Revista Business Portugal Maio'18

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JANSSEN PORTUGAL

maio, 2018

PME Excelência ' 17 • Arcos de Valdevez • Garland

JFA ENGENHARIA

DE PONTE DE LIMA PARA O MUNDO José Ferraz, CEO

+ Emprego

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HERDADE FONTE FERREIRA o paraĂ­so no Alto Alentejo

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maio, 2018

PME Excelência ' 17 • Arcos de Valdevez • Garland

PONTA DELGADA

NO TOP 25 DO PORTUGAL CITY BRAND José Manuel Bolieiro, presidente

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‘Ser diferente para ser insubstituível’’

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Comunicação Interna Comunicação Institucional Assessoria de Imprensa Comunicação Gráfica Marketing Digital Eventos

6 | Revista Business Portugal maio 2018

Travessa de São Paulo, nº57 - sala 7 | 4430-535 VN Gaia | suigeneris@suigeneris.com.pt | 91 356 65 76 | 91 279 59 94 | 22 784 95 89


ÍNDICE

EDITORIAL

Maio 2018

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PORCELANAS COSTA VERDE

DESIGN E INOVAÇÃO DE CLASSE MUNDIAL

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PME Excelência’17 19 MAJESTIC E GUARANY Dois cafés, duas identidades 26 ANTIGA CONFEITARIA DE BELÉM Mais de 180 anos de pastéis de Belém 32 TABELARAIZ Dinamismo e inovação como fatores de sucesso

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ARCOS DE VALDEVEZ 68 ARCOBARCA Um símbolo de confiança 73 SCM ARCOS DE VALDEVEZ Misericórdia Saúde

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GAIA CRIATIVA 124 Porto HistóricA Multidisciplinaridade de serviços na área imobiliária e da construção

Somos portugueses, nacionalistas, sentimos o nosso país no coração, com orgulho, com convicção de que somos muito bons naquilo que fazemos. Mas, para além dos feitos nacionais, temos brio nas nossas terras e nas nossas gentes. E é esse brio que queremos fazer transparecer na Revista Business Portugal. Temos o compromisso para com os leitores de lhes trazer bons exemplos nacionais. Aliás, temos mais do que isso: temos o compromisso de lhes trazer os melhores exemplos nacionais, aqueles de topo, de excelência. E é por isso que, pela terceira edição consecutiva, lhe trazemos novamente algumas PME Excelência, empresas que, na nossa ótica, revelam o que de melhor temos, com maior expressão e vivacidade, sejam empresas de maior ou menor dimensão. As escolhas dos portugueses sobre as mais diversas marcas que lhes inspiram a maior confiança nas mais variadas áreas merecem destaque nesta edição. As mulheres empresárias continuam a figurar na nossa revista, mês após mês, pois são exemplos de sucesso, resiliência, preserverança, profissionalismo e otimismo! Mas nem só do tecido empresarial nacional se faz a nossa edição. E uma vez mais, viajamos o país, de norte a sul. Aqui, neste Portugal Criativo, cruzamo-nos com paisagens de cortar a respiração. A história presente em cada recanto leva-nos a imaginar um passado refletido no presente e alicerçado ao futuro. Conheça um pouco o que de melhor se faz em Vila Nova de Gaia, Arcos de Valdevez, Alentejo, Guimarães, Penela e Vieira do Minho. Convidamo-lo, uma vez mais, a folhear a sua Revista Business Portugal e a descobrir Portugal a par e passo.

FICHA TÉCNICA Propriedade: Guidetarget, Lda Diretor: Fernando Silva Direção Editorial: Diana Ferreira (diana.ferreira@revistabusinessportugal.pt) Direção Gráfica: Vanessa Martins (vanessa.martins@revistabusinessportugal.pt) Corpo Redatorial: Ana Miguel Lopes, Joana Gonçalves, Laura Azevedo, Sara Oliveira, Tânia Pacheco, Teresa Mata Outros Colaboradores: Diana Barros, Joana Capinha, Joana Quintas, Jorge Teixeira, Maria Inês Moreira, Martina Cunha, Telma Moreira Secretariado: Paula Assunção (paula@revistabusinessportugal.pt) Direção Comercial: José Moreira Dep. Comercial: António Matos, Fernando Lopes, Filipe Amorim, Isabel Brandão, José Varela, Luís Pinto, Manuel Fernando, Paulo Padilha, Rui Moreira (geral@revistabusinessportugal.pt) Redação e Publicidade: Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15, 9ºandar, sala 9.4 4400-134 – Mafamude / +351 223 754 806 Distribuição: Distribuição gratuita com o jornal Público / Dec. regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Periodicidade: Mensal maio 2018

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DESTAQUES 6 MUNICIPIO DE PONTA DELGADA “Em Ponta Delgada, você está no centro de mundo”

PORTUGAL CITY BRAND RANKING© Este ano realiza-se a 5ª edição do Bloom Consulting Portugal City Brand Ranking©, ranking que consiste em medir os resultados e impacto da marca dos 308 municípios nacionais, nas áreas do Turismo (Visitar), Investimento e Exportações (Negócios) e Talento (Viver), tendo como destinatários as a instituições governamentais, autarquias, académicos e profissionais das áreas de finanças, economia, marketing ou ao público em geral. Para que serve este ranking? Pergunta o leitor. O ranking serve para medir o impacto de cada município/marca nas diferentes categorias, tendo como base dados quantitativos, não interpretando – por exemplo – um município forte na categoria de Talento (Viver) como o melhor local para viver. As melhores posições do Portugal City Brand Ranking© são reveladoras da melhor estratégia de promoção e estruturação, visibilidade e desempenho online e de melhores indicadores estatísticos nas várias categorias. E quanto aos resultados, quem ocupa os lugares cimeiros? O top 10 do Portugal City Brand Ranking© distribui-se por quatro

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concelhos em Lisboa, três a Norte e um no Centro, no Algarve e na Madeira. Em primeiro lugar surge a capital, Lisboa, seguida pela cidade do Porto que ocupa o segundo lugar. Num vai e vem entre Norte, Centro, Sul e Ilhas surgem os concelhos de Cascais, Braga e Coimbra a completar o TOP 5. Sintra, Funchal e Faro ocupam da sexta à oitava posição. Vila Nova de Gaia e Faro ocupam a nona e décima posição respetivamente. Para além dos prémios atribuídos ao pódio de cada região são entregues, anualmente, um prémio às “Marcas Estrela” nacional, das três Dimensões e das sete regiões de Portugal. A “Marca Estrela” premeia os municípios que conseguiram, através de excelentes resultados, destacar-se e alcançar posições importantes nas respetivas regiões ou dimensões do ranking.


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Mediação imobiliária

7 ANOS A CONSTRUIR CARREIRAS

Avenida de Roma 38B, 1700-347 Lisboa T4 CONTEMPORÂNEO COM VISTA RIO PARQUE DAS NAÇÕES - NORTE ÁREA TOTAL: 210,61 m2 - ÁREA RESIDÊNCIAL: 175 m2 TIPOLOGIA: T4 PREÇO: 990 000 € CERTIFICAÇÃO ENEGÉRTICA: C Com a assinatura dos Arquitetos Aires Mateus, este apartamento T4 de 175m2 de área útil, localiza-se no Parque das Nações na primeira linha do Rio Tejo. A ampla sala de quase 66m2 em conjunto com a longa varanda de 21 m2, que se estende por todo o comprimento da casa, incluindo a cozinha, tornam toda a zona social num espaço muito luminoso e acolhedor, com vista rio. A zona íntima da casa desenvolve-se num interessante conceito tipo ‘walking closet’ no corredor onde se distribuem os três quartos e a suite. Todo o apartamento está revestido de acabamentos nobres, nomeadamente soalho de madeira, na sala e quartos, e mármore nas instalações sanitárias e cozinha. Está ainda equipado com ar condicionado na sala, aquecedores nos quartos e cozinha e ainda sistema de aquecimento nos espelhos das instalações sanitárias. O apartamento usufrui de 3 lugares de estacionamento, que ocupam uma área de 36,50m2 e uma arrecadação de quase 5m2. Venha conhecer e viver com qualidade de vida numa das zonas mais nobres de Lisboa. By the signature of Aires Mateus Architects, this four-bedroom apartment of 175m2 of useful area, is located in Parque das Nações, ate the first line of the Tagus River. The large living room of nearly 66 m2 together with the long balcony of 21 m2, which extends over the entire length of the house, including the kitchen, make the entire social aerea in a very bright and cozy enviroment, with river view. The intimate zone of the house develops in a interesting concept ‘walking closet’ in the hall where the three bedrooms and the martes suite are distributed. The whole apartment is lined with noble finishes, namely wooden floors, in the living room and bedrooms, and marble in the bathrooms and kitchen, it is also equipped with air conditioning in the living room, heaters in the rooms and kitchen and also heating system in the mirros of the bathrooms. The apartment has 3 parking spaces, wich occupy an area of 36.50 m2 and a storage of almost 5 m2. Come to know and live with quality of life in one of the most noble areas of Lisbon.

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MUNICÍPIO DE PONTA DELGADA

“EM PONTA DELGADA VOCÊ ESTÁ NO CENTRO DO MUNDO”

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O concelho de Ponta Delgada ficou, pela primeira vez, classificado entre os 25 primeiros concelhos do país, no Portugal City Ranking, elaborado pela Bloom Consulting. Nos três pontos analisados por esta consultora – Viver, Negociar e Visitar - a maior cidade dos Açores aparece destacada em relação a todo o restante arquipélago. A Revista Business Portugal esteve à conversa com o presidente do município, José Manuel Bolieiro, para perceber como o concelho alcançou este resultado e qual a estratégia para o futuro da região.


MUNICÍPIO DE PONTA DELGADA

C

om uma população residente de 40 mil pessoas, mas cerca de 70 mil a fazerem da cidade o seu ponto de passagem e trabalho diário, Ponta Delgada apresenta um desenvolvimento superior a todo o restante arquipélago dos Açores. Para o jurista e presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada, José Manuel Bolieiro, o desenvolvimento do concelho é resultado de uma estratégia concertada entre os órgãos públicos municipais, regionais e nacionais, nas mais variadas áreas de atuação, que permitiu a Ponta Delgada uma subida constante no ranking do estudo da consultora Bloom Consulting, que analisa o desempenho de cada concelho português, no que respeita às vertentes Viver, Negociar e Visitar: “É importante salientar que a estratégia implementada está correta, pois os resultados são visíveis. Temos sabido potencializar a principal riqueza dos Açores, e de Ponta Delgada em particular, que é a sua

beleza natural, conjugando-a com fatores como o saber receber e o saber divulgar o nosso produto. Todavia, é preciso consciencializarmo-nos das nossas capacidades, das nossas condições e daquilo que queremos que seja o futuro da nossa terra”.

“A nossa beleza natural é o nosso maior bem e é aquele que podemos oferecer a quem nos visita”.

Smart city: estar em Ponta Delgada é estar no centro do mundo O conceito de smart city designa uma cidade que integra um conceito tecnológico nas atividades quotidianas, e Ponta Delgada já proporciona hotspots urbanos, em vários pontos distintos da cidade: “A nossa beleza natural é o nosso maior bem e é aquele que podemos oferecer a quem nos visita, mas atualmente ainda existe um grande desconhecimento, quer pelo nosso lado, quer pelo lado de quem nos visita, e é aí que eu acredito que a tecnologia possa ajudar. Estamos a criar verticais de inteligência tecnológica citadina, para podermos desenvolver, no futuro, aplicações multilingue, que abarquem os principais pontos turísticos da nossa região e que ajudem, por um lado, quem nos visita a saber um pouco mais sobre o local que está a visitar, e por outro que permitam às entidades públicas municipais um conhecimento de quem nos visita, porque o faz e o que procura. Além

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MUNICÍPIO DE PONTA DELGADA

disso, permite-nos também ter o controlo do número de visitantes, o que é muito importante para manter o equilíbrio e a sustentabilidade da Natureza”. Estas aplicações tecnológicas têm custos elevados, que a Câmara reconhece não poder suportar sozinha: “Contamos com os fundos comunitários, aos quais nos candidatámos, e com o apoio de empresas privadas, que também têm tido muita responsabilidade no desenvolvimento do concelho e têm sido grandes parceiras do município”. As aplicações tecnológicas irão permitir criar roteiros mais avançados do que as placas informativas, em várias línguas, para que os turistas que visitam Ponta Delgada se sintam integrados na cidade, bem acolhidos e saiam conhecedores do património que visitaram.

Promover os produtos da região e a marca AÇORES Quem visita Ponta Delgada fá-lo sobretudo pela beleza exótica, natural e inexplorada que a ilha de S. Miguel possui, mas os ativos endógenos de interesse turístico não terminam aí: “A gastronomia da região dos Açores é muito rica e temos produtos locais que merecem ser reconhecidos, valorizados e, sobretudo, potencializados. É possível reconhecer e trabalhar o peixe, o ananás, o leite, a carne da região, sempre de maneira inovadora e projetando o que melhor temos para oferecer, a nível gastronómico. Para isso, contamos com a ajuda dos empresários da restauração e hotelaria locais”. Além de uma promoção junto dos agentes hoteleiros, o município tem procurado promover eventos que valorizem os produtos açorianos, inclusivamente no estrangeiro: “Temos patrocinado programas televisivos,

José Manuel Bolieiro, presidente

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para que alguns chefs possam dar a conhecer diferentes maneiras de usar os nossos produtos típicos na confeção de pratos tradicionais ou requintados. É importante salientar o facto de os nossos produtos serem todos naturais. Quem vem a Ponta Delgada, tem a possibilidade de desfrutar de uma boa experiência gastronómica, pois os alimentos não têm químicos, são produzidos de forma tradicional e não são manipulados geneticamente. Sou um apoiante da organização em Confrarias, por exemplo a Confraria do Leite e do Ananás, pois considero que são dois produtos representativos da genuinidade e do exotismo do destino Açores, cuja marca deve ser promovida”. É importante também salientar que o arquipélago dos Açores, e o município de Ponta Delgada em particular, é um destino seguro, sem problemas relacionados com ameaças terroristas. Além disso, apesar do seu exotismo e de possuir uma flora luxuriante e uma fauna muito típica, o que lhe confere um ar tropical, quem viaja para os Açores não precisa de se sujeitar a tomar qualquer vacina, para se proteger de nenhuma doença e o presidente do município de Ponta Delgada sublinha a qualidade do ar e da água do concelho: “Monitorizamos regularmente a qualidade da água e a qualidade do ar, através de análises feitas por laboratórios

Quem vem a Ponta Delgada, tem a possibilidade de desfrutar de uma boa experiência gastronómica, pois os alimentos não têm químicos, são produzidos de forma tradicional e não são manipulados geneticamente.


MUNICÍPIO DE PONTA DELGADA

independentes e estamos, nos dois casos, muito bem classificados. A nossa água é boa para consumo, bem como o ar que aqui se respira ainda é puro e parco em poluição”.

Um turismo eclético mas controlado A chegada das empresas de transporte aéreo low cost à ilha de S. Miguel, que é a principal porta de entrada nos Açores, fez aumentar exponencialmente o número de turistas. O facto de poderem beneficiar de preços mais baixos nas viagens de avião atraiu um público mais variado, cujos interesses são bastante distintos, aos quais o presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada quer corresponder: “O nosso turismo é essencialmente um turismo de Natureza. O nosso grande ativo turístico é o património natural, virgem e inexplorado que possuímos, e a possibilidade de, quem quer que seja, poder visitá-lo e desfrutar dele sem pressa, sempre acompanhado de uma sensação de calma e paz proporcionada pelas imensas paisagens magníficas desta terra. Todavia, temos outros tipos diferentes de turismo, que podemos potencializar, nomeadamente o turismo cultural-confessional e o turismo académico-científico”. No que respeita ao turismo cultural-confessional, Ponta Delgada tem um património religioso muito rico e que pode ser usado por aqueles turistas que gostam de visitar património arquitetónico, escultórico e figurativo: “Temos tido uma excelente colaboração por parte da Igreja, que se tem mostrado muito disponível para abrir o património eclesiástico ao público. Estes eventos identificam o nosso povo e a política municipal procura apoiar estas realizações, nomeadamente no que respeita à organização destes eventos. Em maio, temos as grandes festas em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres que, a seguir a Fátima, é a maior festa religiosa de Portugal.

Outro evento que mostra muito bem a açorianidade são as Festas do Divino Espírito Santo, que têm um caráter mais popular. Realizamos inclusivamente uma grande concentração das 24 freguesias do concelho de Ponta Delgada, citadinas e rurais, em honra do Divino Espírito Santo”. Outra característica da religiosidade do povo açoriano é a sua riqueza de património: “A Câmara Municipal recuperou uma sinagoga, para a transformar num núcleo museológico e com potencial informativo e de estudo, para os académicos que acompanham a evolução da história judaica. Pode mesmo criar-se um roteiro específico sobre este património e cativar um nicho de turismo religioso muito interessante”. Para além da recuperação da sinagoga, o município de Ponta Delgada ajudou também a recuperar um espaço museológico relativo ao Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres, cuja enorme coleção de joias e o rico património de azulejos justificou uma parceria de investimento entre a Diocese de Ponta Delgada e o município: “Para além destas recuperações, a Igreja tem disponibilizado o espaço religioso para concertos, aquando das Festas religiosas do concelho”. No âmbito científico e académico, Ponta Delgada tem também um grande potencial: “Queremos que muitos cientistas venham a Ponta Delgada e aproveitem o potencial natural da nossa terra para relaxar, fazer as suas pesquisas – podem contar com a ajuda da nossa Universidade – e inspirar-se na Natureza fantástica que temos para produzir os seus trabalhos académicos. Inclusivamente, convidámos a National Geographic para vir até aqui e documentar a fauna e a flora existente, ligadas à atividade vulcanológica existente na região e que contribui, justamente, para um ecossistema único”. Precisamente para proteger este património de excelência e único no mundo, o presidente da Câmara de Ponta Delgada realça o facto haver a

necessidade de controlar o fluxo de turismo na ilha: “É necessário pensarmos bem toda esta chegada de turistas, porque a sua existência é muito importante para a ilha, mas também existe uma sobrecarga de recursos que é preciso considerar. A questão de receber turistas não se prende apenas com o aumento do número de camas, mas há que saber, por exemplo, qual a nossa capacidade, enquanto ilha, de alimentar, com os nossos próprios recursos endógenos, todos aqueles que nos visitam. Além disso, a própria construção de unidades hoteleiras deve respeitar sempre os limites urbanos e arquitetónicos necessários para integrar os hotéis na Natureza e, sobretudo, garantindo a sustentabilidade do edifício. É importante que haja uma integração ecológica e o máximo possível sustentável destas novas unidades no conceito de turismo de Natureza que queremos vender”. Ponta Delgada foi, em conjunto com Lisboa, a única cidade portuguesa a integrar a rede europeia de Urban Waste, que promove a recolha de resíduos sólidos urbanos e o seu tratamento de uma forma sustentável. “O desenvolvimento não se faz por decreto, mas pode conseguir-se através da pedagogia e de orientações geradoras de confiança nos investidores e é isso que, enquanto executivo, temos procurado desenvolver. Não pretendemos fazer tudo sozinhos e estamos dependentes de candidaturas a fundos comunitários e de parcerias estabelecidas com agentes económicos locais. A juntar a isso, Ponta Delgada tem a mais baixa taxa de IMI, o que é um forte incentivo quer à fixação de população, quer à fixação de empresas”. Neste momento, a principal cidade dos Açores é a 24ª do ranking nacional dos concelhos e a primeira da região autónoma dos Açores. O objetivo passa por continuar a desenvolver o concelho, em todas as áreas mencionadas, criando sinergias e cooperações constantes, entre parceiros privados e os órgãos políticos de gestão municipal, regional e nacional, sempre com base no turismo de Natureza e na beleza ímpar desta região portuguesa.

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DESTAQUES 12 JFA ENGENHARIA De Ponte de Lima para o mundo 18 FRIOPASTEL Excelência aliada a tradição 19 MAJESTIC/GUARANY Dois cafés, duas identidades 24 MOLDRA Referência maiata no setor dos plásticos 26 ANTIGA CONFEITARIA DE BELÉM Mais de 180 anos de pastéis de Belém 28 GLOBALPAINT A qualidade aliada à inovação 30 CIRCULO DIVINAL Um sorriso em cada doente

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PME EXCELÊNCIA OS MELHORES DE PORTUGAL Foi em Gondomar, no passado dia 20 de fevereiro, que se realizou a cerimónia de entrega de prémios PME Excelência 2017. Neste evento, a Agência para a Competitividade e Inovação, IAPMEI, e o Turismo de Portugal fizeram uma homenagem às empresas que conquistaram o estatuto PME Excelência no ano passado. Assinalou-se então o mérito de 1947 empresas que se tornaram exemplos a seguir para o tecido empresarial português. Com indicadores sólidos a nível financeiro e económico, foram premiadas as categorias

de Exportação, Produtividade, Criação de Valor, Crescimento, Gazela, Emprego, Longevidade e Turismo. A seleção foi feita através de exigentes critérios entre as empresas PME Líder, selecionadas num quadro alargado de parcerias com o sistema financeiro, tendo o estatuto PME Excelência a validade de um ano. A maioria das PME Excelência 2017 são empresas de pequena dimensão com uma distribuição mais acentuada pelos setores da indústria (31,5%), comércio (25,8%) e turismo (20,1%).


EMPRESAS QUE INSPIRAM PORTUGAL

JFA Engenharia

Globalpaint

Círculo Divinal

Majestic/Guarany

Alenmot

Nuvem de Fantasia

Duo Capital

Ricardo Covões maio 2018 Revista Business Portugal | 15


JFA ENGENHARIA

DE PONTE DE LIMA PARA O MUNDO + Emprego

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Um exemplo a seguir, no seio do tecido empresarial dedicado à concessão de serviços especializados, técnicos e científicos, a JFA foi agraciada com o galardão de empresa PME Excelência, na categoria de “MAIS EMPREGO”, no passado dia 20 de Fevereiro, pelo IAPMEI.


JFA ENGENHARIA

C

om presença no mercado desde 2002, a JFA é uma empresa de referência no setor dos projetos de engenharia, que aposta na qualidade e rapidez dos seus serviços, afirmando-se como uma empresa de vanguarda. Em entrevista à Revista Business Portugal, o proprietário e fundador, José Ferraz, falou da génese da empresa, dos objetivos, projetos e do seu posicionamento no mercado. O espírito empreendedor e visão estratégica do empresário levou-o a ‘construir’ a JFA - José Ferraz & Associados – Serviços de

Engenharia e Consultoria. Embora a sua origem esteja na engenharia de estruturas, a JFA é hoje uma empresa multidisciplinar, que tem como principal desiderato, no âmbito duma prestação integrada de serviços, elaborar projetos de qualidade em prazos ambiciosos, garante o empresário e “engenheiro por paixão”. Sediada em Ponte de Lima, mas com forte capacidade de crescimento e expansão, a JFA estendeu a sua esfera de influência. Atualmente, tem escritório na Rua Oliveira Monteiro, no coração do Porto, numa aparente casa residencial, remodelada à imagem da empresa.

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JFA ENGENHARIA

José Ferraz, ceo

Posicionamento no mercado nacional e internacional Com um posicionamento empresarial de excelência, a JFA engenharia orgulha-se de contribuir para o sucesso de diversos projetos de grande exigência e visibilidade pública. De resto, a principal aspiração da JFA engenharia é o sucesso global dos projetos em que participa. Direcionando toda a sua intervenção, no sentido de conceber projetos integrados e corporizáveis dentro dos critérios económicos e de programa definido pelo cliente, a criatividade e inovação são fatores determinantes na busca permanente de excelência técnica. Com apenas três anos de presença no mercado, a JFA começou, em 2005, um processo de internacionalização que faz desta empresa uma referência na elaboração de projetos de engenharia também fora de portas. Na internacionalização, a JFA mostra uma grande abertura à criação de parcerias, uma postura empresarial baseada na entreajuda e na promoção das valências técnicas dos profissionais portugueses no estrangeiro. Atualmente, a JFA atua em mercados como o de Angola, Qatar, Argélia, Brasil, República da Gâmbia, entre outros. Nestes países, a JFA é projetista de hospitais, hotéis,

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“Trabalhar com o coração e com alma” é o lema que propícia a partilha de dificuldades e alegrias entre os elementos da JFA. redes viárias, parques de estacionamento, metropolitano, equipamentos desportivos, entre outras infra-estruturas. Na Argélia, a empresa limiana tem, uma média de 18 colaboradores em permanência, ao longo dos últimos quatro anos. Uma organização que depreende a capacidade de resiliência daqueles que trabalham para o crescimento da empresa e que implica um cuidado e minucioso estudo de mercado. Para facilitar e garantir a qualidade do edificado, é realizado um acompanhamento constante e diário das obras projetadas pela JFA. Nas palavras de José Ferraz, esta investida resume-se a “uma insistência, muito forte, em querer fazer.” O empresário limiano explica que, neste sentido, as embaixadas portuguesas têm um “papel importantíssimo na internacionalização das empresas nacionais”. ROU

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JFA ENGENHARIA

Ao desenvolver um projeto, a JFA aposta na segurança e na garantia de uma comunicação contínua entre cliente e projetista, trabalhando com uma filosofia clara: ouvir, pensar e resolver. Uma Equipa Multidisciplinar São resultado do trabalho desenvolvido pela JFA, projetos inspiradores que têm como base uma equipa formada por profissionais atentos às necessidades dos clientes. Como fruto das exigências do mercado e das ambições daquele que é o fundador da empresa, José Ferraz, a JFA é, actualmente, capaz de dar resposta a todas as especialidades intrínsecas à elaboração de um projeto. Uma equipa de trabalho que prima pela multidisciplinariedade, experiência, dinamismo, profissionalismo e excelência são o sustentáculo do sucesso da JFA. “Trabalhar com o coração e com alma” é o lema que propícia a partilha de dificuldades e alegrias entre os elementos da JFA. Uma empresa que possibilita lugar para a auto-satisfação de todos os profissionais, indivíduos reconhecidos pela excelência e rigor com que presenteiam o mercado e que, acima de tudo, se distinguem pelo caráter e honestidade que demostram. Na contratação, José Ferraz garante: “Nunca contratei ninguém por currículo.” O equilíbrio entre a capacidade técnica e a pessoa é essencial. O colaborador da JFA deve primar pela entreajuda e a empatia. Não existe espaço para a competição. Aos jovens é oferecida a oportunidade de aprender e crescer enquanto profissionais, fazendo-se um aproveitamento da inovação e energia que deles emana. Aos que têm mais experiência é garantida a possibilidade de auto-satisfação profissional e permanente instigação técnica. José Ferraz afirma: “Esta empresa não recruta ninguém por currículo ou por idade…Tanto mais vale a pessoa, quanto a experiência que tem e a honestidade que demonstram.” Desta forma, a inovação e a qualidade são vistas pela JFA como meios de proporcionar oportunidades de

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Em cada cliente, um amigo Fruto de uma enorme ambição em desenvolver projetos de excelência, a JFA é hoje a casa de uma equipa de indivíduos capazes e unidos. Profissionais dedicados a alcançar os objetivos traçados pelos clientes, garantindo uma atuação em conformidade com os compromissos assumidos e os contratos estabelecidos. O mote que se esconde por detrás desta laboração é, segundo José Ferraz: “Em cada cliente, um amigo!” Uma empresa com atuação mundial e com pretensões de se dar a conhecer ao mercado nacional, a JFA garante a qualidade dos serviços que faculta. Trata-se do equilibrio entre a satisfação do profissional e do cliente, fazendo-se, sempre, a adaptação do projeto ao cliente e nunca o contrário.

Mérito e Reconhecimento

aprendizagem e de realização profissional.

Ouvir, Pensar e Resolver

“O volume e a partilha de conhecimentos só são possíveis com criação de emprego”.

Assumindo-se uma empresa dotada de uma equipa de especialistas capazes de responder às exigências do mercado, a JFA foi “construída à minha imagem e focada nas ambições do cliente”. A relação de proximidade entre clientes e projetistas é fundamental para que haja garantia de que o projeto é entregue em papel e concretizado em obra, dentro dos parâmetros económicos definidos pelo promotor. Neste sentido, José Ferraz garante: “Não sai nada desta empresa sem que tenhamos a absoluta certeza que será a melhor solução para o cliente.” Ao desenvolver um projeto, a JFA aposta na segurança e na garantia de uma comunicação contínua entre cliente e projetista, trabalhando com uma filosofia clara: ouvir, pensar e resolver. Ouvir as necessidades, questões e preocupações do cliente. Pensar em soluções pertinentes que se traduzam na melhor solução de projeto. Resolver todas as questões impostas pelos clientes, com a apresentação de respostas inovadoras e rigorosas.

Um Vasto Portfólio de Projetos Do percurso da JFA consta uma história de obras e projetos que se tem vindo a desenvolver ao longo dos últimos 15 anos, num registo que prima pelo detalhe técnico, a inovação, o rigor orçamental e a aposta constante na inovação. Uma empresa multidisciplinar por excelência, a José Ferraz & Associados – Serviços De Engenharia e Consultoria é capaz de elaborar vários tipos de projetos, no âmbito da engenharia.

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Ávido defensor de Ponte de Lima e de Portugal, José Ferraz e Associados é hoje a entidade empregadora de 88 colaboradores: “O maior valor que temos são as pessoas que aqui trabalham”. Imbuídos numa atmosfera de abertura, confiança e entreajuda, todos os colaboradores da JFA são parte integrante da gestão e gradação da empresa. José Ferraz admite: “Sou apenas a cara da empresa, um simples colaborador”. Neste sentido, em entrevista, José Ferraz revela que “sem os colaboradores, a JFA nunca seria uma empresa de referência!”. Uma empresa que reconhece e valoriza a qualidade e profissionalismo dos colaboradores e que, por isso, mereceu a distinção atribuída pelo IAPMEI, no passado dia 20 de Fevereiro, de empresa PME Excelência, na categoria de “Mais Emprego.” Um selo que distingue a solidez e o desempenho económico-financeiro das empresas em relação à sua envolvente. A JFA foi galardoada, dentro de um universo de duas mil empresas, pela forma como cria condições de trabalho atrativas para os colaboradores. O empreendedor acrescenta, neste sentido, que “o volume e a partilha de conhecimentos só são possíveis com criação de emprego”. A par desta distinção, a JFA foi distinguida com um Reconhecimento de Mérito Empresarial no Alto Minho em 2015 pela importância do seu contributo para a economia e desenvolvimento do país. Por outro lado, foi distinguida com o Prémio “Maior Crescimento” como a empresa com maior crescimento de volume de negócios das PME Líder 2015 da região do Alto Minho e foi prestigiada com os galardões PME Líder e PME Excelência, nos últimos três anos consecutivos.


O seu projeto é único desenhado à sua medida. Sabemos como aprecia uma solução rápida e eficaz, uma resposta pertinente, um trabalho inovador, no fundo, uma boa ideia.

www.jfaengenharia.pt

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R. Oliveira Monteiro, n.º 340 4050 - 438 Porto

10, Rue Ahmed El Mansour Ben Cara 16034 - El Biar - Argel

Tlf. (+351) 226 095 039 Tlm. (+351) 936 446 717

Tlm. (+213) 55252 8171 Tlm. (+213) 55549 8563

Avenida Paulista, 807, CJ 2315 Bela Vista CEP 01311-100 São Paulo Tlm. (+55) (11) 99997-8518


FRIOPASTEL

EXCELÊNCIA ALIADA À TRADIÇÃO Sediada em Tábua, a principal atividade da Friopastel passa pelo comércio e distribuição de produtos alimentares. Considerada uma marca de prestígio 100 por cento portuguesa, tem como ambição ser uma empresa atrativa apostando na excelência do serviço prestado, apoiando-se na relação de proximidade com os seus colaboradores e clientes.

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o mercado desde novembro de 1999, a Friopastel surgiu de uma iniciativa de João Gonçalves e Isabel Gonçalves, sócios-gerentes da empresa. O reconhecimento de uma marca e a credibilidade que aporta no mercado são fatores essenciais para o seu sucesso. Mesmo trabalhando numa área geográfica considerada como pouco atrativa – o interior de Portugal – tem conseguido ser um caso de sucesso. A Friopastel tem ganho, com a evolução natural do negócio, uma posição cada vez mais vincada no mercado, sendo hoje reconhecida como uma empresa de referência. Não é ao acaso que lhe é atribuído o Estatuto de PME Excelência. É uma empresa que se diferencia pelo esforço diário de uma equipa que procura dar resposta rápida aos clientes, pelo cumprimento das entregas e pela disponibilização diferenciada e completa de produtos. João Gonçalves destaca a dinâmica da sua equipa para todos os dias os produtos assumirem a sua

Parque Industrial de Tábua - Lote 1 • 3420 - 316 TÁBUA Tlf.: 235 412 090 • www.friopastel.com

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qualidade junto dos clientes. A valorização, o respeito e a formação contínua dos colaboradores é um grande motor de progresso e estabilidade da Friopastel. Por isso mesmo, esta equipa unida procura sempre fazer mais e melhor. Desenvolvem a atividade de produção de salgadinhos e pré-cozinhados tendo por base um sistema de gestão de segurança alimentar certificado segundo a norma ISSO2200. O rigor pauta o quotidiano da empresa e é nele que apostam para prestar um serviço de excelência. É com esta filosofia e com o compromisso que assumem diariamente com os clientes que pretendem ser conhecidos e reconhecidos pela máxima qualidade e sabor inigualável dos produtos. Quanto ao mercado, há uma maior maturação dos serviços no mercado nacional. Lançar uma marca de confiança, uma marca reconhecida num mercado tão tradicional é no mínimo um desafio. Apesar do grau elevado de penetração no mercado nacional, o grande desafio da Friopastel está definido: apostar na exportação. Segundo os cálculos do sócio-gerente, estima-se que 70 por cento dos produtos caminhe para o mercado da saudade. Apostar na internacionalização corresponde não só à alternativa mais adequada à realidade concreta desta empresa, mas também, parece ser a única opção que possibilitará alcançar um nível de crescimento económico mais sustentável.


MAJESTIC/GUARANY

MAJESTIC E GUARANY: DOIS CAFÉS, DUAS IDENTIDADES Quem visita a cidade Invicta não fica indiferente a estes dois espaços icónicos. Símbolos da história e da cultura do Porto, por entre as suas paredes muitas histórias aconteceram e continuam a contagiar quer portuenses quer estrangeiros de todas as nacionalidades. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Fernando Barrias, gerente dos espaços, e ficou a conhecer mais acerca destas duas pérolas: Majestic e Guarany. + Longevidade

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ajestic Café, de um pequeno ‘mimo’ a uma refeição de luxo... Fundado em 1921, é considerado um dos mais belos exemplares de Arte Nova na cidade do Porto, com uma atmosfera de requinte e bem-estar. A sua beleza e o seu significado valeram-lhe a classificação de Imóvel de Interesse Público em 1983, e de “património cultural” da cidade, possibilitando um processo de recuperação que permitiu a sua reabertura em 1994, com todo o seu antigo esplendor, convidando a reviver a fascinante Belle Époque. O Majestic é um café histórico, localizado na Rua de Santa Catarina, em pleno coração da cidade Invicta. A sua relevância advém tanto da ambiência cultural que o envolve, nomeadamente a tradição do café tertúlia, onde se encontravam várias personalidades da vida cultural e artística da cidade. Frequentaram o café nomes como Gago Coutinho, Teixeira de Pascoaes, José Régio ou Leonardo Coimbra. Segundo o testemunho de um cliente, em 1955, também Juscelino Kubitschek,

primeiro livro de `Harry Potter´. Mas neste espaço icónico, a beleza e o requinte também se verificam nas iguarias. Aqui poderá provar as famosas rabanadas envoltas num suave creme de ovos e frutos secos ou então deliciar-se com um conjunto de especialidades que vão desde o pequeno-almoço, passando pelo almoço, pelo chá das cinco e pelo jantar.

Um pouco mais de história

ex-presidente do Brasil e fundador da capital Brasília, ficou encantado com o espaço. Esta visita foi registada com fotos na revista Cruzeiro da Casa da Moeda do Brasil. Ela traz sobre as armas de Portugal e do Brasil o florão da fachada do Majestic Café. Este gosto em frequentar o café por figuras ligadas à cultura mantém-se até aos dias de hoje. Exemplo disso é o da escritora britânica J. K. Rowling – na sua biografia, escrita por Sean Smith, é referido que quando a escritora estava a viver no Porto, passava muito tempo no Majestic a trabalhar no

O famoso Café Majestic, no Porto, abriu as portas no inicio da década de 20 do século passado. Na altura chamado Café Elite, o nome conotado como uma alusão à monarquia, o que não caiu bem à população republicana. Assim o Café Elite dá lugar ao Café Majestic, cujo nome e decoração são inspirados na Belle Époque francesa. Iniciava-se, por essa ocasião, uma década de esperança e de renovada alegria após a terrível primeira guerra mundial, não se perspetivando que outra guerra chegasse tão cedo. E essa crença no futuro e essa esperança de uma vida melhor estão bem refletidas na decoração luxuosa do Café Majestic.

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MAJESTIC/GUARANY

Pólo congregador das grandes tertúlias políticas e literárias do Porto dos anos 20 e 30, o Café Majestic entrou em decadência durante a Segunda Guerra Mundial. Este estado de degradação a que estava votado cedo começa a ser percebido pelas forças vivas da cidade. Assim, em 24 de janeiro de 1983, é decretado Imóvel de Interesse Público. Três anos depois, a nova gerência estuda a forma de restituir o café ao Porto (ver caixa). Em 1994, abre novamente as

portas com todo o seu esplendor, sendo considerado o sexto café mais bonito do mundo. Já o Café Guarany foi fundado em 1933 e a sua localização privilegiada, na Avenida dos Aliados (“o hall de entrada do Porto”), não foi inocente. Nessa época a avenida fervilhava de homens de negócios e o Café Guarany tornou-se numa majestic_cafe Rua Santa Catarina, 112 4000-442 Porto Tel.: +351 222 003 887 Fax: +351 222 087 672 Geral: cafemajestic@mail.telepac.pt Informações: info@cafemajestic.com Reservas: reservas@cafemajestic.com

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+ longevidade

www.cafemajestic.com

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Agostinho e Fernando Barrias

sala de trabalho com vista para os Aliados. Para além disso, caía na categoria de café-concerto, por ter uma belíssima orquestra residente que animava as matinés dos seus fieis clientes. Já na época foi considerado um dos cafés mais luxuosos do país ao conjugar o requinte da decoração com o equipamento. Vejamos que era o único estabelecimento que possuía um sistema de ventilação reforçada, uma verdadeira “estação de

clima, o que permite dar à sala a temperatura desejada”, segundo descreve o jornal Comércio do Porto por ocasião da sua inauguração. Os tempos passaram e 70 anos após a abertura do café era necessário um novo compromisso entre o Guarany e os portuenses. Hoje é unanimemente reconhecido o êxito da recuperação do Café Majestic em 1994, pela atual gerência, que decidiu também abraçar o Café Guarany e incutir-lhe o mesmo ideal: recuperação com qualidade e devolução dos locais históricos do Porto aos seus cidadãos.

Mentor de todo o projeto e fundador do Grupo Barrias. Natural de Vila Real, Agostinho Barrias é um “self made man” com uma paixão antiga por cafés históricos. Órfão de pai aos quatro anos e de mãe aos oito, emigrou para o Rio de Janeiro na década de 50, onde começou por trabalhar como empregado de mesa de um restaurante. Comprou o seu


MAJESTIC/GUARANY

Café Guarany, o café dos músicos Muitos são os que questionam acerca da razão do nome deste café. Fernando Barrias revela que resulta de uma história de amor e do celebrar das boas relações entre o Porto e o Brasil: “No século XVII os índios Guarany constituíam a maior população indígena do Brasil, uma tribo pacífica que inspirou o famoso escritor brasileiro José de Alencar a escrever o romance “O Guarany”, sobre a relação proibida entre uma fidalga do Porto, Cecília, e o índio Pery, chefe de uma tribo Guarany”, revela.

primeiro bar dois anos depois, adquirindo outros posteriormente até que, em 1967, decide regressar à pátria, ficando a residir no Porto. Nesta cidade, graças à sua visão empreendedora e gosto pelo património histórico, investe nos cafés Guarany e Majestic, que atravessavam um período de decadência, e devolve-lhes o es-

Avenida dos Aliados Nº 89/85 Porto 4000-066

Por essa razão, no Café Guarany encontram-se duas magníficas telas da pintora Graça de Morais, denominadas “Os senhores da Amazónia”, que retratam o dia a dia da tribo Guarany. Para além disso, existe também um alto relevo em mármore de Henrique Moreira, chamado “O Guarany” – um majestoso índio que não deixa ninguém indiferente. O Café Guarany, que também funciona como restaurante, destaca-se por ter um ambiente muito especial, resultado do compromisso entre a tradição, a qualidade de serviço e o espírito de cultura que desde cedo pautou a sua existência. Mas não só de história vive este plendor de outrora, convertendo-os em verdadeiros ícones da cidade do Porto. Para além destes dois espaços, o Grupo Barrias gere, hoje em dia, numerosos estabelecimentos hoteleiros de renome, como o Hotel Aliados, Hotel Internacional, Hotel Pão de Açúcar, Hotel Vera Cruz , assim como a Agência Majestur – Viagens e Turismo.

Telefone: 223321272 Fax: 222002710 E-mail: guarany@mail.telepac.pt www.cafeguarany.com

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CafeGuarany cafeguarany

+ longevidade

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MAJESTIC/GUARANY

No Café Guarany encontram-se duas magníficas telas da pintora Graça de Morais, denominadas “Os senhores da Amazónia”, que retratam o dia a dia da tribo Guarany. espaço. Aqui poderá saborear verdadeiras iguarias, desde o pequeno-almoço à Guarany até aos snacks e pratos mais elaborados para almoço ou jantar. Destaque para o magret de pato, o polvo à lagareiro ou o bacalhau à moda da casa. Mas se o que procura é um doce, experimente o cheesecake e as rabanadas a acompanhar o seu café. E por falar em café, não deixe de apreciar o belo café de saco, já não muito fácil de encontrar atualmente. Sendo por tradição um espaço de convívio e de tertúlias – é até mesmo conhecido como “café dos músicos” –, no Guarany existem noites de música ao vivo, com fado e música cubana

Agostinho e Fernando Barrias

às sextas e sábados à noite. Tudo isto num local onde a história do Porto ainda se vive, em pleno contraste com o rebuliço da cidade. Que mais motivos precisa para vir ao Guarany?

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WE STRONGLY BELIEVE IN SOLID FOUNDATIONS

A DUO Capital é uma empresa independente especializada em soluções de investimento e gestão de ativos, que oferece uma gama completa de serviços, desde a originação e análise de carteiras de crédito à gestão e recuperação de ativos. A nossa mais valia reside no compromisso da nossa equipa, constituída por profissionais com uma sólida experiência no mercado, dedicados a garantir o máximo retorno sobre os investimentos. A DUO Capital implementa medidas de controlo e de qualidade contínuas e as metodologias mais inovadoras no mercado, aliadas a uma plataforma informática própria que integra todos os processos e recursos, o que nos permite oferecer aos nossos parceiros informação completa e relatórios personalizáveis, ajustados às suas necessidades.

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MOLDRA

REFERÊNCIA MAIATA NO SETOR DOS PLÁSTICOS Parte integrante e fundamental da zona industrial da Maia, situada numa das regiões mais industrializadas de Portugal, a Moldra é uma empresa especializada na produção e desenvolvimento de artigos de plástico.

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ME Líder e Referência dentro do setor dos plásticos Uma empresa especializada na transformação de resinas plásticas de qualidade, através do processo de moldagem por injeção e insuflação, em variados artigos que representam soluções para múltiplos setores. A Moldra é uma empresa gerida por Fernando Oliveira, PME Líder e uma referência dentro do setor dos plásticos. Uma das 63.500 empresas que desenvolvem a sua atividade na região norte, esta empresa da Maia diferencia-se das demais pela longevidade que detém dentro do setor dos plásticos. Com 30 anos de experiência e história, a empresa gerida por Fernando Oliveira foi, este ano, distinguida com o selo de PME Líder - um “selo de reputação” que confirmou a capacidade competitiva e produtiva da empresa. Neste sentido, em entrevista à Revista Business Portugal, Fernando Oliveira confessa que “ser PME Líder e PME Excelência é um estatuto esperado e merecido”.

Soluções personalizadas Atualmente empenhada e direcionada maioritariamente para responder às necessidades da indústria química, a empresa coRua Amadeu Costa, Pav. 22 Zona Industrial da Maia Sector II 4475-191 Gemunde-Maia Email: geral@moldra.com Tlf.: 229 428 833

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tal exigir o melhor sem nunca deixar de reconhecer e distinguir o esforço e o empenho de quem consigo colabora.

Qualidade de fabrico e cumprimento rigoroso dos prazos de entrega Fernando Oliveira, proprietário

meçou por estar vocacionada para variados setores de atividade, aos quais ainda é capaz de dar resposta, como é exemplo a indústria cosmética, agro-químico e alimentar, entre outras. No tratamento do cliente e das necessidades dos diferentes setores a que serve, a Moldra faz um acompanhamento e análise das suas necessidades. Um processo realizado de forma a customizar os artigos que nesta empresa são produzidos, sempre em conformidade com o que é pretendido pelo cliente.

Uma postura empresarial assente na exigência Hoje com 24 colaboradores permanentes, o empresário reconhece e afirma que sem o profissionalismo e a capacidade das pessoas que consigo trabalham, a empresa não seria a mesma, nas palavras de Fernando Oliveira: “preciso dos meus colaboradores, sem eles, não sou nada!”. Trata-se de uma postura empresarial que assenta na exigência, ao mesmo tempo que se sustenta no reconhecimento da mesma. Para o empresário da Maia, é fundamen-

A Moldra começou por “inovar na criação de artigos” garante Fernando Oliveira, proprietário da empresa, acrescentando “fui dos primeiro a fazer as caixas de vídeo em Portugal, um artigo de qualidade e que teve grande saída”. Hoje, com o enfoque na produção de vasilhame plástico obriga a Moldra a concentrar os seus esforços no reforço da qualidade, na inovação da maquinaria e dos recursos técnicos, fatores que são uma constante da política desta empresa da Maia. Também a postura comercial agressiva e a capacidade de resposta são fatores que fazem da Moldra uma referência e que se compreendem pela aposta na inovação. A produtividade é aqui, segundo o proprietário e gerente da empresa, uma realidade que se traduz em grandes números mensais. Todas as máquinas são rentabilizadas 24 horas por dia, em três turnos rotativos, facto que resulta na produção mensal de mais de meio milhão de frascos, boiões, tampas, Jerrycans, entre outros artigos de plástico. A Moldra empenha-se numa relação de proximidade com os seus clientes, e na medida do possível, procura atender às exigências no seu negócio.



ANTIGA CONFEITARIA DE BELÉM

MAIS DE 180 ANOS DE PASTÉIS DE BELÉM O doce mais típico de Portugal, aquele que leva o nome de Belém além-fronteiras, já conta com mais de 180 anos de existência. Para além disso, a Antiga Confeitaria de Belém arrecadou este ano o certificado de PME Excelência onde a sua longevidade foi agraciada. Foi então nesse contexto que a Revista Business Portugal esteve à conversa com Miguel Clarinha, numa entrevista que conta um pouco mais sobre os famosos Pastéis de Belém.

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“Os pastéis de Belém já fazem parte de Lisboa e julgo que trouxeram prestígio a Belém. Considero que nos destacamos e trilhamos um caminho benéfico para nós e para a região”.

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gestão daquela que é uma das confeitarias mais antigas ainda em funcionamento no nosso país é essencialmente familiar e esse é um dos fatores mais importantes que permite a preservação da identidade quer do produto quer da marca: “A empresa foi passando de geração em geração. Há uma longa história de empresários de sucesso e de pessoas muito capazes que conseguiram construir os alicerces para que os Pastéis de Belém estivessem onde estão hoje. Posso garantir que desde 1837 a receita manteve-se original, artesanal e a tradição foi sempre respeitada”, começou por contar o nosso entrevistado.

Pastéis de Belém – a marca por detrás do nome Com o crescimento significativo do turismo em Portugal “negócios como este têm sido muito beneficiados”. De facto, Belém é uma das zonas mais procuradas em Lisboa e Miguel Clarinha acredita que os pastéis que produz são um dos principais impulsionadores dessa realidade: “Os pastéis de Belém já fazem parte de Lisboa e julgo que trouxeram prestígio a Belém. Considero que nos destacamos e trilhamos um caminho benéfico para nós e para a região”, afirmou. O passar dos anos e o crescimento exponencial da procura por este produto fez com que esta confeitaria fosse, constantemente, alargando as suas instalações. Trata-se de uma empresa que conta, atualmente, com cerca de 180 colaboradores e 400


ANTIGA CONFEITARIA DE BELÉM

lugares sentados: “Um terço da nossa força de trabalho encontra-se no setor de produção. São 60 os funcionários responsáveis pelo fabrico de mais de 20 mil Pastéis de Belém por dia”, confidenciou-nos. A receita deste ex-libris português mantem-se secreta, mas resulta sempre “num produto final de qualidade superior” capaz de agradar aos mais exigentes paladares: “A expetativa dos clientes é cada vez maior e isso obriga-nos a estar muito atentos para não descurar nada. Desde a aquisição das matérias primas ao atendimento, passando pelo processo de transformação e embalamento, todos os passos são pensados e feitos de forma cuidada. Procuramos que os nossos clientes transmitam a outros que não nos conhecem uma experiência positiva, criando neles vontade de nos conhecer”, explicou-nos o porta-voz desta entidade. A Antiga Confeitaria de Belém encontra-se aberta ao público todos os dias do ano, das 8h às 23h e é o único local, no mundo, onde os Pastéis de Belém são produzidos e vendidos: “Não pretendemos a curto/médio prazo abrir novos pontos de venda nem exportar porque não queremos comprometer a qualidade do nosso produto. Para além disso, o facto de este ser o único ponto de venda torna o nosso pastel ainda mais especial”, finalizou orgulhoso o nosso interlocutor.

“Produto final de qualidade superior”.

O SABOR DA TRADIÇÃO

1837 - 2017 www.pasteisdebelem.pt

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GLOBALPAINT

A QUALIDADE ALIADA À INOVAÇÃO Sediada em Sousela (Lousada), a principal atividade da GlobalPaint passa por proporcionar soluções inteligentes que aliem a qualidade do fabrico de mobiliário de madeira à inovação. Considerada uma marca de prestígio, a sua aposta mais recente passa por alargar os horizontes do seu negócio a novos mercados. Quem lidera este grupo é Ana Brito, administradora.

“A grande aposta da empresa e que tem vindo a fazer sucesso é o mercado espanhol”. Franclim Moreira Castro , consultor

E

m plena crise económica de 2009 surgiu a Globalpaint Group, uma empresa pensada para oferecer produtos de mobiliário a um mercado em expansão. A Globalpaint fabrica mobiliário de madeira em diferentes estilos e design. E para mostrar a sua panóplia de produtos dispõe de coleções organizadas (designadas de showroom), com uma diversificada oferta desde quartos, salas, sofás, entre outros. A inovação aliada à preocupação de oferecer um serviço de qualidade é considerado um valor estratégico para o seu crescimento. Pensar no cliente também é importante, pois o compromisso primordial da empresa é o cliente. Pensar no cliente é pensar num compromisso. O desempenho com qualidade é a chave para obter resultados de negócio e garantir o desenvolvimento sustentável. E nesse sentido, este compromisso (empresa – cliente) assenta em três pilares: o produto (com o máximo de qualidade e que correspondam

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às necessidades e expectativas dos clientes), o serviço (mais rápido e eficaz) e a melhor relação qualidade/preço (para conseguirem se tornar competitivos). A Globalpaint recorre às mais avançadas tecnologias para desenvolver e produzir soluções simples, inovadoras e duráveis. Desenvolvem um esforço contínuo de alinhamento e melhoria da sua oferta de serviços, competitividade e posicionamento no mercado nacional e internacional. De ressalvar que, o mais importante para esta empresa é saber adaptar-se às dinâmicas dos mercados. Não é pensar em vitórias de momento, mas sim em estratégias a médio e longo prazo. Como afirma Franclim Mo-


GLOBALPAINT

reira, consultor da Globalpaint: “o objetivo é perceber as tendências do mercado mais rapidamente que os restantes fabricantes. Só assim, conseguimos inovar porque, efetivamente, estamos sempre na linha da frente em relação à oferta”. Apesar de começarem num pequeno nicho, rapidamente alargaram horizontes. E aqui entra a apalpação de terreno relativamente aos mercados. A Globalpaint assume a consciência que há uma maior maturação dos produtos no mercado internacional. Falando em números, exatamente 100 por cento de exportação é para o mercado espanhol. Este crescimento que leva a empresa a competir em mercados estrangeiros. “a grande aposta da empresa e que tem vindo a fazer sucesso é o mercado espanhol. 100 por cento exportadora para o mercado espanhol. Por outro lado, o sucesso também é caracterizado pelo facto de estarmos bem referenciados no mercado externo”, explica o nosso interlocutor. Se há pouco falamos em estratégias de médio a longo prazo, agora passamos a uma estratégia a curto prazo: consolidar os atuais mercados e em simultâneo posicionar-se para penetrar noutros mercados. O objetivo desta estratégia é manter uma relação profis-

Estrada Agra de Moreira, 311 4620-701 Sousela – Lousada

sional e de confiança no cercado em que a empresa opera, mas também nos mercados que a empresa virá a operar. Essa missão é pensada e deverá ter por base um crescimento sustentado da organização. Por fim, a equipa, cultivando um espírito de equipa assente na motivação, transparência, no respeito e na formação contínua a Globalpaint promove o envolvimento e a participação de todos os colaboradores com o objetivo de procurar fazer mais e melhor e no sentido de chegar sempre mais longe. Por isso mesmo, têm uma equipa especializada capaz de dar repostas rápidas, sempre de uma forma profissional.

Telefone +351 255 965 385 Fax +351 255 096 271

“O objetivo é perceber as tendências do mercado mais rapidamente que os restantes fabricantes”.

Telefone geral@globalpaint.pt www.globalpaint.pt

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CÍRCULO D AMBULÂNCIAS

UM SORRISO EM CADA DOENTE

+ Emprego

A Círculo D Ambulâncias é uma empresa dedicada ao transporte de doentes e determinada em proporcionar nas suas deslocações um serviço de qualidade. Com uma equipa disponível 24 horas por dia, conta com uma moderna frota de 35 viaturas, adequadas para qualquer necessidade de transporte.

Luís Diogo, sócio-gerente

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Revista Business Portugal esteve à conversa com Luís Diogo, enfermeiro de formação e fundador da Círculo D. Para o nosso entrevistado, só há uma palavra que defina este projeto: qualidade. Nascida de uma junção de dois fatores – Luís Diogo, especialista em saúde mental, trabalhava na direção de uma clínica com internamento, mas sentia que a forma como via os colaboradores de outras empresas de transporte a relacionarem-se com os doentes, não correspondia ao tratamento de excelência que julgava ser possível implementar numa empresa privada nesta área da Saúde/transporte. Por outro lado, sabia da falta de capacidade de resposta no setor – a Círculo D depressa se destacou no meio devido à qualidade do serviço, dos recursos humanos e da frota. “Numa empresa que trabalha com e para pessoas, a qualidade não pode nunca ser descurada. Na Círculo D, o foco são os nossos clientes. Fazemos por dar toda a atenção ao doente num momento tão sensível como este, que é o transporte em ambulância. E essa atenção verifica-se nos detalhes: se temos um serviço agendado para as 11 horas, temos que estar à porta do cliente às 10.50 horas, de forma a garantir que faremos o transporte na hora certa. Outro exemplo é o tratamento

“Numa empresa que trabalha com e para pessoas, a qualidade não pode nunca ser descurada”.

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personalizado a cada cliente. Sabemos que a saída para um tratamento é a única saída de casa de muitos deles. Ora, se a primeira coisa que o cliente fez toda a vida quando saía de casa fosse tomar um café, nós levamo-lo ao café. Ou à papelaria onde sempre comprou o jornal. Os nossos colaboradores estão sensibilizados nesse sentido. Queremos tornar um momento que à partida se pensa triste, num momento o mais alegre e normal possível”, explica o responsável. E para que haja um serviço de qualidade os recursos humanos são fundamentais. A Círculo D conta com uma equipa de colaboradores altamente formada e multidisciplinar. Para além do obrigatório Curso de Tripulante de Ambulância e de Transporte, na empresa é facultada formação a nível relacional, por forma a fomentar o espírito de cuidado e carinho pelos clientes: “A nossa vertente humana é o que mais nos distingue. Fazemos uma seleção criteriosa

Luis Figueiredo, administrativo e financeiro


CÍRCULO D AMBULÂNCIAS

existir esta relação de respeito mútuo: demonstra que respeitamos a nossa entidade reguladora, assim como ela reconhece o nosso trabalho de qualidade”, explica. Na Círculo D o futuro passa, portanto, pela continuidade do trabalho de rigor e profissionalismo. Tendo obtido recentemente o estatuto de PME Excelência, Luís Diogo mostra-se orgulhoso e considera que tal se deve a um mérito de equipa. Para os nossos leitores que possam estar interessados nos serviços da Círculo D, importa referir que existe uma linha telefónica ativa 24 horas por dia, sete dias por semana: 707 201 501. Com uma equipa permanente das 6 horas até às 00.30 horas e com uma equipa de prevenção no restante horário, não hesite em beneficiar de um serviço de qualidade, que traz “um sorriso a cada doente”.

dos nossos recursos humanos e pedimos, constantemente, aos nossos clientes para que colaborem connosco em questionários de avaliação acerca do seu grau de satisfação”, salienta Luís Diogo. Aliada à qualidade do serviço e dos recursos humanos, está a qualidade da frota. A Círculo D conta com 35 viaturas, modernas e altamente equipadas para responder a todas as solicitações. Com sede em Odivelas e filial em Faro, a empresa atua essencialmente no distrito de Lisboa e por todo o Algarve e parte do Alentejo: “se fizermos uma análise a todo o contexto de transporte de doentes vamos chegar à conclusão que quase todas

as empresas têm uma frota envelhecida. A Círculo D faz por investir constantemente em frota nova e isso ajuda a explicar o crescimento que temos vivido, tanto a nível de clientes particulares como de instituições”, acrescenta o nosso interlocutor. Luís Diogo aproveita ainda para salientar a boa relação que a Círculo D tem com o INEM: “Temos um profundo respeito por eles, que são a nossa entidade reguladora, e estamos completamente disponíveis para responder e colaborar proativamente no intuito de trazer valor acrescentado a esta atividade tão sensível como é a de Transporte de Doentes em Ambulância. É essencial

Aliada à qualidade do serviço e dos recursos humanos, está a qualidade da frota. A Círculo D conta com 35 viaturas, modernas e altamente equipadas para responder a todas as solicitações. maio 2018 Revista Business Portugal | 35


TABELARAIZ

DINAMISMO E INOVAÇÃO COMO FATORES DE SUCESSO A Tabelaraíz surgiu em 2011, em plena crise da construção civil, e é hoje sinónimo de perseverança e qualidade. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Paulo Simões, sóciogerente da empresa, e ficou a conhecer mais sobre este caminho de sucesso que já vale o estatuto de PME Excelência.

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Mónica Albuquerque e Paulo Simões, colaboradora e sócio-gerente

ediada em Oliveira de Frades, distrito de Viseu, a Tabelaraíz é exemplo de superação e empreendedorismo. Vocacionada para o ramo das estruturas metálicas, a empresa surge da visão e da experiência de Paulo Simões, João Ferreira e Fernando Nunes: “trabalhava numa grande empresa do setor da construção mas, em determinado momento, comecei a sentir que o meu trabalho e dedicação não estavam a ser valorizados. O mesmo sentiram os meus colegas. Analisamos o mercado nacional, percebemos que havia condições para avançar com um negócio no ramo de trabalho que bem conhecíamos. E assim nasceu a Tabelaraíz”, relembra Paulo Simões. Especializada na construção industrial, nomeadamente na parte estrutural desses edifícios, a Tabelaraíz trabalha frequentemente em parceria com empresas de referência do setor, como a Blocotelha, a Faustino e Ferreira e O Feliz, em regime de subempreitada, em território nacional ou estrangeiro: “realizamos obras em todo o país e também em mercado internacional, como é o caso de países como França, Reino Unido, Argélia, Itália, Moçambique e Angola”, explica o responsável. Contando atualmente com cerca de três dezenas de colaboradores, o balanço destes sete anos de trabalho não poderia ser mais positivo: “é claro que ao início não foi fácil, mas tivemos alguma sorte porque esse período inicial coincidiu com a construção da barragem de Ribeiradio

e, fruto da nossa experiência, conseguimos fazer aí um bom trabalho”, salienta Paulo Simões.

PME Excelência A Tabelaraíz obteve este ano, pela primeira vez, o estatuto PME Excelência, o que deixa o nosso entrevistado muito orgulhoso. Paulo Simões acredita que tal reconhecimento se traduz num indicador muito bom quer para os colaboradores, quer para os clientes, quer para fornecedores, e para a banca, já que é revelador das boas práticas da empresa: “vamos trabalhar para manter este estatuto nos próximos anos”, garante. Como tal, estão previstos uma série de investimentos futuros que irão modernizar e aumentar a capacidade de trabalho da Tabelaraíz: “temos perspetivas de crescimento e por isso estamos a investir. Nos próximos anos faremos um investimento de meio milhão de euros, em novas instalações e em equipamento”, refere o empresário. Com as novas instalações, localizadas na Zona Industrial de Campia, a empresa poderá realizar a produção das estruturas metálicas, sobretudo para exportação, e aumentar o número de colaboradores, tarefa que não é fácil devido à escassez de mão de obra especializada: “temos que ser nós a dar a formação. Sou da opinião de que devia existir um ensino profissional junto das zonas industriais para formar as pessoas”, indica. Para o empresário, o setor da construção

“Realizamos obras em todo o país e também em mercado internacional”.

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TABELARAIZ

Futura sede

“Sou da opinião de que devia existir um ensino profissional junto das zonas industriais para formar as pessoas”.

passa agora por um bom momento, que é preciso aproveitar: “a partir de 2014 houve uma alavanca no setor motivada pelo investimento privado. Este investimento deve-se ao aumento do turismo e da exportação em Portugal – as empresas tiveram que aumentar a sua capacidade produtiva, aumentando assim as naves industriais. Tudo contribuiu para melhorar em muito a construção”. Paulo Simões termina com uma mensagem de agradecimento a todos os colaboradores, clientes e fornecedores pois só em conjunto é possível ultrapassar os obstáculos e alcançar o sucesso.

Rua da Estação loja J Oliveira de Frades Tlf.: 232 110 942 Email: tabelaraiz@gmail.com

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AGROTIR TRANSPORTES

Alberto e Manolo Fiestras, sócios-gerentes

“GOSTAMOS DE CUMPRIR COM TODO O MUNDO” Especialista na recolha, transporte e distribuição de líquidos alimentares em grandes quantidades, a A.T.T. Agrotir Transportes é uma empresa com sede em Lamego. Em conversa com Manolo Fiestras, proprietário, e com o filho Alberto Fiestras, descobrimos como é operar neste setor.

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om aproximadamente 50 anos no mercado, foi em Espanha que Manolo e Alberto Fiestras iniciaram o percurso no transporte de líquidos alimentares. As viagens em trabalho a Portugal trouxeram consequências na vida dos dois empresários que, há cerca de quatro anos, se instalaram definitivamente no nosso país com a empresa A.T.T. Agrotir Transportes. O crescimento foi gradual, o que levou o proprietário a arranjar forma de se centralizar e conseguir gerir da melhor forma o negócio.

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Assim, além da sede em Lamego, ainda contam com operações em Aveiro e um armazém em Tocha, Cantanhede. “Temos em Lamego uma empresa para quem fazemos transporte já há nove anos, a Lacticínios Paiva, e trabalhamos muito com eles. São boa gente, trabalham bem, são muito profissionais, então antes tínhamos a sede da empresa em Vila Nova de Cerveira e mudámos para Lamego para ficarmos mais concentrados”, conta Manolo Fiestras. Distribuídos por zonas, a Agrotir conta com um raio de ação desde o centro e o norte de Portugal, quinze funcionários e mais de oito veículos, de forma a fazer com que o transporte láteo chegue a todo o lado. A transportar produtos alimentares desde leite, água,


AGROTIR TRANSPORTES

azeite e vinho, a vontade é de crescer e abranger novos mercados, alerta Alberto Fiestras. Com este decorrer, a Agrotir foi premiada com o galardão PME Excelência, o que motivou ainda mais os empresários a continuar a melhorar os serviços prestados: “Foi uma surpresa. Não sabíamos de nada, foi agradável passar por essa situação, mas o prémio excelência não nos vai fazer deixar de trabalhar”. Questionado sobre o prémio, o proprietário diz que não são vistos de forma diferente, apesar de premiar o trabalho feito até ao momento: “Nós vamos tendo sorte, os bancos estão a apoiar-nos muito e há sempre quem nos queira ajudar e trabalhar connosco. Gostamos de cumprir com todo o mundo, temos de ser sérios ao fazer as coisas, não andamos aqui a brincar. Isso é o que nos interessa, temos de trabalhar honestamente”, expõe Manolo Fiestras. Com seriedade, honestidade e muito trabalho, para o futuro as perspetivas são de crescimento, mas sempre com os pés no chão e conscientes de que nem sempre é fácil “manter a situação e ir aguentando as coisas boas e menos boas”. De pai para filho, Manolo Fiestras afirma que Alberto Friestas é o futuro da empresa. Assim, o filho aproveitou o momento para elogiar o pai pelo trabalho alcançado e, também, para deixar uma mensagem ao seu público: “Primeiro temos de agradecer às pessoas que confiam em nós, principalmente no meu pai, que está há imensos anos neste ramo e mostrou uma agilidade até agora que creio que toda a gente lhe tem muito respeito tanto em Espanha como aqui. Vamos seguir

o mais sérios e responsáveis possível, queremos continuar a seguir com o apoio daqueles que estão connosco e também esperamos que venham novos clientes. Pretendemos ter um serviço cada vez melhor”, finaliza.

A Agrotir conta com um raio de ação desde o centro e o norte de Portugal, quinze funcionários e mais de oito veículos.

Rua Antonio da Rocha Madail nº45-A Loja 9, Aveiro | 930 601 010 | geral@agrotir.com |www.agrotir.com

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DESTAQUES 37 SERPENTE DA LUA Encontre o equilíbrio emocional em sua casa 38 BLOOD.COM Exemplos de mulheres empreendedoras 42 CARLA FURADO ADVOGADA 15 anos ao serviço do direito 43 SÃO ARTES “Alma e Coração”: joias em filigrana 44 WISH JEWELRY SHOP Homenagem à filigrana portuguesa

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MULHERES LÍDERES O FEMINISMO NO SEU ESPLENDOR O que diferencia as mulheres em cargos de liderança? É difícil definir com clareza o que distingue as mulheres dos homens em cargos de chefia, mas o certo é que há ideias enraizadas na sociedade de que a chefia feminina é mais branda que a masculina. Acredita-se que as mulheres são mais sensíveis, expressivas e os homens mais contidos e, de facto, há estudos que revelam que as mulheres se preocupam mais em harmonizar o grupo. São mais preocupadas com o bem-estar da sua equipa e mais acolhedoras quer com os colegas quer com os clientes. Além disso, têm maior capacidade para adaptar a sua comunicação a diferentes ambientes e interlocutores. A contribuição da liderança feminina para o desenvolvi-

mento das organizações já está a ser medida e comprovada. Estudos recentes revelam que a diversidade de género na administração de uma empresa impulsiona a performance e aumenta as receitas.Ainda que muito caminho haja a percorrer, a Revista Business Portugal apresenta alguns exemplos de liderança e empreendedorismo feminino. Queremos celebrar mulheres líderes e empresárias, que quebram barreiras, que vão à luta e que nos mostram o caminho. São mulheres que, além de se notabilizarem pelo seu percurso profissional de sucesso, são inspirações para todos nós. Conheça trajetos notáveis em diversos setores de atividade, para que se valorize, cada vez mais, o papel essencial das mulheres na economia e na sociedade.


SERPENTE DA LUA

ENCONTRE O EQUILÍBRIO EMOCIONAL EM SUA CASA Serpente da Lua é um projeto experiencial que permite encontrar e aprofundar a vivência de cada pessoa na sua própria casa, no seu corpo e na sua vida. Sofia Batalha é criadora, professora e consultora do método de Feng Shui simbólico, lunar e feminino e pretende difundir o seu conhecimento na arte chinesa, através do curso curricular de Feng Shui no Instituto Macrobiótico de Portugal, dos seus cursos em nome próprio, das suas consultas individuais, dos seus workshops, palestras e também através dos seus três livros.

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ofia Batalha iniciou a sua carreira profissional na área do design, no entanto, a certa altura descobre uma arte que muda a sua vida para sempre: “há um certo momento que começo a pensar em casas e na forma como se vive na própria casa. É nesse momento que decido começar a estudar Feng Shui no Instituto Macrobiótico de Portugal e consequentemente a pôr em prática o conhecimento adquirido através das minhas aulas e das minhas consultas”. A professora acrescenta que as suas três obras são o reflexo do seu caminho profissional e da sua própria descoberta pessoal. Nos seus livros, ‘Linguagem de casa’, ‘O Bagua’ e ‘Métodos Avançados’, Sofia Batalha elabora um manual, com três volumes, para quem quiser conhecer o Feng Shui e desfaz o preconceito errado de que esta arte chinesa está ligada à decoração: “as minhas obras refletem a minha missão, trabalho com o coração e com toda a ética que isso implica. O que faço não pode ser quantificável, pois trabalho com

Sofia Batalha, professora

pessoas, com espaço e tempo, é um trabalho muito humano”, esclarece Sofia Batalha. A professora. de forma simplificada. explica as duas vertentes do Feng Shui: “inicialmente, comecei a estudar o Feng Shui do ponto de vista técnico, ele próprio tem duas grandes variantes: a visão da partícula e a visão da onda. O Feng Shui como é praticado pelos chineses é uma arte patriarcal, aliás para os orientais não é uma arte mas sim uma ciência racional ligada à matemática. O que acontece é que a forma como os chineses vêem o mundo não é a mesma que a nossa. Tive, então, a necessidade de adaptar o Feng Shui à nossa realidade”. Sofia Batalha explica ainda que uma consulta na China envolve maioritariamente a procura de resoluções financeiras, já em Portugal quando pedem uma consulta na maioria das vezes envolvem problemas emocionais, questões que transcendem a matéria. De uma forma, prática a consultora do método

de Feng Shui explica que as suas consultas resultam em mediações que pretendem através da própria envolvência e energia da casa criar interação com os seus habitantes. Sofia Batalha pretende adaptar o todo o seu conhecimento técnico do Feng Shui em cada casa com os seus habitantes sem nunca desvirtuar os valores metafísicos, algo que só é possível se houver a observação do conteúdo simbólico e energético de cada casa com o espaço emocional de cada pessoa, ou seja, o entendimento entre a estrutura, a pessoa que optou por habitar nessa exato lugar e a sua ligação com a sua vida. Durante estes 15 anos ligados ao Fung Shui, Sofia Batalha diz que de um nicho muito específico a arte passou a ser do conhecimento geral das pessoas. A professora explica que esta evolução só foi possível através dos resultados que o Feng Shui proporcionou às pessoas através das transformações provocadas a nível interno e externo. A consultora da arte chinesa esclarece que nas suas consultas é trabalhado o individual, no entanto, as palestras e os workshops são um complemento para compreender melhor como funciona o Feng Shui. Em parceria com Mónica Araújo, Sofia Batalha é também criadora da revista online ‘Vento e Água’ que pretende ser mais um meio de difusão de todo o seu conhecimento. Para finalizar a entrevista, Sofia Batalha, garante que o Feng Shui mudou-lhe a vida tanto a nível profissional como familiar e que todo o seu trabalho, ao longo dos anos, resulta num autorrealização decorrente da sua ajuda na resolução dos problemas de quem a procura.

Email: sofia@serpentedalua.com serpentedalua.com | casasimbolica.com | Skype: serpente.da.lua Lisboa, Portugal | bazi.serpentedalua.com | ventoeagua.com

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BLOOD.COM

A COMUNICAÇÃO É UMA ARTE, UMA FERRAMENTA DE FAZER ACONTECER… ONDE UMA IMAGEM VALE MAIS QUE 1000 PALAVRAS! Mafalda Flores, CEO e comunication director

por aspetos fundamentais como o olhar, a postura, o humor, as roupas e, claro, a forma de falar e particularmente escutar. Escutar ativamente é uma grande oportunidade de dar atenção aos outros mostrando-lhes o quanto são valorizados, gerando reações positivas. Torna-se, assim, cada vez mais evidente a tendência de uma liderança pela comunicação ‘humana’, conquistando um lugar privilegiado no mercado organizacional onde a mulher empresária assume as rédeas dos seus negócios. Ao mesmo tempo que reconhecem na nova era das tecnologias de informação uma forma de estar mais próximas dos seus clientes, através de uma mensagem clara e direcionada. O planeamento de uma estratégia de comunicação integrada, com recurso à imprensa, redes sociais, publicidade e outras ativações

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ais do que importante, a comunicação é uma das mais desejadas competências do profissional da atualidade. É crucial o seu domínio independentemente do cargo e do perfil, pois o objetivo é saber comunicar e se relacionar bem, em qualquer contexto. É uma manifestação de sentidos, que nos permite transmitir mensagens, inspirar, motivar e captar atenções. Olhando ao mundo empresarial mais atual, onde encontramos a Mulher como empresária de sucesso, à frente de negócios prósperos e diferenciadores, a sua forma de gestão, visão e atitude, surge associada a uma forte comunicação que, aqui, assume um papel fundamental. Enquanto líderes, acentuam todo o seu carisma adotando um estilo de gestão marcadamente feminino, a comunicação destaca-se 42 | Revista Business Portugal maio 2018

Uma arte de comunicar… onde uma imagem vale mais que mil palavras! passa a ter expressão de peso nas suas atividades, gerando maior notoriedade e, consequentemente, crescimento dos negócios. Mesmo sendo uma visão partilhada a nível geral, está sobejamente visível em empresas lideradas por Mulheres que trabalham uma imagem global, começando por si mesmas como a ‘imagem de marca’ dos seus negócios. Uma arte de comunicar… onde uma imagem vale mais que mil palavras! *artigo de Mafalda Flores


COMUNICAR EMPENHO CORRE-LHE E GOSTO NO SANGUE

Mafalda Flores, CEO e comunication director

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mpresária com espírito empreendedor conjuga o seu papel de mulher, mãe, com um percurso bem-sucedido na área da comunicação e marketing, onde o positivismo, rigor e dinâmica são fatores chave para o seu equilíbrio, em 20 anos de carreira. A aposta em formação especializada e diversas experiências em empresas multinacionais como Legrand Elétrica, Cofidis, Citigroup e Nestlé – Nespresso, serviram-lhe de ‘alavanca’ para a consolidação dos conhecimentos que hoje aplica na sua Agência de Comunicação Blood.Com, à qual se dedica a 100 por cento. Atuando maioritariamente junto do segmento das PME’s o conceito da agência, que se encontra a celebrar o terceiro aniversário, passa, fundamentalmente, por trabalhar uma estratégia 360º, com o objetivo de potenciar a notoriedade e reputação positiva, através da assessoria de imprensa, ativações de marca e gestão das redes sociais.

“A decisão de me lançar neste desafio e ter uma empresa própria foi um passo natural na minha vida, num momento de transição, que se conjugou com a necessidade de encontrar um novo rumo profissional, tentar dedicar mais tempo à família e construir algo próprio, à minha imagem”, recorda Mafalda Flores. Os anos de experiência na área de comunicação tornaram óbvia a escolha pela abertura da Agência, à qual acabou por dar o nome de Blood.Com, sinónimo do que refere correr-lhe nas veias: sangue e comunicação. Com vários projetos concretizados e um portfolio de clientes com quem trabalham em formato contínuo, gostam de se diferenciar pela visão criativa e integrada, oferecendo um acompanhamento absolutamente individualizado. O sucesso passa pela personalização e contato direto com as empresas dos clientes, uma vez que ao estarem mais perto deles conseguem conhecer a sua história e como se apresentam no mercado, o que é crucial no momento de traçar uma estratégia. O objetivo? Contá-la...de forma original e ‘vendável’. E é sobre esta faceta de ‘contadora de histórias’ que Mafalda Flores, com perfíl de líder e sempre de sorriso nos lábios gosta de ser conhecida. Quanto a objetivos para o futuro, a empresária estuda já uma possível parceria para expansão dos serviços, considerando os vários projetos de norte a sul do país e até internacionais.

O Atelier Arquitectura Something Imaginary revela dedicação no trato com os clientes, para que encontrem exatamente o que procuram. Sara Afonso, administradora, apresentou a empresa que fundou à Revista Business Portugal.

Sara Afonso, administradora

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Atelier Arquitectura Something Imaginary é fruto da sua visão e determinação como empresária empreendedora. Como surge no seu percurso profissional? Este atelier surge naturalmente. Foi um percurso de várias experiências sendo que uma delas durou 21 anos, em vários departamentos da Câmara Municipal de Sintra. Criar uma empresa é uma responsabilidade grande e em nada pode ser leviana. Só poderia ser agora com maturidade e experiência adquirida. Já me posso orgulhar da equipa e dos projetos realizados e em curso. Como analisa o percurso da empresa? Tem sido um percurso em nada normal, dada a economia europeia e o dinamismo do turismo em Portugal, pelo que temos estado a crescer bastante.

Fruto de um bom trabalho, dos clientes nos referirem a outros e ao facto de falarmos fluente inglês, francês e espanhol. Qual o ‘core business’ do Atelier Arquitectura Something Imaginary? Principalmente Habitação e Turismo. Estamos a desenvolver o conceito ‘chave-na-mão’ que pretende acompanhar o cliente desde a procura do imóvel/terreno até à utilização do mesmo. Qual é o segredo do sucesso e que conselho gostaria de deixar aos jovens empreendedores? Não há segredos. Há dedicação, empenho, conhecimento técnico, experiência nas diversas áreas disciplinares, bom senso, capacidade de gestão e de recursos humanos. Fundamental é gostar do que se faz e fazer acontecer.

maio 2018 Revista Business Portugal | 43


VISÃO, ATITUDE E ENTREGA Maria João Figueiredo, Ciphra Contabilidade e Fiscalidade

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Ciphra nasce da vontade e necessidade de uma equipa, de inovar na capacidade de resposta ao cliente. Como descreve o seu percurso? Foi e é um percurso árduo, cheio de desafios diários, mas a vontade de ganhar e vencer, sobrepõem-se perante todos os desafios que temos de ultrapassar. A marca Ciphra surgiu já no final do ano de 2012, embora a história desta empresa comece no ano de 2006. Em outubro desse ano decidi constituir a minha empresa e tendo essa decisão tomada, adquiri um escritório no Seixal. Tinha a colaboração de apenas uma trabalhadora e uma carteira de dez clientes. Sabia que havia muito trabalho pela frente, mas seria uma boa base para começar! Até ao ano de 2012 fazíamos 44 | Revista Business Portugal maio 2018

parte de uma conhecida marca de franchising, no entanto e porque deixámos de nos identificar com o rumo e orientação da mesma, tomei a decisão de criar a minha própria marca: a Ciphra! Qual o principal vetor estratégico para a excelência da sua organização? A Ciphra procura construir e implementar uma estratégia personalizada tendente a enfrentar os desafios das empresas dos seus clientes de modo a que os mesmos atinjam os seus objetivos. Prestamos serviços de qualidade sustentados numa equipa dedicada e comprometida com o crescimento dos nossos clientes e conto com uma equipa dotada de experiência, sólidos conhecimentos na área financeira, fiscal e de gestão de recursos humanos. Cada empresa tem a sua alma, o empresário que a cria dá-lhe o seu know-how adquirido ao longo da vida académica e profissional e tem consigo o sonho de a tornar diferente das que já existem e estes são sem dúvida alguns dos fatores que influenciam o sucesso de qualquer empresa e a tornam uma empresa de excelência.

SINTA-SE BEM POR DENTRO E POR FORA “Mais do que tratar da beleza exterior, posso dizer que ajudo as pessoas a ficarem mais felizes”: eis o mote de Paula Henriques, especialista em nutrição na Clínica Médica Estética iCare, a qual nos apresenta.

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omo surgiu o projeto da Clínica iCare na sua vida? Sabendo da minha propensão para desafios e gosto por esta área da beleza e bem-estar, o desafio de assumir o papel de diretora executiva da Clínica iCare surge por convite em 2008. Ao longo destes dez anos tem sido muito gratificante. Mais do que tratar da beleza exterior, posso dizer que ajudo as pessoas a ficarem mais felizes e isso faz-me, naturalmente, ficar também mais feliz. A Clínica iCare pretende associar a medicina estética ao bem-estar físico e mental dos seus clientes. Qual a abordagem e conceito inerentes? A Clínica iCare tem como princípio oferecer um conjunto de tratamentos e serviços complementares que integram as diversas especialidades médicas e estéticas mais eficazes e ade-

Paula Henriques, especialista em nutrição

quadas a cada pessoa, para atingir os melhores resultados. O importante nos bons resultados, dando o exemplo da celulite e gordura localizada é o diagnóstico! A partir daqui define-se o tratamento mais adequado e personalizado, e os resultados acontecem. Quais os factores fundamentais para o bem-estar dos seus clientes, a par de uma reeducação alimentar? Associamos a medicina estética ao bem-estar físico e mental dos nossos clientes. Promovemos uma abordagem integrada das diversas especialidades médicas e dos tratamentos médicos e estéticos mais eficazes e adequados ao caso de cada pessoa. Para isso dispomos de uma equipa multinacional e interdisciplinar de médicos investigadores nas áreas da medicina estética, conciliando as melhores práticas dos países mais desenvolvidos nesta especialidade com as mais recentes inovações tecnológicas e os mais sofisticados equipamentos disponíveis no mercado.


MUDAR COMEÇA EM SI Sílvia Encarnação Jorge sempre foi uma pessoa determinada e com objetivos. Decidiu dedicarse ao seu desenvolvimento pessoal, tendo terminado a licenciatura em Psicologia em regime pós-laboral, fez psicoterapia, terapia regressiva, shiatsu, reiki, concluiu o terceiro ano de astrologia, começou a ver alguns filmes e livros sobre desenvolvimento pessoal, a fazer cursos, formações, a participar em palestras, seminários e em workshops. Durante o seu processo de desenvolvimento percebeu que tinha três ferramentas poderosíssimas – Psicologia, PNL e Coach – e começou a transformar, com sucesso, outras vidas e outras histórias. “Pessoas transformadas, transformam pessoas”

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omo descreve o conceito Life Coaching? Life Coaching é uma modalidade do coach voltada para a análise e o desenvolvimento de todos os aspetos da vida. O método permite avaliar o grau de realização e felicidade em cada setor da nossa vida, como os relacionamentos pessoais, sociais, familiares, financeiros, espirituais, saúde, entre outros. A partir dessa investigação, são identificados os padrões que devem ser mudados para que o indivíduo tenha mais harmonia entre vida pessoal e profissional. Todos nós nascemos com os recursos necessários para desenvolver o nosso potencial e usarmos esses recursos permite-nos chegar onde precisamos. Acontece que por vezes não sabemos os recursos que temos, nem como os podemos usar para

Sílvia Encarnação Jorge, life coacher

atingir os nossos objetivos. Um bom coach vai ajudar o coachee a encontrar os seus recursos e a ganhar esse foco.

UNIÕES SEM IGUAL

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oana Conde é wedding planner e uma empresária de sucesso. Como descreve o seu percurso e quais os desideratos inerentes à criação da Iguarias do Tempo? Como dizia Fernando Pessoa: “Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo…”. Esta frase traduz o que sinto muitas vezes. Esta empresa nasceu de um sonho de quando estudava no Curso de Cozinha e me imaginava a fazer festas, grandes festas, divertidas, com comida fantástica, festas temáticas, bonitas… e dizia sempre um dia quero ter uma empresa que faça festas. Iniciámos esta empresa num restaurante que foi transformado para sala de eventos, na Batalha. Depois exploramos alguns anos a sala de eventos das Piscinas de S. Pedro de Moel e o grande salto deu-se com a exploração em exclusivo da Quinta das Silveiras em 2007. Temos a nossa sede em Leiria, mas fazemos serviços de catering em muitas localizações diferentes, inclusive

Joana Conde, wedding planner

no estrangeiro como foi o caso de um catering para uma feira em Berlim. Mas, atualmente, o nosso forte são os casamentos. A Iguarias do Tempo vai juntar mais um espaço à Quinta das Silveiras, onde trabalha há cerca de 12 anos, trata-se da Quinta de Santo António do Freixo. Como caracteriza esta escolha? Esta opção veio ter connosco e sentimos que seria uma forma de acrescentar valor à Iguarias do Tempo, podermos alargar a oferta de espaços de qualidade em Leiria que muito se coadunam com o nosso tipo de cliente em Portugal e com o que queremos fomentar a trazer do estrangeiro. É um espaço com história e personalidade que acrescenta valor à nossa forma de ser e estar no mercado, tão bem reconhecida pelos ‘nossos’ noivos. maio 2018 Revista Business Portugal | 45


CARLA FURTADO ADVOGADA

15 ANOS AO SERVIÇO DO DIREITO Carla Furtado dedicou a sua vida profissional ao Direito e à advocacia. Optou pela prática individual, por sentir que, dessa forma, pode marcar a diferença. Saiba o porquê numa entrevista intimista com a advogada.

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arla Furtado, em que momento da sua vida decide enveredar pela área do Direito? Ao transitar para o 10.º ano, colocou-se-me a questão de ter que optar por uma área de estudos, o que se afigurou um tanto difícil, uma vez que era muito boa aluna em todas as disciplinas. Na verdade, ainda hoje sou um pouco assim, tenho interesses ecléticos. A par da advocacia, também cultivo o gosto pela escrita da poesia, já publiquei e tenho um blogue (imitação da vida) que dedico ao universo das artes, sendo membro do Centro de Línguas e Literaturas Lusófonas e Europeias da Faculdade de Letras de Lisboa, o que muito me honra. Optei, então, por realizar um teste de aptidão vocacional (o que nem era muito frequente na altura), que demonstrou uma maior afinidade com as artes e humanidades, em particular, o Direito. Optei, assim, por esta área e vim a entrar, com muito boa média, na Faculdade de Direito de Coimbra. Que balanço faz desta sua decisão? Celebrei, precisamente, em abril deste ano, 15 anos de advocacia, o que é um marco. Quando olho para o caminho percorrido, observo dificuldades, mas, também, vitórias. Lutas travadas no silêncio do meu escritório, mas, que fizeram a diferença na vida de algumas pessoas para melhor, o que é gratificante. No essencial, encaro esta profissão com espírito de missão, buscando rigor e eficiência, vibro com os meus clientes na sua defesa e cada processo é uma aventura recheada de lágrimas e de sorrisos, sendo o balanço positivo. Numa altura em que as sociedades de advogados são a prática mais comum, Carla Furtado opta pela prática individual. Porquê esta escolha? Creio que a advocacia em prática individual continua a ser o tipo matricial do exercício da advocacia. Mesmo no nosso imaginário comum, o advogado continua a ser aquele profissional com quem o cliente se vai aconselhar, na privacidade de um escritório, expondo detalhadamente o seu problema, para obter uma análise clara e metódica da sua situação jurídica. O Tribunal é quase sempre a última escolha e também a mais difícil. E, quer na advocacia em prática individual, quer na advocacia inserida numa estrutura societária acaba por ser sempre a gestão legal, mas, também, emocional, do conflito, que nos é solicitada. Estou convicta, porém, de que a Carla Furtado | Advogada | Cédula O.A. 5066C Telm. +351-918948312 / Fax. +351-239091353 Av.ª Fernão de Magalhães, 481, 2ºP 3000-177 Coimbra Av.ª Cor. Vit. H. Godinho, 233, 2ºC, 3240-154 Ansião - Leiria

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advocacia em prática individual Carla Furtado, advogada está mais capacitada para a análise do problema não apenas com rigor técnico, como ainda com uma componente emocional que se reflecte na empatia para com o cliente, o que é extremamente difícil noutros contextos, em que a relação advogado/cliente sofre os inconvenientes de uma advocacia massificada e impessoal. É uma mulher num mundo de homens ou essa realidade não acontece na advocacia? A mulher de hoje em dia, numa sociedade democrática como a nossa, está presente em todos os setores e o Direito não é exceção. Na sede judicial, nunca senti quaisquer atitudes discriminatórias. Já o mesmo não poderei dizer quanto ao mercado de trabalho pois, culturalmente, ainda se observa uma franja significativa de pessoas que escolhem o seu advogado consoante seja homem ou mulher, sendo que, tendencialmente, os homens preferem procurar advogados e as senhoras preferem procurar advogadas. Não é propriamente negativo, é apenas um facto que constato. Por outro lado, há ainda sérias dificuldades no exercício de uma advocacia no feminino no que concerne, por exemplo, à maternidade. Urge olhar com profundidade para este problema a fim de se encontrar uma solução que se adeque à própria Constituição, a qual prevê especial proteção às mulheres, durante a gravidez e após o parto. Nesta medida, não se pode dizer que exista uma salvaguarda plena dos direitos da mulher enquanto advogada. ‘Liderar no feminino’ é um dos temas que abordamos nesta edição. É mais fácil ser-se uma mulher empresária ou a trabalhar em nome próprio em Portugal? Como tem visto esta evolução? A mulher empresária já não é um mito, mas, uma realidade muito concreta e tangível. Tal como o homem, desde que devidamente preparada para a missão que queira desempenhar, nomeadamente, no mundo empresarial, a mulher é apta a exercer qualquer atividade que se coadune com a sua formação, ambição e vocação. Por onde passa o seu futuro enquanto profissional? A advocacia é, de facto, a profissão que tenho abraçado, e que encaro com espírito de missão, sendo muito útil à sociedade quando exercida com equilíbrio. A sociedade reivindica muito da advocacia, embora nem sempre da melhor forma, mas, trata-se de reconhecer, afinal, o quão imperiosa é para uma sociedade digna e democrática, uma advocacia íntegra e comprometida com o seu progresso. É nesta perspetiva que desejo continuar a exercer a advocacia, defendendo as causas que considero justas.


SÃO ARTES

“ALMA E CORAÇÃO”: JOIAS EM FILIGRANA “Inovando na tradição” é o mote de lançamento do projeto “Alma e Coração”, da São Artes. Vera Leite apresentou a empresa e os seus objetivos à Revista Business Portugal.

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ale-nos um pouco do início deste projeto. Como e quando surge? O projeto “Alma e Coração” teve início em 2009 com a missão de recriar a arte centenária da filigrana, inspirando-se nos intemporais estilos da joalharia portuguesa, criando e desenvolvendo coleções de joias contemporâneas com design único e um estilo delicado, elegante e feminino, “inovando na tradição”.A formação em gestão de empresas e marketing e a longa experiência na área da joalharia, onde a empresa já atua há 15 anos, levou-nos a perceber a necessidade e a oportunidade de criar um conceito que relançasse a joalharia portuguesa, em especial a filigrana, inovando no design e criando coleções de joias diferenciadas, com emoção e sempre atentas às tendências da moda, lifestyle e espectativas da mulher atual. Assim, surgiu a marca “Alma e Coração” em 2012. Que produtos podemos encontrar? A “Alma e Coração” apresenta três segmentos distintos de joias: coleções de design próprio de estilo contemporâneo, delicado, elegante e feminino; coleções tradicionais portuguesas, que recriam as intemporais joias portuguesas respeitando os seus vários estilos e design originais, joias com séculos de história, emotivas e que passam gerações e deixam recordações; coleções de símbolos temáticos (inclusive símbolos institucionais, empresariais ou culturais, como logótipos, pins ou gifts). Estes símbolos em filigrana são adaptados nos formatos de joias de medalhas, fios, pulseiras brincos e anéis da nossa coleção “Símbolos Alma e Coração”.

A criação das coleções “Alma e Coração” tem design próprio para que associado à leveza da filigrana se gerem joias sempre com a nossa personalidade de joia, delicada, elegante e feminina. A conceção de cada peça prima pela elevada qualidade com rigorosos acabamentos, pensando na forma como será apreciada e utilizada pelos consumidores. Connosco trabalham verdadeiros mestres joalheiros, com anos de experiência na arte da filigrana, uma arte que passa de geração em geração. Como se pode adquirir os vossos produtos? As coleções “Alma e Coração” são totalmente produzidas em Portugal, garantido o selo de qualidade que há séculos caracteriza arte da joalharia portuguesa e estão disponíveis quer fisicamente no retalho de joalharia e cultural, quer na loja on-line no site www. almaecoracao.pt. Qual tem sido o feedback dos vossos clientes? O feedback dos clientes tem sido bastante positivo e gratificante, o que tem permitido à marca crescer de forma consolidada. Conseguimos surpreender os clientes mostrando que é possível inovar na tradição, neste caso, na joalharia em filigrana. Antecipando um pouco o próximo verão, quais serão as principais tendências em matéria de acessórios? Na nossa coleção PV2018, apostámos mais em colares e brincos com design floral. Por onde passa o futuro ? O objetivo da marca “Alma e Coração” é evoluir na criação de coleções que acompanhem as tendências e continuar a surpreender os nossos clientes, e ainda dar continuidade à estratégia de crescimento internacional.

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WISH JEWELRY SHOP

HOMENAGEM À FILIGRANA PORTUGUESA Marisa Santos Oliveira é o rosto e a mestra de Wish Jewelry Shop. Os seus produtos são uma homenagem à ourivesaria portuguesa, ou não fosse a sua arte a filigrana.

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ale-nos um pouco do início deste projeto. Como e quando surge? A Wish Jewelry Shop começou a 3 de janeiro de 2017. Desde sempre tive o desejo de criar o meu próprio negócio e desde sempre me fascinou tudo aquilo que se remete para a criatividade e a liberdade de poder construir, algo tão nosso, tão especial! No fundo expor um lado meu, para tentar chegar a um desejo, a uma necessidade que a mulher no geral procura! Com sete anos de idade já acompanhava o processo de trabalhar a filigrana nas oficinas porque a arte do meu avô é e sempre foi a Filigrana! Com ele aprendi durante longos anos a técnica de execução e aperfeiçoamento na elaboração das peças! E fui fazendo deste trabalho um pequeno passatempo, pois sempre achei que devemos sempre explorar outras áreas, outras experiências, até porque licenciei-me em Recursos Humanos, área essa que também adoro e desempenho inclusive numa outra empresa! Mas há dois anos após ter feito uma formação na área do marketing e da ourivesaria internacional, percebi que não devia rejeitar esta minha paixão e decidi arriscar e criar as minhas próprias peças! Percebi que a Filigrana também pode ser contemporânea, leve, jovem e super atual! Que produtos podemos encontrar na Wish Jewelry Shop? A Wish Jewelry Shop dedica-se essencialmente à Filigrana Portuguesa, com peças únicas de design exclusivo a pensar sempre na simplicidade, autenticidade e versatilidade que se pretende criar no dia a dia! Existe uma aposta em promover o que é nacional? Atualmente tem existido uma aposta muito mais assertiva, consistente e constante em promover o que é nacional, nomeadamente por parte da AORP (feiras, eventos, campanhas) e atualmente a Câmara Municipal de Gondomar com a Rota da Filigrana! Esta iniciativa por parte da Câmara tem sido uma mais valia para o setor, tanto na promoção como na capacidade de suscitar a atenção e interesse por todo o mundo! Criando valor e reconhecimento daquilo que é nosso e permitindo que a nossa tradição prevaleça sempre!

Como se pode adquirir os vossos produtos? De momento, a Wish Jewelry Shop vende os seus produtos em diverwishjewelryshop

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Email: wishjewelry.shop@gmail.com

sos mercados da zona norte e através do Facebook! Sendo que muito em breve irá explorar o mercado de Lisboa através dos convites que tem vindo a receber!

Todo o processo de criação e produção é vosso? Todo o processo de criação e produção é feito na marca!

Qual tem sido o feedback dos vossos clientes? O feedback tem sido bastante positivo! A abordagem que tenho tido é que a marca se destaca pela originalidade, simplicidade das peças e principalmente porque existe muito pouca oferta sobre o conceito que envolve a Wish Jewelry Shop! Quais as tendências para este verão? Maxi brincos, boho Chic, pompons, pedras coloridas, argolas, flores, rock glam 80’s. Nota-se claramente que os destaques serão as peças com maior visibilidade sobre outfits mais básicos para que se evite um efeito too much! E o futuro? Existe sempre muito para fazer, muito por conquistar, mas a verdade é que faço o que realmente amo e pretendo continuar sempre todos os dias a fazer o melhor que sei e que posso! Num futuro próximo uma das minhas principais ambições é sem dúvida alguma abrir uma loja física a pensar sempre na simplicidade, na diferença, na autenticidade e necessidade quotidiana da mulher!


Os CTT agradecem aos Portugueses a Confianรงa


DESTAQUES 48 SOCIEDADE CENTRAL DE CERVEJAS “Estes prémios são um reconhecimento da qualidade da Sagres e Luso” 50 ESSILOR Galardoada com marca de confiança 52 VULCANO “A confiança depositada pelos consumidores traduz-se na liderança da Vulcano”

MARCAS DE CONFIANÇA A REVISTA MAIS LIDA DO MUNDO

A propósito da 18ª edição do estudo que elege as marcas em que os portugueses mais confiam, Maria do Carmo Diniz respondeu a algumas questões da Revista Business Portugal.

O projeto “Marcas de Confiança”, uma iniciativa das Selecções

Reader’s Digest, existe há já mais de 15 anos. O que o torna tão especial? O projeto Marcas de Confiança celebra este ano 18 anos. A primeira edição teve lugar em 2001. No nosso entender, existe um conjunto de fatores que concorrem para o seu sucesso, para que seja “tão especial”, como refere. Desde logo, o facto de termos sido pioneiros nesta área. Fomos, efetivamente, o primeiro estudo desta natureza, em Portugal e não só. Depois, a abrangência da amostra, selecionada em cada ano a partir da base de assinantes da revista - nunca inferior a 12.000 inquiridos e representativa da população portuguesa. Outro dos grandes fatores diferenciadores, assenta na clareza dos processos. O método de pergunta aberta por nós utilizado, confere total transparência e autenticidade, uma vez que as respostas não são de modo algum sugeridas, induzidas ou condicionadas. É num espaço em branco que os inquiridos escrevem qual a sua Marca ou Personalidade de confiança. Quais as principais conclusões desta última edição, a 18ª, recentemente divulgada? Bom, em termos de marcas, não existem grandes alterações de fundo. A confiança é um sentimento que demora a construir, mas, uma vez instalada, só se desmorona em face de uma razão forte. Ainda assim, a própria dinâmica do mercado arrasta consigo inevitáveis mudanças que acabam por se traduzir em alterações na votação e,

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consequentemente, na eleição de novos titulares de confiança. No entanto, existem alguma marcas que há 18 anos consecutivos são eleitas, como é o caso da Agência Abreu, da Nivea ou do Centrum. Para além das Marcas avaliamos também a confiança em Personalidades e Profissões, análise particularmente interessante neste último caso. Desde o primeiro ano que os Políticos são a Profissão com menor índice de confiança – 7 por cento foi o resultado deste ano, em contraponto com o dos Bombeiros que obtiveram 95 por cento. Contudo, pela primeira vez em 18 anos, os Banqueiros partilham o último lugar da votação com os Políticos. Esta e outras situações, espelham bem a nossa realidade social. Outro exemplo, apenas 9 por cento dos inquiridos refere não confiar no Serviço Nacional de Saúde, embora destes, 55 por cento afirme dispor de um seguro de saúde privado. Há, portanto, 91 por cento de portugueses que de algum modo confiam na nosso SNS. Como é que os consumidores portugueses podem identificar uma marca que obteve esse estatuto? Todas as marcas, eu diria, quase sem exceção, exibem na sua comunicação o selo Marca de Confiança que lhes é atribuído pela obtenção da maior votação na categoria respetiva. Umas, fazemno criando campanhas específicas para anunciar o título; outras, de uma forma mais diluída e diferida nos seus diversos veículos de comunicação, seja na tv, no digital, na rádio, nas embalagens, entre outros. Também a revista Selecções publica anualmente na sua edição de maio os resultados gerais do estudo. A 1 de março passado, lançámos uma campanha de comunicação, a nível nacional, divulgando a lista dos vencedores. Ainda, e em cada ano, realizamos um evento de entrega de troféus.



SOCIEDADE CENTRAL DE CERVEJAS

“ESTES PRÉMIOS SÃO UM RECONHECIMENTO DA QUALIDADE DA SAGRES E LUSO” Distinguidas há anos consecutivos, estas duas marcas da Sociedade Central de Cervejas (SCC) são a escolha de confiança dos consumidores portugueses. O constante processo de inovação é um fator determinante para tal reconhecimento.

A nível institucional, como descreve a posição da SCC como referência dos mercados em que se insere e qual o impacto da inovação no percurso da mesma? O constante processo de inovação em que a SCC e as suas marcas se encontram é determinante para continuar a merecer a confiança dos Portugueses. Enquanto empresa que detém marcas preferidas dos consumidores nacionais, como a Sagres e a Água de Luso, com as suas variantes, a SCC tem como missão ir de encontro às necessidades dos consumidores.

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que significa para a SCC a Sagres e Luso serem eleitas como Marcas de Confiança 2018? As distinções consecutivas da Cerveja Sagres e da Água de Luso como Marcas de Confiança dos Portugueses, nos últimos 12 e nove anos, respetivamente, reforçam a nossa relação de confiança com os nossos Clientes. Estes prémios são um reconhecimento da qualidade da Sagres e Luso e do nosso esforço e trabalho diário em inovar e responder às expectativas dos consumidores.

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Como é que a Sagres se mantém no topo das preferências dos portugueses? Por ser uma marca que defende e promove os valores da portugalidade e dos simples prazeres da vida, como a convivialidade. A Água de Luso é a marca de confiança que atravessa gerações na promoção de uma vida saudável. Quais as características diferenciadoras da Luso? Com origem na Serra do Bussaco, a Água de Luso tendo sido classificada há mais de um século como “muitíssimo pura”, por Charles Lepierre, continua a ser reconhecida como uma “água nobre”, de qualidade superior. Naturalmente filtrada e leve, sem adição de quaisquer elementos químicos de tratamento e extraída por artesianismo natural repuxante, isto é, sem recurso a

bombas, a Água de Luso tem altos padrões de qualidade que garantem o respeito pelas características originais da água. O processo de filtração leva em média mil anos e acontece a centenas de metros de profundidade, estando a Água de Luso protegida e preservada na Serra do Bussaco, intocada, até ser engarrafada. Este processo cria uma água nobre com características únicas influenciadas por toda a envolvência da serra, desde o tipo de florestação, o clima, subsolo e rochas. Como é que a SCC pretende consolidar a sua posição de liderança, nomeadamente no que se refere à Sagres e à Água de Luso? Sendo fiel aos seus valores, a uma qualidade indiscutível e com permanente atenção e escuta ativa das necessidades dos consumidores.



ESSILOR

ESSILOR GALARDOADA COM MARCA DE CONFIANÇA

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uando é que a Essilor chega a Portugal e quais são os motivos pelo qual esta marca de origem francesa decidiu expandir-se para terras lusas? A Essilor é o resultado de uma aventura humana, industrial e comercial com mais de século e meio, que começa numa pequena oficina artesanal de lentes em Paris, até ao atual grupo industrial que emprega 67 mil pessoas e está presente em mais de 100 paises. Na origem da Essilor estão, entre 1849 e 1972 a Essel e Silor. As raízes da Essel nasceram em 1849, SL, nome que perdurou até 1962. A Essel é responsável por um dos mais importantes marcos na história das lentes oftálmicas e da saúde visual: a invenção das lentes Varilux, em 1959, as primeiras lentes progressivas. As origens da Silor começam em 1931, deve-se-lhe a descoberta das lentes ‘inquebráveis’: a lente Orma, para a execução de lentes oftálmicas num material muito leve e inquebrável. Em 1972, com a fusão entre as empresas dos grupos Essel e Silor nasce a Essilor.

Em termos produtivos, a Essilor Portugal está equipada com a mais completa e recente tecnologia existente a nível mundial no mercado e realiza avultados e contínuos investimentos em equipamentos de vanguarda, para permitir a produção, local e para o mundo, de lentes de última geração. Internamente apostamos nas pessoas, no trabalho em equipa, na formação continua e no desenvolvimento dos nossos colaboradores. Regem-se pela missão ‘Melhorar vidas, melhorando a visão’. O público português está atento e bem informado em relação à importância da saúde visual? Os problemas de visão afetam milhões de pessoas a nível mundial: 4,5 milhões de indivíduos necessitam de correção visual e 2,5 milhões deles não estão corrigidos. No entanto, existem atualmente soluções simples, eficazes e comprovadas para as diversas anomalias visuais. Em Portugal, também milhares de pessoas necessitam de corrigir a visão e um número significativo destas desconhece tal facto ou não controla regularmente o seu estado de saúde ocular. Os problemas de refração não corrigidos, ou compensados com lentes de natureza duvidosa, provocam uma perda da qualidade de visão e traduzem-se numa redução de capacidades e produtividade. Havendo ainda muito a fazer, a Essilor trabalha todos os dias na Prevenção, Proteção e Correção da saúde visual , para gradualmente, transformar em realidade a sua missão de ‘Melhorar vidas, melhorando a visão’.

A ética, o profissionalismo e a simpatia têm que ser três fatores constantemente presentes na vida dos nossos colaboradores.

A Essilor orgulha-se do grande nível de satisfação dos seus clientes, um dos motivos pelo qual é Marca de Confiança. Como é que conseguem estabelecer essa relação de satisfação? As empresas que deram origem à Essilor estiveram sempre na vanguarda da inovação, sempre associadas aos grandes desenvolvimentos na área das lentes oftálmicas. A escuta das necessidades dos nossos parceiros e dos consumidores é permanente de modo a fazer evoluir a qualidade das soluções de preservação da saúde visual. A confiança é um valor sólido, que se conquista ao longo do tempo, com base na dedicação, transparência de actuação e no respeito pelas parcerias estabelecidas. É a base essencial de qualquer relação, sendo, por isso, dificilmente abalável.

Como é que alcançaram a posição que atualmente ocupam no mercado global e se diferenciam da concorrência? A Essilor Portugal é líder mundial da ótica oftálmica. Em Portugal, a Essilor fabrica lentes oftálmicas, distribui armações e equipamentos de óptica, optometria e oftalmologia aos profissionais de ótica oftálmica, sempre com foco na inovação e na tecnologia. 54 | Revista Business Portugal maio 2018

Os profissionais que compõem a equipa são o cartão de visita de qualquer empresa. Como descreveriam os vossos colaboradores? Os nossos colaboradores são a Essilor junto dos nossos parceiros. A ética, o profissionalismo e a simpatia têm que ser três fatores constantemente presentes na vida dos nossos colaboradores. Quais são os objetivos a que a Essilor se propõe em 2018? Em 2018, a Essilor quer continuar a evoluir, escutando necessidades, propondo soluções, estreitando parcerias, crescendo no respeito e na Confiança por Todos.



VULCANO

“A CONFIANÇA TRADUZ-SE NA LIDERANÇA”

Com a garantia de que vai continuar a desenvolver produtos e serviços de elevada qualidade, inovação e segurança, Nadi Batalha fala-nos sobre a marca e as suas soluções que merecem a confiança dos portugueses.

Nadir Batalha, marketing manager

P

ara que possamos contextualizar os nossos leitores, peço-lhe que nos apresente a Vulcano. A Vulcano é uma marca com 40 anos de história e líder de mercado em Portugal, praticamente desde a introdução da marca no mercado, o que significa que na maioria das casas portuguesas existe uma solução Vulcano e esta posição da marca só foi possível graças às sucessivas apostas na investigação e inovação, que temos feito desde o início da nossa atividade. De forma a dar a conhecer um pouco da nossa marca, posso dizer-lhe que somos especialistas em soluções de água quente e responsáveis pelo desenvolvimento, fabrico e comercialização de uma inovadora, completa e variada gama de produtos: Esquentadores e Termoacumuladores, Caldeiras e Aquecimento Central, Solar Térmico, Bombas de Calor e Ar Condicionado. Todos os produtos Vulcano são hoje uma referência no que toca à inovação, com uma característica comum: a confiança depositada pelos consumidores, que se traduz na liderança de mercado.

A nossa promessa é que continuaremos a desenvolver produtos e serviços de elevada qualidade, inovação e segurança que vão ao encontro das necessidades do mercado minimizando ao mesmo tempo o impacto ambiental. Somos uma marca de Portugal para Portugal, de pessoas e para pessoas. Trabalhamos diariamente para disponibilizar no mercado produtos de qualidade e o nosso compromisso com os clientes e consumidores passa pelo esforço diário da marca no desenvolvimento de equipamentos cada vez mais inovadores e eficientes, sempre estando atentos quanto às necessidades dos utilizadores, as tendências do mercado, as exigências de sustentabilidade e a proteção do meio ambiente. Paralelemente, e porque consideramos que a inovação, e a aposta na melhoria contínua, não se devem aplicar apenas aos nossos produtos, continuaremos a trabalhar para oferecer cada vez mais serviços integrados, como o aconselhamento, o apoio pós-venda, a certificação energética, entre outros; fatores que nos diferenciam e pelos quais a marca quer continuar a ser referenciada.

Qual a vossa promessa aos vossos clientes?

Que produtos disponibilizam? A marca, tradicionalmente associada aos

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esquentadores, tem vindo a reforçar a sua aposta na investigação, o que lhe tem permitido ampliar o leque de produtos e obter tecnologias mais avançadas e com elevada eficiência e desempenho, dentro de todas as áreas de negócios em que opera: Esquentadores, Caldeiras, Soluções Solares Térmicas, Aquecimento Central, Bombas de Calor e Ar Condicionado. No que diz respeito aos esquentadores, a Vulcano dispõe de modelos com características e funcionalidades únicas, apropriados a cada especificidade de utilização, de instalação, nível de conforto e poupança. Nesta categoria, destaco os esquentadores termostáticos, nomeadamente o Sensor Connect, que é o primeiro Esquentador Termostático Compacto no mercado que alia a poupança à tecnologia de conectividade. Estas características mereceram já reconhecimento e confiança, não só dos consumidores como também do setor, e traduziram-se em diversos prémios como os “Prémios Inovação na Construção” e o Prémio “Green Project Award”. A Vulcano, sempre na vanguarda da tecnologia, oferece as mais inovadoras soluções de água quente e Aquecimento Central. Os nossos sistemas de Aquecimento Central proporcionam o máximo de conforto satisfazendo as necessidades dos utilizadores com a maior eficiência, menos emissões e consequentemente maior proteção ambiental. No âmbito do solar térmico, a Vulcano disponibiliza soluções de aquecimento de águas sanitárias com recurso à energia solar que permitem assegurar


VULCANO

a renováveis, que permitam obter a melhor classificação energética maximizando a redução de recursos e potenciando a poupança. Há 40 anos no mercado, estamos nas casas de grande parte das famílias portuguesas garantindo segurança o que se traduz em níveis elevados de confiança.

poupanças até 75% do consumo energético e reduzir a emissão de gases nocivos para a atmosfera, minimizando o seu impacto no meio ambiente. Estes equipamentos que a marca disponibiliza, estão em linha com as tendências da construção sustentável. Ainda relativamente aos produtos Vulcano destaco as bombas de calor, atualmente fabricadas em Aveiro, e neste segmento temos desenvolvido tecnologias que proporcionam respostas às necessidades de conforto dos nossos clientes e aproveitam simultaneamente os recursos energéticos alternativos disponíveis, minimizando o impacto no meio ambiente. Já na gama de Ar Condicionado, a nossa marca coloca à disposição dos seus clientes uma gama diversificada, em função das suas necessidades e apropriada a cada especificidade de utilização. São aparelhos com características e funcionalidades oferecem uma temperatura e humidade desejada proporcionando uma atmosfera muito confortável. É através da qualidade de toda a gama de produtos Vulcano, que conseguimos continuar a garantir a confiança dos nossos consumidores. Acredita que a Inovação e Desenvolvimento seja uma das principais apostas da Vulcano? Sim, sem dúvida. A Investigação & Desenvolvimento tem sido um dos pilares do sucesso da marca. O nosso departamento de engenharia procura diariamente novas soluções técnicas que possam ser incorporadas nos equipamentos comercializados pela marca, onde a melhoria de eficiência energética é um dos objetivos assim como a facilidade de instalação ou de utilização. Ou seja, produtos ajustados às necessidades dos nossos clientes, garantindo ao mesmo tempo o respeito pelos recursos energéticos, pela economia, pelo conforto e pela segurança das famílias. Na Vulcano acreditamos que há sempre espaço para melhorar e consideramos que a inovação é um dos fatores chave para o desenvolvimento de novos produtos. Uma das nossas preocupações tem sido seguir as tendências e as necessidades dos consumidores, cada vez mais envolvidos no conceito de conectividade e facilidade de utilização e, por esse motivo, temos vindo a incorporar esta tecnologia em alguns dos nossos equipamentos, como é o caso do Sensor Connect. Isto só foi possível graças ao nosso investimento em I&D. Esta nossa aposta tem resultado em diversas distinções, ao longo dos anos, como a eleição da Vulcano como Marca de Confiança, os prémios produto inovação, bem como o prémio Green Project Awards, indicadores reais do reconhecimento dos Portugueses. As novas soluções energéticas em prol do ambiente são também outra das vossas características, certo? As preocupações energéticas e ambientais são uma realidade nos dias de hoje. Na Vulcano, e como já referi, temos direcionado o nosso processo de investigação para produtos mais eficientes energeticamente e com menos emissões. Neste âmbito, temos vindo a promover de forma ativa sistemas integrados com recurso

Uma vez mais, receberam o galardão de Marca de Confiança 2018. É o reconhecimento máximo por parte dos vossos clientes? O facto de termos recebido esta distinção veio reforçar que a estratégia da Vulcano é uma aposta ganha e demonstra, uma vez mais, que desenvolvemos soluções a pensar nos nossos clientes e somos reconhecidos por isso. Esta distinção prestigia a nossa marca pela dedicação com que temos vindo a desenvolver produtos que primam pela melhor qualidade ao serviço dos nossos clientes. Estas são características que fazem da Vulcano uma marca vencedora e que permitiu que tivéssemos chegado a líderes de mercado e que sejamos reconhecidos com distinções como esta. A eleição “Marca de Confiança 2018” é, de facto, um reconhecimento dos nossos consumidores que continuam, ano após ano, a confiar nos nossos produtos. É uma recompensa pelo nosso trabalho diário e um reconhecimento muito gratificante para a marca, afinal 71% dos inquiridos consideram a Vulcano a marca com os níveis de confiança mais elevados na categoria de Esquentadores. Qual a estratégia para que este galardão se mantenha fiel à Vulcano? A Vulcano é uma marca de proximidade e de confiança. Ao longo das últimas quatro décadas, a Vulcano tem sido a marca escolhida para garantir o conforto em casa dos portugueses e por esse motivo o que posso dizer é que continuaremos a cumprir o que prometemos e a trabalhar sustentados nos pilares que suportam a nossa atividade: a inovação, o futuro sustentável, confiança e a proximidade. Relativamente à inovação, vamos continuar a nossa aposta no desenvolvimento de produtos que respondam às necessidades dos nossos clientes e que facilitem o seu dia-a-dia e relativamente ao futuro sustentável, a Vulcano vai manter a sua visão pioneira no desenvolvimento de produtos eficientes energeticamente e com consumos cada vez mais reduzidos, reforçando também a sua aposta, nas energias renováveis. Ao nível da confiança, vamos impulsionar a aposta no desenvolvimento de produtos de qualidade que vão ao encontro das tendências do mercado, procurando sempre estar na vanguarda em termos de competência, desenvolvimento tecnológico e eficiência energética. No que diz respeito à proximidade, continuaremos a estudar o cliente de modo a perceber quais as suas reais necessidades, pois esta proximidade ao mercado tem sido essencial para que a marca se distinga pelo seu apoio total, tanto ao nível dos produtos como dos serviços que disponibiliza. Paralelamente, e porque estes pilares estão presentes não só no nosso portfólio mas também no nosso posicionamento enquanto marca portuguesa socialmente responsável, a nossa aposta passa ainda pela contínua promoção da transferência de conhecimento, como por exemplo, através da aproximação ao mundo universitário e às gerações mais novas de forma a consciencializá-los para as questões ambientais, ao nível da utilização de energias renováveis, eficiência energética, utilização recursos e consequentemente proteção do meio ambiente.

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CHICCO PORTUGAL

CHICCO É MARCA DE CONFIANÇA 2018

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Chicco é uma das grandes marcas internacionais de puericultura, roupa e acessórios de bebé e criança, sem esquecer dos produtos voltados para a maternidade. Como define a sua presença em Portugal? A marca Chicco chegou a Portugal em 1974, apenas com puericultura leve no seu portfolio. Graças à elevada qualidade e aceitação dos seus produtos, rapidamente conquistou a liderança do mercado e alargou a sua oferta a mais quatro categorias (puericultura pesada, brinquedos, sapatos e roupa), assumindo-se como marca especialista no bebé e uma love brand para a maioria dos portugueses. Quando pensamos na Love Brand Chicco, vemos uma marca verdadeiramente 360º quando pensamos nas necessidades do bebé até aos três anos, sólida, consistente, na qual os consumidores confiam quando querem o melhor para os seus filhos, intemporal, atravessando gerações mas mantendo sempre uma ligação emocional fortíssima com os seus consumidores, top of mind como marca de puericultura e em quatro das cinco categorias em que está presente (excluindo a roupa) e com uma cobertura de mercado extensa abrangendo diversos canais, incluindo uma cadeia de 36 lojas próprias. Com base em todos estes motivos, podemos afirmar com segurança que há 40 anos que fazemos parte da vida das famílias portuguesas, durante os primeiros anos da vida do bebé. Qual é a principal missão Chicco? A melhor forma de compreender a missão da marca Chicco e a sua forma de atuação no mercado é retroceder 70 anos e conhecer a sua história. Piero Catelli, o fundador da marca Chicco e do grupo Artsana era, em 1946, um jovem que vivia em Como no Norte de Itália. Com a ajuda da sua bicicleta, atravessava a fronteira com

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a Suíça onde comprava produtos farmacêuticos que depois vendia, porta a porta, nas farmácias da região. A empresa foi crescendo e, em 1958, quando nasce o seu primeiro filho, Pietro Catelli movido pela sua curiosidade, começa a observar atentamente o mercado de puericultura e apercebe-se que os produtos que o mercado tinha para lhe oferecer enquanto pai eram insuficientes e inadequados ao momento que estava a viver, não satisfazendo as suas necessidades enquanto pai e consequentemente, as necessidades do seu filho. Diante desta oportunidade, atreveu-se a sonhar e desenvolveu um conjunto de produtos pensados para o bebé e para a sua família, criou uma marca de puericultura à qual deu o nome de Chicco, o diminutivo do nome do seu filho primogénito Enrico. A marca Chicco nasceu, assim, da ambição de um pai querer o melhor para o seu filho e para a sua família e hoje, 60 anos mais tarde, tal como Piero Catelli, também nós ambicionamos o melhor para todos os bebés e suas famílias. Esta é por isso a nossa missão enquanto marca e enquanto empresa, e está presente em tudo o que fazemos. Estamos presentes em alguns dos momentos mais importantes, eventualmente os mais importantes, da vida de uma família, como a maternidade, o nascimento de um filho, os seus primeiros passos, o primeiro sorriso, a primeira papa, durante a amamentação, durante o sono, as viagens de automóvel, os passeios de carro, enfim, todos os momentos dos primeiros anos de vida do bebé. São momentos em que os pais se encontram particularmente sensíveis, e durante os quais procuram respostas que os possam ajudar a ultrapassar tantas situações novas. E a marca Chicco passa a fazer parte da família, propondo soluções de confiança ajustadas às suas necessidades, para que vivam este período com mais tranquilidade. A Chicco é reconhecida pela qualida-

“A marca Chicco nasceu, assim, da ambição de um pai querer o melhor para o seu filho e para a sua família e hoje, 60 anos mais tarde, tal como Piero Catelli, também nós ambicionamos o melhor para todos os bebés e suas famílias”.



CHICCO PORTUGAL

de do que faz, mas não fica apenas por aí, e busca inovar em conceitos, materiais, produtos e mesmo em design. Isto é uma marca da sua identidade? Esta nossa característica única de cobrir todas as necessidades do bebé com uma oferta abrangente, diversificada e em constante evolução de forma a responder às exigências do mercado, distingue-nos de todas as marcas de puericultura mas constitui, ao mesmo tempo, um enorme e contínuo desafio. Somos uma marca especialista que atravessa diferentes gerações, mas sempre inovadora e com os olhos no futuro. Está no ADN da marca investir fortemente em inovação, de forma a propor continuamente produtos de confiança, adequados às necessidades de cada momento e em absoluta coerência com as estratégias da marca. Ao longo dos anos, multiplicam-se os produtos inovadores lançados em diferentes áreas, nomeadamente a primeira tetina anti-soluço, o primeiro sistema trio constituído por carro, alcofa e cadeira auto, os primeiros sapatinhos fisiológicos os primeiros brinquedos didácticos bilingues, o primeiro berço co-sleeping e, mais recentemente, a primeira espreguiçadeira multi-funções que faz também de berço, cadeira de papa e primeira cadeira da criança. Temos hoje unidades produtivas em todo o mundo, devidamente certificadas. Damos a máxima atenção e importância à qualidade e à segurança dos nossos produtos, colaborando constantemente com laboratórios e entidades certificadoras, ambos entre os mais reconhecidos e acreditados a nível internacional. Conseguimos assim promover uma constante inovação, garantida por uma rede multifuncional assente em fortes competências internas e uma permanente colaboração com Universidades, Escolas de Design e Fundações de prestígio. É importante acrescentar o contributo do Observatório Chicco, uma estrutura composta por especialistas de diversas áreas do mundo médico-cientifico relacionadas com o bebé como pediatras, psicólogos, educadores, mães e pais, e criada com o objetivo de conhecer e compreender o bebé e as suas necessidades em cada momento, durante os primeiros anos de vida, de forma a propor e testar soluções específicas, seguras e adequadas a cada fase de crescimento.

além de satisfazer o consumidor, a empresa deve ter um propósito maior, acreditamos que podemos, de alguma forma, contribuir para transformar o mundo num lugar melhor. É do projecto de responsabilidade social Chicco dá Vida, um projeto que nasceu há 12 anos da vontade da marca em contribuir de forma mais abrangente, continuada e organizada para o bem-estar dos bebés e das suas famílias. Estudámos várias possibilidades e decidimos ajudar a equipar as unidades de cuidados intensivos neonatais dos hospitais e maternidades portuguesas que se encontravam subequipadas face às necessidades da população. Todos os dias nascem bebés prematuros e com necessidades de equipamento específico para sobreviver e para assegurar o seu bem-estar e bom desenvolvimento. E, em Portugal, estas unidades de cuidados neonatais não tinham e hoje infelizmente algumas continuam a não ter, equipamento suficiente até porque a evolução tecnológica é contínua. Enquanto marca, sentimos que desta forma podíamos fazer aqui a diferença, estando presentes no momento do nascimento e cumprindo a nossa missão. Todos os anos selecionamos um novo hospital, verificamos as necessidades de equipamento da unidades de cuidados intensivos neonatais, compramos o equipamento e entregamos na respetiva unidade. Este projeto teve início em Lisboa, no hospital Dona Estefânia e, desde 2006, já demos a volta a Portugal. Passámos pelo Porto, Coimbra, Aveiro, Algarve e chegámos, finalmente, aos Açores no ano passado, onde equipamos o Hospital do Divino Espirito Santo com uma incubadora que permite o transporte aéreo entre ilhas e para o continente. É um projeto de todos, dos trabalhadores da empresa, dos parceiros que tanto contribuem em regime pro bono, dos padrinhos que anualmente, dão a cara pelo projeto, dos profissionais de saúde, dos nossos clientes que promovem esta iniciativa e de todos os consumidores que contribuem diretamente para que este projeto cresça todos os anos

“Somos e queremos continuar a ser a marca de referência”.

Já são conhecidas as apostas na área da responsabilidade social. De que projectos estamos a falar? Uma marca especialista no bebé com a história e dimensão da Chicco tem objetivos que vão além do crescimento, da rentabilidade ou das quotas de mercado. Refiro-me às pessoas, às famílias, ao valor humano. Conforme referi anteriormente, temos um compromisso com o bem-estar dos bebés, uma herança deixada pelo fundador, que também se mantém viva através dos projetos de responsabilidade social que a marca Chicco desenvolve em diversos países, muitas vezes em parceria com organizações sem fins lucrativos que partilham esta mesma visão. Concretamente em Portugal, a Chicco de acordo com as suas possibilidades sempre procurou ajudar particulares e instituições. Sentimos essa responsabilidade, está no nosso ADN, faz parte da nossa missão. Acreditamos que

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Receberam o galardão de Marca de Confiança 2018. É o reconhecimento merecido por parte do público? A segurança Auto é uma categoria criada há apenas três anos pela revista Selecções do Reader’s Digest. Logo na primeira edição, os leitores desta revista elegeram a Chicco como marca de confiança, o que comprova a sua elevada notoriedade, o reconhecimento da qualidade dos produtos e a relação de afectividade que existe entre os portugueses e a Chicco. Este é já o terceiro ano consecutivo que a Chicco é eleita como marca de confiança o que nos deixa bastante orgulhosos, sobretudo pelo facto da eleição ser feita através de uma pergunta aberta, sem indução de qualquer marca. Por onde passa o futuro da Chicco em Portugal? Da mesma forma que o fazemos hoje, continuaremos a trabalhar diariamente para merecer a confiança e a preferência das famílias portuguesas, sempre com o objetivo de ir mais longe. Neste sentido, somos e queremos continuar a ser a marca de referência quando se pensa num bebé e a contribuir para o seu bem-estar. É essa a nossa missão e o nosso compromisso enquanto marca.


O NOSSO MAIOR PRÉMIO É BEBER CAFÉ CONSIGO TODOS OS DIAS.

Mais do que um café, Delta é partilha. É acordar com um bom dia e desejá-lo aos outros. É o pretexto para mais uma conversa sem horas contadas. A desculpa para estar com os amigos vezes sem conta. Em 2018 continuamos a ser o café da vida dos portugueses. E os portugueses continuam a ser quem diariamente nos enche de vida. Esta é a partilha diária que queremos continuar a saborear consigo. Sempre.

DELTA, O CAFÉ DA SUA VIDA.

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DESTAQUES 60 GARLAND All in one world 62 WTRANSNET Inovação, espírito de serviço e rigor profissional

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LOGÍSTICA E E-COMMERCE Responsável pela gestão de recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma empresa, a logística está intimamente ligada às ciências humanas, como são exemplo a administração, economia, contabilidade, estatística e o marketing, envolvendo diversos recursos da engenharia, tecnologia, do transporte e dos recursos humanos. A Garland é uma das principais companhias portuguesas de transporte, logística e distribuição existentes em Portugal, proporcionando soluções completas para as necessidades dos seus clientes. Num registo online, damos-lhe a conhecer a Wtransnet, uma empresa dedicada em exclusivo ao setor do transporte e da logística, sendo a primeira bolsa de cargas e camiões online.


JANSSEN PORTUGAL

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GARLAND

ALL IN ONE WORLD

Nesta edição em que damos destaque à logística e ao e-commerce a Garland não podia deixar de estar presente. Ricardo Sousa Costa, administrador e responsável pela área de logística da empresa, respondeu às questões da Revista Business Portugal neste âmbito.

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ara melhor contextualizarmos o nosso leitor, elabore uma breve apresentação sobre o grupo Garland. A Garland é uma das principais empresas nacionais de logística, transportes e navegação, tendo como principal missão assegurar soluções completas e integradas para a gestão de todas as necessidades das cadeias de abastecimento dos seus clientes. Criada em 1776 por Thomas Garland, é uma das cinco empresas mais antigas em atividade no país. Gerida por quatro gerações da família Garland e cinco da família Dawson, a empresa tem capitais 100 por cento portugueses, contando atualmente com cerca de 500 colaboradores. O Grupo Garland é atualmente constituído por nove empresas, distribuídas por quatro strategic business units, nomeadamente: Transportes (Garland Transport Solutions e Garland Maroc), Logística (Garland Logística), Navegação (Garland Navegação, Ocidenave e Ocidenave España)

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e Corporativa (Garland Laidley, Garland Gestão Imobiliária e Anacondaweb). Com sede na Abóboda (Cascais), possui instalações em Aveiro, Maia, Marinha Grande, Mealhada, Palmela (Parque Autoeuropa), Portimão e Vila Nova de Gaia e cerca de 80 mil metros quadrados de área logística de norte a sul do país. Quais os valores e pilares que cimentam esta continuidade empresarial que conta com mais de 200 anos de presença no mercado? Ao longo dos anos ultrapassámos guerras, crises económicas, ditaduras, revoluções. A resiliência é, por isso, um dos nossos valores fundamentais. Essa experiência trouxe-nos solidez e essa é outra das características que nos diferencia. Mas nunca perdemos a flexibilidade, vontade de inovar e de estar à frente. Por isso, apesar de sermos uma empresa de grande longevidade, um grupo global e de grande dimensão, mantemos o cariz inovador e a capacidade de adaptação, que nos permite ter uma notável capacidade de resposta aos requisitos de qualquer cliente.

Quais os serviços prestados pelo grupo Garland e quais as suas mais-valias num mercado cada vez mais competitivo? No âmbito da logística, disponibilizamos serviços de gestão de armazém em regime de outsourcing, bem como de distribuição nacional. Na área dos transportes, os serviços englobam a movimentação de mercadorias por terra, mar ou ar entre Portugal, Espanha e Marrocos e o resto do mundo. Disponibilizamos ainda serviços de navegação em linhas regulares, tramping e atendimento de navios. O que nos diferencia assenta essencialmente no know-how acumulado ao longo de quase dois séculos e meio de experiência, que se traduz numa sólida posição no mercado e na flexibilidade que, com o apoio das tecnologias, conseguimos atingir, respondendo muito rapidamente às necessidades dos clientes. Nesta edição damos destaque à logística e ao e-commerce, vertente em que a Garland decidiu apostar definitivamente há cerca de um ano. Como tem corrido esta aposta?


GARLAND

é, desde 2015, de 9,4 por cento. O ano passado registou um crescimento de 14 por cento e cerca de 85 por cento do volume de negócios foi originado em Portugal. O nosso país é, assim, estratégico e fundamental? Portugal sempre foi um país estratégico para o Grupo. Acreditamos no potencial do país desde sempre. A nossa longevidade advém muito da nossa adaptação às diversas conjunturas. Ora, com a crise, muitas empresas decidiram externalizar as suas operações logísticas, de modo a concentrarem-se nos seus core businesses. Há inúmeras vantagens na logística em regime de outsourcing e uma delas é esta, a de poderem libertar-se de uma atividade, que representa um custo acrescido, e na qual não são especializados. A outra é uma consequência: é poderem confiar esta atividade importantíssima a uma empresa que, além de especializada, oferece condições de segurança e custos muito competitivos para a desenvolver. Por isso, estes anos de crise foram anos em que vimos a nossa área logística crescer exponencialmente, a que respondemos investindo cerca de 20 milhões de euros em instalações logísticas de grande qualidade e em tecnologias de ponta. Este foi um dos pontos da nossa estratégia que contribuiu para o nosso crescimento em Portugal. A Logística começou a ser uma aposta para o Grupo Garland em 1994, mas posso afirmar que foi a partir de 2011 que se tornou não só numa prioridade em termos de investimento do Grupo, como também numa das áreas em que registamos maior crescimento. Foi nessa altura que arrancámos com a construção do Centro Logístico da Maia II, uma unidade que ganhou diversos prémios, e que foi construída com recurso a tecnologia de ponta. Desde a sua inauguração, em 2012, passámos de uma área logística de 19 mil metros quadrados para uma área superior a 80 mil metros quadrados, com instalações – todas elas de primeira linha e 100 por cento de ocupação – na Abóboda, Aveiro, Maia, Marinha Grande, Mealhada e Vila Nova de Gaia. Sempre desenvolvemos atividades logísticas de e-commerce, mas foi em 2016 que decidimos apostar nesta área. Para tal, ampliámos o nosso segundo centro logístico da Maia, que permitiu criar uma área de 6.000 m2com as condições específicas para este tipo de atividade, assim como um elevado nível de segurança, estando equipada com sprinklers, circuito CCTV e sistema de controlo de acessos, e arrancámos com um cliente. Fechámos o ano passado com 10 clientes, um dos quais a Farfetch, e 1 milhão de euros de faturação originados por esta atividade. Para dar resposta a este crescimento e não só, estamos a ampliar o nosso primeiro centro logístico da Maia, cuja conclusão está prevista para este semestre, e estamos no mercado à procura de novos espaços para desenvolver o negócio, uma vez que as perspetivas são realmente muito positivas. A média de crescimento anual do Grupo Garland

“Ampliámos o nosso segundo centro logístico da Maia, que permitiu criar uma área de 6.000 m2 com as condições específicas para este tipo de atividade”.

Ricardo Sousa Costa, administrador

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WTRANSNET

INOVAÇÃO, ESPÍRITO DE SERVIÇO E RIGOR PROFISSIONAL A Wtransnet é uma empresa pioneira dedicada ao desenvolvimento e gestão de plataformas tecnológicas que contribuem a gerar valor na contratação de transporte e serviços logísticos, facultando aos seus usuários rentabilidade, segurança e uma resposta imediata.

“a Wtransnet é uma plataforma que fomenta a colaboração entre empresas de transporte que partilham os mesmos valores de seriedade e solvência”.

F

undada em 1996 a Wtransnet é atualmente a melhor plataforma de networking para o setor dos transportes e logística. Conte-nos como conseguiram atingir este patamar. Com uma tecnologia 100 por cento própria, a Wtransnet soluciona uma necessidade muito concreta do setor: fazer a relação das ofertas de cargas e camiões existentes em tempo real, mediante um sistema de coincidências e com garantia de pagamento. Além da procura de cargas e camiões, a Wtransnet é uma plataforma que fomenta a colaboração entre empresas de transporte que partilham os mesmos valores de seriedade e solvência. Daí que seja fundamental a criação de um ecossistema seguro, onde estabelecer colaborações eficazes que Jaume Esteve, ceo 66 | Revista Business Portugal maio 2018


WTRANSNET

fomentem o crescimento das empresas que estão dentro da bolsa de cargas. O valor diferencial da Wtransnet é, sem dúvida, a sua aposta pela qualidade, promovendo um ambiente de máxima segurança e confiança ao que apenas acedem empresas filtradas. A Wtransnet inovou, desde cedo, com a criação da primeira bolsa de cargas com sistema de coincidências e garantia de pagamento, bem como do relacionamento entre cargas e camiões em tempo real. Explane como funciona esta plataforma. A necessidade de equilibrar os fluxos de transporte para reduzir a criação de quilómetros em vazio existe desde as origens

longo prazo e que constituem uma parte muito importante da atividade das empresas que formam parte da Wtransnet. O pesquisador de associados, a bolsa de rotas, para encontrar trabalho fixo, a lista branca de empresas que pagam com prazos de pagamento inferiores aos estipulados legalmente,

“Wtransnet é a primeira e única bolsa de cargas que conta com garantia de pagamento”. o pesquisador internacional, eventos de networking como o WConnecta ou o Portugal Transport Networking, entre outros.

do transporte. O que a Wtransnet propõe com a sua plataforma é uma montra de visibilidade às, quase 11.500 empresas de transporte europeias, que formam parte da sua comunidade. Apesar de que é possível trabalhar dentro da bolsa de cargas mediante várias opções, a mais simples e habitual é oferecer uma carga ou veículo disponível. Isso permite saber em tempo real, mediante um exclusivo sistema de coincidências, se existe uma oferta complementar à nossa. Deste modo, se oferecemos um camião de umas determinadas características para uma rota e data concretas, saberemos ao momento se existe uma carga com as mesmas características para o nosso veículo. E não apenas isso, mas também mediante o sistema de alertas receberemos uma notificação das novas cargas entrantes que coincidam com os nossos requisitos. Adicionalmente, a Wtransnet é a primeira e única bolsa de cargas que conta com garantia de pagamento.

A era digital trouxe inovações mas também levantou muitas questões relativas à privacidade e segurança dos dados que circulam na web. De que forma garantem

a confidencialidade e segurança dos dados inseridos na plataforma? Tecnicamente falando, para a Wtransnet as questões relativas à segurança e confidencialidade dos dados é um tema prioritário desde o início, sendo um grande desafio, que requer um seguimento contínuo já que diariamente se conhecem novos métodos de ataque e ameaças ciber. Por isso, é imprescindível conhecer em todo o momento as possíveis vulnerabilidades e aplica-las o mais rápido possível, de tal forma que seja transparente para o usuário e não prejudique o uso da plataforma. Para evitar qualquer tipo de ataque, o código da aplicação deve desenvolver-se com mecanismos de proteção. Na Wtransnet realiza-se o desenvolvimento seguindo esta premissa e é validado em cada

José Maria Salles, diretor peninsula iberica

Foi este um dos fatores de distinção da vossa empresa? Aponte outros. Dentro da bolsa de cargas da Wtransnet, o usuário pode encontrar outros serviços complementares que vão mais além da operativa diária da contratação. Todos, serviços que contribuem a criar relações a

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WTRANSNET

deploy que entra em ambiente de produção. A capacidade de inovar, de antecipar as necessidades do mercado e a rápida adaptação à mudança foram desafios que acompanharam a evolução da Wtransnet? Desde o início, a Wtransnet apostou pela inovação intimamente ligada às inquietudes e necessidades dos seus clientes e do mercado. Através do departamento de I+D, idealiza serviços pioneiros através da sua tecnologia própria, tendo-se especializado no desenvolvimento de plataformas de qualidade capazes de dar resposta às necessidades operativas dos seus clientes, num ambiente de fiabilidade e confiança. Para isso é muito importante a escuta ativa, estar em permanente contacto com os clientes, em eventos próprios, feiras, visitas e inclusive através do correio de sugestões. De facto, semanalmente a plataforma atualiza-se com melhoras que, em grande medida, têm a sua origem em petições dos próprios usuários. Quais são as principais dificuldades/desafios que enfrentam atualmente neste mercado tão competitivo? Na Wtransnet acreditamos que todos os desafios que tem o transporte em cima da mesa, a modificação do código penal sobre a responsabilidade das sociedades e pessoas jurídicas (Compliance), fez emergir uma crescente sensibilização das empresas para exercer um maior controlo sobre os seus fornecedores em matéria de documentação, obrigará a mudar o modo como os operadores logísticos, carregadores e transportadores se relacionam. Um cenário que, apesar de afetar a outros setores, levado ao transporte complica-se face às dificuldades de homologar um alto número de colaboradores e a falta de estandardização de requerimentos por parte da indústria. Um desafio face ao qual a tecnologia terá um papel decisivo na hora de fornecer soluções, uma

vez que, além do apoio da administração e a estandardização de processos, é necessário criar um transporte híper conectado que ponha fim à duplicidade de informação e à multiplicidade de plataformas. A Wtransnet está presente em 33 países e dispõe da melhor plataforma de networking para o setor dos transportes e logística da Europa. Pretendem alargar o âmbito de atuação desta plataforma e a área de atuação? Quais os planos futuros da Wtransnet? Para os próximos anos, o objetivo da Wtransnet é consolidar-se em países onde já é líder e, no caso concreto de Portugal, além de explorar o mercado internacional com o crescimento em países como França, Alemanha e Itália que permita o crescimento das empresas portuguesas nos seus mercados de interesse, também crescer no mercado nacional. Se até agora queríamos ter clientes noutros países, o objetivo de agora em diante é implementar-nos com força e trabalhar estes mercados desde dentro, apostando por crescer, para converter-nos num referente a nível nacional em cada um deles. Por outro lado, na Wtransnet levamos tempo a apostar por diversificar as soluções que oferecemos às empresas, escutando o pulso do mercado e oferecendo uma tecnologia própria à medida das necessidades das empresas de transporte. Um bom exemplo é a transformação que levamos a cabo da nossa plataforma Doc&Data, convertendo-a numa solução integral para a homologação de fornecedores de transporte e com a qual já estamos a trabalhar com alguns dos principais grupos logísticos da Europa.

“Na Wtransnet levamos tempo a apostar por diversificar as soluções que oferecemos às empresas”. 68 | Revista Business Portugal maio 2018



DESTAQUES 68 ARCOBARCA Um símbolo de confiança 70 GABGESTER e FP ARBOR Gestão Territorial e Florestal de mão dadas 71 PUBLIVEZ Sempre em cima do evento 72 SERRALHARIA SOUSA As portas e janelas de Valdevez 73 SCM ARCOS DE VALDEVEZ Misericórdia Saúde 74 VINHOS CASA DOS BORRALHAIS Espumante Casa dos Borralhais ganha destaque 75 DOÇARIA CENTRAL Doces com sabor a história

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ARCOS DE VALDEVEZ ATRAVESSADO PELO VEZ Arcos de Valdevez não era até 2016 identificado como um concelho produtor de vinhos, apesar de em tempos históricos o ter sido, inclusive na exportação para Inglaterra. A inexistência de uma marca firmada com o nome do Concelho, fez passar despercebido o seu nome junto do consumidor. Aí se situa, há mais de 30 anos, a única estação vitivinícola dos Vinhos Verdes, onde se investiga e experimenta tudo o que se faz de inovador na vinha e no vinho da Região Demarcada. Aí existe uma adega cooperativa que, servindo o concelho, não leva o seu nome, apesar de mais de 70% da sua produção ser daí proveniente e de os

seus produtos serem reconhecidos como de qualidade. A estrutura montanhosa que se eleva desde Jolda a Rio Frio até ao Extremo protege os vales encaixados do Lima e Vez e determina a subida dos ventos marítimos atlânticos vindos de oeste. Tais características, conjugadas com solos graníticos, de meia encosta, bem drenados e as elevadas amplitudes térmicas diárias na estação quente, criam condições para vinhos minerais, bem estruturados, frescos e leves. Situado na sub-região do Vale do Lima, “Arcos de Valdevez onde Portugal se Fez” é tipificado por vinhos verdes tintos da casta Vinhão e brancos da casta Loureiro.


JANSSEN PORTUGAL

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ARCOBARCA

UM SÍMBOLO DE CONFIANÇA Iniciou o seu percurso pelo setor do imobiliário, em 2006, com a compra da loja da Arcobarca em Arcos de Valdevez. Passados doze anos, Venâncio Fernandes comanda cinco lojas prestando apoio jurídico, financeiro e de aconselhamento aos seus clientes.Venâncio Fernandes, sócio gerente da Arcobarca, em entrevista à Revista Business Portugal, apresenta a Arcobarca e o seu posicionamento no mercado imobiliário.

I

niciou a aventura pelo ramo imobiliário em 2006 e hoje é proprietário de cinco lojas. Como iniciou o seu percurso? Eu trabalhava na banca, com grande enfoque no ramo do crédito à habitação. Quando deixei de exercer essas funções decidi investir num negócio que me fosse familiar e foi quando surgiu a oportunidade de adquirir a loja de Arcos de Valdevez, que funcionava através de uma rede de franchising. Comprei a loja, mudei a imagem, o posicionamento e a forma como atuava no mercado

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imobiliário. Algumas das razões que me levaram a sair da área do franchising têm que ver com a autonomia que tinha sobre o meu negócio. Quero ser eu a decidir o posicionamento das minhas lojas, a forma de trabalhar dos meus funcionários, se quero ter o exclusivo ou se devo abrir certa angariação e as percentagens que devo cobrar pelos serviços prestados. Comecei por comprar a loja de Arcos de Valdevez, como referi, depois abri a loja de Ponte da Barca, seguida da do Porto, Ponte de Lima e Paredes de Coura. A loja do Porto tem um posicionamento de mercado diferente das restantes. Ainda mantém essa posição? A loja do Porto, de facto, desempenha uma função diferente


ARCOBARCA

das outras lojas. Foi aberta com o intuito de satisfazer um nicho de mercado que reside e trabalha nesse concelho, mas que quer ter a segunda habitação nos concelhos em que a Arcobarca tem representação. Considero que é importante existir um ponto de referência da Arcobarca na cidade do Porto não só para prestar os devidos serviços de acompanhamento como para reforçar a confiança dos clientes nos nossos serviços. Ao contrário dos outros agentes imobiliários localizados no Porto, não pretendemos desenvolver atividade dentro da cidade. O objetivo continua a ser o de captar potenciais compradores para o distrito de Viana do Castelo. O mercado de segunda habitação, apesar de ter passado uma fase menos boa, continua a ser uma realidade. Os compradores procuram propriedades mais pequenas, com valores de investimento menores, mas continua a haver apetência para ter uma casinha na zona rural proporcionando fins de semana diferentes à família e amigos. Apresente-nos a sua leitura do mercado imobiliário local. O mercado mudou em relação aos períodos anteriores, nomeadamente entre 2007 e 2015. A procura que acontece neste momento é para comprar, enquanto que nos anos anteriores predominava a procura por mera curiosidade. Atualmente quem procura quer comprar, mas existe o reverso que é a falta de produto no mercado dos apartamentos e este facto acontece em todos os concelhos onde temos escritórios. Para além disso, não existe oferta para o mercado do arrendamento. O mercado da reabilitação não é muito significativo porque não existem muitos edifícios disponíveis para esta vertente e outra questão prende-se com o elevado custo de aquisição que estes atingem, valor que os torna incompatíveis com a reabilitação. Todos os clientes são importantes, mas não posso deixar de evidenciar os nossos emigrantes, que não esquecem as suas origens, que representam uma grande fatia do volume de negócios para a Arcobarca e a quem prestamos serviços de aconselhamento. Considera que o mercado da construção está adormecido ao ponto de não reconhecer o potencial que existe no interior do país? Creio que estão na expectativa. Após a fase que passaram nos anos anteriores ainda têm receio de investir e estão expectantes em relação ao comportamento do mercado. Vai acontecer o que tem ocorrido nos anos antecedentes: os mais afoitos vão reconhecer que o mercado do interior tem muito potencial e investem primeiro, os outros vão aparecer quando o mercado estiver a cair novamente. Referindo-me especificamente ao mercado de Arcos de Valdevez, a maioria das empresas de construção encerraram ou ficaram insolventes. As empresas de fora da região não vão investir em mercados exteriores aos da sua área quando não investem na sua região e não têm surgido novas empresas. O conjunto destes fatores faz com que os produtos de segunda mão atinjam valores superiores àqueles que atingiam quando se iniciou a fase do subprime. Poderá, na sua opinião, ressurgir uma bolha imobiliária? As entidades competentes estão a tentar controlar o mercado para que isso não aconteça, mas já se vendem propriedades à carta fechada. Como referi, os produtos de segunda mão estão a ser alienados por valores muito elevados e não há oferta para o mercado de arrendamento. As cidades de Lisboa e Porto estão a atingir

“O mercado de segunda habitação, apesar de ter passado uma fase menos boa, continua a ser uma realidade”.

valores exorbitantes por metro quadrado, o que leva a que os valores noutras cidades também sigam essa tendência. Os compradores aprenderam com o que se passou nos anos de recessão económica e esperemos que a banca também tenha aprendido a dosear melhor os empréstimos. Os compradores querem sempre que o banco empreste, mas também temos de ter noção das nossas capacidades financeiras e de que a realidade de hoje pode não ser igual à de amanhã. A figura do mediador imobiliário e da agência já não é o que era... De facto, a figura do mediador imobiliário evoluiu no bom sentido, o que levou a Arcobarca a preparar-se para oferecer um leque de serviços que poupam tempo e dinheiro aos clientes,

Venâncio Fernando, sócio -gerente

como o aconselhamento jurídico e financeiro que são os pilares deste ramo. Para além disso, temos responsabilidades perante o mercado. Hoje já não basta mostrar a casa ao comprador. Atualmente contribuímos para a regulação do mercado, dispomos de serviços de aconselhamento, apoio de um jurista e fazemos nos nossos escritórios as escrituras que não envolvem financiamento bancário. Para o cliente é muito confortável chegar ao final da tarde ou ao fim de semana e poder contar com o apoio do consultor e utilizar os serviços das nossas agências. A nível das licenças de mediação creio que se banalizaram, mas há empresas que, à semelhança da Arcobarca, disponibilizam formação contínua aos seus agentes e primam por manter a qualidade e segurança das suas transações.

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GABGESTER | FP ARBOR

GESTÃO TERRITORIAL E FLORESTAL DE MÃO DADAS A atividade da Gabgester começou quando o diretor geral, José Carlos Faria, depois de alguns anos a operar numa empresa de âmbito nacional na área da Informação Geográfica, decidiu que era tempo de abraçar um projeto pessoal. Nasceu então a Gabgester – Gabinete de Gestão Territorial.

No início, exploramos uma área de negócio muito interessante, os processos de toponímia numa grande parte dos concelhos do distrito de Viana do Castelo, zonas marcadamente rurais onde predominam os lugares, sem nomes de rua nem números de porta”, começa por explicar Sílvia Galvão, técnica da Gabgester e uma das pessoas mais importantes na estratégia da empresa. Posteriormente começaram a “disponibilizar vários serviços às autarquias locais, tais como a sinalética e mobiliário urbano, sem nunca descorar os serviços relacionados com a gestão da informação geográfica. Com o crescimento da empresa e com a necessidade de fazer face às solicitações do mercado, a componente das infraestruturas ligadas ao turismo e lazer ganhou corpo, beneficiando também de existir, dentro do nosso corpo técnico, pessoas com formação na área da construção civil. Solicitamos alvará de construção civil e obras públicas, nos últimos anos construímos

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grande parte das ecovias do Litoral Norte e executamos diversos projetos relacionados com os trilhos pedestres e cicláveis. Os nossos clientes são maioritariamente Juntas de Freguesias e Câmaras Municipais, entidades que apresentam um conjunto de necessidades tão vasto, que nos levou a repensar os nossos modelos de negócio e a criar a FP-ARBOR, Lda., empresa que opera na área da gestão florestal”, remata Sílvia Galvão. Vítor Sousa, técnico da FP-ARBOR, Lda., explica que “não trabalhamos com parceiros particulares, a nossa carteira de clientes é composta por Juntas de Freguesia, Câmaras Municipais, Comunidades Intermunicipais e também unidades gestoras de baldios. Beneficiamos de existir uma carteira de clientes completamente consolidada pela Gabgester, e promovemos um conjunto de serviços relacionados com a gestão florestal, que se revela cada vez mais importante para aquilo que é a sustentabilidade do território. A FP-ARBOR, Lda. centra grande parte da sua atividade no apoio às

José Carlos Faria e Sílvia Galvão, diretor geral e colaboradora técnica

É importante pensar o território com todas as variáveis que nele existem entidades corporativas e entidades públicas que têm na sua posse a gestão de áreas florestais. Como grandes projetos 2017/2018 podemos destacar a candidatura elaborada para a Câmara Municipal de Monção para a execução da Rede Primária e a elaboração de vários de Planos de Gestão Florestal no distrito de Viana do Castelo. Numa componente mais vocacionada para o turismo de natureza, estamos a executar o projeto da Grande Rota do Parque Nacional da Peneda-Gerês, infraestrutura que ligará os cinco concelhos desta área protegida. Na maioria dos casos estas entidades não conseguem apontar uma solução para aproveitar estas áreas e torná-las úteis para a comunidade, reflexo do abandono da floresta dos últimos 30/40 anos. O nosso trabalho interliga-se muito com a Gabgester porque temos uma forte componente de sistemas de informação geográfica e acabamos por formar uma parceria perfeita”, conclui Vítor Sousa. José Carlos Faria esclarece que “a gestão territorial e florestal são cada vez mais importantes para a sustentabilidade dos espaços. É importante pensar o território com todas as variáveis que nele existem, de forma a satisfazer as nossas necessidades sem comprometer as necessidades das gerações vindouras”.


PUBLIVEZ

SEMPRE EM CIMA DO EVENTO Um empreendimento que surge da sinergia entre os irmãos César e Delfim Pinto, no ano de 1998, a Publivez é uma empresa polivalente dedicada à área da publicidade e da preparação e aluguer de estruturas para eventos.

U

m exemplo pluridisciplinar dentro do seu setor de atuação, a empresa arcuense responde às exigências do mercado ao agilizar todo o processo inerente à preparação de um evento. Capaz de assumir empreendimentos idealizados por outras produtoras, a Publivez é também apta para assumir a criação própria de anúncios e merchandising publicitário. A empresa da sub-região do Minho-Lima é, ainda, responsável pela montagem de som e luz em festivais nacionais de renome, como o Paredes de Coura, pela armação de suportes para feiras comerciais, gastronómicas e tradicionais e pelo levantamento de esqueletos metálicos para programas televisivos nacionais de canais como a RTP ou a TVI. Os seus serviços englobam montagem e aluguer de equipamentos que vão desde palcos, tendas, estruturas de som, luz e imagem, ao mobiliário e decorações, stands e meios de publicidade. Com 13 profissionais efetivos que compõe a equipa da Publivez, nesta casa é garantida a montagem de todas as infraes-

truturas com rapidez, eficácia e garantia de segurança. Detentora de transportes próprios e de uma equipa complementada, quando necessário, por freelancers, o empreendedorismo dos irmãos Pinto reúne todas as condições para facilitar a vida dos clientes.

Uma atuação que concede ao cliente um serviço de proximidade, rigor e qualidade Os irmãos Pinto são parceiros da Casa das Artes de Arcos de Valdevez e, por isso, responsáveis pela estruturação e publicitação de muitos dos eventos culturais e recreativos

Responsável pela montagem de som e luz em festivais nacionais de renome, como o Paredes de Coura

da vila raiana portuguesa pertencente ao distrito de Viana do Castelo. Diferenciadora dentro do setor, a Publivez garante o acompanhamento constante das empreitadas que depreende, uma atuação que concede ao cliente um serviço de proximidade, rigor e qualidade. Neste sentido, os irmãos Pinto procuram dispor de uma conduta sustentada na seriedade e na efetivação escrupulosa de compromissos. Para além das anteriormente referidas valências da empresa, ela é ainda responsável pela promoção e organização de variados tipos de eventos desde congressos, a conferências e desfiles de moda, a eventos corporativos, exposições, raves, teatros, entre muitos outros. Neste sentido, dispõe ainda de vários meios e suportes publicitários, onde se incluem outdoors, publibikes, carrinhas publicitárias, smarts, comboios turísticos, mupis e produção de lonas de pequeno e grande formatos.

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SERRALHARIA SOUSA

AS PORTAS E JANELAS DE VALDEVEZ Estamos em Arcos de Valdevez, na empresa Serralharia Sousa, empresa familiar, que cresceu à custa de muito trabalho e hoje tem um peso significativo na economia local. Empregam, de momento, oito pessoas mas pretendem aumentar esse número quando se mudarem para as novas instalações.

D

a ideia à prática Pai e filho falam-nos deste negócio de família. Tudo começou em casa, com algumas pequenas estruturas de ferro e alumínio. O pai, António Sousa, foi aprendendo a trabalhar numa empresa, por conta de outrem, onde ficou 25 anos mas após esse tempo decidiu investir em si e no seu negócio. Há sempre algum receio em dar este passo mas a sua esposa, como carinhosamente a ela se

António e Hugo Sousa, sócios-gerentes

refere, decidiu incentivá-lo a lançar-se para o seu próprio caminho. Tanto incentivou, que começou este caminho há 21 anos agora com o apoio crucial do filho, Hugo Sousa, na serralharia. Como começou? A história é simples e coincide com a de outros empreendedores que hoje são, tal como António Sousa, empresários de sucesso. Comprou os alumínios, pois conhecia o fornecedor, armazenou o stock em casa para começar uma obra, mas ainda não tinha as máquinas para trabalhar a matéria prima. Foi a esposa quem o ajudou na montagem, na fase inicial, a montar as estruturas nas obras e a fabricar algumas das peças.

O sucesso é evidente Na Serralharia Sousa é trabalhado o alumínio soldado e ferro, matérias primas para a construção de portas, janelas, portões e estores. É com orgulho que António e Hugo Sousa afirmam que não conseguem dar resposta a todos os pedidos dos clientes, tornando-se óbvio que tinham de dar o passo seguinte: expandir o espaço de produção e aumentar o número de funcionários. Uma empresa muito familiar, facto é que tudo começou em casa, pela paixão do pai pela área, pelo empreendedorismo e força impulsionadora da esposa. O filho, atento, observa e ouve as palavras sábias do pai. O segredo é saber trabalhar as peças com o mesmo cuidado e perícia que o pai ensinou.

Futuro da Serralharia Sousa A qualidade? A fama da qualidade e profissionalismo passam as fronteiras de Arcos de Valdevez e expandem-se para fora do país. A produção é feita em Portugal mas a sua maioria é exportada França, país onde residem muitos portugueses que começaram a pedir o fornecimento e colocação das peças produzidas na Serralharia Sousa. O sucesso não se ficou pelas casas lusas e alastrou ao mercado francês que reconheceu a qualidade das peças e do trabalho de montagem e assistência desta empresa nacional. “A relação qualidade/preço é uma das nossas maiores vantagens, escolher os melhores fornecedores e materiais é igualmente importante. A mudança de instalações é uma realidade, a concretizar a breve prazo, bem como a contratação de novos funcionários”. Foi uma longa luta para conseguir o espaço de implantação da nova fábrica mas “estou a investir no futuro desta empresa e principalmente, no futuro dos meus filho e neto. Aprendi muito cedo que nada se consegue sem muito esforço, trabalho e dedicação”.

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SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE ARCOS DE VALDEVEZ

MISERICÓRDIA SAÚDE A Santa Casa da Misericórdia de Arcos de Valdevez tem, ao longo dos últimos anos, direcionado a sua atividade para a área da saúde. Presentemente possui as três tipologias de Unidades de Cuidados Continuados, sendo a Unidade de Média Duração e Reabilitação e a Unidade de Longa Duração protocoladas com a Segurança Social e o Serviço Nacional de Saúde, e a Unidade de Convalescença apenas com este último.

T

rata-se de uma resposta com abrangência supraconcelhia, servindo toda a população da NUTIII Minho-Lima, sendo muitas vezes procurada por doentes de outros territórios. Complementando toda esta atividade a Santa Casa possui, igualmente, resposta na área de fisioterapia, servindo a população concelhia, tendo instalada também, no Complexo Vilagerações, uma Unidade de Hemodiálise que serve todo o território do Alto Minho, constituindo-se como uma resposta de elevada qualidade que diariamente é procurada por inúmeros doentes. No Hospital de São José funciona toda a atividade da Instituição, no âmbito da saúde, direcionada para os meios Complementares de Diagnóstico onde são realizados os exames de Tomografia Computorizada(TAC), Radiologia Digital, Radiologia Dentária, Mamografia Digital, Ecografia, assim como Eletrocardiograma, Ecocardiograma transtorácico e bidimensional, Ecocardiograma com estudo de Doppler, Prova de esforço, Holter e Mapa. No que concerne às consultas médicas existem diversas especialidades, nomeadamente Clínica Geral, Oftalmologia, Ortopedia, Reumatologia, Ginecologia/ Obstetrícia, Pediatria, Pneumologia, Urologia, Endocrinologia, Dermatologia, Psiquiatria, Neurologia, Consultadoria de Âmbito Cível, Cirurgia Geral, Cardiologia, Otorrinolaringologia, Psicologia e Nutrição. O Hospital de São José possui também Medicina Dentária e Análises Clinicas. A Santa Casa disponibiliza um conjunto vasto de serviços de saúde, com profissionais competentes, possuindo acordos com o Serviço Nacional de Saúde nas Unidades de Cuidados Continuados e nos Meios Complementares de Diagnóstico. Brevemente possuirá acordos com a ADSE, ao abrigo do protocolo celebrado entre este subsistema e a União das Misericórdias Portuguesas, assim como com outros subsistemas. Servir cada vez melhor com preocupações de caráter social e numa relação de proximidade é o caminho que tem

sido percorrido, dando prioridade à qualidade na prestação dos serviços, especialmente nos serviços de saúde. Queremos que a Santa Casa esteja “presente na sua saúde”, contribuindo para que tenha uma vida saudável e feliz.

Rua Comendador Francisco Rodrigues de Araújo, nº 146 4970-748 Arcos de Valdevez Email: geral@scmav.pt Telefone: 258 510 110

www.scmav.pt

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VINHOS CASA DOS BORRALHAIS

ESPUMANTE CASA DOS BORRALHAIS GANHA DESTAQUE Domingos Campos Dias descreve-se como um homem bastante irrequieto e, por tal razão, desafiou-se a criar uma vasta gama de oferta, algo realmente único na região de Arcos de Valdevez – normalmente, cada vitivinicultor deseja especializar-se na sua casta e aprimorá-la. Domingos Campos tem a sua visão e decide oferecer variedade. Os vinhos Casa dos Borralhais contam com um vinho verde branco, um vinho verde rosé e mais recentemente, acompanhando as necessidades regionais, um vinho verde tinto. Conseguiu distinguir-se com a criação e comercialização de um espumante de vinho verde através de um ‘blend’ das castas Loureiro e Avesso.

Os Vinhos Casa dos Borralhos contam com três propriedades, com 5.5 hectares de vinha no seu total. Duas delas em Arcos de Valdevez, onde tem a casta loureiro (branco) e a casta vinhão (tinto) e uma mais a sul, na zona do Baião, com a casta avesso.

“As castas plantadas permitem-me fazer uma grande panóplia de vinhos”

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Distinguem-se três vinhos da marca Casa dos Borralhais : Vinho Branco da casta Loureiro (White Wine), Vinho Rosé (Pink Wine), Vinhão (Read Wine) e o Espumante de Vinho Verde (Sparkling Green) que no FESTIVINHÃO 2016 se distinguiu com o prémio Sparkling Green Wine from Arcos de Valdevez of the Year, motivo de orgulho para o produtor. O Loureiro é um vinho fresco e elegante, bebe-se com mariscos, peixes e pizzas, bastante agradável com tempo quente. Da casta Avesso provém um vinho mais encorpado, com um maior teor alcoólico e que liga melhor com assados de carne e peixe. “O rosado, é como todos os rosados, não foge à regra. É bebido no verão, como aperitivo ou com saladas. Bastante jovem, nota-se um pouco de gás e com notas de frutos vermelhos”. Espumante vai bem com tudo. Este é um espumante bruto que pode ser saboreado como aperitivo, acompanhando com leitão ou cabrito assado e no fim da refeição com doce. “O Avesso dá-lhe estrutura e o Loureiro dá-lhe frescura. Para encontrar esta combinação foi preciso muito trabalho e persistência, passei cerca de quatro anos a trabalhar com o enólogo até encontrar o perfil perfeito para este vinho”. O volume de produção das vinhas de Domingos Campos atinge as 22 mil garrafas por ano. No futuro, a produção vai aumentar. Até agora tem vendido passando a palavra pelos seus contactos, agora começa a considerar a necessidade de colaborar com distribuidores para o ajudar no escoamento do produto. Relativamente aos espumantes portugueses, o mesmo admite que “é um produto que está em evolução no país, a crescer bastante, porque o consumidor português já se começou a habituar a este produto que era típico principalmente na Bairrada mas que agora está a difundir-se pelo país inteiro”. Quer seja mais fã de um bom verde tinto, de um espumante leve ou de um vinho verde branco, nos Vinhos Casa de Borralhais a oferta é vasta, coincidindo assim com esta região de extensas encostas cobertas de vinhas. Nós ficámos com vontade de seguir a sugestão de Domingos e experimentar um prato de cabrito à Arcos acompanhado do seu premiado espumante. Fica a sugestão.


DOÇARIA CENTRAL

DOCES COM SABOR A HISTÓRIA Na pitoresca vila de Arcos de Valdevez, a Doçaria Central permanece no tempo pela arte da confeção artesanal de doces regionais e conventuais. O segredo de um sabor único está na fidelidade dos métodos antigos. O pão-deló, os rebuçados e os charutos dos Arcos são o testemunho vivo da história gastronómica desta vila.

F

Clara Laranjeira e Clara Galvão, proprietárias

undada em 1830 por Francisca ‘Doceira’, a Doçaria Central é uma referência histórica na vila de Arcos de Valdevez, que mantém as receitas originais, passadas de geração em geração. Clara Galvão é a atual proprietária e trineta da fundadora que, com o apoio e colaboração da sobrinha Clara Laranjeira, dão continuidade ao negócio familiar. “Sentimos o peso da referência que nos atribuem e por isso fizemos todos os esforços para nos mantermos fiéis ao sabor de qualidade dos nossos doces”, afirmam. Com orgulho, garantem que o sabor não se alterou com o passar dos séculos e é por isso que nenhuma outra casa consegue imitar. “Todo o nosso trabalho é manual. As receitas são as que a trisavó Francisca deixou escritas, a batedeira é de 1830 mas foi adaptada à eletricidade para diminuir um pouco o tempo de confeção, o forno é a lenha e todos os ingredientes são naturais e caseiros”, explicam. Fatores que contemplam um sabor único e especial aos doces ‘dos Arcos’. Esta é a marca original registada pela família, cujos autênticos só poderá encontrar na Doçaria Central, uma vez que esta não produz revenda. A ideia do nome foi da fundadora Francisca que, depois de ter estado num convento, inventou as suas próprias receitas, iniciou o negócio e deu o nome aos rebuçados e aos charutos d’ovos dos Arcos. Ao longo dos tempos, muitos foram aqueles que tentaram ‘imitar’ os charutos da Doçaria Central. Porém, por muitas versões que se possam encontrar, a receita original dos charutos d’ovos dos Arcos leva uma parte de

hóstia e um recheio secreto. A qualidade dos doces desta casa é indiscutível, tal como a dedicação desta família à herança de fazer as delícias de todos aqueles que provem os autênticos doces ‘dos Arcos’. Apesar de não realizar revenda, a Doçaria Central vende os seus produtos a algumas lojas gourmet espalhadas pelo país e exporta para todos os cantos do mundo, por onde se encontram portugueses. “Eles encomendam os nossos doces e chegam lá frescos por serem confecionados artesanalmente com ingredientes naturais”. Com a casa renovada, cumprindo as exigências de higiene e segurança, a Doçaria Central mantém o conceito original que lhe confere o estatuto de referência histórica da gastronomia de Arcos de Valdevez.

Doçaria Central.indd 1

CASA FUNDADA EM 1830

Doçaria Central

de Alzira Alves Brito Freitas Galvão Viúva de Manuel Rodrigues Galvão

ANTIGA CASA FRANCISCA DOCEIRA ESPECIALIDADE EM DOCE SORTIDO PÃO DE LÓ • CHARUTOS DOS ARCOS

REBUÇADOS DOS ARCOS MARCA REGISTADA N.º 313966

Rua General Norton de Matos 47 4970-460 ARCOS DE VALDEVEZ Telf. 258 515 215

maio 2018 Revista Business Portugal | 79 18-04-2018 14:37:17


QUINTA DOS ABRIGUEIROS

UMA REFERÊNCIA NA PRODUÇÃO DE VINHO VERDE A Quinta dos Abrigueiros, sita entre as vilas de Arcos de Valdevez e Ponte de Lima, é a casa do afamado vinho Casa da Senra. A Revista Business Portugal foi conhecer a Quinta dos Abrigueiros e entrevistar o líder da propriedade que detém este vinho afamado, Paulo Pimenta de Castro Damásio.

A

região do Minho é conhecida pela produção dos vinhos verdes. Quais as principais caraterísticas que a distinguem? Estamos inseridos numa sub-região com ótimas caraterísticas para a produção de vinho: longe dos ventos do Atlântico e abrigada dos ventos frios do Norte. Esta região desenvolve muito bem duas castas - o Loureiro (casta branca) e o Vinhão (casta tinta). No caso do vinho Casa da Senra, optámos pela casta Loureiro, porque a Quinta dos Abrigueiros tem as suas vinhas plantadas em socalcos de forma a poder usufruir de uma excelente exposição solar (de nascente a poente), o que permite a perfeita maturação das uvas, dando origem a vinho verde branco de excelente qualidade.

Os vinhos verdes já conquistaram a fama e notoriedade que lhes é devida?

Os vinhos verdes foram associados, durante muito tempo, a vinho de fraca qualidade. A plantação das vinhas noutra disposição e o aperfeiçoamento do processo de vinificação foram dois dos fatores que alteraram este paradigma. Atualmente os vinhos verdes apresentam níveis de qualidade superior, estão a conquistar quota de mercado e prémios a nível nacional e internacional. O vinho Casa da Senra foi considerado pelo melhor crítico de vinhos, Mr. Robert Parker, como um dos melhores da sua categoria, reconhecendo desta forma a qualidade dos vinhos verdes, nomeadamente da Casa da Senra.

Considera a mecanização uma vantagem competitiva? Defendo que o enólogo deve intervir o menos possível no processo de vinificação. No vinho da Casa da Senra, procuro apenas reproduzir mecanicamente aquilo que a Natureza dá. Discordo da utilização de aromas artificiais e de outros produtos que alteram a origem e a personalidade dos produtos que a Natureza nos proporciona. Defendo que quanto mais natural for o vinho, mais qualidade vai evidenciar.

Qual é, na sua opinião, a batalha dos vinhos verdes? A grande batalha de todos os vinhos verdes, e também no caso da Casa da Senra, é a conquista de notoriedade. A ideia que se tem dos vinhos verdes fora do nosso país é que têm muito boa qualidade mas, como ainda não conquistaram notoriedade, não são conhecidos do grande público e dos potenciais consumidores. Na Casa da Senra acreditamos que temos de continuar a inovar e trabalhar, de forma a evidenciar a qualidade dos vinhos produzidos na quinta. Nesse sentido, lançámos, ainda este ano, um vinho Premium que é um blend (mistura de duas castas) de Alvarinho com Loureiro, estagiado em barricas de carvalho francês. Espero que com este cuidado e aposta na qualidade possamos dar ainda mais visibilidade aos vinhos Casa da Senra.

A exportação do vinho Casa da Senra chega a que países? casadasenra.pt

QUINTA DOS ABRIGUEIROS Abrigueiros S.A. Quinta dos Abrigueiros, Jolda Madalena 4970- 205 Arcos de Valdevez, Portugal

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Telefone (+351) 258 947 315

Neste momento exporto para Espanha, França, Suécia, Noruega, Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Brasil e Japão. Alguns mercados estão mais ativos do que outros, mas a tendência é para aumentar o volume de exportação e quero aumentar a notoriedade dos vinhos verdes nacionais. Para isso, estou acompanhado por muito bons produtores e tenho aproveitado o esforço que a ViniPortugal – Wines of Portugal, a CVRVV – Comissão Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, a Câmara Municipal de Arcos de Valdevez e a AVVEZ – Associação dos Vinhos de Arcos de Valdevez têm promovido nesse sentido.


SABORES DO VEZ - FUMEIRO TRADICIONAL

FUMEIRO E ENCHIDOS TRADICIONAIS Vasco Lima, ceo

E

m que circunstâncias decide criar a Sabores do Vez? A ideia de criar uma empresa de fumeiro e enchidos foi lançada por uma pessoa que desenvolvia esse trabalho em casa, mas que, por circunstâncias pessoais, acabou por abandonar o projeto antes da empresa abrir as portas. Foi em junho de 2015 que o projeto de duas pessoas passou a ser de uma e não tinha quase nada: fornecedores, produto, clientes... e umas instalações com o telhado montado. Desde agosto de 2015, data em que lançámos o primeiro produto no mercado que trilhamos um caminho pautado por muito trabalho e reconheço que, apesar das contrariedades, tem sido um trabalho muito positivo porque temos recebido opiniões muito favoráveis por parte dos nossos clientes e fornecedores. Apesar das contrariedades iniciais, a Sabores do Vez continuou a crescer? O ano de 2016 foi de aprendizagem. Saímos do mercado local para o regional, começámos a estabelecer contactos com novos fornecedores para comercializar os nossos produtos em mercados maiores e mais abrangentes. Entretanto fomos apostando no melhoramento do processo, redefinindo-o e atualmente já não tem nada que ver com o que iniciámos. Adquirimos novos

A Revista Bussiness Portugal viajou até ao Alto Minho para lhe dar conhecer a Sabores do Vez, empresa de produção de enchidos e fumados de qualidade seguindo o método tradicional. Em apenas três anos de laboração, Vasco Lima, diretor geral da Sabores do Vez, posicionou a sua empresa no mercado nacional, fez com que a qualidade dos enchidos e fumados fosse reconhecida e melhorou os processos de laboração apostando em equipamentos mais desenvolvidos.

equipamentos, com maior capacidade e mais ajustados ao que o mercado pede porque é ele quem regula a oferta e dita os hábitos de consumo. O setor da charcutaria é altamente concorrencial, existe imensa oferta ao nível nacional e ainda somos inundados com produtos espanhóis. Existe charcutaria totalmente industrial de muito boa qualidade e há o produto de charcutaria tradicional que tem de ser valorizado porque é um processo produtivo diferenciado, com produtos que obedecem a certos parâmetros e não pode ser misturado nem confundido com outros processos produtivos.

tro e fora de Portugal, nunca esquecendo o mercado da saudade que já fornecemos. Para além disso, pretendemos cimentar a nossa presença no território nacional e criar uma loja online para chegarmos a qualquer parte do mundo.

O que define o processo tradicional de fumeiro e enchidos? Na Sabores do Vez respeitamos ao máximo o processo tradicional no que concerne ao tempo de tempêro e à matéria prima utilizada para o fabrico como é o caso do vinho verde tinto caraterístico desta região. O fumeiro deve ser feito com lenha de carvalho que não transmite cheiro nem sabor, respeitando os tempos de fumagem e de estabilização do produto. Para além disto somos certificados ao nível do ambiente, qualidade e segurança alimentar. O nosso trabalho tem vindo a ser reconhecido através dos prémios e medalhas de ouro que os nossos produtos têm vindo a arrecadar desde 2016, quando ainda não tínhamos completado um ano de laboração. Os objetivos para 2018 passam por... Passam por continuar a apostar nos parceiros certos para levar os produtos da Sabores do Vez cada vez mais longe den-

www.saboresdovez.com maio 2018 Revista Business Portugal | 81


SUPERMERCADO O + ECONÓMICO

PREÇOS BAIXOS E QUALIDADE NUM SÓ LOCAL A aposta na diferenciação, providenciar a melhor experiência aos clientes e a satisfação da equipa são alguns dos valores implementados por David Gomes, gerente do Supermercado O + Económico. Conheça este empreendedor na entrevista à Revista Business Portugal.

O

Supermercado O + Económico é uma referência na região de Arcos de Valdevez. Desde que altura se implementou no mercado? O comércio nasceu na família na geração dos meus avós, não consigo precisar o tempo mas arrisco afirmar que tem, pelo menos, 80 anos. Eu nasci dentro deste negócio e, há 13 anos, assumi a gerência do Supermercado O + Económico. Foi nessa altura que decidi mudar o conceito e a localização para uma zona mais privilegiada e urbana. Certamente implementou novos procedimentos e estratégias. Quais foram os passos mais relevantes? A loja expandiu consideravelmente o seu espaço e a oferta de produtos frescos e alimentares/não alimentares também aumentou. Costumo dizer, em tom de brincadeira, que nasci em cima de um quilo de arroz e creio que será por sentir que este negócio faz parte de mim, que me está no sangue, que tenho tanto gosto e anseio em expandir o negócio, a par com a equipa de colaboradores que me assessoram.

do-a mais intuitiva e melhorando a sua experiência de compras. Desde essa altura que temos procurado melhorar as experiências dos nossos clientes e a resposta tem sido muito positiva: o negócio continua a crescer e a nossa equipa também, passando de tr ês elementos para 13. Gostaria de deixar uma mensagem aos arcuenses? Queria agradecer aos arcuenses a preferência pelo Supermercado O + Económico, por fazerem esta casa crescer e nos impulsionarem a prestar um serviço de qualidade a preços acessíveis a todos. Gostaria de referir que o nosso sucesso e crescimento também se devem à eficiência e profissionalismo dos colaboradores do Supermercado O + Económico. Sem eles não seria possível atingir este nível de sucesso e crescimento.

Há cinco anos investimos no espaço da loja, modernizando-a, tornando-a mais intuitiva e melhorando a sua experiência de compras.

Sendo a concorrência variada e competitiva qual é a estratégia utilizada para se destacar? A qualidade de serviço e proximidade são os nossos fatores diferenciadores. Temos clientes que conhecemos há muitos anos e as gerações seguintes fazem as suas compras na nossa loja. Há cinco anos investimos no espaço da loja, modernizando-a, tornan-

ECOCASA Interiores O espírito empreendedor e dinamismo levaram David Gomes a criar a ECOCASA Interiores, empresa que efetua trabalhos de Estofagem, consultoria de interiores, projetos de interior e exterior 2D e 3D; dispõe de uma panóplia de cortinados e papel de parede e ainda se dedica ao acompanhamento de obra. Praça D. Manuel I, Nº23 4970-595 Arcos de Valdevez TEL.: + 351 258 515 725 http://omaiseconomico.com

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SAÚDE GLOBAL XXI

“A EXCELÊNCIA É O NOSSO OBJETIVO” Comprometidos em criar unidades de Saúde de referência, a Saúde Global XXI, desenvolveu os Centros Clínicos de Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e da Correlhã, sendo, atualmente, um espelho de eficiência, profissionalismo e rigor. Acompanhe o percurso deste grupo de sucesso na entrevista a Emílio Esteves, médico dentista e diretor-geral da Saúde Global XXI.

O

posicionamento de mercado e a localização dos Centros Clínicos foram pensados de forma estratégica. Apresente-nos o seu conceito. O Centro Clínico de Arcos de Valdevez nasceu em janeiro de 2007, na nossa terra natal, com a ambição de oferecer um vasto leque de serviços de saúde com especial foco na Medicina Dentária, visto ambos os sócios serem médicos dentistas. A partir daí, a nossa estratégia tem sido delineada em função das solicitações e necessidades dos nossos pacientes. Nesse sentido, foi criado em 2009 o Centro Clínico da Ponte da Barca e em 2013 o Centro Clínico da Corelhã, situado estrategicamente entre Ponte de Lima e Viana do Castelo. Atualmente recebemos pacientes dos concelhos vizinhos às nossas áreas de atuação e ainda, de cidades como Braga, Porto e Guimarães, o que nos leva a ponderar até onde podemos ir. A crescente procura dos nossos serviços pela comunidade emigrante e estrangeiros, leva-nos a ponderar, num futuro próximo, fazer uma grande aposta nesse mercado.

Emílio Esteves, médico dentista e diretor-geral

amizade agilizando as consultas e tratamentos com os timmings apertados de quem se desloca de outros países A relação qualidade/ preço ao nível da reabilitação oral comparativamente com esses países, é a grande razão para sermos cada vez mais requisitados por parte desta comunidade. O investimento em profissionais experientes e em tecnologia de ponta são dois dos fatores de diferenciação da Saúde Global? Essa é uma das nossas bandeiras. Fizemos um grande investimento na qualidade e conforto das nossas instalações acreditando que seria uma mais valia para o grupo. Desde o início do projeto uma das nossas principais preocupações foi criar o melhor corpo clínico, criar parcerias com as empresas com mais nome no mercado, assim como, criar um grupo de colaboradoras que assegurassem a filosofia idealizada. O tamanho da nossa estrutura permitiu-nos criar as melhores condições para a prática de Medicina Dentária. Contamos hoje, com seis consultórios dentários totalmente equipados com as últimas tecnologias, apoiados pelos melhores equipamentos de diagnóstico, nomeadamente a radiologia digital e ainda por um laboratório de prótese dentária interno. Possuímos um bloco operatório dedicado exclusivamente à cirurgia Oral com respetiva Sala de Recobro e ainda um Cone beam (TAC dentário) que nos permite fazer imagens tridimensionais da cavidade oral e também planear virtualmente as nossas cirurgias de implantes dentários. Todo este investimento, permite aos nossos profissionais um diagnóstico mais célere, mais eficaz e preciso. Acreditamos que toda a nossa equipa está focada em fazer cada vez mais e melhor e que isso será determinante para o sucesso da Saúde Global XXI.

Os Centros Clínicos disponibilizam vários serviços à comunidade. Há algum em que sejam especializados? A nossa atividade principal centra-se na área de Medicina Dentária, embora tenhamos um alargado leque de serviços, como consultas de especialidades médicas, terapias alternativas, exames complementares de diagnóstico (análises clínicas, exames cardiológicos, auditivos, eletromiografias, eletroencefalogramas, entre outros) e serviços de estética e bem estar. Contamos hoje com uma equipa de dez médicos dentistas especializados nas diversas áreas da Medicina Dentária, dando desta forma, uma resposta multidisciplinar às especificidades de cada paciente. Embora já não sejamos considerados uma empresa pequena, pois a nossa estrutura já conta com mais de 1.000m2 de instalações e com cerca de 130 pessoas envolvidas no exercício dos Centros Clínicos, a ideia inicial do projeto mantém-se: queremos continuar a ser uma empresa familiar, que aposta na sua equipa e que trata os seus pacientes pelo nome. Felizmente o nosso profissionalismo e dedicação é reconhecido pelos pacientes e pelos seus familiares e ainda pelas comunidades emigrantes, às quais respondemos com carinho e maio 2018 Revista Business Portugal | 83


SOLICITADOR JORGE MARTINS

LEI E ORDEM NA SOLICITADORIA A curiosidade e paixão pelas leis levaram-no a enveredar pelo curso de solicitadoria. Exercendo funções há cerca de 20 anos em Arcos de Valdevez, o solicitador Jorge Martins apresenta a sua perspetiva sobre a profissão.

Q

A Ordem dos Solicitadores, em parceria com o GeoJustiça, desenvolveu um projeto denominado GeoPredial que forma os solicitadores e os capacita para desenvolverem as funções relacionadas com o cadastro geométrico da propriedade rústica. É relevante referir que a OSAE – Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução disponibiliza formação com elevada qualidade e com muita regularidade para que os solicitadores possam prestar o melhor aconselhamento aos seus clientes.

uando descobriu a sua paixão pela solicitadoria? Numa teimosia saudável em conjunto com a curiosidade que tinha em saber mais sobre as leis, direitos e deveres do cidadão levaram-me a estudar uma área que me fizesse conhecer melhor o sistema judicial e administrativo a que estou afeto. O meu dinamismo e capacidade de iniciativa, juntamente com a curiosidade que tinha em saber mais, conduziram-me até ao curso de solicitadoria. Comecei por trabalhar numa empresa do ramo imobiliário, durante um ano, até que decidi estabelecer-me por conta própria em Arcos de Valdevez.

A formação em GeoPredial é um projeto da Ordem dos Solicitadores e permite ao cliente delimitar e saber a área exata dos seus terrenos. Resumidamente: aconselhamos, representamos e assessoramos o cliente.

Há margem para a função do solicitador evoluir? Há. O trabalho do solicitador ao cadastrar os bens elabora um auto de constatação, que é a figura jurídica do “Constat” e sendo o solicitador uma pessoa idónea para o sistema de justiça, pode evoluir nessa área. Constatações de acervos a penhorar, de determinados acidentes, entre outros, podem ser vistos como potenciadores da evolução das funções do solicitador.

Para além da área predial também começou a trabalhar a área florestal? Há muito tempo que se fala de cadastro predial, mas ainda não está nada definido. Em algumas regiões, nomeadamente a sul do país, há concelhos que já têm os prédios cadastrados e estão bem organizados, mas a nível nacional ainda não está uniformizado.

Deixe uma mensagem a quem não conhece ou nunca consultou um solicitador. Sugiro uma consulta com o seu solicitador, pois podem existir outras alternativas às questões que necessita resolver. A necessidade de poupança é comum a todos, mas o gasto que tem com uma consulta pode refletir-se num ganho muito relevante.

Jorge Martins, solicitador

Refira as principais funções de um solicitador. A principal função é a de aconselhamento jurídico e creio que esta será a mais relevante para a profissão. Há informações que nos são prestadas gratuitamente, por exemplo, numa repartição de finanças, mas se recorrer a um solicitador ele pode responder a todas as suas questões e aconselhar qual a melhor alternativa jurídica ao seu caso podendo evitar gastar desnecessariamente dinheiro em impostos. O solicitador é mandatado pelo seu cliente para realizar atos jurídicos, atos notariais, trabalho de execução e, mais recentemente, realizar cadastros prediais.

Rua Cerqueira Gomes, n.º21, 1º Andar - 4970-444 Arcos de Valdevez T. 968 573 290 - jmartins.solicitador@gmail.com

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BARQUENSE

VIAJAR É NA BARQUENSE Em entrevista à Revista Business Portugal a gestora da Barquense - agência de viagens e turismo, Sónia Silva, apresenta a panóplia de serviços aos leitores da Revista Business Portugal.

na família”. Apesar de haver concorrência de outros meios de transporte, A Barquense “prima por personalizar as viagens dos seus clientes e muitos preferem continuar a viajar de autocarro porque podem trazer a bagagem que querem, transportar os seus animais de estimação e o serviço de transporte de menores à responsabilidade do motorista”. A Barquense movimenta “25 autocarros diariamente dentro e fora de Portugal. Trabalhamos com a Universidade do Minho, garantimos o transporte escolar, fazemos o transporte de funcionários de e para algumas fábricas do concelho e fazemos serviços ocasionais”, remata Sónia Silva, gestora da Barquense.

Serviços disponibilizados pela Barquense:

A

Barquense é uma empresa com “mais de 30 anos que se dedica a proporcionar as melhores experiências de viagens aos seus clientes, quer seja em território nacional ou estrangeiro” começa por referir Sónia Silva, gestora da Barquense. Tendo em vista o conforto e comodidade “dos nossos passageiros adquirimos os mais recentes veículos pesados de passageiros - autocarros VIP. Temos três viaturas desta gama que são exemplares quase únicos na Península Ibérica”. Este investimento impulsionou a procura “pelos nossos serviços fazendo-a crescer em relação aos anos anteriores”. Estes autocarros dispõem de comodidades como “ar condicionado, bagageiras e os vidros que se assemelham aos dos aviões tem também um exemplar que disponibiliza televisor individual para cada um dos passageiros”. Existem duas linhas internacionais garantidas duas vezes por semana de e para Paris e Luxemburgo, “sempre com aumento do número de passageiros. Quem conhece os serviços da Barquense reconhece que “investimos na qualidade, conforto e mantemos os mesmos motoristas há anos, o que se reflete numa relação de confiança que passa para os familiares e amigos que estão emigrados nesses países”. O grau de confiança é “tão grande que nos confiam o transporte dos seus familiares e, por vezes, de crianças menores desacompanhadas”. O serviço expresso para o aeroporto do Porto, “serviço gratuito para os clientes que adquiram um pacote de férias ou bilhete de avião, é muito procurado pela sua rapidez e eficiência”. “A Barquense é uma empresa familiar. Trabalhamos com mais afinco por ser um negócio geracional e que pretendemos manter

“A Barquense é uma empresa familiar”.

• Linhas próprias regulares e internacionais, Portugal/França/Espanha/ Luxemburgo • Aluguer de Autocarros de Turismo - Frota Própria • Expressos do Aeroporto do Porto • Aluguer de automóveis com ou sem condutor • Excursões próprias no país e para o estrangeiro • Viagens de avião e autocarros • Viagens para Feiras e Congressos Internacionais • Cruzeiros em todo o mundo • Programas de férias para todo o mundo • Organização de Congressos e Incentivos para empresas • Organização de Viagens para grupos • Viagens especiais para Estudantes/Finalistas • Viagens especiais para Lua-de-Mel

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DESTAQUES 83 7SS – THE ULTIMATE BEACH HOUSE Calma e tranquilidade num alojamento local único 84 INSTITUTO DE IMPLANTOLOGIA Formação e tratamento de excelencia num só lugar 87 EDISOFT 30 anos de soberania tecnológica sem fronteiras 90 BANCO BNI EUROPA A Escolha do Consumidor no setor bancário 92 FORMA Z Building your world, together 93 PACAR Fluidos químicos com garantia de qualidade nacional

PORTUGAL CRIATIVO INOVA E EMPREENDE “Portugal está na moda!”: eis uma afirmação que o leitor, com certeza, já ouviu pelo menos uma vez. De facto, o nosso país tem corrido as bocas do mundo pelas melhores razões: segurança, empreendedorismo, inovação, beleza, património, qualidade de vida, criatividade, entre muitas outras. Portugal tem um dos melhores sistemas de saúde da Europa. É acessível aos menos afortunados, tem profissionais muito bem qualificados e infraestruturas para corresponder às necessidades do exercício da profissão. Não é uma área sem as suas dificuldades, mas há casos que superaram

os obstáculos e o leitor pode encontrá-los nas páginas seguintes. São as várias as temáticas que aqui abordamos, mas todas elas são exemplos de empreendedorismo e inovação. No fundo, exemplo de um Portugal criativo, de um país no seu melhor. Os portugueses têm tendência de se subestimarem e, por vezes, só se lembram dos seus próprios feitos quando são reconhecidos por alguma entidade ou personalidade estrangeira. A Revista Business Portugal vem tentar contrariar essa predisposição e valorizar o que de bom e melhor Portugal tem.

94 PWC Uma das 10 marcas mais poderosas do mundo 96 ENDRESS+HAUSER Multinacional suíça aposta no mercado português 100 CARPIMODERNA O abraço a um sonho de jovem

INVISTA MAIS TEMPO NO SEU NEGÓCIO, NÓS TRATAMOS DA MANUTENÇÃO!

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7SS - THE ULTIMATE BEACH HOUSE

CALMA E TRANQUILIDADE NUM ALOJAMENTO LOCAL ÚNICO

Lurdes Policarpo, proprietária

O 7SS – The Ultimate Beach House (Beach House Outeirinho)– fica situado a 2,5km do centro da Ericeira, num espaço familiar, de ambiente acolhedor e muito tranquilo. Vocacionado para um público familiar, ou para quem gosta de passar momentos relaxantes, perto da praia e com acesso a atividades como surf, yoga, passeios a cavalo, entre outros. Este alojamento local apresenta um conceito inovador na região e, desde que abriu, em junho de 2016, tem sido um sucesso.

A

proprietária tem um sorriso no rosto durante todo o tempo em que está à conversa com a Revista Business Portugal, sobre este projeto, que surgiu num momento de mudança de vida de Lurdes Policarpo: “Adquiri esta casa há uns anos, enquanto investimento, tendo a mesma ficado vazia. Nessa altura, vi uma oportunidade de entrar no negócio do turismo na Ericeira”. Lurdes Policarpo investiu na casa, alterou o necessário e transformou o imóvel num alojamento local charmoso e perfeito para famílias: “Esta casa é um alojamento local com conceito de hotel. Com nove quartos, consegui personalizar os mesmos, tendo cada um tema, todos eles portugueses e com a decoração e as cores adequadas”.

Os temas dos quartos são a Andorinha, a Oliveira, a Cortiça, o Coração de Viana, Azulejo, Sardinha, Galo de Barcelos, Fado e a Amendoeira: “Os quartos que os hóspedes mais requisitam são o Amendoeira, o Oliveira e o Cortiça, sendo eles muito semelhantes. São quartos amplos, bem arejados, alguns com varandas e todos têm espaço para três pessoas”. A juntar a isso, todos os quartos têm casa de banho privativa. Quem se hospeda no 7SS – The Ultimate Beach House – tem acesso à piscina exterior e, no caso de querer desfrutar de outras atividades, sobretudo ligadas ao mar, como o surf, é possível, através das parcerias que este alojamento local fez com outras empresas locais: “Disponibilizamos também yoga e, se tivermos um cliente que quer fazer uma atividade que nunca disponibilizámos, faremos o possível para atender o seu pedido. Todo o nosso serviço é personalizado”. Este é o fator diferenciador do serviço prestado neste alojamento local – a personalização do serviço e a simpatia com que os hóspedes são acolhidos: “Temos tido um excelente feedback por parte de quem vem, que denota a alegria e qualidade do atendimento, que só é possível porque faço o que gosto e estou extremamente satisfeita com a minha mudança de vida. Gosto de receber bem quem escolhe o 7SS – The Ultimate Beach House – para se hospedar e tento

proporcionar-lhe o melhor serviço possível”. Para Lurdes Policarpo, o sucesso está em proporcionar experiências únicas e mostrar exatamente aquilo que tem para oferecer: “O nosso quarto Coração de Viana é o mais usado pelos noivos em lua-de-mel. Outros eventos que se realizam aqui são reuniões de pequenos grupos empresariais, despedidas de solteira, entre outros. O objetivo é que o cliente volte, pois é assim que medimos o sucesso que temos. São já vários os casos de hóspedes que retornam várias vezes por ano. Queremos proporcionar uma estadia de sonho, onde os principais intervenientes são a calma, o relax e a tranquilidade”. Um novo projeto abrirá portas em Junho. A “Achada Village”é composto por seis suites e 2 apartamentos e fica a quatro quilómetros das praias da Ericeira.

Travessa do Desvio nº6, Outeirinho Ericeira 912 799 459 sevenseassurfers@gmail.com www.ericeirabeachhouse.com maio 2018 Revista Business Portugal | 87


INSTITUTO DE IMPLANTOLOGIA

FORMAÇÃO E TRATAMENTO DE EXCELÊNCIA NUM SÓ LUGAR O Implantology and Oral Rehabilitation Congress – IORC - já vai na sétima edição e, este ano, voltou a receber mais de 700 participantes. Com um painel de palestrantes de renome internacional a sua organização ficou a cargo da equipa do Instituto de Implantologia® e do Carames Advanced Education Center®. O 7º. IORC voltou a ser um espaço de divulgação, atualização e de saudável debate sobre as questões mais prementes na área da Implantologia, em Portugal e no mundo. A Revista Business Portugal esteve à conversa com o Professor Doutor João Caramês, fundador do Instituto de Implantologia e precursor do IORC, para fazer um balanço destes dois dias de congresso.

M

encionar o Instituto de Implantologia® e o Congresso de Implantologia e Reabilitação Oral é indissociável do nome João Caramês. Professor catedrático na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, diretor do Instituto de Implantologia® e professor convidado na Universidade de Nova Iorque, João Caramês é um apaixonado pelo ensino e pela partilha de conhecimento nesta importante área da Medicina Dentária. Em 1996, regressado da sua especialização em Nova Iorque sentiu necessidade de fundar em Lisboa um espaço para o contínuo desenvolvimento clínico e científico da Implantologia e Reabilitação Oral em Portugal: “Em Portugal, na época em que acabei o curso, para acesso a mais e melhor formação numa determinada área de especialidade era necessário ir estudar para fora do país. A Implantologia era um exemplo

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O IORC começou a ser visto como um espaço de confiança e atualização para clínicos generalistas e especialistas.

Professor João Caramês, fundador


INSTITUTO DE IMPLANTOLOGIA

disso mesmo. Não havia nenhum curso dedicado a esta área da Medicina Dentária, nem o conhecimento era tão partilhado como nos dias de hoje. Depois de vir dos Estados Unidos da América, onde estudei na Universidade de Nova Iorque, vinha entusiasmado com a ideia de trabalhar numa especialidade que, para mim, era uma revolução completa na forma de tratar pacientes desdentados, especialmente na reabilitação total sobre implantes”. João Caramês explica que, antes do surgimento dos implantes dentários, os pacientes só tinham a hipótese de ter dentes no caso de utilizarem uma prótese dentária removível, comummente conhecida como dentadura: “Essas próteses removíveis acarretavam uma perda significativa de qualidade de vida para os pacientes. Através da formação pós-graduada adquirida nos EUA, pude desde cedo propôr soluções implanto-suportadas inovadoras com maior conforto e previsibilidade para o paciente. Para mim, a transmissão de conhecimento, seja ele clínico ou científico, é muito importante. Eu sou um clínico, adoro a minha profissão, mas também adoro ensinar e acredito que o conhecimento apenas nos enriquece se for partilhado. Foi essa vontade que me fez criar o Instituto de Implantologia®, logo após regressar de Nova Iorque e pouco tempo depois organizar o primeiro congresso.

IORC - espaço de confiança para partilhar conhecimento e discutir opiniões clínicas em Implantologia O primeiro espaço de troca de ideias e opiniões que João Caramês organizou surgiu logo em 1996. Contou com a participação de Dennis Tarnow, especialista em Periodontologia e Implantologia, professor na Universidade de Nova Iorque, e também de Richard Lazara, também ele um especialista da área: “Sempre me preocupei em trazer a Portugal as melhores referências internacionais, com o objetivo de criar eventos formativos de excelência que pudessem ser palco de debate sobre novas técnicas e abordagens clínicas na reabilitação oral com implantes. Tive o previlégio em trazer o Dennis Tarnow, não apenas por ter sido meu professor mas pela ligação académica então estabelecida à Universidade de Nova Iorque, ao assumir a direção internacional do Departamento de Educação Contínua desta instituição e de ser professor convidado naquela Faculdade”. Os congressos que se seguiram assumiram um cariz ainda mais internacional e foi a partir daí que adotámos o nome IORC – Implantology and Oral Rehabilitation Congress: “O IORC sempre teve a preocupação de trazer palestrantes de grande qualidade clínica e científica, nas áreas da Implantologia, Periodontolgia e Prostodontia. A ligação à Universidade de Nova Iorque permitiu-me numa fase inicial trazer maioritariamente grandes especialistas norte-americanos. Contudo, realço que ao longo dos últimos anos observámos o

desenvolvimento de uma importante “massa crítica” de clínicos que contribuíram para elevar a qualidade da Implantologia feita em Portugal. Também eles têm tido voz neste palco, e também deles tem dependido o sucesso deste congresso. Hoje a Medicina Dentária portuguesa não fica atrás de nenhuma outra, equiparando-se mesmo à de referência dos países desenvolvidos.” O Congresso de Implantologia e Reabilitação Oral passou então a assumir uma vertente nacional e internacional, porque não eram apenas os palestrantes que vinham de outros países: “Começámos a observar a presença de congressistas provenientes de várias partes do mundo. O IORC começou a ser visto como um espaço de confiança e atualização para clínicos generalistas e especialistas,

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INSTITUTO DE IMPLANTOLOGIA

onde se debatem ‘hot topics’ por profissionais de excelência clínica. Inovámos igualmente ao conferir uma visão multidisciplinar da equipa de Reabilitação Oral promovendo no espaço do congresso uma oferta formativa a técnicos de prótese, higienistas orais e assistentes dentários O seu bom desempenho também é importante no sucesso da reabilitação implanto-suportada.” A preocupação deste congresso sempre foi primar pela qualidade: “Penso que este último IORC foi um grande êxito e o feedback não podia ter sido mais positivo. Tivemos mais de 700 pessoas no auditório, o que representa uma excelente adesão para um congresso que se foca numa área muito específica da Medicina Dentária.”

CAEC – Carames Advanced Education Center A partilha do saber, para alguém que é professor, é extremamente importante. João Caramês não ficou indiferente às necessidades de colegas e alunos, que o procuravam em busca de maior conhecimento e especialização na sua área: “O Centro de Formação Avançado surgiu em resposta à busca de mais conhecimento, por parte de colegas e alunos. No CAEC existem vários programas, que pretendem funcionar como complemento ao ensino universitário. Os cursos são específicos para determinadas áreas, dão respostas detalhadas a alguns temas e, muitas vezes, é o próprio corpo clínico deste Instituto que leciona esses cursos, pois temos na nossa equipa clínica médicos com formação pós-graduada muito diferenciada”. O CAEC tem uma vertente formativa a nível nacional e internacional, sendo que esta última foi a primeira a desenvolver-se: “Muitos colegas vinham a Portugal e pediam-nos para vir fazer uma residência clínica no Instituto de Implantologia em Lisboa, para aprender determinadas técnicas, e daí ter surgido o CAEC como um centro de formação avançado, de excelência. Posso dizer que temos muitos grupos de todo o mundo que vêm fazer cursos connosco”.

Carames Classification Ao longo dos últimos 24 anos de profissão dedicada à Implantologia, João Caramês diferenciou-se na reabilitação oral total e deparou-se, muitas vezes, com dúvidas sobre qual a melhor técnica a aplicar. Por esse motivo e, mais uma vez, por entender que era seu dever contribuir para ajudar colegas e alunos a tomar boas decisões em prol do paciente: “Desenvolvi a Carames Classification para que pudéssemos ter uma chave de decisão clínica sugestiva e que correlacionasse o grau de atrofia muscular e óssea do paciente com as técnicas possíveis para lhe colocar implantes dentários. A casuística de vários anos de cirurgias em pacientes desdentados totais esteve na base do seu desenvolvimento”. 90 | Revista Business Portugal maio 2018

João Caramês explica que, quando se fala em reabilitação oral total, a implantologia foi revolucionária: “Antes, quando o paciente não tinha dentes, a única solução era colocar uma prótese removível (dentadura), que lhe diminuía consideravelmente a qualidade de vida. A partir do momento em que começou a ser possível usar implantes, o paciente voltou a ter dentes fixos, pôde mastigar e fazer a sua vida normal. O que acontece é que quando se perde os dentes, a gengiva e o osso vão atrofiando. Esse processo depende de pessoa para pessoa e, de acordo com o grau de atrofia, é mais ou menos complexo colocar os implantes nos pacientes”. Esta tabela classificativa tem cinco níveis, sendo que os níveis inferiores – até ao três – são os que exigem técnicas menos complexas, pois trata-se de casos em que os pacientes ainda possuem bastante osso e gengiva. A partir do nível 4, a complexidade aumenta e só Implantologistas com elevado grau de diferenciação deveriam ser candidatos a realizar este tipo de trabalho: “Esta tabela serve para duas coisas – em primeiro lugar, é importante salientar que a técnica é que deve ser adaptada ao paciente e não o paciente à técnica. Mesmo em casos de elevado grau de atrofia, há sempre várias técnicas disponíveis que possibilitam a colocação dos implantes. A escolha depende sempre do médico e o meu conselho é que se opte sempre por uma técnica mais simples e também mais segura, o célebre Kiss (keep it simple and safe). Mas simples não significa simplista. Por vezes há necessidade de proceder a uma intervenção mais complexa e mais arriscada para obter melhores resultados, mas sempre com a certeza de que essa técnica é a mais eficaz e segura para o paciente”. As novas tecnologias digitais permitem, no entanto, um acompanhamento desde o início do tratamento. O recurso a imagiologia 3D com menor exposição radiográfica permite ter uma noção exata da situação do paciente e a conjugação destes fatores num programa que permite visualizar a face do paciente, com as suas expressões individuais e estéticas permitirá construir um modelo de implante e de tratamento exatamente à sua medida: “O CADCAM já permite, por exemplo, fazer coroas em zircónio, à medida do paciente. O paciente já pode sair do Instituto de Implantologia®com dentes, no próprio dia do tratamento. A fase mais recente da era digital permitiu simplificar os tratamentos, tornando-os mais eficazes, rápidos e confortáveis. Apesar de todos os avanços registados a arte humana não é ainda substituível”.


EDISOFT

30 ANOS DE SOBERANIA TECNOLÓGICA SEM FRONTEIRAS A EDISOFT é uma empresa nacional que já tem 30 anos de mercado e foi, desde sempre, pioneira na tecnologia, sobretudo na área da Defesa Nacional, em estreita colaboração com a Marinha Portuguesa. O objetivo desta empresa portuguesa é afirmar-se nos setores da Defesa e Aeroespacial e tornar-se uma referência mundial. A Revista Business Portugal esteve à conversa com os diretores das principais áreas da empresa e mostra-lhe o trabalho de qualidade e excelência dos engenheiros portugueses.

A EDISOFT é uma empresa nacional que tem como acionistas o Estado português, com 35 por cento, com uma posição dividida entre a Empordef e a NAV Portugal, empresas tuteladas pelo Ministério da Defesa Nacional e pelo Ministério do Planeamento e das Infra-estruturas, respetivamente, e o grupo francês THALES, um gigante tecnológico que nos permite ter um posicionamento forte no segmento da Defesa, quer em carros de com-

bate, quer em satélites e até as mais avançadas tecnologias para aviões de combate”, começa por contar o comandante Fernando Braz de Oliveira. “A EDISOFT teve como sua génese as contrapartidas das fragatas Classe Vasco da Gama, isto é, aquando da chegada destas fragatas a Portugal, que representavam a tecnologia mais avançada possível, para a época, o grupo THALES, detentor dos sensores e sistema de combate, responsáveis pela gestão e funcionamento destes navios, formou engenheiros portugueses da EDISOFT, criada de propósito para o efeito, para possuírem o know-how necessário para acompanhar a sua manutenção e futuras ações de modernização, em termos tecnológicos”. Assim, a EDISOFT nasceu a par com a mais moderna tecnologia e nunca mais deixou de estar na linha frente. “Funcionamos em estreita colaboração com o Ministério da Defesa Nacional e com as Forças

Tiago Sepúlveda, diretor do departamento aeronáutica e sistemas espaciais

“Funcionamos em estreita colaboração com o Ministério da Defesa Nacional e com as Forças Armadas. Nascemos vocacionados para a Defesa, mas percebemos que muitos dos softwares criados para este efeito também funcionavam no setor aeronáutico”. maio 2018 Revista Business Portugal | 91


EDISOFT

Teresa Cardoso, diretora do departamento de defesa e sistemas de segurança

Armadas. Nascemos vocacionados para a Defesa, mas percebemos que muitos dos softwares criados para este efeito também funcionavam no setor aeronáutico, por exemplo. A evolução para o Espaço deu-se por consequência”. Atualmente, a EDISOFT ainda é considerada leading company na área de sistemas navais, sistemas de integração, de comando e controlo e de combate: “acabámos por abranger naturalmente a área de maritime security e hoje garantimos não só o software que um navio precisa para as mais diversas funções, mas também desenvolvemos sistemas mais de cariz civil, consolidando o conceito de tecnologias de duplo uso ou duais, sejam elas de cariz militar ou civil. Se não controlarmos o nosso espaço marítimo, alguém o fará por nós, e uma Marinha não se improvisa” Teresa Cardoso, engenheira, uma das fundadoras da EDISOFT e diretora do Departamento de Defesa e Sistemas de Segurança explicou à Revista Business Portugal a importância deste setor no garante da soberania nacional e o contributo que tem dado para os outros setores que a empresa também desenvolve: “a área militar é, desde sempre, uma área inovadora. Várias invenções que nasceram para usos militares estão, atualmente, aplicadas à vida civil. Por outro lado, a inovação não pode ser desprovida de robustez, fiabilidade e segurança e, por esse motivo, também há quem considere a área da defesa um pouco conservadora. Todavia, é desta área que nasceram os softwares que depois permitiram uma adaptabilidade a setores como a aeronáutica e mesmo o espaço com margem de erro zero”. Muito do trabalho de Soberania é realizado através da análise de dados de radares e sensores, baseados em navios ou em terra, e que quando aplicados a imagens de satélite, permitem vigiar e observar a terra a partir do Espaço. A EDISOFT trabalha, em parceria com a Agência Espacial Europeia, em vários projetos desta natureza. “Temos uma antena colocada na ilha de Santa Maria, nos Açores, um local geo-estratégico, e que permite monitorizar não só o que acontece com os navios – nomeadamente quando alguns deles desligam o sistema de localização e se tornam suspeitos de alguma atividade ilícita, como – e sobretudo – as descargas de hidrocarbonetos para o mar, quando algum navio procede a uma limpeza não autorizada em alto mar. Em simultâneo, conseguimos monitorizar a mancha de poluição deixada por essa descarga e assim ajudar a reduzir este delito. Desde que está a funcionar, as descargas de hidrocarbonetos em regiões de mar da responsabilidade portuguesa reduziram 80 por cento”. Este serviço é de tal forma importante que a EDISOFT o presta à Agência Europeia 92 | Revista Business Portugal maio 2018

de Segurança Marítima, há cerca de dez anos. Existem, no entanto, outros problemas que podem ameaçar a segurança nacional: “atualmente, com os riscos de imigração ilegal, transporte de estupefacientes e outras situações ilícitas, e sabendo que o oceano Atlântico é um interface de ligação entre as Américas e a Europa, é importante haver um patrulhamento da nossa costa. Se nós não o fizermos, alguém o fará por nós e, a partir desse dia, perdemos soberania”. Precisamente para combater a urgente e crítica necessidade que a Marinha Portuguesa tem de navios-patrulha oceânicos, estão agora a ser construídos mais dois navios de uma classe de navios deste género, para entregar à Marinha. Este projeto conta com a participação da EDISOFT, com destaque para a engenharia portuguesa. “A EDISOFT é portuguesa e faz questão de fidelizar o conhecimento em Portugal. É importante sermos nós a controlar o software dos nossos navios. A engenharia portuguesa é das melhores do mundo e nesta empresa valorizamos isso. A Marinha fez questão de desenvolver o projeto de criação desta classe de navios totalmente em Portugal, por isso foi criado um consórcio para a construção dos navios – uma parceria estratégica entre a EDISOFT e os estaleiros navais da WestSea em Viana do Castelo – em que a EDISOFT com os seus engenheiros associando-se à Rolls Royce, líder internacional neste domínio, desenvolveu e implementou o software que iria controlar e fazer funcionar todo o navio – Sistema Integrado de Gestão da Plataforma”. Dois desses navios-patrulha já foram entregues à Marinha e o resultado é muito positivo. “Estamos a criar trabalho. Esta é a uma área que criará mais postos de trabalho, num futuro próximo, porque as necessidades da Marinha existem, e permite garantir que esse trabalho é todo realizado por portugueses, em Portugal. O objetivo é que fiquemos com o kno-

Pedro Nunes, desenvolvimento de negócios e marketing


EDISOFT

w-how daquilo que nós próprios criámos e que esse trabalho qualificado fique em Portugal. Podemos exportar o produto final, mas o conhecimento fica connosco”. A inovação surge sempre aliada à investigação, mas Teresa Cardoso é perentória: “uma empresa tem de apresentar resultados práticos, embora essa investigação seja muito importante para nos mantermos sempre na vanguarda e podermos apresentar soluções inovadoras”. Um bom exemplo disso é o data center da Agência Europeia de Segurança Marítima, cujo concurso para remodelação foi ganho pela EDISOFT. “Nós criámos um novo paradigma, reformulámos todo o programa e garantimos uma performance 10 vezes melhor que o programa anterior. Isso só se consegue com investigação, mas depois essa investigação tem de ser prática. Tem de ter aplicabilidade, provar-se útil e com valor”. Precisamente porque a investigação que desenvolve tem resultados práticos, a EDISOFT tem protocolos com várias universidades e politécnicos – UBI, Instituto Superior Técnico, Universidade do Minho, MIT – de forma a poder ter acesso ao trabalho que também se vai desenvolvendo nesses centros de pesquisa e investigação. “Não podemos ficar para trás. A Defesa é um setor musculado, onde é essencial mostrar que se tem capacidade militar ou corre-se o risco de alguém tentar conquistar o nosso mar. Portugal tem a segunda maior extensão marítima, e tem de a proteger”.

A conquista do Espaço e a posição geo-estratégica da ilha de Santa Maria A ilha de Santa Maria, nos Açores, desempenha um papel importante, pelo seu posicionamento geo-estratégico, quer na proteção da costa portuguesa, quer na monitorização de sinais da rede Europeia de GPS e, na receção de dados meteorológicos: “A área do Espaço era reservada a entidades com grande capacidade financeira, que podiam suportar os custos de desenvolvi-

mento de um projeto espacial. Neste momento, assiste-se a uma revolução do setor, com o surgimento de projetos de menor dimensão, por exemplo, nano satélites, que implicam um custo bem mais pequeno e permitem a outras empresas Fernando Oliveira, aventurarem-se nesta área”, explica Tiago Sepúlveda, diretor do Departamento de Aeronáutica e Sistemas Espaciais. Além disso, é um setor que traz valor para a Economia, pois vários estudos apontam que, quem investe no Espaço, ganha, no mínimo, o dobro daquilo que investe: “quando a Agência Espacial Europeia estava à procura de um local para colocar uma estação de rastreamento de lançadores, a nossa empresa considerou que a ilha de Santa Maria dispunha de todas as condições necessárias. Propôs assim conjuntamente com o Governo Regional dos Açores a ideia à Agência Espacial Europeia, tendo todas as entidades concordado em avançar com o projeto”. O que era para ser uma infraestrutura temporária, em que a Agência Espacial Europeia iria recolher os dados necessários a Santa Maria e depois voltava a retirar a antena do local, acabou por se tornar numa estação permanente de monitorização, com engenheiros Santa Marienses: “inicialmente, era uma estação destinada unicamente ao rastreamento de lançadores, que foi adaptada para também poder recolher dados de satélites de Observação da Terra. A antena atual pertence à Agência Espacial Europeia, havendo, neste momento, o projeto de ser complementada por uma outra com 15 metros de diâmetro”. Esta estação tem também a capacidade de monitorizar os satélites que fazem parte da constelação GALILEO, o serviço de GPS europeu: “esta estação permite monitorizar

diretor de Marketing e Desenvolvimento de Negócios

a qualidade do sinal emitido pelos satélites, sabendo que esses satélites contêm software português – a versão do RTEMS, produzida pela EDISOFT”. São 12 mil linhas de código que contribuem para o funcionamento destes satélites. “Todos esses programas exigem muitos testes e certificações, dados os custos implicados no desenvolvimento de um satélite e na inacessabilidade do mesmo no caso de o programa apresentar defeitos”. Além disso, a estação de Santa Maria vai receber brevemente uma nova antena para recolha de dados climatéricos, através da leitura do sinal de satélites meteorológicos europeus. No setor da aeronáutica, há a destacar o desenvolvimento do programa de gestão de tráfego aéreo em pista – TopSky Tower, que permite aos técnicos que estão na torre de controlo gerir, de forma eficiente,a placa do aeroporto respetivo. “Neste momento, e graças à rede comercial do grupo THALES, estamos já a trabalhar em alguns dos maiores aeroportos do mundo, como, por exemplo, no aeroporto de Xangai”. No futuro, a EDISOFT quer ampliar a sua presença nesta área, e afirmar-se como líder mundial no nicho de mercado dos programas de suporte à gestão de tráfego áereo para torres, suportada na excelência da engenharia e know-how português e do alcance global do grupo THALES, ao qual pertence.

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BANCO BNI EUROPA

A ESCOLHA DO CONSUMIDOR NO SETOR BANCÁRIO “A atribuição destes prémios e da Escolha do Consumidor em particular, permite-nos estar confiantes de que a nossa estratégia irá posicionar o Banco BNI Europa como referência no novo sector bancário”. Quem o afirma é Pedro Pinto Coelho, Chairman and Chief Executive do Banco BNI Europa.

P

ara que possamos contextualizar os nossos leitores, peço-lhe que nos apresente o BNI Europa. O Banco BNI Europa iniciou a sua atividade em julho de 2014 e no final de 2015 decidiu tornar-se num banco digital focado em produtos inovadores. Hoje é o banco digital em Portugal com maior taxa de crescimento, tendo como missão oferecer aos seus clientes uma plataforma digital moderna e de baixo custo com produtos inovadores ajustados às suas necessidades. O Banco BNI Europa é hoje uma referência internacional enquanto ‘ChallengerBank’ assentando a sua estratégia na lógica de arquitetura aberta e na diferenciação. Este posicionamento permite ainda ao Banco BNI Europa destacar-se como líder na nova geração ‘Fintech’ de bancos europeus e continuar com taxas de crescimento significativas. Neste âmbito, o Banco BNI Europa tem também vindo a especializar-se na gestão de soluções alternativas de captação de recursos e de crédito, tendo já estabelecido parcerias com 18 Fintech’s europeias, através das quais disponibiliza depósitos a prazo e financia operações de crédito em diversas jurisdições europeias, nomeadamente Alemanha, Reino Unido, Holanda, Áustria, França e Bélgica. As operações de crédito financiadas incluem crédito ao consumo a particulares e estudantes, crédito a PME’s, incluindo-se factoring e financiamento imobiliário.

Miguel Rola, Pedro Pinto Coelho e Nuno Martins 94 | Revista Business Portugal maio 2018

O que vos distingue das restantes entidades bancárias existentes no país? Consideramos que a banca tem de se reinventar, tem de acompanhar uma sociedade onde a mudança e cada vez maior e mais rápida. Sendo um banco jovem, o Banco BNI Europa tem como objetivo desafiar o ecossistema bancário tradicional colaborando com fintech’s para lançar novos produtos permitindo utilizar a tecnologia mais avançada em termos de análise de risco, experiência do consumidor e entrada rápida no mercado. Esta orientação estratégica permite que o Banco BNI Europa se afirme como um ‘Challenger Bank’, assente na lógica de arquitetura aberta e na diferenciação. Este posicionamento permite ainda ao Banco BNI Europa destacar-se como uma referência na nova geração ‘Fintech’ de bancos europeus e continuar com taxas de crescimento significativas. Que produtos e serviços disponibilizam? Até neste sentido o Banco BNI Europa se distingue da banca tradicional. O Banco BNI Europa oferece aos seus clientes produtos simples que realmente precisam comercializando-os sobre duas marcas. Por um lado temos sobre a marca BNI Europa produtos de uso generalizado e que as pessoas realmente precisam: depósitos à ordem e a prazo e cartões de débito e ainda uma app e uma plataforma de homebanking simples e de fácil utilização de qual os clientes têm tido uma reação muito positiva dada a sua muito fácil utilização. Sobre a marca Puzzle disponibilizamos crédito pessoal, sendo a sua concessão totalmente online. De facto a PUZZLE, é uma plataforma de crédito totalmente online, focada no crédito ao consumo e que nasceu para agilizar e revolucionar a forma como se concede crédito em Portugal. Com diferentes prazos de pagamento, pretende ser uma resposta rápida a pequenas necessidades de crédito, que podem ser satisfeitas de forma desburocratizada, simples e rápida. Em apenas alguns minutos o processo de concessão do crédito poderá ser concluído pelo cliente, permitindo que, num prazo até 24 horas após a aprovação do mesmo, o cliente tenha o dinheiro na conta à ordem do seu banco habitual. Assente numa tecnologia de vanguarda, qualquer processo é 100 por cento online, confidencial, responsável e seguro.


BANCO BNI EUROPA

Qual a estratégia para que este galardão se mantenha? Manter a nossa estratégia de orientação da atividade para o mercado europeu e para nichos do mercado em Portugal, apostando na inovação e diferenciação. Durante 2018 o Banco BNI Europa irá continuar a assumir-se como um dos bancos que melhor remunera os depósitos, robustecido em paralelo o seu negócio de banca digital na relação com os clientes particulares e empresas, consolidando e alargado as parcerias com Fintech’s e dado continuidade ao desenvolvimento de produtos/serviços, que no decurso de 2018 introduzirão algo de inovador no mercado português, permitindo ao Banco ocupar segmentos que não estão a ser atendidos pelos demais operadores financeiros do mercado.

“Um banco com uma oferta simples e facilitadora”. Como se consegue algo numa área complexa como a banca e as finanças? Com a assunção de que o futuro da banca está em adaptar-se rapidamente às mudanças vertiginosas que estão a acontecer no mundo. Se o conhecimento avança de forma vertiginosa a única forma de o acompanhar é fazer parcerias com entidades que nos permitam estar sempre à frente em soluções e tecnologias que têm vindo a ser desenvolvidas. Assim e funcionado assente na lógica de arquitetura aberta e na diferenciação temos vindo a fazer parcerias com fintech’s europeias para lançar novos produtos permitindo utilizar a tecnologia mais avançada em termos de análise de risco, experiência do consumidor e entrada rápida no mercado. Há alguma renitência por se tratar de um banco digital ou uma vez que vivemos cada vez mais no digital a aceitação por parte do utilizador é mais simples? Como o digital faz cada vez mais parte da nossa vida vai havendo cada vez menos resistência. O digital traz consigo a simplificação e permite que se perca menos tempo com situações do dia a dia, permitindo simultaneamente fazer de forma eficaz a gestão das disponibilidades financeiras de cada um. Receberam o galardão de Escolha do Consumidor. É o reconhecimento merecido à vossa dedicação e atenção ao cliente? Consideramos que sim. Para nós é

Mas os prémios já fazem parte da vossa importante ouvir o cliente e saber o que história. Que outros reconhecimentos pensam de nós e como nos posicionam no merecem destaque na nossa edição? mercado. Muitas vezes há uma clara disNeste momento podemos dizer que sotinção na forma como as marcas se vêm e a mos um banco multi premiado. Com estes, forma como os clientes veem as marcas. A o Banco BNI Europa totaliza já nove prédesintonia entre estas duas visões distorce mios ganhos só em 2017. Em Portugal, para as marcas e são a diferença entre o sucesso e além da Escolha do Consumidor, fomos o fracasso de uma marca. Para nós é impor- também distinguidos com o Prémio Cinco tante saber como nos veem e consideram, Estrelas igualmente na categoria de Banca só assim podemos ajustar a nossa estratégia Digital e pela Revista Exame de ‘Pequeno para que os clientes e o mercado nos vejam e Médio Banco que mais cresceu em 2016’. de facto como queremos que nos vejam. Estes prémios vieram juntar-se a outras disSomos uma nova forma de fazer banca mas tinções internacionais já conseguidas pelo onde o cliente é participante ativo. Cada BNI Europa em 2017, nomeadamente ‘Best sugestão recebida é vista como uma opor- Internet Bank 2017’ pela Global Business tunidade de negócio. Outlook, ‘Bank of the Year’ pela European Global Banking and Finance, ‘Best Digital Bank’ pelo Global Banking and Finance Review, ‘Excellence in Growth for Retail Banking’ pela Finance Digest e ‘The Most Innovative Bank – Portugal’ pela International Finance Magazine . A título individual, Pedro Pinto Coelho, CEO do Banco BNI Europa, foi distinguido pela ACQ (Aquisition Finance) com o prémio GAMECHANGER OF THE YEAR 2017 – Portugal. Em 2016 já tínhamos também sido distinguidos com três prémios internacionais. A atribuição destes prémios e da Escolha do Consumidor em particular, permite-nos estar confiantes de que a nossa estratégia irá posicionar o Banco BNI EuroPedro Pinto Coelho, pa como referência no novo setor Chairman and Chief Executive bancário. maio 2018 Revista Business Portugal | 95


FORMAZ

“BUILDING YOUR WORLD, TOGETHER” FormaZ é o nome de uma empresa que, apesar de ter a sua sede em Coimbra, apresenta diversas soluções na área da engenharia e arquitetura a nível nacional e internacional. Luís de Almeida, administrador, foi o porta-voz da mesma para esta edição da Revista Business Portugal.

C

omo começou este projeto? Este projeto teve início no ano de 2009, por minha iniciativa, àquela data ainda único sócio. Posteriormente, foi alargado o âmbito de atuação da empresa, englobando uma série de outros serviços para além da engenharia civil. Assim, neste momento, a FormaZ disponibiliza aos seus clientes um leque alargado de serviços, que consubstanciam em si a Engenharia Civil, Arquitetura, Consultadoria, Decoração de interiores e Design 3D, exportação/importação de materiais de construção e, recentemente, aposta também no mercado imobiliário. Qual foi o maior projeto que já realizaram? São vários os projetos de referência elaborados pela FormaZ, mas podemos indicar a título exemplificativo o Tribunal de

Contas de Luanda em Angola, com a função de formação e equipamento de apoio ao Tribunal, que comporta várias valências, permitindo uma ocupação permanente e polivalente, com uma área de construção 6.600,00 metros quadrados e uma volumetria de 26.900,00 metros cúbicos, estimando-se o custo de obra em 20.000.000,00 USD. Que projetos mais realizam: pequenos projetos ou grandes empreitadas? A experiência adquirida e demonstrada pela FormaZ permite realizar projetos tanto de pequena e média escala como também projetos de grande dimensão, destacando-se a Habitação, Comércio e Serviços, Turismo e Lazer, Indústria, Saúde e Educação, Desporto, Infraestruturas Rodoviárias e Planeamento Urbano. A crise económica que se instalou no país a partir de 2008 e os seus impactos no setor da construção e do imobiliário determinaram a necessidade de repensar as políticas urbanísticas e as alterações no quadro legal e regulamentar vigente. O facto de, em contexto de crise, o financiamento das operações de reabilitação urbana por via do investimento público se encontrar diminuído tornou indispensável a adoção de estratégias para atrair o investimento privado. Assim, a FormaZ, juntamente com os seus clientes e parceiros, têm apostado fortemente nesta área, de forma a contribuir para a revitalização, recuperação da entidade e cultura, não só dos centros históricos, como de todo o património que envolve as cidades e aldeias, potenciando-os.

Arquitetura • Engenharia • Comunicação • Imagem

Quais os maiores desafios que enfrentam? Podemos enumerar alguns dos desafios que encontramos no nosso atelier, um deles passa, inevitavelmente, por procurar novos conceitos e novas formas de projetar, recorrendo à constante atualização e procura de novas ferramentas de trabalho. Outro desafio que enfrentamos é sempre o melhor relacionamento entre os engenheiros e arquitetos com o gestor de projeto, considerando que nem sempre o que e o cliente pretende é o melhor ou mais adequado no caso concreto ou no projeto.

PT: Rua 4 de Julho, nº3 -1º Andar, Pedrulha, Coimbra, 3025-010 Portugal AO: Rua Kwamme Nkrumah, n 169, Luanda - Angola geral@formaz.pt | +351 239 056 489 www.formaz.pt

96 | Revista Business Portugal maio 2018

Quais os planos ou projetos que têm para um futuro próximo? Os nossos planos vão no sentido de dar continuidade ao excelente desempenho da formaZ, que se avulta a cada ano e prosseguir com a internacionalização da nossa empresa em novos mercados. Somos já uma empresa de referência a nível nacional e internacional e pretendemos manter os nossos padrões de exigência e excelência e crescer ainda mais de forma sustentada, com recurso sempre à inovação no nosso âmbito de atividade.


PACAR

FLUIDOS QUÍMICOS COM GARANTIA DE QUALIDADE NACIONAL Há 25 anos que a PACAR desenvolve e fabrica produtos diferenciadores para a manutenção e o cuidado dos automóveis. Com projetos novos, Sílvio Pacheco explicanos as soluções que a sua marca tem para oferecer ao mercado profissional do setor automóvel.

Um caminho sinuoso, mas de constante evolução e inovação”, é assim que Sílvio Pacheco descreve um percurso de 25 anos de uma marca que fundou e fez crescer, especializando-se no mercado profissional, mais concretamente na área do aftermarket. Depois de uma fase de estagnação após a venda da empresa em 2006, Sílvio Pacheco agarrou novamente o projeto volvidos cinco anos – a marca estava registada – em conjunto com a Growflower. “Entramos no mercado profissional e a ascensão foi rapidíssima”, conta-nos. Na Growflower, florescem os produtos que se destinam à utilização na área automóvel em várias linhas e gamas. É nesta fábrica, sediada em Baguim do Monte, que está a linha de produção da PACAR. “O nosso core business principal são os anticongelantes específicos para as marcas. Fornecemos vários tipos de referências que abrangem várias marcas de automóveis, pesados, maquinaria agrícola, industrial”, explica o sócio-gerente. Para além disso, a marca disponibiliza outros tipos de produtos, nomeadamente destinados à limpeza, proteção industrial, passando também pela gama de car care -champôs com cera, concentrados e manuais, bem como limpa vidros. Sendo uma indústria química, a responsabilidade ambiental que assume é uma componente essencial na perspetiva de Sílvio Pacheco. “Estamos na última fase de certificação das normas 14000 e 9000. Somos das poucas empresas químicas que não tem qualquer tipo de drenagem e que tem uma eficiência total, sem derrames. Além disso, todos os produtos são reaproveitados e integrados na produção posterior para não haver perdas”, refere. Com uma forte aposta na inovação e qualidade dos seus produtos, a PACAR sente uma dificuldade no contacto com os operadores do setor automóvel, uma vez que estes “ainda estão habituados a preços mais baratos”. No entanto, a evolução exige que os veículos necessitem de produtos específicos e mais avançados. “Os motores que antigamente eram de ferro, agora são de alumínio. Assim, os anticongelantes precisam de ter uma carga de aditivos para ter uma proteção extra ao alumínio”, explica, evidenciando a mudança de paradigma.

Antigamente, os produtos tinham cargas minerais que já não se adequam aos tipos de metais que utilizam hoje na construção de motores. Neste contexto, a PACAR foi também pioneira na formação dos seus parceiros e clientes nos produtos adequados a cada modelo. Em constate mutação, o setor automóvel prevê cada vez mais desafios aos seus intervenientes. Produtos híbridos, lúbridos, tecnologias mistas são conceitos presentes e futuros. Daí que a PACAR desenvolva anticongelantes com fórmulas complexas e diversificadas compostas por minerais, elementos orgânicos e outros mais ecológicos, nomeadamente a glicerina – produtos que atendem à tendência Fill for life. Como projetos futuros, Sílvio Pacheco refere-nos três. O projeto de internacionalização através da exportação para mercados emergentes como Espanha, Suíça, Argélia e Marrocos e o de amplificação das linhas de produção. Numa área distinta, surge o terceiro projeto no âmbito dos lubrificantes (óleos e massas), no qual deposita grande esperança, apesar de sentir alguma dificuldades de afirmação no mercado nacional. De salientar ainda o apoio da marca desporto automóvel em competição, nomeadamente no campeonato nacional trial 4*4, com a equipa Tábô Pacar Team 4*4 na classe Super Proto com o Piloto Flávio Gomes, que tem alcançado resultados com especial destaque.

Sílvio Pacheco, administrador maio 2018 Revista Business Portugal | 97


PWC

UMA DAS 10 MARCAS MAIS PODEROSAS DO MUNDO A PwC é uma empresa dedicada à auditoria, consultoria e fiscalidade. Gabriela Teixeira, sócia desde 2014 e responsável pela área de Management Consulting dentro da área do Advisory, respondeu a algumas questões da Revista Business Portugal sobre esta empresa.

C

omeço por lhe pedir que apresente a PwC. A PwC é uma rede de firmas independentes entre si, está presente em 158 países e conta com mais de 236.000 colaboradores que partilham o objetivo de prestar serviços de qualidade em auditoria, consultoria e fiscalidade. As firmas da PwC colaboram com organizações e pessoas na solução de problemas complexos e criação do valor para os clientes. A PwC conta com 35 partners e mais de 1.300 colaboradores distribuídos pelos escritórios de Lisboa, Porto, Luanda e Praia.

A nossa missão é construir confiança na sociedade. Com a nossa experiência e as competências que temos, apoiamos os nossos clientes de todos os setores para atingir os seus objetivos. A inovação é um pilar do nosso desenvolvimento, de forma a podermos dar resposta aos desafios dos nossos clientes. A PwC preocupa-se com a formação constante dos seus profissionais. Queremos inspirar as nossas pessoas a se desafiarem a elas próprias e a desenvolverem novas competências para dar resposta aos problemas dos nossos clientes.

O que vos distingue das demais empresas existentes no setor? A PwC em 2017 foi considerada uma das 10 marcas mais poderosas do mundo. Estamos classificados no quinto lugar do ranking global “World’s Most Attractive Employers” e, a nível nacional, como a segunda empresa mais atrativa para jovens licenciados em auditoria e consultoria (Universum Global 2016/Portugal 2016). Em Portugal, a PwC distingue-se por ser a empresa líder em serviços de Auditoria, onde possui uma quota de mercado de mais de 30 por cento nas empresas cotadas na Euronext Lisboa. No que diz respeito aos serEm Portugal, Cabo Verde e Angola somos cerca de 1.300 colaboradores, apoiados por uma rede global viços de Consultoria, a PwC foi de mais de 236.000 pessoas em 158 países, que partilham o objetivo de prestar serviços de qualidade em auditoria, eleita líder mundial em serviços assessoria de gestão, fiscalidade e formação para executivos. de Business Consulting, Strategy Consulting e Supply ManaConheça-nos melhor gement Consulting pela IDC em www.pwc.pt (Marketscape report, 2017) e classificada como uma das melhores empresas do mundo pelas

Inspiração, inovação e liderança. É assim que se apresentam. Porquê?

Relações de confiança

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© PwC 2018. Todos os direitos reservados. PwC refere-se à PwC Portugal, constituída por várias entidades legais, ou à rede PwC. Cada firma membro é uma entidade legal autónoma e independente. Para mais informações consulte www.pwc.com/structure.

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Gabriela Teixeira, advisory partner

suas políticas de gestão da diversidade (DiversityInc, 2017). São reconhecidos pelo vosso apoio às startups em Portugal. Quais as dificuldades que as mesmas ainda enfrentam e que passos deveriam ser dados para os colmatar? De facto, a PwC em Portugal tem vindo a apoiar um conjunto de startups em Portugal na execução dos seus projetos e a criar valor a todo este ecossistema. A capacitação e o apoio ao empreendedorismo permitem que as empresas melhorem o seu plano de negócio, aumentem a sua eficiência e rentabilidade e possam crescer de forma mais rápida e sustentável. Por onde passa o futuro da PwC? No futuro, a PwC irá continuar a ser uma empresa de referência no que respeita a serviços profissionais de gestão, irá prosseguir com a identificação das principais tendências globais, a desenvolver as melhores equipas para resolver os desafios dos nossos clientes, continuando a ser uma empresa líder em matéria de cultura organizacional, preocupada com os desafios futuros de desenvolvimento sustentável e consciente dos desafios dos nossos clientes.


ENDRESS+HAUSER

APOSTA EM PORTUGAL A Endress+Hauser, especialista em tecnologia de medição e automação de processos para a indústria, acaba de inaugurar um novo edifício em Palmela, consolidando o seu plano estratégico de crescimento em Portugal. A obra representa um investimento de cerca de um milhão de euros e irá reforçar a excelência das operações no nosso país, onde a empresa está presente diretamente desde 2002. A importância deste investimento mereceu a vinda, pela primeira vez, a Portugal do CEO da multinacional suíça.

Para manter um ritmo de crescimento acelerado num mercado cada vez mais exigente, tornou-se necessário adequar a nossa estrutura às necessidades dos nossos clientes e colaboradores”, afirma Paulo Loureiro, Diretor Geral da Endress+Hauser Portugal na sequência da inauguração do novo centro de vendas, em Palmela. O novo edifício representa um investimento na ordem de um milhão de euros e comprova o compromisso da empresa para com o nosso país: “Portugal é muito importante para a nossa estratégia de cobertura da Península Ibérica, por isso estamos a dar o próximo passo para nos afirmarmos como líderes no mercado português”, afirma o CEO do Grupo, Matthias Altendorf, que aproveitou a inauguração para vir pela primeira vez a Portugal. A Endress+Hauser está presente diretamente em território nacional há 16 anos, onde conta com uma equipa de cerca de 20 colaboradores – que integram uma força internacional de mais de 13.000 pessoas. A estrutura portuguesa beneficia agora de instalações modernas, funcionais e com capacidade para suportar o potencial de crescimento da empresa. O novo edifício ocupa um terreno de 2100 metros quadrados “com flexibilidade para expansão futura do negócio”, como sublinha Paulo Loureiro. Em Portugal, a Endress+Hauser apoia empresas de vários setores económicos, através de uma força de vendas, suporte e apoio técnico que cobre 100 por cento do território. A empresa fornece soluções integradas para as indústrias de alimentos e bebidas (40 por cento dos clientes), química e petroquímica (13 por cento), águas limpas e residuais (10 por cento), farmacêutica (7 por cento), primários e metais (6 por cento) e o restante nos setores de pasta de papel e de energia. Segundo Klaus Endress, filho do fundador e atual Presidente do Conselho de Supervisão, “trata-se de indústrias estrategicamente importantes para a Endress+Hauser”. Analisando os resultados de Portugal, o CEO da multinacional afirma que a estrutura portuguesa poderá “atingir seis milhões de euros em vendas este ano e os dez milhões nos próximos cinco anos”. Também o Diretor Geral da Endress+Hauser Portugal acredita que voltará a ter em 2018 o melhor ano de sempre: “Estamos num bom momento e acredito que continuaremos assim. Estes resultados são fruto de uma estratégia de longo prazo que passou por reestruturar a equipa de acordo com as competências, aumentar a força de vendas e reforçar o contacto com o cliente final obtendo boa resposta do mercado”. E reforça que “as pessoas estão altamente empenhadas em fazer deste ano o melhor de sempre”.

Equipa Endress+Hauser Portugal | Paulo Loureiro, Diretor Geral Klaus Endress, Presidente do Conselho de Supervisão John Salusbury Diretor de Vendas Matthias Altendorf, CEO

Indústria 4.0 Saiba como reduzir a complexidade da sua instalação industrial. A realidade aumentada chegou à automação de processo com a Endress+Hauser. Saiba mais em

Endress+Hauser Portugal, Lda. Rua da Prata, lote 133 Urbanização Vale do Alecrim 2950-007 Palmela Portugal Tel.: +351 214 253 070 Fax: +351 214 253 079 info@pt.endress.com www.pt.endress.com

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CARPIMODERNA

O ABRAÇO A UM SONHO DE JOVEM Um negócio que já vem de gerações. Uma família tradicional dedicada à carpintaria e marcenaria que foi “deixando as coisas para os filhos, transmitindo a aprendizagem”. O filho foi-se “apegando ao ramo em que o pai sempre trabalhou, mas teve que deixar devido à idade”.

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mérico Pereira é o CEO da Carpimoderna e, em conjunto com Cristina Borges, diretora executiva, tem vindo a implementar novas dinâmicas na marca. Em entrevista à Revista Business Portugal, Américo Pereira conta como têm sido os anos de negócio e revela as principais perspetivas e ambições para o futuro que se aproxima.

O abraço a novas oportunidades Quando Américo Pereira tomou conta da empresa, em 2000, optou por começar a abordar mercados estratégicos. Exemplo disso é a entrada no “mercado comercial de loja, pois nesta zona as empresas tinham falta e não existia nada disso”. Habituado a estudar novas oportunidades, Américo “lançou-se para o mercado de Lisboa e vão chegando os parceiros, colaboradores e outras oportunidades”. Sempre a surgirem “parceiros com produtos novos, recentes e para novos arquitetos”, e o sonho foi-se cumprindo passados já 18 anos. Américo Pereira foi-se “formando ao longo da vida na área da carpintaria com os meus pais, os meus tios e toda a família”. Mas conforme as “coisas foram crescendo, sentimos a necessidade de acompanhar o crescimento e subir de patamar”.

O início do negócio da Carpimoderna Foi quase a terminar o ano de 2005, em outubro, que Américo Pereira deu voz ao sonho que trazia consigo, desde jovem. Nasceu assim a Carpimoderna. Contrataram-se assim colaboradores e formou-se uma equipa qualificada e experiente nas diversas áreas que se agregam no setor da atividade. A entrega dos trabalhos “com chave na mão” foi determinante para aumentar o grau de satisfação dos clientes. Nos dias de hoje, a Carpimoderna encontra-se certificada para atuar tanto no território nacional como internacional, disponibilizando para o efeito os técnicos especializados. A empresa tem apostado e sustentado a sua forma de trabalhar nas novas tecnologias e em cursos profissionais; quer a nível dos fornecedores - com apresentação de novos produtos e sua transformação, quer na formação pela frequência de cursos do CFPIMM – Centro de Formação 100 | Revista Business Portugal maio 2018

Começaram também a “dedicarse a uma linha completa de casa de banho” surgindo a WOODGLAM


CARPIMODERNA

Profissional das Indústrias da Madeira e Mobiliário.

tendo chegado ao pódium dos finalistas”, conta. As feiras internacionais têm-se mantido presentes no percurso da empresa, com um prémio já obtido numa feira alemã, o German Design Award 2018. A Woodglam tem “corrido o mundo todo e deixado todos surpreendidos, sendo direcionado para um público diferente do habitual, nomeadamente mais para fora de Portugal”. “A aposta na internacionalização, principalmente há dois anos, tem efetivamente atraído resultados positivos, quebrando-se o tabu do medo de loiça em madeira – senti-o principalmente na Feira na Rússia”. Em qualquer parte do mundo, “nós conseguimos encontrar o nosso nicho de mercado”.

Mercados para além das fronteiras portuguesas - A WOODGLAM Com o stock elevado em madeira maciça, com as ideias que tinha e os materiais com que já trabalhavam, começaram também a “dedicar-se a uma linha completa de casa de banho”, a WOODGLAM, que respondeu a “um nicho de clientes que acreditava que ainda que o maciço fosse bom, era caro e foi importante mostrar outras matérias-primas. Muitas vezes, no início, as coisas não resultaram”, recorda, contudo. O processo desenrolou-se por “tentativa-erro”, e as decisões foram surgindo em conjunto com os parceiros – aspeto este que a empresa sempre privilegiou. Américo conseguiu assim “não só rentabilizar o espaço como também aproveitar as madeiras de tamanho mais pequeno que ainda que não dessem para fazer construção, davam para coisas mais pequenas”. Esta preocupação, vai ainda ao encontro de outra pedra basilar da empresa; o respeito pela sustentabilidade ecológica. Foram à “descoberta da internacionalização e logo a nossa primeira feira, em Inglaterra, correu muito bem porque ficamos nomeados para a categoria de ‘inovação’,

Américo Pereira e Cristina Borges, Ceo e diretora executiva

“Nós conseguimos encontrar o nosso nicho de mercado”.

carpimoderna.pt

Rua Tim Tim, Mato da Cruz, 2670-677 Bucelas Tel. + 351 219 693 690 Telm. + 351 917 677 226 Email. geral@carpimoderna.pt

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COSTA VERDE

DESIGN E INOVAÇÃO DE CLASSE MUNDIAL

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alar de porcelana portuguesa é, inevitavelmente, falar da Costa Verde. Conte-nos a história desta empresa. A Costa Verde nasce em 1990, no entanto começa efetivamente a produzir e a faturar em 1992, sendo um caso sui generis no tecido empresarial português, dado ser a primeira vez que a distribuição vai ficar ligada à indústria, porquanto 75 por cento do capital pertence aos principais distribuidores nacionais de artigos para a casa e hotelaria, sendo os restantes 25 por cento à equipa de gestão. A Costa Verde surgiu da necessidade destes distribuidores, terem um parceiro na indústria que lhes assegurasse o desenvolvimento e fabrico de artigos de porcelana, tanto na vertente domestica como profissional. Passados 25 anos, esta parceria tem permitido excelentes resultados não se prevendo qualquer alteração a curto ou médio prazo. Na Costa Verde estamos conscientes do que somos e para onde caminhamos. Rapidamente nos apercebemos que tínhamos o conhecimento suficiente para saber que nos devíamos focar em fabricar, com qualidade, a um custo razoável e sobretudo ter flexibilidade, e permitir prestar um excelente serviço ao cliente. Como se distingue a porcelana dos demais produtos cerâmicos? A porcelana, a cerâmica e a faiança são materiais bastante semelhantes, havendo até uma tendência para que sejam confundidos. É, por isso, necessário estar atento a estas quatro características e diferenças. * Características únicas de cada material: porcelana e a faiança são igualmente brancas. Contudo, são facilmente diferenciáveis pelo aspeto ‘craquelado’ da faiança. Esta é cozida em temperaturas mais baixas do que a porcelana, o que faz com que o esmalte não se funda com o restante material, dando a aparência ‘estilhaçada’ à faiança. Com a porcelana, isto não se verifica. Por ser cozida a temperatura mais elevadas, obtém uma superfície lisa e uma translucidez muito característica deste material.

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Paulo Pinto Santos, marketing manager

• Diferentes composições: a cerâmica, além do feldspato, tem sílica e argila na sua constituição. Em alguns processos de fabricação podem ser acrescentados outros elementos. A faiança, por sua vez, não tem quartzo na sua composição e possui uma dose de caulino menor que a da porcelana. As matérias-primas utilizadas, apesar de comuns às outras cerâmicas, passam por critérios de seleção qualitativa muito mais exigentes no que respeita à constância de características técnicas e ausência de contaminantes, e ao procedimento diário de testes laboratoriais de controlo. • Diferentes porosidades: a cerâmica é porosa, absorvendo com maior facilidade alguns elementos a que é exposta. A faiança também é porosa, mas passa por uma esmaltação para diminuir o aspeto poroso e a absorção. O mesmo não acontece com a porcelana que, por não ter porosidade, é praticamente, impermeável. • Som emitido pelos materiais: outra forma de diferenciar os materiais é através do toque. Se batermos levemente com a ponta do dedo na porcelana, esta vai emitir um som mais alto do que a cerâmica e a faiança. Quais as razões para escolher a porcelana? Na altura da compra de produtos de porcelana, podem surgir algumas dúvidas,

sobretudo porque é um produto um pouco mais dispendioso do que outras cerâmicas. Contudo, existem algumas características únicas que poderão compensar o valor pago. * Dureza e resistência do material: a porcelana é um material que possui uma delicadeza e beleza que, ao longo dos séculos, tem vindo a ser aprimorada para ser agradável ao toque. No entanto, esta delicadeza não é sinónimo de fragilidade, pelo contrário. A resistência e durabilidade do material são, atualmente, dois fatores muito importantes no processo de produção da porcelana. Há um maior cuidado e exigência na escolha das quatro matérias-primas. • Elegância e sobriedade: na altura de preparar um jantar para os amigos ou de escolher a louça para um restaurante, pensamos sempre na decoração do ambiente e da mesa. Até mesmo nos hotéis, que trabalham o conceito de elegância e sofisticação, as louças e materiais decorativos escolhidos são um fator muito importante. Por vezes, queremos algo simples, outras vezes, preferimos algo mais requintado. Os serviços de porcelana adequam-se às duas situações e têm a capacidade de serem intemporais, principalmente os de porcelana branca. Uma vez que não têm cor adicionada, estes podem ser conjugados com qualquer estilo. Além disso, por serem de uma cor ‘neutra’, permitem que a refeição servida seja o destaque, o que os torna ideais para restaurantes. Atualmente, existe uma grande variedade de designs e peças de porcelana. Mesmo as mais coloridas dão uma imagem visual elegante e sóbria, podendo ser o destaque de qualquer apresentação. * Maior higienização: este é um fator muito importante. Quanto maior a sua porosidade, mais facilidade terá em absorver elementos com os quais contacta, dificultando a sua higienização. Esta dificuldade não se verifica com a porcelana, uma vez que não absorve impurezas e tem uma superfície homogénea e totalmente impermeável. Manter os materiais de porcelana limpos é, por isso, mais fácil. Deste modo, é também possível utilizar com maior frequência estes


COSTA VERDE

produtos, fazendo com que o o custo compense pela durabilidade. Quais são os vossos principais produtos? A Costa Verde tem realizado um esforço digamos continuo de aposta em novos produtos e soluções. Mas não podemos deixar de referenciar o ano de 2003 como o ano de viragem da abordagem ao design e do inicio do trabalho com o reputado atelier londrino Studio Levien, com o qual desenvolvemos e apresentamos nesse mesmo ano a linha Duo, mas que nos últimos 15 anos temos já igualmente desenvolvido e apresentado ao mercado, com sucesso, outras linhas como Isola, Saturno, Opera, Eclipse, ou então as últimas Universal e Nordika, esta apresentada em fevereiro deste ano na Alemanha. A aposta em tecnologia e na modernização de equipamentos é uma realidade na Costa Verde? A Costa Verde tem feito desde sempre uma aposta no investimento relativo à sua área produtiva e ao seu posicionamento no que diz respeito à inovação tecnológica, garantindo assim uma posição líder de mercado, tornando-a uma das fábricas mais inovadores do seu setor. Realizou muitos investimentos em tecnologia ao longo dos anos, aposta fortemente na investigação e desenvolvimento, tendo realizado muitos projetos financiados pelo QREN e atualmente pelo Portugal 2020 estabelecendo

parcerias com Universidades e Institutos de Investigação. Em 2017 certificou-se pela Norma NP 4457 - Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação, comprovando assim que mantem o foco no futuro, percebendo desde o início que o crescimento e sucesso das empresas, e o seu especificamente, está interligado com a sua capacidade de inovação. Quais são os vossos principais mercados?

Os principais mercados da Costa Verde são as geografias do espaço da União Europeia, no entanto, e resultado dos inúmeros esforços realizados de promoção, e neste momento de consolidação da nossa marca, geografias como os Estados Unidos, o Japão, a Coreia do Sul entre outras, tem assumido primordial importância. A Costa Verde está hoje presente em mais de 50 países em todo o mundo. Tem no nosso portfolio de clientes, ou melhor dizendo de parceiros de negócio unidades hoteleiras, restaurantes, companhias aéreas e companhias de navegação espalhadas por todo o mundo. No que diz respeito a Portugal poderão encontrar-nos na cadeia de hotéis Real, Marriott Lisboa, na cadeia Accor, no emblemático grupo Altis, no grupo Meliã, Olissippo, Tivoli, entre muitas outras unidades independentes. Mas é na exportação, onde realizamos cerca de 75 por cento da faturação que marcamos mais presença, desde logo nos Estados Unidos, onde em 2015 fornecemos o maior projeto de aquisição de porcelana com o fornecimento ao complexo Mandalay Bay, e onde vamos fornecer um outro já este ano, o conhecido Venetian Complex, estamos no Chile na cadeia W e Ritz Carlton, no Brasil no grupo Golden Tulip, em Espanha em diversas unidades, em Inglaterra na cadeia Hilton, na Coreia do Sul na cadeia Marriott e por aí fora, nunca esquecendo que encontrarão o nosso produto do Chile ao Canada, da Africa do Sul à Suécia e Noruega, passando pelo espaço da União Europeia e Suíça, ou então do Dubai ao Japão, China e à Coreia do Sul. Um dos maiores reconhecimentos, para nós, tem sido a escolha da Costa Verde como parceira de negcio de alguns dos mais importantes projetos de reputados chefes de cozinha internacionais, destacando-se o chefe francês Alan Ducasse. A cada exercício estamos a conseguir promover e vender o nosso produto a mercados que até há alguns anos eram geografias longínquas, mas onde apreciam em primeiro lugar a produção europeia e claro está o produto português. Esta diversidade de geografias e grupos hoteleiros permite-nos não estar dependentes de somente alguns mercados e clientes.

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FOCUS2COMPLY

“NÃO HÁ NENHUMA EMPRESA COMO A NOSSA EM PORTUGAL” A Focus2Comply fez em fevereiro três anos e nasceu com o objetivo ter um posicionamento, até à data, único no mercado: endereçar temas relacionados com a gestão de segurança da informação – confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação – de uma forma holística (ou seja, o sistema como um todo determina como se comportam as partes), envolvendo pessoas, processos e tecnologia. Alteração na legislação de proteção de dados As novas exigências do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) são aplicáveis a todas as empresas que, no exercício da sua atividade, analisem dados pessoais. O objetivo é harmonizar a legislação relacionada com a proteção de dados pessoais em toda a Europa, bem como criar o que poderá vir a ser uma das referências na proteção de dados. Governação da informação é o foco da Focus2Comply e a privacidade é uma disciplina desse setor. Assim, o tema da regulamentação da proteção de dados surgiu na nossa conversa Luís Lobo e Silva, Managing Partner

Somos uma empresa de governação, risco e conformidade na área de segurança da informação. Existem algumas empresas tecnológicas que fornecem soluções e serviços na área de tecnologia e administração de sistemas e de bases de dados, também existem outras que fornecem soluções de segurança (como firewall e antivírus). Mas não há nenhuma empresa como a nossa em Portugal”, assim se iniciou a nossa conversa com o sócio Luís Lobo e Silva. A empresa sediada em Oeiras surge de um spin-off de uma empresa, de serviços de administração de tecnologia, que há já dois anos foi substituída na estrutura societária. A Focus2Comply assume identidade própria por forma a consolidar a sua atividade. “Para ter sucesso empresarial é preciso o mercado existir, ter o posicionamento certo e focar numa determinada atividade”, explicou Luís Lobo e Silva. 104 | Revista Business Portugal maio 2018

“Para ter sucesso empresarial é preciso o mercado existir, ter o posicionamento certo e focar numa determinada atividade”.


FOCUS2COMPLY

com Luís Lobo e Silva. “Isto vem tentar organizar ‘a casa’ do ponto de vista de privacidade pessoal. É uma questão de bom-senso e essa noção deve imperar em qualquer método de gestão. É importante até na relação empresarial entre países, dentro e fora da Europa”. Impor controlo no acesso à informação pessoal é, na opinião do nosso interlocutor, uma boa prática empresarial: deve-se expor como e pelo que motivo se obteve os dados, qual o uso que lhes é dado e se houve consentimento para os deter. “O grande desafio de muitas organizações”, considera, “é o de evitar ter informação a mais, desnecessária. Há sempre a tendência para querer mais, é uma questão cultural. Será uma grande mudança”.

Atitude holística “Porquê holística? Porque assentamos a nossa atividade numa matriz holística– Pessoas, Processos e Tecnologia –, que decorre da nossa composição organizacional e de competências com ADN tecnológico pelo que, não sendo nós uma empresa de tecnologia, temos capacidade de compreender e aconselhar na vertente tecnológica, na perspetiva da arquitetura de infraestruturas e consultoria”, expõe. A Focus2Comply é a única empresa reconhecida em Portugal pela BSI - British Standards Institution, para ministrar formação certificada por esta entidade, e a única da Península Ibérica reconhecida pela mesma para consultoria na gestão de segurança de informação, continuidade de negócio e gestão de risco. Assegurando padrões reconhecidos internacionalmente nos serviços prestados, dedicam-se a um nicho do mercado. “Estou convicto de que continuaremos a crescer sustentados e concentrados num caminho, pelo que o mercado acabará por nos reconhecer qualidade e competência e dar-nos preferência”.

Criar ‘awareness’, ou consciencializar, é outra das vertentes da empresa: “há falhas de segurança por falta de conhecimento e/ou consciência. A negligência nem sempre é propositada, mas acontece”. A Focus2Comply trabalha com os seus parceiros no sentido de os consciencializar para situações passíveis de criar falhas de segurança, ajudando-os a antecipar e a incutir modelos de gestão contínua, para que estas não aconteçam.

Crescer fora de Portugal O nosso país carece de regulamentação na área onde a Focus2Comply opera. Essa conjuntura, aliada ao facto de existir concorrência não consolidada que também aflora alguns destes temas (apesar de uma cadeia de valor, em muitos casos, pouco sustentada nas competências que endereçamos) condiciona o nosso crescimento de curto e médio-prazo no mercado português. “Iremos crescer para fora, para países onde achamos ser mais necessários”, admite Luís Lobo e Silva. Apesar disso, Portugal tem pessoas muito qualificadas, o que se verifica também entre os colaboradores da Focus2Comply: “Resgatamos essa competência dos nosso colaboradores, os quais têm, tipicamente, experiência com a parte operacional da tecnologia e com aptências para boas práticas de governação empresarial (soft skills)”. “Isto é uma maratona. Preocupamo-nos com a sustentabilidade. Nestes dois últimos anos temos sentido cada vez mais proactividade na procura por parte de potenciais clientes e acreditamos que, o crescimento da nossa empresa sempre focado na rentabilidade e não apenas nos valores de facturação está assegurado” - termina Luís Lobo e Silva.

Governance - Risk - Compliance

www.focus2comply.pt

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VIVAFIT

MARCA PORTUGUESA VIVAFIT ENTRA NO KUWAIT A cadeia portuguesa de ginásios femininos Vivafit assinou o contrato de Master Franchising para o Kuwait.

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oi crucial para a assinatura deste contrato a colaboração do Embaixador português, Jorge Moreira de Lemos, da cônsul Susana Audi, e do delegado da AICEP Nuno Lima Leite. A assinatura do contrato decorreu este Domingo, na embaixada portuguesa em Abu Dhabi e juntou o CEO do Vivafit, Pedro Ruiz, e os parceiros do Kuwait AbdulRahman Bader Saeed e um dos fundadores da empresa Team4. A empresa Team4 tem experiência na expansão de marcas no Kuwait em franchising e também no financiamento de start-ups com fundos públicos. O conceito de fitness no feminino é uma especialidade do Vivafit, liderado por Pedro Ruiz e Constance Ruiz. Com uma procura constante das novas tendências, esta é a única marca portuguesa do setor com unidades pelo mundo. Em 2003, Pedro Ruiz e a sua esposa Constance Ruiz criaram um novo conceito no setor fitness, com base numa fórmula de sucesso. Assim, surgiu o Vivafit – um ginásio direcionado para o sexo feminino, com 30 minutos intensos de treino. “Foi uma luta quebrar o paradigma imposto dos treinos prolongados, mas conseguimos provar, com resultados, de que o que conta é a intensidade. Os primeiros anos foram muito difíceis, mas fomos afinando a nossa fórmula, que se revelou um sucesso. Hoje em dia, já é reconhecida pela comunidade cientifica”, conta Pedro Ruiz, CEO. Com um crescimento nacional através de franchising a partir de 2005, o Vivafit sentiu a necessidade de se expandir além-fronteiras. Numa primeira fase, em 2008, Espanha foi o destino considerado mais natural, por se tornar uma extensão do projeto em Portu-

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gal. Porém, revelou-se uma “aventura mal sucedida”. Repensando melhor o projeto da internacionalização, Pedro Ruiz decidiu partir para países exóticos, onde o conceito Vivafit tivesse a maior aceitação cultural e financeira. “Começámos por países como a Índia, e os EAU, nações com grande separação entre homem e mulher, com riqueza, e onde o fitness ainda tinha muito por onde crescer”, revela. A vantagem competitiva de Portugal em relação a estes países tornou-se um fator determinante para o sucesso da implementação

“Foi uma luta quebrar o paradigma imposto dos treinos prolongados”.

do projeto Vivafit nestes países da região do Golfo Pérsico. Com um olhar atento à inovação, o projeto Vivafit está em plena força no estrangeiro, onde pretende continuar a expandir as suas marcas e os seus conceitos de sucesso. “Não queremos estar em todo o lado, queremos estar presentes nos países em que os nossos métodos façam sentido e sejam rentáveis. A América do Sul é um mercado a explorar, visto ainda só estarmos no Uruguai, e há já planos para outros países árabes, como o Qatar, a Arábia Saudita, o Bahrein e o Irão”, esclarece Pedro Ruiz. Portugal será sempre a «casa-mãe», onde pretendem também fazer da marca Vivafit cada vez mais uma referência, com novidades “trendy” para oferecer, nomeadamente o SBarre Shape it, Flex it e o Burn it, e “corners” de electro fitness Personal20, que aumentam a rentabilidade do negócio. “Estamos sempre na crista da onda e queremos proporcionar modalidades inovadoras próprias, que satisfaçam as necessidades das pessoas”, aclara Pedro Ruiz que destaca o impacto que o ginásio deve ter na sociedade porque “fitness é saúde”.


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HÁ 15 ANOS NA VANGUARDA DO SETOR IMOBILIÁRIO Como forma de comemoração do décimo quinto aniversário da Remax Golden Line, Eurico Soromenho e Sónia Godinho, brokers, responderam a algumas questões da Revista Business Portugal. Assim, o passado desta entidade, bem como o presente e o futuro seguem abaixo descritos.

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esde 2003 a liderar continuamente o mercado imobiliário, a Remax Golden Line está a comemorar 15 anos de história e sucesso. Como descreve estre trajeto? A Golden Line é precisamente o resultado dessa viagem. Um percurso por 3 marcas diferentes de franchise imobiliário, em que ultrapassou diferentes ciclos da economia e do mercado, muito difíceis ou mais favoráveis, todo um caminho de crescimento, sempre sustentado, até chegar à melhor marca e modelo a operar em Portugal, momento em que os bons resultados que sempre tivemos atingiram o seu patamar mais elevado.

Apesar de pertencer ao grupo Remax, cada agência tem a sua própria identidade. Qual é o ADN da Remax Golden Line? A nossa missão sempre foi também a valorização e o reconhecimento pelo mercado da importância da mediação imobiliária na vida das pessoas e no equilíbrio do mercado. Fazê-lo bem e com qualidade só é possível com um forte investimento e seleção dos

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profissionais que trabalham na Golden Line. Eu diria que somos conhecidos também por essa aposta e por investirmos na estrutura e organização que não só serve os nossos profissionais – os nossos clientes internos - como lhes permite a eles estender a todos os nossos clientes finais todos os serviços necessários para uma mediação imobiliária de excelência. Quais os principais vetores estratégicos que permitiram um percurso de grande crescimento e desenvolvimento? Qual é o “segredo” do sucesso? Profissionalismo e especialização. Investimento na estrutura organizacional e nos processos de trabalho, aposta constante na formação e desenvolvimento de todos os profissionais que acolhemos e inovação constante, porque se o mercado é dinâmico e nos apresenta ciclos em mudanças cada vez mais rápidas, as empresas devem também ter capacidade de evoluir em constante adaptação. Para isso e para serem competitivas devem ser bem estruturadas, flexíveis, focadas e criativas. Qual o pacote de serviços integrados adequados às necessidades dos clientes que a Remax Golden Line oferece? Quer para os profissionais que connosco trabalham, quer para os nossos clientes, dispomos de serviços especializados. O Departamento de Marketing, tão importante para marcarmos a diferença

Eurico Soromenho e Sónia Godinho


REMAX GOLDEN LINE

num mercado tão competitivo, os Departamentos Jurídico e Processual, tal como o Departamento de Crédito, que permitem total segurança e esclarecimento de todos os intervenientes, com uma invulgar capacidade de qualificação e apoio ao financiamento, sempre com os melhores profissionais e os mais especializados. Por outro lado, temos as diferentes Direções Comerciais que apoiam as nossas equipas de consultores a servir melhor os seus clientes. Mas sugiro que saibam mais e nos visitem numa das nossas lojas e que nos acompanhem em goldenline.pt.

A nossa missão sempre foi também a valorização e o reconhecimento pelo mercado da importância da mediação imobiliária na vida das pessoas e no equilíbrio do mercado.

O Grupo Golden Line cresce sucessivamente há 15 anos, atingindo em 2017, já com uma equipa de 65 profissionais, o segundo lugar nacional. Como é que se motiva um número tão grande de pessoas para bons resultados? Estamos habituados a liderar, pela qualidade do trabalho que desenvolvemos e pelos resultados que essa qualidade tem vindo a receber. Somos uma equipa vencedora pelo que essa dinâmica tem também impacto e importância junto de todos os que se juntam a nós, iniciantes ou profissionais. Os nossos objetivos são sempre desafiantes e ambiciosos, queremos sustentação, mas nunca queremos ficar no mesmo patamar. É essa a nossa motivação!

Quais são as principais características inerentes a um bom agente imobiliário? Na RE/MAX os Agentes Imobiliários são empresários, portanto a capacidade de trabalho, organização e gestão do tempo são importantes. É também preciso gostar muito de pessoas, de as conhecer, de saber comunicar e de ter a capacidade e disponibilidade para as compreender e servir. Finalmente, a inteligência de aproveitar todos os recursos que a marca e modelo RE/MAX colocam à nossa disposição, tal como todo o investimento que atrás referi, e que diferencia a Golden Line, mesmo no universo RE/MAX.

diferenciadora, na sua localização, imagem e decoração, com tudo o que se espera da Golden Line. Aumentámos a nossa capacidade de servir melhor todos os nossos agentes e todos os nossos clientes e estamos agradecidos à RE/MAX por mais este voto de confiança.

A Remax Golden Line inaugurou, no dia 19 de abril, uma nova loja nas Amoreiras, em Lisboa. De que forma este novo espaço se integra na vossa estratégia? Estamos há 15 anos em Oeiras, com resultados e reconhecimento, tínhamos a ambição de alargar a nossa geografia. Concorremos com outros colegas da RE/MAX fortíssimos e conseguimos conquistar esta posição que, como sempre, quisemos que fosse uma loja

Quais os objetivos que pretende atingir com a abertura desta nova loja? Complementaridade geográfica e comercial, criação de mais emprego, formação e desenvolvimento de mais profissionais, mais e melhor serviço para todos os nossos clientes, maior abertura à internacionalização e continuação do crescimento sustentado, com mais clientes satisfeitos, mais transações e maior volume de negócios.

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HALL CITY

Mediação imobiliária

7 ANOS A CONSTRUIR CONCRETIZAR O CARREIRAS SONHO DA CASA IDEAL PARA CADA FAMÍLIA Avenida de Roma 38B, 1700-347 Lisboa

Hall City é uma mediadora imobiliária situada no coração da Avenida de Roma, em Lisboa. O projeto nasce em abril de 2011 através de Rui de Nova e Hélder Batista. A marca 100 por T4 portuguesa CONTEMPORÂNEO cento tem como principal missão servir cada cliente de forma personalizada com COM VISTA RIO profissionalismo, integridade e confiança. PARQUE DAS NAÇÕES - NORTE

Mediação i

ÁREA TOTAL: 210,61 m2 - ÁREA RESIDÊNCIAL: 175 m2 TIPOLOGIA: T4 PREÇO: 990 000 € CERTIFICAÇÃO ENEGÉRTICA: C

R

Com a assinatura dos Arquitetos Aires Mateus, este apartamento T4 de 175m2 de área útil, localiza-se no Parque das Nações na primeira linha do Rio Tejo. A ampla sala de quase 66m2 em conjunto com a longa varanda de 21 m2, que se estende por todo o comprimento da casa, incluindo a cozinha, tornam toda a zona social num espaço muito luminoso e acolhedor, com vista rio. A zona íntima da casa desenvolve-se num interessante conceito tipo ‘walking closet’ no corredor onde se distribuem os três quartos e a suite. Todo o apartamento está revestido de acabamentos nobres, nomeadamente soalho de madeira, na sala e quartos, e mármore nas instalações sanitárias e cozinha. Está ainda equipado com ar condicionado na sala, aquecedores nos quartos e cozinha e ainda sistema de aquecimento nos espelhos das instalações sanitárias. O apartamento usufrui de 3 lugares de estacionamento, que ocupam uma área de 36,50m2 e uma arrecadação de quase 5m2. Venha conhecer e viver com qualidade de vida numa das zonas mais nobres de Lisboa.

ui de Nova conta já com uma vasta experiência no setor bancário, mais propriamente em consultoria financeira facilitando a agilização de todos os processos entre os seus clientes e a banca. Além disso, a equipa da mediadora imobiliária assegura uma diversidade de serviços aos seus clientes, proporciona estabilidade By the signature of Aires Mateus Architects, this four-bedroom apartment 175m financeira aos profissionais, potencia maior volume de ofnegócios e of useful area, is located in Parque das Nações, ate the first line of the Tagus River. geraThe ainda residuais crescentes, por exemplo, with the long balcony of 21 m ,com which os large rendimentos living room of nearly 66 m together extends over the entire length of the house, including the kitchen, make the entire seguros ou com a gestão de património. social aerea in a very bright and cozy enviroment, with river view. The intimate zone ofà the house develops in a interesting concept closet’ refere in Em entrevista Revista Business Portugal, Rui‘walking de Nova the hall where the three bedrooms and the martes suite are distributed. que The a equipa da Hall City é noble o segredo para owooden sucesso negócio: whole apartment is lined with finishes, namely floors,do in the living room and bedrooms, and marble in the bathrooms and kitchen, it is also equipped “possuímos uma equipa extraordinária capaz de prestar um serviço with air conditioning in the living room, heaters in the rooms and kitchen and also heating system mirrosclientes. of the bathrooms. de excelência aosin the nossos Somos uma mediadora imobiliária The apartment has 3 parking spaces, wich occupy an area of 36.50 m and a storage de referência of almost 5 me. com distinção na área local, na freguesia de AlvaCome to know and live with quality of life in one of the most noble areas of Lisbon. lade”. O diretor financeiro acrescenta ainda que o projeto conta CONTACTO comHALL 29 CITY elementos, dos quais 18 são consultores imobiliários com Tel.: +351 912 383 847 / +351 218 027 933 máxima Email: qualidade city@hall.pt e formação que permite oferecer um serviço de

7 ANOS A CONST 2

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Site: www.hallcity. pt Nº AMI: 9513

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referência no setor imobiliário em Portugal. Para os dois sócios que dão cara pelo projeto o mais importante é o capital humano. Por isso, a aposta da Hall City passa pela fidelização do cliente através da prestação de um serviço com elevada qualidade e pela retenção de bons profissionais através do sucesso proposto e da aposta constante na formação gratuita que proporcionam a toda a estrutura. Rui de Nova salienta que é fundamental a concretizar os sonhos dos parceiros de negócios: “nunca colocamos o fator financeiro à frente do fator humano. Estamos cá para apoiar quem precisa, estamos cá para servir de forma distinta, e deixarmos uma marca nesta atividade, extremamente complexa e desafiadora”. O nosso entrevistado salienta que a base da empresa é o fator humano. O projeto surge numa época de reajustamento económico e financeiro a nível nacional, nomeadamente no mercado imobiliário levando a mediadora imobiliária a investir numa estrutura


HALL CITY

de negócio pensada ao pormenor para minimizar o risco e os custos maximizando as oportunidades através de um serviço completo e integrado de soluções. A empresa sobreviveu aos anos de maior declínio do ramo imobiliário, contrariando assim todas as expectativas, reflexo de toda a dedicação da gerência e a equipa. Hall City instalou-se estrategicamente em Lisboa, mais propriamente na Avenida de Roma, na altura da crise económica, onde os sócios previram um maior retorno financeiro. Rui de Nova explica-nos a sua atuação no mercado: “trabalhamos essencialmente no mercado lisboeta por questões geográficas, mas também começamos a expandir para a periferia por consideramos fundamental essa expansão geográfica no desenvolvimento do nosso negócio, uma vez que está cada vez mais difícil adquirir casa em Lisboa devido à inflação dos preços ocorrida nos últimos anos. Na periferia, os preços são realmente mais competitivos e atualmente ocorre também uma maior facilidade de as pessoas recorrerem a financiamento bancário”. O empresário acrescenta que o mercado está direcionado essencialmente para a venda de casas em deterioramento do arrendamento, uma vez que existe uma grande escassez para essa possibilidade de satisfazer a procura existente. A capital de Portugal está cada vez mais na mira dos estrangeiros, sendo atualmente a cidade da moda, estando assim no mapa do mundo, estes que procuram investir no setor imobiliário em Lisboa. O forte é a reabilitação na área metropolitana principalmente no que

mobiliária

toca ao centro histórico. O turismo é outro fator que leva a uma elevada procura do arrendamento de curta duração na cidade metropolitana. Rui de Nova explica que a Hall City tem inúmeros parceiros estrangeiros que pretendem apostar em alojamento para estrangeiros que pretendem visitar a capital. Hall City segue dois objetivos fundamentais. Por um lado, a mediadora imobiliária pretende continuar a crescer de forma sustentada e organizada, solidificando a sua posição no mercado; por outro lado, pretende abrir, a curto prazo, mais duas agências imobiliárias em Lisboa de forma a responder à procura de novos clientes que conhecem o trabalho de excelência prestado por toda a equipa. O diretor financeiro conta que a melhor publicidade tem sido o feedback positivo dos seus clientes, no entanto, refere ainda que recorrem a outras estratégias de marketing: “apostamos muito na publicidade online e offline. As plataformas informáticas estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia. Possuímos inclusive uma equipa de comunicação de excelência que tem um papel fundamental na atração de novos clientes”.

“Apostamos muito na publicidade online e offline. As plataformas informáticas estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia. Possuímos inclusive uma equipa de comunicação de excelência que tem um papel fundamental na atração de novos clientes”.

RUIR CARREIRAS

Rui de Nova, diretor financeiro

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JANSSEN PORTUGAL

ÉLEBÊ, SIMBIOSE ENTRE O TRADICIONAL E O CONTEMPORÂNEO O éLeBê é um projeto singular, que leva a gastronomia tradicional a outro nível: chega-nos à mesa uma fusão entre o contemporâneo e tradicional, com um look elegante. A modernidade acolhe a tradição de uma forma única em cada restaurante do grupo éLeBê.

A

história de Pedro e Carlos Torres é marcada pela tradição de família na área da gastronomia que remonta a 1969, tendo os dois irmãos crescido “envolvidos na restauração, que desde muito miúdos fazia parte do seu quotidiano.” É nos festivais de gastronomia que o pai sempre frequentara que Pedro Torres aprende mais sobre a gastronomia tradicional, de norte a sul do país, estabelecendo contactos com outros chefs do país que lhe permitem até hoje partilhar iguarias oriundas de todos os cantinhos de Portugal.

Uma viagem pelos sabores portugueses tradicionais em cada espaço éLeBê éLeBê Entre Paredes

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éLeBê Entre Paredes

“Queremos pôr o cliente a viajar de norte a sul do país ao experimentar cada prato da nossa Carta; estando num só restaurante éLeBê o cliente alcança através do paladar várias especialidades e tradições de várias terras de Portugal”. Tal, segundo Pedro Torres, também se sentirá na carta de vinhos, que maioritariamente se foca na região do Douro mas que também segue esta lógica de exploração das principais regiões do país, fator característico do projeto éLeBê. Acompanhando o boom turístico no Porto nos últimos anos, os espaços do centro da cidade – éLeBê Baixa e éLeBê Centro – têm-se consagrado como favoritos entre os melhores restaurantes da cidade.


ÉLEBÊ

éLeBê Centro

Diversificaram a sua oferta de espaços – inaugurando em 2016 o éLeBê Póvoa de Varzim – espaço complementar a todos os outros éLeBês, onde mantêm a génese do projeto aliada a uma parte complementar, a organização de eventos. Este está inserido no interior da Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição, em frente ao mar, ou seja, um local único. O projeto mais desafiante até hoje abriu portas há cerca de dois meses – o éLeBê Entre Paredes, com uma decoração arrojada que tenta seguir a linha de inovação latente na sua nova carta. Segundo Pedro Torres, as pessoas ficam maravilhadas com a beleza do espaço, e a comida e serviço têm também acompanhado as expectativas que têm ao entrarem neste novo e ousado éLeBê. A amabilidade e delicadeza da equipa éLeBê “Nós fazemos o que gostamos. O cliente está no seu momento de lazer, e nós fazemos o nosso melhor para o acolher. Um dos nossos pontos fortes é esse mesmo: a nossa equipa, profissional e

éLeBê Póvoa de Varzim

éLeBê Póvoa de Varzim

éLeBê Centro

éLeBê Baixa

humana, a nossa forma distinta de receber.” O éLeBê prima pela estabilidade – têm colaboradores no grupo desde o primeiro dia – desde os tempos do éLeBê Leça do Balio – o original éLeBê onde tudo começou, explica Pedro Torres. “Agora estamos numa fase de consagração da nossa marca. No futuro teremos certamente a capital e outras cidades em vista”, conclui Pedro. Amor, dedicação e inovação são a assinatura do éLeBê.

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DESTAQUES 112 DOURO YACHTS “É preciso paixão e gosto por aquilo que fazemos”

GAIA CRIATIVA

114 FARMACIA LEONARDO “Somos uma farmácia interventiva e próxima da comunidade” 116 VOARIS TOURS “O cliente viaja, nós sonhamos com eles” 118 SAILING 360ª Suba a bordo e permita-se viver! 120 PORTO HISTÓRICA Multidisciplinaridade de serviços na área imobiliária e na construção 122 FREGUESIA DE ARCOZELO Uma freguesia entre a terra e o mar

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Vila Nova de Gaia, a cidade das atrações, é o município mais populoso da região Norte e o terceiro município mais populoso do país, com mais de 300.000 habitantes. Fortemente procurada por turistas, aqui pode-se encontrar locais maravilhosos para aqueles que gostam de combinar um ambiente de cidade com uma área ambiental autêntica. Quem por aqui passa, encontra o Mosteiro da Serra do Pilar e do Jardim do Morro, com vistas imperdíveis sobre o Rio Douro e, também, sobre a cidade do Porto. As praias que se estendem ao longo de 18 quilómetros, oferecem uma vista pacifica e linear, mas, há muito mais a conhecer! Quem passa para visitar as praias pode aproveitar para passear pela ciclovia e terminar num dos mais variados restaurantes tradicionais

enquanto se delicia com os pratos de peixe fresco. Conhecida internacionalmente pelas suas empresas de vinhos do Porto e do Douro, Gaia oferece um leque imenso de indústrias como a indústria automóvel, vidreira e de componentes eletrónicos. Numa visão mais artística, Vila Nova de Gaia é conhecia pelos seus músicos, pintores, escultores e arquitetos, com atividades turísticas que captam por ano a atenção de milhares de visitantes, o que transforma a cidade num enorme potencial de desenvolvimento. Uma experiência marcante e memorável que o faz querer voltar a uma cidade tão genuína e encantadora. Perca-se por Gaia!


Com um excelente e variado pequeno-almoço, uma Equipa sempre disponível para bem receber e proporcionar uma estadia perfeita, localização que oferece uma enorme tranquilidade, o HOTEL DOS ZIMBROS é já considerado por muitos um dos melhores Hotéis de 4 estrelas da região de Setúbal. Se pretende um bom descanso e disfrutar de uma paisagem exuberante, o Hotel dos Zimbros é sem dúvida uma boa opção e o local ideal. * With an excellent and varied breakfast, a team that is always available to welcome you and provide a perfect stay, a location that provides great tranquility, HOTEL DOS ZIMBROS is already considered by many to be one of the best 4 star hotels in the region of Setubal. If you seek a good rest and to enjoy a lush landscape, Hotel dos Zimbros is undoubtedly a good option and the ideal place.

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DOURO YACHTS

“É PRECISO PAIXÃO E GOSTO POR AQUILO QUE FAZEMOS” Com 20 anos de experiência, a Douro Yachts surge em 2012 de uma parceria com a empresa Náutica Tomané, ambas fundadas pelo administrador Tomané que nos revelou, desde cedo, uma grande paixão pelos barcos de vela.

E

m simultâneo com o emprego que tinha anteriormente, Tomané começou por ir fazendo alguns reparos nos barcos, bichinho que nasceu quando comprou um barco que estava estragado e decidiu repará-lo. Foi assim que deixou o emprego e dedicou-se a 100 por cento a um projeto ligado à náutica na reparação e manutenção. “Nos fins de tarde e ao fim de semana fazia manutenção e começaram a cair os pedidos. Cheguei a um ponto em que percebi que era isto que queria fazer para o resto da vida”, conta-nos. A primeira náutica foi fundada na Póvoa de Varzim. Tomané sabia que estava a desenvolver um negócio que não estava a ser aproveitado, mais concretamente “a captação do serviço que podemos prestar ao mercado estrangeiro, ou seja, ao longo da nossa costa, por ano, passam milhares de veleiros do Norte da Europa para passar férias” e, rapidamente, o administrador percebeu que essas pessoas precisavam de apoio. Mas foi na Marina de Afurada que encontrou fatores de sucesso para poder estar presente nas reparações dos barcos que ali paravam. Os restaurantes, as espla-

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Tomané, administrador

nadas e o convívio deram uma nova envolvência à marina, uma vez que o cliente tanto pode estar no barco como numa esplanada a desfrutar de um belo pôr do sol. A empresa Douro Yachts tem como principal foco oferecer uma gama alargada de serviços, fazer todo o tipo de reparações e cobrir diversas áreas. “Muitas das reparações são feitas pela própria empresa. Servir bem o cliente é a principal filosofia da empresa. Para Tomané, “quem anda no mar, a todo o momento precisa de um apoio. A Douro Yachts surgiu para satisfazer as necessidades do cliente. Assim, 99 por cento dos clientes são portugueses, mas estão sempre dispostos a recebê-los em qualquer parte do mundo. Acrescenta ainda que “temos de ter a sensibilidade de captar o cliente e adoram que estejamos a sorrir. Temos de ter a capacidade de dar uma resposta”. É neste seguimento que o cliente estrangeiro tem algo muito particular

Servir bem o cliente é a principal filosofia da empresa.


DOURO YACHTS

“Temos de estar no projeto com grande otimismo”. Náutica de recreio em Portugal

e importante, pois têm a sensibilidade de“olhar nos olhos de quem vai reparar o barco e ver a honestidade e sinceridade”.

Marcas de prestígio A Douro Yachts é a representante nacional da Flexiteek, que veio dar muito que falar no mundo da teca sintética, sendo líder mundial desde 2.000 em decks. Posteriormente, a empresa é um dos concessionarios da Yamaha Marine Portugal, no Porto. “Prestamos assistência a todos os motores Yamaha e vendemos motores novos, assim como barcos e peças da marca. Para nós é muito gratificante fazer parte de uma familia como a Yamaha e representar a melhor marca de motores fora de borda”, assinala. Estas marcas representam uma grande qualidade pela liderança no mercado, pelo nome, prestígio e fiabilidade. “É por estes fatores que estamos associados. Traz vantagens para a empresa”, prossegue.

“Em Portugal, a sociedade não encara a indústria da náutica de recreio como uma verdadeira indústria”. Quem afirma isto é o próprio administrador que explica que este setor é visto para pessoas com um elevado estatuto. Isto quer dizer que o crescimento fica muito aquém daquilo que poderia ser. A Universidade do Minho realizou, há uns anos, um estudo sobre a náutica. Em 100 por cento houve apenas um aumento de 30 por cento. Tomané defende que nesta área não há quem dê formação. É um negócio que considera que “temos de gostar e de conhecer. Não há escola nenhuma que dê a formação que temos. Exige muita experiência e recolha de informação constante. Nos barcos não há nada igual”.

Douro Marina Na opinião do administrador da Douro Yachts, a marina de Afurada “teve um grande papel no crescimento de outras marinas”, o que as tornou mais dinâmicas e em busca de novos projetos. Exemplo disso são as dormidas em barcos que vieram substituir a estadia nos tradicionais hotéis. Uma experiência única, mas também especial para quem a vive. Em termos de náutica de recreio Tomané fala do “potencial gigante”, no que diz respeito aos turistas. “O sítio em si é fenomenal”, refere. Para além de ser um bom sítio para relaxar, existem também algumas infraestruturas que deveriam ser melhoradas, de modo a fomentar boas condições de apoio aos barcos. “Quando se cria uma marina é preciso uma infraestrutura de apoio com uma boa área técnica. Este é um dos fatores penalizantes, mas teria mais valia se tivéssemos uma área coberta para ajudar a combater a sazonalidade”, salienta.

Sazonalidade, um fator limitador O crescimento deste setor nem sempre é certo. Tudo isto está relacionado com o tempo, a dureza dos trabalhos, mas, principalmente, a sazonalidade. Tanto podem estar num ritmo alucinante e rápido, como em dias perder o trabalho de meses. O que compete a Tomané é continuar sempre com uma atitude positiva e prever sempre o melhor. “Temos de estar no projeto com grande otimismo”, avança. Apesar de todas as controvérsias, Tomané não deixa de expressar a grande paixão que tem por este projeto da náutica. Fruto disso são os “clientes de todo o mundo, o grande volume de trabalho e a vivência de um momento muito bom”, conclui.

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FARMÁCIA LEONARDO

Ermelinda Fernandes, diretora técnica

“SOMOS UMA FARMÁCIA INTERVENTIVA E PRÓXIMA DA COMUNIDADE” Mais do que um espaço comercial, a Farmácia Leonardo em Vila Nova de Gaia é um local onde o farmacêutico assume o seu verdadeiro papel no aconselhamento de saúde. Ermelinda Fernandes fala-nos sobre o seu projeto, sobre o setor e os seus principais desafios.

A

Farmácia Leonardo é uma referência histórica na Rua Soares dos Reis, em Vila Nova de Gaia. No entanto, surge renovada e sob a direção técnica de Ermelinda Fernandes desde agosto de 2013. Oriunda de uma família de comerciantes, Ermelinda Fernandes sempre foi uma apaixonada pelo contacto com as pessoas e sonhava um dia abrir o seu próprio negócio. A oportunidade surgiu e, com a ajuda e investimento dos pais, conseguiu concretizar o seu sonho. “Sempre idealizei uma farmácia interventiva e próxima da comunidade e não apenas um espaço comercial. A minha ideia inicial sempre foi trabalhar o aconselhamento, aquilo que faz de nós farmacêuticos”, assume a diretora técnica que vai observando uma tendência contrária no mercado que vai sendo contaminado pelos grandes grupos. “Estou sempre a batalhar no atendimento diferenciador porque infelizmente aquilo que se vê é que algumas farmácias se estão a transformar em espaços unicamente comerciais e voltados para a parte económica e financeira. Está-se a perder um pouco aquilo que faz de nós entidades de saúde presentes”, esclarece. Apesar de ser um negócio e gerida como uma empresa, a farmácia não pode deixar 118 | Revista Business Portugal maio 2018

para trás a sua missão de um interveniente ativo no seio da comunidade em que se insere. É esta a mensagem que Ermelinda Fernandes nos tenta transmitir. “Assusta-me que alguns medicamentos estejam à venda em parafarmácias ou em espaços de venda livre sem alguém com a formação necessária para fazer o devido aconselhamento das implicações de uma determinada substância numa grávida, hipertenso ou diabético, por exemplo”, afirma. No seu entender, é preciso focar mais no aconselhamento em saúde de profissionais qualificados porque um medicamento vem com um conjunto de interações e contraindicações que devem ser tidas em conta e prevenidas.

Serviços diferenciadores em prol do utente Cada vez mais a farmácia concentra em si uma panóplia de serviços diferenciadores que vão ao encontro das necessidades das pessoas. Um dos objetivos iniciais do projeto de Ermelinda Fernandes era adquirir e disponibilizar a CR3000 – um aparelho de determinação de parâmetros bioquímicos como a glicose, colesterol, ácido úrico, hemoglobina, entre outros. Além disso, tem ainda o serviço de administração de injetáveis e vacinas, de primeiros socorros e tratamento de feridas, de preparação semanal da medicação, consultas de nutrição e de cessação tabágica e o serviço de entregas ao domicílio. “Integramos agora um projeto piloto de Nutrição Desportiva. As Farmácias Portuguesas estão a lançar uma linha de produtos para atletas e praticantes de desporto em geral em que o objetivo é o ajuste das necessidades nutricionais e de suplementação aos atletas. Com a crescente tendência dos ginásios e do desporto, o mercado da suplementação desportiva tem vindo a aumentar exponencialmente. No entanto, temos de ter o cuidado em saber se a monitorização de qualidade e composição destes suplementos


FARMÁCIA LEONARDO está a ser efetiva uma vez que o seu licenciamento está a cargo da DGAV (Direção Geral de Alimentação e Veterinária) e controlo pela ASAE.”, esclarece a diretora técnica. Explorando um novo nicho de mercado, as farmácias em conjunto com o Laboratório dos Estudos Farmacêuticos criaram a linha Viv Sport com um teor de qualidade acrescido e com selo de garantia. “Este projeto está a ser implementado e será acompanhado por consultas para ajustar às necessidades reais dos atletas”, acrescenta.

O braço armado do Sistema Nacional de Saúde

No centro de Vila Nova de Gaia, a farmacêutica vai sentindo que há uma perda do aconselhamento, do acompanhamento e da intervenção na sociedade em prol dos descontos e algumas farmácias são apenas espaços comerciais de portas abertas. “Falta fazer mais ações de formação nas escolas, nos centros de dia, fazer workshops nos lares de terceira idade para formar cuidadores e até os próprios utentes”, revela. No entanto, a diretora técnica da Farmácia Leonardo

“A minha ideia inicial sempre foi trabalhar o aconselhamento, aquilo que faz de nós farmacêuticos”.

Para Ermelinda Fernandes, o papel da farmácia tem de ser cada vez mais valorizado, motivo pelo qual se insurge contra os descontos nos medicamentos. “Em todo os restantes produtos de cosmética e bem-estar acho natural porque é marketing, há campanhas e descontos associados. Mas não acho sequer ético usarem o medicamento como ferramenta de marketing pois é um bem de primeira necessidade. As farmácias, a indústria farmacêutica e o estado devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para disponibilizar o medicamento ao menor custo possível para a população de todo o país e não apenas nos centros urbanos onde imperam os descontos. Fazer descontos nos medicamentos é estar a usar para fins comerciais a fragilidade das pessoas com doenças e impactar ainda mais a injustiça de acesso ao medicamento.”, assevera.

garante que procura sempre novas formas de se diferenciar e de apoiar a comunidade, informando e aconselhando sempre através de uma política de transparência. Para Ermelinda Fernandes, “as farmácias são guerreiras e estão linha da frente no apoio ao Sistema Nacional de Saúde e por isso devem unir-se e defender o seu valor enquanto entidade de prestação de serviços farmacêuticos humanizados”.

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VOARIS TOURS

“O CLIENTE VIAJA, NÓS SONHAMOS COM ELES” A Voaris Tours é uma agência de viagens sediada em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto. Katty Rodrigues é a fundadora deste projeto, que celebra este ano, cinco anos de existência. Esta atividade é um marco de referência no setor do turismo, oferecendo um acompanhamento personalizado ao cliente, deste o início até ao fim deste embarque. Em entrevista à nossa revista, a proprietária fala sobre este embrião e planos futuros.

katty Rodrigues, proprietária

K

atty Rodrigues, licenciada em Administração de Empresas Turísticas, é venezuelana e mudou-se para Portugal há 11 anos à procura de uma melhor qualidade de vida tendo em conta o contexto difícil em que se encontrava já o seu país. Sem nunca esquecer as suas raízes, a criadora da Voaris Tours emprega a sua formação latina pessoal no mercado português e confessa manter uma relação estreita com o nosso país. Correntemente, as instalações encontram-se no centro comercial Gaia Jardim, mas num futuro muito próximo avizinham-se mudanças para uma loja de rua, na mesma localidade, que permitirá fornecer determinados serviços condicionados de momento pelos horários do shopping, e que contará com uma estrutura que dará outra visão das viagens e do mundo aos seus clientes. Apesar de ser difícil ganhar lugar neste mercado competitivo, Katty Rodrigues confessa que é necessário destacar-se pela diferença e criar projetos pioneiros que ofereçam aos clientes viagens de qualidade e com o melhor acompanhamento possível, supervisionado 24 horas por dia: “estamos sempre alerta e presentes nas viagens dos nossos clientes. Normalmente, conseguimos escoltar todos os momentos dos turistas a partir de várias aplicações e ferramentas online, onde os nossos clientes partilham as circunstâncias que estão a vivenciar e torna possível acompanhá-los cada segundo. Esse é o feedback mais direto que temos, bem como a visita que 120 | Revista Business Portugal maio 2018

nos presenteiam ou a conversa que temos no ço, consequente de um maior nosso contacto posterior à viagem… mais acesso à informação e portanto do que viagens, vendemos sonhos”. é fundamental estar preparaSempre com uma dedicação e preocupa- do para argumentar e adequar ção constante com a sua carteira de clien- cada companhia ao objetivo de tes, a fundadora do projeto revela que irão cada viagem. Devido ao fácil disponibilizar um préstimo pioneiro para acesso à internet, muitas vezes escolher com um melhor pormenor e certeza é necessário consciencializar o destino que tanto sonha. “Futuramente, os clientes da publicidade que estaremos a implementar em parceria com corre online como explica a o mercado espanhol, novidades nas viagens administradora: “ muitas vezes nunca antes vistas em Portugal. Pretende- somos confrontados pelos nosmos oferecer este serviço para que as pessoas sos compradores com viagens a possam conhecer melhor o local que querem um preço altamente competitivo visitar com mais profundidade e perceber que encontram num site, conse realmente é a decisão que querem tomar. tudo é fundamental preparar a Atualmente, já fornecemos roteiros particu- equipa para isso e explicar que lares com os pontos de referência a visitar nem sempre é verídico, nore alertamos sempre para os pormenores de malmente aparece em destaque cada destino: o câmbio da moeda, plano de um valor mas quando vamos saúde, bases sociais e religiosas do país. Para simular efetivamente a viagem, que os turistas viagem com uma perspetiva o custo muda abruptamente. mais aberta a conhecer verdadeiramente a Por isso, cada vez mais, as pesregião. Paralelamente a essa ambição, te- soas procuram as agências para remos serviços adicionais que terão como comprar viagens e sentir segufinalidade melhorar a adquisição por parte rança no que estão a adquirir dos nossos clientes, entrega de documenta- ao não se sentirem enganados. ção e cobranças ao domicílio serão uma das É claro que existem sempre as novidades das quais poderão usufruir, pois políticas de mercado das quais entendemos existir uma faixa etária que precisa, ou por falta de tempo ou pela idade em si, combater esse entrave”. Nos últimos cinco anos, denota-se um maior poder de compra e uma relação forte entre Nélson Rodrigues, Katty Rodrigues e Fábio Pinto qualidade e pre-


VOARIS TOURS

dificilmente os negócios conseguem fugir, mas nada melhor que um contacto pessoal para esclarecermos todas as dúvidas”. Apesar do negócio ter nascido prematuro, em apenas três dias, a inauguradora preserva um crescimento progressivo com bases muito bem estruturadas, assentes nos seus ideais pessoais e destinadas a um serviço de confiança, honestidade, transparência e colaboração. Estas são as chaves mestras para o sucesso e são estas ideologias que implementa no seu corpo laboral. Neste momento, a agência tem três colaboradores, incluindo a Katty, que trabalha afincadamente neste projeto, e partilha a sua vasta experiência para a construção profissional da sua equipa. “De momento somos três colaboradores na equipa, e faço questão de implantar as minhas crenças neles. Apelo muito ao lado humano, pois cada cliente é uma pessoa isolada e temos de ter isso em conta. Temos de nos ajustar a cada personalidade e viver a viagem com eles. Gosto particularmente de formar os meus cooperantes e mudar mentalidades, aliás já dei várias palestras a falar sobre a área turística em diversas escolas de formação em Turismo, e gosto muito de partilhar as minhas experiências, acho que é fundamental ter um génio forte para suportar determinadas situações e sermos firmes no que acreditamos. Gosto que coloquem

o seu cunho pessoal em todas as posições e o meu papel é dar-lhes bases e oportunidade para que concretizem o trabalho deles. Tenho plena confiança nos meus aliados, é assim que os denomino, e sei que fazem o melhor para servir com qualidade”. Como balanço de cinco anos de luta constante, Katty Rodrigues revela que apesar dos obstáculos ainda há muito por construir: “Traduzo estes anos em quatro palavras: duros, felizes, satisfatórios e progressivos. Aqui ninguém se sobrepõe a ninguém somos todos um só, e foi isso que aprendi na minha família e no meu país. Na Venezuela a minha principal experiência foi numa agência de viagens familiar, das maiores a nível nacional, onde todos os membros começam pelos cargos mais baixos pois é preciso conhecer o negócio desde a raiz. Também quero enriquecer a cultura portuguesa e que consigam perceber o valor que o nosso tem, e principalmente o que nós próprios temos. Acredito que se as pessoas procuram um serviço, devem exigir! Para atingirmos os nossos objetivos precisamos de defender os nossos interesses e sonhos com mais obstinação e deixarmos de lado o conformismo”. Por fim, embarcamos numa viagem atribulada com rumo ao sucesso de um setor competitivo mas ambicioso.

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SAILING 360º

SUBA A BORDO E PERMITA-SE VIVER! A Sailing 360º é uma empresa de turismo náutico, fundada em 2012 e com sede em Vila Nova de Gaia. Localizada na Douro Marina, e com o privilégio de ter como ponto de partida a Foz do Douro, esta empresa conta com 210 quilómetros de um dos mais bonitos rios da Europa para percorrer. Para esta edição da Revista Business Portugal, estivemos à conversa com Ricardo Oliveira (fundador) e com Isabel Reis (o seu ‘braçodireito’), por forma a conhecermos um pouco mais sobre esta atividade.

R

icardo Oliveira, natural de Fafe e anteriormente desportista de Rali, apaixonou-se pelos barcos em 2009, no Algarve. Depois de comprar o primeiro barco e de ser inaugurada a Douro Marina, mais perto da sua terra-natal, o nosso entrevistado decidiu abrir uma empresa dedicada à prática desta sua nova paixão. Nesse seguimento, nasceu a Douro 360º, agora denominada Sailing 360º. O objetivo inicial de Ricardo Oliveira era proporcionar viagens em barcos à vela, no entanto, depressa sentiu a necessidade de adquirir lanchas clássicas para melhor corresponder às necessidades dos seus clientes. Assim, atualmente, esta empresa conta com quatro embarcações que podem transportar até 21 pessoas, contando com a tripulação.

Conhecer muito mais que o Douro Os barcos da Sailing 360º permitem a realização de diversas atividades, desde festas de aniversário a team building, passando por passeios turísticos e românticos. Mas, o que verdadeiramente caracteriza o serviço desta empresa, é a possibilidade de realização de atividades exclusivas como despedidas de solteiro ou pedidos de casamento: “também criamos programas à medida do orçamento dos nossos clientes. Não negamos esta experiência a ninguém e adoramos ver a felicidade das pessoas que vivenciam os momentos que proporcionamos a bordo”, acrescentou Isabel Reis. A ideia de que usufruir de um programa no Douro é demasiado elitista e dispendioso foi desmistificada por Ricardo Oliveira: “Hoje em dia este

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SAILING 360º

tipo de atividades é acessível a qualquer pessoa. Temos programas a 30 euros por pessoa, durante duas horas e deixamos que as pessoas tenham uma experiência de leme. São momentos inesquecíveis que gostamos de tornar acessíveis a todos”, evidenciou o fundador da Sailing 360º que, apesar de ter casa em Fafe, vive num dos seus barcos. O facto de este ser um trabalho sazonal e que implica custos elevados de manutenção, torna esta uma atividade Ricardo Oliveira, fundador

complicada de levar a bom porto. “Temos muitas dificuldades em manter uma equipa fixa durante todo o ano e, infelizmente, temos de recorrer a pessoas em regime de trabalho temporário. Para além disso, há medidas discrepantes que condicionam muito as empresas, tanto a nível prático como a nível burocrático. Somos um país de navegadores que, por vezes, não o demonstra devido

às regras que controlam a navegação”, lamentou o empresário.

Isabel Reis

O conceito de share nas atividades náuticas e a volta ao mundo Ricardo Oliveira confidenciou à nossa revista pretender adquirir um novo barco. O investimento avultado contará com o apoio de investidores (shares) num conceito totalmente inovador: “o conceito dá, aos investidores, direito a mil pontos (cerca de três mil euros) mais uma percentagem do que o barco render connosco”, explicou ao mesmo tempo que nos dava conta de um outro projeto que pretende iniciar em breve: a volta ao mundo a bordo de um veleiro. “Eu sofro da doença de Parkinson e, desde que o sei, redobrei a minha vontade de fazer o que gosto. Assim, fui desafiado a dar a volta ao mundo num veleiro, desmistificando a doença em diversos países do mundo, mostrando que é possível viver uma vida normal mesmo sofrendo da mesma. E, a verdade, é que pretendo concretizar esse projeto”, finalizou o nosso entrevistado.

“Hoje em dia este tipo de atividades é acessível a qualquer pessoa”.

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PORTOHISTÓRICA

MULTIDISCIPLINARIDADE DE SERVIÇOS NA ÁREA IMOBILIÁRIA E DA CONSTRUÇÃO A PortoHistóricA Construções S.A. surgiu em 2015, sobre a alçada de Paulo Tavares, diretor-geral da empresa. Inicialmente dedicada à consultoria imobiliária, a partir de 2017, a PortoHistóricA apostou na diversificação do tipo de serviços prestados: arquitetura, gestão de obra e processo de construção.

A reestruturação da empresa e a abertura a outros serviços complementares surgiu com o objetivo de acompanhar o cliente ao longo de todo o processo de projeto/obra”, conta a arquiteta Ana Martins. “O cliente adquire o terreno/imóvel, e posteriormente prestamos todos os serviços necessários para colocar o projeto em andamento: estudos de viabilidade construtiva, projeto de arquitetura, instrução de processos camarários, orçamentação, gestão e acompanhamento de obra”, continua Inês Gonçalves, também arquiteta. A PortoHistóricA não tem um tipo de cliente específico, sendo que os projetos que surgem são bastante heterogéneos, garantindo à empresa a certeza de trabalhar sempre com expectativas diferentes: “Temos clientes que nos procuram para investimento no mercado imobiliário, para construção de raiz de habitação própria, para obras de remodelação de interiores de habitações, comércio ou clínicas.” Para desenvolver todos os projetos, e coordenar todas as áreas de trabalho, a equipa tem de ser multidisciplinar: “Somos três arquitetas, três engenheiros e equipa de obra, especializada nas várias áreas da construção. Conforme as necessidades, a equipa está vocacionada para os diferentes setores: departamento responsável pela consultoria imobiliária, departamento de desenho e projeto, 124 | Revista Business Portugal maio 2018

“A reestruturação da empresa e a abertura a outros serviços complementares surgiu com o objetivo de acompanhar o cliente ao longo de todo o processo de projeto/obra”


PORTOHISTÓRICA

mónio, a curto ou a médio prazo, conforme os seus objetivos”, explica Inês Gonçalves. A conjugação de esforços, a equipa multifacetada e a interação que existe entre os responsáveis pelas várias áreas do projeto garantem à PortoHistóricA uma proximidade com o cliente e uma rapidez de resposta muito elevada. O objetivo da empresa é a satisfação do cliente, garantindo a qualidade do serviço prestado, com base numa análise criteriosa do que o cliente pretende, do orçamento disponível e das possibilidades reais de execução do projeto.

“Ao contratar uma equipa especializada, o cliente garante a rentabilização e otimização do seu investimento na criação de património, a curto ou a médio prazo, conforme os seus objetivos”

departamento de gestão de obra. Disponibilizamos também serviço de orçamento, de forma gratuita a quem nos procura”. O orçamento tem muito peso no momento da decisão de comprar, reabilitar ou modificar um espaço. Para Ana Martins, a maioria dos clientes não tem noção do custo de obra: “A verdade é que as pessoas têm acesso a muita informação, através das várias plataformas on-line. Chegam até nós com uma determinada expetativa e a maior parte das vezes apercebem-se que o orçamento que têm disponível não comporta determinados gastos, ou o espaço da intervenção a realizar não se adequa ao tipo de obra que gostariam de fazer”. Deste modo, o acompanhamento de um arquiteto é fundamental. “Cada vez mais percebemos que os clientes consideram que trabalhar com profissionais especializados é indispensável e uma mais valia. Cabe à nossa equipa de arquitetos garantir soluções espaciais criativas e adequadas às necessidades e orçamento do cliente, e cabe à nossa equipa de engenheiros todo o acompanhamento técnico adequado de modo a que haja coerência e um fio condutor em toda a obra”, relatam as arquitetas. “Em termos de investimento, contratar uma equipa multidisciplinar como a nossa, reflete-se na qualidade do produto final e em relação aos honorários é uma pequena parcela na globalidade do custo da obra. “Ao contratar uma equipa especializada, o cliente garante a rentabilização e otimização do seu investimento na criação de patri-

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JUNTA DE FREGUESIA DE ARCOZELO

UMA FREGUESIA ENTRE A TERRA E O MAR Valorização cultural e identitária são duas prioridades que servem de base ao primeiro mandato de Maria Adelina Pereira, Presidente da Junta de Freguesia de Arcozelo. Ao longo deste artigo vamos conhecer o valor desta terra que tem todas as condições para se afirmar.

O primeiro mandato, as primeiras vitórias

Maria Adelina Pereira, presidente

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odemos começar por descrever a envolvente de Arcozelo que está ao alcance dos nossos olhos. Se de um lado podemos observar o casamento da branca areia com o infinito do oceano e os velhos barcos dos pescadores; do outro lado, podemos apreciar a cidade. Maria Adelina Pereira, Presidente da Junta de Freguesia, inicia a conversa a apresentar Arcozelo como uma “freguesia muito simpática, com uma ligação entre a parte rural e o mar, com uma boa localização e uma população muito calorosa”. Dispondo de boas escolas, empresas dinâmicas e Instituições que desenvolvem um bom trabalho em prol da comunidade, esta é uma freguesia cheia de potencialidades e uma grande dinâmica social, cultural e desportiva. É, sem dúvida, uma terra agradável para visitar, viver e trabalhar.

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O grande desafio para este mandato passa por centralizar a terra e recuperar valores que se têm vindo a perder.

As últimas eleições levaram Maria Adelina Pereira ao primeiro mandato para a presidência da Junta. O grande desafio para este mandato passa por centralizar a terra e recuperar valores que se têm vindo a perder. Apesar desta tendência, Arcozelo mostra que o seu ADN é feito de vivências marcadas pela história e, por isso, de forma a combater a descentralização, a autarca assegura que tem trabalhado, juntamente com o seu executivo, na oferta de melhoria e condições através de soluções como: a relocalização da sede da Junta de Freguesia (que se encontra em funções no mesmo edifício que o Centro Social), o arranjo dos arruamentos e a construção de passeios, bem como a remodelação do Centro Cívico com a instalação de novos equipamentos, nomeadamente uma biblioteca. Estas mais-valias, para além de mais visibilidade à freguesia, também têm o sentido de dar aos habitantes motivos para se sentirem bem na mesma e orgulho em olhar para a terra como sua. “Queremos que todos os Arcozelenses abracem o sentimento de pertença para com a freguesia”, revelou a autarca. Em relação às pessoas da terra, a intervenção prioritária é muito focada na lógica de envolvimento e proximidade com a comunidade. Nesse seguimento, esta freguesia apresenta valências adequadas a todas as idades: para os mais novos, a política é pautada pelo sentido de pertença ao conteúdo histórico e cultural da terra e para os mais velhos, a política passa por lhes dar a responsabilidade de passar os valores da terra. Para isto, o atual executivo da Junta de Freguesia de Arcozelo propõe-se a apostar na criação de uma bolsa de voluntários, que


JUNTA DE FREGUESIA DE ARCOZELO

isso, a nossa entrevistada confessou desejar criar um roteiro turístico que contemple a religiosidade na devoção à Santa, a pesca na Aguda e as tradições ligadas à faina e aos pescadores, os usos e costumes do mundo rural e o mar, numa oferta completa e diversificada ao dispor dos visitantes da freguesia de Arcozelo.

permita congregar jovens e adultos que estejam disponíveis para integrar equipas multidisciplinares tendo em vista a oferta de serviços variados à população. Fazendo um balanço positivo desde que assumiu o cargo, a presidente classifica este mandato como uma luta de persistência. “Espero conseguir deixar um Arcozelo melhor do que aquele que encontrei. Quero aproveitar para salientar que gosto muito de pertencer a esta comunidade, esperando que ela nos procure, que seja exigente, mas que elogie também o nosso trabalho”. Como forma de concluir a conversa, a presidente reforça que Arcozelo é um local que tem todas as condições para se afirmar, assumindo-se como muito agradável para se viver e assim proceder ao seu crescimento sustentado.

Visitar a freguesia Maria Adelina Pereira destaca como valor tradicional, que merece uma visita, a Santa Maria Adelaide (ou a Santinha de Arcozelo). O ex-líbris da freguesia é um polo de atração para milhares de crentes, de norte a sul do país e, por

MORADA Junta de Freguesia de Arcozelo Av. da Igreja, nº 279 4410-076 Arcozelo - Vila Nova de Gaia

CONTACTOS Tel.: +351 22 753 66 00 Fax: +351 22 753 00 01

/juntafreguesiaarcozelo www.jf-arcozelo.pt

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DESTAQUES 126 MUNICIPIO DA CHAMUSCA “O Coração do Ribatejo” 128 ASSOCIAÇÃO TAUROMÁTICA REDONDENSE Em nome da tradição 130 GANADARIA IRMÃOS MOURA CAETANO Tradição, arte e ‘afición’ pela festa brava 132 HERDADE DA FONTE FERREIRA A tranquilidade a cada recanto

ALENTEJO FESTA BRAVA No ano de 2017 demos a conhecer aos nossos leitores a história das ganadarias portuguesas, contando na primeira pessoa a paixão, a vontade e a dedicação na criação do toiro bravo. Um trabalho que teve uma enorme recetividade, tendo inclusive sido premiado. Este ano quisemos ir mais longe. No momento em que a temporada taurina se inicia, resolvemos entrar nos bastidores da festa, para assim proporcionarmos um melhor conhecimento e compreensão desta secular tradição portuguesa. “A primeira referência a uma actividade taurina em Portugal data de 1258, nas Inquirições de D. Afonso III, onde se refere que D. Sancho II (1209-1248), o quarto rei de Portugal, alanceou toiros no Campo das

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Almoínhas, em Lamego. Alancear toiros significava matar toiros com uma lança. Estas práticas taurinas vinham já de antes da fundação de Portugal, sendo impossível definir a data da sua origem. Desde a origem da nacionalidade que se realizavam corridas de touros nas principais praças públicas da cidades e vilas de Portugal, onde se montavam praças, tipicamente com formas quadradas, feitas em madeira, que eram desmontadas posteriormente aos festejos. Em Lisboa, por exemplo, até ao final do século XVIII, essas corridas realizavam-se Terreiro do Paço e no Rossio. Em Viana do Castelo, no século XVII, realizavam-se na actual Praça da República, em Évora na Praça do Giraldo. Assim era em todo o país, de norte a sul, passando pelas Ilhas”. Fonte: “touradas.pt”


Ascensão'18

5 a 13 maio

é na

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5 Virgul

Ricardo Ribeiro

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David Antunes

João Pedro Pais

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S.F.I.R.C. Vitória

‘A Barbie in The House’ António Bastos & Comunidade

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Carolina Deslandes

Luísa Sobral

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Ana Lains

TASQUINHAS . ARTESANATO . GASTRONOMIA . FADO . TOIROS . DESPORTO MOSTRA DE PRODUTOS REGIONAIS . CULTURA . TRADIÇÕES . FEIRA SOCIAL

7 Tatanka


CÂMARA MUNICIPAL DA CHAMUSCA

“O CORAÇÃO DO RIBATEJO” Num concelho com 746 km2 e cerca de 10 mil habitantes, a Chamusca é uma bonita vila portuguesa, no coração do Ribatejo, onde o Rio Tejo impera e a caracteriza. Terra de agricultura e silvicultura, de clusters industriais estratégicos e serviços, esta vila ribatejana conserva no artesanato, na cultura, nas feiras e festas populares uma importância crassa para o desenvolvimento da região, sendo a Feira da Ascensão, a procissão dos fogaréus, o entrudo, e claro, as festas de touros, os eventos mais característicos da Chamusca. Já os antigos diziam que “Da Páscoa à Ascensão, 40 dias vão” e é esse o momento que a vila está prestes a celebrar, a maior festividade d o concelho da Chamusca, que atrai milhares de visitantes ao Coração do Ribatejo.

C

om uma baixa densidade populacional e características territoriais e geográficas tão distintas, como a faixa ribeirinha, a charneca – ganadarias e coudelarias, o montado de sobro, a lezíria e o rio tejo, o concelho da Chamusca conserva em si todas as propriedades do Ribatejo na sua essência. Paulo Queimado, presidente do Município, fala-nos em entrevista à revista Business Portugal do nascimento da marca Chamusca O Coração do Ribatejo, “enquanto presidente da Câmara Municipal percebemos que uma das questões fundamentais para o desenvolvimento do concelho estava na falta de uma identidade com a qual os munícipes se identificassem. Pensámos na criação de uma marca que revelasse o melhor da Chamusca e verificamos que, de facto, o concelho é o Coração do Ribatejo pela diversidade que apresenta. Lançamos a marca Chamusca O Coração do Ribatejo em 2016 e uma das principais preocupações foi trabalhá-la nas escolas, chegando assim a todo o concelho”, refere. Através da coesão territorial, o Município da Chamusca tem sido o impulsionador da cultura e tradição do concelho, definindo eixos estratégicos cruciais para o desenvolvimento da região, nomeadamente o investimento na vertente educacional e cultural. “Com a minha entrada para a presidência deparamo-nos com problemas financeiros que tivemos de solucionar, passando a olhar para a gestão do município como se de uma empresa se tratasse. Colocamos as pessoas no centro daquilo que são as nossas preocupações. Investimos no setor da saúde, assim como na requalificação do parque escolar em todo o concelho. Por outro lado, apostamos na cultura, criando uma agenda cultural que traz à Vila o que de melhor se faz em todo o país. Na mesma medida promovemos o nosso teatro, o fado ribatejano e chamusquense, dinamizando a economia local. Ainda neste âmbito promovemos a tauromaquia com a introdução de vários eventos ao longo do ano”, reitera o edil.

Ascensão é na Chamusca De 5 a 13 de maio realiza-se no Coração do Ribatejo a maior festividade do ano, a Feira da Ascensão. Numa semana com nove dias, a vila enche-se de gente que vem sentir o pulsar do Ribatejo, apreciando a cultura e a tradição deste concelho em todo o seu esplendor. Desde os espetáculos, ao artesanato, passando pelas tasquinhas, todo o concelho está ao alcance do olhar de milhares de visitantes. 130 | Revista Business Portugal maio 2018


CÂMARA MUNICIPAL DA CHAMUSCA

“Dividimos a Feira da Ascensão em dois momentos, o primeiro reservado à animação e espetáculos, e o outro ligado à partilha da história e etnografia da nossa vila. No Páteo Ascensão temos a presença de várias associações, coudelarias e ganadarias do concelho, depois temos o espaço educação e juventude, em que procuramos desenvolver projetos assentes em ideias dos alunos. Mais recentemente, surgiu a feira social, onde as associações e IPSS do concelho que têm um papel fundamental no rejuvenescimento da população, estão a incrementar projetos de empreendedorismo social, desenvolvendo produtos e marcas vendáveis, com o apoio de designers em regime de voluntariado”, sublinha Paulo Queimado. A Quinta-Feira de Ascensão representa igualmente um dos momentos mais importantes na promoção da tauromaquia. Todos os dias existem atividades taurinas e workshops para crianças e jovens. Muitas das tradições que nasceram do trabalho do toiro bravo no campo são representadas nessa semana, realizando-se recriações como a antiga condução do gado bravo da charneca para a lavoura na lezíria ribatejana, a tradicional entrada de toiros. O programa anual de eventos é variado e engloba diferentes atividades ao longo do ano, tais como largadas, cernelhas, maneio de gado bravo, encierros, recortadores, toureio, ou corridas à corda. A entrada dos toiros pelas ruas da Chamusca é, assim, um dos pontos altos, pois o campo invade a vila e relembra às gentes desta terra uma tradição ancestral. À tarde a Corrida da Ascensão revive a emoção do toureio, a essência do touro bravo, uma relação de séculos que continua viva na Chamusca. Um contributo essencial para que a festa brava cresça e se mantenha neste território. “O nosso objetivo é que todos os eventos promovam a economia local. Nesse sentido esperamos que a Feira da Ascensão continue a crescer, mostrando o que de melhor se faz no concelho da Chamusca, atraindo ano após ano um maior número de visitantes. Uma festividade com nove dias só na Chamusca”, termina o edil.

De 5 a 13 de maio realiza-se no Coração do Ribatejo a maior festividade do ano, a Feira da Ascensão.

Paulo Queimado, presidente maio 2018 Revista Business Portugal | 131


ASSOCIAÇÃO TAUROMÁQUICA REDONDENSE

EM NOME DA TRADIÇÃO Foi com ambição e determinação que nasceu a Associação Tauromáquica Redondense, no ano de 2009. A vontade de manter viva a festa brava foi mais forte, e uniu um grupo de trabalho composto por cinco elementos a mostrar junto dos órgãos municipais que o Coliseu de Redondo, uma das quatro praças cobertas do país, voltaria a assistir a touradas. João Filipe Santana, Nuno Alves Rosado Pereira e Maria Angélica Palmeiro são os atuais responsáveis pela ATR que tem como principal objetivo levar ao Coliseu de Redondo muitas surpresas e competição.

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oi com simpatia e amor pela preservação da festa brava que a Associação Tauromáquica Redondense nos recebeu nas suas instalações, onde sentimos o pulso de uma região com mais de seis décadas de história ligada à tauromaquia. Desde a origem da nacionalidade que se realizam corridas de touros nas principais praças públicas das cidades e vilas de Portugal, cimentando uma tradição cultural milenar que se estendeu por todo o país, de norte a sul, passando pelas ilhas. “Este ano marca o sexagésimo primeiro aniversário da praça após a sua inauguração. A Santa Casa da Misericórdia de Redondo é a entidade proprietária do imóvel, tendo este sido edificado com a ajuda da população, desde oleiros que fabricaram tijolos, a casas agrícolas que cederam equipamentos como foi o caso da Casa Lino, Casa Alves, Casa Morais, e outras que não podiam ajudar com bens, mas auxiliavam com a mão de obra, sendo a parte técnica da autoria do engenheiro João Festas. Um grande contributo dos redondenses que ajudaram a erguer esta obra”, recorda Maria Angélica Palmeiro, membro da associação, e continua: “Após a

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João Filipe Santana, Nuno Rosado Pereira e Maria Angélica Palmeiro, direção da ATR

sua conclusão, esta foi entregue à Misericórdia, até que entrou em declínio. O imóvel degradou-se, não sendo possível a realização de touradas. O encerramento também prejudicou o Grupo de Forcados Amadores do Redondo, que havia sido criado nessa altura”. Com a recuperação da antiga praça de touros Simão da Veiga Júnior nasceu o Coliseu de Redondo, uma infraestrutura que resultou do contrato de concessão firmado entre a autarquia e a Misericórdia de Redondo. Uma obra concluída em nove meses, que conta com 2.097 lugares. “Quando tomámos conhecimento deste protocolo, decidimos reunir um conjunto de elementos, criando um grupo de trabalho que fosse à câmara com um plano de ação para retomar a realização de touradas nesta praça, mantendo a gestão desse espetáculo na região. Convidámos as pessoas e delineamos um projeto escrito, com o intuito de auxiliar o Município nesta vertente. Esse plano foi declinado, tendo sido então constituída a associação, que elaborou um protocolo com vista a ser a entidade responsável pela organização de touradas”, revela João Filipe Santana. Na altura esse grupo de trabalho foi constituído por aficionados, gente da terra, nomeadamente, João Filipe Santana – cabo (naquela altura) do Grupo de Forcados Amadores de Redondo, Maria Angélica Palmeiro – defensora dos forcados e voz ativa no


ASSOCIAÇÃO TAUROMÁQUICA REDONDENSE concelho, Miguel Capinha Alves - ex-forcado do Grupo de Montemor (do tempo de Zuzarte e de Simão Comenda), defensor e muito amigo do GFA de Redondo e José Rilhas, com um papel importante na preservação da festa brava e das tradições Redondenses. Na sua constituição contou também com José Portel, ainda vereador da Cultura da Câmara Municipal de Redondo. Embora se pense que a elaboração de uma corrida de toiros é simples, aqui percebemos que essa tarefa não tem nada de linear. Desde o preenchimento da folha de praça, um conjunto de requisitos e licenças necessárias à realização da tourada, até à escolha das figuras e da própria ganadaria, todos os elementos carecem de muito planeamento. “Desde o início que começamos a delegar funções, e percebemos principalmente durante o tempo da crise que tínhamos de pensar em dois ou três espetáculos financeiramente sustentáveis. O ano passado fizemos o festival de figuras, a corrida de agosto e a corrida de outubro, mas temos sempre de equacionar se irá ocorrer as Ruas Floridas, um evento bienal. O nosso objetivo passa sempre por manter a qualidade e o público fiel a esta praça. Claro que temos de jogar com todas as datas que ficam neste eixo geográfico, porque não queremos repetir figuras, nem podemos contratar cavaleiros que estiveram cá na temporada anterior, ou seja, trata-se de um processo complexo”, sublinha Maria Angélica Palmeiro. Ainda mais complexo quando se passa à fase de negociações junto dos apoderados, responsáveis pela presença dos cavaleiros em praça, pois enquanto associação, esta não possui o poder negocial de um empresário taurino (que gere mais que uma praça), o que dificulta ainda mais a montagem do espetáculo. Portanto, até se chegar ao dia da corrida de toiros são muitas as vicissitudes e adversidades pelas quais passa a associação, que continua este trabalho em prol da festa. Quando perguntámos se os forcados têm um papel importante na dinamização da festa brava, os responsáveis assumem que é um facto, até porque têm um impacto real na bilheteira. O forcado faz parte da

tradição tauromáquica portuguesa, e chama à praça o público mais jovem, assim como elementos de outros grupos de forcados. “O Grupo de Forcados Amadores de Redondo começou por espontaneidade”, acrescenta João Filipe Santana. Referiu também que existe um desconhecimento enorme sobre a festa brava, o tratamento dos animais e a magia que envolve este espetáculo ancestral. O gosto pelas corridas de toiros, os cavalos, e o campo com que Nuno Pereira muito se identifica, liga-o hoje à atividade de ganadero de gado manso da ainda Casa Alves. Neto e sobrinho-neto dos responsáveis, na altura, pela construção da praça de toiros diz-nos que “o gosto que tenho por tudo o que envolve as corridas de toiros fez-me abraçar este desafio de fazer parte desta associação e desenvolver um trabalho em prol da população e da festa brava”, acrescentando: “Lá de casa andou uma camioneta 15 dias a transportar materiais para a construção da praça”. Para esta temporada a Associação Tauromáquica Redondense irá realizar a 3 de agosto a corrida integrada nas festas locais e a 5 de outubro a da Feira de S. Francisco. “As nossas expetativas são ótimas, na medida em que procuramos dar um bom espetáculo ao público. Por outro lado, esta associação tem um papel social importante na região, nomeadamente com a doação de verbas às entidades de Redondo, como a corporação de bombeiros, a misericórdia ou o fundo de assistência do grupo de forcados”, completa Maria Angélica Palmeiro.

O forcado faz parte da tradição tauromáquica portuguesa, e chama à praça o público mais jovem, assim como elementos de outros grupos de forcados.

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GANADARIA IRMÃOS MOURA CAETANO

TRADIÇÃO, ARTE E ‘AFICIÓN’ PELA FESTA BRAVA

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Maria Guiomar Moura Caetano, ganadeira

ano de 2016 ficou marcado pela estreia da Ganadaria Irmãos Moura Caetano, uma homenagem de Maria Guiomar Moura Caetano aos seus filhos João Moura Caetano e Maria Moura Caetano. Embora se possa pensar que estamos a falar de uma ganadaria recente, a sua história confirma mais de meio século ligado à criação do toiro bravo. “Esta ganadaria foi imaginada e fundada pelo meu pai António Romão de Moura, que deu nome à exploração dedicada à criação do toiro de lide. Falamos de um homem do toureio, um agricultor de grande destaque, no fundo um homem de campo. Isso poderia indicar que seria um ganadeiro tourista, ou seja, em que o conceito de bravura estivesse claramente ligado àquilo que é a raiz do toiro bravo, a bravura feérica por si mesma. Mas isso não se verificou, porque o meu pai era um homem do toureio, apaixonado pelo bom toureio, sobretudo a cavalo. Logo, toda a sua vida procurou um toiro que conjugasse a bravura, a raça e a classe”, revela Maria Guiomar Moura Caetano. A origem da ganadaria remonta a setembro de 1963 (Portalegre), quando a mesma pastava nos campos de Monforte com a exploração solar do efetivo na Herdade das Lages. Com a procedência na ganadaria dos Irmãos Moura (João e António Moura) que em 1962 adquirem aos Irmãos Alves, do Redondo, um lote de vacas

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Na Ganadaria Irmãos Moura Caetano a qualidade é a palavra de ordem. Numa casa de toureiros, onde se respira a paixão pela festa brava e pela criação do toiro de lide, encontrámos uma ganadaria com história e tradição na tauromaquia, em especial no toureio a cavalo. João Moura Caetano, figura do toureio a cavalo, e Maria Moura Caetano, campeã nacional de dressage, dão-lhe o nome, demonstrando toda a ‘afición’ por esta arte ancestral.

de origem Pedrosa, às quais juntam um toiro de Rafael Calado, da mesma origem. Dois anos mais tarde, aumentam o efetivo com outro lote de vacas, também de Rafael Calado, acompanhado de um semental de origem Soler. Nesta altura, era uma das ganadarias mais importantes do país, com vários prémios de bravura arrecadados nas principais praças. Eram os tempos áureos do toureio a cavalo, em que as figuras pediam os toiros desta ganadaria. Posteriormente, em 1980, por partilhas de ambos, o lote que cabe a António Moura passa a anunciar-se em nome de sua mulher


GANADARIA IRMÃOS MOURA CAETANO

Maria Guiomar, numa homenagem clara à esposa, a qual mantém o ferro e divisa anterior, introduzindo sementais de João António Moura, provenientes de Maribel Ibarra. Com esta compra, o ganadeiro pretendia incutir tamanho, porte e trapio na ganadaria, contudo perdeu a toureabilidade e a classe que havia tido anteriormente. “Há três fatores indissociáveis no toiro bravo, como mencionei anteriormente, a bravura, a raça e a classe. O toiro apenas feérico é amputado numa parte importante do seu ser. Mas, quando se fala de um animal com classe, toureabilidade e cooperante, essa conjugação leva-nos a perceber a abrangência do conceito de bravura no seu todo. Logo, este, pode manter o seu espírito de luta, mas não apresentar classe na investida. Quanto à raça, refiro-me a uma força interior que lhe permite aguentar o tempo de lide e a vivacidade”, explica a ganadeira e acrescenta: “O meu pai privilegiava essas caracterís-

“Há três fatores indissociáveis no toiro bravo, como mencionei anteriormente, a bravura, a raça e a classe. Maria Moura Caetano e Coroado (Aachen 2017), tetra campeã nacional de dressage

João Moura Caetano, cavaleiro tauromáquico

ticas, mas com a introdução do encaste Ibarra, que é uma excelente linha mas que não ligou com a anterior, perdeu-as . Mais tarde, acabou por adquirir ao nosso amigo e grande taurino da Estremadura Espanhola, Jacinto Alcon, um lote de vacas e sementais Espartales, de origem Murube, que servia os seus objetivos e estava direcionado para o toureio a cavalo, o qual se mantém em linha pura até aos dias de hoje”. A nova ganadaria nasceu, assim, fruto da partilha em vida da ganadaria de D. Maria Guiomar Cortes Moura entre os seus filhos Armando João Moura e Maria Guiomar Moura Caetano. Hoje, a divisa azul e branca representa os touros dos Irmãos Moura Caetano, que ostentam o ferro com o losango em forma de estrela, em memória ao patriarca da família. Numa casa onde se respira afición, o trabalho, a dedicação e o esforço diário são notórios por parte dos seus líderes. João Moura Caetano, cavaleiro tauromáquico

português, recebeu do seu pai, Paulo Caetano, as primeiras lições de montar a cavalo, e estreou-se em público em Monforte, com apenas 9 anos. Tirou a alternativa em 2006, na Monumental de Lisboa, e, assim, no espaço de três dias toureou nas duas principais praças do toureio da Península Ibérica, Campo Pequeno e Las Ventas, em Madrid. Já Maria Moura Caetano, tetra campeã nacional de dressage, sempre esteve ligada aos cavalos. Formada em gestão pela Universidade Católica, resolveu dedicar-se ao hipismo e à disciplina de dressage, onde tem arrecadado consequentemente títulos nacionais e internacionais. Nesta casa, o maioral João Manuel Carvalho Neves, assume um decisivo e importante papel no dia a dia da ganadaria, pois o gado bravo requere um maneio exigente e trabalhoso. Nesta ganadaria toureirista correm-se três corridas e uma novilhada por ano, mantendo o pilar da qualidade. Embora, exista uma enorme solicitação para correr os toiros em Espanha, até porque a ganadaria é sobejamente reconhecida no país vizinho, atualmente estes estão a ser corridos em Portugal, até pelo estatuto de João Moura Caetano, enquanto figura do toureio. “A beleza do toiro é das poucas atividades do mundo, que é impossível replicar. O que torna esta arte tão apaixonante”, termina a ganadeira.

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HERDADE FONTE FERREIRA

A TRANQUILIDADE A CADA RECANTO Na vila de Avis, que deu nome a uma das dinastias mais ilustres da história portuguesa, encontrámos a Herdade Fonte Ferreira, uma unidade de turismo rural, onde impera o requinte e o ambiente único e acolhedor. O Monte, com cariz de casa senhorial, foi totalmente recuperado, mantendo a traça alentejana. Um excelente ponto de partida para explorar a cultura, a história e o património gastronómico e vínico do Alto Alentejo.

A

três minutos da vila de Avis, a Herdade Fonte Ferreira abriu ao público em 2016, após o restauro do monte alentejano. Jerónimo Pereira Leite, em conjunto com a esposa Maria Luísa Filipe Pereira Leite, adquiriu há mais de duas décadas a propriedade, com o intuito de desfrutar de um terreno em bruto, que padecia de uma beleza inigualável. Com a recuperação de toda a infraestrutura surgiu o Agroturismo Fonte Ferreira, uma unidade hoteleira diferenciadora na região. A Herdade Fonte Ferreira dispõe de oito quartos e quatro apartamentos, totalmente equipados com aquecimento, ar condicionado, televisão e wi-fi livre, aos quais foi atribuído uma temática, que nos leva a recordar o passado, através de uma decoração diferente que prima pela originalidade e sofisticação. Do mobiliário clássico ao atual, das paredes lisas aos toques rugosos e imperfeitos, do chão em granito à tijoleira artesanal, esta unidade hoteleira conta com muitos pontos de interesse arquitetónicos, incluindo uma pequena capela. “Todos os espaços comuns do hotel foram pensados para proporcionar o máximo bem-estar e conforto aos hóspedes, tendo sempre como princípio o conceito de se sentirem em casa. Desde as salas

136 | Revista Business Portugal maio 2018

“Todos os espaços comuns do hotel foram pensados para proporcionar o máximo bem-estar e conforto aos hóspedes, tendo sempre como princípio o conceito de se sentirem em casa.


HERDADE FONTE FERREIRA

que é fabricado segundo métodos artesanais e está à venda na loja do azeite. Das cerca de 40 mil oliveiras, mais de metade da azeitona destina-se à comercialização para a indústria conserveira. Paralelamente a propriedade cultiva milho, girassol, trigo, cevada e ervilha. Das varandas e janelas podem observar-se os campos, transformados de cor e vida consoante a estação do ano, fonte de uma beleza ímpar. Também do monte, olhando para o horizonte, o traço bem visível da vila deixa na memória séculos de história, surgindo em pano de fundo as torres de menagem, as cúpulas da Igreja Matriz, bem como as ruínas do convento. Quanto ao futuro, o objetivo de Jerónimo Pereira Leite passa por cimentar o nome da Herdade Fonte Ferreira no mercado, esperando ser cada vez mais uma referência desta região. Por outro lado, o projeto de modernização dos espaços construídos será outro dos objetivos a longo prazo, com a construção de seis suites.

Solar de Santa Teresinha

amplas e acolhedoras, os telhados de madeira, os quadros espelhados pelos diferentes espaços, até aos motivos de caça, que ornamentam a casa. Para além disso, a nossa unidade turística está preparada para acomodar animais, o que se torna uma mais-valia para as famílias”, sublinha Jerónimo Pereira Leite. A sala de pequeno-almoço, os vários espaços exteriores, como o jardim das Oliveiras e a piscina, onde se inclui a piscina para a primeira infância, fazem igualmente as delícias de quem procura descansar no campo, pois oferecem uma vista desafogada sobre a Albufeira do Maranhão. Se preferir atividades lúdicas, este agroturismo contempla ginásio, bilhar livre de competição, snooker, mesa de ping pong e mesa de matraquilhos. “No espaço intimista da nossa Tasca podem acontecer momentos de tertúlia, assim como tardes de fado, poesia ou música, que irão tornar o serão de verão ou de inverno num agradável e inesquecível momento”, acrescenta. Para além disso, a Herdade Fonte Ferreira está preparada para a realização dos mais variados eventos, comemorações ou convénios. Um conceito que tem acolhido maioritariamente portugueses, mas igualmente muitos turistas, que percorrem a Europa de bicicleta. Com uma oferta turística baseada na ambiência em que se insere, no campo, na natureza e nas atividades agrícolas, os hóspedes podem tomar contacto com o campo, visitando a herdade e as culturas agrícolas a pé ou de bicicleta, assim como participar nas atividades agrícolas sazonais. A herdade produz o Azeite Fonte Ferreira, de origem biológica,

Em pleno coração do centro histórico de Avis, terra de D. João I - Mestre de Avis e sede de uma das mais importantes ordens militares, o Solar de Santa Teresinha é uma unidade de alojamento local, onde a história, a arte e a cultura convivem em sintonia. Materializada num edifício datado do princípio do século XIX, esta casa apalaçada, construída de raiz, torna-se no espaço perfeito, onde se pode associar o descanso, a tranquilidade, o charme, a história e a magia do centro histórico medieval, logo é o local perfeito para uma estadia inesquecível. “Temos sete quartos, a que se junta o centro de lazer, composto por mesa de bilhar e snooker, a piscina exterior, a biblioteca e várias salas de estar. O nosso objetivo passa por valorizar o património, a cultura e a história desta região, atraindo um público-alvo específico”, termina Jerónimo Pereira Leite.

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DESTAQUES 136 UNIÃO DAS FREGUESIAS DE SÃO MIGUEL, SANTA EUFÉMIA E RABAÇAL “Que bom que é viver aqui!” 137 WEBERVAS Penela irá ter produção de extrato de plantas medicinais 138 PRIMELAYER Digitalizar os territórios: o espaço ao serviço dos cidadãos 140 QUINTA PARAÍSO DO ERMAL Quinta Paraíso do Ermal 141 MUNICÍPIO DE VIEIRA DO MINHO

MUNICÍPIOS EM DESTAQUE PENELA VIEIRA DO MINHO GUIMARÃES

142 PASTELARIA PÃO-QUENTE HORTAS Um espaço que explora os cinco sentidos 144 E.LECLERC DE LORDELO-GUIMARÃES Crescer de forma sustentável

RESERVE JÁ O Tempus Hotel, situado em Ponte da Barca, é a escolha ideal para uma estada calma e relaxante, a dois ou em família.

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UNIÃO DAS FREGUESIAS DE SÃO MIGUEL, SANTA EUFÉMIA E RABAÇAL

“QUE BOM QUE É VIVER AQUI!” Esta foi a frase que motivou a entrevista que a Revista Business Portugal efetuou junto da presidente da União das Freguesias de São Miguel, Santa Eufémia e Rabaçal.

M

aria Marmé é o nome da presidente desta União de Freguesias. Trabalha na Universidade de Coimbra e foi, durante oito anos, secretária e quatro anos presidente da Junta de Freguesia do Rabaçal até ser convidada para se candidatar ao cargo que hoje ocupa: “Eu abracei este desafio com carinho e com a convicção de que posso fazer sempre mais por toda população do nosso concelho”, começou por nos explicar a autarca. A União de Freguesias que a nossa entrevistada representa congrega cerca de 60 por cento do concelho de Penela e, por essa razão, conta com aldeias isoladas que necessitam de mais atenção por parte da junta de freguesia a que pertencem: “Trata-se de um concelho envelhecido que nos obriga a cuidados especiais e a mantermo-nos mais próximos. Assim, a maior parte dos nossos projetos dizem respeito à construção de estradas de acesso às aldeias mais isoladas e à manutenção das já existentes. A par disso, promovemos diversas atividades que pretendem promover um envelhecimento ativo e saudável e mantemos as duas sedes de freguesia (uma em Penela e outra no Rabaçal) em funcionamento”, enumerou.

Vila histórica, inúmeros locais a visitar “O concelho de Penela é, já por si, um concelho riquíssimo no seu património, com grande destaque cultural e que conta um pouco da história de Portugal. Nesse seguimento, as freguesias de São Miguel, Santa Eufémia e Rabaçal são conhecidas pelos seus incontáveis tesouros arquitetónicos, vestígios romanos e aldeias acolhedoras. Assim, podemos destacar o Castelo de Penela, Castelo

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140 | Revista Business Portugal maio 2018

Maria Marmé, presidente

Germanelo, Parque Romano, Mercado Municipal (realizado todas as quintas-feiras, com produtos biológicos), Convento de Santo António, o Museu Romano e as aldeias de Porto da Vila, Taliscas e S. Simão (com as suas escavações de vestígios romanos), o museu e as escavações romanas como os principais locais a visitar. Maria Marmé orgulha-se (juntamente com todo o seu executivo), de promover um cartaz cultural muito interessante, ao longo de todo o ano. Das dezenas de festividades e eventos realizados destacam-se a Feira Medieval (em maio), a Feira da Noz (em setembro), Penela Presépio (dezembro) e o Mercado do Queijo do Rabaçal a 29 de abril, entre outras de igual relevância. Acerca deste último evento é de salientar que, este ano, foi partido o maior queijo do Rabaçal, confecionado pela Serqueijos (fábrica de queijos local): “Com a criação deste mercado originamos o aparecimento de novos produtores e queijarias artesanais, criando assim maior empregabilidade. Propiciamos o renascimento de uma das nossas mais antigas tradições”, reiterou a presidente ao mesmo tempo que deixava o convite: “Visitem o concelho de Penela. Estamos muito perto de Coimbra e temos aldeias lindíssimas e atrativas para que possam visitar. Este é, sem dúvida, um ótimo destino para uma escapadela de fim de semana”, finalizou.

Email: presidente.uniao.freguesias@gmail.com Email: geral@uf-smiguelstaeufemiarabacal.pt

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WEBERVAS

PENELA IRÁ TER PRODUÇÃO DE EXTRATO DE PLANTAS MEDICINAIS Webervas é o nome da empresa responsável por um novo projeto que se encontra a ser implementado na vila de Penela, distrito de Coimbra. Trata-se de um pavilhão onde irá ser feita a produção de extrato de plantas medicinais, destinada à indústria dos suplementos alimentares (produtos naturais) e dos cosméticos. Sérgio Ramalho foi o porta-voz desta empresa, numa entrevista em que deu a conhecer os objetivos e ambições deste novo investimento na região centro de Portugal.

A

plataforma online Webervas foi criada por Paulo Macedo (brasileiro, residente em Espanha), empresário de profissão, que já há alguns anos comercializa, através da internet, suplementos alimentares e produtos naturais. O mentor do projeto, juntamente com o nosso interlocutor – Sérgio Ramalho – decidiu concretizar um sonho antigo e daí surgiu o investimento em Portugal: “as razões que levaram a que este projeto fosse implementado no nosso país (e não em Espanha) prenderam-se com duas realidades: em primeiro lugar a mão de obra e custo de vida mais baixos aqui praticados e, em segundo lugar, a burocracia exageradamente exigida no país vizinho”, começou por explicar.

Webervas no HIESE Numa fase inicial (já lá vai cerca de um ano), o nosso interlocutor teve ao seu encargo encontrar o melhor concelho onde este modelo de negócio pudesse ser implementado. “Contactei diversas Câmaras Municipais

Sérgio Ramalho, sócio-gerente

e, apesar de todas elas terem demonstrado interesse no nosso projeto, nenhuma se encontrava preparada para nos apoiar. No entanto, quando contactei o Município de Penela a realidade foi completamente diferente. Ofereceram-nos condições para nos implementarmos, quase de imediato. De facto, o HIESE é um habitat empresarial com muito potencial que inspirou confiança ao nosso fundador para que o seu investimento fosse aqui concretizado”, reiterou o gerente. Nesse seguimento, a Webervas irá construir um pavilhão com cerca de mil m2, junto às instalações do HIESE (num terreno cedido numa base de direito de superfície), onde dentro de um ano começará a produzir

o tão desejado extrato de plantas medicinais. Esta ideia de negócio é pioneira na Europa e Sérgio Ramalho acredita que este será um nicho de mercado com muito potencial para a empresa onde labora. “Já fomos contactados por um grupo da República Checa que comercializa produtos naturais. Estabelecemos uma vantajosa parceria com eles uma vez que se comprometeram a comprar-nos 70 por cento da nossa produção”, confidenciou-nos. Este precoce contacto foi facilmente justificado pelo nosso entrevistado: “as grandes empresas, consumidoras desta matéria prima, estão habituadas a importar da América do Sul. Essa importação traz-lhes, por vezes, diversos constrangimentos alfandegários e de custos. Nós seremos pioneiros na Europa, daí o grande interesse por eles demonstrado”. A Webervas será, então, responsável por uma nova unidade de produção em Penela e irá contratar, numa fase inicial, 11 funcionários. Sérgio Ramalho adiantou ainda que, numa segunda fase, pretende-se estabelecer relações com a indústria farmacêutica, onde o extrato de plantas medicinais é também muito utilizado.

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PRIMELAYER

DIGITALIZAR OS TERRITÓRIOS: O ESPAÇO AO SERVIÇO DOS CIDADÃOS Na vanguarda dos sistemas de informação geográfica, a Primelayer é uma empresa focada na digitalização e análise do território, criando soluções inovadoras em prol das florestas e dos cidadãos.

H

á 12 anos presente no mercado, a Primelayer foi aprofundando as suas competências técnicas e conhecimentos científicos na área dos sistemas de informação geográfica. Tendo iniciado, em 2006, como consultora técnica da administração pública, esta empresa do concelho de Penela acabou por reajustar o seu negócio ao longo dos anos. A Primelayer assume-se, assim, como uma softwarehouse profundamente dedicada aos sistemas de informação e plataformas de apoio à decisão geográfica. Um verdadeiro salto qualitativo que resulta do trabalho próximo com comunidades intermunicipais, nomeadamente com 44 municípios. Em plena fase de crescimento e de aceleração, a empresa Primelayer sentiu a necessidade de criar parcerias estratégicas, alavancando uma série de projetos inovadores. A ponte estabelecida no HIESE (Habitat de Inovação Empresarial nos Setores Estratégicos) permitiu a investigação e desenvolvimento de iniciativas, especialmente no âmbito da floresta. “Temos um cliente que é considerado um dos maiores produtores de madeira na região (Pedrosa & Irmãos – Gestão florestal e produtos da floresta) que nos desafiou a criar uma plataforma de apoio à decisão inserida na gestão da própria

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Paulo Caridade, administrador

empresa. Criamos então o SIMPERY que é um sistema de monitorização que permite à empresa trabalhar com a especialização dos dados e com as parcelas da floresta, sabendo o tipo de ocupação do solo, o custo do lote do terreno, a data do abate das árvores, entre outros itens. Numa segunda fase, há o encaminhamento e quantificação de todo o material lenhoso para a serração ou para a indústria e, numa terceira fase, iremos desenvolver um trabalho de investigação/ experimentação fazendo a avaliação do crescimento das árvores através de métodos de sensorização e de imagens satélite”, explica Paulo Caridade. O valor da floresta e as oportunidades inerentes ao mesmo são atualmente um dos principais focos da Primelayer, especialmente após os recentes eventos relacionados com os incêndios. Criar ferramentas de apoio e análise está ao alcance desta empresa do distrito de Coimbra, empenhada em desenvolver soluções práticas, úteis e inovadoras neste setor. Neste sentido, surge um projeto atualmente implementado em duas comuni-

dades intermunicipais (Região de Coimbra e Região de Viseu Dão Lafões), como meio de suporte à Proteção Civil e que vai muito ao encontro dos recursos presentes no território que permitem dar o apoio à decisão: “podem consultar as ocorrências abertas na região, o risco de incêndio diário, ou a previsão das condições meteorológica e/ou ambientais”, conclui o CEO. Outros projetos em desenvolvimento: -Observatório de Turismo do Centro de Portugal; -Plataforma de gestão de vias, através do centro de competências da Comunidade de Intermunicipal de Viseu Dão Lafões e das Infraestruturas de Portugal; -Plataforma G.U.I.A para a Associação Geopark Estrela; -Plataforma de gestão de percursos pedestres da empresa FLOEMA.

SPACELAYER Technologies Em 2015 e na sequência da candidatura ao programa da ESA BIC Portugal foi criada a startup SPACELAYER Technologies.


PRIMELAYER Segundo Paulo Caridade, trata-se de uma empresa de investigação no âmbito da tecnologia do espaço - recentemente vencedora do maior galardão do Espaço (OSCAR DO ESPAÇO – atribuído pela União Europeia) em que o objetivo é que permita tirar valor na observação da terra, navegação ou comunicação – desenvolvimentos e informações que mais tarde integram as plataformas da Primelayer no apoio à decisão. O know-how adquirido com a incubação na ESA BIC Portugal e com o programa de aceleração Climate-KIC, têm proporcionado um conjunto de oportunidades na integração e difusão de novos projetos. “um destes está ligado à monitorização do ar nas cidades utilizando imagens de satélite enquanto mapeamento base para cobrir a Europa toda. Estamos, neste momento, a utilizar os transportes públicos de Coimbra para andarem com os nossos sensores ‘às costas’, recolhendo informação dinamicamente”, explica o geógrafo. Mais recentemente, estabeleceu uma parceria com a Philips Lighting para desenvolver uma solução de sensores de qualidade do ar em sistema Plug and play para luminárias inteligentes. Estas fontes de recolha de informação permitem com os nossos motores de machine learning direcionem a informação

Em plena fase de crescimento e de aceleração, a empresa Primelayer sentiu a necessidade de criar parcerias estratégicas, alavancando uma série de projetos inovadores.

relevante para os cidadãos com problemas respiratórios, através de uma aplicação móvel. Por outro lado, em conjunto com a ESA (European Space Agency), o IPN (Instituto Pedro Nunes), a ANACOM (Autoridade Nacional de Comunicações ) e a FCT (Fundação de Ciência e Tecnologia), a Spacelayer está a desenvolver um projeto que se chama GOSAFE OUTDOOR EXPERIENCE para criar uma solução para o turismo de natureza que vai permitir que uma pessoa que esteja a fazer, por exemplo, um trilho e caso esta saia do trajeto que definiu envia alertas a pessoas que estejam próximas para confirmarem o estado dessa pessoa e, se ninguém responder, faz automaticamente uma chamada por satélite para o operador turístico ou para a Proteção Civil. Na perspetiva do nosso entrevistado os vários projetos em que as duas empresas participam são distintos, mas com uma espinha dorsal em comum, nomeadamente a questão da geografia, dos mapas e do know-how científico, utilizando as imagens de satélite: “contamos com o trabalho de matemáticos, químicos, geógrafos, geólogos, técnicos de sistemas de informações geográficas e informáticos que, com esta multidisciplinaridade, nos permitem abarcar todas estas ações”, finaliza.

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QUINTA PARAÍSO DO ERMAL

QUINTA PARAÍSO DO ERMAL

E

m Vieira do Minho, na encosta debruçada sobre a albufeira do Ermal surge um espaço acolhedor com uma paisagem deslumbrante. Todos os aposentos são voltados para o que parece uma lagoa privada. A quinta possui uma passagem direta e exclusiva para quem deseja mergulhar na água, que devido ao microclima, chega a atingir os 29 graus. A zona envolvente pertencente à propriedade é um cenário paradisíaco: piscina em cascata, baloiços na erva verde, camas de rede à sombra de majestosas árvores e parque infantil. Um pomar e horta onde se pode colher diretamente para confecionar as refeições. Na Quinta Paraíso do Ermal tem disponível wi-Fi gratuito com cobertura total da área e é constituída por três quartos, três wc, um dos quais privativo; ampla sala de estar, sala de jogos, ginásio e cozinha totalmente equipada. O projeto da marca Casas no Paraíso tem um conceito próprio na arte de bem receber: o porme-

O importante é fazer sentir aos clientes que “chegaram a casa”.

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nor, a receção personalizada, os objetos únicos que preenchem o espaço, porque não há pessoas iguais, e sobretudo, o importante é fazer sentir aos clientes que “chegaram a casa,” onde serão sempre recebidos como amigos. O objetivo a médio prazo é abrir outras unidades hoteleiras e multiplicar Paraísos pela zona norte do país. Bem-vindo ao Casas no Paraíso! Informações: As marcações podem ser realizadas através do site do empreendimento: www.casasnoparaisoalc.pt



PASTELARIA PÃO QUENTE HORTAS

UM ESPAÇO QUE EXPLORA OS CINCO SENTIDOS Pastelaria Pão Quente Hortas, como o próprio nome indica, é um estabelecimento com serviço de pastelaria, padaria com fabrico próprio e serviço de pizzaria situado em Guimarães. José Fraga, o proprietário em entrevista à Revista Business Portugal dá-nos o seu testemunho no setor da hotelaria.

J

osé Fraga inicia a sua aventura no setor a convite de um amigo padeiro e em sociedade abrem um estabelecimento em Azurém, Guimarães. No entanto, os dois sócios, com visões diferentes de negócio decidem separa-se e nessa altura, em 2007, José Fraga decide investir no seu próprio projeto. Pastelaria Pão Quente Hortas abre em Guimarães por uma questão estratégica. José Fraga conta a escolha do espaço: “o local foi comprado antes do prédio estar construído. A sua localização, ou seja, estarmos perto do centro histórico, ao lado do parque das Hortas e do teleférico seria o ideal para trazer o retorno financeiro pretendido”. O empresário confessa que a sua ligação com a cidade também foi um dos motivos que o levou a investir num projeto no coração de Guimarães. O turismo em Guimarães tem crescido de forma exponencial o que influencia positivamente o volume do ne-

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gócio segundo o nosso entrevistado: “cada vez recebemos mais turistas, principalmente na época festiva da Páscoa e são, sobretudo espanhóis, quem nos visita, sabemos que o turismo na nossa cidade traz benefícios ao nosso estabelecimento”, revela José Fraga que se sente satisfatório por ser uma referência no setor da hotelaria na cidade de berço. Pastelaria Pão-Quente Hortas conta com um espaço de 135 m2, todo envidraçado e com duas esplanadas. O espaço agradável é um dos fatores diferenciadores, entre outros: “há muita concorrência no setor em Guimarães e para atingir o sucesso precisamos de nos distinguir pela qualidade dos produtos, do excelente atendimento e com o envolvimento de um espaço delicioso. É importante os nossos produtos terem a máxima qualidade mas também considero ser importante os nossos clientes sentirem-se bem no nosso estabelecimento”. O proprietário acrescenta que o espaço está aberto todos os dias da semana.O projeto de família conta com a colaboração das duas filhas. Elsa e Marisa Fraga trabalham no estabelecimento e dedicam-se a 100 por cento, o que permite a José Fraga ainda atualmente manter a profissão de vender ambulante em paralelo. “O projeto é uma

José Fraga e filhas, proprietário

realização pessoal mas também foi pensado no futuro das minhas filhas, o negócio deve continuar em família”. José Fraga acrescenta revelando que é fácil trabalhar em família e que o sucesso desta aventura é resultado de muitos anos de trabalho e dedicação. Os seis colaboradores que constituem a equipa são fundamental para o êxito do projeto. José Fraga revela que apesar de haver dificuldades em conseguir mão-de-obra nesta área a sua equipa é dedicada e desempenham um papel essencial.O proprietário despede-se com uma mensagem: “convido a visitarem o nosso estabelecimento. Oferecemos um menu com variedade de produtos com qualidade e sempre frescos, além do serviço de take-away. Garantimos também, momentos agradáveis num espaço acolhedor e a oportunidade de saborear as nossas mini bolas de Berlim únicas”.



E.LECLERC LORDELO-GUIMARÃES

CRESCER DE FORMA SUSTENTÁVEL O E.Leclerc de Lordelo-Guimarães em vários momentos demonstrou a sua envolvência na comunidade, apoiando e impulsionando setores como a economia, educação e instituições locais. E continua a ser objetivo desta organização envolver-se e estar lado a lado com a comunidade local.

I

niciativas como o Hiperchef e Torneio de Futsal Inter-Empresas organizadas pelo E. Leclerc de Lordelo Guimarães fomentam o espírito de equipa e de união entre várias empresas da região, permitindo uma maior empatia entre os colaboradores de cada empresa ao criar momentos de convívio e descontração. É frequente grupos de crianças em idade pré-escolar e do primeiro ciclo visitarem as instalações do E.Leclerc de Lordelo-GMR, e “porem a mão na massa”, ajudando os profissionais deste estabelecimento das áreas de padaria e pastelaria. Nestas sessões aprendem alguns dos processos de fabrico, dão asas à curiosidade e esclarecem muitas dúvidas, características das crianças de tenra idade. E como também aprendemos brincando, o E.Leclerc Lordelo-GMR presenteou as crianças na Festa de Final de Ano do Centro Social de Guardizela, com atividades lúdicas – teatro de fantoches, insuflável, pinturas faciais e degustação de produtos biológicos da marca exclusiva BioVillage. Sempre com um sentido de responsabilidade para com a comunidade envolvente, as políticas ambientais fazem parte da rotina diária desta superfície comercial. Neste sentido, o E.Leclerc Lordelo-GMR em colaboração com o Laboratório da Paisa-

gem, elaborou um livro de atividades educativas sobre a temática ‘Meio Ambiente’. Este livro foi distribuído pelas várias escolas e infantários das localidades circundantes ao Centro Comercial, que incluía um Concurso de Desenho sobre o tema Ecologia. Este concurso além de abordar o tema de forma lúdica, tinha também cariz social, em que por cada participação revertia 1 euro a favor da Casa da Criança de Guimarães. Num concelho direcionado para o melhoramento dos padrões ambientais e implantação de políticas e estratégias favoráveis ao ecossistema, o E. Leclerc de Lordelo também apoiou a reflorestação do concelho com 1.500 árvores. Sendo o Agrupamento de Escolas Virgínia Moura, o agrupamento representante da localidade de Lordelo, a direção deste Centro Comercial, representada por Fabrice Lachize, achou importante abraçar e apoiar esta entidade educativa. O E.Leclerc Lordelo-Guimarães presta um apoio social assumindo a necessidade de dar continuidade e de desenvolver as ações de apoio alimentar e outros bens complementares aos alunos mais carenciados economicamente, com claras repercussões na aprendizagem. Relativamente ao apoio prestado ao nível pedagógico, esta entidade parceira foi,

As políticas ambientais fazem parte da rotina diária desta superfície comercial.

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E.LECLERC LORDELO-GUIMARÃES

juntamente com as demais, preponderante na criação de uma sala inspirada no Future Classroom Lab da European School Net e nos Ambientes Educativos Inovadores da Direção Geral da Educação, já que a Direção do Agrupamento de Escolas Virgínia Moura decidiu avançar com um dos maiores desafios que enfrentou até hoje: criar um espaço de trabalho onde alunos e professores possam ir mais além e encontrar respostas para o desenvolvimento de cenários de aprendizagem do Séc. XXI; uma sala de trabalho personalizado – Espaço de Aprendizagem Personalizada – onde o centro de toda a atividade é o aluno em interação com outros alunos e professores. Com olhos postos no futuro e na empregabilidade da região, o E.Leclerc Lordelo-GMR acolhe frequentemente estagiários em diversas áreas profissionais, como Comunicação e Marketing , Secretariado, Técnicas Comerciais, Manutenção, entre outras, permitindo a aquisição de competências e experiências profissionais e uma melhor integração na vida profissional dos alunos. No inverno passado, a escola profissional CIDENAI organizou uma visita guiada com cerca de 25 estudantes a esta superfície comercial, durante a qual de uma forma breve e informal perceberam como é, na prática, a ‘vida’ de um hipermercado, tiveram acesso aos bastidores – espaços que habitualmente os clientes desconhecem. Os alunos finalistas, da licenciatura de Gestão, da Universidade do Minho de Guimarães, realizaram os projetos de fim de curso com o E.Leclerc Lordelo-GMR como case studies, nos conceitos Hipermercado e Brico, onde puderam elaborar um Plano Estratégico de Negócios e medidas de implementação. No âmbito da elaboração deste projeto de trabalho, cerca destes 70 estudantes frequentaram a superfície comercial, entrevistaram colaboradores e conheceram a filosofia da insígnia, de forma a realizar os trabalhos finais. O E. Leclerc de Lordelo Guimarães preocupa-se em criar parcerias a longo prazo estabelecendo ligação com produtores locais de modo a impulsionar a economia local e permitir uma oferta mais natural aos seus clientes. Podemos referir, entre outras alianças locais, as Estufas da Quinta dos Marecos em Vila Nova do Campo- Santo Tirso, que se encontram a produzir especialmente para o E. Leclerc de Lordelo Guimarães, possibilitando uma entrega diária com maior frescura dos legumes sazonais. Outras parcerias relevantes que podemos referir é a exploração de bovino Carnes Longo em Vermoim – Vila Nova de Famalicão que fornece uma carne de qualidade assim como a Casa de Sezim em Santiago Candoso Guimarães cujo vinho verde de produção limitada podem encontrar no hipermercado E. Leclerc de Lordelo Guimarães.

O E. Leclerc de Lordelo Guimarães preocupa-se em criar parcerias a longo prazo estabelecendo ligação com produtores locais.

O E.Leclerc LordeloGMR acolhe frequentemente estagiários em diversas áreas profissionais

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JANSSEN PORTUGAL

solardosmascarenhas.com

Localizado no centro histórico de Vila Viçosa, a menos de 300 metros do Palácio Ducal, o Hotel Solar dos Mascarenhas é um boutique hotel que conta com um edifício do século XVI onde está localizada a recepção, salas de estar e a sala dos pequenos-almoços. Os quartos estão localizados nos antigos jardins e cavalariças do solar, numa construção totalmente nova.

Hotel Solar Dos Mascarenhas, Rua Florbela Espanca,125,7160-283 Vila Viçosa

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SERVIÇOS

HISTÓRIA

O pequeno-almoço é servido diariamente no Restaurante do Paço, em uma sala onde antigamente era a Adega e Celeiro da casa. Existe um bar no local que dá apoio a piscina. O restaurante encontra-se fechado, mas abre para grupos a partir de 10 pessoas, e dispõe ainda de salas para festas e casamentos.

A propriedade é uma antiga residência de fidalgos da corte portuguesa e encontra-se a 2 minutos a pé do Palácio Ducal. O Solar Dos Mascarenhas Hotel está situado a cerca de 30 minutos de carro de Elvas e a 45 minutos de Évora. Badajoz, em Espanha fica a cerca de 40 minutos de carro.

Telefone 268 886 000

Email hotel.solardosmascarenhas@gmail.com

Horário Todos os dias: 08h - 00h


JANSSEN PORTUGAL

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JANSSEN PORTUGAL

152 | Revista Business Portugal maio 2018


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