Revista Business Portugal | Novembro '15

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL EDITORIAL

Editorial

Portugal a voar alto

FICHA TÉCNICA Diretor Fernando Silva

EDITORA Diana Ferreira (diana.ferreira@revistabusinessportugal.pt)

REDAÇÃO Lardyanne Guimarães Rita Carreira Vera Pinho Marta Caeiro Liliana Machado Rita Burmester Rui Roque Sílvia Martins (redacao@revistabusinessportugal.pt)

PROJETO GRÁFICO, PAGINAÇÃO E DESIGN Tiago Rodrigues

Por Diana Ferreira Numa altura em que o futuro do país muda a cada dia, continuamos empenhados na nossa missão de revelar um país diferente, inovador , positivo, de destaque. Acima de tudo, um país altruísta, que acredita que tem muito para dar…. A si mesmo. Nesta edição, e a propósito do AED Day 2015, trazemos-lhe um suplemento dedicado inteiramente à aeronáutica, espaço e defesa, sectores fundamentais para a economia nacional, mas também do resto do mundo, com foco no desenvolvimento tecnológico e inovação. E não estivéssemos a destacar ‘altos voos’, para esta edição rumamos ao arquipélago da Madeira e regressamos simplesmente deslumbrados! Há tanto para destacar que sentimos alguma dificuldade em conseguir retratar tudo o que por lá encontramos e vivemos. Os cenários são absolutamente fantásticos, a histórica é única, a palete de sabores é simplesmente fantástica, sem esquecer que a Madeira acolhe uma das sete praias galardoadas com das melhores de Portugal. Estas são apenas algumas das razões pelas quais recomendamos vivamente que embarque até ao arquipélago e se deslumbre, tal como nós. Seguimos esta nossa viagem por um país à frente do seu tempo, que aposta fortemente na inovação nas mais diversas áreas, através de vários projectos que mostram o lado mais empreendedor dos diversos agentes económicos presentes em Portugal, fundamentais na árdua tarefa de gerar riqueza e emprego. Estes são alguns dos temas que completam as nossas páginas da edição de Novembro, uma edição que onde conhecemos um Portugal a voar alto. Faça o check-in e prepara-se para embarcar.

SECRETARIADO Paula Assunção

Diana Ferreira não segue o novo acordo ortográfico

(paula@revistabusinessportugal.pt)

GESTÃO DE COMUNICAÇÃO Fernando Lopes Filipe Amorim Isabel Brandão José Machado José Alberto Luís Silva Manuel Fernando Paulo Padilha Rui Diogo

EDIÇÃO, REDAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15 6ºandar sala 6.2 4400-134 - Mafamude (geral@revistabusinessportugal.pt)

alguns destaques da edição de novembro 12 - município de porto santo

08 - município da Câmara de lobos

CONTACTOS Tlf: 223 754 806 (Geral)

AÇÃO SOCIAL A REVISTA BUSINESS PORTUGAL NAS REDES SOCIAS

SUPLEMENTO CLUSTER DA AERONÁUTICA DISTRIBUIÇÃO

05 - AICEP 06 - PEMAS 1 - Lauak

Gratuita no Jornal i - Dec. Regulamentar 8/99-9/6 Artº 12º nº. ID Depósito Legal: 374969/14 Edição de novembro

PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO 28 - Município de Leiria 32 - A Bloqueira de Vermoim 34 - Isolar

37 - Acredita 40 - SCM Fornos de Algodres 42 - Centro Social e Paroquial de Avanca

INOVAR PARA CRESCER

48 - CARMIM 51 - Olivaisgest 54 - IDEFE - ISEG 56 - Município de Alvaiázere 60 - Freguesia de Nadadoura 66 - Tal Simplicidade

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madeira: Beleza natural

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Revista Business Portugal fez as malas e foi pela primeira vez à ilha da Madeira. Uma viagem onde se pretendeu explorar, conhecer e divulgar as potencialidades turísticas da região,

bem como, levantar o véu sobre o que podemos esperar da ilha da Madeira no futuro. O fim de ano no Funchal, a Festa das Flores e o Carnaval são os eventos que a maioria dos turistas conhece mas, numa viagem pelo Arquipélago, percebemos muito facilmente que a Madeira é muito mais do que o Funchal, a Festa das Flores e o Carnaval. O clima temperado é propício a férias fora da época do verão. De fevereiro até novembro é possível mergulhar nas águas quentes, que rodeiam a ilha da Madeira e Porto Santo, com temperaturas que vão dos 19 aos 24 graus. Na ilha é possível a prática de todo o tipo de atividades desportivas e de lazer, ao ar livre, como mergulho, vela, surf, windsurf e pesca desportiva. Um passeio de barco ao longo da costa também é aconselhável, bem como a ida a Porto Santo no navio Lobo Marinho, já que pode ser surpreendido pelos golfinhos, baleias e lobos-marinhos que percorrem o mar da região. Em Porto Santo, as unidades hoteleiras e as gentes da ilha também estão de portas abertas e sorriso no rosto para o acolher. A praia que tem ganho mais destaque devido ao seu extenso areal dourado de nove quilómetros com água azul turquesa é a de Porto Santo, considerada uma das Sete Maravilhas das praias de Portugal. As


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magníficas paisagens, a fantástica Floresta Laurissilva, património da Unesco, os passeios pela levadas e pelos caminhos reais são propostas que têm atraído milhares de turistas à região. A gastronomia aliada à simpatia dos madeirenses tornaram o destino Madeira um dos mais requisitados a nível europeu, procura que registou um acentuado crescimento durante este ano. A Região Autónoma da Madeira tem cerca de 260 mil habitantes, distribuídos por onze concelhos, entre a Costa Norte e Sul da ilha e Porto Santo. Historicamente, a primeira ilha a ser descoberta pelos navegadores João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira foi Porto Santo, em 1418, depois de uma forte tempestade que afastou a embarcação da rota. A ilha da Madeira foi descoberta um ano depois. A colonização do atual arquipélago teve início em 1425. A ilha da Madeira é detentora de cenários pitorescos sem igual, proporcionados pelo clima ameno e relevo acidentado do território. Em poucas horas, podemos iniciar uma caminhada à beira mar e terminá-la no cimo da serra, no meio da floresta, entre os cenários verdejantes da Floresta Laurissilva, passando

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pelas paisagens coloridas, construídas pelas diversas espécies de árvores e flores presentes no território. As ofertas para uma estadia na Madeira são mais que muitas, entre hotéis, unidades de turismo local, parques de campismo, estalagens, pensões, quintas, turismo rural ou turismo de habitação, é só escolher o local que considera mais indicado para pernoitar e descansar durante a viagem. Certo é que uma semana não chega para conhecer toda a ilha. As diferenças entre a parte sul e norte são notórias. O sul é mais ameno e plano, enquanto o norte é mais frio, apresentando um relevo mais acidentado, onde abunda a água que é encaminha para o sul, através das famosas levadas. No sul, predominam as plantações de banana e cana de açúcar enquanto o milho domina o lado norte da ilha. A poncha, a espetada em pau de louro, o bife de atum e as lapas são iguarias de prova obrigatória e que se podem encontrar nos melhores restaurantes espalhados por toda a região. Não faltam propostas para passar em beleza umas férias, na região, em harmonia com a natureza. Nas próximas páginas apresentamos alguns dos pontos mais emblemáticos e característicos numa visita pela ilha da Madeira e Porto Santo. Madeira, o paraíso aqui tão perto.

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Um destino de paragem obrigatória Câmara Municipal de Câmara de Lobos A beleza natural da região aliada à qualidade da oferta gastronómica tornam o concelho de Câmara de Lobos um destino apetecível. Visitar Câmara de Lobos é saborear os pratos típicos da região, provar a tradicional poncha da Madeira e percorrer os locais junto ao mar e no meio da serra, pontos que são muitas vezes a montra da Madeira além-fronteiras. Tudo isto, conjugado com a simpatia dos locais, tornam o concelho um ponto de paragem de eleição.

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âmara de Lobos aposta na cultura, nas tradições e na gastronomia sendo hoje o turismo um dos motores da economia da região. Anteriormente era do mar, através da atividade piscatória, que viviam grande parte das gentes da localidade. Em entrevista ao presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos, Pedro Coelho reconhece que “o turismo tem um papel fundamental para a região, temos um plano estratégico ligado à vinha e ao vinho, ao enoturismo, através de novas experiências, estamos a fazer essa promoção e já estamos a sentir os efeitos”. O concelho é composto por cinco freguesias: Câmara de Lobos, Estreito de Câmara de Lobos, Jardim da Serra, Quinta Grande e Curral das Freiras. Entre elas há diferenças a destacar, devido sobretudo, à diversidade proporcionada pela geografia da região. Em Câmara de Lobos, a Baía é a porta de entrada para o centro histórico da cidade que ganhou uma nova vida, depois da requalificação, que está a permitir a abertura de novos espaços ligados à hotelaria e restauração. No local pode provar-se, por exemplo, a poncha tradicional da Madeira, bebida criada pelos pescadores, mas que hoje é apreciada por todos os que visitam a região. O presidente do município, Pedro Coelho revela que “registámos no INPI as marcas «Câmara de Lobos, capital da Poncha, «Estreito de Câmara de Lobos, terra de vinho», «Jardim da Serra, capital da cereja da Madeira e o Curral das Freiras, capital da castanha”, esclarece o entrevistado, evidenciando a riqueza da região, onde está sediada a Confraria Gastronómica da Madeira. Câmara de Lobos também é conhecida como tendo das melhores espetadas em pau de louro da Madeira e ainda o melhor peixe espada preto, bem como, outras iguarias ligadas ao mar. O concelho tem 35 mil habitantes, distribuídos por 52 km2, a beleza paisagística da região faz com que muitas vezes seja utilizada como a montra turística da Madeira, “temos o mais alto premontório da Europa que é o Cabo Girão, o Curral das Freiras, considerado o coração da Madeira, o Jardim da Serra, que é um verdadeiro planalto”, destaca o responsável do município. A cultura e as tradições são as próximas apostas fortes para dinamizar o turismo na região, exemplo disso, foram as férias que o estadista Winston Churchill passou em Câmara de Lobos e

pedro coelho Presidente

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL MADEIRA: BELEZA NATURAL que deixaram marcas até hoje, após o antigo primeiroministro britânico ter pintado a Baía de Câmara de Lobos. “No local vamos brevemente começar a fazer o memorial do Churchill. Estivémos em Londres onde reunimos com a Churchill Society e a neta de do antigo primeiro-ministro. É uma marca que não temos sabido explorar, mas é uma grande mais-valia para a região. É pela cultura e educação que vamos dinamizar a nossa terra”, destaca o autarca Pedro Coelho. Ainda em termos culturais, o Museu da Imprensa-Madeira, sediado em Câmara de Lobos, é outros dos pontos a visitar e resulta de uma parceria com o Museu Nacional da Imprensa do Porto. A autarquia está ainda a projetar o futuro Núcleo Museológico do Vinho e da Vinha. A potencialidade turística da região está a despertar o interesse dos investidores estrangeiros, “temos unidades de turismo que são empreendimentos de alemães e franceses. Na antiga lota temos um projeto hoteleiro que vai ser lançado em breve. Neste momento, estamos com alguma procura neste setor, devido ao mar. Em termos de camas hoteleiras, somos dos concelhos da Madeira, aquele que se calhar tem menos, o que pode estar relacionado com a proximidade ao Funchal, estamos a tentar inverter esta situação, sem danificar a cidade e o concelho. Vamos requalificar a entrada da cidade que está um pouco descaracterizada. Queremos marcar o concelho na esfera regional”, evidencia o presidente do município Pedro Coelho. Uma outra aposta da autarquia para rentabilizar o setor na região são as viagens de catamaran entre o Funchal e Câmara de Lobos. Festas e romarias Até ao fim do ano o principal evento a ter lugar na região está relacionado com a celebração do Natal e o fim de ano. As propostas são diversas como revela o nosso entrevistado, “temos previstas algumas iniciativas para o final do ano, como a Aldeia Natal, no Curral das Freiras, uma vila pitoresca, no coração da Madeira, onde temos um presépio que é visitado em média por 50 mil pessoas. Vamos ter concertos no Museu de Imprensa-Madeira, teremos um mega bolo rei no dia 4 de janeiro. Antes, vamos ter ainda a Noite do Mercado que se realiza a 22 de dezembro”, revela o interlocutor. Durante o ano, à semelhança do que se passa em todo o Arquipélago da Madeira, o verão é repleto de festas e romarias por todo o concelho, sendo que a mais importante é a Festa de São Pedro, padroeiro dos pescadores, que se comemora em junho. Este ano foram cinco noites de música, gastronomia, animação, marchas populares e fogo de artifício. As festas foram organizadas pela Câmara Municipal de Câmara de Lobos com o patrocínio dos fornecedores do município. Futuro e economia Para além do turismo, o concelho de Câmara de

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Lobos vive da agricultura, onde a produção de vinho e banana desempenham um papel fundamental no desenvolvimento da economia local. O facto de serem um concelho jovem potencia o crescimento da economia, “somos o concelho mais jovem da Madeira, o quarto mais jovem do país, mais de 37 por cento da população tem menos de 25 anos. Mais de 50 por cento do Vinho Madeira é produzido em Câmara de Lobos”, evidencia o autarca Pedro Coelho. O futuro da região passa pelo desenvolvimento da cultura e educação sempre numa proximidade com os cidadãos, “o nosso programa eleitoral foi feito com base na auscultação. Ouvimos os professores, fizémos um plano para a educação. Ouvimos os comerciantes, fizémos o programa para a dinamização da economia local, reunimos com os agentes culturais, fizémos um plano de ação para a cultura, o nosso trabalho tem sido com base nesta auscultação e as nossas decisões são feitas com base naquilo que conhecemos no terreno. Mantemos uma grande proximidade com a população, dizendo que sim quando possível e não quando não é possível”, explica Pedro Coelho, presidente da autarquia de Câmara de Lobos. Se num passado recente a ilha da Madeira foi alvo de intervenções profundas ao nível das infraestruturas, no presente “o objetivo é fazer pequenas obras, em valor monetário, mas grandiosas porque melhoram a qualidade de vida da população”, esclarece. No entender do nosso entrevistado “o autarca do futuro é aquele que quatro anos depois terá de encontrar um concelho mais positivo, mais harmonioso, com níveis de escolarização superiores aos que tinha no início do mandato, temos apostado muito nessa vertente. Câmara de Lobos estava antigamente associada ao estigma e à exclusão social. Hoje está de cara lavada, as ruas estão arranjadas e limpas, é essa imagem que temos tentado passar para o exterior”, revela o presidente do município. O futuro de Câmara de Lobos passa por melhorar a qualidade de vida das populações através da aposta e dinamização da cultura, educação e economia, “onde o turismo e a educação serão os principais impulsionadores”, conclui Pedro Coelho, presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos.

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Redescobrir Porto Santo câmara municipal de porto santo A ilha de Porto Santo foi considerada um dos segredos mais bem guardados do Oceano Atlântico. Fomos à descoberta desta preciosidade, numa viagem encantadora, onde entrevistámos Filipe Menezes de Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Porto Santo.

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orto Santo tem muitos segredos para oferecer. O nosso slogan principal é precisamente ‘o segredo mais bem guardado’ porque a ilha é de facto uma pérola no meio do Atlântico que tem muito para redescobrir”. É desta forma que Filipe Menezes de Oliveira, presidente do município descreve e apresenta a ilha de Porto Santo. O executivo liderado pelo porto-santense assumiu funções há dois anos e já conseguiu colocar Porto Santo no mapa mundial, como um dos destinos turísticos mais atrativos da Europa. Quem for à ilha pode “desfrutar do mar, da praia, mas também da montanha. O mar é um recurso natural com uma baía acolhedora. Temos também a vertente do turismo de saúde e bem-estar, mergulho, percursos pedestres e desportos náuticos e, ainda, os navio cruzeiro”, revela o nosso interlocutor, acrescentando que nesta vertente “é preciso continuar a semear para colher frutos, num mercado que é de vital importância para revitalizar o comércio porto-santense”. O verão deste ano registou uma afluência de turistas sem precedentes o que demonstra que o papel desempenhado pela autarquia está a ter resultados. O autarca explica qual foi a estratégia delineada quando assumiu funções, “quando assumi o leme deste barco identificámos alguns eixos prioritários, um deles era diferenciar o produto, aquilo que temos para oferecer no Porto Santo, da marca Madeira. Somos um concelho que é uma ilha e uma ilha que é um concelho e, logo aí, começam as diferenças em relação aos outros municípios que fazem parte da Madeira. A insularidade traz constrangimentos onde os bens e serviços encarecem bastante. Assim, é de vital importância colocar o Porto Santo no mapa mundial não virando costas à Madeira. É com muito contentamento que verificámos que tivémos o melhor verão de sempre e caminhamos para atingir níveis altos no inverno”, destaca o autarca. Neste seguimento, Porto Santo está a atrair turistas estrangeiros oriundos, sobretudo, do norte da Europa, de países como Noruega, Dinamarca, Inglaterra, Alemanha e a até do sul, Itália. Todo este interesse pela ilha de Porto Santo “significa que temos de nos virar para o turismo, à semelhança de todo o país. É preciso servir e receber cada vez melhor, com mais qualidade e temos de dar formação aos agentes do setor, durante todo o ano, envolvendo as unidades filipe menezes de oliveira Presidente

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hoteleiras neste espírito de fazer mais e melhor. Tivémos o cuidado de acolher os nossos turistas, mostrando o que temos de melhor à chegada ao aeroporto, à semelhança dos nossos irmãos madeirenses, que sabem fazê-lo como ninguém”, evidencia o nosso interlocutor, acrescentando que “naquilo que for necessário, Porto Santo ir ao encontro da marca Madeira iremos, naquilo que não houver necessidade não entramos em atropelos”. O acréscimo de visitantes a Porto Santo mostra que “é um destino que está na moda, mas há muitos portugueses que ainda não visitaram a nossa ilha”, refere Filipe Menezes de Oliveira. No entanto, o desenvolvimento do turismo em Porto Santo apresenta ainda alguns desafios, devido “aos constrangimentos no setor dos transportes, daí a necessidade de reivindicar mais transportes, a preços mais acessíveis e, sobretudo ligações aéreas de Porto Santo para Lisboa e Porto. É preciso atrair mais companhias aéreas incluindo as low cost” explica o nosso entrevistado.

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Beleza natural da ilha A natureza torna Porto Santo um dos paraísos do Atlântico. Questionado sobre os perigos a que a ilha está exposta, o autarca porto-santense explica que “a ilha não pode continuar a ser estar isolada no meio do Atlântico, aliás Porto Santo tem uma posição geoestratégica muito importante, foi aqui que aportaram os primeiros descobridores portugueses João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, em 1418, e Cristóvão Colombo. Quando assumi este leme, o Porto Santo era uma ilha fantasma, estamos a sensibilizar as unidades hoteleiras para não pensarem só na maximização do lucro. Temos um exemplo que é o Vila Baleira, aproveitando os voos divergidos da ilha da Madeira. Temos que perceber onde queremos chegar, não queremos um turismo de massas, para não descaracterizar a ilha. Quem procura Porto Santo sabe que oferecemos segurança e tranquilidade, um destino onde a natureza nos invade”, evidencia. Num concelho onde residem cerca de 5483 habitantes, a natureza também


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é propícia ao turismo de investigação, uma componente que também representa uma mais-valia para a região “queremos despoletar aqui o turismo de investigação, virado para as aves, criar um geoparque. Temos também as areias que são terapêuticas e neste sentido é fundamental atrair as pessoas para esta vertente. Temos que criar pólos de investigação na ilha, temos esta riqueza mineral e, daí, a necessidade de implementar um geoparque. Consultámos vários especialistas, entre eles o professor Mário Caixão da Universidade de Lisboa, o professor João Batista, ligado desde sempre à Universidade de Aveiro, entre outros. Neste momento, já temos as conclusões desse estudo e já as remetemos ao Governo Regional”, revela o Filipe Menezes de Oliveira, presidente do município do Porto Santo. Cultura, tradições e gastronomia O mar permite que Porto Santo tenha uma riqueza gastronómica sem igual. Questionado sobre o que há a destacar, o nosso entrevistado não tem dúvidas de que “temos o melhor peixe do mundo, a melhor garoupa, o melhor bodião, o melhor charuteiro, badejo e cherne. Tudo o que há no Porto Santo, ao nível do mar e da terra, como tomates, alfaces, melões, melancias, uvas, batatas, tudo tem um sabor extraordinário. Temos o bolo do caco que, contrariamente àquilo que se faz parecer, não é originário da Madeira, mas sim de Porto Santo”, esclarece. O município faz questão de preservar as tradições e costumes da terra, exemplo disso, foram as festas do concelho “voltámos a dar um cariz tradicional à Festa de São João, espalhámos a festa por todos os pontos da ilha. Fizémos o mesmo com a Festa Colombo, em parceria com o Governo Regional”, explica o edil porto-santense.

Medidas e desafios do mandato A equipa liderada por Filipe Menezes de Oliveira tomou posse há dois anos, o autarca advogado de profissão revela que “sempre quis ser presidente de Câmara. Estou a advogar por causas mais nobres e por questões de interesse público. A ilha estava a ficar uma ilha fantasma, uma ilha perdida. Liquidámos a dívida, liquidámos o Programa de Apoio ao Endividamento Local e já merecemos elogios por parte da Direção-Geral das Autarquias Locais – DGAL. Fomos o primeiro município da Região Autónoma da Madeira a consegui-lo, decorridos dois anos”, revele o nosso interlocutor, acrescentando que esta poupança se deve ao que “imprimimos nos nossos atos de gestão”. O presente do concelho passa agora pelas “pequenas obras que irão representar grandes ações, através da valorização dos recursos naturais e patrimoniais, como os moinhos e as casas de salão, dotando os miradouros de melhores condições de acesso, como o miradouro da Fonte da Areia, um miradouro emblemático que está fechado há muito tempo, estamos aguardando novos pareceres, e que tem uma riqueza incalculável”, evidencia o nosso interlocutor. No que diz respeito à economia da região, o presidente da autarquia considera que “é importante aliviar a carga fiscal das famílias e das empresas captando investimento para a ilha, atraindo mais receita, mais atratividade, numa conjugação de fatores positivos que irão atrair mais pessoas à ilha. Apesar das contrariedades, o caminho é para a frente, sempre acreditei que era preciso fazer mais e melhor. Fiz questão de me rodear de uma boa equipa com objetivos bem definidos, isto não é fácil, mas estamos a caminhar num bom sentido”, esclarece o autarca.

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Projetando o futuro de Porto Santo Questionado sobre os desafios para os próximos anos, o entrevistado revele que vão “criar o plano estratégico de desenvolvimento, revitalizar o centro histórico da cidade, criar mais postos de trabalho, dinamizar a economia aproveitando, os fundos comunitários, ajudando também na ação social”. O autarca revela que é um presidente que gosta de estar próximo da população, mas nos últimos dois anos, tal não foi possível, porque teve de “passar muito tempo atrás da secretária, a tratar das burocracias, sobretudo devido à parte fiscal e financeira relacionadas com as questões de gestão. Agora, sinto necessidade de lidar mais de perto com a população. No fundo, a parte dura da gestão já está a ser cumprida, estamos a pagar as nossas obrigações. Os bons atos de gestão que imprimimos permitiram credibilizar a instituição perante os nossos parceiros e fornecedores”, revela. O futuro da ilha de Porto Santo passa por potenciar as mais-valias da região em termos turísticos, através da criação de

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mais postos de trabalho. O trabalho da atual autarquia está a dar frutos e, no entender do nosso interlocutor, “avizinham-se bons tempos, bons ventos. O Porto Santo está a despertar cada vez mais interesse na senda internacional. A principal marca é deixar a terra ir ao encontro da nossa identidade e tradição. No futuro, gostaria de ver um Porto Santo mais desenvolvido, com qualidade de vida, que atraia turistas portugueses, mas também outros oriundos sobretudo do norte da Europa. Pretendemos que as pessoas consigam desfrutar do que temos de bom, mas sem descaracterizar o património, atraindo a investigação e o mergulho. Porto Santo tem de estar virado para o desenvolvimento e conhecimento. Temos aqui muitos pontos de atração e é importante irmos ao encontro de uma agenda cultural para atrair cada vez mais pessoas à ilha, não só para desfrutar da praia, mas também para os turistas terem mais espaços de lazer e ocupação”, destaca o presidente da autarquia, Filipe Menezes de Oliveira.


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Caraterização geográfica de Porto Santo Situada em pleno Oceano Atlântico, Porto Santo dista 500 km de África, 900 km Sudoeste de Lisboa, 1.300 km dos Açores e somente a 50 km da Madeira, apresentando em relação a esta um enorme contraste paisagístico. Com 42,48 Km² de superfície, 11,4 de comprimento e 6 de largura, a ilha apresenta uma configuração pouco montanhosa. Ainda assim, as poucas elevações existentes são, sobretudo, mais notórias a norte do Porto Santo, com destaque para o Pico do Facho, cujo cume não excede os 517 metros. Ilha de rara beleza, o Porto Santo é, pelas peculiaridades paisagísticas que apresenta, um destino diferente dentro da Europa. A norte podemos respirar o ar puro da montanha, proporcionado pelo já extenso pinhal aí existente. Passear a pé por entre maravilhosas paisagens e usufruir da sua beleza agreste num ambiente verdadeiramente idílico é, sem dúvida, uma forma diferente de descobrir os encantos da natureza. Recentemente recuperadas, as veredas, quer pela segurança que oferecem, quer pela beleza a que acedem, constituem hoje os circuitos ideais para levar a cabo este tipo de caminhada. No que respeita à costa sul da ilha e, sobretudo, para os admiradores de atividades balneares, a paisagem é, toda ela, dominada pelo dourado dos 9 km de areias que fazem da praia do Porto Santo, seguramente, uma das mais belas da Europa.

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Terra de beleza e singularidade Câmara Municipal de Machico Uma baía em forma de meia-lua, um vale verdejante rodeado de altas montanhas, umas rochosas e escarpadas, outras luxuriantes de vegetação. Estes são apenas alguns dos motivos para uma visita inesquecível a Machico.

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ricardo franco Presidente

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grande potencial de Machico é realmente a sua paisagem, a sua geografia, o seu acidentado paisagístico e a sua história. Localizado na costa leste da ilha da Madeira, a aproximadamente 22 quilómetros do Funchal, este município tem um grande significado histórico. Foi aqui que desembarcaram Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, em 1419, quando descobriram a Madeira. Com base nesse facto histórico, este ano Machico passou a ter junto à Praia Amarela uma escultura evocativa desse acontecimento. “O Município considerou que essa referência e esse elemento arquitetónico deveriam existir. A escultura corporiza um marinheiro a levantar o padrão, uma peça bonita do escultor machiquense Alves Paixão”, revelou o presidente da Câmara Municipal de Machico, Ricardo Franco, Para o autarca, o grande potencial não só de Machico, mas de toda a Madeira é o turismo, desde logo pelo seu clima temperado mediterrânico, que a nível da Europa, é único, permitindo que durante todo o ano as pessoas possam deslocar-se à Madeira e aos seus vários concelhos e possam usufruir das paisagens, dos passeios pedestres, da serra e do mar. Machico tem um arco-íris de oferta em termos de atividades de lazer, a começar pelas caminhadas, isto


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porque tem percursos fantásticos, alguns deles bastante conhecidos e reconhecidos, como a Ponta de S. Lourenço, mas também muitas levadas, como por exemplo Levada do Caniçal, um percurso que conjuga as culturas e tradições da Ilha da Madeira com um misto de paisagens de mar e serra. Atualmente nota-se até que os próprios madeirenses estão a aderir às caminhadas e aos trails. Neste contexto, Ricardo Franco referenciou o MIUT – Madeira Island Ultra Trail, um evento que se realiza no mês de abril, atravessa a ilha de lés-a-lés, no sentido noroestesudeste, iniciando em Porto Moniz, ao nível do mar, com passagens pelos pontos mais altos da ilha para depois regressar novamente ao nível do mar, em Machico. “De ano para ano, tem ganho uma projeção muito grande, em 2014 contou com mais de 700 participantes e, este ano, praticamente dobrou o número de participantes. É uma prova obrigatória no circuito europeu, tendo sido integrada no restrito circuito do UTWT – “Ultra Trail World Tour”, desvendou o autarca, sublinhando que todas estas iniciativas são importantes para projetar Machico e a Madeira e para cativar cada vez mais visitantes. A oferta turística de Machico também passa pelo mar, cuja temperatura pode chegar aos 24 graus, assumindo-se como local ideal para a prática de mergulho, canoagem e surf. A praia de areia da Banda d’Além, também conhecida por Praia Amarela, na cidade de Machico é uma referência incontornável, que todos os anos, regista grande afluência de visitantes. “Importa dizer que se trata de uma praia com Bandeira de

Animação e cultura No campo da animação e cultura, Ricardo Franco salientou dois dos eventos mais emblemáticos de Machico, nomeadamente a Semana Gastronómica, um certame que tem como objetivo divulgar a gastronomia tradicional da região, particularmente, a do concelho de Machico e contribuir para a promoção socioeconómica e cultural da localidade. Durante a ‘Semana Gastronómica’ os visitantes poderão deliciar-se com as iguarias típicas do concelho de Machico e a assistir ao extenso programa de animação, contando ainda com sessões de cozinha ao vivo, festival de cocktails, corrida da bandeja, entre outros. Este evento conta anualmente com cerca de 150 a 200 mil visitantes. O Mercado Quinhentista de Machico é outro dos eventos emblemáticos, que se realiza desde 2005. “Este projeto que nasceu no seio da Escola Básica e Secundária de Machico, desde a primeira edição ganhou visibilidade e é hoje um sucesso, envolvendo toda a comunidade e instituições do concelho, que através da recriação histórica das vivências coletivas da capitania de Machico, nos primeiros anos de Quinhentos, pretende sensibilizar para a defesa da nossa identidade cultural, valorizando-a no contexto do património histórico português”. Destaque ainda para as mais importantes festividades no Concelho, designadamente os arraiais populares, bem como as festas religiosas, das quais se destacam a Festa do Santíssimo Sacramento, no último fim de semana de agosto, na cidade de Machico, a

Praia Acessível, que sinaliza uma infraestrutura adaptada a pessoas com mobilidade reduzida, dar melhores condições aos investidores, nomeadamente na zona história, com a recuperação de edifícios antigos, com o intuito de criar espaços de alojamento local e de hostels”, aludiu.

que esta associado a tradição dos Fachos, a celebração do Senhor dos Milagres, a 8 e 9 de outubro, com a impressionante procissão das velas e dos archotes, a Festa da Nossa Senhora da Piedade, em meados de Setembro, com a procissão marítima, na freguesia do Caniçal, e a Festa da Nossa Senhora da Guadalupe, na freguesia do Porto da Cruz, que se celebra a 15 de agosto.

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A natureza em todo o seu esplendor Câmara Municipal da Ribeira Brava O concelho da Ribeira Brava é um dos mais centrais da ilha da Madeira. É detentor de uma beleza natural ímpar, devido ao trajeto que se pode fazer até à Serra da Encumeada. As paisagens que se estendem até ao mar e os percursos das levadas são alguns dos pontos fortes que todos os dias atraem os turistas à região.

ricardo nascimento Presidente

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património histórico aliado à beleza paisagística da região fazem do concelho da Ribeira Brava um dos locais obrigatórios de visita na ilha da Madeira. A localização previligiada da vila favorece a região e quem a visita. O concelho tem cerca de 13 mil habitantes, distribuídos pelas freguesias de Ribeira Brava, Campanário, Serra de Água e Tabúa. Em entrevista ao presidente da Câmara Municipal da Ribeira Brava, Ricardo Nascimento explica que é uma vantagem para o concelho estar localizado “no centro da ilha. Estamos perto do Funchal, perto da Calheta e perto de São Vicente, na costa norte. O trabalho feito pelo Governo Regional nos últimos anos, em termos de vias de comunicação, permite uma maior facilidade nas deslocações, antes demorávamos uma hora de carro até ao Funchal, agora são 15 minutos. A Ribeira Brava é um local de paragem obrigatória. Temos turistas que vêm também por conta própria à procura de percursos pedonais diferentes”, evidencia o entrevistado. A oferta hoteleira aumentou na região fruto de investimentos privados que procuram dar resposta aos turistas. O maior aumento está a ser registado nas pequenas unidades de turismo local. Numa pequena descrição, onde são destacados os pontos de interesse do concelho, o autarca Ricardo Nascimento faz notar que “na Ribeira Brava temos algum património histórico e um grande património paisagístico. Vir à Madeira e não atravessar a Encumeada é como ir a Roma e não ver o Papa.

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É uma zona que atravessa a cordilheira central da ilha, o clima é fresco, mas com paisagens fenomenais. Temos alguns percursos de levadas, que atravessam o nosso concelho. Além disso, podem ser vistos pequenos núcleos habitacionais, onde se vê a ruralidade da nossa terra, falo do Espigão, da Furna, da Doceira do Murão, Terreiros e Lugar da Serra”. No que diz respeito à riqueza e património arquitetónico da região, o espaço onde está instalada a Câmara Municipal é por si só um monumento, o “edifício sede da autarquia é o Solar dos Herédias, casa do solar dos fundadores do concelho. Ribeira Brava é um dos mais recentes municípios do país, fez 100 anos, em 2014 e deve isto ao trabalho de Francisco Correia Herédia, que fez com que esta terra fosse elevada a concelho”, destaca Ricardo Nascimento, presidente da autarquia. Para além do Solar dos Herédia, existe também a Igreja Matriz, que data dos finais do século XV, a Igreja de São Brás, no Campanário, a Igreja de Tabúa e a Igreja de Serra de Água. Podem também ser visitados na região “o Museu Etnográfico da Madeira, que era um antigo Convento Franciscano, do século XVIII e o Forte, que é neste momento, o ponto de informação turística”, destaca o interlocutor. Depois de uma visita pelo concelho, é possível também dar um mergulho numa das praias da Ribeira Brava “temos três praias de referência, uma no centro da Ribeira Brava, galardoada com Bandeira Azul e com estatuto de Praia Acessível. Há também uma pequena praia no Campanário, na


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zona do Calhau da Lapa, onde o acesso só se faz de barco ou por uma vereda pedonal. Por fim, temos uma praia na Fajã dos Padres, uma zona turística em que o acesso só é possível de barco ou de teleférico”, revela Ricardo Nascimento. Ao nível da gastronomia, Ribeira Brava tem também para oferecer a deliciosa espetada em pau de louro, a carne em vinho de alhos, muito típica do Natal e do Ano Novo e ainda a poncha. “Uma das zonas onde se vende muito esta bebida é na Serra de Água, é uma poncha diferente da de Câmara de Lobos”, refere o entrevistado. Ainda a este nível há a destacar o bolo preto ou bolo da noiva, que antigamente era um das ofertas que os noivos davam aos convidados, existem ainda várias sopas, onde importa salientar a sopa de trigo. Tradições e eventos É nesta região que se realiza um dos maiores arraiais da Madeira, “o São Pedro é maior arraial tradicional. Vem gente de toda a ilha para estas celebrações. Temos também as Festas do Senhor, que se realizam em junho, julho e agosto e onde são feitos tapetes de flores que enfeitam as ruas principais de todas as freguesias. As pessoas trabalham uma semana inteira nos tapetes de flores, para a Festa do Senhor, sobretudo na Ribeira Brava e no Campanário”, destaca o édil. Economia e futuro do concelho As atividades económicas que dominam na região estão sobretudo relacionadas com o setor terciário. A agricultura também tem alguma expressão com as plantações de bananas, cana de açúcar, batata e vários produtos hortícolas, como a castanha nas zonas mais altas. A crise económica também afetou a região, sobretudo no setor da construção civil. Símbolo da inovação, é na Ribeira Brava que está sediada “uma das principais empresas do país que vende tecnologia, a ACIN iCloud Solutions, o grande empregador do concelho”, refere o autarca Ricardo Nascimento. O município faz questão de apoiar as famílias e este ano ofereceram “pela primeira vez os manuais escolares aos alunos do primeiro ciclo. Apoiamos os alunos que estão na universidade, trabalhamos em parceria com associações de cariz social, aprovámos a criação do cartão do idoso e aprovámos a medida do IMI familiar”, revela o interlocutor. Questionado sobre os desafios e projetos de futuro para a região, o autarca revela que passam por “revitalizar o concelho em termos empresariais e económicos, criando mais postos de trabalho”. Um outro projeto de futuro ligado ao turismo passa pela “georeferenciação”. Em jeito de convite, o presidente da autarquia refere que a Ribeira Brava “é uma terra linda, de pessoas acolhedoras, que vai do mar à serra, com muito para oferecer aos seus vistantes”, conclui Ricardo Nascimento.

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Reserva Mundial da Biosfera e não só Câmara Municipal de Santana Situada na costa norte da ilha da Madeira, Santana tem as casas típicas, o mar e a serra. É neste concelho que podemos encontrar o ponto mais alto da ilha, o Pico Ruivo. Fomos conhecer a região considerada, há quatro anos pela UNESCO, como Reserva Mundial da Biosfera.

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teófilo cunha Presidente

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concelho de Santana é composto por seis freguesias: São Roque do Faial, Faial, Santana, Ilha, São Jorge e Arco de São Jorge. Foi elevado a Muncípio em 1832 e dele faz parte “uma das freguesias mais antigas da costa norte da Madeira, que fez agora 500 anos, a freguesia de São Jorge”, revela em entrevista Teófilo Cunha, presidente da Câmara Municipal de Santana. Em termos de extensão, é o segundo maior da ilha com 94 km2 e 7.700 habitantes. As atrações turísticas estão relacionadas, sobretudo, com a oferta da natureza, “do mar à serra, há de tudo para visitar. Quem visita Santana tem uma panóplia de escolhas, temos a Reserva Natural Marítima que é a Rocha do Navio, na costa, que se pode visitar via teleférico ou a pé por uma vereda. Na serra, há o ponto mais alto da Madeira, o Pico Ruivo, com 1862 metros de altitude. O mar é aprazível para se fazer praia, mas só na altura do verão, essencialmente, em três freguesias, Faial, São Jorge e Arco de São Jorge”, explica o nosso interlocutor. Sem dúvida que o turismo de natureza é a principal atração do concelho, como destaca o autarca Teófilo Cunha “somos muito procurados por causa dos percursos pedonais, os caminhos antigos, apelidados de caminhos reais. Somos detentores de um dos núcleos de caminhos reais mais intactos de toda a ilha, principalmente entre a freguesia de Santana e São Jorge. É um património que queremos recuperar e preservar. Há ainda a destacar as levadas, que são das mais conhecidas da Madeira, a Levada do Caldeirão Verde, a Levada do Caldeirão do Inferno e a Levada do Rei, estes são percursos que se podem fazer a pé e demoram entre uma a três horas”. Ainda nesta perspetiva ligada à riqueza natural do concelho, Santana tem “o Maciço Rochoso Central com 8.200 hectares, a Floresta


REVISTA BUSINESS PORTUGAL MADEIRA: BELEZA NATURAL Laurissilva com 15.000 hectares, Património Natural Mundial da Unesco desde 1999 onde predominam as lauráceas e está maioritariamente incluída no Parque Natural da Madeira, criado em 1982, para salvaguardar este e outros preciosos patrimónios naturais da Região Autónoma. No fundo, para quem gosta da envolvência com a natureza a região tem muito para oferecer”, remata o edil de Santana. Apesar de toda a diversidade natural, quando se chega a Santana percebemos que é neste concelho que está a principal imagem da Madeira, “a nossa imagem de marca e imagem de marca da Madeira são as casas típicas de Santana. Temos apoiado a recuperação deste património, e nestes dois primeiros anos do nosso mandato já recuperamos 11 casas”, destaca o entrevistado, evidenciando a importância que estes aglomerados representam para a região, atraindo todos os dias centenas de turistas. “Em termos de património edificado, temos as casas típicas de Santana de duas águas, as de São Jorge, diferentes, porque são de quatro águas e ainda a Igreja Matriz de São Jorge, com 250 anos, considerada uma das três mais bonitas da Madeira, tem um barroco tardio, com um enorme valor patrimonial, arquitetónico e religioso”, revela Teófilo Cunha, presidente da autarquia. Eventos, tradições e gastronomia A região apresenta uma gastronomia rica sobretudo em peixe com várias sugestões “o polvo, polvo de escabeche, atum de escabeche, bife de atum frito, peixe espada preto, milho cozido, milho frito e o pão de Santana. Aliás, o milho faz parte dos pratos típicos da Madeira, grande parte deste milho é produzido em Santana. Temos a espetada em pau de louro e a carne da noite, carne de porco confecionada depois da matança do porco, tradição que resiste mas, já teve mais expressão no concelho”, explica Teófilo Cunha. É neste sentido, que todos os anos, a autarquia organiza a Festa Gastronómica, “que se se realiza há mais de uma década, onde são convidados os restaurantes do município, que ficam circunscritos aos Paços do Município. Há uma regra que têm de seguir que é apresentar e confecionar o máximo de pratos típicos do município e vista panorâmica do miradouro do pico

iguarias típicas da ilha da Madeira”, refere o autarca. À semelhança do que acontece em todo o país, o concelho de Santana também celebra, entre os meses de junho a setembro, as festas religiosas nas várias paróquias e localidades da região. Fora desta época, o evento que tem mais importância é a Festa dos Compadres, que se realiza sempre no fim de semana antes do Carnaval da Madeira, é o momento que marca a “abertura do Carnaval madeirense, é uma tradição antiga que envolve, essencialmente, a sátira entre compadres e comadres durante duas semanas, uma dedicada às mulheres e outra aos homens. Durante estas semanas, são chamadas à ordem do dia, aquilo que foi acontecendo ao longo do ano em cada freguesia ou sítio. No final, fazemos um festival carnavalesco etnográfico, um cortejo onde as pessoas se vestem à moda antiga e desfilam em carros alegóricos alusivos a um determinado tema. A festa termina com o julgamento do compadre e da comadre, o ponto alto da festa”, revela o nosso entrevistado, salientando a importância e o relevo que as tradições de Carnaval representam na região, na área dos desportos radicais que, também são uma aposta deste executivo, destacamos um, ‘Ultra Sky Marathon Madeira’, “prova de Trail que se realiza em junho no nosso concelho, com desníveis na ordem dos 4 mil metros acumulados e que podemos informar desde já, e em primeira mão, e com enorme satisfação, que para o ano esta prova fará parte do circuito mundial da modalidade”. Em jeito de convite, a natureza, o património, as tradições, gastronomia e os desportos radicais são mais do que motivos suficientes para visitar “Santana, um destino a não perder”, conclui Teófilo Cunha, presidente da Câmara Municipal.

casa típica da madeira

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O PARCEIRO IDEAL CASTELOGEST A CASTELOGEST atua na área da gestão de condomínios desde 1997. Com sede na cidade do Funchal, ilha da Madeira, orgulha-se de estar no mercado há 18 anos: porque a qualidade de um condomínio também depende da excelência do seu administrador.

Como surgiu a CASTELOGEST e quais os principais valores pelo qual o seu trabalho se rege? Constituída em 1997, A CASTELOGEST começou com uma modesta carteira de clientes, tendo hoje uma forte e vincada presença no mercado, com uma evolução extraordinariamente positiva, progressiva e regular. A CASTELOGEST rege-se por princípios de ética empresarial, liderança, transparência, rigor orçamental dos condomínios que administra e informação regular da situação das contas, bem como na qualidade dos seus serviços. Com mais de 3.500 clientes/ condóminos, tem como principal ‘chave’ do seu sucesso a satisfação e fidelização dos seus clientes. Quais as principais dificuldades que o setor atravessa? O setor atravessa várias dificuldades. A primeira assenta no facto de a atividade não estar ainda regulamentada. E isso permite que qualquer um se possa considerar apto para administrar condomínios. E daí haver vários e importantes riscos para os condóminos. Sobretudo a partir dos anos 90 houve um aumento desmesurado de empresas

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e candidatos, o que fez que, rapidamente, este sector de actividade caísse em total descrédito, por violação da confiança que a natureza dos serviços prestados exige aos consumidores, quer por fraude, quer por incumprimento das funções que são inerentes ao administrador do condomínio. No espeto de administração de condomínios, atualmente, há mais dificuldades na cobrança das quotas. A crise teve consequências também a este nível. A cobrança das quotas torna-se mais difícil. Isto acarreta sobrecarga de trabalho e custos adicionais. A CASTELOGEST tem sido há vários anos membro dos corpos diretivos da APEGAC (Associação Portuguesa das Empresas de Gestão e Administração de Condomínios) que tem lutado pela publicação da legislação que regulamente a atividade de administração de condomínios e na qual uma normas que se sugere é uma coisa tão simples como obrigar à apresentação de uma certidão de dívida ou não dívida, a emitir pelo administrador do condomínio, sempre que uma fração de um prédio sob o regime de propriedade horizontal é transmitida a terceiro. Desta forma, existindo dívida, ela transmitir-se-ia sempre para o adquirente, como acontece noutros países, como é exemplo a vizinha Espanha.


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empresas e atividades parcerias, com o objetivo de conseguir economias importantes para os condóminos dos prédios que administra, ao recorrerem a esses serviços. E um fator muito importante: seguro de responsabilidade civil profissional, que a CASTELOGEST subscreveu em 2008, para cobertura de eventuais danos que possam ocorrer ao condomínio por atuação negligente ou com dolo da administração, no exercício da sua atividade.

Porquê optar por uma administração profissional? Cabe ao administrador a gestão jurídica, financeira, de manutenção e segurança, de seguros e administrativa

administrador destas responsabilidades. O recurso da administração do condomínio a uma empresa profissional e, sobretudo, competente e cumpridora, na prática, resultará em poupanças e mais-valias para o condomínio (segundo opinião do presidente da Apegac). Do que destacamos os seguintes pontos: * Maior capacidade negocial junto dos prestadores de serviços dos condomínios (empresas de elevadores, de jardinagem, de limpeza, obras, etc.) * Maior capacidade técnica para prestar serviços específicos para os condomínios. * Conhecimento de legislação e aconselhamento para práticas adequadas, como constituição do fundo comum de reserva, seguro do prédio, cobrança de quotas, etc. * Melhor gestão das contas bancárias sem despesas para os condomínios atendendo ao número de contas e ao elevado valor global em causa). * Conhecimento aprofundado sobre elaboração de

dos condomínios. À administração do condomínio (órgão executivo) compete ainda executar as deliberações da assembleia (órgão deliberativo). O administrador é também o responsável pelo cumprimento da legislação quanto a inspeções obrigatórias. O exercício não profissional da atividade de administração de condomínio não isenta o

processos de obras. * Aconselhamento de formas de poupança, como temporização da luz das partes comuns, periodicidade da limpeza e jardinagem, tipo de contrato a celebrar com as empresas de elevadores de acordo com a sua antiguidade, etc. A CASTELOGEST tem também negociado com várias

líder inova e desenvolve. Enquanto um gestor competente produz bons resultados, um líder produz bons resultado de forma sustentável, mesmo em contraciclo.

Manuel gonçalves Administrador

Quais são os objetivos e projetos de futuro para a Castelogest? Os objetivos da CASTELOGEST são servir o cliente, manter a consolidação da sua posição no mercado e, sobretudo, criar mais-valias para os prédios que administra, através de uma gestão e manutenção eficazes e obter solidez financeira dos condomínios. Quando referimos o princípio de liderança queremos afirmar que um gestor competente gere/administra, um

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portugal, um mercado estratégico

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Danosa, especialista no fabrico e comercialização de produtos e sistemas para uma construção sustentável, inaugurou no dia 29 de outubro, a Danosa Portugal, em Leiria, instalações que a tornam líder no isolamento térmico e na impermeabilização dentro do mercado português. A cerimónia de inauguração reuniu cerca de 300 profissionais da construção e contou com a presença de Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria. O aumento de pedidos de poliestireno (XPS) dentro do mercado ibérico, originou a compra, no ano passado, da Eurofoam Portugal, empresa dedicada à fabricação de produtos de isolamento térmico. Estas instalações e as de Tudela, permitiram à Danosa, triplicar a sua capacidade de produção. O conselheiro geral da Danosa, Manuel del Río explicou que “a aquisição


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inauguração da danosa em portugal

da Eurofoam Portugal reforçou a nossa posição, quando se fala de liderança em Portugal e na Europa, possibilitando que a maior parte da nossa faturação seja proveniente de fora de Espanha. Neste sentido, esta compra supõe um grande passo no processo de internacionalização que temos vindo a desenvolver há muito tempo, onde o mercado luso é fundamental devido ao seu potencial de crescimento”. Saiba mais nas próximas páginas sobre este investimwento e os seus parceiros.

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A atração de investimento como âncora de desenvolvimento município de leiria Apoiar a criação de emprego e atrair investimento para o concelho tem sido um dos grandes objetivos do executivo presidido por Raul Castro na Câmara Municipal de Leiria. O autarca entendeu que a vitalidade e o empreendedorismo dos agentes económicos locais e a sua capacidade para gerar riqueza e emprego, constituem fatores decisivos para a afirmação de Leiria no contexto nacional.

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concelho de Leiria foi a localização estratégica escolhida pela empresa espanhola Danosa para continuar o seu processo de internacionalização. A inauguração decorreu no dia 29 de outubro e contou com a presença de

Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria. À margem do evento, a Revista Business Portugal falou com o autarca, que considerou uma honra e um privilégio receber a instalação de novas empresas do concelho. “É um orgulho poder estar nesta inauguração, na medida em que se assiste à consolidação de uma estratégia da Danosa, ao instalar-se em Portugal, especialmente em Leiria”, referiu o presidente da Câmara Municipal, salientando o número de postos de trabalho que são criados com este investimento. Raul Castro entendeu que o desenvolvimento não é plausível sem as pessoas e, se falarmos em pessoas, temos necessariamente que falar em postos de trabalhos, empresários e empresas. Por conseguinte, tem feito parte da estratégia da edilidade “acarinhar” a instalação de novas empresas no concelho, uma vez que estas desempenham um papel muito importante para que Leiria continue a afirmar-se no panorama nacional e seja uma referência em vários segmentos. “Hoje, podemos dizer orgulhosamente que Leiria, face ao seu tecido empresarial, consegue garantir uma taxa de desemprego bastante reduzida, abaixo da média nacional”, revelou, reiterando que o concelho oferece qualidade de vida, boas respostas na esfera da saúde e da educação e boas oportunidades em termos de empregabilidade. Por outro lado, Raul Castro destacou a localização estratégica do concelho, com excelentes acessibilidades, que permite chegar, de uma forma célere, aos principais mercados. O Instituto Superior Politécnico de Leiria, como instituição de ensino de referência, foi igualmente apontado pelo autarca como uma vantagem competitiva do concelho para os empresários e empresas. Estão portanto reunidas as condições para que Leiria seja uma boa solução para investir e viver. “Um olhar atento ao tecido empresarial e a captação de investimento têm sido pontos de honra na estratégia deste município, desde o primeiro minuto, por isso temos vindo a criar estratégias e sinergias que sirvam de âncora para que, cada vez mais empresas queiram investir em Leiria”, sublinhou o autarca.

raul castro Presidente

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Estratégias e dinâmicas concertadas Raul Castro confessou que a herança deixada pelo anterior executivo não foi “muito famosa”, por isso foi necessário proceder a uma revolução e iniciar um novo projeto de desenvolvimento e afirmação para o concelho de Leiria. É portanto com orgulho que o autarca referiu que menor despesa com pessoal, maior investimento, pagamentos quase a pronto e eficiência financeira são alguns dos indicadores que colocam o Município de Leiria no topo do ranking nacional


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das autarquias de grande dimensão, segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses. Apesar das dinâmicas autárquicas preconizadas, no decorrer do mandato, Raul Castro considera que há ainda um longo caminho a percorrer para alcançar uma maior valorização e afirmação do concelho. “Queremos atrair cada vez mais visitantes a Leiria”, disse o autarca, salientando que de acordo com um estudo efetuado pela consultora internacional “Bloom Consulting”, Leiria assume-se como a terceira cidade para viver em Portugal. E a melhor na Região Centro, uma qualificação que deve orgulhar os Leirienses e as pessoas que vivem em Leiria. Por sua vez, no contexto dos negócios, Leiria pode também afirmar-se como um dos principais concelhos, ocupando a nível nacional a sexta posição, o que demonstra a vitalidade e o empreendedorismo dos seus agentes económicos e a sua capacidade para gerar riqueza e emprego, fator também decisivo para a afirmação de Leiria. Ao nível do Turismo, Leiria continua a incrementar os seus fatores de atratividade, potenciando a atividade turística e os recursos endógenos junto dos visitantes nacionais e internacionais, com o desiderato de tornar Leiria um destino apetecível. “Queremos alavancar o concelho e a região”, até porque Raul Castro acumula as funções de presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), cuja atuação visa o desenvolvimento integrado e sustentável de projetos e atividades de interesse comum aos municípios, contribuindo para a competitividade, coesão e economia de escala das intervenções do território. Neste contexto, o autarca deu nota da importância e das vantagens da abertura ao tráfego civil da base aérea de Monte Real, uma vez que constituiria “uma âncora muito forte que iria revolucionar esta região”.

Visão estratégica Raul Castro, presidente da Câmara Municipal de Leiria, deu conta que os objetivos estratégicos assumidos para o concelho consistem na promoção do desenvolvimento económico e social, na garantia das infraestruturas básicas para a melhoria da qualidade de vida dos munícipes e na aposta no turismo e na animação cultural como factor de afirmação de Leiria.

o presidente, raul castro, na inauguração da danosa em portugal

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Uma filosofia de proximidade União de Freguesias de Marrazes e Barosa A comandar os destinos da União de Freguesias de Marrazes e Barosa pelo segundo mandato está Isabel Afonso, que assumiu a autarquia com verdadeiro espírito de missão e com uma vontade positiva de servir a freguesia e a sua população, tendo em conta que é uma mulher de convicções e de causas, de princípios e valores, de trabalho e de diálogo.

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isabel afonso Presidente

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cumprir o segundo mandato à frente dos destinos da União de Freguesias de Marrazes e Barosa, Isabel Afonso assumiu o seu papel movida pelo entusiasmo de poder devolver à sua freguesia a dignidade e notoriedade de outros tempos, o que se traduziu numa forte vontade de ver os problemas resolvidos e de imprimir uma política autárquica de proximidade. “Escolhi uma equipa coesa, com experiências de vida diversas e que pudesse encaixar soluções para a freguesia, para fazer, de uma vez por todas, o que nunca foi feito. Que a Marrazes fosse devolvida a dignidade e importância de grande centro urbano e prolongamento da cidade de Leiria”, revelou. Isabel Afonso entende que o tempo ideal para estar na liderança de uma junta de freguesia são duas legislaturas, ou seja, a primeira para perceber as necessidades e criar dinâmicas e a segunda para consolidar a visão estratégica. Neste contexto, referiu que o seu grupo de trabalho visa servir a freguesia e os interesses dos seus habitantes, sendo este a grande máxima que tem norteado o trabalho do executivo.

Volvidos seis anos da sua entrada na junta de freguesia, Isabel Afonso considera que a primeira grande medida adotada foi ligar as pessoas em termos afetivos. “Quando chegámos à junta, percebemos que entre trabalhadores havia disputas e mal entendidos, e não existia um espirito de comunhão entre todos”, salientou, acrescentando que o primeiro passo foi criar um espírito de união assente no respeito, diálogo e entreajuda. Se falarmos em obra física, o Lar de Terceira Idade da AMITEI (Associação de Solidariedade Social de Marrazes) representa, indubitavelmente, um grande orgulho para a freguesia. A obra foi concluída dois anos depois do previsto, uma vez que esteve parada durante muito tempo e teve uma derrapagem financeira bastante alta, no entanto a reestruturação da obra, permitiu disponibilizar à freguesia uma resposta social de grande importância. Na esfera social, a presidente da junta de freguesia salientou ainda o apoio às instituições e coletividades, a Feira Social de Marrazes que vai na 4.ª edição e que irá estender à Barosa, sendo a 1.ª edição a 12 de dezembro de 2015, o Festival de Folclore, uma parceria


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com o Rancho da Região de Leiria, a disponibilização de cabazes de natal, a realização do passeio anual da freguesia, um conjunto de dinâmicas que promovem o convívio e a socialização entre todos. A união faz a força A agregação das freguesias de Marrazes e Barosa foi muito difícil, e segundo Isabel Afonso, causou muita dor, sobretudo aos habitantes da Barosa, mas “tudo temos feito e estamos a fazer para que se perceba que estamos a falar de um todo. A união faz a força. A união vem da vontade de querer fazer. A coesão está a fazerse e vamos conseguindo esse estar de mãos dadas”. Uma freguesia com indústria Marrazes e Barosa é uma freguesia urbana com alguns apontamentos de ruralidade saudável, onde a indústria tem uma predominância muito forte, desde logo com a Zona Industrial da Cova das Faias, do Casal do Cego e Gândara dos Olivais, e na zona da Barosa, existem também dois polos industriais. “Estes espaços trazem riqueza, postos de trabalho e projeção ao nosso território”, destaca Isabel Afonso. “É muito gratificante perceber quão apelativa é esta

zona do país, perceber que nestas imediações temos as melhores condições para este desenvolvimento industrial”, salientou a autarca, sublinhando a felicidade sentida pelo executivo pela instalação na sua freguesia de empresas de referência, como é o caso da Danosa. “A freguesia acolhe, mas também é projetada para fora de portas, não só a freguesia, mas também o próprio concelho de Leiria”, entendeu. Na sua ótica, uma das vantagens competitivas deste território para a atração de investimento e instalação de novas empresas prende-se coma localização estratégica, no coração de grandes acessibilidades, que colocam a freguesia e o concelho, muito perto dos grandes centros urbanos a norte e a sul. Valorizar e afirmar a freguesia Isabel Afonso confessou que a liderança da junta de freguesia é vivida com amor e entusiasmo, por isso mostrou-se otimista em relação ao futuro, desde logo porque, finalmente, foi anunciado pela atual Câmara Municipal de Leiria, o tão esperado Centro Educativo de Marrazes, bem como os melhoramentos urbanísticos no Bairro Social Dr. Francisco Sá Carneiro e a criação de um espaço de desporto para beneficiar as vivências dos

seus habitantes. Por outro lado, Isabel Afonso referiu a aposta em devolver a Mata de Marrazes à freguesia e à cidade de Leiria, acrescentando que a autarquia conseguiu adquirir a antiga carreira de tiro e o objetivo é reflorestá-la. “Outra das nossas preocupações é mexer nas malhas urbanas apertadas dos aglomerados de Gândara dos Olivais, Marinheiros e Marrazes”, salientou. Isabel Afonso lembrou ainda que um dos sonhos que ainda não saiu do papel é o Centro Cultural de Marrazes, que visa instalar o Museu Escolar de Marrazes, que possui um considerável espólio e acervo museológico, além de um auditório e uma escola de música. Esta última, a fim de colmatar as necessidades da Filarmónica de S. Tiago de Marrazes. A finalizar, a autarca deixou uma palavra de apoio e esperança, prometendo continuar a lutar com sensibilidade e competência para uma maior valorização e afirmação da sua freguesia.

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Dedicação, confiança competência profissional A Bloqueira de Vermoim A Bloqueira de Vermoim é uma empresa carismática que tem percorrido um percurso de afirmação empresarial, granjeando bons resultados. A Revista Business Portugal quis saber quais os fatores que distinguem a empresa num mercado tão competitivo como o atual e dar a conhecer o seu contributo no desenvolvimento e na criação de valor no contexto nacional.

juosé carvalho, mário carvalho e anselmo carvalho Administração

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ituada no concelho de Vila Nova de Famalicão, a Bloqueira de Vermoim é uma empresa de cariz marcadamente familiar que iniciou a sua atividade pelas mãos de Manuel Alves Carvalho e Engrácia Dias de Abreu, um casal sonhador e trabalhador, que realizou um dos seus sonhos ao fundar uma pequena empresa à qual colocou o nome individual Manuel Alves de Carvalho. Um percurso de trabalho e dedicação que levou à criação da Bloqueira de Vermoim, em 1994, sendo nos dias de hoje, uma referência empresarial do nosso país.

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Como resultado da visão e experiência do sócio fundador Manuel Alves de Carvalho e os seus herdeiros, a empresa têm-se evidenciado no setor da comercialização de materiais de construção civil e alcançado bons resultados. José Carvalho, um dos filhos do fundador da empresa, revelou em entrevista que, juntamente com o seu irmão, Anselmo Carvalho, que cresceram no seio da empresa e, naturalmente, acabaram por ir trabalhar e dar o seu contributo para o desenvolvimento da Bloqueira de Vermoim.

Com novas instalações desde 2005, a empresa está vocacionada para a venda por grosso de materiais de construção, atuando de norte a sul do país. José Carvalho deu nota de que, depois de uma fase menos positiva da construção, surgiu o novo paradigma da reabilitação, o que levou a empresa a diversificar a gama de produtos que disponibiliza. Sempre com o intuito de estar um passo à frente do seu tempo, salvaguardando igualmente o seu posicionamento estratégico no mercado, a Bloqueira de Vermoim pretende agora iniciar uma nova fase no


REVISTA BUSINESS PORTUGAL PORTUGAL, UM MERCADO ESTRATÉGICO seu desenvolvimento com a abertura, em 2016, de um espaço de venda ao público mais vocacionado ao cliente particular. “Não queremos estar direcionados apenas para um mercado, por isso criámos alternativas de desenvolvimento, com investimentos para consolidar a posição da empresa no mercado”, revela. Parceiros de referência Esta PME Excelência tem estabelecido ao longo do seu percurso um vasto conjunto de parcerias de referência, nomeadamente com a Danosa, Secil Cimentos, Telhas CT-Cobert, Telhas Margon, Secil Martingança, Rações Provimi, Tintas Sotinco e Fibroplac & Falper. Na sequência da inauguração da nova fábrica da Danosa, em Leiria, José Carvalho salientou que este grupo espanhol fabrica uma grande variedade de materiais e a Bloqueira de Vermoim estabeleceu esta parceria com o intuito de ambas as empresas crescerem juntas. “O crescimento da Danosa pode servir de âncora para o crescimento da nossa empresa”, destacou, acrescentando que a Bloqueira de Vermoim pretende criar parcerias e sinergias com empresas que queiram promover o desenvolvimento mútuo. O segredo do sucesso O responsável da Bloqueira de Vermoim considerou que o trabalho e a qualidade imprimida são fatores

de sucesso. Desde o seu início que a empresa tem procurado, sempre e como princípio fundamental, a obtenção dos mais altos níveis de qualidade dos seus produtos e serviços. A qualidade é uma opção estratégica que desde o início da sua atividade tem ajudado a consolidar todos os processos e a estrutura organizacional, funcionando como catalisador para que a empresa continue a evoluir. A equipa de trabalho da Bloqueira de Vermoim, composta por dez profissionais dedicados, é outro dos segredos do sucesso da empresa. Em termos de futuro, José Carvalho e Anselmo Carvalho estão preparados para mudar com o mercado. Para tal, pretendem ganhar raízes e experiência empresarial, para continuar o rumo de crescimento e desenvolvimento da empresa que nasceu pela mão de Manuel Alves Carvalho. A consolidação da empresa passará por um novo espaço de venda dedicado ao cliente em particular e, a longo prazo, “queremos abrir pequenos espaços noutras localidades para ir ao encontro das necessidades do pequeno cliente. Pretendemos através do conhecimento e de visão de negócio, propor aos nossos clientes produtos, serviços e soluções adaptadas às atuais e futuras tendências de mercado”, remata José Carvalho.

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Um percurso de sucesso e visão estratégica isolar Com 18 anos de história empresarial, a ISOLAR tem conseguido marcar a diferença num mercado que se assume, cada vez mais competitivo, através dos pressupostos de inovação, qualidade e profissionalismo. Com uma filosofia vanguardista, assume-se como uma referência no sector onde gravita, espelhando um percurso de sucesso e visão estratégica.

paulo cabral Administrador

C

riada em 1998, a ISOLAR nasceu com o objetivo de colmatar uma lacuna que existia em Portugal, no segmento da distribuição de

materiais de isolamento térmico e acústico. O desafio de Paulo Cabral, administrador da ISOLAR, foi criar uma empresa que, para além de vender um determinado produto, tivesse uma gama o mais abrangente possível de produtos. As primeiras instalações estavam localizadas em São João da Talha e a esfera de atuação geográfica centrava-

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se na Área Metropolitana de Lisboa. No entanto, volvidos poucos meses da criação da empresa, começaram a surgir solicitações comerciais de todo o país e surgiu a necessidade de crescer em termos de infraestruturas. Até que em 2007, com uma posição consolidada no mercado e com um volume de faturação a rondar os seis milhões de euros, a ISOLAR apostou na aquisição de novas instalações entre Porto Alto e Benavente, uma localização estratégica, no coração das grandes acessibilidades. “A nossa vinda para estas instalações teve muito a ver a necessidade que tínhamos para responder aos clientes e estar numa zona mais central”, sublinhou Paulo Cabral. A ISOLAR tem como sua principal vocação a distribuição e o apoio aos revendedores de materiais de construção, atuando de norte a sul do país, assumindo-se como uma referência no sector onde se insere. “Começámos por comercializar materiais para isolamento, mas cedo começámos a criar parcerias com algumas empresas, expandindo a nossa gama de produtos para outras áreas como a cofragem, drenagem, caixas para estores e o gesso cartonado”, revelou, acrescentando que a empresa distribui marcas conceituadas e líderes de mercado como a ROCKWOOL, FIBROPLAC, SEMIN, FIXOLITE, DANOSA e, em exclusivo para o nosso país os produtos – MURALI (cornijas plastificadas e os tubos de cofragem). No caso da DANOSA, Paulo Cabral entendeu que se trata de uma empresa de referência em Portugal, que desenvolve produtos inovadores na área do isolamento térmico e acústico e um parceiro de futuro.

Valorizando o passado, vivendo o presente e pensando no futuro, a ISOLAR pretende continuar a adotar uma filosofia vanguardista, tendo como linhas orientadoras para a prossecução dos seus objetivos, a apresentação de soluções de qualidade e o profissionalismo dos seus colaboradores. Projetos para futuro Em entrevista à Revista Business Portugal, Paulo Cabral revelou que a empresa apresenta um volume de faturação de cerca de quatro milhões de euros anuais e tem diversos projetos em carteira, nomeadamente, a criação de uma fábrica de EPS. Pese embora, a ISOLAR tenha capacidade e capitais próprios para levar estes projetos avante, Paulo Cabral salienta que a empresa se encontra numa fase de avaliação e estratégia para o desenvolvimento desta organização. “Em 2016, vamos consolidar a área da reciclagem dos produtos de construção, sempre com uma finalidade para comércio para incorporar nos pavimentos, mas a nossa perspetiva é criar um departamento ou até mesmo uma empresa nesta área de atuação, porque há muito potencial de crescimento, visando a reciclagem para criação de novo produto”, avançou o administrador, reiterando que a ISOLAR sempre soube o que queria e todos os passos foram dados com muita cautela e estratégia rumo à afirmação e valorização empresarial.



ação social

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esta edição vamos conhecer algumas das instituições portuguesas que desempenham um sério e importante trabalho voltado para a ação social. Entidades que funcionam em prol do outro, no sentido de atender às carências existentes nas comunidades que estão inseridas. As IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) e as Santas Casas de Misericórdias são algumas dessas instituições. Estas são organismos sociais que oferecem diversas valências, como por exemplo, lar para idosos, unidade de cuidados continuados, creche, pré-escolar, atividades de tempo livre, centro de dia e apoio domiciliário. O apoio às crianças, aos jovens, à família, a proteção dos cidadãos na velhice e na invalidez, bem como o apoio à capacidade de trabalho, subsistência, a educação e a formação profissional dos cidadãos, são alguns dos objetivos destas entidades que marcam sua presença na medida que estão integrados à vida da comunidade. Alguns das destas entidades surgiram por iniciativa da Igreja Católica, outras pelo associativismo de pessoas que se preocupam com o crescimento social, cultural e humano da sua terra. Hoje, estas instituições são organismos que oferecem instalações modernas e confortáveis, com profissionais qualificados que procuram adotar uma relação de proximidade para com os utilizadores. Para estas entidades a ação social é mais do que uma atividade diária, representa acima de tudo, um estar no mundo numa perspetiva de igualdade e fraternidade. Segundo os dados da Cooperativa António Sérgio, há neste momento 393 Misericórdias ativas em Portugal. O número de IPSS também é bem significativo, com mais de mil unidades distribuídas pelo país. Tudo isto contribui para que estas instituições exerçam um papel expressivo na economia social, pois além de atenderem um número elevado de utentes, também possuem, em algumas zonas, o maior número de funcionários. As instituições se colocam fundamentais para que a sociedade consiga dar uma resposta efetiva aos problemas, no qual o poder público sozinho não é capaz de responder. Numa visita às unidades é possível ver, que acima de tudo, todas cumprem um trabalho que resgata o que há de melhor no homem, ou seja, a sensibilidade e a solidariedade para com os seus semelhantes. Num mundo em que o individualismo se torna, cada vez, mais forte, estas instituições nos mostram que a preocupação com o bem-estar do outro também deve fazer parte das nossas vidas. Nestas páginas que seguem, o leitor poderá conhecer um pouco esta realidade e a opinião daqueles que estão a frente das instituições.


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“INSTITUIÇÃO DE REFERÊNCIA CRIADA PELA VONTADE EXPRESSA DA POPULAÇÃO” acredita A ACREDITA é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, com sede no Largo do Soito em Travassós de Baixo, Viseu.

Aníbal pinhel Presidente

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m homem com paixão pelo associativismo que há 23 anos aceitou o desafio de dar respostas às necessidades existentes na sua zona, assim podemos definir o presidente da Acredita, Aníbal Pinhel. Com uma forte sensibilidade para as causas sociais juntou-se a outros membros da comunidade e criou a associação que a Revista Business Portugal foi conhecer. O presidente começa por nos contar que a associação foi criada, em 1992, pela vontade expressa da população, numa freguesia onde não havia equipamento social. A Acredita surge para preencher uma lacuna social e para isto foi necessário

promover e imbuir as pessoas de espírito associativo. “Sentiu-se esta necessidade e as pessoas juntaram-se para formar uma associação que na primeira ideia seria na área cultural, recreativa e desportiva”, mas fiz-lhe sentir que essa não resolvia as principais carências da populaçao, afirma o presidente. Inicialmente, a instituição foi constituída fruto de muito trabalho voluntário, um pequeno apoio do Estado e um grande esforço dos associados. “O nome Acredita é sugestivo, sou o padrinho, foi um desafio interessante virado para o lado social, defendendo sempre o associativismo. Isto foi feito mesmo a pulso, unimos vontades e pessoas”, acrescenta o nosso interlocutor. A primeira iniciativa da instituição foi uma candidatura ao ‘Clique Solidário’ que compreendeu uma ação voltada para a formação de competências básicas nas áreas das novas tecnologias. Com uma preocupação sempre direcionada à formação, instituiu-se um centro de diplomas de competências básicas que confere certificados em novas tecnologias. A instituição desenvolve atividades no campo da ação social, cultural, recreativa e desportiva. Oferece diversas valências e equipamentos, nomeadamente, creche com capacidade para 38 crianças, ensino pré-escolar com 25 crianças, apoio domiciliário, sala de formação, programa ‘Clique Solidário’, cantina social, sala de convívio, grupo coral, eventos e jogos tradicionais. Num clima de bem-estar social, preocupação e sensibilidade com os serviços prestados à comunidade, a instituição tem-se destacado pelo elevado grau de qualidade do trabalho desenvolvido. O que pode ser explicado também pela qualificação dos seus quadros, na sua maioria licenciados. “Sempre fomos muito criteriosos. Na implementaçao do SGQ, propusemo-nos logo atingir os níveis ‘A’ do Instituto de Segurança Social.

Isto é uma atividade de serviço, e por isso tem muito a ver com recursos humanos e nós privilegiamos sempre o jovem e o saber”, afirma o presidente. O mais novo e moderno equipamento social construído pela Acredita, em parceria com o Estado é a Unidade de Cuidados Continuados de Média Duração e Reabilitação. A obra teve um orçamento de um milhão e oitocentos mil euros. A unidade significou um importante impacto na sociedade com a integração da associação na Rede Nacional de Cuidados Continuados. Aníbal Pinhel conta-nos que a Acredita pretende tornar-se, em breve, numa referência na área da saúde numa perspectiva de humanização dos cuidados. “Associações, como a nossa, vem contribuir para a humanização da saúde, pois estamos habituados a um relacionamento interpessoal muito forte e acompanhamos passo a passo as pessoas”, acrescenta o interlocutor. A Unidade de Cuidados de média Duração dispõe de 30 camas em 11 quartos duplos e oito individuais. As 20 camas da rede estão sempre ocupadas, o que não acontece nas restantes dez em gestao privada. Os serviços prestados são: cuidados médicos, cuidados de enfermagem permanentes, fisioterapia, terapia ocupacional, terapia da fala, apoio psicossocial, cuidados de higiene e alimentação, cabeleireiro, podologia e serviço de lavanderia. A instituição também desenvolve, em parceria com a Câmara Municipal de Viseu, atividades voltadas ao envelhecimento ativo que contempla cerca de 150 idosos. Portanto, conclui-se que a Acredita desempenha um papel de destaque na zona, pois oferece um vasto número de atividades, atendendo diariamente mais de 300 pessoas e emprega 55 pessoas.

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Cinco séculos de assistência à população santa casa da misericórdia de celorico da beira É no Distrito da Guarda que encontramos a Santa Casa da Misericórdia de Celorico da Beira. Recebida pela direção, a Revista Business Portugal foi perceber como esta instituição tem conseguido sobreviver ao logo de cinco séculos.

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Santa Casa da Misericórdia de Celorico da Beira é uma instituição com cinco séculos de existência e surgiu da iniciativa de um grupo de irmãos que se juntaram em 1576. Nos últimos 50 anos do século XX o Hospital da instituição desempenhou um papel importante na área da saúde. Com a revolução de abril esta Misericórdia voltou-se para assistência aos idosos, com as infraestruturas do antigo hospital a serem adaptadas para lar. Foi então em 1972 que se fundou o Lar de São Francisco, começando com 30 utentes. Nos anos oitenta sofreu uma ampliação para 42 utentes, e hoje está aprovado para 61, estando lotado. O atual provedor António Vaz da Silva, o diretor técnico Fernando Brito e a animadora Sociocultural Hermínia Vicente são as pessoas que estão neste momento à frente da instituição e que têm trabalho para o seu crescimento e desenvolvimento. Fundação e desenvolvimento Fundada no século XVI, esta instituição conseguiu, com muito custo, sobreviver ao longo de cinco séculos, com as suas instalações a crescerem e a serem adaptadas à medida das necessidades da população. Ali encontramos hoje um edifício com dois blocos, nomeadamente o lar mais antigo e a parte onde estava o Hospital. Ambos os espaços foram reabilitados, recuperados e adaptados, havendo uma ligação entre os dois edifícios. Este crescimento tem sido sustentado numa gestão controlada dos gastos, sobrevivendo apenas com os acordos de recuperação com a Segurança Social e as mensalidades dos utentes. Funcionamento e infraestruturas A Santa Casa da Misericórdia de Celorico da Beira

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tem desempenhado um forte papel na assistência social e saúde à população. Lar, Centro de Dia e Apoio Domiciliário são os serviços que fazem parte das suas competências, conseguindo assim oferecer um apoio dentro e fora da instituição. Para o provedor António Vaz da Silva a maior preocupação é “tentar dar o melhor aos idosos”, isto é, a humanização dos serviços. Neste âmbito, e para o conseguir, a instituição conta atualmente com três enfermeiros e um fisioterapeuta a tempo inteiro. No que toca ao Apoio Domiciliário, neste momento dão apoio a 30 famílias, englobando as refeições, higiene pessoal, tratamento de roupas, enfermagem, bem como acompanhamento/deslocações a consultas, sendo que a maior preocupação é conciliar a casa dos utentes com os serviços que a instituição lhes pode prestar. Relativamente ao Centro de Dia, são 15 os utentes inscritos, e este serviço é prestado sempre numa perspetiva de os manter ativos e aptos. Para assumir todas estas valências, a instituição conta com um edifício totalmente equipado, moderno e eficiente, numa extensão de quatro pisos. Salienta-se que, na parte do Lar, a maioria dos quartos são duplos, com todas as comodidades, incluindo casa de banho privativa. Destaque para a sala de fisioterapia, que foi totalmente equipada há pouco mais de um ano. Temos ainda o espaço da capela que se pode reconverter em sala de reuniões e eventos sociais. Ademais, esta é uma instituição detentora de um património rico, da qual faz parte a sua Igreja da Misericórdia, a Capela do Calvário e a Capela de São João. O diretor técnico Fernando Brito destacou a sua metodologia diferente de atuação, com a integração dos utentes que recebem apoio domiciliário nas atividades

da Instituição. A atual direção está a fazer um esforço para mudar as ideias pré-concebidas relativas aos lares de idosos, procurando abrir a estes utentes as suas atividades, como é o caso da ginástica, dos ateliers de trabalhos manuais, a musicoterapia e os jogos. A animadora sociocultural Hermínia Vicente acrescentou mesmo que “é muito importante dar vida aos anos e não anos à vida”. Crescimento e novas apostas Consciente de que as Misericórdias estiveram algum tempo fechadas para a comunidade, o corpo diretivo da Santa Casa da Misericórdia de Celorico da Beira tem trabalhado para conseguir um maior envolvimento com a comunidade. Exemplo disso é a iniciativa DVD filme “As nossas gentes”, que pretende dar visibilidade ao trabalho que é feito dentro da instituição pelos utentes. A atual direção tem feito crescer a instituição, dotando-a e adaptando-a, sempre com atenção à qualidade da prestação de serviços e à realidade do utente. O diretor Técnico avançou mesmo que há intenções de alargar as valências da instituição para a área dos Cuidados Continuados, uma vez que há cada vez mais idosos na região, além de uma valência dedicada em exclusivo ao problema da demência. Paralelamente, um dos objetivos é então a formação e certificação dos funcionários na área da demência. A Santa Casa da Misericórdia de Celorico da Beira é uma instituição que se impõe no seu meio por todo o trabalho que tem desenvolvido em prol da comunidade e que pretende crescer sempre numa perspetiva de qualidade e transparência.


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Uma instituição que promove a qualidade de vida santa casa da misericórdia de fornos de algodres A Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Fornos de Algodres comemora no próximo ano o seu 350º aniversário. A Revista Business esteve à conversa com o atual provedor, Luís Miguel da Fonseca, para conhecer o trabalho que esta instituição tem feito em prol da comunidade.

luís miguel da fonseca Provedor

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endo como fim a promoção, apoio e realização de atividades que visem a melhoria do bemestar das pessoas, prioritariamente dos mais desprotegidos, a Santa Casa da Misericórdia de Fornos de Algodres tem voltado o seu trabalho para as prestações de ação social e saúde. Como Provedor desde janeiro de 2015, Luís Miguel Fonseca viu na Santa Casa da Misericórdia de Fornos de Algodres

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um projeto aliciante, sempre consciente de que a sua missão é dar qualidade de vida às pessoas que mais precisam. Da fundação à gestão Fundada em 1666, por decreto régio de D. Afonso VI, a Santa Casa da Misericórdia de Fornos de Algodres teve o seu início com a doação da Capela da Nossa Senhora

das Dores. Anos mais tarde, fundou-se o Hospital da Misericórdia, edifício onde hoje funciona uma moderna e funcional estrutura residencial para idosos. Em 2008, esta Santa Casa procedeu ao alargamento dos seus serviços, com a abertura de uma Unidade de Cuidados Continuados, que na visão do Provedor Luís Miguel Fonseca “tem uma capacidade enorme para dar qualidade de vida aos nossos utentes”. Hoje, a gestão


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é feita exclusivamente pela Santa Casa, sem depender de privados; uma gestão apostada num crescimento sustentado, onde não há gastos supérfluos e o trabalho em equipa é a chave do sucesso. São um total de 32 funcionários, nomeadamente seis enfermeiros, um médico, dois diretores técnicos (ERPI/UCC), nutricionista, animadora sociocultural, psicóloga, dois fisioterapeutas, terapeuta da fala, TOC, Serviços Operacionais e Administrativos. Trata-se de uma equipa muito jovem e proativa, desafiada em tornar a prestação de cuidados humanizada e individualizada, numa intervenção interdisciplinar, promovendo o bem-estar do utente. O Provedor Luís Miguel Fonseca não esquece o propósito de criação das Santas Casas, alicerçado nas catorze obras da misericórdia. “Os objetivos da Irmandades e das Santas Casas é fazer o melhor de si, pro-bono, em prol do outro”, relembra o Provedor, acrescentando que um dos processos que mais orgulho lhe deu foi trabalhar o Compromisso Santa Casa. O envolvimento com a comunidade Há 10 meses como provedor da Santa Casa de Fornos de Algodres, Luís Miguel Fonseca sente que devolveu a Santa Casa a Fornos de Algodres. “Por uma Irmandade Aberta” é assim que o Provedor tem assentado todo

o trabalho desta instituição, que hoje é uma estrutura aberta à comunidade, com os idosos a participarem nas iniciativas da região. A Feira do Queijo da Serra da Estrela, Caminhada Solidária, o projeto “Tricota esta Ideia – Uma Manta pelos Direitos dos Idosos”, são disso exemplo. De salientar o sucesso da primeira Feira da Saúde, onde foram realizadas avaliações de condição física e de saúde em rastreios gratuitos de enfermagem e outras, que mostrou a capacidade de intervenção da Santa Casa na comunidade. De momento estão a ser feitas obras de requalificação nas infraestruturas para dar mais dignidade aos utentes. O objetivo é rentabilizar o espaço já existente, que conta com uma sala de fisioterapia, uma sala de psicologia, sala de tratamentos, cozinha equipada, sala de convívio, e quartos de topo apetrechados com casa de banho individual, entre outros. De salientar, os dois quartos (três camas) particulares autorizados pela Administração Regional de Saúde do Centro para as pessoas que estão em lista de espera para a Unidade de Cuidados Continuados. A taxa de ocupação mostra o bom trabalho que tem sido feito na Santa Casa da Misericórdia de Fornos de Algodres, com o lar a ter uma ocupação de 19 utentes e a Unidade de Cuidados Continuados 20 utentes.

O futuro e novas valências Como pessoa ativa na comunidade, tendo já sido vice-presidente dos Bombeiros e vereador na Câmara Municipal de Fornos de Algodres, o provedor Luís Miguel Fonseca cedo percebeu que só duas valências não chegavam para as necessidades do concelho. Neste sentido, vão tentar abraçar mais valências, nomeadamente na área da Educação, de que é exemplo o ensino pré-escolar. Para além disso, são entidade promotora, com um projeto de três anos, para trabalhar em prol do emprego e da exclusão social, através do Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social de 3ª Geração (CLDS-3G). Paralelamente, no decorrer do próximo ano de 2016, é objetivo da ISCMFA comemorar o 350º aniversário através de um programa vasto que contemple a história desta Irmandade. Foi lançada uma coleção de selos comemorativa desta efeméride, e está previsto ainda a realização de várias palestras e a celebração de uma missa com a presença do Bispo de Viseu, D. Ilídio Leandro.

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UMA INSTITUIÇÃO FUNDAMENTAL AO SETOR SOCIAL Centro Paroquial e Social de Santa Marinha de Avanca O Centro Paroquial e Social de Santa Marinha de Avanca, está localizado em Avanca, no concelho de Estarreja, Distrito de Aveiro. Ele tem desenvolvido ao longo de anos um trabalho social que oferece uma grande variedade de valências.

josé henriques da silva Presidente

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instituição tem desempenhado um papel fundamental no bom funcionamento da região em que está inserida, no que diz respeito as necessidades sociais existentes. Na liderança da instituição encontramos o Padre José Henriques da Silva. Foi ele que deu vida a este projeto, que hoje, além de uma realização é também uma necessidade que se faz vital ao povo daquela terra. Conta-nos que chegou a Avanca, há 26 anos atrás, e encontrou um projeto ainda inicial que não estava definido quanto à valência, mas que, entretanto, era uma grande obra. “Eu gostei sempre de obras, isso é uma questão de família. A preocupação que eu tive foi terminar aquela obra, estavam prometidos doze mil contos, na altura, para fazer a obra, mas aquilo não chegava para nada. Ela só foi possível de facto pela adoção de uma administração rigorosa, pela ajuda das empresas e também pela ajuda do povo que tem sido o grande benemérito”, afirma o padre. Atualmente como respostas sociais, a instituição tem: creche, pré-escolar, centro de atividades de tempos livres, lar para idosos, centro de dia, serviço de apoio

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domiciliário, um banco de ajudas técnicas e a Unidade de Cuidados Continuados e Lar Dr. Egas Moniz. Na creche há um acordo para 42 crianças, numa faixa etária de quatro meses a três anos de idade. A creche dispõe de berçário, uma sala de aquisição de marcha e uma sala de transição. A pré-escolar dispõe de duas salas, com crianças entre os três e os seis anos, sendo o acordo para 44 crianças que são orientadas por dois educadores, apoiados por dois ajudantes de ação educativa. No C.A.T.L. (Centro de Atividades de Tempos Livres), há 35 crianças do primeiro ciclo mais dez do segundo ciclo. No Lar há 50 idosos apoiados por uma equipa composta de profissionais diversificados. O Padre José Henriques afirma que a instituição tem que se adaptar aos idosos, adotando sempre uma postura de respeito e de cuidado, mas também considera fundamental a presença da família para o bem-estar deles. “Antigamente, as pessoas iam para o lar por falta de apoio da família. Naquela época as famílias eram muito numerosas. Hoje, há uma necessidade, porque as famílias são pequenas e

o idoso acaba por ficar sozinho em casa, pois os filhos e netos precisam de trabalhar”, sublinha o Padre. No Centro de Dia estão 20 idosos. “Penso que eles estão felizes porque há uma interação, eles passeiam, realizam atividades e isso tudo é muito importante para não caírem no isolamento”, acrescenta o padre. O SAD (Serviço de Apoio Domiciliário) é outra valência da instituição que atende 35 idosos. O mais novo equipamento da instituição é a Unidade de Cuidados Continuados e Lar Dr. Egas Moniz. O novo equipamento entrou em funcionamento no dia primeiro de outubro, de 2014, e contou com a presença do Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho. O equipamento tem 28 camas, sendo 25 protocoladas e três por conta própria. “Houve aqui um requinte, posso dizer que tivemos um requinte, os tetos são acústicos, todos os quartos têm varanda, exceto quatro. Tanto no Lar como nos Cuidados Continuados os quartos têm varanda”, afirma o Padre que fala com entusiasmo das condições que oferece aos utilizadores.



inovar para crescer

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novar é a palavra de ordem nas empresas e nos mercados altamente competitivos, onde as novidades são aguardadas com expectativa, principalmente quando se trata de novas tecnologias. As empresas precisam estimular a inovação entre seus colaboradores para poderem ser competitivas, visando crescer e, principalmente, conquistar novos mercados, sempre ávidos de produtos e serviços que os surpreendam. A competitividade alavanca progresso e faz com que desafios sejam estipulados, incentivando a participação dos colaboradores, para usarem a criatividade descobrindo soluções inovadoras que levem a empresa a ter fatores distintivos que a tornem líder no mercado. Num mercado cada vez mais globalizado e exigente é necessário encontrar fatores de diferenciação para captar e fidelizar clientes. Para crescer de forma sustentada e ganhar vantagem competitiva, as empresas têm de ser inovadoras e eficientes, prestando serviços de elevada qualidade, potenciando os seus canais de distribuição e promovendo eficazmente os seus produtos. A inovação marca o ritmo da civilização atual, por isso o desafio passa por transformar ideias novas em resultados sustentáveis e a inovação passa muito pela internacionalização e pela ligação aos centros de saber. O conceito de inovação deve extravasar as fronteiras da ciência e da tecnologia, campos intuitivamente associados à inovação, e alargar-se a muitos outros domínios de atividade. A inovação tem de ser perspetivada, fundamentalmente, como alavanca do desenvolvimento. As suas forças motrizes que, no essencial, são a investigação, a tecnologia, a concorrência, a qualificação dos recursos humanos, bem como a organização e a dinâmica de acesso à informação qualificada e estruturada, deverão interagir e articular-se em redes de cooperação, na persecução de objetivos integrados, criando as condições e um ambiente propício a uma cultura generalizada de inovação, catalisador, absolutamente, essencial da melhoria da competitividade de uma sociedade, nos diversos campos de atividade, sendo certo que inovar exige a capacidade de antecipar o futuro. A insatisfação com o presente e a vontade de transformação num futuro diferente devem ser consideradas as grandes forças renovadoras das empresas. Uma inovação sustentada pode estabelecer o sucesso e o crescimento de uma empresa, seja qual for a sua dimensão e posicionamento no mercado. Em Portugal, a procura pela inovação começa a ser uma realidade e resultado disso mesmo é o surgimento de uma política para a inovação assente nos pequenos e médios empresários, que apesar das dificuldades, conseguiram vingar num mundo tão competitivo como é o mercado de trabalho. Nesta edição da Revista Business Portugal colocamos em evidência alguns exemplos de empresas que têm valorizando o passado, vivendo o presente e pensando no futuro, adotando uma filosofia vanguardista, estando sempre um passo à frente do seu tempo, tendo como linhas orientadoras para a prossecução dos seus objetivos, a simplificação da criação de conhecimento e a criação e disponibilização de soluções de qualidade. Estes ideais expressam a sua determinação em oferecer as soluções mais avançadas que vão ao encontro das necessidades de uma sociedade em constante mudança e evolução. Estes valores basilares encontram-se ainda representados na manifestação do seu empenho em continuar este percurso de contínua inovação.



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A IMPONÊNCIA DOS VINHOS carmim - vinhos Reguengos de Monsaraz, em pleno Alentejo, foi eleita a Cidade Europeia do Vinho 2015 pela Rede Europeia de Cidades do Vinho, que integra, além de Portugal, países como a Alemanha, Áustria, Eslovénia, Espanha, França, Hungria e Itália, todos reconhecidos pela sua excecional produção de vinho. Dado o prestígio e reconhecimento da região e dos seus vinhos, conversamos com Miguel Feijão, presidente da Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz - CARMIM.

miguel feijão Presidente

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CARMIM nasce em 1971 pela vontade de 60 viticultores de se agruparem, de modo a contornarem a difícil situação económica que, à época, se vivia. “A partir daí, temos vindo sempre em crescimento contínuo”, refere o presidente da cooperativa, salientando que o apoio de todos foi crucial para que a CARMIM tivesse o estatuto e o reconhecimento que tem hoje. Os vinhos da cooperativa já foram galardoados com mais de 300 prémios nos diversos concursos nacionais e internacionais em que participaram. Para tal, contribui em muito a qualidade da matéria-prima, ou não estivessem as suas terras numa região denominada de origem, sem esquecer o capital humano e o complexo agro-industrial dotado da mais alta tecnologia. A mesma, permite a receção de um milhão e quinhentos mil quilos de uva por dia, o armazenamento até 33 milhões de litros e o engarrafamento de 24 mil garrafas por hora, ou não fosse esta, uma das adegas mais bem equipada da Península Ibérica. Diferentes sabores Sob as marcas ‘Monsaraz’, ‘Terras D’El Rei’ e ‘Reguengos’, a oferta dos vinhos CARMIM contempla cerca de 40 referências, oriundas de castas bem definidas, “que tentamos preservar desde início, se bem que foi necessário, a uma certa altura, adaptar outras tipologias consoante iam surgindo pedidos de clientes”, explica Miguel Feijão. A adega presenteia os seus clientes com vinhos brancos e tintos, que vão desde os mais jovens a reservas, sem esquecer os licorosos, rosés e espumantes. Há ainda tempo para a produção de aguardente. O nosso interlocutor faz ainda questão de frisar que a ‘disciplina’ imposta aos seus associados é um componente fundamental para o sucesso da CARMIM. “Exigimos que tratem as suas vinhas de modo precavido, aplicando os fitofármacos de um modo sustentável e cumprindo sempre as orientações dos nossos técnicos, bem como as dos técnicos da Ateva, que connosco colaboram. É esta postura que nos tem permitido evitar qualquer falha na nossa capacidade de produção e qualidade ao longo de todos estes anos”.

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Cidade Europeia do Vinho 2015 Reguengos de Monsaraz foi eleita Capital Europeia do Vinho 2015, desafio que a CARMIM recebeu, de imediato, de braços abertos. Mas, revela-nos Miguel Feijão, o mesmo não aconteceu com todos os produtores da região. “Houve alguma desconfiança inicialmente no que diz respeito a esta nomeação. Começamos apenas com quatro produtores e há que referir o empenho e apoio da Câmara Municipal desde o primeiro minuto. Felizmente as pessoas e os produtores foram-se apercebendo do quão bom isto poderia ser, e que, na verdade, tem sido para Reguengos e a adesão foi-se alargando ao longo do tempo”. O nosso interlocutor faz questão de agradecer publicamente o trabalho de todos aqueles que estão envolvidos no projeto, “estão todos de parabéns e graça à Cidade Europeia do Vinho, já podemos afirmar que existe enoturismo em Reguengos de Monsaraz e isso é uma mais-valia para todos”, completa. Questionado sobre se o projeto alcançou as expetativas, o nosso interlocutor afirma que a agitação que Reguengos viveu, no último ano, graças a este projeto e em torno do mesmo, revelam que as expetativas foram amplamente superadas.


REVISTA BUSINESS PORTUGAL INOVAR PARA CRESCER Além-fronteiras Falar nos vinhos do Alentejo é, forçosamente, falar em Reguengos de Monsaraz. A zona é mundialmente conhecida pela sua tradição vitivinícola e é responsável por um terço do total da produção de vinho de Denominação de Origem do todo o Alentejo que, por sua vez, em 2013, representou 43 por cento do volume de vendas da quota de mercado comercial nacional total. Atualmente, no universo CARMIM, 20 por cento da produção está destinada à exportação, sendo que o seu mercado mais forte é a Polónia, seguindo-se o Brasil, os Estados Unidos da América, Angola, França e Suíça.

Azeites de excelência e qualidade carmim - azeite A Carmim – Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz surgiu em 1971, apostando na produção de vinhos e azeites. Volvidos 43 anos, a qualidade dos vinhos, a par dos azeites Carmim passou a ser sinónimo de excelência.

rodrigo caeiro Membro da Direção

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produção de azeite é uma aposta preconizada pela CARMIM desde a sua fundação, numa lógica de produção para os associados. Passados 43 anos, a produção de azeite passou a ter uma visão comercial, seguindo uma lógica de promoção e divulgação do produto, que apesar da sua quantidade limitada, representa já cerca de quatro por cento da faturação da CARMIM. “É uma produção de excelente qualidade que neste momento, está a ser divulgada juntos dos consumidores”,

desvendou Rodrigo Caeiro, membro da direção Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz, sublinhando que podemos encontrar os azeites CARMIM em lojas da especialidade e lojas gourmet, no contexto do mercado alentejano, no entanto avançou que esta é uma área na qual a CARMIM quer crescer. Os azeites CARMIM estão divididos em três gamas: azeites Terras d’el Rei, disponível em embalagem de cinco litros; azeites Monsaraz, disponível em embalagens de três litros e garrafas de 0, 25 litros, 0, 5 litros e 0, 75 litros; e por último a gama azeites Reguengos, um produto gourmet. A nível de características organoléticas e sensoriais, Rodrigo Caeiro salienta que os azeites CARMIM são muito suaves, característicos das variedades que são

esforço que dedicam a esta produção, um valor mais correto que permita rentabilizar as suas estruturas”, clarificou Rodrigo Caeiro. Paralelamente, a CARMIM pretende aumentar a capacidade de receção, bem como potenciar o próprio relacionamento com os associados, para que estes se sintam motivados para cuidar dos olivais e levem toda a sua produção para a CARMIM. “Penso que, num horizonte de cinco anos, estamos em condições de conseguirmos aumentar a produção”, avançou. Rodrigo Caeiro revelou ainda que a CARMIM apresentou uma candidatura ao PDR 2020, para adquirir uma nova linha de engarrafamento, no sentido de dar resposta às encomendas, em termos de azeite engarrafado, e melhorar os depósitos de armazenamento, com intuito

predominantes da região, nomeadamente, a Galega e a Cobrançosa. “Essencialmente, 80 por cento da nossa produção é da variedade Galega, são azeites suaves, amendoados, dourados, macios, muito bons para temperar e muito saborosos. Estas características são francamente diferenciadoras em relação aos azeites existentes na grande distribuição”, consubstancia, destacando que o fator solo e o microclima são determinantes nesta diferenciação.

de cada vez mais garantir o cumprimento das normas de higiene e segurança no trabalho vigentes. A CARMIM tem ainda como desiderato proceder a uma reestruturação das gamas, uma renovação da imagem e a disponibilização de um sub-produto, que será o galheteiro para entrar na restauração, “uma referência que ainda não temos, juntamente com o vinagre, que também vamos produzir”, revelou Rodrigo Caeiro, sublinhando a aposta na modernização da estrutura da cooperativa, que resulta da aplicação prática daquelas que são as exigências do mercado, por forma a demonstrar que Reguengos e a CARMIM não são só vinhos, mas também azeites de excelência e qualidade.

Visão de futuro A atual direção da Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz tem como objetivo a promoção e divulgação dos seus produtos, “criando valor acrescentado, permitindo assim que os seus associados obtenham do

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Um bom prato de marisco? Sim, por favor restaurante mauritânia real Aberto há 20 anos, o Restaurante Mauritânia Real distingue-se, em Matosinhos, pela sua especialidade em marisco. Quem vai ao restaurante encontra uma grande variedade de pratos tradicionais portugueses de qualidade e a bom preço, bem como um ambiente familiar. Quanto aos pratos de marisco, estes são sempre preparados na hora. encontrava. Artur Moreira explicou à equipa da Portugal em Destaque que “fomos remodelando o espaço para ir ao encontro dos mais jovens para não permitir que o restaurante envelhecesse com o cliente”. Fazendo assim, com que conseguissem dar uma resposta capaz às situações de crise e captar um grupo de clientes mais jovens, na faixa etária dos 30 anos, os quais “podem garantir mais 20/30 anos de fidelização à casa”, afirma Artur Moreira. E adianta, “fomos crescendo e quando a crise chegou e se acentuou já estávamos equilibrados e preparados para aguentar toda esta fase”. Situado numa zona central da cidade de Matosinhos, o Restaurante Mauritânia Real

artur moreira Sócio-Gerente

A

rtur Moreira, sócio-gerente do Mauritânia Real está nesta casa desde a sua abertura, “Sou um apaixonado pela restauração. Comecei muito cedo e muito novo nesta atividade. Quando me foi feito um convite pelo grupo Mauritânia para gerir esta casa eu aceitei de imediato. Desenvolvi-a ao máximo, dando tudo de mim, todo o meu empenho e dedicação”, afirmou-nos Artur Moreira. De referir, que o Mauritânia Real é um dos cinco restaurantes, distribuídos por Leça da Palmeira e Matosinhos, pertencentes ao grupo Mauritânia. Com capacidade para 120 pessoas, sendo os lugares repartidos por dois pisos, os preços dos pratos do Mauritânia Real variam entre os 12 e 13 euros por pessoa. Pratos estes que, nas palavras do sócio-gerente, acompanham os tempos para ir ao encontro dos gostos dos clientes. Desde a sua abertura, o restaurante tem alternado entre picos altos e menos altos, mas em todas as situações a gerência soube sempre reagir à situação em que se

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está aberto todos os dias do ano das 12h às 00h30, com serviço de restauração, snack-bar e take-away e com parque de estacionamento privativo. Os pratos mais procurados no Mauritânia Real são o bacalhau à Mauritânia, frito com cebola, presunto e uma camada de maionese, acompanhado de batata frita, a francesinha e os já famosos preguinhos em pão. O arroz de lagosta e o arroz de marisco também são os pratos ex-libris desta casa. A qualidade do Mauritânia Real prima-se, igualmente, pelo tratamento que é dado ao cliente, “tentamos fidelizar o nosso cliente e sempre que chega um cliente novo, queremos que goste do nosso serviço e do nosso atendimento para que volte uma segunda vez. E se voltar, temos de estar extremamente atentos porque significa que gostou de alguma coisa. É um teste e temos de corresponder de novo às suas expectativas”. Assim, o restaurante Mauritânia Real é uma casa com um número considerável de clientes habituais de há muitos anos e bastante reconhecido em Matosinhos. A equipa também é ela constituída por 19 pessoas com bastantes anos de casa que vão mantendo as receitas tradicionais, mas evoluindo conforme a necessidade, “há alguns pratos que temos de manter porque são a imagem da casa, mas a ementa foi-se adaptando com o tempo e com a procura que se tem sentido na cidade”, explica-nos o sócio-gerente. Para além de uma página no facebook e do site do restaurante, Artur Moreira considera que a divulgação da casa e dos seus serviços é feita maioritariamente pelo ‘boca a boca’. “A imagem da casa, a imposição da nossa qualidade e do nosso serviço é o suficiente para divulgarmos o Mauritânia Real”. Quanto ao futuro do Restaurante Mauritânia Real, “para já não tenho nenhum projeto em cima da mesa mas posso dizer que não vou ficar por aqui. Todos nós temos sonhos e projetos. E eu sou um ambicioso”, conclui Artur Moreira.


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“A formação e a regulamentação são fundamentais” OlivaisGest – Administração de Condomínios O aumento das responsabilidades levou à divisão da Carlos A. S. Marques, Lda, resultando em duas empresas, com funções distintas. Uma dedica-se à contabilidade e outra, a OlivaisGest trabalha, desde 2009, no ramo da administração e gestão de condomínios. Mas a experiência na área começou, em 1999, altura em que a empresa de Carlos Marques passou a gerir as primeiras frações. Fomos ouvir o protagonista de mais um negócio de sucesso, regido pela honestidade e competência.

de 2009, o acentuar do trabalho levou a que a empresa fosse dividida em duas, surgindo a OlivaisGest, com sede em Lisboa, ao lado da Gare do Oriente. Atualmente, administra cerca de 60 condomínios, a maioria na Grande Lisboa, fora desta região “temos um em Sesimbra e outro no Estoril, não trabalhamos com condomínios fora desta zona, porque o custo da deslocação faria subir o preço dos nossos serviços”, esclarece o administrador.

dos procedimentos da área administrativa, a cobrança de quotas, o pagamento a fornecedores, o cumprimento dos regulamentos em vigor, a manutenção e o controlo das contas bancárias dos condomínios, apresentando a contabilidade de forma transparente. Questionado sobre o panorama do setor, Carlos Marques entende que “a atividade da gestão de condomínios está a atravessar uma fase semelhante à que atravessou a contabilidade há cerca de 25 anos. Temos pessoas que não têm competência para isto, há pessoas desonestas no ramo, mas também há pessoas sérias (a maior parte) que estão a tentar lutar pela profissão. A atual direção da APEGAC tem sido bastante proativa, através de ações de formação, que antes não existiam. A associação tem tentado lutar pela regulamentação. Há dois pilares importantíssimos nesta atividade, são eles: a formação contínua dos profissionais e a regulamentação, sem isto não há crescimento”, remata o entrevistado. No que diz respeito ao peso que o setor tem na economia, o responsável da OlivaisGest explica que “o mercado ainda é pequeno, as empresas de gestão de condomínios não representam uma grande fatia no mercado, daí que não seja dada a devida atenção ou importância por parte

Quando a OlivaisGest foi criada, a administração decidiu “admitir pessoal e fazer formação específica. Temos dois gestores de condomínios, um administrativo e contamos ainda com os Contabilistas Certificados, que apoiam na contabilidade. Trabalhamos com uma rede de parceiros, para a limpeza e manutenção dos edifícios”, acrescenta o nosso interlocutor. A empresa assegura a coordenação

das entidades oficiais”, considera. Projetando o futuro, a OlivaisGest vai continuar a apostar na “formação contínua dos colaboradores e num crescimento e evolução sustentados, onde o passa palavra é fundamental. Queremos continuar a ser a empresa séria e de competência, que somos hoje”, finaliza Carlos Marques, administrador da OlivaisGest.

carlos marques Administrador

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prédio onde está situada a sede da OlivaisGest foi o primeiro que a empresa teve a cargo, enquanto responsável na gestão e administração de condomínios. O sucesso levou a que, mais tarde, tivessem mais solicitações, levando ao crescimento do negócio. “Começámos por ser um gabinete de contabilidade com a designação de Carlos A. S. Marques, Lda, fundado em 1978. Em 1994, estreámos este edifício, ao fim de dois anos, fomos convidados para fazer a contabilidade do condomínio, em troca do pagamento da quota. Anos mais tarde, passámos a fazer também a gestão e já lá vão 16 anos. Depois, começámos a ser convidados para fazer mais condomínios na zona dos Olivais”, relata o administrador da OlivaisGest, Carlos Marques. No final

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UMA EMPRESA QUE MARCA A DIFERENÇA habitalimpa Habitalimpa é uma empresa pioneira na Gestão e Administração de Condomínios. Um trabalho feito com dedicação, honestidade e satisfação, é desta forma que funciona a Habitalimpa, uma das empresas mais notórias e respeitadas do setor de Gestão e Administração de Condomínios.

Saraiva Gomes Administrador

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riada em 1982, surge fruto da sensibilidade de Vitorino Saraiva Gomes, um homem empreendedor que fala com amor de sua empresa e do trabalho que desenvolve há 33 anos. “Aqui toda gente nos conhece, sabem a maneira como trabalhamos, somos uma empresa honesta e de confiança, razão porque temos uma boa carteira de clientes. Isto é um serviço simpático, contactamos com

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muita gente e aprendemos com eles e eles também apreendem connosco”, afirma. Com um sorriso no rosto e suavidade no uso palavras, Saraiva Gomes fala-nos de como iniciou o seu empreendimento, numa época que a zona de Telheiras, onde tudo começou, era um lugar problemático. “Quando eu cheguei cá, vindo do Porto, não tínhamos segurança, não havia luz, nem telefone, vivíamos

uma situação preocupante”, afirma. Mas apesar das adversidades existentes, o nosso interlocutor não desanimou e colocou-se, de imediato, a pensar no que poderia fazer para favorecer o seu bairro e, ao mesmo tempo, ganhar a vida. “Depois de fazer um estudo de mercado pensei nesta área. Na altura, os primeiros clientes que eu contactei ficaram encantados, porque viram um problema resolvido que dificilmente seria mais


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bem resolvido por eles”, diz. A empresa presta serviços de limpeza e de administração, gestão e manutenção de condomínio, atuando com planos contratuais específicos às exigências de cada condomínio. O gerente da empresa, Ricardo Antunes, conta-nos que a empresa presta um serviço diferente, pois na Habitalimpa o gestor do condomínio ocupase prioritariamente com a constante visita aos prédios. Assim, conseguem mais facilmente identificar as possíveis necessidades existentes. Desse modo, o gestor não fica sobrecarregado com outras atividades e está sempre atualizado sobre o que se passa no condomínio que gere. “Na nossa empresa, o gestor andar na rua, quando há uma infiltração numa casa ele desloca-se à mesma, vai acompanhar a companhia de seguros, fala com o morador e vai conhecer o local. Isso é uma grande diferença das outras empresas, porque conhecemos o problema e a pessoa”, completa. O gerente explica ainda que este trabalho só é possível porque a empresa está organizada num sistema de trabalho que permite uma divisão de trabalho por setores, assim o gestor não necessita tratar de pagamentos no banco ou enviar cartas ao correio.

Na área da limpeza, a empresa oferece uma variedade imensa de serviços, como por exemplo, limpeza de condomínios, escritórios, garagens, fachadas, apartamentos, obras, desentupimento, desinfeção de condutas do lixo, desentupimento de caixas de esgoto e limpeza de coberturas e caleiras. “Temos cerca de 36 colaboradores na área de limpeza que formam uma equipa qualificada, trabalhando com os melhores produtos, utensílios e uma maquinaria moderna. Além disso, temos a porta aberta e quando há algum problema tentamos resolver logo, porque não somos perfeitos, mas tentamos ser”, completa Saraiva Gomes. Atualmente, a Habitalimpa administra 170 condomínios que estão distribuídos em Telheiras, Odivelas e Lisboa. O número impressiona, sobretudo, porque 60 por cento deles estão administrados pela empresa há 33 anos, ou seja, desde do início da sua atividade. “O sucesso veio do trabalho de qualidade, da confiança, da honestidade e da sinceridade para com os nossos clientes, portanto, foi aí o nosso maior sucesso. A nossa maior publicidade tem sido feita pelos nossos clientes, penso que esta é a melhor publicidade”, acrescenta Saraiva Gomes. Outro fator que pode explicar o sucesso da Habitalimpa

é a relação de proximidade que estabelece com seus clientes, pois além de prestar os serviços utilitários há sempre um espírito de amizade posto em cada contacto. “Os nossos condóminos por vezes não vem tratar de assuntos do condomínio, mas procuram-nos para desabafar sobre a própria vida, consideram que temos experiência e por isso somos bons conselheiros”, completa. A empresa considera que além do profissionalismo e da seriedade também é necessário que haja sensibilidade para trabalhar neste setor, pois há diferentes perfis de clientes com níveis económicos distintos. Destaca ainda que há muitas empresas que se lançam nesta atividade por pensarem que é um trabalho fácil, no entanto, é uma atividade complexa e morosa. “Isto é uma atividade que requer dedicação, há muitos problemas, mas com a experiencia que temos sabemos resolver todas as situações. Isto é acima de tudo uma atividade que nos alegra”, coloca Saraiva Gomes. De portas abertas à comunidade, a empresa coloca-se a inteira disposição para tirar qualquer dúvida sobre o setor.

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Aposta em formações com conteúdos inovadores IDEFE – ISEG O IDEFE (Instituto para o Desenvolvimento e Estudos Económicos, Financeiros e Empresariais, SA) criado em 1993 tem como objectivo desenvolver a ligação do ISEG às empresas, à administração pública e com a sociedade em geral, designadamente através da formação pós-graduada, dos cursos de curta duração para executivos e ainda na prestação de serviços de consultoria nos mais variados setores de atividade.

equipa do iseg

Qual o principal propósito do IDEFE – ISEG? Os programas formativos do IDEFE visam aprofundar as competências técnicas e de gestão dos seus participantes, que inclui cerca de 30 cursos de PósGraduação, um MBA com acreditação da AMBA e vários cursos de formação para executivos com temáticas muito especificas. O que diferencia o IDEFE – ISEG dos restantes institutos a nível nacional? O ISEG é mais antiga escola de Economia e Gestão em Portugal, mas ao longo dos anos, o ISEG procurou sempre manter uma posição de liderança entre as

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escolas universitárias nacionais, através das unidades de investigação, e da regular atividade de prestação de serviços de alta qualidade aos agentes económicos da sociedade em que está inserido. Desenvolveu, igualmente, importantes laços de intercâmbio científico e cultural internacional. Para além disso, o ISEG procura inovar na forma e nos conteúdos da formação, oferecendo cursos de pós-graduação cada vez mais orientados para uma realidade empresarial internacional. Em que áreas incidem a vossa oferta? O ISEG, através do Idefe, disponibiliza cerca de 30 pós-graduações, algumas com foco setorial

(exemplos: Winebusiness, Agribusiness, Gestão e Avaliação Imobiliária, e Administração de Organizações Religiosas), e outras especializadas por área científica (exemplos: Análise Financeira, Economia, Marketing, Sales Management, Gestão de Projetos, e Contabilidade e Fiscalidade). Disponibilizam pós-graduações, MBA, CEDE e formações executivas. É possível esclarecer-nos um pouco sobre as mais-valias de cada uma destas áreas? A experiência no mercado de trabalho exige conteúdos focados em áreas científicas ou em setores de atividade.


As Pós-graduações, o MBA e os Cursos Executivos são apropriados para quem quer aprofundar os conhecimentos. Anualmente, o ISEG tem cerca de 700 alunos em cursos executivos. Por exemplo, o MBA ISEG destina-se primariamente ao middle management, ou seja, ao corpo directivo que ocupa uma posição central nas organizações, e em particular àqueles executivos que, estando nessas posições centrais, aspiram a ascender na carreira, e por conseguinte necessitam de aumentar as suas competências em várias vertentes. Uma recompensa intrínseca com a formação num MBA é a atualização e aquisição de várias competências destinadas a aumentar a eficácia do trabalho dos gestores. O desenvolvimento das soft skills em liderança e gestão eficaz de equipas, por seu lado, permite aumentar as competências não-técnicas essenciais para se vir a assumir posições de maior estatuto e relevo nas organizações. Por fim, as unidades curriculares destinadas à gestão da mudança, inovação e empreendedorismo, têm como propósito a criação de uma atitude orientada para a transformação criativa nas organizações e indústrias portuguesas. Para os profissionais e executivos, que dispõem de pouco tempo e pretendem resolver lacunas específicas de conhecimento e competência, o ISEG oferece cursos de Formação Executiva com menos horas, em horários pós-laborais, que vão de encontro às restrições profissionais. Exemplos são “Finanças para Gestores não Financeiros”, “Futuros Opções e Swaps”, “Fast-track MBA”, e o “Luxury Brand Management”. Qual a importância da contínua formação nos profissionais portugueses? Presentemente, investir em formação contínua, pode ser um adjuvante profissional, pois permite obter competências em áreas específicas, em alguns casos complementares à licenciatura, ou adquirir know-how noutra área de estudo, o que se traduz em vantagens competitivas quer para uma carreira já consolidada ou ainda no seu início. Independentemente do patamar académico ou profissional de cada um, apostar em formação é sempre uma escolha acertada, pois representa um investimento com impacto muito positivo junto dos empregadores. O próprio contexto de crise em que nos encontramos, com menor oferta de emprego, impõe uma ‘seleção natural’ favorecendo os que possuem mais formação.

MBA ISEG 33ªed (2016-2018)

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Há a noção da mais valia da formação contínua num mercado de trabalho cada vez mais competitivo? Porque devem optar pelo IDEFE para a sua formação? O que vos distingue das restantes instituições? O mercado tende a procurar cada vez mais indivíduos que se diferenciem dos demais, i.e., não é suficiente possuir uma boa formação académica de base e ser um bom técnico. A globalização veio forçar a diferenciação, e nesse sentido, as organizações valorizam cada vez mais, a par dos conhecimentos técnicos, as competências sociais de cada um. O desenvolvimento de competências interpessoais, como espírito de liderança, capacidade de comunicação, gestão do tempo, e de trabalho em equipa, entre outras, são muito valorizadas e podem fazer a diferença num CV. Quais as estratégias para se conseguir desenvolver a relação da escola com as empresas? O ISEG pretende continuar a estender a cadeia de valor do ensino para o serviço pósformação, procurando ajudar o desenvolvimento das carreiras profissionais dos nossos alunos e ex-alunos. Por onde passa o futuro do IDEFE – ISEG? Naturalmente, o foco passará a nível nacional por apostar em formações com conteúdos inovadores e que proporcionem soluções à medida para os executivos e para as empresas. A internacionalização será muito provavelmente outro percurso a desenvolver, quer seja, através da oferta formativa local para alunos estrangeiros lecionada em português ou inglês, ou por outro lado, mediante a realização de cursos no exterior em função das realidades locais.

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o seu crescimento é o nosso negócio growtrade Desde há quase uma década que a Growtrade inova nas soluções de Gestão, Web e Mobilidade, assente numa política de capital humano, situação que tem garantido grande estabilidade, quer na estratégia quer na estrutura empresarial.

Qual a génese da GROWTRADE e qual o seu posicionamento estratégico? Júlio Maia de Matos (Director Comercial) - A mobilidade é uma realidade presente na necessidade das empresas há vários anos e os colaboradores da Growtrade, há mais de 15 anos, que desenvolvem soluções de mobilidade, garantindo-nos a pole position do desenvolvimento de software focado nesta vertente, com muito trabalho e excelentes profissionais. Qual é o core business da GROWTRADE e quais as principais áreas de competência? Luís Nina (CEO) – Desenvolvimento e implementação de soluções informáticas de gestão transversais e integradas. A Growtrade conta com um vasto conjunto de competências e, nesta medida, temos implementado projetos em áreas que passam pela mobilidade (auto venda, pré-venda, assistência técnica e vending e apps empresariais) a soluções globais de gestão (ERP’s) com a informatização de processos, tais como gestão de retalho, fabricação, comerciais e fidelização (CRM), logística (WMS e logística de alto impacto), entre outros. A ligação da Growtrade ao conhecimento, objetivos e necessidades dos clientes, levou ainda à coordenação da implementação de projetos de Business Intelligence e BPM (Business Performance Management), no sentido de associar a informação à tomada de decisão quer operacional quer estratégica. Quais as soluções disponibilizadas pela GROWTRADE e quais as suas vantagens

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competitivas? LN - São inúmeras as soluções disponibilizadas pela Growtrade, sobretudo porque se baseiam em produtos altamente customizáveis, permitindo tornarem-se um “fato à medida” de cada cliente.

diretor informático dos clientes, até ao desenvolvimento de ferramentas, sites, apps que identificámos como sendo críticas para as organizações.

JMM - A Solução de Mobilidade do Vending foi concebida para simplificar e agilizar as operações de gestão e controlo das máquinas de vending. Uma das principais vantagens da sua utilização é o nível de rapidez que assegura nas operações de abastecimentos, permitindo realizar rotas mais longas, sempre em modo offline, a sincronização da informação recolhida é efectuada a qualquer altura, sem a necessidade de ligação permanente a dados móveis. A integração da solução Growtrade com os moedeiros adiciona ao controlo total de stocks o confronto com o controlo dos valores recebidos nos moedeiros, verificando assim os desvios que normalmente existem. Através do software, a empresa tem a possibilidade da gestão do parque de máquinas, definição de rotas, bem como um conjunto elevado de análises que vão desde a rentabilidade por máquina, aos produtos mais vendidos, valor de inventário, taxa de quebras, entre outras.

pela GROWTRADE? LN - Um dos nossos valores é a procura incessante pela excelência. Acreditamos em parcerias como espaços de intensa aprendizagem e partilha de experiências, onde a especialização e know-how de cada parceiro permitam criar valor para os nossos clientes.

Aliados aos seus produtos, a GROWTRADE oferece um conjunto de serviços de qualidade nas áreas da Consultoria, Formação e Desenvolvimento. Em que consistem concretamente estes serviços? JMM - Os nossos serviços vão desde a consultoria ao nível de sistemas de informação, onde passamos a ser o

Qual a importância das parcerias estabelecidas

Quais os valores adotados pela GROWTRADE que têm permitido seguir um rumo de afirmação empresarial? JMM - A capacidade de criar satisfação aos nossos clientes, através da melhoria dos seus processos, da funcionalidade dos seus meios humanos, do conhecimento que as ferramentas lhe disponibilizam para uma gestão e crescimento do seu negócio. Que objetivos estão nos horizontes da GROWTRADE? LN - O nosso futuro passa por continuar a apoiar os nossos parceiros a nível nacional, e ajudando no suporte às suas operações a nivel internacional, com a expansão dos nossos serviços. JMM – Cimentar a posição da Growtrade noutras áreas além do Vending, Assistência Técnica e Manutenção, Field e Trade Marketing, é o objetivo para 2016.


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A capital do chícharo município de alvaiázere Alvaiázere é uma vila portuguesa conhecida internacionalmente como a Capital do Chícharo. Marcada pelas características da sua paisagem e pelos seus relevos calcários do maciço do Sicó, a sua biodiversidade e qualidade ambiental são alguns dos fatores que merecem destaque e atenção como mote de desenvolvimento local. Mas muitos são os projetos que Célia Marques e o seu Executivo têm para o progresso e crescimento de Alvaiázere.

célia marques Presidente

É

com orgulho na voz que Célia Marques fala de Alvaiázere, ou não fosse esta a vila que a viu nascer e crescer. Deixou a sua terra para estudar, mas depressa sentiu ser a hora de voltar e fazer algo por Alvaiázere. Primeiro como arquiteta, atualmente como presidente da Câmara Municipal, Célia Marques tem visto esta ‘Terra de Sicó’ ganhar um novo alento. “Alvaiázere é uma terra muito particular. Temos uma paisagem singular, fruto do nosso património cársico,

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mas também da maior mancha de carvalho cerquinho da Europa”, refere a nossa interlocutora, sem esquecer de

Mas outras produções têm ganho destaque na região, nomeadamente a oliveira para a produção de azeite

fazer menção à “luz diferente que existe em Alvaiázere”. O seu solo calcário propicia a existência de inúmeras outras espécies vegetais e animais, de que se destacam as orquídeas selvagens e as oliveiras milenares.

“de uma qualidade superior graças ao nosso solo característico, muito rico em calcário”, mas também frutos vermelhos e ervas aromáticas. “Os nossos produtores já recebem encomendas de todo o país, têm vindo a crescer significativamente”, refere a edil.

Chícharo a festival Localizada exatamente na transição entre o litoral e o interior, Alvaiázere tem ganho relevo no panorama nacional, graças a um alimento característico da região, o chícharo. Com honras de festival gastronómico, esta leguminosa foi muito popular em épocas remotas. “Foi a convite de dois alvaiazerenses que surgiu o festival. Assim que apresentaram o projeto à Câmara Municipal, o mesmo foi imediatamente aceite”, refere a nossa interlocutora. “O festival conta já com 15 edições e tem sido muito gratificante perceber que a população e o comércio local têm aderido à iniciativa”. Aquando do festival, são lançados alguns concursos gastronómicos com a utilização deste produto, de onde já nasceram doces e salgados à base de chícharo. Mas, afinal, o que é o chícharo? “O chícharo, também conhecido por ‘xíxaras’, é uma leguminosa muito rica em proteínas, hidratos de carbono e sais minerais, cultivada desde épocas remotas como um legume comestível. Em Alvaiázere é muito utilizado nas migas, acompanhadas com azeite, couves e broa”.

Turismo em ascensão Com uma aposta forte no turismo, e inserido no projeto ‘Alvaiázere – Património Gerador de Riqueza’, que contempla 11 antigas escolas primárias e um antigo forno de cal, todos desativados, a Câmara Municipal procedeu para já à requalificação de quatro antigas escolas primárias centenárias e transformou-as em mini unidades de alojamento e centros de interpretação, cada um dedicado a um tema diferente. “Cada escola é completamente diferente das outras, a única obrigação a que nos impusemos foi manter a fachada exatamente como a original”, refere. “Em vez de deixar este património ao abandono, vender a particulares ou ceder a associações, a Câmara decidiu recuperar as escolas e reconvertê-las em espaços de turismo de habitação”. De referir que as escolas foram entregues a quatro arquitetos diferentes, todos eles residente ou com origens em Alvaiázere. Estes são apenas algumas das razões para marcar uma visita a Alvaiázere na sua agenda.


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Exemplo de união e proximidade junta de freguesia de guilhufe e urrô Bem próximo de Penafiel, a freguesia de Guilhufe e Urrô nasce da recente reforma administrativa, sendo uma das mais populosas do concelho. Vitorino de Oliveira, outrora presidente da antiga freguesia de Guilhufe, cumpre este seu mandato com espírito de responsabilidade, mas igualmente ciente de que tem feito tudo em prol dos seus fregueses, como comprovam as obras e projetos já realizados nestes dois primeiros anos de mandato.

vitorino de oliveira Presidente

A

o contrário de muitas uniões de freguesias, este é um caso de sucesso. O nosso interlocutor elucida que esta união foi benéfica para ambas as freguesias, “até porque as gentes de Guilhufe e Urrô foram sempre muito próximas, elo que não se sentiu uma perda de identidade, como aconteceu em várias freguesias do país”. Fazendo um balanço destes dois primeiros anos de mandato, Vitorino de Oliveira refere as obras mais importantes que estão já concluídas, e que tanta falta fazia aos habitantes de Guilhufe e Urrô. “Fizemos várias obras de reparação da pavimentação das estradas da

freguesia, assim como a construção de passeios, alguns muros e também sinalização e colocação de passadeiras. Mas das obras mais importantes e que estão finalizadas

que tem já o aval das entidades competentes. Assim, esta Avenida, parte da Estrada Nacional 15, sofrerá, em breve, uma duplicação das vias, construção de passeios

é a questão do saneamento e das águas pluviais”, refere o edil. Algumas pinturas exteriores e a iluminação das estradas completa o rol de obras já concluídas. Mas há muitos mais projetos para este Executivo.

e ainda uma rotunda, num investimento total de cerca de três milhões de euros. “Com a localização do hospital na freguesia e o grande afluxo de ambulâncias, a saída da A4, a zona industrial e a zona comercial existente e com o início da entrada da cidade, assim como o facto de muitas pessoas se deslocarem da Estação de Paredes para o hospital, é de uma importância vital a construção de passeios para uma maior segurança dos peões, uma vez que as bermas existentes não oferecem qualquer segurança devido ao tráfego que ali circula diariamente”, refere o presidente da Freguesia de Guilhufe e Urrô.

Projetos a curto prazo A construção da Casa da Associação para o Centro de Dia é ATL da freguesia é já uma certeza deste Executivo para os seus fregueses. Com a elaboração deste projeto, a freguesia contará com um belo e funcional edifício para acolher a população mais idosa, no seu centro de dia, mas também os mais novos, em ATL, além de outras valências que aqui terão lugar, nomeadamente o apoio domiciliário. “Esta é uma obra da comunidade e que vai ao encontro e anseio de todos, pelo que todos vamos ser necessários para a sua concretização”, refere Vitorino de Oliveira. O edil, assim como o seu Executivo, está ciente de que esta obra é um grande desafio, uma vez que é necessária a intervenção de todos. “Contamos com o apoio incondicional e imprescindível da Câmara Municipal, assim como à paróquia, na pessoa do senhor Padre, que cedeu à freguesia o território onde este empreendimento crescerá”. A requalificação da Avenida Central de Guilhufe é também uma ambição deste Executivo, projeto esse

A romaria de S. Simão A 28 de outubro, Urrô enche-se de gente para honrar o S. Simão. Milhares de pessoas percorrem os caminhos do concelho a pé até chegarem à Capela de S. Simão para o pagamento das suas promessas. A feira que decorre durante uma semana já não tem a dimensão de outros tempos, mas continua a ser uma das tradições mais conhecidas do concelho de Penafiel. Este Santo Apostólico é, segundo os crentes, especialmente eficaz contra os cravos (verrugas da pele) e em defender as populações das trovoadas. Aproveite ainda para visitar a Igreja Matriz de Guilhufe e a Igreja Matriz de Urrô, além do miradouro no S. Simão e as capelas de S. Brás e da Póvoa.


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FREGUESIA COM GRANDE POTENCIAL TURÍSTICO Freguesia de Famalicão de Nazaré No concelho de Nazaré, encontramos a Freguesia de Famalicão com cerca 21,8 km2 e 2000 habitantes. A Revista Business Portugal fez uma visita a esta terra dotada de uma natureza exuberante.

anabela gomes, josé filipe e josé marques Tesoureira, presidente e secretário

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ma combinação única de paisagens fascinantes, ar puro e integração com a natureza, a Freguesia de Famalicão é tudo isto, e ainda mais. Aqui, o visitante poderá encontrar além das belezas naturais, uma gente solícita que recebe o visitante com simpatia. O presidente da Junta de Freguesia, José Filipe, contanos que a freguesia tem uma área de floresta e outra de mar, além da pitoresca zona de São Gião. Reconhecidas pelo potencial turístico, estas zonas ainda estão pouco desenvolvidas. “Temos aqui muitas casas antigas que poderiam ser reabilitadas em função do turismo rural, o que poderia gerar cerca de 1.500 empregos. No verão, Famalicão fica sem casas para alugar, pois a procura é grande”, afirma. A praia do Salgado é um dos principais recantos de beleza e de bem-estar da freguesia. Esta fica protegida

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ao norte, pela Serra da Pescaria, e ao sul pela Serra dos Mangues, e oferece, além da tranquilidade, uma natureza propícia à prática de asa delta e do parapente. A água balnear da praia foi distinguida com o certificado ‘Qualidade de Ouro’, pela associação ambientalista Quercus. O certificado reconhece a qualidade de excelência da água balnear. A praia do Salgado encanta rapidamente aqueles que por lá passam por suas areias. A Igreja de S. Gião, localizada na Quinta de São Gião, é outro importante monumento turístico e histórico. Classificada como Património Monumento de Interesse Nacional, a antiguidade da igreja foi destacada, pela primeira vez, por Frei Bernardo de Brito, no seu livro ‘Monarquia Lusitana’. O livro faz referência às várias inscrições romanas existentes na igreja. É também considerada um templo visigótico pelo escritor Eduíno Borges Garcia. Assim, a igreja constitui-se num relevante

marco da história da sociedade ocidental que merece ser conhecido. No entanto, a igreja encontra-se, neste momento, fechada por necessitar de uma restauração. “Existe um projeto de restauração em curso que será desenvolvido a partir de recursos do fundo comunitário. Temos a perspetiva que em 2016 teremos a abertura do quadro comunitário”, completa o presidente da freguesia. O visitante pode ainda aproveitar a área de floresta da freguesia para realizar caminhadas, piqueniques e passeios. “O turismo tem várias vertentes. Temos o turista que prefere a agitação, e outro que prefere o ambiente da natureza. O turismo é uma aposta de futuro que tem de ser colocada em prática”, afirma o secretário da Junta da Freguesia, José Marques. A região tem como base económica a agricultura e a fruticultura. Há também, em significativo crescimento,a indústria de


REVISTA BUSINESS PORTUGAL INOVAR PARA CRESCER fibras de madeira. Numa viagem a esta terra, deve também reservar um tempo para conhecer a vida portuguesa, as festas populares que acontece ao longo do ano, regadas pelo bom vinho e os bons sabores da região. “Temos aqui a festa de Nossa Senhora da Vitória e a Festa das Tasquinhas no qual os visitantes podem conhecer as coisas típicas da nossa região” completa o presidente. No campo da educação encontramos a Universidade Sénior de Nazaré – Polo de Famalicão, que funciona nas antigas instalações da Junta da Freguesia. “Estamos a auxiliar os idosos da nossa freguesia no transporte. Assim, fazemos o seu transporte para as aulas de ginástica e de natação”. A junta também disponibiliza o transporte para as crianças do pré-escolar e do 1º ciclo sem nenhum custo. “Hoje, este transporte é fundamental, pois temos uma freguesia muito dispersa, assim os pais ficam sossegados”, finaliza o presidente. No plano da saúde , a Freguesia de Famalicão conta com um polo da Unidade de Saúde Familiar Global da Nazaré com consultas de Medicina Geral e Familiar, Diabetes e Hipertensos. A Freguesia de Famalicão têm como futura ambição, a expansão do espaço físico do Polo de Saúde, e garantir os cuidados de saúde primários na Freguesia, com todas as valências exigidas pelas OMS, nomeadamente saúde materno-infantil. No campo cultural, pode conhecer a Orquestra Juvenil

da Freguesia que fomenta e promove o ensino da música a custos muito reduzidos, permitindo fazer apresentações em eventos e nas procissões realizadas no verão. Segundo o presidente, a Freguesia protocolou uma importante iniciativa em conjunto com um agrupamento de escolas. A ação consiste na presença do maestro nas escolas primárias, a fim de incentivar a prática da música. Ainda no campo cultural,pode contatar mais de perto com o Agrupamento de Escuteiros nº 924, que existe na freguesia há mais de 27 anos, o qual está inserido no núcleo escutista do Oeste e na Região de Lisboa. O escutismo na nossa localidade surge como consequência do método escutista, contribuindo para a educação dos nossos jovens, seguindo valores que estão patentes na Lei e Promessa escutistas, onde cada um se sinta realizado como indivíduo tendo um papel positivo e de construção da sociedade em que coabita. Só assim, envolvendo os jovens na realidade local e fazendo deles parte ativa, se consegue colocar em prática o método escutista idealizado há mais de um século por Robert Baden-Powell. O Agrupamento 924, prima por ter atividades próprias de escutismo católico, entre as quais: acampamentos, refleções, caminhadas, jogos, formação, participação ativa na realidade da manifestação religiosa/paroquial, participação em atividades escutistas locais na vivência com a comunidade, participação em iniciativas de cariz

humanitário, sensibilização para a proteção da floresta, ativa dinamização na participação da proteção / impacto ambiental tanto na costa marítima bem como do meio envolvente, mantendo assim uma constante relação com as entidades locais. No campo social, a freguesia dispõe de um centro social com múltiplas valências, desde logo berçario,creche,centro dia, cantina social (única no concelho), ATL, Serviço de Apoio Domiliário, entre outras. “A direção tem como futura ambição a construção de um lar de idosos, uma necessidade que se faz sentir, pois temos uma freguesia muito envelhecida”, acrescenta o presidente. A freguesia também estabelece parcerias com outras coletividades, no sentindo de apoiar a implementação de projetos sociais e culturais que contribuam para o desenvolvimento da comunidade. A construção de um centro escolar e a conclusão do pavilhão desportivo são alguns dos projetos para o futuro. “Queremos dotar a freguesia com condições para a prática desportiva e também criar condições para que os alunos do centro escolar possam desenvolver as atividades desportivas dentro da componente letiva”, conclui o secretário da junta. O presidente José Filipe aproveita para deixar uma mensagem de Feliz Natal e um próspero Ano Novo a todos os seus fregueses e aos leitores da Revista Business Portugal.

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“UMA FREGUESIA DE LINDAS PAISAGENS E TRANQUILIDADE” Freguesia de nadadouro A Freguesia de Nadadouro faz parte do concelho de Caldas da Rainha, sendo formada por uma área de 10km2 e uma população de 2000 habitantes.

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ALICE GESTEIRO Presidente

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uma terra onde se pode ouvir o canto dos pássaros e todos os sons que a natureza oferece, somos recebidos pela linda lagoa de Óbidos e pelo sol que, em pleno mês de novembro, faz um dia de verão. A Freguesia de Nadadouro é um recanto de tranquilidade e de contacto com a natureza. A presidente da Junta Alice Gesteiro, afirma que o visitante encontra em Nadadouro, além paisagens fantásticas, boa comida e sossego, mas que ao mesmo tempo está perto de tudo. “Estamos perto da cidade de Caldas da Rainha e também estamos menos de 1 hora de Lisboa. Aqui é um lugar excelente para relaxar, passear, andar á pé ou de bicicleta”, acrescenta. O nome Nadadouro teria surgido a partir de um hábito dos pastores de gado que saiam da Serra do Bouro até aquela zona da Lagoa que hoje pertence a freguesia. Eles traziam o gado para pastar e, nos intervalos, banhavam-se na Lagoa. A partir daí, passaram a chamar aquela terra o ‘Nadadouro’. O nome curioso da terra explica também a relação de respeito e o sentimento de preservação dos moradores para com a lagoa. “Há certas zonas junto da lagoa onde podemos ficar a ouvir o silêncio”, a ouvir os passarinhos que cantam, a ouvir o peixe que salta e os patinhos e toda a fauna a andarem por aí. Há colónias de flamingos chegam aqui para a


REVISTA BUSINESS PORTUGAL INOVAR PARA CRESCER nossa lagoa”, afirma a presidente da Junta. A Lagoa de Óbidos é o mais extenso, sistema lagunar costeiro da costa Portuguesa, com aproximadamente 6.9km2 e uma profundidade média de dois metros. Sua fauna é constituída por diversas espécies piscícolas, nomeadamente, o linguado, a dourada, a choupa, a tainha e outros. Há também, entre outras espécies, a amêijoa, o berbigão, o camarão, a enguia, o caranguejo verde e o mexilhão. A atividade piscatória é realizada ao longo da lagoa e tem um importante papel na economia da região. O que contribui para uma culinária rica em pratos a base de peixe e de mariscos. Uma das especialidades da região é a enguia que pode ser preparada de várias maneiras, “temos o ensopado de enguia, a caldeirada e as enguias fritas. Temos melhor enguia de Portugal”, sublinha a presidente. Ela justifica que o sabor único da enguia pescada na zona pode ser explicado pelo fato da água da lagoa ser salgada “a nossa fica mais inteira é diferente por exemplo daquela que é pescada noutras zonas, que é mais mole. A nossa enguia tem um sabor especial”. Para aqueles que gostam das praticas desportivas aquáticas há também diversas modalidades que são praticadas na lagoa, como por exemplo, a Vela, o Windsurf, a Canoagem, o Remo, o Kitebord, o Jetski, o Ski náutico, o Stand Up Paddleboarding. “Temos a

aqui escola de vela. Há muita gente de fora que vem praticar, sobretudo no verão. Fazer a lagoa de canoa é um espetáculo” sublinha a presidente. A lagoa é, sem dúvida, um espaço de contemplação da natureza que desperta uma paz interior e faz-nos sentir parte daquele ambiente único. “Já tem havido muita gente que chega aqui e diz que já percorreu por aí vários sítios, mas depois quando chegam aqui e observam aquela lagoa, a mistura do azul com o verde da natureza, das plantas ficam encantados”, acrescenta a presidente. Na freguesia também é possível encontrar restauração, cafés e infraestruturas desportivas. “Temos das melhores infraestruturas desportivas do concelho de Caldas da Rainha, com um campo de futebol sintético e um pavilhão gimnodesportivo onde se praticam vários desportos”, refere a presidente. Na parte cultural há o Rancho Folclórico Esperança na Juventude constituído por crianças e adultos que cantam músicas do Nadadouro, de Sintra, de Viana do Castelo e de várias partes de Portugal, até mesmo o Vira da Madeira. Na área social, temos uma IPSS que presta apoio à 3ª idade, prevendo os seus estatutos também o apoio social noutras áreas. A Junta da Freguesia afirma que também há uma intenção de requalificar alguns percursos pedestres, mas, que, entretanto, já há percursos aos quais o

visitante pode ter acesso por meio da aplicação online ‘City Guide’. A aplicação está disponível de forma gratuita no ‘Google Play’, nela o utilizador tem acesso aos caminhos históricos, aos percursos turísticos, a agenda cultural e outras informações sobre a região. Entre os elementos mais emblemáticos do Património Histórico da Freguesia, destaca: a igreja que completa 160 anos, em abril, e a Escola Primária. “A escola primária foi construída pela ordem do grande industrial Francisco de Almeida Grandela, ele construiu escolas também em outras freguesias, mas apenas a nossa e a de Foz do Arelho ainda funcionam como escola”, sublinha a presidente. Revela-nos ainda que este ano será inaugurada uma exposição itinerante sobre a vida e obra de Grandela. A exposição passará pelas cinco freguesias onde existe um vasto património construído pela Família Grandela. No Nadadouro há também as festas populares como o Carnaval com quatro noites de bailes, o Cortejo de Oferendas e a festa em honra de Nossa de Bom Sucesso que é a padroeira da freguesia, entre outras. “Somos uma freguesia simpática e acolhedora, com paisagens deslumbrantes, onde as pessoas se sentem bem”, conclui a presidente.

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“Este espaço é o local onde podes atingir os teus objetivos” dream gym O DreamGym nasceu há 11 anos, da vontade de concretizar um sonho antigo por parte de Sérgio Fonseca, ex-atleta de culturismo, que tinha como objetivo criar um espaço onde as pessoas pudessem atingir os seus objetivos, em termos de sáude e bem estar. Sediado em Vila do Conde, “Born to Win” é o lema deste espaço. Em entrevista à Revista Portugal em Destaque, o empresário fala-nos sobre a dinâmica deste ginásio, uma referência neste setor. tornado realidade por mim e uma das principais característica do meu ginásio acho que é o ambiente familiar, onde quase toda a gente se conhece e se ajuda mutuamente para cumprir os seus objectivos pessoais, sendo para competição ou o simplesmente pelo seu bem-estar. O DreamGym não é apenas um ginásio, tão pouco um ginásio de sonho, é o lugar onde cada pessoa pode atingir os seus objetivos”, começa por nos explicar o empresário. Culturismo, uma forma de vida Sendo um ex-atleta de alto rendimento de culturismo, a partilha de experiências e a procura de atletas desta modalidade no DreamGym, surgiram de imediato. “Eu diria que o Culturismo é uma paixão. O meu ginásio está direccionado para o culturismo mas não só. Pessoalmente o que realmente me motiva é preparar atletas para competições desta modalidade, é a minha zona de conforto”, revela. Sendo o principal objetivo deste desporto, a harmonia e perfeição do corpo, o empresário considera que esta variante desportiva começa, só agora, a ser valorizada pela sociedade em geral. “Eu acho que os anos vão passando e a mentalidade da sociedade está um pouco mais aberta para este desporto. Há uns anos era um desporto mal visto pela população, aliada a diversos fatores, normalmente uma pessoa mais musculada é apelidada de pouco inteligente. As pessoas não sabem ou não têm a noção, que para atingir um determinado nível, têm que possuir conhecimentos não só a nível de treino, como de nutrição, aliada a uma vida regrada”, enaltece Sérgio Fonseca. Em termos de aconselhamento, vários atletas e outros ginásios procuram o nosso

sérgio fonseca Administrador

Um sonho concretizado e objetivos por cumprir Hoje em dia, mais que nunca, a sociedade em geral preserva cada vez mais e melhor a sua saúde e em termos estéticos, cada vez mais se preocupa com a sua aparência física e bem-estar interior. Em termos de competição, em Vila do Conde, há uns anos, havia um défice de espaços onde os atletas de alta competição pudessem treinar e desenvolver as suas aptências. Assim, Sérgio Fonseca, cria o espaço ideal que não existira até então. “O Dream GYM nasceu há quase doze anos, a 1 de dezembro de 2003, foi um sonho

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL INOVAR PARA CRESCER experiência nas várias modalidades onde estão inseridos”, explica. Com métodos de trabalho rigorosos e adaptados às necessidades de cada cliente, as perspetivas de futuro deste espaço são de contínuo crescimento a todos os níveis e o empresário promete novidades para breve. “Futuramente ,espero que tudo continue a correr, pelo menos como correram estes quase 12 anos, mas acredito que muito em breve haverá novidades do Dream GYM, talvez para o ano”, conclui Sérgio Fonseca.

entrevistado para aconselhamento posterior derivado à sua vasta experiência na área. “Felizmente, tenho atletas de outros ginásios de várias zonas do país que me pedem alguma ajuda, também posso dizer que tenho amigos em Espanha , França , Suíça, Irlanda e Brasil, que me pedem algumas dicas ou trocamos ideias sobre métodos de treino, dietas, entre outros”. Outras modalidades e métodos de trabalho Para além de culturismo, o DreamGym disponibiliza outras modalidades no seu espaço como manutenção, cardio, step, aeróbica e ginástica localizada e são vários os treinadores especializados nestas áreas no ginásio. Para além disso, disponibiliza ainda cerca de 26 máquinas de treino distribuídas por três amplas salas. “Na sala de musculação, o Bruno Vale e o Paulo Furtado são os treinadores de serviço sendo que aos sábado e domingos, é o Ricardo Rodrigues. Nas aulas de grupo, a professora Paula Lapa assegura toda a dinâmica da aula. São treinadores com muita

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15 anos a tratar da saúde animal clinica veterinária do castêlo Situada na cidade da Maia, a Clínica Veterinária do Castêlo, nasceu em Maio de 2000 com o objetivo de colmatar uma certa carência deste setor na região. Carlos Paulos, médico veterinário e fundador da clínica, começou a sua formação académica e profissional em virologia na área de investigação, no IIVA e Faculdade de Medicina Veterinária de Luanda.

equipa da clínica veterinária do castêlo

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m Portugal, esteve ligado ao Laboratório Nacional de Investigação. Veterinária durante cerca de cinco anos. Dedicou-se à avicultura industrial, concretamente em aviários de multiplicação e em nutrição animal (fábrica de rações para animais) por quase 3 décadas. Atualmente, possui a Clínica Veterinária do Câstelo com uma equipa constituída por quatro médicos veterinários e três auxiliares de veterinária onde, com meios de diagnóstico auxiliares como radiografia digital, análises clínicas, ecografia, ECG, endoscopia e dois internamentos, disponibiliza consultas de medicina geral e profilaxia, cirurgia geral e ortopédica, banhos e tosquias, entre muitos outros serviços veterinários, tendo desde sempre disponibilizado urgências 24 horas e consultas domiciliárias, com duas ambulâncias. Columbofilia, o desporto com mais atletas federados a nível nacional Carlos Paulos pioneiro e uma referência na medicina e patologia aviárias, assegura

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outra vertente que a clínica dispõe, desde sempre, a columbofilia. Disponibilizando um vasto conhecimento em clínica desportiva, como responsável técnico da Associação Columbófila do Distrito do Porto há 22 anos, fornece apoio técnico e clínico de excelência ligados ao pombo-correio. O que pouca gente sabe é que este é um desporto com mais de dois milhões de atletas federados, enquanto o futebol tem apenas 150 mil. Na perspetiva de Carlos Paulos, este tipo de atividades lúdicas deveria ser mais introduzido nas escolas, já que desenvolve o espírito competitivo, exige dedicação e contribui para alternativas a comportamentos desviantes. Certificação Cat Friendly Clinic Em Maio deste ano, a clínica recebeu o certificado de “Cat Friendly Clinic” pela Internacional Society of Feline Medicine. Em Portugal existem apenas 15 clínicas certificadas, três na região norte. A aquisição deste certificado exige a realização de


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formações em bem-estar felino, bem como a alteração do ambiente da clínica de forma a torná-la o menos stressante possível. Assim, a clínica possui uma entrada, sala de espera e consultório exclusivos para gatos, bem como ma panóplia de equipamentos específicos, como máquinas de tosquia e balanças próprias para felinos. Mas ser “cat friendly” não é só isto. Toda a equipa está sensibilizada para a natureza única do gato, proporcionando um atendimento especializado para tal. “Com a Cat Friendly o objetivo é que os animais, neste caso os felinos e seus tutores, venham à nossa clínica com o mínimo stress e possam receber de nós os melhores cuidados. Nestas condições, o diagnóstico e o tratamento serão mais fáceis, a recuperação melhor e a cura mais rápida e mais consistente”, explica Carlos Paulos. Evolução da medicina veterinária ao longo dos tempos Hoje, admite Carlos Paulos, as pessoas têm uma maior preocupação em tratar dos seus animais nas mais diversas áreas e a nutrição animal tem sido um importante aliado no tratamento animal. “Corria o ano de 1978, ainda na Policlínica Pecuária Central de Aveiro, éramos nós que cozinhávamos as rações para os animais, em grandes panelas, de forma totalmente artesanal, ainda que, com as necessidades específicas e princípios nutritivos subjacentes mas, nesse sentido, a medicina veterinária evoluiu muito. Em termos de nutrição, estamos muito avançados e até costumo dizer que tomara os humanos estar tão bem cientificamente apoiados quando se trata de alimentação comercial como a que nós e os tutores dos animais hoje dispõe, não só com as rações fisiológicas, mas também com as dietéticas. Depois de uma medicação alopática, explica o empresário, é possível fazer a manutenção de uma doença ou a reversão de determinado problema que afeta aos animais, apenas através da nutrição dietética específica”. Hoje, admite Carlos Paulos, existe ainda uma outra área de maior preocupação que é a do comportamento animal, com crescente importância na sociabilização familiar e na medicina veterinária. Foi neste sentido que a Clínica organizou este ano, dois seminários, tendo sido o primeiro exclusivamente direcionado para o comportamento felino e conceito “Cat Friendly”. Dada a boa adesão por parte dos proprietários, o segundo também incluiu o comportamento canino e a vertente do ensino e dos princípios do adestramento. Estes seminários, com entrada gratuita, tiveram o intuito de transmitir aos tutores, conhecimentos que lhes permitam proporcionar às suas mascotes a melhor qualidade de vida, prevenindo simultaneamente patologias comportamentais, bem como comportamentos indesejados no seu dia a dia. Projetos de futuro A pensar no próximo ano, o objetivo passa por investir nas medicinas alternativas, nomeadamente a acupunctura laser – foto-bio-modulação, já que, acredita, será uma mais-valia no tratamento de algumas doenças, com redução de riscos ou efeitos secundários. Um projeto que a clínica acarinha e quer manter é a realização anual de seminários gratuitos para tutores. Carlos Paulos acrescenta ainda que “Estes seminários tiveram boa receptividade e representam uma excelente oportunidade de troca de conhecimentos e experiências”. Paralelamente, outro objectivo é manter a actualização constante do site da clínica e redes sociais com conteúdos relevantes e conselhos práticos para os donos e seus animais de companhia, (o veterinário à distância de um click) estando também em execução uma área dedicada à adoção de animais.

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Com base numa equipa com mais de 20 anos de experiência, a Tal Simplicidade! iniciou a sua atividade com a vontade clara de conquistar o mercado nacional das Artes Gráficas. Após a aquisição de máquinas de impressão offset folha a folha de pequeno e médio formato (35 x 50 cms e 50 x 70 cms), o crescimento da empresa ditou a aquisição de uma máquina de grande formato (70 x 100 cms), de uma rotativa de grande formato e também de uma rotativa a 4 cores para impressão de formulários o que propulsa a empresa para o topo das maiores gráficas nacionais. Com base no crescimento sustentado, a Tal Simplicidade! além do polo industrial na Maia, alargou a sua produção para um pólo industrial em Santo Tirso. A preparação para a Certificação da empresa torna-nos numa indústria gráfica sólida com uma implantação em todo o território nacional e internacional. No nosso departamento de pré-impressão utilizamos ambientes de Mac e Pc e uma vasta gama de programas de manipulação de imagem e imposição. Contamos também com um moderno CTP que permite o processamento de chapas automático garantindo igualmente a obtenção de chapas com uma reprodução fidedigna dos ficheiros enviados. Para nos auxiliar na obtenção de excelentes resultados de impressão dispomos de calibradores com tecnologia alemã. Todos os nossos colaboradores possuem uma vasta experiência na área da Pré-Impressão de modo a satisfazer as necessidades dos nossos clientes, disponibilizando-se para em parceria com eles, possamos atingir os melhores resultados. Dispomos de equipamento para impressão digital da última geração que nos permite satisfazer o cliente em pequenas quantidades e em prazos reduzidos. • Impressão de etiquetas e autocolantes. • Catálogos e brochuras. • Cartões, convites, ementas, cartazes, etc. • Personalização com dados variáveis. O resultado de um bom trabalho gráfico depende não só de uma boa pré-impressão e impressão, mas, igualmente, de um primoroso acabamento. Na Tal Simplicidade! temos a preocupação de possuir um vasto parque de equipamentos para acabamento, tais como máquinas para plastificar, dobrar, cortar, coser à linha, colar à capa, linha de revista, estampar, corte e vinco, entre muitas outras. Os nossos clientes são a nossa fonte de inspiração. É para eles que a Tal Simplicidade! disponibiliza um vasto staff de profissionais muito competentes, que são o garante da qualidade do nosso trabalho. Consulte-nos e verá que somos a escolha certa para ir de encontro aos desafios do mercado da sua empresa.

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Centro Empresarial Câstelo da Maia Rua Manuel Assunção Falcão, 273 - Arm. 9 4475-041 Avioso Sta. Maria - Maia T +351 229 864 393

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Zona Industrial Alto da Cruz, Lote 2 4780-470 Santo Tirso T +351 252 853 586

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