mães, esposas e empresárias de sucesso. Depois, como é habitual, viajamos pelo país de norte a sul, e ainda tivemos tempo para voltar a uma nova visita aos Açores!
FICHA TÉCNICA Propriedade: Guidetarget, Lda Diretor: Fernando Silva Direção Editorial: Diana Ferreira (diana.ferreira@revistabusinessportugal.pt) Direção Gráfica: Tiago Rodrigues Corpo Redatorial: Joana Gonçalves, Laura Azevedo, Sílvia Pinto Correira, Tânia Pacheco, Teresa Mata Outros Colaboradores: Ana Miguel Lopes, Diana Barros, Joana Capinha, Joana Quintas, Jorge Teixeira, Marta Botas, Telma Moreira, Teresa Teixeira Secretariado: Paula Assunção (paula@revistabusinessportugal.pt) Direção Comercial: José Moreira Dep. Comercial: António Matos, Fernando Lopes, Filipe Amorim, Isabel Brandão, Luís Pinto, Manuel Fernando, Maria José Moreira, Paulo Padilha, Rui Moreira (geral@revistabusinessportugal.pt) Redação e Publicidade: Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15, 9ºandar, sala 9.4 4400-134 – Mafamude / +351 223 754 806 Distribuição: Distribuição gratuita com o jornal Público / Dec. regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Periodicidade: Mensal Fevereiro 2018
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 5
A Imobiliária do Porto
Uma enorme paixão pela cidade do Porto é o que une o grupo que fez nascer a 100 Domus. Pedro Soares, Pedro Almeida, Alda Resende e José Ferreira, sócio-gerentes na empresa de mediação imobiliária, explicam-nos como uma loja na Rua de Cedofeita depressa se tornou numa empresa com uma importante responsabilidade e missão: revitalizar a Invicta. “Começámos por ter quatro comerciais e, ao longo do tempo, decidimos convidar mais parceiros que partilhavam as nossas ideias e acreditavam nas potencialidades da Baixa do Porto”, explica
Foi há quatro anos que nasceu a 100 Domus, um projeto inovador para trabalhar o mercado imobiliário.
Pedro Soares. Recuando até 2014 é possível entender a necessidade que o mercado tinha numa empresa como a 100 Domus. “Quando avançámos com este projeto, o mercado de reabilitação urbana dava os primeiros passos na Baixa e, curiosamente, era um mercado em que poucos acreditavam. Notámos que faltava um acompanhamento diferente nesta área, pois não havia um serviço pós-venda constante e personalizado, que consideramos ser de extrema necessidade e importância. A 100 Domus surgiu para suprimir essa falha”, acrescenta
Com uma atuação exclusiva na cidade do Porto e maioritariamente em edifícios reabilitados, a 100 Domus é o parceiro ideal para quem deseja investir na Invicta.
Pedro Soares. Inicialmente focada na Baixa portuense – com lojas em Cedofeita, Bolhão, Flores e Leões –, desde o início do ano passado que a 100 Domus tem notado um crescente aumento da procura por toda a cidade. Como tal, abriu em fevereiro de 2017 uma loja na Avenida da Boavista e está a preparar-se para arrancar com uma nova loja nas Antas: “Continuamos não só a apostar no centro, como também no resto da cidade. A Boavista é uma área que está novamente a crescer e a ser revitalizada. Registamos enorme procura tanto nessa zona como nas Antas”, ressalva Pedro Almeida, sócio-gerente da imobiliária.
www.100domus.pt
Atuando em duas vertentes distintas, a 100 Domus posiciona-se como uma empresa de mediação imobiliária verdadeiramente única. Questionados sobre os fatores diferenciadores, os responsáveis são unânimes em salientar as pessoas: “O acompanhamento é, sem dúvida, a nossa imagem de marca. A relação que estabelecemos com cada cliente, a empatia, a proximidade, a necessidade que temos em ajudar é o que nos diferencia”. “A nossa missão é perceber as necessidades do cliente de forma a ajudá-lo a encontrar o produto que procura”, salienta Alda Resende. O acompanhamento é constante, desde que o projeto é apresentado - muitas vezes ainda em planta - até à escritura de compra e venda. Em todas as visitas um profissional experiente que integra a equipa da 100 Domus está presente, permitindo uma resposta imediata a qualquer dúvida que surja por parte dos clientes. “Não somos uma mediadora imobiliária convencional. Não nos limitamos a abrir e fechar portas, nós criamos projetos em conjunto com os nossos clientes”, diz-nos Pedro Almeida. Outro fator diferenciador, explicam os responsáveis, é a análise detalhada do objetivo de investimento. “Qualificamos e melhoramos os aspetos mais significativos do plano de investimento, oferendo aos clientes a melhor oferta de imóveis a serem comercializados como futuro ativo imobiliário”. Muitas vezes, acrescentam, os clientes apresentam um determinado valor que pretendem que seja investido no setor imobiliário. Nestes casos, a 100 Domus realiza uma avaliação dos projetos em carteira reunindo aqueles que são mais indicados para o cliente. Por outro lado, quando os investidores revelam interesse num determinado edifício, a 100 Domus avança com um estudo de rentabilidade dessa infraestrutura que irá evidenciar possíveis utilizações, o preço de cada fração, entre outros dados relevantes. “Muitas vezes concluímos que é um mau investimento e aconselhamos o cliente a avançar para outra solução. É essencial haver essa transparência com o cliente”, salienta Pedro Soares.
“Não nos limitamos a abrir e fechar portas. Criamos projetos em conjunto com os nossos clientes.”
O interesse na cidade do Porto não vem apenas de dentro. Embora
também como segunda habitação ou mesmo para investimento. “Se
os edifícios da Invicta sejam ainda primordialmente procurados por
no início da 100 Domus falávamos de 90 por cento de clientes
portugueses, os investidores estrangeiros estão a aumentar e são já
nacionais para 10 por cento de estrangeiros, agora falamos de 75 por
uma grande fatia de clientes da 100 Domus. Atraídos pela segurança
cento de portugueses para 25 por cento de estrangeiros. A cidade do
que a cidade do Porto proporciona, aliada ao clima ameno, à
Porto é uma cidade com uma crescente reputação «fora de portas».
excelência da gastronomia e das paisagens, e não esquecendo a
Destaque para o crescimento da procura por parte de clientes
hospitalidade tão característica desta região, muitos são os que
franceses, brasileiros, norte-americanos e israelitas”, acrescentam.
procuram a cidade Invicta para residir permanentemente, mas
Crescimento Sustentável Todos os membros da 100 Domus são unânimes em considerar que a
No Porto, há ainda zonas interessantes para a expansão da empresa,
aposta no projeto tem sido um sucesso: “Temos crescido de forma
mas a intenção é manter a proximidade à cidade. Uma coisa é certa,
sustentada e os clientes estão contentes com o nosso trabalho. Somos
a ideia de crescimento não passa por sair da cidade: “Não queremos
uma equipa estável, a maior parte está connosco desde o início, o
perder a nossa identidade. A 100 Domus é, sem dúvida, a imobiliária
que não acontece com frequência no setor. Isto é bom para os
do Porto”.
profissionais, porque significa que estão contentes, e é bom para os clientes, porque há uma maior identificação e fidelidade”, considera José Ferreira.
A Imobiliária do Porto
A qualidade de viver onde tudo acontece. geral@100domus.pt 220 111 486
www.100domus.pt
Cedofeita
Boavista
Flores
Bolhão
Leões
Antas
100 Domus, Lda. Licença AMI 9824
Fachada Decimal, Lda Licença AMI 13417
Partilha palavra, Lda Licença AMI 11118
Ilustreparabola, lda Licença AMI 10972
Celebrefaceta Lda. Licença AMI 11352
Essências Positivas, Lda Licença AMI 14.095
DIREITO INTERNACIONAL COMO APOIO À GLOBALIZAÇÃO Conscientes da era de globalização que o mundo vive nos dias de hoje e das consequentes dificuldades que a gestão das divergências e variações surgem, o direito internacional tem-se revelado fundamental para a cooperação entre Estados e empresas, à volta do globo. Se numa sociedade nacional, o direito interno e a ordem jurídica são sustentados pelo Estado que se traduz como a autoridade superior, no plano internacional o mesmo não é verificado. Sem uma entidade capaz de tornar obrigatório o cumprimento da ordem jurídica internacional e de aplicar as respetivas sanções no incumprimento da mesma, a ordem jurídica internacional seria complicada de gerir. É para colmatar esta lacuna que surge o direito internacional. Este, caraterizando-se como um sistema jurídico autónomo e descentralizado, tem como
DESTAQUES 10 TELLES DE ABREU ADVOGADOS Uma sociedade de Advogados portuguesa de portas abertas para a Europa 14 LOPES CARDOSO & ASSOCIADOS SOCIEDADE DE ADVOGADOS O principal apoio às empresas no processo de internacionalização
a sua grande base a regulação das relações entre os Estados. O destaque que esta área do direito adquiriu prende-se, essencial16 mente, com o crescimento das empresas e HOFSTAETTER TRAMUJAS a consequente internacionalização. E se os & CASTELO BRANCO restantes países decidem comercializar para ADVOGADOS além das fronteiras territoriais, Portugal, ASSOCIADOS enquanto país da moda, tem decidido A ponte entre Portugal e o Brasil fazer o mesmo. A ação do direito internacional no apoio às empresas portuguesas é crucial, apoiando na gestão dos contratos e das parcerias. Escritórios de advogados e empresas exclusivamente dedicadas a esta colaboração na expansão para o mercado internacional são os principais motores desta área do direito, que se tem vindo a expandir em Portugal. Nas próximas páginas desta edição, convidamo-lo a conhecer alguns exemplos de empresas que auxiliam os empresários portugueses para além do território luso. Empresários com empresários: os ingredientes essenciais para que a receita seja concluída e Portugal se torne, a cada dia mais, um país atrativo, competitivo e aperitivo para os investidores. Afinal, é de relembrar que ainda sem o apoio jurídico, os portugueses conquistaram meio mundo.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 11
TELLES DE ABREU ADVOGADOS
Carlos Lucena, administrador
12 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
TELLES DE ABREU ADVOGADOS
PORTAS ABERTAS PARA A EUROPA É um dos escritórios mais institucionais e de referência no norte de Portugal que, não querendo parar no tempo, sempre quis evoluir através de um desenvolvimento sustentado, quer a nível de recursos humanos, quer de escritórios. Falamos da sociedade de advogados Telles de Abreu, por intermédio de uma entrevista concedida pelo administrador, Carlos Lucena.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 13
TELLES DE ABREU ADVOGADOS
A
Telles de Abreu é o resultado da transformação de um escritório fundado por Artur Santos Silva em 1936, que foi evoluindo ao longo do tempo e que, em 1992, resultou na criação da firma promovida por Luís Telles de Abreu, por Carlos Lucena e por um anterior sócio, Rui Delgado. Desde 1992 que opera como uma pura sociedade de advogados. Inicialmente sediada na Rua Sá da Bandeira, no centro do Porto, hoje tem a sua atividade localizada em plena Rua da Restauração, com vista para o belo rio Douro, e está em vias de se transferir para a zona da Boavista. Numa conversa acerca das vantagens de pertencer a uma sociedade de advogados, Carlos Lucena, com a sua experiência, não tem dúvidas das mais-valias que isso implica. “Confesso que sou um defensor claro das sociedades de advogados. Quando era muito novo, fui chamado a trabalhar num conjunto de dossiês, de variada origem e envolvendo vários ramos de direito: direito das sociedades, da família, das sucessões, direito público, direito fiscal e muitas outras áreas; e há um momento em que nos perguntamos se esta é a melhor forma de exercermos a profissão, se assim correspondemos melhor aos desejos dos clientes, se a qualidade com que prestamos serviços é a mais adequada, ou se podemos melhorar algumas coisas”. As sociedades de advogados apareceram, desde o início, como a melhor forma de responder a esta dúvida, num sentido positivo. As sociedades proporcionam, na opinião de Carlos Lucena, uma forma mais ampla e abrangente de prestação de serviços, num momento em que as solicitações submetidas aos advogados pelos seus clientes são variadas e pluridisciplinares. Portanto, hoje, a Telles de Abreu consegue dar resposta a solicitações de direito fiscal, de direito das sociedades, de direito público, designadamente, com muito à vontade porque dispõe de advogados com experiência em áreas diversas e, interagindo entre todos, dispõem de uma oferta de serviços mais rica e abrangente. Naturalmente, há outras virtualidades que distinguem as sociedades do exercício da advocacia em prática isolada e que não têm que ver com a amplitude dos serviços. Estão relacionadas com a resposta, num sentido permanente, das solicitações dos clientes. Numa sociedade de advogados, tem-se a capacidade de melhor responder às solicitações porque, se um advogado está doente, está em julgamento ou indisponível por qualquer outra razão, outro o poderá substituir transitoriamente. De acordo com o administrador da Telles de Abreu, quando se trabalha em prática individual isso não acontece. Depois, por outro lado, as sociedades de advogados permitem uma massa crítica que, possibilitada pela contratação de mais profissionais, faz aumentar a qualidade dos serviços. Faz com que se refresquem ideias, se tenha acesso a novas teorias jurídicas, a novas formas de praticar o direito, que não se atingem se essa estrutura for envelhecida não apenas em termos etários, mas, sobretudo, em termos de saber.
Áreas de direito que exercem A Telles de Abreu é uma sociedade de advogados essencialmente vocacionada para empresas e para um certo nicho de particulares,
14 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
onde trabalham todas as áreas. Começaram pelo direito das sociedades, foram alargando ao direito fiscal, ao direito laboral, ao direito público, ao imobiliário e urbanismo, à proteção de dados, à litigância, sendo, sobretudo, estas as áreas em que trabalham. “Hoje, cobrimos com facilidade a maior parte das áreas em que as empresas nos fazem solicitações, tanto no escritório do Porto, como no de Lisboa.” declara Carlos Lucena.
2018 é sinónimo de mudança na Telles de Abreu Clientes Europeus e presença na Câmara do Comércio e Indústria Luso-Francesa 85 por cento dos clientes estrangeiros da Telles de Abreu são de origem europeia. Não trabalhando diretamente com a legislação de outros países, por vezes têm mesmo de conhecer aspetos das leis dos países onde atuam. Fazem parte de redes internacionais de advogados, e possuem escritórios correspondentes na maioria dos países em que os seus clientes têm interesses. Dessa forma, garantem o acesso a uma interpretação adequada das normas jurídicas e a um conhecimento amplo dos sistemas jurídicos externos. A Telles de Abreu é também membro da CCI- Câmara do Comércio e Indústria Luso-Francesa, o que para Carlos Lucena é um fator de grande orgulho, conforme nos explica. “Significa, antes de mais, uma razão de prestígio por termos sido aceites como associados e nos reconhecerem uma aptidão relevante para apoiar interesses franceses. Para mim, pessoalmente, como membro do board da Câmara do Comércio e Indústria Luso-Francesa, é também uma razão de prestígio pessoal e profissional, porque me reconheceram as qualidades para esse efeito. A CCI Luso-Francesa é, seguramente, a Câmara de Comércio mais dinâmica das muitas que conheço, tem um presidente que é um fantástico líder, Carlos Aguiar, assim como possui um diretor-geral com enormes qualidades profissionais, Laurent Marionnet.” Significa, também, que, na Telles de Abreu se usa muito a língua francesa e que se tem um rápido acesso ao que se passa em França. Significa ainda estabelecer ligações com membros da comunidade francesa e ter uma perceção mais rápida do que se está a passar nas relações luso-francesas, no que concerne essencialmente a projetos empresariais. “Isso é humana e profissionalmente muito enriquecedor.”
Identidade e equipa Há, nas palavras do administrador da Telles de Abreu, determinadas especificidades que a distinguem das restantes sociedades de advogados. “Há, desde logo, um fator de distinção grande que resulta de sermos um escritório fundado no Porto e de mantermos nesta cidade o nosso escritório principal. Há, portanto, características resultantes da forma de estar marcante das pessoas
TELLES DE ABREU ADVOGADOS
do norte. Costumo dizer que aquilo que depois nos distingue das maiores sociedades de advogados são essencialmente três aspetos: a proximidade enorme que cultivamos na relação com os clientes; a brevidade temporal com que respondemos às suas solicitações; e, finalmente, praticarmos condições de preço que nos parecem mais equilibradas”. Quanto à equipa, elemento fundamental do sucesso desta sociedade é composta, neste momento, por 96 advogados nos dois escritórios, sendo que em Lisboa está um terço da mesma e, no Porto, dois terços. Naturalmente, além dos advogados, têm também uma equipa de assistentes administrativos, de quadros na área da gestão e dos recursos humanos, que são essenciais com a dimensão que a sociedade atingiu. Para Carlos Lucena, os colaboradores são a chave do êxito que alcançaram. “Somos uma sociedade de advogados, logo somos uma sociedade de pessoas. O que nos interessa é termos connosco as melhores pessoas humana e tecnicamente e tratar essas pessoas da melhor forma que podemos.”
perder a oportunidade de questionar Carlos Lucena acerca do assunto. “Acho que em Portugal há excelentes advogados, quer trabalhando em pequenos escritórios, quer em grandes e médias sociedades de advogados. Comecei a trabalhar em 1983 e tive a oportunidade de conhecer, e em alguns casos de trabalhar, com advogados absolutamente excecionais, alguns até diria que irrepetíveis, pelo seu saber, pela experiência, pela multidisciplinaridade dos seus interesses, pela sua visão alargada, pela sua capacidade de alcançar as outras partes, os seus clientes e os colegas. Acho, também, que nos últimos 15 anos se fez um esforço enorme no sentido de se desenvolver mais áreas de competência e desenvolver aptidões até há poucos anos não trabalhadas em Portugal. Globalmente, considero que estamos num nível igual e, algumas vezes, mesmo superior a outros países europeus”. Quando questionado acerca da lentidão da justiça portuguesa, Carlos Lucena discorda dessa componente, afirmando que não tem a ideia de que Portugal tenha uma justiça efetivamente lenta. Aliás, revelou que, ao longo destes 34 anos que exerce como advogado, tem assistido a uma eficaz realização da justiça e a um progressivo encurtar significativo da duração dos processos judiciais. Tal não quer dizer que não existam casos, alguns mediáticos, em que a justiça demora mais a realizar-se. Tudo tem a ver com a especificidade dos casos e com a dificuldade dos assuntos; às vezes igualmente com os tribunais em que os temas estão pendentes. “Tenho muitas relações com escritórios internacionais e advogados estrangeiros e não tenho vislumbrado que Portugal seja mais lento do que outras jurisdições. Sinceramente, acho que, em muitos casos, até somos mais céleres. A justiça não tem apenas a haver com celeridade. Naturalmente, a justiça exerce-se se for oportuna no tempo. Demasiada celeridade pode, porém, prejudicar aspetos muito sérios da realização da justiça”.
Futuro da Telles de Abreu
Estado do Direito em Portugal O estado de Direito e da Justiça em Portugal são assuntos que andam na ordem do dia e a Revista Business Portugal não quis
2018 é sinónimo de mudança na Telles de Abreu, correspondendo a um espaço para novos inícios, desde logo a começar por mudanças de instalações em Lisboa e no Porto. O propósito é continuarem a afirmar-se como o escritório de referência no norte de Portugal e prosseguirem a expansão do escritório de Lisboa, alargando as áreas de prática que ali exercem, reforçando a qualidade dos advogados e melhorando a relação da sociedade com o meio empresarial e social envolvente. Num olhar para o futuro, a Telles de Abreu quer também alimentar uma ligação mais eficaz e enriquecedora com as universidades enquanto locais onde o saber se gera e se cultiva no dia a dia. Prioridade é também o processo de internacionalização que têm em curso, projeto esse iniciado há três anos, e no qual estão altamente empenhados. “Nós fomos, no passado, essencialmente uma sociedade de advogados portuguesa virada para clientes portugueses, hoje somos ainda uma sociedade de advogados maioritariamente vocacionada para clientes portugueses, mas queremos que os estrangeiros representem uma cada vez maior fatia das pessoas e entidades a quem prestamos serviços. A internacionalização de Portugal e das cidades de Lisboa e Porto exige de nós uma performance coincidente com os desafios propostos”, finaliza assim Carlos Lucena, com os olhos postos no futuro.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 15
LOPES CARDOSO E ASSOCIADOS
APOIO ÀS EMPRESAS NA INTERNACIONALIZAÇÃO Marcada por uma história com mais de 80 anos, a Sociedade de Advogados é já uma referência a nível nacional. A Lopes Cardoso & Associados acredita na importância do “contacto com entidades dentro e fora da Europa”, promovendo a internacionalização, conforme conta em entrevista à Revista Business Portugal.
A
prestação de serviços da LC&A baseia-se, essencialmente, na proximidade colaborativa com o cliente e a disponibilidade imediata e direta para com as situações que possam surgir, nas mais diferentes vicissitudes dos negócios.
Apoio às empresas no processo de internacionalização Miguel Lopes Cardoso, sócio da LC&A, tem dedicado o seu trabalho a “negócios que se encontram também fora de Portugal”. A ligação a “territórios não nacionais” é fundamental nesta “intervenção constante em operações internacionais”, apoiando as “empresas portuguesas nas suas tentativas e no esforço de internacionalização”. Dependendo do “tipo de negócio que se trata”, Miguel Lopes Cardoso explica que “intervimos diretamente quer na fase de negociação do processo de aquisição, quer na fase
16 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
“A presença na União Europeia (UE) teve consequências de aproximação muito grandes, no setor do Direito”, entre as diferentes legislações e empresas que necessitam da intervenção do setor.
de elaboração da respetiva documentação legal”. Com uma atuação “mesmo muito abrangente”, a Sociedade de Advogados está assim “presente em, praticamente, todo o projeto”. Até à “fase final que é a implementação dos contratos negociados na legislação local”, salienta. Por vezes, é necessário a “colaboração com os escritórios locais”. Há os “pormenores típicos de cada país: documentos, registos e transferências das ações” e “esses detalhes têm de ser geridos localmente”, acrescenta ainda. Se de uma outra área se tratasse, este seria um serviço de “chave na mão”. É com este mote que a LC&A tem trabalhado ao longo dos anos. Para o sócio da LC&A, Portugal está na moda mas “não necessariamente no mundo dos negócios. Ninguém vem cá investir porque é moda, nem nós vamos lá para fora porque é moda”, explica, acrescentando que “para mim, é um dado inquestionável que nos últimos dois anos houve um crescimento significativo no setor da internacionalização”. E estes dois “anos de grande internacionalização de empresas portuguesas” deve-se, para o advogado, a “um crescimento da economia”. Salienta ainda “que nós [enquanto advogados mediadores] não somos líderes da internacionalização mas sim um apoio. Não é possível fazer negócios sem uma assessora jurídica forte”, destaca. “Os meus filhos são muito mais europeus do que eu alguma vez fui”, conta, em entre-
LOPES CARDOSO E ASSOCIADOS
cada vez mais abrangente ainda que, na área do Direito, nunca deixaremos de ter as especializações de cada um dos países” , realça. “A presença na União Europeia (UE) teve consequências de aproximação muito grandes, no setor do Direito”, entre as diferentes legislações e empresas que necessitam da intervenção do setor. Nessa medida, há “uma grande harmonização”. Por vezes, “os advogados conversam entre eles sobre as leis locais”, muito semelhante “ao que acontece cá em Portugal”. Miguel Lopes Cardoso recorda a “maior operação” em que esteve envolvido - “foi na Alemanha e, por culpa do vendedor, na véspera da assinatura final do contrato, ele informou que não poderia assinar porque não tinha a documentação toda necessária. Era uma situação dramática, não para nós mas sim para uma das empresas que vinha saída de um processo complicado, sendo por isso crítico. Evidentemente, todas as cabeças começaram a pensar numa solução”. E a realidade é que, no dia a seguir, “o contrato estava a ser assinado”. A “solução jurídica pensada pelos colegas na Alemanha foi exatamente a mesma que eu pensei, à luz do direito português”, realça. Isto significa que, cada vez mais, “estamos a tornar-nos europeus mais do que portugueses”.
A não-divulgação nos mercados Miguel Lopes Cardoso reconhece a importância do sigilo proMiguel Lopes Cardoso, sócio
vista à Revista Business Portugal. Miguel Lopes Cardoso acredita que “não perdemos a identidade” e que “nunca iremos ficar todos iguais enquanto europeus porque por mais que as pessoas tenham uma visão aberta perante os outros, felizmente, mantemos a identidade de cada país”. Para o advogado, “a própria maneira de estar na vida é diferente dos outros. Enquanto portugueses, temos mesmo muitas qualidades que eu não gostaria de perder” e “a portugalidade é uma coisa que deve ser mantida e só tem bons frutos”. “O mundo dos negócios tem-se tornado
fissional que é imposto aos advogados portugueses. Não obstante, recorda que, em muitos países, é lhes solicitada “autorização por parte dos escritórios locais para fazerem a divulgação pública da assessoria prestada”. Em território nacional, “não é esta a tradição”. Contudo, caso a mesma divulgação fosse admitida, Miguel Lopes Cardoso destaca que ”desde 2002 até à data, a sociedade de advogados conta com cerca de 50 processos de cooperação na ajuda à internacionalização, com maior enfoque e concentração nos últimos três anos - operações na Alemanha, na República Checa, na Eslováquia, na Rússia, em Itália, na África do Sul, e por entre outros”.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 17
HOFSTAETTER TRAMUJAS E CASTELO BRANCO
A PONTE ENTRE PORTUGAL E BRASIL A sociedade de advogados Hofstaetter Tramujas dedica-se ao Direito Internacional, com amplos conhecimentos da legislação brasileira e portuguesa. A entidade colabora na transação de investimentos entre os dois países e é responsável por grande parte dos pedidos de nacionalidade portuguesa por parte de brasileiros.
Felipe Osório, sócio
A
globalização trouxe consigo a necessidade de internacionalização de investimentos, de propriedades, de bens e, até, de pessoas. A sociedade de advogados Hofstaetter Tramujas, com conhecimento amplo da legislação brasileira e portuguesa, intervém nessas áreas do direito. Iniciaram a sua atividade dedicando-se à obtenção da nacionalidade portuguesa para brasileiros e hoje passam pelas mãos dos associados a maior parte dos casos relativos a esta questão.
18 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
HOFSTAETTER TRAMUJAS E CASTELO BRANCO
Aliás, os próprios Felipe Osório e Gustavo Hofstaetter Tramujas tiveram de passar por esse processo depois de terminarem o mestrado em Direito Internacional em Portugal e pretenderem iniciar a sua carreira profissional aqui. “Apercebemo-nos que existiam oportunidades nesta área, focamo-nos nos brasileiros e tudo correu muito bem”, divulgou Felipe Osório em conversa com a Revista Business Portugal. Atualmente são mais abrangente e englobam vistos, contratos de trabalho e relacionados com imobiliário, entre outros. Com perto de uma dezena de escritórios no Brasil, a sociedade é uma estrutura que providencia mais credibilidade, confiança e segurança aos clientes, em comparação com advogados que exercem em prática isolada. Questionado acerca do fluxo de migrações sentido entre estes dois países, o nosso interlocutor admite ser um processo sazonal. “Quando vim para Portugal, em 2007, todos diziam que seria um erro porque o Brasil estava a crescer e havia muito emprego. Eu nunca concordei, a qualidade de vida lá não é a melhor, os ordenados podem ser mais elevados, mas o custo de vida também o é. Hoje em dia a situação inverteu-se, o brasileiro tem vindo para cá com força. Eu aconselho Portugal”. Durante a crise que afetou as terras lusas Felipe Osório viu muitos portugueses a emigrar e lamenta essa situação: “Os portugueses são qualificados, as escolas e as universidades são boas. Têm facilidade em falar diferentes línguas. O mercado interessa-se por isso. É uma pena o Estado apostar na educação e depois não tem o retorno porque os talentos fogem devido a falta de empregabilidade. Deveriam tomar medidas para reter os jovens qualificados cá”. Da mesma forma, também será importante atrair imigração qualificada, que contribua para o desenvolvimento do país. “Algumas leis mais recentes abrem demasiado o país, sem critério. Tem de se fomentar uma imigração mais qualificada, não só a nível de investidores. A diversidade cultural é importante e todos têm direito a procurar uma qualidade de vida melhor, mas há que ter isso em atenção”. Os fundamentos da Justiça brasileira e portuguesa são os mesmos e um país pode aprender com o outro, porém Portugal padece de um problema grave: “Os procedimentos são muito formais, rigorosos e exigem muita burocracia. Uma justiça que não é célere, não é eficaz. Há cada vez mais emigrantes que precisam de vistos e autorização de residência, querem adquirir imóveis, constituir empresas, efetuar contratos internacionais e não conseguem. A situação piora de dia para dia. Os conservatórios estão sobrelotados, têm funcionários a menos e sem a formação adequada para prestar um serviço de forma satisfatória. Os prazos têm vindo a perlongar-se”. O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) tem uma performance particularmente má. Sendo um órgão que regula as fronteiras e a entrada e saída de pessoas a sua importância é enorme e não tem funcionários à altura da tarefa, mas não por culpa dos mesmos. “Como é que Portugal quer atrair investimento e oferecer vistos gold se clientes que investiram milhões de euros aqui e querem pagar os impostos não conseguem?”, desabafa Felipe Osório. “Registou-se grandes mudanças positivas a nível de
A globalização trouxe consigo a necessidade de internacionalização de investimentos, de propriedades, de bens e, até, de pessoas. legislação, todavia as estruturas que as põem em prática não funcionam devidamente. É muito grave. Não se pretende criar demasiados facilitismos, mas há que ser mais célere. Com essa questão resolvida muito mais investimento encontraria boa aplicação em Portugal”. A ineficácia do sistema incomoda o profissional de Direito, que tem paixão pela sua atividade e gosta de verificar o papel benéfico que teve na vida dos seus clientes: “Mexemos com a vida das pessoas. Gosto de sentir que melhoro a vida do cliente, que encontram aqui familiares perdidos e têm uma vida melhor. Com esta globalidade há muitas pessoas a mudarem de país. Há muitos talentos que são travados, por isso acho que essa é uma área muito importante e fui descobrindo cada vez mais e fico muito feliz por poder contribuir”. Para o futuro, a sociedade de advogados Hofstaetter Tramujas pretende aumentar as parcerias qualificadas. “O nosso objetivo seria abrir mais escritórios noutros países europeus, estamos a analisar as opções. Continuar a crescer, claro. Também gostaríamos de abarcar outras especialidades do Direito, mais específicas do Direito português, sem perder o foco internacional, que é a exigência atual, para a qual temos de estar aptos a responder”, conclui.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 19
DESTAQUES 19 URBIMAGEM LSF System B(A)ª: Eficiente, Rápido e Económico 26 BLOKEN As soluções mais inovadoras 28 PERFISA A qualidade tem um nome 30 TEMPERO E VENERANDO Inovação em construção e remodelação 32 DOSMONTES Ligh Steel Framing há 19 anos a inovar no mercado 34 RUBIS ENERGIA A aquecer o coração dos portugueses 36 PORTO CAPITAL A vender soluções, não promessas 38 COZICRUZ À medida da sua vida 40 FAUSTODECOR O parceiro ideal para a sua decoração 42 CONTRALEX “24 anos a Reabilitar e a Construir”
20 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
RE-INOVAR A NOSSA CASA É ONDE ESTÁ O NOSSO CORAÇÃO O início de um novo ano atrai, por si só, uma renovada vontade de mudança. 2018 não é exceção. Mais do que dar um novo aspeto à habitação, a aposta é, cada vez mais, na conjugação de várias áreas e elementos, de modo a criar um local onde se sinta seguro, descansado e em tranquilidade. Re-inovar na habitação é, intrinsecamente, tornar a nossa casa no lugar onde está o nosso coração. Nas próximas páginas desta primeira edição do ano, apresentamos-lhe soluções das mais diversas áreas que o irão ajudar a tornar a casa num espaço acolhedor, onde irá passar alguns dos melhores momentos. A complementaridade das áreas de intervenção, permitem que se alie o design e a decoração, à construção e à venda imobiliária. Mais do que uma moda, a nossa casa é a oportunidade de alinharmos a vida. Uma casa organizada e agradável irá tornar-se num reflexo da projeção do quotidiano. As novas técnicas que têm surgido - tais como a Light Steel Framing (construção em aço leve), permitem que as construtoras inovem e pratiquem um serviço com mais capacidade e qualidade. Por sua vez, o trabalho por parte das empresas de design e decoração tem vindo a aumentar de exigência, encontrando, assim, elementos que complementam as habitações de modo a promover o conforto e o bem-estar. A habitação - e todas as vertentes que a rodeiam - tem sido um dos setores proeminentes e em melhoria, após atravessar um complicado período durante a crise nacional. Nos dias de hoje, a aposta na qualidade permite que o setor da habitação tenha ganho uma nova dimensão, dando vida e perspetiva ao que antigamente era apenas estático.
3.40
a
+ habitação unifamiliar
habitação multifamiliar
comércio e serviços
H hotelaria
+ reabilitação
ensino
saúde
armazém
indústria
agrícola
URBIMAGEM
LSF SYSTEM B(A)ª Eficiente, Rápido e Económico
LSF System B(A)ª é um sistema estrutural que resulta de um processo de investigação iniciado em 2012 por B(A)ª Balthazar Aroso arquitectos como resposta à conjuntura económica que se fazia sentir em Portugal e na Europa. Este ateliê de arquitectura que se destaca pela qualidade das suas soluções, pela implementação de projetos pioneiros e pela aplicação de processos e técnicas de vanguarda, sente necessidade de propôr ao mercado nacional e internacional, um sistema construtivo mais Eficiente, Rápido e Económico. As principais vantagens deste sistema inovador de Construção são a redução dos desperdícios decorrentes da produção, a facilidade de montagem, a rapidez de execução e a redução dos custos associados à estrutura, permitindo um time-to-market de 22 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
cerca de 2 meses, inferior à concorrência. Uma forte vantagem competitiva adicional advém da inexistência de acessórios de ligação, contrariamente a todos os processos existentes no sector. Os concorrentes fazem os inputs para construção com diferentes perfis e com diversas dimensões, ao passo que o LSF System B(A)ª apresenta um perfil único. Outras vantagens decorrentes da utilização do LSF System B(A)ª, contrariamente aos restantes sistemas de construção, são a ausência do consumo de água e equipamentos pesados, consumindo apenas marginalmente eletricidade. A sua aplicação é 100% a seco, sem qualquer tipo de argamassas. Este sistema tem as mais diversas aplicações nomeadamente em Habitação, Reabilitação, Hotéis, Escolas, Hospitais,
Armazéns e Indústria… Em entrevista à Revista Business Portugal, Baltazar Aroso esclarece que B(A)ª tem atualmente como sócio a URBIMAGEM - Sistemas de Arquitectura e Construção, empresa responsável pela representação, comercialização e internacionalização do sistema. A URBIMAGEM é uma empresa fornecedora de soluções globais e integradas de construção em LSF System B(A) ª, que atua nas áreas da conceção e conversão de projetos para o referido sistema, Medição, Orçamentação, Fornecimento de Materiais, Assemblagem, Instalação, Gestão de Obra, Fiscalização e Formação. Embora o preço seja um elemento essencial no contexto competitivo, a estratégia da URBIMAGEM assenta essencialmente
URBIMAGEM
O nível técnico em backoffice é mais especializado criando estruturas à medida e tornando, no entanto, mais fácil a sua aplicação em obra.
na diferenciação, qualidade, satisfação do cliente e, em superiores capacidades de fabrico, comunicacionais, automação/digitalização e integração dos processos. O projeto é desenvolvido como um todo em software 3D específico e calculado tendo em consideração o cumprimento de normas nacionais e internacionais. A produção integral em fábrica garante a qualidade da estrutura e dos materiais utilizados. O nível técnico em backoffice é mais especializado criando estruturas à medida e tornando mais fácil a sua aplicação em obra. No âmbito do sistema construtivo, o LSF System B(A)ª permite ainda uma fácil adequação da solução ao clima e ao meio, de modo a tornar o ambiente interno das edificações mais confortável e a construção mais eficiente do ponto de vista energético. fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 23
| SONHAR | CONSTRUIR | VIVER |
Villas Miguel Torga
Villas da Avenida
Penafiel Park Living & Nature
PLANEAMENTO E PROJETO Desenvolvimento do conceito, escolha minuciosa da localização, elaboração de projeto arquitetónico e pesquisa de materiais.
EDIFICAÇÃO Construímos todo o tipo de edifícios, com grande experiência no segmento habitacional vertical e horizontal.
NEGOCIAÇÃO E ASSESSORIA Asseguramos todas as etapas do processo de aquisição, desde a negociação comercial até à assessoria administrativa.
Sede: Rua Alves Teixeira, 6 | 5425-304 Vidago Escritório Porto: Rua do Marechal Saldanha, 418 | 4150-652 Porto Escritório Paredes: Travessa Conde Ferreira, 16 | 4580-119 Paredes Telefone: +351 226 109 039 Telemóvel: +351 966 165 543 Email: geral@grupomcaetano.com www.grupomcaetano.com
UM NOVO PANORAMA NA SUA VIDA
| T2 | T3 | T4 | PENTHOUSE |
O BEM ESTAR ENTRE A NATUREZA E O CONFORTO Desenhado a pensar em si, o empreendimento Panorama Douro Residence, proporciona-lhe condições excepcionais de conforto, qualidade e harmonia. Com acabamentos e equipamentos de elevada qualidade, uma arquitectura exemplar e contemporânea, um design funcional e sofisticado, as residências oferecelhe um novo paradigma no bem estar e qualidade de vida; um novo panorama na sua vida.
INFORMAÇÕES +351 914 582 379 www.panoramadouro.com
FUTURENG
A REABILITAÇÃO E REGENERAÇÃO EM LSF A Futureng é uma empresa portuguesa vocacionada para a prestação de serviços à indústria da construção de edifícios com estrutura ligeira de aço, usando perfis enformados a frio. A sua atividade distribui-se essencialmente pelo projeto, fiscalização e acompanhamento técnico de obra, parceria e apoio técnico, formação e orçamentação. Falamos com João Santos, um dos fundadores da empresa.
C
omo é que a empresa encara a vertente da reabilitação e remodelação urbana? Para nós, essa vertente é de extrema importância. Isso acontece, não só pelo crescente interesse do mercado em reabilitar e preservar o edificado, mas também porque os processos construtivos em que nos especializámos são especialmente vantajosos nessas áreas. Quais os projetos que têm vindo a ser desenvolvidos nessa área? Temos executado vários projetos para a ampliação de edifícios. Outra vertente é e substituição da estrutura da cobertura, (estrutura em madeira) por uma estrutura em aço galvanizado. Realizámos o projeto para um edifício devoluto com dois pisos, situado na Rua da Palmeira, ao Príncipe Real, o qual foi demolido e deu lugar a um novo edifício com cave mais quatro pisos. Sendo os pisos acima do solo construídos integralmente com estrutura em perfis enformados a frio. Foi o primeiro edifício construído totalmente em sistema LSF dentro da cidade de Lisboa. Quais os benefícios do sistema LSF relativamente a outros sistemas construtivos? Light Steel Framing é uma designação utilizada para definir as estruturas ligeiras em aço. Os perfis em aço galvanizado são colocados vertical e horizontalmente, a espaçamentos regulares, fazendo lembrar uma gaiola ou esqueleto. O espaço vazio entre as centenas de elementos estruturais é então preenchido com matérias de isolamento térmico e acústico. Assim, como principais vantagens referimos o conforto, maior segurança estrutural em caso de sismos, rapidez de construção, grande liberdade arquitetónica, preocupação ecológica, maior durabilidade e menor manutenção. E, como atrás referido, as estruturas ligeiras em aço são ainda especialmente vantajosas na recuperação de edifícios antigos, particularmente em telhados e pisos. O baixo peso dos materiais facilita o transporte e a elevação em zonas de difícil acesso e reduz a necessidade de reforçar estruturas antigas já existentes. Ou seja, habitações rigorosamente iguais às outras pelo exterior, mas com a força do aço no seu interior. O tipo de tecnologia empregue permite a construção de moradias de altíssima qualidade numa fração do tempo necessário para a construção com os métodos convencionais. A fácil manutenção e o controle rigoroso do processo construtivo fazem deste sistema uma alternativa preferencial na construção de moradias individuais ou de inteiros bairros de apartamentos ou de habitação social. Além das mencionadas atrás, existem outras razões pelas quais as estruturas em aço galvanizado podem ser colocadas entre a vanguarda da construção civil. O aço é um superior material de construção, com muitos benefícios tanto para o construtor como para o consumidor. Muitas vezes, agrega as vantagens das estruturas em madeira e também as da alvenaria. A Futureng desempenha serviços no estrangeiro? Quais os projetos para 2018? Alguns dos nossos projetos destinaram-se ao mercado estrangeiro, nomeadamente Espanha, França, Holanda, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Conacri, Madagáscar, Zimbabué, ilhas do Caribe. Temos em agenda vários projetos, o mais significativo na área da reabilitação é um hotel na Suécia com 1350.00m2.
26 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Escolher o crédito habitação está mais simples. No Banco CTT não aumentámos as comissões, escolhemos reduzir o spread. Só tem de domiciliar o ordenado numa conta sem custos de manutenção e subscrever o Seguro Casa e Seguro Vida no Banco CTT. Sem ais nem uis. E porque sabemos que a compra de casa é uma decisão importante, pode contar com o acompanhamento e proximidade de uma equipa e da App Casa BCTT em todos os passos até à entrada na sua nova casa. Por isso, na hora de escolher o crédito é simples. Escolha o Crédito Habitação Banco CTT. Sem ais nem uis. Saiba mais e faça a sua simulação em bancoctt.pt
TAEG de 3,3%. Exemplo para um Crédito à Habitação com garantia hipotecária de 170.000€ a 30 anos, com Taxa de Juro Variável (TAN) de 2,610% (composta pela Euribor a 12 meses de dezembro de 2017, arredondada à milésima, de -0.190%, acrescida de um spread de 2,800% reembolsável em 360 prestações mensais no montante mensal estimado de 681,47€, para titular com 30 anos e rácio financiamento /garantia de 65%. Montante Total Imputado ao Consumidor (MTIC) de 265.001,76€ (correspondente à soma do montante total do crédito e do custo total do crédito para o consumidor de 95.001,76€ o qual inclui juros, custos com as comissões de abertura de processo, avaliação do imóvel, formalização e de liquidação das prestações e respetivos impostos bem como as despesas com emolumentos para registo de hipoteca e seguros vida e multirriscos exigidos). Comissão de reembolso antecipado de 0,5% acrescida do Imposto do Selo. TAEG calculada de acordo com o Decreto-lei n.º 74-A/2017 de 23 de junho.
BLOKEN
CONSTRUÇÃO EM AÇO LIVRE A Bloken teve início em 2001 na área de construção civil e revestimentos, posteriormente em 2013 iniciou a sua atividade na construção em aço leve com o sistema LSF, tendo adquirido os seus conhecimentos junto do gabinete de engenharia – Futureng, no qual continuam parceiros. Conversámos com Nuno Pires. segundo as zonas geográficas e climatéricas para cada construção. Construção em Light Steel Framing – em que consiste? O Light Steel Framing consiste na montagem de um esqueleto de aço (tipo gaiola pombalina) no qual se aplicam nela revestimentos quentes e isolantes de alta qualidade. As mais-valias são isolamento térmico e acústico, poupança energética, baixo peso de estrutura para além der um sistema antissísmico que cada vez mais é procurado, tendo em conta as mudanças climáticas. Pode ser aplicado em construções novas - habitação, reabilitação, indústria, laser e também amovível que é muito procurado para instalação em espaços verdes, agrícolas, etc.
Q
uais os serviços que tem disponíveis? A Bloken dispõe de soluções habitacionais inovadoras, conciliando todas as componentes da construção, desde a conceção arquitetónica, projetos, até à sua fase final de edificação, proporcionando excelentes vantagens neste método construtivo de LSF. Conscientes da crise que o país viveu e da influência que esta teve no setor da construção civil, como ultrapassou a BLOKEN este momento? Perante as patologias existente na construção tradicional, o consumidor tem vindo a procurar alternativas que garantem melhores condições de habitabilidade. Nesse sentido a Bloken evolui-o num método construtivo que se fixa num sistema melhor com a mesma segurança e maior eficiência energética e acústica proporcionando mais conforto e poupança energética no aquecimento e arrefecimento dos espaços. O que vos distingue das demais empresas do setor? A Bloken por vezes é confundida com empresas construtoras que constroem com o mesmo aço enformado a frio tal como nós, conhecido em Portugal como aço leve. Sendo o aço leve o material a utilizar, mas LSF sigla mundial é o sistema genuíno devidamente contra-ventado que utilizamos, até no qual o calculo é diferente
28 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
No que aos recursos humanos diz respeito, quantos elementos estão integrados na empresa? Atualmente a Bloken possui uma equipa nas varias áreas desde projetos, orçamentação, logística, montagem e gestão. Reconhecemos a falta de mão de obra especializada para a área, no entanto, de uma forma responsável não pretendemos aumentar os operários sem formação, visto se tratar de uma área muito especifica e técnica. O que podemos esperar da BLOKEN em 2018? Quais as metas a alcançar? Para 2018 continuaremos a desenvolver o nosso trabalho da melhor forma possível, com os clientes que tem vindo a acreditar na nossa empresa para continuarmos a alcançar pouco a pouco a confiança do mercado neste sistema construtivo inovador que é utilizado em todo o mundo.
PERFISA
“somos atualmente a entidade nº1 na produção de perfis em aço leve”
A QUALIDADE TEM UM NOME Ao longo dos anos, a Perfisa desenvolveu um extenso know-how produzindo e comercializando perfis metálicos e acessórios para divisórias, tectos falsos e para a construção em Light Steel Framing. A Revista Business Portugal falou com Eurico Martins, administrador da Perfisa.
C
omo é que nasce a Perfisa? E quais os produtos que desenvolve? A Perfisa – Fábrica de Perfis Metálicos S.A. foi criada em 1992 com o intuito de ser a primeira empresa fabricante de perfilaria enformada a frio em Portugal dedicada exclusivamente ao fabrico e comercialização de perfis para tetos e divisórias. À medida que se tornou líder no mercado nesta área, alargou a sua atividade também ao fabrico e comercialização de acessórios para o mesmo setor, muitos dos quais não eram possíveis obter no mercado nacional. Em 2003, foi-nos proposto um novo desafio: sermos os primeiros fabricantes portugueses de perfis estruturais enformados a frio destinados ao sistema Light Steel Framing, assim como perfis para pavilhões e naves industriais. Abraçámos este desafio com toda a motivação, sendo atualmente a entidade nº1 na produção de perfis em aço leve em conformidade com os mais altos padrões de qualidade europeus. Como descrever a atualidade da Perfisa? Há mais de 25 anos que a Perfisa se orgulha de ser uma entidade consolidada, constituída por uma equipa comprometida em criar valor acrescentado 30 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Eurico Martins, administrador
PERFISA
nos produtos e serviços destinados aos seus clientes/parceiros. Como tal, adotamos uma estratégia alavancada em dois princípios: procurar novas formas de servir os nossos clientes (isto traduziu-se na expansão da nossa gama de artigos complementares à perfilaria ligeira e estrutural, assim como na abertura de dois centros logísticos, em Albergaria-a-Velha e Lisboa, que passaram a permitir aos nossos clientes um acesso facilitado aos nossos produtos, assim como um serviço mais próximo e pessoal; e incrementar a nossa quota de exportações e de investimento direto estrangeiro. O que vos distingue das demais empresas do setor? Existem dois fatores que considero distintivos para a Perfisa, um amplo portefólio de soluções para métodos construtivos que se traduzem num menor impacto ambiental; e uma forte enfâse no serviço ao cliente. Além do fabrico dos nossos próprios produtos temos um núcleo jovem e dinâmico unicamente qualificado na procura de novas soluções para a construção.
Construção em Light Steel Framing: quais as mais-valias? A construção em aço leve é um sistema que se baseia na utilização de aço como elemento principal de uma estrutura. Desta forma, em vez de uma abordagem mais tradicional de betão e tijolo, a estrutura de uma casa é constituída por centenas de perfis metálicos em aço galvanizado e enformados a frio. Existem diversas mais-valias: • Uma construção mais flexível e capaz de conferir uma maior liberdade criativa; • Um menor prazo de construção que significa que os custos normalmente associados ao tempo podem ser reinvestidos em
materiais que permitam um maior conforto e qualidade aos seus utilizadores; • A alta relação de resistência/peso do aço permite conferir ao edifício uma mais valia a nível da segurança, traduzida por uma excelente resistência a sismos e a danos estruturais; • Este sistema oferece uma resistência ao fogo superior sendo também um importante aliado na obtenção de um edifício com uma classificação ao mais alto nível; • Construir em aço significa satisfazer os desejos de hoje sem efeitos adversos para as gerações futuras. O aço é 100 por cento reciclável. Além disso, o consumo de energia durante a produção e a ereção é reduzido em 70 por cento em comparação com um sistema de construção tradicional. No que diz respeito aos recursos humanos, quantos elementos constituem a Perfisa? A Perfisa é o somatório dos valores, aptidões e das aspirações do seu ativo mais relevante: as pessoas. Temos a felicidade de contar com colaboradores de backgrounds bastante diversificados: não só em termos de formação académica mas também ao nível da experiência profissional na indústria. São cerca de 50 indivíduos altamente comprometidos em afirmar o propósito que move a empresa desde a sua conceção, que “A Qualidade tem um nome”. Para além da presença nacional têm, também, uma presença muito forte ao nível internacional. Quais os mercados onde estão implementados? Consideramos que a estratégia de internacionalização tem sido bastante bem-sucedida. Além de termos um registo de exportação para mais de 15 países continuamos a sentir uma forte necessidade de investir na adaptação e certificação dos nossos produtos em novos mercados. Temos uma filial presente em Angola que nos permite servir parte do mercado africano. Ainda assim pretendemos reforçar as nossas relações com os países francófonos e PALOP’s. A Model Eco é uma empresa spin-off da Perfisa. Porquê a sua criação e quais as mais-valias do produto fabricado – O painel ISOLPRO? Este projeto foi desenvolvido num contexto de inovação aberta com uma empresa com comprovada experiência no setor da
construção. O objetivo foi criar uma placa que permitisse colmatar a falta de soluções de rigidificação de estruturas metálicas, tipicamente em edifícios residenciais de um até cinco pisos, em particular os construídos com recurso à tecnologia LSF. Esta ambição culminou no desenvolvimento da ISOLPRO: um inovador painel compósito de EPS e cimento aligeirado com um reforço interno em aço e fibra de vidro. Adaptáveis a qualquer tipo de sistema construtivo, os painéis ISOLPRO podem revestir paredes exteriores e interiores, coberturas, pavimentos e fachadas, contando com diversas vantagens, tais como: • Alta resistência ao fogo (um muro em LSF com aplicação ISOLPRO resiste a mais de 2h30 de fogo intenso a 1000 graus sem incremento significativo da temperatura no interior da habitação!) • Eficaz isolamento térmico-acústico; • Reduzida capacidade de absorção de água; • Alta resistência a impactos e abrasões; De que forma este produto contribui para a inovação no setor e para a consolidação da atuação e dos serviços prestados pela Perfisa? Contribui em muito. Por se tratar de um produto sem igual no mercado, e para colmatar a inexistência de uma norma europeia que possibilitasse a marcação CE da placa ISOLPRO foi recentemente emitida a ETA 15/0462 com a descrição técnica, avaliação de desempenho e respetivos pormenores de implementação do produto. Foram 28 países da UE que atestaram as propriedades do painel! Para a Perfisa permitiu alargar o seu leque de ecológicas e sustentáveis. Onde muitas vezes era necessário aplicar dois ou mais produtos para revestir uma casa LSF, atualmente somente com a correta aplicação da ISOLPRO é possível garantir o correto revestimento exterior de uma habitação! O que podemos esperar da Perfisa? Para 2018 temos no pipeline o lançamento de novos produtos e serviços, mas mais ainda não posso adiantar. O importante é que o nosso compromisso se mantém inalterado: contribuir para a afirmação de métodos construtivos alternativos e com menor impacto ambiental, oferecendo um leque alargado de soluções que proporcionem uma melhoria na qualidade de vida, conforto, segurança e saúde. fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 31
TEMPERO E VENERANDO
INOVAÇÃO EM CONSTRUÇÃO E REMODELAÇÃO A Tempero e Venerando é uma empresa de aplicação de tetos falsos que, em 2005, arriscou e trabalhar com um novo material – o LSF. A construção em aço galvanizado foi um sucesso e, sete anos mais tarde, a empresa criou um conceito de habitação com o LSF como base. Em 2017, surgiu a marca LuxHouse, cujo lançamento será em maio de 2018, que procura tornar as habitações eficientes, antecipando o futuro.
C
omo surge a empresa Tempero e Venerando? A empresa surge do empreendedorismo de um jovem de 25 anos, Mário Venerando, imigrante em França, que decide voltar às origens em 1993 e constitui a empresa com o sócio António Tempero. A empresa inicia a atividade na aplicação de tetos falsos e divisórias, área à qual se dedicou durante uma década. Em 2003 demos nova imagem à empresa, com novo logótipo, e diversificámos a nossa prestação de serviços, optando pela Remodelação e Reabilitação. Em 2005, começámos a dar os nossos primeiros passos no LSF, utilizando o aço sobretudo na reabilitação, coberturas e lajes e, em 2012, criámos um novo conceito em construção modular - “My House“. É um conceito simples, dando atenção à térmica e acústica. Os nossos métodos são a mais recente tecnologia, tornando as construções com alto desempenho térmico e acústico. Embora tenhamos atravessado uma crise de oito anos no sector da construção, conseguimos continuar a progredir.
32 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
“O LSF é um sistema construtivo em aço galvanizado que é uma solução de construção sustentável, e antissísmica e tem um excelente comportamento térmico e acústico, superior ao da construção tradicional. de perfis em aço leve”
TEMPERO E VENERANDO
Quais os produtos e serviços que oferecem? Disponibilizamos um conjunto de valências técnicas que nos permite executar obras das mais diversas áreas, como a construção civil, remodelação e a reabilitação. Em 1998, edificamos a nossa sede, onde temos atendimento personalizado ao cliente, gabinete de arquitetura, show-room e venda direta. Em 2017, registámos uma marca, a “LuxHouse”, que pretendemos que seja uma referência a nível nacional. Este novo conceito privilegia a qualidade e o conforto, com foco na eficiência energética, o uso de materiais incombustíveis, a resistência estrutural e o uso de energias renováveis. O lançamento está previsto para Maio. O que vos distingue das demais empresas do setor? O know-how que adquirimos ao longo destes 25 anos de empresa, a qualidade e o serviço prestado ao cliente, mantendo sempre o grande profissionalismo.
tradicional. Para além da garantia de segurança estrutural, conseguindo-se melhores comportamentos quando sujeitos a atividade sísmica, é um sistema industrializado com mão-de-obra especializada, preciso e ecológico. Não há restrições quanto ao tipo de arquitetura. É um sistema com pouca troca térmica entre o interior e o exterior, aumentando o conforto da habitação. Existe redução de custos através da otimização do tempo de fabrico e montagem. De que forma este produto contribui para a inovação no setor e para a consolidação da atuação e dos serviços prestados? A sua mais-valia é o seu peso versus resistência, e a diversidade da sua utilização. Pode ser usado em moradias, edifícios de vários pisos e ainda na reabilitação. É um sistema muito utilizado em lajes, coberturas e ainda se pode acrescentar pisos sobre estruturas de alvenaria.
O futuro passa pela construção modular em LSF
Quais os mercados onde estão implementados? Temo-nos mantido, há vários anos, no mercado nacional, porque é em Portugal que acreditamos. A nossa área de intervenção tem sido, maioritariamente, em Lisboa e no nosso distrito de Setúbal, região onde queremos apostar mais no futuro, tendo em conta a proximidade da nossa sede.
Em que consiste a construção em Light Steel Framing e quais as mais-valias da sua utilização? O LSF é um sistema construtivo em aço galvanizado que é uma solução de construção sustentável e antissísmica e tem um excelente comportamento térmico e acústico, superior ao da construção
Por onde passa o futuro da Tempero e Venerando? O futuro passa pela construção modular em LSF, onde temos uma longa experiência, e pela remodelação de interiores, área de grande interesse pela transformação que se consegue no fim e há o lançamento da “LuxHouse®”.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 33
DOSMONTES
LIGH STEEL FRAMING HÁ 19 ANOS A INOVAR NO MERCADO Francisco Vilhena, administrador da Dosmontes, realça a importância da utilização do Light Steel Framing na construção habitacional. Vantagens como a leveza e o baixo custo operacional e energético são vantagens fundamentais que distinguem o LSF e, em particular, a atuação da Dosmontes há 19 anos.
P
ara podermos contextualiar os nossos leitores, é importante que comece por nos apresentar a empresa. Em que consiste a Dosmontes e qual a sua principal área de atuação? A empresa foi fundada em 1999, dedicando-se desde o seu início e em exclusivo à construção em LSF (Light Steel Framing) ou estrutura metálica ligeira em perfis de aço galvanizado. O objetivo inicial, na zona de Alcácer do Sal, era a construção de moradias unifamiliares ou Montes Alentejanos. Não apoiada por um número representativo de casas feitas, não tivemos sucesso na vertente moradia. A minha casa foi, e é para mim, o comprovativo do sucesso do sistema, mas como testemunho não é imparcial, embora seja já uma prova de durabilidade, com baixos custos de exploração e manutenção. O conforto térmico e eficiência energética, que para nós são obrigatórios e nos favorecem, ainda não eram uma imposição há 20 anos, vistos como um custo supérfluo. A alternativa à construção de moradias deu-se na reabilitação e ampliação de edifícios existentes. Aparentemente ultrapassada a crise na construção civil, a nível nacional, como pode descrever a atualidade? Com a enorme procura que Lisboa tem atualmente, a reabilitação está em alta; a utilidade do LSF nesta área está já comprovada e é cada vez mais solicitada. Trabalho não
34 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
tem faltado e as perspectivas são animadoras. A admissão e formação de mais pessoal produtivo tem sido feita cuidadosamente, melhorando também na execução de orçamentos devido à elevada procura. Nesta edição falamos de construção em Light Steel Framing – em que consiste e quais as suas mais-valias? Da combinação de materiais com propriedades específicas e variadas, resulta um conjunto com o comportamento pretendido. Na construção das nossas casas devemos pensar que cada material tem a sua função. Se queremos resistência: o aço tem; para que se construa com rapidez e baixo custo, a montagem deve ter elementos de revestimento com uma dimensão que permita cobrir rápida e facilmente grandes superfícies: as placas de OSB e gesso cartonado são leves, grandes e fáceis de trabalhar, para além das funções estruturais e de regulação de humidade interior. O isolamento térmico e acústico são indispensáveis ao conforto interior com baixo custo energético. As infraestruturas devem ser recebidas pelo edifício sem a necessidade de se destruir o que se fez e criar entulho, daí que os perfis de aço tenham furação, para que cabos e tubos andem dentro das paredes e tectos, sem a necessidade de tarefas custosas e dispensáveis. Uma estrutura leve, embora com uma diversidade maior de materiais, implica menos fornecimentos e transportes, com os seus custos e impactos. O ambiente agrade-
ce. São este tipo de argumentos que fazem do LSF o futuro da construção.
Para além da presença nacional têm, também, uma presença muito forte ao nível internacional. Quais as mais-valias dessa estratégia? A nossa presença internacional deu-se pontualmente nos períodos da crise, onde demos consultoria e apoio na formação prática de pessoal em obra, tanto no Egipto como nas Caraíbas. Com o nosso país carente de produção, e em alta na construção, de momento, o mercado internacional não é uma prioridade. E o futuro da Dosmontes, por onde passa? Pelo regresso à construção de moradias. Pela pré-fabricação e industrialização da construção. Pela construção de qualidade, de elevada eficiência energética, e com custos interessantes.
LÍDER A AQUECER O CORAÇÃO DOS PORTUGUESES Maria Rita
Coimbra
Lisboa
A Rubis Gás foi eleita empresa líder de gás em garrafa de acordo com o Índice de Satisfação do Cliente. Mais do que um prémio, a certeza de que entregar calor humano faz toda a diferença.
RUBIS
A AQUECER O CORAÇÃO DOS PORTUGUESES Arnaud Havard é o CEO da Rubis Energia Portugal, o grande grupo francês que chegou a Portugal em 2014 e tem traçado o seu caminho pelo sucesso, inovação e confiança. Conheça a empresa líder a aquecer o coração dos portugueses.
F
alar da Rubis é falar de uma empresa com mais de 25 anos. Como apresenta a mesma aos nossos leitores? Somos um grande grupo que iniciou a sua atividade em França com a aquisição de duas PMEs familiares e regionais e que, ao longo de todos estes anos, teve a capacidade de se internacionalizar estando neste momento presente em três continentes (Europa, América e África), em posições de liderança de mercado, e cotado na bolsa de Paris desde 1995. O grupo opera no setor da energia, através da armazenagem e distribuição de produtos petrolíferos de elevada qualidade, nomeadamente combustíveis rodoviários e de aviação, gás (GPL), lubrificantes e betumes. Atuamos em três grandes áreas: a Rubis Terminal, na armazenagem de produtos líquidos, a Rubis Énergie na distribuição de GPL, betumes e combustíveis e as funções de suporte do negócio na Rubis Suporte e Serviços. Nos mercados onde atuamos temos sempre um forte compromisso com as comunidades que servimos e estamos empenhados em ir ao encontro das necessidades dos nossos clientes. Em simultâneo, entendemos que com a experiência e a estrutura do nosso grupo, se torna imperativo focar o nosso trabalho e dedicação na conquista de posições de liderança nos países onde operamos. Daí que a nossa estratégia de crescimento passe pela consolidação de posições de mercado e identificação de oportunidades para aquisições ou reposicionamento. Que análise faz destes anos de existência em Portugal? Muito positiva. A compra do negócio em Portugal é um dos investimentos mais significativos do grupo, no portefólio da Rubis Énergie. O negócio adquirido abastece diretamente mais de 4.000 clientes industriais e comerciais e mais de 700.000 consumidores. Desde a entrada do grupo 36 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
no mercado nacional, em julho de 2014, a Rubis tem vindo a investir na consolidação da sua posição de 2º player no mercado. A começar por um forte investimento na mudança da marca e na imagem associada à rede de revenda, o que envolveu um parque de vários milhões de garrafas, e uma forte campanha de comunicação para dar a conhecer a marca Rubis Gás, que tem por base a sólida experiência adquirida ao longo de 50 anos de existência no mercado nacional, que vinha da BP. Paralelamente, a Rubis tem procurado fazer crescer a sua base de clientes, sendo disso exemplo a recente aquisição do negócio de canalizado da Repsol. O grupo gostaria de continuar a investir no mercado, principalmente em infraestruturas logísticas que garantissem a compra do produto e a sua distribuição de forma mais eficiente e independente, o que traria benefícios para o consumidor final. Contudo, o contexto político em Portugal, com uma forte pressão no setor energético em geral, e, em particular, no negócio de gás embalado, vem trazer alguma incerteza quanto ao futuro, causando uma retração do grupo neste tipo de investimentos. É natural que os contextos político-económicos sofram alterações nos diversos mercados mas, ainda assim, a política do Grupo Rubis é a de superar os momentos menos bons, de forma a criar e aprofundar uma relação com os mercados onde atua, servindo os seus clientes, independentemente dos contextos. Continuaremos a procurar reforçar a base de clientes a médio e a longo prazo, avaliando eventuais oportunidades de expansão do negócio. Que serviços disponibilizam aos vossos clientes? A Rubis Energia Portugal disponibiliza um vasto conjunto de produtos e serviços aos seus clientes, desde o setor doméstico ao setor industrial, através do fornecimento de gás em garrafas, a granel, canalizado e GPL
Auto. No que diz respeito ao gás embalado, asseguramos a distribuição de garrafas de gás em todo o território nacional, a partir de uma rede de revenda espalhada de norte a sul do país, proporcionando serviços de entrega ao domicílio e de assistência técnica. Ao nível do gás a granel, proporcionamos aos nossos clientes a instalação de um tanque de GPL adequado às suas necessidades. Os nossos clientes podem ainda contar com uma equipa técnica que acompanha todo o processo, desde o projeto da instalação e da sua legalização até ao fornecimento e manutenção. Através de um sistema de entregas programadas, garantimos aos nossos clientes um fornecimento contínuo, gerindo o nível de gás nos seus tanques, para que nunca tenham falhas de produto. Disponibilizamos a todos os clientes Rubis Gás em garrafa um seguro Casa e Bens totalmente gratuito, que constitui mais uma excelente garantia de segurança. Por fim, e disponível 365 dias por ano, os nossos clientes podem contar com o Piquete de Emergência 24H Rubis Gás, preparado para atuar rapidamente e resolver qualquer situação de emergência. O que vos diferencia das restantes empresas do setor? O mérito da Rubis está no facto de se preocupar em primeiro lugar e sempre com os seus clientes, sejam estes particulares ou empresas. É disso claro reflexo o reconhecimento de que fomos alvo pelo ECSI Índice Nacional de Satisfação do Cliente, ao sermos considerados Empresa Líder em 2017 no setor ‘Gás em Garrafa’, segundo o estudo de satisfação do cliente final, que é levado a cabo anualmente, desde 1999, numa parceria entre a Universidade Nova de Lisboa o Instituto Português da Qualidade. Para isso, muito contribuiu a nossa rede de revenda que cobre todo o território nacional, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Açores, sendo toda a operação de distribuição e produção 100 por cento
RUBIS
portuguesa, algo que nos enche de orgulho e do qual não abdicamos. Para além de tudo o já descrito, contamos com os melhores e mais dedicados profissionais do setor, que diariamente se dedicam a levar aos clientes os nossos produtos e serviços em segurança e com a qualidade que nos é reconhecida. São eles, e a sua relação com os nossos mais de 700.000 clientes, a razão para que cada vez mais pessoas confiem na nossa marca. Estão presentes um pouco por todo o mundo. Como é a vossa atuação em Portugal? Tal como mencionado anteriormente, o Grupo Rubis entrou no mercado português em 2014, com a aquisição do negócio de GPL da BP em Portugal. No que toca a infraestruturas, a Rubis em Portugal possui instalações de enchimento de garrafas de gás e/ou armazenagem de produto em Faro e em Viseu. Detém também participações na CLC em Aveiras, na PERGÁS em Perafita e na SIGÁS em Sines. Tal como nos restantes países, a estratégia da Rubis Energia Portugal passa por estar envolvida em toda a cadeia de valor, possuir instalações localizadas em pontos estratégicos, garantindo a cobertura do negócio numa vasta amplitude geográfica. A Rubis detém hoje 25 por cento de quota de mercado nacional, o que nos coloca na segunda posição no mercado de GPL com cerca de 130.000 toneladas distribuídas. Nesta edição falamos da nossa casa como o lugar de conforto, o nosso lugar seguro. De que forma a Rubis contribuiu para este nosso conforto? O GPL, sendo uma energia versátil e de fácil transporte, é uma das soluções mais utilizadas pelas famílias portuguesas. É utilizado para banhos, para o aquecimento do lar (aquecimento central ou aquecedores de interior), na cozinha, mas também em barbecues a gás e em espaços exteriores (aquecedores de exterior para terraços e esplanadas).O lema da nova campanha de publicidade da Rubis Gás é, “A aquecer Portugal em cada entrega” e é precisamente isso que os produtos e os serviços Rubis Gás fazem, chegam à casa dos portugueses de forma calorosa.Porque estamos presentes em todo o país, mesmo em zonas mais remotas. Porque não nos limitamos a entregar garrafas de gás de forma segura, certificamo-nos que os nossos clientes desfrutam do conforto
do seu lar sem sobressaltos. Porque estamos à distância de um telefonema para qualquer situação. Porque nos preocupamos com a confiança que queremos que os nossos clientes depositem em nós. Porque, não só entregamos como também recebemos calor. Assumem ter a vontade de assumir o futuro. Como é que se consegue? Tal como dissemos anteriormente, estamos em Portugal porque acreditamos neste mercado e porque temos já uma relação de extrema confiança com os nossos clientes e com a rede de distribuidores com que trabalhamos. O futuro conquista-se com trabalho, com a aposta na melhoria contínua do nosso serviço, indo ao encontro das necessidades dos nossos clientes. A resposta que tivemos com o reconhecimento de Empresa Líder no setor ‘Gás em Garrafa’” mostra que estamos no bom caminho. Planear e executar de forma sustentada, investindo nas alturas certas, é também uma receita de sucesso pela qual nos pautamos e na qual acreditamos. Quatro anos após a entrada no mercado nacional mantivemos a segunda posição no mercado de GPL, um mercado onde se assiste a um aumento concorrencial, com a entrada de novos players e o crescimento de players já existentes. Em resumo, queremos construir o nosso futuro, continuando a ter a satisfação do cliente como prioridade, mantendo os nossos clientes atuais fiéis e fomentando o crescimento da base de clientes atual. E o futuro da Rubis Energia Portugal, por onde passa? Queremos continuar a crescer, estar em mais casas e empresas portuguesas, apresentando as soluções mais inovadoras do mercado, para sermos a primeira escolha dos clientes, apostando numa equipa focada, motivada e em constante evolução.
Arnaud Havard, CEO da Rubis Energia Portugal
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 37
PORTO CAPITAL
“VENDEMOS SOLUÇÕES, NÃO PROMESSAS” Falar de Porto Capital – Sociedade de Mediação Imobiliária é falar de Arménia Moreira da Silva, administradora e principal rosto da empresa. Exemplo de liderança e de sucesso, a empresária realiza sonhos há já quase duas décadas, num projeto que prima pelo acompanhamento e pela proximidade com os clientes.
2018, à semelhança dos anos anteriores, perspetiva-se muito positivo para a Porto Capital e para o mercado imobiliário em geral.
F
Arménia Moreira da Silva, administradora
az já 17 anos que Arménia Moreira da Silva decidiu criar a sua própria empresa, a Porto Capital: “Muito do meu trabal, prendia-se com burocracias e questões relacionadas com o setor imobiliário. Percebi que é uma área que exige muito conhecimento. Como eu sempre adorei o contacto com as pessoas, achei que poderia mudar de vida e juntar as duas paixões”, confidencia a nossa entrevistada. Assim nasceu a Porto Capital. A empresa está totalmente moldada à imagem de Arménia Moreira da Silva. São três os pilares fundamentais que guiam o seu trabalho e o da sua equipa: honestidade, integridade e profissionalismo. “Estes são os valores que procuro incutir em quem trabalha comigo. A minha equipa é um dos meus bens mais valiosos. Ninguém aqui tinha experiência anterior na área da mediação imobiliária, mas sim diferentes formações que se complementam, como em engenharia, arquitetura ou direito”, refere. Além disso, a empresária tem apostado em manter os colaboradores que estão consigo desde o início da empresa, pois acredita que tal é crucial para criar uma relação de proximidade e confiança com os clientes, até porque estes são a cara da empresa perante os mesmos. Recursos humanos qualificados e capazes de responder a qualquer exigência colocada pelos clientes é, portanto, um dos fatores que distingue a Porto Capital. Lidando com um mercado maioritariamente de luxo, Arménia Moreira da Silva nota clientes cada vez mais formados e informados, o que exige de si toda a entrega e dedicação. “Não há ninguém que saia do meu escritório sem ficar completamente esclarecido”, revela. É esta postura que tem permitido que, ao longo destas quase duas décadas, Arménia
38 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Moreira da Silva possa contar com clientes fiéis e satisfeitos. “Vamos criando relações que perduram no tempo. É aliciante participar no projeto de vida das pessoas e encontrar a melhor solução para cada uma delas”, confidencia. Para tal, é fundamental fazer uma análise cuidada ao perfil de cada uma, de forma a evitar desilusões. “Vendo soluções e não promessas. Sou muito direta com os clientes, para que lhes possa conseguir a melhor solução possível. Não adianta estar a prometer o que não irá acontecer. Não estamos na vida para ter deceções”, confessa”. 2018, à semelhança dos anos anteriores, perspetiva-se muito positivo para a Porto Capital e para o mercado imobiliário em geral. “É um bom momento para investir no imobiliário. Em termos financeiros, as taxas estão extremamente baixas. Por outro lado, a habitação é um bem que nunca desvaloriza. Para quem precisa de financiamento, as oportunidades também estão ótimas, os bancos estão novamente com excelentes condições na conceção ao crédito à habitação e é o momento certo para as pessoas investirem”. Para tal, nada como confiar em Arménia Moreira da Silva, uma mulher de armas que não foge aos desafios e que o receberá de braços abertos.
QUER COMPRAR, VENDER OU ARRENDAR? Temos a solução ideal para si, a confiança tem nome e sobrenome, Porto Capital
Av. França nº 20, 3º andar, sala 301, 4050-275 Boavista, Porto, Portugal +351 229 407 403 / 910 304 453 Geral.rececao@ portocapital.pt / www.portocapital.pt
COZICRUZ
À MEDIDA DA SUA VIDA A Cozicruz coloca ao dispor dos seus clientes mais de 20 anos de experiência e know-how acumulado na projeção de soluções de mobiliário.
P
ME portuguesa, reconhecida na área do projeto, fabrico de mobiliário e montagem de cozinhas, banhos, roupeiros, tendo vindo a alargar a sua atividade à área do mobiliário em geral. Dado a sua enorme flexibilidade, encontra-se preparada para responder não só a obras particulares como a grandes empreitadas, adotando sempre as soluções específicas, estéticas, que melhor se adequam à realidade. Investe de forma crescente e continuada na seleção e recrutamento de pessoas, não só com elevado nível
Uma competitividade em termos de preço que a coloca num patamar concorrencial singular. 40 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
COZICRUZ
de formação técnica, mas também com valores que se adequem à cule, por fim, no atendimento do cliente. Todos estes argumentos têm tornado a Cozicruz numa empresa com credibilidade ímpar junto de clientes e fornecedores, quer no mercado nacional, quer internacional. A Cozicruz está preparada não só para produzir diferentes tipos de mobiliário como para encontrar soluções técnicas individualizadas. Estas características têm permitido que a empresa associe à qualidade e design atual nos móveis que produz, uma competitividade em termos de preço que a coloca num patamar concorrencial singular.
tura de exigência que é vivenciada. Assim, a atividade que é por todos desenvolvida, é encarada como um desafio constante, quer nos métodos de trabalho, como na qualidade do produto, na rapidez da entrega
Rua Alto de Quintela nº 490 4770-531, Sta. Maria Arnoso V. N. de Famalicão - Portugal
E: geral@cozicruz.pt T: (+351) 252 916 553/4 F: (+351) 259 916 555
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 41
FAUSTODECOR
O PARCEIRO IDEAL PARA A SUA DECORAÇÃO A FaustoDecor, sinónimo de marca de qualidade, pertence à empresa Fausto e Ricardo Decor, Lda., que se dedica à comercialização e aplicação de revestimentos há mais de 30 anos. Inovação, dedicação e profissionalismo são as palavras que caraterizam este projeto de Fausto (o mentor), Ricardo e Sílvia Blanquett.
S
urgida há seis anos, em Vila Nova de Gaia, a FaustoDecor veio revolucionar o setor da comercialização e aplicação de revestimentos para paredes e pavimentos. A experiência adquirida pelo pai de Ricardo Blanquett (Fausto Blanquett) em mais de três décadas de trabalho impulsionou os responsáveis pela FaustoDecor a criar um novo projeto, que alia três ingredientes fundamentais: conhecimento, experiência e inovação. “Surgimos no auge do período de crise da construção civil como forma de trazer uma lufada de ar fresco ao setor. Distinguimo-nos por trabalhar de forma personalizada e por introduzir produtos novos. O nosso lema é garantir qualidade ao melhor preço”, refere Ricardo Blanquett. Na FaustoDecor é possível encontrar uma vasta gama de materiais como linóleos, vinílicos, flutuantes vinílicos, alcatifas, cortiças, papéis de parede e telas de parede, das melhores marcas que existem no mercado. “Procuramos ter como parceiros comerciais as marcas que nos garantem a melhor qualidade e assistência aos nossos clientes”, acrescenta o empresário. ‘Queremos um cliente para sempre’ é o lema na FaustoDecor. Aqui, o atendimento é personalizado, de forma a entender a visão do cliente e a encontrar a melhor solução para os seus projetos. “A nossa carteira de clientes tem vindo a crescer substancialmente e conseguimos que o cliente volte novamente, criando-se, por vezes, verdadeiras relações de amizade, que ultrapassam a componente comercial”, confessa Sílvia Blanquett.
EcoPaper: a inovação com o papel de parede líquido Sempre atentos ao que de melhor se produz, a FaustoDecor tornou-se representante exclusiva em Portugal e Espanha do Eco42 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Fausto Blanquett, Sílvia Blanquett, Ricardo Blanquett, Ilda Blanquett e David Blanquett, da direita para a esquerda
Paper, uma revolução no que ao papel de parede diz respeito. Trata-se de um papel de parede líquido, à base de seda e algodão, que proporciona ambientes térmico e acústico ideais, para além de transmitir sensações de aconchego. As vantagens deste novo produto são muitas, referem os nossos entrevistados. “Qualquer pessoa consegue aplicar o EcoPaper. É muito fácil e rápido. No entanto, possuímos uma rede de revendedores e aplicadores profissionais que o poderão fazer. Além disso, permite uma reparação local: se houver algum dano, provocado, por exemplo, por um animal doméstico, é possível reparar o produto na zona afetada, de forma rápida, simples, eficaz e impercetível após a secagem, uma vez que o produto é elástico e não tem juntas. O EcoPaper é também antiestático, ou seja, repele o pó, pode ser retirado da parede sem danificá-la e ser reaplicado, daí ter uma grande vertente ecológica, é, ainda, um produto natural,
inodoro e permite que a parede respire”, indicam os responsáveis. O EcoPaper está disponível em mais de 250 cores, com ou sem brilho, e a adesão tem sido francamente positiva. Para 2018, as metas da FaustoDecor passam por aumentar a rede de revendedores e aplicadores, certificados e autorizados pela marca FaustoDecor, dos produtos que comercializam e apostar cada vez mais na formação, uma lacuna que acreditam existir no setor. “É urgente haver uma profissionalização da arte de aplicador de revestimentos para salvaguardar tanto o profissional como o cliente. Trata-se de uma profissão que merece todo o reconhecimento. O futuro só pode passar pela mão de obra especializada”, conclui Sílvia Blanquett. Neste sentido, e fazendo sobressair a característica inovadora na decoração de interiores, a FaustoDecor selecionou os melhores parceiros comerciais, para desenvolver uma parceria de formação na arte de aplicação de revestimentos, tendo em vista um futuro profissional com mais rigor e exigência, apto a responder às solicitações de todos os clientes.
CONTRALEX
“24 ANOS A REABILITAR E A CONSTRUIR” Os tempos de crise na construção civil em Portugal abalaram muitas empresas do setor e todo o panorama não passou ao lado da Contralex. Ainda assim, a solidez do grupo e a qualidade do serviço prestado foram suficientes para manter um percurso de sucesso, sobretudo na área da requalificação habitacional e de património histórico.
A
Alexandre Pinto, administrador
formação dos colaboradores, funcionários da empresa praticamente desde o início, assim como a qualidade dos materiais e a competência dos parceiros em obra estão entre as principais caraterísticas distintivas da Contralex. Num mercado competitivo, é a capacidade de bem servir o cliente que acaba muitas vezes por fazer a diferença e para Alexandre Pinto, sócio-gerente, esse é um aspeto fundamental. “Um dos grandes problemas na construção é a mão de obra ilegal. Eu tenho todos os meus homens legais, com seguros e descontos na Segurança Social, a maior parte deles têm 24 anos de casa e passaram connosco os momentos menos bons da construção. Este é o grande problema na atualidade da construção em Portugal: Empresas que têm poucos funcionários e a restante mão de obra é ilegal, ou nem sequer têm empresa. Não podemos competir com isso. Para combater este problema apostamos em formação contínua e damos a conhecer os novos materiais aos nossos funcionários, para que os possam aplicar da forma mais correta e assim podermos garantir a boa qualidade dos nossos trabalhos, que é o mais importante. O nosso cliente tem que ficar satisfeito com
44 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
CONTRALEX
o produto final e caso algo corra mal, sabe que tem garantia”. O panorama agora é diferente. Atualmente estamos numa era em que as empresas colaboram umas com as outras, não tentam esconder o conhecimento só para si. “Antigamente tratávamos de uma obra que era para avançar só daí a um ano, agora não, quando nos adjudicam uma obra querem logo avançar, o que obriga a ter uma equipa muito eficiente, não só da parte dos meus funcionários mas também dos meus parceiros, porque eu não tenho todas as artes e tenho que recorrer a terceiros, pelos quais dou a cara. Para além disso, gosto de escolher os produtos certos para ter garantias para dar ao cliente. Não é só o preço que importa, o compromisso com o
analisar por onde posso ir e saber que se correr mal não fico logo sem nada. Já podia ser PME Líder há alguns anos, mas quis dar passo a passo. Ser PME Líder é para mim mais um reconhecimento da qualidade do nosso trabalho e não tanto da capacidade financeira. Para além disso foi-me atribuído pela câmara de Santa Maria da Feira a distinção ‘Good Makers’ e pelo AICCOPN do Porto a marca RUIS – Reabilitação Urbana Inteligente Sustentável. São distinções que podem fazer a diferença.”, explica Alexandre Pinto. Consciente de que a área mais atrativa para o grupo, a reabilitação histórico-artística, não é facilmente atingível em termos de concursos, Alexandre Pinto está preparado para prestar atenção
A atuar sobretudo na área da requalificação, não só habitacional mas também de património histórico, a Contralex tem vindo a afirmar-se no setor cliente tem que ser esse, ter produtos bons, que funcionam”, afirma. A atuar sobretudo na área da requalificação, não só habitacional mas também de património histórico, a Contralex tem vindo a afirmar-se no setor, nomeadamente com a conquista de algumas distinções que atestam a qualidade dos seu serviço. “Trabalhamos com recuperação de casas habitacionais e de patrimónico histórico cultural, maioritariamente igrejas. A obra mais emblemática que tive, que para mim foi a mais interessante e nos deixou mais focados, foi o Hostel da Praça, aqui em Santa Maria da Feira. Para quem faz reabilitação, que exige tanto em termos de conhecimento e aplicação de materiais, a construção depois é fácil. Quanto ao nosso crescimento, eu sou de arriscar, mas de forma consciente, gosto de
e estar aberto a outras opções que surjam, não tendo receio de afirmar que o principal objetivo da Contralex é melhorar, e não necessariamente crescer. “A Contralex já faz obras de reabilitação há 24 anos, desde a sua origem, porque sempre foi a minha paixão. Trabalho neste ramo da construção porque realmente gosto e não por ser moda ou recurso. Quero fazer os possíveis para melhorar, mas não é minha ambição crescer. Temos que nos adaptar a novas tecnologias e começo a ver que na reabilitação histórico-artística de maiores dimensões não é fácil atingir, embora fosse o que mais gostava, então tenho que estar aberto a outras opções. Quero ser bom no que faço”, conclui o sócio-gerente da Contralex.
HISTÓRIA VIVA PEDRA SOBRE PEDRA Arquitetura, Engenharia, Recuperação de Património, Reabilitação de Imóveis
Rua dos Namorados, 65, 4505-689 Caldas de São Jorge, Portugal - 256 918 131 - contralex@contralex.pt - contralex.pt
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 45
PORQUE
VOCÊ MERECE A medicina estética é uma competência médica que engloba todo o tipo de tratamentos para corrigir imperfeições, quer se tratem de tratamentos invasivos ou não invasivos. Este estudo procura dar uma visão generalizada sobre a importância da medicina estética como alavanca da autoestima dos portugueses.
IMPORTÂNCIA DO ASPETO FÍSICO
CUIDADOS DIÁRIOS
O QUE MAIS GOSTAM NO SEU CORPO
A grande maioria do portugueses (95.0%) reconhece que o aspecto físico tem importância na vida das pessoas. Interresante notar que existe uma correlação positiva entre a importância dada ao aspeto físico no dia a dia das pessoas e a classe social do respondente, sendo que quanto mais alta é a classe social, maior é a importância atribuída ao factor.
Apesar de 6.5% dos portugueses (23% dos homens e 2.4% das mulheres) confessarem não ter quaisquer cuidados de beleza no seu dia a dia, nota-se que a aplicação de creme hidratante no rosto torna-se comum no quotidiano das pessoas. De salientar que, de entre os itens apresentados, os indivíduos do sexo masculino demonstram maiores cuidados com a alimentação e prática de exercício físico.
Os portugueses, de ambos os sexos, elegem os olhos como uma das três partes do corpo que mais gostam. de salientar que 7.4% dos homens referem gostar de tudo no seu corpo, não conseguindo escolher o que mais gostam.
Fonte: Barómetro Clínica Luso Espanhola
ESPECIALIDADES Cirurgia Geral - Cirurgia Vascular - Ginecologia e Obstetrícia - Medicina Dentária Oftalmologia - Nutrição - Emagrecimento
LISBOA
PORTO
MADRID
Morada Campo Grande, 220 D 1º C 1700 – 094 Lisboa, Portugal (Clínica Dr. Tallon)
Morada Rua da Venezuela, 139 4150-744 Porto, Portugal
Morada Calle de Castelló, 68 Madrid, Espanha
Telefone (+351) 225 432 321
Telefones (+351) 225 432 321 (+351) 226 009 494
Telefone (+34) 917 812 266
E-mail geral@clinicalusoespanhola.com
E-mail geral@clinicalusoespanhola.com
www.clinicalusoespanhola.com
Email general@clinicalusoespanola.es
DESTAQUES 47 BRANDQUEEN Uma referência na comunicação e marketing 50 MPT MOBILIDADE Empreendedorismo feminino 51 ANDREIA GONÇALVES Profissional multifacetada 52 PMT ENGENHARIA Com certificação de qualidade 53 VASCONCELOS ARRUDA ASSOCIADOS Boutique especializada na a dvocacia de negócios e empresarial 58 DOURADO DISTRIBUIÇÃO Distribuir vinhos alentejanos com qualidade e confiança 59 BIOVILLA Sustentabilidade à mão de semear
48 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
ELA: A MULHER CAPAZ E EMPREENDEDORA Conscientes do papel que outrora era desempenhado por elas, a sociedade tem, a conta-gotas, percebido a capacidade do sexo feminino. Mães, esposas, filhas e irmãs: a mulher é, por si só, um ser capaz de acumular e colmatar uma série de funções que a tornam dignas de feitos incríveis. Não obstante, a mulher tem vindo a envolver-se no mundo dos negócios e, cada vez mais, surgem casos-exemplo de mulheres empresárias que são modelos a seguir. Nas páginas que se seguem, apresentamos empresárias de sucesso que, de norte a sul do país, têm conquistado os mercados em que se inserem. Dedicação, compromisso, empenho e força de vontade: eis o que as move. O sexo feminino tem-se tornado um pilar basilar da economia nacional, quebrando, dia após dia, fronteiras, barreiras e preconceitos. Todavia, sair da zona de conforto pode ser, por vezes, uma situação complexa: estar desempregada e necessitar de criar uma fonte de rendimento própria, herdar um negócio de família, estar estagnada e descontente com a atual situação profissional
BRANDQUEEN PORTUGAL
UMA REFERÊNCIA NA COMUNICAÇÃO E MARKETING Numa edição também dedicada a empresárias de sucesso, uma entrevista a Liliana Monteiro, da BrandQueen Portugal, é, simplesmente, obrigatória. Conheça melhor este projeto de sucesso. então. Os nossos clientes estão satisfeitos e o nosso crescimento tem sido feito de forma consolidada. Muitos dos nossos clientes vêm recomendados.
Liliana Monteiro, administradora
P
ara que possamos contextualizar os nossos leitores, começo por lhe pedir que nos apresente a Brand Queen Portugal. Como surge a mesma? Após uma carreira de quase dez anos em algumas empresas multinacionais dentro e fora de Portugal a encabeçar Departamentos de Marketing e Relações Internacionais, a BQ surge como o concretizar de um sonho de ser empreendedora e marcar a diferença. O marketing e as relações de comunicação são a minha área de atuação desde sempre e a criação de uma agência de Marketing, Comunicação e Eventos foi o resultado aplicado de toda a aprendizagem que fiz durante estes anos. A experiência que trago da cadeira de cliente faz com que consiga entender mais facilmente as necessidades que os agora meus clientes me apresentam. Que análise faz destes anos? A BQ surge em 2015, e a verdade é que tem tido um crescimento positivo desde
Que serviços disponibilizam aos vossos clientes? Os nossos serviços vão desde a construção e ativação de marcas, à construção de websites e enlaço com outras ferramentas de marketing digital tais como as redes sociais, a delineação e operacionalização de todo o tipo de eventos, entre outras. Quando falamos em marketing, comunicação e eventos, a BQ tem sem dúvida a solução ideal. O que vos difere das restantes empresas do setor? O facto de nos posicionarmos como sendo o departamento de marketing das empresas que nos contratam, vestimos a camisola e trabalhamos como se fosse nossa. Avaliamos e aconselhamos sempre da melhor forma independentemente do budget que nos seja apresentado. Se tivesse que identificar os vossos elementos diferenciadores, quais seriam os mesmos? A dedicação que colocamos em todos os projetos. A análise que fazemos aos concorrentes dos nossos clientes para depois os podermos diferenciar e, com toda a certeza, a nossa grande capacidade criativa. A Liliana Monteiro iniciou a sua carreira bastante cedo, com apenas 22 anos. Como vê a evolução do setor?
Quando iniciei a minha vida profissional, o marketing já era importante nas empresas. No entanto, com o passar dos anos tem vindo a tonar-se cada vez mais, isto porque com o aumento da oferta de serviços e produtos, serão as ações de marketing as responsáveis por mostrar de forma mais grandiosa um produto ou serviço ao mundo. Numa edição em que falamos do lado feminino à frente de grandes entidades e empresas de referência, pergunto-lhe como tem visto o aumento do número de mulheres em cargos de chefia. Felizmente este número tem vindo a aumentar. Cada vez mais vemos mulheres em cargos de chefia nas empresas, cada vez surgem mais empreendedoras e aquele que anteriormente era um mundo quase estritamente masculino, abriu-se agora a nós mulheres. Vejo isto com muito bons olhos, e acredito que continuará a aumentar o número de mulheres com espírito de liderança e empreendedorismo, com visões infinitas e mais do que preparadas para alcançar o sucesso! Por onde passa o futuro da Brand Queen Portugal? O futuro da Brand Queen Portugal passa pela internacionalização, sendo que já possuímos alguns projetos no estrangeiro. Passa também pela criação de novas áreas de negócio entre 2018 e 2019, mas que ainda não podem ser reveladas. Não existem limites para o futuro da BQ porque como dizia Fernando Pessoa: ‘tenho em mim todos os sonhos do mundo’.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 49
INBIZ CONSULTING
PROXIMIDADE E PROFISSIONALISMO A Inbiz Contabilidade é a menina dos olhos de Luísa Alcaçarenho. Desde sempre, a empresária soube que estava destinada a abrir um negócio próprio. Porém, após ter terminado o seu curso de Gestão de Recursos Humanos, trabalhou numa empresa com cerca de três mil funcionários, onde aprendeu muito do que viria a ser o seu core business – as pessoas. Com a aprendizagem, conseguiu abrir a Inbiz Contabilidade e neste momento já está na fase da internacionalização. Egipto e São Tome e Príncipe fazem parte dos destinos a conquistar. Luísa Alcaçarenho, administradora
média empresa de serviços. Prestamos ums erviço de grande proximidade porque desta forma a comunicação fica muito fluida e as necessidades do cliente ficam muito evidentes. A maioria das PME portuguesas tem excelentes mentores e profissionais na sua área de atuação, mas com muito pouco foco na gestão. Por essa razão somos o braço direito de cada um na área da gestão e fiscalidade. Para fazermos isso, temos de estar em constante atualização de competências e formações. Apresentam-se como um projeto recente, mas que reúne o melhor de cada membro da equipa, que é especializada e experiente. Sempre acreditei que os projetos são as pessoas, e nesse sentido a minha primeira formação é Gestão de Recursos Humanos. A principal função de um gestor é gerir pessoas e relações e daí a escolha da formação em gestão de recursos humanos. Hoje tenho uma equipa de oito elementos, todos eles fantásticos, são profissionais experientes, com provas dadas no mercado e das diversas áreas, desde gestão, economia, contabilidade e Marketing. Somos 6 mulheres numa equipa de 8, somos mulheres, mães, profissionais e o nosso maior desafio e sermos bem sucedidas em tudo.
P
ara que possamos contextualizar os nossos leitores, peço-lhe que nos apresente a INBIZ Contabillidade. A Inbiz Contabilidade, mais do que uma empresa que faz a contabilidade e gestão dos seus clientes, é a direção financeira e de recursos humanos de cada pequena e média empresa, nós sentimo-nos um pouco parte de cada cliente, temos uma relação muito próxima e não nos limitamos a classificar documentos e a enviar declarações, pois os nosso empresários vão o pequeno lojista à 50 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Que serviços disponibilizam aos vossos clientes? Contabilidade, fiscalidade, consultoria, implementação de sistemas de gestão, auditorias, trabalhos administrativos, emissão de faturação, registo de marcas, elaboração de candidaturas de todo o tipo desde IEFP, Portugal 2020, IFAP, gestão de tesouraria, formação. A juntar a estes serviços temos outras duas empresas no grupo, um espaço de co-work próprio e gestão de terceiros e uma agência de viagens. Podemos afirmar que os vossos serviços se complementam? De que forma?
INBIZ CONSULTING
Os nossos serviços foram surgindo exatamente para se complementarem, pois começamos com contabilidade, gestão e auditoria e fomos acrescentando ao longo dos anos todas as restantes vertentes por força da necessidade do mercado e com o objetivo de fechar o circuito na área financeira e contabilística. O que vos difere das restantes empresas do setor? Tecnicamente é fácil encontrar empresas que sejam boas, o que é difícil é ser uma empresa que boa tecnicamente, sensível às necessidades e problemas dos clientes e disponível para ajudar e fazer acontecer. “Nunca o empreendedorismo, a criatividade e a capacidade de adaptação foram tão imprescindíveis e a cooperação tão necessária”. De que forma? Ser empresário hoje e bem mais difícil do que ter sido empresário há uma dezena de anos atrás. Eu não sou a mesma gestora de há uns anos atrás e nem uso as mesmas ferramentas. Numa edição em que falamos do lado feminino à frente de grandes entidades e empresas de referência, pergunto-lhe como tem visto o aumento do número
de mulheres em cargos de chefia. As empresas foram percebendo que os resultados em chefias de mulheres eram de facto brilhantes, na minha opinião as mulheres quando conseguem gerir eficazmente o seu lado emocional são excelentes chefes e decisoras, o que fez com que os resultados sejam muitas vezes melhores do que os homens na gestão. Os homens são excelentes FrontOffice e as mulheres excelentes BackOffice. O que reserva o futuro à INBIZ Contabilidade? Não somos de fazer planos a longo prazo, até porque a velocidade da mudança nos dias de hoje não nos permite isso, mas sabemos que estamos cada vez mais focados no sucesso dos nossos clientes. Investimos no nosso sistema informático e iniciámos a internacionalização em Angola e em 2018, São Tomé e Egipto.
Ser empresário hoje e bem mais difícil do que ter sido empresário há uma dezena de anos atrás. Eu não sou a mesma gestora de há uns anos atrás e nem uso as mesmas ferramentas. fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 51
MPT®
LIDERANÇA NO FEMININO Empreendedora e com uma visão de futuro, assume com inovação, o papel de liderança da Mpt® desenhando cidades através da mobilidade urbana. Apaixonada pela arte de dar qualidade ao ambiente urbano das Cidades, se de um filme se tratasse, Paula Teles seria “Realizadora e Atora” na primeira pessoa, dada a sua capacidade de criação e inovação em simultâneo com o seu envolvimento ativo em tudo o que faz!
de concretizar. Como consultora autárquica, ganhou a capacidade de lidar com grandes projetos e é seu objetivo continuar a trabalhar e fazer parte de equipas que procuram soluções para o poder local. Revê-se como uma “realizadora de projetos”. Humanizar as cidades tornando-as células vivas e amigas até aos 100 anos é o seu maior desígnio. Muito cedo percebeu que circular no meio urbano era uma tarefa árdua para quem se movia numa cadeira de rodas ou com um carrinho de bebé e tentou investir e inovar nestas matérias. Assim surge a Mpt®, uma empresa com foco nas autarquias e com uma visão holística, integrando o planeamento e desenvolvimento dos territórios, a matéria da acessibilidade e mobilidade a qualidade do ambiente urbano, as preocupações com o ambiente e com as alterações climáticas
ternacional. Atualmente, a Mpt® tem como único objetivo continuar a ser o que esteve na génese da sua criação: desenhar para eliminar barreiras urbanísticas e arquitetónicas, dar funcionalidade às ruas e às cidades, humanizando-as e democratizando-as, ao mesmo tempo que estuda os transportes, o tráfego, a segurança e o ambiente. No fundo, apresenta-se como uma “realizadora de projetos”. Cada projeto tem a sua funcionalidade e todos têm diferentes soluções, nenhum se repete: as cores, a patine da cidade, o design, a paisagem onde se insere, o respeito pela traça da arquitetura e do território, o valor do lugar, tudo tem de ser desenhado de forma única porque a cidade é feita de afetos que a história nos fez chegar. Isso é o que diferencia mesmo os seus projetos. Esta íntima relação de Paula Teles com as cidades e os territórios estudados no terreno tem sido a chave de todo o sucesso da mpt®. Recentemente investiu também na área de modelação dos transportes públicos, no desenho urbano, composto por arquitetos e arquitetos paisagistas que estão em total sintonia com o planeador de território, com geógrafos, com sociólogos, com engenheiros do ambiente que integram as equipas para o planeamento do espaço urbano, de forma a criar cidades inclusivas, territórios com mobilidade e atrativos. A fim de mudar mentalidades neste matéria aposta na formação, sensibilização e publicações técnicas em matéria de acessibilidade e mobilidade
e a sociologia urbana como causa de todas estas preocupações. A empresa foi então crescendo e hoje conta já com quase 15 anos de sucesso no terreno. Tal deve-se ao forte investimento na sua equipa e na própria empresa: formação e liberdade de crescimento, integrando jovens licenciados com seniores de experiência feita e conhecimento consolidado, apostando em bons recursos, instalações e ambientes felizes. A empresa foi crescendo de forma sustentada e solidificou a sua presença no mercado nacional e in-
sustentável. Em síntese, a Mpt® apresenta-se como uma empresa única em Portugal. Se de um filme se tratasse, Paula Teles seria simultaneamente “Realizadora e Atora” na primeira pessoa, dada a sua vontade criativa e o envolvimento participado em tudo o que faz. É certo que a mpt® tem um passado e um presente bastante ricos mas tem um futuro repleto de sonhos por concretizar: “Ter, cada vez mais, cidades para desenhar”. Esse o sonho da sua fundadora que nunca consegue ver o seu limite.
Paula Teles, administradora
É
Engenheira Civil especialista em Planeamento do Território pela FEUP e Mestre em Planeamento e Projeto do Ambiente Urbano pela FEUP/FAUP). Fez Tese de Mestrado sobre “Os Territórios (sociais) da Mobilidade.” Inicia em 1994 o percurso profissional na CM de Matosinhos, exercendo funções na Divisão de Trânsito e Mobilidade e mais tarde integrou a equipa do projeto europeu PROACESS. Em 2004 decide dar um passo que se revelou decisivo para a sua carreira como profissional e líder empresarial, criando a Mpt®, empresa de planeamento urbano e gestão da mobilidade. Dez anos mais tarde alarga a sua área de atuação ao mercado internacional. Com uma visão nunca antes abordada em Portugal (re)pensou a mobilidade urbana inclusiva e tornou-se Consultora Autárquica em centenas de municípios, colaborando, ainda, com diversas entidades do Governo Português, ao mesmo tempo que lecionava, como professora convidada, em várias universidades. Como CEO da Mpt® confessa que nunca pensou ser planeadora de cidades. Oriunda de uma família que sempre se habitou a lutar para vencer, considera que o empreendedorismo faz parte do seu ADN. Confessa que gosta dos ritmos agitados dos dias, de realizar e idealizar novos projetos e abraçar desafios que, à primeira vista, parecem impossíveis 52 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Uma visão nunca antes abordada no país
ANDREIA GONÇALVES
PROFISSIONAL MULTIFACETADA Andreia Gonçalves é administradora judicial. Mas é também mãe, esposa e sonhadora. Numa edição com um toque feminino, esta é a opinião de uma mulher empreendedora, que arregaça as mangas e vai à luta, como tantas outras.
P
Andreia Gonçalves, administradora Judicial
ara que possamos contextualizar os nossos leitores, peço-lhe que nos apresente a figura do administrador judicial. Qual é a vossa função? O Administrador Judicial é nada mais que um Auxiliar de Justiça. O Administrador Judicial pode adotar a figura de Administrador Judicial Provisório no âmbito dos PER`s e PEAP`s, Administrador de Insolvência no âmbito dos processos de insolvência e Fiduciário, aquando o período de exoneração do passivo restante. Este último tem a função de durante os cinco anos seguintes ao despacho liminar apreender o rendimento disponível determinado pelo Juiz do processo, que será rateado entre os credores todos os anos até ao final do período. Após estes cinco anos, há decisão judicial onde se determina o ‘perdão’ das dívidas ainda existentes, reclamadas no processo, e não pagas.
“As empresas ainda são resistentes na contratação de mulheres, devido às obrigações familiares inerentes ao papel de mãe, principalmente”. Falemos agora da Andreia Gonçalves enquanto profissional. Como e quando se passa a dedicar a esta área. Como tem sido o seu percurso e a sua carreira? A minha área académica é Gestão de Empresas, onde já trabalho há cerca de 15 anos. Mas sou filha de um Administrador de Insolvência, profissão que exerce acerca, também, de 15 anos e desde esta data até 2015, prestei assistência ao meu pai nos processos de insolência. Em pequena, o meu sonho era ser advogada. Mas o meu pai, licenciado em Económicas, me ‘obrigou’ a seguir as suas passadas. Mas o ‘bichinho’ do mundo da Justiça e dos Tribunais sempre ficou. Então, quando foi publicado o novo concurso para Administradores de Insolvência, prontamente concorri e acabei por me tornar uma Administradora Judicial a partir de maio de 2015. Esta profissão é um constante desafio, uma constante aprendizagem.
ANDREIA GONÇALVES Administradora judicial e gestora de empresas
Numa edição em que falamos do lado feminino à frente de grandes entidades e empresas de referência, pergunto-lhe como tem visto o aumento do número de mulheres em cargos de chefia. Acho muito bem! Mas atenção, não sou feminista. Acredito na pessoa e não propriamente no género. Mas nós mulheres temos uma vida que puxa muito por nós. No meu caso pessoal sou mãe, esposa e profissional. Gerir estes papéis não é fácil, mas no final é gratificante! Nesta área, como a maior parte das profissionais liberais não temos as mesmas regalias que uma empregada por conta de outrém, mas tem as suas vantagens, pois podemos gerir o nosso tempo à nossa medida. Mas não posso deixar de dizer que nós mulheres procuramos mais resolver os problemas que os criar. As empresas ainda são resistentes na contratação de mulheres, devido às obrigações familiares inerentes ao papel de mãe, principalmente. Se tiverem de decidir contratar um homem ou uma mulher parece-me que aqui o homem ganha mais pontos. Para os homens as portas estão mais abertas que para as mulheres, mas acredito piamente que a igualdade de oportunidades é cada vez mais uma realidade.
Rua 1 de Dezembro, nº 1 - 2º G 2560 - 300, Torres Vedras t: 261 316 700 e: andreia.goncalves.aj@gmail.com andreia.s.goncalves@aj.caaj.pt fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 53
PMT ENGENHARIA
APOIO EM TODOS OS PROJETOS DE CONSTRUÇÃO A empresa PMT vai desenvolver este ano a marca PMT como uma marca de gestão de projetos distinguindo-se pela proximidade ao cliente e agilidade na gestão com o método Scrum.
algumas horas de serviço de engenharia em vários gabinetes de arquitetura.
A empresa PMT A empresa PMT nasceu em 2009, quando “o volume de trabalho começou a aumentar e os gabinetes começaram a pedir-me para fazer outros trabalhos, de tal forma que já estava a trabalhar à noite em casa. Foi nesse momento que decidi abrir a minha empresa, que começou com projetos e fiscalização”, explicou Manuela à nossa publicação.
As pessoas respeitam a presença da mulher
C
Manuela Timóteo, Professora universitária, engenheira e fundadora
arreira profissional
Manuela Timóteo iniciou a sua carreira profissional numa grande empresa de projeto onde esteve cinco anos. Mudou-se depois para um empreiteiro de Cascais, onde desenvolveu vários projetos chegando a um cargo de direção. “Saí na altura da crise, quando a empresa reduziu substancialmente o volume de negócios”, contou a empresária em entrevista à Revista Business Portugal. Prosseguiu com a sua carreira profissional, a prestar
54 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Após um investimento que não se revelou lucrativo em Angola, a empresa teve um ano de 2017 positivo no Gana. “É um projeto para este ano entrar na área da construção, abarcar todas as áreas de projeto e entrar na área de apoio e consultadoria à manutenção. O objetivo é ter uma empresa de engenharia que dê apoio a todas as áreas em todo o tipo de projetos de construção e dar ao cliente uma solução integrada de engenharia”, revelou. A empresa que tem em mãos um dos maiores projetos da europa, “de uma exploração pecuária israelita em Alcácer do Sal”, ainda está envolvida no projeto de fiscalização da obra da clínica Milénio e de vários projetos de menores dimensões das Câmaras Municipais. Assumindo as dificuldades inerentes à prestação de serviços, a empresária encara as obras de reabilitação como uma oportunidade e projeta para um futuro próximo o alargamento dos mercados.
Ser mulher não é um entrave ao empreendedorismo Manuela Timóteo atribui o sucesso da empresa à competitividade e ao trabalho de qualidade e confessa que “o maior desafio que tenho todos os dias é a relação humana com os colaboradores. É importante que os colaboradores se sintam acompanhados, acarinhados, de forma que gostem de trabalhar na empresa, se sintam seguros e possam dar o seu melhor”. Por experiência própria, a empresária afirma que “ser mulher não é um problema no meio empresarial em Portugal. As pessoas respeitam a presença de uma mulher, tendem a controlar o nível das conversas e têm mais respeito porque é uma senhora. Em alguns mercados estrangeiros já é mais difícil”.
VASCONCELOS E ARRUDA ASSOCIADOS
BOUTIQUE ESPECIALIZADA NA ADVOCACIA DE NEGÓCIOS E EMPRESARIAL A Vasconcelos Arruda é um escritório especializado na advocacia de negócios e empresarial. Estivemos à conversa com Inês Arruda, um exemplo de empresária de sucesso.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 55
VASCONCELOS E ARRUDA ASSOCIADOS
Inês Arruda, administradora
P
ara que possamos contextualizar os nossos leitores, parece-me importante começar esta entrevista pedindo-lhe que nos apresente a VA Vasconcelos Arruda e Associados? O projeto da Vasconcelos Arruda teve início em 2012. O Duarte Vasconcelos, e eu, trabalhávamos juntos desde 2001, e tínhamos ideias muito definidas e alinhadas sobre o que queríamos implementar. A Vasconcelos Arruda que é uma boutique especializada na advocacia de negócios e empresarial e que assenta essencialmente em três pontos fundamentais: proximidade entre Cliente e advogado, excelência e qualidade do trabalho prestado e um serviço focado no value for money para o Cliente. Como se consegue esta última? O que vos distingue das demais Sociedades de Advogados? Há um envolvimento permanente dos sócios nos assuntos que nos são confiados,
56 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
procurando conhecer o negócio do Cliente e quais os objectivos empresariais. Trabalhamos com uma equipa permanente de excelentes advogados que asseguram o dia-a-dia dos nossos Clientes e com com advogados externos, sempre que há um aumento do trabalho ou para matérias específicas. Ao longo da minha carreira tive a sorte de trabalhar em escritórios de referência, com advogados de excelência, alguns dos quais saíram dessas grandes estruturas e trabalham em prática individual ou em projectos mais reduzidos. Tendo em conta o princípio de eficiência do value for money que procuramos assegurar, optámos por ter essa rede de apoio, de forma a evitar sobrecarregar a estrutura com custos desnecessários. É uma perspectiva arrojada, bem sei, mas com manifesto valor acrescentado para os Clientes e a realidade veio comprovar o acerto da nossa opção. Obviamente que o facto de todos nós já termos trabalhado juntos durante muitos anos facilita bastante a coordenação do trabalho. E sentimos que essa é uma das nossas principais vantagens. Por exemplo, no ano passado a VA representou um Cliente na maior transacção imobiliária do país. Soubemos estruturar-nos da forma adequada ao que o projecto requeria, e o resultado foi o de prestarmos um serviço de excelência, que é sempre o nosso principal objectivo, mas com um custo de estrutura menor, o que se reflectiu necessariamente numa estrutura mais eficiente de honorários cobrados ao Cliente. Àquela pergunta típica “quantos advogados tem o vosso escritório?”, normalmente respondo: “os que forem necessários e sempre advogados de altíssima qualidade”. O value for money para nós não é um chavão ou parte de uma estratégia de comunicação. É o que nos diferencia. Que tipo de Clientes têm e quais as vossas principais áreas de atuação? Trabalhamos quase exclusivamente com empresas e altos quadros directivos. Dentro da lógica que lhe referi há pouco, cobrimos todas as áreas da advocacia de negócios e empresarial. Assessoramos empresas de variados sectores, como plásticos, cerâmica, imobiliário, comunicação social, cadeias de televisão, editoras discográficas, contact center, hotelaria e restauração, farmacêutico, entre outros. Trabalhamos muito com fundos mobiliários, imobiliários, fundos
VASCONCELOS E ARRUDA ASSOCIADOS
de investimento. Temos ainda um nicho de mercado, chamemos assim, em que apostamos particularmente de grandes marcas internacionais de luxo presentes em Portugal. Trata-se de uma área de negócio que entendemos bem, o que facilita a comunicação com o Cliente e um melhor entendimento das questões com que este se depara. Atualmente temos tido muito trabalho na área de proteção de dados pessoais por causa da implementação do novo Regulamento. Por fim, e igualmente importante, damos uma significativa assessoria em regime de pro bono a diversas instituições. Não podemos e não queremos estar desligados da realidade social do país e a nossa participação neste tipo de projectos acrescenta-nos significado, dá-nos um propósito maior. O público é cético em relação à justiça portuguesa ou confia? Criticar o funcionamento da Justiça em Portugal passou a ser um lugar comum. Mas parece-me que muitas das críticas que são feitas são desajustadas, face ao contexto actual, tendo em conta o esforço que tem vindo a ser feito ao longo de últimos anos no sentido de tornar a Justiça não só mais célere, mas sobretudo mais eficaz. E sinto que, apesar desse cepticismo generalizado, não é essa a opinião do mundo empresarial. Na grande maioria dos casos, a Justiça funciona. E nos casos em que já sabemos que funciona mal ou que é excessivamente morosa, cabe-nos a nós, advogados, orientar o Cliente para a melhor solução possível tendo em conta o contexto. Um aspeto muito importante no nosso trabalho é o planeamento: avaliação dos prós e contras de cada uma das nossas atuações. Porque nunca há um só caminho. Costumo dizer que não é suposto haver “surpresas” na nossa profissão, pois cabe-nos a nós antecipá-las. Como? Pensando e repensando nos temas. Estudando. Lendo acórdãos. Etc. De uma forma geral, como é que avalia o desempenho da advocacia portuguesa? Acho que, de uma forma geral, temos excelentes profissionais e mercado para todos. Seria, a meu ver, importante rever o patrocínio oficioso, assegurando uma melhor preparação dos advogados oficiosos. O meu desafio atual é lidar com a nova geração de advogados, muito bem preparados, mas
com uma postura totalmente diferente da que nós tínhamos na idade deles. Não é melhor, nem pior: é diferente. E cabe-nos a nós, enquanto líderes de uma equipa, saber adaptar as estruturas que dirigimos a esse enorme desafio que é o de formar os advogados do futuro, dando-lhes um sentido de propósito, mas sem descurar o principal que é o serviço de excelência prestado ao Cliente.
A Vasconcelos Arruda é especializada na advocacia de negócios e empresarial e assenta essencialmente em três pontos fundamentais: proximidade entre cliente e advogado, excelência e qualidade do trabalho prestado e um serviço focado no value for money para o cliente. Numa edição em que falamos de empresárias de sucesso e de mulheres à frente de grandes entidades, pergunto-lhe como tem visto o crescimento das mulheres à frente de grandes projetos? De forma muitíssimo positiva. Parece-me que já há muitos anos que ninguém tem dúvidas de que a mulher é tão capaz quanto o homem. Na minha geração penso que a maior questão ainda a debater é a que afecta a carreira das “mulheres/mães” Se é verdade que a maternidade acarreta um custo para as organizações, também o é o facto de, em regra, as mulheres/mães adquirirem outro tipo de capacidades como a de organização ou de fazer várias coisas ao mesmo tempo.
E como faz essa coordenação trabalho/ advocacia? Sempre trabalhei muito, sou uma mãe babada de quatro filhos, com idades muito próximas e não vivo com sentimento de culpa em relação ao tempo que lhes dou. Neste particular não nego que também foi uma aprendizagem, ainda com recaídas, e em modo de compensação permanente. Se não jantei com eles, arranjo maneira de ir buscá-los à escola para almoçarem comigo. Se não estive muito com eles durante a semana, dedico-lhes todo o tempo que tenho ao fim-de-semana, etc. E ainda vou tendo uma vida social ativa, o que também é essencial para a nossa sanidade mental. Em pleno século XXI continua a ser necessário sensibilizar os portugueses e a população mundial para as capacidades das mulheres e para as leis que promovem a igualdade. Crê que tal acontece porquê? Como disse, assumindo que ninguém duvida das capacidades das mulheres o que julgo que poderá continuar a existir é a ideia de que as mulheres têm uma menor disponibilidade. E têm? Nem todas as mulheres/mães querem ter um trabalho intenso. E há homens que também não o querem. O que também o é. Mas as que assumem esse compromisso têm dado provas de que é possível chegarem a todo o lado e arranjam tempo onde ele parece não existir. Acho que já se percebeu que gravidez não é doença, que ninguém é insubstituível. Por isso, há que gozar uma licença descansada sem que isso comprometa a empresa ou escritório, mas as recentes mães também não precisam de se evaporar quando são mães, sobretudo quando assumem cargos ou trabalhos de maior responsabilidade. Acho que aos poucos vai-se ganhando consciência de tudo isto e espera-se que cada vez menos seja preciso introduzir leis que promovam essa igualdade. Porque se a mulher quiser criar uma postura de “eu sou mulher, tenho estas limitações que são o que são, agora promovam a igualdade”, estaremos a criar uma enorme desigualdade.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 57
CASA DAS MÁSCARAS
DISCRETA E CALIENTE Teresa Mendes, fundadora da marca Casa das Máscaras, prepara o lançamento de uma rede de franchising para a sua marca e um livro de jogos eróticos para casais. A Revista Business Portugal foi ao encontro da empresária, para saber mais sobre estes aspetos.
T
eresa Mendes, a que se deve o sucesso so seu negócio? O sucesso do meu negócio deve-se à inovação, até porque foi pensado ao contrário. Já tinha o espaço, e em vez de adaptar um qualquer negócio ao espaço, pensei como usar o espaço para fazer nele um negócio único, atrativo para um mercado suficientemente grande para o tornar rentável e difícil de copiar. Assim nasceu a ideia de criar um parque de diversões para adultos, com um toque diferenciador que privilegia os gostos das mulheres. Escolhi desenvolver um tema mesmo sabendo que ainda é considerado tabu, pois torna-se mais difícil de copiar, além de não haver concorrência. Poucos têm coragem de criar um negócio relacionado com a sexualidade, mas é um negócio com um mercado enorme. O segredo é ir de encontro aos gostos das mulheres. Quando as mulheres gostam, os seus parceiros também gostam. A Casa das Máscaras é vista agora como um local de mistério e de fantasia, completamente diferente do que as pessoas esperam encontrar à partida. Charme, bom gosto, surpresas e fantasia, são aspectos que cativam a imaginação das mulheres. O que quer dizer com surpresas? A principal surpresa é a abordagem à sexualidade. É difícil convencer, quer homens quer mulheres, que há muito mais para aprender sobre a sexualidade além do básico ‘como ter e não ter filhos’ e ‘como ter e não ter doenças’ que aprendemos na adolescência. Após décadas de experiência achamos que já sabemos tudo o que há para saber sobre a sexualidade e muitos até ficam ofendidos com a sugestão. A estratégia da Casa das Máscaras passou pela criação de produtos que, nunca falando em formação, a realiza usando jogos eróticos para casais, sem o anunciar. Afinal, quem não gosta de aprender com jogos? Com jogos as pessoas aprendem e divertem-se sem se aperceberem de que o objetivo subliminar é ensinar. Há jogos para jogar em 58 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
casa a dois – onde aprendem por exemplo a importância da fase de antecipação – todos conhecem a ‘surpresa’, mas não se lembram que quem se diverte mais é quem prepara a surpresa (exatamente por causa da fase de antecipação); outros para ambientes de grupo, que se focam em fantasias muito comuns como o Voyerismo e o Exibicionismo e ainda jogos que necessitam de treino com especialistas, como as massagens tântricas ou o pompoarismo. Franchising é um modelo que lhe interessa? Porquê? Uma estratégia inclui um pensamento a médio-longo prazo. A minha ideia inicial foi começar com um protótipo do conceito e testa-lo, de forma a garantir que os produtos e serviços que a Casa das Máscaras oferece podiam entrar num modelo de crescimento via franchising. Existem sempre barreiras ao crescimento de um negócio, e neste da Casa das Máscaras que visa o ensino de sexualidade para o prazer e de sexualidade para casais que querem ficar juntos muito tempo, há
CASA DAS MÁSCARAS
uma limitação muito irritante. As redes sociais e a Google, por exemplo, limitam o uso das suas ferramentas de publicidade para qualquer negócio considerado de ‘entretenimento para adultos’. Na impossibilidade de se poder usar publicidade via redes sociais, o negócio foi logo criado a pensar num modelo de crescimento orgânico, quer através de lojas próprias, quer através do franchising. A ideia passa por começar por alargar a rede lá fora, por uma questão de imagem. Os estudos que fizémos e pelo que os nossos clientes estrangeiros nos dizem, não há no mundo um conceito semelhante ao da Casa das Máscaras. Barcelona e São Paulo serão as primeiras apostas porque são cidades com um grande mercado potencial de pessoas de mente curiosa. Interessa-nos, para já, investidores com objetivos a médio ou longo prazo, que não se queiram envolver pessoalmente no negócio, apostando na rentabilidade, para desenvolver o Master Franchising; também nos interessa parceiros que, já tendo um local adequado, pretendam abrir a sua própria Casa das Máscaras, por exemplo associada a uma sex shop, ou ainda pessoas que pretendendo abrir um negócio próprio queiram primeiro trabalhar no desenvolvimento da rede de franchisados e mais tarde desenvolver o seu próprio negócio já como franchisado. Essa é outra abordagem diferenciadora para o franchising da Casa das Máscaras, não original, mas poderosa: a ideia de fazer do Master Franchising uma cooperativa de franchisados. Estamos a contar que as mulheres tenham mais interesse no negócio, até porque terá de ser uma mulher a dar a cara por ele.
para casais, o que está de alguma forma relacionado com a estratégia que defini desde o início. O lançamento de um livro já me tinha sido proposto há algum tempo por uma editora mas não era a altura certa para o lançar. Agora que o conceito está testado e comprovado, o livro será o primeiro produto genérico já a pensar na rede de franchisados. Depois do livro, o envio de produtos via Caixa de Surpresas, os jogos interloja e a app.
Teresa Mendes, administradora
O que nos pode dizer sobre o livro de jogos eróticos para casais que está para lançar? É verdade que estou para lançar um livro de jogos eróticos
Parque de Diversões para Adultos, com foco nos gostos das Mulheres
LO
E R P O
N
Master Franchising Casa das Máscaras Lisboa. (Barcelona. São Paulo) Procuramos parceiros.
casadasmascaras.pt
“Devorei e adorei!” ELE
“Didáctico e divertido. Não conseguia parar de ler” ELA
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 59
DOURADO DISTRIBUIÇÃO
DISTRIBUIR VINHOS ALENTEJANOS COM QUALIDADE A Dourado Distribuição conta já com quase 34 anos de experiência na distribuição de vinhos. Sandra Dourado, sócia-gerente, explica-nos como tudo começou.
Sandra Dourado, sócia-gerente
P
ara que possamos contextualizar os nossos leitores, parece-me importante começar esta entrevista pedindo-lhe que nos apresente a Dourado Distribuição. A Dourado Distribuição é uma empresa que se dedica à distribuição de vinho, maioritariamente do Alentejo e no Alentejo. A atividade foi iniciada há quase 34 anos pelos meus pais, em Alvaiázere, sempre com o foco nos vinhos. Entre 1991 e 1994 com a aquisição da representação de uma marca de vinhos do Alentejo, veio a restante família para Estremoz, sendo nessa altura o
60 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
foco de vendas da empresa o canal Horeca. A empresa, inicialmente de cariz familiar, cresceu e hoje em dia conta com 18 trabalhadores, tendo fixado a sua sede em Évora.
vas de degustação para grupos que podem incluir vários produtos da região. Temos também uma loja online que nos permite chegar a mais clientes e/ou a clientes que de outra forma não conseguiríamos alcançar.
O que vos distingue das demais empresas de distribuição de bebidas? O que nos distingue é o nosso enfoque no produto vinho, 95 por cento das nossas vendas são vinhos e os outros cinco por cento destilados. Também o acompanhamento que dedicamos ao cliente tem-se revelado uma mais valia.
Como tem corrido esta aposta? Podemos dizer que com muito trabalho, esforço e dedicação é uma aposta ganha, pois no ano de 2017 conseguimos recuperar o valor de vendas que tinha baixado durante os anos de maior crise económica.
A Divinus Gourmet é também uma aposta forte e complementar à distribuição. Como surge este projeto? A Divinus Gourmet surge como que uma necessidade de potenciarmos as nossas vendas e atingir, ao mesmo tempo, um outro público diferente do canal Horeca. A nossa deslocação para Évora, cidade Património Mundial da UNESCO, permitiu-nos estar num local com grande afluência turística e decidimos que seria vantajoso ter um espaço que pudesse mais facilmente oferecer os nossos produtos a esse novo público e ao mesmo tempo dar mais visibilidade às marcas com as quais trabalhamos. Na nossa loja Divinus Gourmet para além da venda, temos também apresentações de produtos, realizadas pelos próprios produtores e pro-
Numa edição em que falamos de empresárias de sucesso e de mulheres à frente de grandes entidades, pergunto-lhe como tem visto o crescimento das mulheres à frente de grandes projetos? De uma forma muito gratificante, pois o ‘estigma’ que existia felizmente vai sendo abandonado e as mulheres podem mostrar que são muito competentes em todas as áreas. Como serão os próximos anos da Dourado Distribuição? Vamos continuar a crescer. Em 2017 tivemos um aumento de 18 por cento nas nossas vendas relativamente ao ano passado, um crescimento que tem que ser feito com um plano sustentado, com uma aposta em determinados produtores e certas marcas de vinho, aumentando a formação mais específica na área dos vinhos dos nossos funcionários e continuando a realizar uma gestão sustentável da empresa.
BIOVILLA
SUSTENTABILIDADE À MÃO DE “Queremos mostrar que é possível gerar projetos que sejam SEMEAR socialmente responsáveis, ambientalmente positivos e economicamente viáveis”
“A nossa missão é levar a sustentabilidade ao dia a dia das pessoas” Questionada acerca do conceito Biovilla a gestora referiu que “a nossa missão é levar a sustentabilidade ao dia-a-dia das pessoas e fazêmo-lo através dos nossos três pilares operacionais: alimentação, aprendizagem e alojamento. O alojamento no formato Turismo de Natureza, a horta biológica inspirada em design de permacultura e aprendizagem para a sustentabilidade com formações e retiros sempre a acontecer no espaço. O nosso business model permitiu-nos montar uma sólida estratégia de investimento social privado e com a infraestrutura montada mostrar, através de uma experiência sustentável, que “é possível viver de forma mais simples, coerente e feliz”.
Biovilla entra em fase de crescimento rumo ao mais elevado nível de sustentabilidade
A
Bárbara Leão de Carvalho, co-fundadora e presidente
cooperativa Biovilla foi constituída a 12 de fevereiro de 2010 e abriu oficialmente ao público a 12 de junho de 2014 na Herdade do Pinhal Basto, no Parque Natural da Arrábida, em Palmela. É um espaço de inovação que aposta no turismo de natureza e na educação para a sustentabilidade como bandeiras de atuação. Em entrevista à Revista Business Portugal, Bárbara Leão de Carvalho, co-fundadora e presidente da direção da cooperativa, explicou que o projeto pioneiro sem fins lucrativos “nasceu do sonho de criar um lugar seguro onde as pessoas pudessem experimentar formas de viver mais sustentáveis e levar para casa as aprendizagens que lhes fizessem sentido enquanto trazíamos para Portugal práticas de sustentabilidade que ainda não existiam na altura”.
A cooperativa que aposta fortemente na cozinha biológica, vegetariana e com produção de menor lixo possível (Zero Waste), prepara-se para fechar a cem por cento o circuito energético da horta e aumentar a área de cultivo. Uma nova fase de construção irá também permitir aumentar a capacidade de alojamento. “Estamos a planear a nova fase de crescimento. Vamos adicionar estruturas de conforto e de apoio como uma piscina aquecida, três unidades de alojamento, mais uma sala de formação e uma cozinha industrial certificada para podermos transformar os produtos da horta. Designadamente através de um super desidratador que nos vai permitir apostar na conservação de alimentos
aumentando o nosso portfolio de produtos a granel biológicos. Os hóspedes vão ter um guia de entrada que explica como vivemos a sustentabilidade na Biovilla para que tenham uma experiência o mais educacional possível. Esperamos que a Biovilla represente assim um lugar seguro para se aprender a viver de forma mais sinérgica com o meio-ambiente e a sociedade em geral”, concluiu a gestora.
TURISMO DE NATUREZA - EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE - HORTA BIOLÓGICA E ESPAÇO PARA RESPIRAR
Herdade do Pinhal Basto - Vale de Barris, Palmela Contacto: +351 212 351 224 Reservas: reservas@biovilla.org www.biovilla.org
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 61
CLIMEX
LIDERANÇA NOS SERVIÇOS DE LIMPEZA MECANIZADOS A Climex foi fundada em 1967 e trouxe para Portugal os serviços de limpeza mecanizados em outsourcing. Ao longo de 50 anos a Climex distinguiu-se sempre como sendo uma empresa inovadora na sua área de especialidade. Sara Hipólito, Diretora de Marketing, Innovation & Training
A
Climex foi a primeira empresa a introduzir na sua gestão os sistemas informáticos, a usar a transferência bancária como forma de pagamento salarial, a empresa de limpeza em Portugal com a qualidade dos nossos serviços certificados pela APCER e mais tarde pela SGS. A primeira a criar um centro de formação para os trabalhadores, tendo hoje centros em Lisboa e Madrid. A primeira empresa portuguesa de limpeza a internacionalizar-se (Londres e Barcelona). A primeira e única empresa de limpeza a ter a sua responsabilidade social reconhecida através da SMETA 4P, versão 6.0, assegurando a prática do negócio de forma ética, livre de práticas racistas, abusivas, discriminatórias ou coercivas. Desde a nossa fundação, que somos uma empresa que constrói conhecimento E cria valor para os nossos clientes. Hoje o conhecimento e a capacidade inovadora e técnica traduz-se na capacidade em criar soluções para os mais vários desafios de higiene e limpeza e somos
62 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
reconhecidos pelos mais exigentes clientes desde a industria aeronáutica, alimentar, eletrónica, têxtil, passando pelos grandes complexos de escritórios corporativos, edifícios inteligentes, setor da aviação e transportes e também pelo setor do healthcare. Esta nossa capacidade de constante inovação e criação de valor, foi recentemente reconhecida pelos European Cleaning & Hygiene Awards, os ‘Óscares’ da indústria de Facility Services a nível Europeu. Mais recentemente fomos distinguidos com o prémio ‘The ones to watch’ no European Business Awards, como uma das empresas portuguesas mais inovadoras. A Climex abraçou a revolução digital e tem hoje todos o seu processo produtivo totalmente digitalizado com soluções 4.0 integrando as tecnologias de sensores e IOT nos seus processos de limpeza, o que nos permite focar ainda mais nas necessidades do nosso cliente. A esta integração digital, a Climex dá o nome de ‘Intelligent Cleaning’ que disponibiliza ao nosso cliente informação qualitativa e quantitativa em tempo real em relação ao cumprimento dos SLA’s (Service Level Agreement) acordados, permitindo assim utilizar essa informação através da sua organização para criar valor no seu processo produtivo. Higiene e Limpeza de uma área de trabalho reveste-se de uma importância capital em todas as áreas produtivas ou de serviços e em especial nos negócios abertos à concorrência global. É aqui que a diferenciação, como Climex Intelligent Cleaning, traz novas soluções para os desafios que surgem e, tem sido preferida por inúmeros clientes industriais e corporativos. Esta inovação não
pára e a Climex lançou a Climex Robotics, que é já a área à qual destina grande parte do seu orçamento anual de I&D. (mais de 300 mil euros anuais), tendo parcerias nacionais com universidades para desenvolvimento do primeiro robot de limpeza totalmente desenvolvido e fabricado em Portugal. Hoje a Climex lidera em Portugal com a utilização de robótica na limpeza de áreas industrias e aguarda a homologação do primeiro robot para desinfeção hospitalar para o poder colocar ao serviço do setor de healthcare. Hoje a Climex é uma empresa que lidera pela inovação o setor dos Facility Services em Portugal, disponibilizando aos seus clientes um ecossistema de serviços integrados, desde a limpeza, passando pela robótica, pelos consumíveis de wc, jardinagem, controlo de pragas, fornecimento de tapetes matador, contando com 2790 colaboradores e mais de 18 milhões de euros de volume de negócios. Quando nos perguntam qual o segredo para chegarmos aos 50 anos de atividade contínua, a resposta é simples: colocamos o conhecimento partilhado de todos os nossos colaboradores ao serviço do crescimento dos nossos clientes e parceiros. Esse conhecimento partilhado faz parte do nosso DNA, e a Climex deseja que seja partilhado por todas as gerações. Para isso, em 2018 vamos atribuir a todos os filhos e netos dos nossos colaboradores a possibilidade de acederem a uma bolsa de estudo para acesso ao ensino superior. Estamos prontos para os próximos 50 anos de inovação na área dos Facility Services! Sara Hipólito Diretora de Marketing, Innovation & Training
AÇORES NATUREZA EM ESTADO PURO O arquipélago abençoado pela Mãe Natureza, com morada no Atlântico, que revela nove belíssimas ilhas no perfeito contraste do verde das fajãs e do extenso mar azul. As cascatas, as grutas e as sete lagoas da Ilha das Flores. O Caldeirão, cratera de um vulcão extinto, do Corvo. O berço de Manuel de Arriaga, primeiro Presidente da República Portuguesa, e os dez vulcões no Faial. O Pico e o ponto mais alto de Portugal, a gruta das torres, a paisagem labiríntica de muros de pedra e as piscinas naturais com águas cristalinas. A Ilha de São Miguel onde, da Ponta do Topo, se pode avistar vacas a nadar em direção às pastagens. Os 28 moinhos de vento da Ilha da Graciosa. A Terceira onde, na baía de Angra, pode descobrir sobre os 74 naufrágios e onde pode visitar os 45 impérios do Divino. Oh… São Miguel e a Lagoa das Sete Cidades, os campos do Chá Gorreana, as estufas dos ananases, o emblemático cozido das furnas e as deliciosas maçarocas de milho cozidas. A Ilha de Santa Maria com as águas mais quentes do arquipélago, que chegam aos 25 graus, e a Praia Formosa eleita como uma das 20 melhores do mundo. Os melhores ananases pertencem a este arquipélago, mais concretamente a Ponta Delgada. Chegaram à cidade no século XIX como planta decorativa de casas ricas, mas não tardou a ser descoberto o fruto delicioso que dela podia surgir. Cultivados em estufas de vidro, demoram cerca de dois anos a ser colhidos depois de plantados. A exportação do mesmo engloba o “mercado da saudade” em países como os EUA e o Canadá, onde reside um grande número de emigrantes açorianos. As conservas de atum, deliciosas e altamente recomendadas por nutricionistas, são também referência. Os licores e os vinhos licorosos são bastante famosos por aqui, com destaque os de ginja, ananás, amora e maracujá. Os queijos dos Açores, mais conhecidos por queijo da ilha, são reconhecidos nacional e internacionalmente e produzidos artesanalmente. A arquitetura contemporânea, a forte aposta na agricultura e pesca e as festividades religiosas marcam também o arquipélago com quase 250 mil habitantes.
DESTAQUES 62 MUNICÍPIO DO NORDESTE Um concelho florido e com uma beleza natural ímpar 63 SOCIEDADE CORRETORA Atum de qualidade há mais de 70 anos 64 AGÊNCIA DE VIAGENS MELO As baleias e a Natureza: atratividade dos Açores 65 THOMAS HOSTEL A arte de bem receber no Thomas Hostel 66 RESTAURANTE PALADARES DA QUINTA “Criamos momentos perfeitos” 68 PROFRUTOS Há 45 anos a cuidar do Fruto-Rei 70 RESTAURANTE TONY’S O famoso cozido das furnas 71 SERVIARM Uma empresa criada para servir bem as pessoas 72 A.C. CYMBRON Há 69 anos uma referência em combustíveis em S. Miguel
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 63
MUNICÍPIO DO NORDESTE
UM CONCELHO FLORIDO E COM UMA BELEZA NATURAL ÍMPAR Nordeste é conhecido como o concelho florido. As suas paisagens naturais são de tirar o fôlego e os trilhos pedestres são um ex-libris. A Revista Business Portugal conversou com o presidente da Câmara Municipal, António Soares, sobre o que este município tem de melhor e as potencialidades que é preciso desenvolver. está disponível para ações de ordem social e familiar, mas ainda assim o apoio do Governo Regional faz-se necessário. “Apoiamo-nos nos programas do Governo Regional para conseguirmos chegar mais longe. A Santa Casa da Misericórdia do concelho tem vindo a desenvolver um trabalho ímpar no apoio aos idosos, mas no que respeita à população mais jovem e famílias numerosas o apoio tem de ser mais elevado e para isso precisamos das verbas governamentais. Está em causa a estabilidade das famílias”.
António Soares, presidente
O
concelho do Nordeste é constituído por 4.800 habitantes e tem uma população envelhecida. “Sentimos necessidade de gente mais nova. Somos um concelho periférico e não somos também o mais desenvolvido, pelo que a população mais nova tem tendência para emigrar”. A principal atividade económica do Nordeste ainda é a pecuária, o que faz com que a população tenha algumas dificuldades económicas. “Os últimos dados dizem que temos uma taxa de desempregados na ordem dos 17 por cento. Isso é um valor muito alto e, por esse motivo, fiz do apoio às famílias um dos principais objetivos deste mandato”. De entre as medidas para apoiar a fixação das famílias e dos jovens destacam-se um regulamento de apoio ao arrendamento. “As famílias têm dificuldade para se estabilizar, devido à falta de trabalho, logo existe dificuldade para adquirir um terreno e construir a própria casa. O apoio ao arrendamento social visa colmatar esse problema e dar estabilidade aos jovens casais, que podem assim instalar-se aqui e, inclusivamente, aumentar a família. Premiar a natalidade faz também parte dos nossos objetivos de campanha”. Uma grande percentagem do orçamento da Câmara Municipal
cmnordeste.pt 64 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Município
A principal atividade económica do Nordeste ainda é a pecuária O executivo municipal tem ainda em cima da mesa voltar a fazer do concelho o mais florido do país. “Ganhámos um prémio, em 1994, por sermos o concelho mais florido da Europa. De há quatro anos a esta parte, o cuidado com os nossos jardins desapareceu, mas voltaremos a fazer deste concelho o mais florido do país. Já estamos a fazer sementeiras e a reativar estufas”. O verão é também a época alta do turismo na região, mas este ainda é passageiro. “Queremos reverter essa situação. Temos miradouros, dois museus, algumas ermidas e igrejas, temos património natural lindíssimo, como o farol, os trilhos e a Casa do Trabalho, onde se fazem os trajes para os grupos folclóricos. Se conseguirmos fazer com que as pessoas reconheçam esse património e o visitem, inclusivamente no Inverno, será fantástico”. O setor do turismo representa uma excelente área de investimento e o Nordeste aguarda por empresários e turistas. “É um município acolhedor, de gente que sabe receber. Venham desvendar a nossa beleza natural e encontrar um excelente local para investir”.
Ação Social
Cultura
Desporto
Turismo
SOCIEDADE CORRETORA
ATUM DE QUALIDADE HÁ MAIS DE 70 ANOS Conhecer a Sociedade Corretora é fazer uma viagem no tempo.
A
Sociedade Corretora, Lda foi fundada nos Açores, na Ilha de São Miguel, em 1913, tendo por objetivo reunir os produtores de ananás e exportá-lo para a Europa. Na década de 20 era responsável por 50 por cento da produção daquele fruto, que ainda hoje é um ex-libris da Ilha de São Miguel. Durante a II Guerra Mundial (1939-1945), diversificou a atividade, passando a fazer compotas e conservas de atum, que foram desde o início muito apreciados. Nas compotas (doces) de ananás, amora e tomate de capucho (physalis) é utilizada a produção local destes frutos, sendo confecionadas no verão, quando o ciclo agrícola propicia a sua colheita. Têm um sabor muito próprio e característico. Nas conservas predomina o atum que é adquirido aos pescadores (armadores) locais, que contam com esta empresa para escoar a sua safra. A fábrica situa-se no concelho de Vila Franca do Campo, à beira-mar, sobre o Porto de Pesca, emprega 85 pessoas e tem um volume de faturação de cinco milhões de euros. Os processos de produção são todos tradicionais. A empresa transforma 2.500 toneladas de peixe inteiro, o que significa cerca de metade deste valor em conserva. A limpeza do atum é toda artesanal e está a cargo de mulheres muito experientes e ciosas do seu saber-fazer. Dizem elas que têm segredos muito bem guardados. Os responsáveis pela fábrica dizem que o segredo principal é o tempo que dão às trabalhadoras para limparem o atum e elas não serem submetidas a critérios muito exigentes em termos de quantidades. “Cada pessoa limpa os tabuleiros de atum que conseguir. O que nos interessa é que o atum fique bem limpo”. Os clientes procuram os produtos Corretora pela confiança adquirida ao longo dos tempos, que se baseia numa qualidade, que resiste e persiste. A Sociedade Corretora não tem uma estratégia comercial muito agressiva, nem uma rede de distribuição muito alargada. Está no mercado, com muitos
outros concorrentes, a maior parte deles, sem os sobrecustos de produzir numa região ultraperiférica. “O atum, para além do sal, do óleo ou do azeite, não tem conservantes, corantes, emulsionantes ou quaisquer outros aditivos. É conservado numa embalagem hermética, submetida ao calor. É um alimento rico em vários nutrientes essenciais: em proteínas e gorduras saudáveis. Deve ser consumido por quase todas as pessoas, em qualquer faixa etária. E tem uma grande vantagem, é fácil de cozinhar: é só abrir a lata ou o frasco”. A maioria da produção é escoada em S. Miguel, mas a empresa tem presença em França, Bélgica, Itália, EUA e Canadá. “O mercado italiano foi conquistado na II Grande Guerra e como o produto nunca perdeu a qualidade, nunca perdemos o mercado. Nos EUA contamos com o mercado da saudade, sobretudo”. “O nosso produto principal é o atum. Queremos entrar mais no mundo gourmet, com os filetes de atum, embalados à mão e eventualmente até acrescentar-lhes alguns temperos.”. Os produtos Corretora, conservas de atum e compotas, são comercializados sob a marca ‘Fayas’ e ‘Corretora’ e todos eles fazem parte da marca “Açores – certificado pela natureza”.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 65
VIAGENS MELO
AS BALEIAS E A NATUREZA: ATRATIVIDADE DOS AÇORES Catarina Cymbron é uma das sócias da agência de viagens Melo. E é com a venda de sonhos e a realização pessoal que lida diariamente, conforme conta em entrevista à Revista Business Portugal. Relembra o “mercado da saudade” que levava açorianos para os Estados Unidos da América e o Canadá. Todavia, foi o pai um dos “pioneiros em trazer turistas estrangeiros para os Açores”. promoção em feiras do setor, primeiro era “explicar onde era os Açores, o que tinha para fazer e ver, os serviços da agência eram a última coisa a ser falada”, e a relação próxima com a Natureza, salienta, foi sempre um aspeto basilar na realidade turística do arquipélago. Com um crescimento gradual, o destino tornou-se um atrativo para os turistas, salienta a empresária.
A proximidade da família com as baleias A relação com as baleias faz parte da família de Catarina. O pai, apaixonado pela área, reuniu a documentação deixada pelo avô ao longo de vários anos e lançou três livros sobre o tema. O livro “As baleias nos Açores - da caça ao turismo” mostra como “começou a relação entre os dois setores” e “como é que agora fazemos a observação de baleias e é um dos produtos mais vendidos nos Açores”. Em 1987 foi caçada a última baleia. Em 1991 abriu o Espaço Talassa para observação de cetáceos.
P
Catarina Cymbron, administradora
ioneiros na atração de turistas
Criada e fundada pelo Sr. Melo, quando o avô de Catarina Cymbron, juntamente com dois irmãos, decidiram comprar a agência, optaram por não modificar o nome pela referenciação positiva que já tinha. Na família há 46 anos “foi a pioneira em passeios pedestres”, começa por contar. Com o apoio da TAP Alemanha e Suécia, o pai criou programas de modo a “promover os Açores junto dos operadores turísticos”. Mas não foi apenas nos passeios a pé que a agência deu os primeiros passos. Também em passeios de bicicleta, numa altura em que tal não era comum nem no arquipélago, nem no continente, a agência de viagem Melo desbravou os trilhos. “O facto de os Açores serem desconhecidos tornava-os fáceis de serem vendidos para determinado nicho de mercado”, confessa. Na
66 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
As alterações constantes no mercado Os Açores acolhem, anualmente, vários tipos de turistas. A partir de 2000 começaram os voos charter que traziam um tipo de cliente que “esperava coisas que aqui, na altura, não havia”, nomeadamente as ementas em inglês. As “esplanadas era algo que nós não tínhamos porque para os açorianos não é hábito estar cá fora a beber um café ao Sol”, acrescenta Catarina Cymbron. Os Açores “adaptaram-se ao turismo”, confessa em entrevista à Revista Business Portugal. Ciente dos ciclos presentes no negócio, realça a multiculturalidade que os Açores atraem, ao longo de décadas, apoiado pela chegada das companhias aéreas low-cost. O Governo tem, também, “investido no Turismo, incentivando os empresários da localidade”, o que motivou e apoiou a expansão do tecido empresarial e cultural do arquipélago.
THOMAS HOSTEL
ESPAÇO DE QUALIDADE E CONFORTO SUPERIOR O Thomas Hostel nasceu com 20 quartos bem equipados e espaçosos, para dar qualidade a quem vem conhecer São Miguel. A Revista Business Portugal esteve à conversa com a diretora do espaço para perceber quais os planos futuros neste setor.
A
mas a sua capacidade económica raramente lhe permite gastar muito dinheiro. Ao contrário, quem vem da Alemanha e dos Estados Unidos da América não tem problema em pagar, mas exige um serviço de qualidade, algo que o Thomas Hostel está preparado para oferecer: “Temos 20 quartos, 13 twins, quatro twins triplos, três quartos duplos e um quarto para pessoas com mobilidade reduzida. A nossa sala de refeições fica situada no primeiro andar da residência, de forma a permitir a todos os hóspedes disfrutar da vista Maria Forjaz Sampaio, diretora
casa onde está instalado o Thomas Hostel era do bisavô da arquiteta Maria Sampaio. Em tempos, foi uma residência para rapazes que vinham estudar para a universidade dos Açores. Quem entra nesta casa, encontra um espaço limpo, moderno e arejado, de cores claras, mas com a referência ao passado evidente, através de fotografias da antiga moradia. Aberto desde o dia 4 de Agosto de 2015, o estabelecimento já experimentou o fluxo de turistas que chegaram com as companhias aéreas low-cost: “A maioria dos nossos clientes é continental, mas também temos muitos estrangeiros e, sobretudo, de diferentes origens, como Estados Unidos da América, Canadá, Brasil e outros destinos europeus”. O turista português é bastante exigente,
soberba que temos sobre Ponta Delgada”. A infraestrutura deste hostel já dá trabalho a 10 pessoas, sendo que cinco delas trabalham na receção do estabelecimento. O trabalho é executado em regime de turnos, para garantir que quem chega é sempre bem recebido: “No Verão, ainda há muita gente que vem, de mochila às costas, e não tem noção de que não vai ter onde dormir, porque a lotação está esgotada em todos os hotéis e unidades de alojamento, independentemente do preço cobrado. O nosso hostel recebe pessoas de todas as classes sociais,
mas antecipando as necessidades do mercado, iremos alargar o conceito desta casa e criar uma secção com camaratas. Serão oito quartos, com o número de camaratas que for possível instalar em cada um, sendo que não poderemos ultrapassar o número previsto por lei, que é de 30”. Quando questionada sobre os problemas mais prementes deste setor, e do turismo, que lhe está associado, Maria Forjaz Sampaio reconhece uma necessidade de formação urgente de recursos humanos, nomeadamente na área da hotelaria e animação turística e afirma que os Açores têm de começar a controlar a entrada de turistas no arquipélago, para que a Natureza seja
O turista português é bastante exigente. preservada e também, de forma a garantir turismo durante todo o ano: “Temos bastantes camas, neste momento. O setor da hotelaria viu nascer muitos alojamentos locais e no Thomas Hostel temos espaço para acolher quem nos quiser visitar nesta altura do ano. O tempo é fantástico, podem visitar tudo com calma e a preços mais acessíveis. Venham conhecer São Miguel”.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 67
PALADARES DA QUINTA
“CRIAMOS MOMENTOS PERFEITOS” O restaurante Paladares da Quinta abriu há nove anos, com o pai de Ferdinando Silva. Um ano depois, o restaurante cresceu e, de um espaço com 60 lugares, passou a albergar 110 clientes. Poucos anos depois, nasceram os Apartamentos Quinta Santa Bárbara****, vocacionados para um serviço de qualidade. O objetivo é levar a quem os visita um pouco dos Açores, dentro da própria ilha de São Miguel.
“
Ferdinando Silva e Honória Silva, administradores
Esta quinta era a casa dos meus pais. O meu pai era chefe de cozinha na POLNATO e, quando se reformou, os amigos vinham fazer tertúlias aqui. De mensais, as tertúlias passaram para semanais, ao ponto de a minha mãe sugerir abrir o 68 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
restaurante e foi isso que aconteceu”. Com o pai de Ferdinando Silva como chefe de cozinha, a ementa do espaço era variada. “O meu pai era de Vila Nova de Milfontes e a minha mãe é da ilha de São Jorge. As influências gastronómicas neste restaurante
vão desde o Minho até às ilhas dos Açores, passando pela gastronomia alentejana”. A prova desta afirmação é a ementa muito completa que o restaurante apresenta, com mais de 20 entradas diferentes, 20 pratos de carne, o mesmo número de pratos de peixe e pouco mais de 20 sobremesas. “Tudo o que cozinhamos é feito num forno a lenha. Temos pratos como arroz de cabidela, cabrito assado, leitão à moda da Bairrada. Nos peixes, temos imensos pratos de bacalhau. Neste restaurante não existem pratos do dia, o cliente escolhe na hora a sua refeição e consegue saber quanto vai pagar por ela”. Esta inovação é única e só é possível graças à existência de ementas digitais. “Este é o único restaurante que possui ementas em Ipad. A ideia foi minha, desenvolvida por mim e ganhou vida com a ajuda de um programador. De entre as várias funcionalidades, destacam-se o facto de o cliente poder ver fotografias dos pratos que existem, o que ajuda bastante quando se trata de clientes
PALADARES DA QUINTA
estrangeiros, porque a descrição da refeição, muitas vezes, é redutora. O cliente pode escolher o que come, encomendar, e quando chega a sua comida está pronta. Além disso, no final da encomenda fica a saber quanto vai pagar pela refeição”. A aplicação está disponível em cerca de 10 línguas, o que permite a um grande leque de clientes estrangeiros poderem consultar a ementa na sua própria língua. “Depois do pedido feito, a aplicação volta a traduzir para português. Caso haja algum prato que não esteja disponível, eu consigo retirá-lo
começou a receber pedidos para se dedicar a uma outra área de negócio. “As agências de viagens, por exemplo, sabiam deste espaço e diziam-me que eu devia investir em alojamento local. A quinta tem espaço, são cerca
nos visita. Esta quinta fica perto e longe de tudo, em simultâneo. Fica perto de supermercados e centros de saúde, estamos perto de Lagoa, mas quando entra aqui parece que está num local rural. Não se ouve qualquer
com facilidade da ementa, e repô-lo quando voltar a ter. Isso também é válido para o caso em que existe um stock pequeno de um determinado produto. Depois de feitas encomendas que correspondam ao número que existe, esse prato fica indisponível”. Quando nasceu, o restaurante dispunha de 60 lugares. Neste momento, já tem capacidade para 110 pessoas. “Inicialmente, tínhamos apenas uma sala, que era toda em vidro e que permitia às pessoas sentirem-se envolvidas pelo espaço verde que existe aqui à volta. Passado um ano, percebemos que aquele espaço não era suficiente para a quantidade de pedidos que já tínhamos aumentámos o espaço quase para o dobro. As salas são as duas envidraçadas, sendo que uma delas dispõe de portas que abrem na totalidade, para se circular livremente entre as duas salas”. Passado pouco tempo, Ferdinando Silva
de 6.800 m2, dos quais só 28 por cento estão construídos, e eu acabei por avançar com a ideia. Foi assim que nasceram os apartamentos da Quinta de Santa Bárbara”. São sete apartamentos, com uma capacidade total de 36 pessoas. “São insonorizados, estão totalmente equipados e são casas que rondam os 70m2. Dá perfeitamente
barulho, consegue ouvir os pássaros. O grande espaço verde de que esta quinta dispõe permite-nos fazer também hortas biológicas, onde temos de tudo um pouco, desde fruta, a ervas aromáticas, passando por legumes e hortícolas. Fazemos ainda o nosso próprio pão alentejano, numa padaria anexa ao restaurante”. De abril a outubro, a lotação está esgotada, sobretudo com estrangeiros. Por isso, Ferdinando já sente a necessidade de aumentar o complexo e tenciona criar um apartamento T2 e outro T3. “Para a nossa estrutura já seria suficiente. Trabalham aqui nove pessoas e é um bom número para garantir trabalho todo o ano e manter a qualidade da oferta”. Os desafios que se avizinham prendem-se com a dificuldade de encontrar pessoas qualificadas para trabalhar na restauração e hotelaria e tentar não destruir a beleza
De abril a outubro, a lotação está esgotada, sobretudo com estrangeiros para uma família viver durante o tempo que lhe apetecer ficar. Além disso, temos também disponíveis uma piscina de água salgada, um jacuzzi, uma zona de wellness, com banho turco, sauna e ginásio e ainda disponibilizamos bicicletas aos nossos clientes, incluindo a crianças”. Para duas pessoas, a estadia diária no verão ronda os 150 euros. “Tentamos dar o máximo conforto a quem
natural que os Açores vendem. “Se começarmos a destruir o que temos, na sede de o mostrar, não aproveitaremos o sucesso. Da nossa parte, estamos aqui para criar momentos perfeitos a quem nos visita”.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 69
PROFRUTOS
HÁ 45 ANOS A CUIDAR DO FRUTO-REI A PROFRUTOS é uma cooperativa de produtores de Ananás dos Açores que foi criada para dar resposta à dificuldade de comercialização do produto. Há 45 anos, a cooperativa começou por reunir toda a produção de ananás da ilha de São Miguel e comercializá-la, quer dentro do arquipélago, quer para o continente. Atualmente, a PROFRUTOS mantém o seu lado de cooperativa agrícola e presta também serviços de apoio técnico e agrícola aos seus associados.
Álvaro Dâmaso, Presidente
“Quando a cooperativa foi criada tínhamos cerca de 80 por cento da produção de ananás da ilha”, começa por contar o presidente da PROFRUTOS, Álvaro Dâmaso. “A cooperativa nasceu da necessidade de existir uma entidade que juntasse toda a produção de ananás, dado que se tratava maioritariamente de pequenos agricultores, para depois conseguir vendê-la pelo melhor preço possível e escoar o produto. Normalmente o ananás saía para outras ilhas do arquipélago e para o continente”. Durante muitos anos, Portugal continental consumia cerca de 70 por cento do ananás que era produzido na ilha de São Miguel. Neste momento, a realidade do mercado alterou-se. “Em termos de produção,
70 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
chega-nos cerca de 50 por cento de tudo o que é feito na ilha. Foram surgindo mais armazenistas, muitos deles conseguem pagar mais pela produção de cada fruticultor e alguns dos nossos associados já lhes vendem a produção. Por outro lado, o escoamento do ananás já se faz de outra forma, com metade da produção a ser enviada para o continente e a outra metade a ficar nas ilhas”. Tal mudança no consumo desta fruta deve-se ao aumento exponencial do turismo no arquipélago e, em especial, em São Miguel. O ananás tornou-se um produto obrigatório para hotéis, hostels, turismo de habitação e mercearias locais. “Até o pequeno comerciante de mercado quer ter na sua banca o ananás dos Açores, porque é um produto
local e é facilmente vendido. Além disso, o crescimento do número de hotéis e unidades de alojamento local potencia também um maior consumo desta fruta”.
Dois anos para produzir e três semanas para vender Para que as produções individuais sejam sustentáveis é necessário que assumam escala adequada, para concentrar a produção e garantir o escoamento da mesma. Atualmente,para a construção de uma estufa de vidro é necessário cerca de 20 mil euros. “As famílias que iniciaram a produção de ananás na ilha fizeram-no porque era uma fruta tropical, mas não viviam disso. Tinham outras culturas, eram proprietários
PROFRUTOS
de quintas. Atualmente, esses primeiros proprietários das estufas já não trabalham, mas as suas estufas ainda estão a produzir, pois estão arrendadas aos estufeiros, que antes cuidavam das estufas e agora são donos da produção que lá se faz. Todavia, dificilmente alguém novo entra para este ramo. Os produtores que existem são pessoas cujo negócio já vinha de família ou quem cresceu a cuidar de ananases e sabe como produzir esta fruta”. O ananás é uma fruta cara de produzir, pois exige muita mão-de-obra e existem muitas tarefas que têm de ser executadas a cada ananás. “Nós capamos a coroa ao ananás, por uma questão de embelezamento. Consiste em impedir o crescimento da coroa do fruto, para que o ananás cresça, fique redondo e com a coroa pequena. Além disso, há que ter em conta que esta fruta leva dois anos a produzir e que cada planta produz um único ananás. Só o tempo de produção do ananás obriga a que o produtor tenha uma capacidade monetária que consiga sustentar o negócio durante os dois anos em que a produção está em curso, sabendo que não terá retorno naquela fase”. O ciclo de produção do ananás é fechado. Este é constituído por três fases, sendo a primeira delas conhecida como “abrolhamento”, onde se coloca na terra a “toca”, isto é, a parte central da planta do ananás, para dar origem ao brolho, um rebento lateral. Esta primeira fase demora entre quatro a seis meses. A segunda fase, ou de “ planta disposta”, consiste em plantar este pequeno espécime
“Até o pequeno comerciante de mercado quer ter na sua banca o ananás dos Açores.”
Violante Medeiros, diretora geral
no solo, dentro de uma estufa, onde vai desenvolver-se com controlo de temperatura e humidade, até atingir a fase adulta. Esta fase decorre durante meio ano. A última fase, de plantação definitiva, que decorre na estufa tradicional, de vidro, demora entre 12 a 15 meses e é durante esta fase que nasce efetivamente o ananás. “Esta é uma planta que está adaptada a um clima tropical, gosta de ter uma variação de temperatura dia-noite de 15 graus e uma radiação constante, com um fotoperíodo de 12 horas por dia. Aqui, entre o Verão e o Inverno, temos uma diferença de cinco horas e isso é crucial para as alterações nas propriedades do fruto, nomeadamente na quantidade de açúcares. No Verão temos ananases que têm 16 gramas de açúcar por 100 gramas de fruto e no Inverno temos 12 gramas de açúcar por cada 100 gramas de fruto. Por isso, sente-se mais a acidez natural do ananás e é nesta época que é menos vendido. Em São Miguel, a produção anual chega às mil toneladas, em cerca de 54 hectares. “Temos muito pouco produto para fazer face às necessidades do mercado nacional, e nem somos competitivos para enviar para outros países. Quando não conseguimos escoá-lo dentro das três semanas que ele tem para ser consumido, então temos de enviá-lo para a indústria transformadora, para a produção de licores e compotas”.Porém, o ananás pode ser totalmente aproveitado. As ramagens que ficam depois da apanha do fruto podem ser transformadas para obtenção de fibras usadas para fazer talheres e tigelas, por exemplo, e a bromeleína, que é uma enzima presente nesta fruta, tem propriedades digestivas, anti-inflamatórias e ainda anti-tumorais, para além de ajudar o organismo a absorver melhor outros medicamentos. Se conseguirmos aproveitar todas estas qualidades farmacológicas, teremos as potencialidades do ananás exploradas ao máximo”.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 71
RESTAURANTE TONY’S
COZIDO DAS FURNAS É NO TONY’S Criado há 34 anos, o restaurante Tony’s prima pela gastronomia açoriana. Com três salas, tem capacidade para receber muitos dos turistas que visitam a ilha de São Miguel, em especial as Furnas. O cozido na caldeira é rei naquela casa, mas se encomendar pode degustar um bacalhau ou uma feijoada, também cozinhados nas furnas.
Marco Arruda e equipa
“
Este restaurante abriu em 1984. O meu pai foi taxista, nas Furnas. Emigrou para os E.U.A, e conheceu um senhor ligado à construção civil chamado Tony. Ambos resolveram iniciar o projeto e daí o nome desta casa, pois ambos se chamavam ‘António’”, começa por contar Marco Arruda, filho do fundador. A especialidade do restaurante é o cozido das Furnas: “É uma tradição já muito antiga. As panelas de cozido são colocadas dentro das caldeiras próprias para cozidos, durante sete horas, de forma a ter a comida pronta a tempo de abrir o restaurante. Existem guardas que registam a hora a que precisamos daquela panela e calculam a hora a que devem colocá-la nas caldeiras”. Estas caldeiras podem ter entre um metro e 1,20 metros, por isso cabem várias panelas dentro da mesma: “As panelas dos restaurantes têm 40 litros de capacidade, mas cabe mais do que uma em cada caldeira. Não temos lugares marcados, mas a maioria dos restaurantes trabalha sempre com os mesmos locais, e os guardas também já sabem onde colocar as panelas. Há que ter em conta também a temperatura de cada caldeira, porque pode variar entre os 60 e os 93 graus, e ter em conta a hora à qual o cozido tem de estar pronto. Se for para ser retirado primeiro, tem de ficar em cima, para cozer mais rápido, pois o vapor sobre e o que está por cima é o primeiro a ficar cozido”.
O cozido das Furnas é ligeiramente diferente do que é consumido a nível nacional. O chefe de cozinha, João Fialho, conta que, além dos produtos comuns usados para o cozido, existem ainda a batata-doce e o ínhame. Destaca-se também a ausência da farinheira: “É montado por camadas, consoante o tempo de cozedura dos ingredientes. Enquanto coze, as carnes e os chouriços destilam água e é nesse caldo que fica na panela que a refeição é cozinhada”. A retirada da panela da caldeira constitui uma atração turística: “Há três horas de retirada de panelas – às 11h30, às 12h30 e às 13h30. Antigamente, todos os restaurantes retiravam às 12h30, mas gerava-se uma enorme confusão, dado o elevado número de turistas que queriam ver o momento. Assim, a nossa casa optou por se diferenciar e começar a tirar o cozido às 11h30. Tenho panelas que ficam para mais tarde, mas desta forma garanto que sou dos primeiros estabelecimentos a poder servir o cozido”. O grupo Tony’s não possui apenas o restaurante. Conta também com 3 salas de refeições, agência de viagens, passeios turísticos e transfers. Por enquanto, a sua atividade está concentrada nas Furnas, mas a expansão, sobretudo para os Estados Unidos da América, onde a comunidade açoriana é imensa, não está posta de parte: “Temos crescido sempre, desde 2014. O turismo está a animar a economia e, se nada acontecer em contrário, as perspetivas de evolução são excelentes”.
João Fialho e equipa
RESTAURANTE TONY’S - FURNAS Largo do Teatro 9675-036, Furnas T: 296 584 632 E: tonys@sapo.pt www.restaurantetonys.pt
72 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
SERVIARM
UMA EMPRESA CRIADA PARA SERVIR BEM AS PESSOAS A SERVIARM é uma empresa fundada em tempos de crise, por um homem que ama os Açores e a vida na ilha de São Miguel. Luís Silva falou com a Revista Business Portugal sobre a sua filosofia de trabalho e os desafios que se avizinham.
Luís Silva, administrador
A SERVIARM nasceu há 11 anos, pela mão de Luís Silva, que arriscou numa altura de crise. “Apliquei aqui as minhas economias e estive quatro meses a trabalhar neste projeto sozinho. Não desisti porque sentia necessidade de ter um projeto meu e acreditava que tinha algo para dar às pessoas que já me conheciam”. O lado pessoal de Luís Silva está muito presente na empresa. “Eu tinha noção de que se trabalhasse honestamente, o sucesso ia chegar. Estou há 37 anos a trabalhar nos Açores e conheço o método de trabalho daqui. Sabia que se não tivesse pressa para fazer dinheiro não iria faltar trabalho e é o que tem acontecido”. A SERVIARM prima por um trabalho de qualidade. “O trabalho pode ser bem feito à primeira vez. Eu gosto de fazer bem à primeira, porque fazer mal custa mais caro, pois temos de fazer e depois emendar. Eu tive sempre essa exigência. Não gosto de personalizar o projeto a ponto de o chamar de ‘meu’. Todos os projetos são de particulares ou instituições públicas e cada pessoa deve desfrutar deles e senti-los seus. Aqueles espaços não são meus. Esta é a minha filosofia. A obra física é apenas física. Eu acredito que devemos deixar marca nas pessoas”. A empresa presta serviços nas mais variadas áreas. “Temos a parte de arquitetura e engenharia, em todas as especialidades, e ainda prestamos serviços de fiscalização de obra e certificação final. O cliente traz-nos os dados do terreno e o que pretende e nós tratamos de tudo. O cliente só passa pelo nosso escritório para ir assinando as fases do projeto, porque nós transmitimos-lhe toda a infor-
mação por email. Além disso, damos a vantagem ao cliente de vir ao nosso escritório quando ele puder”. Luís Silva faz questão de deixar clara a independência da empresa face às diversas marcas de produtos. “Não temos nenhuma representação de produtos. A nossa independência garante-nos que quem manda no projeto é sempre o cliente. Apresentamos-lhe o preço, fazendo sempre uma relação com a qualidade do material apresentado. Damos a nossa opinião mas é a do cliente que prevalece”. O grande desafio que se apresenta é encontrar técnicos especializados. “As escolas profissionais acabaram e os licenciados estão a sair do país. Se quiser um técnico tenho de o formar dentro da empresa. Corremos o risco de precisar de alguém especializado numa área e não o ter. Os Açores podem desenvolver-se ainda mais, mas o principal desafio que aí vem é fixar pessoas cá, sobretudo os jovens. O turismo está a ser bastante apoiado, mas é importante que os governantes não se esqueçam que há áreas anexas que têm de ser desenvolvidas em simultâneo”. Para a empresa, Luís não tem dúvidas: “o essencial é trabalhar para ter dinheiro para viver, sem pressa de fazer dinheiro e desfrutando da Natureza e do mar que os Açores oferecem”.
Rua Nova da Misericórdia, 22-F 9500-336 Ponta Delgada Telefone: 296 653 283 E-mail: serviarm@sapo.pt www.serviarm.com
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 73
A.C. CYMBRON
HÁ 69 ANOS UMA REFERÊNCIA A A.C. Cymbron Lda foi fundada em 1923, pelos irmãos Vicente e José Cymbron. Na génese da sua atividade esteve a importação de cimento, mas em 1949 traçou um novo rumo, quando decidiu ser pioneira na importação de combustíveis e gás. Atualmente, explora dois postos de combustível e tem um terceiro alugado. Para além disso, tem ainda negócios noutras áreas, como rent-a-car, agência de viagens, ferramentas para construção civil, motociclos e respetivos acessórios.
S
Sónia Borges de Sousa e Carolina Brito , administradoras
ónia Borges de Sousa pertence à terceira geração da família responsável pela empresa que introduziu o gás e os combustíveis em S. Miguel e, mais tarde, noutras ilhas dos Açores. A administradora da A.C. Cymbron conta que os combustíveis surgiram porque o seu avô conhecia os responsáveis da Cidla e da Sacor. “Esta atividade iniciou-se em 1949, porque o meu avô e o meu tio conheceram os responsáveis das empresas de combustíveis do continente e quiseram introduzir os combustíveis aqui. A empresa que tinham já existia desde 1923, mas comercializava cimento, como representante da Fábrica do Lis e depois da SECIL”. Posteriormente, a A.C. Cymbron juntou a esta atividade o agenciamento de navios de transporte de combustível. Todavia, o
74 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
mercado deixou claro que a venda de gás estava a reduzir, e quando perceberam a razão desse decréscimo, a família atuou. “A emigração fazia com que muita gente deixasse de consumir gás, logo assumimos que tínhamos de mudar o negócio. Foi assim que criámos a agência de viagens Melo, que hoje já tem uma direção própria”. O mercado açoriano é diminuto, o que obriga a uma grande diversificação de investimentos. “Já tivemos um investimento no ramo do mobiliário, das loiças e das ferramentas, sendo que esta última ainda se mantém. Além disso, temos um serviço de entrega de botijas de gás porta a porta e também serviços técnicos de montagem e manutenção eletromecânica de postos de abastecimento e instalações de redes de gás”. Os dois negócios mais recentes são o rent-a-car e a loja de motas e acessórios de motociclismo. “Abrimos há cerca de quatro anos e têm tido um papel muito importante na faturação do grupo. O rent-a-car surgiu como uma resposta ao aumento do turismo e as
A.C. CYMBRON
motas vieram numa altura em que as pessoas estavam a trocar os carros pelos motociclos. Além disso, disponibilizámos aos compradores um segmento de acessórios de qualidade para motociclismo do qual as pessoas sentiam falta, nomeadamente calçado, blusões e capacetes”. A juntar a esta novidade, quem vier à rent-a-car tem a oportunidade de alugar também uma mota, de marcas tão conhecidas como Aprilia ou Moto Guzzi. A necessidade de diversificar as áreas de investimento provém de dois fatores – o primeiro é garantir que a empresa se vá atualizando, de acordo com as necessidades do mercado e com as áreas de interesse dos novos acionistas, a quarta geração da família. Em segundo lugar, coloca-se a questão de sustentabilidade do negócio dos combustíveis. “Um posto de combustível rentável tem de faturar cerca de dois milhões e meio de litros de combustível por ano. Ainda vamos conseguindo, nos três postos que temos – dois
que são mesmo nossos e um que temos alugado à Galp – faturar esses números, mas as margens de lucro são muito pequenas. O preço de venda ao público nos Açores é tabelado por lei, assim como todas as margens e os componentes que envolvem a venda; isto é, os transportes, o armazenamento, a distribuição e a margem de revenda. O imposto sobre produtos petrolíferos (ISP), que é o único que se paga nos Açores, tem vindo a aumentar numa proporção que raia a ilegalidade, enquanto as margens de revenda se mantêm desde 2013 nos 42 euros p/m3, que é o mesmo que dizer 0,042 por litro. Temos ainda os seguros de responsabilidade civil e o ambiental, designados por portaria do Governo. Os custos de ter um posto de combustível aberto, só em impostos, rondam os 1.300 euros”.
Esta atividade iniciou-se em 1949 Sónia Borges de Sousa não pensa em fechar os postos de combustível, mas garante que tal só é possível graças à diversificação de áreas de negócio e à estagnação do investimento. “Temos mais de 100 funcionários e não despedimos ninguém, mas só é possível sustentar o negócio dos combustíveis porque temos os outros negócios. Se dependesse só do negócio petrolífero, já tinhamos fechado. Além disso, temos consciência de que há investimentos que estão parados, pois o dinheiro que havia disponível foi necessário para outras coisas. No entanto, a economia está a recuperar e os açorianos são um povo muito resistente. Não desistimos”.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 75
DESTAQUES 76 QUINTA MADRE DE ÁGUA O sossego da montanha 78 CAIXISTRELA Qualidade e seriedade 80 QUINTA DAS CEGONHAS Natureza e descanso na Quinta das Cegonhas 81 LIGA DE PROMOÇÃO HUMANITÁRIA E CULTURAL DE SÃO PAIO Ao serviço da comunidade
Av. da Sede da Junta de Freguesia 12 6290-241, Paços Da Serra, Guarda Telemóvel: 932 377 895 Facebook: @quintadatapadadopontao
76 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
GOUVEIA A HISTÓRIA E A CULTURA ALIADA À INOVAÇÃO Situado no distrito da Guarda, o concelho de Gouveia tem 16 freguesias agregadas. E é a esta dimensão populacional que se aliam as crenças populares que originaram a fundação e memória da cidade. Há quem diga que no século VI a.C., a localidade teria sido povoada pelos Túrdulos: contudo, os vestígios mais antigos na cidade referem-se ao Largo do Castelo. Nesse mesmo Largo, no ano de 1940, foram encontrados vestígios da Idade do bronze. Assim, a história, nos dias de hoje já remota, de Gouveia é atribuída aos lusitanos, uma tribo Celta, que encontrava-se, habitualmente, no centro do país. Que Gouveia é uma localidade rica em Natureza e países capazes de fazer suster qualquer respiração, não há dúvidas. Nesta edição da Revista Business Portugal, convidamo-lo a conhecer o principal tecido empresarial e cultural do concelho, analisando e conhecendo as histórias por detrás das empresas que movimentam a região. Com a partilha das motivações e perspetivas dos empresários que encontraram no concelho de Gouveia a solução ideal para os seus negócios e empresas, é possível mostrar, a nível nacional, o que de melhor é feito e produzido na região. Nas páginas que se seguem poderá encontrar empresas que têm vindo, ao longo dos últimos anos, a adoptar estratégias de atuação capazes de incrementar o mercado da região. Assim, a inovação está presente na metodologia adoptada no concelho de Gouveia, apoiada pela gestão da Câmara Municipal, presidida por Luís Tadeu Marques. Para além da corrente aposta na capacidade, confiança e credibilidade das empresas da região, Gouveia tem, também, desenvolvido diversificadas iniciativas a nível cultural. As mesmas permitem uma culturização da população local que, à semelhança de muitos outros concelhos do território nacional têm uma elevada franquia da população envelhecida. Mas não é a idade que faz o concelho parar. E a prova disso mesmo está escrita nas próximas páginas desta que é a primeira edição do ano da Revista Business Portugal.
HOTEL
NATUREZA NO SEU ESTADO PURO
QUEIJARIA
Todas as quintas têm uma história. Esta inicia em 2007, com o casal Luís e Lurdes a regressar às origens, através de um projecto sustentado que respeita a natureza, o homem, as artes e tradições. Construiu-se um hotel de charme com 10 quartos e um restaurante, onde se recebem os hóspedes em ambiente familiar. O projecto engloba também uma queijaria, que alia a tradição às novas tecnologias na arte de produzir o famoso queijo da Serra da Estrela certificado, um ovil e um rebanho de 500 ovelhas da raça bordaleira e uma coudelaria que enaltece e preserva o cavalo de pura raça Lusitana. O picadeiro está a ser construído com materiais da região e ali irá desenvolver serviços associados ao cavalo e à arte de bem cavalgar. Futuramente será ainda recuperada e ampliada uma adega centenária onde serão vinificados os vinhos Madre de Água.
RESTAURANTE
Venha visitar-nos e fique a conhecer este modo de estar na vida.
VINHOS DE EXCELÊNCIA
QUEIJOS PREMIADOS
PICADEIRO Quinta Madre de Água Hotel Rural Vinhó, 6290-651 Gouveia geral@quintamadredeagua.pt
Reservas: T: (+351) 238 490 500
QUINTA MADRE DE ÁGUA
O SOSSEGO DA MONTANHA “A ideia inicial era albergar cães abandonados…hoje temos (eu e o meu marido) um hotel rural, rebanhos de ovelhas e cabras, cavalos, produzimos vinhos, azeite e ainda temos uma queijaria”. É desta forma que Lurdes Perfeito começa por descrever porque é que o casal Perfeito se mudou de Sintra para Gouveia. Bem-vindos à Quinta Madre de Água!
O 78 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
casal adquire esta quinta em 2007 e começa a idealizar um projeto que resultou na fusão entre a natureza e os animais e na produção de queijos e vinhos. Como decorreu este processo evolutivo? A Quinta Madre de Água surge por um rol de circunstâncias que coincidiram temporalmente… A história teve início com a procura de um terreno com o intuito de construir um espaço para construção de uma residência secundária, surgiu uma quinta com as condições que precisávamos, e decidimos que este seria o local ideal para investir na plantação de vinhas. Começá-
mos com a vinha existente, velhinha, com cerca de 30 anos em 2007 e com uma área de 0,5 hectares. Atualmente, já temos 18 hectares de vinha. O passo seguinte seria a promoção e comercialização dos nossos vinhos. Foi nessa altura que o meu marido teve a ideia de aproveitarmos a infraestrutura (onde nos encontramos) para construir um hotel porque queríamos ter um espaço onde receber os distribuidores e promotores locais assim como os internacionais, e oferecer-lhes a oportunidade de conhecer o processo de produção do nosso vinho e de o degustar. Durante o processo de plantação das vinhas
QUINTA MADRE DE ÁGUA
surge a oportunidade de ficar com um rebanho com 60 ovelhas. Construímos um ovil e surge a necessidade de construir uma queijaria, de forma aproveitar a matéria-prima gerada pelos animais. A queijaria é uma realidade, produzimos e comercializamos queijos da marca Madre de Água. Para além destas atividades ainda produzimos azeite, em média, 1.500 a 3 mil litros mediante a colheita do ano. O alargamento do leque de atividades passou pela aquisição de mais espaços? Logo a seguir à construção da queijaria queríamos ter construído uma adega, mas as adversidades económicas condicionaram esse investimento. Arrendamos uma adega para produzir vinho, e iniciamos a sua comercialização de uma forma gradual. O projeto da construção da adega com o apoio do Portugal 2020 começa a vislumbrar a sua concretização.
Os cavalos surgiram por sua iniciativa? Os cavalos surgiram por causa das adversidades económicas e da seca a que Portugal esteve sujeito há uns anos atrás. Deram-me a oportunidade de ficar com alguns animais de raça Lusitana. Entretanto questionámos a hipótese de ter um cavalo que levasse o nome da Quinta Madre de Água além-fronteiras e, assim sendo, decidimos investir na preparação do Dom Rico em Dressage, cavalo que poderá corresponder às nossas expectativas.
Os hóspedes podem usufruir destas mais-valias? O Hotel Rural Madre de Água**** recebe hóspedes de todo o país e estrangeiros oferecendo o que de melhor se produz na quinta e nesta região serrana. Quando os hóspedes fazem a reserva está automaticamente incluída uma visita às quintas onde
Bem-vindos à Quinta Madre de Água! podem desfrutar das paisagens únicas que esta oferece, conhecer os nossos cavalos, cães, ovelhas e cabras e, por opção, podem participar na ordenha, visitar a queijaria, fazer provas de vinhos e queijo (com um custo associado). Pensámos que os cavalos seriam o nosso ex-líbris mas, para nossa grande surpresa, os hóspedes apreciam e aderem de imediato à ordenha das ovelhas e cabras e ficam encantados com os nossos cães Serra da Estrela e Cão de Gado Transmontano. A Quinta Madre de Água é singular porque… Porque pelo conhecimento que tenho e depois de várias pesquisas creio que não existe nada semelhante no nosso país, no que diz respeito às suas valências. Oferecemos opções de alojamento e restauração, temos cavalos, ovelhas e cabras, produção de vinho, queijo e azeite e empregamos, no total, 40 pessoas. Este espaço é um lugar que convida ao descanso, ao apreciar da paisagem envolvente e à atividade dos cinco sentidos. Analisemos: os ingredientes com que são confecionados os pratos do nosso restaurante são cuidadosamente selecionados – paladar –, o cheiro da terra acabada de lavrar e da azáfama da vindima - olfato -, os ruídos dos animais que passeiam pela quinta - audição -, o contacto direto com as ovelhas e as cabras – tato – e, finalmente, o facto de poder
apreciar a paisagem e as cores que as quatro estações do ano nos oferecem – visão –. A localização próxima da serra, o facto de nos encontrarmos apenas a cinco quilómetros de Gouveia, faz da Quinta Madre Água o local ideal para quem quer relaxar e apreciar a natureza. No verão, a piscina exterior convida para um mergulho debaixo do calor que carateriza a região durante essa altura do ano. No inverno primamos por manter um ambiente convidativo à leitura, na nossa sala de convívio, avistando a Serra da Estrela plena de neve.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 79
CAIXISTRELA
QUALIDADE E SERIEDADE Paulo e Filipa Alves gerem a Caixistrela, uma empresa familiar que marca pela qualidade dos produtos que fabrica, capacidade de acompanhamento dos clientes e seriedade dos seus profissionais. Conversámos com Paulo Alves, proprietário e gerente da Caixistrela.
ções atuais na Zona Industrial de Gouveia. Em 2016, os meus pais decidiram entregar a empresa aos filhos, originando que ficássemos eu e a minha esposa com a gerência da mesma. Atualmente, empregamos oito funcionários.
A
Caixistrela é uma empresa familiar que começou em meados dos anos noventa. Conte-nos a origem da empresa. A Caixistrela começou pela mão do meu pai, José Ferreira Alves, em outubro
de 1995, altura em que ele era o único funcionário. O negócio cresceu e o meu pai precisava de ajuda. Comecei por trabalhar em part-time, uma vez que ainda estudava e, posteriormente os meus irmãos deixaram
80 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Paulo e Filipa Alves, administradores
os empregos que tinham para vir ajudar o meu pai. Entretanto, o volume de negócios da Caixistrela aumenta, eu concluo os meus estudos, e junto-me aos meus pais e irmãos
em 2000. As instalações em que laborávamos mostravam-se incompatíveis quer em espaço, quer em conformidade com o crescimento notório que atravessávamos e foi em 2004 que mudámos para as instala-
Fabricam todo o tipo de caixilharia em alumínio? Fabricamos todo o tipo de caixilharia: portas, janelas e portadas, aplicamos estores e fabricamos portões de rua em alumínio e instalamos portões seccionados. Os nossos produtos obedecem a uma grande precisão, por isso é necessário deslocar-me pessoalmente a cada obra que nos é adjudicada. Desloco-me a casa/empresa do cliente, tiro as medidas e antes de fazer o orçamento apresento os materiais com que trabalhamos, alumínio ou PVC, sugiro os materiais que considero serem os mais adequados ao tipo de obra que me foi apresentada e entrego o orçamento. Aprovado o orçamento, a equipa da Caixistrela trata de tudo até a obra estar concluída. O catálogo de ofertas da Caixistrela restringe-se ao alumínio? Trabalhamos e fabricamos produtos em alumínio, mas a evolução do mercado começou a pedir alternativas e apostámos, desde 2012, no PVC. Sentimos que o cliente procurava outros materiais para substituir as caixilharias de ferro, alumínio e madeira antigos. Como o PVC é um produto de elevada qualidade e durabilidade decidimos que seria uma boa aposta. A Caixistrela fabrica caixilharia de alumínio desde a barra de 6,5 metros e transforma-a em qualquer tipo de caixilho. O PVC vem transformado no produto final – que encomendamos ao nosso fornecedor – e apenas efetuamos a respetiva colocação no local.
CAIXISTRELA
“Fabricamos todo o tipo de caixilharia: portas, janelas e portadas e fazemos a aplicação das mesmas”.
Fundadores da empresa
Qual é o produto mais vantajoso: o alumínio ou o PVC? Em termos comparativos o alumínio e o PVC têm caraterísticas semelhantes, mas depende de muitos fatores como a cor do material, da localização da infraestrutura e onde vai ser instalada a caixilharia, se existe proteção exterior (portada ou estore), entre outros, há diversos fatores que têm de ser considerados para melhor aconselhar o cliente. O mais vantajoso preço/qualidade
é o alumínio sendo que o PVC tem mais vantagens em zonas de maior humidade. Até onde se estende a área de atuação da Caixistrela? Estamos a trabalhar em vários distritos do país. Não nos deslocamos para o estran-
geiro, mas enviamos encomendas prontas a montar no destino. Este segmento de mercado é dinamizado pelos nossos clientes que são emigrantes e querem ter a mesma qualidade de material no país onde se encontram. A qualidade dos produtos e do profissionalismo da Caixistrela é divulgado, principalmente, pelos nossos clientes que aconselham os familiares e amigos, funciona muito pelo passar a palavra. Apresente-nos os projetos futuros que traça para a Caixistrela. Gostava de trabalhar no sentido de alargar a oferta de produtos para os nossos clientes. A área da decoração, nomeadamente dos cortinados, será uma linha a seguir. Já disponibilizamos oferta de blackouts e de estores laminados mas gostava de evoluir para a área de decoração de interiores. Quero manter a qualidade dos materiais e seriedade da equipa da Caixistrela. Neste momento não estamos a conseguir dar resposta cabal a todos os pedidos que nos chegam, o que motivou a contratação de mais um funcionário. As pessoas têm optado pela melhor relação preço-qualidade-seriedade e espero que assim continue.
SOLUÇÕES EM CAIXILHARIA
Morada Zona Industrial, Lt 5 6290-210 Gouveia PORTUGAL
Contacte-nos 238 494 098 962 707 787 caixistrela@gmail.com
Horário de funcionamento Segunda a Sexta 8h30 - 12h30 14h -18h
Visite-nos em caixistrela.com fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 81
QUINTA DAS CEGONHAS
NATUREZA E DESCANSO NA QUINTA DAS CEGONHAS Gerard e Rieke chegaram a Portugal para passar férias e descobriram que o país tinha muito mais para oferecer. A visão empreendedora do casal levou-os à compra de um terreno em Nabaínhos, na freguesia de Melo, em Gouveia, onde “apenas existia um edifício em ruínas e muito mato”. Ao longo dos anos foram construindo a Quinta das Cegonhas, no Parque Natural da Serra da Estrela, o local predileto dos apreciadores da natureza.
O
riundos da Holanda descobriram Portugal no final dos anos oitenta. Quando decidiram estabelecer-se em terras lusas? Descobrimos Portugal em 1986 quando chegamos para passar umas férias. Gostámos imenso do país, mas ficamos fascinados pela beleza da Serra da Estrela e de toda a zona envolvente. Naquela altura sabíamos que queríamos sair da Holanda, mas ainda não tínhamos definido os nossos objetivos e muito menos o país de destino. Em 1994 tomámos a decisão definitiva de emigrar para Portugal e implementar um projeto turístico na Serra da Estrela. Porquê a Serra da Estrela? A Serra da Estrela é, para nós, uma das melhores zonas de Portugal para viver e trabalhar e foi a região que mais gostámos logo desde o início. O turismo é uma das atividades fundamentais desta zona, mas tanto naquela altura, como agora, é necessário investir na divulgação das suas potencialidades. Quando chegámos, há vinte e três anos, o turismo existia apenas nas cidades de Lisboa, Porto e região do Algarve. Acreditámos, desde logo, nas potencialidades da região, a dualidade entre o frio do inverno, da neve da serra e o calor que se faz sentir no verão são motivos de atração para os turistas,
82 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
A Serra da Estrela é, para nós, uma das melhores zonas de Portugal principalmente os estrangeiros. Na altura em que deram início ao projeto a realidade turística da região era muito diferente… Iniciámos este projeto em 1994, numa época muito boa. Investimos neste espaço que apenas tinha um solar em ruínas (datado de 1682), vegetação por todo o terreno e algumas oliveiras. Começámos por fazer obras no solar de forma a o podermos habitar, depois recuperámos a piscina e a esplanada. Em 1995 tínhamos o balneário de campistas pronto – que era uma antiga queijaria – e recebemos os primeiros campistas em junho desse ano. Contámos com o apoio da Câmara Municipal de Gouveia que, logo desde o início, nos ajudou nas diferentes formas de divulgação e na integração com a comunidade local. Os campistas/caravanistas que recebem são maioritariamente de que nacionalidade? Mais de metade dos turistas que recebemos são de origem holandesa, os restantes cinquenta por cento dispersam pelas nacionalidades belga, inglesa, francesa e portuguesa. Os turistas nacionais procuram os apartamentos da Quinta das Cegonhas
nos fins de semana em que existe neve na Serra da Estrela. A Quinta das Cegonhas vai continuar a crescer e a inovar? Temos muitos projetos para a Quinta das Cegonhas. Começámos por disponibilizar espaço para campismo, atualmente dispomos de tendas e caravanas de aluguer, quartos, apartamentos, casa de férias, piscina, bar e restaurante. Plantámos mais oliveiras para criar espaços com sombra para os campistas e caravanistas e aproveitamos a azeitona para produzir azeite através da adega cooperativa local. Neste momento estamos a recuperar um edifício anexo, onde era o estábulo, para fazer um balneário de apoio à piscina, queremos fazer uma sauna e um espaço para massagens de pedras quentes (basalto), bem como uma lavandaria. O espaço da esplanada vai ser expandido e ter uma parte coberta e ainda pretendemos apresentar propostas de atividades ao ar livre como excursões, caminhadas e aulas de Yoga. Vamos continuar a investir em Portugal porque, para além de gostarmos de viver e trabalhar cá, é um país de interesse para os estrangeiros por causa do clima, as pessoas são simpáticas e ainda não é muito caro no que concerne ao alojamento e alimentação.
JANSSEN PORTUGAL
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 83
JANSSEN PORTUGAL
www.revistabusinessportugal.pt Rua Engº Adelino Amaro da Costa, nº15, 9ºandar, sala 9.4 4400-134 Mafamude Telefone geral 223 754 806 Telemóvel geral 966 231 358 | 937 839 575 E-mail geral geral@revistabusinessportugal.pt E-mail redação redacao@revistabusinessportugal.pt 84 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
04
ÍNDICE 04
13
06
14
08
16
EDITORIAL
LIGA DE PROMOÇÃO HUMANITÁRIA E CULTURAL DE S. PAIO
AO SERVIÇO DA COMUNIDADE A Liga de Promoção Humanitária e Cultural de S. Paio surgiu da necessidade de apoiar a população na freguesia de S. Paio, no concelho de Gouveia. O gosto pelo voluntariado e o apego à terra natal comandam o propósito de fazer o bem. Conheça a Liga de Promoção Humanitária e Cultural de S. Paio visitando a Instituição ou acedendo à página oficial de Facebook.
O
início da Liga está ligado à criação da ERPI de São Paio? A Liga de Promoção Humanitária e Cultural de S. Paio foi fundada em 9 de abril de 1985 pela necessidade de criar um Centro de Dia. Havia muita população idosa que
Toda a ajuda é bem-vinda não tinha onde passar os seus tempos livres, e, por isso, foi criado um Centro de Dia com o apoio da população local e emigrante. Com o passar dos anos a população foi envelhecendo, e necessitando de outro tipo de cuidados que exigiam a transformação do Centro de Dia numa ERPI – (Estrutura Residencial para Pessoas Idosas), tal como existe hoje. A Instituição tem vindo a crescer a par com as necessidades da população, abrindo as suas portas, acolhendo os necessitados desta nação que a ela se dirijam. Atualmente dispomos das valências ERPI e SAD (Serviço de Apoio Domiciliário), para além destas, temos um protocolo com o Município de Gouveia para servir as refeições em período escolar ao primeiro Ciclo e Jardim de Infância.
A instituição tem mais de 30 anos e certamente necessita de algumas reformas. Pode enumerar algumas e de que forma as pessoas podem ajudar? Apesar da Idade da Instituição, esta tem excelentes instalações e recursos humanos. No entanto, devido a novas leis, a Segurança Social aconselhou-nos a fazer algumas reestruturações, tal como um Projeto de Aproveitamento do Edifício do Antigo ATL., adaptando-o para utentes mais dependentes. Para além deste projeto, precisamos ainda de diversos bens, sendo o mais urgente aquisição de um elevador. Ao tomar conhecimento, a comunidade portuguesa residente na Suíça, prontificou-se a ajudar e realizou um jantar convívio, cuja receita reverteu a favor desta Instituição, à qual
Liga de Promoção Humanitária e Cultural S. Paio
Direção, Liga de Promoção Humanitária e Cultural de S. Paio
agradecemos este magnífico gesto da comunidade emigrante, em especial a Sampaense. Tendo em conta as dificuldades financeiras com que nos debatemos, apelamos a toda a comunidade que, dentro do possível, ajude esta Instituição, com a garantia de que toda a ajuda é bem-vinda.
Patrocinadores:
Rua da Rambola 6290-417, S. Paio Tel: 238 498 293 Telm: 917 218 731
ARMINDO COELHO E FILHOS LDA
HIGICOSTA
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 103
QUINTA DAS SENHORAS
PROVANDO QUINTA DAS SENHORAS, SABOREANDO MARIALVA É nas terras únicas da aldeia histórica portuguesa de Marialva que se produzem os vinhos Quinta das Senhoras. São quatro os vinhos que compõem a marca e todos eles são premiados. O segredo que está por detrás da qualidade deste produto foi-nos explicado por Rafael Roque, advogado de profissão e um dos proprietários da quinta. Rafael Roque, proprietário
A
marca Quinta das Senhoras conta com dois anos de existência, no entanto, a quinta onde a mesma é produzida remonta a sua origem há já 150 anos. “Já vai na quinta geração”, começou por contar o nosso entrevistado. A principal curiosidade desta quinta está, desde logo, no nome: Quinta das Senhoras. Rafael Roque explicou o conceito: “o nome deve-se a uma homenagem que pretendemos fazer a todas as senhoras que passaram por esta quinta, às quais se deve a sua criação”. A quinta atinge uma área de cerca de 20 hectares de vinhas, oliveiras e árvores de fruto onde a vinha, por seu turno, corresponde a 95 por cento da propriedade total.
Quatro vinhos distintos A Quinta das Senhoras surgiu no mercado com duas referências de ótima qualidade: o de 2011 – considerado o “topo de gama” da marca – e o 2013 – recentemente distinguido pelo melhor Sommelier do mundo (Andrea Laurence) com 93 pontos. O de 2014 obteve a medalha de prata no Concurso Regional da Beira Interior e o de 2015 (o único vinho branco da gama Quinta das Senhoras) apresenta a mesma qualidade. O segredo da qualidade destes vinhos parece ser claro para o nosso entrevistado e diz respeito à sua localização: “Marialva possui um terroir característico da Beira Interior, mas também possui o microclima do Douro e é essa conjugação que permite obter estes vinhos”, confidenciou-nos. Desta forma, os vinhos Quinta das Senhoras são “vinhos encorpados, com grande nariz e finais prolongados”, que acompanham muito bem a cozinha típica portuguesa como, por exemplo, carnes grelhadas, posta à mirandesa ou bons queijos. Quem por esta altura já se encontra “com água na boca”, saiba que pode encontrar os vinhos desta marca em garrafeiras, restaurantes e lojas da especialidade, espalhadas por todos os grandes centros urbanos do nosso país.
104 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Aposta na internacionalização A Quinta das Senhoras está a aumentar a sua produção. Neste momento produz cerca de 15 mil garrafas por ano, mas tem capacidade para produzir 80 mil. Não o fazem porque “massificar a produção iria prejudicar a qualidade do produto”. Numa altura em que já se começam a preparam as vindimas, as perspetivas para a produção deste ano são boas: “se o tempo continuar assim, será uma colheita digna de ser engarrafada, porque nós só engarrafamos quando a qualidade o justifica”, reiterou Rafael Roque. Promotores incansáveis de Marialva (no rótulo consta uma imagem do castelo de Marialva), a internacionalização apresenta-se como um caminho a seguir “de mãos dadas com o mercado nacional”. Neste seguimento, a Quinta das Senhoras já participou em feiras internacionais em Salamanca, Bordéus e até Bruxelas. Por fim, caro leitor, fica o convite para que saboreie Marialva através do paladar único dos vinhos Quinta das Senhoras. Verá que não se irá arrepender!
QUEIJARIA CLEMENTE E CLEMENTE
QUEIJO: UMA VOCAÇÃO Joaquim Clemente e Elisabete Clemente já trabalhavam na área do queijo quando decidiram, há 17 anos atrás, fundar a Queijaria Clemente & Clemente, em Celorico da Beira. Por ano, saem perto de 180 mil quilos de queijo.
J
oaquim Clemente falou em nome do casal e referiu que o motivou “a vontade de fazer queijo”, um negócio no qual “achava que conseguiria ser bem-sucedido”. O sócio-gerente admitiu gostar muito de queijo. “Costumo dizer que nunca comi um queijo mau, entre as muitas variedades eu gosto de uma grande parte delas”. A Queijaria Clemente & Clemente produz queijo de ovelha amanteigado e seco (chamado de curado). Também fabricam requeijão, para o qual têm muita procura, uma variedade considerada mais saudável e aconselhada para dietas. Este último é um produto fresco, vendido no dia seguinte a ser feito; já o queijo curado precisa de 40 dias de “repouso”, denominado queijo velho, por vezes é vendido apenas meio ano mais tarde, por exemplo, mas nunca perde as suas propriedades. “As diferenças no sabor são bastantes”, explicou Joaquim Clemente, “enquanto o queijo novo tem um sabor mais neutro, o queijo velho tem um sabor mais forte e ganha um certo travo, que é mais para apreciadores”. Questionado acerca de quais seriam as melhores condições para
Elisabete Clemente, administradora
fabrico de queijo, o nosso interlocutor expôs que o leite tem de ser o mais fresco e o mais natural possível. “Sem um bom leite não conseguimos um bom queijo. Para além disso, há que garantir a saúde dos animais, fazer a ordenha com higiene e conservar o leite no frio o mais rapidamente possível”. A Queijaria Clemente & Clemente não tem um rebanho próprio, nem pretende tê-lo. Contam com o fornecimento de mais de 100 pequenos produtores (os quais têm em média 150 ovelhas cada um). A produção de queijo é bastante irregular e sazonal, o período em que mais se fabrica é quando menos se vende, ou seja, na primavera. De inverno há sempre mais procura do que aquela que a empresa consegue satisfazer. “Tem a ver com o animal, que costuma parir em setembro e começa a dar leite em novembro, em maio já não tem leite. A altura forte de produção é de janeiro até maio, depois começa a quebra e em agosto a produção fica a zero”. Os clientes são regulares e quase todos os anos chegam mais dois ou três. “Vendemos desde ao consumidor final, até a quem faz distribuições, a quem tem lojas no ramo, a hotéis, restaurantes, etc. Aqui na queijaria é o único ponto de venda”, admitiu. Já há muitos anos que a empresa tem vontade de ter outros pontos de venda. Gostariam inclusive de estar presentes em feiras nacionais e internacionais, para as quais já foram convidados, porém falta-lhes mão-de-obra habilitada para isso e capacidade logística. Fica assim, um projeto para o futuro. O número de funcionários também é bastante irregular, devido à sazonalidade da produção. A queijaria emprega 19 colaboradores de forma permanente e recorre a mais meia
dúzia na época de mais trabalho.
Queijo de cabra: a novidade “O queijo de cabra está na moda”, assegurou Joaquim Clemente, “começamos este ano, temos tido bastante procura, aliás quase foi uma imposição dos clientes, que preferem comprar os dois tipos de queijo da mesma origem”. Esta era uma vontade antiga do casal proprietário da queijaria. Tiveram de aumentar as instalações, mas é um projeto que já está em andamento. “Já iniciamos produção e venda para ganhar alguma cota no mercado”. Devido a ser um queijo que tem um sabor artesanal, mais suave, os especialistas afirmam ser mais saudável e com menos gordura, o que contribui para a tendência. Nos próximos anos, o casal gostaria de ver a queijaria com o mesmo crescimento que até agora tem registado. Aguardam pelos filhos, que estão a estudar e irão dar continuidade ao negócio.
Quinta Carregais, Celorico da Beira 6360-140 RATOEIRA Tel: 271 741 531 106 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
DESTAQUES 88 RESTAURANTE OLIVENÇA A arte de bem-servir 90 FÁBRICA DO CAMPO “Consuma cogumelos pela sua saúde” 91 SABORES APURADOS Um azeite sem igual 92 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NORDESTE ALENTEJANO De mãos dadas com os associados e clientes 93 JMG EQUESTRIAN Um futuro promissor 94 RESTAURANTE O MARQUÊS De pastor a chefe de cozinha, nunca esquecendo as origens
ALENTEJO ESPECIAL PONTE DE SOR O nome Ponte de Sor deriva do monumento de origem provavelmente romana construído sobre a Ribeira de Sor. É possível que a primeira ponte, de que hoje não restam quaisquer vestígios, tenha integrado uma das vias romanas que ligavam Mérida, capital da província da Lusitânia, a Lisboa. A atual ponte foi construída em 1822-1823, no reinado de D. João IV. Parte dela ruiu durante uma cheia e foi recuperada (1867), substituíndo-se os arcos destruídos por três grandes arcos de cantaria, que se mantêm até hoje. Os vestígios arqueológicos e as fontes documentais indicam que, após a queda do Império Romano, o território do atual concelho perdeu importância e, estando numa zona de conflitos durante a Reconquista, só voltou a ser povoado no século XIV, sob o incentivo de D. Dinis. Nos séculos seguintes, o lugar e, depois, vila de Ponte de Sor recebeu privilégios de vários monarcas e foi-lhe outorgado o Foral Manuelino a 29 de agosto de 1514. Ponte de Sor nasceu e desenvolveu-se como local de passagem. O seu núcleo histórico situa-se junto à Ribeira e à Ponte, em torno do edificio dos antigos Paços do Concelho e da Igreja Matriz. Na
Por lapso na edição de novembro de 2017, na reportagem relativa à Ganadaria e Coudelaria Rio Frio colocamos junto aos contactos o ferro errado, sendo o correto este: Relativamente à legenda da fotografia na segunda página corrigimo-la para “Com Romeo - Anthonny Lupi Hart”. Aos visados, apresentamos as nossas sinceras desculpas.
108 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Rua Grande situar-se-iam uma estalagem e o Hospital da Santa Casa da Misericórdia, destinados a acolher e a tratar os viandantes. O concelho de Ponte de Sor atingiu a sua extensão atual no século XIX, com a anexação de Galveias (1836) e Montargil (1871), e a vila foi expandida desde o final de oitocentos. Para tal contribuíram a chegada do caminho de ferro, em 1860, e a indústria, em especial a corticeira, que se instalou nos últimos anos do século XIX e nos primeiros do século XX. A vila de Ponte de Sor foi elevada a cidade a 8 de julho de 1985, implantada no nó estratégico, no cruzamento rodoviário entre Lisboa, Beiras e Alentejo, e é atualmente uma referência para a indústria corticeira mundial integrando empresas ligadas aos ramos aeronáutico, transformação de produtos agrícolas, construção civil, entre outros. O concelho de Ponte de Sor ocupa hoje uma área total de 839.230 km² e tem uma população de cerca de 17 mil habitantes (2011), sendo constituído por cinco freguesias, nomeadamente: Foros de Arrão, Galveias, Longomel, Montargil e União de Freguesias de Ponte de Sor, Tramaga e Vale de Açor.
RESTAURANTE OLIVENÇA
SERVIR I COM ARTE Em Ponte de Sor, na praça com o mesmo nome, encontramos o Restaurante Olivença que aposta num conceito familiar, onde a qualidade é a palavra de ordem. Com uma cozinha tipicamente alentejana, que privilegia uma apresentação diferente, o Olivença proporciona um ambiente acolhedor em pleno Alto Alentejo.
naugurado a 1 de fevereiro de 1997, o restaurante Olivença surgiu de uma oportunidade de negócio que Joaquim Teles Godinho e a sua esposa Margarida Godinho decidiram agarrar na cidade de Ponte de Sor. Investir num conceito diferente do que existia na oferta hoteleira deste território foi o principal propósito dos proprietários, que contam com uma vasta experiência e nome na área da restauração, como nos revelou o proprietário. “Somos pessoas dedicadas e trabalhadoras, que sempre confiamos nas nossas capacidades, portanto pensámos que iriamos ter sucesso. O que, de facto, sucedeu”. O Olivença é um restaurante de cozinha regional alentejana, que com o toque da cozinheira Margarida Godinho transporta quem o visita para os gostos e sabores tradicionais da região. De destacar nas entradas o pão alentejano saboroso, as azeitonas britadas ou os cogumelos gratinados, opção clara de quem lá passa. No menu, a oferta é vasta e diversificada desde o caldo de peixe, a açorda alentejana, a sopa de cação, o bacalhau melhorado, o bucho guisado, o ensopado de borrego, passando pelos pratos de caça, como a feijoada de lebre. Já nas migas, poderá optar entre migas de batatas com costeletas de borrego, migas de coentros com carne de alguidar, migas de poejos com lombos de bacalhau frito, migas de feijão com couve, migas de miolos à alentejana com panados de porco ou borrego ou migas de espargos com carne de porco preto grelhada. Finalmente, nas sobremesas não poderíamos deixar de salientar a doçaria alentejana, com o pão da rala, o dom duarte, a trouxa de bolota, o fidalgo, o doce de castanha, a encharcada, o tecolameco, o toucinho do céu, a sericaia com ameixa ou a afamada salada de fruta, a fazerem as delícias dos clientes. Uma descrição que certamente irá despertar o leitor a querer visitar esta casa e degustar as suas especialidades gastronómicas.
Com uma cozinha tipicamente alentejana, que privilegia uma apresentação diferente, o Olivença proporciona um ambiente acolhedor em pleno Alto Alentejo. Praça da Olivença 10 A 7400-244 Ponte de Sor TEL: 242 206 201 E-mail: margaridag24@hotmail.com
Joaquim Teles Godinho, administrador
110 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
RESTAURANTE OLIVENÇA
O Olivença é um restaurante de cozinha regional alentejana, que com o toque da cozinheira Margarida Godinho transporta quem o visita para os gostos e sabores tradicionais da região. A salada de fruta que ficou na memória Para acompanhar todos estes pratos, uma lista de vinho muito completa. “O nosso intuito é proporcionar a todas as pessoas que nos visitam um serviço de excelência, onde exigimos a qualidade máxima das matérias-primas, com produtos certificados. O que cozinhamos para nós, é o que servimos aos nossos clientes”, sublinha Joaquim Teles Godinho. Quanto ao horário, o restaurante está aberto de segunda-feira a domingo (exceto terça-feira ao jantar e quarta-feira todo o dia). Durante a semana, o cliente pode usufruir do menu executivo, ou provar alguma das muitas iguarias disponíveis na carta. O sabor dos pratos, a qualidade do serviço e a equipa profissional e motivada são mais do que motivos suficientes para visitar o restaurante Olivença. Quanto ao futuro, Joaquim Teles Godinho pretende continuar a fazer o que sabe de melhor, servir excelência na cidade de Ponte de Sor, nunca descurando os pilares que cimentaram o restaurante ao longo das últimas décadas.
Prestes a completar 21 anos de existência são inúmeras as histórias que Joaquim Teles Godinho poderia contar da vida do Restaurante Olivença, mas há uma que gostaríamos de destacar, ou não fosse a visita do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. “Em setembro do ano passado, recebi a chamada por parte da Casa Civil para saber se tinha disponibilidade para um grupo de 14 pessoas. Num primeiro instante não tive noção se era realidade, mas rapidamente comecei a preparar a sala, quando chegou o Senhor Presidente e a comitiva para almoçar. Tudo correu tranquilamente até à altura da sobremesa, quando o Presidente da República elogiou e distinguiu a nossa salada de fruta como fantástica, a melhor que tinha saboreado até hoje, tendo mesmo repetido. Foi algo curioso, pois nesse dia ao almoço ao ouvir as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, os clientes só pediram essa sobremesa”, recorda Joaquim Teles Godinho. Uma visita que ficou marcada na vida dos proprietários e funcionários, e está gravada nas paredes do Olivença.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 111
FÁBRICA DO CAMPO
“CONSUMA COGUMELOS PELA SUA SAÚDE” Foi da vontade de uma jovem empreendedora que surgiu a Fábrica do Campo, em Ponte de Sor, com o intuito de desenvolver um projeto assente no conhecimento e na qualidade do cogumelo. Idealizado em 2010 quando iniciou a formação com a Quadrante Natural, Catarina Rodrigues submeteu o projeto como empresária em nome individual três anos depois. Hoje, a Fábrica do Campo é uma unidade de produção de cogumelos, que pretende mudar o paradigma nacional introduzindo um produto de qualidade no mercado português.
F
oi em 2013 que Catarina Rodrigues formou a empresa, um projeto que resultou do financiamento do programa PRODER e que teve início em 2015 com a produção de cogumelos das variedades Pleurotus ostreatus e Lentinula edodes, comumente conhecidos como cogumelo Ostra e Shiitake ou cogumelo Japonès, respetivamente. Nos dias de hoje, a atividade principal da Fábrica do Campo centra-se na produção e comercialização de cogumelos de cultivo, para o mercado nacional, mais propriamente para clientes particulares, canal horeca e grande distribuição. “O nosso objetivo é produzir cerca de duas toneladas de Pleurotus ostreatus por ciclo. O trabalho de venda porta a porta tem sido muito importante, e é algo que vamos continuar a fomentar, de forma a informar o público acerca deste alimento rico em proteína e pobre em gorduras saturadas”, completa.
Catarina Rodrigues tem como principal objetivo expandir a área de intervenção da empresa, fomentando novas relações comerciais. Relativamente ao processo de produção, os cogumelos exigem o cumprimento de uma série de condições e normas, que permitam o seu crescimento e produção. De salientar ainda, que todas as instalações estão equipadas com a tecnologia necessária para o desenvolvimento e controlo da matéria-prima, existindo ainda uma preocupação com a produção energética que levou à instalação de mais de 30 painéis solares com a tecnologia de microinversores, que convertem a energia de um painel para a energia que é usada na rede elétrica. Aqui o Pleurotus é produzido em fardos de palha com semente de trigo onde é inserido o micélio livre de OGM, estando cerca de 15 dias em período de incubação. “O cogumelo respira tal como nós, consumindo O2 e libertando CO2, logo a ventilação torna-se importante para aumentar a produção. A nossa produção de cogumelos é feita em pavilhão climatizado, com ventilação forçada e rega, sendo ainda necessário um controlo da humidade e da temperatura”, assegura Catarina Rodrigues. O período de frutificação do Pleurotus demora entre dois a três meses, produzindo cerca de três vezes nesse espaço temporal, sendo depois necessário a renovação dos sacos. “No que se refere à produção temos vindo a aumentá-la gradualmente, rondando atualmente cerca de 1200 sacos. Quando estão prontos para a colheita, segue-se o processo de embalamento e a comercialização, logo é um produto fresco, que chega rapidamente ao concumidor final”, sublinha a empresária e acrescenta: “Nós primamos pela qualidade e pelo cuidado que incutimos na apanha e acondicionamento do cogumelo. Em Ponte de Sor estamos a introduzir uma mais-valia junto da restauração, que tem a possibilidade de adquirir um produto de excelência, de origem nacional e que segue todos os parâmetros para alcançar a máxima qualidade”. 112 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Catarina Rodrigues, empresária
Relativamente ao Shiitake, a Fábrica do Campo utiliza o método de produção japonês em troncos de eucalipto, que tem um perído de incubação de oito meses. A olhar para o futuro, Catarina Rodrigues tem como principal objetivo expandir a área de intervenção da empresa, fomentando novas relações comerciais. Paralelamente gostaria de abrir outra sala de produção, para aumentar a quantidade de cogumelos produzidos.
Rua B, Lt 78, Zona Industrial da Salgueirinha 7400-401 Ponte de Sor Tel: 963 284 331 c.rodrigues@fabricadocampo.pt agricultura.fabricadocampo.pt
SABORES APURADOS
UM AZEITE SEM IGUAL Situada no Monte da Malta em Ponte de Sor, a Sabores Apurados foi constituída em 2007, com o intuito de produzir azeite puro proveniente de azeitonas selecionadas da variedade Galega, no Norte Alentejano. O azeite Sabores Apurados carateriza-se por ser um produto típico, de qualidade superior, que pode ter um gosto mais amargo ou picante, ou até aromático, alcançando as preferências de cada cliente.
Carlos Real, administrador
C
postos de trabalho diretos e indiretos e fomentou a existência de um canal de escoamento essencial para a manutenção do olival tradicional por parte dos pequenos agricultores, mantendo a dinâmica da economia local”. Embalado em garrafas de 250 ml, 500 ml e 750 ml, ou em garrafões de 2, 3 ou 5 litros, o azeite distingue-se por ser proveniente de olivais tradicionais, preservando uma qualidade ímpar que não deixa ninguém indiferente. “O nosso azeite extra virgem seleção é feito em exclusivo de azeitona galega. Paralelamente comercializamos azeite aromatizado com oregãos, malagueta e alho, e ainda azeitonas e mel alentejano”, completa Carlos Real. Com capacidade de produção instalada para 300 mil litros de azeite, a Sabores Apurados comercializa essencialmente no mercado interno, tendo como principais clientes o comércio tradicional e restauração, pequenos distribuidores e particulares. Quanto à exportação Macau, Holanda, Alemanha, Luxemburgo e Espanha, surgem como os principais mercados. Produzir bom azeite de base Galega, apoiar os pequenos agricultores e ser um dos melhores lagares do concelho de Ponte de Sor são os principais objetivos dos sócios-gerentes da empresa para o futuro, que ao longo da última década têm levado a cabo um conjunto de importantes investimentos. “A aposta na requalificação e modernização do lagar tem sido uma constante, com a pavimentação do acesso ao lagar, ou a construção da cobertura para a área de limpeza e recepção da azeitona, como obras mais recentes. Criar uma estrutura própria para o bagaço e modernizar a linha de extração do azeite, a par com a criação de infraestruturas para o saneamento são os projetos a curto/médio prazo”, termina Carlos Real.
om mais de uma década de existência, a empresa nasceu da vontade de Carlos Real e Pedro Xavier, na altura ambos ligados à indústria automóvel, que decidiram adquirir o lagar que estava à venda na entrada da cidade. “Na época procuramos dois investidores, o João Paulo Almeida e o Jacinto Oliveira, que se juntaram à sociedade. Paralelamente elaborámos um estudo económico para viabilizar a compra do imóvel. Adquirimos as instalações e submetemos um projeto ao PRODER para aumentar a capacidade de produção. Com o decorrer dos anos a sociedade sofreu alterações, ficando apenas eu e o Jacinto Oliveira como sócios”, explica Carlos Real. Hoje, a Sabores Apurados produz um azeite de excelente qualidade com extração a frio, proveniente de azeitonas selecionadas das variedades Galega e Cobrançosa. “Trabalhamos quase em exclusivo com azeitona que nos chega de pequenos agricultores, que podem recorrer ao serviço de transformação da azeitona, à maquia, ou de olivais em que adquirimos a azeitona no momento da apanha”, sublinha o sócio-gerente e acrescenta: “Este lagar sempre existiu na cidade e a sua recuperação foi importante para Ponte de Sor, pois promoveu a criação de
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 113
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO NORDESTE ALENTEJANO
DE MÃOS DADAS COM OS ASSOCIADOS E CLIENTES Constituída em 2007, a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Nordeste Alentejano resulta da fusão da CCAM de Portalegre e Alter do Chão (fusão ocorrida em 2003) com a CCAM de Ponte de Sor, dando origem à atual denominação. Ser um banco cooperativo, que estabelece uma relação de proximidade entre a banca, o associado e a comunidade em que se insere é a matriz que norteia a atuação da CCAM do Nordeste Alentejano. Avenida da Liberdade, 17, Apartado 57 7400-215 Ponte de Sor Tel: 242 291 200 Fax: 242 291 209
C
João Guerra, presidente do conselho de administração
omo resultado da reestruturação da banca, a Caixa tem, nos dias de hoje, como área social os concelhos de Portalegre, Alter do Chão e Ponte de Sor, desenvolvendo a sua atividade através de uma rede de seis balcões, mais propriamente, Ponte de Sor (sede administrativa), Portalegre (sede social), Alter do Chão, Montargil, Galveias e Foros de Arrão. A par com isto, de salientar a presença em todas as freguesias de Ponte de Sor e Alter do Chão de ATM’s, em muitos casos, as únicas e que são provenientes da Caixa de Crédito Agrícola. “A nossa vocação são as pessoas, por isso é que somos um banco nacional de pronúncia local. Os recursos captados são utilizados para promover e incrementar a economia local, seja através dos financiamentos, seja através dos inúmeros apoios a nível social que a Caixa presta e faz questão de o fazer. A nossa estratégia assenta numa
114 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
política de proximidade muito grande. Os nossos colaboradores têm um conhecimento profundo das pessoas e trabalhamos em conjunto com elas, o que é deveras valorizado pela comunidade”, explica o presidente do conselho de administração, João Guerra. Inserida numa área social onde as dificuldades sociais são acentuadas e a escassez de pessoas bastante notória, a CCAM do Nordeste Alentejano marca presença e tem um papel fundamental no quadrante social da região, como nos refere João Guerra: “A Caixa tem consciência que faz um trabalho muito importante e, como tal, dentro das suas possibilidades, tenta ano após ano ter um papel social muito ativo. Nesta região patrocinamos todas as festas populares, apoiamos e financiamos centros de dia, lares, instituições e iniciativas na área cultural, desportiva e educativa”. Embora a CCAM do Nordeste Alentejano seja regida por uma política autónoma, permitindo-lhe ser célere nas decisões, respondendo rapidamente
“A nossa vocação são as pessoas, por isso é que somos um banco nacional de pronúncia local.” às solicitações dos clientes, a mesma está inserida no âmbito nacional, através da presença nos órgãos sociais da Caixa Central. “A nível nacional, o Crédito Agrícola tem primado pelo rigor, pelo crescimento sustentado, sendo o único banco que não necessitou de qualquer auxílio ou intervenção. Somos vistos como uma instituição de confiança, que apresenta os melhores rácios, o que nos deixa claramente orgulhosos”, sublinha o presidente do conselho de administração. A estratégia futura da CCAM do Nordeste Alentejano passa pelo crescimento sustentado, reforçando a posição do banco na área social, não perdendo de vista a presença e o apoio junto de toda a população. “Queremos continuar a dar condições para os nossos colaboradores levarem o bom nome do Crédito Agrícola diariamente junto dos clientes. Iremos manter sempre a grande diferenciação que temos comparativamente com a outra banca, mantendo-nos fiéis aos nossos princípios, à nossa autonomia e à nossa política de proximidade”, termina João Guerra.
JMG EQUESTRIAN
UM FUTURO PROMISSOR Desde tenra idade que José Maria Godinho começou a montar a cavalo, uma paixão que se intensificou até aos dias de hoje, e o tornou cavaleiro profissional de salto de obstáculos. Natural de Ponte de Sor, o jovem empreendedor está a finalizar as novas instalações, com o intuito de dar a conhecer o desporto equestre e a excelência do trabalho lá desenvolvido, transformando a cidade num ponto de referência ao que a este nível diz respeito.
José Maria Godinho, Administrador e cavaleiro profissional
“
A minha família sempre esteve ligada à vida equestre, mas na vertente de lazer. Comecei a montar ainda muito novo numa escola em Ponte de Sor, iniciando a minha formação em Alter do Chão, onde tirei o curso de Técnico de Gestão Equina. Paralelamente estava a estagiar na casa Sabino, onde me formei a nível desportivo. Ao longo dos anos procurei aprofundar os meus conhecimentos enquanto cavaleiro, participando em competições, sempre com o propósito de atingir os melhores resultados. Há sensivelmente dois anos estabeleci-me por conta própria, mas continuo a dedicar-me ao desporto e, sobretudo, à minha disciplina que é o salto de obstáculos”, recorda o cavaleiro e continua: “Venci dois anos consecutivos a Taça de Juniores F.Moura’s Dream Team Academy, o qual significou um ponto de viragem na forma como encarava a competição, daí ter investido no desporto equestre”. Com um calendário preenchido, José Maria Godinho sublinha a exigência da presença constante em competições, de forma a valorizar o trabalho e o esforço embutidos no dia a dia do cavaleiro e do cavalo, pois sendo um desporto é, ao mesmo tempo, um trabalho contínuo e especializado. Atualmente, José Maria Godinho concilia a carreira enquanto cavaleiro profissional, com a aposta no centro de formação equestre em Ponte de Sor. “As nossas principais valências são as aulas de equitação, preparação para concurso e iniciação de cavaleiros em
concurso. Por outro lado, também preparamos cavalos para clientes, quer a nível desportivo - apenas para participação em competições, quer a nível particular - preparamos cavalos para evoluirem enquanto atletas e serem valorizados economicamente”, completa. Com clientes vindos de diferentes zonas do país, o cavaleiro destaca o trabalho desenvolvido, que tem como principal propósito fazer com que as pessoas se sintam bem com a JMG Equestrian. A par com a vertente de ensino, a empresa dedica-se à compra e venda de cavalos de desporto, tendo como principais mercados de exportação, Espanha e França. Quanto ao futuro, José Maria Godinho está focado no término das novas instalações, que irão permitir a melhoria dos serviços oferecidos e irão atrair pessoas para a cidade, dinamizando o centro de formação e a região. “Sou natural desta cidade e gosto imenso da região, devido à tranquilidade e à proximidade do campo. Para mim o desporto equestre pode
dinamizar o Alentejo, mais concretamente a cidade”, sublinha. A longo prazo, a JMG Equestrian está a equacionar a realização de uma temporada pela Europa, de modo a valorizar a formação pessoal e equestre, dando ao mesmo tempo
a conhecer a criação de cavalos nacional. “A minha vontade é atingir os melhores resultados possíveis, assim como promover o desporto equestre e o trabalho desenvolvido pelo centro de formação, sempre com o intuito de crescer”, termina o cavaleiro.
Com clientes vindos de diferentes zonas do país trazer imensas vantagens a Ponte de Sor, porque é um desporto muito praticado na Europa e existem muitos cavaleiros a participar nos circuitos nacionais, logo poderia ser uma forma de
Tlm:+351 927 289 342 +351 910 516 864 Email: jmgequestrian@hotmail.com facebook.com/JoseMariaGodinhoJMGEQUESTRIAN/ Instagram - jmgequestrian fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 115
RESTAURANTE O MARQUÊS
DE PASTOR A CHEFE DE COZINHA, NUNCA ESQUECENDO AS ORIGENS Fernando Rodrigues é o chef do restaurante ‘O Marquês’, que alia a apresentação requintada de qualidade, aos aromas e paladares que caracterizam a gastronomia tradicional alentejana. Orgulhoso das suas origens, pois a família sempre esteve ligada à agricultura e à pastorícia, Fernando Rodrigues descobriu numa viagem a Macau a paixão pela cozinha. Aqui deixamos o convite para provar as especialidades da casa, como o cabrito assado ou o ensopado de borrego, regados com vinhos de excelência e finalizados com sobremesas caseiras, no qual destacamos o bolo cigano, o doce da casa ou a sericaia. Do saber e sabor alentejano nascem em Ponte de Sor verdadeiras obras de arte.
“
Fernando Rodrigues, chef
116 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
A principal fonte da vida é a família e é a eles que devo tudo. Tenho muito orgulho nas minhas origens e é com esta força incondicional que norteio o meu caminho. Eles forneceram-me as ferramentas para trabalhar e crescer enquanto Homem”. Foi com estas palavras que o Chef Fernando Rodrigues iniciou a conversa sobre a sua história de vida, que só recentemente se inscreveu nas paredes da cozinha. Com apenas um ano e meio de existência, o restaurante O Marquês, localizado na cidade de Ponte de Sor, nasceu de uma oportunidade de negócio, como nos recorda o chef. “Sempre fui pastor e tenho muito orgulho nesse facto. Foi com o meu pai José Alexandrino Rodrigues que aprendi a arte da pastorícia, a qual me acompanha até aos dias de hoje. Há sensivelmente dez anos, após uma viagem ao Oriente onde estive na Casa do Porto Preto em Macau - o espaço de restauração gerido pelo meu irmão, - descobri o gosto pela cozinha e comecei a cozinhar em casa. Com o apoio incondicional da minha família acabei por tirar o curso na Associação de Cozinheiros Profissionais de Portugal, em Lisboa, o qual concluí com sucesso há três anos, tendo estagiado na Taberna com o Chef André Magalhães. Entretanto, voltei para a agricultura, até que surgiu a proposta de compra do recheio do antigo restaurante Lusitano, formando uma empresa familiar que se mantém até aos dias de hoje, com o suporte da minha mãe Vanda Rodrigues, dos meus irmãos Paulo e José Fernando e do meu sobrinho José António Rodrigues”. N’O Marquês privilegia-se a gastronomia tradicional da região, dotando-a de um toque gourmet, com uma apresentação cuidada, que não esquece as origens da cozinha alentejana. “Como chef de cozinha o meu objetivo é colocar toda a paixão que nutro na confeção dos pratos que sirvo. Para mim este é um espaço
RESTAURANTE O MARQUÊS
onde não existem limites, em que procuro reinventar-me, de forma a surpreender e acima de tudo satisfazer o cliente, pois a sua satisfação é a maior gratificação que podemos receber”, completa. Na carta pode escolher para entradas os cogumelos gratinados, a alheira salteada, a alheira à brás, os pimentos padrón, o queijo de ovelha ou de cabra gratinado com fruta, ou a laranja regada com azeite, mel e canela, acompanhado pelo pão caseiro e azeitonas. Nos pratos de carne surgem em destaque o cabrito ou o borrego no forno, o ensopado de borrego, o borrego de caril, a caldeirada de cabrito, e ainda as peças de porco preto para grelhar, como os secretos, os lagartinhos ou os lagartos. Já nos peixes o polvo, as lulas, os chocos ou o bacalhau à Marquês são ótimas escolhas. Para o final da refeição ficam as sugestões de sobremesa, como a sericaia, o bolo cigano, o pudim de ovos, o doce da casa, o bolo de bolota ou a salada de fruta. Qualidade do produto, qualidade do atendimento e a paixão colocada na confeção de cada prato pelo Chef são os pontos fortes que caracterizam O Marquês. “Toda a carne, mais propriamente o borrego, o cabrito e o porco preto, é fornecida pela nossa exploração agrícola familiar, que está em modo de produção biológico”, salienta. No restaurante é possível realizar eventos, como festas de grupos ou aniversários, sendo ainda exequível a confeção de pratos especiais reservados com atencedência. O horário de funcionamento prolonga-se de terça-feira a sábado ao almoço e ao jantar, e ao domingo apenas ao almoço. Alcançar voos mais altos é o principal proposito do Chef Fernando Rodrigues. “Quero aprender mais e seguir o meu sonho, de servir bem o cliente e este reconhecê-lo. Hoje sou casado com a cozinha, assim como fui com a agricultura, num percurso marcado por muito trabalho e sacríficio, mas igualmente por muita alegria”, finaliza.
“Como chef de cozinha o meu objetivo é colocar toda a paixão que nutro na confeção dos pratos que sirvo”. Rua Manuel Nunes Marques Adegas, 20 | 7400-293 Ponte de Sor Tel: 242 283 273
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 117
DESTAQUES 98 APARA “Todos juntos com uma só voz” 99 BAPTISTA DO BACALHAU A referência no bacalhau de qualidade 100 ANDRÉ ESTIMA Um negócio de família 102 GRUPO JS® “Vencer e seguir em frente” 104 CLIMACOM Um serviço à medida de cada cliente 105 NOSDIL A maior empresa de têxteis-lar da região centro 106 DENTÁRIAS V-PROMED A entrevista a Vítor Henriques 108 GRUPO TAGAR Uma empresa líder de sucesso
118 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
AVEIRO GENTE QUE FAZ Falar do distrito de Aveiro é falar de empresas e de empresários, de inovação e de perseverança. Aparecendo em terceiro lugar na lista dos distritos com mais PMEs (logo depois de Lisboa e Porto), Aveiro é um distrito bastante industrializado. No seu território estão localizadas grandes empresas nacionais e internacionais, fonte de enorme dinamismo da região e de emprego qualificado. Sendo um dos distritos portugueses com maior dinamismo económico, Aveiro detém estrutura socioeconómica e empresarial heterogénea, coexistindo lado a lado empresas e setores assentes em atividades com mão-de-obra intensiva e, simultaneamente, com elevado potencial tecnológico, bem como setores que apostam duplamente na tradição e em investimentos industriais novos e tecnologicamente avançados. O distrito de Aveiro soube manter e desenvolver a sua vocação de entreposto comercial e as suas indústrias tradicionais e, simultaneamente, apostar na modernização e na inovação como fonte de competitividade, atraindo investimento em setores tecnologicamente avançados e de elevado potencial. Aveiro é também uma das regiões mais exportadoras de Portugal. Nos últimos anos, mais de metade da faturação das empresas do distrito de Aveiro provém de atividades exportadoras, dimensão que não tem paralelo em mais nenhum outro distrito do país. A região de Aveiro reúne, portanto, as condições essenciais para se apresentar como uma referência de desenvolvimento económico e social a nível nacional, com base na inovação, transferência e capitalização de conhecimento em domínios altamente qualificados e tecnologicamente avançados.
Estabelecidos em 2003, em Aveiro: Portugal, eixo Europa-Atlântico das rotas internacionais, onde nos dedicamos à exportação dos sabores tradicionais da nossa Terra, promovendo uma rede comercial global da nossa excelente cultura gastronómica, com os melhores preços, qualidade e confiança.
AveiTrading.Lda Z. Ind. Mamodeiro / Lote 19 Nª. Sª. de Fátima 3810-783 Aveiro Portugal T. +351 234 341 164 / 5 F. +351 234 341 168 Tm. +351 969 852 140 geral@aveitrading.pt www.aveitrading.pt
APARA
“TODOS JUNTOS COM UMA SÓ VOZ” José Miguel Castro realça a importância da associação de modo a “garantir boas condições de trabalho no futuro”. O presidente da Associação de Pesca Artesanal da Região de Aveiro (APARA) destaca ainda, em entrevista à Revista Business Portugal, a intervenção da APARA no sentido de “tentar regularizar os preços do pescado”. “sem nós, os preços estariam ainda mais baixos para os pescadores”. A intervenção da APARA tem sido determinante para a continuação da atividade piscatória na região de Aveiro. Ainda que os inícios tenham sido um tanto ou quanto controversos, nos dias de hoje, o presidente José Miguel Castro acredita que “já temos voz e já nos respeitam”. Acrescenta que,atualmente, “já somos
A
José Miguel Castro, presidente da associação com o Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa
s dificuldades no setor piscatório levam a que a associação “ainda não tenha conseguido alcançar tudo o que pretende”, salienta. Recordando que “a pesca é um setor com muitos problemas, complicados de resolver”. O presidente destaca a atuação e o apoio prestado pela APARA desde 2004, data da sua fundação, a todos ossócios. A variação constante dos preços do pescado, levam a uma constante incerteza no setor. Todavia, acrescenta, “os preços do pescado, nos dias de hoje, são os mesmos de há 20 anos, apesar do consumidor final comprar o pescado a preços cada vez mais elevados”. Por isso, é possível afirmar que
Já ninguém conseguiria viver sem a Apara, pois andava tudo à deriva. procurados, querem-nos ouvir e aprender connosco”. É esta relevância que comprova a adesão dos sócios ao longo dos anos. O presidente explica que “95por cento dos pescadores dizem que a nossa associação já devia existir há mais anos” e que “já ninguém conseguiria viver sem ela, pois andava tudo à deriva”. Acrescenta que neste momento “não há nenhum pescador profissional que não seja sócio de uma
associação”, pois eles já “reconhecem que é uma mais-valia para o pescador”. O lema a seguir é, inevitavelmente, todos a remar para o mesmo lado, “todos juntos com uma só voz”. À semelhança de outros setores, também a pesca tem sentido dificuldades na obtenção de mão de obra qualificada, formada e capaz. Todavia, diferencialmente de muitas outras áreas onde a problemática é a falta de pessoas com vontade para, na pesca são as exigências necessárias para o desempenho de determinadas funções que afastam os jovens. Em águas turbulentas, os jovens não têm o caminho acessível para se tornarem pescadores profissionais, ainda que seja “importante conseguirmos formar jovens para entrarem na pesca”. O presidente explica que “a formação e a cédula marítima requerem muito trabalho e também experiência” e, por isso, é necessário “melhorar esse incentivo”. A resposta da APARA é sempre no
sentido de prestar auxílio aos pescadores. Assim, “a nossa associação procura sensibilizar e ajudar a resolver todas estas questões”.
Associação de Pesca Artesanal da Região de Aveiro Porto de Pesca Costeira - Armazém n.º 8 3830-551, Gafanha da Nazaré T: 234 364 920
120 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
O BAPTISTA DO BACALHAU
BACALHAU COMO PRATO PRINCIPAL Referência em Aveiro pela comprovada qualidade, o Restaurante Baptista do Bacalhau é conhecido sobretudo pelo ambiente familiar e pela qualidade inigualável dos pratos servidos. Já com duas gerações no comando, este é um espaço amplo, dividido em três salas, que serve, essencialmente, pratos da região. José Caçola, João Saraiva, Noémia Batista e Lígia Batista, atuais proprietários, recordam, em entrevista à Revista Business Portugal, o percurso desde que António Ferreira Batista fundou este espaço, até aos dias de hoje.
C
Lígia Batista, João Saraiva, José Caçola e Noémia Batista, sócios-gerentes
om um serviço rápido e atencioso, o bacalhau assado com batata à murro é o prato da casa e o mais requisitado. Estando sempre pronto a sair, é tão famoso como o bacalhau à Ti Arlinda. António Ferreira Baptista, fundador do restaurante, lançou-se na área da restauração e deu início a este projeto que, nos dias de hoje, é gerido pela mão das suas filhas: Lígia e Noémia Baptista, e dos respetivos maridos, João Saraiva e José Caçola. Nem o sucesso e a referenciação como ponto obrigatório de passagem em Aveiro, fazem os proprietários esquecer-se de como tudo teve início. “Este projeto começou quando o meu pai, juntamente com a minha mãe, decidiram, para pequenos lanches e petiscos, sobretudo sandes, assar bacalhau e assim servir a quem desejasse. Foi assim que tudo começou e anos mais tarde surgiu este espaço”, conta-nos Lígia Batista. Foi então que o restaurante surgiu, “sempre com o bacalhau como prato principal”. Mas, para se tornar uma referência, “é preciso que o produto seja de qualidade e o segredo passa por garantir que o fornecedor seja
da região e uma referência nesta especialidade”, salienta ainda José Dias Caçola, realçando posteriormente a lista muito variada que possuem, com especial destaque também para o “leitão da bairrada e os vinhos, que privilegiamos os das regiões mais conceituadas: os do Alentejo, Dão, Douro e Bairrada”. Durante a semana, os pratos diários variam, sendo que à terça-feira o prato disponível para o cliente é surpresa. O reconhecimento do espaço e da qualidade dos menus servidos, que atrai clientes de dentro e fora do concelho, têm permitido ao restaurante Baptista do Bacalhau melhorar a sua qualidade e o serviço prestado. José Caçola explica que “na cozinha somos uma equipa de seis pessoas, quatro no salão e ao domingo abrimos também um salão na parte superior do restaurante”. Com muitos clientes de fora da região, muitos espanhóis e turistas, é necessário dedicar toda a atenção ao restaurante, que conta ainda com o serviço de take away. “Confecionamos todos os pratos aqui e é aqui que também vendemos”, esclarece Lígia Baptista.
Para o futuro, os empresários acreditam no crescimento gradual do setor da restauração na região aveirense e salientam a qualidade dos espaços existentes. “A restauração está em crescimento, há muitos restaurantes de qualidade em Aveiro. É uma área que exige muita dedicação e formação, e acreditamos que irá crescer”, conclui João Saraiva, um dos atuais gerentes do espaço.
Batista Do Bacalhau, Rua Padre Américo Areias de Vilar, 3810 - Aveiro tel: 234 341 949
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 121
ANDRÉ ESTIMA
UM NEGÓCIO DE FAMÍLIA José Figueiredo e André Estima estiveram em conversa com a Revista Business Portugal e revelaram o negócio de família que, de ano para ano, não para de crescer.
M
etalomecânica sempre foi uma paixão para José Figueiredo. Desde os 11 anos que ganhou o gosto pela área. “Com 14 anos já me chamavam de ‘engenhoca’, gostava de fazer as minhas invenções e de mostrar às pessoas o que era capaz de fazer”, conta. O empresário, depois de vender uma outra empresa, começou a fazer pequenas
122 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
José Figueiredo e André Estima, administradores
coisas na área que sempre o cativou. André Estima, filho de José Figueiredo, começou a observar, a acompanhar e a ajudar o pai, alguém que descreve como “um artista, uma pessoa inteligente e um bom técnico”. Pouco a pouco ganhou também o gosto pela metalomecânica, tendo este facto sido determinante para a abertura do negócio que
hoje se destaca na região de Águeda, Aveiro, como PME Líder. José Figueiredo começou por procurar potenciais clientes – “quem sabe produzir, sabe onde colocar o produto”, diz à Revista Business Portugal. Estabeleceu alguns contactos, procurou saber se seria útil e rentável abrir a empresa e, a partir daí, foi sempre a crescer. Durante dois anos experienciou a posição de comercial, entretanto deixou de ser necessário. Quem experimentou o produto, aprovou e manteve-se fiel ao vendedor. A concorrência existe, mas não preocupa a família. Estão bem a nível financeiro o que lhes permite um bom poder de compra. “Tratamos o aço por ‘tu’, não dizemos que ‘não’ a nada, temos soluções para quase tudo”, revela o pai. Orgulha-se dos clientes que possui que, por tantas vezes, o consultam em busca de soluções. Estas têm sido garantidas e aprovadas. Para pai e filho, a base do sucesso rege-se por três componentes: preço, qualidade e prazos de entrega. Ou seja, proporcionar ao cliente sempre um produto equilibrado em preço e qualidade, pois nenhum deles pode
ANDRÉ ESTIMA
ser negligenciado. O comprador deve ter o melhor produto ao melhor preço. Além disso, cumprir sempre a data de entrega combinada com o cliente. A empresa André Estima orgulha-se de conseguir satisfazer as encomendas muito rapidamente e no tempo a que se propõem. A firma produz para vários setores, em destaque o setor automóvel, tudo o que é baseado em metal, metais ferrosos e matérias-primas nobres. É apontada à Revista Business Portugal uma máquina em 3D, um aparelho que configura produto desde os quatro milímetros aos 13 de diâmetro. Tudo que seja tridimensional, a máquina faz. Se agora os engenhos trabalham sozinhos, antigamente a situação era diferente, mais complicada e artesanal. “(…) era preciso pegar na chapa e trabalhar com ela à mão, neste momento [as máquinas] já produzem sozinhas a matéria-prima, bastando apenas programar e acompanhar o processo”. Frisa, porém, que esse mesmo acompanhamento deve ser bastante atento. A equipa é constituída por 14 colaboradores, incluindo pai e filhos.
MORADA
Rua do Raso s/n 3750-404 Espinhel, Águeda
Quem experimentou o produto, aprovou e manteve-se fiel ao vendedor. A concorrência existe, mas não preocupa a família. “Tratamos o aço por tu”.
André, o filho que dá nome à empresa, abandonou a escola por volta dos 16 anos. “Não queria estudar, queria trabalhar, queria ganhar dinheiro”, conta à revista. Aos poucos foi produzindo pequenas peças para perceber como as coisas eram feitas e agora, gerente da empresa, é quem mais trabalha: “sou o primeiro a chegar e o último a sair, como o meu pai, (…) tudo passa pelas minhas mãos”. Sente que domina a área, mas que todos os dias são uma constante aprendizagem. Bruno Estima, o mais velho dos irmãos, e José Estima, o mais novo, juntaram-se recentemente à equipa. Ainda estão a aprender, mas André ajuda-os diariamente. Em análise, 2017 foi o melhor ano do negócio. De olhos fixos no futuro, a família acredita que 2018 ainda será melhor. Cheios de vontade e ambição de crescer, André Estima apela aos clientes: “Continuem a acreditar em nós!”.
TELEFONE
234698014
geral@andreestima.pt
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 123
GRUPO JS
“VENCER E SEGUIR EM FRENTE” A Revista Busness Portugal esteve à conversa com Paulo Santos, responsável pelo Grupo JS, e ficou a conhecer mais sobre esta empresa que é uma referência no setor do transporte nacional e internacional de mercadorias.
P
ara que possamos contextualizar os nossos leitores, parece-me importante começar esta entrevista pedindo-lhe que nos apresente o Grupo JS. Como é que nasce esta empresa? O Grupo JS é composto por 3 empresas: SL-Transportes de Mercadorias, Lda; Wishmore Biocombustiveis, Unipessoal, Lda e Agreetoday-Importações e Exportações. As iniciais J.S. têm um sentido importante que caracteriza a firma, pois são o nome do fundador da empresa na pessoa de Joaquim Tavares dos Santos. A empresa tem ao longo de décadas sofrido grandes alterações. Inicialmente com o nome de Transportes Joaquim Tavares dos Santos, passou em 2001 para o atual empresário Rui Paulo Loureiro dos Santos, filho de Joaquim Tavares dos Santos. No ano de 2002 o empresário Rui Paulo Loureiro dos Santos cria a firma Santos & Loureiro- Transportes, Lda, uma das principais firmas no ramo de transportes de mercadorias e que perdura até aos dias de hoje. Cria também a firma Wishmore para venda de combustíveis e pneus. Com grandes projetos e voltado para o futuro cria a firma Agreetoday. Como tem sido a evolução da empresa ao longos destes anos? Este grupo distingue-se por ser inovador e empreendedor, ficando bem demonstrado pela abertura e confiança que os nossos
124 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Disponibilizamos todo transporte de mercadorias nacional e internacional, através de basculante ou estrados clientes têm depositado ao longo dos anos. Para isso muito contribui o elevado grau de coordenação e profissionalismo dos seus colaboradores. Todo aumento de frota que se tem vindo a verificar ao longo dos anos são frutos desta sinergia. Somos uma empresa que se iniciou com dois camiões e que atualmente tem 83 camiões pesados de mercadorias, 55 vásculas, 62 estrados, oito pisos móveis e 15 carros ligeiros de serviço. É de louvar o esforço e grande poder de liderança. Que serviços disponibilizam? Disponibilizamos todo transporte de mercadorias nacional e internacional, através de basculante ou estrados. Qual o vosso principal core business? O nosso principal core business são os transportes de mercadorias por conta de outrem. O que vos distingue das de-
mais empresas do sector? O que nos distingue das demais empresas do sector é a lealdade e profissionalismo com que trabalhamos. Somos uma empresa certificada que tenta trabalhar com o máximo de profissionalismo, indo ao encontro da satisfação dos clientes. É graças a eles que a empresa se desenvolve e atinge os seus objetivos.
GRUPO JS
O que nos distingue das demais empresas do sector é a lealdade e profissionalismo com que trabalhamos. Somos uma empresa certificada que tenta trabalhar com o máximo de profissionalismo, indo ao encontro da satisfação dos clientes.
Porquê Aveiro para a vossa casa? É uma questão estratégica? Que mais-valias traz a região ao Grupo JS? O ponto geográfico em que nos situamos é o ideal para um bom trabalho e desenvolvimento da firma. A nossa maior carteira de clientes, a qual temos a honra de preservar pela qualidade e preço que praticamos, encontra-se sediada na Zona de Aveiro e Grande Porto. Por onde passa o futuro? Uma empresa com décadas de história e que já passou por vários tempos de crise, provenientes da economia que atravessamos por diversas vezes, sempre soube liderar e colmatar essa crise acompanhando sempre o que o mercado nos oferece. Esse foi e será sempre o lema do empresário Paulo Santos: “Vencer e seguir em Frente”. Somos uma equipa com 98 profissionais, entre motoristas, mecânicos e administrativos. Desde 2010 que a empresa se destaca como PME Líder e Excelência.
Uma história com Futuro 354 5,270 1,754
Clientes satisfeitos
Milhões de kms percorridos
Milhões de toneladas transportadas
Morada Zona Industrial de Cesar , Rua António Gomes Correia júnior, 3700 – 606 Cesár
Email geral@grupo-js.pt internacional@grupo-js.pt
Telefone +351 256 842 176
Website www.grupo-js.pt
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 125
CLIMACOM
SERVIÇO À MEDIDA DO CLIENTE Elevados padrões de qualidade e um serviço que procura perceber as necessidades do cliente são as garantias que a empresa de soluções de climatização Climacom dá a todos os que a procuram.
dos pela Climacom é muito vasta. No que toca à instalação tratam de sistemas de aquecimento central, ventilação, soluções de energia solar térmica, ar condicionado, desumidificação de piscinas e sistemas de bombagem. Fazem também manutenção preventiva e Rogério Tavares, Susana Ribeiro e Manuel Presa, sócios corretiva de sistemas AVAC, limpeza e higienização de condutas e Desde 1992, que a Climacom, nascida auditorias da qualidade do ar interior, entre da vontade de alguns sócios da antiga Re- outros. clima de criar um novo projeto, oferecendo Além de instalação, manutenção e assoluções de climatização. Cessou atividade sistência técnica, apostaram na revenda durante algum tempo, mas em fevereiro de de equipamentos e instrumentação dando 1999 reergueu-se e conseguiu afirmar-se formação técnica e apoio aos instaladores no mercado. e empresas no mesmo ramo de atividade. Em 2017, foi distinguida como PME Nesta área, a Climacom criou a sua marExcelência mas já tinha sido distinguida ca DISTRICLIMA, com uma loja online. como PME Líder cinco vezes. Atualmente, www.districlima.pt contam com quatro engenheiros mecânicos, uma financeira, duas administrativas, um Desde 1992 a apostar na qualidade comercial e 17 técnicos especializados. e confiança Na frente da empresa estão três sóciosCertificada em Qualidade com a norma -gerentes: Susana Ribeiro, responsável pelo ISO 9001-2015, no Ambiente com a ISO departamento administrativo e financeiro, 14001-2015 e no Serviço SAC018/2014 a Norberto Presa responsável pela orçamen- Climacom está bem posicionada no mercatação, engenharia e comercial e Rogério do. A receita parece ser a aposta na qualidade Tavares que tem sob a sua responsabilidade e na captação da confiança dos clientes. A o departamento técnico e comercial. gerência da Climacom explica que “cada cliente é um cliente e aqui adaptamos as Especialistas na instalação, manu- soluções à sua medida, percebendo quais as tenção, assistência técnica e comer- suas necessidades.” O principal ponto em cialização que a Climacom se destaca é na qualidade Começaram por apostar na parceria com da prestação do seu serviço. construtoras para instalação de sistemas A Climacom consegue ter preços compeAVAC, mas em 2005 o foco reorientou-se titivos devido à organização e otimização de para a área da manutenção. Desde então, é processos, contudo, deve entender-se que a a área que mais tem crescido na empresa. manter os elevados padrões de qualidade só Atualmente, a gama de serviços ofereci- é possível com pessoas formadas e especia-
lizadas e isso implica grande investimento nos técnicos e em nova tecnologia. Assim, aos olhos dos seus gestores, o serviço técnico da Climacom é de referência e de qualidade. A par desta preocupação vem a aposta na captação da confiança dos clientes. “Um cliente não pode ser para uma vez, tem que ser para toda a vida. Por isso, gostamos de garantir que cada cliente se sente confortável, seguro e confiante com as soluções que apresentamos”, explicam os seus gestores. Desta forma, na Climacom os técnicos são quase os mesmos desde a abertura porque manter o mesmo pessoal tem um grande impacto na confiança que o cliente deposita na empresa, sublinhando que “se a pessoa confiar no nosso serviço, irá sempre que necessitar consultar-nos novamente e até mesmo aconselhar outros clientes a recorrerem aos nossos serviços. Um cliente satisfeito é a melhor publicidade que uma empresa pode ter!”. Contudo, não são apenas as caras dos técnicos que se mantêm. Qualidade significa fidelização dos clientes e por isso a Climacom tem o orgulho de dizer que ainda mantém clientes que recorreram aos seus serviços aquando da abertura. Para a sua administração, a explicação é simples: “se continuam a chamar-nos é porque confiam em nós e na nossa capacidade de trabalho, resposta e soluções apresentadas”. Em 2018, a Climacom comemora 27 anos e o objetivo é manter a qualidade do serviço, mas também investir, apostando cada vez mais na manutenção. Fazer obras novas está também nos horizontes desta empresa exemplar de Aveiro, que vê os clientes como parte da família e os trabalhadores como pilares fundamentais da sua estrutura.
/ClimacomClimatizacao www.climacom.pt Rua da Junqueira, n.º 37 A 380-034 Cacia, Aveiro
126 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
NOSDIL
A MAIOR EMPRESA DE TÊXTEIS-LAR DO CENTRO No concelho da Mealhada, a Nosdil destaca-se quer pela jovialidade, quer pela experiência. Conceitos que à partida parecem contraditórios unem-se em Diogo Ferraz, jovem empresário de 26 anos criador desta empresa que já conquistou o mercado europeu. Diogo Ferraz, administrador
A
paixão pelos têxteis sempre acompanhou Diogo Ferraz, descendente de uma família ligada ao setor: “Cresci neste meio e sempre me imaginei a trabalhar nele”, confessa o responsável pela Nosdil. Assim, em 2006, a ideia de formar a própria empresa ganhou asas, revelando-se um projeto de sucesso. Inicialmente focando-se numa vertente puramente comercial, o nosso entrevistado explica que a Nosdil tem vindo a evoluir para uma indústria fortemente automatizada, estabelecendo parcerias que lhe permitem ter uma resposta rápida, versátil e
Avenida da Floresta nº 77-79 3050-347, Mealhada
competitiva às necessidades do mercado. Como o lema “Tailor Made Solutions”, ou seja, soluções à medida de cada cliente, a Nosdil fabrica têxteis-lar para cozinha e quarto, desde o fio até ao produto final que termina na casa das pessoas. No mercado nacional, os produtos da Nosdil podem ser encontrados nas principais redes de distribuição do país. Atualmente, a Nosdil é também uma empresa de referência no mercado internacional, exportando mais de 50 porcento da sua produção sobretudo para a europa. Na sua estratégia de internacionalização, muito contribui a presença em feiras internacionais da especialidade, com destaque para a Heimtextil, uma das mais reputadas feiras internacionais do setor. A responsabilidade desta estratégia de crescimento assenta numa equipa especializada fruto de um contínuo investimento em termos de recursos humanos e I&D. Neste momento, a Nosdil é constituída por uma equipa de 25 pessoas. Consoante o crescimento da empresa, Diogo Ferraz prevê atingir os 30 colaboradores nos próximos dois a três anos: “Não é fácil encontrar pessoal especializado na área têxtil
aqui na zona centro. As nossas costureiras são muito boas e gostamos muito delas mas não será fácil ampliarmos a equipa. Grande parte deste ramo está sediado no norte do país, o que faz com que seja difícil encontrar profissionais na zona centro. No entanto, estamos em contacto com o Centro de Emprego de Coimbra para encontrarmos os melhores colaboradores para a Nosdil”, considera o responsável. Para 2018 são muitos os projetos que Diogo Ferraz tem para a Nosdil. O nosso interlocutor destaca a especialização em toalhas de mesa, nomeadamente em toalhas de mesa com revestimento acrílico, com inúmeros benefícios: “São toalhas que têm um toque de tecido, mas têm um tratamento permanente que permite sua utilização mesmo ao ar livre resistindo ao clima e, permite acabar com o problema das nódoas uma vez que sua limpeza é tão fácil como passar um pano húmido. Estas toalhas têm sido um sucesso muito grande no mercado Europeu pelo que acreditamos que também serão muito apreciadas pelos Portugueses”, conclui.
T:+351 231 200 880 E: nosdil@nosdil.pt
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 127
DENTÁRIAS V-PROMED
DENTÁRIAS V-PROMED
www.dentariasv-promed.com www.dentariasv-promed.com
Entrevista com Vítor Henriques, diretor geral.
A
celebrar os 17 anos de existência, como explica o sucesso da Dentárias V-Promed? Ao que chama sucesso, prefiro chamar caminho. E esse caminho nunca foi indiferente ao nosso eixo de ‘trabalho, honestidade & bom senso’, com a qualidade como denominador comum. A aposta na inovação e em equipamentos de última geração é, sem dúvida, uma mais valia num setor como a medicina dentária. De que forma está a Dentárias V-Promed apetrechada a este nível? A tecnologia é, sem dúvida, o aliado natural da nossa formação contínua na perspetiva evolutiva do bem fazer. A esse nível e com o Digital Workflow na ordem do dia, tentamos acompanhar os avanços que o mercado nos vai disponibilizando. É exemplo disso a radiologia 3D, os implantes Premium e a ortodontia ‘invisível’, a microscopia digital, alguns dispositivos cirúrgicos, scanners, entre outros.
CC LL I I NN I I CC
nessa procura vem ortodontia, dentisteria, cirurgia, periodontologia, oclusão e higiene oral.
BARRÔ BARRÔ
Agnelo Silva, Implantologista e diretor clínico
Célia Sousa, ortodontista
Rui Génio, periodontologista
A par com a direção geral da Dentárias V-Promed, assume também a função de diretor criativo da unidade de laboratório de prótese dentária. Em que medida pode esse facto ser uma vantagem para o paciente? Ter um laboratório próprio em permanente atualização, é uma realidade que nos permite ter mais opções, quer a nível estético quer funcional e, além disso, torna possível ‘trabalhos na hora’- o que se traduz num enorme alívio para o paciente que acaba de partir a prótese ou de perder um dente estética e funcionalmente importante e que é também, claramente, uma vantagem para nós enquanto empresa.
AS AS PESSOAS PESSOAS NASCEM NASCEM ÚNICAS ÚNICAS AA MUDANÇA MUDANÇA DEVE DEVE RESPEITAR RESPEITAR
AA EXCLUSIVIDADE EXCLUSIVIDADE DE DE CADA CADA UM UM Vítor Henriques,
diretor geral Em termos humanos, como caracteriza a equipa de profissionais da Dentárias V-Promed? É um privilégio trabalhar com estas pessoas - o carácter, o respeito, o empenho. Muito Acredita que os portuguecedo tive a sorte de perceber que ses estão já sensibilizados para a melhor forma de evoluirmos uma correta saúde oral? seria formar uma equipa e que Diana Freitas, Acredito... Ainda com muiInês Coutinho, Vera Costa, Cristina Pinto, para isso cada um de nós teria médica dentista tas lacunas e um longo percurMarlene Mota, assistentes ortodontista de ser inteiro na sua postura, liso pela frente, mas acredito! Os berdade e desempenho na empresa. Mesmo na ótica de algumas portugueses evoluíram imenso nesta e noutras áreas. Todos os dias correntes de gestão mais agressivas, as pessoas só atingem as metas nos cruzamos com alguns pacientes bem informados e donos de CONTACTOS HORÁRIO MORADA MORADA CONTACTOS CONTACTOS HORÁRIO HORÁRIO que sintam como suas. Como sociedade, ganhamos um pouco uma belíssima e cuidada saúde oral. E602 se hoje são09:30 alguns, ama2A 234 691 280 933 407 602 09:30 12:30 Largo Largo Dr.Dr. António António Breda, Breda, nº 2A nº 2A 234234 691691 280 280 | 933 || 933 407407 602 09:30 - 12:30 -- 12:30 dvp@dentariasv-promed.com 19:30 3750-351 3750-351 Barrô Barrô dvp@dentariasv-promed.com dvp@dentariasv-promed.com 14:00 14:00 19:30 -- 19:30 sempre que percebemos isso. nhã serão muitos! Nesta área da saúde em particular,14:00 a -evolução sentiu-se principalmente a partir do início dos anos 2000 devido Quais são as especialidades mais procuradas pelos vossos a um conjunto alargado de fatores, dos quais destacaria como pacientes? exemplo, mais e melhor educação, maior rendimento das famílias As especialidades relacionadas com a reabilitação oral, sem e uma maior ( ainda a crescer ) e melhor presença física e social dúvida - a implantologia, a prótese e a estética dentária. A seguir dos ‘agentes’ de saúde oral.
17 17
IM I MPPLLAANNTTEESS
128 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
ANOS ANOSDE DE EXCELÊNCIA EXCELÊNCIA
RREEAABBI LI LI T I TAAÇÇÃÃOO
EESSTTÉÉTTI C I CAA
www.dentariasv-promed.com
C L I N I C BARRÔ
AS PESSOAS NASCEM ÚNICAS A MUDANÇA DEVE RESPEITAR A EXCLUSIVIDADE DE CADA UM
17
ANOS DE EXCELÊNCIA MORADA Largo Dr. António Breda, nº 2A 3750-351 Barrô
IMPLANTES
R E A B I L I TAÇÃO
CONTACTOS 234 691 280 | 933 407 602 dvp@dentariasv-promed.com
HORÁRIO 09:30 - 12:30 14:00 - 19:30
ESTÉTICA
GRUPO TAGAR
EMPRESA LÍDER DE SUCESSO Ilídio Tavares é CEO do Grupo Tagar. O início da história do grupo surgiu em 1984 na Venezuela com máquinas ligadas à construção e desde 2000 em Portugal com a Eurotagar empresa que se dedica ao aluguer de autogruas. Atualmente, e após a aquisição de três concorrentes (Intergruas, Gruav e Idelgrua), é líder do setor eólico no “mercado português”. Um passado marcado pela internacionalização e o estado atual do mercado nacional foram alguns dos temas que abordou em entrevista à Revista Business Portugal.
P
assado marcado pela perseverança Distinto pela sua dedicação e resiliência, Ilídio Tavares adquiriu uma vasta experiência ao longo de anos de trabalho conseguindo que o Grupo Tagar se solidificasse no mercado nacional e internacional. Com a chegada ao poder do presidente Hugo Chaves, na Venezuela, foi transmitida “uma mensagem anti-empresarial, numa linha esquerdista em que o Estado daria os bens essenciais a cada pessoa”. Ilídio Tavares decide então regressar a Portugal em 1999, acompanhado pela família, “arrancando com a empresa no ano 2000, após análise do mercado interno”, já com conhecimentos no “setor das gruas e avançando de forma cautelosa, uma vez que o mercado Europeu, onde Portugal se insere, era altamente competitivo”. No entanto, o CEO do Grupo Tagar percebeu rapidamente que o mercado nacional tinha empresas pouco competitivas, acomodadas pelo crescimento dos anos 90 e que teria espaço para uma empresa com uma dinâmica diferente. Inicialmente, a empresa direcionava-se “mais para a construção civil e obras públicas”. Mas Ilídio Tavares sabia atempadamente que “tinha que direcionar a empresa para outra área que não a construção civil” e assim a Eurotagar - sediada em Arrifana, Santa Maria da Feira - direcionou-se em 2009, após a crise económica,
130 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Ilídio Tavares, CEO
para o sector eólico – “acreditei que era esse o futuro”. Nos dias de hoje, é esse o setor gerador de maior volume de faturação. A atuação do Grupo Tagar passa igualmente pelo apoio à indústria, uma vez que “as refinarias industriais necessitam de gruas para efetuar manutenções e ampliações”, bem como a outras empresas prestadoras de serviços. Num momento em que Portugal estava em plena crise, o Grupo Tagar teve a necessidade de sair da sua zona de conforto e explorar novos mercados, como revelou Ilídio Tavares – “tinha duas alternativas: despedir os colaboradores ou conseguir trabalho para as autogruas noutros países”. Nessa altura “para os trabalhadores era preferível sair do país com alguém que já conheciam do que ir trabalhar para empresas desconhecidas”. Inicialmente apostou em Marrocos, Chile, África do Sul e Moçambique e um ano mais tarde no Panamá, na América Central e “acabamos por nos sediar na Nicarágua, onde este novo projeto é liderado com alma e coração pelo meu filho Daniel, que lá reside com a família”. Após o sucesso no Panamá, o grupo foi entrando com novos projetos na Costa Rica, Honduras, Guatemala, Chile e México.
Mercado atual: atuação da empresa “Atualmente o nosso principal ramo de negócio são as autogruas, com várias capacidades de carga, desde 25 às 1.200 toneladas. A
GRUPO TAGAR
Num momento em que Portugal estava em plena crise, o Grupo Tagar teve a necessidade de sair da sua zona de conforto e explorar novos mercados. logística é bastante complexa: as de maior porte são carregadas em camiões e a grua é armada no próprio local, devido à sua dimensão” conta Ilídio Tavares, em entrevista. A empresa neste momento possui “gruas que requerem 50 camiões para ser transportadas”. A última aquisição tem capacidade de montar torres eólicas de 160 metros de altura, de forma a responder e antecipar às necessidades dos nossos clientes. Uma das dificuldades atuais passa pelo recrutamento de novos colaboradores, “uma vez que o trabalho é fisicamente exigente e são necessários entre 3 a 5 anos para formar adequadamente os quadros.” Apesar de uma solução passar por ofertas salariais aliciantes, é necessário proceder de forma cautelosa, com aumentos salariais, de forma a não perder competitividade no mercado nacional e internacional, conta.
Neste momento, o objetivo da empresa é consolidar o seu posicionamento no mercado, principalmente nos países onde já operam. “Hoje, mais do que crescer, o Grupo Tagar pretende manter-se rentável, com uma estratégia de desenvolvimento bem definida que passa pela seleção de clientes e dos projetos eólicos mais importantes. De referir que aquando da nossa visita ao Grupo Tagar, a empresa fechou um importante contrato com a Faurecia, uma das multinacionais mais importantes na região.
A equipa é fundamental Para Ilídio Tavares, o capital humano é o seu maior ativo e a chave para o sucesso passado, presente e futuro – “Costumo dizer que a equipa é fundamental”, adianta. “Uma grua compro e vendo no momento. Uma equipa demora anos a construir... o fundamental é constituir uma equipa que funcione de forma eficiente”. Os recursos humanos são, por isso, o valor mais importante desta empresa. Independentemente da formação que tenham, é preciso “incentivar, reforçar positivamente e manter a equipa unida e focada em alcançar os objetivos estabelecidos”. E é com orgulho que Ilídio Tavares se refere à sua equipa, no trajeto destes 34 anos.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 131
GRUPO TAGAR
Projeto em Santa Maria da Feira: Centro Empresarial Feira O Centro Empresarial Feira conta com uma área de 52.000 m2 e foi mais uma aposta de Ilídio Tavares, com o intuito de reabilitação de “uma estrutura que estava em decadência, onde se encontravam as antigas instalações da maior produtora de calçado do país, a Rodhe”. E assim foi, reconstruiu-a e procurou “empresas que se quisessem sediar, disponibilizando condições adequadas a cada necessidade”. Atualmente, o espaço conta com “30 por cento de ocupação, encontrando-se já 10 empresas em atividade, entre empresas produtoras, de armazenagem, de serviços e tecnologia, e estando prestes a acrescentar mais duas multinacionais de referência ao leque de empresas já presentes” Paralelamente e no mesmo Centro Empresarial, encontram-se a desenvolver um projeto de apoio à inovação e empreendedorismo em Portugal, com o objetivo de projetar a região e o país. Neste âmbito, e de uma forma concreta, “queremos um programa de apoio, tendo em conta as necessidades dos alunos, dos empreendedores, das startup’s, dos empresários, em que lhes fornecemos acesso a consultoria, aceleração, investimento, redes nacionais e internacionais ligadas à comunidade empreendedora, fornecendo as ferramentas necessárias para o seu crescimento”. Este projeto surge para promover a ligação entre empreendedores/alunos e a realidade profissional, com o intuito de ser um suporte de excelência, dando a possibilidade de usufruírem de um espaço com todas as condições necessárias para se desenvolverem. O contacto com a economia real, aliado ao empreendedorismo, serve de base para se afirmarem com sucesso, permitindo assim que se tornem mais competitivos, com resultados positivos para a economia nacional. Esta é também uma forma que o CEO encontrou para dar o seu contributo para dinamizar Santa Maria da Feira e o país. “Se fomentar novos empresários, estou a contribuir para que exista riqueza no futuro do país”, confessa. Agradece ainda o empenho da autarquia que se mostrou disponível e tem contribuído para a evolução deste projeto.
132 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
ESPINHO BELEZA NATURAL E QUALIDADE DE VIDA Espinho possui oito quilómetros de praias, que desde 1830 são procuradas pelo clima ameno, areais extensos em conjunto com rochas marinhas repletas de algas em certas zonas que proporcionam a cada veraneante a possibilidade de escolher a praia da sua preferência. O imenso mar azul que envolve a areia fina é recortado por esporões que o tornam manso em zonas propícias a banhos com o prazer e segurança de uma praia cuidadosamente vigiada, mas também exibe uma ondulação adequada à prática de desportos aquáticos, como o surf ou bodyboard. Assim, o sossego de uma praia isolada contrapõe-se à ação de outra, onde, inclusive, poderá assistir a um disputado jogo de voleibol de praia ou
conviver num animado bar. Espinho possui várias praias distinguidas com Bandeira azul da Europa (praia da Baía e outras) onde, durante toda a época balnear se realizam as mais variadas atividades que visam sensibilizar veraneantes e toda a população para a necessidade de preservar o ambiente. Na praia da Baía funciona uma Ludoteca/ Centro Azul que para além do empréstimo de jogos e livros, promove inúmeras iniciativas de caracter lúdico que tornam esta praia um local de lazer privilegiado. Realizam-se ainda no mesmo local Campeonatos Europeus de Voleibol de Praia, de Surf e Bodyboard.
DESTAQUES 114 UNIÃO DE FREGUESIAS DE ANTA E GUETIM A dinâmica e frenesim de uma cidade e a calma e a paz do campo 116 R STAR Aposta na maturidade, rigor e disciplina 118 MERCADO DAS CASAS ® “Espinho tem um potencial enorme”
Quinta do Crestelo
Avenida dos Bombeiros Voluntários 6270- 909 Seia T: +351 238 320 050/51 T: +351 968 578 921 T: +351 917 650 138 E: quintadocrestelo@quintadocrestelo.pt
www.facebook.com/resortturisticoquintadocresteloserradaestrela
janeiro 2018 Revista Business Portugal | 135
FREGUESIA DE ANTA E GUETIM
“O FRENESIM DA CIDADE E A CALMA E PAZ DO CAMPO” Localizada no concelho de Espinho a freguesia de Anta e Guetim mistura-se entre o urbano e o rural. A preocupação com a população e com os seus interesses, seja a nível social, cultural ou de obras, é uma das bandeiras do mandato de Nuno Almeida, que lidera o executivo pelo segundo mandato consecutivo.
Nuno Almeida, presidente
A proximidade com a cidade de Espinho, de um lado, e uma zona mais afastada, a nascente da freguesia, conferem a Anta e Guetim a especificidade de ter um misto de urbano e rural, oferecendo aos residentes um pouco dos dois mundos. “A freguesia tem um misto entre o rural e o urbano. Espinho cresce para a freguesia de Anta e Anta foi crescendo com essa urbanidade, desenvolveu-se como prolongamento da cidade. A parte mais rural é a nascente da freguesia, onde há um cenário com gente que ainda trabalha o campo. Temos estas duas realidades que se conjugam e que nos dão a dinâmica e frenesim de uma cidade e a calma e a paz do campo”, afirma Nuno Almeida.
O mandato: as preocupações e os projetos A liderar os destinos da freguesia pelo segundo mandato, Nuno Almeida acredita que um dos passos importantes que foi dado e que
136 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
é preciso manter é introduzir Anta e Guetim à era tecnológica, ajudando a população a nível social, mas também trabalhando em obras públicas que melhorem a qualidade de vida. “No primeiro mandato percebemos que não iríamos ter muitas verbas e optamos por fazer um trabalho que passou por identificar os problemas mais sérios para resolver e hoje podemos dizer que estão concluídos. Basicamente, tivemos um trabalho de organização da estrutura da freguesia. Foi um dos principais pontos, adaptar a freguesia ao século XXI, introduzindo as novas tecnologias. A par disso fizemos obras, nomeadamente nos cemitérios, e arruamentos. Não tivemos obras chamativas, mas fomos trabalhando nesse sentido. Depois a questão social, onde também trabalhamos de forma discreta, tendo criado condições para que, tanto em Anta como em Guetim, haja um técnico da Segurança Social a prestar apoio à comunidade, foi feita distribuição de alimentos e estamos a trabalhar na criação de um gabinete social, que iniciamos no mandato anterior
FREGUESIA DE ANTA E GUETIM
mas que pretendemos concluir neste, onde queremos dar apoio à população, não substituindo a Segurança Social, e trabalhar na área da psicologia e jurídica”, explica o líder do executivo. As caraterísticas da freguesia a nível de acessos são um ponto forte a aproveitar e é prioridade da junta criar infraestruturas que, a juntar a esse aspeto, ajudem a atrair jovens para a freguesia, jovens que se queiram lá fixar. “Em termos de acesso estamos bem servidos, melhor até do que Espinho, e por isso temos o projeto para Guetim da criação de um polo central, um espaço que marcasse a freguesia e que atraísse até jovens para se fixarem lá. Em Anta queremos requalificar o largo da igreja, que é o local central e por onde toda a gente passa, e que já merece uma renovação e uma nova imagem. Queremos construir uma capela mortuária, que é uma necessidade também e vamos aproveitar o espaço da que já existe e que não é usada por estar dentro do cemitério para fazer um crematório”, esclarece Nuno Almeida.
Anta e Guetim: Capital do Violino Para além das questões sociais e das obras públicas, o património cultural é também uma preocupação para Nuno Almeida. Conhecida por ser a terra da família Capela, família de renome na arte dos instrumentos de cordas, a freguesia pretende aproveitar esse facto para dinamizar o turismo e a vertente cultural, associando-se também à Academia de Música de Espinho. “Somos a Capital do Violino, um desígnio no qual temos vindo a trabalhar para promoção turística e cultural. A família Capela é de cá de Anta e há mais de 80 anos que tem aqui a sua oficina e por isso passaram por cá músicos e instrumentistas nacionais e internacionais. A família Capela teve de certeza a possibilidade de se instalar em qualquer capital mundial mas não o fez, preferiu ficar cá e dignificar a sua terra. Nesse sentido, fizemos uma parceria há dois anos com a Academia de Música de Espinho, que é uma referência no país e que está aqui na freguesia de Anta, e demos o pontapé de saída na promoção da Capital do Violino, com um fim de semana temático onde tivemos workshops, uma aula sobre os violinos e um concerto aberto da Orquestra Clássica de Espinho. A par disso, temos um
“Somos a Capital do Violino, um desígnio no qual temos vindo a trabalhar, um desígnio para promoção turística e cultural.” programa de promoção nas escolas, onde vamos com alunos da Academia de Música às escolas do ensino básico, para fomentar o gosto pelo violino. Também estamos a estudar a possibilidade de termos numa escola uma atividade curricular ligada ao ensino do violino, para que se comecem a formar artistas”, defende Nuno Almeida. Entrosado com as dinâmicas da terra, Nuno Almeida acredita que ainda pode fazer muito pela sua população. “Estarei onde me sentir útil e onde as pessoas sentirem que eu sou útil. Neste momento acho que ainda posso dar o meu contributo para o desenvolvimento da minha terra”, conclui o presidente da junta.
Anta ____________________ Rua do Passal, 1, Anta 4500-056 Espinho 227 346 453 227 319 918 anta@jf-antaeguetim.pt Guetim ____________________ Rua 25 Abril, 104 4500-422 Espinho 227 344 226 227 320 056 guetim@jf-antaeguetim.pt www.jf-antaeguetim.pt
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 137
R STAR
APOSTA NA MATURIDADE, RIGOR E DISCIPLINA A atuar na área dos combustíveis, a R Star está no mercado há dez anos e abrange duas vertentes de negócio: os postos de abastecimento e o fornecimento de outras empresas que estão também no setor. Apostados na consolidação do grupo, têm como principais caraterísticas a maturidade, a disciplina, o rigor e o bem servir, apelidando-se de “marca de futuro”.
C
om um crescimento sustentado iniciado em 2007, aquando da abertura do primeiro posto de abastecimento em São João de Ver, a R Star tem neste momento quatro postos na zona norte do país, para além de operar como fornecedora para outras empresas que atuam na área. “Temos quatro postos de abastecimento: o inicial foi o de S. João de Ver, que irá sofrer remodelações, depois temos em Loureiro (Oliveira de Azeméis), Vila Nova de Famalicão e o mais recente, em Espinho, onde implementamos a grande mudança na nossa imagem e que iremos depois passar aos restantes. Para além isso, somos operadores na área dos combustíveis, ou seja, fornecemos uma grande parte de empresas que estão no retalho. Trabalhamos com um grupo muito forte, o das grandes superfícies, a nível nacional”, explica Francisco Freitas, diretor comercial da marca.
R Star, mais do que um posto de abastecimento Com o intuito principal de bem servir o cliente, garantindo que o mesmo tem várias soluções ao seu dispor quando procura a R Star, a marca tem várias vertentes de negócio dentro do mesmo conceito, ligado aos combustíveis. “A R Star tem como objetivo principal fazer um alargamento na sua rede de postos de abastecimento. Dentro dessa rede temos várias vertentes, não é só um posto de abastecimento, mas uma área de serviço, porque contemplamos também as
138 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
“O grupo está numa fase de crescim
R STAR
lavagens auto, o jet wash, a lavandaria e uma loja de conveniência, dividida em loja auto e na parte da confeitaria, com pão quente a sair de duas em duas horas. Depois, temos a nossa própria frota de camiões, ou seja, desde o momento de carga até à descarga, nós fazemos o acompanhamento do produto e assim garantimos uma prestação de serviço de qualidade enquanto fornecedores”, afirma Francisco Freitas. Com a abertura do novo posto de abastecimento em Espinho as inovações também se fizeram notar na R Star. Apostados na consolidação do negócio e com atenção às necessidades dos clientes, colocaram à disposição um novo combustível e preparam caminho para o futuro. “Já temos as infraestruturas para começar com os híbridos, estamos preparados para quando isso se generalizar, para quando se introduzir no mercado. Já temos também em Espinho o AdBlue, que é um produto para o filtro de partículas e colmatamos uma das carências da zona, que era o GPL. A R Star define-se
pela sua própria imagem, que é diferente do que se vê das restantes. Queremos apostar na maturidade, no rigor e na disciplina para que os clientes nos procurem e vejam na nossa marca uma mais valia. É uma marca de futuro. É o presente no futuro e só pensando assim é que vamos mais além”, adianta o diretor comercial.
A vertente social para além do negócio Com quatro postos em funcionamento, a área de influência da R Star tem vindo a crescer e com isso cresceu o número de postos de trabalho. Atualmente, são 55 os funcionários da empresa, havendo uma vertente social sobretudo no recrutamento para Espinho. “Temos 55 pessoas a trabalhar connosco. O grupo está numa fase de crescimento, mas, sobretudo de consolidação. E essa consolidação tem uma vertente, que é a simpatia, porque nós dependemos dos clientes, eles são a nossa prioridade. Sem clientes não existimos. O objetivo principal é servir bem. Um cliente satisfeito volta e traz mais clientes. Quando fizemos a seleção do pessoal para Espinho contratamos desempregados do bairro social, ajudando na reabilitação de algumas pessoas. O Augusto Rocha, administrador da R Star, quis dar essa oportunidade a pessoas que estavam um pouco à margem da sociedade e que foram reabilitadas, que estão integradas e trabalham connosco de uma forma séria.
Para além disso, oferecemos serviços que vão de encontro às necessidades da comunidade local”, esclarece Francisco Freitas. Ainda assim, para que esta construção se materializasse, coube à R Star fazer investimentos na zona, nomeadamente com a construção da rotunda no local, fundamental para ajudar na circulação da população. “A bomba de Espinho abriu em Setembro. Um dos principais problemas foi a rotunda, que cortou cerca de 40 por cento dos clientes porque não havia passagem para a parte de baixo das praias e do casino”, explica Augusto Rocha. Apesar de ter em vista o alargamento da rede de postos de abastecimento e dos serviços prestados, a administração da R Star quer apostar primeiro num bom planeamento. “A consolidação tem que ter um critério rigoroso. Temos vários projetos em mente, mas para já estamos apenas a estudar, a avaliar os retornos para os investimentos, para que num futuro próximo se possa alargar o grupo”, conclui Francisco Freitas.
mento, mas, sobretudo de consolidação.” fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 139
MERCADO DAS CASAS®
“ESPINHO TEM UM POTENCIAL ENORME” Com mais de uma década de experiência no mercado imobiliário, Joaquim Bica é o fundador e administrador da Mercado das Casas®. É uma empresa de mediação imobiliária licenciada que atua no mercado imobiliário. Sediada em Espinho, assume-se como uma mediadora séria e moderna, que pauta a sua atuação pelo dinamismo, profissionalismo e uma atitude diferenciadora. lista de espera de clientes dispostos a arrendar e a comprar imóveis. Faltam, no entanto, os imóveis. Espinho carece de investimento imobiliário, as poucas habitações que são construídas nos dias de
O empresário deixa o apelo às autarquias, para que intervenham num dos impedimentos a estes investimentos: o excesso de burocracia. hoje são destinadas a usufruto próprio e, assim, quem procura uma casa nova não encontra. Joaquim Bica esclarece que o investimento
Joaquim Bica, fundador
D
epois de vários anos a trabalhar em França, Joaquim Bica regressou ao seu país de origem. Na mala trouxe boas memórias e experiência profissional, a qual tinha vontade de colocar em prática. Começou por ser colaborador numa empresa na cidade do Porto que, segundo o próprio, lhe “abriu muitas portas”. Decidiu apostar no mercado de Espinho, uma vez que lá existiam muito poucas imobiliárias. “Estou na minha praia”, declara o administrador da Mercado das Casas® que reside na mesma área onde atualmente trabalha. De facto, a aposta revelou-se certeira: a imobiliária tem uma
140 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
imobiliário é mais seguro do que ter dinheiro no banco e há projetos muito rentáveis. O empresário deixa o apelo às autarquias, para que intervenham num dos impedimentos a estes investimentos: o excesso de burocracia.
MERCADO DAS CASAS®
sentido de dinamizar o concelho, o qual tem “um potencial enorme”: desde apoio financeiro aos empresários, realizar manutenção nos espaços públicos (que traria mais e melhor qualidade de vida a quem aqui reside), e até dinamizar este “ótimo destino balnear”. Ainda muito pode ser feito na vertente do turismo, ou não fosse Portugal um país que está na moda, culturalmente tolerante, acolhedor e seguro.
Olhar no futuro
Não só construir de raiz é solução: a “reabilitação é uma boa política do urbanismo”, que se tem visto ser aplicada com muito sucesso em casos como a Cidade Invicta, onde as autarquias locais incentivam essas ações. “Todas as autarquias deveriam incentivar proprietários a fazer obras”, expõe o administrador, o qual acredita que teria um papel muito relevante na dinamização da cidade. “Espinho deveria ter um cartão de visita, ter nome não basta. Muitos são os estrangeiros que desconhecem por completo esta zona porque não há divulgação”. Deveria fazer-se saber acerca dos bons acessos rodoviários (tanto por automóvel, como através dos transportes públicos) que a cidade tem. Quem poderia fazer bom usufruto dessa qualidade são os nossos vizinhos espanhóis, muitos dos quais têm aqui a praia mais próxima. Com o amparo dos poderes locais muito poderia ser feito no
A Mercado das Casas® acompanha as exigências da atualidade: “hoje é tudo via internet, é assim que a maior parte dos nossos clientes nos descobrem, até no que se refere ao mercado estrangeiro”. Assim, “estamos a investir em ferramentas tecnológicas. O melhor reconhecimento passa pela recomendação dos nossos clientes a outros, confirmando assim o nosso bom trabalho e a nossa vontade de encontrar as melhores soluções”, refere, citando uma das frases marcantes da sua filosofia e metodologia de trabalho: “Poupe o seu tempo e trabalho, use o nosso!”, declara Joaquim Bica. A imobiliária encontra-se em fase de recrutamento, o que se tem revelado uma dificuldade: “Há muita falta de pessoas disponíveis para trabalhar nesta área, apesar de termos condições excelentes. Valorizo o trabalho do comercial, mas não tem sido fácil encontrar quem queira abraçar o projeto”. assegurou Joaquim Bica. O empresário pretende dedicar-se aos mercados estrangeiros, onde já marca presença desde há oito anos, especificamente na Europa, onde já tem algumas parcerias com outras imobiliárias: “Este ano vamos concentrar-nos mais nesse aspeto, até fazer mais publicidade. O mercado francês já deu retorno, está a correr muito bem. As perspetivas são de crescer ou, pelo menos, manter”.
Um cenário de recessão origina sempre
oportunidades de negócio
Rua 14 n.º 756, 4500-232 Espinho - 224 107 320 - 932 681 211 - geral@mercadodascasas.com
mercadodascasas.com fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 141
DESTAQUES 123 SOMBRAS PERFEITAS A perfeição de ter uma sombra com qualidade 124 ALFACE DO CAMPO Um compromisso de qualidade 127 STRONG MOVING “Seu objetivo de mudança é o nosso desafio” 128 ERA LOURES INFANTADO Um ano de crescimento com a máxima confiança 130 ÁGUAS DO TEJO ATLÂNTICO A maior empresa de têxteis-lar da região centro 132 RENASCIMENTO Qualidade, ambiente e segurança
142 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
LISBOA MAIS EXTENSA ÁREA METROPOLITANA É entre o centro e o sul de Portugal que se encontra aquela que é a maior e mais extensa área metropolitana do país. Ladeada pelas margens do rio Tejo e pela Península de Setúbal, conta com 18 municípios e 17 freguesias. E se é com números que se fazem as contas, é importante salientar que, em conjunto com a Área Metropolitana do Porto (AMP), a Área Metropolitana de Lisboa (AML) representa 45% da população nacional. Criada com o intuito de facilitar as gestão dos territórios adjacentes e complementares da capital, a Área Metropolitana de Lisboa tem vindo a tornar-se numa entidade associativa que procura a prossecução dos interesses comuns aos municípios que apoia. A multuculturalidade presente na AML unifica não só o lado rural mais presente em algumas das freguesias, como também traz para o espírito e a ambição cosmopolita para todos os habitantes da área envolvente. É assim que se forma a Área Metropolitana de Lisboa, como poderá comprovar com as páginas que se seguem. E perante a dimensão territorial que ganha ao alicerçar-se à capital nacional, a AML tem-se traduzido numa fonte de iniciativas culturais, sociais e recreativas, que permitem uma maior fonte de inovação e partilha de interesses, conhecimentos e saberes. Mas nada se faz sem que a economia empresarial se movimente. Na Área Metropolitana de Lisboa, há todo um conjunto de empresários que se dedicam à promoção da região e à evolução, permitindo assim um crescimento alicerçado na inovação. Nas próximas páginas desta edição, poderá encontrar exemplos, histórias e testemunhos de empresários que encontraram na AML um local que fervilha em ideias e que se vai moldando às exigências da sociedade atual.
Soluções em caixilharia de PVC e Aluminio
O seu Conforto passa por nós
Show Room Avenida Alexandre Herculano Nº 92 2910-751 Setúbal Portugal
geral@7janelas.pt 265 094 110 918 691 934 http://www.7janelas.pt
FREGUESIA DE RIO DE MOURO
SENTIR RIO DE MOURO COMO A SUA TERRA “Valorização cultural” e “valorização identitária” são duas prioridades que servem de base ao segundo mandato de Bruno Nobre Parreira, Presidente da Junta de Freguesia de Rio de Mouro. Ao longo deste artigo vamos conhecer o valor desta terra que tem todas as condições para se afirmar.
Bruno Nobre Parreira, presidente
R
io de Mouro é uma das mais antigas freguesias do concelho de Sintra. É constituída por um conjunto de paisagens urbanas e por alguns traços rurais. A proximidade a Lisboa é uma mais-valia que permite oferecer as maiores potencialidades ao nível da indústria, inovação, comércio e serviços. As últimas eleições levaram Bruno Nobre Parreira ao segundo mandato para a presidência da Junta de Freguesia de Rio de Mouro. O grande desafio para este novo mandato passa por consolidar “as políticas que se iniciaram no mandato anterior, através da valorização cultural e na valorização identitária, no sentido de inverter a tendência de descaracterização” explica o autarca. Acrescentando que este seria o seu maior legado. Apesar desta tendência, Rio de Mouro
mostra que o seu ADN é feito de vivências marcadas pela história. E por isso, de forma a combater a descaracterização, o autarca assegura que tem trabalhado, juntamente com a Câmara Municipal de Sintra e o seu executivo, na oferta de melhoria e condições através de soluções como: a requalificação do espaço público, a construção do auditório municipal e do parque urbano da Serra das Minas, a inauguração da biblioteca municipal e pavilhão desportivo. No sentido de dar aos habitantes motivos para se sentirem bem na freguesia e orgulho em olhar para a terra como sua. Como afirma Bruno Nobre Parreira, “é importante que as pessoas, sendo o nosso maior património, tenham o orgulho e amor-próprio de morar numa terra com estas características, que sintam Rio de Mouro, temos uma grande Câmara
Municipal e um presidente de Câmara que tem feito um trabalho notável”. A intervenção prioritária é muito focada na lógica de envolvimento e proximidade com a comunidade, sendo uma freguesia que tem todas as valências para todas as idades. Para os mais novos, a política é pautada pelo sentido de pertença ao conteúdo histórico e cultural da terra. Para os mais velhos, a política passa por lhes dar a responsabilidade de passar os valores da terra. Como menciona o autarca: “o nosso foco é para os mais novos porque são o futuro, mas com um olhar responsabilizador sobre os mais velhos, porque a sua missão da construção desta terra ainda não acabou”. Fazendo um balanço positivo desde que assumiu novamente o cargo, o presidente classifica este mandato como uma luta e persistência. Como forma de concluir a conversa, reforça que Rio de Mouro é um local que tem todas as condições para se afirmar, sendo um dos locais mais agradáveis para se viver na periferia de Lisboa e assim proceder ao seu crescimento sustentado.
Visitar Rio de Mouro Bruno Nobre Parreira destaca como valor tradicional, que merece uma visita, a maior feira saloia: “Feira das Mercês”. A acrescentar a esta feira, onde estão os melhores produtos locais, podemos encontrar em Rio de Mouro os típicos “Lembrados de Paiões”, a “Carne de Porco às Mercês” e a “Pêra Parda cozida”.
HISTÓRIA, IDENTIDADE E TRADIÇÃO Rua Óscar Monteiro Torres, 19 2635-385, Rio de Mouro E: geral@jf-riodemouro.pt T: (+351) 21 917 82 90
144 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
SOMBRAS PERFEITAS
A PERFEIÇÃO DE UMA SOMBRA Sinónimo de qualidade e inovação, a Sombras Perfeitas tem como missão disponibilizar soluções para quem procura toldos e coberturas para proteção de diferentes áreas no exterior. Desde os seus inícios, a empresa tem apostado na inovação, na funcionalidade e apresenta um conjunto de serviços diferenciados, com altos padrões de excelência e adaptados às exigências do mercado.
E
m plena crise económica de 2010, surgiu as Sombras Perfeitas - uma empresa pensada para fabricar e instalar, mas também reparar e renovar toldos e coberturas com um novo conceito. Arzhang Taghdiri, proprietário da empresa, estava em Portugal desde 2001, quando olhou para a crise como uma oportunidade de negócio e decidiu criar a sua própria empresa. Com este pensamento além fronteiras e após um intensivo estudo, verificou que para vingar num mercado saturado teria de apostar em produtos inovadores. De ressaltar que, o mais importante para a Sombras Perfeitas não é pensar em vitórias de momento, mas sim em estratégias a longo prazo capazes de
Com um avançado conhecimento técnico na área de atuação, o próximo passo é a expansão para fora do território português. responder com soluções eficazes. A localização em Linhó (Sintra) é perfeita e estrategicamente pensada. Perto de uma das grandes metrópoles, permite um maior contacto com os clientes e rapidez na entrega dos produtos fabricados. A inovação aliada à preocupação de oferecer um serviço
Arzhang Taghdiri, administrador
de qualidade é considerado um valor estratégico para o crescimento desta empresa. Pensar no cliente também é importante e, nesse sentido, este compromisso (Sombras Perfeitas – cliente) assenta em três pilares: o Produto (com o máximo de qualidade e que correspondam às necessidades e expectativas dos clientes), o Serviço (mais rápido e eficaz) e a melhor relação Qualidade/Preço. A Sombras Perfeitas é uma empresa atenta às novidades do setor e por isso recorre às mais avançadas formas de desenvolver e produzir soluções simples, inovadoras e duráveis. Estas soluções, de qualidade podem ser toldos e coberturas de sombreamento para empresas, escolas, stands de automóveis, grandes superfícies comerciais, entidades públicas, entre outros. Todas as coberturas têm a particularidade de ter estruturas metálicas ou em madeira e telas em PVC ou
em polietileno de alta densidade, que lhes confere uma solução de sombreamento prática e elegante com uma resistência ao vento, à neve, chuva e aos raios ultra-violetas. Com um avançado conhecimento técnico na área de atuação, o próximo passo é a expansão para fora do território português. Para isso, Arzhang Taghdiri vai continuar a apostar forte no recrutamento de colaboradores especializados. Cultivando um espírito de equipa assente na motivação, transparência, no respeito e na formação contínua, promove o envolvimento e a participação de todos os colaboradores com o objetivo de procurar fazer mais e melhor e no sentido de chegar sempre mais longe.
Avenida Pedro Álvares Cabral, nº 232 2714-544 Linhó / Sintra Tel: +351 210 505 019 Telm: +351 925 670 697 Comercial: 938 329 780 E: contacto@sombrasperfeitas.com
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 145
ALFACE DO CAMPO
UM COMPROMISSO DE QUALIDADE É em A-dos-Cãos, no concelho de Loures, que está localizada a Alface do Campo. Uma empresa familiar especialista em oferecer uma agricultura assente no controlo de qualidade e numa estratégia inovadora com preocupação ambiental. Em entrevista à Revista Business Portugal, José Afonso Manescas, sócio-gerente, dá a conhecer a Alface do Campo, mais particularmente, a sua história, o seu universo e a sua visão de sustentabilidade para um crescimento futuro.
Mónica Mendes e José Afonso Manescas com os filhos Pedro Manescas (esq.) e Carlos Manescas(dir.), sócios-gerentes
A
máxima ‘primeiro semeia-se, depois colhe-se’ pode aplicar-se à história que marca a posição no mercado da Alface do Campo. Tudo começou há quase sete décadas, quando Afonso Manescas, pai do atual proprietário, iniciou o negócio. A empresa foi aumentando o seu volume de negócios, de ano para ano. E, mais tarde, em 1995, a liderança foi assumida pelo filho, José Afonso Manescas que acom-
panha desde cedo o universo das estufas e que tem como inspiração a figura paterna. Por isso mesmo, atualmente possui uma boa visão estratégica do negócio e a capacidade de antever oportunidades levando ao sucesso da empresa. Um legado que gostava de deixar aos filhos, que ainda estão a aprender a movimentar-se neste ramo. Percebe-se claramente que a Alface do Campo é pautada tendo em conta um triângulo que englobe a empresa, o produto e
“Primeiro semeia-se, depois colhe-se’, esta é a nossa máxima” 146 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
ALFACE DO CAMPO
o consumidor. No entanto, para alcançar uma geometria perfeita do triângulo é fundamental fazer apostas (ganhas) dentro e fora da empresa. Dentro da empresa há a possibilidade da formação contínua dos seus colaboradores e um ambiente de eficácia no trabalho. Por outro lado, fora da empresa há a preocupação em ser uma referência no mercado hortícola.
Um crescimento solidificado assente na qualidade Toda a semente tem a oportunidade de germinar, florescer e dar vida a algo maior. Hoje a Alface do Campo conta com 20 hectares de área ao ar livre e três hectares de estufa, que asseguram a produção nos 12 meses do ano. Toda a produção pressupõe uma gestão equilibrada e inteligente dos recursos. Porque se o ecossistema estiver em equilíbrio, o ambiente será mais saudável; e se a empresa procurar manter esse balanço com o consumidor todo o resultado estratégico beneficiará também de vantagens incomparáveis. Assim, para que o ecossistema esteja em equilíbrio há a garantia de que todo o trabalho produzido é certificado pela Global G.A.P., Proteção Integrada, e conta com o apoio de técnicos qualificados que avaliam qualquer risco para os produtos. Há, de facto, uma especial atenção ao reforço das políticas de qualidade do produto e certificação, como garantia de segurança e qualidade alimentar. Em 2010, após vários investimentos, já forneciam grandes superfícies. A partir daqui este projeto começou a crescer, com uma estrutura organizada. Espelho deste sucesso são os valores de produção no último ano, em 2017: cerca de 4 milhões de kilogramas. “Crescemos, aumentamos a área
de produção, fizemos novos investimentos e agora o próximo passo é apostar em novos projetos” afirma o sócio-gerente. O rápido sucesso permitiu-lhes alavancar outras alternativas e oportunidades. “Quem produz tem de estar um passo à frente no sentido de saber acompanhar os hábitos de consumo” refere ainda José Afonso Manescas. Nesse âmbito, há 14 anos atrás, a empresa iniciou a comercialização de produtos hortícolas com a maior qualidade e frescura, 100 por cento português, trazendo complementaridade e um valor acrescentado ao nome Alface do Campo.
O universo da Alface do Campo A missão da Alface do campo passa por continuar a produzir de forma sustentável e apostar em produtos diferenciados de elevada qualidade. “Com os nossos olhos temos de saber olhar para os produtos como consumidor”, refere Mónica Mendes, esposa do sócio-gerente. A Alface do Campo não produz só alface, como o nome pode propor. A dimensão desta empresa é impressionante ao apresentar uma grande panóplia de produtos hortícolas, como couve portuguesa,
“Quem produz tem de estar um passo à frente no sentido de saber acompanhar os hábitos de consumo”
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 147
ALFACE DO CAMPO
couve coração, couve lombarda, courgette, beringela, pepino, feijão-verde, tomate e pimento. No entanto, José Afonso Manescas destaca que “produzimos bastante, mas a nossa aposta é criar produtos com qualidade”. Hoje em dia, cada vez mais é atribuída maior importância ao aspeto dos alimentos e é dada uma maior atenção à segurança alimentar. Na secção dos legumes, os hipermercados expõem produtos o mais apetecíveis ao olhar, com cores vistosas e formas calibradas. E portanto, a Alface do Campo assegura que a certificação passa por garantir que as expectativas do consumidor sejam cumpridas, e garantir que o que o consumidor está a comprar no mercado vai de encontro ao que o produtor se propõe.
148 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Um parceiro de confiança Todo o processo que leva ao sucesso desta empresa conta com 42 colaboradores a tempo inteiro que gostam do que fazem e são bastante unidos. Depois, a Alface do Campo comercializa a sua produção para a grande distribuição, tendo como clientes grandes nomes do mercado. O fornecimento dos produtos é garantido a temperaturas controladas e adequadas com a frescura que o distingue. O único modo de retribuir a
todos os clientes a confiança que depositam é, em condição alguma, esquecer os princípios que os norteiam: trabalho, dedicação e humildade. Por isso mesmo, é com muito amor e paixão pelo que fazem que levam até aos clientes, o fruto do seu trabalho. Felizmente os clientes identificam-se com os valores e valorizam o modo como o fazem.
Rua D. Carlos Mascarenhas, nº24 2670-341 A-dos-cãos - Loures +351 219 849 700 alfacedocampo@sapo.pt
STRONG MOVING
“SEU OBJETIVO DE MUDANÇA É O NOSSO DESAFIO” Enfrentar novos desafios, novas realidades, dar um novo rumo à sua vida sem sobressaltos com a mudança é a missão da Strong Moving. Para esta empresa o importante é garantir que os clientes (particulares ou empresariais) que chegam ou partem de Portugal iniciem a sua nova vida, livre de qualquer preocupação.
António Lemos e Álvaro Guedes, sócios-gerentes
N
o mercado há dois anos, a Strong Moving surgiu quando dois amigos de longa data e com uma larga experiência na área previram a potencialidade do projeto. António Lemos e Álvaro Guedes são os dois responsáveis pelo sucesso desta empresa. Sim, podemos falar de sucesso! Com a evolução natural do negócio, a Strong Moving tem ganho uma posição cada vez mais vincada no mercado, sendo hoje reconhecida como uma empresa de referência que se distingue pelas suas soluções com altos padrões de qualidade em mudanças internacionais, serviços de relocation, embalagens também de obras de arte e até transporte de animais de estimação. O processo é explicado pelos sócios-gerentes: “vamos a casa do cliente, vemos o volume de peças a transportar e fazemos o orçamento. Caso aceite, vamos embalar, carregamos e transportamos até ao destino final. No destino
haverá um agente ou parceiro nosso encarregue de lhe colocar tudo no sítio”. É importante perceber que este serviço pode ir até qualquer ponto do globo através de meios terrestres, marítimos e aéreos. O apoio que prestam vai mais além do que embalar e transportar os bens, ou seja, a Strong Moving oferece, também, um serviço de relocation onde dão apoio na inserção da pessoa na origem e destino, ajudam em procedimentos burocráticos, entre outros passos a dar numa mudança. Para a empresa o mais importante é o cliente. Pensar no cliente é pensar num compromisso. É preciso conhecer o cliente, perceber as suas necessidades e apresentar soluções simples e eficazes. Por isso mesmo, há um acompanhamento desde o primeiro contacto. Com um nome que fica no ouvido, a Strong Moving é constituída por uma equipa formada e especializada – e comprovada – que acompanha o processo de forma profissional e segura, desde a desmontagem no país de origem à montagem no país de destino. Há um cuidado extremo com as peças e, por isso, o processo de embalamento é feito com materiais adequados, como por exemplo caixas de cartão específico e encerado para proteger da humidade. Ou seja, o acondicionamento é feito em função do tamanho, forma e fragilidade de cada peça. Em cada processo de embalamento é efetuado um inventário com a descrição de todos os bens embalados. A qualidade, a segurança e o facto de fornecer todas as condições para que tudo corra bem é o que distingue esta empresa no mercado.
“Vamos a casa do cliente, vemos o volume a transportar e fazemos o orçamento” A empresa está associada a uma Associação Internacional de Mudanças que entre outros benefícios lhe permite uma maior divulgação dos seus serviços. Mas apesar do nome estar consolidado no mercado e da vasta experiência com mais de 25 anos de Álvaro Guedes e António Lemos, a empresa procura constantemente ir desenvolvendo novas competências para sustentar a maior oferta de serviços. Neste sentido, faz questão de posicionar-se numa trajetória de constante evolução dos serviços, com a visão de um reconhecimento global.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 149
ERA LOURES INFANTADO
UM ANO DE CRESCIMENTO COM A MÁXIMA CONFIANÇA Pessoas. Casas. Investimento. Três palavras que caracterizam a expansão do mercado imobiliário que exerce, cada vez mais, uma grande influência na economia portuguesa. Um exemplo de sucesso é a ERA Loures Infantado, que conta apenas com um ano de existência. Em entrevista à Revista Business Portugal, Andreia Gonçalves, diretora da agência e diretora processual, dá a conhecer a sua equipa e a sua visão estratégica de mercado.
Equipa Era Loures
D
evido ao crescimento do mercado imobiliário houve a necessidade de reforçar, o concelho de Loures, com mais uma agência imobiliária. Faz um ano que a ERA Loures Infantado abriu portas. Um ano de alegrias. Um ano de concretização de sonhos. Um ano de trabalho. Um ano de sucesso. Mas apesar da conjuntura do país e da marca ERA ser muito forte, sem as restantes características o sucesso, em tão pouco tempo, não seria alcançado. Com uma equipa jovem e formada, facil-
150 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
mente se percebe que são pessoas que aliam a seriedade exigente do trabalho com a positividade da vida. O que marca a diferença nesta agência é a boa gestão interna assente na motivação, na ambição e na determinação. Andreia Gonçalves, uma mulher com um espirito muito aberto, que mostra paixão em tudo aquilo que faz, é quem lidera esta “máquina a vender casas”. Considera que o sucesso começa na grande transparência nos negócios, que permitem corresponder às expectativas dos potenciais compradores. Quando um cliente procura a ERA de Loures Infantado, pode ter a certeza que não lhe são apresentadas propostas genéricas nem soluções estandardizadas. Esta equipa tem em consideração que é preciso conhecer
o cliente, perceber as suas necessidades e apresentar soluções eficazes - com total credibilidade. Porque pensar no cliente é pensar num compromisso. Significa que praticam uma política de proximidade de forma a garantir, a quem os procura, que encontram a sua casa de sonho ou para quem pretende vender o seu imóvel habitacional, que está nas melhores mãos. Há um acompanhamento em todo o processo burocrático de forma ágil para que o processo de venda e/ ou compra sejam experiências felizes. Porque o grande objetivo é garantir a satisfação dos clientes. “O resultado final é o cliente estar feliz com o trabalho” acrescenta Andreia Gonçalves.
ERA LOURES INFANTADO
Estratégia assente na proximidade Com um ano de atividade, a ERA de Loures Infantado aposta fundamentalmente numa estratégia que permita angariar potenciais clientes através de uma relação direta em duas frentes: do cliente com a ERA, através da “Garantia ERA”; e do cliente com o imóvel, na aposta da “Casa Aberta”. A “Garantia ERA” assume-se como um serviço de garantia a imoveis usados, ou seja, garante ao comprador – durante um ano após a escritura – cobrir reparações no imóvel em caso de necessidade. Este seguro cobre infiltrações, fissuras nas paredes, bolores, sistema elétrico interior, canalizações e sistema de aquecimento. A “Casa Aberta” passa por publicitar, durante 1 dia, um determinado imóvel que esteja à venda. Significa que a casa é aberta para receber visitas de potenciais compradores, sem qualquer compromisso.
Um mercado em crescimento O mercado imobiliário em Portugal está em altas, deixando para trás os maus anos marcados pela crise. Como Andreia Gonçalves refere “o mercado está muito com-
prador”. Um fator que pode contribuir para o crescimento desta ERA em específico, é a proximidade à grande área metropolitana de Lisboa. “Lisboa está saturada, e por isso há muita procura e como a oferta é muito reduzida as pessoas procuram na periferia. E Loures acaba por ser muito local muito atrativo devido a estarmos muito perto do centro da capital, sendo quase como um refúgio à confusão” explica a diretora da agência. No entanto, apesar do mercado imobiliário estar numa linha crescente, não existe qualquer dúvida de que o mercado é mutável, e por isso mesmo é elementar ter a consciência de saber acompanhar o mesmo. Andreia Gonçalves sabe que para continuar o sucesso da sua equipa tem de antecipar o próprio mercado.
Há um acompanhar de todo o processo burocrático de forma ágil para que o processo de venda e/ou compra sejam experiências felizes.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 151
LABORATÓRIO ÁGUAS DO TEJO ATLÂNTICO
ÁGUA RECICLADA, ÁGUA LIMPA O Laboratório Águas do Tejo Atlântico é o garante independente para que as Fábricas de Água deste sistema multimunicipal cumpram a sua missão com a qualidade que se lhes reconhece. O Laboratório transitou de diferentes entidades que detiveram a sua gestão e existe com uma acreditação válida desde 2001, em nome da AdTA – Águas do Tejo Atlântico desde há seis meses. A Acreditação está expressa no certificado L-0287 e respetivos anexos L-0287-1 e L-087-2. Falámos com Eugénia Cardoso, Coordenadora do Laboratório Águas do Tejo Atlântico
O
Laboratório Águas do Tejo Atlântico incide a sua prática em que áreas? Este departamento tem a missão de monitorizar os processos de tratamento de águas residuais de diferentes infraestruturas da empresa, garantindo igualmente as análises para efeitos de avaliação da conformidade legal, isto é a aferição do seu desempenho, de acordo com as regras e requisitos previstos na lei. As análises efetuadas neste Laboratório constituem uma ferramenta de suporte à gestão por parte da Direção de Operação, acompanhando as diferentes fases do processo de tratamento, assegurando, na fase final, a monitorização da qualidade da água tratada, quer para descarga no meio recetor, quer para outros fins, designadamente para efeitos de reutilização da água reciclada. O Laboratório Águas do Tejo Atlântico assegura estas funções executando os ensaios, quer para controlo de processo, quer para avaliação da conformidade legal, no âmbito da sua acreditação, para a matriz efluentes líquidos (água residual) e resíduos sólidos (lamas), permitindo esta circunstância que os resultados obtidos detenham, no seu conjunto, um elevado nível de fiabilidade e qualidade. Há planos analíticos estabelecidos com o cliente interno e existem os denominados Títulos de Utilização dos Recursos Hídricos (Licenças de Descarga), atribuídos a cada instalação, no âmbito dos quais estamos obrigados a recolher e analisar amostras de acordo com determinados procedimentos, monitorizando um conjunto de parâmetros bem definidos. Resumidamente, o laboratório verifica a qualidade da água para consumo não humano? Sim. Verificamos a qualidade da água que é descarregada nos meios recetores ou que obedecendo a um determinado nível de 152 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
LABORATÓRIO ÁGUAS DO TEJO ATLÂNTICO
qualidade, podem ser utilizadas para fins de reutilização interna para a lavagem de determinados órgãos de processo ou rega de espaços verdes nas instalações ou ainda para aplicações externas como a rega exterior, lavagem de rua ou de camiões cisterna. São águas recicladas que podem ser perfeitamente reutilizadas e a nossa missão passa por fazer uma monitorização independente e fiável da qualidade dessas águas. Quando uma amostra de água tratada não cumpre os requisitos a que está obrigada, qual o procedimento a seguir? O trabalho do Departamento Laboratório Águas do Tejo Atlântico desenvolve-se para que essas situações ocorram com a menor frequência possível, disponibilizando informação analítica à operação, que permita otimizar a gestão dos processos de tratamento. Contudo há uma caraterística muito importante na atividade de saneamento: o facto de não controlarmos a matéria-prima. Não controlamos a composição dos afluentes que entram nas instalações e temos que, a todo o momento, ter a eficiência dos processos de tratamento garantida, para que a qualidade dos efluentes finais não seja comprometida. As amostras que nos chegam são analisadas de forma totalmente independente, sendo os resultados disponibilizados numa plataforma online e são emitidos alertas caso existam amostras que não estejam em conformidade com os parâmetros estabelecidos. Desta forma, as equipas de operação podem agir e tomar medidas para que seja reposta a normalidade na infraestrutura de onde provém essa amostra. Para além disso, são tomadas medidas para perceber a origem do problema. Este procedimento é válido quer para as águas tratadas, quer para as descargas que possam ocorrer e que sejam mais atípicas nas instalações e que possam perturbar o processo de tratamento, comprometendo a qualidade da água final, quer para as lamas que provêm dessas águas. Desta forma conseguimos assegurar que as águas recicladas, que são objeto de descarga nas nossas linhas de água ou que sejam reutilizadas para outras finalidades, não tenham a sua qualidade comprometida. As análises de controlo de processo são importantes, porque é isso que permite aos nossos colegas conhecer o seu processo de forma a conseguir manter a fiabilidade do seu desempenho. O Laboratório é um parceiro no desempenho da missão da empresa como um todo, complementando a missão da Direcção de Operação de produzir água reciclada e lamas de qualidade adequada ao seu destino final.
O Laboratório Águas do Tejo Atlântico é o garante independente para que as Fábricas de Água deste sistema multimunicipal cumpram a sua missão com a qualidade que se lhes reconhece.
Eugénia Cardoso, coordenadora
Sendo um laboratório acreditado, o Departamento Laboratório Águas do Tejo Atlântico, efetua as análises obrigadas por lei ou eleva os seus parâmetros? Motivados por uma prática de melhoria contínua e com o intuito de melhor conhecer as caraterísticas médias dos afluentes que estão a chegar às Fábricas da Água, bem como, a forma como cada uma destas instalações responde durante os processos de tratamento, para além das análises a que somos obrigados legalmente fazemos adicionalmente um elevado número de ensaios laboratoriais com vista a disponibilizar a melhor informação para as decisões operacionais. O nosso papel passa por ser uma linha de controlo de qualidade que faz um diagnóstico e dá a informação necessária para a Operação. Um bom exemplo da importância do trabalho desenvolvido no saneamento, nas últimas duas décadas, e por isso também do papel do Laboratório e da eficácia como parceiro ativo neste percurso, foi o trabalho realizado no rio Trancão. Há quinze anos era impossível atravessar a ponte sobre este rio sem tapar o nariz e, neste momento, há um cenário completamente diferente: há atividades de lazer que já são possíveis ao longo das suas margens e houve inclusive desenvolvimento urbano junto ao rio Trancão. Ao analisar o comportamento do nosso Laboratório, ao longo dos últimos dez/quinze anos, o seu contributo para a fidelização na eficiência dessas estações de tratamento permite que, hoje, se mude o paradigma e estejamos todos a deixar de falar em ETAREstações de Tratamento de Águas Residuais para começarmos a falar em Fábricas da Água, porque há todo um potencial associado aos efluentes que aqui se produzem. O que fazemos é demonstrar a eficiência e qualidade desse desempenho. Temos uma marca de qualidade que nos permite fazê-lo de forma credível e independente.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 153
RENASCIMENTO
QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA: A RENASCIMENTO Elsa Pereira Nascimento, administradora da Renascimento, salienta a importância da consciencialização para a necessidade de proteção do meio ambiente. Conheça a história da empresa responsável pela gestão global de resíduos, além fronteiras nacionais.
“Nos últimos anos temos assistido a um grande incremento das nossas exportações”. da Feira (Sanguedo) e em Silves (Algoz). Aqui, são geridas todas as tipologias de resíduos, perigosos e não perigosos, com recurso às melhores tecnologias disponíveis em termos de Qualidade, Ambiente e Segurança. Quem são os parceiros da Renascimento? Os nossos parceiros são as entidades gestoras de resíduos em Portugal sem fins lucrativos. Os principais clientes estão distribuídos por todos os setores económicos que produzem resíduos, incluindo os particulares, desde a indústria ao comercio, passando pelo setor da construção civil. Quais os valores basilares da Renascimento? Todos os colaboradores - atualmente são 227 - recebem formação inicial e é-lhes incumbido que todas as atividades têm de ser pautadas pelos nossos valores: somos criativos e inovadores, com paixão pela empresa; somos ambiciosos e rápidos no que fazemos; somos objetivos e claros na nossa oferta e fazemos bem à primeira, sempre com respeito por todos.
Elsa Pereira Nascimento, administradora
P
ara contextualizar os nossos leitores, é importante apresentar a Renascimento. Como nasce esta empresa? No início dos anos 90, um dos sócios herdou uma carrinha do negócio de família de transporte de metais e cartão. A vontade de evoluir, fizeram-no adquirir mais um camião e um terreno para impor uma nova infraestrutura. Em 1996, surgiu a Renascimento – Gestão e Reciclagem de Resíduos, e em paralelo são efetuados novos investimentos. Hoje, a Renascimento faz a gestão global de resíduos, de uma forma ambientalmente correta, sendo já uma referência no setor. Com sede em Loures e licenciamentos adequados aos diferentes setores económicos, vê a sua atividade descentralizada a nível nacional, através das sucursais em Santa Maria 154 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Em que mercados estão implementados e quais os que tencionam ainda integrar? A natureza dos nossos serviços leva-nos a estar em todos os setores, embora existam mercados com maior peso. O grande foco da empresa está na economia circular e na permanente procura de soluções tecnicamente mais amigas do ambiente que fomentem a reutilização e a reciclagem. Nos últimos anos temos assistido a um grande incremento das nossas exportações com o objetivo de maximizar a reciclagem e a valorização dos materiais.
RENASCIMENTO
Como está a consciência portuguesa relativamente à importância da reciclagem? Existe, claramente, uma evolução positiva na área. Os portugueses sabem o que têm a fazer, muitos já fazem a separação dos resíduos nas casas e nas empresas e nota-se, pelos pedidos de informação que recebemos, que existe maior preocupação em entregar os resíduos para tratamento. Porém, o caminho ainda é longo. É preciso continuar a apostar na sensibilização – até porque, a quantidade de resíduos produzidos, é cada vez maior – bem como, manter as rotinas de reciclagem em qualquer contexto e não só nas nossas residências. A principal mudança tem a ver com a contínua sensibilização da população e colaboradores das empresas e nos pequenos gestos do dia-a-dia. Somos todos nós que fazemos a diferença.
O que podemos esperar em 2018? Queremos continuar a melhorar de uma forma contínua o nosso nível de serviço, terminar a nova linha de triagem e tratamento de resíduos recicláveis da Renascimento Norte, terminar a implementação da Auto-Renascimento venda de peças usadas de viaturas em fim de vida e entrar em velocidade cruzeiro com o serviço EcoFiltro limpeza de filtros de partículas. As perspetivas são continuar atento à inovação do setor e a apostar em projetos que suportem o crescimento da empresa.
“Os portugueses sabem o que têm a fazer, muitos já fazem a separação dos resíduos nas casas e nas empresas”. fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 155
DESTAQUES 135 MUNICÍPIO DO BOMBARRAL Bombarral no centro do Oeste 136 FREGUESIA DE PÓ Tradição e saber ao serviço do setor vinícola 137 VITINASCIMENTO Excelência nacional em excertos para plantações vinícolas 138 SELVITIS Trabalho baseado na qualidade, não na quantidade 139 MULTIVITIS A garantia de qualidade na produção de plantas vitícolas
156 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
PÓ A REGIÃO AGRÍCOLA DE EXCELÊNCIA Conhecido pela fertilidade da região agrícola em que se insere, resultante do árduo trabalho dos monges de Alcobaça, de pereiras, de colonos e dos agricultores locais, o concelho de Bombarral é composto por quatro freguesias - União de Freguesias de Bombarral e Vale Covo, Freguesias de Carvalhal, Pó e Roliça. O nascimento do concelho remonta-nos até o mês de Junho do ano de 1914, embora existam ainda vestígios de fixação humana desde os primórdios da pré-história. A formação do país e a doação de D. Afonso Henriques fizeram com que, em 1153, os terrenos fossem da posse dos monges de Cister. D. João I de Castela e D. João I de Portugal pernoitaram no paço que hoje é o edifício correspondente à Câmara Municipal. Foi já a 17 de Agosto de 1808, que o solo do Bombarral foi palco da luta pela independência com a conhecida Batalha da Roliça - batalha em que o exército anglo-luso, comandado pelo General Wellesley, futuro Duque de Wellington, se sagrou vencedor. Desta forma, o concelho do Bombarral não é dissociável da formação
da nação e da luta pela independência. Mas é na freguesia de Pó que se encontra um dos principais motores económicos da região. Com cerca de 940 habitantes, tem vindo a ser desenvolvido um trabalho de promoção e incrementação de negócios na região. Tornando-se um dos mais fundamentais pilares do concelho, a freguesia de Pó está longe de estar parada. E as próximas páginas desta edição retratam, exatamente, a realidade que se vive na freguesia. Empresários de sucesso, negócios de família e uma permanente e incessante vontade de fazer mais e melhor pelo concelho: é assim que pode ser definido todo o tecido empresarial da freguesia de Pó. Aliando a história e a cultura presente na região para unificar a população, as empresas da zona podem por isso fortalecer o seu crescimento, baseando-se em pilares capazes de erguer até o mais pequeno negócio. Todavia, melhor do que palavras é a exemplificação de testemunhos de empresários que encontraram em Pó o local ideal para crescer economicamente.
MUNICÍPIO DO BOMBARRAL
BOMBARRAL NO CENTRO DO OESTE Ricardo Fernandes, presidente da Câmara Municipal de Bombarral, descreve o município como “o centro do oeste”. A “enorme componente agrícola” é a grande “componente e o motor económico do concelho”. Na presidência da Câmara Municipal desde este mandato, Ricardo Fernandes acredita na importância da aposta na divulgação “do património histórico e cultural” do município.
Um município com muito para oferecer Desafios para este mandato
Ricardo Fernandes, presidente
U
cultural
m concelho marcado pela diversidade
A “diversidade vinícola e a variedade de castas” é fundamental para a produção de vinho na região. A componente da agricultura é também fundamental para que este município “tenha uma enormidade em carteira”. O Bombarral, dada à sua localização geográfica, “fica equidistante praticamente de todas as localidades no Oeste”, tornando-se por isso um centro fundamental. Em termos culturais, o município tem muito para oferecer. Não só em termos patrimoniais, como também em espaços para os cidadãos. O “Buddha Eden é procurado por pessoas de todo o país”, afirma. “E nós estamos cá para os receber”, adianta, salientando que este “é de facto um parque temático magnífico, ainda que seja privado”. Mas a constante “articulação com a empresa”, tornam-no um “local importantíssimo do nosso concelho e património”. O turismo religioso é, também, uma forte vertente da oferta do Bombarral. Para o presidente, o Santuário do Senhor Jesus do Carvalhal é “muito importante para esta região”. A cozinha tradicional portuguesa é, “sem sombra de dúvida, um dos fatores que distingue o nosso concelho. “No Bombarral, come-se muito bem”, destaca.
“A parte que temos que promover é, sem dúvida, o turismo”, começa por explicar o Presidente, em entrevista à Revista Business Portugal. A área agro-alimentar é “um fator fundamental para a nossa atuação”, uma vez que “dá-nos alento para criarmos plataformas que possam incrementar toda uma série de start-ups”. Com esta nova ajuda, a presidência pretende “cimentar a procura e a centralização do mercado”. Para 2018 e para este primeiro ano de mandato, Ricardo Fernandes tem vindo a desenvolver um “gabinete de apoio ao agricultor e ao empresário. Queremos que, de uma forma geral, que um empresário, fundamentalmente da área agrícola, possa aproveitar tudo o que existe. Fundos comunitários, 2020… Muitas vezes, é-lhes difícil identificar estes apoios”, salienta, acrescentando ainda que “estamos a falar de produtores jovens, não de grandes gabinetes pois esses já estão perfeitamente informados”. O principal enfoque na atuação do Executivo e de toda a equipa que constitui a Câmara Municipal do Bombarral “são esses outros que nos preocupam para que se possam desenvolver e ter uma atividade sustentável”.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 157
FREGUESIA DE PÓ
TRADIÇÃO E SABER AO SERVIÇO DO SETOR VINÍCOLA Elevada a freguesia do concelho do Bombarral em 1985, o Pó é uma povoação com condições climáticas especiais e com forte tradição na atividade agrícola. A localidade pode mesmo ser considerada a capital do bacelo e da produção de enxertos prontos para o setor vinícola, atividade que tem um pendor preponderante na economia local. Nuno Diogo Bernardino, presidente da Junta de Freguesia do Pó, apresenta-nos a sua terra e enumera alguns dos atrativos da região.
mais e são ambiciosas. O facto do Pó ter esta especialidade, para além do fator empreendedor, tem muito de científico subjacente. As pessoas não se acomodam, querem sempre fazer mais e melhor”.
Nuno Diogo Bernardino, presidente
A
freguesia do Pó foi criada após reestruturação da freguesia da Roliça, da qual antes fazia parte integrante. Uma das principais características da região é a fertilidade dos seus solos: a proximidade do mar e a sua localização na várzea, bem como a proteção criada pela serra, tornam este um local privilegiado para a prática da agricultura. Dentro desta prática, a localidade especializou-se no cultivo de enxertos prontos de videiras. Os enxertos são feitos através da junção do bacelo e o garfo de videira e constituem uma técnica secular no setor vinícola. “É nesta terra que a produção dos bacelos, dos enxertos prontos, tem condições de excelência para proliferar”, refere Nuno Diogo Bernardino. O autarca, um dos mais novos a assumir funções em Portugal, destaca o Pó como a capital da produção de enxertos para a produção de videiras. O responsável pela junta de freguesia destaca o espírito das pessoas do Pó, que inspiradas pela tradição agrícola da região, não tiveram medo de investir nesta área de produção mais complexa. “Temos muita iniciativa privada, porque temos pessoas que querem sempre
158 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Uma das principais características da região é a fertilidade dos seus solos Uma localidade para os amantes da natureza A freguesia do Pó é um local de visita para quem fora à região do Bombarral, sobretudo para os amantes do contacto com a natureza. Nuno Diogo Bernardino evidencia a paisagem das plantações do bacelo, os miradouros e os percursos pedonais como pontos de interesse a não perder. O autarca refere ainda que o clima temperado da região, a afabilidade das pessoas e o dinamismo cultural das suas associações são mais-valias do Pó, uma região com séculos de história e um ambiente de grande dinamismo. O atual presidente da junta de freguesia deixa um convite a todos os interessados em visitar a região e deixa mesmo algumas sugestões de atividades. “Na altura da primavera em que tudo está plantado os terrenos ficam com um matiz vermelho e as pessoas de fora ficam sempre muito curiosas. E depois temos o território por si só, o miradouro da Serra do Pó, onde se encontra o parque eleólico que tem sete aerogeradores”, conclui.
VITINASCIMENTO
EXCELÊNCIA NACIONAL EM ENXERTOS Com uma posição já firmada no mercado, a Vitinascimento é especializada no cultivo de enxertos prontos para plantações vinícolas. Com uma produção anual superior a um milhão de plantas, o viveiro aproveita as boas condições climáticas da zona de Pó para gerar plantas de qualidade reconhecida. Vítor Nascimento, gerente da firma, assumiu há cerca de cinco anos a gestão do viveiro familiar e em entrevista à nossa revista revela mais sobre a empresa.
gerente da Vitinascimento. Estas condições naturais permitem que o produtor obtenha percentagens de 80 por cento de plantas prontas a comercializar nas plantações, sem descurar a qualidade imprescindível, como refere o responsável. “O nosso lema é qualidade. Preferimos recusar uma encomenda, reconhecer que não temos determinada quantidade de uma variedade, do que dizer que sim e arranjar metade das plantas nossas e o resto ir comprar plantas sem saber o ‘historial’ das mesmas”.
Estabilidade como máxima de futuro
A
s origens da Vitinascimento foram lançadas em 1999 pela mão de Luís Nascimento e do irmão, que apostaram na produção de enxertos prontos, uma técnica há muito usada em Portugal para a cultivação de videiras. “Na altura, existia muita procura de produto, porque esta zona é muito boa para a produção de enxertos. O chão é arenoso, está perto do mar e no verão nunca tem temperaturas abusivas, como acontece em Santarém, por exemplo”, refere Vítor Nascimento. A empresa é responsável pela produção anual de mais de um milhão de plantas e tem uma oferta de 40 castas vitícolas, entre as quais se contam a Alvarinho, Aragonez, Arinto e Touriga Nacional, entre outras. A operar exclusivamente em território nacional, a Vitinascimento assegura todo o processo de produção dos enxertos que comercializa, desde a sua plantação até à comercialização.
Qualidade como lema máximo As condições especialmente favoráveis da freguesia de Pó permitem que os viveiros a operar na zona consigam tirar a maior rentabilização da plantação, segundo nos explicou o
O crescimento sustentado sempre foi uma máxima importante na gestão da Vitinascimento. Nesse sentido, Vítor Nascimento refere que a tendência agora é apostar na estabilização da produção dos viveiros. “Temos sempre vindo a crescer a nível de produção. Agora temos uma queda de mercado que está prevista já para este ano e ao longo de três anos. Estamos a pensar acertar o número de produção num milhão”, refere. Para além deste plano, a firma vai ainda apostar em aumentar as suas infraestruturas para conseguir obter maior capacidade de armazenamento e simplificar a logística associada. “Queremos aumentar o armazém, vamos ter duas câmaras frias, cada uma com 100 m2, e toda a capacidade de acomodação”, refere.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 159
SELVITIS
FOCO NA QUALIDADE, NÃO NA QUANTIDADE A SELVITIS nasceu em 2006, pela mão de Fernando Ferreira. Com mais de 10 anos de mercado, orgulha-se de crescer sustentavelmente e de já trabalhar com mais de 40 castas diferentes, sobretudo para clientes da região do Minho e Douro.
Fernando Ferreira, administrador
F
ernando Ferreira começou a trabalhar nos viveiros vitícolas logo após sair da escola agrícola, aos 19 anos. Já tinha o saber do pai, que desde a década de 70 é viveirista. “Quando fundei a marca SELVITIS, em 2006, já tinha a experiência adquirida do trabalho com o meu pai e algumas ajudas da escola agrícola, nomeadamente a nível de gestão”. A experiência adquirida valeu a Fernando Ferreira a capacidade de inovar e de garantir o sucesso do seu negócio. “Há processos que não faço da mesma maneira que outros viveiristas. Na questão da estratificação da estaca, faço sempre com água e não com turfa. A turfa provoca muito mais sujidade e obriga a uma limpeza constante. No caso da água, é tudo mais simples. Quando o processo chega ao fim, basta retirarmos a água e forma raízes na
160 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
mesma”. O processo de produção de bacelos e enxertos-prontos é complexo e demorado, por isso tem de ser rentável. “Produzir um bacelo leva cerca de dois anos. O primeiro deles é só para o nascimento da própria estaca e do garfo, que são produzidos por uma vinha-mãe de porta-enxerto e vinha-mãe de garfos. Depois disso, o bacelo é limpo, cego e cortado num tamanho aproximado de 40 centímetros. E os garfos cortados gomo a gomo. A seguir, vão para uma câmara de frio, onde passam cerca de três meses. Em março, são retirados do frio e é feita a enxertia da casta desejada pelo cliente”. Após a enxertia de mesa em ómega, segue-se a parafinagem, um processo levado a cabo para selar a junção entre a estaca e a casta enxertada. “O objetivo é que a estaca e o garfo se transformem numa peça única, perfeitamente unida, para que, quando for plantada na terra, pegue e efetivamente dê origem a uma videira de uma determinada casta”. Antes do plantio, ainda se segue a passagem por uma câmara de calor, onde o bacelo permanece entre os 28 e 30 graus de temperatura e os 90 por cento de humidade relativa. “Mais uma vez, esse processo ajuda à união entre a estaca e a variedade de Vitis vinifera enxertada. A estaca enxertada fica na câmara de estratificação entre oito a 12 dias e depois é retirada, deixado durante uns dias à temperatura ambiente e seguidamente é parafinada, mais uma vez, antes de plantar”. É nesta passagem do armazém para o campo, onde será plantada, que a estaca corre o risco de não vingar. “É a parte mais complicada do processo produtivo. Neste setor, só temos algum lucro, ainda que pequeno,
se um campo plantado conseguir produzir mais de metade das plantas. Se o pegamento for abaixo dos 50 por cento não teremos lucro”. Depois da plantação, a preocupação maior é com as doenças, como o míldio e oídio. “As plantas, nesta altura, são muito sensíveis e é fácil perder-se uma cultura. Por isso, são realizados tratamentos fitofarmacêuticos uma vez por semana. Também utilizamos o sistema de rega gota-a-gota, para garantirmos que as jovens plantas são regadas e nutridas convenientemente”. Os bacelos e as videiras enxertadas são certificadas e saem do viveirista com passaportes fitossanitários autorizados pela DGAV, que identificam o lote, o porta-enxerto, a variedade e o clone, a quantidade de plantas e o número do operador económico. O trabalho da SELVITIS tem sido recompensado e, neste momento, a empresa já trabalha com mais de 40 castas diferentes - Tintas, Brancas e de Mesa (incluindo sem grainha). “Trabalhamos maioritariamente com clientes do norte do país, sobretudo do Minho e do Douro. Enxertamos mais de 900 mil plantas anualmente.”. Fernando Ferreira deixa claro que a SELVITIS ainda é uma pequena empresa de viveiros vitícolas, mas reforça que a qualidade do produto é garantida. “O nosso objetivo não é a quantidade, mas sim a qualidade. Queremos manter-nos assim, garantindo um produto de excelência aos nossos clientes. Isto porque estamos a falar de vinha, que é uma cultura que tem de ser rentável durante, pelo menos, 20 anos. Quem vem ao nosso encontro sabe que comprará um bom produto”.
MULTIVIS
GARANTIA DE QUALIDADE NA PRODUÇÃO DE PLANTAS VITÍCOLAS Criada há três anos, a Multivitis teve desde logo a garantia de excelência e eficiência comprovada. Ou não fossem os seus fundadores membro do primeiro grupo de agricultores dedicados aos enxertos prontos de videira, em 1992, da localidade do Pó. E foi este conhecimento que permitiu a Carlos Casimiro “desenvolver plantas e ajudá-las a ganhar raiz”.
Pedro Casimiro, administrador
A
que o “viveiro só pode ser feito de quatro em quatro anos na mesma terra” - devido a diversos fatores, como, por exemplo, a propagação de doenças. Esta zona é, inclusive, “considerada como a zona com as melhores batatas de todo o país”. A região do Bombarral tem “terras arenosas”. Estas infiltram-se rapidamente, ajudando a enraizar as plantas. “Plantas fortes e com raiz para depois se adaptarem”, é o que o proprietário pretende desenvolver. Salienta, ainda, que o “inverno é a altura ativa dos viveiros vitícolas”. Nessa época do ano, os colaboradores “fazem a recolha dos viveiros, preparam o material, cortam os porta enxertos e depois enxertam”.
origem e a adaptação à região
Processo de produção e o mercado de hoje
Carlos Casimiro relembra que “sempre fiz plantas vitícolas”. Mais tarde, quando Pedro, o filho, “foi estudar, formou-se em Agronomia e quis ficar por aqui”. E foi esta aliança que levou “à construção da empresa”. A família dedica-se à “produção de viveiros vitícolas” e a “algumas hortícolas naqueles espaços mortos, porque nem sempre há um trabalho contínuo”. Em alguns períodos do ano, “nas alturas mais mortas”, é necessário “ocupar os funcionários e por isso temos batatas doces, batata normal e também couves”, uma vez
Desde a “apanha até ao envio final há aqui um período de dois anos”. É esta preocupação com o mais pequeno detalhe que garante a existência e consequente comercialização de um produto com qualidade e de excelência. Só para “produzir o porta enxerto é necessário um ano”, realça. A média de produção anual é de “um milhão e 200 mil”. O proprietário destaca que “estamos na frente do projeto e assumimos a responsabilidade da produção”. Toda a família está presente, uma vez que Carlos Casimiro considera que “se deixarmos de aparecer, poderá
haver problemas ou misturas”. O “controlo rigoroso” garante assim uma excelência no produto comercializado. Nos dias de hoje, “a produção tem vindo a crescer”. Contudo, os “projetos relacionados das vinhas têm vindo a ser cortados”, ainda que “haja muito para se fazer”. A área de vinha, em Portugal, tem vindo a diminuir, acrescenta o proprietário da Multivitis. Para Carlos Casimiro, Pedro, o filho, “vem acrescentar qualidade e inovação, aumentando assim o nosso tecido empresarial, com material qualificado”. A empresa conta com a atuação de mais de 20 colaboradores. Mas a “excessiva oferta poderá ter dificuldades para combater a procura que existe”, conclui.
Carlos Casimiro, administrador
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 161
DESTAQUES 141 MUNICÍPIO DE ARGANIL Um município de desafios 144 MISERICÓRDIA DE MONTEMOR-O-VELHO Há 520 anos a servir a comunidade de Montemor-o-Velho 146 DIAS E FILHOS A paixão aliada à experiência deu origem à Dias e Filhos
162 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
COIMBRA ARGANIL E MONTEMOR-O-VELHO É em Montemor-o-Velho que se encontra um povo histórico. A região povoada desde há muitos anos, é carregada de história: há vestígios arqueológicos um pouco por todo o território, encontrados aquando das obras do troço do IP3. A povoação inicial remetenos para os tempos do Neolítico, sendo por isso uma região com demarcada história cultural. O castelo outrora existente fora destruído, conforme contam os locais, por um investida muçulmana em 1116. A visita ao concelho pode ser motivada pelas mais diversas razões. Os núcleos históricos revelam uma grande potencialidade turística e uma durabilidade no tempo, caraterística da região e incomum no país. A Natureza tem um papel ativo e determinante na região: com enfoque para a Reserva Natural do Paul de Arzila e o Paul do Taipal - onde é possível observar várias espécies animais no seu habitat natural, com especial destaque
para as aves que procuram estes santuários para procriar. O arroz de lampreia é, para os leitores com o paladar mais aguçado, o prato típico da região. Mas não é possível fazer uma visita a Montemor-o-Velho e não provar o sável frito, as aves de capoeiro, o pato assado ou de cabidela e a sardinha na telha acompanhada de broa. Como se estes pratos não tornassem uma refeição suficientemente especial, é ainda de acrescentar os doces conventuais, tais como: os pastéis de Tentúgal, as queijadas de Pereira e de Tentúgal, os papos de anjo e as barrigas de freira. A estas, é obrigatório juntas as famosas espigas doces de Montemor-o-Velho, as papas de moado e o arroz doce. E se é dos leitores que, apesar de gostar de saborear o que de melhor se faz na região, tem consciência da importância do desporto para o bem-estar, então poderá visitar o Centro de Alto Rendimento, o centro equestre ou a pista de BMX.
MUNICÍPIO DE ARGANIL
UM MUNICÍPIO DE DESAFIOS
Luís Paulo Costa, presidente
Com cerca de 332 km², o município de Arganil tem uma área muito vasta mas, do ponto de vista numérico, não tem uma população com um significado proporcional àquilo que é a dimensão do território. Para combater o problema da densidade populacional, o Presidente da Câmara Municipal de Arganil, Luís Paulo Costa, define vários objetivos e defende a criação de medidas, que passam por dinamizar a região, fomentando, nomeadamente, o emprego através da promoção empresarial, do empreendedorismo e da inovação.
S
ituada no distrito de Coimbra, Arganil tem muito para oferecer aos seus visitantes: desde a gastronomia ao artesanato, passando pelos variados e pitorescos pontos de interesse. “Recursos que se assumem preponderantes na fixação das pessoas no concelho, na maximização do retorno do turismo e na captação de novas empresas, nomeadamente na área das renováveis e empresas com maior potencial tecnológico.
Apoios sociais Com o regime fiscal mais favorável que pode existir no país, fruto de uma consciente política de responsabilidade social, o município de Arganil prescinde dos 5% de IRS a que teria direito, “permitindo aliviar a carga fiscal dos
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 163
MUNICÍPIO DE ARGANIL
munícipes numa altura em que o peso das responsabilidades é acrescido”. Relativamente às empresas não existe qualquer taxa em termos de rama. Ao nível do IMI têm a taxa mais baixa possível, portanto “tentamos ter um ambiente fiscal favorável e atrativo para pessoas e para empresas”. Outro aspeto primordial para a região é a qualidade de vida, “ao nível dos recursos disponíveis, da atividade de lazer, dos espaços verdes, dos equipamentos, quer sejam de lazer quer sejam escolares, que sabemos que são situações muito valorizadas pelas famílias. Tentamos dar uma resposta abrangente em todas estas componentes”, afirma Luís Paulo Costa.
População sénior No que diz respeito à população mais envelhecida, a Câmara apoiou a criação de um “conjunto de iniciativas de envelhecimento ativo, que facilitam a mobilidade dos mais velhos e lhes permitem ter acesso a diversificadas atividades culturais e desportivas, desenvolvidas com as devidas cautelas relacionadas com a saúde”. Face à debilidade física da população sénior, os exercícios são “compatíveis às capacidades de cada um. Desenvolvemos esse programa de uma forma regular e temos algumas iniciativas dirigidas para esta população até de saída do espaço onde regularmente estão”, acrescenta o Presidente.
Património histórico Ir a Arganil é visitar a Capela de São Pedro, o monumento mais antigo do concelho. Outro ponto de interesse público, classificado desde a década de 50, é a Lomba do Canho, um espaço onde foi feita prospeção arqueológica onde foram encontrados vestígios de muito valor histórico que comprovam o acampamento romano que terá sido mais do que um acampamento. Para reativar a prospeção querem fazer um núcleo de arqueologia em protocolo com a Universidade de Coimbra.
Turismo e as circunstâncias com que o concelho se debate O turismo do concelho de Arganil é um turismo de natureza. “O trágico incêndio de outubro de 2017 trouxe muitos e exigentes desafios a um concelho reconhecidamente encantador pelas suas paisagens verdes, mas tal como as pessoas têm a capacidade de transformar as adversidades em forças, como provaram e continuam a provar os arganilenses, também a natureza tem a capacidade de se regenerar. “Temos apostas importantes na área do turismo e estamos a trabalhar na tentativa de encontrar outro tipo de investidores, outro tipo de pessoas para o território, que nos permitam também ultrapassar esta contingência que é consequência dos incêndios”, refere Luís Paulo Costa.
As aldeias das 7 maravilhas de Portugal A Aldeia Histórica do Piódão venceu na categoria de aldeias remotas. “É de facto uma aldeia muito característica, com uma atratividade enorme”, que leva todos os anos milhares de pessoas a visitar.
164 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
O Presidente da Câmara Municipal destaca a importância do destino “do ponto de vista da dinâmica territorial”. Querem ainda potencializar “mais aquilo que é a capacidade do Piódão de atrair pessoas para também a partir daí orientar percursos naquilo que tem a ver com o retorno económico”, nomeadamente com a “comercialização de produtos verdadeiramente endógenos com maior valor acrescentado”. Em termos de investimento futuro, “temos uma candidatura já aprovada no sentido de requalificar a zona do largo do Piódão com algumas apostas do ponto de vista da reformulação do funcionamento da aldeia”. Fica o desafio de utilizar Piódão como um “um pólo dinamizador de tudo o resto, um ponto de partida para conhecer”.
Projetar o futuro de Arganil Apesar de diversos projetos muito bem estruturados e com várias ideias muito bem planificadas, nomeadamente “ao nível da captação de empresas, do empreendedorismo, da formação, das pessoas, aquilo que concluímos com o passado recente é que por mais planos que existam podemos ter que alterar tudo de um momento para o outro”. Os últimos três meses têm sido dedicados ao pós-incêndio, o que obrigou o município a “recentrar as prioridades”. Mas, ainda assim, “temos a noção muito clara de que a fixação das pessoas, nomeadamente a população jovem, é o alicerce para o desenvolvimento do concelho. Os mais jovens representam mais qualificação e, portanto, as medidas vão no sentido de oferecermos condições, através de incentivos, para que criem a sua própria empresa e se sintam realizados no seu território. Sem esquecer os apoios relacionados com a habitação jovem, através da redução da burocracia e de taxas municipais. Isso é absolutamente estratégico para o concelho. Apesar da contingência dos incêndios, não perdemos de vista uma aposta grande no turismo que tem sido uma mola muito grande para o nosso território”.
Mensagem de esperança O Presidente não acaba a entrevista sem deixar uma mensagem a todos os leitores, população e visitantes. “Estamos a passar por uma época muito complicada, mas acredito que depois da tempestade vem a bonança. Estou certo de que conseguiremos ultrapassar as dificuldades e que conseguiremos fazer do nosso concelho um território atrativo para as pessoas, para as empresas, honrando os compromissos assumidos com os munícipes. Só dessa forma é que conseguiremos construir o futuro que os arganilenses merecem”.
MUNICĂ?PIO DE ARGANIL
O turismo do concelho de Arganil ĂŠ um turismo de natureza
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 165
MISERICÓRDIA DE MONTEMOR-O-VELHO
HÁ 520 ANOS A SERVIR A COMUNIDADE A Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho vai fazer 520 anos. A instituição é, dessa forma, uma das mais antigas do país, tendo celebrado, no ano de 1998, os 500 anos desde a sua fundação - foi, assim, considerada uma das 13 Santas Casas da Misericórdia penta centenárias. O Provedor, Manuel Carraco, acredita que é importante ter a noção de que o serviço é para e com a comunidade. Em entrevista à Revista Business Portugal realça a importância da atuação junto das comunidades locais.
P
assado e presente: ao serviço da comunidade A história que se encontra por detrás da origem da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho é, por vezes, motivo de conversa. A não existência de documentação da época que comprove a sua data de fundação, tem causado alguma dúvida sobre a idade. Mas não há dúvida face ao serviço que a Santa Casa da Misericórdia
166 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Manuel Carraco, provedor
MISERICÓRDIA DE MONTEMOR-O-VELHO
de Montemor-o-Velho tem vindo a desenvolver na comunidade local. Promovendo o profissionalismo e o respeito pela dignidade humana, a prestação da Santa Casa passa, principalmente, pelo apoio social, ao longo dos últimos cinco séculos. O percurso tem sido umas vezes melhor, outras vezes pior, mas sempre de encontro ao que a sociedade necessita. A situação política mais delicada marca também o trabalho que a instituição desenvolve. Numa comunidade onde as reformas são muito baixas, a população envelhecida não consegue suportar o custo de uma mensalidade. Assim, há uma comparticipação por parte do Estado, ainda que não seja suficiente - a dificuldade é, por isso, “tremenda e complicada de gerir. Equilibrar o barco é,
tantos anos”, destaca. “O problema da gestão das instituições onde os gestores não têm rendimentos vai sendo cada vez mais delicado”, salienta. Ainda que já se considere na idade da reforma, a mesma não tem sido possível, pois a Santa Casa precisa de si. “Estou aqui por gosto”,
e a mulher - “a verdade é que a mulher tem razão vezes demais e o homem, ao ver que a mulher consegue fazer várias coisas e as faz bem, também se acomoda pois sabe que ela é capaz de fazer aquilo”. O envelhecimento da população é, também, uma das preocupações da instituição.
para Manuel Carraco, fundamental. O setor da saúde é, todavia, um “apoio fundamental para que as contas se vão aguentando”.
confessa. “Somos responsáveis civil e criminalmente e o vencimento é zero”, por isso é “cada vez mais raro aparecer alguém que queira aceitar este cargo”. As associações culturais e desportivas, em todo o país, “sentem o mesmo problema que nós”. O Provedor salienta ainda o papel que tem vindo a ser assumido pelas mulheres. Contudo, “a complicação da vida e a necessidade de remuneração”, leva a que também elas optem por não escolher este tipo de cargos, à semelhança do que já acontecia, anteriormente, com o sexo masculino. “As mulheres têm capacidades extraordinárias e são mesmo muito capazes”, destaca. Em entrevista à Revista Business Portugal, Manuel Carraco realça a relação profissional entre o homem
Quer seja em centro de dia ou lar, quer seja através de apoio domiciliário - “que é muito complicado porque as pessoas estão em suas casas e recebem o conforto mas é relativamente caro”, a Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho tenta apoiar a populaça mais envelhecida. Em muitos dos casos, acrescenta, “as únicas pessoas que os idosos vêem durante o dia são os nossos colaboradores”. “Se eles têm familiares? Claro que têm… Mas não lhes prestam o cuidado que é preciso”, lamenta. Salienta ainda que “a saúde não pode ser um monopólio dos médicos”, sendo por isso fundamental a atuação e os serviços prestados pela Santa Casa da Misericórdia. Ao longo dos mais de 15 anos em que está à frente da Instituição, Manuel tem tentando, também, combater a falta de nascimentos que se sente. “O que deve ser procurado é o melhor para as pessoas”, conclui.
O Provedor realça que “trabalho e iniciativas não nos faltam”. “É com o espírito de pró-atividade e iniciativa que conseguimos trabalhar com a comunidade local, durante
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 167
DIAS E FILHOS
PAIXÃO ALIADA À EXPERIÊNCIA Gina Dias é sócia da empresa Dias & Filhos, empresa que se dedicada ao transporte rodoviário de mercadorias, há mais de 22 anos. Sediada em Montemor-o-Velho um “concelho com todas as características para a excelência”, a empresária acredita que “ainda é possível fazer um melhor aproveitamento dos recursos naturais de que o concelho dispõe”.
E
m entrevista à Revista Business Portugal, relembra que o fundador da empresa foi o pai, “comprou o primeiro camião e embora na altura ainda fosse muito nova, acabou por força da necessidade, da ajuda na parte administrativa envolvida nesta actividade desde muito cedo”. Mais tarde, o irmão Luis Dias e o marido Helder Ferreira entraram também para a empresa. A necessidade de prestar apoio ao pai acabou por envolver todos os membros da família, sendo a Dias & Filhos uma empresa de cariz familiar. A paixão do pai pela atividade, a experiência de longos anos “o nosso envolvimento na mesma desde muito cedo” e os desafios que foram surgindo fizeram com que a empresa fosse crescendo, refere com orgulho o facto de serem da maiores empresas de transportes do distrito. “Não começámos por fundar logo a nossa empresa”, uma vez que à data era difícil conseguir o alvará, conta Gina Dias. Depois de um período a trabalhar como sócio da Transgal, e depois da Rodalis, António Gomes Dias, sócio-gerente da Dias & Filhos decidiu “adquirir o seu próprio alvará e fundar uma empresa independente”. É assim que nasce a Dias & Filhos, foi um processo demorado, que requereu um elevado investimento, mas que simultaneamente trouxe um novo estímulo e permitiu que a empresa cimentasse o seu nome no setor dos transportes. A presença de uma mulher na área dos transportes não é novidade para Gina Dias. “Há muitas empresas familiares neste setor” tendo como membros da direção também mulheres. Contudo, a familiaridade presente no negócio, embora tenha um lado positivo, também é extremamente difícil coordenar “a família com o trabalho”. “Quanto mais gerações entram, mais complicado é porque nem todas têm o mesmo objetivo ou visão”, e por vezes surgem conflitos difíceis de ultrapassar o que “levou
168 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
a que algumas empresas de cariz familiar fechassem”. Felizmente a Dias & Filhos não passou por essa turbulência. Atualmente, a gestão da empresa é dividida entre o pai e os dois filhos . Nos dias de hoje, cada “um assume uma função num departamento distinto mas que se complementam”. Gina Dias confessa que o seu trabalho acaba por ser transversal aos diferentes departamentos apesar de coordenar sobretudo a área financeira da empresa. O seu irmão Luís Dias é o responsável pela gestão de tráfego ao passo que o pai e o marido estão na “coordenação das oficinas, compras e aquisição de veículos”. O mercado abrangido pela Dias & Filhos é “essencialmente internacional”, apesar de terem recentemente investido também no transporte nacional. “Direcionámo-nos sempre para o transporte internacional”, transportando todo o tipo de produtos. O transporte rodoviário de mercadorias de carga geral é, todavia, “o nosso forte”, apesar de ao longo dos anos a empresa ter tido a preocupação de se adaptar aos novos desafios e às oscilações de mercado e ter adquirido também equipamentos específicos para o transporte de frio, porta-fatos, contentores e porta bobines. À semelhança de outros empresários, Gina Dias salienta que neste momento as empresas de transportes tem alguma “dificuldade em arranjar colaboradores”. Não só porque atualmente o preço da carta de condução de motorista profissional é elevado e tem formação acrescida, como também porque os outros constrangimentos associados à profissão como o facto de passarem muito tempo deslocados no estrangeiro vai acabando por afastar as pessoas deste setor, realça no entanto que o recurso humano é de extrema importância nesta área uma vez que um profissional de excelência é sempre um elemento diferenciador em qualquer empresa.
SANTARÉM A CAPITAL DO GÓTICO Distrito de Portugal, Santarém oferece diversas atividades. Com uma área de 558.3 km² e com cerca de 29 929 habitantes, Santarém não dispensa uma boa visita pela cidade para dar a conhecer o património histórico e cultural, os espaços lúdicos, a animação turística, o artesanato e a gastronomia. Com uma presença inigualável na história de Portugal, Santarém destaca-se pelas batalhas, pelo nascimento de príncipes, pelas vivências dos reis e pela construção de palácios, templos, mosteiros e torres mais deslumbrantes. Conhecida como “Capital do Gótico”, a cidade de Santarém tem uma panóplia de igrejas, tais como a Igreja romano-gótica de S. João Alporão, onde está instalado o Museu Arqueológico de Santarém. Outros pontos são a Igreja da Graça, Igreja de Santa Clara e Igreja de Santa Maria de Marvila. Um jardim a destacar por estar rodeado de muralhas medievais com um grande impacto na Idade Média é o Jardim das Portas do Sol, com uma vista de cortar a respiração sobre o rio. A cidade acolhe anualmente um evento de bastante importân-
cia para a região. A Feira de Golegã começou por surgir em meados do século XVIII e é a Feira Nacional do Cavalo, uma das mais emblemáticas que o país acolhe. Outro festival a salientar é o Festival de Gastronomia, realizado na segunda quinzena de outubro, e a Feira nacional de Agricultura, na primeira semana de julho. Falar de Santarém é falar de gastronomia. A famosa Sopa de pedra, o Cozido de Carnes Bravas, a Sopa de Cachola, a Caldeirada à Fragateiro, a Acorda de Sável, o Carneiro à moda de Alpiarça, o Ensopado de Enguia são alguns dos pratos tradicionais por terras ribatejanas. A doçaria tradicional é um ex libris, não podendo esquecer os Celestes, os Arrepiados de Almoster, a Palha de Abrantes, os Queijinhos do Céu, as Tigeladas, as Delícias de Batata e as Broas de Pinhão e Mel que são de deixar água na boca. Uma cidade que vale a pena conhecer pelas suas ruas com características únicas e com uma arquitetura que apresenta traços românicos, góticos, manuelinos, maneiristas e barrocos. Venha connosco visitar o que de melhor se faz em Santarém!
DESTAQUES 148 FARMÁCIA PASSARINHO Três gerações a cuidar dos Sardoalenses 150 LIBAX Nunca foi tão fácil tratar da faturação
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 169
FARMÁCIA PASSARINHO
TRÊS GERAÇÕES A CUIDAR DOS SARDOALENSES A Farmácia Passarinho conta com mais de cem anos de existência sempreem posse da mesma família. A evolução tecnológica, as novas regras e as leis de mercado levaram a família Passarinho a inovar e a apresentar novos serviços e conceitos aos seus utentes. A Revista Business Portugal conversou com Margarida Passarinho, proprietária e Diretora Técnica.
A
Farmácia Passarinho é a única farmácia do Sardoal e conta com uma centena de anos de existência sempre na família Passarinho... A Farmácia Passarinho teve origem com o meu avô, Rafael Alves Passarinho. Quando o meu pai, Álvaro Andrade e Silva Passarinho, concluiu a licenciatura em Farmácia assumiu a sua propriedade e direção técnica. Assim se manteve durante toda a vida do meu pai, mas nos últimos anos ele pedia-me para o ajudar, nomeadamente na modernização administrativa e na implementação e acompanhamento dos programas informáticos impostos pelo INFARMED. Fui investigadora, no Instituto de Farmacologia e
Margarida Passarinho, proprietária e diretora técnica
A Farmácia Passarinho disponibiliza um cartão de cliente que oferece descontos em medicamentos. Neurociências da Faculdade de Medicina de Lisboa e trabalhei toda a minha vida nesta nobre instituição de ensino. Ao fim de 37 anos de trabalho decidi que era altura de assumir a Direção Técnica desta farmácia e de dar continuidade ao negócio da minha família. O setor farmacêutico sofreu profundas alterações. Quais as que destaca? A principal alteração foi o facto de deixarmos de poder fazer os medicamentos manipulados. Para além de haver poucos pedidos para este tipo de medicamentos fica extremamente caro porque as matérias-primas também o são. Como a farmácia é
170 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
muito antiga, as alterações passaram pela informatização e a abertura de novos serviços. Não foi viável fazer o investimento na parte robotizada mas acredito que o futuro passará por aí. Ainda há pessoas que vos procuram antes de se dirigirem ao médico? Há muitas pessoas que se dirigem a nós à procura de apoio psicológico e outras que passam por cá antes de irem ao médico. Esta proximidade e confiança são características das farmácias próximas dos utentes e das localidades mais pequenas, como é o nosso caso. Para além destes utentes ainda há um nicho que se vai manter, nomeadamente os que procuram produtos dermatológicos
e de cosmética, os designados produtos de parafarmácia. A entrada dos medicamentos genéricos afetou muitas farmácias. De que forma combateram essa fase menos favorável? Houve muitos casos de despedimentos no setor mas, felizmente, não foi o caso da Farmácia Passarinho. Hoje as margens e preços são muito diferentes dos praticados anteriormente. A rentabilidade advém dos serviços que disponibilizamos para a comunidade, como as análises de colesterol, glicemia, rastreio para o despiste de várias doenças, consultas de dermatologia, podologia, osteopatia e massagens. O sistema
FARMÁCIA PASSARINHO
de compras também foi alterado. Agora compramos os medicamentos através de uma Central de Compras e não temos todas as variedades de genéricos disponíveis no mercado, uma vez que há imensos. Quanto aos medicamentos disponibilizados mediante receita médica, estes são escolhidos e encomendados conforme o que os médicos vão prescrevendo. Para além destas medidas criei um cartão de cliente da Farmácia Passarinho que oferece descontos nos medicamentos e produtos que os utentes adquiram. Há vários estudos que indicam que os portugueses têm utilizado os antibióticos em demasia. Partilha dessa opinião? Na Farmácia Passarinho essa situação não acontece. Não disponibilizamos antibióticos sem prescrição médica. Noutros tempos essa prática era comum, muito devido à pressão exercida pelos utentes. Como sempre trabalhei na área da farmacologia clínica e mantinha contacto com a farmácia tive uma perceção mais realista de que havia uma utilização exagerada dos antibióticos,
mas felizmente essa tendência já se está a inverter. As pessoas estão mais informadas e já sabem que se têm uma infeção vírica
com a Câmara Municipal que é a ‘Abem Dignitude’. A autarquia, juntamente com a ANF – Associação Nacional de Farmácias,
não adianta tomar um antibiótico, este só tem efeito se o paciente sofrer uma infeção bacteriana.
comparticipam a compra de medicamentos para que os utentes mais carenciados paguem um valor residual ou não paguem por um bem que é essencial: a sua medicação. Mantemos o contacto com a população com atividades ao ar livre, como as caminhadas e aulas de ginástica, e aderimos a causas sociais em prol da população.
A responsabilidade social da Farmácia Passarinho não se esgota no apoio e saber ouvir os seus utentes... Certamente que não. Temos um acordo
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 171
LIBAX
NUNCA FOI TÃO FÁCIL TRATAR DA FATURAÇÃO Hugo Gonçalves fundou há sete anos a empresa que tem vindo a tornar a vida profissional mais fácil e produtiva.
S
Hugo Gonçalves (ao centro) com André Pascoal e Telmo Rodrigues, administradores
e sofre por ter de investir em hardware e software de segurança, que implicam conhecimentos informáticos e o constante estado de alerta para que nada se perca ou entre em desatualização, Hugo Gonçalves tem a solução para si. O informático criou um conjunto de aplicações que lhe permitem ter mais tempo livre para se dedicar ao que realmente importa sem gastar muito. O jovem, natural de Ourém, criou a Libax em 2010, depois de se licenciar em Informática, no Instituto Politécnico de Santarém, e de trabalhar na Expo 98 durante 13 anos. Quando ocorreu o bug do milénio (termo usado para se referir ao problema ocorrido em muitos sistemas informáticos na passagem do ano 1999 para 2000) e com o objetivo de ajudar um familiar preocupado, Hugo Gonçalves criou o programa que serviu de inspiração para o Libax que é utilizado hoje por uma grande parte dos mediadores e corretores de seguros em todo o país. Tem um sistema de importação compatível com todas as companhias de seguros e integração automática com
172 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
Os serviços podem ser utilizados em qualquer lugar, quer pelo computador, quer pelo smartphone, bastando uma ligação à Internet. as companhias Allianz, Liberty, Lusitania e Zurich. E se durante três anos foi usado exclusivamente nesse setor, em 2013 sofreu uma remodelação que permitiu ser utilizado por todos – tendo sido incorporado um sistema de faturação e CRM. Os serviços podem ser utilizados em qualquer lugar, quer pelo computador, quer pelo smartphone, bastando uma ligação à Internet. Os produtos podem ser adquiridos online, sem necessidade de se deslocar à sede da empresa em Fátima, Santarém. Para tal, necessita apenas de entrar no site e clicar na opção ‘Produtos’. Os mesmos estão divididos nos ramos Business e Seguros, ambos certificados pelo Ministério das Finanças. O primeiro permite-lhe a emissão de documentos e recibos, o controlo de pagamentos por multibanco ou débito direto, um controlo de tesouraria em tempo real, emissão de faturas automáticas, entre outras opções. Com quatro planos disponíveis, conforme as necessidades do cliente, os preços vão desde os 7,20 euros aos 51,30 euros por mês. O segundo concede uma gestão da carteira de seguros, permitindo uma visão detalhada do negócio, o controlo absoluto e pesquisa rápida das apólices e recibos, a consulta das fichas de cliente, gestão de rede de parceiros, entre outros. Dividido em quatro planos apresenta custos desde os 15,50 euros aos 87,45 euros por mês. A Libax oferece os 30 primeiros dias, tanto num plano como no outro. Os agentes de seguro continuam a gerar 80 por cento do lucro da empresa, contra apenas 20 de faturação. Porém, o informático pretende chegar às empresas de prestações de serviços. Além disso, tem como objetivo a criação de mais soluções para outras áreas de negócio específicas, diz o empresário à Revista Business Portugal. Neste momento, Hugo Gonçalves conta com a ajuda de André Pascoal e Telmo Rodrigues, mas tem planos para aumentar a equipa.
DESTAQUES 154 COURAGE DETAILS Uma panóplia ao serviço do cliente
DESAFIOS DA INOVAÇÃO O HOMEM E A MÁQUINA Começar um novo ano sem estar a par dos desafios, dos testemunhos e das envolvências das empresas, seria impossível. A entrada numa nova fase integra, quase que automaticamente, um novo sentido de ser, fazer e querer. É com esse espírito que, nos últimos anos, os empresários têm abraçado os novos 365 dias que se seguem. A era de globalização que se vive nos dias de hoje é reflexo das permanentes e eficazes vontades dos empresários, a nível nacional e internacional, de querer mais e melhor. A nível social, cultural, institucional e tecnológico: o mundo tem conhecido um novo Homem, capaz de se integrar com a máquina e com possibilidades de crescimento nunca antes vistas. Carros que se conduzem por si só, operações que se fazem com inteligência artificial, sensores e câmaras capazes de controlar bolas - está assim o mundo do futuro tão longe de ser alcançado? Todavia, a inovação traz desafios. Estar numa sociedade que, de minuto a minuto, tem uma nova atualização e uma nova vontade para ser feita e com sucesso, não é fácil. Nas próximas páginas desta primeira
174 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
edição do ano - também ela carregada de desafios, vontades e esperanças -, poderá encontrar testemunhos de empresários que têm na inovação o futuro. E conscientes que o papel do Homem tem sido aproximado do que é realizado pela máquinas comandada pela inteligência artificial, o grande desafio para o ano de 2018 é não esquecer o lado humanitário. Ainda que as máquinas sejam capazes de realizar uma significativa fatia das atividades humanas, é o Homem quem sabe dar o sabor no ponto ao bolo. E é a conjugação exata dos ingredientes necessários que é preciso ser feita, para que nenhuma das componentes seja perdida e nem o Homem perca a sua importância no quotidiano da sociedade, nem a inteligência artificial se torne basilar para a continuação das atividades sociais. Por isso, as histórias dos empresários que conciliam a inovação com o papel do Homem e dos seus colaboradores são fundamentais. E são estes mesmos testemunhos que se tornam exemplos perpetuados no tempo... Como? Através da inovação, com certeza.
A cadeia de hotéis AçorSonho nasceu em 2004 e resulta de uma paixão pelo setor hoteleiro. De cinco em cinco anos, é política da empresa abrir um novo hotel. O Pedras do Mar Resort e Spa surgiu em 2016 e é o primeiro hotel de cinco estrelas desta rede. Veio juntar-se a um aparthotel e um hotel que já existiam anteriormente, ambos de quatro estrelas. Uma outra unidade hoteleira já está em curso. A rede AçorSonho dispõe de uma estratégia de uma excelente qualidade-preço. Além disso, trabalha também com produtos singulares e o Pedras do Mar Resort e Spa não é exceção. Este hotel está intimamente ligado ao mar, tendo as piscinas naturais muito perto. É um hotel isolado, perto da Natureza, e que pretende marcar pela diferença. É um hotel dotado de 500 painéis solares e produz cerca de 50 por cento da energia elétrica que gasta. No que respeita ao aquecimento de água, dispõe de 18 painéis solares, que satisfazem mais de 80 por cento das necessidades do hotel. Os quartos são confortáveis, caracterizados por um excelente isolamento acústico. O restaurante é outro ponto forte do hotel. De gastronomia tipicamente açoriana, destaca-se pela fantástica confeção dos alimentos e pela apresentação elegante dos pratos. Mesmo não estando hospedado no hotel, pode vir e degustar uma refeição refinada. O próximo passo é cultivar ainda mais a ligação à Natureza, trazendo animais para o espaço exterior do hotel, para que os hóspedes possam desfrutar de um ambiente verdadeiramente rural. O Pedras do Mar Resort e Spa é o hotel que mais vende nos Açores. Ganhou o prémio revelação do ano – Boa Cama, Boa Mesa - em 2017, e ainda dois prémios atribuídos por votação dos hóspedes – melhor Ocean Resort e melhor Country Resort. Se quiser desfrutar dos Açores e sentir-se verdadeiramente envolvido pelo mar e a Natureza, o Pedras do Mar é o local certo para se hospedar. Experimente!
Rua da Terça, n.º3 – Fenais da Luz 9545-288
296 249 300
reservas@pedrasdomar.com
pedrasdomar.com
COURAGE DETAILS
UMA PANÓPLIA AO SERVIÇO DO CLIENTE A equipa formada na Courage Details tem um passado comum onde todos os seus elementos desempenharam funções em prestigiadas empresas nacionais e internacionais.Conversámos com João Saraiva de Almeida, CEO do grupo.
H
á quanto tempo surgiu o grupo Cdetails? Conte-me, de forma breve, como surgiu este grupo? O Grupo Cdetails surgiu em 2016 após a abertura da primeira empresa chamada ‘Courage Details Lda’. A primeira empresa do grupo nasceu em 21 de novembro de 2015 (data do meu aniversário) com a necessidade de conseguir, com a maior isenção e transparência, reduzir o custo das operações a nível informático e gestão de frotas, mantendo todo o profissionalismo e a qualidade dos serviços prestados. Com o desenvolvimento da empresa, surgiram outras oportunidades e áreas de negócio que, obviamente, aproveitámos! De momento, para além da Courage Details Auto e Informática, criámos o Mercado dos Frescos nas ilhas onde entregamos produtos frescos à porta e à hora que desejarem; a MIU - Multi Investment Unit onde, mediante o capital disponível dos nossos clientes aconselhamos numa posição de consultoria os investimento possíveis, tangíveis e rentáveis; a EncantoAbstracto operando nas áreas de marketing, comunicação e eventos; o Golden Ocean Club que marcou o seu cunho no Funchal aproveitando as noites quentes oferecendo toda a qualidade de serviço na noite Madeirense e começámos há quatro meses a estudar a viabilidade de duas empresas ligadas aos fornecimento de serviços, com uma vertente de ação social para variados nichos de mercado. A conclusão deste estudo é que existe viabilidade e vamos avançar! Porque é que, a Courage Details tendo uma equipa que já trabalhou nas áreas da informática e auto, internacionalmente, resolveram juntar-se e criar uma empresa nova? É sempre bom relembrar o início, ter presente as nossas raizes, no caminho que percorremos. Em 2015, as empresas, macro, pme’s e micro ressentiam-se da crise que decorria (uns mais que outros), vendas a diminuir, despedimentos e custos a aumentar, ao tentarem investir de forma a conseguirem manter a sua faturação e taxa de
176 | Revista Business Portugal fevereiro 2018
João Saraiva de Almeida, CEO
conversão. Existindo sempre dois fatores de custo para as empresas, a informática e a frota, tentámos atuar nestas áreas de forma a reduzir custos ao cliente final. Assim, com este cenário, abri com o apoio da DNA Cascais a Courage Details, fiz propostas a atuais profissionais que colaboram connosco da qual se fazem munir de um portfólio brilhante nas áreas e do meu conhecimento sobre os seus trajetos. Quando existe uma proposta interessante, aceita-se! Até hoje, estão lado a lado comigo e com o crescimento do grupo.
COURAGE DETAILS
Como se distingue o vosso serviço dos das outras empresas? Os nossos serviços, em todas as áreas em que estamos envolvidos, diferenciam-se pela qualidade VS custo, pela personalização de cada caso, pelo fantástico CRM desenvolvido, pela simpatia e profissionalismo das nossas equipas e por todo o espirito de consciência, desenvolvimento e inovação que detemos. Na área da informática, dizem-se diferenciadores. Em que consiste essa diferença? No grupo, diferenciamo-nos por estarmos sempre na vanguarda tecnológica. Esta posição de mercado permite-nos abranger serviços em todas as áreas, sempre com a ajuda das novas tecnologias. Apesar dos grandes custos que imputa esta posição de vanguarda, não olhamos apenas a despesas, mas sim à satisfação total dos nossos clientes. Fazemo-lo por gosto, por paixão e acima de tudo, pela satisfação das nossa estrutura e dos nossos clientes. Que soluções oferecem a quem vos procura? Têm soluções já previamente criadas ou cada cliente é um cliente e a solução é adaptada a cada um? Em qualquer uma das empresas, de forma ágil, rápida, fácil e eficaz (devido ao uso tecnológico) conseguimos estudar cada caso como um só, dando ao cliente a melhor opção para satisfazer as suas necessidades, sejam elas informáticas, automóveis, investimentos, eventos, serviços variados, entre outros. Também trabalham com particulares. Neste caso, prestam serviços de reparação informática ou também têm outros serviços? Realmente a informática é a nossa base. Algumas empresas direcionam o seu potencial à prestação de serviços empresariais e não dão tanta importância ao cliente particular. Nós optámos por fazer um misto, ou seja, damos a mesma atenção tanto às empresas como aos particulares. O nicho de mercado de particulares é bastante interessante e, por isso, cerca de 30 por cento da receita do grupo advém de particulares e tende a aumentar com a implementação das empresas de serviços que são principalmente
vocacionadas para os mesmos. No que respeita aos serviços automóveis, para além dos serviços de oficina, que outros serviços prestam aos vossos clientes? No que diz respeito aos serviços auto, para além dos serviços de oficina, efetuamos seguros, defleet, assistência em viagem, apoio jurídico, créditos, consultoria de compra e venda de viaturas, entre outros e, assim conseguimos ter sempre uma solução prática e honesta à medida de cada um, sendo empresa ou particular
“Para além da Courage Details Auto e Informática, criámos o Mercado dos Frescos”. Trabalham também para privados, ou só para empresas? Trabalhamos com ambos mas, obviamente, existem sempre empresas com maior aceitação na área empresarial e outras mais vocacionadas para o particular, contudo, trabalhamos com todos. As empresas atualmente já têm uma maior preocupação com os seus fornecedores? Fazem questão de ter a certeza que estão a fazer o melhor investimento possível, e o mais adequado também às suas necessidades? Em que é que o grupo CDetails as ajuda nesse campo? Através de consultoria? O Grupo Cdetails tem como pensamento ‘um obstáculo é algo a ultrapassar’, e com esse pensamento, para a estrutura, não existem impossíveis. Cada empresa tem o que deseja, sendo mais difícil ou mais fácil de concretizar. Em dois anos, penso que a mentalidade das empresas passa por terem a melhor opção ao melhor preço, terem à medida o que necessitam e cortarem com as
chamadas ‘gorduras’ nos orçamentos. Hoje em dia vemos empresas já a pedirem orçamentos com retificações incisivas e ajustadas a novas ideias, verificando uma mente mais aberta a parcerias com cuidado dobrado com o que pedem e a quem adjudicam. Felizmente, estes cuidados vêm facilitar no nosso trabalho porque quanto mais explicito e cuidadoso for o pedido, mais fácil é para nós corresponder às expectativas e entregar a solução adequada às necessidades sentidas. A DNA Cascais tem ajudado a CDetails em que medida? A DNA foi fundamental na abertura da Courage Details por todo o apoio prestado a nível de organização e auxílio na elaboração do business plan. Sem a Courage Details, o grupo Cdetails, provavelmente, não existiria. Com uma ideia em mente, a DNA auxiliou em todo o processo. Neste momento, que balanço fazem deste projeto? O balanço é positivo, apesar das poucas horas de sono permitidas, conseguimos em dois anos chegar onde estamos. Acima de tudo, é ver um bebé crescer pela nossa mão e sentirmo-nos com uma enorme satisfação pessoal. O que esperam para o próximo ano? Já têm projetos novos? Tal como afirmei na primeira questão, existem dois projetos que estavam em análise há quatro meses. A sua viabilidade contém números extremamente interessantes e satisfatórios. Dado este cenário, é como costumamos dizer internamente, é um GO”’ para os implementar. Estamos na segunda fase de expansão da CDetails Informática para a ilha da Madeira. Esperamos que 2018 seja um ano de expansão considerável, com resultados mesuráveis e objetivos cumpridos. Querem deixar alguma mensagem aos vossos clientes, colaboradores e amigos, em época de Natal? Desejo a todos os meus amigos, colaboradores e clientes um Feliz Natal em família, com saúde, paz e amor. Desejo que 2018 seja um ano de sucessos, prosperidade, amor e família. Em nome da Cdetails agradeço toda a confiança depositada em nós.
fevereiro 2018 Revista Business Portugal | 177
�� �a �a �
a��� � s�� a�s�a��
sssssssssss
Especialidades
�oo� �o�a �����
Cabrito Assado no forno de lenha
Leitão à Moda da Bairrada aaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Polvo Assado
oooooooooooooooooooooooooooooo
Bacalhau uuuuuu
aaaaaaaaa
Peixe Grelhado ou Assado no forno de Lenha aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
� s
u����� �� s���� ��a��a�� aos�a�o � ��ao�
TF. TM. WEB:
� s sa� a a � a � � � a � �a � a�� � s��� sa� a a a � s a � s � � a � a� ua sa� � � s �� � a �a � s a u � � a � � �a s � a�� � s�� � u �� a aa �a a �a su � aa�� � a u u� � � s �� � a aa� �
u����� �� s���� ��a��a�� � aos�a�o �
WEB:
TF. TM.
�
��ao�
O MELHOR DOS AÇORES
www.profrutos.pt Tel: 296 205 130 Azores Parque - Rua Alcino Alves dos Santos, 14 Ponta Delgada, Azores