Revista Business Portugal Fevereiro 2022

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Fev.

Distribuição: Gratuita com o Diário de Notícias / Dec. Regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID

“ACREDITO MUITO NO PODER DAS MULHERES COMO LÍDERES” Cláudia Bernardino Bernardo, Especialista em Medicina Geral e Familiar LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | ESPECIAL SAÚDE | ESCOLHA DO CONSUMIDOR 2022 PRÉMIO CINCO ESTRELAS | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 1


No caminho da BioTecnologia A IBÉRICA BE

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ÍNDICE

Nota de boas-vindas...

Fevereiro 2022

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ESPECIAL SAÚDE

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PRÉMIO CINCO ESTRELAS

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ESCOLHA DO CONSUMIDOR

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LIDERANÇA:

APOSTAS E DESAFIOS

Começamos 2022 com realismo, mas com esperança num novo ciclo de crescimento económico. Resistir, adaptar-se e seguir em frente. Esse tem sido o lema de muitas empresas, trazendo ao de cima sua capacidade de resiliência. São os desafios que revelam a verdadeira dimensão da nossa força. Os líderes das nossas empresas têm demonstrado a capacidade de fazer uma retrospectiva ao que tem vindo a ser feito e de desenhar estratégias inovadoras que permitam transformar os seus negócios, colocando-os num trilho de sucesso. Nesta edição, a Revista Business Portugal evidencia empresas e organizações, das mais diversas áreas, que assumem a capacidade de se adaptar diante de novos cenários ou transformações e um novo perfil de liderança centrado nas pessoas. Levamos, mais uma vez, até si exemplos inspiradores de empresários e empreendedores que continuam a investir numa cultura orientada para a qualidade, inovação e competitividade. A Revista Business Portugal continua a diferenciar-se, afirmando a sua identidade e essência, apresentando em cada edição verdadeiros modelos a seguir pela performance, atitude, estilo de liderança, resiliência e capacidade de antecipar cenários futuros. Boas leituras e votos de um 2022 cheio de sucessos!

Fernando R. Silva

FICHA TÉCNICA Editor/Propriedade: António Fernando A. R. Silva | Redação e Publicidade: Rua Raimundo de Carvalho, 64, 1º andar - Sala C, 4430 -184 V N Gaia | Diretor: Fernando R. Silva | E-mail: geral@revistabusinessportugal.pt/Comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt/Redação: redacao@revistabusinessportugal.pt | Telf: 223 700 510 | Distribuição: Gratuita com o jornal Diário de Notícias | Dec.regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Nº Registo ERC 126515 Impressão: YellowMaster | Avenida João Azevedo Coutinho nº643, 2755-101 Parede Estatuto Editorial: Disponível em www.revistabusinessportugal.pt/estatuto-editorial Periodicidade: Mensal Fevereiro 2022 Tiragem: 25.000 exemplares

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LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | CLÁUDIA BERNARDINO BERNARDO

“ACREDITO MUITO NO PODER DAS MULHERES COMO LÍDERES” Cláudia Bernardino Bernardo desde os três anos que queria ser médica, por isso, hoje considera-se uma mulher feliz e realizada profissionalmente. Dedica-se de alma e coração ao trabalho, adora ser médica de família e ter a possibilidade de ajudar os outros. Apaixonada por novos desafios, integrou, em setembro de 2020, a equipa da OPFC - Clínica Médica do Porto e, em abril de 2021, tornou-se a diretora clínica. Em entrevista à Revista Business Portugal, destaca o poder das mulheres como líderes, em todas as áreas, essencialmente, pela inteligência emocional mais desenvolvida, o que considera, uma característica essencial para trabalhar com pessoas.

Cláudia Bernardino Bernardo, Médica e Diretora Clínica

Quem é Cláudia Bernardino Bernardo? O que a inspira e motiva diariamente enquanto mulher e profissional? Como consegue criar um equilíbrio entre a esfera pessoal, social e profissional? Tenho 44 anos de idade, licenciada em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Lisboa, especialista em Medicina Geral e Familiar desde 2008. Natural de Moimenta da Beira, mas por acontecimentos inesperados da vida, iniciei a minha atividade profissional em 2003 no Porto, onde me encontro desde então. A minha vida profissional divide-se atualmente entre o Porto, Vila Nova de Gaia e a Maia. Adoro a minha profissão – Médica de Família – e, a possibilidade de no dia a dia ajudar os outros nas várias vertentes. Nesta especialidade posso tratar a doença, atuar na prevenção, ajudar ativamente em problemas económicos e sociais assim como problemas familiares. Posso atuar em todas as áreas da esfera da vida das pessoas. É muito gratificante diariamente, embora às vezes seja desgastante emocionalmente. Sou uma mulher feliz e realizada profissionalmente, tenho uma filha de sete anos maravilhosa existindo uma grande cumplicidade e amor entre nós e tenho amigas/os (poucos, mas muito bons) para partilhar as alegrias e as tristezas, as boas e más notícias… enfim, o que faz parte numa verdadeira relação de amizade. Aos 23 anos, perdi de forma súbita a minha mãe e, tive que saber encontrar um equilíbrio para retomar o curso e retomar a vida real. Desde então apesar da vida não ser perfeita, com altos e baixos, emocionalmente tenho tido a capacidade de me

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centrar na minha carreira profissional e, desta forma, surge um equilíbrio pessoal, social e profissional. O importante é colocar os pés todos os dias no chão: aí temos motivos para estar sempre felizes, porque estamos vivos. Como define o seu percurso académico e profissional? Sempre quis ser médica? Desde os três anos que dizia querer ser médica. No interior, para ter médias altas competitivas era preciso abdicar de quase tudo e a dedicação ao estudo era a tempo inteiro. Entrei, inicialmente, no curso de Farmácia da Universidade do Porto, completei o primeiro ano, mas não tive dúvidas que o meu caminho era a Medicina. Apenas no quinto ano tive a certeza que queria ser médica de família. Terminado o curso na FCM/UNL e, porque acontecimentos de vida também condicionam as escolhas, rumei ao Porto. Vivo e trabalho no Porto há 19 anos. Tirei a minha especialidade de uma forma consciente, mas louca e surrealista. Comecei a fazer privada desde cedo (1º ano da especialidade), pois só assim perdia a vergonha de falar com os utentes, só assim ganhava aptidões para sozinha responder à solicitação e a vontade de saber cada vez mais crescia de forma exponencial. Durante quatro anos trabalhei 100h/semana. Quis aprender e passar pelo maior número de especialidades possíveis, por um centro de diálise, Medicina do Trabalho, trabalhei um currículo imenso e vasto. A maior aprendizagem foi-me passada por todas as pessoas/utentes que passaram por mim. O desafio era dar resposta e, se ela não era imediata havia de surgir dias depois. Desengane-se quem acha que sabe tudo…


CLÁUDIA BERNARDINO BERNARDO | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

“A liderança no feminino é muito mais atenta ao detalhe e emocional, muito mais preocupada com a equipa a nível emocional, mais próxima do outro, e com maior capacidade de gerar empatia”

Ser médica de família é ser médica dos zero aos sem limite anos; é vigiar grávidas; é fazer consultas de saúde infantil; é fazer planeamento familiar; é vigiar HTA e diabetes; é a saúde de adultos… Mas também é a resposta ao domicílio dos dependentes. Também é a gestão dos conflitos familiares, também é o luto, logo está sempre implícita a psiquiatria e a psicologia. A relação de confidencialidade e proximidade com as pessoas utentes é muito aliciante e enriquecedora. A liderança no feminino centra-se na capacidade de resolução de problemas de forma criativa e inovadora, autoconfiança, espírito de iniciativa, influência e resiliência, sem esquecer o poder da comunicação. Revê-se nestas palavras e características? A liderança no feminino é muito mais atenta ao detalhe e emocional, muito mais preocupada com a equipa a nível emocional, mais próxima do outro, e com maior capacidade de gerar empatia e, assim, criar uma relação de confiança, fazendo com que a equipa se sinta envolvida, de forma mais natural, e não por uma questão de obrigatoriedade. É preciso achatar a hierarquia nas empresas, elevar o nível emocional das equipas, envolver as pessoas nas decisões, ouvir a sua opinião e mantê-las dentro do processo, como peça fundamental do sucesso. Acredito muito no poder das mulheres como líderes, em todas as áreas, temos uma inteligência emocional mais desenvolvida e esta característica é fundamental para trabalhar com pessoas.

Ver uma mulher em cargos de liderança ainda é considerado mais como uma exceção do que uma regra. Na esfera da medicina, como analisa a representatividade feminina em cargos de liderança? Na área da Medicina estamos muito presos aos diretores de serviço que, raramente, são mulheres; na Medicina Geral e Familiar há cada vez mais mulheres nos cargos de coordenação no SNS, isto porque é uma área, cada vez mais, preenchida por mulheres. Na minha opinião, no futuro, de uma forma geral, será cada vez mais no feminino, tendo em conta o rácio homens vs mulheres a ingressarem no curso de Medicina. Há que deixar o preconceito de ter uma mulher como diretora de um serviço, pois pode ser uma mais-valia em várias vertentes. Claro que as competências técnicas devem ser sempre a prioridade, mas a sensibilidade, a capacidade de se colocar no lugar do outro, a capacidade de motivação, a capacidade de inovação constante, querer estar sempre na linha da frente é fundamental e no meio hospitalar ainda mais.

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LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | CLÁUDIA BERNARDINO BERNARDO

Cláudia Bernardino Bernardo, com as Técnicas de Laboratório Tânia Martins e Joana Nunes

“Aproveito para dar os parabéns às guerreiras que trabalham connosco. As nossas Técnicas de Laboratório durante todos os momentos da pandemia, que ainda vivemos, Tânia Martins e Joana Nunes, que de forma abnegada, comprometida com esta missão intensiva trabalham incansavelmente de segunda a sábado, e à nossa Administrativa Clínica, Cristiana Monteiro, que se juntou a este dever de missão hercúleo”

e a Administrativa Clínica, Cristiana Monteiro

Termino apenas dizendo que só se conhece o trabalho de uma mulher, neste caso, na liderança de um serviço ou clínica na aérea da Medicina, dando a oportunidade de mostrar as suas competências, as suas habilidades e as suas capacidades técnicas e humanas. Com um vasto e enriquecedor percurso profissional, abraçou em setembro de 2020 um novo projeto na OPFC - Clínica Médica do Porto e, em abril de 2021, a sua direção clínica. O que a levou a abraçar este desafio? Que cunho pretende imprimir enquanto líder? Quais os fatores distintivos da vossa abordagem? Desde cedo, aliei o público com o privado. Integrei a equipa da OPFC em setembro de 2020, como Médica de Medicina Geral e Familiar e, mais tarde fui convidada para ser diretora clínica. Dada a conjuntura pandémica que vivemos fomos inevitavelmente obrigados a reinventar a estratégia, tendo ainda recentemente atualizado a própria designação do nome da clínica de forma que a mesma estivesse em perfeita harmonia com os atuais investimentos já em curso. É um projeto que sempre me fez sentir motivada, porque estávamos em plena pandemia. Na OPFC, a grande mais-valia foi criar uma equipa que pautasse pela experiência, competência e juventude, começámos pelo conceito de médico de família na privada, acho que cada vez mais, no futuro, vamos ter pessoas a procurar médico de família no privado e em clínicas mais pequenas, em que as pessoas se sentem mais acompanhadas, mais acarinhadas e em segurança, por serem sempre seguidas pelo mesmo profissional, queremos marcar a diferença aí. No que diz respeito à missão e objetivos, na OPFC queremo-nos destacar pela excelência formativa e competências técnicas de todos os elementos e, por isso, apostamos numa equipa jovem e diferenciada que investe na profissão. Para além disso, queremos ir mais além das teleconsultas e telereabilitação e assim, chegar a casa das pessoas, a casa das famílias e assegurar serviços como o médico de família que, neste momento, está tão desfalcado no Serviço Nacional de Saúde, garantindo as melhores condições de segurança e atendimento.

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A OPFC distingue-se por conseguir acompanhar os doentes com sequelas pós-Covid-19 com o acompanhamento da nossa Pneumologista e, em equipa com a Fisioterapeuta Respiratória. E, poderia estar aqui a falar de cada uma das áreas, pois todas elas são inovadoras na arte médica e terapêutica de abordar a pessoa/o utente/o doente. Trabalhamos individualmente, mas sempre com a ideia de que somos uma equipa multidisciplinar e, portanto, aproveitamos os recursos de uns e de outros. No presente, a aposta da OPFC – Clínica Médica do Porto é a diferenciação nos seus serviços, seja através da Medicina Geral e Familiar, Pneumologia, Pediatria, Psicologia Clínica, Nutrição Funcional, Desportiva e Clínica (focada também na Diabetes), Fisioterapia Respiratória e Pediátrica, Fisioterapia Saúde Pélvica e Podologia – Pé Diabético, e novidades na zona do Grande Porto com uma consulta multidisciplinar do sono. Dispomos ainda dos serviços de enfermagem, realização de análises clínicas 12h/d, convenção com centro de Imagiologia e Diagnóstico Radiológico e ainda realização de testes SARS-CoV-2 quer os de antigénio rápidos, quer os moleculares por RT-PCR com colheitas da nasofaringe ou saliva. Na equipa da Clínica integram referências do mundo desportivo, exemplo disso é o Prof. Dr. José Maria Villalón Alonso, chefe do departamento médico do Atlético de Madrid. O Dr. José Maria Villalón Alonso é um médico que nos honra por integrar a nossa Comissão Científica como Presidente, mas é também um amigo e, por isso, também nos apoiou nessa mudança de estratégia para enfrentar a pandemia. Marcamos a diferença principalmente na acessibilidade, na oferta e no conforto. O SNS atravessa um período conturbado em que não tem capacidade de dar resposta a todas as pessoas. O fator preço deixou de ser uma não questão. As pessoas procuram um serviço de saúde de proximidade, de atenção e personalizado. Têm por isso a preferência, numa clínica onde possam reunir todas as suas necessidades: avaliação médica, análises, exames e, até mesmo, um rápido acesso aos medicamentos e outros produtos de saúde que possam necessitar.


CLÁUDIA BERNARDINO BERNARDO | LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO

A Medicina Geral e Familiar é um dos pontos fortes da OPFC – Clínica Médica do Porto. Pode dizer-se que medicina de proximidade com atendimento diferenciado, em que cada utente é prioritário é o vosso objetivo? O que para nós é um ponto forte – Médico de Família na privada em presença na clínica, em teleconsulta (com médicas certificadas para a realização destas consultas), quer no conforto do domicílio, é uma fraqueza do SNS. Ainda há um elevado número de utentes sem médico de família, não há capacidade de resposta aos que o têm, fruto de um SNS sem capacidade de resposta na pandemia, alocando os Médicos de Família a várias tarefas sem capacidade de resposta às suas enormes listas de utentes. Os utentes veem o médico de família como o ponto de partida para uma primeira avaliação e, só depois solicitam orientação para outras especialidades. Assim acompanhar o utente na saúde e doença, com proximidade, com empatia e com capacidade de resposta, com a certeza que será sempre o mesmo clínico a acompanhá-lo, dá-nos um sentido de missão cumprida, ainda mais com a satisfação dos utentes e, a mim em particular, sendo eu Médica de Família e a diretora clínica da OPFC que, preza pela diferença da proximidade, da resolução, o mais imediato da resposta aos pedidos e, na tranquilização destes utentes. A pandemia fragilizou imenso as pessoas, principalmente a nível emocional, cabe-nos como profissionais de saúde ver a pessoa como um todo e, ajudar nesse sentido. Cada utente é único e o nosso princípio é tratá-lo exatamente assim, sendo ÚNICO, numa sociedade com os seus problemas físicos, emocionais e psicossociais, e com uma pandemia que tende em não nos deixar. E, sem dúvida face ao descrito, não posso deixar de partilhar que esta é a minha grande paixão. Posso fazer pouco, mas às vezes, cinco minutos de atenção no diálogo repetitivo do utente, mostra-me que a questão da ida à consulta está por detrás. Descortiná-lo e orientar no sentido necessário é um dia de felicidade. Para terminar, ser diretora clínica da OPFC é, neste momento, uma das minhas maiores realizações profissionais e pessoais. Trabalho com uma equipa fantástica, em crescimento. Acredito que liderança se resume a conhecer bem as nossas pessoas e humanizar as organizações. Devemos ter interesse genuíno em cada pessoa, que é única e vive numa circunstância própria. E, é assim que conseguiremos mais facilmente estruturas/equipas fortes e coesas. A nossa génese é de grande proximidade e foco nas pessoas que estão connosco e contribuem para que a Clínica cumpra o seu propósito. Para mim é importante que os profissionais se sintam felizes e realizados ao trabalhar na OPFC. Se queremos ser agentes de mudança acredito que temos de liderar pelo exemplo e dar o primeiro passo, para tal devemos ter conhecimento e estar munidos de ferramentas que nos permitam definir uma estratégia forte junto com a equipa, para uma execução de qualidade e eficiente. A primeira clínica surge numa zona nobre do Porto, mas pretendem crescer. Qual a visão e estratégia em termos de futuro? Não é um capricho que nos leva a esta nossa missão e visão de ampliar a OPFC - Clínica Médica do Porto, é mais um dever de apresentar algo que se tratará de novidade.

Uma Clínica com uma Consulta Multidisciplinar do Sono, capaz de executar os vários níveis de exames para o correto diagnóstico e consequentes tratamentos, com uma Consulta Médica diferenciada, com suporte analítico na hora, independentemente da hora, aportando também Fisioterapia Respiratória e Pélvica de referência, Podologia de estado da arte e adaptada não só aos desportistas, não esquecendo do cidadão comum e com especial atenção ao pé de diabético, e ainda apresentando-se como uma Clínica de chave na mão, possibilitando que a prescrição médica lhe seja entregue diretamente na Clínica, se assim os nossos pacientes quiserem, e reservo tudo o resto para que os nossos pacientes sintam a diferença. Juventude, Experiência e Competência é o que se pode esperar dos nossos serviços na OPFC - Clínica Médica do Porto, situada na Avenida da Boavista bem em frente ao pulmão da cidade (Parque da Cidade).

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LÍDERES E EMPRESÁRIAS DE SUCESSO | CARLA GALRÃO

Carla Galrão é uma empresária com grande visão, competência, capacidade de trabalho e espírito de liderança. Em entrevista à Revista Business Portugal dá a conhecer um pouco do seu universo, na empresa Rações Galrão e, em simultâneo, na liderança de uma autarquia e duas instituições de cariz social na sua terra, um feito inédito de que muito se orgulha. Quais são as palavras que definem a essência da Carla Galrão? O que a inspira e motiva diariamente enquanto mulher e profissional? Posso afirmar que, idealizar, concretizar, participar, servir, são palavras que usaria para me definir enquanto cidadã ativa, preocupada com os problemas da comunidade que me rodeia e disponível para cumprir com os meus deveres de participação na sociedade, de prática de cidadania, de envolvimento na vida pública e de vontade de fazer cada vez mais e melhor. Inspira-me, sentir que é possível ser mulher e fazer a diferença na vida das pessoas com quem me relaciono e motiva-me o resultado do trabalho que desenvolvo todos os dias nas várias áreas que tenho sob a minha responsabilidade. Mulher, engenheira, empresária, empreendedora, é também mãe de dois filhos. Como consegue criar um equilíbrio entre a esfera pessoal, social e profissional? Encontrar um equilíbrio entre a vida pessoal, social e profissional exige-me um esforço acrescido, frequentemente traduzido no exercício de uma tripla jornada de trabalho diário, distribuído pela empresa, a autarquia e as instituições, em que os dias, muitas vezes, se estendem noite dentro, sem limite de horário. No entanto, procuro que a família não saia penalizada com as minhas inevitáveis ausências físicas, o que nem sempre é fácil e só é possível numa fase da vida em que os filhos já ganharam alguma autonomia e acabam por estar menos dependentes da presença permanente da mãe.

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UMA MULHER COM VISÃO E ESPÍRITO DE LIDERANÇA Paralelamente, é presidente de uma Junta de Freguesia, presidente da direção de uma Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários e presidente da direção de uma IPSS que desenvolve atividades nas áreas da Infância e da Terceira Idade. De que forma esta multiplicidade de papéis contribui para o seu desenvolvimento enquanto pessoa? Servir estas três áreas da sociedade é um privilégio muito grande e, ao mesmo tempo, uma enorme responsabilidade, onde todos os dias procuro dar o meu melhor num trabalho que exige bastante de mim, mas que, igualmente, me permite uma aprendizagem contínua e uma constante interação com a comunidade. Tudo isto contribui para a minha realização e desenvolvimento pessoal e também muito me preenche enquanto cidadã e enquanto pessoa. Há algum tempo que a vida autárquica e a participação no sector social fazem parte do meu quotidiano, no entanto, ser a primeira mulher a liderar cada uma destas três instituições da minha terra, com a particularidade de o fazer em simultâneo, é um feito inédito do qual não posso deixar de me orgulhar. Em Portugal, existem cada vez mais, exemplos de liderança de sucesso, no feminino. Sendo uma inspiração para outras mulheres, que mensagem ou conselho gostaria de lhes deixar? Cada vez mais, nós mulheres, investimos nas nossas qualificações, ingressando na academia e dando o nosso contributo para a sociedade do conhecimento. Por esta via é também comum que mais cargos políticos e de dirigentes do sector económico, social e associativo sejam ocupados por membros do sexo feminino. De igual modo, o mundo laboral é, hoje, menos discriminatório para a mulher, notando-se uma participação feminina mais ativa na sociedade e no mercado de trabalho. A afirmação da mulher no mundo empresarial, na política ou no dirigismo associativo passa pela abertura da sociedade a uma intervenção ativa e participativa das mulheres em ações que evidenciem as suas capacidades para integrarem um mundo que, outrora, pertencia aos homens, onde seja possível demonstrar a sua visão, competência, capacidade de trabalho, espírito de liderança, empreendedorismo e inovação. A todas as mulheres, digo que nunca deixem de acreditar em si.


Especial Saúde

Lundbeck

Fev.

Sara Barros Country Manager

SAÚDE MENTAL | DIA DO DOENTE CORONÁRIO | SAÚDE OCULAR | PROCTOLOGIA REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 9


LUNDBECK

PERSPETIVA SOBRE A SAÚDE MENTAL EM PORTUGAL NOS ÚLTIMOS 20 ANOS

Sara Barros, Country Manager

A Saúde Mental está cada vez mais presente na agenda pública e política. Consiste num desafio de saúde pública ao qual é fundamental dar resposta. Considerando os números mais recentes: 23% da população portuguesa sofria de alguma perturbação do foro mental ou de uso de substâncias, dado que torna Portugal, no mesmo ano, o segundo país da UE com maior percentagem de anos vividos com incapacidade devido à carga de doenças mentais. Neste mês em que se assinalam os 20 anos da Lundbeck em Portugal, celebramos, também, 20 anos da promoção da saúde mental em Portugal. No que respeita à perspetiva histórica da Saúde Mental em Portugal, a verdade é que o estigma e o preconceito relativamente aos problemas de saúde mental constituíram, durante muito tempo, uma barreira à promoção de iniciativas que traduzissem um apoio a estes doentes e às suas famílias, catapultando, erradamente, este tema para um plano com uma conotação muito negativa. Foi no início do século XXI que se começou a verificar uma tendência de mudança de paradigma, marcada pelo lançamento do Relatório Mundial de Saúde de 2001, da Organização Mundial de Saúde (OMS), cujo tema foi a Saúde Mental pela primeira vez, com o título “Saúde Mental: Nova Compreensão, Nova Esperança”.

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Nessa altura, em Portugal, já tinha sido implementada a Lei da Saúde Mental (1998), contemplando os princípios e medidas da política de saúde, no entanto, o maior contributo para a promoção da Saúde Mental no país – desde o referido Relatório da OMS – foi o lançamento do Plano Nacional de Saúde Mental (PNSM), em 2007, aprovado no ano seguinte, e que define as principais estratégias a serem implementadas no nosso país no âmbito da Saúde Mental. O PNSM defrontou desde sempre diversos constrangimentos, o que se refletiu numa implementação deficiente, face ao que seria previsto e esperado, tendo em conta as várias avaliações, alterações e até extensão do mesmo – até 2020. Apesar disso, muitas foram as políticas relevantes identificadas para a melhoria no acesso e na prestação de cuidados de saúde mental. A par do PNSM, destaca-se a criação do Programa Nacional para a Saúde Mental, integrado na Direção Geral da Saúde (DGS), desenvolvido após a extinção da entidade coordenadora do PNSM, com a missão de promover programas e recomendações que garantissem o desenvolvimento da área da Saúde Mental em Portugal. A integração de serviços de saúde mental no sistema geral de saúde e transferência dos cuidados especializados para hospitais gerais e para a comunidade foi um grande avanço para mitigar o estigma relativamente às doenças do foro mental. Através desta medida, foram encerrados alguns dos principais hospitais psiquiátricos do país, como é o caso do Hospital Miguel Bombarda, dando lugar a novos serviços de saúde mental em vários hospitais gerais, como no Barreiro, Cascais, Setúbal, Évora e Beja, entre outros. Em 2015 foi integrado o conjunto de unidades e equipas de cuidados continuados integrados de saúde mental na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), com o objetivo de responder às necessidades das pessoas com doenças mentais graves em todas as zonas geográficas do país.Mais recentemente, no passado mês de dezembro, as diferenças regionais foram novamente reconhecidas com o decreto-lei que prevê a criação de um plano regional para a saúde mental. Uma medida que procura dar resposta às assimetrias regionais e responder às necessidades da comunidade de quem melhor reconhece os seus problemas. Além das iniciativas já referidas, é de realçar que há duas décadas poucos eram os dados referentes aos números da saúde mental em Portugal. Por essa razão, a implementação de uma política de recolha, análise e disseminação regular de dados, conseguida através da publicação “Saúde Mental em Números” foi um grande avanço e uma base necessária e fundamental para a criação de políticas de saúde que vão, de facto, ao encontro das necessidades de quem sofre perturbações do foro mental.É verdade que a situação da pandemia veio acender o debate e colocar a nu algumas das fragilidades do SNS nas respostas que tem para a saúde mental, mas também veio comprovar em como é urgente a necessidade de colocar a saúde mental no topo das prioridades e concluir a reforma de que há tanto se fala.


LUNDBECK

Ao longo de todos os dias, nos últimos 20 anos, a Lundbeck em Portugal tem sido incansável a tentar contribuir para uma vida melhor para as pessoas que sofrem de doenças mentais e do cérebro. E assim nos queremos manter nos próximos anos. É por essa razão que temos acompanhado toda a evolução política e social, no que diz respeito à promoção da saúde mental e tudo faremos para que esta se torne numa prioridade em termos de saúde pública e que tenha a mesma relevância que outras doenças têm na agenda política nacional. Estamos focados no cérebro 365 dias por ano há mais de 70 anos. Trabalhamos para encontrar respostas para questões ainda não resolvidas das neurociências. Para entender o que causa as doenças mentais e do cérebro, como elas progridem e o que podemos fazer para as prevenir ou eliminar. Pessoas que vivem com estas doenças, mais do que nunca, precisam do compromisso da comunidade neurocientífica para que possam restaurar a saúde da mente e do cérebro. À medida que cresce o número de pessoas que vivem com estas doenças, a necessidade de alcançar novas gerações de avanços nunca foi tão urgente. Continuaremos a investir significativamente na nossa própria investigação e a desenvolver compostos inovadores para milhões de pessoas com estas necessidades. Precisamos de todos os cérebros no jogo para entregar a mudança que estas pessoas precisam. Na Lundbeck orgulhamo-nos e queremos continuar a orgulhar-nos de fazer a diferença para todos aqueles que vivem com doenças mentais e do cérebro.

Sobre a Lundbeck A H. Lundbeck A/S é uma empresa farmacêutica global especializada em doenças mentais e do cérebro. Há mais de 70 anos que nos encontramos na linha da frente da investigação neurocientífica. Dedicamo-nos incansavelmente a restaurar a saúde mental e do cérebro, para que cada pessoa possa estar no seu melhor. Estima-se que 700 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com estas doenças e que um elevado número sofre devido a tratamento inadequado, à discrimina­ção, ao número reduzido de dias de trabalho, a reformas ante­cipadas e outras consequências desnecessárias. Empenhamo­-nos diariamente em encontrar melhores tratamentos e uma vida melhor para as pessoas que vivem com doenças mentais e do cérebro – chamamos a isto Progress in Mind. Os nossos aproximadamente 5800 colaboradores em mais de 50 países estão envolvidos em toda a cadeia de valor nas áreas de investigação, desenvolvimento, produ­ção, marketing e vendas. O nosso pipeline é constituído por vários programas de investigação e desenvolvimento e os nossos produtos estão disponíveis em mais de 100 países. Dispomos de centros de investigação na Dinamarca e nos EUA e as nossas instalações de produção estão localizadas na Dinamarca, França e Itália.

Equipa Lundbeck REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 11


DIA NACIONAL DO DOENTE CORONÁRIO

DIA NACIONAL DO DOENTE CORONÁRIO O Dia do Doente Coronário celebra-se todos os anos a 14 de fevereiro. Neste dia, que é também o Dia dos Namorados, aproveita-se para chamar a atenção da população para problemas que atacam o coração, como o tabagismo ativo e passivo, a má alimentação e a falta de exercício físico. A doença coronária caracteriza-se pelo desenvolvimento de placas ateroscleróticas no interior das artérias coronárias. Com a concentração de gorduras nas paredes das artérias, a circulação sanguínea e a irrigação dos tecidos do coração são colocadas em causa. O doente coronário é aquele que sofre de insuficiência cardíaca crónica. Ele pode ser alguém que já teve um enfarte do miocárdio ou que apresenta queixas de dores no peito ligadas ao esforço. Em Portugal a doença coronária aguda afeta 10 mil pessoas por ano, sendo as doenças cardiovasculares a principal causa de morte no nosso país (42% dos óbitos). Risco Cardiovascular Global As doenças cardiovasculares continuam e continuarão a ser a primeira causa de doença e morte em todo o mundo e, por isso mesmo, uma das mais importantes preocupações dos médicos e de todos os responsáveis pela saúde das populações. A doença cardiovascular não é mais do que o envelhecimento progressivo dos vasos sanguíneos e do coração. Esta alteração compreende o desenvolvimento da aterosclerose, que se vai fazendo em todos os vasos sanguíneos e com variável intensidade nos diferentes territórios do corpo humano (coração, cérebro, rins, grandes artérias, entre outros). A aterosclerose das artérias resulta da agressão que a parede destas sofrem e que tem diferentes origens. Entre os agressores contam-se o aumento da pressão arterial, o aumento dos lipídeos circulantes, bem como um processo inflamatório local devido a moléculas circulantes, que individualmente ou em conjunto levam à alteração das propriedades das artérias, mais conhecida por disfunção endotelial. Com a continuação desta ou até com o aumento da sua intensidade, inicia-se a deposição de material lipídico na parede arterial. Vai assim havendo espessamento progressivo da parede, com a diminuição do calibre das artérias e a consequente dificuldade circulatória.

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Todas estas alterações arteriais resultam da ação de um ou de vários fatores de risco cardiovasculares. Entre estes convém relembrar, a hipertensão arterial, o colesterol elevado, o tabaco, a obesidade, a diabetes, o stress, o sexo masculino e a história familiar precoce de doença cardiovascular. Como é de todos conhecido, raramente as pessoas apresentam um só fator de risco, antes têm vários, como a associação de obesidade, hipertensão, tabaco, etc. A avaliação do maior ou menor risco de contrair uma das doenças cardiovasculares motivada pela ação destes fatores, constituiu aquilo a que se chama o “Risco Cardiovascular Global”. Isto significa, na prática, que não se deve olhar para o doente de forma individualizada ou parcial, isto é, se é hipertenso, trata a hipertensão esquecendo que o doente também é fumador e obeso. Deste modo melhora-se um dos fatores de risco, neste caso a hipertensão, mas as alterações das artérias vão prosseguir porque os outros fatores vão manter a sua ação prejudicial. Por estes motivos, é imprescindível que o doente seja avaliado como um todo e tratado também como um todo, só deste modo se contribuirá para a diminuição da morbilidade das doenças cardiovasculares. Este conceito deve ser muito bem explicado a cada doente, no sentido de se conquistar a sua adesão ao tratamento. Este, como sabemos, não se limita ao simples uso de medicamentos, mas antes é muito importante a implementação das chamadas alterações do estilo de vida. Estas incluem uma dieta adequada, com diminuição da ingestão de gorduras animais, o aumento do conteúdo na dieta de frutas e legumes frescos, o aumento do exercício físico, com a realização de 30 minutos de marcha ritmada pelo menos três vezes por semana. Também a diminuição da ingestão de bebidas alcoólicas e o aumento da ingestão de água em abundância, deve ser aconselhado, bem como a opção pelas refeições mais ricas em peixe e menos em carne, principalmente se for “vermelha”, e também em fritos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que este panorama negativo em relação às doenças cardiovasculares se mantenha durante os próximos anos. Por isso deve-se alertar sistematicamente a população para a necessidade premente de modificar os seus estilos de vida e fazer a vigilância médica periódica, no sentido de se tentar inverter este panorama negativo na saúde de todos e de cada um.


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SAÚDE OCULAR | OLHO SECO

O IMPACTO DO USO DE MÁSCARA NA SUA SAÚDE OCULAR

J. Salgado-Borges, Médico e Cirurgião Oftalmologista Diretor da Clinsborges e Embaixador em Portugal do TFOS (Tear Film & Ocular Surface Society) www.clinsborges.pt / www.salgadoborges.com

No decorrer da pandemia de Covid-19 a utilização de máscara passou a fazer parte do quotidiano da população em geral, uma vez que esta é essencial para evitar a transmissão do vírus. Contudo, uso deste equipamento de proteção individual tem estado na origem de alguns problemas, nomeadamente ao nível da saúde ocular. A irritação ocular associada ao uso da máscara é frequente e mais exuberante em pessoas com antecedentes de inflamação ocular e/ou de olho seco. Os sintomas ou sinais mais comuns são a presença de olho vermelho persistente, comichão, ardência, sensação de picada ou de corpo estranho e eventualmente lacrimejo. Também o uso e abuso dos aparelhos digitais nos dias de hoje, tendência que veio a aumentar com o confinamento e restrições, mesmo transversais ou não à utilização da máscara culminam em cansaço ocular e desconforto acentuado. Sendo o Olho Seco uma patologia multifatorial, estão envolvidas múltiplas causas, destacando-se pela sua frequência a exposição prolongada a um ambiente quente e seco, o uso frequente de aparelhos digitais, a idade e alterações hormonais. Assim, sempre que possível, deve adotar-se um posicionamento adequado, manutenção do monitor ao nível ou abaixo dos olhos e frequentemente pestanejar para evitar a secura ocular. Comum ao tratamento de todas as situações, a administração de lágrimas artificiais revela-se crucial.

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No que diz respeito à saúde ocular durante a utilização da máscara, o aumento do fluxo de ar através da mesma em direção aos olhos durante a respiração tem-se revelado também um fator etiológico complementar muito importante. Este aumento do fluxo de ar acelera a evaporação contínua do filme lacrimal ao longo de horas ou mesmo dias, traduzindo-se, inevitavelmente, num aumento excessivo da irritação e inflamação da superfície ocular. Por outro lado, os utilizadores de óculos queixam-se pelo embaciamento das lentes e este revela-se constantemente um problema acrescido ao uso da máscara. Existem hoje lentes com caraterísticas próprias e processos de limpeza simples e eficazes capazes de diminuir a dificuldade no uso de óculos nestas condições. É importante salientar que não deve esfregar os olhos para proteção da córnea, evitando assim o risco de infeção. Mais importante ainda é o reforço dos cuidados básicos de higienização, como lavar frequentemente as mãos. As máscaras mais indicadas deverão ser aquelas que associem as caraterísticas de uma proteção certificada a uma melhor ergonomia, relativamente à fisionomia facial e, de preferência, que possuam uma prega metálica e moldável, para mais bem se adaptar ao dorso do nariz. É reconhecida e provada que a transmissão do Covid-19 se realiza fundamentalmente através das mucosas da boca, das fossas nasais e da conjuntiva ou mucosa dos nossos olhos. Numa altura em que o risco de infeção impera, torna-se assim fundamental, por um lado, não descurar o uso da máscara e, por outro, combater e evitar o risco de irritação ocular, uma vez que nos leva ao ato continuado e desaconselhado de tocar na face, o que pode levar à inevitável propagação deste vírus. Recomenda-se o uso de colírios não só para doentes com Olho Seco diagnosticado, mas também para a população em geral, dado o uso e abuso de aparelhos digitais e máscara. Resumidamente, nos dias de hoje, o uso de colírios deve ser recomendado a toda a população, sendo aconselhável procurar aconselhamento junto de um profissional de saúde.


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PROCTOLOGIA | HEMORROIDAS

VAMOS FALAR SOBRE HEMORROIDAS?

Dr. André Goulart (0M48362), Médico especialista em Cirurgia Geral no Trofa Saúde Hospital da Trofa, Braga Sul e Maia

Socialmente, falamos abertamente de diversas doenças sem qualquer pudor (como os enfartes cardíacos, AVC, doenças ortopédicas…), mas quando se trata de doenças da região anal, temos vergonha em falar, até mesmo com os nossos familiares mais próximos. As doenças que ocorrem na região do ânus são das doenças que mais incapacitam e que retiram qualidade de vida. Quem já teve uma fissura anal sabe bem o sofrimento que se sente por antecipação da ida ao WC e as dores que sente durante e após defecar. As doenças que ocorrem na região anal são agrupadas numa área de conhecimento médico designada de proctologia e o médico que as trata é reconhecido como proctologista.

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Este médico habitualmente é especialista em Cirurgia Geral ou Gastrenterologia. As doenças benignas da região anal mais comuns são as hemorroidas, abcessos/fístulas, fissuras anais e prurido anal. Mais raramente podem aparecer condilomas, incontinência anal e prolapso retal. Os doentes que apresentam alguma destas patologias referem perda de sangue nas fezes ou no papel higiénico (habitualmente de cor vermelho vivo), dor ao defecar, prurido ou ardência perianal, sensação de exteriorização de algo que vem do interior do ânus, humidade excessiva, dificuldade em defecar ou mesmo algum grau de incontinência. Na consulta é importante perceber o tipo de sintomas que o doente apresenta e o início e evolução das queixas. É muito importante a observação da região anal e em algumas situações pode ser necessário realizar um toque retal. Na maioria das vezes a descrição das queixas do doente e a observação da região anal permitem chegar ao diagnóstico e definir o tratamento adequado. Normalmente, os doentes recorrem à consulta após diversas tentativas de tratamento falhadas com “pomadas para as hemorroidas”. É correto a tentativa inicial de tratamento com comprimidos/ pomadas; no entanto, este tratamento deve ser prescrito por um médico após observação da região anal e nunca deve ser iniciado por recomendação de “um amigo que tomou e resultou”. Para além da medicação, é importante uma alimentação rica em fibras e a ingestão de 1,5 litros de água por dia, para que as fezes não sejam duras. Os banhos de assento também são recomendados na maioria das situações. Quando o tratamento conservador não resolve, pode ser necessário um tratamento cirúrgico. Existe o estigma de que as cirurgias à região anal são muito dolorosas e incapacitantes. Apesar de algumas cirurgias deixarem uma ferida na região anal que causa dor no pós-operatório, a intensidade e duração dessa mesma dor são muito variáveis de pessoa para pessoa. Para além disso, atualmente, existem técnicas inovadoras no tratamento da patologia anal, como, por exemplo, a aplicação de laser nas hemorroidas ou fístulas, que vieram facilitar a recuperação pós-operatória. Se tem alguma das queixas ou patologias descritas, procure ajuda especializada. O tratamento precoce e correto evita o sofrimento prolongado e desnecessário.


NO

VO

Tratamento dos sintomas associados à

DOENÇA HEMORROIDÁRIA e suas complicações1

INGREDIENTE PRINCIPAL

SUCRALFATO1

Contém

EXTRATOS de PLANTAS1

TRIPLA AÇÃO NA MUCOSA ANAL1 • protege • alivia • regenera

1. Emoflon® é um dispositivo médico de classe IIa. Instruções de Utilização: Março 2017. Emoflon® reveste e protege a epiderme, cuida a pele inflamada e com comichão e ajuda a promover a regeneração cutânea. Diminui a secura cutânea, o que auxilia na cicatrização de feridas, e reduz o risco de fissuras e lesões provocadas pela defecação. Emoflon® é um dispositivo médico de classe IIa, fabricado pela Egis Pharmaceuticals PLC; Leia atentamente as Instruções de Utilização antes de usar; Emoflon® destina-se ao tratamento dos sintomas associados com a doença hemorroidária e as suas complicações (ex.: eczema, fissuras); Aconselhe-se com o seu farmacêutico. Consulte um médico se os seus sintomas não melhorarem ao fim de 1-2 semanas; Não utilizar em caso de hipersensibilidade à lanolina ou a outros ingredientes presentes neste produto; Não utilizar em hemorroidas hemorrágicas; O uso da pomada retal Emoflon® não está contraindicado durante a gravidez ou aleitamento; contudo, nestes casos, é aconselhável consultar o médico.

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22EMO02

Sem lidocaína e sem cortisona1


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CONSUMER CHOICE | ESCOLHA DO CONSUMIDOR 2022

avaliar o comportamento e evolução do consumidor e também a avaliar as marcas no mercado, somos um sistema atual e confiável para as marcas e para o consumidor. E o facto do consumidor reconhecer isso, é ainda mais relevante para as marcas que são Escolha do Consumidor.

“CONTRIBUÍMOS PARA UM MELHOR CONSUMIDOR” José Borralho, CEO

Presente, há dez anos, em Portugal, a Escolha do Consumidor tem vindo a observar a evolução dos consumidores, quer a nível comportamental, quer a nível social, mas também das empresas e da forma como estas contribuem para a evolução e dinâmica do mercado e do consumidor. Em entrevista à Revista Business Portugal, José Borralho, CEO da Consumer Choice, salienta o contributo para a evolução das marcas e para informação do consumidor. Qual o impacto da Consumer Choice no mundo empresarial ao longo destes dez anos? Ao longo destes dez anos, foram muitas centenas de categorias de mercado e milhares de marcas analisadas, pelo que o nosso maior contributo foi, seguramente, o que demos para a evolução de todas as marcas. Transmitimos-lhes a avaliação e opinião dos consumidores portugueses e através delas (avaliação e opinião), as marcas puderam melhorar os seus produtos e serviços, a forma como se relacionam como o consumidor, seja no atendimento, serviço e até mesmo na forma como comunicam. Cremos que também contribuímos para um melhor consumidor, mais informado, mais participativo. Sendo o consumidor o júri de todo o processo, o produto torna-se mais credível e confiável para um público cada vez mais exigente? Claramente. A nossa metodologia é o nosso melhor ativo e os estudos independentes que temos feito nestes anos, provam que a Escolha do Consumidor é o mais credível, isento e prestigiado de todos os sistemas de avaliação que existem no mercado. A partir do momento que, todos os anos, nos preocupamos em

A Consumer Choice valoriza as marcas, cria meios para que o consumidor se expresse, para que avalie as marcas e divulgue as marcas que mais o satisfazem. Considera que o contexto atual provocou alterações nas tendências e hábitos de consumo? Provocou, obviamente. Não há como ficar indiferente e foi-nos possível analisar os hábitos de consumo dos portugueses, antes e depois do início da crise do coronavírus. Se determinadas tendências indicavam já, há muitos anos, consumidores que viviam à velocidade da forma como interagem tactilmente, este período que vivemos veio acelerar esse comportamento e associá-lo a outros fatores, maioritariamente on-line. Vou deixar apenas alguns exemplos e conceitos: Teletrabalho, consultas médicas e escola on-line: são três das atividades que os portugueses não conheciam em profundidade antes da Covid-19. A sua utilização tornou-se uma obrigação neste novo estilo de vida que tivemos todos que adotar em função da pandemia. Compras on-line o novo normal - já compravamos ocasionalmente ou regularmente on-line antes da crise. Mas os sucessivos confinamentos vieram acelerar este comportamento e o e-shopping veio para ficar. Redes sociais para compensar a falta de socialização - usamos mais as redes sociais desde março de 2020, com especial enfoque no WhatsApp e Instagram que tiveram aumento superior ao Facebook, que mesmo assim ainda lidera nas preferências. Temos quase tudo à porta - Delivery, Click & Collect já eram conceitos bons o suficiente, explorando os fatores de comodidade, simplificação e diversidade que cada vez mais seduzem os consumidores. Quase dois anos de pandemia depois, estes serviços fazem, hoje, cada vez mais parte do nosso estilo de vida. No entanto, há um novo paradigma que veio salvar muito comércio de proximidade: juntou-se a necessidade e a responsabilidade de consumo para apostarmos na continuidade de compra nos pequenos comerciantes locais. Vivemos dentro de um ecrã - esta nova realidade trouxe-nos toda uma necessidade de viver desde o entretenimento ao bem-estar dentro de um ecrã. O Instagram transformou-se numa sala de workshops que foram do exercício físico às dicas de beleza e até receitas, trazendo toda uma nova oportunidade a uma geração de influenciadores e marcas que aproveitaram para criar uma maior relação com os seus públicos. Com grande notoriedade em Portugal, a Escolha do Consumidor avançou para Espanha, sendo uma marca com um posicionamento a nível ibérico. Como se dá esta expansão e que objetivos estão traçados? Durante 2020, fechamos um acordo de licenciamento da marca para Espanha, mas face à situação pandémica, o nosso parceiro local não quis arriscar e por isso arriscámos nós e bem. Em Espanha, fizemos uma edição experimental junto de segmentos muito fortes e conquistámos muitas marcas com a nossa metodologia e posicionamento. É um mercado difícil, mas no qual vamos continuar a apostar para ter como exemplo para outros países onde já estudámos a nossa entrada.

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ESCOLHA DO CONSUMIDOR 2022 | SAMSUNG

SAMSUNG: A MARCA DE EXCELÊNCIA

José Correia, IM Division Product Head

Apesar da pandemia, a Samsung conseguiu atingir valores históricos e ser eleita, pelo 7º ano consecutivo, a Escolha do Consumidor, sendo um motivo de orgulho para toda a equipa, tal como refere José Correia, IM Division Product Head, em entrevista à Business Portugal. A Samsung voltou a ser eleita Escolha do Consumidor, na categoria smartphones, com uma nota global de 82,86%. O que representa esta distinção? Desde já quero agradecer a todos aqueles que confiam em nós. Isto demonstra que todo o esforço que temos vindo a fazer, ano após ano, é recompensado e é uma motivação para continuarmos a apostar naquilo que fazemos bem: o desenvolvimento tecnológico. Nós chamamos de “tecnologia com propósito”, que ajuda os nossos consumidores a terem vidas mais conectadas e facilitadas. Foi atribuído à categoria de smartphones que acaba por ser a nossa categoria pioneira e a mais visível. O facto de ser já o 7º ano a conquistar este prémio, é um motivo de orgulho e prova que esta nossa aposta continua na inovação é fundamental para continuarmos a ser merecedores desta distinção por parte dos portugueses. Em tempos de incerteza, os consumidores tendem a escolher marcas que conhecem, que lhes inspiram confiança e que dão garantias? Os consumidores acabam por se refugiar em marcas que se reveem mais, mas também que tenham algo para lhes oferecer no seu dia a dia. Temos que aliar o facto de ser uma marca reconhecida a continuar a responder às necessidades dos consumidores. Eu acho que é este conjunto de forças que faz com que as pessoas acabem por se identificar com marcas como a Samsung, que conta já com grande notoriedade, alavancada nos 40 anos de presença em Portugal, que celebramos este ano. 20 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Em 2021, a Samsung atingiu um máximo histórico de faturação em Portugal. Na sua opinião a que se deveu este excelente resultado? Este foi um ano histórico para nós. Chegamos quase aos 400 milhões de euros de faturação em Portugal. É um crescimento de 10% face àquilo que tínhamos em 2019, pré pandemia. Se eu tivesse de apontar uma razão para o sucesso da Samsung seria, sem dúvida, uma aposta sem limites na inovação. Além disso, é o resultado de todo o esforço e empenho das nossas equipas que, estes dois anos em particular, souberam dar mais de si e colocar em pratica a nossa capacidade de rápida adaptação às mudanças, em que de um dia para o outro começamos a trabalhar a partir de casa. O lançamento da nossa nova gama de telemóveis dobráveis bem como o lançamento do 5G foram os grandes motores do nosso crescimento em 2021, algo que acabou por beneficiar também as nossas linhas de produto como é o caso dos Galaxy S e dos Galaxy A. Tudo isto aliado a uma visão que coloca o consumidor no centro de tudo o que fazemos, temos a fórmula certa para o sucesso. O mercado está, cada vez mais, ávido de tecnologia e de tecnologia 'premium', significa que este ano será de oportunidade para a Samsung? Na Samsung temos um mote muito claro: “Do What You Can´t”, e isto acaba por nortear a nossa forma de trabalhar e, em 2022, continuaremos com a nossa ambição de desenvolver tecnologia de ponta e de ser reconhecidos não só pela indústria, mas como pelos consumidores pela nossa excelência e qualidade. Estamos muito entusiasmados por aquilo que temos conquistado nos últimos anos enquanto pioneiros, apaixonados e comprometidos em desafiar estas barreiras da inovação e do progresso e, portanto, estamos sempre a pensar no próximo passo. Vamos iniciar este ano com um grande lançamento no qual depositamos muitas expetativas e temos a certeza de que iremos, uma vez mais, surpreender os consumidores com a qualidade que vamos colocar nestes novos smartphones. Queremos não só apostar em tecnologia de última geração bem como continuar a trazê-la para os smartphones de média gama para que sejam acessíveis a todos.


AEG | ESCOLHA DO CONSUMIDOR 2022

AEG: NA VANGUARDA DA TECNOLOGIA A AEG vê renovada a sua posição como primeira classificada pela Escolha do Consumidor na categoria de fornos, pelo sétimo ano consecutivo. As necessidades dos consumidores foram evoluindo e os seus produtos, mais do que acompanhar essa evolução, pretendem desafiar o que o consumidor espera dos eletrodomésticos, neste caso do seu forno, como conta Ângela Pereira, Marketing Manager, em entrevista à Revista Business Portugal. Este prémio é uma motivação para continuar a desenvolver produtos inovadores ao serviço de uma cada vez melhor experiência para o consumidor? Receber este prémio pelo sétimo ano consecutivo é, sem dúvida, motivo de grande orgulho e motivação, mas é acima de tudo a prova da qualidade dos fornos AEG e de que as suas características vêm responder às necessidades do consumidor nesta categoria de produto. É o resultado do nosso foco no consumidor e nas suas reais necessidades, para que obtenha sempre uma experiência culinária de nível superior.

A AEG obteve os melhores resultados na facilidade na operação, qualidade e fiabilidade, eficiência energética, segurança, durabilidade, facilidade de limpeza, dimensões e temporizador. O segredo do sucesso está na filosofia da “perfeição na forma e na função”? Efetivamente, nesta edição de 2022, os fornos AEG obtiveram mais uma vez a melhor classificação em todos os parâmetros. Se por um lado é verdade que a filosofia que a marca segue desde sempre perfeição na forma e na função - continua a fazer sentido, uma vez que todos os nossos produtos aliam um design inovador a funções que pretendem responder ao que o consumidor procura em cada eletrodoméstico, é também verdade que tal como as necessidades dos consumidores foram evoluindo, os nossos produtos, mais do que acompanhar essa evolução, pretendem desafiar o que o consumidor espera dos eletrodomésticos, neste caso do seu forno. Assim, a nossa gama atual apresenta modelos energeticamente mais eficientes, opções de limpeza que facilitam esta tarefa, como é o caso da limpeza por pirólise, e comandos fáceis de usar que guiam o consumidor no momento da seleção do programa, temperatura, entre outras opções. Mas incluem também características inovadoras que permitem uma experiência verdadeiramente excecional, como é o caso da cozedura assistida através da ajuda da mais avançada sonda térmica, ou do forno CookView, que através da ligação a uma app permite aceder a receitas e controlar o cozinhado enquanto faz outras tarefas. A AEG é uma empresa na linha da frente da inovação, capaz de elevar a experiência culinária dos consumidores. Quais são os principais desafios para inovar neste tipo de produtos? O grande desafio passa por apresentar inovações que, mais que um gadget interessante, tragam efetivamente benefícios aos consumidores na hora de utilizar o seu eletrodoméstico. A sonda térmica é um bom exemplo. Porque deve o consumidor ter que se preocupar com os graus para obter o ponto de cozedura perfeito quando o seu forno o pode fazer por si, garantindo um resultado perfeito e ao seu gosto? Em 2022, comemoram 135 anos a levar inovações até ao consumidor. O objetivo passa por assegurar que os vossos produtos excedem as suas necessidades, incorporando tecnologia do amanhã para satisfazerem as suas necessidades futuras? Passados 135 anos, o desafio continua a ser oferecer produtos que correspondam e desafiem as expetativas dos consumidores. E o consumidor é cada vez mais exigente, não se conforma com o razoável. É por esta razão que continuamos a apostar na inovação. Para que os consumidores possam viver de acordo com os seus próprios termos, com produtos inovadores que respeitam as necessidades do meio ambiente.

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ESCOLHA DO CONSUMIDOR 2022 | WHIRLPOOL

WHIRLPOOL: UMA EXPERIÊNCIA INTUITIVA

Lluis Diaz, Marketing Manager

Lluis Diaz, Marketing Manager da Whirlpool Ibéria, em entrevista destaca a inovação e o equilíbrio perfeito entre intuição, performance e design como pilares do sucesso. Pelo terceiro ano consecutivo, a Whirlpool foi distinguida Escolha do Consumidor. Esta é uma motivação para continuar a disponibilizar soluções avançadas que conseguem sentir e antecipar as necessidades do consumidor? Receber o Prémio Escolha do Consumidor com uma classificação tão elevada é a melhor forma de saber que, com os nossos produtos, estamos a responder às necessidades dos consumidores no seu dia a dia. Para nós é muito importante que o Prémio Escolha do Consumidor seja o reflexo da avaliação dos consumidores e que nos reconheçam pelo terceiro ano consecutivo como a marca que escolheriam para comprar a sua máquina de lavar roupa, o que nos permite ter mais certezas de que estamos a tomar boas opções e continuamos no caminho certo para estarmos presentes em cada lar. Este resultado consolida o conhecimento adquirido e dá-nos diretrizes para continuarmos a pesquisar e a desenvolver eletrodomésticos inovadores que facilitem as tarefas em casa. O segredo do sucesso assenta no equilíbrio perfeito entre intuição, performance e design? Sim, podemos dizer que o segredo do êxito é a combinação dos nossos pilares enquanto empresa, mas essa fórmula tem resultados graças ao desenvolvimento de investigação e pesquisa que permite entender as necessidades dos consumidores, que são o centro de cada projeto de inovação do Grupo Whirlpool, cujo objetivo é proporcionar ao consumidor um maior conforto e facilidade em sua casa. Por isso, criar uma experiência intuitiva na interação com os eletrodomésticos, é essencial para a Whirlpool. Desenhamos eletrodomésticos acessíveis, para um dia a dia mais confortável e sem esforço. Por exemplo, as funções automáticas das nossas placas de indução tornam a cozinha muito mais simples, simplificando cada etapa. A inovação é, sem dúvida, um pilar fundamental da nossa marca. As tecnologias e recursos exclusivos oferecem um desempenho superior a todos os nossos equipamentos, garantindo sempre resultados da mais elevada qualidade. Por exemplo, a gama de máquinas de lavar roupa Supreme Silence possui a Tecnologia 6º SENTIDO, que é responsável pela poupança de recursos energéticos, e o Motor Zen, que permite alcançar uma tranquilidade total em casa graças ao seu baixo nível de ruído. 22 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Por último, os acabamentos e materiais premium conferem aos eletrodomésticos Whirlpool um design único. Cada detalhe dos nossos produtos, combina de forma perfeita o design de vanguarda aliado à melhor comodidade para o consumidor. A gama Supreme Silence pode ser o complemento perfeito para qualquer casa moderna? A gama Supreme Silence responde à necessidade de encontrar o bem-estar em casa, melhorando e facilitando as tarefas diárias, e permitindo encontrar um lugar de paz onde os elementos que nos rodeiam não interfiram no nosso descanso ou nos bons momentos com a família e que, ao mesmo tempo, tenha uma pegada ambiental mínima. Todas estas preocupações fazem parte das preocupações dos nossos consumidores e graças à inovação podemos continuar a satisfazê-las. Inovámos para desenvolver a máquina de lavar mais silenciosa graças ao Motor com Tecnologia Zen que permite que o ruído da centrifugação – de apenas 65dBA - não nos incomode enquanto desfrutamos de um jantar, descansamos ou - o que é cada vez mais comum - trabalhamos em casa. Além disso, não nos esforçámos apenas para obter um motor silencioso, mas também para garantir a máxima durabilidade. Quanto aos cuidados com a roupa, oferecemos uma ampla gama de programas de acordo com o tipo de tecidos e cores. Para além disso, num contexto em que a preocupação com a higiene aumentou, incorporámos a utilização de funções com vapor para obter uma higiene extra eliminando bactérias, refrescar a roupa sem lavá-la ou a função FreshCare+ que mantém a roupa 100% fresca, mesmo quando se esquece de a retirar da máquina no final do ciclo. Por outro lado, os consumidores são cada vez mais conscientes da importância do consumo e da gestão dos recursos energéticos. É por isso que a Supreme Silence oferece um conjunto de tecnologias inovadoras que ajudam a reduzir o consumo de energia, água e detergente. A Tecnologia 6º SENTIDO controla constantemente a roupa para reduzir o consumo de água e energia ajustado à carga de forma a não desperdiçar recursos. Como novidade incluímos também o sistema AutoDose que permite a dosagem automática do detergente em cada ciclo de lavagem para utilizar apenas a quantidade necessária. Dado o nosso compromisso de oferecer produtos cada vez mais sustentáveis, a Whirlpool utiliza materiais que impliquem um menor impacto no meio ambiente. A nossa gama de máquinas de lavar roupa Supreme Silence conta com 87% de componentes recicláveis ​​no final da sua vida útil, sendo um exemplo de produto sustentável. Por fim, o design funcional e os acabamentos dos materiais também são uma parte fundamental deste lançamento. Em suma, uma gama de máquinas de lavar roupa que surpreenderá do lado de fora, mas que em termos de desempenho será a mais completa que temos na nossa gama.


WHIRLPOOL | ESCOLHA DO CONSUMIDOR 2022

A Whirlpool é uma marca de referência, porque incorpora tecnologia do amanhã com as necessidades futuras, a pensar na sustentabilidade e nas gerações vindouras? A Whirlpool possui uma grande preocupação em proporcionar produtos sustentáveis ​​para as gerações atuais e futuras e persegue, incansavelmente, o objetivo de ser uma empresa sustentável. Em termos de produto, estamos sempre a aprimorar a forma como podemos manter o consumo mínimo com o mais elevado desempenho. Por exemplo, estamos imersos num projeto para melhorar a eficiência energética dos nossos produtos, minimizando o consumo doméstico ao máximo. A nível corporativo, a Whirlpool iniciou o seu compromisso com a sustentabilidade há mais de 50 anos, incorporando esse conceito em todos os processos da sua cultura empresarial: design de produtos, produção, distribuição e marketing. Apesar do difícil contexto causado pela pandemia, conseguimos avançar, de forma muito significativa, na nossa estratégia ambiental. Durante o ano de 2021, ratificámos o nosso compromisso global de atingir a meta de zero emissões nas nossas fábricas e operações até 2030. O compromisso abrangerá mais de 30 unidades fabris e grandes centros de distribuição em todo o mundo.

A Whirlpool estabeleceu uma das maiores metas de circularidade do sector em toda a Europa no que concerne à reciclagem: atingir 18% de plástico reciclado em todos os seus produtos e embalagens na região EMEA até 2025. Lluis Diaz é Marketing Manager da Whirlpool Ibéria, desde dezembro de 2020. Que avaliação faz deste percurso e que objetivos assumiu para 2022? Em dezembro de 2020, estávamos num período socioeconómico difícil gerado pela pandemia mundial que afetou todos os sectores e indústrias. No caso do sector de eletrodomésticos, enfrentamos dificuldades logísticas e de matéria-prima, enquanto a procura dos consumidores aumentou e os eletrodomésticos se tornaram essenciais nas nossas casas, onde passamos mais tempo e desenvolvemos novos hábitos, surgindo novas necessidades na nossa vida quotidiana. Com toda esta situação, colocámos todo o nosso esforço em trabalhar diretamente com os nossos distribuidores, oferecendo-lhes apoio face às suas necessidades e também às dos nossos consumidores. E a verdade é que, apesar do contexto global, continuámos a inovar e a lançar novos produtos no mercado, o que nos permite continuar a ser uma marca de referência para os consumidores. Para 2022, queremos continuar com um crescimento rentável como visão estratégica. O objetivo é continuar a estar entre os líderes do sector em todas as categorias, com um compromisso claro baseado em três prioridades: criar valor nos produtos de instalação livre, crescer na categoria de cozinha e ser referência no omnicanal para distribuidores e consumidores.

A máquina de lavar roupa mais silenciosa* Desenhada para o seu bem-estar Whirlpool Supreme Silence com Tecnologia 6º SENTIDO.

*Referente à categoria de máquinas de lavar roupa de livre instalação de 8kg e 1400rpm ou superior. Baseado em dados da GFK (Março 2021), comparando o nível de ruído na centrifugação declarado pelos concorrentes. Referente ao modelo W7X W845WR SPT da Whirlpool.

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ESCOLHA DO CONSUMIDOR 2022 | ORIVÁRZEA

ORIVÁRZEA: 10 ANOS A SER ELEITO PELOS CONSUMIDORES

A riqueza ribatejana encontra-se também nos seus campos e o Arroz Bom Sucesso é a confirmação inequívoca disso. Apesar dos seus 25 anos de história, consegue manter a tradição, inovar e ainda cuidar do ecossistema. O Arroz Bom Sucesso da Orivárzea tem, ao longo dos anos, mantido uma produção homogénea, tanto ao nível da variedade como da zona (o Ribatejo, neste caso) e sempre com um enorme respeito pelo meio em que é produzido: o ambiente. Quem nos conta é Filipe Ventura que acrescenta ainda que este é um “produto que não tem flutuações a nível de decréscimo de qualidade e, por isso, as pessoas têm-no como fiável, bom e que garante mais qualidade do que os restantes”. Zelar pelo ambiente É urgente cuidar do meio em que estamos inseridos para garantir um futuro melhor para as próximas gerações. Nesse sentido, a Orivárzea tem feito algumas alterações no processo de produção.

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A nível dos campos, começaram a dar mais utilidade às novas tecnologias para conseguirem, assim, economizar água. Esta “é usada como um controlador térmico na produção do arroz, por isso, algumas semanas antes do arroz ser ceifado, a água é devolvida aos rios, aos circuitos normais. Só uma pequena parte é que é usada no regadio”, refere. Quanto ao embalamento também se registou uma evolução significativa tendo em conta que começou a ser feito em atmosfera controlada e de forma natural pois, tal como explica Filipe, “nós embalamos com o máximo de 5% de oxigénio para evitar os gorgulhos e isto mantém também o arroz mais fresco e mais jovem durante o seu ano de validade”. No que concerne aos plásticos, estão a ser procuradas alternativas para aguentar a atmosfera dentro da embalagem com o plástico 100% biodegradável. Ao mesmo tempo, 33% da energia utilizada vem do sol. As embalagens deixaram também de ser agrupadas em plástico retrátil, permitindo assim eliminar esse plástico e o forno térmico por onde passavam todos os packs, o que consistiu numa grande poupança ao nível energético e de redução da pegada de carbono. A Escolha do Consumidor A par das marcas Delta e Cofidis, a Arroz Bom Sucesso é o único a ser o preferido dos consumidores por dez anos consecutivos. Este galardão, que assenta numa avaliação tão idónea e isenta, é de extrema importância para a Orivárzea pois é a prova viva de que o trabalho está a ser bem conseguido e que estão no caminho certo para o sucesso.


IROBOT | ESCOLHA DO CONSUMIDOR 2022

iROBOT: “TRAZER O FUTURO PARA HOJE” A iRobot foi eleita a Escolha do Consumidor, na categoria “Aspiradores Robot”. Esta distinção deve-se à melhor classificação obtida nos atributos de durabilidade, eficiência e capacidade de ultrapassar obstáculos. Em entrevista à Revista Business Portugal, José Silva, Country Manager da iRobot Portugal, salienta que com este prémio mostra que estão a seguir o caminho correto ao colocar sempre o consumidor no centro das suas ações. Este prémio constitui a validação da iRobot enquanto marca na qual os portugueses têm maior confiança? Este prémio mostra-nos que estamos a seguir o caminho correto ao colocarmos sempre o consumidor no centro das nossas ações. A iRobot pauta-se por um princípio fundamental que é o de ouvir atentamente o que os consumidores nos pedem para orientar as suas ações, e efetivamente a durabilidade dos nossos equipamentos e a sua eficiência de limpeza são desde as origens do Roomba fatores fundamentais e distintivos dos quais não abdicamos pois temos consciência que são altamente valorizados pelos consumidores. Quando um consumidor compra um iRobot, não está apenas a fazer um investimento num equipamento doméstico, está a fazer um investimento em si e na sua qualidade de vida, libertando-lhe tempo para outras atividades que mais gosta. Com este prémio, o consumidor veio novamente indicar-nos isso, validando a sua confiança em nós para a limpeza autónoma da sua casa. A iRobot redefiniu a forma como as pessoas limpam as suas casas, criando produtos com novos níveis de inteligência que se integram totalmente na vida das pessoas. A iRobot é uma marca de referência, porque incorpora tecnologia do amanhã com as necessidades futuras? A iRobot, ao longo dos seus 32 anos de existência, tem-se pautado pelo lançamento de novas tecnologias de vanguarda que facilitam a vida dos consumidores aos mais diversos níveis. No entanto, com o lançamento da nossa Plataforma de Inteligência Doméstica iRobot Genius, em 2020, elevámos a ambição de que as pessoas tenham mais tempo para si a outro nível. O iRobot Genius alimenta os nossos robots e a nossa home app e com a sua capacidade de aprendizagem tem a possibilidade de antecipar as necessidades futuras dos consumidores, como saber que está na altura da muda do pelo do animal de estimação e, por isso, são necessárias mais limpezas em casa, ou saber quando não está em casa e autonomamente efetuar a limpeza nesse período. Não digo que tenhamos tecnologias do amanhã, o que a iRobot faz é potenciar a inovação constante e trazer o futuro para o hoje. Os novos modelos Roomba j7 e j7+ são hoje os equipamentos da marca tecnologicamente mais avançados. Quais as suas principais características? O lançamento do Roomba j7/j7+ é um excelente exemplo de como a iRobot resolve problemas reais e quotidianos dos consumidores. Sabemos que quem tem animais de estimação pode deparar-se com uma situação caótica ao chegar a casa, se o seu animal tiver um pequeno “descuido” num local impróprio e o seu Roomba estiver a aspirar a casa. Em 2020, existiram mais de 10 mil menções a esse problema em social media.

José Silva, Country Manager

O Roomba j7/j7+ tem a capacidade distintiva de identificar dejetos de animais, entre outros objetos, como meias, fios, sapatos, que podem impedir a boa conclusão da limpeza se encontrados no percurso de aspiração. Ainda mais, com o nosso iRobot Genius, o consumidor tem possibilidade de contribuir com imagem de novos objetos para a base de dados iRobot e o robot vai aprender esses novos objetos, fica cada vez mais inteligente e, assim, vai saber como reagir em situações futuras a esses novos objetos. Esta é uma tecnologia única e inovadora, específica do Roomba j7/j7+ conseguida através da câmara frontal. Mas para além desta, o Roomba j7/j7+ conta também com o sensor de deteção de sujidade e as 2 escovas de duplas distintivas da iRobot presentes em todas as gamas de robots aspiradores Roomba. A iRobot e os novos modelos Roomba j7/j7+ foram reconhecidos também, a nível global, com a certificação de cibersegurança TUV. Esta distinção constitui uma motivação para continuar a acrescentar valor ao mercado e a superar as expectativas dos clientes? Cada vez mais a proteção de dados é um tema na ordem do dia, já que estamos quase permanentemente conectados a uma realidade on-line e compartilhada. Por vezes, deparamo-nos no mercado com produtos semelhantes e que o consumidor menos explorador pode ter dificuldade em perceber as reais diferenças. A iRobot é uma companhia com mais de 30 anos de existência e com mais de 30 milhões de robots vendidos em todo o mundo. E estes marcos históricos dão-nos a responsabilidade social e tecnológica de zelar e contribuir com a segurança de quem confia em nós para cuidar das suas casas. Cabe-nos também a nós, de alguma forma, alertar para os perigos que podem ter alguns equipamentos se as medidas de segurança dos seus fabricantes não forem verdadeiramente válidas. Somos a primeira marca de robótica a receber a certificação TUV que valida, de forma substancial, as nossas infraestruturas e políticas de segurança. Não queremos estar a lançar apenas novos produtos, queremos construir mais, e melhor. Ambicionamos ter uma iRobot totalmente integrada em sistemas de inteligência doméstica, mas com a qualidade e segurança que a marca sempre ofereceu aos clientes. REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 25


PRÉMIO CINCO ESTRELAS 2022

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Na edição deste ano do Prémio Cinco Estrelas 2022 foram distinguidas 132 marcas, mais sete do que no ano passado. O Prémio Cinco Estrelas mostra o reconhecimento dos portugueses, que avaliam a qualidade, trabalho e excelência dos vencedores, sejam eles marcas, produtos, serviços, personalidades ou órgãos de comunicação social que consideram extraordinários, realmente Cinco Estrelas. "Com a atual conjuntura de incerteza os consumidores estão, cada vez mais exigentes, nas suas escolhas e a avaliação das marcas é importante para que se sintam seguros quanto às suas decisões de consumo, conferindo-lhes confiança no benefício e na satisfação que com elas obtêm" referem Débora Silva e Ana Lourenço, fundadoras do Prémio Cinco Estrelas, citadas em comunicado.

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A VIDA ESTÁ SEMPRE A MUDAR, MAS A VOSSA CONFIANÇA CONTINUA. Para o Credibom, o principal indicador de sucesso de uma empresa é a satisfação dos seus clientes. Saber que os nossos consumidores nos consideram Cinco Estrelas pelo segundo ano consecutivo não nos podia deixar mais orgulhosos e seguros do nosso trabalho. Muito obrigado. Contem connosco. Contem com um negócio Cinco Estrelas.

AF_CREDIBOM_PISCA_5ESTRELAS_BUSINESS_MP_210x148.pdf

Banco Credibom, S.A. Prémio atribuído na categoria de crédito ao consumo no ano de 2022. Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidade que o atribuiu. Prémio atribuído pela U-SCOOT Lda. 1

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O NOSSO MOTOR NÃO TEM CAVALOS, TEM ESTRELAS. Há negócios Cinco Estrelas. E o motor de busca PiscaPisca.pt é um deles. Quem o diz são os nossos consumidores, que reconhecem a nossa experiência e esforço por inovar. Não poderíamos estar mais agradecidos pela confiança que depositam em nós. Prometemos continuar a iluminar bons negócios e a possibilitar que os automóveis usados brilhem cada vez mais.

PiscaPisca.pt (marca da responsabilidade do Banco Credibom, S.A.). Prémio atribuído na categoria de Plataforma de Classificados – REVISTAatribuído BUSINESS PORTUGAL // 27 Lda. Automóveis no ano de 2022. Este prémio é da exclusiva responsabilidade da entidade que o atribuiu. Prémio pela U-Scoot


PRÉMIO CINCO ESTRELAS | CREDIBOM

CREDIBOM: A SOLUÇÃO IDEAL Pedro Mata, Deputy CEO do Banco Credibom, em entrevista à Revista Business Portugal, destaca o Prémio Cinco Estrelas como elemento motivador para continuar a superar as expetativas dos clientes e a oferecer soluções que melhor se adaptam às suas necessidades.

Pedro Mata, Deputy CEO

O Banco Credibom, conquistou mais uma vez o Prémio Cinco Estrelas, na categoria de “Crédito ao Consumo” com uma satisfação global de 75,4%, destacando-se nos critérios de satisfação pela experimentação e intenção de recomendação. O que representa este reconhecimento público? Perceber que os consumidores portugueses confiam na marca Credibom e que valorizam e reconhecem a nossa dedicação, motiva-nos a continuar a superar as expetativas dos nossos clientes e a oferecer soluções que melhor se adaptam às suas necessidades. Em 2022, queremos estar ainda mais próximos, ser mais relevantes e garantir que os portugueses encontram no Credibom a solução ideal para a concretização dos seus projetos de vida. Relativamente a 2021, a avaliação positiva dos consumidores aumentou 3,3%, reforçando o seu posicionamento como uma referência no crédito ao consumo em Portugal. Esta é uma motivação para continuarem a trabalhar no sentido de que os portugueses encontrem no Credibom a solução ideal? Sem dúvida, este reforço positivo dos consumidores, atesta o nosso compromisso em simplificar a vida ao nossos clientes e parceiros, proporcionando-lhes a melhor experiência possível para conquistar a sua preferência. Este prémio representa também o reconhecimento pelos nossos Clientes e Parceiros do trabalho que temos vindo a desenvolver. Por outro lado, também nos atribui a responsabilidade de manter a melhor resposta às suas expectativas. Esta distinção demonstra também o esforço da marca e dos seus colaboradores para estar mais próximo do cliente e oferecer soluções que melhor se adaptam às necessidades dos consumidores, como é o exemplo do processo inovador de autenticação de assinatura através de meios digitais? O Banco Credibom tem uma operação suportada totalmente em plataformas digitais e em call centers para servir Clientes e Parceiros. Em 2021, 84% da nossa atividade é iniciada sobre as nossas plataformas digitais ou assinada eletronicamente pelo cliente final. A transformação digital é já hoje uma condição sine qua non, i.e., é uma condição indispensável no mercado de crédito ao consumo – os consumidores à medida que integram as suas

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atividades para plataformas digitais, essencialmente suportadas por aparelhos móveis, passam a exigir experiências semelhantes a todos os seus fornecedores – o crédito ao consumo também. Fintechs, Cryptocurrencies, Blockchain e todo um léxico que ainda há pouco começámos a dominar. A última década viu surgir novos conceitos que têm colocado em causa a banca tradicional dos produtos e serviços às marcas e comunicação. Uma revolução que tem movimentado os mercados de forma veloz. O Banco Credibom sempre se posicionou de forma a que esta tendência fosse uma realidade e fomos o 1.º Banco em Portugal a integrar a assinatura eletrónica sobre contratos de crédito ao consumo, além de investir uma parte significativa do seu orçamento anual na reformulação da arquitetura dos seus sistemas de informação (p.e. API’s) para o ecossistema digital nacional. Com mais de 25 anos da presença em Portugal, que linhas pretende o Banco Credibom seguir para se manter no topo e continuar a satisfazer e surpreender os seus clientes? O mundo mudou nos últimos anos, intenso em novos desafios. Pautado por momentos de adversidade, mudança, mas também de superação. O Credibom, nos últimos anos, tem desafiado os portugueses a olharam-se mais, a criarem novas rotinas, a repensar a vida dentro da sua casa, a dar mais valor a dimensões que considerávamos certas. Os resultados obtidos têm sido muito positivos. Desde que efetuámos o reposicionamento da marca para dar empowerment aos consumidores portugueses, temos vindo a crescer consistentemente a notoriedade da marca. O nosso foco está em oferecer o melhor serviço no mercado nacional, de forma consciente e transparente em todas as fases do ciclo de vida do produto. Os dados quantitativos têm vindo a confirmar o crescimento da notoriedade, mas também o nosso nível de serviço, visível com o reconhecimento do Prémio 5 Estrelas, o ranking no Portal da Queixa na categoria de crédito ao consumo e os valores de NPS (Net Promoter Score) que avaliamos sobre todos os serviços do Banco. O reconhecimento dos portugueses não só nos enche de orgulho, como também nos recorda, de que este é um trabalho diário das nossas equipas e que temos todos os dias que trabalhar com alegria e surpreender os nossos clientes.


PISCA PISCA | PRÉMIO CINCO ESTRELAS

A ÚNICA PLATAFORMA DE CLASSIFICADOS AUTOMÓVEIS, COM UM SERVIÇO CINCO ESTRELAS! Para Paulo Figueiredo, Diretor do PiscaPisca.pt, perceber que os consumidores portugueses confiam numa marca que está no mercado há menos de dois anos, é um incentivo para continuar a crescer e a desenvolver ferramentas para profissionais e consumidores de forma a servir o mercado e acrescentar valor. A plataforma PiscaPisca.pt conquistou pela primeira vez o Prémio Cinco Estrelas na categoria de “Plataforma de Classificados - Automóveis”. A satisfação global apontou para os 77.7% com destaque nos critérios de inovação, intenção de recomendação e preço/qualidade. O que representa esta distinção? Recebermos uma das melhores e maiores distinções: ser a ÚNICA plataforma de Classificados Automóveis, com um serviço Cinco Estrelas! Perceber que os consumidores portugueses confiam na marca PiscaPisca.pt, uma marca que está no mercado há menos de dois anos, motiva-nos a continuar. Agradecemos a todos por confiarem em nós e contribuírem para que pudéssemos receber este reconhecimento cinco estrelas!

Paulo Figueiredo, Diretor

Perceber que os consumidores portugueses confiam na marca PiscaPisca.pt, constitui uma motivação para continuar o crescimento e desenvolvimento para que o mercado e os profissionais possam contar com mais e melhoradas ferramentas? Em 2022, iremos continuar a crescer e a desenvolver ferramentas para profissionais e consumidores de forma a servir o mercado e a continuar a acrescentar valor. O motor de busca PiscaPisca.pt pretende ser o advisor dos consumidores no momento de compra e venda de um carro usado, por meio da inovação da confiança , e para todos - experts ou não de carros. A construção de uma atitude, espírito de tribo, é o nosso 3º eixo de identificação. O PiscaPisca.pt rompeu com a forma tradicional deste sector comunicar, sendo uma marca inclusiva e que “conversa” com todos os géneros, de uma forma simples! Num contexto desafiante, de incerteza mundial, colocámos os portugueses a cantar e a dançar o “Pisca Pisca” cumprindo assim também para a causa comum de “Um mundo melhor”.

(APDCA) e o Banco Credibom, assim como nos mais de 2.000 parceiros profissionais registados. Apesar dos últimos dois anos terem sido particularmente desafiantes para a venda de carros novos, o mercado de veículos usados registou um crescimento sustentado. O contexto de pandemia reforçou igualmente a importância das plataformas digitais, não só resultante da questão prática inerente ao negócio, desde o pagamento às deslocações, mas também de uma oferta de opções mais ampla e da melhoria do serviço de venda e pós-venda. O PiscaPisca, enquanto challenger, num mercado praticamente monopolista, pretende reforçar a importância de manter o tecido empresarial das médias empresas deste sector nos próximos anos. O PiscaPisca.pt é um motor de busca, de compra e venda de carros usados, pensado para todos os gostos, estilos de vida e necessidades do mercado. Não é apenas mais uma plataforma on-line, mas sim um projeto que se diferencia pela confiança, uma vez que todos os carros publicados são reais e têm as características técnicas corretas, e pela simplicidade, dado que a pesquisa é tão fácil como utilizar o Google. Neste primeiro ano e meio de atividade, o PiscaPisca.PT ajudou muitos portugueses a encontrar o carro dos seus sonhos, sendo este o top 10 das marcas e modelos mais pesquisados: Renault, BMW, Mercedes-Benz, Peugeot, Volkswagen, Opel, Nissan, Audi, Citroen e SEAT; Mercedes-Benz Classe C, Mercedes-Benz Classe A, Renault Clio, Nissan Qashqai, BMW Série 1, Renault Mégane, Volkswagen Golf, Mercedes-Benz CLA, Smart fortwo e BMW Série 3. As mulheres registaram algum destaque enquanto utilizadoras da plataforma, desmistificando a ideia de que o universo automóvel é exclusivamente masculino, reforçando simultaneamente a universalidade e simplicidade de utilização que caracterizam o PiscaPisca.pt. Para o segundo ano de atividade, prometemos novidades.

Lançado em março de 2020, o PiscaPisca.pt veio apoiar as pequenas e médias empresas do sector automóvel, ao criar uma montra digital que faz também aconselhamento e que é útil para todos – para quem vende e para quem compra. Que balanço traça deste percurso? O PiscaPisca.pt ultrapassou largamente os objetivos estabelecidos para o seu lançamento e já ajudou mais de um milhão de portugueses na pesquisa do carro ideal. A colaboração com o mercado e a aposta do sector refletem-se nos mais de 41.600 veículos disponíveis na plataforma, resultante de uma parceria entre a Associação Portuguesa do Comércio Automóvel

Em 2022, qual a estratégia assumida para o PiscaPisca.pt continuar a acrescentar valor e a superar as expectativas dos seus clientes? O Piscapisca.pt continuará a ser um challenger. Quando falamos do PiscaPisca.pt, falamos de mobilidade e referimo-nos sempre ao universo automóvel. Contudo, o conceito de mobilidade envolve outras dimensões da experiência humana. O futuro da mobilidade passa pela procura de novas experiências, mais do que recorrer a fórmulas previsíveis. Existe um consumidor cada vez mais exigente que espera ser surpreendido em todos os momentos da sua relação com as marcas.

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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS Há diversas teorias e definições de liderança, mas todas concordam que liderar é desenvolver a visão do que é realmente possível e ser capaz de influenciar as outras pessoas a desenvolver estes objetivos, bem como realizar e atingir seus próprios desejos e ideais. Um pilar essencial para o desenvolvimento de lideranças é a cultura organizacional. No âmbito da liderança institucional, nos dias de hoje, os municípios e as freguesias competem entre si pela atração de investimento e empresas, pela atração e fixação de pessoas. Os eixos fundamentais de ação dos municípios são a economia, o turismo, a educação e a coesão social. Fique a conhecer nas próximas páginas alguns exemplos de empresas e instituições que têm uma cultura de excelência, qualidade e inovação.

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WARPCOM | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

WARPCOM, UMA REFERÊNCIA NO SETOR TECNOLÓGICO A Warpcom, pioneira em tecnologias de redes quânticas, tem por missão ser uma referência na área de Cybersecurity, procurando oferecer as soluções e os serviços mais avançados e sofisticados para proteger as organizações, tal como refere Bruno Gonçalves, BU Manager - Cybersecurity, em entrevista à Business Portugal. Qual o conceito da Warpcom e quais os serviços que a empresa tem para oferecer? A Warpcom é um integrador tecnológico com atuação em Portugal há mais de 20 anos, sendo uma referência no sector das TIC. Os nossos serviços assentam em quatro áreas tecnológicas: Networking & Infrastructure, Collaboration & Customer Experience, Data Center & Multi Cloud e Cybersecurity. Para apoiarmos as diferentes organizações, os nossos serviços especializados endereçam a gestão de todo o ciclo de vida da tecnologia e abrangendo: Serviços de Consultoria, Serviços Profissionais, Serviços de Suporte e Serviços Geridos (NOC e SOC).

Bruno Gonçalves, BU Manager- Cybersecurity & Public Safety

A Warpcom criou recentemente a primeira ligação em Portugal de mais de 20 quilómetros para transmissão de informação encriptada através de chaves quânticas. Como é que surgiu este projeto? Distinguimo-nos pela inovação, ou seja, tentamos antecipar as necessidades das organizações no futuro. Para tal investimos internamente na criação de skills especializados e em tornar o nosso portfólio o mais completo e capaz de responder às necessidades atuais e futuras. Foi neste contexto, que identificámos os desafios e exigências da Era Quântica e tentámos antever as suas potenciais ameaças. Queremos estar preparados e ter know-how para lidar com os desafios que o poder computacional quântico poderá dar aos ataques do futuro e, foi assim, que acabámos por investir e liderar um projeto que tanto nos orgulha.

Em 2021 a Warpcom foi adquirida pela Evolutio, uma multinacional espanhola especializada na integração de serviços cloud. Quais os benefícios para a Warpcom desta parceria? Esta operação teve como objetivo criar sinergias que favoreçam o crescimento de ambas as empresas, a liderança no mercado ibérico e o reforço da aposta no mercado internacional. A Evolutio é uma das maiores empresas espanholas de integração de serviços cloud e é líder nas áreas de experiência do cliente e workplace digital, que são áreas complementares às principais linhas de negócio da Warpcom. Com esta união de forças, acreditamos que teremos uma maior capacidade de apresentar respostas mais integradas e completas às organizações.

Relativamente ao risco cibernético, esta é, atualmente, uma das maiores preocupações para as empresas? O que está a ser feito para o diminuir? A pandemia fez com que tivessem que se reinventar? Efetivamente o risco cibernético está na ordem do dia. As organizações começam, finalmente, a compreender que este risco de facto existe e quais os seus impactos quando não são tomadas as ações de mitigação adequadas. A pandemia claramente expôs ainda mais as fragilidades que as organizações têm, quer do ponto de vista tecnológico, mas também de conhecimentos e awareness sobre a cibersegurança.

Com a evolução das TIC, considera que é importante terem profissionais cada vez mais informados e especializados? Sim, naturalmente. Na Warpcom orgulhamo-nos de ter os melhores especialistas, pois só assim é possível prestarmos serviços de excelência. É, contudo, cada vez mais desafiante encontrar os profissionais com o conjunto de competências técnicas e de negócio que são cada vez mais necessárias. A verdade é que a evolução avassaladora das TIC requer, cada vez mais, um investimento contínuo em formação – quer do ponto de vista pessoal, quer do ponto de vista das organizações.

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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | MOURAPLÁS

Como é que é feito todo o processo de contacto com o cliente? Nós temos os canais de media atuais como a internet e a loja on-line. Dispomos dos nossos contactos de outrora e todos estão a funcionar, de certa forma. Já o contacto presencial com o público é que se tornou menor, embora, aos poucos e poucos, já esteja a retomar à normalidade. Ainda assim, como já tínhamos os canais estabelecidos dentro da nossa plataforma foi mais fácil continuar com os fornecimentos e, claro, dinamizar todo o tipo de vendas ligadas ao contexto epidémico. A única diferença que sentimos foi mesmo essa de falar pessoalmente com os clientes, tendo em conta que passou a ser tudo tratado preferencialmente através do telefone, emails, newsletters e esse tipo de canais que são absolutamente normais nos dias que correm.

Carlos Pinheiro, Administrador

MOURAPLÁS, UM CONCEITO INOVADOR NO MERCADO Carlos Pinheiro deu asas à imaginação e abriu este negócio num momento verdadeiramente desafiante da sua vida: a situação de desemprego. Entre altos e baixos, dispondo de uma equipa jovem e dinâmica, aliada a um forte espírito empreendedor, a empresa caminha para os 23 anos de vida e o saldo, feitas as contas, é francamente positivo. A Mouraplás já conta com mais de duas décadas de existência no mercado. O balanço que faz até aqui é positivo? Sim, tem sido muito positivo. Temos conseguido ultrapassar todos os obstáculos que nos têm surgido, inerentes ao contexto atual, nomeadamente, à pandemia que é uma situação transversal a todos nós. E, de certa forma, temos estado a conseguir cumprir com todas as nossas obrigações, com os nossos colaboradores, bem como com fornecedores e todos os parceiros que envolvem a estrutura da Mouraplás.

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O surgimento do novo coronavírus fez com que apostassem em produtos como batas, aventais, luvas e cobre pés. Relativamente às consequências, que desafios é que a pandemia vos impôs? Na verdade, já tínhamos esses serviços implementados no portfólio da Mouraplás. No entanto, claro que, a partir de uma certa altura, os pedidos aumentaram relativamente ao contexto epidémico e, por isso, tivemos que recorrer a algumas importações. No que concerne ao mercado nacional, começámos a fabricar, através dos nossos parceiros, alguns produtos e a colocá-los nas Santas Casas da Misericórdia, nos hospitais, todo o tipo de clientes, no fundo, onde eram solicitados. A par dessa situação da pandemia, começámos a produzir outros produtos como é o caso do Ambi-Control /HYGIENIZ’AR que têm tido bastante sucesso no mercado. No caso do ambi-control, é um produto higienizante que, ao mesmo tempo, aromatiza. Para além disso, é extremamente amigo do ambiente visto que é feito à base de etanol. Não se trata de um álcool sintético, mas sim de um produto de origem vegetal. Este artigo consegue articular a aromatização à higienização e pode, inclusive, ser respirado por asmáticos, entrar em contacto com a pele e com tecidos, não provocando nenhuma reação alérgica adversa. Ou seja, com o Ambi-Control, procuramos ter um ambiente aromatizado, mas também temos em consideração a questão da segurança tendo em conta que este produto faz três em um pois consegue aromatizar, higienizar e desinfetar todas as áreas envolventes.


MOURAPLÁS | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

É um produto muito diferenciador com bastante sucesso nos hotéis, lares, misericórdias, cafés, restaurantes, ginásios, entre outros, que nos levou ao Congresso dos Diretores de Hotéis, em Fátima e aos eventos da AGL - associação de ginástica de Lisboa onde fizemos parte do plano de contingência aprovado pela DGS. Suponho que uma das vossas maiores preocupações é tentar ser uma empresa amiga do ambiente. O que está a ser feito nesse sentido? A Mouraplás tem uma vertente inovadora que se preocupa com o ambiente e não o descuramos, de facto, atendendo à sua importância. Basta olharmos, por exemplo, para as questões da UE e todos os protocolos que estão a ser colocados em vigor como, por exemplo, o carbono zero, resíduo zero e economia circular. Estamos apreensivos em tratar bem desta situação tão premente. O aquecimento global também é uma questão importante que podemos combater diminuindo as emissões de CO2. Inquieta-nos, inclusive, a contaminação, no que diz respeito aos rios e aquíferos. Também estamos a apostar na vertente agrícola com produtos inovadores de base microbiológica – a dizer bio fertilizantes. Este produto ao fertilizar o terreno permite melhores colheitas com melhor qualidade a baixo custo e em simultâneo apreendemos dióxido de carbono CO2 da atmosfera. Segundo estudos efetuados, na comunidade científica, por cada quilo de húmus produzido capturámos 1830 gr de CO2, quantidade existente em cerca de 4573 m³ de ar.

Quando produzimos um kg de trigo apreendemos tanto CO2 como o que existe em 3000 m³ de ar. Ao proceder ao aumento da área de produção agrícola e cultivar os terrenos, com esta tecnologia apreenderíamos mais CO2 do que aquele que produzimos resolvendo, pois, o problema do aquecimento global; para além disso, iriamos gerar mais empregos e reduziríamos o problema da fome e dos conflitos relacionados com a comida e a pobreza. Já tiveram alguns contactos com o mercado externo como é o caso de Angola e de Espanha. Pretendem continuar a abrir armazéns tanto a nível nacional como a nível internacional? A Mouraplás dispõe de armazéns em Espanha, além disso, tem contacto com Angola e outros países de língua e expressão portuguesa para promover estes novos produtos. Visto que estamos perante uma empresa cuja oferta é tão diversificada, o que é que vos falta fazer? Que objetivos tem a Mouraplás para o futuro? Neste momento, estamos empenhados em trabalhar com produtos novos ligados à questão ambiental e agrícola, como já referido. Queremos começar a ter produtos que, possivelmente, serão fabricados nas nossas instalações. Atualmente, fala-se muito da problemática do bagaço da azeitona. Este é um tema muito recorrente que está a ser abordado praticamente em todos os canais de comunicação. Por isso, queremos, de acordo com o aproveitamento da economia circular e resíduos zero, fazer com que este nosso novo produto, seja uma mais-valia, e acho que isso já está a ser conseguido. Temos provas dadas, nomeadamente, em algumas Universidades e em diversos pontos no nosso país, desde o norte ao sul, onde já estão a ser testados esses produtos, e o facto é que têm tido bastante sucesso. Em suma, queremos promover essa dinâmica relacionada com o ambiente e agricultura, essas são as nossas apostas.

www.mouraplas.com E.N. 125 Alfandanga (cruzamento) 8700-061 Moncarapacho/Olhão mouraplas@mouraplas.com Tel: 289 793 067

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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | COMPRARCASA

“MAIS DO QUE A TRANSAÇÃO, A RELAÇÃO” Luís Mário Nunes, em conversa com a Business Portugal, realça a capacidade de resiliência do sector imobiliário nestes dois anos de pandemia e assume a vontade da ComprarCasa em continuar a crescer enquanto rede.

Luís Mário Nunes, Diretor-Geral

A ComprarCasa é a primeira e única rede com certificação de qualidade da ISO 9001:2015. Além desta distinção, recebeu o selo de site de confiança, atribuído por três entidades: a DNS Portugal, a DECO e a Agência para a Economia Digital. Estes prémios “satisfazem-nos e orgulham-nos verdadeiramente”, refere o Diretor-Geral, Luís Nunes. Relativamente ao modelo de negócio passa, sobretudo, pelo cliente no centro e a aposta na qualidade. Porém, houve um momento em que essa qualidade de serviço deixou de ser suficiente e passou-se a dar primazia à experiência-cliente que Luís descreve como uma “sensação uau” ocorrida quando o agente imobiliário entrega um serviço ao cliente que não foi solicitado pelo mesmo, “enquanto que, na qualidade de serviço, o cliente me pede dois e eu dou-lhe dois, na experiência-cliente, ele não me pede quatro, mas eu dou-lhe cinco. Este processo assenta na qualificação, no saber ouvir e interpretar aquilo que o cliente realmente quer”, explica. Por outro lado, é importante repensar as lojas imobiliárias e fazer com que o cliente, quando as visita, se sinta confortável, quase como se estivesse na sua própria casa. Portanto, o que diferencia realmente a ComprarCasa das restantes redes é esta aproximação assente no slogan “mais do que a transação, a relação”, pois se o cliente tiver, de facto, confiança na marca, será mais um embaixador da mesma. Impacto da pandemia Com a Covid-19, os preços aumentaram consideravelmente perante a pouca oferta. Em função dos efeitos da pandemia, hoje em dia, o processo de produzir e entregar é muito mais demorado como refere Luís Nunes, “se antes o metro cúbico do ferro, por exemplo, se entregava em 2 ou 3 semanas, hoje demora 3 a 4 meses”, o que faz com que os custos de materiais e custos de contexto aumentem. Há que realçar também a taxa de desemprego que tem

ComprarCasa Azeitão 34 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

ComprarCasa Abrantes

demonstrado uma tendência clara de redução, e que acaba por ter, depois, influência nos custos da mão de obra. Tudo isto justifica o incremento que temos acompanhado no preço do produto imobiliário. O surgimento do coronavírus deu ainda origem a um novo perfil de consumidor. Atualmente, existem muitas pessoas que vivem no centro da Europa, mas que optaram por vir fazer teletrabalho para Portugal e, consequentemente, investiram no sector imobiliário, os chamados “nómadas digitais”. Isto deve-se, na ótica de Luís Mário Nunes, a fatores como o clima, a segurança e, até mesmo, os preços que, apesar de tudo, são apelativos se pensarmos nos salários médios de quem trabalha num país do centro do continente europeu. Conselhos a potenciais compradores Para quem quer comprar casa em 2022, Luís deixa alguns conselhos a ter em consideração. Primeiro, o cliente deve começar a pensar em alternativas fora dos grandes centros urbanos, tendo em conta que aí os preços são, obviamente, mais elevados. É importante olhar, inclusive, para a taxa fixa como uma eventual solução útil para médio e longo prazo. Por último, ter em conta a questão da sustentabilidade já que existem apoios, quer por via da banca, quer por via legislativa, para quem se desafia a comprar imóveis com uma melhor sustentabilidade ou para os clientes que ousam renovar as suas casas neste sentido. Metas a atingir O futuro para a ComprarCasa antevê-se risonho. Os objetivos passam por continuar a crescer em qualidade e experiência, servindo cada vez melhor os clientes. Além disso, “queremos ter um maior número de pontos de venda e garantir que todos eles vendem cada vez mais”, refere Luís.

ComprarCasa Ponta Delgada

ComprarCasa Angra


EACE | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

PROJETAR O AMANHÃ, APRESENTANDO NO PRESENTE O FUTURO

João Cristovão e João Caramelo, Sócios-Gerentes

O grupo EACE - Engenheiros Associados, Consultores em Engenharia desenvolve a sua atividade em todas as áreas da consultoria de engenharia, visando a integração de projetos e controlo de qualidade, otimizando as soluções de construção, manutenção e exploração das instalações projetadas. Em entrevista à Revista Business Portugal, João Cristovão e João Caramelo, sócios-gerentes, dão a conhecer o universo da empresa, destacando a pluridisciplinaridade das suas equipas técnicas, bem como abraçar a multiculturalidade nos mercados onde estão presentes como fatores distintivos no seu percurso. Como avalia a evolução da empresa e que vetores têm sustentado o seu desenvolvimento? O grupo EACE, ao longo dos últimos 24 anos, sempre conseguiu adaptar-se e estar na linha da frente nas áreas em que atua, com muita resiliência, fez uma internacionalização bem conseguida em África e na América do Sul. Fruto desse trabalho realizou alguns dos projetos mais emblemáticos do Brasil, como por exemplo, o projeto de Segurança das Olimpíadas Rio 2016. A empresa cresceu tendo assumido o compromisso da missão de realizar os mais exigentes projetos, nacionais e internacionais, nas áreas da engenharia de edifícios, e construiu, ao longo desse tempo, um capital sólido de credibilidade no mercado, sustentado numa equipa técnica altamente capacitada e multidisciplinar e em ser pioneira na apresentação de projetos sustentáveis, eficientes e com tecnologia de ponta com elevado retorno para o cliente. A empresa mantém o foco na constante procura de novos mercados e desenvolve dinâmicas de trabalho com fortes relações de confiança com os parceiros e clientes. O grupo EACE teve três períodos significativos no seu desenvolvimento, com uma primeira fase, impulsionada com os benefícios do crescimento económico e imobiliário nacional e a sustentar-se na contratação de técnicos superiores de engenharia e na solidificação da relação com os nossos clientes, sejam eles equipas de arquitetura, promotores ou construtores. Numa segunda fase, e decorrente da crise económica, no período de 2012 a 2018, o mercado do

projeto sofre uma forte quebra na procura, como consequência do desinvestimento no imobiliário e na obra pública, levando a empresa EACE a encarar o desafio da internacionalização e a evoluir para uma estratégia de constituição de parcerias em novas áreas geográficas, nomeadamente, Angola, Argélia, Cabo Verde, Brasil e Moçambique, criando a empresa EACE-BR e a EACM, respetivamente. Desta forma, conseguiu-se não descapitalizar o capital humano da empresa nem o know-how adquirido até então, tendo esta estratégia possibilitado o crescimento em novas áreas de projeto de engenharia, conseguindo superar, com a resiliência própria do ADN da empresa, os riscos e a falta de garantias que este tipo de operações representa para as empresas. Por último, e numa terceira fase, resultante da pandemia da Covid-19, entre 2019 e os dias de hoje, a empresa teve de se adaptar às exigências de contenção da doença, impostas pelo vários governos, onde geograficamente atua, e aos problemas económicos globais daí resultantes, levando a empresa a adotar novas estratégias e métodos de trabalho, bem como novos métodos de relacionamento com os clientes, equipando-se tecnologicamente e criando novos procedimentos para os desafios do teletrabalho, tendo aproveitado a experiência de gestão até então conseguida com a internacionalização, onde as reuniões por videoconferência e a interação com os colaboradores e clientes à distância era uma realidade diária.

CLIENTE - ANA - AEROPORTOS DE PORTUGAL SA DESIGNAÇÃO - NOVO AEROPORTO FRANCISCO SÁ CARNEIRO LOCALIZAÇÃO - CONCELHO DA MAIA - PORTO DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE INSTALAÇÕES ESPECIAIS: Instalações Eléctricas | Instalações de Telecomunicações | Instalações de Aquecimento, Ventilação e Climatização | Instalações Eletromecânicas |Instalações de Segurança | Instalações de Gestão Técnica

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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | EACE

NOVAS INSTALAÇÕES DA POLÍCIA JUDICIÁRIA

CLIENTE - MIGUEL SARAIVA & ASSOCIADOS, ARQUITECTURA E URBANISMO, S.A. DESIGNAÇÃO – NOVAS INSTALAÇÕES DA POLÍCIA JUDICIÁRIA LOCALIZAÇÃO – LISBOA - PORTUGAL. DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE INSTALAÇÕES ESPECIAIS: Instalações e Equipamentos Elétricos | Instalações de Telecomunicações | Instalações de Segurança Integrada Instalações Eletromecânicas | Instalações de Gestão Técnica | Instalações e Equipamentos Mecânicos - AVAC Gases e Ar Comprimido | Instalações e Equipamentos de Águas | Instalações e Equipamentos de Esgotos | Projeto de Acústica | Heliporto

A pluridisciplinaridade da equipa é um vetor crucial para fazer a diferença perante o cliente? Que outros fatores diferenciam a empresa num mercado cada vez mais competitivo? O grupo EACE sempre se destacou pela pluridisciplinaridade das suas equipas técnicas, tal só é possível, por ter dos melhores profissionais em cada área de atuação e com uma forte cultura de empresa, desenvolvendo ações nos mais diversos projetos, desde farmacêuticas, a data center, shoppings, ou aeroportos, esse tipo de atuação agrega um elevado valor ao projeto, pois apesar de serem muito diferentes podemos adicionar o que de melhor cada um tem. O mercado hoje é, cada vez mais global, e a estratégia de internacionalização da EACE revelou-se um sucesso, sendo a resiliência, o conhecimento técnico e o absorver a cultura local, das várias geografias onde atua, determinantes para esse sucesso. Um projeto desenvolvido pela EACE tem o diferencial de ser desenvolvido na ótica da operação e manutenção, isso traz um benefício muito grande a médio/longo prazo para o cliente, do ponto de vista de exploração e redução de custos associado ao comprometimento com os clientes, desde o início dos projetos até à concretização das obras, bem como a forte interação com as equipas de arquitetura, são estes os principais fatores de diferenciação. Do vasto e enriquecedor portfólio do EACE - Engenheiros Associados, Consultores em Engenharia, que obras elege como mais emblemáticas? Quais os principais sectores para os quais direcionam a vossa atividade? O grupo EACE, é hoje a principal empresa em Portugal de instalações técnicas (MEP) e nos mercados em que está solidamente implantada (África e América do Sul). O objetivo passa por crescer

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e ganhar mais dimensão nos mercados em que atuamos e estar presente em mercados estratégicos a nível global. As instalações técnicas (MEP) na última década têm vindo, cada vez mais, a ter um papel de relevo na engenharia dos edifícios “smart building” e, nesse campo, a EACE pretende continuar na linha da frente na próxima década. As áreas hospitalar, farmacêutica, aeroportuária, industrial, hospitalidade e mobilidade sustentável serão sectores que pretendemos desenvolver e crescer na próxima década. Destacamos algumas obras mais emblemáticas, pela sua tecnicidade e integração de sistemas: Em Portugal Aeroporto Francisco Sá Carneiro - Porto; Sede da Polícia Judiciária - Lisboa; Hospital CUF Tejo – Alcântara - Lisboa; FPM41- Edifício de Serviços na Av Fontes Pereira de Melo - Lisboa; Infinity Tower – Lisboa – Habitação. No Brasil Projeto de Segurança das Olimpíadas Rio 2016 – Rio de Janeiro Aeroporto Internacional de São Salvador Bahía; Hospital UNIMED – Nova lguaçu no Estado do Rio de Janeiro. Em Moçambique Edifício Sede do BCI – Maputo; 1ª Fase do Desenvolvimento Urbano do Katembe – Katembe; Consultoria Técnica – Informática e Segurança Electrónica das Filiais do Banco de Moçambique em Xai-Xai, Beira e Chimoio;


EACE | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

Em Angola Obras de Urbanização – Futungo de Belas – Requalificação Urbana do Perímetro Desanexado do Futungo de Belas; Complexo da Clínica Sagrada Esperança - Centro Médico de Talatona - Edifícios 1 e 4, Central Técnica e Elétrica e Arranjos Exteriores – Luanda. A atividade do grupo desenvolve-se nas áreas de engenharia das instalações técnicas e especiais, nomeadamente instalações eléctricas gerais, telecomunicações e informática, segurança integrada, climatização e ventilação, gestão centralizada, equipamentos de transporte (elevadores e escadas rolantes), águas e esgotos, gases medicinais e laboratoriais, térmica dos edifícios e acústica e energias renováveis. No âmbito do crescimento da empresa, esta tem vindo a expandir-se para diversos mercados. Atualmente, quais os mercados onde a empresa marca presença? E que objetivos existem a este nível? O grupo EACE tem hoje uma presença consolidada no Mercado Africano e Sul Americano, os objetivos para a próxima década passam por crescer nesses mercados e posicionar-se como grupo diferenciador. Para qualquer geografia onde o grupo EACE atua, existem objetivos e princípios de atuação similares, mantendo um ADN comum, mas com as especificidades de cada país.

No entanto, tanto no Brasil como em Moçambique existe uma estratégia comum, na procura do mercado de projetos de elevada tecnicidade e complexidade, onde o nosso know-how permite fazer a diferença e competir diretamente com outros players internacionais. Projetar o amanhã é a missão da empresa, apresentando no presente o futuro. Assim sendo, qual a estratégia definida para continuar a realizar os mais exigentes projetos nacionais e a afirmarem-se a nível internacional? A estratégia, tal como aconteceu nos últimos dez anos, será a de conseguir, na próxima década, estar um passo à frente em todas as vertentes. Estar um passo à frente significa ter todos os sectores da empresa preparados para a inovação técnica e tecnológica, ter a melhor equipa técnica com os melhores profissionais, tendo presente que, ao contrário de outras áreas de atividade, a engenharia vive de bons profissionais, e não poderá colocar um produto de elevada qualidade no mercado, quando não investe nos seus quadros profissionais, podendo ser esta a vantagem em relação a alguns concorrentes. Abraçar a multiculturalidade nos mercados em que nos encontramos, foi sempre diferenciador e de sucesso na última década e que continuará preponderante nos próximos dez anos.

EDIFÍCIO FPM41 CLIENTE – TORRE DA CIDADE SA / ROCKBUILDING DESIGNAÇÃO – EDIFÍCIO FPM41 – EDIFÍCIO DE ESCRITÓRIOS E COMÉRCIO LOCALIZAÇÃO – LISBOA – PORTUGAL CERTIFICAÇÃO GREEN BUILDING/LEED DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS DE INSTALAÇÕES ESPECIAIS: Instalações Eléctricas Gerais | Instalações de Telecomunicações | Instalações de Segurança Integrada | Instalações de Climatização e Ventilação | Sistema de Gestão Técnica Centralizada | Instalações e Equipamentos Eletromecânicos – Elevadores Rede de Esgotos | Rede de Águas | Rede de Gás | Resíduos Sólidos Urbanos Infraestruturas Eléctricas, Infraestruturas de Segurança Contra Incêndio e Infraestruturas de Telecomunicações

OLIMPÍADA RIO JANEIRO DESIGNAÇÃO – OLIMPÍADA RIO DE JANEIRO LOCALIZAÇÃO – RIO DE JANEIRO - BRASIL DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE SEGURANÇA ELETRÓNICA

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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | GLN

CRESCER EM TEMPO DE CRISE José Carlos Gomes, CEO da GLN, em entrevista à Revista Business Portugal, partilhou a importância do capital humano no crescimento e desenvolvimento do grupo, lembrando que as pessoas são a chave, para que a cultura de inovação e de contínua adaptação se possa desenvolver, dando ao grupo melhores condições de competitividade. Passados os últimos dois anos de um contexto incerto, volátil e complexo, o grupo GLN mantém a sua convicção de desenvolvimento e crescimento com valor acrescentado. Estando o Grupo GLN a desenvolver-se a investir com um foco na Europa e outro na América do Norte, é imprescindível alinhamento das pessoas pois só com equipas fortes se consegue ter sucesso nos processos de internacionalização desta natureza. Na esfera do mundo exigente de hoje, não deve haver espaço para objectivos pouco estruturados que abrangem somente o desempenho atual e aquilo que são as práticas do presente, mas devemo-nos preocupar em alcançar metas e objetivos desafiantes para o futuro. Precisamos de ser mais incisivos, audazes, ágeis e premiar as nossas equipas pelo mérito. Este é um desafio exigente da gestão. Bons técnicos não bastam, precisamos de pessoas que se entregam, que trabalham, que se dedicam de forma honesta, com respeito pelo trabalho em equipa. O desempenho não pode ser medíocre, é crucial que seja excelente em todos os momentos para que a organização tenha os resultados esperados e tenha vantagem competitiva. No nosso Grupo implementámos um processo de avaliação de desempenho estrategicamente usada com o propósito de alinhar a performance individual com os objetivos do negócio, onde simultaneamente se aposta numa abordagem de desenvolvimento de potencial e competências, onde as pessoas são desafiadas a serem a sua melhor versão, a otimizarem as suas habilidades e a coresponsabilizarem-se pela sua carreira, não permitindo a cristalização funcional. É, portanto, um processo baseado no mérito, no respeito, no desenvolvimento, no acompanhamento e na orientação, onde todos ganham. A carreira deve, por isso, ser vista com um sentido mais alargado e que se gere no longo prazo com a noção de maratona e não de sprint. A diversidade, o entusiasmo, a objetividade, a garra e a vontade de superação é o que queremos desenvolver em 2022 nas equipas do Grupo GLN. Este processo é complexo e precisa de muito empenho de todos para que a sua implementação tenha o sucesso para o qual foi desenhado. Novas apostas na I&D, nas tecnologias de ponta e última geração e intercâmbio de conhecimento. O desafio do crescimento e da internacionalização, requer para além do alinhamento da equipa, soluções com valor para os clientes. É necessário criar um ambiente propício ao florescimento da criatividade. O sucesso de uma ideia é fruto de uma sinergia contínua, 38 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

não só interna na organização, mas com o exterior envolvendo várias entidades de diferentes valências, onde o conhecimento é determinante para a construção de paradigmas, de processos e tecnologias, que se possam tornar geradores de valor acrescentado possibilitando novas opções de negócio. Temos, na sociedade, hoje, um contexto fértil de necessidades que tem de ser atendidas com inovação. Como por exemplo a necessidade de reduzir a pegada ambiental, onde comportamentos sociais e tecnologia terão de dar as mãos com o apoio de I&D para que os objetivos globais possam ser atingidos. Esta megatendência encerra em si um mundo de oportunidades e não de ameaças. Quais as principais consequências para o sector impostas pela globalização, evolução tecnológica e competitividade a baixos preços dos mercados a oriente? A atual situação geopolítica adiciona mais incerteza a um contexto já complexo. Tal obriga a um esforço por parte da gestão para a tomada de decisão atendendo aos riscos que a cada momento são adicionados à atividade económica. Depois das problemáticas da Covid, das interrupções nas cadeias de fornecimento, o controlo da China sobre alguns componentes essenciais aos produtos globais, aos aumentos de preço de MP e fatores produtivos como a energia, agiganta-se agora outro risco com as tensões relacionadas com a potencial invasão da Ucrânia pela Rússia. As constantes negociações entre a NATO e algumas ex-repúblicas soviéticas, dá um argumento de ação a Putin. Esperemos que tudo fique restrito a ameaças e que no fim impere o bom senso. Qualquer ação armada na Ucrânia pode escalar facilmente, especialmente se a China entender que é um bom momento para também invadir Taiwan. Todos estes aspetos devem ser objeto de atenção por parte dos agentes económicos, pois mesmo que não venham a dar conflito armado, como se espera, criarão tal nível de tensão que impactará nos mercados e nos seus agregados económicos, que por sua vez influenciam a performance dos negócios. O controlo de uma parte importante dos materiais base por parte da China tem tido impacto direto na competitividade do sector de plásticos. A crise de materiais que se verificou em 2021 acentuou esta dificuldade, aumentando o gap entre os valores de matéria-prima disponíveis para os fornecedores chineses e os disponíveis para os fornecedores ocidentais.


GLN | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

Existe, também, uma enorme pressão resultante da diferença das condições laborais tal como: baixos salários, horários de 12h x 7 dias entre muitos outros, permitindo aos mercados low cost do oriente a prática de preços e prazos incomportáveis em países do Ocidente, tal tem estado na base da crise que se tem vivido no sector dos moldes, pese embora seja negado por alguns intervenientes. A forma de combater estas práticas é a aposta na qualidade e na alta capacidade técnica, focando esforços na construção de moldes de alto valor acrescentado, para peças plásticas também elas diferenciadas, minimizando o peso das matérias-primas e mão-de-obra menos qualificada no valor total do produto. Esta é também a solução para que a prazo possamos pagar melhores salários. Que outros caminhos de inovação a indústria europeia de moldes e injeção de plásticos pode trilhar para manter elevados os índices de competitividade sem perder sustentabilidade económica, responsabilidade ambiental e social? O foco da indústria dos moldes e plásticos deve reinventar-se e explorar novas abordagens de processos e materiais. A hibridização de processos e conjugação de multimateriais, subprodutos ou resíduos, são a oportunidade ideal, não só para maximizar a rentabilidade dos equipamentos já existentes, como igualmente traduzirá numa redução dos níveis de carbono globais, bem como minimizar a quantidade de resíduos, aumentando o espectro do ciclo de vida dos produtos e fortalecendo a economia circular. O sector automóvel tem sido, nos últimos anos, o principal estímulo e grande alimentador da indústria de moldes e injeção de plásticos em Portugal. Para além do mercado automóvel, que outros sectores poderão ser vistos como apostas promissoras para a indústria nacional de moldes e injeção de plásticos? O sector automóvel continuará a ser importante para a indústria em Portugal e certamente para a GLN. No entanto, acreditamos que a tecnologia desenvolvida e o know-how existente podem e devem ser aplicados a outros sectores com ganhos para todos. Evidente que o processo não é imediato. Cada vez mais o mundo se vira para o desenvolvimento de tecnologias e produtos amigos do ambiente e interligados. A GLN tem feito uma aposta grande no desenvolvimento de soluções que respondam a estes desafios nomeadamente materiais alternativos biodegradáveis ou 100% recicláveis, aposta no mercado de componentes para incorporação elétrica ou eletrónica e componentes para dispositivos médicos. Estes sectores procuram empresas com capacidade de desenvolvimento que permitam a criação de componentes multifunções capazes de aliar a versatilidade de formas que permite a injeção com a robustez, condutividade ou resistência de outros produtos mais convencionais. Também aqui há um longo caminho a fazer para o qual estamos muito motivados. Principais apostas da GLN, planos para o futuro e alguns projetos inerentes a essa mesma visão. O Grupo GLN tem vindo a crescer de forma sustentada ao longo dos últimos anos, o que se traduziu na necessidade de expansão da área produtiva tanto em Portugal como no México. Neste sentido, o Grupo GLN encontra-se de momento a projetar a criação de duas novas unidades fabris para o sector dos plásticos e pensamos este ano apresentar dois novos projetos para o efeito.

Estas novas unidades fabris, estão a ser projetadas considerando os desafios em termos de eficiência energética e de sustentabilidade. Procuramos atingir um nível significativo de descarbonização nos nossos processos de fabrico, o que irá contribuir para uma redução da pegada ecológica, bem como para o reforço da nossa competitividade no mercado e melhorar o nosso posicionamento junto de alguns clientes que valorizam este aspeto. Este crescimento é suportado por um “Technical Center” de Engenharia, que tem vindo a ser estruturado ao longo dos últimos dois anos. Este visa desenvolver e industrializar produtos de maior complexidade e consequentemente de maior valor acrescentado, permitindo desta forma que a GLN possa dar um melhor serviço aos seus clientes. Para alavancar esta estratégia, o grupo precisa de quadros técnicos com know-how de excelência, sendo necessário investir na formação contínua dos mesmos. As pessoas da organização são a chave, para que a cultura de inovação e de contínua adaptação se possa desenvolver, dando ao grupo melhores condições de competitividade. Para complementar esta premissa, a GLN tem vindo a desenvolver internamente um projeto de Agilidade no sector dos moldes. Evidentemente que pessoas, inovação e soluções tecnológicas são essenciais, assim como o é, o envolvimento e a visão do acionista para o sector, sem o qual, não será possível avançar.

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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | BRICK

RIGOR, EXIGÊNCIA E QUALIDADE TÉCNICA PROMOVEM CRESCIMENTO CONSTANTE Com 16 anos de história, a BRICK – Serviços de Engenharia, Lda é, hoje, uma das empresas mais inovadoras e promissoras na prestação de serviços de avaliação imobiliária e de equipamento, assim como da peritagem. Nuno Barroso, CEO, em entrevista, evidencia que a estratégia, em termos de futuro, passa por cimentar os atuais relacionamentos institucionais e estabelecer novas parcerias de negócio na área da avaliação imobiliária, bem como apostar no desenvolvimento do departamento de peritagem multirriscos junto das seguradoras e particulares. Nuno Barroso, CEO

Como avalia a evolução da empresa? A BRICK tem efetivamente observado uma trajetória de crescimento constante, assente em pilares fundamentais: Rigor, Exigência e Qualidade técnica. Três fatores que se complementam com o cumprimento de sla’s (service legal agreement, vulgo cumprimentos de prazos contratados) e relacionamento com os diferentes parceiros de negócio. A qualidade técnica e consequente exigência/rigor que advém da experiência e da coesão da equipa, permite-nos ser uma referência de mercado. O cumprimento dos sla’s contratados promove a satisfação do cliente. O bom relacionamento institucional da marca ‘BRICK’ com os seus colaboradores e parceiros, cria um buzz que suscita a curiosidade de potenciais colaboradores (técnicos) e clientes (outras instituições). Este cocktail promove o aumento da confiança do mercado e consequente crescimento sustentado de quota de mercado. A experiência alcançada pela empresa permite encarar todos os desafios com espírito aberto e visão estratégica. O estabelecimento de parcerias também contituiu um fator importante para terem alcançado o patamar atual? Tal como escolher a equipa certa, acreditar e confiar nela, a escolha dos parceiros de negócio também é fundamental. Em boas relações, sejam pessoais ou profissionais, o crescimento é recíproco. Parceiros de renome, categoria em que se enquadram os bancos, os fundos de investimento nacionais e internacionais, as seguradoras e as auditoras com quem trabalhámos, são o espelho disso mesmo. Desde o dia ‘zero’ que a estratégia passou e passa por estabelecer relações profícuas com marcas de relevo, que aportam responsabilidade na representatividade inerente à nossa prestação diária, mas, por outro lado, dão um conforto adicional à nossa equipa e aos clientes.

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À nossa equipa, pois sabem que estão a colaborar com marcas premium. Aos clientes em geral, dado perceberem que se, esses parceiros confiam em nós, é porque nos norteamos pelos mesmos princípios éticos e deontológicos, sendo a qualidade na prestação de serviço uma realidade. Uma das apostas da empresa reveladora de que a inovação está no ADN da BRICK é o projeto diferenciador de Consultoria de Peritagem. Que balanço faz desde o lançamento deste projeto disruptivo e quais as vantagens deste serviço para o cliente? A consultoria em peritagem multirriscos tem tido uma boa aceitação e o crescimento, tal como em outras áreas da BRICK, tem sido contínuo. A aposta em ferramentas digitais diferenciadoras apoiadas, entre outros, no nosso auto de orçamentação (incrementado ao longo dos últimos 20 anos), em processo de certificação contínuo e com atualizações recorrentes que tem em linha de conta a inflação, com consequente aumento de custo de materiais e mão de obra, permite-nos fazer a diferença na resolução de sinistros. Oferecemos aos parceiros melhores sla’s do que a generalidade do mercado favorecendo a relação entre segurados e seguradoras, apurando valores de indemnização mais assertivos e mais justos e gerando poupanças significativas em termos de indemnizações finais. Também temos resultados muito interessantes na auditoria ao trabalho de reparação efetuado em sinistros multirriscos, confirmando a nossa convicção de que as seguradoras pagam indevidamente, em média, 20% a 30% mais de indemnização quando usam os serviços de reparação sem intervenção dos peritos. Temos verificado também um incremento significativo na procura deste serviço por particulares e servicers (empresas que fazem gestão de património imobiliário e de NPL’s – Non Perfomance Loans), seja para os defender face à fraca qualidade técnica


BRICK | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

demonstrada por terceiros na regularização de sinistros para seguradoras, seja para os defender face a empreiteiros menos corretos, ou até tendo em vista a aquisição de imóveis. Nesta última situação é pedido para verificar a qualidade geral do imóvel, apontar quais as patologias mais preocupantes e estimar os custos de reparação ou substituição atendendo às ferramentas que possuímos. A exigência, competência e qualidade técnica são pontos fulcrais da atuação da BRICK. Num mercado globalmente mais exigente torna-se imperativo uma equipa capaz de fazer a diferença perante o cliente? Uma equipa técnica e administrativamente evoluída, em termos de competências/valências evidenciadas, uma equipa estável e satisfeita com as condições remuneratórias, faz a diferença! Na BRICK sempre nos preocupámos com a valorização dos recursos humanos. Saliento que lutamos pela igualdade de géneros, sendo 70% do nosso quadro laboral do sexo feminino. Enquanto EFR - Empresa Familiarmente Responsável, desde 2013, que premiamos a produtividade com políticas de compensação não só monetária, mas também emocional, optando por dar mais liberdade aos trabalhadores, possibilitando assim a conjugação do binómio trabalho/família. Entendemos que estas políticas resultam no excelente relacionamento laboral existente, na mobilização dos colaboradores em torno das necessidades da empresa e também, que os clientes/parceiros, têm a perceção de que é um dos nossos grandes trunfos. A filosofia assente na sustentabilidade financeira, com uma estratégia a longo prazo permitiu que a BRICK continuasse o rumo de crescimento mesmo em tempos de pandemia? Sim, permitiu. No último ano, voltámos a crescer a dois dígitos, temos rácios económico-financeiros excelentes e mantemos a mesma orientação de crescimento sustentado. A pandemia trouxe muitas dificuldades a variadíssimos sectores da economia nacional e internacional, não tendo o nosso sector, sido exceção. No entanto, as nossas dificuldades foram sentidas mais ao nível organizacional, do que propriamente em termos de volume de negócio. As dificuldades iniciais, em confinamento, deveram-se à impossibilidade de os técnicos externos (avaliadores de imóveis e peritos regularizadores de sinistros) fazerem visitas e à diminuição de volume adstrito à também impossibilidade dos mediadores imobiliários angariarem negócio. No primeiro mês e meio a banca ainda tinha pipeline para alimentar a nossa rede, mas não se podiam fazer visitas. A partir do momento em que a CMVM permitiu visitas ‘alternativas’, com recurso a equipamentos tecnológicos à distância, o volume de trabalho estabilizou. Por sua vez, o mercado imobiliário teve um bom comportamento nos últimos anos, permitindo o equilíbrio e até, no nosso caso, um aumento significativo de volume de negócio. De realçar que a reivindicação, constante nos últimos anos, por parte dos peritos avaliadores de melhores condições de trabalho e remuneratórias, permitiu e permite uma sensibilização dos clientes para a questão e perspetivar um futuro mais interessante para a profissão, possibilitando a atração de novos ativos profissionais, que tanta falta nos fazem. Saliento ainda, que a BRICK, enquanto membro da ASAVAL tem pugnado constantemente pela melhoria das condições laborais dos seus profissionais.

A pandemia veio mostrar que o futuro pode passar por uma solução híbrida entre os escritórios físicos, em que as equipas se reúnem em tempo parcial, permitindo uma troca de experiências e evolução constante e, paralelamente, os home office? Como já estávamos bem preparados para trabalhar remotamente, na medida em que sempre acreditámos na economia verde visando a sustentabilidade ambiental, a pandemia permitiu-nos manter a já falada política de valorização de recursos humanos, continuando a aplicar e incrementar as, já ressalvadas, políticas de EFR. Penso que foi uma oportunidade única de repensar o mundo, tendo-se obtido claramente ganhos em termos de eficiência com economia de escala, que se repercutiram na produtividade dos funcionários. Do meu ponto de vista, os home office, em paralelo com o espaço físico, são a solução ideal para o planeta e para todos nós. Necessitamos é de inovar na comunicação para que os laços entre colegas de trabalho não se desvaneçam, pondo em risco a evolução da empresa e de todos os seus colaboradores. Acredito, portanto, que os ditos ‘híbridos’ são a melhor solução para o futuro, tendo também presente a ideia de que para alguns o espaço físico poderá até ser supérfluo. Quais são as ambições da BRICK para 2022 e qual a estratégia assumida para que a empresa seja cada vez mais a referência na área dos serviços de engenharia? Mesmo sabendo que o momento atual é difícil, no que concerne aos mercados nacionais e internacionais, devido à incerteza da evolução económica, que compreende a escassez e o aumento dos preços de matérias-primas e de mão de obra, para além da névoa que paira sobre o horizonte e que consiste no presumível aumento das taxas de juro a médio prazo, a ambição é sempre enorme! A vontade de prestar bons serviços, ajudar clientes a crescer, ajudar os colaboradores a evoluírem enquanto indivíduos e profissionais, pensar e agir ‘verde’ e ‘sustentável’ em prol do planeta, são sempre objetivos/ambições presentes. Se seguirmos esta linha de raciocínio e procurarmos afincadamente novos parceiros de negócio nos departamentos de avaliação e peritagem, a par de outros oportunidades de negócio na prestação de serviços de engenharia, iremos com certeza manter a trajetória de crescimento a dois dígitos que nos carateriza e consolidar a nossa posição/reconhecimento no mercado. Tendo atingido, em 2021, níveis referenciais que nos permitem ser PME Líder, a estratégia passa por cimentar os relacionamentos institucionais existentes e ter novos parceiros de negócio na área da avaliação imobiliária, para além do apostar fortemente no desenvolvimento do departamento de peritagem multirriscos junto das seguradoras e particulares.

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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | IN2ACTION

“AS PESSOAS FAZEM AS EMPRESAS” E a IN2ACTION acaba por conseguir fazer, também, a diferença junto dos nossos clientes. Isto acaba por nos dar a confiança necessária para seguir em frente e continuar a desenvolver projetos e novas abordagens ao mercado.

Maria João Figueiredo, Managing Partner

Maria João Figueiredo, Managing Partner da IN2ACTION, esteve à conversa com a Business Portugal e revelou os fatores que têm sido essenciais para o êxito da empresa e o impacto que esta tem tido junto dos clientes bem como das suas organizações. Movida pela paixão de fazer mais e melhor, Maria João Figueiredo desafiou-se a si própria a abrir uma empresa na qual acredita a 200 por cento. Que balanço faz do percurso da IN2ACTION e que valores têm norteado o seu crescimento? O balanço é bastante positivo. Tem sido um caminho gradual de consolidação, junto dos clientes e do mercado, do valor que conseguimos acrescentar às organizações. Os princípios que nos têm norteado neste desenvolvimento são, acima de tudo, o profissionalismo e uma paixão muito grande pelo desenvolvimento humano, pelas pessoas e uma crença forte de que estas fazem a diferença nas organizações.

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A IN2ACTION é uma boutique de consultoria estratégica, especializada nas áreas de Consultoria de RH, Formação e Desenvolvimento, Coaching, Comunicação e Produção de Eventos Corporativos. Concretamente, quais os serviços que disponibilizam e qual a importância das soluções à medida na vossa estratégia? A nomenclatura de “boutique” é utilizada porque, apesar de termos processos replicáveis, não temos dois projetos iguais, isto é, o nível de personalização que fazemos garante aos nossos clientes que, por exemplo, com um desenho de um programa de formação e desenvolvimento para lideranças, vamos dar resposta específica às ‘dores’ que cada um está a sentir com as suas lideranças e vamos personalizar e customizar todo o treino, toda a parte da edification e de fact learning. Acabam por ser utilizadas diferentes metodologias que vão permitir, não só aprender mais rápido e, de forma mais sustentável, como também aplicar à realidade prática do dia a dia de cada cliente. “Engaging People and Business” é o grande lema da empresa, pode assim dizer-se que a IN2ACTION pretende assegurar a transformação empresarial através das suas pessoas? Conhecer o negócio do cliente, compreender o setor de atividade, os desafios atuais e as tendências de mercado são vetores essenciais para alcançar resultados sustentáveis em todos os projetos? A nossa assinatura “Engaging People & Business” é um reflexo daquilo em que acreditamos. Pessoas & Negócios, neste contexto corporativo, são complementares e tendem a adotar comportamentos em linha com a forma como se “tratam”, “respeitam” e “valorizam” mutuamente. Acreditamos que as Pessoas fazem as organizações, que contribuem diretamente (positivamente ou não) para o reconhecimento da marca, para o impacto nos resultados e para o seu crescimento. Por outro lado, também acreditamos que a forma como as empresas investem nas suas Pessoas, as respeitam e valorizam, faz toda a diferença na captação e retenção do talento, bem como no engagement e cultura da empresa. Por estas razões, apostamos no desenho e entrega de programas de formação, coaching e desenvolvimento para a alta performance. Os nossos projetos começam todos com uma fase de set up & diagnóstico juntos dos nossos clientes/stakeholders, onde um dos primeiros passos é, sem dúvida, compreender especificamente a sua realidade, as suas “dores” e o impacto que estas têm na performance atual ou no tema especifico do projeto.


IN2ACTION | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

A questão da linguagem utilizada, a forma, também é essencial, pois não basta conhecer bem a necessidade do cliente. È fundamental conseguir adaptar a nossa mensagem, o nosso conhecimento e metodologias numa linguagem reconhecida pelos participantes e que permita alcançar resultados sustentáveis, eficazes e de valor. É neste sentido que a comunicação ganha um papel determinante em todos os projetos. Clareza, eficácia e valorização dos nossos interlocutores.

“Queremos continuar a crescer no desenvolvimento, na formação, no coaching, em projetos de consultoria e desenvolvimento que nos permitam, junto dos nossos clientes, ajudar a preparar um futuro melhor e ter lideranças mais fortes” Quais os principais fatores que distinguem a empresa num mercado cada vez mais global e competitivo? De que forma o estabelecimento de parcerias e a seleção dos melhores parceiros contribuem para o sucesso da IN2ACTION? Os fatores diferenciadores são as pessoas e é a paixão que colocamos em tudo o que fazemos. Eu sou suspeita, porque sou uma apaixonada por pessoas e pelo desenvolvimento humano, entrego tudo o que tenho em cada projeto e acho que isso tem sido muito reconhecido pelos nossos clientes, fazendo com que a palavra passe e que nos cheguem ainda mais clientes. A avaliação dos projetos que temos desenvolvido, em particular o indicador NPS, fala por si. Temos conseguido um NPS próximo de 100, o que é motivo de grande orgulho. Quanto aos parceiros, estes contribuem muito. O pós-pandemia reforçou o quão importante é termos uma estrutura leve, mas termos os parceiros certos para podermos dar a melhor resposta aos nossos clientes. Não nos esqueçamos que é o nome IN2ACTION que está no mercado, mas associado está o nome Maria João Figueiredo, portanto, eu não arrisco em parceiros que não tenham níveis de exigência e de qualidade que imponho a mim própria e a todas as pessoas que trabalham diretamente comigo. O contexto de pandemia trouxe mudanças, novos desafios para as empresas e acelerou a transformação digital. Qual a sua visão sobre esta temática e de que forma a IN2ACTION se adaptou a esta nova realidade? Ajudar as lideranças a passarem para este contexto híbrido, o on-line, dar-lhes as ferramentas para poderem exercer a liderança, de forma eficaz e recorrente, neste novo contexto foi um dos grandes desafios. A preparação das lideranças, o apoio aos nossos clientes, no sentido de lhes dar a segurança que, apesar de não sabermos como vai ser o dia de amanhã, temos a capacidade de adaptação e a flexibilidade para dar resposta a qualquer necessidade, tem sido o nosso posicionamento junto dos clientes e tem-nos permitido trabalhar com empresas nacionais e internacionais de renome, acrescentando valor e estando ao lado dos nossos clientes.

Em termos de futuro, quais são os objetivos estratégicos e ambições para 2022? Queremos continuar a crescer no desenvolvimento, na formação, no coaching, em projetos de consultoria e desenvolvimento que nos permitam, junto dos nossos clientes, ajudar a preparar um futuro melhor e ter lideranças mais fortes, comunicativas e acrescentando mais valor às organizações dando uma melhor versão de si. Os eventos corporativos acabam por ser um complemento a estes serviços, pois muitas vezes utilizamo-los como um momento privilegiado de comunicação junto das pessoas.

Av. Estados Unidos da América, nº 112 B - 1700-179 Lisboa www.in2action.pt info@in2action.pt +351 217 980 544

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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | AZEITE MANOS LINCE

A Azeite Manos Lince é uma empresa familiar com 41 anos de experiência na produção, embalamento e comercialização de azeite, localizada em Alcácer do Sal, nomeadamente, na Avenida dos Clérigos - Sítio do Pinheiro. Para Francisco, a qualidade que é amplamente reconhecida ao seu azeite deve-se, principalmente, ao critério na escolha da azeitona. “Como temos uma produção relativamente pequena comparada com outras marcas, conseguimos focar-nos mais na azeitona que é separada por qualidades e estirpes e extraído a frio, assim, conseguimos ter melhor qualidade no final de contas”.

QUALIDADE EM CIMA DA MESA O projeto começou em 1995 pelas mãos dos irmãos Lince, Joaquim e Francisco e é, atualmente, uma das maiores referências para os alcacerenses. Mas desengane-se quem pensa que a marca faz sucesso apenas em Portugal, pois a Manos Lince já conquistou vários prémios internacionais, tal como nos conta Francisco, o fundador da marca.

Distinções internacionais O valor deste azeite proveniente da região de Alcácer é, cada vez mais, reconhecido além-fronteiras. Prova disso, tem sido a atribuição de prémios de que a Manos Lince tem sido alvo. Em 2018 e 2019, este foi um dos premiados azeites no London Internacional Olive Oil Competition, com medalha de bronze, na modalidade de prémios de qualidade. Em 2020, conquistaram a medalha de prata no London Internacional Olive Oil Competition BGOOA- Berlin Olive Oil Awards e, ainda, a de ouro no Dubai Internacional Olive Oil. No ano transato, alcançaram, novamente, o ouro no Dubai tendo mais de 400 marcas de 23 países como fortes adversários provenientes da Europa, do Magreb, do Brasil, África do Sul, Arábia Saudita, entre outros. Falamos, como é óbvio, de concursos que conferem um enorme prestígio e reconhecimento global a quem neles participa, dado que são objeto de um criterioso processo de avaliação e seleção. Estes prémios, para Francisco Lince, são a “prova de todo o trabalho que tem sido desenvolvido, ao longo dos anos, e é o reconhecimento do melhoramento que temos feito na qualidade do azeite”, salienta. Efeitos da Covid-19 A pandemia de coronavírus alastrou-se por todo o mundo e teve uma dimensão catastrófica para a grande maioria das atividades económicas. A produção de azeite também se viu obrigada a parar, tal como nos explica Francisco Lince, “tinha comerciais na rua e, como os nossos maiores clientes são os restaurantes e eles acabaram por estar fechados durante algum tempo, nós, por inerência, também parámos”. Contudo, em meados de maio de 2021, com a abertura de portas do comércio, bem como dos restaurantes e hotéis, a situação normalizou-se e os Manos Lince meteram mãos à obra e retomaram o trabalho, regressando ainda mais fortes e melhores do que aquando da paragem.

www.instagram.com/manoslince/tv www.facebook.com/azeitemanoslince/

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Ambições futuras Futuramente, a Azeite Manos Lince almeja a melhoria da marca, uma vez que pretendem continuar a conquistar medalhas pelo mundo fora. A possibilidade de abrir outros negócios ligados a este ramo não está, de todo, descartada. O cliente pode entrar em contacto com a Azeite Manos Lince de segunda a sábado, das 9h às 18:30h, ou ficar a conhecer a marca na Mostra de Sabores e Saberes que se realiza, anualmente, em Setúbal.


CM MIRANDA DO DOURO | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

FAZER MAIS E MELHOR POR MIRANDA DO DOURO Helena Barril é a primeira mulher a assumir a presidência da Câmara Municipal de Miranda do Douro, depois de ter obtido um resultado bastante expressivo e revelador de uma vontade inequívoca de mudança. Em entrevista, a autarca salienta que pretende fazer mais e melhor, assumindo como mote, a defesa intransigente dos interesses de todo o povo de Miranda. O voto de confiança expressado pelos mirandeses dá-lhe mais motivação para fazer mais e melhor pela terra de onde é natural e reside? Quais são as prioridades estratégicas assumidas para este mandato? O resultado das últimas eleições autárquicas não deixou qualquer margem para dúvidas, consequentemente, houve uma manifestação de vontades inequívoca para a mudança. O sentimento de mudança esteve implícito desde que estivemos no terreno, desde o primeiro dia. Nós próprios acreditámos e fomos transmitindo esse querer às pessoas e as pessoas retribuíram a crença no nosso projeto, nas nossas ideias inovadoras, nos nossos projetos para melhorar o nosso concelho, tendo corrido às urnas e tendo expressado clara e inequivocamente as suas vontades. O grande objetivo da nossa candidatura foi o de fazer mais e melhor pelo povo de Miranda, tendo sido para isso eleitos e tendo como mote o da defesa intransigente dos interesses de todo o povo de Miranda. Vamos apostar na melhoria da qualidade de vida de todos os habitantes do concelho. Vamos ainda apostar em áreas como a agricultura, silvicultura, tratamento de águas, construção de um novo pulmão verde por todo o concelho, nomeadamente em áreas ardidas, aposta forte na habitação social, com um forte investimento de seis milhões de euros pagos a 100% por fundos comunitários, avançar com a construção de zonas industriais e ainda a construção de um novo Matadouro. Olhar para as relações transfronteiriças e promover parcerias com cidades da vizinha Espanha, para fomentar laços comerciais, empresariais, culturais e sociais são pontos importantes para revitalizar e recolocar o concelho na rota da prosperidade? As parcerias transfronteiriças são para manter e para fazer crescer, sem qualquer margem para dúvidas. Somos um território, ao nível do comércio local, muito dependente dos nossos vizinhos espanhóis, por isso, não temos margem para falhar nas relações que se venham a estabelecer.

Helena Barril, Presidente

Uma das bandeiras assumidas é o regresso do ensino superior que, noutros tempos, imprimiu grande dinâmica ao concelho, bem como uma aposta forte na cultura e no turismo. Estes são pilares essenciais de uma marca diferenciadora e cada vez mais próxima das pessoas? O ensino superior vai regressar a Miranda, através da UTAD, mas não nos mesmos moldes que se concretizaram há uns anos a esta parte. Está em execução a obra do centro de genética na aldeia de Malhadas e, queremos, sim, uma vez concluído esse projeto, criar parcerias com várias universidades, quer em Portugal, quer em Espanha, numa tentativa de criar a partir desse Centro de Genética um Pólo de Desenvolvimento no nosso território. Relativamente à Cultura e ao Turismo, são dois sectores que caminham a par, ou numa quase relação de dependência, apenas temos de fazer acontecer, temos vários projetos que, em breve e se a pandemia deixar, sairão do papel e serão concretizados. Temos de dinamizar o nosso concelho para conseguir atrair turistas, investidores e novos residentes. Fazer acontecer eventos, a promoção dos mesmos, divulgar o nosso território, pegar nos nossos elementos culturais diferenciadores, desde a nossa língua mirandesa, aos Pauliteiros de Miranda, à gastronomia, às raças autóctones, a nossa paisagem e trabalhar para conseguir projetar a imagem do nosso município, a nível nacional e internacional, não apenas na nossa zona envolvente. Temos idiossincrasias únicas e vamos apostar nesses fatores para atrair pessoas. Aos leitores deixo uma palavra amiga, tenho esperança que nos visitem, venham conhecer este magnífico concelho, venham sentir Miranda do Douro, venham ao encontro deste Reino Maravilhoso.

www.cm-mdouro.pt

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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | CM TAVIRA

TAVIRA: MUITO MAIS QUE UM DESTINO TURÍSTICO Ana Paula Martins, Presidente

Vice-Presidente da Câmara Municipal entre 2013 e 2019, Ana Paula Martins foi eleita, a 26 de setembro de 2020, Presidente da Câmara Municipal de Tavira tornando-se, assim, a primeira mulher a tomar posse no concelho. Em entrevista à Business Portugal conta-nos como tem dedicado a vida aos tavirenses e enumera os objetivos que ambiciona cumprir durante o seu mandato. “As mulheres são tão ou mais capazes que os homens de desempenhar cargos públicos e políticos”, começa por afirmar a presidente. Há uns anos, iniciou-se a questão da paridade, mas, para a autarca, o facto de haver cada vez mais mulheres a assumir cargos importantes deve-se ao bom senso das pessoas, o que a deixa extremamente orgulhosa, pois comprova que esse é um estigma que ficou no passado. Ana Paula Martins tem sido um exemplo de liderança e, no que respeita a Tavira, a sua terra de origem, esta tem alcançado grande notoriedade, nos últimos anos, e isto acontece em virtude do trabalho que tem sido desenvolvido quer na divulgação do local, quer na preservação do seu património e da sua identidade. Este é um concelho que gosta de receber e, na perspetiva da presidente, “tem todas as condições graças ao posicionamento geográfico, ao património cultural e às praias. 46 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

É uma cidade muito preservada que já tem uma dimensão aceitável com a capacidade de dar resposta aos seus cidadãos e a quem lá vai na qualidade de visitante”. Este voto de confiança por parte dos cidadãos faz com que esta tenha mais vontade ainda de trabalhar e de fazer mais e melhor, tendo como principal foco a igualdade de oportunidades para todos, a fixação de jovens bem com o crescimento económico da terra, aproveitando as oportunidades que existem hoje em dia como, por exemplo, o novo espaço comunitário e o PRR. A questão da habitação Esta é uma das grandes bandeiras da Câmara de Tavira para este novo mandato. O município quer ter um papel importante na construção de casas, não só casas de habitação sociais, mas também a custos controlados que permitam, desta forma, fixar os jovens e, consequentemente, a mão de obra. “Estamos a tentar negociar a compra de terrenos para construir e conseguirmos atingir os cerca de 200 fogos previstos na estratégia local de habitação”, explica a autarca. Para isso, contam com o apoio ao arrendamento, visto que os preços têm sido muito elevados e pretendem continuar a reduzir o IMI. À semelhança do ano transato, os proprietários que tiverem imóveis afetos à habitação, isto é, imóveis que estejam no mercado de arrendamento, têm também isenções no IMI.


CM TAVIRA | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

Aposta na cultura Como é sabido, a questão da sazonalidade é muito preocupante para os algarvios. Com a pandemia, esta situação agravou-se ainda mais tendo em conta que o número de turistas que visitou o concelho foi muito mais reduzido comparativamente aos anos anteriores. Uma das formas de combater este problema, passa pela aposta, por exemplo, na cultura. “Tavira terá um novo cineteatro, o que será uma agradável surpresa para a população uma vez que nós não tínhamos e ficávamos sempre inibidos de ter programação no inverno, o que nos obrigava, infelizmente, a canalizar os nossos eventos culturais para o verão ou para quando as condições meteorológicas o permitissem”, revela a presidente. “Desejamos potenciar ainda mais Tavira, não só como destino turístico atrativo, mas também chamar a atenção para esta vertente cultural ser um motor de desenvolvimento económico”, acrescenta. Um município mais saudável e sustentável No que concerne à saúde, “queremos dotar o nosso centro de saúde de mais e melhores respostas no que toca aos cuidados de saúde primários”, afirma Ana Paula Martins. O combate ao envelhecimento ativo é, inclusive, uma prioridade. Para além disso, foi criada uma estratégia da agenda para a inovação da agricultura, “planeamos criar um polo de inovação ligado à dieta mediterrânica e com uma vertente também muito associada à sustentabilidade para podermos ter uma alimentação mais saudável”, refere.

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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | CM FREIXO ESPADA À CINTA

Nuno Ferreira, Presidente

“COLOCÁMOS FREIXO DE ESPADA À CINTA NO MAPA POR BOAS RAZÕES” O resultado saído das últimas eleições autárquicas no concelho de Freixo de Espada à Cinta não podia ser mais esclarecedor. Foi a maior vitória de sempre em eleições autárquicas no concelho e com números a rondar o dobro dos votos alcançados pela lista encabeçada pela adversária direta neste ato eleitoral. Faltaram cerca de 20 votos para que o Partido Socialista alargasse a sua maioria para um quarto elemento e o partido que estava no poder ficasse reduzido a um vereador apenas. Isto é um claro sinal da vontade popular em colocar um ponto final num regime instalado durante oito anos e repleto de situações anómalas e de irregularidades administrativas e financeiras que têm vindo a passar para a esfera judicial. No nosso entender, as pessoas viram espelhadas na nossa candidatura e no nosso programa eleitoral aquelas que são as suas pretensões para o futuro da nossa terra. Deixar de estar debaixo da alçada das Águas do Interior Norte que tem castigado, com faturas incomportáveis, os nossos munícipes nos últimos dois anos, foi um dos aspetos que podemos destacar. O cancelamento da instalação de quatro torres de aço na envolvente do Castelo foi outro aspeto. Por fim, a defesa das populações ao nível da saúde e da educação foram também muito bem acolhidas. Queremos agora consumar essas bandeiras e, para isso, já estamos a trabalhar em várias frentes, com resultados promissores.

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A importância do Poder Autárquico em tempo de pandemia Covid-19 Em tempo de pandemia, o poder autárquico tem um papel preponderante, pois é através do exercício da sua proximidade que as populações garantem condições de acesso a espaços como a vacinação e a testagem em massa, à informação do que são os comportamentos e situações de risco, já para não falar de todo um conjunto de eventos que competem às autarquias definir para que o equilíbrio entre a economia e a defesa da saúde pública sejam sempre assegurados. Nestes aspetos, temos vindo a adotar medidas importantes, nomeadamente a testagem dos funcionários do município sempre que as condições assim o exigiam. Também cancelámos uma série de eventos (feira mensal, passagem de ano, entre outros) assim que começaram a surgir a nível local os primeiros focos de contágio, bem como colocámos certos funcionários em teletrabalho e optámos pelos serviços mínimos em determinadas secções municipais. O apelo a que toda a população seja testada e use os testes que, o Governo disponibilizou para conter as cadeias de contágio, é uma ferramenta que consideramos essencial para controlar a propagação do vírus. Ao contrário de outros, acreditamos que testar e isolar é parte da solução e não vemos isso como uma causa do aumento alarmante dos números que alguns usam para destabilizar a opinião pública.


CM FREIXO ESPADA À CINTA | LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS

Viver, visitar e investir em Freixo de Espada à Cinta Viver em Freixo de Espada à Cinta é optar pela qualidade de vida que só a vila mais manuelina do país pode oferecer. Freixo é um autêntico diamante por lapidar e um museu a céu aberto, onde a natureza se une em harmonia com o património histórico. Quem vive em Freixo de Espada à Cinta pode sentir algumas limitações da interioridade que estamos a tentar contrariar desde já, mas essas limitações são compensadas por tudo o que esta terra tem para oferecer. Quem nos visita procura conhecer as tradições seculares que alimentamos, como é o caso da produção da seda através de métodos artesanais, os “7 passos”, o “Enterro do Entrudo”, a flor da amendoeira e, também, claro está, os produtos endógenos que queremos apoiar: a laranja de Mazouco, o bom e premiado vinho do Douro que as nossas adegas produzem (Montes Ermos, Castelares, Fronteira, Maritávora, Cabeço da Senhora e, mais recentemente, o Espada à Cinta, entre outros) e o mais fino azeite e azeitonas de conserva que as oliveiras e o nosso micro-clima conseguem oferecer de melhor qualidade. Em relação ao investimento, estamos apostados em captar turismo de alta gama que procura muito o Douro e apoiamos tudo que sejam investimentos relacionados com a valorização dos nossos produtos e que tragam, sobretudo, postos de trabalho para o concelho. Pensar Freixo de Espada à Cinta – Ambiente e Sustentabilidade 2021/2025 Freixo de Espada à Cinta foi pouco pensado e ainda menos praticado nos últimos anos. É necessário voltar a pensar no futuro da nossa terra e foi isso que nos propusemos fazer quando elaborámos o programa eleitoral que foi escolhido pelos munícipes. Mas, mais importante do que pensar, é agora colocar em prática essas premissas. Sabemos as condicionantes que temos a vários níveis, mas são essas mesmas dificuldades que queremos transformar em oportunidades para dar a volta por cima e ultrapassar com sucesso essas situações. Em termos ambientais, estamos inseridos no centro do Parque Natural do Douro Internacional e, isso, não pode ser um entrave ao desenvolvimento. Queremos, naturalmente, ter um papel na defesa deste território, ao nível ambiental, mas também queremos que, a esse nível, os investimentos sejam feitos, tendo em conta a nossa demografia e as necessidades das populações. É fundamental concluir o plano de construção das ETAR’s nas freguesias e cuidar dos espaços naturais que temos a nosso cargo, desde a praia fluvial da Congida até aos vários miradouros do concelho. A sustentabilidade só pode ser alcançada através de um controlo financeiro que permita estabilidade e não deixando de pagar a fornecedores, como aconteceu no passado recente, onde apurámos uma dívida de curto e médio prazo superior a 2,5 milhões de euros. Queremos uma autarquia sustentável mas, para isso, é preciso não descurar a componente financeira optando por uma seleção criteriosa dos programas e projetos comunitários que melhor se adequam à nossa realidade. Com este trabalho pretendemos apresentar, reconhecer e distinguir as boas práticas dos municípios na promoção do desenvolvimento sustentável, nomeadamente os que foram galardoados com a Bandeira ECO XXI – 2020, o que atesta os bons resultados alcançados e a capacidade para os municípios se tornarem cada vez mais sustentáveis.

Freixo de Espada à Cinta Convida Freixo de Espada à Cinta tem condições únicas no que diz respeito à atratividade turística na nossa região. Pelo facto de sermos conhecidos como “Vila Manuelina”, desde logo, temos para visitar um núcleo de elementos arquitetónicos ímpares e ao ar livre em toda a zona e ruas que levam ao ex-libris que é a nossa Igreja Matriz. Não podemos falar em Igreja Matriz sem uma passagem obrigatória pela torre heptagonal, a única que subsistiu do antigo Castelo de Freixo de Espada à Cinta. Dentro da promoção territorial, temos que convidar os visitantes a deslumbrarem-se com os nossos miradouros, destacando a vista no miradouro do Penedo Durão, onde podem observar as aves que aqui nidificam e a fazer o percurso do antigo caminho para Santiago, a mítica calçada de Alpajares, inserida num contexto geológico de elevado valor, como é a zona do Candedo. Embora todo o ano seja boa altura para visitar Freixo de Espada à Cinta, escolher a melhor época para essa visita poderá trazer ainda boas surpresas. A época da Flor da Amendoeira, a iniciar no último fim-de-semana de fevereiro que se estende até meados de março é sempre um bom motivo para uma visita e já este ano queremos dinamizar um certame totalmente novo. Esgotado o formato anterior que consideramos obsoleto, trabalhámos para proporcionar a quem nos visita, aquele que queremos que seja o melhor certame da região. Teremos exposições com todo o tipo de artesanato, maquinaria, show cooking, jogos tradicionais e vamos implementar um conjunto de iniciativas que vão desde os passeios motard, passeios de carros clássicos, raid TT, terminando com concertos de tunas e de outros artistas que vão animar o Espaço Multiusos, o qual servirá tanto para realizar a Feira Franca como para acolher todos os eventos relacionados com a Flor da Amendoeira.

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LIDERANÇA: APOSTAS E DESAFIOS | CM FREIXO ESPADA À CINTA

Isto para nós é uma clara aposta no turismo que depois serve de âncora a múltiplas atividades comerciais que dele dependem. Mas também é importante referir que tudo isto só será possível num total respeito pelas normas emanadas pela DGS e, se a situação pandémica, assim o permitir. Mais à frente no calendário, teremos a Páscoa, altura do ano em que temos a tradição do “desfazer o folar”, nomeadamente em casas de campo e na praia da Congida. E, por falar em Congida, é no verão que tanto portugueses como espanhóis, têm por hábito procurar esta magnífica praia, com todas as condições de lazer que aí dispõem os visitantes, e na qual existe uma clara aposta deste executivo na requalificação que estamos já a levar a cabo, para dotar de melhores infraestruturas, tal como a colocação de uma piscina flutuante e na construção de um campo de futebol de praia e vólei de praia, entre outras valências que irão sem dúvida dotar a praia fluvial da Congida com condições impares e de excelência. Por fim, no outono, destacamos o evento “Sabores e Tradições”, importante certame que promove os produtos locais e a boa gastronomia da região. Ainda este ano de 2022, teremos eventos desportivos de monta na nossa terra, falamos do Campeonato Nacional de Voleibol de Praia e do estágio das seleções portuguesas e espanholas dessa modalidade. É assim que vemos e vivemos a promoção neste território - aliando a modernidade com a tradição. Quem nos visita sabe que está na terra do grande poeta Guerra Junqueiro e de Jorge Álvares, explorador e primeiro europeu a aportar na China e um dos fundadores da cidade de Nagasaki (Japão). Valerá sempre a pena viajar para visitar este território porquanto encontrará sempre boas razões para essas visitas.

www.cm-freixoespadacinta.pt

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Mensagem do Presidente Passaram três meses desde que iniciámos funções autárquicas no nosso concelho e creio que a maior parte das pessoas já se apercebeu das diferenças enormes na ação autárquica que esta nova equipa trouxe a Freixo de Espada à Cinta. Em pouco tempo conseguimos resolver algumas situações que se arrastavam há anos, e iniciámos negociações para resolver outras de que daremos conta nos próximos tempos. Conseguimos voltar a dar às pessoas o sentimento de pertença e de orgulho em ser freixenista. Os certames “Sabores e Tradições” e “Iluminação de Natal” mostraram isso mesmo. Já somos notícia pela reivindicação do alargamento do horário dos Centros de Saúde da região. Já negociámos o ensino profissional até ao 12.º ano, com condições especiais para os nossos alunos. Estabelecemos conversações com a ADIN que nos levarão a resolver de uma forma ou de outra o problema da faturação da água. Reorganizámos alguns serviços do município e outros se seguirão. Atraímos eventos para a nossa terra e, com isso, colocámos Freixo de Espada à Cinta no mapa por boas razões. É assim que iremos pautar a nossa gestão em 2022 e nos anos seguintes. Queremos concretizar aquilo que definimos como o rumo do desenvolvimento traçado para o nosso concelho. Foi para alcançar esse objetivo que os munícipes nos mandataram. Conscientes das dificuldades que encontrámos quando tomámos posse, dificuldades que queiramos ou não, condicionam sempre o curto e médio prazo, saberemos encontrar as soluções para devolver Freixo aos freixenistas. Apostando na seriedade, rigor, verdade e transparência, iremos continuar a trabalhar para todos em prol de um concelho mais justo e solidário, colocando os interesses coletivos sempre à frente de qualquer questão pessoal. A mudança que iniciámos em 2021 será sempre o mote para fazer mais e melhor, desenvolvendo uma terra que merece todo o esforço e sacrifício pessoal que colocamos ao serviço do bem comum.


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