Abr.
“O NOSSO CORE BUSINESS É FAZER CRESCER O NEGÓCIO DOS NOSSOS CLIENTES” Rita Rocha, Empresária
Distribuição: Gratuita com o Diário de Notícias / Dec. Regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID
LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | ESPECIAL SAÚDE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 1
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ÍNDICE
Nota de boas-vindas...
Abril 2022
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ESPECIAL SAÚDE
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LIDERANÇA:
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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
A excelência organizacional é o patamar que todas as empresas aspiram alcançar e é sustentado pela cultura organizacional, pelos seus valores basilares e, essencialmente, pelo seu capital humano. A cultura de excelência atinge-se com pessoas, capazes de liderar equipas, orientadas e focadas para o cumprimentos de tarefas, metas e resultados, de acordo com a visão e estratégia global da empresa, criando valor para os clientes e stakeholders. A inovação e qualidade apresentam-se como fatores de grande importância, uma vez que são cruciais para assegurar a competitividade da empresa, mas também o comprometimento dos colaboradores, fornecedores e parceiros no desenvolvimento de uma cultura de excelência. Nesta edição de abril, a Revista Business Portugal continua a seguir o seu propósito de destacar empresas e empresários que têm mostrado a capacidade de adaptar o seu modus operandi, estratégias e modelo de negócios, percebendo que este é o tempo de arregaçar as mangas e lutar com mais afinco. Estamos aqui para ajudar nessa luta!
Fernando R. Silva
APOSTAS E DESAFIOS
FICHA TÉCNICA Editor/Propriedade: António Fernando A. R. Silva | Redação e Publicidade: Av. República 2208 - 3º Drt Centro Frt, 4430 -190 V N Gaia | Diretor: Fernando R. Silva | E-mail: geral@revistabusinessportugal.pt/Comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt/Redação: redacao@revistabusinessportugal.pt | Telf: 223 700 510 | Distribuição: Gratuita com o jornal Diário de Notícias | Dec.regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Nº Registo ERC 126515 Impressão: YellowMaster | Avenida João Azevedo Coutinho nº643, 2755-101 Parede Estatuto Editorial: Disponível em www.revistabusinessportugal.pt/estatuto-editorial Periodicidade: Mensal Abril 2022 Tiragem: 25.000 exemplares
REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 3
LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | RR & NP
“O NOSSO CORE BUSINESS É FAZER CRESCER O NEGÓCIO DOS NOSSOS CLIENTES”
Rita Rocha, CEO
Rita Rocha, CEO da RR&NP – Business e Development, em entrevista à Revista Business Portugal, faz um balanço do percurso da empresa e das suas diferentes áreas de negócio, salientando ainda a importância de uma equipa unida e comprometida para fazer prosperar a empresa e os seus projetos. A Rita é de nacionalidade brasileira, o que a levou a abrir a sua própria empresa em Portugal? Conhecia Portugal por motivos profissionais e, após algumas viagens de negócios e, posteriormente, de férias familiares, decidi investir num imóvel e o consultor que me atendeu na altura, sugeriu-me abrir uma sociedade comercial. Apaixonei-me por Portugal por vários aspetos e, este foi um dos principais motivos, para além da grande rede de relacionamento profissional que já tinha na Europa. A RR&NP Business Development está prestes a completar cinco anos de existência. Que balanço é que faz do percurso percorrido até aqui? Em 13 de Julho de 2017, nasceu a nossa empresa que tinha como principal atividade, o investimento imobiliário. Nos dois primeiros anos, fizemos muito pouco, principalmente por estar a viver em Angola, mas a partir de novembro de 2019, quando decidi finalmente vir viver para Portugal, ganhámos outro ritmo. 4 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Mudei o core business da empresa para seguir os mesmos padrões de serviços que tinha com a minha empresa em Angola, a RR Consultoria & Coach. O ano de 2020 veio como um turbilhão para nós, e não só por conta da pandemia, mas pela necessidade que sentia de inovar como nova empreendedora neste mercado. Sim, sofremos com a pandemia, mas também crescemos. Criámos uma app própria e exclusiva para reuniões com os nossos clientes e parceiros, com salas de reuniões e videoconferências de alta qualidade, chat de conversas privadas e possibilidade de criação de grupos, pastas de documentos, tudo no nosso servidor próprio, 100% controlado pela nossa equipa técnica em parceria com a Hoomweb do Brasil, nas versões mobile ou desktop. Ao nível dos serviços, o que é que os clientes podem encontrar na RR&NP? A nossa especialidade é em estratégias para o desenvolvimento de negócios, a nível internacional, consultoria empresarial, e estudos de mercado de difícil acesso, principalmente no continente africano. Em 2021, tornámo-nos importadores e distribuidores de petróleo bruto e os seus derivados, metais e pedras preciosas, e por conta da nossa grande experiência em investimentos de grande dimensão, tornámo-nos parceiros de grandes instituições financeiras na América e Europa, com quem criámos e gerimos fundos de investimentos para os nossos projetos e para clientes privados.
RR & NP | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO
“O nosso negócio é fazer o negócio do nosso cliente crescer”, e, assim, conseguimos atender desde médias empresas e investidores como os grandes clientes, mesmo a níveis governamentais. O lema da organização é valorizar o capital humano que colabora com os vossos projetos, abrindo portas e grandes oportunidades. Nesse sentido, quantas pessoas trabalham com este propósito? Descreva a equipa da RR&NP. Ainda somos uma equipa pequena, mas com uma perpetiva enorme de crescimento ainda em 2022, graças ao nosso novo projeto de distribuição de produtos automotivos em Portugal e Angola. Temos juristas e contabilistas externos de grande experiência e, internamente, somos quatro cabeças de operações: Eu, Rita Rocha – CEO e sócia-gerente; Enzo Willian – CFO e sócio; Raphael Pacheco – Gestor de Projeto e meu braço direito na empresa e a Dra. Filomena Pereira – Gerente da Sucursal Angola. Para além de nós os quatro, contamos com uma Filomena Pereira (Gerente da Sucursal Angola) e Rita Rocha (CEO), com os produtos da marca Wayne equipa muito comprometida na estruturação do nosso novo projeto em Portugal e Angola. A nossa meta é fechar 2022 com 40 pessoas diretas e outros Que metas espera cumprir ao leme da empresa nos próximos anos? prestadores de serviços indiretos em ambos os países. Somos uniO nosso foco agora está no projecto Wayne_PT e Wayne_Angola, dos e altruístas, com experiências em vários países e vindos de que já é um grande desafio, mas com grande potencial de cresciculturas diversas e, é por este motivo, que anunciámos o auxílio mento. Podemos não ter profunda experiência no sector, mas temos aos refugiados vindos da Ucrânia para Portugal. Sim, valorizamos o parceiros fortes, sabemos relacionar-nos, gostamos de aprender e capital humano e acreditamos que para crescer é preciso contribuir. lidar com desafios é lugar comum, ou seja... amamos isso! Sou mulher e das poucas neste sector, mas sei bem lidar com Que importância assume o facto de trabalharem com par- tudo que me espera lá à frente, nasci no nordeste do Brasil, cresci ceiros como a Wayne Automotive, Debs Corporation, CSG e venci em África e, acima de tudo, sou humilde, portanto inCapital Services Group e Hoomweb? fluencio a equipa e parceiros a seguirem comigo rumo ao sucesso Juntos somos mais fortes! Somos adeptos desta máxima, e as dos nossos negócios. Como líder, entendo que partilhar ganhos é parcerias são o nosso forte e fazem parte do meu perfil Rita Rocha, muito importante e sou adepta disso, se eu cresço todos à minha Conectar. E, assim, nasceu a parceria com a Debs Corp, uma mul- volta têm de crescer. tinacional de origem Japonesa para as commodities alimentares; Um exemplo disto foi indicar a nova Gerente da Sucursal AnCSG Capital nos EUA com as estratégias de investimento e con- gola, Filomena Pereira, que apesar de não ser sócia oficialmente sultoria financeira; e a Hoomweb que é a responsável pelo nosso ainda, é uma investidora dos nossos projetos e desafios, e será a software e toda a criação e Gestão de Marketing da nossa empresa. nossa cara em Angola, a sua terra natal. E assim é com todos os E a mais recente conquista no que tange à OPORTUNIDADE, membros que abraçam com lealdade e confiança os nossos dea WAYNE Automotive, indústria de peças e óleos lubrificantes de safios. Por fim, aproveito para agradecer ao Raphael, Enzo (meu origem americana (Texas), a qual representamos oficialmente e filho), Angela, Ruth, Gilberto, Gaspar (meu marido), Patrick, exclusivamente para Portugal, Espanha e todo o continente afri- Edna, Lídia, Marlene e todo o pessoal, independente do cargo cano. Somos como uma família, ajudamo-nos, aprendemos uns que ocupam, são todos parte dos resultados de sucesso da mesma com os outros e crescemos para além da nossa relação comercial. família, a RR&NP. ´
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LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | SANDRA R. SANTOS
O IMPORTANTE PAPEL DOS PSICÓLOGOS Sandra Santos, especialista em Psicologia Clínica e da Saúde, revela que esta é uma profissão que está constantemente a adaptar-se e reajustar-se às necessidades dos clientes e, por isso, é tão importante investir na formação.
Sandra R. Santos, Psicóloga Clínica
A Sandra é especialista em Psicologia Clínica e da Saúde. A que se deve a escolha desta vertente? Quando me inscrevi na universidade sempre pensei em ir para a área criminal ou da justiça, mas com o avançar do curso percebi que a área clínica e da saúde era aquela com que mais me identificava e que me realizava profissionalmente. Nesse sentido, acabei por me especializar então nesta área. Terminou o seu percurso académico há alguns anos e continua a investir na sua formação. Acredita que isto é fundamental para conseguir encontrar as soluções ideais para cada cliente? Sem dúvida! Em qualquer área devemos procurar formação constante, pois a todo o momento existem novos conhecimentos e avanços científicos. Nesta área de trabalho, com as pessoas e com a sua saúde mental, temos uma necessidade acrescida de o fazer, pois com as mudanças sociais também as pessoas mudam individualmente e a formação permite-nos compreender essas mudanças e adaptar o nosso trabalho às novas exigências e necessidades.
Sandra R. Santos
Psicologia Clínica 6 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Em que momento é que decide criar o seu próprio gabinete? Que serviços são disponibilizados aos clientes? Decidi criar o meu próprio gabinete quando a gestão de agendas com os locais em que me encontrava se começou a tornar mais difícil devido ao volume de clientes que me procuravam. Nesse momento, fez-me sentido procurar um local onde não estivesse limitada à disponibilidade dos espaços e dos horários de terceiros. Senti também que era importante criar o meu próprio espaço terapêutico, adaptado ao meu trabalho e às necessidades dos meus clientes, com o setting que a consulta psicológica deve ter, o que nem sempre se verificava nos outros locais onde estava. Quanto aos serviços, disponho da consulta psicológica, que inclui a avaliação inicial e o acompanhamento psicológico, Avaliação e Reabilitação Neuropsicológica, sessões de Aconselhamento Parental, Supervisão Clínica para Psicólogos e supervisão de estágios profissionais para aqueles que estão a iniciar a sua entrada na profissão, e Consultoria Profissional para Psicólogos, onde realizo apoio nesta viagem de se tornarem profissionais independentes. A questão da saúde mental está, cada vez mais, na ordem do dia. Considera que é importante abordar esta componente da saúde tendo em conta que a grande maioria das pessoas ainda tem medo ou vergonha de falar sobre doenças do foro psicológico? É essencial, não apenas para podermos desmistificar alguns estigmas e mitos, mas também para permitir à população uma maior literacia nesta área. Há ainda muita falta de conhecimento sobre o papel e as funções do psicólogo, o que fazemos, que a Psicologia se trata de uma ciência e não de esoterismo. Não lemos mentes nem fazemos adivinhação. Trabalhamos com base em métodos científicos validados e com eficácia. Ao longo dos últimos anos, temos vindo a conseguir, cada vez mais, sensibilizar a população para a importância de cuidar da sua saúde mental, bem como informar sobre as doenças do foro mental que ainda são um grande tabu. Contudo, a Psicologia é uma área recente enquanto ciência e, por isso, ainda temos um longo caminho a percorrer para que a sociedade aceite, reconheça e credibilize a doença mental como faz com as doenças físicas.
Telemóvel: 913 683 024 Website: www.sandrarsantos.pt Email: psicologa@sandrarsantos.pt Locais: Rua Cerâmica do Vouga 15, 3º Q, 3800-011 Aveiro
REMAX G4 RIO | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO
“HOJE SINTO-ME COMO UM PEIXE NA ÁGUA” Vita Lains, Consultora Imobiliária da Remax G4 Rio, revela o motivo da mudança da produção audiovisual para o ramo imobiliário, mantendo aquele que é o seu lema enquanto profissional: “trabalho, dedicação e confiança”. Comecemos por conhecer um pouco mais sobre si. Como é que começou o seu percurso profissional? Em que momento decide ser consultora imobiliária? Trabalhei na produção audiovisual durante quase três décadas. Passei por todas as etapas... Em 2006 abri a minha produtora e até 2017 trabalhei no regime de prestação de serviços a estrangeiros, sobretudo em publicidade. O mercado foi ficando menos interessante e procurei uma alternativa, uma atividade mais tranquila. Acumulei contactos e respeito profissional e procurei algo onde isso fosse uma mais-valia. Pensei em várias alternativas e acabei por enviar a minha candidatura espontânea para algumas marcas imobiliárias. Para meu espanto, todas me queriam! E hoje sinto-me como um peixe na água: contacto com pessoas, tenho o desafio de problemas para resolver, a imaginação necessária para encontrar soluções e o uso da palavra e da empatia como principal “arma”. Ser consultora é um complemento direto de tudo o que fiz até aqui chegar! Qual o seu olhar sobre o presente e o futuro do mercado imobiliário? O mercado imobiliário é um segmento diferente das outras atividades económicas. As pessoas vão sempre precisar duma casa! A compra e venda de imobiliário em Portugal está muito enraizada. As pessoas valorizam os bens imóveis, tanto para uso habitacional, como enquanto fonte de rendimento. É verdade que estamos a enfrentar uma guerra na Europa, que o futuro é incerto e que a crise é já uma realidade. Mas acredito que neste sector sempre que se fecha uma porta, abrem-se inúmeras janelas! Defina Vita Lains enquanto mulher e profissional. Acredita que o cunho feminino pode trazer algo de diferente às empresas? Sempre conciliei tranquilamente a minha vida pessoal e familiar com o desenvolvimento da minha carreira no imobiliário. É uma questão de gestão de tempo e prioridades. Nesta atividade, e como alguém disse no passado dia 8 de março, os consultores vendem casas, as consultoras vendem lares! As mudanças estruturais que as sociedades mais desenvolvidas têm sofrido ao longo das últimas décadas não são alheias ao facto de a mulher ter vindo a assumir um papel cada vez mais presente e preponderante nas empresas, na política, na educação e na informação. Sem dúvida, o papel das mulheres não podia ser mais decisivo!
Vita Lains, Consultora Imobiliária
Para terminar, gostava de deixar algumas palavras às mulheres que, tal como a Vita, ambicionam fazer uma carreira de sucesso, assumindo um papel de destaque no seio das organizações? O sucesso deve ser medido em função das ambições de cada pessoa. Fico feliz quando os meus resultados (transações e faturação) atingem os meus objetivos e são, por isso, excelentes. Mas o meu maior sucesso foi consegui-lo sem nunca ter abdicado de ser quem sou. Por esse motivo, receber uma carta de recomendação de um cliente ou o reconhecimento dos colegas são a minha maior satisfação, que celebro com família e amigos! As mulheres devem permanecer fiéis a si próprias, ser focadas nos seus objetivos e saber equilibrar as várias dimensões da sua vida. Tudo isto se consegue com uma atenção constante, com uma intenção firme, uma boa dose de autoestima e muito trabalho, mas não necessariamente demasiado trabalho. Se descuramos as outras dimensões da nossa vida, podemos ganhar muito dinheiro e ter o reconhecimento dos outros, mas faltará algo por preencher. Mais importante do que trabalhar muito, é trabalhar bem. E para se trabalhar bem, tem de se gostar do que se faz e de como se faz!
REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 7
LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | H PARTNERS FOR LIFE
“EU FAÇO O QUE SOU”
Eugénia Fonseca, CCO
Arrojada, corajosa, determinada, assim é Eugénia Fonseca. O seu trabalho é a sua missão, uma vez que assume uma profunda identificação com aquilo que faz, por isso afirma que sabe que foi para isto que nasceu, em entrevista à Revista Business Portugal. A Eugénia licenciou-se em Direito, em que momento decide voltar-se para a área da Saúde? No preciso momento em que colocaram o meu filho, acabadinho de nascer, em cima do meu peito, soube que deixaria a advocacia. Apesar de ter adorado o curso de direito, e talvez deva a este fascínio o facto de ter sido a melhor aluna da universidade e a única que, ainda antes de ter terminado a licenciatura, já tinha um convite para assistente universitária, a verdade é que o exercício da advocacia me desiludiu. O facto de acrescentar a maternidade à minha vida, mudou o meu rumo pessoal e profissional para muito melhor. Não sabia, ainda, no entanto, mas começa a reafirmar-se na minha vida o gosto pela psicologia, pelo funcionamento dos padrões mentais e emocionais, pelos fenómenos da motivação humana, pela comunicação interpessoal e pela PNL, tudo motivado pela necessidade de compreender o que na altura, me parecia incompreensível!
www.h-partners-for-life.com
8 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL
www.h-executive.com
É assim que acabo por me especializar nestas áreas e decido começar o meu projeto que tem duas marcas distintas: - Uma marca pensada e estruturada para endereçar os desafios específicos tanto dos profissionais de saúde, quanto dos seus pacientes; - Uma marca pensada para os desafios específicos de grandes empresas e multinacionais, onde se incluem processos de aculturação na aquisição de marcas, comunicação interpessoal eficiente, melhoria da comunicação interdepartamental, consultoria na contratação de equipas compatíveis e complementares e avaliação de perfis psicológicos e emocionais. Como se define enquanto mulher e profissional? Sou arrojada, corajosa, determinada e, acima de tudo, fiel a mim mesma e ao propósito de deixar um mundo melhor. O meu trabalho é a minha missão, tenho uma profunda identificação com aquilo que faço e sei que foi para isto que nasci. Eu faço o que sou. Que serviços são disponibilizados ao cliente e as suas mais-valias? Somos uma holding de transformação, consultoria e coaching, com duas marcas (a H-partners-for-life e a H-Executive), cada uma adaptada às necessidades especificas do seu público-alvo. A H-partners-for-life, é a marca dedicada ao mundo da Saúde e aqui damos resposta aos desafios e às necessidades de profissionais da saúde e dos pacientes. Para pacientes disponibilizamos essencialmente coaching one to one, com resultados incríveis ao nível da determinação, motivação e recursos emocionais para enfrentar situações muito desafiantes; e o walking with the patient onde as dinâmicas são em grupo. No caso dos profissionais de saúde temos uma oferta riquíssima e, pelo menos até agora, somos os únicos a atuar nesta área. Temos programas que desafiam médicos, o “doctors out of the box”; outros que desafiam enfermeiros, o “nurses out of the box”; e programas para equipas e lideranças. Criámos tudo de raiz, nesta área inventámos a roda das competências não técnicas. Isto permitiu-nos crescer enquanto profissionais, estudar, trabalhar e aprender ainda mais. Isto desenvolveu o nosso conhecimento técnico e científico e colocou-nos à prova em termos emocionais! A H-executive é a marca dedicada aos desafios específicos das grandes empresas e multinacionais. Aqui trabalhamos temas como a liderança, a comunicação interdepartamental, processos de aculturação nas aquisições, coaching executivo, team coaching, gestão de grandes negócios familiares, entre outras. Em todo o tipo de organizações, desde o grande retalho, até à construção civil, passando pelas tecnologias da informação. Tal como comprovo diariamente que os programas de intervenção da H-executive tornam as lideranças, os colaboradores e as equipas, mais eficientes, motivados e felizes. A principal competência de um decisor é saber discernir a diferença entre um gasto e um investimento! A H é um investimento, isso já provamos várias vezes e os nossos clientes sabem, por isso a nossa maior e mais barata fonte de publicidade é o “passa palavra”.
CARINA SOARES ADVOGADOS | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO
A IGUALDADE DE GÉNERO AINDA É UM DESAFIO NOS MAIS ALTOS NÍVEIS DA CARREIRA O avanço da mulher em posições de liderança é inegável, não sendo o seu progresso no Direito e na Advocacia exceção. Com efeito, há ainda um longo caminho a percorrer, principalmente na Advocacia. Embora exista um maior equilíbrio, esse cenário ainda não se aplica aos cargos de liderança, sendo frequente a questão da igualdade de género num quadro funcional. Neste cenário, a diversidade sempre agrega com a decorrente natureza plural da mulher que, por assumir vários papéis desde sempre, tem uma maior sensibilidade para entender a complexidade de cada indivíduo. E, tendencialmente, as mulheres são mais empáticas, metódicas, com a simultaneidade da assertividade e da firmeza. Porém, na generalidade, o percurso das mulheres é mais difícil e menos facilitado. Na Advocacia (e no Direito em geral), com efeito, as oportunidades para liderança estão longe de serem equivalentes entre homens e mulheres, numa desigualdade de oportunidades, decorrentes de procedimentos tradicionais da promoção profissional. É consabido que, tanto a Advocacia como os negócios, foram áreas inicialmente exclusivas dos homens (designadamente o Direito Penal criminaliza os ilícitos financeiros designando-os de “colarinho branco” numa alusão à indumentária dos executivos), colocando as mulheres num papel secundário, decorrente das diferenças incutidas pela forte cultura anglo-saxónica. Sendo a área da advocacia uma área em que o acesso aos cargos de topo não é de fácil acesso às mulheres. A Advocacia constitui um sistema fechado, adveniente das obrigações legais e morais. Mas a advocacia transacional apresenta várias semelhanças organizacionais com as empresas. Entre essas semelhanças, encontramos as questões discriminatórias que se colocam à igualdade, levantando-se frequentemente a questão da igualdade de género na igualdade de oportunidades numa vertente de função garantística do direito ao desenvolvimento da personalidade.
Carina Soares, Advogada
Problema social este que a desigualdade de oportunidades conforma, com a Advocacia e a área de negócios a serem originariamente profissões estruturadas para um universo masculino, numa unidimensionalidade masculina estando as mulheres pouco representadas em cargos de liderança. O que não deixa de ser discricionário com o facto de a advocacia ser uma área tendencialmente paritária, onde as advogadas já são a maioria entre as mais jovens e, aos poucos, têm conquistado posições de liderança. Mas a equidade ou a igualdade de género ainda é um desafio nos mais altos níveis da carreira sendo consabido que o maior avanço nas carreiras jurídicas, nos últimos anos, decorre da crescente inserção das mulheres nas posições de liderança e, apesar do aumento do número de mulheres na profissão, as Advogadas ainda não representam a maioria na liderança. Destarte, apesar do crescimento exponencial do número de mulheres na advocacia este crescimento encontra dificuldades e desafios, designadamente em posições de liderança nos escritórios de advogados, num modelo pautado pela lógica masculina. Contudo, estamos numa época de profundas transformações económico-financeiras, com um incontestável reflexo nas organizações, num surto de competitividade que faz com que as estruturas organizacionais evoluem para verdadeiros modelos empresariais e, creio que seja uma questão de tempo até que haja um equilíbrio, num futuro de maior digitalização, com a aceleração de digitalização de processos, e perceber-se um novo modelo de flexibilização, numa sociedade pretensamente mais equitativa.
REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 9
BREVES
Saúde
Dia Mundial da Consciencialização do Autismo O Dia Mundial da Consciencialização do Autismo (World Autism Awareness Day) ou simplesmente Dia Mundial do Autismo é comemorado no dia 2 de Abril, data definida pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo prende-se com a necessidade de esclarecer a população mundial sobre o Autismo, que consiste num distúrbio neurológico caracterizado pelo comprometimento da interação social, comunicação verbal e não-verbal e comportamento restritivo e repetitivo.
Dia Mundial da Atividade Física Este dia celebra-se a 6 de abril e visa promover a prática de atividade física junto da população, assim como mostrar os benefícios do exercício físico. A prática regular de atividade física apresenta inúmeras vantagens, entre elas: evita o excesso de peso e a obesidade, previne o aparecimento de doenças, reduz a tensão arterial, melhora a auto-estima, reduz o stress e contribui para a concentração e para o bem-estar físico e psicológico.
Dia Mundial da Doença de Parkinson O Dia Mundial da Doença de Parkinson tem lugar a 11 de abril. Neste dia internacional da doença de Parkinson realizam-se iniciativas pelo mundo inteiro com o objetivo de informar e consciencializar a população mundial para a doença. A Doença de Parkinson é uma doença neurológica degenerativa do sistema nervoso central, ainda sem cura, pautada pela destruição das células nervosas. Os principais sintomas são: tremores quando em repouso, rigidez muscular, lentidão de movimentos, dificuldade em realizar movimentos repetitivos e alterações no equilíbrio quando em movimento.
10 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Dia Mundial da Saúde O Dia Mundial da Saúde é celebrado anualmente a 7 de abril. A data foi escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A cada ano, a organização escolhe um tema central para ser debatido no Dia Mundial da Saúde, o qual passa a ser uma prioridade na agenda internacional da OMS. O objetivo deste dia é sensibilizar e educar para a importância dos cuidados de saúde e de estilos de vida saudáveis.
Dia Mundial da Voz Comemora-se a 16 de abril e a celebração da data tem por objetivo alertar para a importância da voz e dos cuidados necessários para a preservar. No Dia Mundial da Voz, centros hospitalares e associações promovem rastreios gratuitos e alertam a população para os cuidados a ter com a voz, prevenindo eventuais problemas na voz, através do diagnóstico precoce. Os principais cuidados a ter com a voz são: fazer uma alimentação equilibrada, rica em fibras e proteínas; beber bastante água e praticar exercício físico; não gritar em excesso nem em tom agudo; falar pausadamente; não fumar nem abusar de bebidas gasosas; e dormir bem.
Dia Mundial da Hemofilia O Dia Mundial da Hemofilia celebra-se a 17 de abril. O objetivo deste dia é consciencializar as populações para a hemofilia e para outras desordens sanguíneas. A hemofilia é uma anomalia do sangue caracterizada por uma demora ou uma falta de coagulação, sendo que a menor ferida pode provocar uma grave hemorragia. Esta é uma afeção hereditária, transmitida pelas mulheres, que ataca sobretudo os homens.
Especial Saúde
Abr.
GSK Consumer Healthcare Mariana Carvalho General Manager
DIA MUNDIAL DA SAÚDE REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 11
GSK CONSUMER HEALTHCARE PORTUGAL
“A INOVAÇÃO É UMA COMPONENTE ESSENCIAL DO NOSSO ADN” Mariana Carvalho, General Manager da GSK Consumer Healthcare Portugal, em entrevista, destaca a jornada de crescimento e transformação na liderança de uma equipa comprometida, cujo espírito de colaboração e parceria têm permitido alcançar os objetivos da organização. Simultaneamente, revela que a GSK CH tornar-se-á em 2022, uma companhia independente, líder mundial de Consumer Healthcare.
Mariana Carvalho, General Manager
A Glaxo Smith Kline (GSK) é uma das maiores multinacionais farmacêuticas e a sua unidade de Consumer Healthcare (CH) disponibiliza um portfólio de marcas bem conhecidas. Que marcas gostaria de destacar e qual a importância da inovação em todo o desenvolvimento dos produtos da GSK Consumer Healthcare? A GSK CH Portugal, tem um portfólio alargado de marcas, na sua maioria líderes nos diferentes segmentos onde atuam, e que todos os dias ajudam a saúde de tantos consumidores portugueses. Destaco Voltaren no Alívio da Dor, Centrum em Multivitamínicos, Sensodyne em Sensibilidade Dentária, Parodontax em Saúde Gengival, entre outras. A liderança destas marcas reflete a preferência, confiança e a relevância que as mesmas têm para os consumidores portugueses e para os profissionais de saúde. A marca Centrum por exemplo, acaba de ser eleita pelo 22º ano consecutivo, marca de confiança (Seleções Readers Digest) no segmento de multivitamínicos. Para a GSK CH, a inovação é uma componente essencial do nosso ADN. Trabalhamos para oferecer produtos inovadores e de qualidade superior, suportados pela ciência e pelo conhecimento humano, que os nossos consumidores confiem e os nossos profissionais de saúde recomendem. Por exemplo, Centrum, não poderia deixar de apoiar a população portuguesa no momento de pandemia que vivemos nos últimos dois anos, lançando Centrum Imuno-C, uma fórmula rica em Vitamina C, Vitamina D e Zinco (entre outros) que constitui uma ajuda extra para o sistema imunitário.
12 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Para um futuro próximo e, seguindo a tendência de “self-care”, a marca Centrum promete um portfólio de inovação adequado a várias necessidades. Também na categoria de saúde oral, temos apostado em trazer novidades para os consumidores, com o objetivo de melhorar a saúde oral dos portugueses. Já este ano de 2022, lançámos a nova Aquafresh Naturals com embalagem reciclável, natural e vegan, a nova pasta de dentes Parodontax Gengivas, Sensibilidade e Hálito e, ainda, a nova Sensodyne Nourish, recém lançada e dirigida aos consumidores que buscam ingredientes naturais e querem prevenir-se contra a sensibilidade dentária. Sendo a GSK CH uma unidade de medicamentos de venda livre, é de supor uma maior intervenção do farmacêutico no aconselhamento ao utente. Que relação tem a GSK CH Portugal com o canal farmácia? A GSK CH Portugal tem uma relação de confiança, transparência e respeito com os nossos clientes. Cada vez mais, é de enorme relevância a proximidade que devemos ter com os nossos clientes, para que possamos identificar e dar resposta às suas necessidades, bem como às dos nossos consumidores. Assistimos a uma tendência crescente na proatividade dos consumidores em cuidar da sua saúde e do seu bem-estar; as nossas marcas assumem um papel relevante a responder a estas necessidades, bem como o farmacêutico ou profissional de saúde, na sua recomendação. É nas farmácias que os consumidores têm contato com os nossos produtos, que vão à procura de uma solução para as suas necessidades e, por isso, sem dúvida, as farmácias são um parceiro fundamental e um pilar estratégico no nosso negócio.
GSK CONSUMER HEALTHCARE PORTUGAL
Neste sentido, na GSK CH cooperamos com as farmácias para prestar o melhor serviço ao consumidor, através de uma constante disponibilização de treinos e informações científicas, assegurando que os profissionais de saúde beneficiam da melhor e mais atualizada informação e, por conseguinte, possam fazer as melhores recomendações aos consumidores, para que estes tomem as melhores decisões para cuidar da sua saúde. O capital humano continua a ser a principal força motriz do progresso e desenvolvimento de grande parte das empresas. Como é que a GSK CH está presente no nosso país? A GSK CH tem presença direta em Portugal, onde conta com uma equipa extraordinária de profissionais, que trabalham diariamente com um enorme espírito de compromisso, empenho e resiliência, para oferecer às pessoas os melhores e mais inovadores produtos do mercado para cuidar da sua saúde, no dia a dia. Em Portugal, somos com muito orgulho pelo segundo ano consecutivo, um “Great Place to Work”. O nosso propósito como referi anteriormente, é entregar melhor saúde no dia a dia, com humanidade. Transformar esse propósito em realidade, começa com a nossa experiência como colaboradores (o capital humano, como refere), porque sabemos que quando nos sentimos no nosso melhor, apresentamo-nos no nosso melhor e damos o nosso melhor. Costumo dizer que, as pessoas são o ativo principal de qualquer organização e são elas, que com o seu compromisso, com a sua motivação, liderança, visão e profissionalismo, fazem as grandes empresas andarem para a frente. Como líderes, para promovermos o progresso e o desenvolvimento das organizações, é crítico que saibamos manter um canal aberto de comunicação, de envolvimento, onde o respeito, a confiança, o espírito de colaboração e parceria estejam sempre presentes. Assumiu o cargo de General Manager da GSK Consumer Healthcare Portugal há cerca de seis meses. Como tem sido a jornada de liderança nesta biofarmacêutica multinacional? Juntei-me à equipa GSK CH em 2018, como Head of Commercial Excellence, quando regressei a Portugal, após uma experiência internacional noutra companhia. Em 2020, fui nomeada Country Manager e há seis meses, com a implementação do novo modelo operativo, fui nomeada General Manager. Quando olho para os últimos anos, não poderia ficar mais emocionada, orgulhosa e feliz. Tem sido uma jornada de grande crescimento, de desafios, de conquistas e de transformação. Como em qualquer jornada de liderança, há altos e baixos, certezas e incertezas, mas o importante é olhar para trás e ver o que conquistámos, o que aprendemos e, acima de tudo, o que criámos, o que ensinámos e as pessoas que impactámos. Lídero atualmente uma equipa que está comprometida, que dá o seu melhor e que trabalha com um espírito de colaboração e parceria que nos permite atingir com sucesso os objetivos a que nos propomos. E sinceramente... não há nada mais recompensador. Atualmente, vivemos na GSK CH a viagem mais emocionante das nossas vidas; de nos tornarmos em 2022, uma companhia independente, líder mundial de Consumer Healthcare. Este é, sem dúvida, um desafio emocionante que temos pela frente, que estamos a preparar e que pessoalmente abraço com grande entusiasmo.
Como prevê o futuro da GSK Consumer Healthcare Portugal? Haverá novidades para breve? Como referi, 2022 será um ano histórico para todos nós. Um ano verdadeiramente excitante. Durante o segundo semestre de 2022, a GSK será separada em duas empresas líderes, ambas sediadas no Reino Unido, e com o objetivo de continuar a melhorar a saúde de milhões de pessoas em todo o mundo. Haleon é a nossa nova identidade para a divisão de Consumer Healthcare da GSK. A Haleon chega numa altura em que a saúde é verdadeiramente importante para todas as pessoas e para as comunidades em que operamos. Haleon (pronuncia-se “Ei-li-on”), nasceu inspirada na conjunção de “Hale”, uma antiga palavra inglesa que significa “boa saúde” e “Leon”, que está associada à “força”. ‘Haleon’ torna real a nossa visão de tornar a saúde do dia a dia mais acessível, mais sustentável, inclusiva e apoiada pela inovação. Na Haleon continuaremos a desafiar-nos para melhorar as soluções que oferecemos aos nossos consumidores, sempre a pensar nas suas necessidades de cuidados de saúde. Continuaremos focados em liderar o crescimento do nosso sector através do nosso portfólio de marcas líderes nas suas categorias. E continuaremos a oferecer inovações que se baseiam no nosso profundo conhecimento das pessoas e na nossa formação científica.
www.pt.gsk.com/pt-pt/ REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 13
DIA MUNDIAL DA SAÚDE
As Nações Unidas têm, desde o seu início, estado ativamente envolvidas na promoção e proteção da saúde em todo o mundo. A liderar este esforço dentro do sistema da ONU está a Organização Mundial da Saúde (OMS), cuja fundação aconteceu a 7 de abril de 1948, uma data que agora celebramos todos os anos como o Dia Mundial da Saúde. Inicialmente, foi decidido que as principais prioridades da OMS seriam a malária, a saúde das mulheres e das crianças, a tuberculose, as doenças venéreas, a nutrição e a poluição ambiental. Muitas continuam na agenda da OMS até hoje, além de doenças relativamente novas, como o VIH/SIDA, as diabetes, cancro e doenças emergentes, como o SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), o ébola ou o zika. Em 1948, a OMS assumiu a responsabilidade pela Classificação Internacional de Doenças, que se tornou o padrão internacional para definir e reportar doenças e condições de saúde. Desde a sua criação, a OMS contribuiu para muitas conquistas históricas no trabalho global de saúde pública. Algumas destas conquistas são: Antibióticos: (1950) A grande era da descoberta dos antibióticos atuais começa, e a OMS começa a aconselhar os países sobre o seu uso responsável. Poliomielite: (1988) A Iniciativa Global de Erradicação da Poliomielite de 1988 é estabelecida numa época em que a doença paralisava mais de 350 mil pessoas por ano. Desde então, os casos de poliomielite diminuíram em mais de 99% devido à vacinação contra a doença em todo o mundo. Varíola: (1979) Após uma ambiciosa campanha de vacinação global de 12 anos liderada pela OMS, a varíola é erradicada. Tuberculose: (1995) A estratégia para reduzir a tuberculose (TB) é lançada. No final de 2013, mais de 37 milhões de vidas foram salvas através do diagnóstico e tratamento de TB sob esta estratégia. SIDA, Tuberculose e Malária: (2001) O Fundo Global para o Combate à SIDA, Tuberculose e Malária, um novo mecanismo de parceria e financiamento inicialmente organizado pela OMS, é criado em colaboração com outras agências da ONU e principais doadores.
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Mortalidade infantil: (2006) O número de crianças que morrem antes do seu quinto aniversário fica abaixo de dez milhões pela primeira vez na história recente. Cardiopatia, diabetes, cancro: (2012) Pela primeira vez, os Estados-membros da OMS definiram metas globais para prevenir e controlar doenças cardíacas, diabetes, cancro, doenças pulmonares crónicas e outras doenças não transmissíveis. Surto do vírus do ébola: (2014) O maior surto da doença do vírus do ébola atinge a África Ocidental. O Secretariado da OMS ativou uma resposta sem precedentes ao surto, disponibilizando milhares de especialistas e equipamentos médicos; com a mobilização de equipas médicas estrangeiras e a coordenação e a criação de laboratórios móveis e centros de tratamento. Em 2016, a OMS anunciou zero casos de ébola na África Ocidental. Os funcionários da OMS, que incluem médicos, especialistas em saúde pública, cientistas e epidemiologistas e outros especialistas, estão no terreno em 150 países, em todo o mundo. Estes profissionais aconselham os ministérios da saúde sobre questões técnicas e prestam assistência em serviços de prevenção, tratamento e assistência em todo o sector da saúde. As intervenções da OMS abrangem todas as áreas do espectro global dos cuidados de saúde, incluindo a intervenção em situações de crise e a resposta a emergências humanitárias; o estabelecimento do Regulamento Sanitário Internacional – que os países devem seguir para identificar surtos de doenças e impedir que se propaguem; prevenir doenças crónicas; e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável relacionados com a saúde. Datas da ONU relacionadas com a Saúde Além do Dia Mundial da Saúde (7 de abril), as datas internacionais anuais relacionadas com a Saúde, proclamadas pela Assembleia Geral, incluem o Dia Mundial da Água (22 de março), o Dia Mundial da Consciencialização do Autismo (2 de abril), Dia Mundial Sem Tabaco (31 de maio), Dia Internacional contra o Abuso de Drogas e o Tráfico Ilícito (26 de junho), Dia Mundial da Saúde Mental (10 de outubro), Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro) e o Dia Mundial de Luta Contra a SIDA (1 de dezembro). Fonte: ONU – https://unric.org/pt/saude/
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DIA MUNDIAL DA SAÚDE | A IMPORTÂNCIA DOS MULTIVITAMÍNICOS
Carlos Reis, Nutricionista
OS ANTIOXIDANTES NO COMBATE AO ENVELHECIMENTO PRECOCE
O que é um radical livre? Num átomo, os eletrões distribuem-se em camadas à volta do núcleo. Quando a camada exterior não está completa este átomo fica instável e tende a interagir com outros fornecendo ou retirando os eletrões necessário de modo a completar a sua camada exterior. Na sua forma instável, estes átomos são extremamente reativos denominando-se radicais livres. Aqueles que mais atacam o organismo humano são os que se formam pela separação de uma molécula de oxigénio, resultando daí dois átomos onde faltam dois eletrões na camada exterior de cada um deles. Os radicais livres formam-se nas reações metabólicas normais do nosso organismo. Porém, fatores como o fumo do tabaco, poluição do ar, radiação, medicamentos, stress e álcool podem aumentar exponencialmente a sua produção. Como é que o radical livre ataca as células? Quando estes átomos de oxigénio instáveis se formam no organismo humano, eles atacam a molécula estável mais próxima, retirando-lhe os eletrões. Esta molécula “roubada” faz parte de uma qualquer célula de um qualquer órgão do nosso organismo e, ao perder um dos seus eletrões, fica, ela própria, um radical livre que, por sua vez, vai atacar uma molécula sua vizinha criando uma cadeia reativa que só termina, normalmente, com a morte da célula ou deformação do seu material genético, o ADN. Como nos defendemos dos radicais livres? O nosso organismo está preparado, até determinados limites, para se defender dos radicais livres, quer através de determinadas enzimas que os destroem quer pela ação dos antioxidantes. No entanto, se a produção de radicais é excessiva ou se as defesas estão limitadas podem surgir lesões. 16 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL
Os antioxidantes Os antioxidantes são moléculas que fornecem os seus eletrões aos radicais livres, não se transformando eles próprios em radicais, terminando, dessa forma, a cadeia reativa. Entre os mais potentes encontram-se as vitaminas C, E e A. O selénio, sendo fundamental no funcionamento da principal enzima que combate os radicais livres, insere-se também neste grupo. A vitamina E desempenha um papel fundamental no transporte de ácidos gordos polinsaturados no sangue, que são particularmente vulneráveis aos ataques dos radicais livres. Esta vitamina deixa-se atacar protegendo assim os ácidos gordos e transformando-se, ela própria, num radical livre até ser regenerada pela vitamina C. A vitamina C, além do papel fundamental que desempenha na regeneração da vitamina E, funciona ainda como poderoso antioxidante bloqueando a cadeia de reações. O betacaroteno, existente nos vegetais, transforma-se em vitamina A, quando o organismo dela necessita. Para se ter uma ideia do seu poder antioxidante registe-se que uma só molécula deste pigmento natural pode anular mil moléculas de radicais livres. O selénio é essencial para o funcionamento da glutationa peroxidade, uma enzima que destrói os radicais livres. Todos estes nutrientes não conseguem ser produzidos pelo organismo, logo terão de ser fornecidos, quer através da alimentação, quer por suplementos vitamínico-minerais. Tenha-se em atenção que a ação dos vários antioxidantes se complementa, por isso não devemos incidir a alimentação apenas em fontes alimentares de um deles. Se a opção for o uso de suplementos, eles deverão fornecer os antioxidantes em conjunto. Lutar contra os radicais livres é diminuir a probabilidade de ocorrerem doenças degenerativas crónicas. É, em suma, atrasar o nosso envelhecimento.
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DIA MUNDIAL DA SAÚDE | MALNUTRIÇÃO
MALNUTRIÇÃO: A NUTRIÇÃO CLÍNICA É UM DIREITO QUE (AINDA) NÃO ESTÁ ACESSÍVEL AOS PORTUGUESES
João Carlos Serra, Sales & Marketing Director Enteral Nutrition and Outpatient Market da Fresenius Kabi Pharma Portugal
Os profissionais de saúde, entre eles os nutricionistas, médicos, farmacêuticos e enfermeiros, demonstram cada vez mais uma maior sensibilização para a importância de incluir os cuidados nutricionais nos tratamentos globais de cada doente. Mas não são só os profissionais de saúde, também os doentes, os seus familiares e cuidadores procuram mais informação relativa à nutrição clínica, com o objetivo de gerir os seus sintomas de impacto nutricional e de ter acesso a melhores e mais adequados cuidado de saúde. Apesar do crescente interesse, as barreiras para a implementação de uma adequada e atempada terapêutica nutricional na gestão da malnutrição associada à doença, persistem. Começando, desde logo, pela falta de conhecimento entre os profissionais de saúde, que de uma forma transversal necessitam de formação contínua sobre as diretrizes e recomendações nutricionais, já que nos seus currículos académicos a nutrição clínica não está incluída. Urge que a formação académica dos profissionais de saúde inclua tópicos como a gestão nutricional da malnutrição e respetiva terapêutica com recurso a suplementos nutricionais orais, bolsas de nutrição entérica por sonda e/ou sacos de nutrição parentérica. A formação dos profissionais de saúde é, desta forma, um pilar estrutural, o qual consideramos como uma alavanca de melhoria no acesso aos cuidados nutricionais nos anos vindouros, e no qual iremos continuar a investir. Iremos continuar a apostar na formação continuada dos profissionais de saúde, que procuram cada vez mais informação, robusta e credível, sobre nutrição entérica, oral e sonda, e nutrição entérica e parentérica. E estamos a apoiar vários projetos para que, desde o início do seu percurso profissional, todos os profissionais de saúde possam ter acesso à evidência mais recente e às guidelines nesta área clínica, e que as consigam integrar nas suas práticas diárias de acompanhamento clínico. Acreditamos que a investigação clínica, a par da formação, é essencial para que as boas práticas nutricionais sejam efetivamente implementadas e disseminadas. Nesse sentido, apoiamos, de forma pioneira, diversas sociedades médicas com Prémios e Bolsas Anuais de Nutrição Clínica que prestigiam os melhores trabalhos na área da terapêutica nutricional em Portugal. Constatamos que estamos longe de conseguir que todos os doentes portugueses, que necessitam destas terapêuticas, tenham uma acessibilidade, não só de forma equitativa, mas também justa, aos produtos e serviços que necessitam para cumprir as suas terapêuticas nutricionais.
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Contudo, existem serviços de apoio ao domicílio, no caso da Nutrição Clínica o serviço KabiCare, o qual pode e deve ser recomendado a todos os doentes malnutridos ou com risco nutricional que necessitem de nutrição clínica, para que após a alta hospitalar a terapêutica nutricional não tenha de ser descontinuada, com o impacto negativo amplamente conhecido na recuperação do doente e no aumento das complicações clínicas, com consequente aumento dos custos de saúde. É de louvar todos os esforços que as diversas sociedades e associações médicas e profissionais, têm feito, ao longo dos últimos anos, para ativar e estimular a nutrição clínica, nas suas diversas vertentes, assim como para que os seus membros possam contribuir, de forma mais efetiva, para a malnutrição seja diagnosticada e que os doentes malnutridos ou em risco de malnutrição tenham acesso a um atempado acompanhamento nutricional. Têm igualmente trabalhado arduamente para que o vazio legal, relativo à falta de acessibilidade da nutrição clínica em Portugal, deixe de ser uma realidade em breve. Se noutros países europeus, a acessibilidade à nutrição clínica, no ambulatório/domicílio, é uma realidade legislada há décadas, em Portugal continuamos sem comparticipação às terapêuticas nutricionais e sem perspetiva de quando poderá passar a ser uma realidade efetiva para todos os doentes que necessitam delas para obter um adequado estado nutricional.
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MALNUTRIÇÃO Não será por falta de empenho das sociedades médicas e associações de doentes, por isso continuamos a questionar-nos porque é que a acessibilidade para a nutrição clínica em Portugal não é ainda uma realidade? Temos acesso à evidência clínica extensa e robusta, assim como exemplos de diversos países, que demonstram a eficácia, não só nos parâmetros clínicos como económicos, da melhoria alcançada com uma adequada terapêutica nutricional. Verificamos, assim, que a alteração e reforma de medidas governamentais, relativas à nutrição clínica, iriam contribuir para uma melhor gestão dos recursos humanos e financeiros das instituições de saúde. Sabemos, também, que as adequadas terapêuticas nutricionais permitem melhorar o estado nutricional dos doentes, o que leva a uma melhoria da tolerância e eficácia das terapêuticas farmacológicas (muitas vezes, muito dispendiosos), tendo ainda um impacto significativo e positivo na qualidade de vida dos doentes e familiares, pela redução da mortalidade e morbilidade, como infeções e dificuldade na cicatrização de feridas, e pela melhoria na mobili- dade e independência destes doentes. Reformulamos assim a nossa questão: o que faltará para que as entidades decisoras em Portugal possam olhar para a acessibilidade da nutrição clínica como um direito que devem garantir aos seus doentes? Não temos ainda uma resposta, mas estamos certos do nosso caminho e manteremos a motivação para cuidar da vida de todos os doentes. E tudo faremos, ao nosso alcance, para que a nutrição clínica e os profissionais que se dedicam a esta causa possam alcançar a valorização que a nutrição entérica e parentérica merecem e a acessibilidade vital para os doentes que delas necessitam.
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Nutrir o Corpo, Cuidar da Vida!
DIA MUNDIAL DA SAÚDE | ASTENOPIA DIGITAL
ASTENOPIA DIGITAL
Fernando Trancoso Vaz, Coordenador da Consulta de Glaucoma do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, E.P.E.
O Síndrome de Fadiga Ocular ao Computador, ou mais recentemente designado, Astenopia Digital (AD) é uma perturbação inespecífica transitória caracterizada por fadiga ocular e olho seco que surge em qualquer pessoa que esteja a utilizar um dispositivo electrónico (computador, tablets, ebooks ou smartphones) por mais de duas horas, seja do ponto de vista profissional/estudo seja por puro lazer. Tem por base um esforço visual para perto excessivo e/ou perpetuado com um estímulo permanente do reflexo de adaptação de focagem para perto (contração de músculos oculares intrínsecos - acomodação) e convergência (contração de músculos oculares extrínsecos). Como depende de músculos, quando estes são estimulados em demasia, observa-se primeiro manifestações relacionadas com a sobrecarga dos mesmos (astenopia) –, sensação de peso, cansaço ocular ou mesmo dores de cabeça e, mais ao final do dia, manifestações clínicas relacionadas com a sua falência – visão desfocada ao perto ao final do dia e lentidão de focagem quando se passa do olhar de perto para longe.
Por exemplo, ao concentrarmo-nos no que estamos a ler (maior fixação), diminuímos o número de pestanejos por minuto e, consequentemente, diminuí a lágrima que é bombeada para o olho durante este ato, o que associado a uma maior evaporação da lágrima (por o olho estar aberto) leva a queixas de olho seco (ardor, picadas, sensação de corpo estranho e lacrimejo compensador). Também se observa queixas musculares relacionadas com posturas incorretas e, por vezes, irritabilidade e diminuição da concentração. Se até ao ano de 2019 este tipo de queixas se observava mais frequentemente em certos tipos de profissões (teleperformance, call-centers, entre outros) ou atividades lúdicas (gaming, entre outras) com a pandemia e com o teletrabalho/telescola, todos nós tornámo-nos alvo desta perturbação ao aumentar o tempo que estamos perante estes dispositivos. Urge assim esclarecer que este problema é transitório, observando-se nos dias de maior atividade, em que estamos durante mais tempo a utilizar os dispositivos eletrónicos e que existem medidas que nos podem ajudar a ultrapassar este síndrome: 1. Consulta com um médico oftalmologista para corrigir erros refrativos (óculos) e dificuldades de convergência dos olhos ao ver ao perto, no entanto, se isso não se verificar, a AD surge mais precocemente e as medidas referidas serão insuficientes; 2. Evitar ambientes secos e fluxos de ar fortes (correntes de ar ou ar condicionado), ter uma iluminação ambiente não muito forte e bem distribuída na área de trabalho; 3. Mesa e cadeira adequadas e ergonómicas com boa distância ao computador (35-40 cm), muito importante; 4. Pausas regulares, desviando o olhar para longe, não sendo necessário interromper a atividade que estavam a realizar, e aqui pode-se aplicar a conhecida regra anglo-saxónica dos 20-20-20 (cada 20 minutos olhamos 20 segundos para 20 pés que corresponde a cerca de 6 metros.) 5. Utilização se necessário de lubrificantes oculares de preferência sem conservantes. Com estas medidas conseguimos minimizar, ou mesmo fazer desaparecer, as queixas de AD e poderemos usar os dispositivos electrónicos de uma forma ‘mais saudável’, sem qualquer repercussão ocular, mantendo a nossa produtividade e, ao mesmo tempo, a qualidade de visão, bem como melhorando a nossa qualidade de vida.
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DIA MUNDIAL DA SAÚDE | SAÚDE ORAL
SEM SAÚDE ORAL NÃO HÁ SAÚDE GERAL No mês em que se comemora o Dia Mundial da Saúde, salienta-se a oportunidade de abordar a conexão entre a saúde geral e a saúde oral e a sua relação bidirecional: uma boa saúde oral estimula uma boa saúde geral, e o inverso também é verdadeiro e uma não pode existir sem a outra. A boca é descrita como uma porta de entrada para os tratos digestivo e respiratório e a sua saúde um indicador chave de saúde geral, bem-estar e qualidade de vida. Uma boa saúde oral e bons hábitos de higiene oral podem ajudar a prevenir problemas de saúde graves – e, da mesma forma, uma má saúde oral pode aumentar a suscetibilidade a certas doenças e outras condições. A cavidade oral está exposta ao ambiente e desde muito cedo é colonizada por agentes infeciosos. Normalmente, as defesas naturais do corpo e os bons cuidados de saúde oral, mantêm as bactérias sob controlo. No entanto, sob certas circunstâncias, incluindo uma má higiene oral, as bactérias podem atingir níveis que podem levar a infeções orais, como cáries e doenças das gengivas. A manipulação dos dentes e das suas estruturas de suporte leva à libertação de bactérias existentes na cavidade oral para a corrente sanguínea, podendo atingir outros órgãos do corpo. Esta situação pode conduzir a doenças crónicas não transmissíveis tais como as cardiovasculares, as complicações diabéticas, as infeções respiratórias, artrite reumatoide, demência, assim como a maior taxa de partos prematuros e bebés de baixo peso à nascença. Todas estas doenças, orais e algumas sistémicas compartilham de fatores de risco comuns.
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As doenças crónicas não transmissíveis são a causa mais comum de morte e incapacidade, causando mais de dois terços das mortes em todo o mundo. Quando se fala nos impactos destas doenças na saúde pública, reforça-se o cancro, as doenças cardiovasculares, as doenças respiratórias crónicas, a diabetes e os distúrbios mentais e neurológicos. No entanto, outras condições, como as doenças orais, apesar de representarem um desafio de saúde pública mantêm-se subestimadas por quase todos os países do mundo e não são consideradas (nem cobertas) como um elemento integral dos sistemas de saúde. De facto, o Global Burden of Disease Study (1990-2017), analisando longitudinalmente a prevalência de 354 doenças, colocou em 1º lugar no ranking, as alterações orais, assim como as cáries não tratadas em dentes permanentes. A Organização Mundial de Saúde estima que as doenças orais sejam a terceira condição mais cara de tratar – e se uma abordagem curativa for adotada ao invés de uma abordagem preventiva, a despesa só será superada pelas doenças cardiovasculares e pela diabetes. Globalmente o impacto económico destas doenças orais totalizou 442 biliões de dólares em 2010, com os custos diretos a corresponderem a 4,6% dos gastos globais com saúde. O impacto das doenças orais não se resume só a dinheiro. Além das despesas diretas com o tratamento curativo, os custos indiretos resultam em milhões de horas perdidas na escola e no trabalho por ano.
SAÚDE ORAL | DIA MUNDIAL DA SAÚDE
Este impacto económico negativo, a longo prazo, dificulta o progresso individual, social e o desenvolvimento, com consequências significativas na qualidade de vida dos indivíduos e da sua participação na sociedade, bem como nos sistemas de saúde. Estudos recentes demonstram que os pacientes que receberam cuidados de saúde oral profissionais frequentes (em comparação com aqueles que não receberam) custaram ao sistema de saúde, significativamente menos, e resultaram em menos hospitalizações. A recente resolução sobre saúde oral aprovada pela Assembleia Mundial da Saúde, em maio de 2021, recomenda os Estados Membros o “fortalecimento da prestação de serviços de saúde oral como parte do pacote de serviços essenciais que oferecem a cobertura universal da saúde” e vem reforçar que os serviços de saúde oral, devem ser acessíveis universalmente, garantindo a equidade no acesso a esses serviços. As doenças orais podem ser silenciosas e muitas vezes percecionadas como uma consequência inevitável da vida e do envelhecimento, para as quais muitas pessoas não procuram tratamento profissional, mesmo quando precisam por razões várias, nomeadamente pelo custo, acessibilidade e pela ansiedade do tratamento que possam necessitar.
As doenças orais são evitáveis, podendo ser reduzidas ou prevenidas, por meio de medidas simples e eficazes, em todas as fases da vida, tanto a nível individual como populacional. Todo nós reconhecemos a importância de uma boca saudável - um sorriso brilhante, hálito fresco, gengivas e dentes saudáveis. E acrescentamos a estes benefícios uma redução do risco de várias doenças sistémicas. No Dia Mundial da Saúde – e todos os dias – faça escolhas certas e desenvolva hábitos que encorajem uma boa saúde geral e oral: • Escove os dentes pelo menos duas vezes por dia durante dois minutos. Use uma escova de cerdas média/macia e uma pasta de dentes com flúor; • Use o fio ou escovilhão diariamente para limpar os espaços entre os dentes; • Faça uma dieta saudável e limite alimentos e bebidas açucarados; • Evite o uso de tabaco e excesso de álcool; • Vigie regularmente a sua saúde oral junto de um profissional de saúde oral.
CUIDAR DA SAÚDE ORAL É CUIDAR DA SUA SAÚDE GERAL!
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DIA MUNDIAL DA SAÚDE | PRÓTESES DENTÁRIAS
PRÓTESES DENTÁRIAS O que é Prostodontia? É a área da Medicina Dentária que permite a reabilitação oral dos dentes em falta através de dentes artificiais, fixos ou removíveis. O que é uma prótese dentária? A prótese dentária é um aparelho com aspeto real, produzido em base acrílica, com a cor da gengiva, e com um novo conjunto de dentes com aspeto natural. As próteses dentárias podem ser fixas ou removíveis, de forma a reabilitar apenas os dentes em falta. Tipos de prótese dentária? As próteses dentárias podem ser parciais ou totais, fixas ou removíveis. As próteses parciais permitem a reabilitação oral apenas quando parte dos dentes da arcada dentária estão em falta. As próteses totais, também conhecidas como dentadura, são as próteses de toda a arcada dentária. Quando devo utilizar uma prótese dentária? A prótese dentária é uma solução eficaz para a reabilitação dentária após a perda parcial ou total de dentes e quando o implante dentário não é recomendado. A utilização da prótese deve ser efetuada logo que possível, desde que tenha uma boa saúde oral. É necessário esperar que tenha a gengiva saudável e bem cicatrizada em casos de extrações dentárias, assim como qualquer lesão na boca. O médico dentista irá avaliar a sua saúde oral e os tipos de tratamento viáveis para ter a devida recuperação oral. Causas para a perda de parte da dentição? A perda de um ou mais dentes acontece, na maior parte dos casos, por uma má higiene oral, que leva a perda de um ou mais dentes, devido a cáries ou outras lesões. Quando o médico dentista recomenda a extração do dente, já não há alternativas de recuperação do mesmo e deve avaliar-se, de imediato, a sua reabilitação. Razões para optar pela prótese dentária? A prótese dentária permite a reabilitação dentária de um ou mais dentes perdidos sem ser necessária a realização de cirurgias. O seu dentista irá recomendar a prótese dentária quando o tratamento através de implantes dentários não for adequado para o seu caso. Como utilizar uma prótese dentária removível? As próteses dentárias são apoiadas na gengiva, diretamente na mucosa oral. As próteses superiores cobrem todo o céu da boca, enquanto que as inferiores são feitas em formato de “U”, de forma a deixar espaço livre para a língua.
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Como utilizar uma prótese dentária fixa? Dentes artificiais fixos proporcionam um maior conforto e naturalidade. O tratamento para a colocação de uma prótese dentária fixa é realizado pelo Médico Dentista, após análise do melhor procedimento para o paciente. A colocação da prótese poderá ser realizada em dentes naturais que ainda tenha ou em implantes que já possua. Quais os benefícios do tratamento? – Reabilitação da mastigação de forma a recuperá-la – Melhorias na dicção – Melhoria da fisionomia do rosto – Melhoria da aparência e autoconfiança, devido ao aspeto natural dos novos dentes Quanto tempo levarei para me habituar à prótese dentária? As próteses dentárias são feitas sob medida, de forma a que o uso não cause nenhum tipo de desconforto. A habituação à utilização da prótese dentária é habitualmente rápida, não ultrapassando uma semana. Se sentir desconforto ou dúvidas quanto ao correto uso da sua prótese dentária, entre em contacto com o seu médico dentista. Quanto tempo dura uma prótese dentária? A durabilidade da prótese dentária também está ligada aos cuidados de higiene. Poderá ser necessário, após algum tempo, ajustes ou modificação na prótese, devido às alterações normais que ocorrem na boca com o envelhecimento. Quais os cuidados que devo ter com a prótese dentária? A higiene oral da prótese, dos dentes naturais e das gengivas, é imprescindível, assim como: – Ir ao seu médico dentista para o ajuste da prótese, pelo menos uma vez por ano – Ter cuidado ao manusear a sua prótese, para não a deixar cair – Escovar a sua prótese várias vezes por dia, para limpar restos de alimentos e evitar que fiquem amareladas – Escovar a gengiva, língua e palato antes de colocar a prótese – Não utilizar a prótese enquanto dorme Se a prótese trincar, ficar solta na boca ou partir, entre em contacto com o seu médico dentista. Como posso melhorar o conforto da minha prótese? Para melhorar o conforto da sua prótese pode utilizar um fixador, uma vez que estes ajudam a manter as próteses dentárias mais ajustadas, melhorando a estabilidade da mesma, proporcionando conforto e a sensação de que as próteses estão fixas. O uso de fixador pode facilitar a sua vida, permitindo uma maior liberdade e uma sensação de segurança. Quanto custa uma prótese dentária? O preço da prótese dentária é influenciado por diversos fatores, nomeadamente: – O tipo de prótese – O tamanho da prótese – O modelo da prótese “Cada caso é um caso” e é por isso que recomendamos que faça uma análise prévia do seu caso junto de um médico dentista, para saber qual é a solução mais recomendada para a sua reabilitação oral.
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DIA MUNDIAL DA SAÚDE | ORTODONTIA INVISÍVEL
ORTODONTIA INVISÍVEL
Drª. Sónia Gomes (OMD01618), Médica Dentista, com formação em Ortodontia, no Trofa Saúde Braga Centro
A Ortodontia é a área da Medicina Dentária que trata malposições dentárias, as quais podem provocar alterações mastigatórias, desequilíbrios, dores e luxações da ATM, assim como dificuldades fonéticas e estéticas. As malposições dentárias incluem protrusão dos dentes superiores ou inferiores (dentes inclinados para a frente), espaços interdentários (dentes afastados), apinhamento (dentes “tortos” e sobrepostos), entre outras. Geralmente, o tratamento ortodôntico é efetuado através da colocação de brackets, que podem ser metálicos ou estéticos, isto é, da cor do dente. Necessita de consultas de controlo mensais, durante cerca de 18/24 meses, após os quais os brackets são removidos e efetuada a contenção. Mas isto provavelmente já sabia. Também sabia que a correção dentária através de brackets é eficaz, mas que estes, por mais estéticos que sejam são sempre visíveis e podem provocar algum desconforto.
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E será que sabia que, atualmente, o tratamento de ortodontia se pode fazer com recurso a alinhadores invisíveis? E que assim ninguém vai notar que está a usar aparelho enquanto resolve os problemas de alinhamento dos seus dentes? Este tratamento consiste numa série de alinhadores transparentes, adaptados a cada caso, que, a pouco e pouco, movem os dentes, levando-os à sua posição correta. Para além da vantagem estética óbvia, estes alinhadores podem ser removidos para higiene oral, facilitando imenso esta tarefa. Além disso, não necessita de consultas de controlo todos os meses. O médico dentista decidirá, segundo cada caso, de quanto em quanto tempo precisará de fazer a consulta de controlo. Numa primeira consulta, será feita uma avaliação do seu caso e realizado um molde dos seus dentes, assim como radiografias e fotografias. Através destes dados é desenvolvido um modelo 3D computorizado, que lhe permitirá visualizar todas as fases do tratamento (número de alinhadores, duração do tratamento, movimentos a efetuar, entre outros) e até poderá ver o resultado final! Nesta fase, pode ser alterado qualquer aspeto do plano de tratamento. Este planeamento irá resultar numa série de alinhadores transparentes; cada um deles é usado durante duas semanas, até que se consiga por fim o alinhamento perfeito dos seus dentes, atingindo o objetivo final: um sorriso bonito. Tudo isto sem o desconforto dos brackets, sem feridas ou aftas que tanto incomodam, higiene oral facilitada e sem alterações de fala ou estética! No Trofa Saúde queremos que tenha o sorriso que sempre sonhou. Venha descobrir se o seu pode ser um Sorriso Invisível.
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ARTIGO DE OPINIÃO
DESAFIOS 5.0: PROMOVER O ESPÍRITO EMPRESARIAL Os desafios que Portugal enfrenta são vários, conhecidos e reconhecidos por todos. Se olharmos para a Estratégia Portugal 2030, estão lá praticamente todos, estruturados em quatro grandes agendas temáticas - As Pessoas Primeiro: um melhor equilíbrio demográfico, maior inclusão, menos desigualdade; Inovação, Digitalização e Qualificações como motores do desenvolvimento; Transição climática e sustentabilidade dos recursos; Um país competitivo externamente e coeso internamente. Tendo em conta que estas são agendas importantíssimas para o desenvolvimento da economia, da sociedade e do território português, a AEP – Associação Empresarial de Portugal lançou, recentemente, o programa Desafios 5.0 (https://desafios.aeportugal.pt/), que vai promover o espírito empresarial do Norte e Centro do país - regiões que concentram mais de metade do tecido empresarial - contribuindo para consolidar um novo perfil empreendedor, apoiado em ideias inovadoras e criativas, que possam responder a desafios societais. E o Desafios 5.0 fá-lo, de uma forma muito pragmática, através de ações que informam e capacitam jovens empreendedores, por forma a assegurar a geração de ideias inovadoras e a promover o empreendedorismo qualificado e criativo. O programa comporta três Call: Call for Ideias (ideias em fase embrionária); Call for Acceleration (startups em fase de constituição, ou mesmo projetos/ideias que se encontrem numa fase mais desenvolvida); Call for Needs (empresas empreendedoras e com espírito de mudança, que pretendam contribuir com desafios e empresários e quadros que queiram ser mentores).
Paula Silvestre, Diretora da AEP, Competitividade | Formação
O Desafios 5.0 é um exemplo do estímulo do network e do potencial de sinergias, juntando diferentes stakeholders, públicos e privados. Conta com o apoio institucional de empresários de referência, startups, entidades do sistema científico e tecnológico não empresarial, administração pública, nomeadamente municípios e outras associações empresariais. O programa, cofinanciado pelo COMPETE2020 através do Portugal2020 e do Fundo Social Europeu, facilita, apoia e incrementa a materialização das ideias de negócio e minimiza as dificuldades apresentadas por empreendedores, através de ações integradas que informam e capacitam jovens empreendedores. Estas ações irão orientar os participantes num quadro de inovação do ecossistema empreendedor e de resposta a desafios económicos e societais. A capacidade de relacionamento/networking que o Desafios 5.0 promove é um fator crítico de sucesso. Trata-se de tornar viável aquilo que, numa primeira fase, é apenas uma ideia, mas que pode ser um excelente negócio.
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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL Caminhamos a olhos vistos para aquilo a que chamamos de “era digital”, expressão que remete para os avanços tecnológicos de que a sociedade atual tem vindo a ser “vítima” nos últimos anos. Se a utilização destas ferramentas tecnológicas é benéfica para os cidadãos? Este é um tema que ainda divide muitas opiniões. No entanto, e ao que pudemos apurar, as organizações portuguesas têm tirado muito partido das mesmas. Nesta edição da Revista Business damos-lhe a conhecer alguns exemplos de empresas que apostaram no on-line, o que lhes proporcionou inúmeras vantagens, tais como: o aumento da visibilidade do negócio, o estreitamento do relacionamento com o cliente, a redução dos custos, uma alavanca no número de vendas e uma maior autoridade e visibilidade no mercado. Não estar no mundo digital significa estar um passo atrás, partir em desvantagem face à concorrência e ir perdendo espaço num mercado que, como sabemos, é cada vez mais competitivo.
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SMARTKISS | TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
“O MARKETING É EMOÇÃO” O amor pelo Marketing e, sobretudo, pela SmartKISS fez-se sentir ao longo de toda a conversa. Adriana Carneiro, em entrevista à Business Portugal, conta como soube fazer das fraquezas, forças e dar continuidade ao projeto que era o sonho do marido. Licenciada em Direito, Adriana Carneiro exerceu advocacia durante cerca de 5 anos. No entanto, e por motivos pessoais, passou mais de 22 anos da sua carreira associada à área comercial do sector bancário, onde exercia a função de Diretora de várias sucursais. Porém, foram novamente as circunstâncias da vida que a levaram a tomar as rédeas da empresa SmartKISS, fundada pelo marido Guilherme Almeida que sempre teve no Marketing e, por consequente, neste projeto, o seu grande sonho. Assim, a CEO viu-se obrigada a estudar e saber mais sobre a área do Marketing Digital, tal como refere em entrevista, “A minha vida deu uma volta de 180 graus e eu tive que tomar decisões e uma delas foi começar a estudar. Fiz vários cursos e especializações em Marketing tais como, certificado da Google, estratégias de Marketing, SEO entre outros, estando em curso, um MBA de gestão de empresas.” A sua experiência ligada à gestão de pessoas, financeira e comercial, foi fundamental e preponderante quando decidiu abraçar este grande desafio. A empresa Sobre a alçada do lema “keep it simple and stupid”, a SmartKISS disponibiliza aos seus clientes serviços que dizem respeito ao on-line mas também ao off-line. Este último refere-se, sobretudo, a outdoors, cartões de visita, pastas, cadernos, entre outros. Já no que ao on-line diz respeito, falamos da construção de websites, gestão de redes sociais, estratégia de criação de imagem, design… No fundo, esta empresa de Marketing e Publicidade assenta em três grandes pilares: a Inovação, a Criatividade e a proximidade com o cliente pois a entrevistada acredita que “na vida as pessoas são a nossa maior matéria-prima e, como tal, a proximidade com as mesmas vai marcar a diferença. “É isso que eu prezo e tento incutir aos meus colaboradores”, salienta. Esta relação baseia-se num acompanhamento constante que é feito junto dos clientes, no sentido de dar resposta às suas necessidades. Trata-se, tal como explica Adriana Carneiro de “fazer com que o cliente sinta que estamos ao seu lado e que esta é uma parceria alicerçada na seriedade e no profissionalismo”. A era da transformação digital Adriana Carneiro acredita que o futuro passa pela aposta no digital e na inovação e que as empresas que não fizerem destas vertentes uma prioridade estarão, certamente, um passo atrás comparativamente às restantes e o seu posicionamento no mercado será, muito provavelmente, inferior. Ainda assim, assume alguma tristeza pelo facto desta área ainda ser muito desvalorizada: “Vender Marketing é vender ar, só quando o fazem é que sabem que funciona e que dá muito trabalho. Fazer Marketing, é muito mais do que fazer um post. Infelizmente ainda há muitas pessoas que não entendem a importância desta área e desvalorizam o trabalho envolvido na
Adriana Carneiro, CEO
preparação das estratégias e da sua implementação, pois tem tudo que ser bem preparado e pensado”, afirma. “Ser hoje melhor que ontem e amanhã melhor que hoje” Em termos futuros, a entrevistada pretende continuar a apostar em boas pessoas, bons profissionais que sejam apaixonados pelo Marketing e que a acompanhem no sonho de colocar a SmartKISS num patamar mais elevado. Além disso, tenciona manter e aumentar a carteira de clientes, sempre com o intuito de evoluir de forma sustentada, tendo por base a paixão, o dinamismo, proximidade e inovação.
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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL | PRINFORMÁTICA
CONHEÇA A PRINFORMÁTICA: SOLUÇÕES QUE POTENCIAM O SEU NEGÓCIO “A PRinformática é uma empresa de Serviços de Soluções de Gestão Empresarial com 28 anos de experiência e atuação no mercado nacional e PALOP (Angola, Moçambique, Cabo Verde e São Tomé). Em entrevista à Revista Business Portugal, Paulo Ribeiro, Fundador e Diretor-Geral, dá a conhecer as áreas de atuação da empresa, assim como um pouco da sua história e raízes, evidenciando a experiência da equipa e a boa relação com todos os seus stakeholders como fatores distintivos da empresa”.
Paulo Ribeiro, Fundador
A PRinformática nasceu no Porto, em 1994. O que esteve na origem do projeto? Após oito anos como colaborador na prestigiada INFologia, acumulei vasta experiência no sector de Software de Gestão. Em 1993, criei empresa em nome individual e um ano depois fundei a PRinformática.
Por outro lado, também vejo a inovação de forma natural e faz parte, desde a sua génese, do ADN da empresa. Os desafios tecnológicos são imensos até porque estamos num sector altamente competitivo e em constante mutação, mas acho que estamos preparados para os enfrentar.
Como foram os primeiros meses de desenvolvimento da empresa? A PRinformática é uma empresa que nasce num pequeno escritório em São Pedro da Cova – Gondomar. Contratei o meu primeiro colaborador para o departamento técnico de hardware. Os primeiros anos foram muito intensos e desafiantes sobre todos os pontos de vista, a gestão da empresa, a criação de uma equipa forte, a afirmação no mercado, para além dos constantes desafios que as áreas de TI nos oferece a todo o momento.
Qual é a missão da empresa? A nossa missão consiste principalmente em ajudar os nossos clientes a aumentarem significativamente a sua eficiência e produtividade, através do estudo, desenvolvimento, implementação de soluções tecnológicas e de gestão de excelência que potenciem o crescimento mútuo, sempre com foco nas necessidades e especificidades únicas de cada cliente. Focamo-nos também no “bem servir”, tendo uma equipa de técnicos e consultores especializados e certificados em software Primavera.
Como avalia o crescimento da empresa ao longo dos anos e quais os principais desafios? Avalio de forma muito positiva porque foram, até agora, 28 anos de desafios e inovação constantes.
Que serviços e soluções disponibilizam ao mercado? A PRinformática atua principalmente na área da consultoria, desenvolvimento e implementação de soluções informáticas para pequenas, médias e grandes empresas.
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PRINFORMÁTICA | TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
Desde soluções simples, como a área do comércio - Retalho e Restauração - até às soluções mais complexas de gestão - Softwares de Produção, Construção Civil e Obras Públicas, Gestão de Armazéns, Análise de Dados e Gestão de Manutenção. Nos últimos anos, temos vindo a alargar as nossas competências, nomeadamente na área digital (Websites e Lojas On-line) com total integração no ERP Primavera. A mais recente aposta da empresa foi a certificação em IDI (Norma NP 4457:2007) pela SGS na área de Investigação & Desenvolvimento, aumentando também os seus recursos e as suas competências. Como surgiu a vossa parceria com a Primavera ? É uma história quase tão “antiga” como a nossa empresa. Somos parceiros Primavera desde 1995, um ano depois da empresa nascer. Desde cedo, percebemos a importância das parcerias e que juntos somos mais fortes. Mais do que uma parceria, é uma relação de confiança, que nos tem permitido crescer juntos, ao longo de todos estes anos. “Parabenizamos a PRinformática pelo trabalho desenvolvido aos longo dos anos e desejamos que esta parceria, assente em valores de entreajuda, transparência e confiança, nos permita continuar a crescer em conjunto”, refere Lia Dias, Marketing Specialist da Primavera. Por se preocuparem em servir bem o cliente, também investem na formação dos seus colaboradores? A formação é uma aposta contínua. Acreditamos que cada pessoa é responsável pelo seu desenvolvimento e por isso procuramos perceber as suas motivações, de maneira a melhorar as nossas competências, assim como a qualidade dos nossos serviços. Daí, dar total liberdade a cada colaborador para procurar uma área do seu total interesse, alinhada com a estratégia da empresa. O que podemos esperar da empresa num futuro próximo? Continuar a crescer de forma sustentada e responsável, procurando sempre a máxima satisfação dos nossos clientes. No sector das TI, particularmente, deparamo-nos com constantes paradigmas, mas é nosso propósito continuar a acompanhar essa evolução procurando fazer sempre o melhor para servir os nossos clientes.
Passadas quase três décadas, tem uma empresa com mais de 1000 clientes ativos, num sector que evoluiu exponencialmente, tal como a concorrência. O que considera que tem sido essencial neste percurso e que vos distingue no mercado? Existem alguns fatores pelos quais a PRi se distingue de muitas outras empresas de consultoria. Primeiro, somos uma empresa de confiança e sólida, que dá garantias a quem opta pelos nosso serviços, que continuará a ter todo o acompanhamento personalizado do que necessita. Algo muito importante no negócio do software, especialmente a nível das actualizações legais, fiscais e tecnológicas de que as empresas (pequenas, médias ou grandes) necessitam. Depois, temos um produto em constante inovação e que se adapta às empresas, o que é uma grande mais-valia, pois quem tem o ERP Primavera pode ter o software adaptado aos seus processos, necessidades e crescimento da empresa. Por fim, somos parceiros certificados que presta o aconselhamento, apoio e implementação necessários. É a combinação destes elementos, juntamente com um ambiente familiar que faz da PRi uma empresa reconhecida por melhorar, simplificar e agilizar os processos dos negócios das empresas. Propomo-nos continuar a tudo fazer para merecer a confiança de quem nos escolhe para evoluir o seu negócio!
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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL | TAXDOME
TAXDOME: A RESPOSTA PARA OS SEUS PROBLEMAS
Cristiana Pires, Country Manager Portugal & Brasil da TaxDome, dá a conhecer a ferramenta que promete facilitar o trabalho dos contabilistas e demais profissionais do sector. Explicite em que consiste a plataforma TaxDome e enumere as vantagens da sua utilização. TaxDome é uma plataforma de gestão multifuncional focada em contabilistas e profissionais do sector, onde oferecemos soluções tecnológicas para automatizar a rotina de trabalho. Para além da facilidade de utilização e ótima experiência de utilizador, temos disponíveis inúmeras funcionalidades: - CRM, Portal do Cliente com aplicação móvel, Assinaturas Eletrónicas Ilimitadas, Fluxo de Trabalho com automatizações, Editor de PDF, Armazenamento de Documentos, Gestão de Equipas e muito mais…
www.taxdome.com/pt-pt
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Algumas das muitas vantagens da utilização de um software multifuncional integrado é a utilização de um único software, a melhoria da comunicação entre empresa, clientes e funcionários e, consequentemente, o aumento da produtividade da empresa. Sabemos que as empresas em Portugal estão prontas para se tornarem digitais, só precisam de ser equipadas com as ferramentas certas, e nós disponibilizamo-las em TaxDome. O facto de se puder fazer tudo num só sistema, facilita o processo tanto para os profissionais da contabilidade como para os clientes? Definitivamente que sim, vejamos: se estivermos a utilizar quatro plataformas diferentes e obrigarmos os nossos clientes a utilizar essas mesmas quatro plataformas, não só estamos a frustrar o nosso cliente, como a perder imenso tempo a “saltar” de uma para a outra, já para não falar nos custos. TaxDome é uma plataforma muito completa em constante desenvolvimento que irá resolver todos esses problemas e porque a TaxDome é baseada na cloud, tanto os clientes como os funcionários, poderão aceder à plataforma a partir de qualquer lugar, desde que é claro, tenham acesso à internet. Para quem quer começar a utilizar a plataforma, o que deve fazer? Existe algum tipo de formação para os iniciantes? Dispomos de apoio gratuito e de uma equipa especializada que acompanha os nossos clientes desde o primeiro dia, com sessões de formação adaptadas às necessidades de cada um. Estamos contactáveis por telefone, bem como por e-mail para esclarecer qualquer dúvida (telefone 800 502 304 e e-mail success.pt@taxdome.com). Para quem nunca ouviu falar em TaxDome, temos um período experimental de 14 dias gratuito e sem compromissos para que possa testar a plataforma. Considera que o futuro passa cada vez mais pelo digital e, por isso, é tão importante que as empresas comecem a apostar nestas ferramentas tecnológicas? Nos dias de hoje, acompanhar as necessidades e as novidades da tecnologia significa estar a par das melhores oportunidades do mercado. E porque tempo é dinheiro, seja através das redes sociais, de softwares integrados, ou mesmo através da utilização da inteligência artificial, a digitalização tornou-se um sinónimo de sucesso, fazendo com que os empresários de hoje em dia tenham necessidade de otimizar os seus fluxos de trabalho, da melhor forma possível, para que consigam acompanhar o desenvolvimento do mercado.
DS MARKETING | TRANSFORMAÇÃO DIGITAL
“O SUCESSO DO MEU CLIENTE É O MEU SUCESSO” Daniel Sousa, em entrevista à Revista Business Portugal, aborda o seu percurso profissional e aproveita para revelar alguns detalhes sobre o seu novo projeto (Bendan), fundado juntamente com o amigo e sócio Rúben Pedrosa.
Daniel Sousa, CEO créditos foto: www.pedrocouto.pt (Pedro Couto)
Daniel, a que se deve a sua paixão pelo mundo do Marketing digital? Quando é que descobriu que esta seria a sua vocação? O gosto e a paixão pela área surgem desde adolescente. Nunca tinha pensado neste caminho, mas quando chegou a altura em que temos de seguir uma área de estudo, descobri o Marketing. Desde essa data, a minha área de estudo passou pelo Marketing e Marketing digital. A mais-valia do Marketing Digital é que todos os dias existem novidades, novas tendências, o que obriga a um estudo diário. Uma das melhores formas é ver webinars, lives e ebooks dos nossos colegas e referências na área.
Sobre a Bendan, é um novo projeto entre mim e o meu amigo e sócio Rúben Pedrosa. Definimos como uma agência digital de e-commerce e surge com base na paixão por negócios on-line e a nossa veia empreendedora. A agência foca no e-commerce e no apoio a negócios on-line. É um projeto recente (fevereiro de 2022) mas acreditamos que a nossa proposta de valor é uma mais-valia para os nossos clientes. Neste momento temos três projetos de e-commerce que estamos a desenvolver internamente e dois clientes, mas o nosso objetivo é escalar e crescer, sempre de forma sustentável.
Em que momento é que decide abrir a sua própria empresa e que serviços é que esta disponibiliza aos seus clientes? Sempre gostei de área empreendedora e acho que foi isso que me fez seguir este caminho. Não foi um trajeto fácil, mas olhando para trás fazia exatamente a mesma coisa. O mais importante foi definir um posicionamento no mercado e o crescimento foi surgindo. Neste momento, conto com três parcerias – web, design e produção de artigos – para ajudar a oferecer melhores soluções aos meus clientes. O nosso serviço é aquilo que designo por solução 360º, desde a construção da estratégia de Marketing digital, gestão de social media orgânica e paga, soluções web e acompanhamento ao cliente.
Para além deste projeto, o Daniel é formador. Considera importante partilhar o seu conhecimento com os restantes colegas que estão a iniciar nesta área que já conhece tão bem? É sempre importante partilhar os nossos conhecimentos e experiências com os formandos e colegas da área e, ao mesmo tempo, também aprendo bastante com eles. Gosto sempre de partilhar exemplos e más experiências/ideias que correram mal. Considero que é uma forma de transmitir conhecimento e de alertar que na área do Marketing Digital não existem fórmulas mágicas e tudo depende sempre do nosso negócio/marca. Para quem está a entrar nesta área, recomendo bastante pois é um desafio diário, mas motivador e no qual o mais gratificante é ver os resultados no final.
Quais são os principais valores enquanto profissional e o que é que diferencia a Bendan, o seu novo projeto? Os meus principais valores não diferem muito do que ouvimos no dia: fazer sempre o melhor possível e da melhor forma possível. Reconhecer um erro também é importante para que possamos melhorar nos desafios e projetos futuros. Procuro dar a melhor resposta possível a cada cliente ou projeto visto que, indiretamente, também faço parte da equipa dele. O sucesso do meu cliente é o meu sucesso e essa é a melhor forma de medir os meus resultados.
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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS Parafraseando John C. Maxwell, “um líder é alguém que conhece o caminho, corre ao longo do caminho e mostra o caminho” e o facto é que a boa liderança deve estender-se a todas as esferas da sociedade. No tecido empresarial, por exemplo, os “comandantes” ao leme das organizações são responsáveis por uma série de questões como, por exemplo, a delegação de tarefas, a partilha de responsabilidades, a gestão de tempo, garantir o bom ambiente entre toda a equipa e, sem esquecer um tema importantíssimo nos dias hoje, apostar na inovação, bem como nas novas tecnologias. Já no que respeita aos municípios, os desafios do novo ciclo autárquico prendem-se, essencialmente, com o apoio ao empreendedorismo, no sentido de criar postos de trabalho para potenciar a qualidade de vida da população e fixá-la. O líder de um concelho tem, acima de tudo, que apoiar as suas famílias e, durante as próximas páginas, vai tomar conhecimento de alguns municípios que têm sido um verdadeiro exemplo e, por esse motivo, foram distinguidos pelo OAFR (Observatório das Autarquias Familiarmente Responsáveis). Os autarcas devem ainda valorizar produtos culturais e investir em atividades locais.
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FÁBRICA DE BLOCOS | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS
Carlos Teodoro, Gerente e filho
FÁBRICA DE BLOCOS TEODORO: DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO Quando falamos da Fábrica de Blocos Teodoro, referimo-nos a uma empresa açoriana sediada em Canaviais São Pedro (concelho de Vila do Porto, nos Açores), a mais antiga ligada à construção civil. Carlos Teodoro, filho do fundador e atual gerente, faz um balanço dos 40 anos de existência e aponta alguns fatores que os têm diferenciado no mercado. A Fábrica de Blocos Teodoro celebra 40 anos de existência. Qual a análise que faz do caminho percorrido desde a sua fundação até aos dias de hoje? Podemos afirmar que têm sido 40 anos assentes em muita luta, trabalho e espírito de sacrifício. Admito que nem sempre foi fácil, mas a verdade é que com a nossa capacidade de resiliência e a boa vontade entreajuda de todos os elementos da equipa, conseguimos ter sucesso e chegar até aqui. No futuro, queremos dar continuidade ao bom trabalho que tem sido feito. Aliás, inicialmente o negócio não era para ser este, até porque o meu pai tinha outro tipo de atividade (a lavoura e a pecuária). No entanto, devido à necessidade local destes produtos e materiais, encontrámos aqui um bom nicho de mercado e, foi por aí, que enveredámos, nunca pensando que, hoje, estaríamos a comemorar os 40 anos de história. O que é que os clientes podem encontrar na Fábrica de Blocos Teodoro, para além dos materiais destinados à construção civil? Relativamente aos serviços, a nossa empresa destina-se à produção de material de construção civil e tem capacidade para responder a qualquer encomenda que possa ser solicitada, uma vez que a qualidade é garantida na Fábrica de Blocos Teodoro. Além disso, alugamos todo o tipo de equipamento inerente a uma obra. Hoje em dia, contamos com cerca de 25 funcionários e temos sido responsáveis por muitas obras, pelo que temos algum volume de trabalho, felizmente. Os nossos principais clientes são a Câmara Municipal de Vila do Porto e o Governo Regional dos Açores.
Estes anos de sucesso no mercado devem-se, certamente, à confiança dos clientes. Na sua ótica, o que faz com que sejam merecedores da mesma? Nós primamos essencialmente pela nossa seriedade, no sentido de darmos sempre o nosso melhor para responder às necessidades dos clientes. Além disso, tentamos ser pontuais, ou seja, ter a capacidade de cumprir prazos, ter tudo pronto atempadamente. Eu penso que estes são alguns dos fatores pelos quais os clientes depositam tanta confiança nos nossos serviços e, é também por isso, que somos uma referência nos Açores. Falamos de uma empresa familiar tendo em conta que foi o seu pai que a iniciou. Hoje é o Carlos a tomar as rédeas da Fábrica de Blocos Teodoro. Podemos dizer que o futuro está assegurado com as próximas gerações? Eu penso que sim e tudo farei para honrar o nosso nome. Em termos futuros, queremos manter aquilo que já temos e acompanhar os tempos modernos, apostar na inovação e continuar a evoluir a olhos vistos. Este é o meu espírito e é aquilo que tento transmitir aos restantes colaboradores. Já tenho um dos meus filhos a trabalhar comigo na empresa e eu espero que o negócio continue nas mãos da nossa família, tenho a certeza que era essa a vontade do meu pai.
Canaviais de São Pedro Açores, 9580-306 Vila Do Porto Tel: 918611899 fabricadeblocosteodoro@hotmail.com
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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | BETINATÊXTEIS
Fernando Sousa e Isabel Amaral
BETINATÊXTEIS: 30 ANOS A PRIMAR PELA QUALIDADE Estivemos à conversa com Rúben Jorge, diretor técnico da empresa, que destacou a forma notável como a família Sousa tem conseguido superar todos os desafios que lhes têm surgido pelo caminho, ao longo destas três décadas de história.
Ana Sousa e Rúben Jorge
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A Betinatêxteis foi fundada por Fernando Sousa e sua esposa Isabel Amaral, em 1992 e, este ano, completa 30 anos de existência. Que análise faz deste percurso? O balanço que fazemos é bastante positivo porque, para além do sucesso que conseguimos alcançar, em virtude do bom trabalho que temos vindo a fazer, tivemos, inclusive, a possibilidade de criar novos postos de trabalho. Tal como referiu, a empresa foi fundada há 30 anos pelas mãos dos meus sogros, Fernando Sousa e Isabel Amaral, mais conhecida por Betina. Inicialmente, contava apenas com mais uma funcionária que continua connosco até aos dias de hoje. Nessa altura, a empresa estava focada exclusivamente na revenda de têxteis. Por volta dos anos 2000, abriram portas ao mercado estrangeiro, começando a importar a matéria-prima e a mandar confecionar os produtos em Portugal, pois a nosso ver, a produção nacional tem uma qualidade muito superior à qualidade dos mercados estrangeiros. No entanto, este processo acabava por ser bastante dispendioso, devido a toda a logística associada, visto que as fábricas estavam todas localizadas no norte do país e o nosso armazém estava no centro, mais precisamente em Leiria.
BETINATÊXTEIS | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS
Entretanto, em 2012, a minha esposa - Ana Sousa - e eu juntámo-nos à empresa. Aproximadamente três anos depois, em 2015, os quatro tentámos reinventar o negócio e surgiu a oportunidade de montarmos uma fábrica de raiz e fazermos nós próprios toda a produção de têxteis lar, desde edredons, lençóis, jogos de cama, entre outros. Contratámos inicialmente três pessoas, chegando ao final do ano com 13 novos postos de trabalho. Uma fábrica que, inicialmente, tinha três funcionários, hoje, conta com mais de 50 colaboradores, o que para nós é motivo de orgulho e sinal que conseguimos evoluir bastante, desde o comércio à indústria, durante estes 30 anos de história. Sabemos que tanto o Rúben como a Ana colaboram com a Betinatêxteis. Foi uma escolha de ambos juntarem-se à equipa? Que valores foram incutidos pelos familiares Fernando Sousa e Isabel Amaral que aplicam no dia a dia ao serviço da empresa? Sim, foi uma escolha nossa, embora não estivéssemos ligados à área têxtil. A minha esposa licenciou-se em Jornalismo e eu estudei Engenharia Florestal, o que não tem nada a ver. Ainda assim, decidimos abraçar este projeto de família. Os pais da Ana são pessoas extremamente dedicadas ao trabalho e têm valores bem vincados, os quais lhe foram passados desde tenra idade. Honestidade, frontalidade, garra, determinação e resiliência são apenas alguns dos valores que assentam nos pilares desta empresa e que contribuíram fortemente para chegarmos até aqui. Acredita que o facto de terem criado um design próprio para a empresa, aumentou a vossa notoriedade no mercado? Claro que sim! O design próprio surgiu durante o processo de inovação e veio distinguir-nos da restante oferta no mercado. A Ana começou a criar desenhos próprios dando exclusividade aos produtos da nossa marca: BLL, que rapidamente ganhou outra dimensão e notoriedade. Na sua opinião, o que vos diferencia das demais empresas ligadas ao setor têxtil e porque é que os clientes vos devem escolher? Devem escolher-nos, desde logo, pela nossa relação qualidade-preço. Atualmente, temos um dos melhores preços do mercado. Primamos pela qualidade aliada ao design, sem descurar o preço. Não menos importante, gostaria de destacar a nossa relação com o cliente que tem vindo a fazer a diferença.
Em 2020, expandiram a vossa área de produção aos Dispositivos Médicos e Equipamentos de Proteção Individual - o designado Polo II. Esta foi a forma que encontraram para se reinventarem em tempos de pandemia? Sim. Quando surgiu a Covid-19, fomos para casa e entramos em lay off. Na altura, não sabíamos como seria o dia seguinte, visto que todas as atividades pararam de forma tão repentina. A pandemia coincidiu com o facto de termos dez pessoas que se encontravam em fim de contrato e nós, com muita pena, informámos que não íamos conseguir renovar precisamente por essa incerteza quanto ao futuro. Passado duas semanas, devido ao nosso “know-how” e posicionamento sólido no mercado, propuseram-nos focar a nossa força de trabalho no fabrico de EPI’s e máscaras. Inicialmente, com as portas fechadas, queríamos contribuir de alguma forma no combate à pandemia. Produzimos fatos de proteção para doar a várias entidades de saúde desde bombeiros a hospitais. Rapidamente, estes EPI’s ganharam lugar no mercado e foi quando começaram as encomendas. Quanto às máscaras, pensámos em fazer de tecido, mas rapidamente percebemos que não era a melhor opção, começando a importar máscaras cirúrgicas. Assim, fomos angariando cada vez mais clientes. Entretanto, chegámos à conclusão que o sistema utilizado para fabricar as máscaras era muito semelhante ao que usávamos para os edredons e poucas empresas em Portugal tinham disponível esta tecnologia ultra-sónica. Perante a adversidade, encontrámos aqui uma oportunidade de negócio que, para além de ter conseguido assegurar os postos de trabalho, deu resposta às necessidades da população. Deixámos de depender de mercados terceiros para suprir a necessidade imediata destes produtos, que produzimos com o máximo rigor e qualidade, já para não falar da marcação CE. Refira os desafios que antevê para a Betinatêxteis, neste novo ano de 2022, e quais os objetivos que esperam cumprir. Com o abrandamento da situação pandémica e com a atual crise vivida na Ucrânia, temos sentido uma diminuição nas encomendas, muito devido à diminuição do poder de compra da população em geral. Ainda assim, o nosso principal objetivo para ambos os polos de fabrico é a inovação tecnológica, que se prende com a aposta na melhoria contínua, não só do processo produtivo como também do produto acabado. Prova disso é o investimento na aquisição de sete máquinas de produção de máscaras, cirúrgicas, sociais e FFP2, assim como a mais recente aquisição de nova maquinaria ultra-sónica para o fabrico têxtil.
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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | REMAX BARCOVEZ
“É COM MUITO ORGULHO QUE PENSO NOS ÚLTIMOS 16 ANOS” Tiago Barros Fernandes, Broker da Remax Barcovez, esteve à conversa com a Business Portugal, onde fez questão de salientar que esta agência tem como principal foco a satisfação do cliente e, é por isso que, ao longo dos anos, têm apostado no crescimento dos vários departamentos. Comecemos por falar um pouco sobre si. Sempre esteve ligado ao ramo imobiliário? A que momento é que decide enveredar por esta área? O ramo imobiliário entrou na minha vida há mais de 18 anos. Na altura, achei que o sector podia ser um desafio interessante e, para além disso, iria enriquecer o meu currículo. Desde então que nunca mais deixei o mercado imobiliário, apesar de continuar a incrementar ou a receber formação em outras áreas como a atividade financeira e seguros. Ainda assim, a minha evolução estará sempre ligada ao imobiliário.
Tiago Barros Fernandes, Broker
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Que balanço faz dos últimos anos 16 anos enquanto diretor da Remax Barcovez? A evolução da Barcovez é algo que me dá bastante motivação para continuar e, posso afirmar que, é com muito orgulho que penso nos último 16 anos.
REMAX BARCOVEZ | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS
“É a pensar no cliente que nós, Barcovez, temos vindo, ao longo dos anos, a fomentar o crescimento de vários departamentos, como a Intermediação de Crédito, Seguros e outros serviços”
Iniciámos a atividade, em 2006, na vila de Ponte da Barca, com o objetivo de trabalhar o mercado imobiliário de Ponte da Barca e Arcos de Valdevez. Nessa altura, pensava-se fundamentalmente em fazer algumas transações imobiliárias. Porém, hoje em dia, somos uma referência deste mercado, e contamos com uma equipa com mais de 20 elementos e com um conjunto de clientes que, nos têm acompanhado, ao longo destes anos, o que é para nós bastante reconfortante e sinal da confiança que os mesmos depositam em nós, bem como nos nossos serviços. Que mais-valias trazem as zonas de Arcos de Valdevez e Ponte da Barca para a vossa agência? Todos os mercados são interessantes. Neste caso em concreto, temos de ver os pontos em que os nossos mercados se destacam e de que forma é que podem ser uma mais-valia para quem pretende investir aqui, e são vários, desde aqui residir a maior área do Parque Nacional Peneda-Gerês, ao facto de integrarmos uma reserva mundial da biosfera, segundo a UNESCO. Além disso, as nossas zonas industriais, os nossos recursos naturais como o Rio Lima, o Vez e as nossas aldeias de montanha, como Sistelo, Soajo ou Lindoso, são tudo elementos que devemos destacar, assim como a proximidade com Espanha, ou com a costa litoral e as praias do Atlântico. Destaque também para os excelentes acessos rodoviários e as ligações aéreas do Aeroporto Sá Carneiro ou do Aeroporto de Vigo. Podemos dizer que o principal objetivo da Remax Barcovez é a procura incessante da satisfação dos seus clientes? Toda e qualquer atividade que preste serviços aos clientes, deve incessantemente procurar a melhor satisfação dos mesmos e, isso para nós é, efetivamente, um objetivo e, por esse mesmo motivo, é que temos uma grande aposta na formação e procuramos constantemente melhorar o nosso serviço de acompanhamento aos clientes, bem como a forma como esses serviços são prestados.
Exemplo disso é o serviço que foi criado pela RE/MAX no acompanhamento de clientes compradores, que acabou de ser eleito produto do ano e é com base nessa evolução constante que toda a rede desenvolve o seu trabalho diário. É a pensar no cliente que nós, Barcovez, temos vindo, ao longo dos anos, a fomentar o crescimento de vários departamentos, como a Intermediação de Crédito, Seguros e outros serviços, não só para dar mais conforto aos nossos clientes, mas também para os podermos acompanhar em vários domínios, fazendo assim um serviço completo e conhecendo já as suas necessidades. A Remax Barcovez aposta na formação dos seus profissionais? Considera que este é um dos segredos para o sucesso da agência? Não diria que é um segredo, até porque é bastante público. Considero sim que é um dos fatores que nos tem permitido continuar a crescer e, em simultâneo, criar algumas carreiras de sucesso, num sector que, por vezes, é desvalorizado ou incompreendido. Acredita que, apesar das adversidades dos últimos tempos, o sector imobiliário tem-se mostrado resiliente e capaz de ultrapassar todas as barreiras? O sector imobiliário é fulcral para a economia portuguesa, assim como o da construção e foi um sector que soube emergir da crise financeira demonstrando que tinha um potencial incrível, não só para investidores nacionais, como uma oportunidade para investidores estrangeiros. Além disso, o imobiliário permitiu a muitas famílias rentabilizarem ou investirem os seus capitais num certo momento de instabilidade ou incerteza do sector bancário, ou de juros baixos, assim como é um sector seguro em alturas de crescimento da inflação.
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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | EPDRAC
“AS ESCOLAS PROFISSIONAIS MARCAM A DIFERENÇA”
Vera Tita, Diretora
A Escola Profissional de Alter do Chão é uma instituição com mais de 30 anos de existência ao serviço da formação profissional, cujo percurso de afirmação assenta nos valores do trabalho, resiliência, determinação, valorização da formação e espírito de família, como conta a Diretora Vera Tita, em entrevista à Revista Business Portugal. Como descreve o percurso de afirmação como uma referência na formação equestre e agro-pecuária? Para nos afirmarmos, seja em que área for, é necessário muito trabalho, dedicação, respeito e humildade. São, pois, esses valores que estão na base de todo o percurso que a EPDRAC tem traçado, ao longo dos últimos 32 anos, fruto do trabalho de um vasto grupo de pessoas que acreditou, e continua a acreditar, que as escolas profissionais marcam a diferença. É preciso ter uma sensibilidade aguçada para compreender e aceitar toda a orgânica que uma escola agrícola possui; perceber que os animais necessitam de cuidados diários, sete vezes por semana, duas ou três vezes por dia; aceitar que os alunos que nos procuram vêm motivados pelo “campo e os animais”; garantir aos nossos alunos uma sólida formação, mas demonstrando que nada se consegue sem trabalho; acreditar que podemos fazer sempre mais e melhor e que a superação é uma meta constante.
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EPDRAC | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS
O percurso de afirmação da escola é o resultado de tudo o que enumerei acima: trabalhar com afinco, procurando aceitar as derrotas e aprendendo que após a queda temos de nos reerguer; perceber que na adversidade aprendemos a ser melhores. Valorizamos a formação em toda a aceção da palavra; um bom técnico tem de saber um pouco de tudo, deve ser profissional, saber colocar-se no seu lugar e respeitar o próximo. O ensino é a base do futuro. Quais os principais desafios do ensino profissional na atualidade? Como é que o ensino se tem adaptado à crescente transformação digital na EPDRAC? A atualidade toda ela é um enormíssimo desafio, em especial nos tempos estranhos que temos vivido nos últimos dois anos e os jovens têm sido extraordinários, privados que foram de tantas experiências próprias da sua idade. Mas a educação será sempre o garante do futuro, quanto mais nela investirmos, mais receberemos em troca. As novas modalidades de ensino, resultado do tempo “Covid”, eram algo já anunciado, contudo foi-nos pedida uma adaptação forçada, mas que até foi muito positiva. Toda a comunidade educativa se adaptou bem a esta nova forma de “ser escola”, aceitando as novas tecnologias e tirando bom proveito de variados recursos.
Que projetos e ambições acalenta em termos de futuro? Que desafios estão nos horizontes? Para o futuro? Quando lidamos com jovens os nossos projetos e ambições nunca param, mas vamos lá devagar. Para já necessitava urgentemente de obras de requalificação em vários espaços da escola, de forma a podermos desenvolver condigna e profissionalmente os vários projetos que temos já em andamento: o Centro de Testagem e Performance de Raças Autóctones e Exóticas de Pequenos Ruminantes, o Centro de Recuperação e Reprodução da Raça Autóctone Peru Preto Português, da qual somos detentores do livro da raça, e o Centro Tecnológico de Reprodução e Colheita de Sémen de Ovinos e Caprinos. Os desafios… esses são constantes. No entanto, para melhor se perceber o que somos e o que fazemos nada melhor que partir numa aventura e vir à descoberta do Alentejo, de Alter do Chão, da Coudelaria de Alter e terminar na nossa escola!
Como adaptam o ensino às necessidades reais do mercado de trabalho? De que forma a escola tem contribuído para o desenvolvimento da região? Vivemos numa área eminentemente rural, onde o cavalo é rei, logo a nossa oferta segue uma necessidade real. Depois, há 32 anos que nos dedicamos à formação na área da produção agrícola e animal, como tal temos vindo a fortalecer a nossa especialização neste âmbito, bem como os protocolos que vamos firmando. A nossa força e qualidade formativa vem também dos parceiros que colaboram connosco e nos ajudam a proporcionar aos nossos alunos ambientes de verdadeira aprendizagem prática; estes vão desde cavaleiros de alta competição, a centros hípicos, empresas agrícolas e outras instituições públicas e/ou privadas.
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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | CM CADAVAL
CADAVAL: CONCELHO RURAL MAS REPLETO DE OPORTUNIDADES
José Bernardo Nunes, Presidente da Câmara Municipal do Cadaval, salientou as caraterísticas de um concelho com tanto por descobrir.
José Bernardo Nunes, Presidente
O que se propõe a cumprir durante este que é o seu último mandato enquanto Presidente da Câmara Municipal do Cadaval? Espero continuar a desenvolver o meu concelho e a resolver os problemas que preocupam as pessoas, como tenho feito até aqui. Além disso, pretendo continuar a aproveitar as oportunidades que os fundos comunitários nos podem proporcionar, como o PRR, para continuar a desenvolver projetos e infraestruturas que permitam a modernização do concelho. Acredita que a crescente industrialização é importante para promover emprego aos mais jovens com o intuito da sua fixação? Continuamos a ser um concelho rural, com muito orgulho. Ser um concelho rural tem muitas coisas positivas e, é por isso que, temos assistido, nos últimos tempos, à vinda de muitas pessoas da periferia das grandes cidades para o Cadaval. Desde a crise de 2011 à recente pandemia, o concelho, devido às suas caraterísticas, manteve-se sempre resiliente às consequências destas crises e isso deveu-se, essencialmente, ao facto das atividades aqui desenvolvidas, e que geram emprego, não terem sido afetadas na sua grande maioria. Efetivamente, temos vindo a assistir à fixação de pequenas empresas no concelho, de ramos de atividade muito diferentes do que é normalmente habitual. A dificuldade não é só atraí-las para o concelho, é também mantê-las cá. Muitas necessitam de mão de obra qualificada e esse é o desafio, não basta querer cá novas empresas, é preciso ter as pessoas para lá trabalhar.
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Temos estado atentos a esse fenómeno e, sempre que necessário, desenvolvemos parcerias com as entidades que garantem formação direcionada para a procura. Apostar na habitação social é uma prioridade? Temos algumas medidas pontuais de apoio, mas foi exatamente por sentirmos que é uma necessidade que estamos a desenvolver um projeto de habitação social concelhio através do Programa “1º Direito”, que irá apoiar a melhoria das condições de 46 habitações. Trata-se, essencialmente, de uma resposta social que visa a melhoria das condições de vida das pessoas, com vista a proporcionar uma nova oportunidade a quem a vida não lhe sorriu e que pode fazer a diferença, nomeadamente às crianças e aos jovens inseridos naqueles agregados. O mercado habitacional funciona no Cadaval e é muito competitivo quando comparado com os concelhos vizinhos, por isso o acesso à habitação própria está relativamente facilitado, mesmo para os mais jovens. O facto de termos um IMI abaixo da média e a devolução de uma parte do IRS aos residentes julgo que contribui para que as pessoas, que fazem essas contas, aqui se possam fixar. Para além disso, o município, numa articulação com os outros municípios que constituem a OesteCIM, suporta financeiramente uma parte dos “passes modais” que permitem que uma pessoa se desloque na região por um valor mensal de cerca de
CM CADAVAL | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS
“Quem por aqui passa, não pode ir embora sem levar uma garrafa dos nossos vinhos, com destaque para o ‘vinho leve’ que só se produz nesta região” 40 euros, ou, se juntar a Área Metropolitana de Lisboa, por cerca de 80 euros mensais. Julgo que este pode ser um grande fator de atração de pessoas ao concelho, numa fase inicial como residentes e, depois de se fixarem, constituir uma nova oferta de mão de obra qualificada que, se tiverem uma oportunidade na área do concelho, não hesitarão em fazer essa mudança. Este pode ser um caminho para ajudar a fixar e a atrair mais população para o concelho. Quais os maiores pontos de interesse do concelho de Cadaval? Para além das paisagens e do ambiente de qualidade que se vive no concelho do Cadaval, existem também boas condições para aqui se realizarem investimentos. Como já referi, o IMI está abaixo da média, não lançamos Derrama, a Câmara Municipal possui o prazo médio de despacho de processos mais baixo da região e estamos recetivos a novos projetos que tragam desenvolvimento e emprego ao concelho. Para quem nos visita, a hospitalidade e a gastronomia são pontos fortes, a par da Serra de Montejunto, monumento natural que encerra em si um monumento nacional merecedor da visita de todos, que é a Real Fábrica do Gelo. Existe também uma oferta de qualidade no que respeita ao agro e ao enoturismo que tem vindo a crescer de forma sustentada e é muito apreciada por quem nos visita. Quem por aqui passa, não pode ir embora sem levar uma garrafa dos nossos vinhos, com destaque para o “vinho leve” que só se produz nesta região, um queijo ou o mel de Montejunto, o pão-de-ló, ou uma pera rocha, produto DOP único no mundo. Quanto aos eventos, queremos muito retomar a Festa das Adiafas, e iremos retomar a conversa com os nossos parceiros para ver se já existem condições este ano para avançarmos.
Real Fábrica do Gelo
Pêra Rocha em flor
DAVAL
A excência da ruralade, às portas de Lisboa cm-cadaval.pt
www.cm-cadaval.pt cmcadaval
cmcadaval
cmcadaval
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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | CM ESTREMOZ
“AS PESSOAS SÃO A NOSSA MAIOR RIQUEZA”
No ano transato, José Sádio foi eleito Presidente da Câmara de Estremoz. Nesse sentido, que desafios antevê para este mandato? O que se propõe a cumprir? São vários os desafios dentro daquele que é, a meu ver, o grande desafio: fazer de Estremoz um concelho sustentável, em termos futuros, que consiga potenciar tudo aquilo que temos de melhor para oferecer. Pretendemos, inclusive, combater a desertificação que se tem feito sentir, sobretudo, nos últimos anos, fixar os jovens e captar investimentos. O nosso maior objetivo é, no fundo, garantir a melhor qualidade de vida possível aos nossos cidadãos.
José Daniel Sádio, Presidente
José Daniel Sádio, Presidente da Câmara Municipal de Estremoz, enumera os objetivos que tem em mente para este mandato e convida a população a visitar a Feira Internacional Agropecuária de Estremoz (FIAPE), um certame de excelência, entre o dia 27 de abril e 1 de maio.
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Assumir o cargo de presidente em tempos tão difíceis como estes que atravessamos devido à Covid-19, é ainda mais desafiante? Que apoios têm dado aos munícipes, no que concerne a esta questão? Eu assumi a presidência em outubro e, no que concerne à Covid-19, a nossa intervenção passou por estarmos próximos de associações e instituições da sociedade civil, no auxílio das necessidades imediatas e das questões que iam surgindo relativamente a este tema. Apostámos, sobretudo, na prevenção tendo em conta o apoio que demos ao Centro de Saúde de Estremoz, no âmbito da vacinação, mas também ao nível da testagem, pois criámos um ponto onde os munícipes se podiam testar gratuitamente, o que permitiu diminuir os focos de contágio e mitigar os danos causados pela pandemia. O Teatro Bernardim Ribeiro é um dos ex-libris de Extremoz e comemora 100 anos de existência. De que forma é que vai ser assinalado este aniversário tão importante? Pretende continuar a apostar na cultura? Sim, a cultura é muito importante para nós. Investir na cultura, é investir no futuro do concelho e, consequentemente, na qualidade de vida da população. O Teatro comemora os 100 anos, por isso, ao longo do ano, vamos promover vários eventos que vão desde o fado à ópera, ao teatro, aos concertos, entre outros.
CM ESTREMOZ | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS
Lago do Gadanha
Este aniversário estará presente também nas ruas com o “Bernardim Ribeiro sai à rua”. Vamos, no fundo, assinalar este aniversário, de uma forma muito condigna e com eventos de excelência, à altura do centenário do nosso teatro que é um monumento, um espaço único em Estremoz. Estremoz localiza-se no coração do Alentejo e é conhecido, essencialmente, pelo mármore e pelos Bonecos de Estremoz como já referimos. Ainda assim, gostaríamos de saber o que é que o concelho tem mais para oferecer àqueles que tenham a intenção de o visitar? Desde logo, a nossa localização é privilegiada. Estamos a pouco mais de meia hora de Espanha e de Évora e a uma hora e meia de Lisboa. Depois, se pudesse eleger a nossa maior riqueza, diria que são as pessoas que são exímias na arte de receber quem nos visita. Além disso, temos um potencial em termos de produtos endógenos tremendo, onde destaco os nossos vinhos de excelência, presentes em mais de 20 adegas que são muito fortes, em termos de exportações à escala mundial. Eu arrisco-me mesmo a dizer que o melhor vinho do país está em Estremoz. De salientar, inclusive, os enchidos, os queijos e o azeite, iguarias que, ao visitar o concelho, não pode deixar de provar. Por fim, realço o nosso património museológico único que conta com espaços como o Museu Municipal e o Museu Berardo. Não nos podemos esquecer do figurado em barro, classificado como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO.
Vamos apostar fortemente no artesanato e na agropecuária (que contará com mais espaços expositivos). Este evento, tal como já anunciámos publicamente, vai contar com uma programação bastante interessante, pois está prevista a presença de vários artistas como, por exemplo, os Calema, os Lucky Duckys, António Zambujo, Diogo Piçarra, entre outros. No sábado, vamos ter a gravação da Casa da Amália que será, posteriormente, exibida na RTP1. Posso assegurar que este evento estará à altura daquilo que são os pergaminhos de Estremoz e que, sem dúvida, vai merecer a adesão daqueles que nos leem!
A FIAPE está de volta ao concelho e sabemos que este é um evento que leva milhares de visitantes a deslocarem-se a Estremoz anualmente. Assim sendo, o presidente gostaria de deixar um convite aos nossos leitores? Fica aqui o convite para que, entre o dia 27 de abril e 1 de maio, se desloquem a Estremoz para mais uma edição da FIAPE (Feira Internacional Agropecuária de Estremoz). Posso partilhar convosco que vai ser, mais uma vez, um certame de excelência, uma marca que nos distingue no país.
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DEIXE-SE LEVAR PELO TRILHO DA LEVADA DE VÍBORA Num mundo onde predomina o ruído, o silêncio será o seu melhor amigo e o único a fazer-se “ouvir” neste percurso. A Revista Business apresenta-lhe um caminho encantado. Desfrute da natureza minhota!
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À margem do rio Tâmega, encontra-se Cabeceiras de Basto, um dos mais antigos e históricos concelhos da região do Minho. Trata-se de uma terra que, apesar de antiga, soube desde sempre preservar a sua paisagem, bem como o seu património, tão vasto e rico, repleto de mundos por descobrir. No entanto, “ao fim de dois anos a vivermos com esta pandemia assistimos à crescente procura de experiências em contexto de Natureza que, de alguma forma, incorporem uma componente diferenciadora e identitária”, começa por afirmar Francisco Alves, o presidente da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto que acrescenta ainda que “quisemos com o lançamento desta Experiência da Levada de Víbora relevar o melhor do Município no que ao património natural, cultural, gastronómico e patrimonial diz respeito”. De facto, após tanto tempo circunscritos às nossas próprias casas, nada melhor para os amantes da natureza do que este projeto. De forma sucinta, a Levada de Víbora começa o percurso circular ascendente na zona de Lazer da Barragem do Oural, na freguesia de Abadim, passa pelo núcleo de Moinhos de Rei, pela zona de Lazer da Víbora, em pleno espaço de Natureza, por entre um bosque de pinheiros bravos, carvalhos, castanheiros e madressilvas. Na subida para aquela que é a aldeia mais pequena, denominada Porto D’Olho, o destaque vai para o miradouro natural localizado no Outeiro da Varela, cujas vistas para a serra e para o serpenteado do cultivo são de “cortar a respiração”. No fundo, ao longo deste caminho, vai entrar em contacto com a natureza e com aquilo que este concelho tem para oferecer.
CM CABECEIRAS DE BASTO | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS
Falamos de um percurso de cerca de 11 km onde poderá vislumbrar os canais de regadio tradicional, os moinhos de água mandatados por D. Dinis e ainda desfrutar de áreas de lazer junto à margem da estrada, ideais para organizar piqueniques e conviver em família ou com amigos. Sem esquecer a fauna e a flora locais, presentes a cada passo dado. Esta iniciativa enquadra-se no âmbito da Minho Tourism Design Experience, levada a cabo pela Comunidade Intermunicipal do Ave em parceria com o Município de Cabeceiras de Basto. Norte 2020, Portugal 2020 e União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, são os responsáveis pelo financiamento do projeto, sem a ajuda dos quais nada seria possível.
No que concerne à gastronomia local, as especialidades passíveis de serem encontradas em alguns restaurantes são a carne de vitela, os enchidos, os rojões à moda do Minho, as papas de sarrabulho e o bacalhau com batatas a murro. Pode escolher uma destas iguarias e acompanhar com os vinhos verdes da região.
A colocar no roteiro de visita A par desta experiência turística, juntam-se muitos outros locais de paragem obrigatória no concelho. A título de exemplo, o Mosteiro de São Miguel de Refojos é classificado como “a jóia do barroco português” e a sua origem remonta ao ano de 1122. Este é o único dos 29 mosteiros da Ordem Benedita existentes em Portugal que possui um zimbório. Por outra via, o Núcleo Museológico de Arte Sacra foi inaugurado a 20 de dezembro de 2008 e está instalado na antiga sacristia e antessacristia do Mosteiro referido anteriormente. Neste espaço expõe-se várias peças de arte religiosa e inegável valor histórico. A Casa de Lã de Bucos é, inclusive, um ponto de interesse a ter em consideração já que é neste local que todas as quintas-feiras à tarde se reúnem cerca de dez mulheres que possuem um gosto em comum: a lã. É em Cabeceiras de Basto que se localiza também o maior espigueiro do Minho. Possui sensivelmente 29, 40 metros, está dividido em 11 quarteirões irregulares e tem capacidade para, aproximadamente, 30 carros de milho. www.cabeceirasdebasto.pt REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 49
BREVES
Alemães apostam no imobiliário de luxo algarvio Segundo a Engel & Völkers, consultora imobiliária vocacionada para o mercado de luxo, nos últimos dois anos, os alemães representam cerca de 15% dos investimentos efetuados em casas no solo algarvio. A Quinta do Lago assume-se como destino de eleição, seguida de Albufeira, Vilamoura e, por último, Portimão.
Solução cloud nos estabelecimentos de ensino “Rose Education” é o nome da ferramenta lançada pela Primavera BSS que, no âmbito educacional, vai promover aulas práticas com o objetivo de incentivar o contacto direto dos estudantes com as novas tecnologias que se assumem indispensáveis hoje em dia no mercado de trabalho.
Novo centro de inovação vai gerar 300 vagas de emprego Quem o afirma é Henrique Mourisca, diretor-geral da Softinsa, em declarações à Lusa. Além disso, o responsável, olhando para o panorama atual provocado pela Guerra entre a Rússia e a Ucrânia, adianta que 100 vagas serão destinadas a refugiados ucranianos. Quanto à localização deste novo centro ainda não é conhecida, mas será revelada em meados de setembro.
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Municípios do Lima investem no vinho verde 200 mil euros é a quantia estimada para levar o vinho verde aos “quatro cantos do mundo”. A campanha de promoção apresenta-se sob o mote “Loureiro do Vale do Lima - um vinho, um território, um destino” e agrupa os municípios de Ponte de Lima, Viana do Castelo, Arcos de Valdevez e Ponte da Barca.
AgentifAI termina ronda de financiamento de dez milhões de euros Esta é a primeira empresa a disponibilizar uma solução de inteligência artificial em português. O CEO, Rui Lopes, refere que este financiamento vai permitir a expansão para o mercado internacional, bem como a angariação de novos clientes.
Miniclip com novas instalações em Portugal O site de videojogos digitais reforça a sua aposta no país com a abertura de portas no Taguspark - Cidade do Conhecimento, localizada em Oeiras. O novo edifício tem capacidade para 350 pessoas sendo que um dos objetivos é aumentar o número de colaboradores. Além disso, esta é uma empresa amiga do ambiente tendo em conta que vai funcionar com eletricidade proveniente de fontes sustentáveis.
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