outubro, 2018
Timing: Recursos Humanos • Algarve • Direito • Municípios em Destaque
GRUPO LENITUDES - SAÚDE
SIMBIOSE ENTRE MEDICINA E TECNOLOGIA EM PROL DE UM TRATAMENTO DIFERENCIADOR Filipe Ribeiro e Ana Castro, ceo e diretora clínica
outubro, 2018
Timing: Recursos Humanos • Algarve • Direito • Municípios em Destaque
A DESCOBRIR A CASA, A TERRA, O RECANTO E O LUGAR IDEAL Direção
ÍNDICE
EDITORIAL
Outubro 2018
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A NOVA UNIDADE DE ENSAIOS CLÍNICOS DA JANSSEN
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44 EPSON Uma marca pioneira e inovadora
74 GRUPO FERRAMACHO “Somos uma empresa de liderança com um serviço centrado na qualidade”
46 FROMM Fabricantes e especialistas em embalagens
82 BRASFONE “A transformação digital começa nas pessoas”
EMPACK AND TRANSPORT & LOGISTICS
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MULHERES LÍDERES E EMPREENDEDORAS 64 UNIVERSIDADE DE ÉVORA “Preparamos os alunos para o mundo”
ALGARVE PARA LÁ DO VERÃO
84 TECFIMA “Queremos continuar assim, a crescer” 98 SOPURSAL Há mais de meio século a extrair o sal de Portugal
Portugal Criativo e a Imobiliária são os principais motes desta nova edição da Revista Business Portugal, a primeira desde o período de férias por excelência. A construção, reabilitação e a imobiliária complementam-se e ganham cada vez maior destaque no nosso país, muito pela procura de imóveis para segunda habitação em Portugal, com maior incidência nos grandes centros urbanos. É um facto inegável que Portugal está e estará na moda! Nesta edição damos ênfase à atividade que acontece nestes setores no norte de Portugal, ou não estivéssemos em Vila Nova de Gaia! Mas outros temas recheiam e completam esta sua edição de outubro. A equipa da Revista Business Portugal visitou algumas das maiores feiras nacionais… e não só! Rumamos até às Astúrias e visitamos a maior feira franca da Península Ibérica, que conta com a visita de muitos portugueses, mas também com stands de empresários nacionais que vingam e crescem além-fronteiras. O Algarve torna a figurar nas nossas páginas! Região do verão, por excelência, o sul do país é muito mais do que sol e mar. E é esse ‘mais’ que queremos que o leitor conheça, o tecido empresarial que é fulcral para o desenvolvimento e economia da região. Mas muito mais há para ler para edição de outubro da Revista Business Portugal. Do que está à espera?
FICHA TÉCNICA Propriedade: Guidetarget, Lda Diretor: Fernando Silva Direção Editorial: Diana Ferreira (diana.ferreira@revistabusinessportugal.pt) Direção Gráfica: Vanessa Martins (vanessa.martins@revistabusinessportugal.pt) Corpo Redatorial: Ana Miguel Lopes, Joana Gonçalves, Laura Azevedo, Sara Oliveira, Tânia Pacheco, Teresa Mata Outros Colaboradores: Cátia Tocha, Diana Barros, Joana Bárbara, Maria Inês Moreira Secretariado: Paula Assunção (paula@revistabusinessportugal.pt) Direção Comercial: José Moreira Dep. Comercial: António Matos, Fernando Lopes, Filipe Amorim, Isabel Brandão, Luís Pinto, Manuel Fernando, Manuela Nogueira, Paulo Padilha, Rui Moreira (geral@revistabusinessportugal.pt) Redação e Publicidade: Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15, 9ºandar, sala 9.4 4400-134 – Mafamude / +351 223 754 806 Distribuição: Distribuição gratuita com o jornal Público / Dec. regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Periodicidade: Mensal outubro 2018
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DESTAQUES 5 LENITUDES “Trabalhamos para recuperar a saúde” 10 HISTOCIT 20 anos na vanguarda da anatomia patológica 11 CORKBRANDS Nascida em Portugal e desenhada para o mundo 12 HS CONSULTING Monitorizar, Inovar e Modernizar 14 OPTIENG Engenharia de topo, serviço de proximidade 16 RC CONSTRUÇÕES Criatividade e Profissionalismo 18 PEDRO CONSTRUÇÕES A qualidade como ponto de referência 20 ANGORACIONAL Uma história de luta e de sucesso 22 CORETECH Reciclar - preservando o futuro 24 KITEVUC Líder na transformação de veículos de trabalho 26 QUINTA DO CORTIÇO Frescura e sabor à mesa
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PORTUGAL CRIATIVO SAÚDE E CONSTRUÇÃO Portugal é um dos países mais inovadores e criativos do mundo, e isso nota-se em todas as áreas de atividade. A saúde e a construção são duas áreas que estarão em destaque nesta edição. A construção é um dos setores que está novamente a ter um grande crescimento e as empresas de construção civil voltaram a apostar em grandes projetos, inovadores na arquitetura e engenharia aplicadas. O uso de novos materiais, muitos deles já ecológicos, permitem criar obras sustentáveis, modernas e demonstrativas da capacidade de criação e
construção dos empresários nacionais. A saúde é também um setor onde a inovação tecnológica, sobretudo, é constante. O processo evolutivo está em progressão contínua e muitas clínicas e espaços de saúde portugueses já contam com tecnologia de ponta, associada a uma equipa de profissionais altamente qualificada, para garantir um tratamento de qualidade a quem necessita dos seus serviços. Nesta edição, vai poder conhecer exemplos das realidades destes dois setores económicos.
JANSSEN PORTUGAL
“TRABALHAMOS PARA RECUPERAR A SAÚDE” A citação é de Filipe Ribeiro, Presidente da Comissão Executiva do grupo Lenitudes e responsável pela unidade Lenitudes Medical Center & Research. Em entrevista, revelou-nos como o grupo Lenitudes se diferencia pela conjugação dos vários especialistas médicos em torno do mesmo caso clínico, com a disponibilidade imediata de equipamentos médicos de elevada capacidade, e acesso a tratamentos inovadores.
F
undado há 11 anos, o grupo Lenitudes começou por se afirmar na área da radioterapia, vocacionada para tratamento oncológico. Rapidamente se compreendeu que o para o tratamento diferenciado e integrado do doente deveriam desenvolver competências ao nível do diagnóstico, nomeadamente ao nível da medicina molecular e da imagiologia. “Finalmente, realizamos um forte investimento na criação de raiz de uma unidade altamente diferenciada, onde se reúnem todas estas competências debaixo do mesmo teto”. Nascia, assim, a
Lenitudes Medical Center & Research, em Santa Maria da Feira. Na modernas instalações inauguradas em 2015, o grupo Lenitudes também dispõe de espaços para a realização de consultas médicas de diversas especialidades, e não apenas relacionadas com oncologia. Aliás, têm vindo a ser criados equipas multidisciplinares para dar resposta a problemas de saúde específicos, sob a forma de clínicas, como por exemplo as doenças neurodegenerativas, as doenças da cabeça e pescoço, da mama, próstata. A oferta de serviços para avaliar de forma precoce o risco familiar de desenvolvimento de determinadas patologias é também uma mais-valia e um aspeto diferenciador.
Serviço que distingue
Filipe Ribeiro, ceo
“A forma como prestamos o serviço é o que nos distingue”, assegura Filipe Ribeiro, referindo-se ao envolvimento com o paciente. “Temos o cuidado de informar devidamente o utente da sua situação e das suas opções de tratamento. Após este esclarecimento, são criadas condições para que
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LENITUDES
rapidamente possamos pôr o tratamento em prática e proporcionar ao doente e sua família toda a tranquilidade possível nestes momentos de maior fragilidade”. Este acompanhamento cuidado a qualquer utente é um elemento fundamental na prestação dos cuidados de saúde da Lenitudes, conjugados com o acesso a tecnologia avançada e fármacos inovadores, o que potencia resultados mais eficazes a nível de tratamento. “É isso que nós procuramos fazer: usar a tecnologia acompanhada de recursos humanos diferenciados, organizados como uma orquestra do conhecimento, que permitam obter os melhores resultados possíveis para a patologia de um determinado doente”, assim nos afirma o nosso interlocutor. Ainda com o objetivo primaz de dispo-
realizar os exames que permitem, de forma muito precoce identificar manifestações da doença, e fazemo-lo através da medicina molecular, torna-se mais fácil compreender a patologia e procurar respostas para atrasar
a sua evolução”. Assim, consultas regulares de check-up devem ser encaradas como uma experiência normal e positiva, por uma questão de prevenção. “O nosso organismo funciona como uma máquina quase perfeita e que exige atenção aos sinais que nos vai dando”. É uma questão de o escutar.
Conjugação de várias especialidades
nibilizar o melhor tratamento possível, o fator que muitas vezes é decisivo em situação de doença é o momento do diagnóstico. O diagnostico precoce pode fazer a diferença entre a vida e a morte. “Quanto mais cedo nós soubermos o que estamos a enfrentar, maior é o leque de possibilidades que temos para fazer face à situação de doença. Atualmente já conseguimos compreender, nas doenças neurodegenerativas e nas de foro oncológico, certos indicadores de doença antes da mesma se manifestar (sejam alterações milimétricas nos tecidos celulares ou biomarcadores genéticos, para procurar medir com elevada precisão, qual é a probabilidade de desenvolvimento dessa patologia). Portanto, se nós conseguirmos
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Qualquer resposta que seja dada a um problema é o resultado da simbiose entre várias especialidades médicas
Há uma certeza partilhada pelos especialistas que compõem o corpo clínico da Lenitudes: os bons resultados resultam de trabalho de equipa eficiente. Qualquer resposta que seja dada a um problema é o resultado da simbiose entre várias especialidades médicas, as quais, cada uma na sua área de atuação, contribuem para encontrar a solução para aquele caso clínico concreto. O mesmo acontece com outras instituições: são mantidas pontes de relacionamento com outros centros, nacionais e internacionais, e com sociedades internacionais de estudo e tratamento de determinadas patologias, nas quais os profissionais de saúde da Lenitudes estão envolvidos. “Procuramos que criem essa network de conhecimentos que lhes permitam ter acesso aos melhores especialistas para discussão de casos clínicos e, em conjunto, encontrar a melhor abordagem de tratamento”. Reconhecendo que o grupo tem capacidades tecnológicas que não estão facilmente à disposição de outros médicos (sejam do privado ou do público), a organização está a desenvolver uma rede colaborativa para disponibilizar a esses profissionais de saúde o seu conhecimento e os seus recursos tecnológicos. Desta
LENITUDES
forma, o médico da rede colaborativa pode recorrer ao parecer clínico e aos equipamentos da Lenitudes para qualquer tipo de diagnóstico ou tratamento, mesmo que a suspeita de patologia se revele infundada. Durante todo o processo, o médico gestor que originalmente acompanha o doente, continua a fazê-lo, e mantém o acompanhamento de proximidade após os tratamentos.
Consciência social Hoje, a Lenitudes é reconhecida como uma entidade preferencial pela ADSE, conta com uma relação próxima com a SAMS (Unidades Prestadoras de Cuidados de Saúde) e com diversos hospitais públicos e dispõe de acordos com praticamente todas as seguradoras nacionais. “Sendo o sentido da nossa existência facilitar o acesso a cuidados de serviços de saúde de excelência, considero que é necessário reforçar esta facilidade de acesso para consultas médicas de todas as especialidades, com o envolvimento do médico de proximidade do doente (que integramos na rede colaborativa). Depois, partir para a consulta multidisciplinar e para a realização de exames que permitam uma melhor identificação de qual é o problema de saúde daquele doente”, assim argumenta Filipe Ribeiro.
Corpo clínico de excelência A equipa que compõe o corpo clínico da Lenitudes Medical Center & Research (bem como a de todo o grupo) é extremamente competente e são indivíduos aos quais se reconhece méritos profissionais ainda antes de integrarem o grupo. Para além da excelência da sua própria equipa, Filipe Ribeiro assegura existir uma preocupação em criar redes de conhecimento fora das ‘quatro paredes’ da Lenitudes. Interessa integrar outros profissionais de saúde, independentemente da sua localização, para efeitos de discussão e análise de situações clínicas específicas para a chegada a uma decisão terapêutica mais ajustada. De igual modo, “porque temos esta tranquilidade de entendermos que não estamos em concorrência com ninguém, estamos sim a trabalhar para garantir um nível de prestação de cuidados de excelência, ter também abertura para que os médicos assistentes que estão próximo do doente tenham acesso a esta rede de discussão de
Ana Castro, diretora clínica
casos”, acrescenta, garantindo existir um “efeito positivo para todos os envolvidos, culminando num melhor resultado, principalmente para o doente”.
O futuro: divulgação e crescimento Os planos do futuro do grupo Lenitudes passam por uma maior perceção pública das competências desta unidade de saúde nas áreas hospitalares, as quais já são reconhecidas por profissionais especialistas e reforçar a rede de networking com outros profissionais da área. Para além disso, há a pretensão de desenvolver setores que ainda não constam da lista de especialidades da Lenitudes, talvez através da captação de equipas médicas de reconhecido mérito nessas áreas. “Diria, ainda, que há alguma margem no alargamento da nossa presença geográfica”, considera Filipe Ribeiro, “mas um passo de cada vez. A nossa aposta no imediato será dar seguimento à evolução desta unidade clínica de Santa Maria da Feira, que abriu portas em finais de 2015”, finaliza.
O parecer de Ana Castro, diretora clínica Ana Castro é médica oncologista, diretora clínica da Lenitudes e membro da direção da Sociedade Europeia de Cancro de Cabeça e Pescoço, sua área de especialidade. Tem muitas responsabilidades a nível internacional e viaja com frequência para vários países do mundo inteiro para dar palestras, cursos, reuniões científicas, entre outros compromissos. Põe, efetivamente, em prática a rede de contactos de que nos
“A capacidade de diagnóstico e tratamento disponibilizados pela Lenitudes são realmente diferenciadores” falava Filipe Ribeiro. Por entre consultas médicas, concedeu-nos algum tempo de entrevista, no qual nos explicou que escolheu a especialidade de oncologia cabeça e pescoço porque “são os doentes mais difíceis. É um desafio muito grande, são doentes com comportamentos de risco – consumo de álcool e tabaco. Fazê-los abandonar esses hábitos é muito diferente de simplesmente lhes dar o tratamento”, admite Ana Castro. Para além disso, na altura em que iniciou o seu percurso profissional, existiam muito poucas opções de tratamento. Atualmente, já há mais alternativas. Mais tarde, tornou-se possível a realização de algumas combinações de medicamentos existentes, os quais começaram a dar muito bons resultados. “Na realidade, os meus resultados eram muito acima dos registados por colegas de
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LENITUDES
mos diagnosticar e estadiar a doença oncológica em 24 a 48 horas. Este é o nosso mote e o que nos move diariamente, ou seja, o doente chega com a suspeita de uma patologia e dentro desse período de tempo realiza todos os exames, sempre com elevados padrões de qualidade”. Este curto espaço temporal evita a ansiedade causada pelo ‘não-saber’. A decisão de tratamento da doença oncológica é tomada por um conjunto de profissionais. “A capacidade de diagnóstico e tratamento disponibilizados pela Lenitudes são realmente diferenciadores”, considera, seja pelos recursos humanos que praticam uma política de proximidade e conjugam as diversas especialidades médicas, seja pelos equipamentos tecnológicos de que dispõe. Nestes meses de trabalho para o grupo Lenitudes, Ana Castro faz um balanço bastante positivo e revela ainda estar “numa fase de crescimento do projeto clínico”, para o qual tem grandes expectativas. “Espero crescer muito mais e podermos ajudar muito mais gente, estabelecendo uma relação de confiança e proximidade e, pelo menos, ter mais esperança dentro da doença oncológica”, conclui.
outros países da Europa. Nós tínhamos taxas de sobrevivência nos doentes de patologia em estado já avançado superior à média”, esclareceu-nos a diretora clínica. Acrescentando, ainda, que os resultados foram em função de um esforço conjunto, que passou pelo tratamento de quimioterapia, por uma nutrição cuidada, por um assistente social e pela família do doente, a qual representa um fator importantíssimo, bem como um estilo de vida ativo. Até novembro do ano passado, a diretora clínica trabalhava no setor público. Aceitou incorporar o projeto Lenitudes com um objetivo muito claro: “fazer a diferença. Uma das coisas que nos comprometemos, como equipa e em todas as áreas, é poderRua Prof. Doutor Serafim Pinto Guimarães, nº 222 4520-103 ESPARGO | STA. MARIA DA FEIRA Tlf.: 227 660 750 | 800 256 256 geral@lenitudesmedicalcenter.pt www.lenitudesmedicalcenter.pt
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O Grupo Lenitudes é composto por diversas unidades, a começar pela Lenitudes S.G.P.S., S.A., com sede em Lisboa. Para além do Lenitudes Medical Center & Research, em Santa Maria da Feira, que a Revista Business Portugal visitou, o grupo administra uma unidade de radioterapia localizada em Évora – LeniCare – dentro do Hospital Espírito Santo de Évora, a HPP Medicina Molecular no Porto, situada no Hospital Lusíadas, uma unidade de medicina molecular em Braga – Laboratório de Medicina Nuclear e, ainda, a RIME, unidade de imagiologia no Porto, a qual tem uma extensão em Sever do Vouga.
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HISTOCIT
HISTOCIT 20 ANOS NA VANGUARDA DA ANATOMIA PATOLÓGICA
Fortunato Vieira, diretor
A
Dr. Fortunato Vieira é médico Anatomopatologista, proprietário e diretor técnico do Laboratório Histocit, um laboratório reconhecido pela qualidade do serviço que presta. A Revista Business Portugal foi perceber o que o distingue dos restantes prestadores de serviços de anatomia patológica.
presente-nos o Laboratório Histocit. O laboratório Histocit nasceu na cidade de Guimarães. O projeto colocou em prática um serviço com respostas rápidas, de grande proximidade com os médicos e de busca contínua da qualidade, da satisfação do seu cliente e da inovação, princípios que manteve como basilares. Em 2006, por motivos de ordem logística e de necessidade de maior espaço, mudou-se para novas instalações, na Trofa, onde se mantem desde então. De que forma este laboratório é uma referência? A atividade de um laboratório de Anatomia Patológica não se esgota na emissão de um relatório médico, que deve ser completo, claro, de fácil leitura e que responda às questões levantadas pelos médicos requisitantes, nas vertentes do diagnóstico, orientação terapêutica e prognóstico. O valor do serviço que prestamos demonstra-se na confiança que os nossos clientes sentem nos nossos serviços. Os recursos humanos são o pilar fundamental de qualquer empresa. Como descreveria a vossa equipa de colaboradores? Um laboratório de Anatomia Patológica está muito centrado no médico anatomopatologista e necessita de um grande empenho, dedicação e um conhecimento amplo nas diversas especialidades médicas, para que, com a assertividade precisa e imprescindível seja feito o diagnóstico. Obviamente um laboratório de anatomia também não vive só dos anatomopatologistas. Este só consegue um bom trabalho e um bom resultado se
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estiver ancorado numa boa equipa. Aqui existe uma equipa em que todos remam no mesmo sentido.
Considera o tempo de entrega de resultados um fator crucial? Essa é uma preocupação permanente do laboratório. Existem muitos fatores influenciadores da rapidez de reposta, alguns controláveis, como o empenho e profissionalismo dos nossos colaboradores, e outros que não dependem da nossa vontade.
patamares, por vezes até de forma intencional por alguns dos intervenientes, o cidadão ou as empresas não chegam a usufruir do que deveria ser um direito. O direito deveria bater-nos à porta tal como bate o dever. Preocupante é igualmente a discrepante igualdade de oportunidades. Porque será que o utente do SNS ou da ADSE não pode escolher livremente o laboratório de Anatomia Patológica para realização dos seus exames? Ou, por outras palavras porque será que um laboratório que cumpre todos os requisitos legais exigidos para o seu funcionamento, não é considerado para prestar serviços aos utentes do SNS ou da ADSE? Porque será que as amostras para análise de anatomia patológica só podem ser analisadas em determinados laboratórios, quando existem outros também capazes e suficientemente apetrechados? Outro aspeto curioso e inexplicável é a existência de variadíssimas instituições de saúde privadas, onde não existe nem laboratório de Anatomia Patológica nem médico anatomopatologista, e que são detentoras de acordos de prestação de serviços de anatomia patológica para diversos subsistemas de saúde.
O setor da saúde é um tema sempre atual entre as entidades políticas que governam o país. Considera que a legislação é favorável à prática da vossa atividade? Em termos gerais pode-se dizer que vivemos num país de deveres e oportunidades e não direitos. Repare-se que se a informação não for transmitida adequadamente ou se ficar retida em determinados
Que balanço faz destes 20 anos e quais as perspetivas futuras? Foram duas décadas de empenho absoluto e trabalho árduo. Continuamos empenhados, em busca de novas vitórias e com vontade de mostrar que somos capazes, inovadores, acreditamos nos jovens e estamos disponíveis para agarrar novas oportunidades.
No que se refere às tecnologias que integram um laboratório, como se caracteriza o Laboratório Histocit? O laboratório Histocit sempre apostou em equipamentos de última geração. Consciente da insuficiência de médicos anatomopatologistas, o laboratório Histocit foi pioneiro na adesão à patologia digital, em parceria com a empresa Pixeloscópio, resolvendo desde há quatro anos, todos os casos de histopatologia com recurso a esta tecnologia inovadora, que permite encurtar distâncias entre médicos anatomopatologistas e entre o médico anatomopatologista e o laboratório onde as amostras são preparadas.
CORKBRAND
NASCIDA EM PORTUGAL E DESENHADA PARA O MUNDO
A
João Pereira Alexandre, fundador
Corkbrand já nasceu vocacionada para o mundo. Em 2011, quando foi fundada, o mercado nacional atravessava uma profunda crise, pelo que a preocupação da empresa foi encontrar uma estratégia para trabalhar de Portugal para o mundo. “O nosso grande objetivo passou por conquistar a confiança de diretores de marketing portugueses, que estivessem espalhados pelo mundo em busca de um parceiro 100 por cento português que os fizessem voltar a casa. Através da marca CORK, conseguimos criar uma ligação rápida com Portugal, principalmente com profissionais especializados que foram obrigados a emigrar e que viam em nós o parceiro certo”,explica o fundador João Pereira Alexandre. Trabalhar com a Corkbrand não significa que exista a necessidade de proximidade física com o cliente para fazer o trabalho funcionar. “Estamos à distância de um clique. Colaboramos com empresas de mais de 16 nacionalidades e estamos aptos para criar relações fortes através desta nossa prática. Adaptamo-nos a culturas diferentes, mercados distintos e diferentes expectativas por parte dos nossos clientes. Afinal, We Speak Portuguese”.
A Corkbrand foi fundada em 2011, em plena época de crise em Portugal, começando com uma estratégia para contactar empresas em países onde a presença portuguesa fosse elevada. Os países de expressão portuguesa como Angola e Brasil estavam em crescimento e a Corkbrand apostou fortemente na captação de novos clientes. Em 2015 aconteceu um importante reposicionamento estratégico da empresa que obrigou a um novo começo, desta vez em Portugal. A queda do mercado angolano obrigou a Corkbrand a reavaliar o seu posicionamento no mercado. “Em 2015, surge a crise económica de Angola e a marca teve que se reinventar e adaptar à realidade portuguesa. Percebemos que só podíamos fazê-lo através da especialização num determinado setor e, dado que tínhamos um cliente na área imobiliária, foi essa a nossa grande aposta”. A Corkbrand entrou lentamente no mercado português através da colaboração com multinacionais como Manutan e Elefante Azul, mas agora é a responsável por projetos de marketing, comunicação e gestão de marca de mais de 50 empresas no setor imobiliário. “Tivemos de começar do zero com a colaboração estratégica de marcas, mas hoje sentimos que o nosso caminho passa pela especialização. Após a oportunidade de colaborar com marcas como Keller Williams e Remax percebemos que poderiamos ajudar os nossos clientes imobiliários a alcançar os seus resultados através de um plano de marketing estruturado”. A Corkbrand está dividida em seis áreas de negócio, e sediada em Lisboa e Porto. “Começámos com serviços de criatividade e marketing, passando pelo universo digital, a tradução, fotografia, vídeo, eventos e produção de materiais. Oferecemos um projeto chave na mão, para que existe coerência e rapidez num processo que poderá ser difícil de gerir”. O objetivo da Corkbrand é continuar a crescer no mercado internacional e alargar os setores em que trabalha. Em Portugal, são especialistas em imobiliário e garantem continuar a colaborar com os três níveis do imobiliário: consultores, agências e master franchisers de redes imobiliárias.
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HS CONSULTING
MONITORIZAR, INOVAR E MODERNIZAR A engenharia sempre foi a sua paixão e o desenvolvimento de sistemas Structural Health Monitoring aplicados à saúde das infraestruturas de Engenharia Civil levaram-no a criar a HS Consulting. Especialista reconhecido internacionalmente nesta área, Helder Sousa, viaja pelo mundo para nos apresentar, na primeira pessoa, a sua visão as vantagens deste sistema de monitorização num contexto sócio-económico e cultural.
Dr Helder Sousa, é consultor independen-
Entrevista a Helder Sousa, HS Consulting
te a nível internacional na área de Structural Health Monitoring aplicado a infraestruturas de Engenharia Civil. Professor convidado na Universidade de Surrey, Londres, Reino Unido, desde 2013, ele tem participado e contribuído para a renovação e inovação do ensino na área do comportamento estrutural de pontes e viadutos, através de técnicas ligadas a Structural Health Monitoring. Com mais de 15 anos de experiência, o seu vasto currículo é reconhecido a nível mundial, estando atualmente muito ativo com os seus pares Europeus na discussão e quantificação do valor das técnicas Structural Health Monitoring aplicadas a infraestruturas de Engenharia Civil. O objetivo é atingir maiores níveis de eficiência e uma abordagem moderna e inteligente na gestão e manutenção dessas infraestruturas
A
HS Consulting foi criada com que objetivos e qual o seu core business? Em primeiro lugar, gostaria de expressar o meu agradecimento pelo convite para partilhar a minha experiência, opinião e visão numa área – Structural Health Monitoring – que é seguramente uma via de futuro para uma maior eficiência de processos na garantia da integridade de infraestruturas de Engenharia Civil. De há 15 anos para cá, tenho desenvolvido e implementado, num contexto internacional, técnicas SHM direcionadas ao apoio na manutenção e gestão de pontes e viadutos. Em tudo similar à área da saúde, a HS Consulting surgiu de uma necessidade de mercado, nomeadamente em apoiar pacientes (i.e., os donos de obra) na implementação de novas técnicas de prevenção (i.e., abordagem pró-ativa) em detrimento do tratamento da doença (i.e., abordagem reativa).
tão cruciais e vitais para a sociedade em geral.
e-mail: h.sousa@hs-consulting.pt tel. +351 220947818
Da sua resposta, a área Structural Health Monitoring (SHM) parece de todo claramente vantajosa para a economia, segurança das infraestruturas de Engenharia Civil e bem-estar social. As entidades competentes compreendem o conceito, aplicabilidade e vantagens deste sistema de monitorização? Desde o início deste século, a área SHM tem sido progressivamente explorada e aplicada em estruturas de Engenharia Civil, ainda que de um modo experimental e pontual do meu ponto de vista. Nomeadamente, isto tem sido feito através de projetos de investigação liderados por universidades / institutos de investigação. Deste modo, a efetiva integração dos sistemas SHM nos procedimentos internos das entidades responsáveis pela gestão e manutenção destas infraestruturas é o grande desafio do momento, na minha opinião. É minha perceção que as entidades competentes estão cientes do conceito e aplicabilidade (porque permitem a utilização das suas estruturas neste tipo de projetos), ainda que as vantagens, e apesar de no conceito serem evidentes (i.e., potencia uma abordagem proatividade e mais eficiente), não estejam a ser claramente demonstradas às entidades, na minha opinião. Quais, no seu entender, são os principais entraves encontrados quanto à aceitação e efetiva na utilização deste sistema por parte das entidades competentes,
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HS CONSULTING
ou como diz, o que está a dificultar a identificação das vantagens subjacentes? Parece-me sensato que num contexto em que se lida com entidades responsáveis pela gestão e manutenção de infraestrutura tão cruciais e vitais para a sociedade em geral como são as de Engenharia Civil (p. ex. infraestruturas ferro/rodoviárias), ser imperativo, formular o problema, também, da perspetiva destas entidades. Da minha experiência, é preciso trabalhar mais nessa direção, em complemento aos aspetos subjacentes do ponto de
É fundamental para a Europa obter, a médio/ longo-prazo uma infraestrutura de obras de Engenharia Civil mais moderna e dotada de sistemas proativos e inteligentes que permitam um apoio mais eficiente no processo decisório a nível económico, de segurança e bemestar social
vista científico (p. ex. novos sensores, novos métodos, etc.). Uma visão mais holística – harmonizando o progresso da ciência com as necessidades efetivas de mercado – é fundamental para uma infraestrutura mais moderna e dotada de sistemas proativos e inteligentes que permitam um apoio a uma melhor decisão a nível económico, segurança e bem-estar social, como referiu na sua pergunta anterior. Com base na sua experiência internacional ao longo destes 15 anos, entende que Portugal deveria ser pioneiro na utilização deste sistema SHM e ser projetado como exemplo, tal como o é na construção e manutenção de infraestruturas aéreas? De facto, devo salientar que Portugal tem estado na linha da frente a nível Europeu, e mundial até, não só em termos de investigação científica, mas também na exploração efetiva destas técnicas SHM na economia real. Mais especificamente, Portugal lidera neste momento o Comité de Inovação do maior movimento Europeu na área SHM aplicado a infraestruturas de Engenharia Civil, nomeadamente a ação COST TU1402 – Quantifying the Value of Structural Health Monitoring. Ao longo dos últimos 4 anos, Portugal tem sido pioneiro em sensibilizar os seus pares internacionais para a necessidade de uma melhor e mais efetiva comunicação com a audiência que, numa primeira instância, mais poderá beneficiar – os responsáveis pela gestão e manutenção de infraestruturas de Engenharia Civil. Não estou a dizer que esta consciência não esteja em todos nós, está na minha opinião. Mas uma coisa é ter consciência, outra coisa é passar à prática. Realizar-se-á, em março de 2019, em Guimarães, um congresso que irá abordar também esta temática. Seria possível detalhar um pouco mais este evento com os nossos leitores, salientando nomeadamente a sua importância e objetivos? Sim, trata-se de um evento organizado pela IABSE – the International Association for Bridge and Structural Engineering e a Universidade do Minho, na qual haverá uma sessão especial intitulada Why invest in SHM of Civil Engineering infrastructures?. Trata-se de uma sessão pensada e desenhada com o intuito de explicar, numa linguagem acessível e prática (i.e., com base em custos monetários) qual o benefício na utilização de técnicas SHM aplicadas a obras de Engenharia Civil. Mais especificamente, uma série de casos de estudo (p. ex. pontes, torres eólicas) de diferentes países da Europa serão apresentados onde os seus autores irão explicar e justificar quando é que se torna útil, ou não, a implementação destas técnicas SHM. Talvez de interesse particular para as entidades responsáveis, será a apresentação que será feita da recomendação técnica TU1402 - On the value of SHM applied on Civil Engineering structures. O objectivo deste documento, é demonstrar, às entidades envolvidas, a mais valia na utilização das técnicas SHM no planeamento e gestão das infraestruturas de Engenharia Civil. Mais uma vez saliento, Portugal está no grupo da frente, estando a liderar este movimento inovador a nível internacional. Para mais detalhes, terei todo o prazer em continuar esta conversa com os vossos leitores via e-mail e/ou telefone.
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OPTIENG
ENGENHARIA DE TOPO, SERVIÇO DE PROXIMIDADE João Lobato, diretor geral
seu registo de vendas sofreu um decrescimento considerável. Assim, chegou a um acordo amigável de rescisão com a empresa empregadora e viu-se no desemprego com pouco mais de 50 anos de idade. “Arranjar trabalho com essa idade é complicado e no mercado que eu queria ninguém estava interessado em expandir”, explicou-nos o empreendedor acerca do que o ‘empurraria’ para ser isso mesmo. Revelou-nos que sempre manteve boa relação com a concorrência, nomeadamente com empresas fornecedoras de equipamentos industriais em Portugal, as quais se tornaram numa boa relação profissional e foram um importante apoio no novo empreendimento. Outro apoio fundamental veio da Finlândia:
“O governo finlandês tinha apoios à exportação. Para aceder aos mesmos, tive de convencer um grupo de cinco empresas finlandesas a representar em Portugal e Espanha”
A Optieng está há pouco mais de uma década no mercado, mas já dá cartas nacional e internacionalmente. João Lobato, diretor geral, concedeu-nos uma entrevista onde explica como a sua empresa pode ser a sua escolha em soluções otimizadas para a indústria.
J
oão Lobato trabalhou durante 20 anos numa empresa americana de automação. Desempenhava a função de account manager (gestor de vendas) na área da celulose (pasta de papel). Com o aparecimento da crise económico-financeira que abalou o mundo, o
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“o governo finlandês tinha apoios à exportação. Para aceder aos mesmos, tive de convencer um grupo de cinco empresas finlandesas a representar em Portugal e Espanha. Assim o fiz e durante ano e meio tive esse apoio, o qual foi importantíssimo para quem está a começar do zero”. Assim, o empreendedor decidiu apostar no seu próprio projeto e fundar uma empresa na área da automação, juntamente com o engenheiro Gomes da Costa, amigo e ex-cliente. A Optieng nasceria em abril de 2007.
Optisys, Optiwaste e Optitech A Optieng iniciou funções em três áreas de negócio, cada qual com a sua designação: Optiwaste (equipamentos para a receção e trituração de madeira e para a recuperação de resíduos não orgânicos para efeitos energéticos), Optisys (automação de sistemas de controlo) e a Optitech (engenharia de processos industriais contínuos e programação dos sistemas de automação). Este último setor funciona como ‘suporte’ dos restantes. “Hoje a engenharia tomou uma dimensão tal no nosso volume de negócios que quase representa a totalidade dos nossos serviços”, expõe João Lobato, acrescentando que a
OPTIENG
área dos resíduos não tem registado novos investimentos. Por outro lado, os sistemas de controlo industrial são um setor “que nunca pára”: “a automação é cada vez mais um requisito em qualquer área”. Quando falamos em sistemas é necessário distinguir entre sistemas de controlo de processos contínuos e descontínuos, já que entre ambos há uma diferença considerável. Nos processos descontínuos um equipamento só por si não influencia tudo. Já nos processos contínuos, uma avaria pode representar a paragem de toda uma fábrica durante dias. Ora, a Optieng desenvolve os programas que controlam os equipamentos dos processos contínuos. Na prática, “os operadores não estão no local onde se encontra a maquinaria”, esclarece-nos, “estão isolados nas salas de controlo”. Em caso de avaria, a empresa dispõe de técnicos capazes de intervir e resolver os possíveis problemas atempadamente. Toda a programação dos sistemas de controlo é desenvolvida pela Optieng. “Programamos, ensaiamos os processos em modo virtual e deslocamo-nos ao local para instalar e colocar em serviço os equipamentos ou alteramos e atualizamos sistemas já existentes. Também vendemos produtos, damos formação e realizamos auditorias técnicas aos sistemas”. Questionamos o nosso entrevistado acerca de quais seriam os argumentos que daria a um cliente para escolher a Optieng dentro do setor. Respondeu-nos que, antes de mais, seria pela experiência. “Porque demonstramos que somos capazes de o fazer somos eficientes, temos capacidade de resposta e competência técnica e cumprimos orçamentos e prazos”, argumenta João Lobato.
Mercados Ao longo destes 11 anos de trabalho, a Optieng constituiu um portfólio de experiências bem-sucedidas e que transmitem confiança aos novos clientes. Cerca de 90 por cento do mercado desta empresa é situado no estrangeiro. “Normalmente, a engenharia é desenvolvida aqui, em Portugal, mais tarde um ou dois técnicos desloca-se até ao local da aplicação”.
Balanço e futuro “Passamos um mau bocado em 2015, mas recuperamos”, admite-nos o empresá-
REFERÊNCIAS Fornecimento do Sistema de controlo do Parque de Combustíveis GPL em Aveiro, Portugal Fornecimento, programação e colocação em serviço dos sistemas de controlo para o novo depósito de combustíveis GPL, da Digal em Aveiro, incluindo: Fornecimento e instalação da Ilha de Enchimento de combustíveis, o sistema de segurança SIL3, o sistema de supervisão SCADA, o sistema para a gestão do parque, o sistema de video vigilância, o sistema de odorização e o sistema de controlo de acessos.
rio, em grande parte devido à equipa de colaboradores que ‘vestiu a camisola’ da empresa. Já no futuro, a Optieng tenciona consolidar-se, objetivo que se prevê perfeitamente exequível: “a engenharia portuguesa, pelo menos na área em que nos movemos, está muito bem cotada internacionalmente”, finaliza.
“Os operadores não estão no local onde se encontra a maquinaria”
Projeto de revamping do sistema de controlo da Máquina Papel da Sappi, PM10 em Lanaken, Bélgica Engenharia base para a reconversão de toda a programação Siemens Teleperm M, para Valmet DNA. Programação, configuração e teste do sistema de controlo DCS num total aproximado de 4.500 sinais, incluindo o comissionamento e suporte ao arranque da Máquina de Papel.
Projeto Urbaser, sistema de controlo para 2 Incineradoras de Resíduos em San Sebastian, Espanha Configuração, programação e testes em fábrica do sistema de controlo para a central de queima de resíduos da Urbaser em San Sebastian, Espanha, num total aproximado de 12.000 sinais de controlo. Em 2019 será então realizado o comissionamento e arranque deste sistema de controlo, tendo sido este projeto implementado com uma equipa de engenharia internacional baseada na Polónia em Katowic Zona Industrial De Taboeira | 3800-055 Aveiro Tlf.: 234 426 400 E.: info@optieng.com | www.optieng.com
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RC CONSTRUÇÕES
CRIATIVIDADE E PROFISSIONALISMO Formado em Arquitetura, Ricardo Carvalho deixou os projetos que via apenas pelo computador para os passar a ver crescer pelos próprios olhos. Empreendedor e com visão de futuro bem delineada fundou a RC Construções que tem crescido desde então, “de forma sustentada, apostando sempre na qualidade”.
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que o levou a fundar a RC Construções? A minha área de estudo foi arquitetura ligada à construção de imóveis. A RC Contruções surge porque a área da arquitetura, por si, está muito descaraterizada e necessitava de inovar para sobressair no mercado com serviços diferentes, para clientes que procuram respostas à medida dos seus sonhos. Foi nessa altura que comecei a receber solicitações para encontrar profissionais que fizessem projetos de remodelação e como gosto da parte prática desta atividade decidi lançar-me por conta própria, apostando na área das remodelações de imóveis. A RC Construções realiza vários serviços. Qual é a mais proeminente? Podemos fazer projetos de raiz, desde o cliente que tem um terreno e quer construir uma casa, como remodelações ou decoração de interiores nas áreas de Póvoa de Varzim até ao Porto. A RC Construções pode transacionar imóveis (compra, venda e arrendamento) mas, para já, não é esse o meu foco. A área que apresenta mais volume de negócio é a de remodelação de apartamentos, sendo que, neste momento, temos três obras a decorrer ao mesmo tempo. Apresente-nos o estado deste setor na Póvoa de Varzim. O mercado da remodelação de aparta-
O mercado da remodelação de apartamentos tem tido muita procura
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mentos tem tido muita procura. A Póvoa de Varzim tem muita construção com alguma idade e necessita de se modernizar para atrair turistas e investidores, por outro lado, como fica dispendioso manter apartamento de férias, para serem utilizados um mês por ano, os proprietários preferem desfazerem-se dos imóveis usufruir das excelentes acessibilidades de acesso às praias poveiras. Esses apartamentos estão a ser vendidos a preços muito interessantes e como a procura tem aumentado, os proprietários têm apostado na valorização dos imóveis através da remodelação e decoração de interiores. A realidade atual apresenta um mercado emergente para a nova construção porque o mercado dos imóveis usados está a terminar e quem tem imóveis já pondera se deve vender ou se deve apostar na remodelação para vender mais tarde por valores superiores. A nova construção tem espaço por onde crescer? A Póvoa de Varzim tem espaço para crescer, principalmente para as zonas mais rurais e tradicionais, onde existe uma oferta variada de terrenos para construção nova. A Câmara Municipal, desde há uns anos, tem colaborado de forma muito positiva para acolher e responder aos pedidos dos investidores e dos seus representantes, tornando os processos mais céleres e menos burocráticos. O maior problema prende-se
RC CONSTRUÇÕES
com a mão de obra porque esta praticamente não existe e alguns profissionais atingem valores por hora praticamente inatingíveis. O facto de ser arquiteto influencia a forma como abraça os projetos? Os meus clientes sabem, logo à partida, que não sou um empreiteiro que entra no imóvel para fazer a obra e vir embora, não sou executante. Faço sempre o estudo do apartamento, da sua área, exposição solar e objetivos que os proprietários têm para poder apresentar a melhor proposta, satisfazendo as suas expetativas. Faço questão que os proprietários compreendam porque não posso fazer as alterações que me propõem ou se as indicações que me dão realmente beneficiam o apartamento e vão corresponder à funcionalidade e comodidade que pretendem.
O futuro da RC Construções passa por... Passa por agarrar a oportunidade que surgiu de ficar com alguns terrenos em Vila Nova de Famalicão, cidade estrategicamente bem localizada, perto de Braga, Guimarães, Póvoa de Varzim e Porto, onde pretendo construir algumas moradias novas já no início do próximo ano. Quero crescer a nível de carteira de clientes nas remodelações e decoração de interiores, como ao nível de investimentos e de construção de raiz. Gostava de crescer ao ponto de poder passar a ser investidor e de ser eu a disponibilizar os imóveis para os meus clientes, ser autossuficiente.
Rua Elias Garcia, 51 1º Dto • 4490-628 PÓVOA DE VARZIM Tel: +351 911967215 www.rcconstrucoes.eu
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PEDRO SOUSA CONSTRUÇÕES
Arq. José Carlos Nunes de Oliveira, NOARQ
A QUALIDADE COMO PONTO DE REFERÊNCIA
Pedro Sousa, administrador
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António Sousa, administrador
uma tentativa de perceber as dinâmicas empresariais no concelho de Felgueiras, a Revista Business Portugal foi desta feita ao encontro de Pedro Sousa, um dinâmico e carismático empresário que, em entrevista, deu a conhecer o percurso desta organização empresarial, que tem sido recheado de sucessos e trabalhos notáveis. Pedro Sousa recorda que esta é a empresa mais antiga de Felgueiras, constitui um legado do seu “querido” pai, António Sousa, estando a gestão a seu cargo há cerca de 25 anos, altura em que decidiu abandonar a sua carreira no futebol profissional e, juntamente com o seu irmão António Sousa, abraçar um novo desafio. Durante um ano, deu-se uma fase de transição, integração, conhecimento do grupo de trabalho e da própria área de atividade, “uma aprendizagem muito rápida, mas importante”, até que o patriarca decidiu passar a empresa para o nome dos seus filhos, ficando Pedro Sousa responsável pela área comercial e o seu irmão pela gestão de obra. Até que em 2007, por questões pessoais, a empresa passou a
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Sediada em Felgueiras, a Pedro Sousa Construções é uma empresa com comprovada experiência no setor de construção civil, de reconhecida capacidade em obras de construção, remodelação e projeto. A sua principal missão é apostar na qualidade dos seus produtos e serviços, na inovação, eficácia e eficiência, tendo como objetivo principal a satisfação global dos seus clientes. chamar-se Pedro Sousa Construções, contudo os dois irmãos continuam juntos a trabalhar cada vez com maior afinco, no sentido de garantir a máxima qualidade e rigor no seu trabalho. A Pedro Sousa Construções desenvolve obras de construção, remodelação/reabilitação e projeto, bem como compra e venda de imóveis/terrenos, tendo para o efeito uma empresa paralela, a ArestaRigor, vocacionada para o mercado imobiliário, que tem
A400
PEDRO SOUSA CONSTRUÇÕES
investimentos no Porto e em Felgueiras. Pedro Sousa, CEO da empresa, sublinha que nunca programaram o seu trabalho para uma determinada área, pelo contrário, “a empresa está vocacionada para todo o tipo de obras e projetos e à medida do que vai surgindo, nós vamos avançando”, revela, adiantando “trabalhamos na zona do Porto há aproximadamente 18 anos com obras de raiz e fazemos também obras de reabilitação”. Na sua ótica, a vertente da reabilitação urbana foi o ponto de partida para a reviravolta do quotidiano da cidade invicta,
“A boa imagem passa e os clientes mantêm-se” que se antes estava “velho e despovoado”, hoje tem uma movida muito interessante com milhares de turistas a encherem cafés e restaurantes. Atualmente, a Pedro Sousa Construções está a trabalhar na Boavista, tem prevista a breve trecho uma obra de reabilitação na Rua Passos Manuel e um edifício residencial em Leça, refere o empresário orgulhoso, sublinhando que mesmo nos chamados “tempos de crise”, a sua empresa nunca sentiu os seus efeitos. “Felizmente, no nosso mercado de trabalho (segmento médio alto), com os nossos clientes, mantivemo-nos num percurso de crescimento”, afirma, realçando que a justificação é simples: “trabalhamos bem, somos sérios, não devemos nada a ninguém, a boa imagem passa e os clientes mantêm-se”. Em virtude desta realidade, neste momento, “não estamos a dar orçamentos, isto porque temos trabalho programado para dois anos”, avança Pedro Sousa, sublinhando que a empresa caracteriza-se pela mão de obra qualificada e especializada, contando com uma equipa de 25 colaboradores. Com uma equipa própria e parceiros sólidos, a Pedro Sousa Construções segue um ritmo de crescimento assinalável: “trabalhamos com fornecedores do tempo do meu pai, ou seja, com mais de 30 anos de casa e temos a feliz sorte de trabalhar com pessoas qualificadas que nos dão garantias
Arq. José Carlos Nunes de Oliveira, NOARQ
Arq. José Carlos Nunes de Oliveira, NOARQ
de bom trabalho”. Por outro lado, a aposta “O futuro é manter o bom trabalho que na inovação, quer ao nível de procedimen- temos feito, que é este que nos tem garantos, quer ao nível dos próprios materiais, tido o sucesso”, conclui o empresário. são uma constante desta empresa que tem a qualidade como ponto de referência e, consequentemente a confiança dos seus clientes. Com os olhos postos no futuro, Pedro Sousa, CEO da empresa, salienta que os objetivos passam por dar continuidade ao seu trabalho nas áreas da construção, FELGUEIRAS reabilitação e consTLMS. 962 763 539 / 968 839 680 trução para venda. outubro 2018 Revista Business Portugal | 19
ANGORACIONAL
UMA HISTÓRIA DE LUTA E DE SUCESSO Joana Guerras define-se como gestora comercial, porém é muito mais do que isso. É empresária de sucesso em diversas áreas de negócio e é uma ajuda preciosa para quem imigra, situação que lhe é familiar. Em entrevista, abriu-nos as portas do seu escritório e da sua vida.
N
os anos 90, a mãe de Joana Guerras foi sócia de uma empresa com uma senhora portuguesa, o que a levou a mudar-se para Portugal (embora não de forma permanente) e a influenciar a filha a fazer o mesmo. Corria o ano de 1994 quando a nossa interlocutora veio de Angola para terras lusas. Por aqui ficou e os seus filhos já cá nasceram. A angolana descreve a experiência como “uma espécie de intercâmbio
muito positivo”, com o qual “não teve qualquer tipo de problemas”. Passou por experiências de descriminação, “mas sempre soube dar respostas à altura”, muito devido à sua personalidade terra-a-terra. Apesar disso, afirma ter sido muito bem-recebida no nosso país e orientada da melhor forma. Quando começamos a nossa entrevista, ainda antes de iniciarmos a gravação que daria origem a este texto, Joana Guerras falava-nos das diversas pessoas que tinha auxiliado, nomeadamente imigrantes (vindos de
“Nós temos os nossos próprios serviços, todavia também servimos de ponte de fornecimento de produtos para várias entidades” todas as origens) ou portugueses emigrantes retornados. Essa ajuda que lhes prestou divergiu entre providenciar emprego na sua própria empresa, ou até dar-lhes uma cama em sua casa, para que não passem a noite ao relento (ou gastem as parcas poupanças que tiverem em hotéis). “O que faz a imigração correr bem ou não é quem nos recebe no país de destino. Uma vez que somos emigrantes, sabemos o quão difícil é conseguir emprego. Custa-nos ver outras pessoas a passarem difi-
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ANGORACIONAL
culdades, por isso temos esse chamamento para ajudar, principalmente sendo portugueses, o país que os está a acolher”, contou-nos.
AngoRacional A empresária dedicava-se, desde 2001, ao mercado da importação e exportação dos mais diversos tipos de bens (alimentos, roupa, entre outros), principalmente entre Portugal e Angola, países com que estava mais familiarizada. Até certo ponto, não haveria limites aos produtos que poderia transportar entre um país e outro. Entretanto, o mercado da importação/exportação sofreu um decréscimo de rendimento. Assim, debruçou-se na área da construção civil,
e ajudar a crescer, valorizando o país em que me encontro”, ao mesmo tempo que providencia emprego a quem dele precisa (a empresa tem 38 colaboradores). “Hoje, não sou rica”, confessa-nos Joana Guerras, “mas luto pelo que quero o melhor que posso e sei, rodeando-me de boas pessoas e boas energias”. Ambiciosa, reitera: “Não quero parar por aqui, a minha luta é constante. Eu vou bater às portas que tiver que bater, e as portas abrir-se-ão para mim, não tenho a mais pequena dúvida”.
Joana Guerras, gestora comercial
em 2014, atendendo que é um mercado “que já esteve um pouco perdido, mas que de repente voltou a dar bons sinais”, expõe. Já tinha experiência na área, a trabalhar por conta de outrem. A AngoRacional dedica-se à construção, reparação, transformação e restauro de todo o tipo de edifícios residenciais e não residenciais, executados por conta própria ou em regime de empreitada ou subempreitada. Inclui também a ampliação e reabilitação, “uma área que tem vindo a crescer bastante”. “Nós temos os nossos próprios serviços, todavia também servimos de ponte de fornecimento de produtos para várias entidades, porque o nosso maior foco é o pladur, revestimentos e tetos falsos”, revela-nos Joana Guerras. Se esse é o foco da empresa em Portugal, a AngoRacional Angola, da qual a nossa entrevistada também é administradora, iniciou labuta vocacionada para as energias renováveis e casas modulares. Mais tarde, decidiram trazer para terras lusas esse projeto, o qual, desde então, tem prosperado. Seja qual for o setor a que se dedica, Joana Guerras admite ter mais trabalho do que aquele a que consegue dar resposta. O seu principal objetivo é “crescer geral@angoracional.com • www.angoracional.com • (+351) 256 877 216
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CORETECH
RECICLAR PRESERVANDO O FUTURO As placas técnicas CORETECH surgem da crescente preocupação na preservação do meio ambiente e de uma envolvente industrial, compatibilizando o desenvolvimento sustentável e a necessidade de trazer, para o mercado nacional, soluções inovadoras, competitivas e amigas do ambiente.
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orge Pereira, CEO da Invictacom, Lda, é o representante e responsável pela rede de distribuidores das placas Coretech® no mercado português e em entrevista exclusiva à Revista Business Portugal, descreve as vantagens da utilização deste material na construção civil. Jorge Pereira, ceo
Chegada da Coretech® a Portugal O Coretech® chegou ao país por intermédio de empresários ligados à construção “que descobriram as vantagens da utilização das placas Coretech®. Em 2013 foi-me proposto ficar com a representação e angariar parceiros para criar uma rede de distribuição que permita colocar as placas Coretech em Portugal, projecto que abracei e me dediquei a 100 por cento. O painel técnico Coretech® é 100 por cento reciclável, fabricado “a partir do aproveitamento de subprodutos da indústria automóvel e configura-se como um material que oferece, num só componente, a estabilidade dimensional, o isolamento térmico e acústico e carateriza-se por poder ser trabalhado com outros materiais”. Com a utilização de Coretech na construção, “é possível criar sistemas construtivos mais eficazes e que contribuem para a redução da exploração dos recursos naturais, apoiando a diminuição da quantidade de resíduos enviados para aterros”.
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Aceitação no mercado nacional Apesar do Coretech® apresentar inúmeras vantagens, nomeadamente ao nível de qualidade, resistência e aplicabilidade ainda não é muito utilizado pelos construtores, devido principalmente, “ao valor de aquisição. Quanto mais se otimiza a produção, mais baixo é o custo m2. Se a fábrica trabalhasse entre os 80 e os 100 por cento o nosso preço seria muito mais competitivo e reciclaríamos muito mais”, conclui Jorge Pereira, explicando que é a falta de procura que condiciona o preço. “Estabeleci e estou a aumentar a rede de parceiros que comercializam o Coretech®, continuarei a estar presente nas feiras da especialidade. Entre os nossos parceiros existem mais de 50 comerciais a trabalhar diariamente na divulgação e comercialização das placas Coretech”.
Características As placas técnicas Coretech possuem um conjunto de características bastante interessantes: Durabilidade – as placas Coretech são fabricadas com os resíduos do fabrico de interiores para automóveis, produtos de biodegradação muito difícil e que não têm qualquer utilização direta. Estima-se que as placas Coretech poderão ter uma esperança média de vida superior a 100 anos. Estabilidade Dimensional - As placas CORETECH são dimensionalmente estáveis. Sendo submetidos a ciclos de temperaturas de (-30 a 90º) e humidades entre (5 a 95 por cento), têm uma variação dimensional inferior a 0,5 por cento. Comportamento à água - Tem um comportamento excelente à água, pois, apesar de absorver cerca de 30 por cento de água, não incha. A água entra por capilaridade e sai por evaporação, sem alterar mecanicamente o produto. Comportamento ao fogo - “classe – C, s1, d0”; associado a outros produtos pode chegar a classe “B”, por exemplo com gesso cartonado. Isolamento térmico e acústico - A placa CORETECH associa boas características térmicas e acústicas à resistência mecânica. As placas de CORETECH poder ser dobradas para trabalhar superfícies curvas; refiro-me às placas mais finas (8mm, 10 mm e 12mm), que devido à sua elasticidade são facilmente moldáveis. As placas CORETECH podem ser acabadas com os materiais convencionais que existem para alvenaria e madeiras. Tem uma excelente aderência à maioria dos materiais de revestimento, incluindo cimento cola e argamassas de cimento. É uma placa multifuncional, que pode ser aplicada em todos os tipos de construção, tanto no interior como no exterior. É um produto reciclado e 100 por cento reciclável com preço competitivo.
JANSSEN PORTUGAL
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JANSSEN PORTUGAL
LÍDER NA TRANSFORMAÇÃO DE VEÍCULOS DE TRABALHO A atuar no mercado nacional há 16 anos, a Kitevuc é uma das maiores empresas de transformação de veículos de trabalho em Portugal. Em entrevista à Revista Business Portugal, José Dantas, CEO da Kitevuc, apresenta o rumo que traça para a empresa.
C
riou a Kitevuc há 16 anos. O que o levou a apostar na transformação de veículos de trabalho? Iniciei esta atividade quando tomei a decisão de regressar a Portugal. Os meus pais tinham emigrado há muitos anos para França e quando decidi voltar para Portugal quis dar um novo rumo à minha carreira profissional e criei a Kitevuc em 2002. Fomos pioneiros neste ramo e a empresa cresceu de forma sustentada até ao início da crise económica que atravessou a Europa, mas tivemos de reduzir o número de funcionários porque o volume de negócios não era suficiente para sustentar a empresa. Durante esse período menos favorável muitas empresas encerraram, contudo, algumas ainda se mantêm no ramo da transformação de veículos de trabalho, mas desde da produção à respetiva montagem na solução em madeira, somos os únicos em Portugal neste core business. O que nos fez ultrapassar esta fase e crescer ao nível em que nos encontramos atualmente foi ter tomado a decisão de exportar os produtos e serviços da Kitevuc. Ao início o retorno foi lento, mas gradualmente as encomendas começaram a aumentar o que nos levou a apostar em industrializar o nosso processo de produção, adquirindo numa primeira fase uma CNC e logo passado um ano e meio uma segunda. Fomo-nos nos organizando quando apercebe24 | Revista Business Portugal outubro 2018
José Dantas, ceo
mos que não iríamos ter capacidade de resposta se as encomendas continuassem a aumentar e os timings a respeitar, sobre tudo na área automóvel a qual estamos ligados onde os prazos são sempre limitados. Quais são as maiores dificuldades que encontra no desenvolvimento neste ramo de atividade? A mão de obra é um dos principais entraves que encontro neste ramo de atividade porque não há formação específica para este setor, temos que ser nos a ensinarmos e a dar a respetiva formação. Não
KITEVUC
podemos contratar um carpinteiro e esperar que este comece logo a trabalhar sozinho de forma autónoma dentro dos parâmetros de qualidade que exigimos aos nossos colaboradores. Para além da mão de obra é o custo do transporte quando temos de apresentar cotações para fora do país. A nível da matéria prima não temos fornecedores de produto, nomeadamente para determinados tipos de madeira de grandes dimensões como as que utilizamos, o que nos obriga a encomendar e importar grandes quantidades o que nos força a investimentos muito elevados de stock. Trabalham dentro da Europa? Para além de Portugal, em Espanha temos um distribuidor exclusivo e em França abrimos uma empresa recentemente para comercializar os kits de montagem para veículos profissionais, alguns a saída das linhas de montagem das fabricas automóveis. No mercado da exportação solicita muito os kits, mas também fazemos kits personalizados em função da atividade do cliente, fazendo a medida, como o número de gavetas, portas, prateleiras, etc, mas o maior volume assenta ainda nos kits de revestimento.
Quem são os clientes da Kitevuc? Trabalhamos para os mais diversos setores de atividade que necessitam de viaturas de assistência, revestimentos ou oficina móvel, canalizadores, eletricistas, rent-a-car, transportadoras, empresas na área da assistência e manutenção com ligação ao setor mais representativo o da construção civil. Não deixo de relembrar que o setor mais representativo são as marcas de automóveis e a sua rede de concessões, nas quais somos certificados e temos parcerias, para poder propor ao cliente final(empresa) uma solução ‘chave na mão’ Revestimos o interior das viaturas para proteção, fazemos viaturas com soluções standard ou por medida se houver um pedido específico que nos façam, completamos as nossas transformações por uma alargada gama de acessórios como, rampas para carga, sinalização luminosa, grades de carga, porta escadas, etc... Apresente as perspetivas de futuro da Kitevuc. Para já não quero alargar a nossa área de atuação para outros países mas quero aumentar e consolidar as nossas exportações para Espanha e França são dois mercados que tem perspetivas de crescimento e ainda temos muito por explorar. Continuar a investir em maquinaria de ponta para continuar a fazer face às encomendas internacionais, sem nunca descurar o mercado nacional onde estamos prestes a recuperar números do ante crise e aumentar o volume de negócios em Portugal. A curto médio prazo há previsão de mudar de instalações para aumentar à área de produção.
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QUINTA FONTE DO CORTIÇO
Joel Oliveira, proprietário
FRESCURA E SABOR À MESA Produtor de uvas de mesa, Joel Oliveira entrou nesta aventura, desde muito cedo, seguindo a tradição familiar na produção vinícola. Atualmente com três hectares de vinha pretende expandir a produção para o dobro e apostar no agroturismo. Conheça a Fonte do Cortiço na entrevista com o proprietário, Joel Oliveira.
O
gosto pela produção vinícola começou, desde cedo, pela tradição familiar. A produção de de uvas de mesa foi ideia sua? A produção de uvas de mesa da casta tinta Cardinal e da casta branca D. Maria fazem parte de um projeto pessoal que iniciei quando me tornei proprietário deste espaço, ao qual dei o nome de Quinta Fonte do Cortiço. O gosto por esta área de negócio começou, ainda em criança, quando o meu avô tratava da Quinta da Escambirra e eu aprendi a tratar da vinha, dos animais e de outras artes ligadas ao funcionamento de uma quinta. O projeto da produção de uvas de mesa iniciou há cerca de oito anos. Atualmente forneço uvas de mesa para a maioria das pequenas e médias lojas da região de Setúbal, intermarchés de Palmela, Azeitão e Pinhal Novo, bem como outras superfícies da zona sul.
doces que pode encontrar no mercado. São castas muito boas, tratadas devidamente, cumprindo todos os requisitos para que se tornem uvas únicas e de sabor intenso. A casta branca D. Maria é 100 por cento portuguesa e provém do cruzamento entre Moscatel graúdo e Rosaky, apresenta-se na forma de bagos grandes e muito doces, com sabor e aroma de moscatel. A casta tinta Cardinal é bastante vigorosa e com grainha, bagos grandes, com polpa crocante, sabor doce e fresco. Ambas perfeitas para servir à mesa e degustar em família.
São castas muito boas, tratadas devidamente, cumprindo todos os requisitos para que se tornem uvas únicas e de sabor intenso
Descreva as uvas de mesa que produz. Descrevo-as como as melhores e mais
As pragas e doenças da vinha evoluem e sofrem mutações. A tecnologia e inovação têm vindo a ajudar nesse combate? A evolução no tratamento das doenças e pragas da vinha vêm ajudar muito os produtores, tanto ao nível produtivo como ao nível económico. Atualmente já é possível tratar a vinha de forma setorial, selecionando a parte doente, sem ter de tratar a totalidade da produção, nomeadamente através da utilização de drones. Utilizo pesticidas naturais e outros produtos para proteção
da vinha criados pelos engenheiros agrónomos e ainda faço o tratamento da vinha por setores, poupando as zonas que não estão doentes. Para isso conto com o apoio da AVIPE – Associação de Viticultores do Concelho de Palmela, da qual sou associado. A exportação das uvas produzidas na Quinta Fonte do Cortiço é um dos seus objetivos? Um dos meus objetivos é exatamente esse, aumentar a produção para exportar. Este ano foram enviadas amostras para prova (para a Alemanha e a Bélgica) e aguardamos que feedback positivo, tal como aconteceu quando enviei amostras para os fornecedores locais. Estou ligado à AICEP - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal que também me ajuda a estreitar relações com entidades estrangeiras, fomentando a exportação. Para já quero otimizar a produção, aumentá-la das atuais 12 toneladas para as 70/80 e quando atingir esse patamar considero que concretizei o objetivo que me levou a iniciar este projeto. A área atual é de seis hectares mas, para já, só tenho três a produzir, sendo que a produção só estará em pleno dentro de quatro anos. Outro objetivo é o de criar uma unidade de turismo rural, com vertente de agroturismo, dentro do espaço da Quinta da Fonte do Cortiço.
Quinta da Escambirra C.C.I 6003, Brejos do Assa | 2950-063 Palmela • 967 034 970 • Facebook: Fonte Cortiço
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IMOBILIÁRIA NORTE DO PAÍS O setor imobiliário é um dos que mais cresce em Portugal e a região Norte, sobretudo a área metropolitana do Porto, tem tido um desenvolvimento acima da média. Algumas das imobiliárias que, antes, só se encontravam presentes na Grande Lisboa, já estão a apostar no mercado imobiliário da região Norte e essa aposta tem sido positiva. A reabilitação urbana garante uma maior disponibilidade de imóveis, para as diferentes utilizações – arrendamento, compra, venda - e as empresas do ramo imobiliário têm uma maior área de negócio para explorar.
Neste momento, existem imobiliárias para vários segmentos de mercado, incluindo o segmento de luxo e a procura para essa oferta imobiliária existe. Cada vez mais, os investidores estrangeiros apostam em cidades como o Porto e nas zonas urbanas circundantes, como forma de assegurar um investimento de qualidade e de futuro, que possa ser depois rentabilizado. Nas páginas seguintes, ficará a conhecer alguns bons exemplos de agências imobiliárias da região Norte e do trabalho que desenvolvem.
DESTAQUES 28 NAU HOUSE De Vila do Conde para o mundo da mediação imobiliária 32 ERA RIO TINTO Um exemplo de sucesso 34 PRIVATE GATE Um serviço premium na zona nobre da cidade 36 EDIMÓVEIS Relação de proximidade 38 MFG Transparência, o segredo do negócio 40 PORTO CAPITAL Especializada em imóveis de luxo
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NAU HOUSE
A CRIAR UMA NOVA FORMA DE ESTAR E SERVIR NO MUNDO DO IMOBILIÁRIO A Nau House surgiu há seis meses, com um projeto novo e desafiante no mercado da mediação imobiliária. Marcados pela Nau dos Descobrimentos, esta equipa audaz de consultores acredita que ainda há muito por descobrir nesta área de negócio e acreditam que, com uma equipa de excelência e uma filosofia de proximidade e compromisso, hão-de conquistar o mercado imobiliário da região e do país.
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uando teve início a Nau House? Porquê este nome? A NAU HOUSE surge em março de 2018 pela mão de cinco membros fundadores, já com atividade e experiencia na área imobiliária com vontade de abraçar um novo e inovador projeto na mediação imobiliária, uma equipa multiage que vai provar que ainda há muito por descobrir e aplicar nesta área de negócio, projetando o seu crescimento em todo o território na-
cional e novos mercados emergentes, hoje dominados por grandes grupos internacionais que, pela sua dimensão no uso e venda do franchising, tentam monopolizar o setor imobiliário nacional. Quanto ao nome, temos de agradecer ao nosso colaborador Filipe Gião, pela ajuda na escolha da NAU em homenagem à nossa origem como símbolo de conquista de novos horizontes e abertura a novos mundos que por mera coincidência é também o símbolo da cidade onde instalamos a nossa sede social, Vila do Conde. HOUSE como sinónimo de casa, o sonho de qualquer cidadão como um bem essencial ao desenvolvimento de uma sociedade justa a que todos deveriam ter acesso de uma forma equitativa. Porquê a opção por esta área de atividade? Somos uma equipa dinâmica de consultores habituados aos melhores resultados, alicerçados em formação de excelência, respeitando os mais elevados padrões de ética, discrição, integridade e profissionalismo, e temos como prioridade a satisfação e fidelização dos seus clientes. A missão da NAU HOUSE é garantir o acompanhamento pessoal, a informação e as ferramentas/sistemas aos seus clientes, num constante update para que tomem uma decisão consciente de investimento no setor imobiliário. Estamos sediados em Vila do Conde, uma localização de excelência para comercializar imóveis em todo o Grande Porto e Norte de Portugal – o nosso foco. Mas os nossos negócios não ficam por aqui: a nossa sólida carteira de investidores nacionais e internacionais permite-nos projetar os imóveis no panorama mundial, expondo-os a mais oportunidades de venda porque “500 anos depois continuamos a encontrar o que os outros, apesar de acreditarem ou saberem que existe, não conseguiram ir além da procura”.
Ricardo, Carlos, Hugo, Carla e Fernanda, direção
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Qual a vossa opinião do mercado imobiliário de hoje, em geral? É uma questão preocupante. O mercado atual está completamente desregulado basta só olhar para o número de imobiliárias que operam no mercado. Mais de 73 por cento dos seus intervenientes não têm qualquer formação ou atributos para exercer uma atividade na área do imobiliário. Qualquer atividade carece de uma certificação para o seu exercício, no entanto no ramo imobiliário tal certificação foi dispensada,
NAU HOUSE
vá-se lá entender porquê. Existe ainda um outro número extraordinário de supostos entendidos no mercado imobiliário, conhecidos pelas autoridades, que continuam a atuar no mercado por circuitos pouco claros. Tudo isto faz com que o mercado imobiliário esteja num caminho especulativo e sem regulamentação à vista. A necessidade de um Estado com necessidades financeiras promove a desregulamentação de um mercado que seria desejável ser sério. Se pararmos para pensar, para a nossa população em geral, com os seus rendimentos médios atuais, com a falta de estabilidade profissional, ao preço a que os imoveis são hoje lançados no mercado, a aquisição de um imóvel para habitação própria permanente por um jovem casal será uma miragem. Como veem a seriedade das imobiliárias na divulgação/ promoção dos imóveis? Excelente questão. Se entrar num qualquer site imobiliário, e atentamente escolher um imóvel, que não angariado em regime de exclusividade, mas mesmo em alguns casos neste regime de promoção, vai verificar que o mesmo está a ser promovido pelo próprio proprietário e por uma série de outras imobiliárias e/ou outros intervenientes no mercado. Se verificar com atenção, o mesmo imóvel tem nos diferentes sites localizações, atributos, dimensões características e preços bem diferentes e em muito casos, quando contacta uma das agências onde o imóvel está a ser promovido, vai verificar que o mesmo á muito deixou de estar disponível no mercado. Outros são aqueles que promovem os imóveis com uma fotografia principal de uma cozinha, casa de banho ou sala com o propósito de esconder a real localização do imóvel ou ainda, promovem o imóvel com uma vista ou uma fotografia de uma praia quando o imóvel fica bem longe da sua real localização. Outros ainda tentam iludir o mercado trabalhando/adulterando as fotografias do imóvel fazendo parecer que o que está deteriorado é novo ou que uma divisão de 10m2 pareça que tem o dobro da sua real dimensão. Tudo isto faz com que muitos clientes proprietários e/ou compradores questionem a seriedade de muitas ditas imobiliárias. O que pensam das entidades responsáveis pela fiscalização da atividade? Não obstante a existência de legislação suficiente para regulamentar com eficácia o mercado imobiliário, em nossa opinião, não nos querendo alongar muito quanto a este tema, não podemos deixar de mencionar coisas simples, tais como; - o uso de contratos de mediação imobiliária que não estão certificados pela entidade competente, por tal não conformes. - a existência de contratos de mediação imobiliária sem suporte documental quanto à atual situação do imóvel em termos de titularidade de propriedade, registo predial e situação fiscal. - o anuncio/promoção de imóveis nos web sites das imobiliárias,
nos web sites publicitários e/ou nos imoveis in loco, através de placa, sem a respetiva certificação energética obrigatória, - contratos de promessa de compra e venda com irregularidades quanto à titularidade do imóvel. - a publicidade em massa, pouco esclarecedora. Julgo que as entidades que regulamentam e fiscalizam a atividade imobiliária está muito pouco ativa na sua forma de atuação e aplicação dos instrumentos/métodos de fiscalização. Porquê a opção por esta área de atividade? Todos nós já trabalhámos em empresas de referência e com crescimento do setor. Acreditamos que com o nosso projeto, podemos acrescentar valor a esta atividade, quer com as nossas formações de base, quer com os conhecimentos que fomos adquirindo através das nossas tão diversificadas experiências na área imobiliária e no decorrer do nosso percurso de vida, em diversas cidades e países. Colocamos paixão em tudo aquilo que fazemos e a área do imobiliário não é exceção! Enquanto consultores, gostamos de surpreender os nossos clientes de forma positiva, e se possível criar uma relação para a vida! Na NAU HOUSE priorizamos a alavancagem do negócio dos nossos Consultores e colocamos as suas necessidades como premissa. Com estes partilhamos o conhecimento, as experiências e as ideias. Mantemo-nos suficientemente flexíveis para podermos ir de encontro das necessidades, em constante mudança, dos nossos clientes e mercados. Como se posiciona esta imobiliária no mercado? A visão da Nau House é ser reconhecida no Grande Porto e na região norte de Portugal em 2018, como empresa de referência na Mediação, Angariação, Avaliação e Administração de Imóveis, merecedora da confiança dos clientes e investidores, perseguindo o lema “Pessoas e negócios para a vida”. Atualmente as organizações operam em ambientes dinâmicos e complexos, nos quais os seus dirigentes se têm deparado com grandes mudanças nos mercados, sendo levados a repensar ou a precisar de uma mudança de estratégia da sua empresa.
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NAU HOUSE
a crescer. A sua localização, os preços competitivos e aliciantes, têm atraído uma nova vaga de pessoas para esta cidade. No entanto, além da questão financeira, há todo um conjunto de razões de que pode convencer os clientes compradores a escolher Vila do Conde. A sua área circundante, proximidade com o Porto, é realmente um porte forte desta cidade que faz que seja uma oportunidade para quem quer viver ou investir nesta cidade.
As mudanças na forma de operar introduzidas pelas inovações tecnológicas, políticas de competitividade mais fortes, novos modelos de gestão, alterações significativas no perfil dos clientes e concorrência mais intensa e sofisticada, forçam as organizações a adotarem uma variedade de abordagens de melhoria como resposta a essas forças. Neste contexto, foi criada a Nau House, para proporcionar serviços diferenciados nesta área, em que o cliente será para a vida, não terminando a relação no fecho de um negócio. No que respeita à formação, fazem-na com os vossos consultores? Em que moldes? Uma empresa com um modelo muito participativo de Consultoria e de Formação em que todos, sem exceção, desde um novo Consultor até um Consultor com anos de experiência no setor, poderão encontrar as oportunidades de formação e de acompanhamento que os ajudarão a impulsionar as suas carreiras para um novo patamar, em que somos todos uma equipa. Acreditamos que num mercado em constante mudança, a partilha de conhecimento torna-se crucial na construção da carreira do Consultor mais do que apenas formação, na Nau House partilhamos conhecimento, experiências e ideias. Alguns dos conteúdos de formação: Iniciação no Mercado Imobiliário; Processos e procedimentos NH; Trabalhar com Proprietários e Compradores; Marketing e publicidade dos imóveis; Posicionamento dos imóveis nas redes sociais; Liderança e 30 | Revista Business Portugal outubro 2018
constituição de equipas, entre outras. Quem procura casa atualmente, em que requisitos centra a atenção? Os potenciais clientes são na maioria as pessoas na faixa etária dos 30-45 de classe média/alta, na aquisição de primeira habitação, surgindo pessoas numa faixa etária dos > 45 como investidores nacionais ou clientes compradores para segunda habitação. É cada vez mais notório o interesse no imobiliário nacional por parte dos investidores estrangeiros. Muitos porque têm laços familiares que os unem, outros porque procuram alternativas de investimento e outros, como por exemplo os brasileiros, pela insegurança, instabilidade política, social e económica que o seu país atravessa. Os requisitos são muitos, e cada cliente tem diferentes atributos naquilo que procura num imóvel e são distintas as suas preferências. O mais importante é perceber as necessidades, satisfazer o cliente e, pode parecer utópico, mas se possível fidelizá-lo à Nau House. Quem é o vosso cliente-tipo? Particulares? Empresas? Investidores? Todo o tipo. Desde proprietários a compradores, contando cada vez com mais investidores, dada a procura crescente de imóveis na zona do Grande Porto. Como caracteriza o mercado imobiliário em Vila do Conde e na área circundante? Os últimos três anos têm-se mostrado bastante favoráveis à estabilização do mercado imobiliário, com o número de vendas
No que respeita ao mercado de arrendamento, como o avaliam, por comparação com o mercado de compra de casa? Atualmente, dada a escassez de produtos novos no mercado imobiliário, estamos em presença de um mercado maioritariamente marcado por compradores, ou seja, de muita procura e pouca oferta. Estamos em crer que a situação tenderá a estabilizar, com a criação de novos empreendimentos já projetados, nesta cidade e em cidades vizinhas. Mas claro que essa mudança levará o seu tempo… O mesmo se passa no mercado de arrendamento, com uma escassez de imóveis notável. Num mercado como o de Vila do Conde, onde existem bastantes imóveis utilizados como segunda habitação, por se tratar também de uma zona balnear, gostaríamos que os proprietários nos confiassem mais os seus imóveis e que com eles pudessem tirar uma maior rentabilidade ao longo de todo o ano. Há aqui um caminho a percorrer para que adquiram a confiança necessária e se abra um novo leque de oportunidades com a gestão do património de cada cliente no mercado imobiliário, nomeadamente, de arrendamento. A segurança fica garantida com a qualificação minuciosa de cada cliente arrendatário por nós proposto. Que tipo de imóveis tem em carteira? Todo o tipo de imóveis! Visto que pretendemos abranger um grande leque de clientes, Mediamos, Angariamos, Avaliamos e Administramos imóveis desde a gama mais alta até à mais baixa, sem diferenciação. Que serviços disponibilizam a quem vos procura, para além de compra, venda e arrendamento?
NAU HOUSE
A maioria dos clientes compradores começam a pesquisa de um imóvel online ou em revistas do setor. Isso significa que precisamos de ter uma boa apresentação de cada imóvel, que destaque as suas melhores caraterísticas. Daí a aposta da Nau House num departamento para nós fundamental, o do Marketing, Multimédia e Fotografia, departamento este responsável pela promoção dos imóveis, sua colocação no mercado, bem como, monitorização de todo este processo. Os nossos consultores trabalham com cada Cliente individualmente, dedicando o tempo necessário para entender o seu estilo de vida, necessidades e desejos, realizando uma pesquisa fundamentada e certeira do imóvel que procura. Dotados de um conjunto de recursos tecnológicos que nos permitem uma grande agilidade na pesquisa e adequação do perfil do imóvel às solicitações do Cliente, vamos acompanhá-lo em visitas marcadas sem surpresas, mantê-lo sempre informado sobre as novidades no mercado e fornecer-lhe informações sobre imóveis equiparados. Neste contexto, o nosso departamento jurídico também terá um papel fundamental, com a elaboração de contratos de compra e venda, arrendamentos, escrituras, adequados a cada caso, prevenindo-se situações menos agradáveis, assim como, na resolução de qualquer litígio, que porventura possa ocorrer. A boa qualificação dos clientes, sejam proprietários, compradores ou arrendatários, será sempre uma mais-valia em qualquer dos processos, situação a que os nossos consultores não são alheios.
Com o mercado do Porto tão alto e com grande escassez de imóveis, investir nas zonas circundantes passa a ser premente. Daí a procura de imóveis nesta cidade estar a subir em flecha! Em relação à bolha imobiliária, parece-lhe que é uma situação real ou o mercado irá estabilizar brevemente? Como avalia essa situação? Bolha, não! Mercado com preços especulativos. Estamos sem dúvida a atravessar um período com preços especulativos, resultado da pouca oferta e muita procura. Consideramos que irá estabilizar em breve,
dadas as restrições que a banca tem vindo a implementar na concessão ao crédito. Como se desenha o futuro da Nau House? Pretendem abrir outras lojas? Somente em Vila do Conde ou noutras regiões (nomeadamente o Porto)? Um dos nossos objetivos é crescer em número de consultores, como tem vindo a acontecer desde o início, e também em novos espaços. Mas será importante fazê-lo de forma consciente e sustentável. O Porto e outras regiões serão uma realidade num futuro próximo. Por enquanto, de Vila do Conde partimos na nossa NAU para o resto do mundo.
Vila do Conde tem um mercado atrativo? Como lhe parece que será a evolução? A localização é, muitas vezes, o ponto de partida para quem pretende investir em imóveis. Uma boa localização é sinónimo de proximidade a equipamentos sociais (hospitais, universidades, escolas) e ao comércio (restauração, mercado). Se privilegia abrir a janela e ver o rio passar, ou ir à varanda e sentir a brisa do mar, e considera indispensável ter bons acessos ou transportes públicos, então a cidade de Vila do Conde é uma cidade a ter em conta. Aqui também encontra áreas mais recatadas, seguras e espaços verdes, está situado a 20 minutos do Porto, com linha metro direta e o aeroporto aqui tão perto! Vila do Conde, pela sua proximidade ao Porto, é uma zona muito procurada. Investir em imóveis nesta cidade traz boas possibilidades de retorno. outubro 2018 Revista Business Portugal | 31
ERA RIO TINTO
UM EXEMPLO DE SUCESSO Carla Correia partilha a gestão da Agência ERA, em Rio Tinto, com Alice Varizo, Ana Paula Pires e Carlos Varizo. A par desta agência, detêm, também, uma outra em Gondomar, mas foi o sucesso alcançado pela primeira que deu o mote para uma entrevista esclarecedora sobre o panorama imobiliário da região.
C
arla Correia faz parte da família ERA há já 12 anos em Rio Tinto com as amigas que consigo “aproveitaram a oportunidade de iniciarem um projeto em comum”. Na altura, Rio Tinto era considerado “um território difícil de trabalhar”, onde a faturação não alcançava os objetivos pretendidos. No entanto, as três sócias abraçaram o desafio e “felizmente correu tudo muito bem até aos dias de hoje”, deu-nos conta a nossa entrevistada.
A máquina ERA A máxima “uma máquina a vender casas” foi desmistificada pela franquiada da Agência ERA Rio Tinto. “É a assinatura da marca. Na ERA, existe um espírito de partilha nas 200 agências da rede. Cada loja é especializada num território geográfico, com pessoas 100 por cento dedicadas ao cliente, que trabalham em full-time,
Equipa
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o que faz com que partilhemos, em tempo real, informações e imóveis com outras agências da rede”, esclareceu-nos a gestora da loja, que ocupa, atualmente, o quarto lugar a nível nacional em volume de faturação. Para além de territórios exclusivos a trabalhar, a formação constante, a existência de consultores da estrutura da ERA Portugal, que acompanham permanentemente as equipas e a própria organização de toda a rede, são uma mais-valia para “conseguirmos estes bons resultados e manter a confiança depositada pelos nossos clientes”, afirmou Carla Correia, uma das gerentes da ERA Rio Tinto, que conta com 30 colaboradores. Também por isso, recrutar para esta loja não é um problema: “há quem diga que é difícil recrutar nesta área, nós ainda não sentimos essa dificuldade porque temos um núcleo de consulto-
ERA RIO TINTO
res imobiliários que estão cá há muitos anos e que ajudam na integração dos novos elementos”, assumiu Carla Correia ao mesmo tempo que nos garantiu que este é o trabalho ideal para quem quiser ter uma remuneração em função do trabalho que desenvolve. “Nesta casa, cada diretor comercial tem, no máximo, oito comerciais. Trabalhamos com pequenas equipas, o que torna mais fácil o acompanhamento”. Em resumo: “nós, ERA, somos discretos nas mensagens que passamos, mas diferenciamo-nos pelo nosso serviço e dedicação ao cliente. Temos a nossa máquina bem oleada, porque, efetivamente, o método e sistema ERA funciona”, garantiu.
O segredo por detrás do sucesso A Agência ERA Rio Tinto não trabalha muito o arrendamento – exceto se os arrendamentos forem referentes a imóveis adquiridos pelos seus investidores – e foca-se, essencialmente, na angariação e venda de imóveis. “É uma questão de foco”, esclarece a nossa entrevistada, ao mesmo tempo que garante nunca ter baixado a faturação desde que assumiu a gerência desta loja (já lá vão 12 anos). A explicação para esta realidade prende-se com o facto de, segundo Carla Correia, quando reduziu o crédito bancário apareceram os prontos-pagamentos. “O mercado ajustou-se. Os investidores começaram a recear manter o dinheiro no banco e começaram a investir no imobiliário”. Em consequência dos preços que estão a ser praticados no Porto, Rio Tinto começa a assumir-se como um território interessante e cada vez mais procurado. “Porto e Rio Tinto encontram-se separados, apenas, pela Estrada da Circunvalação e a diferença de preços dos imóveis ainda é bastante significativa”. Nesse seguimento, a ERA Rio Tinto irá promover, em breve, dois novos empreendimentos: um no centro de Rio Tinto (com cerca de 90 apartamentos) e outro na zona da Areosa. O segredo que está por detrás destes resultados prende-se com a dinâmica
“Há quem diga que é difícil recrutar nesta área, nós ainda não sentimos essa dificuldade porque temos um núcleo de consultores imobiliários que estão cá há muitos anos e que ajudam na integração dos novos elementos” pré-estabelecida: os comerciais estão sempre na rua (conhecendo bem as pessoas e os territórios e descobrindo, em primeira-mão, quem quer vender e quem quer comprar imóveis). “Nós somos a agência com mais angariações no nosso território e isso faz toda a diferença”, acrescentou.
momento para comprar casa, “porque conseguimos ter imóveis com rentabilidades superiores a dez por cento, o que é muito bom”. Ou seja, “investir no imobiliário continua a ser um excelente negócio”, garantiu. Sobre o receio de estarmos perante uma bolha imobiliária, a nossa entrevistada aconselhou “calma” e explicou que estamos perante uma evolução natural, provocada pelo turismo. No seu entender, trata-se, apenas, “de uma consequência da enorme procura pelos mercados estrangeiros, de que somos alvo, à semelhança das restantes principais cidades europeias, que também se encontram igualmente caras”. Sobre o futuro, Carla Correia foi perentória: “o objetivo é faturar cada vez mais e estabilizar as duas lojas de forma a poder pensar-se numa terceira”, finalizou.
Especulação imobiliária: mito ou verdade? Para Carla Correia este é um bom momento para vender casa, porque é possível vender o imóvel ao melhor preço de mercado, mas também é um bom
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PRIVATE GATE
UM SERVIÇO PREMIUM NA ZONA NOBRE DA CIDADE Equipa
A imobiliária Private Gate já completou dois anos de trabalho nas zonas nobres da cidade do Porto. Profissionalismo e um serviço integral voltado para o cliente marcam o seu modo de trabalho.
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ideia começou a ganhar forma em 2014, mas só em março de 2016 nasceu a Private Gate. Ao leme desta agência imobiliária está Gonçalo Albuquerque, diretor geral, que em conjunto com João Pinto Leite, André Machado Vaz, Ana Aroso e Manuel Sousa Pinto idealizou o projeto. A Private Gate foca-se sobretudo no mercado premium residencial, atuando num triângulo com vértices na Rotunda da Boavista, Foz do Douro e fronteira com Matosinhos. Esta área nobre estende-se do mar até ao rio e é cenário de imóveis com elevado valor de mercado. O processo de compra e venda de casa é muito complexo, diz Gonçalo Albuquerque, que enfatiza a importância da “intervenção do agente imobiliário no processo”. Tal é ainda mais importante quando se tratam de montantes elevados como os que a Private Gate habitualmente lida. Desta forma, a agência que já conta com dois anos no currículo preocupa-se em prestar um serviço integral que trate de todos os detalhes burocráticos, focando-se nas necessidades do cliente que são cada vez maiores.
Muda o mercado, muda o agente imobiliário
Vive-se uma profissionalização do agente imobiliário alavancada num mercado cada vez mais dinâmico, competitivo e rigoroso
“Até 2015, era o comprador que ditava as regras do mercado, hoje ocorre o oposto, o comprador segue o vendedor”, explica Gonçalo Albuquerque. Acrescentando que, desde 2016, ano em que nasceu a Private Gate, muito tem mudado no mercado imobiliário. A exigência com o agente imobiliário é crescente por isso a aposta numa 34 | Revista Business Portugal outubro 2018
equipa multidisciplinar é, para o nosso interlocutor, um ponto fundamental. O diretor geral acrescenta que o perfil necessário para ser agente imobiliário tem mudado muito. Gonçalo Albuquerque tem formação em Gestão de Marketing complementada por uma pós-graduação em Análise de Investimentos Imobiliários e Avaliação. Os restantes sócios apostaram em diversos ramos de estudo como a área Jurídica, Fiscal e até Gestão. “No passado a formação do consultor imobiliário não era valorizada, o conhecimento resultava da experiência”, explica, sublinhando que o paradigma mudou e “hoje a formação é essencial, apesar de não necessitar de ser em alguma área específica”. Vive-se uma profissionalização do agente imobiliário alavancada num mercado cada vez mais dinâmico, competitivo e rigoroso. O maior desafio, na opinião de Gonçalo Albuquerque, é a falta de produto. Desequilíbrio que deverá prolongar-se por mais três ou quatro anos. Na área geográfica em que a Private Gate atua, a oferta de casas imediatamente prontas a serem habitadas é nula. Alargar a área em qua atuam não é um plano que esteja no horizonte a médio prazo. A equipa, composta por oito comerciais, é toda oriunda da Foz o que se revela uma mais-valia. “Conhecem bem a área e conhecem bem o tipo de proprietário, o que a par do conhecimento do produto é muito importante no mercado imobiliário”, explica Gonçalo Albuquerque. Assim, o futuro da Private Gate passa por manter um elevado padrão de qualidade a que já habituaram os seus clientes.
JANSSEN PORTUGAL
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EDIMÓVEIS
RELAÇÃO DE PROXIMIDADE Confiança é a palavra-chave na Edimóveis – Restauro e Imobiliário de Luxo. Edite Soares lançou-se neste projeto em perseguição de um sonho há três anos atrás e desde então que se posiciona como um nome de referência no mercado imobiliário no Porto.
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ormada em História Medieval, professora de ensino secundário durante 25 anos, nada seria de prever que Edite Soares se tornaria uma agente imobiliária de sucesso. Com a exceção de que o bichinho do mercado imobiliário esteve sempre dentro desta empreendedora, que decidiu aceitar o seu destino e, aos 50 anos de idade, perseguir o seu sonho. “Foi o retomar de um amor de juventude, sempre gostei desta área”, admitiu-nos a administradora da Edimóveis. Terá sido a perspetiva comercial que mais a seduziu: “o que me motiva é angariar imóveis, avaliá-los, trabalhar a venda. Todo esse processo que culmina na escritura é mesmo uma paixão”. O gosto pelo trabalho que desempenha sobressai na relação de proximidade que Edite Soares tem com os seus clientes, sejam
Edite Soares, gerente
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“O que me motiva é angariar imóveis, avaliá-los, trabalhar a venda. Todo esse processo que culmina na escritura é mesmo uma paixão” eles proprietários de imóveis com pretensão de venda ou um dos possíveis compradores. “O cliente chega até mim e pede um produto específico, eu tento encontrar e atribuir o imóvel certo – dentro daqueles que tenho – ao cliente certo”, explicou-nos, simplificando um trabalho que tem muito pouco de simples. Porém, a administradora desempenha a sua profissão com brio, prova disso é a grande rede de contactos que tem, a qual “se torna cada vez maior”. É recomendada por quem requere os seus produtos e serviços a outros e é neste passa-a-palavra que vai reforçando a sua reputação. Estabelece uma relação de confiança, sedimentada na transparência e na honestidade, a qual é bilateral. “Também confio nos clientes que tenho, sejam proprietários ou procuradores, todos eles são pessoas idóneas”. Estes fatores, que não deixam de ser emocionais, são primordiais neste negócio. A nossa interlocutora não deixa de referir que, por vezes, tem de incutir paciência, por forma a garantir que o seu cliente encontra exatamente o que pretende ao melhor preço. Pelo mesmo motivo, nunca deixa de fazer um negócio por causa da sua comissão, “isso jamais!”, reitera-nos. Quanto ao seu core-business, este situa-se na compra e venda de imóveis de luxo. “Arrendamentos faço alguns, quando justifica, mas não é o meu forte”, expõe. Quanto à localização dos imóveis que transaciona, estes encontram-se, normalmente, na Foz do Porto, Matosinhos Sul, Leça da Palmeira, Pinhais da Foz, Aldoar,
EDIMÓVEIS
entre outras localizações vizinhas. Todavia, não se cinge aqui: “já fui até Lisboa. No fundo vou até onde o cliente quiser”.
Panorama do mercado imobiliário português A especulação imobiliária é um tema atual e pertinente. Ora, não pudemos deixar de questionar Edite Soares acerca disso mesmo, uma vez que é uma profissional do setor. “Criou-se uma situação no mercado português no qual as pessoas acham que os imóveis valem mais do que o seu valor real, e a maior parte do português não tem possibilidades para acompanhar estes preços”, informa-nos. “Acredito que esta é uma tendência que se vai manter nos próximos anos, ainda há muita procura e pouca oferta, não há prédios novos, não há construção e não há terrenos”. Pelo menos esta é a realidade que a empresária observa na sua área de atuação. “Para estas zonas duvido que os preços baixem”. Apesar da maior parte dos seus clientes terem capital próprio e não necessitarem de recorrer a empréstimo bancário, a empresária denota que a classe média se encontra, novamente, em risco de sobreendividamento. Assim, aqui fica a advertência para os nossos leitores.
com o produto”. A empresária ainda tem muito para oferecer e espera que o mercado continue a crescer, bem como a economia portuguesa.
Desafios e perspetivas futuras “O meu maior desafio é aumentar as vendas e fazer crescer a Edimóveis”, assim nos afirma. Este projeto, apesar de já ter um caminho percorrido, ainda está no início do seu percurso. A Edimóveis lançou-se através de um endereço eletrónico há cerca de três anos atrás e o estabelecimento, que funciona como suporte físico, existe há dois. Edite Soares trabalha sozinha e não pretende ver a sua empresa com um crescimento desmesurado: “quero manter esta componente quase ‘caseira’ e de proximidade com o cliente e
918 580 594 • info@edimoveis.pt • Rua da Agra, nº 38 Porto - Portugal www.edimoveis.pt
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MFG
TRANSPARÊNCIA, O SEGREDO DO NEGÓCIO Fátima Guerra dedica-se há 35 anos à gestão de propriedades e condomínios, venda e arrendamento de imóveis e gestão de alojamento local. Uma mulher empreendedora e visionária que encontrou no mercado imobiliário a realização da sua vocação pessoal. Em entrevista exclusiva à Revista Business Portugal, Fátima Guerra revela o que a fez entrar e a mantém nesta área, perante a atualidade do mercado imobiliário português.
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MFG - Maria Fátima Guerra, é uma empresa especializada na prestação de serviços de gestão de propriedades e condomínios e atua no mercado de administração de condomínios, prestando um serviço adaptado às necessidades particulares de cada imóvel. A empresa dispõe de uma vasta gama de serviços e tem uma vasta oferta de imóveis no segmento residencial, comercial e de serviços, quer para venda como para arrendamento, dando maior enfoque no Porto e nos concelhos limítrofes. Honestidade, sinceridade e abertura para com o cliente, a transparência para com o inquilino e intreajuda são, para Fátima Guerra, os valores basilares da MFG. E esta base de confiança garante, há 35 anos, uma vasta carteira de clientes que continuam a procurá-la para este tipo de serviços. Mas há mais. “A relação de confiança é tão grande que marco, em alguns casos, as viagens de ida volta para o país, trato do IRS, contabilidade dos meus clientes”.
Fátima Guerra, administradora
Fátima Guerra e Filipa Guerra, administradora e filha
O mercado imobiliário de arrendamento portuense encontra-se em permanente oscilação, mas a administradora garante que não tem “um único arrendamento, tipologia T1, a 700€” A história, o início, o desafio Tudo começou há 35 anos. Fátima Guerra começou por trabalhar no centro comercial Dallas, na administração do edifício e a “minha responsabilidade era o departamento de contencioso e os arrendamentos”, começa por explicar. “Sempre adorei o contacto com o público e como o centro comercial Dallas fechou em junho de 1999, os proprietários do edifício falaram comigo e quiseram associar-se a mim e à minha empresa logo desde o início”, avança. A empresa começou com oito proprietários e neste momento, são mais de cem. E o bom trabalho, empenho e positiva gestão por parte de Fátima Guerra, despertou o interesse de outros proprietários que “queriam que eu apresentasse orçamentos para administrar os seus condomínios, na área do Porto e de Rio Tinto”.
Atualidade do mercado de arrendamento portuense O mercado imobiliário de arrendamento portuense encontra-se em permanente oscilação, mas a administradora garante que não tem “um único arrendamento, tipologia T1, a 700 euros”, esclarece Fátima Guerra. A administradora acrescenta ainda que consegue ajustar os preços ao espaço e às condições do alojamento contrariando, assim, as últimas notícias do setor imobiliário. O mais 38 | Revista Business Portugal outubro 2018
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importante é “ter uma renda que, mesmo sendo baixa, seja possível de ser comportada pelo arrendatário”. É fundamental “estarmos atentos ao contrato de arrendamento, porque isso é, também, uma segurança para o inquilino e para possíveis ofertas de outros interessados”. Perante a atualidade e a factualidade do crescimento de casos de arrendamento ilegal, nomeadamente de escritórios transformados em apartamentos, Fátima Guerra acredita que “para acabar com os arrendamentos ilegais, os serviços de água e eletricidade, bem como gás, deviam ser verificados pelas entidades competentes. E caso não estejam inscritos nas Finanças, e considerando que agora há este cruzamento de dados com as empresas, era muito pertinente averiguar essa situação, para o bem de todos”. Remata.
Passagem do passado com olhos para o futuro
Mariana Norte, Orlando Sá Pereira e Rodrigo Fonseca, departamento de contencioso
O futuro da MFG aproxima-se com a passagem de testemunhos. Fátima pretende passar o negócio, no seu caminho natural, para Filipa Guerra, a sua filha. Há 3 anos a ajudar a mãe na empresa, tem vindo a aprender a arte do negócio e a melhor forma de gestão dos condomínios, preservando e levando também consigo os valores da mãe. Filipa Guerra encontra-se já em plena gestão dos condomínios, enquanto a mãe continua com o legado de contacto com os proprietários. “Mesmo que tivesse a possibilidade de deixar de trabalhar
não o fazia porque eu amo o que faço”, confessa Fátima Guerra.
O futuro da MFG aproxima-se com a passagem de testemunhos
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PORTO CAPITAL - SOCIEDADE DE MEDIAÇÃO IMOBILIÁRIA
ESPECIALIZADA EM IMÓVEIS DE LUXO Equipa
Falar de Porto Capital – Sociedade de Mediação Imobiliária é falar de Arménia Moreira da Silva, administradora e principal rosto da empresa. Exemplo de liderança e de sucesso, a empresária realiza sonhos há já quase duas décadas, num projeto que prima pelo acompanhamento e proximidade com o cliente.
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mercado imobiliário tem sofrido várias mutações nomeadamente ao nível legislativo para clientes nacionais e estrangeiros. Do seu ponto de vista estas mudanças foram positivas para o mercado imobiliário (na sua generalidade) e para a Porto Capital? A indústria do turismo e o investimento dos estrangeiros está a puxar pelos preços, em particular nas cidades de Lisboa e Porto onde a subida dos preços está bem acima da média, assinalando em particular que 15 mil residentes não habituais foram atraídos ao país por incentivos financeiros, como os vistos gold ou benefícios fiscais do Regime de Residente Não Habitual (RRNH). De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), nos primeiros nove meses do ano, o número de habitações vendidas nestas duas cidades cresceu cerca de 20 por cento. Um número que acaba por ser confirmado pelos resultados da Porto Capital - Sociedade de Mediação Imobiliária, Lda, que adianta que, no mesmo período, “as vendas mais que duplicaram”. Conhecendo bem o mercado portuense e das zonas limítrofes, como descreve o estado do mercado imobiliário? Quais foram as principais alterações? O segmento premium e luxury vai continuar a liderar a preferência da reabilitação nos centros históricos, 40 | Revista Business Portugal outubro 2018
apesar de ser cada vez mais difícil encontrar matéria-prima, quer por falta de oferta, quer por preços de partida competitivos. Por isso, vai ser necessário olhar para a cidade como um todo e perceber o potencial das zonas paralelas aos eixos mais nobres, mais acessíveis a um segmento médio, médio-alto, que representam excelentes oportunidades tanto do ponto de vista do promotor, como do comprador, seja para viver, arrendar ou revender. Como resposta a esta procura, prevê-se um ciclo muito interessante neste segmento, com a aposta numa nova geração de escritórios, em linha com os restantes mercados internacionais, que se parecem cada vez menos com locais de trabalho. São novos ambientes que privilegiam o bem-estar e a interação, novas formas de trabalho e a flexibilidade, fatores que, aliados, contribuem para a maior produtividade e eficácia. Por último, mas não menos importante, o investimento imobiliário para comércio, em especial de rua, vai continuar dinâmico, localizado sobretudo em zonas onde a reabilitação tem revitalizado também as ruas, trazendo de volta os habitantes locais e os turistas ao centro das cidades. Sendo a Porto Capital uma intermediária dedicada à comercialização de imóveis de luxo assenta em muitas parcerias. Quem são os vossos clientes tipo? Os formadores de opinião, ou seja, o alvo está sincronizado com os meios de comunicação mais populares, como revistas, televisão e filmes. Pela familiaridade com os tais mídias, os formadores de opinião interessam-se pelas novidades do mercado de luxo e são mais propensos a comprar por impulso. Os vencedores, os favoráveis ou muito favoráveis economicamente, fazem investimentos como forma de recompensa pessoal a si mesmos, ou aqueles em seu círculo social mais íntimo. A procura por produtos e serviços de luxo é desencadeada por um evento pessoal ou profissional, como um aniversario ou um negócio fechado. Por fim, os apreciadores. Esses consumidores não investem em banalidade e pesquisam minuciosamente todos os aspetos do seu investimento, antes de tomar a decisão final. Empreendedora e com visão de futuro certamente já definiu os objetivos futuros para a Porto Capital. Partilhe alguns connosco. A PC está confiante de que a subida dos preços das casas vai, gradualmente, abrandar a médio praz”, graças aos sinais de dinamismo que o setor da construção começa a mostrar, com novos projetos imobiliários a florescer, seja de obra nova ou reabilitação. A recuperação da construção deverá adicionar oferta no mercado imobiliário, mas essa só será visível em 2019 já que muitos dos projetos ainda estão em carteira e não terão impacto imediato no mercado. Enquanto não chegam mais casas ao mercado, o preço dos imóveis deverá superar, novamente, o teto de seis por cento acima da inflação. Será o terceiro ano consecutivo em que supera esse teto. Desta forma, a dinâmica de preços – a par do aumento acentuado do número de transações e dos valores totais envolvidos - exige uma monitorização mais apertada. Isto porque”uma potencial correção teria impacto negativo na avaliação dos ativos da banca, sendo que a subida dos preços está a acontecer num contexto de quebra do stock de crédito à habitação (o saldo tem Arménia Moreira da Silva, recuado, apesar do forte aumento nos novos administradora empréstimos para a compra de casa).
EMPACK AND TRANSPORT & LOGISTICS Empack and Transport & Logistics, a maior feira ibérica profissional nas áreas da embalagem, armazenagem, manutenção e logística, regressou a Portugal nos dias 19 e 20 de setembro, e transformou-se na maior montra de inovação para todos os interessados no setor. Com um crescimento de mais de 60 por cento, desde o primeiro ano da sua realização, trata-se da única feira dirigida exclusivamente a profissionais da área que reúne, em apenas dois dias, as principais empresas do sector da embalagem, armazenamento, logística e transportes. Agendada para os dias 19 e 20 de setembro, o evento esteve dividido em duas partes – a área expositiva e o congresso e atividades paralelas – e juntou mais de 140 expositores, 40 oradores e cerca de quato mil visitantes profissionais, nacionais e internacionais, em busca de novos produtos e soluções que lhes permitam ter um maior controlo sobre o processo, diminuindo assim os riscos e trazendo grandes vantagens para o seu negócio. A área da exposição (incluindo o showroom para demonstrações) e o espaço de conferências da Empack & Logistics ocuparam a totalidade do pavilhão 6 da Exponor. Os administradores de grandes marcas e retalhistas tiveram ainda a oportunidade de explorar os mais recentes avanços tecnológicos nas áreas em questão, bem como ao
DESTAQUES 44 EPSON Uma marca pioneira e inovadora 46 FROMM Fabricantes e especialistas em embalagens
nível da maquinaria de empacotamento, robótica e automação. Através de apresentações ao vivo por parte dos diversos expositores presentes no local, os visitantes tiveramo a oportunidade de experimentar uma gama de produtos diferenciados e inovadores ligados ao setor. Marina Uceda, Head of Event, considera “que o Porto é a cidade-chave para organizar este evento. A industrialização da zona e a proximidade do porto garantem o perfil das empresas expositoras e os visitantes que necessitamos. O nosso evento profissional superou novamente todas as expectativas, com mais de 150 empresas participantes e quatro mil visitantes profissionais nacionais e internacionais. Além disso, ao nível dos conteúdos, contámos com duas salas de conferências onde participaram as empresas mais representativas do setor para explicarem aos visitantes algumas experiências passadas, bem como casos de sucesso”. A maior feira nacional das áreas da embalagem, logística e transporte contou com a presença de Carlos Manuel Martins, Secretário de Estado do Ambiente, que presidiu ao encerramento da mesma. Gerida desde os escritórios sediados em Madrid, onde este evento temático se realiza há já 10 anos, a Empack Transport & Logistics é uma das feiras organizadas pela multinacional Easyfairs.
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JANSSEN PORTUGAL
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EPSON
UMA MARCA PIONEIRA E INOVADORA No contexto da Feira Empack 2018, a Revista Business Portugal esteve à conversa com Raul Sanahuja, responsável de Relações Públicas e Social Media da Epson para o mercado ibérico. A marca mundialmente conhecida pelas impressoras trouxe à Feira uma novidade, para os profissionais das várias indústrias e esse foi o pretexto para um resumo sobre a génese da empresa, a sua filosofia e os principais lançamentos, no que diz respeito a produtos domésticos e empresariais.
um enfoque industrial e a Epson, enquanto empresa fabricante de soluções inovadoras, compromete-se a melhorar a qualidade de vida, a eficiência e a produtividade nas empresas. Por isso, estamos a dar a conhecer a impressora SurePress, uma aposta inovadora para impressão de etiquetas a cores, personalizáveis, de alta qualidade e com a possibilidade de ser possível produzir o número exato de etiquetas de que o cliente necessita”.
Raul Sanahuja, manager
A
Epson é, na sua origem, uma empresa pioneira. A primeira impressora eletrónica foi criada em 1968, e foi uma aposta Epson. Aliás, o nome da companhia japonesa deve-se às letras iniciais de Electronic Printer (EP). Depois dessa conquista, as soluções de impressão cresceram e diversificaram-se, ocupando hoje o lugar principal nas vendas da empresa: “Temos soluções para todas as situações. Faz parte da filosofia Epson trabalhar sempre muito perto do cliente, seja ele um empresário ou um distribuidor, que fará depois chegar o produto ao consumidor final. Para nós, é importante ouvir o que eles têm a dizer, quais os problemas com que mais se deparam no dia-a-dia e encontrar soluções para resolver esses problemas”, explica Raul Sanahuja. Na Feira Empack 2018, a empresa japonesa apresentou, precisamente, uma solução para uma lacuna do mercado: “Esta feira tem
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A SurePress – uma revolução na impressão de etiquetas profissionais “Estas impressoras produzem etiquetas, a cores, completamente personalizáveis e sempre em alta qualidade. A grande vantagem é permitirem eliminar a necessidade de imprimir um grande número de etiquetas, quando isso não se justifica”, explica Raul Sanahuja. Essa era justamente a lacuna do mercado – as impressoras existentes obrigavam os empresários a imprimirem sempre muitas etiquetas, quando estes, na verdade, tinham um produto para vender cuja quantidade era menor: “Era sempre um desafio, para as indústrias gráficas e de impressão, terem de recusar trabalhos em que as quantidades pedidas eram abaixo daquelas que as impressoras produziam. Muitos distribuidores falaram connosco sobre isso e tornou-se um objetivo da empresa corrigir essa lacuna”. As impressoras SurePress imprimem em qualquer cor, incluindo prateados e dourados, sem perder a qualidade, bem como em qualquer tipo de textura, mesmo em bases transparentes: “A qualidade é muito boa. Estas impressoras estão preparadas para imprimir etiquetas para qualquer tipo de indústria, incluindo a dos artigos de
EPSON
luxo, onde as pessoas pagam muito dinheiro por um produto. Nesses casos, a própria etiqueta tem ser uma mais-valia. O nosso propósito, com a criação deste equipamento, é acrescentar valor ao produto final”. As impressoras Epson ColorWorks permitem ao empresário produzir e cortar etiquetas, quer numa produção de uma única etiqueta, quer numa produção contínua, a uma velocidade que ronda os 300 milímetros por segundo: “São máquinas que garantem uma alta produtividade”. A gama ColorWorks tem máquinas que se destinam a um setor de média e grande empresa, mas cuja atividade de impressão não é muito elevada e também outras, para empresas cuja atividade principal é a impressão e que são, por isso, maiores: “A gama ColorWorks está há três anos no mercado e já vai na segunda geração. Aquelas cujas vendas mais têm crescido são as de modelo mais compacto, ideais para uma impressão de uma pequena ou média quantidade de etiquetas.Temos tido um aumento de 30 a 40 por cento de vendas desses modelos. A impressora maior, da gama SurePress, tem um tamanho considerável e destina-se a profissionais da impressão”.
A EcoTank – três anos de capacidade de impressão No quesito doméstico, e também no que respeita a pequenas e médias empresas, a Epson desenvolveu um modelo que rompe com o paradigma da compra de uma impressora
e, posteriormente, dos respetivos cartuchos e tinteiros: “Criámos a EcoTank, que é uma impressora com capacidade de impressão de três anos ou de 14 mil páginas, no caso dos modelos domésticos. Estas impressoras são fáceis de usar, compactas e quando compra a impressora, compra logo, integrado no equipamento, os cartuchos de tinta, que duram três anos. Para médias empresas, que exijam uma maior capacidade de impressão, temos a gama WorkForce, cujos modelos imprimem até 84 mil páginas”. O investimento em qualquer uma destas gamas é maior, mas mais rentável e amigo do ambiente: “Dentro da gama WorkForce, temos uma máquina que trabalha com jato de tinta, que é uma tecnologia fria e que, por isso, reduz em 92 por cento em emissões de dióxido de carbono e em 96 por cento o consumo energético da máquina. Existem máquinas destas, nomeadamente o modelo Enterprise, que imprime até 100 páginas por minuto”.
A Robótica A Epson é também inovadora no que respeita à área da robótica. Este foi um setor que nasceu de uma necessidade da empresa, já que o grupo SEIKO-EPSON trabalha na arte da relojoaria: “A precisão é fundamental. A Epson precisou de desenvolver robots capazes de garantirem precisão, eficiência e qualidade no trabalho de relojoaria e depois alargou a robótica a outras áreas. Neste momento, a última novidade é um robot de dois braços, com sensores no final de cada um dos membros superiores, de forma a reconhecer a pressão exata que deve ser colocada no trabalho que está a desempenhar”. Este robot é adequado para várias áreas industriais e pode, inclusivamente, realizar um trabalho de colaboração com o ser humano, no desempenho de algumas funções, pois uma vez que reconhece a
pressão que é preciso colocar em cada trabalho, reconhece também o movimento que pode exercer quando em contacto com um ser humano: “O objetivo, no futuro, será conseguir realizar cirurgias robotizadas, com recurso à tecnologia da realidade aumentada e aos robots”, explica Raul Sanahuja. Quanto aos desafios que se seguem, o responsável de Relações Públicas da Epson ibérica reconhece que está quase a chegar ao mercado europeu uma tecnologia que permite às impressoras calcular exatamente que quantidade de papel precisam para fazer uma impressão eficiente e, depois, quando aquela impressão já não for necessária, possam ser capazes de reciclar o papel e voltar a transformá-lo em papel de impressão, de qualquer cor e formato: “O objetivo é criarmos uma economia circular, em que reduzimos as emissões de todo e qualquer resíduo para a atmosfera e garantimos a poupança e a reutilização de papel. A Epson trabalha para inovar o que já existe e garantir uma qualidade superior aos seus clientes, pois tudo o que vem da Epson é totalmente produzido na empresa, seja tecnologia ou hardware”.
Mais informações em www.epson.pt outubro 2018 Revista Business Portugal | 45
FROMM
FABRICANTES E ESPECIALISTAS EM EMBALAGENS Presente em Portugal há 20 anos, e com uma existência internacional de sete décadas, sempre na vanguarda do fabrico e comercialização de equipamentos e consumíveis para embalagens, a FROMM é uma empresa com provas dadas no setor. A presença na Feira Empack 2018 foi uma forma de consolidar as inovações lançadas no mercado em 2017 e de reafirmar a sua filosofia de trabalho.
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aulo Lima, diretor geral da FROMM Embalagem, fala com orgulho desta empresa de origem suíça, que nasceu há 70 anos e cujo presidente ainda é o fundador do projeto. “O Sr. Fromm ainda está à frente dos destinos do grupo. Neste momento, é uma multinacional que emprega 1200 pessoas nas diferentes regiões do mundo em que
Paulo Lima, gerente
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está presente e está a atravessar uma fase de crescimento bastante positiva”. Esse crescimento foi também pautado pelo lançamento no mercado de vários produtos, quer máquinas, quer consumíveis, relacionado com as três áreas de especialização da empresa. “Somos especialistas em cintagem, no que diz respeito a máquinas de cintar, ferramentas de cintar – com e sem uniões metálicas, para permitir o uso de cintas de aço ou de plástico (poliéster), máquinas de cintar, semiautomáticas e automáticas e todos os consumíveis para as mesmas. Somos também peritos em envolvimento, com filme estirável e ainda trabalhamos na área do Airpad, nomeadamente no que respeita ao fabrico de máquinas para produção de almofadas de ar, para as funções de acondicionamento, travamento, preenchimento e proteção dos produtos embalados”. Paulo Lima deixa claro que a FROMM é fabricante de todas as máquinas e consumíveis que comercializa: “produzimos tudo o que vendemos. Temos inclusivamente um Centro de Inovação e Desenvolvimento, na
FROMM
Alemanha, para onde são canalizados grande parte dos fundos da empresa, de forma a estarmos sempre atentos às necessidades do mercado e garantirmos soluções inovadoras e de tecnologia de ponta mais rápido que a concorrência”. Para garantir que conhecem o mercado e que estão a par de como trabalham os seus clientes, os técnicos da FROMM fazem um trabalho de proximidade. “O nosso objetivo é acrescentar valor à embalagem. Por esse motivo, fazemos um trabalho de consultoria gratuita a quem nos procura, onde nos disponibilizamos a ir à empresa do cliente e acompanhar, durante o tempo que for preciso, o processo de embalamento da empresa, de forma a identificar os pontos críticos do processo e poder oferecer uma situação que, em comparação, vai oferecer uma melhor embalagem e reduzir, muitas vezes até menos 50 por cento, os custos unitários por palete”. Paulo Lima explica que a filosofia de tra-
balho da FROMM é baseada na demonstração: “connosco, não se discute apenas preço. Eu posso ter uma solução de embalagem exatamente igual à que o meu cliente já tem, mas não estou lá para discutir se lhe consigo vender aquele mesmo processo por menos dinheiro. O nosso objetivo é dotar as empresas de um sistema personalizado, de acordo com o que cada uma comercializa, para garantir que a embalagem chega em condições ao cliente final, mas que a empresa que embalou não tem mais custos por ter optado por um sistema avançado de embalamento”. O mercado português ainda tem alguma dificuldade em avaliar as novas possibilidades tecnológicas de embalamento, porque os empresários focam a sua atenção no preço dos equipamentos, mas Paulo Lima garante que a FROMM é uma empresa de futuro, inovadora e que gosta de levar um know-how internacional aos seus clientes. “Isso é para continuar. Esta é a filosofia da empresa e é para manter. Queremos sempre acrescentar valor às embalagens, reduzindo o custo do processo. Isso passa pela tecnologia mas também muito pela disponibilidade do empresário português para apostar na inovação. O que trazemos para o mercado é o futuro, por isso é uma boa aposta”.
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DESTAQUES 50 ASSOCIAÇÃO AGROPORTUGAL “Nós semeamos negócios” 52 HUBEL VERDE ‘Agronomia em Campo’ e ‘Juntos fazemos a sua cultura crescer’ 54 SEMILLAS FITÓ Crescimento sólido potenciado pela inovação
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AGROGLOBAL MAIOR FEIRA AGRÍCOLA A CÉU ABERTO A Agroglobal, que se reclama como a maior feira agrícola da Europa a céu aberto, decorreu em Valada, no Cartaxo (Santarém), com perto de 400 expositores e mais de 100 máquinas agrícolas a trabalhar plantações de diferentes culturas. Realizando-se nos cerca de 200 hectares de terreno do mouchão da Fonte Boa, propriedade do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), junto ao rio Tejo, a Agroglobal -- Feira das Grandes Culturas valoriza o saber de experiência feito de gerações de agricultores, mas, ao mesmo tempo, exibe os meios tecnológicos e científicos que um enorme conjunto de empresas coloca à disposição do setor de forma permanentemente renovada. Ao longo de três dias, o certame permitiu aos profissionais do setor assistirem ao vivo ao trabalho de mais de uma centena de conjuntos de tratores e alfaias, alguns deles a serem apresentados pela primeira vez ao mercado português. Promovida pela Valinvest, Investimentos e Gestão Agrícola, em colaboração com a Agroterra, a feira, que se realiza de dois em dois anos, começou em 2009 focada então na cultura do milho e com a presença de uma centena de expositores, envolvendo atualmente toda a agricultura portuguesa, com o número de produtores e empresas de toda a fileira a crescer em cada edição. Este ano com a presença de perto de 400 expositores e mais de 35 mil profissionais, a maior participação de sempre, a Agroglobal alargou as culturas na parte dos pomares, acompanhando o que se passa na atividade agrícola portuguesa - o olival, as amêndoas, as nogueiras, mas também o melhor que se faz no Oeste - a pera e a maçã -, que estão a
ter uma importância cada vez mais significativa. O vasto programa de seminários incluiu uma palestra de Paulo Portas, que falou sobre “Tendências, Riscos e Oportunidades para a Agricultura Portuguesa no Mundo Atual”, integrando o programa dos colóquios que decorreram no auditório Armando Sevinate Pinto. Os debates, que tiveram lugar também no auditório Companhia das Lezírias, culminaram numa sessão sobre a “Revisão da PAC 2020 - que Valor Acrescentado para os Agricultores Europeus”, que foi encerrada pelos pelos ministros da Agricultura de Portugal, Capoulas Santos, e de Espanha, Luis Puchades. O certame voltou a ter em destaque o espaço para apresentação de projetos inovadores, o AgroInov, e este ano disponibilizou um Business Center, para facilitar a realização de negócios, contando ainda com dois espaços de restauração, com vista para o rio, também eles requisitados para eventos de entidades e empresas dirigidos a potenciais clientes. Sob o slogan ‘Nós Semeamos... Negócio!’, a Agroglobal convida os visitantes a pôr os pés na terra e assistir às numerosas demonstrações e ensaios nos mais de 160 hectares de terrenos ocupados com culturas de milho (grão e silagem), tomate, vinha, girassol, olival, sobreiro, pinheiro, eucalipto, amêndoa, batata, mirtilo, pera rocha, laranja, pistáchio, noz, pimento, framboesa. Aos campos de ensaios - fertilização, sementes, agroquímicos, rega, juntaram-se áreas de trabalho de máquinas, pistas para as diversas marcas de tratores e alfaias e zonas específicas para pulverização aérea em pomares, vinha e culturas anuais.
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“NÓS SEMEAMOS NEGÓCIOS” Joaquim Pedro Torres
De 5 a 7 de setembro, em Valada do Ribatejo, realizou-se a AgroGlobal, uma feira agrícola com 200 hectares de terrenos de demonstração, 390 expositores e mais de 50 mil visitantes. A importância da feira vem aumentando a cada ano que passa e a prova disso é a presença do Ministro português da Agricultura, Luís Capoulas Santos, bem como o homólogo espanhol, Luís Planas Puchades, bem como três Secretários de Estado – da Agricultura, Florestas e Internacionalização.
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AgroGlobal teve lugar entre os dias 5 e 7 de setembro e, enquanto feira agrícola, é um espaço de encontro entre todas as entidades que contribuem para a evolução do setor agrícola nacional. Em destaque estiveram os 390 expositores e o terreno de demonstrações, com um espaço de 200 hectares, onde foi possível ver em atividade várias máquinas, de última geração, e testar vários produtos, no que respeita à sua plantação e tratamento. Foi ainda possível assistir a diversos debates e conferências, sobre os temas mais prementes do setor.
Ambiente de negócio Enquanto setor em desenvolvimento e renovação, a agricultura é, atualmente, uma das áreas em que mais novidades existem, no que respeita às técnicas de cultivo e ao processo de mecanização associado. Os expositores presentes na feira empenharam-se para trazer os últimos métodos e técnicas agrícolas, como destaca um dos responsáveis pela organização do evento, Joaquim Pedro Torres: “os participantes organizaram, eles próprios, vários eventos, no que respeita a debates, encontros de negócios e ainda visitas ao campo de demonstração, onde foi possível ver a trabalhar mais de 190 máquinas agrícolas, a maioria delas já com a última tecnologia disponível no setor”. 50 | Revista Business Portugal outubro 2018
No campo de demonstração foram ainda instaladas cerca de 19 culturas, nomeadamente milho (grão e silagem), tomate, pimento, vinha, girassol, olival, sobreiro, pinheiro, eucalipto, amêndoa, batata, melão, mirtilo, pera rocha, laranja, pistácio, noz e framboesa. “Tínhamos diversos campos de ensaio, de forma a dividir as áreas de fertilização, sementes, agroquímicos e rega”.
Conferências com oradores de renome Durante os três dias de certame, os três auditórios da feira estiveram em constante atividade. “Recebemos mais de três dezenas de oradores, entre políticos, responsáveis agrícolas e estudiosos do setor, para analisar e discutir com qualidade e argumentos válidos as questões que se destacam, atualmente, na área”. Temas como Revisão da PAC 2020, Agricultura de Precisão, Regadio, Olival, Frutos de Casca Rija, Batata de indústria, Desenvolvimento Agro-Sustentável Portugal-Angola e o Portugal 2030 atraíram muitos visitantes e expositores às salas de conferência, promovendo sempre o debate são e enriquecedor. “Presentes nestes colóquios estiveram o Ministro da Agricultura português, Luís Capoulas Santos, o seu homólogo espanhol, Luís Planas Puchades, três Secretários de Estado portugueses, nomeadamente dos pelouros da Agricultura, Luís Medeiros Vieira, Florestas, Miguel Freitas, e Internacionalização, Eurico Brilhante Dias, bem como o Diretor-Geral da DG Agri, da Comissão Europeia, Jersy Plewa”. No encerramento da feira esteve ainda presente o Primeiro-Ministro, António Costa.
O pavilhão Agro-Inov Moneris Este pavilhão foi estrategicamente concebido para mostrar a todos os participantes aquilo que de mais inovador existe no setor agrícola. Na Tech Stage estiveram presentes cerca de 60 empresas, que apresentaram as últimas novidades tecnológicas para a agricultura: “a tendência de inovação vai criar uma agricultura 4.0, através da integração da robótica, da análise de dados e da criação de equipamentos agrícolas que darão origem a novos produtos e serviços, naquilo a que podemos chamar uma renovação natural do setor”.
JANSSEN PORTUGAL
com
O SEU ADUBO MULTIFUNCIONAL NOVA GERAÇÃO DE ADUBOS LÍQUIDOS A introdução da Tecnologia do Micro Carbono (MCT) nos fertilizantes líquidos representa um passo vanguardista na utilização dos nutrientes aplicados. A sua composição única permite otimizar a disponibilidade e aproveitamento dos nutrientes por parte das plantas, permitindo assim, mais do que antes, adaptar a adubação às necessidades vitais da cultura. Com os Adubos BluDiamond, a expressão “adubos multifuncionais” ganha todo o sentido. A tecnologia subjacente consiste na utilização de nano partículas de origem vegetal que, graças às suas características, atuam como um veículo ultra eficiente e exponenciam a disponibilidade dos nutrientes para as plantas.
www.hubelverde.com outubro 2018 Revista Business Portugal | 51
HUBEL VERDE
‘AGRONOMIA EM CAMPO’ E ‘JUNTOS FAZEMOS A SUA CULTURA CRESCER’
Equipa Hubel Verde
Estes são os slogans que definem a atividade da Hubel Verde, uma empresa que se dedica à assessoria técnica agronómica, sendo esta certificada. João Caço é o diretor executivo desta entidade e foi com ele que estivemos à conversa por forma a conhecermos um pouco mais sobre a realidade da agricultura atual e quais as mais-valias destes serviços para o sucesso da mesma.
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Hubel Verde (pertencente ao Grupo Hubel) conta com instalações em Olhão – Algarve (onde se localiza a sede), no Ribatejo (em Alpiarça), no Alentejo (em Ferreira do Alentejo) e ainda parcerias no Centro e Norte do país. Ao todo, são 17 técnico-comerciais (todos agrónomos) que percorrem o país de norte a sul prestando apoio aos agricultores. Esta ramificação do Grupo Hubel dedica-se à nutrição vegetal e aos métodos produtivos. “Quando nos direcionámos para a agricultura, os adubos líquidos assumiam-se como a principal novidade. Atualmente, os mesmos necessitam de mais-valias e inovação que acrescentem valor aos produtos dos nossos clientes. Começámos, assim, a trazer a assessoria para o campo”, começou Assessoria técnica agronómica certificada por explicar o nosso entrevistado.
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Com 23 anos de existência, a Hubel Verde já chegou a ter cerca de 70 por cento da área de tomate de indústria adubada segundo as soluções que desenvolvia e, atualmente, ainda mantém fidelizados grande parte dos seus clientes iniciais. A empresa, que se dedica ao desenvolvimento de soluções e metodologias de uso de produto, vê no seu know-how agronómico, na logística de que dispõe (porque possui estrutu-
HUBEL VERDE
ras logísticas e frota próprias) e na capacidade de crédito que apresenta, os pontos-chave do seu sucesso e a garantia de confiança por parte de todos os produtores com quem trabalha. O que distingue a Hubel Verde das outras empresas dentro da mesma área de serviços é o acompanhamento contínuo que é prestado aos agricultores: desde a análise da água, seiva e solo, às recomendações de rega e fitossanitárias, passando pelo plano de adubação, por visitas regulares aos campos de cultivo e pelo plano de aplicações específicas (complementos nutricionais). A juntar a todos estes serviços e mais-valias, a Hubel Verde possui, ainda, acordos com empresas compradoras de maneira a ajudar os agricultores a agilizar o escoamento da sua produção.
A participação na Agroglobal A empresa, pela qual João Caço se assumiu como porta-voz, marcou presença no recente evento que decorreu no Cartaxo: a Agroglobal (a maior feira agrícola nacional, que conta com a presença de toda a fileira de uma forma 100 por cento profissional). “Esta é uma feira bianual e nós marcamos presença nela desde o primeiro ano”, assumiu o diretor executivo da Hubel Verde, que aproveitou o momento
“Quando nos direcionámos para a agricultura, os adubos líquidos assumiam-se como a principal novidade”
Campo de ensaios Hubel Verde
Análises à seiva
para referir que “é pena que os produtores de tomate de indústria estejam arredados desta feira, por força do intenso trabalho de colheita que decorre nesta época. Seria interessante pensarmos em formas de também os termos presentes”. Nesta feira, a empresa especialista em assessoria técnica agronómica deu a conhecer as novidades que espelham o trabalho que realiza. As mesmas prendem-se com o cimentar de parcerias importantes com empresas e centros de investigação, ao nível do desenvolvimento de micro-organismos benéficos para os solos, plantas e ambiente, assim como com empresas que, na área da nanotecnologia, aportam novas abordagens técnicas ao mercado. “Neste momento temos uma parceria com uma empresa americana, responsável pelo desenvolvimento do micro carbono, cujo elemento incorporamos na nossa mais recente gama de fertilizantes, Adubos Bludiamond. A vantagem é que essa solução resulta numa melhor assimilação dos adubos, numa melhoria das condições do solo e, consequentemente, numa agricultura mais sustentável”, garantiu o nosso interlocutor, que assumiu ainda que “a Hubel Verde está cada vez mais focada em trazer para a agricultura produtos de biotecnologia” Em forma de conclusão, o participante da Agroglobal deixou uma mensagem acerca da atual realidade agronómica: “a agricultura hoje é mais saudável do que era há 20 anos e é esse caminho que queremos trilhar, porque acreditamos que é esse o futuro”, finalizou.
Stand Hubel Verde outubro 2018 Revista Business Portugal | 53
SEMILLAS FITÓ
CRESCIMENTO SÓLIDO POTENCIADO PELA INOVAÇÃO A Semillas Fitó, com mais de um século de experiência no setor da agricultura, traz inovação e aumento de produtividade para o setor. Estivemos à conversa com Luís Hilário, que nos apresentou a empresa de que orgulhosamente faz parte.
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Revista Business Portugal marcou presença na AgroGlobal, a maior feira agrícola a nível nacional. Decorreu de cinco a sete de setembro na Valada do Ribatejo e reuniu gerações de agricultores no mesmo evento oferecendo uma variedade de quase 400 expositores. Foi num desses expositores que conhecemos Luís Hilário que nos deu acesso à história da Semillas Fitó, empresa na qual trabalha na área de grandes culturas. Com início em 1880, a empresa mantém, atualmente, a estrutura 100 por cento familiar que vem da sua base. Originalmente fundada em Barcelona, conquistou até hoje o seu lugar nos mercados multinacionais através de filiais, centros de investigação e de importadores locais. Em Portugal começou com o contacto com importadores até que, em 2007, cria uma filial em Algés. Na divisão de grande cultivo a grande aposta é na cultura do milho, mas a empresa conta também com outras divisões de negócio como hortícolas profissionais, áreas verdes e hobby. Todavia, foi nos “últimos cinco ou seis anos que tivemos um acentuado crescimento de vendas de semente de milho híbrido em contraciclo com a área desta cultura em Portugal”, afirma Luís Hilário. A Semillas Fitó é igualmente líder na venda de sementes híbridas de melão branco, no qual uma grande percentagem do mercado de sementes tem a sua assinatura. O que tem vindo a distinguir a empresa é um crescimento sólido potenciado pela inovação. A entidade orgulha-se do estudo cuidado e atento que faz dos terrenos e dos seus produtos. É nos centros de investigação que tem início o desenvolvimento de novas variedades, as quais continuam o seu desenvolvimento no centro de investigação de D. Benito sendo então colocadas em condições de solo e clima idênticas às de Portugal. Luís Hilário explica que o processo normal seria registar variedades e experimentá-las em Portugal para avaliar a sua adaptação. No entanto, preferem partir de um leque muito mais alargado de material genético e ir estreitando o filtro em zonas com características idênticas
Luís Hilário, South Portugal Field Crops Manager
“Tivemos um acentuado crescimento de vendas de semente de milho híbrido em contraciclo com a área desta cultura em Portugal”
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às de Portugal até chegarem a variedades que sejam realmente as adequadas para as condições do nosso país. Estes laboratórios são também uma mais-valia para solucionar os problemas que possam vir a existir. “Quando em Portugal surgiu o problema do Cephalosporium já tínhamos variedades tolerantes a esse fungo. O Cephalosporium está no solo e o principal veículo de transporte de contaminação é a água”, expõe. Foi o rio Tejo que transportou o fungo de Toledo para a zona do Ribatejo. “A planta do milho é infetada logo nos estágios iniciais do desenvolvimento da cultura e é corroída por dentro, até que chega à altura das principais necessidades de água e nutrientes. Por essa altura, os feixes vasculares estão de tal forma corroídos que fica tudo necrosado. Os sintomas deste fungo não são visíveis numa primeira abordagem, mas secam a planta de um dia para o ou-
SEMILLAS FITÓ
tro uma vez que deixam de passar a água e os nutrientes, arruinando as produções”. Ora, a Semillas Fitó tinha a solução ainda antes do surgimento do problema. O trabalho de Luís Hilário é aconselhar a melhor variedade para cada uma das condições de solo e clima. “Temos alguns promotores em Portugal, os quais são coordenados pelos técnicos comerciais da Fitó e trabalhamos a 100 por cento com distribuidores”. Os distribuidores são os clientes da empresa e, por sua vez, os agricultores são os clientes dos distribuidores. Para garantir a aplicação correta dos serviços disponibilizados pela empresa em toda esta cadeia de clientes, a Semillas Fitó oferece formação aos técnicos, que depois dão o apoio técnico ao agricultor.
e a zona de cultivo. Após a inserção destes dados e em função dos dados climáticos da zona, é-nos dado a variedade recomendada e qual a data provável de floração e o dia da colheita. Outro dos programas desenvolvido pela empresa é uma tecnologia de tratamento de sementes: a Fitó Care, que consiste “no tratamento dos milhos com uma substância denominada Leonardita, muito rica em ácidos húmicos e fúlvicos, a qual consegue absorver água que existe no solo e fazer um efeito de tampão térmico em redor da semente”. Este tratamento é útil principalmente em sementeiras precoces, onde as temperaturas baixam muito durante a noite. A vantagem é que origina uma emergência muito homogénea e um maior número de plantas, o que resulta em aumentos de produtividade na ordem dos 4.5 por cento. “Nós pretendemos que o nosso agricultor cada vez fale mais em euros por hectare ganhos e não em toneladas por hectare”. Mostra assim que mais importante do que a produtividade é a rentabilidade e de preferência até mesmo uma produtividade rentável. É nesta base que assenta a filosofia e o grande objetivo da Semillas Fitó. A presença da empresa na AgroGlobal foi uma aposta de sucesso que permitiu o aumento da rede de contactos. “Eu tinha ideia que ia correr bem, mas correu ainda melhor. De acordo com o feedback que recebemos de clientes e agricultores visitantes da feira, superámos as expectativas”, finaliza Luís Hilário.
“Nós pretendemos que o nosso agricultor cada vez fale mais em euros por hectare ganhos e não em toneladas por hectare”
AgroGlobal A Agroglobal, feira agrícola que decorreu este ano entre cinco a sete de setembro, foi um ponto de comunicação forte para a empresa conseguir apresentar o novo programa desenvolvido. Um dos programas é o FAS (Fitó Agronomic Solutions), o qual “consiste num conjunto de serviços que pretendem fazer um bom acompanhamento da cultura desde o início, antes da sementeira, até à altura da colheita.” Existe uma análise de todo o histórico, de forma a ser mais fácil corrigir potenciais problemas. Para facilitar esta tarefa, recorre-se a uma aplicação na qual é possível colocar toda a informação como as datas de plantação, o tipo de plantação
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DESTAQUES 58 CÁMARA DE COMERCIO DE GIJÓN Feira de mostras das astúrias é a maior da península ibérica 59 MINDSEO “Otimizamos processos e maximizamos o sucesso das empresas” 60 GRUPO ARNALDO SARAIVA Uma nova imagem, a mesma dinâmica
ASTÚRIAS FIDMA A Feira Internacional de Mostras das Astúrias (FIDMA), recebeu, na edição de 2018, mais de 700 mil visitantes. Esta é uma feira de caráter internacional, aberta a expositores estrangeiros e que organiza a visita de delegações empresariais com o objetivo de incentivar a economia do principado de Astúrias. É uma feira geral, aberta ao público, na qual expõem empresas relacionadas com os setores de serviços, lazer, comércio, restauração, turismo, etc.
A Fidma é já um ponto de encontro obrigatório nos verões de Gijon. A Revista Business Portugal acompanhou a comitiva de empresários nacionais que foram convidados a conhecer este espaço, que se revela uma montra gigante de todos os produtos espanhóis, mas também portugueses, como são exemplo os pastéis de nata ou até a ginginha de Óbidos.
Quinta das Pratas Cartaxo Portugal
O Hotel Quinta das Pratas situa-se numa zona calma, perto do centro da cidade. Está inserido no complexo turístico/desportivo municipal “Quinta das Pratas”, pondo ao seu dispor campos de ténis e piscinas (ingressão não incluida), incluindo uma coberta com água aquecida e, ainda uma sala de congressos em anfiteatro.
www.hotelquintadaspratas.com Hotel Quinta das Pratas Tel. +351 243 759 154 - Tlm. 919 145 835 info@hotelquintadaspratas.com reservas@hotelquintadaspratas.com 56 | Revista Business Portugal outubro 2018
CÁMARA GIJÓN
A comitiva de empresários portugueses em visita ao stand da EDP
Parada em celebração do Dia da Europa e hastear das bandeiras
O Real Sporting de Gijón conta com uma capacidade de 30 mil lugares... e 24 mil sócios. Tem sempre casa cheia e todos os encontros são uma final
Empresários portugueses reúnem nas instalações da Câmara de Comercio de Gijón outubro 2018 Revista Business Portugal | 57
Álvaro Alonzo, secretário-geral
FEIRA DE MOSTRAS DAS ASTÚRIAS É A MAIOR DA PENÍNSULA IBÉRICA A Cámara de Comercio de Gijón é responsável por toda a organização da FIDMA- Feria Internacional de Muestras de Asturias. Este é o maior certame da Península Ibérica e nesta edição de 2018 contou com mais de 720 mil visitantes durante os 14 dias que esteve aberta ao público.
A
Revista Business Portugal saiu na sua primeira ‘missão’ internacional, com destino às Asturias, na vizinha Espanha. A convite da Cámara de Comercio de Gijón, a sua revista empresarial de referência integrou a missão comercial de empresários nacionais que rumou a Gijón, para participar na Fidma - Feria Internacional de Muestras de Asturias. A Cámara de Comercio de Gijón é uma corporação de direito público que representa os interesses gerais das empresas de Gijón, Carreño e Langreo, e que data a sua criação em 1898. Está vocacionada para oferecer serviços de alto valor agregado às empresas destas regiões, dedicando especial atenção às PME e setores e grupos que demandam mais esforço como comerciantes, autónomos, empreendedores, pessoas com deficiência ou jovens com iniciativas empresariais. Os serviços da Cámara de Comercio de Gijón cobrem uma ampla gama de necessidades da empresa: desde a formação ou abertura de mercados internacionais, passando pelo aconselhamento e apoio à criação de empresas, até novas áreas estratégicas como qualidade, sustentabilidade, comunicação ou novas tecnologias. Álvaro Alonzo, secretário-geral da Cámara de Comercio de Gijón, em entrevista à Revista Business Portugal contou os segredos do suces-
so daquela que é a maior feira de mostras de toda a Península Ibérica. O seu arranque dá-se no primeiro sábado de agosto, tendo a duração de duas semanas. Este ano, a feira que abrange todos os setores de atividade, e onde não faltam as barraquinhas de ‘comes e bebes’, recebeu mais de 720 mil visitantes. Com dias temáticos, onde destacamos o Dia da Europa e do Real Sporting de Gijón, dia que nos presenteou com uma visita ao seu estádio, esta edição contou com cerca de “98 por cento de expositores repetentes”, incluindo portugueses. A gestão da Feira das Astúrias Luis Adaro e do Centro de Conferências permite responder às necessidades setoriais da economia asturiana com a abertura de grandes fóruns de dimensão nacional e internacional, bem como promover o desenvolvimento do congresso e do setor de feiras.
“98 por cento de expositores repetentes”
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Região profundamente industrial Sabia que a transformação de minerais em metal em toda a Europa se faz apenas nas Asturias? Esta realidade revela o quão importante é a indústria nesta região. De acordo com o nosso interlocutor, Álvaro Alonzo, secretário-geral da Câmara de Comércio de Gijon, “22 por cento do PIB das Astúrias é industrial, além de que esta é a única região em toda a Espanha que tem uma central energética”.
MINDSEO
“OTIMIZAMOS PROCESSOS E MAXIMIZAMOS O SUCESSO DAS EMPRESAS” Especialistas em encontrar abordagens transformadoras para resolver os problemas que se colocam às empresas, a MindSEO é uma empresa especializada em estratégia de marketing digital, search marketing e digital intelligence. Situada fisicamente entre Lisboa e Santa Maria da Feira, e digitalmente em todo o mundo, tem vindo a conquistar o mercado pelo rigor incutido em todos os seus serviços.
A
internet está cada vez mais presente no nosso quotidiano. Com tantas informações à distância de um clique, o hábito de comprar e de comunicar online tem vindo a evoluir, obrigando o tecido empresarial a reinventar-se, mas sem deixar de mostrar a sua autenticidade. Por outro lado, o marketing afirma-se cada vez mais como um ramo imprescindível para o mundo empresarial contemporâneo. É precisamente no cruzamento do marketing e da evolução tecnológica e digital que se integra a MindSEO. “É uma empresa que tem mais de 10 anos no papel. No início da nossa atividade colaborávamos com outra empresa que divulgava a marca e os nossos serviços. Eles faziam o trabalho administrativo, e nós prestávamos os serviços”, começou por contar, o administrador, Gilberto Pereira, os primeiros passos da empresa, ainda como startup. “Em 2014, fruto desse trabalho e da pressão de alguns clientes que queriam aprofundar o trabalho connosco tomamos a decisão de constituir a atual estrutura social da empresa”, prosseguiu. Com uma oferta de serviços especializada no SEO (Search Engine Optimization - otimização para motores de busca), a MindSEO estabelece uma forte conexão com as necessidades de cada cliente. “Acompanhamos todo o processo de digitalização de uma empresa. Ajudamos desde a auditoria, à planificação e implementação das boas práticas online. Temos de entender e estudar uma estratégia digital. Temos de analisar os objetivos da empresa e mediante as suas necessidades, adaptamos os nossos serviços. Trabalhamos em prol do mercado que cada empresa quer atingir.”, explicou o administrador.
Daniel e Gilberto Pereira, sócio-fundador e sócio-gerente
“O futuro, já foi ontem” Quando se pensa na evolução digital, temos o reflexo de pensar no futuro, mas esquecemos que estas ferramentas fazem parte do presente. Só projetando o futuro, ao mesmo tempo que utilizamos as ferramentas do presente, é que garantimos a devida eficiência do marketing digital. “O presente passa pelo digital, mas não podemos apenas pensar em computadores e internet. Atualmente estamos atentos a todos os desenvolvimentos digitais, nomeadamente o mobile, a inteligência artificial, as entregas automáticas com drones, ou até a realidade aumentada e a virtualização. Idealizar uma presença digital já passa por aí e não apenas em estar presente na internet. Tudo é possível através do online” elucidou Gilberto Pereira. “Nenhum negócio deverá prescindir de um contacto pessoal, mas a nível de funcionamento há cada vez mais uma automação de serviços que nos permite estar mais próximos de quem nos interessa estar”, acrescentou.
Um novo projeto no mundo do luxo Contando com o apoio da estrutura tecnológica já existente na MindSEO, o sócio fundador Daniel Pereira, encontra-se a desenvolver um novo projeto no mundo do luxo. Juntando o know-how em marketing digital e a experiência no desenvolvimento de negócios e marcas, com a paixão pela relojoaria mecânica de segmento alto, Daniel está atualmente a desenvolver a marca ‘The Watch Collector’ que visa prestar serviços e comercializar várias linhas de acessórios de luxo para a indústria da relojoaria. Para isso, Daniel Pereira tem vindo a procurar parceiros nas áreas da ourivesaria, marcenaria e marroquinaria que correspondam às necessidades da qualidade pretendida. Foi nesse sentido que marcou presença na FIDMA (Feria Internacional de Muestras das Asturias).
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mindseo.pt/gratis outubro 2018 Revista Business Portugal | 59
GRUPO ARNALDO SARAIVA
UMA NOVA IMAGEM, A MESMA DINÂMICA Com mais de 30 anos de atividade, o Grupo Arnaldo Saraiva situa o seu negócio na área da produção, comercialização e distribuição de uma vasta gama de produtos para os setores do papel, da química e da medicina. Na senda do processo de crescimento da empresa está previsto para breve a mudança de instalações.
O
ano de 2018 marcou o início da reestruturação do Grupo Arnaldo Saraiva. No passado mês de fevereiro uma nova equipa de gestão apostou na empresa, iniciando uma nova era no posicionamento e crescimento da mesma. Gonçalo Saraiva, filho do fundador, mantém o elo de ligação ao vasto legado, contando com um elevado know-how na área da logística. Nesta nova fase da empresa entraram ainda como administradores Paulo Garcia, Nuno Ramos e Alexandre Pinto. “O Paulo Garcia tem uma vasta experiência comercial na área das telecomunicações e indústria de papel. Quanto ao Nuno Ramos também ocupou cargos de direção na área das telecomunicações, e assumiu a direção financeira, onde concentra um vasto currículo profissional. Em relação ao meu percurso advém da vertente das Startups e empreendedorismo, sendo que a minha função visa transportar a empresa para o século XXI, introduzindo novas formas de negócio. No fundo, as nossas experiências pessoais e profissionais complementam-se, visto que temos como principal objetivo a consolidação e o crescimento do grupo empresarial”, revela Alexandre Pinto.
MaisProduto e MaisMedical Procurando constantemente estar na vanguarda dos produtos e equipamentos, o Grupo Arnaldo Saraiva está a concretizar um conjunto de investimentos, onde se destaca a criação de novas marcas. Com sede no centro de Portugal, a marca MaisProduto destina-se à comercialização e distribuição de uma vasta gama de produtos de papel e plástico, estando a introduzir um novo segmento de negócio direcionado à área química.
O Grupo Arnaldo Saraiva prima assim pela comercialização de material de alta qualidade, tendo como matriz os pilares da excelência e eficiência junto dos seus clientes e parceiros. A nova administração apresentou duas novas marcas “MaisProduto” e “MaisMedical” que comercializa produtos de saúde, direcionados para as clínicas privadas ou residências seniores. Profissionalismo, experiência e qualidade são, portanto, as principais mais-valias da empresa, que no futuro próximo pretende continuar a crescer e a investir em novos produtos.
Novas Instalações O próximo ano trará ainda mais novidades na dinâmica do Grupo Arnaldo Saraiva, como nos conta Alexandre Pinto: “O nosso maior investimento será a construção de uma fábrica de transformação de papel em Gouveia, que irá começar a laborar em março de 2019. Trata-se de um apoio inserido no Programa de Apoio Comunitário Portugal 2020, no âmbito do segmento inovação produtiva, num contexto ligado à aposta em concelhos de baixa densidade
A nova administração apresentou duas novas marcas, ‘MaisProduto’ e ‘MaisMedical’
Paulo Garcia e Alexandre Pinto, sócios e administradores
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GRUPO ARNALDO SARAIVA
populacional. Nesse sentido, iremos alterar a sede da empresa para o concelho de Gouveia, onde se irá localizar esta nova unidade industrial. Quanto à nova marca ainda está a ser estudada e idealizada”. Mais recentemente, o Grupo Arnaldo Saraiva esteve presente numa missão empresarial à região das Astúrias, onde tomou contacto com a realidade empresarial do país vizinho. “Nesta comissão procuramos sobretudo conhecer melhor o mercado espanhol, tendo em vista o próximo passo que passará pela internacionalização. Por outro lado, analisamos novos fornecedores de produtos médicos, assim como procuramos produtores industriais de maquinaria pesada, para percebermos quais as nossas necessidades e onde iremos centralizar o investimento, no que ao equipamento industrial para as novas instalações diz respeito. Eventualmente poderemos crescer na nossa carteira de produtos, adicionando referências que ainda não produzimos”, refere Alexandre Pinto.
a internacionalização ser o passo natural, sendo o mercado espanhol, o sul de França e a Irlanda os países que pretendemos atingir”, afirma o administrador. Ainda a curto prazo, a administração refere que pretende ser PME Líder no próximo ano, caminhando dessa forma num percurso sustentável, que significará o aumento da faturação, assim como da equipa de colaboradores. “De facto, é um enorme desafio transformar uma empresa familiar numa estrutura empresarial complexa. No entanto, penso que as nossas experiências e os nossos percalços profissionais, fazem desta uma equipa vencedora. Logo, as perspetivas só podem ser positivas”, termina Alexandre Pinto.
“O nosso maior investimento será a construção de uma fábrica de transformação de papel em Gouveia”
Confiança no futuro Olhando para os próximos anos, Alexandre Pinto reconhece que a nova fábrica irá servir a empresa no sentido de ter mais produto e melhor preço para os seus clientes, alargando ainda mais a base de distribuição nacional. “Desde a reestruturação da empresa que temos como intenção o crescimento a nível nacional, mas igualmente internacional, daí
Morada: Zona Industrial de Seia, Caminho do Barrocão, 6270-485 Seia Telefone: +351 238 312 878 Email: geral@arnaldosaraiva.com www.arnaldosaraiva.com
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DESTAQUES 63 MODELS Uma nova imagem, a mesma dinâmica 64 UNIVERSIDADE DE ÉVORA “Preparamos os alunos para o mundo” 66 JANSSEN Inovação farmacêutica: mais anos de vida saudável 68 CONVERGE CAPACITY “Devemos usar a emoção”
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MULHERES LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO Na sociedade atual, a mulher já ocupa uma posição de destaque na organização empresarial. Em todas as áreas de trabalho, a presença feminina é cada vez mais impactante e as características femininas trazem, por vezes, uma forma de trabalhar perfeitamente alternativa e surpreendente. Muitas organizações já optam por ter à frente das suas empresas mulheres cuja história de vida e percurso profissional aportam vantagens, quer no relacionamento
interpessoal, no aspeto organizacional e na gestão dos colaboradores. Nesta edição, poderá conhecer a história inspiradora de três mulheres, que são exemplos de dedicação, compromisso, empreendedorismo e trabalho árduo. Cada uma delas, à sua maneira, tem a capacidade de fazer a diferença na vida dos colaboradores e dos clientes com quem trabalham. A marca distintiva de cada uma fica registada nas páginas seguintes.
MODELS ACADEMY & SALON
UM CONCEITO INOVADOR NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS A Models nasceu há 20 anos, inicialmente enquanto rede de salões de cabeleireiro e estética. Há três anos, surgiu uma nova aposta – a Models Academy, onde os profissionais podem ficar a par das novas tendências na área do cabeleireiro e make up. Sónia Silva, sócia gerente deste projeto, falou com a Revista Business Portugal sobre a concretização deste sonho e da constante evolução deste setor.
C
omo chega a responsável de um espaço em nome próprio? Licenciei-me em Gestão de Empresas, e durante esse tempo de estudo, para ganhar dinheiro e ser autónoma, comecei a trabalhar num cabeleireiro aos fins-de-semana e férias da escola. Foi lá que conheci a minha amiga e atual sócia Elsa. A Models nasceu de um sonho meu e da Elsa de criar um cabeleireiro diferenciador, sempre atual e reconhecido. Há 20 anos decidimos unir forças e tornar esse sonho realidade. O objetivo inicial era criar uma rede de salões com os mesmos ideais e conceitos. Após cinco anos abrimos o segundo espaço e passados dois anos abrimos o terceiro, mais direcionado para a Estética. Quatro anos depois, abrimos o quarto espaço. Tornou-se complicado a gestão de todos os salões pela escassez de trabalho profissionalizado, e de responsabilidade, então decidimos manter os dois primeiros espaços e encerrar os outros. A nossa marca desde então ficou muito reconhecida no mercado, e há 10 anos a empresa L’Óreal Professionnel convidou-nos para fazer parte da equipa criativa e formadora. A partir daí desenvolvemos ainda mais o gosto pela formação. A Models Academy surgiu há três anos, precisamente porque a paixão pelo que fazemos e de formar outros profissionais é tão grande que queremos partilhar os nossos conhecimentos, sendo que também aprendemos muito com todos.
cionamos uma equipa de formadores de excelência, profissionais de renome que também adoram partilhar os seus conhecimentos. Temos apostado primariamente em formadores nacionais e vamos também internacionalizar a nossa formação. Trabalho também em Sónia Silva e Elsa, moda, estou presente em backstasócias-gerentes ge de desfiles em vários paises tais como New York Fashion Week, Paris Fashion Week, London Fashion Week, Milan fashion week, e em editoriais de moda. Porque as mulheres e os homens têm cada vez mais cuidado consigo, com o seu bem-estar e aspeto, a procura nestas formações tem aumentado, inclusivamente por parte de profissionais? Cada vez mais, a beleza no homem e na mulher é mais cuidada, com naturalidade mas sempre atual e atenta às tendências. Os nossos clientes reconhecem o nosso trabalho e confiam totalmente em nós. O feedback tem sido incrível. Em relação à academia, cada vez temos mais procura, os formandos admiram o nosso trabalho, as formações vão sempre ao encontro das suas necessidades e o nosso grau de exigência é elevado. Normalmente, são workshops de um ou dois dias muito intensos, onde se mostra as tendências, se fala em temas muito atuais e se tiram muitas dúvidas na execução dos serviços que lhes pedem. Agora que se aproxima uma nova estação, quais as tendências que aí vêm? Nos cabelos, pra esta nova estação, temos contrastes mais definidos, sempre com muita naturalidade de tons, cores marcantes mas que fluem bem nos tons naturais. Os cortes com mais evidência em degradés. Na make up algum brilho nos olhos, mas com pouco contraste de tons, lábios com tons matte e mais marcados. Por onde passa o futuro da Models Academy Salon? A nossa marca está num processo de evolução, pelo que o futuro passa por expandir a nossa academia para outras cidades nacionais e para outros países e ainda continuar a criar coleções próprias.
Como tem corrido esta aposta? Esta aposta tem corrido muito bem, mas tudo se deve ao enorme empenho e investimento na profissão que temos desenvolvido. O que distingue o seu espaço dos restantes existentes na área da formação em estética e cabelos? Os nossos salões são diferenciadores, desde logo pela apresentação dos espaços, onde o conforto e a equipa são premium. São espaços muito acolhedores e bem estruturados. A nossa academia de formação tem como principal objetivo formar profissionais da área do cabeleireiro, sempre atentos às tendências. Para isso sele-
MODELS ACADEMY SALON - Trav. Antero de Quental nº43 Jovim Tel. 224 501 186 MODELS CABELEIREIROS Av. da Carvalha loja 7,8,9 | Galerias da Carvalha Fânzeres Tel. 224 881 891 modelscabeleireiros@gmail.com/ modelsacademysalon@gmail.com www.modelsacademysalon.com
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UNIVERSIDADE DE ÉVORA
“PREPARAMOS OS ALUNOS PARA O MUNDO” É uma das três reitoras em Portugal. Até à data, apenas cinco mulheres ocuparam o lugar máximo na organização das Universidade portuguesas. Ana Costa Freitas é a Reitora da Universidade de Évora e cumpre, atualmente, o seu segundo mandato. Em entrevista à Revista Business Portugal, fala-nos do passado, presente e futuro da instituição.
Ana Costa Freitas, reitora
O percurso de Ana Costa Freitas Começou, naturalmente, como professora universitária. Iniciou-se como assistente na Universidade de Évora e depois seguiu para a Universidade Nova de Lisboa, para fazer o Doutoramento e aí permaneceu durante 18 anos, como professora auxiliar do departamento de química. Em 2001 regressa a Évora como professora associada. De 2006 a 2010 ocupou o cargo de Vice-Reitora e, em 2010, rumou a Bruxelas para ingressar no Gabinete de Conselheiros Políticos do presidente da Comissão, à época Durão Barroso, onde permaneceu por três anos. Já em 2014, de regresso à Universidade de Évora, candidata-se a Reitora. Nesse ano venceu as eleições, feito que tornou a repetir já em 2018, cumprindo atualmente o seu segundo mandato.
É
uma das três reitoras em Portugal. São mulheres num mundo de homens ou este número reduzido de líderes femininas nas organizações do ensino superior no nosso país é apenas uma coincidência? Confesso que não acredito que esta realidade tenha que ver com questões de género. Neste momento, há três mulheres reitoras e, quando ganhei as eleições, havia apenas uma, a reitora da Universidade Católica. Até à época tinha havido apenas mais uma, a reitora da Universidade de Aveiro, pelo que, neste momento, contam-se ainda pelos dedos de uma mão as reitoras portuguesas, uma vez que houve apenas cinco mulheres reitoras desde que há universidades em Portugal. Essa questão que me coloca já me foi colocada diversas vezes, se sentia alguma diferença por parte dos meus colegas, mas posso afirmar que não, não sinto, de todo! Até porque, teoricamente, temos que ter a capacidade de perceber, e obviamente o CRUP (Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas) percebe, que não é uma questão de género. Mas acaba por ser um dado curioso, uma vez que há muitas mulheres vice-reitoras, muitas mesmo, mas depois há poucas reitoras. Há qualquer coisa que ainda falha, mas não sei se é de nós próprias, que depois não avançamos por quaisquer razões, seja por questões familiares ou sociais, não tenho bem a certeza ainda. Mas não me sinto uma mulher num mundo de homens, apesar de tudo, felizmente. Arranca agora um novo ano letivo. Quais as suas expectativas para a Universade de Évora? Desde o final da crise que temos tido um aumento gradual do número de estudantes, o que tem sido muito bom. Este ano, aumentámos ainda mais e espero que tenhamos cerca de mais 300 alunos nos três ciclos, o que para a Universidade é muito bom. A Universidade de Évora vem-se afirmando, aliás, penso que todas as Universidades têm que se afirmar pelo lado da investigação, e ter esse conhecimento e essa base científica forte nos cursos que lecionamos e na forma como lecionamos os mesmos. Penso que o reforço da vertente de investigação é muio importante para os alunos prosseguirem a sua formação, nomeadamente após o primeiro ciclo passarem para o segundo e, eventualmente, fazerem o doutoramento, mas terem uma base muito forte e a consciência da importância que irão ter no desenvolvimento de uma sociedade e principalmente na sua estabilidade económica, que só se conseguirá pelo aumento do conhecimento. Estou em crer que nunca haverá um desenvolvimento sustentável que não seja baseado em ciência/conhecimento. 64 | Revista Business Portugal outubro 2018
Mas, com certeza, a preocupação das Universidades passa também por formar pessoas para a sociedade... Certamente! Temos também uma preocupação grande, pois nós não formamos só pessoas. Aquilo que nós transmitimos aos nossos estudantes não é só a matéria de um curso, não ensinamos apenas biologia ou matemática, nós preparamos pessoas para a sociedade, há também aqui um percurso de cidadania. Portanto, é preciso que haja uma formação completa, humanística e científica. Penso que isso é algo que conseguimos aqui na Universidade. O facto de ser uma universidade pequena tem a vantagem de termos uma proximidade muito grande com os estudantes. Eu, enquanto reitora, recebo e-mails dos estudantes e recebo-os meu gabinete e isto não é tão suscetível de acontecer numa universidade muito grande. Além disso, os docentes têm uma maior abertura porque, como há menos gente, as relações são mais próximas. Temos sempre que perceber que estamos a falar de uma universidade regional, do interior, numa zona demograficamente deprimida, mas que se afirma, e tem obrigação de o fazer, no contexto internacional. Perante esta realidade, têm também uma missão acrescida: revitalizar a região onde estão inseridos? Sim, sem dúvida que essa é uma das
UNIVERSIDADE DE ÉVORA missões da Universidade. Mas quero deixar uma ressalva: nós não preparamos os alunos nem lecionamos os cursos para a região, nós preparamos os alunos para o mundo! Mas claro que há também essa preocupação, que sentimos ser de uma importância muito grande. Eu, particularmente, tenho uma enorme preocupação com o Alentejo e com o problema demográfico que aqui existe. Temos é que ter a capacidade de atrair as pessoas para cá, que não têm necessariamente que ser as que estão na Universidade. Nesse sentido, temos vários protocolos com as Câmaras Municipais, uma grande ligação com outros Centros de Investigação e também com os Institutos Politécnicos que estão aqui na região, pois é preciso, para o Alentejo, uma maneira de pensar inovadora, economicamente sustentável, de ciência e de formação e conhecimento. Até porque acredito que, se não houver conhecimento, dificilmente conseguiremos progredir. Assim, as nossas áreas fundamentais são as mais diretamente relacionadas com a região, nomeadamente tudo o que se liga ao Ecossistema Mediterrânico, Ambiente, Ordenamento do Território, Gestão da Água, o Património, ou não estivéssemos nós numa cidade património da UNESCO. Há ainda uma área forte que se liga com os percursos de vida e bem-estar,
precisamente por causa do problema da demografia e do envelhecimento. Mas o mundo está em constante evolução e se todos temos que saber evoluir, as Universidades por maioria de razão, também. Estamos, portanto, a apostar muito na vertente do Aeroespacial, porque tem futuro na região, devido às empresas que aqui estão sediadas e porque é um desafio ao qual quisemos responder, e que responderemos seguramente com a qualidade que nos é reconhecida. Mas evoluímos sempre. Os cursos fundacionais da Universidade foram ligados à agricultura (Engenharia Agrícola, Engenharia Zootécnica e Arquitetura Paisagista). As transformações que se têm vivido na agricultura obrigaram também a uma transformação dos cursos lecionados nessa área e atualmente, p.e. abrimos o primeiro mestrado em agricultura de precisão, pois esse é o futuro da agricultura; até porque a realidade é outra, nós já não temos agricultores, nós temos empresários agrícolas e esse tem sido um dos motores do desenvolvimento da nossa economia. Vejamos o exemplo da agricultura de regadio. Não há muitos anos atrás, nunca se julgou ser possível agricultura de regadio no Alentejo. Estes exemplos vêm confirmar que a evolução e a investigação são o futuro da Universidade e é esse caminho que queremos continuar a traçar.
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JANSSEN
INOVAÇÃO FARMACÊUTICA: MAIS ANOS DE VIDA SAUDÁVEL A Janssen é a companhia farmacêutica do maior grupo de cuidados de saúde do mundo: a Johnson & Johnson. A empresa tem investido em Portugal de uma forma contínua e de forma mais incidente recentemente. “O nosso maior objetivo é fazer a diferença na vida dos doentes e contribuir para mais anos e qualidade de vida” quem o diz é Filipa Mota e Costa, que nos concedeu esta entrevista.
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oderíamos começar por uma breve apresentação da Janssen enquanto companhia farmacêutica. Qual a sua grande missão e que valores caracterizam a sua atuação em todo o mundo? A Janssen é a companhia farmacêutica do maior grupo de cuidados de saúde do mundo: a Johnson & Johnson. Como tal, tem uma responsabilidade acrescida no desenvolvimento de tratamentos inovadores que dêem resposta às necessidades médicas não preenchidas e em garantir um uso e um acesso apropriados a estes tratamentos, para que os doentes e a sociedade deles beneficiem. Acreditamos convictamente no impacto positivo que podemos gerar na comunidade, na responsabilidade que temos para com os profissionais de saúde, para com os doentes e suas famílias e no desenvolvimento profissional e pessoal dos nossos colaboradores. Estes valores são parte do Credo da Johnson & Johnson criado em 1943 e são essenciais para o sucesso da missão a que nos propomos. Quando e em que contexto a Janssen entrou no mercado português? E que balanço podemos fazer da presença desta companhia farmacêutica no nosso país? A Janssen está em Portugal há 35 anos. Desde 1983 que temos vindo a fazer a diferença na vida de milhares de doentes. E esse é o Filipa Mota e Costa, diretora-geral
melhor balanço que podemos fazer: quantas empresas contribuem para vidas mais saudáveis, mais longas e mais felizes? Somos hoje uma das maiores empresas farmacêuticas em Portugal e, das 20 maiores do setor, aquela que regista maior crescimento. Sendo uma companhia totalmente dedicada à inovação terapêutica, este crescimento significa que há mais doentes em Portugal que têm beneficiado de novas respostas e terapêuticas inovadoras. Este impacto será particularmente evidente agora que conseguimos que Portugal voltasse a ser considerado um país prioritário para a área de Investigação e Desenvolvimento da Johnson & Johnson, que se corporiza numa nova unidade de ensaios clínicos e para a qual já recrutámos os primeiros colaboradores. Os ensaios clínicos são uma enorme mais valia para o país: para doentes - por permitirem um acesso precoce a terapêuticas mais inovadoras; para os médicos/ investigadores – por se manterem atualizados em termos científicos; e para os hospitais enquanto fonte de receita e poupança gerada. Além do benefício para os doentes, a presença da Janssen em Portugal tem também um balanço muito positivo do ponto de vista económico e social. Hoje, somos mais de 160 colaboradores, dos quais 90 por cento com formação superior. Continuamos a criar todos os anos novos postos de trabalho, o nosso programa de estágios regista uma taxa de integração superior a 70 por cento e temos condições que permitem que mais de vinte dos nossos colaboradores, estando sedeados em Portugal, cumpram funções internacionais. Quais as vossas áreas de especialidade? E por que razão a Janssen optou por se circunscrever a estes focos de intervenção em particular? A Janssen já desenvolveu múltiplas terapêuticas que têm feito a diferença de forma significativa na vida dos doentes, contabilizando mais de 80 medicamentos, 11 dos quais figuram na lista de fármacos essenciais da Organização Mundial de Saúde. Atualmente, estamos focados em áreas terapêuticas consideradas prioritárias pela Organização Mundial de Saúde: Oncologia, Imunologia, Infecciologia e Neurociências. Recentemente estendemos a nossa área de intervenção à Hipertensão arterial pulmonar ao adquirirmos a Actelion. Em todas elas fazemos a diferença. A Janssen assume-se como uma empresa que procura a inovação, incentivando a investigação e o desenvolvimento científico através de parcerias com os mais variados agentes, sejam eles outras empresas, laboratórios ou instituições de ensino. Quais são os principais parceiros da Janssen em Portugal? Costumamos dizer que colaboramos com o mundo para a saúde de todos porque a inovação é mais facilmente gerada se em parceria.
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JANSSEN Parcerias para encontrar soluções para os doentes, para impulsionar o avanço da medicina e contribuir para políticas que promovam o bem-estar das comunidades. Estamos à procura das boas ideias, estejam elas onde estiverem. O nosso posicionamento é de total abertura e de colaboração com os hospitais, com as Universidades, os centros de investigação, empresas de biotecnologia e restante indústria farmacêutica, entre outros parceiros. Em Portugal, em particular, temos parcerias com a Universidade Nova de Lisboa, a Universidade Católica, o grupo Lusíadas e a Médis - que são nossos parceiros na incubadora para a saúde Healthcare City - entre outras. Inauguraram recentemente as novas instalações em Portugal. Quais as mais-valias que este espaço trará? O investimento na nova sede sinaliza a aposta no reforço da presença em Portugal. Queremos estar com Portugal para toda a vida e por isso estamos agora num edifício com espaço para crescer, moderno e tecnológico, construído e decorado com materiais nacionais e com referências ao nosso país. Um edifício que oferece melhores condições de trabalho, mais ergonómicas e que proporcionam maior bem-estar dos colaboradores, e que simultaneamente espelham a consciência ambiental da companhia ao apostarmos na diminuição do consumo de água, de gastos de energia e de emissões de carbono. Que leitura nos pode fazer do atual estado do setor farmacêutico no nosso país? E quais os principais desafios que as empresas encontram no panorama nacional? O sector farmacêutico foi o que mais contribuiu nos últimos anos para a sustentabilidade do setor da saúde em Portugal. Mas o nosso impacto na economia poderia ser consideravelmente maior. Temos as grandes multinacionais com operações em Portugal e bastaria melhorar algumas condições para que o país fosse mais atrativo a um maior investimento, sejam centros de serviços, produção ou ensaios clínicos. O potencial para a economia do país é enorme. É necessário um ambiente mais favorável para o setor. Atualmente, o nível da dívida hospitalar ou a demora no acesso a terapêuticas inovadoras estão longe dos parâmetros europeus e não ajudam à captação de investimentos para Portugal. Fazemos a diferença na vida dos doentes, mas podíamos fazer maior diferença na vida de todos os portugueses. Considera que os incentivos e apoios proporcionados pelas entidades governamentais – em Portugal e noutros países desenvolvidos – à investigação científica têm sido adequados? Portugal tem de apostar mais em ensaios clínicos e investigação, seja pelo valor que trazem para os doentes, pela poupança hospitalar que significam, pelo impacto económico que geram, ou pela criação de emprego altamente qualificado que representam, é uma aposta de alto retorno para o país. A nossa nova unidade de ensaios clínicos resulta de um esforço considerável de vários anos para que Portugal voltasse a ser país prioritário para I&D da Johnson & Johnson. As autoridades em Portugal têm estado mais despertas para este tema. Há boa vontade, falta concretizar. Em particular nos hospitais têm de ser criadas condições para que possam realizar os ensaios clínicos com a qualidade e agilidade que concorram ao mais alto nível europeu. Um dos grandes valores que a Janssen defende é a impor-
tância de garantir que os pacientes se encontrem devidamente informados e munidos de poder de decisão. De que forma a empresa contribui, no dia-a-dia, para o alcance deste objetivo? A Janssen acredita que cada vez mais o mundo dos cuidados de saúde será constituído por doentes informados que querem ter acesso ao melhor tratamento disponível. É nessa senda, potenciando a partilha de expertise, que trabalhamos todos os dias. Em parceria com múltiplos organismos e entidades, com a associações de doentes, apostando na educação médica, na sensibilização da população para a importância da prevenção e do diagnóstico, bem como para um maior conhecimento geral das terapêuticas hoje existentes e da importância da inovação. Estamos empenhados em trabalhar centrados no doente, para tratar, curar, evitar e prevenir algumas das doenças mais impactantes da nossa era. E isso só será possível com informação e poder de decisão. A Filipa é uma mulher num mundo de homens? Como lida com essa realidade? Tenho o privilégio de trabalhar numa companhia onde o mérito vem antes do género. E por isso vejo com muita naturalidade mulheres a assumirem lugares de destaque na empresa. Seja a nível da direção em Portugal, seja a nível internacional. Na Janssen Portugal, cerca de 60 por cento dos nossos colaboradores são mulheres, têm as mesmas oportunidades que um homem e para a mesma função igual salário. Gostaria que fosse assim em todos os sectores e em todos os países. E que mais-valias acredita trazer à instituição ao liderar no feminino? Gostaria de trazer “Sensibilidade e bom senso” - mais que o título de um livro, são duas mais valias para qualquer empresa que uma liderança pode imprimir. Gostaria que os nossos colaboradores sentissem em pleno o valor do seu trabalho, que isso os orgulhe e que encontrem na Janssen as condições para se realizarem enquanto pessoas. É o que procuro incutir com a minha equipa de liderança. Que previsões, objetivos e ambições reserva a Janssen? O nosso maior objetivo é fazer a diferença na vida dos doentes. Dar-lhes esperança e contribuir para mais anos e qualidade de vida. É daí que resulta a nossa ambição de crescer, pois sabemos que significa que mais doentes em Portugal serão tratados com a melhor inovação. Mas significa também que estaremos a criar emprego altamente qualificado e oportunidades de desenvolvimento para quem trabalha connosco. outubro 2018 Revista Business Portugal | 67
CONVERGE CAPACITY
“USANDO A EMOÇÃO” É este o mote que, diariamente, dá corpo à equipa da Converge Capacity. O Centro de Desenvolvimento, com sede em Fafe, acredita no potencial de cada indivíduo, pelo que tem como principal missão facilitar a procura e criação de oportunidades que promovam a transversalidade do crescimento: na sua dimensão física, emocional, cognitiva e social.
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m entrevista à Revista Business Portugal, Lúcia Silva, CEO da Converge Capacity e Filipa Costa, psicóloga da mesma empresa, descrevem a sua área de atividade como “relevante para singrar na sociedade atual com enfoque no desenvolvimento de competências de ouro (golden skills) que permitam capacitar o indivíduo para alcançar o sucesso pessoal, social e académico/ laboral”. O Centro de Desenvolvimento abrange várias áreas que vão desde a formação de professores e de alunos, treino mental e pedagogia Montessori como premissa para o sucesso escolar e pessoal dos alunos, psicologia, terapia da fala/ocupacional, mediação familiar (divórcio/separação; responsabilidades parentais e heranças) até intervenções em grupo.
Projeto BASE (A Brincar Aprendo a Ser e Estar) O projeto BASE surgiu pela partilha de um ideal comum entre Filipa Costa e Lúcia Silva, que “defendem que só as competências
Filipa Costa e Lúcia Silva, psicóloga e ceo
cognitivas dos alunos não ditam o seu sucesso”. Acreditam que usando a emoção se consegue ultrapassar desafios, mudar comportamentos e relacionar melhor com os outros e que isso pode ser aprendido. O BASE constitui uma intervenção em grupo, destinada às crianças do pré-escolar, que promove a literacia emocional e foi implementado, no concelho de Guimarães, na rede pública de Jardins de Infância, nos dois anos transatos. Pelo seu sucesso poderá vir também a estender-se aos alunos do 1ºciclo. O projeto é pensado para uma faixa etária específica (idade pré-escolar) e valoriza a articulação e proximidade com os agentes educativos na procura de uma resposta convergente para cada criança. O trabalho desenvolve-se através de atividades lúdicas adaptadas, para ajudar as crianças a reconhecerem as suas próprias emoções e as dos outros, a interagirem de forma positiva, a resolverem de forma adequada os problemas e a serem mais felizes. Pais presentes, têm crianças mais felizes! É com este foco que num futuro próximo é pretensão desta equipa partilhar com os pais, o que realmente afeta os seus filhos: o que deixa a criança feliz ou triste, com ou sem medo, com ou sem raiva são algumas das vivências que conseguem identificar nas crianças. Reconhecendo que os pais estão cada vez mais preocupados com o bem-estar dos filhos, consideram premente promover um contacto com estes que os ajude a compreender melhor as necessidades emocionais dos seus filhos, em detrimento de outras.
No que toca a projetos futuros, o que podemos esperar desta equipa carregada de emocionalidade? São muitos os desafios a que se propõe! Por um lado, tentar que este tipo de projetos seja aplicado longitudinalmente, estendendo-se ao 1º e 2º ciclos. Por outro lado, responder de forma eficaz às exigências da sociedade atual, ao facilitar a tomada de consciência, quer aos agentes de educação, quer aos educandos, do caminho a percorrer de forma a atingir o que querem ser. 68 | Revista Business Portugal outubro 2018
ALGARVE PARA LÁ DO VERÃO A Revista Business Portugal continua por terras algarvias, para lhe dar a conhecer mais exemplos do que de melhor se faz nesta região. Os diversos setores da economia estão representados na edição de Setembro, com negócios que, claramente, estão desenhados à medida do Algarve. A área dos recursos humanos é uma das mais importantes no Algarve, dada a dificuldade para encontrar mão-de-obra durante o verão e a escassez de oferta de trabalho durante o inverno. A construção civil e as piscinas são áreas
DESTAQUES 70 TIMING O segredo do sucesso está nas pessoas 74 GRUPO FERRAMACHO “Somos uma empresa de liderança com um serviço centrado na qualidade” de construção intimamente ligadas, se considerarmos que, no Algarve, quase todas as habitações, condomínios ou unidades hoteleiras têm piscinas. Nesta edição, poderá encontrar exemplos de construção civil moderna e piscinas cuja conceção e construção podem custar milhares de euros. As salinas de Santa Luzia estarão também em destaque, enquanto produtoras de um recurso endógeno único na região. Venha conhecer mais um pouco do que o Algarve tem para oferecer, além do turismo de “Sol e praia”.
78 CONSTRUÇÃO BRUNO BROTO Experiência em trabalhos de qualidade 80 TECHNOLOJE O conforto do lar sustentado na tecnologia 81 CARPINTARIA FRIEZA Qualidade e experiência ao serviço do cliente 82 BRASFONE “A transformação digital começa nas pessoas” 84 TECFIMA “Queremos continuar assim, a crescer” 86 DREAMPOOLS A experiência aliada à qualidade 88 CAMPERSERV A primeira paragem dos autocaravanistas 90 BON BON CATERING Um prato, várias origens
Hospedaria Sanches Urbanização Quinta da Arrocásia, lt. 1 2580, Alenquer T: 263 733 051 E: tixasanches@hotmail.com
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TIMING
O SEGREDO DO SUCESSO ESTÁ NAS PESSOAS A Timing nasceu há três anos e meio, pela mão de Ricardo Mariano, um jovem empreendedor, que decidiu fundar uma empresa de recursos humanos e trabalho temporário, que se distinguisse das restantes no seu setor. Com uma equipa coesa e uma grande estima por todas as pessoas com quem trabalham, a Timing é uma empresa reconhecida na região algarvia, que trabalha diariamente para vir a tornar-se um grupo empresarial de referência em todo o país.
R
icardo Mariano conheceu o mundo do trabalho temporário por intermédio da mãe. “Ela obrigou-me a escolher – ou ia trabalhar para uma piscina de um hotel ou para um escritório. Eu optei pela primeira e percebi, ao longo do tempo, que no Algarve não existiam empresas de trabalho temporário e de recursos humanos que colmatassem as falhas na procura e na oferta de mão de obra”. Quando tinha 21 anos, Ricardo Mariano foi convidado para fazer parte de uma empresa de trabalho temporário, constituída por cinco sócios. Aceitou o desafio e fez parte dessa empresa durante os sete anos seguintes. Com 28 anos, vendeu a sua quota na empresa e, um ano depois, nascia a Timing. “Para liderar uma empresa de Ricardo Mariano, administrador
“Não foi difícil melhorar, porque esta é uma área que ainda precisa de muita inovação e melhoria tecnológica. É fácil introduzir novos conceitos e novidades, porque ainda falta fazer muita coisa” trabalho temporário é preciso gostar de pessoas. Isso é fundamental, porque cada trabalhador da Timing é um embaixador da empresa no mercado de trabalho, e se não tivermos estima pelas pessoas, elas considerarão que trabalhar connosco ou com outra empresa qualquer desta área é exatamente igual e isso não é bom”.
O conceito Timing Dada a sua experiência no mercado do trabalho temporário, Ricardo Mariano sabia como funcionavam outras empresas da área. Com a Timing, quis fazer diferente. “Não foi difícil melhorar, porque esta é uma área que ainda precisa de muita inovação e melhoria tecnológica. É fácil introduzir novos conceitos e novidades, porque ainda falta fazer muita coisa”. Entre as novidades que a Timing lançou, aquando da sua criação,
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TIMING
nós. Na verdade, se o individuo já é uma boa pessoa, já tem consigo valores com os quais a Timing se identifica, como a responsabilidade, a vontade de aprender e o empenho no trabalho. Para mim, é particularmente satisfatório conseguir colocar no mercado de trabalho pessoas entre os 30 e os 50 anos, que são novas para se reformar e cujos potenciais empregadores já consideram velhos para assumir um novo trabalho, mas temos pessoas de todas as idades connosco”. Ricardo Mariano explica que, quanto mais alta é a qualificação profissional, maior é a probabilidade de o trabalhador ser alguém de nacionalidade portuguesa. Por outro lado, as profissões menos qualificadas são desempenhadas por imigrantes, mas nessas áreas também começam a surgir bastantes portugueses, devido ao decréscimo do número de imigrantes na região algarvia. O Algarve é uma região diferente, de cidade para cidade. É fácil encontrar uma determinada necessidade de mão de obra num local específico do Algarve e, numa outra cidade, a necessidade ser diferente. “Temos uma equipa de assistentes de recursos humanos, que funcionam quase como agentes de cada um dos nossos colaboradores. Eles têm destacam-se três serviços que a empresa coloca ao dispor dos seus colaboradores e que não existem nas outras empresas. “Criámos uma linha de apoio ao colaborador, que permite que toda a gente tenha acesso facilitado ao nosso escritório, quando precisam de pedir, por exemplo, recibos, declarações, ou tratar de outro tipo de questões burocráticas que possam surgir. Temos pessoas que residem em zonas mais rurais e cuja deslocação se torna mais complicada, que assim acedem aos nossos serviços com a mesma facilidade que qualquer outro colaborador”. Um segundo serviço é o Timing Card, que consiste num cartão da empresa que dá aos colaboradores descontos em vários serviços, como combustível, cinema, telecomunicações, protocolos com empresas da área da saúde e do bem-estar, que vão desde ginásios a clínicas e restaurantes de comida saudável. Há ainda um terceiro serviço, o de transporte por parte da empresa, onde a Timing também se distingue: “o Algarve é muito mal servido de rede de transportes, o que dificulta a deslocação das pessoas. A maioria das empresas de trabalho temporário cobra ao próprio colaborador, caso este necessite de utilizar o transporte que a empresa tem disponível. Nós não fazemos isso. Temos cerca de 16 carrinhas e três autocarros e todos os trabalhadores podem usufruir deles, caso necessitem de se deslocar de e para os locais de trabalho. Este serviço inclui Wi-Fi gratuito”. A Timing disponibiliza ainda um serviço de recrutamento e seleção, desta feita direcionado às empresas suas clientes, que por vezes recorrem à Timing no sentido de levar a cabo todo o processo de seleção e recrutamento de colaboradores.
“A Timing contrata boas pessoas” Atualmente, trabalhar para uma empresa de trabalho temporário pode ser, sobretudo, uma forma de ingressar no mercado de trabalho. Porém, ainda existem pessoas para quem as oportunidades de estabilizar financeiramente só surgem através desta empresa. “O carácter é muito importante para
uma carteira de clientes – empresas – e uma carteira de colaboradores que vão gerindo e garantindo que todos estão nos melhores lugares possíveis e mais adequados às suas qualificações”. Atualmente, como refere Ricardo Mariano, todas as empresas recorrem a empresas de trabalho temporário, de forma a conseguirem mão de obra. “Antes, eram só as grandes empresas que faziam uso dos nossos serviços, mas agora tenho uma carteira de empresas que vai desde a maior do país até uma empresa local”. Quando a Timing nasceu, Ricardo Mariano admite que eram os comerciais da empresa que iam em busca de clientes empresariais, que necessitassem de colaboradores e cuja falta a Timing podia suprir, mas neste momento isso já não acontece: “não temos comerciais na rua, são as empresas que nos procuram quando precisam de resolver um determinado problema”.
O papel da Timing junto do empregador e do empregado “O grande desafio é fazer com que o trabalhador temporário não se sinta diferente do trabalhador direto da empresa, até porque ser trabalhador temporário é uma situação que pode durar anos. Há quem prefira ser trabalhador temporário, porque nunca assina contrato sem termo
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TIMING
com nenhuma empresa e pode sempre sair de um determinado trabalho, se não estiver a correr bem, e ser colocado noutro que o satisfaça mais”, conta Ricardo Mariano. “É preciso responsabilizar o trabalhador, no sentido de lhe fazer entender que não tem nem mais nem menos responsabilidades que os trabalhadores diretos da empresa. Por outro lado, no que respeita às empresas, tentamos sensibilizar os responsáveis para o facto de tratar, respeitar e orientar os trabalhadores como se fossem colaboradores diretos da empresa, porque quanto mais a pessoa se sentir integrada, melhor será a sua produtividade”.
Do Algarve para o mundo Ricardo Mariano é um homem ambicioso, mas também bastante lúcido, no que respeita à possibilidade de crescimento da empresa. “Nós já somos uma empresa de referência em toda a região do Algarve, onde temos seis delegações, e já estamos também presentes
em Lisboa e no Sul de Espanha, mas o objetivo é ser um grupo de referência a nível nacional. Todos os verões temos mais de mil pessoas a trabalhar através da nossa empresa e temos uma enorme dinâmica de colocação e recolocação de trabalhadores. No inverno, levamos inclusivamente trabalhadores daqui para Espanha. Temos também uma equipa interna, que trabalha de forma coesa e que está 24 horas disponível para dar apoio quer aos trabalhadores temporários, quer às empresas onde estes estão colocados. Estão reunidas as condições ideais para crescermos, de maneira sustentada. Ainda se irá escrever muito sobre a Timing”.
TIMING SEDE Rua Arthur Águedo de Miranda Nº 3, Loja H, 8005-139 Faro Telf: (+351) 289 090 390 • Fax: (+351) 289 090 569
www.timing.pt
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JANSSEN PORTUGAL
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GRUPO FERRAMACHO
“SOMOS UMA EMPRESA DE LIDERANÇA COM UM SERVIÇO CENTRADO NA QUALIDADE” A primeira empresa do grupo foi fundada em 2001 e desde então iniciou-se um percurso de sucesso, onde se destaca um crescimento assinalável devido ao empenho e dedicação que contribuíram para se afirmar neste setor.
O
Grupo Ferramacho encontra-se sediado em Vila Real de Santo António e engloba as empresas TLD-Fernando Ferramacho – Transportes, Logística e Distribuição, Lda., Sotifer – Contabilidades, Lda., Ferramacho -Operadores Logísticos, Lda. e Ferramacho- Comércio de Combustíveis, Lda. Em termos de instalações estão as mesmas divididas em três locais: a sede e o parque de viaturas, onde as mesmas são parqueadas e onde são efetuadas as manutenções, ambas em Vila Real de Santo António e a Plataforma Logística situada no MARF- Centro Logístico do Algarve, em Estoi, concelho de Faro, onde têm toda a operação logística e armazenagem de produtos em diversas temperaturas. O administrador e fundador do Grupo, Fernando Ferramacho, conta 41 anos de idade e tem liderado este projeto que continua em curva ascendente de forma ponderada. Está ligado ao mundo dos transportes desde 2001. Formado em Gestão desde 1999, esteve três anos a trabalhar na Banca, mas já durante esse tempo
geria a sua empresa de transportes – a TLD Fernando Ferramacho Lda. – que foi constituída em janeiro de 2001 e começou a sua atividade em setembro desse mesmo ano, centrada no transporte ibérico de carga geral, com reboques. “A partir de 2004, e já com uma frota de seis camiões, começámos a fazer transportes além Pirenéus, nomeadamente para França, Itália, Holanda, Bélgica e Luxemburgo”. Seis anos depois, a evolução da empresa deu lugar à Ferramacho Operadores Logísticos, com um objetivo distinto: “pretendemos ser uma referência enquanto operador logístico na região do Algarve. Trabalhamos essencialmente com produtos alimentares e, por isso mesmo, 95 por cento das nossas viaturas são frigorificas, bi-temperatura, adaptáveis às distintas exigências de frio dos mais diversos produtos”. O crescimento da empresa obriga a atualizações constantes, tanto a nível de modernização da frota (com uma idade média bastante baixa), como também na adaptação das próprias atividades que executam no mercado. O objetivo é acompanhar as necessidades
concretas dos parceiros de negócio e criar condições para que estes desenvolvam outras atividades, as quais poderão ser oportunidades de negócio. Do mesmo modo, pretende-se marcar pontos significativos em relação à concorrência, tendo por base a inovação e o investimento constante reforçando assim a liderança de mercado. No que respeita aos vetores da distribuição, logística e armazenagem, estamos constantemente a investir em viaturas mais
GRUPO FERRAMACHO
modernas, tanto a nível de motorizações (tendo como preocupação constante serem o mais ecológicas possível), como em termos logísticos: estamos apetrechados de equipamentos de movimentação de cargas modernos, que permitem reduzir bastante os timings de crossdocking, permitindo garantir os compromissos das janelas de entrega nos destinos. Em relação à armazenagem, para dar resposta a uma necessidade do mercado, estão instaladas várias câmaras de frio positivo e negativo, em diferentes intervalos de temperatura para armazenamento conforme as especificidades de cada produto, sendo a capacidade instalada de 1120 paletes. Para além dos produtos alimentares, uma outra vertente onde também já tê presença e marca no mercado é na Pharma, distribuição de medicamento. “Em relação à distribuição de produtos farmacêuticos, sentimos também a necessidade de criar condições para armazenagem desta tipologia de produtos. E dadas as suas caraterísticas específicas, temos instaladas duas câmaras especialmente para o efeito, com intervalos de temperaturas de 2º-8º e 15º-25º”. Apesar de, maioritariamente, a sua frota estar adaptada ao transporte e distribuição de produtos alimentares, o Grupo Ferramacho também transporta medicamentos, roupa para as mais conceituadas marcas, e peças de automóveis.
Distribuição no Alentejo e Algarve Fernando Ferramacho quer que os serviços que presta sejam reconhecidos pela qualidade e pelo bem-fazer. Por esse motivo, prefere que a distribuição esteja centralizada nas regiões do Baixo Alentejo e do Algarve. “Queremos garantir que somos uma referência na área geográfica que dominamos e é para isso que trabalhamos. Não queremos tentar conquistar outras áreas, preferimos criar boas redes com outros operadores logísticos que dominem outras regiões”. Desta forma, têm capacidade de respostas para as mais diversas solicitações de serviços de e para qualquer parte da Europa.
Uma empresa em crescimento O Grupo Ferramacho já conta, neste momento, com 70 viaturas, de todas as tipologias e adaptadas a diversos tipos de transporte. No que respeita à região algarvia, esta já é uma empresa de dimensão considerável. “O crescimento do negócio passa também pelo aumento de colaboradores – neste momento, são 80 – entre motoristas e pessoal afeto à logística e à área administrativa, e por um aumento na oferta de serviços”. Neste caso, Fernando Ferramacho refere-se à disponibilização de um novo serviço de picking, que está interligado com a armazenagem versus stocks avançados que não existia no Algarve e que permitirá aos clientes, futuramente, usufruírem de um stock avançado próximo dos clientes finais, podendo responder às encomendas com entregas no próprio dia.
Problemas do setor O preço dos combustíveis e a dificuldade em encontrar mão
Fernando Ferramacho, gerente
de obra são os principais problemas com os quais as empresas de transporte e distribuição se deparam. Para as que trabalham a partir do Algarve, acresce ainda o problema das taxas de portagem, na A22: “a EN125 não é uma alternativa viável à A22, por isso mesmo esse é um custo com o qual temos de contar. No que respeita aos combustíveis, temos de perceber que o preço só pode ser esbatido se fizermos um trabalho considerável ao cliente. A mão-de-obra é difícil de encontrar, sobretudo devido aos custos para ficar habilitado a exercer a profissão de motorista profissional.” Fernando Ferramacho reconhece que este é um setor que exige esforço e dedicação. O Grupo Ferramacho é um grupo em crescimento, que trata os clientes como parceiros e que reconhece a necessidade de um trabalho de qualidade, até quando este não se realiza como era expectável. “É possível fazer um trabalho de qualidade mesmo não entregando a mercadoria. Desde que o cliente tenha conhecimento da situação atempadamente, como forma de garantir que esta alteração não prejudique a cadeia de abastecimento. É importante que o cliente saiba tudo o que se passa e esteja a par do trajeto da mercadoria. O nosso propósito é sempre garantir a qualidade do serviço”. O gestor acredita no futuro, concluindo “o nosso sucesso é fruto da dedicação e esforço de todos os nossos colaboradores e da confiança que os nossos parceiros de negocio têm no nosso trabalho.”
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QUINTA DO MORGADO
QUINTA DO MORGADO
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edimos-lhe que comece por nos apresentar a Quinta do Morgado, explicando o conceito que a identifica. A Quinta do Morgado tem como conceitos, as férias familiares, de natureza e o bem-estar dos nossos hóspedes, com os seus jardins tentamos fazer a ligação entre a praia e a natureza e assim proporcionar aos nossos hóspedes uma experiência diferente dos produtos existentes na zona onde predomina o foco na praia. Para complemento da estadia, que comodidades disponibilizam? A Quinta do Morgado para completar o alojamento tem vários serviços adjacentes que complementam a estada dos nossos hóspedes nomeadamente o nosso restaurante e bares, a clínica como também lavandaria self-service. Durante a nossa estadia, reparamos que muitos dos vossos hóspedes são famílias. Concorda que esse será o vosso público-alvo? No verão sim, a Quinta do Morgado
é o local ideal para umas merecidas férias em família, os seus espaços verdes amplos, as duas piscinas e a segurança da zona são fatores decisivos para a escolha das famílias pelo nosso empreendimento. Os colaboradores são o cartão de visita de qualquer empresa. Como descreveriam os colaboradores que compõem a vossa equipa? Os colaboradores da Quinta do Morgado são, sem dúvida, o nosso melhor cartão de visita, temos orgulho em dizer que a nossa equipa se mantém com um sorriso para todos os hóspedes apesar de termos um tempo medio de casa de mais de uma década, o verem a Quinta do Morgado como a sua segunda casa dá-lhes uma grande capacidade de bem receber os nossos hóspedes. Tendo vindo a ser no Algarve cada vez mais difícil a contratação de colaboradores com o tal ‘amor á camisola’ a manutenção da atual equipa é um dos pontos de grande importância da direção.
Quinta do Morgado - E.N. 125 | 8800-209 Tavira Tel: +351-281325131 Reservas: montedaeira@quintadomorgado.com www.quintadomorgado.com
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O que aguarda o futuro da Quinta do Morgado? A Quinta do Morgado neste momento está a modernizar-se, a construção de um novo website com possibilidade de reservas por parte dos nossos hóspedes, a alteração da nossa clínica para algo direcionado à procura por parte dos nossos proprietários e hóspedes, um conceito de bem-estar e beleza continuando com a vertente de saúde e consultas médicas. Para a próxima época balnear estamos a preparar vários novos serviços para completar já os existentes, nomeadamente a apresentação de tarifas com diferentes regimes, pequeno almoço, meia pensão e pensão completa como também mais animação e ainda sem uma data concreta para o lançamento, mas sem dúvida antes da próxima época balnear, o clube de crianças. Vasco Leite, gerente
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CONSTRUÇÕES BRUNO BOTO
EXPERIÊNCIA EM TRABALHOS DE QUALIDADE Construções Bruno Boto é um nome de referência, tanto na área de Lagoa, como também no setor. Com um portfólio algo extenso, esta empresa já sedimentou o seu posicionamento no mercado e ganhou a confiança dos seus clientes, que espalham a boa reputação da entidade.
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runo Boto, como é normalmente conhecido, ou Bruno Oliveira de nascimento, gere esta empresa utilizando os muitos anos de experiência herdados na empresa do pai, também no setor das construções. Fundou o seu próprio projeto numa altura de crise do mercado imobiliário. Ignorou as críticas e ainda bem que o fez: hoje é um nome bem conhecido na praça e regista uma experiência de sucesso. A aposta foi sempre na qualidade e a garantia de dar o melhor serviço possível ao cliente, o qual se deve sentir acompanhado do princípio ao fim, para que o produto final vá de encontro (ou supere) as suas expectativas. Para esse efeito, também tem parcerias com empresas de arquitetura, design e decoração, por forma a dar ao cliente um produto integrado. Entre obras públicas e privadas, construção nova, reabilitação e manutenção
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Bruno Boto, gerente
“Ao realizar uma obra desde início conseguimos deixar a nossa marca em tudo”
CONSTRUÇÕES BRUNO BOTO
de edifícios já existentes, a Construções Bruno Boto providencia um serviço de qualidade que se distingue na região Algarvia. É maioritariamente procurado por clientes estrangeiros, ou não estivéssemos na região do país com mais habitantes oriundos de outros países. São clientes com algum poder de compra, que procuram, eles próprios, moradias para construir. “Ao realizar uma obra desde início conseguimos deixar a nossa marca em tudo”, explica-nos o empresário. Por outro lado, a reabilitação exige encargos e capacidades técnicas de construção diferentes, assim nos informa Bruno Boto: “Os processos construtivos são diferentes, dependendo do tipo de reabilitação. Por exemplo, numa casa centenária as paredes em taipa carecem de um tratamento diferente de uma reabilitação cujo modo construtivo seja recente”. Porém, este também é um serviço que esta empresa fornece, e fá-lo com o mesmo empenho da construção nova, sem nunca descuidar a qualidade pela qual é conhecida.
Recursos humanos Os colaboradores são o cartão de visita de qualquer empresa. No Algarve (bem como em grande parte do país) a dificuldade em encontrar mão de obra, principalmente qualificada, é cada vez maior. Para tentar colmatar essa dificuldade, a empresa recorre aos elementos que têm contratados e assumir os novos trabalhos um pouco em função da mão-de-obra disponível e de subempreiteiros. Aqueles que constituem os recursos humanos da empresa têm a responsabilidade de, através do seu trabalho, fazerem perdurar o bom nome da mesma.
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Investimentos sustentados Bruno Boto mostrou-se ser uma pessoa ocupada, uma necessidade do ofício, para que possa dar resposta a toda a procura que tem. Ainda assim, tivemos tempo de lhe colocar algumas perguntas. O empresário tem bem presente que o mercado imobiliário é cíclico, e a bonança hoje não impede a crise amanhã. Assim, quisemos saber de que forma é que gere a sua empresa de forma a prevenir uma eventualidade de nova crise no mercado. A sua resposta foi simples: “os investimentos são sustentados e pensados a médio prazo”, revelando estratégia empresarial e experiência de causa. O Algarve tem a particularidade de ser um mercado mais virado para as vivendas de luxo na linha de mar. Esta enchente turística que se vem a verificar nos últimos anos “é bem-vinda”, todavia, há que “pensar no futuro, ou seja, devemos proporcionar condições para manter o cliente fidelizado”. O concelho de Lagoa tem demonstrado preocupações com certos aspetos da urbanização, mas nem todos os concelhos fazem isso. Este é um município com “muito potencial para expandir”, dentro do qual há procura por imobiliário de gama alta, “o que demonstra a importância do concelho”. “O futuro das empresas está dependente das variações de mercado que, na maioria das vezes, não são previsíveis. Por esta razão, os nossos investimentos têm sido bem estruturados e pensados para podermos fazer face a eventuais crises como a que recentemente vivemos”, expõe. A sustentabilidade é a ordem do dia nas Construções e na Imobiliária Bruno Boto. O empresário confessa sentir-se algo preocupado com o forte crescimento registado na área da construção civil. Continuar no caminho da sustentabilidade e, principalmente, continuar a prestar um serviço de qualidade e excelência, assente na transparência e compromisso, são primordiais para o construtor algarvio. A equipa técnica experiente tem um papel muito relevante em todos os projetos a que se dedica. No fim do dia, o fundamental é não falhar para com o cliente.
“Os investimentos são sustentados e pensados a médio prazo” outubro 2018 Revista Business Portugal | 79
TECHNOLOJE
O CONFORTO DO LAR SUSTENTADO NA TECNOLOGIA Especialista em harmonizar a tecnologia com o modo como vivemos, a Technoloje assume a missão de oferecer as melhores soluções para o lar com a integração de todo o tipo de sistemas tecnológicos. Em Lagos, a Revista Business Portugal esteve à conversa com João Costa e dá-lhe a conhecer os serviços desta empresa algarvia.
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Technoloje oferece soluções de tecnologia e proporciona um estilo de vida sustentável, o qual inclui produtos de home control, que permitem gerir a sua casa a partir do toque de um botão. O conceito de casa inteligente está, assim, no centro da atividade desta empresa. Segundo João Costa, a missão é “aconselhar e instalar soluções de tecnologia que enriquecem a sua vida, seja através da melhor experiência de sistema audiovisual, distribuição sólida de wi-fi, de segurança, gestão de energia ou, controlo de iluminação, estores, climatização, entre outros”. O objetivo é criar uma casa sustentável e inteligente, mas não complicada. Além disso, o modo convencional mantém-se presente e o technical designer explica-nos como: “procuramos produtos diferentes que tenham a capacidade de serem integrados no aplicativo utilizado, que junta todos João Costa, technical designer os sistemas numa aplicação móvel simples e intuitiva. No entanto, os vários sistemas continuam a funcionar individualmente sem que o nosso aplicativo se torne proprietário de nenhum”. Atualmente, quando se projeta uma casa pensa-se, cada vez mais, neste tipo de serviços inovadores. A Technoloje é abordada para acompanhar as fases de projeto para definir as zonas técnicas para a integração dos sistemas e elaborar esquemas de instalação. “Em Portugal, ainda se olha para estas funcionalidades como uma novidade, embora no estrangeiro seja já um standard. Há clientes
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que têm casas noutros países e que, quando vêm para o nosso país, procuram empresas como a nossa que fornecem este tipo de serviços. O facto de existir cada vez mais procura neste sector faz com que o preço vá baixando e que os portugueses adiram com mais facilidade”, conta João Costa, enunciando que a Technoloje não tem exclusividade com marcas, podendo assim oferecer um leque diversificado de produtos, de forma a preencher os requisitos individuais de cada cliente. Facilitar tarefas, usufruir de conforto e qualidade de vida: estes são os pontos que os clientes mais procuram e que a Technoloje proporciona com o máximo rigor. Além disso, um imóvel com este tipo de características é uma mais valia numa futura venda.
Estar um passo à frente Especialista em oferecer soluções para o lar através do controlo, sustentabilidade e segurança, esta empresa sediada em Lagos obriga-se a uma atualização constante para disponibilizar os produtos e serviços mais inovadores do mercado. “As coisas mudam e acontecem de forma muito rápida. Temos que andar na «crista» da tecnologia. Testamos todos os produtos antes de os aplicarmos. São, por isso, produtos de qualidade e com valores ajustados à realidade”, refere o technical designer João Costa”. A inovação é, assim, palavra de ordem para sustentar o crescimento desta empresa que se esforça por estar próxima dos seus clientes. “A forma como abordamos as situações é muito humana. Não é só tecnologias, existem pessoas e a necessidade de criar soluções funcionais e consistentes. Queremos continuar a crescer com confiança”, esclarece o porta-voz da empresa, criada em 2007.
CARPINTARIAS FRIEZA
QUALIDADE E EXPERIÊNCIA AO SERVIÇO DO CLIENTE Presente no mercado desde 1985, a Carpintarias Frieza é uma empresa especializada no fabrico de roupeiros e todo o tipo de carpintaria, contando com uma estrutura sólida e qualificada, que atua na zona Sul do país. Com o propósito de satisfazer as necessidades dos seus clientes, a empresa demarcase pela experiência, rigor e profissionalismo, aliadas a uma seleção cuidada das matérias primas utilizadas.
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osé Frieza é o rosto de uma empresa de sucesso, que se dedica ao setor da carpintaria há mais de três décadas. O vasto know-how aliado a matérias-primas de excelência, fazem desta empresa algarvia uma escolha segura no processo de construção ou remodelação de habitações e espaços comerciais. “O conhecimento advém do meu percurso profissional e empresarial nos setores da construção, serralharia e carpintaria, mas sempre estive particularmente ligado à área da produção na vertente de carpintaria. Inicialmente os três negócios existiam em paralelo, o que facilitava o contacto com o cliente e a rapidez na conclusão e entrega da obra”, recorda o empresário. Com sede em Alagoas Brancas, Lagoa, a Carpintarias Frieza investiu nas infraestruturas e equipamentos, apostando em processos de fabrico que combinam a tecnologia com a qualidade do acabamento manual, dando garantia de durabilidade ao cliente. “Os nossos orçamentos são específicos e demonstramos aos clientes onde é que os custos de produção são realmente aplicados. Aqui a qualidade é o imperativo que nos move, tanto na seleção dos materiais utilizados, como na fase seguinte de aplicação e montagem em obra. Falamos da madeira, do alumínio e do vidro, ou seja, de todos os materiais que vão dar forma ao espaço contratado”, sublinha José Frieza. Atualmente, a empresa concentra a sua área de intervenção na zona sul do país, dedicando-se principalmente à área da remode-
José Frieza, administrador
“Todo o nosso trabalho, nos dias de hoje, é personalizado à medida do cliente” lação. “Todo o nosso trabalho, nos dias de hoje, é personalizado à medida do cliente. Embora tenhamos um conjunto de equipamentos único nesta região, o nosso negócio não se centra na grande produção, mas sim no produto a pedido. Tendo em conta o espaço contratado, somos capazes de entregar a obra final, sem qualquer preocupação para o cliente, assegurando ao mesmo tempo a montagem e a garantia dos acabamentos”, reitera o empresário. Quanto ao futuro, José Frieza tem como principal objetivo a manutenção da empresa. “Pretendo continuar com a mesma dinâmica de sustentabilidade e qualidade, porque é um orgulho ver os nossos clientes de décadas agradecer e reconhecer o trabalho efetuado, sem qualquer reclamação”, termina.
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BRASFONE - TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
“A TRANSFORMAÇÃO DIGITAL COMEÇA NAS PESSOAS” A Brasfone nasceu há 16 anos, quando os telemóveis estavam a conquistar o seu espaço junto da população. Representante da Telecel, atual Vodafone, no Algarve, a Brasfone iniciou o negócio das telecomunicações no mercado de consumo, mas atualmente, para além das três lojas Vodafone (consumo) está dedicada à consultoria de comunicações empresariais e à transformação digital das empresas. Mais recentemente, o grupo Brasfone apostou também nas áreas de hotelaria e turismo, com vista a diversificar as áreas de investimento. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Fábio Igor, CEO e Diretor Comercial da empresa, sobre a aposta na área digital e o futuro do grupo Brasfone. Fábio Igor, ceo e diretor comercial
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BRASFONE - TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
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loja de S. Brás de Alportel foi a primeira loja da Brasfone dedicada ao consumidor final: “o objetivo era vender telemóveis, numa altura em que ainda nem se sabia bem se esta tecnologia iria vingar”. Nos quatro anos que se seguiram, a Brasfone cresceu e abriu lojas em Almancil, Albufeira, Quarteira, Loulé, uma loja sazonal em Armação de Pêra e, inclusivamente, expandiu a sua influência para fora do Algarve, com uma loja em Santarém. “A meio deste percurso de expansão e crescimento, alargámos o nosso serviço à área empresarial e passámos a contar com um equipa de consultores que trabalhava em exclusivo com os nossos clientes empresariais, com o objetivo de acompanhar os seus negócios, identificar as necessidades de comunicação existentes nas empresas e propor uma solução para o problema”. Para acrescentar mais-valia ao serviço prestado, a Brasfone apostou também em soluções tecnológicas, para além das de comunicação, para facilitar a vida burocrática, logística e organizacional das empresas suas clientes.
A transformação digital começa nas pessoas
começa na transformação pessoal. Tem de ser as pessoas a dar o primeiro passo e sair da sua zona de conforto! É importante realçar que a Brasfone disponibiliza um site próprio, sobre transformação digital, que permite aos empresários fazer um pré-diagnóstico do seu índice digital e obter recomendações para impulsionar o seu negócio”. Fábio Igor garante que, dependendo do tamanho da empresa e da sua logística, fazer a transformação digital pode implicar apenas o uso de mais uma solução, cujo valor é residual e permite à empresa continuar a evoluir: “sem a transformação digital, uma empresa não sobrevive mais do que os cinco próximos anos, porque tudo se passará, daí em diante, a um nível digital”. A área empresarial e de consultoria em comunicações e transformação digital é, neste momento, a área de atuação por excelência da Brasfone e, para isso, a empresa conta com uma equipa de consultores em constante formação. “Os nossos consultores estão a par das últimas tecnologias, que já vai muito mais além do que apenas soluções de comunicações. Além disso, prezamos a ambição e a capacidade de aceitar desafios e adoramos ver crescer profissionalmente os nossos colaboradores. Tenho a melhor equipa do mundo. Sei disso e eles também”.
“Sem a transformação digital, uma empresa não sobrevive mais do que os cinco próximos anos, porque tudo se passará, daí em diante, a um nível digital”
Fábio Igor pretende desmistificar a imagem de dificuldade e de grande investimento que surge quando se fala em transformação digital. “O processo de transformação digital é algo simples – passa por transformar processos que eram manuais em processos automatizados, que poupam trabalho às pessoas, mas que precisam delas para funcionar”. A automatização de diversas tarefas dentro das empresas, nomeadamente nas áreas da logística, vendas, dos recursos humanos, marketing e vendas online ainda é alvo de muita resistência por parte das pessoas. “Muitas ainda não vêem qualquer utilidade em aderir o processo de transformação digital, mas a verdade é que, se nos próximos cinco anos, as empresas não se digitalizarem, podem ficar mesmo fora do mercado. Basta ver que, enquanto um ser humano envia cerca de 50 emails por dia, uma plataforma/software que faça esse trabalho pode enviar mil ou mais”. O grande desafio é mudar a mentalidade de quem está à frente da empresa, pois muitos líderes empresariais não reconhecem ainda a importância destas tecnologias: “a transformação digital
A aposta no turismo e na hotelaria
Após a crise de 2008, durante a qual o grupo Brasfone foi obrigado a reestruturar-se, a empresa apostou também na área do turismo e da hotelaria, para garantir a diversidade de investimentos: “foi assim que nasceu o Wax Resto-Bar e, posteriormente, o Wax Hostel. A aposta mais recente prende-se com uma loja de aluguer de bicicletas – a MTB Algarve -, que aluga todo o tipo de bicicletas, incluindo de downhill. “O grupo Brasfone já teve muitas lojas, mas com o consumidor cada vez mais online reduzimos para três – Almancil, Quarteira e Loulé -, onde desenvolvemos suporte presencial em loja e online a todos os nossos clientes”. Neste momento, o objetivo é continuar a cimentar a posição no que respeita à preparação das empresas para a transformação digital. “A transformação digital das empresas não é mais uma questão de “e se acontecer”, mas sim uma questão de ‘quando vai acontecer’, e a resposta está à nossa frente: agora!”.
www.brasfone.pt 91 289 91 91 | www.brasfone.pt Av. da Républica Nº 124B - 8000-078 Faro
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TECFIMA
“QUEREMOS CONTINUAR ASSIM, A CRESCER” Recém-chegada ao mercado, a Tecfima, empresa de revestimentos da região do Algarve, tem-se consolidado no setor e a Revista Business Portugal dá-lhe a conhecer, através dos seus fundadores, Inácio Martins e Carlos Aguileira, a origem e os segredos para o sucesso.
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á três anos no mercado, a Tecfima é uma empresa de referência na região do Algarve na área da construção civil. Com uma história ainda muito recente, já se tem destacado no mercado devido ao percurso profissional anterior (de mais de 20 anos) dos seus fundadores, Inácio Martins e Carlos Aguileira: “queríamos continuar o que já sabíamos fazer”, expõem. A decisão de criar a empresa partiu da vontade de aliarem a sua experiência neste setor com a existência de oportunidade no mercado – no fundo, foi a necessidade aliada à possibilidade. “Chegámos a uma altura em que era agora ou nunca e ambicionávamos mais na vida”, contam-nos os empresários. Neste momen84 | Revista Business Portugal outubro 2018
Inácio Martins e Carlos Aguileira, fundadores
to, trabalham mais e durante mais tempo do que se fossem empregados de outrém, mas não se arrependem. “Uma empresa com três anos ainda exige muito esforço e dedicação, às vezes em prejuízo da família, mas nós sentimos que tem de ser assim”.
Venda de material e execução de obra A venda de material e execução de obras na área dos revestimentos são as duas vertentes de negócio desempenhadas pela Tecfima. “Quem nos compra material é nosso concorrente e aliado, porque por vezes subcontratamos essas pessoas para que nos executem determinados trabalhos”, afirmam-nos a dupla de engenheiros. De facto, poucos são os colaboradores efetivos da empresa, algo normal para um empreendimento novo. Os nossos interlocutores referem a dificuldade que há em arranjar recursos humanos, característica comum em quase todas as empresas, principalmente na região do Algarve. “As empresas que subcontratamos são contactos nos quais temos confiança, porque transportam o nosso nome e a nossa reputação, há uma exigência de qualidade que tem de ser assegurada. Ten-
“Chegámos a uma altura em que era agora ou nunca e ambicionávamos mais na vida”
TECFIMA
tamos não falhar com os clientes, até porque a nossa melhor publicidade são as referências e o passa-a-palavra”.
Valores que distinguem Questionamos os nossos entrevistados acerca do que identificava e distinguia a Tecfima. Quisemos saber quais os fatores que fariam os clientes a escolherem esta empresa. Em primeiro lugar, a disponibilidade e atenção ao cliente, “nomeadamente no sentido de dar resposta a todos os pedidos que nos chegam, mesmo que não possamos ajudar”, explicam-nos, “é importante que o cliente sinta que reparámos nele. Há na zona, grandes cadeias de distribuição de material que deixam os pedidos de contacto sem resposta. Muitos são os que vêm ter connosco mesmo tendo nós um preço superior, porque não obtiveram resposta do outro lado”. Outro fator é a rapidez de colocação de material no terreno e a parte técnica. “Na nossa empresa, quer sejam subcontratados, quer não, os nossos colaboradores conhecem o material com que estão a trabalhar”, expõem os empresários: “nós temos conhecimento de causa e capacidade técnica” e,
“Na nossa empresa, quer sejam subcontratados, quer não, os nossos colaboradores conhecem o material com que estão a trabalhar”
acrescentam, “tentamos sempre uma solução ideal para os problemas que vão surgindo no dia a dia”. A questão do stock é também uma prioridade para a Tecfima: “sem materiais no armazém não há vendas, nem se fazem obras”. De referir, ainda, a personalização do trabalho, adaptado a cada caso e com garantia de acompanhamento técnico, manutenção e pós-venda.
Esforço recompensado Todo o esforço a ser colocado nesta empresa tem dado os seus frutos: “temo-nos surpreendido bastante, os resultados têm sido bons. Esperemos que continuem assim por mais uns anos. Não digo que não seja de ciclos, mas de facto neste momento, há trabalho. Eventualmente, poderemos atravessar uma época de crise novamente, todavia registamos cerca de 50 por cento a mais de faturação todos os anos. Queremos continuar assim, a crescer, sem loucuras e com os pés bem assentes no chão. Só fazemos efetivamente aquilo que conseguimos”, concluem Inácio Martins e Carlos Aguileira.
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DREAMPOOLS
A EXPERIÊNCIA ALIADA À QUALIDADE Bruno Gamboa é o administrador da Dreampools, uma empresa que conta com 38 anos de existência e que foi fundada pelo seu pai. Assim, e no âmbito da nossa estadia pelo Algarve, estivemos à conversa com o empresário, onde procurámos conhecer um pouco mais sobre o trabalho que esta entidade desenvolve.
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Dreampools dedica-se à construção, reparação e manutenção de piscinas, saunas e jacuzzis. Em 38 anos de existência, são inúmeros os projetos que desenvolveu nas mais variadas áreas, desde coberturas automáticas, saunas, banhos turcos, construção de piscinas e jacuzzis em betão projetado método GUNITE.
Qualidade e confiança A inovação faz parte integrante da história desta empresa. Nesse seguimento, a aposta nos melhores materiais do mercado é uma constante e garante o melhor produto a todos os clientes: “trabalhamos com o melhor que existe no mercado e estamos sempre atentos às inovações tecnológicas do setor. Assim, conseguimos dar 15 anos de garantia estrutural nas nossas construções, algo que não é replicável em mais lugar nenhum”, confidenciou-nos orgulhoso. Por outro lado, a eficiência energética é também uma preocupação e, para isso, as piscinas Dreampools contam com bombas solares e de velocidade variável, sistemas de aquecimento solar nas suas características. A Dreampools conta com uma equipa especializada, em todas as suas vertentes. Segundo o nosso entrevistado, as construções em betão projetado apresentam mais-valias comparativamente com o betão armado. “O betão armado requer confragens (interiores e exteriores) e espaçadores para segurar as madeiras, enquanto o betão projetado requer uma confragem perdida”, exemplificou. Para além disso, esta técnica permite uma maior versatilidade no produto final (o mesmo pode adquirir formas redondas, retangulares, ovais, entre outras), respondendo melhor às necessidades e gostos dos seus clientes. A Dreampools encarrega-se de todo o processo respeitante às encomendas que lhe são feitas, desde o projeto, à construção, passando pelo licenciamento e acabamentos: “muitas pessoas estão mal informadas acerca dos licenciamentos e da necessidade dos mesmos. Nós não construímos nenhuma piscina sem estar licenciada, está na lei e é obrigatório”, alertou o nosso entrevistado. “Este é um trabalho muito específico, os cálculos crer estruturais ou hidráulicos para as nossas piscinas são totalmente diferentes dos outros sistemas que o mercado tem para oferecer.
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A eficiência energética é também uma preocupação e, para isso, as piscinas Dreampools contam com bombas solares e de velocidade variável
DREAMPOOLS
Esta empresa, que atualmente trabalha para todo o país, mais centrado no Algarve devido ao poder de compra dos seus habitantes e da forte atividade turística ali existente. A experiência, a seriedade e o brio profissional com que toda a equipa Dreampools trabalha, diariamente, faz desta entidade uma referência no nosso país. O caráter único dos projetos que desenvolve, bem como a qualidade dos produtos utilizados, aliados ao acompanhamento técnico pós-venda são o garante de um serviço de excelência. Posto isto, caro leitor, não se iniba de contactar a Dreampools por forma a obter a sua piscina de sonho.
Atualmente trabalha para todo o país, mais centrado no Algarve
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CAMPERSERV
A PRIMEIRA PARAGEM DOS AUTOCARAVANISTAS Em Loulé, Ludovic e Jeffrey apresentaram-nos a CamperServ, empresa que fornece reparação e manutenção de equipamentos para as autocaravanas. Entre o português e o inglês, deram-nos a conhecer esta realidade pouco falada em Portugal.
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rabalharam juntos numa outra empresa, onde Jeffrey era técnico principal da oficina e Ludovic foi aceite como gestor de loja e ajudante de oficina (quando necessário). Esse empreendimento viria a fechar, mas a amizade criada entre os dois perdurou. “Precisava de trabalhar com alguém de confiança e que soubesse português e inglês”: é Jeffrey quem inicia a narração. “O Ludovic era a única pessoa que eu conhecia que se enquadrava nesses parâmetros e dávamo-nos bem. Propus-lhe abrir o negócio e aqui estamos nós”, explica-nos, referindo-se à CamperServ. Este é um estabelecimento de reparação e manutenção de equipamentos de caravanas e autocaravanas (sem componente de venda destes veículos). Frigoríficos, sistemas de aquecimento, bombas de água, caldeiras, entre outros, são a matéria-prima destes empresários. “Não mexemos com a mecânica do carro. Esta indústria não é bem conhecida, então as autocaravanas são compradas como se de um carro se tratasse, mas o valor não está no motor, está no resto todo. É um problema comum e grave, muitos são os clientes que compram autocaravanas que no interior nada funciona. Principalmente aqui em Portugal, que o mercado é de usadas, não de novas”, alertam os nossos interlocutores, acrescentando que é “vital que se verifique que tudo funciona, tem de ser como comprar uma casa, não basta um test drive”, aconselham. Quando iniciaram o trabalho, por volta do ano de 2009, eram apenas um serviço móvel. O crescente número de clientes (principalmente estrangeiros) que lhes vinham bater à porta, à procura de soluções ‘para ontem’, tornou evidente a necessidade de terem um local fixo para as reparações mais alongadas. “Na altura, já se notava alguma necessidade neste mercado e atualmente ainda mais. No inverno estamos realmente muito ocupados, havia a falta de quem vendesse acessórios e fizesse a assistência técnica”. Para o sucesso deste negócio, ter stock é fundamental. “Os clientes não podem esperar porque é a sua casa, vivem nas autocaravanas. Por exemplo, têm toda a sua comida no frigorífico,
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CAMPERSERV
os quais eram muito importantes para negócios locais, que ficam sem turistas para os sustentar no inverno. “São cerca de 150 mil campistas no Algarve todos os anos. São pessoas com algum poder de compra. Algumas Câmaras Municipais já atribuíram locais para esse efeito, mas não é o suficiente. Depois foram criados parques para estacionamento das autocaravanas, com fornecimento de eletricidade, casas de banho e locais onde despejar o lixo. Porém, a maioria veio de investimento estrangeiro, não português”.
Um balanço positivo Já lá vão quase 10 anos desde que abriram portas. Com o auxílio do David, que gere a loja da Camper Serv, fidelizaram clientes oriundos das mais variadas partes da Europa e conseguiram-no porque há qualidade no serviço e no atendimento. “É uma aposta ganha, neste momento. Acho que podemos ir mais além. Teremos um website para venda de produtos online que está quase pronto. Atrevo-me a dizer, no sul do país, somos a empresa de preferência da assistência e manutenção de autocaravanistas. Daqui para a frente será melhor”, finalizam.
Ludovic e Jeffrey, administradores
Camper Serv
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se avaria a reparação tem de ser o mais célere possível”. Assim, a CamperServ aposta nas peças sobressalentes. “Devemos ter o maior stock a nível ibérico. Algumas peças temos de encomendar, não temos outra hipótese. Nesses casos, temos de chegar a um acordo com o cliente, para saber se está disposto a esperar, o que normalmente acontece”. Ainda no sentido de agilizarem a reparação, aceitam marcações prévias, para que possam adiantar serviço (dentro do possível) quando o cliente chegar. São principalmente estrangeiros, que visitam os mesmos locais todos os anos enquanto ‘vivem o sonho da sua vida’. “É uma forma de escapar ao inverno no norte da Europa. Aqui o clima é muito melhor. No verão, somos mais visitados por portugueses e até alguns espanhóis. Mas é no inverno que os parques de campismo estão cheios”. Os autocaravanistas são turistas que não usufruem de hotéis portugueses, mas consomem em restaurantes, nas bombas de gasolina, em utilidades. São gastos que têm impacto na região onde acampam. Apesar disso, não lhes é facilitado o estacionamento. “Portugal ainda não está preparado para estes campistas, porém, recebe-os cada vez mais. Os parques de campismo gratuitos que existiam há alguns anos atrás não deram bom resultado e, agora, eles não têm onde estacionar”. Não existindo uma política comum, nem um entendimento entre as Câmaras Municipais das várias regiões, muitos foram os campistas afugentados,
Técnicos certifcados para assistência e reparações Contacte-Nos / Contact Us: Caminho Selões, Quatro-Estradas, +351 916 581 141 +351 289 093 373 www.camperserv.com
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facebook.com/Camperserv email: info@camperserv.com outubro 2018 Revista Business Portugal | 89
BON BON CATERING
UM PRATO, VÁRIAS ORIGENS O Algarve é um encontro de culturas e um exemplo disso mesmo são Arie e Paula De Bruin, que adotaram o nosso país como seu novo lar. Em conversa com a Revista Business Portugal, o casal apresentou-nos os dois projetos dos quais são proprietários: o Bon Bon Catering e a Pizzaria Mama Mia.
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William Rodrigues (chefe), Ariana de Bruin, Hugo Craveiro (chefe), Arie de Bruin, Paula Bruin administração
rie De Bruin – ou AT para os mais próximos – é holandês. Quis o destino que encontrasse em Portugal aquele que viria a ser o seu percurso profissional e a mulher com quem iria casar. Corria os finais dos anos 80 quando lhe apresentaram a oportunidade de adquirir um restaurante no Algarve. Numa das suas visitas à região encontrou Paula e, meses mais tarde, reencontram-se de novo, desta feita para não mais se separarem. “A Paula foi comigo para a Holanda e, depois de abrir o restaurante Bon Bon na Praia do Carvoeiro, começamos a viver no Algarve”, narra-nos o empresário. Referem-se ao empreendimento que ainda hoje existe, com o mesmo nome, o qual detiveram durante 22 anos e depois passaram. “A abertura do restaurante foi um período muito difícil, uma vez que não tinha uma boa acessibilidade. A cozinha sempre foi de muito alto nível e com bom ambiente. Ainda hoje muitos dos nossos clientes eram frequentadores desse estabelecimento.”
“Tudo o que o cliente pede, nós fazemos”
Bon Bon Catering A certa altura, o casal de empreendedores compreendeu que existia falta de um serviço de catering profissional nesta região de Portugal e, assim sendo, dirigiram os seus esfor90 | Revista Business Portugal outubro 2018
ços nesse sentido. O Bon Bon Catering é fruto dessa iniciativa. “Compramos muito material tendo neste momento de tudo o que possamos precisar para a preparação e serviço das refeições”. Onde o nosso cliente estiver, o Bon Bon Catering irá lá ter. Com capacidade de servir até 150 pessoas, a equipa do Bon Bon Catering é simpática, profissional, polivalente e multifacetada abrangendo vários serviços, tais como: casamentos, batizados, aniversários, eventos corporativos e também almoços e jantares em casas privadas. Todavia, showcooking, canapés, barbecues, buffets, e as bebidas de receção e de cocktail bar integram também o repertório desta empresa de catering, que procura sempre inovar também com os seus menus vegetarianos, vegan e sem glúten para agradar aos clientes de todas as nacionalidades e que tenham estas restrições e ou preferências alimentares. Quanto à ementa, esta também é muito flexível, indo sempre de encontro às expectativas de quem procura os serviços desta empresa: “Tudo o que o cliente pede, nós fazemos. Damos sempre a nossa opinião porque a experiência permite-nos aconselhar, mas a palavra
BON BON CATERING
final será sempre a do cliente”. A preparação dos pratos fica nas mãos de Hugo Craveiro, chef e responsável pela logística do Bon Bon Catering, a quem Arie De Bruin confia a gestão: “O Hugo está connosco há vários anos, já tem experiência suficiente”.
“Temos um terreno, no qual foi plantado 2500 pés de vinha. O primeiro vinho que daqui irá surgir estará pronto já no próximo ano”
Pizzaria Mama Mia Fundada há mais de 21 anos, a Pizzaria Mama Mia é outro empreendimento de Arie e Paula De Bruin. Aqui quem comanda a cozinha é o chef William Rodrigues, a quem cabe a responsabilidade de agradar aos clientes que eram habituais frequentadores do restaurante Bon Bon e seguiram o casal de empresários para este projeto. “A Pizzaria funciona muito bem”, reconhece Paula, que está por dentro da gestão deste estabelecimento, “os nossos clientes continuaram a apostar em nós porque já nos co nhecem, bem como aos nossos dois chefs [Hugo e William] e gostam do conceito que inven-
mos para os residentes, enquanto que no verão a nossa clientela é muito composta por turistas. São menus simples, mas de qualidade”, explica.
Projetos futuros tamos para esta pizzaria durante os meses de inverno”. De facto, começaram “com pratos internacionais e menus especiais para essa estação”, intervém Arie: “Fiz um menu semanal (entrada, prato principal e sobremesa) com preços acessíveis que é servido durante o inverno. Isto porque nessa altura trabalha-
Ser um bom empreendedor é algo que não se aprende, é inato. Nem é uma característica que se possa ‘desligar’. Assim sendo, é natural que Arie e Paula estejam já a pensar no próximo projeto a que se vão dedicar, a produção de vinhos: “Temos um terreno, no qual foi plantado 2500 pés de vinha. O primeiro vinho que daqui irá surgir estará pronto já no próximo ano”. Para além disso, a realização de eventos é uma prioridade e, para dinamizar os seus serviços, irão entrar em parcerias com outros restaurantes.
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MAISKPERFEITO
AGRICULTURA, CONTABILIDADE E INFORMÁTICA EM PERFEITA A MaiskPerfeito é uma empresa nascida em 2012, mas cujas raízes remontam há 30 anos. Os avós de Cátia Silva SINTONIA adquiriram uma quinta e depressa começaram a apostar
em culturas agrícolas tropicais. A primeira experiência foi feita com mangas, mas foi com a cultura do abacate, que surgiu mais tarde, que a empresa cresceu. Atualmente, a empresa congrega o setor agrícola, um escritório de Contabilidade e Projetos de Investimento e a área de Informática e Tecnologia. Cátia Silva conversou com a Revista Business Portugal, para nos explicar como é que estas três áreas, apesar de não parecer, têm tudo em comum.
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“Esta nova geração já entende e trabalha com a dinâmica da inovação e da proteção ambiental e sabe que, sem investimento, não consegue crescer” 92 | Revista Business Portugal outubro 2018
Tudo começou há mais de 30 anos, quando os meus avós compraram esta quinta. Inicialmente, começaram por plantar citrinos, mas depressa perceberam que podiam tentar fazer uma plantação diferente e arriscaram plantar manga”, começa por contar Cátia Silva, a responsável pela área da Contabilidade da empresa. Enquanto pioneiros na plantação de mangueiras, a família de Cátia deparou-se com alguns problemas. “A cultura da manga corria bem, inclusivamente já nos tinha permitido alargar a área cultivada e tínhamos adquirido terrenos circundantes da quinta, mas estávamos constantemente a ser furtados”. Devido a esta situação, a empresa resolveu inverter a aposta agrícola: “percebemos que o abacate era uma cultura que nos dava mais rentabilidade e acabámos por substituir grande parte da cultura da mangueira por abacateiros”. Atualmente, a empresa conta com 12 hectares desta cultura, que exporta quase na totalidade: “os produtos são, quase na sua totalidade, destinados à exportação. Em Portugal não compensa comercializar, porque a margem de lucro é muito pequena”. Em 2012, a MaiskPerfeito surgiu enquanto empresa, formalmente apresentada, e foi também a partir desse momento que se iniciou a expansão do projeto. “Eu sou licenciada em Gestão e mestrada em Finanças e percebi que fazia sentido abrir um escritório de Contabilidade e Projetos de Investimento, para nos gerirmos e também para ajudar empresários, dos mais diversos setores, que quisessem, também eles, iniciar o seu negócio”. Neste momento, o escritório já emprega seis colaboradoras, cada uma delas com a sua carteira de clientes, a quem ajudam na gestão fiscal e contabilística: “fazemos inclusivamente um mapa financeiro, mensal ou trimestral, consoante as necessidades de cada cliente, de forma a avaliarmos o estado contabilístico e financeiro, da empresa, encontrando-nos aptos para aconselhar o empresário a poder avançar com um projeto de investimento nas mais diversas áreas, ou com um pedido de apoio comunitário.” A última área a juntar-se à empresa foi a da Informática e Tecnologias, da responsabilidade de André Gonçalves: “percebemos que, com o avanço tecnológico, muitos empresários estavam a precisar de criar sites, ou uma loja online, ou mesmo desenvolver alguma tecnologia ou software adequada a uma
MAISKPERFEITO
determinada necessidade do seu negócio e criámos este serviço agregador na nossa empresa”. A jovem empresária acredita que a agricultura é o ‘novo turismo’, e é um dos setores que mais gente atrai ao Algarve: “o Algarve é uma boa região para a prática agrícola. Muitos jovens estão finalmente a perceber que, embora possamos ter todas as tecnologias, a preocupação com a qualidade dos produtos que consumimos tem que ser uma prioridade e as boas práticas na agricultura são uma enorme mais-valia para atingir esse ojetivo. Esta nova geração já entende e trabalha com a dinâmica da inovação e da proteção ambiental e sabe que, sem investimento, não consegue crescer”. Embora os terrenos no Algarve sejam, sobretudo, parcelas pequenas, Cátia Silva acredita que a nova geração de agricultores está disponível para fazer da agricultura um dos setores-chave da região. “É preciso que se façam parcerias, que colaborem uns com os outros e que criem áreas de terreno maiores, para nos tornarmos todos mais competitivos. A agricultura algarvia tem potencial de exportação, só precisa de um impulso”. Cátia Silva, através da MaiskPerfeito, compromete-se a fornecer todos os serviços de que um agri-
cultor em início de atividade possa necessitar, incluindo a venda de plantas, auxílio no arranque da produção e a compra da respetiva produção, de forma a garantir um arranque seguro do negócio: “podem contar connosco também nas áreas da gestão financeira e de novas tecnologias. Temos tudo o que é necessário para fazer um negócio nascer e crescer saudável”. Equipa
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WE CARE, TEACH, TRAIN
ENVELHECER COM QUALIDADE
Liliana Ferreira e Edite Reis, administradoras
A We Care, Teach, Train é uma empresa de apoio domiciliário a pessoas dependentes com a missão de lhes devolver a dignidade de viver. Dão a cara a uma nova esperança e a uma nova vida. Entre os véus daquele que é um negócio distinto está um lado filantrópico valorizar cada pessoa e a sua história. Fique a conhecer a empresa, que veio contribuir para melhorar a forma de envelhecer no Algarve.
A
vida não espera, quando percebemos, lá se foram longos anos de dúvidas e inseguranças, os cabelos brancos ressurgem-se, as rugas salientam-se e as incapacidades elevam-se acima do próprio ego. Aquilo que parece poético e vago são apenas lições do tempo e da sua efemeridade. É precisamente neste sentido que surge a We Care, Teach, Train, uma empresa que presta serviço de apoio domiciliário a pessoas dependentes de todas as faixas etárias, com o intuito de devolver a autonomia e dignidade a quem prefere continuar a viver no conforto do seu lar. Entre esses serviços os de higiene e conforto, compras e refeições, companhia e acompanhamento ao exterior, ajudas técnicas e adaptações e apoio em cuidados de saúde, enfermagem e fisioterapia, entre outros. A empresa nasceu em 2013, a cargo de Liliana Ferreira que, durante o período de tempo em que trabalhou em Inglaterra, foi construindo e idealizando um projeto capaz de valorizar e ajudar aqueles que, numa fase mais avançada das suas vidas, preferissem o bem-estar das suas casas. Partiu do papel para a prática e foi na procura de uma diretora técnica que conheceu Edite Reis que também tinha estado emigrada em Londres. Aquilo a que Liliana Ferreira nos designou de ‘química’ imediata entre as duas, pode muito bem ter sido o destino, que por qualquer razão as cruzou no mesmo caminho. Tratando-se
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“Os serviços são personalizados à medida do que cada família precisa. O apoio prestado é desenhado mediante as necessidades de cada família” dos enigmas do destino ou apenas de uma feliz coincidência, a verdade é que desde que se conheceram passaram a partilhar o objetivo de dar o seu melhor em prol do desenvolvimento da We Care, Teach, Train. De simpatia vincada e orgulhosas no trabalho realizado nos últimos anos, falaram-nos mais detalhadamente sobre este negócio
WE CARE, TEACH, TRAIN
tão distinto. “Acreditamos que com a nossa forma de trabalhar oferecemos às pessoas melhor qualidade de vida”, afirmou a diretora, dando o mote à conversa.
Serviço Personalizado ‘Não existem duas pessoas iguais’, é certamente uma expressão comum que explica a identidade única de cada um. Esse é o ponto de partida para dar a melhor resposta possível ao cliente. “Os serviços são personalizados à medida do que cada família precisa. O apoio prestado é desenhado mediante as necessidades de cada família” explicou Liliana. Edite completou, acrescentando a forma como avaliam cada cliente: “agendamos uma visita sem compromisso e fazemos uma avaliação do cliente e da família. Fazemos também a avaliação de risco e a necessidade de levar algum equipamento. Partilhamos o nosso conhecimento e fazemos algumas recomendações fruto da nossa experiência de trabalho que permitirá ajudar a família a lidar com uma nova realidade, isto tudo sem compromisso, mesmo que não contratem o nosso serviço”. É da parte de Liliana Ferreira que vem o conhecimento da realidade inglesa ajudando na mediação para alcançar alguns apoios sociais, uma mais valia na ajuda a famílias estrangeiras, que também procuram este serviço. Com um serviço humanizado, também a equipa é escolhida mediante as exigências de cada cliente: “avaliamos o perfil do nosso cliente e as suas necessidades e selecionamos o cuidador mais indicado para a situação. Temos de encontrar a pessoa certa para cada cliente. Cada situação requer uma atenção diferente”, explanou Liliana. É precisamente na equipa que está uma das grandes valias da We Care, Teach, Train. Uma equipa formada pelas exigências técnicas e humanas capazes de permitir manter os parâmetros de qualidade dos serviços prestados. “Temos dificuldades em encontrar colaboradores com a vocação necessária para lidar com estas pessoas e por isso muitas vezes não conseguimos dar a resposta à procura que temos”, lamentou a diretora.
deixar que sejam as limitações a falar mais alto. Há sempre oportunidade de lhes devolver poder de decisão e autonomia, dar-lhes a dignidade da escolha. Se conseguirmos isto, temos a chave para trabalhar e conseguir mais e melhores resultados. Queremos que as pessoas voltem a ser elas próprias, e que sintam que mesmo na doença é possível estarem vivas, ativas e felizes. Acreditamos que é possível envelhecer melhor.”
Valorizar as pessoas Humanizar cada serviço e valorizar cada cliente: são estes os valores que diferenciam a We Care, Teach, Train. Com uma oferta diferenciada do apoio domiciliário dado por outras entidades, como nos contou Edite Reis: “por vezes, em muitas instituições, as pessoas são todas tratadas da mesma forma, sem ter em atenção à individualidade de cada um. É isto que vamos querer para nós quando formos mais velhos? Então temos de fazer melhor agora, por estas pessoas e por nós! Nós queremos ver mais do que a pessoa doente, o que está por detrás, saber quem foi e procurar a história de cada um, os seus interesses e gostos, o que a faz sentir-se viva. Dar uma voz a estas pessoas e não
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SANTILAB
“LUTANDO PARA SER OS MELHORES” A Santilab – Laboratori di Cucina Lda e a Giolatto nasceram em 2016, pela mão de Nuno Cruz. Enquanto empreendedor, não desistiu quando atravessou o período de crise e reergueu-se, reinventando-se e ocupando um espaço no mercado da alimentação nas áreas do fabrico e da comercialização, logística e distribuição de produtos italianos.
N
uno Cruz é um empresário de fibra e um empreendedor nato. Proprietário de uma empresa de construção civil e de dois restaurantes, percebeu que teria de vender os dois negócios da restauração para fazer frente às dificuldades que a empresa de construção civil lhe criou, cujos clientes não estavam a respeitar os prazos de pagamento relativamente às obras realizadas. Essas empresas já estão em Tribunal para ver se recuperava o dinheiro lá investido nessas ditas empresas. Por isso, teve necessidade de se capitalizar, para continuar a realizar a construção da fábrica que estava a fazer, tendo aí vendido os dois restaurantes, para solucionar a questão financeira. Antes da crise, tinha começado a criar o projeto de uma fábrica de produtos na área alimentar, mas com funções bem definidas. “Criei a Giolatto, enquanto fábrica de produtos italianos. Neste caso, o objetivo é produzir pastas, mozarelas e gelados, entre outros, sempre com a gastronomia italiana como inspiração. Ainda não está a funcionar em pleno, visto não ter conseguido verbas para terminar o investimento, o que vai sendo feito aos poucos, com o trabalho realizado no dia a dia, mas acredito que entre dezembro e janeiro a produção estabilize, a fábrica cresça e se consiga produzir aqui muitos dos produtos necessários à restauração italiana”. A segunda empresa da qual Nuno Cruz é proprietário é a Santilab – Laboratori di Cucina Lda, que centra o seu trabalho na importação, logística e distribuição de produtos italianos. “O facto de trabalharmos maioritariamente com produtos italianos garante-nos exclusividade neste setor. Trabalhamos com produtos secos, refrigerados e congelados e primamos pela qualidade do que comercializamos”. Entre os produtos que a Santilab importa de Itália encontram-se o tomate, a farinha para fazer a massa da pizza e do
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“Trabalhamos com produtos secos, refrigerados e congelados, por isso os nossos carros de distribuição são todos preparados como a lei exige para o dito efeito” pão e todas as massas, bem como todos os produtos italianos necessários ao funcionamento desta restauração. A preocupação com a qualidade dos produtos é um dos fatores distintivos do serviço da Santilab. Por esse motivo, a garantia de integridade do produto e o tempo de entrega é muito importante. “Trabalhamos com produtos secos, refrigerados e congelados, por isso os nossos carros de distribuição são todos preparados como a lei exige para o dito efeito. Tomamos cuidado, também, para garantir que o transporte do produto até ao cliente leva o menor tempo possível, bem como tentamos reduzir o tempo de armazenagem do produto, para poder assegurar a sua frescura”. O propósito futuro que Nuno Cruz deseja é aumentar a influência da
SANTILAB
Nuno Cruz, proprietário
“Comecei este projeto porque não existia eficiência e rigor nesta área de atividade. Os clientes procuravam uma solução e é isso que eu ofereço” Santilab junto dos mercados da Grande Lisboa e do Sul de Espanha: “já conquistámos o mercado algarvio, mas é necessário expandir o negócio, porque o Algarve é muito sazonal, sobretudo no que respeita aos nossos principais clientes, que são a restauração italiana e a hotelaria. Já tendo iniciado a atividade em Lisboa, queremos atingir uma maior amplitude e, se correr bem, iremos investir num entreposto em Lisboa para depois dar continuidade ao nosso trabalho, que é abranger todo o país”. Apaixonado por Itália e pela gastronomia daquele país, que considera ser muito rica e, de certa forma, muito semelhante à portuguesa, Nuno Cruz garante que o seu projeto tem como objetivo fechar um ciclo, no que respeita ao fabrico, por parte da Giolatto, e à importação e distribuição de produtos italianos originais, através da Santilab. “Comecei este projeto porque não existia eficiência e rigor nesta área de atividade. Os clientes procuravam uma solução e é isso que eu ofereço. Inovação, credibilização e rigor, associados a uma excelente qualidade dos produtos e a um serviço irrepreensível faz de nós um grupo com um posicionamento único no mercado. O nosso objetivo final será sempre a satisfação total do cliente e a superação das suas expectativas”.
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SOPURSAL
HÁ MAIS DE MEIO SÉCULO A EXTRAIR O SAL DE PORTUGAL A segunda maior salina do país situa-se em Santa Luzia, Tavira. A laborar desde meados da década de 60, a Sopursal – Sociedade Industrial de Sal do Algarve, S.A. concentra a sua atividade industrial na produção e extração de sal marinho. Em entrevista à Revista Business Portugal, José Manuel Dias falanos da evolução e dos desafios para o setor, assim como do futuro que passa brevemente pela aposta no turismo.
José Manuel Dias, administrador
P
roduzir e extrair sal marinho com a maior qualidade, de modo a garantir a satisfação de todos os clientes e consumidores é o principal objetivo da Sopursal. Constituída em outubro de 1966, a empresa contempla várias salinas distribuídas pela zona sul do país, primando desde cedo pela aposta na inovação, ao mecanizar em 1973 uma salina com 100 hectares, localizada no Parque da Ria Formosa. “Nos dias de hoje, continuamos a ser pioneiros neste âmbito, ou seja, nos processos de extração e recolha que implementámos há mais de 40 anos. Algo que
“Vamos continuar a primar pela inovação” é crucial para esta atividade”, completa o administrador e acrescenta: “por outro lado isto representa um enorme desafio, pois a tecnologia existente não foi muito desenvolvida desde a implementação, logo temos de a preservar e, sobretudo, manter”. Mas a qualidade do sal começa na água utilizada na salina (água proveniente do Oceano
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Atlântico). Aqui todos os parâmetros têm um elevado grau de importância para atingir a excelência do produto final, embora anualmente o processo de produção seja diferente, devido ao clima e, consequentemente, ao fenómeno das alterações climáticas. “Na salina, o solo deve ser argiloso para evitar infiltrações no nível freático. Nesta salina em concreto temos 10 hectares dedicados à cristalização e 90 hectares à evaporação, e são as águas mães, guardadas de um ano para o outro, que iniciam a nova safra. A qualidade do sal produzido pela Sopursal compreende o cumprimento de vários parâmetros microbiológicos e físico-químicos, de acordo com a legislação aplicável a este produto. Sendo que todo o sal produzido se destina à indústria”, explica José Manuel Dias. Olhando para o futuro, o administrador reconhece que este será promissor. “Vamos continuar a primar pela inovação, com o intuito de aumentar a nossa capacidade produtiva. Para isso pretendemos comprar e arrendar novas salinas. Por outro lado, até 2020 iremos continuar a investir no melhoramento e substituição de materiais, assim como na manutenção dos espaços e equipamentos”, revela José Manuel Dias e continua: “iremos ainda avançar com a diversificação da nossa principal actividade, com o intuito de promover a componente turística da região, diversificando dessa forma a nossa área de negócio. Prevemos que esteja funcional dentro de um ano.”
JANSSEN PORTUGAL
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HUBEL AGRÍCOLA
DESENVOLVIMENTO E TECNOLOGIA NA Agrícola fundada no seio do Grupo Hubel PRODUÇÃO DE AfoiHubel pioneira no processo de cultivo em hidroponia substrato. O negócio cresceu e hoje têm estufas FRAMBOESAS etecnologicamente avançadas onde produzem
framboesas que deliciam as bocas dos consumidores no norte da Europa. A Revista Business Portugal foi recebida por Tiago Andrade, administrador, para conhecer toda a evolução do trabalho.
Tiago Andrade, administrador
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oi pelas mãos da família Teixeira da Conceição que nasceu a Hubel Agrícola em 1992. Inicialmente como campo de ensaios para o desenvolvimento da hidroponia, mas o negócio foi crescendo e passados quatro anos o Grupo fundou a MadreFruta, uma organização de produtores que tem como objetivo o escoamento e a venda de produção dos associados. Em 2012, o grupo decidiu aumentar a capacidade produtiva de 13.1 para 49 hectares, apostando em infraestruturas tecnologicamente avançadas, aumentando dessa forma o controlo sobre a capacidade produtiva. Considerando as exigências deste investimento, entendeu assim que esta nova fase do negócio beneficiaria da entrada de um parceiro capaz de aportar o capital e reforçar as competências de gestão. Assim passou a participar no capital social da empresa o fundo de capital ‘Vallis Sustainable Investments I’ (VSI-I) numa parceria que hoje confere à empresa grandes competências para os desafios futuros. Desenvolveram, em 2010, uma tecnologia de produção de framboesas no Algarve através de plantas com frio chamada longcane: “com este tipo de produção é possível produzir em Portugal frutos de elevada qualidade nos meses de inverno e primavera, quando os outros países da Europa não
o conseguem” acrescenta Tiago Andrade. As framboesas possuem características muito peculiares. Na Hubel existem cerca de cinco variedades, diferentes entre si, produzidas em cinco unidades de produção, o que representa uma produção total de 1.600 toneladas. Uma vez que a intensidade de mão de obra na colheita é muito elevada, o equipamento tecnológico será sempre a forma mais
Parque Hubel, Pechão | 8700-179 Olhão • T.: (+351) 289 710 500 • E.: info@hubelagrícola.pt • www.hubelagricola.pt
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eficaz de garantir condições para que os colaboradores possam ser cada vez mais eficientes e perfecionistas. A questão ambiental é uma preocupação constante para a empresa. A produção é realizada em substrato que contém cascas de pinho e fibras de côco. “Damos todos os nutrientes que a planta precisa, na época necessária, através de uma formulação correta da adubação na rega. Disponibilizamos à planta exatamente aquilo que ela necessita”. Segundo o administrador, o futuro dos frutos vermelhos em Portugal passa pelo estabelecimento de uma concentração através das OP’s. Isto significa “associação entre os produtores para melhor se preparem para os desafios de angariação de trabalhadores e venda do produto”, visto que existem condições climatéricas favoráveis, o produto é de excelente qualidade e é reconhecido no mercado. Os desafios passarão sempre por estarem disponíveis à experimentação de novas culturas, mas também pela investigação e desenvolvimento, que fazem parte da génese da Hubel Agrícola.
SOPURSAL
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DESTAQUES 103 ARTIGO DE OPINIÃO O (novo) Trabalhador Independente. Com o que pode agora contar? 104 YAMAGUCHI ADVOGADOS “A ilegalidade é o reverso da cidadania”
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DIREITO ALTERAÇÃO À LEI DA NACIONALIDADE Nesta secção da Revista Business Portugal, poderá ficar a conhecer as alterações à Lei da Nacionalidade, que o Presidente da República promulgou em Junho. De acordo com a nova Lei, os filhos de estrangeiros que residam em Portugal há dois anos serão considerados portugueses originários. Isso só não acontece caso os próprios se recusem a adquirir a nacionalidade portuguesa. Antes desta alteração, os pais – imigrantes – teriam de residir em Portugal durante cinco anos para que os filhos pudessem ser considerados cidadãos nacionais. Ser português originário difere da condição de naturalizado na medida em que quem é
naturalizado não pode, por exemplo, candidatar-se à Assembleia da República. Outra novidade é a possibilidade de pais de portugueses de origem – crianças a quem foi atribuída diretamente a nacionalidade portuguesa – poderem pedir a nacionalidade portuguesa por via da ascendência, isto é, por serem progenitores de crianças já consideradas portuguesas. Isso é possível desde que os pais residam no país há já cinco anos, independentemente da situação legal. Leia o artigo e descubra mais sobre esta Lei, bem como sobre o Novo Regime dos Trabalhadores Independentes, que também já está em vigor.
ARTIGO DE OPINIÃO
O (NOVO) TRABALHADOR INDEPENDENTE. COM O QUE PODE AGORA CONTAR?
C
onstatam-se, efetivamente, um sem número de divergências entre os trabalhadores por conta de outrem e os ditos trabalhadores independentes, divergências tais que se centram em pontos que em nada se relacionam com a natureza do trabalhado prestado, por aqueles e por estes últimos. A recente alteração (de julho transato) parece vir, inequivocamente, alterar o regime dos trabalhadores independentes, tentando atenuar tais discrepâncias, conferindo maiores garantias e mais amplos direitos. Neste quadro, do que se pode agora socorrer o (novo) Trabalhador Independente? Principalmente, proteção social nas eventualidades de doença, desemprego e parentalidade, a par da previsão de um regime contributivo aproximado aos rendimentos concretamente auferidos. Ou seja: No domínio da proteção da eventualidade de doença, prevê-se que o pagamento do subsídio de doença comece a ser pago a partir do 11.º dia de incapacidade temporária para o trabalho, estas as que se prolonguem por mais de 20 dias – diminuição do período de acesso, anteriormente de 31 dias. A respeito da proteção da eventualidade do desemprego, verifica-se a consideração de trabalhador economicamente dependente aquele que presta, pela menos, 50% do total da sua atividade a uma única entidade, eliminando-se, desta feita, a anterior previsão de 80%. Ademais, caso o trabalhador independente, terminando o seu contrato de prestação de serviços com a entidade contratante, mantenha uma atividade profissional cujo rendimento seja inferior ao montante do subsídio por cessação de atividade, o mesmo terá direito a auferir tal subsídio (parcial), sendo ainda de evidenciar a alteração da exigência de pelo menos dois anos de trabalho económico dependente, passando-se agora a atender apenas ao ano civil anterior ao da cessação contratual. Por seu turno, o prazo de
“Principalmente, protecção social nas eventualidades de doença, desemprego e parentalidade, a par da previsão de um regime contributivo aproximado aos rendimentos concretamente auferidos.”
garantia para atribuição deste subsídio é diminuído dos anteriores 720 dias (num período de referência de 48 meses) para 360 (num período de referência de 24 meses), anteriores à cessação operada. Ainda nesta sede, cumpre destacar o facto de ser agora possível a acumulação dos períodos de trabalho prestado na veste de trabalhador independente e na veste de trabalhador por conta de outrem, numa lógica de contabilização, para efeitos de taxas legais aplicáveis, aos rendimentos médios trimestralmente auferidos. Finalmente, concernente ao regime jurídico da proteção na parentalidade, veio este novo regime legal conferir a possibilidade de acesso aos subsídios para assistência a filho e assistência a neto, em manifesta harmonização com o regime da parentalidade dos trabalhadores por conta de outrem. Por todas as diferenças de regime sumariamente descritas acima, a alteração legislativa em análise (introduzida pelo Decreto-Lei n.º 53/2018, de 02 de julho) veio reforçar, em certas matérias, a proteção social efetiva dos trabalhadores independentes, obrigando o sistema previdencial de Segurança Social a uma maior adequação, equidade e proximidade. Urge serem dados novos passos em prol de uma maior garantia? Com certeza. catarina.alves@pra.pt - advogada outubro 2018 Revista Business Portugal | 103
YAMAGUCHI ADVOGADOS
“A ILEGALIDADE É O REVERSO DA CIDADANIA” Sidinéia Yamaguchi, brasileira de naturalidade, portuguesa de coração, escolheu o nosso país há mais de 19 anos como sua casa, uma casa que escolheu por amor e onde formou a sua família e se formou em Direito pela Universidade Católica, do Porto. Hoje dedica grande parte do seu tempo a trabalhar com outros brasileiros que, como ela, escolheram Portugal para viver.
Sidinéia Yamaguchi, advogada
A
dvogada, consultora jurídica na Boutique Assuntos Internacionais (Bai) e consultora jurídica na revista eletrónica Portugal Objetivo, uma publicação semanal em formato online com informações para imigrantes de todo o mundo que moram ou desejam morar em Portugal, com conteúdo sobre planeamento de mudança, legalização, morada, trabalho, empreendedorismo, educação, saúde, gastronomia e cultura.
Percurso profissional e pessoal, lado a lado Sidinéia Yamaguchi chegou a Portugal há 19 anos por razões familiares. Ingressou na Universidade Católica no 2º ano em 1999 e terminou o curso em 2003. “Durante os quatro anos de conclusão do curso fui mãe de duas filhas e simultaneamente dona de cada”, diz, com orgulho. Com um percurso académico exemplar, não foi difícil à advogada singrar no mercado de trabalho, a par de outros colegas. Findo o estágio, ficou a trabalhar no escritório de seu patrono, mas a abertura de um escritório de advogados em nome próprio foi o passo lógico a seguir, assim como um aprofundamento nas questões dedicadas ao direito internacional privado para assim poder trabalhar com seus conterrâneos que, tal como ela, escolheram Portugal para a sua casa. De modo a poder responder com mais celeridade e de um modo personalizado a cada caso, Sidinéia Yamaguchi colaborara desde o seu início com a Bai - Boutique de Assuntos Interna104 | Revista Business Portugal outubro 2018
YAMAGUCHI ADVOGADOS cionais, primeira assessoria especializada em imigração da cidade do Porto, “Neste espaço, localizado estrategicamente junto dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras do Porto, tratamos cada caso individualmente e de modo especializado, desde a representação fiscal em Portugal até a fixação de morada e pedido de autorização de residência à equivalência de diplomas e inscrição em ordem profissional”. Esta é uma aposta que apesar de recente, a nossa interlocutora sente ser de sucessos e uma mais-valia para todos os estrangeiros que procuram Portugal, tanto que a Bai inspirou muitas outras assessorias que nasceram com propósito semelhante. Mas empreendora como é, os seus projetos em prol dos seus conterrâneos não se ficam por aqui. A Portugal Objetivo é outra marca que conta com sua assessoria. “Neste portal queremos informar, esclarecer, apoiar e contribuir através de conteúdos de qualidade e especializados para que a experiência de quem vem para Portugal seja positiva e feliz”, além disso refere ainda que há outros projetos em andamento.
Direito da Nacionalidade Nesta edição falamos do Direito da Nacionalidade e da alteração à lei. A nossa interlocutora afirma receber todos os dias dezenas de solicitação que questionam a lei e como podem se beneficiar da mesma. “Esta lei da nacionalidade é benéfica para quem tem ascendência portuguesa até o segundo grau ou para quem já residiu legalmente em Portugal por pelo menos cinco anos, seguidos ou intercalados no último 15 anos, não se dirige ao estrangeiro que quer vir para Porugal, esses beneficiam dos vistos D2 e D7”, começa por nos eluciar a jurista. “A ligação histórica que une os dois países e a instabilidade política que se vive no Brasil tem alavancado um renascer do interesse de vários brasileiros escolherem Portugal”. Sidinéia Yamaguchi explana que, neste momento, se notam duas grandes tendências de procura: “por um lado, os que querem vir moras ou implementar um negócio em Portugal e, por outro lado, os filhos e netos de portugueses que exercem o seu direito à cidadania”. Sempre que há uma alteração na lei, esta procura dispara. “Todos procuram uma forma de vir para a Europa legalizados”, esclarece.
O visto D2 e D7 Para aqueles que querem montar o seu
negócio em Portugal, o Visto D2 pode ser a solução certa. “Portugal já se destaca mundialmente pelas sua facilidade na criação de empresas e política de captação de investimento estrangeiro”, diz a advogada, estes dois elementos associados fazem com que Portugal seja muito procurado por empreendedores e empresário que querem sair do Brasil e também por quem quer expandir o seu negócio. Questionada sobre como funciona o mesmo, Sidinéia Yamaguchi refere que “todo o procedimento de criação da empresa pode ser feito por representação, sem a necessidade do interessado se deslocar à Portugal na fase inicial, enviamos o dossier da nova empresa para o empresário, que se apresentará no Consulado do país de origem ou da área de residência legal e solicitará o visto”. A pequena e média empresa a ser criada deve se revestir de relevância económica, social, científica, tecnológica ou cultural para o país, ou seja, com um objeto social flexível, mas aconselha-se que seja revestido de um capital social na ordem dos cinco a 10 mil euros e com potencial de criação de emprego, assim expotenciamos as chances de deferimento do pedido. O Visto D2 também é direcionado para os trabalhadores qualificados que pretendam vir exercer a sua atividade profissional em Portugal. E o procedimento é o mesmo, ou seja, tudo é feito por representação e enviado ao interessado. O Visto D2 nas suas duas variantes viabiliza a obtenção da autorização de residencia e a possibilidade de viver legalmente aqui, quer o seu titular como seu agregado familiar, e naturalmente todos gozam dos benefícios diretos e indiretos que legalidade permite. E por seu turno Portugal se beneficia com a atração de pessoas capazes de gerar riqueza e de criar emprego, e consequentemente com a movimentação da sua economia Já o visto D7 é destinado a reformados ou detendores de rendimentos próprios e estáveis no país de origem (bens móveis, imóveis, propriedade intelectual ou aplicações), esse rendimento deve ser no mínimo de 580 euros mensais. No entanto também é exigido que no momento do pedido do visto
o requerente disponha desse valor garantido por um período de 12 meses, ou seja, deverá dispor de pelo menos sete mil euros depositados numa instituição bancária portuguesa ou no país de origem. Na medida em que a procura pelo D7 é muito alta e a decisão da autoridade portuguesa é revestida de caráter subjetivo e discricionário, aconselha-se que o requerente do D7 apresente os rendimentos mais elevados e assim potencia a sua chance de obtenção do Visto.
Manifestação de interesse A advogada também não descura daqueles que, vindo para Portugal com visto de turista, encontram aqui uma oportunidade de emprego e decidem ficar, nunca orienta nesse sentido, mas é certo que muitos acabam por optar por este caminho. E com orgulho refere que trabalha com este procedimento de legalização extraordinário desde 2007, quando a atual lei de estrangeiros foi aprovada, por isso possui experiência acumulada de mais de 10 anos nesse tipo de processo, e em virtude desse seu trabalho refere que “a ilegalidade é o reverso da cidadania”, tendo já trabalhado com muitos cidadãos aqui chegados sem título de residência, legaliza-os, e os acompanha até o dia que adquirem a cidadania portuguesa.
PORTUGAL Av. da Boavista, 1167, 7º - sala 7.1 4100-130 Porto Tlf.: (+351) 226 090 304 | Tlm.: (+351) 918 418 680 portojuridico@gmail.com BRASIL Av. das Américas, 3120, Bloco 1 - sala 202 Barra da Tijuca, CEP: 22640-102 Rio de Janeiro, RJ Tlf.: (+55) 21 8131-0519
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DESTAQUES 107 LISLEI Essencialidade no estado mais puro 108 B4 FOOD AND DRINKS LOUNGE Um espaço descontraído e moderno à beira-mar 110 DOCE REI Doces dignos de Rei 111 194 PORTO FLATS o seu AL na cidade Invicta 113 7G ROASTER Simbiose entre design, arte e café
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GAIA TODO UM MUNDO Vila Nova de Gaia é um concelho empreendedor e cheio de possibilidades, para quem quer iniciar um negócio próprio. Os desafios são muitos, mas a inovação não pára, neste que é um dos municípios mais dinâmicos do país. A restauração é sempre um dos setores onde mais se regista atividade, com o surgimento de negócios marcados pela novidade e pelos conceitos alternativos. Pastelarias e restaurantes apresentam, cada vez mais, um conceito gourmet e de cozinha de autor, ainda que tenhamos também muitos exemplos positivos de quem se de-
dica a uma gastronomia tradicional e a uma pastelaria de produção própria, com enfoque na doçaria típica portuguesa e regional. Embora a restauração esteja presente nesta edição, terá também a possibilidade de conhecer um pouco sobre o que se faz a área da arquitetura neste concelho. Gaia é uma terra de oportunidades, para quem chega e para quem já nasceu no concelho. Haverá sempre uma oportunidade de negócio para quem for audacioso e empreendedor e consiga destacar-se pela qualidade e diferenciação de produto.
LISLEI
ESSENCIALIDADE NO ESTADO MAIS PURO Fundada em 1992 e sediada no Porto, a Lislei é uma empresa de design criada e liderada pelo arquiteto e designer José Leite que, em entrevista à Revista Business Portugal, abordou a génese, o conceito da empresa e a determinação na valorização do design e produção nacionais.
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ascida há 26 anos, acalenta uma afeição especial pela relação entre o indivíduo e o objeto, a simplicidade dos meios de produção e o conhecimento aprofundado do processo de criação. O percurso de qualidade, simplicidade, experiência e know-how levou à criação da marca Lislei vocacionada para o design na componente de produto. “A marca Lislei tem como foco principal o desenvolvimento de objetos de caráter utilitário para o universo da habitação, iluminação, mobiliário, acessórios e complementos, etc”. Há cerca de dois anos dedicou-se igualmente ao design de brinquedos em madeira, criando a submarca BooKids, com o pressuposto de despertar a curiosidade do mercado internacional para os artefactos de identidade portuguesa e levar às crianças a oportunidade para a experiência de diferentes universos sensoriais através de brinquedos de cariz tradicional construídos em materiais naturais. “Concebemos, desenvolvemos, produzimos e comercializamos produtos bastante diferenciados porque, no ponto de vista de um designer tudo se liga e complementa, dando-nos quase a ideia de que vivemos num mundo líquido”. A qualidade e forma das peças surpreende alguns clientes que questionam se a marca e a produção são cem por cento nacionais. Por outro lado, “contactamos com clientes que apreciam as preocupações dedicadas a cada peça, tanto funcionais como éticas”, refere adiantando que tem
um compromisso com a sua profissão que se traduz na forma como encara a sustentabilidade, a funcionalidade, a segurança, a economia e o prazer estético. Em geral, o trabalho desenvolvido pelos profissionais da Lislei é o reflexo da paixão de José Leite pela simplicidade da produção e pelo pragmatismo da forma que realça o conceito do design ao serviço de produtos intemporais e “de produtos que nos remetem para uma relação emocional com o mundo das formas e com os materiais naturais”. Lembrando que a revista ‘Monocle’ chamou ao triciclo desenvolvido pela BooKids, ‘o charme do low-tech’, José Leite realça: “em todas as nossas peças, cem por cento portuguesas, o desenho, simples e claro, deixa transparecer a ideia de que para a conceção de algo efetivamente útil, o essencial basta”. A terminar, expressa o enorme desejo de que os produtos nacionais e a nossa identidade cultural sejam mais valorizados tanto pelos portugueses como pelos estrangeiros. “Por acreditarmos no nosso valor o desejo é o de levar, para fora, o design e a produção nacionais”, por isso mesmo os desideratos principais da Lislei são a divulgação da marca através da participação em vários concursos nacionais e internacionais de design, para além dos convites que recebem para exporem as suas obras em cenários nacionais e internacionais.
T.: 227 530 789 • E.: info@lislei.com
www.lislei.com outubro 2018 Revista Business Portugal | 107
B4 FOOD AND DRINK LOUNGE
UM ESPAÇO DESCONTRAÍDO E MODERNO À BEIRA-MAR O B4 Food and Drink Lounge quer contribuir para o dinamismo turístico de Espinho e proporcionar alternativas inovadoras aos restantes espaços da cidade. Com vista para o mar, Nina e Pedro apostam numa variedade gastronómica com ingredientes de qualidade e preços acessíveis.
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om apenas mês e meio, o B4 surgiu para preencher algumas lacunas que, no ponto de vista de Nina Silva e Pedro Cacheira, eram evidentes no turismo em Espinho. Este é um bar de praia com um conceito mais elaborado que se insere num espaço descontraído e moderno. “Acima de tudo, quisemos privilegiar a vista e a localização que temos. São onze metros em que se pode olhar o mar, passar momentos agradáveis e degustar diferentes experiências gastronómicas”, explicam. A oferta é variada e para todos os gostos. Desde as tapas portuguesas, os enchidos, às tapas espanholas como os bocadillos, os pinchos, os calamares, e os pimentos Padrón, passando pelo sushi: “tentamos ao máximo aperfeiçoar a técnica para que até os espanhóis se sintam em casa e na verdade temos tido um feedback bastante positivo, pois
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O B4 é um espaço que confeciona comida, mas queremos destacar o conceito de bebida, de bar e de cocktail
sabemos que é algo inovador nesta zona”, esclarece a proprietária. A ideia de incluir o sushi partiu do gosto comum desta dupla de empresários, dando uma oferta complementar às inúmeras casas de peixe que se podem encontrar por Espinho. E, além disso, o sushi é cada vez mais uma preferência de portugueses e turistas. Esta ementa está a cargo do sushiman que também faz peças freestyle. Os hambúrgueres também são um sucesso, com a garantia de uma carne de qualidade. “Além disso, temos os wraps porque achamos que era uma alternativa mais leve à sanduíche, temos saladas, sopas e pequenos miminhos para os nossos clientes, nomeadamente cheesecake, bolo brigadeiro, petit gateau”, evidencia Pedro, acrescentando que também têm os snacks mais típicos como a francesinha, cachorros –“dentro das nossas origens tentamos sempre inovar”. Para acompanhar, nada melhor que um bom vinho. No B4 pode-se encontrar uma garrafeira diversificada com vinhos do Douro e do Alentejo, vinhos tintos, brancos e rosés, espumantes e vinhos do Porto. Já o Finca Flinchman é um vinho argentino que, segundo os proprietários, tem tido uma aceitação muito boa. “Fizemos uma pesquisa dos melhores whiskeys e temos desde bourbon’s, maltes, whiskeys novos e velhos. O nosso objetivo é que as pessoas deixem a ideia que isto é só um restaurante. O B4 é um espaço que confeciona comida, mas queremos desta-
B4 FOOD AND DRINK LOUNGE
car o conceito de bebida, de bar e de cocktail. Temos alguns cocktails que são muito agradáveis para esta altura do verão, como a caipirinha, Long Island Ice Tea, Tequilla Sun Rise, Gin, Mojitos. Apostamos um pouco nos conhaques que é algo que não se vê muito em Espinho mas que os grandes apreciadores gostam e com tudo isto tentamos ir ao encontro dos gostos de todos os clientes”, referem. Nina Silva e Pedro Cacheira criaram um espaço inovador, com a ajuda do pai de Nina, José Silva e do engenheiro Gil Silva, cujo propósito é contribuir para o dinamismo turístico da cidade de Espinho banhada por cinco quilómetros de praia – “Todos juntos podemos fazer com que Espinho, através de uma oferta de grande
qualidade, se afirme cada vez mais como um destino turístico de eleição”, consideram, deixando o convite: “venham ao B4 e encontrem uma oferta variada para qualquer hora do dia”. Pedro Cacheira, Nina Silva e José Silva, sócios-gerentes e investidor
“Dentro das nossas origens tentamos sempre inovar”
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PÃO QUENTE E CONFEITARIA DOCE REI
DOCES DIGNOS DE REI Liderado pelos irmãos Pedro e Humberto Fonseca, desde há sete anos, o Pão Quente e Confeitaria Doce Rei tornou-se uma referência em Oliveira do Douro. Assumiram um espaço que “necessitava de mudar muita coisa para se tornar na casa que temos hoje” assumem os gerentes Pedro Fonseca (PF) e Humberto Fonseca (HF).
Pedro e Humberto Fonseca, gerentes
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Pão Quente e Confeitaria Doce Rei está na família há quanto tempo? (HF) Compramos este negócio há sete anos mesmo sem ter experiência na área. O meu pai tinha um espaço semelhante, onde atualmente existe o Santiago F, no Porto, que decidiu vender e acabámos por nos aventurar neste ramo ao comprar o Pão Quente e Confeitaria Doce Rei, mesmo sem ter experiência na área. O nosso pai ajudou-nos a inteirar de todos os trâmites deste negócio porque eu estava a fazer consultoria e a dar formação na área alimentar e o meu irmão ainda estava a estudar arquitetura. A compra ocorre pela insatisfação em relação ao meu futuro profissional e pelo gosto que temos em trabalhar juntos. Mesmo sem termos experiência na
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área decidimos seguir em frente, seguindo a nossa intuição, e reconhecemos que foi a melhor opção. Apresente-nos o balanço destes sete anos. (PF) Faço um balanço positivo assente num crescimento gradual e sustentado. A casa estava muito parada devido à conjuntura económica nacional pouco favorável e a algumas das opções tomadas pelos antigos proprietários. Fizemos algumas alterações tanto ao nível de pessoal, como de oferta, introduzimos refeições ligeiras à hora do almoço e as alterações começaram a surtir efeito quase de imediato. As pessoas começaram a procurar-nos por causa do pão quente, da confeitaria e, posteriormente para pequenos almoços e lanches. Têm alguma especialidade? (HF) O croissant é o nosso ex-líbris é, de longe, o produto que vendemos mais, mas temos outros produtos de confeitaria que somos nós a fazer e que têm grande aceitação. Mas o que nos diferencia é o serviço. Temos vindo a trabalhar, desde o início, com o intuito de servir bem, com qualidade e rapidez mesmo quando temos a casa cheia, porque sabemos que o servir e bem servir fideliza as pessoas. Servem refeições? Quando ocorre o pico de trabalho? (PF)O pico é de manhã cedo e a meio
da manhã. Agora exploramos também o almoço, com pratos rápidos como saladas, sandes, massas e hambúrgueres. Primamos por ter uma oferta variada mas que seja rápida porque o tempo para almoçar é queremos garantir a qualidade das refeições. A equipa está fechada? Foi fácil contratar profissionais? (HF) Atualmente está fechada mas foi muito difícil constituí-la e cada vez será pior. Os jovens não estão dispostos a trabalhar. Às vezes aparece uma pérola que tem motivação para trabalhar e, nesse caso, ele cresce connosco. Pela nossa experiência posso concluir que é melhor formar uma pessoa que nunca tenha trabalhado na área porque não tem vícios e hábitos de outras casas, têm vontade de aprender e crescem com a casa Até que ponto é motivador e fator de sucesso serem irmãos e sócios? (HF e PF) É muito mais fácil sermos irmãos e sócios porque este negócio, como qualquer outro que lide diretamente com dinheiro, tem de ser gerido baseado na confiança. Se não existe confiança acabamos por estar a pensar e a desviar a atenção do que realmente é importante: servir bem os nossos clientes!
194 PORTO.FLATS
194PORTO.FLATS O SEU AL NA CIDADE INVICTA
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acaso ditou que o prédio Nº194 da Rua de Passos Manuel fosse adquirido pela família Fonseca, logo no início dos anos 2000, mas foi a necessidade de lhe dar um propósito útil que aguçou a astúcia e visão de negócio dos irmãos Pedro e Humberto. A excelente localização, mesmo em frente ao Coliseu do Porto, no número 194 da Rua de Passos Manuel, é um dos atributos mais visíveis dos apartamentos 194Porto.Flats. Aproveitando todos os espaços para se tornarem áreas úteis, os irmãos conseguiram transformar o antigo prédio num Alojamento Local (AL). Três apartamentos T0, um T1 e um T2 perfazem o total de cinco imóveis, com ou sem varanda, tão próximos da carismática Rua de Santa Catarina, da centenária Livraria Lello e da afamada Ribeira do Porto, mesmo no coração da cidade do Porto.
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7G ROASTER
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7G ROASTER
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SIMBIOSE ENTRE DESIGN, ARTE E CAFÉ
harmonia entre o alojamento local e a oferta diferenciada de café foi o mote que nos levou ao 7G Roaster. Idealizado por Carla Pinho e Jorge Figueiredo, um casal que quis propor uma oferta completamente diferente à frente ribeirinha e cidade fortemente reconhecidas pelo Vinho do Porto, apresentam propostas que vão desde o simples espresso tirado pelos experientes baristas que aqui residem, ao doce tradicional da cidade o ‘velhotes’. Sete apartamentos, como o nome indica, diferenciados pela tipologia e exposição ao rio Douro, pela simbiose entre o ferro, madeira e cimento, arte e decoração patentes a cada passo que damos. A elevada taxa de ocupação levou o casal a investir na construção de quatro novos estúdios, mais pequenos do que os apartamentos, edificados e decorados com os mesmos materiais e com acesso exclusivo. Mas desengane-se se pensou que a oferta fica por aqui. À sua espera está uma panóplia de propostas de atividades para os mais diferentes gostos e práticas desportivas. Patente fica sempre a dualidade entre o gosto do café e o Alojamento Local com requinte e bom gosto do 7G Roaster Apartments.
Rua de França Nº 52 - Vila Nova de Gaia - info@7groaster.pt - www.7groaster.com - Facebook: 7g apartments outubro 2018 Revista Business Portugal | 113
DESTAQUES 116 LOJA JURÍDICA Confiança, Respeito e Confidencialidade 118 MIGUEL BRÁS UNIPESSOAL Prestar serviços com qualidade e rapidez 120 CASA COIMBRA De olhos no futuro, com a qualidade do presente
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FAFE SALA DE VISITAS DO MINHO O município de Fafe está dinâmico e quem o visita reconhece isso. É um excelente local para viver e a qualidade de vida associada a um concelho empreendedor faz nascer alguns negócios. Nesta edição, poderá ficar a reconhecer exemplos da restauração de Fafe, com a sua gastronomia tradicional e conhecida pelos sabores marcantes. A solicitadoria será outra área de atividade
presente, uma vez que esta se torna cada vez mais fundamental para o dia-a-dia, quer de cidadãos individuais, quer de empresas. Num concelho fortemente dedicado à cultura e às atividades lúdicas, com um vasto número de associações culturais a fazer parte do panorama social do concelho, a economia floresce em paralelo com um concelho equilibrado, cheio de História e de tradição, mas com os olhos postos no futuro.
JANSSEN PORTUGAL
Rua Dr. Oliveira Salazar, 19 2425-044 Monte Real Tlf.: (+351) 244 611 238 info@hoteldomafonso.com
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LOJA JURÍDICA
Liliana Costa, Vânia Freitas e Carla Moreira, solicitadora, solicitadora estagiária e advogada
CONFIANÇA, RESPEITO E CONFIDENCIALIDADE A Loja Jurídica – situada em Fafe – oferece um serviço de excelência e diferenciado. Tendo por base a aposta na confiança, Carla Moreira (advogada) e Liliana Costa (solicitadora) – ambas também agentes de execução – já há seis anos que trabalham em prol dos seus clientes.
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ntrevistadas pela Revista Business Portugal, Carla Moreira e Liliana Costa deram-nos a conhecer os seus percursos até há seis anos, altura em que juntas abriram a Loja Jurídica. Desde criança que, por influência do seu pai, que era GNR, que Carla queria ser advogada. Como tal, seguiu o curso de Direito, o qual gostou de frequentar embora admita não gostar das formalidades utilizadas pelos advogados. Com uma visão mais prática, a advogada conheceu a área da solicitadoria mais tarde, num escritório onde conheceu Liliana. Por sua vez, em criança, Liliana nunca soube o que queria ser no mundo dos adultos. 116 | Revista Business Portugal outubro 2018
Mais tarde, era trabalhadora num escritório de uma empresa de materiais de construção civil e ouviu falar na área da solicitadoria, curso que resolveu tirar e que não se arrepende, dizendo mesmo que foi a melhor opção que poderia ter feito, classificando como um curso prático com o qual se identifica. Com as apresentações feitas, podemos dizer que as duas amigas se assimilam uma com a outra. Ambas muito práticas partiram à aventura e arriscaram com esta empresa de serviços, onde o sucesso não poderia deixar de ser muito satisfatório.
Serviços prestados Na Loja Jurídica são feitos todos os tipos de trabalho a pensar no cidadão, com base no respeito, na competência, na conveniência total e na confidencialidade absoluta. As nossas entrevistadas deram-nos a conhecer o seu espaço e serviços: “queríamos uma loja acessível para as pessoas mais idosas conseguirem entrar e sair com facilidade. Pretendíamos um serviço mais próximo, sem receios e conseguimos isso, o objetivo
LOJA JURÍDICA sempre foi que as pessoas conseguissem tratar de tudo no mesmo espaço, chegar aqui e sair com tudo feito. Quando montamos o escritório ainda não se falava do balcão único e fomos as primeiras a ter esse serviço. Além disso, fazemos de tudo desde o comercial, o predial, registo de automóveis, constituição de empresas, alterações, escrituras, entre outros. Um solicitador é um
técnico que faz um bocadinho de tudo”. Num espaço onde as pessoas se sentem confortáveis e desabafam sobre os seus problemas enquanto os resolvem, Carla e Liliana estimam esta proximidade que se cria com o cliente e defendem manter o contacto, os laços e a amizade com as pessoas que trabalham com elas.
“Queríamos uma loja acessível para as pessoas mais idosas conseguirem entrar e sair com facilidade. Pretendíamos um serviço mais próximo, sem receios e conseguimos isso...”
São seis os anos em que embarcaram nesta aventura e, juntas, dizem que não se veem a fazer outra coisa. “É um bom ambiente, há sempre energia de manhã para vir trabalhar, não é sacrifício nenhum. Temos uma sociedade diferente, não dividimos apenas as despesas, mas sim tudo. Não fazemos distinções, quem entra no escritório, entra num escritório que é nosso, por isso funciona bem. Somos muito práticas, completamo-nos em tudo, há muito respeito e estamos bem estruturadas”, afirmam. Fafe é a cidade que as acolheu e, como tal, não pretendem trabalhar em outros locais: “gostamos muito de estar aqui. As pessoas conhecem-nos e é bom, gostam e sentem-se confiantes connosco”, é um projeto que prima pela confiança e pela proximidade, que tem tudo para continuar a ser promissor. Em modo de conclusão, Carla Moreira deixa uma mensagem para os nossos leitores: “gostava que as pessoas acreditassem que ainda existe alguém que lhes presta um bom trabalho e que é honesto. Há muita gente que não acredita na justiça, nem nos profissionais da justiça. Os advogados e os solicitadores têm fama de ser uns malandros e queria que as pessoas acreditassem na justiça porque, efetivamente, em todo o lado há maus profissionais e nós também somos vítimas disso, mas há muita gente que presta um bom serviço às pessoas, há muita gente honesta e que gosta de ajudar”, termina.
Projeto de confiança
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MIGUEL BRÁS UNIPESSOAL
PRESTAR SERVIÇOS COM QUALIDADE E RAPIDEZ
A Miguel Brás surge em 2012 e destaca-se no setor da metalurgia através da lacagem, decapagem e metalização. A Revista Business Portugal esteve à conversa com o proprietário, Miguel Brás, para perceber o segredo da qualidade e sucesso do grupo.
A
Internacionalização e resultados
Miguel Brás empresa Desde 2012 no mercado, a Miguel Brás Unipessoal passou a ser uma referência em Fafe, no nicho das indústrias que se dedicam ao tratamento anticorrosivo de metais por via de decapagem, metalização e lacagem. Contudo, há mais de 20 anos, já se iniciava a experiência do fundador que enveredou pelo setor, expandiu-se e a partir daí foram anos consecutivos de sucesso e sobretudo de muito trabalho. Focado em satisfazer as necessidades dos clientes, a empresa conta com uma equipa profissional e especializada que fortalece e otimiza os resultados. Devido a este posicionamento, Miguel Brás assume que conseguiu chegar onde sempre quis: “sempre achei que chegaria até aqui, porque foi nesse sentido que trabalhei. Neste momento, somos uma empresa equipada com maquinaria de topo, temos profissionais de excelência e somos certificados pelo Qualis-
“O sucesso de uma lacagem prende-se com a durabilidade do trabalho”
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teelcoat (apenas detido por duas empresas em Portugal) e pela ISO 9001”, destaca o fundador. O orgulho e crescimento visualizam-se através dos investimentos que têm sido realizados. Segundo o responsável, em 2016, novas instalações foram obtidas e uma nova linha de pintura adquirida, de forma, assim, a responder às exigências do mercado.
Para fazer face às necessidades do mercado, profissionalismo e atenção são ingredientes fundamentais. Posto isto, uma das ambições do grupo foi a internacionalização. “Este já era um objetivo que tínhamos desde o início, de certa forma a empresa já nasceu virada para o futuro. Quando começámos, especialmente nestas instalações, fizemos um grande investimento em equipamentos e maquinaria, já a pensar nos mercados externos. Enquanto todos lacavam alumínio, nós começamos a lacar ferro e mantivemo-nos sempre um passo à frente”, assume. Quanto aos serviços, o processo de lacagem parte da “deposição eletrostática de tinta em pó e posterior polimerização a temperaturas próximas dos 200 graus” de forma a tornar a “superfície altamente resistente às condições atmosféricas mais adversas”. O empresário afirma que “o sucesso de uma lacagem prende-se com a durabilidade do trabalho, que se quer bastante longa e com uma selagem e aderência totalmente completas” e que para tal, o pré-tratamento da superfície da peça é fundamental para que não haja impurezas, óleos superficiais ou algum tipo de atenuante que impeça a penetração da tinta. A Decapagem, outro
MIGUEL BRÁS UNIPESSOAL
dos serviços realizados, é um sistema de limpeza de ferro que “consiste na projeção de um abrasivo sobre a superfície a limpar” e, por fim, a Metalização corresponde ao “tratamento antiferrugem do ferro em que é aplicado um revestimento de zinco por projeção a quente, na superfície a tratar de forma a impedir a corrosão”. Estes três são os protagonistas de um leque de serviços oferecidos pela Miguel Brás Unipessoal. Deste modo, a qualidade do revestimento, no que toca a resistência às condições atmosféricas adversas, são também relevantes para o resultado final. Tendo em vista atingir um grupo ainda mais alargado de clientes, a empresa relançou-se na série dos detalhes. Implementou nos seus serviços a produção de painéis decorativos e criou uma nova marca - MB laser, que foi lançada numa feira em Madrid, já no seguimento da internacionalização desejada: “a presença em feiras internacionais também tem sido fundamental para chegarmos mais longe”, sublinha Liliana Queirós, responsável financeira. A empresa preza pela qualidade, rigor e cumprimento dos prazos de entrega e estes têm sido fatores diferenciadores no merca-
A empresa preza pela qualidade, rigor e cumprimento dos prazos de entrega e estes têm sido fatores diferenciadores no mercado do. Por esta razão, Miguel Brás reconhece que ainda há muito a fazer e que o caminho a percorrer ainda é longo. “Sei que temos de continuar a trabalhar como até aqui, investir cada vez mais na formação dos colaboradores e rentabilizar a maquinaria. Desta forma, iremos conseguir não só alcançar o mercado externo, para o qual já temos alguns trabalhos fechados, como manter-nos atualizados acerca da evolução do setor, de modo a permanecer sempre um passo à frente”. Ainda sobre projetos futuros, Miguel sublinha a produção de peças próprias.
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CASA COIMBRA
DE OLHOS NO FUTURO, COM A QUALIDADE DO PRESENTE Fundada há 37 anos por Manuel Ribeiro Coimbra, a Casa Coimbra, em Fafe, dedica-se à venda de todos os produtos inerentes à agricultura. Em entrevista à Revista Business Portugal, Ângelo Coimbra, filho do fundador e atual proprietário, partilha as suas principais motivações e desafios, num setor que está em constante evolução.
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ngenheiro técnico agrícola, Ângelo Coimbra desde novo quis seguir as pisadas do pai. Nascido e criado no meio, acredita que a Casa Coimbra é o parceiro ideal dos agricultores. “Tem havido uma grande evolução da agricultura, com o aparecimento de novos métodos e novos produtos, e nós tentamos acompanhar essa evolução, não esquecendo nunca o bom atendimento aos clientes”, garante. Ângelo Coimbra explica que a Casa Coimbra é tradicionalmente referência na venda de produtos fitofarnacêuticos para a agricultura e realiza ainda, em conjunto com parceiros, análises às terras e aos vinhos. “Tudo o que englobe agricultura, nós conseguimos fazer. Temos soluções quer para o agricultor profissional, quer para o agricultor que tem a sua pequena horta”, explica.
Relva artificial: a aposta do futuro De olhos postos no futuro, a Casa Coimbra assume também novas valências, como é o caso da venda e aplicação de relva artificial:
Ângelo Coimbra, proprietário
“vimos que o mercado necessita de relva sintética, e isso para nós é o futuro. Os benefícios são muitos, como a poupança de água e a não aplicação de adubos”. A empresa assegura todo o processo, desde o desenho do jardim, até à aplicação e manutenção do espaço. A relva artificial não requer trabalho, o que é uma vantagem na hora da decisão entre relva natural ou artificial. “Tem sido uma aposta ganha, com elevada procura por parte dos clientes não só em Fafe, como em todo o país”, salienta Ângelo Coimbra.
Boas práticas agrícolas Mais do que vender produtos, o nosso entrevistado procura também sensibilizar os agricultores para as boas práticas agrícolas. “Tenho tentado consciencializar as pessoas nesse sentido. Antigamente os agricultores não estavam sensibilizados para as boas práticas. Não havia um cuidado suficiente no uso de certos produtos e no cumprimento das regras inerentes aos rótulos. Agora, o nosso principal objetivo é elucidar todos os agricultores e fomentar o uso correto dos produtos agrícolas para a não contaminação do meio ambiente e da saúde pública. É um dever que temos”, conclui.
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DESTAQUES 124 CM SETÚBAL Município participado 126 PWG PORTUGAL Cada vez mais amiga do ambiente 128 LUSOCAKE O sucesso é fruto da qualidade e inovação 130 REGASCAMPO Experiência e tecnologia ao serviço do agricultor
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OUTROS MUNICÍPIOS E DIA DA ÁGUA Neste espaço, poderá ficar a conhecer um pouco sobre o município de Setúbal e o seu projeto de Apoio às Empresas do distrito. Recentemente, a autarquia avançou com um projeto de “Ninho de Empresas” que contempla uma ajuda a todos aqueles que quiserem iniciar um negócio, nomeadamente a nível de infraestruturas, apoio tecnológico e técnico e mesmo de consultoria. O objetivo é dinamizar o concelho e garantir um rejuvenescimento das empresas do
município. Teremos também a presença de um artigo sobre o Dia da Água, de forma a podermos contribuir também para uma reflexão intensa, séria e focada num assunto que diz respeito a todos. A água é essencial à Vida e é fundamental que, entre todos, cidadãos, autoridades políticas, económicas e empresariais exista uma união, para a concretização de planos e estratégias de fundo para a proteção deste bem fundamental.
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MUNICÍPIO DE SETÚBAL
MUNICÍPIO PARTICIPADO Com uma forte aposta no empreendedorismo e nos empreendedores, o Município de Setúbal tem beneficiados os seus munícipes com políticas municipais de atração de investimento e desenvolvimento económico que já começam a dar frutos. Sobre os seus incentivos, conversamos com Maria das Dores Meira, presidente do Município.
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omeço esta entrevista por lhe pedir que apresente Setúbal aos nossos leitores. Setúbal é a cidade capital do concelho com o mesmo nome onde habitam perto de 130 mil pessoas. Somos conhecidos pelas nossas paisagens, praias e gastronomia, mas também por sermos terra de trabalho. Conjugamos, no mesmo território, duas realidades distintas: por um lado, temos duas áreas naturais de grande importância, o Parque Natural da Arrábida e a Reserva Natural do Estuário do Sado, por outro, temos aqui algumas das maiores empresas do país geradoras de parte substancial do PIB nacional. Temos enorme orgulho na nossa forte identidade cultural e social e, por isso, gostamos de nos afirmar autonomamente no contexto da grande Área Metropolitana de Lisboa Maioritariamente reconhecida pela sua vertente turística, Setúbal é muito mais do que a ligação a Troia, as praias da Arrábida a e terra de Bocage. Quais os pontos de passagem e vista obrigatória? Setúbal tem muito para ver. Indicar alguns pontos de visita significa deixar muito de fora. Para uma visita rápida à cidade e ao concelho é obrigatória a passagem pelo centro da cidade, com o seu extraordinário centro histórico, a começar na Praça do Bocage, e uma das mais bonitas avenidas de Portugal, a Avenida Luisa Todi. Depois, é obrigatório visitar a Fortaleza de São Filipe e dali apreciar a extraordinária paisagem da que é uma das mais belas baías do mundo, passar pelas praias da Arrábida e pela serra, de onde se pode usufruir do que será, seguramente, uma das mais belas paisagens do mundo. Aconselho também uma visita ao Moinho de Maré da Mourisca para assistir ao pôr do sol ou observar aves e, claro, a experimentar a nossa gastronomia recheada 124 | Revista Business Portugal outubro 2018
de bom peixe, choco frito e extraordinários vinhos. Nesta edição falamos de municípios empreendedores e promotores de empreendedorismo. Que programas de apoio tem o Município nesta área? A Câmara Municipal de Setúbal tem procurado ativamente novos investimentos nos mais variados setores para fortalecer a economia local. Temos colhido bons resultados dessa prática, com o fortalecimento, nos últimos anos, em especial, do nosso setor turístico. O crescimento da procura tem sido notável, o que é comprovado pelo aparecimento, constante, de novos negócios na área da restauração e do alojamento, a par da recuperação, por estrangeiros (e não só) que escolheram aqui fixar-se, de património habitacional degradado e há muito abandonado. Para que conseguíssemos gerar esta procura precisámos, previamente, de fazer consideráveis investimentos públicos na qualificação urbana do concelho, renovando vias rodoviárias e praças, apostando em arte pública, apostando na criação de novos e qualificados equipamentos culturais cuja oferta constitui hoje forte atrativo. Paralelamente, agilizámos o funcionamento da máquina administrativa da câmara municipal de forma a dar respostas mais rápidas a quem nos procura para investir. Posso, assim, dizer, que toda a nossa atividade quotidiana constitui um programa de apoio ao desenvolvimento, com uma visão integrada das necessidades de um concelho que, por demasiado tempo, foi olhado com alguma desconfiança. Hoje somos procurados para os mais variados investimentos, temos uma procura turística como nunca tivemos. Posso dizer que hoje há uma enorme confiança em Setúbal que permite que o concelho se desenvolva cada vez mais. O NNIES – Ninho de Novas Iniciativas Empresariais de Setúbal é um equipamento municipal criado e pensado para acolher novos projetos no setor empresarial. Como surge este projeto? Este projeto surge da necessidade de criar um espaço onde novas empresas, em fase de arranque, possam iniciar a consolidação da sua atividade. Funciona nas galerias do Mercado do Livramento, num espaço que requalificámos, propositadamente, para esta finalidade e onde estas novas empresas podem
MUNICÍPIO DE SETÚBAL
Maria das Dores Meira, presidente
instalar, em salas com todas as condições, os seus serviços durante um período limitado e com rendas controladas. E como tem sido a recetividade e adesão dos empreendedores setubalenses a esta iniciativa? A recetividade tem sido muito boa. Temos um conjunto diversificado de empresas ali instaladas que beneficiam das excelentes condições que são colocadas à sua disposição, entre as quais um auditório, salas de reuniões, serviços comuns de apoio e, claro, da possibilidade de trabalhar num dos mais famosos mercados do mundo.
A fixação de novos negócios na região acopla outras consequências, também elas positivas para Setúbal, nomeadamente fixação de população, criação de novos postos de trabalho e, consequentemente, maior riqueza… Sim, e isso tem sido muito evidente no nosso concelho. A mudança de perceções em relação a Setúbal, fruto de um trabalho continuado, tem contribuído bastante para a fixação de novos negócios. O ambiente económico e social que se vive hoje, a par das extraordinárias condições que aqui temos, contribui decisivamente para atração de investidores, mas também para que aqueles que aqui sempre viveram comecem a apostar mais na sua terra. Claro que esta transformação se deve, essencialmente, aos agentes económicos que acreditaram em Setúbal, mas deve-se também ao esforço continuado que temos feito para criar melhores condições
a quem aqui se queira fixar, para melhorar a cidade, para que seja bom viver aqui. Depois, há que destacar que temos excelentes acessibilidades que nos ligam à capital e ao seu aeroporto em meia hora, temos um dos mais importantes portos comerciais do país e temos um tecido económico e empresarial importantíssimo que, só por si, gera também maior atratividade. Tudo isto acompanhado de disponibilidade de espaço para instalar mais negócios, mais empresas e todo um setor turístico em desenvolvimento, mas com muito ainda para explorar. Quais as áreas que mais procuram este apoio municipal? Quais as áreas de atividade com maior incidência na região? Setúbal é hoje procurada para muitas coisas. Desde a instalação de novos estabelecimentos hoteleiros a grandes empreendimentos na área da náutica, assim como grandes empresas atraídas pelas nossas excelentes acessibilidades e centralidade na área metropolitana de Lisboa, além do facto de sermos também a porta de entrada no grande Alentejo. E o futuro, por onde passa? O futuro está em Setúbal.
Praça de Bocage
Telefone: 265 541 500
2901-866 Setúbal
www.mun-setubal.pt
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PWG PORTUGAL
PWG PORTUGAL CADA VEZ MAIS AMIGA DO AMBIENTE A PWG Portugal, situada em Sintra, é uma empresa de referência no país na área de distribuição de componentes e soluções de Tratamento de Águas. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Paulo Pulquério, General Manager.
O que distingue a PWG Portugal da concorrência
Paulo Pulquério, general manager
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grupo belga POLLET WATER GROUP é dono de 25 empresas espalhadas pela Europa e Turquia, que fazem revenda de componentes e soluções de tratamento de águas e piscinas a profissionais, sendo a PWG Portugal uma delas. Esta empresa já existia no nosso país em 2000, com o nome CWG. Em 2002, o grupo belga comprou a CWG, tendo o nome da mesma sido alterado para PWG. “O nosso trabalho é apresentar soluções de tratamento de águas e ajudar os instaladores que andam principalmente na indústria, que é o maior volume de negócios”, afirma o nosso entrevistado, Paulo Pulquério, General Manager da PWG Portugal, que realça a diferença entre o papel da sua empresa e o de empresas particulares como a EPAL (Empresa Portuguesa das Águas Livres, SA) e as SMAS (Serviços Municipalizados de Água e Saneamento). “A indústria precisa de um tratamento de águas específico. Nos particulares quase não há necessidade de tratamento de água, pois os distribuidores fornecem água conforme a lei. Mas nas indústrias sim, como na indústria farmacêutica, na indústria de componentes eletrónicos, na indústria automóvel… aí é que entramos, mas só como distribuidores. A nossa vida é fazer stock e vender”, refere. O tratamento de água da PWG Portugal é feito de acordo com os resultados de uma análise e o objetivo da água a ser tratada, para depois procederem consoante as necessidades dos clientes. “Algumas águas, principalmente para o Norte, nós não precisamos de fazer nada, felizmente ou infelizmente, a água no Norte é muito boa. E depois aqui para o Sul, principalmente de Coimbra para baixo, depende muito da análise da água… se precisamos só de descalcificar ou se é preciso uma água quase ultrapura para algum processo”, acrescenta.
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A empresa conta com uma equipa constituída por engenheiros de topo, técnicos altamente especializados e equipas comerciais e de atenção ao cliente que asseguram uma prestação de serviço exclusiva e diferenciada do mercado. Quando questionado sobre o que distingue a PWG Portugal da concorrência, o General Manager não hesita na resposta. Apesar de haver concorrência no estrangeiro, “em Portugal não existe muita concorrência”, diz, referindo-se ao tratamento de águas. Outro ponto forte é ainda “a facilidade de, como pertencemos a um grupo que não é português, se não tivermos know-how suficiente, nós não estamos sozinhos”, podendo então contar com o apoio do POLLET WATER GROUP. “São muito grandes em tratamento de águas, então conseguimos ter quase todas as marcas que existem no mercado. Ou seja, qualquer problema, qualquer equipamento que seja preciso trocar, nós temos. E como temos muito stock também somos mais rápidos a responder e por isso é que há essa diferenciação”, sublinha. Desta forma, a empresa consegue dar resposta a quase tudo e os fornecedores são os mesmos há anos, o que “dá muita confiança aos clientes”.
Poupança da água é um das principais metas a alcançar A poupança da água é uma das grandes preocupações atuais da PWG Portugal. “Muitas vezes a indústria começa a tentar reutilizar a água para regas, para lavagens industriais”, partilha Paulo Pulquério, revelando que começa a existir uma maior preocupação por este bem essencial devido ao “desperdício enorme de água”. Um dos objetivos da empresa é começar a fabricar em maior número os seus próprios equipamentos, criados para gastarem menos água e energia, pois para tratar água também se gasta água. Este processo, apesar de lento, ajudará a criar alguma independência dos fabricantes, segundo Paulo Pulquério. “Já temos um descalcificador em testes para tentar minimizar o gasto de água, e acho que eles já estão a conseguir uns 30 por cento”, tendo apenas de se fazer “pequenos melhoramentos para conseguirmos otimizar isso”, conclui.
PWG PORTUGAL
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LUSOCAKE
O SUCESSO É FRUTO DA QUALIDADE E INOVAÇÃO
Criada em 2013, a Lusocake atravessa ainda aquele que é o início de um percurso promissor já marcado pela qualidade, inovação e reconhecimento dos seus produtos. PME Excelência, esta empresa portuguesa da região de Chaves atingiu este patamar num curto período de tempo e Paulo Jesus, administrador, revela-nos o segredo para tal sucesso.
U
m produto tipicamente português, genuíno e inovador. Assim nasce a Lusocake, uma empresa especialista em pré-misturas em pó para a indústria de panificação e pastelaria, bem como sobremesas para a restauração e o canal Horeca. Desde 2013 no mercado, a Lusocake Mix surgiu da união de vários acionistas, alguns da área, com o objetivo comum de diferenciar nesta área da gastronomia. Hoje, possuem uma marca própria a Lusochef, “vocacionada em disponibilizar um produto de gama profissional de forma simples e de execução prática” para que todos possam fazer sobremesas dignas de chef. Fruto de muito empenho, esta empresa flaviense solidificou-se no mercado, ampliou o seu leque de consumidores e de distribuidores a todo o território nacional, incluindo as ilhas. Estes últimos conseguem, na Lusocake, não só obter o produto, mas também trabalhar e personalizá-los com embalagens e regulações próprias.
Inovação, qualidade e eficiência Paulo Jesus revela que “mais da metade
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“Criamos produtos novos, pois vamos acompanhando as tendências de mercado”
dos produtos são para o consumo industrial, o que influencia na constante busca por distribuidores em que, simultaneamente, há uma preocupação em fidelizá-los”. Para o entrevistado, mais do que agradar a todos é preciso investir naquilo que dá retorno. Posto isto, a Lusocake prima pela qualidade dos produtos aliada a preços competitivos, rapidez nas entregas e, sobretudo, na inovação. “Tentamos ter um serviço bastante rápido, em dois ou três dias disponibilizamos os produtos para que os distribuidores os tenham e possam repassar. Quanto à inovação, termos produtos diferenciados é uma das prioridades. Criamos produtos novos, pois vamos acompanhando as tendências de mercado”. Esta preocupação acabou por alargar a gama de produtos da empresa que disponibilizam no sector da panificação, nomeadamente pães com as mais diversas sementes, bem como o consumo de artigos de pastelaria que perdurem por quatro ou cinco dias sem qualquer tipo de conservantes e que sejam adaptáveis quanto aos sabores – valor total próximo das cem referências em produção. A temática dos corantes e conservantes
LUSOCAKE
Gerações de saberes e a excelência dos sabores
Luís Moutinho e Paulo Jesus, administradores
é, nos dias que decorrem, uma preocupação tanto para os produtores quanto para os consumidores. Em constante acompanhamento das exigências e procuras, a Lusocake investe a nível industrial em produtos sem conservantes. Segundo o administrador, “os corantes, por uma questão de diferenciação permanecem, mas com um teor cada vez mais natural” de modo a que os produtos se possam distinguir. “Por exemplo, uma mousse de morango tem que ser vermelha e não branca, mas tudo com corantes naturais, que são mais caros, mas não são sintéticos”, explica.
O reconhecimento bateu à porta e para o administrador atingir o patamar de PME Excelência é resultado de um esforço em equipa
Idealizada em português, mas aberta para o mundo, a Lusocake desde o início perspetivou a internacionalização dos seus produtos. Exemplo disso são “as traduções das caixas, os azulejos, bem como a ideia de um produto já preparado mas com um toque caseiro”, ressalva Paulo Jesus. Assim, como consequência de muito trabalho, o reconhecimento bateu à porta e para o administrador atingir o patamar de PME Excelência é resultado de um esforço em equipa. “Deve-se à equipa, desde a parte da produção à parte comercial. É a valorização do sucesso e do trabalho destes anos todos”. A empresa, atualmente com 11 funcionários, procura, dia após dia, fortalecer-se e distinguir-se. “A empresa precisa se adequar, tem que progredir. A nível de capacidade de produção é preciso automação, evolução”, realça Paulo Jesus. Num futuro próximo, os projetos passam pela divisão da carga horário dos funcionários que passará a dois turnos e a manutenção do investimento em tecnologias para a empresa que têm contribuído para o acréscimo de produção.
Rua São Frausto, Est.Nacional 103, 5400-283 - Chaves/ Vila Real/ Portugal Tlf.: 276 928 206 • Email: lusocakemix@hotmail.com • www.lusocake.com
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REGASCAMPO
EXPERIÊNCIA E TECNOLOGIA AO SERVIÇO DO AGRICULTOR Com oito anos de atividade, a Regascampo é um exemplo de uma empresa de sucesso no interior do Alentejo. Tendo sempre por base um serviço de qualidade assente na inovação, no profissionalismo e na seleção cuidada dos parceiros que apresentam as melhores soluções para a agricultura, esta empresa ganhou uma posição de destaque na área agrícola e, em particular, nos sistemas de rega. A abertura da filial em Moura é o principal projeto a curto prazo.
D
quete 24 horas) de todo o tipo de sistemas de rega, nomeadamente pivots, rega gota a gota, cobertura total, fertirrigação, sistemas solares, sondas de humidade e impermeabilização de charcas. A par com esta vertente, a empresa conta com uma vasta equipa de técnicos especializados nas diversas áreas. Para garantir a melhor tecnologia com sistemas de autogestão de pivots e sistemas de rega gota a gota, apresenta as melhores soluções para tratamento de águas, assim como disponibiliza equipamentos vocacionados para a racionalização de recursos hídricos. “Atualmente a tecnologia está intrinsecamente ligada ao nosso setor. Por isso mesmo, acompanhamos permanentemente as novidades do mercado, testando-as junto dos nossos clientes. A possibilidade de controlar a rega a partir de casa é uma realidade, através das aplicações informáticas que são instaladas no telemóvel do cliente pela nossa equipa especializada, a qual permite que este estando à distância acompanhe o processo de rega implementado no momento real”. As parcerias são outra das chaves do sucesso da Regascampo, que se aliou a empresas de renome, no sentido de garantir a qualidade e a melhor tecnologia. Com um raio de ação que se estende ao Alentejo, Beira Baixa e Espanha, a Regascampo está a preparar a abertura de uma filial em Moura, com o intuito de responder às solicitações dos clientes do Baixo Alentejo. “Esta filial terá os mesmos serviços da empresa mãe, estando previsto iniciar as obras de remodelação do edifício durante o mês de Setembro. A proximidade ao cliente é um fator primordial para a empresa”. Olhando para o futuro, a Regascampo procura continuar a consolidar a sua posição no mercado, adaptando-se às necessidades dos clientes e à evolução do mercado. “O nosso caminho continuará a passar por acompanhar a evolução tecnológica no regadio que é o futuro da agricultura no Alentejo. Crescendo com solidez e estabilidade é a nossa principal meta.”
os sete aos 60 colaboradores foi um salto repentino, como nos conta a gerência da Regascampo. “A empresa foi constituída em 2010, inicialmente éramos sete pessoas e em pouco mais de quatro anos tivemos um boom de crescimento. Atualmente mais que triplicamos o número de colaboradores, mudámos de instalações, introduzimos novos produtos e serviços e estabelecemos novas parcerias de sucesso”. Posicionada no setor agrícola, a Regascampo está vocacionada para todo o tipo de serviços ligados à comercialização, montagem e assistência (piZona Industrial - Rua da Bélgica n.º48 A - 7350-478 Elvas | Telf.: +351 268 622 326 | Tlm.: +351 927 950 024 geral@regascampo.pt / projetos@regascampo.pt | www.regascampo.pt
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