Revista Business Portugal Abril'18

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PME Excelência ' 17 • Prémios Escolha do Consumidor '18 • Rainbow Portugal

MACHADO INVESTMENTS UK

CONTROLE A MENTE DOMINE O CORPO Alexandre Machado, presidente


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A PRIMEIRA EMPRESA PORTUGUESA DE ASSESSORIA PARA QUEM ENTRA E SAI DE PORTUGAL Gilda Pereira, Fundadora da Ei!

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ÍNDICE

EDITORIAL

Abril 2018

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WIDECELLS GROUP

INVESTIMENTOS QUE ASSEGURAM O FUTURO

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PME Excelência’17 48 INSIDE TOURS O melhor do turismo 56 BEACH BOWLING Um centro de lazer integrado que atrai os turistas 66 RODI Produtividade e tecnologia aliadas ao sucesso

82

GAIA CRIATIVA 84 JL NOGUEIRA Uma empresa de compromissos 92 MARCA TRANSITÁRIOS Uma marca de confiança

102

AVEIRO GENTE QUE FAZ 108 PORTOSWISS CORK A arte e a paixão de fazer rolhas de cortiça de alta gama

Nesta edição da Revista Business Portugal, fique a conhecer mais exemplos de mulheres empreendedoras e capazes, que conjugam perfeitamente a maternidade com a liderança de grande projetos, muitos deles de empresas multinacionais. Outras há que arriscaram e criaram o seu próprio negócio, como é o caso da primeira agência migratória em Portugal. A Escolha do Consumidor também estará em destaque, com algumas das empresas que mereceram a confiança da população e que se destacaram em 2017 pelo seu trabalho e pela qualidade dos serviços e produtos que disponibilizam. Na senda de empresas premiadas, existem também as PME, cuja cerimónia de atribuição de prémios, onde a Revista Business Portugal marcou presença, aconteceu muito recentemente. Fique a conhecer mais alguns exemplos de profissionais qualificados, que trabalham arduamente todos os dias para garantir solidez económica, financeira e de desenvolvimento empresarial. Outras empresas de referência, sobretudo na área das tecnologias, concentram-se no Centro Tecnológico da Maia – o TECMAIA. A sua revista de negócios foi até lá para dar a conhecer quais os melhores projetos que ali se fazem. Para além de todos estes temas, existem ainda todas as empresas, empresários e projetos que, nas mais diversas regiões de Portugal, fazem deste um país dinâmico, empreendedor e com um futuro económico promissor. Folheie a sua revista e conheça mais um pouco do lado económico-financeiro do país.

FICHA TÉCNICA Propriedade: Guidetarget, Lda Diretor: Fernando Silva Direção Editorial: Diana Ferreira (diana.ferreira@revistabusinessportugal.pt) Direção Gráfica: Vanessa Martins (vanessa.martins@revistabusinessportugal.pt) Corpo Redatorial: Ana Miguel Lopes, Joana Gonçalves, Laura Azevedo, Sara Oliveira, Tânia Pacheco, Teresa Mata Outros Colaboradores: Diana Barros, Flávia Castro, Joana Capinha, Joana Quintas, Jorge Teixeira, Maria Inês Moreira, Marta Botas, Telma Moreira Secretariado: Paula Assunção (paula@revistabusinessportugal.pt) Direção Comercial: José Moreira Dep. Comercial: António Matos, Fernando Lopes, Filipe Amorim, Isabel Brandão, Luís Pinto, Manuel Fernando, Maria José Moreira, Paulo Padilha, Rui Moreira (geral@revistabusinessportugal.pt) Redação e Publicidade: Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15, 9ºandar, sala 9.4 4400-134 – Mafamude / +351 223 754 806 Distribuição: Distribuição gratuita com o jornal Público / Dec. regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Periodicidade: Mensal abril 2018

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DESTAQUES 6 MACHADO INVESTMENTS UK Controle a mente, domine o corpo 10 PLANIREST “Reconstruimos o passado para preservar o futuro” 12 INSTITUTO DE IMPLANTOLOGIA Na vanguarda da medicina dentária 14 LIPRONERG “Asseguramos a entrega de valor aos nossos clientes com processos internos inovadores e uma forte aposta nas pessoas” 16 SORVIMBELA Da inovação à excelência 18 JACLGCONDOMÍNIOS Um trabalho de confiança e humildade

LISBOA A CIDADE ONDE TUDO SE CRIA E SE TRANSFORMA Enquanto capital do país, Lisboa é, por excelência, o ponto de encontro de todo o tipo de negócios e serviços. Sede das grandes empresas nacionais e internacionais, é na capital que acontece o grande volume de negócios no país. O turismo trouxe a Lisboa uma afluência de pessoas dos mais diversos recantos do mundo e permitiu à portuguesa dar-se a conhecer. Muitos dos que vieram, vieram para ficar e, mais tarde, resolveram instalar aqui as suas empresas ou mesmo empreender e criar um negócio novo. Em Lisboa, há negócios a nascer todos os dias, muitos por necessidade de empreender, outros porque existe uma necessidade de um serviço ou produto que, incrivelmente, ainda não existia.

A vida lisboeta sofreu algumas alterações, sobretudo na vida social e urbana, dado que ir a Lisboa é ouvir falar tantas línguas diferentes quanto possível. Para responder a esta procura de diferentes nacionalidades, a área da restauração e da hotelaria tem aberto novas unidades, algumas especializadas em cozinhas tradicionais de outros países. Ir a Lisboa é fazer uma viagem nos sentidos. Algo é criado hoje e amanhã é transformado em algo ainda mais inovador, mais necessário e mais futurista. Neste momento, a capital portuguesa está de olhos postos no futuro e a caminhar a passos largos para lá chegar. Venha conhecer algumas empresas que estão na linha da frente deste processo.

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CONTROLE A MENTE, DOMINE O CORPO Alexandre Machado é o presidente da empresa britânica Machado Investments. Com um portefólio de investimentos financeiros muito diversificado, o grosso do investimento até ao momento tem sido na compra de participações em várias startups internacionais, não só em mercados consolidados como o Europeu ou Norte-Americano, como nos mercados emergentes da América do Sul e África.

“O objetivo é fazer o que eu faço melhor, liderar o mercado nas áreas que intervir e levantar a fasquia”.

Alexandre Machado, presidente da MI e diretor clínico da Neuro Clinic

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Os negócios que aparecem são muito variados. Quando surge um novo negócio, muitas vezes é preciso capital para começar. Eu tenho a minha rede de advisors que me apresentam as oportunidades de participação, e podem ser tão variadas como a compra de licenças para uma empresa de táxis na Venezuela ou a venda de leite em pó para um mercado emergente. Às vezes corre bem, outras vezes corre menos bem, o que interessa é manter a taxa de sucesso acima dos 80 por cento”, diz Alexandre Machado. Desde janeiro em Portugal, a MI está a fazer investimentos com exploração direta, nas áreas da saúde, venda a retalho e suplementação alimentar, com a criação de várias brands associadas. “O objetivo é fazer o que eu faço melhor, liderar o mercado nas áreas que intervir e levantar a fasquia”, revela-nos o nosso interlocutor. “A aposta da MI em unidades de saúde, com particular ênfase na área da saúde mental, através da brand registada Neuro Clinic, não é para perpetuar o que tem sido feito nesta área até agora e tomar

parte nesse processo. Queremos, sim, humanizar e criar uma estrutura própria para tratar com dignidade o paciente que sofre de patologia Neurológica, Psicológica ou Psiquiátrica. Queremos, na verdade, restituir-lhes os direitos a terem um tratamento digno e diferenciado, criamos novos processos e assumimos uma nova forma, mais eficiente, de ver e abordar a saúde mental, nomeadamente no que diz respeito ao diagnóstico, tratamento e internamento, com a criação de espaços premium, munidos dos melhores meios tecnológicos e humanos. Eu próprio assumi diretamente a direção clínica da unidade matriz em Lisboa”, diz Alexandre Machado. A suplementação alimentar é outra das grandes apostas da MI com o lançamento de duas brands. A Dr. Machado Suplements dedicada à área da saúde e bem-estar, e a NeuroSports dedicada aos atletas de alto rendimento com dosagens e qualidade únicas no mercado internacional. “Ambas as brands não serão baratas devido à ultra qualidade dos nossos ingredientes que apostam na nutrição não só do corpo como do cérebro. O objetivo é o de aumentar as performances físicas e cognitivas dos nossos clientes. Os produtos foram desenvolvidos por pessoas que estão envolvidas não só no desporto de alta competição, mas com formação académica na área da nutrição ou neurociências. Baseamos as nossas fórmulas em estudos feitos e publicados em revistas e univer-

A grande aposta em Portugal passa pela saúde e pelos suplementos alimentares.

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sidades de primeira linha e validados do ponto de vista científico. As pessoas, ao tomarem as nossas gamas vão saber, de facto, o que estão a tomar e sentir os seus efeitos”, revela o médico. Alexandre Machado é um verdadeiro homem do renascimento: nasce em Londres, passa a sua infância e adolescência entre os Estados Unidos, Itália e Portugal, viajou e viveu nos recantos mais remotos e exóticos do nosso planeta. “Já vi o homem no seu melhor e no seu pior, na paz e na guerra”, diz-nos. Fala cinco línguas, toca música, adora culinária e ama cães. Cativante e dono de uma cultura invejável, consegue-se falar com ele sobre tudo, neurociências, pintura, música, literatura e desportos de combate. É, aliás, um especialista reconhecido em Jiu Jitsu, MMA, luta corpo a corpo e operações psicológicas militares (PsyOps) e é convidado e homenageado várias vezes por unidades prestigiadas como o Destacamentos de Ações Especiais dos Fuzileiros ou os Rangers Americanos. Em 2012 recebeu a distinção American Fying Flag, pelo suporte dado ao exército americano nas áreas da Motivação, Operações Psicológicas Militares e Luta Corpo a Corpo, durante a operação militar Enduring Freedom em Kabul, no Afeganistão. Dono de um núcleo de contactos e amizades bastante rico e que incluem personalidades que vão desde a política, desporto, ciências e artes, diz-nos que a verdadeira fortuna de um homem reside nas ligações que vai estabelecendo com os outros e no que acrescenta e retira dessas ligações. “São essas conceções que nos

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Especialista reconhecido em Jiu Jitsu, MMA, luta corpo a corpo e operações psicológicas militares (PsyOps)


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permitem evoluir enquanto seres humanos e aumentar o nosso estado de consciência. Um estado de consciência alargado permite a um homem tornar irrelevante o que é irrelevante e relevante o que é de facto relevante”, como nos disse Alexandre Machado. Confessou-nos que as suas duas paixões são ensinar e praticar Jiu Jitsu, modalidade onde já medalhou várias vezes no Campeonato da Europa e do Mundo e as Neurociências com especial interesse no diagnóstico clínico de patologia do cérebro e do comportamento. Alexandre Machado, em outubro, será o orador convidado no 27º Congresso Internacional de Neurologia e Neurociências Cognitivas, onde irá falar sobre um método suplementar de diagnóstico clínico

que desenvolveu para detetar défice cognitivo em várias patologias da saúde mental. Enquanto clínico, os seus colegas revelam um homem dotado para o diagnóstico clínico e com particularidades e sensibilidade únicas, como nos confessou Manuel Domingos, Professor Doutor do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, para o Neurocirugião do Hospital de Santa Maria, Diogo Simão. “Considero que uma das suas grandes qualidades são o seu sentido clínico, a sua capacidade na interpretação dos sintomas e na sua abordagem terapêutica. Enquanto neurocirurgião, o seu apoio tem sido fundamental para obter melhores resultados e manter os nossos pacientes satisfeitos”. Enquanto homem de negócios o seu sucesso e rede de investimentos falam por si. Apesar de amigo pessoal do falecido Belmiro de Azevedo, diz que “era um homem inspirador. Nunca falamos de negócios, aliás só uma vez me pediu uma opinião sobre um assunto. As nossas conversas eram sobre a vida, aprendi muito com

Vamos ficar atentos à trajetória em Portugal desta sociedade de investimentos liderada por, talvez, um dos mais carismáticos empresários e líder de homens do nosso panorama empresarial. essas conversas, que me revelaram um homem bastante diferente do que as pessoas pensam. Uma vez pedi-lhe para vir falar numa conferência que organizei na Universidade Católica em que o juntei a outro meu convidado, o neurocientista António Damásio para falarem sobre tomada de decisão. Na altura, já estava doente e debilitado e não fazia aparições públicas há uns anos e, mesmo assim, veio, de forma que foi para mim uma grande consideração pessoal ele ter vindo de propósito a Lisboa, só para participar”. Vamos ficar atentos à trajetória em Portugal desta sociedade de investimentos liderada por, talvez, um dos mais carismáticos empresários e líder de homens do nosso panorama empresarial.

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PLANIREST

“RECONSTRUÍMOS O PASSADO PARA PRESERVAR O FUTURO” Há 20 anos a trabalhar nos setores de restauro, reabilitação e construção, a Planirest surgiu do sonho e da experiência do sócio fundador de reabilitar as cidades e o seu património histórico. Oferecendo soluções inovadoras e com um portfólio diversificado de clientes, a empresa é marca de qualidade e confiança.

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om um vastíssimo conjunto porque houve um aumento da construção de obras emblemáticas, onde tradicional, já que as taxas de juro na dése destacam projetos de reacada de 90 baixaram, o que fez com que a bilitação em diversos setores, construção nova tenha aumentado”, explica (Turismo, habitação, Saúde e Ensino), consPaulo Cordeiro, sócio da Planirest. Isto trução tradicional e refurbishment de espaços levou a que a empresa diversificasse a sua comerciais, a empresa orgulha-se de primar atividade sedimentando um vasto portfólio sempre pelo cumprimento de prazos e valoPaulo Cordeiro, José Palha e Alberto Barata, de clientes, evidenciando a capacidade da rização do produto final dos clientes: “Somos gerência Planirest se adaptar ao mercado. uma empresa conceituada neste setor e, acima Desde o ano de 2006 o setor de obras de tudo, primamos pela excelência. O resultado final tem que ser públicas foi delineado como objetivo estratégico essencialmente bom quer para o dono de obra, quer para quem a construiu”, em obras de reabilitação e restauro tendo-se realizado ao longo do sublinha José Palha. tempo obras emblemáticas na Fortaleza de Sagres, do Palácio de Com todo o know-how adquirido e o gosto incondicional pela Sintra e do Palácio de Queluz, Farol Cabo da Roca, Castelo de arte os últimos três anos marcam um grande crescimento sustentado Viana do Alentejo e Amieira do Tejo, a título de exemplo. da empresa aliado a uma forte solidez financeira. A abertura da de“Em 2015, devido a vários fatores económicos dá-se uma vilegação norte na cidade do Porto em 2017 e abertura de uma outra ragem no setor da construção e a reabilitação começou a ser uma para a região do Algarve em 2018, são evidências deste crescimento. realidade sustentável vindo ao encontro dos desígnios da Planirest” José Palha já contava com larga experiência no setor da constru- salienta José Palha. ção quando, em 1997, decidiu apostar no seu próprio negócio, com Questionados acerca do futuro, os nossos entrevistados garantem vista a desenvolver atividade na área da reabilitação: “a existência que este não será mais do que uma continuação dos últimos 20 de um vasto património arquitetónico degradado e adulterado nas anos: “estes anos ensinaram-nos que trilhámos o caminho certo” cidades fez nascer o sonho que conciliava a vontade de reabilitar Possuindo instalações próprias, atualmente com um volume de a cidade com a experiência adquirida anteriormente”, recorda. faturação de catorze milhões de euros e um quadro de pessoal consAssim, nasceu a Planirest, uma empresa que é hoje de excelência. tituído por 103 técnicos divididos por diversas áreas (carpintaria, A empresa viu a sua amplitude de ação ser alargada, devido a serralharia e pintura próprias a título de exemplo entre outras), a condicionantes do mercado entre outras, conferindo-lhe a flexibili- Planirest está preparada para os desafios que se avizinham. dade que permitiu superar com sucesso os posteriores anos de crise: “O futuro vai depender do que o mercado tem para nos ofere“em 1997 havia muito património na cidade de Lisboa para ser cer. Neste momento, centramo-nos na reabilitação. Gostamos de reabilitado. O que acontece é que não foi possível, por vários fatores, dar passos firmes e ser os melhores naquilo que fazemos”, conclui que essa reabilitação tivesse um peso grande na nossa atividade. Isto Alberto Barata.

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INSTITUTO DE IMPLANTOLOGIA®

NA VANGUARDA DA MEDICINA DENTÁRIA Fundado em 1996 por João Caramês e localizado na Praça de Espanha em Lisboa, o Instituto de Implantologia® é uma unidade de saúde multidisciplinar dedicada à Implantologia, Reabilitação Oral e Estética, além de outras soluções e especialidades da Medicina Dentária.

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alar de medicina dentária em Portugal é falar, obrigatoriamente, do Instituto de Implantologia® e do seu fundador e diretor clínico, João Caramês. Tendo-se formado como médico dentista na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, a sua vocação impeliu-o a ir mais além e desenvolver os seus estudos pós-graduados e especialização em Cirurgia, Implantologia e Prostodontia na New York University College of Dentistry, nos EUA. Regressando a Portugal, concentra todo o seu conhecimento no Instituto de Implantologia®, ao mesmo tempo que coloca, também, o seu saber ao dispor da comunidade académica, sendo, efetivamente, professor catedrático da Universidade de Lisboa. Sendo uma referência em Implantologia e Reabilitação Oral, o especialista é ainda professor convidado do departamento de Educação Contínua da NYU College of Dentistry. Amplamente respeitado pelos seus pares é também, desde 2010, presidente da Mesa da Assembleia Geral da Ordem dos Médicos Dentistas.

Em entrevista à Revista Business Portugal, João Caramês explica que o Instituto de Implantologia® é uma unidade clínica dedicada à medicina dentária em todas as suas vertentes: “Temos todas as especialidades da medicina dentária. O Instituto de Implantologia® foi fundado há 21 anos, quando regressei dos EUA após a minha formação e, no fundo, foi a concretização de uma necessidade e de um sonho. Uma necessidade porque queria fundar uma unidade onde pudesse pôr em prática todas as ideias que trazia dos EUA e, ao mesmo tempo, foi também a realização de um sonho antigo. É evidente que o Instituto foi crescendo ao longo dos anos. À medida das necessidades fomos completando as nossas valências, acompanhando a tecnologia e abraçando novas possibilidades no campo da medicina dentária”, explica o diretor clínico.

“O Instituto tem a ambição de ser um centro de excelência, tanto a nível nacional, como a nível internacional”.

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Aposta na formação O corpo clínico do Instituto de Implantologia® é constituído por médicos dentistas, estomatologistas altamente especializados nas diferentes áreas da medicina dentária. De forma a manter uma atualiza-


INSTITUTO DE IMPLANTOLOGIA®

ção permanente da sua equipa clínica, o Instituto estabeleceu um protocolo de colaboração académica e científica com a NYU College of Dentistry for Continuing Education: “somos uma casa que sempre apostou na formação. Em medicina dentária é muito importante a atualização. Sempre fizemos um esforço para que todo o nosso corpo clínico fosse diferenciado, que acompanhasse as inovações e, portanto, grande parte dele fez também a sua formação pós-graduada além-fronteiras. O Instituto de Implantologia® dedica-se aos seus pacientes, é para eles que trabalha e vive. Queremos tratar as pessoas da melhor maneira possível, seguindo os critérios mais atuais e de melhor qualidade. O Instituto tem a ambição de ser um centro de excelência, tanto a nível nacional, como a nível internacional”, salienta o médico dentista. A aposta nas tecnologias mais recentes é também fator distintivo do Instituto de Implantologia®. O objetivo, segundo João Caramês, passa por investir fortemente em equipamentos inovadores, que permitam fazer mais e melhor pelo paciente, ao mesmo tempo que se aumenta o conhecimento nas várias áreas da medicina dentária.

Crianças – “Melhor do que tratar, é prevenir” No Instituto de Implantologia todos os pacientes são especiais, mas as crianças ocupam um lugar de destaque. Com instalações preparadas para os mais novos e profissionais especializados em odontopediatria – área que trata da saúde oral das crianças –, tudo está pensado para que pais e filhos se sintam confortáveis e se fomente, desde cedo,

“A medicina dentária portuguesa é hoje de excelência. Congratulo-me em saber que o Instituto de Implantologia® contribui para a afirmação do nosso país nesta área tão fundamental para a qualidade de vida de todos”.

as boas práticas de saúde oral: “Penso que a odontopediatria é fundamental. Quando eu era pequeno não havia ninguém que não tivesse medo de ir ao dentista. Hoje já não há esse problema porque as técnicas mudaram e a forma de acompanhar as crianças é diferente. Não tenho dúvida nenhuma de que os cuidados preventivos e os cuidados de assistência à criança na área da saúde oral são fundamentais para que as crianças cresçam de forma saudável e possam evitar patologias dentárias. Apostar na prevenção infantil é um cuidado fundamental”, evidencia o diretor clínico.

Turismo Médico O Instituto de Implantologia® orgulha-se de ser procurado, cada vez mais, por pacientes além-fronteiras que chegam à unidade para realizar os seus tratamentos, enquanto aproveitam para conhecer a cidade de Lisboa. Beneficiando da tecnologia mais recente, é possível realizar um conjunto de tratamentos num curto espaço de tempo, obedecendo aos mais altos padrões de qualidade. “Penso que é uma mais valia e orgulha-me saber que pessoas de outros países possam meter-se no avião para ser tratados cá em Portugal. A medicina dentária portuguesa é hoje de excelência. Congratulo-me em saber que o Instituto de Implantologia® contribui para a afirmação do nosso país nesta área tão fundamental para a qualidade de vida de todos”, conclui João Caramês.

João Caramês, diretor clínico

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LIPRONERG

“ASSEGURAMOS A ENTREGA DE VALOR AOS NOSSOS CLIENTES COM PROCESSOS INTERNOS INOVADORES E UMA FORTE APOSTA NAS PESSOAS”

A Lipronerg - Engineering Consultants é uma empresa na área da consultoria em engenharia, projeto, eficiência energética, certificação e facility management, com instalações em Lisboa, Porto e Entroncamento, onde tem o seu centro de engenharia e produção. Possui uma vasta experiência nestas áreas e desenvolve todos os serviços com o recurso a diversas tecnologias, aplicações informáticas e equipamentos de engenharia, por forma a desenvolver um trabalho altamente diferenciado, proporcionando o maior valor acrescentado aos seus clientes.

Luís Inácio, ceo

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projeto surgiu do empreendedorismo de Luís Inácio que, em 2011, decidiu apostar na criação de uma empresa. “A constituição da empresa não foi um acontecimento disruptivo. Sou por natureza uma pessoa com gosto pelo desafio, pela mudança e pela superação diária, onde a aprendizagem tem de ser feita todos os dias. Esta filosofia levou-me a desenvolver alguns projetos de engenharia a título pes18 | Revista Business Portugal abril 2018

soal, embora tivesse outras atividades. Em 2007, surgiu a possibilidade de desenvolver, com alguma regularidade, projetos na área da engenharia como consultor independente e em 2011 surge naturalmente a empresa Lipronerg, no meio da crise”, explica-nos o empresário. Aparecendo numa época conturbada da conjetura nacional e europeia, a Lipronerg aproveitou os primeiros anos de atividade para se consolidar e adquirir know-how,

fatores que iriam determinar o seu progresso futuro. Assim, a partir de 2014, num período já mais favorável, o projeto começou a crescer e a transformar-se, chegando ao que é hoje, “uma empresa muito diferente daquilo que é o típico nesta indústria”, salienta Luís Inácio. Esta diferença assenta, segundo o CEO, nas operações internas, na gestão que é feita e na forma de trabalhar, apelidada de extremamente inovadora. “O facto de sermos


LIPRONERG

uma empresa com um eficiente processo de gestão tanto ao nível financeiro como ao nível das outras operações é um fator diferenciador no mercado”, considera. A Lipronerg conta, ainda, com profissionais qualificados e com vasta experiência em projeto e manutenção de instalações, nas especialidades de engenharia Mecânica, Eletrotécnica e Energia e Ambiente. Caracteriza-se por ser uma empresa jovem, dinâmica e extremamente empreendedora estando, neste momento, a apostar numa nova unidade de negócio na área do facility management. Este projeto inovador, iniciou num programa da Universidade Católica, ganhando o primeiro prémio do concurso de inovação Incubar+Lezíria.

Projeto GM2E A GM2E começou a ser estruturada no Programa Avançado em Empreendedorismo e Gestão da Inovação (PAEGI) da Universidade Católica, em 2016, e surge para dar resposta a um público que não estava a ser atendido ao nível da gestão e manutenção integrada de edifícios e equipamentos. Sob o lema ‘Invista mais tempo no seu negócio, nós tratamos da manutenção’, dirige-se, sobretudo, a edifícios de estrutura média, como hotéis, piscinas, clínicas, IPSS, galerias, museus ou escolas. “No fundo, a um grupo de edifícios que estão apetrechados com um conjunto de tecnologia para a

qual os gestores dessas infraestruturas não estavam preparados”, sintetiza Luís Inácio. Para tal, proporciona uma gestão e manutenção integrada de todos os equipamentos e infraestruturas, caracterizando-se por possuir uma equipa de engenheiros e técnicos certificados e especializados em sistemas e equipamentos mecânicos, elétricos, de telecomunicações e de segurança, que cumprem com todas normas e legislação aplicável. Ao mesmo tempo, é feito todo o reporting e consultoria técnica, permitindo igualmente o acesso a uma plataforma online de apoio à gestão. Nessa plataforma, o cliente poderá ainda contar com uma área interativa para consulta de informação customizada (tutoriais, consumos, custos e eficiência). A GM2E tem já o seu modelo de negócio contruído e financiamento garantido através do Portugal2020. No próximo dia 27 de abril será o lançamento nacional da marca, juntamente com o Instituto Politécnico de Tomar, e a partir desse dia estará oficialmente no mercado.“Já temos uma carteira de clientes e desde final de 2017 que estamos a desenvolver um projeto piloto com uma IPSS. Neste projeto, estamos a fazer uma aprendizagem para melhorar o nosso modelo de negócio. O objetivo será autonomizar esta unidade criando uma spin off para que possa crescer e seguir o seu caminho”, revela Luís Inácio.

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SORVIMBELA

Pedro Oliveira e Ana Ribeiro, ceo e mentora da ARPO Solutins

DA INOVAÇÃO À EXCELÊNCIA Há 12 anos no mercado, a Sorvimbela foi constituída com base em dois negócios, a Administração de Condomínios e as Limpezas, mas com um propósito comum, assumir-se como uma referência. Em 2016 foi constituído o Grupo Sorvimbela, com o objetivo de especializar serviços já existentes, bem como disponibilizar novos serviços a pensar nos seus clientes.

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om um percurso alicerçado na inovação, o Grupo Sorvimbela resulta da dedicação e entrega de Pedro Oliveira, um empresário dinâmico e carismático. Hoje, o Grupo divide os seus serviços em três vertentes: Limpeza e Gestão de Condomínios, Facility Services e Car Service, proporcionando aos seus clientes um serviço profissional. Em entrevista à Business Portugal, Pedro Oliveira, CEO e presidente do Grupo Sorvimbela, abordou as três áreas, realçando as suas soluções inovadoras. No capítulo dos condomínios, o empresário lamenta a falta de regulamentação para a atividade profissional de administração de condomínios, bem como a falta de formação. Assumindo a prestação de um serviço de qualidade, a Sorvimbela decidiu apostar numa plataforma online, onde o condómino tem toda a informação disponível relativa 20 | Revista Business Portugal abril 2018

ao seu prédio. “Este é um projecto em que estamos a trabalhar desde 2014 e em agosto de 2017 ficou disponível para os nossos clientes”.

“Fazemos todo o tipo de limpezas, desde domésticas, condomínios, ginásios, clínicas, espaços escolares, limpezas técnicas, entre outras”.


SORVIMBELA

Por outro lado, a Sorvimbela apresentou um projeto à entidade que dá formação às empresas de administração de condomínios, no sentido de agregar micro empresas do setor e, durante o mês de março, uma primeira empresa já integrou esta estrutura. As vantagens inerentes a este conceito passam por uma maior massa crítica, redução de custos de estrutura da empresa e uma plataforma que pode ser rentabilizada pela introdução de novos utilizadores. Pedro Oliveira ambiciona ampliar os serviços de uma empresa de administração de condomínios, equiparando-a a um trabalho de concierge. Assim o administrador passa a gerir o condomínio e afiançar as soluções das partes comuns e privadas de cada condómino, visando a valorização patrimonial. No âmbito dos Facility Services, o empresário sublinhou que as limpezas representam mais de 80 por cento do negócio, realçando a aposta em produtos profissionais de qualidade, com vista a otimizar os resultados. “Fazemos todo o tipo de limpezas, desde domésticas, condomínios, ginásios, clínicas, espaços escolares, limpezas técnicas, entre outras”, esclarece, salientando no entanto, a falta de mão de obra especializada e de formação qualificada para os auxiliares de limpeza. Na Sorvimbela, há uma planificação de formação interna, a nível técnico, mas também de identificação da cultura e valores da empresa, o que tem permitido maior eficácia no trabalho e valorização profissional e pessoal. Sempre com uma atitude vocacionada para a inovação, Pedro Oliveira procurou e encontrou uma aplicação que permite através de um smartphone elaborar o planeamento das atividades e tarefas, visualização da

localização das equipas, tarefas iniciadas, tarefas concluídas, recolha de assinatura do cliente e um relatório final do trabalho executado que poderá ser enviado por email a cada cliente. Estas são algumas das inúmeras potencialidades desta aplicação que brevemente estará a ser utilizada pelos colaboradores da Sorvimbela Facility Services. “Somos a primeira empresa de limpezas em Portugal que tem este tipo de serviço, o que nos deixa bastante orgulhosos”. As apostas mais recentes são a Sorvimbela Car Service, um sonho de Pedro Oliveira, e, juntamente com Ana Ribeiro, a ARPO Solutions, que pretende contribuir para a qualificação e formação das pessoas e o fortalecimento das empresas clientes. Com os olhos postos no futuro, Pedro Oliveira pretende consolidar cada vez mais processos e procedimentos e, ainda este ano, alargar a atuação a outras áreas territoriais.

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JACLGCONDOMÍNIOS & MEDIAÇÃO DE SEGUROS

UM TRABALHO DE CONFIANÇA E HUMILDADE José Alberto C. Lopes é atraído pelo trabalho que executa. Após 35 anos de trabalho no setor público, criou um projeto na administração de condomínios em paralelo com a mediação de seguros.

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om uma filosofia de rigor, transparência e responsabilidade, José Alberto C. Lopes concebeu um projeto de raiz para se manter ativo, e com o seu trabalho ajudar outras pessoas. Foi assim que, em 2010, criou a empresa JACLgCondomínios & Mediação de Seguros. “Depois de entrar na reforma tinha de fazer qualquer coisa para não ficar parado e delineei este projeto”. A administração de condomínios e a mediação de seguros são setores de uma “concorrência feroz, onde a humildade, seriedade e transparência devem imperar”, explica o interlocutor. A proximidade e a capacidade de relação com as pessoas são, assim, fatores diferenciadores e dos quais não abdica. “Nas duas áreas vendemos a nossa seriedade, postura, confiança e humildade”, assevera. Como mediador de seguros, José Alberto C. Lopes não pratica um regime de exclusividade trabalhando com cerca de cinco companhias. Tem como lema zelar pelos clientes e informá-los com transparência sobre todos os riscos, consciente de que está a praticar um trabalho honesto para as duas partes, a mediação e o cliente. Diz o interlocutor, que é com esta postura seriedade e humildade que marca a diferenciação. Gosta

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22 | Revista Business Portugal abril 2018

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José Alberto C. Lopes, proprietário

de explicar bem o trabalho que executa aos clientes para que estes fiquem bem servidos e elucidados. Na administração de condomínios, os desafios são outros. “Temos de ser humildes, bons ouvintes”, explica. Como administrador, tem de arranjar um equilíbrio entre os mais jovens e os mais idosos, nomeadamente em relação à apresentação de contas. Os primeiros, adeptos das novas tecnologias, preferem relatórios digitais, enquanto os segundos ainda valorizam o papel e os métodos tradicionais. A pensar na satisfação, José Alberto C. Lopes criou uma rede online 24 sobre 24 horas para os clientes consultarem as contas correntes da fração, o saldo da conta positivo, o negativo e os gastos das partes comuns por rubricas, apresentando no final de cada ano, as faturas que estão descriminadas nessas mesmas rubricas. A área do cliente no site é também uma ferramenta diferenciadora. “Gosto do contacto com as pessoas e este mais do que gestão de condomínios é uma gestão de pessoas em diferentes realidades. A minha postura é de estar sempre atualizado e disposto a ouvir as necessidades dos condó-

“ Temos de ser humildes, bons ouvintes”. minos”, afirma José Alberto C. Lopes. No entanto, o reverso da medalha surge quando tem de fazer execuções judiciais. Porém, o interlocutor admite preferir estabelecer acordos sempre que possível. Apaixonado pelo trabalho e pelos desafios diários, José Alberto C. Lopes é um exemplo de luta e empreendedorismo ao longo da sua vida. Mostra ainda que a idade é um pormenor quando há força de vontade e gosto pelo que se faz.


DESTAQUES 20 EI! ASSESSORIA MIGRATÓRIA A primeira empresa portuguesa de assessoria para quem entra e sai de Portugal 24 HOVIONE “Fazemos bem o que é difícil” 26 JOANA AREIAS LIFE PURPOSE COACH “Tu consegues” 28 RAINBOW PORTUGAL O melhor dos melhores 30 ASTRAZENECA A biofarmacêutica global orientada para a ciência 32 GLINTT Tecnologia ao serviço da saúde 34 SUSANA LOPES HAIR STYLING Ser feliz e fazer os outros felizes

MULHERES LÍDERES FORÇA, DETERMINAÇÃO E EMPENHO As mulheres são mais uma vez tema de capa desta edição da Revista Business Portugal, e mais uma vez devido ao seu exemplo de empreendedorismo, coragem e determinação. A sua capacidade de trabalho e o empenho que colocam em todas as áreas da sua vida fazem delas exemplos a seguir. Nesta edição, ficaremos a conhecer mais alguns exemplos de mulheres cujo percurso profissional, mas sobretudo pessoal, é inspirador. Mulheres que não abdicaram de ser mães, esposas, responsáveis pela casa, mas que, em simultâneo, encabeçam projetos, uns pessoais, outros de grandes empresas, e mesmo multinacionais, com um profissionalismo e dedicação impressionantes. A primeira agência migratória em Portugal foi criada por uma mulher que, curiosamente, ocupou pela primeira vez um cargo destinado a um homem, numa empresa prestadora de serviços na área do petróleo. Os exemplos seguintes serão certamente marcantes. Folheie as próximas páginas e deixe-se surpreender e impressionar pela capacidade de trabalho, de gestão de tempo e, sobretudo, pela garra, determinação, força e coragem de cada uma destas mulheres.

Errata Na edição passada, no artigo referente à Boehringer Ingelheim apresentamos Vanessa Jacinto como ‘administradora da BI’, sendo o seu cargo de Head of Market Acess and External Affairs. Nesta edição, repetimos o artigo da Glintt, uma vez que na RBP de março referenciamos erradamente o nome da empresa, assim como o cargo de Sara Mendes. Aos visados, apresentamos as nossas desculpas. abril 2018 Revista Business Portugal | 23


EI! ASSESSORIA MIGRATÓRIA

A PRIMEIRA EMPRESA PORTUGUESA DE ASSESSORIA PARA QUEM ENTRA E SAI DE PORTUGAL Gilda Pereira sempre gostou de trabalhar. Humanista e empreendedora, criou a Ei! Assessoria Migratória, a primeira empresa de assessoria para quem quer entrar ou sair de Portugal. De sorriso no rosto e conversa fácil, a fundadora deste projeto conversou com a Revista Business Portugal sobre como é ser mulher, mãe e líder de um negócio próprio.

Gilda Pereira, fundadora

24 | Revista Business Portugal abril 2018

O preconceito começa, muitas vezes, na cabeça das mulheres”, começa por contar Gilda Pereira, fundadora da Ei! Assessoria Migratória, quando questionada sobre a dificuldade das mulheres em avançar para um cargo de liderança. “Na geração dos nossos pais o homem era visto como o chefe de família e a mulher como aquela que deve cuidar do lar e dos filhos. Essa imagem está de tal forma enraizada que muitas mulheres da nossa geração ainda acreditam que é assim que deve ser e, por isso, nem sequer tentam alcançar uma posição de liderança, a nível profissional, pois acreditam não ser possível conciliar o trabalho com a maternidade, a casa e o casamento”. Gilda Pereira é exatamente o oposto. Licenciada em Direito, adora trabalhar e, desde sempre, quis ser mãe: “Casei com 27 anos e os meus familiares tinham receio de que eu adiasse a maternidade devido à minha dedicação ao trabalho, mas isso nunca me passou pela cabeça. Pouco depois de casar, recebi um convite para ir para Angola, prestar consultoria fiscal para um projeto de uma consultora portuguesa naquele país”. Foi mãe quando já estava em Angola e isso não a impediu de continuar a trabalhar: “Trabalhei sempre até ao final das minhas gravidezes. Na minha opinião, as mulheres não devem usar a gravidez para se colocarem numa posição de fragilidade. É importante, a nível profissional, passar às empresas a segurança de que podem contar connosco!”. Efetivamente, o trabalho e a competência de Gilda Pereira foram reconhecidos, pois acabou por ser nomeada diretora-geral daquela consultora em Angola: “Quando se deu essa minha nomeação, eu estava grávida pela segunda vez e já quase no final do tempo. A empresa apostou em


EI! ASSESSORIA MIGRATÓRIA

mim e, com 30 anos, assumi o meu primeiro papel de liderança.” Apesar de ter chegado ao topo de carreira, Gilda não recusava um bom desafio, e foi isso mesmo que lhe surgiu: “Um cliente para o qual prestava consultoria pediu-me para encontrar um profissional para a posição de diretor financeiro e de operações em terra de uma empresa de prestação de serviços na área do petróleo. Essa empresa tinha uma plataforma de perfuração, que iria explorar nos três anos seguintes e estava à procura de uma pessoa que liderasse as operações em terra. Chamou-me a atenção o facto de exigirem um homem para o cargo então, em jeito de desafio, decidi candidatar-me. Acabei por ser selecionada para o cargo mas foi-me dito, desde o primeiro dia, que teria de adotar uma postura dura, para a posição que iria ocupar”. Mais uma vez, a determinação e a disposição venceram o desafio: “Creio que ficaram satisfeitos com a minha prestação. Fui a primeira mulher a ocupar aquele cargo naquela empresa e, em situações de crise era eu que ia para a plataforma negociar e solucionar as questões dos trabalhadores. Nunca senti qualquer dificuldade por ser mulher, mesmo naquele trabalho. Aliás senti até que isso me ajudou quando foi preciso reconciliar partes e assinar acordos!”. O contrato com a empresa prestadora de serviços petrolíferos era de termo certo e Gilda Pereira começou a pensar no seu próximo desafio profissional: “Já tinha chegado a um patamar profissional no qual não me conseguia imaginar a voltar para Portugal e trabalhar num escritório, com um horário fixo e sem nada que me desafiasse”.

Já tinha passado mais de metade do seu tempo de contrato com a empresa petrolífera quando a ideia surgiu: “Eu sempre tinha gostado muito da área das migrações. Mesmo enquanto jurista, logo no início da carreira, tinha feito muitos trabalhos nessa área e, já em Angola, tinha ajudado algumas pessoas que ai se encontravam como expatriadas, com a obtenção de toda a documentação. Fiz uma pequena pesquisa e percebi que, em Portugal, não existia nada assim. Decidi apostar”. A Ei! Assessoria Migratória nasceu em 2014, numa altura em que muitos portugueses procuravam sair do país: “Ei significa justamente Emigrante e Imigrante. Quando iniciámos o projeto, tínhamos muita procura de portugueses que queriam emigrar para Angola, Moçambique, Brasil e Reino Unido. A partir de 2016, o fluxo alterou e começámos a receber muitos imigrantes e, sobretudo, pessoas altamente qualificadas, que vêm trabalhar para Portugal na área das tecnologias, reformados e empreendedores. Ainda temos alguns clientes Emigrantes, mas neste momento não são portugueses a querer sair do país, são aqueles que já saíram e que querem voltar que nos estão a pedir ajuda”. A Ei! auxilia todos aqueles que querem deixar Portugal a fazê-lo da forma correta, deixando um representante fiscal nomeado, a correspondência encaminhada e todos os

outros parâmetros burocráticos assegurados. No caso dos imigrantes, a empresa ajuda durante todo o processo de pré-partida, obtenção de vistos e legalização em Portugal, bem como também tem disponível um serviço para ajudar a encontrar casa e inscrever os filhos em escolas: “Muitas pessoas não sabem, mas para que um imigrante obtenha e mantenha a autorização de residência no nosso país tem que fazer prova de meios de subsistencia. A base de cálculo é um salário mínimo pelo primeiro adulto, metade de um salário mínimo pelo segundo adulto e 30 por cento por cada criança do agregado”. Depois disso, ainda têm a questão de encontrar casa, que está cada vez mais difícil: “Se não apresentarem fiador ou o IRS, quase nenhum proprietário arrenda. Acontece que estas pessoas

“Fiz uma pequena pesquisa e percebi que, em Portugal, não existia nada assim. Decidi apostar”.

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EI! ASSESSORIA MIGRATÓRIA

não têm estes papéis, porque muitas vezes estão a meio do processo de legalização e porque não conhecem nínguem que possa ser seu fiador. O que fazemos, muitas vezes, quando alguém se dirige a nós desesperado porque não consegue casa, é levar todos os documentos que temos, que serviram para a emissão do Visto e comprovam os meios de subsistência, e apresentá-los ao proprietário do imóvel. Mesmo assim, há quem exija seis meses ou até um ano de renda adiantada”. As dificuldades não param por aqui: “Os nossos serviços públicos estão impreparados para receber este elevado número imigrantes. Um senhor, casado com uma cidadã portuguesa, que não conseguiu o seu NIF, no serviço de Finanças, porque o funcionário alegou que ele não tinha Visto. Fiz-lhe ver que não era necessário, já que ele era casado com uma portuguesa, mas mesmo assim a resposta foi negativa. Tivemos que recorrer a outro serviço de finanças para contornar a situação. Outro caso, em que um casal francês não consegue adquirir a carta de condução portuguesa, porque a Junta de Freguesia se recusa a passar atestado de residência, sem a apresentação de duas testemunhas, apesar de terem um contrato de arrendamento registado nas finanças. Ora, eles chegaram a Portugal há pouco tempo e não conhecem ninguém nessa junta de Freguesia que possa testemunhar por eles. A burocracia em Portugal é muito complicada. Por vezes torna-se numa verdadeira pescadinha de rabo-na-boca: é preciso o NISS para ter uma autorização de residência mas para obter o NISS pedem a Autorização de residência. O processo de legalização de um estrangeiro em Portugal e obtenção de todos os documentos nacionais pode demorar até um ano e alguns clientes desistem pelo caminho devido aos 26 | Revista Business Portugal abril 2018

obstáculos burocráticos”. Gilda Pereira apela mesmo às entidades governamentais ligadas às questões das migrações que sensibilizem os serviços públicos e a população no geral para o tipo de imigração que se tem hoje em dia: “É uma imigração de pessoas altamente qualificadas, que vem para trabalhar e investir no nosso país. Devemos recebê-los de braços abertos. E não nos podemos esquecer que o povo português é um dos grandes precursores dos movimentos migratórios”.

“É uma imigração de pessoas altamente qualificadas que vêm para trabalhar e investir no nosso país. Devemos recebê-los de braços abertos”.

Os processos da Ei! são encarados como vidas e, por isso, cada história faz chorar e vibrar os membros da equipa nela envolvidos. A liderança feminina tem muito a ver com isso: “Acredito que as mulheres sejam mais emotivas, sensíveis, mais intuitivas e tratam de cada caso como sendo único e especial. Aqui, explicamos aos clientes todas as dificuldades que irão enfrentar e tratamos da vida deles como se fosse nossa.” Quando questionada sobre o futuro das mulheres na liderança dos mercados, Gilda Pereira não tem dúvidas: “Elas são mais competitivas que os homens e, certamente, no futuro haverá muitas mulheres à frente de empresas. É fundamental que as mulheres percebam que é possível conciliar tudo, a maternidade, a casa, o trabalho e o casamento. Tem de haver ajudas, nomeadamente da parte do companheiro e pai, mas não há motivo para a mulher não fazer tudo aquilo que quer. Acredito que temos mais capacidade de trabalho que os homens. Só temos que ser destemidas e aventurarmo-nos naquilo que queremos, pensar que os nossos filhos não nos vão julgar. Acredito, aliás, que terão muito orgulho em ter uma mãe que os inspira”. E porque uma líder não se faz sozinha gostaria de agradecer à minha família por ter apoiado sempre as minhas escolhas, em particular ao meu marido que não se coibe de fazer de pai e mãe quando é necessário. E à equipa espetacular que tenho a sorte de ter todos os dias ao meu lado, são eles que ajudam a tornar tantos sonhos em realidade… incluindo o meu, ao tornar esta empresa naquilo que ela é e representa hoje na vida de tantas pessoas que escolheram Portugal como a sua casa nos últimos quatro anos. OBRIGADA!


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HOVIONE

“FAZEMOS BEM O QUE É DIFÍCIL” Diane Villax é o rosto da Hovione. Falamos de uma empresa com quase 60 anos e um know-how como poucas na área da saúde.

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ara que possamos contextualizar os nossos leitores, pergunto-lhe como chega a Hovione a Portugal. A Hovione nasceu em Portugal. O meu marido, engenheiro químico húngaro, chegou a Portugal em 1951, casámos em 1958 e no ano seguinte fundámos a Hovione. Nessa altura a estratégia passava pela colaboração com uma empresa italiana, produtora de tetraciclinas por fermentação que necessitava da propriedade intelectual, patentes de processo independentes, que o meu marido detinha. Fundámos a Hovione com mais dois amigos húngaros do meu marido, Horthy e Onody que, após três anos resolveram seguir em busca de novos desafios e nós - os Villax ficamos como sócios únicos da Hovione. Resolvemos dedicar-nos à produção por síntese química de matérias primas para a indústria farmacêutica e o nosso mercado seria o Mundo; inovação, moléculas complexas, qualidade, rigor e ética no trabalho os nossos objetivos. “Fazemos bem o que é difícil”. Como se consegue tal feito? Com conhecimento profundo da matéria, muito trabalho, persistência e brio. É necessário focar que cada colaborador, seja qual for a sua tarefa, é sempre um elo indispensável na cadeia que forma a equipa de sucesso chamada Hovione.

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“...estamos cá para ficar, podemos planear a longo termo e também para ajudar a salvar vidas com os produtos que fabricamos. Temos o privilégio de dar saúde a quem precisa”.

O que vos difere das restantes empresas da indústria farmacêutica? Há mercado para todos, este vai crescendo de ano para ano. De momento, no nosso ramo, a procura é maior que a oferta. O segredo é descobrir o seu nicho. Onde melhor se enquadrar considerando os seus conhecimentos técnicos, a sua estratégia e o objetivo final. Ou seja, em que segmento do mercado conseguimos transformar as nossas competências em mais valor. Mas mais importante do que o negócio são os valores da organização. No nosso caso temos o lema “In it for Life” (Estar para a Vida). Tem muitos significados: estamos cá para ficar, podemos planear a longo termo e também para ajudar a salvar vidas com os produtos que fabricamos. Temos o privilégio de dar saúde a quem precisa. Estão centrados nalguma área da saúde específica? Se sim, qual? Temos trabalhado na área da produção de antibióticos por síntese química, corticoesteroides e agentes de contraste, sempre segundo os nossos processos independentes. Até vendermos o negócio que tínhamos na China, eramos o fabricante do genérico mais vendido no Japão. Também prestamos serviços de desenvolvimento a pequenas empresas de biotecnologia bem como às grandes empresas farmacêuticas globais. Entre a descoberta duma nova molécula e o seu lançamento no mercado pode ir um longo período de cinco a dez anos, com várias fases, cada vez mais exigentes, e é nesse segmento que procuramos vencer. É uma área de grande procura onde a mais valia dada pelos conhecimentos dos nossos colaboradores tem sido preciosa. Desde 2014 que dos 40 novos medicamentos aprovados anualmente pela FDA (autoridade de saúde Americana), a Hovione é o produtor de três deles. É uma cota do mercado extraordinária e os grandes investimentos que temos


HOVIONE

feito em I&D nos últimos três anos - tanto nos EUA como no Lumiar - têm com objetivo elevar de três para seis o número de novas moléculas aprovadas, cujo processo sai da cabeça dos nossos cientistas e o produto das nossas fábricas e das mãos dos nossos operadores. Numa edição em que falamos do lado feminino à frente de grandes entidades e empresas de referência, pergunto-lhe como tem visto o aumento do número de mulheres em cargos de chefia e de decisoras. Considerando o grande esforço feito por tantas mulheres e a sua comprovada competência, não é mais que uma situação justa cujos resultados estão à vista. Aliás tenho muitas heroínas, desde a Infanta D. Isabel de Avis, filha de D. João I, que casou com o Duque de Borgonha, Filipe o Bom, e geriu o seu domínio durante décadas, a Madame Curie que recebeu um prémio Nobel de Física e outro de Química e tantas outras. E como se sente nesse papel? Cresci e aprendi durante estes 59 anos de existência da Hovione, portanto sinto-me bem e orgulhosa da Empresa que ajudei a desenvolver. Tenho igual orgulho pelos jovens que saíram do nosso Ensino Superior - quer eles sejam bacharéis dos politécnicos ou doutorados das melhores universidades. Têm vontade de vencer e espírito de equipa. Se algo me causa mágoa é testemunhar as dificuldades que o Estado coloca no caminho das empresas. Para além de termos uma fiscalidade verdadeiramente castrante, a maioria dos Portugueses nem imagina quantos obstáculos se colocam à nossa expansão a nível dos inúmeros e infindáveis processos de licen-

Diane Villax, Fundadora e Membro do Conselho de Administração

ciamento. Criar emprego é tão menos penoso no estrangeiro. Entristece-me ver que temos cá jovens tão capazes e com tanta vontade de trabalhar e - mesmo para uma Hovione - é tão complicado e demorado ter as autorizações e licenciamentos para podermos criar os postos de trabalho que a procura dos nossos mercados de exportação mais do que justificam. Muito do investimento que temos feito no estrangeiro aconteceu porque nos vimos empurrados para fora do País pelos atrasos, impostos e mais papelada. Só temos futuro se formos competitivos.

“Cresci e aprendi durante estes 59 anos de existência da Hovione, portanto sinto-me bem e orgulhosa da Empresa que ajudei a desenvolver”.

mento. Temos mais de 1.000 colaboradores só em Portugal, a que acresce o pessoal nas nossas fábricas em Macau e na Irlanda, nos nossos laboratórios nos EUA e escritórios de vendas em Hong Kong, Osaka e Mumbai. Trabalhamos em estreita colaboração com as universidades portuguesas donde estão a sair jovens muito qualificados e aptos a enfrentar os desafios cujas soluções constroem o nosso futuro coletivo. De momento já se doutoraram seisestudantes que fizeram as suas teses na Hovione sob a co-orientação de um cientista da Hovione e um professor universitário. Atualmente temos mais oito jovens a seguirem o mesmo caminho. Queríamos investir mais em Portugal mas não nos deixam.

Por onde passa o futuro da Hovione no nosso país? Estamos em pleno cresci-

Co n tac to s Sete Casas | 2674 – 506 Loures, Portugal | Tel: 21 982 9000 | www.hovione.com

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Fotografia: Hugo Macedo

JOANA AREIAS LIFE PURPOSE COACH®

“TU CONSEGUES” Joana Areias é a coach número um em Portugal na área do Propósito de Vida. Saiba o porquê numa entrevista intimista com a também escritora.

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companha clientes em várias partes do mundo. De que forma os ajuda na descoberta dos seus Propósitos de vida? Desenvolvi a minha metodologia de trabalho, que partilho no meu livro “Tu consegues”, e que tem como objetivo ajudar as pessoas que consideram que a sua atividade profissional já não as realiza e que querem descobrir a sua verdadeira paixão. Este processo ajuda-as fazer essa descoberta e posteriormente a transição para essa nova atividade sem comprometerem a sua estabilidade financeira. Descobri ao longo destes anos de experiência que para estarmos realizados numa atividade profissional essa atividade tem de ter três componentes fundamentais. É a combinação destas três componentes que traz mais ou menos satisfação às pessoas e cada pessoa tem uma combinação que é perfeita para si. Eu ajudo os meus clientes nessa descoberta das três componentes ideais para si. Muitos coaches têm dificuldade em conseguir ter sucesso nesta profissão. O que recomenda aos coaches que acompanha em sessões de Mentoria? Para conseguirem viver a vida com o Coaching ajudo estes profissionais a desenvolver quatro pilares. 1º Técnica. Todos os coaches têm de fazer formação técnica em coaching e devem fazer formações noutras áreas das ciências humanas. 2º Prática. Para ser um bom coach tem de praticar muito. Qualquer profis-

Joana Areias, life purpose coach®

sional quando termina a sua formação tem uma fase de estágio. Para ser coach precisa do mesmo tempo de experiência antes de começar a cobrar pelos seus serviços. 3º Auto-desenvolvimento. Chega a um ponto em que não é mais um livro de coaching que vai fazer de si melhor coach. Nessa altura o que vai fazer de si melhor coach é tornar-se mais profundo, mais lúcido, mais consciente e é nesse processo que se irá tornar cada vez mais preparado para ajudar outras pessoas. 4º Marketing e Vendas. Qualquer coach tem dois trabalhos: 1) dar sessões de coaching com muita qualidade e 2) angariar clientes para dar essas sessões. Estamos sempre a vender. Vender é uma arte e devem aprendê-la sem complexos. “Tu consegues” é o nome do seu livro, o que é uma grande inspiração, principalmente para as mulheres. Que feedback tem obtido dos leitores? É muito bom receber feedback de pessoas em todo o mundo a dizer que este livro as ajudou a perceberem o que realmente as apaixona e a ganharem finalmente a coragem de ir em busca do Propósito das suas vidas. Acredito sinceramente que, quanto mais pessoas viverem vidas inspiradas e cheias de significado, mais o mundo será um lugar melhor para todos. Como é que as pessoas podem chegar até si? As pessoas podem trabalhar diretamente comigo em Sessões Individuais de Life Purpose Coaching ou de Mentoria. Podem inscrever-se no meu Curso Online para Descobrir o Propósito de Vida. E podem conhecer mais sobre como este processo pode funcionar com elas no meu livro “Tu Consegues” que podem adquirir em qualquer livraria ou online. Para começar recomendo, sem dúvida, que leiam as primeiras páginas do meu livro que ofereço gratuitamente no meu site em http://joanaareias.com/comecar. “Para saber mais sobre o trabalho da Joana Areias vá a www.joanaareias.com ou entre em contacto diretamente para o email coach@joanaareias.com”

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Rainbow Iluminate Solução da Natureza

A terra usa a água para limpar-se das sujidades, partículas no ar, alérgenos, poeiras e contaminantes produzidos pelo homem. Ela lava e limpa o ar do ambiente em que vivemos e respiramos. Este processo é apenas natural. Isso funciona muito bem no exterior, mas o que acontece dentro de sua casa? O Sistema de Limpeza Rainbow limpa a sua casa da forma mais natural possível, usando o poder da água. Não só limpa a sua casa, ele cria um espaço de vida saudável.

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O MELHOR DOS MELHORES A Rainbow Portugal é mais do que uma máquina de limpeza. Nesta entrevista com Fernanda Alves falamos sobre a empresa e de uma máquina que já se distanciou dos restantes produtos existentes no mercado, sendo número um em diversas categorias. Os presidentes Fernanda Alves e Matthias Schmelz (seu sócio), visionários e empreendedores, são os rostos da marca em Portugal, vendo ambos na sua equipa a razão primordial do seu sucesso.

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uais as mais-valias para quem usa este equipamento, visto que “há máquinas e máquinas, e temos a melhor do mundo”? Este é uma frase muito usada e o nosso produto mereceu-a. Vários estudos em Portugal, na Alemanha e nos EUA têm vindo a provar, repetidamente, que a máquina Rainbow é um produto que já se distanciou dos restantes. A qualidade e os benefícios que traz à saúde e ao ambiente são os principais e incontestáveis elementos do sucesso. São inúmeros os testemunhos de famílias que comprovam a melhoria da sua qualidade de vida, desde que usam a Rainbow. O que o difere dos restantes equipamentos existentes no mercado? Nos últimos 25 anos a Rainbow conquistou a sua notoriedade no mercado com 300 mil clientes em Portugal, sempre confiando no marketing mais eficaz que é o ‘passa a palavra’. A importância que damos aos nossos potenciais clientes no que concerne o seu bem-estar físico e ambiental é uma mais-valia e deriva da paixão que cada um de nós sente por aquilo que faz, para além de lhes oferecermos oportunidades ilimitadas de melhorarem as suas vidas se optarem por se juntar à nossa equipa. Além disso, a nossa máquina é a única que é reconhecida pela fundação portuguesa do pulmão. O equipamento venceu o prémio Escolha do Consumidor 2018. É o reconhecimento merecido? Sim, é o segundo ano consecutivo que ganhamos este prémio. É uma atribuição aos melhores dos melhores. Mas, sem desprimor para este prémio nacional que muito prezamos, somos a organização que, em 2017, ganhou o 6º prémio de vendas e crescimento do ano a nível mundial (competindo com mais de 80 países) um novo recorde desde 1935. Foi-nos atribuído também, mais uma vez, o prémio nacional ‘Escolha Acertada’, o

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www.rainbow-portugal.com

que mais do que um reconfortante reconhecimento, suscita em todos os que, de uma forma ou de outra, contribuem para a divulgação dos benefícios da máquina Rainbow, um enorme entusiasmo para prosseguirmos e melhorarmos o nosso desempenho. É por isso que nunca baixamos a guarda: a fábrica nos EUA concentra-se em aperfeiçoar a máquina e nós concentramo-nos em aperfeiçoar o nosso desempenho e os nossos serviços para estarmos sempre à frente como produto e como empresa. Falemos agora de Fernanda Alves. Qual tem sido o seu percurso enquanto empresária? O meu percurso focou-se sempre na gestão de pessoas, e na melhor forma de trabalhar e incentivá-las a desenvolver da melhor forma as suas potencialidades. A Rainbow é uma empresa de pessoas que trabalham com o melhor equipamento do mundo. Juntar estes dois potenciais só pode ter o resultado mágico que temos obtido. Enquanto empresária, ponho em prática uma faceta da minha vida pessoal que tem sido orientada por valores éticos e morais que me foram transmitidos com amor pela minha família. Ponho na minha atividade de empresária a mesma dedicação, o mesmo cuidado e o mesmo respeito que ponho nos outros aspetos da minha vida, como mãe, amiga, colega. É trabalhando com a minha equipa que se torna possível exceder o que se espera. É com ela que, em qualquer altura do dia, discuto uma nova ideia ou um novo projeto que possa surgir (quer seja meu quer seja de qualquer uma das muitas pessoas envolvidas na Rainbow Portugal). Ouço e tenho sempre a mente aberta

“A qualidade da nossa máquina e os benefícios que traz à saúde e ao ambiente são os principais e incontestáveis elementos do sucesso”.


RAINBOW PORTUGAL

a sugestões e comentários. Reúno frequentemente com as diversas equipas e não recuso ouvir ninguém. Faço por imprimir ainda mais motivação e ânimo e recuso-me a aceitar que ‘é impossível’. Transmito o meu próprio otimismo e a minha genuína confiança na marca e faço por liderar pelo exemplo. E que balanço faz? Ao fim de 25 anos, já tivemos altos e baixos, mas o balanço é muito bom e gratificante. Também cometemos erros mas conseguimos superá-los e aprender com eles.Mesmo nos anos mais desafiantes da economia portuguesa, conseguimos manter o nível habitual de satisfação e, nos anos seguintes, recuperámos o crescimento progressivo de forma sustentável. E isto, sempre oferecendo oportunidades a jovens estagiários e encontrando formas de também fazer uma diferença na solidariedade social. O que lhe reserva o futuro? Sou uma pessoa flexível que gosta de criar e de construir, de ajudar a desenvolver ideias novas, e é assim que me vejo, a continuar a trabalhar e a ajudar a minha equipa e a mim própria: a aprender mais e crescer diariamente. E o futuro da Rainbow Portugal, por onde passa? Felizmente que passa por um conjunto enorme de pessoas dedicadas, voluntariosas, inovadoras e com um grande ‘amor à camisola’. Isto, porque a vestem com o prazer de verem o seu papel devidamente reconhecido e encorajado. Tudo leva a crer, por isso, que o futuro da Rainbow Portugal continuará a ser risonho e reconfortante, porque a equipa conhece os objetivos estabelecidos e faz individual e coletivamente o que for preciso para os atingir: o encanto do nosso negócio reside em que todos podem sair vencedores. A Rainbow Portugal plantou (e trabalhou) bem aquilo que hoje está a colher, assinalámos bem a posição de Portugal mundialmente, e isso deixou-nos a responsabilidade de manter esta primeira posição. E, apesar de Portugal ser visto por muita gente com um país pequeno, somos muito bons em tudo aquilo que fazemos, e a Rainbow é mais um caso de sucesso. É um grande orgulho para nós estarmos numa convenção mundial com mais 80 países com economias de topo, e sermos nós, Portugal, o tal ‘país pequeno’, que estamos em primeiro lugar...

Fernanda Alves

“Quando fazemos aquilo de que gostamos com paixão não pode haver limites”. Como é que entende a liderança? Quando alguém me pergunta o que faço, respondo que o meu negócio são ‘pessoas’, criar relações de confiança e transparência recíprocas, em que trabalhamos em equipa, em que todos têm voz, comunicamos uns com os outros e todos nos ouvimos reciprocamente, tomamos decisões coletivamente, focamo-nos em objetivos comuns, acolhemos com entusiasmo novas abordagens e novas tecnologias de forma a melhorarmos o nosso sistema de trabalho, mas, simultaneamente, não nos afastamos do velho hábito de nos mantermos próximos uns dos outros, coletiva e individualmente. A nossa equipa sabe que pode contar comigo e que, cada um por si, contribui para fazermos realmente a diferença. Quando fazemos aquilo de que gostamos com paixão não pode haver limites. Olhando para a história, Portugal realizou grandes feitos e, olhando com grande orgulho para a nossa empresa, é notório o quanto avançámos e como o futuro continua brilhante para a Rainbow Portugal - que também está a fazer história neste país.

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ASTRAZENECA

A BIOFARMACÊUTICA GLOBAL ORIENTADA PARA A CIÊNCIA Na AstraZeneca em Portugal, do universo de colaboradores, 58 por cento são mulheres, que ocupam 52 por cento dos cargos de liderança. Numa edição dedicada às mulheres, a presença desta empresa biofarmacêutica global orientada para a ciência é, assim, obrigatória. A Revista Business Portugal conversou com Carla Fernandes, diretora médica e regulamentar.

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AstraZeneca é uma das maiores empresas em Portugal no que diz respeito à investigação e divulgação científica e tecnológica na defesa da saúde pública. A AstraZeneca é uma companhia biofarmacêutica global orientada para a inovação, focada na investigação, no desenvolvimento e na comercialização de medicamentos para o tratamento de várias patologias, em três áreas-terapêuticas principais – Oncologia, Cardiovascular, Renal & Doenças Metabólicas e Respiratória. Operamos em mais de 100 países e os nossos medicamentos são utilizados por milhões de pessoas no tratamento de algumas das doenças com maior impacto a nível mundial. Em Portugal, a AstraZeneca está presente há quase 20 anos, e integra cerca de 200 colaboradores, num ambiente saudável e diverso. Por quatro anos consecutivos fomos reconhecidos como Great Place to Work (2014-2017) e fomos a primeira empresa em Portugal a receber o Selo de Empresa Azul Sem Tabaco. Sendo uma empresa farmacêutica que aposta na transformação da vida de milhares de doentes, sob que modelos assumem a vossa responsabilidade social? Assumimos o compromisso de contribuir para a melhoria dos cuidados de saúde, através do desenvolvimento de soluções terapêuticas eficazes, capazes de transformar a vida dos doentes nas nossas áreas-terapêuticas principais. A nossa responsabilidade corporativa e compromisso para com a sociedade é visível através de vários programas globais. Um deles é o Healthy Heart Africa, um programa de acesso a medicamentos, através do qual estamos a ajudar a combater a hipertensão arterial numa região do mundo que apresenta os menores índices de acesso aos cuidados de saúde. A este junta-se o Young Health Programme, dirigido a jovens vulneráveis e à prevenção primária das doenças não-transmissíveis mais frequentes como a diabetes tipo 2, o cancro e as doenças cardiovasculares e respiratórias. Um programa que aborda quatro dos fatores de risco mais prevalentes: tabagismo, abuso de álcool, falta de exercício físico e hábitos alimentares não saudáveis). A nível local, existe ainda a Fundação AstraZeneca, sem fins lucrativos, criada em 2002 e que, ao longo dos anos, tem estado continuamente envolvida em projetos de apoio à investigação básica em saúde; formação de profissionais de saúde e projetos na sociedade civil, de apoio à comunidade. 34 | Revista Business Portugal abril 2018

Uma vez focados em retomar o crescimento através da inovação científica, quais as apostas de estratégia da empresa? Queremos ser pioneiros no desenvolvimento e na disponibilização de um amplo pipeline de terapêuticas molecularmente orientadas para o tratamento de alterações genéticas e que possam combinar-se entre si para obter os tratamentos mais eficazes. Isto tendo em conta não apenas as características específicas da doença, mas sobretudo a especificidade genética de quem a tem. Na AstraZeneca, cerca de 80 por cento do atual pipeline, propõe precisamente uma abordagem personalizada da doença. Esta aposta na inovação revela-se no nível do investimento em Investigação e Desenvolvimento, que foi, em 2017, de 5.8 mil milhões de dólares, 26 por cento da receita. De resto, a AstraZeneca é a empresa de inovação que mais investe, em percentagem dos seus lucros. Em Portugal, investimos cerca de 1.5 milhões de euros em I&D em 2017, em 16 estudos diferentes e abrangendo mais de mil doentes, numa clara aceleração face a anos anteriores, e apostando cada vez mais na geração de dados locais, de demonstração da efetividade dos nossos medicamentos em condições de vida real. Queremos também continuar a responder aos desafios atuais do SNS, reforçando o posicionamento e a missão que tornam a AstraZeneca uma empresa de referência, de inovação, e um parceiro de confiança do sistema nacional de saúde português, que contribui para soluções que permitam a acessibilidade do doente, no tempo adequado, ao tratamento mais indicado para a sua situação específica, contribuindo, simultaneamente, para a sustentabilidade do sistema. Sendo os avanços científicos um dos compromissos da AstraZeneca, em que áreas de investigação e desenvolvimento se focam diariamente? Focamo-nos em três áreas-terapêuticas principais: Oncologia, Cardiovascular, Renal & Doenças Metabólicas e Respiratória. Na área cardiovascular, renal e metabólica, temos uma abordagem centrada no doente, atuando sobre múltiplos fatores de risco, de forma integrada. Isto significa que olhamos para o doente como um todo, porque sabemos que a doença cardiovascular é uma consequência bem conhecida da diabetes e da doença renal crónica. Procuramos, assim, ir mais longe na redução da morbilidade e mortalidade cardiovascular, assim como da lesão de órgãos. Há 40 anos que desafiamos os limites da ciência nas doenças respiratórias. Desde o nosso primeiro broncodilatador, até aos me-


ASTRAZENECA

dicamentos mais atuais, os nossos cientistas continuam a transformar a forma como as doenças são geridas e como os doentes com asma e doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) são tratados. No entanto, o nosso trabalho não está concluído. Continuamos a seguir a ciência, desenvolvendo terapêuticas inalatórias e biológicas dirigidas, combinações medicamentosas e novos dispositivos de inalação, por forma a assegurar os tratamentos adequados a cada doente. Finalmente, na área da oncologia, temos uma herança profunda e um portfólio de novos medicamentos que cresce rapidamente e que tem o potencial de transformar a vida dos doentes. Com pelo menos seis novos medicamentos lançados entre 2014 e 2020, e um amplo pipeline de pequenas moléculas e produtos biológicos em desenvolvimento, estamos empenhados em fazer progredir o tratamento oncológico, com ênfase nos cancros do pulmão, ovário, mama e hematológicos, com o objetivo de redefinir o tratamento e, um dia, eliminar o cancro como causa de morte. Quais os principais desafios com que se depara atualmente este setor da área da saúde? A combinação de restrições orçamentais com uma pirâmide demográfica invertida, levanta desafios importantes para o século XXI: satisfazer a procura crescente de cuidados de saúde e adaptar os sistemas de saúde às necessidades de uma população envelhecida, ao mesmo tempo que os mantém sustentáveis, em sociedades com menos trabalhadores. A pressão para o aumento de investimento na área da saúde, agravada pelo progressivo envelhecimento da população e por uma evolução tecnológica sem precedentes, nomeadamente o desenvolvimento de novos medicamentos e de meios de diagnóstico mais eficazes, parece criar um confronto entre a exigência dos cidadãos de maior e melhor acesso aos cuidados de saúde e a necessidade de controlar o crescimento da despesa do SNS, mantendo-o sustentável. São necessários novos modelos de organização da prestação de cuidados de saúde para que, através da opção por intervenções mais custo-efetivas, se altere o foco dos sistemas de saúde da gestão da doença para a gestão da saúde e prevenção da doença. É também essencial discutir novos modelos de financia-

cerca de 30 colaboradores no departamento médico (mais de 75 por cento mulheres), com uma grande diversidade de competências e percursos, e creio termos um grande pipeline não só de medicamentos, mas também de talentos. Há um potencial enorme nas camadas mais jovens, com o seu empreendedorismo e agilidade naturais, aos quais as organizações se devem adaptar. Daí também a responsabilidade. Responsabilidade de aprender diariamente, de desenvolver as pessoas, de garantir que cada indivíduo tem ao seu alcance as ferramentas que o possam fazer crescer e exercer também a sua liderança. Cada vez mais a liderança é funcional e não tanto hierárquica ou vertical, pelo que o desenvolver dessas competências é fundamental.

Carla Fernandes, diretora médica e regulamentar

mento que mobilizem, de forma partilhada, recursos em torno do objetivo de proporcionar aos cidadãos os tratamentos mais adequados, no momento em que o benefício clínico possa ser maximizado. É importante que todos os parceiros necessários ao bom funcionamento do sistema de saúde sejam considerados, dada a complementaridade de conhecimento e recursos que podem trazer para o processo. Os desafios são complexos e muito diversos e só uma abordagem multidisciplinar será capaz de avançar para a construção de soluções mais inovadoras, mais arrojadas, capazes de promover a melhoria na sobrevivência e qualidade de vida para os doentes em Portugal, num quadro de sustentabilidade a médio e longo prazo. Nesta edição em que focamos as mulheres empresárias e empreendedoras, como se sente Carla Fernandes em liderar uma equipa de peso? Dois sentimentos complementares: orgulho e responsabilidade. Orgulho de liderar uma equipa que se excede diariamente na vivência dos nossos valores fundamentais de desafiar os limites da ciência, colocando sempre o doente em primeiro lugar. Somos

Numa altura em que cada vez mais o lado feminino se coloca à frente de grandes entidades e empresas, como é que tem visto este aumento do número de mulheres em cargos de chefia? Na AstraZeneca em Portugal, do universo de colaboradores, 58 por cento são mulheres, que ocupam 52 por cento dos cargos de liderança. Vivemos uma cultura de elevado desempenho, no qual as mulheres naturalmente sobressaem. A nossa estratégia de pessoas inspira-se na procura das mais diversas soluções tendo em vista a saúde e bem-estar dos nossos colaboradores (e colaboradoras). Acredito que um ambiente inclusivo e diversificado, não só quanto ao género, mas também no que respeita à cultura, percursos académicos e profissionais, nacionalidades, etc, permite à empresa estar mais bem preparada para enfrentar os desafios de forma mais integradora e ágil, e contribui claramente para o reconhecimento de sermos um Great Place to Work. Por onde passa o futuro da AstraZeneca? Temos a ambição de interromper a progressão de doenças cardio-reno-metabólicas e mesmo regenerar esses órgãos, reescrever a forma como entendemos e tratamos as doenças respiratórias, e um dia, eliminar o cancro como causa de morte. Até lá, e ao longo do percurso, queremos ser reconhecidos como líder científico nas nossas áreas de atuação, fazendo a diferença na vida de milhões de doentes em todo o mundo. abril 2018 Revista Business Portugal | 35


GLINTT

Sara Mendes, Organizational Development Manager da Glintt

TECNOLOGIA AO SERVIÇO DA SAÚDE A Glintt é uma empresa que cria soluções tecnológicas para o setor da Saúde. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Sara Mendes, Organizational Development Manager da Glintt, sobre como é liderar uma equipa e sobre os desafios futuros.

Assumimos Compromissos” É este o ADN da Glintt? Como se apresentam aos nossos leitores? Assumimos o compromisso de colocar a tecnologia e a inovação ao dispor da sociedade, garantindo assim os melhores cuidados de saúde possíveis. Participamos ativamente na transformação e evolução dos sistemas tecnológicos do setor da saúde em Portugal há mais de 20 anos, dando resposta aos diversos agentes desta área com inovação aplicada às melhores tecnologias. Diferencia-nos também o foco no utente. Trabalhamos para melhorar a qualidade de vida de todos os utilizadores das unidades de saúde, seja com projetos que possibilitam a marcação remota de uma consulta ou o acompanhamento remoto de um doente, a soluções que garantem a toma correta da medicação. Que balanço faz destes mais de 20 anos de experiência? Temos vindo a crescer com as necessidades dos nossos clientes, mostrando capacidade de resposta para proporcionar soluções eficazes para os seus problemas. 36 | Revista Business Portugal abril 2018

Isto pressupõe um acompanhamento constante da atualidade, que muda cada vez mais rapidamente. Apesar disto, a empresa cresceu, entrou em novos mercados, como o Reino Unido e a Irlanda, e ultrapassou os 1000 trabalhadores. Este é um crescimento sustentado do qual não podíamos estar mais orgulhosos.

“Trabalhamos para melhorar a qualidade de vida de todos os utilizadores das unidades de saúde”.


GLINTT

Quais os principais desafios que se colocam na atualidade? Hoje em dia o maior desafio é acompanhar as necessidades do cliente, que está mais informado e, por isso, exigente. Com os avanços tecnológicos, o cliente é o centro de toda a atividade, sendo necessário compreender quais as suas necessidades respondendo o mais prontamente possível às mesmas. Por essa razão é tão importante investir numa postura flexível, adaptável e criativa, que permita criar e reinventar soluções que acompanhem não só as necessidades do cliente, mas que também criem valor para o consumidor. Numa edição em que falamos do lado feminino à frente de grandes entidades e empresas de referência, pergunto-lhe como tem visto o aumento do número de mulheres em cargos de chefia e de decisoras. Há cada vez mais mulheres que ocupam cargos de topo nas organizações. O crescimento tem sido lento, mas já se espelha nas estatísticas recentes. No final de 2016, as mulheres ocupavam 29% dos cargos de liderança nas empresas portuguesas, sendo responsáveis por 34% dos cargos de gestão. Entre 2011 e 2016, estes valores traduziram um crescimento de 2 pontos percentuais em cargos de gestão e de 6 pontos percentuais em cargos de liderança. Pessoalmente acredito que as mulheres podem atingir níveis mais altos na gestão e liderança das organizações. Sou defensora da paridade mas não da paridade imposta por decreto. Defendo uma maior igualdade de oportunidades. Ao longo da minha carreira tenho verificado que o caminho da meritocracia é o mais sustentável e o que atribui um maior poder à decisão. Ter como critérios o profissionalismo, esforço e dedicação na escolha de um gestor sustentam todo e qualquer valor que uma organização

Startup Innovation

clinical outcomes

intrinsecamente dissemina como conduta. Uma empresa é uma amostra representativa da sociedade. Para mim é evidente que uma empresa, ou qualquer outra organização, será muito mais equilibrada, eficiente e eficaz se tiver gestores homens e mulheres, na mesma proporção que existem na sociedade. E como se sente nesse papel? Liderar uma Divisão que se foca na transformação, organização e melhoria contínua é para mim um desafio constante. O desafio de apoiar a Glintt no seu crescimento, na criação de valor, na procura incessante de novas formas de catalisar mudanças com impacto altamente positivo na organização. Sendo uma área catalisadora de transformações é, quanto a mim, fundamental que seja composta por pessoas que têm dimensão profissional, pessoal e familiar perfeitamente equilibradas. Pessoalmente acredito que uma mulher que ambicione uma carreira profissional exigente, não necessita de abdicar de ter ou de se dedicar aos filhos. Tudo passa por uma questão de equilíbrio que deve ser gerido todos os dias. Pela minha experiência, não digo que é um caminho fácil, mas sei que é um caminho possível. Acredito que os meus filhos têm aprendido muito mais tendo uma mãe profissionalmente ativa do que se tivessem uma mãe exclusivamente dedicada à família. Têm crescido com os valores do trabalho, dedicação, esforço e resiliência, aprendendo que quando queremos tudo é possível. Mas nada aparece por acaso! Temos que nos esforçar e dedicar para atingir um objetivo. Estou certa que valorizarão muito mais o papel das mulheres no mundo empresarial e quando eles, também um dia, forem gestores e decisores definirão as suas escolhas profissionais, tendo por base o legado que lhes passei.

Value proposition

patient safety

31 de maio Mais informações em www.hintt.glintt.com Inscrições até

abril 2018 Revista Business Portugal | 37


SUSANA LOPES HAIR STYLIST

SER FELIZ E FAZER OS OUTROS FELIZES Um sonho de menina tornado realidade. É assim que se resume a história de Susana Lopes, Hair Stylist. Saiba porquê.

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omeço esta conversa por perguntar à Susana Lopes como chega a este meio. Desde a minha infância que afirmo querer ser cabeleireira. Fui sempre fazendo as minhas opções para me formar na área, fazendo a parte académica à noite e dedicando-me à profissão durante o dia. Dei os primeiros passos na profissão há cerca de 32 anos, num espaço que era uma referencia no mercado. 14 anos depois, estabeleci-me por conta própria, e aí Susana Lopes, começa um trajeto com um crescimento Hair Stylist gradual e sustentável. Passados cinco anos, reformulamos a nossa forma de estar no mercado. Dez anos depois, e após estudo e análise de mercado, reinventamo-nos, definimos o nosso target audience. Sem nunca descurar a formação, fizemos uma remodelação do espaço e focamo-nos em três pontos essenciais para ter sucesso no nosso mercado: atendimento, serviço e qualidade. Aos 18 anos, por um infortúnio, tive que parar e pensar no trajeto percorrido. Tinha uma equipa de 14 elementos. Continuava como estava ou dava o salto para um espaço maior onde pudéssemos, mais uma vez, reinventarmo-nos e dar às nossas clientes outro tipo de atendimento, serviço e qualidade onde o foco fosse a experiência. Continuo todos os dias a inovar, pois o nosso mercado está em constante mutação. Hoje tenho uma equipa de 22 elementos e estou feliz pela decisão que tomei.

central e nobre da cidade. É um atelier com 240m2, com o conceito de open space. Está subdividido em áreas específicas, onde foi criado um circuito simples e de fácil leitura para a cliente se sentir sempre em casa. É composto por receção e atendimento, mesa de diagnóstico criativo, diagnóstico capilar, zona de tratamento com cadeiras de cromoterapia, ilhas de técnicos e finalização, estética e uma zona especifica de mãos, pés e maquilhagem. Temos uma parede de photoshooting e uma zona de laboratório, que designamos de Color Bar. É um espaço que hoje se designa de Salon Emotion onde, para além de efetuarmos os serviços inerentes a esta profissão, ainda proporcionamos uma nova experiência à cliente. Privilegiamos, acima de tudo, o atendimento, o diagnóstico personalizado e a qualidade dos serviços. A nossa cliente tem de sair feliz do nosso espaço.

Como tem corrido esta aposta? Foi uma aposta bem ponderada que tem corrido com um crescimento sustentável de acordo com a capacidade que temos para dar o melhor atendimento às nossas clientes.

O que lhe reserva o futuro? E à Susana Lopes Hair Stylist? Gostaria que me proporcionasse oportunidades para elevar a profissão. Motivar e acrescentar para poder passar a gerações futuras. À marca passa por grandes e constantes mudanças em todas as áreas. Deparamo-nos com um público-alvo cada vez mais informado e conhecedor, o que nos obriga a trabalhar mais e melhor. Todos os dias me levanto com uma crença de “ser feliz e fazer os outros felizes”.

Peço agora que nos apresente o seu atelier. O que o difere dos restantes? Estamos na cidade de Aveiro, localizados numa zona muito

38 | Revista Business Portugal abril 2018

Que serviços disponibiliza? Looks tendência, cortes com visagismo integrado, atendimento de noivas, serviços de estética, pedicure, manicure com spa incorporado, unhas de gel com nail art, aplicação de pestanas e maquilhagem. Tudo isto com diagnóstico personalizado. Nesta edição falamos de Empresárias e Líderes de sucesso que marcam a diferença pela visão, atitude, entrega e determinação. É neste papel que se sente? Sim. Luto todos os dias para crescer como pessoa e profissional, estímulo diariamente a minha equipa para que o nosso projeto faça a diferença no dia a dia do nosso target audience.


Hotel dos Zimbros

APENAS A 35KM DE LISBOA, EM PLENA ÁREA DE PAISAGEM PROTEGIDA, ENTRE A PITORESTA VILA DE SESIMBRA, O PARQUE NATURAL DA ARRÁBIDA, O CABO ESPICHEL E A PRAIA DO MECO, BENEFICIA DE UM DISTINTO E EXTRAORDINÁRIO ENQUADRAMENTO PAISAGÍSTICO, COM VISTAS FANTÁSTICAS PARA O MAR. Para mais informações: DEPARTAMENTO DE RESERVAS: 210 405 470 a 478 e/ou e-mail: hoteldoszimbros@gmail.com www.hotelzimbros.com


DESTAQUES 40 DUO CAPITAL Novas soluções de investimento à medida do cliente 42 CRC DECORADORES Há 25 anos a decorar por medida 44 SPACE INVERTERS Inverter para ter sucesso internacional 46 MARIA DA LUZ LDA “A qualidade dos hortícolas da Póvoa de Varzim é reconhecida nacionalmente” 48 INSIDE TOURS O melhor do turismo 50 SOMISIS O melhor parceiro na atividade fabril portuguesa 52 HOTEL 3K EUROPA “A Europa está em Lisboa” 54 EUROCONDEIXA Excelência nos transportes 56 BEACH BOWLING Um centro de lazer integrado que atrai os turistas 58 METALOCARVALHO Uma PME Excelência dedicada aos clientes 60 VALBAITS Iscos únicos e inovadores no mercado 62 RESTAURANTE LAURENTINA “Aliamos a tradição ao turismo” 64 DOCE VIVER “Uma marca reconhecida na região centro” 66 RODI Produtividade e tecnologia aliadas ao sucesso

40 | Revista Business Portugal abril 2018

PME EXCELÊNCIA EMPRESAS QUE INSPIRAM PORTUGAL O estatuto PME Excelência distingue, no conjunto das empresas PME Líder, as que apresentam desempenhos superiores. É atribuído de forma automática pelo IAPMEI, I.P. (Agência para a Competitividade e Inovação) e pelo Turismo de Portugal às empresas que se enquadram nos melhores desempenhos económico-financeiros. A cerimónia de entrega dos prémios PME Excelência ’17 realizou-se em Gondomar, distrito do Porto, no dia 20 de fevereiro. Coube ao presidente da câmara municipal de Gondomar a abertura das hostes, o qual agradeceu às entidades que viriam a ser premiadas pelo contributo que trazem para o país. Apresentada por Fernanda Serrano, a cerimónia visou prestar uma justa homenagem pelo mérito e contributo que estas empresas dão ao desenvolvimento económico de Portugal, as quais sobressaíram pelo desempenho na exportação, nos índices de produtividade e de crescimento, na criação de valor e de emprego. São um total de 1947 empresas que se destacaram ao longo de 2017, as quais são responsáveis pela criação de 156 mil postos de trabalho. As PME Excelência ’17 estão sediadas em todos os distritos, no entanto é no Porto (415), Lisboa (370), Braga (217), Aveiro (208), Leiria (168) e Faro (148) que se concentram em maior número. Englobadas representam um volume de negócios de 7,7 mil milhões de euros em 2016, um crescimento de 15 por cento em relação ao ano anterior e uma rentabilidade média de

capitais do ativo e das vendas muito superior à média nacional. A cerimónia deste ano chamou ao palco as PME que mais se destacaram nas categorias de Exportação, Produtividade, Criação de Valor, Crescimento, Gazela, Emprego, Longevidade e Turismo. Em conjunto, a apresentadora Fernanda Serrano, Jorge Marques dos Santos, presidente do IAPMEI, Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, Ana Teresa Lehmann, Secretária de Estado da Indústria, Ana Mendes Godinho, Secretária de Estado do Turismo, e Manuel Caldeira Cabral, Ministro da Economia, entregaram os prémios em mão aos empresários que se revelam uma inspiração e um exemplo para toda a sociedade. No discurso que encerrou a cerimónia, o Ministro da Economia afirmou que “Portugal em 2017 conseguiu o melhor crescimento dos últimos 18 anos, teve um crescimento de 12,9% das exportações e um crescimento fantástico de receitas. As pequenas empresas empenharam-se em novos mercados e souberam trabalhar na inovação no tempo certo, rentabilizar e valorizar os seus recursos humanos, souberam trabalhar hoje para construir o amanhã”. O futuro do país depende muito das nossas empresas. São o motor da nossa economia e o sucesso delas é o sucesso de Portugal. A Revista Business Portugal traz até si algumas das entidades que mais contribuíram para o desenvolvimento do país.


“Um autarca que está no terreno, sente que a economia está a crescer, havendo mais projetos, mais indústria e mais confiança, obviamente também fruto de uma estratégia nacional, mas também da vossa vontade e do vosso empenho, que é hoje aqui reconhecido”. Marco Martins, presidente da câmara de Gondomar

“Para a empresa que recebe este galardão, é um benefício de imagem e de notoriedade, e um traço diferenciador que lhe permite relacionarse com vantagem com a sua envolvente. Mais importante ainda é quando se movem no contexto internacional e em mercados onde ainda não são conhecidos. Para clientes e para fornecedores, é confiança adicional, com todas as vantagens que isso implica.”

“Agradeço às empresas hoje distinguidas, mas também a todas as que, não o sendo, contribuíram durante o ano de 2017 para o maior crescimento da economia dos últimos 18 anos”. Manuel Caldeira Cabral, ministro da economia

“as empresas têm de liderar esta transição para uma indústria moderna e inovadora, que aposte em tecnologias digitais disruptivas como o blockchain, a inteligência artificial, a robotização e colaboração entre homem e máquina, para a realização de tarefas repetitivas de forma mais eficiente, libertando os recursos humanos para funções mais criativas e especializadas” Ana Lehamm, secretária de Estado da Indústria

Jorge Marques dos Santos, presidente do IAPMEI

Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal

Francisco Almada Lobo, ceo da Critical Manufacturing

Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo abril 2018 Revista Business Portugal | 41


JANSSEN PORTUGAL

+ Produtividade

Rodi, S.A.

+Turismo

Beach Bowling

+ Exportação

EMPRESAS QUE INSPIRAM PORTUGAL Space Inverts 42 | Revista Business Portugal abril 2018


Prémios às melhores Empresas PME Excelência 2017, por mérito e dinamismo demonstrados

Inside Tours

Criação de Valor

Valbaits

Restaurante Laurentina

+ Crescimento

CRC Decoradores abril 2018 Revista Business Portugal | 43


DUO CAPITAL

NOVAS SOLUÇÕES DE INVESTIMENTO À MEDIDA DO CLIENTE Nascida em 2012, a Duo Capital surgiu para fazer a diferença na área de soluções de investimento em ativos alternativos. João Boullosa é um dos três acionistas que esteve à conversa com a Revista Business Portugal para nos dar a conhecer os valores qualitativos de uma equipa especializada e o que está por detrás de uma PME Excelência.

J

oão Boullosa, Débora Souto e Tânia Lopes são os administradores que dão a cara pela Duo Capital, uma empresa que se diz jovem, dinâmica e detida a 100 por cento pelos mesmos. Desde cedo João tinha a ambição e o desejo de construir o seu próprio negócio, uma vez que o pai e o avô eram empresários. A experiência que adquiriu no mercado nacional e internacional foram cruciais para que o empresário desse o primeiro passo para criar algo próprio. “Usei o percurso de trabalhar para outras empresas porque achei que antes de começar a desenhar o meu primeiro projeto teria de ter alguma experiência, até porque para convencer a contratar pessoas a juntarem-se ao meu projeto eu teria de mostrar um currículo com experiência”, acrescenta. Face às crises económicas que abalaram os sistemas financeiros mundiais, Madrid não esteve fora desse movimento. “Coincidiu também a banca de investimento deixar de ser tão atrativa como tinha sido”. Foi nessa altura que João ouviu falar do “distressed debt” e após estudar este conceito e o mercado em Portugal considerou que seria uma boa aposta, pois “o custo de oportunidade para uma mudança de carreira era na altura mais baixo”.

O mercado do distressed em Portugal

Os clientes, “um dos pilares da nossa cultura” A Duo Capital define-se por ter uma lista de bons clientes. Desde o início de atividade aumentaram o leque dos mesmos que, até à data, se mantêm fieis e estáveis. João Boullosa apresenta duas preocupações no que diz respeito aos clientes: “não quero que o meu negócio esteja dependente de um ou dois clientes. Tento fazer com que a minha faturação não esteja concentrada em mais de 30 por cento num só cliente. E depois achamos que é interessante ter uma relação de proximidade. Comunicamos com os clientes e por isso essa relação também é mais fácil quando a empresa é pequena”.

“Comunicamos com os clientes e por isso essa relação também é mais fácil quando a empresa é pequena”.

Após estudar o mercado e a concorrência em Portugal, o administrador rapidamente percebeu que havia espaço para a Duo Capital. Atualmente a empresa define-se como uma gestora de ativos especializada em ativos alternativos, como é o caso do distressed debt. “Basicamente apoiamos investidores. Neste caso até são todos internacionais, que compram carteiras de dívida em default e depois gerimos esses ativos. Para isso, nós fazemos a originação de negócio, o pricing desses ativos, due diligence e depois do investidor

44 | Revista Business Portugal abril 2018

comprar esse ativo, fazemos o boarding para os nossos sistemas e posteriormente a gestão dos ativos”, compostos tanto de créditos de empresas como de particulares, refere.

Uma equipa coesa com uma estrutura sólida

Para que se mantenha uma equipa coesa, a Duo Capital aposta em diversos eventos para que os colaboradores acompanhem o que se passa na empresa. Organizaram pequenos almoços em que os sócios falaram com a equipa sobre a empresa, “a nível financeiro, os projetos, as estratégias e o caminho a percorrer. As pessoas estão no seu dia a dia e muitas vezes não têm uma ideia global de como a empresa está a caminhar. O objetivo destas iniciativas é de as motivar e de lhes dizer sobretudo que a empresa está financeiramente sólida”, aponta. Para fomentar a cultura de proximidade, no verão dinamizam eventos para que possam discutir ideias e valores, “que nos permitam reforçar a cultura e o espírito deste grupo”, afirma João Boullosa. O sócio acrescenta ainda a importância de não terem dívidas. “Os


DUO CAPITAL

João Boullosa, Tânia Lopes e Débora Souto, administradores

rácios financeiros têm sido impecáveis e isso permite encaixar algo menos bom que possa acontecer. Temos crescido muito rápido. No ano passado estabilizamos o crescimento, o que é normal. Podemos darmo-nos ao luxo de estabilizar. Não temos uma grande pressão”.

Plataforma tecnológica, um sinal de inovação Quando a Duo Capital começou, não havia a possibilidade de fazer um investimento alto e inicialmente utilizaram uma plataforma já existente no mercado, “desenvolvida para o nosso negócio”. Atualmente, a empresa já utiliza uma plataforma interna, desenvolvida de raiz com recursos próprios e com a possibilidade de “estarmos mais à frente da nossa concorrência e dar o salto”. A nível de análise de dados estatísticos, João pretende dar o “próprio passo” na inovação, ponto que irá distinguir e diferenciar a empresa no mercado. “Nós consideramo-nos uma empresa que vive muito da tecnologia, porque a nossa plataforma contém toda a informação da nossa atividade. Vamos continuar a desenvolver e a investir mais nessa plataforma, porque temos receita e temos lucro e isso permite-nos crescer”, assinala. A Duo Capital destaca-se pelos pilares sólidos, pela complementaridade enquanto equipa, a “nível de conhecimento, experiência e até de alguma visão, que possa ser diferente”, pelo investimento monetário e pela aposta nas pessoas e respetiva formação contínua, o que lhes permitiu, face ao esforço e dedicação, o Prémio PME Excelência, Mérito ao maior dinamismo na criação de emprego.

“Os rácios financeiros têm sido impecáveis e isso permite encaixar algo menos bom que possa acontecer. Temos crescido muito rápido. No ano passado estabilizamos o crescimento, o que é normal. Podemos darmo-nos ao luxo de estabilizar. Não temos uma grande pressão”. abril 2018 Revista Business Portugal | 45


CARLOS CARVALHO DECORADORES

HÁ 25 ANOS A DECORAR POR MEDIDA Carlos Carvalho Decoradores é o nome de uma empresa que se dedica a quatro áreas de atuação: arquitetura de interiores, decoração por medida, fabrico próprio e restauro. A propósito da mais recente atribuição dos prémios de PME Excelência, com o qual esta empresa foi galardoada, estivemos à conversa com Carlos Carvalho (fundador) e com Rúben Fernandes (responsável pelo departamento de comunicação).

M

Carlos Carvalho, fundador

ade in Portugal

Na CRC Decoradores, a arquitetura de interiores tem um papel fundamental. O planeamento de ambientes para hotelaria, restauração ou mesmo habitação estão na base dos seus trabalhos. Por outro lado, esta empresa está sempre a par das novas tendências, apresentando aos seus clientes propostas originais, únicas e exclusivas para cada espaço. A juntar a estas duas áreas de intervenção, a CRC Decoradores conta com uma fábrica equipada com a tecnologia e o know-how de 25 anos de existência, disponibilizando, assim, capacidade de produzir e fabricar os próprios produtos e peças exclusivas para cada ambiente criado. Por fim, com o objetivo de reparar ou prevenir a degradação de mobiliário, esta empresa está capacitada para o restauro do mesmo. Aqui, é proposto aos clientes uma variedade de possibilidades, desde a simples peça de mobiliário comum, até ao restauro da habitação. “Uma das nossas grandes vantagens tem a ver com o facto de que todas as soluções que apresentamos são feitas à medida da casa do cliente (em caso de cliente particular). Fazemos, assim, frente ao mobiliário comercial, feito em série. Ao mesmo tempo, estamos sempre atentos às tendências apresentadas pelos nossos fornecedores”, assumiram.

Festa de aniversário e ampliação de instalações

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Festa de aniversário e ampliação de instalações A CRC Decoradores celebra, este ano, 25 anos de atividade. Nesse seguimento, a empresa irá comemorar esta data com a expansão do espaço, da marca e da própria empresa com a angariação de novas parcerias e colaboradores. Assim, a partir do verão deste ano, as atuais instalações fabris desta empresa – localizadas em Lisboa – serão deslocalizadas para o concelho de Cascais, reservando-se o espaço já existente para a construção de um showroom com cerca de 1.000 m2. Com este novo espaço expositivo, Carlos Carvalho e a sua equipa pretendem “trabalhar melhor o cliente particular, chegando mais facilmente ao encontro do que ele procura”, esclareceram. Ainda nas celebrações, será apresentado um livro que contará a história dos 25 anos desta empresa. Distinguida com o certificado de PME Excelência e com o Prémio de Mérito de Maior Crescimento, a CRC Decoradores trabalha não só a nível nacional, mas, também, internacional: “Portugal é o nosso maior mercado. No entanto, atualmente, encontramo-nos com dois grandes projetos em curso, um no Algarve e outro no Dubai”, finalizaram os nossos entrevistados.



SPACE INVERTERS

INVERTER PARA TER SUCESSO INTERNACIONAL Quando João Silva e Luis Duarte se juntaram há sete anos tinham como visão uma empresa de estrutura sólida, focada e ágil. E assim nasceu a Space Inverters em 2011. Sediada em Lisboa, a Space Inverters é uma empresa que desenvolve projetos ligados à arquitetura, design e produção. João Silva, diretor criativo, e Luís Duarte, diretor de produção, são os sócios gerentes que dão a cara por esta jovem empresa que iniciou atividade há sete anos.

Delta Station

Se pudéssemos definir a Space Inverters hoje em dia definiríamos como uma empresa de sucesso com enorme credibilidade internacional com uma componente criativa e desenvolvimento que aposta sempre na inovação dos seus projectos e na garantia de concretização e execução acima da média internacional”, explica João Silva sócio Gerente. A garantia desta credibilidade aliada à inovação dos seus projetos faz da Space Inverters uma das empresas mais procuradas a nível internacional para projetos de lojas, stands, desenvolvimento de conceitos, produção de mobiliário e prototipagem. A sua carteira de grandes clientes internacionais atesta este reconhecimento, marcas como Lacoste, ETAM, Rimowa, Chantal Thomass, EX NIHILO, LA PRARIE, SEPHORA, VUARNET, fazem parte do portfólio da Space Inverters que atualmente conta com 90 por cento da sua faturação em exportação e clientes internacionais. Em Portugal, a empresa tem também o privilégio de trabalhar com grandes marcas como a Galp, Delta e RTP. Com um crescimento anual extraordinário, a Space Inverters tem desde 2015 crescido anualmente cerca de 52 por cento

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na sua faturação. Números que comprovam o sucesso internacional e que sustentam o valor da empresa. A Space Inverters tem como serviços base os departamentos de design e produção e também atua nas áreas de prototipagem de mobiliário, logística, project management e instalação. “No fundo a nossa atuação poderá ir de A-Z, o que torna o processo mais controlado da nossa parte e garante segurança ao nosso cliente”. Continua afirmando que “atualmente estamos a trabalhar com a Lacoste no novo conceito da marca e com a Rimowa em vários projetos na Europa e EUA”, destaca João Silva. “Mas temos muito orgulho em trabalhar também clientes nacionais como a Delta na implementação de vários projectos em diferentres áreas”, acrescenta João Silva. A internacionalização, credibilidade junto de grandes marcas e o seu rápido crescimento não tira a estes dois jovens sócios os pés do chão: “queremos continuar a aprender e crescer de forma sólida e sustentada. Sabemos que a Space Inverters está no caminho certo e que temos ainda muito para mostrar e construir por isso já em 2018 vamos ter algumas novidades a apresentar, conclui João Silva.

O sonho comanda a vida Mas esta história de sucesso começou pelos dois sócios há alguns anos atrás quando se conheceram noutra empresa. A amizade aliada à competência, cedo lhes revelou que

“Queremos continuar a aprender e crescer de forma sólida e sustentada”.


SPACE INVERTERS

se complementavam e que juntos seriam uma equipa sólida. Do sonho muitas vezes conversado, em 2011 passaram à ação e assim nasceu a Space Inverters. “Mais do que a ambição sempre quisemos inovar, pensar de forma diferente, invertida e absorver a verdadeira essência das marcas conseguindo colocá-las e transformá-las em algo real e concreto”, descreve João Silva. Com a missão de “não ser mais do mesmo”, a ideia era ter uma postura e abordagem aos projetos simples, mas eficaz. A Space Inverters tinha como clientes iniciais a Lacoste. Depois do projeto de desenvolvimento do conceito para as lojas Lacoste Outlet que está a ser aplicado em todo o mundo e tendo a Space Inverters já produzido mais de 100 lojas, todas elas com produção nacional. A Space Inverters dá o seu grande salto em 2015 a nível internacional quando fecha o contrato com a Lacoste e passou a ser parceiro oficial da marca para a produção e implantação das lojas Lacoste no mercado EMEA.

João Silva e Luis Duarte, administradores Lacoste Regent St Londres

“Foi, de facto, em 2015 que percebemos que a Space Inverters era agora uma empresa com mérito reconhecido internacionalmente e os nossos clientes recomendavam-nos a outras marcas também elas de prestigio internacional”.

Objetivos para 2018 “Temos como grande objetivo melhorar a qualidade da nossa relação com os atuais clientes e conseguir estabilizar a estrutura, por forma a que nos permita manter os níveis de exigência que temos tido até aqui. Para isso, estamos a reforçar a nossa equipa e temos um plano de expansão que teve início este ano e se vai prolongar até ao final de 2019. O nosso grande objetivo é sem dúvida manter a base da Space Inverters em Portugal, mas a nossa abertura ao mercado internacional é total e vamos até 2020 ter alguns investimentos, que vão sem dúvida incrementar a nossa posição no mercado Europeu e Americano”.

“O nosso grande objetivo é sem dúvida manter a base da Space Inverters em Portugal”.

Etam

Codage Boutique Paris

Lacoste

Lacoste Outlet abril 2018 Revista Business Portugal | 49


MARIA DA LUZ, LDA

“A QUALIDADE DOS HORTÍCOLAS DA PÓVOA DE VARZIM É RECONHECIDA NACIONALMENTE” De uma tradição familiar, em 1990, surge a empresa Maria da Luz, Lda que, com muito trabalho e dedicação se distingue no comércio de legumes. O prémio PME Excelência atribuído a esta empresa familiar é uma consequência da “honestidade e confiança”.

A

o fim de 28 anos, Armandino Domingues e Maria da Luz ainda são “os primeiros a chegar e os últimos a sair da empresa”. E foi esta dedicação ao trabalho que traçou, desde o princípio, um caminho de sucesso para este casal natural da Estela, no concelho da Póvoa de Varzim. Diariamente, os produtos hortícolas chegam ao armazém já embalados, são pesados, etiquetados e ficam prontos a seguir para os clientes, nomeadamente particulares, restaurantes, lojas, feirantes, mercados abastecedores e uma cadeia de supermercados. “Se precisarem de ser armazenados durante uns dias, temos a arca frigorífica para manter sempre a frescura”, revela, afirmando que, em época alta, são cerca de dez/quinze toneladas diárias de legumes que saem da empresa Maria da Luz. Apesar de Armandino Domingues ter de recorrer à importação de batatas e cenouras espanholas pela competitividade dos preços

Maria da Luz e Armandino Domingues, proprietários

e das quantidades, a garantia é de que a “prioridade são os produtores da terra”. A região da Póvoa de Varzim é reconhecida pelas particularidades do cultivo em areia e sargaço que dá um sabor único aos produtos hortícolas. “A qualidade dos nossos legumes é conhecida nacionalmente. Estamos numa zona que produz todo o tipo de hortícolas e sempre saborosos”, assegura o empresário. Com onze colaboradores que se sentem como uma família, a Maria da Luz foi crescendo e evoluindo assente na base da honestidade e da confiança junto dos clientes que fazem parte do sucesso – “Temos clientes que estão connosco há 20 anos, pois sabem que somos pessoas sérias”. A distinção como PME Excelência acaba por ser uma consequência natural de um trabalho baseado nestes princípios de idoneidade, desde a fundação da empresa em 1990. “Com as contas consolidadas, o banco tomou a iniciativa e fomos distinguidos. Acaba por ser uma recompensa de todo o trabalho e dedicação ao longo dos anos”, assevera Armandino Domingues. Paralelamente, desde novembro de 2017, a Garrafeira DiVino, com gerência dos filhos João e Tiago Domingues, tem-se afirmado como um espaço de referência na Estela no culto do vinho. Com uma dinâmica de ações, provas e campanhas atrativas na valorização dos produtos vinícolas, tanto nacionais como internacionais. Rua Comendador Araújo 105 • 4570-203 Estela -Póvoa de Varzim • Tlf.: 252 601 942 Email: mariadaluzlda@sapo.pt

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JANSSEN PORTUGAL

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INSIDE TOURS

O MELHOR DO TURISMO, “CRIAMOS E VENDEMOS EXPERIÊNCIAS” Por ser um exemplo a seguir dentro da trama empresarial dedicada ao turismo em Portugal, a Inside Tours foi prestigiada pelo reconhecimento atribuído pela IAPMEI. A agência focada em tours, incentivos e gestão de eventos foi, no passado dia 20 de fevereiro, laureada com o galardão de empresa PME Excelência.

I

nside Tours: PME Excelência 17’ No mais importante evento de PME a nível nacional que, mais uma vez, distinguiu empresas nacionais de sucesso, a Inside Tours foi diferenciada dentro da categoria de melhor turismo. Numa conjuntura marcada pelo crescimento do setor e pela fixação de Portugal como atração turística, surge a InsideTours. Com 15 anos de atividade no setor turístico, a Inside Tours surge

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com o propósito de reformar, alargar e diferenciar o panorama turístico da capital. A empresa iniciou o seu percurso criando tours e atividades para turistas individuais através da marca Inside Lisbon e Inside Porto, que potenciou criação da agência de incoming para Portugal, que a nível internacional tem a nomenclatura de DMC


INSIDE TOURS

- Destination Management Company. A agência atua em toda a extensão do território nacional e, por isso, possibilita este tipo de eventos turísticos no Algarve, Madeira ou no Porto e Douro.

Formas de convivência e interação que estimulam o relacionamento de equipas - Team Building Com a Inside Tours, a agência aposta no turismo empresarial. Neste contexto são desenvolvidas atividades que fomentam o espírito de equipa, geralmente concebidas ao ar livre. Um género de atividade que serve como ‘ferramenta’ para substanciar e fortalecer a coesão entre os membros de uma qualquer organização, empresa ou companhia, tanto nacional como estrangeira. Fundamentalmente, formas de convivência e interação que estimulam o relacionamento de equipas Team Building. Para além das atividades de Team Building, a empresa presta vários serviços, nomeadamente jantares de empresa e jantares de gala e animação, reuniões e seminários, guias e assistência local, transfers, excursões e eventos culturais, experiências gastronómicas, atividades desportivas e ao ar livre, viagens e incentivos, apoio de grupos a convenções e congressos. Constituída por uma equipa sólida e dinâmica e uma administração atenta às novas tendências e possibilidades, a empresa PME Excelência 2017 tem a ambição de aumentar a capacidade de resposta, uma vez que, “parece que toda a Europa descobriu Lisboa”, confessa Pedro Costa.

Especialista de tours privados e regulares, a Inside Lisbon! Enquanto especialista de tours privados e regulares, a Inside Lisbon é uma opção conveniente e apelativa para o turista. Sublinha a história do país, dos Descobrimentos ao 25 de Abril, da gastronomia à vinicultura, o estilo de vida dos portugueses e as tradições e costumes lusitanos, num passeio a pé de três horas onde o turista conhece e assimila o mais relevante sobre Portugal. Parceira do Turismo de Portugal, trata-se de uma empresa pioneira em tours regulares, realizadas a pé e em carrinha. Atividades que articulam indivíduos, geralmente com a mesma língua materna, em pequenos grupos turísticos, sempre acompanhados por

um guia, em itinerários que têm como ponto de partida e chegada, a cidade de Lisboa. Com a Inside Lisbon, o turista tem a oportunidade de usufruir de tours regulares, dentro de grupos pequenos, ou tours privados. Um conceito que se caracteriza pela pequena e acolhedora dimensão que detém. “Tento fugir à ideia dos autocarros, gosto do conceito pequeno”, certifica Pedro Costa, CEO da empresa, acrescentando ser necessário “crescer devagar, sem perder o que nos caracteriza”. Tours como Sunset Fado e Tapas, um passeio pedestre que tem início às sete horas da tarde onde o turista é convidado a passear por bairros como a Mouraria ou Alfama, é instruído na história do fado e acompanhado a tradicionais tascas portuguesas. Neste seguimento, o turista termina o dia a contemplar o pôr-do-sol no Miradouro e a saborear um jantar numa casa de fados. “Procuramos sempre renovar e inovar”, garante o empresário que acredita na potencialidade da cidade e do projeto.

A importância de um review Precursoras da animação turística na capital e em cidades circundantes como Sintra, Cascais, Évora, Óbidos, Fátima ou Arábida, tanto a Inside Lisbon, como a Inside Tours estão extremamente bem inseridas nas plataformas online, com uma presença expressiva e uma atuação eficiente.

Pedro Costa, ceo

Trata-se de uma aposta com bom resultado. Pedro Costa, CEO da empresa, assume uma posição assertiva relativamente à “importância de um review.” Para o empresário é essencial estar atento às necessidades dos clientes e assegurar “o bom review do turista” através de uma atuação que vá de encontro às suas expectativas. Galardoada na categoria de Turismo, esta empresa quer sobressair por um procedimento exímio tendo, por isso, uma “política de devolução do dinheiro”, garante o CEO. No site www.insidelisbon.com ou www.insidetours.com é possível encontrar várias ofertas de múltiplas experiências turísticas. No contexto da InsideLisbon é garantido presenciar, todos os dias, a partida de um grupo pequeno de turistas, da estátua de D.Pedro IV, no Rossio à descoberta da cidade das sete colinas.

“Procuramos sempre renovar e inovar”.

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SOMISIS

O MELHOR PARCEIRO NA ATIVIDADE FABRIL PORTUGUESA Somisis – Sociedade de Manutenção e Sistemas Industriais, Lda., é o nome de uma empresa que assume como missão proporcionar aos seus clientes elevados níveis de satisfação, através de produtos e serviços de qualidade, a preços competitivos excedendo as suas expectativas e promovendo a sua fidelização.

empresas há muitos anos. Conseguimos fidelizar todos aqueles que confiam no nosso trabalho”.

Equipa especializada e de confiança

A

ntónio Pedro, administrador da Somisis e nosso entrevistado nesta edição, contou o início da sua história enquanto empresário: “comecei há 25 anos, nesta área em que eu mais gostava de trabalhar e optei por desenvolver trabalhos, investindo por conta própria”. A Somisis trabalha no setor da manutenção industrial intervindo em áreas bastante específicas e exigentes, tais como: instrumentação, eletrónica, pneumática, automação e hidráulica. Os seus clientes comprovam o rigor e a qualidade com que esta empresa desenvolve todos os trabalhos que lhe são atribuídos: “trabalhamos com algumas

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A Somisis conta com mais de 80 funcionários, todos eles com formação adequada à função que desempenham: “vamos buscar os jovens às escolas e universidades e damos-lhes formação específica para os trabalhos que realizamos”, explicou. Gerir uma estrutura tão ampla obriga a que António Pedro delegue determinadas responsabilidades nos denominados ‘chefes de equipa’, no entanto, o nosso entrevistado admitiu fazer questão de acompanhá-los de perto por forma a garantir a máxima qualidade do serviço prestado: “os trabalhos que nos são entregues são de enorme responsabilidade. Trabalhamos com a parte mais sensível das fábricas”, completou. Ainda em conversa com a nossa revista, António Pedro lamentou a falta de mão de obra existente: “Além da Manutenção Industrial também efetuamos trabalhos de projeto e temos alguma dificuldade em obter mão de obra especializada. Antes havia escolas industriais, agora há cursos profissionais que, infelizmente, ensinam muito pouco”, reiterou o empresário. Com 25 anos de presença no mercado, a Somisis tem vindo a crescer de ano para ano. Prova disso foi a recente atribuição do certificado de PME Excelência

que para António Pedro “é o fruto do esforço, dedicação e do trabalho que se tem feito ao longo dos anos”. A Somisis é uma empresa Certificada pela Norma ISO 9001. Para terminar fica da parte da Somisis o agradecimento a todos aqueles que ao longo destes 25 anos de existência, colaboraram com a empresa para que pudesse chegar até aqui.

“A todos um muito obrigado pela colaboração, dedicação e empenho que sempre demostraram”. António Pedro, administrador

Centro Comercial Solmar Rogério Reynaud, 22 – Loja 14 - Buarcos 3080-251 – Figueira da Foz Tlf. 233 438 537 | Tlm. 966 490 153 | Fax. 233 413 743 Email. geral@somisis.pt www.somisis.pt


A EUROPA ESTÁ EM LISBOA! Em poucos minutos uma palete de cor abre-se diante de si, cada piso uma cor e sempre com a Europa como fundo. Várias cidade europeias acolhem-no num ambiente pensado para que a sua estadia seja perfeita, quer nos visite em negócios ou lazer.

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HOTEL 3K EUROPA

“A EUROPA ESTÁ EM LISBOA” Situado em Lisboa, mais concretamente na Avenida da República, o hotel 3K Europa surge em 2012 para dar um conceito citadino. José Teixeira fala-nos sobre um hotel de quatro estrelas que tem diversas comodidades para oferecer aos 60 mil clientes que por lá passam num ano.

O

“Estamos a atravessar um bom período do turismo”.

Grupo 3K foi construído pelas mãos do pai de José Teixeira, atual administrador do hotel. Começou por estar ligado ao setor dos móveis e, mais tarde, nasce a 3K Móveis. “Dedicava-se à importação de móveis de grande qualidade de Itália e da Alemanha”. Com o background adquirido no mercado internacional, conseguiram “atravessar a crise dos anos 70 e 80 e ter bons rácios de importação”. O período de austeridade atingiu o setor mobiliário e rapidamente o pai de José Teixeira apercebeu-se que esse já não era o caminho a seguir. Na altura, “virou-se para a hotelaria que estava a crescer, mas ainda de uma forma muito ténue”, acrescenta. Foi

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neste âmbito que, após várias aberturas, o Hotel 3K Europa aparece. O hotel dispõe de ótimas e confortáveis condições para oferecer aos seus clientes. Existem 140 quartos que têm várias capitais europeias como pano de fundo. Para além disso, dispõem de espaços para reuniões e eventos. São quatro as salas de reuniões que se encontram devidamente equipadas, nomeadamente com material audiovisual, wi-fi grátis, entre outros. Já nos pequenos-almoços procuram dar um atendimento personalizado ao cliente, e ter ao dispor ofertas para todos os gostos. “Temos um show cooking, que consiste em ter um cozinheiro a cozinhar diretamente para as pessoas”, ou seja, o que o cliente pedir é feito no momento.

Turismo a dar cartas pela capital portuguesa Foi na entrega dos prémios PME Excelência que a empresa República da Europa, que gere o hotel 3K Europa, foi galardoada na categoria de Melhor Turismo, um reconhecimento de todo o dinamismo envolta da empresa e fruto de investimentos com capitais próprios, “Investimos com capitais próprios. Tudo o que temos foi construído com esses capitais e fomos sempre re-


HOTEL 3K EUROPA

investindo os lucros”, salienta José Teixeira. Nos últimos anos, o setor do turismo tem tido um papel primordial na cidade. Pelas palavras do administrador, “estamos a atravessar um bom período do turismo” e isso é visível pelo crescimento exponencial de dormidas que tem havido nos hotéis e não só. Todo este boom turístico reflete-se nos principais mercados do hotel. Se há uns anos o alvo era os “clientes empresa”, hoje em dia são os turistas. “Nos últimos dois/ três anos têm sido mais os turistas, nomeadamente de países como Espanha, França, Inglaterra, Brasil e Israel”, refere. Finalmente, também não podemos deixar de mencionar as preocupações de caráter social que a empresa tem perante a coleti-

vidade em que se insere, traduzidas na ajuda a associações de reconhecido mérito, como é o caso da SOS Animal, Aldeia de Crianças SOS Portugal, Fundação Realizar Um Desejo e a Associação Mais Proximidade Melhor Vida. Esta ajuda é suportada pela doação de 0,50€ por cada quarto vendido, que se traduziu desde a abertura do hotel no final de 2012, na distribuição de cerca de 90.000,00 euros pelas referidas associações.

O hotel dispõe de ótimas e confortáveis condições para oferecer aos seus clientes. Existem 140 quartos que têm várias capitais europeias como pano de fundo. José Teixeira, administrador

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EUROCONDEIXA

EXCELÊNCIA NOS TRANSPORTES A Eurocondeixa – Transportes de Condeixa, Lda., é uma empresa familiar com mais de 20 anos de experiência no setor em que atua. Alberto Fernandes em conjunto com a sua irmã (Elsa Fernandes), são os sócios desta empresa e foi com ele que estivemos à conversa por forma a conhecermos um pouco mais sobre a atividade que desenvolve.

A

empresa foi fundada em 1998 pelo pai do nosso entrevistado, assumida em 2000 pelos três filhos e, atualmente, encontra-se a ser gerida por Alberto Fernandes. Com mais de 20 anos de presença no mercado, a Eurocondeixa já transportou todo o tipo de granéis sólidos e até experienciou o transporte internacional, no entanto, atualmente, dedica-se essencialmente ao transporte de carga geral: “transportamos carga miúda e paletes e somos parceiros de duas grandes empresas, a DHL e a GLS”, começou por explicar o nosso entrevistado que efetua serviço regular de Vila Real ao Algarve. Com 22 veículos na estrada, Alberto Fernandes assumiu que a principal dificuldade com que se depara é “responder o melhor possível à grande exigência atual dos clientes, principalmente no que diz respeito aos prazos de entrega que são cada vez mais curtos”. Nesse seguimento, o nosso interlocutor garantiu não trabalhar o preço, mas sim a qualidade: “É preciso ter respeito pelo trabalho das transportadoras e, por isso, não abdico desta minha maneira de estar no mercado”, frisou.

De PME Líder a PME Excelência A Eurocondeixa, que durante os últimos três anos consecutivos foi eleita PME Líder, conseguiu, neste ano, o certificado de PME Excelência. Este certificado “é um reconhecimento pelo trabalho de toda a equipa”, afirmou Alberto Fernandes. São 25 os funcionários desta empresa, mas poderiam ser mais: “estamos sempre a admitir pessoas porque estamos sempre a crescer, no entanto, falta mão de obra qualificada no mercado. Só consigo contratar pessoas sem experiência

Casal da Estrada - Condeixa-a-Nova 3150-277 Sebal Email: eurocondeixa@gmail.com Tlf.: 239 941 080

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e sem formação na área o que me obriga a ser eu a formar os meus funcionários”, deu-nos conta o empresário. Para além deste constrangimento, a enorme concorrência existente leva a uma gestão muito cuidadosa: “Investimos Alberto Fernandes, sócio-gerente com precaução, com conta, peso e medida, porque queremos ser sólidos no nosso crescimento”, garantiu.

Mudanças no setor Aproximando-nos do final da nossa conversa com Alberto Fernandes, o estado do setor dos transportes também foi um assunto abordado pelo mesmo: “verificamos mudanças no setor uma vez que a gestão de stocks é cada vez mais uma preocupação para as empresas. Antes o cliente fazia compras para o mês, possibilitando-nos transportes de grandes encomendas, agora é para o dia, com encomendas de pequenas quantidades e com viagens mais regulares. E nós temos de nos adaptar a estas realidades”, reiterou. No que diz respeito ao futuro da Eurocondeixa, este passa por uma maior presença no mercado. Para isso, Alberto Fernandes irá reforçar a sua frota e aumentar o seu leque de clientes por forma a que no próximo ano consiga repetir o título de PME Excelência com que foi galardoado neste ano.


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UM CENTRO DE LAZER INTEGRADO QUE ATRAI OS TURISTAS Sediada em Viana do Castelo, a Beach Bowling foi alargando a sua presença em vários pontos do país tornando-se uma empresa proporcionadora de momentos de lazer diferenciados. A crescente procura deste conceito pelos portugueses, mas essencialmente pelos turistas resultou na atribuição de PME Excelência e Mérito ao Melhor Turismo. que decretou um interregno na vida deste projeto. “Foi uma fase difícil que teve início em 2011 e só começou a reverter três anos depois. Em tempos de crise as pessoas cortam nos hábitos não prioritários, como o lazer”, explica Paulo Henriques. Ultrapassada a fase mais complicada, a Beach Bowling regressou aos bons resultados que permitiram um crescimento sustentado também no aumento do turismo em Portugal. Cada vez mais, a empresa sente o apoio das câmaras municipais na promoção dos seus espaços com os turistas que procuram momentos de lazer e diversão, adaptando sempre a novos jogos e ideias modernas. O mais recente conceito é o Laser Game. “Queremos proporcionar

Rita Amaral, gerente (à direita)

E

m 1998, a família Amaral Henriques trouxe do Brasil um conceito pioneiro em Portugal. Um centro de lazer integrado, onde o público pode viver momentos recreativos e descontraídos a jogar bowling, snooker, matraquilhos e videojogos. No mesmo espaço encontra-se uma sala para festas de aniversário e um bar de apoio com restauração própria. “Resolvemos arriscar e abrir a primeira loja em Braga. Com o crescimento conseguimos estar presentes em mais cidades portuguesas”, afirma Paulo Henriques. Atualmente, são dez lojas , nomeadamente em Braga, Viana do Castelo, Famalicão, Barcelos, Paços de Ferreira, Guimarães e Torres Novas. A procura de novos espaços e a vontade de alargar o volume de negócio é constante, mas limitado pelas características que a Beach Bowling requer – no mínimo a infraestrutura precisa de ter 1000 m². “Estar no centro das cidades não é prioritário, desde que a localização tenha boas acessibilidades e estacionamento gratuito”, acrescenta Rita Amaral. No presente ano, a empresa da família celebra 20 anos. Após o período de implementação e estabilidade da empresa, surge a crise

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“Resolvemos arriscar e abrir a primeira loja em Braga. Com o crescimento conseguimos estar presentes em mais cidades portuguesas”.


BEACH BOWLING

“É o reconhecimento do trabalho de toda a equipa e de todos os parceiros na banca que nos apoiam e acreditam no potencial da nossa empresa”. uma oferta cada vez maior, melhor e inovadora”. O Laser Game é um espaço de lazer e de diversão indoor que se equipara ao paintball, onde as bolas de tinta são substituídas por laser, revelam os empresários. Em busca de novas oportunidades de mercado, a empresa está a pensar em projetos de inovação e expansão. Existem novos planos na área da restauração, em que já detêm as marcas TuttiPronti e Galito e no Laser Game, um conceito de jogo inovador e futurista.

Prémio PME Excelência e Mérito ao Melhor Turismo A crescente aposta na inovação e em novas formas de modernizar as lojas teve o seu reconhecimento com a atribuição do prémio PME

Excelência e Mérito ao Melhor Turismo que coincide no marco dos 20 anos da Beach Bowling. “Em 2010 e 2011, já tínhamos sido condecorados com esta atribuição e portanto, voltar a estar neste estatuto torna-se uma distinção, um selo de qualidade para a empresa, e uma marca que evidência a qualidade do trabalho árduo que tem vindo a ser feito pela gerência. O mérito deve-se também aos nossos colaboradores que diariamente se esforçam”, afirma Paulo Henriques, salientando que “é o reconhecimento do trabalho de toda a equipa e de todos os parceiros na banca que nos apoiam e acreditam no potencial da nossa empresa”. Além disso, os irmãos acreditam que este prémio reconhece também a disciplina e o rigor na gestão da Beach Bowling, onde contam com a participação da irmã Cristina Amaral e o “mérito global cabe todo ao nosso Administrador Afonso Amaral” acrescenta Rita Amaral. “Com um maior reconhecimento, acresce também a responsabilidade”, evidencia Rita Amaral. Considera que o turismo procura cada vez mais conceitos inovadores e criativos, características que identificam a Beach Bowling. Há 20 anos a unir e divertir gerações!

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METALOCARVALHO SERRALHARIA

UMA PME EXCELÊNCIA DEDICADA AOS CLIENTES Localizada em Gondar, Amarante, a MetaloCarvalho Serralharia iniciou atividade em 2007. Destacada como PME Excelência, Manuel Carvalho, proprietário, falou com a Revista Business Portugal sobre o percurso da empresa e respetivos serviços.

A

experiência adquirida em trabalhos por conta de outrem permitiu que Manuel Carvalho abrisse o seu próprio negócio em 1989. “Comecei em nome individual e depois segui em sociedade com a Serralharia Pinto Pereira. Depois voltei a ficar em nome individual”, acrescenta. Com o crescimento exponencial, em 2007 a empresa passou a designar-se como MetaloCarvalho, Serralharia Lda. Se antes era uma sociedade em nome individual, a partir desse ano passou a ser uma sociedade por cotas. Especializados no setor do ferro e inox, têm ao dispor do cliente uma vasta gama

“Um passo de cada vez” de produtos feitos à medida de cada um, nomeadamente portões, gradeamentos, escadas, estruturas metálicas, automatismos, pavilhões industriais, “entre outros géneros de serralharia civil”, refere. Fruto do aumento da produtividade, a empresa foi desenvolvendo vários trabalhos, o que se refletiu no dinamismo da

Rua Mem Gundar, 2077 - 600-642 Gondar AMT Tel. 255 441 815 | 919 647 464 | 0669 643 480 metalocarvalho@sapo.pt

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Serralharia. Face à evolução, sofreram diversas alterações e aproveitaram para modernizar todos os equipamentos e comprar novas viaturas.

Presença assídua em Portugal e França De norte a sul do país, Manuel Carvalho desenvolve todo o tipo de trabalhos e realça que é um mercado que nunca quer perder. Posteriormente e no que diz respeito ao mercado internacional, houve um crescimento na exportação. “Tínhamos alguns emigrantes amigos que iam pedindo alguns trabalhos, mas depois começaram a aparecer serviços com dimensões maiores e eles diziam que eu tinha de ir a França fazer esses trabalhos”, especialmente tirar medidas e fazer a montagem. Atualmente trabalham em França com duas grandes empresas, que correspondem a cerca de “70 por cento da faturação”, mas também estão presentes em pequenas empresas. Têm obras de referência em estrutura metálica como é o caso do pavilhão Rick Mark; SCI Du Clos Au Fait, França, entre

outros. O proprietário destaca ainda que “tudo é fabricado em Portugal e mandamos para lá. Uma parte da obra somos nós que colocamos e outra é a própria empresa”.

Prémio PME Excelência O Prémio PME Excelência, atribuído pelo IAPMEI, foi o reconhecimento de uma boa gestão financeira da empresa, do sucessivo crescimento, da excelência do trabalho em equipa e da fidelização dos clientes. Assim, a solidez financeira assume um papel importante para a economia local, sinal de confiança e qualidade dos serviços únicos que desenvolvem no mercado, juntamente com a visão empreendedora que têm para a empresa.

Um futuro positivo O futuro é ambicioso para a MetaloCarvalho e é por isso que pretendem exportar mais, mas “um passo de cada vez”. Os novos projetos estão a aparecer e o proprietário está a construir uma casa em estrutura metálica, em Portugal. Preparado para os novos desafios que o setor tem para oferecer, Manuel não quer perder a essência do que é a empresa.


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ISCOS ÚNICOS E INOVADORES NO MERCADO Fundada em 2009 pelas mãos de Valter Santos, a Valbaits está sediada em Setúbal e dedica-se à venda de iscos vivos e congelados para pesca. Face à solidez financeira e fruto de um longo percurso de trabalho, a empresa recebeu o estatuto de PME LÍDER e foi premiada com o Prémio de PME Excelência na categoria de Criação de Valor. Em entrevista à Revista Business Portugal, Valter Santos fala-nos do crescimento da empresa.

A

os 15 anos, Valter Santos seguiu os passos do pai quando ainda estudava. Após ter saído da escola esteve a trabalhar um ano na AutoEuropa, onde ganhou muita experiência e passou por diversas áreas. “Aprendi o que é a liderança”, realça. Foi com a empresa Casimiro & Filhos que juntamente com o pai e a irmã enveredou por este ramo. Em 2005, Valter Santos iniciou sozinho mantendo a marca da família, onde conseguiu ter um grande crescimento a nível de clientes e autonomia financeira, o que justificou em 2009 a renovação de imagem da empresa. Assim criou a Valbaits, junção de Valter (Val) e iscos (baits), num ambiente jovem, com dinamismo e dedicação, mas com mais de 30 anos de experiência. “Quando começámos não tínhamos marca, era uma tampa branca, sem número de telefone. Consegui angariar vários clien-

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Valter Santos, sócio-gerente

tes e neste momento conheço toda a Europa“, acrescenta o empresário. Com um crescimento exponencial nos últimos anos, Valter Santos considera ter uma grande relação de confiança com os fornecedores. “Sinto que confiam em mim. É sinal que não têm medo de fechar negócio comigo”. Para os mais curiosos e para quem pensa que existe apenas uma única variedade de iscos desengane-se. São 20 as variedades de iscos que a Valbaits tem diariamente. Com cerca de 17 funcionários, a empresa apresenta uma equipa ainda mais forte no verão devido aos picos de vendas. No verão, o desporto de pesca aumenta bastante, quadriplicando as vendas, assim como toda a logística para as concretizar, apesar de que, com o passar dos anos, e com o aumento das exportações já é possível no inverno manter o mesmo número de funcionários, o que é uma ótima evolução visto que a pesca sempre foi


VALBAITS

vista como um negócio sazonal. A Valbaits é fornecedora de raiz e está ligada à importação em países como a China, Vietname e Estados Unidos, e à exportação em países como Espanha, Itália, França e Grécia. Hoje em dia têm grandes clientes, como é o caso da Decathlon em Portugal e em Espanha. Para além destes clientes, têm revendedores e fornecem diretamente as lojas de pesca. O top de vendas cinge-se a quatro diversidades de iscos: casulo, coreano, americano e titas. Outra das espécies com muito potencial é o ganso nacional. “Podia estar em 1º lugar no top três de vendas europeias. Não estão pelo tamanho que, por vezes a minhoca apresenta, que nem sempre é o que desejaríamos e pela pouca quantidade por vezes conseguida pelos mariscadores.” Para terem uma equipa bastante especializada, o empresário procura dar formação contínua aos colaboradores e também manter contacto direto com os mesmos, “pois gosto muito de os ouvir e assim ter as suas opiniões”. Alguns dos problemas que o setor enfrenta são as poucas licenças emitidas pela Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) aos mariscadores. As licenças são limitadas por zonas e as pertencentes a Setúbal são por vezes usadas para outros fins no rio Tejo, são poucas as utilizadas para os mariscadores de Setúbal que dependem deste negócio, a maioria destas pessoas têm cerca de 60 anos. É nestas alturas que Valter pensa “como será o futuro do meu negócio daqui a dez anos?”.

A Valbaits é fornecedora de raiz e está ligada à importação em países como a China, Vietname e Estados Unidos, e à exportação em países como Espanha, Itália, França e Grécia. Dinamismo em novos projetos Presença assídua na inovação, a empresa não dispensa aventurar-se em novos projetos. Valter Santos quer começar a produzir iscos vivos. A regra para esta produção é que só é possível que sejam iscos provenientes de solo português. “Eu não posso produzir uma minhoca em Portugal que não seja portuguesa, a lei não permite”, refere. A ideia, única no país, surgiu após ter sido convidado por fornecedores a visitar outros países para ver como se produz, e a partir daí tirar as suas próprias ideias. A nível económico, este é um projeto que considera favorável para o sistema financeiro português. “Vamos desenvolver um produto único no mercado português, desenvolver um projeto de raiz com biólogos e assim também minimizar o impacto ambiental ”, salienta. A entrega do Prémio PME Excelência na categoria de Criação de Valor reflete o reconhecimento do trabalho contínuo, da evolução rápida e dos últimos três/quatro anos em que a empresa deu um salto e inovou. Deste modo, a concorrência não assusta o empresário. Sabe bem o trabalho que desempenha, as condições que oferece e os preços acessíveis que pratica, assumindo assim uma maior competitividade no mercado. À procura de novas soluções, a Valbaits designa-se hoje como uma empresa sólida, com uma grande capacidade de resposta e com muito trabalho investido. As ligações fortes com os fornecedores e clientes são um ponto essencial na empresa e para o futuro da mesma. abril 2018 Revista Business Portugal | 65


RESTAURANTE LAURENTINA

“ALIAMOS A TRADIÇÃO AO TURISMO” Diretamente das águas cristalinas, o bacalhau chega ao Restaurante Laurentina para ‘ser rei’ e fazer as delícias de portugueses e turistas, cada vez mais desejosos de provar pratos típicos de qualidade. No coração de Lisboa, a tradição serve-se à mesa.

L

Rita e Marco Pereira, gerentes

aurentina, a cerveja mais famosa de Moçambique deu o nome ao restaurante de cozinha tradicional portuguesa que a família Pereira abriu em 1976, após o seu regresso do país africano. A constante procura dos clientes pelos seus pratos do ‘fiel amigo’,

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apelidou este restaurante como o Rei do Bacalhau. Com o avançar da idade de António Pereira, pai e fundador, Rita e Marco sentiram a necessidade de assumir maiores responsabilidades no negócio da família. “Nascemos e crescemos neste restaurante e decidimos ajudar o nosso pai que sempre nos transmitiu os seus conhecimentos”, explicam. Atualmente, os dois irmãos gerem o negócio adaptando aos novos tempos, mas mantendo os princípios e valores presentes desde a fundação que tornam este espaço tão característico. “Herdamos uma tradição que estamos a preservar”, avança Rita Pereira. Mas afinal qual será o segredo para que ao fim de 42 anos de casa, o bacalhau se mantenha como o rei incontestável do Restaurante Laurentina? O segredo está bem guardado, mas segundo Rita e Marco o que faz a diferença é o processo simples e tradicional pelo qual esta iguaria passa desde que é pescado. “O nosso bacalhau vem das águas cristalinas da Islândia e até chegar aqui passa por poucos processos e isso faz toda a diferença. Além disso, a forma como selecionamos, secamos, demolhamos e confecionamos é totalmente tradicional”, realçam. Deste modo, o método de seleção e preparação é o que realmente faz a diferença quando, depois, é servido à mesa. Entre os mais requisitados da ementa está a Couvada de Bacalhau à Pereira da Laurentina, “um prato inspirado na cozinha tradicional beirã, nosso exclusivo, confecionado

“Um contraste do velho com o novo, mantendo a essência do conceito original”.


RESTAURANTE LAURENTINA

com couve, azeite e batata da Beira Interior”. Seguem-se outras opções como o Bacalhau Lascado Especial, com Natas e Espinafres, com Broa, Alto Assado ou Cozido, à Brás, Rabos de Bacalhau, Pataniscas de Bacalhau e ainda Arroz de Bacalhau com Espinafres. Em honra das terras africanas onde António Pereira viveu, o restaurante confeciona Moqueca de Bacalhau, Caril de Galinha e Camarão Tigre à Moçambicana. Na ementa constam ainda outros pratos tradicionais a que recentemente se acrescentou o Polvo à Lagareiro, que beneficia do magnífico azeite da casa. Recentemente remodelado, o novo espaço do Restaurante Laurentina apresenta-se com uma decoração moderna com história, com pormenores de madeira, tijolo e barro. “Um contraste do velho com o novo, mantendo a essência do conceito original”, afirmam. Abertos durante todo o ano, as quintas-feiras são especiais com as noites de fado que aliam a música tradicional portuguesa à gastronomia.

“Estar preparado para receber o mundo” A qualidade dos pratos, mas também o ambiente acolhedor e de proximidade diferenciam o Restaurante Laurentina, na fidelização dos clientes quer sejam locais ou turistas. Em pleno coração de Lisboa, este espaço icónico da capital conquistou os portugueses, mas também estrangeiros, especialmente os povos latinos como os brasileiros, espanhóis e italianos que são grandes apreciadores do sabor a peixe salgado. Nas palavras de Marco Pereira, “não se pode abrir uma casa ao mundo sem estar preparado para receber o mundo”. A educação e simpatia de quem trabalha no Restaurante Laurentina são valores incontestáveis. A um ritmo acelerado, o turismo tem pautado o crescimento de Lisboa e, con-

sequentemente, de tudo o que a integra. A restauração, nomeadamente a gastronomia portuguesa, é muito procurada pelos turistas que desejam provar as melhores iguarias do país que visitam. Nos últimos cinco anos, o sucesso entre os estrangeiros tem particularmente diferenciado este espaço que conjuga a ‘portugalidade’ em todos os seus vetores e que recebeu a distinção de PME Excelência e mérito ao Melhor Turismo. “O nosso objectivo é proporcionar uma genuína experiência de cozinha tradicional portuguesa, centrada no bacalhau, onde tivemos a preocupação de contratar profissionais qualificados que saibam outras línguas, procurando sempre ser transparentes na relação com o cliente nacional e internacional, sem forçar a venda e tornando os pratos flexíveis nas doses”, assevera Marco Pereira, distanciando-se dos empresários que tentam “aproveitar-se do desconhecimento do turista para lhe impor preços desajustados”. Rita e Marco Pereira assumem que pretendem consolidar o crescimento dos últimos cinco anos e, num futuro próximo, apostar em novas ideias. T. +351 217 960 260 www.restaurantelaurentina.com Av. Conde Valbom 71A 1050-067 Lisboa

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DOCE VIVER RESIDENCIAL SÉNIOR

“UMA MARCA RECONHECIDA NA REGIÃO CENTRO” Fundada em 2009, a “Doce Viver Residencial Sénior” está localizada em Condeixa-a-Nova, Coimbra. Numa conversa com António Coelho, o administrador fala-nos da promoção do bem-estar, apoio social e saúde a idosos e/ou pessoas dependentes.

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orquê a opção de fundar uma casa de apoio e bem-estar para idosos? Por necessidade de respostas sociais para Idosos, nomeadamente equipamentos residenciais de qualidade e direcionados para as necessidades da população Idosa, onde seja garantido um serviço hoteleiro de grande qualidade, a prestação de cuidados de saúde, atividades culturais, físicas, lúdicas, sociais e de ocupação de tempos livres. Quantos utentes comporta? Residencial Sénior com 22 quartos e capacidade para 42 residentes. Atividade licenciada pelo ISS, IP – Centro Distrital de Coimbra pelo Alvará nº 5/2013. Quais são os serviços e os cuidados que os utentes têm disponíveis? Os Utentes da ERPI têm disponíveis os seguintes serviços: Alojamento a idosos e pessoas dependentes com ou sem deficiência; Vigilância 24 horas por dia, durante a permanência do utente no Lar; Alimentação (pequeno almoço, almoço, lanche, jantar e reforço alimentar ao deitar); Cuidados de higiene e conforto; Cuidados e Serviços de Imagem pessoal;

António Coelho, administrador

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Cuidados médicos e de enfermagem; Assistência medicamentosa; Lavagem e tratamento de roupas; Atividades sócio culturais e desportivas nas instalações do lar; Promoção de deslocações ao exterior; Promoção da sociabilidade e das relações intergeracionais; Transporte e acompanhamento de utentes ao Hospital, Centro de Saúde ou Clínicas de Saúde para exames complementares de diagnóstico, consultas ou urgências; Reabilitação e fisioterapia;

“Cuidados focados no utente, nas suas necessidades diárias e na promoção da autonomia”.


DOCE VIVER RESIDENCIAL SÉNIOR

Rua de Santo António nº41 Bruscos (Condeixa-a-Nova) | Tlf.: 239 932 582/4 | Email: doce.viver.lda@gmail.com | www.doceviver.pt

Atividades e serviços de apoio Psicossocial; Atividades formativas e de sensibilização; Apoio nutricional; Promoção de consultas médicas de especialidade. Quais são as atividades e ocupações de que os utentes dispõem? Atividades de livre escolha, culturais, físicas, lúdicas, sociais, de ocupação de tempos livres. São espaços na vida onde os Utentes podem desfrutar prazeres, tranquilidade e até descanso. Usufruir do ginásio, das salas de atividades, salas de estar, bar, biblioteca, espaço de culto, sala de formação, cinema e dos amplos jardins exteriores. Atividades físicas individuais ou em grupo, adequadas e regulares, respeitando a individualidade de cada Utente. Ginástica, animação sociocultural, viagens, passeios, atividades socioculturais interinstitucionais e intergeracionais. Atividades de vida diária, estimulação cognitiva, estimulação multissensorial. Qual é a filosofia de tratamento dos idosos desta casa? Cuidados focados no utente, nas suas necessidades diárias e na promoção da autonomia; Contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos Utentes e famílias; Prevenir situações de dependência e pro-

mover a autonomia; Assegurar aos indivíduos serviços que permitam a satisfação de necessidades básicas com o alojamento, alimentação, saúde, higiene, conforto e ocupação/lazer e atividades da vida diária; Prestar cuidados de ordem física e apoio psicossocial aos utentes, de modo a contribuir para o seu equilíbrio e bem-estar; Fomentar as relações interpessoais dos utentes e destes com outros grupos etários, a fim de evitar o isolamento; Colaborar e/ou assegurar o acesso à prestação de cuidados de saúde. Como caracteriza a equipa da Doce Viver? A Doce Viver tem mais de 40 colaboradores, todos com formação específica. Há uma forte aposta na organização, na formação e motivação dos nossos colaboradores com o objetivo de prestar os melhores serviços. O que precisa de ser melhorado nesta atividade? Neste setor dos cuidados a Idosos é necessário diversificar a oferta e encontrar respostas específicas, nomeadamente nos cuidados a idosos com demências e necessidades especiais. Para garantir a melhoria das condições de vida e bem-estar das pessoas idosas é neces-

sário promover um envelhecimento ativo, criar equipamentos, espaços urbanos e um clima social “Amigos dos Idosos”. Nas situações de dependência, é importante fortalecer e melhorar a capacidade da intervenção dos serviços de saúde e apoio social. Não esquecer que também é necessário adaptar e aumentar a eficiência das respostas dos serviços de saúde. Que balanço faz desta atividade de nove anos? Doze anos de muito trabalho, desde o lançamento do projeto e mais nove anos de trabalho intenso, desde a abertura do equipamento. A empresa conseguiu uma grande vantagem competitiva a nível regional, sendo publicamente reconhecida pela elevada qualidade dos serviços que presta. O seu desempenho económico-financeiro foi reconhecido anualmente com a atribuição de vários prémios, desde 2014. Apresenta forte capacidade de expansão no mercado da região Centro e sub-região do Baixo Mondego com grande incidência na cidade de Coimbra. Continuará a crescer, tem em desenvolvimento novos projetos na áreas das demências, e cuidados especiais direcionados a Utentes grande dependentes. Aposta em novos segmentos de mercado com a oferta de novos serviços, poio domiciliário, venda de serviços de saúde, Enfermagem, Reabilitação, Fisioterapia e Psicologia. abril 2018 Revista Business Portugal | 69


RODI - SINKS & IDEAS, S.A.

PRODUTIVIDADE E TECNOLOGIA ALIADAS AO SUCESSO Situada em Eixo, Aveiro, a Rodi - Sinks & Ideas, S.A. é uma empresa que se destaca na área da metalúrgica e metalomecânica. Rémy Silva, diretor financeiro, fala-nos sobre a proatividade e a inovação tecnológica que estão patentes na Rodi.

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Rémy Silva, diretor financeiro

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empresa industrial nasce em 1976 quando foi adquirida pelo pai do atual Presidente do Conselho de Administração, Armando Levi, “numa altura em que estavam a passar por algumas dificuldades”, acrescenta Rémy Silva. A Rodi, até à data, produzia acessórios para bicicletas (guarda lamas, carters de corrente) e para motociclos (depósitos de combustível e guarda lamas). Posteriormente, dedicou-se, essencialmente, ao ciclismo, “na produção e comercialização de aros e rodas em alumínio”. Mais tarde, na década de 80, surge a unidade dos lava-louça, onde a Rodi é a pioneira na estampagem de lava-louças em aço inox. Mais recentemente foi feito um investimento, totalmente realizado, para a produção de rodas carbono. O percurso da Rodi tem sido, ano após ano feito “sem grandes loucuras” e de uma forma séria, consistente e sustentada. Hoje em dia contam com 250 funcionários.


RODI - SINKS & IDEAS, S.A.

De mãos dadas com uma equipa inteiramente especializada, a administração reconhece a capacidade humana como sendo um ponto fulcral para a empresa. “Preocupamo-nos muito com isso, porque se não fossem as nossas pessoas os resultados não apareciam”, salienta Rémy Silva. Reconhecimento de todo o trabalho realizado pela Rodi é o Prémio PME Excelência atribuído pelo IAPMEI na categoria de Produtividade. Um selo de prestígio e primazia que diferencia a empresa no mercado.

Principais mercados e grandes fabricantes Ao longo dos anos a evolução foi notória e a presença no mercado internacional aumentou gradualmente, tendo sempre “como principal objetivo o fabrico de produtos especializados de alta qualidade”. Líderes europeus no setor do ciclismo e um dos grandes players mundiais nos lava-louça, a Rodi assume um papel primordial em Portugal e no resto do mundo. Na área do ciclismo, a empresa vende para o mercado comunitário, primordialmente Europa. Já no doméstico, ou seja, os lava-louça, atuam em mais de 80 países a nível mundial. Nos últimos dois/três anos, o mercado nacional “tem vindo a surpreender pela positiva, com crescimentos muito interessantes”, assinala. Cerca de 25 por cento da produção de lava-louças da empresa é para Portugal. Sinónimo de qualidade, a Rodi não poderia deixar de trabalhar com grandes marcas de renome. “Temos muitos fabricantes de relevo a trabalhar connosco”, e é por isso que se dizem como uma das empresas mais avançadas tecnologicamente nas áreas onde atuam.

sinal de dinamismo tecnológico e de uma resposta contínua “com valor acrescentado” para que haja o respetivo retorno. O diretor financeiro considera “obrigatório” evoluir, uma vez que “o mercado assim o impõe”. As novidades tecnológicas são constantes e é necessário crescer de uma forma sustentada. A empresa está constantemente atenta à evolução tecnológica com uma procura incessante por máquinas/meios mais eficientes para aumentar a produtividade e competitividade. Acompanhar a adaptação tecnológica é fundamental para dar resposta às atuais exigências, quer no que diz respeito ao desenvolvimento e design do produto quer quanto à flexibilidade imposta pelos mercados. Rémy Silva explica que este forte crescimento implica “um aumento na responsabilidade ano após ano e uma gestão/liderança muito forte da empresa”, face à aposta na qualidade e exigência.

“Como principal objetivo o fabrico de produtos especializados de alta qualidade”.

Aposta contínua em I&D Ao nível do Design dos produtos, a empresa possui uma equipa de profissionais qualificados que procuram, dia a dia, melhorar os nossos produtos e responder às exigências dos nossos clientes. O I&D é fundamental na estratégia da empresa, sendo que neste domínio, importa-se realçar os prémios conquistados recentemente nos Lava-louças da RODI que voltaram a demonstrar a sua capacidade inovadora e competência com a obtenção dos prémios IF AWARD 2017 com o LAVA-LOUÇAS “Vision”, o RED DOT AWARD: PRODUCT DESIGN 2016, que premiou o lava-louça INVICTUS, como uma harmoniosa e extremamente funcional peça de design de elevada qualidade, e ainda o prémio GOLDEN A’ DESIGN AWARDS pela excelência no design dos lava-louças da RODI, ”Invictus” e “Vision”.

Um futuro projetado para o sucesso A Rodi está atenta às novidades do mercado e às tendências, daí a participação em várias feiras internacionais de grande renome. O futuro da empresa, assente em novos projetos, será marcado por uma gama mais alargada de produtos, incluindo os desafios incutidos pelo setor. Com uma grande capacidade de resposta e com entregas praticamente imediatas, “Encaramos o futuro com o maior otimismo e confiança. A marca RODI é hoje conhecida em todo o mundo, sabemos quais as nossas responsabilidades e as exigências dos nossos clientes. É nosso compromisso continuar a manter os nossos elevados padrões de qualidade e adaptarmos as mudanças impostas pelos mercados”, conclui o diretor financeiro.

Investir de ano para ano em novas tecnologias Desafiados pelos próprios clientes a apresentar novos projetos, o investimento dentro da Rodi é permanente. Sempre à procura de novas soluções, todos os anos realizam investimentos em novos equipamentos, um

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JANSSEN PORTUGAL

DESTAQUES 74 AEG AEG recebe galardão com prémio escolha do consumidor 2018 na categoria fornos. 76 ROWENTA “A perfomance e o silêncio são os pilares do desenvolvimento dos aspiradores Rowenta” 78 TOUCH Um toque de experiência 80 CIN Cin vence na escolha dos profissionais e dos consumiores em 2018

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ESCOLHA DO CONSUMIDOR RECONHECIMENTO A ConsumerChoice é responsável pela atribuição de prémios às marcas e empresas que são “escolha do consumidor”, ou seja, produtos e serviços com os quais os consumidores estão satisfeitos. Estes prémios são atribuídos com base em técnicas de consumer testing independentes, que obrigam à experimentação real do produto, para resultados concretos, nas mais diversas categorias e setores do mercado. Estes prémios avaliam a aceitabilidade dos consumidores face aos atributos individuais de cada produto e serviço, sendo que quem avalia os produtos e serviços são pessoas que têm por hábito utilizá-los e, por isso, estão habilitados para os avaliar. Existem quatro categorias diferentes de prémios – Prémio Excellentia, Escolha do Consumidor, Escolha Sénior e Escolha Profissionais. Cada um deles distingue determinados produtos e serviços, em áreas específicas e de acordo com os setores de atividade. Nas páginas seguinte, fique a conhecer algumas empresas que viram reconhecido o seu trabalho através da atribuição de um, ou mais, destes prémios, destacando um serviço ou um produto que foi especialmente bem aceite pelos consumidores.


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A Escolha do Consumidor é o sistema de avaliação de marcas mais completo do mercado e onde toda a sua metodologia de avaliação começa e acaba no consumidor. A Escolha com cerca de 90 por cento de notoriedade no consumidor é também hoje a marca de prémios que mais motiva à decisão de compra e por isso não só se tornou num instrumento claro para ajudar os consumidores a decidir, mas também para as marcas pois é o que as diferencia no mercado. Conversámos com José Borralho, presidente da Consumer Trends.

Como o nome indica, é o consumidor que elege os melhores nas diversas categorias. Não se trata de uma votação, de uma forma genérica, é disso que o mercado está habituado neste tipo de iniciativas, mas não na Escolha do Consumidor. Na Escolha fazemos avaliações. Tudo começa com a identificação dos atributos/critérios que são importantes para o consumidor: aquilo que leva a que um consumidor se sinta satisfeito com uma marca. Esta primeira fase é feita através de dezenas de focus group que nos permitem conhecer esse comportamento do consumidor, que naturalmente evolui consigo e difere de categoria para categoria. Se num produto alimentar, o sabor ou forma de preparação é o mais importante, num serviço bancário já temos outros critérios obviamente e eles são encontrados para cada categoria de consumo. Depois pegamos em todos estes atributos e vamos encontrar aqueles que são mais e menos importantes para os consumidores e, com base nos mais importantes, vamos avaliar todas as marcas por experimentação prática dos consumidores, o que quer dizer que todas as marcas serão experimentadas e avaliadas pelos consumidores, através de provas que podem ir da compra, confeção e degustação de produtos alimentares, utilização de produtos de beleza e higiene, visita a lojas e comércio em geral para avaliar como se comportam nos vários atributos que importam, avaliação de serviços financeiros, telecomunicações e até meios de comunicação social. Ou seja no final quando vemos uma marca a referir que é “Escolha do Consumidor”, significa que ela é efetivamente a melhor, porque foi a melhor avaliada dentre todos os seus concorrentes e com base em critérios que apenas ao consumidor interessam. Hoje, este processo é também aplicável ao mercado b2b com a Escolha dos Profissionais e ao mercado sénior com a Escolha Sénior. 74 | Revista Business Portugal abril 2018

O que o difere dos restantes prémios? A grande diferença está no método, na isenção e na relatividade. O nosso método é único porque envolve o consumidor em todas as fases e todos os anos apenas têm em conta aquilo que é válido para o consumidor. Somos isentos porque nos focamos em todas as marcas e apenas a melhor é a Escolha do Consumidor.Esta postura de isenção é que nos fez chegar ao topo da preferência dos consumidores e das marcas também. Por fim, classificamos os prémios como absolutos, aqueles em que as marcas participam mas são apenas as únicas a ser votadas ou avaliadas e por isso são enganadoras quer para o consumidor e, creio eu, para as próprias marcas vencedoras e os prémios relativos, ou seja aqueles onde existe uma clara avaliação de várias marcas, não por serem participantes, mas por regra da organização e por isso são mais éticos e claros para o mercado. Neste último a Escolha do Consumidor, Produto do Ano e Marca de Confiança são exemplos claros de sistemas de avaliação com relatividade. Este é o reconhecimento que as marcas procuram? De que forma? Uma distinção como a Escolha do Consumidor, é muito importante para as marcas. Primeiro porque é o reconhecimento do próprio consumidor em relação à elevada satisfação que a marca proporciona. Segundo porque a informação que veiculamos para as marcas leva a que saibam quais os seus pontos fortes e fracos e com isso podem evoluir. Em terceiro, uma marca que é Escolha do Consumidor, tem uma elevadíssima probabilidade de atingir mais rapidamente os seus objetivos comerciais e de imagem, porque vai estar muito mais exposta ao consumidor. Conheçamos agora o Consumer Trends. Como surge este projeto? O ConsumerTrends.pt é uma evolução significativa no acompanhamento da forma como as marcas e o consumidor também evoluíram em termos de informação. Passámos de um site estático onde apresentávamos metodologias e marcas premiadas, para uma plataforma dinâmica de informação. Hoje através os consumertrends.pt comunicamos tendências, novidades e oportunidades das marcas. Que balanço faz do mesmo? O consumertrends.pt trouxe-nos uma maior interação com o consumidor e uma ferramenta muito dinâmica que está hoje bem vincada na estratégia de comunicação das nossas marcas. Temos mais followers, maior interação e somos já considerados um meio de comunicação digital, o que em três meses é notável. E que outras iniciativas podemos esperar? Tivemos um projeto novo que está a revelar-se de sucesso: a Escolha do Consumidor Excellentia, que avalia a orientação interna das marcas para criar soluções para a satisfação do cliente. É um processo em que são as próprias marcas que se avaliam, num processo bastante complexo conduzido pela PSE, nosso parceiro neste projeto. É um projeto que tem cada vez mais seguidores e veio reforçar a credibilidade das nossas marcas. Este ano ainda vamos lançar dois projetos, um relacionado com o desenvolvimento local e turismo com orientação para as potencialidades percecionadas, pelos cidadãos, dos mesmos e outro na área alimentar, que será apresentado em maio.


JANSSEN PORTUGAL

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AEG

AEG RECEBE GALARDÃO COM PRÉMIO ‘ESCOLHA DO CONSUMIDOR 2018’ NA CATEGORIA FORNOS

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AEG entrou em 2018 com um reconhecimento por parte dos consumidores portugueses. A marca foi galardoada com o prémio ‘Escolha do Consumidor’, na categoria de fornos. Consumo e eficiência energética, facilidade de limpeza, segurança, qualidade e robustez foram os atributos em destaque e que se refletiram num grau de satisfação de 87,2 por cento, e numa intenção de compra de 93. Como sempre, a AEG está um passo à frente no que toca a inovação, permitindo ao consumidor não só controlar a sua cozinha, como criar autênticas obras de arte culinárias. Com os Fornos com Vapor AEG, o objetivo é elevar a experiência culinária a um outro nível, reforçando o ar quente do forno com a introdução de vapor. O resultado são refeições com um interior húmido e suculento e

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uma crosta crocante e dourada no exterior. Por outro lado, o sistema Hot Air garante que o ar quente circula uniformemente por toda a cavidade do forno, resultando num aquecimento mais rápido, poupando tempo e energia. O forno AEG premiado possui ainda uma Sonda Térmica, que compreende o resultado que o consumidor pretende: bem, médio ou mal passado. Sem ser necessário abrir a porta do forno, é possível controlar ao pormenor a suculência de todos os pratos. Ângela Pereira, responsável de Marketing AEG, afirma que “todos os equipamentos da marca são desenvolvidos a pensar nos nossos consumidores e, por isso, é com enorme orgulho que recebemos esta distinção pela qualidade dos nossos fornos. O ano de 2018 começou da melhor forma!”.



ROWENTA

“A PERFORMANCE E O SILÊNCIO SÃO OS PILARES DO DESENVOLVIMENTO DOS ASPIRADORES ROWENTA” Há já vários anos líder no mercado de aspiradores em Portugal, a Rowenta foi eleita «Escolha do Consumidor 2018» nesta categoria. Patrícia Parracho explicanos como é que a marca se mantém na vanguarda da eficiência destes aparelhos, fundamentais na vida doméstica dos portugueses. Patrícia Parracho, diretora de marketing

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que significa para a Rowenta ser eleita Escolha do Consumidor 2018 na categoria “Aspiradores, atingindo a nota global de 82,2% entre oito marcas avaliadas na mesma categoria”? Para a Rowenta é uma grande honra e satisfação receber esta distinção, uma vez que a mesma é prova da confiança e reconhecimento que os consumidores depositam na qualidade e inovação dos nossos produtos. Sendo a “Escolha do Consumidor” um prémio de elevada notoriedade e reconhecimento, acaba por reforçar ainda mais a diferenciação dos nossos produtos e marca. O que diferencia estes aparelhos da Rowenta nos critérios avaliados pelos consumidores? Um dos principais critérios de diferenciação enunciados pelos consumidores e no qual a Rowenta apresenta scores bastante elevados é a performance de limpeza, que é um dos principais eixos de desenvolvimento e comunicação da marca. Um outro critério diferenciador é o facto de os aparelhos serem considerados bastante completos, dispondo de todos os acessórios incluídos, o que mais uma vez vem reforçar a nossa preocupação com a perfeição, potenciando a melhor limpeza de todo o tipo de superfícies. Face aos desafios de uma eficiência energética cada vez maior, de que forma a Rowenta aposta na performance dos seus aspiradores? Para a Rowenta, a performance e o silêncio são os dois pilares do desenvolvimento de produto no que diz respeito aos aspiradores. Trabalhando há vários anos neste sentido e antecipando inclusive a introdução da etiqueta energética, a Rowenta modificou inteiramente a construção dos seus aspiradores por forma a garantir a melhor performance de aspiração com a melhor eficiência energética. Contrariando uma das principais características da aspiração, a Rowenta apostou na diminuição do ruído dos seus equipamentos. De que forma é possível “silenciar” um aspirador, mantendo uma potência e performance elevada?

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ROWENTA

Esta foi talvez a tarefa mais difícil que tivemos de enfrentar ao nível de desenvolvimento de produto. No entanto, sendo o silêncio um dos pilares da marca Rowenta, a nossa equipa de R&D teve-o sempre em mente aquando do redesenho dos produtos. Assim, não só os tornámos eficientes ao nível energético e de performance de limpeza, mas desde o início trabalhámos com uma arquitetura e materiais que nos permitiram garantir a minimização do nível de ruído. Existem outros/novos desafios de investigação e consequente inovação nos aspiradores? Quais? Claro que sim, a Rowenta é uma marca inovadora que gosta de estar à frente e antecipar todas as necessidades dos consumidores. Os hábitos de aspiração e exigência dos consumidores, tal como os estilos de vida e hábitos de consumo em geral também se alteram e nós temos de antecipar todas estas tendências. Deste modo, para além da melhoria contínua dos nossos tradicionais aspiradores trenó, para os quais buscamos a excelência de performance e eficiência, concentramo-nos também no desenvolvimento e promoção de novas soluções de aspiração mais adequadas aos estilos de vida atuais, como seja a nossa gama de aspiradores versáteis Air Force 360º e a nossa nova gama

de Robots aspiradores. Ambas as soluções se destinam a satisfazer as necessidades de consumidores cada vez mais informados e ativos, que gostam de simplificar e delegar as tarefas do dia a dia, utilizando aparelhos tecnologicamente evoluídos e que lhes garantam eficiência e resultados perfeitos. Considera que a Rowenta é a principal escolha dos consumidores por lhe disponibilizar uma vasta gama de produtos distintos e adaptados a diferentes necessidades?

Eu diria que o facto de termos uma gama vasta e adequada às necessidades dos consumidores e ao mesmo tempo garantindo sempre qualidade, performance e silêncio, são os fatores chave que nos fazem ganhar a confiança dos consumidores e a sua preferência. Além disso, o compromisso de dez anos de reparação dos equipamentos Rowenta é um fator favorável aos seus consumidores? Acreditamos claramente que sim. Sendo a inovação uma parte relevante do ADN do Grupo e com um produto vendido a cada sete segundos em 150 países, o Groupe SEB, detentor da marca Rowenta, consciente das suas responsabilidades, promove a reparabilidade dos seus produtos por forma a garantir uma maior longevidade dos mesmos. Atualmente, uma grande parte dos consumidores europeus, já com uma consciência ambiental consolidada, estão claramente abertos a abandonar o modelo de consumo “fast” (que promove a troca de um aparelho antigo por um novo) e a aderir a uma estratégia de reparabilidade, uma vez que esta não altera a qualidade dos produtos e limita o impacto ecológico dos resíduos. Estudos realizados revelaram que no momento da compra, a possibilidade de reparar um produto durante dez anos,

torna-se um fator importante na decisão e muda a perspetiva relativamente à reparação vs substituição desse produto. Como é que a marca pretende consolidar a sua posição em Portugal? Há já vários anos líder no mercado de aspiradores em Portugal, a Rowenta tem vindo ao longo do tempo a consolidar a sua posição através do desenvolvimento e introdução no mercado local de produtos inovadores, e extremamente eficientes e ao mesmo tempo apostando numa estratégia contínua de comunicação dos mesmos junto dos seus consumidores. Fazemos questão de estar presentes nos vários momentos de consumo e “touch points”, apostando numa estratégia de comunicação multicanal, que vai desde os tradicionais meios de televisão e imprensa, ao Digital, PR e obviamente Ponto de Venda. Seguros da qualidade dos nossos produtos, apostamos muito numa comunicação educativa que ajuda o consumidor a melhor perceber e escolher o seu aspirador. Futuro: novas perspetivas ou projetos? A Rowenta está continuamente a inovar por isso o nosso futuro passa obviamente por continuar a procurar e desenvolver soluções inteligentes e produtos eficientes que respondam às necessidades atuais e futuras dos nossos consumidores.

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TOUCH

UM ‘TOQUE’ DE EXPERIÊNCIA

Fundada em 2009, a Touch tem hoje a representação exclusiva de diversas marcas alimentares internacionais de prestígio no mercado de bens de grande consumo. O nome Touch nasceu da vontade de ir mais além da mera distribuição de produtos, e representá-los da forma mais ajustada ao mercado local, dando o seu ‘toque’ de experiência, uma vez que a equipa é composta por profissionais com experiência consolidada em diversas multinacionais da área.

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qualidade dos produtos, a capacidade de inovação e uma estrutura sólida e com dimensão relevante capaz de apresentar soluções em resposta a um mercado muito dinâmico, são alguns critérios na avaliação das marcas a representar. Assim, encontramos no portfolio algumas das maiores marcas europeias de bolachas, como a McVitie’s, a Loacker ou a Bahlsen e outros pesos das suas categorias como as batatas fritas inglesas Tyrrells, a manteiga de amendoim Skippy, o chá Twinings, a recém chegada Tipiak, entre outras. Todas 80 | Revista Business Portugal abril 2018

estas marcas são fáceis de encontrar a nível nacional, nos diferentes retalhistas. A abordagem destas marcas ao mercado nacional é feita de acordo com os objetivos globais de cada uma, com adaptações à nossa realidade, potencial ou limitações de mercado. Assim, o trabalho em cada uma difere bastante de acordo com diferentes focos e critérios considerados mais pertinentes, que podem ser mais incisivos em distribuição, em promoção ou ir mais além numa relação de maior proximidade com o consumidor. A Escolha do Consumidor é uma parceria assumida desde cedo na estratégia de


TOUCH

A abordagem destas marcas ao mercado nacional é feita de acordo com os objetivos globais de cada uma, com adaptações à nossa realidade, potencial ou limitações de mercado. algumas das marcas. Conseguem aqui a validação da qualidade que sabem ter junto dos consumidores portugueses. No caso da Loacker e da Bahlsen, é já o quinto ano consecutivo que arrecadam os prémios nas categorias em que participam. McVitie’s e Tyrrell’s ganharam a distinção desde que entraram pela primeira vez nesta avaliação, há quatro anos. Todas elas, com índices de satisfação su-

periores a 80 por cento e, em alguns casos, com a melhor pontuação alguma vez conseguida nos géneros alimentares. Este reconhecimento reforça cada vez mais o alento na procura de mais e maiores conquistas. Ao fim de quase nove anos de existência, a empresa continua a crescer de forma sustentada e a ganhar reconhecimento junto dos parceiros internos e externos.

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CIN

CIN VENCE NA ESCOLHA DOS PROFISSIONAIS E DOS CONSUMIDORES EM 2018 Com mais de 100 anos de experiência no mercado de tintas e vernizes, a CIN é líder de mercado na Península Ibérica. Este ano, a marca recebeu quatro distinções pelos seus produtos: as tintas Cináqua e Nováqua HD venceram o Prémio Escolha dos Profissionais, enquanto que o galardão da Escolha do Consumidor, neste segmento, foi atribuído a VinylClean e também a Nováqua HD. 82 | Revista Business Portugal abril 2018

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CIN, líder ibérica no mercado de tintas e vernizes, volta a estar de parabéns e com diversos motivos para celebrar. O Prémio Escolha dos Profissionais avalia o grau de satisfação e aceitabilidade dos profissionais em relação a determinado produto ou serviço, ajudando-os a fazer uma compra informada. Este estudo é coordenado pela ConsumerChoice e reflete as escolhas de um universo constituído por profissionais que utilizam os produtos referidos, representativos do canal de distribuição em causa. Cináqua, a tinta aquosa mate de boa qualidade, destinada à pintura de paredes, fácil de aplicar e com boa opacidade foi eleita ‘Escolha dos Profissio-


JANSSEN PORTUGAL

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CIN

nais’ pelo 4º ano consecutivo, na categoria de Tintas. A acompanhar este prémio, e pelo terceiro ano seguido, Nováqua HD, a tinta aquosa lisa mate, 100 por cento acrílica, para a proteção de fachadas com uma durabilidade que cumpre com os mais altos padrões de exigência, foi também distinguida com o mesmo prémio. Por sua vez, e como o nome indica, o Prémio Escolha do Consumidor avalia o grau de satisfação e aceitabilidade dos consumidores em relação a um produto ou serviço, com o objetivo de os ajudar a fazer uma compra informada, estudo esse também a cargo da Consumer-

A CIN, líder ibérica no mercado de tintas e vernizes, volta a estar de parabéns e com diversos motivos para celebrar. Choice. Nováqua HD repetiu o galardão, agora entregue pelos consumidores, e a tinta VinylClean juntou-se aos prémios conquistados, tendo sido assinalada, pela segunda vez, como ‘Escolha do Consumidor’ pelas suas características diferenciadoras: é lavável, porque possui uma tecnologia inovadora que lhe confere máxima resistência à remoção de nódoas, tem acabamento mate e destina-se à aplicação em interior. Marcos Castro, diretor de marketing da CIN refere que “o reconhecimento da qualidade e inovação dos produtos CIN, contribuem para que, tanto profissionais como consumidores, tenham elegido a marca, por mais um ano, como merecedora de prémios distintos para as diferentes soluções que vamos apresentando ao mercado. Estes prémios são sempre um excelente incentivo para continuarmos a apostar em soluções disruptivas”.

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Cináqua é uma tinta aquosa mate, destinada à pintura de paredes interiores, fácil de aplicar e com boa opacidade, disponível numa paleta alargada de cores pastel, médias e fortes.

Nováqua HD (High Durability) é um dos produtos-estrela da CIN graças às suas características inovadoras. Desenvolvida de forma a ser capaz de resistir às mais adversas condições atmosféricas, condensações nocturnas, fungos e algas, transformou-se numa tinta única no mercado.

VinylClean é uma tinta mate super lavável para interiores, que deixa as paredes com um aspecto acabado de pintar, sem brilhos ou marcas. É a verdadeira tinta à prova de tudo.



DESTAQUES 84 JL NOGUEIRA Uma empresa de compromisso 87 WIDECELLS GROUP Investimentos que asseguram o futuro 90 FARMÁCIA DE SÃO PAIO Serviço farmacêutica de proximidade 92 MARCA TRANSITÁRIOS Uma marca de confiança 94 PEDRO GOMES CONSTRUÇÕES Legado familiar na área da construção

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GAIA CRIATIVA Gaia é um concelho do passado, que vive o presente, de olhos postos no futuro. Talhado como um dos concelhos mais antigos do país, e também um dos maiores, em área geográfica, este concelho, cuja história remonta à origem da nacionalidade, tem gente empreendedora, audaz e sempre disposta a avançar para um novo projeto. Pela primeira vez, Vila Nova de Gaia ficou classificada entre as 10 melhores marcas municipais portuguesas, no Portugal City Brand Ranking, elaborado pela Bloom Consulting. O município passou do 14º lugar, em 2014, para o nono em 2018, tornando claro os bons exemplos e práticas que têm vindo a ser desenvolvidas no concelho. A contribuir para esta subida de mais de três lugares, um caso único no país, estão a intensa procura por serviços de digital demanding, e o crescimento elevado de empresas nesta região – Gaia é o quarto concelho com mais empresas, a nível nacional e o segundo, a nível regional. No que diz respeito à dimensão de negócios, Gaia passou de 16º para o sexto luar, o que tornou este município no “terceiro município do Norte”. Estas conquistas darão origem a mais dois prémios – Marca Estrela Nacional e Marca Estrela de Negócios – para comprovar o crescimento económico do concelho. Em Gaia pode encontrar empresas ligadas a qualquer área de negócio, desde a consultoria, transitários, empresas de eletricidade e comunicações e um excelente setor da restauração. Nas próximas páginas poderá encontrar exemplos de inovação e criatividade, arrojo e empreendedorismo. Venha conhecer a nova e melhorada Vila Nova de Gaia.


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JL NOGUEIRA

UMA EMPRESA DE COMPROMISSOS

Lúcio Nogueira, administrador

A JL Nogueira é uma empresa de estudos e montagens elétricas. Da pequena obra a instalações elétricas em grandes superfícies, tudo são serviços que nas mãos desta empresa gaiense irão primar pelo sucesso.

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m 2011, Lúcio Nogueira criou a JL Nogueira. Em sete anos de negócio a empresa foi crescendo e atualmente está por trás de grandes obras, nomeadamente o Hotel Infante Sagres, o Hotel Vintage House (no Douro), o restaurante Três Séculos, o Armazém D da Quinta dos Barões, o centro de visitas da Taylor´s e os callcenters Concentrix de Braga e Matosinhos. Em 2017, foi distinguida com os galardões de PME Líder e PME Excelência. Contudo, o caminho traçado até este reconhecimento foi um tanto ou quanto trabalhoso, e apesar da empresa estar no mercado há apenas sete anos, o percurso de Lúcio Nogueira nestas andanças é muito mais longo. Lúcio Nogueira sempre foi um empreendedor. Com 19 anos, já trabalhava na área da eletricidade mas, sentindo-se insatisfeito, sentiu chegada a hora de se apresentar ao mercado em nome próprio. O nosso interlocutor assume que tomou esta decisão, porque não se sentia valorizado: “sempre fui um autodidacta”. Esta capacidade de aprender por si

“Sempre fui um autodidata”.

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JL NOGUEIRA

mesmo foi apenas uma das alavancas que levaram Lúcio Nogueira a abrir a sua própria empresa. “Tive muita dificuldade ao início, como qualquer pessoa que começa uma nova atividade até porque, regra geral, existe alguma dificuldade em confiar em empresas e nomes novos que surgem no mercado”. Com os clientes, foi surgindo a crença na sua capacidade, assim como a sua afirmação no mercado. A sua primeira grande vitória foi uma obra orçada em 500 mil euros. “Nesse contrato, havia uma cláusula que estipulava um pagamento de 5.000 euros por cada dia de atraso. Era uma loja numa grande superfície comercial e, por isso, não havia flexibilidade para atrasos. Foi um trabalho muito sério e exigente, mas no final o cliente deu-me os parabéns”, recorda Lúcio Nogueira. Em 2011, o nosso entrevistado abriu a JL Nogueira, especializada em estudos e montagens elétricas. Os trabalhos foram chegando e a posição da empresa foi-se consolidando e hoje em dia é um verdadeiro caso de sucesso.

JL Nogueira: a empresa A aposta da empresa são as obras rápidas. Assim, a JL Nogueira funciona 24 horas por dia, pois existem trabalhos que só podem ser feitos no período da noite, nomeadamente trabalhos em lojas em grandes superfícies. Atualmente, e devido à recente dinamização turística de que Portugal tem sido palco, têm chegado também muitas obras no âmbito da reabilitação. A empresa atua num vasto leque de vertentes. “Penso que conseguimos oferecer respostas nas mais variadas

vertentes. Por exemplo, agora estamos em concurso para seis hotéis, várias indústrias, produção de energia, outros projetos e muitas obras de pequena dimensão”, enumera Lúcio Nogueira. “Além disso, atuamos num nicho de mercado que se chama relojoaria e diz respeito às obras que necessitam um acabamento perfeito e muito minucioso”, acrescentando que “não existem muitas empresas a fazer este serviço”.

Um organismo em mutação

“Os novos trabalhadores trazem novos pontos de vista, que podem contribuir muito para o modo como trabalhamos”.

Inicialmente, a empresa tinha três funcionários, hoje conta com 20. A equipa da JL Nogueira é constituída por uma administrativa, uma equipa de produção com quatro engenheiros, dois funcionários na área da orçamentação, um diretor de obra, um funcionário responsável pelo departamento de compras e outros funcionários que trabalham no terreno. O departamento de engenharia nem sempre existiu, mas Lúcio Nogueira aponta-o como uma mais-valia, uma vez que faz com que seja possível ser mais flexível, durante toda a duração da obra. “Os engenheiros são uma ajuda fundamental desde o projeto às obras. A título de exemplo, contar com os engenheiros permite que possamos esclarecer os clientes quanto a que materiais utilizar ou até mesmo quando é preciso fazer alguma mudança, já com a obra em andamento”, explica. A inovação é, assim, um ponto forte da empresa. “Todos os dias estamos a aprender”, afirma o nosso interlocutor, acrescentando que cada funcionário novo acaba por trazer sempre algo de novo, até porque a JL Nogueira é um organismo em constante mutação. “Os novos trabalhadores trazem novos pontos de vista, que podem contribuir muito para o modo como trabalhamos”, conclui.

O segredo do sucesso Para o seu fundador, o sucesso da JL Nogueira pode ser explicado pela aposta nas obras de menor dimensão. Lúcio No-

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JL NOGUEIRA

gueira conta que continua e continuará a apostar em trabalhos mais pequenos porque acredita que todos os trabalhos podem levar a outros contratos. Desta forma, dar continuidade a projetos mais pequenos é muito importante para o futuro da JL Nogueira e, por isso, o nosso interlocutor pretende apostar em duas pequenas carrinhas que andem na rua diariamente, de forma a tornar mais fácil a dinamização deste ramo da empresa. “Alguns empresários, quando começam a ter alguma liquidez e fundo de maneio, acabam por deixar de fazer uma gestão sustentada”, relata Lúcio Nogueira, sublinhando que os trabalhos mais pequenos são investimentos muito seguros e por isso não devem ser esquecidos. Na sua opinião, “muitos empresários não sabem investir e, por isso, podem deitar tudo a perder em investimentos arriscados. Sempre que concorremos a uma obra, temos que ter em conta a margem de manobra financeira”, explica, adiantando que a empresa “concorre a várias obras em simultâneo, o que implica grandes investimentos dado que o cliente só paga depois da obra estar terminada, mas o risco é sempre muito bem calculado”. Esta dinâmica, na opinião de Lúcio, pode favorecer o seu negócio que é de maior dimensão e tem capacidade para fazer os investimentos necessários. Contudo, garante que “mesmo assim, a empresa tem muita concorrência.” Desta forma, a estratégia da JL Nogueira passa por concorrer a um elevado número de obras porque “apenas

“O compromisso com os clientes, com os funcionários e com os fornecedores são pontos fundamentais para o sucesso da empresa”. assim é possível conseguir mais trabalhos”, conta Lúcio. Além da criteriosa gestão dos investimentos, o clima económico também é favorável ao negócio, de acordo com o nosso interlocutor. Acredita que os portugueses são muito bons naquilo que fazem e, na sua opinião, o país está numa fase muito positiva. “Estamos num momento de crescimento”, afirma, acrescentando que “a reabilitação urbana e construção civil estão a alavancar a economia do país” e, por isso a JL Nogueira está a ser bem sucedida.

Objetivos para o futuro Atualmente, a empresa procura a internacionalização dos seus serviços. Para um futuro próximo, Lúcio Nogueira ambiciona criar uma base em Lisboa de modo a fazer face às muitas obras que a empresa consegue angariar nesta zona do país. Apesar disto, o nosso entrevistado considera que “em Gaia,

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ainda há muita obra para fazer. Apesar de haver muita dinamização, Gaia tem muita indústria e é um concelho muito grande.” Lúcio Nogueira assume-se como um perfecionista e a empresa é o seu reflexo. “O nosso cunho é a perfeição”, garante, explicando que a satisfação do cliente é muito importante em todos os trabalhos que a empresa realiza. Na JL Nogueira presa-se o compromisso. “O compromisso com os clientes, com os funcionários e com os fornecedores são pontos fundamentais para o sucesso da empresa”, diz o empreendedor, orgulhoso. Para Lúcio Nogueira, a equipa tem um grande papel no sucesso da empresa e só com os funcionários que reuniu é possível que a empresa tenha chegado ao ponto em que está agora. Desta forma, aproveita para agradecer a todos os membros da sua equipa que fizeram da JL Nogueira a empresa que hoje é.


WIDECELLS GROUP

INVESTIMENTOS QUE ASSEGURAM O FUTURO A WideCells Group tem como missão tornar as terapias com células estaminais acessíveis a nível mundial. O grupo é composto por 3 divisões. A WideCells fornece serviços de armazenamento e pesquisa em células estaminais, com laboratório sediado no Centro de Inovação da Universidade de Manchester, no Reino Unido. A CellPlan desenvolveu a primeira apólice de seguro mundial para cobertura de terapias celulares até 1m €/$/£, dependendo do território, e permite o acesso aos melhores médicos do mundo dentro deste setor, para que o paciente obtenha o diagnóstico correto, o melhor plano de tratamento e cuidados de saúde. A terceira divisão, a Wideacademy, pretende revolucionar os programas de formação em células estaminais para a comunidade médica, em colaboração com Universidades de renome internacional, e na distribuição de conteúdo educacional e material didático autêntico, intuitivo e confiável. João Andrade (JA) e Lopes Gil (LG) são os fundadores desta empresa que tem com uma estratégia muito bem definida no mercado internacional.

E

m que contexto surgiu a vossa sociedade e consequentemente a WideCells Group? JA: Eu trabalho na indústria da criopreservação de células estaminais há cerca de 10 anos. Trabalhei em duas empresas inglesas: a Future Health Technologies e a Precious Cells International. Nesta última, já trabalhava com o Lopes Gil e ambos reconhecíamos alguns problemas de uma indústria inovadora mas com problemas estruturais, aparentemente sem solução. Nesse sentido, convertemos esses problemas em oportunidades, capitalizando-as. LG: O meu background profissional vem da indústria farmacêutica. Abandonei esse setor em 2010, depois da crise económica ter afetado toda a indústria. Conheci o João num jantar de negócios, em que me falou da indústria das células estaminais, e eu rapidamente fiquei apaixonado por esta área. Apercebi-me de que, ao contrário da indústria farmacêutica, é possível realizar tratamentos personalizados para doenças não tratáveis através da medicina clássica. O plano de negócio que está na base da nossa empresa foi desenhado pelo João Andrade literalmente num guardanapo no inicio de 2012 durante um voo para a Bulgária, e assumido imediatamente por ambas as partes. Começava assim a história da WideCells.

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WIDECELLS GROUP

Afirmaram que identificaram problemas na indústria das células estaminais e que esses problemas incentivaram o vosso lançamento empresarial. Que problemas são esses? JA: O primeiro problema tem a ver com o valor que é pago pelos tratamentos com células estaminais para famílias que investiram cerca de 2.500 euros para armazenar as células do sangue do cordão umbilical dos seus filhos. A maioria destas famílias desconhece o custo relativo a um potencial tratamento no futuro utilizando essas mesmas células, que poderá ascender a cerca de 300 mil euros. A forma de fazer a indústria crescer, tornando-a mais acessível a todos, seria criar uma apólice de seguro que todos pudessem comportar. O segundo desafio tem a ver com a informação, é necessário desmistificar este assunto. As mais-valias dos tratamentos através das células estaminais são incomensuráveis. Nós precisamos de compatibilidade de 100 por cento num transplante de medula óssea, enquanto para um transplante de sangue do cordão umbilical poderemos precisar apenas entre 25 e 50 por cento (o mesmo é normalmente encontrado no núcleo familiar restrito, entre pais e irmãos). O que quer dizer que a família, em vez de depender de encontrar um dador de medula óssea, o que é bastante difícil, pode ter a solução no seio da própria família. Outra questão, é o conceito redutor de que armazenar as células é para servir, no futuro, o próprio bebé, em vez de poder servir também os membros da família

Equipa

mais próxima. No entanto, na maior parte dos casos, o bebé já transporta o defeito genético, pelo que essas células não irão surtir resultado nele em algumas doenças, mas podem funcionar noutros membros da família em transplantes alogénicos.

Há mais de 80 doenças que podem ser tratadas com células do sangue do cordão umbilical (células estaminais). Como funciona essa apólice de seguro (ou CellPlan)? JA: Quando construímos esta apólice de seguro tivemos como conceito a singularidade de cada pessoa e não apenas o seu

historial familiar. Nós entendemos que para que o paciente tivesse acesso aos melhores cuidados de saúde possíveis, nós teríamos que juntar as melhores mentes entendidas no assunto (a nível internacional), por forma a desenvolvermos um serviço em que alguém em Portugal, por exemplo, que armazenou células e daqui a cinco ou dez anos precisa de as usar, pode contar com a opinião médica de profissionais que estão envolvidos em tratamentos resultantes do transplante de sangue do cordão umbilical, para poderem dar o diagnóstico certo, o plano de tratamento e uma seleção de centros de tratamento. Queríamos um serviço completo em que o paciente possa tomar decisões com confiança: por um lado a opinião médica especializada e, por outro, removermos toda a logística e burocracia necessárias para que esses tratamentos e viagens sejam concretizados, de forma a que o paciente se possa focar apenas em melhorar. LG: Podemos lançar o produto em qualquer país do mundo, pois contamos com o suporte de parceiros altamente reconhecidos no setor dos seguros, e com elevada estabilidade financeira, o que nos permitem ter capacidade de resseguro e seguro a nível mundial. Esta é uma indústria de seguros. O facto de se armazenarem células durante 30 anos já é assegurar mais opções médicas de tratamento no futuro. É quase um seguro biológico. Podemos afirmar que, atualmente, alguns bancos já incluem o primeiro ano da apólice de seguro CellPlan no pack da criopreservação das células estaminais.

João Andrade e Lopes Gil, ceo/diretor executivo e coo/diretor operacional 92 | Revista Business Portugal abril 2018


WIDECELLS GROUP

A cobertura desta apólice de seguro é até um milhão de euros, dólares ou libras, dependendo do país em que for realizado o tratamento e o limite da apólice é de dois milhões de euros, dólares ou libras. Em que consiste a Wideacademy? JA: Questionar obstetras sobre a mais-valia de preservar as células do cordão umbilical é uma via muitas vezes utilizada por “futuros pais” que esperam um bebé, que esperam destes uma opinião válida sobre o assunto. Nesse sentido, e para formar uma opinião pública mais conhecedora do setor, estamos no processo de conversão de alguns mestrados nestas áreas de conhecimento, em cursos online de aproximadamente 20 horas acessíveis a todos os profissionais de saúde e à população em geral que pretendam adquirir esse conhecimento. São cursos acreditados por universidades conceituadas a nível internacional e realizados através da nossa plataforma Wideacademy. A divisão Wideacademy é liderada pelo Alan Greenberg, antigo Diretor de Educação na Apple, que conduziu, por exemplo, as equipes que desenvolveram a tecnologia de podcasting e a app “iTunesU” da Apple. LG: Criamos um grande repositório, talvez um dos maiores do mundo, com artigos e publicações sobre células estaminais alimentado por um sistema poderoso de inteligência artificial. O serviço será gratuito, exceto as acreditações que irão ter um custo médio de 200 a 250 euros por módulo. Mas a WideCells Group também já possui laboratório para investigação e criopreservação de células estaminais? JA: Sim, já. A área de armazenamento e pesquisa também é muito importante neste projeto e, por isso, montamos o nosso laboratório no Centro de Inovação da Universidade de Manchester, que é liderado pelo nosso Diretor Cientifico, Prof. Peter Hollands. Temos provavelmente um dos melhores laboratório da Europa, licenciado pela Human Tissue Authority (entidade que regula o setor no Reino Unido), com tecnologia para processar células do sangue do cordão umbilical e do tecido do mesmo, e também para realizar pesquisa em células estaminais. Cotar a empresa no mercado principal da Bolsa de Londres sempre foi um objetivo vosso? JA: Nós sabíamos que não havia nenhuma empresa do setor cotada na Bolsa de Londres e víamos, assim, uma oportunidade para entrar nesse mundo de investimento. Essa era a nossa intenção desde o início. Todos os funcionários deste grupo têm opções de ações

da empresa, dado que esta é uma excelente forma de atrair e reter talentos. A ideia passou por colocar a empresa-mãe em Inglaterra e depois formar um conselho de administração com conhecimento do mercado financeiro inglês, e de empresas cotadas em bolsa, ao mesmo tempo que montávamos uma equipa de eleição para executar o plano de negócio a nível internacional. Feito isto, quatro anos depois, em julho de 2016, estávamos cotados no mercado principal da bolsa de Londres (London Stock Exchange). Por onde passa o futuro desta indústria? LG: Enquanto a indústria farmacêutica já existe há bastante tempo, esta é muito recente, pelo que ainda tem muito por onde evoluir. Estamos a abrir uma porta que desconhecemos ainda até onde pode chegar. O futuro passa por desenvolver tratamentos por exemplo na área da paralisia cerebral e esclerose múltipla, entre muitos outros. JA: Isto toca em dois pontos: medicina preventiva (com o armazenamento das células estaminais) e medicina de precisão, porque as células são direcionadas para futuros tratamentos na própria criança ou na sua família. Temos um departamento de pesquisa a elaborar dois projetos: um na área da ativação, através de um laser, de células estaminais que já estão presentes no nosso corpo, e outro que consiste na reprogramação de células estaminais (células estaminais pluripotentes induzidas). Queremos conduzir a próxima geração de tecnologia em células estaminais.

Para além dos escritórios localizados em Manchester, Londres, Madrid, São Paulo e Dubai, a WideCells Group conta também com um escritório para a área de seguros CellPlan em Vila Nova de Gaia (na Torre Plaza). É a partir desta última, liderada pelo nosso responsável de divisão Ricardo Pires, especialista em seguros, que estamos a revolucionar o acesso a terapias celulares em todo o mundo.

Para quando o lançamento do vosso produto em Portugal? Depois de lançado no Reino Unido, Espanha e Brasil, o próximo passo será lançar o produto em alguns países na Ásia-Pacífico e em Portugal.

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FARMÁCIA DE SÃO PAIO

SERVIÇO FARMACÊUTICO DE PROXIMIDADE A Farmácia de São Paio nasceu em 2003, mas foi em 2015 que José Nicolau e Inês Nicolau se tornaram os proprietários. Focados nas pessoas, querem que a população passe a ver a Farmácia como local de saúde e prevenção, e não como atualmente muitos pensam - um local de doença, onde vão só se já têm uma doença ou um problema. Os ganhos para todos quando se aposta na prevenção são muitos, tanto a nível pessoal como económico. Para tal, é essencial continuar a dar o melhor aconselhamento a todas as pessoas que por lá passam, ganhando cada vez mais a confiança de quem os procura.

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ada a enorme importância das farmácias junto das comunidades, principalmente locais, os proprietários recentraram-se no negócio há três anos. Pelas palavras de Inês Nicolau são vistos como “a porta de entrada no Serviço Nacional de Saúde”. Quando existe um problema é muitas vezes o primeiro lugar escolhido, não só pela comodidade, mas “porque muitas vezes há uma certa dificuldade em conseguir no imediato uma consulta e falar com o médico”. Para além dos serviços básicos de uma farmácia, a São Paio tem ao dispor dos clientes serviços de Podologia (tratar dos pés), Nutrição - “não só para emagrecimento, mas também para diabéticos, pessoas com colesterol elevado, que beneficiam com um acompanhamento especial”, dermocosmética - “os cremes não são só questão estética, mas também tratam pro-

blemas de pele e previnem”, medição dos Parâmetros Bioquímicos, como análise de colesterol, glicemia e tensão arterial, ortopedia, entrega ao domicílio e fazem ainda vários Rastreios específicos, entre outras coisas.

“Muitas vezes, já conhecemos as pessoas, sabemos o que se passa e quais os problemas que elas têm”.

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Marcas vs Genéricos Todos os medicamentos passam pelo mesmo processo, testes e controlo. A diferença está simplesmente no preço. Explicam que “os de marca fizeram o processo de desenvolvimento e investigação. Os genéricos, como só foram buscar as composições químicas desenvolvidas pelas marcas, já não têm esse investimento e podem ser muito mais baratos. A diferença de preço não é uma questão de qualidade, é uma questão de processo”. O aconselhamento nas farmácias tem assumido cada vez mais um papel importante


FARMÁCIA DE SÃO PAIO

Estratégias bem sucedidas

como ponto de partida. “Muitas vezes, já conhecemos as pessoas, sabemos o que se passa e quais os problemas que elas têm”. Nas farmácias pode ser feita uma triagem e até mesmo, caso seja possível, ajudar a resolver o problema no imediato. Quando assim não é, “encaminham para a especialidade mais apropriada”, face aos conhecimentos gerais de muitas áreas de saúde.

Os clientes e os serviços são o foco da Farmácia de São Paio. Com uma equipa totalmente personalizada procuram dar um atendimento de confiança aos utentes. “Temos uma equipa motivada, bem formada, sempre atualizada, simpática, prestável e que é a cara da farmácia”, acentua Inês Nicolau. Preocupados em disponibilizar aos clientes os melhores serviços, todos na Farmácia de São Paio pretendem ser sempre mais dedicados a quem os visita. Têm vindo a aperfeiçoar as condições ao nível do espaço físico, para que seja mais agradável a ida à farmácia, e tentam “estar inseridos na comunidade e não só no atendimento que fazemos diariamente”, com várias atividades que procuram fomentar, no interior e no exterior do espaço.

Principais problemas no setor Se há uns anos era impensável as farmácias fecharem, hoje em dia são muitas as que entram em insolvência com dificuldades financeiras. “Era um setor muito estável, que prestava um bom serviço, mas todos os cortes estatais acabaram por criar dificuldades, quer a nível da gestão de farmácias quer a nível do emprego”, explica Inês Nicolau. Equipa

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MARCA TRANSITÁRIOS S.A.

UMA MARCA DE CONFIANÇA MarCa Transitários S.A., é o nome de uma empresa familiar que conta com 22 anos de existência. José Leite é o seu atual diretor geral e foi com ele que estivemos à conversa por forma a conhecermos um pouco mais sobre esta entidade e sobre as mudanças que nela têm sido feitas ao longo dos anos.

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lfredo Leite (pai do nosso entrevistado) foi o fundador deste que viria a ser um negócio familiar de referência: “eu sempre fui transitário”, começou por contar o patriarca da família Leite (que também esteve presente durante a entrevista). A MarCa oferece serviços de logística, transporte de contentores, transportes especiais, armazenagem, movimentação de cargas, despachos e seguros. “Tratamos de toda a logística necessária ao sucesso da exportação dos nossos empresários”, salientou José Leite. USA, Canadá, Inglaterra, Escandinávia Israel, Madeira e Angola são alguns dos principais destinos. “Deixamos que os empresários se concentrem no seu negócio por inteiro, afirmando-nos como parceiros de confiança. Temos um armazém alfandegado autorizado à exportação, que nos permite responder ainda a mais necessidades dos nossos clientes”, acrescentou.

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“Verificamos que Gaia poderia ser uma boa localização para sedearmos a empresa. A juntar a isso, quer a administração quer a maior parte dos nossos colaboradores, residem neste lado do rio”.


MARCA TRANSITÁRIOS S.A.

Nuno Leite, Alfredo Leite, Engrácia Leite e José Leite, administração

nossos filhos, José Leite e Nuno Leite que nós apoiamos. Estão aqui muitas noites sem dormir e muitos quilómetros percorridos para que isto se concretizasse. Ele, José fez questão de acompanhar toda a construção e respetiva decoração”, contou-nos orgulhoso. Colmatada a lacuna no que ao espaço de armazenagem diz respeito, as anteriores instalações já estavam pequenas fruto do crescimento da empresa, não só a nível de armazém mas também de escritório. A MarCa pretende agora crescer no mercado nacional , logística e armazenagem e aumentar o volume de negócios ao nível internacional. Também um novo armazém, com cerca de mil metros quadrados, está a ser construído junto às novas instalações por forma a “servir de apoio ao pavilhão principal”.

Vestindo a camisola da MarCa São 15 os colaboradores que compõem a equipa desta empresa, grande parte com mais de dez anos de casa. “Temos uma equipa que veste a camisola e ajuda a empresa a evoluir e a posicionar-se o melhor possível no mercado”, elogiou Engrácia Leite, Administradora da empresa.

Novas instalações em Vila Nova de Gaia Inicialmente localizados junto ao porto de Leixões, por ser esse o principal ponto de despacho das mercadorias a entregar, os nossos anfitriões já tiveram a Maia como localização da sua sede (junto ao aeroporto) e agora, mais recentemente, adotaram Vila Nova de Gaia como morada empresarial (e não só). “Verificamos que Gaia poderia ser uma boa localização para sedearmos a empresa. A juntar a isso, quer a administração quer a maior parte dos nossos colaboradores, residem neste lado do rio”, confidenciou o gestor ao mesmo tempo que acrescentava: “hoje em dia todas as burocracias são resolvidas informaticamente, não obrigando por isso a localização junto aos terminais. As novas instalações da MarCa foram inauguradas no passado dia 8 de março. Trata-se de um pavilhão com cerca de 1.600 m2, quatro cais de descarga (três de traseira e um lateral), equipado com racks e com a mais moderna tecnologia elétrica ao serviço da equipa de colaboradores desta empresa (novo sistema de picking eletrónico e dois empilhadores elétricos, são alguns dos exemplos). Também os modernos escritórios, distribuídos por dois pisos, são uma mais-valia para o bem-estar corporativo desta empresa. Apesar de já não se encontrar ativo na administração da empresa, Alfredo Leite reconheceu à nossa revista que este passo foi todo pensado e concretizado pelo seu filho mais velho, José Leite: “Foi um projeto dos

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PEDRO GOMES CONSTRUÇÕES

LEGADO FAMILIAR NA ÁREA DA CONSTRUÇÃO Pedro Gomes é um jovem empresário que se iniciou, por conta própria, na área da construção há cerca de quatro anos. A sua história, as especificidades do trabalho que realiza e os objetivos futuros que o movem foram tema de conversa para esta edição da Revista Business Portugal.

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egressado da Venezuela, há 32 anos, João Gomes (pai do nosso entrevistado) decidiu enveredar pelo ramo da construção civil. Esta empresa surgiu em São Félix da Marinha – Vila Nova de Gaia – onde ainda hoje se localiza a sua sede. O filho, por sua vez, formou-se em comunicação audiovisual, trabalhou na RTP e, aquando do processo de privatização do canal, decidiu assumir a gestão da empresa criada pelo seu pai, dando-lhe continuidade. Pedro Gomes confidenciou à nossa revista ter presenciado a reestruturação da empresa (aquando da crise na construção civil): “O meu pai teve de se reajustar ao mercado, vendeu metade da quota da empresa a um sócio e dedicou-se maioritariamente ao mercado da reabilitação”. Capricorniano de signo, o nosso entrevistado garantiu necessitar de “pensar muito bem antes de tomar qualquer decisão”, mas afirmou ter valido a pena: “Já herdei a confiança e o bom nome da empresa do meu pai e isso facilitou o lançamento do meu trabalho em nome individual. Para além disso, é um orgulho poder dar continuidade ao trabalho iniciado por aquele que é a minha inspiração”, reiterou emocionado.

Aposta nas especializações

Pedro Gomes, administrador

“Pensar muito bem antes de tomar qualquer decisão”. 98 | Revista Business Portugal abril 2018

A Pedro Gomes Construções trabalha com grandes marcas presentes no mercado e foram essas parcerias que incentivaram a empresa do nosso entrevistado a ser mais profissional na atividade que realiza: “Aconselharam-nos e proporcionaram-nos diversas formações e especializações que enriqueceram muito o nosso desempenho. O que mais nos distingue é a confiança. Nós não falhamos. Podemos errar, como qualquer pessoa ou empresa, mas nós não abandonamos nenhum projeto e cumprimos horários e prazos de entrega ao rigor”.


PEDRO GOMES CONSTRUÇÕES

São 15 os funcionários que compõem a equipa desta empresa, porém poderiam ser muitos mais: “Falta-nos mão-de-obra qualificada e isso é um flagelo numa altura em que o desemprego é uma realidade. Faltam cursos profissionais direcionados à construção civil. Não sei se se trata de preconceito para com este setor, mas espero que a realidade mude”, lamentou o empresário.

Mudança de mentalidades – Cultura do prático e do low-cost Pedro Gomes deu-nos conta de uma particularidade que se vem observando na sua área de atividade: a mudança de mentalidades, de prioridades e de opções: “Na área das remodelações é privilegiado um trabalho prático e funcional. Optam-se, por exemplo, cada vez mais, por portas de correr (em vez das de abrir), kitchenettes (em vez das cozinhas tradicionais) e bases (em vez de banheiras)”. A preocupação com a mobilidade e o conceito de ‘fácil acesso’ também é uma realidade nos ‘novos adultos’. No que diz respeito à construção nova, a realidade é diferente: “As pessoas estão dispostas a gastar mais dinheiro atualmente e a investir em melhores materiais. No ano passado, tivemos um aumento de 16 por cento de investimento por parte dos nossos clientes,

nos trabalhos adjudicados”. A empresa de Pedro Gomes encontra-se em processo de investimento num novo pavilhão com cerca de 500m2 .Tem como objetivo consolidar-se no mercado do Porto e Vila Nova de Gaia (onde tem o maior número de obras) e irá continuar a apostar nas especializações: “Neste momento a empresa necessita de um engenheiro civil, porque os nossos parceiros (alguns de renome) entregam-nos muitas obras e nós sentimos necessidade de alguém que nos traga mais conhecimento e confiança”, completou o gestor que admitiu estar bem e não pensar em voltar à área na qual se formou.

“As pessoas estão dispostas a gastar mais dinheiro atualmente e a investir em melhores materiais”.

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JANSSEN PORTUGAL

DESTAQUES 98 ADIDAS BUSINESS SERVICES Here to Create 100 NONIUS Hospitality Technology

TECMAIA O PARQUE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA O TecMaia – o Parque de Ciência e Tecnologia da Maia foi criado para que as empresas que nele se instalassem estivessem no “melhor local para trabalhar” e foi com base nessa filosofia que as infraestruturas que dele fazem parte foram contruídas. Dotado de um auditório, de muita qualidade e conforto, com serviço de cafetaria e catering, um ginásio e health club, onde pode desfrutar de court de ténis e de padle e campos de futebol e um grande edifício, ideal para a realização de seminários, congressos, reuniões e ações de formação, o TecMaia providencia todas as instalações para que as empresas instaladas no seu campus tenham um excelente espaço para trabalhar. A juntar a estes espaços, existe um restaurante com um excelente serviço, uma agência bancária e ainda um autocarro, que liga a estação de metro do aeroporto ao Parque de Ciência e Tecnologia. Afirmando de um modo dinâmico e preciso, o TecMaia permitiu às empresas aí instaladas crescer, apoiadas sempre numa lógica de inovação e evolução, de olhos postos no futuro. Nas páginas seguintes, poderá conhecer exemplos de empresas que se instalaram no TecMaia e contam a sua experiência.

100 100 | | Revista Revista Business Business Portugal Portugal fevereiro abril 20182018


JANSSEN PORTUGAL

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ADIDAS BUSINESS SERVICES

Carlos Guimarães, Senior Director FSS Porto Group Finance

HERE TO CREATE Presente em Portugal desde 2009, a adidas Business Services incorpora uma larga camada dos jovens formados nas áreas financeiras, motivando-os a inovar, criar e a melhorar os processos de trabalho. Incentivando os jovens a promoverem o espírito de equipa, são brindados com excelentes condições de trabalho, regalias e desafios profissionais no trabalho que desenvolvem para as subsidiárias da Europa e América do Norte e Sul. Conheça a adidas Business Services na entrevista com Carlos Guimarães, Senior Director FSS Porto Group Finance.

A

presente-nos a adidas Business Services. Iniciámos a nossa atividade em Portugal, em 2009, com uma pequena equipa de 12 pessoas e com o objetivo de realizar tarefas de backoffice para todos os mercados da Europa. Ao longo dos anos fomos crescendo e incorporando novas geografias e neste momento trabalhamos também para as subsidiárias da América do Norte e do Sul. As nossas tarefas centram-se em accounts payable and receivable (contas a pagar e a receber), todos os recebimentos do retalho, dos inventários, bem como uma parte de e-commerce que incide em todos os pagamentos, recebimentos e devoluções efetuados online. A equipa foi crescendo e hoje contamos com 225 colaboradores. O grande salto foi dado em 2017 quando contratámos 110 pessoas e enviámos mais de 80 para projetos por toda a Europa e Américas. Entretanto temos no pipeline outros projetos que vão fazer parecer que o crescimento concretizado em 2017 pareça pequeno. 102 | Revista Business Portugal abril 2018

O impacto dos serviços prestados pelo centro é refletido onde e de que forma? O serviço que fazemos tem impacto nas empresas locais onde a marca está representada. Falando mais concretamente: vamos aos mercados de Itália, França, Alemanha, e todas as restantes localizações e trazemos o trabalho para Portugal, criando grandes eficiências pelo chamado scalability, que é o padrão que potencia o crescimento rápido, com base na qualidade, consistência e eficiência que são os nossos três lemas. A título de exemplo: no ano passado enviámos equipas multidisciplinares entre 10 a 15 pessoas, treinadas cá, para países como o México, Colômbia, Peru e Chile e, no final do projeto conseguimos apresentar mais de 32 por cento de eficiência só na América Latina. Isto significa que, se no país de origem esse trabalho era realizado por vinte pessoas, cá fazemo-lo com equipas de 12 a 15 pessoas. Essa redução tem que ver com o processo de scalability que nos permite tornar os serviços mais eficientes e standardizados para todos os países da Europa e da América Latina. A implementação destes processos tem que ver com o mindset que queremos que os nossos colaboradores tenham, que é de Quality & Continuously Improvement, ou seja, queremos que trabalhem numa ótica de melhoria contínua da qualidade nos vários processos que operam. Sempre que olhamos para um processo e o estamos a fazer da mesma maneira, do ponto de vista rotineiro, porque não pensar numa forma de o melhorar e de tornar esse processo ainda


ADIDAS BUSINESS SERVICES

mais eficiente para, consequentemente, nos libertar para tarefas de maior valor acrescentado? Esse é o desafio que apresentamos a todos os colaboradores. O nível de exigência e qualificação dos profissionais é elevado. É fácil recrutar em Portugal? Felizmente sim, é fácil recrutar em Portugal. O nosso foco centra-se na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, na Universidade Católica, no ISCAP, na Universidade do Minho e Universidade de Aveiro e constatamos que as faculdades estão cada vez mais atentas preparando os jovens para a inserção no mercado de trabalho. Para além da preparação constatamos que existem jovens com imenso talento e com vontade de fazer a diferença. A nossa média de idades centra-se nos 27 anos, e quando chegam ao centro é evidente a sede de inovar e de fazer evoluir os processos existentes. Um bom exemplo disso é a vontade de participação em novos projetos e na incorporação de novas áreas no Porto. A simbiose entre o talento dos jovens portugueses e a concentração dos serviços na adidas Businesss Services tornou possível otimizar e uniformizar os processos em todos os países onde a marca atua, melhorá-los e aplicá-los a todo o universo da marca. A escolha de Portugal para a instalação deste centro deveu-se a que fatores? É claro que a instalação deste centro em

“A equipa foi crescendo e hoje contamos com 225 colaboradores”. França ou Alemanha não teria o mesmo custo que tem em Portugal, mas atualmente já não se fala apenas da redução de custos, é premente falar na qualidade de serviço e optar por ela. A decisão esteve entre a Polónia e Portugal e enquanto a Polónia já tinha bastantes centros como este e a competitividade pelos recursos era enorme; em Portugal existiam apenas alguns, nomeadamente em Lisboa, e no Porto não existia nenhum com esta dimensão, por

isso a escolha foi feita por aí. O facto de não termos nenhuma estruturada adidas à nossa volta é uma mais-valia, somos todos colaboradores diretos da adidas, mas temos a oportunidade de criar uma cultura organizacional focada na eficiência e no mindset de processos, somos um green field onde não temos mais departamentos da marca à nossa volta. Os nossos colaboradores têm a possibilidade de viajar, de trabalhar noutros países e damos a oportunidade de se sentarem no lugar do condutor para poderem propor melhorias e de implementação de novos processos. Cumulativamente, desde 2009, já poupámos vinte mil horas e sem nunca reduzir o número de colaboradores, pelo contrário, apresentámos novos desafios e mais projetos para serem desenvolvidos. O futuro da adidas Business Services passa por... Passa por dobrar a capacidade do centro. Estamos com 225 pessoas e pretendemos chegar às 300 até ao final do ano, só com os projetos que temos em mão. O nosso objetivo passa por transformar o Share Service Center num Global Business Services, ou seja, fazer tarefas para além das financeiras a que estamos alocados neste momento. Este será um passo enorme para nós e a adidas quer usar o Global Business Services para a transformação dos seus processos, para mudar a maneira como olhamos para os processos mais administrativos e de front office.

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NONIUS

HOSPITALITY TECHNOLOGY A Nonius disponibiliza soluções tecnológicas que permitem aos operadores hoteleiros oferecerem aos seus hóspedes serviços digitais de última geração. A Revista Business Portugal conversou com António Silva, fundador & CEO desta empresa sedeada no Tecmaia.

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ara que possamos contextualizar os nossos leitores, pergunto-lhe como surge a Nonius. A Nonius é uma empresa de base tecnológica com sede em Portugal que começou por fabricar um produto de gestão de redes wi-fi mas agora é a empresa no mundo com a mais vasta oferta de produtos e serviços tecnológicos para hotelaria. Fornecemos produtos e serviços de in-room entertainment e comunicações baseada em tecnologia de internet, voz, sinalética digital, gestão de conteúdos e, mais recentemente, solução de aplicações mobile. A Nonius apresenta resultados positivos desde a sua criação, sendo inclusivamente reconhecida, desde 2008, como PME Líder, estatuto este renovado e aumentado para PME Excelência no último exercício pela sua performance financeira. A Nonius possui atualmente mais de 100 funcionários em seis subsidiárias - Portugal, Brasil, Espanha, Holanda, México e USA, que operam com coordenação central da sede em Portugal, onde igualmente concentra o departamento de investigação e desenvolvimento e os serviços partilhados do grupo. Servimos neste momento cerca de 230.000 quartos em 52 países de quatro continentes. A Nonius foi constituída em 2005 após os seus fundadores terem sido vencedores do ‘Concurso de Ideias’ de 2004 da Agência de Inovação para o desenvolvimento do ‘WireslessGEST’, uma plataforma de gestão de acesso à Internet através de redes wireless. Qual a vossa principal missão? Somos uma empresa de tecnologia e centramos os nossos esforços na criação de valor para o mercado hoteleiro, com soluções inovadoras, tecnologicamente avançadas, e que visam simplificar, enaltecer e melhorar a experiência ao hóspede. Ambicionamos ser uma empresa de tecnologia líder no mundo, desenvolvendo

104 | Revista Business Portugal abril 2018

produtos e serviços próprios, oferecendo experiências memoráveis para todos os utilizadores dos nossos produtos, construindo carreiras gratificantes para as nossas pessoas, oferecendo um retorno justo a quem investe em nós e mantendo sempre a ética e valores fundamentais de integridade, honestidade e justiça. Uma empresa desta índole deve ter um grande financiamento… A Nonius contou com investimento de capital de risco desde a sua fundação, ocorrido em sucessivos rounds, com investimento da Beta Capital em 2005, PME Investimentos pelo FSCR-IAPMEI em 2007, Caixa Capital (CGD) em 2011 e Impresa SGPS em 2012. Em 2015, os fundadores recompram as participações, gerando mais-valias significativas sobre o capital investido para os investidores. Atualmente, a Nonius é detida pelos sócios fundadores, António Silva e Leonel Domingues, ambos engenheiros, sendo as restantes participações minoritárias de quadros diretivos. Atualmente, financiamos a empresa e os clientes com capital próprio e temos bons parceiros na banca, realçando como principal parceiro o Novo Banco. Durante a história da Nonius tivemos vários investidores que nos confiaram o seu capital e orgulhamo-nos de a todos termos dado elevado retorno. Estamos gratos aos investidores, especialmente os iniciais - Beta Capital, PME Investimentos, Caixa Capital e Impresa, pelo apoio inicial e por nos disponibilizar os recursos que nos permitem ter alcançado uma presença global. O vosso foco é a hotelaria, certo? A Nonius é membro da associação internacional hoteleira HTNG - Hotel Technology Next Generation e participa ativamente neste e outros eventos internacionais sobre tecnologia para hotelaria procurando, por estas vias, ter acesso a novas competências, exigências e novidades no mercado global.


NONIUS

Neste mercado (o vertical de hotelaria) é necessário trabalhar em vários pontos da cadeia de decisão e investir constantemente em eventos de marketing e promoção em vários canais. Mais em concreto, no ano passado, participamos em: CES, ISE, BTL, HTNG, HITEC, IHTF, HostelCuba, Exphotel, FIC, entre outros eventos. Onde esperam chegar? Estamos atualmente no top 10 de empresas mundiais nesta área e almejamos alcançar o Top5 nos próximos cinco anos. Em 2022 esperamos atingir a fasquia dos 400.000 quartos de hotel com o nosso portfólio tecnológico. Como lidaram com a incerteza inicial? Se há vendas a incerteza dissipa-se rapidamente. Enfoque nas vendas, um controlo de custos rigoroso são importantes. Estamos numa indústria que requer constante mudança e adaptabilidade, é insensato ter um plano de negócios que não testa o mercado num curto prazo. Não se pode ter grandes ciclos de desenvolvimento em produto e depois esperar que o mercado o compre. Isso sim cria incerteza.

O que vos difere das restantes empresas do setor? Hoje o nosso maior trunfo é a reputação que temos com os nossos clientes, fornecedores e com quem investiu o seu capital na Nonius. Mas isso, hoje e no início é resultado do mesmo ingrediente, as pessoas, a equipa que a Nonius é e que conta com mais de 100 pessoas e até ao fim do ano serão mais de 130. O que sugerem a quem começa? Peçam dinheiro (ao banco ou a investidores) quando não necessitam. Quando necessitarem vai ser muito caro. Tenham um plano de negócios com uma meta de break-even muito clara e tem que ser para cumprir, custe o que custar e para isso há que ter planos de contingência para o caso de não estarem a atingir os resultados. Qual o melhor conselho profissional que já recebeu? Quanto a um conselho de um supervisor o melhor que recebi foi: Quando me trouxeres um problema começa por me dizer qual é a solução que propôs para o mesmo, depois diz-me qual era o problema. Não um conselho, mas sim uma frase que mantenho sempre em mente, é esta de Jack Welche é “mude antes que tenha a obrigação de mudar e já seja demasiado tarde para a mudança”.

“Mude antes que tenha a obrigação de mudar e já seja demasiado tarde para a mudança”.

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DESTAQUES 104 JUNTA DE FREGUESIA DE ARADAS Uma freguesia dinâmica, participativa e orgulhosa de si mesma 106 OPORTO MEDIAÇÃO DE SEGUROS Um serviço personalizado e de confiança 108 PORTOSWISS CORK A arte e a paixão de fazer rolhas de cortiça de alta gama 110 VALDEMAR SOL “Temos clientes que nos acompanham há 40 anos”

106 | Revista Business Portugal abril 2018

AVEIRO GENTE QUE FAZ Cidade conhecida com a Veneza de Portugal, Aveiro exibe a sua afamada ria mesmo no centro da polis. A produção de sal e os ovos moles, as praias de São Jacinto, Barra e Costa Nova, os passeios de barco, o património edificado e a riqueza da azulejaria são alguns dos pontos de atração turística que Aveiro oferece. O aumento do volume de turistas que visitam a região e, em especial, a cidade puxou pela imaginação e empreendedorismo dos empresários locais que transformaram a ria de Aveiro num importante ponto de atração turística. Hoje é comum passear pelo centro da cidade e ver passar os moliceiros com turistas a degustarem os famosos ovos moles, acompanhados pelo espumante da Bairrada, enquanto apreciam a beleza da cidade. É impossível falar de ensino superior sem referir a Universidade de Aveiro. Polo de promoção da cidade e porta de entrada para muitos jovens, é uma montra da diversidade e qualidade de ensino superior nacional. Criada no início dos anos setenta, rapidamente se transformou numa das mais famosas e dinâmicas universidades do país. Frequentada por cerca de quinze mil alunos, insere-se no pelotão da frente no que concerne à qualidade de infraestruturas, de investigação e excelência do corpo docente. A padroeira religiosa de Aveiro, e talvez a sua personalidade mais conhecida, Princesa Santa Joana, trocou o conforto e a mordomia da corte pela simplicidade e humildade do convento. Regente do reino, por ausência do rei em África no final do século XV, rejeitou os diversos pedidos de casamento vindos das melhores casas reais europeias por se sentir atraída, desde muito nova, pela vida religiosa. Os seus restos mortais repousam no Museu de Aveiro, antigo Convento de Jesus. A nível desportivo, realçam-se, nesta edição da Revista Business Portugal, os 100 anos do Feirense e os 94 anos do Águeda. O Feirense está neste momento na primeira Liga e o Águeda, que também já subiu à primeira Divisão durante uma época, é um clube quase centenário, que se destaca num local onde o ciclismo é rei. Como pode verificar não faltam motivos para embarcar numa viagem pela região de Aveiro.


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JUNTA DE FREGUESIA DE ARADAS

UMA FREGUESIA DINÂMICA, PARTICIPATIVA E ORGULHOSA DE SI MESMA Aradas é uma freguesia do concelho de Aveiro cujo passado recua ao terceiro milénio A.C. No ano em que se celebrará o 182.º aniversário da Junta de Freguesia, a Revista Business Portugal esteve à conversa com a presidente deste órgão público, Catarina Barreto, sobre o passado daquele lugar, mas sobretudo sobre o futuro de Aradas e a dinâmica da região.

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advogada Catarina Barreto tem 36 anos e é a mais nova presidente da Junta de Aradas. Além disso, é a primeira mulher a ocupar o cargo, mas quando se fala com ela, depressa se percebe que não é por esses motivos que quer ficar na história da freguesia. “Quero marcar o meu mandato pela obra realizada e não por ser a primeira mulher na história da freguesia, a assumir o cargo. Assim será objetivo deste mandato tornar Aradas uma melhor Freguesia para viver, visitar ou nela implementar negócios. Quando o mesmo terminar, quero que a minha consciência me serene e entregue a Freguesia melhor do que a recebi!”

Programa eleitoral bem definido O programa eleitoral está sempre em cima da mesa da presidente, que tem uma noção exata dos problemas que Aradas tem para resolver: “A nível de saúde, precisamos de requalificar o nosso Centro de Saúde, para melhor servir a população. No momento atual, já estão colocados no local os contentores onde irão funcionar provisoriamente as consultas e estou certa que as obras avançarão a curto prazo pela Câmara Municipal de Aveiro.”. No setor da Educação, o Centro Escolar de Verdemilho é bas108 | Revista Business Portugal abril 2018

Catarina Barreto, presidente

tante procurado e Catarina Barreto reconhece a necessidade de fazer obras de ampliação. “Felizmente, temos uma freguesia com muita população jovem e está a acontecer um movimento muito interessante, de casais jovens que querem fixar-se na nossa freguesia. Temos uma boa rede de escolas e creches, mas efetivamente precisamos de reabilitar e aumentar algumas delas, de forma a responder de maneira mais adequada às solicitações e continuarmos a ser uma freguesia atrativa”. Há ainda outros problemas que preocupam o atual Executivo, mas a presidente reconhece que “como temos um conhecimento profundo da Freguesia, a maioria dos seus problemas e anseios da população estão diagnosticados. É nosso objetivo continuarmos a trabalhar para a sua resolução, para construirmos uma melhor Aradas., a grande maioria dos problemas da Freguesia estão diagnosticados, os dossiers estão prontos, só falta efetivamente concretizar as obras, que ser querem realizadas com a maior brevidade possível para o progresso de Aradas”.

Uma freguesia dinâmica, ativa e participativa Catarina Barreto cresceu em Aradas. A sua família é da freguesia e, por isso, a Presidente da Junta está ciente da realidade que se vive


JUNTA DE FREGUESIA DE ARADAS na terra. “Eu não seria presidente de mais nenhuma Junta a não ser da de Aradas, porque o exercício do cargo pressupõe amor à terra e à sua população. Aceitei este desafio por amor a Aradas e porque senti a vontade de servir a população e de fazer mais por ela ”. Entre 2007 e 2009, Catarina Barreto foi advogada deste órgão público e, desde 2009 até 2017 fez parte do executivo da Junta de Freguesia, daí o seu conhecimento profundo da realidade da região. “Quando ganhámos, com maioria absoluta, significa que o povo confiou em nós. Logo, resta-nos cumprir. Porque entendemos, que não devemos justificações do nosso mandato só daqui a quatro anos, mas sim já. Vamos lançar em abril o “Boletim da Freguesia”, que será semestral, numa primeira fase e funcionará como uma forma privilegiada de comunicação com os Aradenses, onde iremos dando nota da obra realizada.” O que está a ser feito, todavia, no âmbito social, já é bastante. “Felizmente, não temos realidades difíceis, a nível social. Não temos bairros sociais

“Eu não seria presidente de mais nenhuma Junta a não ser da de Aradas, porque o exercício do cargo pressupõe amor à terra e à sua população”.

na freguesia, nem problemas sérios de carência económica, mas no que respeita à solidão e à necessidade de convívio já não é bem assim. Por esse motivo, criamos uma série de respostas sociais, que designamos de ‘Projetos ARADAS +’ , e contemplam finalidades tão variados como a Ginástica Sénior, a Fisioterapia, o ensino de Mandarim, viagens, transporte solidário... As pessoas da Freguesia são muito dinâmicas e querem uma Junta aberta, participativa e com voz ativa. Por esse motivo, temos encetado uma série de esforços para alterar a comunicação com e da Junta. Temos uma história milenar, gerações de famílias que se fixaram aqui e esta marca ‘Aradas’ não pode morrer, nem se pode perder no tempo. Queremos colocar Aradas no mapa e é para isso que trabalhamos. Nestes seis meses de mandato, já operamos uma série de mudanças, mas queremos fazer muito mais e deixar uma melhor Aradas, queremos afirmar uma “Aradas com Passado, Freguesia de Futuro!”.

JUNTA DE FREGUESIA DE ARADAS Largo Acácio Rosa - Verdemilho 3810-604 Aveiro

Telefone +351 234 426 751 Email geral@jf-aradas.pt

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abril 2018 Revista Business Portugal | 109


OPORTO MEDIAÇÃO DE SEGUROS

UM SERVIÇO PERSONALIZADO E DE CONFIANÇA A OPORTO Mediação de Seguros tem 12 anos de trabalho enquanto empresa, mas a atividade de mediação de seguros começou há mais de 40 anos, com o pai de Octávio e Nuno Porto. Com clientes espalhados por todo o país, e uma relação de confiança e parceria com a AGEAS, a OPORTO Seguros destacase como uma mediadora de serviço personalizado e com quem os clientes podem contar.

O meu pai iniciou esta atividade em 1978. Alguém percebeu que ele era extremamente comunicativo e o encaminhou para o mundo dos seguros”. É com estas palavras que Octávio Porto inicia a conversa com a Revista Business Portugal. O negócio da mediação de seguros na família Porto prosseguiu, sempre em nome individual: “Em 1997, eu juntei-me a ele para trabalhar também nesta área e, em 2003, o meu irmão Nuno juntou-se a nós. Três anos mais tarde, constituímos a empresa O. Porto & Filhos, Mediação de Seguros”. A OPORTO trabalha em parceria com a companhia de seguros AGEAS. “Antes, éramos parceiros da AXA, que, entretanto, foi comprada pela AGEAS, mas mantivemos a parceria porque estamos convencidos que é uma boa companhia de seguros, tem peso no mercado e dá-nos garantias de podermos assistir os nossos clientes o melhor possível”. A OPORTO Mediação de Seguros faz todo o tipo de seguros e, por isso mesmo, existe a preocupação por parte de Octávio, Nuno e da sua equipa de tratar cada cliente como um caso único. “O nosso serviço

é personalizado. Fazemos questão de falar com o cliente, perceber as necessidades do mesmo, qual a situação que ele procura segurar e, dentro dos parâmetros, propor-lhe a melhor solução de seguro”. Para Octávio Porto, é este atendimento que diferencia a empresa. “É muito importante esclarecer o cliente sobre o seguro que ele está a comprar. Há muita gente que tem seguros mais caros do que aquilo que precisa, outros que nem sabem exatamente aquilo que o seguro cobre e isso para nós é um risco, porque caso o cliente precise de acionar o produto que adquiriu, vem ter connosco, pois temos serviço de pós-venda, o que faz com que, se o seguro não funcionar e não cobrir uma determinada eventualidade, o cliente venha cobrar-nos essa falha”. Os portugueses ainda preferem fazer o seguro mais barato possível, mas Octávio Porto reconhece que existe uma parte da população, cujos salários são mais elevados, que já se preocupa em assegurar outras situações. “Muitas pessoas só fazem os seguros obrigatórios e sempre pelo valor mínimo. No entanto, temos outras pessoas que já querem fazer um seguro de saúde,

Nuno e Octávio Porto, gerentes

por exemplo, vida ou de casa, com um valor mais elevado. Se for preciso acioná-los, é sempre mau sinal, mas por outro lado, quando contratados, salvaguardam o cliente e os seus familiares”. Com clientes desde o Algarve até Braga, a OPORTO Seguros é reconhecida pela sua capacidade de resposta aos problemas. “Temos de acompanhar a evolução da sociedade. Atualmente, qualquer pessoa que ouça falar de nós, porque resolvemos uma determinada situação, e queira entrar em contacto connosco, vai ao nosso site ou entra em contacto através de uma rede social”. A área dos seguros evoluiu, acompanhou o desenvolvimento tecnológico e social, e os mediadores de seguros têm de acompanhar essa evolução: “Só recorrendo a um Mediador de Seguros profissional o cliente tem a garantia de poder contar com alguém que realmente está no mercado para defender os seus interesses. Além disso, sairá brevemente uma diretiva de distribuição de seguros que exigirá mais profissionalismo e exigência aos mediadores e estaremos cá para responder ao desafio. Os nossos clientes sabem que podem sempre contar connosco”.

Há momentos em que é importante saber com quem contar

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abril 2018 Revista Business Portugal | 111


PORTOSWISS CORK

A ARTE E A PAIXÃO DE FAZER ROLHAS DE CORTIÇA DE ALTA GAMA A Portoswiss Cork é fruto da vontade de dois sócios, Albino Cruz, e Marc Antoine Druz, o primeiro com uma forte ligação ao setor corticeiro, e o segundo um profundo conhecedor de vinhos. As rolhas de cortiça natural de alta gama surgiram para dar respostas aos pedidos vindos essencialmente do mercado suíço e, atualmente, a Portoswiss Cork já trabalha com os maiores distribuidores de rolhas mundiais. Albino Cruz conversou com a revista Business Portugal sobre o que diferencia esta das outras empresas do setor da cortiça.

O nosso produto privilegiado são as rolhas de cortiça natural”, começa por explicar Albino Cruz, diretor geral da Portoswiss Cork em Portugal. “Criámo-la precisamente para fabricar rolhas de cortiça de alta gama, sobretudo para o mercado suíço, que é um dos mais exigentes”. Albino Cruz está ligado ao setor da cortiça há 30 anos e orgulha-se de conhecer o processo de criação de uma rolha, desde o seu início: “Comecei como manobra, fui lavador de rolhas, cozi cortiça, fabriquei rolhas, fui encarregado geral e depois passei para comercial. Considero isso uma vantagem, porque, apesar de não ser formado nem vir de famílias cortiçeiras, fiz toda a escola no terreno”. O seu sócio, Marc Druz, está ligado aos vinhos e é um profundo conhecedor dessa área: “O Marc não é tão entendido na parte processual de fazer uma rolha, mas se lhe puserem um produto acabado na mão, ele é capaz de distinguir com clareza qual é a rolha de alta qualidade. Aliás, o mercado suíço, de onde ele vem, é um dos mais exigentes com as rolhas de cortiça natural e foi o pioneiro na busca pelo TCA, que deixa no vinho um gosto a bolor quando se abre a garrafa”. Precisamente para garantir que as rolhas da Portoswiss Cork não estão contaminadas com TCA, uma das preocupações de Albino Cruz e do sócio foi garantir um contínuo processo de desinfecções e de análises ao longo de todo o processo produtivo, para que, quando a rolha chegasse ao seu estado final, estivesse absolutamente livre de

112 | Revista Business Portugal abril 2018

Elsa Ferreira, Albino Cruz e Vitor Barbosa, diretora de qualidade, diretor geral e diretor de produção

TCA: “Quando iniciei a empresa, a primeira pessoa que convidei para trabalhar comigo foi o meu sobrinho Dr.Nuno Cruz (direção financeira) meu conselheiro e confidente em todo o meu trajeto de vida, de seguida convidei a engenheira Elsa Ferreira(direcção qualidade) e o Sr.Vitor Barbosa que começou da mesma forma que comecei no setor da cortiça e hoje é o meu braço direito na organização industrial (direção industrial), que já tinham trabalhado comigo, noutras empresas por onde passei, estes são os meus pilares. Nos últimos 50 anos, o setor da cortiça era muito tradicional e


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mesmo pouco tecnológico, mas essa realidade mudou nos últimos anos, e a empresa faz questão de se manter na vanguarda: “Temos de garantir a qualidade das mesmas, por isso temos um laboratório totalmente equipado e máquinas de tecnologia de ponta que nos garantem e asseguram a qualidade do nosso produto final. Inclusivamente, construímos uma câmara frigorífica gigante, já para a fase de pós-cozedura da cortiça, para que ela seja estabilizada em frio sem desenvolvimento de bolores. A cortiça passa por várias fases, antes de sair o produto final – a rolha. Esse processo demora, no mínimo, seis meses, entre estabilização em bruto até ao início do processo de transformação pelo que é necessário um grande investimento monetário, para garantir um elevado stock de matéria-prima e espaço para a armazenar: “É um investimento elevado, em termos de matéria-prima, e só cerca de 40 por cento daquilo que compro é efetivamente transformado em rolhas. Significa que cerca de 55 por cento da cortiça que eu compro não é utilizada. É considerada desperdício, porque não tem a qualidade que necessitamos, ou por qualquer outro motivo. Assim, revendemos esse desperdício para áreas paralelas, como para produção de rolhas técnicas, o calçado, o vestuário, pisos flutuantes para a construção civil etc etc... Atualmente, é possível fazer-se tudo com a cortiça”. Essa é uma realidade que preocupa Albino Cruz: “Publicitámos muito a cortiça, como sendo um produto natural, que possuíamos em larga escala, mas ultimamente não é essa a realidade. Nos últimos anos, as tiradas de cortiça têm diminuído em quantidade, cerca de 30 por cento a cada ciclo de nove anos, o que encarece a matéria-prima e que torna depois difícil recuperar o investimento, no preço do produto final”. O empresário tem o apoio do Sr.Joaquim Oliveira conhecedor profundo da floresta e que possui o histórico das propriedades onde compra partidas de cortiça, compra também a revendedores, que já vendem a matéria-prima separada pelos seus níveis de calibre e qualidade: “O nosso propósito é comprar sempre o máximo de matéria-prima de alta qualidade”. No caso das rolhas produzidas na empresa, 90 por cento das mesmas são apenas lavadas com a chamada Lavage Peroxyde Naturel – LPN – que consiste em desinfectar as rolhas com uma concentração de peroxyde muito reduzida e com enxaguamentos de água muito perlongados, apenas para as desinfetar: “Tentamos que as nossas rolhas apenas tenham essa lavagem e nada mais. Trabalhamos

com um produto natural e queremos que se mantenha assim”. Os trabalhadores são parte integrante dos bons resultados da empresa e Albino Cruz reconhece neles a sua família: “Passamos todos mais tempo aqui do que em nossas casas, pelo que é essencial que todos se sintam bem. Entramos às sete da manhã e saímos às 16 horas, por isso a empresa oferece o pequeno-almoço e o almoço, para que não tenham de ir a casa, comer à pressa”. Isso fomenta os laços de união e entreajuda e faz com que todos se sintam parte integrante de uma cadeia de valor: “É importante que todos trabalhemos para um objetivo comum. Se todos sentirem que fazem parte daquele resultado final, então dão valor ao trabalho que desempenham, sem a preciosa ajuda dos seus colaboradores as empresas não são nada! A criação de uma rolha de alta qualidade começa desde a extração da cortiça”. Trabalhar a cortiça é uma paixão para Albino Cruz e isso é incutido aos trabalhadores da empresa. Para tal, conta com a ajuda do diretor de produção, Vitor Barbosa: “Os meus trabalhadores sabem que se a empresa estiver bem, eles também estarão. Eu costumo dizer que não vivemos para trabalhar mas trabalhamos para viver com felicidade e sentimento de orgulho próprio, quero criar riqueza para todos. Fazer rolhas é uma arte e trabalhar a cortiça é uma paixão. Só podemos fazer um bom trabalho juntando a paixão e o empenho”.

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VALDEMAR SOL

“TEMOS CLIENTES QUE NOS ACOMPANHAM HÁ 40 ANOS” Referência na área de chaparia e pintura automóvel, a Valdemar Sol assume que “o binómio qualidade/preço e a confiança” são fatores decisivos para o sucesso da empresa. A Revista Business Portugal foi conhecer a Valdemar Sol através da entrevista ao seu administrador, Luís Sol.

A

Valdemar Sol é uma empresa familiar? A Valdemar Sol, apesar de ter crescido muito, ainda hoje é uma empresa familiar. Este negócio começou com o meu pai, há 41 anos, com uma empresa em nome individual para fazer trabalhos de reparação de veículos ligeiros. A carteira de clientes foi crescendo, a equipa também e a necessidade de expandir o negócio também. Atualmente disponibilizamos serviços de chaparia, pintura e de mecânica e desde há quatro anos que assumi a administração da empresa mas o meu pai, Valdemar Sol, continua e trabalhar na empresa.

dos veículos pesados, o que alavancou o nosso crescimento e nos trouxe notoriedade a nível nacional. Os trabalhos desenvolvidos nos veículos pesados trouxeram estabilidade e aumentaram o volume de trabalho da oficina. Como trabalhamos maioritariamente com empresas existem sempre reparações para fazer, trabalhos de chaparia e de pintura.

O leque de serviços é mais solicitado pelos clientes particulares ou empresariais? O segmento particular é sazonal, ora temos muito trabalho, ora é escasso. Essa incerteza fez-nos enveredar para o segmento

O que leva, na sua opinião, os clientes de todo o país e ilhas a procurarem os vossos serviços de chaparia e pintura? Creio que é o binómio qualidade/preço, o facto de respeitamos os prazos que acordamos com os nossos clientes, a confiança que transmitimos porque sabemos que fazemos um bom trabalho, em suma: o rigor e qualidade dos nossos serviços. Para além destes fatores conta muito a equipa de profissionais da empresa, bem como os materiais aplicados nos veículos.

São mais fortes em que serviços? A nossa marca é reconhecida na chaparia e pintura automóvel. Pintamos o veículo todo e colamos o lettering que o cliente solicitar, se o cliente quiser colocar publicidade temos uma empresa que trabalha connosco que fornece esse tipo de serviço e o veículo sai da oficina totalmente decorado. Aponte alguns dos vossos principais clientes. Os nossos principais clientes são algumas das grandes transportadoras nacionais, como Álvaro & Figueiredo, Transportes JS, Contibérica, Auto Transportadora Moderna Portuense, Jacinto Marques de Oliveira; os Municípios de Santa Maria da Feira, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Mota Engil, Grupo Amorim, entre outros.

Como vê o futuro da Valdemar Sol? O trabalho já vinha bem feito por parte do meu pai, eu ajudei-o a desenvolver o negócio e assumo a administração da empresa que ele criou há quatro anos. Em 2008 que começámos a trabalhar melhor e não parámos de crescer ano após ano. Gostava que o futuro da Valdemar Sol passasse por continuar a crescer de forma sustentada, com a mesma qualidade de serviço a que habituámos os nossos clientes desde há 40 anos.

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DESTAQUES 114 CONFEITARIA D’AVENIDA/ CASA BONACHO Deixe-se surpreender 116 SMEATON O rigor na qualidade da reabilitação urbana 118 LIZ D’ARC SERRALHARIA CIVIL Empreendedorismo e dedicação 120 MOUTINHO CHAINS INDUSTRY Líder na produção de cadeados 122 CBS Originalidade e criatividade ao serviço do seu negócio 124 PENA TRAVEL Qualidade em primeiro lugar 126 ADEGA COOPERATIVA DE LOUSADA Vinho da senhora, rosado como as camélias 128 CARLOS SERAFIM MÁQUINAS AGRÍCOLAS Assistência técnica fiável 130 JUNTA FREGUESIA DE CADIMA Capital do Tremoço

116 116 | | Revista Revista Business Business Portugal Portugal fevereiro abril 20182018

OUTRAS REGIÕES ALENTEJO, ALFENA, GONDOMAR, LOUSADA E CADIMA O Alentejo tem para oferecer diversas atividades a quem visita. O turismo deu um grande salto e já existe uma gama alargada de serviços como: passeios pela natureza a pé, btt ou jipe, atividades aquáticas, visitas a museus e monumentos e degustação de produtos regionais. No que concerne ao tecido empresarial, é de salientar a força com que as entidades se têm destacado nos setores de atividade. Inserida no concelho de Valongo, Alfena é uma cidade portuguesa com cerca de 18 125 habitantes. Com uma evolução económica bastante rápida, Alfena “é hoje um pólo económico e industrial de importante relevância”, não só para a região como para o país. Gondomar é rica em histórias, património natural, artístico e cultural. A agricultura, que antigamente era a atividade dominante, ainda está representada nos Espigueiros. No que diz respeito ao turismo, o Turismo de Natureza é o mais explorado em Gondomar. O concelho é atravessado pelo rio Douro, que proporciona a realização de várias atividades ligadas à Natureza, como os passeios pedestres pelas encostas do Douro

ou mesmo atividades aquáticas. Lousada é um concelho do distrito do Porto que está ainda fortemente marcado pelas atividades do setor primário, sobretudo a agricultura. Todavia, a indústria têxtil e o setor vitivinícola são agora outras áreas económicas em desenvolvimento. Existem vários vestígios arqueológicos no concelho, o que permite a quem gosta de História e de viagens ao passado para ter excelentes momentos naquela região. Exemplo disso são os trabalhos de latoaria, cestaria e artes decorativas, ourivesaria e bordados. Freguesia do concelho de Cantanhede, Cadima destaca-se pelas lendas e tradições que guarda. O turismo, que conta já com uma panóplia de eventos anuais, não fica atrás. A Praia Fluvial de Olhos da Fervença é uma verdadeira fonte natural da região. Para a complementar existem locais de interesse turístico como a Capela de Santo Amaro, Moinhos de Água, Fonte do Casal, entre outros. A Revista Business Portugal traz-lhe alguns exemplos de empresas que laboram nestas diversas localidades, dando emprego às gentes locais e criando riqueza para as regiões.


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CONFEITARIA D’AVENIDA/CASA BONACHO

DEIXE-SE SURPREENDER… Na Avenida da Liberdade, em Ponte de Sor, o edifício azul royal deixa em evidência dois espaços únicos e diferenciadores na cidade, a Confeitaria d’Avenida e a Casa Bonacho. Este negócio, que pertence a dois engenheiros civis, reflete uma paixão imensa pela doçaria tradicional, assumindo-se como uma mostra dos produtos regionais alentejanos. Inaugurada em dezembro de 2014, esta casa é sinónimo de qualidade e excelência, tendo vindo desde o início a distinguir-se pela aposta no requinte e no rigor apreciado na confeção de produtos, como as broas fervidas de azeite e mel, as cornucópias de ovos moles ou as tigeladas. Recentemente, foi inaugurada a nova sala dedicada às refeições.

T

udo começou com o propósito de ajudar um amigo de infância, como nos conta o empresário Arménio Costa: “Ponte de Sor foi a terra que me viu crescer. Naquela altura, o meu amigo, que também é padrinho da nossa filha mais nova, viu-se numa situação de desemprego, razão pela qual me surgiu a ideia de o ajudar a desenvolver um projeto para criação do seu próprio posto de trabalho. Como a mãe dele era uma boleira tradicional da cidade, tornou-se natural estruturar um projeto ligado ao ramo da pastelaria. Numa primeira fase encontrámos um espaço no centro da cidade e submetemos o correspondente projeto ao IEFP, tendo o mesmo sido imediatamente aprovado. Não obstante, mais tarde, após diversas vicissitudes, acabámos por ficar sem esse local e voltamos à estaca zero”. O empresário acabaria por comprar dois prédios antigos na Avenida da Liberdade, os quais foram demo-

Confe Casa

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lidos. Após a realização do projeto de arquitetura e do respetivo licenciamento, foi construída a infraestrutura atual e nascia a sociedade Betarest, que contou com a gerência da pessoa para qual o mesmo foi idealizado até agosto do ano transato. “No instante em que alteramos o paradigma do negócio, tínhamos a certeza para onde queríamos caminhar, pois passamos de um espaço limitado para um projeto arquitetónico inovador e moderno. Neste período a cidade também sofreu uma mutação, relacionada com a construção do novo edifício do Município que, para além deste, acomoda ainda a Junta de Freguesia e a repartição da Autoridade Tributária e Aduaneira de Ponte de Sor, circunstância que originou uma certa relocalização/alteração do centro da cidade. No fundo, este conjunto de contingências, acabou por fortalecer a nossa convicção no sentido de investirmos na imagem, na arquitetura, nos pormenores, na formação dos nossos colaboradores, mas acima de tudo na qualidade do produto”, sublinha Arménio Costa. A ideia amadureceu, tornou-se mais forte e,

Con Cas


CONFEITARIA D’AVENIDA/CASA BONACHO

muito especial no desenvolvimento destes projetos e é gratificante receber o agradecimento do cliente”, revela Alexandra Costa. A par com a confeitaria de autor, a empresa tem apostado, desde o início, na pastelaria tradicional, sendo os principais ex-líbris - as broas fervidas de azeite e mel e as cornucópias. “Desde o início que fomos afinando os processos e as receitas, tanto na doçaria tradicional como nos produtos de pastelaria convencional. Bom exemplo disso é o pastel de nata que é feito artesanalmente, desde a mera execução da massa folhada ao creme”, completa a empresária. Com o desenvolvimento deste projeto, os proprietários resolveram implementar um novo conceito na prestação de serviços, através da introdução da refeição rápida, em que o cliente toma o seu almoço num curto espaço de tempo, com qualidade e a preços atrativos. A ementa semanal é constituída por uma sopa e um prato diferente, que é divulgado por via online, de modo a facilitar a preferência do cliente e a rapidez do serviço. Para além das iguarias, a Confeitaria d’Avenida tem sempre ao dispor uma variedade de hambúrgueres, saladas e crepes salgados, que complementam a oferta. Neste âmbito, a empresa inaugurou recentemente uma nova sala dedicada às refeições, que dispõe de esplanada interior e é mais um marco de modernidade e inovação. Com uma equipa constituída por 14 colaboradores, a Confeitaria d’ Avenida valoriza a formação dos seus recursos humanos, um bem essencial para assegurar a capacidade de resposta e a diferenciação, pela qual a empresa se tem demarcado. Olhando para o futuro, Alexandra e Arménio Costa revelam que a aposta passará por manter os padrões de qualidade e excelência, privilegiando o bem-estar dos clientes.

Esta casa é sinónimo de qualidade e excelência.

hoje, esta confeitaria com fabrico próprio, que agrega ainda uma loja de produtos regionais (a Casa Bonacho), é uma referência pelas suas especialidades e serviço de qualidade. Do prazer de degustar o café com pastel de nata ao sabor de uma refeição rápida, acompanhada de uma tentadora sobremesa, o cliente irá encontrar uma diversidade de produtos que o irão fazer certamente voltar a este local. A escolha de matérias-primas da mais elevada qualidade é acompanhada pela atenção das tendências do mercado, distinguindo a empresa pela apresentação e confeção de doçaria de excelência, como os doces tradicionais da região ou a confeitaria de autor, idealizada à medida de cada cliente. Quase como se de uma obra de engenharia se tratasse, o bolo personalizado de aniversário, de casamento, ou destinado a eventos, é um serviço único em Ponte de Sor. O gosto e o requinte estão presentes em todos os trabalhos da Confeitaria d’Avenida, que se demarca pela inovação, pela dedicação e pelo cuidado desenvolvido na execução dos trabalhos pelo Chefe de pastelaria Eduardo Monteiro. “Esta vertente absorve uma boa parte do nosso fabrico e é a componente em que a criatividade mais se verifica. Aqui não temos bolos iguais, o nosso propósito passa por ajudar os clientes na escolha, percebendo qual o desenho que este pretende e as matérias-primas a incluir na sua confeção. De facto, temos um carinho

Casa Bonacho Ao lado da Confeitaria d’Avenida encontra-se uma autêntica montra alentejana, onde os produtos da região estão em evidência. Aqui procura-se promover a cultura e os sabores do Alentejo, com a apresentação de um cabaz rigorosamente selecionado: todos os produtos foram provados e aprovados antes de chegarem às prateleiras da Casa Bonacho. À cuidada seleção de artigos da região como os vinhos e azeites, os queijos e enchidos, as compotas e amêndoas açucaradas, juntam-se as conservas dos Açores, os queijos da Beira Baixa e o artesanato da Beira Litoral e Algarve, sempre com o selo de qualidade e excelência nacional.

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SMEATON

O RIGOR NA QUALIDADE DA REABILITAÇÃO URBANA Nuno Santos e Susana Morais são os rostos da SMEATON Engenharia e Construção e destacam a sua equipa de 12 pessoas como um ponto fulcral para o crescimento e sucesso que a empresa já alcançou em apenas quatro anos de existência. Com foco na reabilitação urbana, a SMEATON Engenharia e Construção distingue-se por estar sempre ao lado do seu cliente.

N

uno Santos é mais um exemplo de empreendedorismo nacional. Em 2014, sentiu ser chegada a hora de mudar de vida profissional e abrir o seu próprio negócio na área da construção e reabilitação. “Estávamos em plena crise do imobiliário, mas percebi que o nicho da reabilitação urbana estava em crescente, com grande foco na zona do Porto e, por isso, aquela era a hora certa para dar este passo”. E assim nasceu esta empresa de Ermesinde, sob o propósito de ser diferente e, além disso, ser uma alternativa ao mercado, o que, felizmente, se tem vindo a confirmar. “A SMEATON Engenharia e Construção, Lda surge como resposta a um mercado atual, caracterizado pela necessidade obrigatória de rigor ao nível da qualidade, complementada pelo integral cumprimento dos prazos de execução, bem como de rigoroso cumprimento de recursos financeiros”, começa por esclarecer o nosso interlocutor, acrescentando que “tivemos sempre a intenção de trazer projetos diferentes e dar uma outra segurança aos clientes, apresentando soluções que passam desde o acompanhamento, aconselhamento e intermediação na compra do imóvel, , se necessário”. Nuno Santos e a sua equipa encarregam-se igualmente dos projetos de arquitetura, orçamentos e, consequentemente, da feitura da obra. “A empresa foi pensada desta forma para se distinguir das restantes existentes à época, e para marcarmos uma posição assente na qualidade, não só do serviço,

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mas do acompanhamento ao cliente que, acreditamos, ser um dos pontos-chave do sucesso da SMEATON nestes quatro anos de existência”, destaca Nuno Santos. A desempenhar funções técnicas na área da construção há mais de 17 anos e em diversas empresas, afirma ter vindo a enriquecer e a solidificar os seus conhecimentos. “Fiz bastantes formações, nomeadamente

um curso técnico de construção, não só como uma mais-valia para mim, enquanto profissional, mas essencialmente em prol dos meus clientes. Além disso, conto com mais de 17 anos de trabalho na área da construção, onde aprendi bastante e absorvi muitos conhecimentos que trouxe para a SMEATON”. O sucesso desta empresa é, igualmente, fruto das parcerias. “Trabalhamos com gabinetes de arquitetura de excelência, o que nos permite apresentar aos nossos clientes propostas e soluções diferenciadas”.

Balanço muito positivo

Cumprimento dos prazos é um dos principais compromissos.

Questionado sobre o balanço destes quatro anos de existência (a completar já no próximo mês de maio), a resposta é perentória: muito positivo. “O feedback por parte dos nossos clientes e parceiros é muito bom, o número de clientes tem vindo a crescer, todos com novas ideias, projetos e ambições, obrigando também a Smeaton a renovar e a procurar outras soluções. Obriga-nos também a inovar, o que é incentivador e positivo, sem dúvida”. E o resultado está à vista! A SMEATON Engenharia e Construção conta já com obras nomeadas a concursos no âmbito da reabilitação urbana, além de um crescimento na ordem dos 35 por cento ao ano, contando até à data com uma faturação de mais de sete milhões de euros em obras.

O boom do turismo Inquestionavelmente, o boom do turismo em Portugal, nomeadamente na zona norte do país, tem ajudado ao alavancar da


SMEATON

Nuno Santos, adminintrador

construção e da reabilitação. Seja na construção de novos edifícios para alojamento ou na recuperação dos já existentes e, muitos deles, devolutos, a área da construção civil, outrora em decadência, tem ganho terreno e crescido substancialmente. E claro que a SMEATON não é exceção. “80 por cento da nossa obra é na cidade do Porto e, grande parte dela advém de investidores que pretendem apostar no turismo, nomeadamente em alojamento local”, refere Nuno Santos., acrescentando que “muitos dos nossos clientes são estrangeiros. Temos investidores norte-americanos, franceses e brasileiros”.

Compromisso com o cliente Sobre o que distingue a SMEATON das restantes empresas do ramo, Nuno Santos destaca dois pontos que considera essenciais: o acompanhamento e cumprimento dos prazos. “São dois pontos que prezamos e nunca, mas nunca descuramos”, reitera. “Estamos sempre ao lado do cliente. Seja através de uma chamada ou presencialmente. Se o cliente solicita a nossa presença, nós estamos lá, independentemente do dia e da hora. E outro ponto que consideramos fulcral é o

John Smeaton é o ‘pai’ da engenharia civil. Inglês, proclamou-se como o primeiro engenheiro civil e daí advém o nome da empresa.

cumprimento dos prazos. Cumprimos escrupulosamente a data de entrega de obra”, afirma. Sobre o futuro, Nuno Santos refere que o objetivo passa principalmente por solidificar a SMEATON no mercado. “Queremos ser melhores, mais capazes e estáveis. Temos a ambição de alargar a nossa área de atuação a outras zonas que não o Porto, mas nunca fora do país. É aqui, em Portugal, que nos sentimos confortáveis e onde pretendemos manter o nosso raio de ação”, finaliza.

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LIZ D`ARC SERRALHARIA CIVIL, LDA

Jorge e Albertina Magalhães, gestores

EMPREENDEDORISMO E DEDICAÇÃO Presente no mercado há vinte e cinco anos, a Liz D`Arc apresenta soluções ao nível das estruturas metálicas, sendo uma referência no setor da serralharia civil em Portugal e nalguns países europeus. Em entrevista à Revista Business Portugal, os gestores Jorge e Albertina Magalhães revelam o percurso e objetivos futuros desta empresa.

V

inte e cinco anos depois do início da atividade, qual é a realidade da Liz D`Arc? Passamos por várias mutações. Iniciei a atividade sozinho, depois o meu irmão começou por me ajudar e ainda hoje continua connosco, dando-nos, juntamente com outro irmão, grande apoio na área da produção. Começamos como sociedade em nome individual, depois fizemos uma sociedade com outro sócio e a última alteração deu-se em 2001, com a criação da empresa Liz D`Arc. Atualmente a nossa produção foca-se essencialmente na caixilharia de alumínio, mas também fazemos estruturas metálicas – gradeamentos, portas e portões, janelas e trabalhamos o aço inox de forma a complementar as nossas obras. Essencialmente trabalhamos todo o tipo de metais. Para além destes trabalhos, para satisfação de nossos clientes, também aplicamos caixilharia em PVC, o qual não produzimos, mas temos fornecedores que nos garantem a qualidade do material normalmente exigida por nós.

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“Atualmente a nossa produção foca-se essencialmente na caixilharia de alumínio, mas também fazemos estruturas metálicas”.

Até que ponto a qualidade de uma janela ou porta contribui para a eficiência energética de uma habitação? Contribui muito e é uma das coisas que, em Portugal, ainda não se dá muita importância porque as pessoas não se apercebem que vinte a trinta por cento das habitações são fechadas com janelas e portas. É frequente os proprietários quererem pôr capoto nas paredes, investirem no isolamento térmico, em equipamentos para aquecimento e de arrefecimento, mas continuam com janelas e portas de fraca qualidade. Resumindo: se a caixilharia não tiver um bom coeficiente térmico acaba por haver muitas fugas de calor ou frio. Quais os principais clientes da Liz D`Arc? Temos alguns clientes antigos, no segmento da construção civil, que sobreviveram à crise económica que assolou toda a Europa, mas são muito poucos. O nosso segmento de mercado centra-se nos particulares e já temos algum nicho de mercado no estrangeiro, nomeadamente no sul de França. Os convites para exportar os nos-


LIZ D`ARC SERRALHARIA CIVIL, LDA

Há mão de obra qualificada disponível no mercado nacional? Não. Infelizmente não existe mão-de-obra disponível no mercado nacional para suprir as necessidades deste ramo de negócio, mas ainda é possível encontrar, em Portugal e em Espanha, algumas pessoas que ainda sabem trabalhar neste ramo; se alargarmos a pesquisa para países como França, Itália ou Alemanha ela praticamente não existe. O nosso trabalho é muito artesanal e, embora exista muita maquinaria moderna e eficiente, ainda há processos em que as máquinas não conseguem substituir totalmente o ser humano.

sos produtos surgiram na altura em que Portugal estava em plena crise financeira e creio que a nossa visão e necessidade de apostar noutros mercados ditaram o sucesso desta empresa saindo da nossa zona de conforto.

“Apostar na modernização da maquinaria e aumentar o nosso volume de exportação”.

A maioria do trabalho é aplicado na construção nova ou na reabilitação? Fazemos um pouco de tudo embora, neste momento, a maioria do trabalho seja de reabilitação. O mercado do ramo imobiliário está a começar a crescer mas as pessoas ainda não estão muito seguras do futuro. Apesar de surgirem notícias de que a economia está em crescimento e de que as pessoas se podem sentir confiantes, o mercado imobiliário tem reagido com muita timidez e acredito que assim se mantenha por mais algum tempo. Ao contrário do que se passava há alguns anos, o mercado da reabilitação de edifícios está na moda, hoje as pessoas preferem reabilitar espaços existentes do que construir de raiz. Reestruturar espaços antigos, torná-los confortáveis e habitáveis com o conforto necessário para o dia-a-dia é, cada vez mais, a aposta dos investidores e proprietários. Por onde passa o futuro da Liz D`Arc? Para já posso revelar que passa por internacionalizar a empresa, apostar na modernização da maquinaria e aumentar o nosso volume de exportação.

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MOUTINHO - CHAINS INDUSTRY

LÍDER NA PRODUÇÃO DE CADEADOS Gondomar é uma cidade largamente conhecida pela sua história inseparável da ourivesaria. Sendo conhecida como a capital da Ourivesaria, sai de Gondomar 60 por cento daquela que é a produção nacional do setor. Desde o metal bruto até à venda de joias em ourivesarias, o processo é longo e está presente um pouco por toda a cidade, em negócios familiares que se estendem ao longo do tempo e ao longo de várias gerações.

U

m bom exemplo disso é a empresa Moutinho -Chains Industry, uma empresa com mais de 40 anos que se afirma no mercado enquanto líder na produção de cadeados a metro. A empresa Moutinho foi fundada por António Cruz Moutinho ainda na década de 70. Hoje, após António Moutinho se ter reformado, quem está à frente do destino da empresa é a filha Isabel Moutinho, que nos explica mais sobre este negócio familiar que dá emprego a 10 pessoas. “Somos uma empresa consagrada de ourivesaria, mas a nossa produção é de cadeados a metro e componentes, para os próprios ourives fabricantes aplicarem no artigo. É ourivesaria de primeira linha”. Nas instalações da empresa é recebido o metal em estado bruto para depois ser transformado em cadeados – nos vários modelos e espessuras – para os clientes fazerem as suas peças. A empresa tem clientes um pouco por todo o país, incluindo as ilhas. A Moutinho -Chains Industry fez grande investimento em tecnologia avançada e conta com colaboradores com formação dada pela empresa para cada uma das máquinas disponíveis, uma vez que não existe, em Portugal, esse tipo de formação específi-

à crise. “É como tudo. Houve um grande aumento de preço das matérias primas e a procura baixou. Mas vai-se mantendo”.

Planos para o futuro A nível de concorrência, Isabel Moutinho considera que a concorrência nacional não é forte neste setor, além disso diferenciou-se da concorrência existente através do investimento em tecnologia. Para o futuro pretende, acima de tudo, manter o trabalho feito até aqui. “Pelo menos manter como Isabel Moutinho, Sócia-Gerente

ca. Além disso, tratando-se de maquinaria muito sensível é muito importante o conhecimento especifico para proceder à manutenção das mesmas.

Um setor que não é indiferente à crise Isabel Moutinho está na empresa desde o início da década de 90 e viu o negócio evoluir com os altos e baixos inerentes a qualquer empresa. A Moutinho -Chains Industry não ficou indiferente à crise pela qual o país tem vindo a passar. Ao longo dos anos, o negócio tem vindo a decair devido

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“Somos uma empresa consagrada de ourivesaria”. estamos, mas claro que pensamos sempre em evoluir. Mas isso depende do mercado”. A Moutinho -Chains Industry afirma-se como uma empresa líder no setor, numa área muito específica e inicial do processo de ourivesaria que torna Gondomar a Capital da Ourivesaria.


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ORIGINALIDADE E CRIATIVIDADE AO SERVIÇO DO SEU NEGÓCIO Líder na construção e montagem de stands, a CBS abre o leque de serviços através da musealização de espaços internacionalmente (re)conhecidos. O crescimento da CBS tem sido notório e a confimação deu-se com o crescimento do volume de negócio e ao serem galardoados com o prémio PME líder 2017.

Entrevista a Tiago Névoa, Administrador da CBS.

A

presente-nos a CBS - Creative Business Solutions. Apesar de estarmos no mercado há cerca de quarenta anos, a projeção da CBS iniciou no final de 2010, início de 2011, por iniciativa de um grupo de pessoas que faziam parte da antiga Construtora da Ferraria. Foi a união entre as pessoas, a experiência e competências técnicas e o conhecimento dos mercados nacionais e internacionais, que permitiu alavancar da empresa de uma forma rápida e solidificar este projeto. O crescimento sentiu-se desde o primeiro ano, o que nos permitiu continuar a inovar e a receber novos projetos, mas os quarenta anos de experiência das pessoas que compõem a empresa, no setor da produção e na parte administrativa, foram pilares essenciais para o sucesso da CBS. Atualmente trabalhamos em praticamente todo o mundo, desde a Europa, à Ásia ou os Emirados Árabes Unidos. 126 | Revista Business Portugal abril 2018

Tiago Névoa, administrador

O core business da CBS é a construção de stands. Entretanto alargaram a vossa panóplia de serviços? O nosso core business é a conceção, produção e montagem de stands para feiras nacionais e internacionais. Apesar de sermos uma empresa voltada para a internacionalização, quase todos os nossos clientes marcam presença nas maiores feiras internacionais, não descuramos a presença nas feiras nacionais. A nossa dimensão aliada à génese internacional e global, que nos carateriza, levou-nos a sair de Portugal e atualmente estamos presentes no mundo todo. Essa cobertura a nível internacional é solicitada por clientes nacionais, maioritariamente no setor vinícola, e de clientes internacionais, que atuam nos mais diversos setores. Esta combinação, permite-nos exibir trabalhos de elevada qualidade,


CREATIVE BUILDING SOLUTIONS

aumentando a nossa visibilidade e atrair potenciais novos clientes. A qualidade dos nossos serviços e a diversidade dentro deste negócio levou a que os clientes nos fossem desafiando a abrir o leque de serviços, tais como a conceção de showrooms, lojas e espaços de exposição. Fomos evoluindo nesta área até que nos foi apresentado um novo desafio, que nos enche de orgulho, que é a área da museologia. Os museus fazem também parte do vosso portofólio! Sem dúvida que sim. Fomos investindo nesta área e, com o passar do tempo, os nossos trabalhos começaram a ser reconhecidos e temos atingido o objetivo comercial que administração propõe às suas equipas que é o de fazer um museu por ano. Inauguramos, há cerca de um mês, o CIVT – Centro Interpretativo do Vale do Tua, o MMIPO - Museu da Misericórdia do Porto, que ganhou o prémio de melhor museu em 2016, também foi feito por nós. No nosso portefólio consta, entre outros, o Museu do Sapato de São João da Madeira, o Museu do Dinheiro de

Lisboa e o Museu do Futebol Clube do Porto. A recetividade da CBS a novos projetos e a abertura do leque de serviços surge, não só da capacidade de resposta e necessidade de inovar, mas também devido à sazonalidade da nossa atividade principal. Dentro da área da museologia, o nosso contributo pode ser apenas na parte de construção, bem como todo o apoio técnico à elaboração e desenvolvimento do design. Referiu que os maiores clientes nacionais são os do setor vinícola. Qual foi o último evento que realizaram para eles? Foi na maior feira de vinhos que ocorre na Europa, em Dusseldorf, a Prowein. O setor já nos conhece e praticamente todos os representantes nacionais estão presentes. Em números montamos uma área de, aproximadamente, três mil metros quadrados, num total de vinte stands e para o efeito foram disponibilizados três dias

e meio de montagem, vinte e um camiões e levamos uma equipa de oitenta e seis pessoas. Ao mesmo tempo tínhamos mais equipas espalhadas pela Europa e fora dela a realizar outros eventos. Ao longo dos anos foram enfrentando vários desafios diariamente. Quais os que destaca? Uma das dificuldades que temos vindo a sentir é a falta de mão-de-obra e temos vindo a trabalhar com as entidades locais, nomeadamente o Centro de Emprego, de forma a ver estas falhas colmatadas. Desenvolvemos um trabalho interessante com o centro de emprego local e, sempre que é possível e os interesses laborais correspondem, admitimos novos funcionários. Tem acontecido, com alguma frequência, admitirmos pessoas, e pessoas que nunca trabalharam nesta área e acabam por superar as nossas e as próprias expectativas. Damos-lhes margem de progressão para que nos mostrem as suas capacidades e adaptamo-los às necessidades profissionais da CBS. A nossa equipa conta com excelentes profissionais mas o investimento na formação de quadros mais jovens, será sempre uma

prioridade de forma a garantir o futuro e o sucesso da empresa. A CBS recebeu o prémio PME Líder. Este reconhecimento deixou-vos orgulhosos? Era um prémio que perseguíamos há algum tempo. Aplicamos um rigor diário em todos os processos de gestão e este símbolo vai transmitir ainda mais confiança aos nossos clientes. A CBS é uma empresa séria, sólida e competente que transmite a segurança que os clientes precisam para assegurar as suas participações nas feiras, a qualidade dos museus ou no espaço que pretendem inaugurar. As negociações com os nossos clientes decorrem em Portugal, mas os eventos são realizados a dois ou três mil quilómetros dos nossos escritórios e os clientes depositam toda a confiança na equipa da CBS, este prémio veio reconhecer o esforço e trabalho desenvolvido pela CBS.

abril 2018 Revista Business Portugal | 127


PENA TRAVEL

QUALIDADE EM PRIMEIRO LUGAR A Revista Business Portugal traz até ao leitor um exemplo de sucesso e de empreendedorismo: a Pena Travel, empresa de viagens e turismo em Lousada.

Distingue-se pela qualidade do serviço, formação e qualificação dos motoristas”: assim se inicia a nossa conversa com Tito Brandão acerca da Pena Travel e de que forma esta empresa se distingue no mercado. Vocacionada para a área do turismo e com serviços regulares especializados na área da formação profissional durante a semana, a Pena Travel não padece de falta de serviço. Possui a sua própria frota, constituída por 10 viaturas, as quais podem ter desde 9 lugares a 55. Este autocarro com 55 lugares poderia ter mais capacidade, pois tem 13,80 metros de comprimento, ao contrário dos 12 normais, havendo mais espaço entre bancos, proporcionando mais conforto aos passageiros na viagem. Para além dessa comodidade, os passageiros poderão usufruir de televisão, wi-fi, máquina de café, entre outras. São nove os colaboradores que compõem a empresa. Os motoristas recebem formação paga pela empresa no sentido de conhecerem as

Tito Brandão, gerente

suas responsabilidades e estarem bem informados relativamente a cumprimento de horários, segurança rodoviária, socorrismo, e assim por diante. Tito Brandão revela não ter dificuldade em encontrar motoristas, ao contrário do que é afirmado por muitas empresas. O empresário acredita que isso se deve ao bom ambiente entre colegas, bem como uma relação respeitosa entre chefia e colaboradores. “A minha primeira aposta é nos funcionários”, expõe. “Eles são o que constitui a nossa casa e a nossa imagem”. São o cartão de visita para os clientes, os quais reconhecem o seu mérito e essa questão traduz-se, muitas vezes, na escolha pelos serviços da Pena Travel: “há quem nos escolha porque dizem que temos motoristas que conhecem todos os locais dos serviços, isto porque fazem o trabalho de casa, e são simpáticos”. A maior parte dos serviços são nacionais, mas também se deslocam até ao estrangeiro. “Fazemos roteiros para quem queira”, explica, inclusive na rota do românico, que tem sede em Lousada. Tudo é uma questão de orçamentos e de chegar a acordo em relação ao que se pretende. Se apenas olha ao preço do serviço, a Pena Travel não será a escolha mais indicada para si: aqui serve-se qualidade em primeiro lugar. A empresa de viagens e turismo nasceu em Penafiel e mudou-se definitivamente para Lousada. O fundador e atual administrador, depois de ser empregado noutras empresas, decidou arriscar por conta própria, o que fez em outubro de 2002. Inicialmente só com um autocarro, depressa teve de aumentar a sua frota e desde então que a empresa tem crescido: “sobrevivi à crise com qualidade de trabalho, a Pena Travel nunca deu prejuízo”. Até 2020, Tito Brandão gostaria de entregar a empresa aos seus colaboradores e ter umas merecidas férias. Para já, vai adquirir duas viaturas novas, uma de 55 e outras de 22 lugares.

A maior parte dos serviços são nacionais, mas também se deslocam até ao estrangeiro.

Rua General Humberto Delgado Ap. 36 n.º 22, 4620-659 Silvares, Lousada Telemóvel 919 755 022 Telefone 255 096 863 Email penatravel1@gmail.com

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JANSSEN PORTUGAL

QUINTA SÃO FRANCISCO

Propriedade localizada a 6km de Cinfães do Douro, em plena região do Douro, possibilitando momentos verdadeiramente únicos, quer em turismo cultural, vinícola ou gastronómico. Lugar com vista panorâmica sobre a barragem do Carrapatelo e o rio Douro. A casa possui três quartos de casal, dois quartos com um cama individual, quatro casas de banho, sala de jantar/estar e cozinha totalmente equipada. Dispõe de estacionamento privativo e sala de jogos (mesa de snooker). No exterior encontra uma piscina privada nas margens do rio, belos jardins para caminhar,uma churrasqueira, mobiliário de jardim e um amplo terraço. A sua localização permite ao hóspede um tranquilo passeio de barco pelo rio Douro, subir a serra com o pastor e seu rebanho,trilhar a pé pela serra do Montemuro e pelo vale do Bestança. Nas proximidades terá acesso aos restaurantes (4km), supermercado (3km) e praia de rio (2km). O local é propicio a atividades ao ar livre como caminhadas, vinhedo e desportos náuticos.

Morada Lugar de São Cristóvão de Nogueira 4690-551, Cinfães do Douro

Coordenadas GPS 41.09544342, -8.10893503

Telemóvel 912 543 270 - Isabel Moreira

abril 2018 Revista Business Portugal | 129


ADEGA COOPERATIVA DE LOUSADA

VINHO DA SENHORA, ROSADO COMO AS CAMÉLIAS A Adega Cooperativa de Lousada associou a sua mais recente marca de vinho ao maior símbolo do concelho, promovendo as suas tradições. Com um projeto de inovação, o presidente Francisco Meireles pretende dar um novo rumo ao produto vinícola da região.

A

pelidada de Vila das Camélias, Lousada é também o berço da adega cooperativa mais antiga na região do vinho verde, que surgiu em 1955. Atualmente, o presidente Francisco Meireles procedeu a uma reorganização da produção vinícola do concelho que se tem revelado um sucesso emergente. A adega adquiriu a marca do Vinho da Senhora e criou uma simbiose com a camélia, um dos maiores símbolos de Lousada, onde todas as casas senhoriais tinham um jardim embelezado por estas flores. “À base de castas Espadeiro, o Vinho da Senhora é um vinho rosado, bastante fresco e floral e com uma garrafa muito apelativa”, descreve Francisco Meireles, que propôs a ideia de associar o vinho à flor. Este novo conceito agradou e contou com o apoio da Câmara Municipal. “Um trabalho que teve muita adesão das pessoas e se revelou um autêntico sucesso”, acrescenta. A primeira colheita, realizada no ano passado, foi lançada em 2018 e já se encontra em todos os bares e restaurantes e alguns supermercados do concelho de Lousada.

Francisco Meireles, presidente

qual ainda recorremos a serviços externos”, aclara o presidente no início do segundo mandato. Exportar é outro dos objetivos traçados por Francisco Meireles, visto que para já a Adega Cooperativa de Lousada apenas fornece para o mercado nacional, nomeadamente vinhos de mesa e espumantes. No entanto, outras ideias inovadoras vão surgindo: “Serei capaz de associar outros vinhos à Festa das Camélias, como um frisante branco”, revela.

Além disso, está também presente em alguns estabelecimentos de Matosinhos e Porto e o objetivo do presidente é chegar ainda ao Algarve. Com uma produção anual de 1.5 milhões de litros, a Adega Cooperativa de Lousada tem cerca de 700 associados, recebendo produção de mais de metade. “Estamos a receber cada vez mais e com mais qualidade dos nossos produtores vinícolas, que têm cada vez mais gosto em se associarem ao novo projeto da instituição”, revela Francisco Meireles, presidente há quatro anos. Em 2014, no início do primeiro mandato, a primeira medida foi «arrumar» a casa e equipá-la com equipamentos apropriados, como prensas e cubas de fermentação. “Agora estou a tentar melhorar o processo de vinificação e implementar o engarrafamento, para o

Adega Cooperativa de Lousada Boavista, Silvares - 4620-638 Lousada Telefone 255 912 174 Fax 255 912 972 Email acooplousada@mail.telepac.pt 130 | Revista Business Portugal abril 2018

abril 2018 Revista Business Portugal | 130



CARLOS SERAFIM - MÁQUINAS AGRÍCOLAS

ASSISTÊNCIA TÉCNICA FIÁVEL Sediada em Lousada, mas com pontos de venda em Paredes, Penafiel, Amarante, Felgueiras, Castelo de Paiva, Cinfães e Paços de Ferreira, a Carlos Serafim – Máquinas Agrícolas tornou-se uma referência no mercado graças à sua fiabilidade e qualidade de trabalho. Carlos Serafim e Arminda Cunha explicaram-nos o segredo do seu sucesso.

Carlos Serafim e Arminda Cunha, gerentes

A

Carlos Serafim – Máquinas Agrícolas comercializa e faz serviço de reparação geral em todo o tipo de máquinas agrícolas e/ou florestais, inclusive nas marcas que não comercializam: “o cliente que não tem as nossas marcas futuramente pode ter. Estamos preparados para responder aos problemas de todos”. As máquinas industriais (úteis na construção, por exemplo, na movimentação de terras) também estão presentes no portefólio da empresa. Deslocam-se até ao cliente para reparar no local a avaria ou encarregam-se de transportar a máquina até à oficina, o que é preferível, admitem os empresários, “facilita o trabalho, o custo para o cliente é quase o mesmo e poupa-se tempo”. Carlos Serafim Cunha já tinha reputação em Lousada, graças aos seus longos anos de experiência na área de maquinaria agrícola. “Desde os 12 anos que trabalho nesta área com o meu pai, tenho gosto por este

trabalho”, contou-nos. Em 2003, tomou conta do negócio, tornando Carlos num empresário em nome individual. O volume de negócios foi aumentando, situação que se verificou em todo o percurso da Carlos Serafim – Máquinas Agrícolas: “fomos sempre crescendo e há cinco anos atrás criamos uma unipessoal. Entretanto tornamo-nos concessionários de tratores, das marcas McCormick e LS Tractor, e mais recentemente, em outubro do ano passado, da Massey Ferguson”, intervém Arminda Cunha. A esposa trabalhava na área da contabilidade até que se tornou necessária na empresa lousadense. Decidiram arriscar trabalhar em conjunto e “tem corrido bem”, admitem. Concordam nos métodos de gestão, ambos se descrevem como “terra a terra” e arriscam de forma calculada, dando “um passo de cada vez”. Essa ponderação é, provavelmente, o motivo pelo qual têm vindo a crescer sustentadamente de ano para ano, inclusive durante a crise económica que afetou todos os setores profissionais de Portugal: “analisamos sempre os anos anteriores. Em relação a 2016 e 2017 houve um acréscimo de cerca de 40 por cento, muito em virtude da venda dos tratores”. “Há oito anos criamos de raiz estas instalações, as quais precisam constantemente de aumento. Temos de criar a estrutura para termos condições de trabalho”, prosseguem os nossos interlocutores, “distinguimo-nos pela relação próxima com o cliente, qualidade de serviço e por sermos dignos de confiança. Não estamos só a vender as marcas que representamos, mas sim a marca Carlos Serafim. A nossa mais-valia é que sempre aprimoramos a parte da oficina: a assistência. A oficina tem muito trabalho e um funcionamento sustentado, as vendas de tratores são um extra que nos permite uma folga orçamental e visibilidade”. Assim se diferenciam. Para o futuro, o casal de empresários gostaria de aumentar o espaço de armazenamento de peças e a capacidade da oficina. Não duvidamos que, tal como até agora, o que está por vir será construtivo.

Carlos Serafim - Máquinas Agrícolas, Unip. Lda. Morada: Rua Mouro de Cima, nº592 4620-053 Caíde de Rei

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Tel./Fax: 255 911 456 Tlm.: 917 904 896 Email: csmaquinasagricolas@gmail.com



JUNTA DE FREGUESIA DE CADIMA

CAPITAL DO TREMOÇO Cadima, freguesia portuguesa do concelho de Cantanhede, com 26,99 km² de área e 2.963 habitantes, pertence ao distrito de Coimbra. Situada numa vasta e fértil região gandaresa, no centrosul do concelho, a cerca de seis quilómetros da cidade de Cantanhede e de 12 quilómetros da vila da Tocha, é riquíssima culturalmente, concebendo todos os anos várias atividades que enriquecem ainda mais esta terra.

A

freguesia, que é formada por 24 localidades, é dona de uma gastronomia rica e variada, onde o património humano se afirma riquíssimo pois em cada lugar encontra pessoas humildes e hospitaleiras. Regina Marise dos Santos Pessoa, a jovem presidente, cresceu na freguesia e confessa ter sempre estado ligada à terra e às suas raízes. Além de estar à frente do executivo que representa a freguesia de Cadima, Marise Pessoa, faz parte de um dos grupos folclóricos por valorizar a preservação dos costumes e das tradições da sua terra. A presidente desde muito jovem que acompanhou o percurso do seu pai que além de empresário foi presidente da junta de freguesia de Cadima. Marise Pessoa reconhece que sempre admirou todo o trabalho realizado pelo seu pai ao longo dos anos na freguesia e a aproximação que este sempre manteve com todos os residentes. Quando surge o convite para assumir a candidatura ao cargo de presidente, a jovem diz ter aceite o desafio de continuar a lutar pelo bem comum da comunidade e a preservação cultural e natural de Cadima. O maior desafio para Marise Pessoa é conseguir satisfazer as necessidades dos habitantes que são cada vez mais exigentes, recorrendo aos escassos recursos económicos. A presidente reconhece que nem sempre os orçamentos são adequados às necessidades das autarquias mais rurais e

Cadima tem boa economia local, todos os recursos e tranquilidade necessários para proporcionar a todos os seus habitantes uma ótima qualidade de vida. Para finalizar a entrevista, Marise Pessoa deixa uma mensagem: “faço votos para que nos visitem e venham conhecer toda a nossa riqueza quer a nível gastronómico quer em património natural, histórico, e cultural. Convido a desfrutar de passeios pedestres ou até de bicicleta pelas paisagens belíssimas e naturais de Cadima, através dos vários roteiros que percorrem todas as atrações desde a Praia Fluvial de Olhos da Fervença, os moinhos de água, os Fornos de Cal, as paisagens do Carvalhal da Mata do Zambujal, a Igreja Paroquial de Cadima, a Capela de Santo Amaro – Quintã (monumento histórico instituído na 1ª metade do séc.XVI, pertenceu ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, época em que o Rei D. Manuel I assinou a outorga de Carta de Foral de Cadima a 23 de agosto 1514), a Capela do Senhor das Necessidades, entre outros pontos turísticos. Em nome do executivo, a presidente garante “o que nos move são as pessoas da Freguesia de Cadima”. Marise Pessoa revela também que num futuro próximo será realizado maior investimento turístico de forma a divulgar e promover a região e uma constante conservação de todo o património existente.

Marise Pessoa, presidente

dispersas. Contudo, o executivo recorre a planeamentos anuais bem construídos e com o imprescindível apoio da Câmara Municipal de Cantanhede, de forma a responder apropriadamente a todas as carências da freguesia. A freguesia de Cadima é rica em tradições com a realização de várias festividades ao longo do ano. A Feira do Tremoço é um dos acontecimentos mais marcantes da freguesia. No último fim de semana de maio de cada ano, a feira é realizada no Parque da Praia Fluvial dos Olhos da Fervença, preservando o produto regional e a profissão de tremoceira ainda existente nos dias de hoje. A Feira do Tremoço torna-se também fundamental para apoiar as associações locais que permite a estas estarem presentes e tirarem os rendimentos necessários para a sua dinamização. Este ano ocorre no fim de semana de 25, 26 e 27 de maio. Um dos maiores desafios da freguesia continua a ser manter os mais jovens na terra, no entanto, a presidente garante que

Rua Frederico Garcia Secades, nº. 43 3060-094 Cadima - Cantanhede Telef: 231 411 050 Fax: 231 411 081 Email:freguesiacadima@gmail.com www.freguesiadecadima.pt

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