Revista Business Portugal Edição de Novembro 2021

Page 1

Nov.

BIOJAM HG

“Almejar outros mercados para além de Portugal e Espanha” Carlos Monteiro, CEO e Augusto Costa, Dir. Técnico

ESPECIAL SAÚDE | TRANSFORMAÇÃO DIGITAL | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 1


2 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


UM HOMEM E UM LÍDER MOVIDO PELA PAIXÃO E OUSADIA

“Um homem com paixão pela vida, um empresário dinâmico e ousado, um líder carismático com grande visão. José Ferreira Pinto cedo se tornou protagonista da sua própria história, com os pés assentes no chão, mas com os olhos nas estrelas. Não havia limite para os seus sonhos. Pensando fora da caixa, vendo em cada obstáculo uma oportunidade, José Ferreira Pinto conseguiu criar um grupo empresarial que, hoje, é uma referência na indústria do calçado. Prestes a completar 80 anos de vida, partilha, em entrevista, momentos e histórias, sonhos e concretizações de uma vida que teve sempre como grande pilar a família”

José Ferreira Pinto, Presidente da Procalçado, SA

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 3


O ELO DE LIGAÇÃO ENTRE O SER HUMANO E O SEU MELHOR AMIGO 4 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


ÍNDICE

Nota de boas-vindas...

Novembro 2021

15

ESPECIAL SAÚDE

35

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

O mundo empresarial, como o conhecemos hoje, não se define apenas como um mercado competitivo. É necessário ser, particularmente, inovador e primar pela diferença. A capacidade de resiliência das organizações é o indicador que mais se tem destacado e aquele que vai prevalecer como ponto-chave para o futuro das organizações. É impreterível que as empresas apostem cada vez mais na diferenciação dos produtos e serviços, investindo na qualidade, inovação e numa estratégia de comunicação que espelhe a sua visão. Nesta edição de novembro, a Revista Business Portugal continua a seguir o seu propósito de destacar empresas e empresários que têm mostrado a capacidade de adaptar o seu modus operandi, estratégias e modelo de negócios e, simultaneamente, os seus produtos e serviços de excelência, o amplo know-how dos seus profissionais e a aposta clara numa cultura orientada para a qualidade, inovação e satisfação das necessidades do cliente. Ser o parceiro de comunicação de referência das empresas é um grande orgulho e o impulso para continuarmos!

48

LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

Fernando R. Silva

FICHA TÉCNICA Editor/Propriedade: AFARS | Redação e Publicidade: Rua Raimundo de Carvalho, 64, 1º andar - Sala C, 4430 -184 V N Gaia | Diretor: Fernando R. Silva | E-mail: geral@ revistabusinessportugal.pt/Comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt/Redação: redacao@revistabusinessportugal.pt | Telf: 223 700 510 | Distribuição: Gratuita com o jornal Diário de Notícias | Dec.regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID Depósito Legal: 374969/14 Nº Registo ERC 126515 Impressão: YellowMaster | Avenida João Azevedo Coutinho nº643, 2755-101 Parede Estatuto Editorial: Disponível em www.revistabusinessportugal.pt/estatuto-editorial Periodicidade: Mensal Novembro 2021

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 5


BREVES

5G é peça essencial na transformação digital O potencial das redes de nova geração permitirá às empresas inovar nos seus modelos de negócio de uma forma nunca antes vista. Poucos serão os sectores que não serão tocados pelas possibilidades acrescidas da quinta geração móvel.

Ensino superior: número de bolsas atribuídas quase duplica Até ao final da semana passada, tinham sido atribuídas um total de 23.747 bolsas a estudantes do ensino superior para o ano letivo 2021/2022, das quais 17.251 começaram já a ser pagas. Na mesma altura, em 2020, a Direção-Geral do Ensino Superior tinha atribuído apenas 12 mil bolsas de estudo, o que significa que o aumento registado este ano foi de 94%.

As melhores ideias nascidas em universidades portuguesas Os vencedores da quinta edição do Born from Knowledge Ideas já são conhecidos. Em destaque, entre os projetos nascidos em universidades portuguesas, estão ideias de negócios baseadas na economia circular, assim como no turismo inclusivo e nos cuidados de saúde dos idosos.

O Kia EV6 já chegou a Portugal O EV6, o novo 100% elétrico da Kia, já chegou a Portugal. A data de lançamento oficial foi a 30 de outubro e é possível escolher entre duas versões: o Air, com bateria de 58 kWh; e o GT-Line, com bateria de 77,4 kWh (capacidades úteis). As autonomias anunciadas são, respetivamente, de 398 e 528 km.

6 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Google tem mapa das ciclovias e navegação para quem anda de bicicleta em Portugal Direções e percursos que podem ser percorridos de bicicleta, assim como as ciclovias em cada zona, cidade ou região, estão disponíveis para Portugal no Google Maps. Para além da navegação, os utilizadores têm acesso a instruções e podem escolher o percurso e tipo de superfície que melhor se adequa ao seu tipo de bicicleta, experiência e capacidade física.


ARTIGO DE OPINIÃO

A HORA DA INDÚSTRIA A indústria portuguesa foi bastante afetada pela pandemia, sobretudo devido à quebra da procura externa. O volume de negócios baixou 10,9% em 2020, uma redução bastante mais acentuada do que a do ano anterior (-1%). Todavia, o indicador de confiança da indústria chegou a +1,7 pontos em maio último, o que indica que os empresários e gestores do sector fazem uma avaliação positiva da evolução da atividade industrial. Acresce que a produção industrial portuguesa registou, em julho de 2021, uma variação mensal de +3,5%. Tratou-se da 3.ª variação mais alta da UE face ao mês anterior, embora Portugal tenha sido o único Estado-membro a registar uma queda homóloga (-0,1%). Ainda assim, a indústria nacional parece estar a recuperar sustentadamente e há sectores cujas exportações podem, não só superar os resultados anteriores à crise sanitária, como atingir recordes históricos. Falo, por exemplo, dos setores da metalurgia e do têxtil, que se aproximam de um novo máximo de vendas ao exterior. Aliás, entre janeiro e junho de 2021, as exportações portuguesas registaram um crescimento de 9,5%. Mais: no 1.º semestre de 2021, as vendas ao exterior (39,7 mil milhões de euros) representaram 38,2% do PIB, uma subida de 1,5% face ao ano completo de 2020. Parece-me, pois, que a recuperação económica do país no pós-pandemia passa em boa medida pela competitividade dos sectores transacionáveis, em particular da indústria transformadora. Temos assistido, contudo, a um processo de desindustrialização das economias europeias, a que Portugal não escapou. À semelhança do que acontece nos restantes países da UE, a indústria portuguesa tem um peso no PIB inferior a 20%, quando nas décadas de 1970 e 1980 andava perto dos 30%. A partir dos anos 90 do século XX, acentuou-se a terciarização da economia nacional e houve uma contínua redução do contributo da indústria para o PIB, que estabilizou um pouco acima dos 10%. Tudo isto para dizer que Portugal e a UE devem apostar na indústria transformadora como catalisador da retoma económica pós-pandemia. De resto, a crise sanitária expôs a forte dependência das economias europeias em relação às cadeias de abastecimento globais, muito centradas na Ásia. A necessidade da Europa se reindustrializar tornou-se assim ainda mais evidente, considerando as vantagens da diversificação dos centros de produção mundiais e da consequente reconfiguração das cadeias de abastecimento. Bem sei que, apesar das expetativas de retoma mundial, a conjuntura não favorece o crescimento da indústria. O crescente custo das matérias-primas, da energia e dos fretes marítimos está a penalizar a atividade industrial na Europa e em Portugal, onde há setores com dificuldades para responder ao aumento das encomendas e que estão a abdicar das suas margens de lucro para segurarem a carteira de clientes. Não obstante todos estes obstáculos, é fundamental que não esmoreça na Europa e em Portugal a agenda da reindustrialização, consagrada quer no plano europeu NextGenerationEU, quer no PRR português. Uma Europa economicamente forte depende muito do reforço da sua produção industrial, da inovação incorporada nos seus produtos e da valorização das suas marcas. A reindustrialização não se faz da noite para o dia, mas é preciso começar a criar as bases para que isso aconteça. Neste sentido, parece-me importante aumentar as competências tecnológicas na UE,

investir na produção de matérias-primas e componentes intermédios (como os microprocessadores), melhorar a capacidade logística europeia e limitar as importações de países que não observam os padrões ambientais e sociais da Europa. No caso concreto de Portugal, é fundamental que os milhões da “bazuca” sirvam de facto para uma profunda transformação económica e social do país. Neste pressuposto, há que investir fortemente na indústria transformadora, de forma a consolidar os ganhos de competitividade internacional, intensidade tecnológica, capacidade de inovação e valor acrescentado alcançados nas últimas décadas.

Alexandre Meireles, Presidente da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 7


BIOJAM HOLDING GROUP

Carlos Monteiro, CEO e Augusto Costa, Dir. Técnico

DUAS GERAÇÕES E DUAS VISÕES

“Um único propósito sem nunca desvirtuar a nossa génese e os valores”

Carlos Jorge Monteiro, CEO BIOJAM Holding Group e Augusto Costa, Diretor Técnico explanam os fatores de sucesso desta farmacêutica 100% portuguesa e que é uma referência no mercado nacional e espanhol. Em entrevista, divulgam o trabalho que têm vindo a desenvolver em prol da saúde e bem-estar dos pacientes, sem esquecer a responsabilidade social.

8 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Apresente a BIOJAM HG e o seu universo empresarial. Dr. Carlos Monteiro (CM): A Biojam SA aparece no mercado português e espanhol para responder a uma lacuna terapêutica numa patologia oncológica muito sensível numa população onde 80% é pediátrica e adolescente. A nossa génese, expertise, exigência e compromisso de dezenas de anos no mercado farmacêutico permitiu assumir outras áreas de igual sensibilidade, não só porque os nossos parceiros nos reconheciam como diferentes na abordagem, mas também pela nossa missão e visão neste mercado. O crescimento da Biojam SA ao longo dos anos foi pensado e estrategicamente desenhado, tem uma matriz que nos orienta, e afastamos, sem mácula, os que não mostram esse registo ou pensamento. Lealdade, Crítica, Partilha/Transparência, Exigência e Compromisso, aliados à nossa génese da Inovação desde a Origem, foram e são os motores dos nossos crescimentos, quantitativos e como seres humanos. Todos, na Biojam Holding Group, nos comprometemos com um conjunto de fatores, não é só o lucro que nos move, é também a nossa intervenção cívica na relação com os outros. O nosso crescimento tem de confortar os nossos clientes internos e externos, os nossos doentes, temos de sentir que estes crescimentos são partilhados por todos.


BIOJAM HOLDING GROUP

Crescimento sustentável, inclusivo, e sempre com um registo de integração aos que nos acompanham nesta nossa jornada. De que serve crescimentos exponenciais económico-financeiros e desprovidos de uma responsabilidade atenta com um ecossistema que nos acolhe nos negócios, com as pessoas, no planeta que queremos cada vez mais sustentável. Queremos ser singulares, a conjugação de vários fatores é que determinará o nosso crescimento. Durante a pandemia, e apesar de não ser o vosso foco, adaptaram-se e tornaram-se uma referência no fornecimento de testes de diagnóstico do Covid-19, em parceria com a Pantest, a nível nacional. Refira as repercussões que sentiram com esta exposição. CM: A pandemia veio revolucionar o pensamento global, de países, de governos, de sociedades, e das empresas que não puderam, e não quiseram escapar às suas responsabilidades neste ecossistema indecifrável. Nenhuma corrente económica, financeira, sociológica, política, estava preparada para este desconhecido. O que fizemos desde o início foi proteger domiciliarmente todos os nossos colaboradores, criar condições para nos reinventarmos e dissemos afirmativamente à promoção das únicas soluções de diagnóstico desde março 2020. Eu ainda tenho o romantismo que fazer português é bom, no entanto é preciso que a nossa ainda mentalidade de país pequeno releve muitas vezes a eterna mensagem “o que vem de fora de portas é que é bom”. Foi uma mistura de pensamentos nesse romantismo que nos assola, ver a Pantest como uma realidade e uma visão muito integrada e não circunstancial e insistir na estratégia de criação de sinergias onde cada um faz o que melhor sabe fazer. A nossa exposição durante a pandemia foi notória no diagnóstico SARS-CoV-2, mas nunca descurámos ou nos desfocámos dos nossos medicamentos de contingência em ambiente hospitalar, e outros em prol dos doentes que deles necessitavam e dos médicos que deles precisavam para melhor responder em situações críticas. Não hesitámos em fazer investimentos de stocks destes em detrimento de outros pela responsabilidade que nos assolava de não falhar.

Farmacêutica de referência em várias terapêuticas, desenvolveu um produto exclusivo para os diabéticos e único na Península Ibérica. Apresente a linha AnOxident e as suas valias para estes doentes. AC: A BIOJAM associou-se aos Laboratórios TARADON no sentido de proporcionar aos diabéticos uma higiene oral utilizando produtos adaptados à sua patologia. A linha AnOxident balance dispõe de uma gama completa de produtos, desde a pasta de dentes, o elixir, o spray oral e o gel que, em conjunto, permitem garantir uma eficaz higiene da cavidade oral durante as 24 horas do dia. A nova linha de higiene oral AnOxident balance é assim uma parte essencial do plano diário de cuidados da diabetes. Os produtos foram desenvolvidos especificamente para proteger os dentes e as gengivas dos elevados níveis de glucose na saliva, que podem contribuir para os problemas orais associados à diabetes. Criou o Prémio Biojam Inovar. Em que consiste e quais os objetivos? CM: A criação do Prémio Biojam Inovar foi e é mais um contributo que queremos dar à investigação, publicação e divulgação de trabalhos científicos em algumas áreas e sempre com a gestão científica e de seleção de artigos por parte das Sociedades Médicas das especialidades onde se inserem esses prémios. Não parámos durante a pandemia e ainda no dia 15 de outubro entregámos o Prémio Biojam Inovar em Medicina Física e Reabilitação.

A BIOJAM HG é líder, no mercado Ibérico, no tratamento da Leucemia Linfoblástica Aguda. Esta doença que afeta maioritariamente crianças e jovens. A taxa de sucesso tem vindo a aumentar? Têm continuado a investigar nesta área? Dr. Augusto Costa (AC): A BIOJAM e a empresa NOVA Labs têm trabalhado em conjunto no sentido de aportar inovação ao mercado, nomeadamente na forma diferenciada de administração de medicamentos cujo seu desenvolvimento inicial se direcionou muito para a população adulta. Assim, além do medicamento para a Leucemia Linfoblástica aguda cuja população afetada é maioritariamente crianças e jovens adultos e que, por isso, necessita da dosagem do medicamento adaptada ao seu peso corporal, a investigação tem-se centrado nas demais patologias oncológicas onde as populações alvo necessitam de doses de tratamento devidamente adaptadas às suas necessidades e assim o objetivo principal tem-se focado em possibilitar um tratamento preciso e fácil para estas populações onde as normais formas sólidas orais não são solução. REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 9


BIOJAM HOLDING GROUP

10 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


BIOJAM HOLDING GROUP

A responsabilidade social e bem-estar do ser humano está patente no trabalho que têm desenvolvido, mas ousaram ir mais longe com a criação da Fundação Biojam. Apresente o trabalho desenvolvido por esta instituição. CM: Em Portugal ser mecenas sem qualquer interesse que não seja promover o bem do outro, pode ser perigoso. Existe uma ideia pré-concebida que se fazemos o bem ao próximo é porque queremos algo em troca. A Fundação Biojam não aceita fundos de nenhuma outra entidade coletiva ou individual, cada donativo que fazemos é da nossa parceria com a nossa Farmacêutica Biojam SA, ou seja, nós próprios. Apoiar crianças e adolescentes com necessidades especiais foram as nossas ações mais relevantes. Empresa 100% portuguesa e de capitais exclusivamente nacionais, certamente aposta numa equipa especializada e formada em Portugal. É fácil recrutar profissionais em áreas tão específicas como as que a BIOJAM HG trabalha? CM: Portugal oferece um património humano muito qualificado e com muita vontade de trabalhar, a Biojam HG tem muitos profissionais assim, o que Portugal não oferece são leis laborais onde a equidade de tratamento também deve proteger o empregador sobre quem não quer trabalhar e até nalguns casos “minar” e destabilizar os que o querem fazer. Devia ser revista a lei laboral.

Fundador da BIOJAM HG e CEO há mais de 30 anos, sente que está a cumprir a sua missão para com os cidadãos? Está a conseguir atingir os seus objetivos basilares que o guiaram quando fundou a sua farmacêutica? CM: Sinto que nunca se consegue o pleno dos nossos pensamentos, sonhos e objetivos, e o nosso compromisso com os cidadãos é inabalável, mas também sinto com firmeza que não envergonhamos em nada os que de nós se orgulham todos os dias. Quais são os princípios e objetivos a curto e médio prazo que traça para a BIOJAM SA? CM: O mar como pano de fundo da capa desta revista é a melhor resposta, almejar outros mercados para além de Portugal e Espanha. Duas gerações, Duas visões, Um único propósito sem nunca desvirtuar a nossa génese e os valores que nela assentam, Lealdade, Crítica, Partilha/Transparência, Exigência e Compromisso.

Trabalhar em parceria com outras empresas nacionais já é uma realidade bem aceite no mundo empresarial? CM: Diria que num mundo globalizado o “orgulhosamente só” não faz nenhum sentido, aportar outros investimentos não é de descurar sempre e quando não desvirtuem a génese do nosso pensamento estratégico e perfil, enquanto pessoas e empresa. Sejam investimentos nacionais ou não.

www.biojam.pt geral@biojam.pt +351 215 800 737

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 11


PROCALÇADO

UM HOMEM E UM LÍDER MOVIDO PELA PAIXÃO E OUSADIA

José Ferreira Pinto, Presidente

Um homem com paixão pela vida, um empresário dinâmico e ousado, um líder carismático com grande visão. José Ferreira Pinto cedo se tornou protagonista da sua própria história, com os pés assentes no chão, mas com os olhos nas estrelas. Não havia limite para os seus sonhos. Pensando fora da caixa, vendo em cada obstáculo uma oportunidade, José Ferreira Pinto conseguiu criar um grupo empresarial que, hoje, é uma referência na indústria do calçado. Prestes a completar 80 anos de vida, partilha, em entrevista, momentos e histórias, sonhos e concretizações de uma vida que teve sempre como grande pilar a família.

Sonhos e ambições: uma constante da vida José Ferreira Pinto nasceu num meio pequeno, no seio de uma família humilde, mas que lhe passou os princípios da seriedade, honestidade e ousadia que ainda hoje norteiam a sua vida. O trabalho sempre foi um valor inquestionável desde que se conhece como gente, por isso quando terminou a 4ª classe, a sua prioridade era encontrar um trabalho para poder ser alguém. Contudo, aos 12 anos percebeu que precisava de aprender um ofício e conseguiu que o acolhessem como aprendiz numa carpintaria. O espírito de trabalho e a vontade de vencer rapidamente o colocaram como responsável da oficina, onde esteve até aos 19 anos. A sua visão do mundo era muito circunscrita ao que os seus olhos conheciam, mas a ida para a tropa ajudou-o a alargar horizontes, a conhecer pessoas de várias proveniências e com diferentes percursos de vida. A experiência militar deu-lhe perspetiva e aumentou-lhe a cultura. Terminado o serviço militar, havia que recomeçar, mas a carpintaria não era o caminho que se via a fazer para prosperar, por isso procurou trabalho em São João da Madeira, polo industrial emergente, integrando a Empresa Industrial de Chapelaria, que produzia solas para o calçado. Sentindo-se realizado num casamento determinante na sua construção enquanto homem e na conquista da sua liberdade, orientado para a responsabilidade de garantir o bem-estar do seu núcleo familiar, José Ferreira Pinto assume a vida profissional com proatividade e dinamismo, o que o torna um ativo importante e diferenciador, que acrescentava valor em tudo o que fazia. A dada altura, toma conhecimento que um dos administradores da empresa abrira um armazém comercial e com a ousadia que o caracteriza, procurou-o com a proposta para que o contratasse como vendedor para o armazém recém-inaugurado. Num primeiro momento, a sua proposta foi recusada, mas passado pouco tempo foi contratado e, durante dez anos, ajudou a trilhar o caminho de crescimento da empresa.

80 anos de vida José Ferreira Pinto comemora 80 anos no próximo dia 14 de novembro. São oito décadas de uma vida cheia de histórias, memórias e vivências, que serão homenageadas com um jantar especial para 500 convidados, nos salões da Real Companhia Velha. No evento, será ainda lançado o segundo livro do aniversariante, com o título “Ferreira Pinto também é José. Um líder (também) é pessoa.” José Ferreira Pinto no início do percurso profissional 12 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


PROCALÇADO

Instalações do Grupo Forever

Cada vez mais conhecedor do mercado do calçado e desenvolvendo competências através da sua impetuosidade e vontade de saber mais, José Ferreira Pinto sentia que ali não tinha margem de progressão, por isso decidiu sair. A indemnização que lhe cabia

Marcelo Rebelo de Sousa visita o Pony Club do Porto

acabou por ser o impulso para se estabeler por conta própria com uma empresa de comercialização de componentes. A empresa foi crescendo e, volvidos cinco anos, foi convidado pelo seu antigo empregador para uma sociedade. Como lhe reconhecia capacidades e características distintivas, aceitou com o desiderato de reforçar o potencial de negócio para todos. Esta nova empresa desenvolveu-se bastante na comercialização de solas, no final da década de 1970. Até que a vida e a inquietude natural do homem empresário o incentivaram a seguir novos sonhos e novas conquistas. O projeto começou com a Forever, uma marca que hoje é responsável pela produção de solas para algumas das principais marcas de calçado do mundo. Criar oportunidades, ultrapassar adversidades Para além do empreendedorismo, José Ferreira Pinto teve arrojo, ousadia, visão, mas também paixão, colocando o coração em tudo o que fazia em prol da sua família. Um ingrediente que considera essencial para o sucesso e para a conquista contínua de novos patamares. Sempre teve um desejo de construir, sempre estabeleceu metas e ambições e a sua grande referência era Belmiro de Azevedo. Não tendo formação académica, insipirou-se na sua ousadia empresarial para traçar um caminho de sucesso. Ao mesmo tempo que comprou uma casa grandiosa, na Foz do Douro, no Porto, que se tornou o seu lar e o da sua família, começou a criar uma fábrica, na freguesia de Pedroso, em Vila Nova de Gaia. Sempre sobre o fio da navalha, na década de 80, investiu muito. Não tinha capital para erguer a Procalçado, mas a verdade é que o fez. Comprou pavilhões, depressa construiu novos e, hoje, são 15 os pavilhões que constituem esta grandiosa empresa. Precisava de espaço para albergar as máquinas que audaz ia buscar a Itália. Era imprescíndivel trazer o progresso para dentro de portas, para impulsionar o crescimento e desenvolvimento.

José Ferreira Pinto e a Esposa em visita ao Papa Franscisco REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 13


PROCALÇADO

Sola da marca Forever

Itália era um centro de inspiração para José Ferreira Pinto, onde começou a ganhar contactos e conhecimentos, uma vez que era e ainda é uma referência no sector do calçado. A vida e a liderança têm êxitos e fracassos. José Ferreira Pinto ousado, alicerçado no crédito comprou sem plano. Tal desgoverno conduziu-o a uma dívida enorme. Em 1989, o risco de falir era real, a probabilidade era intimidante. Mas nunca baixou os braços, fez a única coisa que uma pessoa com as suas características pode fazer, buscou uma solução e agiu. Procurou ajuda, estabeleceu contactos, preconizou negociações. Até que encontrou um jovem economista, ainda hoje seu consultor, que construiu um plano para que pudesse virar a página. Era necessário recentrar a sua ação e reorientar os objetivos, impunham-se mudanças e o empresário não hesitou. Vendeu a sua casa na Foz do Douro, fazendo o melhor negócio da sua vida, conseguiu vender por 1 milhão e 250 mil euros a casa que tinha comprado há 12 anos, por sessenta dois mil e quinhentos euros. A instauração de metas graduais aliada à preseverança para as atinguir conduziu-o à conquista de confiança perante a banca, que entendeu que estava perante um caso de desfasamento temporal e não de irresponsabilidade. Neste período, José Ferreira Pinto confirmou a lealdade da sua equipa, nunca perdendo a confiança dos que o rodeavam. Ultrapassou adversidades para salvar o projeto, a equipa, a empresa. Mesmo quando as coisas se tornaram mais exigentes, manteve-se forte e confiante, porque a sorte protege os audazes. Num espaço de nove meses conseguiu dar a volta e prosseguir no trilho do crescimento. É com orgulho que fala desta proeza empresarial que chegou a constituir caso de estudo

para um estudante de doutoramento da Universidade Católica Portuguesa. José Ferreira Pinto preconizou uma recuperação exemplar, aprendeu com o fracasso e demandou o sucesso.

Moinho a transformar borracha 14 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


PROCALÇADO

Crescimento e desenvolvimento: uma nova era O filho José Pinto, presente na história da Procalçado desde os seus 25 anos, imbuído do espírito de inovação e com um olhar atento aos mercados, acompanhava o pai às feiras internacionais e, cada vez mais ambientado com a indústria, começa a acrescentar as suas próprias propostas e valor à empresa. Precisavam de novos desafios e respostas diferenciadas. Ousaram ir para além dos componentes, procurando produzir calçado, mas sem concorrer com os seus próprios clientes. A criatividade e o entusiasmo do filho aliados à experiência, dinâmica e capacidade de operacionalização do pai, pavimentaram um novo rumo com a experimerimentação e criação de protótipos, num primeiro momento, que deram origem à WOCK, em 2008 e, mais tarde, em 2013, à Lemon Jelly. A primeira vocacionada para o sector profissional, assegurando o bem-estar e conforto de quem trabalha e a segunda completamente direcionada para o segmento moda, assente na criatividade, inovação e tecnologia. Hoje, a Procalçado é uma das empresas europeias líderes na indústria do calçado. O projeto começou com a Forever, há quase 50 anos, produzindo solas para as maiores marcas europeias de calçado. Hoje, fabrica milhões de solas e componentes de calçado para marcas conceituadas de todo o mundo e exporta para dezenas de países, tendo no entanto, grande foco na Europa. Destaque ainda para outras empresas lideradas por José Ferreira Pinto, nomeadamente, o Pony Club do Porto, o Horto Jardim Silvestre, a Cimoger – Sociedade Imobiliária, a FE – Gestão de Investimentos e a Fundação Forever. Artigos Lemon Jelly

Unidade de produção

Artigo Wock

www.procalcado.com

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 15


16 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


Especial Saúde

Nov.

MERCK Portugal Pedro Moura Diretor-Geral

SAÚDE DA VISÃO | DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL REVISTA MÊS DE CONSCIENCIALIZAÇÃO DA SAÚDE MASCULINA | DOENÇAS DABUSINESS PELE PORTUGAL // 17


MERCK PORTUGAL

UMA EMPRESA VIBRANTE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Pedro Moura, Diretor-Geral

Na voz do Diretor-Geral Pedro Moura, a Merck Portugal assume-se como uma empresa vibrante de ciência e tecnologia que se distingue pela sua crença na ciência como força do bem e pela curiosidade como alavanca do progresso e desenvolvimento humano, sempre com um único propósito: fazer uma diferença positiva na vida de milhões de pessoas. A curiosidade e a colaboração são características que se prolongam nos 353 anos de história da Merck e pilares para o crescente sucesso e reconhecimento. Pedro Moura, Diretor-Geral desde 2017, considera um privilégio representar uma organização “absolutamente única” e que se assume como uma empresa “vibrante de ciência e tecnologia”, depositária de muitas especificidades e diferenças face a outras companhias. É a empresa farmacêutica e química mais antiga do mundo; cerca de 70% do capital pertence ainda à família fundadora, que se faz representar pela 13ª geração; e faz coexistir, na sua plenitude, as áreas de Healthcare, Life Science e Eletronics. Desenvolvimento de produtos e serviços para o bem comum Perseguindo sempre o propósito de fazer uma diferença positiva na vida de milhões de pessoas, a Merck descobre e desenvolve produtos e serviços através da aplicação de conhecimentos interdisciplinares nas áreas de Helthcare, Life Science e Electronics, pilares que resultam na criação de sinergias que a distinguem dos demais. No que concerne à área de Life Science, a Merck fornece as ferramentas laboratoriais para concretizar o desenvolvimento nas áreas de research and development, numa imprescindível cooperação com as principais comunidades científicas, académicas e do meio da biotecnologia e da farmacêutica. Objetivos de um sector de negócio que completam a missão da área de Healthcare, a qual assenta em três grandes pilares: • Ajudar a criar vidas, sendo uma empresa líder no tratamento de infertilidade que já ajudou a nascer mais de quatro milhões de bebés a nível mundial;

18 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

• Ajudar a melhorar a qualidade de vida de doentes, com foco nas patologias relacionadas com hipertensão, insuficiência cardíaca, diabetes, “as grandes pandemias na saúde”, atuando também na área dos distúrbios da tiróide e da hormona de crescimento, bem como na esclerose múltipla, na qual detém uma longa experiência; • Prolongar a vida de outros doentes, através de medicamentos na área da onoclogia e imuno-oncologia. A ciência e a tecnologia também estão presentes, nomeadamente, na relação que a Merck estabelece com várias instituições relevantes no sector da saúde, potenciando a criação de soluções inovadoras e necessárias. Hoje, resultado também da pandemia da Covid-19, assistimos a uma exponenciação da transmissão e do armazenamento de dados e, para tal, são precisos semi-condutores para os armazenar e distribuir. Tratam-se de mecanismos mais eficientes do ponto de vista energético e eficazes na transmissão, “cada vez mais desenvolvidos”. Para além dos semi-condutores, a área de Eletronics desenvolve também pigmentos, tintas, chips e cristais líquidos, usados em áreas distintas, como a indústria automóvel, arquitetura e cosmética. Pedro Moura não tem dúvidas de que o conhecimento das doenças só se aprofunda se existirem mentes curiosas, característica e “força motriz do progresso e desenvolvimento humano”, presente no ADN da Merck, e que esta partilha com os parceiros, crescentes, de entidades e comunidades de investigação científica em Portugal, “amplamente reconhecidas pelo mérito, competência e resiliência”, como o Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica e o Instituto Gulbenkian de Ciência.


MERCK PORTUGAL

Dia Nacional do Cuidador Informal Há em Portugal um número crescente de cuidadores informais cujas necessidades têm sido negligenciadas e, nesse sentido, a Merck assinalou o Dia Nacional do Cuidador Informal, 5 de novembro, em conjunto com o Movimento Cuidar dos Cuidadores informais e respetivos representantes das 30 associações de doentes constituintes, com uma campanha de sensibilização, que alerta para a magnitude do problema. O ”Movimento Cuidar dos Cuidadores Informais”, ouve, percebe, suporta e trabalha em conjunto com os cuidadores, para perceber as reais necessidades.

“A Merck Portugal constrói, Desafios futuros: desenvolvimento de fármacos potenciados através do contributo de Biomarcadores A Merck Portugal constrói, diariamente, um futuro assente na melhoria da vida das pessoas, desenvolvendo produtos e tecnologias que constituem um importante contributo para a resolução de problemas globais. Neste sentido, e mais concretamente na área de Healthcare, o Diretor-Geral aponta para a criação de soluções de tratamento em áreas responsáveis pelo prolongamento da vida (imuno-oncologia e oncologia) e melhorar a qualidade de vida na área de imunologia ligada à esclerose múltipla. No que diz respeito à oncologia, a Merck tem-se focado na construção de uma medicina personalizada (que maximiza os efeitos terapêuticos e minimiza os efeitos secundários, não expondo a tratamento doentes que dele não vão beneficiar ou em que os custos superam os benefícios) e, para tal, importa considerar os biomarcadores, que indicam o tipo e evolução da doença e são fundamentais no desidrato de uma medicina cada vez mais personalizada e virada para o doente, porque “mais do que ter o doente no centro do projeto, é importante ouvir, perceber as suas necessidades e estar ao seu lado, na oferta de soluções”. Depois de uma larga experiência na gestão de equipas multidisciplinares e de um longo percurso de mais de três décadas na indústria farmacêutica, Pedro Moura orgulha-se de liderar uma equipa que está unida por um propósito comum, “As One for Patients”.

diariamente, um futuro assente na melhoria da vida das pessoas, desenvolvendo produtos e tecnologias que constituem um importante contributo para a resolução de problemas globais ”

www.merckgroup.com/pt-pt

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 19


SAÚDE DA VISÃO | GLAUCOMA

APRENDA TUDO O QUE PRECISA SABER SOBRE O GLAUCOMA

J. Salgado-Borges, Médico e Cirurgião Oftalmologista Diretor da Clinsborges e Embaixador em Portugal do TFOS (Tear Film & Ocular Surface Society)

O glaucoma é uma patologia que atinge o nervo óptico, estrutura fundamental para a transmissão dos estímulos visuais ao cérebro. Na maioria dos casos o glaucoma surge associado a uma elevação da pressão intra-ocular e/ou uma alteração circulatória do nervo óptico. No interior do olho produz-se constantemente um líquido, o humor aquoso. Este líquido proporciona a tonicidade adequada ao globo ocular e deve existir um equilíbrio perfeito entre a sua produção e o seu escoamento. Um aumento persistente na resistência à saída do humor aquoso leva a um aumento da pressão intra-ocular que poderá conduzir a uma destruição progressiva da camada de fibras nervosas da retina e consequente dano irreversível ao nível do nervo óptico, ainda que não sejam ainda conhecidos com exatidão os mecanismos de lesão no glaucoma e devam provavelmente estar implicados fatores adicionais. Sintomas do Glaucoma Na forma mais comum geralmente não surge nenhum tipo de sintomatologia que previna o doente do início do glaucoma, pelo que maior importância assume a sua deteção através do controlo periódico da pressão intra-ocular e do exame do fundo de olho, por forma a iniciar-se precocemente o tratamento. Os sintomas quando presentes devem-se a pressão intra-ocular já muito elevadas ou a picos transitórios de hipertensão ocular e são inespecíficos manifestando-se sob a forma de dor de cabeça, halos corados à volta das luzes, visão esborratada, etc. À medida que o glaucoma avança produz-se uma perda progressiva do campo visual que durante muito tempo não é percebida pelo paciente, só o sendo nos estados terminais da doença glaucomatosa, altura em que apenas se conserva uma pequena zona ou ilhota central de visão e em que finalmente o paciente começa a sentir uma diminuição de visão e a ter uma notória alteração da qualidade de vida. Exames Complementares para diagnóstico do Glaucoma Existem diversos exames complementares necessários para efetuar o diagnóstico de glaucoma. Um muito simples e que deve ser realizado periodicamente a partir dos 40 anos é a Tonometria. Este exame consiste na medição da pressão intra-ocular utilizando

20 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

na maioria dos casos o Tonómetro de Aplanação ou de Goldman, que é muito preciso e um dos que oferece resultados mais fiáveis. Considera-se “normal” uma pressão que oscile entre 10 e 21 mm Hg. Nos casos em que há já doença glaucomatosa podem ser necessários níveis de pressão mais baixos, sendo o oftalmologista quem deverá determinar qual o valor pressão-alvo a atingir de acordo com a situação clínica particular de cada paciente, por forma a alterar o ritmo de progressão da doença. Outro exame importante é o estudo do fundo ocular através da Oftalmoscopia ou Retinografia; permite avaliar o estado das fibras nervosas e do disco óptico. Este estudo pode ser feito com vantagem pelo OCT (Tomografia de Coerência Óptica), um exame não invasivo que permite ver e medir, com grande resolução, as estruturas do fundo do olho. Uma das provas mais importantes para o diagnóstico e seguimento do glaucoma é a avaliação dos campos visuais através da Perimetria Computorizada. Com estas tecnologias podemos detetar e quantificar alterações anatómicas e defeitos da sensibilidade luminosa visual em diferentes áreas do campo visual. Com a informação obtida podemos classificar os doentes glaucomatosos e escolher o esquema de tratamento mais adequado. Tratamento do Glaucoma Atualmente o tratamento destina-se apenas a reduzir o valor da pressão ocular. Geralmente o tratamento inicial é médico, com gotas (colírios) que o doente deve instilar diariamente e sem interrupção de modo a conseguir valores tensionais adequados. Em certos casos pode fazer-se complementarmente, a Trabeculoplastia com Laser de Árgon ou Trabeculopastia Selectiva. Com esta técnica consegue-se num número significativo de casos diminuir a pressão intra-ocular. Com o Laser Argon ou Yag podem também ser realizadas iridotomias periféricas ou iridoplastias, muito eficazes em determinados tipos de glaucoma. Quando a pressão não se controla adequadamente com colírios, laser ou a combinação de ambos é necessário recorrer à cirurgia. A técnica mais utilizada é a Trabeculectomia, que consiste na criação de uma via de drenagem do humor aquoso para o espaço sub-conjuntival. Os resultados geralmente são bons, conseguindo-se uma normalização da tensão ocular com o recurso ou não ao tratamento médico adicional, mas tem que ser mantida uma vigilância periódica dos seus efeitos.A técnica cirúrgica tem evoluído significativamente, tendo surgido técnicas menos invasivas e com um melhor perfil de segurança, de que são exemplo as técnicas não penetrantes como a esclerectomia profunda ou técnicas que visam alterar o sistema de drenagem, como a canaloplastia. Por fim, as terapias genéticas e neuro-protectoras, são também alternativas muito promissoras e complementares às que dispomos nos dias de hoje.


TEM OLHO SECO? Já experimentou outras lágrimas artificiais e continua a sentir desconforto? TES SERVAN SEM CONTIVEL COM 1 COMPA CONTATO DE LENTES

+

+

SOLUÇÃO EXISTE UMA ENTE MAIS INTELIG ER PARA MANT O A HIDRATAÇÃ

Cationorm® é diferente das outras lágrimas artificiais:

+

Tecnologia catiónica única (com carga positiva) que se une à superfície ocular (que tem carga negativa) para manter a hidratação durante mais tempo

Única lágrima catiónica em nanogotas que atua nas 3 camadas do filme lacrimal e que pode ser utilizada em todos os tipos de olho seco * Estudo comparativo com solução de hialuronato de sódio a 0,18%. 1. Instruções de Utilização de Cationorm®.

Encontre Cationorm na sua Farmácia! Para obter mais informações, pode contactar a Santen Pharmaceutical Spain. S.L. - medinfo@santen.pt - www.santen.pt REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 21 Cationorm é um dispositivo médico. Aconselhamos a ler as instruções de utilização e a rotulagem antes da sua utilização.

PP-CATION-PT-0031. dezembro 2020

+

Atua de forma mais rápida e consegue maior alívio de sintomas (sensação de areia, ardor, picada) do que com colírios de ácido hialurónico*


DIA MUNDIAL DA SAÚDE MENTAL | SAÚDE MENTAL: UMA ABORDAGEM CADA VEZ MAIS URGENTE

SAÚDE MENTAL: UMA ABORDAGEM CADA VEZ MAIS URGENTE

Sara Barros – Country Manager da Lundbeck

A Lundbeck é uma companhia farmacêutica global empenhada em melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem com doenças psiquiátricas e neurológicas. Este é o nosso compromisso e há mais de 100 anos que nos dedicamos à investigação, desenvolvimento, produção, promoção e comercialização de medicamentos direcionados para doenças como a depressão, a ansiedade, a esquizofrenia, Doença de Alzheimer e Parkinson, entre outras. A permanente investigação e procura de soluções para melhorar a vida dos doentes que vivem com doença mental e do cérebro tem estado presente ao longo do nosso tempo de atividade. Somos, por isso, a única companhia farmacêutica no mundo que se dedica exclusivamente a estas doenças. Atualmente existem mais de 3 mil milhões de pessoas que vivem com doenças do foro mental e isto reforça a importância de continuarmos a apostar no desenvolvimento de terapêuticas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e criar uma maior aceitação social destes doentes. Desde o ano passado que entrámos numa pandemia mundial que, para além de nos colocar a todos à prova com uma nova forma de viver, veio evidenciar e trazer para discussão pública a problemática da saúde mental. Com este cenário a saúde mental ganhou assim o seu palco, um palco muito importante e que devolveu a relevância a este assunto que até então era alvo de vergonha por parte de muitos. Neste sentido, reforçamos a nossa missão de continuar a apostar e investir em terapêuticas médicas transformadoras, que capacitem os doentes e promovam o seu desenvolvimento de forma a que possam ter projetos de vida como qualquer outra pessoa. A área da saúde mental tem ainda muito por onde crescer em Portugal. Consideramos que tem havido muita falta de investi22 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

mento nesta área e que há muita coisa que pode ser feita e que pode contribuir para criar condições para melhorar os cuidados destes doentes e apoiá-los na sua jornada. Hoje em dia é importante referir que o acompanhamento médico é essencial e que o tratamento para estas patologias tem tido progressos muito significativos, quer em termos de eficácia, quer em termos de segurança e que os doentes já podem ambicionar o controlo eficaz da sua doença e recuperar o seu funcionamento. Outra das nossas missões, é contribuir para o aumento da literacia em saúde e desmistificação de alguns mitos. As terapêuticas atuais para as doenças do foro psiquiátrico devem ser olhadas como uma terapêutica para qualquer outra patologia. É urgente que exista uma consciencialização para estas questões por parte também do Estado. Reforçamos, no entanto, que tem sido feito um esforço através de mecanismos como o Programa Nacional para a Saúde Mental e também com outras ações que têm contribuído para que se construa um caminho contínuo e de melhoria. A Lundbeck é, também, uma empresa signatária do Pacto das Nações Unidas e como tal, acentuamos o nosso foco na sustentabilidade, procurando reduzir os impactos negativos da nossa atividade, mitigando os riscos do negócio e respondendo aos desafios sociais com que nos deparamos. É exatamente com este propósito em mente, o de assegurar a sustentabilidade, que traçamos a nossa estratégia e estamos empenhados diariamente, em cumprir os Princípios deste Pacto Global, contribuindo para seis dos seus dezassete objetivos. Como principal foco encontra-se a saúde e bem-estar que, está inteiramente ligado ao nosso compromisso e à recuperação da saúde mental e do cérebro, que tanto contribui para este objetivo. Estamos ainda plenamente conscientes de que o impacto ambiental é algo que queremos ter como prioridade e temos como missão a preparação de um futuro isento de emissões poluentes. Hoje, somos mais de 5.600 pessoas em mais de 50 países. Construímos a nossa herança fomentando uma cultura de colaboração, responsabilidade e respeito e estamos todos, incansavelmente, dedicados em restaurar a saúde mental e do cérebro.

Dia Mundial da Saúde Mental O Dia Mundial da Saúde Mental é celebrado a 10 de outubro. Este dia visa chamar a atenção pública para a questão da saúde mental global, e identificá-la como uma causa comum a todos os povos, ultrapassando barreiras nacionais, culturais, políticos ou sócio-económicas. Combater o preconceito e o estigma à volta da saúde psicológica é outro dos objetivos do dia. Esta data foi criada em 1992 pela Federação Mundial de Saúde Mental (World Federation for Mental Health). A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a saúde mental uma prioridade e defende que a questão da saúde mental não é estritamente um problema de saúde.


REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 23


24 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 25


NOVEMBRO AZUL: MÊS DE CONSCIENCIALIZAÇÃO DA SAÚDE MASCULINA A Campanha Novembro Azul teve início em 2003, na Austrália, com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce das doenças que atingem a população masculina, com ênfase na prevenção do cancro da próstata. A campanha torna-se ainda mais importante se levarmos em consideração que, historicamente, os homens vão menos ao médico do que as mulheres. Questões ligadas ao preconceito e à falta de informação estão relacionadas com a causa. Por isso, o Novembro Azul é uma ótima oportunidade para mudar essa prática e mostrar que, independente do sexo, cuidar da saúde não deve ser um tabu. A campanha Novembro Azul é um movimento em prol da saúde do homem que tem como objetivo informar a população sobre o cancro da próstata e outras doenças prevalentes no sexo masculino. Além disso, a campanha visa mitigar o preconceito em relação a exames e mostrar a importância do diagnóstico precoce da doença. Dia Mundial de Combate ao Cancro da Próstata A 17 de novembro é assinalado o Dia Mundial de Combate ao Cancro da Próstata. O Cancro da Próstata representa a segunda causa de morte por cancro no homem, atrás do cancro do pulmão, embora seja o cancro mais frequente no homem com mais de 50 anos. O cancro na próstata causa cerca de 1800 mortes por ano em Portugal. Todos os anos surgem quase seis mil novos casos. O que é a próstata? É uma glândula do sistema reprodutor masculino, que pesa cerca de 20 gramas, e assemelha-se a uma castanha. Localiza-se abaixo da bexiga e à frente do reto e sua principal função, juntamente com as vesículas seminais, é produzir o esperma. Sintomas: Na fase inicial, o cancro da próstata não apresenta sintomas e quando alguns sinais começam a aparecer, cerca de 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura.

26 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Na fase avançada, os sintomas são: – dor óssea – dores ao urinar – vontade de urinar com frequência – presença de sangue na urina e/ou no sémen. Fatores de risco: – histórico familiar de cancro da próstata: pai, irmão e tio – raça: homens negros sofrem maior incidência deste tipo de cancro – obesidade. Prevenção e tratamento: A única forma de garantir a cura do cancro da próstata é o diagnóstico precoce. Mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos, e sobre o exame de sangue PSA (Antigénio Específico da Próstata). Cerca de 20% dos pacientes com cancro da próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Outros exames poderão ser solicitados se houver suspeita de cancro da próstata, como as biópsias, que retiram fragmentos da próstata para análise, guiadas pelo ultrassom transretal. A indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspetos, tais como, estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. Em casos de tumores de baixa agressividade há a opção da vigilância ativa, na qual periodicamente se faz uma monitorização da evolução da doença intervindo se houver progressão. O exame de toque retal e de PSA são os principais meios de diagnóstico para detetar a doença precocemente, quando as hipóteses de cura são maiores e os tratamentos menos invasivos. Converse sempre com o seu urologista sobre o tema, tirando dúvidas e quebrando preconceitos. A deteção e o tratamento precoces podem salvar vidas!


URETERORRENOSCOPIA | MÊS DE CONSCIENCIALIZAÇÃO DA SAÚDE MASCULINA

A URETERORRENOSCOPIA COMO GRANDE FATOR DE EVOLUÇÃO NO TRATAMENTO UROLÓGICO CONTEMPORÂNEO Passaram cerca de 40 anos desde que Perez-Castro Ellendt e Martinez-Pinieiro, dois Urologistas espanhóis de grande nível na área da urologia, publicaram o trabalho “Transurethral ureteroscopy – a current urologic procedure” (Arch Esp Urol. 1980;33(5):445-60). São, por esse motivo, considerados os “pais” da Ureteroscopia. Eles reportaram ter conseguido passar um cistoscópio pediátrico de 3,17mm, através de um ureter patologicamente dilatado, até ao bacinete de uma criança, tendo visualizado endoscopicamente todo o ureter. Falaram então com um fabricante de endoscópios, e em conjunto, desenvolveram o primeiro Ureteroscópio com cerca de 4mm de diâmetro. Em 1984 e 1988, tive o privilégio de passar cerca de um mês e meio com o Prof. Martinez-Piniero, no Hospital La Paz em Madrid e com o Dr. Perez-Castro na Clínica La Luz, também em Madrid, onde assisti e aprendi a técnica da Ureteroscopia. Começou aqui o início da Ureterorenoscopia com Ureteroscópios rígidos, os quais eram fundamentalmente usados apenas no tratamento da Litíase Ureteral. Estes primeiros Ureterorrenoscópios eram “rígidos”, e com eles a visão, quer do ureter proximal, quer do bacinete eram muito difíceis. Tudo melhorou, no entanto, com a criação dos Ureterorrenoscópios “semi-rígidos”, já ligeiramente flexíveis. Com esta pequena evolução já se tornaria possível ultrapassar algumas curvaturas, se pouco acentuadas, no ureter. Estes Ureterorenoscópios ainda são hoje muito usados, sobretudo no tratamento da litíase no ureter. Mas até hoje, a evolução da Ureterorrenoscopia, tem sido abismal, sobretudo devido ao desenvolvimento da Engenharia Médica, a qual nos tem sucessivamente oferecido Ureterorrenoscópios cada vez mais finos e menos traumáticos. Atualmente, esta evolução chega quase à perfeição (penso eu), com aparelhos flexíveis “reutilizáveis” ou “de uso único” com apenas 2,5mm que permitem, com uma excelente visibilidade e maleabilidade, observar endoscopicamente todas as vias urinárias superiores, ureter, bacinete, infundíbulos e cálices. Deste modo, com este novo armamentário contemporâneo, podemos afirmar que a maior parte da estratégica terapêutica Urológica mudou radicalmente, sobretudo no tratamento da Litíase Ureteral e Renal, mas também no estudo e tratamento dos Tumores Uroteliais das vias urinárias superiores. Se inicialmente os primeiros Ureterorrenoscópios flexíveis que usámos, eram “reutilizáveis”, alguns anos depois surgiram os “de uso único”. Da utilização de ambos parece-me pertinente tecer alguns comentários. Em Ureterorrenoscopia, comecei por usar durante alguns anos os Ureterrorrenoscópios reutilizáveis, aliás os que, de início, unicamente existiam. Eram bastante caros, muito sensíveis e frágeis na sua utilização, afirmando as empresas deles promotoras que davam para a realização de cerca de 20 Ureterorrenoscopias.

Dr. Rogério C. Gouveia Diretor de Serviço de Urologia no Hospital de Vila Franca de Xira Fellow do” European Board of Urology” Honorary member of the “American Urologic Association” (New York Section)

Na minha experiência, na verdade, nunca fiz, com nenhum, tantos procedimentos. Isto devido ao facto da miniaturização do tamanho destes, dos respetivos canais de trabalho e da meticulosa e trabalhosa lavagem, desinfeção e esterilização a que eram, após cada procedimento sujeitos, no Serviço de Esterilização, conduzir indubitavelmente à sua deterioração e perda de adequado funcionamento. Muito frequente era, após oito ou nove utilizações, terem de ser substituídos. Acresce o facto, que a visibilidade e a defleção destes aparelhos, ia diminuindo ao longo de cada utilização. Assim, foi com a maior naturalidade, que muito pouco tempo após o seu aparecimento e após conversar e explicar à Administração do meu Hospital toda esta situação, no Serviço de Urologia que dirijo, deixámos de usar os Ureterorrenoscópios reutilizáveis, passando já há alguns anos, só a utilizar Ureterorrenoscópios “de uso único”. Sobre este tema, e esta minha decisão, bastar-me-á referir, como é excelente para o cirurgião que vai realizar uma técnica urológica exigente e minuciosa, realizá-la com um aparelho que sabe que tem a máxima qualidade de imagem e flexibilidade...O tempo de cirurgia é certamente menor, a técnica é mais corretamente executada, os resultados serão certamente muito melhores e quem em primeiro lugar beneficia é o doente... E se só isso não bastasse, gostaria de referir, que quanto ao custo da utilização dos Ureterorrenoscópios “de uso único”, não tenho dúvidas que é muito mais económico. Termino referindo que tentei apresentar este tema de uma maneira o mais sucinta possível e de uma forma não muito técnica, para que deste modo os leitores não médicos consigam facilmente perceber o que nele tentei transmitir. Oxalá o tenha conseguido...

www.med4you.pt | geral@med4you.pt REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 27


MÊS DE CONSCIENCIALIZAÇÃO DA SAÚDE MASCULINA

INCONTINÊNCIA URINÁRIA? Mantenha o controlo, esqueça a vergonha e aproveite a vida ao máximo! No mês da consciencialização da Saúde Masculina, a TENA alerta-o para a necessidade de aconselhamento específico sobre a incontinência urinária e apresenta uma vasta gama de produtos discretos, absorventes e confortáveis, especificamente criados para o ajudar a controlar as perdas urinárias. A falta de controlo da bexiga afeta as pessoas muito para além do nível físico. É muito natural que as perdas urinárias causem sentimentos de insegurança, sobretudo durante a realização de atividades diárias, como praticar exercício físico, ir ao café, sair com os amigos ou simplesmente passear. Para que o sistema urinário cumpra a sua função, o cérebro, os músculos e os nervos têm de trabalhar em conjunto para reter a urina na bexiga e não libertá-la até que esteja preparado. No entanto, existem muitos fatores que podem interferir neste processo: • Medicação, por exemplo, medicamentos diuréticos podem aumentar o risco de perdas urinárias. • Infeções urinárias. • Músculos temporariamente enfraquecidos devido a uma cirurgia à próstata. • Alterações no tamanho da próstata: por exemplo, um aumento da próstata pode obstruir a passagem da urina. • O excesso de peso coloca pressão extra nos músculos abdominais e pélvicos, o que dificulta a prevenção das perdas urinárias. • A diabetes ou doenças neurodegenerativas (Alzheimer, por exemplo). A causa da incontinência pode depender de muitos fatores. É importante ter uma boa avaliação e acompanhamento por um profissional de saúde especializado, para que possa ter o tratamento mais adequado para si. Na verdade, existem muitas formas de manter o controlo e continuar a vida como quer, independentemente do tipo de perdas urinárias que tem. Enfrente a incontinência urinária e mantenha um estilo de vida ativo! Algumas dicas rápidas que podem melhorar consideravelmente a sua qualidade de vida e ajudá-lo a continuar as suas atividades diárias com confiança: • Vá à casa de banho antes de sair – Esvazie a bexiga antes de qualquer atividade planeada pode ajudar a tranquilizá-lo. • Saiba onde estão as casas de banho antecipadamente, para poder planear melhor as suas atividades e assim não terá de ficar preocupado à procura de uma casa de banho quando sentir necessidade de urinar. • Mantenha-se hidratado – Não beba menos só porque quer ter a certeza de que não tem perdas durante as suas atividades. Beber menos pode causar desidratação, o que irá piorar a situação.

• Modere o consumo de ativadores como o chá, café e bebidas alcoólicas. Estas bebidas são conhecidas por fazerem com que o corpo produza mais urina. • Treine os músculos do pavimento pélvico. • Proteja-se contra as perdas urinárias. A TENA, marca n.º1 em incontinência de adultos a nível mundial, ciente dos problemas físicos e psicológicos causados pela incontinência e dos estigmas associados, há muito mantém um compromisso com a inovação e a satisfação dos seus consumidores, oferecendo soluções eficazes adaptadas à anatomia e necessidades masculinas. Proteções de incontinência para homens Os pensos de incontinência para homem da TENA proporcionam uma proteção segura contra perdas de urina ligeiras a moderadas, têm um design discreto e estão equipados com uma parte dianteira superabsorvente, onde os homens mais precisam. A gama de pensos TENA Men tem diferentes formatos, tamanhos e níveis de absorção, para que possa encontrar o produto adequado. São fáceis de usar com a sua roupa interior habitual e independentemente do produto que escolher, terá uma proteção discreta, confortável e eficaz contra as perda de urina: TENA Men Escudo Protetor Extra fino, com um modelo exclusivo em preto, o nosso produto mais discreto com um controlo de absorção Extra Ligeira que garante a segurança contra gotas e pingos. TENA Men Level 1 Controlo de absorção light que protege contra as perdas de urina ligeiras. TENA Men Level 2 Controlo de absorção médio que protege contra as perdas de urina moderadas. TENA Men Level 3 Máximo controlo de absorção que protege contra as perdas de urina abundantes. Adequado para uso noturno. Mantenha-se ativo e melhore a sua qualidade de vida, com TENA!

A Essity é uma empresa líder em saúde e higiene a nível global e distribui as marcas TENA, Libero, Leukoplast, Cutimed e Actimove. Para mais informações, por favor contacte:

28 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

808 108 108

www.tena.pt/homens


Sabia que um em cada quatro homens com mais de 40 anos, sofre de incontinência urinária?* TENA Men oferece-lhe segurança contra as perdas de urina. A gama de pensos e cuecas de incontinência para homem, tem diferentes formatos, tamanhos e níveis de absorção, tão discretos que ninguém saberá que os está a usar!

Descubra mais sobre a incontinência masculina e sobre os produtos TENA Men em www.tena.pt/homens

Peça já a sua amostra grátis!

* Estudo SCA 2013, Reino Unido, EE.UU.,DE, IT, MEX, Reino Unido, percepção subjectiva sobre a metodologia, o arquivo de dados não é publicado. Os produtos mencionados são Dispositivos Médicos. Aconselhamos a ler as instruções de utilização e a rotulagem antes da sua utilização.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 29


DOENÇAS DA PELE

DOENÇAS DA PELE

As doenças da pele variam na sua frequência de acordo com a idade: Na criança No adolescente No adulto No idoso Na criança Nas crianças, por exemplo, o eczema atópico, é certamente a doença mais frequente até à idade escolar. Pode estar associada à asma ou rinite alérgica, na criança ou em familiares diretos. Estas crianças têm uma pele muito seca com muita comichão e nela surgem manchas vermelhas, ásperas, com escamas ou crostas, em particular na face nos bebés mais pequenos ou nas dobras dos cotovelos e joelhos. Nas crianças com mais de 1 ou 2 anos pode também surgir nos lábios, pálpebras, nos punhos, dedos das mãos e tornozelos. Estas crianças necessitam de cuidados especiais de hidratação da pele e medidas de higiene para evitar secar mais a pele. Podem ainda necessitar de tratamentos locais com cortisona ou outros medicamentos que o Dermatologista saberá analisar e prescrever de acordo com cada caso. Também na criança, e em particular nas crianças atópicas, são frequentes os moluscos contagiosos, pequenas borbulhas róseas ou transparentes de poucos milímetros assentes em pele

30 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

normal, habitualmente assintomáticas, que surgem no tronco e membros, e as verrugas vulgares das mãos, vulgarmente designadas “cravos” e as verrugas plantares dolorosas ao andar e no desempenho das outras atividades físicas. Ainda, nos atópicos mais frequentemente alérgicos às picadas dos ácaros das palhas secas, dos pêlos e penas dos animais ou do pó da casa, surgem nos meses da primavera e verão as lesões de prurigo agudo. Horas depois de atividades ao ar livre ou do contacto com palhas e pós ou com roupa contaminada, nos locais das picadas surgem na cintura, braços e pernas, borbulhas altas e de cor vermelha viva com picada ou pequena bolha de água no centro, que causam muita comichão e o coçar leva a formar crostas que podem infetar. Na criança é importante estar também alerta para um grande número de doenças hereditárias que afetam a pele e, por vezes, também os órgãos internos. No adolescente Nesta faixa etária, a patologia mais frequente é a acne que pode afetar com diferentes graus de gravidade até 80% dos jovens. Caracteriza-se essencialmente por “pontos negros” e borbulhas vermelhas ou com pus localizadas na face e, por vezes, também no decote e costas. Em alguns casos se não forem efetuados tratamentos atempados pode deixar cicatrizes permanentes.


REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 31


DOENÇAS DA PELE

Os outros eczemas, além do eczema atópico que pode persistir no jovem e adulto, são também frequentes o eczema seborreico (caspas no couro cabeludo e na face, nas áreas com pelo ou pregas à volta do nariz, entre sobrancelhas e atrás das orelhas) ou o eczema de contacto por irritação da pele ou alergia a produto aplicado na pele (creme, perfume, tinta capilar, tatuagem temporária, medicamento tópico, produto de uso profissional). Nesta idade da vida é também importante estar alerta para as infeções sexualmente transmissíveis (condilomas, uretrites, sífilis) e tomar as adequadas medidas de prevenção para prevenir estas doenças que podem deixar sequelas para toda a vida (esterilidade por doença inflamatória pélvica na sequência de uretrites a Chlamydia). No adulto É na idade adulta que surge a grande maioria dos melanomas, tumor maligno cujo desfecho depende essencialmente da deteção e tratamento precoces. Vigie os seus sinais e consulte o Dermatologista perante os sinais de alarme. No adulto o eczema ou dermatite de contacto alérgica ocupacional em profissionais de saúde, da indústria alimentar, esteticistas e cabeleireiras, entre outras profissões, surge predominantemente nesta fase da vida, causando por vezes com limitações à continuação da atividade profissional. Os testes epicutâneos realizados pelo Dermatologista podem orientá-lo neste aspeto. A urticária, uma doença frequente, caracteriza-se por babas vermelhas com muita comichão, por vezes associadas a inchaços dos lábios ou olhos, que mudam de sítio sem deixar marca, surge em qualquer idade mas particularmente na mulher adulta. A psoríase, que pode iniciar em qualquer idade, afeta sobretudo o couro cabeludo e os cotovelos e joelhos, mas pode atingir extensas do corpo com manchas vermelhas recobertas de escamas brancas, com alterações da unhas e envolvimento articular (psoríase artropática). No adulto, surgem ainda preferencialmente doenças autoimunes como o lúpus eritematoso ou o pênfigo, as alergias medicamentosas que provocam vermelhidão ou bolhas em grandes áreas da pele e infeções graves como as erisipelas e as fasceítes provocadas por bactérias ”carnívoras”. É importante também referir que a pele pode ser o espelho de doenças internas e, através da pele, o Dermatologista pode suspeitar de um lúpus ou outro reumatismo inflamatório, de um cancro interno, de uma anemia ou leucemia, de doenças do fígado ou pulmões e, pode ser por vezes o Dermatologista a suspeitar e a efetuar o diagnóstico de SIDA. No idoso Com o aumento da longevidade e da qualidade de vida no idoso os problemas do fotoenvelhecimento requerem cada vez mais atenção e são cada vez mais causa de procura do Dermatologista em busca de solução para os “excessos” da juventude. Os tumores da pele (basalioma e carcinoma espinho celular) e as lesões que os precedem (queratoses actínicas) são particularmente frequentes e devem ser tratados numa fase precoce antes de surgirem complicações.

32 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

A plurimedicação está muitas vezes associada a reações adversas medicamentosas ou alergias medicamentosas da pele (link para alergias medicamentosas) que nem sempre são fáceis de diagnosticar. O diagnóstico correto pode ser importante para prevenir a reutilização do fármaco responsável e para indicar possíveis fármacos alternativos. A pele do idoso fica mais seca e não tolera alguns excessos de higiene de outros tempos, particularmente quando associados à fisioterapia em piscinas ou a medicação que suscetibiliza a pele. As varizes e outras alterações circulatórias das pernas são, muitas vezes, responsáveis por eczema ou dermatite de estase (manchas castanhas, crostas e comichão nas pernas) a que se podem associar úlceras varicosas cujo tratamento, nomeadamente a escolha do penso, pode beneficiar da consulta do Dermatologista.

AS PRINCIPAIS DOENÇAS DA PELE ACNE ALERGIAS DE CONTACTO (Dermatites ou Eczemas de Contacto) ALERGIA OU INTOLERÂNCIA AO SOL (Fotossensibilidade) ALERGIAS A MEDICAMENTOS E OUTRAS REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS CALVÍCIE E OUTRAS ALOPECIAS CANCROS DE PELE E DERMATOSES PRÉ-CANCEROSAS DERMATITES DAS FRALDAS ECZEMA SEBORREICO OU DERMATITE SEBORREICA ECZEMA ATÓPICO OU DERMATITE ATÓPICA ERISIPELA E OUTRAS INFEÇÕES BACTERIANAS DA PELE FOTOENVELHECIMENTO E ENVELHECIMENTO NATURAL FRIEIRAS GRAVIDEZ - ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS DA PELE HERPES SIMPLES E HERPES GENITAL LÚPUS ERITEMATOSO MELANOMA MOLUSCO CONTAGIOSO PÉ DE ATLETA E OUTRAS MICOSES PELE SECA PELOS EM EXCESSO PIOLHOS PITIRÍASE ROSADA OU PITIRÍASE RÓSEA PSORÍASE ROSÁCEA SARNA SINAIS DA PELE OU NEVOS MELANOCÍTICOS SÍFILIS E OUTRAS INFEÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS OU DOENÇAS VENÉREAS UNHAS – ALTERAÇÕES E DOENÇAS DAS UNHAS URTICÁRIAS VERRUGAS E OUTRAS DOENÇAS PELO VÍRUS DO PAPILOMA ZONA, HERPES ZOSTER OU “COBRÃO” Fonte: Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (SPDV)


DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CANCRO DA PELE | DOENÇAS DA PELE

DERM.AI VENCE PRÉMIOS HINTT NA CATEGORIA DE CLINICAL OUTCOMES Desenvolvido pelo Fraunhofer Portugal AICOS (FhP-AICOS) em parceria com os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e as entidades IPO Coimbra, CHUP, ULS Guarda, o projeto Derm.AI foi o grande vencedor na categoria de Clinical Outcomes da 6.ª edição dos prémios HINTT. Tendo como motivação a prevenção do cancro, o projeto Derm.AI pretende ser uma ferramenta de auxílio no diagnóstico precoce do cancro da pele, doença que representa aproximadamente um terço da totalidade de cancros detetados em Portugal. Através da criação de uma aplicação móvel que apoia os médicos de Medicina Geral e Familiar na aquisição rápida e intuitiva de imagem das lesões cutâneas, bem como os especialistas de dermatologia na triagem e diagnóstico dos casos, o Derm.AI pretende tornar o já existente sistema de referenciação de teledermatologia mais eficiente, recorrendo a técnicas de visão computacional para a aquisição de imagens e Inteligência Artificial para a priorização de risco e apoio à decisão. Com o objetivo de fomentar a conversa sobre o futuro da saúde tendo como principal foco o cidadão e as tecnologias, o HINTT – Health Intelligent Talks & Trends, é um evento anual subordinado ao tema da saúde que premeia os projetos com as melhores práticas de adoção das tecnologias da informação e comunicação, com vista à melhoria dos cuidados de saúde. O projeto Derm.AI foi premiado pelo seu potencial tecnológico de combater o diagnóstico tardio do cancro da pele, apresentando-se também como uma resposta ao problema de falta de especialistas de dermatologia no Serviço Nacional de Saúde.

Sobre o Fraunhofer Portugal AICOS O AICOS é um dos centros de investigação da Fraunhofer Portugal (FhP-AICOS) com sede no Porto. Surgiu em 2009, no seguimento de uma parceria entre a Sociedade Fraunhofer (Fraunhofer-Gesellschaft), a Fundação para a Ciência e a Tecnologia e a Universidade do Porto. Com uma equipa de cerca de 80 investigadores contratados e uma carteira de clientes de diversas áreas de negócio como a saúde, agricultura, retalho ou energia, o FhP-AICOS apresenta competências consolidadas nas áreas de Design Centrado no Utilizador; Inteligência Artificial; Sistemas Ciber-Físicos. A análise do utilizador nos seus diversos ambientes, a visão computacional, os sistemas cognitivos e de apoio à decisão e a internet das coisas são algumas das áreas em estudo neste centro de investigação que dedica a sua atividade à investigação aplicada. Atualmente, o FhP-AICOS foca-se nos seguintes temas de inovação: soluções cognitivas conectadas; agricultura digital; inteligência artificial responsável; tecnologia de saúde descentralizada; e viver e envelhecer com dados. A Associação Fraunhofer Portugal Research (Fraunhofer Portugal) foi fundada em 2008 e resulta de uma colaboração de longo prazo em Ciência e Tecnologia entre Portugal e a Alemanha. Promove e coordena a cooperação entre os seus centros de investigação, outras instituições de investigação e parceiros industriais, com o objetivo de levar a cabo investigação aplicada com utilidade direta para empresas privadas e públicas, originando benefícios para a sociedade como um todo. Atualmente, materializa-se através de dois centros de investigação: o Fraunhofer Portugal Research Center for Assistive Information and Communication Solutions (Fraunhofer Portugal AICOS) e o novo Centro de Investigação para Agricultura Inteligente e Gestão de Água (Fraunhofer Portugal AWAM). REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 33


34 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 35


36 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


TRANSFORMAÇÃO DIGITAL O surgimento, a todo o momento, de novas tecnologias e a digitalização do mundo empresarial, impera o desenvolvimento de uma capacidade de adaptação a mudanças, rompendo com os tradicionais processos de trabalho e modelos de gestão de pessoas. De acordo com o World Economic Forum, em 2022, o mundo digital irá contribuir para 60% do PIB mundial. A verdade é que a transformação digital representa uma oportunidade para as empresas se tornarem mais competitivas, mais eficientes na análise de dados e mais inteligentes na forma como se relacionam com o cliente. O grande desafio, portanto, é utilizar a tecnologia de forma inteligente e ajustada aos objetivos de negócio.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 37


TRANSFORMAÇÃO DIGITAL | RSB COMUNICAÇÃO NA IMAGEM

RSB: SOLUÇÕES DIGITAIS INOVADORAS Ricardo Benta, CEO da RSB, salienta em entrevista à Revista Business Portugal que as soluções da empresa são pensadas para colocar a tecnologia mais recente ao serviço das necessidades de comunicação dos seus clientes, de forma impressionante e eficiente, marcando a diferença. São diversas as áreas de negócio em que atuam: soluções digitais interativas, criação de stands para feiras, produção de conteúdos visuais, soluções de holograma. As empresas procuram cada vez mais inovar e diferenciar-se? Sim. Hoje em dia, a inovação é essencial para uma empresa. Um dos recursos mais valiosos da atualidade é a atenção. As empresas devem investir em produtos e serviços de qualidade, não há dúvida quanto a isso, mas é uma verdade que não importa o quão bom um produto ou serviço é, se o consumidor não souber que este existe. Inovar, especialmente a nível da comunicação é essencial para que as empresas se consigam diferenciar numa realidade onde o consumidor se depara com cada vez mais campanhas e publicidade ao ponto de se tornar dessensibilizado a estas. É preciso comunicar de forma eficiente, marcar pela diferença e as empresas sabem-no. A tecnologia holográfica é um dos serviços que distingue a RSB. O que é que torna este recurso, em específico, numa solução de comunicação tão procurada pelas empresas? Deparamo-nos com um mercado, cada vez mais competitivo, onde se torna difícil captar a atenção do cliente e dos consumidores, acho que isso despertou um interesse renovado na tecnologia holográfica. Os hologramas impressionam, o consumidor não está habituado a interagir com este tipo de tecnologia, é algo de que não estão saturados, que não veem todos os dias. Algo que muito, erroneamente, ainda acham estar fora do alcance da tecnologia e, como tal, é algo que ‘agarra’ a atenção. Tudo isto torna o holograma uma forma eficaz de diferenciação para as empresas, uma forma de criar notoriedade, passar uma mensagem e de se posicionarem como entidade que acompanha o progresso. Hoje mais que nunca, é importante que uma empresa se consiga diferenciar no mercado. Qual é, na sua opinião, a melhor forma de o conseguir e como é que a RSB ajuda as empresas a consegui-lo? Acompanhar os avanços tecnológicos é, sem dúvida, um dos fatores mais importantes, no que diz respeito à diferenciação das empresas. Na RSB comercializamos soluções digitais e interativas capazes de alcançar um forte impacto visual. Através destas soluções ajudamos os nossos clientes a destacarem-se, seja em eventos, ativações de marca, apresentações ou pontos de venda. Através de formas inovadoras de expor os produtos ou de dar a conhecer serviços e marcas é possível captar a atenção de potenciais consumidores ou clientes, mesmo quando rodeados pela concorrência. As nossas soluções são pensadas para colocar a tecnologia mais recente ao serviço das necessidades de comunicação dos nossos clientes, não só de forma impressionante, mas essencialmente de modo eficiente.

38 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Ricardo Benta, CEO

Os stands para feiras são um dos serviços principais da RSB. De que forma é que as soluções digitais se relacionam com os stands e como ajudam a inovar esse conceito? O mundo dos stands para feiras é muito interessante e abrangente, nós sabemos o quão importante para as empresas estes eventos são, especialmente no mercado B2B. A nossa missão é desenvolver stands que ajudem as empresas a destacarem-se num ambiente onde todos os participantes estão a tentar fazer o mesmo. Acreditamos que a melhor maneira de cumprir esse objetivo é através da implementação de soluções digitais inovadoras. Os nossos stands destacam-se da concorrência pela incorporação de soluções diferenciadoras, sejam elas tecnologia holográfica interativa, expositores com ecrã transparente ou até mesmo promotoras holográficas. Oferecemos soluções personalizadas que se adequam à personalidade das empresas, de forma a assegurar o interesse do público nos nossos stands. Por isso é que os nossos stands são outSTANDing! É assim que assinamos e marcamos a diferença.


Uma oferta completa, no seu bolso Tudo o que pode querer de um Banco, sempre à mão.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 39

Informe-se em ActivoBank.pt | Banco ActivoBank, S.A.


TRANSFORMAÇÃO DIGITAL | ACTIVOBANK

A TECNOLOGIA COMO DRIVER PARA MELHORES SOLUÇÕES E MAIOR SATISFAÇÃO DOS CLIENTES

António Bandeira, CEO

O processo de transformação digital passa por transformar processos que eram manuais em processo automatizados, que poupam trabalho e tempo às empresas. De que forma este processo alterou a vossa dinâmica de trabalho? No ActivoBank, este foi sempre o foco principal, e o fio condutor do nosso trabalho. Desde a nossa génese, com o Banco7 e a banca telefónica, o objetivo foi mostrar ao público que era possível ir ao banco sem ir ao banco. Esta mudança é acima de tudo cultural, feita ao longo de alguns anos, numa população antes habituada a uma relação muito dependente do contacto físico e pessoal com o seu banco. Trazer esta desmaterialização para o sector da banca foi um projeto ambicioso, pois a confiança e a transparência teriam, também, de sair sempre reforçadas numa relação que passava a ser diferente, não presencial, mas nem por isso menos personalizada. Na área financeira, tudo isto acarreta responsabilidades adicionais pela necessidade de um maior e melhor escrutínio, sujeito a uma regulação constante e ampla. A construção deste caminho tem vindo a ser feita com contributos de ambas as partes. Por um lado, com propostas por parte da banca, que endereçam necessidades que sabemos que os Clientes têm no seu dia a dia, mas ao mesmo tempo ouvindo a trazendo os Clientes para o desenho das soluções. Esse é o paradigma em que trabalhamos hoje no ActivoBank. Continuamos a ouvir falar de transformação digital, mas o que vemos são desafios em diferentes áreas, quer na forma como servimos os nossos Clientes em diferentes áreas de negócio, que vão das contas, ao crédito ou aos investimentos, quer na dimensão da eficiência, onde é fundamental ganhar a capacidade de servir o Cliente, garantindo um melhor “time to market” das soluções, a um custo que seja aceitável para todos. Começámos há muitos anos como Banco7, e inovámos na banca telefónica. Hoje, com a marca ActivoBank, exploramos novas possibilidades e desafios que a tecnologia nos permite endereçar, redefinindo os conceitos de proximidade, mobilidade, oportunidade e conveniência nas soluções que pomos à disposição dos nossos Clientes. Acreditamos que este é um caminho que cria valor para todos os envolvidos, mas em particular para os nossos Clientes. Por último, é importante referir que apesar de toda esta digitalização, continua a haver um papel importante para as pessoas, as que estão nos nossos 16 Pontos Activo, e as que estão no atendimento telefónico. É esta ligação entre o que designamos por digital e a continuação do apoio humano, seja presencial, seja remoto, que garante um nível de serviço e qualidade essenciais aos serviços que prestamos. 40 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Hoje, a marca ActivoBank, explora novas possibilidades e desafios que a tecnologia permite endereçar, redefinindo os conceitos de proximidade, mobilidade, oportunidade e conveniência nas soluções que coloca à disposição dos seus Clientes, revela em entrevista à Revista Business Portugal, António Bandeira, CEO do ActivoBank. A inovação está intrínseca ao ADN do ActivoBank que, desde a sua génese, tem vindo a adaptar-se às mudanças e necessidades do mercado. Os serviços são repensados para que as vantagens para o Cliente sejam potenciadas? Somos desafiados diariamente a repensar os serviços que prestamos, pelo contributo ou necessidades que os Clientes nos trazem, e pela dinâmica do próprio mercado que, através da concorrência e da tecnologia, nos obrigam a pensar diariamente no que devemos fazer a seguir. No caso do ActivoBank, fazemo-lo tentando ter sempre como objetivo a simplificação da vida do Cliente nas suas necessidades financeiras. O Cliente deverá conseguir fazer o que quiser quando e onde quiser, mas, sobretudo, fazê-lo com a facilidade e a simplicidade que espera de nós. Há uma aposta clara na mobilidade, que consideramos ser essencial para o Cliente bancário atual e do futuro. As soluções são desenhadas garantindo a transparência e clareza dos objetivos de cada passo, seja um pagamento ou a contratação de um crédito, privilegiando sempre uma estratégia mobile first. Temos Clientes exigentes que nos desafiam todos os dias, e sabemos que toda a concorrência está à distância de um clique. Procuramos ser melhores todos os dias, e levamos muito a sério todas as sugestões ou reclamações dos nossos Clientes. Aprendemos muito com os erros que cometemos. O ActivoBank tem hoje uma oferta diversificada e completa, algo que é uma prioridade para nós. Tentamos que o Cliente tenha na app do ActivoBank todos os serviços e produtos que são essenciais para a gestão da sua vida financeira. Ainda há um caminho a fazer, mas estamos a fazê-lo todos os dias, acrescentando novas funcionalidades e produtos nos canais digitais e/ou presenciais. Ao dar este passo, temos sempre em mente o estilo de vida e as prioridades dos nossos Clientes. Exemplo disso são algumas das campanhas que fazemos e que tentamos que respondam a necessidades específicas dos nossos Clientes, como foi a recente campanha de crédito à habitação, onde, sem qualquer custo adicional, mediante algumas condições de campanha, foi colocada à disposição dos Clientes, um robot de cozinha multifunções, que está perfeitamente alinhado com a nossa promessa de simplificar a vida do Cliente. Sentimos que esta é uma forma de potenciar vantagens e, sobretudo, de marcarmos uma presença inesquecível na vida dos nossos Clientes. Por último, consideramos também fundamental assumirmos as nossas responsabilidades e contributos na área da sustentabilidade. É urgente termos respostas concretas para os diferentes desafios que estes temas colocam. Por exemplo, a criação de produtos de Crédito sustentáveis, com taxas de financiamento mais baixas, é uma forma de darmos sinais importantes ao mercado e aos


ACTIVOBANK | TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

nossos Clientes, assim como incentivar escolhas que façam a diferença. Será sempre o Cliente a ditar o nosso rumo e acreditamos que, enquanto estivermos focados em ouvir as suas necessidades e anseios, estaremos no caminho certo. O investimento em tecnologia e em novas soluções traz eficiência, mas também uma posição mais competitiva no mercado, uma vez que melhora processos, cria produtos mais eficientes e gera satisfação? As circunstâncias em que muitas empresas operam em diferentes sectores e indústrias, é nos dias de hoje condicionada cada vez mais pela tecnologia a que têm acesso, e que permite transformar, de forma substancial, a sua capacidade de inovar e ainda de se diferenciar da concorrência mais direta. A banca não é exceção. A grande transformação que tem vindo a ser operada em diferentes negócios e na banca em particular, tem como grande “driver” a tecnologia e o que esta permite hoje fazer. Há poucos anos atrás temas como “cloud”, “microserviços”, “API’s” e muitos outros, não passavam de jargões utilizados na caracterização de determinadas tecnologias. Hoje, são peças fundamentais na organização, arquitetura e desenho de soluções também na banca, e obrigaram a um processo profundo de criação de competências, que transforma também os bancos em empresas tecnológicas, com equipas e competências absolutamente vitais para a nossa sobrevivência. Estas tecnologias permitem-nos o desenvolvimento de soluções mais personalizadas para diferentes segmentos de Clientes, caracterizados por análise prévia da sua informação e determinado o seu perfil. Quem o souber fazer melhor, lidera. O conhecimento do Cliente, a conceção dos melhores produtos, e uma oferta mais personalizada à necessidade de cada Cliente em particular, é fundamental. É com este “casamento” de tecnologias que podemos gerar melhores soluções e maior satisfação dos Clientes. Não devemos, no entanto, pensar de forma isolada estas abordagens. Há produtos que deverão ter um acompanhamento mais personalizado, e também aqui deverá ser motivo de diferenciação e satisfação para o Cliente sentir que tem alguém que o aconselhe ou informe em diferentes situações. É isto que tentamos fazer no ActivoBank, mesmo sabendo que, dada a presença física que temos, tem de prevalecer a interação digital. O ActivoBank procura, sobretudo, remover a complexidade dos processos, reduzir a utilização do papel e investir em tecnologia para agilizar processos que simplifiquem a vida dos Clientes. São estes os pilares do vosso crescimento? Diria que são alguns dos pilares do nosso crescimento. Há um conjunto de atributos que caracterizam o ActivoBank e que contribuem para a satisfação dos nossos Clientes. Temos uma imagem de marca forte, alicerçada numa oferta transversal que muitos desconhecem, mas que serve os Clientes particulares em todas as fases da sua vida: uma conta para gerir o seu dinheiro e respetivas soluções de pagamentos, soluções de crédito para diferentes fins, ou soluções de investimento, disponíveis com um grande número de produtos de diferentes tipos. Tentamos que este conjunto de diferentes soluções, em diferentes áreas de negócio, seja apresentado aos nossos Clientes em todos os canais onde as comercializamos, de forma simples, em jornadas facilmente assimiladas por quem as utiliza. O preço será sempre uma variável importante para os nossos Clientes e também aqui procuramos inovar, oferecendo soluções muito competitivas do ponto de vista de preço. Para que tudo

isto seja possível, a tecnologia é mais uma vez uma das peças mais importantes, pois permite, em diferentes áreas, a necessária inovação e noutras eficiência que nos permite ser competitivos. É nesta perspetiva que funciona como um dos principais pilares que suporta o nosso crescimento. A par disto, a preocupação existente sobre a sustentabilidade e uma visão mais simplificada e informal da banca, muito orientada para os segmentos “target” do ActivoBank, serão sempre grandes pilares no nosso crescimento. Os vossos Clientes sabem que podem contar com uma linguagem clara e transparente, mas quais são as principais vantagens dos vossos serviços que identificam para potenciais Clientes? Desde logo, a nossa transparência ao nível do preçário: o Cliente só paga por benefícios concretos. Não temos a tradicional comissão de manutenção de Conta, e os Cartões de Débito, Crédito Classic e Pré-pagos não têm comissão de disponibilização. O MBWAY, cada vez mais usado pelo nosso target, também não tem custos. Acreditamos que este é um compromisso estruturante, quando falamos de Clientes cada vez mais exigentes, que não querem pagar só por ter uma Conta à ordem ou por usar serviços do dia-a-dia. Isto não significa que não queiramos evoluir para modelos em que passemos a disponibilizar, como opção ao Cliente, outros serviços que, dadas as suas características, sejam comissionados, mas a sua subscrição será sempre uma opção do Cliente. Ao mesmo tempo, e como já referi, quem nos escolhe poderá dispor de uma oferta completa de produtos que, na sua grande maioria, já podem ser contratados através da app do banco. Os nossos Clientes podem sempre contar com o nosso empenho constante em inovar, em benefício de uma experiência de usabilidade diferenciadora. Finalmente e porque também aqui o banco é diferente, os nossos Clientes podem recorrer ao apoio dos nossos Pontos Activo, abertos em horários diferenciados durante a semana e ao sábado, criando a necessária flexibilidade adequada à disponibilidade do Cliente. Face ao afluxo que, muitas vezes, temos nestes espaços, permitimos o agendamento, através do nosso centro de contactos ou através da utilização de senhas virtuais retiradas a partir da nossa app. O ActivoBank tem vindo a revolucionar a banca em Portugal, através de um serviço inovador e de excelência, canais de comunicação acessíveis e simplificação dos processos, reconhecidos nacional e internacionalmente. A fasquia está elevada e é uma motivação para continuar a fazer mais e melhor? O desafio atual do ActivoBank passa por um crescimento sustentado, continuando a apostar na inovação e na diferenciação a diferentes níveis. Esta atuação é sustentada por um portfólio de produtos completo e transversal, muito adaptado às necessidades do nosso “target”. Temos o desafio de o continuar a fazer bem, com um conjunto de Colaboradores jovens, que servem um número significativo de Clientes igualmente jovens, que nos colocam desafios e nos obrigam todos os dias a pensar na melhor forma de os servirmos. A tecnologia ajuda-nos a servir mais Clientes a custo marginal, mas não substitui a capacidade, vontade, empenho e dedicação dos Colaboradores do banco, os grandes responsáveis pelo crescimento e sucesso de tudo quanto fazemos. Seria injusto terminar sem referir o apoio permanente e incondicional que deriva do facto do ActivoBank estar integrado num grupo financeiro (Grupo BCP) que nos tem apoiado de forma incondicional, e que é em grande parte corresponsável pela nossa evolução, tecnologia e desenvolvimento. REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 41


TRANSFORMAÇÃO DIGITAL | EDIPRINTER

EDIPRINTER 30 anos a criar soluções! A Ediprinter é uma empresa dedicada à conceção e desenvolvimento de software vertical para áreas de atividade específicas. Presente em Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Colômbia, Argentina, Senegal, Costa do Marfim e Gana, é uma referência e líder de mercado no software de Gestão dos Centros de Inspeções Automóvel, como exemplo mais visível. A Ediprinter conta com uma vasta equipa de analistas, programadores, designers e técnicos. Uma equipa diversificada em áreas de saber, mas complementar entre si, com o objetivo de oferecer um leque completo de soluções tecnológicas e profissionais aos clientes. Cresceu estrategicamente sempre de forma sustentável e sólida sem perder o foco na sua área de intervenção, em que continua ativamente líder de mercado.

Todo o controle na tua mão Todo el control en tu mano Tout le contrôle entre tes mains Complete control in your hand

software development

EDIGCIA Um software português a liderar pelo mundo. O software de Gestão para Centros de Inspeção a Veículos Automóveis EDIGCIA 8, é uma solução inteligente com tecnologia avançada e totalmente integrada, que permite a gestão completa de uma empresa/centro individual ou de um grupo de empresas/centros de inspeção. Com o EDIGCIA 8 • A empresa fica equipada para funcionar totalmente alinhada com os procedimentos definidos e com toda a informação disponível em tempo real; • Garante um modelo de dados flexível com capacidade para suportar uma implementação organizacional e estruturas de comunicação complexas, ao mesmo tempo que simplifica 42 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

a gestão e configuração de múltiplas instalações, empresas e Países a partir de uma instalação comum. • Facilita a gestão de um negócio internacional, com clientes em diferentes idiomas e múltiplas moedas, assegurando a conformidade legal global quer ao nível técnico, legislativo e financeiro (mediante configuração). • O EDIGCIA 8 está preparado para receber toda a legislação fiscal e técnica (ao nível das inspeções) aplicável em cada país. • É um software concebido e baseado na tecnologia web, funcionando exclusivamente em browser de internet ou em app se executado num dispositivo móvel Android (tablet ou telemóvel) e assenta numa base de dados robusta e fiável (MariaDB), capaz de responder rapidamente a todos os requisitos/solicitações. Continuamos a inovar!

www.ediprinter.pt


Digital Business Development – by ediprinter Na DbD, uma marca da Ediprinter, sabemos que a presença on-line é uma forte alavanca ao seu negócio e um fator fundamental para uma comunicação eficaz. A DbD, Digital Business Development, oferece um projeto sustentado, coerente e com resultados quantificáveis. A DbD, conta com uma equipa pluridisciplinar (Análise. Web Design. SEO. Métricas e Performance), dedicada ao desenvolvimento dos negócios digitais para prestar um serviço chave-na-mão. Os nossos serviços abrangem todo o ciclo de desenvolvimento da sua presença on-line, os quais incluem: análise inicial de requisitos, identificação do público-alvo, desenvolvimento de imagem e grafismos, implementação técnica, formação e divulgação on-line, até à monotorização, análise e contínuo melhoramento de desempenho.

DESENVOLVIMENTO DE FERRAMENTAS PARA WEB Em conjunto com o cliente fazemos um levantamento rigoroso aos requisitos. Definimos objetivos e planeamos estratégias. Atentos às novas tendências estéticas, mantemos o equilíbrio entre estas e a constante evolução tecnológica, garantindo a maximização e otimização do seu website para um excelente desempenho nos motores de busca e principais browsers (SEO). Seguimos as melhores práticas de arquitetura de informação e desenvolvemos soluções seguras e fáceis de atualizar. Todos os websites são responsivos, ajustando-se aos diferentes suportes (desktop, tablet ou smartphone).

SEO – SEARCH ENGINE OPTIMIZATION Utilizamos e seguimos um conjunto de metodologias com o objetivo de potencializar e melhorar o posicionamento do seu website nos motores de busca, tornando-o mais acessível e eficiente.

E-COMMERCE Desenvolvemos lojas on-line com design apelativo e framework profissional. Com base na nossa experiência, propomos a solução mais adequada para a sua empresa ou instituição, para que possa integrar a linha da frente no comércio do futuro. As lojas que desenvolvemos possibilitam diferentes formas de pagamento incluindo com cartões de crédito.

ALOJAMENTO WEB Para ter um canal de comunicação on-line com capacidade de resposta imediata, deve confiar a informação relativa a e-mails, website e aplicações on-line às melhores soluções de alojamento. Conheça os nossos planos, contacte-nos!

ANÁLISE MÉTRICA E PERFORMANCE Analisamos o desempenho das ferramentas criadas e os fluxos de acessos e comportamentos dos públicos. Recolhemos e analisamos a informação de forma a permitir ajustar e corrigir as estratégias de marketing digital.

É fácil falar connosco!

www.ediprinter.pt

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 43


TRANSFORMAÇÃO DIGITAL | QUBIT

qubIT - Quorum Born IT

A qubIT foi criada a partir do Instituto Superior Técnico por ex-alunos da instituição, visando o desenvolvimento de tecnologias de vanguarda para o Ensino Superior. Hoje, dispõe da solução FenixEdu, referência em várias instituições, apostando na inovação contínua como alicerce do sucesso.

Eng.º Hugo Querido, Co-Founder e CEO

A INOVAÇÃO A SUPORTAR O DIA-A-DIA DO ENSINO SUPERIOR A qubIT foi criada no Instituto Superior Técnico, por ex-alunos da instituição, visando desenvolver tecnologias de topo para o Ensino Superior. Hoje, dispõe da solução FenixEdu, referência em várias instituições, estando a inovação contínua nos alicerces do sucesso. Desde final de 2009 que apostam no Ensino Superior. Porque tomaram essa decisão? O que destacam nestes 12 anos? A qubIT incubou-se em pós-laboral a partir do IST, onde fomos alunos e funcionários (na versão FenixEdu originalmente criada no instituto). Versando a solução sobre a Gestão Académica e tendo nós conhecimento desse negócio, bem como muitas ideias concretas de como a evoluir, foi-nos lógico fazer a aposta de montar a empresa à sua volta. E a verdade é que resultou. Como destaque destes anos, talvez o facto dos primeiros clientes ainda estarem connosco; fomentamos sempre relações de longo prazo apesar de criarmos software que lhe gera autonomia. Acaba por ser contra-intuitivo, mas ao produzirmos soluções melhores, o cliente suporta negócio mais complexo, o que nos impele a re-evoluir a tecnologia, novamente suportando mais complexidade. Referem assim a solução Fenix como estruturante na qubIT. É a vossa principal referência? Que mais-valias disponibiliza? É uma referência sim, mas a alargar para além da qubIT, como já o é hoje na ULisboa ou no ISCTE. E analisando o total de utilizadores, podemos dizer que é uma referência ainda mais espalhada. Quanto às principais mais-valias, estas derivam de onde sempre apostámos para maximizar o valor gerado às instituições: • Abrangência máxima, tendo numa plataforma web unificada, acessível em qualquer lugar através de um browser de Internet, todos os âmbitos académicos, as respectivas vertentes financeiras, várias integrações com entidades oficiais (como a DGES ou a A3ES), ferramentas como Workflow ou Reporting, ou ainda diversos mecanismos de E-Learning para potenciar o ensino on-line. 44 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

• Oferecer o máximo de autonomia, com mecanismos transversais pensados como ferramentas, para que o cliente possa gerir o seu negócio de modo autónomo. E ainda que realizemos tarefas de configuração/modelação, capacitamos a instituição para o fazer a solo, ganhando a capacidade de rapidamente poder reagir à mudança. Somos contra modelos de negócio cujas instituições ficam reféns de prestações de serviços; a nossa função é desenvolver a solução, seguindo uma filosofia de produto. • Apostar na inovação contínua, pois a tecnologia é um meio para atingir um fim, o de suportar negócio; não podemos, nem queremos, parar de evoluir a solução, que será sempre reimaginada e evoluída continuamente. Referiram o suporte a E-Learning. Defendem que essa junção à Gestão Académica permite às instituições disporem de soluções mais adequadas às necessidades atuais? São áreas interligadas, com os mesmos utilizadores e a mesma informação; para quê dispor de sistemas distintos podendo ter-se algo integrado? Além de toda a parte operacional (turmas, horários, assiduidade, etc.) está assente em informação académica que tem sobreposição funcional com a vertente de apoio ao ensino, tanto por pessoal docente como não-docente. Fornecendo ferramentas para esse dia-a-dia, conseguimos ter algo mais abrangente.

“no software, não há razão para nos limitarmos e pensarmos apenas localmente; desde início devemos ambicionar um posicionamento global” O suporte ao ensino à distância, consolidado na pandemia, teve muita procura de recursos e tecnologia. É esse modelo híbrido de aprendizagem o futuro no Ensino Superior? E estão as instituições preparadas para essa realidade? Na realidade concreta do Fenix sempre foi o presente, não apenas algo no futuro. Mas qualquer sistema necessita da intervenção humana, estando aí o maior desafio: ter o conjunto de aptidões


QUBIT | TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

para tirar partido da tecnologia; ainda que possa existir visão estratégica, é necessária capacidade profissional nos recursos. Mas estando a maioria dos quadros de pessoal cada vez mais compostos por nativos digitais, não vemos nisto um problema insolúvel. E as próprias ferramentas também serão cada vez mais intuitivas, pelo que é uma questão de tempo até os mecanismos de ensino à distância estarem generalizados por todo o lado. Uma outra mudança que vemos como inevitável é o aumento da oferta lectiva focada na auto-aprendizagem, em complemento ao modelo "tradicional" de ensino docente-estudante. A possibilidade de adquirir conhecimento em qualquer hora/lugar é uma realidade que já existe noutras áreas, e irá chegar ao Ensino Superior através das instituições mais dinâmicas e que apostem em tecnologias.

Versão base de processo de Candidaturas (modelação/runtime)

O Ensino Superior é cada vez mais complexo, sendo imperativo ganhar eficiência e produtividade. Como será a vossa resposta através do Fenix aos constantes novos desafios, em particular aos que possam não ser ainda conhecidos? Será sempre por via da inovação. Nós trabalhamos para o Fenix estar sempre em permanente evolução, nunca sendo uma solução terminada; há sempre que iterar e melhorar tudo o que existe. E apesar de ainda não termos encontrado desafios cuja nossa capacidade tecnológica não permitisse dar resposta, já existem alguns hoje de natureza bem complexa. Destacamos dois: • O crónico subfinanciamento das instituições: ajudando o Fenix na captação de receita adicional, teremos instituições mais robustas para trabalhar connosco em permanente retroalimentação. • A aferição da qualidade no ensino: as instituições que melhor o façam, conseguirão combater o absentismo e abandono escolares, melhorando progressivamente o desempenho académico. E qualquer aumento nessa área acabará por afectar a sua progressão em rankings internacionais, potenciando uma maior captação de receitas, seja através de projectos ou por via de melhores investigadores.

No Fenix sempre tivemos presente que os desafios se ultrapassam melhor quando são abordados em conjunto; o futuro ganha-se via parcerias, há que procurar objetivos que todas as partes queiram alcançar e dos quais possam beneficiar. Falando em parcerias, no projecto realizado na Universidade de Lisboa, alargaram o âmbito da implementação Fenix a outras várias vertentes. Podem detalhar um pouco? Já tivemos diversas implementações Fenix de sucesso, mas a escala desse projecto permitiu-nos colocar em prática diversas ideias que sempre havíamos querido experimentar. Na qubIT damos importância à vertente organizacional que envolve qualquer implementação, mas quanto maior for a escala, maior a necessidade de abordar as questões dessa natureza; e o projecto consistia em dotar todas as unidades orgânicas da ULisboa de uma instância Fenix. Sabíamos que seria necessário um imenso esforço de alinhamento com as centenas de utilizadores das diversas unidades e serviços, em particular com várias equipas da Reitoria que são responsáveis pelo acompanhamento e orquestração do apoio às faculdades. Assim, propusemos a adopção de uma plataforma da qubIT que, integrada no próprio Fenix, possibilita comunicação contextualizada entre as diversas equipas e pessoas, não apenas para realização de actividades de suporte, mas também para partilhar informação e alinhar trabalho em conjunto. O objectivo principal era, além de unificar a comunicação, fomentar a disseminação de conhecimento entre todas as partes (algo que ainda estamos a terminar com a síntese dessa mesma informação em suportes de documentação e auto-ajuda). Outro aspecto relevante foi a cedência de tecnologias qubIT para que várias equipas de desenvolvimento, em diversas faculdades, trabalhassem paralelamente connosco em actividades não incluídas no âmbito contratualizado do projecto. Isto permitiu maximizar a cobertura funcional, complementando todos os mecanismos base da solução Fenix com especificidades de negócio dessas mesmas faculdades. Alinhámos também metodologias de desenvolvimento de produto com as actividades do projecto, o que permitiu produzir diversas novas versões Fenix paralelamente à realização da implementação da solução nas unidades orgânicas. Como referimos antes, há que procurar objectivos complementares, idealmente comuns, para depois os perseguir em conjunto. Quando o projecto terminar, esperamos produzir um imenso case-study Fenix. E futuras implementações Fenix no horizonte, têm algumas? Até ao próximo arranque de ano lectivo contamos realizar apenas uma implementação, de média dimensão (aproximadamente 10000 alunos). Também porque temos várias evoluções tecnológicas a fazer, tanto em partes centrais do negócio académico, como também a nível arquitectural; e é prudente fazê-lo em períodos com menos projectos. Mas são melhorias que elevarão o Fenix para um patamar tecnológico-funcional muito acima do que existe hoje. E fora do Ensino Superior, que outras apostas tem realizado a qubIT para além do Fenix? Apesar de termos consciência que somos uma empresa de nicho, e num sector de mercado longe da dimensão de outros, tentámos nunca ter um caminho limitado pela tecnologia que fazemos. REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 45


TRANSFORMAÇÃO DIGITAL | QUBIT

Ecrã de inscrições (utilização autónoma pelo estudante)

Para tal, ainda desde o pré-qubIT, vimos desenvolvendo em permanência a nossa própria plataforma de desenvolvimento: um conjunto de ferramentas de modelação, geração de código, e serviços cloud-based, a que damos o nome de OMNIS.cloud. É algo que está tanto na base do Fenix, bem como de quaisquer das outras soluções que a qubIT desenvolve. E pelo facto de não criarmos dependências tecnológicas a qualquer área de negócio, sempre pudemos trabalhar noutros segmentos de mercado, como por exemplo no grupo Jerónimo Martins, com aplicações móveis em utilização no Recheio Cash & Carry (desde 2011) para suporte a equipas de vendas no terreno. Outro aspecto relevante é que sempre desenhámos as plataformas de desenvolvimento OMNIS para ganhar produtividade dentro da empresa; no entanto vieram a despertar interesse por parte de outras entidades, sendo hoje utilizadas também por várias equipas de desenvolvimento externas à qubIT. Mas existindo tantas plataformas de desenvolvimento e tecnologias para esse fim, não acabam por estar 'reinventar a roda' ao implementarem as vossas próprias ferramentas? As plataformas OMNIS foram a primeira grande iniciativa da qubIT, com origem anterior à formação da empresa (com os futuros sócios a trabalharem no seu desenvolvimento em regime pós-laboral). Tínhamos como visão construir algo que, tendo por premissa base uma rastreabilidade bidirecional entre quaisquer artefactos parte de um sistema de informação; e pretendíamos ter ganhos imensos de produtividade e eficiência a realizar projectos, fossem eles Fenix ou qualquer outra coisa. Com o tempo esta visão evoluiu para a construção de um ecossistema onde também os utilizadores finais são envolvidos (tal como conseguimos fazer no projecto ULisboa). Assim, passámos a ter a gestão de produto, organizada em roadmaps e versões, totalmente unificada com o suporte aos utilizadores e discussão em comunidade de novas funcionalidades.

46 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

A plataforma OMNIS é hoje fundamental em tudo o que existe na qubIT, mesmo não tendo a devida visibilidade para fora. Mas pretendemos mudar isso, precisamente por termos já mais elementos externos a usá-la do que na empresa. Para terminar, existem objetivos futuros para as vossas soluções, ou para a qubIT em geral, de que possam falar? Temos de partir a resposta em três blocos, pois na realidade todos os próximos passos já estão desenhados e alguns em execução. No Fenix continuaremos a acompanhar várias iniciativas europeias focadas no Ensino Superior, para um eventual suporte aplicacional no futuro: desde o intercâmbio global de informação académica, ao suporte de processos e atividades lectivas entre instituições, com as instâncias Fenix a funcionarem em rede umas com as outras, trocando informação entre si. Do lado OMNIS, face ao constante crescimento de utilização, estamos a estruturar-mo-nos de modo para aumentar a estrutura dedicada ao seu desenvolvimento; eventualmente criar uma unidade autónoma ou até mesmo uma área de negócio, caso decidamos disponibilizar comercialmente a plataforma no futuro. Mas o grande objectivo existe na empresa em si, como um todo, na continuação do que sempre quisemos fazer: não parar de crescer e evoluir, sem ceder em quaisquer valores fundamentais. Queremos preparar a futura procura de novos parceiros e expansão a outros mercados, nomeadamente internacionais. Sempre foi pretendido dar o salto além fronteiras pois, especialmente no software, não há razão para nos limitarmos e pensarmos apenas localmente; desde início devemos ambicionar um posicionamento global. E isso obrigar-nos-á a crescer, autonomizando um braço comercial que nunca necessitámos que funcionasse em permanência. Temos ainda muito para fazer e conquistar; e se tivermos de o fazer em conjunto de modo a aumentar o nível de alcance e ambição, então será sempre esse o caminho a construir.


REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 47


Já viu por onde andamos?

48 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


Rua Raimundo de Carvalho Nº64, 1ºandar, sala C 4430-184 - Vila Nova de Gaia Tlf.223 700 510 Tlm.926 530 440 E-mail geral: geral@revistabusinessportugal.pt E-mail comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt www.revistabusinessportugal.pt

Já viu por onde andamos?

Tlf. geral: 223 754 806 Tlm. comercial: 937 839 575 E-mail geral: geral@revistabusinessportugal.pt E-mail comercial: comercial@revistabusinessportugal.pt www.revistabusinessportugal.p t 98 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 49


LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS A esfera empresarial e organizacional atravessa uma fase preocupante, mas ao mesmo tempo desafiante. Os líderes precisam de ser, cada vez mais, inovadores, diferenciadores e flexíveis, para se adaptarem, a si e aos modelos de negócio, às novas circunstâncias do mercado, assim como às exigências dos consumidores, cada vez mais atentos, informados e, por isso, mais exigentes. Só assim irão conseguir agir de forma mais rápida e eficaz às mudanças e incorporar as vantagens que delas decorrem. Estes são os princípios base para um crescimento sustentável, capaz de promover a competitividade das empresas e organizações. E, portanto, o líder do futuro precisa de estar numa reinvenção permanente e garantir que o potencial dos recursos humanos esteja em constante desenvolvimento.

50 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 51


LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | A PET'S DREAM VET

Miguel Gaspar, Sócio-Gerente e Filipa Araújo, Sócia e Diretora Clínica Fenrir, Embaixador d'A Pet's Dream

UM CRESCIMENTO ALICERÇADO PELO SONHO Apenas materializado em 2016, o conceito d' A Pet's Dream Vet já vinha a ser desenvolvido por Miguel Gaspar, Sócio-Gerente e Filipa Araújo, Sócia e Diretora Clínica, quando estes eram estudantes de medicina veterinária. Hoje, a empresa disponibiliza serviços de treino, medicina veterinária e fisioterapia animal, e perspetiva um crescimento baseado num sonho.

Às instalações atuais antecederam-se outros espaços, que se tornaram pequenos para o crescimento do negócio e ampliação dos serviços. Atualmente, o conceito d’ A Pets Dream Vet abrange treino, daycare, medicina veterinária e, recentemente, fisioterapia animal? As instalações atuais já começam a ficar pequenas. Felizmente, iniciámos este percurso em 2012 e sempre com muita adesão por parte dos tutores dos nossos Dreamers. Embora a empresa seja de 2016, antes já prestávamos serviços como, treino e dog walking a “recibos verdes”, pois ainda éramos estudantes de medicina veterinária no ICBAS. Quando abrimos a empresa - A Pet’s Dream Vet, Lda - as instalações tinham pouco mais de 100m2 de interior e 80m2 de exterior. Em menos de um ano, tivemos de passar para 600m2 e, atualmente, estamos com 800m2 de espaço interior coberto e 300m2 de espaço exterior descoberto. Temos uma divisão do espaço de medicina veterinária e reabilitação veterinária dos restantes serviços, mas ambos conseguem estar em contacto de modo a promover uma interação regular entre a equipa de medicina veterinária e os Dreamers, sem ser em consulta. Esta evolução do conceito levou a que chegássemos à reabilitação veterinária, pois com o passar do tempo os primeiros Dreamers envelheceram e tiveram necessidade de um tratamento de conforto e diminuição de dor. Em 2020, a Dra. Filipa Araújo iniciou a sua especialização nessa área da medicina veterinária em plena pandemia e abrimos, com bastante sucesso, o novo serviço que atualmente já conta com hidroterapia, em treadmill aquática e laser terapêutico classe IV, que através de um processo de fotobiomodelação estimula a regeneração celular, reduz a inflamação e a dor. A Pet´s Dream Vet surgiu do desejo de criar um elo de ligação entre o ser humano e o melhor amigo (cão). Em que medida se proporciona esta união? A Pet’s Dream surgiu da fobia que o “meu” Zeus tinha de ir ao médico veterinário e da dificuldade que eu tinha em perceber o motivo de tantas contenções e tratamentos, sempre a ser usada força. Se o animal se habitua a ser manipulado, a ser cuidado, tocado sem aproximações invasivas, ele acaba por colaborar e ser recompensado por isso. Nenhum de nós gosta de ir ao médico ser espetado e despachado. Gostamos de sentir que, do outro lado está alguém preocupado com o nosso bem-estar e que nos explica o que vai acontecer ao longo da consulta ou do exame. O nosso objetivo é conseguir fazer isso com os nossos Dreamers e com os tutores, muitas vezes estamos presentes a acompanhar a família no primeiro dia do Dreamer com a sua família e no seu último dia. Toda a equipa d’ A Pet’s Dream, desde a administrativa à médica veterinária, foca-se em ajudar os humanos, a perceber a comunicação com o Dreamer e o Dreamer a comunicar com os humanos, servindo como um elo entre ambos, que facilita, quer a vida do animal, quer do humano. O objetivo é ensinar a família a interagir e comunicar com o animal de companhia, ao mesmo que que ensinam as regras do convívio diário com a família, porque nem sempre um animal bem-educado, é um animal feliz e sem problemas? O maior problema é as pessoas confundirem um animal bem-educado com um animal obediente e, isso, pode dar espaço a termos várias situações de abuso físico e psicológico, a animais.

52 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


A PET'S DREAM VET | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

citologia ou colheita de sangue, implicam sempre que o animal seja picado sem que ele perceba o porquê. Mas podemos usar recompensas como comida ou brincadeiras para diminuir o stress destes procedimentos ou até abstrair da sensação da picada tornando a experiência mais relaxada e divertida. É muito que normal a primeira consulta de um Dreamer dure o mínimo de 90 minutos, para garantirmos que não associa o médico veterinário ou o enfermeiro veterinário a algo desagradável.

Podemos ter um animal sentado imóvel, mas com frequências cardíacas de 150 bpm, porque está em stress e depois no “nada” ataca, porque em vez de estar relaxado, estava em “flooding” completo. O problema é que o animal, garantidamente, ao longo do tempo, deu sinais de desconforto ou de se sentir assoberbado, mas como está quietinho e sentado muitos humanos acham que ele está bem. Por isso, durante a fase inicial do treino do animal de companhia falamos sobre os sinais de stress comportamental e como os identificar rapidamente, para assim diminuir o stress desnecessário. Muitas vezes, temos famílias com animais de companhia que conseguem tirar nota máxima em testes de obediência, mas esses mesmos animais são incapazes de estar no meio de outros da mesma espécie ou tem até comportamentos agressivos para com humanos, porque aprenderam sob stress e não com uma relação equilibrada entre eles e os humanos da família. Trabalham para um nicho de mercado, cujo público-alvo são pessoas para quem os cães são, literalmente, membros da família? Infelizmente, o nosso nicho do mercado é muito restrito. Porque, para além de verem o cão como eu vejo o “meu” Fenrir, ou seja, como um membro da família, também têm de ter capacidade económica para os serviços que precisam e, nesta era pandémica, várias famílias sentiram dificuldades económicas. Felizmente, devido a ser um nicho de mercado restrito é mais fácil que todos se conheçam e apresentemos soluções individuais para cada um dos nossos Dreamers, criando assim uma sensação de família alargada que, chega ao ponto de fazermos festas de aniversário para animais de companhia, festas de Natal e Halloween com 50 Dreamers e respetivas famílias e isso sim, é o nicho desta empresa. Não temos interesse em ter mais cães nas instalações ou a usufruírem dos nossos serviços, mas sim ser uma rede alargada de apoio para cada Dreamer e para cada família. E isso só é possível com pessoas que se identifiquem com o nosso modelo de negócio.

Dado o crescimento exponencial da empresa, há o desejo de fazer a equipa e o espaço crescerem? O crescimento embora esteja a ser acima do esperado (o serviço de veterinária tem um crescimento de 190% em relação ao ano passado e os serviços para animais de companhia 126%) ainda contamos que, até ao final de 2021, consigamos melhores resultados pois ainda temos nove semanas pela frente. Este crescimento está alicerçado nos tutores dos nossos Dreamers e não num público geral, pois temos uma taxa de fixação de clientes a quatro anos, superior a 90%, e uma baixa taxa de desistência completa de todos os serviços que proporcionamos. O mais comum é o Dreamer crescer, aprender e depois manter os serviços de medicina veterinária, e agora de fisioterapia, libertando desta forma a vaga de treino e assim permitir a entrada de um cachorro para essa vaga de treino ou de day care. Contudo, esta taxa de retenção de clientes e a brutalidade emocional de vermos um animal em bebé e depois sermos nós a acompanhar a eutanásia por motivos clínicos, implica que estamos sempre à procura de pessoal competente quer para a área de serviços quer para a área de medicina veterinária. E por competente não basta ser muito bom tecnicamente, mas sim, serem humanos e com uma capacidade enorme de aguentar pressão. Não usando trelas, açaimes ou coleiras em treino ou em consulta, existe uma tensão enorme constante para não sermos mordidos ou atacados e podemos dizer que, até hoje, em cinco anos de empresa e nove de conceito continuamos a tratar cachorros, e agressivos da mesma forma e com toda a calma necessária para que não se sintam ameaçados ao ponto de atacarem.

Nos métodos que utilizam a única exigência é que o animal de companhia não sinta dor ou adquira qualquer tipo de fobia devido a esta aprendizagem? Os nossos métodos baseiam-se no reforço positivo de comportamentos desejados, para além de tentarmos não provocar dor ou criar fobias nas nossas interações com o Dreamer. Contudo, em ambiente de consulta, por vezes é difícil identificar a patologia e até tratar essa mesma patologia sem provocar, pelo menos, algum tipo de dor ou desconforto. Como por exemplo a vacinação, uma

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 53


BREVEMENTE...

A sua revista de negócios exclusivamente para Lisboa

54 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 55


LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | MAXFINANCE

REFERÊNCIA NA INTERMEDIAÇÃO DE CRÉDITO EM PORTUGAL Atuando em parceria com instituições bancárias e financeiras de primeira linha em Portugal e inserida no maior Grupo de Franchising a atuar no país, a MaxFinance é, hoje, a maior referência nacional no sector da Intermediação de Crédito. Beatriz Rubio, CEO MAXFINANCE Portugal partilha, em entrevista, o objetivo da marca na incrementação da literacia financeira em Portugal, ajudando famílias a alcançar os seus sonhos.

nossa posição no mercado, a relação com os nossos Parceiros e o serviço prestado aos nossos Clientes e desta responsabilidade nunca nos iremos descartar. Os nossos Clientes e Parceiros não esperam outra coisa de nós! Beatriz Rubio, CEO MAXFINANCE Portugal

A rede de Intermediários de Crédito com ampla cobertura geográfica, a formação certificada e preparada para encontrar a solução mais adequada, distingue a MaxFinance dos demais intermediários de crédito? A rede de intermediários de Crédito Maxfinance trabalha desde a sua génese com o foco no Cliente. Todos os nossos franchisados são profissionais extremamente qualificados e que beneficiam de uma forte rede de parceiros que lhes permite a todo o momento adequar a oferta às reais necessidades dos nossos Clientes. Distinguimo-nos pela ética, pelo rigor, pela confiança transmitida tanto aos nossos Clientes como aos nossos Parceiros. Desde 2008, que ajudamos na concretização dos sonhos das famílias portuguesas! Como é feito o acompanhamento ao cliente nos diversos serviços que apresentam? O nosso serviço começa sempre com uma qualificação financeira do Cliente, uma correta atuação neste sector não se pode alienar desta premissa, pois só conhecendo a fundo a realidade financeira de Cliente é que podemos partir para a procura da solução adequada ao perfil previamente qualificado. A partir deste momento, começa o nosso trabalho junto dos nossos Parceiros, mas sempre dando a conhecer ao Cliente os próximos passos. Queremos que o Cliente tenha uma excelente experiência com a rede Maxfinance, desburocratizamos o processo, explicamos e acompanhamos todas as fases do processo. Trabalham em parceria com 12 instituições bancárias e financeiras de primeira linha em Portugal e estão inseridos no maior Grupo de Franchising a atuar no país. Há uma responsabilidade acrescida para responder aos clientes que confiam no vosso trabalho? Claro, a liderança traz sempre responsabilidade! É com todo o empenho e profissionalismos que a rede de Intermediários de Crédito Maxfinance trabalha diariamente para continuar a cimentar a 56 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Uma vez que respondem a situações de crédito distintas, quem são os vossos principais clientes? Atualmente, o segmento onde mais atuamos é no Cliente Português que pretende adquirir um imóvel, mas atuamos em vários segmentos. Somos procurados cada vez mais por Clientes estrangeiros que pretendem também eles adquirir uma habitação em Portugal, temos também uma grande penetração na área do consumo, onde ajudamos diariamente os nossos Clientes a concretizar pequenos projetos, quer sejam na área profissional ou pessoal, sem comprometer a vida financeira de cada um. A realidade dos créditos em Portugal está muito diferente do que era há uns anos. Quais são as principais problemáticas com as quais se deparam atualmente? A concessão de crédito está mais regulada e criteriosa, mas com o objetivo de proteger as famílias do sobreendividamento, por outro lado assistimos a níveis historicamente baixos das taxas de juro o que torna o crédito convidativo. E é este o nosso maior desafio, demonstrar aos nossos clientes o equilíbrio, trabalhar junto das famílias para encontrar a resposta para as suas reais necessidades, qualificando financeiramente e acompanhando os Clientes em todas as fases. Enquanto a maior referência nacional no sector da intermediação de crédito, os objetivos são cimentar a posição de liderança e incrementar a literacia financeira em Portugal? Sim, queremos incrementar a literacia financeira em Portugal, ajudando famílias a alcançar os seus sonhos. Atuamos de forma preventiva e formativa no setor de Intermediação de Crédito, garantindo aos Portugueses uma oferta totalmente adequada às suas necessidades. Mantendo a nossa visão, aliada à confiança, transparência e ao serviço de excelência, a cimentação da liderança é uma consequência!


REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 57


Para o ambiente. Grupos Geradores a hidrogénio, gás natural e biogás

geradores2g.stet.pt

800 206 707

Soluções de Energia. Distribuidor autorizado 2G em Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe. 58 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


TD CRÉDITO | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

“COLOCAMOS O CLIENTE NO CENTRO DE TUDO O QUE FAZEMOS” Apoiar e aconselhar as pessoas no acesso ao crédito, ajudando-as a realizar os seus sonhos e contribuindo para o seu bem-estar é o grande propósito apontado por Samuel Neves, Diretor-Geral da TD Crédito, em entrevista à Revista Business Portugal, ao mesmo tempo que destaca a importância “de falar humano, colocando as pessoas no centro de tudo o que fazemos”.

Samuel Neves, Diretor-Geral

A TD Crédito acredita e coloca em prática um serviço próximo, profissional e transparente que simplifica e desconstrói a complexidade do serviço de crédito, sem dificuldades e burocracias desnecessárias? Sim é verdade, sabemos que pedir dinheiro não é fácil. É um processo complexo que, muitas vezes, se revela constrangedor para os clientes. Por isso, lutamos contra as complicações burocráticas, as zonas nebulosas e a ausência de explicações. Lutamos pela transparência e pela verdade nas soluções que apresentamos e na forma como gerimos expectativas e as emoções dos clientes. Acreditamos que para satisfazer as necessidades dos nossos clientes, evitando ilusões e falsas expectativas, é necessário compreender o seu perfil e a sua envolvente. Ajudamos os nossos clientes, colocando o nosso talento ao seu serviço, de forma a obter a melhor solução de crédito. Seja qual for a finalidade, o propósito é transversal a todos os serviços, encontrar a melhor solução de crédito para o cliente, ajudando-o a realizar sonhos e, desta forma, contribuir para o seu bem-estar? Sim, o nosso propósito é apoiar e aconselhar as pessoas no acesso ao crédito, ajudando-as a realizar os seus sonhos e contribuindo para o seu bem-estar. Procuramos encontrar a melhor solução de crédito, de forma interessada, verdadeira e colocando o cliente no centro de tudo o que fazemos. Com o desgaste económico e financeiro que as pessoas vivem, de uma forma generalizada, quais têm sido os maiores desafios para os sectores do investimento e crédito? E no vosso caso em particular? O sector bancário em Portugal, está sujeito às consequências da grave crise económica devida à pandemia. A este cenário juntamos ainda as alterações que a prestação dos serviços financeiros está a sofrer pela inovação tecnológica, o desenvolvimento macrofinanceiro e regulamentar, as mudanças de comportamento dos consumidores, a regulação, o risco de crédito e solvabilidade. Para a TD Crédito os grandes desafios estão relacionados principalmente com a burocracia, a regulamentação e a digitalização onde pretendemos fazer um forte investimento.

Dada a fragilidade económica e financeira dos portugueses, é cada vez mais importante clarificar e ter uma linguagem simples, direta e humanizada. É com estes valores que se irá reger o futuro da TD Crédito? Sim, sem dúvida. Na TD Crédito colocamos as pessoas no centro de tudo o que fazemos. Dizer isto é fácil, consegui-lo exige estarmos sempre focados nos nossos clientes. Queremos ser conhecidos por isso mesmo. Sabemos que a proximidade depende de uma comunicação aberta, de feedback claro que esclarece dúvidas, de estarmos presentes quando o cliente precisa, de conseguirmos gerir a sua ansiedade. Para nós proximidade é ajudar um cliente a resolver a sua situação financeira. E, por isso, acreditamos que falar humano faz toda a diferença. Porque falar humano significa agir com empatia. Falar humano é perceber que daquilo que fazemos depende o bem-estar de alguém.

www.tdcredito.pt

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 59


LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | PEDRO DOS LEITÕES

80 ANOS DE REQUINTE E PROGRESSO

Pedro Castela, Sócio-Gerente

Com uma tradição de 80 anos, o primeiro restaurante do mundo a comercializar Leitão Assado à Bairrada é, hoje, a imagem do progresso, mantendo a qualidade de sempre aliada às exigências dos clientes que encontram no Pedro dos Leitões o ex-líbris “Leitão Assado à Bairrada”, como confidencia, em entrevista à Revista Business Portugal, Pedro Castela, um dos três Sócio-Gerentes.

Pedro Castela e os irmãos Sandra e Filipe, Sócios-Gerentes, são os atuais rostos de um “pesadíssimo” legado de 80 anos de um negócio geracional, quer ao nível dos responsáveis, como dos clientes que o visitam. O Pedro dos Leitões foi pioneiro na venda de leitão assado à bairrada, uma receita que atravessa fronteiras e que, nas palavras do Sócio-Gerente, se assume um fator diferenciador. A Mealhada, por si só, prima pela qualidade do produto ex-libris da região – o leitão - ao qual se junta um “molho único e sem aproximação”. Uma receita vencedora que abrange públicos distintos, das mais variadas classes sociais, apresentando-se como uma mais-valia de um serviço de qualidade que sabe “diferenciar o público e tratá-lo da forma que ele gosta e quer ser tratado”. Um crescimento constante O percurso de Álvaro Pedro (o Pedro dos Leitões) pela área da restauração que começou aos 17 anos no Brasil, como chefe de um carro de jantar, num comboio que ligava o Brasil e a Argentina, e que continuou, em Portugal, em diversos hotéis, culminou na aquisição do seu primeiro estabelecimento, em 1941, que operava com uma secção de mercearia e taberna, onde vendia sandes de leitão para os motoristas que por ali circulavam na época. Em 1982, constitui sociedade com o seu sobrinho Carlos Alberto Simões Castela e adota o nome de “Sociedade Hoteleira Pedro dos Leitões, Lda”, um espaço que hoje é conhecido como O Pedro dos Leitões. Em 1987, Álvaro Pedro deixa o seu legado ao comando do seu sobrinho, que em 1996, delega responsabilidades aos seus herdeiros, atuais gestores do negócio. Apesar das crises que têm decorrido em Portugal, o Pedro dos Leitões tem tido “um crescimento constante”, quer em faturação, quer ao nível do espaço, que foi, desde a sua génese, alvo de grandes remodelações. Do lado oposto da rua (onde se localiza atualmente) o restaurante foi inaugurado a 11 de março de 1941 pelas mãos do fundador Álvaro Pedro, que se tornou o primeiro homem a comercializar o “Leitão Assado à Bairrada”.

60 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


PEDRO DOS LEITÕES | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

Oito anos mais tarde, e respondendo à grande procura e reconhecimento de um serviço de qualidade, o Pedro dos Leitões “atravessa” a rua e, hoje, apresenta-se ao público com três salas, com uma capacidade total para cerca de 430 pessoas, oferecendo um espaço confortável e único, resultado de “uma restruturação e embelezamento”, da responsabilidade da gerência atual. Atualmente, são 38 os funcionários, alguns com mais de 40 anos de casa, que, além da simpatia e arte de bem servir, fazem chegar às mesas a receita mais procurada da Mealhada. Pedro Castela não tem dúvidas de que tem “a melhor equipa do mundo na restauração”

A história, que atravessa gerações e que correu o mundo, fez do restaurante, uma “casa apetecível” não só a nível europeu, sendo uma visita obrigatória para muitos turistas quando visitam o nosso país, mas também reconhecida e premiada mundialmente. O Pedro dos Leitões foi galardoado com o prémio “New Millennium Award”, em Madrid, pela excelência da sua qualidade de serviços como um dos melhores restaurantes do mundo, ao qual se juntam um prémio de distinção Mundial, ao qual concorrem as melhores empresas mundiais no ramo Turístico, Hoteleiro e Indústria de Catering e certificação mundial de excelência pelo Trip Adviser.

De Portugal para o mundo O sabor do Pedro dos Leitões é extraordinariamente apreciado pelos clientes que acompanharam o crescimento do negócio e que tal como o seu fundador, transportam para as suas gerações futuras o apreço e gosto. É com alegria e orgulho que Pedro Castela vê, diariamente, entrarem pelas portas do restaurante clientes mais velhos que se fazem acompanhar pela família, mas também muitos estrangeiros, nomeadamente, oriundos do Brasil, que representam, no inverno, cerca de 30% dos clientes presentes em sala.

Legar um negócio bem-sucedido e auspicioso O negócio foi-se adaptando às mudanças do mercado e exigências dos clientes e as novas tecnologias assumem-se, hoje, importantes fontes de proximidade com o público. Sendo um restaurante sobejamente conhecido, a procura é elevada e é habitual encontrarmos um espaço lotado. Nesse sentido, o cliente tem a oportunidade de fazer as suas marcações antecipada através de contacto telefónico, mas também através do site www.pedrodosleitões.com, onde pode fazer a sua marcação comodamente e sem filas de espera. Passados 80 anos de um legado exemplar, Pedro Castela perspetiva um futuro otimista e de sucesso para o restaurante, com a integração de gerações mais jovens que já assumem algumas responsabilidades no negócio.

www.pedrodosleitoes.com 231 209 950 Rua Álvaro Pedro nº1, Mealhada

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 61


LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | APACI

PROMOVER A IGUALDADE NA DIFERENÇA A APACI - Associação de Pais e Amigos das Crianças Inadaptadas - fundada em 1978, em Barcelos, é uma instituição que tem por objetivo o desenvolvimento intelectual, motor e social das pessoas com deficiência, com vista à sua inclusão na sociedade. A comprovar este trabalho valoroso estão as nove respostas sociais da instituição, que assumem a missão de apoiar e melhorar a qualidade de vida das pessoas com incapacidades e as suas famílias, como nos contam Maria Eduarda Rego e Diana Fernandes, respetivamente, Presidente da Direção e Diretora de Serviços. Ao longo dos tempos, surgiram um conjunto de transformações e novos desafios que foram sendo traçados para suporte das pessoas com deficiência e, por isso, a APACI investiu na criação de valências diversificadas de acordo com as necessidades desta população.

De acordo com Maria Eduarda Rego, a APACI foi a primeira instituição a ser fundada no concelho de Barcelos após o 25 de abril, mais concretamente há 43 anos, numa altura em que era necessário intervir junto de crianças e jovens que não frequentavam o ensino regular. Neste contexto, surgiu a ideia de criar uma “escola especial”, com o desiderato de funcionar lado a lado com a escola de ensino regular, designadamente as classes de apoio, com o intuito de auxiliar as crianças e jovens com dificuldades de aprendizagem, promovendo a sua integração e facilitando o processo de aprendizagem. A Presidente acrescenta que foi um início difícil, mas brilhante, “uma vez que nos deu oportunidade de ajudar a voar tantas crianças e jovens”. 62 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Respostas Sociais: um universo de apoio e inclusão Atualmente, a APACI oferece nove respostas sociais, com o intuito de apoiar e melhorar a qualidade de vida das pessoas com incapacidades e suas famílias. Diana Fernandes sublinha que na APACI o leque de pessoas apoiadas é vasto, abarcando desde crianças e jovens acometidos por algum tipo de deficiência e incapacidade, até pessoas idosas que veem as suas capacidades diminuídas pelo processo de envelhecimento. Todas estas situações e necessidades podem ser, de forma temporária ou permanente, assim como os respetivos apoios. Em suma, a APACI dispõe de respostas para todas as fases de vida, desde os 0 anos e sem limite de idade. Assim sendo, dos 0 aos 6 anos, há a Intervenção Precoce na Infância (IPI), um serviço de apoio centrado na criança e na família, que desenvolve ações de natureza preventiva e reabilitativa. A IPI acompanha crianças com atrasos de desenvolvimento, sendo constituída por profissionais das áreas de Pediatria, Enfermagem, Terapia da Fala, Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Psicologia, Serviço Social e Educação de Infância, que avalia, apoia e implementa, em conjunto com as famílias, estratégias que promovam o desenvolvimento da criança. Dos 6 aos 18 anos, a instituição


APACI | LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS

de identidade e de participação, mas que seja proporcionado um ambiente familiar, no qual se respeitam desejos, diferenças, decisões, um lar em que os clientes se sintam acolhidos e felizes. Principalmente direcionado às pessoas idosas, existe o Serviço de Apoio Domiciliário, para prestação de cuidados, ao domicílio, a pessoas que se encontram em situação de dependência e necessitam da ajuda de terceiros para a satisfação das suas necessidades básicas e realização das atividades da vida diária.

dispõe de serviços que apoiam as crianças e jovens em idade escolar com necessidades educativas, sendo eles o Centro de Ensino Especial (CEE) e o Centro de Recursos para a Inclusão (CRI). O CEE, embora tendo sido a primeira valência da APACI, contribuindo na aquisição de competências e aprendizagens destes alunos, atualmente com a evolução da escola inclusiva, o número de inscritos neste serviço tem vindo a diminuir. Por sua vez, o CRI presta apoio na área do diagnóstico e terapêutica aos alunos no contexto escolar. O Centro de Formação Profissional (CFP) da APACI surge para proporcionar formação a jovens com deficiência, com idade igual ou superior a 18 anos, de modo a potenciar ao máximo as suas oportunidades de integração sócio profissional. Em colaboração com o CFP, existe o Centro de Recursos Local que articula com as entidades empregadoras dos municípios de Barcelos e Esposende a possibilidade de integração das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, tendo conseguido, desde 2018, a colocação de 70 pessoas. A APACI dispõe também de dois Centros de Atividades e Capacitação para a Inclusão (CACI’s), destinados a pessoas com deficiência a partir dos 16 anos, cujas capacidades não lhes permitiram o exercício de uma atividade laboral. No CACI são desenvolvidas atividades ocupacionais, terapêuticas, artísticas como pintura, música e teatro e atividades socialmente úteis, através de protocolos com empresas do concelho. O CACI preconiza um modelo de base comunitária, com vista à valorização, desenvolvimento e inclusão dos seus clientes. O Lar Residencial da APACI surgiu das necessidades sentidas pelas famílias já envelhecidas, a nível concelhio, para prestação de serviços contínuos aos seus familiares com deficiência. No Lar procura-se que a institucionalização não seja sinónimo de perda

Fazer face aos desafios e corresponder às expectativas As dificuldades financeiras têm sido o principal desafio das instituições que promovem o apoio social e a APACI não é exceção, como destaca Maria Eduarda Rego, lembrando que a instituição conta com 90 colaboradores e um universo de 432 clientes distribuídos pelas diferentes respostas sociais. “Esta é uma casa que vive essencialmente de subsídios do Estado Português que são atribuídos de acordo com o número de clientes apoiados”. À APACI compete-lhe a inteira responsabilidade de gerir e manter todos os recursos materiais e não materiais integrados nas suas valências. Temos vários encargos, nomeadamente, recursos humanos, materiais consumíveis, manutenção e reparação dos quatro edifícios, frota automóvel composta por nove viaturas e toda a logística. “Somos uma associação que procura, cada vez mais, estar inserida na comunidade, com o desiderato de fazer face às despesas e corresponder às expectativas”, destaca Diana Fernandes. Sempre a pensar no futuro e no bem-estar dos seus clientes, a APACI estabeleceu diversos protocolos, concretamente, com o Município de Barcelos para levar espetáculos de música e teatro às escolas, integrou um projeto de dança contemporânea em parceria com outra associação, participa frequentemente em candidaturas do Instituto Nacional de Reabilitação para promoção de projetos de desenvolvimento de competências e de inclusão na comunidade, viu aprovada uma candidatura ao BPI Capacitar que possibilitou a criação de uma engomadoria, assim como desenvolve parcerias com empresas para criação e distribuição dos produtos artesanais concebidos no âmbito das suas oficinas. A APACI tem ainda certificado de qualidade da EQUASS Assurance. Segundo Maria Eduarda Rego e Diana Fernandes, o trabalho desenvolvido pela instituição é muito abrangente, mas ainda há muito caminho a trilhar. A finalizar, deixam uma pequena mensagem, “ser diferente não é uma condição inferior, uma pessoa tem direito a ser diferente, até porque todos temos as nossas singularidades”, ressalvando que o sucesso do trabalho desenvolvido pela instituição reflecte-se na afirmação, autodeterminação e inclusão das pessoas com deficiência.

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 63


LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | COOP. AGRÍCOLA DA FEIRA, S. JOÃO DA MADEIRA, GAIA E ESPINHO

VISÃO EMPREENDEDORA IMPULSIONA O CRESCIMENTO A Cooperativa Agrícola é uma instituição com um percurso extremamente positivo em prol da agricultura dos concelhos de Santa Maria da Feira, S. João da Madeira, Gaia e Espinho. Os seus objetivos assentam na procura da defesa dos interesses dos seus cooperadores, na valorização humana e busca do bem-estar daqueles que trabalham na atividade agrícola e, simultaneamente, contribuir para o desenvolvimento económico da região, como conta António Pinheiro, em entrevista à Revista Business Portugal. António Pinheiro, Presidente

Grémio da Lavoura da Feira e São João da Madeira foi a primeira designação da Cooperativa, tendo sido criado a 24 de Junho da 1941, com o objetivo de organizar a lavoura e apoiar os agricultores da região. Com a chegada do 25 de Abril de 1974, o Grémio da Lavoura chega ao fim, surgindo em seu lugar a Cooperativa Agrícola da Feira e S. João da Madeira. Com 80 anos de existência, a instituição tem vindo a crescer de forma sustentada, tendo alcançado o seu maior desenvolvimento aquando da chegada de António Pinheiro à sua liderança, fruto do seu conhecimento e visão empreendedora. “Quando cheguei à Cooperativa da Feira e S. João da Madeira existiam apenas duas lojas bastante antigas e, desde então, temos desenvolvido um grande trabalho de renovação e de abertura de novas lojas”, refere António Pinheiro, lembrando que durante este percurso deu-se a fusão com as cooperativas de Gaia e Espinho, denominando-se agora Cooperativa Agrícola da Feira, S. João da Madeira, Gaia e Espinho, contando com cerca de 650 associados. De duas lojas, a Cooperativa Agrícola passou a ter oito espaços que se localizam em Vila Nova de Gaia, Santa Maria da Feira, Paços de Brandão, Romariz, Espinho e S. João da Madeira.

64 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

O foco da gestão da atual direção tem sido a melhoria contínua e a diversificação das áreas de negócio, permitindo assim um crescimento e desenvolvimento assinaláveis da Cooperativa Agrícola, resultado que se deve exclusivamente ao trabalho, gestão rigorosa e experiência de cerca de 30 anos de António Pinheiro, a par do empenho da restante direção, funcionários e associados. Todos eles imbuídos de um espírito criativo e empreendedor, sempre procuraram que a instituição se regesse pelos pilares do empreendedorismo e do dinamismo, criando postos de trabalho e contribuindo para o desenvolvimento da região. Nos espaços da Cooperativa Agrícola, poderá encontrar todos os produtos e materiais essenciais ao desenvolvimento da agricultura, mas o leque de oferta não se esgota por aqui, isto porque poderá adquirir ainda produtos alimentares, vinhos, utensílio de cozinha, materiais de limpeza, entre outros. E se ao fazer as suas compras lhe apetecer tomar um café também o poderá fazer, a par do abastecimento de combustível (gasolina, gasóleo, gasóleo agrícola e gasóleo de aquecimento) e a lavagem do seu automóvel. A par disso, a Cooperativa Agrícola da Feira, S. João da Madeira, Gaia e Espinho apoia aos seus associados na candidatura a projetos agrícolas e subsídios aos agricultores, bem como na formação profissional. António Pinheiro mostrou-se bastante satisfeito com o trabalho desenvolvido, tendo em conta o salto qualitativo e quantitativo que foi dado pela Cooperativa Agrícola. Em termos de ambições de futuro, António Pinheiro mostrou-se cauteloso e reafirmou a necessidade de trabalhar e obter lucros e um bom volume de vendas, para poder fazer face aos desafios que uma instituição desta natureza impõe. E frisou que a Cooperativa Agrícola vai continuar a trilhar o seu caminho, com passos bem assentes na terra, desbravando os mercados que, à primeira vista possam parecer mais difíceis, arando-os com inovação e visão, transformando-os em oportunidades.


A CULTIVAR O FUTURO...

www.cooperativa-agricola.pt geral@cooperativa-agricola.pt REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 65


LIDERANÇA: NOVOS DESAFIOS | J. F. S. PEDRO DE CASTELÕES

FEIRA DA CASTANHA ESTÁ DE VOLTA A S. PEDRO DE CASTELÕES

Sérgio Soares, Presidente

Nos 5, 6 e 7 de novembro, a Feira da Castanha está de volta a S. Pedro de Castelões, dando assim oportunidade aos produtores, comerciantes e artesãos, de mostrarem os seus produtos. Sérgio Soares, Presidente da Junta de Freguesia, em entrevista à Revista Business Portugal, sublinha a castanha como ex-libris do certame e a criação do projeto “1000 castanheiros” em parceria com a Câmara Municipal de Vale de Cambra, incentivando ao aumento da produção da castanha na freguesia. Em 2020, quebrou-se uma tradição com mais de 15 anos, com a suspensão da Feira da Castanha, mas este ano está de volta em novembro. É uma oportunidade para muitos comerciantes de S. Pedro de Castelões darem a conhecer o produto endógeno, a castanha, e as atividades económicas locais? Em 2020, a Feira da Castanha, nos moldes a que estamos habituados, foi suspensa, devido à pandemia. Este ano, nos dias 5, 6 e 7 de novembro a Feira da Castanha está de volta dando assim oportunidade aos produtores, comerciantes e artesãos, coletividades/associações, de mostrarem os seus produtos. Nesta edição, ainda um pouco contida, estarão presente apenas expositores da freguesia de São Pedro de Castelões e do concelho de Vale de Cambra, uma vez que existem normas da DGS que devem ser cumpridas.

66 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Incrementar a produção da castanha em grande escala, incentivando a sua comercialização e promover a plantação do castanheiro foram os objetivos da criação do certame. Objetivos que a Junta manteve com a distribuição de castanheiros pela população em 2020? A castanha é o ex-libris deste certame e daí ter surgido o projeto “1000 castanheiros” em parceria com a Câmara Municipal de Vale de Cambra, incentivando ao aumento da produção da castanha na freguesia. Mesmo durante a pandemia, no ano passado, o projeto seguiu em frente e foram entregues 200 castanheiros a cinco produtores promovendo assim a expansão de áreas de castanheiro e a produção da castanha. O projeto continua ativo e apela-se aos produtores que estejam interessados para se dirigirem à junta de freguesia para obterem mais informações. O incentivo ao comércio local e o apoio ao desenvolvimento da atividade económica, através da dinamização de atividades como a Feira da Castanha, são os principais desafios e objetivos? São vários os desafios que nos movem na junta sendo o objetivo principal servir os castelonenses. O apoio ao desenvolvimento da atividade económica e incentivar o comércio local estão patentes em diversas atividades dinamizadas pela junta de freguesia, mas sem dúvida que a Feira da Castanha é o evento esperado do ano, onde se cria um espaço de exposição e comercialização dos produtos locais. Estar junto da população e reconhecer as suas necessidades sempre foi um dos principais desígnios da Junta de Freguesia de S. Pedro de Castelões e continuará a ser neste novo mandato? Este novo mandato nada mais é do que a renovação dos desígnios desta junta de freguesia. Como já referi, o principal objetivo é servir os castelonenses e para isso, nos entregamos, por mais quatro anos, de corpo e alma a esta causa. É fundamental estar junto da população, ouvi-la e perceber quais os seus anseios. Só assim, em conjunto, será possível atender a todos de forma coerente e honesta. Andar no terreno, estar atento aos pormenores e procurar solucionar os problemas é aquilo que mais caracteriza esta junta e todos os seus colaboradores.


CONSTRUÇÕES MODULARES E MÓDULOS PRÉ-FABRICADOS ALUGUER E VENDA DE MÓDULOS PRÉ-FABRICADOS | ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS PARA ALUGUER TRANSPORTE E MONTAGEM | EXPORTAÇÃO

www.ibermodulo.pt geral@ibermodulo.pt Zona Industrial da Murteira, Apartado 194, 2135-311 - Samora Correia 263 658 034 | 263 652 220 / 1

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 67


BREVES

Castelo Branco, Guarda e Tomar criam rede politécnica unida pela A23 Os Institutos Politécnicos de Castelo Branco, Guarda e Tomar vão criar uma rede politécnica unida pela autoestrada A23. Este projeto surge no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e está focado na proteção de pessoas e bens, mas também nas competências digitais.

Associação de Jovens Empresários apresenta nova imagem A ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários está diferente. A associação apresenta uma nova imagem que visa refletir a sua ambição no sentido de ajudar a preparar a economia para um novo ciclo económico. É também uma referência ao presente e ao futuro, que devem andar de mãos dadas e uma celebração do empreendedorismo e de todos os que o promovem em Portugal.

Mastercard lança cartão bancário para pessoas invisuais Identificar o cartão no momento de pagar pode ser difícil para pessoas com problemas graves de visão. O Touch Card permite a pessoas invisuais ou com redução de acuidade visual identificarem se estão a usar um cartão de crédito, débito ou pré-pago, através de um "entalhe" na lateral do cartão.

Nova app quer revolucionar a forma como se aprende português Chama-se GOGENIUS e pretende revolucionar o ensino de português. O objetivo é ajudar estrangeiros por todo o mundo e imigrantes recém-chegados a Portugal a aprenderem a língua portuguesa, podendo também funcionar como ferramenta pedagógica para as escolas.

68 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL

Microsoft, BI4ALL e Nova IMS criam laboratório de Business Intelligence & Analytics A Microsoft, a BI4ALL, e a NOVA Information Management School (NOVA IMS), da Universidade Nova de Lisboa, assinaram um protocolo de cooperação que vai materializar-se na criação de um Laboratório de Business Intelligence & Analytics. A estrutura pretende acolher projetos que ajudem a encontrar respostas para desafios do mundo real, numa lógica de aproximação entre o mundo académico e os desafios empresariais.


Estamos situados no centro histórico, Património da UNESCO, perto de todos os pontos de referência, numa das mais pitorescas ruas da cidade. O projeto hoteleiro nasceu da reconstrução de um edifício antigo em ruínas, denominado por “O Casarão,” outrora pertencente à família de Raúl Brandão, escritor português. Somos uma pequena unidade hoteleira e atendemos de uma a 32 pessoas. O Hotel Mestre de Avis é um hotel com ambiente familiar, focado na arte contemporânea. O Hotel acolhe nas suas zonas públicas uma galeria de arte. Com as suas a exposições contemporâneas, o hotel veste-se de novo para surpreender seus hóspedes. Explore a pé a primeira capital de Portugal. Deixe-se seduzir pela singularidade do seu património arquitetónico e pela simplicidade e hospitalidade das suas gentes. Adaptamos a sua visita durante todo o ano e faremos o melhor para aproveitar ao máximo a sua estadia.

www. hotelmestredeavis .pt Rua D. João I 40, S.Paio | 4810-422 GUIMARÃES Tlf. 253 422 770

REVISTA BUSINESS PORTUGAL // 69


70 // REVISTA BUSINESS PORTUGAL


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.