JANSSEN PORTUGAL
novembro, 2018
Portugal Criativo • Algarve • Santarém
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ALUGADORES DE EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS
O VAZIO LEGISLATIVO QUE URGE SUPRIR
novembro, 2018
Especial Nova Agricultura
TECNIFERTI
SOLUÇÕES INOVADORAS PARA A AGRICULTURA Casimiro Soares, administrador
Nesta Edição
novembro 2018 Revista Business Portugal | 3
‘SerPORTUGAL diferente JANSSEN
para ser insubstituível’’
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4 | Revista Business Portugal novembro 2018 Travessa de São Paulo, nº57 - sala 7 | 4430-535 VN Gaia | suigeneris@suigeneris.com.pt | 91 356 65 76 | 91 279 59 94 | 22 784 95 89
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Fotografia: Fábio Pinto
Portugal Criativo Algarve Santarém
HOME TAILORS
A AGÊNCIA IMOBILIÁRIA DE LUXO QUE SE TORNOU UM FENÓMENO DE CRESCIMENTO novembro, 2018
Especial Nova Agricultura
Helena Laureano e David Carapinha, embaixadora e ceo
TECNIFERTI
SOLUÇÕES INOVADORAS PARA A AGRICULTURA Casimiro Soares, administrador
Nesta Edição novembro 2018 Revista Business Portugal | 5
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6 | Revista Business Portugal novembro 2018
ÍNDICE
EDITORIAL
Novembro 2018
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TRANSPARÊNCIA, RAPIDEZ E QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE PISCINAS
13
71
16 AB PROJECT Trabalhar bem, numa empresa feliz!
78 WM CURSOS DE FORMAÇÃO “Ensinar não é monólogo, tem que ser diálogo”
INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS
22 GRUPO DRAGÃO O modelo vencedor da agência número 1 no norte
50
ALGARVE PARA LÁ DO VERÃO 56 TURISCAMPO 1º Lugar no pódio que distingue “Qualidade”
PORTUGAL CRIATIVO INOVE E EMPREENDE
82 P2S “A imagem tem o poder de revolucionar os negócios”
98
SANTARÉM 102 ADEGA COOPERATIVA DE ALMEIRIM A arte da vinificação desde 1958
A Revista Business Portugal volta a trazer a atualidade do mundo empresarial em Portugal. Damos um grande enfase à problemática da falta de legislação concreta para a circulação de gruas de 60 ou mais toneladas na via pública. A Revista Business Portugal conversou com quem lida com este problema diariamente e tem que optar por quebrar a lei, de modo a cumprir os seus compromissos profissionais ou, por outro lado, recusar serviços por causa desta falha na legislação portuguesa. Uma vez mais fomos à procura dos melhores na área da imobiliária. Este revela-se, todos os meses, um tema fulcral e atual, visto a procura que o mercado português tem sentido nesta área, fruto também do crescente turismo que se tem vindo a sentir nos últimos anos. A nova agricultura recebe também menção em novembro. Os novos agricultores e os novos sistemas de melhoria à agricultura podem ser conhecidos num especial desta edição. A nossa viagem prossegue por Santarém, onde encontramos “gente que faz bem”, mas também pelo Algarve, onde existe muito “para lá do sol e mar”, sem descurar as restantes regiões do país onde existem exemplos de empreendedores e fazedores portugueses. Já lhe aguçamos a curiosidade?
FICHA TÉCNICA Propriedade: Guidetarget, Lda Diretor: Fernando Silva Direção Editorial: Diana Ferreira (diana.ferreira@revistabusinessportugal.pt) Direção Gráfica: Vanessa Martins (vanessa.martins@revistabusinessportugal.pt) Corpo Redatorial: Ana Miguel Lopes, Joana Gonçalves, Laura Azevedo, Sara Oliveira, Tânia Pacheco, Teresa Mata Outros Colaboradores: Cátia Tocha, Diana Barros, Joana Bárbara, Maria Inês Moreira Secretariado: Paula Assunção (paula@revistabusinessportugal.pt) Direção Comercial: José Moreira Dep. Comercial: António Matos, Fernando Lopes, Filipe Amorim, Isabel Brandão, Luís Pinto, Manuel Fernando, Manuela Nogueira, Paulo Padilha, Rui Moreira (geral@revistabusinessportugal.pt) Redação e Publicidade: Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15, 9ºandar, sala 9.4 4400-134 – Mafamude / +351 223 754 806 Distribuição: Distribuição gratuita com o jornal Público / Dec. regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Periodicidade: Mensal novembro 2018
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DESTAQUES 6 ANAGREI O vazio legislativo que urge suprir
PARQUES EÓLICOS CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO EM RISCO Segundo recentes informações recolhidas junto da ANAGREI – Associação Nacional de Alugadores de Equipamentos Industriais, a construção e a própria manutenção dos Parques Eólicos está em risco de paralisar, pela impossibilidade logística de deslocar os veículos auto-grua (vulgo ‘auto-gruas’; veículos com grua que se deslocam nas estradas como camiões multi-eixos), necessárias a estes trabalhos. A dificuldade e a extrema morosidade com que os alugadores de auto-gruas se deparam no dia a dia, na obtenção destas Autorizações Especiais de Trânsito (Licenças) junto do IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes, para as deslocar em percursos pré-definidos para os seus clientes (há diversos casos que tardam mais de seis meses entre o pedido e o despacho final), são totalmente incompatíveis com as necessidades operacionais deste tipo de trabalhos de elevado risco técnico. Para agravar a situação, estas licenças são emitidas com um prazo de validade na ordem dos 30 dias, o que complica ainda mais todo o processo. Refere também a ANAGREI, que, na nossa vizinha Espanha, este tipo de licenças consegue-se em cerca de 10 dias e com um prazo de validade de quatro anos. Além disso, são válidas para todo o território espanhol. Um procedimento semelhante na emissão das licenças já vigorou em Portugal há uns anos atrás (até final da década de 90), quando as
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infra-estruturas rodoviárias nacionais eram bem piores e escassas, mas deixou de ser adotado, com todos os inconvenientes já referidos. Está também em causa a própria segurança das instalações industriais, que em situações de intervenção urgente, não podem esperar semanas para que este tipo de equipamentos se possa deslocar até que o alugador tenha a licença de circulação em sua posse. Além dos riscos de segurança inerentes, estes atrasos provocam prejuízos elevadíssimos às empresas e à economia do país, com perdas de competitividade e pondo em risco centenas de postos de trabalho. Refere-nos também a ANAGREI que esta situação não se limita à exploração eólica, e que se estende naturalmente a outras infra-estruturas e indústrias, como por exemplo as refinarias, indústria cimenteira, portos marítimos, etc. Mais nos reafirma a ANAGREI que sempre foi intenção dos seus associados trabalharem em total legalidade, mas a continuidade desta situação só poderá desencadear, num futuro próximo, em ações de paralisação no aluguer deste tipo de veículos auto-grua, para que possam salvaguardar a sua própria posição perante a lei. As consequências destas paralisações adivinham-se imprevisíveis. Apela a ANAGREI ao bom senso das entidades competentes nesta matéria, para resolver de imediato este problema, tal como o fez a nossa vizinha Espanha há mais de 10 anos.
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Criamos relações fortes e duradouras com os nossos clientes.
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ANAGREI
O VAZIO LEGISLATIVO QUE URGE SUPRIR Não é invulgar apercebermo-nos de que a legislação carece em certos assuntos, prejudicando empresas e sua clientela. A área de alugadores de equipamentos industriais padece dessa problemática: há falta de legislação concreta para a circulação de gruas de 60 ou mais toneladas de peso bruto nas vias públicas. A alternativa passa por pedir uma licença para circular dentro de um determinado percurso e aguardar entre três a seis meses para que esta seja concedida, afirma Maria João Frade.
A
qui somos confrontados com o cerne da questão: “é inaceitável que as empresas deste setor respeitem todas as regras de circulação, manutenção e manuseamento destes veículos, mas não exista legislação que lhes permitam colocar os mesmo em circulação na via pública dentro de prazos aceitáveis”, afirmou-nos Maria João Frade. A presidente da Associação Nacional de Alugadores de Equipamentos Industriais (ANAGREI) dá voz à aflição vivida diariamente pelas empresas deste setor. A autorização requerida demora meses a chegar – três, seis ou até nove meses. Partindo do princípio de que é aprovada, as empresas ficam, assim, com 30 dias (prazo de duração de licença) para proceder à deslocação da grua até ao destino. E, até há bem pouco tempo, eram obrigados a efetuar outro pedido de autorização para deslocar a máquina novamente para a empresa sua detentora. A licença representa em si mesma um gasto que é, apesar de tudo, bastante inferior ao prejuízo que causa às empresas pela demora em chegar. As entidades veem-se impedidas de garantir prazos aos clientes, uma vez que se encontram constantemente dependentes do tempo que demora a emissão das licenças. Situações há nas quais é possível antecipar e programar todo o processo, porém “na maioria das vezes é impossível prever que máquina vai ser necessária e em que local”. Se toda esta realidade é difícil de aceitar, há situações ‘gritantes’, como afirma a nossa interlocutora: “para várias deslocações para o mesmo local e com o mesmo trajeto, pode ser necessárias várias autorizações simplesmente devido ao curto prazo de duração das licenças”. Atualmente, as licenças já preveem o regresso da grua ao estaleiro, facto que não acontecia anteriormente. No entanto, “pode simplesmente ser-nos mais conveniente que o regresso seja feito para um estaleiro diferente do da partida. Ora, nesse caso, temos de solicitar outra licença para o efeito”.
Delegação de responsabilidades Maria João Frade, presidente
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As licenças são requeridas ao Instituto da Mobilidade Terrestre (IMT) que, por sua vez, as transmite às Infraestruturas de Portugal (IP), que solicita autorização de
ANAGREI
viabilidade de trajeto às várias concessionárias dentro do percurso que se pretende fazer. A resposta vem no sentido inverso: das concessionárias para as IP, das IP para o IMT, o qual transmite o parecer final. “Estas formalidades e burocracias atrasam o nosso trabalho e o desenvolvimento das indústrias que dependem das nossas gruas para trabalhar”, expõe a presidente da ANAGREI. Questionamos se haveria forma de agilizar este processo. Maria João Frade acredita que sim: “vou
dar como exemplo os vizinhos espanhóis que emitem uma licença para quatro anos, que permite a deslocação das gruas dentro de determinados horários e trajetos. Através de um site é possível monitorizar em tempo real se a estrada está ou não transitável e quais são as alternativas. Este é um excelente exemplo e que pode ser facilmente replicado em Portugal, dando-nos, desta forma, autonomia e responsabilidade na deslocação das gruas e possibilitava agilizar os trabalhos mais urgentes ou de emergência”. Os organismos responsáveis poderão delegar responsabilidades nas empresas em questão como forma de acelerar todo este processo. “Hoje em dia, com a disponibilidade de informação e a facilidade que existe em consultar as condições das vias” já não é compreensível o tempo perdido.
Fazer parte desta organização significa reger-se pelos mais altos códigos de conduta e com a obrigação expressa de oferecer um serviço de qualidade novembro 2018 Revista Business Portugal | 7
ANAGREI
Imprevistos Estas máquinas de grande dimensão são solicitadas, com frequência, para a indústria pesada ou para o setor da energia eólica. A montagem de um parque eólico, por exemplo, é planeada, mas uma avaria numa torre não o é, quando isso acontece “temos de aguardar entre três a seis meses para que a grua tenha autorização para ser deslocada para o local”. O que se verifica em caso de avaria também ocorre em caso de acidente: “Por norma, não trabalhamos diretamente com o Governo, mas, mesmo assim, há acontecimentos que podem suceder, como um acidente numa ferrovia ou a queda de uma ponte, que exija a intervenção imediata de uma grua e que não estão devidamente acautelados.
A verdade é que estes equipamentos são, de facto, construídos de forma a poderem circular na estrada sem colocarem em causa a segurança da via. transeuntes e do transito. Maria João Frade, acrescenta: “o facto de circularem na via pública requer bastante cuidado e estudos prévios do percurso, para não corrermos o risco de danificarem as máquinas e optamos por estradas ou circuitos já percorridos de forma a evitar emprevistos. Também é do nosso interesse que a estrada tenha condições para a circulação“. São instrumentos operados por profissionais com vários anos de experiência e formação extensa para cada equipamento, muitas vezes fornecida pela própria marca que o concebe, por forma a garantir a “máxima segurança e responsabilidade”, assegura a presidente da ANAGREI.
“Defendo que deveríamos ter uma autorização especial, emitida para todas as gruas em Portugal, para circular dentro de determinados trajetos, em determinados horários. Admito que sejam impostas restrições quanto às estradas a serem utilizadas, horários nos quais a circulação é permitida e outras medidas que entendam ser pertinentes. Entendo, também, que a movimentação destas gruas não devem interromper a circulação normal e diária e por isso é que na maioria das vezes é efetuado durante a noite. Tudo isto é aceitável, exceto o facto de estas máquinas serem construídas e utilizadas no mundo inteiro e em Portugal não tem autorização para circular na via pública”. 8 | Revista Business Portugal novembro 2018
ANAGREI
ANAGREI: Associação Nacional de Alugadores de Equipamentos Industriais A Associação Nacional de Alugadores de Equipamentos Industriais (ANAGREI) nasceu há mais de 25 anos (1991) em prol da defesa dos interesses dos profissionais e empresas deste setor. A sua fundação “era uma necessidade que todos os alugadores tinham, porque os problemas existentes eram comuns a todas as empresas” e entenderam que seria em benefício de todos constituir uma associação que os defendesse, refere-nos Maria João Frade, presidente a cumprir o segundo mandato. A ANAGREI representa, atualmente, 21 empresas organizadas em três divisões de aluguer: auto gruas, gruas torre e auto montantes e outros equipamentos. “Temos outro tipo de associados que nós consideramos membros: empresas que representam em Portugal as marcas com que trabalhamos”, acrescenta. As empresas associadas da ANAGREI representam um volume de negócios que ronda os 300 milhões de euros por ano, empregam cerca de dois mil trabalhadores e dispõem de um parque de
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máquinas e equipamentos de mais de cinco mil unidades, com um valor de aquisição superior a 500 milhões de euros. Fazer parte desta organização significa reger-se pelos mais altos códigos de conduta e com a obrigação expressa de oferecer um serviço de qualidade. Isto é uma garantia acrescida de que o cliente que aluga uma máquina de um destes associados pode ter a certeza de que terá um bom serviço. “A missão é que a nossa atividade seja reconhecida como complementar às outras atividades que existem no país e que tudo o que fazemos seja legalizado”. Atualmente, a maior luta da ANAGREI é, tal como explicado nestas páginas, a problemática da falta de licenciamentos céleres para a circulação de gruas de 60 toneladas ou mais nas vias públicas. “Queremos operar na legalidade e ter as mesmas condições que se verificam noutros países. A associação tem tido um papel relevante no sentido da problemática das licenças, falta a disponibilidade política para que isso aconteça”, conclui Maria João Frade.
CONTACTOS Av.Republica, nº 6-7 Esqº 1050-191 Lisboa | Portugal Telefone: 211 582 299 E-mail:info@anagrei.pt
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ANAGREI
EM DEFESA DA SIMPLIFICAÇÃO DO SETOR Constituída no início dos anos noventa, a ANAGREI tem como principal missão a dignificação da atividade, a defesa e estabelecimento de procedimentos de segurança, a certificação da operacionalidade dos equipamentos e a qualificação profissional dos trabalhadores ao serviço dos associados. Em entrevista à revista Business Portugal, Fernando Pinheiro, presidente da assembleia geral, e Ilídio Tavares, da Divisão Gruas Automóveis, referem a necessidade de uma tomada de posição por parte dos partidos políticos, com vista à proteção e incrementação do setor em Portugal.
F
undada em 1991, a ANAGREI representa as empresas do setor de aluguer, em três áreas distintas: auto gruas, gruas torre e auto montantes e outros equipamentos. Oferecer um serviço de qualidade, dinamizando a relação comercial e operacional com os clientes, através de um conjunto de estratégias de melhoramento do mercado é o principal propósito desta associação, que abarca 21 empresas, as quais representam um total de 2000 trabalhadores. Neste contexto, torna-se premente a luta da associação junto das entidades partidárias para o melhoramento das condições do setor, como nos explicam Fernando Pinheiro e Ilídio Tavares. “A atividade de aluguer de máquinas e equipamentos industriais atravessa uma conjuntura particularmente complicada. Por isso mesmo, procuramos junto dos poderes públicos uma colaboração, no sentido de melhorar as práticas burocráticas
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Fernando Pinheiro, presidente da assembleia geral
“A atividade de aluguer de máquinas e equipamentos industriais atravessa uma conjuntura particularmente complicada”
ANAGREI
excessivas que se processam desde finais da década de 90, nomeadamente na ótica da licença de circulação e da matriculação de equipamentos”. Durante este período já foram várias as solicitações da ANAGREI junto dos grupos parlamentares, mais propriamente PCP, BE, PS e PSD, que acabaram por não surtir qualquer efeito relativamente às pretensões da associação. “Periodicamente existem reuniões do regulamento de autorizações especiais de trânsito, e é nesta vertente que são necessárias mudanças à legislação em vigor. Não podemos aceitar que as licenças de autorização demorem mais de dois meses a serem emitidas e só tenham valor por um período de 30 dias. Enquanto, no país vizinho, as mesmas empresas conseguem licenças em apenas 10 dias, por uma validade nunca inferior a quatro anos”, sublinha o presidente da assembleia geral. Um problema recorrente que sucede devido à morosidade das diferentes entidades públicas que têm de avaliar este processo de autorização, nomeadamente o IMT – Instituto de Mobilidade e Transportes e a IP – Infraestruturas de Portugal. “Falámos de processos burocráticos complexos, da nossa inteira responsabilidade, que têm prejudicado fortemente a dinâmica económica das empresas”, completam. Por isso mesmo, a ANAGREI irá continuar a focar a sua luta na mudança de paradigma, de forma a mudar a maneira como as entidades públicas olham e tratam o setor de aluguer de equipamentos industriais em Portugal.
Ilídio Tavares, responsável pela Divisão Gruas Automóveis
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ANAGREI
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grande dificuldade que o setor das gruas de grande dimensão atravessa tem sido discutida entre todos os membros do setor e começa já a ser também uma preocupação para outros setores com quem trabalham em parcerias. Rui Bacalhau, associado da ANAGREI, explica que as leis são distintas consoante as razões que levam a deslocar uma grua de mais de 200 toneladas. “Vejamos o caso concreto do furacão em que ninguém sabia o que ia destruir. Obviamente que são as gruas que andam a ser movimentadas de um sítio para o outro para colmatar as necessidades das populações. Não havia luz, obviamente que as gruas tiveram que levantar os postes, não havia água foram as gruas que foram às estações de abastecimento de água. Só nestas alturas de aflição é que podem circular sem autorizações e nas restantes alturas só passando por toda a burocracia”. A legislação pouco flexível e eficaz faz com que muitas vezes as empresas arrisquem e circulem sem as autorizações necessárias. “Não existiria essa necessidade se tudo fosse mais prático e operacional e assim estaríamos mais tranquilos para intervir quando fosse necessário. O setor da construção, o setor das eólicas e o setor nas obras especiais em si não podem esperar porque agregam um conjunto de intervenientes e de pessoas que dependem daquela obra e que por vezes a grua é mais um elemento, muitas das vezes um elemento fundamental que tem de estar
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Rui Bacalhau, associado ANAGREI
disponível e operacional para fazer a tarefa devida” explica Rui Bacalhau. O principal objetivo desta “luta” é que a legislação venha a ser mais flexível e que se assemelhe mais ao que acontece no estrangeiro. Apelam ainda para uma consciência mais atenta na realidade e realçam que este setor maior parte das vezes não sabe com antecedência quando vai precisar de atuar. “Nenhum de nós adivinha quando uma torre eólica avaria ou quando uma obra precisa de intervenção”, remata.
INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS “O mercado imobiliário está bom e recomenda-se” é a afirmação que a Revista Business Portugal foi ouvindo em quase todas as empresas que visitou. Voltou a ser moda os investidores comprarem para arrendar e até mesmo comprarem para habitação própria. Há evidentemente uma procura muito superior à oferta. Este investimento passa a ser possível por existir uma maior facilidade de recorrer a empréstimos. Os fatores que tornam os investimentos mais atrativos passam pela segurança que existe hoje em investir, pela possibilidade de diversidade dos imóveis e pelas inúmeras vantagens fiscais. 2017 foi o ano em que Portugal ficou na boca do mundo. Essa notoriedade e grande prestígio trouxe imensos turistas que vieram
maravilhar-se com as praias, a gastronomia e a cultura do país. Quem aterrou no paraíso do atlântico decidiu ficar e permitiu assim que Portugal começasse a crescer de uma forma sustentável e autêntica. Um dos setores que ganhou com esta crescente de investidores foi sem dúvida o mercado imobiliário que vê agora a oportunidade de ter para além de investidores nacionais, investidores internacionais que tem certamente em poder de compra distinto. Lisboa, Porto e Algarve são e sempre foram as cidades mais atrativas para os turistas, mas existe agora uma vontade de conhecer o restante país. Esta febre do imobiliário tem-se sentido um pouco por todo o território nacional e tem vindo a dinamizar as regiões que outrora foram esquecidas.
DESTAQUES 14 HOME TAILORS Uma aposta na proximidade para vender casas à medida de cada cliente 16 AB PROJECT Trabalhar bem, numa empresa feliz! 20 PMR IMOBILIÁRIA “Uma nova marca, a mesma equipa de confiança!” 22 GRUPO DRAGÃO O modelo vencedor da agência número 1 no norte 26 IMOVIDAL Negócio que nasce em folha A4 28 AD QUADRATUM “Sermos pequenos não é ter menos capacidades, é apenas ter menos recursos”
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HOME TAILORS
Fotografias: Fábio Pinto
UMA APOSTA NA PROXIMIDADE PARA VENDER CASAS À MEDIDA DE CADA CLIENTE
Helena Laureano e David Carapinha, embaixadora e ceo
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avid Carapinha iniciou o seu percurso de consultor imobiliário em 2009, depois de ter passado por algumas dificuldades financeiras, trazidas pela crise económica que assolou Portugal. Inicialmente, integrou a equipa de uma multinacional do ramo imobiliário, e assume que o fez com alguma ingenuidade e força de vontade. Se os primeiros meses neste setor foram complicados, devido à falta de conhecimento técnico e de experiência no terreno, haveria de vencer mais tarde, já numa outra rede de agências da mesma área de atividade, com mais apoio e formação. Foi este sucesso, que lhe granjeou vários prémios e solicitações para falar da sua experiência a outros consultores em início de carreira que fez David Carapinha ir mais longe. “Resolvi criar uma agência imobiliária à minha imagem. Já tinha conseguido formar uma equipa própria e, fazendo uma análise daquilo que faltava no mercado, apostei em criar uma empresa que, do ponto de vista do consultor imobiliário, garantisse um bom serviço ao cliente, sobretudo no que respeita à proximidade que existe enquanto o negócio não se concretiza. Uma das principais queixas era de que não havia grande comunicação entre o consultor e o cliente e eu quis anular isso e primar pela rápida resposta e disponibilidade total para o cliente. Assim nasceu a Home Tailors Real Estate”.
Uma imobiliária onde o luxo é uma forma de viver A primeira agência da Home Tailors Real Estate abriu nas Avenidas Novas, em plena cidade de Lisboa. O mercado imobiliário desta empresa é, sobretudo, dedicado a imóveis de luxo, mas para o CEO da marca, o luxo é muito mais do que o preço do imóvel. “Cada casa é tratada como única e representa um desejo especial para os seus novos proprietários. Temos de mostrar aos nossos clientes que o luxo não está diretamente ligado ao preço”.
Consultores com formação de excelência A equipa de consultores da nova imobiliária da Grande Lisboa destaca-se pelo 14 | Revista Business Portugal novembro 2018
A Home Tailors Real Estate nasce em junho de 2017, enquanto empresa de angariação e mediação imobiliária. Considerada um fenómeno de vendas, o sucesso da marca tem por base a filosofia de trabalho de David Carapinha, CEO e founder desta agência imobiliária, que falou com a Revista Business Portugal sobre o que distingue esta agência das restantes e o plano de expansão existente.
elevado nível de qualificação. Com pessoas formadas em áreas tão diversas como Arquitetura, Fiscalidade, Direito, Economia, Gestão, Comunicação, Engenharia Civil e Decoração, a apresentação e conhecimento de cada imóvel é feita ao detalhe e com um profissionalismo
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acima da média. Para David Carapinha, a formação deve ser rigorosa, e na Home Tailors o consultor recebe um plano de formação gratuito, para estar preparado para enfrentar o mercado. Porém, sem vontade de vencer e capacidade de superação diárias, não é possível permanecer neste setor: “um consultor imobiliário tem sempre dois desafios – o mercado e ele próprio. No que respeita ao mercado, é fundamental que se conheça muito bem a sua forma de funcionar, a concorrência existente e também que se saiba criar sinergias e parcerias com outras imobiliárias. No que respeita ao próprio consultor, não pode ter ideias pré-concebidas sobre esta área de negócios e tem de estar disponível para aprender e evoluir todos os dias”. Para isso, é fundamental também o trabalho em equipa, que na empresa de David Carapinha é levado muito a sério: “os imóveis são promovidos internamente, para que os consultores se ajudem entre si. Depois disso, segue-se a promoção do imóvel para o exterior, que passa por intensa promoção fotográfica, de imprensa e mesmo televisiva do imóvel”. A Home Tailors Real Estate aceita todos aqueles que queiram enveredar pelo setor do imobiliário, desde que se comprometam verdadeiramente com o projeto.
Helena Laureano enquanto embaixadora da marca Home Tailors Entrar numa nova área de atividade foi precisamente o que aconteceu a Helena Laureano, conhecida atriz portuguesa que procurava um novo desafio profissional. A atriz aceitou o convite de David Carapinha, que fez dela a Embaixadora da marca Home Tailors Real Estate. A parceria tem resultado de forma fantástica e o CEO da empresa está muito contente. “A Helena Laureano é uma excelente atriz e, por isso, consegue facilmente dar a conhecer uma casa, dando-lhe vida e contando histórias que lhe estejam associadas. Estuda muito bem cada espaço”. No que respeita ao lado comercial de Helena Laureano, David Carapinha também lhe reconhece valor: “a Helena Laureano tem muito respeito por todas as pessoas com quem trabalha e, quando se evolve num projeto, fá-lo de forma justa e transparente. Isso é exatamente a forma como gostamos de fazer a nossa mediação – de forma a passar credibilidade e segurança ao cliente”.
Aumentar a equipa e o sucesso O evidente êxito que a Home Tailors Real Estate teve logo no primeiro ano de atividade veio comprovar a necessidade de recrutar mais consultores e de aumentar o número de agências da marca. Isso já está em curso, com sete novas localizações em vista, nomeadamente Cascais, Sesimbra, Lapa, Telheiras, Parque das Nações, Chiado e Amoreiras. O que David Carapinha pretende manter é, obviamente, a proximidade com o cliente e a qualidade excecional do serviço. “Queremos continuar a encerrar cada transição imobiliária com mais um cliente satisfeito”. Avenida Óscar Monteiro Torres, nº58A, 1000-220 Lisboa Telefone: 217 931 839 • E-mail: geral@htailors.com • www.htailors.com novembro 2018 Revista Business Portugal | 15
AB PROJECT
Teresa Nascimento e Ana Antão, diretora comercial e diretora geral
Teresa Nascimento tem nos genes a mediação imobiliária. Trouxe na bagagem 15 sólidos anos como consultora imobiliária, concretizados pela sua passagem pelas três grandes redes. Para além de já ter bases de Direito, durante esse tempo, investiu na formação constante e adquiriu a certificação de angariador pelo organismo que tutela o setor (atual IMPIC). Ana Antão juntou-se fisicamente à AB Project há pouco mais de um ano, quando decidiu que tinha chegado a hora de terminar a sua carreira internacional de quase 20 anos numa multinacional. É licenciada em engenharia mecânica, possui uma pós-graduação em gestão estratégica da comunicação e ainda um curso de plano de marketing.
TRABALHAR BEM, NUMA EMPRESA FELIZ! Este é o mote que rege a AB Project, uma entidade criada pelas empreendedoras Ana Antão e Teresa Nascimento, nossas entrevistadas nesta edição.
C
omo podem apresentar a AB Project ao nosso leitor? Ana: Nasceu em 2014 quando eu desafiei a Teresa para que criasse a sua própria empresa. O nosso propósito foi, desde sempre, ter uma empresa onde se trabalhasse bem e onde se pudessem associar duas valências: o know-how e a vasta experiência da Teresa no setor comercial e a minha visão empresarial e estratégia de gestão. A verdade é que eu sempre quis ter a minha própria empresa e coordenar um projeto a 360º. Como, por volta de 2014, estava há sete anos a trabalhar no estrangeiro e sem perspetivas de voltar a Portugal, decidi construir um plano B para poder regressar. Teresa: Aceitei o desafio da Ana já que me permitia criar condições para desenvolver o trabalho com os clientes como entendo que deve ser: com excelência na qualidade do serviço prestado. Com uma empresa minha, teria a possibilidade de ir mais longe e de formar uma equipa baseada nestes mesmos valores.
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Qual é o ADN da AB Project? Ana: Trabalhar bem, numa empresa feliz! É esta a frase que está na minha sala, exatamente na parede em frente à mesa onde trabalho e é este o nosso ADN. É essencial sentirmo-nos felizes com o que fazemos e termos a consciência de que trabalhamos bem. O mais importante são as pessoas que trabalham connosco, são elas que levam, porta fora, a AB Project e a alegria de se trabalhar aqui. Isso acaba por refletir-se no trabalho que desenvolvem, mas, para tal, é fundamental acompanhar a equipa, motivando-a e potenciando o talento de cada um. Procuramos estabilidade com as relações de confiança, respeito e teamwork que construímos diariamente. Teresa: Numa das paredes da sala dos consultores está uma frase com palavras em sequência, um jogo com algumas palavras
AB PROJECT
em bold, onde estão os valores e a missão da AB Project. O sucesso faz-se de dentro para fora, só assim podemos estar totalmente disponíveis para os clientes e conseguir os melhores resultados. Qual o pacote de serviços que prestam na AB Project? Teresa: Existe um pack comum, evidentemente, mas cada cliente tem ‘um fato à sua medida’. O trabalho que desenvolvemos com cada um, mesmo quando alguns pontos não são visíveis, é sempre único. É fundamental perceber-se que para angariar, vender ou arrendar um imóvel, não podemos ter um formato único. Por detrás de um imóvel ou de um negócio, estão pessoas e quando trabalhamos para pessoas temos de sair do pack de serviços comum para passar a um serviço dedicado. Posso confidenciar que, mesmo depois do negócio fechado, continuamos a estar ao serviço dos nossos clientes, em todas as situações que surjam acerca do imóvel em questão. Quais as características associadas a um bom agente imobiliário?
O sucesso faz-se de dentro para fora, só assim podemos estar totalmente disponíveis para os clientes e conseguir os melhores resultados
Ana: Nesta altura, em que o número de pessoas a trabalhar nesta área é tão elevado, um bom agente imobiliário tem de se destacar, ganhar o seu espaço e ser mais do que um agente que promove negócios. Tem de ser alguém com elevadas competências para assumir uma profissão que se baseia em quatro pilares: preparação, dedicação, proatividade e resiliência. A preparação constrói-se com uma permanente e consistente formação a 360º, tanto ao nível técnico como comportamental. A dedicação ao cliente, demonstrada com o acompanhamento e com a condução do negócio, tem de ser constante. Obviamente que os conhecimentos técnicos, a capacidade de comunicação, a postura, a imagem, a responsabilidade, a ética e a conduta têm de ser características basilares, mas, um bom agente imobiliário, completa-se com aquela que consideramos ser uma competência essencial: a resiliência. É fundamental que, perante situações adversas, o agente tenha a capacidade de não perder o foco, a concentração e que consiga voltar sempre à sua forma inicial de dedicação e proatividade. Qual o mercado onde atuam? E como vêm a situação atual do mesmo? Ana: Trabalhamos essencialmente a região de Lisboa e, apesar de termos feito negócios recentemente com clientes italianos, franceses e brasileiros, o nosso foco está no cliente português, de classe média e média/ alta. Em relação à atualidade do setor e ao receio que se verifica sobre uma possível ‘bolha imobiliária’, embora entenda que possa ser uma realidade a médio prazo, não terá a dimensão da anterior ‘bolha’ e, no nosso caso,
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AB PROJECT
pelo perfil dos nossos clientes, a nossa exposição é baixa. Teresa: Nós aprendemos com o passado. É aqui que o nosso trabalho se torna tão essencial no acompanhamento e aconselhamento permanentes ao cliente. Eu não permito que um cliente faça sequer uma visita a um imóvel sem haver por detrás um trabalho de qualificação e de seleção que justifique as visitas. Não gostamos de criar expectativas que excedam a capacidade dos nossos clientes. Trabalhamos no melhor acompanhamento e aconselhamento. Vendemos à medida de cada cliente. Qual é o ‘segredo’ do sucesso que está por detrás da vossa atividade? Ana: Somos muito exigentes connosco e temos o ‘culto’ do profissionalismo. Isto mistura-se com os valores e vetores estratégicos que nos trouxeram o crescimento e a solidez num setor tão competitivo: ter uma equipa bem preparada (onde a formação contínua é ponto de honra) e estar constantemente atento ao mercado, às tendências e ir ao encontro
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das necessidades e expectativas dos clientes. Teresa: Tudo isto aliado à paixão e à entrega que colocamos em cada negócio, levou-nos a construir laços fortes, a fidelizar clientes e a criar novas relações. Também é fundamental termos outra paixão: Lisboa, a cidade que tão bem conhecemos e onde nos sentimos felizes a trabalhar. Por onde passa o futuro da AB Project? Teresa: Pretendemos estar no setor imobiliário por muitos anos. Para tal, vamos continuar a consolidar a AB Project Consultores Imobiliários como uma empresa de referência. Temos já uma expansão natural em curso junto dos nossos clientes: a gestão de investimentos e remodelações. É mais um serviço que queremos agregar, de forma a podermos responder melhor às necessidades dos nossos clientes que muitas vezes nos procuram, consultam, pedem a nossa opinião e confiam nas nossas boas práticas. Ana: Esta empresa faz-se e cresce todos os dias, baseada na relação de confiança que estabelecemos com a equipa e com os clientes. A maior satisfação acontece quando vêm ter connosco e nos dizem: “lembra-se de mim? Há um ano venderam-me uma casa e agora queria que fossem vocês a vender a da minha mãe”, ou quando ouvimos: “estou a contactar-vos porque o meu primo/amigo/ conhecido me indicou a AB Project, porque vocês são proativos e trabalham bem”. No final voltamos ao início, a criar relações de confiança duradouras.
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PMR IMOBILIÁRIA
“UMA NOVA MARCA, A MESMA EQUIPA DE CONFIANÇA!”
Paula Moreira, administradora
A
equipa PMR IMOBILIÁRIA Integridade e experiência são as particularidades que diferenciam a atuação dos especialistas em mediação imobiliária da PMR Imobiliária. Os profissionais que compõem a equipa da PMR trabalham juntos na área da mediação imobiliária, na sua maioria, há pelo menos uma década. Alguns destes profissionais contam já com mais de 17 anos de experiência no ramo. Também a honestidade e a frontalidade distinguem os membros da equipa PMR Imobiliária. Um grupo de profissionais que se pauta pela integridade e que, por isso, se orgulha por merecer a confiança dos clientes. Neste sentido, Paula Moreira, responsável da empresa, afirma: “é uma verdadeira parceria a que criamos com os nossos clientes. Nós não estamos aqui só para prestar um serviço em que o cliente chega, compra ou vende e vai embora. É um acompanhamento absoluto e muito importante. É um negócio de pessoas para pessoas. Estar próximo faz a diferença”. Capazes de reconhecer os vários perfis de compradores que surgem no mercado imobiliário atual, estes peritos da mediação estão atentos e cientes das exigências de cada um deles. A equipa PMR Imobiliária é constituída por 10 pessoas, entre a equipa comercial e a estrutura de apoio processual “que faz verdadeiramente a diferença, para que tanto o cliente vendedor, como o cliente comprador, como a equipa comercial possam estar tranquilos no decorrer de todo o processo”.
Um mercado em ascensão O mercado imobiliário lisboeta e os concelhos circundantes à capital perfazem a zona de atuação da PMR Imobiliária. Trata-se, segundo assegura Paula Moreira, “de um mercado muito comprador” cujos clientes reconhecem e acreditam nas mais-valias do investimento no mercado imobiliário atual. “Trabalhamos muito com clientes que conhecem o nosso trabalho e continuamos a beneficiar daquela que eu considero a melhor publicidade de todas – a recomendação dos nossos clientes”, afirma a empresária. Paula Moreira explica: “o perfil do comprador tende a adaptar-se a cada uma 20 | Revista Business Portugal novembro 2018
O projeto PMR Imobiliária nasce em 2017, fruto do entusiasmo de uma equipa capaz e experiente. Paula Moreira é o nome do rosto que representa “uma excelente equipa” e que, nesta edição, nos explica as implicações de um mercado em ascensão e a atuação diferenciada da PMR Imobiliária. das fases do mercado e esta fase de crescimento não foi exceção. Com o crescimento do mercado imobiliário surgiram nos últimos anos muitos clientes investidores, que viram no imobiliário uma excelente oportunidade de negócio, sendo que se encaixam dentro de três
PMR IMOBILIÁRIA
grandes grupos. Por um lado, o cliente que compra para colocar o imóvel no mercado de arrendamento. Por outro lado, o investidor que compra para reabilitar e colocar novamente no mercado de venda. Muitas vezes, neste grupo encontram-se antigos construtores civis. Relativamente aos investidores estrangeiros, muito presentes no atual momento do mercado, encontram-se nas duas vertentes. Nos últimos dois anos, surgiu o cliente que quer fazer upgrade da sua casa, isto é, passar de uma casa menor para uma maior. Nós entendemos e acompanhamos, os clientes de cada um destes grupos, de forma muito particular e atendendo às suas exigências”.
Um serviço ‘premium’ A PMR Imobiliária distingue-se “pelo acompanhamento que é dado, tanto aos clientes compradores como aos clientes proprietários”, garante Paula Moreira. A agência imobiliária alfacinha preza por construir relações de confiança com os clientes. A prioridade dos consultores está na total satisfação de todas as partes envolvidas na transação, através da preservação de uma linha de comunicação contínua “quer com os compradores, quer com os proprietários”. Em entrevista com a Revista Business Por-
A PMR Imobiliária distingue-se “pelo acompanhamento que é dado, tanto aos clientes compradores como aos clientes proprietários” tugal, Paula Moreira revela que “o nosso serviço premium é precisamente a parceria que temos com o proprietário. É fundamental garantir que ele saiba, a qualquer momento, aquilo que está a acontecer com o seu imóvel, através de um feed back contínuo.” A par disto, a PMR Imobiliária assegura, ainda, serviços relacionados com a publicidade, a promoção e a divulgação do imóvel. São serviços que salvaguardam o desenvolvimento eficaz de todo o processo de compra e venda.
Um Balanço Positivo e um Futuro Promissor! A PMR Imobiliária afirma-se no mercado através de uma atuação irrepreensível. A postura da PMR Imobiliária está sustentada na honestidade e integridade, tendo como principal objetivo a total satisfação dos clientes. Com o objetivo de se tornar uma mediadora de referência no mercado, a PMR Imobiliária deseja ser reconhecida pelo primor dos serviços que presta, continuando a traçar um caminho imperturbável e firmado. Neste sentido, o futuro da PMR Imobiliária passa pela criação de uma segunda equipa comercial, já no primeiro trimestre de 2019. A recente, porém experiente, agência imobiliária está a realizar um processo de recrutamento que visa a contratação de novos comerciais e também de um novo diretor comercial.
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GRUPO DRAGÃO
O MODELO VENCEDOR DA AGÊNCIA NÚMERO 1 NO NORTE André Mayer apostou na área do imobiliário há nove anos atrás. Formado em Gestão de Marketing e habituado a estar à frente de negócios, resolveu seguir uma nova carreira guiado por circunstâncias pessoais e profissionais que assim o exigiram. A oportunidade surgiu e André Mayer agarrou-a com toda a determinação. Atualmente, é o responsável pelo Grupo Dragão, constituído por quatro lojas, estrategicamente localizadas no Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos. Este grupo abriu a primeira loja em 2014 e, quatro anos depois, é o número um em vendas dentro da marca Remax.
“
Não vinha desta área, mas sempre gostei de imobiliário”, começa por contar André Mayer, responsável pelo Grupo Dragão. “Antes de gerir estas lojas, trabalhei muito tempo em
André Mayer, responsável pelo Grupo
sociedade com outra pessoa, no ramo do material de escritório. Vendíamos tudo o que estivesse relacionado com a área, desde cadeiras de auditório a mobiliário de escritório, mas infelizmente desentendemo-nos, e eu também já estava bastante cansado deste setor. Foi assim que, em Maio de 2009, resolvi aceitar um convite que me tinha sido feito por um primo, que já tinha uma Remax, em Matosinhos, e começar a trabalhar no ramo da mediação imobiliária”. De início, não foi fácil. André Mayer não tinha saído a bem da antiga sociedade e estava a atravessar uma fase complicada economicamente. “Só para pagar a formação inicial da Remax eram necessários 850 euros, que eu não tinha. Felizmente, o meu primo e os meus pais ajudaram-me e eu apostei forte neste setor. Estudei tudo o que pude sobre esta área, porque sou ávido de aprender e comecei o mais rapidamente possível a trabalhar. O conceito da Remax é muito centrado no agente e na construção do seu próprio negócio e era exatamente isso que eu procurava – uma empresa grande, que me garantisse uma base de crescimento para o meu próprio negócio”. Logo no primeiro ano enquanto agente Remax, André Mayer alcançou um elevado valor em comissões, o que lhe garantiu automaticamente o direito de ir a Las Vegas, algo que só poucos agentes da região de Lisboa haviam conseguido. Daí em diante, o crescimento enquanto agente foi sempre gradual. “Há dois anos foi o meu melhor ano de sempre! E fui o 23º melhor agente Remax no mundo!”.
“Há dois anos foi o meu melhor ano de sempre! E fui o 23º melhor agente Remax no mundo!”
O nascimento de um Grupo vencedor Foi devido ao excelente desempenho no terreno que a Remax Portugal chamou André Mayer, e um outro colega da região de Lisboa, e lhes propôs abrirem eles mesmos uma loja em seu nome. “Decidi avançar, em sociedade com o meu primo, que já tinha a 22 | Revista Business Portugal novembro 2018
GRUPO DRAGÃO
Remax em Matosinhos. Ele conhecia muito bem o negócio e eu sabia que podia contar com ele, no que dizia respeito ao background das vendas”. André Mayer explica que o ato de vender qualquer imóvel traz custos acrescidos e, sobretudo, muita burocracia associada: “não posso ter muitas vendas e depois todo o trabalho de bastidores acumulado, pois isso passa uma péssima imagem do agente e da marca. É essencial que tenhamos alguém que trate de toda a burocracia inerente à compra de uma casa, nomeadamente todo o staff processual”. Quando nasceu, em 2014, a Remax Vintage contava apenas com André Mayer, mas rapidamente foi crescendo e hoje está já perto dos 50 agentes. “Passados 18 meses, já éramos a loja que vendia mais em todo o Porto. Existem lojas com mais de 15 anos que nunca chegaram aos nossos valores”. Dado o evidente sucesso, André, sempre apoiado por Paulo, resolveu apostar num outro mercado, também atrativo. “Abrimos a Remax Rapid, em 2016, em Vila Nova de Gaia, porque é um mercado com muitas transações e que, embora tenha um valor de mercado ainda mais baixo que o Porto, é muito atrativo pelo volume de transações que proporciona”. Neste momento, é a imobiliária que mais imóveis vende no concelho de Vila Nova de Gaia. No ano seguinte, em resultado do fim da sociedade entre Paulo e a respetiva sócia, André Mayer e o primo aproveitaram a oportunidade e voltaram a investir. Em outubro de 2017 nascia a Remax Oceanus. “Os agentes – mais de 20 – que existiam na antiga loja, quiseram vir todos trabalhar connosco e assim aconteceu. É uma
loja também em crescimento”. A última loja a abrir foi a Remax Majestic, que iniciou o seu trabalho em maio deste ano. “Esta é uma loja de mega dimensão, com espaço para cerca de 150 agentes, salas de reuniões maiores e mesmo uma cozinha, para onde é convidado um chef famoso, para que os nossos clientes possam também ter um momento mais descontraído com os seus respetivos agentes”. A juntar a estas valências, existe ainda uma grande sala de formação, com espaço para 100 pessoas: “a formação, no grupo Dragão, é muito valorizada e é uma das melhores que existe. Preocupamo-nos em formar bem os nossos agentes”.
No Grupo Dragão trabalham os melhores Para André Mayer, a formação é o que faz qualquer pessoa alcançar objetivos maiores. Assim, para além da formação inicial da Remax, que é igual para todas as lojas, o Grupo Dragão oferece a todos os seus agentes, cujo número total está próximo de 170, condições únicas para trabalhar: “Fizemos recentemente um dossier para cada um dos nossos agentes, onde lhes explicamos exatamente como deve falar com o cliente, temos ao dispor deles três designers e departamento de Marketing, para que possam ter acesso a toda a publicidade que necessitem e ainda podem recorrer à ajuda dos seus team leaders, que são os responsáveis de equipa, que existem em cada loja, bem como ao broker da loja e a nós próprios. Estamos sempre aqui com o intuito de nos ajudarmos em prol de um objetivo comum”. A formação acontece semanalmente, na sala de formação da Remax Majestic e André Mayer garante que, em todas as sessões, se aprende algo: “as sessões são temáticas e há repetições, mas tenho sempre bastantes agentes a assistir e, normalmente, são os que mais faturam que estão mais presentes”. Para André Mayer, não existe a filosofia do patrão-empregado. “Todos nos tratamos por ‘tu’ e acreditamos que trabalhamos com pessoas responsáveis e que fazem o seu trabalho sem problemas. O nosso ambiente de trabalho é excelente, permitindo-nos brincar e descontrair, ao mesmo tempo em que trabalhamos seriamente quando é necessário”. André Mayer nunca se imaginou a estar onde está hoje, mas afirma perentório que, neste momento, o mundo está cheio de possibilidades: “já estamos a pensar abrir uma quinta loja e a internacionalização não está fora de questão. Não há limites para o nosso modelo de trabalho”. novembro 2018 Revista Business Portugal | 23
IMOVIDAL
NEGÓCIO QUE NASCE EM FOLHA A4 Grandes desafios do mercado
Nuno Vidal, broker
A completar dez anos de atividade, a IMOVIDAL tem por objetivo ir ao encontro das necessidades e sonhos dos clientes. Nuno Vidal é o fundador desta mediadora imobiliária de Oeiras, nascida em 2009, e que tem vindo a dedicar- se ao mercado de Lisboa e toda a linha de Cascais.
T
endo passado por diversas empresas de imobiliário durante três anos, a partir deste percurso Nuno Vidal criou as diretrizes para o que considera ser um negócio mais seguro, eficaz e competente. “Com uma folha A4 pode desenhar-se uma empresa, então comecei a escrever o que precisava para o conseguir”, conta. Obviamente que este ‘esquiço’ deve ser aliado à experiência, ao empenho, à permanente aprendizagem nos negócios, e através de cursos de mediação e outras formações complementares. Alguns anos depois, mudou a sede para Lisboa quando sentiu que o mercado estava mais dinâmico na capital, onde conseguia trabalhar melhor investidores, bem como os segmentos habitacional e empresarial. Em 2018, vê em Oeiras um novo potencial. O bom filho à casa torna, e eis que regressa à vila que o viu nascer para dar relevo à qualidade de vida que é cada vez mais apanágio de um concelho em sustentados crescimento e evolução socio-económicos. A maioria dos clientes continuam a ser nacionais, mas Nuno Vidal não esconde que, todos os meses, recebem muitos estrangeiros, como resultado de parcerias com diversas empresas internacionais, que estão a canalizar investidores para Portugal. 24 | Revista Business Portugal novembro 2018
Aos potenciais investidores e compradores cabe a tarefa de se sintonizarem com a realidade do mercado actual, e para isso têm de ser bem informados sobre as múltiplas nuances que diariamente o afetam. É aqui que a IMOVIDAL intervém, dentro das suas competências. Atuando na mediação de compra e venda de imóveis, presta serviços diferenciados como a possibilidade de fazer escrituras nas suas instalações, faz acompanhamento da rentabilidade no caso dos investidores, presta apoio ao financiamento, orienta sobre a melhor forma de colocar o imóvel no mercado, sempre que se justifica facilita orçamentos para obras, esclarecimentos a nível fiscal – ajudando os clientes a entenderem qual o peso dos impostos na sua decisão. “Daqui ninguém sai sem saber com o que vai, efetivamente, contar, não queremos clientes com surpresas desagradáveis” explica Nuno Vidal. Num mercado altamente concorrencial, é no trabalho com base nas relações humanas que se destacam. “Não vendemos apenas imóveis, vendemos um estilo de vida, conforto e felicidade, ou seja, as pessoas são o mais importante”. A experiência também foi ensinando que não existem casas perfeitas, existem sim necessidades, vontades e sonhos que muitas vezes têm de ser acompanhados por um profissional que apresenta a realidade do mercado, ajudando se necessário a ser-se mais flexível, indo ao encontro do seu objetivo. A oferta não é abundante, mas existem sempre alternativas para solucionar a falta de imóveis com as características que se procuram. “Alguns clientes têm dificuldade em aceitar que possa não existir o que idealizaram, mas acabam por aceitar as nossas sugestões, quando lhes apresentamos as potencialidades das alternativas.” Os preços têm vindo a subir, mas existe a preocupação de se ser o mais justo possível. “Se a casa vale 215 mil euros não vamos vender por 280 mil, porque o mercado não absorve”. Realismo e transparência que ecoam mais forte junto dos clientes que procuram um serviço de confiança. Nuno Vidal realça: “é importante que as pessoas que querem vender se aconselhem com especialistas para poderem analisar qual a melhor estratégia de venda, e estarem cientes dos riscos que correm caso não o façam.
Viver e respirar imobiliário “Uma equipa cada vez mais unida, com a qual aprendemos todos os dias, tendo por base a partilha de experiências”. É este o espírito vivido entre os consultores, que se reúnem todas as quartas-feiras para debater a atualidade e participar nas formações. “Estamos focados na satisfação de quem nos procura. Acredito que, se os clientes estiverem satisfeitos, os resultados aparecem. O meu propósito é que vejam os seus sonhos cumpridos e objetivos alcançados”. Por vezes, os negócios mais complicados são os que mais o motivam. A gostar de bons desafios, Nuno Vidal já não saberia viver sem a sua empresa. “Não trocaria de atividade. Tive vários empregos e diversos convites para trabalhos em projetos interessantes, mas não me vejo noutra área. Vivo e respiro o imobiliário”.
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CENTRO EMPRESARIAL FEIRA
CEF CENTRO EMPRESARIAL FEIRA
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CEF conta com uma área com 52.000 metros quadrados de terreno e 28 mil metros quadrados de área alocável, neste momento, tem 43 por cento de taxa de ocupação. “Temos um Centro Empresarial misto com pavilhões industriais e edifícios com escritórios. A área dos escritórios está 100 por cento locada (estando já a ser construído um novo edifício com 40 novos escritórios). Os restantes estão reservados para jardins, estacionamentos e áreas de lazer”, explica. Numa empresa em que a ambição e a inovação são palavras de ordem, Ilídio está a trabalhar num grande projeto com o objetivo de sediar mais uma multinacional no Centro Empresarial Feira. “Temos de dar respostas às necessidades emergentes, na área do transporte público, na captação de recursos humanos e na formação, pois o dilema alterou-se em Portugal, as multinacionais querem ter acesso a recursos humanos qualificados.
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Este é um projeto a ser trabalhado numa equipa multidisciplinar”. Com várias entidades envolvidas, nomeadamente a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, o CEO espera em breve ter novidades e concluir o projeto.
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AD QUADRATUM
“SERMOS PEQUENOS NÃO É TER MENOS CAPACIDADES, É APENAS TER MENOS RECURSOS” “Com foco na urgência da implementação de uma ‘Agenda Urbana’ nos territórios (talvez mais do que nas nossas ‘cidades’) impõe-se um trabalho colaborativo entre todos os agentes e administrações. No que respeita à escala e problemáticas dos nossos centros urbanos, sermos pequenos não é ter menos capacidades, é apenas ter menos recursos. Trabalhar em rede (com geometrias variáveis), partilhar esforços, respeitando, contemplando e valorizando a diversidade (identidade), é fazer o caminho do desenvolvimento e qualificação dos nossos territórios”. Esta é a reflexão que o CEO da ad quadratum nos deixa após a sua participação na Semana das Regiões que decorreu em Bruxelas em outubro passado.
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osé António Lopes participou, em Bruxelas, na ‘European Week of Regions and Cities 2018’. Durante quatro dias abordaram-se conhecimentos sobre o desenvolvimento regional e urbano e afirmou-se o conceito ‘Small and medium cities need networks’. Foi com este propósito que o arquiteto, consultor em vários municípios portugueses, marcou presença neste importante evento, firmando parcerias locais que lhe garantem o conhecimento e os meios para encontrar as oportunidades convenientes às regiões portuguesas. Como surge a consultoria em instrumentos de gestão territorial e a coordenação de programas de cooperação e ferramentas de financiamento? A experiência adquirida ao longo de 20 anos a trabalhar com municípios, obrigou-me a ir para além da zona de conforto que o curso de arquitetura me deu. Agir num território vai para além das questões diretamente li-
Agir num território vai para além das questões diretamente ligadas à arquitetura, exige-nos um grande conhecimento de planeamento gadas à arquitetura, exige-nos um grande conhecimento de planeamento. Depois é preciso encontrar as ferramentas que tornem exequíveis as soluções e tive de procurar informação em muitas áreas distintas da minha formação base. A gestão territorial passa também pela coordenação de programas de cooperação e das suas ferramentas de financiamento que vão para lá das nossas fronteiras. A Europa tem mais para oferecer às regiões e só tendo uma ligação directa a Bruxelas é possível trazer para Portugal essas oportunidades. Como surge a ligação a Bruxelas e às ferramentas de financiamento para além dos
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AD QUADRATUM
A vocação conduziu-o a seguir arquitetura. É nos projetos industriais que encontra os maiores desafios profissionais. O planeamento estratégico e a coordenação de programas de desenvolvimento em cooperação (apoiados em ferramentas de financiamento) são novas áreas que está a aprofundar e onde se sente confortável fruto da experiência profissional junto nos municípios. 20 anos após a licenciatura na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, abraçou novamente o meio académico, numa pós-graduação em Estudos Avançados em Património Arquitetónico. Mantém, desde há 20 anos, o gabinete ad quadratum, arquitectos que tem no seu portefólio obras de referência como, por exemplo, a recuperação e reabilitação parcial do Convento do Beato após um trágico incêndio.
programas nacionais? Há em Portugal, a ideia errada de que os fundos comunitários são apenas os que conhecemos nos programas nacionais de coesão e que têm uma data para o seu fim. Não há o conhecimento nem a prática dos municípios para procurar as ferramentas de financiamento disponíveis na Comunidade Europeia e em que as regiões de toda a Europa (e até fora dela) cooperam e competem para aceder a fundos. A Europa é cada vez mais de regiões e cada vez menos de países e quem assim olhar para os territórios acede a instrumentos de financiamento fundamentais à gestão territorial. Por isso, o gabinete alargou a sua influência à capital da Bélgica. Existe passividade na gestão territorial? Quais as principais consequências que aponta? O desenvolvimento territorial passa pela proatividade dos municípios. Deve existir ânimo próprio por parte de quem está por detrás das instituições - entenda-se dos técnicos, dos políticos, sejam autarcas locais ou regionais. Urge uma certa inquietação de não ficar satisfeito com as ferramentas que são comuns terem ao dispor. A não se verificar este posicionamento os territórios ficam para trás. Os autarcas - salvo honrosas exceções - já racionalizaram, mas não interiorizaram, que estamos num espaço político à escala europeia. Ainda que tenhamos ferramentas de planeamento e financiamento, vindas do Orçamento Geral do Estado Português ou do Programa
José António Lopes, arquiteto
Portugal 2020 (acordo entre o Governo Português e a União Europeia) há, no entanto, toda uma Europa que está a cooperar noutro tipo de acordos e parcerias. Primeiro porque muitos países/regiões já não estão abrangidos pelos fundos ditos de coesão, e segundo porque existem ferramentas de planeamento e financiamento ao dispor de qualquer país da União Europeia (em que as regiões ou instituições acedem endereçando as candidaturas diretamente a Bruxelas) algo que não é comum em Portugal. Infelizmente, as pessoas ainda tendem a pensar que essas verbas são só atribuídas aos países mais desenvolvidos, mas isso não é verdade, pois estas também estão ao alcance dos municípios e das regiões de Portugal. Qual a razão que faz com que os municípios portugueses sejam os que menos procuram esses apoios na Comunidade Europeia? Creio que a verdadeira razão seja a falta de conhecimento por parte dos autarcas, mas também do corpo técnico das autarquias que está sempre assoberbado de trabalho, não tendo as ferramentas para descobrir todas estas oportunidades. Por vezes, o quotidiano dos problemas de gestão de uma autarquia não permite o distanciamento para avaliar o território e encontrar soluções que, não sendo imediatistas, são o garante de uma boa gestão territorial. Há que ter tempo e disponibilidade para pensar os municípios como estando integrados na Europa. Não pretendo afirmar que os autarcas não saibam que existem esses programas, simplesmente não têm disponibilidade para tratar de todos os problemas e necessitam de ajuda especializada para o fazer. Compreenda-se que a gestão corrente de uma autarquia é muito absorvente, principalmente nos territórios mais pequenos.
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JANSSEN PORTUGAL
Especial Nova Agricultura
TECNIFERTI
SOLUÇÕES INOVADORAS PARA A AGRICULTURA Casimiro Soares, administrador
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DESTAQUES 34 AGROGLOBAL “Nós semeamos negócios” 36 MUNICIPIO DO CARTAXO Capital do vinho e da nova agricultura 38 FREGUESIA DE VALADA DO RIBATEJO Beleza natural junto ao Tejo 39 TECNIFERTI Valorização das marcas conquista clientes 42 MAGOS IRRIGATION SYSTEMS Regar e fertilizar para bem colher 46 ADEGA COOPERATIVA DO CARTAXO Investimento sólido, eficaz e inovador 48 PORTUGALFOODS Objetivo: consolidar a marca Portugal
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A NOVA AGRICULTURA AGROGLOBAL, FEIRA A CÉU ABERTO A Agroglobal, que se reclama como a maior feira agrícola da Europa a céu aberto, decorreu em Valada, no Cartaxo (Santarém), com perto de 400 expositores e mais de 100 máquinas agrícolas a trabalhar plantações de diferentes culturas. Realizando-se nos cerca de 200 hectares de terreno do mouchão da Fonte Boa, propriedade do Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), junto ao rio Tejo, a Agroglobal -- Feira das Grandes Culturas valoriza o saber de experiência feito de gerações de agricultores, mas, ao mesmo tempo, exibe os meios tecnológicos e científicos que um enorme conjunto de empresas coloca à disposição do setor de forma permanentemente renovada. Ao longo de três dias, o certame permitiu aos profissionais do setor assistirem ao vivo ao trabalho de mais de uma centena de conjuntos de tratores e alfaias, alguns deles a serem apresentados pela primeira vez ao mercado português. Promovida pela Valinvest, Investimentos e Gestão Agrícola, em colaboração com a Agroterra, a feira, que se realiza de dois em dois anos, começou em 2009 focada então na cultura do milho e com a presença de uma centena de expositores, envolvendo atualmente toda a agricultura portuguesa, com o número de produtores e empresas de toda a fileira a crescer em cada edição. Este ano com a presença de perto de 400 expositores e mais de 35 mil profissionais, a maior participação de sempre, a Agroglobal alargou as culturas na parte dos pomares, acompanhando o que se passa na atividade agrícola portuguesa - o olival, as amêndoas, as nogueiras, mas também o melhor que se faz no Oeste - a pera e a maçã -, que estão a
ter uma importância cada vez mais significativa. O vasto programa de seminários incluiu uma palestra de Paulo Portas, que falou sobre “Tendências, Riscos e Oportunidades para a Agricultura Portuguesa no Mundo Atual”, integrando o programa dos colóquios que decorreram no auditório Armando Sevinate Pinto. Os debates, que tiveram lugar também no auditório Companhia das Lezírias, culminaram numa sessão sobre a “Revisão da PAC 2020 - que Valor Acrescentado para os Agricultores Europeus”, que foi encerrada pelos pelos ministros da Agricultura de Portugal, Capoulas Santos, e de Espanha, Luis Puchades. O certame voltou a ter em destaque o espaço para apresentação de projetos inovadores, o AgroInov, e este ano disponibilizou um Business Center, para facilitar a realização de negócios, contando ainda com dois espaços de restauração, com vista para o rio, também eles requisitados para eventos de entidades e empresas dirigidos a potenciais clientes. Sob o slogan ‘Nós Semeamos... Negócio!’, a Agroglobal convida os visitantes a pôr os pés na terra e assistir às numerosas demonstrações e ensaios nos mais de 160 hectares de terrenos ocupados com culturas de milho (grão e silagem), tomate, vinha, girassol, olival, sobreiro, pinheiro, eucalipto, amêndoa, batata, mirtilo, pera rocha, laranja, pistáchio, noz, pimento, framboesa. Aos campos de ensaios - fertilização, sementes, agroquímicos, rega, juntaram-se áreas de trabalho de máquinas, pistas para as diversas marcas de tratores e alfaias e zonas específicas para pulverização aérea em pomares, vinha e culturas anuais.
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AGROGLOBAL
AGROGLOBAL: SEMEAMOS NEGÓCIOS A Agroglobal, que se reclama como “a maior feira agrícola da Europa a céu aberto”, aproximou a agricultura da ciência e do empreendedorismo. Os 380 expositores e mais de 100 máquinas agrícolas deram a conhecer o que de melhor se faz na agricultura e as novas respostas tecnológicas no sector. Em entrevista à revista Business Portugal Joaquim Pedro Torres, presidente da AGROGLOBAL, fez o balanço da edição deste ano.
Q
ual o balanço da AGROGLOBAL 2018? Muito positivo. Foi, sem dúvida, o maior evento agrícola alguma vez realizado em Portugal. Desde logo estiveram presentes praticamente todas as empresas que vieram em edições anteriores e, na maioria dos casos, com entusiasmo redobrado, provando que o caminho traçado vai ao encontro dos seus interesses. Foram 380 expositores, com muitas novidades e muita atividade. As demonstrações de campo foram excelentes nos 150 hectares preparados para o efeito – sementes, adubos, agroquímicos, novas culturas. As máquinas em atividade, de todas as marcas presentes, mostraram-nos o que existe de mais moderno na mecanização da agricultura. De salientar que tivemos também mais empresas estrangeiras, principalmente espanholas, mas não só. Quais as novidades desta edição? Foi mais abrangente, com todas as nossas “agriculturas” representadas. Setores como frutas e legumes, horto-industriais, arroz, olival, frutos secos, floresta e outros reforçaram a sua presença. Alguns deles organizaram-se em conjunto, como aconteceu com a Portugalfresh, a Porbatata e a Casa do Arroz, conseguindo assim uma presença mais marcante. Também o Agro-inov cresceu, uma vez que as novas ideias e as start-ups exigiam mais protagonismo. Tivemos um pavilhão maior e totalmente reformulado, incluindo um pequeno auditório onde muitos novos projetos foram apresentados, com investidores à espreita. Os temas mais atuais do setor foram amplamente discutidos nos 2 auditórios por personalidades experientes de cada setor e de outras áreas. Demos a conhecer o “estado” das negociações para a reforma da PAC com a presença do Diretor Geral de Agricultura da Comissão Europeia. Mas AG foi muito ativa a criar negócios e valor, com empresas e visitantes procurando sinergias com vantagens mútuas das quais todo o setor agrícola pode beneficiar. “Não vamos à AG só para ver o que há de novo. Vamos também para criar algo de novo!” Por isso houve um espaço, o Business Centre, estimulando essa atitude. A AGROGLOBAL sempre quis que o certame decorresse num ambiente de partilha de conhecimento agrícola e que os negócios estivessem na primeira linha. Esse espírito manteve-se? Sem dúvida esse é o objetivo primeiro deste evento. Entenda-se negócio como criação de valor a repartir entre as partes. Para tal,
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é necessário conhecer bem as potencialidades de cada empresa ou entidade com vista a uma procura permanente de interesses mútuos. Assim se conseguem fileiras mais eficientes e, no final, produtos mais competitivos. Empreendedorismo não está só relacionado com novos produtos e ideias, mas também com novas utilizações ou novas combinações de ativos já existentes. É uma outra AG. Uma plataforma de networking agrícola em atividade todo o ano, que culminou naqueles 3 dias de setembro. Que diferenças encontra entre a primeira edição e a atualidade? Que caminhos percorreu a feira em termos de crescimento? A AG mantem-se fiel à sua personalidade. Um evento profissional e dinâmico com o objetivo de ajudar à melhoria dos desempenhos agrícolas. Há quase 10 anos atrás fomos um conjunto de empresas agrícolas que não se reviam totalmente nos certames agrícolas tradicionais. Hoje temos uma “cidade da agricultura” com todos os setores representados pelas suas empresas mais importantes, pelas novas tecnologias e sem nunca esquecer o saber ancestral de gerações de agricultores presente em todos e cada um dos visitantes. Não é muito arriscado dizer que neste espaço está a resposta para qualquer questão agrícola. De que forma a AGROGLOBAL mudou e continua a mudar a agricultura portuguesa? A AG foi uma aposta ganha pela fileira agrícola nacional. Agricultores e empresas associaram-se para uma demonstração inédita das capacidades e potencialidades de um setor, por vezes olhado pela sociedade como o parente pobre da nossa economia. A opinião que a sociedade, em geral, tem da agricultura portuguesa é hoje muito melhor do que em 2009, quando nasceu este projeto. Os agricultores e todo o setor são hoje reconhecidos e valorizados. A AG contribuiu para essa modificação mostrando uma dimensão tecnológica e profissional da agricultura que a muitos surpreendeu. A presença interessada do Senhor Primeiro Ministro, dos Ministros de Agricultura de Portugal e Espanha, do Ministro da Ciência e Tecnologia, de vários Secretários de Estado foram disso uma prova inequívoca. Que radiografia faz do setor, a nível nacional, e em que pé estamos hoje, após um período de crise económica acentuada? Um bom momento quer pelo que se tem feito, quer pela clarificação do que há para fazer. O regadio é o denominador comum
AGROGLOBAL
Joaquim Torres, presidente
de uma agricultura competitiva a definir por cada empresário de acordo com as suas ideias e o seu enquadramento. Nesse sentido, existe uma grande linha já traçada e o êxito do Alqueva criou condições para outros projetos estruturantes. Este projeto e outros, como a Lezíria de Vila Franca de Xira, poderão incentivar outras iniciativas, criando condições para zonas mais organizadas de produção. Falo não só em rega mas também em caminhos, em drenagens, em eletricidade etc.. A partir daí podemos e devemos pensar em mais agroindústria e na valorização dos nossos produtos e da marca Portugal. A agricultura de precisão, esteve presente na AGROGLOBAL? As exigências dos mercados muito concorrenciais obrigam-nos a utilizar todos os argumentos que possam contribuir para uma melhoria de resultados Encontrámos pela mão dos expositores presentes, aquilo que de mais moderno está disponível para o setor agrícola. Equipamentos mais eficazes e inteligentes, monotorização das culturas, dos solos, da água, dos fertilizantes, robótica… O conhecimento científico “debita” a todo o momento novas equipamentos, produtos e tecnologias a um ritmo muito rápido. Concentrámos os mais impactantes no Agro-Inov. Falando dos cereais, tendo em conta que inicialmente a feira começou por se dedicar apenas ao milho (abrindo-se depois aos outros setores agrícolas). Como olha para a estratégia do país e que desafios imperam?
Os produtores de milho atravessam um momento de incerteza. Por um lado as produtividades continuam a evoluir de forma positiva. Por outro, existem desvantagens comparativas que tornam muito difícil acompanhar preços dos principais produtores mundiais como Brasil, Ucrânia, Argentina, Estados Unidos… Os preços satisfatórios só ocorrem quando se verificam anomalias climáticos nalgum destes países, principalmente nos EUA. O futuro dos produtores de milho europeus depende muito de decisões políticas que se venham a tomar. Ou defendemos a produção na UE, sendo que nesse contexto o nosso país é eficiente, ou as áreas irão reduzir progressivamente em Portugal. Em que áreas estamos mais e menos avançados? Tem-se feito muita coisa boa no nosso país. Temos agricultores e organizações do melhor nível em todos os setores e empresas das mais diversas especialidades, com enorme capacidade. Não parece certo dizer que haja áreas de atividade em que estamos mais avançados que outras. Há produções mais “na crista da onda” como o olival, os frutos secos, outras frutas e legumes, a vinha etc.. Destaco positivamente a rega, fator decisivo num país mediterrânico. “Damos cartas” como utilizadores de água de forma racional. Precisamos de comunicar melhor o conhecimento agrícola. É obrigatório aproximar a comunidade científica e agricultores. As duas partes têm de fazer um esforço de aproximação, pois daí resultariam certamente muitos benefícios. A procura de novas tecnologias não pode parar, mas também é importante fazer chegar de forma clara e simples ao “campo” todo o “capital” já existente.
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MUNICÍPIO DO CARTAXO
CAPITAL DO VINHO E DA NOVA AGRICULTURA Promover o vinho e a agricultura como fatores diferenciadores do concelho é o principal desígnio do Município do Cartaxo, que procura potenciar os recursos naturais, mantendo a identidade. Situado no coração do Ribatejo, este concelho está numa posição geográfica privilegiada, quer do ponto de vista rodoviário, quer ferroviário, da capital do país. O campo, o bairro e a lezíria, com o rio em pano de fundo, atribuem ao Cartaxo uma grande riqueza paisagística. Aqui a cultura da vinha e a produção de vinho sempre estiveram ligadas ao dia a dia da população, valendo-lhe o título de Capital do Vinho.
Pedro Miguel Ribeiro, presidente
A
comandar os destinos do Município do Cartaxo desde 2013, Pedro Magalhães Ribeiro revelou em entrevista à Revista Business Portugal os principais objetivos para este mandato. Desde 2002 que Cartaxo se apresenta como a Capital do Vinho portuguesa, com o intuito de desenvolver uma das maiores potencialidades do concelho: o vinho, através da mobilização dos produtores, mas igualmente de todas as áreas ligadas ao setor, nomeadamente o turismo, a gastronomia e a cultura regional. “Autointitulamo-nos a Capital porque, de facto, envolvemos todos os atores deste setor. À cabeça temos a Adega Cooperativa do Cartaxo, que nos últimos anos conseguiu contrariar a ideia negativa que existia sobre o nosso vinho, tornando este néctar mais adequado ao que o consumidor atual pretende. Aliás, hoje podemos atestar que a adega e as empresas desta região têm sido medalhadas, quer em concursos nacionais, como internacionais, tornando-se num município onde se produz vinho de qualidade”, explica o autarca. Aumentar a notoriedade dos vinhos, aliada a uma valorização da qualidade de vida do concelho é o próximo objetivo do município, que tem apostado 36 | Revista Business Portugal novembro 2018
MUNICÍPIO DO CARTAXO
fortemente no enoturismo, como elo de ligação entre todos os setores económicos do concelho. “Hoje em dia comunicamos este produto como uma experiência de família. Por exemplo, na época das vindimas já foi efetuada a experiência de convidar todas as pessoas a conhecer o território, através da colheita das uvas nas diferentes casas agrícolas, acrescentando valor a essa mesma experiência. Acabamos por integrar
“Hoje, o vinho significa charme, tradição, histórias de famílias, natureza, desporto, cavalos, campinos, etnografia, ou seja, todo um mundo que queremos notabilizar e dar a conhecer”
a cultura local e etnográfica, os produtos regionais, os passeios pelo Tejo, os passeios a cavalo, a visita ao comércio local, assim como a fixação de pessoas nos hotéis e restaurantes da nossa região. Hoje, o vinho significa charme, tradição, histórias de famílias, natureza, desporto, cavalos, campinos, etnografia, ou seja, todo um mundo que queremos notabilizar e dar a conhecer”, sublinha o edil. Neste âmbito, são vários os investimentos imobiliários a decorrer no concelho, como nos refere Pedro Magalhães Ribeiro: “temos um hotel vínico em construção e dois novos hotéis de quatro estrelas para aprovação a breve trecho. Ainda no campo turístico nos próximos dois a três anos poderemos ter em carteira mais quatro projetos para o concelho”. Aqui podemos ainda encontrar o Museu Rural e do Vinho do Concelho do Cartaxo. Para além disso, é na Capital do Vinho que a Associação de Municípios Portugueses do Vinho tem a sua sede. Num concelho cheio de potencialidades, o Cartaxo apresenta-se assim como um local que se tenta afirmar em todas as vertentes, aliando desde a gastronomia e a cultura, às paisagens naturais e à agricultura. “Queremos afirmar-nos como o Ribatejo às portas de Lisboa. A par com a vertente do vinho e da agricultura, estamos a elaborar uma candidatura em conjunto com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo para o Fandango como Património Imaterial da Humanidade”, completa o edil.
Capital da nova agricultura Com cerca de 25 mil habitantes, o município do Cartaxo está essencialmente ligado ao setor terciário, contudo o setor primário também ocupa uma posição de destaque em relação aos valores de referência a nível nacional. É neste município que se realiza a maior feira agrícola nacional, com a presença de toda a fileira de uma forma 100 por cento profissional. Um ambiente de partilha de conhecimento visando o agro-negócio, que tem como cenário os campos excecionais da lezíria do Tejo. “O grande mérito deve-se aos organizadores privados, que há uns anos atrás tiveram a visão de criar a AgroGlobal, a maior feira da Europa com estas características. Neste espaço valoriza-se o saber dos agricultores, exibe-se e testa-se a nova tecnologia de ponta e a diversidade de culturas. Hoje a agricultura não é uma atividade de trabalho intenso, cada vez mais a tecnologia está a ganhar uma posição de destaque. Portanto, falamos de um evento bastante interessante, que se realiza de dois em dois anos. Outro dos pontos chave é o painel de conferências que prima pela excelência. Este setor está a crescer o dobro da economia do país, do ritmo de crescimento nacional e demonstra que ruralidade casa com desenvolvimento, coesão e competitividade”, refere Pedro Magalhães Ribeiro. Quanto ao futuro, uma das próximas preocupações do autarca passa pela revisão do PDM, com vista a garantir a sustentabilidade do território e a defesa dos recursos naturais para a população.
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JUNTA DE FREGUESIA DE VALADA DO RIBATEJO
BELEZA NATURAL JUNTO AO TEJO
Margarida Abade, presidente
Banhada pelo rio Tejo, a freguesia de Valadas esconde uma beleza natural difícil de encontrar e igualar. Localizada entre a cosmopolita Lisboa e o concelho do Cartaxo, Valada confere o sossego e tranquilidade, tão procurado atualmente, aliado às atividades lúdicas que o rio Tejo propicia. Entrevistámos Maria Margarida Abade, presidente da Junta de Freguesia de Valada.
C
omeço por lhe pedir que nos apresente a freguesia de
Valada. Valada do Ribatejo é sede de freguesia e tem anexas as aldeias de Porto de Muge e Reguengo e Palhota, numa área que se estende por quarenta e dois quilómetros quadrados para apenas setecentos habitantes. É uma das freguesias do concelho do Cartaxo, distrito de Santarém e faz fronteira com o distrito de Lisboa através da Azambuja. A agricultura continua a ser a principal atividade económica da população? Valada é uma freguesia muito extensa e com imensos campos agrícolas de classe A, ou seja, são
classificados como dos melhores que podem existir. Este facto deve-se às frequentes inundações que, na realidade causam alguns transtornos para a população, mas que ajudam a fertilizar os campos e a manter o seu elevado nível de qualidade. Estes campos são utilizados, na sua maioria, para o cultivo do tomate, escoado por algumas industrias que existem nas proximidades, mas também é possível encontrar pela freguesia campos de milho, vinha e algumas plantações de girassóis. A freguesia de Valada é banhada pelo rio Tejo e sabe aproveitar a sua beleza natural. Quais os pontos de interesse que evidencia? Evidencio a Palhota, uma das últimas aldeias avieira do país. É uma aldeia típica de pescadores, onde existem algumas casas de madeira, tipo palafitas e que necessita de uma intervenção na
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sua reordenação. O rio Tejo é uma das nossas mais valias, que nos confere uma beleza natural rara de encontrar e que propicia a prática de desportos náuticos, os passeios de barco no rio, entre outras atividades náuticas. A freguesia tem, pelo que nos está a transmitir, todas as condições para crescer quanto à sua densidade populacional e empregabilidade. O que está a dificultar o trabalho do executivo? Há vários fatores que têm tolhido este crescimento. Não tem havido crescimento populacional devido ao Plano Diretor Municipal (PDM), que está atualmente a ser revisto, e que limita a construção de novas habitações dentro da freguesia. Para haver edificação é necessário recorrer à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) que cria imensas reservas e restrições, forçando os jovens a escolher as freguesias ou
concelhos vizinhos para se instalarem. Com a diminuição da população veio a desertificação e o encerramento da escola, de estabelecimentos de lazer mas conseguimos manter os serviços centro de dia,vários cafés, restaurantes e mini-mercados. Certamente tem vários planos para o futuro de Valada. Refira alguns. Trabalhamos no sentido de dar boas condições aos habitantes, como acesso ao saneamento básico, queremos construir um parque infantil e criar zonas pedonais junto aos diques. O facto de sermos atravessados por um dos principais trilhos do caminho de Santiago e de Fátima são potenciais que queremos aproveitar para desenvolver a freguesia. Mas a principal preocupação do executivo é o de criar as melhores condições possíveis para os habitantes e de atrair novos moradores.
TECNIFERTI
VALORIZAÇÃO DAS MARCAS CONQUISTA CLIENTES Sediada em Leiria, a TECNIFERTI nasceu em 1986 para produzir e comercializar fertilizantes. O reconhecimento, nacional e internacional, das marcas fez com que os clientes depositassem toda a confiança na empresa. Em entrevista à Revista Business Portugal, Casimiro Soares revelou-nos os segredos de 32 anos de sucesso.
Casimiro Soares, engenheiro
H
á mais de 30 anos no mercado, a história da TECNIFERTI caracteriza-se pelo sucessivo crescimento e empenho em inovar na área em que atuam, mais concretamente na produção e comercialização de fertilizantes líquidos. Mas foi em 1989 que apostaram na expansão e desenvolveram instalações fabris em Muge (distrito de Santarém). A fábrica tem capacidade para armazenar 16 mil toneladas de fertilizantes líquidos. “Tem uma dimensão e uma estrutura muito forte.”, realça Casimiro, acrescentando que trabalham apenas com marcas e tecnologia próprias. “O software é desenvolvido por nós. É algo sui generis, na Europa não se vê nada igual”, afirma.
Produtos a pensar no meio ambiente e nas novas tecnologias Atualmente, a questão do meio ambiente impõe-se cada vez mais nos meios de comunicação como forma de alertar sobre as preocupações que existem e que, consequentemente, irão afetar o planeta. Para a TECNIFERTI, o desenvolvimento de produtos com o objetivo de poupar água tem sido um dos focos nos últimos 15 anos. O engenheiro afirma que é um processo com “altos e baixos, porque não é fácil inovar nesta área. Estamos a lidar com algo que tem vida. Exige tempo e observação”. Com vista a melhorar os processos utilizados, a empresa detém parcerias com várias universidades. Esta foi uma política que definiram por se considerarem o “pai da revolução dos anos 80 em Portugal”, ou seja, “uma nova geração de agricultores veio revolucionar a agricultura com a rega gota-a-gota (gotejamento) e os pivots, tudo muito automatizado. Já na altura eu afirmava que era mais fácil ligar uma mangueira do que carregar um saco”,
revela-nos Casimiro Soares. Foi desta forma que se tornaram pioneiros quando procuraram adicionar fertilizante à água da rega, visto que a planta precisa de se alimentar não apenas com comida, mas também com bebida. O processo aparenta ser simples: colocar os fertilizantes no sistema levado para o campo, de seguida liga-se a bomba injetora e introduz-se “o fertilizante através da água da rega”. Pelas palavras do engenheiro, a bebida apenas não chega. O líquido utilizado é uma forma bem mais acessível de administrar e favorecido pelos menores custos deste produto. Com a chegada deste processo, a TECNIFERTI foi apelidada como “o pai dessa tecnologia”.
Evitar evaporação e transpiração A evolução dos tempos tem sido constante e a uma velocidade cada vez maior, daí sentirem a necessidade de desenvolverem produtos de uma forma distinta: evitar a evaporação e a transpiração da água. “Os fertilizantes se mal utilizados contaminam o meio ambiente, portanto deve ser bem utilizado. Poupar a água também poupa o fertilizante. Não se coloca adubo sem critério. Damos para a planta e não para a terra”, assinala. A inovação aliada às novas tecnologias fazem parte dos tempos que correm com o intuito de melhorar os serviços e os respetivos produtos. A TECNIFERTI não poderia ficar de fora neste campo e procurou alargar a gama para produtos em forma de gel e equipamentos com GPS (o que dá uma precisão mais acentuada). Isto acontece pela importância que os clientes dão à tecnologia, uma vez que é um fator com um peso elevado.
Dar lugar aos produtos biológicos Em 15 anos, a TECNIFERTI procurou
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TECNIFERTI
desenvolver biofilmes - gel fertilizante pulverizado em cima da planta e que evita a transpiração da mesma. Mas para regular a transpiração existe uma causa-efeito: “a retenção de sais minerais, sem evitar a fotossíntese”. Posto isto, foi verificado que os biofilmes, mais conhecidos por HUMILGEL PLUS®, tinham efeitos colaterais. Para estudar os efeitos, fizeram uma parceria com o Centro Experimental do Loreto / Escola Superior Agrária de Coimbra tendo em vista o estudo de produtos biológicos “com a mesma molécula para evitar pesticidas, já que tínhamos um produto também biológico já registado, que é matéria orgânica líquida”.
A parte biológica era essencial para proteger a planta por cima e os resultados falaram por si. Conseguiram criar uma linha com estes produtos para a agricultura biológica: HUMIGEL PLUS® Biológico - “um fertilizante foliar de origem vegetal que funciona como uma barreira protetora nas folhas e frutos, regulando a transpiração. Os ácidos fúlvicos favorecem a absorção de todos os elementos nutritivos” e o HUMIGEL PLUS® S Biológico que contém enxofre. “O enxofre tem sinergias com o azoto aumentando a eficiência destes nutrientes”. A trabalhar há mais de seis/sete anos com produtos biológicos, Casimiro Soares vai começar a registá-los e criar um site dedicado apenas à venda desse tipo de produtos. Desta forma, o pequeno consumidor terá acesso a uma gama que é uma autêntica “revolução” devido à poupança da água, à fácil aplicabilidade e à proteção da planta. Descritos como eco-friendly, mais eficazes e mais cómodos, os produtos são uma mais-valia. Por outro lado e sem vendedores, também demoram mais tempo a afirmarem-se no mercado. Mas “quando ficam nossos clientes não nos abandonam, ficam fidelizados”, orgulha-se o nosso entrevistado.
“Os fertilizantes se mal utilizados contaminam o meio ambiente, portanto deve ser bem utilizado. Poupar a água também poupa o fertilizante. Não se coloca adubo sem critério. Damos para a planta e não para a terra” Ensaios com o milho são testados… Em parceria tecnológica com a PIONEER, a empresa testou o fertilizante em gel na sementeira de milho apenas numa única aplicação, porque anteriormente e com a aplicação fracionada, o resultado era pouco eficaz. “Esta forma é mais cómoda para o agricultor e para a planta”. A agricultura passa a ser de precisão e inteligente. “Passamos menos vezes com a máquina evitando a compactação dos terrenos. Ao aplicar o adubo todo de uma vez misturamos o herbicida que eles aplicavam com água e fazemos uma só passagem de máquina vou metendo água ao longo do ciclo do milho, o gel prende, não se perde, segura a água e o elemento químico”, descreve.
Clientes com confiança Sem vendedores, a empresa é procurada pelos clientes que se fidelizaram há muitos anos. Casimiro desvenda que para a maioria o fator preço não é o mais importante, mas sim a garantia da capacidade de resposta, essencialmente em grandes propriedades. Os distribuidores (cerca de 60) são os principais clientes e as encomendas são feitas pela internet e posteriormente entregues pela própria empresa ao cliente. “Esta maneira de abordar o mercado é a razão do sucesso da empresa, de ter a dimensão que tem, de ter as marcas que tem. O que vale nas empresas é a inovação
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TECNIFERTI
e o registo de patentes”. Assim, o sucesso caracteriza-se pela ligação ao consumidor final e consequente confiança no trabalho feito.
Forte expressão internacional Com uma grande expansão a nível internacional estão há cerca de 20 anos no Brasil (“um dos maiores consumidores de fertilizantes do mundo”) e em Marrocos. Arábia Saudita e Egito são outros dois países para onde produzem. Isto porque “são países com dificuldade em obter água, que é cara, e têm de usar tecnologia que recorre à água o mínimo possível”. 75 por cento do consumo mundial de água é na agricultura. 90 por cento da planta é água”, revela. Caracterizado por ser um “negócio de multinacionais”, a TECNIFERTI ambiciona estar presente em novos mercados com visões dife-
renciadoras e apelativas para os clientes.
Floresta: a próxima aposta A TECNIFERTI apresentou na última AGROGLOBAL um conceito inovador para a plantação de espécies florestais em que a raiz da planta é envolvida por um conjunto de saquetas de fertilizante biológico que vão funcionar como uma reserva de água e ao mesmo tempo permitir uma libertação gradual do fertilizante no espaço de seis a 12 meses, dotando assim a planta de condições mais favoráveis à sua implantação no terreno. Foram distribuídas aos participantes cerca de 800 kit’s constituídos pela planta e as saquetas de HUMIGEL® B para que os próprios pudessem testar o conceito em suas casas.
“Enquanto andamos cá temos a obrigação de contribuir para o bem da sociedade” Com a consciencialização em proteger a floresta, recurso natural do nosso país, a próxima aposta da TECNIFERTI é criar produtos nesse sentido: “enquanto andamos cá temos a obrigação de contribuir para o bem da sociedade”. O respeito pela natureza e por tudo aquilo que é natural está concentrado na filosofia da empresa. Esta está disposta à própria mudança de paradigma em que substitui o químico pelo biológico. A proximidade local será sempre um dos desafios, na medida em que necessitam de demonstrar que os produtos são uma mais valia e “esperamos que o mercado reconheça o seu valor. O que vale nesta empresa é a marca”, conclui Casimiro Soares.
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MAGOS IRRIGATION SYSTEMS
REGAR E FERTILIZAR PARA BEM COLHER Fruto da fusão de empresas do setor da rega, a Magos Irrigation Systems surge oficialmente em 2012, mas a experiência e knowhow da equipa já conta com mais de trinta anos. Especialistas em projetar e instalar sistemas de rega em todo o país, tornaramse uma referência nacional, satisfazendo as exigências dos agricultores mais informados, contrabalançando com soluções à medida de um clima cada vez mais volátil e caprichoso. Entrevista a Miguel Empis e António Gastão, administradores da Magos Irrigation Systems.
N
ão é possível cultivar e plantar sem regar, mas as alterações climáticas exigem que a população poupe água. Perante este paradigma, quais as soluções que Magos Irrigation Systems apresenta? Dedicamo-nos exclusivamente à rega agrícola, preferencialmente na área da gota
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António Gastão e Miguel Empis, administradores
a gota, e diretamente com o agricultor, sem intermediários. Atualmente, trabalhar com rega gota a gota é sinónimo de saber trabalhar com os diversos sistemas de filtragem existentes, porque a água tem de estar filtrada para passar pelos emissores sem os entupir e sem reter os nutrientes dos fertilizantes que passam por este sistema. O foco do nosso negócio centra-se, como referi, no baixo volume [de água usada], exatamente por sabermos que é um recurso precioso. Foi com este sistema que a empresa foi criada, cresceu e é aí que nos segmentamos, embora isto não signifique que não trabalhamos com outros sistemas, mas mais de 90 por cento do volume de negócios corresponde ao gota a gota. A rega por aspersão e por pivot são duas soluções que apresentamos, porém o consumo de água é muito superior. O sistema gota a gota será o mais aconselhável para preservar o ambiente? Quais as vantagens que este sistema oferece? A rega gota a gota é muito vantajosa, des-
de logo pelo racionamento da água. A água e os fertilizantes são aplicados nos pontos previamente definidos (nos locais onde são efetivamente necessários), o que se reflete numa utilização racionada, bem localizada e com uma elevada taxa de sucesso. Em comparação com a rega por aspersão, através de um canhão ou pivot, esse racionamento e eficiência já não é tão visível. São métodos menos eficientes porque rega a cultura e adjacentes que, na maioria das vezes, não necessitam de água e/ou fertilizantes. Nos dias de hoje não faz sentido investir numa plantação de hortícolas, frutícolas ou de vinha sem utilizar o sistema de gota a gota, sendo que este também é um dos veículos mais importantes para a aplicação de fertilizantes. O agricultor de hoje já não se compara ao de outros tempos. Inovou na metodologia e usa técnicas eficientes e sustentáveis. Esta descrição corresponde aos seus clientes? O que os caracteriza?
JANSSEN PORTUGAL
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MAGOS IRRIGATION SYSTEMS
demos trabalhar com as máquinas nesses terrenos, ao contrário do que acontece quando chove. Foi um ano duro, com muito trabalho e exigente para a nossa equipa.
Somos parceiros comerciais dos três maiores fabricantes mundiais de materiais de rega justamente para satisfazer as escolhas e preferências dos nossos clientes. O agricultor nacional carateriza-se por ser um profissional maduro nas escolhas que faz quanto às plantações em que investe e quanto à escolha do material que quer utilizar. Conhece o mundo da rega, dos viveiros, dos fertilizantes e escolhe os materiais pelas marcas que lhe inspiram mais confiança ou por recomendações de amigos que as utilizam. Há trinta anos, quando iniciei esta atividade, tinha muito impacto quando trazia novidades para o mercado, atualmente isso não acontece. O agricultor atual é formado, está informado e procura, pela sua iniciativa, o material que responde às caraterísticas que necessita, quer pela marca, quer pela especificidade. Em 2017, a Magos instalou e projetou mais de 20 mil hectares de sistemas de profissional. Quais são as projeções para este ano? No ano de 2017 tivemos ação de norte a sul do país. Temos quatro polos de influência: a zona do norte, nomeadamente no Douro Vinhateiro, onde esperamos ultrapassar um milhão de euros de faturação, em implantação de sistemas de rega; o Ribatejo, que se carateriza pelas culturas sazonais, nomeadamente nos sistemas de rega para tomate; a zona de Odemira também solicita muito os nossos serviços e a zona de Beja, nomeadamente por influência da barragem do Alqueva, que veio revolucionar a agricultura nessa zona. Como podemos constatar 2018 apresentou uma primavera atípica, com muita chuva, e o outono também se avizinha muito chuvoso, o que inviabiliza a instalação de sistemas de rega. Durante o verão tivemos muito trabalho porque o tempo estava seco e só nessa altura é que po-
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Equipa essa que está sempre à altura dos desafios que lhe são apresentados... Apesar de a Magos Irrigation Systems surgir em 2012, é composta por uma equipa de profissionais com mais de trinta anos de experiência neste setor. A nossa equipa é muito versátil, profissional e experiente porque muitos são oriundos de outras empresas deste setor. As equipas de montagem, de engenharia, pós venda, e as outras áreas, são compostas por pessoas que têm orgulho no trabalho que desenvolvem, fazem-no com gosto e profissionalismo. Este é o espírito que se vive dentro da empresa, somos cerca de 80 pessoas e todas bebem desta forma de trabalhar. Qual é o segredo do sucesso da Magos Irrigation Systems? A proximidade com os clientes é um dos trunfos para o sucesso. Marcamos presença em Salvaterra de Magos, onde está a sede, em Mirandela e Beja com filiais. Para além disso, temos um carro-oficina na zona do Algarve.Quando há um investimento avultado no sistema de rega, para a cultura prosperar e gerar os lucros esperados, o investidor quer ser acompanhado por uma empresa de confiança, que o acompanhe desde o início e que lhe preste um excelente serviço pós venda. A forma como estamos organizados permite-nos garantir este serviço, com a rapidez – em cerca de três horas estamos num dos nossos cliente – e eficiência esperadas neste tipo de situação.
JANSSEN PORTUGAL
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ADEGA DO CARTAXO
INVESTIMENTO SÓLIDO, EFICAZ E INOVADOR 1954 foi o ano de inauguração daquela que viria a ser uma das adegas com mais importância a nível nacional. Jorge Antunes conta já com 20 anos de experiência na Adega Cooperativa do Cartaxo, sendo que 12 deles foi no comando da mesma como presidente. Para além do presidente, a direção é composta por Joaquim Oliveira (tesoureiro) e José Barroso (secretário). Joaquim Oliveira, José Barroso, Pedro Gil e Jorge Antunes, tesoureiro, secretário, enólogo e presidente
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ano de 2004 marca um novo início para a Adega Cooperativa do Cartaxo que até à data, como explica o presidente, “vendia toda a produção a granel e muito pouco em garrafa refletindo-se em valores de liquidação aos sócios muito baixos”. As alterações passaram pela renovação da parte da receção das uvas e por investimentos na
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modernização dos equipamentos da linha de produção. Atualmente, a adega conta com uma capacidade de armazenamento de 16 milhões de litros o que permitiu um aumento das vendas e começa, finalmente, a encontrar a estabilidade necessária para conseguir corresponder às expectativas. Em 2010/2012 surge a possibilidade de avançar para novos projetos “nomeadamente nas linhas de enchimento que estavam obsoletas e com pouca cadência e assim sucessivamente, remodelando a adega de dentro para fora” conta Jorge Antunes. As mudanças foram feitas dando a prioridade à maquinaria e ao produto que são os pontos fundamentais para gerar receita e dar continuidade ao trabalho.
Uma mudança de mentalidades necessária É no contacto direto com os agricultores que se constituiu durante algum tempo uma dificuldade acrescida devido às mentalidades fechadas e pouco voltadas para a inovação. “Criámos determinados critérios de seleção das uvas através de um Grape Scan, um medidor de podridões que ajuda a selecionar as melhores uvas”. Muitos dos produtores não conseguiram, de imediato, aceitar que teriam de passar por este processo de seleção. Os pagamentos eram definidos consoante a qualidade das uvas e não pela quantidade. Hoje em dia, “já percebem que se as uvas vierem com melhor qualidade são bem remuneradas, a quantidade por hectare, se for menor, tem um acréscimo na remuneração e as pessoas aceitam e compreendem os critérios” acrescenta Jorge Antunes. É com este rigor na qualidade do produto que hoje a adega conta já com cerca de 180 prémios nacionais e internacionais, e que tem vindo a conquistar o lugar à mesa junto de outras grandes marcas, mérito esse que se deve também ao enólogo engenheiro Pedro Gil. O vinho produzido pela adega pode ser encontrado nas marcas registadas como a ‘Encostas do Bairro’, ‘Xairel’, ‘Plexus’, ‘Coudel Mor’, ‘Bridão’, ‘Terras do Cartaxo’ e o ‘Desalmado’, todos eles vinhos premiados e de grande qualidade. Este crescimento e valorização trazem prestígio para a adega, mas também para os seus associados. “A maior mais-valia dos sócios é a estabilidade financeira da Adega, porque têm a segurança de que irão receber o valor justo pela matéria-prima que entregam”, explica Joaquim Oliveira, tesoureiro.
O caminho é continuar a fazer mais e melhor A inovação e vontade de continuar a fazer mais e melhor fazem parte da linha de pensamento da direção. Jorge Antunes refere que “há 15 anos não havia o conhecimento e evolução tecnológica que existe atualmente. Se formos profissionais naquilo que fazemos, e traçarmos os nossos objetivos, certamente conseguiremos alcançá-los”. O ano de 2018 foi um ano que desafiou não só a adega, mas também os agricultores. Quando o trabalho se reflete na qualidade da uva é necessário que tudo se faça para que esta chegue à altura da campanha com a qualidade esperada. “Foi necessário estudar melhor o tipo de tratamento a aplicar nas vinhas para poder colher aquando da vindima”, explica o presidente. A atividade vinícola, não é, nem pode ser, uma atividade que apenas se cuida na altura da colheita. Existe todo um trabalho e investimento que tem de ser feito ao longo de todo o ano para que as condições climatéricas não interfiram catastroficamente com o produto. Ao contrário do que se possa pensar, a adega pouco sofreu com as questões climatéricas que vieram reduzir a quantidade e qualidade do produto (apenas cinco por cento de queda). No entanto, explicam que não sentiram a mesma porque existe sempre uma preocupação com o futuro e tentam sempre pensar muito
antecipadamente de maneira a prevenir as situações. “Não tivemos quebras maiores porque temos vindo a fazer replantações de vinhas velhas por novas e plantações novas que já reverteram este ano minimizando, assim, a quebra”. Para o fim do ano, irão estar disponíveis os vinhos da colheita de 2016 e estes podem ser encontrados em grandes superfícies comerciais, na rede nacional de distribuidores e na loja da adega. Também estão presentes no estrangeiro, nomeadamente Europa, Macau, China e Américas. O ano corrente é marcado por um crescimento de quase 10 por cento nas vendas e por uma maior confiança por parte do consumidor nos produtos desenvolvidos. O caminho é continuar este crescimento dando prestígio à Adega Cooperativa do Cartaxo como sendo sinónimo de qualidade e de inovação.
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PORTUGALFOODS
OBJETIVO: CONSOLIDAR A MARCA PORTUGAL Fundada em 2008 a PortugalFoods é formada por empresas, entidades do sistema científico e tecnológico nacional e entidades regionais e nacionais ligadas ao setor agroalimentar. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Amândio Santos para entender quais os principais motores de evolução do setor agroalimentar.
A
PortugalFoods é um espaço de partilha de conhecimento que tem vindo sempre a caminhar lado a lado com a inovação e com a competitividade. Para além do sólido crescimento nos métodos de produção é necessário que exista também uma evolução na internacionalização e na exportação desses produtos. “Esta imagem deve ser única e de excelência, promovendo Portugal, os seus produtos, as suas marcas e as suas empresas com modernidade e adequação, nos mercados internacionais”. São vários os objetivos estratégicos que tem vindo a ser dinamizados. O primeiro é traduzir o conhecimento em resultados práticos podendo assim identificar as competências do sistema científico nacional e internacional e adaptar a cada uma das empresas. O segundo é que funcione como um “Observatório Nacional e Internacional” que produz relatórios de acordo com as necessidades e de forma a incentivar a inovação. O terceiro é a existência de um contacto das diversas empresas umas com as outras para promover uma competência saudável e que vai ser traduzida numa sustentabilidade mais forte. A quarta é fazer existir o ambiente propício ao desenvolvimento de novas “empresas de base tecnológica, assim como o emprego científico e altamente qualificado”. Por último, mas não menos importante, promover a internacionalização do setor agroalimentar de forma ativa e contínua. A estratégia com mais evolução neste momento é a estratégia de internacionalização. Ao longo dos últimos cinco anos e após a elaboração em 2012 da estratégia “Portugal Excecional” foi do entender da PortugalFoods que o percurso foi positivo e interessante e que estava no momento certo de repensar a estratégia. “Repensar e analisar os pontos fortes deste desempenho nos últimos cinco anos e perceber a dinâmica dos mercados e a potencialidade dos produtos portugueses e atualizar para a estratégia 18/20”. Esta estratégia veio dinamizar o contacto com as empresas locomotivas nos processos de exportação que vieram identificar os pontos fulcrais para a consolidação das marcas portuguesas. Para a PortugalFoods para além de consolidar as marcas portuguesas é importante consolidar a marca Portugal. Houve nos últimos anos um aumento de cinco por
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Amândio Santos, presidente do conselho de administração
cento por ano que foi possível devido à perceção, por parte das empresas do setor agroalimentar, que os produtos eram capazes de satisfazer as necessidades até dos públicos mais exigentes. “Quando os mercados criam estas dinâmicas o efeito multiplicador permite que estes resultados apareçam e muitas vezes encontram-se soluções. Existiram problemas em Angola, na Rússia, no Brasil, mas o setor soube compensar esses momentos de dificuldade com outros mercados” explica Amândio Santos. Começaram também a ser abordados novos mercados que antes não faziam parte da rota. “As empresas posicionaram-se em geografias para as quais não estavam direcionadas e aplicaram tecnologia aos processos e tornaram-se mais competitivas no processo de produção e de fabrico, certificaram os seus sistemas de produção e começaram a corresponder às exigências desses mercados” explica Amândio Santos. Os mercados que já faziam parte da rota eram o mercado essencialmente Europeu como é o caso de Espanha (país para o qual se destina um terço das exportações), França e Itália. Fora da Europa há uma aposta em
Angola e Brasil principalmente. As novas apostas recaíram nos mercados como Japão, o Médio Oriente, o norte da Europa, a Escandinávia, a Rússia, a Coreia do Sul, a China, o Canadá, os Estados Unidos da América, Colômbia e Peru. Amândio Santos explica também que “hoje a proximidade das empresas com os compradores é muito mais fácil porque esta aldeia global em que vivemos nos obriga a estar próximos”. Esta estratégia vem dinamizar o setor e fazer com que deixe de existir um setor focado apenas na produção para o mercado nacional, mas sim vocacionado para satisfazer também outros mercados. Este crescimento também exige que as empresas tenham de estar preparadas para corresponder às exigências e que vão modernizando as suas técnicas de trabalho evoluindo tecnologicamente. Outro dos desafios que surgem é a constante mudança e exigência na alimentação da população mundial. “Todos os conceitos de alimentação estão a evoluir, a alimentação daqui a cinco anos não será como hoje e temos de adotar os produtos para corresponder às exigências” explica Amândio Santos. O desafio de agora em diante é não regredir o trabalho já feito e continuar pelo menos a manter as metas a que se propuseram. “O grande desafio é consolidar este patamar que se atingiu. É importante que a exportação seja um processo continuado em que não se avance para se recuar”. Estar presente de forma permanente ao longo de todo o ano e assegurar a posição como um fornecedor que é seguro e credível. Os próximos dois anos são para refletir no que já foi feito tendo novos desafios e objetivos para alcançar “olhando para isto de forma coletiva, estratégica e promovendo como alicerce a marca Portugal”.
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DESTAQUES 51 REAL PORTUGUESE CUISINE Fazer da refeição uma viagem inesquecível 54 FRUTAS MARTINHO Citrinos algarvios triunfam na internacionalização 56 TURISCAMPO 1º Lugar no pódio que distingue “Qualidade” 58 TECHNET A recondicionar computadores desde 2008 60 CONSTRUÇÕES CARLOS REIS Uma empresa que honra o passado e trabalha o futuro 62 CASA DAS JANELAS “Falta reconhecer importância às janelas” 64 CARPIMÓDULO Uma carpintaria com alma e qualidade 66 LINERGEL Uma nova aposta na construção civil algarvia 68 ALGARVEPOOLS Transparência, rapidez e qualidade na construção e manutenção de piscinas
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ALGARVE PARA LÁ DO VERÃO O Algarve volta a ser tema nesta edição da Revista Business Portugal. O sol começa a fugir mas existem outras razões para visitar esta região, mais que não seja pela tranquilidade. As atividades existentes não são exclusivamente ligadas ao mar. No inverno é possível apreciar os animais e a natureza no Zoo de Lagos ou apreciando as rotas dos animais voadores que partem em busca de climas mais quentes. Para os amantes de jogo os casinos estão espalhados pela costa algarvia. Quando a adrenalina é a atração pode sempre seguir caminho fora de estrada e apreciar os locais inacessíveis de jipe. Para os
surfistas é possível surfar no Algarve durante os meses mais frios e ventosos. No entanto, existem coisas que não mudam. Uma delas é a qualidade dos produtos sempre excecional. O famoso peixe e as famosas laranjas algarvias fazem as delícias dos dias quentes e frios. Visite os mercados à moda antiga onde poderá comprar os produtos mais frescos. Não podemos deixar de falar dos vinhos que tem vindo a conquistar um lugar à mesa ganhando reputação. Existe no Algarve uma grande potencialidade a todos os níveis que tem vindo a crescer com a inovação, com o conhecimento e com o desenvolvimento sólido e sustentado.
REAL PORTUGUESE CUISINE
FAZER DA REFEIÇÃO UMA VIAGEM INESQUECÍVEL Lagos é, por definição histórica e geográfica, uma cidade virada para o mar. Durante séculos, pescadores retiraram dali o seu sustento e as ruas estreitas da cidade provam os anos de existência com que este município já conta. Ao descer a Rua Infante de Sagres, uma das mais típicas, antigas e comerciais de Lagos, encontramos o Real Portuguese Cuisine, um restaurante que surpreende logo à entrada. A Revista Business Portugal degustou uma refeição neste espaço e teve oportunidade de conversar com o seu mentor, João Correia.
fique à vontade para se sentar e conhecer as sugestões da casa. Foi isso que a equipa da Revista Business Portugal fez.
Cozinha portuguesa refinada A carta de refeições do Real Portuguese Cuisine tem sugestões de carne e peixe, bem como opções vegetarianas. Antes disso, todavia, é fundamental provar-se uma ou várias entradas que este restaurante tem para oferecer. Optámos por camarão grelhado, uma mistura de azeite, vinagre balsâmico e alho e ainda um delicioso patê de atum, confecionado na casa.
U
m espaço acolhedor e intimista, com música ambiente e sem televisão, para potenciar o diálogo entre os clientes – esta é a primeira impressão de quem entra no Real Portuguese Cuisine. João Correia vem imediatamente receber quem chega, simpático e disponível, para que o cliente se sinta bem recebido e
João Correia e D. Anna T., administrador
A refeição prosseguiu com duas escolhas distintas - um filete de robalo com molho de maracujá e um atum braseado, com alcaparras, azeitonas e legumes cozidos. Se porventura for mais apreciador de carne, tem várias escolhas possíveis e tão bem confecionadas quanto os pratos de peixe – o bife à portuguesa, as bochechas de porco, ou o tornedó são apenas três das possibilidades. Se a sua opção recair nos pratos vegetarianos, o Real Portuguese Cuisine permite-lhe escolher entre cerca de cinco pratos, dos quais destacamos a courgette recheada com legumes. João foi recebendo os clientes, com a cortesia com que já nos brindara à chegada, e numa pequena troca de palavras, confessou que faz questão de trabalhar com produtos frescos e biológicos. “O produto é comprado todos os dias, no mercado e a produtores locais. Sou eu que escolho o produto, toco, cheiro, compro, carrego a carrinha, descarrego e dou instruções ao meu staff de como quero tudo preparado. Somos, no total, uma equipa de cinco pessoas, sendo que o turno da manhã entra às 10h30, para começar a preparar o almoço, e o turno da noite começa a trabalhar às 17h30, para preparar o jantar. Não há nenhum produto que seja utilizado de um dia para o outro”. No que respeita à carta de vinhos, é integralmente portuguesa, com vinhos de todas as regiões do país, incluindo do Algarve, mas com especial incidência
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REAL PORTUGUESE CUISINE
na região do Alentejo. Apenas os espumantes e champanhes são franceses. Presentes estão também vinhos do Douro, e foi sobre um deles - o vinho branco Eskuadro e Kompassu – que recaiu a nossa escolha.
Saborear emoções e sentir os detalhes Tudo no restaurante imaginado por João Correia tem uma razão de ser. Os detalhes existentes no espaço, desde a iluminação da sala assente em pequenos focos de luz, até à decoração das mesas, específica para cada ocasião e apropriada a cada cliente, têm como objetivo proporcionar a quem entra no Real Portuguese Cuisine uma experiência gastronómica e sensorial que dure para lá do momento da refeição. Esta importância dada ao cliente provém
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“Neste restaurante, procuro apresentar exatamente a mesma filosofia - este é o meu novo ‘barco’ e quem aceita embarcar comigo tem assegurada uma experiência única, no atendimento, no ambiente e na gastronomia”
da experiência profissional anterior de João Correia que, durante cerca de 25 anos, trabalhou em navios de cruzeiro. “Num barco de cruzeiro aprende-se que em primeiro lugar está o cliente, em segundo lugar está o cliente e em terceiro lugar está o cliente e está sempre até acabar a viagem, porque quem faz uma viagem dessas quer viver experiências inesquecíveis e é isso que somos treinados para lhes proporcionar. Neste restaurante, procuro apresentar exatamente a mesma filosofia - este é o meu novo ‘barco’ e quem aceita embarcar comigo tem assegurada uma experiência única, no atendimento, no ambiente e na gastronomia”. É por isso que João Correia é um verdadeiro relações-públicas dentro do seu restaurante. Todos os clientes recebem a sua visita, antes e durante a refeição. No
REAL PORTUGUESE CUISINE
final, antes de o cliente sair, João Correia faz questão de cumprimentar todos os elementos da mesa, um a um, agradecer a visita e mesmo dar um cartão do espaço, para facilitar o agendamento de uma próxima visita. Com a capacidade de sentar 24 pessoas na sala do restaurante e mais oito nas quatro mesas disponíveis na esplanada do Real Portuguese Cuisine, João conta com dois assistentes de sala, uma cozinheira e uma ajudante de cozinha, para garantir que as refeições são preparadas na hora, com a máxima qualidade, um sabor incrivelmente apurado e distinto e a certeza de que nenhum cliente espera demais para viver a experiência que espera proporcionar-lhe: “a minha equipa é pequena, mas todos eles foram treinados por mim. A dificuldade em encontrar mão-de-obra qualificada na área da restauração acabou por ser benéfica, porque me deu a oportunidade de formar os meus colaboradores à realidade deste restaurante”. Quem trabalha no Real Portuguese Cuisine explica aos clientes como são confecionadas todas as refeições, pergunta se alguém tem alergias a algum produto alimentar e está sempre atento e disponível para satisfazer qualquer necessidade do cliente. A educação, o conhecimento de bem servir e a predisposição para fazer o cliente sentir-se em casa estão sempre presentes.
colaboradores, bem como ao apoio incondicional de Anna que, da distante Dinamarca, incentiva e motiva a continuidade deste projeto. Classificado em primeiro lugar pelos utilizadores do TripAdvisor que já tiveram oportunidade de visitar o espaço, este restaurante de Lagos proporciona aos seus clientes, na sua maioria estrangeiros, uma experiência gastronómica inesquecível, com sabores, cheiros e cores bem portugueses, aliada a um atendimento e ambiente dignos da realeza.
Um projeto bem-sucedido O êxito do Real Portuguese Cuisine deve-se, assim, ao trabalho conjunto de João Correia e dos seus
Rua Infante de Sagres 38-40 | 8600-743 Lagos | Tlf.: 282 085 231 Email: paraisossalteadoslda@gmail.com Facebook: Real Portuguese Cuisine
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FRUTAS MARTINHO
CITRINOS ALGARVIOS TRIUNFAM NA INTERNACIONALIZAÇÃO Localizada em São Bartolomeu de Messines, no concelho de Silves, a empresa Frutas Martinho, Sociedade Agrícola, Lda., está prestes a celebrar 30 anos de atividade. A Revista Business Portugal esteve à conversa com Martinho Filipe, diretorgeral da empresa, para desvendar todos os desafios acompanhados pelo contínuo sucesso.
Martinho Filipe, diretor-geral
Exportação, o grande passo para o crescimento
A
empresa de cariz familiar começou em 1989, mas em 2008 a direção percebeu que seria necessário “desenvolver e tomar outro rumo”. Nessa altura, os citrinos eram comercializados apenas no mercado interno, fator que impedia a valorização do produto em si. Em termos comerciais, existiam graves problemas, nomeadamente no escoamento do produto e valorização do mesmo, sobretudo no período que mediava entre dezembro e março, altura do pico da produção. “Havia excesso de produto que originava um decréscimo significativo do preço, o qual não contribuía para o desenvolvimento progressivo da citricultura algarvia”.
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O grande passo da Frutas Martinho passou pela abertura de outros mercados, estratégia que foi a internacionalização. Numa primeira fase, começou por exportar para Espanha, seguindo-se Itália, Alemanha e França. Estes mercados, hoje em dia “representam 55 por cento da nossa exportação”, afirma. Em 2012 face ao aumento do volume de vendas e da constante procura dos nossos produtos, houve necessidade de aumentar a capacidade de produção/embalamento. Estrategicamente procedeu-se à ampliação e modernização da central fruteira, de modo a fazer face às novas necessidades e às exigências do mercado “normalização e comercialização”.
Crescimento de plantação de citrinos Nos últimos anos, a Frutas Martinho tem vindo a aumentar a sua própria área de produção para dar resposta ao aumento da procura nos mercados internos e externos. Toda a sua produção esta em modo
FRUTAS MARTINHO
de produção integrada (PI) e indicação geográfica protegida (IGP) sendo esta uma certificação reconhecida pela comunidade europeia e que garante a origem e a qualidade da laranja do Algarve. Atualmente a Frutas Martinhos explora cerca de 1.000 hectares de citrinos na região do Algarve, sendo 25 por cento de produção própria e restante dos “nossos agricultores parceiros”.
Qualidade inigualável “Todo trabalho de internacionalização não tem sido fácil, a aceitação do nosso produto face aos nossos concorrentes diretos, foi bastante difícil, principalmente pelo aspeto exterior que a nossa laranja apresentava”, afirma. No entanto o consumidor final acabou por concluir que a laranja Algarvia apresenta um sabor único e inigualável. “A nossa laranja é espetacular. O aspeto exterior foi colocado em segundo plano e a qualidade intrínseca da nossa laranja acabou por se afirmar”. Atualmente, a excelência dos citrinos leva a que sejam reconhecidos não só em Portugal, mas praticamente em toda a Europa.
Futuro do setor aliado a desafios O futuro do setor passará pela união dos produtores e operadores para dar resposta ao mercado global. Os principais desafios para o setor será a fixação de mão de obra qualificada e não qualificada, aposta na
formação especializada, aumento do número de técnicos na área agrícola, mais investigação, apoio aos agricultores, aumento de áreas produtivas e, por fim, mais apoio governamental. Relativamente ao futuro da Frutas Martinho, “passará pela consolidação dos seus mercados, melhoria na qualidade de serviço e garantia da satisfação dos nossos clientes”.
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TURISCAMPO
1º LUGAR NO PÓDIO QUE DISTINGUE “QUALIDADE”
N
Situado na ‘jóia da coroa’ da mais meridional região de Portugal, Turiscampo é o parque de campismo que ocupa o primeiro lugar no pódio que distingue ‘Qualidade’. O reconhecimento, atribuído pelos mais distintos roteiros turísticos internacionais, levou a Revista Business Portugal a Lagos, ao encontro de Agnes Coll Isern.
a cidade de Lagos, Algarve, onde o clima é caracterizado pelo sol e pela reduzida pluviosidade, a família Coll Isern decide, em fevereiro de 2003, instalar-se. Os gerentes do parque de campismo nacional são catalano franceses, Agnès, formada em hotelaria na Suíça e uma mulher experiente na área da gestão hoteleira e François, politólogo da universidade complutense de Madrid e Catherina, formada na escola de arte de Montpellier. Os pais de Agnes e François Coll Isern, Ana Coll Isern, diretora de um parque de campismo na Catalunha e Pierre Coll, diretor de uma empresa de cambio de moeda com sede em vários países, começam como sócios minoritáreios de um parque de campismo na Catalunha - considerado um dos mais bonitos da Europa. Decidem, entretanto, vender o camping para adquirir outro mas desta vez só com os filhos. Agnes, François e Cathy Coll Isern, motivados a recuperar o negócio familiar, aposta por conta própria na gestão e reformulação de um parque de campismo português: Turiscampo.
“Um país fabuloso!” Quando questionada sobre o que a levou a escolher Portugal, Agnes Coll
Isern foi pronta na resposta: “este é um país fabuloso. Tem um clima genial, é seguro, tem pessoas recetivas e simpáticas, uma gastronomia extraordinária, praias magníficas, uma cultura interessante e repleta de história… O turista é muito bem tratado e muito bem recebido em Portugal!”. Posicionado numa área tranquila e resguardada da cidade, o parque de campismo situa-se na saída de Lagos em direção a Sagres. Próximo da Praia da Luz e desviado por 80 quilómetors do aeroporto de Faro, Turiscampo encontra-se nos arredores de múltiplos locais de interesse. Distante do tumulto citadino e envolvido pelo conforto da natureza, o visitante e o hóspede do Turiscampo está próximo do Cabo São Vicente, da Fortaleza de Sagres (monumento nacional) ou da Reserva Natural da Costa Vicentina. Sete hectares perfazem o espaço ocupado pelo Turiscampo. Aqui, pode encontrar alojamentos com capacidade para cinco pessoas, equipados com todos os utensílios necessários para usufruir de uma boa estadia. No Turiscampo, é possível encontrar Chalets com mais de 20 m2. Alojamentos perfeitos para desacelerar da rotina do quotidiano citadino. O Turiscampo tem 137 Bungalows e Mobil Homes de qualidade, alguns deles são ‘premium’ e têm jacuzzi privativo.
“Diferentes modelos, diferentes épocas, diferente procura!” Agnes Coll Iserrn, sócia-gerente
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Clientes regulares são “prova de qualidade”. Aberto todo o ano, o parque de campismo Turiscampo recebe clientes nacionais e estrangeiros de forma ininterrupta,
TURISCAMPO ano após ano. Muitos são os visitantes repetentes. Neste parque de campismo é possível aparcar autocaravanas, montar tendas, alugar bungalows ou mobil homes. No inverno, o parque de campismo de Lagos recebe, segundo diz Agnes Coll Isern, “uma clientela muito internacional” enquanto que, no verão a procura divide-se entre portugueses e estrangeiros. Daqui resulta a necessidade de acomodar e agradar o cliente com as mais variadas ofertas. Para isso, 105 colaboradores trabalham para melhor servir o visitante. A par disto, no Turiscampo pode encontrar um minimercado, um restaurante, um serviço takeaway, duas piscinas exteriores - aquecidas no inverno com painéis solares – duas piscinas interiores, um jacúzi, um ginásio, um SPA com sauna, banho turco, serviços de estética e massagens, três parques infantis, um Fit Park exterior, balneários para adultos, balneários para crianças, lavandarias, um programa de animação que inclui Yoga, Stretching, Zumba, Aquagym, entre outros e um mini-club para as crianças. O Turiscampo é detentor de uma das maiores e mais modernas piscinas do país – uma piscina californiana – emoldurada pelo verde e com zonas destinadas a adultos e crianças.
“Só oferecendo qualidade conseguimos garantir retorno” Parte integrante da associação ‘LeadingCampings’, que circunscreve os parques de campismo que são líderes do mercado europeu, e detentores do selo da marca ‘Yelloh! Village’, uma marca francesa de aldeias franchisadas, o Turiscampo é um parque reconhecido, nacional e internacionalmente, pela “qualidade”. Neste parque, a restruturação e o investimento são fatores contínuos. Anualmente são realizados projetos que visam a dinamização do espaço. Agnes confessa que o próximo projeto passa por ampliar o espaço que delimita o parque e pela construção de um parque aquático dentro do perímetro do Turiscampo. Agnes Coll Isern admite, ainda, a falta de uma forte associação de comerciantes. “É necessário realizar parcerias entre os comerciantes de Lagos, de forma a levar a cabo projetos que favoreçam a economia local”. A proprietária considera que a concorrência não está em Portugal: “os parques de campismo nacionais competem com os parques de campismo estrangeiros, é por isso necessário criar condições para
que o turista europeu opte por Portugal ao invés de qualquer outro país da Europa”. Agnès, François e Catherine Coll Isern insitem no facto que este sonho tornado realidade nunca teria sido possível se os próprios pais não tinham acreditado, confiado neles e ainda hoje “continuam a ser o nosso modelo de empreendedorismo, excelência e orgulho”! Obrigada Ana e Pierre Coll.
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TECHNET
Fernando Augusto e João Martins, sócios-gerentes
A RECONDICIONAR COMPUTADORES DESDE 2008 Computadores recondicionados a preços low-cost é o principal desígnio da Technet. A completar o décimo aniversário, esta empresa de Lagos aposta fundamentalmente no recondicionamento de equipamentos topo de gama, contribuindo para a fomentação de um meio ambiente sustentável. Experiência, competência, segurança e profissionalismo são as principais características da Technet, que assume o compromisso de oferecer a máxima satisfação e qualidade aos seus clientes.
F
ernando Augusto e João Martins são os mentores da Technet, uma empresa vocacionada para a comercialização de computadores e equipamentos informáticos recondicionados. “Tudo começou por uma brincadeira, mas fundamentalmente pelo nosso gosto por informática. Visto que já tínhamos experiência nesta área de atividade, decidimos começar a comercializar máquinas especiais para o setor profissional em plataformas de leilões online. Foi dessa forma que construímos o nosso nome no mercado, contribuindo ao mesmo tempo para um planeta mais sustentável, ao evitar que esses equipamentos fossem encaminhados para o aterro”,
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“Falamos de um setor em claro crescimento, pois as pessoas apostam cada vez mais na compra online e percebem o conceito de computadores recondicionados”
TECHNET
recorda Fernando Augusto, sócio-gerente. A Technet comercializa, portanto, equipamentos informáticos, computadores desktop, portáteis, netbooks e servidores recondicionados, de qualidade e com garantia de um ano. “Basicamente recondicionado é um produto que já foi utilizado e retorna à fábrica para ser colocado em condições de ‘novo’, mediante o conserto ou substituição de peças desgastadas/danificadas ou inoperantes, de forma a encontrar-se em estado para funcionar corretamente de acordo com o fabricante. Nós recompramos os equipamentos às empresas de leasing, que após passarem por todas as fases mencionadas anteriormente são recolocados a um preço muito mais competitivo e inferior na nossa plataforma”, sublinha Fernando Augusto, acrescentando: “todos os equipamentos são 100 por cento testados para utilização. Aliás, só trabalhamos com máquinas profissionais, de marcas consagradas mundialmente e com provas dadas no uso empresarial. Falámos de equipamentos com um ciclo de vida grande, porque são autênticas ferramentas de trabalho. Podemos resumir este setor como a informática em segunda mão, onde a qualidade é sobejamente valorizada”. Com instalações localizadas no Algarve, mais propriamente em Lagos, a Technet opera em todo o território nacional, sendo a escolha acertada para satisfazer tanto
ta para a importância desta empresa, que presta um enorme contributo no que diz respeito à preocupação com o meio ambiente. “Esta é uma realidade diária, daí o nosso compromisso com a sustentabilidade, por se tratar de produtos de qualidade recolocados no mercado. Desta forma privilegiamos a economia de recursos do meio ambiente e minimizamos o nosso impacte ambiental”.
Pensar o futuro uma excelente opção, permitindo um ótimo custo/beneficio”, completa o entrevistado. Com esta opção o consumidor não prescinde da qualidade, obtendo por outro lado um valor mais baixo pelo seu investimento, que poderá permitir a modernização de outros setores dentro da empresa. “Falamos de um setor em claro crescimento, pois as pessoas apostam cada vez mais na compra online e percebem o conceito de computadores recondicionados. Para além da garantia de um ano, o cliente pode experimentar o equipamento durante os 15 dias de obrigatoriedade legal, podendo se algo não estiver em conformidade contactar-nos para devolver ou trocar o equipamento”, explica João Martins, sócio-gerente. Com uma equipa profissional e experiente composta por quatro colaboradores, a Technet tem como principais valores a responsabilidade, simplicidade, economia e rapidez, assegurando um serviço de confiança, à medida de todos os clientes.
Consciencialização ambiental Todas as semanas a Technet recebe novas remessas de equipamentos informáticos, que sem esta opção seriam conduzidos para o lixo. Deste valor, 80 por cento é importado de outros países, onde existe um maior número de equipamentos a sair do mercado diariamente. Por isso mesmo, Fernando Augusto aler-
clientes particulares, como empresariais. “Os equipamentos podem ser comprados através da nossa loja online, quer por profissionais – empresas, organismos públicos, como pelo consumidor final. O nosso volume de vendas tem uma maior incidência no primeiro grupo, porque pode economizar até mais de 60 por cento em relação ao preço de um artigo em novo. Logo, equipar a empresa com equipamentos recondicionados é
Para Fernando Augusto e João Martins, o caminho da Technet passa por continuar a dar a conhecer este segmento de negócio, que permite um investimento mais seguro e económico, no que diz respeito a equipa-
mentos informáticos de elevado desempenho, durabilidade e robustez. Trata-se de modelos que dificilmente irão estar presentes nas grandes superfícies e que são construídos para a proteção de dados, uma importante mais-valia para clientes empresariais. “Queremos ainda alavancar a componente ambiental e mostrar que o recondicionado faz cada vez mais sentido, tanto do ponto de vista económico, como ambiental”, reforça o entrevistado.
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CONSTRUÇÕES CARLOS REIS
UMA EMPRESA QUE HONRA O PASSADO E TRABALHA O FUTURO As Construções Carlos Reis são uma empresa de renome no Algarve, intimamente ligada ao nome do fundador. Os filhos, Célia e Roberto Reis, são os responsáveis pelo destino do negócio que, apesar de já ter passado por graves crises, continua a existir. À conversa com Célia e Roberto Reis, conhecemos de perto a realidade da construção em Tavira e a diferença que distingue uma empresa próxima dos seus clientes e com garantia de qualidade das construções que realiza.
C
arlos Reis, o fundador da empresa, veio para Tavira nos anos 80, impulsionado pela possibilidade de compra de lotes para construção. “Os meus pais tinham um negócio de venda de materiais de construção, mas decidiram aventurar-se na construção civil, quando perceberam que Tavira estava a crescer. Primeiro veio o meu pai e o meu irmão mais velho, ‘desbravar caminho’ e pouco tempo depois a minha mãe, eu e o meu irmão mais novo. Os primeiros anos foram de trabalho duro, mas hoje em dia já sentimos o Algarve como sendo também um pouco nosso”, conta saudosa Célia Reis, filha do fundador. O novo negócio da família cresceu, alicerçado na qualidade do trabalho que faziam e na seriedade de Carlos Reis. “O meu pai era alguém muito conhecido em Tavira, muito amigo do seu amigo, e de cada vez que arranjava
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Célia e Roberto Reis, administradores
um novo cliente, fazia um novo amigo. Com honestidade e honrando sempre os seus compromissos, rapidamente conquistou o respeito de todos, incluindo dos Bancos, que reconheciam nele uma pessoa séria”. Ao longo de quase 40 anos de atividade, as construções realizadas pela empresa foram facilmente vendidas, porque os clientes reconheciam a qualidade dos acabamentos e dos materiais usados. “Sempre trabalhámos com os melhores colaboradores, alguns deles ainda trabalham connosco atualmente. Outros, infelizmente, tivemos de abdicar deles aquando da crise que assolou o país em 2008/2009 e muitos acabaram por emigrar. Atualmente, o canalizador e o eletricista são os mesmos, mas outras artes ligadas à construção carecem de bons profissionais e aqueles que existem cobram muito bem pelo trabalho que fazem. É justo, mas preocupante, porque em simultâneo não se vê na juventude nenhum interesse em aprender estes serviços”. Aliada à qualidade da construção, a empresa garantia sempre aos seus clientes todo o apoio a qualquer problema que surgisse na habitação, independentemente de estar, ou não, dentro da garantia legal. “Lembro-me de já estar a trabalhar com o meu pai e ficar frustrada quando ele ia dar apoio a prédios ou moradias que já tínhamos construído há imenso tempo. O meu pai apenas se virava para mim e perguntava ‘E então? É nosso cliente’. Ele sempre teve a porta aberta para ajudar”. Infelizmente, a crise económica obrigou a Construções Carlos Reis a atravessar uma fase muito delicada, financeiramente. O fundador acabou por falecer e foram os filhos Célia e Roberto que continuaram o negócio. “Fazemos questão de honrar o nome dele. Trabalhamos na senda do que ele já fez – fazemos construção própria para venda, de moradias e prédios, e também para clientes que nos procuram. Neste momento, os principais
CONSTRUÇÕES CARLOS REIS
essa preocupação e responsabilidade. No futuro, Célia e Roberto Reis querem continuar a honrar o nome da empresa e do pai, sempre através de uma construção de excelência, e a fazer dos clientes, novos amigos. “Neste momento, o nosso projeto mais querido é a construção de um prédio, para venda, no local onde o meu pai iniciou a empresa. Era algo que já devia ter sido feito, mas o licenciamento atrasou imenso. O mote desse projeto será ‘Casas para Viver’, e estamos a desenvolvê-lo com todo o cuidado. Esta empresa tem nome no mercado, uma história de quase 40 anos e queremos continuar a trabalhar dando aos clientes o nosso melhor, da nossa construção e do sol do Algarve”.
clientes que temos são estrangeiros, que querem comprar casa em Tavira, ponderando cada vez mais a reabilitação”. A maior dificuldade, no que respeita à reabilitação, sobretudo nos centros históricos, é a possibilidade de se confrontarem com achados arqueológicos, que podem comprometer a obra durante tempo indeterminado. O maior desafio, atualmente, é manter os preços aliados à qualidade. Célia Reis reconhece que o preço por m2, em Tavira, está muito alto e é difícil aos casais portugueses adquirirem habitação. “Deveria existir uma maior preocupação em adequar o preço por m2, em relação à qualidade que apresentamos. Enquanto empresa, temos
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CASA DAS JANELAS
“FALTA RECONHECER IMPORTÂNCIA ÀS JANELAS” A caixilharia é uma das principais artes de especialidade, no ramo da construção civil. Em 1995, nascia a Loja das Janelas, que hoje se chama Casa das Janelas, mas continua sob a responsabilidade dos sócios-gerentes Marco Brito e Nuno Dias. Sempre atenta à inovação e tecnologia utilizada no fabrico de janelas, esta empresa algarvia pretende dar a conhecer as novidades dentro desta área de trabalho e contribuir para uma mudança de mentalidade, no que respeita à importância atribuída às janelas, aquando da construção de uma nova moradia.
Nuno Dias e Marco Brito, sócios-gerentes
Q
uando se pensa em janelas, a maioria das pessoas imagina o típico perfil de alumínio, acompanhado dos respetivos vidros, simples ou duplos. Em conversa com a Revista Business Portugal, Marco Brito, um dos sócios-gerentes da Casa das Janelas, empresa localizada no Sítio dos Celões, em Loulé, quis desmistificar essa ideia e mostrar que, com uma boa caixilharia, é possível reduzir bastante o consumo energético de uma habitação. “As pessoas desconhecem todos os perfis e tipos de vidros que já existem e o que é possível fazer com eles. Atualmente, temos vidro baixo-emissivos e vidros de controlo solar, para ajudar a controlar a temperatura em casa, ou vidros laminados, de espessuras diversas, que funcionam como um excelente isolamento sonoro”.
Área muito técnica O desconhecimento que a maioria dos
clientes denota, quando necessita de trocar a sua caixilharia, deve-se, em primeiro lugar, ao facto de este ser um setor muito técnico. Por outro lado, as marcas internacionais de janelas e perfis são as principais responsáveis, na opinião de Marco Brito, por não criar uma necessidade na população, no que respeita a janelas de qualidade. “A mais-valia das janelas para um bom isolamento e controlo energético ainda não é reconhecida, porque as marcas não criam necessidade nas pessoas. Se publicitassem as janelas de qualidade, e os respetivos perfis, essa necessidade ia sendo implantada. Assim, a população preocupa-se em ter uma boa cozinha, um bom soalho, mas não valoriza a instalação de boas janelas”.
Clima como fator decisivo Em Portugal, a temperatura, mesmo no inverno, dificilmente chega a números negativos. Ainda assim, no Algarve a amplitude térmica é grande, mas a população acaba por não recorrer a sistemas de climatização: “a maioria das pessoas coloca apenas uma manta nas pernas ou veste um casaco. Dificilmente se liga o aquecimento central ou o aquecedor, porque isso aumenta substancialmente a fatura energética mensal”. A Casa das Janelas reconhece que, uma boa caixilharia, e os vidros certos, contribuem para um melhor isolamento da habitação: “existem atualmente vidros capazes de fazer a passagem da energia solar – por radiação – do
Sitio dos Selões, 306 A - Quatro Estradas 8100-287 Loulé - Algarve Tel :+351 289 411 099 email: info@casadasjanelas.pt www.casadasjanelas.pt
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exterior para o interior, e também de fazer o seu contrário – impedir o calor de entrar em casa. Têm o mesmo comportamento em relação ao frio”. Este isolamento assegura à população uma melhor qualidade de vida e ajuda a poupar energia.
Novos materiais e um público diferenciado Os perfis em PVC, os vidros laminados, os vidros baixo-emissivos e de controlo solar são inovações que surgiram na área da caixilharia que a maioria da população portuguesa não conhece, por falta de informação, mas também pelo preço associado a estas novas propostas de janelas. Porém, os estrangeiros, que constituem a maioria dos clientes da Casa das Janelas, nem sequer admitem a hipótese de instalar a típica caixilharia de alumínio: “o nosso trabalho consiste em renovar caixilharia. Quase não fazemos trabalhos em obras novas. Por isso, a maioria dos nossos clientes já teve oportunidade de experienciar uma casa com uma caixilharia de alumínio e, estando habituados, nos seus países de origem, a terem casas com bom isolamento térmico – devido às temperaturas mais baixas do inverno europeu – fazem questão de terem aqui um produto semelhante, que pode ser duas a três vezes mais caro que a caixilharia comum”. Com um mercado essencialmente de moradias, o Algarve representa uma boa região para a instalação de janelas de qualidade superior. A Casa das Janelas, enquanto empresa regional, realiza essencialmente trabalhos de Barlavento a Sotavento e é representante das grandes marcas internacionais de caixilharia. Sem pretender crescer, a empresa de Loulé quer continuar na senda da qualidade: “é ótimo quando um cliente nos recomenda a um amigo. É sinal de que trabalhamos bem e temos tido várias vezes esse prazer”.
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CARPIMÓDULO
UMA CARPINTARIA COM ALMA E QUALIDADE A Carpimódulo nasceu em 1997, quando João Guerreiro resolveu arriscar e criar o seu próprio negócio. Construída a pulso e com total entrega, a empresa atravessou dificuldades financeiras, mas João Guerreiro nunca desistiu e, com a mesma dedicação inicial, garantiu a sua continuidade. Hoje, a Carpimódulo é uma empresa de renome, conhecida pela qualidade dos seus trabalhos e pelo cumprimento dos prazos.
“
Quando eu disse ao meu patrão que ia despedir-me para montar o meu próprio negócio, ele ficou ofendido comigo”, conta João Guerreiro, fundador e proprietário da Carpimódulo, uma carpintaria algarvia com mais de 20 anos de existência. “Eu já trabalhava no setor da carpintaria, mas tinha vontade de ter o meu próprio negócio. Decidi arriscar e comecei aqui, numa garagem pequena. Comprei uma carrinha para transportar madeira e tinha a ajuda de um rapaz, também ele carpinteiro, que trabalhava comigo aos fins-de-semana”. O trabalho foi aumentando e o projeto de João Guerreiro foi crescendo: “o rapaz que vinha trabalhar comigo acabou por se tornar meu sócio, porque eu também precisava de alguém a tempo inteiro, comigo. Tive também necessidade de aumentar o espaço, porque trabalhávamos num armazém pequeno, por isso tive que cortar algumas árvores, deste mesmo terreno, que pertence à minha mãe, para poder aumentar o espaço de armazém”. João Guerreiro recorda o momento em que tinha apenas uma máquina para trabalhar a madeira, montada pelo próprio. “Comprei tudo às peças e depois montei. Já era em segunda mão”. Foi precisamente este excesso de trabalho, aliado à vontade de diversão que a idade impulsionava que levou João Guerreiro a ter um acidente de viação. “Eu tinha 27 anos, trabalhava durante o dia na carpintaria e, muitas vezes, ainda ficava até tarde a soldar ferro, para construir os pavilhões que iriam aumentar o nosso espaço de armazém. Porém, também gostava de sair à noite e cheguei a ficar quatro noites sem dormir. Numa dessas noites, ao voltar de Faro, adormeci ao volante da mota e só acordei já no chão, a rebolar pela estrada. Parti a bacia e os pulsos. Acabei por ficar 43 dias internado 64 | Revista Business Portugal novembro 2018
e ter uma recuperação que durou mais de dois meses”. Foi precisamente durante este período que a empresa atravessou as maiores dificuldades. “Infelizmente, o meu sócio não soube gerir bem o negócio. Nunca pagava as compras que fazia e as dívidas foram-se acumulando. Todo o dinheiro que entrava, ia diretamente para a conta dele, sem que ele saldasse qualquer prestação ou pagasse sequer o salário dos funcionários – chegámos a ter cerca de 20 pessoas a trabalhar connosco”. Quando João Guerreiro regressou à empresa, a Carpimódulo estava moribunda e a predisposição do sócio era fechar o negócio: “eu nunca quis isso. Durante o tempo em que estive internado, e depois a recuperar, perdi o controlo da situação, porque nada passava por mim. Porém, quando voltei à empresa consegui negociar com os fornecedores e com os meus colaboradores e, felizmente, todos acreditaram em mim e aceitaram que eu fosse saldando as dívidas. Tive a sorte de poder contar com os meus clientes habituais, que nunca me falharam nos pagamentos”. A Carpimódulo construiu a sua imagem baseada nos trabalhos para o cidadão comum, embora com o passar do tempo muitas empresas de construção civil e obras públicas tivessem contactado a empresa de João Guerreiro. “Cheguei a ter a meu cargo alguns trabalhos de carpintaria para obras do Estado e mesmo para construtores civis, que me procuravam para que eu fornecesse tudo quanto era carpintaria – portas interiores e exteriores, cozinhas, roupeiros, pisos de madeira, soalhos flutuantes e outros apontamentos em madeira, mas com a chegada da crise económica, em 2009, quem me ajudou a sobreviver foram os meus clientes privados”. Na época, os trabalhos de remodelações, pequenos arranjos, substituições de algo que se estragava e reabilitações eram os mais frequentes.
CARPIMÓDULO
João Guerreiro, proprietário
A crise permitiu precisamente à Carpimódulo alargar a sua área de atuação. Da simples carpintaria tradicional, os colaboradores da empresa são hoje profissionais especializados em trabalhos em madeira, mas também num serviço “chave na mão”, quando é necessário: “fazemos tudo o que é possível fazer em madeira, nos trabalhos mais comuns, e ainda decks, pérgolas, alpendres, colocação de soalho de madeira ou pavimento flutuante… No fundo, aceitamos o desafio que o cliente nos coloca. Quando o cliente nos entrega uma cozinha para remodelar, mas quer colocar azulejo, teto falso, chão, nós fazemos todos esses trabalhos”. Recuperada da crise económica e do mau período interno que atravessou, a Carpimódulo é hoje uma empresa segura, que trabalha com capitais próprios e cujos trabalhos são o espelho do bom nome e da qualidade. “Os clientes chegam-me sobretudo pelo ‘passa a palavra’. Os clientes mais antigos, ou mesmo alguém que faz um primeiro trabalho connosco, quer voltar a trabalhar ou vai aconselhar o nosso serviço a um amigo. Nunca sei o que vou fazer no mês seguinte, mas sei que terei de certeza pedidos de orçamentos e trabalhos a serem-me entregues”. Para o futuro, João Guerreiro quer concretizar a construção do armazém da Carpimódulo na Zona Industrial de Olhão, cujo terreno está comprado há mais de uma década. “Com os percalços que a empresa sofreu, fiquei renitente em investir, mas acredito que, se o trabalho continuar a aumentar, aposte na construção das novas instalações”.
“Fazemos tudo o que é possível fazer em madeira, nos trabalhos mais comuns, e ainda decks, pérgolas, alpendres, colocação de soalho de madeira ou pavimento flutuante…”
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LINERGEL
UMA NOVA APOSTA NA CONSTRUÇÃO CIVIL ALGARVIA A Linergel é uma empresa de construção algarvia fundada em plena crise, pela família Lourenço. Em seis anos, passaram de três colaboradores para sete funcionários fixos e cerca de 30 subcontratados. O sucesso mede-se também pelo crescimento da empresa, que duplica de ano para ano. Os responsáveis pela empresa explicaram-nos as razões do sucesso e falaram-nos da realidade algarvia da construção e reabilitação, numa altura em que a maioria dos clientes é estrangeira.
A
família Lourenço já trabalhava na área da construção civil há alguns anos. Após a reforma do pai, abraçaram um projeto de criação de uma empresa de construção civil e reabilitação em época de crise. “Estávamos em 2011, numa altura em que muitas empresas estavam a fechar, e nós decidimos apostar na abertura de um negócio, em contraciclo com o que vinha acontecendo por todo o país”. A construção civil estava parada, e as grandes obras não existiam, por isso foram as pequenas remodelações, sobretudo em casas particulares, que foram garantindo trabalho aos três colaboradores da empresa.
Mercado assegurado por investidores estrangeiros À medida que os sinais de crise se foram diluindo, o mercado imobiliário começou a renascer e a Linergel acompanhou esse crescimento. “O mercado começou a precisar de nós e nós respondemos, porque também precisávamos dele. A maioria dos clientes é estrangeira, sobretudo investidores, que reconhecem as vantagens, no que respeita a impostos e a redução evidente de IVA que existe nas zonas históricas, o que lhes permite adquirir um prédio e proceder à sua reabilitação, para depois o rentabilizar ou habitação própria”. A família Lourenço explica que, em 10 clientes, oito são estrangeiros, sobretudo franceses, ingleses e suecos, já reformados, que vêm para Portugal ainda com a ideia de investir, mas também com o propósito de viver no centro das cidades, como Tavira e Olhão. “Aqui, eles têm oportunidade de conviver com as situações tradicionais portuguesas, ver o pescador, ir ao mercado, cumprimentar as pessoas na rua. Eles adoram essa dinâmica”. Todavia, o facto da maioria do mercado ser controlado por investidores faz com que os preços sejam mais elevados. “Em termos empresariais, interessa-nos que o preço por m2 seja elevado, porque a construção será também mais cara. Normalmente, quando falamos em preço, falamos obrigatoriamente em qualidade associada e é por esse fator que queremos ser reconhecidos”.
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LINERGEL
Os novos materiais e o desafio no cumprimento de prazos A qualidade de uma obra vê-se, sobretudo, nos materiais utilizados na mesma e, por isso, a Linergel está sempre atualizada sobre os novos materiais e inovações tecnológicas que podem garantir uma melhoria nas condições de construção ou habitacionais da moradia. “Quando há uma novidade, os arquitetos são sempre os primeiros a ser contactados e depois passam-nos essa informação. Aqui, o maior desafio prende-se com a reabilitação de prédios históricos, que muitas vezes têm uma infraestrutura já fragilizada. Para corrigirmos isso, utilizamos uma estrutura feita em aço leve, um material muito utilizado atualmente, que garante o reforço das infraestruturas e a sua segurança”. Outro grande problema é o salitre, visto que muitas casas antigas são feitas de pedra: “a única forma é criarmos uma capa por dentro da parede exterior, de forma a esconder a existência desse problema, porque combatê-lo é muito difícil”. No que respeita ao isolamento, os materiais utilizados têm sofrido uma grande evolução e a Linergel procura também utilizar sempre a última novidade no mercado, que já tenha provas dadas a nível da qualidade, como é o caso do capoto. O maior desafio continua a ser cumprir os prazos estipulados nos cadernos de encargo da obra. “Os estrangeiros preocupam-se muito com os prazos. Lidam mal com a possibilidade de não terem a obra pronta a tempo, pelo que temos de garantir, com antecedência, que os materiais necessários para a obra estão disponíveis, visto que temos sempre que aguardar que cheguem, pois a maioria deles vem de fora do Algarve”. Para reduzir ao mínimo a dependência face aos serviços das outras artes, nomeadamente serralharia e carpintaria, a Linergel criou as suas próprias oficinas destas artes. “O maior problema é encontrar bons trabalhadores especializados. É muito complicado encontrar quem saiba fazer determinados serviços”.
“Quando há uma novidade, os arquitetos são sempre os primeiros a ser contactados e depois passam-nos essa informação” Futuro promissor Quando faz o balanço dos seis anos de existência da empresa, a família Lourenço admite que não imaginava ter sucesso tão rapidamente: “estamos muito orgulhosos do que conseguimos e temos sido muito recompensados pelo trabalho que fazemos. Os clientes ficam satisfeitos e demonstram-nos isso”. Os proprietários da Linergel reconhecem o Algarve como uma região cheia de oportunidades e já aposta na construção para venda: “até agora, construíamos apenas com projeto prévio, mas resolvemos apostar também numa construção para venda posterior, porque o tempo é o ideal. Tem sido uma excelente aposta e o crescimento da empresa tem sido fenomenal”.
Sitio Alto do Relógio | 8100-223 Loulé Email: linergel@gmail.com
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ALGARVEPOOLS
TRANSPARÊNCIA, RAPIDEZ E QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DE PISCINAS Há 10 anos, quando Sérgio Pop começou a trabalhar para a AlgarvePools, enquanto trabalhador independente, esta empresa apenas vendia piscinas de fibra e fazia a sua respetiva manutenção. Quando Sérgio Pop assumiu a gerência da loja, já lá vão sete anos, as diretrizes mudaram. A aposta na qualidade dos produtos, na inovação e na total transparência com os clientes garantiu-lhe um reforço do nome no mercado e uma nova vaga de clientes.
O
responsável pela AlgarvePools explicou à Revista Business Portugal que, durante os três anos em que trabalhou para a empresa, enquanto trabalhador independente, levou a cabo sempre o mesmo tipo de serviço: “esta empresa trabalhava exclusivamente com piscinas de fibra, pois tinha nascido em franchising com a fábrica que fazia este tipo de piscinas. Comercializava apenas esse produto, acrescido do respetivo sistema de filtração. Porém, em 2011, em plena crise, esta loja ia fechar e eu decidi ficar com ela, mas segui o caminho da qualidade e da inovação”.
Piscinas e equipamentos de qualidade A primeira medida que o novo proprietário da Al68 | Revista Business Portugal novembro 2018
Flavius Stanciu e Sérgio Pop, diretor e gerente
garvePools tomou, em conjunto com o diretor da empresa, Flavius Stanciu, foi a de alargar a gama de serviços e produtos disponíveis na loja. Respeitando a origem da loja, não deixou de trabalhar com a marca de piscinas de fibra com que trabalhava, mas integrou na paisagem da empresa, com grande profissionalismo, a construção/renovação de piscinas em betão. “Nos últimos anos os nossos clientes confiaram-nos grandes projetos nesta área. Daí a nossa vontade para a inovação.” Todavia, todos os equipamentos foram sujeitos a um apertado controlo: “fomos à procura de novos equipamentos, sobretudo que fossem inovadores e começámos a contactar os fornecedores, no sentido de nos darem a conhecer os equipamentos. Trabalhámos com vários fornecedores, até percebermos, por testes feitos por nós e mesmo pelo comportamento dos equipamentos e produtos instalados nos clientes, quais aqueles que queríamos representar. A seleção foi sendo feita com base na qualidade”. Foi assim, por exemplo, que a AlgarvePools se tornou a empresa que mais
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ALGARVEPOOLS
bombas de velocidade variável vende no Algarve, apesar de este ser um equipamento muito mais caro do que uma bomba comum: “acontece que a poupança energética é muito maior. Eu comprei uma bomba desse tipo e testei-a aqui na loja. Percebi que uma bomba de velocidade variável gasta 110 watts, comparativamente a uma bomba comum, para a mesma piscina, que gasta 900 watts. Explico sempre ao cliente que a bomba de velocidade variável pode custar cinco vezes mais, mas dentro de dois anos tem esse investimento compensado, tendo em conta a poupança energética”. No que respeita a coberturas – um outro exemplo - a aposta também foi na qualidade. “Optámos por importar todas as coberturas automáticas diretamente de França, de um dos principais fabricantes deste produto e que é reconhecido mundialmente pela sua qualidade e segurança”.
Wellness – Na AlgarvePools surge Wellgarve Segundo Sérgio e Flavius, quem trabalha na área das piscinas não pode ignorar a parte do wellness (spas), mas deve perceber e dar a conhecer a diferença que existe entre estes dois conceitos. Nesse sentido, surge na AlgarvePools a Wellgarve, como marca responsável exclusivamente pela área do wellness – spas, saunas e banhos turcos. “Procurámos desde do início contornar esta área de forma distinta, investindo muito nesta nova marca – Wellgarve – através de uma gama completa de produtos e serviços wellness. A posição que a Wellgarve ocupa hoje deve-se ao trabalho que foi feito ao longo dos últimos anos. Lembro-me que o primeiro spa que adquiri, antes do aparecimento da Wellgarve, custou-me oito mil euros e vendi-o rapidamente. Com o valor desse, acabei por comprar outro, ainda mais caro, que também foi rapidamente vendido. Todo o lucro foi transformado em investimento, ou seja, no aumento de uma gama de produtos de qualidade. Esta forma de trabalhar lançou-nos para um outro nível, tendo ao longo dos últimos anos um crescimento exponencial na venda dos spas. Hoje em dia através da Wellgarve fornecemos SPAS de grandes marcas fabricadas em Canada e Europa. Vamos continuar a investir, pois a Wellgarve ainda tem muito a dizer no mercado wellness”.
Transparência, conhecimento técnico e rapidez Sérgio e Flavius fazem questão de explicar detalhadamente ao cliente como se vai concretizar o projeto. Quando um cliente pede um orçamento à empresa, recebe uma descrição pormenorizada de tudo aquilo que vai ser necessário para construir a piscina. “Criámos uma plataforma de orçamentos interativos que oferece ao cliente a possibilidade de escolher os melhores equipamentos e obter toda a informação técnica sobre os mesmos. Para não deixarmos dúvidas sobre o nosso método de trabalho e equipamentos utilizados facul-
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tamos ao cliente orçamentos na própria língua, não apenas em português. Tudo isto, porque a transparência é um dever nosso e um direito do cliente”. A equipa da AlgarvePools aposta no conhecimento, participando em diversas formações específicas em Química e equipamentos. Essa valência é importante e faz a diferença na assistência e no controlo da qualidade da água. “Os hotéis que trabalham connosco não podem correr o risco de ter a água da piscina ou SPAS fora dos parâmetros, por isso temos que ter a capacidade de controlar todo o sistema que está na base do tratamento da água e de dar respostas rápidas mesmo às situações incomuns. Esta capacidade chama-se conhecimento”. A rapidez de resposta é outra característica desta empresa, conhecida por conseguir responder em muito pouco tempo às solicitações dos clientes: “a maioria dos nossos clientes é estrangeira e têm sempre pouco tempo. A resposta tem de ser imediata e, por isso, estamos agora a concentrar o nosso trabalho numa região próxima da nossa sede, para que possamos responder com brevidade. Quando iniciámos a empresa, chegámos a fazer trabalhos em Lisboa e no Alentejo”. Para Sérgio e Flavius, a empresa está no bom caminho: “queremos basear-nos sempre na qualidade. Preferimos explicar ao cliente as verdadeiras necessidades deles, e não vender quando não é necessário, do que vender apenas para fazer lucro. Por outro lado, pretendemos filtrar o mercado, por isso queremos instaurar uma política de produtos de qualidade. Tal como as piscinas, as empresas também têm os seus filtros. O nosso é a qualidade. É este o caminho”.
PORTUGAL CRIATIVO INOVE E EMPREENDE
DESTAQUES 72 RAM Mudar os paradigmas para criar eficiência empresarial 74 ALVO Um ALVO de Soluções 76 HOZEN “Somos o parceiro de confiança das empresas”
“Portugal está na moda!”: eis uma afirmação que o leitor, com certeza, já ouviu pelo menos uma vez. De facto, o nosso país tem corrido as bocas do mundo pelas melhores razões: segurança, empreendedorismo, inovação, beleza, património, qualidade de vida, criatividade, entre muitas outras. O Eixo de empresas que acompanhamos neste segmento, ultrapassa fronteiras citadinas – o enfoque é, então, na inovação, empreendedorismo e na criatividade. Todo o tecido empresarial com que contamos neste separador representa mais-valias significativas para Portugal – vêm revolucionar o mercado interno e projectar o nosso país e as nossas potencialidades além-mar. Otimizar os serviços, em todos os setores, é um dos focos. Portugal apresenta de momento grandes potencialidades no âmbito de mão de obra, tendo sido reconhecido por muitas multinacionais como ponto de interesse para o outsorcing de parte da sua produção – valorizando-se assim as
nossas pessoas, a formação exigente que é dada a nível académico, e a lacuna que se criou – desemprego jovem – que tem feito com que muitas empresas estrangeiras também tenham tido interesse estratégico em direcionar certas partes da sua atividade aqui para o nosso país, dinamizando assim a economia portuguesa de uma forma que tem proporcionado emprego, inovação e reconhecimento. São as várias as temáticas que aqui abordamos, mas todas elas são exemplos de empreendedorismo e inovação. No fundo, exemplo de um Portugal criativo, de um país no seu melhor. Os portugueses têm tendência de se subestimarem e, por vezes, só se lembram dos seus próprios feitos quando são reconhecidos por alguma entidade ou personalidade estrangeira. A Revista Business Portugal vem tentar contrariar essa predisposição e valorizar o que de bom e melhor Portugal tem.
78 WM CURSOS DE FORMAÇÃO “Ensinar não é monólogo, tem que ser diálogo” 80 JFSC CANALIZAÇÕES Canalizar forças para bem servir 82 P2S “A imagem tem o poder de revolucionar os negócios” 84 COOL VENDING Vending profissional e especializado 86 HOFSTAETTER TRAMUJAS E CASTELO BRANCO ADVOGADOS ASSOCIADOS O ‘novo’ direito a nacionaliddade 88 CRÉDITO AGRÍCOLA VIDA Ao lado dos clientes em todas as situações 90 CUTIPOL Das Taipas para o Mundo 92 PORCELANAS COSTA VERDE Expansão necessária mas ponderada 94 WDMI “Renovar está na nossa natureza”
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RAM
MUDAR OS PARADIGMAS PARA CRIAR EFICIÊNCIA EMPRESARIAL Fornecer soluções de gestão empresarial personalizadas para prevenir, identificar e remediar problemas. É este o objetivo do RAM, uma solução ERP (Enterprise Resource Planning) adequada às necessidades das empresas e dos seus trabalhadores, criada por profissionais de diferentes áreas para ajudar as organizações a crescer.
I
magine que tem uma empresa que conta com vários sistemas, um para lidar com contas a pagar, um para folhas de pagamento, um para controlo de vendas, um para gerir impostos, um para analisar metas e desempenho, e assim por diante. Em vez de usar vários softwares isolados, um para cada departamento da organização, não seria mais eficiente contar com uma
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integração entre eles, de forma a que todos façam parte de um sistema unificado? É justamente isso que uma solução customizada de ERP oferece, em particular o RAM (Revenue Assurance Maximization).
Elevada experiência nos setores primário, secundário e terciário A parceria de empresas – Creator SI e Mérito Misson SI – que concebeu o RAM iniciou a sua atividade em maio de 2001, no seio de um grupo empresarial da área da indústria alimentar, e está direcionada para a prestação de serviços de consultoria, desenvolvimento e implementação de sistemas de informação em diferentes setores de atividade. “A Sonae foi o nosso cliente inicial de referência. Os nossos primeiros grandes projetos foram com eles. Essa relação inicial acabou por vincar o caminho que já tínhamos traçado e que estávamos a seguir internamente,
RAM
caminho esse que nos levou a conquistar novos clientes. Isto porque já tínhamos uma solução validada por uma entidade que é de referência”, explicou Jorge Figueiredo, CEO. Atualmente, para além da Sonae, o RAM já faz parte de empresas como a GL, INSCO ou Equanto. “Não temos área comercial na empresa, ao contrário do que acontece com a nossa concorrência. Todos os projetos em que participámos até agora foram por convite. Os clientes que optaram pelas nossas soluções fizeram um processo de procura muito longo e não encontraram no mercado, a nível mundial, algo que respondesse a todos os requisitos de forma integrada como nós o fazemos. E isso quer dizer que somos diferenciadores em relação aos demais”, acrescenta o responsável.
Equipa como fator de diferenciação A diferenciação só pode também acontecer quando existe uma equipa de profissionais de excelência. “A nossa equipa de profissionais tem uma vasta experiência no planeamento e implementação de projetos integrados, tendo como política de fundo o esforço continuado de permanente atuali-
zação e investigação de soluções de suporte aos desafios dos clientes e respetivas áreas de negócio. A experiência acumulada ao longo do tempo permite-nos apresentar soluções atualizadas, coesas, eficientes e integradoras”, sublinha o nosso entrevistado. Assim, com Jorge Figueiredo, formam a equipa técnica David Bispo (CIO) e Ivo Gonçalves (CTO), com Pedro Melro (CFO) na gestão.
Futuro de grandes metas “O futuro reserva-nos grandes desafios e grandes metas. Podemos adiantar que teremos um novo produto absolutamente diferenciador e que contribuirá imenso para resolver a atual problemática do desperdício alimentar e da segurança alimentar. Estamos também a desenvolver uma solução inovadora para a área dos transportes, assim como um algoritmo IA de predições que irá auxiliar os gestores a tomarem decisões comerciais e operacionais. Iremos em breve apresentar protótipos aos nossos clientes diretos. Tal como até aqui, o futuro passa por prevenir, identificar e remediar problemas, acrescentando valor às empresas. É esse o nosso objetivo”, conclui.
www.ram.com.pt
“A Sonae foi o nosso cliente inicial de referência. Os nossos primeiros grandes projetos foram com eles”
David Bispo, Jorge Figueiredo e Ivo Gonçalves, sócios-gerentes
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ALVO
UM ALVO DE SOLUÇÕES Reconhecida no mercado da tecnologia da informação por um percurso sustentado e por uma atuação exímia, a ALVO é uma pioneira no mercado nacional. A empresa alfacinha é incontestavelmente validada pela qualidade dos serviços de consultoria prestados, pela atenção garantida ao cliente e pela enorme aposta na formação e qualificação dos seus colaboradores.
Carlos Couto, diretor geral
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iagnóstico e Exposição de Soluções Tecnológicas à medida No desenvolvimento de uma atividade profissional que focaliza o diagnóstico e a exposição de soluções tecnológicas relacionadas com a gestão de empresas, a ALVO garante um serviço eficiente e eficaz. A ALVO, empresa especializada em tecnologias da informação, tem vindo a traçar um caminho caracterizado pela inovação, no contexto do mercado nacional, há já 27 anos. A evolução dá-se de forma natural e progressiva. Carlos Couto, diretor geral da ALVO, afirma que a empresa está “focada em duas grandes áreas: na de gestão de empresas e na oferta de serviços ligados à Microsoft”. Neste sentido, a atividade da empresa tem como principal finalidade “tornar as empresas mais rentáveis” e “procurar fornecer soluções personalizadas a cada cliente”, uma vez que, “atualmente
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“Atualmente a oferta de consultoria não se foca apenas na área da gestão, mas também em soluções que relacionam automação, o know-how ou a análise de casos”
ALVO
a oferta de consultoria não se foca apenas na área da gestão, mas também em soluções que relacionam automação, o know-how ou a análise de casos”. A ALVO comercializa o software Primavera, da Microsoft. Trata-se de um software para várias áreas de atividade, desde a construção, a indústria, a distribuição e logística, o retalho, até áreas como a restauração. São soluções que facilitam a gestão documental, financeira, de marketing e vendas, faturação, manutenção, compras e stocks, entre outros aspetos relacionados com a gestão de empresas. Neste aspeto, a empresa procura, de igual forma, oferecer uma vertente da integração. Isto é, os profissionais da ALVO são fornecedores de soluções que procuram relacionar a realidade atual e individual de cada empresa, com as soluções que o mercado tem para oferecer. A atenção está no cliente e nas necessidades e objetivos de cada um.
A equipa mais qualificada do mercado Profissionais certificados e reconhecidos pelos seus pares. Na ALVO é realizada uma aposta constante tanto nas melhores tecnologias, como na garantia da melhor qualificação possível para os seus consultores, programadores e técnicos. Experientes e envolvidos nos desafios que a área vindica, os 27 profissionais da ALVO são uma equipa premiada e distinguida, dentro do círculo que circunscreve os melhores consultores a nível nacional.
O melhor suporte técnico do mercado Nesta empresa, a valorização do serviço pós-venda é o sustentáculo que garante a total satisfação dos clientes. Empresários e empreendedores são o ‘alvo’ da empresa. A eles é garantido um acompanhamento constante e atempado, um serviço que garante a rentabilidade da empresa e a eficiência dos seus setores. A equipa de profissionais certificados Primavera e Microsoft encontra-se disponível, tanto através de uma linha gratuita e em horário alargado, como através de um chat acessível no site na empresa, dedicado ao apoio ao cliente. A par disto, é assegurado um suporte gratuito ao cliente, num período de 30 dias pós-venda.
Sempre na Vanguarda da Tecnologia Carlos Couto, em entrevista à revista Business Portugal, afirma que se sente “desafiado e reinventado no mercado”. O empresário sublinha a importância de manter “um olho nas tendências” e garante que “não olha ao percalço”. ‘Arriscar’ é a palavra-chave da ALVO e da doutrina aqui praticada. A diferenciação é parte da postura empresarial que sustenta os profissionais da empresa sediada em Lisboa, agora e no futuro. Desta forma, Carlos Couto garante que “esta é a dinâmica que queremos replicar nos nossos clientes”. É um “pensar fora da caixa” que possibilita “fazer aquilo que seria impensável”. Assim, como principal objetivo, o empresário ambiciona a implementação e instauração de uma “mobilidade total”, isto é, “a integração do Microsoft teams com a voz”. Trata-se de um sistema que permite fazer a transição dos recursos de chamadas de voz para a cloud com chamadas integradas para telefones fixos ou telemóveis permitindo um verdadeiro trabalho em colaboração.
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HOZEN
“SOMOS O PARCEIRO DE CONFIANÇA DAS EMPRESAS” Rui Silva, ceo
A Hozen é uma empresa de Consultoria de Gestão, Formação e Outsourcing de Competências em engenharia, com uma presença consolidada no mercado nacional e internacional, e especializada na otimização e melhoria de processos e operações industriais.
G
arantir soluções globais integradas e especificamente adaptadas a cada necessidade, mantendo o foco na produtividade e no rápido retorno do investimento. É este o principal lema da Hozen. Sediada em Ílhavo, esta é uma empresa que se dirige a organizações que apostam na melhoria contínua das pessoas e dos seus processos, através da identificação de oportunidades e da implementação de projetos que incluam soluções para aumentar a eficiência e eficácia das operações. Em entrevista à Revista Business Portugal, Rui Silva, CEO da Hozen, dá-nos conta das principais áreas de atuação da empresa, que em pouco mais de um ano de atividade revela já uma forte dinâmica no setor.
Consultoria “Somos consultores de otimização de operações, focados em resultados rápidos e expressivos nas organizações”, começa por afirmar o nosso entrevistado. Com mais de 20 anos de experiência de consultoria em empresas nacionais e internacionais, Rui Silva é claro em explicar que o sucesso deste trabalho só se consegue quando há
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qualidade e confiança. “O nosso posicionamento é de uma ligação muito forte com o cliente e muito focados em resultados de curto prazo. Todos os projetos que propomos são normalmente curtos, tendo uma duração média de seis meses. Fazemos um diagnóstico inicial, com foco na cultura da organização, nos seus processos e no envolvimento dos colaboradores, pretendendo-se apurar as oportunidades e definir as direções futuras da empresa em termos de otimização das suas operações”, acrescenta o responsável. Após o diagnóstico, é elaborado um plano técnico e tático, composto por métodos e ferramentas que contribuam para o aumento da produtividade e rentabilidade dos ativos da organização. “Não obrigamos o cliente, em nenhum momento, a continuar connosco quando ele não quer. Apostamos muito na relação de confiança. Nenhum cliente assina qualquer contrato connosco. Apresentamos um plano de trabalho e os pressupostos para a sua execução, ou seja, o que sugerimos que o cliente cumpra e as pessoas que deve envolver para garantir o sucesso do projeto. Se ao fim de algum tempo o cliente entende que deve parar, seja por condições de mercado, ou porque quer abrandar o ritmo, ou mesmo porque pretende ir noutra direção, nós paramos de imediato. Há essa relação muito grande de confiança”, explica Rui Silva. Outro fator que distingue a Hozen das demais empresas de
HOZEN
a transmitir. Temos tido uma adesão muito interessante. O último curso que fizemos, por exemplo, foi de gestão de ativos de classe mundial. Trouxemos pela primeira vez esse tema a Portugal com um instrutor internacional, sendo o curso realizado dentro da fábrica da Água do Luso, nosso cliente. Foi um sucesso, tivemos empresas de relevo representadas e esgotámos as inscrições em duas semanas. Iremos fazer uma segunda edição em dezembro”, realça Rui Silva. A Hozen tem ainda um conjunto de ações de formação intraempresa desenvolvidas especificamente para necessidades identificadas na indústria, além de formações à medida. consultoria é o facto de trabalhar maioritariamente com uma equipa muito sénior e com larga experiência nas suas áreas de intervenção. São, normalmente, pessoas que já passaram por vários tipos de indústria, antigos diretores industriais ou coordenadores de projetos de melhoria contínua. “Os nossos colaboradores dão-nos uma confiança muito grande em relação ao trabalho que desenvolvem, e são uma extensão da gestão da empresa dentro do cliente”, salienta o CEO. Atualmente, a Hozen tem cerca de 20 projetos em andamento, sendo que mais de metade são extensões de projetos anteriores que apoiou, o que revela o sucesso da sua abordagem junto da indústria portuguesa, o principal foco da empesa.
Formação – Hozen Academy A formação é um dos pilares essenciais para a valorização dos ativos das empresas. No contexto de um mercado global cada vez mais exigente, a qualidade dos recursos humanos apresenta-se como uma vantagem competitiva fundamental. No âmbito das suas diversas áreas de atuação, a Hozen, através da Hozen Academy, organiza regularmente cursos técnicos orientados para as necessidades da indústria, abrangendo os patamares de direção e supervisão das organizações. Esses cursos prendem-se com temas como gestão de operações, gestão dos ativos, gestão de cadeia de abastecimento, eliminação de perdas e melhoria contínua. “Tentamos trazer para Portugal as melhores práticas internacionais da indústria. A nossa formação aberta ao público (interempresas) é totalmente realizada dentro de uma unidade industrial, para podermos praticar, em ambiente fabril, aquilo que o instrutor está
Engenharia A Hozen dispõe de uma equipa de peritos em engenharia que, em regime de outsourcing, permite um serviço dirigido às necessidades específicas e pontuais dos seus clientes: “num mercado cada vez mais exigente em termos de qualidade, custos e capacidade de reação, as empresas obrigam-se constantemente a um redobrado esforço de adaptação a novos riscos e desafios. Crescer e inovar tornou-se uma premissa básica, com projetos que ocupam cada vez mais recursos e tempo. O outsourcing de competências técnicas em engenharia surge da perceção da Hozen de que uma boa estratégia ‘go-to-market’ define o sucesso ou insucesso de um negócio, pelo que o know-how e disponibilidade dos nossos engenheiros são elementos aceleradores e cruciais de qualquer projeto, onde recursos e tempo não abundam”, explica o nosso entrevistado.
Em jeito de conclusão, Rui Silva garante que o objetivo da Hozen passa por crescer nestas três áreas de negócio internamente e pela extensão internacional da empresa: “no próximo ano prevemos crescer bastante no mercado nacional, sendo o nosso principal objetivo a consolidação interna. De qualquer forma, o futuro passará sempre por uma presença internacional. Trabalhamos com alguns grupos empresariais que nos estão a solicitar apoio nas suas fábricas na Europa e na América do Sul, pelo que acabaremos por nos expandir para mercados que nos procuram. Contudo, continuaremos focados no mercado nacional e na consolidação interna da Hozen”.
“Somos consultores de otimização de operações, focados em resultados rápidos e expressivos nas organizações”
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WM - CURSOS DE FORMAÇÃO
“ENSINAR NÃO É MONÓLOGO, TEM QUE SER DIÁLOGO”
Empresa formadora de raiz, a WM Cursos de Formação disponibiliza cursos de formação clínica na área da medicina dentária.
A
Ortodontia é a especialidade outorgante do centro de formação localizado na Avenida Rovisco Pais, em Lisboa. Nesta morada, é possível encontrar um espaço que apresenta todos os requisitos e condições propícios à aquisição de um conhecimento teórico-prático que é diferenciado e anuído no mercado nacional e internacional. 30 anos de experiência ditam a forma como se preparam e instruem profissionais virados para o futuro. Na WM Cursos de Formação são garantidas formações efetivas e adaptadas ao contexto
Mércia Wu, médica
atual. Mércia Wu, médica dentista, é a diretora geral da empresa formadora e esteve à conversa com a Revista Business Portugal onde explicou toda a atividade desenvolvida na WM Cursos de Formação. Como se realiza a formação dos profissionais na WM-Cursos de Formação? Este centro de formação é voltado para a área da medicina dentária. O médico dentista termina a sua graduação e pode fazer formação a nível universitário, dentro da universidade, ou pode procurar uma entidade privada como a nossa. É uma pós-graduação. A nossa base é a ortodontia. Os alunos acompanham um paciente desde o início, aprendem a diagnosticar esse paciente, colam o aparelho no paciente, acompanham todo o tratamento (em média, um tratamento ortodôntico dura cerca de dois anos), removem o aparelho e dão assistência na contenção. Isso faz com que o tratamento seja longo e daí a necessidade de um espaço nosso, porque falamos de formações continuadas. A formação é uma constante na vida dos profissionais de saúde?
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WM - CURSOS DE FORMAÇÃO
Temos que estar constantemente a fazer pesquisas. Ainda há duas semanas uma aluna nossa, Maria Serafim Pereira, apresentou um trabalho na Sociedade Portuguesa de Ortodontia, no qual estuda a dimensão da arcada da população portuguesa. E isso só é possível quando temos um espaço. E agora com este espaço iremos também abranger formações para outras áreas, com o mesmo nível de credibilidade da nossa formação em Ortodontia. A partilha de conhecimentos é, então, parte fundamental da doutrina aqui adestrada? Neste espaço estão criadas todas as condições para o desenvolvimento de pesquisa, temos inclusive parcerias com universidades. Há alunos de várias universidades que vêm aqui usar as nossas bases de dados para realizarem a sua pesquisa. E para nós é muito importante esta partilha de conhecimento. O que a motivou a criar de um centro de formação? Sempre foi um sonho meu ter este espaço porque ensinar tem que ser sinónimo de troca. Aqui sente-se o dinamismo do conhecimento. O aluno para ter vontade de aprender precisa de dinamismo, de interação. Neste espaço incentivamos o dinamismo, alimentamos a curiosidade, oferecemos todas as condições para que os alunos possam criar e explorar novas técnicas e métodos. São condições, para mim, fundamentais à boa formação.
Temos aqui a tecnologia mais recente, fácil para o aluno utilizar e ao mesmo tempo a mais inovadora O feedback dos alunos tem sido positivo? O feedback dos alunos é muito bom. Ficam maravilhados com o espaço. Todas as pessoas que já cá vieram visitar afirmam que o espaço para formação é fenomenal. Para mim, é um sonho realizado. Temos aqui a tecnologia mais recente, fácil para o aluno utilizar e ao mesmo tempo a mais inovadora. O que diria a potenciais interessados sobre a WM-Cursos de Formação? Gostaria que viessem aqui conhecer o espaço e conhecer as formações. Estamos de portas abertas. E deixo o desafio aos potenciais interessados para que conversem com ex-alunos das nossas formações. Vejam o feedback de um ex-aluno, não só para esta formação, mas para qualquer uma que desejem frequentar. Só assim se sabe o real valor de uma formação e as suas mais-valias.
AS TIM ÚL VAGAS
PRÉ-INSCRIÇÃO ONLINE WMCURSOS.COM
Início 9 e 10 de Nov
18
Curso Clínico de Ortodontia LISBOA
Certificações e Parcerias:
Corpo Docente: ADRIANO ZANELATO ANDRÉ ZANELATO MÉRCIA WU MADALENA CACHOPO ANA PEREIRA REGINALDO ZANELATO
919 246 316 211 345 394
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JFSC CANALIZAÇÕES
CANALIZAR FORÇAS PARA BEM SERVIR Há 42 anos a realizar obras no concelho de Sines, José Silva, habituou os seus clientes a trabalhos de qualidade e duradouros. O trabalho no terreno ensinou-lhe o que não se aprendia na escola e, apesar das vicissitudes, mantém a força e dinamismo de quando iniciou. Em entrevista à Revista Business Portugal, José Silva, gestor da JFSC, contanos a história da empresa e o rumo que lhe tem imposto. José Silva, gestor
A
s canalizações e estruturas de redes fazem parte da sua vida desde que altura? Iniciei-me nesta atividade aos 18 anos, em nome individual, e constituí a empresa JFSC Canalizações Unipessoal, Lda em 2001 conto, por isso, 42 anos de atividade. Comecei com as canalizações e, mediante as necessidades, fui aumentando o leque de serviços para instalação de ar condicionado, aquecimento central, painéis solares, bombas de calor, redes de gás, redes de incêndio e ar comprimido, etc.
Atualmente o setor da construção, para o qual presta a maioria dos seus serviços, está a crescer novamente, mas houve alturas menos boas.... No passado trabalhei para alguns grupos nacionais de construção civil e os negócios não acabaram bem para o meu lado. Tudo começou a partir de 2005, fiz todas as obras a que me comprometi, paguei os materiais aos fornecedores, os ordenados do meu pessoal e não recebi nada desses grupos. Fui no engodo de me encomendarem mais obras, continuavam a pedir-me orçamentos, sempre com a promessa de que iriam começar a pagar no mês seguinte. Tive de me endividar para pagar aos fornecedores e aos meus funcionários, abri ações em tribunal e a justiça não me deu razão, pelo contrário, ainda se colocou do lado 80 | Revista Business Portugal novembro 2018
Ultrapassados os anos menos bons da construção dediquei-me, quase exclusivamente, ao ramo industrial e optei por investir numa equipa mais pequena, com nove elementos, composta por técnicos especializados do grande grupo e condenou-me a pagar as despesas do tribunal, mesmo sem receber nada dos devedores e sabendo eu que tinha a razão do meu lado. Há um devedor, a quem eu dirigi vários pedidos para saldar as dívidas que tinha para com a minha empresa que me disse que não tinha dinheiro e se o quisesse tentar reaver teria de colocar uma ação em tribunal porque, mesmo assim, tinha a certeza que não seria condenado a pagar-me... Ainda hoje me pergunto como é que foi possível este devedor ter tanta certeza que não me ia pa-
JFSC CANALIZAÇÕES
gar! Em todos os processos que abri em tribunal nunca fui convocado para me poder defender e apresentar as provas que tinha na presença do devedor e do senhor juiz, apenas foram as minhas testemunhas e as dos arguidos, bem como os próprios devedores. Considero, portanto, que não foi feita justiça porque tive de pagar as custas judiciais e não recebi os valores em dívida das empresas que contrataram os meus serviços. Atualmente trabalha com que entidades? Atualmente trabalho com a Administração do Porto de Sines, EuroResinas (grupo Sonae), Indorama, Câmara Municipal de Sines, MareDeus, Oceanic, Portsines, entre outras entidades. Ultrapassados os anos menos bons da construção dediquei-me, quase exclusivamente, ao ramo industrial e optei por investir numa equipa mais pequena, com nove elementos, composta por técnicos especializados. Procuro ter os melhores profissionais comigo, ofereço a formação especializada e muito trabalho a quem quer fazer carreira na JFSC, garantindo a qualidade e durabilidade dos serviços que fazemos.
pessoal e de pedir um empréstimo para saldar as dívidas que tinha contraído para entregar as obras dentro dos prazos a que me tinha comprometido. Mas não desisti e investi nas pessoas e no material de trabalho. Tenho quatro carrinhas diariamente na rua a concretizar obras distintas, consigo fazer a gestão de todas elas, saber como estão a correr e se necessitam de maior supervisão mediante a dificuldade que apresentam. Decidi alargar o leque de ofertas e de serviços quando, em 2016, abri uma drogaria para a minha filha que, sendo um negócio complementar ao meu, serve todos os empresários do setor e estava em falta nesta região. Mas acima de tudo foi a minha força de vontade, de trabalho e por não desistir de receber o dinheiro, que é meu por direito, que me deram forças para continuar e voltar a crescer.
Como conseguiu levantar a sua empresa e ter forças para continuar? Foi a minha persistência e muita perseverança. Tive de reforçar a empresa com dinheiro da minha conta
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P2S
“A IMAGEM TEM O PODER DE REVOLUCIONAR OS NEGÓCIOS” Simplicidade com eficiência é o lema da P2S, agência de publicidade diferenciadora pelo profissionalismo e pela visão focada na satisfação do cliente.
A
experiência de mais de 16 anos em fotografia publicitária e de estúdio de Pedro Pereira da Silva, fotógrafo profissional e sócio-gerente da agência publicitária P2S, fazem com que esta agência seja o parceiro ideal para o seu negócio. Fundada em 2005, a empresa disponibiliza um conjunto de serviços que se destacam pelo seu caráter inovador e que têm como grande objetivo dotar as empresas de melhores ferramentas de trabalho, com base na fotografia e no vídeo.
Fotografia imobiliária – um caso de sucesso
Novas áreas em vista O caráter inovador destes cursos tem produzido resultados tão positivos que Pedro Pereira da Silva ambiciona replicar o modelo noutros setores, como o automóvel e o retalho. “Uma boa imagem gera credibilidade, empatia, confiança e tem o poder de revolucionar os negócios. Se esta não for boa, o cliente não vai ficar interessado no produto. E o ser humano é um ser cada vez mais visual e atento, as novas gerações não dispensam a imagem e esta tem que ser pensada, com rigor e profissionalismo. É para isto que a P2S trabalha, para ser um parceiro das empresas e ajudá-las a crescer”, conclui.
“Costumo dizer que o meu limite é o limite dos meus clientes. Tenho soluções funcionais para tudo”, começa por referir Pedro Pereira da Silva, em entrevista à Revista Business Portugal. Embora as soluções apresentadas pelo fotógrafo sejam transversais a vários setores de atividade, é no imobiliário que o responsável mais se tem destacado, quer seja com trabalhos de fotografia profissional e de vídeo para as maiores redes do ramo que operam em Portugal, quer seja com cursos de fotografia imobiliária para as respetivas equipas comerciais. Mais de 3.500 pessoas já frequentaram os cursos ministrados por Pedro Pereira da Silva, cursos esses que se dividem em três níveis: “o nível I corresponde a um curso básico de fotografia imobiliária, no qual são dadas as principais noções de luz, perspetiva, profundidade e abordados aspetos como a importância da escolha da máquina e questões práticas da fotografia imobiliária. O nível II é já mais prático, com simulações de sessões fotográficas em ambiente real e vários exercícios práticos. Por último, temos um nível avançado que aborda as questões de pós-produção e edição de imagem”, explica o responsável pela P2S. Brevemente, haverá ainda um curso de nível IV, dedicado às noções de estética para fotografia imobiliária, de forma a garantir que as pessoas, pela foto no motor de pesquisa, façam chegar a informação a quem de direito. Neste mês de outubro foram também lançados cursos de vídeo, para o mesmo setor: “o vídeo é o grande formato de comunicação que vai existir. Todas as plataformas digitais que se dedicam ao imobiliário, quando vêm que o formato de MPEG-4 foi introduzido na ficha do imóvel, promovem muito mais depressa esse produto, já que também estão a promover, através de um conteúdo de qualidade, a sua própria plataforma”, salienta o nosso entrevistado, que disponibiliza também serviços de vídeo em 360 graus, 4klip (vídeos com qualidade 4K Ultra HD) e vídeos por drone. Pedro Pereira da Silva, sócio-gerente
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JANSSEN PORTUGAL
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COOL VENDING
VENDING PROFISSIONAL E ESPECIALIZADO Enraízado na área de comércio de alimentos há mais de uma década, Hugo Almeida traçou novos objetivos para a sua carreira profissional apostando na Cool Vending, empresa que comercializa bebidas quentes e frias, bem como snacks através de máquinas de vending. Conheça a Cool Vending através da entrevista ao seu proprietário, Hugo Almeida.
E
Hugo Almeida, proprietário
scolheu a área do vending para se estabelecer por conta própria devido à sua experiência profissional? Trabalhei 14 anos na Nestlé e investi nesta área de negócio devido a essa experiência. Apesar do vending existir há muitos anos em Portugal, nomeadamente na prestação de serviços de venda de chocolates, cafés, águas, snacks, etc., na realidade só agora começam a surgir soluções mais diversificadas a este nível, como a dispensa de produtos de higiene. No caso da Cool Vending optei por me associar a uma grande marca, a Nestlé Portugal, que através da sua área Nestlé Profissional é sinónimo de qualidade dos produtos e de serviço em soluções de bebidas e snacks. Em que consiste o vending? Qual o seu conceito e serviços? O vending assenta no fornecimento e reposição de todos os produtos e da manutenção do equipamento, ou seja, colocamos os produtos à
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consignação, somos responsáveis pelo bom funcionamento e atualização da máquina, sem implicar qualquer investimento por parte da entidade onde a máquina está colocada, bem como somos recetores de toda a receita gerada. Quando tenho uma reunião com um potencial cliente que está insatisfeito como serviço de vending atual, a melhor forma de mostrar o nosso produto e serviço é convidar o gestor para visitar as instalações dos atuais clientes da Cool Vending, eles são a nossa melhor publicidade. A área do vending tem primado por apresentar inovações? Existem grandes novidades ao nível da inovação das máquinas de vending, quer nos modelos que estão a ser apresentados ao mercado atualmente, quer na forma de pagamento dos produtos. Temos uma parceria com a Evend, que representa as marcas Nayax e a Bianchi. O sistema Nayax permite o pagamento com cartões de crédito, multibanco, cartão de colaborador ou com o telemóvel através de uma aplicação, o que facilita a interação do utilizador com a máquina e do operador com os níveis de qualidade e reposição a que a Cool Vending se propõe. Recentemente foi aplicada uma lei que não permite a comercialização, através das máquinas de vending, de produtos açucarados nas entidades de saúde e escolas públicas e a verdade é que o consumo diminuiu drasticamente
mas apenas no que concerne a essas máquinas, porque as pessoas saem e vão consumir nos estabelecimentos ao lado ou nos bares que lá existem. Acredito que é uma mudança positiva, que vai levar muitos anos a ser implementada dentro e fora da casa dos portugueses, mas que também deveria ser estendida aos bares que existem nesses locais. O setor ressentiu-se muito com esta lei mas estamos a adaptar-nos. Podemos comercializar chocolates até 50 gramas, o açúcar disponibilizado para o café diminuiu para cinco gramas (no máximo), em suma, estamos a adaptar-nos e a redirecionar os hábitos alimentares dos portugueses. E para o futuro? Quais os objetivos para a Cool Vending? A Cool Vending pretende, nos próximos anos, aumentar os seus pontos de fornecimento na área da grande Lisboa, satisfazer as necessidades dos utilizadores dos nossos produtos e, simultaneamente, apresentar soluções inovadoras e diferenciadoras aos nossos parceiros, sejam empresas ou instituições publicas.
COOL VENDING
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HOFSTAETTER TRAMUJAS E CASTELO BRANCO ADVOGADOS ASSOCIADOS
Felipe Osório, advogado
O ‘NOVO’ DIREITO À NACIONALIDADE A propósito do Direito da Nacionalidade e da alteração à lei, conversamos com Felipe Osório, da Hofstaetter Tramujas e Castelo Branco Advogados Associados, especialista em imigração, nacionalidade portuguesa, comércio internacional, investimentos estrangeiros, contratos internacionais e propriedade intelectual.
N
esta edição falamos do Direito da Nacionalidade e da alteração à lei. Trata-se da oitava alteração a uma lei que data de 1981, correcto? Quais as principais alterações à mesma e que terão maior impacto a curto prazo? Exatamente, através da lei orgânica 02/2018 procurou-se simplificar, de maneira geral, o acesso
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nacionalidade portuguesa. No que se refere à nacionalidade originária, reduziu-se o prazo para atribuição desta aos nascidos em Portugal, quando um dos progenitores (desde que não se encontre ao serviço do respetivo Estado), resida legalmente em território português há pelo menos dois anos (destaca-se que anteriormente havia uma exigência de residência legal de, ao menos, cinco anos no momento do nascimento). No que respeita aos adotados, a nova lei acabou com a diferença até então existente entre adotados de forma plena e adotados de forma restrita, garantido a todos os adotados por nacional português o direito de adquirir a nacionalidade portuguesa, desde que manifestada esta vontade. Cabe salientar, todavia, que continua sendo necessário que a adoção ocorra na menoridade do interessado. No que concerne aos processos de aquisição pelo casamento ou união de facto, passou a presumir a existência de vínculos com a comunidade portuguesa (pondo fim a exigência de comprovação destes), quando existam filhos em comum do casal com a nacionalidade portuguesa. Cumpre destacar que trata-se de simplificar ainda mais a comprovação dos vínculos, cujo início deu-se através do artigo 56 do Decreto Lei n. 71/2017. Quanto aos processos de naturalização por tempo de residência, também se verificou a redução do prazo legal de residência, o qual passou a ser de cinco anos, (anteriormente era necessário que a residência legal perdurasse por, ao menos, seis anos). Uma novidade que até então não tinha nenhuma correspondência com a legislação anterior respeita à possibilidade de concessão, por naturalização, aos indivíduos que sejam ascendentes de cidadãos portugueses originários,
HOFSTAETTER TRAMUJAS E CASTELO BRANCO ADVOGADOS ASSOCIADOS
residam em Portugal, independentemente de título, há pelo menos cinco anos imediatamente anteriores ao pedido e desde que a ascendência tenha sido estabelecida no momento do nascimento do cidadão português. Outras exigências importantes referem-se à presunção do conhecimento da língua portuguesa para os requerentes que sejam naturais e nacionais de países de língua oficial portuguesa. Por fim, pela primeira vez, para efeitos de contagem de prazos de residência legal passou-se a considerar a soma de todos os períodos de residência legal em território nacional, seguidos ou interpolados, desde que os mesmos tenham decorrido num intervalo máximo de 15 anos. A legalidade tornar-se-á mais célere? Penso que, infelizmente, a nova legislação não trará nenhum impacto no que toca a celeridade dos processos. Independente das mudanças (positivas ou não), trazidas não só por esta, mas também pelas alterações anteriores, o facto é que os processos estão cada vez mais morosos, o que acredito decorrer não só em razão do aumento considerável do número de processos instaurados, mas principalmente das enormes dificuldades enfrentadas pelas Conservatórias, as quais sofrem com a falta de funcionários, de papel, de impressoras e de um sistema informático de qualidade. Sabemos que muitos Conservadores têm se desdobrado para dar uma resposta célere e eficaz aos milhares de pedidos recebidos, esbarrando, contudo, nas parcas condições oferecidas pelo Estado.
Quanto à alteração prevista nos artigos 6. N. 1 “d” e n. 9, “b”, entendo que a nova lei procurou sanar uma distorção existente na aplicação da legislação anterior, cabendo salientar que alguns julgados, mesmo antes desta alteração, já se posicionavam no sentido da atual legislação. Isso porque procurou-se valorizar mais a pena arbitrada pelo Tribunal que analisou o caso concreto com todas as suas peculiaridades, seja ele um Tribunal português ou estrangeiro, em detrimento da simples moldura penal prevista para o mesmo crime segundo a legislação portuguesa, o que entendo ser mais o acertado. Não vejo como uma contradição, a não ser que consideremos que um país cuja legislação penal que privilegia a pena de prisão, em detrimento de penas alternativas para crimes de menor potencial ofensivo, alcance um maior grau de pacificação social.
Muitas das recentes alterações são benéficas e pretendem facilitar o acesso à nacionalidade a indivíduos totalmente integrados com a comunidade nacional
A inexistência de condenações por crimes cuja pena máxima seja igual ou superior a três anos é um requisito obrigatório, mas quem cometeu ilícitos de menor gravidade não será penalizado por isso no pedido de nacionalidade, ao contrário do que acontecia até aqui. Não acaba por ser uma contradição numa sociedade que cada vez mais procura a segurança? O que lhe diz a sua experiência?
E enquanto um homem de Direito, qual o seu comentário a estas alterações? Muitas das recentes alterações são benéficas e pretendem facilitar o acesso à nacionalidade a indivíduos totalmente integrados com a comunidade nacional. Outras buscam corrigir distorções existentes nas legislações anteriores. Vejo, portanto, como bastante positivas as recentes alterações.
Acredita que a sociedade e a atualidade do país obrigará a novas alterações a médio/longo prazo? Penso que sim pois a legislação ainda possui deficiências. A título de exemplo devo, obrigatoriamente, mencionar a exigência de comprovação de vínculos com a comunidade portuguesa aos netos de cidadãos portugueses, prevista recentemente através do Decreto Lei n. 71/2017, o qual, de uma certa forma, privilegia o vínculo matrimonial em detrimento dos vínculos sanguíneos, na medida em que a transmissão através do casamento/união de facto tornou-se menos exigente do que a transmissão através dos laços familiares.
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CRÉDITO AGRÍCOLA VIDA
AO LADO DOS CLIENTES EM TODAS AS SITUAÇÕES A Revista Business Portugal esteve à conversa com António Castanho, presidente do Conselho de Administração para tentar entender quais os valores diferenciadores da CA Vida, Seguradora Vida do Grupo Crédito Agrícola e que produtos e serviços têm ao dispor dos clientes. António Castanho, presidente do conselho de administração
nos conduziu desde sempre a investir no desenvolvimento de produtos, na qualidade do serviço prestado e na proximidade com os clientes.
Um trabalho que se traduz no reconhecimento dos nossos clientes, com a eleição da CA Vida, pelo 2º ano consecutivo no Ramo Vida, como Empresa Líder no Índice Nacional de Satisfação do cliente no European Consumer Satisfaction (ECSI) Portugal 2018.
O
que distingue esta atividade do Crédito Agrícola das restantes companhias de seguros? Sem qualquer dúvida, diria que são os valores e a cultura do Grupo Crédito Agrícola, que fazem da CA Vida uma Seguradora Vida feita de pessoas para pessoas, que protegem o futuro dos seus clientes. Acreditamos que nada se constrói se não pensarmos nos outros, o Grupo CA e as suas Seguradoras são a prova disso mesmo. Somos feitos de cada um dos nossos clientes e associados, das suas necessidades e somos o somatório das diferentes comunidades onde estamos inseridos e para as quais criamos valor e contribuímos para o seu desenvolvimento. Com 20 anos de experiência no mercado segurador, nascemos para complementar o Grupo CA no desenvolvimento do negócio de bancasseguros. E hoje somos uma das maiores seguradoras do mercado nacional. Evoluímos, crescemos, mudámos, mas bebemos sempre dos valores de proximidade, confiança e simplicidade que se vive no seio do Grupo CA. Desde 1998, centramos a nossa atuação no customer experience, o que 88 | Revista Business Portugal novembro 2018
Um estudo elaborado pela Universidade Nova de Lisboa (IMS) em parceria com o Instituto Português da Qualidade (IPQ) e com a Associação Portuguesa da Qualidade (APQ), cujos resultados demonstram a confiança que os clientes depositam no serviço prestado pela CA Vida e pelo Grupo Crédito Agrícola, destacando-se o indicador NPS (Net Promoter Score) índice de recomendação de 39.4, o mais elevado face aos restantes players do mercado. Quais são as principais problemáticas às quais a área dos seguros pretende dar resposta? Respondemos aos Imprevistos! E porque a CA Vida partilha desta visão sobre seguros de vida, assumimo-nos perante
os clientes como protetores das suas famílias. No nosso dia a dia, estamos sujeitos a demasiados imprevistos. Escorregamos na casca de banana, provocamos um acidente de viação, sofremos um assalto, mas infelizmente muitas vezes deparamo-nos com imprevistos que modificam drasticamente as nossas vidas: uma doença ou a fatalidade de uma invalidez ou morte. É por isso que os seguros de vida são fundamentais na vida dos portugueses: foram concebidos para proteger o seu futuro. E fazemos a diferença na vida dos nossos clientes quando mais precisam de nós. Como? Procuramos garantir que perante o drama de perda de um elemento familiar, as famílias conseguem responder às suas responsabilidades financeiras, conseguem manter e assegurar o nível de vida, conseguem garantir a educação e o futuro dos seus filhos. Estamos ao lado dos clientes no diagnóstico de uma doença grave, como por exemplo o cancro assegurando um rendimento que permitirá combater o agravamento da doença ou simplesmente minimizar o impacto negativo que possa ter no quotidiano familiar. Disso é exemplo, o nosso seguro de vida CA Mulher que perante o diagnóstico de uma doença oncológica feminina (cancro da mama ou ginecológico), indemnizamos a cliente em 100 por cento do capital escolhido, para que possa, no momento em que mais necessita, aceder aos tratamentos mais convenientes ou simplesmente melhorar o seu bem-estar.
CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA
OS NOSSOS SEGUROS SÃO PARA A VIDA. A SUA SATISFAÇÃO TAMBÉM. CA Vida. Seguradora Vida Grupo Crédito Agrícola. Eleita pelo 2º ano consecutivo Líder no Índice Nacional de Satisfação do Cliente. Uma eleição que nos faz acreditar, ainda com mais convicção, que estamos a prestar um serviço de excelência e que, para além de seguros, também temos clientes para a vida. Obrigado pelo reconhecimento e por continuarem a sorrir connosco.
INFORMAÇÕES NA AGÊNCIA OU LINHA DIRECTA
808 20 60 60 Atendimento 24h/dia, personalizado 2º a 6ª feira: 8h30 às 23h30 e sábados, domingos e feriados: 10:00h às 23:00h
www.creditoagricola.pt
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CUTIPOL
DAS TAIPAS PARA O MUNDO
Esta é a história da família Ribeiro. Este é o triunfo da dedicação, do trabalho árduo, da passagem de valores, que fazem desta empresa um caso de sucesso, a qual já conta com a quarta geração. Esta é a narrativa do passado, do presente e do futuro da Cutipol. Situada na freguesia de Caldas das Taipas, pertencente ao concelho de Guimarães, esta vila alberga uma empresa conhecida nos quatro cantos do Mundo, que faz da cutelaria uma verdadeira arte. Nas três lojas da marca – em Lisboa, no Porto e em Guimarães – poderá encontrar os modelos mais emblemáticos, carimbados com o selo da excelência e perfeição no acabamento.
C
orria o ano de 1964 quando o nome Cutipol foi registado. A veia empresarial já advinha dos avós paternos do nosso entrevistado, José Joaquim Ribeiro, que no início do século tinham formado a primeira empresa. Mais tarde, haveria de ser José Ribeiro a continuar esse legado. A Cutipol foi, assim, resultado da fusão de cinco sociedades, que mais tarde foram herdadas pelo pai de José Joaquim Ribeiro, embora o percurso nunca tenha sido fácil, como nos revela o entrevistado: “Naquela altura a empresa apresentava um débito significativo, mas aí apareceu toda a 90 | Revista Business Portugal novembro 2018
CUTIPOL força da minha mãe, que mesmo com nove filhos, conseguiu ajudar o meu pai a dar a volta e a transformar a Cutipol numa empresa de sucesso. Por isso mesmo, limito-me a seguir o trilho deixado pelos meus pais, assim como os meus quatro irmãos que também trabalham na Cutipol, continuando a dar ênfase à força da família. Os valores da resiliência, do espírito de sacrifício, do trabalho árduo sempre estiveram bem vincados e é isso que tentamos passar ao meu sobrinho João Pedro que já está inserido na dinâmica da empresa e simboliza a entrada da quarta geração”. José Joaquim Ribeiro, diretor de operações e design
O segredo do sucesso Ao longo destes 54 anos foram várias as crises económicas a nível mundial ultrapassadas pela Cutipol. Em entrevista à Revista Business Portugal, José Joaquim Ribeiro explicou-nos que o segredo para o sucesso está na dedicação, no trabalho, no espírito de sacrifício, mas fundamentalmente na criatividade. “Na crise de 2008 as vendas pararam completamente, logo tivemos de alterar a estratégia da empresa e focamos as nossas forças na internacionalização. Na altura exportávamos cerca de 30 por cento, enquanto hoje exportamos cerca de 90 por cento e aumentamos o volume de faturação. “É obvio que existem momentos mais complicados e aí vem ao de cima o exemplo, a generosidade dos nossos pais, dando-nos uma motivação extra para os ultrapassar”, completa o entrevistado. Portanto, o baluarte da Cutipol no mercado sempre se baseou no design e na inovação, como fatores diferenciadores. Aqui a qualidade tem de ser irrepreensível, o serviço de excelência e depois o design. Já na década de 60, os modelos introduzidos pelos fundadores eram claramente inovadores. Há mais de quatro décadas que o design das linhas que compõem a Cutipol é da responsabilidade de José Joaquim Ribeiro. Durante a sua vida o gosto pela arquitetura e pelo desenho sempre esteve patente. No início dos anos 90 tentou mudar a imagem da marca, começando a desenhar modelos diferenciadores do existente no mercado. Foi assim que nasceu o Manhattan, o qual foi distinguido com o prémio do Centro Português de Design. “Esta distinção marcou a viragem da empresa. Naquela altura trabalhávamos para marcas como a Christofle [marca de luxo francesa], para onde comercializamos milhões de peças da nossa linha clássica, sempre com uma postura irrepreensível. Contudo, olhávamos para o futuro com alguma apreensão, relativamente às empresas que trabalhavam em exclusivo para outras marcas. Assim, decidimos criar a nossa linha própria e ganhar clientes em todo o mundo. A linha Manhattan foi muito importante, porque se tratou de um talher extremamente inovador”, recorda o entrevistado. Desde essa altura que os prémios e as distinções se foram sucedendo, sendo o mais recente, o prémio Home Style Award na área da excelência do design, atribuído pela Shangai Municipal Commerce Center e Messe Frankfurt e um Good Design Award atribuído pelo Instituto Design Japão.
A arte da cutelaria A diferenciação e a inovação são a imagem de marca do design dos
faqueiros Cutipol. Desde os clássicos, que José Joaquim Ribeiro foi introduzindo novos modelos, com formas, cores e materiais diferentes. A escolha criteriosa das matérias-primas, o estudo ergonómico, o design sóbrio, prático e requintado, a perfeição no acabamento e o controlo de qualidade são características indissociáveis do trabalho da Cutipol. Aqui existe a simbiose perfeita entre a maquinaria mais sofisticada do setor, algumas das quais desenvolvida dentro de portas, e a mão-de-obra especializada e qualificada, porque é no detalhe que está a essência da qualidade. “De referir que se quisermos alta gama, qualidade e competitividade nas cutelarias, temos de aliar a sofisticação da tecnologia, com o saber adquirido e a experiência dos anos. Sem isso não temos sucesso. Por outro lado, fazer modelos com pequenas nuances não vale a pena, para isso preferimos cimentar os processos e a coleção. Essa é a nossa filosofia. É necessário anteciparmo-nos à concorrência e isso reflete a força da estratégia”, sublinha José Joaquim Ribeiro.Nos dias de hoje, fazem parte do leque de clientes os hotéis de luxo (Hilton em Seoul e Tóquio, Atlantis The Palm no Dubai), assim como os restaurantes premiados com estrela Michelin (na última lista dos 50 melhores restaurantes do mundo, mais de metade tem talheres da Cutipol), surgindo como principais mercados de exportação, a Ásia, a América do Norte e a Europa. “A nossa política para nos precavermos de hipotéticas crises, passa pela diversificação de mercados, colocando os produtos no máximo de países possível”, completa.
A ligação às Caldas Na fábrica de Caldas das Taipas trabalham 120 colaboradores, praticamente todos oriundos de freguesias próximas, o que confere à empresa um papel muito importante para a economia local e social da região. “Há 42 anos que concilio o design com a gestão de produção, trabalhando já com três gerações de colaboradores. Sempre tive uma ligação muito direta, a “burocracia” nunca existiu…”, explica José Joaquim Ribeiro e continua: “a formação sempre foi feita na empresa, muitas vezes de pai para filho, e foi com autênticos mestres de cutelaria destas três gerações que eu fui aprendendo ao longo destes anos, dos quais sinto um enorme orgulho”. Quanto ao futuro, os planos da empresa passam essencialmente por fomentar uma estratégia forte e aumentar a capacidade produtiva, de forma a trazer mais-valias para a economia nacional. Por outro lado, existe a vontade expressa que a quarta geração assuma em força os destinos da empresa, levando ainda mais longe o nome da Cutipol no Mundo, nunca esquecendo a importância da família.
Apartado 4035 • 4805-132 Caldas das Taipas • Tel: +351 253 470240 • Email geral: info@cutipol.pt • www.cutipol.pt
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PORCELANA COSTA VERDE
EXPANSÃO NECESSÁRIA MAS PONDERADA 2019 será o ano em que Porcelana Costa Verde terá um aumento a nível de infraestruturas, de recursos técnicos e humanos e que irá expandir a empresa em cerca de 40 por cento.
Carlos Teixeira, presidente do conselho de administração
A
empresa surgiu em 1991 quando alguns elementos da empresa Porcelanas da Quinta Nova foram convidados a começar um novo projeto. Carlos Teixeira, o atual presidente do conselho de administração, faz parte desse grupo que fundou a empresa e que se manteve nela até aos dias de hoje acompanhando todo o caminho percorrido. Esta empresa é criada com a particularidade de a distribuição ir para a indústria. “75 por cento do capital inicial da Costa Verde era dos distribuidores o restante estava entre os membros da administração”, explica Carlos Teixeira. “Os distribuidores têm uma importância muito elevada nesta área porque por tradição as vendas eram e ainda hoje no nosso caso são feitas através dos distribuidores”. A indústria de porcelanas tem características diferentes do que podemos esperar numa indústria têxtil ou de calçado. O presidente explica que ou a empresa nasce logo para ser grande ou dificilmente chegará a esse patamar. Ao contrário de outras indústrias que crescem organicamente através da aquisição de maquinaria, a indústria das porcelanas está muito dependente do tamanho dos fornos. “Se temos uma empresa pequena, temos um forno pequeno daqueles de abrir e fechar, intermitente, que tem uma capacidade de sete a oito metros cúbicos. Outra coisa é começar com um forno contínuo, como é o nosso caso, de 70 metros de comprimento que coze cerca de 14 toneladas de porcelanas (equivalente a 92 | Revista Business Portugal novembro 2018
45 mil peças) por dia”. O processo fabril passa por três fases distintas. Existem três fornos: o primeiro de chacota, o segundo de vidrado e o terceiro de decoração. Isto implica que, desde logo, a montante existam equipamentos e mão de obra que permita produzir esta enorme quantidade de peças e que a jusante existam departamentos de embalagem, de estamparia, de marketing, comercial, análise de mercados, financeiro e administrativo que permitam dar resposta e escoarem estas 45 mil peças de produção diária.
Expansão e investimento Logo de início havia a consciência que o objetivo era ser uma grande fábrica de porcelanas e, sendo assim, o investimento inicial teve de ser proporcional aos objetivos. No entanto, após 26 anos de existência existe a necessidade de aumentar a empresa. “Este projeto podia ter surgido de duas formas: ou por decisão nossa ou porque o mercado nos empurra”. Carlos Teixeira explica que o caso da Porcelanas Costa Verde é por uma questão de imposição do mercado que “felizmente continua a aceitar muito bem os nossos produtos e a fábrica, neste momento, e na sua capacidade atual, não tem possibilidades de responder e prestar o serviço a que habituamos os nossos clientes. Para além disto, acreditamos que esta é a altura correta para investir e expandir e que é uma decisão firme e bastante ponderada”. O investimento é de sete milhões de euros e a empresa vai contar com o apoio do programa ‘Portugal 2020’. “Este investimento vai permitir um aumento de produção de cinco milhões de peças por ano. O aumento vai ser feito potencializando os equipamentos e recursos já existentes, aliados aos equipamentos e à tecnologia de ponta em que vamos investir”. Uma das inovações é a implementação de um forno híbrido que foi desenvolvido nos últimos quatro anos em parceria com a Universidade de Aveiro e com o Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro. “Vai ser o nosso principal investimento na inovação e consecutivamente uma aposta na engenharia e capacidade de inovação portuguesas que pode ser um avanço significativo nesta área dos fornos. Os restantes equipamentos serão os mais modernos do mercado, a tecnologia de última ponta, de origem alemã”.
PORCELANA COSTA VERDE
Um mercado mais abrangente O foco vai continuar a ser o mercado hoteleiro e da restauração como tem sido desde o final do século passado. “A Europa é cada vez mais o sítio em que todos gostariam de viver e anseiam visitar. Esta vaga de turismo do Porto, Lisboa, Algarve e até mesmo em Aveiro é a prova de que esta foi uma boa aposta e que vai continuar a ser, porque cada vez vamos ter mais turistas que vão dinamizar a nossa hotelaria e restauração”. Isto é válido para Portugal, como para a Europa e diria mesmo o resto do mundo. Explica ainda que são peças como pratos, chávenas e pires o que mais produzem e que acredita dificilmente, pelo menos no médio prazo, algum produto venha substituir a porcelana. Uma das preocupações é vender a preços acessíveis sem esquecer a qualidade que lhes é característica. O design é também um ponto fulcral, mas admitem que muitas vezes o mais simples é o que funciona melhor. A primeira linha que desenvolveram e produziram com o apoio de um dos maiores estúdios de design do mundo na área da porcelana, o Studio Levien de Londres, a linha Duo, ainda hoje uma das linhas que mais vendem no mundo inteiro, vendeu até hoje cerca de 15 milhões de euros, “esta uma das razões porque continuamos a manter uma estreita colaboração com o Studio Levien ainda nos dias de hoje”. A rede de clientes é neste momento um ponto a ser trabalhado e reforçada. Existem contactos que estão a ser estabelecidos e que vão permitir que a Porcelanas Costa Verde entre em novos mercados, logo que a atual capacidade de resposta aumente. É também importante para a empresa conseguir ter uma presença mais forte no mercado português satisfazendo melhor as suas necessidades. Neste momento, 75 por cento da produção é para exportação.
Os recursos humanos como um motor de arranque Encontrar mão de obra não tem sido tarefa fácil para a Porcelanas Costa Verde. No início da sua fundação a dificuldade era encontrar trabalhadores qualificados, visto que a maior parte deles vinha da produção agrícola. A zona que agora é uma zona industrial era antes uma zona rural sem acessos. Hoje em dia, a dificuldade não é tanto pela qualificação, mas sim pela vontade de virem trabalhar por turnos e num ambiente fabril. Com a expansão, a ideia é “contratar cerca de 80 a 90 colaboradores. Este aumento de capacidade de produção com este número de trabalhadores só é possível porque esperamos conseguir várias sinergias com a fábrica atual e desta forma conseguirmos uma muito maior produtividade da mão de obra. Neste momento a empresa já tem 358 colaboradores”. Atualmente, a empresa está a aplicar duas estratégias para conseguir no curto e médio prazo recrutar novos colaboradores. Uma delas com visão num futuro mais próximo é a de recrutar os portugueses que, por exemplo, em tempos emigraram para a Venezuela e agora estão a voltar. Numa estratégia para um futuro mais longínquo, “dinamizamos visitas das escolas para que os miúdos de 13 e 14 anos conheçam a realidade do que é hoje o ‘chão de fábrica’ e que não tem nada a haver com a imagem que ainda hoje, sobretudo os pais dessas crianças têm deste mesmo ‘chão de fábrica’. O objetivo é que eles ganhem o gosto pela área industrial. Na maioria das vezes, esta mentalidade tem de ser alterada não só nos jovens, mas também nos pais que não vêm nos empregos fabris o futuro dos filhos”. De agora em diante, a empresa tem de tentar fazer um esforço para satisfazer as necessidades dos clientes, mas também dos colaboradores. “Pensar no futuro de uma forma sólida e acreditar que tem um bom futuro, mas que precisa de todos os recursos a trabalhar como uma equipa motivada e interessada”, remata Carlos Teixeira.
www.costa-verde.com
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WDMI
“RENOVAR ESTÁ NA NOSSA NATUREZA” É com este propósito que surge a wDMI, uma empresa de distribuição de material informático, sedeada em Rio Tinto, onde através da venda de equipamentos recondicionados, a wDMI se propõe a mudar mentalidades e a promover comportamentos ‘mais verdes’. Sob a alçada e comando de Nelson Dias, a única empresa portuguesa galardoada com o 18º lugar global no Ranking Technology Fast 500 EMEA 2015 da Deloitte (o melhor lugar alguma vez alcançado por uma empresa portuguesa) é um exemplo de boa gestão, sucesso e, acima de tudo, qualidade e rigor nos serviços disponibilizados aos seus clientes.
Equipa
N
elson e Ema Dias, os mentores deste projeto, trabalharam desde cedo, na área das TIC e dos equipamentos informáticos. Em 2011 sentiram ser a hora certa para um negócio em nome próprio, nascendo, nessa altura, a wDMI. Mas rapidamente perceberam que o caminho do sucesso passava pela diferenciação nos produtos e por trazer à sua casa uma preocupação ambiental que se pudesse replicar nos seus produtos. Foi aí que descobriram os equipamentos recondicionados. “Não iniciamos de imediato a nossa atividade com os recondicionados, mas sentimos que havia esta lacuna no mercado e propusemo-nos a preencher a mesma. Iniciámos a nossa pesquisa nesta realidade através de várias viagens ao estrangeiro e o regresso a casa era sempre feito com bastantes ideias na bagagem”, começa por nos contar o managing director. Recuperar, converter e reutilizar passaram a ser as palavras de ordem desta casa. Aqui, tudo é recondicionado, desde os telemóveis aos servidores, como os restantes equipamentos, nomeadamente monitores e impressoras, sem esquecer os computadores, claro está. Questionados sobre a aceitação destes produtos no mercado, Ema Dias fala, em tom de brincadeira num ‘processo de evangelização porta-a-porta’. “Nos primeiros anos que começamos a trabalhar com este tipo de equipamentos sentimo-nos, verdadeiramente, a desbravar terreno. Tivemos de provar aos nossos clientes que estes produtos são fiáveis, fidedignos, de confiança e que este serviço traz imensas mais-valias. Falamos de equipamentos mais baratos e muito mais ecológicos”. Mas, afinal, o que são equipamentos recondicionados? Os nossos interlocu-
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EcoRefurb Ecológico. Económico. Eficiente Sempre com um papel extremamente diferenciador no mercado, a wDMI criou uma marca própria, a EcoRefurb. O nosso interlocutor esclarece que quando o utilizador opta pela marca EcoRefurb, a sua decisão inclui, além de um equipamento de qualidade, a proteção do meio ambiente. “Ao reutilizar, um novo computador não precisa de ser produzido, economizando grandes quantidades de recursos e reduzindo poluição”, refere. “Os dispositivos recondicionados EcoRefurb são técnica e visualmente verificados, processados e totalmente pré-instalados. Além disso, testamos com um software que garante a qualidade dos componentes”. A EcoRefurb espelha o empenho da wDMI no cumprimento integral das linhas orientadoras do Programa de Recondicionamento da Microsoft, sendo a única marca portuguesa autorizada pela Microsoft para o seu programa, bem como a única em observância com os requisitos legais da colocação no mercado de equipamentos elétricos e eletrónicos (Ecovalores).
WDMI
Nelson e Ema Dias, gerentes
tores fazem questão de esclarecer que recondicionado e recuperado não são sinónimos. A wDMI só trabalha com equipamentos com um máximo de cinco anos e provenientes de empresas leasing e usados em ambientes empresariais. “Aqui trabalhamos exclusivamente com equipamentos praticamente novos. Além de substituirmos peça a peça tudo o que carece de reparação, todo o sistema operativo é atualizado e alguns hard drives são substituídos. A partir daí, a máquina é adaptada e recondicionada mediante as necessidades do cliente. Tanto para particulares como empresas, conseguimos expandir as capacidades tanto gráficas como de armazenamento das máquinas, de modo a que esta funcione e trabalhe na perfeição e se adeque às necessidades do seu utilizador”. De realçar que todos os softwares instalados seguem as normas da Microsoft. Mas se pensa que a estética é descurada, desengane-se. Todos os equipamentos são alvos de uma profunda limpeza interior e exterior e alguns chegam a nem apresentar quaisquer sinais de uso. Portáteis, workstations, servidores, monitores, impressoras ou telemóveis são apenas alguns dos equipamentos que a wDMI disponibiliza aos seus clientes e parceiros. “Todos os equipamentos têm garantia e disponibilizamos assitência técnica aos mesmos. No fundo, falamos de equipamentos novos num ‘corpo’ usado”. Equipa: a verdadeira mais-valia Quem visita a wDMI sente o ambiente familair e de cooperação entre todos os colaboradores. E porque colaboradores felizes é sinónimo de mais eficiência e profissionalismo, Nelson e Ema Dias apostam no bem-estar dos seus colaboradores das mais diversas formas. Na sala de convívio é possível encontrar um mini-ginásio, mas também uma mesa de ping-pong, além de um alvo de setas, uma PlayStation e um simples sofá para descansar, onde podem contar com a companhia de dois simpáticos gatos que fizeram desta empresa de Rio Tinto a sua casa. A wDMI recebe, com frequência estagiários provenientes de diversas escolas profissionais e sempre que é necessário reforçar a equipa, a primeira escolha são os jovens que ali receberam a sua formação. “Gostamos de apostar em quem nos escolheu para completar a sua formação, assim como em jovens da região, pois gostamos de contribuir para a nossa comunidade”. Esta contribuição é feita também através de parcerias com as entidades locais. Exemplo disso foi o concurso realizado a par com a Junta de Freguesia de Rio Tinto que desafiou os alunos do concelho a apresentarem projetos de melhoria na freguesia. Os mais inovadores foram agraciados com um equipamento wDMI. De referir que alguns dos projetos foram já postos em prática, como as rampas de skate e um dos parques de diversão da freguesia!
A nova gama premium Tentando sempre apostar no caminho da inovação e de melhoria nos serviços e produtos colocoados à disposição do cliente, a mais recente aposta da wDMI é a gama premium, onde são disponibilizados equipamentos de qualidade superior. “Os equipamentos da gama premium têm garantia de um ano, visualmente não têm qualquer marca de não serem novos e têm ainda outras vantagens, como baterias e carregadores novos. Além disso, têm sempre stock disponível, usufruem de um serviço pós-venda mais completo e, o principal, continuam a contribuir para uma economia circular”.
Uma empresa verde com responsabilidade social Além de comercializarem ‘equipamentos verdes’, a wDMI é, na sua essência, uma empresa amiga do ambiente. Aqui, todos os equipamentos que por alguma razão não podem ser recondicionados são doados a instituições de caridade para que estes possam vender os mesmos a empresas de reciclagem e fiquem com o valor proveniente dessa venda. “É importante que se perceba que por cada equipamento recondicionado, um novo computador não precisa de ser produzido, economizando grandes quantidades de recursos e reduzindo a poluição, um problema atual que condiciona fortemente o nosso futuro.
Rua António Marques de Sá, 15 4200-284 Rio Tinto - Porto Tlf.: 224 075 090 www.wdmi.pt
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TRAVEL VIP
A VIAGEM COMEÇA AGORA Viajar deve ser uma experiência agradável. Com esta equipa o seu destino é uma boa recordação. Conheça a Travel Vip pela voz de Adão Barros, CEO da A. J. & Barros, Lda.
Adão Barros, ceo
C
om mais de 25 anos de experiência no ramo de serviços de transporte, como surgiu este projeto? Ainda antes do início do projeto Travel Vip, já eu exercia, desde 1978, a profissão de motorista, tendo a atribuição pela UNESCO de Património Mundial em 1996 ao Centro Histórico do Porto servido de incentivo à constituição desta empresa. Arrancou com a oferta de serviço de táxi, tendo procurado, a partir daí, corresponder à evolução do mercado de transportes, diversificando a sua gama de serviços, para fazer face a uma procura mais alargada e, sobretudo, mais variada. Quais são os serviços que disponibilizam? São quatro as linhas mestras do core business da Travel Vip. O transporte de táxi, que garante a manutenção de um serviço tradicional que responde às necessidades imediatas de clientes. O transporte escolar, maioritariamente prestado a crianças e jovens com necessidades educativas especiais, que permite à Travel Vip ser um parceiro das escolas e dos municípios neste tipo de serviço. O transporte empresarial, um serviço executivo que dá à Travel Vip o privilégio de trabalhar com
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companhias - referência do tecido empresarial, maioritariamente do distrito do Porto, cuja confiança se traduz na sua fidelização como clientes habituais e muito honra a Travel Vip. Por último, e com peso crescente no volume de negócios, quer por motivos de ordem conjuntural quer como resultado de decisões estratégicas internas, existe a linha turismo premium. O serviço oferecido é personalizado, desenhado ‘à medida do cliente’ e garante um acompanhamento próximo e contínuo de quem viaja connosco, o que geralmente resulta num prolongamento da sua relação comercial com a empresa. Como caracterizam o mercado onde atuam? O mercado dos transportes, como é do conhecimento geral, tem sofrido mutações importantes quer em termos legislativos, quer em termos de concorrência, obrigando a um maior cuidado na definição das estratégias de resposta e a um ainda maior aperfeiçoamento e rigor dos processos de gestão, para que não se ponha em causa nem o investimento realizado, nem os compromissos assumidos. Como se distinguem no mercado? A diferenciação é certamente uma mais-
-valia da Travel Vip. O serviço prestado a empresas, gestores e administradores, agências de viagens, hotéis, escolas, aviação privada... envolve um grau de exigência que não se coaduna com falhas, ou com falta de minúcia na sua execução. A diferenciação do serviço assenta na atenção ao detalhe, no foco no cliente e na eficiência prestada. Qualquer desvio face a esta política de qualidade terá consequências na decisão posterior do cliente. De referir também a preocupação da Travel Vip em prestar serviços de transporte/turismo inclusivo, com diversas viaturas preparadas para mobilidade reduzida e profissionais que procuram que o conforto, a segurança e a acessibilidade estejam efetivamente garantidos para todos. Como caracterizam a equipa de colaboradores da Travel Vip? Pelo que já foi mencionado, facilmente se depreenderá que se trata de um trabalho em cadeia em que todos os elos são importantes para que se obtenha feedback positivo do cliente. Inicia-se no back office, com uma estrutura que garante resposta rápida e permanente aos clientes, prosseguida e executada pelos motoristas/guias que, com o seu profissionalismo e competência, asseguram a resposta às necessidades dos clientes e a satisfação das eventuais alterações solicitadas, regressando ao back office com a aferição da qualidade do serviço prestado e a manutenção do cliente em carteira. Todos quantos trabalham na Travel Vip têm um profundo sentido de gratidão ao(s) cliente(s). É a confiança de quem viaja connosco que nos motiva diariamente. Por onde passa o futuro da empresa? A estratégia da Travel Vip, no curto prazo, passará pela continuidade do investimento numa frota de luxo e com crescentes preocupações de salvaguarda do meio ambiente – de que é exemplo a aquisição do Tesla Model S - e na captação de recursos humanos com valências diferenciadas para responder a mercados continuamente mais exigentes. No médio/ longo prazo a intenção será de procurar internacionalizar a empresa, dando a conhecer além-fronteiras a elevada qualidade do serviço que conseguimos prestar.
JANSSEN PORTUGAL
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DESTAQUES 99 RESTAURANTE O FORNO Gastronomia ribatejana de qualidade 100 MARISQUEIRA CHAPA 7 Marisco de Primeira 101 BONDUELLE Bonduelle celebra 30 anos em Portugal 102 ADEGA ALMEIRIM A arte da vinificação desde 1958 104 CRUZIMPEX Mais de 25 anos de meat trading 106 CONSULTÓRIOS MÉDICOS SÃO GREGÓRIO A sua saúde, tão perto de si! 108 RAPOSO Uma nova imagem que reforça a qualidade e a competência
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SANTARÉM GENTE QUE FAZ BEM Numa região rica em natureza, a água não pode faltar. Santarém é banhada pelo Tejo, mas não só. Esta regiõ tem disponível diversas allbufeiras, lagoas e praias fluviais. A XLIII Feira Nacional do Cavalo decorrerá de 2 a 11 de novembro, na vila ribatejana de Golegã, e acolherá também a vigésima edição da Feira Internacional do Cavalo Lusitano. É a Feira Nacional do Cavalo a mais importante e mais castiça de todas as feiras que no seu género se realizam em Portugal e no mundo. Aqui se apresentam todos os criadores, com os seus belos exemplares, razão pela qual,m se transacionam na Golegã os melhores puros-sangue, criados no país, que são vendidos para várias partes do globo. . Ao contrário do Alentejo, este distrito é formado por vastas planícies verdejantes que se estendem pelo horizonte e são muitas vezes inundadas pelo rio Tejo – daí a designação de “Lezíria”. Os troços de muralha envolvem o planalto sobranceiro ao Tejo, onde se ergue a cidade de Santarém e das oito portas que existiam restam apenas duas: a de Santiago e a do Sol. Esta está situada na zona da antiga alcáçova, transformada no jardim público e miradouro conhecido por Portas do Sol. A
Igreja da Graça localiza-se no Largo Pedro Álvares Cabral, em pleno centro histórico da cidade de Santarém. A igreja, inserida no conjunto do convento dos Eremitas Calçados de Santo Agostinho, é um dos monumentos mais emblemáticos da cidade, constituindo um dos mais importantes exemplares da arte gótica no país. A Igreja de Santa Clara constitui um dos monumentos mais emblemáticos do gótico mendicante da cidade de Santarém, situando-se na proximidade do Convento de S. Francisco, outro exemplar marcante deste estilo arquitetónico. A igreja é a parte remanescente do antigo convento das clarissas, aqui estabelecido em 1264. Atualmente, encontra-se rodeada por um amplo espaço, onde antes se encontravam as dependências conventuais, demolidas no início do século XX, e nas quais se incluía um claustro maneirista. O edifício está classificado como Monumento Nacional desde 1917. Santarém é uma cidade digna de visita que apresenta belos exemplos de arte manuelina, renascentista e barroca. Importa referir ainda a gastronomia local, dominada pelos sabores do rio e da lezíria ribatejana, bem como pelos vinhos regionais, verdadeiros néctares dos deuses. O que está à espera para ir até Santarém, a capital do gótico?
RESTAURANTE O FORNO
GASTRONOMIA RIBATEJANA DE QUALIDADE
Fundado há 36 anos, o restaurante O Forno, localizado em Almeirim, é já uma referência na região. Aqui se encontra um pouco de tudo, desde a carne ao peixe, não descurando o marisco e a sopa da pedra. António Carlos e Elisabete Martins são os gerentes deste espaço.
T
ó, como é mais conhecido António Carlos, não planeou ser o proprietário de um restaurante, mas quis o destino que assim fosse. O Forno nasceu há 36 anos, pela mão do seu sogro, que lhe vendeu o espaço há 15 anos. Desde então que Tó e a esposa, Elisabete Martins, partilham a gestão deste tão bem-afamado restaurante do Ribatejo. Pouco tempo volvido abriram uma nova sala, aumentando o espaço do restaurante e, todos os anos, fazem remodelações nas diversas salas que o compõem, num esforço perpétuo de modernizar. Mais recentemente, foi o piso de cima a ser renovado. “No piso de baixo, a sala da frente alberga cerca de 120 lugares e a sala de trás permite 140. Também a sala do piso de cima pode receber cerca de 140 pessoas”, impressiona-nos o proprietário. O certo é que este é um restaurante que
enche com regularidade. Os clientes são fiéis e vêm de longe provar as delícias que aqui servem. “O segredo é simples”, revela-nos António Carlos: “trata-se de equilibrar uma boa refeição a um preço bom, de forma a que o cliente saia daqui a sentir que comeu bem e que pagou o que é justo por aquilo que lhe foi servido”. Da mesma forma, o atendimento deve ser um complemento ao próprio prato, revestindo-se dos mesmos padrões elevados: “tem de existir uma harmonia entre estes fatores para que tudo corra bem”. Tudo o que vem para a mesa é garantidamente delicioso. Bacalhau, camarão tigre, bifinho do lombo, medalhão, borrego grelhado, carne de porco preto e até a famosa sopa da pedra são boas sugestões. A ementa é variada e feita para agradar até ao paladar mais exigente. O nosso interlocutor garante procurar sempre o melhor produto que os fornecedores têm para oferecer: “a refeição servida no início do ano é igual à do final do ano, sempre boa”. Quando assim o é, a reputação espalha-se com facilidade e a d’O Forno já o precede. “Toda a gente conhece este restaurante e sinto-me lisonjeado por isso”, orgulha-se. Para acompanhar o prato, a carta de vinhos é vasta e contém marcas das garrafeiras mais
conhecidas, bem como das casas agrícolas locais. As sobremesas ficam a cargo de Elisabete Martins, que adoça a boca dos seus clientes desde o início deste projeto. Embora seja injusto realçar apenas uma, porque são todas excelentes, a delícia de amêndoa é a que mais se destaca: “toda a gente adora, mesmo quem não conhece olha e desperta curiosidade, enche a vista”. Depois, enche também o paladar. Este é um projeto que tem exigido muito empenho e garra por parte dos dois proprietários. “Tem corrido bem”, é certo, mas não sem as dificuldades inerentes a um projeto da restauração. Apesar de tudo, António Carlos e Elisabete Martins podem orgulhar-se do restaurante O Forno e da equipa de 30 pessoas que gerem. Para quem ainda não ficou convencido, Tó deixa um convite: “antes de mais, devem visitar a região que é fabulosa. Depois, devem vir à minha casa, temos tudo o que é bom e vale a pena”. Nós, na Revista Business Portugal, confirmamos.
Largo Praça Touros 23 • 2080-030 ALMEIRIM Tlf.: 243 241 163 www.restauranteoforno.pt
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RESTAURANTE/MARISQUEIRA CHAPA 7
MARISCO DE PRIMEIRA Marisqueira familiar, situada na rua Sociedade Jardim de Cima, na cidade de Santarém, Chapa 7 é um estabelecimento célebre pela qualidade e frescura espelhadas nas iguarias que executa e serve.
A
Carlos Esteves, proprietário
briu em 2014, firmado na aposta de três pessoas e na experiência, ganha no decorrer de 30 anos, de António Chapa. No restaurante/marisqueira Chapa 7 é garantido um “marisco de primeira”, confecionado “da forma que o marisco merece e deve ser confecionado”, isto é, “sem enfeites”, garante o dono Carlos Esteves.
Marisqueira Pura Tanques e aquários compõem a decoração do espaço designado por Carlos Esteves como “marisqueira pura”. Aqui não há atendimento ao balcão. Trata-se de um local dividido em duas grandes salas com a capacidade de sentar, no total e em simultâneo, 200 pessoas. Assegura o espaço perfeito para eventos e grandes grupos, com recurso a projetores, telas e serviço de catering. A marisqueira Chapa 7 orgulha-se, ainda, de ser detentora de uma classificação de 4.5 no Trip Advisor, sendo considerada “excelente” pelos utilizadores de plataforma.
Ideal para ‘mariscar’ O local ideal para mariscar. No Chapa 7 pode começar por
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saborear uma excelente amêijoa à bulhão pato, seguida por um camarão à guilho, sendo recomendado culminar com uma prancha de marisco e um prego do lombo, “garantidamente o melhor prego do mundo”, afirma com segurança Carlos Esteves. Uma sugestão que permite ao cliente saborear vários tipos de mariscos, desde camarão de espinho, sapateira, percebes, lagosta, lavagante, camarão, um borrié, santola, gamba nacional. Também é sugerido o arroz de marisco e o excecional arroz de lavagante. No Chapa 7, o peixe é sempre fresco e a carne cortada na hora do pedido. No acompanhamento, encontra uma carta de vinhos certificada, desde vinhos do Tejo aos vinhos do Douro. Encontra vinhos alentejanos e o vinho verde da casa que é muito apreciado pelos clientes. Uma marisqueira a visitar!
BONDUELLE
BONDUELLE CELEBRA 30 ANOS EM PORTUGAL Será já em 2019 que a marca francesa comemorará três décadas de presença em Portugal. A fábrica, localizada em Santarém, dedica-se exclusivamente à produção de legumes congelados, onde as tecnologias auxiliares da fritura e dos grelhados assumem um relevo especial, num total de cerca de 45 mil toneladas de legumes transformados por ano. António Manso, administrador da Bonduelle Portugal, concedeu uma entrevista à nossa revista, por forma a dar a conhecer um pouco mais sobre uma das maiores empresas da região.
António Manso, administrador
C
omo pode apresentar a Bonduelle Portugal aos nossos leitores? Esta empresa fixou-se em Portugal há cerca de 30 anos, com o intuito de aproveitar o potencial que a região do Ribatejo apresentava, nomeadamente no que dizia respeito aos produtos da bacia mediterrânica. O objetivo da empresa era aproveitar os produtos específicos desta região e foi isso que fizemos nos primeiros anos, introduzindo novas culturas e tecnologias, tanto nos campos como na fábrica.
A Bonduelle Portugal emprega, em média, 180 funcionários, com um máximo de 260 no verão. “Honra seja feita aos nossos colaboradores que nos têm acompanhado ao longo destes 30 anos e que nos têm ajudado a crescer”. Que produtos são transformados por esta fábrica? E quais as mais-valias que a Bonduelle trouxe para esses produtos e para os produtores? Saliento, em primeiro lugar, o pimento, logo seguido pela beringela, pelos brócolos, courgete, ervilha, tomate e cebola. São estes os principais legumes que transformamos
com especial enfoque no pimento e na beringela que são específicos desta bacia mediterrânica. No fundo, procuramos estabelecer parcerias de médio/longo prazo com os agricultores e há alguns que trabalham connosco desde que nos instalamos em Portugal. Quais as novidades que têm sido lançadas no mercado nacional? Apresentámos, recentemente, o pimento padrão pré-frito congelado, as meias maçarocas de milho grelhadas e o tomate cherry às rodelas. Os produtos bio, no nosso setor, ainda não têm grande representatividade muito devido ao facto de não haver uma produção regular e com preços acessíveis aos consumidores, mas acreditamos o mercado evolua favoravelmente nos próximos anos.
Partilha da opinião de que a Bondulle é uma referência no setor dos legumes transformados e congelados? A Bonduelle é, efetivamente, uma marca de referência no setor dos legumes transformados e nas suas mais diferentes tecnologias. Iniciou a atividade na indústria conserveira, depois nos congelados, mais recentemente com os frescos da quarta e quinta gama (refeições prontas com base em legumes), ou seja, a Bonduelle está presente em todas as principais tecnologias dos legumes transformados. Queremos ser a referência mundial que assegura o bem-estar através da alimentação vegetal. Pretendemos, no entanto, alargar a nossa gama aos frutos e aos cereais, sempre com o objetivo de apresentar soluções saudáveis para a alimentação dos consumidores finais ou da restauração.
Os produtos da Bonduelle Portugal chegam a que mercados internacionais? Somos uma empresa de cariz exportador, maioritariamente para a Europa, muito devido ao facto do nosso acionista ser oriundo do norte de França, mas também para as geografias onde o grupo Bonduelle está implantado, seja na América do Norte ou países de Leste. A nossa missão é a de satisfazer as necessidades das filiais, que integram o grupo Bonduelle, nos produtos e nas tecnologias onde nos especializámos. novembro 2018 Revista Business Portugal | 101
ADEGA COOPERATIVA DE ALMEIRIM
A ARTE DA VINIFICAÇÃO DESDE 1958 Dirigida por uma equipa de enólogos e engenheiros amplamente qualificados, a Adega Cooperativa de Almeirim é detentora de nove marcas de distintos vinhos do Tejo.
S
ão 159 os sócios que têm contribuído para o sucesso da Adega de Almeirim. Situada no coração do Ribatejo, a adega nasce no ano de 1958 e é uma das maiores adegas cooperativas do país. Responsável por produzir mais de 19 milhões de litros de vinho anualmente, a Adega de Almeirim orgulha-se de conservar a arte da vinificação e contribuir para a economia nacional, com mais de 12 milhões de euros por ano. Os engenheiros enólogos Romeu Gonçalves e António Ventura são os responsáveis pela produção vinícola gerada pela Adega Cooperativa de Almeirim. O trabalho do enólogo, segundo diz António Ventura, “é saber aproveitar o melhor possível o potencial da vinha e das uvas que lhe chegam” sendo, por outro lado, o trabalho da adega cooperativa “acompanhar e apoiar os produtores que são nossos associados”. Manuel Gabirra, de 68 anos, é natural de Almeirim e é o atual presidente da Adega Cooperativa de
Almeirim. O presidente garante que na Adega “temos ótimos produtores, ótimos técnicos e um excelente produto”.
“Temos vinho para qualquer prato ou ocasião” O vinho ‘Varandas’, uma marca de requinte, um vinho DOC do Tejo, é o vinho premium da Adega Cooperativa de Almeirim. Para além desta marca, o portfólio da Adega de Almeirim é composto por mais oito marcas de renome, entre elas ‘A.A’ , ‘ACA 1958’, ‘Cacho Fresco’, ‘Lezíria’, ‘Marachas’, ‘Planície’, ‘Portas do Tejo’ e, finalmente, ‘Tela’. ‘Cacho Fresco’ é uma das marcas de vinhos brancos mais vendidas em Portugal, com uma excelente relação qualidade/preço. Exportam grande parte da produção para países europeus, China, PALOPs, Rússia e países da América Latina.
“Este ano a uva chegou-nos num estado impecável” A expectativa é grande. Os vinhos da colheita de 2018 esperam-se extraordinários, já que, “este ano a uva chegou-nos num estado impecável”,
António Ventura, Manuel Gabirra e Romeu Gonçalves, engenheiros enólogos e presidente 102 | Revista Business Portugal novembro 2018
ADEGA COOPERATIVA DE ALMEIRIM
afirma António Ventura. Uma colheita que gerou mais de 20 milhões de litros de vinho de grande qualidade. “Boas uvas originam um bom vinho”, é o que garante o enólogo com especializações em viticultura e enologia pelo Instituto de Viticultura e Horticultura de Geisenheim (Alemanha), pela Universidade Católica do Porto e Charles Sturt University na Austrália, António Ventura. Em Portugal, temos felizmente muitos solos com aptidão agronómica para a plantação de vinha. O rio Tejo providencia um microclima que é extremamente favorável para a formação e desenvolvimento de uvas de qualidade superior. A Adega Cooperativa de Almeirim é “uma adega de brancos”. Aqui, 80 por cento da produção é constituída por vinhos brancos. Trata-se de uma grande adega, com uma capacidade de produção, capacidade de armazenamento e capacidade de engarrafamento de vinhos de gama média e média-alta, consideráveis. Atualmente, 90 por cento da vindima é realizada de forma mecânica. Um espaço modernizado, com um notório investimento em equipamento, a Adega de Almeirim é detentora da mais recen-
te tecnologia vinícola do mercado. Linhas de enchimento, prensas pneumáticas, filtros de vácuo, cubas de aço inoxidável, sistemas de refrigeração, pipas de carvalho francês, português e americano, entre outros, são exemplos dos investimentos que refletem a visão dos técnicos e responsáveis pela Adega Cooperativa de Almeirim. “Um olho no futuro” é o mote que circunscreve a atuação dos 40 colaboradores da adega.
Rua do Matadouro Municipal Apartado 83 2081-901 Almeirim Tlf.: +351 243 570 560 marketing@adegaalmeirim.pt www.adegaalmeirim.pt
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CRUZIMPEX
MAIS DE 25 ANOS DE MEAT TRADING Armando da Cruz, administrador da Cruzimpex (sediada em Abrantes), falou com a Revista Business Portugal sobre a atualidade e o futuro desta empresa nacional, que intervém na transação de cerca de 70 milhões de euros por ano e movimenta semanalmente 350 mil quilos de carne.
A
rmando da Cruz começou a trabalhar num talho, na Holanda, aos 14 anos e foi daí que surgiu a sua paixão pela carne e o setor da comercialização desse produto: “ainda me recordo do fascínio que sentia quando via uma peça de carne chegar ao talho e era desossada pelo talhante. Gostei muito daquela profissão e decidi apostar na formação”. Na Holanda, país onde Armando da Cruz residia, é necessário ter uma formação, que varia entre quatro a seis anos, para se poder abrir um talho ou ter qualquer profissão ligada à carne, ao seu manuseio e transformação: “para se ser proprietário de uma empresa no setor da carne e da sua transformação temos de ter conhecimento de desmanche, higiene, conservação e aplicações daquela carne. Temos de saber como se mata, como se desmancha um animal, como se desossa e se fatia a carne. Além disto, é necessário conhecer diferentes espécies
Armando da Cruz, administrador
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de animais e a utilização possível para a sua carne – grelhar, estufar, cozer”. Posto isto, é ainda necessário ao talhante ter conhecimentos de recursos humanos, contabilidade, marketing e medicina veterinária. A aposta formativa de Armando da Cruz valeu-lhe a rápida colocação num novo emprego. Com 19 anos, já era chefe de um talho, na secção de charcutaria. “A charcutaria é uma mais-valia, pois na Holanda e na Alemanha existem cerca de 350 variedades de charcutaria diferentes, que é também preciso conhecer bem”.
O futuro da Cruzimpex passa pelo alargamento dos mercados onde já estão presentes, neste caso para a Croácia, Polónia, outros países do Leste e, para o mercado asiático Armando da Cruz ficou sete anos nesse serviço, recebendo inclusivamente prémios dentro do setor. Foi através da publicação desses prémios, numa revista da especialidade, que um grupo de referência holandês, a Domburg Vlees o convidou para ser account manager.“Em 1985, este grupo já matava 1500 bovinos por semana. A minha função era fazer a ligação entre o chefe do talho, nosso cliente, e o matadouro. Felizmente, tive a possibilidade de ser rapidamente promovido a diretor de exportação, pois tinha uma boa apetência para falar
CRUZIMPEX
outras línguas. Foi aí que comecei a viajar por vários países europeus e a construir uma carreira. Tinha 26 anos”. Porém, passado pouco tempo, acabou por ir trabalhar para o maior grupo holandês, a T.Boer & Zn, que comercializava vitela de leite: “fiquei aí três anos. Entrei como diretor comercial e, após ter concluído com êxito o projeto proposto pela referida empresa, decidi sair. Voltei para Portugal no início dos anos 90 e estabeleci-me em Abrantes, por ser uma região central no país”. Foi nesse momento que nasceu a Cruzimpex, uma empresa que se dedica a mediar as relações comerciais entre os matadouros e as empresas responsáveis por transformação de carne e os grossistas, que vendem depois para a restauração, hotelaria e talhos. “Somos agentes de vários matadouros holandeses, alemães, irlandeses, ingleses, trabalhamos com Espanha, América Latina, Nova Zelândia, Austrália, EUA e o que eu faço é faturar serviço”. O negócio da Cruzimpex é baseado em comissões: “não temos camiões, nem câmaras frigoríficas. Recebo listas com a quantidade que os fornecedores de carne têm para vender e entro em contacto com os clientes para agilizar a distribuição da mesma”. O cliente – um grossista – tem de ter um seguro de crédito, que é solicitado pelo fornecedor e é sobre esse crédito que se realiza a venda. “Sobre essa venda, nós recebemos comissão. Emito uma fatura mensal, para cada um dos fornecedores com quem trabalho, a dar conta daquilo que vendi e da comissão associada. Além disso, estamos aqui para solucionar os problemas de crédito dos nossos clientes, bem como os pagamentos e impulsionar as vendas”. A Cruzimpex também intervém na exportação da carne nacional, que vai para a Holanda para ser desmanchada e depois importada já sob a forma de peças de carne já transformada e fatiada. A verdade é que alguma carne que é apresentada como sendo portuguesa é importada, para corresponder às características que o produto final deve ter. O futuro da Cruzimpex passa pelo alargamento dos mercados onde já estão presentes, neste caso para a Croácia, Polónia, outros países do Leste e, para o mercado asiático. Pela abertura de uma delegação da Cruzimpex na Holanda, à semelhança da presença física que já tem em Espanha desde 1999, a Cruzimpex España S.L.“É também possível que venhamos a entrar no setor de transformação e distribuição de carne, de maneira a podermos acrescentar a esse serviço de venda a parte da transformação do produto, aproveitando, melhor, o know-how que já temos”, finalizou o nosso entrevistado.
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CONSULTÓRIOS MÉDICOS SÃO GREGÓRIO
A SUA SAÚDE, TÃO PERTO DE SI! Este é o slogan que, em Rio Maior, rege a atividade dos consultórios médicos São Gregório. A propósito da recente mudança na administração desta entidade – agora a cargo do jurista e economista Paulo Abreu e Lima – a Revista Business Portugal esteve nestas instalações por forma a perceber qual a estratégia administrativa que será levada a cabo pelo novo diretor.
A
ssumiu a direção desta clínica em abril deste ano. Como surgiu este desafio? Conheço algumas pessoas em Rio Maior e foi uma amiga, médica nesta região, que me lançou este desafio que aceitei, mas nunca pela perspetiva de negócio puro e duro. A minha intenção é dar o meu contributo para o bem-estar da população, aliás, na minha opinião, quem encara a saúde como um negócio – e há quem o faça amiúde - não vai no bom sentido. Aqui não há clientes nem utentes: há pacientes. Prestam um serviço bastante completo e diversificado. Fale-nos um pouco sobre isso… Temos praticamente todas as valências, desde a clínica familiar e geral até à dermatologia (que tem muita procura), ortopedia, cardiologia, oftalmologia, pediatria, psiquiatria, gastroenterologia, fazemos exames de colonoscopia e endoscopia com as respetivas polipectomias (remoção dos pólipos para análise), psicologia, terapia da fala, enfermagem, acupuntura, entre muitos outros. Atualmente, estamos a pensar na viabilidade de algo relativamente novo em Portugal, que é a ozonoterapia (um conjunto de técnicas que utilizam o ozono como agente terapêutico num grande número de patologias).
Paulo Abreu e Lima, administrador
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A minha intenção é dar o meu contributo para o bem-estar da população... Aqui não há clientes nem utentes: há pacientes
CONSULTÓRIOS MÉDICOS SÃO GREGÓRIO
Como pode descrever o corpo clínico que compõe esta equipa? Esta equipa (composta por 23 pessoas) presta um leque muito alargado de serviços, nomeadamente em valências muito carenciadas na região e país. Como é normal, os pacientes ficam afetos aos médicos e técnicos que já conhecem e é a sinergia entre esta equipa e o público em geral que faz com
que os consultórios médicos São Gregório sejam uma referência quer em Rio Maior, quer nas localidades circundantes. Sente que os serviços que aqui são prestados funcionam como um apoio fundamental aos serviços na área da saúde já existentes em Rio Maior? Sim, é uma resposta para o que não é encontrado nestes sítios. Neste caso, temos o Centro de Saúde e os hospitais de Santarém e Caldas da Rainha, mas a clínica complementa de uma forma bastante abrangente o que ali já é feito. Como se encontra a saúde do ribatejano atualmente? Está boa. O ribatejano já come melhor e preocupa-se muito mais com a sua saúde e forma física. O habitante daqui tem culturas muito enraizadas ao nível da gastronomia, mas também é de ideias fixas e atualmente o bem-estar e a saúde entraram na vida da população um pouco por todo o país. Aqui não foi exceção. Qual o maior constrangimento com que já se deparou no exercício desta atividade?
Sem dúvida que são as urgências diárias. É muito difícil lidar com essa realidade e gerir estas situações da melhor forma possível, mas a verdade é que as pessoas, por vezes, procuram na clínica um serviço de urgência do qual não dispomos. Vejo pessoas que, desesperadamente, recorrem à nossa clínica como se este fosse um Centro de Saúde. Infelizmente, esta realidade é consequência do que se passa no sistema nacional de saúde do nosso país, mais concretamente nas salas de espera das urgências dos hospitais e centros de saúde. O que falta, então, para melhorar o setor da saúde em Portugal? Essencialmente dois requisitos: uma boa gestão dos recursos humanos e financeiros. Houve um desinvestimento completo neste setor nos últimos 10/15 anos. E, em último caso, quem sofre é quem contribui para o SNS, que somos todos nós. Qual o futuro que tem delineado para esta clínica? As principais novidades, a curto prazo, prendem-se com a expansão dos consultórios médicos São Gregório para os concelhos de Vila Franca de Xira, Alenquer e Lisboa
938 531 203 2
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RAPOSO
UMA NOVA IMAGEM QUE REFORÇA A QUALIDADE E A COMPETÊNCIA Com mais de 30 anos de experiência no setor de revestimentos de pavimentos e paredes, a empresa Raposo, liderada por Vítor Raposo, é uma empresa líder a nível nacional.
O
legado da empresa tem passado para os filhos que desde cedo começaram a frequentar a empresa e que hoje já fazem parte dela. Rita Raposo formou-se em Marketing e aliou essa formação à empresa do pai trazendo consigo a modernização e inovação necessárias para ir reestruturando aos poucos a empresa. “Novas ideias e novos ares são sempre bem-vindos e vêm valorizar o trabalho e os nossos colaboradores”, afirma a jovem. João Raposo é fiscal de obras e ganhou o gosto pelo trabalho do pai que abraçou como sendo seu. Também conta, com dois sócios: Nuno Farinha que gere a área comercial e Tiago Zola que atua a nível administrativo/financeiro – fornecedores, clientes. Os produtos e serviços oferecidos são variados. Dentro dos pavimentos conta com multicamada e argamassa de quartzo colorido, auto nivelante, pintura epoxy, flocos coloridos, impermeabilização e um serviço de preparação de superfícies. A empresa tem cerca de 10 equipas de aplicação que trabalham diariamente para garantir a qualidade. No total são cerca de 35 colaboradores que fazem com que a empresa funcione. As formações demoram cerca de dois a três anos. A maioria dos colaboradores da empresa Raposo tem vindo a caminhar lado a lado com o proprietário nos últimos 20/30 anos. As mais-valias da empresa são notórias. “Nós diferenciamo-nos pela qualidade dos materiais, preparação de superfícies, pela excelência na aplicação e inovação” explica Vítor Raposo. O pós-venda é também uma das preocupações
e é nesse sentido que a garantia de cinco anos é dada aos produtos. No entanto, segundo o proprietário, “os nossos produtos aguentam mais do que cinco anos. Aguentam 10, 15 ou 20 anos. Os clientes novos que chegam vêm à procura do serviço de excelência que foi recomendado por amigos e conhecidos. “É no passa-a-palavra que recebemos os novos clientes. Quem vem e gosta recomenda”. A empresa é também diversificada a nível de área de atuação visto que opera em todo o país e também em Angola, Brasil, Espanha, França, Moçambique. Os últimos anos têm sido de crescimento e em 2018 a empresa ganha uma nova imagem que vem refletir os tempos de mudança de uma nova geração e dos novos projetos que se avizinham. As expectativas já foram superadas. “Agradecer a confiança que depositam em nós é a mensagem que deixamos para que os nossos clientes voltem, e acima de tudo, voltem satisfeitos”, remata Vítor Raposo.
Zona Industrial, Lote 81 2080-221 Almeirim Tlf.: 243 593 525
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SAÚDE E ECONOMIA SOCIAL O sistema capitalista tem como último e principal objetivo a obtenção do lucro. É certo que o modelo parece estar esgotado e não responde às necessidades dos cidadãos como têm provado as sucessivas crises económicas. A economia social é constituída por organismos e instituições que se apoiam em formas de gestão diferentes. Nela o indivíduo é mais importante que o lucro, os princípios deixam de ser a obtenção de altos rendimentos a qualquer custo. Ela rege-se por princípios como a partilha, a solidariedade e a democracia, onde o bem-estar dos cidadãos e das famílias representam o lucro do sector.A economia social surge como resposta às crises do capitalismo industrial do século XIX mas, só nos anos noventa, do século seguinte, foi implementada e reconhecida pelas organizações. O conceito mais atual, consta na Carta de Princípios da Economia Social resultante da Conferência Europeia Permanente das Cooperativas, Mutualidades, Associações e Fundações (CEP-CMAF). A divulgação deste conceito tornou-se de tal forma importante que, em 2007, foi publicado o relatório: A Economia Social na União Europeia. O documento elaborado pelo Centro Internacional de Pesquisa e Informação sobre a Economia Pública, Social e Cooperativa (CIRIEC) foi solicitado pelo Comité Económico e Social Europeu. As cooperativas e mutualidades estão incluídas no subsetor mercado ou empresarial da economia social. Estas instituições permitem a entrada de novos membros, desde que, tenham o intuito de cooperarem com bens e serviços para a execução de atividades económicas solidárias e mutualistas. Por sua vez, existem também as associações e as fundações que ajudam determinado indivíduo ou família, inseridas, no subsetor não – mercado da economia social. A economia social é também conhecida como terceiro sector, uma vez que, se encontra entre dois modelos: o público e o privado, ou seja, o estado e o capitalismo. Mas, o conceito de terceiro setor está mais próximo das instituições sem fins lucrativos, por excluírem a possibilidade de divisão dos excedentes entre os seus membros.
O Dia Mundial do Acidente Vascular Cerebral (AVC) celebra-se no dia 29 de outubro. Para assinalar a efeméride, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) partilha informação importante sobre como atuar perante esta emergência médica, que exige uma ação imediata. O AVC, também vulgarmente conhecido por trombose ou embolia cerebral, continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal, sendo também a principal causa de morbilidade e de potenciais anos de vida perdidos no conjunto das doenças cardiovasculares. O AVC acontece quando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro é impedido, devido a um bloqueio ou derrame. É uma emergência médica que exige uma atuação rápida. No entanto, as estatísticas revelam que, na maioria dos casos, o pedido de socorro é feito tardiamente. Assim, é essencial que cada cidadão saiba quais os sinais de alerta do AVC e como utilizar de forma correta o Número Europeu de Emergência – 112. Se suspeitar que alguém está a ter um AVC, tenha em atenção os seguintes sinais e sintomas: falta de força num braço; boca ao lado ou dificuldade em falar. Perante sinais e sintomas de um AVC, a pessoa deve pedir à vítima para sorrir. Se notar alguma assimetria, ou seja, se a vítima sorrir apenas de um lado, poderá ser um indicador que o outro lado da cara está paralisado. Depois, verificar se a vítima consegue levantar os braços. Se estiver a sofrer um AVC poderá apenas conseguir levantar um deles; Além disso, tentar estabelecer contacto verbal com a vítima e verificar se comunica com clareza. Normalmente, a dificuldade em falar é um dos sintomas mais característicos. Na presença destes sinais, não perca tempo e ligue de imediato 112! A rápida assistência, o encaminhamento para a unidade de saúde adequada e a intervenção médica especializada são vitais para o sucesso do tratamento e posterior recuperação do doente.
DESTAQUES 110 SCM MOGADOURO Excelência na arte de bem cuidar 111 HEART GENETICS Utilizar a genética para o seu bem-estar 1124 ASSOCIAÇÃO DE SOCORROS MÚTUOS DE S. MAMEDE DE INFESTA Pluralidade de serviços aliada à responsabilidade social 113 FAMILIAR DE ESPINHO “Estamos aqui para servir a nossa comunidade” 113 DREAMGYM A afirmação de um estilo de vida
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SANTA CASA DA MISERICÓRDIA DE MOGADOURO
EXCELÊNCIA NA ARTE DE BEM CUIDAR A Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro tem como matriz o serviço de apoio à população. Localizada na região de Trás-osMontes, a instituição assume um papel preponderante na melhoria das condições de vida dos habitantes. O provedor, João Henriques, acredita que é importante ter a noção de que o serviço tem repercussões na comunidade, daí a relevância que a instituição tem no concelho.
N
o simpático concelho de Mogadouro há uma Santa Casa da Misericórdia que trabalha com excelência e que tem sido, cada vez mais, um exemplo daquilo que é a representação dos valores da solidariedade e da economia social. São quase mil pessoas diretamente envolvidas com esta instituição - os 220 colaboradores são responsáveis por criarem as melhores condições aos mais de 700 utentes. João Henriques, o provedor, e o seu executivo, são os responsáveis por levar a bom
porto, um barco com tamanha envergadura. E têm conseguido, ano após ano. “Temos um grande apoio do município”, começa por explicar o provedor. “Temos um papel fundamental no apoio social e na economia local e o município tem reconhecido esse trabalho”, prosseguiu. Falar do tamanho da Santa Casa da Misericórdia de Mogadouro, transcende as dimensões de espaço e vai além daqueles que são os seus utentes. São o principal polo empregador da região e o principal dinamizador da economia social. Nos serviços ultrapassam a própria dimensão com o trabalho constante.
Respostas Sociais: responder com inovação O crescimento contínuo da Santa Casa 110 | Revista Business Portugal novembro 2018
da Misericórdia de Mogadouro deve-se ao trabalho constante para conseguir dar o máximo de respostas às necessidades sociais. Presta serviços nas respostas sociais de creche e creche familiar, pré-escolar, CATL, ERPI, centro de dia, apoio domiciliário, cantina social, POAPMC e unidade de cuidados continuados integrados. Destaque-se que para além desta panóplia de respostas sociais, foram criados serviços inovadores no âmbito do serviço de apoio domiciliário, quer no tratamento à demência quer nos cuidados paliativos. Na demência surgiu o projeto pioneiro de apoio domiciliário através de uma equipa - composta por psicólogos, neurologista, enfermeiros e uma animadora sociocultural e auxiliares- preparada a intervir nas várias áreas. O objetivo é providenciar melhor qualidade de vida no conforto da casa de cada utente. “O balanço é mais do que positivo. Nestas situações não há uma cura possível, mas temos conseguido desacelerar o agravamento da doença”, esclareceu o provedor. Quanto aos cuidados paliativos, criou-se o projeto do Planalto Mirandês, inicialmente financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian e atualmente suportado financeiramente pelos municípios de Miranda do Douro, Vimioso e Mogadouro. Este projeto consiste no apoio domiciliário a doentes nesta situação. “Quando queremos dar dados deste projeto dizemos apenas que há uma elevada percentagem cerca de 70 por cento de pessoas que morrem em casa, no seu conforto, no seu lar, com os filhos ao lado”, elucidou João Henriques.
Desafios constantes Apesar dos sucessos que esta instituição tem alcançado, fruto de uma gestão exímia
João Henriques, provedor
e rigorosa, existem vários desafios entrepostos pela realidade do interior. O provedor, João Henriques, remete para as dificuldades vividas nestas instituições, lançando o desafio aos governantes de olhar com atenção para as carências sociais do interior. “Não se podem tratar coisas diferentes da mesma maneira. Os nossos serviços domiciliários dão resposta a 130 pessoas. Diariamente fazemos 1.330 quilómetros, o equivalente de uma viagem diária de Mogadouro até Paris para proporcionar este serviço e do Estado recebemos o mesmo valor em termos de acordos de cooperação que recebem outras instituições que percorrem apenas um qilómetro para fazer o mesmo serviço. Acresce ainda o problema das pensões dos idosos do distrito de Bragança, que são cerca de metade da média nacional. De salientar que a mensalidade que o utente paga é apenas uma parte da sua pensão e dado que o valor que cada idoso do Distrito de Bragança é metade da média nacional, significa que as instituições do interior são duplamente penalizadas. É uma coisa que tem de se resolver, sob pena, de estas instituições, que são a base da economia local do interior, desaparecerem, e arrastarem ainda mais o interior para a desertificação”.
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HEARTGENETICS
UTILIZAR A GENÉTICA PARA O SEU BEM-ESTAR
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uando o primeiro genoma humano foi sequenciado em 2003, foi anunciado que o mundo entrava numa nova era: a informação genética estaria acessível a todos. A promessa incluía o diagnóstico de inúmeras doenças e a definição de ferramentas para a sua prevenção. A revolução, no entanto, foi mais lenta do que o previsto. Partindo de uma realidade restrita a cientistas, os testes genéticos foram entrando aos poucos na prática clínica, para diagnóstico. No entanto, o valor que reside nos dados genéticos é muito mais vasto, uma vez ultrapassada a complexidade da sua interpretação e o custo da sua aquisição. Os avanços tecnológicos da última década vieram permitir que estes custos de aquisição tenham diminuído ao ponto de ser possível a realização de estudos alargados de associação entre os dados genéticos e características individuais. Esta imensidão de dados acelerou o desenvolvimento de ferramentas computacionais com a capa-
cidade de transformar estes dados em conhecimento, com um enorme impacto na área da saúde, bem como em outras áreas associadas ao bem-estar. Na área do bem-estar, o grande objetivo não é o mesmo que na clínica: pretende-se utilizar os dados do genoma que predispõem cada indivíduo para um conjunto de características físicas e comportamentos, com o propósito de transformá-los em conhecimento que pode ser utilizado para a gestão de um bom estado de saúde. Descobrir o nosso caminho, o nosso verdadeiro potencial, foi sempre um grande desejo da humanidade. Ter acesso a mais conhecimento sobre nós próprios é determinante para a realização desse desejo. A HeartGenetics é uma empresa portuguesa que tem como objetivo utilizar a informação genética para melhorar a saúde de todos. Detentora de uma rara combinação de competências, com reconhecimento internacional, em biologia molecular, genética, informática e inteligência artificial,
a HeartGenetics consegue extrair dados genéticos de uma simples amostra de saliva e gerar, de forma totalmente automática, um relatório com informação para o dia a dia e de fácil interpretação. Na HeartGenetics, adiciona-se inteligência aos dados da genética por forma a que estes possam ser usados na promoção da saúde e bem-estar. Desta forma, a genética deixa de ser um destino, passando a ser uma ferramenta de apoio ao desenho do nosso destino. Após vários anos na área da genética cardiovascular, a empresa decidiu inovar nesta área emergente do bem-estar, como é exemplo a área da genética do desporto e da nutrigenética. Esta última analiza o efeito das diferenças genéticas existente entre indivíduos na resposta a nutrientes ou outros compostos alimentares. Mais do que detetar potenciais complicações de saúde, a HeartGenetics aponta um rumo para que possamos aproveitar o nosso potencial para sermos mais saudáveis. Utilizando uma estratégica de análise de dados sofisticada e alinhada com as recomendações propostas por vários projetos internacionais, como é o caso do projeto Food4Me, a HeartGenetics desenvolveu soluções baseadas em evidência científica por forma a garantir transparência e recomendações cientificamente sólidas aos seus utilizadores. Não há melhor treinador do que o nosso corpo, como aponta a solução MyFitnessGenes®, e não há melhor plano alimentar do que aquele aceite pelas nossas células, e que se revela na solução MyNutriGenes®. Estas novas soluções da HeartGenetics já ajudaram milhares de pessoas a ganhar uma motivação renovada para superar a doença e apostar em comportamentos mais saudáveis.
www.heartgenetics.com Biocant Park, Núcleo 04, Lote 4A 3060-197 Cantanhede Portugal novembro 2018 Revista Business Portugal | 111
ASSOCIAÇÃO DE SOCORROS MÚTUOS DE S. MAMEDE DE INFESTA
PLURALIDADE DE SERVIÇOS ALIADA À RESPONSABILIDADE SOCIAL Atentos às necessidades da comunidade, a Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede de Infesta desempenha um papel social indispensável à região. A Revista Business Portugal, em conversa com Manuel Correia da Silva, presidente da direção e Olga Silva, secretária do conselho de administração, foi perceber o que faz desta instituição uma corporação de renome.
Manuel Correia da Silva e Olga Silva, presidente da direção e secretária do conselho de administração
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Associação e o apoio à comunidade Surgiu como um gabinete de enfermagem e, mais tarde, a necessidade e o desejo de oferecer o melhor aos moradores da região, fez nascer a Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede de Infesta. Antes era conhecida como uma instituição fúnebre e hoje desenvolve o atendimento social e médico nas mais diversas esferas e de uma forma comprometida e prática. De momento, o serviço médico é aquele que tem mais demandado e também o que mais se tem expandido, passando pela área da cardiologia, fisioterapia, bem como exames de ecografia, encefalogramas e outras vertentes. “Neste momento, o que temos são todas as especialidades da área de saúde. Trabalhamos com as credenciais dos conhecidos P1 dos Centros de Saúde, temos acordo com a ARS do Norte – Administração Regional de Saúde – em que podemos prescrever exa-
R. Henrique Bravo 6517 4465-241 São Mamede de Infesta Tlf.: 22 901 0549
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mes aos utentes que utilizam os nossos serviços. Assim, atendemos também, pessoas não-sócios”, explicam-nos Manuel Correia da Silva e Olga Silva.
Ser sócio A verdade é que o papel da associação é oferecer o melhor à comunidade: aos sócios que rondam os 14 mil, mas também, aos não sócios que os procuram. Um trabalho que facilita a vida de todos e que, sem sombra de dúvidas, têm desempenhado muito bem. O número elevado de associados não invalida a necessidade de otimizar os serviços da Associação de Socorros Mútuos de S. Mamede de Infesta. De acordo com os entrevistados, é preciso dinamizar e divulgar ainda mais e os apoios têm de permanecer, pois são fundamentais. De modo a colaborar com os associados, são efetuados protocolos com outras instituições. “A maior parte das pessoas, quando procuram uma associação, perguntam logo quais são as regalias”, confessam-nos. Os
direitos passam pelos descontos nos diversos serviços e o subsídio fúnebre. Já os requisitos são a cota mensal e uma joia de inscrição. Estes apoios, para os interlocutores, são indispensáveis visto que noutras situações o apoio estatal não é suficiente, daí a necessidade de protocolos com preços especiais. Assim, fidelizam mais clientes ao mesmo tempo que contribuem para com as suas necessidades. ‘Juntos somos mais fortes’ é a frase de Olga Silva no que toca ao futuro da Associação. A entrevistada acredita que a união entre muitas instituições contribui para a expansão da corporação. Para o futuro, visionam reutilizar e ampliar instalações. O projeto passa pela utilização de um espaço para o apoio continuado e fisioterapia, de modo a atender às necessidades de toda a comunidade local.
ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA FAMILIAR DE ESPINHO
“ESTAMOS AQUI PARA SERVIR A NOSSA COMUNIDADE” A Familiar de Espinho é uma associação mutualista que apoia os seus sócios em diversas vertentes. Com uma presença secular na região, tem vindo a ganhar uma nova relevância através dos seus serviços clínicos e de farmácia mutualista. Foi nas palavras do presidente da direção, José Almeida, que conhecemos uma instituição que trabalha constantemente para oferecer o melhor à comunidade de Espinho. Vantagens dos associados
José Almeida, presidente da direção
É
preciso voltarmos aos tempos da monarquia para contar a história da Familiar de Espinho. Foi criada em 1894 com as raízes mutualistas de satisfazer necessidades sociais dos sócios e familiares. Na época, a maior dificuldade incidia nas comemorações fúnebres da comunidade. A economia da região era debilitada e as famílias não conseguiam enterrar dignamente os seus entes queridos. Com o objetivo de ajudar nesta contrariedade e dar às famílias uma maior dignidade em momentos tão delicados, um grupo de espinhenses preocupados com o bem-estar social da população ergueu a Espinho Familiar. Para além do subsídio de funeral começou a abranger também a assistência médica e medicamentosa e subsídios de desemprego e de prisão. 121 anos depois, a história desta associação continua com novos contornos devido à aposta recente nos serviços clínicos e farmacêuticos. “No concelho de Espinho, somos os únicos com estas modalidades. Na altura foi uma situação difícil, era uma aposta de risco, mas tínhamos espaço e fomos à luta”, começou por nos contar o presidente. A aposta nestes serviços iniciou-se em 2012 depois de mais de 10 anos a lutar contra as burocracias, mas seis anos depois, o balanço é evidentemente positivo.
Situada no coração da cidade, a Familiar de Espinho dispõe dos seus serviços num espaço único. A farmácia e os serviços clínicos complementam-se e oferecem aos mais de 4.000 sócios uma oferta distinta a custos muito reduzidos. Na farmácia, para além dos medicamentos a baixo custo, estão disponíveis os testes bioquímicos, a administração de medicamentos e injetáveis, os rastreios de diabetes, hipertensão, entre outros serviços regulares que este tipo de unidade oferece. Na clínica a oferta inclui várias vertentes: dentária, medicina geral e familiar, dermocosmética, nutrição dietética, osteopatia, fisioterapia, podologia, geriatria, cessação tabágica, ortopedia, rastreios auditivos e visuais e serviços de enfermagem. Todas estes serviços destacam-se pelo acompanhamento constante e a proximidade ao utente, razões mais que suficientes para fazer justiça aos módicos 2.5 euros mensais de quota de sócio. Para além destas valências, a Familiar de Espinho oferece descontos aos seus sócios (através de protocolos) noutros serviços. Destacam-se os descontos jurídicos, na utilização das piscinas e em livrarias, com descontos para livros e materiais escolares.
“Estamos aqui para servir a comunidade” Continuar a trabalhar
Para o futuro, José Almeida, desvenda novas ambições: “queremos requalificar a parte de cima do nosso edifício, para complementar os serviços clínicos, principalmente as áreas de fisioterapia, osteopatia e de ortopedia”. Apesar dos projetos e do balanço positivo da aposta recente da instituição, o presidente não deixou de esconder a maior ambição: “estamos aqui para servir a comunidade, queremos que a comunidade entenda a nossa mensagem e com isso angariar mais sócios”.
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DREAM GYM
A AFIRMAÇÃO DE UM ESTILO DE VIDA Há 15 anos que o Dream Gym abriu as portas em plena marginal da cidade de Vila do Conde. Sérgio Fonseca é o mentor deste projeto, que representa a sua vida profissional e o seu gosto pela arte do culturismo. Para o empresário e ex-atleta de alta competição, o futuro passa por desmistificar esta modalidade e promover a prática de exercício físico.
Sérgio Fonseca, administrador
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atural de Vila do Conde, Sérgio Fonseca desde cedo percebeu que a sua vida passaria pela prática da musculação. Com 18 anos iniciou os treinos e aos 19 anos tirou o primeiro curso de musculação na Maia. Volvidos quatro anos, o empresário resolveu abrir o ginásio Dream Gym, onde materializou o sonho de uma vida. “Nessa altura já estava na vertente da competição, e comecei a seguir alguns atletas. A minha primeira vez em alta competição aconteceu no Smart Body, em 2005, no qual fiquei em segundo lugar a nível nacional”, recorda Sérgio Fonseca. Com a abertura do ginásio, começou uma nova fase na vida
profissional do empresário, que se focou na preparação de atletas na prática de culturismo, o que se mantém na atualidade, como nos explica: “esta parte é muito importante para mim, é algo de que eu gosto. Sinto uma grande motivação nesta área, em tudo o que envolve a preparação do treino, da nutrição e da componente psicológica junto dos atletas. Desde essa altura que os resultados têm aparecido, como a conquista por parte de um dos atletas do Campeonato Nacional Júnior e o segundo lugar no Campeonato Ibérico de Culturismo”. Para além de competidores portugueses, Sérgio Fonseca também trabalha com atletas em Espanha, França (Cannes), Irlanda e Luxemburgo. Embora em Portugal, o culturismo ainda seja olhado com alguma desconfiança, muitas vezes por mera falta de informação, já existem profissionais desta modalidade. Para
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quem não está familiarizado, o culturismo tem como objetivo trabalhar o corpo, dando-lhe formas harmoniosas, sobressaíndo o aumento da massa muscular. “É uma forma de estar na vida, porque praticamente não privamos com a sociedade. Temos hábitos de vida e alimentação diferentes, com horários muito próprios, treinos intensos e uma alimentação muito controlada. Tudo isso à custa de muito esforço, dedicação e sacrifício, para alcançarmos o físico apresentável para a competição. No fundo, lutamos para ser melhores atletas e reconhecidos perante a sociedade”, salienta Sérgio Fonseca. Com mentalidades tão díspares entre Portugal e Espanha, esta é uma modalidade ainda com um longo caminho para percorrer em relação à mudança de mentalidades. “Penso que se devia criar seminários ou congressos, onde um especialista da área falasse de musculação sem tabus, de forma a conseguir transmitir o nosso estilo de vida. Outra das medidas poderia passar por instalar um pequeno ginásio na praia que promovesse a prática de exercício, uma das formas de alertar a população para a prática de desporto”, sublinha o empresário. Na ótica de Sérgio Fonseca, a ligação entre os médicos e os profissionais de exercício físico também deveria ser mais estreita, valorizando a saúde e o bem-estar das populações. Quanto ao futuro, Sérgio Fonseca espera mais 15 anos de sucesso. “Quero que os meus atletas atinjam bons resultados, o que para mim será um enorme orgulho e reconhecimento do trabalho desempenhado”, termina. Avenida Infante Dom Henrique 550 4480-670 Vila do Conde dreamgym.pt@gmail.com www.dreamgym.pt
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