ÍNDICE 19
BRICK ENGENHARIA Um caso de sucesso no setor de avaliações imobiliárias
24
TRATOLIXO Gestão de resíduos urbanos
46
06 - GIVACHOICE
SPRAL 50 anos de dedicação
50
ESSILOR #DiaMundialdaVisão
111
UNIÃO DE FREGUESIAS DE AGUALVA E MIRA SINTRA A presidência que enaltece a multiculturalidade
11 - A.J. MONTEIRO
EDITORIAL
A
cada edição que passa, ganhámos
tugal. Queremos continuar a ser a sua preferência
cada vez mais admiração por este
para a sua leitura de fim de semana.
país e pelos seus empresários.
A propósito das 10ª Jornadas Técnicas Internac-
Reconhecemos em cada local que
ionais de Resíduos, a sua revista empresarial
visitamos a vontade de inovar e de
traz um suplemento sobre as mesmas, onde lhe
continuar a crescer em prol do país. Da hotelaria
apresentamos o presente e o futuro da reciclagem
à gastronomia, passando pelo ensino e sem
nacional.
descurar a indústria, a edição de novembro da
Queremos continuar a figurar no panorama das
Revista Business Portugal traz uma panóplia de
revistas empresariais. Mas estamos muito para lá
bons exemplos nacionais que, não raros casos, já
do ‘papel’. Convidamo-lo a conhecer-nos também
brilham além-fronteiras.
na nossa página de internet, de Facebook,
Queremos continuar a crescer para sermos a
LinkedIn e Twitter
A direção editorial da Revista Business Portugal
referência das revistas que querem destacar Por-
FICHA TÉCNICA | Propriedade: Guidetarget, Lda | Diretor: Fernando Silva | Direção Editorial: Diana Ferreira (diana.ferreira@revistabusinessportugal.pt) | Direção Gráfica: Tiago Rodrigues, Vanessa Martins | Corpo Redatorial: Laura Azevedo, Sara Oliveira, Sílvia Pinto Correira, Tânia Pacheco | Outros Colaboradores: Diana Barros, Joana Capinha, Joana Quintas, Telma Moreira | Secretariado: Paula Assunção (paula@revistabusinessportugal.pt) | Direção Comercial: José Moreira | Dep. Comercial: António Matos, António Santos, Fernando Lopes, Filipe Amorim, Isabel Brandão, Manuel Fernando, Maria José Moreira, Paulo Padilha, Rui Moreira, Vítor Santos (geral@revistabusinessportugal.pt) | Redação e Publicidade: Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15, 9ºandar, sala 9.4 4400-134 – Mafamude / +351 223 754 806 | Distribuição: Distribuição gratuita com o jornal Público / Dec. regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID | Depósito Legal: 374969/14 | Periodicidade: Mensal | Edição de novembro de 2017
6 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 6
Juntamente com clínicos visionários de todo o mundo utilizamos as nossas avançadas tecnologias para oferecer soluções inovadoras em tratamentos de ortodontia que proporcionam ao paciente resultados de grande qualidade. A formação continuada, a qualidade dos nossos produtos e do nosso serviço são a chave do nosso sucesso.
Um aparelho transparente com uma cerámica que supera as expectativas de beleza e funcionalidade. O Damon Clear2 – a verdadeira inovação em transparência.
O Damon Q é um grande passo em frente no sistema auto-ligado passivo de baixa frição: fiável, eficiente, de grande flexibilidade clínica, confortável e estético.
A ortodontia individualizada que permite tornar os casos difíceis mais manejáveis e os casos de rotina excepcionais.
Deseja saber mais sobre a Ormco? Contacte-nos agora através de:
www.ormco.pt
tema de capa | givachoice
A alta-costura num atelier em grande escala O barulho típico das máquinas de costura recebe-nos. As cores e as texturas, desde logo, encantam quem aqui chega. Os tecidos e as linhas são, desde o primeiro momento, uma mostra do que aqui vamos encontrar. Os botões, as lantejoulas, os pelos e o brilho que ressalta demonstram o que aqui se cria, a alta-costura mundial. E todos os cantos e recantos são uma montra do que aqui se faz. Convidamos o leitor a percorrer connosco a Givachoice, a empresa portuguesa que é procurada por todos os costureiros, marcas e estilistas de renome internacional. Conceição Barbosa, Ana Almeida e Ricardo Almeida são os mentores de um projeto que carrega consigo a experiência, o know-how e o conhecimento de mais de quatro décadas. “É na crise que se conhecem os empreendedores e aqueles que sabem melhor fazer, porque fazer em alturas sem dificuldades, todos sabemos e fazemos bem”. É com esta afirmação que Conceição Barbosa, diretora de produção, nos remete ao ano de 2011, mais propriamente ao dia 28 de novembro, data em que a Givachoice foi criada. “Numa altura de crise profunda, decidimos avançar com o nosso projeto, pois sabíamos que a ‘bagagem’ que carregávamos connosco seria sinónimo de sucesso”. E assim foi. A 2 de abril a empresa sedeada em Seroa, Paços de Ferreira, começou a laborar com 50 funcionários. Hoje acolhe 200.
sempre nos seus trabalhos nas mais diversas áreas, como o têxtil e o calçado”, evidencia Ana Almeida, Diretora Geral, acrescentando que o que o “Made in Portugal” é já uma referência no mercado externo. Ricardo Almeida, Diretor financeiro, confidencia à Revista Business Portugal que o crescimento da Givachoice foi exponencial desde o primeiro minuto, fruto da necessidade de responder às exigências de um mercado já por si exigente. O crescimento abrupto registado nos primeiros anos de atividade foi o espelho de um investimento nos seus clientes e em recursos humanos qualificados. “Este ano estamos a prever crescer cerca de 30 por cento”.
Conceição Barbosa, Ana Almeida e Ricardo Almeida Diretora de produção, responsável de produção e diretor financeiro
A alta-costura mora aqui A Givachoice tem, desde a sua fundação, o intuito de desenvolver peças únicas de alta-costura com um elevado conjunto de critérios de qualidade, um setor altamente especializado e em exponencial crescimento em Portugal. “As grandes marcas procuram Portugal por diversas razões, nomeadamente a segurança que o país transmite em tempos tão atribulados como os de hoje, o preço, que é bastante competitivo, mas acima de tudo a qualidade, um marco e uma característica que Portugal implementou desde
8 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
givachoice | tema de capa
Além do edifício-sede e principal foco do trabalho realizado pela Givachoice, contam ainda com uma filial, onde é confecionada a maior parte da sua produção com vestuário de criança. Além disso, e de modo a conseguir responder ao volume de encomendas que recebem, a Givachoice recorre à subcontratação, utilizando parceiros estratégicos. “Estamos num segmento de mercado de luxo, de mão de obra altamente qualificada”, sublinha Conceição Barbosa, complementando que “somos um atelier de alta-costura gigante”. E se é de alta-costura que falamos! “Chegamos a criar coleções tão exclusivas que têm apenas uma peça. Criamos uma única peça para cada tamanho e está completa. Algumas são tão exclusivas que saem daqui personalizadas”, elucida-nos Ana Almeida. “Não temos uma produção massificada e é sempre altamente qualificada. Desenvolvemos e produzimos artigos de luxo para senhora e criança”, realça Conceição Barbosa. “Este nosso posicionamento permite-nos estar num patamar de excelência a nível internacional”, acrescenta. A Givachoice pelo mundo 100 por cento da produção da empresa de Paços de Ferreira é destinada ao mercado externo. A nível europeu, podemos encontrar as peças que aqui são produzidas em Inglaterra, França, Espanha, Itália (a referência do têxtil por excelência) e ainda nos Estados Unidos da América, uma das mais recentes apostas da Givachoice e que está em franca expansão. A formação como aposta primordial Num segmento que é cada vez mais tecnológico e em constante evolução, a formação revela-se primordial para o sucesso de todos. A mão de obra qualificada nesta área assume uma importância tal que é
impossível descurá-la. Por isso, a Givachoice tem diversas parcerias com algumas escolas de formação profissional, nomeadamente a Modatex e a Árvore, a escola de artes de referência da área metropolitana do Porto. Uma outra estratégia que se tem revelado uma boa aposta passa por uma equipa multidisciplinar no que à idade e experiência diz respeito. “Aqui incentivamos à troca de conhecimentos, pelo que a nossa equipa, além de multidisciplinar, conta com elementos de diversas idades e os mais novos ensinam os mais velhos e vice-versa. Porque há sempre algo de novo, ou de velho, para aprender”, graceja Conceição Barbosa. “E notámos que essa é uma das grandes mais-valias da Givachoice”, reforça. Com um investimento constante em nova maquinaria e cada vez mais tecnológica, a formação profissional contínua e constante é uma premissa que esta equipa não dispensa. “Temos formações constantes e gostámos de realçar que temos técnicas de costura e não costureiras, pois todas têm formação que lhes confere esse estatuto”, diz, com orgulho, a diretora de produção. “Muitas pessoas são formadas aqui”, revela Ana Almeida. E este é o reflexo do que acontece no espaço da Givachoice, que é, em simultâneo, uma escola. “A formação em contexto de trabalho é fundamental e sentimos que é aqui que se aprende, efetivamente, a trabalhar e se absorve o que é necessário para trabalhar no mundo do têxtil”.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 9
tema de capa | givachoice
Investimento tecnológico “A tecnologia será uma componente muito importante dentro do processo produtivo da Givachoice, em todas as fases, começando no corte até ao acabamento da peça”, refere Ricardo Almeida. “Tudo no que a tecnologia puder ajudar para que a técnica de costura vá mais além é o tipo de investimento em que estamos a apostar”, complementa. A mais recente aquisição trata-se de uma máquina de corte ‘folha a folha’, com capacidade de evolução para corte de tecidos com estampados posicionais, riscas e xadrez de forma contínua e automática. A máquina integra um sistema de câmaras de alta resolução que possuem a capacidade de reconhecer formas ou padrões existentes no tecido. Esta nova máquina, que chegará, conta com uma tecnologia diferente das demais, pioneira em Portugal, e por consequente será alocado um técnico italiano que estará encarregue de proporcionar formação a funcionários e a outros profissionais da área externos à Givachoice. Ricardo Almeida revela o objetivo do investimento , “numa procura contínua de melhoria da qualidade, baixando o custo de produção”. Um futuro verde Cientes de que o mundo da indústria têxtil não é referenciado por uma ‘pegada verde’, Conceição Barbosa revela que a Givachoice tem o projeto, a médio prazo, de se tornar uma empresa 100 por cento amiga do ambiente. “Já começámos a implementar algumas medidas nesse sentido, nomeadamente a separação de resíduos, pois nesta indústria há muito despercídio para além do tecido, sejam plásticos, papel, entre outros. Está em estudo um projeto que reutilize os desperdicios texteis que existe do decorrer da nossa atividade”. Em cima da mesa está também o projeto de que todas as viaturas da empresa sejam elétricas, “pois com vários polos de produção estamos em deslocações constantes e tornar toda a nossa frota elétrica é uma mais-valia para todos, principalmente para o ambiente”, diz Ricardo Almeida.
10 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Nesse sentido, já existem algumas viaturas elétricas e há ainda um projeto para o auto-consome através de painéis fotovoltaicos para a produção de energia elétrica. “Contamos instalar este sistema no decorrer do próximo anos”, completa o nosso interlocutor. Questionada sobre o futuro, a diretora geral confidencia à Revista Business Portugal que, finalmente, a Givachoice vai lançar, já em 2018, uma marca própria. “Era um projeto e uma ambição que cultivávamos há muito tempo e que, finalmente, conseguimos reunir as condições necessárias para avançar com o projeto”. O nome da marca? Esse continuará no segredo dos Deuses por mais algum tempo...
empresa | tema
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 11
MATOSINHOS, HORIZONTE E MAR
Terra de horizonte e mar: o concelho de Matosinhos oferece belas praias, que vão recortando a costa em desenhos desiguais. Umas pequenas e recatadas, ideias para um dia sossegado, outras com areais a perder de vista, convidando a longos passeios à beira-mar! No inverno, são procuradas pelos amantes do surf, bodyboard, vela e windsurf que encontram no mar do norte as condições ideais para a prática destes desportos. No verão, as praias enchem-se de gente que procura o sol, o mar, a areia dourada, o calor, o descanso ou a animação das praias de Matosinhos. A gastronomia de Matosinhos, cada vez mais apreciada e elogiada a nível nacional e internacional, é considerada um dos principais produtos turísticos do concelho, fazendo parte dos mais variados roteiros e guias de promoção gastronómica de norte a sul do país. Matosinhos é o maior cluster europeu de restaurantes por metro quadrado, reunindo uma oferta gastronómica sem paralelo. Desde a tradicional sardinha assada na brasa à mais requintada cozinha internacional, sem esquecer o marisco, em Matosinhos vai encontrar aproximadamente 600 restaurantes. Matosinhos mantém a tradição, servindo mariscos frescos de grande qualidade e, acima de tudo, o peixe fresco que diariamente vem das lotas de Matosinhos e de Angeiras. A reconhecida gastronomia de Matosinhos, cada vez mais apreciada e elogiada pelos amantes da arte de bem comer, é já considerada um dos principais produtos turísticos do concelho, ilustrando roteiros turísticos e guias de promoção gastronómica do Município. Terra de mar e mareantes, é possível deleitar-se nos muitos restaurantes e tasquinhas, com as várias iguarias dos mais diversos peixes, pescados e cozinhados com mestria pelas gentes locais. Desde o robalo, à lagosta, ao polvo, ao bacalhau, ao tamboril, passando pela famosa sardinha, saboreie os sabores destes acepipes, grelhados na brasa, em caldeirada ou na cataplana e o famoso arroz de marisco. A gastronomia é cada vez mais um dos produtos âncora do turismo de Matosinhos, sendo mesmo o concelho por vezes considerado a sala de jantar da área Metropolitana do Porto. Matosinhos reúne uma oferta gastronómica sem paralelo. Dos antigos quarteirões chegam odores apetitosos que emanam das cozinhas de excelentes restaurantes ou de fogareiros a carvão. Desde os mais familiares e tradicionais restaurantes de sardinha assada aos mais modernos e requintados espaços de cozinha de autor, a qualidade do peixe e do marisco fresco é reconhecida e todos os nossos visitantes podem deliciar-se com as nossas iguarias. Matosinhos proporciona, incontornavelmente, uma experiência única de viagens e vivências, desde os tempos mais remotos aos projetos mais inovadores. Matosinhos encanta pelo que tem e oferece, pelo que conta e, sobretudo, pelo que faz acontecer. É história, património, tradição, projeção, sem nunca esquecer o sabor único da sardinha no pão. É cultura, arte, lazer e demais encantamentos para ver e rever. Mas Matosinhos é muito mais que isto, é rua, noite, palco, animação, luz, cor e som, é festa, é vida e é, afinal, onde tudo acontece. Matosinhos é, inevitavelmente, mar, praia, surf, mergulho, movimento e desporto, oferecendo uma vasta e única orla costeira onde o verde se perde no azul. Matosinhos é fé, tradição e peregrinação, não apenas como ponto de passagem nos caminhos de Santiago, mas também nas festas e romarias, com especial destaque para o Senhor de Matosinhos, merecendo a igreja, ex-libris da cidade, uma visita obrigatória. Matosinhos é incontornavelmente gastronomia, assumindose orgulhosamente como sala de jantar da região, onde não pode faltar a sardinha, o marisco e as histórias das gentes que se perderam no mar. Do vasto património arquitetónico, muitos são os testemunhos de Siza em Matosinhos, sua terra Natal, destacando-se a Casa de Chá da Boa Nova e Piscina das Marés, construídas entre as rochas e classificadas como “Monumento Nacional”. Fonte: www.matosinhoswbf.pt e www.beachcam.meo.pt
12 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
aj monteiro | matosinhos, horizonte e mar
A qualidade é a garantia de sucesso Se muitas vezes se diz que a empresa é feita de pessoas, a AJ Monteiro é um exemplo disso mesmo. Criada e concebida pela dedicação e profissionalismo de António Monteiro, demarca-se com um serviço de excelência e impar no setor da lavagem de cisternas e contentores.
António Monteiro e Anabela Luz
A empresa erguia-se no ano de 2000, por mão da dedicação de António Monteiro, atual sócio-gerente. Ao início, a empresa dedicava-se apenas à limpeza de camiões, mas a evolução do mercado e espírito empreendedor de António Monteiro fez com que o seu negócio expandisse os serviços. Atualmente, desempenha os serviços de limpeza, desinfeção e aquecimento de cisternas, contentores e frigoríficos, evidenciando-se a limpeza de cisternas, que representa a maior atividade da empresa. A excelência do trabalho realizado garantiu o crescimento que sustentou o aumento da empresa e consequente mudança de espaço. Desde maio de 2017 que a empresa está sediada em Perafita, no concelho de Matosinhos, onde conta com um espaço largo e equipamento modernizado. Para descobrirmos os segredos do sucesso de 17 anos de atividade e a história da AJ Monteiro, a Revista Business Portugal esteve à conversa com António Monteiro e Anabela Luz, o responsável por montar este negócio e a administrativa e braço direito do sócio-gerente. Rapidamente se percebeu que a paixão e dedicação em cada detalhe do trabalho são parte fundamental do rigor e do êxito que têm vindo a alcançar. António Monteiro começou por contar a história da empresa.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 13
matosinhos, horizonte e mar| aj monteiro “Trabalhava nos transportes ‘António Frade’ como motorista onde comecei a fazer trabalho de manutenção e lavagem dos camiões. Todo esse trabalho fez crescer as minhas ideias. Nessa altura, instalei-me numa zona de 800 m2. Em 2000, com a obra de uma nova estrada, tive de mudar de local. Comecei a procurar um terreno e instalei-me na zona industrial da Maia, num terreno de 2000 m2 que em 15 anos se tornou muito pequeno. Voltamos a procurar novos espaços e instalamo-nos neste espaço onde estamos”. Anabela Luz, parte fundamental do progresso da empresa acrescentou: “ao trocarmos de instalações, diversificamos muito mais a nossa oferta de serviço. Alguns serviços já tínhamos, mas numa escala muito pequena e aqui começamos a expandi-los. Entretanto, os motoristas foram falando da nossa empresa e isso foi fazendo com que houvesse muita procura. Hoje há muita gente de fora a procurar-nos, até mesmo empresas do mesmo ramo de negócio que vêm ver como nos organizamos e trabalhamos”. Com o crescimento de negócio e a mudança para um espaço maior, novas exigências surgiram. Sendo uma empresa que trabalha muitas vezes com produtos tóxicos e poluentes, houve desde sempre uma responsabilidade ambiental. A construção de uma ETAR (estação de tratamento de águas residuais) foi uma prioridade. “Tivemos o interesse de ir ver o tratamento de águas que fazem em Espanha, porque lá são extremamente rígidos e quisemos ver como eles trabalhavam para ter um ponto de referência”, explicou Anabela Luz. Com a preocupação na eficiência, António Monteiro investiu em duas estações de tratamento de águas residuais – uma de tratamento biológico e a outra físico-químico – ambas com 300 m3 de capacidade. “É um investimento extremamente caro, mas tivemos a sensibilidade de ter um cuidado ambiental. Na ETAR entra látex ou qualquer outro produto e sai água limpa”, referenciou o sócio-gerente. De referir que mais nenhum lavadeiro em Portugal dispõe deste tipo de tratamentos para as suas águas. Uma oferta diferenciada São poucas as empresas que a nível nacional operam neste ramo. Seria, por isso, fácil a AJ Monteiro demarcar-se da concorrência. No entanto, o espírito de trabalho elevou o patamar da empresa que se tornou numa referência na europa. É certificada pela SQAS (Safety & Quality Assessment System), pela certificação Bureau Veritas, pertence à APLC (Associação Portuguesa de Lavadores de Cisternas) e à EFTCO (European Federation of Tank Cleaning Organisations). Segue, também, todos os protocolos ambientais e de segurança utilizando apenas produtos certificados. Todo o serviço é diferenciado pelo rigor e profissionalismo com que é executado. As máquinas representam parte significativa do trabalho. Os robôs de limpeza, distribuídos em quatro pistas alcançam até 150 bars de pressão o que traduz uma limpeza altamente eficaz. “Temos um serviço muito rápido, o que é melhor para o motorista, vai carregar mais rápido e mais rapidamente voltam ao serviço. A rapidez e eficiência do serviço são prioridade”, explicou António Monteiro. Sempre responsável e acolhedor, o gerente desenvolveu o espaço a pensar no conforto dos clientes, dessa forma desenvolveu um espaço com balneários equipados com chuveiros de massagem, uma sala com televisão e serviço de internet, um serviço de café e um parque onde os motoristas podem descansar em segurança. “Há uma preocupação de oferecermos conforto a quem nos procura”, evidenciou o gerente. Outra das ofertas diferenciada é a utilização de um camião próprio para a logística do trabalho e a aquisição de uma máquina para mover e transportar contentores. António Monteiro explicou que “por vezes as cisternas têm de ficar mais que um dia para a limpeza e o motorista tem de fazer outro serviço. Nesses casos temos um camião para fazer esse trabalho e o cliente não precisa de se preocupar em ter de deixar aqui um motorista para esse fim.
14 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
aj monteiro | matosinhos, horizonte e mar Também o parqueamento de contentores e a aquisição de uma máquina que permite a movimentação dos mesmos, tem representado uma mais-valia para a empresa e para o seu crescimento. De facto, o conjunto de serviços diferenciados pela qualidade e eficiência tornam a oferta da AJ Monteiro uma empresa referenciada no setor e um exemplo pela metodologia ambiental e filantrópica que implementa em cada processo. Uma vida de trabalho e dedicação Um empenho traz outro maior, há homens que, por génio e mesmo por inclinação, metem-se em obrigações, mas quem caminha à luz da razão sempre vai com muita consideração e assim, António Monteiro, foi traçando o seu caminho. Dono de um percurso de sucesso, a humildade e empenho foram fatores fundamentais para o desenvolvimento da empresa que criou e que atualmente acolhe 16 colaboradores. A paixão pelo negócio e pelo trabalho que faz é genuína e em cada investimento coloca sempre o peso do conforto daqueles que com ele trabalham. Se, muitas vezes, é dito que uma empresa é feita por pessoas, este é um caso fulcral disso mesmo. Erguida com base nos seus próprios valores a AJ Monteiro acabou por se tornar numa referência no setor. Nascido numa família humilde, aprendeu a crescer sem atropelar ninguém e a apoiar e preocupar-se com todos aqueles que o rodeiam. Por limitação de outros tempos, fez apenas a 4ª classe, mas a vida encarregara-se de lhe dar os ensinamentos mais importantes para singrar no mundo dos negócios. “Fui ensinado a ir para a escola, da escola para o campo, mais tarde ia para o campo, depois ia trabalhar e voltava para o campo. Houve uma fase na vida em que trabalhava para o meu patrão de noite, e de dia trabalhava para mim. Dormia apenas três horas por dia. Decidi, então, arriscar e trabalhar apenas para mim próprio. Durante muitos anos o dinheiro que ganhava era para comer, até o negócio ir evoluindo. Sem trabalhar não existe nada”, explanou António Monteiro. “A empresa está montada com ideias do senhor Monteiro. É tudo ideia de uma pessoa e tudo idealizado por ele. A forma como as coisas estão organizadas, pequenos pormenores e toda a montagem da empresa. As necessidades do dia-a-dia fizeram com que se fosse moldando. Esta empresa é o exemplo do conhecimento da vida, o estudo é o dia-a-dia. Há clientes que têm problemas mecânicos e que acabam por ligar ao senhor Monteiro. É bom no que faz, não passa apenas por ter o equipamento certo, mas ter também o conhecimento e a exigência de um trabalho bem realizado”, acrescentou Anabela Luz. A administrativa, que implementa a equipa da AJ Monteiro há sete anos, tornou-se também parte integrante do sucesso da empresa. É o ‘braço direito’ de António Monteiro e partilha dos mesmos valores de dedicação, responsabilidade e profissionalismo. Foi com um sorriso e clara paixão naquilo que faz que foi elucidando a Revista Business Portugal sobre o trabalho da empresa. Devidamente orgulhosos e dedicados, representam uma equipa unida em prol do objetivo comum. A AJ Monteiro é, neste momento, a imagem do seu gerente, uma empresa que é um exemplo de que a dedicação e muito empenho se pode traduzir num orgulhoso sucesso. Desafios e dificuldades Ao longo de quase duas décadas de existência a AJ Monteiro tem superado vários desafios. O facto de não existir em Portugal uma legislação e uma regulamentação da atividade em que os serviços da empresa se enquadram trouxe algumas dificuldades. Atualmente cabe à APLC (Associação Portuguesa de Lavadores de Cisternas) defender os interesses dos lavadeiros. No entanto, os entraves colocados à AJ Monteiro para integrar a APLC revelaram o oposto. “Ao longo dos anos a empresa foi alvo de muitas injustiças. Não pertencíamos à associação, mas cumpríamos todas as
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 15
matosinhos, horizonte e mar| aj monteiro
normas e exigências para sermos certificados. Trabalhávamos tão bem ou melhor que as empresas que estavam na associação, isso deu-nos vontade de crescer. Tínhamos serviços e material que mais ninguém tinha. Criaram-nos tantas barreiras que se tivéssemos a mesma exigência para com a maior parte das empresas da associação, acabariam por fechar quase todas”, explicou Anabela Luz. Os desafios foram ultrapassados e foram razão de provar que a empresa fazia o seu trabalho bem feito. Futuro Apesar dos curtos 17 anos de existência, António Monteiro e Anabela Luz perspetivam um futuro longo e de crescente sucesso para a empresa. As bases foram criadas e neste momento a procura pelos serviços da AJ Monteiro é tão grande que uma nova expansão do espaço da empresa é iminente. Parte do futuro passa, também, por garantir o presente. Analisar o mercado e ouvir cada cliente é fundamental para novos investimentos. “Pensamos um pouco à frente e aos poucos os nossos serviços vão aumentando e sendo melhorados. Temos de antecipar os problemas, por isso mesmo não estive sempre só a lavar camiões ou cisternas. Se o negócio da lavagem cair, tenho o serviço de desinfeção, se o serviço de desinfeção cair, tenho o parqueamento e aquecimento de cisternas, vamo-nos moldando ao mercado e temos de estar sempre um passo à frente”, enunciou o sócio-gerente. A curto prazo, o futuro passa por aumentar o parqueamento de contentores, mas um crescimento sempre com investimentos conscientes. A AJ Monteiro é um exemplo de superação constante, o resultado do empenho e da luta constante pelo crescimento e por se notabilizar no ramo. Criada a partir do nada é atualmente uma referência europeia no setor, um exemplo de empreendimento de António Monteiro que se lançou ao mundo dos negócios com uma vontade de vencer tão grande como a sua dedicação e reverência no trabalho que faz.
16 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Rua Silva Aroso, 1307 4455-559 Perafita Tlf: 229 968 055 | Tlm: 939 011 180 | Fax: 229 965 722 e-mail: ajmonteirogeral@sapo.pt | geral@ajmonteiro.pt www.ajmonteiro.pt
matosinhos, horizonte e mar| carone
Especialistas em inovar sistemas de cortinados Fundada em 1977 a Carone é uma empresa dedicada ao desenvolvimento e produção de artigos dedicados à área da decoração e cortinados. Carlos Rocha e Ricardo Carvalho são a segunda geração desta empresa e os atuais responsáveis em levar avante uma herança de inovação e sucesso deixada pelos fundadores. São precisamente 40 anos, quatro décadas desde que Manuel Carvalho e Vasco Neves ergueram a Carvalho, Ribeiro & Neves, Lda., atualmente designada de Carone e sediada em Leça do Balio, bem próxima da cidade do Porto. O negócio floresceu em Rio Tinto com a exploração da criação de moldes para plásticos. Com o crescimento alcançado e a necessidade de um espaço maior, acabaram por passar as instalações da empresa para Leça do Balio, local onde ainda desenvolvem atualmente a sua atividade. A criatividade e inovação passavam desde então a fazer parte da génese da Carone. O negócio foi crescendo e a necessidade de obter novas máquinas abriu portas a que se começasse a explorar a expansão do negócio na produção de novos artigos. Foi surgindo assim, a implementação da empresa na produção de artigos dedicados à área da decoração e cortinados. Atualmente a empresa conta com um catálogo vasto de produtos: varões, estores romanos, esquadros de fixação, ilhós e máquinas de aplicação, ganchos e argolas, painéis e calhas para cortinados. É precisamente no desenvolvimento e produção de calhas para cortinados que incide o principal negócio da Carone. A arte e o engenho de uma administração que sempre ambicionou estar um passo à frente da concorrência acabou por conceber os caminhos para o sucesso. Carlos Rocha e Ricardo Carvalho são testemunhos disso mesmo, atuais gerentes fazem parte da segunda geração de uma empresa que ao fim de quase meio século de atividade continua em crescimento. “A empresa é autónoma em tecnologia e em produção, é tudo desenvolvido e fabricado por nós, apenas compramos a matéria prima para trabalhar” começou por explicar Carlos Rocha, o atual sócio-gerente. “Tudo nasce aqui” começou assim por anunciar a criação de praticamente todos os sistemas de calhas para cortinados existentes no mercado. “Fomos nós que implementamos o sistema de onda perfeita nos cortinados” referiu assim, aquela que é uma das principais criações da empresa e uma conceção que tem representado grande parte do volume de negócio nesse segmento de mercado. A criatividade da simplicidade de criar um sistema para produzir um efeito de ondas nas cortinas tornou-se numa inovação incontornável
Carlos Rocha e Ricardo Carvalho Administradores
18 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
carone | matosinhos, horizonte e mar
Manuel Carvalho e Vasco Neves Fundadores
em todo o mercado e por consequência, os revendedores começaram a querer aproveitar parte dessa criação. “Os nossos próprios distribuidores resolveram mandar fazer cópia dos nossos produtos e acabámos por ficar sem clientes. Tivemos de reconquistar o mercado novamente e reforçar a nossa posição” referiu o gerente Ricardo Carvalho um dos períodos mais agrestes da Carone. Esse foi também um período que devolveu uma nova alma à empresa através da criação de uma equipa de comerciais e com a concretização direta dos seus negócios com os clientes. Inovação, autenticidade e qualidade Um dos grandes pilares que têm sustentado o sucesso da Carone tem sido a criatividade e o engenho em criar novos produtos de valor acrescentado para o mercado. Têm desenvolvido produtos irreverentes que têm marcado a arquitetura de interiores. Apesar das cópias que vêem surgir, garantem que são os únicos capazes de moldar o produto, facto adquirido por serem os criadores de todo o processo: “temos muitas possibilidades técnicas que mais ninguém tem, conhecemos o artigo como mais ninguém e surgindo um problema ou um obstáculo, os clientes sabem que só o irão conseguir resolver vindo cá. Com a arquitetura moderna isso é cada vez mais comum. Personalizamos cada serviço e cada produto e garantimos a qualidade com o nosso serviço e com uma garantia vitalícia”, esclareceu Carlos Rocha. “Estamos sempre na vanguarda. É importante a forma como as peças são concebidas e depois como são produzidas, temos também uma grande exigência com os materiais utilizados. O design também é importante e temos também de estudar o mercado. Há tendências diferentes em cada país”, acrescentou Ricardo Carvalho ao revelar parte do segredo da qualidade e do sucesso que tem
garantido o crescimento da empresa. A forma única como trabalham e conhecem todo o processo tem levado a Carone a implementar os seus produtos em obras distinguidas com prémios de arquitetura e em locais de referência como o hotel Six Senses Douro Valley, no Vale do Douro, considerado o melhor hotel SPA do mundo pela prestigiada publicação Condé Nast Traveler. Satisfazer o cliente Um dos aspetos referenciadores em que se posicionam é a forma como tratam cada cliente “a forma como é servido é para nós primordial. Resolvemos todos os problemas, sejam eles quais forem. Temos casos com curvas onde mandamos uma equipa para o local e desenvolvemos lá o nosso trabalho. O hotel do Alvor no Algarve foi todo ele feio por nós, estamos a falar de mais de 800 janelas mais as áreas envolventes e após 6 anos temos zero incidências” destacou Carlos Rocha. A importância de bem servir os clientes é também presente na inovação e na conceção de novas peças, como elucidou o gerente Ricardo Carvalho: “no desenvolvimento dos produtos um dos grandes pontos de
iria agir. Este sistema acabou por substituir praticamente todos os outros sistemas que eram usados. Estamos agora a tentar desencadear esse processo em Espanha até porque eles usam sistemas muito obsoletos e com anos de atraso de nós”, aclarou, Ricardo Carvalho, a ambição de conquistar o mercado espanhol como grande porta para o mercado europeu. Caminhando a passos largos para o futuro a empresa tem criado condições para sustentar a sua posição no mercado. Ainda assim o crescimento e a grande procura dos produtos da Carone necessitam de uma expansão da própria fábrica, projeto esse que irá arrancar em breve. Em relação aos produtos, a ambição é continuar a criar com incidência na exploração da motorização das calhas para cortinados e na exploração de controlo remoto. Em carteira têm já dezenas de novos produtos prontos a produzir que serão lançados ao mercado no momento oportuno. A Carone é uma marca com qualidade garantida e um forte peso na inovação da conceção de interiores.
partida é ouvir os clientes”. Continuar a inovar para expandir o futuro A Carone tem sido uma marca que tem garantido o sucesso no território nacional e que tem procurado aumentar a ascensão no mercado externo. Embora já trabalhem com mercados estrangeiros há vários anos, nos últimos anos tem havido uma maior necessidade e vontade de apostar no mercado espanhol e reforçar a Carone como uma marca internacional. “Tínhamos vontade de revolucionar e lançamos a calha de efeito de onda perfeita em Portugal. Fizemos essa calha com um sistema novo e não sabíamos como o mercado
Sofia Rocha
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 19
matosinhos, horizonte e mar| brick engenharia
Nuno Barroso e equipa
Um caso de sucesso no setor de avaliações imobiliárias No concelho de Matosinhos, a Revista Business Portugal teve a oportunidade de falar com o representante de uma empresa de sucesso da área de avaliações imobiliárias: Brick. Numa conversa extensa com o seu fundador, e atual administrador, Nuno Barroso, a nossa revista acabou por descobrir as particularidades que fazem da Brick uma empresa única, para além de perceber quais as qualidades necessárias para ter sucesso num setor muito competitivo.
Nuno Barroso Administrador
Para melhor compreender as origens da Brick, é necessário recuar ao ano de 2006, quando Nuno Barroso decidiu envergar pela sua criação. Contudo, o fundador da empresa já contava com cerca de sete anos de experiência no setor das avaliações imobiliárias, tendo passado por todos os departamentos da área, a fim de melhor completar o conhecimento necessário para brilhar no mercado. Após decidir que abrir uma empresa própria era o melhor caminho para dar asas aos seus objetivos, concluiu o curso da CMVM e começou esta aventura. Hoje, orgulha-se de apresentar clientes de renome mundial, como por exemplo o Santander Totta, o EuroBic e a Caixa Geral de Depósitos. Para continuar a crescer, Nuno Barroso desvendou que tem a empresa certificada pela TEGOVA (The European Group of Valuers Associations), entidades bastante conceituadas a nível mundial. Porém, para ter sucesso neste setor é necessário mais do que motivação. Em conversa com o administrador da Brick, percebemos que esta área implica muito suor e muita dedicação. “Estamos num setor muito delicado”, admitiu
20 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
brick engenharia | matosinhos, horizonte e mar o engenheiro, apontando a honestidade, a competência e o rigor técnico como fatores chave de destaque. “Se logo à partida apresentamos um bom trabalho, somos reconhecidos. Se começamos a descuidar esse trabalho, vamos ter problemas.” Um outro obstáculo inerente às avaliações imobiliárias são os prazos impostos pelos clientes. “Trata-se de uma parte fulcral na avaliação imobiliária e que nos condiciona a todos. Quando se começa a pensar em prazos em detrimento de qualidade técnica cria-se um problema, porque tem de haver um equilíbrio. E essa é a grande dificuldade do setor neste momento. Mas só temos uma hipótese: manter a qualidade técnica”, explicou o admistrador. Contudo, é preciso que os clientes entendam que serviço rápido não é sinónimo de qualidade. “Temos mesmo de arranjar um caminho entre as duas componentes, porque descuidar de uma em detrimento da outra não serve, pelo menos não para nós, BRICK! Temos de ter celeridade no serviço e qualidade na parte técnica para vencer neste meio”. Apesar dos condicionalismos inerentes ao setor, a Brick foi crescendo, graças à linha condutora de Nuno Barroso. Em cerca de 11 anos de existência, esta empresa já passou por momentos teoricamente mais desfavoráveis, como a crise económica que se fez sentir em Portugal. Todavia, conseguiu encontrar oportunidades nesta época mais delicada. “O clima realmente era desfavorável mas eu não o via dessa forma. Continuamos a fazer o nosso trabalho e
a prova que a decisão tomada foi a correta é o processo de crescimento contínuo da BRICK. Nunca tivemos sequer um ano de estagnação, mesmo durante os anos de crise, onde fomos sempre ganhando mais clientes. A partir do momento que recebemos um cliente, nunca mais o largamos. Até hoje nunca perdemos um cliente, portanto, isso quer dizer alguma coisa. Foi assim que tudo começou e é assim que tudo se tem desenrolado”. Um outro fator chave de sucesso, considerado um dos mais importantes pelo gestor , é a equipa de trabalho que o rodeia. “Neste momento estamos com oito funcionários, mas em breve seremos nove. Felizmente estamos sempre a crescer. A nível de externos temos 60 peritos inscritos na CMVM. De modo a incutir a política da empresa em todos os funcionários e colaboradores, damos formação contínua . É importante sublinhar que a nossa equipa sente-se bem aqui, gosta do que está a fazer e isso torna qualquer trabalho mais fácil”, admitiu o engenheiro. A Brick já é uma empresa conceituada no mercado nacional, visto ser capaz de pôr em prática serviços de qualidade, conjugados com a rapidez necessária para o negócio fluir. O core business da empresa é precisamente a avaliação imobiliária. Posteriormente, existem outras atividades como as peritagens, a gestão da construção, a certificação energética e arquitetura e especialidades. Para além disso, pontualmente, elaboram estudos de mercado, caso um
cliente assim o deseje, de modo a ver se é viável ou não avançar com um projeto numa determinada zona. “Isto é o grosso da atividade, mas aquela onde nos focamos essencialmente é a avaliação imobiliária. Sempre foi e deverá ser durante muitos anos porque é aquilo que eu gosto efetivamente de fazer”. Assim sendo, a Brick nunca vira as costas a nenhum desafio, trabalhando com qualquer tipo de ativos, tanto de imóveis como de equipamentos e para todo o tipo de clientes, desde institucionais até clientes particulares. Quando uma empresa é tão assertiva na sua filosofia e na sua forma de trabalhar, o futuro só pode ser risonho e as expectativas terão de ser as melhores. Questionado como vê os próximos anos da Brick, Nuno Barroso mostrou-se confiante e certo das capacidades da companhia. “Vejo-nos com mais funcionários, a abranger outras áreas de atividades e a envolver novos setores. Queremos dar expressão a outras áreas de negócio. Vejo um futuro sorridente, com uma equipa estável e competente como a que temos”. Para finalizar a conversa, Nuno Barroso deixa uma promessa. “Vão ocorrer algumas mudanças na Brick, com a entrada de uma pessoa com mais de 18 anos de experiência, o que juntamente com a restante equipa (também com mais de 18 anos de experiência) será outra mais-valia para a empresa. Isto permite-me olhar para outras oportunidades que nos ajudem a crescer. Vamos trazer novidades para Brick, que prometem inovar o setor!”, rematou.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 21
matosinhos, horizonte e mar| rg4E
Aposta continua na melhoria das competências em engenharia
Criada por técnicos muito experimentados e que participaram em alguns dos maiores projetos de engenharia a nível nacional, como os primeiros centros comercias do país, o aparecimento dos hospitais e clínicas de saúde privadas, a proliferação e inovação tecnológica de agências bancárias e edifícios de escritórios e serviços em todo o território nacional e na conceção de estádios e de infraestruturas como a Metro do Porto e a Porto 2001. Capacitada pelos conhecimentos técnicos dos sócios fundadores, e impulsionada pelo reconhecimento e contactos do mercado da engenharia, e pela constante atualização e formação continua dos seus quadros, sobreviveu aos piores tempos de estagnação da construção civil em Portugal crescendo de forma controlada desde o primeiro ano de atividade e orgulha-se de nunca ter sentido verdadeiramente falta de trabalho, apesar de ter sido criada e desenvolvida em anos de enorme crise económica, como explica Luís Couto. “Investimos continuamente na formação e na renovação e atualização das competências dos nossos técnicos, não só do corpo de engenharia, a nível de atualização de legislação mas também e em particular na inovação, de que é exemplo a formação que estamos a promover e a proporcionar, quer aos nossos técnicos de desenho, quer a técnicos de parceiros nossos e/ ou subcontratados, nomeadamente com a implementação do desenho 3D – Revit BIM, nos nossos projetos, por forma a estarmos todos capacitados para novos desafios do mercado, quer para projetos em Portugal, quer para projetos fora de Portugal”. O nosso interlocutor continua a explicar que “na rg4E, desde o início, que nos organizamos e investimos na qualificação e certificação dos processos de trabalho da empresa, tendo obtido em 2014 a marca de certificação, sendo desde então uma empresa com sistema de gestão de qualidade ISO 9001 certificado. Acreditamos, pois, que uma empresa de prestação de serviços de engenharia deve ter mecanismos e procedimentos de trabalho qualificados, e deve exercer e proceder à monitorização dessa qualificação junto do cliente e
22 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
das entidades licenciadoras dos projetos”. A rg4E soube também posicionar-se e manter-se nos nichos que o mercado foi aos poucos promovendo, como a reabilitação e requalificação de edifícios, com projetos para hotelaria, habitação e escritórios, bem como com projetos mais institucionais, para museus, edifício de batalhão de bombeiros e escolas básicas ou a renovação e restruturação de algumas indústrias, por força da dotação destas a programas de incentivo, no âmbito do programa 2020. A rg4E conta hoje no seu portfólio, e apesar dos seus breves, quase seis anos, com trabalhos de continuidade na renovação de centros comerciais, acompanhando o esforço dos seus promotores de os dotar em espaços como hoje os conhecemos, com polos de atividade não só comercial, mas também de atividade social, cultural e recreativa. Tem também participado ativamente no crescimento da atividade de retalho alimentar, com projetos de supermercados de marcas nacionais e internacionais, e com projetos na área da restauração, tendo sido procurada e referenciada por investidores estrangeiros para desenvolvimento de projetos e na construção de novas marcas em Portugal,
acompanhando o ‘boom’ do turismo no nosso país e em particular no Porto e em Lisboa. “Caso particular desta referenciação é a prestação de serviços e a parceria que estabelecemos com um grande gabinete de projetos de arquitetura, sediado em Espanha e implementado a nível mundial, que nos contrata e permite o desenvolvimento de projetos de especialidades para grandes marcas de prestigio e renome internacional”. Assim, afirma Luís Couto, vê a rg4E a participar ativamente e por muitos anos na engenharia em Portugal, não descurando incursões em outros países, como já teve oportunidade de o fazer, no caso em Moçambique, Argélia, Cabo Verde, Angola e Roménia e continuará a fazer, quer por meios próprios quer em parceria com outros intervenientes da área de engenharia, ou por convite de clientes.
Joaquim Silva, Luís Fernandes, Paulo Oliveira e Luis Couto Sócios-Gerentes
A rg4E foi constituída como sociedade em 2012, por quatro engenheiros com experiência de 20 anos na área das engenharias, e em particular na elaboração de projetos de especialidades, de instalações elétricas, comunicações, segurança incêndio e segurança de intrusão, ar condicionado, gestão técnica de edifícios, eficiência energética e energias renováveis.
RECOLHA E RECICLAGEM DE RESÍDUOS, A SUA VALORIZAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO
O meio ambiente tem sido um dos temas em permanente discussão. Dentro do ambiente destaca-se a preocupação com a reciclagem de resíduos, a economia circular e o consumo sustentável que vão marcar as 10ªs jornadas técnicas internacionais de resíduos organizadas pela APESB. Estas jornadas são uma forma de refletir e debater as ideias e realidades que estão a marcar este setor. Gerir os resíduos não é tarefa fácil mas para isso é preciso saber no que consiste a gestão de resíduos. Esta gestão passa por um conjunto de atividades que tem como função a “deposição, recolha, transporte,
Solim, Sotkon defendem um consumo sustentável é preciso uma ação dos cidadãos, visto que são considerados uma parte ativa no que diz respeito à sustentabilidade. Atualmente, o comportamento de cada indivíduo irá refletir-se no ambiente. Mas as empresas, de norte a sul do país, e o próprio Estado têm um papel importante na dinamização e na divulgação deste setor. A sustentabilidade irá gerar a qualidade de vida, mas também parte do comportamento de cada um de nós. É desta forma que é necessário criar meios e soluções para a resolução de alguns problemas ligados ao setor
tratamento, valorização e eliminação de resíduos”. Estes procedimentos devem ser feitos de forma a não prejudicar o ambiente, mas sim ter uma atitude cívica que passa não só pelas empresas, mas também pela atitude dos cidadãos. Deve ser totalmente proibida a gestão de resíduos por agentes que não estão autorizados, bem como o despejo dos resíduos em qualquer local, como por exemplo ruas e praias. Recolha seletiva O tempo de degradação dos resíduos é algo que deve preocupar os cidadãos. Essa degradação é feita gradualmente, ou seja, o tempo acaba por ser elevado. Por isso é que a recolha seletiva pretende ser a melhor alternativa para se verificar um desenvolvimento sustentável. Algumas empresas destacam diversas vantagens na recolha seletiva, nomeadamente a economia de energia e matérias primas, a redução de resíduos que são depositados em aterro sanitário e a redução da poluição a nível do ar, água e solo. Consumo sustentável Empresas como a Cascais Ambiente, Hidurbe, Resitul, Resopre,
dos resíduos. Economia circular vs Economia linear A economia circular surge na área dos resíduos para reduzir, reutilizar, recuperar e reciclar materiais e energia, com o objetivo primordial de valorizar os resíduos. Esta economia pretende substituir a economia linear para não desperdiçar os resíduos, mas reaproveitá-los como forma de promover o crescimento económico e aumentar o consumo de recursos. Este modelo mais económico visa uma reorganização, não só a nível dos resíduos mas também do setor em si, tornando o processo muito mais dinâmico. O mesmo não acontece com a economia linear, uma vez que há a produção, seguida do consumo e termina com a eliminação dos resíduos. É por término relativo à economia linear que a economia circular tem como foco não a eliminação, mas o procedimento da reciclagem para poder colocá-los posteriormente no mercado. É assim que o conceito da economia circular promove o fortalecimento deste ciclo de vida para depois poderem poupar recursos e terem benefícios económicos.
24 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
apesb | reciclagem de resíduos
Prevenção, a palavra de ordem para a gestão de resíduos A APESB - Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental tem vindo a desenvolver estudos nos setores de águas e resíduos. Fernando Leite, administrador da APESB, reforça como principal prioridade da associação a valorização dos resíduos e a sua posterior reutilização. A APESB fala ainda à Revista Business Portugal da importância das 10ªs Jornadas Técnicas Internacionais de resíduos.
Fernando Leite Vice-Presidente APESB
Técnicas Internacionais de Resíduos (JTIR), estas que vão já na sua 10ª edição. As JTIR são Eventos muito dedicados às componentes técnicas e práticas da gestão de resíduos, procurando, através do debate, de Master Classes e de Visitas Técnicas, transmitir conhecimento, promover networking, transpor as Estratégias nacionais para iniciativas/ações práticas que melhorem a gestão de resíduos. Nas 10as Jornadas vamos ter um bom balanço entre Especialistas nacionais e colegas estrangeiros, que se propõem discutir tão importantes como limpeza urbana, a recolha de resíduos, a valorização de subprodutos ou resíduos, a Inovação no Setor, as Tecnologias, a Educação e Sensibilização Ambiental.
Qual o papel na atualidade da APESB? A APESB é a mais antiga Associação de Profissionais (individuais e Empresas) que em Portugal se dedica ao estudo e divulgação de conhecimento nos Setores ambientais de águas e resíduos. Fundada em 1980, é uma ONG com 241 associados individuais e 103 Empresas e outras entidades. A APESB é ainda o membro nacional de importantes associações mundiais, como são os casos da ISWA, da IWA, Water Environement Federation, da EWA, European Water Association. A importância das 10ªs Jornadas Técnicas Internacionais de resíduos. A APESB organiza diversos Eventos quer nacionais, quer internacionais, como sejam os Encontros Nacionais de Saneamento Básico (ENASB, já com 17 edições), ou as Jornadas
O contexto da economia circular nos resíduos. A Economia Circular é hoje um conceito que faz todo o sentido ser acolhido no Setor dos Resíduos. Podemos verificar que este tema é, hoje, central na política europeia da gestão de resíduos, com Diretivas, Regulamentos, Programas de Financiamento e Ajudas em valores nunca até hoje disponibilizados. Importante em tudo o que à Economia Circular diz respeito, está o conceito de resíduo como um recurso, daí promoverse, ao máximo, a prevenção, a reciclagem, a reutilização e a valorização material de resíduos, recusando-se fortemente o confinamento técnico dos mesmos. Quais são as vossas prioridades no setor de resíduos? As prioridades são efetivamente a valorização adequada dos materiais provenientes da reciclagem multimaterial, o escoamento dos produtos dos Tratamentos Mecânicos
Biológicos (TMB) a importante questão das sinergias entre Sistemas de Gestão de Resíduos, mais propriamente a partilha de Instalações que precisa ser adequadamente promovida pelo Governo e regulada pelos Órgãos de Tutela e por último a valorização da fração RESTO saída dos TMB, que neste momento vai, na sua quase totalidade, para Aterro Sanitário. Existem debilidades de desempenho no setor de resíduos. Que problemas devem ser resolvidos? Já respondemos, em certa medida, na anterior questão, sendo que provavelmente devemos também enfatizar aquilo que vem sendo referida como a “revisitação” do PERSU. Sem termos um Plano Nacional adequado e em linha com a Política europeia da gestão de resíduos, o nosso atraso e desalinhamento com a Europa será cada vez maior. De 16 a 26 novembro decorre a semana europeia da prevenção de resíduos. De que forma poderá a APESB sensibilizar as empresas e a população para a valorização dos resíduos? Muito mais que a APESB, há uma “pool” de Organizações que colocam na agenda e na Ordem do Dia, o pilar mais importante da Gestão de Resíduos, a PREVENÇÃO. A ideia de zero resíduos não é hoje, já, uma utopia, é uma tendência para a qual Cidadãos, Empresas, Entidades nacionais, regionais e locais, terão de trabalhar. O importante na Prevenção são as atitudes, as escolhas, as mudanças de Estilo de Vida, que permitam evitar o resíduo. A APESB, através dos seus Grupos de Trabalho, outra importante vertente do nosso trabalho, estará ativa nesta semana.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 25
reciclagem de resíduos| tratolixo
Gestão de resíduos urbanos João Dias Coelho, Presidente do Conselho de Administração da TRATOLIXO conversou com a Revista Business Portugal sobre a empresa que é uma referência no tratamento de lixo em Portugal.
Qual o histórico e as responsabilidades da TRATOLIXO no âmbito do tratamento de RU? A TRATOLIXO foi criada a 26 de julho de 1989, por iniciativa municipal – Municípios de Cascais, Oeiras e Sintra - e em parceria com entidades privadas, a KOCH Portugal e a HLC S.A, para fazer o tratamento dos resíduos produzidos nos municípios associados da AMTRES (Associação Intermunicipal) visando a sua recuperação ou valorização, sob formas técnica e economicamente viáveis, sem impactos psico-sociológicos ou ambientais negativos. O processo de tratamento a utilizar foi discutido, tendo-se optado, à data, pela compostagem. Se tivermos em conta a época desta decisão, a TRATOLIXO representou uma entidade inovadora com uma competência diferenciadora na realidade do país na década de 90, propondo com a compostagem no tratamento e valorização de resíduos, algo que deve ser evidenciado, a que se somam as políticas igualmente sustentáveis como a promoção da separação de resíduos na fonte e no processo de triagem de resíduos indiferenciados. Estivemos na primeira linha na valorização de resíduos e na promoção da recolha seletiva nas áreas geográficas que nos confinaram. Este é aliás o patamar de competência, rigor e inovação que queremos continuar e melhorar, participando nos novos desafios que o PERSU 2020, e da Economia Circular que nos estimula enquanto orientação e com objectivos de curto e médio prazo, que se perfilam no PAPERSU da TRATOLIXO, aprovado pelos Municípios e pela Tutela.
João Dias Coelho Presidente do conselho de administração
26 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Qual a presente situação da TRATOLIXO e em que contexto se encontra após as alterações introduzidas em 2014? A TRATOLIXO E.I.M. encontra-se numa fase importante de evolução e afirmação concluindo neste ano 28 anos de presença estável e segura no setor de resíduos em Portugal. Atualmente, detendo capital próprio 100 por cento público, pertença da Associação de Municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra – AMTRES, representa hoje uma empresa consistente e tecnologicamente evoluída. Apresenta uma estrutura operacional muito sólida e competente, e encontrase financeiramente equilibrada, após um processo de reestruturação bem concretizado com a banca em 2014, e já resolvido, procedendo ao pagamento a todos os fornecedores e apresentando desde 2015 resultados positivos da sua atividade, ultrapassado que foi um período difícil no passado, mas que foi objecto de uma viragem através de uma gestão
tratolixo | reciclagem de resíduos muito rigorosa e focada no futuro, na sustentabilidade financeira e ambiental e nas soluções tecnológicas de referência. De referir o importante apoio dados pelos Municípios e seus presidentes nesta estratégia. No ano em que comemoramos 28 anos temos várias razões para celebrar – o Ecoparque da Abrunheira foi concluído em todas as vertentes, e iniciámos a exploração das Células de Confinamento Técnico – uma infraestrutura essencial que há cerca de 14 anos a TRATOLIXO não dispunha pois tinha de recorrer a privados para deposição em aterro, com custos elevadíssimos de transporte e deposição. Hoje possuímos meios próprios para a deposição do refugo em aterro, tratando, valorizando ou eliminando mais de 400.000 toneladas ano. Na CDA da Abrunheira produzimos mais de 20 Gwh em energia renovável. A ETAL da Abrunheira, dotada de tratamento terciário, é uma referência no tratamento de efluentes, e permite a recuperação de elevada percentagem de lixiviado. O novo Ecocentro para receção de materiais recicláveis, recentemente inaugurado, ao serviço das populações de Mafra, é o terceiro neste âmbito e um forte contributo para a sustentabilidade ambiental e para atingir as metas do sistema. No Ecoparque de Trajouce iniciámos outro ciclo de renovação – vamos começar a construção da Central de Triagem de embalagens de Trajouce - serviço que subcontratamos durante 10 anos – e que foi objeto de co-financiamento comunitário em 85 por cento. Pretendemos igualmente requalificar a nossa Central de Tratamento Mecânico (TM) para os resíduos indiferenciados, e recuperação dos meteriais recicláveis e valorizáveis, atendendo a que possuímos uma unidade com 26 anos de laboração, pelo que urge dotar com as melhores tecnologias de modo a aumentar a recuperação e a qualidade dos produtos e, deste modo, cumprir (e até ultrapassar) as exigentes metas estipuladas para o sistema no PERSU 2020, contribuindo para o todo nacional e correspondendo à nova Diretiva da Economia Circular e perspetivas para 2030. A TRATOLIXO representa hoje uma empresa fiável, totalmente certificada, comprometida com o rigor e numa política de transparência perante o cidadão e as entidades reguladoras e licenciadoras, parceira dos Municípios que dela fazem parte e com uma riqueza muito forte na qualidade dos seus colaboradores, pois é no capital humano que possuímos que a qualidade do serviço prestado se faz sentir, e receber hoje um reconhecimento das populações e dos nossos parceiros de negócio, fruto, igualmente das mudanças e de uma nova visão solidária, consciente e sustentável que implementados em equipa. Quais os principais desafios que ainda estão pela frente da TRATOLIXO no quadro nacional? Na verdade, os desafios de hoje são complexos e integramse numa visão nova de um setor em mudança e carente de inovação e criação de valor. Pretendemos que a nossa
atividade seja sustentável do ponto de vista do seu modelo de negócio. Ou seja, que a nível económico e ambiental corresponda aos objetivos dos Municípios do nosso Sistema (AMTRES) e colabore no todo nacional. Temos hoje a ambição de evoluir para soluções tecnológicas de futuro que contribuam para um modelo técnico completo e financeiramente mais sustentável, promovendo a economia circular, garantindo a eficiência da utilização de recursos. Para tal há necessidade absoluta de uma política nacional de resíduos clara, não só do ponto de vista dos incentivos
financeiros que são necessários, mas também do enquadramento legislativo coerente e estável que permita o desenvolvimento de um modelo de negócio sustentado, sem permanentes oscilações, como tem sido o caso do SIGRE (Sistema Integrado de Gestão de Embalagens) com uma concorrência saudável para melhorar a atividade do setor no âmbito dos Sistemas de Gestão de Resíduos (SGRU) em que os valores de contrapartida não sejam objeto de sucessivas alterações e reduções, e em que haja uma aposta mais forte na aplicação dos fundos comunitários disponíveis no
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 27
reciclagem de resíduos| tratolixo
POSEUR na remodelação e modernização do setor, público e privado, para corresponder aos investimentos necessários e já programados. Após mais de um ano de suspensão de pagamentos de fundos, há necessidade absoluta de recuperar tempo perdido e de um maior investimento produtivo com soluções para a atividades dos TMB’s existentes e sua ‘fração resto’. Mas esse objetivo é único para a TRATOLIXO ou para todo o setor? As soluções que reivindicamos para o setor dos resíduos são, em grande parte, comuns aos sistemas de tratamento intermunicipais existentes no país, em particular os que apresentam sistemas de tratamento biológico e de compostagem como o nosso. Mas no nosso caso, é desejável é que seja reconhecido não apenas o nosso papel, metas e resultados obtidos, mas também ao nível do desempenho e o resultado obtido por estruturas públicas que, como a TRATOLIXO, - são hoje gerida empresarialmente num modelo equivalente ao de uma empresa privada - e possuem enorme dimensão no país. Temos presente a preocupação com a qualidade de vida dos cidadãos e qualidade ambiental – nisto temos um alcance que supera muitas das empresas privadas no setor, inclusive que estão associados a modelos técnicos diferentes e nem sempre perfeitos na realidade atual. Para dar uma ideia, entre os quatro concelhos que abrangemos na nossa atividade diária temos um impacto positivo na vida de mais de 850.000 mil pessoas. Recebemos cerca de 1.200 toneladas de resíduos urbanos entregues diariamente pelos serviços municipais de recolha (ou empresas municipais) a que temos de dar devido tratamento ou encaminhamento para destino final. A aposta na recolha seletiva e na sensibilização das populações para o efeito é um desafio em que estamos empenhados. Desde já teremos em breve uma nova Central de Triagem para embalagens e papel/cartão dos fluxos recicláveis, no Ecoparque de Trajouce em modernização. Como tal, o nosso desafio maior é responder, continuamente, a este vasto universo de entidades e pessoas, a cujas preocupações respondemos não apenas resolvendo a questão primária do dia-a-dia que se prende com o tratamento dos resíduos urbanos mas, também e de forma prospetiva, ajudando a formar mentalidades e a gerar comportamentos que de acordo com as melhores práticas ambientais façam com que o futuro seja de acordo com aquilo que, na nossa opinião, todos pretendemos de forma consensual criar. Ou seja, que os nossos concelhos, o nosso país e o nosso planeta sejam sítio melhores para as gerações futuras e que, quem venha depois de nós, olhe para trás e se reconheça no trabalho feito por quem os antecedeu.
28 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
INFO Tel Espanha.:(+34) 98320 80 11 Tel Portugal.:(+351) 962 216 559 e-mail: socamex@socamex.com
.
reciclagem de resíduos| hidurbe serviços
“Uma empresa multi-serviços” Presente no mercado há 42 anos, a Hidurbe Serviços é uma empresa multisserviços, com sede na Maia e integrada no grupo Somague Ambiente. A marca investe na qualidade e inovação contínua dos seus serviços. Em conversa com a Revista Business Portugal, Rui Neves, presidente do Conselho de Administração, explica a importância da economia circular no setor.
A Hidurbe nasceu em 1975. Porém, passados 42 anos, não estamos exatamente perante a mesma empresa. O que mudou? A Hidurbe dos anos 70 estava ligada à área da hidráulica urbana com o objetivo de dar resposta a alguns dos problemas que se antecipavam no nosso país, como projetos de hidráulica de larga escala, resultando num grande êxito a nível nacional até finais da década de 80. Em 1993, a empresa sofre a sua primeira grande transformação, concentrando-se exclusivamente na gestão de resíduos. Atenta ao mercado, previu o encerramento das lixeiras existentes no país e a necessidade de existirem
soluções de confinamento técnico adequadas a esses mesmos resíduos. Desde então e até 2016, a Hidurbe atuou na área do tratamento, recolha de resíduos e limpeza urbana, tendo conquistado uma carteira de clientes emblemáticos. Como por exemplo? A operação da Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos da Meia Serra (Madeira) e a operação da Central de Valorização Orgânica da Lipor (Baguim do Monte). Este último exemplifica um excelente projeto de reciclagem, cujo processo se inicia através de uma recolha seletiva de resíduos orgânicos,
e após um processo técnico de tratamento resulta num composto orgânico de elevada qualidade, respeitando as mais exigentes normas europeias, para utilização quer em agricultura tradicional, quer em agricultura biológica. Estamos, portanto, perante um novo posicionamento da marca… Pode dizer-se que sim. Este ano, a denominação social da empresa alterou-se de ‘Hidurbe - Gestão de Resíduos’ para ‘Hidurbe Serviços’, espelhando o novo posicionamento da marca. Para nós, a inovação e o crescimento são claros quando podemos dar respostas mais especializadas,
Valorização de Resíduos - LIPOR
32 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
hidurbe serviços | reciclagem de resíduos
Rui Neves Presidente do Conselho de Administração
fornecendo tecnologias e soluções próximas de um conceito Smart Cities. Não podíamos ser especializados numa só área, devíamos estar vocacionados para dar resposta a numa diversidade de necessidades, onde a cidade e as pessoas podem ter uma solução integrada num único fornecedor, que se traduz em ganhos de eficiência para os clientes. Que tipo de soluções? As respostas aos diferentes setores de atividade abrangem as seguintes áreas: valorização e tratamento de resíduos, recolha de resíduos e limpeza urbana, soluções de gestão em todo o ciclo de água, manutenção de espaços verdes, jardins e florestas, exploração de infraestruturas viárias e ambientais, manutenção industrial e gestão técnica de edifícios, serviços energéticos, mobilidade e parqueamento urbano,
cadastro e cartografia, cuidados de saúde e dependência à terceira idade. Mas a Hidurbe não está sozinha… A Hidurbe é detentora de um knowhow interno altamente qualificado que, complementado com o conhecimento disponível no grupo internacional a que pertence, a VALORIZA, S.A., permite-lhe responder às necessidades dos seus clientes. Contudo, este posicionamento não invalida que em todos os projetos analise potenciais parcerias. O exemplo mais recente é a parceria estabelecida com a Universidade do Porto, através da qual realizará planos municipais de emergência e planos especiais para proteção civil para um conjunto de municípios no Alentejo. Quais as maiores dificuldades sentidas no setor atualmente? Hoje em dia, esta atividade sofre de várias
vicissitudes que não permitem demonstrar a elevada importância que a recolha de resíduos representa em valor acrescentado para a economia nacional. Por um lado, temos um enquadramento da legislação ambiental e de resíduos ainda desatualizado que impede uma melhor transição de uma economia linear para uma economia circular. Por outro, temos um paradigma entre a recolha e o tratamento de resíduos que está invertido e que dificilmente nos permitirá cumprir as metas, como um todo, que estabelecemos nacionalmente com a União Europeia para 2020 e 2030, quer para a reciclagem quer para desvios de resíduos a aterro. O que seria, então, necessário para cumprirmos essas metas? O cumprimento de metas não é possível sem a participação de todos os agentes, pelo que é importante investir na educação e
sensibilização dos cidadãos para a redução da produção de resíduos e reciclagem, procedendo à intensificação da recolha seletiva porta-a-porta em detrimento da recolha indiferenciada. Para isso, é necessária uma alteração no desempenho de todos, como por exemplo os decisores políticos que deveriam promover e definir uma estratégia ambiental junto dos cidadãos, em vez de serem instrumentos de ‘ataque’ político, como se verificou em alguns debates autárquicos nas recentes eleições. É necessário começar por mudar mentalidades, é isso? Sim, sobretudo isso. O processo de sensibilização tem como objetivo a mudança de comportamento de todos os cidadãos, permitindo uma maior consciência ambiental e económica, o incremento do tecido económico e social local, bem como a introdução de um sistema PAYT (Pay as
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 33
reciclagem de resíduos| hidurbe serviços You Throw). A recolha seletiva porta-a-porta, ou outra de proximidade, é uma das medidas que deveria ser implementada em todos os Municípios deste País. A lógica PAYT, ou seja, pagar pelo que se produz, tem tudo para resultar? Em Portugal existem cidades onde a recolha seletiva é elevada e estão a ser dados os primeiros passos para a colocação em prática deste sistema, tais como Maia, Cascais e Guimarães. A mensagem que o sistema PAYT pretende passar é a de que se incentivarmos as pessoas a produzir menos resíduos e a reciclar, conseguiremos reduzir o lixo indiferenciado na rua. Tudo o resto é aproveitável.
Água - ETAR de Barcelos
Tal traz também vantagens económicas para todos. Sim. Com este sistema, é possível mudar o atual modelo ‘cego’ de cobrança através da fatura da água, pagando apenas o custo daquilo que não se é capaz de reciclar. Aí vamos certamente pagar menos, individualmente e globalmente, porque o reaproveitamento do resíduo de qualidade permite à indústria receber uma matéria-prima que antes era vista como lixo. E a nível mais empresarial? Igualmente importante é a promoção do setor sobre a qualidade desta matéria-prima junto das empresas de outras indústrias para que seja introduzida nos seus processos produtivos e desta forma se incentive a economia circular. A Hidurbe Serviços vai participar na próxima edição das JTIR. Qual o objetivo desta participação? A participação na 10ª edição das Jornadas Técnicas Internacionais de Resíduos (JTIR), organizada pela Associação Portuguesa de Engenharia Sanitária e Ambiental (APESB), permite dar a conhecer a Hidurbe junto dos seus participantes: autarquias, decisores políticos, entidades gestoras, universidades, organismos de investigação, etc. O nosso objetivo é não só dar a conhecer a marca, mas também o conceito e o novo posicionamento. A Hidurbe já não é apenas uma empresa de gestão de resíduos, é uma empresa global de multisserviços!
Espaços Verdes - Fundação Calouste Gulbenkian
Quais os desafios a que a Hidurbe se propõe atualmente? Investir na inovação das suas áreas de atividade é um dos desafios que nos colocamos diariamente. Desta forma, pretendemos realizar investimentos para a diminuição dos consumos energéticos, nos nossos processos produtivos e na oferta aos cidadãos e clientes. Ambicionamos, ainda, investir em sistemas de informação inteligentes que, quanto mais inteligentes e rápidos, mais facilmente nos permitem oferecer soluções ambientalmente mais responsáveis. E quais os planos futuros para a marca? Acima de tudo, pretendemos continuar a crescer no mercado nacional em todos os setores de atividade, e visamos intensificar a aposta na economia circular, nomeadamente numa maior participação do setor dos resíduos e
Estacionamento regulado - Tavira
34 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
da água e na estruturação das políticas públicas associadas à economia circular. É ainda objetivo da Hidurbe Serviços superar-se a si própria constantemente, e estar sempre próxima dos seus clientes e dar resposta às suas necessidades.
reciclagem de resíduos| resitul
Inovar com qualidade Sediada na Venda do Pinheiro, a empresa Resitul, Equipamentos, Serviços e Tecnologias Ambientais, Lda, foi criada em Janeiro de 2006 e conta já com 11 anos de presença no mercado nacional. António Bento e Sónia Santos, Diretores da empresa, falaram-nos sobre este setor.
sistemas de recolha mundiais”. Este produto é comercializado em todos os países aonde estão presentes sendo lideres de mercado na grande maioria.
A empresa faz parte do grupo internacional Terberg Ros Roca, sinónimo de soluções para equipamentos inovadores, de alta qualidade, robustez e fiabilidade, fabricados de acordo com os standards mais exigentes e utilizando algumas das mais avançadas tecnologias e componentes disponíveis atualmente nas fábricas de toda a Europa. Os produtos deste grupo e da Resitul respetivamente, estão dedicados ao sector da recolha e gestão de resíduos em todo o mundo. As provas rigorosas, o cuidado com o desenho e as técnicas de produção de excelência mundial garantem produtos de alta qualidade de acordo com o compromisso da sua marca. A Terberg RosRoca, com mais de 140 anos de experiência nesta área, possui diversas divisões operativas no Reino Unido, Alemanha, Espanha, Portugal, Bélgica, França, Países Baixos, Polónia e Estados Unidos, apoiados por uma ampla e crescente rede de distribuidores em todo o mundo. Possui fábricas de produção em Inglaterra, Espanha, Holanda e Estados Unidos colocando assim a internacionalização ao
António Bento explica que a empresa é “especializada em toda a cadeia de resíduos sólidos urbanos, ou seja, nos meios de deposição, nos equipamentos de recolha e no tratamento de resíduos, apresentando assim soluções para todas as exigências do mercado. A parte da recolha e transporte é uma atividade muito importante no sector dos resíduos”. Em Portugal, a atividade exercida pela Resitul é primordialmente no fornecimento de tecnologia, neste caso de equipamentos para fazer a recolha de resíduos produzidos: “Aqui em Portugal somos uma empresa que fazemos a comercialização e a assistência pós-venda desses equipamentos. Damos o apoio técnico e tecnológico aos nossos clientes”, refere António Bento. Com uma panóplia de equipamentos como viaturas de recolha de resíduos, lavagem de contentores, etc, a Resitul possui ainda uma vasta experiência nos equipamentos de limpeza urbana como sendo varredoras aspiradoras. São representantes da marca Bucher Municipal e são pioneiros nas varredoras elétricas e a diesel, de diferentes tipologias e a sua construção é feita para vários continentes, como Europa, África e América do Sul. Para a Resitul e para o grupo Terberg Ros Roca, o equipamento ex-libris é o Olympus, que é “um equipamento de recolha de resíduos sólidos urbanos, de carga traseira, com um desenho elegante e elevada tecnologia que
Preocupação ambiental no desenvolvimento de equipamentos A preocupação a nível ambiental na construção e adaptação destes equipamentos esta presente em diversos níveis, “seja a nível da emissão de gases como a nível de poluição sonora. Assim, se possível, valorizamos sempre as energias menos poluentes como sendo o GNC, elétricos, sistemas de insonorização, etc”. Uma das preocupaçõeses é a movimentação dos camiões que “tradicionalmente são movimentados a diesel e o ideal era que fossem elétricos, visto que em viaturas destas, de grande dimensão, os consumos sao elevados e a poluição gerada também. Na nossa fábrica Dennis Eagle, produzimos chassis cabine rebaixada aplicados a este segmento e há quatro anos atrás, o grupo Terberg Ros Roca apresentou o primeiro protótipo de chassis e superstrutura totalmente elétrica”, refere Sónia Santos. A tecnologia está relativamente dominada contudo ainda não se consegue produzir a preços competitivos e com autonomia ajustada as necessidades. No entanto, entre o diesel e o elétrico já se utiliza outro tipo de energia menos poluente, o gás natural comprimido que se implementou em Portugal há cerca de 8/10 anos e é atualmente bastante divulgado em Portugal. Mas a questão ambiental não tem só a ver com o nível de poluição do ar, mas também do ruído, a chamada poluição sonora. Uma vez que estes serviços são maioritariamente praticados no período nocturno existe uma preocupação em produzir equipamentos mais silenciosos: “Neste momento, atingimos
serviço dos resíduos sólidos urbanos.
oferece uma melhor qualidade e fiabilidade, aplicável nos mais exigentes
já níveis que eu considero excelentes na
Sónia Santos Diretora
36 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
resitul | reciclagem de resíduos António Bento e Sónia Santos Diretores
medida em que o equipamento ao fazer a recolha de resíduos e a fazer a sua compactação, não ultrapassa o ruído emitido pelo próprio motor da viatura”, explica António Bento. Evolução dos sistemas de recolha Nesta área específica, há cerca de 25 anos, este serviço era prestado exclusivamente a municípios, ou seja, “os municípios prestavam estes serviços à comunidade, contudo, dado os custos e limitações que acarretam, atualmente alguns dos municípios adjudicam estes serviços a prestadores de serviços especializados neste segmento”. Hoje em dia, os municípios passaram para a subcontratação e, cerca de 60 por cento do serviço prestado em Portugal é desenvolvido por empresas privadas e os restantes continuam a ser efetuados pelos municípios. A Resitul apresenta uma grande vantagem relativamente a outras marcas existentes em Portugal pois os produtos que comercializa são internacionais, ou seja possuem características técnicas de elevado nível, são testadas e aprovadas a nível internacional e aplicadas em países europeus exigentes como a Alemanha, Bélgica, Inglaterra, etc. Os produtos são lideres de mercado a nível internacional e o seu maior foco é acompanhar o cliente na evolução dos diversos sistemas de recolha ou seja “Com a evolução do sector dos resíduos, em Portugal e noutros países europeus, diversos tem sido os sistemas de recolha que se tem adoptado como solução ideal para aumentar a recolha seletiva, dedicar a recolha de orgânico, aumentar a capacidade dos meios de deposição, etc. Contudo todas estas soluções técnicas necessitam de meios que garantam uma recolha eficaz e limpa. É neste sentido que trabalhamos…adaptamos, atualizamos e melhoramos os nossos equipamentos para garantir que independentemente do sistema de recolha que o cliente aplique, terá a viatura Ros Roca ideal”, explica Sónia Santos. Muitas vezes a maior preocupação no sector de resíduos em Portugal são os custos associados a aquisição de uma viatura de resíduos ou a uma varredora contudo existem fatores técnicos nos equipamentos atuais que podem representar um maior custo de investimento mas que se traduzem posteriormente num beneficio, numa forte redução dos custos de manutenção, maior operacionalidade e melhor serviço prestado, “ Muitas vezes são adquiridos equipamentos com base apenas no factor preço contudo, como país europeu que somos, como pioneiros na implementação de alguns sistemas de recolha de resíduos e como sociedade que se preocupa com o ambiente como é Portugal, devíamos privilegiar os melhores equipamentos existentes, ou seja, se tivermos viaturas de baixo consumo, de reduzida emissão sonora, com elevadores de contentores automáticos, insonorização dos sistemas de compactação, garantimos um melhor serviço a toda a população, minimizamos os impactos da recolha, reduzimos tempos de
circuito, aumentamos o conforto e operacionalidade para os operadores e rentabilizamos totalmente o investimento realizado”, refere a engenheira. O fator preço do serviço prestado é também um dos problemas deste mercado. António Bento explica que “quando um município entrega uma empresa privada desta área, os cadernos de encargos normalmente deveriam ser mais cuidados e não são quanto seria necessário. Assistimos a cadernos de encargos em que o único fator de escolhe é o fator preço. Quanto mais baixo for o preço menor é a qualidade de serviço…se houvesse associado à escolha outros serviços sem ser o preço, cadernos de encargo mais estudados e analisados relacionados com a qualidade de serviço, isto funcionaria muito melhor, no caminho da qualidade, andamos no patamar do preço”. A Resitul aposta ainda no ramo da assistência técnica, possuindo carrinhas oficina móveis que se deslocam as instalações do cliente, com técnicos especializados e ferramentas de diagnóstico que permite resolver todos os
principalmente quando se trata deste tipo de viaturas. “Muitas vezes não temos noção, mas uma viatura destas parada, porque tem um sensor em falta ou porque tem uma avaria, custa muito dinheiro ao município/cliente e cria grande transtorno. Com os tempos de crise que vivemos nos últimos anos, os municípios não possuem equipamentos de reserva e quando uma viatura pára isso significa que vão ficar resíduos na via pública, que os contentores podem transbordar e podemos criar problemas de saúde publica. Esta é uma sensibilidade e uma noção que temos sempre muito presente na Resitul e por isso tentamos prestar assistência 24 horas por dia e com a maior celeridade possível”, acrescenta Sónia Santos. Com a capacidade de resposta, sensibilidade, know-how e elevada qualidade dos equipamentos e serviços que presta, a Resitul tem se destacado nos últimos 11 anos e apresentase atualmente como empresa líder de mercado em Portugal. Sempre atenta às novas atualizações no sector de resíduos, esta empresa apresenta-se como uma solução atualizada e
problemas localmente. A resposta ao cliente é importante,
sempre junto dos seus clientes.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 37
reciclagem de resíduos| ambirumo
“Um rumo certo para um bom ambiente” Fundada em junho de 2005, a Ambirumo - projetos, inovação e gestão ambiental, Lda nasceu da vontade de dois sócios em investir na área da consultoria em engenharia e gestão ambiental. Manuel Piedade, um dos sócios fundadores da empresa, dá a conhecer os serviços e os projetos da Ambirumo. Reciclar foi e ainda continua a ser uma preocupação constante de uma empresa focada no meio ambiente e na gestão de resíduos. Sensibilizar as pessoas faz parte do trabalho da Ambirumo. Esta sensibilização está a ser feita através de um estudo para a ERSAR - Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos sobre a aplicação e o funcionamento dos Sistemas PAYT – ‘Pay As You Throw’, ou seja, pagar aquilo que se produz. “Este sistema procura traduzir a real produção das pessoas atendendo àquilo que
Manuel Piedade Sócio-Fundador
Focada em “toda a gama de serviços do ambiente e em particular nos resíduos sólidos”, a Ambirumo desenvolve “estudos, projetos, fiscalizações e assessorias técnicas para entidades dos setores público e privado”. Com um forte destaque nos resíduos, têm outras áreas de intervenção como Biogás, CDR (Combustível Derivado de Resíduos), Energia, Águas, Efluentes e Impactes Ambientais, em que os serviços estão centrados em estudos e projetos “de grande investimento”. É o caso de algumas das obras emblemáticas que contam com a participação da empresa, como é o caso da central de incineração da Lipor, das unidades de tratamento mecânico e biológico dos sistemas de Évora e Beja, dos aterros sanitários, dos estudos na área da reciclagem e das centrais de triagem. A empresa trabalha para órgãos da Administração Central e Local, empresas públicas e privadas e com o “cliente final” - o público. São vários os nomes que fazem parte da carteira de clientes da Ambirumo, nomeadamente “APA, ERSAR, CM Matosinhos, LIPOR, AMCAL, Construtora Abrantina, SPV, UNL, entre outros”. Para gerir todas as obras que têm a participação da empresa, os serviços funcionam de duas formas distintas. Segundo Manuel Piedade, “ou dão apoio ao dono da obra no desenvolvimento do projeto e depois na assistência técnica, ou então apoiam muitas vezes em projetos de conceção e construção, em que estamos ligados a quem faz a oferta”. Para além da presença no mercado nacional, a Ambirumo pretende mostrar a qualidade dos seus serviços, de uma forma mais limitada mas inovadora no mercado internacional. Os países africanos têm maior destaque como é o caso de Angola, Argélia e Moçambique. Reciclar e sensibilizar a população - o Sistema PAYT
38 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
são resíduos indiferenciados leva-as, até por questões financeiras, a ter uma maior apetência a fazerem a reciclagem, porque acabam por só pagar aquilo que produzem de resíduos indiferenciados”, explica Piedade. O PAYT permite que as pessoas sejam muito mais seletivas e reutilizem mais, de modo a ter uma atitude positiva de prevenção. Mas que desafios enfrentam? “Penso que neste momento o grande desafio está relacionado com metas que Portugal está obrigado, no que toca a medidas europeias e da própria estratégia nacional. Ainda há um percurso muito grande a fazer para atingir essas metas”, refere. Modalidades do sistema de PAYT O sistema PAYT procura apresentar uma panóplia de modalidades que podem ser postas em prática. Uma delas consiste na atribuição de vários contentores às pessoas. “O pagamento é feito em função do número de vezes de deposição que cada um de nós faz”. Também existem sistemas de pesagens nas viaturas em que é pesado aquilo que cada um tem. “Há um identificador que deteta o peso e é devidamente associado ao cliente”. Mas na maior parte dos casos existem sacos pré-comprados, em que só
ambirumo| reciclagem de resíduos
se paga consoante os indiferenciados que se produzem. Manuel Piedade reforça que aquilo que se pretende “é conseguir que haja uma retribuição daquilo que a pessoa efetivamente produz, quer seja maior ou menor”. Atualidade do setor Apesar do setor estar a uma “distância grande daquilo que potencialmente deveria ser”, o empresário considera que há uma evolução notória comparativamente aos anos 90. Existem duas questões importantes para resolver: a primeira diz respeito ao aumento das taxas de reciclagem, para atingir as metas necessárias e a segunda ao desvio de resíduos do aterro, “uma obrigação do efeito de estufa”. Para enfrentar estas
parceiros, “porque isto requer uma dimensão e volumes de investimento extremamente elevados que são difíceis pelos pequenos sistemas do interior”. Missão e ambição A Ambirumo conta com uma equipa de 14 colaboradores jovem, dinâmica e especializada que quer continuar a apostar na modernização e na inovação para poder levar o ambiente ao rumo certo. Mas o principal objetivo passa por “servir bem o cliente e dar resposta àquilo que são os valores do cliente e os valores ambientais”, afirma Piedade. A empresa Ambirumo pretende mostrar o seu valor e importância que foi adquirindo dentro do mercado para “ter a capacidade de dar respostas às solicitações futuras”.
questões é preciso criar sinergias entre os
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 39
reciclagem de resíduos| resopre
A excelência no trabalho Com o seu início em 1966, a Resopre surge no seio de um grupo industrial como a empresa comercial dedicada à revenda de produtos da marca Janz. Detentora de um vasto leque de projetos e clientes, Inês Janz Rodrigues, administradora, fala com a Revista Business Portugal sobre as áreas de maior destaque da empresa.
Com os pés no mercado há mais de 50 anos, a Resopre associada a uma empresa industrial, hoje Grupo Janz, que através do seu fundador Engenheiro Bruno Janz “criou há 100 anos uma empresa que na altura fazia máquinas e ferramentas para as oficinas automóveis e depois mais tarde entrou a reparar os contadores de água que existiam em Portugal”. Posteriormente, a Janz desenvolveu e produziu o primeiro contador de água português e aí “começou uma génese industrial tal e qual como hoje existe. Somos fa-bricantes de contadores de água e contadores de energia”, refere a administradora. Com o passar de muitos anos de trabalho para o setor autárquico, empresas municipais e empresas distribuidoras de água, a Resopre decidiu alargar para outras áreas de negócio no início de 1985. A empresa começou, para além do desenvolvimento na área da contagem de água, com a comercialização de parquímetros e equipamentos complementares na área do estacionamento. Segundo Inês Janz Rodrigues esta área está ligada ao “fornecimento e à concessão ou gestão de sistemas de tarifários de estacionamento na via pública”, o que os levou a serem o primeiro operador privado nos parquímetros em Portugal. Especialista em equipamentos de gestão de parques de estacionamento on-street e off-street, em software de gestão de ocupação de lugares e controlo de acessos, esta área, denominada como Resopark é hoje líder de mercado e uma referência dentro do setor da mobilidade. Atualmente centram a sua atividade nas áreas de urbanismo, gestão de água, ambiente e estacionamento.
Inês Janz Rodrigues Administradora
Projeto de referência Para além do estacionamento continuar a ter uma maior preponderância no mercado, o ambiente “tem crescido e vai crescer agora mais do que nunca”. Prova disso é o novo projeto de grande dimensão com a SULDOURO Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, SA, “um projeto de fornecimento e entrega porta a porta de 136 mil contentores de duas rodas, em dois concelhos do norte: Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira, em que é o próprio adjudicatário que faz toda essa cadeia de serviços”, confidencia Inês Janz Rodrigues. A importância do projeto não se esgota apenas em Portugal mas se reflete também na Europa, visto que é um projeto de referência neste âmbito. Ambiente e qualidade de vida As áreas relacionadas com o Ambiente podem alterar o modo e a qualidade de vida não só dos residentes mas também daqueles que visitam Portugal. Na medida em que o país se tornou numa porta de entrada para o turismo, Inês Janz Rodrigues comenta a importância de o turista querer uma cidade
40 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
resopre| reciclagem de resíduos
limpa. “Não gosta de ver sujidade, rios poluídos, nem praias que não sejam limpas”. Neste sentido, a empresa considera-se um dos agentes que pode contribuir para melhorar a qualidade de vida e assim impulsionar a própria economia nacional. “Nós ganhamos projetos grandes no ambiente e perspetiva-se que a Resopre possa mudar um pouco a sua presença na área do meio ambiente, porque entretanto a marca que nós representamos, Plastic Omnium também tem sido uma referencia neste setor a nível internacional que sofrido evoluções significativas no mercado. Todas estas alterações no ciclo da recolha, distribuição e serviços podem ser uma mais-valia para a Resopre e também uma evolução do mercado português”, afirma a administradora. Competitividade no mercado Versátil em todas as áreas de negócio que está presente, a Resopre foca-se em providenciar aos seus clientes um serviço de excelência oferecendo um portfólio de produtos e serviços “muito diferentes entre si”, o que considera “uma vantagem competitiva, porque acabamos por ter um conhecimento do mercado, dos diferentes players e dos diferentes tipos de soluções que às vezes, em alguns momentos, podem surgir. Somos integradores de soluções e somos capazes de nos adaptarmos às necessidades
específicas dos nossos clientes. São sinergias importantes a nível do negócio”. Fruto do trabalho de sucesso realizado pela empresa, a credibilidade é um ponto de referência face à “maturidade da própria empresa” que conta com mais de 50 anos de presença. PME líder no ano de 2017, a empresa cresce no mercado e foca-se sempre no futuro e nas oportunidades que o presente lhe apresenta. “Fazemos sempre o acompanhamento, manutenção e assistência dos nossos projetos”. Mas isto não seria possível sem os clientes, como é o caso das entidades intermunicipais, as autarquias e os privados,
nomeadamente o grupo Jerónimo Martins, a Sonae, o Continente e o Lidl. Os valores de uma PME líder Rigor, eficácia e sustentabilidade são as três palavras que caracterizam a Resopre. O rigor “porque nos permite continuar a sermos uma referência”, a eficácia pela oferta e procura, de modo a “conseguir oferecer e prestar serviços de qualidade e com competitividade” e sustentabilidade pela incessante preocupação pelo equilíbrio económico-financeiro da empresa sem esquecer a adaptação à mudança a que o mundo de negócios está sujeito, o que acabam por ser “um desafio constante”. “Living the future” Num propósito de inovação, a administradora procura a eficiência “no sentido da reorganização, ou seja, tentar não cristalizar”. A primazia pela alta qualidade leva a que haja um crescimento do trabalho com sustentabilidade, pois há a “preocupação em fazer mais e melhor”. Para isso, na área do ambiente pretendem “deixar de ser apenas fornecedor de equipamentos e ser também prestador de serviços”. Inês Janz Rodrigues reforça a mensagem que a empresa quer passar: “living the future”, ou seja, viver o presente mas trabalhar para o futuro, quer seja “interna ou externamente”.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 41
reciclagem de resíduos| indaver Portugal
Investir com inovação em tecnologia comprovada, “um modo de estar”
Sandra Freitas Diretora Indaver Portugal
Desde 2001 no mercado português, a Indaver Portugal nasceu para se aliar à empresa mãe localizada na Bélgica. As multinacionais que trabalhavam com a Indaver, a nível internacional nos setores farmacêutico e químico, foram um dos motivos para a empresa iniciar a sua atividade no mercado nacional.
São mais de 16 anos que marcam a Indaver Portugal. Após vários contactos por parte dos clientes para saberem se tinham atividade no país, viram uma oportunidade “de ter uma carteira de clientes que no fundo era aquela que já tínhamos no norte da Europa”. Embora numa escala mais reduzida, “porque a indústria em Portugal é pequena comparada com a indústria do norte da Europa”, conseguiram afirmar a empresa com uma boa carteira de clientes. Conceito de Gestão Global de Resíduos Serviço ‘chave na mão’, é este o conceito de gestão global. Um serviço completo “em que o cliente tem um interlocutor, uma pessoa que no fundo é um gestor do projeto que tem um conhecimento profundo de todas as características e necessidades daquela empresa”, afirma Sandra Freitas,
42 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
manager Indaver Portugal. Num mesmo setor, cada fábrica tem a sua própria identidade, uma vez que gerir o mesmo tipo de resíduos entre duas fábricas não é igual. “A gestão global é um fato à medida de cada cliente, em que se gere todos os resíduos daquela empresa, chave na mão”. A Indaver tem um centro de transferência com instalação em Abrantes onde faz a gestão dos resíduos, ou seja, os resíduos são armazenados temporariamente antes de serem enviados a tratamento final. “Esse tratamento final, dependendo do tipo de resíduos, pode ser feito nas nossas instalações na Bélgica ou pode ser feito por empresas nacionais/empresas terceiras que têm essa capacidade e com quem temos parcerias”, destaca Sandra Freitas. Proximidade com os clientes Tendo em conta o conceito de gestão global defendido pela
empresa, a Indaver aposta num acompanhamento direto aos clientes. Pelas palavras de Sandra Freitas, “não é possível gerir resíduos à distância. Tem que haver proximidade com os clientes”. Esta proximidade difere de país para país, na medida em que cada um tem as suas vicissitudes e as suas características consoante a legislação do país em questão. As empresas não são iguais, por isso tem de haver uma proximidade. Acompanhar o cliente em todos os serviços com soluções inovadoras A inovação é uma das características da Indaver, não fosse uma empresa que prima pela qualidade do seu trabalho. Uma das soluções inovadoras passa pela forma como abordam a aproximação ao cliente. “Somos muito eficientes, temos uma gestão muito lean dos serviços que prestamos ao clientes e
indaver Portugal| reciclagem de resíduos eles sentem isso, por isso é que alargamos muito a nossa carteira de clientes com quem trabalhamos há muitos anos”, destaca Sandra Freitas. A Indaver opera sempre numa lógica de melhoria contínua, introduzindo otimizações “ao nível da logística, ao nível da organização, ao nível da classificação dos resíduos”. A empresa partilha estas otimizações com os clientes, estabelecendo relações de ganho mútuo. Outra das soluções é o core business da empresa. Esta tem instalações próprias de tratamento de resíduos e só investe em unidades fabris de grande escala, com tecnologia comprovada mas sempre com uma abordagem inovadora. A Indaver tem investido em diversas unidades waste to energy em que os resíduos são o combustível a partir do qual produz energia. Nesta vertente, a Indaver discute todos os pormenores do projeto e dos equipamentos com os fornecedores de tecnologia, o que traz ganhos de eficiência e uma competitividade maior. Um caminho para a economia circular Atualmente, estamos perante uma economia que “tira recursos da natureza, transforma e deita fora”. Em vez disso, a Indaver identifica-se com uma economia circular que apresenta soluções em que “o deitar fora passa a ser reintegrado na economia e é aproveitado”, refere Sandra Freitas. Uma simbiose perfeita A Indaver está a desenvolver um projeto no norte de França de uma instalação que, pelos olhos da empresa, corresponde à economia circular. O objetivo é construir uma unidade de valorização energética de resíduos
industriais perigosos “muito clorados. Vamos incinerar esses resíduos, mas não é para produzir energia de forma tradicional. Vamos sim produzir vapor que vai ser consumido por uma empresa vizinha, que vai usar esse vapor diretamente no seu processo”, explica Sandra Freitas. “Vamos também produzir ácido clorídrico a partir do cloro presente nos resíduos para posteriormente ser vendido
A manager da Indaver Portugal defende que a gestão de resíduos tem de passar por todo este processo. “Já não é a reciclagem tradicional, que claramente tem de continuar a ser feita, mas este conceito de economia circular que tem de ter em conta esta simbiose entre empresas”, afirma Sandra
como matéria-prima para a indústria que geograficamente está ali mesmo ao lado, ou seja, é uma simbiose perfeita”.
Freitas.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 43
reciclagem de resíduos| bianna recycling
Projetar, Fabricar, Instalar e Manter Inserida no setor de fabricação de equipamentos para tratamento de resíduos, a Bianna Recycling é uma empresa multinacional sediada em Espanha. Com a visão de ser empresa de referência no desenho, fabricação e fornecimento de instalações e equipamentos para linhas de tratamento de resíduos sólidos, assim como a sua posterior manutenção, coloca ao alcance dos clientes serviços de engenharia, consultoria, assessoria e manutenção.
Hugo Firmino Managing director Portugal
Outra aposta, já colcada em prática, é o desenvolvimento de aplicações com parceiros que “permitem em vários graus da hierarquia poder visualizar as variáveis mais corretas ao segundo. São aplicações em html que possam ser visualizadas em qualquer parte e em que se consegue visualizar o estado dos equipamentos”, explica. A multinacional assenta em três áreas de negócio: Engenharia, onde se concebe tudo o que sejam soluções completas e faz todo o acompanhamento de projetos da unidade de negócios; a Venda de Equipamentos em separado, quer seja para reutilização ou para clientes da
Tendo como data de fundação o passado ano de 1993, o mercado espanhol foi fundamental para o crescimento inicial, contudo devido à proximidade geográfica com Portugal, a transição para o país vizinho foi relativamente rápida permitindo a conclusão de um conjunto alargado de projetos. Com uma vasta experiência no mercado, a Bianna Recycling cria e entrega um leque variado de soluções para um tratamento eficaz de uma grande variedade de resíduos. O crescimento da empresa em Portugal foi notável e como tal, nesta fase a empresa pretende entrar numa área mais abrangente de negócio, “principalmente na perspetiva de serviços para as linhas que temos instaladas. Durante muitos anos concebemos e instalámos em Portugal um conjunto bastante alargado de instalações, quase todos os sistemas multimunicipais neste momento estão equipados
44 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
com as nossas soluções, equipamentos, linhas completas e, neste momento, é uma área importante em Portugal, a componente de serviços não só ao nível de venda de peças de reserva como também de assistência técnica”, refere Hugo Firmino, managing director Portugal.Ajudar os clientes no desenvolvimento do trabalho do dia a dia, na manutenção e na operação são alguns dos cuidados da Bianna Recycling, que tem como principais clientes “todos os sistemas multimunicipais quer sejam públicos ou privados, mas também tudo o que sejam clientes ou empresas que façam a gestão de resíduos.” O pensamento passa também pela evolução. A industria 4.0 encontra-se na linha de pensamento dos empresários que veem aqui a “possibilidade da visualização contínua, automática e a integração entre aquilo que é a máquina e os sistemas de informação”.
empresa, e a componente de Serviços que trata de tudo o que seja pós-venda, intervenções, assistência, manutenção e formação. Os equipamentos são cuidadosamente pensados para obter bons rendimentos e são adaptados a cada necessidade. Apresentam um conjunto alargado de equipamentos que vão desde separadores balísticos, crivos rotativos, transportadores, abre sacos, separadores por ar, entre outros. A produção não é só feita em Espanha mas também, em caso de necessidade, no Brasil ou Turquia. “Adaptámos os modelos produtivos a todas as normativas no sentido de estarmos preparados para crescer na América Latina e Médio Oriente”, assinala Hugo Firmino. A experiência é o que diferencia a empresa das demais do setor, em que a qualidade é notória. “Independentemente da componente e da dificuldade que se insistiu no mercado nos últimos três a quatro anos, não foi nossa estratégia baixar a qualidade no sentido de sermos mais competitivos, foi sim no sentido de nos tentarmos reestruturar internamente. Aquilo que poderemos marcar pela diferença é na componente da qualidade e experiência que temos na implementação de soluções”, finaliza o managing director Portugal.
sotkon| reciclagem de resíduos
“Acreditamos que somos inovadores” Sediado no Porto, o grupo Sotkon atua na área do ambiente e dos resíduos urbanos, com o desenvolvimento, a produção e instalação de contentores enterrados. Líder de mercado na Península Ibérica, tem vários produtos patenteados e que oferecem qualidade e diferenciação quando instalados e utilizados. Os contentores enterrados, para além de permitirem maior da eficiência operacional, contribuem favoravelmente para a estética urbana, uma vez que os materiais ficam debaixo do solo, não interferindo com a organização urbana.
Barbosa, CEO da empresa, a simplicidade na conceção e a eficiência operacional dos produtos Sotkon são ponto essencial para o sucesso alcançado. “A SOTKON é uma empresa que nasceu em 1995, originalmente em Espanha, e que, mais
Hélder Barbosa CEO
Com capacidade para desenvolver produtos próprios e já com várias patentes registadas a nível mundial, o grupo Sotkon está presente não só no mercado nacional, mas também a nível internacional, assumindo uma posição de liderança no mercado ibérico. Para Hélder
tarde, em 2008, foi adquirida por capital português, dando início a um processo de expansão internacional, estando atualmente, presente diretamente em oito países, e indiretamente em cerca de 30 países. Os seus quatro principais mercados são Portugal, Espanha, França e Turquia e, no nosso país, temos forte presença na área da grande Lisboa e do Algarve. O nosso sistema, para além do eixo operacional tem a parte estética, porque um contentor enterrado dá um aspeto mais bonito à cidade, uma higiene urbana diferente. Para além disso, temos no nosso portefólio produtos patenteados, desenvolvidos inteiramente por nós, cujas características principais são a simplicidade de conceção e os baixos custos de manutenção. Tentamos sempre desenvolver soluções simples, como é exemplo o nosso produto ’estrela‘, cuja abertura da tampa é efetuada com amortecedores, similar à abertura da mala de um automóvel, ao contrário de sistemas hidráulicos, de maior complexidade e com maiores custos de manutenção Aliás, menos custos de manutenção torna o investimento mais interessante para os nossos clientes. Temos produtos com 20 anos e continuam a funcionar, sem problemas. Isso é a nossa grande diferenciação”, explica o CEO.
Para além da parte estética que permite que o contentor fique escondido no subsolo, o que acaba por ser mais agradável visualmente, também a maior capacidade de carga dos mesmos é um atrativo. “A vantagem dos contentores enterrados está na maior capacidade e no volume de resíduos que conseguimos depositar, três a cinco vezes maior do que os contentores de superfície. Assim, é possível aumentar a eficiência da recolha dos resíduos, que passa a ser processada de forma mais espaçada no tempo. Se tenho mais capacidade, vou ter mais intervalo de recolha, menos camiões na rua, menos poluição, menos recursos, maior eficiência operacional. Esta é uma premissa muito valorizada pelos nossos clientes, os municípios, que cada vez mais têm necessidade de reduzir custos. Sentimos no entanto, que também as cidades com grande afluência turísticas acabam por ter mais aptidão para investir neste produto, que é mais caro do que um contentor normal, como é o caso de várias cidades no Algarve e mais recentemente, da cidade de Lisboa”,
afirma Hélder Barbosa. Com um percurso pautado pelo sucesso e crescimento, o objetivo da Sotkon é continuar a crescer, com base em soluções de qualidade e inovadoras. “Temos sido uma empresa que desenvolve produtos próprios, acreditamos na inovação e queremos continuar a desenvolver soluções que acrescentam valor e possibilitem, no curto e médio prazo, permitir benefícios efetivos para o cliente. De 2013 para 2016, duplicamos o volume de negócios. Temos vindo a crescer mais de 20 por cento ao ano e é assim que queremos continuar”, conclui Hélder Barbosa.
100 95 75
25 5 0
Business Mag (Público)_120x150mm_ptv1 23 de outubro de 2017 14:51:03
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 45
reciclagem de resíduos| solim
Especialista na produção e aplicação de tecnologias de ponta Fundada em 1988, a Solim está atualmente ligada a equipamentos e sistema de gestão para serviços urbanos. Com uma forte evolução na área tecnológica, António Bento, diretor geral, conta como são importantes as tecnologias de ponta no setor dos resíduos. António Bento Gerente
Autónoma e independente são duas características da Solim, uma empresa que se complementa à construção de novas tecnologias na área dos resíduos. É uma empresa muito antiga nesta área, “que se dedica exatamente à divulgação e à aplicação destas tecnologias” no nosso país, “nomeadamente no chamado sistema de gestão de resíduos sólidos urbanos (RSU)”. Representantes da MOBA A MOBA (www.moba-automation.es) é uma empresa internacional, com cerca de 50 anos de atividade no desenvolvimento de plataformas e sistemas de apoio nas áreas do Ambiente, Agricultura e Construção de Estradas, com projeção em todos os continentes, principalmente nos Estados Unidos (USA) e Europa, representada e distribuída em Portugal pela Solim Lda.Na Europa, tem como principal função o desenvolvimento de plataformas aplicadas no setor dos resíduos sólidos urbanos, permitindo que as empresas e os municípios associados à sua plataforma estejam em atualização automática constante, face aos up-grades provenientes dos laboratórios e gabinetes de investigação localizados em Frankfurt (Alemanha) e Sabadell (Espanha). Saliente-se ainda que, atualmente, a Moba produz os componentes principais do Hardware utilizado, caso do conhecido monitor OPERAND, bem como de outros componentes como é o caso dos Tag’s utilizados tanto na baixa como alta frequência, de forma a garantir total e absoluta fiabilidade dos sistemas, e seus desenvolvimentos futuros.A utilização da plataforma MAWIS, desenvolvida pela Moba para a área dos resíduos, por parte dos municípios ou das empresas que têm esta atividade, vai proporcionar a recolha de dados e todo o tipo de informações necessárias para promover a gestão e a rentabilização de todos os equipamentos e sistemas na gestão deste setor.
46 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Esta recolha de informação vai permitir aos municípios uma gestão mais económica e eficaz na gestão dos meios, e uma resposta rápida às solicitações da comunidade na limpeza da sua cidade. Como se utilizam estas plataformas As plataformas são geridas por equipamentos que estão devidamente instalados nas viaturas, tendo como base um computador embarcado, equipado com o seu ‘display’ como se fosse um ‘tablet’. Todas as informações e dados recolhidos, são transmitidos através do software instalado, fluem em permanência para um potente ‘servidor’, para depois serem comunicadas “para a central e a partir daí é gerida e coordenada na execução de serviços. Para que este trabalho seja realizado com sucesso existem diversas valências relacionadas com o planeamento, a otimização dos circuitos de recolha e a gestão de todos os serviços, entre outros, conducentes à sintetização de todos os dados em relatórios a utilizar pela gestão e organismos de controlo e/ou reguladores. Objetivo dos sistemas de gestão Os sistemas que são utilizados concedem uma utilização dos meios “de uma forma racional, ou seja, em termos finais fazem com que se dê uma resposta à população na hora certa”, realça António Bento. Isto quer dizer que as respostas devem ser dadas em 24 horas ou num prazo máximo de 48 horas, face às ocorrências verificadas pelos serviços de limpeza urbana ou transmitidas para o call center dos serviços, ou por outros meios ao dispor do cidadão. As viaturas que hoje em dia são utilizadas pelos serviços de limpeza urbana e que estejam equipadas com este tipo de tecnologia, vão permitir através da plataforma associada, gerir de forma racional todos os meios disponíveis e efetuar ‘just on time’, uma gestão, fiscalização e
controlo do serviço, seja este executado diretamente pelo município ou através de out-sourcing ou subcontratação pública.A Moba coloca assim, também em Portugal ao serviço dos municípios, este tipo de ferramenta de gestão, que lhes vai permitir com rigor, efetuar a gestão contratual dos serviços prestados pelas empresas privadas do sector. Conforto e qualidade Atualmente, os percursos que estão a ser executados por estes serviços “estão perfeitamente planeados de forma antecipada”. Até o próprio motorista quando está dentro do camião acaba por ter um conforto bastante maior comparativamente a alguns anos atrás. “Têm um display que diz qual é o circuito planeado e se necessário uma voz off diz o percurso a seguir”. Smart city A aplicação destas tecnologias têm como função principal melhorar as infraestruturas urbanas. Estas tecnologias de ponta pretende economizar os custos até 35 por cento e passam por vários pontos como o consumo de menos combustível, distância de condução e manutenção reduzida, redução de emissão de gases, níveis de ruído mais baixos, melhor ambiente.
tema | empresa reciclagem de resíduos| spral
50 anos de dedicação Com sede em Ílhavo, a SPRAL - Sociedade de Pré-Esforçados de Aveiro foi fundada em 1966 com uma história notória no mercado. Nuno Almeida, um dos administradores, conta-nos como a empresa chegou à família Almeida e como vê a atualidade deste setor. Mário, Susana e Nuno Almeida Administradores
ligeira como blocos, pavês, lancil, abobadilhas, vigotas, ripas e perfis, a uma série de produtos mais técnicos com características térmicas acústicas. Depois temos um outro setor que é a pré-fabricação pesada, como pavilhões industriais, mas também fazemos revestimentos de fachadas de edifícios em centros comerciais”, refere Nuno Almeida. Em todos os serviços pretendem melhorar e integrar todos os produtos.
A SPRAL surge no seio de uma família empresária de Leiria, “dado que tinha uma outra fábrica na altura da mesma área e com um engenheiro aqui da região. Inicialmente, começou por ter um estaleiro dessa fábrica e depois acabaram por construir a atual fábrica em Ílhavo”. Em setembro de 2001, a fábrica passa a pertencer à família Almeida. É assim que a empresa se integra no Grupo Mário Almeida e atualmente conta com três administradores: Nuno Almeida, Mário Almeida e Susana Almeida. Ao longo dos anos, a SPRAL foi variando os seus diversos produtos e alargou a escala para todas as áreas de construção. Hoje em dia, contam com uma gama de serviços ligados à orçamentação, apoio técnico na conceção de projetos, execução da obra e um serviço pós-venda. “Desde a pré-fabricação
48 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Transporte de material O transporte de todo o equipamento é disponibilizado por uma “equipa interna e com formação e aptidão para a condução de veículos pesados com grua”. Este serviço tem uma capacidade que pode ir dos 15.000 kg até aos 25.000 kg. Para não faltar segurança e eficiência nos serviços prestados aos clientes, a SPRAL garante a disponibilidade de transportar “elementos pré-fabricados de grandes dimensões” através de empresas externas. Obras de destaque São os clientes e as obras que ganham uma especial atenção da empresa para garantir que nada falhe. Obras como os centros comerciais Colombo e Vasco da Gama, em Lisboa, foram realizadas pela SPRAL, uma vez que naquela época
não haviam fabricantes de tão grande dimensão como a fábrica é. Já o antigo estádio das Antas, a maior obra em blocos que foi fornecida, marcou de uma forma especial a empresa. Alguns dos clientes são a LUSAVOUGA, Lucios, Lojas Lidl e Construcentro com obras ligadas à estrutura pré-fabricada, painéis de fachada e muros de suporte. Política de qualidade Com base na evolução tecnológica, a SPRAL tem como objetivo o primor pela qualidade e organização. O empenho e dedicação de todos os colaboradores, o melhoramento de todos os serviços e produtos disponíveis e a competitividade no mercado permitem que haja uma alta qualidade investida no trabalho. Existe um controle de qualidade diário face às peças, especialmente a resistência dos betões e outras características dos materiais, que exigem uma marcação CE dos produtos divulgados no Jornal Oficial da União Europeia, “mesmo que não seja obrigatório, algumas peças já têm, bem como aqueles que são obrigatórios por lei devido à segurança do edifício”, acrescenta o administrador.
spral| reciclagem de resíduos
Parcerias para a reciclagem A Universidade de Aveiro tem sido uma das parceiras da SPRAL. Para além da ajuda que têm facultado à empresa para o recrutamento de técnicos para estágios, A UA ainda tem alguns projetos de investigação com eles, o que acaba “por nos tornar melhores”. Está a decorrer um protocolo com a Universidade de Aveiro. “Tem a haver com uma candidatura internacional, ligado diretamente aos fundos europeus”. Um dos quadros dos fundos europeus é português e quem está presente é a Universidade de Aveiro, a SPRAL, a Navigator Company e a Mega Via. A investigação que conta com a parceria da UA tem como tema central a economia circular. Nuno Almeida explica que vão “introduzir no nosso processo produtivo resíduos de produção e estudar a viabilidade dessa situação, porque são resíduos que a produção tem que lhe dar destino e querem encontrar esse destino onde eles possam ser valorizados”. A Universidade vai fazer parte da investigação a nível laboratorial nos primeiros testes de incorporação da produção de betão e posteriormente a SPRAL vai realizar um ensaio real de uma fração de um pequeno edifício. O seu comportamento irá ser monitorizado com uma previsão de dois anos de monitorização. Um novo projeto entre mãos com a UA, que foi objeto de candidatura ao quadro comunitário, está ligado a uma investigação relacionada com as casas modelares, ou seja, “queremos desenvolver uma solução modelar de habitação com os nossos produtos mas de forma modelar, como se fosse um lego”, refere Nuno Almeida. O objetivo é fazer uma casa de uma forma muito mais económica e estandardizada. Para este projeto se concretizar é necessário enfrentar algumas restrições arquitetónicas e encontrar uma solução eficaz. Problemas no mercado de pré-esforçados O mercado tem sido inconstante e “este foi dos setores que mais sofreu com a crise até à data”. Para melhorar estes problemas, Nuno Almeida considera relevante o apoio do Estado para os interesses das empresas. Apesar do crescimento gradual, há um problema que vai afetar o setor nos próximos
anos, a falta de mão de obra, principalmente qualificada e mais exigente. “É preciso formação adequada para fazer esta produção”. Outro entrave colocado no setor é a exportação dos produtos, “mais os pré-ligeiros”, mas a SPRAL acaba por estar, de forma gradual, presente em França e em Cabo Verde. “Os custos logísticos são muito grandes, porque os produtos são muito pesados”, afirma Nuno Almeida. O balanço de uma PME líder Atualmente com mais de uma centena de colaboradores, a empresa celebra um marco importante: os 50 anos de história com uma competitividade no setor localizada mais na parte norte do país. Na perspetiva do administrador, o aniversário foi o momento ideal para refletir nos pontos positivos e menos positivos que aconteceram. “É fundamental percebermos que isto só é possível porque temos uma qualidade de colaboradores que fazem esta casa mexer. Hoje considero que tenho uma equipa de colaboradores excecional”. O nosso interlocutor revela ainda que o mercado permite que haja um crescimento na pré-fabricação pesada de betão pronto, mas relativamente à fabricação ligeira “não há a
possibilidade de crescer muito mais”, mas sim fazer um acompanhamento na evolução do mercado. É de forma sustentável que têm a missão de progredir, tendo alguma moderação perante as crises. Distinção no mercado Adaptação e solução de problemas. É este o segredo para uma empresa de sucesso que tem esta capacidade técnica e de qualidade elevada. Para solucionar o problema consideram necessário olhar para ele e “ajudar a tentar resolver o mais rápido possível”, finaliza Nuno Almeida.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 49
reciclagem de resíduos| cascais ambiente e painhas sa
“O ambiente
começa em nós”
Luís Capão Administrador
A 11 de novembro de 2005, por decisão da Câmara Municipal de Cascais, a EMAC - Empresa de Ambiente de Cascais, E.M. inicia a sua atividade, tendo como missão responder às necessidades de limpeza urbana dos cerca de 205 mil residentes, trabalhadores e visitantes do concelho. Visando otimizar os recursos existentes e acelerar a criação de valor, a empresa principia funções em tempo recorde.
50 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
As atividades abrangem áreas tão distintas como resíduos, energia, mar, espaços verdes ou biodiversidade e contemplam todos os ciclos de ensino, desde o pré-escolar. Os numerosos e diversificados espaços verdes e parques de Cascais são ideais para todo o tipo de atividades ao ar livre, ao mesmo tempo que prestam valiosos serviços ambientais, culturais e económicos para a população.
1980
Com mais de 35 anos de experiência, a PAINHAS SA foi fundada em 1980 em Viana do Castelo, contando atualmente com mais de 2000 colaboradores diretos e indiretos. A empresa de Viana do Castelo opera em infraestruturas na área da energia e a sua história conta também com vasta experiência na área das telecomunicações. São já uma referência no mercado da produção, distribuição, transmissão de energia e instalações elétricas. Têm como objetivo a continuidade da projeção da marca para mercados internacionais não esquecendo as suas origens. A PAINHAS SA nasce em Portugal, cresce e evolui, solidificando o seu know-how diariamente com a dedicação de quem quer fazer mais e melhor. Constituída por equipas de profissionais altamente especializados, a história da empresa cresce com a profissionalização dos seus serviços e reconhecimentos dos seus clientes. A PAINHAS SA opera em Angola, em parceria com o Grupo Omatapalo. Dessa fusão surgiu a PA OMATAPALO. O trabalho tem sido realizado em parceria constante, numa lógica de empenho e experiência dos colaboradores de Angola e de Portugal, sempre com formação específica nas diferentes áreas de atuação. O futuro cria-se com a solidez de um presente que é feito de escolhas, dedicação e trabalho. Angola é uma referência para a empresa e seu crescimento sustentável. O retorno positivo dos seus clientes e parceiros leva a empresa a querer evoluir, a marcar presença com a sua imagem de tradição e experiência, ao mesmo tempo com um sentido de expansão para outros países, outras realidades. A sucursal em França, criada em 2015, é o resultado evidente da clara aposta no projeto de internacionalização europeu que conta já com experiências comprovadas em França e na Alemanha. A empresaapresenta-se hoje como um prestador de serviços de referência na construção, manutenção e gestão de operações em toda a cadeia de valor do setor de energia, desenvolvendo a sua atividade nas áreas de produção, transporte, distribuição e manutenção de redes e infraestruturas. Helena Painhas Administradora
A Empresa Municipal de Ambiente pretende ser uma referência no setor, a nível nacional, atuando com eficácia e elevado sentido de serviço à comunidade, próxima da população, eficaz, reduzindo custos e gerando novas fontes de receita. Para além dos serviços de limpeza urbana e recolha de resíduos com que iniciou a sua atividade, a Cascais Ambiente é também responsável pela gestão de espaços públicos verdes urbanos, de jogo e recreio do concelho. Após absorver as agências municipais Cascais Atlântico e Cascais Natura, alargou as suas competências à gestão dos recursos naturais e da orla costeira. O seu trabalho inclui ainda a promoção e realização de atividades destinadas à preservação, qualificação e valorização do ambiente, à educação ambiental e ao conhecimento. Para a Câmara Municipal de Cascais, a prestação de serviços na área da limpeza urbana e da correta gestão dos resíduos é fundamental para alcançar o desenvolvimento sustentável e garantir o bem-estar e a qualidade de vida dos munícipes. Consciente do seu papel na defesa do ambiente e na melhoria da qualidade de vida dos seus munícipes, a Câmara Municipal de Cascais desenvolve anualmente um Programa de Sensibilização Ambiental, disponibilizando inúmeras atividades, teóricas e práticas destinadas às escolas do concelho.
desde
SAÚDE ORAL E DA VISÃO Quando se fala de saúde associamos, naturalmente, à medicina e normalmente, à medicina curativa. Mas esta vai muito para além do significado que, muitas vezes, o senso comum lhe atribui. A medicina é, todavia, bem mais do que isso, pois a sua preocupação maior é a prevenção de doenças. Quem acha que os olhos não merecem uma atenção especial estão muito enganados, pois afinal de contas é uma região sensível, onde podem acontecer diversos tipos de problemas e surgir diversas doenças. Assim, é necessário que, cada vez mais, sejam realizadas ações de sensibilização com divulgação e rastreios de problemas oftalmológicos. No dia 8 de outubro celebrou-se o Dia Mundial da Visão que foca, principalmente, a atenção em relação à cegueira global, pois a cada cinco segundos uma pessoa fica cega no mundo. A saúde oral é outra das preocupações em Portugal. As doenças orais, como a cárie dentária e as doenças periodontais, são um sério problema de saúde pública, uma vez que afetam grande parte da população, influenciam os seus níveis de saúde, de bem-estar, de qualidade de vida e são vulneráveis a estratégias de intervenção conhecidas e comprovadamente eficientes.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 51
dia mundial da visão | essilor
Atenção, nestas 2 fotos é importante que não se reconheçam as caras, pelo que este tamanho seria o limite.
Atenção, nestas 2 fotos é importante que não se reco este tamanho seria o limite.
Atenção,nestas nestas22fotos fotosééimportante importante que que não não se se reconheçam reconheçam as caras, pelo que Atenção, estetamanho tamanhoseria seriaoolimite. limite. este
Visão em primeiro!
A Essilor Portugal cuja missão é melhorar vidas, melhorando a visão, celebrou o Dia Mundial da Visão, no passado dia 12 de outubro, actuando em conjunto com a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Centenas de pessoas realizaram rastreios visuais gratuitos, com o objetivo de detetar possíveis anomalias e a existência de patologias da sua visão. Ativa na prevenção da saúde visual, a Essilor colaborou no desenvolvimento de várias ações integradas e realizadas, entre outros locais, no Terreiro do Paço, na Ribeira das Naus, no Largo de São Mamede, entre outros,disponibilizando rastreios gratuitos à população de todas as faixas etárias, dos mais jovens, aos mais idosos, incluindo grupos de alunos do Centro de Formação da Aldeia de Santa Isabel e utentes seniores da Santa Casa da Misericórdia. Para tornar memorável o Dia Mundial da Visão, nas ações que ocorreram em Lisboa, a Essilor ‘vestiu a rigor’, dois autocarros panorâmicos e convidou os participantes a desfrutarem de uma viagem pela capital, para a grande maioria, única! Estando a visão em primeiro, neste dia, tudo foi preparado para sensibilizar a população sobre a importância da prevenção e proteção da saúde visual, desde a primeira abordagem verbal ao encaminhamento para o especialista,
52 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
sempre que tal fosse necessário. O rastreio visual, efetuado periodicamente, permite a identificação de problemas de visão tais como miopia, astigmatismo, hipermetropia, presbiopia, entre outros, tendo em vista que, quanto mais precoce é a deteção, mais eficaz é a compensação. No mundo, os problemas relacionados com a visão afetam milhares de milhões de pessoas: 4,5 mil milhões de indivíduos necessitam de correção visual e 2,5 mil milhões de entre eles, não estão corrigidos. No entanto, atualmente, existem soluções simples, eficazes e comprovadas para as diversas anomalias visuais. Em Portugal, de acordo com a Direção Geral de Saúde, estima-se que as alterações da visão afetem cerca de metade da população e que perto de 20 por cento das crianças, tal como 50 por cento dos adultos, sofram de anomalias refrativas significativas. Portanto, no nosso país milhares de pessoas necessitam de corrigir a visão e um número significativo destas, desconhece tal facto, ou não controla regularmente o seu estado de saúde ocular.
Os problemas de refração não corrigidos, ou compensados com lentes de natureza duvidosa, provocam uma perda da qualidade de visão e originam uma redução de capacidades e produtividade, desencadeando impactos negativos, a nível social e económico, quer nos países desenvolvidos, quer nos em vias de desenvolvimento. A preservação e defesa da visão, ao longo da vida, contra efeitos nocivos cumulativos de fatores externos circunstanciais e ambientais é extramente importante. A prevenção continuada requer cada vez mais soluções óticas de qualidade especializadas, fruto de tecnologias avançadas, nos campos da correção visual. A necessidade de prevenção e compensação, com lentes de qualidade certificada, são o garante duma boa saúde visual e permitem Ver Melhor o Mundo. Lembre-se que, para além do Dia Mundial da Visão, todos os dias, a sua visão tem de estar em primeiro. Colocando sempre a Visão em primeiro, a Essilor tem por Missão Melhorar Vidas, Melhorando a Visão.
É O SEU CASO?
O SEU FILHO É UMA DELAS?
É UMA DELAS?
É O SEU CASO?
saúde oral |ormco
produtos premium na ortodontia A Ormco Corporation surgiu em 1960, pelas mãos de Frank Miller, que veio revolucionar num ápice o mercado da ortodontia com as suas bandas pré-formadas e os respetivos brackets de cimentação direta. A empresa chega a Portugal em 1994 e 23 anos depois continua a ser um dos principais animadores do mercado.
Louis Patel Regional Sales Manager Portugal
Ao longo de mais de 55 anos, a empresa destacou-se numa área verdadeiramente competitiva como pioneira devido à comercialização de inovações de sucesso. Louis Patel, regional sales manager em Portugal, revela que em Portugal a marca chega sob a designação de Ormodent, em 1994. Mais tarde, a Ormodent é comprada pela ORMCO, a sua fabricante exclusiva, e passa a designar-se por ORMCO Portugal. Mais recentemente, a empresa foi integrada à holding Danaher, que se distribui por vários polos de atividade, onde a vertente da saúde merece destaque. “Na área da saúde, existe o segmento dentário, onde também se insirem empresas tão emblemáticas como a Kerr, a Kavo e a Nobel Biocare.” É junto destas três empresas que a Ormco irá esta presente na Expo-Dentária do XXVI Congresso da Ordem dos Médicos Dentistas no Altice Arena em Lisboa nos próximos dias 16, 17 e 18 de novembro 2017.
54 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
que é na ortodontia”. Hoje a ORMCO propõe uma oferta completa de produtos ortodônticos tais como arcos, tubos, adesivos, instrumentos bem como mais de 20 sistemas de brackets diferentes: convencionais metálicos (Mini-twin, MiniDiamond, StraightwireSynthesis...) e estéticos (InspireICE), linguais convencionais (STb) e autoligados (Alias), e autoligados vestibulares metálicos (Damon Q) e estéticos (Damon Clear). A ORMCO é também pioneira na ortodontia 3D com o Insignia Advanced Smile Design, um sistema de brackets individualizados com a ajuda de um software de Set-up digital muito evoluido. Louis Patel refere que “é exatamente isso que nos distingue dos restantes players existentes no mercado. Nós não copiamos e não nos limitamos a vender. Há um grande investimento a nível de pesquisa de modo a encontrarmos produtos novos, investigação conduzida e levada a cabo por professores que pensam a ortodontia”. Contudo, o nosso interlocutor afirma igualmente que a revolução digital está em marcha, “e a ORMCO está a ‘fazer essa curva’”. A individualização e a estética são duas caractérisiticas que vão guiar os futuros desenvolvimentos da ortodontia. “O próximo ano será rico em novidades tanto ao nivel da ortodontia tradicional como na digital. É uma necessidade para que a ORMCO continue a líderar o mercado e distinguir-se dos restantes players existentes no segmento da ortodontia. Vamos continuar a apostar nas inovações tecnológicas na ortodontia tradicional mas também trazer a nossa pedra ao edifício da revolução digital. Pois, conseguimos hoje, a partir de um scan da boca, fazer um aparelho ortodôntico completamente individualizado à boca do paciente, específico para cada dente”. É esta individualização que torna a ORMCO um dos principais players no mercado português, “onde somos reconhecidos pelos nossos produtos premium e é neste patamar que nos conseguimos diferenciar das restantes marcas”, refere.
Arcos de alta tecnologia
Inovação e Desenvolvimento Questionado sobre a importância que a inovação e o desenvolvimento assumem na génese da ORMCO (Orthodontics Research and Marketing COmpany), Louis Patel não hesita em afirmar que “a ORMCO é das empresas do mundo, se não ‘a’ empresa, que nesta área de atividade tão específica, que mais aposta na inovação e desenvolvimento. Só trabalhamos a ortodontia. Não existem muitas empresas em Portugal dedicadas exclusivamente a esta especialidade da medicina dentária”. A inovação fez sempre parte do ADN desta empresa. Aliás, logo em 1960, aquando da sua criação, dá-se de imediato uma revolução no mercado com as suas bandas pré-formadas e os seus brackets de cimentação direta. “E assim se tem regido ao longo de mais 55 anos. Fomos pioneiros com a comercialização dos brackets de cimentação direta, com base romboide, arcos CopperNi-Ti e TMA, brackets Titanium Orthos, Damon Q, Damon Clear, Sistema Insignia entre outros produtos visionários que fazem da ORMCO a referência
ormco | saúde oral
Sistema Damon O sistema Damon, desenvolvido por Dwight Damon (daí a sua designação) e pela ORMCO é um dos principais produtos da empresa. É um sistema de tratamento que junta brackets autoligados passivos, tubos, arcos de alta tecnologia e protocolos específicos. Permite alternativas terapêuticas para chegar a melhores resultados de uma maneira mais rápida, com menos consultas e maior conforto para o paciente.
Damon Q O Damon Q abre novas portas para uma maior eficiência, flexibilidade clínica, mais conforto do paciente e estética. É um passo em frente decisivo na tecnologia dos brackets autoligados passivos de baixa fricção que permite ainda mais resultados do que só dentes alinhados. Tecnologia de autoligado passivo clinicamente comprovada para movimentos dentários rápidos e de baixa fricção com porta deslizante inovadora SpinTek para mudanças rápidas e faceis dos arcos. Traz ainda guias de posicionamento de alta precisão com dois slots para auxiliares, para as novas aplicações de tratamento. O perfil baixo e o pequeno tamanho do bracket juntamente com as bordas arredondadas ajudam a evitar as interferências oclusais, o que melhora a comodidade do paciente e a estética. O seu fabrico em aço inoxidável de 17-4 com molde de injeção proporciona uma resistência e uma durabilidade excecionais durante o tratamento.
Damon Clear2 O Damon Clear 2 combina as propriedades comprovadas da baixa fricção da tecnologia de autoligado passivo com a estética que os pacientes conscientes da sua imagem demandam. O resultado é um aparelho transparente como o vidro que supera as expectativas de beleza e funcionalidade. É a verdadeira inovação em transparência. As principais vantagens e diferenciação passam pela estética, por apresentar uma maior resistência, pela comodidade que proporciona ao seu utilizador, pela precisão que confere na colocação dos brackets, pela sua eficácia mais do que comprovada e, finalmente, pelo seu protocolo de arcos, pois o Damon Clear 2 está desenhado para ser utilizado com os arcos de força calibrada da Ormco, proporcionando um movimento dentário rápido e eficiente. Para um resultado e fiabilidade ótimos, deve ser utilizada a mecânica e sequência correta de arcos Damon.
Insignia O tratamento Insignia combina a tecnologia 3D, algoritmos informáticos avançados e um software interativo de design com brackets individualizados para conseguir uma oclusão perfeita e um sorriso bonito que é exclusivo de cada paciente. A partir do momento em que o ortodontista definiu o novo sorriso do paciente, o Insignia fabrica os brackets e os arcos de maneira personalizada, de forma a ser o mais eficiente possivel na resolução da má-oclusão. Contrasta com os outros tipos de brackets fabricados em série a partir de informações standards. Por essa razão, o ortodontista deve solucionar as variações de forma na simetria facial. Os brackets fabricados em série pré-informados podem supôr tratamentos mais demorados e consultas mais frequentes para comprovar que o tratamento progride adequadamente. Os brackets Insignia são desenhados à medida de cada paciente, com a ajuda de um Setup digital 3D utilizado pelo ortodontista. A planificação digital e a visão em 3D permitem ao profissional acrescentar um nível de individualização e detalhe que proporciona a melhor oclusão a longo prazo e o melhor sorriso em menos tempo!
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 55
saúde oral |real biuti
“Sorria…é o nosso objetivo!” Cláudia de Sousa, médica-dentista e sócia da Real Biuti, conversou com a Revista Business Portugal sobre a clínica que gere, assim como sobre a saúde oral dos portugueses.
Para que possamos contextualizar os nossos leitores, pergunto-lhe como surgiu a Biuti? A Biuti surgiu do desejo, de um conjunto de profissionais altamente qualificados, de proporcionar um trabalho de excelência com atendimento personalizado, sem a pressão associada à quantidade ou ao tempo, onde a humanização é uma constante. Neste sentido, a qualidade tem sido a diretriz que rege a Buiti desde o início. Para alcançar este nível de exigência, temos dado particular importância a aspetos que incluem a qualidade dos equipamentos, dos materiais, do mobiliário, do atendimento, da formação dos profissionais que nos acompanham, das técnicas e dos tratamentos realizados. Desta forma, pretendemos melhorar a qualidade da saúde oral dos nossos clientes e, por fim, a sua qualidade de vida. Num contexto de proximidade e numa lógica de diferenciação escolhemos desenvolver a nossa atividade no bairro de Alvalade, um bairro emblemático da cidade de Lisboa e uma das zonas da cidade onde se respira dinamismo em cada loja, em cada rua, em cada estabelecimento de Comércio Tradicional. Sorria…é o nosso objetivo! Que balanço faz destes anos de atividade? O balanço é extremamente positivo, principalmente porque
os nossos clientes nos reconhecem como um espaço de referência, onde se sentem acompanhados desde o primeiro momento e onde podem contar com o conselho de especialistas de diferentes especialidades médicas e médicodentárias. São os nossos clientes que nos referenciam! Este reconhecimento tem sido acompanhado pelo sucesso a nível empresarial. Somos ainda uma empresa jovem, mas já fomos distinguidos como PME Líder e Empresa Aplauso três anos consecutivos. Que serviços disponibilizam aos vossos clientes? A Biuti disponibiliza inúmeros serviços em diferentes áreas da medicina e todas as áreas de medicina dentária, nomeadamente dentisteria restauradora e estética, endodontia, prótese fixa, prótese removível, oclusão, implantologia, cirurgia oral, periodontologia, odontopediatria e ortodontia. Acreditamos que o acompanhamento dos clientes é importante e por esse motivo dispomos de pessoal com formação e com provas dadas na assistência a grávidas, idosos e clientes com necessidades especiais. Além disso oferecemos atendimento diário em horário pós-laboral e durante fins de semana com vista a uma maior satisfação dos nossos clientes.
Claúdia de Sousa Médica Dentista e sócia-gerente
56 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
São especialistas em saúde oral. De que forma combinam a ciência para responder às necessidades da população? Quais as técnicas utilizadas? Hoje, a evolução das técnicas médico dentárias permite tratar casos que antes não eram tratáveis ou executar com outro nível de sucesso aqueles cujo tratamento não produzia os melhores resultados. Na Biuti estamos constantemente a integrar essas técnicas, bem como novos sistemas, materiais e os instrumentos mais inovadores disponíveis no mercado. Ao estarmos principalmente focados na estética e no bem-estar, a ortodontia tem-se evidenciado pela sua aplicabilidade nas diferentes áreas da medicina dentáriamultidisciplinaridade. Dado que os tratamentos ortodônticos visam uma população-alvo que pode variar entre os 3 e os 100 anos, surgiu a necessidade de procurar técnicas menos invasivas e mais estéticas. Investimos, por esse motivo, nos alinhadores e na ortodontia lingual. Estas duas técnicas são um exemplo de dinamismo técnico-científico na área da medicina dentária. O que vos distingue das demais clínicas existentes na região? Muito provavelmente o contacto humano, a customização e o atendimento personalizado. Investimos numa relação de longo prazo com os nossos clientes, colaboradores e amigos. Abrimos a porta com um sorriso e encerramos quando o último cliente que nos procurou sair também a sorrir. Conhecemos os nossos clientes pelo nome e, em muitos casos, também os seus familiares. Partilhamos histórias, receios e experiências, o que permite estreitar laços de amizade. Esforçamo-nos para que os nossos clientes sintam que estaremos nos distingue. Não somos um franchising, somos um amigo. Além disso, somos uma equipa que disponibiliza um leque de serviços que se adequa às necessidades individuais de cada cliente. Desenvolvemos um trabalho multidisciplinar, diferenciado, aliado às novas técnicas e equipamentos, com o objetivo último de concretizar o plano de tratamento mais adequado. Nesta edição falamos de saúde oral de excelência. De que forma chegou a Biuti Alvalade a este patamar de excelência? O caminho que nos trouxe até aqui foi feito de passos curtos, mas firmes e decididos. Equipámos as nossas instalações com os melhores instrumentos disponíveis no mercado,
real biuti | saúde oral
confiando na qualidade de mais alto nível existente na Europa, o que nos permitiu trabalhar com uma segurança que outros não teriam. A semente tinha sido lançada. Depois, formámos e continuamos a formar os nossos profissionais – médicos e assistentes – segundo os mais exigentes padrões internacionais de qualidade, contribuindo para a melhoria desses mesmos padrões. Além disso, utilizamos equipamentos simultaneamente amigos do ambiente e mais económicos do que os convencionais, tendo sido mesmo uma das primeiras clínicas em Portugal a utilizar sistemas digitais e tecnologia LED em grande parte dos equipamentos, o que hoje em dia é a norma. Ainda assim, é esta visão de futuro que nos distingue e nos impulsiona para atingirmos metas de excelência ainda mais exigentes. Como vê a saúde e higiene oral em Portugal? A saúde oral em Portugal evoluiu imenso nos últimos anos, ainda que dados da Ordem dos Médicos Dentistas, de 2017, ainda indiquem que 27% dos portugueses nunca foram ao
dentista ou foram apenas em situações de emergência. No entanto, se pensarmos que até poucos décadas atrás as pessoas não tinham acesso ou não estavam sensibilizadas para a importância da saúde oral e os clientes que nos procuram hoje, podemos dizer que a distância é abissal. A generalidade do cliente dos dias de hoje está informada e sabe exatamente o que quer. Pensa a saúde oral como algo fundamental e não apenas como uma necessidade urgente decorrente de um episódio de dor. Percebe a importância da saúde oral para a saúde do corpo, numa visão integrada. Há já uma consciencialização de que a saúde oral e tão importante como os restantes cuidados de saúde que vamos tendo ao longo do ano? Absolutamente. O cliente típico nos últimos anos percebeu que a saúde oral não só é tão importante como os restantes cuidados de saúde, como precede um sem número de cuidados a ter durante toda a sua vida. Uma deficiente saúde oral reflete-se na saúde de outros órgãos do corpo humano,
podendo dar origem, a um sem número de doenças e lesões, difíceis de diagnosticar e tratar. Na Biuti também educamos os nossos clientes nesse sentido, uma vez que um maior cuidado por parte do cliente potencia os nossos tratamentos e prolonga os seus efeitos e resultados. Por onde passa o futuro da Biuti? O futuro da Biuti passa pela consolidação do trabalho realizado, continuar a integrar inovações na atividade diária e investir na formação contínua de médicos e colaboradores. Num esforço de atualizar o equipamento para se manter na vanguarda tecnológica, a Biuti irá adquirir o software 3D -Digital Smile Design (DSD)- que consegue projetar o sorriso ideal do cliente e guiar o tratamento ortodôntico com base em fotografias, vídeos, scanners e tomografias. Pensamos também que num futuro próximo a Biuti possa usar o knowhow acumulado para dar formação a profissionais na área, numa perspectiva de partilha de conhecimento metodologias e boas práticas.
alvalade Largo Frei Heitor Pinto, 5 | 1700-204 Lisboa - Portugal Tlf.: 0351 218 066 495 | Tlm.: +351 969 114 700 Email: realbiuti@gmail.com
www.realbiuti.com
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 57
saúde oral | gsk consumer healthcare
A marca referência na saúde oral
Filipa Meneses
Numa edição dedicada à saúde oral, conversámos com Filipa Meneses, responsável pelo Departamento de Expert Marketing, na GSK Consumer Healthcare em Portugal.
A Farmacêutica GSK comemora já 16 anos de história em Portugal. Quais as principais áreas de negócio? A GSK atua globalmente em três áreas de negócio: Farma, Vacinas e Consumer Health Care (CH). É nesta última que se inserem os cuidados com a saúde oral, onde em Portugal chegámos este ano à liderança de mercado, no conjunto dos segmentos onde atuamos. É uma área muito importante para a GSK CH e onde continuaremos a apostar. A vossa missão é melhorar a qualidade de vida das pessoas. Que valores e ideais orientam a vossa atividade? A missão da GSK é fazer com que as pessoas façam mais, se sintam melhor e vivam mais tempo. Os nossos valores são a transparência, respeito, integridade e sempre focados no consumidor final. Entre os vários produtos que disponibilizam, encontram-se referências
58 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
direcionadas para a saúde e higiene oral. Qual a importância deste segmento para a empresa? As marcas referência nos cuidados diários da saúde e higiene oral são a Sensodyne, para dentes sensíveis, a Parodontax, para o cuidado diário das gengivas, e a Corega, para fixação e limpeza diária das próteses dentárias removíveis. Estes produtos são muito importantes para a empresa, pois impactam diariamente muitos portugueses, e porque acreditamos que apresentamos soluções de qualidade e eficazes para as condições referidas. Este segmento tem muito peso na GSK CH e é uma área em que estamos e continuaremos a apostar.
São especialistas em saúde oral especializada. De que forma combinam a ciência para responder às necessidades da população? Quais as técnicas utilizadas? Todos os produtos da gama de Saúde oral da GSK CH são sujeitos a investigação, e têm os seus resultados comprovados cientificamente. Os seus resultados advêm de ingredientes com comprovada eficácia, e quase todos exclusivos da investigação GSK nesta área. A investigação cientifica permite trazer novas e mais rápidas soluções, como é o caso de Sensodyne Rapid cuja formulação
única permite o alívio rápido da dor da sensibilidade dentária, em 60 segundos, ou da Sensodyne Repair&Protect que tem um ingrediente que ‘reconstroí o dente’, através da criação de uma capa protetora, com os mesmos constituintes naturais do dente, sobre a dentina exposta. São detentores da Sensodyne, a marca número 1 nas pastas para a sensibilidade dentária. É a mais recomendada para este fim. O que distingue esta marca? A marca Sensodyne distingue-se pelos seus ingredientes exclusivos, em algumas das referências, e por anos de investigação. É uma marca mundialmente recomendada pelo especialista em saúde oral, o médico dentista, pois demonstrou ter os resultados a que se propõe. Em Portugal é também a marca mais recomendada para quem tem dentes sensíveis. A saúde oral tem ganho cada vez mais importância para a população. Quais os benefícios da utilização dos produtos Sensodyne? A utilização diária de Sensodyne, permite que os consumidores que sofrem de sensibilidade dentária possam usufruir de uma vida sem impacto devido à sua condição. Comer gelados, beber bebidas quentes ou por vezes apenas um golpe de ar frio para levar a um surto de dôr breve e agudo que é um dos sinais de sensibilidade dentária, que pode perfeitamente ser evitada com a utilização de Sensodyne. Como vê a saúde e higiene oral em Portugal? De acordo com o recente estudo da Ordem dos Médicos Dentistas (Barómetro 2017), denota-se uma evolução positiva nas visitas periódicas ao dentista, talvez fruto de uma melhor condição económica, mas ainda há cerca de 42 por cento de portugueses que
não visitam o médico dentistas há mais de um ano, e 27 por cento de portugueses que nunca visitam o médico dentista ou que só o fazem em caso de urgência. Cada boca é única. Esta necessita muitas vezes de cuidados diários específicos. Muita gente perde dentes quando poderia ter agido na prevenção, com visitas regulares ao médico dentista e/ou higienista oral, e/ ou a utilização de produtos adequados e de cuidados gerais de saúde. Nem todos os consumidores estão conscientes de algumas condições nem de qual o melhor cuidado/ produto a utilizar na sua higiene oral diária, e os especialistas na área saberão melhor que ninguém analisar a situação de cada boca. Notamos também pelo lado das farmácias e parafarmácias, um interesse e crescimento nesta área. Ambos estes locais são por excelência locais onde se poderá encontrar um bom aconselhamento e caso necessário a indicação para a visita ao médico dentista ou higienista oral. Por onde passa o futuro da Sensodyne e, consequentemente, da GSK? O futuro de Sensodyne e da GSK CH, passa por continuar a sensibilizar a população sobre o que é a hipersensibilidade dentária e o seu impacto no dia a dia (assim como que sangrar das gengivas não é uma condição normal, ou que as próteses dentária removíveis deverão ser limpas diariamente, como se limpam, ou limpavam, os dentes naturais). Vamos continuar a apoiar os especialistas nesta área e a apoiar os diversos pontos de venda com formação e materiais informativos para o consumidor.
IMOBILIÁRIA E REABILITAÇÃO URBANA As imobiliárias de luxo oferecerem empreendimentos exclusivos, com localizações privilegiadas e uma qualidade de excelência, geralmente são as características de ordem para as imobiliárias de luxo. Um design inovador e atual, materiais de topo, acabamentos cuidados e precisos, pretendem satisfazer as necessidades e expetativas do cliente mais exigente. Geralmente inseridos nas zonas mais luxosas das cidades, os empreendimentos de luxo são encarados pelo comprador como um investimento importante para a vida pessoal de cada um, tratando-se de um espaço cómodo e acolhedor, para partilhar com família e amigos nos mais variados momentos. Moderno, atrativo e funcional, tanto nos espaços de interior como exterior. Edifícios que pretendem marcar a diferença. Ser muito mais que uma habitação, pretendem assumir-se como um estilo de vida. As construções de luxo além de todas as caraterísticas enumeradas anteriormente assumem serviços exclusivos para responder às mais variadas necessidades dos seus moradores. Mais do que vender, as empresas de imobiliárias de luxo valorizam o serviço pós-venda, desejando a fidelização dos clientes. Um tipo de serviço diferente, com inúmeras vantagens associadas e a garantia de excelência na qualidade dos materiais. Pretende-se que com o passar dos anos este tipo de empreendimento permaneça inalterado, sendo fundamental o rigor no momento de eleição dos materiais e na alta resistência dos mesmos. A preocupação ambiental junta-se às imobiliárias de luxo com o objetivo de reduzir gastos e emissões de CO2 preservando a beleza das habitações.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 59
imobiliário e reabilitação urbana | grupo mafavis
Mais de 30 anos de experiência no mercado imobiliário O Grupo Mafavis, sedeado no concelho de Gondomar, com toda a sua experiência no ramo imobiliário continua, nos dias de hoje, a distinguirse como um sólido parceiro de investimentos. Manuel da Silveira é o administrador deste grupo que comporta três empresas distintas: Mafavis, Mafavis Real Estate e Tecnigom Construções. As áreas de atividade de cada uma das empresas bem como a atualidade do setor, aos olhos do gestor deste grupo, seguem abaixo.
Manuel da Silveira Administrador
O Dr. Manuel da Silveira assumiu a gestão do Grupo Mafavis, anteriormente administrado pelo seu pai, no ano de 2008, já lá vão quase 10 anos. O grupo, composto por três empresas distintas e independentes, abarca várias áreas de negócio: a Mafavis, com o seu leque patrimonial, dedica-se a encontrar as melhores oportunidades de negócio para os seus investidores, estando a sua atividade direcionada, maioritariamente para a gestão patrimonial. A Mafavis Real Estate, que inicialmente estava
60 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
vocacionada para a gestão de condomínios, encontra-se, agora, unicamente direcionada para a promoção imobiliária: “No fundo é quem desenvolve os projetos que temos em mãos”, explicou o administrador. Por outro lado, a Tecnigom é uma sociedade que começou por existir para dar apoio à Mafavis nas manutenções e garantias que eram necessárias dar aos clientes, no entanto, com o passar do tempo, passou a exercer atividade na área da reabilitação.
grupo mafavis |imobiliário e reabilitação urbana
Com mais de 30 anos de experiência no setor imobiliário, o departamento técnico do Grupo Mafavis é composto por um grupo de “ótimos profissionais”, capazes de dar resposta a toda e qualquer necessidade dos seus clientes, excetuando, na vertente de mediação imobiliária. A justificação deste facto foi-nos dada pelo nosso entrevistado: “Nunca fomos mediadores e não tencionamos seguir por esse caminho porque consideramos essa uma área muito competitiva e de difícil concorrência, com muita promiscuidade”, reiterou o gestor. A crise imobiliária e a atualidade do setor A par da maioria dos investidores, também a Mafavis teve que se reajustar no mercado aquando da crise vivenciada nos últimos anos: “Nós deixamos de construir porque havia excedente de construção. As margens de lucro diminuíram substancialmente, fruto da concorrência existente, das exigências do mercado, das dificuldades da banca, quer no financiamento a novos projetos como aos clientes finais e, por isso, havia igualmente cada vez menos investidores a arriscar”, deu-nos conta o porta-voz deste grupo.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 61
imobiliário e reabilitação urbana | grupo mafavis Por outro lado, com a retoma de mercado que se verifica atualmente, “chegou uma nova onda de investidores, que não são da área, mas que veem no imobiliário uma boa oportunidade”. Infelizmente, para Manuel da Silveira, esta realidade não representa um bom presságio: “O mercado está em alta, mas julgo que será por pouco tempo. Digamos que o que se passou há uns anos está a repetir-se agora. Por muito que as vendas e os arrendamentos estejam a funcionar, a verdade é que nos próximos anos prevê-se mais uma crise ainda pior que esta. Temos uma bolha imobiliária instalada”, lamentou. “A crise preocupa-me porque vai abalar toda a economia. Esta pseudo capacidade financeira da população em geral vai diminuir e todo o mercado vai retrai-se. Estamos a viver uma ilusão. Todo o mercado financeiro vai sofrer”, advertiu o especialista. De facto, o momento que se vive no ramo imobiliário é de euforia. Manuel da Silveira confessou estar a viver momentos que nunca viveu: vender projetos em planta. Mas garante que oferece qualidade correspondente ao preço pedido e que isso ajuda no sucesso da empresa. No seguimento desta previsão, levantou-se a questão sobre como a Mafavis se prepara para este cenário. O nosso entrevistado afirmou não haver muito a fazer. Segundo o mesmo, quando existe excedente de produto há que parar a construção e concentrar-se no seu escoamento: “Passamos a gerir o stock imobiliário, na base do arrendamento, da melhor forma possível e reduzindo as despesas ao máximo”, elucidou-nos assim o administrador do Grupo Mafavis. Futuro promissor Apesar de o Grupo Mafavis atuar, maioritariamente, na zona do grande Porto, nomeadamente nos concelhos de Gondomar, Águas Santas e Valongo, Manuel da Silveira confidenciou à nossa revista estar a trabalhar num projeto de construção na zona de Matosinhos Sul, isto porque considera que inovar e arriscar faz parte intrínseca do setor. As garantias de que trabalhar com qualquer uma das empresas constituintes do Grupo Mafavis é uma boa opção, também ficaram claras ao longo da entrevista: “Depois de mais de 30 anos eu ainda estou aqui. Nunca virei as costas aos problemas. Nós sempre demos a cara e estamos precisamente sedeados no centro de algumas construções feitas por nós, por isso, se tivéssemos algo a temer não estaríamos aqui. Temos seriedade nos negócios. O nosso melhor argumento é precisamente estarmos sempre aqui para os nossos clientes”, aclarou-nos. Por fim, ficaram as perspetivas e desejos futuros do gestor do Grupo Mafavis: “Morrer na praia é muito ingrato e eu nos últimos anos tenho andado a gerir vários contratempos o que é inglório. Almejo que tudo se resolva e estou convencido de que tudo se irá compor. Queremos continuar a trabalhar e a evoluir porque o crescimento faz parte do nosso futuro, mas sempre mantendo as cautelas porque o mercado está muito atípico”, finalizou Manuel da Silveira.
62 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
CELEBRAMOS 30 ANOS DE PARTILHA E CONFIANÇA!
PORTO
V.N.GAIA CONHEÇA OS NOSSOS MAIS RECENTES PROJETOS!
44
www.empril.pt
(+351) 223 773 310 (+351) 917 520 724
/grupoempril
/grupoempril
imobiliário e reabilitação urbana | empril
30 anos de investimento e projetos no setor imobiliário Com atividade no mercado imobiliário em Portugal desde 1987, o Grupo EMPRIL disponibiliza um conjunto de serviços no setor imobiliário a proprietários, residentes e investidores, com incidência na Área Metropolitana do Porto. Em entrevista à Revista Business Portugal, Luís Rouxinol, administrador da EMPRIL, descreveu o nascer da empresa e a sua evolução, comentou o contexto, anterior e atual do setor, e, projetou o futuro da empresa, que completa 30 anos.
Luís Rouxinol Administrador
Nascimento da empresa A EMPRIL surge nos anos 80, na sequência do incremento de atividade no setor imobiliário no país. Resulta da conjugação de dois comerciais e um engenheiro civil, com vontade de explorar um novo setor. Começámos a atividade, numa primeira fase, na mediação, mas logo evoluímos para o investimento, com a aquisição de terrenos, desenvolvimento de loteamentos, e uma penetração maior no setor do imobiliário, indo além da comercialização. Estabelecemo-nos na cidade do Porto, e crescemos a partir daí. Mais tarde, e depois de ter assumido a EMPRIL, na totalidade, evoluímos, com a abertura de novas instalações, até à construção de um edifício próprio, em Vila Nova de Gaia, onde se instalaram as já várias empresas que constituem o grupo. A evolução estrutural ao longo do tempo É um percurso de 30 anos, com um desenvolvimento em várias etapas. Como disse, o grupo foi para além da mediação, e, por isso, acabou por evoluir para um grupo económico, que hoje abrange as várias vertentes do
imobiliário, projetando e construindo nos segmentos de habitação, serviços, retalho e comércio. A EMPRIL gere e comercializa todo o produto criado pelas várias empresas do grupo, mantendo-se como entidade agregadora, no qual eu sou o elemento comum. A área geográfica de atividade é o Grande Porto, pois a observação e intervenção direta nos projetos faz parte da nossa forma de atuar. Sendo a localização a característica mais importante de um imóvel, faz sentido estarmos próximos. De momento, para além dos projetos em fase de finalização, estamos envolvidos em seis novos projetos, divididos entre reabilitação e obra nova, entre o Porto e Vila Nova de Gaia. O cunho da marca EMPRIL Existiu sempre a preocupação, em todos os projetos, de maior ou menor dimensão, em cuidar do ordenamento, bem como dotá-los de pormenores de interesse dos clientes, para
64 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
empril |imobiliário e reabilitação urbana
que as famílias usufruam de comodidades diferenciadoras, que criam mais-valia a todos os utilizadores. O momento da construção massificada já foi ultrapassado, hoje estamos muito focados na qualidade e no conforto, optando por projetos de menor dimensão, com mais detalhe, e sobretudo bem localizados. Se temos qualidade e prestígio, o mercado responde de forma favorável. Se, durante a crise, os apartamentos se vendiam já muito perto da sua conclusão, hoje, com uma maior procura resultante da recuperação da estabilidade económica das famílias, vendem-se imóveis em início de construção, o que confirma que a credibilidade da empresa continua inabalável.
Atualmente, há um claro incremento na concessão de crédito para habitação, mas com muita cautela, estudando muito bem o cliente e financiando apenas em parte. Isto também regula o mercado, o que para nós é positivo. Se tínhamos uma concorrência desordenada, em que qualquer empresa passava, de repente, a ser promotora imobiliária, hoje temos um mercado mais organizado e seletivo. O investimento em imobiliário continua a ser apropriado e acertado, mas com muito mais rigor, no que respeita aos critérios para atribuição de crédito.
Superar a crise e o surgimento de uma novidade Estivemos na fase de grande produtividade nos finais dos anos 90 e anos 2000, com a criação de loteamentos, urbanizações, sempre numa lógica de reinvestimento. Depois, vivemos a fase mais difícil, a partir de 2008, com sete anos muito complicados e muitas empresas a desviarem-se do setor. Nós ficámos, não dependendo de resultados imediatos e usufruindo da filosofia de reinvestimento constante que foi sustentando as várias empresas do grupo. Esta base permitiu superar esse período, estabilizar, acabar o produto que tínhamos e arrumar a casa. A vaga de reabilitação presente no setor, com fatores que a favorecem, como é exemplo os regulamentos camarários benéficos e as vantagens fiscais. A fase da requalificação no centro da cidade foi extraordinária e o facto de estarmos atentos e presentes nesse momento, contribuiu para um pleno retorno ao mercado.
A influência da banca A banca e o imobiliário é uma ligação fundamental. Entendo, que mantendo-se este controlo sobre o financiamento, por parte da banca, a mensagem será de que atual conjuntura é sustentável. No momento anterior à crise, as facilidades de financiamento contribuíram para alguns excessos no mercado imobiliário. A própria banca também encontrou no imobiliário uma solução de expansão, motivando a captação de novos clientes e oferecendo-lhes pacotes de serviços financeiros que iam além do empréstimo. A crise veio destapar este problema. A banca, que alavancava vários grupos económicos do setor, cativando, motivando e quase ‘empurrando’ para mais construção, de repente inverteu a tendência. Durante os últimos anos, quase nem se podia falar de imobiliário, era como um produto tóxico! A atividade do setor parou porque a máquina deixou de funcionar, tanto, que são vários os exemplos de prédios que ficaram por terminar por largos anos.
A conjuntura atual Este hiato de atividade, devido à crise, acabou por criar uma nova conjuntura. Se formos a reparar, passaram 10 anos. Há uma geração que se formou, mas nesta primeira fase, a exigibilidade da banca é maior. Só os que detêm maior capacidade de dar garantias ao financiamento, que tinha passado de 100 para zero, é que o conseguem.
O fator do turismo e o interesse estrangeiro O mercado imobiliário atual tem duas vertentes fundamentais: o puro residencial e o mercado imobiliário que resulta da recuperação do centro das cidades, que em muito depende do fator turismo. Os indicadores continuam a apontar o turismo como uma importante influência, para este segmento de mercado. Os fatores que nos rodeiam –
clima, segurança, pontos de interesse – também contribuem para este crescimento de investimento estrangeiro. Temos clientes franceses, árabes e de países nórdicos a comprarem cá imóveis por ser um local convidativo não só para viverem mas também como fonte de rendimento, através do arrendamento e do alojamento local. Também o comércio e os serviços têm aproveitado deste ‘élan’ em torno da cidade, que se traduz pela chegada, quase diária, de nova insígnias e marcas internacionais. Balanço dos 30 anos de atividade e o futuro da EMPRIL Foram 30 anos de muito trabalho, devidamente sedimentados em vários patamares. Fomos crescendo, adaptando e alargando a área de influência, conquistando mercado e credibilidade. Gosto de desenvolver projetos, de criar novos projetos e pensar sempre no próximo. Neste momento, a empresa ainda depende muito de mim, mas o grupo por si só tem todas as condições para continuar. Já fizemos de tudo, quer no mercado residencial, quer no mercado empresarial. O objetivo, no curto prazo, passa pelo desenvolvimento de projetos de rendimento, na área dos serviços e hotelaria, que reforcem a sustentabilidade futura da empresa.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 65
Clarisse Monteiro
imobiliário e reabilitação urbana | predimed lidador
Uma imobiliária fortemente inovadora na cidade da Maia Tem a liderá-la uma mulher ousada, de seu nome Clarisse Monteiro, que mostra paixão em tudo aquilo que faz.
Já era bem conhecida na cidade da Maia pelo seu dinamismo e coragem quando em 1998, ainda no tempo do carismático Professor Vieira de Carvalho, presidente da Câmara Municipal da Maia, fundou a Criança Diferente/Associação de Amigos, da qual foi presidente de Direção e diretora de Serviços durante cerca de 16 anos, e agora a todos surpreende quando faz um interregno no ensino para se colocar à prova no mercado imobiliário. Foi tão repentino o seu sucesso, inovou de tal forma nos procedimentos habituais usados pelos seus colegas, que nos atrevemos a dizer que daqui a pouco tempo o nome ‘Clarisse Monteiro’ será uma marca pessoal, se não o for já, e tal facto levou-nos a procurá-la para a conhecermos melhor e às práticas implementadas que a diferenciam de quem já está há muitos anos na área. Tudo nela se distingue: o seu constante sorriso, a forma calorosa como nos recebe, a grande
lhe deu, chega a patamares para outros impensáveis em prazos reduzidos. Casa, tem dois filhos, sendo o mais velho um menino com deficiência, que cedo a fez ir à luta arregaçando as mangas quando outros atiram a toalha ao chão. Sendo já professora a alguns anos, vem para o Porto em 1991 à procura de melhores condições médicas e educativas para esse seu filho e aproveita de imediato para candidatar-se às vagas de educação especial na Escola Superior de Educação do Porto, quando o Estado quis formar professores nesta área por o seu número ser bastante reduzido. Findo o curso, entra na Equipa de Educação Especial da Maia, área na qual permanece durante cinco anos e, sentindo as poucas respostas que havia para os jovens com deficiência, funda ela própria uma associação que projeta a Maia neste campo, pois em 1998 não existia qualquer resposta para esses jovens na cidade, a não ser o apoio nas escolas, mas apenas até aos 16 anos de idade para a maioria. Atingindo essa idade os pais
empatia que se cria e o forte entusiasmo com que nos fala do seu trabalho e até da sua vida. Cedo se vê que é uma mulher ousada, rebelde até, com forte visão de futuro e a pensar ‘fora da caixa’. Senão vejamos: nascida numa aldeia do interior, concelho de Vila Nova de Foz Côa, numa família humilde e de fracas posses, aproveitando todas as oportunidades e amigos que a vida
ficavam com eles no colo. Clarisse Monteiro, pessoa inconformada, com a sensibilidade que lhe é característica e vivendo o problema na sua própria casa, dá voz a essas famílias nos vários órgãos de comunicação social, denuncia más práticas e injustiças que naquela altura a integração, a qualquer custo, estava a proporcionar a algumas famílias e avança, com o apoio de outros
66 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
predimed lidador |imobiliário e reabilitação urbana pais, para a criação da bem conhecida associação que ainda hoje existe, ainda que não com o mesmo carisma e dinamismo que só ela é capaz de imprimir. Foi um sucesso, só podia ser um sucesso, pois tudo o que sai das mãos e cabeça desta mulher está condenado a sê-lo. É o que está agora a acontecer com a sua imobiliária. Com uma breve passagem por uma outra marca na qual aproveitou todos os bons ensinamentos que lhe foram proporcionados, pessoa atenta que é ao que se passa ao seu redor, cedo percebeu que não seria ali que o seu trabalho seria pago de acordo com o seu esforço e as suas potencialidades. Pessoa que sabe bem o que quer, estudiosa da área que pretende desenvolver e muito organizada, mais uma vez, soube aproveitar a oportunidade de mercado. Com a PREDIMED em franca expansão no norte, Clarisse Monteiro informa-se sobre as vantagens dadas por tal marca, que muito lhe agradaram, e decide instalar a sua própria agência na Maia, no mercado que bem conhecia. Decide arriscar e arriscou bem. Com os pés bem assentes na terra, pensa o futuro com rasgo e determinação. Aposta fortemente no seu marketing colocando vários outdoors em pontos estratégicos da cidade, decora o seu carro de forma a que quando passa todos o olham por tão diferente da publicidade habitual, angaria com facilidade em exclusividade pois diferencia-se da maior parte dos seus colegas pelas mais-valias que apresenta aos proprietários na excelente promoção dos seus imóveis e, acima de tudo porque é uma pessoa da qual facilmente se gosta, com quem apetece conversar e que inspira grande confiança. Com forte espírito de responsabilidade, cumpre com tudo aquilo que promete, nomeadamente quando numa exclusividade coloca os imóveis num outdoor para lhes dar maior visibilidade, de dia e de noite, se necessário durante três meses, ou até mesmo, quando o valor do imóvel o justifica, oferecer vídeos feitos com drones que mostrem toda a envolvente do imóvel captando todos os espaços que favoreçam a venda do mesmo. Por isso os seus clientes ficam de tal modo satisfeitos que de clientes passam a amigos, passando a referenciá-la aos seus amigos e conhecidos. Prova disso são os elogios de alguns clientes que encontramos no seu lindo site e no livro onde os mesmos escrevem o que pensam sobre a Clarisse Monteiro, após esta lhes prestar um serviço. Estamos, sem dúvida, perante uma estrela da qual muito se irá ouvir falar. Diz adorar trabalhar com a PREDIMED, onde a grande fatia das comissões recebidas ficam nas mãos dos consultores pois são eles que tudo fazem acontecer e recomenda, vivamente, a todos quantos trabalham nesta área e são mal pagos que venham conhecer esta excelente empresa e nomeadamente a PREDIMED LIDADOR que neste momento está a constituir a sua equipa com consultores experientes, e especialmente bem formados enquanto pessoas, pois não quer que o nome da sua agência fique mal visto por algum deles com falta de sentido de responsabilidade, com ausência de ética ou algum tipo de sobranceria. Para
trabalharem com a PREDIMED LIDADOR terão que ser pessoas que também elas se distingam na forma de estar
assim seja ajudada por todos os que aos seus serviços recorrem.
e no trabalho desenvolvido, daí não ter pressa em formar equipa a qualquer custo, para o nome que está a construir com tanto esforço seja queimado, ou para ter altas taxas de rotatividade de entradas e saídas, o que é habitual neste tipo de agências. Surpreendeu-nos as grandes e confortáveis instalações, muito bem decoradas, ainda que com simplicidade e surpreendeu-nos a informação que nos deu na reta final da entrevista – ali irão fazer formação em serviço, jovens com deficiência, e de alguma forma autónomos, aliviando os pais com o peso de uma mensalidade para toda a vida que são obrigados a suportar em qualquer instituição de solidariedade social e o facto de estarem uma vida em contacto apenas com pessoas com deficiência que em pouco facilita o seu processo de inclusão na sociedade onde vivem. Refere a responsabilidade social permanente de uma empresa e não apenas episódios pontuais que mais não passam de caridade encoberta. Passou a ser moda as empresas evocarem a responsabilidade social que, na falta de vontade de um ajuda efetiva e permanente, se resume a umas ações no Natal ou em alguns períodos do ano das suas equipas para ficarem com belas fotografias e consciências descansadas. De todo é este modelo de responsabilidade social que a PREDIMED LIDADOR pretende seguir, mas à semelhança de tantas outras que efetivamente o fazem, das quais destaca a Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, como o melhor exemplo que conhece e aplaude. Termina a nossa conversa salientando que neste trabalho move-a ganhar dinheiro para um objetivo nobre – criar a Fundação da Felicidade que em breve nos dará a conhecer,
Lembra-nos que desta vida nada se leva. Só se deixa. Então “deixo aos meus filhos o melhor de mim pelo qual quero ser lembrada – o meu sorriso, a minha generosidade, a minha entrega incondicional às causas em que acredito, a minha linda história de vida”. E, para a lembrar, escreveu o seu livro ‘Clarisse – Testemunho Apaixonado de Uma Vencedora’, da qual se esgotou a primeira edição e que em breve sairá a segunda, editada pela editora ÓMEGA e ficará à venda nas lojas FNACS e nas livrarias BERTRAND de todo o país e países de língua portuguesa. Como é um livro delicioso com um belo testemunho de vida que a todos comove, sabemos que não demorará a ser traduzido para outras línguas e ser editado noutros países. Consulte a PREDIMED LIDADOR e surpreenda-se pelos bons serviços prestados aproveitando a oportunidade para conhecer Clarisse Monteiro, uma força da natureza.
Avenida do Padre Manuel Alves Rego nº31 4470-330 Maia Tlm.:+351 966 984 933 +351 912 190 324 Tlf.: +351 223 171 694 Email: clarisse.monteiro@predimed.pt www.clarissemonteiropredimed.pt
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 67
imobiliário e reabilitação urbana| imoenergi e entrecasas
Mediadores de Sonhos
segurança e transparência A EntreCasas nasceu em 2012, num projeto que reúne toda a experiência de Faustino Correia no ramo imobiliário. Segurança e transparência são os pilares desta empresa de mediação imobiliária, que se posiciona com cada vez mais força nos mercados de Viana do Castelo, Esposende, Póvoa de Varzim, Matosinhos, Maia e Porto.
Além de sócio-gerente, Paulo Barbosa é um dos principais parceiros do Millenium BCP na zona de Vila do Conde e Póvoa de Varzim. Ligado desde cedo às vendas e, com uma vasta experiência, o responsável é conhecido também pela ajuda e segurança que transmite aos clientes, através de um serviço diferenciado e especializado. “Além de vendermos imóveis, também ajudamos a atravessar algumas das dificuldades com a renegociação dos imóveis com o banco, arranjando soluções para as pessoas não os perderem. A diferença é o serviço que nós prestamos, é o apoio que
“Surgimos no auge da crise, num período difícil, em que só sobreviveu quem teve coragem e persistência. Cinco anos depois, cá estamos para dar as melhores soluções aos nossos clientes, com total credibilidade, confiança e acompanhamento ao longo de todo o processo”, refere, em entrevista à Revista Business Portugal, Faustino Correia. No ano do nosso 5º aniversário, destacamos a nossa aposta no mercado industrial, onde se nota um acentuado crescimento na procura: • Os clientes nacionais, que devido ao crescimento da economia procuram espaços com mais capacidade de resposta param as necessidades, que ao abrigo do programa 2020 lhes permite crescer e aumentar a sua produtividade. • Os clientes estrangeiros, que se sentem seduzidos pela qualidade da mão-de-obra e também pelos incentivos do programa 2020, estão a ocupar a zona industrial de Neiva e Lanheses em Viana do Castelo A EntreCasas aposta num crescimento sustentável, encarando os seus clientes como parceiros e amigos. Ao mesmo tempo, garante segurança e transparência em todos os negócios realizados, servindo os interesses de vendedor e comprador, numa verdadeira relação de mediação. É esta mesma a origem do nome EntreCasas – ser um apoio a todas as pessoas que se
damos, é a confiança que transmitimos ao cliente. O dinheiro não é tudo, o dinheiro é um complemento, logicamente que precisamos dele para viver, mas a minha defesa é sempre ajudar ao máximo o nosso cliente”. Com a colaboração de uma equipa multidisciplinar, as barreiras são sempre ultrapassadas e os problemas superados, resultado disso foi a forma como a empresa resistiu à crise, conseguindo até crescer mais nessa altura. “Não senti a crise porque os imóveis na banca vão surgindo
68 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
e, contornei-a com essa nova vertente do negócio imobiliário. A vender 20 ou 30 imóveis por ano uma empresa aguenta em qualquer lado. Essa é a vantagem, o imóvel sendo da banca é 100 por cento financiado e o crédito é mais facilitado”. Nos dias de hoje, o setor imobiliário está a passar pela mesma situação de há 10 anos com a abertura de muitas imobiliárias, fator que não preocupa Paulo Barbosa que mostra confiança no seu trabalho. No entanto, o receio do responsável passa por não haver construções novas, uma vez que os imóveis estão a escassear. “A guerra que vamos ter vai ser a guerra das angariações. Há um ciclo, que já está a começar a surgir, um ciclo de imobiliárias que trabalham em sintonia e fazem a dita parceria. Parceria é o futuro”. Com o crescimento e evolução, associados ao espírito de ajuda para com os clientes, o futuro da Imoenergi tem tudo para ser ainda mais promissor e continuar a fazer dos sonhos uma realidade possível. Rua da Estrada Velha, nº 810 R/C, Areia, Árvore, Vila do Conde 4480-107 Vila do Conde Telefone: 252 632 957 | Telemóvel: 961217811 / 962086076 Email: imoenergi@gmail.com www.imoenergi.pt
Faustino Correia Gerente
Situada no concelho de Vila do Conde, a Imoenergi, constituída desde 2000, dedica-se ao ramo da mediação imobiliária. Paulo Barbosa, principal responsável, deu a conhecer o prestígio daquela que é considerada uma das melhores imobiliárias nos concelhos de Vila do Conde e Póvoa de Varzim.
encontram “entre casas”, seja a vender, arrendar ou comprar. A empresa de mediação imobiliária com forte incremento no mercado industrial, possuindo um conjunto de imóveis que irão ao encontro das necessidades das empresas que se querem estabelecer na região, pretende ampliar a sua ação neste segmento de mercado. Para garantia e satisfação dos seus clientes, parceiros colaboradores, conta com a imagem forte de uma marca registada. “Procure-nos e encontraremos a solução certa para si!”, garante Faustino Correia, convidando os leitores à visita da região norte, na qual terão a EntreCasas como parceira de confiança.
Vila do Conde Portugal Email: geral@entrecasas.pt Tlm.: +351 964 823 751 www.entrecasas.pt
empresa | tema
Entre o rio e as vinhas, encontra-se o Douro Royal Valley Hotel & SPA, a apenas 1 hora do Aeroporto Internacional do Porto. Este 5 estrelas oferece uma vista excecional sobre a paisagem circundante e o rio. Neste oásis de tranquilidade, usufrua dos serviços do SPA ou do restaurante gastronómico com sabores durienses. Deixe-se encantar pela vista deslumbrante sobre o rio que o convida a relaxar e aproveite a sofisticação e a tranquilidade que distinguem o Douro Royal Valley Hotel & SPA! Desfrute de cocktails ou refeições ligeiras num dos bares, ou aproveite a oportunidade para degustar os sabores ricos do Douro no Restaurante Palato D’Ouro. Dê um revigorante mergulho na infinity pool ou na piscina interior e aproveite ainda para relaxar no SPA. Os praticantes de desporto podem aproveitar o ginásio, o campo de ténis ou então optar por uma caminhada ao longo do Rio. Portela do Rio, Pala-Ribadouro – 4640-400 BAIÃO Telefone: (+351) 255 070 900 – Fax: (+351) 255 070 929 E-mail Reservas: reservas@douroroyal.com | E-mail Eventos: grupos@jase.pt
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 107
LOGÍSTICA E TRANSPORTES O setor de logística e de transporte é uma área estratégica para o desenvolvimento económico de qualquer país, pois é através dele que se realiza o escoamento de produtos para as mais variadas indústrias ou entrepostos comerciais. Assim, o seu funcionamento que se ocupa sobretudo de realizar a circulação de mercadorias, entre diferentes eixos de consumo e de produção, constitui-se numa relevante atividade que supre as necessidades de diferentes empresas. A adoção de uma logística e um transporte eficiente impulsiona a economia e permite que os bens de consumo cheguem no tempo e nas condições ideias para o seu uso. Tudo isto, permite que seja possível ir ao supermercado realizar compras semanais ou comprarmos as tão esperadas prendas de natal, sem corremos o risco de encontrarmos a montra vazia, por falta do produto. Isto porque a distribuição e a entrega de produtos nas empresas funcionam de forma interligada, sendo o setor de logística e de transportes.
70 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
euromex | logística e transportes
Procuramos garantir um conjunto de soluções ajustadas ao contexto e à expectativa do cliente final
De que forma se apresenta a Euromex ao mercado? Com mais de 25 anos de existência, a Euromex é uma empresa referência no setor dos Facility Services em Portugal, com particular incidência na vertente de higiene e limpeza profissional de edifícios. Com mais de 2500 colaboradores dispersos de Norte a Sul, assegurando a cobertura de todo o território nacional, a estratégia da companhia é perfeitamente clara: oferecer um serviço integrado de higiene, limpeza e de manutenção diária, altamente profissionalizado, assente nas melhores práticas de gestão de recursos (humanos e técnicos), permitindo ao cliente concentrar-se no seu negócio otimizando e
Ricardo Gonçalves Cerqueira Diretor-Geral
Ricardo Gonçalves Cerqueira, Diretor-Geral da Euromex, explica o sucesso da empresa de ‘facility services’ ao longo dos 25 anos de atividade e o contributo que teve na atribuição do Prémio de Melhor Aeroporto da Europa atribuído ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro.
reduzindo custos. Com a experiência consolidada tanto no setor público como no mercado privado, somos parceiros de instituições e empresas referência em setores de atividade tão diversos como o da Saúde, da Indústria, dos Transportes e Infraestruturas, dos Shoppings e do Retalho, da Banca e dos Serviços bem como da Administração Pública e em todos eles procuramos garantir um conjunto de soluções ajustadas ao contexto e expectativa do “cliente final”. A Euromex – FacilityServices apresenta-se como um parceiro de confiança. Que fatores destaca como aqueles que vos distinguem no setor? Distinguimo-nos, desde logo, pela antiguidade. São 26 anos de atividade que fazem da Euromex uma das empresas mais antigas do setor. Julgo que temos sido um referencial de estabilidade e de solidez, num setor que nos últimos anos tem conhecido alguma instabilidade. Fomos crescendo, enquanto organização, assente numa equipa multidisciplinar, tecnicamente bem preparada e com know-how consolidado na área. Os traços que nos identificam e diferenciam são perfeitamente claros, estão bem definidos e são muito simples; solidez da organização, recursos humanos tecnicamente bem preparados, agilidade e capacidade de resposta acima da média e uma oferta de soluções inovadoras no que concerne à prestação de serviços. Como definiria o contributo que a Euromex teve para que o Aeroporto Francisco Sá Carneiro se consagrasse o melhor da Europa? A operação de higienização do aeroporto tem sido
determinante para que a perceção do passageiro, que em última instância é o nosso avaliador e cliente final, se mantenha num nível muito positivo. Para que se tenha uma noção, os parâmetros avaliados na rubrica facilities/higiene/ limpeza destacam-se pelos scores elevados, se não mesmo os mais elevados, no conjunto dos 34 itens submetidos a apreciação no inquérito da ACI - Airports Council International. Esta é uma evidência de que o passageiro valoriza e reconhece o AFSC como um espaço “clean”, bem cuidado e perfeitamente asseado e é também sinal de que a operação corresponde positivamente ao padrão de exigência da ANA/VINCI. Além da vossa intervenção no Aeroporto Francisco Sá
Carneiro, em que outras áreas operam? A empresa presta serviços a clientes que vão do setor da saúde e do ensino, ao retalho e à indústria, aos serviços e ao sector empresarial. Tanto do setor público como do mercado privado. Temos uma vasta experiência na prestação em ambiente hospitalar, no setor dos transportes e das infraestruturas...enfim, o leque de parceiros é felizmente alargado e bastante diverso, e toda a equipa trabalha diariamente para continuar a corresponder e a servi-los bem! Enquanto empresa fornecedora dos serviços de higiene e limpeza das instalações sentem este prémio também como vosso? Sabe, a nossa maior preocupação com a operação do aeroporto é que tudo se desenrole o mais discreta e ordenadamente possível. Fazemos por alinhar e coordenar as nossas equipas de trabalho com os fluxos diários, de passageiros e de mercadorias, que ali acontecem, de modo a não transtornar, ou colidir, com a rotina dos milhares de utilizadores da infra- estrutura e dos demais stakeholders. Julgo, sinceramente, que temos cumprido, bem, a nossa missão e por esse facto posso dizer que sim. Efectivamente uma parcela desta distinção deve-se ao desempenho da equipa da Euromex e estamos naturalmente muito satisfeitos e orgulhosos por isso! Podemos concluir então que a limpeza e o aspeto de um lugar são um fator essencial ao sucesso? Devolvo-lhe a pergunta nos seguintes termos: ”Quem não aprecia poder usufruir de um espaço cuidado, asseado, devidamente limpo e bem organizado? Seja no escritório onde passa longas horas, na instituição pública aonde se dirige com frequência ou no hospital a que recorre, na faculdade, numa agência bancária ou na linha de produção de uma fábrica, por exemplo... Quem é que não tem preferência por frequentar espaços onde “se respira” um “ambiente saudável” e onde se pressente que há atenção e diligência com a higienização e com a limpeza? O sucesso das organizações passa muito pelo contexto onde as suas equipas desenvolvem o seu trabalho. E neste capítulo, a Euromex pode ser um aliado importante na definição das melhores práticas.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 71
tema | empresa
uma nova divisão de negócio global que promete revolucionar soluções intralogísticas O novo processo logístico baseia-se numa consultoria integral que responde a todas as necessidades dos clientes através de um atendimento personalizado que procura posicionar a Linde Material Handling Ibérica como a primeira fornecedora ibérica de soluções intralogísticas. Assim, cada cliente tem um acompanhamento em consonância com os seus objetivos com a realização de uma auditoria operacional que estuda em profundidade todos e cada um dos seus processos e desenvolve um plano de atuação contemplando as soluções mais adequadas. Integrar os clientes na indústria 4.0 Conscientes da evidente mudança dos modos de consumo das sociedades ocidentais devido ao impacto da comunicação digital, nomeadamente do e-commerce e das redes sociais, a visão estratégica da Linde passa pela integração da indústria 4.0 com a restruturação e adequação dos processos logísticos, nomeadamente na reorganização dos seus armazéns e canais comunicacionais com os seus clientes. “Na Linde MHI perseguimos em todo o momento dar as melhores soluções aos nossos clientes. Apesar de hoje em dia sermos líderes na venda de equipamentos de movimentação
72 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
de cargas, o novo contexto logístico derivado da integração das novas tecnologias exige aos nossos clientes a incorporação de modificações nos seus processos de fluxo de material. Isto obriga-nos a evoluir e a criar uma oferta de serviços que responda às exigências do cliente final”, refere Jaime Gener, Diretor-Gerente da Linde Material Handling Ibérica. A nova consultoria integral Linde permite uma gestão de todas as variáveis requeridas pelos clientes, o que implica uma assessoria inicial até implementação e entrega de projetos “chave-na-mão.” Nalguns casos, as soluções são simples e não necessitam sequer de investimento, mas mesmo assim resultam numa maior eficiência e na redução significativa dos custos. Noutras ocasiões, é necessário aprofundar ainda mais e é necessária uma análise mais intensa que pode implicar importantes transformações, como a modificação da estrutura do armazém, a definição dos sistemas de transporte e armazenamento, a incorporação das novas tecnologias ou a substituição do programa de gestão do armazém.
linde | logística e transportes Uma iniciativa global e transformadora A linha de negócio Linde Intralogistics Solutions não é uma iniciativa Ibérica pois, como refere Jaime Gener, “Trata-se de uma aposta internacional da Linde Material Handling que procura dar um valor acrescentado aos clientes de todos os países europeus onde temos representação. Esta nova divisão implica uma profunda transformação para a Linde, uma vez que passamos de ser apenas fornecedores de equipamentos de movimentação de cargas para nos convertermos em fornecedores de soluções globais para otimizar ao máximo os processos intralogísticos dos nossos clientes, tornando-os mais eficientes e ajudando-os a economizar custos.” Equipa qualificada pronta a dar resposta a todas as necessidades Os engenheiros especialistas da Linde Intralogistics Solutions têm um papel relevante na implementação dos projetos, aplicando o seu conhecimento e profissionalismo para conseguir soluções completamente personalizadas que resultem na máxima otimização da logística do armazém, o que se traduzirá num investimento seguro e numa evidente economia de custos para o cliente. São eles que lideram a instauração deste processo numa colaboração com fornecedores externos de reconhecida experiência, com a mais avançada tecnologia e produtos como estantes, soluções IT (software e hardware), miniloads, carrosséis, trans-elevadores, shuttles ou conveyors e, obviamente, caso seja necessário, a incorporação de empilhadores Linde e/ou equipamentos robotizados. A revolução dos equipamentos automatizados Todo este processo só é possível graças ao percurso já traçado pela Linde desde 2015, quando apresentou as suas gamas de equipamentos autónomos (AGVs) Linde Robotics, que marcaram um paradigma na indústria da movimentação de cargas e cujas claras vantagens se traduzem numa maior transparência de processos, aumento da produtividade e redução de custos por otimização dos recursos operacionais, já para não mencionar a sua adaptabilidade aos ambientes e sua segurança. Estes equipamentos são uma peça fundamental da nova
linha de negócio Linde Intralogistics Solutions. Hoje em dia, a gama Linde Robotics inclui os stackers P-Matic e L-Matic, dois modelos de porta-paletes T-Matic e o empilhador trilateral (combi) K-Matic. No mesmo sentido, este ano, a Linde apresentou na feira Logimat o protótipo de drone para inventário, que funciona com um stacker robotizado e cujo lançamento está previsto para o próximo ano.
Sobre a Linde MHI A Linde Material Handling Ibérica é a empresa mais reconhecida no mercado ibérico, que oferece soluções integrais para a movimentação de mercadorias. As suas linhas de negócio incluem a comercialização de equipamentos novos, serviços pós-venda, aluguer de curto e longo prazo, equipamentos recondicionados, gestão de frotas e soluções intralogísticas integrais. Com presença em toda a Península Ibérica, incluindo as ilhas, conta com uma densa rede de 22 concessionários e 11 delegações próprias. A Linde Material Handling Ibérica é a filial em Espanha e Portugal da Linde Material Handling GmbH.
Uma nova era para a logística
Linde Intralogistics Solutions Soluções intralogísticas à medida que impulsionam a eficiência e competitividade da sua empresa. Conectividade, e-commerce, comunicação, redes sociais... a forma de consumir dos seus clientes está a alterar-se vertiginosamente, levando as empresas a adequar os seus processos logísticos. Linde Intralogistics Solutions é o serviço de consultoria integral da Linde Material Handling Ibérica que analisa os processos da sua empresa
e lhe dá as soluções mais adequadas para a máxima otimização da sua logística interna. Desde a assessoria inicial, até à implementação e entrega de projetos “chave-na-mão”, Linde Intralogistics Solutions é um investimento seguro e implica uma evidente poupança de custos. A resposta para os desafios de hoje e de amanhã. Mais informação
www.linde-mh.pt
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 73
logística e transportes | transportes moura
Transporte de Negócios Presente no negócio da movimentação de mercadorias desde 1968, o Transportes Moura, Lda. é uma empresa familiar que já vai na terceira geração. Situada na Maia, a empresa liderada por Júlio Silva é referenciada pela confiança, inovação e credibilidade. Fundada há 49 anos pelas mãos de Aurélio José da Silva, hoje com 93 anos, avô de Júlio Silva, atual gerente, a empresa começou no setor do algodão onde as cargas, naquele tempo, eram a granel. Com o passar do tempo o negócio expandiu-se ao setor do cereal e, foi no fim da década de 80, com a evolução, que começaram a aparecer os contentores em Portugal. Nos últimos anos a empresa tem tido um crescimento gradual e sustentável aos olhos do gerente que garante que tem estado à altura para acompanhar as oscilações do mercado. O posicionamento da empresa mudou consideravelmente devido às mudanças do mercado nos últimos anos e é através das adaptações a essas realidades que os resultados vão aparecendo. “Neste momento estamos preparados para fazer mais de 90 por cento de qualquer tipo de serviço que venha em contentores e/ou cisternas marítimas ”, refere Júlio Silva. Com uma grande variedade de clientes desde a indústria de plástico a químicos, a preocupação é de preparar todos os colaboradores para todo o tipo de serviços. “A nossa mão-de-obra é toda ela especializada, e com experiência no manuseamento de mercadorias perigosas”. Há 17 anos à frente da empresa, Júlio Silva define este setor como “muito competitivo em que tem que haver um instinto de sobrevivência muito grande”. Como tal, para gerir este negócio, o segredo é viver um dia de cada vez, seguir o plano e cumprir os objetivos traçados tal como tem vindo a acontecer até ao momento. A motivação do empresário é que a empresa seja pioneira e líder em novos segmentos de serviços, uma referência na mente dos seus clientes e claro crescer a todos níveis, tais como: no conforto financeiro, na sustentabilidade para que seja possível melhorar as condições às pessoas com quem trabalha, para que elas também fiquem a ganhar. “A partir do momento em que a empresa tem uma solidez financeira pode pensar no resto. Queremos os melhores colaboradores, queremos os melhores equipamentos e dar condições às pessoas para que elas fiquem satisfeitas”, finaliza Júlio Silva.
74 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
INOVAÇÃO, INVESTIGAÇÃO E INVESTIMENTO A investigação e a inovação devem ser prioritárias nos orçamentos nacionais e da União Europeia, e deve ser duplicado o orçamento do próximo programa quadro de apoio à ciência, que venha a seguir ao atual programa Horizonte 2020. Estas são duas das onze recomendações apresentadas pelo grupo de alto nível de peritos liderados por Pascal Lamy, sobre a nova visão da investigação e inovação na Europa pós 2020. Para o grupo de peritos, o próximo programa europeu de investigação e inovação deve, também, “envolver os cidadãos na resolução de desafios globais através de missões de inovação amplamente mobilizadoras.” Mais de 700 cientistas, peritos em inovação, empresários e governantes políticos encontraram-se para debater o futuro da investigação e inovação na Europa na conferência Researche & Innovation – Shaping our future. A conferência organizada por Carlos Moedas, Comissário para Investigação, Ciência e Inovação, abordou em debate o relatório apresentado pela equipa de Pascal Lamy. Para Carlos Moedas, Comissário Europeu para a investigação, Ciência e Inovação, “a investigação e a inovação fazem uma grande diferença na produtividade, aumentando a competitividade e melhorando de forma tangível a nossa qualidade de vida.” O Comissário acrescentou, à época que “a Europa é uma potência científica global, mas é preciso aproveitar melhor os benefícios deste conhecimento, transformando-o em valor para a economia e para a sociedade através da inovação. O trabalho do grupo independente presidido por Pascal Lamy”, com “as suas recomendações, constitui uma base sólida para a nossa reflexão sobre o programa de financiamento que vai suceder o Horizonte 2020.” De acordo com o relatório de Pascal Lamy dois terços do crescimento económico nos países industrializados devem-se à investigação e à inovação, pelo que as recomendações que são apresentadas centram-se na maximização do impacto dos investimentos da UE na investigação e na inovação, de forma a aumentar a prosperidade e resolver os maiores desafios sociais da Europa.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 75
inovação | restaurante albufeira
Mais do que um nome, uma marca Costuma-se dizer que as primeiras experiências nunca são esquecidas e o mesmo acontece no mundo dos negócios. Álvaro Gil inaugurou o primeiro espaço há 30 anos e desde aí nunca mais parou. Entre a restauração e a hotelaria, tem dinamizado a região de Marco de Canaveses e seguido um percurso pautado pelo sucesso e inovação, sempre aliado à tradição. contactos, achamos por bem que o nosso enquadramento na região fazia sentido e fomos muito bem recebidos, quer pelo município como pelos empresários locais e pessoas da região”, conta-nos. O nome é o mesmo mas os conceitos diferem um pouco. Quem visita Marco de Canaveses não resiste ao anho assado com arroz de forno e o Albufeira tem neste prato o seu ex-libris. Com uma ementa rica são várias as especialidades confecionadas de forma tradicional, com ingredientes de qualidade e utilizando os fornos a lenha. Os pratos de bacalhau são opções bastante procuradas, bem como as carnes selecionadas e os produtos da região. Já em Penafiel predomina o conceito de marisqueira com um aquário próprio, que é o ponto forte. Contudo, Álvaro Gil não esquece que esta é também uma zona que procura e aprecia sabores típicos e, por isso, alia a tradição à contemporaneidade.
Com apenas 20 anos e após concluir uma formação na Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, Álvaro Gil decidiu arriscar nesta área e partir à aventura. Foi numa aldeia já extinta do concelho de Marco de Canaveses que começou a trabalhar, teve uma outra experiência profissional na capital portuguesa mas o gosto pela terra falou mais alto. Regressou e aqui abriu um snack-bar com um conceito moderno e diferenciador, o Relax Burguer. Introduziu crepes, gelados e fondues, uma inovação para a altura e ao fim de 30 anos este espaço continua a ser um dos locais escolhidos pela população. O bem receber e servir tem marcado a diferença e o proprietário nutre um carinho especial por este negócio que marcou o caminho do sucesso. Com um espírito empreendedor evidenciado, Álvaro Gil não ficou por aqui. Ao tomar conhecimento de um projeto lançado pela Câmara Municipal que consistia na criação de uma esplanada no parque fluvial, decidiu participal e venceu o concurso. Desta forma, adquiriu o espaço de restauração agregado, procedeu a algumas obras de remodelação e tornou-o naquilo que encontramos hoje. Há quase oito anos, nasceu o Restaurante Albufeira e o nome foi mantido … ou não se situasse tão próximo da Albufeira do Tâmega. A decoração é simples e ao mesmo tempo requintada e não deixa nenhum cliente indiferente. “É um espaço amplo, de aspeto cuidado, com muita luz natural e uma grande capacidade. Aqui as pessoas podem circular livremente e temos ainda duas áreas ao ar livre com vistas encantadores sobre a cidade. Adequamos o local para quem prefere ambientes mais reservados ou até para eventos. O objetivo é ser uma taberna moderna”, esclarece o proprietário. A expansão necessária E como tudo o que rima com qualidade é comentado, depressa o nome Albufeira chegou ao ouvido dos apreciadores da gastronomia portuguesa e conquistou o paladar dos clientes. Sejam da região ou vindos de Penafiel, Amarante ou Braga são muitas as pessoas do Norte do país que se deslocam até Marco de Canaveses para visitar este espaço que leva várias especialidades regionais até à mesa. Contudo, há cerca de dois meses, esses clientes lançaram um novo desafio a Álvaro, que após ponderar, resolveu inaugurar outro espaço. “Temos empresários de Penafiel que vêm até ao Marco de Canaveses só para visitar o nosso restaurante e fizeram alguma pressão para que nós abríssemos um espaço lá. Após alguns
76 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Inovação em marcha Para acompanhar estas iguarias, a carta de vinhos não poderia ser descurada. Além de privilegiarem os verdes da região, os restaurantes Albufeira pretendem responder à procura dos clientes e apostam em vinhos de todas as regiões do país. Quer pela qualidade como
restaurante albufeira | inovação
proximidade, aqui pode optar por um vinho do Douro ou do Alentejo. Atentos às novidades e sabendo da importância de ter aquilo que está na moda e é mais procurado, o proprietário ambiciona complementar o espaço do bar para servir outro tipo de refeições. “Neste momento estamos com novas ideias e começamos a testar o conceito de servir sushi, através de uma equipa especializada. Uma vez que o espaço de Penafiel tem dois pisos, um deles é o Lounge Bar, acreditamos que seria uma boa aposta implementar o sushi neste ambiente tão propício”, assegura.
fantástica sob a Albufeira do Tâmega com capacidade para 36 pessoas. Quem nos visita pode usufruir de um terraço e a maior parte dos quartos têm vista para a bacia do rio”, confirma. Num local privilegiado, à entrada da cidade, registou uma afluência elevada de turistas estrangeiros durante os meses de verão, surpreendendo o proprietário. Mais do que um nome, Albufeira é já uma marca. Uma posição alcançada com naturalidade que tem crescido de forma considerável no sentido de satisfazer a população local. Com o objetivo de dinamizar a região, o empresário criou vários postos de trabalho que continuam em franca expansão e com perspetivas de crescimento. Neste caminho de sucesso, a equipa desempenha um papel fundamental sem nunca descurar o contributo de Isabel Vieira e Maria Gil, esposa e filha do gerente. Frequentemente, Álvaro Gil tem recebido solicitações e convites para abrir novos espaços de restauração. No entanto, o proprietário dos Albufeira, do Relax Burguer e do Cantinho da Cidade prefere consolidar os espaços existentes e crescer de forma sustentada para um futuro mais ambicioso.
Aposta ganha Quem procura história, conhecimento e boa comida, também precisa de um local para descansar. Utilizando esta premissa e complementando a restauração, Álvaro Gil aventurouse na hotelaria. Assim, aproveitou um edifício disponível e criou um Hostel, um conceito com pouca expressão nesta região em que a oferta é escassa. “Esta unidade tem uma vista
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 77
tema | empresa inovação | sivac
Experiência e tradição ao serviço da qualidade Fundada em 1974, a Sivac- Sociedade Ideal de Vinhos de Aveiras de Cima, traduz-se na experiência e a tradição ao serviço da qualidade dos seus vinhos. Hoje, o sucesso deve-se em muito aos investimentos feitos nas mais modernas tecnologias produtivas, que elevam a Sivac a um patamar de excelência, tanto a nível nacional, como internacional.
Com 43 anos de existência e de crescimento contínuo, a Sivac assume-se como um projeto empresarial que nasceu de um ideal de qualidade e de bem servir, numa área de atividade onde estes não eram fatores primordiais. Toda a evolução da empresa reflete estes ideais, investindo em novas tecnologias e equipamentos sem nunca esquecer o valor da experiência e da tradição no fabrico de bons vinhos. A fim de conhecer e dar a conhecer ao nosso leitor esta sociedade, a Revista Business Portugal foi, desta feita, ao encontro de Luís Caetano, Presidente do conselho de administração, que em entrevista relembrou algumas das páginas da história de uma empresa de referência e prestígio. A Sivac nasceu em 1974, a partir do encontro de vontades dos sócios fundadores, começando por produzir e comercializar vinhos a granel e em barris. O ponto de viragem na história da empresa dá-se em 1980, com a entrada de um novo sócio. Luís Caetano, de seu nome, com a colaboração de todos os trabalhadores que, ao longo do tempo, foram reforçando a equipa, haveria de fazer da Sivac aquilo que é hoje, em termos de dimensão e solidez. Com a sua chegada à empresa, Luís Caetano trouxe consigo nova dinâmica comercial e começa a aprofundar os contactos e a alargar a rede de clientes da Sivac, o que permitiu um crescimento e um desenvolvimento assinaláveis. Baseando a sua performance em pressupostos de inovação, pioneirismo e com equipa renovada, em 1995, “a Sivac torna-se no primeiro operador a apostar num sistema de bag in box com cartão de primeira qualidade, uma bolsa interior que cumpre todos os requisitos de certificação, utilizando-a para a comercialização de vinhos de qualidade”,
78 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
contrariando a lógica dos restantes operadores no mercado que colocavam em bag in box vinhos de qualidade inferior. Luís Caetano salienta ainda, que os sistemas bag in box são uma solução de embalagem inovadora e muito fiável, assim como económica e amiga do ambiente. Por outro lado, o bag in box é ideal para exportação no médio longo curso. “Somos o maior embalador de bag in box em litros”, revela o nosso entrevistado, sublinhando que a Sivac acabou por se tornar modelo de muitos outros operadores. “As coisas foram evoluindo positivamente e a empresa foi crescendo. Até que o espaço começou a faltar para crescer mais e ir ao encontro das solicitações dos clientes. Implantada em pleno coração da vila de Aveiras de Cima, com a venda de cerca de 800 mil litros por mês, atingiuse o limite”, avança Luís Caetano, acrescentando que em abril de 2005, a Sivac inaugura as suas novas instalações, tornando-se uma empresa apetrechada com recursos humanos qualificados e tecnologia de ponta para atingir os seus objetivos. Este novo passo trouxe também a capacidade de vinificação. Além de oito linhas de enchimento totalmente automatizadas – um de garrafões, três de garrafas, três de embalagens bag in box e um de embalagens tetra-pack – a Sivac dispõe ainda de adega própria onde consegue processar uvas para produzir cerca de cinco milhões de litros. Entretanto, continua a adquirir a produtores de várias regiões do país vinho que depois adequa à procura do mercado. Internacionalização Com um grande foco no cliente assumindo como pilares de atuação a confiança, a transparência e o respeito, a
Sivac apostou nos trilhos da internacionalização. Hoje, marca presença num mercado cada vez mais global privilegiando, desde há muito, o relacionamento com os países da Europa, destacando-se a Espanha, França, Suíça, Alemanha, Bélgica e Holanda. Guiné, Cabo Verde, Senegal e Canadá são outros mercados onde a Sivac está presente. “A Sivac tem uma pequena presença no Brasil e estamos a começar agora a nossa interação com o mercado chinês, mas queremos reforçar esta relação comercial”, refere Luís Caetano, sublinhando que metade da produção direcionase ao mercado de exportação. Orientada para os fatores qualitativos, a Sivac investe sempre no binómio qualidade/ preço, um pressuposto que a tem diferenciado ao longo da sua existência. “É também permanente o nosso esforço, na procura de melhorar a qualidade dos nossos produtos e serviços”, consubstancia, recordando um crescimento que ronda os 20 %, nos últimos dois anos e a comercialização de cerca de 30 milhões de litros por ano. Marcas de qualidade No universo das marcas e referências da Sivac, há uma que realmente faz a diferença no mercado – Capataz. Sousete, Curriola, Brejeiro e Canto da Vinha são outros nomes próprios de bons vinhos que têm um apelido comum: Sivac. E têm uma característica que marca o posicionamento da empresa no mercado, são vinhos populares, porque são acessíveis em todos os sentidos. Uma empresa de excelência A solidez empresarial do projeto, o crescimento sustentado ao longo do tempo, a saúde financeira e as opções de investimento privilegiando o património e a modernização tecnológica são princípios de gestão praticados pelos responsáveis da Sivac que têm merecido apreciação muito positiva pelos exigentes e rigorosos critérios de análise do IAPMEI – Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas, por isso mesmo já recebeu a distinção de PME Líder durante oito anos consecutivos, bem como a distinção de PME Excelência em cinco anos consecutivos e de PME de Mérito em 2014. “Em 2017 e recentemente ao exercício de 2016, foi novamente distinguida como PME Excelência.”
lusalgae|inovação
Cuidar da pele com extratos de algas Localizada na Incubadora de Empresas da Figueira da Foz, a Lusalgae nasce em 2016 pela ideia de Tiago Morais, CEO e Sócio Fundador, e João Cotas, Cofundador e Sócio da empresa, para criarem cosméticos baseados em algas.
João Cotas e Tiago Morais Sócio e CEO
que nos dá apoio para nós desenvolvermos novos projetos”, destaca Tiago Morais. Foi assim que registaram a marca Sealgae desenhada para a Talassoterapia, uma terapia alternativa que utiliza água do mar e elementos marinhos, com “quantidades de magnésio, potássio, cálcio, sódio e iodo, bem como de polissacarídeos, aminoácidos e vitaminas são absorvidas pelos poros, tendo efeitos benéficos a nível da pele”. Para este tratamento a Sealgae conta com uma linha de produtos que tem por base os extratos de algas e vai desde o gel esfoliante que não é agressivo para a pele, a máscara corporal com argila verde ultrafina, os sais de banho com um toque extremamente relaxante, até ao creme hidratante. Inspirámo-nos num tratamento de talassoterapia que é usual ser realizado na zona de Peniche. É eficaz e tem um efeito de hidratação e proteção de pele prolongado”, afirma o CEO. Para além da qualidade superior que Tiago Morais destaca nos produtos desenvolvidos em relação a outras marcas no mercado, ainda explica que todos os cosméticos são feitos com matérias primas naturais, 100% nacionais, utilizados para todos os tipos de pele e não são testados em animais. “Estes produtos são testados através de métodos físicoquímicos que nos permitem tirar as mesmas conclusões sem A iniciativa de criar a Lusalgae surge em 2014 quando Tiago Morais, formado em Biologia, e um grupo de amigos e investigadores com quem trabalhava à época, tomaram conhecimento do Concurso de Ideias de Negócios para a Economia do Mar na Figueira da Foz. De forma descontraída decidiram aventurar-se no concurso, ganhando o prémio e ficando em primeiro lugar. Tiago Morais confidencia que “não estávamos nada à espera e fez com que começássemos a pensar nisto a sério e constituíssemos passado dois anos a empresa, uma vez que já tínhamos produtos”. Foi assim que em 2016 nasceu a Lusalgae, uma empresa start up ligada à biotecnologia marinha e apresentando uma linha de produtos cosméticos que são aproveitados da biomassa de algas e são transformados em produtos com extratos de algas. Um passo importante para iniciar este projeto foi a Incubadora de Empresas da Figueira da Foz, a “única incubadora do país que está ligada ao mar e
serem testados em animais, o que acaba por ser uma prática menos destrutiva”, revela. Para quem está interessado na compra deste kit de produtos com aromas e texturas muito próprios pode comprar online, através do site da marca (http://www.sealgae.pt) e facebook. A marca também está presente em estabelecimentos da
especialidade, como cabeleireiros e clínicas de estética na Figueira da Foz. “Pretendemos não só vender nestes locais os nossos produtos como também definir serviços que possam ser feitos por estes sítios utilizando os produtos”. A presença em lojas com uma gama de produtos muito específicos também é um ponto de venda para Tiago Morais. Beja, Porto e Figueira da Foz são alguns locais em que a marca está patente e pretendem continuar a crescer por todo o país. Um dos principais objetivos do CEO passa por tornar a empresa mais generalista para produzir para outro tipo de indústrias e estar num mercado mais amplo. Um futuro que promete ser promissor para os jovens empreendedores.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 79
inovação | babo & duarte
Qualidade superior em caixilharias em PVC Em Vale de Cambra encontramos a empresa Babo & Duarte, um projeto inovador que nasceu da vontade de Ângelo Babo e Luís Filipe Duarte em prestar um serviço de qualidade distinto da concorrência. Surgiu em 2010 e rapidamente conquistou um lugar no mercado como uma das mais notáveis empresas de caixilharia em PVC. Os empresários afirmam orgulhosamente que o sucesso é visível no grau de satisfação dos clientes. “Distinguimo-nos pela qualidade final do nosso produto e eficiência do nosso trabalho”. de janelas, utilizando tecnologia de ponta de ultima geração, para obter a melhor e mais completa janela do mercado. Estes elevados padrões de exigência e qualidade norteiam o sentido e vocação da Babo & Duarte. Selo de qualidade garantido Comparativamente aos outros materiais destinados a funções semelhantes, os empresários asseguram que o PVC é um produto diferenciador devido à qualidade superior no que toca ao isolamento térmico, acústico e poupança energética. “O reconhecimento obtido pelo sucesso e satisfação dos nossos clientes, projeta a nossa empresa para novos
Administradores
desafios. Temos uma equipa de vendas tecnicamente formada e preparada, por forma a apoiar, aconselhar e projetar soluções ao encontro das necessidades e expetativas de cada novo cliente”. Para além da publicidade passada ‘boca a boca’, os empresários destacam a importância das presenças em Feiras. “Costumamos marcar presença na Feira de Março, em Aveiro, e na Feira de São Mateus, em Viseu.
Decorrente da evolução do negócio, a Babo & Duarte efetuou recentemente mudança de instalações, para a zona industrial de São João da Madeira. Com estas novas instalações melhoramos as condições de trabalho, investimos em recursos humanos especializados de forma a melhorar cada vez mais a qualidade dos nossos serviços. Apostar num nicho de mercado ainda por explorar “Adaptadas as novas realidades e problemáticas das habitações, comercializamos janelas com elevado índice de isolamento e rentabilidade energética”. Ambos afirmam que a grande vantagem desta empresa é o facto ser especializada em caixilharia PVC e trabalhar unicamente com uma marca, a Rehau. “Nenhuma empresa realiza o tipo de serviço que nós prestamos. Aqui trabalhamos exclusivamente em caixilharia de PVC”. A matéria-prima vem diretamente da Alemanha, onde somos parceiros da melhor fábrica Ibérica, no fabrico
80 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Expandir a área de atuação Apesar da empresa estar sediada em Vale de Cambra, Ângelo e Filipe indicam que a Babo & Duarte sempre se projetou para outros mercados. Trabalhando desde sempre nos distritos de Aveiro e Viseu. Projetados para o futuro, ampliada que foi a equipa técnica e comercial, os projetos para o futuro passam por a forte aposta do mercado da zona do grande Porto e região Centro. A Babo & Duarte para conquistar e
continuar a merecer a preferência e confiança dos seus clientes procuram informação em certames internacionais da especialidade, estando sempre atenta as tendências e inovação. Com tudo isto oferecem sempre as melhores janelas adaptadas à criatividade de cada projeto. Trabalham e apoiam diversos gabinetes de arquitetura com quem desenvolvem soluções conjuntas.
odisseia brocotec24 viva | inovação
Uma viagem plena de sensações
Tiago Bernardino Administrador
A Odisseia Viva, empresa da qual Tiago Bernardino é sócio-gerente, surgiu há quatro anos, com o objetivo de proporcionar uma experiência diferente a quem visita Peniche e o queira fazer através de um passeio de barco. Para além de dar a conhecer a fauna marinha da região, a Odisseia Viva permite aos clientes um contacto próximo com a história local, bem como da prisão política.
A ideia de montar uma empresa que oferece mais do que simples serviços de táxi até à Berlenga já vinha sendo amadurecida há algum tempo. “Muitos donos de atividades hoteleiras e de restauração da região diziam-me que não havia opções de turismo a quem visitava Peniche. Eu já estava ligado ao mar há mais de 20 anos e fui vendo quais as hipóteses de avançar com um projeto diferente. Há quatro anos, a ideia ganhou forma e nasceu este projeto”. A Odisseia Viva é uma empresa marítimo-turística, que se caracteriza por oferecer novas experiências, não se ficando apenas pelo transporte para a Berlenga. “Quando começámos, tínhamos apenas uma embarcação, a Guapa, uma baleeira que tinha uma história na pesca do bacalhau e que eu recuperei, para poder fazer passeios apenas junto à costa. Recentemente, candidatámo-nos ao apoio disponibilizado pelo programa Portugal 2020, apresentámos um projeto para um novo barco, um catamarã, que fará uma das três rotas que temos para oferecer e que, em simultâneo, terá também associada uma visita a cerca de 20 pontos turísticos de interesse, para dar a conhecer a quem nos visita um pouco da história de Peniche”. O novo catamarã, o primeiro do seu tipo a navegar em Peniche, estará operacional em março do próximo ano. Durante a viagem, que tem início
dentro do porto, os clientes terão acesso a uma aplicação móvel, onde poderão, através de imagens e som, saber um pouco mais sobre cada um dos pontos turísticos de interesse por onde forem passando. “Teremos inclusivamente o Pack Escolar, que é um serviço desenhado para as escolas, ao qual elas podem recorrer para que as crianças tenham uma aula inesquecível! Iremos levá-los até à fortaleza de Peniche, a antiga prisão política, e depois, já de barco mostrar-lhes vários locais de destque, como o exato sítio onde o preso Dias Lourenço fugiu, depois de ter amarrado uns lençóis e descido até ao mar. Vamos fazer as crianças experienciar a história”. Já na Berlenga, a empresa oferece também um variado leque de atividades, nomeadamente o snorkeling, paddle, bem como outras surpresas. “Além disso, temos a componente de sensibilização. O nosso barco terá janelas submarinas, para que se possa ver a vida marinha e a fauna desde o porto de Peniche ao longo de todo do trajeto, bem como na ilha da Berlenga, onde as águas são muito claras. É fundamental que as pessoas conheçam bem as diferenças, para perceberem a importância de preservar e cuidar de um local único como aquele, o porquê de ser mantida e protegida aquela área de reserva natural”. O que a Odisseia Viva promete aos seus clientes é uma viagem cheia de sensações, descobertas e aprendizagem. “Exitem pessoas de Peniche que depois de fazer o nosso passeio, nos dizem que nunca tinham visto os nossos pontos turísticos como os mostramos. Muitas vezes, mesmo quem é
daqui não conhece a história deste sítio. Esta viagem serve para dar a conhecer pequenas histórias, acompanhadas de alguns detalhes dos pontos-chave desta região, para os quais nem sempre se olha com o devido interesse. O que prometemos a quem quiser fazer esta viagem connosco é que terá uma experiência para lá do que é normal. Não será apenas um passeio para ver o mar. Irão viver emoções que garantidamente apenas no nosso catamaran poderão viver. Nunca mais se irão esquecer desta experiência”.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 81
inovação | sicóbrita
Pedra calcária da mais elevada brancura e pureza A Sicóbrita – Extração e Britagem de Pedra, S.A., com sede no Pombal, tem como missão extrair, selecionar e comercializar agregados de origem calcária de elevada qualidade, adotando uma continua postura de responsabilidade social e respeito pelo meio ambiente.
Num dos maiores maciços calcários do país, num local conhecido por “Chão Queimado”, a Sicóbrita detém a sua pedreira há mais de 20 anos. Com cerca de 35 hectares de área licenciada, a pedreira encontra-se numa localização privilegiada: “Desenvolvemos trabalhos de extração e britagem que permitem a obtenção de pedra calcária da mais elevada brancura e pureza”, salienta José Manuel Carrilho, responsável pela Sicóbrita. Por forma a viabilizar os produtos a vender, a pedreira possui duas instalações de britagem. Assim, juntando a excelência da matéria-prima com rigorosos processos de produção, culmina-se na obtenção de agregados calcários de elevada qualidade. A minimização do impacto ambiental é uma das maiores preocupações da Sicóbrita: “É nossa intenção, no final da exploração, reflorestar e recuperar toda a área da exploração. A lei a isso obriga, há muita exigência neste tipo de indústrias e nós cumprimos escrupulosamente a lei”, salienta José Manuel Carrilho. Além disso, e visto que uma exploração desta envergadura acarreta muito movimento, até mesmo em matéria de transporte do calcário, a Sicóbrita tem o cuidado de pedir desculpa às populações das localidades vizinhas pelos incómodos, alertando os trabalhadores e os motoristas para que se cause o mínimo prejuízo. “Por outro lado, damos preferência em termos de emprego às pessoas da região e fornecemos materiais à junta de freguesia, de forma a compensar e a criar mais-valias pelo facto desta indústria existir naquele local”, confessa o responsável. Com destinos muito variados, que podem passar desde a construção à cosmética, o calcário extraído pela Sicóbrita é reconhecido pela qualidade dos seus produtos, traduzindo-se na competitividade comercial e numa imagem sólida e de referência no mercado a nível nacional, principalmente na zona em que está inserida. A qualidade dos agregados produzidos é assegurada pelo cumprimento do Plano de Inspeções e Ensaios, em laboratório próprio, no âmbito do controlo de produção em fábrica. Com cerca de três dezenas de colaboradores, a empresa passou, nos últimos anos, por um momento de crise, atendendo à estreita ligação com o setor da construção civil e obras públicas, que se manteve quase estagnado. “Felizmente ultrapassámos esse obstáculo e estamos felizes por ter tido a capacidade de reagir”, refere José Manuel Carrilho. O futuro perspetiva-se, portanto positivo. “Queremos combinar todos os fatores possíveis e disponíveis para atingirmos padrões de elevada qualidade. Queremos aprender mais para servir melhor e chegar sempre um pouco mais além”, conclui o nosso entrevistado.
82 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
inovação | Associação dignidade e futuro de gondomar
Dignidade para com o Futuro Nascida em abril de 2010, a Associação Dignidade e Futuro de Gondomar, IPSS, (ADFG) foi criada com o intuito de ajudar a resolver os problemas sociais de Gondomar, no que aos idosos diz respeito. Amélia Ribeiro, presidente da direção, deu a conhecer a associação.
Amélia Ribeiro Administradora
A preocupação para com os outros já vem de longe. Amélia Ribeiro, além de presidente da direção, é bombeira voluntária desde 1989 e trabalha na área da saúde há 41 anos (dos quais, cerca de dois anos trabalhou num estabelecimento prisional). Daqui advém um grande conhecimento sobre os problemas sociais do concelho, em especial as principais carências dos idosos em Gondomar. O conhecimento de casos paradigmáticos na área da saúde, paralelamente aquilo que via no seu desempenho como bombeira, tocou o coração da presidente ao conhecer casos de idosos que, a título de exemplo, faziam (e fazem!) chamadas, só para colher alguns minutos de atenção. Combater a solidão e o isolamento foi a principal linha de pensamento para construir este projeto. Com a ADFG em crescimento e a preocupação com os idosos, levou a que se deliberasse no sentido do objetivo principal agora em desenvolvimento, a construção de uma Estrutura Residencial para Idosos (ERPI) denominada Lar S. Francisco de Assis, para acolhimento de 60 idosos. “Esta ideia, levou-nos a procurar um terreno para a construção de tal equipamento, procura que redundou em êxito , pois conseguimos um terreno muito bem localizado, através da sua cedência em direito de superfície pela Ordem Missionaria Capuchinha em Gondomar”, explica Amélia Ribeiro. Ainda segundo Amélia Ribeiro, o projeto de arquitetura, da autoria do Arq. Mário Marques, (vice-presidente da Direção da ADFG), bem como todos os restantes projetos no que reporta ao seu
84 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
licenciamento, colheram todos os pareceres positivos , o que levou á adjudicação da elaboração de todos os projetos das restantes especialidades , a gabinete projetista, também de Gondomar, com vista ao seu licenciamento municipal. Para cumprir os compromissos assumidos com a cedência do terreno, precisamos de iniciar a obra no próximo ano, pelo que neste momento estamos a reunir condições a nível de financiamento, para que esse passo seja uma realidade. O apoio da Câmara Municipal de Gondomar é, e tem sido essencial para o desenrolar deste projeto e Amélia Ribeiro reconhece que o Presidente da Câmara, Dr. Marco Martins, e Vice-presidente Dr. Luís Filipe Araújo “têm sido pessoas excecionais” no sentido da tomada de decisão nos vários processos necessários para que este projeto seja uma realidade. Temos tido, e esperamos continuar cada vez mais a ter, o apoio da comunidade gondomarense e não só, através da realização de eventos com o objetivo da angariação de fundos. A título de exemplo, tivemos no passado dia 28 de Outubro um Espectáculo Solidário a favor da ADFG, no Auditório Municipal de Gondomar, cuja iniciativa foi da Associação das Donas de Casa de Gondomar, com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar. A adesão dos gondomarenses foi, lotação esgotada. No referido espetáculo atuou a Banda H1 cujo baterista é o Helton Arruda (antigo guarda-redes do FCP), que se associou de imediato a esta causa e doou uma camisola com um significado simbólico na sua carreira, para a que a mesma seja objeto de sorteio a realizar, sendo os fundos obtidos destinados á construção deste nobre e necessário edifício. Ainda neste espectáculo solidário, o Helton Arruda, aceitou o desafio feito pela presidente da direção Amélia Ribeiro de apadrinhar e acompanhar, dentro das suas possibilidades pessoais e profissionais, este projeto. “Com a ajuda de alguns e com a confiança de todos, o Lar S. Francisco de Assis, será uma realidade”, finaliza.
bricotec24| inovação
Um técnico perto de si! Primando por um serviço de qualidade desde 2014, a Bricotec24 surge no mercado com o objetivo de colmatar um nicho de mercado que não existia até então. Inovação, qualidade e dedicação são as palavras de ordem nesta empresa, que o administrador, Jorge Santos, nos apresenta de seguida.
Como e quando surge a Bricotec24? A empresa nasceu há três anos. Inicialmente, operava como responsável pela promoção de várias empresas, de áreas de atividade distintas, e apercebi-me que algumas delas sentiam alguma dificuldade em adicionar contactos e em gerir a publicidade em que apostavam, ou seja, na sua própria gestão interna e administrativa, e percebemos que existiam algumas lacunas. Desta forma, começamos a idealizar um modelo de negócio diferente, que nunca tínhamos visto no mercado e decidimos arriscar. Assim, criamos uma central de serviços, fazendo a promoção dos mesmos. Publicitamos claramente que os serviços são feitos pela nossa rede de colaboradores, os quais selecionamos com critérios ajustados à seriedade que nos caracteriza, aliada à prestação de um bom serviço 24 horas.
Qual é, no seu entender, a base do vosso sucesso? Somos conhecedores de quem está mais bem posicionado para oferecer um serviço de qualidade e mesmo que essa resposta não exista numa determinada região, tentamos destacar uma outra equipa de outra zona, mesmo que fique mais dispendioso. A qualidade é o nosso objetivo e esta é a nossa forma de trabalhar. Quando trabalhamos com dedicação, as coisas surgem naturalmente. Pensar em soluções, ir ao encontro delas, de uma ou outra forma, é essencial. Por onde passará o futuro da Bricotec? Passa por aprender com todos os que nos rodeiam, adaptando-nos como até aqui e melhorando no que nos for possível.
Quais os serviços que a Bricotec24 disponibiliza? Estamos a tentar expandir o leque de oferta que temos em outras áreas, mas neste momento trabalhamos essencialmente em desentupimentos, limpeza de fossas, assistência de caldeiras a gás e gasóleo, fugas de água, no qual adquirimos recentemente, em conjunto com um parceiro, novos equipamentos certificados. Pretendemos adquirir ainda mais, no sentido de prestar um serviço de grande qualidade, projetando também o futuro. Atualmente qual é vossa área de atuação? Alguns serviços, como é o caso dos desentupimentos, conseguimos cobrir o país por completo e, ao contrário de outras empresas, mesmo que não estejamos na nossa zona de conforto, tentamos prestar o melhor atendimento ao cliente através da subcontratação de serviços. Temos parceiros por todo o território nacional, alguns com alguma expressão a nível nacional, o que consideramos ser uma vantagem. A área dos desentupimentos e inundações é onde registamos maior procura. Trabalhamos muito com particulares, mas também com empresas, hospitais privados, com o Serviço Nacional de Saúde, por exemplo, que nos contactam de várias partes do país. Na sua perspetiva, quais os principais fatores que vos diferenciam? O nosso conceito é inovador e foi bem aceite por parte dos nossos clientes porque eles sabem que quando precisam, nós estamos lá. Os nossos serviços não são necessários todos os dias, mas numa emergência queremos ser a solução. Quando existe vontade de trabalhar, existe certamente essa solução. A nossa principal vantagem é a rapidez. As pessoas que trabalham connosco sabem que têm que prestar um serviço rápido. Outra vantagem é que o cliente seguinte vai usufruir da experiência do anterior, ou seja, se temos um técnico que presta um bom serviço, está a ganhar experiência e posteriomente irá prestar um serviço ainda melhor e vamos continuar a trabalhar com ele.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 85
inovação | solicitadora albertina meireles
Albertina Meireles Solicitadora
“O solicitador tem um papel muito importante na sociedade”
Albertina Meireles foi a primeira mulher solicitadora em Paços de Ferreira. Hoje gere o seu próprio escritório de solicitadores e agentes de execução. Em entrevista, falounos dos meandros que compõem a sua atividade e deixou esperança para os futuros profissionais, os quais, na sua opinião, estão cada vez mais bem preparados para a profissão. Todos iniciamos o nosso percurso por algum lado. O de Albertina Meireles foi num grande escritório de advogados, em Paços de Ferreira, a 4 de janeiro de 1980, como secretária, profissão que exerceu metodicamente durante 10 anos. Um dos advogados dessa sociedade foi um dos principais responsáveis pelo passo seguinte no percurso da nossa entrevistada: ensinou-lhe passoa-passo “as artes destes meandros da justiça”, tal como refere a própria, até que, um dia, a inscreveu na Câmara dos Solicitadores, para que fizesse o curso que a levaria a ser solicitadora. Assim o fez. Na década seguinte, em 1990, fundava o seu próprio escritório, mais pequeno que o atual devido ao desconhecimento por parte do público acerca da figura e da profissão que era o solicitador. A primeira mulher solicitadora de Paços de Ferreira teve de se adaptar a um meio que, na altura, ainda era bastante rural e cujo cidadão não compreendia a profissão que Albertina exercia. Aos poucos, deu seguimento ao seu percurso e foi crescendo como profissional e adquirindo mais experiência. “Nós, solicitadores, temos que ser, acima de tudo, cidadãos, exercer a nossa cidadania e dar o exemplo. O solicitador tem um papel muito importante na sociedade”, afirmou.
86 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
O cidadão comum atual não sabe diferenciar um advogado de um solicitador. Albertina Meireles esclareceu-nos que um solicitador também trabalha nos tribunais, mas com certos limites e está mais vocacionado para outras áreas, tais como o notariado, a parte fiscal (“importantíssima”, reiterou),as sociedades comerciais, os registos, bem como serviços para as Câmaras Municipais e, principalmente, aconselharem as famílias e seus negócios jurídicos, nos quais se enquadram as partilhas. Existem dois tipos de solicitadores: generalistas e agentes de execução. Albertina Meireles faz parte deste último grupo desde que o mesmo existe oficialmente, corria o ano de 2003. “Alguém que é nomeado por um mandatário e irá tentar receber os créditos que são devidos ao credor. O agente de execução é livre dentro da sua função, porém há sempre um juiz que superintende a sua atividade, salvaguardando o cidadão, que pode chamar ao processo o juiz do mesmo”. Os agentes de execução estão próximos do cidadão e conseguem rapidamente esclarecer o exequente se tem garantido o seu crédito ou, se pelo contrário, não há bens nos quais proceder à penhora. “A justiça ganhou muito com esta celeridade”, garantiu-nos. Com a experiência adquirida, a solicitadora já considera fácil
receber, todavia garantimos que os direitos de um e de outro ficam salvaguardados”. Sendo uma profissão liberal, o ‘passa a palavra’ é a melhor recomendação que os solicitadores podem receber. “Os advogados nomeiam-nos porque nos conhecem e sabem como trabalhamos. De momento trabalho o país todo. Transmito confiança porque assim que nos termos da lei me é possível entregar o dinheiro ao exequente, eu faço-o imediatamente, essa é a melhor garantia que posso dar”, expressou Albertina Meireles. Há cada vez mais solicitadores e muito bem formados. A nossa interlocutora procura “marcar a vida deles como profissionais e como pessoas”, algo que fizeram por ela no início do seu percurso profissional. Mas esta é uma estrada com dois sentidos. “Aqueles que estão a iniciar carreira ensinam-me muito e dão-me força para continuar o trabalho, é uma lufada de ar fresco e o ensino está a prepará-los bem. O meu futuro
conciliar os interesses de executado e exequente. “Acima de tudo tem de haver bom senso”, admitiu, “o executado tem de cumprir a sua obrigação de pagar e o exequente tem que
passa por me reformar e deixar esta casa aberta a um grupo de jovens que continuem o trabalho”, concluiu Albertina Meireles.
SETÚBAL, UM MOSAICO DE POSSIBILIDADES Da arte da azulejaria portuguesa à dança dos golfinhos, das igrejas do Barroco à Reserva Natural do Sado, da herança de Bocage à flora única da Arrábida, natureza e cultura integram-se num admirável mundo novo, que espera por si. Logo à saída da cidade buliçosa e movimentada fica o cenário irreal, pacificador da Arrábida. Nos seus mistérios e nos seus silêncios, nas suas praias e nos seus enredos, nos seus conventos e fortes, na sua fauna e flora, mora muito do fascínio que faz da Península de Setúbal uma região única no Mundo. E enquanto a Serra o recebe, afirma-se uma Cidade. Os pescadores e as suas embarcações, o rio e o mar são parte indissociável da identidade de Setúbal. O colorido das centenas de embarcações ancoradas ao longo da zona ribeirinha contrasta com o bronze carregado da pele dos homens da faina. Gente do mar, habituada a ultrapassar todos os desafios, com uma sabedoria e humor peculiares, capaz de pintar com palavras quadros que deixam qualquer um embevecido. É na zona da Baixa que se pode encontrar grande parte do comércio tradicional. Lojas para todos os gostos, com representações de algumas das mais reconhecidas marcas mundiais, misturam-se com outras mais antigas, onde se descobrem algumas raridades e produtos menos convencionais. Não só de comércio vive a Baixa. A cultura espreita a cada esquina, alguns edifícios são testemunhos vivos de uma cidade que cresceu, modernizou-se, sem esquecer o seu centro histórico. Praticamente todas as ruas da Baixa convergem para a Praça de Bocage, um dos principais pontos de encontro das gentes de Setúbal e de quem visita a cidade. Quase ninguém resiste em tirar uma fotografia junto do monumento que homenageia “Elmano Sadino”. Mesmo ali em frente, realce para a principal avenida da cidade, dedicada a Luísa Todi, nascida em Setúbal em 1753 e reconhecida como um dos maiores nomes de sempre da canção lírica. Embora com particularidades próprias, as praias de Setúbal comungam de uma característica que as torna únicas: estão todas inseridas no Parque Natural da Arrábida. O Portinho da Arrábida, eleito uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, tem uma enseada a servir de espelho ao verde da serra, que se debruça sobre o areal.
setúbal, um mosaico de possibilidades | palpetro
Qualidade ao melhor preço Esta é a maior vantagem oferecida pela Palpetro, localizada em Palmela, que diz respeito a uma empresa que comercializa combustíveis e lubrificantes em todo o distrito de Setúbal. Carla Nunes é gerente desta empresa e foi com ela que estivemos à conversa por forma a conhecermos as mais-valias dos produtos que disponibiliza aos seus clientes.
Carla Nunes Gerente
A Palpetro iniciou a sua atividade a 13 de maio de 2005, fruto do esforço e sacrifício dos seus sócios-fundadores, João Nunes e Carla Nunes (irmãos). As vicissitudes da vida levaram a que a partir de 2007 Carla Nunes assumisse a gerência da empresa sozinha. “Já trabalhava numa outra empresa do ramo há 11 anos e quando decidimos investir por conta própria não foi fácil. Tivemos que conquistar a confiança dos nossos clientes, um por um”, contou-nos a empresária. Num mercado dominado por grandes companhias petrolíferas a Palpetro distinguese por ser uma empresa familiar, que trabalha a qualidade dos seus produtos, tornando-se, assim, numa referência. “Não é fácil gerir um negócio destes. São 12 horas de dedicação diárias e posso dizer que em 13 anos de trabalho tive apenas uma semana de férias”, confidenciou. A Palpetro comercializa combustíveis para a indústria, clientes domésticos,
88 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
agricultores e empresas de transporte com pequenas frotas. No inicio da sua atividade dedicava-se, apenas, à comercialização de combustíveis para aquecimento (queima), para ser utilizado em caldeiras industriais, comerciais e domésticas, no entanto, com a mudança de instalações, há dois anos, a Palpetro diversificou a sua oferta e incrementou a comercialização de lubrificantes e aditivos bem como peças auto. “Os novos serviços vieram dar fôlego ao negócio. Conseguimos arranjar a bom preço todo o tipo de material”, garantiu Carla Nunes. 12 anos a abastecer o distrito de Setúbal Devido à sua localização, em plena Avenida Alberto Valente, junto à rotunda de Volta da Pedra, muitos clientes são os que “passam e entram”, mas, no que diz respeito ao gasóleo, a Palpetro trabalha todo o distrito de Setúbal. A taxa de fidelização conseguida
deve-se a um fator muito importante: a rapidez com que os produtos são entregues: “O nosso camião é antigo, mas tem muito bom aspeto e é eficaz. O que nos diferencia mesmo é a rapidez com que satisfazemos os pedidos e necessidades dos nossos clientes”, explicou-nos Carla Nunes. Na Palpetro os litros pagos pelos clientes são os mesmos litros que lhes são entregues e a qualidade é garantida por marcas como a Repsol ou BP (marcas com que a Palpetro trabalha). “As margens de lucro são muito pequenas porque há muita concorrência e muita dela é desleal, mas a Palpetro está num bom caminho e já é uma empresa enraizada”, acrescentou a nossa entrevistada. Por outro lado, um dos maiores constrangimentos com que a Palpetro se deparou foi com a retirada do benefício fiscal (há cerca de cinco anos) que era atribuído a quem usava gasóleo de aquecimento. “Essa
medida prejudicou o negócio e, por isso, fomos obrigados a diversificar. Aumentamos os clientes agrícolas e, graças a isso, conseguimos trabalhar durante o ano todo e não apenas no inverno”. A administradora da Palpetro admitiu conhecer todas as vertentes do seu negócio uma vez que, durante nove meses, foi a própria que fez as entregas dos produtos aos seus clientes, ao mesmo tempo que tratava das vendas e da gestão da empresa. “Conheço muito bem o setor bem como os meus clientes e isso é uma grande vantagem”. O futuro da Palpetro prevê-se de muito trabalho, mas risonho. “Fala-se em acabar com os combustíveis, substituindo-os por materiais elétricos, mas penso que isto ainda irá durar muito tempo. As crises servem para filtrar os bons dos maus e espero daqui a 30 anos ainda cá estar a trabalhar”, finalizou a nossa entrevistada.
setúbal, um mosaico de possibilidades | 3G Arquitectura
Conceito familiar faz sucesso na arquitetura Miguel Gonçalves, sócio-gerente da 3G Arquitectura, concedeu-nos uma entrevista onde aborda o estado do setor em que atua bem como a forma de trabalhar do seu gabinete. O resultado desta conversa segue abaixo descrito.
Miguel Gonçalves Sócio-gerente
Salgado, inúmeros projetos habitacionais e outros mais antigos que marcaram a ascensão do atelier, como o Colégio do Centeio. Miguel Gonçalves perspetiva um futuro bastante risonho para a construção civil nacional: “o setor vai crescer por todo o país e em Setúbal ainda mais. Setúbal é um diamante em bruto que começa a ser lapidado. Vejamos: Lisboa está bastante inflacionada e superlotada, por outro lado, Setúbal é uma ótima opção, quer para viver, quer para investir”, garantiu o arquiteto. A 3G Arquitectura encara cada projeto como uma oportunidade de criar arte em espaços, adequados à contemporaneidade, filtrando influências do mundo exterior e conjugando-as com os interesses maiores dos seus clientes. “Nós fazemos questão de acompanhar tudo, desde a primeira conversa que temos com o cliente, em que tentamos perceber o que se pretende, até à conclusão da obra. Eu acredito que tem que haver uma simbiose entre o arquiteto e o cliente para que tudo resulte da melhor maneira possível”, explicou-nos. Atualmente o design e a funcionalidade desejam-se em sintonia e os clientes são cada vez mais exigentes, refletindo-se em trabalhos de arquitetura mais versáteis e adaptados a esta realidade: “A arquitetura tem que ser surpreendente, tem de provocar emoções, pois ela é o
A 3G Arquitectura é desde 2004 um atelier multidisciplinar que se dedica a todo o tipo de desempenhos inseridos no léxico da arquitetura. A 3G Arquitectura procura encontrar soluções que se adequem a cada caso, e decifrem as necessidades intrínsecas a cada situação, apropriando-se de uma linguagem que se coadune ao espaço e ao tempo em que decorre, sem se restringir a uma abordagem fixa, que tenta resolver questões diferentes com respostas iguais. O cliente, o espaço real e a sua intenção são as nossas premissas primordiais. De tal forma que cada projeto é único e singular, e encaramo-lo com o mesmo fascínio de deixar uma marca na realidade que nos rodeia O nome resultou da situação familiar dos arquitetos Gonçalves. José Carlos Gonçalves, pai de Miguel Gonçalves, foi um arquiteto bastante reconhecido na região de Setúbal e, atualmente, Miguel Gonçalves e Ana Gonçalves (irmã) completam a administração do atelier. O início desta empresa de arquitetura foi muito positivo, no entanto, com a quebra no mercado de construção, tudo se complicou. Miguel Gonçalves optou por uma parceria com um atelier estrangeiro por forma a fazer face a esta realidade nacional. Há dois anos para cá voltou a trabalhar para o nosso país, tendo atualmente os seus principais projetos entre Lisboa, Setúbal e Algarve. Retoma na construção nacional Como principais projetos em curso, salienta-se a reconversão total de um quarteirão no Bairro
90 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
que cativa o consumidor final. A nossa filosofia em todos os projetos recai sobre a consciência de que a arquitetura reside no tempo e no espaço, marcando-os e interligando os diferentes períodos da história, e nós somos agentes principais a atuar nesse percurso.” Ainda durante a entrevista, Miguel Gonçalves confidenciou que ser arquiteto em Portugal não é fácil: “muitas vezes, os clientes abordam-nos com ideias pré-definidas muito rígidas, de coisas que viram, colagens que fizeram e temos de ser nós, enquanto arquitetos, a filtrar as informações. O nosso papel é preponderante para incutir conceito, ideia e motivação ao projeto a desenvolver. É importante não esquecer que o principal numa obra é sempre o projeto”, esclareceu. No futuro a 3G Arquitectura pretende expandir-se nacional e internacionalmente. A Europa é a primeira opção, no entanto, Miguel Gonçalves gostava de abraçar desafios maiores, como Moçambique, por exemplo.
cr2| setúbal, um mosaico de possibilidades
Construção e Renovação: quando um cliente se torna num amigo
A imagem de marca da CR2, pertencente à empresa Antão & Ribeiro, Lda., surge em 2015. A marca surge como uma necessidade de alargar, ainda mais, a oferta de serviços de qualidade e excelência no setor da Construção e Remodelação, sem esquecer a sublimidade dos serviços de acabamentos. Neste seguimento, a CR2 oferece serviços em gesso cartonado, estuque, pintura, construção completa e remodelação/renovação de obras.
Luís e Carlos Ribeiro Administradores
número 2. Também representa a área do nosso negócio, Construção e Renovação com o número 2 que representa os dois sócios, eu e o meu filho”. CR2 sobreviveu à crise instalada no país, numa altura em que a construção civil se encontrava abalada, Carlos Ribeiro explica o segredo para o sucesso: “Na época da crise focámo-nos principalmente na formação dos nossos colaboradores, quando se pretende sobreviver numa altura em que a construção nova cai a pique, o importante é apostar na qualidade dos serviços, mantendo o bom nome da nossa empresa no mercado. Nós felizmente nunca sentimos a crise, conseguimos ultrapassá-la sem grandes complicações. Mas nos últimos anos sentiu-se realmente um crescimento exponencial e espero que pelo menos o mercado se mantenha assim por muito tempo, mas também estamos preparados para uma eventual estagnação do setor”, contou o administrador. A CR2 além de produzir para o consumidor final é requisitada por empresas reconhecidas no setor da construção civil no distrito de Setúbal: “Não CR2 já conta com um vasto portfólio, destacando obras de referência como a Confeitaria LX na Avenida de Roma, em Lisboa; a sala de conferência do Vitória Futebol Club e várias obras no Estádio do Bonfim. Os atuais sócios da empresa, que estão emocionalmente ligados ao futebol, contam que as obras relacionadas ao desporto acrescentam sempre um valor sentimental ao trabalho realizado. A história da empresa começara já em 1971 e em nome individual de Manuel Ribeiro, dedicado apenas a estuques e pinturas. A empresa que sempre apostou em serviços de excelência e parceiros das melhores construtoras civis no distrito de Setúbal não parou de aumentar desde então. De 2000 até 2015 a empresa era denominada de Antão & Ribeiro, Lda., composta por dois sócios, Manuel e Carlos Ribeiro (pai e filho). Nessa altura a empresa apresentava um leque muito maior de serviços ao dispor dos seus clientes. Carlos Ribeiro conta que a sua entrada no negócio do pai foi uma boa aposta: “Fui jogador profissional de futebol, mas sempre estive presente no negócio do meu pai no meu tempo livre. Em 2000 deixei o futebol e dediquei-me por completo a este setor. Decidi seguir o mesmo ramo, primeiro porque já tinha experiência e depois porque o futebol a partir de certa altura deixa de ser viável”. 2015 foi o ano em que a empresa mudou por completo com a saída de um sócio, a entrada de um novo e com a imagem da empresa renovada: “Há cerca de dois anos, o Luís, meu filho, terminou a formação em engenharia civil, o meu pai reformou-se e ele veio quase substituir o seu lugar. Nessa altura também houve investimento na aquisição de colaboradores especializados dentro do setor da construção civil”. Carlos Ribeiro acrescentou ainda que “Na época, a nossa empresa passou a ter uma marca registada. O nome CR2 é baseado em inúmeros fatores, podem representar as minhas iniciais Carlos Ribeiro e jogava com a camisola
consideramos esses grupos como concorrência, há imenso trabalho para todas as empresas e no fundo até acabamos por ajudar empresas que não conseguem responder de forma imediata às necessidades do mercado”. Os atuais sócios, pai e filho, não deixam de relembrar o avô que iniciou a empresa familiar bem enraizada no distrito de Setúbal. Carlos e Luís Ribeiro garantem seguir o projeto com toda a dedicação e amor continuando o trabalho também numa espécie de homenagem a Manuel Ribeiro.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 91
setúbal, um mosaico de possibilidades | smart choice
a escolha certa para o seu evento
Graziela e Manuel Lopes Administradores
A Smart Choice Audiovisuais é uma empresa familiar, sediada em Alcochete, que conta com larga expressão e reconhecimento no setor dos audiovisuais para eventos, tanto à escala nacional como internacional. Sob a chancela de Manuel Lopes, a Smart Choice tem sido presença assídua nos acontecimentos mais marcantes que se realizaram no nosso país nos últimos anos e continua a apostar nas mais inovadoras formas de produção audiovisual para eventos.
Falar em audiovisuais para eventos é falar, obrigatoriamente, da Smart Choice. Audiovisuais. Criada sob o espírito determinado e empreendedor de Manuel Lopes e dos familiares chegados, também eles, profissionais ligados ao meio dos audiovisuais, dos eventos e também da decoração, a empresa, aposta fundamentalmente no segmento de mercado dos eventos corporativos e apresenta soluções completas a todos os clientes, desde o aluguer de equipamentos de som, iluminação e vídeo de última geração, cenografia, mobiliário, decoração, tendas e estruturas. A Smart Choice, que conta atualmente nos seus quadros com perto de 70 colaboradores, orgulha-se de possuir uma equipa multidisciplinar de profissionais, com valências comercial, gráfica, e técnica, especializadas nas vertentes acima mencionadas, as quais não só pela habilitação profissional que possuem, mas também pela qualidade, profissionalismo, empenho e dedicação, são o garante da eficiência e atempada realização de qualquer evento independentemente da sua dimensão e conteúdos.
92 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
“Damos resposta a uma solução global e integrada. Isto significa que o cliente, ao trabalhar com a Smart Choice, terá solução para várias das especificidades do evento não tendo que trabalhar com diversas empresas em simultâneo. Assim, o resultado final será mais eficaz e com evidente beneficio para o cliente por ter apenas um único interlocutor, com correspondentes economias de escala, o que se traduz num verdadeiro valor acrescentado”, explica Manuel Lopes, administrador da empresa. Para além de cobrir todo o território nacional, incluindo ilhas, a Smart Choice é membro de
redes globais que juntam as mais reputadas empresas do setor, como a AV Alliance e a CRN Congress Rental Network, tornando-a parceira assídua em eventos além-fronteiras, o que é atestado pelos diversos desafios que são comuns a Smart Choice enfrentar, com o desenvolvimento de soluções verdadeiramente inovadoras e que lhe têm granjeado o reconhecimento além-fronteiras como tem sido a realização de projetos em Barcelona, Budapeste, Malta, Roma, Marrocos, entre outros países. “Estamos equipados para um elevado nível de exigência. Mas este tipo de atividade exige investimento constante em novos equipamentos e permanente formação dos recursos humanos, que acompanhem a rápida evolução tecnológica. Os nossos colaboradores estão aptos a lidar com os mais recentes equipamentos e a responder a complexos desafios. Somos capazes de dar resposta aos maiores eventos nacionais e internacionais”, garante Manuel Lopes, que a título de exemplo salienta as parcerias que vêm sendo feitas ao longo dos anos com o Grupo Impresa, EDP, Web Summit, Guimarães Capital Europeia da Cultura, Sport Lisboa e Benfica Corporate, entre muitos outros. Com uma dimensão e solicitação constante
que por vezes, chega a ultrapassar os 20 eventos diários, as perspetivas da Smart Choice são positivas. “A estabilidade política que Portugal atravessa faz com o que nosso país seja muito procurado para eventos corporativos, como congressos, convenções ou apresentações mundiais de produtos. Temos vários eventos a acontecerem simultâneo, o que exige uma enorme logística de meios. As pessoas já perceberam que os audiovisuais fazem parte da nossa vida e que tudo precisa de comunicação e difusão, encontrando na Smart Choice o parceiro ideal”, refere o administrador. Manuel Lopes e a sua esposa, Graziela Lopes, possuem ainda a Socitoldos, empresa complementar à Smart Choice, que se dedica à criação de estruturas ou tendas para casamentos ou outros eventos, bem como toda a decoração e organização dos mesmos.
Sede Lisboa Rua dos Jasmins, nº. 494/520 Zona Industrial do Batel 2890-161 Alcochete Telf: + 351 218 681 035 Fax: +351 218 681 058 Mail: geral@smartchoice.pt www.smartchoice.pt
motorrego| setúbal, um mosaico de possibilidades
Mais de três de décadas a garantir credibilidade e confiança A Motorrego – Bombas e Motores Dorrego, S.A. é uma das empresas mais antigas a operar em Portugal no ramo em que se insere. Na Motorrego é possível encontrar electrobombas com as mais variadas aplicações, todo o tipo de material para rega, reservatórios em polietileno, autoclaves, geradores, acessórios em latão, inox e pvc, tubagens, filtros, produtos químicos para tratamentos de águas, termoacomuladores, material de piscina, entre outros relacionados. surja”, garante. A Motorrego possui ainda a sua própria marca, a Verta. Destinada à produção de bombas de furos, é uma marca com uma ótima relação qualidade/preço, com total garantia Motorrego. Os irmãos Filipe e Joel Carapinha acreditam que o futuro da empresa continuará a ser de crescimento: “Queremos manter a presença no norte, centro e sul do país e queremos crescer, com os pés bem assentes na terra”, referem os responsáveis. Com o ano de 2017 a correr de forma muito positiva, a empresa planeia aumentar o seu número de colaboradores embora, reconheçam, “não seja tarefa fácil, já que esta é uma área muito específica que exige bastante formação”. Desta forma, a Motorrego tem por hábito marcar presença em feiras internacionais, com destaque para a de Milão, uma referência no setor, para se manter atualizada e dar sempre a melhor resposta aos seus clientes. Filipe e Joel Carapinha Administradores
Fundada em 1978, tem sede na Aldeia de Paio Pires, a 25 quilómetro de Lisboa, possuindo filiais em Matosinhos e na Quarteira, cobrindo assim todo o território português. A Motorrego exporta também para países como Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Irlanda, Marrocos e Espanha. A empresa, com tradição familiar, foi fundada pelo pai dos atuais responsáveis, Joel e Filipe Carapinha, que hoje contam também com os primos Manuel Martins Carapinha e Florival Carvalhal Camélo enquanto sócios. “O nosso pai ensinou-nos a ser sérios, a pagar aos nossos fornecedores, a não ficar a dever a ninguém. Era um homem de palavra e um exemplo para nós. Queremos continuar o seu legado”, refere Filipe Carapinha. Apesar de haver muita concorrência na área, Joel Carapinha acredita os quase 40 anos da Motorrego são um fator diferenciador das demais empresas, pois traduz-se em credibilidade e confiança. “Os nossos produtos são de elevada qualidade, só trabalhamos com grandes marcas, como a Pentax. Também temos um excelente serviço de pós-venda, garantido por dois colaboradores com elevada formação que darão resposta a qualquer problema que
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 93
sotrac| setúbal, um mosaico de possibilidades
Máquinas para todo o tipo de aplicação Com uma experiência de 45 anos na venda de equipamentos agrícolas e de construção da marca japonesa Kubota, a Sotrac é concessionária do prestigiado fabricante no distrito de Setúbal. Severino Cardoso é o responsável por esta empresa em crescimento, que brevemente se expandirá para a região Oeste. “A Kubota é uma marca com enorme reconhecimento no mercado nacional, sendo, nos últimos anos, a que mais cresce entre os principais fabricantes de tratores”, começa por explicar o responsável pela Sotrac. A empresa, sediada em Palmela, resulta da experiência de Severino Cardoso com o seu pai, que lhe transmitiu o gosto pela área e os princípios de ser trabalhador, profissional, diligente e com muita atenção pela técnica. A Sotrac dispões de modernas instalações no concelho de Palmela e de uma ampla área de exposição onde toda a gama Kubota é apresentada ao público. A empresa conta ainda com técnicos e comerciais muito experientes e profundamente conhecedores das necessidades da
agricultura das diferentes regiões. Atualmente são 12 os profissionais que constituem a Sotrac, sendo que a empresa de Severino Cardoso irá aumentar brevemente este número, já que foi nomeada para ser concessionária oficial da Kubota no distrito de Lisboa a partir do próximo ano, com uma filial que vai ser aberta na Lourinhã. “Com a marca que temos, trabalhamos com todos os que se querem dedicar à agricultura, desde os mais amadores aos profissionais”, salienta Severino Cardoso. O nosso entrevistado destaca as soluções que vão desde o trator mini para os chamados “agricultores de fim de semana”, passando pelo trator fruteiro e vinhateiro para o vitivinicultor e pelos tratores convencionais para o produtor de hortícolas ou
cereais. A gama estende-se desde os 16 aos 180 cavalos. Há ainda a parte de máquinas destinadas à construção, com mini-escavadoras, pás carregadoras e mini-dumpers. “A Kubota oferece soluções para todas as necessidades”, reforça. Para Severino Cardoso, a agricultura em Portugal é ainda deficitária. “O nosso país tem que produzir mais e melhor. Temos potencialidades enormes que ainda não estão a ser aproveitadas”. E para beneficiar dessas mais-valias, nada como recorrer à Sotrac e à Kubota, parceiros ideias para o agricultor, que irão garantir todo o profissionalismo e assistência, antes e pós-venda.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 95
setúbal, um mosaico de possibilidades | restaurante tasca das marés
Florentino Silva Proprietário
Empenho e dedicação na restauração Este é o lema que guia toda a equipa do restaurante Tasca das Marés. Localizado na belíssima península de Setúbal, mesmo em frente à marina, este restaurante prima pela diversificada carta de especialidades apresentada aos seus clientes. Florentino Silva é o atual proprietário e foi com ele que estivemos à conversa por forma a conhecer um pouco mais sobre o funcionamento deste restaurante.
Florentino Silva adquiriu o espaço já lá vão 18 anos. Na altura, era um espaço pequeno onde o nome Tasca das Marés fazia jus à realidade frente ao mar. Atualmente, esta Tasca das Marés é já um restaurante de referência em Setúbal. “Quando comecei existiam, nesta rua, apenas dois restaurantes, hoje são 11”, começou por contar o nosso entrevistado. Aos 22 anos, Florentino Silva tirou um curso de cozinha para acompanhar um amigo, desconhecendo ainda que o futuro lhe reservava um lugar na restauração num dos melhores destinos gastronómicos do nosso país e, apesar de não ser profissional em nenhuma das funções inerentes a um restaurante, o empresário assume que “a experiência adquirida nestes 18 anos, ensinou-me a fazer um pouco de tudo”.
96 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Especialidades da casa No que ao menu diz respeito, a Tasca das Marés distingue-se pela sua diversidade e ampla oferta de onde se salientam o imprescindível choco frito, o bacalhau à casa, o arroz de marisco, o arroz de tamboril, a massa de cherne, as cataplanas de peixe e as famosas espetadas de lulas e camarão grelhadas. Nas sobremesas, o doce da casa é o que mais adoça a boca dos clientes. No entanto, muitas mais sobremesas se encontram ao dispor de quem as quiser provar: mousse de chocolate, pudim e bolos variados são alguns dos exemplos. Na entrada deste restaurante encontra-se, todos os dias, uma montra de peixe, com uma variedade quase única de peixe fresco de mar. Da lista constam robalos, douradas, carapaus, sardinhas (apenas na época da sardinha), cantarilhos, salmonetes, chernes, garoupas, enguias, lulas e choco. Já nas bebidas, a carta de vinhos privilegia os da região de Lisboa, Setúbal e Alentejo, não esquecendo, claro, o Moscatel de Setúbal.
restaurante tasca das marés| setúbal, um mosaico de possibilidades
o trabalho bem feito”, alertou o responsável pela Tasca das Marés. Esta realidade leva a uma consequência direta nos restaurantes: queixas de demora no atendimento aos clientes. Esta é uma das poucas críticas apontadas a esta referência na restauração em Setúbal e estende-se um pouco por todos os restaurantes existentes. “As pessoas estão cada vez mais impacientes e isso é difícil de colmatar”, defende.
A Tasca das Marés é composta por duas salas e uma esplanada coberta com capacidade total para cerca de 150 pessoas. Uma das salas possui uma decoração moderna e acolhedora. Por outro lado, a segunda sala apresenta uma decoração mais típica e rústica, alusiva à arte da pesca. “Toda a decoração foi pensada por mim”, confidenciou Florentino Silva, acrescentando que a esplanada coberta, fruto do Programa Polis, veio descaracterizar, um pouco, a restauração típica de Setúbal.
Desde os colaboradores ao proprietário do restaurante o profissionalismo e empenho são notórios, diariamente, na Tasca das Marés. No entanto, a equipa que hoje é composta por 12 pessoas e no verão vê o seu número aumentar, não é fácil de estruturar. “Sofremos do mal da falta de mão de obra qualificada. Este é um trabalho muito exigente e nem toda a gente está disponível ou quer trabalhar neste ramo. Muitas vezes é dito que este é um trabalho mal pago, no entanto, eu não o considero como tal uma vez que, para além do
O constrangimento da restauração em Setúbal
ordenado, também oferecemos as refeições. No entanto, a verdade, é que é preciso gostar-se muito disto para se fazer
Setúbal está na moda Setúbal tem sido alvo de imensa procura por parte de turistas, maioritariamente portugueses, da região de Lisboa e arredores. Mas também de muitos estrangeiros: espanhóis e franceses maioritariamente. Florentino Silva afirma que a novela do canal televisivo SIC, Mar Salgado, que foi gravada na região, trouxe muita visibilidade à baía portuguesa. “Desde aí que demos um salto grande, foi evidente a crescente procura. As pessoas apaixonam-se pela nossa envolvência natural, única no mundo todo”, garante orgulhoso, ao mesmo tempo que revela a principal inconveniência existente em Setúbal: a pouca oferta hoteleira. Ansiando pela reforma e descanso merecidos, o nosso entrevistado garante continuar a prestar um bom serviço, sempre com a maior qualidade e empenho possíveis e deixa o convite: “não deixem de visitar Setúbal, não deixem de visitar a Tasca das Marés”, finalizou.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 97
setúbal, um mosaico de possibilidades |doces tradições de azeitão
As Doces Tradições de Azeitão Doces Tradições de Azeitão, como o próprio nome indica, é uma confeitaria com fabrico e venda de doces artesanais, como as Tortas de Azeitão, Esses, Roscas e Amores que tão bem caracterizam as doçuras do distrito de Setúbal.
Raquel Coimbra Administradora
Raquel Coimbra, com formação no setor do turismo e com experiência profissional como gerente no ramo hoteleiro, é administradora da empresa desde 2013, no entanto, a jovem empresária contou-nos que a história da confeitaria começaria bem mais cedo. “A antiga dona do estabelecimento decidiu vender o seu negócio e foi nessa altura que agarrei a oportunidade de assumir a gerência de uma confeitaria com fabrico próprio de produtos regionais”. Raquel Coimbra referiu também que o seu maior objetivo na compra da empresa foi não deixar desaparecer do mercado os produtos rotineiros portugueses. A gerente, natural de Azeitão, garante que todos os produtos seguem as receitas originais e tudo é fabricado à mão. “O fabrico continua a ser tradicional recorrendo às mesmas receitas de sempre. Apostamos acima de tudo na qualidade, utilizamos os melhores ingredientes e é tudo feito de modo tradicional”. A administradora justificou a sua aposta baseando-se na valorização dos produtos regionais. A confeitaria fornece os seus artigos para pastelarias e lojas em Azeitão, para todo o distrito de Setúbal, nomeadamente supermercados e restauração. A empresa, além dos doces tradicionais, está apta para receber encomendas para a fabricação de Molotof, Torta de Azeitão, de Laranja e de Maçã, Bolo de Noz, Torta, Tarte e Queijnho de Amêndoa. Atualmente, Raquel Coimbra está em negociações com um projeto no Portugal 2020 (um acordo de parceria adotado entre Portugal e a Comissão Europeia no qual se definem os princípios de programação que consagram a política de desenvolvimento económico, social e territorial para promover, em Portugal, entre 2014 e 2020). “A nossa candidatura focaliza-se na abertura de uma loja que representará exclusivamente os nossos doces artesanais, dessa forma será mais fácil dar a conhecer o nosso produto ao público”, explicou a empresária.
98 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
O desenvolvimento de Setúbal potencia o aumento do volume de negócios como referencia a nossa entrevistada. “A Torta de Azeitão é também um produto bem conhecido na cidade, entre outros, e claro que o aumento das nossas vendas também se deve muito a esse crescimento de Setúbal, mas os nossos produtos são também a imagem dos doces tradicionais portugueses, portanto apostamos sempre na qualidade para quem visita o nosso país provar o melhor dos doces portugueses”, contou a gerente. A jovem empresária explicou o porquê da criação do seu próprio negócio. “É importante apostarmos no nosso país, desenvolver a nossa economia e criar postos de trabalho. A nossa empresa é neste momento um negócio familiar, tenho a trabalhar comigo, além de um colaborador com muitos anos de experiência, a minha mãe e o meu pai que têm sido um grande apoio. No futuro pretendo expandir o nosso projeto e consequentemente aumentar o número de colaboradores”, confidenciou. Raquel Coimbra acredita que o segredo para o sucesso é a devoção total. “Eu trabalho todos os dias com muita dedicação e amo o que faço. Tenho imenso orgulho em ter agarrado a oportunidade de continuar a apostar nos doces tradicionais”. A entrevistada acrescentou ainda que continuará a batalhar pela estima dos doces lusitanos. Em forma de mensagem a empresária deixou o apelo a todos os portugueses para que continuem a valorizar os produtos nacionais e com o Natal praticamente à porta Raquel Coimbra embeleza a mesa de Natal recheada com produtos típicos do nosso país.
pão do grandã0 | setúbal, um mosaico de possibilidades
O Pão do Grandão
Marco Grandão e família Administrador
A Padaria Pão do Grandão é representada pelo empresário responsável pela origem do seu nome. Marco Grandão, natural do distrito de Setúbal, deu início ao seu projeto há dois anos e desde então o volume de negócio não para de crescer. O fenómeno é muito facilmente explicado pelo sabor delicioso do pão caseiro confecionado de forma tradicional e cozido em forno a lenha.
O administrador explica o segredo por detrás do pão alentejano de alfarim, de alfarroba, de sementes, da carcaça caseira, da bolinha de água, do pão integral, da broa de milho com canela, do bolo do caco, entre muitos outros: pães fabricados de forma unicamente artesanal. “As minhas farinhas são as melhores que existem no mercado. São farinhas sem aditivos, baseadas apenas no sal adequado e no fermento natural. Com isto tento preservar a cozinha tradicional e dar gosto ao nosso pão”. O gerente da padaria conta ainda que desde muito novo está ligado ao fabrico, tendo trabalhado em vários estabelecimentos ligados ao ramo. Após ter ganho anos de experiência, decidiu abrir a sua própria padaria, não deixando de parte o emprego que tinha na altura. “A certa altura e devido à sobrecarga horária decidi abandonar a minha ocupação e passar a dedicar-me inteiramente ao meu projeto. Os principais valores que defini para o meu negócio foram sempre o respeito mútuo entre cooperantes bem como o respeito entre patrão e colaborador e assegurar boas condições laborais, tanto a nível salarial como a nível de trabalho”. Marco Grandão garante que a chave do sucesso é o bem-estar e a satisfação dos seus funcionários. A empresa presta serviços ao domicílio, faz revenda para as suas próprias lojas bem como
para outros estabelecimentos, realiza entregas em lares, creches, instituições sociais, entre outras organizações no distrito de Setúbal. A Padaria Pão do Grandão é representada, nos dias de hoje, por três lojas localizadas em Setúbal, Quinta do Conde e Brejos de Azeitão e conta com a colaboração de 11 funcionários. Marco Grandão fala na importância da mão de obra qualificada para chegar a um produto final excecional. “Apostamos na qualidade, com as melhores farinhas e também na excelente mão de obra especializada e queremos a trabalhar connosco pessoas entendidas no setor e quero poder trabalhar ao lado dos meus colaboradores”. O empresário salienta ainda que é o primeiro a dar o exemplo e a “colocar a mão na massa”. O desejo de Marco Grandão é garantir o crescimento sustentável do seu projeto que só foi possível alcançar com a ajuda do seu braço direito, Suse Pereira. “O sonho foi concretizado, mas ele não é só meu, mas sim partilhado com a minha esposa, foi ela que sempre esteve do meu lado e deu-me o apoio necessário para nunca baixar os braços. Em apenas dois anos já fornecemos os nossos produtos para a Costa da Caparica, Almada, Cova da Piedade, Monte da Caparica, Sobreda, Laranjeiro, aliás todo distrito de Setúbal. No entanto, confesso que a expansão não é a prioridade do negócio, mas sim manter a qualidade dos produtos vendidos”. O gerente da fábrica de pão caseiro revela que num futuro próximo pretende abrir mais lojas e dessa forma criar mais postos de trabalho.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 99
setúbal, um mosaico de possibilidades |agência funerária c. lázaro
“Consigo nos momentos mais difíceis” Responsabilidade e respeito são os pilares que regem a Agência Funerária C. Lázaro desde 1989. César Lázaro é o responsável, desde 2008, pela agência que herdou do pai e que pretende continuar com todo o profissionalismo e rigor.
“Na Agência Funerária C. Lázaro a sua perda e luto serão tratados com o merecido respeito”, começa por dizer César Lázaro. Sendo um projeto de família, desde novo que César cresceu com os princípios fundamentais daquele que é um dos trabalhos mais sensíveis e delicados que se conhece. Com uma equipa de colaboradores experientes que tratam de todos os detalhes, o objetivo da Agência Funerária C. Lázaro é que se faça o luto com a tranquilidade possível, sem ter que se preocupar com burocracias. Os serviços de apoio legal disponibilizados incluem a preparação da documentação relativa ao serviço fúnebre, tratamento da documentação de Segurança Social e Caixa Geral de Aposentações e publicação de liturgia em vários jornais locais. “O nosso estabelecimento, localizado em Águas de Moura, Palmela, está
100 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
César Lázaro Propriétario
equipado com todos os equipamentos, artigos, dispositivos e materiais necessários para satisfazer todos os requisitos dos nossos clientes. O profissionalismo do atendimento é uma preocupação nossa, por isso nos orgulhamos em ter funcionários experientes na área, que estão sempre atentos às necessidades dos nossos clientes”, refere César Lázaro. Entre os vários serviços da Agência Funerária C. Lázaro, destaque para os funerais para sepultura e jazigo, de todos os credos religiosos, tanatopraxia, tanatoestética e embalsamamento, trasladações, exumações e cremações e arranjos florais, com flores naturais ou artificiais As cremações representam já cerca de 50 por centos dos pedidos. “Praticamos valores abaixo da média da região, por isso somos procurados por todo o distrito de Setúbal”, garante. Em breve, César Lázaro tenciona abrir um
novo estabelecimento no centro da cidade de Setúbal, de forma a ampliar a área de atuação e a proximidade com os seus clientes. “A cerimónia fúnebre é um ritual importante de transição e uma parte importante da vida daqueles que ficam. O funeral dá aos entes queridos uma última oportunidade de expressar o seu respeito e tristeza pela perda e nós temos um papel fundamental para que essa transição corra da melhor forma possível”, conclui o responsável.
COUDELARIAS E GANADARIAS No passado dia 12 de outubro terminou mais uma temporada tauromáquica, com a Corrida de Gala à Antiga Portuguesa realizada no Campo Pequeno. Uma época em que lado a lado com os intervenientes da festa brava temos vindo a dar ênfase ao património e às tradições, que fazem parte da nossa cultura. Por isso mesmo, nesta edição continuámos a nossa incursão pelas ganadarias, vivendo de perto a realidade dos ganadeiros e contactando com o dia a dia do toiro bravo no campo. Este mês dedicamos também a nossa atenção às coudelarias portuguesas, redescobrindo as características do puro-sangue lusitano, o mais antigo cavalo de sela do Mundo. Atualmente, os cavalos lusitanos revelam-se muito versáteis, adaptando-se a diferentes tipos de exercícios e competições. Se nos primórdios o puro-sangue lusitano era apenas utilizado para apoio às atividades agrícolas, rapidamente evoluiu e, hoje, destaca-se na alta competição, no toureio e na arte equestre, um pouco por todo o Mundo. A Revista Business Portugal apresenta-lhe assim um trabalho afincado sobre estes setores, que tanto contribuem para a consolidação da componente sócio-cultural e económica do nosso país.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 101
coudelarias e ganadarias | coudelaria santa margarida
Perseverança e Profissionalismo na criação do Puro Sangue Lusitano Há mais de três décadas que no Monte da Sernadinha, na região de Santa Margarida do Sado, a Coudelaria Santa Margarida se dedica à criação de cavalos Puro Sangue Lusitano, tendo em vista o Ensino de Competição ou Dressage. A qualidade sempre esteve presente na estrutura desta coudelaria, que apostou na genética de topo, o que deu origem a garanhões de exceção, como o Spartacus, o Campeador ou o Baccarat.
O valor da genética Nos dias de hoje, a Coudelaria de Santa Margarida é das mais conceituadas, tendo ganho vários concursos de Modelo e Andamentos, e fazendo uma aposta clara na disciplina olímpica de Dressage, vem mostrando resultados importantes com os seus produtos. Para esse facto contribuiu a genética, fator decisivo para garantir a qualidade ao mais alto nível, como nos explica o criador Luís Pidwell: “Quando iniciamos a coudelaria adquirimos as éguas e investimos na compra dos melhores garanhões disponíveis à época no mercado. Só ao fim de alguns anos foi possível ter um grupo de éguas reprodutoras que enquadrassem os nossos critérios, descendentes dos garanhões Universo e Opus-72, que estiveram na base da nossa coudelaria e deram origem a ótimos produtos já com o ferro da casa”. Posteriormente o Spartacus, filho do garanhão Xaquiro, que conquistou o título de Campeão dos Campeões no concurso de Modelo e Andamentos, por três vezes consecutivas, ganhando notoriedade. Em Luís Pidwell e Piedade Pidwell Administradores
“Criar cavalos de qualidade” é a premissa da Coudelaria Santa Margarida. Constituída em 1983, esta Coudelaria nasceu pelo enorme gosto da esposa de Luís Pidwell, Piedade Pidwell pelos cavalos. Inicialmente assumiu-se como um hobbie, mas depressa se transformou numa coudelaria de excelência, que tinha como propósito dar continuidade ao prazer pela criação, mas ao mesmo tempo, alcançar rentabilidade económica. Como em qualquer coudelaria a escolha de uma disciplina definiu-se pela possibilidade de utilização do cavalo, como nos explica Luís Pidwell: “No princípio o cavalo lusitano era criado fundamentalmente para o toureio, mas o mercado começou a decair substancialmente. Logo, surgiu a necessidade de procurarmos uma atividade que fizesse com que os cavalos fossem vendidos a preços interessantes, absorvendo dessa forma a produção. Pelas aptidões naturais que o cavalo da raça portuguesa apresenta, a alternativa tornou-se clara, ou seja, direcionamos a coudelaria para a disciplina de dressage”. De uma maneira sintética o cavalo Puro Sangue Lusitano distingue-se do cavalo Warmblood, devido à elevada facilidade de ensino e de manutenção, e por estar menos sujeito a problemas de saúde, ligados ao esqueleto ou às articulações. Também o cavalo Lusitano apresenta uma grande facilidade na execução de exercícios que exijam a capacidade de concentração e reunião, contrariamente aos outros. Por outras palavras, a modalidade de ensino de competição ou Dressage que envolve diferentes níveis de provas, termina no nível máximo que é o Grande Prémio. Neste nivel o cavalo Puro Sangue Lusitano executa com perfeição os exercícios mais difíceis, como a piaffe, a passage ou a pirueta. O sucesso que se tem notado recentemente nos conjuntos portugueses em provas internacionais contribuiu para a projeção do cavalo Lusitano no estrangeiro.
102 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
coudelaria santa margarida | coudelarias e ganadarias Portugal como em Espanha, distinguiu-se em Dressage. O Campeador, que também foi premiado na disciplina de Modelo e Andamentos; e o Baccarat que se tem destacado sob a monte de Britta Rasche, vencendo várias provas de Grande Prémio na Alemanha, onde se tem batido a par com a elite dos warmbloods, são outros garanhões de peso. No que concerne às éguas são selecionadas pela morfologia, pela qualidade dos andamentos e pela intuição do próprio criador. A par com o maneio do cavalo, a Coudelaria Santa Margarida dá uma grande importância à forma como o cavalo é tratado no campo. “É fundamental que os cavalos tenham espaço, porque estes animais gostam de mudar de terrenos. Quanto à alimentação, as boas pastagens são indispensáveis. Neste parâmetro apostamos em fenos de excelência, complementando com ração se for necessário. Claro que com isto está associada a água em abundância para abeberamento dos animais e também as desparitações e vacinas”, refere Luís Pidwell.
Pensar o futuro Assegurar a continuidade da coudelaria é o principal objetivo de Luís Pidwell para o espaço temporal a curto prazo. Por outro lado, impõe-se a manutenção da exploração num grau de rentabilidade aceitável, em relação ao atual estado do mercado que envolve o cavalo Puro Sangue Lusitano. De realçar ainda que “ao contrário do pensamento de alguns criadores, o futuro do cavalo lusitano passa claramente pela disciplina de Dressage. Essa é a atividade que pode absorver a quase totalidade dos cavalos que são produzidos em Portugal, senão o futuro do Puro Sangue Lusitano poderá estar em risco sem o interesse dos praticantes de ensino ou Dressage, o mercado restante é insignificante e a raça perderá em volume e importância, muito significativamente!”, termina Luís Pidwell.
E-mail: csm.pidwell@gmail.com Tlm: +351 919 727 617 WWW.COUDELARIASTAMARGARIDA.COM
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 103
coudelarias e ganadarias |Ganadaria e Coudelaria Rio Frio
Referência incontornável da Festa Brava Aos 86 anos, José Samuel Pereira Lupi dedicou mais de 70 à Ganadaria e à Coudelaria. Há décadas que a família era criadora de toiros bravos e de cavalos, tendo incutido no ganadeiro, desde pequeno, a paixão pela equitação, abraçando mais tarde a arte do toureio a cavalo. Como cavaleiro tauromáquico, José Lupi conquistou as praças nacionais e espanholas, América do Sul, Bélgica (Antuérpia), tornando-se internacionalmente num dos toureiros mais emblemáticos da sua geração. Hoje, a Ganadaria e Coudelaria Rio Frio sob a sua condução continua a criar toiros de lide, assim como cavalos para a equitação, lazer e toureio.
José Samuel Lupi Cavaleiro, tauromáquico e ganadeiro
“Para mim o toiro bravo significa uma vida inteira, porque desde os dez anos que comecei a lidar de perto com os animais, pois a minha família geria a propriedade de Rio Frio. Ao mesmo tempo que prosseguia os estudos para Engenheiro Silvicultor, fui fazendo o meu percurso como cavaleiro amador, sendo a minha estreia em Lisboa no Campo Pequeno, em 1955”, recorda José Samuel Lupi, num festival do ISA. A partir daí iniciou a sua carreira com a toma da alternativa em 1963 pelas mãos do Mestre João Branco Núncio. Haveria de se apresentar pela primeira vez em Espanha em 1965, tendo desde esse momento encetado uma carreira de sucesso no país vizinho, onde se tornou figura cimeira do toureio, com cerca de 100 corridas lidadas por ano. “É um sentimento especial que nos invade quando estamos frente a frente com o toiro, porque sabemos que ele é criado para investir. Logo, o nosso objetivo passa por
104 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
nos defendermos desse ataque, executando um contra-ataque com arte e emoção, proporcionando um bom espetáculo ao público. Moldamos a lide consoante os nossos intentos, introduzindo a nossa veia artística, tentando sempre aperfeiçoar a técnica e apurando a seleção no que se refere aos cavalos de toureio e à qualidade dos toiros”, explica o cavaleiro tauromáquico. Com José Lupi, Angel e Rafael Peralta, e Álvaro Domecq Romero, a história do Rejoneo espanhol alterou-se drasticamente, e o toureio a cavalo passou a integrar o cartel principal das grandes feiras taurinas Espanholas e Francesas. A este quarteto chamaram-lhe os quatro Reginetes de La Poteoses. José Lupi acabaria por se evidenciar igualmente como ganadeiro, atividade a que se dedicou desde os anos 50, com a ganadaria que herdou com o ferro Rio Frio, de origem Pinto Barreiros (Gamero Civico). Data do final do século XIV, a fundação por José Maria dos Santos de uma ganadaria com origem numa vacada portuguesa. Posteriormente passa para o nome de António Santos Jorge (1915), e depois
Ganadaria e Coudelaria Rio Frio | coudelarias e ganadarias
a Samuel Lupi Santos Jorge (1924), que compra uma ponta de vacas e sementais a Pinto Barreiros, dando forma à ganadaria atual, com o seu primo José Lupi, engenheiro, pai do atual Ganadero que enverga o ferro Rio Frio, passando a designar-se com essa nomenclatura . Ao longo dos anos foram introduzidos outros sementais, mantendo sempre o encaste Parladé, que ainda hoje se enquadra na visão de José Samuel Lupi a sua manutenção. Devido ao estado atual do mercado, o ganadeiro acabaria por decidir o término da ganadaria de ferro José Lupi, originária de Fermin Bohorquez, de encaste Urquijo, que tinha adquirido a D. Fermin Bohorquez, avô do atual proprietário, também rejoneador. “O toiro bravo é aquele que é voluntário na arrancada, humilha e arranca sempre que o citam. Portanto, as três características principais que sobressaem no toiro bravo são a humilhação, o galope e carregar durante a lide”, sublinha José Samuel Lupi. Na tenta das Rio Frio as vacas são toureadas a cavalo e a pé, de modo a que o ganadeiro consiga verificar o desempenho das novilhas durante o processo de seleção, como nos explica: “Com a experiência que detenho, apercebome facilmente do comportamento das vacas, não sendo para isso muito necessário a ‘puya’. Claro que na muleta se torna mais fácil observar um dos fatores fundamentais, ou seja, o humilhar, mas no geral a seleção é dificil. Relativamente aos sementais são escolhidos perante o seu comportamento na praça ou através da compra de toiros a outros ganadeiros, com o objetivo de evitar a consanguinidade. No entanto, privilegiando sempre o encaste Parladé que temos selecionado”. A par com a ganadaria, surgiu a Coudelaria Santos Jorge, atualmente Coudelaria de Rio Frio, hoje propriedade de José Samuel Lupi e que pastam na Herdade da Barroca d’alva, Alcochete, cuja origem remonta à segunda metade do século XIX, época em que a produção equina servia
Anthony Romeo Cavaleiro
essencialmente para apoio às atividades agrícolas. Mais tarde, os cavalos Rio Frio acabariam por ganhar notoriedade no domínio dos desportos equestres, nomeadamente CCE, obstáculos, raides, equitação de trabalho e toureio. Uma produção equina assente na melhor genética dos cavalos Puros Sangue Lusitano, Inglês e Árabe, originando cavalos de excelente aptidão e funcionalidade que adquiriram grande exposição internacional. Nos dias de hoje, a Coudelaria Rio Frio continua a demarcar-se pela qualidade na criação e por reunir as condições ideais para treino e competições. Aliás, a Barroca D’Alva foi considerada recentemente o melhor Centro Hípico do Sul da Europa para Concurso Completo de Equitação (CCE), contribuindo para isso a qualidade da pista de cross, a sua organização e condições ambientais. Esta referência foi feita no passado mês de setembro em Sevilha, tendo a sua organização sido feita através de uma cerimónia em que foram enaltecidas as qualidades do Centro Hípico e homenageado o seu proprietário cavaleiro José Samuel Lupi. Essa cerimónia foi organizada no Parque Deportivo El Allamillo em Sevilha, tendo o evento sido orientado por D. António Campos Espanha, presidente da Associação Espanhola de Criadores de Cavalos Angloárabes, tendo assistido a esta cerimónia os antigos companheiros de José Lupi, D. Angel Peralta, D. Rafael Peralta e D. Álvaro Domecq. Olhando para o futuro, este está assegurado
pela família de José Samuel Lupi, inserida no dia-a-dia da ganadaria e da coudelaria Rio Frio, traduzindo a vontade de todos em preservar o importante legado da família. “Os cavalos Rio Frio a partir dos anos 60 começaram a ser selecionados, mais para o toureio aproveitando a seleção do cavalo lusitano, tendo saído deste ferro mais de 60 cavalos a tourear passando por vário toureiros Portugueses e Espanhóis, desde João Núncio a Pablo Hermonzo Mendonza, João Moura e António Telles e muitos outros, nomeadamente eu próprio e o meu filho Manuel”, acrescenta. Em Concurso Completo também se destacaram filhos da casa, nomeadamente Dr. Luis Lupi, Nicholas Hart, Maria da Graça Lupi Hart e Anthonny Lupi Hart.
E-mail: eng.joselupi@gmail.com Tlm: +351 966 140 570
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 105
coudelarias e ganadarias | Ganadaria e Coudelaria Alves Inácio
José Alves Inácio e o filho José Maria Alves Inácio Ganadeiro
A bravura do toiro e a beleza do cavalo Situada em pleno coração do Ribatejo, a Ganadaria e Coudelaria Alves Inácio é uma exploração agrícola vocacionada para a criação de toiros bravos e cavalos Puro Sangue Lusitano, Árabe e Luso Árabe. José Alves Inácio olha para a festa brava como uma tradição portuguesa, que garante a preservação da raça brava, defendendo-a, pois sem isso certamente já teria desaparecido da cultura nacional.
“O toiro bravo é um animal lindo, porque se diz bravo e é-o mesmo. Todos eles apresentam essa bravura, embora mostrem diferentes níveis na praça. Por isso mesmo é uma raça que não podemos de forma alguma deixar terminar”, sublinha o ganadeiro e defende: “Hoje em dia os ambientalistas e defensores dos animais têm de pensar que ao defender a corrida estão a proteger o toiro bravo, porque o término da festa brava, ditará também o fim da raça brava. Falamos de uma tradição portuguesa, que está enraizada na nossa cultura. Portanto, o fim das corridas será o final da raça e esse é um dos argumentos para que os que se afirmam defensores dos animais vejam corridas de toiros, de forma a preservar esta raça. O bravo é um animal que vive em plena comunhão com a natureza, dispondo de amplas extensões de território e sendo-lhe concedido todos os privilégios e cuidados durante quatro anos”. Neto e filho de ganadeiros, José Alves Inácio formou a ganadaria em 2009, embora a sua família já estivesse ligada a esta atividade. “O meu avô era empresário da praça de toiros de Vila Franca e proprietário da Ganadaria José Joaquim da Silva que se manteve até 1973. Durante esse período o meu pai também geriu a propriedade até ao seu falecimento, assim como o meu tio. No entanto, na década de 70 tomou-se a decisão de terminar com a lavoura, o gado bravo e os cavalos, sendo a última corrida lidada em Salvaterra de Magos”, recorda o ganadeiro.
Localizada no Monte Cunha, a Ganadaria Alves Inácio acabaria por ser formada já neste século, através da compra de vacas com ferro e divisa Coimbra Barbosa, procedência Montalvo, tendo sido posteriormente aumentado o efetivo com vacas e sementais António Ordónez “Antoñete”, procedência Murube-Urquijo, linha que se mantém atualmente como base da propriedade. Na seleção José Alves Inácio dá sempre importância ao toureio
106 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Ganadaria e Coudelaria Alves Inácio | coudelarias e ganadarias
das vacas a cavalo, seguindo uma linha de escolha rigorosa e criteriosa. “Cada ganadeiro procura selecionar os toiros e os cavalos à sua imagem, seguindo a sua forma de pensamento, de forma a atingir os melhores resultados. No caso da ganadaria, esta destina-se para o toureio a cavalo, logo o meu processo de seleção segue essa normativa. Como falamos de um efetivo reduzido, o apuramento faz-se dos melhores. Para mim a novilha tem de entrar a direito no cavalo, estar sempre no meio da praça e responder ao cite do toureiro. Esses são os principais critérios. Já o semental veio da estreia da ganadaria que ocorreu em Salvaterra de Magos. No fundo a obrigação do ganadeiro é levar à praça toiros com apresentação, pois a forma ou o grau de investida é sempre algo subjetivo”, revela o ganadeiro.
padreadores da coudelaria Manuel Braga. Tanto na ganadaria, como na criação dos cavalos, a presença do maioral Rui Silva é de extrema importância, sendo responsável pelo maneio dos animais e pela preservação da propriedade. Atualmente José Alves Inácio procura a criação de animais com elevada qualidade, através de um processo de seleção que assenta na conservação dos padrões da raça, atingindo ótimos resultados quando se apresentam em concursos nacionais. Dar continuidade ao projeto de vida é o objetivo primordial do ganadeiro para o tempo vindouro, mantendo a esperança no futuro da ganadaria e da coudelaria. “Na realidade gostaria que o meu filho assumisse os destinos da exploração”, completa José Alves Inácio.
A paixão pelos cavalos Campeão nacional de raides e membro integrante da equipa portuguesa em provas de endurance no estrangeiro, José Alves Inácio nutre há largos anos o gosto pelos cavalos. Assim, foi com naturalidade que surgiu a coudelaria com base na criação de cavalos Puro sangue Lusitano, Puro sangue Árabe e Luso-Árabe. Com éguas inicialmente Anglo e Luso Árabe, o criador foi introduzindo novas linhas, adquirindo um núcleo de éguas Puro sangue Lusitano à Quinta da Alegria, todas oriundas de Manuel Braga, sendo também os Tlm: +351 963 056 644
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 107
coudelarias e ganadarias | Ganadaria António Figueiredo Lampreia
Paixão familiar pelo Bravo No cimo do Monte de Nossa Senhora, junto à casa de família, pasta a Ganadaria António Figueiredo Lampreia. À conversa com os ganadeiros percebemos claramente que o toiro bravo faz parte da família, tornando-se mesmo motivo de conversa e de união entre o clã. Sob o ferro desta casa está patente a dedicação, a vontade de fazer melhor, dando ao mesmo tempo oportunidade aos mais novos para brilharem no campo.
“O nosso pai era um grande aficionado e sempre nos nutriu este sentimento imenso pelo toiro bravo. Ensinou-nos a ser aficionados quer da praça de primeira, como da praça desmontável, quer das figuras de toureio, como dos toureiros em início de carreira. Para nós tudo isto é natural, porque nascemos dentro deste mundo”, recorda Joaquim Lampreia. Durante a conversa com Maria e Joaquim Lampreia, que em conjunto com o irmão representam a terceira geração desta ganadaria, percebemos que a vacada brava é muito importante, procurando sempre através de critérios de seleção rigorosos apurar os melhores comportamentos. “Para o toiro bravo gerar espetáculo tornase fundamental a qualidade e o movimento, mas seguindo sempre o seu caminho. Numa palavra tem que ser honesto, mas salvaguardando os outros critérios de seleção como o recorrido, a humilhação e a capacidade de resistência durante o tempo de lide. Durante a investida o toiro não pode ter más intenções, como adiantar-se ou esperar pelo cavalo. Contudo, como já foi
108 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
referido o processo de seleção é deveras subjetivo, mas acaba por incutir interesse e gosto tanto à festa brava, como à criação”, sublinha o ganadeiro. Nesta ganadaria a tenta segue a forma tradicional, ou seja, usa-se o capote, a “puya” e depois as vacas são toureadas com a muleta. “Os momentos mais importantes são a saída da vaca para o cavalo, o comportamento debaixo do cavalo e a forma como investe na muleta. Assim, o posicionamento da vaca e do cavalo é crucial. O cavalo é colocado num sitio contra crença e a vaca nas primeiras varas deve ficar na distância adequada, fixando o cavalo e respondendo aos toques do picador. A prontidão e o galope são alguns dos critérios avaliados nessa altura. Na muleta observamos a investida, a resposta aos toques, o recorrido e a durabilidade durante a lide. Claro que chegar à excelência é muito difícil e temos de ir trabalhando”, explica Joaquim Lampreia e acrescenta: “Normalmente nas tentas chamamos a Escola de Toureio da Moita, porque queremos dar espaço aos novos talentos
para crescerem e aprenderem, pois eles necessitam de vir ao campo treinar e estes momentos dão-lhes uma vontade acrescida em mostrarem o seu melhor”. “Não estamos a falar de um negócio. Queremos tirar o máximo partido destes momentos e por isso convidamos os nossos amigos, para também irmos trocando impressões e sentimentos. Aqui estamos sempre em aprendizagem constante. Cada caso é um caso, logo a expectativa do que vai acontecer é imensa, e é tudo isso que nos dá alegria e vontade de continuar a preservar a raça brava”, completa Maria Lampreia. Na posse da família desde 1942, esta ganadaria nasceu por vontade de Manuel António Lampreia com vacas de origem Palha e sementais de Perez Tabernero, tendo
lidado a primeira corrida em 1945. Esse encaste acabaria por ser eliminado, sendo substituído por vacas de Dr. António Silva, Visconde das Fontaínhas, Lopes Aleixo e sementais Silva e Pinto Barreiros. Após o seu falecimento, a ganadaria passou para os filhos, sendo a mesma no início da década de 70 adquirida na totalidade por António Figueiredo Lampreia, que modifica ferro e divisa, até à altura das ocupações agrárias. Mais tarde, em meados da década de 80, a ganadaria foi reconstruída com vacas procedentes de Cabral Ascensão, Charrua e com um semental de Dr. António Silva. Posteriormente, o efetivo foi aumentado com vacas Brito Paes e e sementais Brito Paes e Rio Frio, que continuam a ser a base da vacada brava, embora tenha sido introduzida uma linha procedente da casta Ibarra.
coudelarias e ganadarias | Ganadaria Francisco Luís Caldeira
“Para mim o toiro bravo simboliza nobreza”
Francisco Luís Caldeira Ganadeiro
É a paredes meias com a fronteira espanhola que se situa a Ganadaria Francisco Luís Caldeira, uma exploração que há várias décadas se dedica à criação do cavalo de desporto e do toiro bravo. Com mais de 800 touros e novilhos incluindo sementais lidados entre Portugal Continental e Ilha dos Açores, Espanha e França, e largadas em Espanha, o ganadeiro fala da sua vida dedicada à ganadaria brava.
A “afición” esteve desde sempre presente no íntimo do ganadeiro Francisco Luís Caldeira. Sobrinho do ganadeiro Pompeu Caldeira, este define-se como um homem do campo, que desde muito cedo iniciou o seu trajeto na lavoura, dando forma a importantes associações e instituições ligadas à atividade agrícola. “Comecei a ganadaria em 1986, com vacas de José Lupi, Rio Frio, Irmãos Moura, e João Moura, às quais lancei um semental de Irmãos Moura, e vivi-a intensamente. Para mim o toiro bravo é um animal nobre, porque é bravo. Mas é de tal maneira nobre que posso recordar a história do semental Recortado, que viveu nesta casa durante 17 anos e reconhecia a minha voz e a do maioral sempre que chamávamos por ele. Este semental de casta Tamaron impulsionou esta ganadaria, pois cruzou excecionalmente com a
110 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
vacada. A par com a paixão pelo toiro bravo, tenho ainda o gosto imenso pelo cavalo”, recorda Francisco Caldeira e continua: “A partir daqui iniciei o processo de seleção com a ajuda de um grande amigo e conhecedor de toiros, António Badajoz, pelo qual tenho grande estima e é a pessoa que mais ama e mais amou o toiro bravo em Portugal”. Entre 1990 e 1992 lidou em provas de acesso, ascendendo a membro efetivo de Associação Portuguesa de Criadores de Toiros de Lide, da qual também foi diretor, para, posteriormente, adquirir sementais de Vasconcellos D’ Andrade (TamaronCoimbra) e Hermanos Sampedro (Juan Pedro Domecq), sendo também deste último ferro um lote de vacas que veio incorporar o atual efetivo. “Sempre tive como compromisso selecionar o toiro com apresentação e bravura, mas que desse ao mesmo tempo espetáculo. Como ganadeiro preocupei-me constantemente com o público, pois são as pessoas que pagam o bilhete e mantém a festa brava”, sublinha Francisco Caldeira e acrescenta: “Por outro lado procurei quando realizava as tentas dar oportunidade aos mais jovens para que pudessem brilhar e mostrar o seu valor. Recebi vários alunos da escola Portuguesa, assim como escolas espanholas, nomeadamente as escolas tauromáquicas de Badajoz, Salamanca e Sevilha, tal como os toureiros Paco Ruiz Miguel e Victor Mendes ou António Ferreira no ínicio de carreira, e
muitos mais, 73 matadores e novilheiros”. O desempenho de uma ganadaria encontra-se igualmente ligado a dois fatores fundamentais: a disponibilidade alimentar e os cuidados com o maneio, de forma a garantir que no espaço de quatro anos o toiro atingiu uma conformação física de excelência, ou não se falasse de um atleta. Desde logo, o bezerro tem de ser acompanhado desde o ventre das mães, quer através da alimentação, como de suplementos vitamínicos fundamentais para a morfologia do toiro. Nesta ganadaria o alimento tem por base a aveia remolhada e a fava, assim como vitaminas e sais minerais. Na mesma medida, o maneio revela-se importantíssimo, sendo fundamental o acompanhamento dos animais, de forma a perceber as suas necessidades. Tem grande importância como se fazem os tentaderos tanto de machos como de fêmeas, e é aqui que o ganadeiro faz a sua seleção para seguirem para a reprodução. Ao longo da sua história, esta ganadaria lidou mais de seis centenas de toiros em três países diferentes, ficando na memória de Francisco Luís Caldeira inúmeras histórias e troféus conquistados, como nos conta: “Recebi vários prémios de apresentação e bravura, como o galardão de ‘Toiro mais bravo’ na Feira de Portalegre ou o troféu de ‘Melhor toiro’ na Feira de Setúbal em 2007”.
herdade da rabadoa
Azeite de qualidade como fonte de sucesso Com 1070 ha de olival regado e um lagar com capacidade de armazenagem para 5000 toneladas, a Herdade da Rabadoa está localizada no território por excelência da produção olivícola em Portugal, tendo sido aliás um dos primeiros olivais em larga escala a ser plantado no Baixo Alentejo, no início do novo milénio. Sob a alçada de um grupo de investimento, esta empresa ligada ao azeite tem como principal propósito solidificar e aumentar a área de olival, assim como rentabilizar a capacidade de receção do lagar.
Numa região marcada pela produção de azeite, onde predominam as condições ideais para a composição de um produto de qualidade, a Herdade da Rabadoa tem vindo a apostar fortemente no incremento dos processos de produção, extração e transformação da azeitona. “O azeite português está, sem dúvida, entre um dos melhores do mundo. Prova disso mesmo são os prémios arrecadados a nível internacional. De facto temos as melhores condições para a produção de azeite com plantações e infraestruturas modernas, condições climáticas de exceção, assim como ótimos processos para a extração deste produto, que garantem a qualidade do mesmo”, revela o gestor Miguel Passanha, acrescentando mesmo que, “hoje em dia a grande maioria das explorações no Alentejo adotou um conjunto de medidas agro-ambientais, que asseguram a quantidade com qualidade. Cada vez mais os mercados preocupam-se e exigem aos produtores que a componente ambiental esteja presente na produção e no tratamento dos produtos alimentares. Nesta herdade estamos em modo de produção integrada, seguindo à risca todos os parâmetros referentes a esta problemática. Preocupação essa que se estende ao lagar, ou seja, a todos os equipamentos que estão em contacto direto com a azeitona, garantindo os parâmetros de segurança alimentar exigidos. Relativamente aos subprodutos resultantes da apanha da azeitona são completamente reaproveitados para empresas de biomassa ou de bagaço”. Com uma área total que ascende os 1000 hectares de olival intensivo, a Herdade da Rabadoa tem como perspetiva crescer entre 30 a 40% a área plantada nos próximos anos. Data de 2004 o início deste projeto, por iniciativa de um grupo espanhol, que na altura decidiu investir na plantação de olival, em Baleizão. Mais tarde, essa empresa acabaria por ser vendida a um novo proprietário, que acabou por não surtir bons resultados. Há cerca de um ano que a propriedade está a ser gerida por um fundo de investimentos, que tem procurado fundamentalmente melhorar tanto os terrenos agrícolas, como as infraestruturas físicas. “Foram efetuados um conjunto de investimentos considerados
prementes para colmatar algumas das lacunas que foram detetadas, tais como a substituição de todos os equipamentos que não enquadravam os padrões de qualidade exigidos, automatismos referentes à capacidade de rastreabilidade do produto, a reconversão da rega gota a gota, o aumento da potência de bombagem, a duplicação da filtragem, e ainda a compra de máquinas agrícolas”, explica Miguel Passanha. Atualmente a Herdade da Rabadoa comercializa na totalidade a produção de azeite a granel, mas dispõe nas suas instalações de linhas de enchimento capazes de servir outros produtores, que necessitem de efetuar o processo de embalamento. Relativamente ao futuro, Miguel Passanha assume que o objetivo passa por expandir e solidificar a área produtiva, embora estejam a sentir dificuldades na aquisição de novos terrenos agrícolas, que materializem esse propósito, tanto pela escassez de oferta, como pelo inflacionamento dos preços. Por outro lado, a rentabilização do lagar é outra das metas, de forma a colocar a infraestrutura em pleno funcionamento. “Este ano já vamos receber o dobro da azeitona, em relação aos valores do ano transato, e as expetativas são para que este número suba na próxima campanha para as 23 mil toneladas. Claro que iremos assegurar a qualidade do produto, imprimindo o mesmo rigor e exigência que nos tem demarcado desde o princípio”.
Monte da Rabadoa 7800-611 Baleizão Tlm: (+351) 933 106 238 E-mail: geral@rabadoa.pt
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 111
SINTRA, UMA VILA SINGULAR Sintra é uma vila portuguesa pitoresca, localizada no centro das colinas da Serra de Sintra. Este clima ligeiramente mais fresco atraiu a nobreza e elite de Portugal, cuja construiu palácios requintados, residências extravagantes e jardins decorativos. A variedade de edifícios históricos fascinantes e as belíssimas paisagens estabeleceram Sintra como um dos melhores destinos turísticos, assim como a viagem complementar mais popular a partir de Lisboa.Para uma cidade relativamente pequena, existe um número vasto de monumentos históricos e atrações turísticas interessantes. Contidos no interior de Sintra existem mais do que 10 monumentos nacionais, incluindo palácios opulentos, ruínas antigas e habitações decorativas. Estas atrações encontram-se espalhadas pelas colinas da região e para o visitante ativo, existe uma série de trilhos desafiantes para caminhar.No centro histórico existem belas ruas calcetadas, repletas com lojas e cafés tradicionais, tudo em redor do estilo gótico do Palácio Nacional. Sintra proporciona uma viagem a partir de Lisboa e a rota comum visita o Palácio Nacional, o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena. O Palácio Nacional, de estilo gótico, foi utilizado extensivamente pela nobreza portuguesa entre os séculos XV e XIX e testemunhou o crescimento do país. As características exteriores mais distintas do palácio são duas chaminés enormes que se estendem desde a cozinha, enquanto no interior os quartos da propriedade refletem a extensa história do palácio. O Castelo dos Mouros ergue-se sobre Sintra e é um antigo castelo arruinado, que data da era dos Mouros (séculos VIII a XII). O castelo foi parcialmente restaurado no século XIX, para se tornar num elemento central da área do Palácio da Pena. Das muralhas do castelo é possível observar paisagens fantásticas sobre Sintra e a região circundante. O colorido Palácio da Pena é o monumento de destaque em Sintra. O palácio vividamente pintado situa-se num dos pontos mais altos de Sintra, rodeado por pinhais da região. O interior do palácio foi conservado para retratar como seria em 1910, quando a nobreza portuguesa se refugiou devido à revolução.
112 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
empresa | tema
A presidência que enaltece a multiculturalidade
Carlos Casimiro Presidente
Agora re-eleito por mais quatro anos, Carlos Casimiro pretende modificar o reconhecimento da União de Freguesias de Agualva e Mira Sintra face ao panorama nacional. A maior aposta recai sobre a “arte urbana”, para a qual dedica a sua atenção.
Carlos Casimiro é presidente da União de Freguesias de Agualva e Mira Sintra há já quatro anos. Perante a “multiculturalidade que se sente nestas freguesias e a sua heterogeneidade”, a imagem de marca que deixa pretende “valorizar a freguesia face ao sentimento de pertença, realçando os aspetos diferenciadores”. Com o intuito de se tornar “uma referência nacional na arte urbana”, Carlos esteve à conversa com a Revista Business Portugal onde revelou os principais compromissos da União. No último CENSOS, realizado em 2011, a União de Freguesias contava com 41 mil habitantes, resultantes da reorganização administrativa do território das freguesias. Ao agregar as freguesias de Agualva e de Mira Sintra, o “bairro mais antigo e estruturado” uniu-se ao presente demarcado pelo desenvolvimento mais anárquico e também demográfico. A rede ferroviária define a paisagem urbana agora característica desta União. O conjunto, mais concretamente o par de freguesias torna-se assim um dos maiores centros populacionais do país, estando “equitativamente à mesma distância do centro de Lisboa e do centro de Sintra”. O presidente foi “dedicado em exclusivo ao trabalho autárquico nestes quatro anos de mandato, acreditando que foi dessa forma que fui reeleito”. A seu cargo tem a gestão de duas freguesias, ainda que bastante diferentes. Agualva tem uma “grande densidade populacional” e a freguesia de Mira Sintra “está associada a um bairro que foi construído nos anos 70 e por isso a grande parte da população tem a mesma idade”. Uma delas é urbana e multicultural, e a outra é mais rural e envelhecida. A “preocupação foi torná-las numa só, não apenas a nível administrativo”. E talvez tenha sido
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 113
sintra, uma vila singular| união de freguesias de agualva e mira sintra
essa dedicação que permitiu ao autarca a obtenção de 47,4 por cento dos votos, garantido dessa forma a eleição de 10 vogais. O atual presidente tem o apoio oficial do Partido Socialista (PS) e terá como parceiros de oposição, cinco vogais da coligação Partido Social Democrata (PSD), CDS-PP (Partido do Centro Democrático Social e Partido Popular), MPT (Partido da Terra) e Partido Popular Monárquico (PPM) que obtiveram 26 por cento da votação, dois vogais do PCP-PEV e ainda mais dois do Bloco de Esquerda (BE) que terminaram as últimas autárquicas com 8,8 por cento dos votos da população da União de Freguesias de Agualva e Mira Sintra. “A higiene urbana é uma das áreas onde vamos lutar muito, ainda que seja um problema com menor dimensão em Mira-Sintra”, conta. Para o futuro, Carlos Casimiro confessa ter muitos projetos. Dando continuidade ao trabalho exercido durante os primeiros quatro anos do mandato passado, pretende “continuar com a requalificação e recuperação de todo o património existente no nosso território”. Estas obras são realizadas por “iniciativa, proposta e orçamento da Junta”. Aliando-se a esta iniciativa que beneficia apenas de “recursos financeiros da Junta de freguesia”, está também a recuperação do único edifício patrimonial da freguesia - a Quinta da Fidalga de Sintra irá dar lugar ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Sintra que, sendo uma obra do Ministério da Justiça, requer o “acompanhamento da nossa parte com toda a proximidade”. O primeiro mandato, ainda que “no auge da crise”, foi bastante complicado. “O apoio financeiro que tivemos que prestar” às pessoas mais desfavorecidas condicionou algumas das atuações nesta União de Freguesias. A “seriedade e dedicação exclusiva” é, para Carlos Casimiro, o segredo do sucesso para com a população. Mantendo sempre a proximidade com os habitantes, faz um “balanço com muitos cabelos brancos”. A satisfação de dever cumprido unese à “noção de que ainda há muito por fazer pela freguesia, nomeadamente continuar a dar voz a quem vem ter com a Junta de Freguesia e precisa do nosso apoio”. A resposta da União de Freguesias a estes apelos tem de ser “ampliada e esta é a nossa esperança e é com essa intenção que sempre trabalhamos”, afirma. A área cultural tem, para o presidente Carlos Casimiro, um grande destaque e merece ser “alvo de bastante importância”. Ambas as freguesias estão agora “unidas numa só”, e a multiculturalidade permite que a presidência deva abranger vários grupos e nichos populacionais. Para o presidente,
114 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
união de freguesias de agualva e mira sintra | sintra, uma vila singular
“a intervenção em arte urbana é um dos elementos que nos distingue”. Ainda que tenha noção da que sua posição é semelhante à de muitas outras freguesias a nível nacional, a “Junta tem vindo a procurar elementos diferenciadores”. E um dos principais é a arte. “Começamos a fazer uma intervenção sistemática em arte urbana”, nomeadamente, “nos painéis acústicos da linha de comboio que a linha estruturante da cidade”. Esta iniciativa surge “como forma de valorizar a freguesia e alinhar o sentimento de pertença” e nestes “quatro anos é o caminho que pretendemos seguir para com a arte urbana”. Nesse sentido, a União de Freguesias tem vindo a promover várias iniciativas. Feiras, exposições e eventos culturais marcam a agenda cultural da localidade que necessita de uma variedade complexa e distinta de atividades perante “a diferença cultural e de idade entre a União das Freguesias”. Esta diferenciação permite a partilha de experiências e testemunhos entre a população da Freguesia, beneficiando da “dedicação que é dada por este corpo Executivo perante a expressiva vitória desta eleição autárquica”. Mas é no território que o presidente da União de Freguesias de Agualva e Mira-Sintra pretende apostar várias fichas. Ainda que este seja um jogo “que está condicionado pela forma desorganizada como o planeamento da cidade foi feito, há já muitos anos atrás”, o arquiteto de raiz pretende “introduzir na cidade um planeamento mais detalhado do seu território”. Aos leitores da Revista Business Portugal, destaca que a “política é feita por cidadãos”. A sistemática crítica aos políticos é injusta para os que “nas mais diversas autarquias, trabalham por amor à camisola e dedicam-se, na generalidade dos casos, à causa comum sem adequada retribuição monetária”. Para Carlos Casimiro, “todas as áreas das freguesias são importantes e é fundamental abranger-se todos os pormenores”. Conclui a conversa com a Revista Business Portugal afirmando que “a população faz parte da política. A política faz-se de cidadãos empenhados, e se a população se afasta da política torna o universo de escolha é cada vez mais restrito”. Se, segundo o presidente, num “universo de cem, apenas dez pessoas forem politicamente ativas, as Juntas de Freguesias e os Executivos vão ser sempre criados por esses dez, deixando assim de fora os outros 90 elementos da população da localidade”. Fazer política é, para Carlos Casimiro, “demonstrar seriedade e manter a transparência na Freguesia”.
Agualva Rua António Nunes Sequeira,16 2735-051 Agualva-Cacém Telefone: 219 188 540 Fax: 219 146 129 Mira Sintra Av. Timor Loro Sae N.º 10 Lj 14 2735-593 Agualva-Cacém Telefone: 219 145 487 Fax: 219 145 501
Email: geral@jf-agualvamirasintra.pt www.jf-agualvamirasintra.pt
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 115
sintra, uma vila singular| ana morgado properties
“Alargar a nossa carteira de imóveis é fundamental”
O percurso no mercado imobiliário é ainda curto, mas está a crescer de forma sustentada. A Ana Morgado Properties atua no segmento de mercado médio, médio-alto e de luxo, sobretudo na zona da Quinta da Beloura, Cascais, Lisboa e Sintra, e aposta na divulgação dos seus imóveis não só a nível nacional, mas também internacional, chegando atualmente a sete países e estando neste momento presente em mais de 30 portais imobiliários. O foco no cliente, a proximidade que consegue estabelecer e a lealdade com que trabalha com todos os agentes envolvidos no negócio, são dos pontos-chave da empresa, e são aqueles que quer ver reconhecidos no seu trabalho.
Ana Morgado Administradora
Ana Morgado nem sempre esteve ligada à área imobiliária. A sua entrada no ramo acabou por surgir acompanhada por alguma relutância, fruto sobretudo da pouca estabilidade que os empregos que lhe estão associados oferecem. Anos mais tarde, percebeu que esse seria o caminho que queria seguir, lançando-se na criação do seu próprio negócio. “Iniciei o contacto com o ramo imobiliário por acaso. Fiquei desempregada em 2008, andei à procura de alternativas, mas estávamos numa fase crítica na altura, com toda a gente a ser despedida e ninguém a contratar. Depois, assim por acaso, tenho uma pessoa de família que está neste ramo e me aliciou
116 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
a experimentar. Ao início, disse que não, porque esta é uma atividade que, em termos financeiros é muito instável, onde não temos um ordenado fixo. Mas ela foi insistindo para eu experimentar e, como não tinha nada a perder, arrisquei. Entretanto, e com a situação que Portugal vivia, as vendas eram quase impossíveis e um ano depois saí da empresa onde estava. Na verdade, nunca larguei este trabalho da ideia, porque acabei por gostar. Ainda ponderei que montar uma coisa minha seria interessante, mas sabia que era um disparate, porque na altura o mercado estava parado e o investimento que eu fizesse não iria ter retorno. Há quatro anos tive uma oportunidade de voltar. Voltei a sério, a trabalhar em full time numa agência imobiliária com loja em Cascais. Completamente dedicada e com o mercado bastante diferente, as coisas começaram a correr bem. Aos poucos e poucos, as oportunidades foram acontecendo e os negócios surgindo. Nos últimos quatro anos tem sido essa a minha atividade, mas houve uma altura que achei que fazia sentido começar uma coisa minha, com as minhas ideias, com a minha marca. Assim, há cerca de um ano surgiu a Ana Morgado Properties”, explica a proprietária. A atuar no segmento médio, médio-alto e de luxo, a empresa tem trilhado um percurso bem-sucedido, com uma carteira de clientes
satisfeitos. Ana Morgado acredita que o seu trabalho assenta em pontos chave fundamentais para que as necessidades dos clientes sejam cumpridas e para que seja passada uma imagem positiva da empresa. “A imagem que tento passar da minha marca, e das pessoas que trabalham comigo, é a nossa capacidade de trabalho, a seriedade com que fazemos as coisas, lealdade, esforço e o nosso profissionalismo. Isto para mim é fundamental. Tem que haver proximidade com as pessoas, conhecer bem o cliente para conseguir satisfazê-lo da melhor forma. No fundo, este trabalho é um trabalho de emoções. Trabalhamos com os seus sonhos e ver aquele brilho nos olhos de um cliente quando assina uma escritura, dá uma satisfação enorme. É muito gratificante”, afirma Ana Morgado. Localizada fisicamente na zona da Quinta da Beloura, embora a trabalhar ainda apenas através do canal online, a atividade da Ana Morgado Properties incide sobretudo nas zonas da Quinta da Beloura, Sintra, Cascais e Lisboa, sendo a compra de apartamentos a área de maior procura. “A zona da Quinta da Beloura é o nosso grande mercado. Temos muitos clientes que procuram apartamentos e também algumas moradias. Notamos que as pessoas compram mais do que arrendam, embora o arrendamento continue a ter muita procura. Neste momento, defrontamo-nos
com um problema. Já temos uma carteira de clientes compradores tão grande, que precisamos encontrar imóveis específicos a pensar neles. São clientes com boa capacidade financeira, que em quase 100 por cento dos casos compram imóveis a pronto pagamento. Isto tem-nos permitido fechar negócios em tempo record. É muito importante que as pessoas confiem em nós e no nosso trabalho. Precisamos de alargar a nossa carteira de imóveis. Isso é a nossa grande prioridade neste momento”, admite a proprietária. Focada em continuar um percurso que já há alguns anos havia imaginado, Ana Morgado sente-se orgulhosa do que já alcançou, consciente do que ainda é preciso fazer para continuar em progressão. “Comecei sozinha e criei a marca. Posicionei-me, comecei a trabalhar e, um ano depois, já somos quatro. Estamos muito orgulhosos do nosso percurso. Ainda assim, na tentativa de dar sustentabilidade ao futuro do negócio, vamos abrir a nossa primeira loja até ao final deste ano e estamos a desenvolver novas parcerias com outros países como China, França, Luxemburgo, Estados Unidos e Itália, para captar investimento estrangeiro. Por isso reforço, que é muito importante para nós fazer crescer a carteira de imóveis para dar capacidade de resposta. Isso agora é fundamental”, conclui Ana Morgado.
restaurante o abraço | sintra, uma vila singular
Restaurante ‘O Abraço’ reabre com nova gerência
Mário Lavrador Proprietário
Mário Lavrador é o atual proprietário do restaurante O Abraço, localizado na Quinta da Beloura, em Sintra. Em conversa com a nossa revista, o empresário apresentou-nos o novo conceito deste restaurante que reabriu ao público no passado mês de junho.
“Vi neste restaurante uma oportunidade de negócio”. Foi assim que Mário Lavrador justificou o investimento e a decisão de ficar à frente deste estabelecimento. O facto de se encontrar numa zona habitacional rodeada por uma forte componente empresarial foi também decisivo neste investimento: “Até agora faço um balanço positivo, temos crescido consistentemente e os clientes têm gostado mais desta nova faceta d’O Abraço”, acrescentou.
Menu diferenciador Neste restaurante pretende aliar-se a cozinha típica tradicional portuguesa às novas inspirações contemporâneas. Esta união resulta num menu diversificado que promete agradar a toda a família, desde os pais aos filhos. Contam-se, então, os seguintes exemplos: a raia com risoto de berbigão, o bacalhau confitado com açorda de tomate, a carne maturada, os bifes tradicionais, os hambúrgueres de carne selecionada e as pizzas. Nas entradas salienta-se o tártaro de salmão e nas sobremesas o tiramisu, a panacota de poejo e a mousse de chocolate e laranja que fazem as delícias dos mais variados paladares. E como uma boa refeição fica ainda melhor regada com um bom vinho, o restaurante O Abraço possui um portfolio com mais de 30 referências de marcas de vinho nacionais, de norte a sul do país, por forma a agradar a todos os visitantes do espaço. “A ideia é ser um restaurante familiar onde todos se sintam o mais à-vontade possível”, afirmou o nosso entrevistado. Com duas salas e cerca de 100 lugares (sem contar com a esplanada), este restaurante conta com uma decoração que se distingue pelo “toque moderno e requintado” das instalações envidraçadas com vista para o lago. Este é, portanto, o local adequado para uma refeição descontraída e prazerosa, num ambiente familiar relaxante. A equipa constituída por sete funcionários confere ao espaço um serviço requintado e afável onde se procura ter “em cada cliente, um amigo”, garantiu Mário Lavrador. O próprio administrador confidenciou à nossa revista fazer questão de cumprimentar todos os clientes que frequentam o seu estabelecimento, por forma a criar uma maior proximidade com eles, fazendo com que eles se sintam bem-recebidos na sua casa. No entanto, e apesar de a restauração estar a viver uma “boa fase” devido ao turismo, o nosso interlocutor abordou a “falta de mão de obra qualificada” como o principal constrangimento do setor e com o qual se depara no exercício da atividade deste restaurante. “As pessoas com formação começam a ser escassas e penso que não se tem apostado muito na formação na área da hotelaria, pelo menos não tanto quanto se devia”, lamentou o empresário. O restaurante O Abraço possui estacionamento e, ao domingo, serviço buffet de cozido à portuguesa por forma a reunir as famílias à mesa, como manda a tradição. Por fim ficou o convite: “venham conhecer O Abraço, vão ficar satisfeitos. É um espaço muito recatado onde se pode fazer uma ótima refeição, sempre com enorme qualidade nos produtos selecionados”, rematou.
sintra, uma vila singular| isabel garcia cerâmicas
A arte em qualquer detalhe de cerâmica Isabel Garcia é daquelas pessoas a que a sorte sorriu depois de acreditar que com trabalho árduo podemos alcançar os objetivos de vida. Com um negócio de cerâmica com o mesmo nome, Isabel Garcia Lda., já levou a sua arte criativa além-fronteiras.
Com uma grande experiência, com 72 anos, Isabel Garcia começa por dizer que o seu negócio da cerâmica “é arte, o amor é isto, isto é a minha menina”. E assim foi desde sempre. A história do seu primeiro contacto com este mundo começou por acaso. Mas não foi um acaso qualquer. Conta que era ainda adolescente quando estava a tirar um curso e começou a pensar em arranjar algo para ganhar os seus primeiros trocos. Encontrou um anúncio que lhe despertou à atenção e decidiu arriscar. “A primeira prova que fiz foi um azulejo e um potezinho de farmácia pequeno”. Uma prova que deixara qualquer pessoa de boca aberta. Acabou por cativar com a sua delicadeza com a arte e assim começou a sua vida que escolheu. A vontade de crescer acompanha a empresária desde o início e por isso sentiu necessidade de criar o seu próprio negócio na área. O marido, com um espírito empreendedor, sempre a apoiou neste projeto que nasceu com o seu nome: Isabel Garcia Lda. A empresa localiza-se na freguesia da Terrugem, em Sintra, uma localidade pacata, mas estrategicamente localizada. Perto da grande metrópole Lisboa, que permite um fácil acesso a qualquer parte do país, garantindo rapidez nos trabalhos e no contacto com os clientes. Na sua oficina podemos encontrar produtos que destacam o vintage português – sendo que vintage significa algo clássico, antigo e de excelente qualidade. O que tem de diferente para oferecer, para além da boa disposição
118 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
isabel garcia cerâmicas | sintra, uma vila singular
dos trabalhadores, é o cuidado de toda a produção, sendo um processo com princípio, meio e fim. Podem criar de raiz um projeto o até mesmo restaurar (“recriar o que já existe”, explica). Desenvolve que “eu consigo captar o que os clientes pretendem, faço um esboço que envio, faço um orçamento e caso ande para a frente, elaboro um novo esboço mais pormenorizado”. O trabalho é tão reconhecido que os clientes acabam por regressar para outros trabalhos, ou até mesmo enviando amigos e
é a seriedade e a disponibilidade para todos os clientes, um aspeto que o Isabel Garcia considera muito importante para se fazer um bom trabalho. O seu atendimento é personalizado onde a premissa é saber dar resposta de forma rápida à solicitação do cliente. Só assim é possível consolidar a
familiares. Cada cliente, para além de fiel, fica amigo da casa, pois sabe que fica com os seus elementos, a sua história, registos e desenhos aqui guardados. A atuar no mercado das artes cerâmicas desde 1982, a Isabel Garcia Lda. desde cedo se desmarcou por conseguir tornar cada cliente único. Atualmente, a empresa afirma-se no mercado cerâmico como uma marca resistente e sólida pelo serviço de qualidade, pela diferenciação dos projetos elaborados e pelo rigor na sua execução. Há a preocupação em oferecer um serviço de qualidade, sendo este um dos valores estratégicos para o crescimento do negócio. Nada mais importa do que continuar a trabalhar de forma séria e profissional, como tem sido desde o princípio. O que marca a diferença
sua identidade no mercado e conservar os clientes fidelizados. A evolução do seu negócio é tão grande que o seu último projeto foi para a Justa Nobre – um conceituado restaurante onde aplicou azulejo na parede e nos tampos da mesa. Mas conta com mais projetos notáveis como o da Casa de Filipe Brito, no Alentejo ou na Vila Vita, no Algarve, no Grande Hotel de Lagos e nos Jardins da Galé, também no Algarve. Na capital, as suas peças podem ser vistas no Palácio de Justiça do Amboim, no Estádio 1º de Maio, assim como em várias fachadas de edifícios, além das placas toponímicas no centro histórico de Sintra. Considerada uma marca de prestígio 100 por cento made in Portugal a sua aposta mais recente passa por alargar os horizontes do seu negócio à escala mundial. Aliás, já é possível encontrar as suas peças em Macau, Singapura, Islândia, Brasil e um pouco por toda a Europa. Como forma de rematar a conversa: “O azulejo está na moda? O azulejo fica bem em todos os detalhes.”
Av. 29 de Agosto, n.º38 2705-869 Terrugem - Sintra Telefone: 21 961 85 09 Telemóvel: 91 989 53 00 Fax: 21 961 97 40 Email: ceramicagarcia@sapo.pt facebook.com/ceramicaisabelgarcia
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 119
sintra, uma vila singular| century 21 medimaio
CENTURY 21: Sinónimo de confiança e qualidade A CENTURY 21 Medimaio, em Mem Martins - Sintra, tem vindo a constituir-se uma referência na dinamização e no desenvolvimento da região. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Paulo Martins, para conhecer o projeto que procura oferecer aos seus clientes um atendimento único, personalizado e com a capacidade de aconselhar e acompanhar todos os processos ligados às necessidades do mercado imobiliário.
Paulo Martins Sócio-gerente
Apaixonado pelo ramo imobiliário, Paulo Martins criou uma empresa, em Sintra, em 2001. Não começou neste setor, mas o seu anterior trabalho permitiu-lhe tomar o gosto pelo ramo por estar em constante contacto com gestores imobiliários. Com o seu forte espirito empreendedor optou por criar o seu próprio negócio, quando procurou conseguir uma boa estabilidade entre a vida pessoal e profissional. Mas só há nove anos, devido à forte crise que se verificou no país,
AF_rodapeMEDIMAIO.pdf
1
02/11/17
C
M
Y
CM
MY
CY
CMY
K
120 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
11:40
sentiu necessidade de estar acompanhado por uma rede e escolheu a marca CENTURY 21 Portugal. Para quem procura este tipo de negócio, pode contar com a confiança máxima de quem assume todo o processo assente numa estrutura bem preparada, com colaboradores com elevado nível de especialização, com formação permanente, que dispõem de todas as ferramentas essenciais para poderem responder, de forma imediata, às necessidades dos
clientes. Paulo Martins admite que a chave do sucesso são as pessoas, sendo esta a base da sua estratégia de negócio: “o nosso foco principal são as pessoas”. Há uma necessidade incontornável de ir ao encontro dos objetivos das pessoas que queiram não só vender, como também comprar imóveis. Pensar no cliente é pensar num compromisso. Para que isso aconteça, é fundamental conhecer o cliente, perceber as suas necessidades e expectativas e apresentar soluções eficazes, o que só é possível através de um acompanhamento, completo e constante, desde o primeiro momento. A análise do mercado de ativos imobiliários, de forma transparente e objetiva, no quadro legal em vigor, e o estabelecimento de uma relação de confiança com o cliente, assente em elevados padrões de competência é o maior fator de diferenciação da CENTURY 21 Medimaio. O crescimento da CENTURY 21 Medimaio em Sintra comprova o sucesso da estratégia de operação da marca, nesta região. Apesar do mercado imobiliário registar atualmente uma orientação crescente, é importante salientar que este sector apresenta uma dinâmica constante e, por isso, torna-se imperativo assegurar o acompanhamento e a antecipação das diversas tendências que se registam no mercado imobiliário desta zona. A proximidade da capital é um ponto fundamental e estratégico para o desenvolvimento do negócio da CENTURY 21 Medimaio, que se assume como um especialista no mercado imobiliário local na linha de Sintra.
VILA REAL E SABROSA Vila Real é uma cidade portuguesa situada na Região Norte e sub-região do Douro. Tem cerca de 30 000 habitantes e uma área de aproximadamente 377,1 km². A gastronomia é um ponto fundamental para quem visita a região, visto que os aromas, os cheiros e o sabor fazem parte da ementa de Vila Real. Para além dos vinhos regionais, a pastelaria tradicional com fabrico próprio faz as delícias de quem por ali passa. Desde as cristas de galo, a gancha, as covilhetes aos cavacórios, não há como escapar aos doces de fazer crescer água na boca. Mas não é só de gastronomia que a região é feita. O património cultural é de destacar e é por isso que no artesanato é de salientar a olaria negra de bisalhães, o ex libris da tradição secular. Já as feiras, festividades e monumentos são pontos de paragem obrigatória não só para os portugueses mas também para os turistas. Em Vila Real também há lugar para a cultura e ciência, como é o caso do Grémio Literário, Museu de Arqueologia e Numismática, Museu do Som e da Imagem e o emblemático teatro da cidade. Outra área de igual importância é a educação onde há um papel importante na intervenção social e no apoio à saúde através do banco de voluntariado e mentores para imigrantes. Para complementar Vila Real temos de abordar Sabrosa, conhecida como a Terra de Fernão Magalhães. É uma vila portuguesa no concelho do distrito de Vila Real, da Região Norte. Situada na margem direita do rio Douro e da antiga província de Trás-os-Montes e Alto Douro com 1202 habitantes, Sabrosa contempla locais que são património mundial pela Unesco, o Alto Douro Vinhateiro. Nesta região existem ainda artesãos que se dedicam permanentemente às rendas, cestaria, tamancaria, tanoaria, queijaria e marcenaria. Na ida a Sabrosa não se esqueça de petiscar a famosa bola de carne, os enchidos, o cabrito assado com arroz de forno e o pão-de-ló para sobremesa. Considerado o 11º maior distrito português, Vila Real promete continuar a apostar no desenvolvimento da região e prova disso são os artigos das empresas que mostramos nesta edição.
122 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
csp constantim| vila real e sabrosa
Uma Jornada de Fé e Espiritualidade na ajuda aos mais necessitados Padre Ricardo Pinto
São três as paróquias que o Padre Ricardo Pinto tem a seu cargo no distrito de Vila Real. É um trabalho difícil mas cujo foco de ajudar os que mais precisam serve de motivação constante. Constantim, Mateus e Arroios são as freguesias que movem os esforços da comunidade religiosa local.
Em Constantim os idosos são a prioridade, tendo sido desenvolvido um centro de dia que acolhe cerca de 101 pessoas que veem nessa instituição um escape à solidão. No centro têm à disposição um leque de atividades que os ocupam, conforme nos enumerou o Padre Ricardo. “Ao longo do dia, entre vários profissionais zelosos, devidamente orientados pela nossa diretora técnica, temos uma animadora social que vai aproveitando todas as datas possíveis para fazerem atividades lúdicas que estimulem os nossos idosos, como o magusto, a vivência dos tempos litúrgicos... tentar
devido a essa edificação, precisamos de sustentabilidade financeira. Temos algum mecenato mas não chega. Esperamos que o Estado possa comparticipar financeiramente”. Já na paróquia de Mateus, a obra social comporta mais valências, salientando a creche e os lares de idosos, que são algumas das mais-valias da freguesia. “Os lares são reconhecidos na região, é um privilégio
tirá-los do sofá é o mais importante.” Para além do centro de dia, há o apoio domiciliário que presta cuidados básicos aos mais débeis com enfermagem, higiene, o cuidar da estética, entre outros, bem como ajudas técnicas, de forma a assegurar um envelhecimento com qualidade, elevando a auto-estima e preservando sempre a dignidade. Mas as necessidades são muitas e a paróquia precisa de um espaço ainda maior, com melhores condições. Nesse sentido, o Pároco prevê a construção de um lar. “Estamos avaliar a sustentabilidade dessa obra mas o bom trabalho que tem vindo a ser feito não poderá ser posto em causa
ter cá idosos por tanto tempo, procurando assegurar sempre a qualidade”. Arroios é a paróquia mais pequena mas, mesmo sendo de pequenas dimensões, acarreta esforços maiores. Uma das preocupações do Padre Ricardo é tentar que não haja necessidades relativamente à falta de alimentação, pois há casos de pobreza envergonhada, pelo que a implementação do projeto Refood será uma mais-valia, assim como a ajuda do Banco Alimentar. Em Arroios está a cargo do centro social e cultural a distribuição de frutas e legumes às famílias. “É uma associação particular a quem a igreja confiou essa missão e tenta apoiar. Pouco a pouco vão crescendo”, refere o nosso interlocutor.
segunda casa para o Padre Ricardo Pinto. Com um percurso de sete anos como Capelão hospitalar, dar assistência espiritual e religiosa aos doentes e suas famílias é uma das suas principais missões. Mas desengane-se quem pensa que apenas os doentes e os seus familiares ususfruem deste serviço salvaguardado por Lei: também os funcionários hospitalares recorrem a esta incumbência, entre médicos, enfermeiros e auxiliares. “É um trabalho muito exigente. Deveremos ter muita atenção ao burn out dos profissionais de saúde e tentamos ajudá-los nesse sentido. Sofremos todos com a doença dos utentes e isso cria muito desgaste. Entendo que ser capelão é um privilégio, no sentido em que quando estou com um doente, tantas vezes imerso na solidão e rezo com ele, é toda a Igreja ali reunida que reza. Esta presença é importante. O Secretariado da Pastoral da Saúde que dirijo pretende alertar para a humanização hospitalar, no tratar da pessoa de forma holística e integral, na atenção e oração pelos profissionais de saúde, cuidadores e doentes na nossa região”. Neste percurso de dedicação aos idosos e doentes, o Padre Ricardo Pinto quis deixar uma mensagem a outra faixa etária, a todos os jovens, reiterando aos que procura acompanhar já há 15 anos, na Assistência Regional do CNE, na Região de Vila Real, para que se envolvam mais neste compromisso. “Estamos no mês das Missões, sejamos discípulos Missionários, como afirma
Uma vida dedicada aos outros Os hospitais do CHTMAD são já uma
o Papa Francisco, apelo a que os jovens sejam sempre alegres, dinâmicos e serviçais, levem a alegria do Evangelho pelo mundo fora, neste santo desgaste do dia a dia...um desgaste por amor a Cristo e aos mais frágeis”.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 123
vila real e sabrosa | fundação stº antónio
Servir quem já serviu, com amor, alegria e competência Com 76 anos de existência, foi na freguesia de Sabrosa, em Vila Real, que nasceu a Fundação Patrono de Stº António, uma associação de beneficência, educação, instrução e recreio para crianças, inicialmente apenas do sexo feminino. Mais tarde, já em 1989, uma nova presidência veio trazer novas valências a esta instituição, abrindo as portas também a crianças do sexo masculino e a idosos, num aproveitamento dos apoios que o Estado ia providenciando. E foi numa sala repleta de idosos que a Revista Business Portugal foi acolhida com um sorriso pelo Padre José Óscar Mourão, atual presidente da fundação e por Conceição Lapa, diretora técnica da mesma.
Padre José Óscar Mourão e Conceição Lapa Presidente e Diretora Técnica
Ambos fizeram questão de salientar o caminho que já foi percorrido até aos dias de hoje. “Esta foi a primeira instituição/fundação do concelho a prestar serviço de apoio domiciliário, e a única na vila com resposta de centro de dia. Acolhemos os idosos durante o dia e prestamos-lhes também apoio domiciliário, logo, a nossa atividade, neste momento, é sobretudo voltada para os idosos”. São 17 as pessoas que trabalham na Fundação Patrono de Stº António sob a missão “servir quem já serviu, com amor, alegria e competência, fazendo o bem, bem feito”. O foco é servir os mais idosos, relembrando que também eles já levaram uma longa vida de serviço aos outros. E as atividades propostas aos idosos são muito vastas, numa tentativa de evitar o isolamento e a solidão. “Os idosos desenvolvem muitas atividades, nomeadamente na área da psicomotricidade, atividades de estimulação cognitiva e sensorial. Tentamos que estejam todo o dia ocupados”. A instituição tem acordo de cooperação para de utentes em centro de dia, e atualmente
124 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
acolhem 20, que é a capacidade máxima desta resposta. “Muitos deles são da resposta de serviço de apoio domiciliário, mas não tendo retaguarda familiar durante o dia, passam-no aqui connosco. A maioria deles até são das aldeias vizinhas. Eles gostam de passar aqui o dia. Preferem isso a ficarem sozinhos”, afirma o pároco. O serviço de apoio domiciliário, sendo um dos mais requisitados, abrange variados serviços, designadamente a alimentação, higiene habitacional, tratamento de roupa, higiene pessoal, transporte e acompanhamento dos idosos a consultas médicas; administração de medicação, quando prescrita pelos médicos; aquisição de bens e géneros alimentícios, entre outros. O espaço físico encontra-se lotado e existe uma lista de espera para o centro de dia, tamanha é a procura. Apesar de ser uma fundação que ajuda várias pessoas do concelho, continuam a carecer de muito apoio, principalmente para algumas situações inesperadas que vão surgindo. “A autarquia colabora connosco no que pode, tanto em transporte para que os idosos possam sair da rotina, como com alguns subsídios que nos vão atribuindo. Estas casas vivem sempre muito no limite das suas capacidades porque vão surgindo com frequência situações de resolução a curto prazo, como por exemplo a compra de uma carrinha, avaria de uma máquina, necessidade de fazer obras, entre outras. Temos no concelho empresas pequenas, por isso por aí não temos tido muito apoio. Talvez os pequenos empresários, não estejam muito sensibilizados para contribuir para causas sociais”, lamenta Conceição Lapa, diretora técnica da fundação. Segundo o Padre José Mourão, “a sociedade civil devia ter mais carinho pelas suas instituições. Elas estão presentes há muito anos, a tratar dos familiares e amigos e, um dia, poderemos todos precisar delas”. Para além de algumas carências materiais, a instituição sente também na ‘pele’ os problemas de saúde que alguns dos idosos têm. “Neste momento, a realidade que temos é de pessoas com mais demências e mesmo que as tentemos estimular, pouco reagem. Tivemos que
fundação stº antónio| vila real e sabrosa porque deixam de ter condições para as respostas que oferecemos. No entanto, ainda não aprofundamos a ideia enquanto projeto, mesmo tendo alguma procura para esta resposta”. Atualmente, a primordial preocupação é conseguir manter a instituição para o futuro, a nível financeiro, manter a sustentabilidade, o que é complicado. “Temos o apoio do ISS, I.P., mais concretamente do Centro Distrital da Segurança Social de Vila Real, o que é muito pouco para as necessidades de hoje em dia. Queremos manter os postos de trabalho e trabalhar, de facto, com qualidade. Cada vez com mais qualidade. Chegar aos clientes com amor e carinho”. Na Fundação Patrono de Stº António é visível o carinho e apreço que a equipa de profissionais possui pelos mais idosos e tentam concretizar os desejos que ainda lhes restam. “Temos tentado aproveitar a sabedoria deles, no que diz respeito a cultura, histórias, saberes. Eles sentem-se úteis e gostam de partilhar aquilo que trazem da sua vida. Além disso, a maioria é católica e, aqui, também têm momentos de oração em conjunto, rezam o terço todos os dias”. Pormenores que fazem a diferença no conforto deste grupo sénior.
acabar com a nossa participação no torneio Boccia Sénior – Zona Douro, porque deixamos de ter equipa para participar, são necessárias seis pessoas, relativamente autónomas e neste momento não conseguimos participar em campeonatos. Mas vai-se jogando de vez em quando para estimulação e não com espirito de competição”. Quanto a ambições para o fututo, os nossos interlocutores não escondem o sonho de criarem uma ERPI - estrutura residencial para idosos, o que implicaria ter outro espaço fisico, elaborar uma candidatura para obter finaciamento, contar com apoio da autarquia e parcerias com outras instituições. Segundo os dois representantes da instituição, a procura que têm justificaria o investimento. “Uma ERPI está, efetivamente, a fazer falta. As que temos não dão resposta ao concelho. Enquanto instituição, sentimos essa necessidade uma vez que vamos perdendo clientes,
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 125
vila real e sabrosa | adega cooperativa de sabrosa
Um legado histórico que marca a diferença Em 1958, nascia no distrito de Vila Real, a Adega Cooperativa de Sabrosa, num percurso semelhante a tantas outras adegas do Douro: uma concentração de pequenos e médios lavradores que produziam o vinho em casa, nas suas próprias adegas e lagares, e o tentavam vender individualmente aos compradores.
José Gouveia Presidente
A união faz a força e a Adega foi ganhando escala de produção, dando a volta ao que era uma tendência da região, tornando-se num caso de sucesso, conforme nos indicou José Gouveia, Presidente da Adega Cooperativa de Sabrosa. “O Douro é por natureza uma região de minifúndios, onde 80 por cento dos nossos sócios têm duas ou três pipas. Sozinhos o que fariam com três pipas?! Quase que só daria para consumo interno. Conseguimos então juntar cerca de 60O Associados e atingimos quase dois milhões de litros, em anos normais”. Com os vinhos de mesa e o vinho do Porto a ocupar a maior produção da Adega, os prémios não se fizeram esperar. 2016 foi o ano em que tiveram o seu vinho mais premiado de sempre - o Fernão Magalhães branco DOC colheita 2015. Este foi considerado um dos melhores vinhos brancos daquele ano, ganhando a Grande Medalha de Ouro e mais de oito medalhas a nível internacional.
126 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Para José Gouveia, os prémios são um selo de qualidade: “é importante termos os vinhos destacados com prémios que certificam a qualidade dos mesmos. Sentimos um maior interesse do lado dos compradores quando veem uma medalha”. Aposta (ganha) no mercado brasileiro Foi numa feira de vinhos que se deu o contacto entre o mercado brasileiro e a Adega Cooperativa de Sabrosa, numa parceria que tem vindo a crescer de ano para ano. “Fomos procurados por um cliente brasileiro que gostou muito do nosso vinho e quis comercializá-lo lá. É um distribuidor grande que opera em várias zonas do Brasil e este ano, desde julho, já enviamos um contentor e já temos outro pronto para sair até ao final do ano. Cada contentor leva cerca de 16 mil garrafas e esperamos vir a aumentar esse envio no próximo ano,
adega cooperativa de sabrosa| vila real e sabrosa expedindo entre quatro a cinco contentores. Lá operamos mais com vinhos de mesa”. Adega em crescimento A entrada no mundo das exportações veio trazer a esta Adega uma solidez que a ajudou a dar o salto. Houve uma assumida aposta por parte da direção na qualidade dos vinhos produzidos, com a intenção de manter o estatuto e aumentar as vendas: “Um cliente custa muito a ganhar e pode-se perdê-lo no mês seguinte. O vinho, se não tiver uma qualidade constante, gera problemas e as adegas tinham esse exato problema: possuíam um lote muito bom mas o lote seguinte já não era bem igual. Nas exportações ouvia-se muito isso, que os primeiros vinhos eram bons mas que os vinhos seguintes nem tanto. Nós quisemos contrariar essa tendência e investimos nos quadros de enologia. Temos uma enóloga (Celeste Marques, engenheira) com uma vasta experiência, a qual integramos na direção e a partir daí começou a aumentar a qualidade dos nossos vinhos, que se mantêm com qualidade permanente, o que deixa o nosso cliente satisfeito e confiante no produto, ”conforme nos elucidou José Gouveia. Com a qualidade dos vinhos assegurada, as vendas cresceram e a procura intensificou-se, resultando num aumento dos lucros. “Queremos vender ao melhor preço possível para pagar melhor aos associados. Os lucros são para distribuir pelos cooperantes”. Navegação e Poesia numa aliança com os vinhos Conforme nos referiu o presidente, a Adega Cooperativa de Sabrosa tem no seu vinho Fernão de Magalhães um dos seus maiores trunfos. Um Porto de 10 anos, altamente premiado, que surgiu numa homenagem ao histórico navegador nascido em Sabrosa. “A nossa aposta fez-se também acompanhar pelo investimento do município na marca Fernão de Magalhães. Associaram-se às rotas Magalhânicas, uma rota organizada ao longo dos países onde o navegador passou, com a intenção de troca de saberes e sabores, e o nosso vinho, Porto 10 anos Fernão de Magalhães, é o vinho oficial das comemorações do V Centenário da 1.ª viagem de circum-navegação que decorrem de 2019 a 2021”. As celebrações dos 500 anos da viagem do navegador estão a aproximar-se e várias entidades vão associar-se a esta celebração. Surgiu assim a oportunidade de a Adega fazer um intercâmbio com outros países. “Vai ser algo importante para nós, estar associado a esta celebração. Fernão de Magalhães tem um nome muito forte e é adorado em alguns países, como as Filipinas, que o adoram como um Deus, pois foi ele que levou a igreja católica a alguns países da América do Sul, tendo mesmo estátuas dedicadas a ele”. Outro dos marcos da Adega Cooperativa de Sabrosa foi o facto de este vinho, Fernão de Magalhães, ter sido oferecido ao Papa Francisco pela própria rota Magalhânica, visto que o Vaticano também se associou a esta rota tendo em conta todo o legado cristão que Fernão de Magalhães deixou. Foi
também entregue ao diretor da NASA pelo simbolismo de Fernão de Magalhães ter demonstrado a esfericidade do planeta Terra. “Este vinho, com este nome, acabou por ser o nosso ex-libris e a nível de exportação resulta muito bem. É
Outro dos projetos passa pela internacionalização. Ir a feiras fora do país, a concursos, trazer à zona importadores e visitantes faz parte do trajeto traçado pela Adega. Mas numa zona tão virada para o turismo como a região
um nome que nos abre muitas portas,” anuiu José Gouveia. Mas as figuras históricas associadas ao vinho da Adega não se ficam pelo navegador português. Também o escritor e poeta Miguel Torga, filho da terra, foi homenageado através de uma edição especial. “Conseguimos, através da generosidade da filha, Clara Rocha, que se recorda de vir com o pai e o tio à Adega trazer as uvas da quinta ainda na sua meninice. Fizemos um ‘pack’ com uma caixa de madeira que é composta por um livro do autor e por uma garrafa do nosso Reserva Tinto 2012 Fernão de Magalhães. O rótulo da mesma tem desenhos alusivos ao livro, pintado por um outro artista da terra, Jorge Marinho. Foi posto à venda no natal passado e foi um sucesso, pelo que este ano faremos uma reedição. É um presente muito característico. Tentamos diferenciar-nos por aí, por aquilo que é intrínseco à terra. Acaba por atrair os amantes do enoturismo a Sabrosa fazendo alusão aos filhos da terra”.
demarcada do Douro, o investimento da Cooperativa não podia deixar de passar também pelo turismo: “estamos a recuperar uma parte antiga da Adega para iniciarmos a atividade dentro do enoturismo, com provas de vinho incluídas nas divisões mais tradicionais do espaço, onde os vinhos envelhecem. As adegas modernas são bonitas mas não têm essa essência e essa história, não têm aquele aspeto tradicional e histórico que considero fundamental”. Há também objetivos traçados pela direção da Adega Cooperativa de Sabrosa. Vender o mínimo possível a granel e o máximo possível engarrafado. “É o nosso objetivo principal, o de escoar stocks por nós mesmos, com a nossa imagem, e não a granel”, garante o presidente.
Projetos para o futuro A evolução faz parte dos genes desta Cooperativa e, por isso, os projetos para o futuro passam pela requalificação do material da Adega. Aquisição de prensas, de cubas e de material necessário para a produção vinícola, numa sofisticação do que já estava obsoleto. José Gouveia afirma que “a ideia é ir apostando na manutenção. Sabemos que este investimento vai retirar algum dinheiro aos sócios mas é algo que tem mesmo de ser feito pois a Adega não pode ficar obsoleta. Se não acompanharmos a evolução, não conseguimos atingir o ritmo das melhores Adegas e quintas da região”.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 127
SANTARÉM, UM DISTRITO COM HISTÓRIA
As teorias tardo-renascentistas que associam a fundação de Santarém ao nome do fundador mítico de Tartessos (o herói Habis) são inaceitáveis à luz dos conhecimentos atuais. A arqueologia demonstra-nos que a primeira “estrutura urbana” do povoado remonta ao Bronze final. Por outro lado, a importância de Santarém desde o século XII documenta-se por inúmeros privilégios que constam nos seus forais e reflete-se nos seus quinze mosteiros e cerca de quarenta ermidas, dois paços realengos e vários palácios e solares da melhor nobreza do reino, distribuídos pelas suas quinze paróquias urbanas. O seu número e relevância testemunham uma opulência artística e cultural sui generis à escala do território português, ombreando com importantes metrópoles europeias. Ao nível empresarial esta é uma cidade em franca expansão e com muito empreendedorismo. Os exemplos de negócios de sucesso e de pessoas inovadoras que estarão presentes nas páginas seguintes serão capazes de inspirar cada um dos nossos leitores. E se não for pelo negócio, vale pela beleza uma visita a Santarém!
128 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
casa lusitana| santarém, um distrito com história
muito mais do que uma mercearia gourmet Dos enchidos aos queijos, passando por fruta de produção biológica e vinhos, as prateleiras da Casa Lusitana enchemse dos melhores produtos da tradição ribatejana mas não só. É o conceito gourmet que inspira este, ainda recento espaço escalabitano.
João Cosme Administrador
Envolvida em fragrâncias de aromas e sabores, a Casa Lusitana apresentalhe não só um conjunto de produtos regionais e tradicionais de qualidade superior aos melhores preços como uma vasta gama de produtos frescos! Aos melhores produtos de charcutaria, acompanham-se os pães regionais caseiros e bolos, uma garrafeira bem cuidada onde estão presentes vinhos Ribatejanos diretamente dos produtores até à sua mesa, vinhos Alentejanos e Portuenses, os azeites e os vinagres, onde se juntam também os licores tentadores. Uma escolha variada e prazerosa onde todos os produtos são produzidos em Portugal e oriundos do Ribatejo. O atendimento é um encontro de bons amigos, onde o profissionalismo se adorna com a simpatia de uma boa conversa, de um prazer por conhecer e receber pessoas à procura dos melhores sabores.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 129
santarém, um distrito com história | casa viva
“O seu amigo que percebe de obras” O setor da construção imobiliária está a passar por alterações fundamentais, que acompanham o avançar dos tempos. Nuno Cristóvão gere um serviço inovador e único em Portugal nesta área sob o nome Casa Viva (franchising): mediação “pura e dura”, como o próprio afirma, entre o cliente e o empreiteiro.
Ou seja, o cliente chega-lhes via internet, por telefone ou até por referência. A equipa do engenheiro realiza um estudo de todo o projeto que se pretende desenvolver de forma imparcial, seja uma construção de raiz, uma reabilitação, um licenciamento, etc. De seguida, contactam várias empresas que produzem, fornecem os produtos ou os executam para levar avante o empreendimento pretendido. Para todos os efeitos, encarregam-se de toda a componente técnica, gestão, planeamento, estudo das várias possibilidades oferecidas por essas empresas, até que se encontra a melhor opção que corresponda ao desejado. “Quando o empreiteiro entra em obra já o dono da mesma tem tudo definido depois de várias reuniões”, explica Nuno Cristóvão. Após essa fase, e ao contrário do método de trabalho de algumas firmas concorrentes que existem no mercado, não entregam o cliente ao empreiteiro. Subcontratam as empresas que irão executar a obra e mantêm eles mesmos o controlo da obra, ao mesmo tempo que assumem o papel de direção técnica, o que assegura a qualidade do serviço e representa uma garantia durante e após a conclusão do empreendimento. “Assumo a responsabilidade do serviço acabado. Resolvo todos os eventuais problemas pósobra. Por exemplo, todas as reparações necessárias são asseguradas”. Se o nosso estimado leitor até agora não vê inovação no que aqui é feito permita-me continuar a argumentar, de certeza que já o verá. Eis um elemento surpreendente: o engenheiro e a sua equipa não cobram nada ao dono da obra por este trabalho, faturam às empresas que a realizam a angariação do serviço. Gerir estas empresas parceiras é das principais ocupações de Nuno Cristóvão. Desde canalizadores, a eletricistas, empreiteiros, e até projetistas, a carteira de parceiros é basta e multifacetada. A plataforma: fator diferenciador Esta tarefa de gerência é deveras facilitada por uma plataforma que reúne cerca de duas mil entidades inscritas. “Nós compilamos um mapa de trabalhos (tal como se de uma obra pública se tratasse) na nossa plataforma online, algo que nos distingue da concorrência. A nossa plataforma Nuno Cristóvão Administrador
130 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
casa viva| santarém, um distrito com história
permite fazer um mapa comparativo para que o cliente possa verificar entre as três ou quatro empresas que responderam ao pedido de serviço aquela que mais corresponde ao pretendido e realiza o serviço pelo preço mais acessível. As propostas estão, assim, organizadas”, expõe. Uma questão importante a salientar: “esse serviço técnico e especializado é gratuito, ou seja, faço orçamentos rápidos, sem compromisso e grátis. O cliente só fica a ganhar. Uma vez disse a um possível cliente que deve olhar para mim como ‘o seu amigo que percebe de obras’. Qualquer duvida pode perguntar-me”. Esta é uma ideia que atinge o seu pico de aceitação e bom funcionamento nos principais centros urbanos do país, Lisboa e Porto, porém está disponível em todo o Portugal. “O conceito Casa Viva tem facilidade em angariações, opera muito bem para gestão da obra desde a sua angariação, negociação e até ao início da sua produção. Como eu trabalhava nesta área anteriormente, agarrei a direção de obra para mim, porque a parte do entregar a obra ao engenheiro técnico não funciona fora dos grandes centros urbanos. Angario eu porque a plataforma facilita imenso a negociação com os empreiteiros”. De tal forma, tem corrido bem que neste momento têm algumas obras em lista de espera por falta de mão de obra, um problema real no mercado imobiliário português que surgiu pós-crise de 2008. Aliás, crise essa que deixou Nuno Cristóvão desempregado e a ponderar no rumo que deveria
tomar com a sua vida profissional. “A necessidade aguça o engenho”, faz denotar o engenheiro, “depois de calcular as várias hipóteses decidi agarrar neste conceito da Casa Viva e adaptá-lo ao meu jeito”, dando resposta a uma necessidade do mercado. Já opera há quatro exigentes anos. Foi complicado angariar uma carteira de empresas parceiras de confiança e eficazes, mas garante que o balanço é positivo e já se sente, de forma bastante notória, uma retoma no mercado imobiliário, o qual tem cada vez mais dinâmica e exige uma adaptação constante para fazer corresponder a oferta à procura. O empreendedor adquiriu à marca Casa Viva a exclusividade na área de Faro, Algarve. Em Santarém acaba por também a exercer. De futuro, Nuno Cristóvão espera ter uma organização mais eficiente deste empreendimento e manter a cota de mercado que já conquistou. Quatro marcas que se complementam “Um dos meus antigos colegas de faculdade fazia todos os licenciamentos que eu precisava e desta forma tinha imenso trabalho. Também ele me fornecia bastante trabalho de obra. Desta feita, decidimos criar uma marca onde juntamos as duas funções: mestres da Obra. O cliente explica o que pretende e nós tratamos de tudo até o entregar-lhe a chave, recorrendo à Casa Viva como plataforma, à Viva Build como produção e à Classe A+ como projetista e licenciamento. A Casa Viva faz todo o sentido como angariadora e facilitadora de questões técnicas, orçamentos e prestadores de serviços; a Viva Build enquanto unidade de produção; a Classe A+ nos licenciamentos. Este conceito vai manter-se regional salvo algumas exceções, porque ainda estamos a crescer e não temos capacidade para responder a toda a procura”, conclui Nuno Cristóvão.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 131
santarém, um distrito com história | consultório dentário cândida rainha
Cuide da sua saúde e sorria à vontade Um consultório bastante novo, mas uma experiência profissional de alguns anos. Cândida Rainha exerce medicina dentária em Abrantes, Santarém, e garante aos seus pacientes um bom serviço e cuidado pela saúde oral que merece.
Cândida Rainha Médica dentista
“A saúde oral dos portugueses ainda está muito aquém do desejável”: assim se inicia a nossa conversa com Cândida Rainha, médica dentária. A Revista Business Portugal quis expor este assunto, na esperança de mudar mentalidades. Esta é uma questão cultural, acredita a nossa entrevistada. O povo português não lhe dá o devido cuidado e importância, acabando por negligenciar esta componente da sua saúde, recordando-se dela apenas quando há uma urgência (como partir um dente) ou sente dor. Cândida Rainha esclarece que se deve consultar um dentista uma ou duas vezes por ano, mesmo não sentido qualquer tipo de sintoma. “Tem de existir o cuidado de prevenção”, afirmou, algo que evita problemas futuros ou pequenos incómodos que se podem tornar graves problemas. Antes prevenir do que remediar, não é assim?
132 REVISTA BUSINESS PORTUGAL
A saúde oral abrange muito mais do que se pensa: “Não havendo saúde oral podem estar comprometidos outros aspetos, temos que olhar para o corpo como um todo”, fez denotar a profissional de saúde, “podemos estar a prejudicar outras partes do nosso corpo, até a nível alimental ou a componente estética, por exemplo. Se não gostamos da nossa aparência, não nos mostramos felizes, escondemos um sorriso, isso afeta-nos a autoestima. Há consequências a nível físico e psicológico”. Questionada se seria por falta de informação que acontece este fenómeno, esclareceu-nos que “atualmente circula muita informação”, portanto não será por esse motivo. Ao longo dos anos, este panorama tem registado uma melhoria significativa que, no entanto, é inferior ao ideal. “Eu espero que daqui a 10 ou 20 anos o cenário seja bem melhor”,
afirma, reforçando, uma vez mais, o papel da prevenção e a importância de existirem “medidas” para a divulgar e consciencializar o público “para que exista uma mudança efetiva na saúde oral dos portugueses”. A medicina está, irrevogavelmente, interligada com a estética. A medicina dentária é uma das áreas onde esse tema é mais evidente. Acerca da possível tentação de um paciente dar preferência à componente estética em detrimento da saúde, Cândida Rainha expõe que “a pessoa tem o direito de estar informada, tem de existir, acima de tudo, bom senso e uma boa comunicação entre o médico e o paciente. A comunicação entre as duas partes é de extrema importância, para que se compreenda todas as vantagens e desvantagens entre um tratamento e outro, por exemplo. O paciente tem de sentir confiança no médico e o médico tem de sentir que tem confiança no paciente”. Em seguida, questionamos a nossa entrevistada do porquê de esta ter sido a sua eleição para percurso profissional: “O dentista foi sempre encarado como o bicho papão. Eu gosto de tratar as pessoas, gosto de sentir que faço a diferença, que saem daqui num estado melhor do que aquele com que entraram. Pretendo ir ao encontro do que o paciente procura. Não é suposto ter-se medo do dentista. Acho que encarei isso como um desafio, o de fazer a diferença”. Em relação ao futuro, a médica dentista generalista procura disponibilizar aos seus pacientes o serviço de ortodontia e implantologia, bem como providenciar uma resposta mais rápida às necessidades existentes. “O objetivo é crescer e conseguir angariar o máximo de valências, porque as pessoas precisam, isso implicará trabalhar com outros colegas e fazer face às necessidades da população”. Para concluir, uma palavra para quem tanto teme uma ida ao dentista: “Quem me conhece sabe que não precisa de ter medo. Costumo dizer que eu não mordo, os clientes é que me costumam morder a mim!”.
empresa | tema
O Douro Palace Hotel Resort & SPA está inserido na Quinta de S. João, em Santa Cruz do Douro, Baião, e apresenta-lhe um ambiente requintado e acolhedor, rodeado pelas ancestrais vinhas da região do Douro, classificadas como Património Mundial da Humanidade. Mantendo a traça original e histórica, permite a cada hóspede uma relação próxima com a natureza, espelhada nas águas serenas do Rio Douro… Os 60 quartos, todos com vistas panorâmicas sobre o rio, oferecem-lhe o conforto que necessita e a excelência que exige, proporcionando-lhe uma estadia memorável, seja em trabalho ou em lazer. Desfrute do ambiente descontraído do Restaurante Eça e de qualquer um dos Bares e aproveite para degustar a típica gastronomia local. Longe dos grandes centros urbanos, também o Douro Palace SPA sabe aliar a tranquilidade que nos rodeia à serenidade que procura. A pensar nos seus negócios ou naquele dia tão especial para si, estão ainda disponíveis 4 salas de eventos, flexíveis e adaptáveis a todos os seus desejos. Atentos a cada detalhe, a sua satisfação é a nossa motivação e o nosso principal objetivo. Lugar de Carrapatelo, Santa Cruz do Douro – 4640-423 BAIÃO Telefone: (+351) 254 880 000 – Fax: (+351) 254 880 008 E-mail Reservas: reservas@douropalace.com | E-mail Eventos: comercial@douropalace.com
REVISTA BUSINESS PORTUGAL 105